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DIOCESE DE CAMETÁ

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO CARMO


FORMAÇÃO PARA COROINHAS

MODULO I

Vila do Carmo – Cametá – Pa


2023
Apresentação
Olá futuro coroinha!
Tenho o imenso prazer de poder lhe apresentar esta apostila de formação. Nela, você irá
encontrar o conteúdo perfeito para a sua formação, sendo assim, apresentada em três
encontros (Responsabilidade e Compromisso, Introdução Geral a Liturgia, Ano
Litúrgico e Espaço Litúrgico).
Assim, espero poder te ajudar com este conteúdo. Qualquer dúvida, você está livre a
procurar-me, ou então a coordenação de coroinhas para solucionar qualquer problema!
Leia bastante e se atualize, e sirva a Jesus Cristo em todos os sentidos!
 Encontros
Teremos os seguintes temas para os encontros deste módulo;
I. Responsabilidade e Compromisso
II. Introdução Geral à Liturgia
III. Ano Litúrgico e Espaço Litúrgico
 Aviso importante
Aqueles que precisarem faltar na formação litúrgica, avise a algum coordenador
antes... É de pura responsabilidade de cada coroinha ter que dar algum aviso
urgente!
Se algum dia não houver encontro, todos serão avisados.
Encontro I: Responsabilidade e Compromisso
Vestes Adequadas
Nas celebrações litúrgicas as vestes têm grande importância, pois distinguir as
funções de cada membro da equipe de celebração. Não faz sentido um coroinha vestir-
se uma veste para leitores, ou outra veste litúrgica que não tem a ver com sua função.
Cada pastoral tem sua veste própria para determinado trabalho. As vestes litúrgicas
servem para expressar a dignidade de que se revestem os atos litúrgicos. Cada coroinha
deve paramentar-se sem luxo, mas com dignidade e bom gosto. Às vezes se veem
coroinhas com roupas indesejáveis, não faz sentido e não há valor nenhum ser coroinha
e não saber vestir-se bem. Quando o coroinha vai servir ele deve ir com roupas
adequadas, pois ele não está servindo a uma festa a um baile e sim servindo a Jesus
eucarístico.
Sua Função
Em primeiro lugar o coroinha deve conhecer a sua função: saber qual o seu papel
na celebração litúrgica e estar preparado para realizá-lo com eficácia e amor. Temos que
ter segurança naquilo que servimos, quando um dia você se sinta inseguro o certo é
procurar o seu coordenador para auxiliar você, ou então, trocar o seu dia com seu
companheiro para que você possa ter um desempenho melhor. Para servir basta
estarmos com o coração aberto para acolher e anunciar a boa nova, mostrando o valor e
o reconhecimento de Jesus Eucarístico.
Silêncio e concentração Silêncio e concentração
Uma das atitudes necessárias é a pontualidade. Ser pontual, não é só para as
reuniões dos coroinhas, mas também quando for escalado para a celebração litúrgica. O
coroinha deve chegar pelo menos 30 minutos antes da celebração, para que ele
possa estar preparado e ciente do que vai servir. Isso implica comparecer à sacristia
com antecedência, a fim de vestir-se e organizar a celebração. O momento antes da
celebração é reservado para o silêncio e concentração, não é momento para conversas
impróprias para o momento. Qualquer pessoa que vai servir a Jesus eucarístico deve
estar ciente de que vai exercer uma função sagrada.
Todo coroinha deve fazer o seguinte questionamento: Estou sendo coroinha por
vocação ou obrigação?
Será que estou sendo coroinha por obrigação, estou participando das reuniões,
cumprindo a escala, chegando cedo à Igreja, ajudando o meu coordenador, cumprindo
com minhas obrigações, sendo fiel a Deus e amigo com os meus colegas?
