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Because of a Boy

(Por causa de um menino)

utestkidsmom

(Ju Martinhão)

Sinopse: Edward é o filho de um pai autista. Bella é a mãe de um filho


autista. O que acontece quando seus caminhos se cruzam? Eles podem
encontrar paz e amor com o caos?
Capítulo 1 – Cruzando caminhos

~ Edward ~

Eu estava atualmente correndo para o centro da cidade para encontrar um


cliente quando acidentalmente derramei café sobre toda a camisa branca
brilhante que eu usava. É claro que eu poderia ter enviado a minha irmã e
assistente pessoal, Alice, para pegar uma para mim, mas isso teria
transformado uma tarefa simples de dez minutos em um desfile de moda de
uma hora de duração.

"Apenas me deixe na calçada, Felix. Eu entrarei e pegarei uma camisa e


sairei em um minuto".

"Muito bom, senhor." Ele disse quando estacionou na frente da Bergdorf.

Eu não estava prestando muita atenção ao meu redor, já que continuei


recebendo mensagens de texto a cada minuto do meu pai ou Tanya, minha
parceira de negócios. Eu realmente deveria ter prestado mais atenção. Mas
se eu tivesse, minha vida nunca teria mudado da maneira como mudou.

"AI!" Eu gritei quando algo me atingiu na perna.

"Oh, caramba, eu sinto muito, senhor, eu não tive a intenção de acertar o


seu gastrocnêmio*." Uma pequena voz se ajustou cheia de remorso e
chocante conhecimento agarrou minha atenção.

*Gastrocnêmio é um músculo que fica na região posterior da perna abaixo


dos joelhos e recobre outro músculo chamado sóleo.

Virei-me e fiquei cara a cara com um menino que não poderia ser mais
velho do que seis anos. Ele tinha cabelo castanho perfeitamente arrumado,
grandes olhos azuis penetrantes, e estava vestido com um tipo de terno
semelhante ao meu.

"Uhm, está tudo bem." Olhei em volta e não vi nenhum adulto com ele.
"Você está sozinho?"

Ele balançou a cabeça, "Como eu posso estar sozinho quando estou falando
com você?" Ele pergunta como se fosse óbvio. Mas ele está certo.
"OK, sabe tudo, eu quis dizer, você veio aqui sozinho?"

Isso pareceu registrar-se como uma pergunta lógica. "Estou aqui com a
minha mãe, ela está ali." Ele se vira e aponta, e eu olho na direção.

"Há tipo 15 mulheres lá, qual é a sua?" Eu ouço suas risadas. "O que é tão
engraçado?" Eu pergunto.

"Nenhuma delas é MINHA, eu não possuo pessoas. A escravidão foi


abolida em 1865." Ele balança a cabeça e eu sinto uma calorosa
familiaridade nesta situação.

"Meu nome é Edward, qual é o seu?" Eu pergunto quando seguro minha


mão estendida para ele em saudação.

Ele me olha com suspeita, "Como eu sei que você é quem você diz que é?"

Eu dou de ombros, "Chama-se confiança".

"Mamãe me disse para nunca confiar em estranhos." Ele dá um passo para


trás e enfia as mãos nos seus bolsos.

"Sua mãe é uma mulher muito inteligente. Eu certamente gostaria de poder


conhecê-la e dizer a ela que jovem inteligente ela está criando".

Isso faz com que ele sorria. "Ela está bem..."

Ele estava prestes a apontar novamente quando ouvi sons agudos


provenientes de uma mulher em pânico. "SEBASTIAN! ONDE VOCÊ
ESTÁ? SEBASTIAN!"

Olhei para o pequeno advogado ao meu lado e vi um leve rubor aparecer


em suas bochechas. "Você é Sebastian?" Eu sussurro. Ele acena.

Eu vejo sua mãe exausta vir correndo através de um emaranhado de


roupas. "Sebastian Charles Swan!" Ela pára em frente a ele e se ajoelha.
Percebi como ela fecha os olhos, respira fundo e, quando começa a falar,
ela está calma.

"Você não pode fugir assim. Eu já lhe disse tantas vezes os perigos de
vagar por aí. Você assusta a mamãe quando faz isso. Você é meu menino
especial e eu te amo muito. Se as pessoas soubessem como você é
maravilhoso, eles o levariam de mim." Ela beija a bochecha dele e o abraça
com todo o seu corpo.

Eu vejo o menino ficar tenso no início, mas quando sua mãe o apertou mais
forte, ele visivelmente relaxa.

"Senhorita?" Eu interrompo, simplesmente querendo me certificar que tudo


estava bem antes de eu sair.

Ela olha para mim com esses grandes olhos castanhos escuros. Ela é uma
mulher forte, você pode dizer só de olhar para os seus olhos de soldado.
"Oh, desculpe por não vê-lo." Ela se levanta e esfrega suas calças.

"Este é Edward, ele me diz para confiar nele, mas você disse para não
confiar nele, então eu não confiei." As palavras de Sebastian são quase
robóticas. Seus olhos movem como se ele estivesse lendo e repetindo.

"Isso mesmo, querido, e eu fico contente." Ela beija o topo da sua cabeça e
se vira para mim. "Obrigada por não sequestrar meu filho, Edward.
Sebastian aqui tem uma tendência a vagar. Ele não quer, mas ele não pode
evitar. Ele vai para onde sua mente o leva." Ela sorri orgulhosa. Ela não é
nada como a mãe estressada que eu vi alguns minutos atrás.

"Está tudo bem." Meu telefone vibra e eu o atendo, "Tanya, eu estou indo,
aguente firme e simplesmente os encante até que eu chegue aí... tudo bem,
tanto faz... ok... adeus." Reviro meus olhos.

"Você tem a mesma cara que minha mãe faz sempre que o meu pai liga
para ela." Sebastian diz inocentemente. "Você não deve gostar muito de
Tanya. Minha mãe odeia o meu pai".

"Eu não o odeio, Seb, você sabe disso." Ela olha para mim se desculpando.
"Eu não odeio, eu e ele simplesmente não funcionamos, sabe?"

Eu sorrio, é claro que eu sei. Quem não esteve em um relacionamento


fracassado ou não antes? "Claro".
"Eu sou Bella, a propósito, e você conhece Sebastian." Com a
apresentação, ele levanta sua pequena mão com um propósito e eu a
balanço.

"Aí, agora nós fomos formalmente apresentados pela minha mãe, portanto,
já não somos estranhos e podemos conversar regularmente." Meus olhos se
arregalam com as suas palavras. Eu ouvi Bella rir.

"OK, menino especial, vamos. Nós já tomamos tempo suficiente deste


homem." Ela acena e vai embora. Aquele menino me lembra alguém. Eu
fiquei tentando desesperadamente descobrir isso muito tempo depois que
saí.

~O~

"Pelo amor de Deus, você está quase 15 minutos atrasado, Edward!" Tanya
rosna quando eu entro no escritório.

"Cuidado, Tanya!" Eu aponto para ela e seu rosto muda de raiva para
sensual.

"Eu sinto muito, querido, você me deixou toda nervosa. Onde você estava,
afinal?" Ela dança seu dedo na minha gravata.

"Na Bergdorf, eu disse isso a você." Eu recuo.

"Bem, nós precisamos ir. Nosso cliente está aqui, mas você quer jantar
depois?" Ela bate seus cílios de uma maneira paqueradora que eu só acho
ridícula.

"Não, vamos".

Eu namorei Tanya por alguns anos. Eu achava que era amor, até que eu a
encontrei no meu escritório sendo batida pelo MEU ex-cliente, Allistar
Holmes. Desnecessário dizer que a visão dela me deixa enjoado, mas ela
não me deixa comprar sua parte, então eu estou preso a ela por enquanto.

"Você sempre diz que não, isso já dura uma eternidade, quando você vai
me perdoar e me dar outra chance?" Ela murmura.
"Vamos ver." Eu olho brevemente para o meu calendário. "Oh, ok, eu
posso encaixá-la na minha agenda de nunca." Eu sorrio e corro até a sala da
diretoria. Eu a ouço xingar e seus saltos batendo atrás de mim.

Durante toda a reunião, eu continuo recebendo mensagens de texto do meu


pai:

'Você sabia que um caracol pode dormir por 3 anos?' ~ Pai

Balancei minha cabeça, ri e enviei uma mensagem de volta. 'Muito legal.' ~


Edward

'Não é, no entanto, eu me pergunto se ele sonha. Vou pesquisar mais isso,


eu o deixarei saber.' ~ Pai.

'Parece ótimo' ~ Edward

A reunião foi inútil, o cliente estava perfeitamente feliz com o caminho que
a nossa empresa estava tomando para promover seu produto. Eles
simplesmente queriam nos deixar saber que estavam observando. Essa é
uma tática tão estúpida.

~O~

Eu estava fazendo o jantar quando meu telefone tocou. Olhei para a hora.
"18hs em ponto." Murmurei enquanto atendia. "Ei, pai".

"Boa noite, Edward, como foi o seu dia?"

"Ótimo, e o seu?"

"Decepcionante".

"Oh? Por quê?"

"Não há nenhuma maneira de saber se um caracol sonha." Ele suspira.

"Eu sinto muito, pai, talvez seja algo no qual você pode trabalhar?"

"Talvez, mas não é provável. Estou muito ocupado com outros projetos".
"Como o quê?"

"Você sabia que um peixe-dourado grávido é chamado de 'twit'?" Ele


claramente esteve seguindo alguma coisa. Não há nenhum ponto em
lembrá-lo. Isto é o que ele é.

"Eu sei agora." Eu digo divertido.

"Além disso, eu estava assistindo a um documentário às 16hs15min. hoje e


aprendi que cavalos não podem vomitar. Eu nunca soube disso, você sabia
disso, Edward?"

"Não, eu não sabia, mas, novamente, você me ensina algo novo".

"Oh, eu tenho que ir, filho, o jantar está pronto e são 18hs20min., eu tenho
que ir." Ele fala com pressa. É a mesma coisa todas as noites.

