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Nome do Aluno(a):

Louv’Arte Escola de Treinamento para Ministros de louvor e


artes

ORIENTAÇÕES

1-Quanto Aos Procedimentos Acadêmicos


Cada aluno será responsável por:

 Manter assiduidade nas aulas: a participação deve ser acima de 60%


a) Cumprir os deveres de sala de aula, tais como: exercícios, leituras da Bíblia ou de outras indicações
bibliográficas;
b) Participar das atividades extra-classe, caso necessário;
c) Manter vida devocional irrepreensível: Oração e meditação, Ser membro ativo na sua Igreja.

2 – Das Responsabilidades Financeiras.


Todo aluno da Escola de Líderes deverá:

a) Pagar o valor cobrado das apostilas;


b) Participar da oferta da mensalidade com todos os demais

3 – Das Informações Gerais Básicas Para Os Alunos


a) Horário de Entrada e Saída
 Início – 19h.
 Término – 21h

IMPORTANTE : A Escola Louv’Arte é um projeto criado para ser executado e servir no contexto da igreja
local. As aulas serão ministradas na sua maioria pelo líder de louvor da Igreja Batista Missionária,
Sanches Max, como também por outros ministros.

OBJETIVOS PRINCIPAIS:

 Treinar num curto espaço de tempo cada ministro dentro da visão bíblica de adoração e
aspectos práticos de vários ministérios de louvor no mundo.

 Fornecer o ensino básico e necessário a cada ministro de louvor (cantores, instrumentistas,


dançarinos, etc.) para seu bom desenvolvimento no Ministério.

 Habilitar ministros discipuladores. Sendo capacitados para então capacitar a outros.

 Descobrir líderes potenciais para envolvimento nas áreas artísticas da igreja.

 Gerar segurança, na igreja como um todo, de que os seus ministros possuem qualificação
necessária para acompanhamento individual e em equipes.

 Formar novas equipes e ministérios para suprir as necessidades espirituais e musicais de cada
igreja envolvida.

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DATAS CONTEÚDO PROGRAMADO

14/05 AULA INAUGURAL – EXPOSIÇÃO DO CURSO

21/05 AULA 01- DESCOBRINDO MEU CHAMADO ESPECÍFICO

28/05 AULA 02- O MINISTÉRIO DE LOUVOR E SUA


ESTRUTURA

04/06 *Viagem do Professor/ REUNIÃO DOS GRUPOS P/


TRABALHO

11/06 AULA 03- O LÍDER DE LOUVOR E SUAS FUNÇÕES

18/06 AULA 04- QUALIFICAÇÕES DO MINISTRO DE LOUVOR

25/06 AULA 05- CONSELHOS GERAIS PARA O LÍDER DE


LOUVOR

02/07 AULA 06- SEGUINDO UMA DIREÇÃO CLARA -DVD

09/07 AULA 07- CONCEITOS MUSICAIS

16/07 AULA 08- PRÁTICA DE BANDA - DVD

23/07 AULA 09- ENSAIO - DVD

30/07 AULA 10- INTERPRETAÇÃO DA CANÇÃO

06/08 APRESENTAÇÃO E MONTAGEM DE TRABALHO

13/08 AULA 11- PRÁTICA VOCAL

20/08 AULA 12- MINISTÉRIO DE DANÇA

27/08 AULA 13- PROJEÇÃO E MULTIMÍDIA

03/09 AULA 14- ESPONTANEIDADE

10/09 PROVÃO

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CALENDÁRIO – ESCOLA LOUV’ARTE 

 FORMAS DE AVALIAÇÃO

PONTUAÇÃO TOTAL DO CURSO: 100 PONTOS

MINISTRAÇÃO SIMULADA 15
PROVÃO FINAL 20
EXERCÍCIOS INDIVIDUAIS 5
VISITA E RELATÓRIO DE ENSAIO 10
TRABALHO DE PRÁTICA VOCAL 10
EM GRUPO
REPRESENTAÇÃO DOS 30 ERROS 10

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TRABALHO INTERPRETAÇÃO DA 10
CANÇÃO
TRABALHO SOBRE GRUPOS DE 10
LOUVOR
TRABALHO CRIAÇÃO DE 10
MEDLEY

AULA 01 – DESCOBRINDO MEU CHAMADO


ESPECÍFICO
Não é pela força

Conhecendo igrejas e ministérios e suas dificuldades, podemos afirmar que o primeiro desafio a ser vencido no
Ministério de Louvor e artes, se refere ao chamado ministerial. O que mais vemos aí são pessoas certas nos
lugares errados. Sabe o que isso significa? Pessoas que têm um coração sincero para servir a Deus e fazer a sua
obra, mas que estão atuando no lugar errado.

A pessoa no lugar errado sempre se sente como “um peixe fora do aquário”, nunca se sente confortável, e o
trabalho no ministério para ela é feito com muito esforço. É claro que o ministério requer perseverança e
diligência, Mas a Bíblia também nos fala da graça e da unção que Deus nos dá quando estamos operando no
ministério que Ele tem para cada um de nós.

Quando estamos no lugar certo, temos um sentimento de paz no espírito. Vemos a mão de Deus operando,
direcionando,guiando apesar das dificuldades que temos de enfrentar dia após dia. Nós percebemos que estamos
no lugar certo, e as pessoas ao nosso redor percebem ainda mais claramente. Mas no lugar errado, toda essa paz
interior desaparece, tudo tem que acontecer com muita dificuldade, é um esforço diferente da fé e da
perseverança que acompanham os ministérios frutíferos, O ministério se torna um fardo, e as pessoas a sua volta
percebem que existe algo errado. A igreja testifica o nosso chamado, seus líderes, pais, amigos próximos
percebem claramente o chamado de Deus na sua vida, às vezes mais do que você mesmo.

Pessoas certas nos lugares errados se tornam um fardo para o resto do ministério, elas impedem que haja um
crescimento verdadeiro onde estão inseridas, acabam criando situações constrangedoras, porque todos percebem
que elas não se encaixam ali.

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O sacerdócio real e a ordem de Melquisedeque

Um dos termos mais comuns usados para designar as pessoas envolvidas com Ministério de Louvor e de
artes nas igrejas é “levita”. (Números 1:49-53).Os levitas eram responsáveis pelo Tabernáculo do Senhor.Veja
bem, não estamos falando que os levitas eram os responsáveis pela música do Tabernáculo, porque, até o
Tabernáculo de Davi, a música não fazia parte do Culto a Deus.

Muitos estudiosos e líderes de louvor utilizam o termo “levita” para designar uma pessoa que está envolvida no
Ministério de Música e Louvor. Existe uma contenda teológica sobre isso, porque outra corrente de pensamento
afirma que o sacerdócio levítico se encerrou juntamente com a Velha aliança. E nós, que estamos debaixo da nova
aliança, fomos feitos sacerdotes segundo a ordem de Melquisedeque, como diz o livro de Hebreus, em várias
passagens (5:6;6:20;7:11;7:15;7:17). (1 Pedro 2:9).

Portanto não deveríamos chamar os músicos de levitas, mas enxergamos todos os crentes como sacerdotes, que
ministram igualmente diante do Senhor, através da sua adoração. O propósito dessa exposição é mostrar que
sempre houve e ainda há pessoas chamadas especificamente para servir a Deus através da música.

Como Descobrir se sou chamado para isso?

Biblicamente sempre existiram pessoas separadas pro Deus para se dedicarem ao Ministério de Música e
de Artes. Inclusive nos Céus. Vemos pela Bíblia que os querubins são os anjos encarregados de ministrar à
presença de Deus.(Êxodo 25:19-20).

Mas como descobrir se sou chamado para este ministério? Abordaremos agora três passos que nos ajudam a
entender e a discernir o chamado de Deus em nossas vidas, aplicando ao Ministério de Louvor.

1- Orando e Jejuando

É com muita oração que ouvimos a voz de Deus. É jejuando que nos tornamos mais sensíveis à Sua voz.
Precisamos buscar intimidade com o pai para saber onde Ele nos quer realizando a sua obra.

2-Olhe para seus talentos naturais

Salmo 139

Deus plantou em cada um de nós talentos e habilidades. Talvez ele tenha te dado uma bela voz, uma boa
afinação, facilidade com instrumentos, capacidade de interpretação, uma boa elasticidade e jeito para dançar, uma
grande criatividade. Esses são pequenos sinais de que talvez você tenha sido separado para trabalhar com dança,
teatro, pintura, música. Isso não significa que as pessoas já nascem prontas. Estamos falando de habilidades
naturais, você que quer se envolver com o departamento de música e artes possui essa facilidade com as notas,
um bom ouvido musical, uma voz afinada, facilidade para desenhar, expressar em movimentos o que está no
coração?

3-Tente, experimente e esteja disposto a errar

Muitas pessoas não descobrem o seu lugar ministerial porque não estão dispostas a se expor e a errar.
Mas para descobrirmos o nosso lugar precisamos nos expor.

Peça para fazer um teste vocal, Peça a alguém que o ouça tocando. Faça aulas de pianos. Ou quem sabe,
de pintura. Não existe nada de errado em tentar. É tentando que vamos descobrir se realmente gostamos de algo
ou não.

Precisamos nos livrar do nosso orgulho e permitirmos a nós mesmo que erremos. Mas para isso também
precisamos estar dispostos a ser corrigidos e rejeitados. Quem sabe você vai ouvir um “não” do Regente do Coral?
Ou quem sabe você vai ouvir um “não” da líder do Ministério de Dança? Precisamos saber que poderemos ouvir
um “não” ou uma crítica, e que isso irá doer sim, mas que precisamos aprender com eles e continuar em frente,
até encontrarmos o nosso lugar.

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Um ministério frutífero é composto por pessoas certas nos lugares certos. Descubra o seu lugar!

QUESTIONÁRIO PESSOAL

1- EM SUA OPINIÃO, QUAL TIPO DE PROBLEMAS PODEM SER GERADOS POR PESSOAS QUE SE ENCONTRAM FORA DE LUGAR,
MINISTERIALMENTE FALANDO?

2- VOCÊ JÁ SE SENTIU COMO “UM PEIXE FORA DA ÁGUA” EM ALGUM TIPO DE MINISTÉRIO EM QUE VOCÊ ESTAVA ATUANDO? COMO
VOCÊ REAGIU?

3- O AUTOR SUGERE QUE UM DOS PASSOS PARA DESCOBRIRMOS NOSSO VERDADEIRO CHAMADO MINISTERIAL É OLHARMOS
PARA NOSSOS TALENTOS NATURAIS. OLHANDO PRA VOCÊ, QUE TIPO DE TALENTO NATURAL VOCÊ ENCONTRA E COMO ISSO PODE
SER USADO MINISTERIALMENTE POR DEUS?

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO:

1) SUPONHA QUE VOCÊ É O LÍDER DO MINISTÉRIO E IDENTIFICOU UMA PESSOA QUE ESTÁ

INSERIDA EM SUA EQUIPE, MAS, EM SUA OPINIÃO, NÃO ESTÁ EXERCENDO O SEU CHAMADO NO

LUGAR CORRETO. COMO VOCÊ COMUNICARIA ISSO A ESSA PESSOA?

2) EM SUA OPINIÃO, POR QUE AS PESSOAS TEM TANTO MEDO DE TENTAREM SE EXPOR A

ALGUMA EXPERIÊNCIA NOVA? POR QUE ELAS NÃO ESTÃO DISPOSTAS A SE EXPOR E A ERRAR?

AULA 02- O MINISTÉRIO DE LOUVOR- SUA


FUNÇÃO E ESTRUTURA

O Papel do Ministério de louvor no contexto do Culto congregacional

Nós como ministros de louvor, temos a obrigação de criar uma atmosfera na igreja onde o Espírito de
Deus possa fluir livremente e se manifestar. É nosso papel estarmos sensíveis à voz do Espírito, fluindo
juntamente com Ele e evitando que sejamos empecilhos para o seu agir. Você, ministro de louvor, não se contente
com nada menos que isso: experimentar a presença de Deus durante o tempo de ministração de louvor.Não
continue agindo como se o momento de ministração de louvor fosse apenas um “tapa-buraco” no culto, para o
culto demorar mais um pouquinho, e não limite a ministração a preparar as pessoas para o sermão.

É nosso papel como ministros de louvor, criar na igreja uma consciência de que nós não estamos cantando
para passar o tempo, ou porque achamos legal, e sim porque cremos que é algo estabelecido por Deus. Acima de
tudo, tenha uma atitude perante a igreja de que você realmente acredita nisso. Quando a igreja percebe que você
está falando de algo em que você realmente crê, ela é estimulada a praticar o que está sendo dito.

Também é função do Ministério de Louvor ensinar à igreja que cada pessoa pode experimentar o mesmo
poder e a mesma presença de Deus no seu momento de devocional individual. Portanto nossas três funções
básicas como ministros de louvor são:

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1. Criar uma atmosfera na igreja onde o Espírito Santo possa fluir livremente.
2. Trazer uma consciência a toda a igreja do que realmente significa o momento de louvor e adoração
no culto.
3. Ampliar ainda mais essa consciência na igreja, mostrando que esse agir de Deus não está limitado
ao culto congregacional, mas que cada um pode experimentar o mesmo agir de Deus individualmente
onde quer que estejam.

A Anatomia do Ministério de Louvor

Veremos agora a anatomia de um ministério de louvor, ou seja, a estrutura padrão de funcionamento,


examinando alguns elementos imprescindíveis em uma equipe de louvor. Claro que existem exceções e variações,
dependendo do contexto e das necessidades de cada igreja e cada equipe. Uma equipe de louvor é basicamente
formada pelos seguintes elementos:

Líder de louvor / Vocalistas (Backing Vocais) / Instrumentistas /Sonoplasta


/ Responsável pela projeção das letras

Antes de tudo a importância de ser “equipe”

É importante enfatizar que nenhuma função é mais importante do que outra. Às vezes somos levados a
acreditar que o líder de louvor é muito mais importante do que o responsável pela projeção de letras. Mas, como
seria a ministração de um líder de louvor sem que a igreja pudesse seguir as letras de forma adequada? Ou o que
adianta um vocalista ter a melhor voz de toda a igreja se o som está mal-equalizado e as pessoas não conseguem
ouvir o que está cantando? Vamos ler 1 Coríntios 12.

Somos uma equipe, e cada um desses elementos precisa do outro, cada um funcionando bem na função que lhe
foi designada. Muitas equipes de louvor às vezes estão cheias de pessoas mal-aproveitadas. Elas não são ruins,
mas o resultado que apresentam é horroroso. Falta uma liderança. Falta uma visão de equipe. Falta alguém que
identifique os problemas e proponha soluções.

Você já conheceu um guitarrista que se achava o “dono da banda”? Ou talvez um backing vocal que cantava tão
alto que não deixava ninguém ouvir o ministro? Quem sabe um baterista que não conseguia manter o ritmo? Um
tecladista que toca com o volume tão alto que parece que está tocando sozinho? Precisamos aprender a
respeitar o lugar de cada um. A respeitar a liderança sobre nós. O problema não é a falta de capacidade e talento,
mas sim falta de trabalhar em equipe, um precisa ouvir o outro. Com um pouco de ordem, com cada papel
definido, em pouco tempo podemos alcançar resultados surpreendentes,e, além disso estamos preparando a
equipe para crescer.

Vejamos o papel de cada elemento de uma equipe de louvor:

1) Líder de louvor

O líder de louvor é a pessoa designada para conduzir e direcionar a ministração como um todo. Esse líder é a
figura de autoridade máxima sobre a equipe. Ele é o responsável por escolher a sequência das músicas. Ele é o
responsável pela condução da ministração.

2) Vocalistas (Backing Vocals)

Os vocalistas, ou backing vocals, são as pessoas que ajudarão o líder de louvor na parte vocal, podendo, em
momentos definidos anteriormente, ter arranjos próprios que enriqueçam a música. O que acontece na maioria
das equipes de louvor, é que todos os vocalistas, às vezes mais de quatro, cantam em uníssono. Isso é
completamente desnecessário, e prejudicial à sonoridade da música. O ideal é trabalharmos com a divisão de
vozes.

3) Instrumentistas

Uma equipe de louvor é formada basicamente pelos seguintes instrumentos:

Teclado Violão Guitarra Baixo Bateria

O maior problema que ocorre nas equipes, é que cada integrante se comporta como se fosse um solista, e
não como se estivesse atuando em uma equipe. No caso dos instrumentistas, ouso dizer que isso se torna ainda

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mais recorrente. Na maioria o lema que predomina é “Cada um por si”. Precisamos saber qual é o papel de cada
um e, dentro desse papel preestabelecido, fazer o nosso melhor.

Vejamos algumas dicas para um melhor funcionamento da banda de louvor.

Teclado

O teclado faz parte dos instrumentos de base. Juntamente com o violão, é responsável pela harmonia e juntos,
dão sustentação à música. É importante para o tecladista dar mais ênfase à mão direita,e com a mão esquerda
marcar o baixo, mas tomando muito cuidado para não “chocar” com o baixo, que é o responsável por isso.

Violão

O violão é um instrumento de harmonia, juntamente com o teclado, embora o teclado seja mais de sustentação,
enquanto o violão se torna mais responsável pela “levada” da música. Muitas vezes ele pode ser o responsável
pelo ritmo, até que a bateria assuma esse lugar. Mas é preciso tomar muito cuidado para o violonista não marque
o ritmo excessivamente, chocando com a bateria e com o baixo.

Bateria

Instrumento responsável pelo ritmo, primordialmente. É ela que fará as marcações de ritmo, juntamente com o
baixo. A bateria segue o groove, ou seja, uma batida previamente definida para a música, que pode ser alterada
de acordo com a seção da música.

Baixo

O baixo é um instrumento que auxilia a bateria na marcação do ritmo da música. Ele tem a obrigação de seguir o
mesmo groove que a bateria, ou seja, as notas dadas pelo baixo devem sempre coincidir com as batidas no
bumbo. Isso evita a confusão rítmica e facilita um bom andamento para toda a equipe.

Guitarra

A guitarra não tem responsabilidade direta nem pela harmonia e muito menos pelo ritmo de uma canção, embora,
em alguns casos, possa desempenhar essa função. É um instrumento que deve predominar em alguns momentos
específicos da música, previamente definidos. O maior problema encontrado em relação à guitarra é o seu uso
excessivo nas músicas. Nem todos os momentos são adequados para solo. Nem todos os momentos são
adequados para o timbre da guitarra. Ela se torna um instrumento interessante quando usada com equilíbrio. Esse
uso equilibrado varia, obviamente, de estilo para estilo, mas, em uma banda de louvor e adoração de forma geral,
é preciso que se tome cuidado com os exageros.

4) Sonoplasta

Em muitas equipes, o sonoplasta é totalmente desvalorizado. Em outras ele nem existe. Muitas vezes é
um dos membros da equipe, que acaba acumulando duas funções. Mas precisamos nos conscientizar da
importância de termos um sonoplasta em quem confiamos na equipe.

O que seria do melhor Líder de louvor se a congregação não conseguisse entender o que ele está falando?
O que seria dos melhores instrumentistas se o som que produzem não estivesse bem equalizado? É
importantíssimo que o sonoplasta seja membro da equipe de louvor, como qualquer outra pessoa.