Existem coroinhas que não está fazendo o seu papel como deveria fazer,
principalmente quando se fala de compromisso, muitos deixam de ir à reunião para ficar
em frente ao computador, ou ficar em casa assistindo TV, ou então saindo com amigos
na rua, e ainda perguntam-se; Porque não fui escalado? Na nossa vida temos que ter um
tempo para divertir, com certeza! Mas não podemos esquecer as obrigações como servo,
não custa nada você ajudar a sua coordenação, tirar um pouco de seu tempo para dedicar
ao serviço a Igreja e a Jesus! A função do coroinha só passa a ser obrigada quando
deixamos de lado o nosso compromisso, lógico que nenhuma pastoral é perfeita, afinal
somos pecadores e temos erros que devem ser mudados, buscando melhorar a cada dia
para o serviço de Deus. Por isto você que é coroinha busque sempre o diálogo com o
seu coordenador, mesmo que ele não veja o seu lado, busque sempre mostrar para ele
soluções para o desenvolvimento da pastoral. Temos que fazer do nosso compromisso
uma vocação e não torná-la uma obrigação!
Eu e o mundo
Passamos do plano pessoal ao familiar. Depois vimos à escola e a Igreja e,
finalmente, vamos refletir um pouco sobre a nossa relação com o mundo. Em primeiro
lugar vamos ver a realidade. Divida o grupo em cinco equipes.
Cada equipe toma um aspecto para analisar: um programa de TV, uma música,
uma página de revista, uma folha de jornal, um programa de rádio.
Quais são os assuntos mais falados?
Que tipo de vida é presentado?
Quais são os problemas comentados?
Qual a preocupação de todos?
O que cada pessoa espera do futuro?
O mundo já não é mais aquele que Deus planejou com tanto carinho, lugar onde
todos viveriam juntos e felizes. Por que esse plano de Deus não deu certo? Será que
Deus estava errado? Aconteceu que Deus ama a todos, mesmo quando as pessoas
caminham longe dele. Por causa de seu amor, ele nos deixa a liberdade. Podemos fazer
o que queremos, mesmo se a escolha for viver longe de Deus.
Deus fez o homem livre para amar, mas o homem usa a liberdade para o mal, mas
a injustiça, a exploração dos fracos, a guerra... O verdadeiro coroinha é aquele garoto
que conhece os princípios da igreja e primeiramente, aquele que sabe servir com amor.
Deus criou o mundo por amor e com amor nós devemos viver com os nossos irmãos.
Também pelo amor, Deus enviou seu filho para nos salvar. Jesus Cristo disse que
devemos amar á Deus e o próximo como a si mesmo. O serviço feito com amor é como
uma árvore que dá frutos para todos os homens. O amor é dom de Deus, sendo dom de
Deus deve ser partilhado com os outros. Junto com o amor vem à palavra serviço, pois o
serviço é a mesma coisa de amor partilhado, quando você partilha o amor, você está á
serviço de Deus.
Nós como cristãos e servidores de Cristo devemos aprender a servir com amor.
Papa João Paulo II disse que o Brasil precisa de santos. Uma pessoa para ser santa ela
deve ter um testemunho de fé sempre valorizando as pessoas, amando o próximo, tudo
com amor. Tentamos buscar a santidade a partir do momento que partilhamos o amor,
ou seja, servimos. Antes de ser servido, sirva, antes de falar, escuta e antes de ensinar
aprenda os ensinamentos de Jesus Cristo, o nosso Senhor e Salvador. Não importa o que
você faz na hora da celebração ou da missa, e sim importa como você faz se está
fazendo com amor ou não. Pense bem, sirva com amor e agradece sempre á Deus por
você está tendo esta oportunidade em servir. Você já se perguntou, se é um verdadeiro
coroinha? Se não perguntou, pergunte agora!
