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CAPÍTULO 1
— Maricas?
— Hmmm...
— Entra.
Ela abriu a porta e viu Bernardo aplicando
pomada nos machucados, já limpos.
— Castillo?
Uma voz masculina soou do outro lado e
Bernardo e Ekaterina pararam de se mexer,
respirando pesado - A Don quer falar com
você.
— Pode entrar -
Jannochka soou pelo interfone e desligou.
— Combinado
— Bernardo disse
Entendido?
Ah...
— Você sabe do que estou falando.
Ainda não. E não se atrase, amanhã. Odeio
atrasos.
— Acabou a moleza!
— Quem?
— Mas é perigoso! —
Apesar de dizer isso, Carolina já estava
sorrindo e adorando a atenção que uma das
mão de Máximo estava dando para a coxa
dela e subindo pelo tronco, indo em direção
ao seio.
— Adoro um perigo
Oficialmente?
— Ficou maluca?
— Mas.
— Perdão.
— Entendido?
Os dois concordaram como dava, com a
cabeça, antes de Santiago os colocar para
fora.
Ekaterina foi em direção a cozinha.
— É da máfia?
Ele negou com a cabeça.
— Do colégio.
— Um aquecimento
— Senhores Sigayev
— Pyotr...Foi preso?
— Sim, ele fez merda, quebrou as
regras, e foi preso — Santiago disse, calmo.
Por dentro, ele estava morrendo.
— Como é?
— Por quê?
— Huh?
— Ekaterina!
— Assim como?
— O que aconteceu?
— Não.
— Mas… Ele deu um beijo rápido nela.
— Entre!
Ele suspirou.
— O quê…?
— Oh, droga…
— Me ataque.
— Me ataque, Bernardo!
— Eu não posso…
— Rina…
— Banho, amor…
— Amor…
— Linda… — Ele aproximou o nariz
da intimidade de Ekaterina, inspirou fundo e
sorriu — Tão suculenta, porra!
Almoço!
— Relaxa.
— O que foi?
Pyotr queria reclamar do tom dela, no
entanto, ele precisava que ela o ajudasse,
portanto, o melhor a fazer era ser agradável.
— Entendi.
— Eu não…
— Sim, tia.
Assim, ela passou por eles e saiu dali.
Miguel já estava convivendo com a tia há
algum tempo, na Rússia, e podia dizer que
ela agiu estranho.
— Eu preciso? — O adolescente
perguntou.
— Deixa eu escolher.
CAPÍTULO 16
— O que…Amor!
—Eu não…
—Vai, sim. Não como eu, mas não vai
poder se recusar. Você vai servir um
Parkhan. Um Don. Não é um emprego que
você decide, um belo dia, que não quer mais
e sai andando de cabeça erguida. Ainda mais
se estiver casado comigo. Se eu
for a subchefe do meu irmão, você estará
em um alto cargo. E se eu for a Don,
Bernardo, você vai estar no comando
comigo.
—Don, eu…
—O… Lubrificante…
—Não é pena.
—É o que, então? — Aleksei respirou
fundo — Sou seu primo e não tô interessado
em comer você. Maksim abriu a boca, sem
acreditar no que Aleksei tinha acabado de
falar. Este, se arrependeu do que falou. Num
ímpeto, ele falou para machucar, mas sabia
que tinha passado e muito dos limites.
—Ah, pára!
— A moça continuou.
— Cli-cliente?
Fyodor soltou uma risadinha rouca que fez
um arrepio correr pela espinha de Bernardo.
— Ah, apaixonadinho?
Eu entendo…
— Você?
— Que maldade!
— Como assim?
— Ah, você pode ficar no quarto com
Bernardo. Livremente.
— Você…
— Feche a porta.
— Quem são?
Jannochka suspirou.
— Oi!
— Hmmm… Eu quero falar com você, pode
ser?
EKATERINA: ok.
Ela se levantou.
— Namorados?
— Não, senhor. Eu tenho uma noiva, mas
ela mora na Rússia. A senhorita Belfonte e eu
não temos absolutamente nada nesse
sentido.