"OK. Amo você, pai, falo com você mais tarde".

"Amo você, Edward, tchau".

E ele desliga.

~O~

Às 21hs meu telefone toca novamente.

"Olá." Eu digo, sabendo muito bem quem é.

"Boa noite, Edward, como foi o seu jantar?"

"Ótimo, pai, eu tive bife, batatas e cenouras. O que você teve?"

"Sua mãe fez carne assada. Estava deliciosa. Mas nenhuma batata, eu não
gosto delas".

"Sim, eu me lembro. Então, diga-me alguma coisa, pai?"

Ele ri, "Em 1983, um artista japonês fez uma cópia da Monalisa em um pão
torrado".
"De jeito nenhum?" Isso era definitivamente legal.

"Eu não minto, Edward, você sabe disso." Ele diz seriamente.

"Eu sei, desculpe. O que mais?"

"Noz-moscada é venenosa se injetada por via intravenosa".

"É bom saber, pai".

"É bom saber disso".

"Mais uma, pai".

"Hmm, vamos ver. JÁ SEI! Há uma cidade em Newfoundland, Canadá,


chamada Dildo".

Eu irrompi em gargalhadas. "Isso é hilário. Eu quero ir para lá agora".

"É um nome divertido, mas não podemos ir agora. Meu programa é em um


minuto e eu estou ocupado amanhã".

"OK, bem, em outro momento então, pai".

"Sim, nós teremos que planejar isso, no entanto." Sua voz está atada em
advertência. Ele nunca iria a qualquer lugar a não ser que estivesse
perfeitamente organizado.

"Claro. Ok, pai, é hora de ir, falarei com você de manhã, eu te amo".

"Sim, na parte da manhã, sete horas. Boa noite, filho, eu te amo".

E ele desliga.

~O~

Eu nunca me preocupava em definir meu despertador. Meu pai é o meu


despertador. Sete da manhã. Meu telefone toca.

"Bom dia, pai." Eu resmungo sonolento.

"Edward, você não está acordado ainda?" Ele pergunta surpreso.


"Eu não consegui ir para a cama até tarde, pai, eu tinha um monte de
trabalho".

"Oh, Edward, isso é inaceitável! Dormir é importante. Você não dirigirá


esta manhã, não é? É um fato científico que 1,9 milhões de pessoas têm
acidentes relacionados a fadiga ao ano".

"Não se preocupe, Felix me levará. Eu estou bem, pai, você não precisa se
preocupar tanto".

Ele suspira, "Eu sei que você é um adulto. Eu não deveria interferir na
forma como você conduz a sua vida. Sua mãe me diz isso e eu sei disso,
mas algo dentro de mim não pode aceitar isso. É uma sensação
desconfortável".

"Você é meu pai, é simplesmente natural ser protetor e eu te amo por isso,
sério".

"Tudo bem, eu aceito isso, Edward, obrigado. Agora, vá beber uma xícara
de café e comer algo com uma grande quantidade de vitamina C. O tempo
está ficando mais frio e eu não quero que você pegue um resfriado".

"Obrigado, pai, falo com você depois. Amo você".

"Eu também te amo, Edward, tchau".

E ele desliga.

~O~

"Bom dia, Edward." Tanya ronrona quando eu entro.

"Seja como for, eu preciso de café antes de lidar com você." Eu resmungo
e caminho até a cozinha para me servir uma caneca.

"Ficou acordado até mais tarde?" Tanya diz quando entra na cozinha com
sua caneca vazia e a coloca ao lado da minha.

"Algo assim." Eu encho nossas canecas.


"Grande encontro, ou algo assim?" Reviro meus olhos para a sua
curiosidade.

"Não, e não seria da sua conta se eu ESTIVESSE em um." Eu rapidamente


ajeitei minha caneca com açúcar e um pouco de leite.

"Então, você provavelmente estava no telefone com seu pai até as


primeiras horas da manhã. Eu costumava odiar isso quando dormia na sua
casa, todas as ligações." Ela bufa. "Eu não sei como você faz isso".

"Felizmente, é um problema com o qual você NUNCA terá que lidar


novamente." Eu sorrio maliciosamente para ela enquanto saio.

Antes de eu virar a porta, ela me bate com um soco verbal. "Não é sua
culpa que seu pai seja retardado, Edward, é responsabilidade da sua mãe.
Você precisa viver sua vida e dizer a ele para se afastar".

Eu giro tão rapidamente que metade do meu café quente derrama da minha
caneca e na minha camisa... de novo. Eu não sinto isso, tudo o que eu sinto
é raiva. Tanya cruzou a linha. Eu ando até ela e olho em seus olhos mortos.

"Você não fala sobre o meu pai, você não fala sobre ninguém que eu
conheço. Nós nunca daríamos certo, Tanya, por causa do seu coração
podre. Meu pai não é retardado, ele é especial, ele é AUTISTA." Eu cuspi
as palavras para ela. "Você faria bem em fechar sua boca. Você fala de
coisas que você não conhece, de coisas que você não entende e tem zero
desejo de tentar entender. Então, enquanto eu estiver preso a trabalhar com
você todos os dias, eu sugiro que você faça o seu melhor para NÃO falar
comigo, porque eu juro por Deus, Tanya, mulher ou não, eu baterei
totalmente em você".

Eu bato minha caneca na pia, quebrando a porcelana, e saio da cozinha


direto para os elevadores e para fora do edifício. Eu tomo uma respiração
profunda. A brisa do outono envia uma onda de alívio para os meus
pulmões e um frio na minha pele.

Eu rio pensando no meu pai esta manhã e sua advertência sobre o tempo
ficando mais frio.

Felix sai do carro e abre a porta. "Para onde, chefe?"


Eu olho para a minha camisa e depois para Felix. "Bergdorf." Eu digo e rio.
Ele sorri e eu entro.

~O~

Meu pai envia algumas mensagens de texto com fatos enquanto estou
comprando uma camisa nova. Eu decido comprar algumas e simplesmente
armazená-las em meu escritório. Claramente, eu sou um desajeitado.

"Olá, Edward, é bom vê-lo novamente." Eu me viro e encontro Sebastian


olhando para mim com os olhos brilhando e uma mão estendida.

Eu timidamente estendo a mão e a balanço, durante todo o tempo


procurando pela sua mãe.

"É rude não olhar para alguém nos olhos quando eles estão falando com
você." Ele suspira. "Você tem problemas com isso também?" Ele pergunta
timidamente. Eu olho imediatamente em seus olhos inocentes.

"Eu sinto muito, Sebastian, você está certo, isso é rude. Eu só estava
procurando pela sua mãe".

Ele dá de ombros, "Eu vaguei de novo, mas eu vou encontrá-la, não se


preocupe. Ela se preocupa".

Eu fico olhando para esse menino familiar, uma sensação de casa abraça
meu coração quando eu falo com ele.

"Ok, Sebastian, vamos encontrar sua mãe e você pode me dizer sobre si
mesmo enquanto nós procuramos, soa bem?" Ele pensa por um minuto, em
seguida, acena em concordância.

Eu procuro na área dos Homens tão completamente quanto possível,


enquanto seguro a mão de Sebastian. Seu aperto é forte, inabalável.

"Meu nome é Sebastian Charles Swan, eu tenho seis anos de idade, mas
farei sete em 31 de outubro. Eu nasci no dia de Halloween. Você sabia que
o Halloween também é conhecido como a Véspera do Dia de Todos os
Santos?"
Eu na verdade sabia disso pelo meu pai. "Sim, eu sabia".

Ele sorri para mim impressionado. "Você deve ser muito inteligente,
Edward. Você alguma vez vaga por aí?"

Eu dou de ombros, "Não, não normalmente, mas meu pai é famoso por
vagar".

Ele balança a cabeça, "Isso é ruim, e eu desejo que pudesse parar isso.
Minha mãe nunca fica muito brava comigo. Acho que ela só fica com
medo que eu seja pego porque eu sou especial".

Eu rio, "Você é especial, e você tem super poderes?" Eu pergunto,


esperando aliviar o clima. Ele parece tão triste de repente por se perder.

"Isso é um absurdo, Edward; super poderes são para quadrinhos. Isto é a


vida real." Ele pára de andar, mas gesticula para eu me dobrar ao seu nível.
Eu me dobro e ele sussurra, "Mas minha mãe me diz que minha mente é
como um quebra-cabeça e só as pessoas mais surpreendentes podem
entendê-la. Ela também diz que meu coração precisa ser protegido das
pessoas más. É por isso que eu tenho que ir para uma escola onde eu seja
compreendido." Ele pisca para mim como se tivesse acabado de me contar
o maior segredo do mundo.

Quem é esse menino? Ele é incrível! Depois de caminhar ao redor da loja


por uma meia hora, eu vejo Bella no balcão de atendimento ao cliente. Sua
cabeça está nas suas mãos e ela está chorando em seu telefone.

"Oh, pai, eu sabia, um dia destes alguém o levaria." Ela era uma bagunça.

"Vá para a sua mãe, Sebastian." Eu digo, mas ele não vai soltar a minha
mão.

"Venha comigo, Edward?" Ele pede e eu não posso dizer que não.

Bato no ombro de Bella levemente, mas ela pula, de qualquer maneira. Ela
olha para mim e suspira quando vê Sebastian segurando minha mão. "Eu o
achei, pai." Ela diz ao telefone e, em seguida, empurra-o em sua bolsa.
"OH, DEUS, OBRIGADA!" Ela o pega e seus braços e o levanta. Seus
soluços silenciam depois de algum tempo. Vejo Sebastian docemente
acariciá-la e tentar acalmá-la.

Eu estive aqui antes. Cinco anos atrás, meu pai estava em uma feira com a
minha mãe, irmã e eu, e ele se afastou. Nós não conseguimos encontrá-lo,
nós procuramos por horas. Minha mãe chorou muito e chamou a polícia.
Não foi até que um bombeiro nos escoltou até a roda gigante que
encontramos meu pai a consertando. Ele sorriu para nós, impressionado
que a consertou. Minha mãe o abraçou com tanta força e soluçou em seu
peito. Ele a acalmou até que ela parou.

