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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE GAZA

FACULDADE DE AGRICULTURA
ENGENHARIA HIDRÁULICA AGRÍCOLA E ÁGUA RURAL

SOCIOLOGIA E EXTENSÃO RURAL

PROJECTO DE DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO


DA ESTAÇÃO DE BOMBAGEM UMBAPI NA RBL, EP

Discente: Código:
Euler Joao Pedro Marapusse 2017535

Docente:

dr. António Rosse

Lionde, Setembro de 2020


DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
UMBAPE

Sumário
1.0 Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1 Objectivos: ............................................................................................................................... 5
1.1.1 Geral: .................................................................................................................................... 5
1.1.2. Específicos: .......................................................................................................................... 5
2.0 Problema e Justificativa ......................................................................................................... 5
3.0 Revisão Bibliográfica .............................................................................................................. 6
3.2. Grupo-Alvo ............................................................................................................................. 6
3.3. A Comunicação ..................................................................................................................... 6
3.4. Técnica de comunicação ........................................................................................................ 6
3.5. Facto social ............................................................................................................................. 6
3.6. Transmissão de conhecimento .............................................................................................. 7
3.6.1. Transferência de tecnologia ............................................................................................... 7
3.7.Irrigação................................................................................................................................... 7
3.7.1. Irrigação localizada ............................................................................................................ 7
3.7.2.Gotejadores ........................................................................................................................... 8
3.8. Eficiência de aplicação ........................................................................................................... 8
3.9. Condutividade Eléctrica (CE) ............................................................................................... 8
4.0 Metodologia ............................................................................................................................. 9
4.1 Materiais usados para a realização do trabalho .................................................................. 9
4.2 Localização e caracterização do clima da área do Projecto ................................................ 9
4.2.1. Estação de Bombagem da UMBAP ................................................................................... 9
4.2.2. CLIMA ............................................................................................................................... 10
5.0 Estudo de Viabilidade ........................................................................................................... 11
5.1. Viabilidade econômica ......................................................................................................... 11
5.2. Viabilidade Técnica ............................................................................................................. 11
6.0. Técnica de Comunicação ..................................................................................................... 12
7.0. Transmissão de Conhecimento ........................................................................................... 12
8.0. Estratificação Social e Tipo de Rural ................................................................................. 13
8.1. Tipo de estratificação ........................................................................................................... 13
8.2. Tipo de rural que se enquadra a cidade de xai-xai ........................................................... 13
9.0 MANEIO DE IRRIGAÇÃO ................................................................................................ 14

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9.1 Fonte de Água ........................................................................................................................ 14


9.2 Necessidades de água de rega............................................................................................... 14
9.3 Eficiência de aplicação .......................................................................................................... 14
9.4 Número de horas de trabalho disponível por dia ............................................................... 14
9.5 Características do Solo ......................................................................................................... 15
9.5.1. Mapa da área de implementação do sistema de rega .................................................... 15
10.0 DIMENSIONAMENTO AGRONÓMICO ....................................................................... 15
10.1 Cálculos de Dimensionamento Agronómico ..................................................................... 15
10.1.1 Tipo de Rega ..................................................................................................................... 15
10.1.2 Tipo de solo ....................................................................................................................... 16
10.1.3 Caracteristicas da cultura ............................................................................................... 16
10.1.4 Dent ajustado .................................................................................................................... 17
10.1.6 Volume de água ................................................................................................................ 17
11.0DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO........................................................................... 19
11.1 Disposição Inicial do Sistema na área de rega.................................................................. 19
11.2 Dimensionamento das Linhas Laterais ............................................................................. 20
11.3 Dimensionamento da linha principal ................................................................................ 21
11.4. Dimensionamento da linha de sucção e recalque ............................................................ 21
11.4.1. Formulas usadas para dimensionamento das caractericas da linha de sucção. ........ 21
11.4.1.1. Perdas de cargas continuas: ........................................................................................ 21
11.4.1.2 Perdas de carga localizadas: ........................................................................................ 22
11.4.2 ACESSÓRIOS USADOS NA SUCÇÃO E RECALQUE............................................. 22
11.4.2.1 Dimensionamento das linhas de sucção e recalque .................................................... 22
11.4.2.2.Dimensionamento do conjunto motobomba ............................................................... 23
11.4.2.2.1. Potência da Bomba ................................................................................................... 23
11.4.3.1. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA BOMBA ........................................................ 24
12.0 Quantidades estimadas de material .................................................................................. 24

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1.0 Introdução
A água é um componente essencial para todos os seres vivos. Embora seja uma das mais simples
substâncias químicas da natureza, possui propriedades únicas que promovem uma ampla variedade
de processos físicos, químicos e biológicos. Segundo(LUNA, 2013), a água tem sido muito
importante desde a antiguidade, visto que, mesmo as primeiras civilizações que surgiram, se
instalaram em áreas costeiras ao longo de cursos de água. Mas o principal desafio era conduzi-la
e armazena-la, podendo assim utiliza-la para irrigar áreas férteis e conseguir produzir o suficiente
para a sua sobrevivência.

A agricultura é uma das actividades mais praticadas em todo o mundo, mas ultimamente com a
variação dos factores climáticos a agricultura de sequeiro tornou-se numa actividades de risco e
não viável, isso faz com que se procure mecanismos para reduzir a alta dependência pelos factores
climáticos, e infra-estruturas de armazenamento e condução de água para o uso agrário.