Bernardo suspirou.
— Pode-se dizer. Ela queria sim algo
comigo. E não aceitava muito bem o fato de
eu rejeitá-la e ter alguém.
— Ekaterina.
— Ekaterina de quê?
— O senhor não a conhece. Ela não mora
aqui…
— Ekaterina Sigayeva.
— Por favor.
— E as fotos?
— Recebemos anonimamente — Josué
respondeu, desviando de leve o olhar.
— Foi você?
“Jovens…”
— Olharam o seu telefone. Realmente, não
há nada ali que te ligue à Juliana. Porém… —
Eduardo mirou Bernardo — O telefone dela
não diz o mesmo.
— Não…
— E tem imagens do que parece ser o seu
carro…
Bernardo se levantou.
— Eu NÃO a matei!
— Excelente.
— Eu posso ir pra casa? E ter meu celular
de volta?
— Eu já disse que…
— Eu quero um advogado.
CAPITULO 53
— E se o acusarem?
Ela sorriu.
— Eu o amo, mãe.
— Não.
Ekaterina levantou os olhos e franziu a
testa.
— Não?
— Bernardo Castillo não é mais bem-
vindo aqui, Ekaterina. Como Don, não posso
permitir que uma pessoa instável de
decisões se infiltre no meu ninho; Como mãe,
não posso fechar os olhos para o que ele fez
com você. Tudo devido à indecisão do que
ele realmente quer — Jannochak suspirou —
Ele é um adulto. E deve lidar com as
consequências dos atos dele.
— Ele…
— Eu sou a Don.
— Escritório. Agora!
— Li-lisa…
— FODA-SE a Lisa! Sua irmã, seu pai, seus
companheiros! Todos eles dão as vidas uns
pelos outros, pra que um moleque mimado e
inconsequente como você jogue-os no colo
dos inimigos! Eu fui muito complacente com
você.
— Amor…
— Ele só é emocionado.
LISA: Quando?
PYOTR: Agora.
— Eu tô fodido!
— Senhor Herrera…
Ele sorriu.
— Vai me dedurar?
CAPITULO 58
— Vou.
— Não irá.
Ele se levantou.
— Sobre o quê?
— Ouvi papai reclamando com alguém, ao
telefone, sobre um “idiota pretencioso” que
ofereceu uma aliança por casamento.
Comigo.
Jannochka suspirou.
— Quem são?
Jannochka encarou a filha.
A Don suspirou.
— Bernardo me decepcionou demais,
porém, eu vi esse garoto crescer, mesmo que
de longe. Não sou indiferente a ele,
Ekaterina. Além disso, eu te conheço e sei
que não vai se dar bem casando com alguém
que não ama, ainda mais se seu coração já
tiver dono.
— Mãe…
— O que aconteceu?
— Pai?
— Amor!
— Bernardo, esse tratamento é
impróprio.
— Eu sei que você aceitou casar com um
russo. Amor, não faz isso! Olha, eu sei que fui
imbecil, babaca..
— Bernardo…
— Qual… Deles?
— Querida…
Pyotr revirou os olhos de novo.
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— Ela veio…?
— Ela veio…?
PYOTR: Bunda-mole.
— Oi — Ele atendeu.
— Viu?
— Por quê?
— Por quê?
— Falta de provas…
Te amo,
P. L. S.”
Depois de dar um beijo nos cabelos de
Lisa, Pyotr saiu dali, torcendo para não ser
pego. Até o caminho para o quarto, ele não
encontrou com ninguém, o que o fez respirar
aliviado.
— Oi?
Ela balançou a cabeça.
— Apaixonado…
— Quase dá pra ver os corações nos seus
olhos. Acorda! — Ela o beliscou com força,
arrancando um palavrão baixo do rapaz, que
a olhou feio — Deixa mesmo os outros
saberem, seu idiota!
Pyotr fez careta.
— N-não.
— Não se atreva…
Os dois riram.
Após falar com Osvaldo, este disse a
Máximo para não entrar em contato com
Domenico, pois ele com certeza estava sendo
monitorado.