5) Responsável pela projeção de letras

Outra pessoa muito desvalorizada dentro das equipes de louvor é o responsável pela projeção de letras.
Em alguns casos, nem existe alguém específico para essa função.

O que adianta a equipe estar bem ensaiada, ter escolhido uma boa música, ter bons arranjos vocais, se a
igreja não conseguir acompanhar a letra? As pessoas precisam ter facilidade em ler e seguir as letras das músicas
que estão sendo ministradas, principalmente se forem canções com as quais a igreja não está familiarizada. A
nossa técnica e a nossa excelência devem existir para evitar distrações na hora da ministração e ajudarem as
pessoas a fluírem junto com a equipe. Uma grande distração e empecilho é a falta de uma projeção das letras

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feita corretamente. Aconselho que o responsável por ela esteja presente nos ensaios, conheça as canções e seu
andamento e que seja parte integrante da equipe.

Conclusão

O primeiro passo para que a mudança e o crescimento ocorram consiste em tomarmos consciência de
nossos erros e das nossas limitações. Dependemos da unção e da graça do Senhor sim, mas precisamos fazer a
nossa parte e estudar, dar o nosso melhor para o ministério ao qual Deus tem nos chamado.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO


1- FAÇA UMA ANÁLISE EM GRUPO, JUNTAMENTE COM SUA EQUIPE DE LOUVOR , DE COMO TEM SIDO O
DESEMPENHO DE VOCÊS COMO EQUIPE . CADA UM DOS INTEGRANTES DEVEM MANIFESTAR SUAS
INSATISFAÇÕES , SUAS PERCEPÇÕES E SUAS SUGESTÕES . LEMBRE-SE : TODAS AS OPINIÕES DEVEM SER
PAUTADAS PELO AMOR .

2- COMO A EQUIPE PODE MELHORAR , AMPLIAR A CONSCIÊNCIA DA IGREJA SOBRE O QUE SIGNIFICA O
MOMENTO DE LOUVOR E ADORAÇÃO NO CULTO ? DISCUTAM ALGUMAS ATITUDES PRÁTICAS QUE VOCÊS
PODEM ADOTAR PARA ATINGIR ESSE OBJETIVO .

3- O AUTOR DIZ: BARRY LIESH, EM SEU LIVRO NOVA ADORAÇÃO , FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DE SE
TRABALHAR EM EQUIPE :“OS MEMBROS DA EQUIPE DE LOUVOR GERALMENTE MELHORAM AS IDEIAS DO
LÍDER DURANTE OS ENSAIOS E OFERECEM CRITICAS VALIOSAS APÓS O CULTO ”. E M SUA EQUIPE VOCÊS
TEM ESPAÇO PARA ESSE FEEDBACK ? COMO ESSA AUTOAVALIAÇÃO PODE MELHORAR O DESEMPENHO DA
EQUIPE ?

AULA 03- O QUE É UM LÍDER DE LOUVOR E SUAS


FUNÇÕES

A Necessidade de um Líder de louvor

Tudo o que envolve a participação de muitas pessoas precisa de uma hierarquia definida para que haja
ordem. Você já imaginou como seria se cada cidadão tivesse voz ativa em cada decisão?
Em nossos cultos, precisamos manter uma certa ordem e hierarquia. Você já imaginou como seria um culto em
que toda a congregação pudesse sugerir quais seriam as músicas cantadas na hora do louvor? Ou imagine a
desordem se o pastor ou dirigente do culto dissesse: “Tudo bem, agora cada um comece a cantar a canção que
quiser em seu lugar!”

O líder de louvor é necessário primeiramente para trazer essa unidade ao momento de ministração. É ele
quem define quais serão as músicas daquele momento específico. É ele o responsável pela direção, pelo rumo da
ministração. Cabe a ele escolher músicas que se encaixem dentro do tema escolhido para aquela ministração.
Voltemos a ilustração de cada participante da congregação cantando sua própria música em seu lugar. Todos na

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mesma hora! Você consegue imaginar cada um no seu tom, cada um no seu ritmo, cada um começando e parando
na hora que bem entender?

O líder de louvor, juntamente com toda equipe que chefia, é o responsável por trazer essa unidade rítmica
e de tom de uma canção. Resumidamente, O líder de louvor está ali para trazer essa ordem à liturgia do culto. Por
isso podemos ter um louvor que chamamos de “congregacional”, em que toda a congregação louva a uma só voz.
Vamos ler (2 Crônicas 5:13 / Romanos 15:6 / 1 Crônicas 25:6)

A Arte de liderar louvor

Muitas pessoas pensam que grandes líderes de louvor nascem prontos. Grandes líderes de louvor não
nascem prontos, mas aprendem a exercer, dia após dia, sua função com excelência.

Liderar louvor é uma arte, e como toda arte precisa ser praticada, desenvolvida e aperfeiçoada.
Não são todos que possuem um chamado para serem líderes de louvor. Deus chama pessoas para serem
backing vocais, ou então instrumentistas, ou para qualquer outra função dentro de uma equipe, Portanto, todos
podem se esforçar, se aperfeiçoar para se tornarem líderes de louvor com excelência , mas este não é o chamado
de todos.

Antigamente a maioria das ministrações no momento de louvor se resumiam a declamar as três primeiras
linhas da música a ser cantada. E em seguida o instrumental já iniciava a introdução. Somente anos depois se
começou a fluir de forma mais livre e espontânea nas ministrações. Todos nós temos desafios, e todos nós
precisamos vencê-los Passo a passo. Ninguém já começa a ministrar para uma igreja lotada logo de cara! Tudo
acontece passo a passo. Timidez todos nós temos, em maior ou menor grau. Defeitos e debilidades também. Mas
o importante é que a nossa capacitação vem do Senhor.

Funções de um Líder de louvor

1) Ser o responsável primário pela ministração

O Líder de louvor é a pessoa responsável pelo rumo que a ministração deve tomar. Toda a equipe tema
responsabilidade de buscar a Deus e de se santificar, tanto quanto o líder de louvor,mas ele tem a
responsabilidade de buscar de Deus a direção que Ele quer dar para cada ministração.
É dele a responsabilidade de definir a lista de músicas que serão ministradas e ensaiadas. É claro que cada
integrante pode dar sua sugestão e também compartilhar o que Deus tem lhe falado sobre a ministração, mas a
palavra final tem de ser do líder de louvor.

A figura do líder de louvor existe para evitar confusão. É ele quem traz a unidade e a direção para a
ministração. Quando não temos essa figura de autoridade, não existe essa unidade de direção do fluir da
ministração.

O Líder de louvor tem a responsabilidade de chegar para cada ministração com uma direção clara e
preestabelecida, porque ele já buscou a Deus sobre isso. Quando o líder de louvor busca a Deus anteriormente,
e chega no ensaio com uma direção definida para a ministração, tudo começa a fluir melhor.O ensaio já não se
torna tão cansativo. A equipe se sente mais segura. A igreja consegue identificar para onde estamos querendo ir,
e por isso consegue também participar mais.

2) Comandar a equipe de louvor, exercendo a função de líder

Liderança requer responsabilidade. O líder de louvor é aquele que deve ter a palavra final dentro do
contexto de uma equipe de louvor. Você já ouviu aquela expressão “muito cacique pra pouco índio”? Em muitas
equipes de louvor isso é uma verdade! Muitas pessoas querendo mandar, mas poucas querendo obedecer. O líder
de louvor também tem essa função: liderar sobre toda a equipe de louvor. Ele é o responsável por trazer ordem
ao ensaio. Ele é o responsável final por todos os arranjos. Por mais que em uma equipe se tenha outros líderes,
por exemplo, líder instrumental, líder vocal, todos devem ser submissos à liderança geral do líder de louvor.

Uma equipe sem uma liderança forte não pode funcionar corretamente. Os músicos são conhecidos,
inclusive no contexto secular, por serem avessos a regras e disciplinas. Em um lugar onde não existem regras,
não existem motivos reais para cobranças. O que isso significa? Em um ministério, em uma equipe onde as regras

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são muito flexíveis ou praticamente inexistentes, não existe um preço a ser pago. Qualquer um pode estar ali,
sem haver sacrifício ou renúncia de algum conforto, comportamento ou algo do tipo.

Em um lugar com regras rígidas e bem definidas só ficam os verdadeiramente chamados. Quando falo de
regras rígidas, não falo sobre tirania. Essa é uma das responsabilidades do líder que não é tão agradável, ser a
pessoa que zela em primeiro lugar pelo cumprimento das regras, e que aplica a correção e a disciplina quando
necessário.

3) Conduzir a ministração junto à igreja, criando uma comunicação com a congregação

O momento de ministração de louvor é muito parecido com uma “caminhada”. Como líderes de louvor,
precisamos nos tornar “guias” para a congregação durante essa “caminhada”.

O líder deve sempre trazer à consciência da congregação que em um culto todos somos participantes e
não expectadores.

Há alguns anos uma tendência começou a invadir nossas igrejas, onde algumas pessoas diziam que a
equipe de louvor não deveria se preocupar com a igreja, pois não ministramos a homens, e sim a Deus. Portanto,
pouco importa qual vai ser a resposta da igreja. E esse pensamento ia além, a equipe não deveria incentivar as
pessoas, que cada um deveria adorar individualmente. Esse é um pensamento muito perigoso!
Se estamos nos colocando à frente, enquanto equipe de louvor, estamos sim assumindo um compromisso
de liderar a igreja nessa “jornada” de adoração. Obviamente haverá momentos em que faremos o nosso melhor e
mesmo assim não obteremos uma resposta adequada da igreja, mas já isso não está no nosso controle, e sim do
Espírito Santo. Mas nós precisamos fazer a nossa parte e criar esse ambiente convidativo, onde todos se sintam
parte do momento de ministração.

Conselho importante referente à comunicação do líder e congregação

Uma comunicação de direção do fluir bem feita é clara, rápida e objetiva, sem haja necessidade de
demora. Um discurso longo não é necessariamente um discurso eficiente. O líder de louvor não é o pregador do
culto. Não é pelo muito falar que obteremos uma comunicação eficaz com a congregação.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

1- F AZENDO UMA ANÁLISE DA SUA EQUIPE , QUAL O PAPEL QUE O LÍDER DE LOUVOR TEM DESEMPENHADO ? ELE
TEM SIDO VERDADEIRAMENTE UM LÍDER , INSTAURANDO REGRAS , CRIANDO COMUNICAÇÃO ENTRE A EQUIPE E A
CONGREGAÇÃO , PRÉ - ESTABELECENDO A LISTA DOS CÂNTICOS A SEREM MINISTRADOS ETC.? C ASO A RESPOSTA
SEJA NEGATIVA , O QUE FAZER PARA MUDAR ESSA CONDIÇÃO ?
2- VOCÊS JÁ VIVENCIARAM UMA SITUAÇÃO EM QUE O LÍDER , NA TENTATIVA DE SE FAZER ENTENDIDO, EXAGEROU
NO DISCURSO ? COMO A EQUIPE , A IGREJA E O PASTOR REAGIRAM ?

AULA 04 - QUALIFICAÇÕES DE UM
LÍDER/MINISTRO DE LOUVOR
Nessa aula vamos falar de algumas qualificações necessárias para o líder de louvor. Essas qualificações
podem variar muito, dependendo do contexto em que esse líder ou ministro está inserido. Em algumas igrejas, o
padrão para alguém se tornar um líder de louvor é mais alto, em outras, nem tanto, talvez pelo fator
“necessidade”. Mas os requisitos que serão abordados podem ser aplicados em contextos diferentes.
Vamos analisar 07 características necessárias para que alguém se qualifique como um ministro de louvor.

1) O ministro de louvor precisa ser um adorador

Esse é o primeiro requisito para um ministro de louvor. Se vamos conduzir toda a congregação em adoração, o
que se espera de toda a equipe é que sejam adoradores. Como podemos ser ministros de louvor e adoração se
não sabemos o que é adoração? O ministro de louvor precisa sem dúvida alguma, ser um adorador. E ser
adorador não se limita somente a área da música.

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Como líderes de adoração, nunca podemos nos acostumar com o que fazemos, mas devemos sempre
sondar o nosso coração e vermos se estamos completamente apaixonados pelo Senhor e pelo ministério dEle em
nós. Só assim seremos verdadeiros adoradores.

2) O ministro de louvor precisa ter uma profunda e comprovada caminhada espiritual

O que acontece muitas vezes é que muitas equipes de louvor são extremamente necessitadas de
integrantes.
Por causa dessa grande necessidade , uma situação não muito positiva acaba acontecendo. Imagine uma
equipe de louvor que precisa imensamente de um baterista. Todos na equipe sentem a falta desse integrante. Um
belo dia se converte ou aparece na igreja um baterista, que ninguém sabe de onde veio. E agora, o que fazer?
Tantos problemas poderiam ser resolvidos com a adição desse novo integrante à equipe! E a necessidade muitas
vezes acaba falando mais alto.
Ministrar no altar é uma responsabilidade muito grande, e somente pessoas que têm consciência disso
deveriam tomar tal responsabilidade para si. Crianças precisam ser ensinadas sobre todas as coisas. Se deixarmos
um bebê sozinho, é possível que ele acabe colocando o dedo na tomada. Assim também acontece com crianças
espirituais. Os erros são esperados. Só não podemos deixar que esses erros aconteçam diante de toda a
congregação.

O que devemos fazer com os novos na fé que querem se tornar parte do Ministério de Louvor? Eles podem
acompanhar os ensaios. Eles devem vivenciar como funciona o ministério. Se possível, devem ser acompanhados
e discipulados por um integrante veterano. Precisam ser formados, forjados no seu caráter e também nas suas
habilidades.
Um pensamento bem possível de passar pela cabeça da congregação é “Quem é esse que está me
convidando e liderando esse momento de louvor?”. A congregação precisa ter esse vínculo de confiança com o
ministro, para que os corações das pessoas estejam abertos para receber a ministração. Afinal o ministro de
louvor, tanto quanto o pastor, acabam de forma indireta se tornando um referencial para a congregação e uma
pessoa de confiança.

3) O ministro de louvor precisa ter uma boa atitude com o Pastor, com a igreja e com o conjunto de
doutrinas desta igreja

Existem algumas reclamações recorrentes de um ministro de louvor com relação ao seu pastor. Vejamos
algumas delas:
“Meu pastor não me dá suporte. Ele não apóia meu ministério.”
“ Meu pastor não entende esse ‘mover’ na hora da ministração de louvor.”
“Meu pastor sempre me dá pouco tempo para ministrar louvor.”

Muitos pastores também vivem insatisfeitos com seus ministros de louvor:

“Esse ministro é muito rebelde. Não respeita a minha liderança.”


“Esse ministro nunca se limita ao tempo de ministração que eu lhe dou. Parece que quer ser o pregador do
culto.”
Muitos ministros não vêem a hora de se tornarem famosos para poder se desvincular da igreja local e de
seu pastor. (Salmo 92:13)

4) O ministro de louvor precisa ter um nível aceitável de musicalidade

Se estamos propondo a lidar com música, o mínimo que devemos possuir é um talento ou tendência para
a música. Isso é algo que deveria ser óbvio, mas nem sempre é assim.

Se eu quero trabalhar com artesanato, o mínimo requerido de mim é habilidade para trabalhos manuais.
Se quero ser pastor, devo ter o dom de expressar minhas idéias de forma clara. Se quero trabalhar com música,
devo ter o talento para a música, seja cantando ou tocando.
Nada atrasa mais uma equipe de louvor do que integrantes que não possuem nenhuma musicalidade. Isso
atrasa o crescimento de toda a equipe.

Musicalidade é uma facilidade ou dom para a música. Uma pessoa pode ter musicalidade e não ter prática.
Nesse caso pode haver crescimento com a prática.

5) O ministro de louvor precisa funcionar bem em equipe

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Ninguém é auto-suficiente. Todos somos um Corpo. Como líderes de louvor, temos de saber assumir a
nossa liderança, mas ao mesmo tempo respeitar os liderados e delegarmos tarefas. Como liderados, temos de
cumprir nosso papel e darmos suporte ao líder. O Reino de Deus não funciona como o mercado de trabalho. Nele
cada um possui um lugar específico.

Uma equipe funciona bem quando todos conhecem o seu lugar e fazem o seu melhor.

6) O ministro de louvor deve se comprometer e se auto-sacrificar pela posição que ocupa

Você conhece aquele tipo de pessoa que você nunca sabe se vai poder contar com ela ou não na hora da
ministração? Sabe aquele instrumentista ou vocalista que nunca aparece no ensaio porque sempre tem um
imprevisto justificável?
É preferível trabalhar com cinco pessoas altamente compromissadas com a obra do que ter cinqüenta
descompromissados. Pessoas descompromissadas atrasam o crescimento geral da equipe.

Quando assumimos uma posição, um cargo, assumimos também uma responsabilidade.


E responsabilidade, muitas vezes implica em renúncias. Um ministro de louvor precisa renunciar algumas coisas
pela posição que ocupa. Imprevistos acontecem, mas não podem acontecer sempre, senão não seriam
imprevistos!

7) O ministro de louvor precisa ter uma personalidade amigável e calorosa

Querendo ou não, tomando consciência ou não, a partir do momento em que nos colocamos a frente da
congregação para liderá-la em adoração, tornamo-nos modelos a serem seguidos. E quando ministramos de forma
direta ou indireta nos tornamos parte da vida das pessoas.
Portanto um ministro de louvor deve ser amigável com as pessoas. Ele deve ser simpático e acessível.
Talvez algumas irão querer contar seus testemunhos, Outras somente abraçá-lo. Mas o ponto importante é que
elas precisam saber que somos acessíveis e amigáveis. Ministério significa lidar com pessoas. De nada adianta
sermos ministros de multidões e de plataformas se não somos gente como todos os outros.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

1- VOCÊS TEM TIDO UM RELACIONAMENTO AMIGÁVEL COM TODOS OS MEMBROS DO MINISTÉRIO ? E COM O
RESTANTE DA IGREJA ?
2- É COMUM “APARECEREM ” PESSOAS NOVAS NA FÉ QUERENDO INTEGRAR O MINISTÉRIO DE LOUVOR LOGO APÓS
SE CONVERTEREM . NA MAIORIA DAS VEZES , O MINISTÉRIO ESTÁ NECESSITADO JUSTAMENTE DA FUNÇÃO DESSE
NOVO MEMBRO (INSTRUMENTISTA , VOCALISTA OU ATÉ MESMO LÍDER ).QUAIS AS CONSEQÜÊNCIAS MAIS SÉRIAS
EM ACEITÁ - LOS SEM SEREM TREINADOS OU DISCIPULADOS ? O QUE VOCÊS , COMO EQUIPE , PODE FAZER PARA
AJUDAR ESSAS PESSOAS A DESENVOLVEREM OS SEUS CHAMADOS COM MAIS EFICÁCIA ?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE EM GRUPO

COMO VIMOS , O MINISTRO DE LOUVOR PRECISA FUNCIONAR BEM EM EQUIPE .


