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SEGUNDA IGREJA BATISTA EM CAMPOS

CCM – CURSO DE CAPACITAÇÃO MINISTERIAL


ADORE 01

AULA 01: SEU PAPEL A DESEMPENHAR

INTRODUÇÃO:

Vivemos no tempo em que há um consumo da adoração, quando na verdade


precisamos ser consumidos por ela. Queimar como sacrifício vivo, santo e agradável. Assim deve
ser o nosso culto racional.

Não é a disciplina em orar e ler a Palavra todos os dias, embora isso seja
importante e até necessário, para uma vida de intimidade, mas sim o quanto você se entrega; o
quanto você tem recebido, retido e aprendido e; o quanto da glória de Deus você tem
experimentado. Relacionamento, é disso que estamos falando. Contemplação + Entrega +
Renúncia + Arrependimento.

Vamos voltar um pouquinho na história para entendermos algumas situações


que vivemos hoje. Como por exemplo, O que é realmente ADORAÇÃO? Será que existe uma
definição do que seja ADORAÇÃO?

Adoração é a motivação que transforma cada tarefa


em uma demonstração do nosso amor por Deus.

Tudo o que fazemos: evangelizar, ensinar e pregar, orar, profetizar, curar,


libertar, discipular, fazer missões, ajudar pessoas, trabalhar, estudar, viver o fruto do Espírito... Isso
tudo começa e termina com adoração. Sem adoração somos, simplesmente, pessoas religiosas
que trabalham diligentemente em tarefas religiosas.

O Senhor deseja que sejamos uma Igreja de adoração


que valoriza e persegue a presença de Deus.

A realidade é muito triste de que a Adoração Bíblica não é comumente operada


ou usada na Igreja. E quando falo Igreja, falo de cada um de nós e o que isso resulta nas
Celebrações, ao nos reunimos para adorar em comunidade. Adoração Bíblica é aquela que
coloca Deus no centro. Ele é o motivo, Ele é o adorado, querido, reverenciado, o desejado...

UMA PERSPECTIVA HISTÓRICA

Há dois mil anos atrás algo terrível aconteceu: o Diabo cometeu o maior assalto
da História. Ele roubou a Escritura, ou seja, a Palavra, a Bíblia. Roubou a adoração e o sacerdócio
do povo de Deus.

Como assim?? No início, na igreja primitiva, o Diabo inspirou, ou seja, colocou


uma ideia na mente e no coração dos líderes da igreja, chamados de Clero. Vocês se lembram?
Qual foi essa ideia? Proteger (separar) o que é santo (Escritura, adoração, sacerdócio), do que é
comum (as pessoas). Como segue:
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1. O povo de Deus foi retirado dos benefícios de ser povo de Deus. Simplesmente se
sentam nos bancos e observam como os ministros e pastores na plataforma,
dividem a Palavra para eles, oram por eles, adoram por eles, e se relacionam com
Deus em seus nomes.

E assim uma cultura de uma adoração consumista foi sendo criada e alimentada.
E nós que fomos chamados para ministrar na casa de Deus, viramos espectadores.

2. Tiraram a Bíblia, a Palavra de Deus, das mãos do povo. Ninguém poderia escrever
ou pregar as Escrituras, se não fosse em Latim. Mas o homem comum não tinha
acesso à educação necessária para aprender. Sendo assim, as necessidades espirituais
do povo, não eram atendidas. A Palavra, as orações, os hinos, ..., tudo era em Latim.
O povo não compreendia. Apenas o Clero tinha permissão para cantar e só em
Latim.

Qual a melhor maneira para derrotar um povo, que é chamado por Deus para ministrar
ao mundo, do que tirar de suas mãos a ferramenta mais importante - A Palavra?

Um “véu” foi novamente colocado entre Deus e o povo. Tornando “esse” Deus
muito santo, inacessível ao homem comum.

Os “sacerdotes” tinham roubado a adoração da igreja. Assim todos os benefícios


bíblicos foram enterrados por séculos. O clero reteve o relacionamento com Cristo fora do alcance
dos braços das massas famintas. Desesperadas e pobres.

É por isso que a Reforma Protestante foi tão importante. Ela colocou a Palavra
de Deus de volta nas mãos do povo, na sua própria língua. Lutero e Calvino inseriram as Escrituras
em canções folclóricas e cantigas populares para que fosse rapidamente assimilada, aprendida.
Essas cantigas populares reescritas, são o fundamento da “música sacra”, que tem sido os nossos
hinários por cerca de 500 anos.

Mas, essas músicas nunca tiveram intenção de ser adoração. Os reformadores


estavam preocupados, com que o povo aprendesse a Bíblia. E a melhor maneira que eles
encontraram foi colocar a Palavra nas músicas que eles já conheciam.

Os hinos da Reforma não foram projetados para facilitar a “adoração”. Eles tinham a
intenção de ensinar a doutrina. Para os reformadores, a Palavra era suprema.

SEU PAPEL A DESEMPENHAR

Uma pergunta: Qual tem sido o meu comportamento na congregação? Eu


expresso na congregação aquilo que tenho sido no meu quarto ou só uma plateia para o bom
desempenho do pregador?

Deus nos chama para sermos ministros de Sua graça. E quando não temos a
oportunidade de cumprirmos o nosso papel, ficamos frustrados. É por isso que o chamado de
muitas pessoas está adormecido. E tornaram-se expectadores, observando como outras pessoas
vivem os sonhos de Deus para elas.
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Há pessoas que não se conformam em estar ou ficar na dependência de outras,


de uma instituição ou modelos tradicionais de “igreja” e avançam em uma direção diferente.

Deus não quer que estejamos satisfeitos com um comportamento. Ele nos criou
para a ação, para a glória, para a vitória, para o poder, e para Si Mesmo.

É hora de acordar e transformar o que recebemos de medíocre e desnutrido por


alimento sólido e nutritivo. O Senhor nos chama para o serviço. Nós temos um papel a
desempenhar no plano de Deus. E, para fazê-lo precisamos aprender a adorar.

QUEM EU SOU?

Antes de mergulharmos na adoração, é preciso saber quem nós somos em Deus.


Saber a nossa verdadeira identidade e o que fomos equipados para fazer é a principal motivação
para cada ação que tomamos em nossas vidas.

A maioria das pessoas acredita que sua função determina a sua identidade. Se eu
tocar guitarra, eu devo ser um guitarrista. Se eu posso jogar futebol, eu devo ser um jogador de
futebol. Se eu sou um soprano, eu devo estar destinada a ser a solista em todos os especiais da
Igreja. Se a minha função me identificasse, eu teria sérios problemas com qualquer um que fosse
obstáculo para que eu pudesse usar os meus dons.

Precisamos apurar a nossa visão sobre nós e sobre os propósitos de Deus para nós.
Não é o que fazemos que nos define, mas o que somos em Deus, que firma os nossos
passos.

Deus não quer nos usar com nossos dons e talentos. Ele quer nos conhecer, ter
um relacionamento conosco. Nós ainda nos vemos como instrumentos nas mãos de Deus, objetos
que Ele pode usar.
A visão de quem somos em Deus, muda totalmente o rumo das nossas ações. Somos servos “ou”
filhos, ou filhos “e” servos?

Deus pode usar qualquer coisa, mas Ele enviou Seu Filho para que Ele pudesse ter
relacionamentos com pessoas que creem, não objetos.

A religiosidade nos faz ver a nós mesmos como “ferramentas”. Se executamos


bem, somos agradáveis e úteis para Deus. Se executarmos mal, não somos de uso e podemos ser
colocados de lado ou jogados fora. Deus vai escolher uma ferramenta que funciona melhor do que
nós.

O coração religioso diz: “Eu tenho que fazer meu dever, a fim de ser de valor
para Deus.” A adoração é o oposto da religião. O coração do culto diz: “Jesus provou que eu sou
de valor para Deus. Eu sirvo porque Ele também é de valor para mim. Não fomos chamados
para sermos religiosos, fomos chamados para sermos adoradores.
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PARA SER UM SACERDOTE

Nós somos sacerdotes!! Êxodo 19:5-6: “Agora, se me obedecerem fielmente


e guardarem a minha aliança, vocês serão o meu tesouro pessoal dentre todas as nações.
Embora toda a terra seja minha, vocês serão para mim um reino de sacerdotes e uma nação
santa’. Essas são as palavras que você dirá aos israelitas".

Originalmente, Deus nos chamou para sermos uma nação inteira de sacerdotes.
Para ensinar à toda terra como adorar a Deus. Mas então, o que aconteceu? Lembram-se do bezerro
de ouro? IDOLATRIA ACONTECEU!!

Êxodo 32:25-29 reconta esta história. Quando Moisés viu os israelitas adorando
o bezerro, ele gritou: “Quem está do lado do Senhor, venha a mim!” Os levitas foram os únicos
que vieram. Então, porque os levitas amavam e honravam a Deus mais do que a sua sociedade,
Deus os consagrou e os abençoou. Em Números 1:47-53, Deus deu o ministério do Tabernáculo,
Seu lugar de encontro, aos Levitas, porque eles foram dedicados à Sua santidade.

Ao longo dos séculos, o espaço entre a plataforma e os bancos apenas têm se


ampliado. Uma distância criada pelo homem, não por Deus.

Em Mateus 18:20 diz: “Onde estiverem dois ou três reunidos em meu


nome, ali estou no meio deles.” E Salmo 22:3 declara: “Contudo, tu és o Santo, entronizado
entre os louvores de Israel.” Deus está derrubando as muralhas entre o clero e os leigos, ou seja,
o povo.

I Pedro 2:5 diz: “...vocês também estão sendo utilizados como pedras
vivas na edificação de uma casa espiritual para serem sacerdócio santo, oferecendo
sacrifícios espirituais aceitáveis a Deus, por meio de Jesus Cristo.” Deus nos fez para fazer
parte de algo que Ele está construindo—a Igreja. E Ele tem nos chamado para funcionar nesta
igreja como sacerdote.

SOU UM SACERDOTE!! Um sacerdote pessoal de Deus!! Devemos dizer isto


com convicção e gratidão, porque é um dos maiores privilégios da história.

Não importa quem somos, o que fazemos, no que e onde nos formamos, quem
diz o que somos, meus talentos e defeitos. Porque de acordo com a Palavra de Deus, nosso Criador
tem nos chamado, qualificado, e ordenado para sermos um sacerdote!!!! ALELUIA!!!

ENTÃO, O QUE EU FAÇO AGORA?

Você pode estar se perguntando agora: O que é ser um sacerdote? Parece


intimidador? Vamos desfazer alguns mitos. Não tem nada a ver com ser o dono da verdade, rígido
ou extremista. Um eremita indigesto, ou seja, uma pessoa isolada e cheia de si. Não há pré-requisito
de seminário. Você é um sacerdote porque você é um filho de Deus.

Seu papel? É simples!! Sacerdotes são feitos para adorar e ajudar outras
pessoas a adorarem a Deus. O que é você? E qual é o seu trabalho como sacerdote?
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Se somos tabernáculos que anda e respira é fácil responder: Preparar lugar de


encontro entre Deus e o povo. Como um sacerdote, você é mandado para levar o ponto de
encontro com você. É por isso que IPedro 2:5 diz: “Vós também, como pedras vivas, sois
edificados casa espiritual e sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais
agradáveis a Deus por Jesus Cristo”. Nos tornamos uma casa espiritual, um lugar para reunir
Deus e os homens. Ajudar as pessoas a experimentarem Deus. Que Honra!!!

Existem 03 responsabilidades no trabalho dos levitas: Levar a Arca da Aliança;


ficar em pé diante do Senhor para ministrar e pronunciar bênçãos.

1. Leve a presença (levar a Arca da Aliança): Deuteronômio 10:8-9 diz: “Naquele


tempo o Senhor separou a tribo de Levi para levar a Arca da Aliança do Senhor, para estar
diante do Senhor para ministrar, e pronunciar bênçãos em seu nome, como fazem ainda
hoje. É por isso que os levitas não têm parte ou herança entre seus irmãos, o Senhor é a
sua herança...”

Somente os sacerdotes levíticos eram autorizados a transportar a Arca da


Aliança. Eu tenho que levar a presença e glória de Deus? Se você é um sacerdote você leva. Isso
quer dizer que, onde vamos carregamos a bênção, a autoridade e o poder de Deus.

II Coríntios 5:20 diz: “Agora, então, somos embaixadores de Cristo.” Isso que
um sacerdote é, um embaixador de Cristo. Como um embaixador visita a um país estrangeiro,
podemos andar por este mundo confiantes de que carregamos sobre nossos ombros a glória de
Deus. Aonde formos ou estivermos estabelecemos o Reino de Deus. Por isso também podemos
impor as nossas mãos sobre doentes e curá-los. Onde estivermos, algo sobrenatural ou divino pode
e deve acontecer.

2. Ministrar para Deus: Deuteronômio 10:8 nos ensina que os levitas são para estar
diante do Senhor para ministrar. Adoração não é para nós é para Deus. É ministrar para o
Seu prazer, Seu coração, Sua opinião, Seus gostos e Seus desejos. Isso nunca foi feito para
o entretenimento do homem. É de Deus. O primeiro ministério de um sacerdote é para
Deus. Não há maior honra, não há maior alegria em todo o mundo do que ministrar para
o Reis dos reis. É para isso que fomos feitos.

Um grave erro das igrejas pós-modernas é que estão levando o ministério para
longe do Senhor e o dá para as pessoas. Ou seja, embora Deus ame as pessoas e nós também
devemos amar as pessoas e ter prazer de celebrar com elas, nunca podemos realmente estar na casa
de nosso Deus, sem estarmos primeiro ministrando a Ele. Essa era a diferença de Davi pra Saul.
Davi ministrava ao coração de Deus, enquanto Saul desobedeceu a Deus para ministrar às
necessidades e preferências do seu povo.

Sacerdotes cortejam o coração de Deus. Políticos cortejam o coração do homem.


Qual deles você é?

Quando nós, como sacerdotes, ministramos a Deus, Ele vem. Ele está
entronizado entre os louvores de Seu povo. E onde Deus está tudo é possível. Cura, salvação,
cativos são libertos. Crescimento, transformação, arrependimento acontecem. Chamados são
ouvidos, a Palavra é afiada e eficaz, as orações são respondidas.
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Qualquer coisa é possível quando Deus está presente. E Deus está na casa
quando os seus sacerdotes ministram a Ele. Então fica essa pergunta: “Quem é você? E qual é o
seu trabalho.”

3. Abençoe as pessoas: O que a Bíblia nos ensina sobre a palavra “abençoar”? A


palavra é usada no sentido de fazer uma pessoa feliz. A palavra hebraica é “barak”, que
significa “para abençoar ou ajoelhar-se”. A diferença do significado de bênção que
conhecemos para o que seja bênção bíblica é: quando nós abençoamos as pessoas, queremos
fazer ou dizer algo para que elas se sintam bem. Uma bênção bíblica não foi dada para agradar
a fantasia de uma pessoa, mas catalisam o destino na vida das pessoas. Ou seja, um catalisador
é uma substância que provoca ou acelera uma reação química. É o ingrediente que causa a
mudança. Pode não ser algo que te faça sorrir, é o que evoca o futuro. Te faz enxergar lá na
frente.

Temos o exemplo de como os patriarcas abençoavam seus filhos. As palavras


de bênçãos sempre falavam para os destinos de seus filhos, de seus futuros. Em Gênesis 27:28-
29, quando Isaque abençoa Jacó, ele fala do futuro que ele iria desfrutar: “Que Deus lhe conceda
do céu o orvalho e da terra a riqueza, com muito cereal e muito vinho. Que as nações o
sirvam e os povos se curvem diante de você. Seja senhor dos seus irmãos, e curvem-se
diante de você os filhos de sua mãe. Malditos sejam os que o amaldiçoarem e benditos
sejam os que o abençoarem”.

Como sacerdotes, temos que olhar as pessoas através dos olhos de Deus, não
para o que elas são no momento, mas o que elas podem ser no futuro. Os sacerdotes devem exercer
o dom de chamar um pedaço de carvão de diamante, quando ele ainda está enterrado no chão.

Uma palavra autêntica de bênção nunca deixa uma pessoa onde ela se encontra.
Sempre desenvolve as pessoas.

AJUDANDO OUTROS A ADOREREM À DEUS

A metade do trabalho de um sacerdote é adorar à Deus. A outra metade é ajudar


outros à Adorá-lo. A bíblia nos diz que vivemos no mundo que jaz no maligno, com pessoas sob
peso de maldição. O inimigo está entre nós como leão, buscando a quem possa tragar. São
predadores que caçam na escuridão, mas nós, os sacerdotes levamos a luz no mundo, da presença
do Deus vivo. Somos escolhidos para mostrar ao mundo caído, como adorar ao Deus único e
verdadeiro, para que eles aprendam a temer e seguir a Deus. E ele vai sarar a nossa terra.

QUEM É VOCÊ? E QUAL É SEU TRABALHO?

ATIVIDADE: Discorra sobre as perguntas acima: Quem é você? Qual é o seu trabalho?

(Curso baseado no estudo do livro de Zach Neese “Como Adorar ao Rei”)


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AULA 02: POR QUE UM TABERNÁCULO?

INTRODUÇÃO:

Quando olhamos para a criação relatada em Gênesis, nos encontramos com a


revelação do coração de Deus para a humanidade. Diante do caos, Deus ordena vida e coloca cada
coisa no seu devido lugar. A cada haja de Deus, a ordem se estabelecia e ocupava o lugar e propósito
para o qual Ele desejava.

Depois criar todas as coisas, Deus criou o homem e a mulher. Precisamos nos
atentar para o fato de que antes de criar o ser humano, Deus prepara todo o ambiente para que
tivessem vida abundante e fossem providos em todas as suas necessidades. Havia ordem e
harmonia na criação e o homem se relacionava livremente com Deus.