"Bella?" Eu interrompi.

Ela olhou para mim e enxugou seus olhos, "Obrigada novamente, Edward.
Sinto muito se ele foi inconveniente para você".

Eu balancei minha cabeça. "Não, ele não foi. Ele me lembra muito o meu
pai. É meio legal".

Ela sorri amavelmente, "Ele é o meu mundo inteiro. Eu não posso imaginar
perdê-lo".

Eu entendo o que ela quer dizer. "Eu entendo, eu realmente entendo".

Ela estreita seus olhos e franze os lábios. Eu posso dizer que ela está me
avaliando. "Eu acho que você simplesmente pode entender, Edward".

Olho para Sebastian e depois de volta para Bella. Então eu decido sentar ao
lado dele. "Você sabia que um cavalo não pode vomitar?"

Seus olhos se arregalaram e ele balança a cabeça, "Eu vi isso em um


documentário na outra noite. Minha mãe me deixa assisti-lo!"

Eu sabia que esse menino era familiar, ele era apenas uma versão menor de
um homem que eu conhecia por toda a minha vida.

"Foi ontem às 16hs15min., não foi?"


Seu sorriso era radiante. "SIM, VOCÊ VIU TAMBÉM?" Ele gritou com
alegria.

Eu balancei minha cabeça, "Não, meu pai viu. Ele me ligou ontem à noite
para falar sobre isso".

"Eu quero conhecer seu pai, ele parece inteligente como você, Edward".

Bella ri, "Ok, Sebastian, são quase meio-dia e nós precisamos ir comer,
certo?"

Ele olha para o relógio e eu vejo o pânico. "Mãe, nós temos dez minutos,
nós não conseguiremos pegar um táxi e chegar a algum lugar para comer
na hora".

Vejo Bella tomar uma respiração instável. A programação não poderia


desviar, isso levaria a um colapso.

"É uma coisa boa que eu tenho um carro privado e um motorista que pode
nos levar a qualquer lugar a tempo então, não é?" Eu digo e sou
recompensado com dois sorrisos aliviados.

"Oh, Edward, você tem certeza?" Bella pergunta.

"Sim, mas é melhor nos apressarmos." Eu olho para Sebastian. "Quer uma
carona de cavalinho?"

Ele acena e eu o levanto e viro para Bella, "Vamos, mãe, nós temos um
horário a cumprir." Eu digo em tom de brincadeira.

Ela se mantém conosco facilmente e, quando chegamos ao carro, eu digo a


Felix para correr para o restaurante respeitável mais próximo.

Nós chegamos com dois minutos de sobra


Capítulo 2 – Respirar

~ Bella ~

Meu despertador me acorda às 06hs30min. exatamente. Esfrego meus


olhos cansados. Foi uma longa noite, Sebastian teve uma noite agitada. Eu
tropeço para fora da cama e caminho até o banheiro. Faço a minha rotina
antes de acordar meu filho. Vou ao banheiro, lavo minhas mãos e rosto,
escovo meus dentes e cabelo, visto um jeans e uma camiseta.

Entro em seu quarto e o vejo dormindo pacificamente dobrado firmemente


em seus lençóis do espaço. Sorrio com pesar, eu gostaria de não ter que
acordá-lo.

Eu me ajoelho ao lado da sua cama e gentilmente passo meus dedos pelo


seu cabelo. "Levante-se e brilhe, minha luz do sol." Eu sussurro perto do
seu ouvido.

Suas pálpebras vibram, ele resmunga, mas ele não se move. Eu olho para o
relógio, 06hs55min. "Cinco minutos até às 07hs, Sebastian." Eu sussurro
novamente.

Seus olhos abrem preguiçosamente e ele me dá um sorriso torto, "Bom dia,


mamãe".

"Bom dia, anjo." Beijo suas bochechas perfeitamente inchadas. "Suas


roupas estão separadas. Vou fazer o seu café da manhã, vejo você lá
embaixo em 15 minutos".

Ele balança a cabeça, "Dois ovos com gema mole, mãe, duas fatias de
bacon, um pedaço de torrada e deixe um centímetro de espaço no copo
quando você preenchê-lo com suco de laranja, por favor?"

Eu estive fazendo este café da manhã especial por três meses, ainda assim,
todas as manhãs, ele DEVE me lembrar. Então eu sorrio, "Eu entendi,
querido, vá se arrumar. Vejo você na mesa".

Ele vai até o banheiro, agita o interruptor de luz duas vezes, cantarola
enquanto se prepara, hoje a música é o tema de Star Trek. Eu rio quando
corro para a cozinha para preparar seu café da manhã.
Quinze minutos depois ele entra na cozinha. Ele senta em sua cadeira e eu
coloco o café da manhã na sua frente e sento ao lado dele com o meu café e
muffin.

"Eu gosto de Edward, mãe." Ele diz enquanto organiza seu alimento para
que os ovos estejam na sua frente, bacon para a esquerda e torrada para a
direita.

"Sim, eu também, Sebastian." Eu saboreio meu café e penso sobre o


almoço do dia anterior.

Edward sabia que devia pedir uma cabine na parte de trás, longe das
pessoas. Ele pediu a eles para não nos colocar sentados diretamente sob o
alto-falante. Ele perguntou a Sebastian se ele queria o interior ou o exterior
da cabine, e se ele preferia ficar de frente para a porta ou não.

Quando perguntei como ele era tão bom nisso, ele apenas deu de ombros e
disse que ele tem lidado com isso por toda a sua vida. Eu achei que isso
significava que ele também era autista. Mas ele esclareceu que seu pai foi
diagnosticado com autismo quando ele estava nos seus vinte anos. Não foi
até que ele fosse ainda mais velho que disseram a ele que sua forma de
autismo era conhecida como Síndrome de Asperger*.

*Síndrome de Asperger: é um transtorno do espectro autista, diferencia-se


do autismo clássico pelo portador ter fala compreensível. É mais comum
no sexo masculino. Quando adultos, muitos podem viver de forma comum,
como qualquer outra pessoa, entretanto, além de suas qualidades, sempre
enfrentarão certas dificuldades peculiares à sua condição. Algumas
características dos Aspergers são: dificuldade de interação social;
dificuldades em processar e expressar emoções (este problema leva a que
as outras pessoas se afastem por pensarem que o indivíduo não sente
empatia); interpretação muito literal da linguagem; dificuldade com
mudanças em sua rotina, pessoas desconhecidas, ou que não vêem há
muito tempo; comportamentos estereotipados. No entanto, isso pode ser
conciliado com desenvolvimento cognitivo normal ou alto.

Fiquei chocada que um homem daquela idade fosse diagnosticado tão tarde
na vida, mas ele me explicou sobre a maneira do mundo. Ele me disse que
seu avô dizia que seu pai era um sábio com graves questões de preguiça.
Quebrou meu coração pensar em um homem crescendo em um mundo
terrível, sozinho, sem ninguém o entendendo.

Nós conversamos um pouco mais sobre Sebastian e a "escola especial" que


ele ia. Então, Sebastian entrou em um ataque de "Edward, você sabia
que..."

Foi chocante o quanto Edward de fato sabia, mas eu imagino que seu pai o
informasse regularmente, assim como Seb fazia comigo.

"Oh, mãe, eu terminei. Preciso apenas escovar meus dentes de novo, pegar
meus sapatos e jaqueta. Está ficando frio, mãe, você precisa lembrar de se
agasalhar, eu não quero que você fique doente." Ele limpa seu prato. Limpa
o prato duas vezes. Lava-o até estar brilhando, e depois o coloca na
máquina de lavar louça.

"Eu prometo, querido, eu usarei meu casaco hoje." Ele acena feliz e corre
para terminar de se arrumar.

Cinco minutos depois, nós estamos nos degraus da frente à espera do seu
ônibus.

Vejo Sebastian esmagando as folhas caídas sob seu sapato. "Está se


divertindo?" Eu pergunto.

"Eu gosto do som que faz." Ele responde simplesmente.

"Eu amo o outono, é a minha estação favorita, mas é tão triste." Eu digo.

"Por que isso deixa você triste, mamãe?" Ele olha para mim com olhos
preocupados.

"Bem, Seb, eu acho que é porque mesmo que seja tão bonito, as folhas
caem das árvores deixando-as muito estéreis. Então as belas folhas
coloridas ficam marrom e morrem." Eu sorrio fracamente.

"Talvez se você entendesse melhor, isso não a deixaria tão triste." Ele me
dá aquele olhar conhecedor.
"Ok, Seb, ilumine-me." Eu me viro para ele esperando ansiosamente pela
sua história.

"Não há nenhuma razão para ficar triste sobre as folhas caídas e árvores
vazias, e eu vou lhe dizer por quê." Ele levanta a folha e a coloca na minha
mão.

"As árvores que perdem as folhas no inverno são chamadas de árvores de


folhas decíduas. Elas perdem suas folhas para conservar a umidade e
reduzir a quantidade de energia que elas devem consumir para se manter
viva." Eu olho para a folha laranja na minha mão enquanto ele continua.

"As folhas de algumas árvores decíduas ficam de cores brilhantes antes de


cair no chão, enquanto outras simplesmente desaparecem, ou ficam
marrons. Então, você vê, mãe, elas não estão morrendo, elas estão
vivendo." Ele sorri triunfantemente.

Eu beijo sua bochecha e deslizo a folha no meu bolso, "Obrigada, Seb,


você está certo, não é triste, é maravilhoso".

Seu brilhantismo sempre me espanta e, ainda assim, as dores que recebo


em meu coração cada vez que ele fala é quase debilitante. Há tantas
pessoas neste mundo que não entendem o meu menino. Eu penso no futuro,
quando eu não estiver aqui, ele ficará bem quando eu não estiver aqui?

