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COMPROMISSOS DO CRISTÃO COM A IGREJA

Ser membro de uma Igreja, e em especial de uma Igreja Batista


Missionária , implica tanto em benefícios quanto em
responsabilidades. Avalie a lista de responsabilidades a seguir, e
analise como está o seu comprometimento com a Igreja do Senhor.    

1. Congregar de forma regular. O primeiro imperativo bíblico a


respeito da Igreja é que os membros frequentem as reuniões
cristãs para oração, adoração, instrução nas Escrituras e
comunhão com outros irmãos de fé. Desde os tempos do Antigo
Testamento, havia “santas convocações” (Levíticos 23:1-2), às
quais todo o povo deveria atender.    O autor de Hebreus nos
exorta: “E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos
ao amor e às boas obras. Não deixemos de reunir-nos como
igreja, segundo o costume de alguns, mas encorajemo-nos uns
aos outros, ainda mais quando vocês veem que se aproxima o
Dia” (Hebreus 10:25). A Igreja primitiva “todos os dias,
continuava a reunir-se” (Atos dos Apóstolos 2:46). Você tem
participado das programações de sua congregação? Se não, o
que lhe tem impedido?    

2. Ter reverência pela casa de Deus. “Mas o Senhor está no seu


santo templo; cale-se diante dele toda a terra” (Hq 2:20) O
apóstolo Paulo ordenou que “tudo seja feito com decência e
ordem” (1 Coríntios 14:40). Reverência quer dizer ter o máximo
respeito. Estamos indo a esse espaço sagrado para adorarmos e
aprendermos mais do Senhor. Portanto, não é um ambiente para
conversas impróprias, utilizar o celular para fins não espirituais
ou deixar crianças menores que nos acompanham correndo
pelos corredores de maneira perturbadora aos demais irmãos que
desejam prestar atenção à programação.    

3. Participar das ordenanças. A Igreja possui autoridade para


ministrar as ordenanças deixadas pelo Senhor Jesus: o batismo
(Mateus 28:18-20), como um testemunho público da aceitação
do senhorio de Cristo; e a Santa Ceia (Mateus 26:26 28), que
rememora a paixão do Senhor e é uma renovação de nossa
aliança com Ele. Todos os membros da Igreja são chamados a
participar de tais ordenanças.    

4. Servir à Igreja e aos irmãos. O Espírito Santo, de acordo com a


Sua soberana vontade, repartiu dons aos membros de Sua Igreja
(1 Coríntios 12:7-12). Tais dons foram dados “com o fi m de
preparar os santos para a obra do ministério, para que o corpo de
Cristo seja edificado, até que todos alcancemos a unidade da fé e
do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade,
atingindo a medida da plenitude de Cristo” (Efésios 4:12-13)  
O nosso dever é servirmos a nossos irmãos em Cristo de acordo
com a graça que nos foi dada: “Se o dom que recebemos é o de
anunciar a mensagem de Deus, façamos isso de acordo com a fé
que temos. Se é o dom de servir, então devemos servir; se é o de
ensinar, então ensinemos; se é o dom de animar os outros, então
animemos. Quem reparte com os outros o que tem, que faça isso
com generosidade. Quem tem autoridade, que use a sua
autoridade com todo o cuidado. Quem ajuda os outros, que
ajude com alegria” (Romanos 12:6-8, NTLH).    Reflita de que
forma você poderia ajudar a sua congregação: na recepção,
dando boas-vindas afetuosas aos irmãos e visitantes que
chegam? Pregando, ou ensinando na Escola Bíblica? Cantando,
ou tocando algum instrumento? Auxiliando na limpeza,
organização e decoração do espaço? Dando uma carona a
irmãos que moram distante ou não tenham condições de virem
sempre ao culto? As possibilidades são múltiplas.    

5. Respeitar os líderes. Os cristãos devem ouvir os ensinamentos e


as orientações dos seus líderes, sempre que estes estiverem em
conformidade com a Palavra do Senhor. Devemos seguir de
perto o seu ensino, procedimento, propósito, fé, amor e
perseverança, juntamente com as suas perseguições e
sofrimentos (2 Timóteo 3:10-11). “Lembrem-se dos seus líderes,
que lhes falaram a palavra de Deus. Observem bem o resultado
da vida que tiveram e imitem a sua fé” (Hebreus 13:7)
Reconheça e coopere com a liderança para facilitar o seu
trabalho. E não esqueça de orar por eles, de forma contínua e
fiel.  