O livro de Salmos 19:1, diz que “os céus proclamam a Glória de Deus e o
firmamento anuncia a obra de Suas mãos”. A vontade de Deus é declarada através das coisas
criadas. Em Isaías 43:7 e 21, afirmam que Deus nos criou para Sua glória e para que O louvássemos
perante o mundo. Deus nos criou à Sua imagem e semelhança, para que fossemos representantes
legítimos dEle aqui na terra. Porém a queda do homem no jardim do Éden fez separação entre
Deus e a humanidade, comprometendo nosso relacionamento com Ele. Depois da entrada do
pecado no mundo, Deus não se manifesta mais na terra em todo tempo, nem em qualquer lugar.

PERSPECTIVA HISTÓRICA:
Deus levanta Abraão e o direciona a herdar a terra de Canaã; Abraão gera Isaque;
Isaque gera Jacó; Jacó gera José. Num tempo de muita fome na terra, Jacó vai ao Egito em busca
de provisão e ali estabelece morada com sua família. José era governador do Egito, mas os anos se
passaram e veio outro Faraó que escravizou o povo de Deus por aproximadamente 430 anos. Após
todo esse tempo de escravidão, o povo adquire uma mentalidade escrava e se perde do propósito
original: se relacionar com Deus e viver para Sua Glória. Mas o propósito original de Deus não se
perde e Deus manifesta o desejo de estar perto do Seu povo; Ele liberta o povo do Egito, e ordena
Moisés que construa um lugar onde Ele pudesse habitar no meio deles. Deus ensina o povo a
adorar através do tabernáculo; cada detalhe do tabernáculo foi planejado por Deus, possui um
significado e foi feito com um propósito.
A HISTÓRIA DO TABERNÁCULO DE MOISÉS É UMA HISTÓRIA DE ACESSO:
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Deus liberta o povo da escravidão para: Viver com eles, como no início e
Construir um ponto de encontro. A ordem para a construção do tabernáculo, revela o amor e
cuidado de Deus em desejar habitar no meio do seu povo.

Êxodo 25:8, diz "E farão um santuário para mim, e eu habitarei no meio deles.”

A ordem e todos os detalhes nela contidos nos revela:

1. Quem é Deus? Através das diretivas dadas por Deus à Moisés conhecemos seu caráter e
do que Ele gosta.

2. Como podemos adorá-Lo? Ele nos diz como fazer. Deus quer ensinar Seu povo a adorá-
Lo e ter acesso à Ele; Deus quer nos libertar, ter relacionamento conosco e ser o nosso
Senhor. Deus estabeleceu um padrão, não enrijecido, mas Santo. Deus é o mesmo ontem,
hoje e será eternamente. Não negocia Seus princípios. O tabernáculo não se trata de
restrições, mas de abrir acesso para de fato adorar à Deus.

3. Como nós o acessamos? Passamos a compreender que não podemos chegar na presença
dEle de qualquer jeito. Olhando para a construção do tabernáculo, percebemos que cada
espaço, mobília e cor apontavam para uma realidade que ao longo da história foi nos sendo
revelada e manifesta. Não era qualquer pessoa que entrava no tabernáculo de Moisés. O
tabernáculo era dividido em 3 partes: átrio, santo lugar e santo dos santos. O átrio (pátio)
era o único lugar onde os israelitas comuns podiam entrar, os outros dois ambientes só
podiam ser acessados por pessoas autorizadas e que assumissem a postura correta para
desfrutar daquele ambiente.

Da entrada do tabernáculo até o acesso ao santo dos santos nos revela que
precisamos oferecer sacrifícios de louvor à Deus. Se olharmos para a disposição do tabernáculo e
a disposição das tribos de Israel em volta do tabernáculo, nos deparamos com a forma da cruz.
Isso não é uma coincidência, mas o simbólico da manifestação do amor incondicional de Deus
através da vida, morte e ressureição de Cristo, o que nos deu livre acesso ao Pai.
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O tabernáculo é o modelo ou sombra da adoração celestial. Não é sobre novo


ou velho, mas sobre modelo eterno. Hebreus 8:5 diz “Eles servem num santuário que é cópia e
sombra daquele que está nos céus, já que Moisés foi avisado quando estava para construir o
tabernáculo: "Tenha o cuidado de fazer tudo segundo o modelo que lhe foi mostrado no monte".

COMO SER UM PONTO DE ENCONTRO ENTRE DEUS E OS HOMENS?

Precisamos nos conscientizar que somos tabernáculos que carregam a presença


de Deus e sendo assim as pessoas precisam se encontrar com Deus através da nossa vida. Quando
entendemos nosso chamado em Deus para adorá-Lo através dos nossos dons e liberar da Sua vida
sobre nossa comunidade de fé, é indispensável o entendimento que existe um modelo do céu a ser
seguido. Precisamos aprender com urgência como fazer o que Deus nos chamou para fazer.
Precisamos nos conectar com Deus através de um estilo de vida santo para que pessoas O
conheçam e se conectem com Ele através de nossas vidas.

Jesus se entregou por nós e o véu foi rasgado. Ele subiu ao céu para que o
Espírito Santo pudesse descer e habitar dentro de nós. Somos o canal por onde flui vida de Deus
e para que esse canal seja desobstruído, é necessário conhecer e fazer do jeito que Deus nos ordena.
O Espírito Santo nos guia à essa verdade.

Para que sejamos esse ponto de encontro, é necessário entendermos que:

1- Deus só aceita ofertas voluntárias Para construção do tabernáculo Deus pediu que
trouxessem ofertas voluntárias. Deus estava transformando a mentalidade do povo através
das diretrizes traçadas. No Egito os deuses exigiam sacrifícios e ameaçavam aqueles que
não se submetiam às suas exigências. Deus se apresenta de forma diferente, qualquer coisa
que não seja oferecida de forma voluntária não é por Ele recebido, porque Ele ama Seus
filhos não pelo que eles fazem, mas pelo que são.

A INTIMIDAÇÃO FRUSTRADA APENAS DESONRA A DEUS

A palavra voluntária significa “o que não é forçado”; “espontâneo”. Já parou


para pensar que Deus poderia nos criar sem capacidade de decisão, sem que pudéssemos escolher
como viver, o que fazer? Deus nos deu Seu filho e Jesus se entregou por nós. Ele é o sacrifício
perfeito, a forma de se entregar que nos revela como devemos nos entregar. Deus não nos quer
cumprindo regras, mas compreendendo que fomos criados para Seu louvor e por essa razão
entregamos tudo que temos a Ele.

Forçar alguém a se comportar de determinada forma, não é ensiná-la sobre


adoração. Êxodo 25:2 diz "Diga aos israelitas que me tragam uma oferta. Receba-a de todo
aquele cujo coração o compelir a dar.”

2. Deus quer o coração dos adoradores: Deus não quer somente nossa inteligência e
compreensão, mas Ele quer nosso coração. Deus quer que O adoremos de todo nosso
coração, alma e entendimento. Nossas emoções precisam adorar a Deus também. Êxodo
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35:21 diz “e todos os que estavam dispostos, cujo coração os impeliu a isso,
trouxeram uma oferta ao Senhor para a obra na Tenda do Encontro, para todos
os seus serviços e para as vestes sagradas.” Mateus 22:37 diz “Respondeu Jesus:
Ame o Senhor, o seu Deus de todo o seu coração, de toda a sua alma e de todo o
seu entendimento”.

3. Nós administramos os lugares de encontros, pela sabedoria de Deus: Tabernáculos


devem ser preparados por pessoas que estejam dispostas a fazerem as coisas do jeito de
Deus. Êxodo 36:1 diz "Assim farão Bezalel, Aoliabe e todos os homens capazes, a quem
o Senhor concedeu destreza e habilidade para fazerem toda a obra de construção do
santuário, realizarão a obra como o Senhor ordenou”.

A sabedoria nos protege da maldade, do orgulho e do engano. Precisamos


honrar à Deus nos preocupando com o que Ele pensa, amar o que Ele ama e odiar o que Ele odeia.
Precisamos nos conscientizar que quando dizemos sim ao chamado de Deus para nossa vida,
estamos carregando a mensagem que Ele nos entregou. Ele é o dono da mensagem e a vida das
pessoas que estão nos vendo está em jogo. Davi tentou conduzir a arca da aliança, a presença de
Deus do jeito dele e Uzá acabou morrendo. Temos uma responsabilidade diante de Deus e dos
homens pela forma como conduzimos as pessoas à adoração.

4- O tabernáculo deve ser construído por pessoas hábeis: Deveríamos estar iniciando
a próxima revolução cultural. Deveríamos estar fazendo arte que convertesse nossa cultura,
ao invés de ser entretido pela mídia que subverte a cultura de Deus. Seja qual for o nosso
dom, devemos desenvolvê-los para fazer o nosso melhor. Nosso chamado está
intimamente ligado ao dom que Deus nos deu. Você pagaria uma consulta a alguém que
não fosse médico para tratar de uma questão de saúde? Provavelmente sua resposta é não,
porque essa pessoa não seria qualificada para solucionar seu problema.

Desta mesma forma Deus equipa Seu povo com habilidades específicas para que
as coisas aconteçam na terra assim como é no céu; para que isso aconteça cada um precisa estar
ocupando a função que Deus lhe confiou. Deus ordenou que Moisés escolhesse para a obra do
tabernáculo os melhores artesãos, aqueles que tinham capacitação para executarem a obra. Em
Êxodo 31:1-3 diz “Disse então o Senhor a Moisés: "Eu escolhi a Bezalel, filho de Uri, filho
de Hur, da tribo de Judá, e o enchi do Espírito de Deus, dando-lhes destreza, habilidade
e plena capacidade artística”.

A MEDIOCRIDADE NÃO POSSUI NENHUMA VIRTUDE NO REINO DE DEUS.

Precisamos abandonar a mentalidade de que quando é para Deus pode ser de


qualquer jeito, com a desculpa de que Deus olha o coração. É bem verdade que Deus olha nosso
coração e sabe da nossa motivação, mas Ele não renuncia que o serviço do Reino seja
desempenhado por quem foi habilitado por Ele para o exercício do ministério.

5- Pelo Seu Espírito: Deus não só encheu Aoliabe e Bezalel de destreza, habilidade e plena
capacidade artística, mas também os encheu do Seu Espírito. Diante do caos, o Espírito
Santo pairava sobre a face do abismo e em toda a Palavra de Deus vemos sua manifestação,
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seja no antigo ou novo testamento. Não há como fazer a obra de Deus sem a presença do
Espírito Santo em nós.

ATIVIDADE: 1- O que você entende por “viver para glória de Deus”?


2- Você tem sido um ponto de encontro ente Deus e os homens?
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AULA 03: O QUE É ADORAÇÃO?

INTRODUÇÃO:

Adoração é um fenômeno humano universal.


Isso tem sido confirmado pela história das religiões. (Walter Harrelson)

A adoração certamente é tão antiga quanto a raça humana. Os primeiros relatos


bíblicos nos mostram de maneira clara sacrifícios apresentados como oferta, ou seja, adoração. Em
Gênesis narra-se os sacrifícios apresentados por Caim, Abel e Noé (Gn 8.20-22). Os historiadores
afirmam que nunca houve uma comunidade humana sem nenhuma manifestação de adoração.
Pode – se, nesse sentido, elencar diversas comunidades com traços fortes de adoração e cuja cultura
estaria totalmente engajada sob o aspecto da rendição ou reconhecimento da soberania de um ser
superior.

O indivíduo, em sua forma mais primitiva, sempre manifestou a busca e a


rendição pelo intocável, ou por sua vez, gratidão pela provisão recebida. Esses aspectos são como
centelha que ativam o impulso intrínseco da adoração. Por isso enxerga-se a adoração não só como
um estilo de vida ou uma forma de viver, mas propriamente dita a razão de viver, ou o combustível
para a vida humana, a busca incessante pelo transcendente e a celebração como forma de gratidão
pela providência alcançada.

1 – O QUE É ADORAÇÃO?

Adoração é o reconhecimento de quem Deus é e de seu valor.


(Wheeler Robinson)

Entender sobre adoração é entender sobre o propósito primário de nossa vida


(Isaías 43:21), ou seja, estar e viver em intimidade e reverência com Deus. Fomos criados com o
fim de nos relacionarmos com o Criador de maneira integral e constante. Isto é, adoração é
comprometer o nosso corpo, alma e espírito ao Ser de Deus. Isto significa que tudo em nossa vida
deve ser orientado por esta realidade. Adorar é o meio para exercitarmos o primeiro mandamento
dado por Deus ao homem “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o coração, de toda a tua
alma, de toda as tuas forças e de todo o teu entendimento” Mateus 22:37.

Fica claro que a adoração é colocada pelo próprio Deus como pedra
fundamentar para o relacionamento com Ele. A proposta de Deus é uma vida de rendição, um
estado de culto permanente e não memoriais empoeirados ou saudosos. Percebe-se um clamor do
Eterno por todos os contextos de relação com o Seu povo: vivam em adoração! Não haverá hora,
nem lugar, não haverá local ou forma, mas simplesmente encontrar a razão do existir e estar, o
motivo do permanecer vivo
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1.1. O veículo musical: A música é uma ferramenta poderosa para a adoração. Ela é
uma das únicas formas de arte dada à humanidade que é capaz de nos tocar por completo,
ou seja, corpo, alma e espírito. A música move nossos corpos. Através do ritmo ela nos
acelera ou retarda. A música move nossas almas. As harmonias são capazes de influenciar
nossas emoções, sentimentos e pensamentos. A música também move nosso espírito. (1
Sm.16.23 – 2 Rs. 3.15). Contudo, não existe uma única palavra para adoração nos
textos originais que tenha alguma ligação com música.

2. O SIGNIFICADO: Algumas palavras hebraicas que traduzem adoração em nossas versões,


com destaque a duas: Ãbad (trabalhar/servir) e Proskuneo (prostrar-se/beijar a mão).

2.1. ÃBAD – Experiência com Deus: Ãbad significa “trabalhar” ou “servir”, “atuar como
escravo” em relação ao seu dono. É um termo utilizado para identificar o escravo caseiro
A conotação correta seria a experiência profunda e intensa com o seu Senhor que se
desdobra em uma condição humilde e desempenho dedicado do servo. Ao contrário dos
povos circunvizinhos, Israel não via o Ãbad como “serviço” como meio de induzir, coagir
ou influenciar o seu Senhor a lhes dar algo que de outro modo não daria, tal procedimento
era visto como ocultismo que tinha como finalidade converter a vontade do deus ao seu
adorador.

Deuteronômio 15:12-18 diz “Quando teu irmão hebreu ou irmã hebréia se


vender a ti, seis anos te servirá, mas no sétimo ano o deixarás ir livre. E, quando o deixares ir
livre, não o despedirás vazio. Liberalmente o fornecerás do teu rebanho, e da tua eira, e do teu
lagar; daquilo com que o Senhor teu Deus te tiver abençoado lhe darás. E lembrar-te-ás de que
foste servo na terra do Egito, e de que o Senhor teu Deus te resgatou; portanto hoje te ordeno
isso. Porém se ele te disser: Não sairei de ti; porquanto te amo a ti, e a tua casa, por estar bem
contigo; então tomarás uma sovela, e lhe furarás a orelha à porta, e teu servo será para sempre;
e também assim farás à tua serva. Não seja duro aos teus olhos, quando despedi-lo liberto de
ti; pois seis anos te serviu em equivalência ao dobro do salário do diarista; assim o Senhor teu
Deus te abençoará em tudo o que fizeres.”

Na aliança do Antigo Testamento os adoradores encontravam de ‘Iaweh’ a quem


serviam (ãbad) em toda a sua atividade de adoração. Sempre que o adorador tentava induzir,
influenciar a vontade ou persuadir ‘Iaweh’ por intermédio da instituição do culto, o ‘ãbad’ era
destruído.

2.2. PROSKUNEO – Intimidade: ‘Proskuneo’ significa prostrar-se diante, para adorar e beijar
as mãos de alguém. No grego, é utilizado também o termo ‘proskynéo’ quando um escravo
prestava homenagem a um superior a ele ou a um rei. Literalmente, significa "beijar e
adorar", como atos simultâneos, estando intimamente ligado a ideia de "ajoelhar-se"; daí,
"render-se".

O beijo traz em si características que nos direcionam ao sentido exato do desejo


de Deus em nossa adoração prestada a Ele. A proximidade que exige esta expressão e o acesso
concedido no toque e demonstração de afeto trazem à tona uma compreensão profunda do
“como” o Senhor quer ser adorado, ou seja, em conhecimento e intimidade. Beijar a mão é uma
tradição de reverência a personalidades eminentes, praticada em várias culturas desde tempos
remotos. Era uma cerimônia pública em que o Rei se colocava em contato direto com o súdito,
isto é, lhe era concedida a proximidade necessária e autorizado o toque e, por conseguinte o beijo.
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Neste sentido, a adoração verdadeira é sempre um desejo intenso de intimidade


e demonstrações de amor por Deus. Quando é motivada por qualquer outra coisa (exibicionismo,
religiosidade e orgulho), então, torna-se adoração a si próprio que resulta em idolatria.

3 – EXPRESSÕES DA ADORAÇÃO

As expressões da adoração podem ser inúmeras e variadas. Não se trata de


manifestações gestuais ou mesmo movimentos corporais apenas, mas das nossas ações e
motivações.

3.1. Amor: A expressão intrínseca ou a motivação da adoração deve ser o amor, o qual é
nutrido através do relacionamento com Deus. O conhecimento e relação com Ele, ou
seja, o conhecimento relacional resultará em intimidade e por fim amor. Não por acaso,
o primeiro mandamento se trata de amá-Lo. Contudo o amor à Deus deve ser expresso
como Ele deseja.

Sobre isto Zach Neese diz: “A adoração começa com uma motivação a partir
do coração, mas nunca para por aí. A motivação é o amor, e este amor deve encontrar
expressão, a fim de ser considerado adoração. Amor não expresso não é amor.”

