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Sumário
NOSSA HISTÓRIA .......................................................................................... 2
Introdução ........................................................................................................ 3
Desenvolvimento ............................................................................................. 5
Conclusão...................................................................................................... 15
Perícia Ambiental........................................................................................... 16
Dano Ambiental.......................................................................................... 18
Perícia Ambiental/ Atividade da perícia e seus efeitos .................................. 21
Crimes Ambientais......................................................................................... 33
REFERÊNCIAS ............................................................................................. 38
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NOSSA HISTÓRIA
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AUDITORIA AMBIENTAL
Um dos instrumentos utilizados no processo de gestão ambiental das
instituições é a auditoria ambiental, segundo Vieira (2011), consiste num conjunto de
atividades organizadas, que tem por finalidade a verificação e avaliação da relação
entre os processos de produção e os aspectos ambientais inerentes a este. Além
disso, segundo Piva (2009), a auditoria ambiental é um importante instrumento que
atua na relação entre a economia e o meio ambiente, auxiliando as empresas no
conhecimento do seu desempenho ambiental e simultaneamente criando ferramentas
para que estes estabelecimentos se adaptem à legislação ambiental. Além disso,
ressalta-se que a auditoria ambiental, regida pelas Normas da série ISO 14000 –
Sistema de Gestão Ambiental - SGA, visa à minimização dos efeitos nocivos ao
ambiente proveniente de atividades industriais e similares.
Introdução
A Comissão Brundtland, formada pela Organização das Nações Unidas para
estudar a crescente deterioração do meio ambiente humano e dos recursos naturais
e as consequências da deterioração para o desenvolvimento econômico e social,
definiu, no relatório “Nosso Futuro Comum” (Our Common Future), o desenvolvimento
sustentável como o “desenvolvimento que satisfaz as necessidades presentes sem
comprometer a capacidade das gerações futuras de suprir suas próprias
necessidades”.
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atuais estão diretamente relacionadas aos recursos naturais. Basta pensar na energia
fóssil (petróleo, por exemplo) e nas diversas matérias-primas comumente usadas em
indústrias.
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de gestão e dos atores responsáveis e identificando as áreas que necessitam de
melhoria.
Desenvolvimento
Conservação ambiental e crescimento econômico são encarados,
frequentemente, como processos que possuem objetivos antagônicos. Existem, tanto
na literatura científica quanto nas discussões disseminadas na sociedade, evidências
consideráveis que atestam que as pressões existentes sobre as áreas e recursos
naturais são determinadas pela agricultura, pela urbanização e pelo crescimento
industrial. Reitera-se a ideia com o argumento igualmente irrefutável, de que as
nações economicamente mais ricas alcançaram seus êxitos com base em suas
perdas ambientais (SEROA DA MOTTA, 1996).
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As auditorias ambientais surgiram nos Estados Unidos, na década de 70 do
século passado, baseadas nas auditorias contábeis. Tinham como objetivo verificar
se as leis governamentais estavam sendo respeitadas pelas organizações (ARAUJO,
2004). Seu desenvolvimento foi uma resposta a uma série de manifestações sociais
que surgiam pelo mundo, relacionadas aos problemas ambientais pelos quais
passava o planeta (PREARO, 2005). O objetivo de tais manifestações era despertar
a atenção de governantes, insensíveis aos danos ambientais, e para a formulação de
normas para a responsabilização dos culpados e para a regulação da exploração dos
recursos naturais (PREARO, 2005).
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Neste contexto, as metodologias para auditorias ambientais começaram a se
desenvolver e as organizações que pretendiam atingir um desempenho ambiental
satisfatório passaram a buscar técnicas de gestão ambiental para viabilizar o controle
dos aspectos ambientais de suas atividades, produtos ou serviços. O levantamento
do conceito de auditoria ambiental em vários autores evidenciou que a auditoria
ambiental é “um processo sistemático para obter, avaliar e reportar fatos de
conformidade ou não conformidades ambientais de acordo com critérios definidos
previamente” (KUHRE, 1996; ISO 14010; CONAMA Res. 306/2002).