— Obrigado, Osvaldo.
— Tia…
— Pensei que eu fosse sua Parkhan, garoto
— Jannochka o interrompeu e Bernardo
sorriu do outro lado — Agora, comece a
soltar a língua.
— A ligação tá segura?
— Que ofensa…
— Perdão — Bernardo suspirou — Bom,
vamos lá. Eu não consegui quebrar a
barreira, ainda, mas tenho uma ideia de
quem está fodendo com a gente.
— Lisa é inofensiva.
— Ótimo.
— Sim, senhora.
— Muito bem…
Lisa se colocou na frente dele, andou de
um lado para o outro, antes de respirar
fundo pela última vez e o encarar.
— Sua mãe…
— Ainda viva. Ou ao menos, foi o que me
disseram, mas… Eles não deram um
tratamento V.I.P. a ela — Lisa voltou a chorar
e Pyotr se virou para encará-la — Perdão,
Pyotr. Eu queria não ter feito nada disso. Eu
queria poder te falar tudo antes! Só que você
quer ir embora e não posso… Não posso te
deixar fazer isso sem saber o que tá
acontecendo!
— Quem é você?
— M-meu nome…
— Fala!
— Italianos?
— Talvez…
Pyotr tirou o celular dele do bolso da calça
e começou a digitar, enquanto olhava a rua.
Um som de alguém falando russo, com
sotaque italiano.
— Isso?
— Perdão…
— Vamos fazer o seguinte: procurar a sua
mãe. Depois, você e ela vão sumir!
Entendeu?
— Pyotr, eu te…
— Consegue?
— Surpresa.
— Lamento.
Ekaterina esperou e, como o loiro ao lado
dela nada disse, ela tirou a arma da perna,
que estava presa com uma cinta de couro, e a
apontou para a cabeça de Konstantin.
— Pra onde?
CAPITULO 67
— Que nojo.
— Se estiver mentindo…
Konstantin ficou sério e olhou no
retrovisor.
— Sim.
— Caladinha, paixão.
Um toque e o telefone foi atendido.
— Ouvindo, patrão.
— É sério?
— Eu vou morrer.
— Lá vem mais!
— Calminha.
— Vou matar esses filhos da puta!
— Obrigada.
— E o Tchekhov?
— Meu filho…
— Ele vai precisar de ajuda profissional.
Você sabe que.. — O som da porta no andar
de cima batendo interrompeu Máximo, que
olhou para a escada e viu Bernardo
descendo, todo de preto, com a mala dele.
— Meu bem…
— Cala a boca.
CAPÍTULO 70
— Não.
— Certo — Bernardo olhou pela janela, e
Moscou parecia diferente.
— Maksim…
— Eu quero ir.
— A tia tá esperando no carro.
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— Como se sente?
— Aconteceu algo?
— Mas eu…
— Pode.
— Aleksey!
Bernardo sorriu.
— Ela é boazinha.
— Eu quero treinar.
— Entra, pai!
— Por quê?
— Você é uma boa alma. Boa demais. Nem
sei como é um Sigayev…
— Eles divorciaram?
— Eu sempre sou.
— Não seja inconveniente, sim? — Ela
sorriu para Anna, que devolveu com um belo
sorriso, abraçou a mãe e entrou no carro.
— Pra você.
— Aleksey?
Ele olhou para dentro de uma vez.
— Anna? — Ela soltou um gritinho e
voltou para dentro da cabine, mas ele viu
algo que não lhe agradou em nada — O que
aconteceu?
— Vamos sentar.
Ela concordou com a cabeça, os olhos
ainda vermelhos de chorar.
Anna se sentou.
Lucas o encarou.
— Ficamos preocupados. Anna podia ter
se machucado.
— Eu não deixaria — Aleksey soltou e
Lucas o olhou com espanto. Olhou para Anna
e de volta para Aleksey, sorrindo.
— Tá doente?
— Se machucou?
— Será que dá pros dois palhaços
deixarem ela em paz? — Aleksey perguntou
e ofereceu o braço para Anna. O queixo de
Lucas foi ao chão, principalmente quando ela
aceitou e se afastou com a garota.