3.2. Obediência: A expressão extrínseca ou as nossas ações em adoração devem ser em


obediência à Deus. É ela o ingrediente que evita o mero emocionalismo da adoração
ou mesmo uma fuga de nossa realidade. “A adoração é o amor expresso no caminho
de Deus. E a linguagem do amor que Deus espera de nós é a obediência. Todo
o resto, se não for feito na base da obediência, é vaidade e futilidade.”

O relato no Evangelho de João 14 traz fundamento a esta afirmativa quando, o


próprio Jesus, afirma que aquele que O ama é, exatamente, aquele que guarda os seus
mandamentos. Em sua vontade, Deus orientou a humanidade para que não desconectasse sua vida
cotidiana com a realidade de Sua Glória. A adoração deve ser a força matriz que impulsiona todas
as faculdades do homem, ou seja, o corpo, a alma e o espírito; as emoções, pensamentos e ações;
o agir e o reagir deve ser submetido a estas expressões de adoração: amor e obediência.

Onde não há obediência, não há adoração. Não há amor de Deus, porque não há
nenhuma demonstração de amor a Deus. Adoração, como todo amor verdadeiro, começa
com a motivação de seu coração, mas ele deve ter expressão na obediência.
Zach Neese

ATIVIDADE: 1. O que é Adoração?


2. Como podemos desenvolver uma vida de adoração agradável a Deus?
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AULA 04: O QUE É LOUVOR?

Que tudo que respira cantem louvores ao SENHOR! Louvado seja o SENHOR!
Salmos 150.6

O louvor é uma expressão de aprovação ou admiração. Deus não precisa de


nossa aprovação ou admiração, mas Ele faz coisas que impressionam o tempo todo. Expressamos
a admiração das coisas através do louvor. E Deus é, sem dúvida, o ser mais admirável no universo,
por isso, o louvamos por Seus atributos. Mais especificamente, o louvor é uma expressão de
respeito ou gratidão como um ato de adoração.

O elogio pode realmente ser uma expressão de adoração. O louvor e adoração


não são exclusivos um do outro. Adoração começa com a motivação de amar e honrar a Deus.
Essa motivação deve ter expressão, e louvor é uma das expressões que completa o ato de adoração.

Eu te louvarei, ó SENHOR, com todo o meu coração, eu contarei todas as tuas maravilhas.
Salmo 9.1

Note também que em ambos os conceitos, louvor deve ser uma expressão. Por
isso, é importante? Porque muitos de nós fomos treinados por má teologia e cultura
denominacional, que é perfeitamente normal para ficarmos com os braços cruzados, boca fechada
e olhos virados para o teto, entediado durante o louvor. Temos sido enganados ao pensar que
podemos louvar a Deus sem expressar louvor a Deus. Nós não podemos. Por sua própria
definição, o louvor deve incluir expressão.

Você pode dizer: “Eu louvo a Deus no meu coração”. E o SENHOR conhece
meu coração. Sim, Ele o conhece, e Ele não se engana! Ele sabe que há sempre uma razão para
pessoa se recusar a expressar louvor a Ele, e nunca é uma razão que exalta ou honra Jesus.

Por que as pessoas estão sempre procurando a exceção? Por que alguns
procuram uma maneira de fazer o mínimo possível para honrar a Deus? A resposta para isso é
simples: Essa pessoa não ama muito a Jesus. Se ela o amasse, ela não estaria procurando uma
maneira de expressar louvor a Deus: ele estaria procurando todas as oportunidades para adorá-Lo.
Nós precisamos examinar a nós mesmos a respeito disso.

Vamos ser claros! O louvor não é um sentimento, é uma expressão. Ela deve ser
expressada para ser considerada louvor. Ela deve ser expressa para ser recebida por Deus,
testemunhado pelo perdido e temida pelo inferno.

Expressão: substantivo; o processo de tornar conhecido, transmitindo, ou colocando em palavras


sentimentos de alguém sentimentos, emoções ou opiniões.

Como você está se tornando conhecido, colocando em palavras, transmitindo


os seus sentimentos e opiniões a respeito de Deus? Esta questão explica o que é o louvor. Assim,
como sacerdotes, fomos chamados para fazer esse Deus conhecido no mundo a declarar os
louvores dAquele que nos salvou da escuridão para a luz.
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Vocês, porém, são geração eleita, sacerdócio real, nação santa,


povo exclusivo de Deus, para anunciar as grandezas
daquele que os chamou das trevas para a sua maravilhosa luz. (I Pedro 2.9)

Você pode estar sentindo admiração em seu coração, mas como você está
expressando isso a Deus e ao mundo? Como você está "tornando-o conhecido?” Como você está
"declarando” isso? Isso é louvor.

POR QUE LOUVAMOS?

1. Louvamos a Deus por causa de quem Ele é: Nossa situação pode parecer ruim, mas
Deus nunca é ruim. Deus é bom! Eu posso ter uma doença em meu corpo, mas isso não
muda o fato de que Deus é um que cura Ele nunca falha. Independentemente da minha
situação, eu tenho uma razão para louvar a Deus, porque Ele nunca muda Seu caráter. Deus
é digno de louvor.

2. Louvamos a Deus pelo que Ele fez: Somente uma pessoa grata pode realmente louvar
o SENHOR, porque graça é a essência do louvor. Não há virtude em pessimismo ou
ingratidão no reino de Deus. Louvor reconta as histórias de façanhas de Deus. O louvor é
o Evangelho definido para a canção. Um líder de louvor lembra a congregação do que
Deus tem feito e que Ele é assim, que eles terão uma razão para expressar admiração e
gratidão na direção dele.

3. Louvamos a Deus pelo que Ele vai fazer: A Bíblia nos diz muito sobre o que Deus vai
fazer, e nós O louvaremos por isso. Essa é uma boa razão para louvá-Lo. Uma passagem
que nos mostra claramente, é a história de Paulo e Silas na prisão. Eles estão com as mãos
e os pés acorrentados em um calabouço, mas estão louvando a Deus no alto de seus
pulmões.

Atos 16.25-27 diz “Por volta da meia-noite, Paulo e Silas estavam orando e
cantando hinos a Deus; os outros presos os ouviam. De repente, houve um terremoto tão
violento que os alicerces da prisão foram abalados. Imediatamente todas as portas se abriram, e
as correntes de todos se soltaram. O carcereiro acordou e, vendo abertas as portas da prisão,
desembainhou sua espada para se matar, porque pensava que os presos tivessem fugido.”

Eles louvaram a Deus, enquanto eles estavam acorrentados em uma masmorra?


Por que você louva a Deus em uma situação como essa? Por causa de quem Ele é e o que você crê
que Ele está prestes a fazer. Eles sabiam que Deus ia fazer? Não! Mas isso não os impediu de
confiar nele para fazer algo de bom. O louvor é às vezes o maior ato de um crente de fé.

A fé de que Deus é digno de louvor, independentemente. Fé que Ele pode


transformar luto em dança. A exemplo de Jó, tendo perdido tudo, e sua mulher que lhe disse para
amaldiçoar a Deus e morrer: "Embora Ele me mate, eu ainda confio Nele" (Jó 13.15.), esse
foi o louvor que teve fé.

O Louvor declara que Deus é fiel e confiável, independentemente da nossa


situação. A fé não diz: "Eu confiarei em Deus se ele me livrar" A fé diz: "Eu sei que Deus
pode me livrar, mas eu confio em Deus independentemente do que aconteça, porque Ele
já provou Seu amor por mim na cruz."
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Nossas comunidades e congregações precisam entender que podem ser reais


com Deus. E eles precisam de exemplos de pessoas que podem confiar em Deus, mesmo em
tempos difíceis. Se as coisas ruins não acontecem para pessoas boas, por que estamos seguindo
Jesus? Se a vida real não acontece na igreja da Terra, o que fazemos com as histórias de José, Davi,
Jeremias, Daniel e todos os apóstolos? Jesus é o Senhor da vida real. E Ele é digno de louvor nas
situações reais da vida de todos eles.

BENEFÍCIOS DO LOUVOR:

Como o louvor vai beneficiar minha vida? O louvor é uma das mais saudáveis
atividades em que um cristão pode estar envolvido. Aqui estão algumas das suas vantagens:

• O LOUVOR NOS POSICIONA PARA ENTRAR NAS PROMESSAS DE DEUS.

• DEUS APARECE QUANDO SEU POVO LOUVA.

• O LOUVOR É UMA ARMA DE GUERRA ESPIRITUAL.

Devemos lembrar que a palavra de Deus é uma espada. Um cristão louvando


pode acorrentar principados e potestades, Derrubar fortalezas e forçar a vingança de Deus contra
o reino das trevas. Então, louve ao Senhor e veja o seu poder na obra.

• O LOUVOR NOS ALINHA COM O CÉU.

Se quisermos que as coisas do céu aconteçam na Terra, devemos fazer na Terra


as coisas que estão sendo feitas no céu. O que está acontecendo no céu como nós falamos? Louvor.
Uma coisa é certa, Deus foi e será LOUVADO por toda eternidade.

• O LOUVOR É EVANGELÍSTICO.

Pôs um novo cântico na minha boca, um hino de LOUVOR ao nosso Deus,


Muitos verão isso é temerão, e confiarão no Senhor. Os dois últimos versículos descrevem o
testemunho de uma pessoa que invoca a Deus, é resgatado da escravidão e colocado firmemente
sobre a Rocha de Cristo.

Isso é um testemunho! Quando você tem um testemunho, naturalmente a sua


boca se enche de louvor. Uma pessoa salva é grata demais pra ficar em silêncio. Muitos VERÃO a
Deus, por que não ouvir? O LOUVOR é muito mais que uma canção, é uma EXPRESSÃO.
“Para que todos vejam e temam e confiem no Senhor”

• O LOUVOR É UMA FERRAMENTA FE ENSINO.

Colossenses 3.16 diz: "Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo;


ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e
cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações.”
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Quanto das Escrituras você tem memorizadas? Quantas músicas você tem
memorizadas? Você pode nunca ter pensado nisso, mas a maior parte das Escrituras que as pessoas
mais têm se comprometido a memorizar são aquelas colocadas nas músicas. Isso é porque música
é um poderoso dispositivo mnemônico (de memória). Nosso cérebro se lembra de coisas muito
melhor quando nós as colocamos em música. A mente das pessoas se apega as lembranças musicais.

É por isso que é essencial estarmos cantando e escrevendo canções bíblicas,


músicas ricas para o nosso povo cantar. Quando damos a uma congregação um repertório de
canções, estamos ensinando-lhes a Palavra de Deus Estamos instruindo-os na sua fé. Estamos
encorajando-os à esperança, a seguir em frente. Estamos equipando-os para vencer na vida.

O louvor nos ensina os caminhos, a Palavra e o caráter de Deus. Assim, louvai


ao Senhor!

EXPRESSÕES BÍBLICAS DE LOUVOR:

1. Cantando louvores: Cantar para o Senhor não é uma sugestão nas escrituras; É um
comando. Muitas pessoas não cantam a Deus porque elas não sentem que têm boa voz.
Mas nós não cantamos a Deus porque somos bons cantores; nós cantamos porque Ele é
um Deus bom. O seu canto não tem que ser o melhor do mundo, apenas o melhor que
você tem.

"Cantai ao SENHOR em toda a terra; anunciai de dia em dia a sua salvação.”


(1Crônicas 16.23.).

"Eu louvarei ao SENHOR segundo a sua justiça, e


cantarei louvores ao nome do SENHOR altíssimo." (Salmos 7.17.).

“Cantai ao SENHOR, vós que sois seus santos, e


celebrai a memória da sua santidade.” (Salmos 30.4.).

"Reinos da terra, cantai a Deus, cantai louvores ao SENHOR.“ (Salmos 68.32.).

2. Louvando com instrumentos: O louvor instrumental é simplesmente como uma surra


contra o inimigo.

“E Davi e todo o Israel alegraram-se perante Deus com todas as suas forças; com
cânticos, e com harpas, e com saltérios, e com tamborins, e com címbalos,
e com trombetas.” (1 Crônicas 13.8.).

“E disse Davi aos chefes dos levitas que constituíssem, de seus irmãos, cantores, para
que com instrumentos musicais, com alaúdes, harpas e címbalos, se fizessem ouvir,
levantando a voz com alegria." (1 Crônicas 15.16.).

“E todo o Israel fez subir a arca da aliança do SENHOR, com júbilo, e ao som de
buzinas, e de trombetas, e de címbalos, fazendo ressoar alaúdes e harpas."
(1 Crônicas 15.28.).
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3. Gritando louvores a Deus: Deus nos deu instrumentos internos de louvor. Um deles e
tão simples que uma criança de quatro anos de idade pode usá-lo. Estou falando sobre o
seu grito:

“E sucedeu que, vindo a arca da aliança do SENHOR ao arraial, todo o Israel gritou com
grande jubilo, até que a terra estremeceu. E os filisteus, ouvindo a voz de júbilo,
disseram: Que voz de grande júbilo é esta no arraial dos hebreus? Então souberam que a
arca do SENHOR era vinda ao arraial.” (1 Samuel 4.5-6.).

“Porque o mesmo SENHOR descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a
trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro.”
(1 Tessalonicenses 4.16.)

O grito avisa ao mundo que temos um Rei em nosso acampamento. É o rugido


do Leão da Tribo de Judá, o chamado de vitória e o chamado para a guerra. Deus destruiu Jericó
no grito de Seu povo. Ele atingiu os seus inimigos ao som de seus gritos.

Por que nos fazemos de tolos em eventos esportivos, mesmo em frente da


televisão, mas estamos envergonhados de mais para a honra do nosso Deus. Essa honra com o
tempo foi se do roubada de Deus, é dada a homens. É tempo de tomar de volta o GRITO de
vitória, trazê-lo para Deus é ver o inferno tremer.

4. Batendo palmas como louvor para Deus: Palmas é o louvor rítmico dos rios sem voz e
árvores sussurrantes. É também uma das formas que nós, seres humanos, fomos
projetados, com instrumentos de percussão em nossos corpos. Nós não podemos tocar
um instrumento na congregação, mas cada indivíduo foi equipado por Deus com um
Instrumento para tocar em louvor.

“Batei palmas, todos os povos; aclamai a Deus com voz de triunfo.” (Salmos 47.1.).

"Os rios batam as palmas; regozijem-se também as montanhas.” (Salmos 98.8.)

Primeiro, temos a música melódica de nossas vozes. Então, nós temos os


instrumentos de ritmo de nossas mãos e pés. Portanto, use o que Deus lhe deu, instrumentos, para
devolver glória para Ele. Batam palmas, todos vocês, e louve ao SENHOR!

5. Erguendo as mãos em louvor: As mãos levantadas representam a elevação de nossa vida


como sacrifício a Deus. Demonstra que estamos dedicando nossas mãos para atos de
santidade. Mãos são levantadas para dar e receber bênçãos. E as mãos são levantadas
simplesmente para abençoar o coração do Senhor.

“E Esdras louvou ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém, Amém!
levantando as suas mãos; e inclinaram suas cabeças, e adoraram ao SENHOR, com os
rostos em terra.” (Neemias 8.6.).

“Ouve a voz das minhas súplicas, quando a ti clamar, quando levantar as minhas mãos
para o teu santo oráculo.” (Salmos 28.2).

"Levantai as vossas mãos no santuário, e bendizei ao SENHOR.” (Salmos 134.2.).


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Nossas mãos são os membros dos mais expressivos do nosso corpo. É de se


admirar que elas se comuniquem tanto a Deus? E um passo difícil para muitas pessoas levantar as
mãos na frente de outras pessoas. Isto exige, para muitos de nós, se submeter a ordenanças
denominacionais. Nós fomos criados para a cultura da Palavra. Isto exige que baixemos o nosso
orgulho e medo do homem, e submetamos nossos corações e nossas posturas físicas para Deus. E
isso exige que nos demonstremos físicamente, para que todo o mundo possa ver os nossos
sentimentos e convicções em relação a nosso Rei, que é exatamente o que é exigido de nós:
adoração.

Como diz o apóstolo Paulo: “Eu desejo que os homens em todos os lugares
levantem as mãos para Deus.” Afinal de contas, Ele é digno da expressão.

6. Dançar é uma expressão bíblica de louvor: Dança? Eu sou Batista. “Nós não
dançamos.” Pessoalmente, eu tenho um problema maior que esse, quando a dança é
solicitada. Eu sou descoordenado e parece ridículo quando eu danço.

A dança não começou como recreação ou como entretenimento para o homem.


A dança começou como adoração. É a expressão de um povo alegre, de pessoas que foram
libertadas de seus cativeiros. Nosso problema é que as tradições do homem tem nos travado, e nós
pensamos que desde que os nossos antepassados restringiram a dança. Dançar não tem que ser
sensual. Ela não tem que ser um dispositivo de atenção ou um espectáculo. Pode ser santo,
adequada e poderosa. Eu não estou sugerindo que estabelecer uma doutrina sobre como e quando
e em que estilo devemos dançar.

“Então Miriã, a profetiza, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as
mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças”. (Êxodo 15.20.).

“E Davi saltava com todas as suas forças diante do SENHOR; e estava Davi cingido de
um éfode de linho.” (2 Samuel 6.14.).

"O SENHOR teu Deus, o poderoso, está no meio de ti, ele salvará; ele se deleitará em ti
com alegria; calar-se-á por seu amor, regozijar-se-á em ti com júbilo." (Sofonias 3.17)

Bem, você vê a palavra alegrar? Essa palavra em hebraico é ‘suws’, que significa,
literalmente, “para alegrar e ser feliz ao mesmo tempo, pulando e saltando no ar. Em outras
palavras, Sofonias 3.17 diz que Deus dança sobre nós com cânticos. Nosso Deus está dançando,
cantando e celebrando. Ele ainda dança sobre nós no santuário, se você puder imaginar uma coisa
dessas. Se isso não acabar com o debate, eu não sei o que vai. Portanto, se seu coração levá-lo a
dançar diante do SENHOR, eu suspeito que Ele vai estar dançando com você.