6. Contribuir financeiramente. Esse é um tema bastante espinhoso


em nossos dias, devido à manipulação feita nas igrejas que
ensinam a “Teologia da Prosperidade”. Contudo, a Bíblia ensina
que o cristão deve contribuir financeiramente com a Igreja. Tais
valores são empregados tanto para a sua manutenção física
(como gastos com aluguel, energia elétrica, água etc.) quanto
para o avanço espiritual de sua obra (salário de pastores e
obreiros, impressão de folhetos e materiais evangelísticos, ações
sociais etc.). Existem alguns princípios bíblicos que podem nos
orientar nessa questão. Escrevendo aos coríntios, Paulo ordenou:
“No primeiro dia da semana, cada um de vocês separe uma
quantia, de acordo com a sua renda, reservando-a para que não
seja preciso fazer coletas quando eu chegar” (1 Coríntios 16:2).  
Nesse texto, vemos primeiramente o princípio da regularidade: a
oferta deveria ser separada com periodicidade (“no primeiro
dia”21). Por exemplo, se recebemos nosso salário mensalmente,
não deveríamos nos lembrar de separar uma oferta apenas no
Natal ou na Páscoa de cada ano!    Segundo, Paulo menciona o
princípio da proporcionalidade: “de acordo com a sua renda”,
pois como ele afirma em outro texto, “a contribuição é aceitável
de acordo com aquilo que alguém tem, e não de acordo com o
que não tem” (2 Coríntios 8:12). E por fi m, em um outro texto
Paulo menciona um terceiro princípio, o princípio da alegria:
“Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com
pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria” (2
Coríntios 9:7). A oferta deve ser acompanhada da alegria de
estar contribuindo para o reino de Deus.    
7. Manter um elevado testemunho de vida. Como membros da
Igreja do Senhor, temos um testemunho para apresentar ao
mundo. As pessoas estão constantemente nos observando. A
nossa vida é uma “carta de Cristo”, “escrita não com tinta, mas
com o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas em
tábuas de corações humanos” (2 Coríntios 3:3). O próprio Deus
ordena que os crentes sejam santos, porque Ele é Santo (1 Pedro
1:16). O que as pessoas “leem” quando nos observam na escola,
no trabalho, na vida familiar? O que elas aprendem sobre
Cristo? O que elas deduzem sobre as crenças e práticas da Igreja
Batista do Sétimo Dia? Não permitamos que o nome de Deus
seja blasfemado entre os gentios por nossa causa (Romanos
2:24).  

8. Pregar o Evangelho. A ordem de Mateus 28:18-20 é chamada de


a “grande comissão”; mas alguns têm se referido ao texto como
a “grande omissão”, já que realmente não são numerosos os
cristãos envolvidos de forma prática em pregar o Evangelho.  
O “Ide” de Jesus não se aplica apenas aos pastores ou a uma
classe especial de obreiros e evangelistas; é uma ordem a todos
os membros da Igreja. Se já fomos reconciliados com Deus,
devemos pregar essa mensagem da reconciliação ao mundo.
“Deus em Cristo estava reconciliando consigo o mundo, não
lançando em conta os pecados dos homens, e nos confiou a
mensagem da reconciliação. Portanto, somos embaixadores de
Cristo, como se Deus estivesse fazendo o seu apelo por nosso
intermédio. Por amor a Cristo lhes suplicamos: Reconciliem-se
com Deus” (2 Coríntios 5:19-20) Precisamos refletir nas fortes
palavras de Charles H. Spurgeon: todo cristão é um missionário
ou um impostor.    Como você tem cumprido pessoalmente essa
ordem de Cristo? E a respeito de sua igreja local? Que trabalhos
ou projetos poderiam ser desenvolvidos para se alcançar mais
pessoas em sua cidade e região?

