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Disciplina: Teologia da adoração

Curso: Teologia Ministerial Professor: Felipe Soares


Aluno: Gabriel Victor Rodrigues Ferreira
http://www.sebarsp.org.br/

Resenha crítica “Curso vida nova de teologia básica Vol. 11 –


Louvor e adoração”
Resumo

Bob Kauflin é pastor do Sovereign Grace Ministries, e antes de se tornar pastor viajou
por 8 anos com o grupo de louvor chamado GLAD, como compositor e arranjador no
teclado. Se tornou diretor do ministério de adoração e supervisionou diversos projetos
musicais na Covenant Life Church. Atualmente, ele é diretor de adoração e liturgia na
igreja Redeemer Church of Arlington. No livro, ele aborda alguns princípios básicos
que todo ministério de adoração e líder de adoração devem ter em mente: 1) O que é
um líder de adoração? 2) Qual a tarefa dele? 3) As tensões que este líder deve estar
disposto a suportar.

Em resumo, Bob apresenta as características principais de um líder cristão no ministério


de adoração, como ele deve ter uma vida devocional, vibrante e intima com Deus (de
uma perspectiva continuísta) buscando sempre se aproximar Dele e ser transformado
por Ele. Fala de a tarefa de um líder levar as pessoas à presença de Deus por meio da
adoração e louvor, não por emocionalismo, mas por uma letra bíblica com reflexões
voltadas para a glória de Deus de maneira pessoal e autêntica. Por fim, ele discute as
tensões saudáveis que um líder deve enfrentar, como planejamento e espontaneidade,
cabeça e coração e quais os princípios orientadores de uma verdadeira adoração cristã.

Introdução

Um líder de adoração é alguém que tem a responsabilidade de liderar a congregação


em momentos de adoração e louvor a Deus. Kauflin enfatiza que um líder de adoração
não é apenas alguém que escolhe as músicas para a igreja cantar, mas sim alguém que
conduz a congregação em um encontro real com Deus.

Para Kauflin, um líder de adoração deve priorizar o coração da adoração e do louvor a


Deus acima de tudo. Isso significa ter uma vida devocional vibrante e íntima com Deus,
buscando sempre se aproximar Dele e ser transformado por Ele. Além disso, o líder de
adoração deve liderar a congregação em uma adoração verdadeira e sincera,
ensinando e encorajando as pessoas a se entregarem a Deus em espírito e em verdade.
No livro na Página 28 ele diz que:

“Se, por um lado, é simplista dizer que adoração é amor, não há como negar que
aquilo que mais amamos é o que adoramos de verdade.”
Nisto, ele deixa claro que amor e adoração estão intimamente ligados e que o líder de
adoração deve amar ao Senhor de todo o coração, de toda alma e de todo o
entendimento (Mt 22.37).

Bob percorre o primeiro capitulo dizendo que o que realmente importa para um líder
de adoração é: Seu coração (quem você ama?), sua mente (em que você acredita?),
suas mãos (o que você pratica?) e sua vida (qual exemplo você está dando?). Através
dessa linha de raciocínio, ele estabelece que a teologia teórica e a teologia prática são
fundamentais para que uma igreja estabeleça um líder saudável e para que a igreja
esteja centralizada realmente em Cristo e no evangelho.

Análise

Como dito anteriormente, na parte um do livro o autor percorre o perfil de um líder


que vá exercer o papel na adoração comunitária com uma cosmovisão correta e com
uma teologia saudável. Nos próximos dois capítulos, ele se concentra em destacar qual
é a tarefa deste líder e os obstáculos pelos quais ele deve aprender a passar. Na tarefa
do líder, Kauflin se concentra em uma frase elaborada que diz:

“Um líder de adoração fiel, exalta a grandeza de Deus em Jesus Cristo, pelo poder
do Espirito Santo, ao combinar com talento a Palavra de Deus com a música,
dessa forma motivando toda a igreja a proclamar o evangelho, a apreciar a
presença de Deus e a viver para a glória de Deus.” Página 67-68

Para o autor, um líder de adoração fiel é alguém que tem um coração servo, que é
comprometido com a igreja e sua visão e busca ter uma vida diante de Deus. Este líder,
exalta a grandeza de Deus, pois como ele cita no livro, John Piper diz que “Quando os
sentimentos por Deus estão mortos, a adoração também morre.” Sendo assim, o líder de
adoração deve amar a Deus e só assim o adorará verdadeiramente através de Jesus
Cristo.