A agricultura é uma das áreas que contribui para o desenvolvimento económico e sustentável de
um país. Mais ha vários factores que dificultam a produção em grande escala. Em Moçambique,
praticar agricultura de sequeiro torna-se uma actividade de grande risco, sobretudo na zona sul do
país, devido a grandes irregularidades da precipitação nesse ponto do país, o que faz com que o
rendimento das culturas nesta zona seja baixo ou quase nulo.

O presente trabalho de Dimensionamento que cobre uma área de 78 ha, visa principalmente criar
facilidades de rega para os agricultores do sector familiar da RBL nos campos de ponela sul e
expandir a área de exploração e produção do ponela sul, com alta eficiência de aplicação e poucas
perdas de água para rega da área desejada. O Projecto de Dimensionamento é para uma área do
Umbapi de 78ha, em que nem todo o espaço dessa área possui um sistema de rega e que a área
explorada está carente de um sistema irrigação eficiente, dependendo ainda da precipitação para a
rega das culturas. O sistema a ser dimensionado é o de rega localizada (Rega por Gota-a-gota),
para as hortícolas.

A área de trabalho localiza se na província de Gaza, distrito de Xai-Xai. Há que frisar que a
constituição do solo de Xai-Xai é variável, visto que os tipos de solos predominantes são os
argilosos nas baixas e os arenosos nas serras.

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1.1 Objectivos:

1.1.1 Geral:
 Dimensionar um sistema de rega Gota-a-gota numa área de 78ha na região do Umbapi,
com vista a melhorar as condições de rega dos agricultores do sector familiar e expansão
da área de produção do ponela sul.

1.1.2. Específicos:
 Apresentar a viabilidade do projecto, bem como a técnica de comunicação e transmissão
de conhecimento do projecto;

 Identificar o tipo de solo da área e as suas propriedades físicas e químicas;

 Aplicar o dimensionamento agronômico;

 Aplicar o dimensionamento hidráulico;

 Traçar o mapa de quantidades.

2.0 Problema e Justificativa


Necessitamos reposicionar a agricultura familiar de forma que ocupe um lugar prioritário nos
programas nacionais e regionais. Nada se assemelha mais ao paradigma da produção alimentar
sustentável que a agricultura familiar. Os agricultores familiares desenvolvem habitualmente
actividades agrícolas não especializadas e diversificadas que lhes outorga um papel fundamental
na garantia da sustentabilidade do meio ambiente e na conservação da biodiversidade (FAO, 2014).

A agricultura é uma das áreas que contribui para o desenvolvimento económico e sustentável de
um país. Mais ha vários factores que dificultam a produção em grande escala. Em Moçambique,
praticar agricultura de sequeiro torna-se uma actividade de grande risco, sobretudo na zona sul do
país, devido a grandes irregularidades da precipitação nesse ponto do país, o que faz com que o
rendimento das culturas nesta zona seja baixo ou quase nulo. Daí que se optou na escolha de um
sistema de rega por gota-a-gota, por ser um sistema que possui uma grande eficiência na aplicação
de água, manutenção não complexa e assim sendo um sistema propício para o tipo de cultura a
irrigar por ser de valor económico no país e fonte de rendimento de agricultores do sector familiar.

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3.0 Revisão Bibliográfica


3.1.Estudo de viabilidade

Um estudo de viabilidade é uma avaliação da praticidade de um projeto ou sistema proposto. Um


estudo de viabilidade visa descobrir de maneira objetiva e racional os pontos fortes e fracos de um
negócio. O objetivo de um estudo de viabilidade é mitigar os riscos envolvidos em um negócio.
Um bom estudo de viabilidade envolve vários pontos de vista

3.2. Grupo-Alvo
O público-alvo é, basicamente, o grupo de pessoas que você identifica como aqueles que possuem
o perfil ideal para se tornarem seus clientes. Ou seja, aqueles que você acredita que vão se
identificar com sua marca, que têm características e pensamentos em comum com a empresa e,
consequentemente, irão comprar seus produtos ou serviços. Basicamente, são as pessoas em quem
você irá focar as estratégias do seu negócio.

3.3. A Comunicação
É um processo que envolve a troca de informações entre dois ou mais interlocutores por meio de
signos e regras semióticas mutuamente entendíveis. Trata-se de um processo social primário que
permite criar e interpretar mensagens que provocam uma resposta.

3.4. Técnica de comunicação


A técnica de comunicação inclui temas técnicos, e no processo de comunicação em que está
envolvido algum tipo de aparato técnico que intermedia os locutores, diz-se que há uma
comunicação mediada.

3.5. Facto social


O facto social são a manifestação de grupos de indivíduos dentro de uma determinada sociedade,
e factos sociais não são manifestação de uma única pessoa.

Os factos sociais podem ser positivos e negativos. Factos sociais podem ser manifestação física ou
mental, como por exemplo: fome, desemprego. Seca, crise económica,

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3.6. Transmissão de conhecimento


Segundo (Mendes e Sales, 2009), pode-se definir a transferência de tecnologia como sendo um
conjunto de atividades, habilidades, conhecimentos, processos e experiências que podem ser
incorporados a um produto ou serviço.