CONCLUSÃO
Existem problemas nas igrejas locais? Sem dúvidas! Minha
congregação jamais será perfeita enquanto eu for membro dela!
Assim será até a glorificação, quando seremos finalmente livres
da presença do pecado. Contudo, os “desigrejados” estão
jogando fora o bebê junto com a água suja da banheira. Se eu
vejo problemas em minha comunidade local, preciso me
questionar o que posso fazer para transformá-la, ao invés de
simplesmente abandoná-la.    
Apesar de o foco da vida em Igreja ser cristocêntrico, a Ciência
vem apontando diversos benefícios relacionados à frequência e
participação nas atividades da Igreja aos seus membros. Apenas
para citar alguns poucos exemplos:
• Pesquisadores de Harvard descobriram que a frequência
regular à igreja pode fortalecer a saúde física e mental e,
especialmente, os casamentos. As mulheres assíduas aos cultos
possuem um risco 27% menor de morrer por problemas
cardíacos e câncer e risco 28% menor de sofrer com depressão,
quando comparadas com pessoas que não frequentam cultos
religiosos.
• Um estudo publicado na revista PLOS ONE relatou que
aqueles que frequentam cultos religiosos regularmente são
menos estressados em comparação com outras pessoas que não
frequentam tais serviços.
• Uma pesquisa publicada no Journal of Social Psychological
and Personality Science revelou que “o culto religioso tem sido
relacionado com a longevidade”. Pessoas que frequentam a
igreja vivem entre 5,64 e 9,45 anos a mais do que aquelas sem
afiliação religiosa.
• Outro estudo da Universidade de Harvard apontou que as
crianças que eram levadas à igreja pelos pais semanalmente ou
incentivadas à oração se transformaram em adultos mais
satisfeitos com a vida ao chegarem à fase adulta, além de
apresentarem uma maior tendência a evitar o abuso de bebidas
alcoólicas, fumo, drogas e a promiscuidade sexual.  
Infelizmente, muitos querem se livrar da igreja para serem
“cristãos” do seu jeito, para acreditarem no que quiserem e para
fazerem o que quer que sintam vontade. Vivemos em uma época
em que as pessoas são cada vez mais alheias a regras e limites (e
o que dirá de correções e disciplinas!); torna-se então mais
cômodo viver um “Cristianismo carreira solo”. Amados irmãos,
precisamos cultuar, aproveitar o privilégio da liberdade de irmos
à igreja e podermos conviver entre irmãos. Renovemos o nosso
compromisso com o Senhor e com a Sua Igreja! Que Deus nos
ajude nesse serviço.

Ser membro de uma igreja local implica em benefícios e


responsabilidades. Normalmente gostarmos e até celebramos os
benefícios como: assistência espiritual, aprendizado pela exposição
e ensino da Palavra de Deus, comunhão com os irmãos, a condição
de poder votar e ser votado para diferentes cargos na igreja etc.
Todavia, nenhuma associação consiste apenas de benefícios! Os
deveres também fazem parte de qualquer relacionamento e isso
não é diferente na vida cristã.

O crescimento e amadurecimento espiritual do cristão ocorre na


medida em que ele experimenta a graça e a verdade de Deus
aplicadas à sua vida diária. Há diferentes maneiras de isso
acontecer, mas uma delas é por meio do comprometimento com
uma igreja local. Assim, abaixo há uma relação de seis
compromissos a serem assumidos pelos membros de qualquer
igreja local que evidenciam as atitudes de verdadeiros discípulos de
Cristo.

1. Adoração e participação no culto público


Compreendo que o culto a Deus, tanto o comunitário com o
individual, é uma maneira importante de expressar amor e
gratidão a Ele, o cristão se compromete a participar
sistematicamente do culto público. É verdade que pela leitura
diária da Bíblia e orações regulares, o crente cresce por meio
de seu culto diário. No entanto, a participação do culto público
faz com que o discípulo de Cristo seja exposto à exposição
das Escrituras, desfrute da comunhão, alegria e entusiasmo
do povo de Deus no louvor ao Deus vivo! Por isso, a Bíblia
exorta ao cristão que não deixe de congregar (cf. Hebreus
10.25).
2. Pureza de vida e santidade prática
A vontade do Senhor para os seus filhos é que eles vivam em
santidade, ou seja, diferente dos incrédulos e dedicados a Ele
(cf. 1Tessalonissenses 4.3). Além do mais, o próprio Deus
exorta que os crentes sejam santos porque ele é Santo (cf.
1Pedro 1.16). Santidade para o cristão não significa
“perfeição nesse mundo”, mas pureza de vida e separação
das práticas do mundo em rebelião contra Deus. Por essa
razão, o discípulo de Cristo se compromete a se esforçar para
viver diariamente em pureza de vida e santidade para a glória
do Senhor.
3. Serviço e orações pelos demais membros da igreja
Deus concede talentos e dons espirituais aos seus servos, os
quais devem ser empregados em prol da saúde e crescimento
da igreja, que é o corpo vivo de Cristo (cf. 1Coríntios 12.7).
Também, como uma família, os membros de uma igreja se
comprometem a servir e interceder uns pelos outros. De fato,
quando outro membro do corpo sofre, todos sofrem com ele e
quando um se alegra, todos com ele se regozijam. Logo,
quem assume o compromisso de membresia com uma igreja
local deve usar seus talentos e dons para servir a outros e
contribuir com a edificação da igreja de Cristo.
4. Testemunho cristão
Na Bíblia, o crente é chamado de “testemunha” de Cristo (cf.
Lucas 24.48 e Atos 1.8). Em outras palavras, o discípulo de
Cristo é aquele que testifica do que o Senhor tem feito em sua
vida e expressa as mudanças resultantes dessa intervenção
por meio de suas atitudes e comportamento diário. Aquele
que procura viver segundo os princípios bíblicos dá um bom
testemunho diário, mas aquele que contraria os ensinamentos
de Cristo em seu comportamento se torna motivo de
escândalo e péssimo testemunho! O verdadeiro crente tem a
responsabilidade de compartilhar sua fé em Cristo com outras
pessoas, tanto em sua família, local de trabalho e estudos,
círculos de amizade e onde se encontrar. Essa atitude não
consiste apenas de palavras, mas é substanciada pelo
testemunho de vida.
5. Sustento e contribuições
Talvez esse seja um dos assuntos mais delicados em relação
à membresia da igreja nos últimos dias. Algumas pessoas se
recusam a contribuir devido aos escândalos causados por
líderes gananciosos e desonestos. Outros, porém, são
motivados pela própria avareza e falta de generosidade.
Ocorre, porém, que contribuições financeiras (dízimos e
ofertas) são, não apenas uma necessidade da igreja local,
mas práticas estabelecidas na Escritura Sagrada com
respeito à vida comum do povo de Deus. Por isso, o discípulo
de Cristo expressa sua maturidade quando assume o
compromisso financeiro de maneira generosa e com alegria
(2Coríntios 8 e 9).

