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Universidade Save
Chongoene
2022
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O Supervisor
Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos
Universidade Save
Chongoene
2022
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Índice
CAPÍTULO I-INTRODUÇÃO..................................................................................................4
1. Introdução..............................................................................................................................4
1.2. Hipóteses.............................................................................................................................6
1.4. Justificativa.........................................................................................................................6
2.1. Conflito...............................................................................................................................7
3.1.Tipo de Pesquisa................................................................................................................23
3.3.3. Questionário...................................................................................................................27
3.8. Orçamento.........................................................................................................................30
4. Referencias Bibliograficas...................................................................................................30
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CAPÍTULO I-INTRODUÇÃO
1. Introdução
É comum nas organizações que haja conflitos laborais entre colaboradores, mas o que muitas
vezes passa despercebido é que essa divergência de ideias quando bem gerida pode agregar
valor á própria empresa, mas quando tornar-se insustentável pode levar ao declínio e ao
retrocesso na produtividade e na competitividade organizacional, nisto perspectiva-se nesta
pesquisa analisar o impacto da gestão dos conflitos laborais na retenção de talentos.
Esta pesquisa comporta quatro capítulos a saber: Introdução - onde estão delimitados os
objectivos a serem alcançados, formulação do problema e traçadas as hipóteses que são as
possíveis respostas ao nosso problema, de seguida está a revisão da Literatura onde discutiu-
se os principais conceitos relacionados com o tema segundo vários autores e que
posteriormente foram arrolados nas referências bibliográficas e o terceiro capítulo foi
reservado para metodologia, onde foram indicados os caminhos a serem seguidos para o
alcance dos objectivos propostos Para concretização da presente pesquisa usou-se como tipo
de pesquisa a qualitativa, a qual interessa a interpretação qualitativa dos dados que foram
recolhidos no terreno, no que tange ao método de abordagem, recorreu-se ao método indutivo
e foi usado o questionário como técnica de recolha de dados.
O conflito existe desde que o ser humano interage com outros seres humanos. As motivações
foram-se alterando ao longo da evolução da humanidade e, hoje, os conflitos podem surgir
nos mais diversos contextos, seja sociais ou profissionais. Para ultrapassar qualquer tipo de
conflito, é necessário que se tome conhecimento de como se deve agir e como se deve gerir a
situação. Neste sentido, o conflito tem vindo a ser um assunto cada vez mais estudado
relativamente à sua importância nas organizações.
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É sabido que para que uma organização se mantenha no mercado de negócios e garantir a
competitividade deve ter um quadro de pessoal qualificado, com competências e capacidade
de inovação, para que isso aconteça é necessário que a instituição tenha um plano de gestão
de conflitos laborais com vista a manter e atrair talentos para a mesma.
Considere-se que, qualquer organização está envolta de inúmeras interacções, pelo que a
convergência de esforços de todos os elementos que a compõem é terminante nas situações
de conflito Pettinger (2000); (Dimas, etalli, 2005). Ademais, as situações de conflito têm hoje
mais peso nas organizações contemporâneas, tendo em consideração a relevância, cada vez
maior, dada às pessoas e aos relacionamentos humanos.
E tal como observa Chiavenato (1999), uma organização depende tanto do estado de espírito
dos funcionários como da satisfação das necessidades humanas dos participantes. É comum
nas instituições, em particular as publicas a existência de conflitos laborais, chegando até ao
nível de abandono por parte de colaboradores procurando outros ambientes mais calmos e
favoráveis, situações que coloca em causa a sobrevivência e alcance das metas previamente
traçadas, pois melhores talentos acabam abandonando a instituição. Nisto, elaborou se a
seguinte questão de pesquisa: “Que Impacto tem a gestão de conflitos na Retenção de
Talentos Organizacionais na Direcção Provincial de Plano e Finanças de Gaza?”.
1.2. Hipóteses
H1. A gestão de Conflitos Laborais impacta na retenção de talentos na organização, pois uma
organização que gere bem os conflitos, terá um bom ambiente laboral e saudável.
1.4. Justificativa
No escopo académico este trabalho depois de aprovado e defendido servirá de consulta para
os futuros pesquisadores que estarão na mesma linha de pensamento.
