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Naruto e Hinata

Capítulo 1 - Capítulo I

A viu se remexer entre os lençóis do futon. Os cabelos


negros que mais se comparavam ao azul estavam
completamente esparramados pelo travesseiro.

Tão bela, tão delicada...


Era difícil aceitar o fato de poder ser comparado ao mais
desengonçado brutamonte que já existiu. Como pode ser tão
bruto e tão apressado?? Teve vontade de se estapear ao
perceber o estrago que havia feito.

A primeira noite juntos havia sido um completo desastre.


Bem, era o que Uzumaki Naruto pensava.

Hinata voltou a se remexer, mas ele logo percebeu que ela


já estava acordando. Começou a acariciar levemente os fios
negros.

— Ohayo... — sua voz saiu como um sussurro.

Ela estava de frente para ele. Foi tão idiota que sequer a
puxou para dormir junto a seu peito, como deveria ter feito. Os
olhos perolados se abriram e logo avistaram as safiras lhe
fitando com cuidado e curiosidade.

— O-Ohayo N-Naruto-kun. — enrubesceu ao notar o olhar


sobre si. Naruto sustentava-se com o cotovelo enquanto a
observava. Ambos estavam nus, ao perceber, Hinata tratou de
puxar o lençol mais próximo para cobrir-se.

— Dormiu bem? — indagou. Levou seus dedos aos cabelos


dela e voltou a acaricia-los.

Corada, ela balançou a cabeça confirmando.


— Foi a melhor noite da minha vida. — as palavras dela
foram ditas com tanta convicção que ele se perguntou
mentalmente se estaria fazendo um juízo errado dos seus atos.

Os olhos perolados lhe fitaram atentamente e depois de


poucos segundos desviaram o olhar, esboçando um sorriso
tímido logo após.

— E-E você? — ela apertou o lençol contra o peito.

Incapaz de dizer que não, ele somente balançou a cabeça


num aceno positivo.
Ela sorriu pela resposta.

O louro a viu respirar fundo, talvez tomando coragem para o


que faria a seguir. Ela se aproximou e roçou seu nariz com o
dele. Timidamente ela selou seus lábios. Eram raras as
ocasiões em que ela fazia tal coisa, o que sempre o deixava
animado e surpreso. As pequenas mãos seguraram em seus
ombros, fazendo-o se deitar.

Naruto levou uma de suas mãos até o rosto da morena que


se mostrou indiferente quanto à nudeza. Seus seios colaram no
peitoral bronzeado. O Uzumaki teve que se controlar para não
apertá-los.

— Hinata... — sua voz soou como um gemido. Seu membro


ficava cada vez mais excitado por conta das investidas da
mulher que, a este ponto, já havia colocado uma de suas pernas
entre as dele.

Naruto se xingou mentalmente ao notar o objetivo da nova


Uzumaki. Não que ele não estivesse louco para poder fazê-la
sua novamente, mas tinha receio de machuca-la, como ele
pensava ter feito na noite anterior.

Ele segurou o rosto feminino, fazendo com que parassem


de se beijar.

— Não. — disse firme. Os olhos perolados se arregalaram e


seu rosto voltou a corar de vergonha.

— Eu... Eu não... D-Desculpe. — saiu rapidamente de cima


dele e se colocou ao seu lado, mas foi incapaz de encara-lo.

Ótimo Naruto, agora ela vai pensar que você não quer nada
com ela. Você é a vergonha dos Uzumaki's, pensava.
— Hinata, não é o que você está pensando. — disse como
se pudesse ler os pensamentos dela. Ela o olhou com um sorriso
no rosto.

— Está tudo bem Naruto-kun. — ela acariciou os riscos no


rosto do loiro com o polegar. — Temos que nos apressar, senão
iremos perder nosso tour. — Hinata se enrolou no lençol e andou
apressada até o banheiro, como se nada tivesse acontecido.

Naruto fazia o máximo que podia para não sair correndo até
aquele banheiro. Dar um banho na ex-Hyuuga não lhe parecia
uma má ideia.

Pare de pensar asneiras, repreendia-se.


Algum tempo se passou até que som alto de um bocejo
ecoou por sua mente. Naruto havia se esquecido de que tinha
uma raposa de nove caudas que, provavelmente, começaria a
lhe encher o saco pelo resto do dia.
"Já acordou?"
"O que você acha pirralho? Que eu iria dormir para
sempre?"
"Não seria tão ruim..." rolou os olhos.
Kurama rosnou.

"Não é você que tem que ficar selado em um idiota


qualquer... E além do mais você deveria me agradecer por ter
dormido enquanto você e a menina Hyuuga acasalavam!"
"QUEM É O IDIOTA??"
"Eu não estou vendo outro além de você aqui!"

— Ora... Sua raposa cretina! Você vai ver...

— Naruto-kun? — mal tinha percebido que Hinata já havia


acabado seu banho. Apertava a tolha firmemente contra o peito.
— J-Já pode ir. — Hinata se repreendeu por ter esquecido de
pegar uma roupa antes de ir para o banheiro.

— Eu... Eu vou... Hã? — Naruto estava completamente


abobado ao ver o corpo de Hinata daquela forma.

"Diga algo seu idiota!"

— EU SEI NÃO PRECISA ME DIZER ISSO!

Hinata o encarou assustada. Porque ele havia gritado?

— Não precisa gritar assim Naruto-kun! — dizia. Naruto a


olhou com a testa franzida. — Qual o problema? Você está
estranho desde que acordou... Fiz algo de errado? E-Eu não... S-
Se v-você está com raiva de mim por algum motivo, me
desculpe!
Hinata estava aflita. Naruto rapidamente pegou sua Box
que estava jogada no chão ao seu lado e vestiu.

— Desculpe... Eu não estava gritando com você Hina. — ele


beijou a testa da morena, sentiu um perfume de jasmim. Podia
passar horas somente sentindo o cheiro que a morena exalava.
— Eu só estou um pouco nervoso hoje. Isso tudo... Isso tudo é
muito novo para mim.

— Tudo bem Naruto-kun. E-Eu também estou assim... —


admitiu.

— Se arrepende? — ela o fitou com um vinco entre as


sobrancelhas. — De... De ter casado comigo?

"Eu me arrependeria...”.
"VAI DORMIR KURAMA!"

— Não. Nunca! Me casar com você foi uma das melhores


coisas na minha vida. — ela o abraçou pela cintura. — Eu te amo
Naruto-kun.

— Eu também te amo. Amo muito. — ele segurou em ambos


os lados do seu rosto e lhe deu um delicado beijo nos lábios. —
Acho melhor eu ir tomar um banho logo.

Ela concordou com a cabeça. Enquanto Naruto estava no


banheiro, Hinata tratou logo de se arrumar. Colocou um
vestidinho simples de alcinhas que ficava dois palmos acima do
joelho.

Hinata implorava para que nenhuma fã de Naruto


aparecesse, já era difícil demais aturar todas aquelas biscates
dando em cima do loiro em Konoha.
— O que será que eles estão fazendo? — tentava imaginar o
que sua família e seus amigos estariam aprontando, ou melhor,
o que estariam pensando.

Provavelmente Ino já estaria louca para saber como tudo


aconteceu e, como diz ela, nos mínimos detalhes...

Braços fortes a abraçaram por trás.

— O que tanto pensa hum? — ele beijou sua bochecha.


Hinata imediatamente corou.

— N-Nada demais Naruto-kun. — Ela se virou de frente para


ele, os fios loiros estavam molhados por conta do banho. Usava
uma camisa laranja e uma bermuda preta, perfeito.

— Já está pronta? — ele indagou. Hinata fez que sim com a


cabeça, deixaria os fios negros soltos e tudo o que precisava
pegar seria sua bolça. — Você está linda.

— Você também. — corou.

Ambos saíram do quarto e seguiram para o Ryokan


Yamamizuki, local onde seria servido o café da manhã para os
hospedes e local também onde eles encontrariam com o grupo
que fariam o tour pelas redondezas.

[...]

Após tomarem seu café, o casal acompanhou o grupo de


turistas que fariam uma visita pela cidade e pelos arredores.
— É muito lindo... — Hinata comentou após saírem do
Templo em que visitavam. — É uma pena ficarmos somente uma
semana aqui. — disse pesarosa.

O Templo era conhecido como um lugar de sorte. Recém-


casados eram os principais visitantes dali. Dizia à lenda que,
quem fizesse um pedido ele logo se realizaria. Era como se
fosse à velha história da estrela cadente, mas Hinata não deu
importância, fez seu pedido e esperou que ele se concretizasse,
afinal de contas, ela já havia feito um pedido a uma estrela
cadente, era só olhar para o homem ao seu lado.

— Hum... Tem razão. — ambos caminhavam de mãos dadas


enquanto seguiam o grupo de volta para Ryokan.

A morena estava inquieta desde cedo. Naruto parecia


distante, como se estivesse em outro mundo. Aquilo a
assustava pensava que seria algo serio, mas não conseguia
imaginar o que seria.

— Aconteceu alguma coisa Naruto-kun? Não está gostando


do passeio? — indagou.

— Não é isso... É só que... — suspirou. Era difícil achar as


palavras certas para explicar. O que ele diria? Talvez : "Não é
nada meu amor, só estou tentando entender até que ponto
minha idiotice pode chegar”.
— Diga, por favor... — ela pediu. Pararam de caminhar e
logo Naruto se virou para ela.

— A nossa noite de núpcias... Ela... Ela não...

— V-Você não gostou? — essa pergunta martelava em sua


cabeça.
— Não é isso! — ele havia gostado, era verdade.

Nunca havia gozado daquela forma. Tão intenso... Tão


quente... Era algo que ele realmente amou fazer, mas... E ela?
Naruto era completamente inexperiente, não sabia se havia
agradado a morena, mas tinha certeza de uma coisa: Ela. Não.
Gostou.

— Então...? — instigava-o a continuar. Já estava rubra ao


falar daquele assunto.

Ele parou para respirar fundo.

— Porque você está fingindo que nada aconteceu? — os


olhos perolados se arregalaram. — Eu não te dei prazer Hinata.
Fui um completo desastre ontem! E-Eu me descontrolei, não fui
paciente, acabei estragando tudo...

— Não diga isso! — ela segurou em ambos os lados do rosto


dele. — E-Eu já disse que foi a melhor noite de todas. Acredite
em mim, por favor.

— Você está dizendo isso só para me animar porque sabe


que não é verdade! — acusou. Ela desviou o olhar. — Quero que
você me responda uma coisa, mas prometa que me dirá a
verdade.

— Aqui não é o melhor lugar para falarmos sobre essas


coisas... Isso é embaraçoso. — ela disse após ver um casal de
velhinhos lhe encarem assustados ao escutar o que o loiro
havia dito. — Vamos para o quarto.
Caminharam pelos corredores até chegarem ao quarto.
Naruto abriu a porta para que ela passasse, Hinata guardou sua
bolsa enquanto Naruto andava pelo quarto impaciente.

— Promete que vai responder a verdade? — indagou. Ele


segurou em suas mãos até leva-la ao futon. Sentaram-se um de
frente para o outro.

— Naruto-kun faça logo a pergunta.

— Prometa primeiro... Vamos Hinata.

Ela hesitou.

Flashes da noite anterior passaram por sua cabeça.

Naruto tirando suas roupas...


Ambos deitados no futon enquanto o loiro a penetrava
lentamente...
Dor e logo depois estocadas rápidas e profundas...
A dor continuou até que ele cessou seus movimentos. Algo
escorria por suas pernas após ele deitar ao seu lado com um
sorriso no rosto...

Aquilo tudo não havia durado nada além de sete minutos,


no máximo. Nada de preliminares. Haviam ido, simplesmente,
direto ao ponto, literalmente.
— Eu prometo. — ele suspirou aliviado.

— Hinata. — ele olhou em seus olhos. — V-Você gozou?

Ela queria enfiar sua cabeça num buraco e nunca mais tira-
la de lá. Seu rosto ficou corado além do normal. Ela
absolutamente não iria responder aquilo.
Ele a encarava com expectativa e também com o rosto
levemente corado, mas ele tinha que saber.

— P-Porque está me perguntando isso? — ela desviou o


olhar. — Eu já disse que gostei...

— Não foi isso que eu te perguntei. — ele segurou seu rosto


com uma das mãos. — Não precisa buscar palavras gentis
Hina... Só me diga a verdade. Eu estou ficando louco com essa
duvida.

"Você é tão idiota! Tá na cara que a resposta é não." ,


Kurama dizia entediado enquanto escutava a conversa do casal.
"Não enche o saco! E pare de escutar nossa conversa sua
raposa enxerida!"

Hinata ficou em silêncio alguns instantes. O concelho de


sua sensei era repassado várias vezes em sua mente: "Um
casal precisa de dialogo para se entender melhor". A morena
se perguntava se ela estava se referindo a isso... Mas aquilo era
tão constrangedor...
— N-Não... — respondeu num fio de voz. O corpo do loiro
ficou rígido e seus lábios formaram uma linha reta. — D-
Desculpe...

Ele se levantou de supetão.

— VOCÊ É UM IMBECIL NARUTO! UM DEMENTE! — gritava


consigo mesmo enquanto dava voltas pelo quarto. — UM
COMPLETO INÚTIL! VOCÊ NÃO CONSEGUIU FAZER SUA
PRÓPRIA MULHER SENTIR PRAZER! SEU IDIOTA! IDIOTA!

Ele puxava seu cabelo completamente nervoso. Escutava a


raposa rindo em sua cabeça, o que só piorava a situação.

— Naruto-kun... — Hinata estava com a mão sobre o peito,


não sabia o que falar.

Naruto continuava se descabelando até que se lembrou de


algo, ou melhor, alguém. Jiraiya provavelmente estaria louco
para descer das nuvens e lhe meter um Rasengan no meio da
fuça enquanto dizia: "Você é meu aprendiz! Aja como tal!”.
— Ero-sennin... — Naruto choramingou. Hinata já estava
prestes a se levantar ao vê-lo naquela situação, mas, de
repente, o loiro começou a sorrir. Um sorriso que mais parecia o
de um maníaco que havia acabado de traçar o plano perfeito. —
Sim! Sim, é isso! Vai ser perfeito!

— Naruto-kun? — Naruto a encarou por milésimos de


segundo. Como um jato, ele se aproximou e gritou
completamente tomado por uma alegria:

— Hinata! — ele a segurou pelos ombros e começou a


sacudi-la. — EU PROMETO QUE NUNCA MAIS, OUÇA-ME BEM
HINATA! NUNCA MAIS VOCÊ IRÁ DORMIR SEM PELO MENOS
GOZAR TRÊS VEZES! EU VOU SER O HOMEM PERFEITO NA
CAMA PARA VOCÊ! NOSSAS NOITES IRÃO DURAR POR HORAS,
ATÉ QUE VOCÊ ESTEJA SATISFEITA! SUAS PERNAS IRÃO
FICAR BAMBAS E VOCÊ NÃO VAI CONSEGUIR ANDAR DIREITO
POR DIAS! — ele parou de sacudi-la, mas então notou que ela
estava tonta. — Hinata? HINATAAAAA?

A morena havia desmaiado, para o total desespero do loiro.


"Você é mesmo um idiota!"
"CALA A BOCA KURAMA!"

Capítulo 2 - Capítulo II

Tudo estava em completa ordem em Konohagakure no


Sato, ou simplesmente Konoha, se quiserem. Nuvens negras
majestosas cobriam o céu por inteiro, impedindo que qualquer
um pudesse admirar o vasto céu estrelado.

Eram exatas duas horas da madrugada. A maior parte da


população já estava em casa, descansando para que daqui a
poucas horas voltassem a sua rotina. E claro, isso também
incluía o Sexto Hokage, mas, diferente do restante da
população, ele não estava tendo uma noite tão calma assim...

— KAKASHI-SENSEI! KAKASHI-SENSEI! — a porta era


esmurrada com força junto aos chamados. Não seria surpresa
nenhuma se ela acabasse vindo ao chão. — Eu sei que você
está aí dentro! Abre logo KAKASHI-SENSEI!

Naruto continuou com suas investidas até escutar o trinco


da porta girar. Kakashi abriu a porta lentamente, se não
estivesse morto de sono, provavelmente teria se surpreendido
ao ver o antigo aluno em sua frente, ainda mais numa hora
daquelas. Kakashi estava nu da cintura para cima e isso incluía
seu rosto que, pela primeira vez, Naruto pode apreciar. E aqui
entre nós... Que rosto!

— Naruto? O que você está fazendo aqui?


— Eu... Hã... Bem... Hum.— Naruto não sabia se
concentrava na conversa ou no rosto de Kakashi. Aonde estava
uma câmera quando ele precisava de uma? — Kakashi-sensei...
Você é bonito! — afirmou admirado.

"Já está trocando de time pirralho? Sempre desconfiei que


você tinha uma queda por aquele Uchihazinho, mas isso é
novidade até para mim!" Kurama fingía lindamente, ou não,
uma reação de surpresa.

"AHH! SUA RAPOSA MISERÁVEL! EU GOSTO É DA HINATA,


ENTENDEU? SÓ DA HI-NA-TA"

— Hã...Obrigado, eu acho. — ele abriu a porta para que


Naruto pudesse entrar. — Mas você não veio aqui só para isso,
não é?

Kakashi ergueu as sobrancelhas ao ver o loiro tomar um ar


serio e decidido.

— Eu preciso da sua ajuda sensei.

— O que aconteceu? — indagou já se preocupando com o


rumo daquela conversa.

Naruto buscava a forma mais fácil de explicar aquela


situação, mas parecia impossível com Kakashi lhe encarando
daquela forma. Não sabia se podia confiar no sensei. Poxa!
Aquilo era íntimo demais, mesmo sabendo que o grisalho
poderia ser de grande ajuda.
Quando finalmente encontrou uma desculpa plausível,
foram interrompidos por passos que vinham do quarto.

— Kashi-kun... Porque você saiu da... N-NARUTO?! — Naruto


franziu a testa confuso.

— Shizune? O que você está fazendo aqui? Aconteceu algo


com a sua casa? — encarou a mulher por inteiro. — Porque você
está usando a camisa do Kakashi?

— E-Eu... Eu não... — Shizune estava completamente


pálida.

— Volte para o quarto! — Kakashi mandou. Fazia


movimentos com a mão como se dissesse: "Rápido! Antes que
ele comece a pensar!"

Sem hesitar ela obedeceu, mas continuava vermelha de


vergonha.

— "Kashi-kun"? "Volte para o quarto"? — repetía confuso,


não entendo o que aquilo significava. — Kakashi-sensei, você e
a Shizune... Eeehh??

"Além de idiota, ele também é ingênuo e ignorante. Hum...


Interessante." Kurama anotava tudo em sua lista mental, lista
esta que tinha o seguinte titulo: "Motivos para não gostar desse
cara."

— Diga logo o que você quer! — bradou irritado. — Vocês


foram atacados?
— Não! Não é isso... — coçou a nuca enquanto corava de
vergonha. Pigarreou se concentrando novamente no assunto. —
Eu... Hum... Preciso de um dos livros do Ero-sennin.

Kakashi ergueu a sobrancelha.

— Então você já está pensando em fazer coisas pervertidas


com a Hinata, não é?

— N-NÃO É NADA DISSO SEU PERVERTIDO! — bradou. — E-


Eu só queria... Não interessa! Vai me emprestar ou não?

— Yare... Yare... — ele abanou as mãos se rendendo. —


Hum... Acho de que tenho algo para você...

Kakashi andou até o outro lado da sala. Se aproximou de


uma estante que estava repleta de livros e pergaminhos. Naruto
não duvidava nada de que todos aqueles livros eram
pervertidos.

O grisalho ficou procurando por um tempo. Mexia em todas


as prateleiras e vez ou outra murmurava algo que Naruto não
entendia muito bem.

— Aqui está! — Kakashi lhe entregou um livro de capa


marrom que variava entre tons mais escuros e outros mais
claros.

— Eto... — Naruto franziu a testa.— Esse não parece um dos


livros do Ero-sennin.

— Pode não parecer, mas é. Jiraiya-sama pediu para que eu


entregasse a você quando... Você sabe... Quando começasse a
se interesar por mulheres.

— EU SEMPRE ME INTERESSEI POR MULHERES!


Kakashi deu de ombros.

— Não importa. Esse é um manual para você... Hã... Enfim...


Ele é seu. — O Hokage não estava nenhum pouco afim de
explicar o que Naruto faría com o livro. Só esperava que ele
pelo menos lê-se com atenção.

— Sugoi... — murmurou se impresionando com o conteúdo


do livro. — Era exatamente isso que eu precisava!

— Pensei que vocês ficariam mais tempo em Ryokan. —


Kakashi comentou enquanto ia até a cozinha para pegar um
copo d'agua. — A Hinata está no clã?

Naruto coçou a nuca envergonhado.

— Ela... Ela meio que não sabe que eu estou aqui. Então...
— Kakashi o olhou atônito. — Ela estava dormindo... Quando
sai...

— Espera! — Kakashi passou as mãos pelo cabelo. — Você


está me dizendo que esperou sua mulher dormir para sair
escondido, veio até Konoha para me pedir um livro e deixou sua
mulher sozinha em plena lua de mel!?

— B-Bem... Se olharmos dessa forma...

— A Hinata deve estar chateada com você Naruto! Você


não pode fazer uma coisa dessas! — o repreendeu.

— Ela não vai saber sensei! Vou voltar rápido e ela ainda
estará dormindo. — bem, era o que ele esperava.

— Certo. — Kakashi suspirou.

Naruto guardou o livro dentro do casaco.


— Eu já vou indo. — avisou. — Obrigado por tudo Kakashi-
sensei!

[...]

Naruto voltava para Ryokan voando, sim... Essa era uma


grande vantagem de ter o chakra de Kurama, sua viagem
duraria cerca de duas horas no máximo. Enquanto voava,
Naruto lia o livro que havia ganhado.

— Introdução... Hum... Como utilizar esse livro... — Naruto


ia passando as páginas sem lê-las.

"O que você está fazendo?" Kurama indagou confuso.


"Você não deveria ler o livro todo?"

— Todo mundo sabe que é uma perda de tempo ler o início


dos livros! Vou logo para as partes importantes. — disse
convicto. — Anatomía... — Pulou.

"Você deveria ler essa parte."

— Não enche o saco! — resmungou. Alguns pingos de chuva


começavam a desabar sobre eles. — Merda!
Naruto guardou o livro rapidamente e pousou próximo a
uma caverna que iria lhe servir de abrigo.

A chuva engrossou rápido e em segundos o céu já era


coberto por raios e trovões. Era perigoso voar naquelas
condições e, caso resolvesse ir por terra, acabaría molhando o
livro e pior: ficaria doente.

— Pelo menos vou conseguir ler um pouco. — refletiu.

Acendeu o fogo com alguns pedaços de madeira que


estavam ali. Se sentou e voltou a folhear o livro, porque ler era a
última coisa que ele fazia...

[...]

Naruto chegou a Ryokan com uma hora de atraso. Havia


lido algumas partes que ele havia considerado importantes
como: "Aprenda a não errar o buraco."

Convenhamos que seria um pouco mais útil se o Uzumaki


lê-se as partes que realmente eram importantes.

Andou pelos corredores na ponta dos pés. Não queria


acordar a esposa e muito menos inventar uma mentira caso ela
perguntasse sobre seu paradeiro. Abriu a porta do quarto
lentamente, mas quase pulou de susto ao ver Hinata sentada no
futon com a cabeça entre os joelhos. Jurava que ouviu um
soluço vindo dela, ótimo! Fazê-la sofrer era a última coisa que
ele queria!
Notou que ela ainda não havia o percebido. Andou até ela e
se sentou em sua frente. Engoliu em seco. Levou sua mão até
os cabelos negros e a chamou:

— Hina...

A mulher ergueu a cabeça atônita e com os olhos inchados,


encontrando os olhos azuis lhe fitando com receio. Naruto
achava que provavelmente ela lhe xingaria e faria um mundo de
perguntas, mas tudo o que recebeu foi um abraço apertado e
mais lágrimas.

— N-Naruto-kun... — ela choramingou.

— Não precisa chorar Hina... Por favor, não chore. — ele a


apertava cada vez mais contra si.

Varias coisas se passaram na mente da ex-Hyuuga ao


acordar e não encontrar o marido ao seu lado. E uma lhe
perseguiu durante todo o tempo que esteve só: ele havia a
abandonado.

A idéia lhe pareceu absurda de inicio, mas a cada segundo


que se passava lhe parecia mais provável.

— E-Eu estava preocupada. — admitiu ao solta-lo. Naruto a


segurava pela cintura enquanto ela lhe segurava pelos ombros.
— Aonde foi? Eu não senti você por perto.

— Eu fui dar uma volta Hina... Nada demais.

Ela não queria engolir isso. Dar uma volta de madrugada? O


loiro havia passado muito tempo fora para simplemente dar uma
volta. Ela encarou as safiras, mas ele desviou o olhar. Ele
mentia e ela tinha total ciencia disto.
Ela balançou a cabeça assentindo.

— A chuva me atrasou, por isso demorei. — ele explicou. —


Não está com raiva de mim, não é?

— Não... Está tudo bem. — ela lhe garantiu.

Naruto sorriu e se aproximou lhe dando um selinho, mas


quando foi se afastar a Uzumaki impediu. Hinata levou suas
mãos até o rosto do amado, não queria somente um mísero
selinho. Queria mais, queria o gosto, o cheiro dele, queria ser
amada por ele, fazer amor com ele.

Naruto continuava lhe segurando pela cintura. A trouxe


para mais perto por instinto. A mulher comandava o beijo pela
primeira vez desde que namoravam. Estava corada, mas estava
ainda mais determinada a conseguir o que queria.

Ela aprofundou o beijo e ele lhe correspondeu de imediato.


As pequenas mãos puxaram os fios loiros com força e, depois
de muito esforço, Naruto finalmente entendeu o objetivo dela.
Segurou as finas mãos quando ela tentou tirar seu casaco.

— Hinata... Eu preciso de um banho. — se sentía horrível


por acabar com aquele momento.

Naruto se assustou ao ver o semblante de frustração dela,


mas ele não durou sequer um segundo.

— Tudo bem...— ela voltou a se sentar enquanto tentava


regular sua respiração.

Naruto andou até o guarda roupa e escondeu seu livro


numa das gavetas do fundo. Pegou algumas roupas e caminhou
até o banheiro, mas antes escutou a voz de Hinata:
— E-Eu vou te esperar... — avisou.

— Não precisa... P-Pode dormir. Eu vou demorar. — sequer


olhou a reação da esposa. Entrou rapidamente no banheiro e
fechou a porta.

Hinata não soube o que fazer.

Ela se sentiu rejeitada. Rejeitada pelo próprio marido,


rejeitada pela pessoa que mais ama.

Ficou um tempo encarando a porta do banheiro.

Porque ele fez aquilo? Porque ele sempre fugia? Hinata não
sabia qual era o problema.

Seu peito se comprimiu. Doía, doía tanto aquilo. Será que


ele não percebia? Ele não sentia nada quando dizia aquelas
coisas?

Ele se arrependia?

Ela secou as lágrimas rapidamente. Puxou o lençol e


deitou. Seu corpo se encolheu por conta do frio que fazia. Ficou
um tempo deitada até escutar a porta do banheiro se abrir.
Estava com os olhos abertos. Ficou em silêncio quando sentiu o
futon afundar.

— Hinata? — Naruto a chamou. Ela estava de costas para


si. O tom de voz do loiro parecía temeroso e culpado. — Está
dormindo?

— Não... — respondeu baixo. Não podia negar, estava


sentido raiva e chateação. Como ele poderia dizer tudo aquilo e
depois vir conversar consigo como se nada tivesse
acontecido?
— Ah... — suspirou desconfortável.

Ele foi se cobrir com o lençol e então, pela primeira vez


desde que chegou, notou a roupa da esposa. Ela estava usando
somente uma camisola curta que deixava nitidamente a mostra
sua pele. No caso, deixava bem exposto o quadril largo e
volumoso, tampado somente por uma mísera calcinha fio dental.

"Puta. Que. Pariu".

Hinata havia planejado uma noite animada, estava bem


nítido isso.