Concluindo, é possível perceber que alguns deveres cristãos são


facilmente ignorados e desconsiderados. No entanto, seguir a Cristo
como membro de uma igreja local implica em se desfazer da
mentalidade de consumidor (só receber) e adotar a perspectiva do
colaborador (aquele que se compromete). Somente assim é
possível afirmar que procuramos realmente obedecer as
orientações bíblicas sobre a vida cristã.

“Tudo o que vale a pena ser feito, merece e exige ser bem feito.”   | 
Phillip Yancey

Diz uma lenda que um sultão convocou os seus sábios e pediu um resumo da
sabedoria do mundo. Os sábios trabalharam, trabalharam, trabalharam, e
trouxeram um livreto de vinte páginas: “Eis aqui, senhor, o resumo de toda
sabedoria da humanidade”. O sultão olhou com desprezo para aquele volume e
disse: “É muito longo, não vou dar conta de decorar tudo isso. Trabalhem
mais”.

Após várias semanas de intenso trabalho, os sábios regressaram com uma


folha escrita. Novo desprezo, e agora o sultão deu uma ordem mais severa
ainda: “Não regressem aqui sem algo que seja rápido para decorar e nunca
mais esquecer”. Tempos depois, os sábios regressaram com uma frase, que
era o sumo da sabedoria do mundo. E a frase era: “Não existe almoço grátis!”

Isso significa que tudo na vida exige esforço, trabalho, disciplina e


perseverança. Se você comeu de graça, alguém pagou a conta.

Ninguém edifica uma família sem muita oração, renúncia, investimento de


tempo, quebrantamento, leitura de bons livros, observação de casais e famílias
saudáveis, e aquele compromisso interior de ser fiel, leal e de levar a bom
termo essa família. Ninguém edifica uma empresa sem muita dedicação,
trabalho árduo, oração, atualização, visão de marketing, disposição de levantar
cedo e deitar tarde, fazer economia, não gastar o patrimônio da empresa com
carros novos e ou outros luxos pessoais.

Uma igreja somente será edificada e crescerá se houver o compromisso de


cada um dos seus membros:

1. Compromisso com Deus: Vida de oração e obediência. Vida de santidade e


zelo pelo bom nome do Evangelho. Vida interior intensa e madura. Vida que é
muito mais do que atos religiosos. Vida que flui de um relacionamento com o
Deus vivo.

2. Compromisso com sua comunidade local: Vivemos dias de intensa frouxidão


nos padrões e compromissos. Pessoas que não respeitam outras pessoas,
quando sistematicamente atrasam, sempre pedem desculpas, mas não
mudam. Os padrões morais afrouxaram tanto que cenas de nudez na TV, nos
outdoors, jornais etc., são vistas diariamente. O “ficar” se tornou, infelizmente,
uma característica comum de adolescentes e jovens. Falta compromisso com a
verdade e com os padrões de Deus. Isso influencia todo o comportamento e
todos os níveis de relacionamento.