3.6.1. Transferência de tecnologia


É considerada como ferramenta essencial para uma metodologia que tem como princípio atender
as demandas de grupo-alvo. Por fim pode-se afirmar que o processo de transferência tecnológica
tem como finalidade um desenvolvimento rural sustentável, através da utilização de processos
inovadores pelos produtores rurais para criar novos Padrões de produção e produtividade (Mendes
e Sales, 2009).

3.7.Irrigação
Irrigação pode ser definida como sendo a aplicação artificial de água ao solo, em quantidades
adequadas, visando proporcionar a umidade adequada ao desenvolvimento normal das plantas nele
cultivadas, a fim de suprir a falta ou a má distribuição das chuvas.

3.7.1. Irrigação localizada


É o método em que a água é aplicada diretamente sobre a região radicular, com pequena
intensidade e alta freqüência.

Imagem 1 – Sistema de rega localizado (rega por gotejamento).

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3.7.2.Gotejadores
Os gotejadores são emissores que distribuem com elevada eficiência (95%), a água sob a forma de
gota a gota. Têm por função conduzir a água que se encontra sob pressão dentro da tubulação para
o sistema radicular da planta, por meio de gotas (Figura 1.2). Os gotejadores são instalados na
parede externa da tubulação de polietileno (on-line), em quantidade e distâncias preestabelecidas
no projeto (Figura 1.3).

Imagem 1.2- irrigação localizada por gotejamento. Imagem 1.3 - Gotejador do tipo on-line.

3.8. Eficiência de aplicação


É um parâmetro que permite ilustrar em que medida um determinado sistema de rega é eficiente
no transporte da água até a planta. A eficiência de aplicação depende do método de rega.(irrigação
por sulcos ou bacias 60%, aspersão 75%, e irrigação localizada 90%), (FAO, 2014).

3.9. Condutividade Eléctrica (CE)


Se refere a capacidade que uma solução aquosa possui em conduzir corrente eléctrica. Esta
capacidade depende basicamente da presença de iões, da concentração total, mobilidade, valência,
concentrações relativas e medidas de temperatura. A condutividade é medida por Condutivímetro
e é expressa em μS/cm ou mS/cm (CLESCERI et al. citado por COLOMBO, 2011).

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4.0 Metodologia
Para a realização do presente trabalho, o meto aplicado foi o método de Dedução, onde partiu-se
de uma questão geral (o desejo da empresa RBL em expandir a área de produção do ponela sul e
melhorar as condições de rega do sector familiar, implementando um sistema de rega por
gotejamento) para o particular que são os benefícios que cada agricultor terá com a concepção do
novo sistema e o ganho que cada funcionário da estação umbapi da RBL possuirá também. Optou
se na revisão de algumas literaturas para o suporte teórico e questões regulamentares de concepção
de sistemas de rega por gotejamento, estudos feitos por vários autores acerca de rega e drenagem,
bibliografias relacionadas aos sistemas de rega por gota-a-gota e no trabalho de campo feito para
a execução da actividade de campo.

4.1 Materiais usados para a realização do trabalho


Para a realização deste trabalho, usou-se um GPSmap75 para a coleta de dados (coordenadas para
a produção do mapa da área de implementação do sistema) foi necessária uma colaboração de um
técnico da empresa RBL em mapeamento que auxiliou no levantamento de cotas do campo e
realização do mapa da área a que se destina o dimensionamento, também usou-se o software
AutoCad 2016 para o desenho do layout do sistema e o software Cropwat 8.0 para o
dimensionamento agronômico e manuais de hidráulica para o dimensionamento hidráulico do
sistema.

4.2 Localização e caracterização do clima da área do Projecto


A área de trabalho localiza-se no distrito de Xai-Xai, no perímetro irrigado (regadio) do Baixo
Limpopo nos campos de UMBAP, a mais de 2 km da cidade baixa no lada oposto da estação de
bombagem umbap.

4.2.1. Estação de Bombagem da UMBAP


A estação de bombagem de UMBAP é considerada estação mãe do regadio, por ter duplo
funcionamento, isto é, rega e drenagem. A estação é composta por 4 eletrobombas de rega com
capacidade de 0,32 m3/s cada. E 4 eletrobombas de drenagem com uma capacidade de 1,96 m3/s.
O processo de rega e drenagem, ocorrem simultaneamente, a água é drenada dos solos

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hidromórficos para o rio e do rio para o reservatório, depôs para a rega nos campos de Ponela
através dos 20 hidrantes distribuídos nos campos de ponela.

4.2.2. CLIMA
Considerando a sua localização a sul de Moçambique e no litoral, o Distrito de Xai-Xai é
influenciado e condicionam o estado do tempo e diferencia as estacoes do ano, nomeadamente o
sistema de anticiclone dos oceanos indico e atlântico, pela célula continental de altas pressões
(estacão seca), e pela depressão de origem térmica ( estacão chuvosa), e ainda pela sua localização
geográfica o distrito esta exposto a a acção de sistemas frontais e depressionários que transportam
massas de ar polar marítimo responsáveis pelas chuvas e aguaceiros em plena estacão fresca e
tradicionalmente seca, assim como chuvas e trovoadas na estacão das chuvas.