— Você se arrepende de ter casado comigo?

A pergunta repentina quase o fez engasgar. Por instantes


pensou que Hinata havia planejado cada ato seu e quando ele
estivesse admirando o belo corpo feminino, ela acabaría lhe
fazendo uma pergunta com um duplo sentido, mas notou que
esse não era o caso.

— Claro que não! — respondeu convicto. — Porque está me


perguntando isso?

Hinata mordeu o lábio.

— V-Você não me deseja. — afirmou triste. — Não me toca


mais... Foge de mim...

As orbes azuis se arregalaram. Como assim ele não a


desejava? Só de olhar para aquele corpo ele já estava
enlouquecendo!
Naruto se aproximou e roçou seu corpo ao dela. Não sabia
o que fazia direito, mas ela pensar que ele não a desejava
estava fora de questão. Hinata quase pulou ao sentir algo duro e
grande passar entre seu quadril.

— Como você pode dizer isso? — ele a abraçou pela cintura


puxando-a contra seu corpo. — Foi você que me deixou assim...
Você me excita até sem perceber. — sussurrava cada palavra
de modo arrastado contra o ouvido dela. — Você não tem idéia
de como eu desejo você Hinata.

— E-Então porque você se esquiva? Eu quero você. — ela


segurou a nuca dele contra seu pescoço. — Me faça sua...
Agora.

Naruto quase cedeu ao desejo.

— Me dê um tempo... Por favor. Eu sei que você também


tem o direito de pedir... Mas eu prometo que eu vou cumprir com
minha promessa.

Hinata mordeu o lábio pensativa.

— H-Hoje a noite... Você tem até hoje a noite, nada mais. —


ela tirou sua mão da nuca dele e a levou até o próprio peito. De
onde surgiu toda aquela coragem?

— C-Certo... É tudo o que eu preciso. — ele ia se afastar,


mas ela o impediu.

— D-Durma assim comigo hoje... E-Eu quero sentir você. —


ela puxou a mão dele até enrosca-la em seu corpo.
Podia sentir o peitoral dele contra si, a respiração batendo
em sua orelha e claro... O membro teso e, porque não, pulsante
contra seu quadril.

— Você quer me enlouquecer? — ele passou a mão até o


bumbum dela e o apertou. Ah aquilo era bom, muito bom!

— S-Será seu castigo. — respondeu. Agradeceu a Kami por


Naruto ter voltado a mão para sua cintura, não conseguiria
segurar outro gemido.

— Sim senhora... — brincou.

[...]

— Naruto-kun... Acorde. — Hinata tentava acorda-lo, mas


parecia inútil.

Ela já havia acordado a algum tempo. Foi meio complicado


se levantar, ainda mais porque Naruto segurava firmemente seu
corpo. Quando conseguiu, o loiro simplesmente acabou virando,
ficando de barriga para baixo.

— Só mais cinco minutos... Onegai. — pedía manhoso. —


Está muito cedo...

— Naruto-kun já é quase a hora do almoço... Acorde vamos.


Eu trouxe seu café. — acariciou os fios loiros.

Naruto resmungou algumas coisas, mas se levantou.

— Isso tudo é culpa sua. — acusou. Hinata franziu o cenho.


— Eu não consegui dormir... Você foi muito má ontem. — ela
corou. Naruto teve que se lembrar até da morte da bezerra para
conseguir dormir.

— V-Você mereceu. — se defendeu. Naruto lhe deu um beijo


na bochecha.

— Eu sei... — ele pegou a bandeja que ela estendia. — Onde


vamos hoje? — mordeu uma maçã.

— Acho que numa feira... Algo assim. — Naruto murmurou


algo como: "Que chato". — Mas... S-Se você quiser podemos
ficar aqui.

— Eu tô brincando... — riu. Tinha que arranjar um jeito de


aprender algo com aquele livro o quanto antes. — Eu sei que
você gosta dessas coisas.

— Obrigada... — ela sorriu.

Assim que Naruto terminou seu café, ele se levantou e se


arrumou para o dia que teriam. Hinata o esperava
pacientemente enquanto arrumava o futon, sabía que as
camareiras entrariam ali para arrumar o quarto logo depois de
saírem, mas ela mesma resolveu arrumar.

Não conseguia tirar da cabeça o que ela e o loiro fariam.


Kurenai já havia lhe dito que era comum e até normal não sentir
tanto prazer na primeira vez. Por isso não tinha dado tanta
importância ao fato como Naruto deu, mas não podia negar sua
curiosidade.

O casal acompanhou os turistas até a feita que acontecia


no centro da cidade. E finalmente as fãs histéricas apareceram.
— Não acredito nisso! — Naruto resmungou. Um grupo de
garotas formou uma roda ao redor do casal, deixando ambos
desconfortáveis.

— Naruto assina minha testa! — uma garota que vestia uma


camisa rosa pediu. A camisa dizia: "NARUTO, AMOR
INCONDICIONAL".

— NÃO! — protestou outra garota que estava vestida com


as mesmas roupas laranjas que Naruto usava anos antes. — Ele
vai assinar a minha!

— Naruto-kun... — Hinata tocou o ombro do loiro ao ver que


ele estava prestes a xingar as garotas.

— Eu sei... — ele suspirou derrotado. Não podia


simplemente expulsar todas aquelas garotas dali, mesmo que
estivesse louco para fazê-lo.

— Naruto você é tão lindoooo! — alguém gritou no meio da


multidão.

— Eu mereço... — revirou os olhos.

— Naruto-kun... Eu vou ali... — apontou para uma barraca


que vendia alguns livros. Não ficava nem quatro metros de
distância. — Tudo bem?

— Não me deixe sozinho com essas loucas pelo amor de


Kami! — implorou. Hinata riu pelo exagero do namorado.

— São só adolescentes Naruto-kun. — na verdade era uma


multidão de adolescentes que estavam loucas para arrancar
qualquer pedaço do loiro.
Naruto reclamou algo como: "Elas vão me comer vivo! E
você vai ser viúva mais cedo!"

— Naruto me beija!! — uma menina de no máximo quatorze


anos pediu.

— Eu... Hã... Não... — Naruto pensou que a esposa faria


algo, mas ela continuou sorrindo.

— Eu já vou indo Naruto-kun... — Hinata avisou gentil. Ela


se aproximou do loiro e lhe tirou o fôlego com um beijo ardente
e apaixonado. Antes que o beijo acabasse ela olhou para cada
adolescente ali, mas não pense que ela estava com um sorriso
gentil.

Puxou o cabelo do loiro pela nuca e sussurrou em sua


orelha:

— Dê autógrafos, tire fotos... Mas se eu ver você beijando


alguma delas, eu ficarei viúva por conta própria.

Hinata se afastou deixando um Naruto completamente


pasmo.

"Sua fêmea é tão doce". Kurama zombou.

"Calado!"

[...]
— Eehh? Porque você não quer me mostrar o que comprou?
— Naruto cruzou os braços emburrado por ter seu pedido
negado.

Já estavam voltando para Ryokan. Depois do encontro nada


agradável com suas fãs, Naruto voltou a se encontrar com a
esposa, mas ela se negou a mostrar o livro que havia comprado.

— N-Não é nada, já disse... — Hinata corou. Naruto suspirou


derrotado, sua mulher sabia ser teimosa quando quería.

— Hum... — ele a puxou para mais perto roubando-lhe um


beijo. — Já disse que você fica linda com ciúmes?

Hinata balançou a cabeça negando. Se odiou depois de


fazer aquela cena, mas o ciúme falou mais alto no momento.

— Eu pensei que elas parariam com isso quando nos


casamos. — disse com pesar.

Ambos caminhvam pelos corredores, mas de repente


Naruto parou.

— O que foi Naruto-kun? — Hinata indagou ao vê-lo ficar


tenso.

— N-Nada...

"Você esqueceu do clone idiota! Desfaça-o logo!"

"Eu já percebi! Poderia ter me avisado antes!"


Naruto assim fez. Uma enxurrada de informações
apareceram de repente em sua mente, deixando-o tonto. Era
informação demais!

— Naruto-kun! Cuidado! — Hinata o segurou, impedindo que


ele batesse contra a parede. — Vamos... Vou te levar na
enfermaria.

— Não Hina... Não precisa. Já passou. — afirmou.

Ela assentiu com a cabeça hesitante. Disse ao loiro para


que tomasse banho primeiro e que ele descansasse. Naruto se
deitou na cama e ficou a esperar a mulher que já estava
tomando banho.

"Porque está com essa cara?" Kurama indagou com seu


habitual tom entediado.

"EU ESTOU PERDIDO! E-Eu não entendi nada desse livro!"

"Eu avisei que era para você ler o livro todo... Mas o que
você fez? Simplesmente me ignorou seu humano irritante! "

"Tá! Tá! Eu preciso da sua ajuda! O que é essa coisa...


Esse tal de clinolis... Não, não! Cli-Clitóris?"
"Como é que eu vou saber!? Você que é o humano aquí!"

"O QUE EU FAÇO?"

"Não me interessa o que você vai fazer! Apenas se vire com


a menina Hyuuga".

— Kurama? Kurama você não pode fazer isso comigo! Não


vá dormir agora! Kurama! Volte aquí!

— Naruto-kun? J-Já se sente melhor? — ergueu seu olhar


encontrando o par de pérolas lhe fitando com preocupação. Ela
usava uma camisola do mesmo tamanho que a anterior. Era ela
de seda e deixava por parte dos seios exposta.

— S-Sim... J-Já melhorei... Eu... Hã... Você... Você está


linda.

— O-Obrigada. — ambos olharam um para o outro sem saber


o que fazer.

Hinata tentou tomar o máximo de coragem que conseguia,


o que não foi muito, mas sim o essencial para conseguir dar os
primeiros passos até o loiro.

Naruto se ajoelhou na cama ao ver que ela se aproximava.


Talvez devesse ter ido busca-la no caminho, mas isso não
passou em sua mente ao vê-la daquela forma. Ela parecia tão
confiante... Estava tão sexy vestida daquele jeito!
Hinata se ajoelhou em frente a ele. Mordeu o labio inferior
ao notar que ele fitava seus seios descaradamente.

— Hinata... — ele engoliu em seco. — Acho melhor... A-Acho


melhor deixarmos isso para amanhã... Eu não sei o que fazer...
Eu não...

Naruto fora calado por um beijo tímido e carinhoso.

— V-Você não vai fugir mais... F-Fizemos um acordo e você


concordou com tudo. — Hinata segurou nas mãos dele, ambas
ficaram próximas às coxas alvas.

— Eu sei, mas... E-E se acontecer de novo? Tudo sair um


fracasso!?

— Não vai... — ela lhe garantiu.

Ele queria mesmo ter certeza daquilo.

Ela deixou as mãos do marido em suas coxas e subiu as


mãos para os ombros dele. As safiras lhe fitavam com atenção e
surpresa. Hinata estava corada, mas não ligou.

Roçou os lábios dele contra os seus. Iriam devagar, sem


pressa, sem receio. Um beijo lento se iniciou, apenas sentiam
um ao outro. Naruto acariciava as coxas roliças, mas não tinha
idéia da tortura que proporcionava fazendo isso. A cada
movimento Hinata pensava que ele a tocaria, mas ele não o fez.

Quando o ar fez falta, ela lhe beijou o rosto, desceu para o


maxilar e finalmente chegou ao pescoço, onde começou a
distribuir beijos tímidos.

— O que você está fazendo? — Naruto se deliciava com as


caricias.
— Kurenai-sensei disse que deveríamos deixar as coisas
fluírem. — respondeu sem olha-lo. — Instinto... A-Acho que
deveríamos segui-lo.

Mas ele já havia seguido o instinto uma vez. E


sinceramente ele não sabia como expressar seu
arrependimento.

Naruto a puxou pela cintura com delicadeza. As orbes


peroladas aguardaram ansiosas o próximo movimento.

Ele a imitou. Primeiro lhe deu um beijo cálido e em seguida


desceu para o pescoço. E isso surgiu um efeito que ele não
conhecia.

Os gemidos.

Hinata havia gemido na primeira vez, mas aqueles eram


gemidos de dor. Gemidos estes que ele nunca mais queria
escutar.

— Naruto-kun... Ahn... — ela não conseguia segurar os sons


baixos que escapavam de sua garganta.

Naruto sentiu seu membro pulsar dentro da calça.

Deitou a mulher sobre o travesseiro e se pôs sobre ela.


Continuou dando atenção ao pescoço e de vez em quando
beijava os ombros. Ela acariciava os fios loiros e, com a outra
mão, tentava inutilmente tirar a camisa que ele usava.

Demorou um tempo até ele perceber, mas finalmente a


ajudou naquela missão. Jogando a camisa para longe. Hinata já
havia o visto sem camisa diversas vezes, mas aquilo era
diferente. Ela podia aperta-lo agora, mordê-lo... Arranha-lo!
Corou ainda mais ao pensar nessas coisas. Desviou o olhar ao
ver que ele lhe fitava com uma sobrancelha erguida.

Naruto estava entre suas pernas. Não sabia o que faria


agora. Já havia beijado o pescoço, não poderia ficar só
naquilo! Como se chamava essas coisas mesmo? Preliminares?
Mas como ele ia adivinhar onde toca-la? Onde ficava esse
clitóris? Maldita hora em que ele resolveu não ler a parte de
anatomia do livro!

Hinata esperava paciente, mas não podia negar que aquela


demora já estava deixando as coisas... Hum... Frías.

— A-Algum problema? — indagou.

— N-Não... — Se ele perguntasse:"Hinata, querida, você


teria um mapa do seu corpo sobrando aí? " Será que ela o
responderia? Não... Com certeza não!

— T-Tire a minha roupa. — ela propôs.

Naruto quase gritou um palavrão ao não notar algo tão


óbvio. Era claro que ele deveria ter feito isso a muito tempo!

Ele puxou a seda meio sem jeito. Hinata se ergueu para que
ele conseguisse tira-la sem problemas, mas, ao tentar acelerar
o processo, puxando-a de uma vez para cima, ele acabou
rasgando o material.

— Que droga! M-Me desculpe! Eu não queria rasgar! Mas


que droga Naruto! — se xingou. — Hinata me desculpa! Eu vou
comprar outra para você!
— N-Não tem problema Naruto-kun. — disse gentil. Ela
havia adorado aquela camisola, mas tinha que se concentrar em
outras coisas agora. — Continue...

Ele puxou os cabelos aflito. Ajudou ela a tirar o restante do


pano que havia sobrado, revelando finalmente os seios grandes
e rosados. Naruto tinha pelo menos uma idéia do que fazer com
aquilo.

— P-Posso? — indagou receoso. Extremamente corada, ela


concordou com a cabeça.

Naruto suspirou. Ele tinha que reverter aquela situação. Ele


ainda estava entre as pernas da mulher que continuava imóvel.
Levou a mão direita até o seio esquerdo dela.

COMO É QUE ELE NÃO HAVIA OS NOTADO DIREITO NA


PRIMEIRA VEZ??

— S-São macios e pesados... — comentou após segura-lo.


Apertou levemente o seio escutando um gemido baixinho da
mulher. — G-Gosta quando faço isso? — apertou ambos os seios
esperando alguma reação.

Hinata concordou com a cabeça enquanto desviava o olhar.


Não sabia como ainda não tinha desmaiado.

Naruto se aproximou e se sustentou com o cotovelo no


futon. Os bicos rijos chamaram a sua atenção, mas ele tinha
certeza que aquilo não era o tal clitóris. Fitou a Uzumaki. Ela
estava com a respiração descontrolada, seu colo subía e descia
sem parar. Demorou, mas Naruto finalmente percebeu. Seu
membro estava roçando contra a intimidade da morena. A cada
movimento que ele fazia, Hinata se mexia embaixo de si, como
se buscasse mais contato.

Deixou os pensamentos de lado ao senti-la puxar os fios


loiros para mais perto. Naruto se aproximou e beijou o bico de
um dos seios. O que eram aquelas bolinhas ao redor? Deu de
ombros ao sentir a morena suspirar. Fez o mesmo no outro e
finalmente ele o chupou. Hinata quase pulou com aquilo, foi
tão de repente!

Gemidos eram sinais que ele estava indo bem, não é?

Sem querer ele acabou mordendo o bico. Olhou atônito para


Hinata, mas ela estava com a cabeça jogada para trás. Sentía
as mãos femininas lhe puxando para continuar. Ele entendeu
isso como: "Não se preocupe, estou bem! Mas pelo amor de
Kami, não pare!"

Trocou o seio fazendo o mesmo. Nota mental: Nunca se


esquecer dos seios!

Passou a língua nas aureolas rosadas, deixando um pouco


de saliva escorrer por ali. Sua calça estava mais quente do que
de costume. Os pés da morena puxavam para baixo, mas, como
Naruto estava acima de si, era impossível tira-la. Hinata sentía
o membro teso roçando em si. Se sentía tão quente, tão
sensível... Precisava logo acabar com aquele fogo que lhe
consumia! Ou acabaría explodindo.

— Hinata... — Naruto a chamou. — Eu quero tentar uma


coisa... T-Tudo bem? Você pode me parar quando quiser.

Ela assentiu.
Naruto desceu para a intimidade da mulher. Era somente
uma calcinha que lhe separava daquilo. Um mísero pedaço de
pano!

Fez o máximo para não rasga-la, era ainda mais delicada do


que a camisola. Passou os dedos sobre o pano úmido. Tinha lido
algo no livro sobre isso. Sim, sim! No tópico fluídos! Aquílo era o
tal lubrificante, isso ele sabia. Arredou o pano para o lado e
tocou o líquido com os dedos.

— Ah! — Hinata gemeu. Sentía seu clitóris pulsar, queria


tanto que ele lhe tocasse ali...

Naruto sorriu de lado. Puxou a calcinha para baixo, jogando


ela a metros de distância. E então ele admirou. Admirou cada
pedaço daquela mulher. O rosto levemente corado, os seios
fartos, o quadril avantajado e finalmente a intimidada rosada
que lhe chamava para cada vez mais perto.

Ele não sabia como se chamava cada pedaço daquilo.


Sabía qual era o buraco certo, isso ele tinha certeza que não iria
errar. O clitóris ficava em alguma parte daquele lugar, mas
onde? Bem... Ele tinha que ler aquele livro de novo! Mas agora
não era o momento. Se aproximou um pouco mais e analisou
mais de perto o lugar. Hinata se remexeu desconfortável.

Naruto passou seus dedos sobre os lábios vaginas, mesmo


não imaginando o nome disso. Hinata arqueou o corpo e por
impulso fechou as pernas, Naruto quase teve sua cabeça
esmagada, mas conseguiu desviar a tempo.

— Te machuquei? — perguntou preocupado.

— N-Não...
Ela voltou o corpo para como estava. Era estranho ficar
daquela forma para ele... Tão exposta. Naruto decidiu deixar os
dedos de lado. Passou a língua no ponto mais alto do lugar. Ele
não tinha idéia do que era aquilo, mas percebeu que ela havia
gostado. Passou uma das pernas dela por cima de seu ombro e
segurou a outra, nunca se sabe quando Hinata vai querer
esmagar sua cabeça novamente. Com força ele começou a
chupar algo parecido com um capuz. O bendito clitóris!

— Anh... N-Naruto-kun... Aí... — Naruto a olhou preocupado


quando ela começou a empurra-lo para longe de si.

— O que foi?

— D-Devagar... Assim dói. — explicou envergonhada.

Naruto suspirou. Tinha que aprender a se controlar. Ele


jurava que se continuasse assim acabaría gozando dentro da
roupa! Ele precisava se acalmar, mas parecia impossível com
Hinata gemendo daquele jeito.

Começou a passar a língua por toda extensão. A penetrou


com a língua e então os gemidos somente aumentaram. Hinata
começou a puxar seu cabelo com força.

— M-Mais... Naruto-kun...

Ele rapidamente atendeu ao pedido.

Com uma das mãos ele começou a tirar o restante de suas


roupas. Quase gritou de alivio ao tirar o membro da cueca. Ele
se ergueu escutando um gemido de protesto da Uzumaki.

— Eu sei que já é um pouco tarde para falar isso, mas... S-


Se doer me avise.
— T-Tá. — ela respirou fundo ao se lembrar da dor. Era
aguda, forte... Como se algo estivesse se rasgando dentro de si.

Naruto posicionou seu membro e suspirou. "Se controle!


Não perca o controle!" Recitava como um mantra.

— Ah... Hinata... É-É tão bom... — revelou ao penetra-la por


completo.

Hinata fez uma careta, mas logo foi substituída. Ainda doía,
mas a dor era suportável.

Naruto começou a se mover devagar. Não conseguia


manter um ritmo, mas fazia o possível. Hinata prendeu suas
pernas ao redor da cintura do loiro, buscando ainda mais
contato. Naruto parecía decidido a não aumentar a velocidade.
Ele se abaixou ficando na curva do pescoço da morena. Ela
arranhou suas cortas com força, mas pelo visto ele não havia
entendido o recado.

— Naruto-kun... Mais rápido...— Hinata não sabia porque,


mas não sentia tanto prazer no momento. Por alguns instantes
pensamentos nada necessários começaram a aparecer em sua
mente, algo como: "O que será que vamos fazer amanhã? Hoje é
que dia? Tenho que comprar uma camisola nova."

Tentou se concentrar no que faziam, mas parecia


impossível. Ela havia esfriado e não entendia o motivo.

— Uh... Hina... Você me deixa louco! — Naruto a beijou com


favor ao mesmo tempo em que aumentava os movimentos.

Para ele tudo estava maravilhoso, pena que Hinata não se


sentia da mesma forma. Ela simplesmente não sabia o que
fazer... Dizia a ele que não sentia nada ou deixava-o continuar
até chegar ao ápice? A segunda idéia lhe pareceu mais certa.

Naruto continuou por um longo tempo. Queria que ela


sentisse prazer, então decidiu que seria melhor atrasar um
pouco as coisas para o seu lado, mas ele não aguentou por mais
tempo.

Depois de mais algumas estocadas ele se derramou dentro


dela. Estava completamente exausto. O suor escorria por todo o
seu corpo e sua respiração estava completamente
descontrolada. Se jogou ao lado de Hinata e tentou se controlar.

Estava feliz, pensava que finalmente havia conseguido


alcançar seu objetivo. Encarou a esposa com um gigantesco
sorriso no rosto, mas que foi logo desaparecendo ao notar o
olhar perdido no teto.

— Hinata? — ele chamou sua atenção. Ela estava suada e


cansada também, mas não parecia ter tido um orgasmo. Ela não
sorria, estava fría, perdida num mundo completamente diferente
do atual. — Aconteceu de novo... Não foi? Eu estraguei tudo de
novo! DROGA!

— N-Não! Você não estragou nada Naruto-kun! — ela tentou


defendê-lo. — Eu... Eu acho que eu tenho algum problema, não
sei...

— Não Hinata! — ele bradou irritado. Se sentou na cama


ficando de costas para a mulher. Puxou os cabelos com força.
Porque ele não conseguia? Ele havia feito tudo que o livro dizia!
— Você sabe que a culpa é minha. — murmurou.

— Aonde vai? — ela se sentou na cama ao vê-lo se levantar.


— Não se preocupe, não vou muito longe dessa vez. —
andou até o guarda roupa e pegou o livro que havia ganhado,
escondendo-o rapidamente no casaco.

— Fique aquí... — Hinata pediu angustiada.

— Não se preocupe... — ele repetiu. Se aproximou dela e


lhe deu um selinho. — Eu vou cumprir com o que eu prometi...
Mesmo que eu precise ficar a noite inteira acordado para isso.

Naruto saiu do quarto pela porta dos fundos. Hinata não


entendeu o que ele quis dizer. Se deitou novamente no futon e
tentou dormir, mas não conseguiu.

As horas se passaram e Naruto ainda não havia voltado.


Pensou em sair para procura-lo, mas desistiu.

Ela sabia, Naruto só voltaria quando tivesse certeza que


iria conseguir cumprir o que prometeu.

Capítulo 3 - Capítulo III

O sol já se erguia com toda sua glória. Algumas nuvens


flutuavam pelo céu, como se não fizesse diferença alguma a
presença daquela estrela exuberante. Era como se dissessem:
"Oh, você está aí? Humpf, pouco importa. Veja como flutuo!"

Tenho absoluta certeza que o sol ficaria extremamente


ofendido...

Alheio à tudo ao seu redor, Naruto lia pela vigésima vez o


livro. Sim, ele havia lido vinte vezes seguidas e estava pronto
para ler ainda mais.

E aonde ele estava?


Há! Simples de responder. Ele estava a alguns quilômetros
ao norte de Ryokan, dentro de uma floresta que ficava próxima
a fronteira, no topo da maior árvore que conseguiu avistar.

Viu, eu disse que era simples. Qualquer pessoa faria o


mesmo, certo?

Bem, não importa...

"Será que você poderia me explicar mais uma vez o porquê


disso tudo?" Kurama indagou.

"Como se você não soubesse! Faço tudo pela minha Hime!"


Ele voltou a abrir o livro para lê-lo mais uma vez. "Página 1
Introdução..."

"Eu não estou falando disso rusculho! Porque você teve


que vir até aqui para ler a porcaria desse livro!? Você podia
simplemente ficar do lado de fora do quarto!"

"Rus... O que?" A raposa contou até dez. Ainda não sabia


como havia aguentado toda aquela idiotice durante todos esses
anos. " Bem... E-Eu não tinha pensado nisso, mas não importa!
Agora pare de me atormentar, estou ocupado! Ainda não
descobri onde errei..."

"Eu já te disse que esse livro é inútil! Eu sei onde você


falhou."

"Sabe?" Naruto arqueou a sobrancelha. Kurama assentiu,


prestativo ele começou a explicar:

"Vejamos... Vou tentar explicar de uma forma simples."


"Estou esperando."

"Você já escutou aquela frase... As santinhas são as


piores?" Naruto pareceu pensar pensar por algum tempo.

"Acho que o Ero-sennin já disse algo assim, mas o que isso


tem a ver!?"

"É simples garoto... Talvez ela queira algo mais...


Selvagem." Kurama sorriu malicioso ao mesmo tempo em que
sacudia suas caldas.

Naruto franziu a testa pensando. Algo mais selvagem? Que


diabos sería isso? Em sua mente ele analisou o semblante da
raposa, finalmente chegando a sua conclusão.

"Eeehh!?? NÃO! NÃO! NÃO! Se você está pensando em


tocar a minha mulher já pode ir tirando seu cavalinho da chuva!
ISSO NUNCA VAI ACONTECER!" Kurama rolou os olhos.

"Eu não estava falando disso e, mesmo que eu estivesse,


tenho certeza que faria um trabalho muito melhor do que você!"

Naruto cerrou os punhos com força. Saber que outro


alguém poderia fazer Hinata feliz deixava-lhe atormentado. Ele
seria capaz de deixa-la ser feliz com outro?

Não!

Nunca!
Não ligava se estava sendo egoísta, ele não deixaria que
ela fosse embora nunca e se fosse ele mesmo a buscaria e, se
necessário, a prenderia em casa, mas nunca, em hipótese
alguma, ele a deixaria ir.

Faria o impossível para fazê-la feliz. Não deixaria que ela


tivesse motivos para deixar de ama-lo, ele se tornaria o homem
perfeito em todos os aspectos. E o primeiro seria aprendendo
tudo o que podia com aquele livro.

"Eu não me importo com o que você diz!" Respondeu para


a raposa. Decidido a ignora-la de vez, ele voltou a se concentrar
no livro. "Agora fique quieta para que eu termine. Quero voltar
antes do amanhecer!"

"Hum... Então acho melhor se apressar."

"Ah é? E porque?" Seu tom ironizado mostrava o quanto


ele tentava se controlar para não discutir com aquele ser.

"Já amanheceu a muito tempo."

Os olhos do loiro se esbugalharam ao notar que Kurama


não mentia. Por quanto tempo ele ficou ali!? Se ergueu do galho
e olhou para o sol, ainda era cedo, mas era provável que em
pouco tempo Hinata acordaria.

Guardou o livro, ignorando Kurama que voltava a irrita-lo.