Os 10 mandamentos de responsabilidade e compromisso de todos os
coroinhas
I. Participe das reuniões, missas e demais compromissos que você assume;
II. Seja pontual e dê exemplos de Pontualidade! Chegue a tempo para as missas e
formações;
III. Seja Organizado! Esteja sempre limpo, cabelo penteado, unhas cortadas e
limpas, cabelos presos e roupas e calçados, muito bem limpos e arrumados;
IV. Seja Cauteloso e muito Cuidadoso com as coisas da Igreja e do altar;
V. Trate dos paramentos e objetos litúrgicos com respeito como objetos
destinados ao culto divino;
VI. Seja sempre humilde e preste atenção ao que lhe for ensinado;
VII. Durante os atos litúrgicos evite conversas, risos ou brincadeiras (durante as
celebrações evitarem andar ou correr sobre a Igreja);
VIII. Cultive o gosto pela oração e leia um trecho da Bíblia cada dia;
IX. Dedique-se ao estudo da liturgia, a fim de celebrar cada vez melhor;
X. Observe o silêncio na igreja e na sacristia. Mantenha a concentração,
principalmente antes de começar qualquer ato litúrgico!
Seguindo estes 10 mandamentos de responsabilidade e compromisso, você não só
estará a se ajudar a ser um verdadeiro coroinha, mas sim também estará ajudando a
Pastoral a ser cada vez melhor, aos seus colegas, dando o exemplo de pontualidade e
responsabilidade, e também ajudando a Paróquia, dando um grande exemplo de como
ser um cristão leigo que trabalha dentro da Igreja.
Exercícios
I. Sobre os 10 mandamentos de responsabilidade e compromisso, escolha dois que
você tem mais dificuldade e pretende melhorar e diga por que precisa melhorar. Depois,
escolha um que você tem facilidade de fazer.
II. Pra você, o que é ser responsável?
III. O que é o verdadeiro coroinha?
Encontro II: Introdução Geral à Liturgia
Liturgia e Celebrações Litúrgicas
Ela vem da língua grega e significa, entre outras coisas, RELAÇÃO DO POVO
COM DEUS. No Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia, a palavra
"liturgia" é empregada para designar o culto prestado a Deus pelos sacerdotes judeus. Se
for procurar no dicionário o significado de "liturgia", encontrará: complexo de
cerimônias realizadas na igreja. Como sabemos os coroinhas participam da liturgia,
então eles participam das cerimônias realizadas na igreja, participam do CULTO.
O culto É justamente o conjunto de atos e atitudes espirituais que manifestam
respeito, honra, veneração e adoração a Deus, como por exemplo, a missa e a oração. A
LITURGIA é a maneira de glorificar Deus e seu filho, Jesus Cristo, através das
cerimônias e orações que realizamos na igreja. Não se deve, porém, ir à missa ou rezar a
Deus apenas para obter favores, pedir soluções para nossos problemas, milagres,
bênçãos, mas principalmente para manifestar nosso amor por Deus e agradecer-lhes
todas as coisas que dele recebemos.
A liturgia é uma ação de Deus, para que os seres humanos recebam, por meio de
seus sinais, a graça divina, alcançando a salvação pela fé. O culto cristão deve ser
realizado com o coração, com a vontade de querer servir a Deus, com o prazer em
"visitá-lo" em sua "casa", com o desejo de ajudar os outros, de agir com honestidade e
justiça. Deus quer que o visitemos na igreja e que lhe prestemos homenagens de modo
sincero e verdadeiro.
O que é liturgia?
Liturgia é, antes de tudo, AÇÃO. Ação supõe movimento. A liturgia se expressa
mediante palavras e gestos. Por isso, dizemos que a liturgia é feita de sinais sensíveis,
ou seja, sinais que chegam aos nossos sentidos (tato, paladar, olfato, visão e audição).
Antigamente, fora do campo religioso, liturgia queria dizer ação do povo. A Igreja
passou a aplicar este termo para indicar ação do povo reunido para expressar sua fé em
Deus, nada mais é a relação do povo com Deus.
O que é celebrar?
O ato de celebrar implica alguns elementos importantes:
- Celebrar é um ato público
- Celebrar supõe que haja momentos especiais
- Celebrar requer motivação
- Celebrar depende de ritos
- Celebrar supõe espaço
- Celebrar requer tempo
Celebrações Litúrgicas
O que são celebrações litúrgicas?