— Deixa ele!
— O senhor chamou?
GRUPO DA GENTE.
“Anna digitando… “
Aleksey tamborilou os dedos na própria
perna.
ANNA: Você é mais fofo do que aparenta.
— É…
Emília estava feliz pelo rapaz. De certa
forma, ela tinha pena, pois ele vinha
sofrendo um baque atrás do outro e era novo
demais.
Aproximando-se dele, ela deu um um
beijo nos cabelos do rapaz, como faria com
os filhos, o que deixou Aleksey de rosto
vermelho.
— Ok.
— Filho da mãe!
— Quem é filho da mãe? — Pyotr
perguntou, as mãos no bolso do casaco,
enquanto se escorava no batente da porta.
— Fala.
— Konstantin?
Pyotr sorriu.
— Você já tem um encontro com o
Tchekhov. Isso é bom, porque partiu dele, o
que não vai levantar suspeitas. Você precisa
aturar o chatonildo e ver se arranca algo
dele.
— Deixa comigo.
— Ah… — Pyotr falou, quando Bernardo
já estava se virando — Descobriu algo no
sistema dos italianos?
Konstantin gargalhou.
— Já experimentou? — Ele deu de
ombros — Talvez mude de ideia. E outra, a
sua mulher é um tópico do que vamos falar
hoje.
— Escuta aqui…
— Tá, tá! — Konstantin estacionou o
carro em um restaurante que não era nem de
perto o que Bernardo esperava — A comida
é melhor do que o local aparenta. Prometo.
— Tchekhov?
— Certo. Deixe-me…
— Tchekhov…
— Eles precisam…
— Os Sigayev…
— Senhor Tchekhov!
— Maksim… Oi.
Maksim se sentou ao lado dele e olhou em
volta.
— Ekaterina entrou viva na ambulância.
Konstantin o olhou, assustado.
— Não é poss…
— Não mente, ok? Eu vi ela se movendo.
Konstantin negou com a cabeça.
— Deve ter sido reflexo, espasmo… Sei lá.
Tem gente que morre e ainda se move… —
Konstantin precisava inventar uma desculpa,
por mais esfarrapada que fosse — Olha,
talvez você tenha visto o que queria ver, ok?
— Não…
— Sim! — Konstantin passou a mão pelo
cabelo curto — Não tinha como ela estar
viva.
— Eu não sei. Não a vi. Você não deixou
ninguém ver.
O mais velho encarou Maksim.
— O que está insinuando? Que eu menti?
Que os médicos mentiram? Que o hospital
inteiro está mentindo e dentro daquela
porra de necrotério não tem o corpo da
Ekaterina… Deitado numa mesa fria? É isso?
Maksim engoliu com dificuldade e
suspirou.
— Desculpe, eu… — O jovem balançou a
cabeça — Eu não consigo… — E começou a
chorar, escondendo o rosto nas mãos.
O russo suspirou.
— Entre.
— Isso não vai ficar assim! Quando eu me
soltar daqui, eu vou…! — Ekaterina repuxava
os membros, como se pudesse se soltar das
algemas hospitalares. A voz dela ficou presa
na garganta ao ver Bernardo entrando. Os
olhos dela se arregalaram e um sorriso
apareceu nos lábios dela — Bernardo!
— Não.
— Calma, amor…
Ekaterina suspirou.
— E eu te deixei.
Silêncio.
— Como assim, “me deixou”?
— Fiquei tonta…
— É real.
Bernardo massageou a área do braço.
— Você me beliscou pra doer, não foi?
— Tudo.
Konstantin negou.
— Com prazer.
— Tchekhov!
— Calma, loirinho!
— Seu…
— Perdão.
— Pode deixar.
— Ele te infernizou?
— Janna…
— Por que não fala logo tudo pra Agafia?
— É um assunto delicado.
Fyodor sentiu um frio na espinha.
— Eu não te traí!
— Está me torturando!
— Você merece!
Ele abriu os olhos.