Ainda mataria essa raposa um dia. Espera... Se ela morresse,
ele também morreria... Então... Aagrh! Coçou a cabeça com
força. Isso era complicado!
Usou o chakra para voltar o mais rápido que podia.
Internamente ele implorava que Hinata estivesse dormindo, mas
sua mente se concentrou em outra coisa.

Kurama teria razão?

Hinata gostaria mesmo de algo mais "Selvagem"?

[...]

Hinata se remexeu na cama inquieta. Já havia se passado


doze horas. Doze horas e ele ainda não havia voltado.

Ele disse que não iria longe.

Ele disse que não demoraria.

Ele disse que voltaria.

Mas por que diabos ela não conseguia acreditar ou


simplemente aceitar!?

Fechou os olhos com força e suspirou.

A noite anterior não havia sido de todo ruim, muito pelo


contrário! Ela havia descoberto sensações que nunca antes
sentira. E não podia negar que durou muito mais tempo do que a
primeira vez.

Então isso significa que estavam progredindo! Aos


poucos... Mas estavam!
Sorriu ao pensar dessa forma. Ela notava que ele realmente
havia se esforçado, ele foi tão carinhoso, atencioso, desajeitado
da forma que ela amava, mas incrível do mesmo jeito.

Era claro que ele estava inseguro, oras, ela também estava!
Mas ela confiava nele, ela estava com quem sempre quis e não
deixaria a insegurança estragar as futuras noites que teriam.

Lembrou-se do livro que comprara, esperava que ele fosse


útil... Talvez sería bom lê-lo agora... Naruto provavelmente iría
demorar mais um pouco...

Quando decidiu se levantar para apanha-lo, escutou a porta


dos fundos ranger e logo após a figura masculina que tanto
conhecia apareceu.

— Naruto-kun... — ela sussurrou baixinho.

— Acho que demorei... Um pouco. — ele coçou a nuca


envergonhado. Hinata assentiu cabisbaixa.

Ela se sentou no futon e o observou tirar o casaco e ir até o


guarda roupa. Ele parecia cansado.

Ele havia mesmo ficado acordado a noite inteira?

— Dormiu bem? — ele indagou ao sentar-se ao seu lado.


Hinata notou que ele estava com olheiras. É ele não estava
brincando quando disse que ficaria acordado.

— Sim. — ela respondeu. Levou uma de suas mãos até o


rosto bronzeado e acariciou de leve. — Você me parece
cansado... — ela comentou. Naruto fechou seus olhos
apreciando o carinho, começou a cochilar sem perceber. —
Naruto-kun...?
— Hã?... O que? — ele se abaixou e deitou no colo de
Hinata, abraçando-a pela cintura. — Eu só estou com um pouco
de sono... — pegou uma das mãos da morena e a colocou de
volta em sua cabeça.

Hinata estava um pouco corada, mas logo passou.


Começou a fazer um cafuné em Naruto que aos poucos ia se
entregando ao mundo dos sonhos.

Mas parecia que não seria tão cedo assim...

Escutaram alguém bater na porta.

— Que droga... — Naruto murmurou.

Hinata estava prestes a se levantar, mas Naruto a impediu.

— Deixa comigo.

Sem ânimo algum ele se levantou. Bufando, ele caminhou


até a porta, encontrando um homem de aparência velha, mas
muito bem vestido em um traje de mordomo — Naruto supôs. O
resto de cabelo que lhe restava, estava penteado
minuciosamente para trás. O homem era calvo e, por sua
aparência, passava um ar de superioridade, mas parecia saber
que não era nada mais do que um servo como outro qualquer,
mesmo que ele não admitisse isso.

— Uzumaki-sama? — indagou cuspindo cada palavra.

— Sim... — Naruto se perguntou como aquele homem


enxergava, ele sequer abría os olhos! — Quem é você?

O homem sorriu de lado como se adorasse quando alguém


lhe perguntava isso. Pigarreou logo depois enchendo o peito de
ar.
— Eu sou Kamatashi Fukima. Neto de Kamatashi Origi, o
terceiro senhor feudal do país do relâmpago e filho de
Kamatashi Umui antigo senhor feudal do país do relâmpago.
Secretário leal, conselheiro, mensageiro e amigo de Fushi Rido,
o dono de Ryokan. Sou o responsável pelo bem estar e pelos
desejos de Fushi-sama e toda sua família. Sou o melhor e mais
confiável e mais prestativo homem que já trabalhou para esta
familia. Estou a gerações junto a família Fushi e descendentes.

Naruto piscou duas vezes ao notar que ele havia terminado.

— Hã... O mordomo?

— EU NÃO SOU UM MORDOMO! — Fukima bradou em


segundos se recompondo. — Terei de me apresentar novamente
Uzumaki-sama? — os olhos dele brilharam.

— Não precisa. — Naruto respondeu quase se escondendo


atrás da porta.

Fukima rolou os olhos.

— Enfim... Vim a mando de Fushi-sama. Ele realizará hoje a


noite um jantar em homenagem ao grande herói da Grande
Quarta Guerra Ninja, vulgo Uzumaki Naruto... — Ele revirou os
olhos. Talvez ser pago para dizer aquelas palavras não valesse
a pena. — Por seu recente casamento com Hyuuga Hinata...

— Uzumaki. — Naruto o cortou.

— O que?

— Uzumaki Hinata. Esse é o nome da minha esposa. —


Fukima torceu o nariz.
— Que seja... Ambos serão os convidados de honra hoje a
noite. O jantar será reservado apenas para os parentes de
ambas as famílias. E logo após o jantar, ocorrerá a
comemoração do vigésimo terceiro aniversário de Fushi Kito.
Fushi-sama faz extrema questão de sua presença e claro... De
sua adorável esposa. — zombou a última parte. Naruto teve
vontade de dar-lhe um soco, mas se conteve.

— Diga a ele que agradeço, mas recusamos.

— Como? — o mordomo ergueu uma sobrancelha.

Hinata apareceu ao lado de Naruto na porta, chamado a


atenção de ambos.

— Naruto-kun podemos conversar? — ela lhe lançou um


sorriso.

— Claro. — Naruto fechou a porta ignorando completamente


Fukima.

O mordomo suspirou. Talvez merecesse um aumento.

— Naruto-kun nós temos que ir nesse jantar. — Hinata


sussurrou.

— O QUE? PORQUE?

— Shii... — ela tampou a boca do loiro. — Não grite, sim? —


ele assentiu com a cabeça. — Seria uma grosseria de nossa
parte se não formos.

— Mas eu não quero ir Hina... — ele choramingou. — Essas


coisas são chatas! Prefiro ficar aqui com você. — mesmo a frase
soando sem malícia alguma, Hinata corou. Tinha que aprender a
controlar isso...
— E-Eu também, mas não podemos fazer isso.

O loiro cruzou os braços.

— Mas nós não trouxemos roupas para isso. — Touché!


Sorriu convencido.

Hinata abriu a boca algumas vezes, mas nada disse.

Fukima bateu na porta.

— Não se preocupem, Fushi-sama pediu para que eu


providênciasse as vestimentas apropriadas para a ocasião.

Hinata ergueu a sobrancelha

Touché!

— Hina, olha... Eu...Eu planejei uma noite especial para a


gente! Nós... Nós vamos... Er... Vamos fazer algo... Hã... Legal!
Isso! Vamos fazer algo muito legal!

Hinata riu. Ele não sabia mentir. Se virou para a porta onde
podia ver a sombra de Fukima.

— Fukima-san, nós aceitamos o convite. Por favor, diga a


Fushi-sama que estamos realmente agradecidos e que iremos
com muito prazer.

Escutaram o mordomo suspirar pesado. Naruto apostava


que o desgraçado havia revirado os olhos.

— Entregarei os embrulhos daqui a algumas horas. Agora,


com licença. — sequer esperou a resposta. Saiu pisando duro
pelos corredores. Ele precisava de um aumento.
Naruto se jogou no futon. Ainda estava exausto e merecia
umas boas horas de sono. Enquanto isso, Hinata encaminhou-se
até o banheiro. Tomou um banho relaxante e deixou as
preocupações para segundo plano.

Já estavam ali a três dias, restavam somente mais quatro


dias para aproveitarem sozinhos.

Suspirou. Diziam que a melhor fase de um casamento era o


início e que mais tarde os problemas apareceriam. Não
conseguia imaginar uma discussão entre eles. É claro que
durante o tempo em que namoraram conversaram seriamente
sobre alguns assuntos, mas nada que se comparasse a uma
discussão.

Balançou a cabeça tentando afastar esses pensamentos.

Eles se amavam, era o que importava.

Se trocou ainda no banheiro e, quando terminou, começou


a pentear os fios negros. Naruto dormía calmamente no futon.

Saiu do quarto sem fazer barulho. Repassava na mente o


que faria no dia. Ryokan possuía um imenso jardim, não seria
uma má idéia dar uma volta por ali.

Animou-se com a idéia.

Tomou um café da manhã rápido e voltou para o quarto.


Com cuidado ela adentrou no cômodo. Por sorte não derramou o
suco da bandeja.

— Naruto-kun... — ela o chamou após deixar a bandeja no


criado. Balançou o corpo dele de leve.

— Oi...— ele murmurou ainda de olhos fechados.


— Eu vou sair tá bom? — ela avisou. Naruto abriu os olhos
ainda sonolento.

— Eu vou com você. — ele se sentou.

— Não Naruto-kun, não precisa. Você está cansado, deve


descansar para mais tarde. — ela o viu abrir um sorriso
malicioso.

— Ah é? — ele beijou o pescoço alvo. Fê-la estremecer ao


levar uma de suas mãos até o rosto da morena, trazendo-a ainda
mais contra si. — E o que vamos fazer mais tarde?

Hinata mordeu o lábio. Corada ela respondeu:

— V-Você sabe... O jantar. — Naruto passou a ponta de seu


nariz do pescoço até a bochecha avermelhada.

— Hum. Ainda podemos mudar de idéia e ficar aqui pra


fazer... Outra coisa.

Ele a olhou nos olhos e logo após a beijou, não demorou


muito para já se beijarem com desejo. Hinata o puxava para
cada vez mais perto pela nuca. Quando se separaram ambos
estavam ofegantes. Nunca se cansariam de beijos como esse.

— Então isso é um sim? — Naruto perguntou esperançoso.

Hinata negou risonha.

— Você não vai conseguir me convencer Naruto-kun. — o


loiro bufou indignado. — Eu já vou. Não irei demorar, sim? Aqui
está seu café da manhã. — Ela apontou para a bandeja no
criado.
Naruto assentiu. Ele pensou se estaría fazendo errado ao
deixar Hinata sair sozinha. Estavam em lua de mel! Deveriam
ficar juntos o dia inteiro, mas parecia que uma força maligna
estava contra eles.

Seu sono voltou a incomodar. Suas pálpebras pesaram e


em segundos ele já voltava a se deitar no futon.

Escutou Hinata dizendo algo sobre ele não deixar de comer,


mas não soube ao certo o que ela disse.

A sentiu beijar sua testa e logo após sair do quarto.

[...]

Hinata sabía que o jardim era imenso, mas não pensava que
era tão imenso assim.

O jardim estava localizado na parte de trás do hotel. Flores


de todos os cheiros, tipos e tamanhos eram agrupadas em
setores diferentes. Um labirinto era formado por arbustos que
chegavam a quase quatro metros de altura — a Uzumaki
imaginou. No centro desse imenso complexo verde, jazia uma
grande fonte. A água descia como numa cascata, passando por
várias quedas antes de atingir a base.

Hinata ficou encantada.

Após sair do labirinto — o que não foi muito difícil graças


ao Byakugan —, Hinata caminhou até o vale de rosas vermelhas.
Ela tinha que admitir, quem quer que seja o jardineiro, ele
estava de parabéns. As flores pareciam ter sido plantadas a
pouco segundos de tão belas e chamativas que estavam.

Estava tão distraída apreciando as flores que sequer


percebeu que alguém lhe seguía, e que prestava atenção em
tudo o que fazia.

Com o Byakugan ativado, observou até aonde o jardim se


estendia. Era realmente incrível! Centenas de flores diferentes
ainda ocupavam vários quilômetros de terra ao sul.

Continuou a observar até que algo lhe chamou a atenção.

— Meu Kami-sama... — murmurou completamente


abismada.

Um gigante campo de girassol se estendia mais a frente.


Logo após o pequeno lago que serpenteava entre os campos
restantes. A passos rápidos ela andou até lá.

O sorriso involuntário logo iluminou sua face. Eram


centenas, não, milhares de girassóis espalhados por todo o
campo!

Fascinada com a visão, a Uzumaki começou a andar entre


as flores. Ficou com uma imensa vontade de se jogar ali, mas
sabia que acabaria estragando horas de um trabalho árduo de
algum jardineiro.

Ficou somente observando e lembrando de alguém que


adoraria estar ali...

— Sabía que é bem feio trapacear em labirintos bela


dama?
Hinata deu um pulo de susto ao escutar a voz jovial atrás
de si. Se virou automaticamente, dando de cara com um homem
que até então desconhecia.

Ele era alto, milímetros menor do que Naruto. Seu cabelo


era de um vermelho que quase se comparava ao laranja, seus
olhos eram de um tom verde musgo. Mantinha um sorriso no
rosto, mas Hinata esperava estar errada ao pensar que ele
mandava-lhe um sorriso malicioso. Ele era um belo homem, não
podia negar, mas ela preferia loiros de olhos azuis .

Ele ria pela reação da morena.

— Céus, não sabia que eu era tão feio assim. — fingiu uma
indignação.

— Você me assustou. — disse ao se recuperar. Deu dois


passos para trás. — Quem é você?

— Sou Fushi Kito, ao seu dispor. — ele se curvou. Ergueu o


olhar até encontrar os olhos perolados. — Posso saber seu
nome, bela dama?

Hinata corou ao notar o olhar sobre si.

— U-Uzumaki Hinata... — ela desviou o olhar. Aquele cara


era estranho.

— Oh! A esposa de Uzumaki Naruto certo? — ela assentiu.


— Céus, tinham me dito que a senhorita era bela, mas, com todo
o respeito, você é a mulher mais linda que já vi em toda minha
vida! — ele levou uma de suas mãos a dela e a beijou. — É um
imenso prazer conhecê-la.

A morena engoliu em seco.


— D-Digo o mesmo. — disse por educação. Puxou sua mão
que ele ainda segurava.

— Vejo que aprecia as belezas naturais. — Hinata assentiu.


Estava se sentindo meio desconfortável ali. — Tem alguma
predileta?

Ela olhou ao redor como se fosse meio óbvio.

— Os girassóis, eles... Me alegram.

Kito concordou com a cabeça.

— Que coincidência! Eles também são os meus preferidos.


— ele apanhou um dos girassóis e começou a girá-lo pelo talo.
— Algum motivo em especial? — indagou curioso.

Hinata levou uma de suas mãos ao peito afirmando.

— Eles me lembram... Alguém especial.

— Entendo. — Kito se aproximou.

— Entende? — Hinata ergueu seu olhar. O ruivo ficou pela a


primeira vez com o semblante triste.

Ele passou os olhos por todo o campo.

— Minha mãe os adorava. — disse abatido. — Quando eu era


mais novo, tínhamos um jardim pequeno em casa... Ficávamos
horas cuidando deles.

Hinata começava a sentir pena do homem. Já entendia


aonde ele queria chegar.
— Quando ela se foi... — disse com amargura ao mesmo
tempo em que apertava o punho. — Eu fiz isso para ela. — ele
sorriu de lado.

Hinata sorriu para ele.

— Tenho certeza que ela deve estar feliz, onde quer que
esteja.

— Espero...— ele murmurou. Ele a encarou nos olhos.


Hinata finalmente notara a proximidade entre ambos.

Abaixou o olhar, evitando olha-lo nos olhos.

— E-Eu tenho que ir. — disse ao dar alguns passos para


trás.

— Espere. — ele pediu. — Ainda é cedo. Podemos fazer


algo, comer alguma coisa, não sei! Temos outras flores que eu
tenho certeza que você vai adorar.

— Eu não posso. Meu marido está me esperando. — ela


tentou sair dali, mas ele lhe segurou o pulso.

— Nos vemos hoje a noite? — perguntou esperançoso. —


Você vai no jantar de meu pai, não vai? E-E na festa mais
tarde... — ela engoliu em seco.

— S-Sim. — ela tentou puxar seu pulso, mas ele apenas


sorriu. — Eu preciso mesmo ir... Por favor.

Kito parecía não ter percebido o que fazia. Soltou o pulso


de Hinata e sorriu sem graça.

— Pra você. — ele lhe estendeu o girasol. — Para a mulher


que alegrou meu dia, a flor que alegra a vida.
A morena corou e estranhamente sua garganta secou.
Engoliu em seco. Kito continuava com o girasol estendido.

— O-Olha... Eu agradeço, mas... — ele arqueou a


sobrancelha. — Eu sou casada, amo o meu marido. Ele não vai
gostar disso...

O sorriso do ruivo diminuiu.

— Calma, calma... Você disse que os girassóis te lembram


alguém especial. Leve em homenagem a este alguém, certo? —
Hinata negaria novamente, entretanto ele continuou: — Sem
segundas intenções.

Ela suspirou. Queria logo sair dali. Pegou o girassol um


pouco hesitante.

— Obrigada. — agradeceu cabisbaixa.

Hinata andou apressada até seu quarto. Se perguntou se


Kito teria coragem de lhe seguir, mas percebeu que ele
continuava aonde estava.

Ela ainda segurava o girassol. Já havia pensado em joga-lo


fora durante o caminho, mas não conseguiu.

Não parava de pensar em Neji, queria falar sobre ele,


queria lembrar momentos importantes com ele. Compartilhar o
tempo alegre que viveram juntos com outro alguém, mas Hinata
não conseguia fazer isso.

Não por faltas de tentativas, mas... Oras o que importa?


Balançou a cabeça na tentativa de afastar aqueles
pensamentos.

Adentrou no quarto em silêncio. Naruto continuava


dormindo espalhado pelo futon. Passou os olhos pelo quarto na
busca de um vaso ou algo parecido para colocar a flor que
ganhara.

Avistou dois grandes embrulhos no canto do cômodo.

"As roupas." pensou.

Colocou o girassol num vaso perto da janela. Sorriu mais


uma vez ao se lembrar de Neji.

— Hina...— Naruto a chamou sonolento. Hinata se virou e


encarou o loiro deitado de barriga para cima no futon. — Um
girassol?

Ela assentiu, começou a suar frío. Se Naruto perguntasse


sobre quem lhe deu... Não conseguia imaginar qual a reação do
loiro.

Naruto simplesmente deu de ombros.

— Vem cá... — ele voltou a murmurar. Hinata se sentou na


beirada.

Ele a puxou pelo braço a deitando ao seu lado. A abraçou


por trás, ficando de conchinha.

— Naruto-kun... — ela o repreendeu risonha.

— Dorme comigo. — ela se arrepiou ao sentir a respiração


quente contra sua nuca. — Só um pouquinho Hime...

Ela resmungou algo, mas logo cedeu.


Afinal de contas, o dia estava apenas começando.

[...]

Naruto se olhava mais uma vez pelo espelho do quarto. O


smoking havia lhe caído muito bem, obrigado. Ajustou seu terno
sobre o corpo. Seu cabelo estava penteado para trás, mas logo
os fios voltavam a se arrepiar.

Sorriu convencido. Estava um gato naquela roupa.

— Hinaaa, já terminou? — indagou um pouco entediado.


Hinata já estava no banheiro a quase três horas.

— Só mais cinco minutos Naruto-kun. — sua voz soou


abafada por conta da porta.

Naruto rolou os olhos. Se aproximou do banheiro e ficou ali


encostado no batente da porta, a mesma estava fechada.

— Você disse a mesma coisa a cinco minutos atrás. —


zombou. — Vamos nos atrasar.

Ele levou sua mão à maçaneta e abriu a porta.

— Uau... — foi a única coisa que conseguiu balbucear.

Hinata usava um vestido preto longo. Tinha um formato em


V nos seios, o que deixava uma boa parte a mostra, mas nada
que ficasse vulgar. A parte de cima era rendada e o restante era
feito de um material liso. Na parte de trás, o vestido era coberto
por um tecido transparente, o que deixa as costas a mostra. A
morena ainda usava um pequeno cinto dourado, deixando a bela
cintura marcada.

A Uzumaki deixou seus longos cabelos soltos. E para


finalizar um salto alto preto, mas que quase não era perceptível
por conta do vestido.

— Naruto-kun! — ela o repreendeu corada.

Naruto ainda continuava analizando a morena. Ela estava


maravilhosa! Piscou algumas vezes ao notar que ela o
chamava.

— Você... Linda... Incrível. — ele dizia abobado.

Hinata desviou o olhar e sorriu envergonhada.

— O-Obrigada. Você também está lindo. — Naruto sorriu. —


Eu preciso terminar de me maquiar, já estou terminando sim?

Ele assentiu.

Hinata voltou-se para o espelho e continuou com o que


fazia. Naruto deu alguns passos ficando logo atrás dela.

— Você já é perfeita, não precisa disso. — ele sussurrou em


sua orelha. Naruto tirou o pincel que ela segurava e o colocou
na bancada.

A abraçou por trás.

— Só de pensar que você é minha, toda minha. — beijou a


nuca que no momento estava exposta.

Hinata mordeu o lábio inferior.


— V-Vamos nos atrasar. — ela avisou ao notar que ele já
levava os beijos para o pescoço. Naruto murmurou algo
incompreensível.

— Só uns minutinhos não tem problema. — ele a virou. —


Não vão nem sentir nossa falta.

Como num piscar de olhos ele a colocou contra a parede


mais próxima. Seus lábios se encontraram num beijo calmo.
Naruto aprofundou o contato com a língua. Ah, aquele gosto
doce...

Hinata se controlou para não puxar os fios loiros, não


queria atrapalhar o trabalho que ele teve.

— Naruto-kun, não... — ela tentou para-lo ao senti-lo beijar


seu colo e descer para a parte exposta dos seios. — Mais tarde,
quando voltarmos.

— Só com uma condição. — ele sorriu sacana. Hinata


esperou que ele dissesse. Vagarosamente ele se aproximou e
sussurrou rente ao ouvido novamente: — Eu quero tirar seu
vestido com minhas próprias mãos, e tudo o que está em baixo
também...

[...]

— Oh! Finalmente vocês chegaram! — Fushi Rido os


cumprimentou animado.

Naruto e Hinata chegaram poucos minutos atrasados. A


família Fushi já estava presente.
Rido era um homem gordinho e completamente careca.
Parecía ser uma boa pessoa.

— Estão atrasados! — Fukima bradou inconformado. Ele


estava em pé ao lado de Rido. — Fizeram Fushi-sama esperar!
Isso é imperdoável!

— Fukima! Eu mandei você abrir a boca? — Rido o


repreendeu.

— Não senhor, desculpe. Somente quis defender seus


interesses Fushi-sama. — Fukima fez uma reverência
exagerada.

— Que seja. — O homem deu de ombros. Seu olhar recaiu


novamente sobre o casal. — Uzumaki-san! É um prazer recebê-
los.

— Nos desculpe pela demora, acabamos tendo alguns


imprevistos. — Naruto lançou um olhar sugestivo para a morena
ao seu lado. Ela segurava firmemente em seu braço.

Não preciso dizer que ela corou não é?

— Não importa, não importa. — Rido deu de ombros. —


Venham. Estão nos esperando. — Naruto e Hinata
acompanharam seus passos até a sala de jantar.

Lá estavam mais duas pessoas. Um homem e uma mulher


que aparentava ser poucos anos mais nova. O homem
rapidamente se colocou de pé ao fitar a Uzumaki.

Naruto se incomodou com o sorriso que ele lançava para


Hinata.
— Quero que vocês conheçam meus filhos. Esse é o meu
filho mais velho: Fushi Kito.

Kito se aproximou sorridente.

— Uzumaki-sama é um prazer conhecê-lo. — ele apertou a


mão de Naruto.

— Er... Oi. — Naruto disse sem jeito.

Kito lançou seu olhar para Hinata.

— Bela dama. — ele beijou a mão de Hinata sem desviar o


olhar. — Você está espetacular.

"Bela dama!!? Quem esse cara pensa que é pra chamar


minha mulher assim!?"

— Obrigada Kito-san. — agradeceu corada.

"Porque ela está corando!? Ela só faz isso comigo!"

" Para de encher o saco!" Kurama grunhiu.

Naruto trincou o maxilar. Trouxe Hinata para mais perto.

— E está é minha princesa: Fushi Sora. — Rido apresentou


orgulhoso. Sora tinha a mesma cor de cabelos de Kito. Seus
olhos eram castanhos.
Sora se levantou e caminhou rebolando em direção ao loiro.
Rebolando até demais! Naruto não pode deixar de notar os seios
que praticamente saltavam do minúsculo vestido que ela
usava.

Hinata apertou os punhos ao notar que Naruto fitava os


seios da ruiva.

— Uzumaki-sama. — ela estendeu a mão.

Naruto não soube direito o que fazer, mas fez o que pode.
Se abaixou e beijou a mão de Sora que quase pulou de alegria.

— Vamos jantar? — Sora indagou ignorando completamente


Hinata.

Não que a morena tenha ligado.

Assentiram e aos poucos foram se sentando.

A mesa estava farta. Comidas de diferentes estilos e


gostos, coloriam a mesa de madeira.

Após algumas garfadas, eles começaram a conversar. Kito


não tirava os olhos de Hinata, Naruto tentava se controlar ao
máximo. Mesmo que estivesse morrendo de raiva de toda
aquela cena. Hinata, meio alheia ao olhar de Kito, prestava
bastante atenção em Sora.

Quem aquela perua achava que era!? A ruiva estava com o


corpo praticamente jogado contra a mesa fazendo com que
seus seios praticamente dobrassem de tamanho. E aqueles
olhares que ela mandava para Naruto!? Céus, Hinata acabaría
lhe dando uns bons socos no meio da fuça.
— ... e então o que acha? — Rido indagou enquanto
bebericava o vinho.

— Hã? O que disse? — Naruto desviou sua atenção de Kito


para Rido.

— Lhe perguntei sua opinião sobre os casamentos de hoje


em dia Uzumaki-san. Matrimonios realizados com segundas
intenções, mulheres que matam seus maridos... Ah,
antigamente era diferente, existia toda uma magia. Atualmente
se casam somente por casar, sem amor, sem nada, concorda?

— Bem... — Naruto ficou nervoso ao escutar o que ele


disse. Não poderia cometer nenhuma gafe agora. — É verdade,
mas acho que as pessoas ainda se casam por amor, bem... Eu
me casei assim. — olhou para a Uzumaki que lhe encarava
orgulhosa.

— Ah, espléndido! Pelo visto ainda há jovens sábios. — Rido


vangloriou. — Vejo que são muito felizes juntos.

Hinata assentiu tímida.

— Humpf! — Sora revirou os olhos. — É sempre assim, tudo


é uma maravilha no começo! Flores, declarações, jantares, sexo
todo dia... — lançou um olhar sugestivo a Naruto. — Mas não se
acostumem! Depois de um tempo tudo começa a virar um
verdadeiro inferno! Digo por experiência própria.

— Oh, é casada? — Hinata indagou implorando que a


resposta fosse positiva.

— Divorciada.

— Pela terceira vez. — Kito completou debochado.


— Cale a boca idiota! Pelo menos não sou eu que fico por aí
paquerando todas! Principalmente as casadas.

Sua voz soou como um aviso para Naruto, mas ele não
entendeu. Hinata se remexeu desconfortável enquanto Kito
mandava língua para sua irmã mais nova.

— Aham... — Rido chamou a atenção de todos. — Não vai


beber querida? — indagou a Hinata que bebia um suco.

— Não gosto muito de beber. — explicou gentil.

— Minha esposa é muito fraca para bebidas alcoólicas Rido-


san, espero que entenda.

O mais velho assentiu.

— Não há nenhum problema. — ele voltou a bebericar o


vinho. — Pelo visto vocês se conhecem muito bem, isso é
extremamente importante para que uma relação dê certo.

— Concordo. — Kito apoiou o rosto com uma das mãos. —


Mas desculpe-me Uzumaki-sama, quando o vejo não acho que
deva saber muito sobre sua bela esposa.