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Apesar de não haver um único conceito de auditoria ambiental, e tampouco
inexistir um consenso sobre a delimitação do seu conteúdo é possível estabelecer
uma classificação das suas principais aplicações:
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representando praticamente 95% da produção industrial do mundo. A ISO busca
normas de homogeneização de procedimentos, de medidas, de materiais e/ou de uso
que reflitam o consenso internacional em todos os domínios de atividades, exceto no
campo eletroeletrônico que é de atribuição da International Eletrotechnical
Commission – IEC. (CAGNIN, 2000). As normas vigoram à medida que são
aprovadas pelos países membros. O representante brasileiro na ISO é a Associação
Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
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A ISO 14000 em sua nova versão segue a estrutura de alto nível conhecida
como Anexo SL que visa melhorar a compatibilidade com outras normas de sistema
de gestão, inclusive com a ISO 9001.
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Fonte: Google, 2018.
Este trecho contraria a ideia, segundo COSTA & FILHO (2007), de que as
auditorias de sistemas de gestão têm uma conotação negativa, pois são encaradas
como um processo de fiscalização e estabelecimento de culpas pelas falhas
encontradas.
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Já no âmbito da auditoria pública brasileira, CAVALCANTI (2008), a define
como um conjunto de procedimentos e técnicas específicos de controle, aplicados
sobre o processo orçamentário e financeiro, que funciona por meio de
acompanhamentos, de avaliações de desempenho das ações e de outros controles
específicos. Estabelece também que tais procedimentos objetivam verificar se as
ações foram ou são realizadas em conformidade, essencialmente, com as diretrizes,
objetivos e metas expressos no Plano PluriAnual (PPA), metas e prioridades da Lei
de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e com as normas e regras da lei orçamentária e
outras legislações correlatas. Constata-se, portanto, o vínculo das práticas de
auditoria pública ao cumprimento do planejamento estratégico do país, bem como à
legislação relacionada ao tema a que a auditoria se propõe.
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Tipo O que avalia
Auditoria de conformidade legal Adequação à legislação.
Auditoria de desempenho ambiental Conformidade com a legislação,
regulamentos e indicadores setoriais.
Auditoria de sistema de gestão Cumprimento dos princípios SGA,
ambiental adequação e eficácia do SGA.
Auditoria de certificação Conformidade com os princípios da
norma certificadora.
Auditoria de descomissionamento Danos ao entorno pela desativação da
unidade produtiva.
Auditoria de sítios Estágio de contaminação de um local.
Auditoria pontual Otimização dos recursos no processo
produtivo.
Auditoria de responsabilidade O passivo ambiental da empresa.
Quadro 1: Tipologia das auditorias realizadas em entidades privadas.
Fonte: Silva e Assis (2003, p. 10).
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Com isso, duas frentes devem ser organizadas para a implementação do
sistema. Na primeira, dentro da própria Unidade de Conservação, com a formação do
corpo de auditores internos e, na segunda, a equipe de auditorias externas (de
terceira parte).
Escopo da Auditoria
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Escolha dos requisitos
Plano de auditoria
Conclusão
A elaboração para Auditoria Ambiental Pública em Unidades de Conservação
constitui um processo de longa duração e sua aplicação é um desafio que, novamente
dentro do nosso contexto social e político, depende da atuação das autoridades.
Dentro do contexto da conservação da biodiversidade e da efetividade de gestão das
Unidades de Conservação, pode ser uma ferramenta dinâmica e rápida para
identificar e corrigir falhas, buscando a melhoria contínua do sistema de gestão da
Unidade de Conservação.
A auditoria ambiental por ser uma medida preventiva permite que as empresas,
sem cessar suas atividades, busquem alternativas racionais para solucionar os
problemas ambientais e, assim, contribuam para a construção de um planeta
ecologicamente equilibrado.
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Entretanto, discutem-se, hoje, questões como divulgação dos resultados de
auditoria, a padronização de sua metodologia, a cerificação dos auditores e a
pertinência ou não das normas mandamentais de auditoria ambiental.
Perícia Ambiental
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(VU) e de não-uso (VNU). Os métodos de valoração desses recursos utilizam-se da
definição de VET e dividem-se em métodos de função de produção (MFP) e métodos
de função de demanda (MFD). Os MFP são indiretos e estimam o valor do recurso
ambiental através da relação entre os impactos das alterações ambientais e os
produtos com preços de mercado. Já os MFD podem ser considerados diretos, pois
utilizam-se das preferências dos indivíduos (MAIA, REYDON & ROMEIRO, 2004).