PARA TANTO , É NECESSÁRIO SABER
CONVIVER SEM COMPETIÇÃO , HAVENDO COOPERAÇÃO MÚTUA . O RGANIZEM EVENTOS , COMO CHURRASCO , PARA QUE
HAJA COMUNHÃO ENTRE TODOS OS MEMBROS . O REM UNS PELOS OUTROS . I SSO IRÁ FORTALECER NÃO SÓ O
MINISTÉRIO , MAS PERMITIRÁ QUE A IGREJA SEJA EDIFICADA TAMBÉM .

AULA 05 - CONSELHOS GERAIS PARA UM LÍDER


DE LOUVOR
A importância de uma figura de autoridade

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Uma ministração só pode fluir de forma adequada quando toda a equipe e toda a igreja conseguem
identificar quem está na liderança desta ministração. Porque é importante para a equipe? Para que todos saibam
para onde deverão seguir sem ficarem perdidos. Durante uma ministração, existem vários momentos-chave, como
por exemplo a transição de uma música para outra, ou algum momento específico dentro de uma canção. Nesses
momentos, se não existe um líder definido, a equipe fica sem saber para onde seguir. Algumas vezes o
instrumental vai para um lado e o vocal para outro. Ou então, sem um comando específico, cada vocalista canta
uma parte da música. Enquanto uns repetem o refrão, outros voltam para o verso.

Quando possuímos uma figura de autoridade clara, nesses momentos a equipe sabe se deve estar atenta
para os comandos que ele dará, sejam eles comandos de voz ou sinais com as mãos. Isso evita que haja confusão
e distrações para a congregação.
Nosso alvo como ministros de louvor é desaparecermos durante a ministração para que os olhos das
pessoas estejam focados somente no Senhor. Se a equipe se confunde na hora de seguir uma direção, cria-se
uma situação de distração para a congregação. Também é difícil fluirmos durante a ministração se não sabemos
ao certo a quem devemos seguir, quando se instala aquela impressão de falta de rumo.

A responsabilidade de ser exemplo

Quando nos colocamos à frente da congregação com o intuito de liderá-la em adoração, automaticamente
nos tornamos um exemplo a ser seguido por todos. Parece que nos tornamos transparentes, todos conseguem
perceber se estamos ministrando o que vivemos realmente ou se são apenas palavras vazias. Por isso a
importância de um estilo de vida de adoração.

Hoje vamos estudar alguns conselhos de ordem prática, muito relevantes na vida de um líder de louvor ou
na vida de qualquer ministro de louvor.

O líder de louvor deve ser pontual

Atraso é um problema que extrapola a ordem pessoal e chega a ser cultural. Nós latino-americanos
possuímos uma cultura de atraso. Já marcamos nossas programações contando com isso.

“Olha, estamos marcando às 8:00 para sairmos às 8:30. Por favor, não se atrasem!” Quem nunca ouviu
essa frase ou algo parecido?
Precisamos ser pessoas que honram seus compromissos, como um reflexo de espiritualidade. Portanto
nossos ensaios precisam começar na hora! A equipe de louvor precisa estar com tudo preparado para que o culto
possa começar na hora. E de preferência com todos os integrantes presentes! Já conheceu aquele tipo de ministro
que você nunca sabe se vai chegar ou não para o culto? Não podemos ser assim.

O líder de louvor precisa ser natural

Existem pessoas que, ao subirem no altar para ministrar, parecem assumir outra identidade, e passam a
agir diferentemente do que agem normalmente. Por isso é imprescindível que um ministro de louvor seja natural,
seja ele mesmo ao ministrar.
Deus nos criou com uma personalidade, com uma identidade própria. Não precisamos nos maquiar para
estarmos na presença de Deus. Em sua presença podemos ser apenas nós mesmos. Você ministro de louvor, não
precisa ser como aqueles operadores de telemarketing. É impressionante como alguns ministros agem exatamente
assim. Já possuem um texto “politicamente correto” preestabelecido e o retiram de forma automática, naquele
ritmo cadenciado tão característicos desses operadores.

Outro aspecto altamente relevante a ser mencionado é a questão da falta de identidade ministerial, que
gera “ministros-clones”. A influência e a identificação ministerial são inevitáveis. Sempre haverá algum ministro
que admiramos, que ouvimos com maior freqüência e, por isso, teremos com ele algumas semelhanças,
principalmente no inicio da caminhada ministerial. Mas, com o passar do tempo, o saudável é que cada ministro
desenvolva sua própria identidade.
Deus nos criou seres individuais e singulares. Somos todos únicos e Devemos Adorar ao Senhor
explorando essa individualidade.

Um líder de louvor não deve ficar o tempo todo de olhos fechados

Muitas vezes ficamos tão envolvidos com a adoração que fechamos nossos olhos e nos esquecemos de que
estamos ali para servir à congregação.

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Precisamos estabelecer comunicação visual com todos os integrantes da equipe, para que haja um bom
fluir da ministração. Isso é especialmente importante para sonoplastas e responsáveis pela projeção das letras.
É claro que também precisamos nos conectar com Deus e fluir em adoração, e podemos fechar os olhos
em alguns momentos, mas isso não pode acontecer o tempo todo.

Um líder de louvor deve se lembrar de que não é o pregador do culto

Muitos líderes de louvor abusam das palavras e do discurso para se fazerem entendidos pela congregação.
Acham que pelo muito falar se farão compreendidos. Mas isso não é verdade. O poder de fixação da música
transcende o poder de simples palavras. Seja rápido e objetivo no seu discurso. Aproveite o tempo disponível para
deixar as próprias canções ministrarem aos corações das pessoas.

Tenha sempre em mente uma canção preparada para qualquer ocasião

Creio que um dos maiores pesadelos de um ministro de louvor são aqueles momentos em que o apelo final
se aproxima, a conclusão da pregação, e de repente o pastor pede para toda a igreja ouvir uma música que não
sabemos tocar com segurança. (Isso é tenso!).

Como ministros de louvor, temos de desenvolver a capacidade de sempre termos uma canção certa para a
hora certa. Isso é um exercício constante. Precisamos nos preparar para o inesperado. Faça um teste, durante a
mensagem do pastor comece a pensar: “Se ele pedisse uma música agora, qual música eu cantaria?”. É um
desafio!

A PRINCIPAL TAREFA DO LÍDER DE LOUVOR

A principal função do líder de louvor é providenciar a melhor oportunidade possível para que as pessoas
adorem ao Senhor, aproximem-se de sua presença. Não estou dizendo que somos responsáveis por fazer com que
cada pessoa da congregação adore. Alguns líderes de louvor se sentem
sobrecarregados porque levam nos ombros uma responsabilidade que não é deles. Eles pensam que devem fazer
com que todos na congregação fluam em adoração, e quando não conseguem isso, se sentem frustrados. Mas na
verdade não é esse o nosso papel.

Um líder de louvor cumpre a sua principal tarefa quando remove todos os obstáculos naturais de uma
ministração e deixa o caminho livre para o Espírito Santo agir e se mover. Quais seriam esses obstáculos ou
distrações? Pode ser alguém cantando desafinado, ou um instrumentista chamando a atenção para si, ou um som
não muito bem balanceado, com volume alto ou baixo. Quantos líderes de louvor são eles mesmos
uma grande distração?

Evitando a manipulação

É trabalho do Espírito Santo mover o coração das pessoas. O máximo que podemos fazer é incentivarmos
as pessoas a fluírem em adoração. Como funciona isso? Podemos incentivá-las a abrirem seus corações para o
mover do Espírito com nossas palavras, com nossas músicas, mas principalmente com nossas atitudes.

Não há nada de errado em trazermos direção e incentivo à igreja, mas precisamos sempre observar se estamos
agindo assim com o objetivo de manipular.

Mas o que fazer quando as pessoas não respondem?

Precisamos sempre nos lembrar de que o Espírito Santo está no controle. Precisamos crer que, por mais
que nossos olhos naturais não estejam vendo, se fizermos a nossa parte corretamente, o Espírito Santo irá fazer a
dEle. A melhor forma de agirmos nessas situações em que não obtemos uma resposta satisfatória da igreja é
buscarmos uma direção do Espírito.

O líder de louvor servo

O primeiro pensamento que precisamos ter bem claro em nossas mentes é que o ministério não é para
nós. O ministério sempre foi e sempre será de Cristo. Nós apenas somos colaboradores no seu reino. Ministério é
serviço, portanto nós, como ministros, somos sevos.

Na cultura secular os artistas são tratados como megaestrelas, e por isso devem ter todas as suas
vontades e exigências satisfeitas. Com o artista moldado pelo Espírito isso não acontece. Um líder de louvor servo

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não canta somente as músicas que gosta ou deixa de cantar as de que não gosta. Um líder de louvor servo
sempre está disponível para organizar cabos, guardar instrumentos, limpar e arrumar a igreja ou a sala de
instrumentos.
Muitas vezes queremos impressionar outros com o nosso dom, mas não estamos prontos para servir.
Temos de viver para servir ao Senhor e ao Corpo de Cristo.

QUESTIONÁRIO PESSOAL- C ONSELHOS GERAIS

1- VOCÊ TEM HONRADO SEUS COMPROMISSOS SENDO PONTUAL NOS ENSAIOS , REUNIÕES DO MINISTÉRIO OU
MINISTRAÇÕES ? VOCÊ CONCORDA COM O AUTOR QUANDO ELE DIZ QUE A NOSSA PONTUALIDADE REFLETE O
NOSSO CARÁTER ?

2- É COMUM , EMBORA NÃO SEJA O IDEAL , OS MINISTROS FICAREM TÃO ENTRETIDOS COM A ADORAÇÃO QUE
PERMANECEM DE OLHOS FECHADOS POR QUASE TODO O PERÍODO DE LOUVOR . COMENTE SOBRE O IMPACTO
QUE ESSA ATITUDE PODE CAUSAR A IGREJA .

3- LAMENTAVELMENTE , AO FREQUENTARMOS OUTRAS IGREJAS , OU ATÉ MESMO DENTRO DA NOSSA


CONGREGAÇÃO , ENCONTRAMOS PESSOAS COM FALTA DE IDENTIDADE , COM UMA EXTREMA NECESSIDADE DE
SEREM COMO O ARTISTA “ TAL ”. P ORTANTO, É UM DESAFIO QUE O MINISTRO DE LOUVOR SEJA NATURAL ,
EXPLORADOR DA SUA INDIVIDUALIDADE . O QUE FAZER PARA RESOLVER ESSES INDÍCIOS DE IMATURIDADE SEM
TRAZER CONSTRANGIMENTO OU RESSENTIMENTO PARA A PESSOA CONFRONTADA ?

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

1- Q UAL A REAÇÃO DA EQUIPE CASO O PASTOR PEÇA UMA MÚSICA QUE VOCÊS NÃO ESTÃO SEGUROS DA LETRA
OU DOS ACORDES ? COMO SAIR DESSA SAIA JUSTA ? COMO EVITAR FUTUROS EMBARAÇOS ?

2- NESSE CAPÍTULO FORAM DADOS CINCO CONSELHOS GERAIS PARA UM LÍDER DE LOUVOR . QUAIS OUTROS
VOCÊS CONSIDERAM IMPORTANTE DESTACAR ?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE EM GRUPO

LOGO APÓS A PRÓXIMA MINISTRAÇÃO DE VOCÊS , SEPAREM UM TEMPO PARA CONVERSAREM SOBRE COMO CADA UM
APLICOU ESSES CONSELHOS E COMO FOI SUA EXPERIÊNCIA . O UTRA SUGESTÃO É CADA UM AVALIAR O “ DESEMPENHO ”
DO OUTRO , EM AMOR .

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AULA 06 – SEGUINDO UMA DIREÇÃO CLARA/
COMO MONTAR UMA LISTA DE CANÇÕES QUE
COLABOREM COM O FLUIR

A melhor forma de colocarmos o direcionamento em prática é através da lista de canções que escolhemos
para compor o repertório daquele dia. As músicas que escolhemos e a sequência que determinamos para tocá-las
são elementos essenciais para uma momento de louvor bem-sucedido.
Essa deve ser a nossa meta e o nosso objetivo: termos uma lista de canções tão bem elaboradas que elas,
sozinhas, sem ministrações, versículos, orações e tudo mais, comuniquem à direção que estamos seguindo. As
ferramentas devem ser usadas, mas a lista deve indicar o fluir daquela ministração.

Quem deve escolher as canções?

Essa é uma das responsabilidades do líder de louvor: trazer essa unidade de direção. Portanto ele é quem
escolhe as músicas. É claro que os líderes de louvor podem ouvir e receber sugestões de outros membros da
equipe. Mas note bem: a palavra final deve ser sempre do líder de louvor.

Entendendo os ganchos

Uma lista de louvor bem feita é aquela que trabalha com os ganchos das músicas. Dentro de uma
ministração, podemos ter vários temas que vão se sucedendo. Por isso é tão importante que entendamos os
ganchos de uma música. Cada canção possui um tema específico e algumas frases que são mais marcantes. A
frase que fica na cabeça das pessoas é a frase forte da música. Essas frases fortes são o que nós chamamos de
ganchos. São esses temas fortes que vamos usar para conduzir a ministração, ligando gancho com gancho, e
assim vamos mudando de música. Quando trabalhamos com os ganchos, criamos uma transição mais tranqüila de
uma música para outra, evitando que a congregação se disperse.

Usando os medleys

Medley, Mashup ou Pout-Porri é o termo que se usa quando duas músicas ou mais são unidas em um
arranjo de forma que não haja intervalo entre elas ou até mesmo pareçam ser uma mesma música. Quais são os
benefícios de um medley? Um primeiro benefício é o elemento surpresa para a congregação. Com essa nova
roupagem, estamos estimulando as pessoas a adorarem de forma mais intensa. Outro benefício é que evitamos a
pausa que se estabelece enquanto trocamos de uma música para outra. Mas como funciona um medley na
prática? Como podemos unir duas ou mais músicas diferentes em um mesmo arranjo? Vejamos as dicas:

1) Observe a tonalidade das músicas

Para que as músicas sejam ligadas, elas têm de estar na mesma tonalidade na hora da transição, mesmo
que não comecem ou não terminem na mesma tonalidade.

2) Observe o andamento das canções

Para que as canções se encaixem perfeitamente, precisamos atentar ao ritmo em que estamos tocando a
primeira canção e o ritmo que deveremos tocar a segunda. Algumas musicas simplesmente não se casam, não
combinam.

3) Observe as letras das canções

Um medley bem feito vai além do lado musical e entra na esfera do conteúdo das letras. Além dos elementos
musicais como a tonalidade e o andamento, para que um medley fique adequado é importante as letras terem
algo em comum.

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V ejamos o modelo de cinco fases da adoração que Barry Liesh nos apresenta, elaborado por John Wimber,
pastor importantíssimo no movimento Vineyard. Vejamos quais são essas cinco fases:

1) Convite : um chamado para adoração. As letras são direcionadas ao povo, não a Deus. Na fase de convite,
os líderes convidam o povo mantendo contato com eles.

2) Engajamento: as pessoas começam a se achegar a Deus. A letra agora é dirigida ao Senhor.

3) Exaltação: as pessoas cantam “ao Senhor”, com força, dando expressão significativa às palavras de
trascedência- como “grande”, “majestoso”,”digno”, “reina”, “Senhor”.

4) Adoração: a dinâmica gradual diminui,e aborda a proximidade de Deus. Estamos cantando para Deus.

5) Intimidade: É a fase mais silenciosa e pessoal. Trata do proskuneo, do prostrar-se.

Vejamos algumas formas pelas quais um líder de louvor pode comunicar de forma bem-sucedida a direção
que recebeu do Senhor à congregação:

a) Leia um versículo que esteja de acordo com essa direção

Não existe autoridade maior para incentivar a igreja e para abrir o coração das pessoas do que as
Escrituras. Porções das Escrituras são extremamente eficazes para mostrarmos à congregação qual a direção que
vamos seguir.

b) Faça uma oração. Enquanto você se dirige a Deus, indiretamente mostra à igreja o caminho que
estará seguindo

Às vezes pode haver um desgaste se sempre nos dirigirmos diretamente às pessoas. Elas podem se cansar
de nós. Quando expressamos, em oração, o que sentimos, servimos de exemplo para toda a congregação. Incluir
as pessoas em sua oração as estimula a abrirem o coração para o Senhor.

c) Dirija-se diretamente à congregação. Comunique brevemente o que está em seu coração, para que
haja clareza e propósito durante toda a ministração

A comunicação direta com a congregação, também é muito eficaz, se feita com equilíbrio. Podemos
comunicar às pessoas o direcionamento do Senhor. Por exemplo: “Essa noite nós vamos caminhar em direção ao
amor do Senhor. Vamos mergulhar no seu amor por nós”. Isso esclarece tudo para a igreja, porque eles sabem,
juntamente com a equipe, onde queremos chegar.

Fatores que devem ser levados em conta na montagem de uma lista de louvor

1) o Tempo de ministração

Quando observamos o tempo que temos disponível não vamos nos tornar um pesadelo para o pastor nem
um peso para toda a igreja. Muitos líderes de louvor reclamam que seus pastores disponibilizam pouco tempo para
a ministração de louvor. Mas sempre devemos agir debaixo de obediência. Deus não está limitado pelo tempo.
Devemos sempre nos submeter a nossa liderança e respeitarmos o tempo que ele nos dá para ministrarmos.

Vamos analisar como a duração da ministração influencia na montagem do direcionamento:

a) Ministração de curta duração


Em um período curto de louvor, de cerca de 15 minutos, em que duas ou três músicas serão ministradas,
Um único tema deve ser mantido e trabalhado, para que haja maior eficácia na ministração.
b) Ministração de média duração
Já em uma ministração de média duração, de cerca de 30 a 40 minutos, com cinco ou seis músicas, existe
a possibilidade de uma troca de direção, visando atingir um alvo maior.
c) Ministração de longa duração

Nesse tipo de ministração, a fala pode ser mais longa e, algum momento do culto, acontecer algo como
uma “pequena pregação”, baseada nas músicas cantadas. Em algumas igrejas, esse tipo de ministração é
conhecido como “Louvorsão”. Outra característica é que pode abranger várias direções nesse período de tempo.

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QUESTIONÁRIO PESSOAL- S EGUINDO UMA DIREÇÃO CLARA

1- NÓS, COMO MINISTROS DE LOUVOR , DEVEMOS SABER PARA ONDE ESTAMOS INDO, ONDE QUEREMOS CHEGAR
COM NOSSA ADORAÇÃO , POIS NOSSA FUNÇÃO É CONDUZIR A CONGREGAÇÃO . EM SUA OPINIÃO , POR QUE HÁ
TANTOS MINISTROS “PERDIDOS ”, SEM SABEREM O MOTIVO PELO QUAL ESTÃO NO ALTAR ?

2- VOCÊ CONCORDA QUE QUANDO NÃO HÁ COMUNICAÇÃO CLARA DA DIREÇÃO DO FLUIR POR PARTE DO LÍDER E
DA EQUIPE , AS PESSOAS SE SENTEM DESLOCADAS E DEMORAM A ABRIR O CORAÇÃO ?

3- BASEANDO -SE NO QUE FOI LIDO , COMO PODEMOS COMUNICAR ÀS PESSOAS DE MANEIRA MAIS EFICAZ A
DIREÇÃO QUE RECEBEMOS DE DEUS PARA O MOMENTO DE ADORAÇÃO ?