Quanto ao termo “poder do Espirito Santo”, Kauflin se denomina continuísta. De fato, o


termo “pelo poder do Espirito Santo” deve ser norteador para qualquer cristão que
exista, afinal, é através dEle que somos santificados, salvos e selados. Porém, o autor
enfatiza que os dons devem não apenas permear estes aspectos da vida cristã, mas
devem também fazer parte da liderança de adoração para que possibilite que a musica
e a palavra de Deus transformem a vida das pessoas. Independente de se concordar ou
não quanto a continuidade dos dons, devemos reconhecer que a adoração realmente
deve ser guiada pela palavra de Deus e pelo poder do Espirito Santo, sendo assim, a
parte que vejo problema é mais quanto as “profecias” que são citadas no livro.

Kauflin também diz que devemos “combinar talento com a palavra de Deus”, e isso é
fantástico! Muitas pessoas se prendem ao “espiritualismo”, “boa vontade” e outras
coisas que acabam fazendo a equipe de louvor ficar estagnada nas questões técnicas.
O autor deixa claro que isso é um grande erro, afinal, quanto melhor servirmos, mais e
melhor serviremos ao próprio Deus e aos nossos irmãos, fazendo com que toda a
congregação participe desta adoração comunitária. Só essa parte já é digna do livro
todo.

O autor percorre uma longa jornada de tensões saudáveis, explicando que um líder
deve ter princípios orientadores, segundo ele, a bíblia. Devemos lembrar que Deus é
transcendente e imanente, sendo assim, ser respeitador e ao mesmo tempo pessoal na
adoração é algo que deve ser buscado. Gestos e expressões corporais não devem ser
rechaçados, antes, com modéstia, podem ser utilizados sim dentro do âmbito da igreja
como uma maneira de ser natural na presença de Deus em meio a adoração, nesse
sentido, o que importa mais para Kauflin é o interno que é externado por conta da
“unção” que a pessoa sente no momento de adoração.

Ele alerta dos perigos que temos de a tradição influenciar demais a igreja ao ponto de
“engessar” a adoração. Embora ele não utilize essa expressão, concordo com ele de que
não devemos usar os mesmos estilos de Martinho Lutero em 1517, embora, o principio
deva ser o mesmo. Adorar ao Senhor em Espirito e em verdade, de maneira bíblica,
cristocêntrica e com entendimento.

Conclusão

A liderança de adoração é uma tarefa importante e desafiadora na igreja, mas para Bob
Kauflin, o cerne da adoração é a proclamação do evangelho. Como está escrito em
Romanos 1:16, "Porque não me envergonho do evangelho, pois é o poder de Deus para a
salvação de todo aquele que crê". Assim, um líder de adoração fiel deve buscar exaltar a
grandeza de Deus em Jesus Cristo, por meio do poder do Espírito Santo, combinando
habilmente a Palavra de Deus com a música. Isso deve motivar toda a igreja a
proclamar o evangelho, a apreciar a presença de Deus e a viver para a glória de Deus.
Como está escrito em Colossenses 3:17, "E tudo o que fizerem, seja em palavra, seja em
ação, façam-no em nome do Senhor Jesus, dando por meio dele graças a Deus Pai". Que
cada líder de adoração busque proclamar o evangelho com paixão e habilidade, para
que a igreja possa ser edificada e glorificar a Deus.

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