Nisto, surge a necessidade de encontrar se forma de sobrevivência das empresas face a esses
constrangimentos e a gestão de conflitos pode ser uma via para alinhar as estratégias da
empresa com os objectivos traçados. A escolha do local deve se ao facto de ter sido o local do
estágio técnico profissional e ter se constatado no local situações de conflitos laborais que
carecem de uma intervenção por parte dos gestores daquela instituição.
2.1. Conflito
A sociedade é constituída por organizações sociais, grupos e indivíduos que possuem
percepções e perspectivas próprias da realidade que os circunda. Dado isto, o conflito
encontra-se presente na sociedade, uma vez que cada grupo e/ou indivíduo apresenta as suas
convicções, podendo estas colidir.
Numa definição mais banal, que se pode consultar num dicionário da Língua Portuguesa, o
conflito é visto como “choque”, “embate”, “luta”, “guerra”, “oposição”, “momento crítico”.
Nestas definições podemos constatar que abrangem tanto as confrontações físicas como os
factores psicológicos, salientando sempre que se trata de acções antagónicas.
Pode entender-se conflito como “um processo no qual um esforço é propositadamente feito
por «A» para destruir o esforço de «B», com recurso a qualquer forma de bloqueio, e que
resulta na frustração de «B», no que concerne à prossecução das suas metas e ao
desenvolvimento dos seus interesses” (Bilhim, 2006).
Para Gestoso (2011), O conflito é um processo que se inicia quando uma parte (indivíduo,
grupo ou organização) percebe que a outra parte (indivíduo, grupo ou organização) frustra ou
tenta frustrar um dos seus interesses. A medida que ocorre a mudança, as situações alteram-se
e a quantidade e a qualidade dos conflitos tendem a aumentar e a diversificarem-se.
Sob outra perspetiva, segundo Ury, Brett e Goldberg (2009, cit. in Pereira, 2016), o conflito
inicia-se quando um indivíduo demonstra uma exigência à contra-parte e esta não aceita. Esta
exigência pode surgir do sentimento de perda, ofensa, carência ou pretensão. O conflito pode
ainda definir-se como o processo de tomada de consciência da existência de um desacordo
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entre as partes, associado a algum nível de oposição entre os objectivos de ambas as partes,
ou da ameaça dos interesses de uma das partes (Ferreira, Neves & Caetano, 2011).
No entanto, conforme sugerido por Pina e Cunha et al. (2014) pode-se extrair destas
definições, três componentes de conflito, sem as quais o fenómeno não ocorre:
ii) A interdependência - as partes em conflito dependem umas das outras para a realização
dos seus interesses e objectivos de tal maneira que a satisfação de um interesse ou
concretização de um objectivo de uma das partes prejudica ou inibe a concretização do
interesse ou do objectivo da outra e vice-versa.
iii) A percepção de incompatibilidade - o conflito só existe se pelo menos uma das partes
em conflito tomar consciência de que os seus objectivos, interesses ou valores são
incompatíveis com os da outra parte e, consequentemente, se determinar a disputá-los.
Determinação essa que pode ser vista como uma quarta componente e condição suficiente
para a eclosão de conflitos.
Estas acções podem ter origens diversificadas. Quando envolvem uma só pessoa trata-se de
um conflito interpessoal, entre duas ou mais pessoas é um conflito interpessoal, entre grupos
é um conflito inter-grupal e quando o conflito é entre nações chama-se conflito internações.
No mesmo sentido, Pruitt (1981) diz que o conflito consiste num episódio em que uma parte
influencia a outra ou um elemento comum, enquanto que a outra parte tenta resistir. Torrego
(2003), olha os conflitos como “situações em que duas ou mais pessoas entram em oposição
ou desacordo por as suas posições, interesses, necessidades, desejos ou valores serem
incompatíveis”. Numa definição mais restrita, o conflito estabelecerá uma percebida
divergência de interesses, ou a crença de que as actuais aspirações das partes não podem ser
alcançadas simultaneamente” (Pruitt & Rubin, 1986,).
divergentes. Numa perspectiva sociológica, tendo em conta Waller in Costa (2003), o conflito
tanto unifica como divide, sendo considerado um dos principais factores de coesão do grupo.
