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Um Romance na Neve

Z.K
CAPÍTULO 3

Por um momento,
Bernardo sentiu o
sangue gelar. Aquela
Ekaterina parecia
outra.

LSC – venda proibida.


Porém, durou apenas
alguns segundos. Ela
rapidamente piscou
algumas vezes e
sorriu para ele.

— Desculpe... Eu não
estou acostumada a
acordar com ninguém
— Ela falou sem graça
e Bernardo sorriu.
LSC – venda proibida.
— Eu fico realmente
aliviado — Ele disse e
então, rolou por cima
de Ekaterina —
Depois que casarmos
vai se acostumar.

Um leve rubor
apareceu nas

LSC – venda proibida.


bochechas dela, que
mordeu os lábios.
— Já pensando em
casamento, senhor
Castillo?

— Claro! Eu sou um
homem sério — Ele
deu um selinho nela
— Quero você

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todinha pra mim. De
todas as formas.
Ele se inclinou para
beijá-la novamente,
mas alguém bateu à
porta.

— Acorda. loiro! —
Era Pyotr. Ele bateu
novamente com um
só soco — Vai se
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atrasar no primeiro
dia?
— Merda! —
Bernardo falou
baixinho — Já tô
acordado! Vou só
tomar uma ducha!

— Você tem vinte


minutos! — Mais um

LSC – venda proibida.


soco na porta e Pyotr
se foi. Bernardo pulou
da cama.
— Você não precisa
ter medo dele —
Ekaterina falou e
Bernardo, que já
estava a meio
caminho do banheiro,
a olhou com
incredulidade.

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— Sério? Ele vai me
matar se pegar você
aqui! Sue mãe e seu
pai também! Seus
tios. E eu não
duvidaria dos seus
primos. Pelo menos o
Aleksey... Ele é
estranho.

LSC – venda proibida.


Ekaterina não podia
negar. Aleksey era o
mais novo, porém,o
mais cruel e sádico.

Ela saiu da cama,


também e se
espreguiçou, o que
fez a blusa dela subir
e Bernardo fechou os

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olhos. Qualquer
pedaço a mais de
Ekaterina que ficava à
mostra era como um
convite para que ele
corresse não só as
mãos, mas a boca.

"Não!", ele brigou


consigo e entrou no
banheiro de uma vez.
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Quando ele saiu,
depois de ter que se
aliviar, Ekaterina já
não estava ali.

Bernardo se vestiu
rapidamente e, ao
chegar ao primeiro

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andar, Ekaterina já
estava ali, com os
cabelos úmidos,
toda de preto,
conversando com o
irmão.

— Bem na hora,
loirinho — Pyotr
brincou, olhando para
o relógio e sorrindo
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de lado — Parece que
você dormiu bem.

— Não poderia me
atrasar no meu
primeiro dia oficial,
não é? Eu... Eu dormi
cedo. Foi isso.

— Acabou a moleza!
— Miguel
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interrompeu Pyotr,
que estava pronto
para comentar sobre
Bernardo dormir
cedo. Miguel estava
saindo da cozinha
com duas garrafas de
água e jogou uma
para Bernardo, que a
pegou com uma só
mão — Boa!

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— Vamos, hora de
treino — Fyódor
falou. Os olhos azuis,
como os de Aleksey,
varreram todos, até
chegar a Bernardo —
Você vai para o
escritório. A Don
espera.

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— Sim, senhor —
Bernardo disse e se
virou, encaminhando-
se para onde
Jannochka esperava
por ele.

Aleksey estava
passando, a fim de ir
para a porta de saída,
já que tinha um curso
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do colégio antes da
aula.
— Se eu fosse você,
teria cuidado em
trancar a porta — O
garoto disse em
inglês e Bernardo
parou de se mover e
olhou o garoto, que já
estava na porta.

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— O que você disse?
Aleksey não se virou,
mas sorriu.

— Imagino o que
pensariam ao saber
que a princesa
dormiu na sua cama
— Aleksey soltou
uma risada — Pode
me agradecer depois
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por tirar o tio Yuri de
perto.

Aleksey saiu pela


porta e Bernardo
estava se sentindo
estranho. Ele andou
rápido até o
escritório e
Jannochka notou que
ele não parecia bem.
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— Aconteceu alguma
coisa?

— Huh? — Bernardo
perguntou, avoado.

— Você parece
assustado. O que
houve?

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Ele piscou algumas
vezes e balançou a
cabeça.

— Nada... Eu só...
Nada. Perdão.

Jannochka não ia
forçar o rapaz a falar,
apenas fez sinal para
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que ele se sentasse ao
lado dela e a aula
começou.

Diferente do que
Bernardo imaginava,
Jannochka era
extremamente
paciente e explicava
com calma. Em nada

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se parecia com uma
Chefe de máfia
perigosa, como ele
ouvia dizerem que ela
era.

Mais tarde, no quarto


dele, ele conversava
com os pais por vídeo
chamada. Quando

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Carolina viu os
machucados de
Bernardo, ela quase
chorou

— O que diabos estão


fazendo com você, aí?
— Máximo perguntou
e Bernardo balançou
a cabeça.

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— Eu que me meti
onde não devia. Além
disso, pai, eu quero
treinar. Ficar mais
forte.