Balanço minha cabeça para tirar os pensamentos mórbidos dela. Ele ficará
bem, minha mente sabe disso, meu coração só precisa entender isso. Ele
está onde ele precisa estar. Talvez se ele não experimentasse a escuridão
que o mundo da ignorância tem jogado nele, eu estaria mais otimista.
"Respire, Bella." Eu digo e repito até que estou calma.

Depois que seu ônibus o pega, eu corro lá em cima e me preparo para o


trabalho.

~O~

"Prazer em vê-la hoje, Bella, para quem estamos comprando hoje?" Rose,
que é uma das gerentes da Bergdorf, pergunta.
"Bom dia, Rose, estou comprando alguns ternos que foram arrumados para
Eleazar Cruz? Eles estão prontos, você sabe?"

"Tenho certeza que eles estão, Bella, eu lhe digo, você consegue os
maiores clientes." Ela gorjeia para mim enquanto caminhamos em direção
ao balcão.

Eu amo ser uma compradora pessoal. Dá-me o horário flexível que preciso,
e a maioria dos meus clientes é compreensiva sobre Sebastian e as
necessidades que ele apresenta. A MAIORIA deles, de qualquer maneira.

"Há alguns sem os quais eu poderia ficar, Rose, mas o salário é bom, então
eu simplesmente os calo." Eu dou de ombros e pego as sacolas plásticas.

"Isso é o que você tem que fazer. Então, diga-me, como está Sebastian?"
Ela cruza os braços e sorri. Eu costumo levá-lo para trabalhar comigo
quando tenho que trabalhar em horários estranhos. Bergdorf é um lugar
preferido porque a equipe é sempre muito gentil com ele.

"Maravilhoso, inteligente, ele é perfeito." Eu digo sorrindo.

"E ele sabe que é." Nós duas começamos a rir.

"Oh, Bella, isso me lembra, você sabe se Edward Cullen tem uma
compradora pessoal, ou algo assim?"

Minhas sobrancelhas atiram para cima em questão, "Não, por quê?"

"Bem, ontem ele deixou essas camisas aqui quando correu para fora com
você e seu filho. Eu não tenho nenhum número em arquivo para uma
compradora, então eu queria saber se você sabia." Ela coloca três camisas
sociais na minha frente.

"Oh, eu me sinto horrível que ele saiu e esqueceu delas." Eu sinto o


material de seda, ele tem bom gosto. Eu olho para Rose. "Eu posso levá-las
para ele, a culpa é minha que ele as esqueceu, de qualquer maneira".

Ela sorri e acena, "Mmhmmm, ok, sim, faça isso".


"O quê?" Eu posso sentir minhas bochechas esquentarem com seu tom de
voz insinuante.

"Nada, vá, garota, leve ao seu homem sua armadura." Ela ri.

"Oh, por favor, Rose, cresça. Isso é uma amabilidade, isso é tudo." Eu
balanço minha cabeça, pego as camisas junto com as sacolas plásticas e
saio.

~O~

A Agência Cullen-Denali está localizada no coração da cidade. Eles


ocupam dois andares do edifício Chrysler, o que me chocou. Eu sabia que
Edward tinha dinheiro, não havia como negar isso, mas este era o edifício
Chrysler, pelo amor de Deus!

"Posso ajudá-la, senhora?" Um homem baixo e careca atrás do balcão de


informações pergunta.

"Oh, eu certamente espero que sim." Eu levanto três sacolas da Bergdorf.


"Estas sacolas são do Sr. Cullen e eu preciso entregá-las a ele".

Ele olha para a sua prancheta. "Seu nome é?"

"Eu sou Isabella Swan, ou Bella, tanto faz, qual é o seu nome?" Eu
pergunto estranhamente.

Ele ri, "Meu nome é Norman, olha, você parece uma mulher adorável, mas
você não está na lista de nenhum compromisso que o Sr. Cullen e a
Senhorita Denali têm. Você terá que ligar e marcar um." Ele me dá um
sorriso arrependido.

"Eu entendo completamente. Eu apenas ligarei lá e verei se ele gostaria que


eu deixasse isso com você então." Eu sorrio e retiro meu telefone. Então eu
percebo que não tenho nenhuma ideia de qual é o número. Norman me
observa atentamente enquanto eu procuro no Google no meu telefone até
que localizo o número e ligo.

"Obrigada por ligar para a Agência Cullen-Denali, como posso direcionar


sua ligação?" Uma voz agradável de mulher pergunta.
"Sim, oi, eu estou tentando falar com Edward Cullen?"

"Posso perguntar seu nome, por favor?"

"Bella Swan." Eu remexo com a sacola das camisas. Norman está


começando a me deixar nervosa, apenas me encarando.

"Espere, por favor." Eu ouço um clique e alguma música toca. Eu ando um


pouco, até que finalmente ouço a voz dele.

"Bella?" Edward diz com preocupação.

"Olá, Edward, eu sinto muito por estar incomodando você, mas eu tenho
suas camisas".

Ele ri, "Minhas camisas?"

Eu reviro meus olhos, "Desculpe, eu quis dizer da Bergdorf. Eu estava lá


hoje e a gerente as tinha, eu apenas parei para deixá-las aqui, mas eles não
me deixarão subir. Você gostaria que eu as deixasse com Norman?"

"Você está no saguão? E quem é Norman?"

Agora eu ri, "Ele trabalha na recepção aqui. Ele tem sido muito legal, mas
eu não estou autorizada a subir".

Ele bufa e isso me faz pensar que tipo de cara ele faz quando está frustrado.

"Eu sinto muito, Bella, eu já estarei aí".

"Oh, Ok, vejo você em um minuto então, eu acho".

"Sim, eu estou descendo." Ele desliga o telefone.

Eu olho para Norman e encolho os ombros, "Ele está descendo".

Seus olhos arregalaram e ele sai correndo. É estranho, mas eu não o


questiono.

Um minuto depois, Edward vem caminhando pelo saguão. Eu assisto


hipnotizada como sua confiança derrama dele. Ele sorri e diz olá para
algumas pessoas quando passa por elas. Ele está vestido para impressionar
e, ainda assim, ele não tenta.

Quando seus olhos travam com os meus, eu não posso evitar o sorriso que
se espalha por todo o meu rosto.

"Bella, como é maravilhoso vê-la." Ele diz quando se aproxima.

"Você também, Edward." Parece que minha garganta está fechando, então,
em vez de me envergonhar ainda mais com palavras quebradas, eu empurro
as sacolas para ele.

Ele as pega com uma expressão surpreendentemente divertida, "Obrigado


por trazê-las, você não precisava".

Eu o descarto, "Sim, eu precisava. É por minha causa e Sebastian que você


as esqueceu, em primeiro lugar".

Ele está prestes a falar quando seu telefone vibra. Ele levanta o dedo e lê
uma mensagem. Um pequeno sorriso brinca em seu rosto e ele responde
rapidamente e empurra o telefone de volta no bolso. "Sinto muito, então,
enfim, não foi incômodo, Bella, realmente. Eu gosto de Sebastian, e de
você".

Eu posso sentir o rubor no meu rosto. Seu telefone vibra de novo e ele o lê,
mais uma vez sorri, responde e o coloca de volta.

"Eu posso ver que você está muito ocupado, então eu o deixarei voltar ao
trabalho." Eu tento ir embora, mas ele ternamente agarra meu cotovelo.

"Eu estou bem, Bella, é o meu pai, ele me envia muitas mensagens." Ele
diz isso com tanta bondade e admiração.

"Oh? Isso é tão legal".

"Sim, é difícil às vezes, especialmente quando eu não posso alcançar o


telefone e então ele se preocupa".
Eu aceno em compreensão, "Seb fica assim quando estou no porão e ele me
chama do piso superior. Se eu não posso ouvi-lo, ou não respondo rápido o
suficiente, ele fica muito preocupado".

Ele acena e nós ficamos em silêncio por um minuto apenas olhando um


para o outro. Seu telefone toca novamente. Ele o lê e minha curiosidade é
acentuada. "Então, o que ele tem a dizer? Alguma coisa que Sebastian pode
não saber".

Ele olha para cima do seu telefone e me avalia por um momento. Eu sei
que ele provavelmente é muito protetor do seu pai. Muita gente não
entende, mas eu entendo. Depois de um segundo, ele me mostra a tela. Eu
li em voz alta.

'A maior parte das risadas que você ouve em programas de televisão foi
gravada na década de 1950, o que significa que um monte de gente que
você ouve rindo está morta.' ~ Pai.

Eu rio por um momento, em seguida, olho para Edward. Seu olhar me tira
o fôlego. Ele não tem certeza do que eu penso disso. Do seu pai.

"Isso é um fato interessante, eu tenho um para ele. Sebastian me disse


ontem à noite. Quer enviar para ele?" Eu pergunto.

Ele sorri finalmente e acena. "OK então, diga a ele, o seu pulmão esquerdo
é menor que o seu pulmão direito para dar espaço para o seu coração".

Ele digita rapidamente, aperta enviar e coloca seu telefone no bolso.


"Obrigado, Bella".

Eu aceno, "Sem problema. É bom realmente ter uso para todo o


conhecimento que eu ouço de Seb".

Ele pega seu telefone novamente quando ele vibra e começa a rir. Ele vira
a tela em minha direção e eu leio, 'Ou você está na frente de uma tela de
computador, ou falando com uma pessoa muito inteligente agora, Edward.'
~ Pai

Eu rio, "Você não pode superá-lo muito, pode?"


"Eu não consigo superá-lo em nada." Ele digita de volta e respira fundo.
"Você gostaria de jantar comigo, Bella?"

Sou surpreendida pela sua repentina pergunta, "Uhm, o quê?"

"Você sabe, jantar? É a última refeição do dia. As pessoas fazem isso à


noite?" Ele é sarcástico.

"Eu sei o que é o jantar, eu apenas estou surpresa, é isso".

"Olha, eu gosto de conversar com você e eu pareço esquecer a merda do


dia quando estou com você, então, que tal isso? Esta noite, amanhã, você
escolhe o tempo".