O conflito ajuda a preservar relações que de outra forma seriam intoleráveis. O mesmo autor
apresenta o conflito tendo em conta três visões políticas: a unitária, a pluralista e a radical.
Segundo autor, para a visão política unitária, os interesses dos intervenientes são colocados
de parte, dando-se apenas ênfase aos objectivos da organização. Assim, o conflito é visto
como algo raro e transitório, sendo resolvido através de uma intervenção eficaz.
No que diz respeito à visão política radical, esta, dá mais ênfase à diversidade de interesses
dos intervenientes, que se opõem. Neste caso, a organização é vista como o campo de batalha
entre os intervenientes. Por último, para a visão política pluralista o conflito assenta na
diversidade de interesses dos indivíduos e dos grupos, sendo considerado uma característica
inerente à organização, que se preocupa em aproveitar os aspectos positivos do mesmo.
Costa (2002) reflecte acerca das perspectivas teóricas do conflito, analisando-as enquanto
teorias sócio-psicológicas e teorias desenvolvimentais. No que concerne às teorias sócio-
psicológicas, o autor identifica a teoria da interdependência social; a teoria da estrutura,
processo e atitude/comportamento; e a teoria da dupla preocupação.
Quanto à teoria da interdependência social, Costa (2002), nomeando Deutsch (1949), Johnson
(1974) e Johnson & Johnson (1979), afirma que os conflitos se encontram inerentes em todas
as relações sociais e que a maneira como cada indivíduo lida com o conflito tem a ver com a
natureza da interdependência social de cada situação. Assim, segundo esta teoria, os conflitos
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são resolvidos de forma construtiva quando a solução encontrada para a sua resolução é
satisfatória para todas as partes envolvidas, quando a resolução do conflito fortalece a relação
entre os intervenientes e quando desenvolve nos intervenientes a capacidade de resolver
futuros conflitos de uma forma também construtiva.
Na vida das pessoas o conflito é algo inevitável, dadas as especificidades de cada indivíduo.
A maneira como se tenta solucioná-lo pode ser uma experiência competitiva/destrutiva ou
uma oportunidade que possibilite o crescimento dos envolvidos no conflito. Para isso, a
compreensão da origem do conflito é uma condicionante imprescindível para a resolução do
mesmo. Segundo Crawford & Bodine (1996), geralmente, quando se dá um conflito, uma das
preocupações inerente ao indivíduo é a tentativa de satisfação das necessidades básicas,
prolongando o conflito até à existência de acordo ou satisfação da necessidade.
Crawford & Bodine (1996) e Torrego (2003) explicam a origem do conflito em três fontes:
escassez de recursos (tempo, dinheiro e propriedade), diferentes valores (crenças, prioridades
e princípios) e quatro necessidades psicológicas básicas a seguir discriminadas:
Os indivíduos, ao sentir necessidades que não estão satisfeitas, ao aperceber-se que os outros
já as satisfizeram, podem criar uma situação de conflito, com o objectivo de conseguir saciar
essas necessidades.
Deutsch & Coleman (2000), focando Fischer, mencionam uma outra tipologia da origem dos
conflitos interpessoais, identificando as diferenças económicas de poder e de valores entre os
indivíduos/grupos como principais fontes de incompatibilidades, podendo levar ao aumento
dos conflitos interpessoais destrutivos.
Quanto aos conflitos económicos, estes firmam-se basicamente na competição existente entre
as partes pela escassez de recursos. Os conflitos, cujo motivo são os valores, estabelecem-se
nas diferenças entre valores e princípios das pessoas, ideologias ou formas de estar na vida.
Os conflitos de poder podem originar-se quando uma das partes pretende influenciar e
controlar a outra.
A natureza da relação entre as partes – tem origem na maneira como uma das partes
idealiza a relação com a outra. Pode ambicionar ser dominador ou dominado. Muitos dos
conflitos desta natureza dificilmente se encaram directamente, podendo o conflito ser
desviado ou ficar latente.