— Você não precisa


treinar com esses... —
Máximo soltou o ar —
Respeito os Sigayev,

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mas... Eu não quero
você nisso!

— A escolha é minha,
pai.

— Eles são
criminosos!

— Máximo falou
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baixo, mas ríspido.
Carolina colocou a
mão no ombro dele
— Eles não são de
brincadeira,
Bernardo. Osvaldo e
companhia, perto
deles, são fichinha!

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— Eu sei me cuidar!
Não vou fazer nada
errado!

— Se se tornar um
deles, vai! Porque a
sua chefe vai te
mandar roubar,
matar! E você vai! —
Máximo levou uma

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mão ao peito e
Carolina arregalou os
olhos — Vocês ainda
me matam!

— Querido, seu pai só


está preocupado. E
acho que ele precisa
descansar um pouco
— Carolina falou —
Por favor, cuide-se.
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Pense em tudo com
carinho.

— Obrigada, mãe —
Bernardo disse e em
seguida, a ligação foi
finalizada.

Ele suspirou e olhou


para o teto, cansado.

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"Mas eu sei o que eu
quero!", ele disse,
seguro de si.

Antes de dormir, ele e


Ekaterina
conversaram por
mensagens e eles
como antes, os dois
acabaram "passando
dos limites".
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Os dias passaram e
Bernardo, por mais
que tentasse não
colocar as mãos
em Ekaterina,
perdia a força de
vontade com apenas
um olhar mais
atrevido dela.

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Eles evitaram os
quartos, mas viviam
pelos cantos se
beijando.

— Vou sentir a sua


falta — Ekaterina
disse, apoiada no
batente da porta,
enquanto Bernardo
estava arrumando as
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malas para voltar ao
México, para o Natal.

— Eu também vou
sentir a sua — Ele
respondeu, fechando
a pequena mala —
Mas, logo estarei de
volta.

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— Mamãe disse que o
seu treino físico vai
começar — Ekaterina
sorriu — E adivinha
quem vai te treinar?
Bernardo balançou a
cabeça.

— Quem?

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— Euzinha!

Ele sorriu.

— Opa! Com uma


professora dessas, eu
fico até mais animado
— Ele se aproximou
dela, olhou para o
corredor e então,

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beijou Ekaterina.

Passos no corredor e
vozes fizeram os dois
se separarem e ele
piscou pra Ekaterina,
pegou a mala dele e
saiu pelo quarto,
dando de cara com
Yuri e Maksim.

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— YA slezhu za toboy
(Eu estou de olho em
você)! — O pai falava
para o filho, que
mantinha a cabeça
baixa — Ah,
Bernardo! O Fyódor
já está te esperando
no carro. Boa viagem!

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— Obrigado, senhor
Sigayev! — Bernardo
falou e o russo voltou
a fechar o rosto,
passando sermão em
Maksim, que apenas
deu um sorriso
tímido para Bernardo
e Ekaterina, antes de
seguir o pai.

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— Maksim é bem na
dele — Bernardo
falou.

— Sim. Ele é... Doce


— Ekaterina falou,
andando atrás de
Bernardo — Tio Yuri
quer endurecê-lo.

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— Por quê? —
Bernardo perguntou
— Eu o vi lutar. Ele
me parece muito
bom.

— Não para o
patamar da
Organização —
Ekaterina disse e

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Bernardo a olhou de
boca aberta —
Maksim tem coração
mole. Ele não é dado a
torturas.

Bernardo franziu o
cenho.

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— E você é? — Ele
riu, mas Ekaterina o
olhou, séria.

— Eu não nego as
minhas origens, o
meu sangue,
Bernardo — Ela falou
— Sou filha da minha
mãe.

LSC – venda proibida.


Bernardo, apesar de
ouvir muito falar
que Jannochka
Sigayeva era uma
mulher cruel, pior
que o próprio diabo,
não acreditava. Sim,
ela era durona, rígida,
mas também educada
e, de certo modo,
amável.
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— Aposto que sim —
Ele sorriu para
Ekaterina, que sentiu
um aperto no
coração.

— Aposte. Porque eu
sou pior do que você
imagina — Ela falou.
Era melhor que
Bernardo sempre
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soubesse quem e
como ela era.

Ele parou ao pé da
escada e acariciou o
rosto de Ekaterina.

— Você tem uma


casca dura, mas por
dentro, é um amor.

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Uma gargalhada
debochada e os dois
viram Pyotr chorando
de tanto rir, com
Miguel atrás dele.

— Um amor?
Ekaterina? — Pyotr
perguntou e colocou a
mão no ombro de
Bernardo. O russo
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tinha crescido alguns
centímetros e estava
do tamanho do loiro
— Pobre iludido.
Abre o olho, loiro.
Essa daí é pior que a
aranha Karakurt!

— Você está
enganado —
Bernardo disse e
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Pyotr parou de rir,
confuso.

— Como eu disse,
iludido. Boa viagem
— Pyotr falou — E vê
se acorda desse seu
mundo de fantasia. A
teia dela é viscosa e
você vai acabar preso
e ela vai te matar.
LSC – venda proibida.
— Cala a boca, Pyotr!
— Ekaterina falou e o
rapaz não gostou do
tom, fechando a cara.
Miguel se colocou no
meio.

LSC – venda proibida.

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