Eu mexo a minha bolsa e olho para baixo, "Desculpe, Edward, eu não


tenho ninguém para olhar Sebastian. O pai dele está ausente no Japão a
negócios. Eu normalmente peço para Emmett, que é o professor de Seb,
quando estou em uma crise, mas eu não gostaria de abusar disso. Mas,
muito obrigada, eu aprecio isso." Eu sorrio e, finalmente, olho para cima.
Ele está sorrindo brilhantemente.

"Seu filho me disse que é rude não olhar as pessoas nos olhos quando você
fala com elas." Ele diz pretensiosamente.

"Ele está certo." Eu levanto meu queixo e faço um ponto de ampliar meus
olhos comicamente para ele. "Assim está melhor?"

Sua risada ecoa alto no saguão. "Engraçado. Ok, ok. Então, seremos três
amanhã à noite. A que horas Sebastian gosta de comer?"

Sou surpreendida mais uma vez. "Sério?"

"Super sério." Ele diz com uma cara engraçada.

"Oh, eu, uhm. Sim, Sebastian precisa comer o jantar às 17hs30min.


Imagino que seja um problema para você, não é?"

Ele dá de ombros, "Eu sairei do trabalho mais cedo, e eu posso pegar vocês
dois. Eu só preciso do seu endereço".

Fico olhando para ele por um bom minuto, atordoada e sem palavras.
"Endereço, Bella? Números e um nome de rua? Posto de gasolina mais
próximo, qualquer coisa?" Ele ofensivamente acena a mão na frente do
meu rosto.

"Oh, desculpe, eu apaguei. Aqui, eu vou escrevê-lo." Retiro um velho


recibo e escrevo no verso do mesmo.

Ele o pega, lê e o coloca no bolso. "Vejo você amanhã à noite, Bella." Ele
começa a se afastar, mas de repente se vira. "Só por curiosidade, você
trabalha na Bergdorf?"

Eu balanço minha cabeça, "Não, eu sou uma compradora pessoal, e a


Bergdorf é apenas uma das minhas lojas favoritas".

"Huh, interessante. OK, obrigado novamente, Bella, até amanhã." Ele


acena, sorri e volta para o elevador.

O quanto isso é interessante? Homem estranho. Eu rio quando entro no táxi


e vou até o apartamento de Eleazar para deixar seus ternos.

~O~

O ônibus de Sebastian está atrasado. Eu corro meus dedos pelo meu cabelo
e ligo para a escola. Naturalmente, eles me dizem que o ônibus dele saiu na
hora certa. Então, eu ligo para a empresa de ônibus e eles me dizem que
houve um acidente e o ônibus teve que ser desviado.

Olho para o meu relógio, ele já está 20 minutos atrasado. Toda a sua
agenda está arruinada. Eu ligo e peço pizza, o favorito de Seb. Então eu
caminho ao longo da calçada e pego pedras aleatórias e ervas daninhas e as
enfio em meus bolsos.

Seu ônibus vira a esquina, eu respiro fundo e me preparo. Com certeza,


Annie, que é a paraprofissional pessoal de Sebastian, o tem em seus braços.
Ele está envolto em uma bola no colo dela. Eu entro no ônibus e me curvo
na frente dele.

Estendo a mão no meu bolso e retiro as ervas daninhas e pedras, "Sebby,


eu encontrei isso no chão, você pode me dizer o que são?" Eu afasto o
cabelo suado do seu rosto, revelando olhos aterrorizados.
Eles movem por todo o lugar, finalmente se estabelecendo nos itens que eu
coletei. Sua testa enruga em confusão quando ele olha deles para mim.

"Mamãe?" Sua voz é rouca de tanto gritar.

"Ei, baby." Eu sorrio e estendo meus braços.

Ele lentamente se desembaraça de uma Annie embebida em lágrimas e


desliza em meus braços. Deito sua cabeça no meu ombro. Annie me dá um
pequeno tapinha nas costas. Ela sabe o que está por vir para mim.

Eu silenciosamente saio do ônibus, entro na casa e vou para o sofá na sala


de estar. Sebastian choraminga um pouco até que eu finalmente sinto seus
delicados dedos cutucando as ervas daninhas e pedras que eu tenho na
minha mão.

"Dolostone." Sua voz baixa diz enquanto ele pega uma. "Quartzito." E ele
pega outra. Ele continua até que tem todas elas agarradas firmemente em
sua mão.

"Eu pedi sua pizza favorita, Seb." Eu sussurro em seu ouvido. Ele acena
preguiçosamente.

"Conte-me sobre as ervas daninhas?" Eu peço.

"Estas são flores trepadeira, uma erva daninha muito bonita." Ele
suavemente faz cócegas nas pétalas brancas cremosas. "Isso aqui é capim,
mamãe, eu não gosto disso." Ele franze a testa um pouco e eu rio.

"Ok, nada de capim." Eu o coloco na mesa.

A campainha toca e eu pego Seb em meus braços e caminho até a porta.

"Boa noite, Senhorita Swan." Frankie diz.

"Ei, Frankie, você pode colocá-la em cima do balcão? Minhas mãos estão
um pouco cheias." Ele sorri e a coloca na cozinha.

"Eu coloquei uma gorjeta no cartão para você, obrigada".

Ele acena um agradecimento e vai embora.


~O~

Depois de comermos, eu dou um banho em Sebastian. Lavanda e baunilha


são os favoritos dele. Coloco uma música leve e ele cantarola junto com ela
enquanto batuca seus dedos ao longo do lado da banheira. Ele não fala
mais esta noite.

Quando eu o coloco na cama, leio para ele a história que ele aponta. Esta
noite é O Mundo de Russell, Uma História sobre Autismo, de Charles A.
Amenta III.

Eu leio, ele escuta, ele não diz nada. Quando terminei, eu me ajoelho ao
lado da sua cama. "Eu vi Edward hoje".

Seus olhos movem para os meus, mas ele não diz nada.

"Ele queria saber se poderia nos levar para jantar amanhã à noite." Eu digo
e vejo um pequeno e breve sorriso em seus lábios.

"Você gostaria disso, Seb?"

Ele apenas balança a cabeça, em seguida, fecha seus olhos. Eu beijo sua
testa, acendo seu abajur e vou para o meu quarto.

Fecho a porta do meu quarto, caio na minha cama e, o mais


silenciosamente possível, eu choro até dormir.
Capítulo 3 – Jantar e desarmar

~ Edward ~

Sete horas da manhã. Meu telefone toca, "Bom dia, pai".

"Bom dia, Edward, você dormiu bem?"

"Eu dormi, na verdade, fui para a cama cedo e tudo." Eu sorrio quando o
ouço rir.

"Esse é o meu garoto." Ele diz com orgulho.

"Então, o que você vai fazer hoje?" Eu deslizo da cama e pego uma das
minhas camisas novas e um terno para o dia enquanto falo.

"Eu tenho uma consulta com a terapeuta esta manhã. É alguém novo. Eu
não gosto disso." Sua voz é baixa e desanimada. Minha mãe me disse
ontem que seu médico original teve uma emergência familiar que o
obrigou a deixar o trabalho de repente e que meu pai receberia um novo
médico.

"O que você sabe sobre esta nova médica, pai?" Eu escovo meus dentes
enquanto ele fala. Claramente, não será uma ligação matinal rápida.

"O nome dela é Doutora Emily Young. Ela tem 27 anos e se formou em
Harvard. Ela fez a sua residência na Universidade Johns Hopkins e tem
referências impecáveis. Mas eu não sei se gosto que ela seja uma mulher."
Ele diz simplesmente.

Eu rio, "Pai, vamos lá, e daí que ela seja uma mulher? Você sabe o que
mais ela é?"

"Uma médica?" Ele responde.

"Você sabe o que mais?"

Ele fica em silêncio por um momento, eu posso dizer que ele está
desesperadamente tentando antecipar minha resposta. "O que mais ela é,
Edward?"
"Alguém que não sabe TODAS as coisas interessantes que você sabe."
Coloco o telefone no viva-voz enquanto me visto.

"Hmmm." Ele fica em silêncio por um minuto. "Eu suponho que seja isso."
Eu posso dizer, pelo seu tom de voz, que ele está se acostumando.

"Então, vá ensinar a ela algumas coisas." Eu termino de me vestir, deslizo


o telefone de volta ao meu ouvido e sigo para a cozinha para a minha dose
de café.

"Sim, isso é uma boa ideia, Edward. Você apresenta um bom argumento.
Eu o tenho ensinado bem." Eu rio da sua honestidade séria.

"Isso você tem." Eu olho para o relógio. "Ok, pai, eu tenho que ir para o
trabalho, e VOCÊ tem que fazer suas coisas".

Ele ofega, "Oh, querido, obrigado, Edward. Sim, eu devo ir. Tenha um
bom dia. Eu ligarei para você hoje à noite às 18hs".

"Ligue para o meu celular, pai, eu tenho um jantar hoje à noite." Eu sorrio
com a ideia de ver Bella e Sebastian.

"Muito bem, eu ligarei. Tenha um bom dia então".

E ele desliga.

~O~

Eu estava sentado na minha mesa às 12hs30min, almoçando e passando por


cima das próximas reuniões para a próxima semana com Tanya quando
Lauren, minha secretária, ligou.

"Sim, Lauren, o que é?"

"Há uma Bella Swan no telefone para o senhor".

Eu não posso evitar o sorriso que força o seu caminho em meu rosto.
Apenas o nome dela me faz feliz. "Obrigada, Lauren, coloque-a na linha".

Tanya arqueia sua sobrancelha. Eu aponto para ela. "Fique quieta, ou saia."
Ela imita fechar os lábios e jogar a chave fora.
Meu telefone toca um segundo mais tarde e eu atendo. "Boa tarde, Bella,
está tudo bem?"

"Olá, Edward, sim, está tudo bem. Eu acabei de perceber que nunca dei a
você meu número de telefone ontem, e se algo acontecesse e você tivesse
que cancelar nosso jantar hoje à noite, não haveria maneira de você chegar
a mim." Sua voz era apressada, e ela parecia cansada.