O clima do distrito de Xai-Xai, segundo Reddy(1986, 1984) é do tipo sub-húmido, carecterizado


por grandes variações pluviométricas ao longo do ano e entre os anos, por conseguinte com a
agricultura de sequeiro de baixo a moderado risco. A precipitação media anual ronda os 1000mm,
correndo, essencialmente, de Novembro a Março e a evapotranspiração de referencia media anual
varia entre 1200 e 1500mm, este regime pluviométrico permite apenas um período de crescimento
com uma duração estimada em cerca de 120dias (numero de dias húmidos, R>ETP), apresentando
a região um risco moderado de perda de colheita para as culturas de sequeiro. Segundo Reddy
(1985), a probabilidade de ocorrência de seca nestas áreas e de perda das colheitas na região era
inferior a 30%, considerando o mês de fevereiro o mas seguro em termos de probabilidade de
sucesso da sementeira. A temperatura media anual varia entre 22.5˚C e 24˚C, e o risco de
ocorrência de geadas é nulo, mesmo durante a época fria.

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5.0 Estudo de Viabilidade

5.1. Viabilidade econômica


O projecto vai gerar valor para o grupo-alvo da seguinte maneira: primeiro para o RBL a entidade
gestora do sistema, vai gerar valor átraves do pagamento de uma taxa que será paga pelos
agricultores pela utilização de água de rega que será fornecida pelo regadio e também o pagamento
de um valor básico para obtenção de uma nova área de produção para os agricultores que
necessitarem de expandir seus campos e para os novos que quiserem adquirir uma área para
produzir. Segundo, para os agricultores vai gerar valor com o aumento da produtividade e
produção regular de produtos de óptima qualidade oferecendo oportunidade de comercio para o
agricultor, e vender os produtos aos mercadores para ganhar dinheiro, também como uma parte do
produto produzido correspondente a taxa a pagar, pode servir de pagamento pelo fornecimento de
água e utlização de área de produção do regadio.

5.2. Viabilidade Técnica


O projecto engloba um conjunto de atividades, habilidades, conhecimentos, processos e
experiências que podem ser incorporados no regadio nas áreas agricultáveis não exploradas, traz
inovações e mudança de Padrões de aplicação e gestão de água para irrigação e sistema de
ferrtirrigação no melhoramento de produção e produtividade, apresenta uma tecnologia de
irrigação nova e benéfica para os produtores e cantoneiros através do sistema de irrigação por
gotejamento ou seja gota-gota, garante um crescimento da produtividade das culturas por parte da
irrigação e ferrtirrigação, técnicas de uso racional de água da rega, permite a não dependência de
água da pluviosidade para a pratica da agricultura, nesse caso irá permitir que os agricultores do
sector familiar deixem de praticar a agricultura de sequeiro, tudo isso através da transferência de
técnica, tecnologias, inovações e mudança de Padrões de produção e produtividade que o projecto
tem. O projecto destina-se a minimizar a dependência da precipitação para irrigar os campos de
produção, pelos pequenos agricultores e proporcionar oportunidade de expansão de areas de
produção nos campos do ponela sul na estação de bombagem Umbape no Regadio do Baixo
Limpopo. Este projecto visa oferecer melhores condições de produção e aumento da mesma por
via de concepção de um sistema de irrigação localizado e específico para o tipo de cultura
produzido pelos agricultores e criar a chance de se aumentar a área de produção, com a proposta

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do sistema haverá condições de poder-se aumentar a área de produção, podendo assim aproveitar-
se as parcelas de terra que não estão em uso por falta de meios e mecanismos para o uso da mesma.

O projecto vai funcionar da seguinte forma: o sistema de irrigação será concebido e gerido pelo
regadio. Este será instalado nos campos do Ponela Sul onde uma parte do campo já é explorada
pelo sector familiar, e também irá abranger a parte que não é explorada até agora, isto é, para
fornecer áreas de produção a mais agricultores do sector familiar e também dar oportunidade de
expandir o campo de produção dos outros agricultores se necessitarem em aumentar os seus
campos de produção.

6.0. Técnica de Comunicação


A comunicação consistirá na transmissão de mensagens de uma forma organizacional
desenvolvida no seio da organização, na empresa, Regadio do Baixo Limpopo – Na Estação de
Bombagem Umbape e desta para o exterior.

O tipo de comunicação a ser aplicada será a comunicação verbal e a comunicação técnica, que
exteriorizará o ser social dos funcionários do Regadio assim como os agricultores, e realizada pela
linguagem falada ou escrita e a elaboração de material técnico com o intuito de instruir e auxiliar
os cantoneiros e os agricultores na forma de utilizar os equipamentos. O elemento principal da
comunicação será a língua e qualquer ato da fala envolverá uma mensagem e outros quatro
elementos conexos, o emissor, o receptor, o tema (tópico) da mensagem e o código utilizado, a
relação entre eles será variável.

7.0. Transmissão de Conhecimento


Consiste na criação de novos padrões de produção e produtividade, assim como transferência de
técnicas de inovações tecnologias para garantir a produção e a produtividades dos agricultores do
sector familiar da estação Umbape do Regadio do Baixo Limpopo. Dota-os de técnicas
tecnológicas que permite o uso e expansão de terras agricultáveis assim garante um melhoramento
e crescimento na produtividade dos agricultores do sector familiar, e solução para o problema de
falta de exploração de áreas agricultáveis do regadio por falta de um sistema de gestão e aplicação
de água para irrigação eficiente na aplicação e com poucas perdas de água, por parte da empresa
RBL em alguns campos do sector familiar na estação Umbape.