— O que? — Naruto perguntou irritado. Hinata segurou sua


mão em baixo da mesa. — Está dizendo que não conheço minha
própria mulher!?

— Não me leve a mal, mas não acho que você seja o melhor
para ela. Tão delicada e amável, suponho que quando
conversam ela é a menos a falar.

Naruto abriu a boca algumas vezes, entretanto nenhum


som saiu. Relembrou suas conversas com Hinata enquanto
ainda namoravam. Ela realmente falava menos, mas Naruto
sempre pensou que seria por timidez ou algo do tipo.

— Vejo que acertei. — Kito concluiu feliz.

— Eu sei tudo sobre ela! — bradou.

— Naruto-kun acalme-se. — Hinata pediu. Ela apertou a mão


do loiro. — Kito-san, meu marido e eu nos conhecemos muito
bem. Acho que está errado ao supor o que pouco sabe.

— Oh! Não digo por você bela dama. Tenho certeza que
sabe de tudo sobre seu marido, mas ele pelo contrário...

— Pergunte qualquer coisa! — Naruto o interrompeu. Estava


segurando toda a raiva que conseguia. — Vamos pergunte!
Posso responder tudo!

— Isso não é necessário. — Hinata disse, mas nenhum dos


dois pareceu escutar.

— Homens... — Sora bufou.

— Acalme-se querida. — Rido pediu. Hinata assentiu. Para


ele aquilo tudo não passava de uma discussão idiota dos jovens
de atualmente. Esses velhos... Porque sempre têm razão? —
Kito faça somente uma pergunta e chega desse assunto.

O ruivo assentiu. Cerrou os olhos ao tentar pensar em algo.

— Então vamos lá... — começou ele.

— Pergunte logo... Aniversários, datas importantes,


comidas prediletas... Sei tudo!

Kito assentiu e sorriu de lado.


— Qual a flor preferida dela?

Hinata suspirou. Naruto sabía isso. Quantas vezes ele já


não tinha lhe presenteado com girassóis? Mas pensando bem,
Ino sempre lhe dizia algo sobre ele escolher as flores erradas...
Kami do céu.

Naruto franziu a testa.

— Essa é a sua pergunta? — indagou Incrédulo. — Não tem


outra não?

— Oras, não sabe a resposta?

— Mas é claro que sei! Só que essa é muito fácil.

— Então responda. Qual a flor favorita dela?

Naruto engoliu em seco. Hinata ainda segurava sua mão.


Ele sentia os olhos perolados em si, mas não teve coragem de
encara-la.

"Maldição... Kurama? Uma ajudinha cairia bem agora."

"Ela é a sua fêmea, se vire."

— Eu... Bem... São as... Rosas?

Kito quase riu da cara do loiro. Balançou a cabeça


negando. Naruto trincou o maxilar.

— Tsc, tsc... Acho que errou.


Naruto olhou para Hinata que estava com os olhos
fechados. Era claro, Naruto não saberia isso.

— Girassóis, Uzumaki-sama. Eles são os favoritos dela. —


olhou as unhas convencido.

Naruto olhou atônito para Hinata, receosa ela assentiu,


para total vergonha do loiro.

— Como você sabe disso!? — Naruto quase gritou. — Vocês


se conheceram a menos de uma hora.

— De certo, mas... Bem. Digamos que acabamos nos


encontrando hoje de manhã, conversamos e... — olhou
malicioso para Hinata. A morena implorava que ele calasse a
boca. Naruto arregalou os olhos esperando que ele continuasse.
— Bem, acabei dando-lhe um girassol após descobrir que ela os
adorava. Deve tê-la visto com ele hoje, não é?

O corpo do loiro ficou rígido feito rocha. Aquele girassol...


Não, não podia acreditar. Por impulso soltou a mão de Hinata e
imediatamente a olhou.

Era por ele? Era por ele todo aquele encanto com aquela
maldita flor!? Era por isso que ela encarava o girassol com
tamanha saudade e ternura?

Ela... Não. Não. Não. Não.

Não podia acreditar!

— Naruto-kun... — Hinata tentou segurar sua mão


novamente, mas ele se esquivou.

— Cale a boca. — as pérolas se arregalaram ao escutar o


sussurro em meio a voz embargada.
[...]

Naruto não sabia como, nem mesmo o porque de aceitar o


convite para ir a festa.

Ele não queria ir, muito menos olhar para a cara daquele
maldito Kito novamente.

E quanto a Hinata?

Bem, depois de sua última frase a morena ficara calada e


asustada. Caminhavam lado a lado até o salão de festa.
Estavam sozinhos e pareciam completos estranhos para quem
os olhasse.

Hinata estava com ambas as mãos sobre o peito. Não


conseguia encara-lo, muito menos puxar algum assunto, mas
fez o seu melhor:

— Naruto-kun... Vamos conversar. — ela parou de andar


esperando que ele também parasse, mas o loiro continuou
andando.

Hinata sabía que ele estava com raiva e até chateado.


Oras, não é para menos!

Acelerou o passo ao ver que ele se distanciava demais.


Adentraram no salão de festa que a este ponto já estava cheio.
Sem esperar pela mulher, Naruto saiu andando pelo salão até
uma mesa afastada. Se sentou e chamou o garçom que logo o
atendeu.
— Quero a garrafa da bebida mais forte que tiverem. — o
rapaz assentiu. Hinata chegou logo após a saída do garçom.

Aparelhos de iluminação deixavam o ambiente colorido


com sua diversas cores. Várias pessoas dançavam ao ritmo de
uma música alta.

— Não vai conversar comigo? — Hinata indagou hesitante.


Naruto a ignorou.

— Sua bebida senhor. — o garçom lhe trouxe uma garrafa e


um copo. Naruto rápidamente pegou a garrafa e encheu o copo,
para total espanto do garçom. — S-Senhor essa bebida é a mais
forte que temos, sugiro que vá com calma.

— Saia daqui. — o pobre rapaz engoliu em seco, antes de


sair lançou um olhar para Hinata.

Naruto virou o copo de uma vez e a ardência fê-lo fazer uma


careta.

Estava com raiva, muita raiva! Raiva daquele Kito, raiva


daquele lugar, raiva da música que tocava, raiva até do garçom.
Mas nenhum deles se comparava a raiva que sentia de Hinata.

Ela o amava certo?

Então porque!?

Maldição!

Hinata engoliu em seco.

— Naruto-kun... — ela o chamou novamente, arredou


ficando ao lado do marido. Levou sua mão até o braço do loiro,
mas ele puxou o braço rudemente e levou o copo a boca. — E-Eu
posso explicar. Não é o que você está pensando.

— Não quero saber. — ele voltou a encher o copo que ainda


estava pela metade.

Hinata engoliu o gosto ruim que apossou sua boca.


Encostou-se na cadeira e se calou. Ela sabia que não adiantaria
nada forçar uma conversa agora.

É... Pelo visto a noite não acabaría como ambos pensavam.

Já era a terceira garrafa que ele esvaziava.

Já era a oitava vez que o garçom lhe alertava.

Já era a décima vez que Hinata o chamava para ir embora,


mas Naruto negava veemente.

— Vamos embora... Já está ficando tarde. — ela o puxou


pelo braço, mas nada adiantou. Naruto continuava sentado
enchendo a cara. Hinata quería saber como ele ainda não
estava bêbado.

Ele resmungou algo e voltou a beber.

Hinata bufou desistindo.

O.k.

Ele queria beber? Então que bebesse! Não ficaria


insistindo.

Naruto já estava sem seu terno, sua gravata estava frouxa


e sua camisa estava com os primeiros botões abertos. Seu
cabelo já estava arrepiado como costume, mas com um leve ar
desmazelado.

Ele queria simplesmente esquecer. Esquecer que estava


tendo uma briga com sua mulher. Esquecer que ela lhe ocultou
fatos que para alguns seriam ridículos, mas não para Naruto.
Ela não havia demonstrado confiança para com ele.

Céus, isso era mesmo verdade!? Estavam casados a poucos


dias, estavam em lua de mel e já estavam brigando!?

Brigando... Brigando por causa de uma flor?

Isso era realmente ridículo.

Levou o copo novamente a boca.

"Quando é que vai parar de ser um bebê chorão, hum?"


Kurama indagou.

"Não estou com cabeça para você."

"Oras, pois deveria! Afinal de contas você ainda não está


bêbado graças a mim."

Naruto rolou os olhos.

O.k. Não podia negar que era bem útil ter Kurama em
certas ocasiões, como por exemplo numa batalha. Seus
ferimentos eram rapidamente curados e sua recuperação era
anormal, contudo, beber parecía inútil por ter a raposa.

— Garçom! — Naruto brandiu o copo sobre a cabeça.


O rapaz olhou para Hinata como se pedisse permissão, o
que logo foi negado.

Uma melodia suave e romântica soou pelas caixas de som.


Casais se reuniam na pista de dança e se moviam com
graciosidade.

— Essa música... — Hinata murmurou enquanto se lembrava


da primeira vez que dançou com Naruto. Ainda eram namorados
na época. Sorriu ao se lembrar desse tempo, eram tão...

Eram!?

Céus! Eles acabaram de se casar. Não é para tanto assim.

— Se lembra? — Hinata perguntou com os olhos brilhando.

Era claro que ele se lembrava! Foi uma das poucas vezes
que seus corpos ficaram tão unidos por muito tempo. Ele ainda
se lembrava de como ela estava nervosa e também das
inúmeras vezes que ele pisou em seu pé.

— Quer dançar? — ela indagou esperançosa.

Naruto engoliu em seco ao ver os olhos perolados. Eles


brilhavam!

— Cadê a porra da minha garrafa? — indagou Naruto


nervoso. Olhou de soslaio para Hinata que aos poucos deixava
seu sorriso morrer.

"Pirralho... Pirralho..." Kurama o repreendeu. "Quer saber


como será seu futuro se continuar agindo assim?"

"Não. E desde quando você vê o futuro?"


"Pouco importa. Não é preciso ser muito inteligente para
saber que você vai voltar para a estaca zero!"

Naruto piscou três vezes.

"O que?"

"Pense um pouco, sei que é complicado para você, mas


fazer um esforço de vez em quando não o matará."

"Babaca!"

— Finalmente! — Naruto disse. O garçom havia lhe trazido a


garrafa que tanto almejava, mesmo Hinata não gostando nada
da idéia.

Naruto iria encher seu copo novamente, mas a mão fina e


delicada de Hinata o impediu. Seus olhos se encontraram
enquanto a melodia ainda tocava pelo salão.

— Eu amo você. — ela declarou com os olhos marejados. —


Onegai, não beba mais. Você vai acabar passando mal.

Naruto a fitou intensamente.

Teve vontade de chorar junto a ela, mas, na primeira vez


em anos, deixou que seu orgulho falasse mais alto.

Sem delicadeza alguma, Naruto puxou sua mão e se pôs a


encher o copo.

— Não preciso que fique aqui. Eu sei até onde posso beber,
então vá logo caçar algo para fazer! Porque não vai lá com seu
novo amiguinho hum? Tenho certeza que ele vai adorar.

As palavras duras e impensadas foram abafadas pela


música, mas ambos escutaram perfeitamente.
O loiro levou o copo a boca ignorando a dor que alastrava-
se no peito.

"Você não aprende mesmo não é? Deixe de ser infantil!"

"Eu... Eu não queria dizer isso..."

"Mas disse! Pegue o resto de vergonha que lhe resta e a


veja atentamente! Será a última vez que vai vê-la!"

Naruto olhou mais uma vez de soslaio para Hinata. E se


arrependeu de imediato.

Ela o olhava pasma. Ela chorava, chorava por sua causa...


Mais uma vez!

— T-Tudo bem.— ela disse secando as lágrimas. — Já vou


embora.

Naruto ficou com o corpo rígido.

Não!

Ele não queria que ela fosse!

Ele só havia dito aquilo por raiva! Será que ela não via
isso!?

— Hinata. — ele segurou seu pulso quando ela se levantou.

— Ah! Bela dama! Finalmente a achei! — Kito se aproximou


sorridente.

Naruto trincou o maxilar, voltou a pegar seu copo e bebeu o


líquido incolor.
— Céus! — o ruivo se aproximou assustado ao ver o rosto
choroso da morena. — O que houve? Porque está chorando?

Ele lhe estendeu um lenço, que tirou do terno. Hinata


aceitou e começou a secar algumas lágrimas.

— Não é nada, não se preocupe. — ela lhe garantiu. Forçou


o melhor sorriso que conseguiu.

Ele assentiu.

— Procurava-me? — ela indagou.

— Sim! Vim convidar-lhe para dançar, que tal?

Hinata hesitou. As coisas entre ela e Naruto já estavam


bem ruins, imaginava se seria possível piorar, mas logo
percebeu que sim! Era possível e pioraria caso resolvesse
entrar no jogo de Kito mais uma vez.

— Sinto muito Kito-san, mas eu já estava de saída.

Kito vez uma careta. Olhou de relance para Naruto que


estava bebendo.

— Não faça-me essa desfeita bela dama. Tenho certeza de


que Uzumaki-sama não se importará, não é mesmo?

Naruto o fitou e depois olhou para Hinata que implorava


para que ele dissesse que se importava.

— Não, não me importo.

Kito sorriu alegre.

Hinata o olhou incrédula.

— Não se importa? — ela perguntou com armagura.


Antes que Naruto desse conta, Kito conduziu Hinata até a
pista de dança.

"Você percebe o que fez!?" Kurama indagou. "Você está


entregando ela de graça para ele!"

"Ela queria dançar! Não podia impedir isso!"

"Ela queria dançar idiota, mas com você! Não com aquele
almofadinha!"

Naruto olhou para onde dançavam. Kito estava com uma de


suas mãos na cintura da mulher enquanto ela lhe segurava
pelos ombros.

Estavam tão próximos... Muito próximos! Naruto apertou o


copo com demasiada força.

Kito sussurrou algo no ouvido de Hinata que riu corada e


aquilo foi o cúmulo!

"Não faça nenhuma idiotice!" Kurama o alertou.

"Estou pouco me fodendo!" Ralhou.

Naruto se levantou e tomou um último gole da bebida.


Andou emanando raiva até onde Hinata e Kito dançavam.

— Chega! — ele segurou Hinata pelo braço. — Vamos


embora.

Hinata franziu a testa, mas não disse nada.


— Hey! — Kito protestou. — Você não pode fazer isso!

— Eu faço o que eu quiser! — soltou Hinata e se aproximou


do ruivo. — Fique longe da minha mulher, ou vai acabar levando
uma bela surra.

Kito engoliu em seco, mas não deixaria ser intimidado


assim.

— Ah é? — ele também se aproximou. — E quem vai me


bater?

Sem esperar, Naruto lhe meteu um soco no rosto. Kito se


desequilibrou e acabou caindo no chão.

— Naruto-kun! — Hinata o segurou pelo braço o parando.

— Você já está avisado! Chegue mais uma vez perto dela e


eu irei te matar!

Sem esperar pela resposta, Naruto voltou a segurar Hinata


pelo braço e a passos rápidos saiu dali.

Não demorou para chegarem ao quarto.

Hinata se soltou das mãos dele e deu alguns passos para


longe.

— Você não podia ter feito isso! — disse ela.

— Vai defendê-lo agora!? Eu teria feito isso e muito mais.

— Só acho que não foi prudente! Você não tinha motivos


para bater nele.
— Não tinha motivos? Sério? — ele zombou. — Eu tinha
vários motivos Hinata! Vários!

— Estávamos somente dançando! Nada disso teria


acontecido se você não tivesse me jogado para ele!

— Nada disso teria acontecido se você tivesse me contado


a verdade! — ele cruzou os braços. — Porque você fez isso?
Porque!?

— Eu não fiz nada! Não aconteceu nada entre nós, é só


você que não vê isso! Entenda por favor! Não precisamos ficar
brigando por isso!

Ela tentou controlar o máximo sua voz. Naruto estava com


o maxilar trincado, ele simplemente não conseguia entender.

Eles estavam a poucos metros de distância. Ambos


analizavam-se com cuidado. Naruto bufou e passou as mãos
entre os fios loiros.

— Eu sei que errei ao aceitar o girassol. — ela admitiu. Deu


alguns passos para perto dele. — Mas, acredite em mim, aquele
homem não significa nada para mim.

— Então porque você aceitou!? — Naruto indagou nervoso.


Andou até perto perto do girassol e o pegou bruscamente. —
Porque você aceitou isso dele?

— Cuidado! — Hinata pediu ao vê-lo apertar a flor. — Não o


segure assim.

— Me responda! — ele exigiu. Desviou o girassol ao ver que


Hinata o agarraria.
— Por favor, me devolva. — ela implorou. — Isso é
importante para mim!

Naruto trincou o maxilar. Era importante? Sua raiva


aumentou ao pensar que Kito era o real motivo.

— Como você pode dizer uma coisa dessa? Como você pode
dizer isso para mim!? — ele dobrou a flor em dois.

— Não! Não Naruto, por favor! — seus olhos marejaram.


Tentou pega-lo novamente, mas Naruto era mais ágil.

Naruto? Desde quando ela o chamava assim?

Sem esperar por mais, Naruto jogou o pobre girassol ao


chão o pisando com força em seguida.

Hinata o olhou assustada. Aquele de jeito nenhum era o


homem com quem se casou.

— Neji-nii-san... — ela choramingou baixo ao se agachar e


recolher a flor destruida.

Naruto franziu o cenho.

O quarto ficou em silêncio por um tempo. Ele podia escutar


claramente os soluços da mulher. Estranhamente, Naruto sentiu
suas pernas bambearem.

E novamente tentava se lembrar do motivo da briga. Uma


flor. Eles estavam brigando por causa de uma flor!

Naruto se sentía o pior homem do mundo. Últimamente, ele


era a única pessoa que fazia Hinata chorar, justo ele que tanto a
amava. Mas pudera! Ele pensava que Hinata havia o traído ou
pior! Que culpa ele tinha ao se levar pelas emoções do
momento? Porque ele simplemente não podia tentar esfriar a
cabeça e depois de se acalmar tentar resolver de forma
civilizada seus problemas? Oras, ele não fazia idéia!

Mas era claro a resposta:

Medo.

Medo de alguém rouba-la de si, temía um dia perde-la. Não!


Ele não podia deixar isso acontecer! Mesmo que doa, mesmo
que machuque ambos, ele nunca deixaria alguém afasta-la dele.
Mas infelizmente, Naruto não percebia que era ele que estava a
afastando de si.

Vendo que não podia continuar a discussão sozinho, Naruto


tentou fazê-la dizer algo:

— Porque você dá tanta importância pra isso? Ele já está


morto!

— Não! — ela bradou. — Ele não está morto! Não para mim!

Naruto ficou confuso.

— Do que você está falando?

Ele se aproximou.

— Neji, era por causa dele! — Naruto gelou ao escutar o


nome do Hyuuga.

— Hinata...

— V-Você não tem idéia de como eu sinto a falta dele... —


ela murmurou. — Ele me faz tanta falta.
Continuava a chorar. Ela sentía, era agora que deveria se
abrir, mesmo que ele não quisesse escutar.

— Não estamos falando dele! Kito é o problema, não tente


mudar de assunto!

Hinata sacudiu a cabeça negando.

— Não sou eu que está mudando de assunto, mas sim você!


Você sempre faz isso!

Naruto engoliu em seco.

— Se eu aceitei o girassol não foi por causa de Kito, mas


sim de Neji! Eram as flores preferidas dele, será que não
entende? Foi só por ele!

— Eu... — ela o interrompeu.

— Você não sabia? Mas é claro que não sabia! Você nunca
deixou que conversassemos sobre ele. Mas sabe? Eu sei o
porque. Eu sei que dói em você! Mesmo sabendo que você não é
o culpado, você se sente culpado. E eu sempre respeitei quando
você se negava a se lembrar dele!

— Para! Para! Para! — ele deu as costas a ela.

Hinata enxugou as lágrimas. Sabía que tinham muito o que


conversar ainda, mas sinceramente, tudo o que ela queria agora
era dormir, ou pelo menos tentar.

Deixou a flor ao lado do vaso.

Em passos rápidos caminhou rumo ao banheiro, deixando


Naruto sozinho com seus pensamentos.
"E então, o que você vai fazer? Hum?" Kurama indagou.

Naruto secou as lágrimas finas.

O que ele iria fazer? Nem ele mesmo sabia! Estava se


sentindo ridículo, mas ao mesmo tempo um grande idiota e um
péssimo marido. Hinata tinha razão no que havia dito.

Ele se culpava pela morte do Hyuuga, mas que culpa tinha?


Havia sido por sua culpa, foi para protegê-lo que Neji sacrificou
a sua vida e agora olhe o que ele faz.

Faz de tudo para esquecê-lo, irrita-se quando alguém cita


seu nome e o pior: finge que nada aconteceu.

Era claro que Hinata sofria em silêncio, mas por causa de


sua imensa bondade, evitava demonstrar para os demais,
principalmente para Naruto.

E como diz o ditado: "A mulher procura no jardim o que não


tem em casa..." Bem, não é necessariamente assim, mas pouco
importa.

Talvez, somente talvez, Hinata tenha procurado alguém


para se abrir, já que não conseguia com o loiro.

Procurado?

Então ela sabia que Kito estaría no jardim e...

AH! CALA A BOCA NARUTO!

"O que eu deveria fazer?" Perguntou. "Ela deve estar com


raiva de mim."

"Isso é o lógico, mas você sabe como sua fêmea faz de


tudo quando você fica mimando ela."
"O que? Kurama sinceramente, eu não intendo você. Uma
hora você diz que ela vai me deixar e outra você diz que é só eu
mima-la para conseguir me desculpar?"

"Ela vai te deixar, isso é um fato. Mas claro, se você deixar


isso acontecer, o que já anda fazendo... Quando você
praticamente chutou ela para aquele mauricinho, ela já podia
ter pensado em te deixar por ele."

"Você é louco! Você vai me deixar louco!"

"Uhum, e saiba que não me arrependo. Pense bem Naruto,


ele é rico, bonito, inteligente, astuto e etc. E agora me diga: o
que você é? Um garoto órfã, pobre, burro, lerdo e horroroso,
acho que a menina Hyuuga é inteligente o suficiente para saber
quem escolher."

"Ela me ama!" Ele retrucou.

"Por enquanto..." Kurama lançou um sorriso maléfico.

"Não vou ficar aqui escutando suas idiotices."

"Então já sabe o que fazer?"

Ele assentiu.

"Vá dormir, acho que não vai querer ver o que vamos fazer."

Naruto não sabia exatamente o que iriam fazer, mas de


toda forma tentaria se desculpar.

Caminhou até o banheiro. Lentamente ele abriu a porta e,


graças ao som do chuveiro, Hinata não o escutou entrando.
Deu alguns passos até ficar próximo ao box que estava
aberto e imediatamente se excitou.

Hinata estava com os olhos fechados enquanto ensaboava


o corpo. Naruto seguiu sua mão, primeiro o pescoço, descia
para o colo, barriga e finalmente descia para a intimidade. Ah,
como quería ele ter os dedos ali.

Continuou observando o corpo nu da esposa até que um


calor insuportável atingiu seu corpo. Tirou suas roupas
lentamente. Ao tirar sua cueca, seu membro praticamente
saltou. O que foi um alívio.

Maneou-o com sua mão em movimentos de vai e vem.


Mordeu o lábio ao tentar prender um gemido.

Mas ele tinha que manter o foco! Primeiro precisaria se


desculpar e depois quem sabe se desse sorte acabaría fazendo
o que tanto estudou no livro.

Se aproximou lentamente, teve que tomar cuidado para não


deixar que seu membro teso encostasse nela.

Se abaixou na altura do pescoço alvo e afundou sua cabeça


ali, distribuindo beijos. Hinata imediatamente abriu os olhos.

— N-Naruto? O que você...? — ela o empurrou pelos ombros


finalmente notando a nudez do marido.

— Eu quero conversar. — disse simplemente. Hinata corou


ao olhar de fininho para o membro excitado do loiro. Evitou
repetir esse ato.
— Eu já terminei. Depois conversamos, aqui não é o melhor
lugar. — tentou passar por ele, mas Naruto a segurou pela
cintura.

— Aquí e agora Hinata. — disse autoritário. — Por favor.

Hesitante ela assentiu. Tirou as mãos dele de sua cintura e


voltou para onde estava. Naruto suspirou.

— Eu... Eu quero me desculpar Hina. — ela ergueu a


sobrancelha, mas não o fitou. — Por tudo... Me desculpa?

Ele levou uma de suas mãos até o rosto dela e o ergueu.

— Você não imagina o quanto eu me arrependo. Eu não


gosto de brigar com você, eu te amo. Por favor, me perdoa. —
ele se aproximou ficando a poucos centímetros de distância.

Ambos estavam em baixo do chuveiro. Hinata por instantes


se perdeu na imensidão azul daqueles olhos. Tão lindo...

— E-Eu também não gosto... — ele acariciou sua bochecha.


— Você duvidou do meu amor, eu nunca trairia você. Isso... Isso
me magoou.

— Eu sou um idiota Hina, fiquei com ciúmes... Aquele cara,


ele ficava dando em cima de você. E-E eu pensei que você iria
me deixar.

Ela negou com a cabeça.

— Quando nos casamos, eu disse que seria sua e amaria


somente você durante o resto da minha vida. — disse ela. —
Isso foi uma promessa e eu vou cumpri-la.

Ele não pode evitar o sorriso.


— Eu também sou seu e vou amar você para sempre. — ele
roçou seu nariz com o dela. — Isso nunca vai se repetir, eu
prometo.

— Também tenho que me desculpar. Eu também errei e...

Ele lhe beijou.

— Não precisa. — sorriu. — Estou perdoado?

— Vou pensar no seu caso. — ela brincou. Naruto fez uma


careta.

Entendendo a brincadeira, ele aceitou entrar no jogo dela.

— Ah é? Então, que tal eu ajudar você a pensar, hum? — Ele


mordiscou o pescoço dela. — Eu disse que seria eu a tirar seu
vestido.

Hinata colocou suas mãos nos ombros ele.

— V-Você chegou meio tarde. — disse corada. Tentava a


todo custo ignorar o membro que batia em sua barriga. Era tão...
Quente.

— Não vou chegar atrasado na próxima. — ele a puxou pela


cintura, colando seus corpos de vez. — Hum...

Ele a colocou contra a parede. Sem esperar ele tomou seus


lábios num beijo ardente. Suas mãos passearam pelas curvas
sinuosas da mulher sem pudor algum.

Hinata, contida como era, deixou que seus dedos


passassem pelo peitoral e abdomen definidos.

— Gostosa... — ele sussurrou ao se separarem.


Ela corou absurdamente.

— Eu quero você. — disse ele. Hinata mordeu o lábio


inferior quando ele acariciou seu clitóris.

Ela o puxou pela nuca e imediatamente voltaram se beijar.


Buscando ainda mais contato com os dedos do marido, Hinata
prendeu uma de suas pernas próximo a cintura dele.

— Anh... Naruto. — gemeu baixo ao senti-lo colocar seu


membro contra a intimidade úmida.

Ele não sabia o que fazer. Na posição em que estavam seria


impossível tentar algo. Hinata era muito pequena! Riu ao pensar
assim.

— Segura nos meus ombros. — pediu. Hinata o olhou


curiosa, mas prontamente obedeceu.

Se ela soubesse que ele praticamente a jogaria para cima


teria se segurado com mais força.

Teve que segurar o grito de susto na garganta.

— Agora sim baixinha. — Naruto a preensava contra a


parede enquanto ela circulava sua cintura com as pernas.

Agora ele estava completamente no controle.

Não poderia ser mais perfeito.

Olhou mais uma vez para Hinata e ela assentiu já sabendo


o que ele pretendia. A penetrou de uma vez com força,
causando uma série de gemidos na mulher.

— Minha, minha mulher! — murmurou enquanto a estocava


rápido.
— N-Naruto... Ah. — ela jogou a cabeça para trás. Seu corpo
subia e descia de acordo com os movimentos do loiro.