4- O QUE SÃO GANCHOS DE UMA MÚSICA E COMO USÁ - LOS PARA QUE A MINISTRAÇÃO FLUA HARMONIOSAMENTE ?

PERGUNTAS PARA A DISCUSSÃO EM GRUPO

1- VOCÊS TEM BUSCADO A DIREÇÃO DE DEUS COM ANTECEDÊNCIA ÀS MINISTRAÇÕES ?


2- REFLITAM SE A EQUIPE DE VOCÊS TEM CONSEGUIDO TRANSMITIR CLARAMENTE A IGREJA A DIREÇÃO RECEBIDA
PARA O MOMENTO DE LOUVOR . S E NÃO , P OR QUAL RAZÃO ? Q UAL O EMPECILHO ?

SUGESTÃO DE ATIVIDADE EM GRUPO

1- PEGUEM AS ÚLTIMAS LISTAS DE LOUVOR QUE VOCÊS MINISTRARAM E PERCEBAM SE ELAS POSSUEM UM TEMA,
SE CAMINHAM PARA UMA DIREÇÃO ESPECÍFICA . D ISCUTAM COMO ELAS PODERIAM SER MONTADAS
DIFERENTEMENTE .
2- T ENDO EM MENTE OS ASPECTOS QUE COLABORAM PARA O FLUIR ABORDADOS NESTE CAPÍTULO , ELABOREM
JUNTOS QUATRO LISTAS DE CANÇÕES , COMO SE AS MINISTRAÇÕES FOSSEM :
A) DE CURTA DURAÇÃO ;
B) DE MÉDIA DURAÇÃO ;
C) DE LONGA DURAÇÃO ;
D) EM UM EVENTO EVANGELÍSTICO .

AULA 07- CONCEITOS MUSICAIS- SEÇÕES DA


MÚSICA E SINAIS DE
COMUNICAÇÃO

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Toda música é construída por alguns elementos que a torna interessante e atrativa. Vejamos as Seções de
uma música e alguns conceitos:

1) Verso ou Estrofe: É a parte inicial cantada da canção composta por frases.Geralmente o primeiro conjunto de
frases de uma música.

2) Rampa: Parte da música que faz a transição entre o verso e o Refrão, preparando a música para a entrada do
Refrão.geralmente com melodia diferente do verso.

3) Refrão ou coro: Parte mais marcante da música, sendo repetida mais vezes no decorrer da canção.

4) Solo instrumental: Geralmente divide a música em duas partes, dando ênfase a um instrumento que se
sobressai.

5) Ponte: Parte da canção que explica e completa o que foi cantado nas seções anteriores. Trazendo na maioria
das vezes um desenvolvimento musical dos instrumentos se acontecer repetidamente, ou cantada uma vez
somente, mas com intensidade.

6) Tag: É uma frase particular da música que será repetida no final.Geralmente o Tag contribui e facilita os
momentos espontâneos na música.

Obs.: Nem toda música possui em sua anatomia e estrutura todas as seções. Varia muito do compositor e do que
a música quer trazer.

Dinâmica

A dinâmica é responsável direta pela vida da música. É a dinâmica que faz os nossos ouvidos terem a
sensação de que a música é agradável, é diferente, tem um coro contagiante, etc. A equipe que domina dinâmica,
pode fazer o simples se tornar algo grandioso.
A música precisa respirar. Ninguém conversa gritando o tempo inteiro. E nem sussurrando o tempo inteiro.
A nossa própria fala tem dinâmica. A importância da dinâmica é tornar a música algo real, e não algo robótico,
mecânico, sem altos e baixos em termos de volume e intensidade.
A introdução de uma música nunca deve ser tocada no mesmo volume do que a parte principal da música,
em que a letra expressa a idéia principal da canção! Se os instrumentistas começam a música no volume máximo
permitido, quando o refrão chegar, para onde eles irão crescer em termos de dinâmica? A dica é ouvir muita
música, prestando atenção em suas variações de dinâmica.

Sinais na Facilitação do fluir

Os sinais devem ser usados para mostrar a equipe como a música deve seguir. Eles evitam que haja um
excesso de comunicação oral durante a ministração. Os sinais evitam que o líder de louvor precise ficar falando a
todo momento ou até mesmo gritando as direções para onde a música deve seguir, com isso nos tornamos o mais
“invisíveis “possível.
Outro fator importante é que os sinais, apesar de serem facilitadores do fluir, se tornam mais uma
responsabilidade para o líder de louvor e toda a equipe. Todos devem estar atentos aos momentos-chave da
música em quem o líder de louvor vai direcionar para onde se deve caminhar. O líder deve ter total confiança de
que toda a equipe estará de olho nos seus sinais durante a ministração. Isso não significa que toda equipe deva
ficar olhando para o líder o tempo todo. Com o passar do tempo, a equipe acaba se acostumando com o uso dos
sinais e aprendendo os momentos-chave em que deve estar atento ao líder.

Vejamos os Sinais e para que cada um serve:

Sinal de REPETIÇÃO: este sinal indica que iremos repetir a seção da música na qual e

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Sinal de PONTE: Este sinal significa que a música caminhará para a ponte.

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Sinal de PROSEGUIMENTO: Este sinal indica que a música seguirá para a próxima

Sinal de MODULAÇÃO: Sinal usado para indicar o momento em que a música dever

Sinal de TAG: Este sinal indica que determinada frase em particular será repetida. Enq

Sinal de ENCERRAMENTO: Este sinal indica que a música irá terminar.

QUESTIONÁRIO PESSOAL

1) Associe cada seção a lacuna correspondente:

(A) TAG ( ) Prepara a música para a entrada do refrão


(B) REFRÃO ( ) Primeiras frases da canção cantada
(C) VERSO ( ) Frase ou palavra que se repete no final da música

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(D) PONTE ( ) Parte da música mais marcante e mais repetida
(E) RAMPA ( ) Parte que completa e explica tudo o que foi dito, as vezes trazendo
umdesenvolvimento musical se acontecer repetidamente, se só uma vez
traz intensidade.

2) Ligue os sinais as suas respectivas direções:

Vamos repetir por diversas vezes essa frase da canção.

Estamos no verso, vamos seguir para o refrão.

Vamos seguir para a Ponte!

Vamos repetir o refrão mais uma vez...

Vamos subir um tom desse refrão!

Vamos encerrar a canção...

Folha de Anotações
AULA 08- ORGANIZAÇÃO DE ENSAIO – PALESTRA EM
DVD – ESCOLA ADORANDO
PROFESSORA: Raquel Emerick ( Ministério Além )

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QUESTIONÁRIO PESSOAL

1- DIANTE DESSA PALESTRA, COMO VOCÊ ENXERGA UM ENSAIO?

2- O QUE TORNA UM ENSAIO NÃO PRODUTIVO?

3- MONTE UM CRONOGRAMA DE PELO MENOS 03 PASSOS PARA UM ENSAIO EM QUE VOCÊ VAI
LIDERAR.

Folha de Anotações
AULA 09- PRÁTICA DE BANDA – WORKSHOP EM DVD –
VINEYARD RECURSOS
Facilitador: Amauri Muniz ( Ministério Vineyard )

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AULA 10- INTERPRETAÇÃO DA CANÇÃO


Como Preparar seu Solo Musical

Texto de Rafael Oliveira Em 14/09/2011

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            Este texto procura dar alguns passos a serem seguidos para auxiliá-lo na preparação de um solo
musical, abordando principalmente o aspecto teatral da apresentação. Mesmo numa audição onde seja
solicitado que você não interprete, você sempre pode temperar sua canção com uma boa dose de emoção,
seja ela no corpo, no olho ou na voz (geralmente essa regra de "não interpretar" serve para evitar que
artistas despreparados corram pelo palco e exagerem na interpretação). Vale lembrar que estamos estudando
Teatro Musical, e não "Música Teatral", então interpretar não é uma opção. Você vai precisar cantar bem,
interpretar bem e, se a música pedir, dançar bem (quando não é necessário fazer acrobacias, tricotar, voar...)

Os pontos aqui abordados não são regras obrigatórias, expressam somente a minha opinião. Talvez parte do
que esteja escrito não se aplique ao solo que você está preparando. Assim sendo, após a leitura do texto,
ponha em prática o que você achou válido e simplesmente descarte o que, na sua opinião, não funcionaria
muito bem pra você. Lembre-se: Utilize sempre seu bom senso, a decisão final sempre deve ser sua.

1. Decore a letra e a melodia

            Esse é o primeiro passo. Se você não tem a música decorada, você não vai muito longe. E cantar a
música inteira sentado no conforto do seu quarto com a porta fechada não significa que você já decorou tudo.
Lembre-se que você estará cantando num palco, audição ou diante de uma câmera, isto é, num ambiente que
você raramente consegue controlar. Por isso a música precisa estar tão decorada quanto o "Parabéns pra
você".

Na falta de um instrutor que possa te ajudar, experimente cantar a música em situações inusitadas, como
enquanto você toma banho ou arruma o quarto. Você precisa conseguir cantar ao mesmo tempo em que
realiza a ação e sem interrompê-la. No momento em que você parar de fazer o que está fazendo para se
lembrar da música será justo o momento que você precisa decorar mais, que não está na ponta da língua.

Para você a música precisa ser 'lógica', 'óbvia', se você ainda tem dúvida se agora é essa ou aquela estrofe,
ou se é nessa parte que existe uma pausa maior, então a música não está decorada. E, uma vez decorada,
retorne para a partitura (ou gravação) que você utilizou como referência para se certificar que você decorou
corretamente cada nota e cada palavra.

2. Foco

            Se você está com pouco tempo ou não tem muita experiência com interpretação, é a primeira coisa
que você se precisa se preocupar. Dizem que os olhos são o espelho da alma porque refletem diretamente o
processo de energia do corpo, e são a principal ‘válvula de escape’ que o seu corpo tem para expressar seus
sentimentos.

Simplificando bastante para ir direto ao ponto: fixe seu olhar num ponto e procure uma motivação para mudar
o seu foco. Você não deve cantar com o olhar “passeando pelo horizonte”, se você vai mudar o seu foco, essa
mudança precisa ser justificada e necessária. Veja o exemplo abaixo, retirado da canção ‘Home’ de ‘A Bela e a
Fera’

Letra Original de Tim Rice Tradução Literal

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Yes, I made the choice Sim, eu fiz a escolha


For Papa I would stay Por meu pai, eu ficaria
But I don't deserve Mas eu não mereço
to lose my freedom in this way perder minha liberdade deste modo
You monster Seu monstro

If you think that what you've done is right Se você pensa que o que fez é certo
Well then Então
You're a fool Você é um tolo!
Think again Pense novamente!

 Versão em Português  Posição do Foco

Tive que escolher, Foco baixo, pensando na escolha que ela fez
Por meu pai eu fiquei Foco vai subindo para encarar a porta pela qual a Fera saiu
Minha liberdade
foi o preço que eu paguei
Seu monstro! Foco na porta, se referindo à fera
Na pausa, foco cai por um segundo, exausta pela fala anterior
Se acha que agiu certo eu sei que  Foco para frente, procurando reunir forças para a fala seguinte
s'enganou
Vou mostrar Foco continua na frente, mostrando força
Quem errou

            Procure ver no exemplo dado a justificativa para cada mudança de foco. Pense que cada ‘mudança de
energia’ pede uma mudança de foco e somente nesses casos (a não ser que seu personagem seja
esquizofrênico). Pense também que cada mudança de foco é um ‘gasto de energia’ que se for desnecessário
você terá gastado energia em vão.

3. Corpo

            Se você não teve tempo de preparar seu corpo, iniciantes (e infelizmente alguns veteranos também)
sentirão uma vontade irresistível de ficar balançando de um lado para o outro, ou para frente e para trás,
acompanhando o ritmo da música. Eu chamo isso de ‘Pêndulo’ e deve ser evitado. Outro ‘efeito colateral’ do
despreparo corporal é ficar mudando de base o tempo todo, o que é comumente chamado de ‘chão quente’.

Mas como evitar que isso aconteça? Prepare seu corpo e ensaie a música procurando ter sempre uma
consciência corporal.

            Tentando simplificar o máximo possível: comece com uma boa base, com os dois pés bem
posicionados no chão. E pense na ‘mudança de base’ como uma ‘mudança de foco’, isto é, só deve ser feita

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quando necessária e com algum significado. Se você estiver consciente de suas trocas de base você não ficará
‘passeando pelo palco’ e nem apresentará os ‘sintomas’ descritos no parágrafo anterior.

Mas o que fazer com o resto do seu corpo? Eu gosto de trabalhar com duas abordagens:

 Deixe seu corpo fluir. Acredite nele, ele sabe o que fazer. Se você receber a notícia que ganhou na
loteria seu corpo irá agir apropriadamente, pulando, gritando, como seja, sem que você precise ficar
pensando ‘Agora vou pular muito alto’, ‘Agora vou esfregar o bilhete na cara da minha irmã que nunca
acreditou em mim’, ele simplesmente vai. Da mesma forma se você imaginar uma gilete afiada
passando profundamente na sua nuca neste exato momento seu corpo irá reagir como deve. Você
deve se preocupar em sentir o que o personagem está sentindo, e deixe o corpo fluir.

Porém, cuidado, algumas pessoas já interpretam naturalmente, deixando o corpo fluir, e, por cima disso,
ainda mandam comandos de atuação para o corpo, causando o que eu chamo de dupla atuação. O seu
personagem acaba sentindo tudo duas vezes, deixando-o exagerado, canastra, o que nem sempre é desejado.
Não gaste energia interpretando duas vezes, uma bem feita já basta. Outro problema é o corpo querer fluir e
você segurá-lo, o que geralmente causa tensão (sabe quando você sente vontade de levantar a mão e segura
porque acha brega? Se você levantar com sentimento vai ser melhor do que deixar o braço preso e
tensionado).

 Crie uma biblioteca de gestos. Crie gestos característicos para seu personagem. Quando ele estiver
nervoso ele pode coçar a palma da mão, ou quando estiver feliz ele pode arrumar o cabelo, enfim,
seja criativo e pense o que seria apropriado para seu personagem fazer em cada momento, como o
corpo dele deve reagir a cada estímulo. Lembrando que você deve buscar gestos para o personagem
e, de preferência, gestos que não sejam próprios seus, para que seus personagens sejam diferentes
uns dos outros.

A melhor maneira de criar essa biblioteca é observar outras pessoas, de preferência num ambiente natural (no
aeroporto, no shopping, numa festa). Tome nota dos gestos que você achar mais interessante para o seu
personagem e replique-os, se necessário adaptando-os, até que se tornem naturais a você e ao seu
personagem. Guarde esses gestos no seu arquivo mental, na sua biblioteca de gestos, para usar no seu
personagem quando o momento for propício. Com esses gestos a mão você pode escolher no seu solo o
momento certo para cada gesto e repeti-los sempre que for interpretar a canção, procurando sempre deixá-
los o mais natural possível e com um motivo e um sentimento por trás, evitando gestos robóticos, vazios.

4. Estude o personagem

      A chave da interpretação está em conhecer bem o personagem. Interpretar nada mais é do que reagir aos
estímulos que o seu personagem encontra, e você precisa simplesmente reagir exatamente como seu
personagem reagiria. Mas como você irá reagir de acordo com o personagem sem conhecê-lo?

O quanto você deve estudar o personagem é uma pergunta para qual não existe resposta correta. Você
precisa conhecer-lo o tanto quanto você julgar necessário, e quem vai dizer isso é o seu bom senso (ou talvez
seu diretor estressado, nunca se sabe...)

 Mas o mínimo que deve ser feito é conhecer a trajetória do seu personagem dentro do musical e entender o
contexto no qual a canção que você está cantando está inserida. Você deve saber responder as seguintes
perguntas:

1. O que motivou seu personagem a cantar essa canção?

2. Como o personagem se sentia e o que ele pensava antes da canção começar?

3. Como o personagem se sente e o que ele pensa quando a canção termina?

4. Conseqüentemente, qual transformação ocorreu durante a canção?

            A lista de perguntas pode se estender infinitamente mas... eu estou tentando cobrir somente o básico
aqui. Uma vez respondidas, você deverá começar a pensar como poderá deixar as respostas claras com sua

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interpretação ao longo da música.

5. Metamorfoseie os sentimentos

            Quando você acha que tudo está resolvido e basta reagir como o personagem, mostrando o que ele
está sentindo eis que eu lhe digo: isso não é tudo. Por vezes uma canção é baseada num único sentimento
que você deve carregar durante toda a duração da música. Tome como exemplo a canção tema da Bela e a
Fera, aquela que começa com ‘Sentimentos são...’ e depois disso vem o que mesmo? Pois é, praticamente
todas as frases começam com ‘Sentimentos’. Como repetir isso trocentas vezes e não ficar repetitivo?

 Existe uma técnica que eu chamo de Metamorfosear o Sentimento (trocadilho não intencional) que consiste
em ir levemente alterando, evoluindo, mostrando outra face do mesmo sentimento durante toda a música.
Vamos tomar como exemplo mais uma vez a canção ‘Home’ do musical ‘A Bela e a Fera’. Qual o sentimento
predominante nessa música? Claro que cada intérprete pode escolher um sentimento diferente mas, neste
exemplo, tomemos o sentimento indignação como sentimento predominante.

Felizmente indignação é um sentimento muito amplo e podemos expressar ‘vários tipos de indignação’. Pode
ser uma revolta, uma derrota, uma vergonha, uma injustiça. Enfim, existem várias formas diferentes de
demonstrar essa indignação. Repare que o personagem pode começar com um sentimento e terminar com
outro completamente diferente, mas ainda assim, demonstrando indignação.

Veja abaixo o subtexto ou o mapa de sentimentos, da canção ‘Home’. Vale ressaltar que é apenas uma
sugestão e que pode (e deve) ser discutida e alterada por qualquer um que por ventura venha interpretar esta
canção.

 Versão em Português Subtexto 

Tive que escolher, por meu pai eu fiquei Indignação contida.


Minha liberdade foi o preço que paguei Aceitação, pois foi ela quem escolheu
Seu monstro! Solta toda a revolta aqui, pois a culpa é da Fera

Se acha que agiu certo eu sei que s'enganou Resoluta, pois ela está presa mas ainda é
Vou mostrar quem errou livre para decidir sua própria conduta.

O meu lar não devia ser feito de sombras Forte. Repara pela 1.a vez que não há volta, 
E pensar que é aqui onde eu vou viver a decisão foi tomada e, apesar de indignada, há 
Pode ser que os meus sonhos se percam pouco que ela pode fazer sem quebrar a 
Mas não vou me esquecer promessa que fez.
Trago o meu lar comigo perto do coração Esperançosa, existe luz no fim do túnel.
Mas meu lar se tornou solidão Triste, lentamente retornando à realidade.

O meu lar é o lugar onde agora eu me escondo Ela joga fora o sentimento anterior e procura se 
Vou achar algo bom nesta escuridão levantar, trazendo força, esperança.
E pensar que o resto da vida vai ser nesta prisão
Sei que não vai ser fácil, mas sei cuidar de mim Orgulhosa, dona de si, cheia de forças para mudar a
E o meu lar não será tão ruim situação.