É comum também ver pessoas que pensam assim: “Segunda-feira! Hoje eu


quero ver demônio cair. Então hoje vou numa igreja que isso acontece. Terça-
feira. Hoje eu preciso de uma palavra sobre um problema que tenho que
resolver amanhã, logo, vou naquela reunião na casa do profeta tal ou da
profetiza fulana de tal. Quarta-feira! Hoje eu quero uma reunião de poder, logo,
vou a uma igreja que ‘tem de tudo’. Quinta-feira! Ah! hoje eu preciso de uma
cura interior. Tenho que ir naquele lugar onde eles estão ministrando… vai ser
demais. Sexta-feira! Hoje, se eu não for com aquela turma no monte, vou
descansar e pegar um cineminha, porque ninguém é de ferro. Sábado! Ah, hoje
estou afim de louvorzão, vou naquela reuniãozona. Domingo! Ah, hoje eu quero
é Palavra. Vou lá na minha igreja, porque Palavra é lá mesmo!”

Irresponsabilidade! Futilidade!  Superficialidade! Não entenderam as demandas


do Evangelho, nem de todo o Novo Testamento.
Você, meu irmão, não apoie nem encoraje essa iniciativa ou comportamento.
Exorte essas pessoas e mostre-as, com o seu exemplo e sua vida, que, para a
igreja crescer e fazer diferença na cidade, é mister compromisso, participação,
envolvimento na vida da congregação. É pagar o preço de conviver com os
irmãos. É estar debaixo de uma liderança espiritual a qual você deve prestar
obediência e a quem você deve ministrar.

Nenhuma igreja crescerá se não houver compromisso de cada um dos seus


membros!

Deveres e privilégios

Introdução: – Estamos vivendo um momento singular em nossa história,


considerando-se os auspiciosos privilégios que estamos desfrutando. Porém,
pela euforia reinante, nos esquecemos dos deveres. Aos nossos internautas,
queremos nestas reflexões ajudá-los a continuarmos desfrutando dos
importantes privilégios, sem nos descuidarmos dos deveres.   Em toda
comunidade os cidadãos gozam de privilégios, diversões, contrabalançadas
por deveres. Estes são normas de conduta a que estamos obrigados, para
bem da coletividade. Privilégios são os benefícios que usufruímos a vida
em comum. Exemplificando: numa cidade os habitantes têm de pagar
impostos, obedecerem às leis, etc. São deveres; por outro lado, têm luz,
ruas calçadas, as crianças têm escolas públicas, etc. São privilégios. A
igreja é também uma comunidade e o crente nela goza de privilégios e tem
deveres. O conhecimento pleno dos privilégios traz alegria, ânimo e
gratidão. O conhecimento dos deveres traz consagração, dedicação. E
compromisso de fidelidade aos deveres.
 