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Na transferência ou transmissão de conhecimento para o grupo-alvo, ou seja, transferência de


tecnologia para os agricultores do sector familiar e cantoneiros da RBL, existe uma construção de
conhecimento. Através da utilização de processos inovadores pelos produtores e cantoneiros na
criação de novos padrões de produção e produtividade, na gestão e aplicação de água para rega, e
novas técnicas de ferrtirrigação, por parte da empresa RBL através de estratégias e técnicas
inovadoras na expansão e exploração de terras agricultáveis não aproveitadas, ou seja, que não
estão em uso. O projecto servirá para novos padrões sociais do grupo-alvo gerando conhecimentos
por parte dos cantoneiros e produtores do sector familiar, na utilização de novas técnicas de
aplicação de água para rega e ferrtirrigação de um modo mais eficiente, em novas estratégias de
como expandir a exploração das áreas agricultáveis garantido que a água chegue até aos campos
sem perdas significativas e uma aplicação constante da água sem depender da pluviosidade para
garantir uma boa produtividade em qualquer estação do ano.

8.0. Estratificação Social e Tipo de Rural

8.1. Tipo de estratificação


A sociedade (grupo de indivíduos) da cidade de xai-xai é classificada ou estratificada em classes
sociais, pois a estratificação em classes é típica das sociedades secundarizadas urbano-industriais
do presente. As classes sociais baseiam-se no valor que afirma o direito de todos os indivíduos de
usufruírem de todas as vantagens econômicas e sociais em geral que a cidade oferece de acordo
com os méritos de cada um e independentemente da sua condição social de nascimento.

8.2. Tipo de rural que se enquadra a cidade de xai-xai


A cidade enquadra-se no rural moderno, pois a sociabilidade é caracterizada como precária
estruturalmente em relação ao mundo urbano (sócio-ambiental), as condições de vida de camponês
tradicional não são necessariamente inferiores à do urbano. A cidade está enquadrada numa
modernização que impõe seu ritmo e padrão de produção e produtividade nas novas condições que
se redefinem e a vida social dos indivíduos em comunidade reorganiza-se segundo o nível de
conhecimento científico variado (orgânico, inorgânico e super-orgânico) dos indivíduos da cidade.

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9.0 MANEIO DE IRRIGAÇÃO

9.1 Fonte de Água


Foi estudada a possibilidade de aproveitamento de recursos hídricos existentes junto a área em
referência, nomeadamente a Vala Umbape que passa junto a área do projecto que está na área em
exploração. Da possibilidade de recursos hídricos existente como fonte de captação para o sistema,
constatou-se que a vala reune as melhores condições com uma capacidade de água suficiente para
o efeito (caudal suficiente, boa qualidade de água e boa posição em relação á área onde o sistema
será instalado).

9.2 Necessidades de água de rega


As necessidades de água para rega foram estimadas através do Programa da FAO Cropwat versão
8.0 beta, com base nos dados climatológicos publicados pela FAO para a estação Pluviométrica
de Maniquinique, próximo a área do projecto, e outros elementos de cálculo referentes a cultura.

Para o efeito de avaliação das necessidades de água para o sistema de rega, foi tomada como
referência a cultura de Tomate.

Para o cálculo das necessidades de água para rega incluindo o dimensionamento hidráulico, foi
tomado como referência o valor da máxima necessidade líquida de água de rega por dia (ETc =
3,77 mm dia-1), que correspondem ao período crítico da cultura.

9.3 Eficiência de aplicação


Com base na literatura, considerou-se uma eficiência de aplicação (Ea) de 90%, (FAO, 2014).

9.4 Número de horas de trabalho disponível por dia


Para realização dos trabalhos de rega foi adoptado um período de 14 horas/dia, onde esta actividade
pode ser realizada durante 7 dias/semana, à excepção do oitavo dia, reservado para o descanso dos
operadores e a manutenção do sistema, usando a formula seguinte:

Lamina Bruta (mm) × Area relativa ao Espacamento (𝑚2 ) 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒


T= ⟹T=
Vazao(𝑙⁄ℎ) vazao

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9.5 Características do Solo


Segundo Bueno (2012), para o dimensionamento do sistema foi considerada uma textura franco-
arenosa (solos médios) e com base em dados obtidos, foram consideradas as seguintes
características de solo: Velocidade básica de infiltração (VIB = 40 mm d-1;) Capacidade de campo
e ponto de murcha permanente (CC - P.M.P) = 290, respectivamente; Densidade do solo (Dg) =
1,65 g cm-3 e Disponibilidade de água no solo (f) = 0,60.

9.5.1. Mapa da área de implementação do sistema de rega

Imagem 2 – Mapa do campo.