7. Dê ao povo uma razão para louvor: O louvor é uma palavra de ação. Tem que ter
expressão, a fim de exaltar a Deus e torná-lo conhecido. O louvor é uma resposta adequada
ao o que é Deus, e o que Ele tem feito, e o que Ele fará. Como um líder de adoração, eu
não posso esperar uma congregação cheia de pessoas que entrem no culto para louvar o
Senhor (que deveriam estar, mas a realidade é que muitos deles não estão). É parte do meu
trabalho, ajudar a prepará-los para louvar a Deus para dar-lhes algo para responder, para
lembrá-los de quem Ele é, que Ele tem feito, e o que podemos esperar que Ele faça.

ATIVIDADE: O que é Louvor? Qual é a finalidade do seu louvor?


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AULA 05 – CONHECENDO O TABERNÁCULO

A partir da aula de hoje, vamos tomar um novo rumo nessa matéria, agora
você está pronto para conhecer um pouco mais a fundo o tabernáculo, como ele foi formado,
os materiais que foram utilizados e o que eles representam. Nesta aula vamos passar por três
etapas do tabernáculo. A ENTRADA – O ALTAR – A PIA.

1. A ENTRADA:

Parte do nosso trabalho como sacerdote é criar pontos de encontro entre Deus
e o homem, e este lugar é o tabernáculo. Através do tabernáculo temos a revelação do processo
que nos direciona a presença de Deus. Para começar, precisamos entender que a forma como o
tabernáculo foi construído não surgiu de um momento de inspiração humana, mas é um projeto
detalhado pelo próprio Deus, onde cada etapa, cada utensílio e peça tem o seu significado.
Encontramos esse projeto e sua construção encontramos em Êxodo do capítulo 25 ao 40.

Algo muito importante que precisamos entender sobre o tabernáculo, é que


ele é dividido em sessões distintas. Temos o lado de fora que são os tribunais, essa é a região
descoberta no exterior do tabernáculo, e a parte interna, a parte coberta do tabernáculo. Hoje
vamos nos atentar somente ao lado externo do tabernáculo, o lado descoberto.
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Essa região descoberta é como um jardim cercado por uma cerca de pilares
de prata e cortinas de linho. Neste local havia muitas atividades, os sacerdotes se movendo, as
pessoas passando, conversando, chorando, trazendo suas ofertas. O som de cabras e dos bois, o
som do sacrifício. Ali estamos expostos ao clima, com o sol forte em nossas cabeças esperando
numa grande fila a nossa vez de oferecer o nosso sacrifício, estamos ali mesmo com o calor,
porque estamos ali para adorar.

• OS PORTÕES:

Entrem por suas portas com ações de graças, e em seus átrios, com louvor; dêem-lhe
graças e bendigam o seu nome. Salmos 100:4

Antes de entrarmos em qualquer lugar, por exemplo, por uma casa, nós não
entramos pela janela, mas passamos pela porta. Se o tabernáculo é esse lugar de lugar de
encontro com Deus, e ele nos dá os passos para entregar uma adoração agradável, então
precisamos acessar a porta para poder entrar na presença de Deus, mas que porta é essa?
Simples, é Jesus.

Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem.
João 10:9

Jesus é a porta que nos leva até o Pai, como sacerdotes precisamos entender
que jamais conseguiremos direcionar as pessoas a um lugar de adoração se primeiro não
direcionarmos essas pessoas à Jesus. Não existe a possibilidade de entrarmos pela janela, ou
pular a cerca para acessar a presença de Deus, a única maneira de entrar é pelo portão.

• O TRINCO: Mas não basta apenas ir até a porta e ficar parado na sua frente esperando
que magicamente ela se abra, como toda porta, podemos encontrar um trinco nela, uma
fechadura que precisa ser destrancada, precisa ser aberta. Mas então isso quer dizer que a porta
está fechada?! Não, pois a chave já nos foi concedida e a resposta está no primeiro versículo
que lemos aqui. “Entrem por suas portas com ações de graça, e em seus átrios com louvor”.
Isso nos mostra que há uma atitude para acessar este lugar.

O evangelho inspira gratidão, o louvor nos posiciona a acessar a presença de


Deus. Em Mateus, capítulo 21, Jesus nos ensina como deve ser essa entrada, ele está montado
em um jumentinho, na sua entrada triunfal, onde todos que o seguiam gritavam: “Hosana ao
filho de Davi! Bendito é o que vem em nome do Senhor!” É esse coração que precisamos ter
ao acessar a entrada, um coração repleto de louvor e gratidão.

2. O ALTAR:

“Amados amigos, não há Jesus se não houver nenhum sangue de aspersão, não há
Salvador se não houver nenhum sacrifício... Sem a expiação, nenhum homem é um
cristão, e Cristo não é Jesus. Se você tiver arrancado o sangue sacrificial, que desenhou o
coração do evangelho de Jesus Cristo, e roubaram-lo de sua vida.”
Charles Spurgeon
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A primeira coisa que vemos quando entramos pelos portões do tabernáculo é


o Altar do Sacrifício. Assim como dito acima, cada parte está bem especificada para a sua
confecção. Vejamos como o altar foi feito.

"Faça um altar de madeira de acácia. Será quadrado, com dois metros e vinte e cinco
centímetros de largura e um metro e trinta e cinco centímetros de altura. Faça uma ponta
em forma de chifre em cada um dos quatro cantos, formando uma só peça com o altar, que
será revestido de bronze. Faça de bronze todos os seus utensílios: os recipientes para
recolher cinzas, as pás, as bacias de aspersão, os garfos para carne e os braseiros. Faça
também para ele uma grelha de bronze em forma de rede e uma argola de bronze em cada
um dos quatro cantos da grelha. Coloque-a abaixo da beirada do altar, de maneira que
fique a meia altura do altar. Faça varas de madeira de acácia para o altar e revista-as de
bronze. Estas varas serão colocadas nas argolas, dos dois lados do altar, quando este for
carregado. Faça o altar oco e de tábuas, conforme lhe foi mostrado no monte.”
Êxodo 27:1-8

Era ali que os adoradores traziam seus sacrifícios, o colocavam entre os


chifres e assim transferiam seus pecados para o animal, impondo uma de suas mãos sobre a
cabeça e confessando seus pecados. Após isso, cortavam a garganta do animal e o sangue
escoria ao pé do altar, e colocavam os corpos sobre os quatro chifres. Após matar o animal, os
sacerdotes queimavam uma porção do sacrifício que subia como “aroma doce” ao Senhor, essa
é a adoração.

Não sei o que você aprendeu até aqui, ou o que te ensinaram sobre o altar,
mas não se engane, o altar é um lugar de sacrifício! E a adoração tem que ter um altar. O cheiro
de animais de talho e de sangue, carne queimada e incenso, esse é o cheiro da santidade. Em
poucas palavras, altar não é lugar para apresentações, mas um lugar de sacrifício, e o cheio
agradável a Deus é a morte da nossa carne e a apresentação de uma vida de santidade.

Vamos então para a construção do altar. Deus é bem específico e meticuloso


quanto a sua construção. O altar foi construído de madeira de acácia para ser exato. Mas porque
não usar outras madeiras como as de carvalho, cedro, azeite ou outras muitas que tinham em
abundância. Aqui encontra um precioso detalhe, a madeira de acácia não é uma madeira que
apodrece facilmente, ela é um símbolo de pureza da alma ou humanidade incorruptível. Ela é
um símbolo também da ressureição e da imortalidade. A madeira então é revestida de bronze
que é um símbolo bíblico para julgamento. Podemos observar uma história incrível em
Números 21, onde o povo pecou e a morte os alcançou, mas então Deus instrui Moisés a fazer
uma serpente de bronze e a colocasse em um poste, e todo aquele que olhasse para ela seria
salvo. Jesus mesmo diz que essa serpente de bronze é uma simbologia de Si mesmo.

Os chifres no altar representam a misericórdia. Quando a pessoa no


acampamento de Israel merecia julgamento, mas precisava de perdão, ela correia para o
santuário, pegava o chifre do altar e gritava “misericórdia”. Da mesma forma o homem corre
para cruz em busca de misericórdia. Essa é a imagem final do altar, a representação do Cordeiro
de Deus, que tira o pecado do mundo.
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Mas porque o altar é a primeira coisa que encontramos quando acessamos o


lado externo do tabernáculo? Lembrem-se, o santuário nos ensina algo sobre como adorar a
Deus, e o primeiro passo para o santuário é o sacrifício. Adoração sem cruz não é adoração.
Agora você pode pensar, se Jesus é esse sacrifício, não há mais nada que eu possa fazer,
correto?! Errado! Deus não será entronizado sobre o orgulho do homem, por isso, como falamos
um pouco mais acima, para Deus ser entronizado precisamos matar o nosso orgulho, queimar
a nossa carne em oferta agradável a Deus. Pois a nossa resposta ao sacrifício de Jesus, deve ser
um a oferta de nossas vidas como sacrifícios de louvor (Romanos 12:1).

Assim podemos entregar uma adoração agradável a Deus, podemos o adorar


em espírito e em verdade. Mas o que significa o adorar em espírito e em verdade? Preste bem
atenção, muito é discutido sobre a verdadeira adoração, uns podem dizer que é o falar em
línguas, outros que vem por meio do som do shofar ou a verdadeira adoração são por meio dos
hinos antigos, mas adorar a Deus em espírito significa oferecer nosso corpo como sacrifício
vivo para aquele que é Santo. Adoração é submissão total ao senhorio de Jesus.

Se submeter ao senhorio de Jesus envolve entregar tudo o que somos em


reverência a Ele. Não apenas dizer que entregamos a um tempo específico onde cantamos
algumas canções e oferecemos um pequeno tempo do nosso dia, mas uma entrega total, dos
nossos pés para não falharem no caminhar, das nossas mãos, nossos olhos quanto ao que vemos,
nosso coração quanto ao que sentimos, nossa mente e nossos pensamentos. É submeter cada
parte do corpo ao senhorio de Jesus, é submeter cada canto do nosso ser como oferta. E como
sacerdotes precisamos conduzir o povo em submissão ao Rei.

Para fecharmos esse entendimento de submissão, precisamos entender que a


adoração é submissão, e através dessa submissão temos liberdade. Vamos usar o exemplo que
Zach Neese, ele diz que a liberdade é principalmente saber de quem é a caixa de areia na qual
estamos brincando. Ele conta um de suas experiências quando criança, com a caixa de areia de
seu amigo que na verdade sempre deveria ter a vitória em suas brincadeiras, até que ele então
faz sua própria caixa de areia. A questão aqui é entender em que terreno estamos, se estamos
na caixa de areia do mundo ou do diabo, sempre vamos “brincar” nas regras do dono. Na caixa
de areia de Deus, brincamos sob as regras de Deus e a vitória certa de Seu Filho amado. Nessa
caixa encontramos nossa vitória, a ganância dá lugar a caridade, a luxuria ao amor, a amargura
ao perdão, é nesse lugar que encontramos liberdade.

Adoração não corresponde apenas a músicas, na verdade essa deve ser uma
das coisas que menos pode representar a adoração. A palavra hebraica mais usada para adoração
é shachad, o que quer dizer “curvar-se”, e no grego encontramos a palavra “proskuneo”, que
significa “demonstrar seu amor a Deus, prostrando-se diante dele”. Essa é a adoração, estar na
caixa de areia certa e se curvar diante da vitória do Cordeiro de Deus.

Que tal aprendermos um pouco mais sobre o que é adoração com aquele que
é o adorador perfeito, o maior líder de adoração que existe, Jesus Cristo.

Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo.
Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras do que vendiam pombas, e lhes disse: ‘Está
escrito: ‘a minha casa será chamada casa de oração’; mas vocês estão fazendo dela um covil
de ladrões’.
Mateus 21:12-13
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Adoração é virar a mesa, é limpar o templo, é mostrar um lugar que seja


atraente e agradável a Deus. Imagine uma mesa cheia de objetos variados, são objetos que não
são pecados, coisas do nosso dia a dia, mas a partir do momento que valorizamos mais essas
coisas do que a presença de Jesus, mais do que nossa vida de oração, devemos repensar pois
algo está muito errado. Devemos então virar a mesa, deixar que tudo o que está nela seja
derramado no chão e encontre o seu lugar, pois nada disso deveria ser tão essencial quanto a
presença do Cordeiro. Virar a mesa é dar adeus aos ídolos que antes roubavam o tempo que é
de exclusiva totalidade de Deus.

3. A PIA:

Até aqui podemos aprender que para acessar o tabernáculo, primeiro devemos
passar pela porta (que é Cristo o Senhor) com louvor e gratidão, dar os primeiros passos e estar
diante do altar para oferecer nossa oferta, nosso sacrifício, oferecer nossa vida como um
sacrifício vivo e agradável a Deus. Tudo isso está no levando para mais perto do trono de Deus.

Faça uma bacia de bronze com uma base de bronze, para se lavarem. Coloque-a entre a
Tenda do Encontro e o altar, mande enchê-la de água. Arão e seus filhos lavarão as mãos e
os pés com a água da bacia. Toda vez que entrarem na Tenda do Encontro, terão que
lavar-se com água, para que não morram. Quando também se aproximarem do altar para
ministrar ao Senhor, apresentando uma oferta preparada no fogo, lavarão as mãos e os pés
para que não morram. Esse é um decreto perpétuo, para Arão e os seus descendentes,
geração após geração.
Êxodo 30:18-21

Como acabamos de ler, entre o altar e a Tenda do Encontro temos a pia. Antes
dos sacerdotes entrarem no lugar santo, eles precisavam se limpar, lavar seus pés e suas mãos,
eles deveriam se purificar antes de ministrar ao Senhor. Detalhe interessante revelado em Êxodo
38:8 que a base dessa bacia era feita com os espelhos das mulheres que serviam na entrada da
Tenda do Encontro. Diferente dos espelhos modernos, esses espelhos no tempo de Moisés eram
feitos de bronze polido, assim, essa pia toda feita de bronze era toda polida, o que refletia a face
dos sacerdotes que ali estavam se limpando.

A Pia de Bronze representa o ministério da palavra. Esse não era apenas um


pré-requisito para ministrar, é apenas um aspecto necessário para a vida de adoração de cada
cristão. Nós entendemos que entramos pela porta que é Jesus, oferecemos nosso sacrifício, nós
fomos salvos pela graça redentora de Jesus, mas não somos perfeitos, ainda vivemos em um
mundo caído, corrompido, ainda pecamos e continuaremos a pecar até que sejamos
glorificados. Nós andamos todos os dias pela terra, ela se agarra em nossos pés, tocamos em
coisas que estão sujas e assim contaminamos nossas mãos. É inevitável que toda a sujeira do
mundo acabe se agarrando em nós, e é por isso que precisamos manter essa limpeza diária, e
encontramos isso por meio do ministério da palavra.
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Como foi dito, a pia era muito polida, refletia como um espelho. Os espelhos
são usados geralmente para duas coisas, vaidade ou revelação. A bíblia é esse espelho. Por todo
nosso saber e conhecimento acerca das Escrituras, e o rumo que nossa vida com Deus tem
tomado, pode nos levar ao perigoso caminho de nos colocar acima de alguém, gerar em nós
aquele sentimento de superioridade porque conhecemos mais ou até mesmo obedecemos mais
do que outras pessoas. Corremos o risco de usar a bíblia como um comparador de vidas, mas
ela não é isso. A Palavra de Deus não é um comparativo da sua vida com a do outro, afinal, o
outro, assim como você é falho. Se fossemos comparar nossa vida com a de alguém, deveríamos
compará-la com a de Cristo, Ele é o nosso maior parâmetro, na verdade, o único parâmetro,
pois foi o Único que fez tudo corretamente.

Mas a Pia de Bronze como ministério da palavra nos ensina que assim como
os sacerdotes quando iam se purificar, olhavam para a pia dava a eles uma pausa para refletirem.
Assim é a palavra, ela nos revela com quem estamos parecendo e revela com o que Deus
realmente se parece. Deus lava nossas mãos para que o nosso trabalho possa ser limpo, Ele lava
os nossos pés de modo com que nossos caminhos sejam justos. Ele lava nossas mentes e
corações para que sejamos como Ele.

É muito importante que possamos ter um bom juízo sobre nós. Talvez a
palavra julgamento possa soar de uma forma forte para o nosso pensamento atual, mas estamos
falando de um juízo que nos salva de um julgamento mais severo. Em I Coríntios 11:31 fala:
“Mas, se nós nos examinássemos a nós mesmos, não receberíamos juízo”. O exame de Cristo
nos leva ao autoexame, esse autoexame lava ao autoconhecimento, que nos permite vir limpos
diante de Deus. Em outras palavras, antes que você possa ter os dentes limpos, você tem que
aprender o que é higiene. Vendo o brócolis entre os dentes, permite a você tirá-lo. Vendo as
maneiras pelas quais não somos como Deus, nos capacita a entrar em acordo com Ele.

Mas sem o ministério da palavra, como seriamos?! Uma das maiores razões
porque o corpo de Cristo é tão imaturo, imprudente e ignorante da verdade é porque a maioria
dos cristãos jejua da Palavra durante toda semana, então vivem das migalhas da mesa de outro
homem. Nós não podemos viver das sobras dos relacionamentos de outros pastores com Deus.

Se até aqui não encontramos motivos suficientes para nos purificar e limpar
nossas mãos e pés, gostaria de te dar mais um motivo. Os sacerdotes se purificavam pois sabiam
que estavam prestes a entrar no Santo Lugar e manusear os “vasos sagrados”. E com as mãos
sujas, ele não poderia tocar nesses vasos, ele estava sujeito a morte naquele lugar. Nós como
sacerdotes lidamos com esses vasos sagrados todos os dias, e a bíblia nos revela que somos
vasos de barro que carregam um tesouro. A lavagem e purificação pela Palavra, nos preparam
para ministrar com segurança e lidar com esses vasos de Deus. Nós devemos nos purificar para
nos fazer seguros e limpos para esse trabalho.