Pela Palavra de Deus, conhecemos os privilégios outorgados por Deus
àqueles que se tornam membros de uma igreja local. Também convém que
citemos alguns deveres que igualmente lhe são inerentes. Existem sérias
responsabilidades a serem cumpridas quando nos unimos ao Corpo de
Cristo. A disciplina e a estabilidade da igreja local dependem em grande
parte de um comportamento exemplar de cada membro e do cumprimento
integral de seus respectivos deveres a fim de ter um crescimento
quantitativo e qualitativo.
Aos que são chefes de famílias, nunca nos esquecemos das obrigações do
nosso lar. Levamos a sério nossas responsabilidades e procuramos atender
as necessidades de casa com toda a presteza e o máximo de cuidado. Igual
ou maior zelo deve merecer a igreja da qual nos tornamos membros. Ela é
a continuação do nosso lar. Devemos prestigiá-la e honrá-la para que
assim, ela possa continuar merecendo a posição e o apreço compatível com
a sua condição de Corpo de Cristo.
I. NOSSOS PRIVILÉGIOS. – (1Pe 2.9,10).
Claro está que esta passagem não inclui todos os nossos privilégios, mas os
que aqui estão registrados são gerais e compreendem todos os outros, que
poderão ser encontrados por uma leitura cuidadosa do texto completo.
1. Somos o povo de Deus. – Êx 19.5; Dt 14.2; At 15.4; Hb 8.10. Nosso
grande privilégio sermos o povo de Deus. Noutro tempo, nada éramos!
Vivíamos perdidos em nossos pecados, mas, pela misericórdia de Deus
fomos arrancados das trevas e hoje vivemos em sua luz, como povo, que
reinará com Deus para todo sempre. (1) somos privilegiados como povo
escolhido (Is 43.20,21); (2) somos feitos em sacerdócio real partilhamos
do reino de Cristo (Ap 5.10); (3) constituímos em propriedade santa e
exclusiva de Deus. A finalidade desta nova aliança com Deus é anunciar
suas excelências, bm como seguir seus passos e seus exemplos (1Pe
2.21).  
2. Filhos de Deus. – 1 Jo 3.2; Rm 8.16,21. O apóstolo João nos diz que
agora... somos filhos de Deus. Será que o nosso senso de avaliação está
alcançando o grande privilégio que temos? Filhos de um pai, que sua
existência é eterna. Não tem principio nem fim. Que privilégio! Glória a
Deus.  
3. Súditos de Deus – É aquele que está submetido à vontade de outrem.
3. Amigos de Deus – Tg 2.23; Jo 15.14; Pv 18.24. A filiação nos
transformou de inimigos irreconciliáveis em amigos. Estamos ligados a Deus
por laços de amizades.
4. Cooperadores de Deus – 1Sm 14.45; Mc 16.20; 1Co 3.9. – Coopera;
colabora; auxilia; ajuda, participa. Um Deus onipotente, coopera com nós,
seres limitados, mortais.
5. Herdeiros de Deus. Co-herdeiros de Cristo – Rm 8.17. – Aquele que
herda sucessor; aquele que sucede na totalidade da herança. O valioso
patrimônio de Deus não existe expressão humana, que se esclareça na sua
totalidade.
6. Embaixadores de Deus – 2Co 5.20. – A categoria mais alta de
representante diplomático de um Estado junto de outro Estado ou de um
organismo internacional. Título de ministro de primeira classe. Sugere a
idéia de alguém enviado no lugar de seu senhor ou rei e autorizado com a
sua autoridade. O Embaixador de Deus: (1) é um cidadão do Céu (Fp
3.21), enviado aos homens rebeldes; (2) no lugar do seu Rei, seu Senhor,
Cristo, oferece as condições de paz no evangelho; (3) a honra e a glória do
seu Senhor dependem de suas palavras e comportamento.
Desfrutamos da presença de Deus, esperamos a volta de Jesus, temos
certeza de nossa ressurreição, seremos eternamente apascentados por
Jesus, serviremos a Deus por toda eternidade, entraremos na posse dos
tesouros incalculáveis guardados para nós, no céu. Nossos privilégios são
maiores do que o ser alguém presidente de alguma república.
 
 
II. NOSSOS DEVERES. – (1Pe 2.11-16).
 
 
Ao lado dos privilégios estão sempre os deveres. O crente tem muitos
deveres em sua vida, seja na comunhão da igreja, em seu convívio com os
demais crentes, seja em relação aos pecadores, seja em sua vida secular,
nos negócios, na política, etc.
 
1. Participar. – (Hb 10.25). – Fazer saber, anunciar, comunicar, tomar
parte, etc. O membro da igreja local deve estar presente aos cultos, às
reuniões regulares da igreja. Não se faz qualquer favor ao pastor quando se
está presente ao culto. Pelo contrário, é uma falta séria quando se está
ausente. Daví desejou morar na casa do Senhor todos os dias da sua vida, e
pela importância da casa de Deus, assim ele se expressou: “Alegrei-me
quando me disseram vamos a casa do Senhor”. (Sl 122.1).
 Existem pessoas que são conhecidas como “domingueiras”, e outras que
praticamente só vão à igreja em tempos festivos etc. Que seria da igreja se todos
os seus membros assim procedessem?
 Ao participar das reuniões, o membro da igreja está fortalecendo a fraternidade
cristã, criando ambiente propício a uma comunhão plena e está estimulando o
espírito de solidariedade que deve sempre existir no reino de Deus.