"Eu amaria ter o seu número, mas, não se preocupe, eu não vou cancelar.
Eu não faria isso com Sebastian." Eu puxo um pedaço de papel e uma
caneta da minha gaveta. "OK, qual é o seu número, mocinha?"

Ela ri e é um alívio ouvir isso. "555-2589, esse é o meu celular. Eu sempre


o tenho comigo. SEMPRE!"

"Eu entendo".

"Eu sei que você entende".

Depois, há um silêncio, eu posso ouvir sua respiração e de repente eu


queria que fosse o jantar e eu estivesse comendo com ela, em vez de
almoçando com Tanya.

"Eu vou buscá-los às 17hs, Bella. Sebastian gosta de comida italiana?"

"É a favorita dele!" Ela guincha.

"Ótimo! Eu a verei mais tarde, madame." Isso me faz ganhar outra bela
risada.

"Até mais." Ela brinca.

Depois que termino a ligação, vejo Tanya apenas olhando para mim. "O
quê!" Eu atiro.

Ela balança a cabeça, "Nada." Ela encolhe os ombros. "Encontro quente,


hein?"

Eu reviro meus olhos, "Não é da sua conta." Eu aponto para o meu


calendário. "Isso é sobre o que estamos falando, não a minha vida pessoal".
Ela bufa, "Eu estou sendo uma amiga, Edward, você sabe o que é ter isso,
não sabe?"

Eu me inclino para a frente e estreito meus olhos, "Você NÃO é minha


amiga. Você é minha parceira de negócios, só isso. Não se engane
acreditando por um minuto que você pode esconder seus chifres debaixo
dessa poça que você chama de penteado".

Ela bate seus papéis na minha mesa e encara, "Quando você se tornou tão
mau, Edward Cullen?"

Eu junto meus dedos na minha frente em cima da minha mesa. "Eu não sou
mau, Tanya, eu estou cansado".

"Bem, você precisa acordar! Você não pode tratar as pessoas do jeito que
você me trata".

Com esse comentário, eu me levanto e cruzo os braços. "Hipocrisia é uma


cor feia em você".

"O QUÊ?" Ela atira. "Como eu sou uma hipócrita?"

"Você julga TODOS! Não menos do que um dia atrás você estava
vomitando e falando sobre o meu pai! Você é rude, Tanya. Sua ignorância
a torna feia, sua hipocrisia a torna desagradável." Eu empurro seus papéis
de volta para ela.

Ela coloca as mãos nos quadris. "Eu estava expressando minha


preocupação com o seu bem estar, Edward, isso é tudo".

"Bem, não expresse!"

Ela balança a cabeça e recolhe seus papéis. Sem outra palavra, ela corre
para fora do meu escritório. Eu espero até a minha porta estar fechada e
afundo em minha cadeira e tento me acalmar.

~O~

Saio do trabalho às 16hs15min. Entrego a Felix o endereço e troco


mensagens com o meu pai por um tempo até eu chegar à casa de Bella.
De repente, eu me sinto um pouco nervoso. Olho para o meu relógio, estou
um pouco adiantado, mas bato mesmo assim.

A porta se abre e Bella está parada diante de mim, finalmente. Ela está em
uma blusa roxa de seda, jeans skinny preto e sapatilhas pretas. Seu cabelo
está para cima em um penteado suave e sua maquiagem é apenas o
suficiente para dar-lhe um brilho encantador. Ela sorri para mim e meu
coração vibra.

"Ei, Edward, você está adiantado." Ela dá um passo para o lado para me
deixar entrar

"Eu sei, eu não tinha certeza de como seria o tráfego." Eu entro e meus
olhos varrem sua casa rapidamente. As paredes são decoradas com fotos
dela e de Sebastian, ou apenas Sebastian, e algumas pessoas que eu não
reconheço. O mobiliário é simples. Cores quentes e acolhedoras, sons e
cheiros me abraçam quando eu entro mais.

"Bem, Seb ainda está se preparando, você quer uma bebida, ou algo
assim?" Ela começa a andar pelo corredor e eu a sigo até a cozinha.

"Não, eu estou bem." Ela se vira e olha para a minha roupa e, em seguida,
para si mesma.

"Estou mal vestida?" Ela esfrega os braços e delicadamente toca seu


cabelo.

"Você está perfeita, Bella, é um lugar casual. Eu acabei de sair do trabalho,


essa é a única razão pela qual eu estou no meu terno. Faria você se sentir
melhor se eu tirasse o paletó e a gravata?" Eu sorrio.

"Na verdade, sim, espertinho." Ela me lança um olhar brincalhão.

Eu tiro meu paletó. Removo minha gravata e desabotoo os dois primeiros


botões da minha camisa e arregaço as mangas. Vejo os olhos de Bella
deslizarem sobre meu peito e, quando ela faz contato visual comigo
novamente, suas bochechas ficam um belo rosa.

"Aí, está melhor assim?" Eu pergunto, dando um giro para ela.


Ela ri, "Sim, muito. Essa camisa é muito boa. Eu a notei ontem. Seu gosto
é impecável".

"Eu estive me vestindo por ANOS!" Eu exagero minhas palavras.

Ela ri um pouco e de repente eu ouço os passos de pequenos pés. Viro-me e


vejo Sebastian virando a esquina para a cozinha.

"Olá, Edward!" Ele diz muito sem fôlego.

"Oi, Sebastian".

"Eu não posso esperar para sair para jantar." O sorriso dele é enorme.

"Nem eu, é tudo no que eu estive pensando o dia todo." Eu digo com
sinceridade.

Ele pega a mão de Bella e a minha mão e começa a nos puxar para a porta.
"Bem, vamos lá então. Não faz sentido ficar aqui a falar de algo que
realmente poderíamos estar fazendo".

Ele está completamente certo. Bella pega sua bolsa e todos nós entramos
no meu carro.

~O~

Paramos na frente do Carmine exatamente às 17hs25min. Bella me disse


que, desde que houvesse uma baguete na boca dele às 17hs30min, nós
ficaríamos muito bem.

Fui até a recepcionista, dei-lhe o meu nome e ela nos levou até uma mesa o
mais longe possível do barulho. Eu tinha que admitir que era uma multidão
barulhenta esta noite e estava um pouco nervoso por Sebastian.

Olhei para baixo e vi uma carranca no rosto dele. Bella sussurrou algo em
seu ouvido, ele acenou com a cabeça e, quando chegamos à mesa, ele
cobriu as mãos sobre os ouvidos.

"Se estiver muito barulho aqui, Bella, existem outros lugares para onde
podemos ir." Eu digo a ela, mas ela apenas me descarta.
"Ficará tudo bem, Edward." Ela enfia a mão em sua grande bolsa e tira um
conjunto de fones de ouvido.

"Música?" Eu digo um pouco confuso.

"Não, eles são fones de ouvido de cancelamento de som. Silenciará o


ambiente para que Seb possa se concentrar e relaxar." Ela os desliza em
seus ouvidos e seu rosto se transforma de estressado para relaxado em
segundos.

"Uau, Bella, isso é notável!" Eu observo quando Sebastian tira alguns giz
de cera e colore em algum papel que Bella entrega. Todos os traços de
ansiedade desaparecem.

"Eles são uma dádiva de Deus. Antes de eu os ter, nós não podíamos ir a
qualquer lugar, na verdade".

"Meu pai não pode ir em muitos lugares, as multidões e ruídos altos o


levam à loucura." Eu dou de ombros e Bella me dá um sorriso
compreensivo.

"Eles são ótimos, tenho certeza que seu pai poderia se beneficiar com eles".

Eu observo com admiração enquanto ela avalia a comida no cardápio. Ela


não é uma mãe solteira, mas, pelo que eu pude perceber, o pai de Sebastian
não está muito por perto. Ela faz isso sozinha. Eu me pergunto como ela
superou tudo.

As baguetes chegam e Bella coloca duas no prato de Sebastian e ele


começa a comê-las com um sorriso satisfeito.

"Você gostaria de um pouco de vinho, Bella?"

Ela balança a cabeça, "Desculpe, eu estou exausta o suficiente como está,


se eu tiver até mesmo um gole, eu desmaiaria em você".

Eu rio, "Então você quer café, chá, refrigerante?"

"Pepsi se eles tiverem, se não, Coca está bom".

O garçom anota nossos pedidos e, em seguida, vira-se para Sebastian


"E o que o jovem gostaria esta noite?"

Bella dá um tapinha no ombro dele e ele tira os fones de ouvido. "Eu


gostaria de spaghetti com apenas três colheres de sopa de molho de tomate,
por favor, você pode trazer o queijo separado para que eu mesmo possa
colocá-lo? Oh, e nenhuma daquelas folhas verdes de decoração, eca, é
nojento e fica presa nos meus dentes." Ele estremece.

O garçom ri e anota o pedido palavra por palavra. "Muito bom, senhor, eu


voltarei em breve".

Quando nossas bebidas chegam, eu percebo Sebastian empurrando seu


copo para longe de si mesmo. Bella o pega e coloca três cubos de gelo e
derrama um pouco da sua Sprite em um dos copos vazios na mesa. Quando
ela o entrega de volta para Seb, ele a agradece e começa a beber.

"Ele é muito especial." Ela diz quase se desculpando.

"Eu entendo." Eu sorrio e ela retorna.

Meu telefone vibra e eu sei imediatamente que é meu pai. "Esse é o meu
pai".

Sebastian olha para cima, "Onde?" Ele olha em volta do restaurante.

"No meu telefone." Eu mostro a ele quando o atendo. "Ei, pai".

Eu sorrio enquanto Sebastian me observa com admiração.

"Oi filho, como está indo o seu jantar?"

"Muito bom, na verdade. Estamos sentados no Carmine à espera das nossas


refeições".

"Esse é um lugar agradável. Eu amo quando sua mãe pega o jantar daí".

"Sim, desde que eles coloquem o queijo no lado direito?" Eu digo enquanto
olho para Sebastian e ele sorri.