Tanto eu quis conhecer outras terras mais distantes Por um instante ela ultrapassa as paredes do castelo
Mas não vou resolver meus problemas se eu voltar e se lembra de seus sonhos. Mas retorna para a
aldeia onde as coisas também não iam muito bem.
O meu lar vai ser este por hoje ou pra sempre? Da sua indignação ela tira forças para não aceitar a
Vou negar tudo qu'eu sempre procurei? situação atual, ela vai provar pra Fera e pra ela
Mas eu sei que o futuro melhora basta eu olhar além mesma que não precisa aceitar o que foi imposto.
Meu coração é livre faz o que decidir
Ele vai me ajudar a seguir Ela encontra uma solução para seu problema.
E o meu lar não será este aqui Triunfante, ela vê que está acima disso tudo.

 Procure reparar como o mesmo sentimento evolui e muda durante a música, e como várias nuances

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diferentes são apresentadas durante toda a canção. Não basta escolher um adjetivo só e percorrer toda a
música num sentimento só, é preciso criar, mudar, em outras palavras, metamorfosear o sentimento.

Além disso, cada sensação a ser transmitida pelo intérprete precisa começar e terminar, mas nem por um
segundo você deve parar de sentir. Você deve fazer a transição de um momento para o outro da forma mais
natural possível. Como um DJ numa festa começa a diminuir o som da música anterior e aumentar o volume
da música seguinte para que você não perceba onde houve a mudança da música, você deve “mesclar” os
sentimentos, começando o próximo no instante em que o anterior começa a desaparecer. Eu chamo isso de
lincar os sentimentos.

6. Justifique todas as suas ações e marcações

            Não faça nada por fazer, porque te mandaram ou porque está escrito na rúbrica. Se você decidiu que
seu personagem vai avançar um passo em determinada parte da música, dê uma justificativa para esse
passo. Seja para afrontar alguém, ou para se aproximar de uma janela e ver o horizonte ou para o que quer
que seja, deixe claro o motivo pelo qual você avançou. Mesmo que as chances da platéia perceber a sua
justificativa sejam pequenas, existe uma grande diferença entre uma ação vazia e uma ação justificada. A
ação justificada é mais viva, cheia de energia.

            O mesmo se aplica para qualquer gesto, mudança de tônus ou volume na voz ou qualquer outra ação
que você venha a executar. Assim como você estuda cada nota para cantar corretamente a melodia, você
precisa justificar cada ação do seu personagem.

7. Considerações Gerais

            Apesar de muita coisa já ter sido dita, eu poderia escrever páginas e páginas sobre outros tópicos
importantíssimos no seu número musical, mas aí isto viraria um livro e muita gente perderia a paciência de
ler. Mas não vou deixar de pontuar outras coisas que julgo importantes.

 Esteja preparado para o inesperado. Tudo que é feito ao vivo está sujeito influências externas (e
as vezes internas) que você não pode controlar. Não vá esperando que tudo vai dar certo porque
99,9% das vezes não dar. Então, durante seus ensaios, não pare no meio do caminho porque algo deu
errado. Ensaie a consertar o que não saiu como planejado. Se você esqueceu a letra, continue
inventando ou com lá lá lá. Se o pianista errou ou seu acompanhamento deu pala respire fundo e
continue mesmo assim. Se o alarme de um carro disparou atrapalhando sua performance, manda bala
sem pensar duas vezes. O show tem que continuar!

 Não se apóie no talento. Acorde! Já existe muita gente talentosa nesse mundo e com certeza com
mais talento que você, então só talento não basta. Não acredite que você pode ‘improvisar’ na hora
porque geralmente isso é percebido e nem sempre valorizado, e certamente ficaria melhor se você
tivesse se preparado antes (realmente se preparado, ensaiar uma ou duas vezes antes da
apresentação não é se preparar). E pode ser que você nunca mais consiga reproduzir o que foi feito
no improviso simplesmente por não se lembrar do que você fez.

 Tudo conta! Do momento em que você pisa no palco ou entra no prédio onde acontecerão as
audições você já está sendo analisado e avaliado pela platéia ou pela banca. Esteja sempre pronto,
disposto, solícito e, no caso de uma apresentação, dentro do personagem. Entre no personagem antes
da platéia reparar e só saia do personagem quando a platéia não estiver mais reparando. Não
desmonte sua cena no segundo em que a música termina, aguarde, no mínimo, três segundos, e faça
a transição entre o personagem e o você a mais suave possível.

ATIVIDADE PRÁTICA PARA PRÓXIMA SEMANA:

SERÃO FORMADOS 03 GRUPOS COM UM CANTOR EM CADA GRUPO QUE IRÁ PREPARAR UMA
PERFOMANCE DE UMA CANÇÃO EM PLAYBACK, O SEU GRUPO AJUDARÁ A CRIAR A
INTERPRETAÇÃO. A CANÇÃO SERÁ APRESENTADA E MELHORADA EM SALA DE AULA.

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Folha de Anotações
AULA 11- PRÁTICA VOCAL – A PRÁTICA DO CANTO EM
GRUPO
Facilitador: Sanches Max

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AULA 12- ESPONTANEIDADE & CÂNTICO NOVO

Há alguns anos nós não tínhamos espaço para fluirmos espontaneamente durante os momentos de louvor.
Mas de uns anos pra cá, o Senhor tem trazido o entendimento do poder do fluir espontâneo durante esses
momentos de louvor. Estes momentos espontâneos acontecem quando saímos da melodia e da letra
preestabelecida de uma canção e começamos a cantar e a dizer coisas que não estavam preparadas ou não foram
ensaiadas.
O fluir espontâneo permite que trazer para a nossa ministração algo fresco, a unção do momento. Neste
momento espontâneo, o Senhor pode nos trazer uma direção fresca, algo revelado somente a nós para aquele
momento. Nós ministros de louvor, devemos incentivar as pessoas da igreja a abrirem seus lábios e se dirigirem
ao Senhor com suas próprias palavras.
Tecnicamente, para fluirmos espontaneamente, devemos estar preparados como equipe. É necessário que
haja uma boa comunicação, que os instrumentistas estejam preparados e saibam quais notas tocar nesses
momentos. Os vocalistas devem estar atentos e seguirem as direções do líder. O líder, por sua vez, deve ser
cuidadoso com o que vai ministrar, se está sendo bíblico, pois somos responsáveis por aquilo que dizemos.

Vamos ver alguns cuidados práticos que devemos ter ao fluirmos espontaneamente.

1) Devemos separar um momento específico em uma canção para que possamos fluir
espontaneamente

Ao fazermos isso, evitamos confusão e problemas. Os instrumentistas poderão definir quais serão as notas
tocadas e assim evitam que cada um, toque as notas que quiserem. O líder de louvor poderá definir ao menos a
direção em que poderá seguir. E os vocalistas saberão se terão alguma frase ou palavra a cantar.

2) O líder de louvor deve estar bem fundamentado na palavra

É muito importante que o líder de louvor seja bem fundamentado nas Escrituras, para evitar ministrar
qualquer coisa que não esteja de acordo com elas durante uma ministração espontânea. Quando estamos
ministrando sem um texto ou letra definido, nosso raciocínio funciona de forma mais rápida, e por isso precisamos
estar completamente fundamentados na Palavra para sabermos o que falar.

3) Sabendo a hora certa

Fluir espontaneamente é algo extremamente maravilhoso! Mas precisamos saber a hora certa para o
fazermos. Precisamos ser guiados pelo Senhor inclusive nesse aspecto. Tudo o que não tem equilíbrio torna-se
não saudável. Uma ministração com espontâneos em exagero pode se tornar confusa, longa demais, e podemos
gerar desinteresse na congregação, que não tem como cantar conosco. O contrário também é verdade. Uma
ministração engessada, rígida e sem espaço para nenhuma espontaneidade pode se tornar pouco interessante. Por
isso esse equilíbrio é muito importante.

4) É praticando que se aprende

O fluir espontâneo, por ser alto tão singular, é difícil de ser definido ou descrito. Mas com a prática vamos
aprendendo a corrigir os erros, vamos adquirindo maior segurança e vamos aprendendo a lidar com a situação.
Podemos ouvir CDs e ministérios que tenham tal prática, podemos estudar o que a Bíblia diz a respeito, mas só
conseguiremos realmente dimensionar do que se trata quando experimentarmos na prática.

5) Um cântico novo

Quando estamos abertos para o fluir profético e espontâneo, devemos estar preparados para o cântico
novo, que é parte desse mover (Salmos 96:1). O cântico novo tem o diferencial de refletir a atmosfera espiritual,

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a situação do momento. O cântico novo é a sua oração musicada. Vejamos algumas características do cântico
novo e o que a bíblia nos fala sobre ele.

a) Quando cantamos um cântico novo, nós refletimos a adoração celestial-(Apocalipse 5:8-


10/14:3)

O novo Cântico está presente nos céus. E quando cantamos um cântico novo, nós nos unimos a
essa adoração celestial.

b) O cântico novo proclama as maravilhas de Deus, quem ele é e o que ele faz por seu povo-
(Êxodo 15:1-19)

O salmo 96:3, após nos ordenar que cantemos um cântico novo ao Senhor, nos diz: Anunciai entre as
nações a sua glória, entre todos os povos, as suas maravilhas. Com nosso cântico novo devemos proclamar o que
o Senhor tem feito por nós e a sua fidelidade.

c) O cântico novo carrega o profético – (Lucas 1:46-56)

O cântico novo tem esse poder. Algumas vezes o Senhor irá gerar esse cântico profético prevendo coisas
que acontecerão no futuro no nosso interior, para nos preparar para o que vamos experimentar e nos trazer fé e
esperança.

PERGUNTAS PARA DISCUSSÃO EM GRUPO

1- NOS CULTOS , VOCÊ TEM EXPERIMENTADO O FLUIR ESPONTÂNEO NO MOMENTO DO LOUVOR? QUAL A
IMPORTÂNCIA DISSO PARA A IGREJA ?
2- O AUTOR CITOU ALGUNS CUIDADOS PRÁTICOS QUE DEVEMOS TER AO FLUIR ESPONTANEAMENTE .
VOCÊS CONCORDAM COM TODOS ELES ? JUSTIFIQUEM .
3- COM BASE NO QUE FOI APRESENTADO , MEDITEM NA RELEVÂNCIA DE CANTAR UM CÂNTICO NOVO E
COMO INCENTIVAR AS PESSOAS A MOVEREM -SE PROFETICAMENTE NESSE SENTIDO .
4- J Á ACONTECEU ALGUMA SITUAÇÃO DESAGRADÁVEL NO CULTO POR CAUSA DESTE “MOVER
PROFÉTICO ”? O QUE HOUVE DE ERRADO ? COMO ESSA SITUAÇÃO PODERIA SER EVITADA ?

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AULA 13- MINISTÉRIO DE DANÇA


"Ainda te edificarei e serás edificada, ó virgem de Israel! Ainda serás adornada com os teus adufes, e sairás com o
coro dos que dançam". Jr 31:4

"Então a virgem se alegrará na dança, como também os jovens e os velhos juntamente; porque tornarei o seu
pranto em gozo, e os consolarei, e lhes darei alegria em lugar de tristeza". Jr 31:3

Definição
Dança: meio de expressão natural e espontânea em que o corpo, integrando o ritmo e a música, ocupa a
dimensão espaço-tempo; É uma linguagem pela qual se comunicam idéias não expressas verbalmente.
Dançar: mover o corpo cadenciadamente, em geral ao som compassado da voz ou de instrumento de música;
girar; rodopiar; mover-se; saltar.

Para o povo de Israel sempre foi comum expressar seus sentimentos através das artes, sendo a dança um grande
instrumento de comunicação. Portanto, este ministério nunca foi algo "escandaloso" para o povo de Israel, nem
tampouco para os outros povos do médio e extremo-oriente. A dança não é nenhuma novidade e sempre fez parte
das comemorações cristãs. O preconceito em relação este tipo de manifestação artística é um problema cultural.
Ao longo dos anos, alguns valores foram deturpados. Como, por exemplo, a questão do homem dançar estar
associada à sua sexualidade.

O fato de satanás falsificar algo não significa que não devemos praticar o que é genuíno.

A boa noticia é que Deus está restaurando o Seu povo, preparando-o para sua volta. Para tanto, Ele vem
resgatando para Si todas as maneiras de adoração e louvor roubadas e destruídas por Satanás (João 10:10).

Neste sentido, a dança vem sendo restaurada por Deus para que se cumpra a Sua promessa de restauração do
tabernáculo de Davi (Atos 15:16).

O MOVIMENTO

Sl 115: 17 - "Os mortos não louvam ao Senhor, nem os que descem ao silêncio”; - aquele que vive se movimenta

Nosso corpo foi feito para o movimento. A atividade relaxa,emagrece,diminui dores, diminui a ansiedade,
estresse. O Dançar envolve o uso de todo o corpo a fim de expressar-se diante de Deus.

Nossos movimentos influenciam o mundo espiritual.


Na Bíblia, encontramos várias ocasiões onde pessoas utilizaram sua expressão corporal para profetizar ou realizar
algo.

Referência Movimento Resultado

Ex 14:21-22 "estendeu a vara" Mar abriu


Ex 14:26 "estendeu a mão" Águas cobrirão os egípcios 
Ex 17:11 " braço levantado" Obtinha vitória
Js 6:11-14 "rodearam a cidade" Queda dos muros de Jericó
1 Rs 17:21-22 "se estendeu sobre a criança" Criança ressucitou
1 Rs 19:42 "curvou o corpo para terra,com rosto entre os joelhos" Fez chover
2 Rs 4:34 "se colocou de bruços sobre o menino" Corpo começou a esquentar
2 Rs 2:25 "andou de lá pra cá" Menino ressucitou
Ez 4:4-6 "dormir deitado para o lado esquerdo" Mostrará castigo para Israel
Ez 4:7 "rosto virado p/ cidade, braço estendido" Representa o poder que ataca

OBJETIVOS DO MINISTÉRIO DE DANÇA

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O Ministério de Dança pretende adorar a Deus e proclamar sua palavra por meio do movimento. A dança, assim
como qualquer tipo de arte, é um poderoso meio de levar o evangelho de forma criativa. A palavra falada entra
pelos ouvidos, mas a palavra encenada entra pelos ouvidos, olhos e emoções. A dança é um ministério visual.
Pretendemos também ensinar os integrantes para que sejam adoradores e não somente bailarinos. Pessoas com o
caráter de Cristo, que busquem influenciar a sociedade através dos dons e talentos que Deus lhes deu.
Fazer parte de um dos grupos do ministério, é dar a oportunidade para que a pessoa se envolva na obra,
cresça no conhecimento de Deus e desenvolva seu potencial.

ONDE O MINISTÉRIO DE DANÇA PODE ATUAR?

O ministério participa nas celebrações da Igreja (tanto no momento de louvor, como com coreografias
durante o culto) , em projetos evangelísticos (festivais de dança, evangelismo nas ruas, viagens missionárias) de
ação social (projetos em bairros e escolas, visitas em asilos e lares), apóia as congregações, dá oficinas para
treinamento e consolida a visão com várias faixas etárias da Igreja.

QUEM PODE DANÇAR?

A dança não é privilégio de alguns poucos seres dotados de coordenação. Ela está ao alcance de todos. Podemos
diferenciar a dança do altar e a do banco. No Altar, você tem o compromisso de ministrar ao povo, de levar a
igreja à adoração. Exige que busquemos técnica e procuremos nos aperfeiçoar para edificar a vida de nossos
irmãos. Já no Banco, é um relacionamento exclusivo entre você e Deus. Não exige técnica e você faz da forma
como se sente mais a vontade.

O LÍDER

Deus sempre escolheu pessoas para estarem a frente do seu trabalho, porque sabe que o povo precisa de uma
direção. Muitas cabeças pensando,as vezes podem gerar muita confusão também. É importante ter uma pessoa
"madura" (o que nem sempre significa "mais velha") para estar a frente do trabalho.Esta pessoa deve ser um
referencial em todos os aspectos. Deve estar submissa a liderança da igreja, e estar disposta a pagar um preço
para que o ministério dê certo. É necessário disposição para ensaiar, cuidar das ovelhas (alimentando, tratando o
pecado quando necessário,dando a devida atenção),buscar a direção do Senhor para cada detalhe.
È interessante que a pessoa que vai estar a frente do trabalho, tenha alguma experiência em dança, ou que pelo
menos, se interesse em buscar e se aprimorar, procurando oferecer algo de excelência para Deus.

O MINISTRO DE LOUVOR COM DANÇAS

Muitas pessoas olham para os grupo de dança e por achar bonito,desejam participar, sem se dar conta de
que há um preço por trás de tudo

Antes de sermos bailarinos, somos vasos santos, ministros e sacerdotes. Logo, temos a responsabilidade de
sermos referencial da glória de Deus.

Aqueles que participam do ministério devem entender que o que fazem não é somente algo bonito, mas que deve
comunicar alguma coisa. A arte só vai ter valor se salvar, curar, restaurar e edificar. E no caso da dança, a unção
vem pelo movimento. Não se trata de um adorno para enfeitar o púlpito da igreja. A vida e o caráter do ministro
devem ser tratados antes de estar à frente da igreja.

Devem ser pessoas comprometidas e que sejam um exemplo pois estão a frente.Devem ter compromisso e buscar
fazer todas as coisas com excelência.

FORMAS DE TRABALHAR A DANÇA


Coreografias: movimentos pré-definidos e ensaiados. Como uma música e uma letra na qual o Senhor Jesus
inspira o compositor. Aqui, podem se desenvolve temas bíblicos com mensagens associadas a problemas
socioculturais, políticos e espirituais atuais.
Dança livre/ Espontânea: como um cântico espiritual vindo do coração de Deus (Sl 33:3). No mundo, é chamado
de improvisação, mas nós cremos na inspiração do Espírito Santo.

COMO FORMAR OS GRUPOS?

Primeiro é importante dividir as idades. O ideal é dividi-las da seguinte forma:

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Crianças - 3 a 6 anos / 7 a 9 / 10 a 12
Adolescentes - 13 a 17
Jovens - 17 anos em diante
Mulheres
Terceira Idade

Essa divisão é importante porque devemos respeitar as limitações e necessidades físicas de cada idade,
além das necessidades espirituais. É impossível tratá-los da mesma forma. Muitas vezes vemos mulheres mais
velhas,ou jovens ensaiando num mesmo grupo que crianças.Que tipo de desenvolvimento poderemos dar para
eles,uma vez que os interesses são completamente diferentes?
Depois de separar as idades é necessário ver qual o propósito: O grupo será evangelístico?tem alguma função
especifica na igreja (ex: ministrar no louvor)? Pretende consolidar novos convertidos? É aberto para quem quiser
ou é um grupo fechado?
É muito importante responder estas perguntas e definir o propósito do grupo para que ele funcione da melhor
forma possível. Na igreja, podemos ter vários grupos com propósitos completamente diferentes. Assim é que
funciona o Corpo de Cristo, cada um fazendo a sua parte.É impossível que somente um grupo alcance a todos.

 OS ENSAIOS

O ideal é que os grupos tenham dois ou mais ensaios por semana de pelo menos duas horas cada um.
Na dança, é necessário continuidade, caso contrário os resultados são lentos. O Ensaio é a oportunidade de criar
e desenvolver o que já existe. Além de ensaiar e criar coreografias é importante que exista um tempo devocional,
onde as pessoas possam orar e compartilhar a palavra de Deus, afinal, nosso interesse é ver o crescimento do
individuo tanto técnica como espiritualmente.