10.0 DIMENSIONAMENTO AGRONÓMICO

10.1 Cálculos de Dimensionamento Agronómico


Necessidade de água de rega da cultura de Tomate:

10.1.1 Tipo de Rega


 Rega por Gotejamento;

 Área de rega 780 000m.2

 Condutividade eléctrica de água de rega (CEi) = 1.7 dS/m;

 Condutividade eléctrica do estrato do solo (CEe) = 2.2 dS/m;

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 Eficiência do Projecto (Ep)=90%;

 Condutividade eléctrica máxima tolerada pela cultura=2.7 dS/m.

10.1.2 Tipo de solo


o Solos Medios.

10.1.3 Caracteristicas da cultura


Acultura tem uma profundidade máxima de 1 m;

Acultura atinge a profundidade máxima aos 115 dias depois da sementeira.

ETc = Kc * ETo =>ETc = 3.96 mm/dia

As tabelas abaixo (1 a 5), apresentam resumo dos cálculos de dimensionamento agronómico.

Tabela 1: Característica do campo

Comprimento (m) 1282


Largura (m) 608.425
Topografia (%) 0.001
Area (ha) 78

Tabela 2: Característica da Cultura

Cultura Tomate
Prof Raízes (cm) 25
NAR cultura (mm/dia) 3.77
NAR cultura (mm/6 dias) 22.62
𝑑𝑛𝑒𝑡(𝑚𝑚.𝑑𝑖𝑎−1 ) = (𝐶. 𝐶 − 𝑃𝑀𝑃) × 𝑅𝑍 × 𝑃 29

𝑑𝑔𝑟𝑜𝑠𝑠(𝑚𝑚.𝑑𝑖𝑎−1 ) 32.22
𝑁𝐴𝑅 𝑚𝑚 25.13
( )
Lamina Bruta (mm) = 𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖ê𝑛𝑐𝑖𝑎6𝑑𝑖𝑎𝑠
𝑎𝑝𝑙𝑖𝑐𝑎çã𝑜

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
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10.1.4 Dent ajustado 10.1.5 Dgross ajustado

30.16
𝐷𝑛𝑒𝑡 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡= 3.77*8 𝐷𝑔𝑟𝑜𝑠𝑠 = = 33.51𝑚𝑚
0,90

𝐷𝑛𝑒𝑡 𝑎𝑗𝑢𝑠𝑡 = 30.16𝑚𝑚

10.1.6 Volume de água 10.1.7 Caudal

𝑉
𝑉 = denet ajustado ∗ A ∗ 10 𝑄 = IF∗IC∗Turno

23524.8
𝑉 = 30.16 ∗ 78 ∗ 10 𝑄=
8∗7∗2

𝑚3
𝑉 = 23524.8 𝑚3 𝑄 = 210.04 h

Tabela 3: Característica do solo

Disponibilidade de água no solo 0.6


(C.C - P.M.P) (mm/m) 290
Densidade aparente (g/m³) 1.65
V.I.B (mm/dia) 40
Tabela 4: Característica do emissor

𝐶𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙 = 2.09 × 𝐻 0.5 6.61𝑙 ⁄ℎ ⇒ 1.83 × 10−6 𝑚3 . 𝑠 −1


Espaçamento entre emissores (𝐸𝑒 ) 0.50 m
Espaçamento entre as linhas laterais (𝐸𝐿𝐿 ) 1m
Pressão 𝐻 (m.c.a) 10 m.c.a

Tabela 5: Dados adicionais

Intervalo de Rega (dias) 8


Ciclo de Rega (dias) 7
Tempo de Irrigacao h/dia 14

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
UMBAPE

Numeros de subparcelas 13
Manutenção do sistema (dia) 1
Eficiência do sistema (%) 90
Eficiência da motobomba (%) 80

Tabela 6: Dados complementares

DA 1.72

Area molhada( AW)=3.14*r² 0.785m²

Percentagem da area molhada (PW) 0.5

Nr do emissor por planta( Nem)=Ap*pw/AW 1

Nr total do emissor Nt em=NemLL*NLL 388 446

Numero de linhas laterais (NLL) 606

Numero de emissores na linha lateral NeLL 641

Agua disponivel por planta(DTA)=Cc- 49.88


pm/10*DA
Capacidade total de agua no 12.47
solo(CTA)=DTA*Z
Capacidade real de agua no 7.482
solo(CRA)=CTA*f=IRN
Irrigacao real necessaria(IRN) 7.482

Irrigacao real 0.0004858


necessaria(IRN)m³=IRN/1000*AP
Irrigacao total necessaria (ITN)=IRN/EA 0.000539778

Turno de rega(TR)=IRN/ETC 1.8894

DTA em m³=DTA/1000*AW 0.09976

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
UMBAPE

Agua a ser fornecida pela 0.019952


rega(AFR)=DTA*deplecao
Frequencia de rega em dias=AFR/IRN 2.6666667

Intesidade de aplicacao(IA)=Ne*qem/ AW 0.0000012

IRN para todas as plantas=IRN*nr de plantas 165.12

11.0DIMENSIONAMENTO HIDRÁULICO
O presente dimensionamento foi elaborado através de métodos hidráulicos específicos de irrigação
gota - a - gota.

11.1 Disposição Inicial do Sistema na área de rega


Na planta plani-altimétrica abaixo, foi realizada a distribuição simulada do equipamento no campo,
verificando-se todas as possibilidades da disposição de adutoras, o que possibilitou um melhor
dimensionamento do sistema.