E assim como todo o tabernáculo, a Pia reflete na vida de Jesus. Em João


13:2-5, encontramos Jesus lavando os pés de seus discípulos na tão marcada última ceia. Mais
do que apenas deixar um exemplo do serviço, Jesus estava os ensinando o protocolo dos
sacerdotes, Ele estava tornando um grupo de pescadores, cobradores de imposto, e sem estudo
algum em sacerdotes.
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Lembre-se, cada detalhe no tabernáculo tem seu significado. Cada peça, cada
local, tudo traz uma verdade que Deus gostaria de nos ensinar. Desde a porta, passando pelo
altar e indo em direção a pia, cada passo nos leva para mais perto do Santo Lugar, nos leva mais
perto da presença de Deus. Aqui fechamos com a aula de hoje, podemos aprender um pouco
mais sobre cada elemento que se encontra na parte exterior do tabernáculo, na parte descoberta,
e a partir da próxima aula você se aprofundara sobre aquilo que está coberto, a parte interna do
tabernáculo. Mas agora, me diga, o que nós somos?

ATIVIDADE: Como é composto o lado externo do tabernáculo?


O que compõe esse local descoberto e o que significa cada elemento?
Como esses elementos se encaixam na sua vida de adoração?
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AULA 06: SANTO LUGAR

“Eis que estou à porta e bato. Se alguém ouvir a minha voz e


abrir a porta, entrarei e cearei com ele, e ele comigo.”
(Apocalipse 3:20)

I - A MESA DOS PÃES DA PROPOSIÇÃO:

Mesa é um lugar muito especial. No seu entorno as famílias não apenas a utilizam
para as suas refeições, aprendemos com Jesus, que no entorno da mesa acontecem coisas muito
especiais. Vejamos algumas características significativas da mesa:

✓ Lugar de satisfação;
✓ Lugar de comunhão;
✓ Lugar de alinhamento;
✓ Lugar de planejamento;
✓ Lugar de reconciliação;
✓ Lugar de gerar.

1. Os tribunais internos – O lugar sagrado: Partindo do pressuposto que já temos


entendimento do significado de cada ambiente do tabernáculo e seus compartimentos,
chegamos aos utensílios que ficavam no LUGAR SAGRADO. Saímos dos pátios externos
e começamos nossa jornada para o interior do tabernáculo, com consciência de que o
destino será sempre o SANTO LUGAR.

Precisamos compreender o processo para se chegar ao SANTO DOS SANTOS.


No pátio externo podemos perceber que Deus está nos ensinando a termos atitudes de
agradecimento e louvor, submissão total ao senhorio de Jesus Cristo, um processo de
PURIFICAÇÃO e SANTIFICAÇÃO. Em muitas celebrações, o “culto” termina neste momento
em função da influência das celebrações ensinadas pelos reformadores, isso nos levou em alguns
momentos a um “desentendimento cultural” do real significado de adoração.

Um grande equívoco é o entendimento de que as celebrações são principalmente


para as pessoas, no passado ouvíamos muito se dizer que o momento da palavra era o “momento
principal” do culto. Alguns questionamentos frequentam as mentes de algumas pessoas e as
perguntas que não querem calar são: E se estivermos errados? E se os cultos não são principalmente
para as pessoas? E se a adoração fosse realmente para Deus?

Ao analisarmos o momento da pia, a palavra pode ter sido ministrada, só que o


detalhe é que não chegamos nem no meio do tabernáculo ainda, nem se quer entramos no lugar
SANTO, e pasmem ainda muito distantes do SANTO DOS SANTOS. Equivocamente nós líderes
retemos a melhores partes do tabernáculo para nós mesmos, deixando a congregação fora do nosso
relacionamento pessoal com Deus, esse tipo de postura se dá pela falta de conhecimento do que
realmente a noiva representa para o noivo.

Naquela época somente ao sacerdote era permitido o acesso ao SANTO DOS


SANTOS. Você meu irmão é um sacerdote? Nasceu para isso? Meu amado entenda uma coisa,
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você foi salvo para ir além de cantar uma bela canção e depois se assentar no banco para ouvir uma
palavra relevante. É um privilégio outorgado aos filhos do Rei o acesso à SALA DO TRONO.
Seja bem-vindo às portas do SANTO LUGAR, que estão à nossa frente.

2. Um ambiente diferente: Certamente você já experimentou a mudança de atmosfera do


ambiente, muitas vezes, chegamos ao local de celebração e aos poucos algo começa a ser
modificado no ambiente. Ficamos como o Salmo 126: 1-2. “Quando o SENHOR
restaurou a sorte de Sião, ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu
de riso, e a nossa língua, de júbilo; então, entre as nações se dizia: Grandes coisas
o SENHOR tem feito por eles.”

Trata-se de algo que a mente humana não consegue encontrar uma explicação
lógica, um misto de sentimentos, que são simplesmente o reflexo de algo muito profundo que
acontece no nosso interior, que somente pode ser discernido espiritualmente.

No pátio estamos sujeitos aos elementos naturais, já o LUGAR SANTO é


escuro e fechado, o pátio é um lugar onde todos tem acesso, um lugar público, perdura o cheiro
de resíduos animais, sangue, carne queimada, elementos que nos remete a humanidade. Já o
LUGAR SANTO é tranqüilo o cheiro muda, passa a ser de: pão fresco, vinho, incenso, etc. Um
detalhe muito interessante, a única luz vem das sete chamas do candelabro de ouro.

Podemos destacar alguns detalhes interessantes deste ambiente, vinho e pão à


luz de velas, além do ouro e privacidade, enquanto o pátio pode ser comparado a um piquenique
em família, o LUGAR SANTO é como um jantar romântico para dois.

Finalmente, o PÁTIO foi projetado para ministério público, o LUGAR SANTO


foi projetado para ministrar a Deus, intimidade. Podemos lembrar que Moisés freqüentou este
ambiente quando foi falar com o Senhor face a face, como uma relação de amigos achegados. Josué
permanecia no Santo lugar, mesmo após Moisés ter recebido as respostas em Êxodo 33:11. Não é
difícil compreendermos o salmista no Salmo 84:10 “Pois um dia nos teus átrios vale mais que
mil. Eu prefiro ser um porteiro na casa de meu Deus do que habitar nas tendas da
perversidade.”

A função do porteiro tem muito a ver com o serviço do levita. O porteiro segura
a porta para que outros cheguem mais perto de Deus. Enquanto o ministério dos tribunais (pátio)
é sobre a preparação de um povo que é capaz de ministrar ao Senhor, o LUGAR SANTO é sobre
como se tornar um povo que ministra para o coração de Deus.

3. A mesa da proposição: A mesa da proposição fica localizada à direita, logo após a entrada
pelas portas do LUGAR SANTO. Feita de madeira de acácia e totalmente coberta de ouro.
Já é do nosso conhecimento que a madeira de acácia representa a humanidade sem pecado
e incorruptível. Interessante que não existe bronze no LUGAR SANTO, isso se dá porque
o bronze representa o julgamento e não há julgamento no lugar santo. O único metal
encontrado lá é o ouro. Esta representatividade pode ser compreendida da seguinte forma:
Jesus em sua dupla natureza de homem e Deus.

Aqui, no Ocidente, nossas mesas são altas para o devido encaixe das cadeiras,
já os israelitas puxavam uma almofada para se assentarem, em função do significado da mesa para
eles, que era o centro da comunidade. Estava sobre a mesa pratos dourados com 12 pães perfurados
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que representava Jesus como o pão da vida (João 6:25-63), que significa perfurado e quebrado para
o mundo. Existe uma porção para cada uma das 12 tribos de Israel ou cada discípulo. Não podemos
deixar de mencionar os copos de ouro, que eram utilizados para colocar o vinho derramado como
oferta de bebida, além das colheres de ouro que eram utilizadas para queima de incenso no altar. É
na mesa da proposição que encontramos Jesus ministrando como Filho de Deus, Senhor dos
senhores e o Rei dos reis.

4. O que há num nome? Todo nome possui um significado e uma razão de ser. Por que se
chama a mesa da proposição? A palavra hebraica por trás disso é lechem, que significa
simplesmente pão. Ainda referido como “o pão da face”, interpretado assim pelos
estudiosos, ou seja, “o pão através do qual Deus se revela”, sendo traduzido assim como “pães
da proposição”. Em termos mais simples. “pão de rosto”. A mesa é o lugar onde Deus instituio
“ministério de tempo de rosto”, que significa ainda, “olhos travados com Deus até que todas
as distrações desapareçam e Ele seja tudo que importa para o seu coração”.

Este investimento em tempo de rosto traz a realidade de uma amizade íntima,


onde nesta relação o desejo de estar perto é algo intensamente desejado, trata-se de uma vontade
de ficar tão perto o suficiente para que você possa sentir os ritmos do seu coração e aprender a
amar o que Ele ama odiar o que Ele odeia, e chorar por aquilo que o entristece. A palavra hebraica
para o rosto de Deus, paniym, está no plural e significa literalmente “faces”. Quando buscamos o
rosto de Deus, na verdade estamos buscando os Seus rostos, os aspectos variados de Seu caráter.

O desejo de Deus sempre foi de estar perto dos adoradores, faz parte de sua
identidade o relacionamento, por isso, esse pão também é chamado de “pão da presença”. “Quando
tu disseste: Buscai o meu rosto, o meu coração te disse a ti: O teu rosto, SENHOR,
buscarei. Não escondas de mim a tua face...” (Salmos 27:8 e 9a).

5. A noiva: Falar de noiva é falar de intimidade no relacionamento. Um noivado é cercado


de expectativas, tanto a noiva como o noivo se preparam para o dia da consolidação de um
sonho, o grande dia está chegando. Muito bom lembrar-se de todos os preparativos que
cercam o casamento, a noiva faz dieta para entrar no vestido, o noivo apaixonado perde o
sono as vésperas das núpcias, a família toda se alegra.

Maridos, amem suas mulheres, assim como Cristo amou a igreja e entregou-se a si
mesmo por ela para santificá-la, tendo-a purificado pelo lavar da água mediante a
palavra, e apresentá-la a si mesmo como igreja gloriosa, sem mancha nem ruga ou
coisa semelhante, mas santa e inculpável. Efésios 5:25-27

No texto acima, podemos compreender a razão da Pia vir antes da Mesa da


Proposição. A partir do entendimento do sentido da lavagem pela palavra, sendo a preparação para
a intimidade. No casamento quando a noiva entra, os convidados se emocionam e se alegram com
o noivo, imaginemos o coração do noivo. É na verdade, uma experiência inigualável, por ter o
relacionamento de Cristo com a igreja, o noivo e a noiva como referência.

Do contrário, imaginemos se um determinado rei pede a moça em casamento e


ela aceita, o rei a coloca num SPA, seu resort particular, investe num lindo vestido, ao chegar o dia
do casamento, ela surge nas portas, com outro vestido, totalmente suja, fedendo, desdentada. Que
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decepção. Uma situação nojenta, porém, Deus pensa do mesmo jeito. E é por essa razão que a Pia
vem antes da mesa, ou seja, a limpeza vem antes da comunhão.

A gratidão é importante porque prepara os nossos corações para a submissão e


a submissão é importante porque temos de nos submeter para estarmos limpos. “Bem-
aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.” (Mateus 5:8).

6. Comunhão: É impossível considerar a Mesa da Proposição sem pensar em comunhão. O


pão é partido e compartilhado pelos sacerdotes e o vinho derramado como sacrifício a
Deus. Como já citado anteriormente, o nosso Deus valoriza muito o relacionamento e a
comunhão, sendo assim, podemos afirmar que “comunhão” é uma intenção de Deus desde
o início. A palavra comunhão significa “compartilhar uma experiência juntos”. Neste
contexto, estamos compartilhando a experiência da cruz com Jesus. Comunhão ainda,
significa “tornar-se um” ou “alcançar a unidade com alguém”.

Através do Seu corpo e sangue, Jesus convidou-o a tornar-se um com Ele, para
se juntar a Ele os benefícios da Sua morte. Temos um Deus próximo, amigo, que deseja muito se
juntar a nós para sempre, a comunhão está em curso, uma forma de vida, não apenas pra ser
lembrada num momento de celebração da ceia do Senhor. Enfim, a intimidade não é uma proposta
individual, precisamos olhar holisticamente para a igreja como o corpo de Cristo, porque a Sua
noiva é a congregação.

Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, deu graças, partiu-o, e o deu aos seus discípulos,
dizendo: "Tomem e comam; isto é o meu corpo. Em seguida tomou o cálice, deu graças e o
ofereceu aos discípulos, dizendo: "Bebam dele todos vocês. Isto é o meu sangue da aliança, que
é derramado em favor de muitos, para perdão de pecados”. Mateus 26:26-28

7. Os benefícios da comunhão: Neste texto estão descritas as vantagens de partilhar na


comunhão dos sofrimentos de Jesus. Quando temos comunhão permanente, unimos a
nossa vida com Jesus, há uma troca. Jesus leva embora a nossa dor, tristezas, transgressões,
iniquidades, ansiedade e doenças. Posso me apresentar diante dele com dor, tristeza,
ansiedade, porém, o detalhe é que como comungo com Jesus, Ele troca os sofrimentos por
alegria e esperança. Comunhão me traz à memória que meu pecado não é contra mim, tem
sido pago e removido de mim, desta forma, compreendo que Deus está o tempo todo de
braços abertos e sem acusação nem condenação.

Quando Jesus nos convida a partilhar a cura com Ele. A bíblia diz que fomos
sarados pelas suas pisaduras, isso significa que Ele fala de algo que sofreu em seu próprio corpo,
quando açoitado, chicoteado e torturado até a morte. Um aspecto da comunhão também é o
abraço, ouvimos muitas experiências de pessoas que foram para a celebração desanimada,
desmotivada e triste, e ao receber um abraço cercado de amor de um irmão, recebe a cura de todos
esses sentimentos, isso porque: “A comunhão é um poderoso aspecto de adoração.”
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Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças,
contudo nós o consideramos castigado por Deus, por ele atingido e afligido. Mas ele foi
transpassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades;
o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Isaías 53:4-5

8. Finalidade da ordem: Corremos um grande risco de errarmos, ao tentarmos ir direto para


a intimidade, sem antes passar pelos tribunais exteriores (pátio). É necessário que haja uma
ordem. Ser lavados pela palavra antes, proporciona uma base, um alicerce para o que virá
posteriormente. Às vezes queremos valorizar somente o mover, posso afirmar que não
existe qualquer possibilidade de mover do Espírito Santo, sem a fundamentação bíblica,
não consigo entender como pode existir, exaustiva tentativa se defender as manifestações
do Espírito sem sede e fome pela palavra de Deus.

Não podemos desconectar: Deus Pai, Filho e Espírito Santo. Se Jesus é o verbo
vivo de Deus, a palavra é chamada de palavra de Deus. Ao agirmos assim, simplesmente estaremos
barateando o nosso relacionamento com Deus. Jesus nos chamou pastores por uma razão. Ao
conduzir o rebanho, o pastor não move o rebanho na velocidade dos carneiros, precisa ser na
velocidade dos cordeiros e das ovelhas que amamentam, porque eles se movimentam lentamente.
Os cordeiros são novos e frágeis, neste sentido precisam parar várias vezes para comer e descansar.

Que lição linda podemos aprender aqui! Se o pastor apascentar o rebanho muito
rápido, o leite das mães vai secar e os cordeiros vão morrer e as ovelhas grávidas vão abortar.
Assim, acontece com a congregação, quando lideramos o louvor, precisamos levar na velocidade
dos cordeiros e ovelhas, fazemos menção aqui aos cristãos jovens e imaturos que estão sendo
discipulados.

Jesus quer experimentar a intimidade com toda a congregação, sendo assim,


preciso levá-los à intimidade através da viagem de louvor e adoração. A função do líder de louvor
é de buscar o coração de Deus. Se Deus quer que o Seu povo entre em um momento de comunhão,
o líder de louvor precisar entregar para a congregação a oportunidade de intimidade.

II - O CANDELABRO DOURADO

“Tu és minha lâmpada, ó Senhor! O SENHOR ilumina-me as trevas.”


(II Samuel 22:29).

Pensar a respeito do Candelabro é pensar não apenas


sobre a luz que ele proporciona ao ambiente, mas precisamos lembrar que
existe um combustível que mantém a chama acesa. Pessoas específicas
(levitas) eram designadas para este serviço permanente, e o azeite era
renovado constantemente, mantendo a chama acesa.

Quando entramos às portas para o LUGAR SANTO, o candelabro de ouro está


à esquerda (lado sul), após a mesa da proposição. Existe uma razão que justifica a proximidade da
mesa e do candelabro, os dois andam de mãos dadas por suas representatividades. O ministério da
mesa está presente onde o ministério da lâmpada estiver e vice e versa.
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1. Construção: O Candelabro Dourado foi forjado de ouro maciço. Ele tem seis ramos que
saem do eixo principal, cada um coberto com uma tigela ou lâmpada – sete lâmpadas em
todos. Os ramos do candelabro são cada um composto por nove peças: Três botões, três
flores e três frutos. O pavio e fogo são mantidos pelo sacerdote, que também é encarregado
de garantir que as lâmpadas estejam sempre cheias de óleo. Diga-se de passagem, que o
candelabro é a única luz no LUGAR SANTO, planejado de forma que a luz caia em frente
a ele, provavelmente sobre a Mesa da Proposição, sendo um menorah (candelabro) com
sete lâmpadas.

2. Simbolismo no Candelabro:

2.1. Jesus: Tudo no tabernáculo representa Jesus de alguma forma. Os portões retratam
Jesus, porque Ele é o Caminho, o Altar de sacrifícios simboliza Jesus, porque Ele é o
Cordeiro de Deus, morto pelos pecados do mundo. A Pia é Jesus, porque Ele é a
palavra e a água da vida. A mesa dos pães da proposição é Jesus, porque Ele é o Pão
da vida. O Candelabro de ouro é Jesus, porque Ele é a luz do mundo. (João 8:12)

2.2. Amêndoa: A palavra amêndoa em hebraico shaqed significa “o despertar”. A amendoeira


era a primeira árvore a acordar do sono do inverno e florescer. Ela representa primícias,
ardor e vida nova. Pode também representar um ressurgimento da vida.