"Correto, filho. É realmente interessante, você pensaria que, com tanto


queijo como os italianos usam, a Itália seria o país que mais consumisse".
"E não é?" Eu pergunto, sabendo muito bem que estou prestes a receber
uma palestra.

"Oh, céus, não, Edward. A Grécia tem o maior consumo per capita de
queijo no mundo, com média de 27,3 kg por pessoa".

Eu rio um pouco e observo como Bella tem a mão em sua bochecha e está
envolvida em minha conversa com meu pai.

"É um fato interessante, pai".

"O que é um fato interessante?" Sebastian pergunta, um vislumbre de


surpresa cintila em seus olhos. Eu coloco minha mão sobre o telefone e
repito a ele o que meu pai disse.

"Quem é, Edward?" Carlisle pergunta.

"Este é Sebastian, ele é alguém com quem eu estou comendo esta noite. Ele
e sua mãe, Bella, concordaram em me fazer companhia esta noite." Eu
pisco para ela e ela olha para baixo e cora.

"Oh meu Deus, oh meu Deus, Edward, você está em um relacionamento


sério? Como é que eu não sei disso?" Ele soa quase ofendido.

"É novo, pai".

"Abra as portas para ela, filho, e segure a cadeira para ela também.
Lembre-se que você é um cavalheiro. Eu sei disso porque eu o criei como
tal." Suas instruções são sinceras. Elas são as mesmas que ele esteve me
dando por toda a minha vida.

"É claro que sim, pai, eu vou, eu prometo".

"Muito bom. Tudo bem, eu tenho que ir, meu show vai começar. Tenha
uma boa noite".

"Você também, eu te amo".

"Eu também te amo, filho." E ele desliga.


Quando olho para cima, vejo Sebastian e Bella olhando para mim, "O
quê?" Eu limpo meu rosto pensando que há algo lá.

"Você ama seu papai." Seb diz, mas não é uma pergunta, ele está
afirmando um fato.

"Sim, muito. Você não ama o seu?" Eu vejo seu rosto cair e lamento
imediatamente minha pergunta.

"Eu acho que amo." Ele sussurra isso tão baixo que eu mal posso ouvi-lo.
Bella gentilmente acaricia seu ombro e olha para mim.

"Podemos falar sobre isso em outra hora, ok?" Ela está perguntando a
Sebastian, mas está dizendo para mim.

Concordo com a cabeça em uníssono com Sebastian.

Nossa comida chega pouco tempo depois e eu observo o ritual de Sebastian


preparando-se para comer. Talheres para a sua esquerda, copo na parte
superior direita do prato, ele borrifa um pouco de queijo parmesão em cima
da sua massa. Ele não corta seu spaghetti, ele gira ao redor do seu garfo e
cantarola Yankee Doodle Dandy. Eu não posso deixar de rir.

Ele olha para mim com olhos questionadores. "Eu não gosto de cortar meu
macarrão também." Eu digo.

Ele sorri, "Você sabia que 25 de outubro é o dia mundial do macarrão?"


Depois que pergunta, ele empurra uma quantidade ímpia de spaghetti em
sua boca.

"Sebby, querido, mordidas pequenas." Bella diz quando entrega a ele um


guardanapo extra.

Eu não posso deixar de rir. Estou tão sobrecarregado com as semelhanças


entre ele e meu pai.

"Eu sinto muito, ele geralmente tem melhores maneiras à mesa." Bella
pede desculpas e agora é a minha vez de descartá-la.

"Pare, eu estou rindo porque é assim que é comer com o meu pai".
Ela me dá um pequeno sorriso, "Seu pai parece maravilhoso, talvez algum
dia eu possa conhecê-lo".

Não é uma pergunta, é uma esperança persistente, e eu me pergunto se ela


realmente o conhecerá algum dia.

"EU TAMBÉM!" Sebastian grita alto.

"Querido, abaixe sua voz, estamos em um ambiente fechado, lembra?" Ele


balança a cabeça ao ouvir as palavras da sua mãe e volta a comer.

O ruído no restaurantes começa a diminuir no momento em que nossas


sobremesas chegam e Sebastian relaxou bastante.

Ele pede sorvete de baunilha com chantilly e confetes, nada de cereja. Mas
o garçom não deve tê-lo ouvido e, de fato, tem uma cereja no topo.

Era como se alguém ligasse um interruptor. Seu rosto ficou vermelho. Ele
tentou se acalmar respirando. Mas ele estava perdendo a batalha.

"Querido, não se preocupe, nós pediremos ao garçom para que traga outro
para você." Bella estava ajoelhada na frente de Sebastian, falando em voz
baixa enquanto o agarrava em um abraço seguro.

Ele começou a escavar os dedos na sua cabeça e fechar os punhos em seu


cabelo. Fiquei preocupado quando ele começou a tentar retirá-lo. Levantei-
me e agarrei o garçom mais próximo. "Eu preciso de um sorvete de
baunilha APENAS com chantilly e confetes, NADA de cereja." O garçom
olhou para Sebastian com os olhos arregalados, acenou com a cabeça e
correu para longe.

"Sebastian, está vindo, amigo, aguente aí." Eu mantive minha distância. Eu


não queria sobrecarregá-lo, e Bella tinha um bom aperto nele.

Eu podia ver as lágrimas escorrendo pelas suas bochechas, e o resmungar


baixo que ele estava tentando desesperadamente conter estava ficando mais
alto. Nesse ritmo, eu não tinha certeza que o pedido correto de sorvete
neutralizaria o inevitável.
Bella olhou para mim com os olhos assustados. Eu conhecia aquele olhar,
ela não tinha medo de ser envergonhada, ou por si mesma, era sempre
sobre Sebastian. Se ele soubesse que se perdeu e fez uma cena aqui, isso o
destruiria.

"O sorvete neste lugar fede." Eu digo quando bato as minhas mãos na
mesa, fazendo Bella e Sebastian saltarem um pouco.

"Sério, o que aconteceu com sorvete em um palito vendido de um


vendedor?" Eu levantei abruptamente, fazendo todos os clientes virarem
em minha direção. "Os vendedores precisam de amor também!" Eu grito.

Bella olha para mim como se eu tivesse perdido minha cabeça. Sebastian
está espreitando debaixo do braço dela. Eu serei aquele a fazer a cena!

"Vamos, donzela." Eu estendo minha mão para Bella. "E você, minúsculo
cavaleiro." Eu olho para Sebastian. "Vamos vasculhar as montanhas de
Nova York pelo Senhor Vendedor e comprar o nosso sorvete de palito".

Bella se vira para Sebastian, que está olhando para mim como se eu tivesse
três cabeças. O desastre do sorvete é esquecido.

Quando o garçom aparece com o pedido correto, eu tive que pensar rápido
para distrair Seb de lembrar. Foi uma decisão precipitada.

Eu o atiro no chão, "Não me alimente com o seu sorvete de mentira, nós


três não podemos ser enganados pela sua bruxaria. Diga ao vilão Carmine
que ele não pode mais nos enganar." Eu seguro minha mão ao meu coração
e dou um suspiro de alívio quando Sebastian e Bella levantam e caminham
para mim.

Olho para Sebastian e dou-lhe um sorriso, e então eu enxugo suas lágrimas


e me ajoelho ao seu nível, "O pequeno cavaleiro gostaria de uma carona
nas costas do porco real?"

Ele ri e meu coração parece que está voando alto.

"Sim, por favor, Edward." Eu o pego e o prendo às minhas costas.


Enquanto galopamos para fora de lá, eu deslizo para o garçom cujo sorvete
eu derrubei uma nota de cem dólares para me desculpar.
"Você é um estranho, Edward." Sebastian sussurra em meu ouvido quando
chegamos lá fora. "Mas eu gosto de você".

"Eu gosto de você também, amigo".

Bella começa a rir e logo eu me junto. Não leva muito tempo para
encontrar um vendedor de sorvetes nas ruas de Nova York. Eu fiquei grato
que isso aconteceu em outubro, e não no inverno profundo, quando o
sorvete é substituído por castanhas e milho caramelizado.

Mas as chances de isso acontecer novamente eram elevadas, e da próxima


vez poderia não haver uma maneira de desarmar isso.

Nota da Autora:

Desarmar é um episódio em que uma pessoa autista tem tão rapidamente


que é raro e difícil de fazer. MAS não é impossível. Há dias bons e dias
ruins, você tem que rolar com os socos e não pode ter medo das batidas.
Capítulo 4

~ Bella ~

Depois de terminar nosso sorvete, Sebastian boceja e esfrega seus olhos.


Edward oferece a ele um outro passeio em suas costas para o carro, e ele
aceita de bom grado. Eu desacelero meus passos e apenas me delicio com a
beleza que é o meu filho e esse estranho que, por causa de uma criança
vagando, virou minha vida do avesso.

Edward não é como qualquer um que eu já conheci. Ele não está com medo
do que implica criar uma criança autista. Ele aproveitou a oportunidade
para poupar o constrangimento de Sebastian sacrificando a sua própria
pessoa. E agora, enquanto eu os observo galopar despreocupados pelo
parque em direção ao carro, estou quase sem fôlego com a alegria que está
derramando da boca do meu menino especial.

Quando ambos estão dentro do carro, eu entro. Seb está sentado ao lado de
Edward, e eles estão falando sobre a lua de Netuno. Eles se esquecem da
minha presença, e eu estou bem com isso.

Edward está preenchendo uma lacuna que o pai de Sebastian deixou bem
aberta, e esse pensamento faz lágrimas picarem meus olhos. Como um
homem que só conhece este menino incrível há três dias pode dedicar tanto
tempo a ele, quando seu próprio pai não pode? Deixo escapar um suspiro
de frustração e Edward se vira para mim e sorri.

Não há espaço para a tristeza aqui, e eu não deixarei que ela me tenha,
então eu sorrio de volta.

"Você tem uma licença, Edward?" Seb pergunta enquanto somos levados
pelas movimentadas ruas de Nova York.

"Sim, eu tenho, na verdade".