São encontros de Deus com seu povo reunido. Esses encontros se realizam
mediante algumas condições que chamamos elementos constitutivos da celebração
litúrgica. Os principais elementos que constituem uma celebração litúrgica são os
seguintes:
- Assembleia: são pessoas batizadas que se reúnem para celebrar.
- Ministros: ministros ordenados (bispos, padres, diáconos) e os ministros
instituídos (leitores e acólitos instituídos). Há também os ministros extraordinários para
distribuição da eucaristia, ministro da palavra, ministro do batismo... E ministros para os
vários serviços da celebração litúrgica.
- Palavra da Igreja: explicação da palavra proclamada, homilia e orações.
- Ações simbólicas: ritos e símbolos mediante os quais os fiéis entram em
comunhão com Deus.
- Canto: indispensável na celebração, o canto expressa a harmonia dos cristãos,
unidos pela mesma fé.
- Espaço: local da celebração, mas significa também ocasião para se reforçar os
laços da fraternidade; momento da organização e luta por melhores condições de vida, e
ambiente da festa humana.
- Tempo: é a sucessão das horas do dia e da noite, mas é também o instante de
graça de Deus; são momentos em que Deus, desde toda a eternidade, vai realizando seu
plano de salvação na história humana.
Exercícios
Introdução Geral à Liturgia
I. O que quer dizer a palavra “Liturgia”?
II. Para depois, você pode procurar o significado de “Liturgia” no dicionário.
III. Quais são os seis itens que são necessários pra celebrar algo?
IV. O que é uma celebração litúrgica? Cite pelo menos duas equipes que
compõem a celebração.
Encontro III: Ano Litúrgico e Espaço Litúrgico
Introdução
O Ano litúrgico é o período de doze meses, divididos em tempos litúrgicos, onde
se celebram como memorial, os mistérios de Cristo, assim como a memória dos Santos.
Diferença do ano civil e ano litúrgico Diferença do ano civil e ano litúrgico.
Durante o ano inteiro celebramos a vida de Cristo, desde a sua em Encarnação no
seio da Virgem Maria, passando pelo seu Nascimento, Paixão, Morte, Ressurreição, até
a sua Ascensão e a vinda do Espírito Santo. Mas enquanto civilmente se comemoram
fatos passados que aconteceram uma vez e não acontecerão mais, (muito embora esses
fatos influenciem a nossa vida até os dias de hoje), no Ano Litúrgico, além da
comemoração, vivemos na atualidade, no dia-a-dia de nossas vidas, todos os aspectos da
salvação operada por Cristo. A celebração dos acontecimentos da Salvação é atualizada,
tornada presente na vida atual dos crentes.
Por exemplo: no dia 7 de Setembro comemoram-se o Dia da Independência do
Brasil. Pois bem, esse fato. aconteceu uma única vez na História do mundo. Já do ponto
de vista religioso, no Ano Litúrgico, a cada Natal é Cristo que nasce no meio das
famílias humanas, é Cristo que sofre e morre na cruz na Semana Santa, é Cristo que
ressuscita na Páscoa, é Cristo que derrama o Espírito Santo sobre a Igreja no dia de
Pentecostes. De forma que, ao fazermos memória das atitudes e dos fatos ocorridos com
Jesus no passado, essas mesmas atitudes e fatos tornam-se presentes e atuantes,
acontecem hoje, no aqui e agora da vida dos crentes.
Organização do Ano Litúrgico
Com base no que foi comentado acima, podemos perceber que existiu a
necessidade de se organizar essas comemorações. E assim a Igreja fez, ao longo de
séculos, estabelecendo um calendário de datas a serem seguidas, que ficou sendo
denominado de “Ano Litúrgico” ou “Calendário Litúrgico”.