2.3. Óleo: O óleo evidentemente representa o Espírito Santo, na bíblia. O que lhe dá
origem são as azeitonas, depois de exprimidas. (Êxodo 20:21).

O Espírito Santo foi enviado para nós como um resultado do ministério de


Jesus, que foi pressionado ou “esmagado” (Isaías 53:5) por nós na cruz. Jesus morreu, ressuscitou,
ascendeu à mão direita do Pai e derramou o “óleo” do Espírito Santo sobre os discípulos (Atos 2).

2.4. Nove: Cada ramo do candelabro tem nove segmentos. O número nove nos dá a pista
de que o Candelabro é sobre o ministério do Espírito Santo. Verifique a quantidade
dos frutos do Espírito registrados em Gálatas 5:22-24, conte e você vai chegar ao
número 9.
Ainda está com dúvidas? Então verifique sobre os dons do Espírito, dê uma
verificada em I Coríntios 12:7-10. O Candelabro é realmente de forma clara e evidente símbolo do
ministério do Espírito Santo na igreja.

2.5. Chama: A palavra de Deus, ou seja, Jesus o Seu verbo é uma lâmpada para os meus
pés e uma luz para o meu caminho (Salmos 119:105). O fogo representa poder e paixão,
ele queima. Quando o Espírito Santo cai sobre os discípulos no cenáculo, ele vem em
línguas de fogo.
Os sacerdotes eram orientados a cortar o pavio e preencher o óleo duas vezes
por dia (Êxodo 30:7), pela manhã e à noite, porque um pavio não aparado produz duas coisas,
fumaça e cintilação. A chama do Espírito Santo precisa queimar em nós, o que aumentará a nossa
paixão por Ele. “Não se embriaguem com vinho, que leva à libertinagem, mas deixem-se
encher pelo Espírito.” (Efésios 5:18).

2.6. Maçaricos: O fogo em situação de incêndio é perigoso, queima indiscriminadamente,


fica fora de controle podendo ferir a muita gente. Quando vemos um maçarico,
presenciamos um tipo diferente de fogo, um fogo extremamente quente, mas focado,
é fogo sob o controle de um mestre.
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Deus quer fazer de você um maçarico. Ele quer dirigir o Seu fogo através de
você, e somente nas mãos de Deus você será poderoso. O sacerdote é um maçarico os adoradores
são maçaricos.

2.7. Sete: Existe uma razão que justifica as sete lâmpadas com sete chamas no candelabro.
O número sete na bíblia representa a conclusão, plenitude, abundância e repouso.
Estaremos incompletos sem o ministério do Espírito Santo em nossas vidas. O número
sete significa que a única maneira para nós, como cristãos, viver plenamente para o que
fomos criados é com o Espírito Santo, nos capacitando e colocando paixão em nossas
vidas. Sete também significa que cada ministério que afirma funcionar pelo poder e
Espírito de Deus pode produzir provas para sustentar sua alegação.

2.7.1. Os sete Espíritos de Deus: Por fim, o número sete representa os sete aspectos do
Espírito de Deus. Aqui Jesus compara as sete lâmpadas com os sete Espíritos de Deus
movendo-se na igreja. (Apocalipse 3:1 e 4:5)

III. CANDELABRO OU CARTIÇAL?

Candelabro Castiçal

Alguns líderes se referem ao “Candelabro” como tendo o mesmo significado de


“Castiçal”. O autor do livro a nós proposto traz a diferença entre os dois utensílios. O Candelabro,
como é do nosso conhecimento, é composto de uma peça inteiriça e de seis braços ou ramificações
à semelhança de galho ou ramos onde eram colocadas as lâmpadas para iluminar o tabernáculo. Já
o Castiçal seria apenas uma peça onde seria colocada apenas uma lâmpada ou vela.

Portanto, precisamos ter o cuidado de não considerarmos os dois como sendo


a mesma coisa, pois apresentam formatos diferentes. Ao ministrarmos sobre tabernáculo e
fazermos menção a este utensílio, devemos nos referir ao “Candelabro”. Na verdade, nos
deparamos com um erro de tradução da bíblia por King James, porque Deus não disse: “edifica-me
um castiçal”, mas Ele pediu um “Candelabro”.

1. A ordem: Não podemos colocar a carroça na frente dos bois, no mundo espiritual existe
ordem, aliás, o nosso Deus sempre trabalhou com uma sequência lógica. A ordem como
as coisas eram montadas no tabernáculo tem sentido e coerência. Provocamos muitos
desgastes no ministério quando enxergamos a Mesa e o Candelabro em sequência.
Entramos em intimidade com Deus e Ele nos enche com o seu Espírito, então saímos e
ministramos no poder de Deus. Ficamos acostumados com a adrenalina das celebrações e
assim, as pessoas se tornam viciadas em adrenalinas e no reino de Deus, isso se dá de forma
inconsciente, pela necessidade de manter o alto astral.
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Melhor seria se você como adorador, se imaginasse no colo de Deus, seu Pai,
imagine-se no colo d’Ele numa cadeira de balanço numa aconchegante varanda, constantemente
conversando com Ele, ouvindo a sua doce voz, sentindo os Seus batimentos cardíacos e os seus
sussurros. Este é sentimento que permeia o nosso relacionamento com o nosso pai biológico. Deus
quer estabelecer este tipo de relacionamento com os seus filhinhos.

O próximo passo depois da intimidade é a comunhão. Não se gera frutos com


os filhos sem que haja comunhão, da mesma forma, não podemos produzir o fruto do Espírito
sem antes entrar em um relacionamento íntimo com Jesus.

A Mesa e o Candelabro estão lado a lado porque a mesa é a comunhão através


da qual o fruto e os dons do Espírito habitam nossas vidas. E o Candelabro é a iluminação
espiritual, através do qual somos capazes de compreender e buscar a comunhão com Cristo. Os
dois precisam um do outro.

2. A igreja morta:
Contra você, porém, tenho isto: você abandonou o seu primeiro amor. Lembre-se de onde
caiu! Arrependa-se e pratique as obras que praticava no princípio. Se não se arrepender, virei a
você e tirarei o seu candelabro do seu lugar. Apocalipse 2:4-5

Este texto revela um desiquilíbrio na igreja. O que será que está acontecendo
com a igreja do Senhor Jesus, espalhada por toda a terra? A religiosidade nos atrapalha no nobre
processo de sermos igreja. Não é o fato de termos um santuário do mais simples ao mais suntuoso,
que torna um grupo de pessoas em igreja, mas, a presença de Deus no meio delas as torna igreja.
Muitas vezes preparamos a celebração para nós mesmos (ministros) e não para Deus, nem sequer
nos preocupamos em levar a congregação à doce presença de Deus.

Buscamos, muitas vezes, impressionar as pessoas, fazer uma apresentação


aprovada pelo pastor, apenas para ficarmos bem na fita. Meus amados, tomemos cuidado. Com
que intensão escolhemos os cânticos? Já fomos ministrados por eles, ou apenas queremos
excelência pela performance. A igreja morta, pensa que está viva, mas o seu coração está totalmente
desalinhada com o coração de Deus. O cheiro de sua adoração é mais fétido do que “carniça”. O
ministro de uma igreja morta leva o povo a aplaudir, com a prerrogativa de que aqueles aplausos
são para o Senhor. O ministro da igreja morta se veste da forma mais vulgar possível, suas
vestimentas chamam tanto a atenção, que é difícil saber em que prestar atenção. A igreja morta não
tem nada a ver com o noivo. Por trás da “boa” aparência estão os elementos de um corpo em
decomposição: Fétido, destruído e deformado. (Apocalipse 3:1-3)

3. Uma palavra para o líder de adoração: Para o líder, é mais fácil levar as pessoas à Mesa
do que ao Candelabro. A comunhão geralmente é cercada de uma mesa farta, onde há
alegria e satisfação, parece muito mais atrativa para a nossa carne. Muitas vezes analisamos
o nosso sucesso pelas tapinhas nas costas, elogios e a forma como as pessoas respondem e
não pela submissão e obediência a Deus. Eu não posso medir o sucesso de minha condução
na adoração no que eu vejo que as pessoas fazem durante a adoração musical, porque esta
postura é muito fácil de ser “reverberada” ou imitada e desta forma, falsificado.
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O sucesso de um ministro está no fruto que nasce na vida de um povo de Deus,


uma congregação sendo transformada em semelhança de Jesus, ver o caráter de Deus se
manifestando em suas vidas. O ministro ao invés de promover o talento, precisa promover o
caráter divino. O ideal é associarmos talento e unção, mas o que fará toda a diferença é o caráter
do Senhor em nós. Podemos afirmar que o ideal é que haja espaço em nossas celebrações para a
prática dos dons, porém, a falta de disponibilidade de tempo em nossas celebrações de final de
semana, pode ser um grande vilão, neste caso, o ideal seria um consenso com a liderança da igreja,
para encontrar outra forma para este fim.

Antes de levar à igreja a um lugar de adoração mais profundo, é necessário que


todo o ministério de louvor frequente este lugar constantemente. Jamais conseguiremos levar a
congregação num lugar em que nunca estivemos.

4. Jesus, o maior líder de adoração que já viveu: Jesus nos ensinou o tempo a respeito de
adoração na prática. Ele nos ensinou a adorar:

✓ Em sua entrada triunfal em Jerusalém;


✓ Ao virar as mesas no templo;
✓ Ao lavar os pés dos seus discípulos;
✓ Trazendo comunhão através do seu corpo e seu sangue;
✓ No Getsêmani.

Foi no Getsêmani que Jesus o azeite de Deus, começou o processo de


prensagem e óleo lançado no mundo quando o processo foi concluído pelo Espírito Santo de
Deus. No ato de entregar-se para morte, o Mestre nos ensina o que é adoração. Na cruz Ele
obedece a voz do Pai, mesmo em meio a dor. Ainda na cruz Ele nos ensina através do perdão aos
que lhe tiravam a vida, o que é adoração. E por fim, ao tratar o traidor como “amigo”, Ele nos dá
um baita ensinamento do que é adoração.

Pelo que percebemos aqui, a adoração não é gerada num palco ou plataforma de
um templo, mas levamos para o templo uma vida de entrega total, renúncia e mortificação da carne.
Não é possível um ministro gastar a sua vida de forma mundana e carnal e querer forçar uma
presença (inexistente) de uma glória distante. Nunca iremos ouvir a voz de Deus, sem investirmos
pesado em nosso relacionamento com Ele. Estaremos nos enganando. Um adorador por excelência
não apenas fala de Jesus, mas deseja ardentemente imitá-Lo.

IV. O ALTAR DO INCENSO:

“Que Deus abra os nossos olhos para ver o que o santo ministério de
intercessão é, tal qual, como Seu sacerdócio real, temos sido separados.
Que Ele nos dê um coração grande e forte para acreditar que poderosa
influência as nossas orações podem exercer.”

Andrew Murray

O papel do líder de louvor é estar como que estendendo o braço para pegar a
mão de Deus e também a mão da Noiva. Como de fizesse o papel de juntar suas mãos para
caminharem juntos. (Salmos 141:1-2)
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1. Simbolismo: O altar do Incenso representa a queima, a oração apaixonada e a intercessão


do povo de Deus. Não há qualquer possibilidade de desconectar a adoração da intercessão,
seria como colher fruto sem plantar. “Seja a minha oração como incenso diante de ti”
(Salmo 141:2a).

Como seria possível um louvor profético, sem a fonte geradora desta profecia?
A voz profética vem pela oração e intercessão, é o resultado de uma vida inteira dedicada à
intimidade com o Pai. Seria inadmissível um ministro de louvor que não gosta de orar. Isso serve
também para os que “exercem” o sacerdócio (pastores) que ao dirigirem uma reunião de oração
ou vigília, o que menos se faz é orar.

A oração é apenas uma expressão de adoração e boa parte de nossas canções de


louvor são orações com música. Na verdade, numa foi a vontade de Deus desvinculá-las.

Oração só nasce quando queima. Quando foi a última vez que você deixou o
seu coração chorar por alguém, por quem estava orando? Quando foi a última vez que você chorou
sobre os pecados de nossa nação? Enfim, quando foi a última vez que você deixou o seu coração
queimar por algo?

2. Deus ainda fala: Parece um tema descabido entre nós, mas você acredita que existem
ministros que não acreditam que aquele que criou o céu, o universo, a terra e seus
habitantes, não tem a capacidade de desenvolver algo que nós, criaturas exercemos com
naturalidade? Não acreditam que Deus fala. Lógico, que também nos deparamos com o
barateamento da voz de Deus, por alguns cristãos. (Êxodo 30:6).

Uma das razões de a maioria das pessoas nunca ouvirem a voz de Deus é que
elas não vêm para o Lugar Santo com Ele. O Lugar Santo é sobre a intimidade, a iluminação, a
intercessão, a revelação. E o Altar do Incenso é o lugar onde Deus diz que Ele conhece pessoas e
fala com elas.

3. Sem fogo estranho: O fogo que acendeu o pavio do Candelabro veio do altar de Incenso
e os carvões que acenderam o fogo do altar do Incenso vieram do Altar de Sacrifícios, logo,
o fogo veio de Deus. Podemos conferir no texto a seguir. (Levítico 9:22-24)

Estamos diante da história que narra o primeiro culto de adoração que Deus
instruiu Moisés a fazer no tabernáculo. Quando Moisés terminou de construir o local de reunião e
consagrou os sacerdotes. Deus respondeu com fogo. Desceu do céu e pousou sobre a Arca da
Aliança e consumiu a oferta sobre o Altar de sacrifício. Quando o povo percebeu isso, explodiu
em louvor e caíram de bruços no chão diante de Deus, todo poderoso. Como é importante
identificar e obedecer a voz de Deus. Observem no texto de Levítico 10:1-3, os perigos que nos
cercam quando não obedecemos a Sua voz.

Os sacerdotes filhos de Arão, entraram no Lugar Santo para ministrar, mas eles
desobedeceram, em vez de usar o fogo que Deus acendeu no Altar, simplesmente usaram o fogo
da forma que acharam mais convenientes. Imediatamente foram consumidos por outro fogo, vindo
de Deus e morreram torrados. Será que nós estamos fabricando um foguinho caseiro? Em caso
afirmativo, estamos gerando no altar, um fogo estranho. Hoje talvez não fosse consumido pelo
fogo fulminante, mas muitos jazem em seus fétidos “ministérios”, já morreram e não sabiam. Por
favor, não brinquem com fogo.
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4. O propósito da oração: Uma vez por ano, o incenso a partir deste Altar era colocado em
incensório. O véu do Santo dos santos era levantado um pouco do chão, e o sacerdote punha
o braço e incensário no Santo dos santos. Quando o ambiente se enchia de fumaça, o
sacerdote rastejava sob o véu para realizar seu ministério com a Arca da Aliança. Isso
acontecia porque ninguém poderia ver a face de Deus e viver. (Êxodo 33:20).

Levítico 16:13 revela que o sacerdote chegava diante da Arca e se arriscava para
ver a glória de Deus e a fumaça na verdade era uma proteção para o sacerdote da santidade de
Deus, o qual não permite que Sua santidade, glória e esplendor, sejam manifestados sem a “nuvem”
da intercessão ardente e adoração apaixonada.

5. Jesus o líder de adoração no céu: Temos visto neste estudo a forma como Jesus
demonstrou a entrada pelos portões com louvor, na representatividade dos Portões do
tabernáculo, Ele nos ensinou o nosso corpo sendo oferecido como sacrifício vivo, Altar
de sacrifícios, lavando com a água da palavra, Bacia de bronze, demonstrou o seu valor
para comunhão, Mesa da proposição, saiu da posição de comunhão para ministrar no
poder espiritual, Candelabro dourado, para dar continuidade ao padrão, precisamos ver
como Jesus demonstrou o Altar de incenso, lugar de intercessão, enquanto esteve na terra,
Ele demonstrou isso na cruz. Tudo que vemos Jesus fazer até agora, nos remete ao
momento em que Ele entra em intercessão para alcançar a mão do Seu Pai, e pegar a mão
da humanidade, e trazê-las juntas. Este é o significado da cruz. A cruz é o maior ato de
intercessão da história.

Ele pagou a nossa dívida em sua totalidade para nos resgatar e pavimentar um
caminho para que conhecêssemos o nosso Deus Pai. Assim como o incenso queima, a oração de
Jesus também queima por nós, inflamada pelo amor do Pai para com os seus filhos, antes perdidos.
(João 3:16)

A oração apaixonada de Jesus, com o Seu coração incendiado, também queimou


o coração do Pai, levando Jesus a fazer a seguinte oração: Pai perdoa-lhes, porque não sabem o
que fazem. Por causa da oração de Jesus na cruz, a última oração d’Ele na terra, que fomos
habilitados a entrar na presença de um Deus justo, sem medo de sermos destruídos.

6. Adorador: Adoração não tem nada a ver com o fazer coisas. Quando eu sou um adorador,
minha vida se torna adoração. O tabernáculo não se resume em fazer, mas o tabernáculo é
sobre como se tornar. Viver tarbenáculo é hospedar a presença do Deus vivo, que não
habita em templos feitos por mãos de homens, mas habita em homens que tornam casas.

Se você pedir a Deus discernimento, Ele lhe dará uma estratégia para o
desenvolvimento do Altar do Incenso na vida do seu povo, desta forma, sem sombra de dúvida, o
poder de Deus vai alcançar a maioria dos adoradores espalhados por toda parte. Que Deus o
abençoe e o fortaleça, diante dos desafios que se apresentarem diante da sua jornada ministerial.
Que o Espírito Santo te ensine todas as coisas.

ATIVIDADE: Como podemos encorajar a adoração e a intercessão? Reflita e estabeleça ações


que podem tornar sua vida um tabernáculo de adoração.
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AULA 07 – A ARCA DA ALIANÇA

PANORAMA BÍBLICO: DO EGITO À ARCA DA ALIANÇA

Como já vimos nas aulas anteriores, após o Senhor ter libertado os israelitas,
depois de mais de 400 anos de escravidão no Egito, eles seguiram pelo deserto em direção a Canaã,
a terra prometida. Nesse caminho, o povo, sob liderança de Moisés, é confrontado para que
conheçam mais o Senhor e a Sua vontade.