Cada método apresenta limitações, principalmente associadas ao grau de
sofisticação da metodologia e da base de dados exigida (MOTTA, 1998). Os métodos
de valoração indireta são mais simples, menos onerosos e estimam o preço do bem
ou serviço ambiental através da comparação com produtos comercializáveis. Esses
métodos geram estimativas subvalorizadas por considerar apenas o VU dos recursos
ambientais, mas, geralmente, possibilitam o uso sustentável do meio ambiente.
Todavia, ao se considerar que, em muitas situações o valor do bem ambiental está
relacionado ao VNU (preservação do habitat natural, valores éticos e culturais, etc.),
torna-se necessário a utilização de métodos diretos através da Disposição a Pagar
ou a receber da população. Contudo, para efeito de PAC, o estado não tem estrutura
nem recursos para aplicação dos MFD (ALMEIDA, 2014). Ademais, a valoração
econômica ambiental não se confunde com VEDA. Enquanto a primeira avalia o meio
ambiente em si, a VEDA está relacionada às alterações causadas no ambiente em
função de atividade, regular ou irregular, que causou o dano a ser valorado.
Geralmente, a avaliação de DA é composta por uma parcela objetiva e uma subjetiva
(ALMEIDA, 2014). Alguns autores incluem também uma parcela de “lucro cessante”
(ou intercorrente), que representa a privação, imposta à coletividade, do equilíbrio
ecológico, do bem-estar e da qualidade de vida que aquele recurso ambiental
proporcionava antes de sofrer o dano (ALVARENGA, 2016). O mais importante é que
a metodologia usada seja clara e de uso expedito, de modo a compatibilizar-se com
a demanda de perícias ambientais criminais (SILVA & CORRÊA, 2015). Para Almeida
(2014) e Silva & Corrêa (2015), os MFD são laboriosos, custosos e/ou subjetivos. Os
métodos de Custo de Viagem e Bens Substitutos são mais aplicáveis à PAC, mas o
mais usado na VEDA é o Custo de Reposição, sendo sua principal desvantagem não
incluir o eventual valor de ecossistemas quando estes são destruídos (SILVA &
CORRÊA, 2015). Embora a função da valoração do dano seja diversa da função da
multa penal (reparação do patrimônio lesado x punição), é possível usar os valores
obtidos pela aplicação de metodologias de VEDA para auxiliar o magistrado na
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determinação do valor da multa penal, como preconiza o artigo 19 da Lei 9.605/98.
Entretanto, pela diversidade de métodos de VEDA, possibilidade de aplicação de
vários métodos para uma mesma situação e pela subjetividade embutida em cada um
deles, a aplicabilidade da técnica de VEDA dependerá do caso concreto
(ALVARENGA, 2016). Assim, é esperado discrepância entre valores atribuídos ao
condenado a depender da metodologia utilizada, fazendo com que a multa penal
possa não atender aos princípios da razoabilidade e proporcionalidade. Dessa forma,
Silva & Corrêa (2015) recomendam a utilização da taxa de juros para cálculo da
parcela dos danos indiretos visando a garantir a razoabilidade.
O dano ambiental, que são vivenciados na época presente torna-se cada vez
mais complicado, e isso acaba por envolver questões de diversas áreas do
conhecimento. Deste modo, a procura de soluções para esses problemas passa,
fundamentalmente, por um compartilhamento de saberes.
Dano Ambiental
O meio ambiente é um dos bens que mais têm chamado a atenção e causado
preocupação em parte da sociedade, em juristas e cientistas, sendo inclusive
garantido pelos ordenamentos jurídicos.
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(ANTUNES, 2016, p.1438).
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Os problemas que passaram a avançar contra a sociedade nos derradeiros
tempos, peculiares de uma sociedade de risco, se depararam com a necessidade de
reconstrução de novos padrões (não negando os tradicionais, mas dando-lhes novos
contornos), a fim de que o direito possa responder com segurança e efetividade as
demandas sócio-político-econômicas emergentes, tendo sucessivamente em vista a
dignidade humana, bem como da assistência independente do meio ambiente
(FERNANDES, 2010 p.55).
Torna-se importante destacar que, por um lado com o passar dos tempos á
exploração desordenada dos recursos naturais e a contaminação do ambiente são
características constatadas, tanto por países desenvolvidos como em
desenvolvimento, e a natureza, em muitos casos, não consegue repor seus recursos
renováveis na velocidade de sua utilização, nem recuperar os meios impactados. Isso
sem fazer referência à exploração dos recursos naturais não renováveis. Esse cenário
culmina em situações de conflitos, decorrentes da limitação do bem ambiental e da
crescente concentração populacional, e tem gerado demandas judiciais cada vez
mais complexas envolvendo questões ambientais (BELTRÃO, 2009, p.477).