GERAÇÃO DE RECURSO

Todo ministério necessita de dinheiro para poder se desenvolver. Com o ministério de dança não é
diferente. Figurinos, equipamentos para sala (som, colchonetes, ventiladores, etc),cursos de aperfeiçoamento são
alguns dos exemplos do que os grupos necessitam. Muitas pessoas acham que a Igreja é responsável por suprir
essas coisas, mas eu gostaria de ressaltar que na verdade nós somos responsáveis para suprir a igreja. Ela pode
nos dar o suporte, a estrutura maior, mas nossos grupos devem pelo menos se auto-sustentar sem depender do
caixa da igreja. Já pensou se todos os ministérios dependessem¿ Nos devemos edificar e auxiliar a igreja a
desenvolver e não simplesmente sugar.

Existem muitas formas de você gerar recursos para o ministério, basta usar a criatividade e estar disposto
a trabalhar. Isso também é uma ótima oportunidade de ensinar aos integrantes o valor de cada coisa e que tudo
necessita de trabalho e não cai do céu. Deus pode operar muitos milagres e prover coisas maravilhosas, mas Ele
dotou os seus filhos de capacidade e inteligência. Aquilo que cabe a parte humana,vamos fazer e deixemos para
Deus a parte sobrenatural.

PALAVRA FINAL

O que você tem feito para que o seu grupo desenvolva?


Algumas pessoas me perguntam quanto tempo leva para que alguém aprenda a dançar e eu sempre respondo: -
"A vida inteira". Sempre temos que estar buscando, pois no momento que paramos,nosso corpo se
acomoda,perdemos o alongamento, a agilidade, etc.
Invista no seu ministério. Às vezes temos tempo e dinheiro para tantas coisas, mas deixamos de lado aquilo que
realmente é necessário. Faça aulas de dança, cursos, congressos, seminários, leia sobre o assunto, assista
espetáculos, saiba o que a palavra de Deus fala sobre o assunto, veja filmes, enfim... INVISTA!Você pode optar se
quer um grupo medíocre, um grupo comum ou um grupo inteligente.

Kátia Mello
Diretora do Estúdio do Corpo

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AULA 14 - PROJEÇÃO E MULTIMÍDIA


Queremos abordar aqui algumas questões para ajudar aqueles que estão envolvidos nesse ministério tão
abençoado e tão importante na casa de Deus.

Além de servir, o principal objetivo de quem está nesse ministério é fazer com que a mensagem chegue a platéia
com clareza, seja uma mensagem cantada, uma mensagem falada, uma mensagem encenada (teatro), uma
mensagem visual (computação, projeção, iluminação), ou mesmo uma mensagem que está sendo registrada
(filmagem).

Primeiramente, um bom técnico, é aquele que tira o melhor proveito da aparelhagem, seja esta qual for...

Não depende só do aparelho se é ruim ou bom, moderno ou ultrapassado, mas principalmente de quem mexe, do
quanto ele sabe o que está fazendo, e que sabe tirar "água da pedra", ou seja, que tira o melhor proveito com os
equipamentos disponíveis na sua igreja. É claro que devemos almejar sempre adquirir os melhores equipamentos,
de acordo com as possibilidades da igreja, mas não devemos desprezar o que já temos com o pretexto de que o
equipamento está ultrapassado, colocando toda a culpa do resultado obtido no equipamento. Aliás, existem
técnicos que tem em mãos os melhores equipamentos, e não conseguem ter um resultado tão bom quanto outros
que tem equipamentos até inferiores. Isto mostra uma falta de conhecimento técnico do equipamento e até
mesmo da pouca experiência que tem. O bom técnico faz tudo com excelência!

Um bom técnico investe nele, e está sempre se atualizando, através de estudos, leitura de manuais, pesquisas na
internet, workshops, cursos, e precisa de pelo menos um mínimo conhecimento de inglês (devido a muitos termos
técnicos em inglês).

 Algo interessante...

Este ministério é um ministério que quase não aparece ... Só aparece:

 Quando uma filmagem é interrompida


 Quando a projeção não aparece, ou aparece atrasada
 Quando o pastor pede para soltar o vídeo, e o vídeo não entra, ou entra sem som

Enfim, esse ministério não é lugar para se aparecer... é ridículo quando alguém nesse ministério tenta chamar a
atenção para si.

E é um ministério que "não aparece" quando...

 Tudo sai muito bem!


 Quando nada dá errado!

Então, se esse é um ministério que "não aparece", que chega antes de todos para deixar tudo pronto e
funcionando para os ministérios que "aparecem" (louvor, teatro, dança, ministração da palavra), e que depois que
tudo acaba, ainda você tem que desmontar, desligar, guardar os equipamentos..., porquê alguns fazem parte
desse ministério?

Creio que é pela satisfação de saber que você contribuiu para que a mensagem fosse passada com clareza, de
forma que todos entenderam (desde um jovem lá na frente até ao velhinho lá atrás... e que tudo deu certo!)

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Saiba que você é uma peça fundamental nesse ministério, encare o que você faz como um ministério de serviço
na casa do Senhor. Seja um servo com aquilo que você faz, mesmo que você for aquele que apenas liga os cabos,
sirva à equipe de música, à equipe de dança, de teatro, ao teu pastor que ministra a palavra.

Use o talento que Deus te deu a serviço do reino de Deus, sendo sempre fiel no pouco para que você seja
colocado sobre o muito. Para você meditar: Mt 25:14-28 (parábola dos talentos)

Então, seja o melhor técnico!

As congregações querem sistemas de projeção porque descobriram ser uma ferramenta ótima para
atingir pessoas que não freqüentam a igreja regularmente. Pode ter havido reações contrárias quando começou-
se a instalar sistemas eletrônicos em igrejas, mas agora eles já são aceitos como padrão. Hoje, o maior
problema na instalação desses sistemas é a falta de educação técnica. As igrejas também trabalham com verba
limitada e não podem tomar decisões erradas na aquisição de equipamento. O desafio para elas é conseguir o
sistema certo para criar o ambiente e complementar suas atividades.

Procure uma solução que se ajuste às necessidades da congregação e seja fácil de operar. Muitos dos
operadores nos templos são voluntários que não trabalham com equipamento todo dia, então este deve ser de
fácil compreensão. Usar duas telas pode ser necessário em templos seja largura seja maior, enquanto uma tela
funciona bem naqueles mais estreitos. O posicionamento correto do sistema pode torná-lo mais eficiente ao
deixar a platéia ver o rosto do pastor durante o sermão, ver letras de músicas em tamanho grande, acompanhar
notas a respeito das falas do Pregador, assistir a vídeos que tragam emoção ao culto, projetar avisos para a
congregação. Em alguns casos, as telas são posicionadas muito longe das laterais do altar principal, distraindo o
pastor, pois as pessoas acabam olhando para as telas ao invés do altar. Telas muito pequenas podem ser difíceis
de ver e se tornam mais uma distração do que uma melhora na comunicação.

 APRESENTAÇÃO DE SLIDES
 
Introdução

Muitos já devem ter se deparado com situações em que uma apresentação de slides mal feita transformou
aquele momento em uma chatice sem tamanho. O fato é que muita gente não sabe fazer uma apresentação de
slide para ser apresentada. 
Algumas vezes por preguiça ou mesmo falta de capricho, mas muitas outras vezes simplesmente por não
saberem como fazê-las de uma forma agradável. 
O uso de multimídia para ministrar aulas e conferências, e letras de músicas para cultos é relativamente novo, a
ponto de professores/palestrantes nunca terem tido algum tipo de treinamento. Muitas vezes, as pessoas
acabam aprendendo a usar programas como o Power Point meio que na marra. A falta de intimidade com o
computador também interfere negativamente neste ponto. Veja aqui algumas dicas de como NÃO fazer uma
apresentação de slides:
 
Processo de Criação de uma Apresentação de Slides
 
TEXTOS
 
Tamanho do texto
Evite colocar textos muito extensos no slide. Prefira a utilização de palavras-chave que sirvam como um
guia para a sua apresentação. Tópicos com mais 6 linhas de texto explicativo são desnecessários. Lembre-se que
o foco deve ser muito mais no apresentador que no slide. Textos grandes distanciam o apresentador da platéia.
E, teoricamente, os ouvintes não precisam de um simples leitor. Toda vez que precisar se desculpar por ter um
slide muito carregado, lembre-se que talvez ele não deveria estar ali ou então ele poderia ser divido em vários.
 
Relação texto / Tamanho da tela
Evite usar o slide inteiro para colocar o texto. Ou seja, sempre é melhor em termos estéticos deixar uma
margem em relação à borda do slide. No caso de diagramas e esquemas pode ser interessante ocupar todo o
slide no sentido de aumentar a figura e facilitar a visualização.
 
Enquadramento/Estética/Centralizar
Não deixe a caixa de texto desalinhada. Esteticamente a caixa de texto geralmente se encaixa melhor
quando for disposta centralizada. Uma caixa "grudada" em uma das bordas do slide não parece ter um efeito
estético bom.
 
 

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FONTE 
 
Tamanho de fonte/legibilidade
Não coloque fonte muito pequena. Geralmente o leitor gosta de ler o que está escrito no slide e na hora de
criar o slide é importante lembrar que os leitores não estarão tão próximos da tela de projeção como o
apresentador, então se o lugar da apresentação é grande é importante que todos, ou a grande maioria consiga
ler com facilidade o conteúdo escrito do slide.
 

Cores da Fonte
Não escolha cores que prejudiquem a legibilidade do slide. Ao criar um slide dê a atenção devida para a
cor da fonte a ser escolhida. Também é importante escolher neste mesmo momento o plano de fundo, afinal a
cor da fonte vai contrastar com o plano de fundo. Cores parecidas podem dificultar na hora da leitura.

 
PLANO DE FUNDO 
 
Design
Não escolha um plano de fundo que prejudique a leitura do slide. Geralmente opto por fazer esta escolha
antes de começar a fazer a apresentação, juntamente com a cor da fonte. Existem várias opções de design de
slide disponíveis no Power Point, e muitas outras opções disponíveis na internet a serem baixadas. Também há a
possibilidade de se usar uma simples cor de fundo ou mesmo uma foto. No caso de fotos uma boa saída pode ser
usá-la como marca d'água
 
 
ORTOGRAFIA
 
Erros de português
Não deixe passar NENHUM erro de português. Deve-se sempre revisar uma apresentação com olhar crítico
para erros de português. Erros grosseiros podem fazer com que o prestígio de quem está apresentando vá por
água abaixo, perdendo crédito e respeito de quem está assistindo. Não confie no corretor do Power Point, que
sublinha as palavras grafadas erradas, muitas vezes a palavra pode estar certa, mas fora de contexto, cuidado.
Revise, revise e revise.
 
Abreviações
Não use abreviações desconhecidas. Como disse na outra dica, palavras-chave são sempre bem vindas,
porém elas devem ser entendidas. Algumas pessoas acham que as palavras que estão na apresentação são
apenas para guiar o apresentador e acabam colocando abreviações que para ele pode ser muito óbvio, mas para
os que estão assistindo nem tanto. Então na hora de usar uma abreviação tenha certeza de que ela é conhecida
pela maioria das pessoas que vão te assistir.
 
 
SOM
 
Sons durante a apresentação
Evite colocar músicas de fundo na apresentação. Quando se faz uma apresentação as pessoas podem
pensar que os sons irão ficar legais e dinâmicos, porém muitas vezes se tornam irritantes, principalmente se
forem freqüentes, como uma música de fundo, por exemplo. Além disso, os sons podem passar um ar de
amadorismo.

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 ANEXOS 

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CANTO E TEORIA
Propriedades da voz

III-1 Som e tonalidade

Som é tudo quanto podemos escutar. A voz humana quando falada, o barulho de um motor ou um trovão
são sons simples e puros. Mas existem alguns sons com uma particularidade especial; tonalidade. Sons com uma
variação de tom tornam possível a existência da Música. Sem a diferença de tons não há melodia. Quando
falamos não emitimos tonalidade e, no entanto, cantamos ao produzir sons com a variação de tons.

III-2 Timbre

É a identidade sonora. Ninguém é capaz de confundir o piano de uma placa de zinco sendo arrastada.
Portanto, cada som teu seu timbre e ele é quem caracteriza cada som.

O timbre é quem difere o som de uma guitarra de um violino, mesmo que eles toquem o mesmo tom.
Também serve para distinguir a voz de uma pessoa. Considere ainda que, por parecidas que sejam duas vozes, há
discriminação técnicas entre elas. Não é à toa que existem muitos equipamentos de segurança por
reconhecimento da voz.

III-3 Clareza

Enquanto tem tanta gente querendo aprender a cantar há outras que, se quer, sabem falar. Uma
propriedade fundamental da voz é a clarividência. Se você fala e por três vezes a outra pessoa não entende e
pede para repetir não quer dizer necessariamente que ela seja surda. Você pode não estar pronunciando bem o
que fala.

III-4 Aprenda a falar

Devemos ter mais qualidade ao pronunciar os verbetes. Dê atenção especial a todas as silabas para que
fique claro o quer dizer. Enrolar a fala é prática de quem esqueceu a letra da música na hora do show. No entanto,
a clareza é um dos quesitos avaliados nos calouros.

Cuidado para não fazer a junção de duas ou mais palavras na hora de falar. Isso pode deturpar o
significado da mensagem.

III-5 Volume

Quando dizemos “Fale mais alto” (não se esqueça do,”por favor,”), estamos pedindo para que o outro
aumente o volume do som. Contudo, na música (com sons variáveis de tonalidade) alto e baixo diz respeito a
grave e agudo (veremos isso mais tarde). Nesse caso devemos especificar “mais volume” ou “menos volume”.

O volume da voz esta atrelada diretamente à força com que jorramos o ar boca a fora. Daí a necessidade
de uma boa respiração e conservação dos órgãos internos.

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Cada um tem seu limite para o volume. Não force jamais o volume da sua voz. Nem ao cantar, nem
ao falar. Mas é possível dar mais consistência a ela com o decorrer do treinamento adequado, buscando o que
você tem e não desenvolveu.

III-6 Variação do tom

Em torno do som grave (grosso) e agudo (fino) construímos a melodia, ou seja, a música em si. Cantar
consiste em representar fielmente (não esqueça disso) as notas musicais estabelecidas na melodia .
Para tanto, é mister dominar a voz.

Aquecimento físico

Você já conhece o valor do seu corpo para a voz. Por esta razão, iniciemos a aula prática com exercícios
de alongamento e relaxamento. Use roupas leves e folgadas para não dificultar os movimentos.

1. Alongamento: de pé, levante os dois braços e vá se esticando suavemente para cima como se quisesse
alcançar uma corda que está um pouco acima de sua cabeça. Mantenha os pés bem fixos no chão. De 1 a 3
minutos (sugestão: pendure um cacho de uva no teto).
2. Relaxamento: movimente os braços e as pernas livre e suavemente para ativar melhor a circulação
sangüínea e aquecer a musculação (dê chutes curtos no vento e simule natação, por exemplo). De 3 a 5
minutos.
3. Respiração: conforme os padrões teóricos aplicados anteriormente, trabalhe sua respiração e aproveite para
entrar em estado de concentração máxima. Procure sentir o ar entrando e se espalhando em seu corpo
através do sangue. Trabalhe os impulsos cerebrais para as partes do seu corpo (como leves movimentos dos
dedos das mãos e pés). De 2 a 3 minutos.
4. Acorde o diafragma: se você leu todo o capitulo anterior (duvido) sabe da relevância deste músculo.
Portanto, vamos desenvolver ainda mais suas atividades; inspire e expire rapidamente dando sopapos no
diafragma como se estivéssemos bombardeando o abdome. De 1 a 2 minutos.
5. Aquecimento muscular do pescoço: abaixe completamente a cabeça (coluna reta, por gentileza) e comece
a erguê-la vagarosamente até onde puder, enquanto inspira. Segure o ar por quanto tempo puder e desça a
cabeça e vá soltando o ar devagar. Sincronize o tempo do movimento com a respiração. Ou seja, o tempo do
movimento deve ser igual ao da respiração. Vá retardando o tempo do movimento e da respiração aos poucos
até alcançar a média de 30 segundos para levantar a cabeça (e inspirar), 10 para prender o ar e 30 para
abaixar a cabeça (e expirar o ar). ATENÇÃO: observe sua capacidade. Se der para prolongar mais ainda o
tempo, faça-o. Do contrário, diminua o limite. Execute de 5 a 10 vezes nesse sentido e depois inverta a ordem
do movimento e a respiração.
6. Aquecimento muscular do pescoço II: semelhante ao exercício acima, sincronize a respiração de acordo
com os movimentos do pescoço. Entretanto, troque o movimento vertical pelo horizontal (da direita para a
esquerda e vice-verse); ponha a cabeça no limite que ela se move para um lado e vá virando para o outro
trabalhando a respiração.
7. Acionamento bucal: faça movimentos com a boca (caretas mesmo) para acionar a musculatura da boca;
abrindo e fechando, esticando para os lados, etc.

Aquecimento vocal

Esses exercícios servem para desenvolver o controle vocal dos sons. É importantíssimo para o desenrolar
da voz. Não ignore a boa postura e também esteja bem hidratado (com água natural).

1. Moído: feche a boca e comece soando som “hummmmm” igual a uma vaca preguiçosa. Note que o som
(grave) fica armazenado na faringe (cavidade no começo da garganta). Inicie com um tempo de 10 segundos
para o som, pare, respire fundi e recomece aumentando o tempo de execução do som. 10 vezes.
2. Fonfom: o mesmo exercício acima, desta vez, trazendo o som para o nariz.
3. Staccato: vamos repetir o exercício 1 e 2 em staccato (você não sabe o que é staccato?). Quer dizer, som
cortado em seqüências rápidas e fortes. “Hum... hum... hum... hum”. Use o diafragma para impulsionar o
som.
4. Pianinho: é semelhante ao staccato, mas com uma diferença; soe baixinho.

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5. Exercício I: agora de boca aberta, trabalhe nos moldes acima um “psiu” com o som de “ssssssss”. 10 vezes
normal e 10 staccato.
6. Exercício II: ainda seguindo o modelo anterior, execute “Zzzzzzzzzzz”. 10 vezes normal e 10 em staccato.

7. Exercício III: vamos trabalhar o volume calculando o tempo de execução e dividindo em dois; do zero para o
mais alto possível e daí para o zero novamente. Ou seja, vá aumentando o som e depois o diminuindo. Faça
duas vezes com cada som já treinado.
8. Exercício IV: agora para relaxar, produza o som “Ffffffff” semelhante a um pneu vazando ar. Em seguida,
uma chuva; “Xxxxxxxxx” e finalmente, uma metralhadora; “Rrrrrrrr”. Para este último, coloque e tremule a
língua no céu da boca. 5 vezes cada.

IV-6 Potencia vocal

Entre o homem e a mulher há mais diferenças do que o peito cabeludo e o bigode. A voz natural do
masculino é um ou duas oitavas mais baixa (grave) que a delas. Podemos dizer que o eles cantam na faixa da
primeira para a quarta oitava e elas dentro da segunda para a quinta oitava, conforme a potencia de cada um.