Quando o povo ainda pratica antigos costumes de outros deuses egípcios, que
Deus chama Moisés para definir princípios de vida e estabelecer leis para que o povo não ande
desorientado, desonrando seu Deus, sua família, num caminho de perdição, enquanto o Salvador,
já predito nas Escrituras como aquele que esmagaria a cabeça da serpente, ainda não viesse. Assim,
a lei, como o apóstolo Paulo mencionou em Gálatas 3:24, serviu de aio, como uma babá, um
guardião para proteger o povo, enquanto o Messias não chegasse.

• Onde surgiu a Arca da Aliança?

Um dos direcionamentos de Deus para o


povo dentro dessas leis foi que Moisés construísse um
tabernáculo, como um templo móvel em formato de
tenda, onde seriam praticados os cultos e cerimônias.
Assim, o Senhor habitaria entre eles. Além do pátio,
do Lugar Santo mais à dentro, havia um outro
ambiente, chamado lugar Santíssimo, onde somente o
sumo-sacerdote era autorizado a entrar. Nesse lugar
estaria a arca da aliança.

1. A ARCA: Era uma caixa de madeira, por volta de 1,10 metros de comprimento,
0,70 metros de largura e 0,70 metros de profundidade (Ex 25:10, NVI), toda revestida em ouro,
com argolas em suas extremidades para ser possível o transporte pelos levitas. Acima da arca havia
sua tampa, chamada de propiciatório. Acima dessa tampa estavam os dois querubins, tocando um
ao outro por suas asas estendidas.

Como era a Arca da Aliança?

Dentro da arca havia três objetos, as tábuas


dos dez mandamentos (Ex 25:16), a vara de Arão
e um recipiente com o maná (Nm 17:10 e Hb 9:4).
O Tabernáculo foi montado e desmontado por
volta de quarenta vezes durante os quarenta anos
que os israelitas estiveram no deserto, até entrarem
em Canaã.

2. O QUE A ARCA REPRESENTA?

2.1. Todas as coisas terrenas eram figuras das coisas celestiais: Todo o
tabernáculo tinha um significado celestial e, ainda, um propósito didático para que
o povo fosse conhecendo o plano de Deus para salvação do homem e
desenvolvendo sua caminhada em santidade.
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Em Hebreus 8:5, todos esses utensílios do tabernáculo são “sombra das coisas
celestiais”, o próprio tabernáculo é uma referência do “verdadeiro tabernáculo que o Senhor
erigiu, e não o homem” (Hb 8:2, NVI), tudo apontava para um propósito maior.

2.2. A arca representava a presença de Deus A arca representava a presença de Deus


entre seu povo. Os israelitas acreditavam que diante de uma guerra contra inimigos,
a vitória poderia ser garantida pelo fato de Deus estar entre eles, devido a presença
da arca, que representava uma aliança com Deus. Também, sempre uma vez ao ano,
o sumo-sacerdote entrava no Santo dos Santos, onde ficava a arca, no tabernáculo,
para representar o povo diante de Deus, para trazer o perdão e suas ordenanças.
Nesse momento em que o Senhor se apresentava ali, uma fumaça descia acima da
arca, onde a presença de Deus era notória e temida. A arca representava, a todo
momento, um lugar onde o Senhor falava e se mantinha presente. Um grande
diferencial entre o povo de Israel e todos os outros povos era que eles sabiam que
possuíam a Arca da Aliança.

Futuramente esse tabernáculo foi


substituído pelo Templo construído por
Salomão. Depois do cativeiro da Babilônia ele
reconstruído com ajuda de Zorobabel, por volta
de 515 a.C. e, posteriormente, reformado por
Herodes no ano 10 a.C. Por fim, o templo foi
destruído no ano 70 d.C. com a investida dos
romanos e durante a perseguição da igreja cristã.

2.3. A arca representava a glória de Deus: A Arca da Aliança representa a glória de


Deus na terra. Há uma diferença entre a onipresença de Deus e a sua presença
manifesta. Como sabemos, Deus pode estar em todos os lugares ao mesmo tempo,
mesmo que não se perceba, lá estará ele. Já a presença de Deus manifesta é um fato
notório, onde o próprio Deus tem o propósito de se revelar, trazer orientação,
correção ou ensinamento.
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No hebraico, glória vem da palavra


“kabowd”, que significa “peso”. É o peso do
esplendor de Deus, de sua majestade. Como diz
Zach Neese, peso é algo que se aumenta e
diminui, assim, Deus pode se revelar da forma que
lhe apraz. A glória de Deus é mais que um
entendimento, é o movimento de Deus. É nessa
ação divina que somos tocados e transformados
dia após dia, como os israelitas no deserto, ou
também como Paulo nos diz em II Co 3:18: “somos
transformados de glória em glória”.

• A GLÓRIA DE DEUS NA IGREJA: Precisamos entender que não é nosso intelecto


que nos transforma, e sim, a glória de Deus. Essa obra é feita pelo Espírito Santo a medida
que caminhamos em sua presença. Não basta haver somente a arca, é preciso haver a glória.

Já no Novo Testamento, quando Jesus morreu na cruz, o véu do Templo foi


rasgado. Logo, todos perceberam que não havia a arca lá dentro do Santo dos Santos, como no
tempo de Moisés. Os sacerdotes estavam ali ministrando naquele lugar sem a representação da
glória de Deus. Era como se eles estivessem fazem um teatro, como um ritual sem sentido. A arca
havia se perdido durante o cativeiro na babilônia. Era apenas o templo sem glória.

Podemos passar anos confundindo um tipo de culto com a glória de Deus. Triste
seria estarmos cultuando a Deus sem percebermos que Deus não está mais ali, ou deixarmos nossa
performance cristã não nos deixar sentir a falta e a sede da ausência de Deus. Se o mundo puxar a
cortina do nosso palco, o que eles verão em nós? A glória de Deus? Ou um lugar cheio de
sacerdotes e o vazio de Deus no teatro da vida religiosa? Sem a glória haverá apenas paredes e
cadeiras. Essa glória de Deus precisa estar na igreja, é o que a mantém viva, revelando Deus ao
mundo, discipulando pessoas e declarando Jesus como Senhor.

• CONDUZINDO A ARCA: Os sacerdotes foram incumbidos de cuidar da arca e os


levitas de a carregarem. Eram homens separados e consagrados para essa tarefa. Os
sacerdotes cobriam todas as peças com um véu e depois os levitas vinham para carregarem.

Os ministros do Senhor precisam ser pessoas convertidas e consagradas para


testemunhar a glória de Deus ao mundo, é preciso uma vida de santidade, com temor a Deus.
Servir ao rei não é uma obrigação, mas uma resposta ao amor de seu Senhor.
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• COMO ADORAR AO REI? Podemos citar 05 ingredientes práticos de como adorar a


Deus em nossa vida prática.

1. Louvor: Os querubins eram seres que adornavam e preparavam um ambiente de adoração.


Na ilustração bíblica, eles cobriam o Rei com suas asas, e se dispunham para que o peso
dessa glória “repousasse” sobre eles. Eles se direcionavam a Deus com respeito,
reconhecimento de seu senhorio, devoção e rendição.

2. Humildade: A tampa da arca, chamada de propiciatório, foi feita de outro batido, diferente
de toda a caixa. Era preciso martelar o ouro como matéria-prima. Essa fase de forjamento
pelo martelo de Deus gera humildade em nós. É preciso humildade para adorar ao Rei.
Sem humildade não há adoração. É preciso se curvar para haver o reconhecimento do
trono.

Os cristãos estão cheiros de costumes religiosos sem o poder de Deus, e ainda


não estão conseguindo perceber esse fato devido à falta de humildade. A humidade faz
parte da adoração. Sem ela dificilmente veremos o poder de Deus na Igreja.

3. Unidade: Às vezes, preferimos estar certos do que pertos de Deus. Brigamos para
conquistar a razão. Na verdade, não poderíamos nos separar por questões teológicas
pequenas. Em I Co 2:2 Paulo nos diz: “decidi nada saber entre vocês, a não ser Jesus Cristo”, e em
I Tm 3:7 ele continua dizendo para evitarmos questões que só levam a discussões e
controvérsias.

João, quando escreveu Apocalipse, ficou na ilha de Patmos recebendo grandes


revelações sobre Jesus, porém, quando o Senhor se revelou a ele mais intensamente em
visão, ele ainda ficou perplexo, pois, podendo já saber muito sobre Deus, se deparou com
uma revelação ainda maior. Todos temos nossa experiência particular com o Senhor, se
nos unirmos, certamente teremos uma realidade ainda maior de quem Ele é.

O Salmo 133 nos ensina que o óleo do Espírito é derramado sobre a cabeça,
desce pela gola e percorre por todo o corpo. O Espírito Santo não derrama unção em
apenas alguns bancos da igreja. O Espírito age como um todo, por todo o corpo, de alto a
baixo.

4. Sacerdócio: Jesus é o supremo sacerdote. Ele é nosso intercessor. Sem esse intermédio
nossa vida não seria recebida com justificação diante de Deus. Nós também somos como
sacerdotes de Deus aqui na Terra, ministramos Deus às pessoas. Conduzir pessoas a Deus
é adoração, ensinando-as a fazerem a Sua vontade para que sejam recebidas, justificadas,
salvas e vivam uma vida em santidade.

5. Sangue de Jesus: O sangue de Jesus precisa estar nas ministrações, no evangelismo e em


nossas palavras. Sem a verdade desse sangue não há autoridade, não há poder de Deus. Foi
pelo derramamento do sangue de Jesus que recebemos autoridade para testemunhar seu
nome, ministrar sua palavra e sermos seus sacerdotes diante do mundo.

• POR QUE A ARCA DESAPARECEU?

1. Porque o templo foi destruído: Após o povo de Israel sair do deserto e entrar em Canaã,
a arca passou por diversos lugares. Ela ficou em tenda por muito tempo, foi roubada pelos
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inimigos, recuperada, e até passou algum tempo na casa de homens de Deus, como
Abinadabe e Obede-Edom (I Cr 13). Por volta do ano de 587 a.C. o templo de Jerusalém
foi destruído por Nabucodonosor, os israelitas foram levados para a Babilônia, onde
passaram os 70 anos do cativeiro. Nesse tempo os babilônicos levaram todos os utensílios
do templo e, assim, a Arca da Aliança foi perdida no decorrer da história.

Por que a arca foi perdida? Não sabemos de seu destino, mas podemos entender
que o Senhor não perdeu o controle da história. A arca era o símbolo de uma aliança entre Deus e
seu povo, por isso se chamava Arca “da Aliança”. A aliança era maior do que a arca. A arca apenas
representava esse relacionamento. O símbolo pode ser mudado, mas a fidelidade de quem fez a
aliança, continua.

2. Porque o Senhor da Aliança apareceu: A arca da aliança desapareceu para que


aparecesse o Senhor da aliança. Já no início do Novo Testamento Jesus é denominado
Emanuel, o Deus conosco, o Deus próximo. Não precisamos mais da arca, pois temos o
próprio Senhor. O véu foi rasgado, o Santo dos Santos não é mais um lugar para pessoas
privilegiadas, não existem mais barreiras. Sua presença foi enviada ao mundo, onde a arca
não alcançaria. Esse foi o grande questionamento do apóstolo Paulo aos gálatas (Gl 2:21),
pois eles reconheciam a pessoa de Jesus, porém, queriam continuar mantendo os velhos
rituais. Jesus é suficiente, não precisamos de nenhum objeto ou símbolo se já temos a
promessa. Nossa referência de presença de Deus deixou de ser a presença da arca e passou
a ser a pessoa de Jesus, a revelação máxima do Deus vivo.

• POR QUE A ARCA É “DA ALIANÇA”?

Normalmente, quando duas pessoas precisam


trabalhar juntas, elas fazem um contrato, onde as duas partes precisam
cumprir tudo o que foi acordado. Esse relacionamento dura até que
alguém quebre esse contrato. Um só é fiel ao outro enquanto o contrato
durar ou até que um desonre aquilo que acordou. Isso se chama
contrato.

Por que a arca se chamava “Arca da Aliança”? Porque nós não temos um
contrato com Deus, temos uma aliança. A aliança não depende da fidelidade do outro, a aliança
não faz exigências. Em Êxodo 20:2, antes de apresentar a lei, o Senhor apresenta seu amor,
relembra o que ele fez: “Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da terra do Egito”. Ele faz questão de
lembrar que ele mesmo se importa, ele ama, ele cuida. Somente depois ele começa a falar dos
mandamentos. Assim, é simples entendermos que os mandamentos são apenas o caminho para
conseguirmos permanecer na presença desse Deus que quer sempre nos amar. Ele sempre quis
deixar esse fato bem registrado, seja em forma de arca ou de cruz, não importa, a arca tinha que
ser “da aliança”, porque “seu amor dura para sempre, e a sua fidelidade não tem fim” (Salmos 100:5).

A arca não era um instrumento de poder de uma geração,


mas uma forma de Deus fazer seu povo crer em sua presença e em
seu amor incondicional. Só nos resta, agora, responder a esse tão
grande amor. Como? Numa vida inteira de adoração ao Rei!

Amém!
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AULA 08: QUEM FOI DAVI?

Introdução:

Sempre que o rei Davi é mencionado, tem-se na mente que ele foi um
adolescente que usou um estilingue para matar o gigante Golias com uma pedra. Mais tarde, ele foi
à guerra, venceu muitas batalhas e realizou muitos atos heroicos. Mas a Bíblia documenta também
que, quando Davi se tornou rei de Israel, ele causou a morte de Urias e tomou para si a sua esposa
Bate-Seba. Por isso, o caráter justo de Deus veio sobre Davi, e, através do profeta Natã, Deus falou
a Davi, dizendo:

“Agora, pois, a espada jamais se apartará da tua casa, porquanto me desprezaste, e


tomaste a mulher de Urias, o heteu, para ser tua mulher.” 2 Samuel 12:10

O rei Davi tinha pecado, e Deus o puniu. Se Davi imaginasse as terríveis e


dolorosas consequências de seu pecado com certeza não teria procurado prazeres tão efêmeros.
Mas durante esses incidentes, Davi escreveu o Salmo 51, onde oferece uma importante visão do
seu caráter e uma esperança para todos nós. Não importa o quanto a culpa nos torne infelizes ou
quão terríveis sejam os nossos pecados; da mesma forma como Davi o fez, sempre podemos abrir
nosso coração a Deus e implorar o seu perdão, porque existe misericórdia para nós quando
pecamos. Davi também escreveu o Salmo 32, para expressar a alegria que sentiu após ser perdoado.
Por que, então, Deus se regozijou com Davi mais tarde e disse que Davi era um homem segundo
Seu próprio coração?

Essas respostas sobre as histórias de Davi ocupam vários capítulos da Bíblia,


entre alguns versículos ao longo do livro de Samuel e do livro de Reis, vários salmos e narram
como o simples pastor se tornou um rei exemplar e herói de Israel.

• O rei Davi verdadeiramente se arrependeu perante Deus:

A essência de Davi se conformava à Sua vontade. Apesar de ter cometido uma


transgressão impulsiva, Davi foi capaz de se arrepender verdadeiramente. A Bíblia registra que,
após ter pecado, o rei Davi orou a Deus, dizendo:

Volta-te, Senhor, e livra-me; salva-me por causa do teu amor leal. Quem morreu não se
lembra de ti. Entre os mortos, quem te louvará? Estou exausto de tanto gemer. De tanto
chorar inundo de noite a minha cama; de lágrimas encharco o meu leito.
Salmos 6:4-6

Por causa de seu pecado, o rei Davi sentiu um remorso profundo, e percebeu o
quanto ele se odiava. Ele se arrependia e confessava, jejuava e orava diante de Deus todos os dias,
e orou pedindo que fosse misericordioso. Davi se arrependeu e mudou completamente, de modo
que nunca mais cometeria o mesmo pecado. Davi não era um israelita comum; ele era o rei de
Israel e possuía status e poder. Durante toda a sua vida, porém, ele só cometeu esse único ato de
relação sexual ilícita, e sendo quem era, em sua posição, deve ter sido extremamente difícil não
cometer outras transgressões.
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Isso mostra que o rei Davi tinha um coração que temia a Deus. Após ter sido
punido por Deus, ele nunca mais ousou tratar a palavra de Deus com desdém nem fazer qualquer
coisa que ofendesse o caráter de Deus, muito menos quis trazer vergonha para o nome dEle. A
atitude do rei Davi em relação à sua transgressão e o grau de seu arrependimento nos mostram que
suas relações sexuais ilícitas com Bate-Seba foram uma transgressão momentânea. A sua essência,
porém, era a de um homem bom, e podemos dizer que, da antiguidade até os dias de hoje, nenhum
rei jamais superou Davi.

• Como Davi chamou a atenção de Deus? Tinha Determinação em obedecer a Deus.


Determinação, sem se deixar contaminar com seu meio. Era um homem que soube esperar
o momento de ser rei, mas ele queria que acontecesse no tempo de Deus.

• Quais as características que descreve a respeito de Davi? Era uma pessoa de muito
animo, sacudido. Quando Samuel foi escolher um rei para Israel, Davi estava trabalhando
cuidando das ovelhas de seu pai. Deus não chama desocupado para a sua obra. Davi tinha
a missão de cuidar das ovelhas, depois foi tocar harpa no palácio do rei, outra missão.

• Por que Deus gostava de Davi? Durante toda sua vida, o desejo do rei Davi foi construir
um templo para Deus... Durante a Era da Lei, a obra de Deus na terra foi realizada para
fazer com que o homem viesse diante Dele e O adorasse. O rei Davi foi aquele que melhor
entendeu o coração de Deus e que mais dava atenção à Sua vontade.