2. Colaborar. – Trabalhar na mesma obra, cooperar, prestar colaboração,
ajudar a fazer alguma coisa, etc. – Cada crente deve colaborar para o
crescimento e expansão da igreja. Nunca deve haver uma elite na igreja,
um grupo de ricos ou políticos, ou até mesmo de parentes da liderança,
também crentes que participaram da fundação da igreja, que exerçam um
comando unilateral no rebanho. O pastor, ao administrar a igreja, deve
buscar o consenso através da participação e da colaboração de todos.
Observe bem – De todos!
 O crente colabora quando canta, quando prega, quando evangeliza, quando
ora, quando entrega o dízimo, quando traz sua oferta, quando visita, quando
acompanha caravanas, quando integra comissões, quando atua, enfim, de alguma
maneira.
 O crente não deve jamais levar uma vida ociosa na igreja. Os membros,
juntando suas forças, boa vontade e disposição, poderão fazer com que a sua
igreja projete-se diante da comunidade e de Deus. E existe uma necessidade
urgentíssima de uma mobilização de todos os membros de nossas igrejas. Não é o
momento de se pensar em descansar!
 Muitos pensam que por não pertencerem ao ministério, o seu trabalho pouco
ou nada vai representar, e por isso optam pelo retraimento, pela ociosidade.
Entretanto a Bíblia nos mostra que todos somos membros do Corpo de Cristo – a
Igreja. Por esta razão qualquer ação de seus componentes, seja ela positiva ou
negativa, irá repercutir na vida da igreja local e, por que não dizer, da Igreja
Universal, a Noiva do Cordeiro, que é composta por membros de todas as igrejas
locais. Que maravilhoso dever, e o maior ainda é ter a convicção que os que
desempenharem bem, será recompensado. Atentamente leiamos 1Co 12.
15,16,20,21.
 Satanás procura sempre enganar o crente com a idéia de que este é fraquinho,
sem posição na igreja, e que o melhor a fazer é omitir-se deixando todas as
atividades a cargo do ministério. (Fp 4.13). A nossa força vem de Deus. É
necessário colocar em prática as nossas aptidões de forma decisiva na igreja, e só
assim poderemos vê-la pujante, dinâmica e gloriosa. Todos nós recebemos
talentos. Uns podem até receber somente um. Não existem desculpas. Deixo com
a ajuda do Espírito Santo, esta palavra de advertência ao povo de Deus. Ele não
aceitará desculpas!


3. Anunciar as virtudes. – (v.9). Fomos salvos resgatados, comprados,
feitos servos de Jesus, e recebemos imediatamente a incumbência de
anunciar ao mundo inteiro quem é Jesus, quais seus sentimentos, seus
propósitos, seu poder, e sua obra maravilhosa. Pregar o Evangelho, falar de
Jesus e cooperar com a sua nobre causa é o grande dever dos crentes.
 
4. Contribuir. – É imprescindível a participação do crente no setor
financeiro da igreja. Deus instituiu o método mais justo de contribuição que
se conhece no mundo: o dízimo.
O dízimo nivela todos os membros da igreja. O dízimo do pobre é tão dízimo
quanto o do rico. O dízimo deve ser entregue a igreja da qual a pessoa é
membro. Não é correto entregar o dízimo a organizações religiosas de
assistência social ou a pessoas necessitadas, ou a missionários amigos, etc.
O dízimo deve ser levado à casa do tesouro (Ml 3.10). O dízimo deve ser
dado de tudo, e não apenas do saldo, da sobra.
 O dízimo não foi instituído pela lei de Moisés, pois vem desde o patriarca
Abraão, nosso pai na fé (Gn 14.20; Hb 7.6). O dízimo não é uma oferta, é a
décima parte da nossa renda (1Sm 8.15,17).
 Uma outra maneira de contribuirmos é através de ofertas voluntárias ou
alçadas, uma prática que vem desde os dias primitivos e continua na igreja hoje.
O crente, sem nenhum favor, tem sobre os seus ombros a grande
responsabilidade da manutenção da igreja. Ela para subsistir precisa tanto do
apoio espiritual e moral de seus membros, quanto do financeiro, a fim de cumprir
fielmente as suas obrigações na sociedade em que está engajada. E a obra
missionária. Dependemos de recursos, para o sustento das vidas que deixam
famílias, igrejas, pátrias.
 Agora somos propriedades de Deus e por esta razão tudo o que temos ou
somos pertence a Ele. Todos os bens que nos chegam às mãos devem ser
transformados em bênçãos na nossa vida. E isto só pode ser alcançado, através
de uma fiel mordomia de nossa parte.