Figura 1: Layout ou Planimetria da área de projecto

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
UMBAPE

11.2 Dimensionamento das Linhas Laterais


As tabelas 7 e 8 resumem o dimensionamento das linhas laterais.

Tabela 7: Característica das linhas laterais

Comprimento (m) 1282


Número de Linhas laterais 606
Diâmetro (mm) 71 mm
Material (C) Polietileno 144
𝑁º 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠/𝐿𝐿 641
𝑁𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 388 446
𝐶𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙𝐿𝐿 (𝑚3 . 𝑠 −1) 0.00117
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑝𝑒𝑟𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙(𝐻𝑓=0.20×𝑃𝑆) 2m.c.a
𝑓𝑎𝑐𝑡𝑜𝑟 𝑑𝑒 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑐𝑎𝑜 1 1 √𝑚−1 0.352
(𝑓= + + )
1+𝑚 2.𝑁 6.𝑁2

Pressao no inicio=Ps+0.75*hf 11.5

Pressao no fim=ps-0.25*hf 9.5

∆=pressao no inicio –pressao no fim 2 m.c.a.

D =[(10.646*Q^1.85 *L)/(hL*C^1.85)]^(1/4.87) 71 mm

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑎 𝑡𝑢𝑏𝑢𝑙𝑎𝑐𝑎𝑜 (∅. 𝑐𝑜𝑚𝑒𝑟𝑐𝑖𝑎𝑙) 10.65×𝑄 1.852 ×𝐿 2.05 m.c.a


(𝐻𝑓∅ = )
𝐶 1.852 ×∅4.87

𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑛𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙 (𝐻𝑓=𝐻𝑓∅×𝐹) 0.72 m.c.a

𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 𝑛𝑜 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑜 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙(𝑃𝑠=𝑃𝑠+0.75×𝐻𝑓) 10.54 m.c.a


𝑃𝑟𝑒𝑠𝑠𝑎𝑜 𝑛𝑜 𝑓𝑖𝑚 𝑑𝑎 𝑙𝑖𝑛ℎ𝑎 𝑙𝑎𝑡𝑒𝑟𝑎𝑙(𝑃𝑠=𝑃𝑠−0.25×𝐻𝑓) 9.49 m.c.a
Tabela 8: Característica do emissor

Caudal m³/s 1.83 x 10-6 m3.s-1


Espacamento entre emissores (m) 0.50
Espacamento entre as linhas laterais (m) 1
Pressão (m.c.a) 10

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
UMBAPE

11.3 Dimensionamento da linha principal


A Tabela 9 apresentam, os cálculos do dimensionamento da linha principal.

Tabela 9: Característica da linha principal

Comprimento (m) 608


Número de Linhas laterais 606
Material (C) Tubo Plastico 140
𝑁º 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠/𝐿𝐿 641
𝑁𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑒𝑚𝑖𝑠𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 388 446
𝐶𝑎𝑢𝑑𝑎𝑙 (𝑚3 . 𝑠 −1 ) 0.709
𝑃𝑒𝑟𝑑𝑎𝑠 𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎 𝑎𝑑𝑚𝑖𝑠𝑠𝑖𝑣𝑒𝑙[(𝐻𝑓=0.30×𝑃𝑆)−𝛥ℎ𝑡𝑖] 2.28 m.c.a
D =[(10.646*Q^1.85 *L)/(hL*C^1.85)]^(1/4.87) 0.687m
Velocidade(m/s) 1.99

D comercial 680 mm 0.68 m

11.4. Dimensionamento da linha de sucção e recalque


Em função da adutora ira-se calcular os diametro de sucção e recalque da bomba, o diâmetro de
sucção deve ser mair que o de recalque (Ds > Dr), sendo o diâmetro imediatamente seguinte
disponível no mercado.

11.4.1. Formulas usadas para dimensionamento das caractericas da linha de sucção.


Para o calculo das perdas de carga (friction loss) nas linhas de sucção assim como de recalque,
usou-se a formula de Hazen-Willains,

11.4.1.1. Perdas de cargas continuas:


𝑸 𝟏.𝟖𝟓𝟐 𝑳
𝒉𝒇𝒔 = 𝟏𝟎. 𝟔𝟒𝟔 ∗ [ 𝑪 ] ∗ 𝑫𝟒.𝟖𝟕

𝑸 𝟏.𝟖𝟓𝟐 𝑳
𝒉𝒇𝒓 = 𝟏𝟎. 𝟔𝟒𝟔 ∗ [ 𝑪 ] ∗ 𝑫𝟒.𝟖𝟕

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
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11.4.1.2 Perdas de carga localizadas:


𝑽𝟐
𝒉𝒇𝒍𝒔 = ∑𝑲 ∗ 𝟐𝒈

𝑽𝟐
𝒉𝒇𝒍𝒓 = ∑𝑲 ∗ 𝟐𝒈

11.4.2 ACESSÓRIOS USADOS NA SUCÇÃO E RECALQUE


Tabela 10: Acessórios usados na sucção e recalque

Descricao K

Válvula de pé com crivo 1.75

Curva de 90o 0.30

Válvula de seccionamento 0.30

Válvula de retenção 2.50

11.4.2.1 Dimensionamento das linhas de sucção e recalque


Diâmetro da linha de sucção 320mm

Diâmetro da linha de recalque 300mm

Perdas de cargas totais na linha de sucção 0.150

Perdas de cargas totais na linha de recalque 1.89

Altura geométrica total 5m

Altura manométrica 4.5m

Perda de carga totalsr 2.04

∆Zs 2.5m

∆Zr 2.5m

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
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11.4.2.2.Dimensionamento do conjunto motobomba


Como os conjuntos motobomba serão instalados na fonte de captação a distância horizontal de 3
m e vertical da motobomba de 2 m até o nível de água, será utilizado um tubo PVC de 250 mm de
diâmetro com 8m de comprimento.