• Quem Davi foi para Deus? No trono, Davi unifica todas as tribos de Israel sob uma
única coroa, derrota exércitos filisteus e transforma Jerusalém em capital do reino. Davi se
tornou a régua com que foram medidos todos os outros reis israelitas. Profetas anunciaram
que o messias que restauraria a glória de Israel descenderia dele.

• Por que Davi era muito amado por Deus? O rei Davi tinha um coração que temia e
amava a Deus. Ele dava atenção à vontade de Deus e foi capaz de tratar como urgente
aquilo que Ele tratava como urgente e de pensar como Ele pensava. Foi também capaz de
pagar um preço real e era devoto a Deus.

• Por que Deus amou Davi? Porque ...

1. foi seu mais fervoroso adorador;


2. sua adoração tinha a paixão de um enamorado;
3. desejou, acima de tudo, estar perante o Senhor;
4. derrubou poderes e modelos religiosos para estabelecer o modelo divino de louvor;
5. ensinou o povo a adorar ao Rei;
6. se despojou de sua posição terrena para adorar;
7. foi humilde diante do Senhor;
8. continuamente, fazia confissão de seus pecados ao Senhor;
9. amava a Deus acima de seus amores terrenos;
10. entesourou riquezas para lhe edificar uma casa;
11. viveu e lutou para levantar o nome do Senhor seu Deus. Amém;
12. não descansou até levantar a Deus morada no meio dos louvores.
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• Deus Amou a Davi e ao seu Tabernáculo:

Agora, pois, assim dirás ao meu servo Davi: assim diz o Senhor dos exércitos: Tomei-te da
malhada, de detrás das ovelhas, para que fosse príncipe sobre o meu povo, sobre Israel. E fui
contigo, por onde quer que andaste, eliminei os teus inimigos diante de ti e fiz grande o teu
nome, como só os grandes têm na terra. 2 Samuel 7:8-9

Deus amou a Davi. Ele era um homem conforme o seu coração. Pensava como
Ele, e a visão de Deus foi seu anelo sempre. Davi se preocupou em levantar a Deus adoração
contínua enquanto foi rei, por quarenta anos. Por isso Deus lhe concedeu a vitória sobre todos os
seus inimigos.

• O que é o tabernáculo de Davi? A tenda que qualquer sacerdote podia chegar para
adorar, se prostrar, pular, dançar.... Esse é o desejo de Deus, um tabernáculo, uma tenda
onde Ele possa habitar com os homens e os homens com Ele. Era isso que acontecia na
tenda de Davi, sem a separação que havia entre Deus e os homens que existia nos outros
locais.

• Qual a diferença entre tenda e Tabernáculo? Então, basicamente, pode-se concluir que
a diferença entre o tabernáculo e a Tenda da Congregação é que, o primeiro foi ordenado
por Deus e o segundo foi construído voluntariamente por Moisés. A Tenda da
Congregação era, portanto, um ponto de encontro com Deus criado por Moisés e armado
fora do arraial.

• Como era a adoração de Davi? E após tudo isto, Davi ADOROU, depois de se despir
diante do Senhor com a sinceridade de seu coração Ele foi capaz de adorar, ele decidiu
adorar, ele escolheu adorar.

• Como temos adorado a Deus? Adoração nos traz o poder e a autoridade de Deus para
derrotar o inimigo. A ADORAÇÃO verdadeira não é uma motivação externa, não é uma
emoção momentânea, não são lágrimas derramadas ao som de um louvor que você gosta.
Adorar é principalmente obedecer, a Palavra de Deus é a principal verdade em nossas vidas.
Adoração pode se resumir em obediência, simplesmente obedecer. Adorador é aquele que
presta culto a Deus com a sua vida, que se dedica à prática de sua Palavra com amor e que
o louva com um coração puro, sincero, santo e íntegro, que ama ao Senhor não só com
meras palavras.

• O que Davi fez para restaurar a adoração em Israel? Davi desejava a presença
manifesta de Deus com ele e com o povo de Israel, então ele procurou levar a arca para
Jerusalém e colocá-la numa tenda no Monte Sião. Em 2Samuel 6:1-3 diz “E tornou Davi a
ajuntar todos os escolhidos de Israel, em número de trinta mil. E levantou-se “Davi e partiu
com todo povo que tinha consigo de Baalá de Judá, para levarem dali para cima a arca de
Deus, sobre a qual se invoca o Nome, o nome do Senhor dos Exércitos, que se assenta
entre os querubins. E puseram a arca de Deus em um carro novo e a levaram da casa de
Abinadabe, que está em Geba; e Uzá e Aiô, filhos de Abinadabe, guiavam o carro novo.”
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Em 1 Crônicas 16: 1-4 diz “Trouxeram, pois, a arca de Deus, e a puseram no


meio da tenda que Davi lhe tinha armado; e ofereceram holocaustos e sacrifícios pacíficos
perante Deus. E, acabando Davi de oferecer os holocaustos e sacrifícios pacíficos, abençoou o
povo em nome do Senhor. E repartiu a todos em Israel, tanto a homens como a mulheres, a cada
um, um pão, e um bom pedaço de carne, e um frasco de vinho. E pôs alguns dos levitas por
ministros perante a arca do Senhor; isto para recordarem, e louvarem, e celebrarem ao Senhor
Deus de Israel.”

• Significado da restauração do Tabernáculo de Davi: O grande significado do


Tabernáculo de Davi está no fato de que a arca, a verdadeira presença de Deus, estava de
volta entre o povo de Jerusalém. O povo foi ensinado por Davi a adorar a Deus com
louvores, ações de graça e júbilo; foram ordenados uns dezesseis ministérios para atuar
vinte e quatro horas por dia, sete dias na semana e nenhum desses ministérios estava
relacionado com culpa ou condenação, e todos refletiam o reconhecimento da misericórdia,
da bondade de Deus e da incondicional aceitação de todos que se aproximam Deus na fé.

A restauração de Davi, hoje em dia, significa largar o legalismo, a mentalidade


de julgamento e de condenação, voltando-se para o povo sofrido da igreja e do mundo com os
braços abertos de um Deus de amor. E o Senhor está convidando todos para se voltarem a Ele,
para deixá-lo limpar todos os nossos pecados e para recebermos o frescor que vem ao estarmos na
verdadeira presença do Senhor (At 3:19).

• Davi e seu Padrão Profético: O Tabernáculo de Davi foi implantado em Israel


removendo os padrões religiosos. Não foi contrário à lei nem ao modelo de Moisés. O
Tabernáculo de reunião continuou existindo em Gibeon, onde ofereciam cerimoniais e
sacrifícios. Mas a arca da Aliança estava na terra preparada por Davi, em Sião. Davi como
profeta e vidente de Deus, nos introduziu no padrão celestial de adoração angelical. O
Tabernáculo e a sua função foram proféticos. Era um modelo de vida no qual Deus dava
as ordens, governava e ministrava continuamente a Israel, por meio de sua adoração
contínua.

O Tabernáculo de Davi foi planejado e revelado por Deus. Ele é um vislumbre


Antigo-testamentário da Graça. Hoje estamos vivendo nesta hora profetizada por Davi. O
Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, já derramou o sangue que nos limpa e nos salva, e já não há
necessidade de religião nem de cerimônias com animais. Hoje, temos entrado em nosso destino
profético definido por Deus: louvar e adorar continuamente ao Senhor.

O modelo Davídico foi profético em toda sua extensão. Davi introduziu na vida
de Israel a vida do Espírito e a ministração profética. Em sua mensagem simbólica, Davi bradou:
“Não mais sacrifícios de animais perante a Arca, mas somente sacrifício de louvor”. Ele disse por
anos: “Não mais Siló, e nem Sião; louvor e adoração contínua”.

A igreja está voltando ao padrão bíblico, aos modelos do Espírito que são
apostólicos e proféticos. Aleluia! E terá também adoração profética do mais alto nível, creio
pessoalmente que será num nível superior ao do Antigo Testamento. Assim seja, Senhor!
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O Tabernáculo de Davi foi uma verdadeira plataforma de mover profético do


Senhor, que nos ensina acerca de todos os elementos do Espírito, que deveriam estar fluindo na
Igreja. Vejamos alguns deles: salmistas e dirigentes de louvor , músicos e cantores, danças
em grupo, danças proféticas, grandes corais, porteiros e guardas do santuário, cânticos
proféticos, salmos e cânticos espirituais, cantos do degrau e hinos, profecias em formas de
cânticos, adoração com harpas e cordas, diversidade de instrumentos, adoração contínua
ao Senhor, louvor por turnos com as famílias, bênção em cada casa, a glória de Deus
manifesta nitidamente, atitudes proféticas, proclamação e glorificação ao nome do Senhor,
júbilo e aclamação, bater de palmas e aplausos, expressão de louvor, ações de graça, festa,
som de trombetas e shofares, cerimônia conforme a palavra (pelo espírito), santificação e
confissão diante de Deus, vozes e brado de alegria, prostração perante o Senhor, risos e
gozo, etc..

• Deus Amou o Tabernáculo de Davi porque naquele lugar...


1. seu povo lhe amava livre e voluntariamente;
2. tinha experiências do amor com Davi;
3. Davi descansava em sua presença;
4. a mesma adoração do céu foi manifesta, vinte e quatro horas por dia, continuamente;
5. Davi estabeleceu na terra o modelo de adoração dos céus;
6. teve adoração nacional coletiva;
7. os nobres o honraram como Rei dos reis;
8. era levantada adoração espontânea;
9. o povo cantava a Deus numa nova canção por causa da revelação de Deus neles;
10. profetizava o amor de Deus pelo homem;
11. a adoração contínua lhe permitia estabelecer seu trono naquele lugar. Deus, literalmente, se
entronizou em Israel para governar seu povo;
12. recebia verdadeiro amor de seu povo e não religiosidade. Amém!

Por isso, que das quatro estruturas para revelar o Plano de Deus: A Arca de Noé,
o Tabernáculo de Moisés, o Tabernáculo de Davi e o Templo de Salomão – o Senhor escolheu
tomar a edificar o Tabernáculo de Davi. Nós precisamos tratar como urgente o nosso sacerdócio
diante de Deus, sujeitando-nos a pagar o preço de entrega e devoção por Ele todos os dias.

E nos fez reis e sacerdotes para Deus. Em 1 Pedro 2: 9, a mesma ideia é expressa
ao dizer aos cristãos que eles são “um sacerdócio real”. Mas vós sois uma geração escolhida, um
sacerdócio real, uma nação santa, um povo peculiar; para que manifeste os louvores daquele que
te chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; ... Vós, os cristãos somos como uma nação santa,
sob Cristo vosso rei. Um povo comprado.

A citação também de Êxodo 19:6; “E sereis para mim um reino de sacerdotes.”


Essa ideia é expressa aqui, dizendo que Cristo nos fez de fato reis e sacerdotes; isto é, os cristãos
são exaltados à dignidade e investidos no ofício, implícitos nessas palavras. A palavra “reis”,
conforme aplicada a eles, refere-se à posição e dignidade exaltadas que eles terão; ao fato de que,
em comum com seu Salvador, reinará triunfante sobre todos os inimigos; e que, tendo conquistado
uma vitória sobre o pecado, a morte e o inferno, eles podem ser representados como reinando
juntos. A palavra “sacerdotes” refere-se ao fato de estarem envolvidos no santo serviço de Deus
ou oferecerem a ele adoração aceitável.

• Como preparar o caminho? O que o autor quer nos levar a entender e questionar?
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Em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai


procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e é necessário que os que o adoram, o
adorem em espírito e em verdade. João 4:23-24

O Senhor exige que adoremos a Deus em espírito e em verdade, pois somente


assim poderemos conquistar Sua aprovação. Mas o que implica exatamente adorar a Deus em
espírito e em verdade? Alguns irmãos e irmãs acreditam que orar e ler a Bíblia diligentemente todos
os dias é adorar a Deus, algumas pessoas acreditam que frequentar reuniões pontualmente e ir à
igreja toda semana é adorar a Deus, outras ainda acreditam que labutar, trabalhar, renunciar e
despender pelo Senhor é adorar a Deus e assim por diante. Há muitas maneiras de praticar a
adoração a Deus, mas estamos adorando a Ele em espírito e em verdade? Deus louva esse tipo de
prática?

Será que realmente temos preparado o caminho praticando a verdade ou será


que temos nos apegado a regras e rituais?

"Vejam, eu enviarei o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim.


E então, de repente, o Senhor que vocês buscam virá para o seu templo; o mensageiro da aliança,
aquele que vocês desejam, virá", diz o Senhor dos Exércitos. Mas quem suportará o dia da sua
vinda? Quem ficará em pé quando ele aparecer? Por que ele será como o fogo do ourives e como
o sabão do lavandeiro. Ele se assentará como um refinador e purificador de prata; purificará os
levitas e os refinará como ouro e prata. Assim trarão ao Senhor ofertas com justiça. Então as ofertas
de Judá e de Jerusalém serão agradáveis ao Senhor, como nos dias passados, como nos tempos
antigos. (Malaquias 3:1-4)

No processo do refino de metal, ele é aquecido com fogo até derreter-se. As


impurezas separam-se deste e sobem para superfície. Estas são removidas e deixam o metal puro.
Sem este aquecimento e derretimento, jamais haveria purificação. Quando as impurezas são
removidas, o reflexo do trabalhador aparece na superfície clara e pura. Quando somos purificados
por Deus, seu reflexo em nossa vida torna-se cada vez mais claro para aqueles que estão ao nosso
redor. O Senhor diz que os levitas (os líderes de Israel) deveriam ser especialmente dedicados ao
processo de purificação em suas vidas.

E dir-se-à; Aplainai, aplainai, preparai o caminho: tirai os tropeços do caminho do meu povo.
Isaías 57:14

Agora, pois, melhorai os vossos caminhos e as vossas ações e ouvi a voz do Senhor, vosso
Deus, e arrepender-se-á o Senhor do mal que falou contra vós. Jeremias 26:13

Externamente, parece que estamos fazendo muito esforço e pagando um preço


alto para louvar ao Senhor e sofrendo muito, mas quantas vezes dizemos o que está em nosso
coração quando oramos a Deus? Quantas vezes durante o curso da leitura da Bíblia, cantando hinos
ou frequentando igrejas e ouvindo sermões, nos esforçamos para estar perto de Deus e contemplar
as palavras do Senhor? Quantas vezes, ao adorar a Deus, buscamos a vontade do Senhor e a
compreensão de Suas palavras? Alguns irmãos e irmãs têm praticado dessa maneira por muitos
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anos, mas ainda não compreendem a verdade nem têm conhecimento do Senhor, e quando algo
lhes acontece, ainda pecam com frequência e vivem escravizadas e restritas pelo pecado. Nisso nos
deparamos com um problema sério: a maior parte do tempo que passamos orando, lendo a Bíblia,
frequentando a igreja e ouvindo sermões, estamos simplesmente agindo sem nos envolver. Não
estamos realmente adorando a Deus em espírito e em verdade, nem estamos praticando a verdade
para satisfazer a Deus. Independentemente de quanto nos dediquemos a essas práticas externas,
Deus não aprova. As palavras de Deus nos mostram o caminho da prática. Preparar o caminho
requer cuidado de falar com Deus de coração, falar honestamente e confiar a Deus nossas
dificuldades práticas e estado real. E quando lemos a Bíblia, cantamos hinos, frequentamos a igreja
ou ouvimos sermões, nosso coração deve sempre se concentrar em buscar a verdade, buscar a
iluminação e o esclarecimento do Espírito Santo e contemplar as palavras de Deus para que
possamos compreender Sua vontade por meio de Suas palavras, conhecer a Deus e ter uma senda
de prática e entrada. Só isso é adorar a Deus em espírito e em verdade. Se praticarmos muitas vezes
dessa maneira, teremos crescimento contínuo na vida.

Conclusão:

O Senhor tem um propósito para a igreja nestes últimos dias quanto à


restauração do Tabernáculo de Davi, veja o que diz o texto: “Depois disto voltarei, e reedificarei
o tabernáculo de Davi, que está caído, levantá-lo-ei das suas ruínas e tomarei a edificá-lo”.
“Para que o resto dos homens busque o Senhor, e todos os gentios (povos) sobre os quais
o meu nome é invocado…” (At 15:16 e 17).

Percebe-se que o propósito maior desta restauração é atingir vidas em todos os


lugares. Povos e nações serão atraídos a Jesus Cristo pelo louvor e adoração da Igreja. Sem
formalismo e legalismo, mais com liberdade no Espírito Santo. Nunca se conquistou tanto como
foi na época de Davi. A restauração do Tabernáculo se refere a nós como templo. Deus está nos
chamando para sermos conquistadores, a restaurar o período de louvor, adoração e de conquistar
como foi na época de Davi. Nós somos esta Geração de Davi, e que se cumpra a vontade de Deus
sobre as nossas vidas. Você tem um Deus vivo e há um mundo morrendo (literalmente) para
encontra-Lo. Há tantas pessoas perdidas, feridas, ou perecendo, e há somente um Deus que pode
curar as feridas.

O que você vai fazer com está grande comissão que lhe foi dada? A você foi
confiado os protocolos da sala do trono de Deus. O que você vai fazer com a sua revelação? A
você foi aceso o favor e acesso ao Rei dos Reis. O que você vai fazer com ele? Você sabe como
mover os órfãos em uma família. O que você vai fazer?

Você pode construir um local de encontro para as pessoas da Terra para acessar
o Deus do céu. O que você vai fazer? Se você tivesse conhecimento de que poderia salvar uma
vida, o que você faria com ele? Se você soubesse o segredo que salvaria o mundo, o que você faria?
Eu tenho notícias para você colega sacerdote: você tem o conhecimento. O Rei está voltando em
breve. Então, vá mudar o mundo. Ensine-os a vir a seu Rei. Ensine-os a adorar o Rei.

ATIVIDADE: A você foi confiado os protocolos da sala do trono de Deus. O que você vai fazer
com essa revelação? Como preparar o caminho para sua adoração chegar na sala do trono?

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