Puxou o cabelo dele para mais perto, fazendo com que ele
pudesse se deliciar com o pescoço alvo. Naruto iniciou uma
série de chupões e mordidas enquanto Hinata gemia alto.

Ela o arranhou nas costas ao senti-lo mudar o ritmo.


Estocadas pausadas, mas fortes e profundas.

— M-Mais rápido... Naruto. — pediu ofegante.

— Gemi do jeito que eu gosto... — ordenou rente ao ouvido.


— Naruto-kun... Vamos, eu quero ouvir.

Hinata o olhou com uma sobrancelha arqueada, mas não


durou muito já que Naruto voltou com os movimentos
frenéticos.

— Hum... Naruto-kun!

— Agora sim... — ele lambeu toda a extensão do pescoço


que já estava tomado pelas marcas dos chupões anteriores.

Naruto se sentía no paraíso. Sequer sentía a ardência dos


arranhões, o que era estranho, já que a água quente caia bem
em cima deles.

Ignorou.

Tomou os lábios da mulher mais uma vez. Sua língua


insinuava os movimentos de seu membro, o que deixava Hinata
nas nuvens.
Pararam de se beijar, mas continuaram com os lábios
unidos. Ambos perdidos nas próprias emoções para começar um
beijo.

Aquela estava sendo definitivamente a melhor vez de


todas. Hinata não sabia o porque, mas Naruto estava diferente.
Mais ousado, menos inseguro. Como se estivesse decidido a
conseguir, sem pausas, sem dúvidas.

Naruto sentía suas pernas bambearem. Talvez não


conseguiria permanecer por mais tempo naquela posição.

Parou os movimentos para total desespero de Hinata. A ex-


Hyuuga sentía que faltava pouco para chegar ao ápice, Naruto
definitivamente não podia parar agora!

As pérolas fitaram o rosto do amado, esperando uma


explicação. Naruto a segurou firme e, novamente, assustou a
mulher ao começar a andar de volta para o quarto.

Ela circulou o pescoço dele com os braços, segurando-se.


Naruto achou rápidamente o futon e delicadamente a deitou
ali.

Sequer se importaram se o chuveiro continuava aberto,


ignoraram completamente se estariam encharcando os lençóis,
pouco se importaram com os assuntos que ainda tinham que
resolver.

Agora, estavam se amando, que se fodesse o resto do


mundo.

Naruto voltou a se movimentar. Ele sugou o seio esquerdo


da morena enquanto ela apertava os lençóis entre os dedos.
Os bicos entumecidos demonstravam a tamanha excitação
da Uzumaki. Seu baixo ventre estava fervendo! E ela já podia
prever o orgasmo. Era tão... Ah, não sabia como explicar! Era
algo que realmente queria sempre repetir.

Seus lábios estavam entreabertos e soltavam palavras


desconexas que ela nunca pensou em dizer. Voltou a arranhar
as costas do loiro, que aos poucos se recuperava. Seu suor se
misturava com as pequenas gotas de água em seu corpo, mas
não ligava.

Naruto levou sua mão novamente ao clitóris palpitante. O


apertou com vontade, mas rapidamente parou ao se lembrar que
doía.

— C-Continua... N-Não dói. — ela disse como se tivesse lido


os pensamentos dele.

Naruto se ergueu tendo a mais plena visão da mulher.


Lambeu dois de seus dedos e os levou de volta para o pequeno
ponto de prazer de Hinata. Deixando-a ainda mais excitada.

Depois de mais alguns movimentos, Naruto sentiu seu


membro ser apertado. Assustado, ele encarou a mulher que
estava com a cabeça completamente jogada para trás. Os
lábios entreabertos e os olhos fechados o motivaram a
continuar.

Naruto fechou os olhos não aguentando mais a pressão.


Hinata arqueou o corpo e pela primeira vez chegou ao clímax.

Naruto estocou mais algumas vezes e deixou que seu


sêmen preenchesse a mulher.
De olhos fechados ele respirou fundo. Abriu os olhos
devagar, esperando ver o olhar perdido de Hinata mais uma vez.

Mas foi bem diferente.

Hinata ainda continuava com a cabeça para trás, os olhos


fechados e um grande sorriso no rosto. Ela ainda estava
inebriada com as sensações do orgasmo.

Naruto franziu o cenho. Abaixou o olhar até a intimidade da


morena. Tirou seu membro e se surpreendeu ao ver o líquido
branco escorrer por ali. Levou seus dedos até ele é o analisou
com cuidado. Todo mundo faz isso certo? Bem, ele é o Naruto...

Hinata, recuperando-se de todas aquelas sensações, levou


as pérolas até o rosto do marido.

Naruto, ainda com o cenho franzido, levou os dedos a boca.


Hinata arregalou os olhos, mas, mesmo estando corada, não
conseguiu desviar o olhar. Aquilo era com certeza a cena mais
excitante que já vira.

— Conseguimos... — ele murmurou baixo. Ainda sentía o


gosto doce em sua língua.

Hinata assentiu tímida.

Os olhos do loiro brilharam.

— CONSEGUI! EU CONSEGUI! EU SABÍA, SABÍA, SABÍA! —


ele saltou do futon e começou a andar pelo quarto. Irradiava
alegría. — CHUPA KURAMA! ENGOLE ESSA! EU SABÍA QUE O
PROBLEMA NÃO ERA O TAMANHO! HÁ! FINALMENTE!

Ele andou até a porta e gritou no corredor:


— EU CONSEGUI!

Hinata não sabia se ria ou gargalhava, mas escolheu


observar e se contagiar com a alegria. Já até podia Imaginar o
que os hóspedes estariam pensando... Só esperava que ninguém
o visse nu.

— HINATA! — ele praticamente pulou em cima dela. — Você


gostou? Fiz direito? Diga a verdade! Não precisa mentir.

A perolada desviou o olhar e riu envergonhada. Naruto era


tão... Sutil.

— V-Você foi perfeito Naruto-kun.

— HÁ! EU SABÍA! SABÍA, SABÍA, SABÍA!

Ele afundou seu rosto no pescoço dela. Ainda ria feito


louco.

— Eu tenho que melhorar! Tenho que ir... — ela o impediu


quando ele tentou levantar.

— Não! Não vai. — Hinata suplicou.

— Mas...

— Fique aquí comigo, onegai. Quero dormir com você ao


meu lado.— ela o puxou para o travesseiro. — Fique aquí...

Naruto abriu a boca varias vezes, mas desistiu de tentar


convencê-la. A verdade é que queria o mesmo que ela. Dormir
juntos e acordar sabendo que tudo foi perfeito.

A puxou para seu peito e Hinata rápidamente se acomodou.


Ele acariciou suas costas enquanto ela fazia círculos
imaginários em seu peito.
— Eu te amo. — ele sussurrou já calmo.

Hinata riu baixinho.

— Eu também te amo, muito.

Aos poucos o sono chegou. Estavam cansados ou melhor,


exaustos.

Naruto internamente agradeu a Kurama. Talvez o modo


selvagem sería mesmo a solução.

Mas isso era apenas o começo, afinal de contas a lua de


mel estava apenas começando.

Capítulo 4 - Capítulo IV

Hinata abriu os olhos lentamente. Alguém brincava com


seus fios negros, enrolando-os nos dedos e depois deixando que
eles se soltassem, indo de encontro aos outros fios.

Naruto...
Logo notou que dormia sobre o peito másculo. Confortável,
aconchegante e quente, muito quente. E de sobra ainda podía
escutar as batidas do coração, que a este instante estava
calmo.

Percebeu que ele ainda não havia visto que acordara.


Fechou os olhos novamente, apreciando mais um pouco daquela
sensação. Por impulso, acabou se aconchegando ainda mais em
Naruto, fazendo com que ele sorrisse satisfeito.

— Hina? Já acordou? — ele perguntou baixo.


Hinata bem que queria dizer que não e ver o que ele fazia,
mas sua consciência lhe mandou dizer a verdade.

— Hai. — ela respondeu no mesmo tom que ele. — Ohayo,


Naruto-kun...

Ele riu baixo ao vê-la coçar os olhos.

— Ohayo, Hime... — ele a puxou ainda mais contra seu


corpo, abraçando-a pela cintura.

Hinata agora estava praticamente em cima de si, mas


mesmo assim continuou com o rosto sobre o corpo de Naruto.

— Manhosa... — disse sussurrando. Ela corou e logo tentou


se erguer, mas ele impediu.

— A-Acho que estou abusando. — ela tentava a todo custo


se levantar, mas ele não deixava. —T-Tenho que...

— Não. — disse firme. — Quero que fique aquí. — ele forçou


a cabeça dela contra seu peito e a abraçou com o outro braço
disponível. — Pode abusar o quanto quiser de mim.

Ele disse a última parte malicioso. Hinata sentía seu rosto


formigar de vergonha. Naruto estava com uma mão em uma de
suas nádegas, levemente ele apertava.

— E-Eu... — ela gaguejou procurando algo para dizer.

Naruto riu alto. Ela ficava tão linda sem jeito.

— Tô brincando Hime. — Hinata suspirou aliviada.

Céus, provavelmente ele a acharia uma pervertida caso


começasse a "abusar" dele. E não, ela não tinha coragem
suficiente para fazer algo do tipo, bem... Ela pensava que não.
Naruto continuava a rir baixinho enquanto ela corava ao
pensar uma ou duas coisas pervertidas. Logo tratou de espantar
esses pensamentos.

— O-O que é aquilo? — perguntou ao notar algo diferente no


quarto. Naruto deixou que ela se erguesse para ver melhor.

Dezenas, não, centenas de girassois estavam espalhados


pelo cômodo. O chão estava completamente tomado por eles, a
situação dos moveis não era diferente.

Todos, exatamente, todos os moveis estavam cobertos por


girassois. Olhou em direção ao vaso onde colocara a flor que
lembrava Neji.

E lá estava ele. O único girassol que ocupava um vaso.


Estava estropiado e quase destruído é verdade, mas não
deixava de ser especial.

— C-Como? — ela indagou maravilhada com o que via. O


chão parecía um tapete gigante amarelo. Como ele havia feito
tudo aquilo sem acorda-la?

— Eu ainda não tinha me redimido o suficiente... — ele


sussurrou próximo ao ouvido dela. — Gostou?

Ela se arrepiou.

— E-Eu amei! Isso, isso é incrível Naruto-kun. — Hinata não


deixava o sorriso sair dos lábios. — Mas como?

— Não importa... — ele beijou seu ombro e aos poucos ia


subindo para o pescoço. Delicado, ele colocava todo o cabelo
negro para o lado, deixando a pele exposta.
Hinata mordeu o labio inferior ao sentir os lábios úmidos
contra sua pele. Não sabia como, mas Naruto, mesmo tendo seu
lado desajeitado, estava conseguindo deixa-la nas nuvens com
simples beijos.

Sua mão foi até a nuca do loiro, o forçando a continuar


quando ele tentou se afastar. Inclinou o pescoço para o lado,
Naruto logo entendeu a brecha e voltou a distribuir beijos e
claro, leves chupões. Hinata já estava com a pele marcada
pelos carinhos da noite anterior, mas aquilo não bastava.

Precisavam saber: ela era dele e que ficasse bem claro


isso.

Baixos gemidos, quase inaudíveis, escapavam dos lábios


rosados. Naruto subía os beijos lentamente para o maxilar
feminino, causando gemidos de antecipação na mulher. Ele
levou uma de suas mãos para o rosto alvo e o trouxe para mais
perto, podendo finalmente se beijarem naquele dia.

Hinata já podia sentir seu corpo em brasas. Ainda se


beijavam quando ele a segurou pela cintura e a deitou
novamente no futon.

— Ah... — ela gemeu no meio do beijo ao sentir o membro


teso contra sua intimidade.

Naruto grunhiu algo satisfeito. Intencionalmente ele roçava


seu corpo contra o dela.

Hinata já estava com suas mãos nas costas largas do loiro.


As unhas dela arranhavam superficialmente a pele bronzeada.

— Está feliz? — ele perguntou de repente. Hinata franziu o


cenho. Naruto estava parado sobre ela.
— Hai... Nunca estive tão feliz em toda minha vida Naruto-
kun. — respondeu rubra, mas com os olhos brilhando.

Ele sorriu e colou suas testas.

— Vou te fazer a mulher mais feliz desse mundo, eu


prometo.

Ela negou com os olhos marejados. Céus, ela era uma


manteiga derretida.

— Você já faz. — ela acariciou seu rosto. — Já sou muito,


muito feliz.

Ele lhe beijou nos lábios.

— Me peça qualquer coisa, eu farei. — disse de olhos


fechados.

Hinata suspirou.

Qualquer coisa, ele disse. Mas do que mais precisava?


Lutara por tanto tempo para conseguir o amor de Naruto. E
vejam! Finalmente estavam juntos, casados, felizes, unidos,
estavam realmente completos!

— Não preciso de mais nada. — Hinata respondeu num


sussurro. — Já tenho você...

E foi ele que não precisou de mais nada. Atacou os lábios


de Hinata ferozmente e logo sua língua começava uma luta
implacável por espaço.

Ela prendeu suas pernas na cintura de Naruto e novamente


gemeu ao sentir o contato dos sexos.
Naruto desceu os beijos do pescoço até os seios fartos.
Ah... aqueles seios. Sem desgrudar os olhos dos de Hinata, ele
passou a língua nos bicos e ao redor das aureolas. A Uzumaki
suspirou e automáticamente levou uma de suas mãos até a
cabeça do loiro, o incentivando a continuar.

Naruto também massageava o seio livre. Levemente ele


puxava o bico rijo, o beliscava e o contornava com o polegar.

— Anh... Hum... — seus gemidos aumentaram quando ele


sugou o seio com vontade fazendo-a arquear para trás.

O loiro trocou o seio e voltou seus olhos para Hinata.


Lábios entreabertos, rosto corado, olhos levemente cerrados...
Ah, era tão bom saber que era ele que a deixava assim.

E que fique mais uma vez claro: somente ele a deixaria


assim.

Após mais uma série de carinhos nos seios, Naruto subiu


novamente para o pescoço. Hinata fez uma careta, estava tão
bom...

— N-Naruto-kun... — ela o chamou. Naruto murmurou algo.


— P-Posso te pedir uma coisa?

Ele ergueu o rosto para vê-la. Sorrindo ele respondeu:

— Claro Hime, faço qualquer coisa já disse! — Hinata


mordeu o lábio inferior. Seu rosto ficou completamente corado.
Só esperava que ele não a achasse uma pervertida.

— F-Faz aquilo... — ela pediu baixo.


Naruto franziu a testa. Hinata estava com os olhos
cravados em uma parte afastada do quarto. Era vergonhoso
demais encara-lo.

— Eu não entendi... — ele virou o rosto alvo para si.

— A-Aquilo que você fez na nossa s-segunda noite juntos. V-


Você pode repetir? — Hinata fechou os olhos com força. Ela
tinha certeza que ele estaria achando que ela era uma tarada!

Naruto inclinou a cabeça para o lado. O que ele tinha feito?


Bem, claro que ele se lembrava daquela noite, mesmo não
querendo já que foi um fracasso, mas o que diabos ele tinha
feito de diferente?

Hinata percebendo o silêncio do loiro suspirou e voltou a


abrir os olhos. Talvez ele não quisesse fazer... Bem, ela não
poderia obriga-lo não é?

— D-Desculpe... V-Você não precisa fazer se não quiser.

Ele arregalou os olhos.

— Não! Eu vou fazer qualquer coisa!

Naruto havia prometido cumprir qualquer desejo de Hinata,


ele não iria falhar logo no primeiro pedido!

— Você sabe que eu sou meio lento para entender essas


coisas... — ele coçou a nuca envergonhado. — S-Só tente
explicar de um jeito simples.

Hum... Um jeito simples... Seria bem fácil explicar o que ela


queria caso não fosse tão tímida.

"Me chupa"
Duas palavras.

Só precisava dizer duas palavras para ele entender.

Mas claro que ela não faria isso, escolheu outra forma de
explicar:

— L-Lá em baixo... V-Você fez aquela vez... C-Com sua boca.


— logo notou que Naruto havia começado a entender. Fechou
seus olhos ao vê-lo sorrir malicioso.

O loiro nunca havia pensado que Hinata pediria algo assim,


mas o desejo da morena era uma ordem.

Ele se aproximou e rente ao ouvido sussurou:

— Quer que eu te chupe? — ele sugou o lóbulo da orelha


dela. Hinata levou ambas as mãos ao rosto, era oficial: ela não
olharia nunca mais para ele.

Naruto logo notando que ela não responderia, passeou as


pontas de seus dedos pelo corpo de Hinata. Pescoço, seios,
barriga... Até chegar ao ponto de prazer.

Massageou-o lentamente com os dedos. Hinata arfou


enquanto gemía.

— Diz... Você quer? — ele apertou levemente o clitóris, este


pulsava consideravelmente.

— Ah... — ela tentou fechar as pernas, mas Naruto impediu.


Ele deixou o clitóris de lado e começou a acariciar levemente
os lábios vaginais.

Mordeu o labio inferior ao senti-la tão molhada.


— Foi eu que te deixei assim? — prosseguiu sussurrando.
Hinata desceu os dedos para os lábios. Naruto beijou sua
orelha. — Tão molhada...

— O-Onegai... — ela implorou. Olhou diretamente para os


olhos azuis. — F-Faça... Faça logo.

Ele riu negando com a cabeça.

— Peça...

Canalha... Desde quando ele fazia coisas assim?

— Anh. — ela mordeu o lábio quando Naruto voltou a brincar


com seu clitóris. — N-Naruto-kun...

Ele mordiscou seu pescoço.

Ela não iria dizer aquilo! Provavelmente acabaría


desmaiando de vergonha se dissesse. Olhou suplicante para
Naruto.

Ele encarou os olhos perolados e se arrependeu. Ela lhe


encarava com o semblante mais fofo do mundo! Céus, como era
linda. Aqueles olhinhos brilhando... Quem resiste a isso!??

Tirou seus dedos da intimidade de Hinata e se apoiou em


ambas as mãos. Beijou a mulher e logo sussurrou:

— Você venceu... — ele admitiu. Hinata sorriu corada. —


Mas não se acostume Hime. Não vou deixar barato na próxima.

Hinata engoliu em seco.

Naruto lhe beijou o queixo e desceu pela linha do maxilar.


Apalpou um dos seios e passou sua língua entre o vale dos
mesmos. Hinata suspirava ansiosa à cada toque. Naruto,
somente para provoca-la, começou a distribuir varios beijos e
mordiscadas na barriga lisa. Hinata resmungou insatisfeita.

Os fios loiros foram puxados para baixo pelas finas mãos.


Hinata estava impaciente, Naruto quase riu.

Deixou um rastro de saliva até chegar ao clitóris pulsante.


Olhou divertido para Hinata que se deliciava com a respiração
quente contra sua intimidade.

Ele suspirou se concentrando. Ele não era O cara no oral,


mas tentaria ser o mais delicado possível para não machuca-la.
Não tirou seus olhos da face rubra da esposa enquanto descia
sua língua até o ponto sensível.

— Aah... — ela gemeu alto. Naruto havia passado a língua


na parte superior do clitóris.

Ele continuou assim por mais alguns segundos até que


começou com os chupões.

Hinata puxou o cabelo loiro com força, o forçando cada vez


mais contra seu corpo.

Ele colocou ambas as pernas de Hinata contra o próprio


corpo, deixando-o com uma visão privilegiada da intimidade
rosada.

Usou a língua para penetra-la, causando mais uma série de


gemidos deliciosos para seus ouvidos.

— Uhm... M-Mais... — ela exigiu ao jogar sua cabeça para


trás. Estava morrendo de vergonha pela posição em que se
encontrava, mas o tesão tomava conta de todo seu corpo.
Naruto logo tentou atender o pedido, aumentando
gradativamente a velocidade dos movimentos da língua, mas
aquilo não parecia o suficiente para Hinata. Ela exigia cada vez
mais e mais, deixando-o contra a parede.

O que mais ele faria!? Argh! Odiava quando isso acontecia.


Se sentía um completo inútil ao não saber como agrada-la.

Certo Naruto, mantenha a calma. O que o livro dizia sobre


isso? Além da parte sobre não errar o buraco é claro...

Ele franziu a testa. Preliminares... Capítulo 5... Aprendendo


a fazer um oral...

Uma idéia iluminou sua mente.

Mas é claro! Como não pensou nisso antes!?

Parou completamente com os movimentos. Hinata jogou


seus braços para o lado. Era sério que ele parou?

— Calma. — ele pediu em meio a baixas risadas ao ver o


semblante desolado da morena.

Levou uma de suas mãos até o rosto alvo e o acariciou.


Hinata ergueu a cabeça enquanto franzia o cenho. Naruto
passou seus dedos pela bochecha, nariz e parou ao chegar na
boca. Contornou os lábios levemente, entreabrindo-os.

— Chupa.

— O-O que? — ela corou. Naruto forçou seus dedos contra a


boca entreaberta.

— Chupa... Você vai gostar. — ela hesitou. Naruto estava


com dois de seus dedos acariciando lentamente seus lábios.
Receosa, ela abriu a boca. Naruto sorriu malicioso. Seus
dedos passaram levemente contra a língua de Hinata.

— Vamos Hina... Chupa vai... — ele fez movimentos de vai e


vem incentivando-a a fazer o mesmo.

Timidamente, ela passou a língua entre os dedos do loiro.


Fechou os olhos pensando que aquilo diminuiria a vergonha que
sentía. Humpf... Até parece.

— Isso... Hum... — ele usou a outra mão para fazer os


mesmos movimentos em seu membro. Mordeu o labio ao sentir
a primeira sucção.

Ah... Se aquela boca estivesse em outro lugar.

Não, não, não, não!

Não podia pensar em Hinata fazendo isso, mesmo que ele


estivesse louco para ver aquela cena...

Esperaría o tempo dela. Nada de forçar a barra. Isso,


uhum!

Voltou sua atenção para o que ela fazia. Hinata já parecía


ter pegado o ritmo da coisa. Ela sugava com mais facilidade e
mais rápido. Passava sua língua entre os dedos os deixando
ainda mais lambuzados.

E ele não podia acreditar... Ela estava segurando sua mão,


fazendo os movimentos de vai e vem. Provavelmente por ele ter
se distraído por alguns segundos.
Seu membro pulsou como nunca. Ela não tinha idéia de
como o excitava...

Tentou falar algo, mas logo notara que sua garganta estava
seca. Pigarreou baixo. Tentou puxar seus dedos para fazer o
que tinha em mente, mas Hinata estava segurando sua mão
com força. Pelo visto ela tinha gostado... E muito.

— Já está bom... — ele tentou convencê-la. Hinata abriu os


olhos lentamente ao senti-lo tirar seus dedos. Um fio de saliva
conectava os dedos à boca rosada.

Naruto levou os dedos até a entrada de Hinata que lhe


seguía atentamente com os olhos. Passou um dedo sobre a
entrada e logo a penetrou.

— Aah! — Hinata arqueou surpresa.

Naruto começou com movimentos lentos, logo fazendo o


famoso "vem aqui" com o dedo. Ela já estava bastante
lubrificada, percebendo isso, Naruto colocou mais um dedo,
para total deleite da Uzumaki.

— M-Mais... Anh. — Hinata estava com seu baixo ventre


fervendo! Naruto tinha razão ao dizer que ela ia gostar.

O loiro começou a aumentar a velocidade. Os movimentos


frenéticos estavam fazendo Hinata revirar os olhos.

Naruto se abaixou e voltou a estimular o clitóris com a


língua. Hinata levou sua mão à cabeça do marido e logo puxou
seus cabelos.
— N-Naru... Ah... — Naruto forçou a entrada de mais um de
seus dedos. Hinata já estava com sua respiração entrecortada e
o suor já cobria boa parte de seu corpo.

Naruto sugou seu clitóris e aquilo foi o limite para ela.


Automáticamente seu corpo arqueou, ao mesmo tempo em que
gemía alto o nome do responsável pelo seu ápice.

— Ah... Hinata. — Naruto mordeu o labio ao tirar seus


dedos, estes já lambuzados pelo gozo da mulher.

Levou um de seus dedos à boca e lambeu cada gota.


Hinata, enquanto tentava pateticamente regular sua respiração,
observava com cuidado e porque não curiosidade?

Naruto imediatamente percebeu. O que foi um milagre...

— Quer provar? — ele perguntou malicioso.

Rubra, Hinata desviou o olhar.

— Tome... — ele levou os dois dedos restantes e passou a


ponta entre os lábios de Hinata.

Ela voltou seu olhar para ele. Com a mão trêmula, ela
segurou a palma de Naruto e guiou os dedos para sua boca.

Fechou os olhos e sorveu seu próprio gosto. E... Bem, como


explicaria? Era... Era bom.

— Delicioso, não acha? — ele indagou ao tirar os dedos da


boca de Hinata.

Ela assentiu timidamente.

— É-É doce. — comentou envergonhada.


Naruto concordou enquanto se aproximava. Seus olhos
estavam nublados de desejo. E que a verdade seja dita: Estava
louco para fode-la com força e ver aquela carinha fofa se
contorcer de prazer.

Mas...

Ele não era louco de fazer algo que a machucasse, tanto


físicamente quanto psicologicamente.

Selou seus lábios devagar enquanto Hinata ainda tentava


controlar sua respiração. Humpf, alguém por favor poderia
avisa-la que era inútil quando ela possuía em cima de si um loiro
gostoso, nu e ainda por cima quando ele tinha um efeito que era
impossível descrever sobre ela?

Obrigada.

Naruto sugou sua língua ao mesmo tempo em que


pincelava seu membro na intimidade de Hinata.

— E-Eu não aguento esperar mais... — ele admitiu contra


sua boca.

Em resposta, Hinata somente o puxou para mais um beijo


ardente.

— Uh... — ele gemeu ao começar a invadi-la.

Naruto começou com estocadas lentas, mas profundas.


Após dar mais alguns beijos em Hinata ele se ergueu e colocou
as pernas da morena em seus ombros.

— M-Mais... Mais rápido. — ela conseguiu pedir em meio aos


gemidos.
Naruto imediatamente atendeu ao pedido. Seus
movimentos se intensificaram e o clima de sexo logo preencheu
cada espaço daquele quarto.

Continuaram assim por mais algum tempo, até que uma dor
insuportável atingiu em cheio a coluna de Naruto. Fez uma
careta ao sentir a dor, o que não passou despercebido por
Hinata. Ele tirou as pernas dela dos ombros e voltou para a
típica posição papai e mamãe. Havia forçado demais a coluna.

— E-Está se sentindo mal? — ela indagou já se preocupando


com as caretas que ele fazia. Naruto não parava de estocar.

— N-Não... — ele voltou com os movimentos lentos.

Hinata franziu o cenho. Levou suas mãos até as costas de


Naruto e começou a arranha-las até que escutou alguns
resmungos do loiro. Logo entendeu o que acontecia.

Usando uma força que não conhecia, Hinata conseguiu


joga-lo para o outro lado do futon. Naruto sentiu um extremo
alivio nas costas, mas sua atenção voltou-se para a morena.

— Hinata? — ele a chamou ao vê-la sentar-se em seu colo.

— E-Eu também quero fazer... — respondeu sem encara-lo.


Estava sentada sobre o membro do loiro, mas não tinha
coragem de toca-lo.

Se ergueu e esperou que ele entendesse o que ela queria. E


temos que admitir, hoje ele estava esperto.
Naruto posicionou e esperou que Hinata se sentasse. E foi
o que ela fez. Ela se segurou nos ombros de Naruto e se
acomodou.

— T-Tão fundo... — ele murmurou ao fechar os olhos.

Hinata olhou para ele, como se esperasse uma explicação


do que fazer. Ele abriu os olhos e encarou as pérolas.

— Assim... — ele segurou em seu quadril e o forçou para


frente e para trás.

— Anh... — ela gemeu baixo. Naruto continuava a ajuda-la


nos movimentos.

Ela se ajeitou melhor sobre ele e começou a ditar os


próprios movimentos. Ela cavalgava com vontade sobre ele.
Seus seios pulavam de acordo com seus movimentos, o que
Naruto adorava já que estavam de frente para ele.