Uma distinção de tipologia de conflitos apontada por Deutsch (1973) refere-se a conflitos
destrutivos e construtivos. A dicotomia entre estes dois tipos de conflitos estabelece-se na
medida em que um conflito tem consequências destrutivas, quando pelo menos um dos
intervenientes fica desgostoso com os resultados e sente que perdeu a favor da outra parte
(processo competitivo, perspectiva de ganhar-perder). No outro tipo de conflitos as
consequências são produtivas, pois ambos os intervenientes ficam satisfeitos com os
resultados e sentem que ganharam com o conflito (processo cooperativo, perspectiva de
ganhar-ganhar).
Conflitos verídicos – estes conflitos têm a ver com a mutação das características de um
contexto, o que nem sempre é fácil acontecer. Deutsch pondera que este tipo de conflito é
muito frequente, como este exemplo: ''Se a esposa quer utilizar o espaço de arrumos da
casa para fazer um estúdio de pintura e o seu marido deseja utilizar o espaço para
escritório, eles têm um true conflict” (p.12).
Moore (1986) in Girard & Koch (1997) e Moore (1994) in Heredia (1999) tem duas
categorizações da definição dos tipos de conflitos. Numa primeira, distingue dois tipos de
conflitos, os desnecessários e os genuínos. No primeiro tipo, a origem do conflito encontra-se
na percepção e comunicação, valores, relação e informação, enquanto que, nos conflitos
genuínos, as origens são diferenças mais concretas, tais como, os interesses sobre metas
pessoais a atingir.
O conflito numa organização tem efeitos adversos. Efetivamente, este tanto pode ser
“benéfico e construtivo”, originando inovação e mudança, como “prejudicial e destrutivo”,
provocando situações negativas (Bilhim, 2006). Face ao exposto, a gestão de um conflito é
complexa e são diversas as consequências relativas a este fenómeno (Cunha e Leitão, 2012).
Desta forma, no quadro seguinte estão descritos os potenciais efeitos positivos e negativos do
conflito, adaptados a partir de vários autores citados por Pina e Cunha et al, (2014).
Aumenta os níveis de tensão e stress, Permite que os méritos das diferentes ideias,
podendo suscitar problemas de saúde (física propostas e argumentos sejam testados.
e psicológica).
Toma a organização numa “arena política Cada contentor incrementa a sua identidade
completa” (individual, grupal e organizacional).
Por sua vez, numa perspectiva mais abrangente, existem outras técnicas a ter em
consideração para gerir ou resolver conflitos tais como o estabelecimento de objectivos
superiores, a abordagem estrutural e as condutas de resolução de conflitos (Bilhim, 2006).
Neste contexto, segue-se a descrição destes estilos estratégicos para a resolução de conflitos:
Constituindo o capital humano, um valor competitivo nas empresas torna-se cada vez mais
necessário gerar e gerir equipas de pessoas talentosas, pessoas flexíveis, com capacidade de
acompanhar as rápidas mudanças, criar novas soluções, é sem dúvida um dos maiores
desafios para a gestão na actualidade.
Talento “ antigo peso e moeda de ouro dos gregos e romanos; disposições intelectuais,
naturais ou adquiridas que condicionam o êxito no domínio das artes, das letras, dos
negócios, das relações humanas, nível superior de certas particularidades particularmente
estimadas, grandes inteligências; engenho; agudeza de espírito; habilidade; pessoa de
talento…”(Costa& Melo, 1984), (cit.por Zélia).
Para Berguer (2004) talento é a soma das habilidades do indivíduo – suas características
inatas, habilidades, conhecimento, experiência, inteligência, julgamento, atitude e
personalidade. Incluindo a habilidade para aprender e crescer.
Para que seja possível Retê-los há que os desenvolver, desenvolver talentos é a melhor forma
de os reter, muito do êxito de retenção dos talentos, depende da forma eficiente ou não, como
são atraídos. Uma boa retenção de talentos transforma-se num factor facilitador de atracão.
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Perder-se talentos tem uma repercussão directo no Capital Humano da organização, perder
talentos que ocupem funções chaves pode tornar-se um elemento altamente perturbador da
eficácia e eficiência da mesma. Deste modo a gestão do talento implica numa primeira fase, a
identificação do talento necessário e do seu valor no contexto empresarial actual e previsível
da empresa, e numa segunda fase desencadear as acções necessárias para atrair novo talento,
reter e desenvolver o existente, no sentido de responder às exigências do negócio.
