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3. PONTOS PRINCIPAIS:
V.42 – “na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas
orações”;
Já vimos que a perseverança é uma condição marcante na igreja primitiva.
Mais do que intensidade, eles tinham constância. O resultado dessa insistência
coletiva nas práticas gerou uma cultura, que hoje nos serve como referência.
Essa perseverança se dava principalmente por meio de quatro pontos: (1)
doutrina dos apóstolos; (2) comunhão; (3) partir do pão e (4) orações.
Vejamos:
(1) Doutrina dos apóstolos – os primeiros discípulos de Jesus ficaram
conhecidos como apóstolos. Esse título veio da cultura romana, que
designava homens para adentrar outras regiões como enviados do
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imperador a fim de se infiltrar na cultura daquela nação e exercer
influência romana ali. A palavra significa “enviado, mensageiro, que vai à
frente”. Os discípulos que andaram com Jesus, observaram e absorveram
toda a dinâmica do Reino diretamente do Rei (servir, amar, perdoar,
cuidar, curar, doar, etc). Essa convivência lhes credenciou para exercerem
o seu apostolado e fundamentarem as doutrinas da fé cristã. Devemos
atentar para tais doutrinas bíblicas nos evangelhos e especialmente nas
epístolas do NT a fim de, igualmente, perseverarmos nelas.
(3) Partir do pão – parece a mesma coisa que comunhão, porém partir o pão
é ainda mais profundo. A cultura da mesa estabelece e desenvolve a
comunhão, e é essencial para crescermos como comunidade espiritual.
Entretanto, o princípio aqui vai além disso: partir o pão implica em
generosidade. Nessa igreja, nem é preciso falar sobre ofertas, doações e
boas ações, pois os seus membros entenderam que generosidade não é uma
condição que eu possa exercer eventualmente, mas um estado permanente
de natureza no qual Cristo me tornou. Deus fez Abraão entender que, mais
do que ter uma bênção para repartir com outros, ele deveria SER uma
bênção (Gn 12:2). Quando vamos entender que repartir com o necessitado
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não é algo que preciso me esforçar para fazer, mas sim o resultado natural
de quem eu sou em Deus?
V.43 – “em toda alma havia temor e muitos sinais e maravilhas se faziam”;
Nessa igreja, os milagres eram rotineiros. É interessante que as palavras
“temor” e “sinais/maravilhas” estejam no mesmo versículo. Talvez uma coisa
esteja diretamente relacionada a outra. Por que não vemos tantos sinais, curas
e milagres em nosso meio ainda hoje? Talvez nos falte temor. E não apenas
isso, mas um temor em toda alma, um temor coletivo. Temer a Deus não é o
mesmo que ter medo dEle. Temer significa ter um profundo zelo e respeito
pelos atributos do Senhor. Um grupo de irmãos que se reúne em nome de
Jesus para cultuá-lo com esse tipo de sentimento certamente fomenta um
ambiente propício à manifestação do Amado. Nesse lugar as curas, os
milagres, os sinais e maravilhas certamente nos acompanharão.
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minhas prioridades para perseverar na comunhão. Por outro lado, ajuntamento
é fácil. Basta haver uma espécie de “senso tribal”, uma camisa ou bandeira,
que até entoaremos hinos coletivos como um grande grupo. As torcidas de
futebol fazem isso. Mas não significa que Deus esteja “ordenando a vida e a
bênção” nos estádios de futebol. É na comunhão, no estar junto, em unidade,
que Deus assim o faz. É na unidade que tudo lhes é comum: nada é meu, tudo
é nosso. TUDO.
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V.47 – “Louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias
acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar”;
Um louvor que atrai, e não escandaliza. Um estilo de vida de adoração que
contagia, “cai na graça do povo”. Nesse tipo de igreja, não é preciso elaborar
estratégias de evangelismo para atrair pessoas à Cristo, pois é Ele mesmo
quem acrescenta ao grupo.
Diante dos pontos destacados, podemos trazer algumas aplicações para o nosso
contexto de igreja como comunidade espiritual. Vejamos:
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maravilhas. Já temos experimentado isso em certo nível. Como seria se
aumentássemos o nível de temor?
Outro ponto importante, é priorizar a singeleza de coração como condição
para continuar. Permita-me explicar: se ao convidar pessoas, ou servir na
organização do culto, ou ofertar algo para alguém, ou fazer qualquer outra
coisa em nome do Senhor, se essas coisas me geram um peso, então que eu
nem faça! É preferível não fazer do que fazer pelas motivações erradas. A
leveza é um efeito de quem percebe que o rio que borbulha dentro de si está
fluindo naturalmente para determinadas áreas de atuação no Reino. É claro
que não quero dizer com isso que o serviço na missão de Deus não implica
em trabalho. Muito pelo contrário, já vimos que estabelecer comunhão
demanda tudo de mim: entrega, agenda, prioridades – e isso tudo é trabalhoso,
sim! Porém, ao sondar os nossos corações para tais serviços e ao ver os
resultados coletivos de nossa entrega, precisamos ter alegria e singeleza de
coração. Deus não se agrada do serviço por obrigação, mas se compraz na
entrega voluntária: pois isso aponta para o que o Seu Filho bendito fez na
cruz.
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aspectos deveria ser exatamente como se praticava em Roma”. Você entendeu
qual a nossa missão como apóstolos do Rei nessa terra?
5. DESAFIO DA SEMANA:
Alguma sugestão?
Eu pensei em separarmos algo p/ o próximo GP. Algo que seja meu para que eu possa
ofertar a alguém. Mas podemos fazer isso de forma intencional. Orar a Deus pra que
ele nos revele: um livro, uma peça de roupa, uma lembrancinha, ou um objeto
qualquer. Vale qualquer coisa, desde que seja uma semente: algo precioso para mim,
não algo que esteja sobrando ou na pilha de doações. Daí podemos em algum
momento ter essa troca de presentes, esse partilhar coletivo que fomenta a
generosidade. O que acham?
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