Quando o homem tem a voz super grave, ele fatalmente se enquadra dentro da categoria baixo. Para
cantar, ele alcança em torno da primeira até a segunda oitava. A categoria média é chamada de barítono. Os
sopranos alcançam entre a segunda à quarta oitava. A terceira classificação é o tenor. Neste caso, os dotados
dessa classe são mais agudos e cantam no tom semelhante aos das damas, além de alcançarem também as
oitavas dos barítonos.

A classificação das vozes femininas começa com contralto para aquelas que têm voz de macho e fala
grosso. Na hora de cantar, elas utilizam-se da segunda para a terceira oitava. A categoria intermediária é
conhecida como semi-soprano. Nestas condições, as medianas cantam na faixa da terceira para quarta oitava.
As poderosas da terceira classe seguem a ordem do grau soprano. As cantoras desse nível cantam da terceira
para além da quinta oitava.

Cada categoria canta em torno de dezoito notas inteiras, o que é quase três oitavas. Como uma melodia
normalmente é escrita com notas que variam entre duas oitavas, isso quer dizer que, adequadamente, uma
pessoa pode cantar qualquer música. Quando digo “adequadamente” me refiro a usar as notas apropriadas para
cada voz. Assim, se numa música, a mulher usar as notas C, D, E, F e G da quinta oitava, a voz masculina
fatalmente não conseguirá cantar essa melodia com este tom tão agudo. Mas se ele pegar essas mesmas notas e
transportar para uma oitava menor ele certamente cantará a mesma música certinho.

Qual é a sua potencia?

Qual é a capacidade da sua voz? Será que você é um Pavarotti ou um Louis Armstrong? Sua voz é fina ou
grossa? Que notas e que oitavas você alcança? Façamos o teste com o auxílio de um instrumento (teclado ou
violão).

PARA HOMEM

Toque e ouça bem a nota E (E3 teclado e E42 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora vamos
medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando
uma nota. Meça e anote até que nota grave você alcança -- sem forçar.

Teclado = E3 D3 C3 B2 A2 G2 F2 E2 D2 C2 B1

Violão = E42 D55 C53 B52 A65 G63 F61 E60

Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.

Teclado = E3 F3 G3 A3 B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D6

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Violão = E42 F43 G45 A32 B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20

RESULTADO

Baixo alcança abaixo de F2 - F61 como limite grave e vai até os agudos C4 – C21.

Barítono canta naturalmente entre os graves perto de B2 – B52 e topa no limite agudo próximo de A4 –
A15.

PARA MULHER

Toque e ouça bem a nota B (B3 teclado e B34 violão) e tente cantá-la. Soa confortável? Ótimo. Agora vamos
medir a sua capacidade até o limite mais grave. Toque e cante diminuindo uma nota inteira, ou seja, engrossando
uma nota. Meça e anote até que nota grave você alcança -- sem forçar.

Teclado = B3 A3 G3 F3 E3 D3 C3 B2

Violão = B34 A32 G45 F43 E42 D55 C53 B52

Agora vamos medir seu limite agudo aumentando uma nota inteira.

Teclado = B3 C4 D4 E4 F4 G4 A4 B4 C5 D5 E5 F5 G5

Violão = B34 C21 D23 E25 F11 G13 A15 B17 C18 D20 E22 F23

RESULTADO:

Contralto alcança abaixo de E3 – E42 como limite grave e vai até os agudos G4 – G13.

Semi-soprano canta naturalmente entre os graves perto de G3 – G45 e topa no limite agudo próximo de C5 –

VI-1 Cadê a segunda voz?

A segunda voz se popularizou na música sertaneja e invadiu os espaços de outros ritmos. Mas, existe
mesmo segunda voz? Se é que sim, como isso funciona?

Existem sim, e não só a segunda como outras vozes que você poderá enumerar de terceira, quarta,
quinta, sábado ou raios que o partam.

Acontece que quando você tem um acompanhamento sobre a melodia, você conta com uma série de notas
que formam o acorde tocado. A melodia original – a primeira voz -- terá que escolher uma das notas para cada
tempo. Ficará então uma brecha das outras notas que poderão ser cantadas por outras vozes.

Pegue este verso com sua melodia original e depois troque as notas:

“PA – RA - BÉNS PRA VO – CÊ / NES – AS DA – TA QUE – RI - DA”

Original = G3 G3 A3 G3 C4 B3 G3 G3 A3 G3 D4 C4 C4

2a Voz = E4 E4 E4 C4 E4 D4 D4 D4 D4 B3 B3 D4 E4

3a Voz = C4 D4 E4 E4 D4 G4 G4 G4 B4 B4 A4 G4 G4

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Com essa modificação radical, criou-se duas novas melodias para uma mesma letra e acompanhamento.

A maneira mais prática de procurar uma nova voz para um acompanhamento é observar as demais notas de um
acorde. Se estiver cantando sobre o acorde de C, então você tem três notas originais que formam o acorde (C, E e
G) e mais as mesmas notas em oitavas diferentes.

VII-1 Afinação

Como já vimos, a escala padronizada apresenta sete notas inteiras e mais cinco semitons que representam
os sons em uma melodia. Porém, existe ainda uma variação de tom entre uma nota e outra que produz uma
dissonância, quer dizer, um som desafinado.

O vocalista deve reproduzir o mais fiel possível, as notas dentro de uma afinação que obedeça ao padrão
internacional da música – o som original das notas.

A dica é imitar o instrumento. Toque uma nota ou uma seqüência delas e procure reproduzir com a voz.

VII-2 Suavidade

Não há nada mais irritante aos ouvidos que choro de bebê e voz estridente. Isso é típico de quem está
forçando a garganta tentando dar o que não tem, o que prejudica sensivelmente os órgãos fonológicos.

O som, ao contrário, deve sair suave, ainda que seja alto (agudo), sem forçar o gogó. Além disso, a voz
deve soar, de preferência, a partir de uma ligeira elevação do volume. Também no final, deve-se tomar cuidado
para não cortar a voz. Na maioria das vezes, o som é encerrado com um declive no volume, como se fosse sendo
fechando o botão do volume. Entretanto, há casos em que o som é finalizado com um corte brusco, semelhante ao
staccato. Não se pode é deixar a impressão que parou por falta de voz.

Para isso, é fundamental uma boa respiração. Encha bem os pulmões e vá soltando o ar de acordo com o
canto e sincronizando a resistência. Antes de puxar o novo oxigênio, expulse o anterior para caber mais.

VII-3 Entre no compasso

Aposto que já viu essa cena antes; alguém vai cantar acompanhando o instrumento tocado por outro e fica
naquele jogo de olho como que perguntando “É agora que eu entro?” Depois, ele começa a cantar tão apressado
que enquanto o músico toca a estrofe ele já está cantando o refrão. Após uma bronca – e quem sabe, vaias – o
vocalista dá uma maneirada exagerada e acaba demorando tanto que o cara do instrumento sai pra tomar uma
água até ele sair do primeiro verso. É que esse elemento simplesmente não sabe o que é compasso. Não tem
noção do tempo certo de cantar.

De fato, isto não é raro e talvez você aí seja protagonista de episódios idênticos – ou melhor, era. Com um
bom treinamento é possível liquidar esse problema. A chave do sucesso é atenção e um truque; usar sua bateria
virtual.

Para aprender a acompanhar o ritmo certinho, inicialmente o melhor é bater o pé, bater palmas ou estralar
os dedos simulando a bateria. A batida do pedal da bateria é geralmente o som mais forte, seguida de toques nas
caixas e tambores. De maneira igual se segue aqui. É muito difícil sair do ritmo assim, só que nem sempre é
possível – e apresentável – fazer esses movimentos. Com o tempo, eles podem ser substituídos apenas por
batidas imaginárias dentro da sua cabeça. Também conheço quem imite a bateria com a boca.

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VII-4 Interprete cantando

Você quer ser um cantor (cantora) ou um ator (atriz)? Que tal os dois? Pois saiba que uma das coisas
mais vistosas num espetáculo ao vivo é a expressão, a forma de o cantor interpretar a letra fisicamente.

Combina cantar “MEU BEM QUERER” de Djavan dando saltos no palco? Ou talvez dar risadas enquanto
canta “GARÇOM” de Reginaldo Rossi? Dá pra imaginar uma cara triste do cantor durante a execução de um enredo
de escola de samba? Claro que não. A feição deve combinar com o momento, a música em questão.

Cuidado com o excesso nos gestos para não pegar mania. Por exemplo, Julio Iglesias canta apertando o estomago
com a mão esquerda, José Rico, que faz dupla com Milionário, só emite agudos se imprensar o ouvido.

VII-5 Volume uniforme

Independente da variação de tonalidade (grave ou agudo) o som deve, em geral, se submeter a uma
regularidade no volume.

Pegue a canção “CANTEIROS” de Fagner e mande qualquer pé-rapado cantar o primeiro verso e ele vai
cantar “Quando penso em você, fecho os olhos de...” num certo volume e em “... saudaaaaaaades” ele vai se
rasgar todo.

É um erro alterar o volume em proporções acentuadas. Isto acontece justamente no momento mais
desnecessário; nas notas mais altas. Se a tonalidade é aguda, menos força será requisitada. Em contrapartida, no
tom mais grave, onde o som é naturalmente mais baixo, requer-se mais esforço da voz para equilibrar o volume.

VII-6 Microfone – o terror

Ainda tem gente nesse mundo que odeia microfones. Que estupidez! Realmente há diferença entre cantar
ao ar livre e cantar ao microfone. No primeiro caso, você se livra de acidentalmente engolir o objeto e no segundo,
você pode cantar ou falar suavemente e ser escutado por milhares de pessoas.

Ao cantar ao microfone, mantenha a voz nos mesmos moldes como se estivesse sem ele. Não precisa
alterar o volume. Quem tem o trabalho de amplificar sua voz é ele. Também, não ponha o microfone dentro da
sua boca. Mantenha uma distancia razoável (meio palmo aproximadamente) e regular. Esteja certo ainda que a
qualidade da sua voz ao microfone dependerá tanto do equipamento e seus ajustes quanto de você. Daí, a
necessidade de um agente externo. É indispensável ter som de retorno para que também escute sua voz.
Cuidado também com ruídos e sons indesejáveis. O som da respiração ou um mastigado da boca podem
ser captados pelo microfone. Também podem ser flagrantes alguns sopapos provocados no ato de falar ou cantar
silabas com “p” ou “t”. Ou ainda, chiados prolongados com o uso de “s” ou “ce”.

Para Aprender a Cantar

          Estas instruções foram transcritas aqui para que você possa ter um melhor aproveitamento quando estiver
se dedicando ao aprendizado do canto ou fazendo exercícios vocais.

          1. Seja paciente. Os resultados não poderão ser rápidos. Você precisou de alguns meses, ao nascer, para
aprender a falar. Cantar demora mais ainda.

          2. Seja metódico. Procure ter períodos regulares de aprendizado. Você não pode curar uma enfermidade
tomando remédio uma vez por semana. Assim também, Quando uma pessoa sofre um acidente e precisa de

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fisioterapia, para ter melhores resultados, deve submeter-se ao tratamento com o intervalo mais curto possível
entre as seções.

          3. Não seja pessimista. Se você aprendeu a falar, deve poder aprender a cantar. É tudo uma questão de se
aprender a usar a voz; desde que você se esforce bastante. Alguns precisam de muito esforço, mas, se você
quiser mesmo cantar, e bem, terá que pagar o preço: Esforço e dedicação.

          4. Não seja excessivamente confiante. Alguns se valorizam excessivamente. Começam a praticar e logo
dizem: Já está bom, pode passar para a frente, é moleza demais, é coisa de criança... Esses são, geralmente, os
que cantam mal, acham que cantam bem, são muito prontos a acreditar em qualquer elogio (ainda que proferido
por alguém que não sabe o que está falando, ou que queria apenas incentivar), não sabem usar o
"desconfiômetro" e nem o próprio ouvido.

1. Não confie em seu próprio ouvido. Da mesma maneira que precisamos aprender a usar a voz para cantar,
precisamos, muito mais, aprender a usar o ouvido. As pessoas que não sabem cantar, geralmente acham que
"já está bom", quando nem ao menos estão cantando a nota certa. Mas, não se preocupe. Você vai conseguir,
se fizer da maneira correta. Utilize os recursos abaixo:

a. Seria muito bom se você gravasse os exercícios que faz. Parte dos sons da sua própria voz, quando você
ouve, não vêm do ambiente, mas chegam até seus ouvidos pelas fibras musculares que estão entre sua
garganta e seu ouvido. Por isso é que você ouve sua própria voz mesmo com os ouvidos tapados. Toque o
CD em um aparelho e grave enquanto canta. Mesmo que seja em um gravadorzinho simples, de mão.

b. Lembre-se de que sua voz não é que você ouve, pois você ouve parte pelo ambiente e parte pelo próprio
corpo (fibras musculares). Não se assuste: o gravador não está com defeito (o som parece estranho) e
você não tem uma voz tão horrível quanto possa parecer. O fato é que você não a conhecia e está
procurando aprender como usá-la melhor.

c. Ouça a gravação atentamente, tentando analisar quais os detalhes que precisam melhorar, onde não está
tão bom assim, onde as notas musicais não estão tão parecidas com as gravadas, onde você não alcançou
ou não cantou corretamente, e observe também a qualidade da colocação da sua voz.

d. Se possível, procure ser acompanhado por outra pessoa, quando for praticar; quem sabe alguém que
também esteja aprendendo como você, ou mesmo aprendendo junto com você. Quatro ou mais ouvidos
sempre estarão mais atentos que apenas dois.

e. Não faça cada exercício apenas uma vez. Não adiantaria nada. Cada exercício deve ser repetido até que
esteja sendo executado com facilidade e qualidade. Não é necessário que você faça apenas um exercício
por dia. Você pode fazer de três a cinco, ou mais. Depende do tempo de que você dispõe. Apenas não
pare de fazê-los antes que esteja executando-os com facilidade, qualidade e correção. Aí vá substituindo
cada exercício completado pelo seguinte que você ainda não realizou.

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SONOPLASTIA – Técnicos de Som e Roadies

INTRODUÇÃO
Quando ouvimos uma mensagem impactante, um louvor ungido ou um testemunho inspirador, nós logo queremos
cumprimentar o ministro, ou no mínimo sentimos vontade de demonstrar o quanto sua contribuição foi importante
para nossas vidas. Mas seja franco consigo mesmo, quantas vezes você cumprimentou o técnico de som ao final
de uma reunião em que o som não apresentou nenhuma irregularidade?

Costumo dizer que o técnico de som só é lembrado quando algum cabo falha, ou quando acontecem as
famosas microfonias. É impressionante e até engraçado ver que enquanto tudo está bem nem lembramos que
existe alguém operando o som, mas quando ouvimos um ruído estranho, quase que com um movimento
sincronizado, olhamos para o técnico de som.
Se você procura um ministério de destaque, em que as pessoas te reconheçam na rua, ou que você receba
aplausos e elogios, já vou lhe adiantando, esse ministério não se parece em nada com o ministério de som. O
ministério de som é um ministério de apoio, e posso até dizer que é um ministério de bastidores, ou para ser mais
chique, um ministério background.
Antes de explorarmos os aspectos técnicos e práticos do ministério de som, temos que ter firmado em nossas
mentes a importância deste ministério e o porquê é extremamente necessário o preparo de cada indivíduo para
desempenhá-lo:

1 – Responsabilidade Espiritual:
Gosto muito desta expressão: Ministro de Som, e creio que não exista classificação melhor quando nos referimos a
uma pessoa ou equipe que lida com o som em nossas igrejas. Esse conceito ainda não está enraizado em nossa
cultura cristã, reservamos o adjetivo ministro aos pastores, obreiros ou em alguns casos aos lideres de louvor,
Mas em geral nos esquecemos que quando fazemos algo para Deus que lida diretamente com Sua igreja estamos
exercendo um ministério.
O técnico de som é uma das únicas pessoas que participa ativamente do início ao fim do culto (e até mais que
isso), ele é o primeiro a chegar e o ultimo a sair. Ele abre o culto, faz o louvor, recolhe as ofertas, prega,
testemunha, ministra a ceia, ora pelos enfermos, dá os avisos e encerra o culto. Entende onde quero chegar? O
Técnico de som é um Ministro!

O versículo base para o ministério de som esta no capítulo 10 de Romanos:

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus” Rm 10:17
Não pense que estou forçando a barra, ou distorcendo um versículo ao meu favor, pense comigo: De que adianta
uma equipe de louvor bem ensaiada e com musicas com letras fortes se ninguém conseguir entender o que esta
sendo dito? Ou ainda, as pessoas serão libertas pela mensagem se elas não conseguirem sequer ouvir o que o
pastor está pregando?

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A palavra de Deus deve ser ouvida para produzir fé e o ministro de som tem a missão de fazer com que isso
aconteça do começo ao fim do culto, sua única tarefa é criar um ambiente em que a palavra possa ser ouvida,
entendida e assimilada.Quando temos este entendimento, começamos a pensar nas obrigações que um ministro
possui, não falo apenas de conhecimento humano, mas de intimidade com Deus. O apóstolo Paulo nos ensina
como deve ser a vida de um ministro quando escreve sua primeira epístola a Timóteo. Dentre muitos conselhos
Paulo diz:

“… sê o exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, no amor, no espírito, na fé e na pureza” I Tm 4:12


O ministro de som deve ter maturidade espiritual e ser exemplo para os fiéis, deve dedicar tempo a leitura
da bíblia, oração e às práticas espirituais. O conhecimento humano e a excelência técnica de nada valem se não
soubermos à quem estamos servindo. A busca pela capacitação deve ser o reflexo de nossa vontade de servir ao
nosso Deus com o nosso melhor.

2 – Responsabilidade quanto à saúde física e mental:

O ministro de som tem grande parcela de responsabilidade sobre a saúde das pessoas presentes em cada
culto ou reunião. Isso mesmo, a má administração do som pode provocar desde um pequeno incomodo a sérios
problemas de saúde em cada ouvinte.

Há inúmeros estudos científicos que comprovam os prejuízos à saúde causados por exposição continuada a altos
níveis de pressão sonora, também chamados de SPL (Sound Pressure Level). De acordo com a Sociedade
Brasileira de Otologia, cerca de 35% das perdas de audição são creditadas à exposição a sons intensos, em
ambientes profissional, religioso ou em lazer.

Para que você tenha uma idéia o mau uso de fones de ouvido pode causar danos irreversíveis à saúde de um
indivíduo. Uma pesquisa feita em 2009 pela Organização Mundial de Saúde afirma que de 30 milhões de casos de
problemas auditivos no Brasil, pelo menos 5% foram causados pelo mau uso de aparelhos eletrônicos como Mp3 e
Ipods. Por várias vezes pude presenciar pessoas com fones de ouvido e que mesmo a distância podia-se ouvir com
nitidez a musica que estavam ouvindo.

Antes, a perda de audição costumava aparecer por volta dos 45 anos de idade, mas cada vez mais encontramos
jovens relatando o problema. Ouvir som muito alto pode causar tontura, zumbido, sensação de ouvido tapado.
Dependendo do volume e do tempo em que a pessoa fica exposta pode ocasionar lesões irreversíveis, como perda
de audição.