O Ano Civil começa em 1º de janeiro e termina em 31 de dezembro. Já o Ano
Litúrgico começa no 1º Domingo do Advento (cerca de quatro semanas antes do Natal)
e termina no sábado anterior a ele. Podemos perceber, também, que o Ano Litúrgico
está dividido em “Tempos Litúrgicos”, como veremos a seguir.
Antes, porém, vale a pena lembrar que o Ano Litúrgico é composto de dias, e que
esses dias são santificados pelas celebrações litúrgicas do povo de Deus, principalmente
pelo Sacrifício Eucarístico e pela Liturgia das Horas. Por esses dias serem santificados,
eles passam a serem denominados dias litúrgicos. A celebração do Domingo e das
Solenidades, porém, começa com as Vésperas (na parte da tarde) do dia anterior.
Dentre os Dias Litúrgicos da semana, no primeiro dia, ou seja, no Domingo (Dia
do Senhor), a Igreja celebra. O Mistério Pascal de Jesus, obedecendo à tradição dos
Apóstolos. Por esse motivo, o Domingo deve ser tido como o principal dia de festa.
Cada rito litúrgico da Igreja Católica tem o seu Calendário Litúrgico próprio, com mais
ou menos diferenças em relação ao Calendário Litúrgico do Rito romano, o mais
conhecido. No entanto, para todos os ritos litúrgicos é idêntico o significado do Ano
litúrgico, assim como a existência dos diversos tempos litúrgicos e das principais festas
litúrgicas.
A Igreja estabeleceu, para o Rito romano, uma sequência de leituras bíblicas que
se repetem a cada três anos, nos domingos e nas solenidades. As leituras desses dias são
divididas em ano A, B e C. No ano A leem-se as leituras do Evangelho de São Mateus;
no ano B, o de São Marcos e no ano C, o de São Lucas. Já o Evangelho de São João é
reservado para as ocasiões especiais, principalmente as grandes Festas e Solenidades.
Nos dias da semana do Tempo Comum, há leituras diferentes para os anos pares e
para os anos ímpares, tirando o Evangelho, que se repete o ano a ano. Deste modo, os
católicos, de três em três anos, se acompanharem a liturgia diária, terão lido quase toda
a Bíblia.
O Ano Litúrgico da Igreja é assim dividido: Ciclo da Páscoa, Ciclo do Natal,
Tempo Comum, Ciclo santoral.
Tempos litúrgicos
Estes tempos litúrgicos existem em toda a Igreja Católica. Há apenas algumas
diferenças entre os vários ritos, nomeadamente em relação à duração de cada um e à
data e importância de determinadas festividades. A descrição que se segue corresponde
ao Rito romano.
Tempo do Advento
O Tempo do Advento possui dupla característica: sendo um tempo de preparação
para as solenidades do Natal, em que comemoramos a primeira vinda do Filho de Deus
entre os homens, é também um tempo em que, por meio desta lembrança, se voltam os
corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo no fim dos tempos.
Por esse duplo motivo, o tempo do Advento se apresenta como um tempo de
piedosa expectativa da vinda do Messias, além de se apresentar como um tempo de
purificação de vida. O tempo do Advento inicia-se quatro domingos antes do Natal e
termina no dia 24 de Dezembro, desembocando na comemoração do nascimento de
Cristo. É um tempo de festa, mas de alegria moderada.
Tempo do Natal
Após a celebração anual da Páscoa, a comemoração mais venerável para a Igreja é
o Natal do Senhor e suas primeiras manifestações, pois o Natal é um tempo de fé,
alegria e acolhimento do Filho de Deus que se fez Homem.
O tempo do Natal vai da véspera do Natal de Nosso Senhor até o domingo depois
da festa da Epifania, em que se comemora o Batismo de Jesus. No ciclo do Natal são
celebradas as festas da Sagrada Família, de Santa Maria, Mãe de Deus e do Batismo de
Jesus.
