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5 fundamentos que o ministério de louvor não pode esquecer – em cima

do altar e na vida
POR EMANUELLE MELLO · 17 DE JANEIRO DE 2022

Quanto você, pastor, valoriza e prioriza o ministério de louvor da sua igreja? Nesse


artigo você irá descobrir a importância desse departamento para a congregação, bem
como os principais fundamentos que o ministério de louvor não pode esquecer.
Afinal, o momento do louvor é, geralmente, a primeira coisa que um visitante irá se
deparar ao entrar na igreja. Nesse precioso período de adoração e devoção a Deus, é
possível perceber como é a visão e o estilo da igreja em questão, considerando que os
ministros de louvor são a “linha de frente” da congregação.
Além disso, a parte inicial do culto é o que definirá como será a atmosfera do culto
como um todo, bem como o comportamento dos participantes também. 

Pense comigo: embora cada pessoa entregue sua própria adoração a Deus, contudo, se
os ministros de louvor não derem liberdade ao Espírito Santo no momento de adoração,
como a igreja será conduzida a adorar como um corpo serve seu cabeça, que é Cristo?

Levando isso em consideração, descubra agora um pouco mais sobre a importância do


ministério de louvor para a igreja.

A importância do ministério de louvor para a igreja


Você já ouviu alguém chamando os ministros de louvor de “levitas”? Esse é um
costume bastante comum entre as igrejas, e infelizmente, muitas pessoas o fazem sem
saber exatamente o que esse termo significa.

Segundo as escrituras, os levitas eram israelitas da tribo de Levi, que, escolhidos por
Deus na época de Moisés, tinham como função cuidar do templo do Senhor e todas as
questões envolvidas nisso:

 Montar, desmontar e transportar o Tabernáculo durante a peregrinação no deserto


do Sinai;
 Transportar os móveis do Tabernáculo;
 Acampar ao redor do Tabernáculo, servindo como protetores dele;
 Cuidar da limpeza e arrumação do Tabernáculo e posteriormente do Templo;
 Servir como guardas e porteiros, além de receber e guardar os dízimos e as ofertas;
 Servir como músicos, poetas, compositores e cantores na adoração pública.
Como podemos perceber, o papel dos levitas não se resumia exclusivamente ao último
item que citamos. Porém, geralmente as pessoas tendem a imaginar que os levitas são as
pessoas que adoram a Deus através da música, e ponto – quando na realidade, sua
função vai muito além disso.

O papel do ministério de louvor da igreja – enquanto levitas, nesse contexto – é o de


servir à Deus, às pessoas e à igreja, de forma a conduzi-las ao louvor e à adoração a
Deus no momento do culto. 

Isso não quer dizer, porém, que o trabalho desse ministério se encerra quando o período
separado para o louvor termina, ou quando o culto em si acaba. Um ministro que zela
pela honra que exerce, é um levita em seu cotidiano: nas palavras, no comportamento,
na maneira como conduz sua vida em todas as áreas.

5 fundamentos do ministério de louvor


Agora que você entendeu a dimensão da importância do ministério do louvor e o
tamanho da responsabilidade que ele carrega, vamos te mostrar 5 fundamentos que
devem estar sempre presentes na vida de um ministério de louvor. Acompanhe!

#1 Preze por sua vida espiritual


Todos os voluntários que servem e trabalham na obra do Senhor, correm o risco de se
esquecerem de quem efetivamente é a obra, e caírem no ativismo.

Em especial aos cargos da igreja que exigem certa habilidade – como é o caso do
ministério de louvor – há o perigo da tendência de focar demais em aspectos
relacionados à logística, à rotina de ensaios e obtenção de novos conhecimentos, em
detrimento do zelo pela vida espiritual.

Aliás, não é só dever do pastor ou do líder de células cultivar o hábito da leitura e


estudo da palavra, bem como de oração e jejum. Na realidade, todas essas práticas
devem fazer parte da vida de todos os cristãos, e certamente na vida do ministério de
louvor também. Afinal, o que os ministros irão transmitir à igreja, se eles não cultivam
nada em Deus, e portanto não possuem nada para ministrar?
Quando olhamos por essa perspectiva, percebemos que a vida espiritual é muito mais
importante do que a parte técnica do ministério e as demais preocupações envolvidas.
Não adianta nada tocar como ninguém ou cantar com maestria, se a vida espiritual do
ministro não preserva a mesma excelência. 

Mas: atenção, tenha sabedoria e…


#2 Não se esqueça do lado técnico
Não quer dizer que, por priorizar a vida com Deus em primeiro lugar, que o seu lado
técnico vai ficar largado. Afinal, aquele argumento “não sei cantar/tocar, mas é de
coração para o Senhor”, já não cola há muito tempo.
Deus entregou pela humanidade o que tinha de melhor: seu único filho precioso. Nós,
enquanto servos e filhos, devemos então – visto que nunca poderemos retribuir à altura
– dar o que temos do nosso melhor. Isso significa que:
 aulas de música;
 aulas de canto;
 capacitações práticas e teóricas;
 tempo de qualidade para treino e ensaios…
São completamente bem-vindos na vida de todo o ministério de louvor – não apenas
bem-vindos, como devem estar. Claro, sempre lembrando que essas coisas não devem
ocupar o lugar da vida espiritual e do zelo pelo tempo com Deus, mas que, certamente,
também não devem ser negligenciados.

#3 Tenha zelo pelas questões organizacionais


Dentre os fundamentos do ministério de louvor, um dos mais valiosos é o zelo por todas
as questões que envolvem o ministério: desde as mais sérias, até aquelas que parecem
“simples”.

Isso quer dizer que você deve:

 Prezar por chegar sempre na hora, evitando atrasos em ensaios e cultos;


 Cumprir a sua escala corretamente;
 Aceitar as correções do seu líder, sejam elas relacionadas à técnica musical ou ao
seu comportamento como cristão;
 Não falar mal dos demais integrantes do ministério ou se considerar superior a eles.
Lembre-se: os levitas zelavam pelo Templo do Senhor a tal ponto, que eram capazes de
morrer a fim de protegê-lo. Sua disposição é a mesma?

#4 Entoe canções compreendendo o que a letra delas significa


Quem nunca escolheu uma música para ministrar em algum culto só porque gostou da
melodia dela, do ritmo, ou então porque todas as outras igrejas também estavam
cantando?

É de extrema necessidade que você reflita muito antes de escolher seu repertório,
analisando as letras das canções – se elas estão de acordo com a Bíblia e com os valores
da igreja – ou não. Afinal, cantamos para que Deus seja louvado, e as canções precisam
estar de acordo com isso.

Dessa forma, tenha sabedoria no momento de escolher as canções, e lembre-se sempre


de passá-las a todos os músicos e ao backing vocal com antecedência, para que ninguém
fique “perdido” no momento do louvor.

#5 Considere todos os públicos da sua igreja antes de definir o repertório 


Ainda nesse tópico de escolher o repertório, há ainda mais uma dica: procure mesclar o
tipo de música a ser ministrada, nunca esquecendo que existem diversos públicos e tipos
de pessoas dentro da igreja.

Isso significa que você não precisa ficar preso somente às músicas “do momento”, e
esquecer das músicas antigas cujas letras são tão sinceras e que marcaram gerações
anteriores a nossa. Do mesmo modo, também não é ideal que você cante apenas músicas
bem antigas e esqueça das novas composições.

Para resolver esse problema, procure criar um repertório que atenda a essas duas
necessidades.

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