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Em relação à reparação do dano ambiental, não há que cogitar se o causador
do dano deveria prevê-lo ou não, se agiu com dolo ou culpa, o que realmente importa
é que o meio ambiente não pode sofrer a consequência sem que sejam tomadas
providências com o intuito de reparação. Tudo que for passível de recuperação
deverá ser recuperado, e o que não for deverá ser indenizado em moeda corrente,
revertendo esses valores para a preservação ambiental, a fim de que o infrator não
fique impune (LIMA, 2010, p. 65). A Constituição Federal, em seu art. 225, § 2o,
determina que: “Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o
meio ambiente degradado, de acordo com a solução técnica exigida pelo órgão
público competente, na forma da lei.” O §3o acrescenta: “As condutas e atividades
consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou
jurídicas, a sanções penais e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar o dano” (MIRRA, 2004, p.251).
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“O esforço de se proteger o meio ambiente e solucionar esses conflitos, que
na maioria das vezes resultam num alto custo ambiental e social, tem demandado,
nos últimos anos, a construção de teorias, princípios, métodos e instrumentos
inovadores, tanto na área do Direito quanto nas diversas áreas do conhecimento
relacionadas com a questão ambiental” (CUNHA; GUERRA, 2008, p. 266).
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modalidade pericial consiste em atividade profissional de relevante interesse social,
de natureza complexa e ainda em fase inicial de estruturação, que requer uma prática
multidisciplinar e atuação de profissionais especializados para o trato das questões
envolvidas, além de exames, estudos e pesquisas que fundamentem o
desenvolvimento de seus aspectos jurídicos, teóricos, técnicos e metodológicos
(SOARES; SALVADOR, 2015, p.95).
Pode-se dizer, que o empenho que por muitas vezes, nota-se de se proteger o
meio ambiente e resolver muitos conflitos, na maioria das vezes procedem num
elevado custo ambiental e social, tem demandado, nos últimos anos, a construção de
teorias, princípios, métodos e instrumentos inovadores tanto na área de Direito quanto
nas diversas áreas do conhecimento relacionadas com a questão ambiental. Dentro
neste processo, encontra-se a Perícia Ambiental, uma extraordinária especialidade
de perícia, relativamente nova no Brasil, mas que tem evolucionado respeitosamente
nos últimos anos, sobretudo devido ao aperfeiçoamento da legislação ambiental
(CUNHA; GUERRA, 2008, p.245).
Sendo assim, quando se realiza uma perícia ambiental, do mesmo modo como
as outras modalidades de perícia, necessita ser desempenhada por técnico que tenha
comprovada sua idoneidade profissional e possuidor de conhecimentos técnico-
científicos especializados para verificação da complexidade da verdade dos fatos
denunciados (SAROLDI, 2009, p.10).
O Novo Código de Processo Civil (NCPC) não alterou muito a respeito deste
tema, mas trouxe algumas inovações, que serão abordadas a seguir. A função de
perito judicial está disciplinada nos artigos 156 a 158, da Seção II, do Capítulo III, do
Título IV, da Parte Geral, que trata dos auxiliares da justiça. O juiz será assistido por
perito, sempre que “a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico”
(art. 156, caput, NCPC). Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma
área de conhecimento especializado, como normalmente ocorre com as perícias
ambientais, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um
assistente técnico (art. 475, do NCPC) (FREIRE, et.al. 2014, p.61).
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A importância da perícia ambiental utilizado em processos
judiciais
É fato que frequentemente o procedimento produtivo traz em si elementos
prejudiciais ao meio ambiente. Isso exige que o poluidor tenha consciência do fato de
que aufere lucro e deixa para a coletividade os prejuízos ambientais que necessita
reparar.
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Segundo o que tange o art. 421 do CPC, as partes envolvidas no
processo são incumbidas de indicarem assistentes técnicos e apresentarem
os quesitos a serem respondidos claramente pelo perito. Os quesitos devem
ser formulados segundo cada caso respeitando suas peculiaridades de forma
personalizada, e feito por um profissional devidamente habilitado, pois os
advogados têm conhecimento da sequencia lógica para enunciá-las porem
desconhecem certas peculiaridades e terminologia especifica da meteria o
que pode prejudicar uma das partes (VENDRAME, 2006).