Tempo da Quaresma
O Tempo da Quaresma é um tempo forte de conversão e penitência, jejum, esmola
e oração. É um tempo de preparação para a Páscoa do Senhor, e dura cerca de quarenta
dias. Neste período não se diz o Aleluia, nem se colocam flores na Igreja, não devem ser
usados muitos instrumentos e não se canta o Glória a Deus nas alturas, para que as
manifestações de alegria sejam expressadas de forma mais intensa no tempo que se
segue, a Páscoa. A Quaresma inicia-se na Quarta-feira de Cinzas, e termina na manhã
de Quinta-feira Santa.
Tríduo Pascal
O Tríduo Pascal começa com a Missa da Santa Ceia do Senhor, na Quinta-Feira
Santa. Neste dia, é celebrada a Instituição da Eucaristia e do Sacerdócio, e comemora-se
o gesto de humildade de Jesus ao lavar os pés dos discípulos.
Na Sexta-Feira Santa celebra-se a Paixão e Morte de Jesus Cristo. É o único dia
do ano que não tem Missa, acontece apenas uma Celebração da Palavra chamada de
“Ação ou Ato Litúrgico”.
Durante o Sábado Santo, a Igreja não exerce qualquer ato litúrgico, permanecendo
em contemplação de Jesus morto e sepultado. Na noite de Sábado Santo, já pertencente
ao Domingo de Páscoa, acontece a solene Vigília pascal.
Conclui-se, então, o Tríduo Pascal, que compreende a Quinta-Feira, Sexta-Feira e
o Sábado Santo, que prepara o ponto máximo da Páscoa: o Domingo da Ressurreição.
Tempo Pascal
A Festa da Páscoa ou da Ressurreição do Senhor, se estende por cinquenta dias
entre o domingo de Páscoa e o domingo de Pentecostes, comemorando a volta de Cristo
ao Pai na Ascensão, e o envio do Espírito Santo. Estas sete semanas devem ser
celebradas com alegria e exultação, como se fosse um só dia de festa, ou, melhor ainda,
como se fossem um grande domingo, vivendo uma espiritualidade de alegria no Cristo
Ressuscitado e crendo firmemente na vida eterna.
Tempo Comum
Além dos tempos que têm características próprias, restam no ciclo anual trinta e
três ou trinta e quatro semanas nas quais são celebrados, na sua globalidade os Mistérios
de Cristo. Comemora-se o próprio Mistério de Cristo em sua plenitude, principalmente
aos domingos.
É um período sem grandes acontecimentos, mas que nos mostra que Deus se faz
presente nas coisas mais simples. É um tempo de esperança acolhimento da Palavra de
Deus. Este tempo é chamado de Tempo Comum, mas não tem nada de vazio. É o tempo
de a Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e no trabalho pelo Reino.
O Tempo Comum é dividido em duas partes: a primeira fica compreendida entre
os tempos do Natal e da Quaresma, e é um momento de esperança e de escuta da
Palavra onde devemos anunciar o Reino de Deus; a segunda parte fica entre os tempos
da Páscoa e do Advento, e é o momento do cristão colocar em prática a vivência do
reino e ser sinal de Cristo no mundo, ou como o mesmo Jesus disse, ser sal da terra e luz
do mundo.
O Tempo Comum é ainda tempo privilegiado para celebrar as memórias da
Virgem Maria e dos Santos.

Cores litúrgicas
Quando vamos à igreja, notamos que o altar, o tabernáculo, o ambão, e até mesmo
a estola e a casula usadas pelo sacerdote, combinam todos com uma mesma cor.
Percebemos também que, a cada semana que passa, essa cor pode permanecer a mesma
ou variar.
Se acontecer de no mesmo dia irmos a duas igrejas diferentes, comprovaremos
que ambas usam a mesma cor, com exceção, é claro, da igreja que celebra o seu
padroeiro. Na verdade, a cor usada certo dia é válida para a Igreja em todo o mundo,
que obedece a um mesmo calendário litúrgico. Conforme a missa do dia, indicada pelo
calendário, fica estabelecida uma determinada cor.