Apertou com força um dos seios, escutando Hinata gemer


manhosa. Seus corpos se moviam em sincronia. Naruto investia
ao mesmo tempo que ela, o que causava incríveis sensações
em ambos.

Ele estranhou quando ela parou. E automaticamente a


olhou. Hinata estava com um sorriso diferente... Algo entre o
divertido e o malicioso, ele não soube dizer.

— Ah... — ele gemeu quando ela deu uma leve rebolada. —


H-Hinata...

Ela sorriu satisfeita (e corada). Se abaixou até ele e o


beijou enquanto ele a estocava devagar.
— Aah. — ela gemeu quando ele passou o braço por sua
cintura e a estocou rápido.

Hinata sentiu espasmos percorrerem seu corpo novamente.


Naruto virou e ficou novamente por cima, para certo desagrado
da morena que estava gostando de comandar as coisas.

Erguido, ele voltou a estocar freneticamente. Hinata


apertou os lençóis entre os dedos enquanto gemía alto. E logo
gozou pela segunda vez naquele dia.

Naruto também não tardou para chegar ao ápice. Só ele


sabia o quanto estava segurando para não gozar antes dela.

Desabou sobre ela. Seu corpo estava tomado pelo suor e


sua respiração estava mais do que descontrolada.

Ambos ficaram num silencio aconchegante. Naruto ficou


deitado sobre ela enquanto Hinata fazia um cafuné em seus
cabelos.

Ela estranhou quando ele começou a rir nervoso.

— O que foi Naruto-kun? — indagou.

— N-Não é nada... — ele beijou sua pele. — Só minhas ideias


idiotas de sempre.

Ela riu negando com a cabeça.

— Eu não acho suas idéias idiotas. — ela se lembrou do que


ele havia feito pouco tempo atrás com os dedos. — S-Se quiser
me contar...

Ele hesitou.

— É uma coisa idiota, já disse. — Hinata suspirou.


— Tudo bem. — ela não podia força-lo a falar certo? Bem,
lógico que não.

Ela só queria que compartilhassem seus pensamentos e


vontades... Agora que estavam casados deviam fazer isso não
é?

Ele estranhou quando ela parou de acariciar seus cabelos.


Olhou de soslaio e logo percebeu que ela estava perdida em
pensamentos. Não gostava de quando ela ficava assim. Queria
saber o que ela pensava, se estava sentindo algo ruim ou
pior...

Era horrível não saber ler mentes!

— O que foi? — ele indagou.

— Nada... — ela forçou um sorriso. Naruto franziu o cenho.

Ele encarou seus olhos por alguns segundos, mas logo ela
desviou o olhar.

Ele suspirou.

— Certo... E-Eu vou te contar. — ela o encarou surpresa. —


M-Mas prometa que não vai rir dattebayo!

Ela sorriu. Estava sentindo falta do famoso dattebayo de


Naruto.

— Eu prometo Naruto-kun. — voltou a brincar com os fios


loiros. Naruto ficou inquieto.

— B-Bem... É que eu queria... — ele hesitou. Talvez


procurando as palavras certas.
— N-Não precisa ficar com vergonha. — ela virou o rosto
dele para si.

Ele assentiu e se ajeitou sobre Hinata, deixando seu queixo


sobre o vale dos seios.

— É-É que agora foi tão bom... — ele se referia ao que


tinham feito poucos minutos atrás. Hinata corou desviando o
olhar. — E-Eu estava pensando se não podíamos fazer t-todo dia
de manhã...

Hinata engoliu em seco. Até que não era uma má idéia


fazer amor ao acordar. Começar o dia de uma forma... Boa. Ela
adoraria isso.

— D-Desculpe. E-Eu disse que era algo bobo, não precisa


aceitar se não quiser eu vou enten-

— E-Eu quero. — ela o cortou corada.

— Sério? — ele sorriu se erguendo, ficando próximo ao


rosto dela.

Ela assentiu desviando o olhar. Provavelmente demoraria


ainda muito tempo para ter coragem de encara-lo nos olhos
depois de aceitar algo assim.

— Você é incrível Hinata! — ele lhe abraçou desajeitado,


enterrando seu rosto na curva do pescoço de Hinata.

— V-Você também é Naruto-kun. — ela deixou suas mãos


sobre as costas dele, apertando o abraço.

Naruto se ergueu com um sorriso malicioso estampado na


face. Ficou novamente próximo ao rosto dela.
— Então... Ainda é cedo... — ele lhe deu um selinho. —
Pronta para o segundo round?

Corada ela assentiu.

Naruto voltou a beija-la. Os toques ousados voltaram e ele


até a penetrou com um dos dedos, mas não durou muito.

A porta dos fundos rangeu enquanto mais três versões do


loiro entravam distraídos pelo quarto. Seus braços carregavam
vários girassois, que provavelmente foram roubados do jardim.

— Mas que merda é essa!? — Naruto, o original, bradou


enquanto tentava cobrir Hinata com seu próprio corpo.

Esconder o corpo de sua mulher dele mesmo.

Era serio isso?

— Hm? — os clones encararam a cena de cenho franzido.


Mas seus olhos se iluminaram ao ver Hinata em baixo do
original.

— HINATA! — os três gritaram juntos. Jogaram os girassois


de qualquer jeito no chão e correram em direção a mulher.

— T-Três N-Naruto-kun? — ela balbuceou ao vê-los se


aproximar.

Grosseiramente eles empurram o loiro e logo se jogaram


para cima de Hinata, literalmente.

— Você é tão linda Hina! — um dos clones disse ao aperta-


la num abraço.

— Você é muito fofa! — o segundo disse. Ele apertou as


bochechas coradas.
— Tsc... — o último clone estava com um sorriso malicioso
nos lábios. Passou descaradamente as mãos no corpo nu de
Hinata. — Gostosa...

— SAIAM DE PERTO DA MINHA MULHER! — Naruto, o


original, gritou. Empurrou os três outros para longe e puxou o
lençol para cobrir todo o corpo de Hinata.

E o que a pobre Uzumaki fazia? Bem, ela simplesmente


tentava controlar um pouco de sangue que escorria por seu
nariz...

— EU SOU ÚNICO HOMEM QUE IRÁ TOCA-LA!

— Mas nós somos você! — um clone protestou.

— Também temos o direito de nos divertir! Não somos seus


escravos!

— Passamos a madrugada inteira carregando flores


enquanto você dormía com a minha Hime! — dramatizou.

— Calem a boca! — Naruto mostrou o punho. — Vão embora!

— Tsc... — o terceiro revirou os olhos. — Só vamos se a


Hinata mandar. Tenho certeza que ela adoraria que ficássemos
aquí, não é Hime?

Ele piscou para ela.

— E-Eu... E-Eu...

— Podemos nos divertir juntos... — ele tentou ir até ela,


mas Naruto o impediu, jogando-o para longe.

— Caiam fora!
De repente, Naruto escutou Kurama rosnar em sua mente.

"Mas que gritaría é essa logo cedo!?" Indagou irritada. "Eu


vou matar o desgraçado que me acordou!"

— Foi ele! — Naruto apontou para os clones enquanto eles


apontavam para si. Estranhamente os clones também podíam
escutar Kurama.

Hinata franziu o cenho, mas não disse nada.

"Calem a boca! Vocês não passam de um bando de inúteis


e idiotas!"

— Hey! — os clones protestaram.

— Eu não sou nada disso! — o original exclamou.

"Você é o mais idiota de todos! Porque está gastando


tempo discutindo? Somente desfaça-os!"

Naruto coçou a nuca envergonhado.

— E-Eu não tinha pensado nisso...


Kurama revirou os olhos. Naruto logo desfez os clones.

— Finalmente! — ele suspirou aliviado. Se deitou


novamente ao lado de Hinata. — Desculpe por isso Hina, você
está bem? Espera... — ele puxou um pouco do lençol que ela
segurava. — Isso é sangue?

— N-Não...

— Hum... — ele deu de ombros. Hinata se enrolou no lençol.


— Aonde vai?

— V-Vou tomar um banho. — ele ameaçou se levantar, já


com segundas, terceiras e quartas intenções com Hinata, mas
ela logo disse: — N-Nem pense nisso Naruto-kun. A-Ainda temos
que ver o que faremos hoje.

Que desculpa esfarrapada...

— Ah, Hinata... — ele andou até ela, nu, é claro. A segurou


pela cintura, colando-a em seu corpo. — Só um pouquinho vai...

— J-Já fizemos Naruto-kun. — disse enquanto tentava se


soltar dos braços dele. — V-Vamos deixar para mais tarde sim?

Ele fez um biquinho.

— 'Tá bom... — ele a soltou e voltou emburrado para o


futon.

Em meio a risadas, Hinata foi para o banheiro.

"Hey, Kurama..." ele chamou a raposa. Naruto estava


sorrindo feito um idiota.
"Hm?"

"Você viu não foi? Eu consegui!"

"Humpf, finalmente. E agora, o que vai fazer?"

Ele franziu a testa.

"Fazer? Mas fazer o que? Não tenho nada para fazer."

"Não seja mais idiota do que já é! Vai fazer o que aquele


livro diz ou não?"

"Mas eu já fiz! Ela gozou! Não preciso mais daquele livro!"

"Você fez o básico! Tem outras coisas lá certo?" Ele


assentiu. "Então... Vai fazer?"

"E-Eu não sei. Não sei se ela vai querer... Aquilo é muito...
Pervertido..."
"É simples pirralho! Comece com as coisas mais leves."

Naruto fez uma careta. Desde quando Kurama se


interessava tanto por sua vida sexual?

"Porque todo esse interesse, hum? Normalmente você não


me ajuda tanto assim."

Kurama abriu um sorriso malicioso, mas Naruto não


percebeu.

"Apenas estou de bom humor hoje. Não vê?"

"É isso que me assusta..."

Kurama rosnou.

"Faça o que quiser. Mas uma hora ela vai cansar do básico
e você vai se lascar porque eu não irei te ajudar mais!"

"Espera!" Ele engoliu em seco. "E-Eu vou tentar fazer."


Kurama lhe mostrou um sorriso. Os dentes pontiagudos à
mostra quase assustaram Naruto.

Alguns segundos se passaram até que Naruto escutou


alguém bater na porta.

Franziu o cenho. Quem poderia ser numa hora dessas?

Hesitante ele andou até a porta e a abriu. Só que Naruto se


esqueceu de um pequeno, ou não, detalhe... Ele ainda estava
nu.

— AAH! UZUMAKI-SAMA, VOCÊ ESTÁ PELADO! — Fukima


levou as mãos aos olhos tampando-os. Mas bem que ele estava
deixando uma gretinha entre os dedos... Humm.

Naruto arregalou os olhos e imediatamente fechou a porta.


Corado ele procurou uma cueca e uma calça qualquer.

Voltou a abrir a porta e encontrou um Fukima se abanando


e murmurando algo como "C-Como é grande..." O loiro não
entendeu muito bem.

Naruto pigarreou.

— Uzumaki-sama! Que falta de vergonha é essa!? E se por


acaso fosse uma dama ao invés de mim aqui!? Existem regras
Uzumaki-sama! Regras! E elas devem ser seguidas à risca!

Naruto coçou a nuca envergonhado.

— Desculpe, isso não irá se repetir. — Fukima assentiu,


triste demais para alguém como ele.

— Enfim... Vim a mando de Fushi-sama. Ele está os


convidando para um café da manhã junto a sua família.
— Olha, se for por causa do soco que aquele bostinha do
filho dele levou, saiba que não me arrependo e que eu não vou
pedir desculpas.

Fukima rolou os olhos.

— Não creio que seja esse o real motivo de Fushi-sama.


Somente apareçam para o café.

Naruto assentiu. Fukima já ia se retirando, mas Hinata


apareceu sorridente na porta o cumprimentando. Fukima cerrou
os olhos e murmurou algo como: "Sortuda de uma figa..." Saiu a
passos duros pelos corredores.

— O que deu nele?

Naruto corou e desviou o olhar.

— Não faço idéia.

[...]

— Oh! Que bom que vocês vinheram. — Fushi Rido se


levantou animado e andou até o casal, os cumprimentando
exageradamente.

— Agradecemos ao convite Fushi-sama. — disse Hinata


gentil. Ela segurava firmemente o braço de Naruto. O loiro ainda
estava desconfiado de toda aquela bondade.

Ah, fala serio! Naruto havia dado um soco na fuça do filho


do cara. Aí no outro dia ele lhe convida para um café da manhã?
Bora começar a bater mais em almofadinhas. Vai que os pais
deles lhe convidem para um bufe.

— Não precisa agradecer querida. Mas venham, venham! O


café já está servido. — eles começaram a caminhar entre as
mesas ao ar livre. — Estávamos somente esperando vocês.

Eles assentiram. Poucos metros lhe separavam da mesa. E


nela estavam Sora, com seu habitual jeito inútil de tentar
seduzir Naruto, e Kito. Este estava com o olho roxo (o que
Naruto adorou ver), mas parecía não ter se abalado tanto. Ele
olhava somente para Hinata, uma tática falha de tentar irritar
Naruto. Fukima estava logo atrás da cadeira onde Rido se
sentaría. Pareceu nervoso ao ver Naruto se aproximar e de vez
em quando abaixava o olhar para... Bem, vocês sabem para
onde.

— Oh, bela dama. Como é bom vê-la novamente! — Kito se


levantou animado enquanto Hinata se sentava.

Ela deu um sorriso falso, somente por educação. Naruto


logo se sentou, sendo seguido pelos demais.

Sora sorriu para Naruto que somente revirou os olhos.

— Bem, vamos comer sim? — Rido sugeriu. — Depois vamos


ao real motivo do nosso café...

Ele mandou um olhar sério para o filho e depois um mais


"normal" para Naruto. Aquilo era um bom sinal?

E assim começaram a comer. Conversavam e riam quando


Rido contava uma piada. Bem... Ele não precisava saber que a
piada era ruim certo?
Rido pigarreou cessando mais uma roda de risadas sem
graça.

— Bem, já que todos terminaram... Acho que já podemos


conversar sobre os ocorridos de ontem.

Naruto se endireitou na cadeira.

— O que aconteceu foi realmente lamentável... — Rido


juntou os dedos sobre a mesa. — Acredito que Kito tenha algo a
dizer, não é mesmo? — ele encarou o filho com os olhos
cerrados.

Kito revirou os olhos.

— Claro... — ele apoiou seu queixo em uma das mãos. — O


que tenho a dizer é que você bela dama é a mulher mais
gostosa que eu já vi em toda minha vida! Se eu tivesse você na
minha cama... — ele mordeu o lábio enquanto encarava o corpo
de Hinata.

— Ora seu desgraçado! — Naruto se levantou da mesa e o


agarrou pela gola da camisa. — Eu vou acabar com você!

— N-Naruto-kun! — Hinata agarrou deu braço. Estava mais


do que corada.

— Eu sabia que ele não prestava! Tudo isso foi só uma


perda de tempo! — Naruto juntou chakra no punho e deu um
soco no nariz de Kito.

Ele cambaleou até cair no chão.


— Porra meu nariz! — ele gritou de dor. Sangue escorria de
suas narinas e Hinata se perguntou se o nariz de uma pessoa
ficava mesmo naquela posição.

Hinata levou uma das mãos a boca. Rido e Sora somente


observavam sem nenhuma reação.

— Isso ainda é pouco seu merda. — ele se virou para


Hinata. — Vamos embora!

— Espere Uzumaki-sama! — Sora pediu.

— Por favor, sentem-se. — Rido pediu educadamente. Nem


parecía que seu filho estava agonizando no chão. — Kito!
Levante-se daí e pare de chorar como uma criança! Isso foi
pouco e você sabe disso!

— Meu nariz não fica desse lado! Olhe o que você fez! — ele
olhou diretamente para Naruto.

Ele se sentou e usou um guardanapo para cessar o sangue


que continuava a escorrer de seu nariz.

Hinata e Naruto já haviam voltado a se sentar. Ela encarou


com pena Kito, que era auxiliado desajeitadamente por
Fukima.

— E-Eu posso ajudar. — disse prestativa. Naruto lhe


encarou como se dissesse: "Deixa ele sofrer mulher! Está sendo
um ótimo show!"

— Tem certeza querida? — Rido perguntou.

— Bem... — ela olhou para Naruto. Esperava que ele não


ficasse com raiva. — A-Acho que sim...
Hesitante ela se levantou e ficou de frente para Kito que
fazia uma careta de dor.

— Fique quieto... — ela pediu quando ele tentou se esquivar


de seus toques.

Ela ativou sua linhagem para total espanto de Kito.

— O-O que é isso?

— Ele não quebrou... Somente saiu do lugar. — ela sorriu


fraco. — Teve sorte...

— S-Sorte!?

— Seja boazinha e coloque ele no lugar Hime... — Naruto


sorriu enquanto levava ambas as mãos à nuca. Ele sabia que
aquilo iria doer... Não podia ser melhor!

— C-Colocar no lugar!? Não é melhor chamar um médico?

Sora revirou os olhos.

— Não seja frouxo!

— Diz isso porque não é você no meu lugar!

Ela deu de ombros.

— Prepare-se. — Hinata pediu.

— M-Me preparar!? Vai doer?

— Fukima-san, poderia segura-lo por favor?

— Claro...

Hinata colocou suas mãos ao redor do nariz de Kito e


suspirou.
— Vai doer... — ela avisou gentil.

Kito arregalou os olhos.

— Como pode dizer isso tão... AI! AÍ! AÍ! TÁ DOENDO! PARA,
PARA, TÁ DOENDO. — ele choramingou quando Hinata arrumava
seu nariz.

Naruto gargalhou. Aquilo era música para seus ouvidos.

— Pronto... — ela sorriu satisfeita com seu trabalho. Voltou


para o lado de Naruto que lhe recebeu com um beijo.

— Você foi incrível... — ele sussurrou em seu ouvido. — Mas


ainda acho que deixa-lo com o nariz torto seria melhor.

[...]

O restante do café da manhã não foi lá essas coisas... Kito


ficou resmungando o tempo inteiro enquanto Sora ficava tirando
uma com sua cara. Os irmãos se retiraram pouco tempo depois,
mas não antes de Kito se desculpar por tudo que havia feito.

Rido parecía realmente envergonhado pelas atitudes do


filho.

— Novamente eu peço desculpas pelo comportamento de


meu filho. — Rido massageou as temporas. — Ele não sabe o
que diz...

O casal sorriu fraco para reconforta-lo.

— Nós entendemos. — Hinata disse.


— Ele só está sendo um pouco imaturo... — comentou
Naruto.

"Até parece..." Kurama murmurou.

— Bem... — Rido suspirou. — Não sei o que farei com ele.


Antes de minha esposa morrer ele não era assim. Ele... Ele era
um garoto carinhoso, atencioso, respeitava as pessoas... Mas
ele mudou.

Hinata sentiu um aperto no peito. Ela também sabia como


era perder a mãe. Não ter alguém para compartilhar certas
coisas, mesmo tendo o pai, mas convenhamos que Hiashi não
era o pai que toda garotinha quería. Talvez Kito tenha sentido
o mesmo que ela. Mas de qualquer forma, aquilo não diminuiria
a existência das coisas que ele já aprontou.

Naruto também se sentiu mal por ele, mas preferiu ficar em


silêncio. Afinal de contas ele sabia mais do que ninguém o que
era não ter uma mãe ou um pai.

— Enfim... — Rido continuou. — Soube que os dias de


estadia de vocês já estão no fim. E bem... Para tentar amenizar
o que meu filho fez... — Hinata e Naruto franziram o cenho. —
Vocês estão ganhando mais uma semana em Ryokan, por conta
da casa.

— I-Isso é sério? — Naruto perguntou de boca aberta. Rido


assentiu.
Hinata sorriu. Ter mais sete dias num lugar como esse... E
ainda mais acompanhada de Naruto! Céus, ainda tinham tantas
coisas para ver, tantos lugares para visitar, comidas para
provar...

Mas sua consciência lhe mandava negar o convite. Rido


estava fazendo aquilo somente por se sentir culpado. Não era
certo aceitar.

— Nós agradecemos Rido-san, mas recusamos. — Naruto


lhe olhou atônito.

Como assim recusavam?? Não era ela que dizia que era a
uma falta de educação negar esses tipos de coisas?

Rido franziu o cenho, mas parecia que ele já havia


entendido o raciocino de Hinata, diferente de Naruto é claro.

— Já aceitamos as desculpas de seu filho e do senhor


também. — ela iria continuar, mas Rido a cortou.

— Oh, querida, por favor. Aceite sim? Não estou fazendo


isso somente pelo que meu filho fez, mas também pelos seus
esforços na guerra. Afinal de contas se não fossem por vocês,
duvido muito que estaríamos aqui. Considere como um presente
de casamento.

Hinata hesitou.

— E-Eu não sei... — ela olhou para Naruto. Ele lhe encarava
com aquela carinha de cachorrinho sem dono. O que Hinata não
resistiu é claro... Ela suspirou e abriu um sorriso. — Tudo bem.
Obrigada Rido-san.
[...]

Naruto e Hinata passaram o resto do dia e boa parte da


tarde caminhando por Ryokan. Realmente, aquela manhã havia
sido estranha, mas não deixaram de rir por um bom tempo ao se
lembrarem do que aconteceu.

No momento estavam voltando para o quarto, já era quase


noite e Naruto estava misterioso desde que saíram para
caminhar. O que Hinata estranhou bastante.

— Hina... — ele a parou no corredor. Hinata o olhou com o


cenho franzido.

— O que foi Naruto-kun? — ele segurou em sua mão


enquanto sorria de lado.

— Eu vou ter que sair por algumas horas. — disse calmo.

Hinata imediatamente apertou sua mão.

— S-Sair? — ele assentiu. — M-Mas sair para onde? Porque


vai sair?

Naruto riu baixo e a puxou para um abraço.

— Calma Hime. — ele beijou sua cabeça. — Não vou para


longe. Quero que você vá para o quarto e se arrume...

— Me arrumar? Vamos para algum lugar? Porque não posso


ir com você? — indagou rápido e com o coração na mão.
Aquelas saidas de Naruto lhe assustavam.

Ela continuou fazendo perguntas, mas ele lhe calou com um


beijo.
— Você está ficando curiosa sabia? — riu enquanto ela
corava. — Você logo vai saber, não se preocupe. Agora faça o
que pedi.

Ela assentiu.

Hesitante, ela saiu de seus braços. Naruto suspirou, hora


de colocar seu plano em ação.

Hinata alguns passos, mas logo seu corpo foi colocado


contra a parede.

— N-Naruto-kun? — indagou assustada ao vê-lo lhe prender


os braços sobre a cabeça.

Naruto mordeu o lábio inferior antes de beija-la com desejo.


Sua troca repentina de atitude deixou Hinata imóvel por alguns
segundos, mas logo correspondia ao beijo.

Ele roçou seu corpo contra o dela, a prensando ainda mais


contra a parede. Naruto usou somente uma das mãos para
segurar as mãos de Hinata. E afobadamente ultrapassou o short
e a calcinha que ela usava, indo direto para o clitóris onde ele
apertou com força.

— Aah. — ela gemeu alto. — N-Não, aquí não... — Naruto


voltou a cala-la com um beijo.

— Porque não? Você já está pronta para mim. — ele passou


os dedos sentindo a intimidade molhada.

Hinata tentava fechar as pernas, mas ele já havia colocado


uma de suas pernas entre as dela.
— Você não sabe o quanto eu me segurei para não agarrar
você até agora. — disse rouco. Hinata conseguiu soltar uma de
suas mãos e tirou a mão dele de dentro de suas roupas.

— A-Aqui não. A-Alguém pode nos ver... — Naruto


resmungou insatisfeito. O volume em sua calça já era bem
visível.

Voltou a beija-la desejoso.

— Eu deixei um pacote no nosso quarto. — ele chupou o


pescoço alvo. — Quero que use hoje a noite.

— O-O que tem no pacote? — ela perguntou corada.

Naruto sorriu malicioso.

— Você vai saber quando abrir. — ele voltou a roçar seu


corpo contra o dela.

— E-E se eu não quiser usar?

— Você vai usar. — ele segurou seu rosto o erguendo. — E


isso não é um pedido, é uma ordem.

Capítulo 5 - Capítulo V - Parte I

As pernas de Hinata ainda tremiam quando finalmente


chegou ao quarto. Apoiou seu corpo na porta e fechou os olhos
enquanto suspirava.

Porque diabos ainda se sentia excitada? Humpf, só podia


ser brincadeira, mas não queria que ele tivesse ido, uma parte
do seu corpo ainda o queria a prensando contra a parede e
ultrapassando limites.
Foi tudo tão de repente, surpreendente até. Ainda sentia
que a mão do loiro estava em seu corpo, mas sabia que aquilo
era somente sua imaginação lhe enganando. Mordeu o lábio ao
sentir uma pressão em seu baixo ventre.

Ah, como queria Naruto ali e agora. Pensando bem, ela


poderia ter aproveitado mais daqueles toques no corredor, mas
sua infeliz consciência lhe mandou tomar cuidado, imaginem se
alguém os vê naquela situação.

Mas aquele medo de serem pegos... Ah, aquilo sim deixou


as coisas mais quentes.

— C-Chega! — disse à si mesma.

Não era bonito uma dama recém casada pensar essas


coisas. Naruto provavelmente riria ao saber o que ela pensava.
Tsc tsc, que vergonha Uzumaki Hinata.

Balançou a cabeça espantando esses pensamentos. Sua


curiosidade veio a tona quando se lembrou do tal pacote
deixado por Naruto. Desgrudou da porta, ainda com as pernas
bambas, e olhou ao redor.

Suas sobrancelhas se uniram, o que diabos uma cama de


casal fazia no seu quarto!? E onde estava seu querido futon!?

Andou até o pé da cama e a analisou. Era uma cama


comum, seus lençóis eram brancos e seus travesseiros macios
e confortáveis. Tinha certeza que não entrou no quarto errado.

Bem, tinha certeza também que Naruto lhe devia algumas


explicações.
Voltou a vasculhar o quarto até que se deparou com um
pacote amarelo sobre o criado mudo. Logo o apanhou.

— O que é isso? — ela indagou ao nada quando pegou um


envelope que estava grampeado no pacote.

Imediatamente o abriu e começou a ler.

"Yo Hime! Se já está lendo isso é porque já encontrou com


o meu presente. Mas você ainda não pode abri-lo e nada de usar
seu byakugan! Você deve estar achando isso meio confuso, mas
prometo que vai ser legal dattebayo!

Quero que vá para o banheiro, lá você vai encontrar outro


envelope.

PS.: Depois você vai entender o porquê da cama nova."

Certo, ela acabou ficando mais confusa. Aquela letra com


certeza era do loiro, somente ela para entender aquele
garrancho de letra. Mas não importa.

Ficou ainda mais curiosa para descobrir o que tinha


naquele pacote. Se ela abrisse agora ele não descobriria não
é?

Hum... Sim. Mas não achava certo fazê-lo, devia ter


demorado para ele conseguir planejar aquilo, não acabaria com
todo o esforço dele.

Deixou o pacote sobre a cama e seguiu para o banheiro. Os


olhos acinzentados se surpreenderam ao ver a banheira cheia.
Sorriu maravilhada ao observar o restante do banheiro.
Algumas velas e pétalas de rosas estavam espalhadas por ali, a
iluminação estava baixa e a sensação era aconchegante.

Olhou para o espelho e logo viu o envelope grudado no


mesmo.

"Pelo visto você fez o que pedi, e por isso merece um


prêmio! Que tal um banho na banheira? Aproveite enquanto a
água está quente e relaxe amor, nossa noite será longa."

Um leve rubor surgiu no rosto da Uzumaki ao terminar de


ler. Uma de suas mãos foi para perto do peito. A idéia do banho
não era ruim e seria até bom ela relaxar um pouco.

Deixou o envelope sobre a bancada e começou a se despir.


Prendeu o cabelo num coque frouxo e, nua, seguiu para a
banheira. Seu corpo se arrepiou ao sentir o contato com a água
quente. Haviam sais, óleos e mais algumas pétalas dentro da
banheira, o que Hinata adorou.