A perícia pode ser de iniciativa de uma das partes interessadas ou, do juiz no
caso do processo não apresentar os elementos suficientes para a elucidação dos
autos que levem a um julgamento justo. O objetivo do perito é de sempre buscar
provas materiais embasadas em dados científicos obtidos por meio de procedimentos
analíticos que possibilitem o esclarecimento das indagações geradas no processo
através de investigação, mensuração e avaliação de dados gerando um laudo
conclusivo coeso e direto (MARTINS JUNIOR, 2006, p.40). Deste modo, de forma
ilustrativa através da figura 1 é demonstrado de forma mais clara, o fluxo da prova
pericial no âmbito do processo judicial.
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Deste modo, a Perícia Ambiental vem tornado-se, peça-chave nestes novos tempos, no
qual a dinâmica e a velocidade das mudanças ocorridas na sociedade contemporânea
promoveram um rápido processo de transformações no meio ambiente em decorrência da ação
do homem, causando de forma acelerada e acentuada o desequilíbrio, a redução e até mesmo o
desaparecimento espécies e ecossistemas (ALMEIDA; OLIVEIRA; PANNO, 2003, p.205).
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Por sua vez, Almeida (2009, p.215) destaca que:
Por isso, o art. 158 do novo Código prevê que o perito que, por dolo ou culpa, prestar
informações inverídicas responderá pelos prejuízos que causar à parte e ficará inabilitado para
atuar em outras perícias no prazo de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, independentemente das demais
sanções previstas em lei, devendo o juiz comunicar o fato ao respectivo órgão de classe para
adoção das medidas que entender cabíveis (FREIRE, 2014, p.55).
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Deste modo, considera-se relevante ressaltar que o dano ao meio ambiente,
vem sendo cada vez mais, considerado um objeto de estudo para a perícia ambiental,
e isso envolve seus aspectos abióticos, bióticos e socioeconômicos, compreendendo
a natureza e as atividades humanas.
Constatou-se deste modo que, a perícia ambiental, vem cada vez mais sendo importante, pois
visa esclarecer tecnicamente a existência ou não de ameaça ou dano ambiental, produzindo
a prova e o laudo pericial e assessorando o juiz na formação do seu convencimento.
No Brasil somente após a criação da Lei nº 9.605/98 que trata sobre os crimes
ambientais houve uma preocupação com sua aplicabilidade; com essa novidade a
legislação ambiental brasileira passou então a contar com instrumento
importantíssimo na preservação ambiental, através da responsabilização e aplicação
de sanções sejam eles penais ou administrativas, aos causadores de tais danos
sendo considerados agora, crimes ambientais.
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Portanto, a nova legislação permitiu a formação de subsídios necessários para
as empresas, onde possam se tornar conscientes, sempre buscando seu
aprimoramento, evitando assim problemas relacionados à degradação do meio
ambiente.
Com advento da Lei da Ação Civil Pública que foi editada em 1985 (Lei nº
7.347, 24/07/85), os conflitos ambientais, foram levados a Juízo tanto em quantidade,
tão quanto na sua complexidade. Com finalidade de guardar o ambiente e solucionar
tais conflitos, por consequência, elevados custos ao meio ambiental e também ao
meio social, demandado por muitos anos, com base em teorias, princípios, métodos
considerados inovadores no campo do Direito Ambiental relacionado a questões
ambientais.
1
CPC Código de Processo Civil, Criado pela lei nº 5.589, de 11 de janeiro de 1973 possui todas as normas relacionadas aos
processos judiciais de origem civil. Ou aquelas fora da esfera penal, tributário, trabalhista e eleitoral e outros
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causando um desequilíbrio e desaparecimento de algumas espécies do ecossistema
(ALMEIDA; OLIVEIRA; PANNO, 2003).
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Vejamos agora um quadro comparativo sobre as inovações do NCPC 2 2015 e
CPC 7
Art. 464. Considera como prova pericial, Art. 420. A prova pericial pode ser um
sendo um conjunto de exames exame, vistoria ou avaliação.
necessários, como vistorias e
avaliações.