Percebe-se que existem fazedores individuais de chuva, existem sócios que se tornam
fazedores de estrelas, pessoas dotadas de habilidade especial para desenvolver a capacidade
das estrelas dentro de uma organização.
Constata-se assim, a importância de não se ter apenas pessoas, mas sim profissionais que se
destaquem, e que tenham capacidade de acrescentar valor à empresa, pois quando a empresa
desenvolve talentos humanos, também aperfeiçoa o capital humano.
Segundo o pensamento dos autores acima referidos o capital humano pode ser considerado
realmente como propriedade das pessoas, as quais são “emprestadas” à organização pelo
tempo que queiram ficar ou pelo tempo que decidirem retê-las.
Segundo Inácio (2008), com o intuito de reter talentos, as empresasdevem observar se estão
dando as seguintes oportunidades aos seuscolaboradores: realização; reconhecimento;
progresso; prazer pelo que estãofazendo; desenvolvimento pessoal e responsabilidade.
Portanto, o desenvolvimentoorganizacional, alcançará o resultado esperado a partir do
instante em que asorganizações passarem a investir no talento humano. Pode até ocorrer que
por umdado momento a empresa exerça boas práticas utilizando-se de artifícios quetornem
mais fácil o procedimento de produção ou de optimização de tempo, noentanto, um líder não
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conseguirá por muito tempo seguir com seus processos, semrealizar o desenvolvimento e a
retenção dos talentos de sua organização.
Souza (2010) diz que para que um líder retenha um talento é necessáriotambém que ele
possua uma combinação de mente estratégica, habilidade deliderança, comunicação e de
espírito empreendedor e ser um exemplo aos seussubordinados, transmitindo ética e uma boa
imagem e apresentando resultados.
De acordo com os pensamentos dos autores acima citados, para reter os colaboradores, os
gestores devem fazer com que seus colaboradores percebam queestão num ambiente em que
podem ser compreendidos e correspondidos, dando aestes a coragem de expressar seu
verdadeiro talento para queexista um elo entre a organização e seus colaboradores, uma vez
que valorizandoos talentos, ambos têm a ganhar: a organização porque cada vez mais
estarámunida de pessoas dispostas a lutarem por seu objectivo, e os colaboradores porestarem
inseridos numa organização que valoriza seu talento, oferecendo atributospara que
permaneçam inseridos nela.
A segunda fase diz respeito ao “Como devemos proceder?”. Caso na fase anterior se tenha
diagnosticado que o turnover é uma prática muito presente, devem colocar-se em prática
determinadas estratégias. As entrevistas de saída e os questionários pós-saída são práticas
muito comuns, onde se recolhem muitas informações acerca dos reais motivos que
conduziram os colaboradores à saída da organização (Drake, 2008).
Devem ter carga simbólica e visibilidade, e contar com a participação de toda a população da
empresa (Michaelsetal., 2001).
Segundo Triviños (1987) as pesquisas científicas podem ser classificadas, quanto à natureza,
em dois tipos básicos: qualitativa e quantitativa e um misto dos dois tipos. A pesquisa
qualitativa é entendida, por alguns autores, como uma “expressão genérica”. Isso significa,
por um lado, que ela compreende actividades ou investigação que podem ser denominadas
específicas. A pesquisa quantitativa é caracterizada pelo emprego da quantificação, tanto nas
modalidades de colecta de informações quanto no tratamento delas por meio de técnicas
estatísticas, (Richardson, 1999).
Neste trabalho usar-se-á a pesquisa qualitativa que na visão de Triviños (1987), a abordagem
de cunho qualitativo trabalha os dados buscando seu significado, tendo como base a
percepção do fenómeno dentro do seu contexto. O uso da descrição qualitativa procura captar
não só a aparência do fenómeno como também suas essências, procurando explicar sua
origem, relações e mudanças, e tentando intuir as consequências.
A escolha deste método deve se ao objecto da presente pesquisa, onde será necessário
investigar as percepções sobre o impacto da gestão de conflitos laborais na retenção de
talentos nas organizações, caso da Direcção Provincial de Plano e Finanças de Gaza, tendo
em conta que esta será focada na percepção dos gestores e funcionários desta direcção, apesar
de ser um tema que é percebido de forma diferente por cada um, mas deve estar presente em
todos. Este tipo de pesquisa revela-se ainda mais indicada por facilitar a colheita de dados
não quantificáveis, como percepção, significados e explicações que cada sujeito envolvido
tem a respeito deste fenómeno em pesquisa, possibilitando desta forma fazer um estudo
detalhado sobre o tema em estudo.