A perda auditiva induzida por ruído (PAIR) é a doença que mais atinge o sistema auditivo, podendo provocar
lesões irreversíveis na cóclea. Há variação considerável de indivíduo para indivíduo relativa à susceptibilidade ao
barulho. Entretanto, padrões têm sido estabelecidos para indicar o quanto de som, em média, uma pessoa pode
tolerar sem experimentar dano em seus ouvidos. Apesar de esses níveis permanecerem controversos, tem-se
orientado às pessoas para não experimentar níveis de ruído que excedam 85 a 90 dB durante muito tempo.

A PAIR manifesta-se, primeiramente, com a perda de sensibilidade para as freqüências de 3000Hz e 4000Hz,
região onde está concentrada a inteligibilidade da fala. Perdas auditivas nessa faixa de freqüência certamente
causarão prejuízos à comunicação.

A submissão contínua a altos níveis de ruído tem reflexos em todo organismo e não somente no aparelho auditivo,
ruídos intensos e permanentes podem causar vários distúrbios físicos como: Dores de cabeça, fadiga, distúrbios
cardiovasculares, distúrbios hormonais, gastrite, disfunção digestiva, aumento da freqüência cardíaca e até
impotência sexual. Além disso, danos psicológicos também podem ser causados, como: Alteração significativa do

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humor e da capacidade de concentração, perda dos reflexos, irritação permanente, insegurança quanto à eficiência
de seus atos, embaraço nas conversações, perda da inteligibilidade da fala e, em casos extremos, loucura.

E ainda existem pessoas que acham que qualquer um pode operar o som em nossas igrejas, que basta saber
como ligar e como desligar o som, e em alguns casos não existe sequer uma pessoa que seja responsável
exclusiva para esta tarefa, alguns músicos e até mesmo pastores dividem seu tempo no culto com a operação do
som.

3 – Responsabilidade técnica

Quanto mais conhecimento técnico o ministro de som tiver, maiores serão os benefícios para a igreja.

3.1.        Otimização na utilização dos equipamentos

Quando não existe a possibilidade de se possuir um equipamento ideal, o ministro de som, detentor de um bom
conhecimento técnico, pode “tirar leite de pedra” como dizem por aí, não que ele deva fazer milagres, mas ele
poderá tirar o máximo daquilo que está em suas mãos. É claro que existem limitações que estão condicionadas
aos equipamentos que se possui, mas assim como alguém que tenha conhecimento pode fazer muito com pouco,
o contrário também acontece e com muito mais freqüência.

Conheci igrejas com condições financeiras privilegiadas e que por falta de instrução ou atenção investiram em
equipamento, contudo se esqueceram de investir em pessoas, e acabaram com equipamentos muitos bons que
faziam no máximo o básico. Nossos cultos não precisam ser tremendos shows de rock, mas o mínimo que se
espera é que sejam agradáveis de ouvir, fáceis de entender e não provocar dificuldades aos músicos, cantores e
ministrantes.

Outro aspecto a ser lembrado é que quando equipamentos são usados de forma correta sua vida útil será
prolongada. O mau uso dos equipamentos aumenta o risco de defeitos e nos leva a necessidade de reposição ou
conserto, e graças ou não a lei de Murph, equipamentos costumam dar defeito na hora em que mais precisamos.

3.2.        Otimização na utilização dos recursos

Um ministro de som atento e bem treinado trará economia para a igreja, pois ele será capaz de escolher os
equipamentos adequados para cada situação, muitas vezes as igrejas gastam dinheiro com equipamentos baratos,
mas que em longo prazo trarão mais prejuízo que benefícios, equipamentos que precisarão ser substituídos por
serem praticamente “descartáveis” ou por não atenderem às necessidades da igreja.

Existem muitos vendedores “espertinhos” que tiram vantagem da falta de conhecimento de seus clientes. Uma
pessoa inexperiente pode acabar comprando um equipamento que seja demasiadamente desnecessário para a
aplicação desejada, seria praticamente como comprar um computador de ultima geração para utilizar somente a
calculadora.

Na hora de comprar, o ministro de som deve se fazer as seguintes perguntas:

1-    Qual aplicação do equipamento?


2-    Com que freqüência (periodicidade) o equipamento será usado?
3-    Qual o resultado que se espera?
4-    Necessidade ou luxo?
5-    Posso comprar algo melhor e mais caro, mas que me fará evitar uma substituição no futuro?
6-    Posso substituir por algo mais barato que trará o mesmo efeito, mas que não comprometerá a qualidade?

Tendo em mente essas perguntas, vai ficar muito mais fácil adquirir o equipamento certo e identificar se é
realmente a hora certa para a compra do mesmo.

ROADIES
Roadie (do Inglês, Road, estrada, + a terminação diminutiva ie) seria o estradinha num neologismo
popular e carinhoso. Seu apelido originou-se da sua função principal que era estar sempre nas estradas, durantes

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as grandes turnês de músicos norte-americanos, que viajam grandes distâncias em caravanas de ônibus leito.
Atualmente, os roadies são indispensáveis em concertos e turnês pelo mundo inteiro e são quem executam toda
parte pré-produção de um show, preparando inclusive o palco para o concerto.

O termo roadie não é usado somente na industria musical, mas também com as trupes teatrais, ou qualquer outro
evento que envolva uma produção artística e com equipamentos.

O Roadie nas igrejas é uma figura pouco vista, nem mesmo é usado este termo para identificá-lo, mas é
geralmente aquele "cara" curioso por som, que deseja trabalhar com som, mas não tem um conhecimento

suficiente para isso, então o líder de louvor e os técnicos colocam ele a organizar cabos montar equipamentos
em palco, e com isso acham que estão dando trabalhos de pouca importância para os mesmos, mas ai é onde se
enganam, o roadie tem um papel fundamental na montagem dos equipamentos na verificação ligações no palco e
da verificação do funcionamento do sistema, para que tudo posso funcionar perfeitamente as conexões devem ser
bem feitas e ligadas corretamente, por este motivo o papel do Roadie é tão importante quanto o técnico que irá
cuidar da mesa de palco ou da PA.

Tente imaginar que tipo de profissional carrega em sua bolsa objetos tão distintos como lanterna, fita
crepe, grampeador, pilhas, abridor de vinho, dezenas de canetas e curativos. Pensou em algum? Bom,
acrescente alguns cabos, cordas de violão, chaves de fenda e afinadores, e você tem o kit básico de um
roadie, aquela pessoa normalmente vista com roupas pretas, esgueirando-se pelos palcos, atenta a
qualquer indício de problema durante um show.

Para ser um roadie, não basta apenas saber ligar cada instrumento na tomada certa, mas ter noções de
inglês, entender de intrincadas ligações elétricas e, claro, sacar de música.
Nem todo mundo costuma prestar atenção nesses profissionais, mas são eles os verdadeiros
responsáveis pelo sucesso da apresentação de um artista. Verdadeiros canivetes suíços, eles têm que
estar prontos para consertar panes em equipamentos de som, substituir instrumentos, quem sabe apagar
incêndios, e, se for necessário, até mesmo ocupar o lugar do próprio músico.

Entre as inúmeras roubadas a que estão sujeitos, incluem-se agüentar choques elétricos,
carregar equipamentos debaixo de chuva, ficar na estrada sem combustível, esconder-se de tiroteios,
morar em hotéis e vans por longos dias e tocar em palcos que ameaçam despencar a qualquer momento.

"É uma profissão árdua, porque você lida com equipamentos caríssimos e tem uma responsabilidade
enorme sobre a imagem da banda ou do artista"

Pagos para serem invisíveis, eles mesmos costumam afirmar que, se algum roadie for visto no palco, é
sinal de que alguma coisa está errada. "Os roadies são sempre os primeiros a chegar e os últimos a sair.
Em um show marcado para as 22h, por exemplo, costumo chegar às 14h e sair às três da manhã. Tudo
depende da estrutura do evento.
Atualmente, além da Equipe Sombra e da Pro Roadies, outras empresas do ramo elevaram a qualidade
do serviço, considerado pelos músicos superior ao dos grandes centros.
Segundo os pioneiros, a qualificação é importante porque abre-se um leque de possibilidades para o
exercício da profissão. "O roadie pode trabalhar com bandas, como contra-regra em rádios e TVs ou fazer
a produção de festivais, por exemplo", "Buscar qualificação é um dos maiores desafios".

Os roadies tem noções de áudio, permitindo fazer as ligações dos equipamentos e até mesmo operar os
mesmos em eventos pequenos ou em caso de "emergências" (na falta do técnico de
P.A. - o peazeiro).

O conhecimento do peazeiro é mais amplo que o do roadie no aspecto do áudio. O roadie até monta tudo,
mas não conhece todas as funções e possibilidades dos equipamentos. Já o peazeiro precisa conhecer
cada função dos equipamentos, conhecer acústica, projetar e dimensionar sistemas, etc. Mas muitos dos
peazeiros de hoje são ex-roadies, que investiram mais na área técnica de áudio.

Funções do roadie

Idiomaticamente, o roadie seria o bagagista da banda; aquele que carrega os equipamentos, mas ele também
executa as funções da preparação e montagem da aparelhagem nos palcos, antes das apresentações, instalando
os andaimes, instalando a iluminação, os amplificadores, preparando e instalando toda parte técnica eletrônica,
afinando e pré-ligando e testando os instrumentos e módulos eletrônicos, etc. O roadie também auxilia
continuamente durante os concertos, com os detalhes técnicos de acordo com a habilidade e experiência de cada

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indivíduo. Durante concertos, ele é uma espécie de salva-vidas do músico, ajudando o guitarrista a trocar
de guitarras quando necessário, ajudando a substituir baquetas quebradas do baterista, ajustando com os
microfones, substituindo cabos faltosos, etc. Com o passar do tempo, um roadie pode executar funções mais
técnicas, como auxiliar na mesa de som com a mixagem, ou no controle de luzes.

O roadie é o personagem que passa quase despercebido, mas que, para uma boa performance de palco, é
indispensável, sempre cobrindo a retaguarda do músico nas situações adversas em shows, e sempre realizando o
trabalho mais árduo numa “gig”. O roadie é o primeiro a chegar sempre no local do show e é sempre o último
elemento a ir embora.

COMPOSIÇÃO – COMO ESTIMULAR A CRIATIVIDADE?

Doze Chaves para Destruir o Bloqueio para Compor

Todos nós temos momentos quando a música flui livremente. E todos nós temos momentos quando o céu
parece de bronze e nós não podemos “romper” espiritualmente. Ou, talvez, nós estejamos em um momento
quando todas nossas canções estão começando a soar iguais, ao menos para as outras pessoas. Como nós
podemos conseguir mudar isso e “fluir” novamente? Isso depende do que está causando o bloqueio.

Se for porque estamos espiritualmente secos e não temos nada “fresco” para dizer, a resposta é óbvia —
nós precisamos beber da Água da Vida. Mas se estamos musicalmente secos, talvez precisemos ouvir outras
músicas. Especialmente quando nós tentamos escrever em um estilo que não estamos acostumados, nós
precisamos “mergulhar” neste tipo de “correnteza” por um tempo. Nós não queremos copiar as ideias de outras
pessoas, nós queremos apenas aprimorar e refrescar nossa memória com as características desse gênero.

O Apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, “Reavive o dom que há em ti.” Ele estava se referindo ao dom espiritual,
mas os mesmos princípios se aplicam ao dom musical. Exercícios de aquecimento preparam atletas e cantores
para altas performances, e isso funciona para compositores também.

Tente algumas dessas idéias para dar início a esse fluir de criatividade:
 

1. Mudança de Acordes

Encontre uma coleção de boas canções e procure por mudanças de acordes incomuns. Eles podem desencadear
novas idéias melódicas que não ocorreriam a você de outra forma. A mudança de acordes com a qual você
começou pode nem aparecer na versão final de sua canção – mas ela serviu como um salto inicial quando a sua
“bateria” estava baixa.

2. Padrões Rítmicos
Selecione um groove e comece a cantar algumas idéias de letras em cima disso. Novos reefs podem desencadear
novas melodias. Muitas músicas de hoje, incluindo muitas canções de adoração modernas, incorporam o uso de
loops de baterias na sua criação. Essas ferramentas podem inspirar você com influências rítmicas sutis, que talvez
você não tivesse pensado.

3. Outro Tom

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Se você tem o hábito de procurar melodias nos tons de C (Dó), D (Ré) ou Em (Mi Menor), que têm a tônica na
região mais grave, tente começar tocar em F (Fá), G (Sol) ou Am (Lá Menor), que põe a tônica mais na região
média. Isso vai te forçar a sair das melodias que acabam terminam pra cima ou pra baixo. Você pode ter um
sentimento totalmente diferente em um desses novos tons. Ou tente experimentar tons que você geralmente não
toca porque eles são muito difíceis. Trabalhe neles até que eles se tornem fáceis. Isso não vai apenas te tornar um
músico mais completo, mas pode até sugerir novas melodias pra você, evitando que seus dedos caiam sempre
onde as ideais podem ser “comuns”. Talvez você precise tentar lugares diferentes pra novas idéias.

4. Escrevendo A Cappella
Tente procurar por uma melodia sem usar algum instrumento. O problema é que nossos dedos tendem a
desenvolver hábitos próprios, e quando nós deixamos, eles se movimentam do jeito que eles estão acostumados,
nos mesmos velhos lugares vez após vez. Quando nós os tiramos deste processo, nós estamos liberados para
seguir em uma nova direção. Nós podemos encontrar acordes para nossa melodia depois. Um dos meus caminhos

favoritos para escrever é andar pelo quarto e começar a cantar passagens das Escrituras ou linhas do meu diário –
“cantando minhas orações.” Isso vai te levar a lugares que você nunca iria com um violão nas mãos.

5. Outro modo
Quanto tempo faz desde que você começou a escrever em um tom menor? Não se esqueça deles; eles podem te
levar a uma paisagem musical totalmente nova.

2. Experimentando Novas Escalas Tonais

Toque essas novas escalas e veja que idéias surgem. Por exemplo, comece sua melodia no terceiro grau da
escala. Então, tente começar no sexto grau, ou no segundo. Isso é muito legal. Você ficará surpreso ao ver como
uma mesma melodia soa diferente ao começar em tons diferentes da escala.

3. Associando Acordes à Letra

Olhe atentamente para suas palavras – qual é o sentimento principal de sua mensagem? Que tipo de acorde você
vai precisar? Tente colocar os acordes apropriados, nas palavras-chave corretas ou frases, tais como:
• Uma 9a. (Nona) ou uma 6a (Sexta) e 9a (Nona) para uma cena belíssima
• Uma 7a (Sétima) Maior para um pensamento pacifico e sereno.
•Uma tríade sem terça (um acorde C5 ou G5) para uma característica celta.
• Uma IV ou “6a menor” para um sentimento de nostalgia
Veja que idéias melódicas surgem delas. Então, trabalhe pra trás e para frente disso, para fazer sua melodia.

4. Abaixe o Tom do Seu Violão

Afine a sua corda E (Mi) mais grave em D (Ré) e experimente tocar com essa afinação nova. Ou afine sua corda E
(Mi), mais aguda, meio tom abaixo e cada acorde soará diferente. E (Mi) irá ser Emajor7 (Mi com sétima Maior),
etc. Isso pode criar um “clima” diferente, cheio de novas idéias.

5. Toque Junto com Uma Gravação

O que você está procurando é apenas um início – coloque alguma coisa pra tocar de um gênero que já provou ser
bem sucedido. Depois que você já tocou por um tempo, desligue essa gravação, e melhore suas próprias idéias.
Você pode descobrir que você “virou a esquina” e que algo novo está surgindo de você mesmo. Alguma coisa nisso

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pode parecer como o começo de uma canção. Mas quando você terminar ouça novamente à gravação pra se
certificar que o que você fez é realmente seu. Lembre-se, no entanto, em todas essas tentativas – não crie
uma melodia mecânica. Use esses mecanismos apenas como um começo e então, deixe sua criatividade
assumir. Quando você está experimentando, você pode ligar um gravador e esquecer-se dele. Se algo bom surgir,
você já tem gravado. Se não, você não perdeu nada.

6. Dê um Tempo

Relaxe. Se você tem trabalhado duro por muito tempo na sua canção e as idéias pararam de fluir, você
provavelmente levou sua criatividade à exaustão. Dê uma volta e coloque sua mente em outra coisa, algo que
você goste e que não exija muita concentração. Um pouco de descanso pode, literalmente, recriar sua habilidade
de pensar e resolver problemas. Quando você voltar, você poderá ter um grande avanço. Eu, algumas vezes, vou
cortar grama quando eu estou “preso em um ponto e fico ruminando algumas idéias.

7. Durma Com Isso

Aparentemente, existe razão nesta velha sabedoria. Tem um estágio no nosso sono, quando nossa criatividade
está no seu máximo. No momento antes de irmos dormir, “puxe” na sua mente uma canção na qual você está
trabalhando. Quando você acorda, faça isso de novo e veja se algo novo apareceu.

8. Ore Sobre Isso

Algumas vezes, mesmo com os nossos melhores esforços para melhorar nossas idéias, nós ainda não sabemos o
que fazer, e se nós temos um prazo, então, nós estamos encrencados. É aí que nós precisamos de uma ajuda
extra especial, da Fonte de nossa criatividade. (É claro que isso não significa, “Espere tudo dar errado – então
ore.”)

Glossário:

Groove: é o andamento da música, a levada da música. Ele deve ser definido no ensaio por toda a banda. Os
principais responsáveis pelo groove são o baixo e a bateria.
Reef: são notas em seqüência, tocadas ao mesmo tempo por toda a banda, como parte do arranjo. É uma frase
musical marcante, que pode caracterizar uma melodia.
A Capella – música cantada somente com as vozes, sem o acompanhamento de instrumentos.

 Por: Paul Baloche
Tradução: Renato Marinoni

Texto utilizado com autorização, enviado pelo autor para o portal APOIO MINISTERIAL
Paul Baloche é líder de louvor por muitos anos, com vários Cds gravados pela Integrity Music  e considerado um
dos melhores compositores cristãos da atualidade, autor  de músicas como “Open the Eyes of My Heart”, “Sing
Out”, “Above All”, “God of Wonders”, “Offering”, entre outras.

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BIBLIOGRAFIA

 MERGULHANDO NA ADORAÇÃO – Renato Marinoni


 CORAÇÃO DE ADORADOR, ESPÍRITO DE
EXCELÊNCIA- Raquel Emerick
 ADORAÇÃO EXTRAVAGANTE- Darlene Zschech
 COMO ADORAR O REI – ZACH NEESE
 LIDERANDO LOUVOR NA VINEYARD- Dan Witt
 ESTUDOS PORTAL ADORANDO-
WWW.PORTALADORANDO.COM.BR
 ARTIGOS/SITE: WWW.SUPERGOSPEL.COM.BR
 ESTUDOS E ARTIGOS NO SITE:
WWW.APOIOMINISTERIAL.COM.BR
 ESTUDOS E ARTIGOS NO SITE:
WWW.VINEYARDRECURSOS.COM.BR
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