2
NCPC Novo Código de Processo Civil. Houve uma reformulação do Código do Processo Civil passando a vigora a partir de
17 de março de 2016.
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seus honorários; II – Exibir seu currículo,
com devida comprovação de suas
habilidades específicas; III – Contatos,
como e-mail, no qual serão
encaminhadas todas as intimações
pessoais.
Art. 473. O laudo pericial deve conter: I – Não há uma correspondência no CPC de
Uma exposição dos objetos da perícia 1973
realizada; II – Uma análise técnica ou
científica do perito; III – A indicação de
um método utilizado, de forma clara e
explicativa. IV – uma resposta
conclusiva a todos os quesitos assim
apresentados pelo juiz de forma com as
partes e Ministério Público.
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determinação judicial com preferência,
em prazo estabelecido.
Crimes Ambientais
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A Poluição hídrica;
A Poluição sonora;
A Poluição do ar;
Contaminação do solo:
Podendo então definir que crimes contra fauna são aqueles que se enquadram
no comércio ilegal, ou seja, na venda, na exposição de venda, na aquisição, na
guarda e transporte para exportação de espécies estando vivas ou abatidas, ovos,
filhotes, larvas sem que haja uma autorização ambiental ou em desacordo com
mesma. Temos ainda, a danificação ou destruição dos seus ninhos, abrigo ou habita
natural. Outro fato que de grande relevância é a introdução de espécies consideradas
estrangeiras no Brasil sem a devida autorização e estudo podendo assim causar
impactos ambientais a determinadas espécies.
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procuram sempre atender às demandas que decorrem a respeito de questões
ambientais, onde seu principal objetivo é o dano ambiental ocorrido ou que por
ventura possa ocorrer. Podemos ainda ter uma concepção que a maioria dos danos
ambientais pode causar efeitos irreversíveis, e as ações de cunho ambiental devem
seguir o caninho baseado nos princípios da Prevenção, da Precaução e do Não
Retrocesso.
A perícia também pode surgir a partir da necessidade do juiz, para que haja
um conhecimento esclarecer de atos e fatos ALMEIDA, (2011, p.21). Observe agora
algumas peculiaridades sobre a perícia ambiental. Destaca-se entre elas a principal
que é de um laudo ambiental e um laudo técnico. Ao primeiro momento apresentam
a mesma finalidade, porem há uma diferença entre Laudo Pericial e Laudo Técnico.
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É sobre a competência legal para sua realização, ou seja, por mais que ambas
tenham fundamento técnico e são realizadas por profissionais habilitados, há uma
diferença na competência legal para sua realização. O laudo pericial apresenta
algumas divergências básicas em sua aplicação, o responsável pela sua realização
e responsável pela sua condução desenvolvimento dos seus trabalhos é pessoa uma
designada pela lei, ou seja, peritos oficiais, ou nomeadas pelo juiz para atuar perito
nomeado. Já o laudo técnico é um documento que resulta também de uma analise
técnica por uma pessoa que apesar de não ter conhecimento técnico sobre o assunto,
não tem a competência legal para atuar como perito seja ele oficial ou nomeado.
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do local para tomada de informações por meio de fotos, relatos de funcionários
pessoas que moram próximo ao local. Nesse momento, o perito reúne todos os
materiais das fases anteriores e começando assim redigir, reproduzir os anexos e
montar assim o laudo final para entrega a juiz que solicitou a pericia. Com a
elaboração final do laudo pericial dá-se por meio de uma a leitura e análise dos fatos:
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REFERÊNCIAS
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT. Série de
Normas ISO 14000. Sistemas de gestão ambiental: especificações e diretrizes para
uso. NBR ISO 14001. Rio de Janeiro: ABNT, 1996.
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PACHECO, M. S.; OLIVEIRA, D. R.; LA GAMBA, F. A História da Auditoria e
Suas Novas Tendências: um Enfoque Sobre Governança Corporativa.
Seminários em Administração FEA-USP. São Paulo, Agosto de 2007.
ALMEIDA, Josimar Ribeiro de; OLIVEIRA, Simone Gomes de; PANNO, Márcia.
Perícia ambiental. Rio de Janeiro: Thex, 2003. 205 p.
39
Milllennium, 2014. Cap. 6. p. 269-292.
ANTUNES, Paulo de Bessa. Direito ambiental. Imprenta: 18. ed., rev., atual.
e ampl. São Paulo, Atlas, 2016.1438 p.
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