Os Métodos de abordagem são os métodos que possuem carácter mais geral. São
responsáveis pelo raciocínio utilizado no desenvolvimento da pesquisa, ou seja,
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Este método consistirá na determinação de uma amostra representativa que irá nos fornecer
informações úteis sobre o impacto da gestão de conflitos laborais na retenção de talentos na
Direcção Provincial de Plano e Fianças de Gaza e a partir dessas respostas particulares vai
fazer a inferência.
Quanto ao método de procedimentos este trabalho optar-se-á pela pesquisa descritiva, com
sustento da pesquisa exploratória, que irá ajudar no alcance do objectivos desta pesquisa
como refere Triviños (1987), citado por Oliveira (2011), o estudo descritivo pretende
descrever “com exactidão” os factos e fenómenos de determinada realidade”, de modo que o
estudo descritivo é utilizado quando a intenção do pesquisador é conhecer determinada
comunidade, suas características, valores e problemas relacionados à cultura.
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Segundo Gil (1999), este tem como objectivo principal desenvolver, esclarecer e modificar
conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas mais precisos ou hipóteses
pesquisáveis para estudos posteriores. Segundo o autor, estes tipos de pesquisas são os que
apresentam menor rigidez no planeamento, pois são planeadas com o objectivo de
proporcionar visão geral, de tipo aproximativo, acerca de determinado facto. Concordando
com Gil (2008), ao referir que, as pesquisas deste tipo têm como objectivo primordial a
descrição das características de uma determinada população ou fenómeno e/ou
estabelecimento de relações entre variáveis.
É nessa perspectiva que se escolheu este tipo por se compreender que este possibilita
aumentar o conhecimento do pesquisador sobre os factos, permitindo a formulação mais
precisa de problemas. Neste sentido, a planificação da pesquisa precisou ser flexível o
bastante para permitir a análise de vários aspectos relacionados com o fenómeno. Ademais o
uso da pesquisa descritiva visará encontrar e descrever o sentimento dos funcionários da
direccao Provincial de Plano e Finanças de Gaza em relação ao impacto da gestao de
conflitos na retencao de talentos organizacionais. De salientar que este tipo de pesquisa é
aquele que tem por objectivo estudar as características e percepções de um grupo, é nesta
perspectiva que contribuirá para o alcance do objectivo do estudo, pois contribuirá para o
levantamentodas opiniões, atitudes e crenças da população em estudo, ou envolvida na
pesquisa.
As técnicas de colecta de dados são um conjunto de regras ou processos utilizados por uma
ciência, ou seja, corresponde à parte prática da colecta de dados (Lakatos& Marconi, 2001).
Durante a colecta de dados, diferentes técnicas podem ser empregadas, sendo mais utilizados:
a entrevista, o questionário, a observação e a pesquisa documental. Para a concretização desta
pesquisa, usar-se-á como técnica de colecta de dados o questionário, observação directa e
pesquisa documental.
Para o apuramento das conclusões da seguinte pesquisa irá se observar directamente do local
de estudo situações do impacto das da gestao de conflitos laborais na Direccao Provincial de
Plano e Finanças de Gaza, onde para além das respostas que serão dadas pelos entrevistados,
o pesquisador poderá observar directamente essas constatações.
3.3.3. Questionário
Lakatos e Marconi (2001), questionário é um instrumento de colecta de dados constituido por
uma série ordenadas de perguntas que devem ser respondidas por escrito pelo informante,
sem a presença do pesquisador. Objectiva levantar opinioes, crenças, sentimentos, interesses,
expectativas, situacoes vivenciadas.
O questionário deve ser claro e limitado em extensão e estar acompanhado de notas que de
notas que explicam a natureza da pesquisa e ressaltem a importância e necessidade das
respostas, a fim de motivar o informante. Existem três tipos de questões: fechadas, abertas e
mistas.