5. Testemunhar de Cristo. – (At 1.8). – O batismo com o Espírito Santo é
dado a Igreja de Cristo para que ela se sinta capacitada a dar um
testemunho vigoroso, convincente e frutífero de Cristo ao mundo. Temos
sido salvos para servir e o principal serviço é o nosso testemunho.
 Devemos dar testemunho porque somos testemunhas (At 1.8).
 Devemos dar testemunho com grande poder (At 4.33). Ora, nós somos
testemunhas destes fatos, e bem assim o Espírito Santo, que Deus outorgou aos
que lhe obedecem (At 5.32). Como Paulo, devemos ser testemunhas a todos os
homens (At 22.15).
 Testemunhando de Cristo, ganharemos almas. Ganhando almas, a igreja
crescerá. Crescendo a igreja, apressaremos a vinda do Senhor Jesus. Cada crente
deve colocar em prática as suas potencialidades, falando de Jesus àqueles que
ainda não o conhecem.
 O desejo de testemunhar de Cristo não deve esfriar-se no coração do servo de
Deus sob pena de prejudicar sobremaneira o maior dos objetivos cristãos – a
salvação dos homens.
 Aquela chama ardente que inunda o coração do crente ao tomar consciência do
alto valor da salvação, e deve levá-lo a anunciar mais e mais o Evangelho,
oferecendo de graça o que de graça também recebeu (Mt 10.8).


6. Ter uma vida honesta. – (1Pe 2.12). – É pela santidade e pelo viver
honesto que os homens pecadores são atraídos ao evangelho e glorificam a
Deus. A santificação do crente, conforme nos esclarece a Palavra de Deus
tem dois lados: sua separação para a posse e uso de Deus; e a separação
do pecado, do erro, de todo e qualquer mal conhecido, para obedecer e
agradar a Deus.
 Em muitas igrejas hoje, a santificação é chamada de fanatismo. Nessas igrejas
falam muito de união, amor, fraternidade, louvor, mas não de separação do
mundanismo e do pecado. Notemos que as “virgens” da parábola de Mateus 25
pareciam todas iguais: a diferença só foi notada com a chegada do noivo.


7. Obediência às autoridades e o respeito às leis. – A autoridade
provém de Deus com a finalidade de garantir a ordem para que haja bem
estar e prosperidade. O crente que anuncia o evangelho, busca a santidade,
vive honestamente em todas as suas relações com terceiros e é cidadão
ordeiro, acatador das autoridades, torna-se poderoso, e assim consegue
tapar a boca dos homens insensatos que falam mal do evangelho (1Pe
2.15). Fazer bem nesse versículo, é o resumo dos deveres aqui estudado. O
crente é livre, porquanto foi libertado por Deus, mas assim mesmo deve
obediência e tem deveres a cumprir. Sua liberdade é espiritual, e não
carnal. Precisamos viver como servos de Deus e que os homens nos
identifiquem como tais.
 
CONCLUSÃO:
 
1. Nossos privilégios são muitos. Desfrutamos de uma verdadeira e não
falsas alegrias e temos conhecimentos de fatos que outros não têm.
Alcançamos a “pérola de grande preço” da parábola de Jesus, que é sermos
membros do seu Reino e participarmos da sua comunhão. Não devemos
guardar esse privilégio exclusivamente para nós. Nossa paixão pelas almas
nos deve impulsionar a anunciarmos a todos que tais privilégios estão ao
alcance de toda alma que aceitar a Jesus como Salvador.
 
2. Quem é privilegiado deve ser agradecido. Tudo o que temos e tudo o que
somos, devemos exclusivamente a graça de Deus, que, pela sua
misericórdia nos chamou das trevas para a luz. Precisamos ser agradecidos
a Deus por isto. Gratidão não se expressa em palavras, mas na vida: em
serviço em testemunho.
 
3. Privilégios trazem alegria. O crente que tem noção dos privilégios, que se
sente feliz por ser membro da família de Deus deve irradiar alegria
contagiante.
 
4. Nossos deveres são muitos, como embaixadores de Cristo que somos. É
verdade que nossa carne é fraca, mas também é verdade que Jesus, que
tem todo o poder no céu e na terra nos prometeu estar conosco todos os
dias. É por meio do seu poder, que conseguiremos cumprir todos os nossos
deveres, vivendo uma vida de testemunho, de santidade, de honestidade; e
de obediência. Precisamos buscar esse poder em oração.
 
5. Ser luz do mundo é viver como servo de Deus, refletindo, no que
dizemos e fazemos as virtudes que Deus nos comunicou como seus filhos.
(Mt 5.14). Disse Jesus: “Enquanto estou no mundo, eu sou a luz do mundo”
(Jo 9.5). Quando Jesus falou que os seus seguidores são luzes do mundo,
Ele estava falando-lhes que deveria ser como Ele mesmo, nem mais nem
menos. A exigência de Jesus não é que cada cristão venha produzir sua
própria luz. Devemos brilhar como reflexo de sua luz. Como temos vivido
até aqui? Testemunhamos? Vivemos em santidade? Vivemos
honestamente? Temos sido cidadãos obedientes, ordeiros, pacíficos e
laboriosos?

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