Desta forma, concluímos que as diferentes cores possuem algum significado para
a Igreja: elas visam manifestar externamente o caráter dos Mistérios celebrados e
também a consciência de uma vida cristã que progride com o desenrolar do Ano
Litúrgico. Manifesta também, de maneira admirável, a unidade da Igreja. No início
havia certa preferência pelo branco. Não existiam ainda as chamadas cores litúrgicas.
Estas só foram fixadas em Roma no século XII. Em pouco tempo, devido ao seu alto
valor teológico e explicativo, os cristãos do mundo inteiro aderiram a esse costume, que
tomou assim, caráter universal.
As cores litúrgicas são seis, como veremos a seguir.
Branco
Simboliza alegria, ressurreição, vitória, pureza. É usada na Páscoa, no Natal, nas
solenidades e festas do Senhor, nas festas de Nossa Senhora e dos santos (exceto dos
apóstolos e dos mártires).
Vermelho
Lembra o fogo do Espírito Santo e também o sangue. É a cor usada na liturgia dos
apóstolos, dos mártires, no Domingo de Ramos, na Sexta- feira Santa e no Pentecostes.
Verde
Simboliza o crescimento e a esperança. É usada no Tempo Comum.
Roxo
É símbolo da penitência e da conversão. É usada nos tempos do Advento e da
Quaresma, e também nas missas dos defuntos e no sacramento da confissão.
Preto
É sinal de tristeza e luto. Hoje está praticamente em desuso na liturgia.
Rosa
A cor rosa pode ser usada no 3º domingo do Advento e no 4º domingo da
Quaresma. Simboliza uma breve pausa, certo alívio no rigor da penitência da Quaresma
e na preparação do Advento.
Espaço litúrgico – A Igreja em sua estrutura
Na igreja podem-se encontrar vários espaços cada um com a sua função e
significado próprio.
Nela podemos encontrar os seguintes espaços:
• O presbitério
• A nave da igreja
• O batistério ou pia batismal
• Sacristia
Presbitério
No presbitério encontramos vários elementos, alguns dele essenciais na
Celebração Eucarística.
Nele podemos encontrar:
• O sacrário
Sacrário é o lugar onde as hóstias consagradas nas missas ficam armazenadas, isso
é: Jesus Eucarístico.
• O altar O altar
Altar é a mesa em que o celebrante realiza todos os ritos eucarísticos da missa (o
altar também é representado por Jesus Cristo, portanto, ao passar por ele, devemos fazer
reverência)
• O ambão
Ambão é a mesa onde é proclamada a palavra de Deus. Existem dois tipos de
ambão... O da palavra, no qual são realizadas as leituras e o evangelho, e o ambão do
comentarista, onde são realizados os comentários da missa.
• Cadeira presidencial ou Cátedra Cadeira presidencial ou Cátedra
A cadeira presidencial é exclusiva somente ao celebrante se assentar nas
celebrações. Recebe também o nome de cátedra devido às cadeiras de pedra, ou então,
as cadeiras que os bispos ocupam nas missas,
• Outros assentos
Os outros assentos são destinados aos Coroinhas, Acólitos, Cerimoniários,
Leitores e Ministros da Eucaristia, e até a assembleia;
• Credência
É a mesa onde ficam armazenados temporariamente, os objetos litúrgicos de uso
na celebração
eucarística (cálice, âmbula, galheta de água, galhetas de vinho, etc...).
É sempre bom observar em questão estes lugares, pois sempre transitamos sobre
eles e fazemos nossas funções. Vamos agora aprender mais sobre a nave da igreja.
• Nave da Igreja
A nave é o lugar destinado aos fiéis. Deve ser disposto de forma a possibilitar-lhes
participar devidamente nas celebrações sagradas com a vista e com o espírito. Devem
existir bancos ou cadeiras. Deve possibilitar uma fácil aproximação da comunhão.
E por último, tem-se a pia batismal, ou o batistério.

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