Neste trabalho será realizado um questionário com questões abertas e fechadas de acordo
com os roteiros constantes nos apêndices com gestores e alguns técnicos funcionários da
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Direcção Provincial de Plano e Finanças de Gaza, como forma a buscarem respostas de forma
particular do impacto da Gestão de Conflitos Laborais na retenção de Talentos.
A análise dos dados é uma das fases mais importantes da pesquisa, pois, a partir dela, é que
serão apresentados os resultados e a conclusão da pesquisa, conclusão que poderá ser final ou
apenas parcial, deixando margem para pesquisas posteriores (Marconi &Lakatos, 1996).
Existem várias técnicas de análise de dados, mas as principais são a análise de conteúdo, a
estatística descritiva univariada e a estatística multivariada. Neste trabalho, será usada a de
análise de conteúdo e estatística descritiva.
A análise de conteúdo é um conjunto de técnicas de análise das comunicações” que tem por
objectivo enriquecer a leitura e ultrapassar as incertezas, extraindo conteúdos por trás da
mensagem analisada. Segundo Trivinõs (1987), “a análise de conteúdo é um método que
pode ser aplicado tanto na pesquisa quantitativa, como na investigação qualitativa, (Bardin,
1977).
Bardin (1977) afirma que a análise de conteúdo possui duas funções básicas: função
heurística – aumenta a prospecção à descoberta, enriquecendo a tentativa exploratória e
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função de administração da prova em que, pela análise, buscam-se provas para afirmação de
uma hipótese.
De acordo com Marconi e Lakatos (2004), a escolha de um indivíduo entre uma população é
ao acaso quando cada membro da população tem a mesma probabilidade de ser escolhido.
Para o presente estudo, a identificação da amostra será efectuada através do método não
probabilística, por conveniência, em função da disponibilidade e acessibilidade dos
elementos. As principais vantagens deste método são o facto de ser célere, económico e
simples (Hill & Hill, 2012), atendendo ao facto de que os elementos escolhidos são, neste
caso, os que se encontrassem disponíveis.
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Questionários
Pesquisas
Entrevistas
Estudo de caso
3.7. Cronograma das actividades
1 2 3 4 1 2 3 4 1 2 3 4
Aprovação do Projecto e
Recolha de dados
3.8. Orçamento
Total 203,00Mts
4. Referencias Bibliograficas
Bull, W. (2008). Práticas globais de atracção e retenção de talentos. Mercer:
SãoPaulo
Cunha, P. (2008). A diversidade de práticas na relação entre Género, Conflito e Negociação.
Revista da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da UFP,5,, pp.266-279.
Cunha, P., & Leitão, S. (2012). Gestão Construtiva de Conflitos (2ª ed.). Porto: Universidade
Fernando Pessoa.
Pruitt, D. G., & RUBIN, J. Z. (1986). Social conflict, Escalation, Stalemate, and Settlement.
New York. Random House.
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Silva, M., Fruchi, C., Vaz, T., Carrera, M., &Miola, A. (2008). A gestão de talentos
em pequenas empresas –lisboa.
Souza, A.(2008). Como atrair e reter talentos- lisboa
Talento ou da Criatividade?SãoPaulo:Altas.
Thomas, K. W. (1992). Conflict and negotiation processes in organizations. In M. D.
Dunnette & L.M. (1992).Hough (Eds). Handbook of industrial and organizational
psychology (pp. 651-717). Palo Alto, California.
1. Idade:_________ anos
1. Tem havido conflitos ou falta de entendimento entre colegas nesta instituiçao? Sim_Não__
2. Com que frequência tem havido conflitos laborais na Instituição? Sempre____ As Vezes__
Raramente____ Nunca____.
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
2. Quais tem sidos os incentivos dados aos funcionários em caso de se destacarem nas
tarefas? Premiação______ Distinção____ Atribuição de Bolsa de Estudos____
Promoção____, nem por isso______
3. Na sua opinião quais são os factores que contribuem para a retenção de talentos nas
organizações? Ambiente de trabalho___ HST____ Boa Remuneração___ Todas as Respostas
anteriores_____.
1. Qual tem sido a frequência de pedido de Mobilidade de quadros para outras instituições.
3. Se sim qual?______________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
___________________________________________________________________________
FIM