Mas o que ela realmente queria saber era como ele havia
pensado nisso tudo. Convenhamos que Naruto não era O cara
para pensar coisas assim. Cada detalhe, o cuidado para deixar
tudo na ordem... Desde quando ele era tão cuidadoso e
calculista?

Riu fraco ao pensar no marido. Aonde será que ele estava


agora?

Bem, ela não fazia idéia. Mas resolveu não pensar muito
nisso no momento, tinha que relaxar não é?

Hinata ficou na banheira por mais algum tempo. Quando a


água esfriou se lembrou que ainda tinha que se arrumar e que
não fazia idéia à que horas deveria estar pronta. Apressada, ela
saiu do banheiro enquanto se enrolava na toalha.

Mas então uma dúvida lhe perturbou. Ela poderia abrir o


pacote agora? Bem, Naruto não havia deixado mais nenhuma
carta pelo quarto.

— E agora? — ela se perguntou aflita.

Certo, o loiro não havia sido tão cuidadoso assim. Pelo


visto ele esqueceu de escrever mais uma carta.

Bem, ela não podia ficar ali parada esperando que uma
carta descesse do céu não é?

Suspirou. Não, não podia.

Pegou o pacote e começou a abri-lo.

— Um... Vestido? — com o cenho franzido ela analisava a


peça. Ergueu para ver melhor e então sorriu.

Certo, ela não esperava pelo vestido. Do jeito que as coisas


estavam indo, ela pensava que seria algo mais... Erótico, mas
adorou a surpresa.

O vestido era um tomara que caia de cor vermelha. Um


vermelho vivo como sangue. Observou uma fenda aberta aonde
ficaria sua perna direita, o vestido era longo e justo, justo até
demais.

Algo chamou sua atenção enquanto observava o vestido.


Mais um envelope, dessa vez ele havia caído no chão,
provavelmente estava no meio da roupa.

Apanhou a carta e começou a lê-la.


"Espero que você tenha gostado dos dedos mágicos Hime.
Quero que você me conte como foi quando me encontrar..."

Ela deu uma pausa. Que diabos eram os dedos mágicos?


Não havia lido nada disso nas outras cartas. Bem, perguntaria
isso a ele quando se encontrassem.

"Comprei esse vestido para você, use-o hoje à noite, tenho


certeza que ficará linda. Às nove horas venha até o salão de
festas, estarei te esperando.

PS².: Use somente o que está dentro do pacote, nada mais


do que isso.

PS³.: Quero que prenda o cabelo. Não importa como,


somente o prenda.

Uzumaki Naruto"

Ela sinceramente queria saber se havia um jeito de ficar


ainda mais confusa. Ok Hinata, pense. Ele disse para se
encontrarem às nove. Certo, sem problemas.

Procurou pelo relógio numa das paredes e logo o fitou.


Ainda eram sete horas, sete e trinta e oito para ser exato, mas
não importa. Daria tempo para se arrumar. Até nisso ele havia
pensando...

Ele disse para se encontrarem no salão de festas,


provavelmente estava acontecendo algum evento ou algo do
tipo, Naruto não pediria o salão emprestado para Fushi Rido não
é?

Hã... Bem.. Estamos falando de Uzumaki Naruto, não tem


como saber.
Massageou as têmporas e voltou a se concentrar. Ele disse
para usar somente o que estava no pacote, certo, sem
problemas. Olhou de volta para o embrulho, mas ele estava
vazio. Suas sobrancelhas se uniram. Ele queria que ela usasse
somente o que estava no embrulho... Mas só havia o vestido.

Será que ele também estava contando com as peças


íntimas? Oras, sutiã ela não precisaria usar, já que o vestido
tinha um bojo. Mas... E a calcinha?

— Ele pode ter se esquecido... — ela refletiu.

Hum... Sim, era isso. Ele havia se esquecido.

E por último prender o cabelo. Estranho? Com certeza.


Naruto nunca havia se intrometido em seus penteados, porque
estava fazendo isso agora?

Talvez uma trança ficaria bom. Estava prendendo o cabelo


não é? Ótimo.

Depois de pensar por mais alguns trilhões de vezes, Hinata


começou a se arrumar. Vestiu uma calcinha fina e colocou o
vestido. Fez uma trança lateral e deixou sua franja solta sobre a
testa. Bem, agora o que faltava era somente se maquiar e
calçar um salto. E lógico que não podia deixar de se perfumar.

Ótimo, estava pronta. E eram somente nove e dez...

— Por Kami! — praguejou. — Estou atrasada!

Hinata foi praticamente correndo para o salão, contudo, ao


sair do quarto não notou que havia mais um PS na parte de trás
da carta.
"PS⁴.: Siga cada ordem à risca, caso contrário sofrerá uma
punição.

E nada de atrasos."

[...]

— Droga de saltos! — bradou. — É impossível correr com


isso!

Hinata estava a poucos metros do salão de festas. Achou


estranho não escutar nenhum barulho de música ou de pessoas,
mas ignorou.

Quando chegou de frente para a porta suspirou.


Lentamente ela a abriu, e a primeira coisa que viu foi uma mesa
simples e mais duas cadeiras bem no meio do salão.

Sorriu, Naruto estava ficando mais romântico à cada dia.


Entrou e logo fechou a porta atrás de si. Imediatamente sentiu a
presença do loiro, mas não sabia ao certo aonde ele estava. O
salão estava iluminado somente no centro, onde havia a mesa e
mais algumas coisas sobre ela que Hinata não identificou de
primeira. O restante estava num completo breu.

Mas ela tinha certeza: Ele estava ali.

— Naruto-kun? — ela o chamou enquanto dava alguns


passos em direção a luz. Toda aquela escuridão estava lhe
deixando arrepiada.
Ele não a respondeu e Hinata logo notou que ele estava
tentando esconder seu chakra. Estranhou, mas voltou sua
atenção para a mesa.

Parecia um jantar simples. A mesa estava iluminada por


algumas velas, havia uma garrafa de vinho dentro de um balde
de gelo e mais duas taças de cristal (ela supôs). Não soube qual
o prato da noite, já que este estava tampado na bandeja.

Quando levou sua mão para descobrir, sentiu seus cabelos


serem balançados pelo vento, havia alguém atrás de si.

— Está atrasada — a voz rouca e arrastada fez com que


seus pelos se eriçassem. — Quinze minutos.

Seu coração falhou uma batida, ele queria lhe matar de


susto?

— D-Desculpe... Acho que acabei perdendo a hora. —


respondeu envergonhada.

Ela se virou e o viu pela primeira vez. Hinata teve que


segurar um sorriso ao ver como ele estava. Naruto estava
usando um smoking preto com a blusa branca, céus como
estava gostoso. Seus sapatos estavam bem lustrados e seu
terno alinhado, mas, diferente da perfeição do restante de seus
trajes a gravata estava torta e seu nó mal feito. A gravata era
de cor vinho e parecia ter sido colocada as pressas.

— V-Você está lindo. — ela elogiou corada.

O loiro abriu um pequeno sorriso. As mãos firmes foram até


a cintura de Hinata e a trouxe para mais perto. Ele a beijou
devagar, somente sentindo a textura dos lábios finos.
— Não mais bonito que você. — Hinata corou enquanto ria
envergonhada. — Você está maravilhosa Hime.

Ele a beijou novamente.

— Posso? — ela apontou para a gravata.

Dessa vez ele corou. Devia ser uma vergonha um homem


não saber dar um nó numa gravata.

— C-Claro. — ele coçou a nuca com sua mão enfaixada.

Hinata suspirou feliz. Debaixo de toda aquela roupa e


daquele jeito mandão ainda estava seu Naruto. O desastrado,
divertido, atencioso e por aí vai...

— Hey, não ria de mim dattebayo! — ele pediu ao vê-la rir


baixinho. Hinata usava suas mãos agilmente, Naruto mal pode
acompanhar com o olhar.

— Desculpe Naruto-kun. — ela continuou a rir, o loiro fez um


beicinho.

— Isso continue rindo... Vamos ver se acha graça quando


estivermos no quarto. — Hinata o olhou corada e logo parou de
rir. Naruto a puxou bruscamente contra seu corpo e sussurrou
em seu ouvido: — Eu não me esqueci Hina... Quinze minutos
atrasada. Você vai ser punida por isso.

Olhos perolados se arregalaram.

— O-O que? Punida? Como assim punida? — ela perguntou


enquanto tentava se soltar dos braços do loiro, mas ele era
mais forte.
— Shii... — ele segurou um dos braços dela para trás. —
Calma... Você vai gostar.

— M-Mas porque você vai me punir? Eu só cheguei


atrasada.

As sobrancelhas do loiro se juntaram.

— Você leu as cartas não é? Fez o que eu pedi nelas?

— S-Sim, mas eu não li nada disso lá.

Ele soltou o braço dela e voltou a lhe segurar pela cintura.

Bufou internamente. Ele sabia que ela não iria ver o que
estava atrás da carta. Mas o que podia fazer? Já tinha escrevido
os três PS e assinado a carta, mas acabou se esquecendo do
quarto, teve que improvisar oras.

— "PS⁴.: Siga cada ordem à risca, caso contrário sofrerá


uma punição. E nada de atrasos." — ele repetiu.

— E-Eu não sabia... — ele assentiu.

— Vamos fingir que você sabia. — ele piscou para ela e


começou a conduzi-la para se sentar. Hinata fez uma careta.

— Mas isso não é justo, eu não sabia. Vou ser punida


mesmo assim?

— Sim. — ela se sentou e Naruto logo foi fazer o mesmo. —


Sou eu quem faz as regras aqui Hinata.

Naruto pegou a carrafa de vinho e começou a encher as


taças.
Hinata ainda estava se sentindo meio confusa e
injustiçada, mas tentou se concentrar no que Naruto fazia.

— Não coloque muito, sou fraca para isso, você sabe. — ela
avisou. Naruto continuou enchendo a taça, colocando até mais
para ela.

— Eu sei... Mas é só por hoje Hime, você tem que relaxar.


Ficar mais... Solta.

Ele lhe entregou a taça de vinho. Hinata se perguntou o que


ele queria dizer com mais solta.

— Quer me deixar bêbada? — ela perguntou risonha.

— Se você vê desse jeito. — ele retrucou.

Naruto retirou as tampas da bandeja revelando o prato da


noite.

— Rámen? — porque será que isso não a surpreendeu.


Naruto coçou a nuca envergonhado. Hinata riu enquanto
colocava o prato em sua frente.

— Eu... Eu queria preparar algo diferente, mas... — ele corou


enquanto coçava a bochecha. — Acho que eu já tinha feito
bastante bagunça na cozinha daqui...

Hinata sentiu um calor aconchegante no peito. Seus olhos


brilharam e por um instante sua visão ficou embassada.

Ele havia cozinhado para ela! Para alguns poderia ser


besteira ficar emocionada com isso, mas não para ela.

Sem sombra de dúvidas, os atos mais simples são sempre


os mais especiais.
Ele ficou meio sem jeito ao vê-la secar uma fina lágrima
que escorreu de seus olhos. Estava tão ruim assim? Ela não
tinha nem provado!

— Mas se você não quiser, podemos ficar só com o vinho


por enquanto. — ele disse rápido e meio aflito. — E-Eu vou pegar
outra coisa para comermos...

Ele já ia se levantar, mas ela segurou sua mão sobre a


mesa.

— Está tudo perfeito. — ela sorriu para ele. Naruto


entrelaçou seus dedos. — Tenho certeza que o rámen deve
estar delicioso.

Ele suspirou aliviado.

"Se eu fosse ela não diria isso antes de provar essa


gororoba." Kurama disse desanimada.

"Não começa!" Naruto falou com um pouco de nervosismo


na voz. "Não deve estar tão ruim assim." A raposa revirou os
olhos.

Alheia à conversa que Naruto tinha em seu interior, Hinata


pegou os hashis e agradeceu pela comida.

— M-Me diga o que achou... Se está bom... — Naruto pediu


antes que ela pudesse levar o macarrão à boca. Hinata
assentiu.
"Você virou praticamente todo o saleiro nesse macarrão!
Como é que isso pode estar bom!?"

Naruto ignorou a última fala daquela raposa infeliz e ficou a


observar a reação da esposa.

Bem, ela não fez careta nenhuma ao colocar o macarrão na


boca. Mastigou tranquilamente e engoliu com facilidade. Naruto
deixou um suspiro aliviado escapar dos lábios, mas suspeitou
quando ela deu um longo gole no vinho.

— E-Então? — ele começou inseguro. — V-Você gostou?


Está ruim? Seja sincera Hinata.

Ela desviou os olhos. Ainda sentia uma leve ardência na


garganta por conta do vinho.

— B-Bem... E-Está bom. — Naruto ergueu a sobrancelha. —


U-Um pouco salgado, mas... Eu gostei.

Naruto escutou Kurama gargalhar em sua cabeça.

"Corrigindo: Ela odiou."

"Vá caçar seu rumo Kurama!"

Naruto, ainda desconfiado da resposta da esposa,


agradeceu rapidamente e levou o macarrão para a sua boca.
— Mas que droga é essa!? — disse ao engolir à força a
comida. — Isso está horrível Hinata!

— N-Não está tão ruim assim... — ela defendeu.

O loiro também bebeu do vinho e sentiu um grande alívio.


Parecia que estava comendo sal puro.

— Arrg, desculpe Hinata. — ele colocou os pratos de volta


nas bandejas e as tampou. — Acho que isso não é comestível.
Bem... Eu não sei se vamos conseguir achar algo para comer na
cozinha, mas...

— Não precisa se desculpar. Vamos ficar só com o vinho,


sim? — ela voltou a segurar sua mão sobre a mesa. Ele assentiu
se sentindo um fracassado. Sequer conseguia fazer uma
surpresa direito para sua amada. Tsc, tsc, que vergonha. —
Sabe o que isso me lembra?

— Hum? O que?

— O nosso primeiro encontro... — ela apertou sua mão. —


Também comemos rámen lembra? — ela riu ao se lembrar da
cena.

— Claro que lembro! — ele mostrou um daqueles sorrisos


perfeitos. — Mas o rámen do tio estava muito mais gostoso que
esse!

Ela assentiu.

— Mas nenhum rámen se compara ao seu hime! O que você


faz é muito mais gostoso do que o do Ichiraku! — disse convicto
vendo Hinata corar.

— V-Você acha?
— Uhum! Não vejo a hora de irmos para casa, quero provar
de novo da sua comida Hina!

Ela assentiu envergonhada.

— E-Eu vou fazer sempre que quiser Naruto-kun! — os olhos


do loiro brilharam.

Ele se levantou sorridente e foi até ela.

— Vem! — ele a puxou pela mão. Hinata franziu o cenho. —


Vamos dançar Hime!

Ela não hesitou, mesmo estando corada. Aceitou de bom


grado e deixou ser conduzida para longe da mesa. Antes que
começassem a dançar, a melodia da música começou a soar
pelo salão. Hinata não teve dúvidas, aquela era a música
deles.

— Eu ainda não tinha me desculpado direito aquele dia. —


ele explicou baixo enquanto circulava a cintura de Hinata com
seus braços. Ela logo enlaçou o pescoço do loiro. — Desculpe
por ter sido grosseiro com você.

Ela apoiou sua cabeça no peito de Naruto.

— Não precisa se desculpar. Vamos deixar isso no passado.


— ela o encarou nos olhos. Ele assentiu e logo começou a
conduzi-la numa dança leve e envolvente.

Naruto fez o possível para não pisar nos pés de Hinata,


visto que, diferente dele, ela não estava tão nervosa assim.

Ele a girou lentamente e, num movimento rápido, a puxou


pela cintura, colando-a de costas em seu corpo. Hinata sorriu
surpresa.
— Não vai me contar o que fez no banheiro? — ele
sussurrou em seu ouvido. As mãos grossas moviam a cintura
feminina de um lado para o outro, fazendo com que ela roçasse
ainda mais em seu corpo.

Hinata corou sentindo a malícia em sua voz.

— T-Tomei meu banho oras. — respondeu. Naruto mordeu


sua orelha enquanto grunhia insatisfeito com a resposta.

Hinata logo se lembrou da carta que faltava. Será que ele


estava se referindo a esses 'dedos mágicos'? Bem,
provavelmente.

— Q-Quantas cartas você deixou no banheiro? — ela


perguntou enquanto tentava ignorar os leves chupões que
recebia no pescoço.

— Duas. — respondeu rápido e voltou a se divertir no


pescoço da Uzumaki.

— E-Eu só encontrei uma. — ela revelou. Naruto logo parou


com o que fazia e bufou.

Não, ele não podia ter se esquecido de colocar a carta lá.


Droga, aquelas coisas eram complicadas!

— Tem certeza? — ela assentiu.

— Eu só encontrei a que estava no espelho... E-E depois a


outra dentro do pacote.

Naruto fechou os olhos com força.


— Não acredito que estraguei isso também... — ele
lamentou. Soltou a esposa e deu-lhe as costas. — Eu sou mesmo
um fracasso!

"Ninguém mandou deixar para a última hora. Bem feito!"


Kurama zombou.

— Cala sua maldita boca Kurama! — ele bradou. Se


esqueceu completamente que Hinata continuava ali, o
ouvindo.

Ela foi até ele e segurou em sua mão, forçando-o a olha-la.

Os olhos do loiro estavam lacrimejando.

— Porque está chorando? — ela perguntou baixo. Ainda


segurava na mão do loiro. Ele secou os olhos com a mão
enfaixada.

— Nada do que eu faço da certo! — desabafou. — Nada,


nada, nada Hinata! Eu queria ter feito algo especial para nós
dois hoje e olhe tudo o que já deu errado!

— Nada deu errado Naruto-kun. Está tudo tão bonito. — ela


elogiou sincera.

A decoração, o ambiente agradável e aconchegante. Ela


havia adorado! Também tinha que se lembrar das pétalas de
rosas e as outras coisas que ele mesmo havia preparado. Certo,
alguns detalhes não estavam perfeitos, mas que diferença
fazia? Nenhuma oras!
Ele havia se esforçado, era isso o que importava.

— Isso é mentira. — ele andou até a mesa e pegou sua taça


de vinho, bebendo o restante de líquido que havia ali. — Eu
tentei fazer o jantar, e olha no que deu! Essa... Coisa! — ele
apontou para a bandeja.

Hinata se abraçou com os próprios braços.

— E como se não bastasse, eu não consegui organizar


cartas simples Hinata! Cartas! — ela começou a andar
lentamente até ele. — Ah, e não é só isso! Eu devia estar
interpretando um papel aqui. Eu deveria ser o dominador, o que
coloca as regras! Mas olhe o que eu estou fazendo Hinata! Estou
chorando e me lamentando na sua frente!

Naruto sentiu ainda mais lágrimas enchendo seus olhos. Se


jogou na cadeira e apoiou os cotovelos nas coxas, levou as
mãos aos olhos. Talvez pensando que, fazendo isso, Hinata não
o veria chorar.

— Hey... — ela tocou o rosto bronzeado com carinho. —


Olha pra mim...

Ele negou com a cabeça.

— E-Eu só queria agradar você, mas deu tudo errado! Eu


sou um desastre!

Hinata beijou a cabeça do loiro e depois começou a


distribuir vários beijos na testa dele.

— Não vai olhar pra mim? — ela continuou com o que fazia.
Mesmo envergonhado, Naruto tirou as mãos do rosto.
Hinata ergueu seu rosto e continuou a enchê-lo de beijos.
Beijou o trajeto das lágrimas até que ele parasse de chorar.
Beijou o nariz, a ponta e chegou aos lábios onde depositou um
beijo calmo.

— Não quero que você mude quem você é ou finja ser o que
não é só para me agradar. — ela disse baixo e corada. Estava
olhando dentro das safiras, não deixando dúvidas de que suas
palavras eram sinceras e ditas com amor. — Ninguém é perfeito
Naruto-kun, todos nós temos defeitos e qualidades. Eu... Eu me
apaixonei pelas suas qualidades, mas eu te amei pelos seus
defeitos.

— Hinata...

— Eu estou amando tudo isso. — ela riu. Naruto a segurou


pela cintura, trazendo-a para mais perto. — Esse é o nosso
jantar romântico mais divertido até hoje.

Ele riu fraco.

— Um jantar, sem jantar...

Ele a abraçou pela cintura, enterrando seu rosto um pouco


abaixo dos seios dela.

— Não tem problema. — ela acariciou os fios loiros. — A-


Ainda temos o vinho e a música. Podemos improvisar...

Ele assentiu começando a se animar.

— E-E eu ainda tenho quer ser punida, l-lembra? — desviou


o olhar corada. Naruto também corou, tinha até se esquecido de
que ainda tinha o resto da noite para aproveitar junto com sua
mulher.
Pelo visto a noite não estava completamente perdida.

Sorrindo, ele se levantou e envolveu Hinata num abraço


apertado.

— Hinata... Obrigado.

As palavras preencheram cada espaço do salão e aquele


clima, que antes era pesado, se tornou leve.

Ficaram abraçados por mais algum tempo até que Naruto a


afastou para beija-la.

— Vamos nos divertir então dattebayo! — ele lhe mostrou


os dentes num sorriso largo.

Ele a puxou novamente para longe da mesa e a guiou em


passos de dança que ele mesmo nunca havia praticado, o que
arrancou altas gargalhadas de Hinata.

— N-Naruto-kun! Vamos cair! — ela avisou quando ele a


ergueu e começou a gira-los.

Naruto ignorou os gritos de protesto e, em meio a risos e a


desequilíbrios, continuou girando.

Mas nem sempre a gravidade atua à nosso favor. Naruto


tropeçou em seus próprios pés e acabou caindo, por
consequência, Hinata caiu sobre si.

— Eu disse que íamos acabar assim! — Hinata disse


enquanto ela e Naruto tentavam parar de rir.

— Foi divertido... — ele comentou ao cessar o riso. Logo


notando a vermelhidão no rosto da esposa.
Foi impossível não descer o olhar para o decote que a esse
ponto praticamente dobrou de tamanho.

Mordeu o lábio inferior. Fitou os lábios rosados, alternando


entre os olhos. Hinata logo entendeu e fez o mesmo, se
aproximando devagar.

Os lábios voltaram a se encontrar. Se moviam devagar, em


uma sincronia harmoniosa. As mãos do loiro passearam nas
costas de Hinata fazendo um carinho. A falta de ar incomodou,
fazendo com que se separassem. Mesmo tendo bebido somente
um gole do vinho, Hinata se sentiu mais leve. Desceu alguns
beijos tímidos para o pescoço do loiro e ficou ali enquanto ele
descia as mãos pelas suas costas e chegava até seu quadril o
forçando contra seu corpo.

Naruto apertou com as duas mãos o bumbum da esposa,


escutando-a gemer baixinho contra seu pescoço. Tinha certeza
que ela estaria vermelha demais para lhe encarar.

— O que é isso? — ele perguntou ao sentir algo a mais ali.

Hinata corou ainda mais quando ele passou seus dedos


levemente entre suas nádegas.

— V-Você esqueceu de colocar uma c-calcinha pra mim. —


ela explicou enquanto escondia o rosto no pescoço do
Uzumaki.

Ele riu pelo nariz.

— Não Hina... Eu disse para você usar só o que estava no


pacote. — ele voltou a apertar o quadril dela. — Ah, Hinata...
Você está pedindo para ser punida...
Ele virou o corpo, se colocando sobre ela. Mordeu o lábio
inferior se segurando para não puni-la ali e agora. Ah, seria tão
excitante... Já podia até imaginar.

— E-Eu não sabia, pensei que você tinha se esquecido. —


ela tentou se defender. Naruto sorriu malicioso e se ajoelhou
entre as pernas dela.

— Vamos resolver isso... — ele tentou enfiar suas mãos


dentro do vestido, mas ela fechou as pernas ao notar seu
objetivo. — Abra.

— N-Não, a-aqui não Naruto-kun. — ela disse tentando


manter um tom de voz sério.

Naruto pareceu não ligar. Puxou o vestido para cima, com


certa dificuldade já que ele era justo. Hinata bem que tentou
impedi-lo, mas foi em vão. Naruto levantou o vestido até a
cintura dela, mostrando a minúscula calcinha vermelha que ela
usava.

— Abra as pernas Hinata. — ele mandou autoritário. Ela não


obedeceu então ele as abriu por conta própria, para total
desespero de Hinata. Ele se colocou entre as pernas dela,
impedindo que ela pudesse fecha-las.

Hinata, corada no nível máximo, logo percebeu que não


conseguiria afasta-lo.

Naruto segurou a beirada da calcinha e encarou Hinata por


alguns segundos. Quando ela percebeu o que ele iria fazer já era
tarde. Naruto puxou o pano com força, rasgando o tecido com
brutalidade. Tudo o que Hinata pode fazer foi soltar um grito de
surpresa.
— Agora sim... — ele disse satisfeito ao observar o restante
do pano em sua mão.

Levou-o até o nariz e inspirou aquele cheiro que tanto o


embriagava. Com os olhos fechados, ele deixou que um sorriso
surgisse nos lábios ao sentir o olhar da esposa sobre si.

Abriu os olhos encarando as pérolas. O contato durou


sequer três segundos, Hinata desviou o olhar envergonhada.

— Isso fica comigo. — ele disse enquanto guardava a


calcinha, ou o que restou dela, no bolso da calça.

Hinata assentiu sem encara-lo e sutilmente tentava fechar


as pernas.

— Nem pense nisso! — ele disse reabrindo as pernas da ex-


Hyuuga. Hinata bufou, mas riu internamente. Ele era bem atento
para algumas coisas...

Naruto mordeu o lábio inferior ao fitar a intimidade rosada e


brilhante por conta da excitação. Umideceu o polegar e o levou
de encontro ao clitóris.

— Anh... — ela gemeu baixo.

Naruto continuou estimulando o ponto de prazer com o


dedo até que a viu sentir os primeiros sinais de um orgasmo.
Parou no mesmo instante.

Hinata, que a esse ponto já estava com sua respiração


desregulada, esperou com os olhos fechados o próximo
movimento do loiro, mas ele não continuou.
— N-Não vai continuar? — ela perguntou hesitante. Ele
negou com a cabeça. Não deixava o sorriso malicioso sair dos
lábios, o que deixava Hinata apreensiva. — P-Porque?

— Isso faz parte da sua punição.

— M-Mas...

Naruto levou dois de seus dedos até a intimidade dela.


Hinata gemeu baixo ao sentir o contato, mas não segurou um
gemido alto quando ele a penetrou com um dedo.

— N-Naruto-kun... — sua voz saiu como uma súplica para


que ele a estocasse, coisa que ele não fez.

— Já está pronta pra mim Hime... Molhadinha... — sua voz


saiu arrastada com um leve tom sensual. Hinata moveu o
quadril em sua direção, causando leves movimentos, mas que
foram rapidamente parados por Naruto.

— I-Isso é tortura... — ela murmurou inconformada. Naruto


tirou o dedo de dentro dela e esperou as próximas
reclamações.

As reclamações vinheram, mas Naruto somente ficou a


observa-la. Levou suas mãos até as coxas da Uzumaki e
começou a acaricia-las num vai e vem. Não conseguia
desgrudar os olhos da fenda rosada. Era tão apertada e
quente... Para ele, era difícil explicar o que sentia quando
estava dentro dela. Escutar os gemidos de Hinata ao mesmo
tempo em que seu membro era apertado quando ela atingia o
ápice. Aquilo não tinha preço!
— Ah, Hinata... — ele balbuciou. Nunca imaginária que a
tímida e reservada Hyuuga Hinata se tornaria uma mulher tão...
Ah, que se explodão as palavras refinadas. Ela era tão gostosa!

— O-O que você vai fazer? — ela indagou sem encara-lo.

O que iria fazer?

Ah, eram tantas coisas que queria fazer com ela. Desejos
que ele sequer sabia que possuía surgiram de repente. E seu
corpo logo correspondeu, seu membro ficou duro, mas ele não
colocaria-o em ação ainda.

Ainda não...

— O que você quer que eu faça? Hum? — ele se colocou


sobre ela, ficando próximo ao ouvido da Uzumaki. Hinata
mordeu o lábio inferior.

Bem, fazê-la gozar seria bom. E talvez continuar pelo resto


da noite... Bem, haviam tantas opções.