Nesse dimensionamento, a determinação da altura manométrica da instalação foi realizada para


atender a condição mais crítica do campo. As informações disponíveis são:

11.4.2.2.1. Potência da Bomba


A potência absorvida pela bomba é calculada por:

𝜸∗𝑸∗𝑯
𝑷=
𝟕𝟓 ∗ 𝐧
𝟏𝟎𝟎𝟎∗𝟎.𝟎𝟎𝟏𝟒∗𝟒.𝟓
𝑷= = 𝟎. 𝟎𝟓𝟗 𝑪𝑽
𝟕𝟓∗𝟎.𝟕𝟎𝟓

11.4.3. Condições de cavitação (𝑵𝑷𝑺𝑯𝒄𝒂𝒍 > 𝑵𝑷𝑺𝑯𝒓𝒆𝒒 )

Conhecida tecnicamente como NPSH, ou seja, a altura que limita a altura de sucção da bomba
(Guedes, 2015).

O NPSH disponível na instalação da bomba (𝑁𝑃𝑆𝐻𝑐𝑎𝑙 3.531 ) é uma preocupação do técnico de


campo. O NPSH requerido pela bomba (𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞 ) poderá ser fornecido pelo fabricante ou
calculado.

Tabela 12: Condições de cavitação (𝑵𝑷𝑺𝑯𝒄𝒂𝒍 > 𝑵𝑷𝑺𝑯𝒓𝒆𝒒 )

Formula Dados

𝑁𝑃𝑆𝐻𝑑 = 𝑃𝑎𝑡𝑚 − (ℎ𝑔𝑠 + ℎ𝑓𝑠 + ℎ𝑣) ℎ𝑣 = 0.239

𝑁𝑃𝑆𝐻 = 9.73 − (0.239 + 2 − 0.013) 𝑃𝑎𝑡𝑚 = 9.73

NPSHd = 3.531 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟 = 3.531𝑚. 𝑐. 𝑎

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DIMENSIONAMENTO DE REGA POR GOTEJAMENTO NO CAMPO DA ESTACAO
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O resultado satisfaz a condição 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑐𝑎𝑙 > 𝑁𝑃𝑆𝐻𝑟𝑒𝑞

11.4.3.1. ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DA BOMBA


Caudal 0.0014m³/s

Potência 𝟎. 𝟎𝟕 𝑪𝑽

Altura 4.5m
Manómetrica

12.0 Quantidades estimadas de material


Na tabela abaixo, ilustra-se as quantidades de materiais que servirão de base para estimar o custo
total desta empreitada. Para efeitos de pagamento dos trabalhos a ser realizados serão válidas as
quantidades medidas após a execução e acordadas entre as partes (Empreiteiro, Fiscalização e
Dono da Obra). Segundo a tabela de mapa de quantidades abaixo.

Tabela 10: Mapa de Quantidades

Preço Preço
Descrição Unidade Quantidade unitário total

Conjunto motobomba Ud 1

Caudal Q = 0.014𝑚3 /s

Potencia P = 0.071 cv Ud

Linha de Sucção

Válvula com pé de crivo 32 mm diâmetro Ud 1

Curva PVC 90° com 32mm de diâmetro Ud 2

Tubo PVC com 32mm de diâmetro Ud 6m

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Uniao de reducao excentrica Ud 1

Linha de recalque

Tubo PVC com 17 mm de diâmetro (6 m cada) Ud 2

Curva de 90° com 17 mm de diâmetro Ud 6

Válvula de retenção com 17 mm de diâmetro Ud 1

Tubo galvanizado com 17mm de diametro Ud 6m

Linha de derivação

Tubo PVC 150 mm diâmetro Metro 236m

Valvula de 150 mm diâmetro Ud 2

Curva PVC 90° de diâmetro 150mm Ud 2

Tampao 150mm Ud 1

Te copolene 150 x 150 x 150mm Ud 1

Linhas laterais

Adaptador macho e Femea 17mm Ud 200

Rolo de tubo de emissores 17 mm Metro 20000

Tampões 17 mm de diâmetro Ud 200

Casa da Bomba

Cimento Ud 80

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Varão 12 mm Ud 100

Brita 3/4 m³ 10

Chapas Zinco para cobertura Ud 14

Barrotes com 6 m cada Ud 8

Filtros

Unioes ( 150 ) mm de diâmetro Ud 1

Curvas de150mm de diâmetro Ud 4

Tubo de 150 mm de diâmetro Metros 6

Torre

Varao de 12 mm de diâmetro ( 6m cada) Ud 40

Varao de 8mm de diâmetro ( 6m cada) Ud 54

Arrame Kg 15

Betao B25 m³ 6

Depositos plasticos 1000l Ud 2

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