— E-Eu quero você. — ela respondeu em seu ouvido.

[...]

Certo, as coisas aconteceram muito rápidas depois da


resposta de Hinata.

Naruto imediatamente a pegou no colo e caminhou para


fora do salão, mas não antes de pegar o balde de gelo com o
vinho e as taças. Precisaria disso mais tarde.
Hinata conseguiu abaixar seu vestido, mas foi impossível
descer dos braços do loiro. Naruto estava a segurando como
quem segura um bebê. Bem, ela era leve demais.

— J-Já pode me colocar no chão. — ela disse ao chegarem


no quarto. Naruto nada respondeu, mas fez o que ela pediu. O
quarto estava escuro, iluminado somente pela luz da lua.

O loiro deixou o balde, o vinho e as taças sobre o criado


mudo. Tirou o restante do embrulho da cama e o jogou no
chão.

— Porque colocou essa cama aqui? — ela perguntou não


aguentando mais a curiosidade. Naruto estava tirando seu
blazer.

— Quer mesmo saber? — ele jogou o terno sobre uma


cadeira próxima.

O.k. Ela não sabia se queria mesmo saber o porque da


cama. Tinha que admitir que já havia se acostumado com o
futon, mas não era esse o real motivo de estar hesitante. Naruto
parecia estar interpretando o tal papel do dominador, quem
sabe ele estaria tentando compensar o que havia falhado. Seria
isso uma boa idéia?

Bem, ela esperava que sim.

Ele se aproximou devagar com seus olhos presos aos dela.


Levou suas mãos até o rosto alvo e o trouxe para perto. Hinata
podia sentir a respiração do loiro batendo contra seus lábios,
fazendo com que ela ansiasse o contato das bocas. Naruto
mordeu seu maxilar e subiu para a orelha, onde chupou o
lóbulo. Hinata fechou os olhos e suspirou quando sentiu um
calafrio percorrer seu corpo.

— Hoje vamos fazer algo diferente. — ele avisou sem parar


o que fazia. Hinata franziu o cenho enquanto levava as mãos até
os ombros do marido.

— O-O que vamos fazer? — ela perguntou num sussurro.


Naruto desceu os beijos para o pescoço.

— Você vai descobrir... — ele respondeu. — Confia em


mim?

— Confio... — ela respondeu sem hesitar.

Naruto voltou a beija-la nos lábios. Pouco a pouco


caminhavam para a grande cama que os esperava. Hinata o
segurava pelos ombros enquanto deixava ser guiada.
Timidamente, ela contornou o lábio do loiro com sua língua e
logo encontrou com a dele que aprofundava o beijo.

Pararam de frente para a cama. Naruto separou seus lábios


e se afastou alguns centímetros de Hinata.

— Vire. — ele pediu calmo. Hinata assentiu e logo


obedeceu, ficando de costas para o marido.

O loiro resistiu ao impulso de morder o pescoço dela, ele


estava tão chamativo... Não! Ele não podia se desconcentrar.

Naruto piscou algumas vezes e balançou a cabeça de leve.


Suas mãos subiram da cintura até um pouco acima da metade
das costas, onde havia um zíper escondido.
Hinata se arrepiou ao sentir as mãos do loiro percorrendo
seu corpo. Sabia exatamente o que ele faria, seu rosto tomou
uma coloração avermelhada.

Naruto puxou lentamente o zíper para baixo. Aos poucos a


pele branca era revelada, o que Naruto considerava uma
tortura. O zíper chegou ao fim. O Uzumaki mordeu o lábio
inferior quando viu o início do volumoso quadril.

Descaradamente, Naruto enfiou sua mão por dentro do


vestido, indo direto para uma das nádegas de Hinata. A esse
ponto, a morena já estava com os seios à mostra. Naruto
apertava e acariciava lentamente a nádega direita da Uzumaki.
Não demorou para já estar com suas duas mãos por dentro do
vestido. Abaixou o pano lentamente, aproveitando para toca-la
durante todo o trajeto.

— Maravilhosa... — ele sussurrou no ouvido de Hinata.

Agora sim ele poderia desfrutar da visão do corpo nu da


esposa. Ah, como adorava aquele corpo, como amava aquela
mulher! A única coisa que ela usava era o salto vermelho, o que
Naruto adorou. Seria uma boa idéia deixa-la com o salto? Bem...
Não podia negar que a idéia o excitava.

Hinata voltou-se para ele. Estranhamente, ela estava tímida


em relação aos seios à mostra. Seus braços tampavam os
grandiosos seios.

— Está com vergonha de mim? — ele perguntou sério ao


notar o desconforto da esposa. Cabisbaixa, Hinata assentiu.
Naruto ergueu seu queixo e perguntou: — Mesmo depois de tudo
o que fizemos?
Ela sabia que era um pouco ridículo esconder seus seios
agora, mas não conseguia se conter. Era diferente quando
estava sendo somente observada.

Provavelmente, se ele a estivesse tocando, Hinata se


perderia nas maravilhosas sensações da excitação. Estaria tão
extasiada que sequer se lembraria dos seios, a única coisa que
iria querer era que Naruto a levasse ao delírio sugando e
mordendo seus...

Céus! Desde quando era tão pervertida?

— Hina... — Naruto a segurou pela cintura. — Não precisa


ter vergonha, você é perfeita. — Hinata sorriu fraco por conta da
vergonha.

Sorrindo, Naruto voltou a beija-la. Evitou colar seu corpo ao


dela, provavelmente, por Hinata estar nua, seu autocontrole iria
por água abaixo. Mas parecia que a Uzumaki não pensava da
mesma forma. Hinata tirou seus braços dos seios e os levou
para o pescoço do loiro.

Quando ela o puxou para mais perto, colando seus corpos,


Naruto pensou que explodiria. O beijo, que antes era calmo,
controlado, passou a se tornar feroz, desejoso.

As finas mãos de Hinata desaboatoavam lentamente alguns


botões da camisa do loiro. Se separaram por falta de ar. Os
olhos de ambos se encontraram em um milésimo de segundo,
ambos carregados de desejo.

Naruto segurou as mãos de Hinata quando ela tentou tirar


sua gravata. Ela o olhou com o cenho franzido, mas não teve
tempo para pensar. Rapidamente, o loiro a jogou na cama.
Hinata caiu como se fosse em câmera lenta, atingiu o colchão
como uma pena e sorriu quando ele afundou. Aquele colchão
realmente era uma delícia, mas o homem em sua frente parecia
ser infinitas vezes melhor.

Hinata estava com seus braços jogados ao lado da cabeça


e suas pernas estavam levemente flexionadas. Seu peito subia
e descia rapidamente enquanto ela tentava controlar sua
respiração. Naruto quase teve um treco, ela estava perfeita
assim, mas estaria ainda mais se os cabelos também
estivessem soltos.

Mas não podia solta-los agora. Precisaria dele assim por


enquanto.

Os curiosos olhos perolados avaliavam Naruto que


continuava parado a olhando, tudo o que ela mais queria era
saber o que ele pensava, se ele estava gostando...

Humpf, claro que estava... Não era à toa que estava


excitado. O volume em sua calça era realmente a prova disso. E
que volume aliás...

Hinata não percebeu, mas havia se concentrado por


bastante tempo na calça do loiro. Naruto sorriu malicioso. Sua
Hinata não era tão tímida assim...

Sem tirar os olhos dos da esposa, Naruto começou a se


despir. Tirou seus sapatos e as meias com os próprios pés e os
chutou para baixo da cama. Hinata corou ainda mais quando ele
começou a tirar o cinto. Naruto jogou-o para longe e levou as
mãos até a camisa, tirando-a rapidamente do seu corpo.
— Gosta do que vê Hinata? — perguntou para provoca-la. A
Uzumaki desviou o olhar constrangida.

Naruto continuava com a gravata no pescoço, o que Hinata


estava adorando. Ele ficava tão... Sedutor. Era difícil se
concentrar assim.

O loiro levou as mãos até a calça, a desabotoou e desceu o


zíper vagarosamente, somente para ver a reação da esposa.
Hinata mordeu o lábio quando ele tirou a peça. Não estava
gostando muito daquela lentidão.

— Você me deseja Hinata? — ele perguntou enquanto se


aproximava dela na cama. Naruto parou próximo a barriga de
Hinata e ficou ali esperando sua resposta.

Certo, respire Hinata. Você deve respirar para falar. Bem,


consideremos que era uma missão um pouco difícil já que
Naruto estava ajoelhado ao seu lado... Com aquilo bem perto de
si. As pérolas abaixaram até o volume da box preta. Quase não
conseguiu parar de encarar, mesmo com as bochechas coradas.

Naruto continuou esperando a resposta, mas levou sua mão


até o rosto de Hinata ao notar que ela encarava demais seu
membro ainda coberto.

— Quer me tocar? — foi direto. Bem, ele gostava da idéia já


que Hinata se continha tanto quando faziam amor, mas claro,
ele não a forçaria a fazer nada.

Merda Hinata, porque diabos encarou tanto? Não que ela


não gostasse da idéia, mas o que faria!? Ela não saberia o que
fazer, nem o que dizer. Provavelmente desmaiaria e isso sim
seria uma vergonha.
— E-Eu não sei... — respondeu sincera. Naruto assentiu e
sorriu de canto.

Parecía meio injusto fazer isso com ele, oras, ele estava se
esforçando tanto para lhe dar prazer, porque ela não poderia
retribuir? Uma hora ou outra teria de tocá-lo não é? Ele era seu
marido agora! Vamos Hinata, não tenha tanta vergonha, pelo
menos um pouco.

— Tudo bem. — ele disse normalmente. Naruto começou a


ir para trás, iria começar com o que havia planejado, mas
quando estava prestes a sair da cama, Hinata segurou em sua
mão.

— E-Espera! — ela pediu um pouco agitada. Sequer havia


percebido que tinha falado alto demais. — Espera...

Naruto lhe encarou com o cenho franzido. Observou a


Uzumaki se sentar da mesma forma que ele na cama, ambos
ajoelhados.

— O que houve Hime? — perguntou carinhoso, como sempre


era. Hinata abaixou a cabeça e mordeu o lábio inferior.

O coração dela estava acelerado e apostava que suas


pernas estavam bambas. Parecía brincadeira estar assim...
Certo, já haviam feito amor, ele já havia feito coisas que ela
sequer imaginária serem possíveis. O que ela estava prestes a
fazer não era nada comparado ao que ele já fez.

— E-Eu quero... — disse baixo, mas o suficiente para que


ele escutasse.

Naruto sorriu. Levou sua mão esquerda até o rosto de


Hinata e o ergueu.
— Tem certeza? — indagou. Corada ela assentiu.

Hinata ergueu a mão no ar e encarou o corpo do loiro. Por


onde começaria? Bem, ela não tinha idéia.

Naruto logo percebeu o conflito que se passava na mente


de Hinata. Levou sua mão enfaixada até a dela e a colocou em
seu rosto.

— Aquí... — a voz suave e sussurrada fez com que Hinata


relaxasse um pouco.

Corada, Hinata acariciou levemente o rosto do amado. O


toque singelo e carinhoso, fez com que o loiro fechasse os olhos
e apreciasse o contato.

Não havia malícia nos toques, era como se uma criança


estivesse descobrindo um brinquedo novo. Hinata sorriu ao
passar os dedos sobre as marcas nas bochechas dele. Suspirou
e fechou os olhos, tentando gravar cada traço do rosto
másculo.

Naruto pegou em sua mão direita e a levou aos lábios.


Estava adorando todo aquele carinho, mas era muito difícil se
controlar vendo Hinata nua em sua frente, ainda mais com
aquele sorriso que ele adorava. Tinha certeza, se ele não
estivesse se controlando ao máximo, já estaria fazendo a
Uzumaki revirar os olhos de prazer naquela cama.

Colocou a mão fina sobre seu peito, exatamente sobre o


coração, onde Hinata sentiu o bombear acelerado. Rubra, ela
tentava ao máximo não desmaiar. O corpo do loiro era quente, o
que ela adorava. Os dedos curiosos passearam sobre os ombros
de Naruto e desceram pelos braços, onde ela sentiu cada
músculo dali.

Hinata se sentía envergonhada de fazer as coisas desse


jeito. Os olhos azuis não saiam de si. Tinha vergonha de encara-
lo de volta, mas não sabia o que fazer com a curiosidade que lhe
perturbava.

Ele estava gostando?

Voltou com suas mãos para o peitoral de Naruto. Passou


seus polegares sobre os mamilos e desceu para a barriga
passando suas unhas sobre os gominhos.

Naruto mordeu o lábio por causa das sensações que lhe


tomaram. Já podia sentir seu membro latejar. Se Hinata
continuasse assim ele acabaría gozando.

— Por Kami Hina... — ele murmurou já sentindo sua


respiração falhar.

Hinata o encarou assustada ao pensar que havia feito algo


errado. Tirou suas mãos do corpo do loiro e as levou para o
próprio peito.

— N-Não gostou? Q-Quer que eu pare? — perguntou aflita.


Se amaldiçoou mentalmente por tê-lo arranhado, tinha certeza
que ele não havia gostado.

Naruto negou com a cabeça. Como ela conseguia ser tão


perfeita? Levou suas mãos para o rosto alvo e o puxou,
roubando-lhe um beijo.
— Parar agora é a última coisa que eu quero que você faça.
— Hinata suspirou aliviada. Isso significava que ele estava
gostando, não é?

Certo, ela não pararia agora. Naruto lhe roubou mais alguns
beijos e voltou a se afastar alguns centímetros. Encarou o corpo
dele mais uma vez. Onde o tocaria agora?

Ah, Hinata! Por favor né.

Era lógico que só havia mais um lugar para tocá-lo. A


morena engoliu em seco. Bem, chegou o momento. Com a mão
trêmula, Hinata voltou a tocá-lo na barriga. Lentamente desceu
até a beirada da cueca e parou ali.

— T-Tire. — ela pediu sem encara-lo.

Com certeza era mais fácil para ela tocá-lo sobre o pano,
mas não estava fazendo isso para si mesma. Não, não. Estava
fazendo aquilo por ele, queria agrada-lo e por isso ultrapassaria
qualquer barreira de vergonha que tivesse.

Naruto arregalou os olhos levemente. Ela não precisava


fazer desse jeito.

— Hinata... — ela o interrompeu.

— E-Eu estou nua, você também tem de ficar... — explicou


envergonhada. Puxou de leve a borda da cueca, instigando-o a
tira-la.

Naruto piscou algumas vezes. Esperem um pouco aí. Não


era ele quem deveria ditar as regras? Santo Jirayia, ele era um
fracasso.
Encarou Hinata nos olhos. Ele não soube quanto tempo
ficou somente a encarando, mas percebeu que aquilo não
estava ajudando muito na coragem dela. A morena tirou a mão
do corpo de Naruto mais uma vez.

— D-Desculpe... — ela pediu baixo. — E-Eu não sei o que


estou fazendo...

As palavras dela despertaram Naruto. O loiro balançou a


cabeça de leve e abriu um sorriso enquanto corava.

— N-Não precisa se desculpar... — ele coçou a nuca. — É-É


que você me pegou desprevenido dattebayo!

Hinata assentiu envergonhada. Naruto continuou sorrindo,


estava realmente sem graça.

— E-Então... — ela passou a mão sobre os braços.

— Hum? Ah... T-Tudo bem... — Naruto ainda estava meio


hesitante, mas saiu da cama para tirar sua cueca. — N-Não
fique me encarando Hime... — pediu envergonhado. — S-Se
vire.

Hinata corou e prendeu um riso na garganta. Ele estava


mesmo pedindo isso? Bem... Não é como se ela nunca tivesse
visto. Mas Hinata resolveu não retrucar, assentiu com a cabeça
e se virou, ficando de costas para o Uzumaki corado.

— S-Só se vire quando eu falar. — ele avisou. Hinata riu


baixo.

— Tudo bem Naruto-kun.

Naruto suspirou. Olhou mais algumas vezes para a esposa,


conferindo se ela estava espiando ou não.
Humpf, chegava a ser idiotice fazer isso. Ela é a Hinata
oras!

Bem, também chegava a ser idiotice ter vergonha de ficar


nu em frente a própria mulher. Ela já tinha visto o Naruto júnior,
não havia motivos para vergonha.

Ah sim, claro... Mas o que ela pensaria ao vê-lo tão


excitado? O Naruto júnior — que no momento não era tão júnior
assim —, com certeza deixaria Hinata assustada!

Ele estava perdido!

— P-Pronto? — Hinata perguntou ao notar a demora do


amado. Não era tão difícil tirar uma cueca assim. Naruto puxou
de leve seus cabelos.

— A-Ainda não. — respondeu. Ele precisava pensar em algo


rápido!

Bem, mas o que ele poderia fazer?

"Não deve estar tão grande assim... Talvez só seja


impressão" ele pensava. Sim! Seria isso!

Puxou a borda da cueca para conferir sua hipótese. O


membro quase que não cabia ali dentro. É, não tinha jeito.

Suspirou e lentamente começou a baixar sua box. Não foi


surpresa alguma quando o Naruto júnior saltou para fora.

"Droga..." Ele praguejou.

Já podia ver o líquido pré gozo saindo. O espalhou pelo


membro em movimentos de vai e vem.
— Naruto-kun... — Hinata o chamou novamente. — Está
tudo bem?

— S-Sim! Não se preocupe! J-Já estou indo! — disse ele


meio nervoso. Hinata assentiu enquanto tentava se acalmar.
Pelo visto Naruto não era o único que estava nervoso com a
situação.

Naruto respirou fundo. Ainda continuava com a gravata no


pescoço, mas não achava que ela seria necessária agora. A
tirou, sem desfazer o nó e a colocou no criado mudo ao lado da
cama. Bem, agora sim ele estava nu.

Com cuidado voltou a se ajoelhar na cama. Ainda


envergonhado, segurou seu membro com uma das mãos,
tentando esconder ao máximo seu tamanho.

— P-Pode virar.

Hinata assentiu e se virou lentamente, voltando para a


posição em que estava. Ela não encarou imediatamente o
Naruto júnior, primeiro encarou o loiro nos olhos e aos poucos
foi descendo seu olhar.

Corada, Hinata franziu o cenho ao ver Naruto tampando seu


pênis.

— N-Naruto-kun... — ela o fitou nos olhos. — Q-Qual... Qual o


problema?

Ele engoliu em seco. Naruto sabía que não conseguiria


inventar uma desculpa e, mesmo que conseguisse, sabia que
ela não acreditaria. Suspirou. Ele estava sendo patético.
— S-Só não se assuste. — ele pediu. Hinata não entendeu
muito bem, mas assentiu.

Naruto abaixou seu olhar para o membro, sendo seguido


por Hinata. Tirou sua mão, esperando alguma reação dela, mas
nada aconteceu por alguns segundos.

Okay, ela não conseguia desgrudar os olhos. Corada? Com


certeza, mas simplesmente não conseguia parar de olhar. Era
grande... Como diabos aquilo conseguía entrar nela!?

— Hina... Hinata, o que foi? — Naruto perguntou


envergonhado.

A morena piscou algumas vezes.

— P-Posso t-tocar? — ela perguntou com a mão erguida.

O loiro engoliu em seco. Até que havia sido bem simples.


Hinata parecía não ter se assustado, o que foi um alívio para
ele, ela estava surpresa talvez. Bem, poderia sim ser isso. O.K.
ele não tinha mais motivos para ficar envergonhado, exceto o
fato de não conseguir se controlar e acabar gozando por ela
estar o tocando. Ah sim... Isso seria vergonhoso.

Hinata parecía um tomate de tão vermelha. Certo, talvez


tenha sido rápida demais ao pedir para tocá-lo. Céus, estava
quase indo procurar um buraco para colocar sua cabeça. Olhou
de soslaio para o loiro. Naruto acabou corando.

— C-Claro... — ele respondeu.

Hinata mordeu o lábio inferior. O membro estava ereto em


sua direção. O analisou por alguns segundos. Bem, ela sabia o
nome de algumas partes... Afinal de contas, não poderia ir para
sua lua de mel completamente despreparada. Mas por onde
começar?

Bem, ela não iria perguntar isso para ele. Era vergonhoso
demais. Então decidiu ir por conta própria, não seria tão difícil
assim...

Com a mão trêmula, Hinata levou seus dedos até a glande.

— Uh... — Naruto gemeu baixo ao sentir os dedos fríos em


seu membro. Hinata o olhou com um pequeno sorriso de
satisfação nos lábios. Pelo visto ele era sensível ali.

Dedilhou seus dedos pelo restante do membro. Naruto


percebia a vergonha da esposa, mas mesmo assim ela não
havia parado, o que para ele foi uma surpresa.

Bem, ela já havia o tocado, mas não parecia ser o


suficiente. Com sua mão direita, Hinata segurou o membro
como já havia visto Naruto fazer algumas vezes.

Era quente, grosso...

Sem perceber, Hinata ficava cada vez mais excitada. Por


alguns segundos, um intenso desejo de ser preenchida por
Naruto a tomou. Maneou o membro para trás e para frente, mas
era notável sua falta de ritmo.

— C-Como se faz? — ela perguntou sem parar com os


movimentos desregulados.

Naruto precisou de alguns segundos para perceber a


pergunta. Mesmo Hinata fazendo de certa forma "errado", ela
estava conseguindo fazer com que Naruto fosse ao delírio!
Hinata, a garota que sempre desmaiava ao ficar perto dele,
estava batendo uma para ele! Aquilo era loucura!

— A-Assim... — ele colocou sua mão sobre a dela e mostrou


como se segurava. Moveu sua mão junto a dela para frente e
para trás em movimentos rápidos e ritmados. — I-Isso...

Ela assentiu e começou a ditar o próprio ritmo. Naruto logo


tratou de retirar sua mão e começou a aproveitar o momento.

Hinata o olhou por alguns segundos, adorou vê-lo de olhos


fechados e com os lábios levemente entreabertos, ele parecia
estar tentando segurar os gemidos.

O.K., o que ela falaria agora? Naruto sempre dizia algo


provocante quando, como ele mesmo diz, a chupava. Talvez ela
devesse fazer o mesmo...

— N-Naruto-kun... — ele mordeu o lábio e abriu os olhos ao


escuta-la. Hinata o olhou da forma mais decidida que conseguia
no momento. Parou os movimentos e apertou a glande
avermelhada. — G-Gemi pra mim...

Os olhos azuis se arregalaram e por um instante ele não


soube o que fazer, mas não durou muito já que Hinata continuou
apertando seu membro. Naruto bem que tentou, mas não
conseguiu segurar o grunhido de prazer que lhe cortou a
garganta.

— Hinata... — ele arfou, enquanto se controlava ao máximo


para não gozar. Sorrindo tímida a morena voltou a masturba-lo.

Internamente ela tinha que admitir: estava orgulhosa de si


mesma. Quando é que na vida pensou que poderia fazer algo
assim? Sinceramente aquilo jamais havia passado em sua
cabeça. Sabia que não era experiente nem nada do tipo, mas
não podia negar que sua imaginação já começava a trabalhar
em, bem... como poderia dizer? Novas formas de dar prazer à
Naruto.

Fora tirada de seus devaneios ao sentir as mãos do loiro


em sua cintura.

— Naruto-kun? — ela o olhou interrogativa quando sentiu o


loiro força-la a se deitar. — E-Eu ainda não...

— Você quer me enlouquecer Hime? — perguntou rouco ao


se deitar sobre ela. Hinata segurou nos ombros do Uzumaki.

Podía sentir o calor do loiro exalando pela pele bronzeada.


A respiração rápida contra seu pescoço estava lhe causando
leves arrepios e, céus, o que diabos havia acontecido com ele
para lhe apertar com demasiada força na cintura?

Não que ela não estivesse gostando, mas ele tinha idéia do
que estava causando nela? Ela apostava que não.

— E-Eu quero fazer algo... — disse ela tentando se erguer, o


que foi uma tentativa falha.

Naruto negou com a cabeça.

— É a minha vez agora. — ele retrucou ao chupar o pescoço


de Hinata que continuava tentando convence-lo.

Afinal de contas ela também queria dar prazer ao marido.

— Primeiro você... — disse olhando nos olhos perolados.


Ela não precisou de muito tempo para entender o que ele queria
dizer.
Naruto internamente havia feito uma promessa: Ela sempre
seria sua prioridade. Faria de tudo para não repetir o desastre
de suas primeiras noites com Hinata.

Ela sorriu ao ver o olhar decidido do amado. Assentiu


enquanto suspirava, sabía que seria inútil tentar convencê-lo.

— Tudo bem. — rendeu-se derrotada. Naruto lhe mostrou os


dentes num largo sorriso ao vê-la fazer um biquinho.

Sorrateiro, ele se aproximou roubando-lhe um beijo. Os


lábios se movimentaram lentamente um sobre o outro. Parecía
ser tão inocente, um beijo que em certos momentos faziam com
que ambos se perdessem na pureza de algum tempo atrás.
Ainda quando namoravam, os momentos à sós eram às vezes
raros. Os encontros, na maioria das vezes, eram em lugares
públicos... Mas quando finalmente ficavam sozinhos uma
estranha agonía parecía emergir do nada. O coração acelerava
e por vezes pensavam em correr para longe um do outro para
que finalmente aquilo parasse! Contudo, eles sabiam que tinham
que aproveitar.

Trocavam beijos simples. Beijos que poderiam ser


facilmente comparados aos de criança. Ah, como gostavam de
se lembrar disso. Não havia malícia, mas sim um intenso desejo
de que o mundo parasse naquele momento e que nunca mais o
tempo passasse.

Entretanto, eles sequer poderiam imaginar que um dia o


desejo consumiria-os de forma tão severa.

A essa altura, o beijo já tomara maiores proporções. As


finas e delicadas mãos de Hinata foram de encontro aos fios
dourados de Naruto, puxando-os ao mesmo tempo em que se
remexia em baixo do mesmo, elevando o quadril em busca de
mais contato.

Naruto gemeu entre o beijo e por alguns segundos os lábios


se separaram em busca de fôlego, mas Hinata parecía não ter
gostado muito, pois logo o puxou para mais um beijo que, como
num piscar de olhos, já ultrapassava o contato anterior.

Naruto quería muito continuar com o beijo, mas sabia que


se não parasse agora tudo o que havia planejado iria por água
abaixo. Usou uma de suas mãos para alcançar o criado e pegou
com um pouco de dificuldade sua gravata.

Mordeu o lábio de Hinata antes de se separar. A Uzumaki


estava sedenta por mais e louca para tê-lo. Ergueu levemente
sua cabeça e tomou de forma desesperada o pescoço do marido
para si.

Beijos, mordiscadas e até mesmo chupões foram deixados


por Hinata enquanto a mesma prendia seus braços em torno do
corpo de Naruto, impedindo que ele saísse de seu alcance.

— Hina... — ele arfou. Usava os braços para se sustentar. —


E-Espera...

— Quero você... — admitiu contra o ouvido do marido ao


mesmo tempo em que levava as unhas até as costas largas e as
arranhava.

Naruto não conseguiu resistir às provocações de Hinata


dessa vez. A empurrou de volta para o colchão e colou seus
lábios aos dela novamente. A morena prendeu suas pernas em
volta da cintura masculina, o que a fez gemer quando os sexos
se roçaram.
Hinata sentiu uma das mãos de Naruto percorrendo seu
braço, do ombro até seus dedos, e logo os entrelaçando ao lado
de sua cabeça. Não demorou para que ele fizesse o mesmo em
sua outra mão, deixando-a parcialmente imobilizada.

— Naruto-kun...? — indagou confusa quando novamente


ele se afastou e continuou prendendo suas mãos as dele.

— Fique quieta... — pediu calmo à ela. Hinata assentiu e


tentou se concentrar no que ele fazia.

Naruto se arrumou sobre ela de modo que seu peso não


ficasse contra ela. Ele evitou encara-la enquanto erguia suas
mãos e as colocava entre as grades da cama. A gravata, que
havia sido colocada de lado por alguns segundos, voltou para as
mãos do loiro que rapidamente começou a ajusta-las nas mãos
da esposa de modo que ela ficasse presa na cama.

— P-Porque fez isso? — ela perguntou.

Naruto sorriu malicioso.

— Você já vai saber...

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