"Então, por que você tem alguém o levando por aí?" Sebastian
negligentemente começa a girar o relógio de Edward em torno do seu
pulso. Edward não se afasta, ou recua. Ele o deixa.
"Eu não sou um fã do tráfego, e eu fico frustrado facilmente." Ele dá um
sorriso tímido para Seb.

Seb põe a mão no ombro de Edward. "Eu fico chateado às vezes também.
Está tudo bem, você sabe. Você é apenas humano. Isso é o que o Sr.
Emmett me diz sempre que eu fico bravo".

Edward balança a cabeça e pega a mão de Sebastian. "Eu era capaz de


encontrar uma maneira de evitar ficar bravo, no entanto. Que tipo de coisas
você faz para se controlar, Seb?"

Sebastian pensa por um minuto, em seguida, seus olhos se arregalam na


descoberta. Ele mergulha a mão no seu bolso e tira um pequeno canudo, do
tipo que você usa para caixas de suco. Ele o segura levantado para o rosto
de Edward. "Quando eu fico todo atrapalhado, ou com raiva, eu o pego e o
giro. Eu costumava tê-lo comigo sempre, mas agora eu só o uso às vezes".

"Posso ver?" Ele pergunta, e Seb hesitantemente o coloca na mão de


Edward.

Eu observo com diversão quando Edward o gira um pouco, ele pisca para
mim e, em seguida, volta sua atenção para o meu filho. "Eu posso ver
como isso o relaxaria".

"Você sabe? Você não acha que é estranho?" Ele pergunta nervosamente.

"Não, olhe isto." Edward coloca a mão no bolso do seu paletó e puxa uma
moeda de prata de dólar.

"Oh, uau, isso é tão legal!" Seb grita enquanto esfrega seu dedo sobre o
metal liso.

"Sempre que eu fico estresse sobre o trabalho, ou o que for, eu a rolo por
entre meus dedos assim." Ele demonstra rolando a moeda sobre seus dedos,
e Sebastian grita de empolgação.

"Isso é incrível, você pode me ensinar a fazer isso?"


"Com certeza. Meu pai me ensinou a fazer isso." Ele a desliza na pequena
mão de Seb. "Você começa com uma moeda de 25 centavos primeiro, e
trabalha até chegar nesta".

Seb sorri amplamente. "Então nós temos algo em comum?"

Edward concorda. "Eu aposto que temos mais em comum do que você
pensa".

Ele dá um tapinha na cabeça de Seb, e nós dois o observamos brincar com


a moeda de Edward até chegar em casa.

Edward pergunta se pode entrar e usar o banheiro. Enquanto ele está


terminando, eu começo o ritual noturno de Sebastian. Nós escolhemos sua
roupa para a manhã, ele coloca seu pijama, escova os dentes e cabelo, usa o
banheiro e lava as mãos. Em seguida, ele volta para o seu quarto e escolhe
a sua história para a noite, e eu o coloco firmemente na cama. Eu deslizo
ao lado dele e leio Onde Vivem os Monstros.

Quando termino, eu beijo suas bochechas rosadas e sussurro 'eu te amo',


ligo seu abajur e saio do quarto.

Quando desço as escadas, vejo que Edward está esperando na porta.

"Eu não queria simplesmente sair sem dizer que eu tive uma noite
maravilhosa esta noite, Bella." Ele toma uma respiração profunda.
"Sebastian é tão sortudo por ter uma mãe forte e maravilhosa".

Vou até ele e gentilmente coloco sua mão na minha. "Obrigada, Edward, é
sempre bom ouvir isso, mas é desnecessário. Ele é meu filho e não há nada
que eu não faria por ele".

Ele me dá um sorriso terno. "Eu sei".

Nós apenas ficamos ali parados em um silêncio confortável até que o


relógio na sala de estar sinaliza 20hs.

"Você gostaria de uma bebida?" Eu pergunto, esperando que diga sim. "Eu
gostaria de contar a você sobre o pai de Sebastian".
Suas sobrancelhas arqueiam sobre seus olhos e ele aperta sua mandíbula.
Eu posso dizer que Edward está irritado com o pai de Sebastian. Eu preciso
explicar a nossa situação para Edward, e por que Sebastian é tão incerto do
amor que ele sente pelo seu pai.

Ele acena e nós caminhamos para o sofá. Eu nos sirvo uma taça de vinho e
sento.

"O nome dele é Demetri, e ele não é um homem horrível, ele simplesmente
não pode lidar com a forma como a vida de Sebastian tem que ser. Ele
trabalha muito e seu trabalho exige que ele viaje. Quando eu descobri que
estava grávida, Demi ficou muito animado. Mas, mesmo naquela época, ele
não estava muito por perto." Eu posso ver o aperto de Edward na haste da
taça de vinho aumentar.

"Ele estava na Inglaterra quando Sebastian veio a este mundo. Ele ficou
arrasado que perdeu o nascimento. Ele chegou em casa poucos dias depois
e, durante os primeiros meses de vida de Seb, eles eram inseparáveis. Eu
realmente senti como se Demetri estivesse se estabelecendo e estaria lá
para o nosso filho".

"Vocês se casaram?" A voz de Edward é um sussurro.

"Não, eu achei que poderíamos em algum momento, mas, quando


Sebastian ficou mais velho, nós começamos a notar pequenas coisas sobre
ele que eram diferentes. Demi simplesmente não tinha paciência com ele
como eu tinha. Ele ama muito Seb, mas ele não é feito para isso".

Edward coloca a taça para baixo com muita força, "Feito para isso, Bella?
Que monte de merda".

Eu recuo com as suas palavras, estou surpresa com a paixão neste homem
diante de mim. Sebastian é apenas um menino para ele, mas, ainda assim,
ele age como se ele fosse algo maior.

"Eu não quis dizer que concordo com isso." Eu coloco minha própria taça
para baixo.
"Você permite o comportamento dele dizendo-lhe que é aceitável ser desse
jeito." Ele se inclina para a frente e coloca os cotovelos sobre os seus
joelhos.

"Quando você me ouviu dizer que eu aceitei isso?"

"Você diz que ele não é um homem mau, que ele apenas é dessa forma.
Isso é tirar o corpo fora, uma desculpa pobre, você e eu sabemos disso".

Eu levanto abruptamente. "Por que você se importa? Ele é apenas um


menino para você".

O rosto de Edward se contorce de choque, para raiva, então, finalmente,


para dor. "Apenas um menino? Ele é muito mais do que isso." Ele se
levanta e está muito perto.

"Para mim, ele é mais do que isso." Eu recuo, mas ele se move para a
frente.

"Por causa daquele menino dormindo no andar de cima, eu consigo ver


uma vida que eu queria que meu pai tivesse antes. Por causa de Sebastian,
eu fui capaz de conhecer você e ser arrastado para um mundo mágico que
só existe na mente dele, e, Deus, Bella." Ele passa as mãos pelo seu cabelo.
"Eu estou honrado que ele me deixe ver isso!"

Eu fico sem fala pela confissão de Edward. Eu encaro com olhos


incrédulos. Seus olhos verdes só abrigam sinceridade e verdade. "Edward,
eu..."

"Está tudo bem. Sinto muito por ficar chateado. Demetri está perdendo
algo grande, e eu gostaria de poder dizer que sinto muito, mas eu não sinto.
Duvido que eu estaria aqui de outra forma." Seus olhos movem dos meus
para os meus lábios, e eu sei que estou corando.

"Eu tive um momento incrível, Bella, eu espero que nós possamos fazer
isso de novo. Isto é, se eu não a tiver assustado com o meu comportamento
errático".

Eu rio. "Tenho certeza que Sebastian adoraria isso".


Seu rosto fica sério e ele se aproxima um pouco mais. "E quanto à mãe
dele?"

"Ah, eu tenho certeza que ela gostaria disso também." Eu sorrio quando
seu rosto se ilumina.

Seu telefone toca, quebrando-nos do nosso nevoeiro feliz. Ele não move
seus olhos dos meus enquanto atende.

"Ei, pai".

Eu sorrio, e o feitiço é quebrado, ele se desloca para a esquerda e eu sinto


frio quando ele não está mais perto de mim.

"Isso é ótimo, eu disse a você para dar uma chance a ela e que você
gostaria dela. Você deu a ela um monte de informações que ela nunca
soube antes?"

Eu não sei o que ele está dizendo, mas isso me faz rir, no entanto.

"Ótimo! Tudo bem... sim, parece perfeito. Sim, diga à mamãe que eu
estarei aí no sábado." Ele ri ruidosamente de algo que seu pai diz. "Eu
nunca poderia perder o tradicional Churrasco Cullen de final de ano,
mamãe me mataria".

Sua cabeça se volta para mim, e ele parece que está se concentrando em
algo. "Eu posso simplesmente levar alguns amigos este ano." Ele diz, e eu
de repente percebo que ele está falando de mim.

"Ok, ótimo, pai, falo com você de manhã. Amo você".

Ele afasta seu telefone e caminha de volta para mim. Eu me preparo para a
pergunta.

"Então, Bella, diga-me alguma coisa?"

"Alguma coisa?" Eu bato meu queixo e ele sorri alegremente. "Ok, que tal
isso, você sabia que existem 19 tipos diferentes de sorrisos?"

Ele balança a cabeça. "Eu não sabia disso, Bella".


Eu aceno. "Bem, agora você sabe".

Ele ri, "O que você fará neste sábado?"

Eu ando até o calendário na minha parede e vejo que não há nada


programado neste sábado para mim. Eu me viro abruptamente para voltar a
Edward, mas bato diretamente nele.

"Eu já estava voltando." Eu rio, ele apenas dá de ombros.

"Então, você está livre?"

"Parece que sim, por quê?"

"Todo ano minha mãe tem um churrasco de final de ano." Ele revira os
olhos. "Enfim, eu tenho que ir, ou ela me matará. Você e Seb gostariam de
se juntar a mim?"

"Sua mãe é mentalmente estável?" Eu pergunto brincando, e ele começa a


rir.

"Eu não tenho certeza." Ele diz, ainda rindo.

"Parece bom, nós adoraríamos".

Ele me dá um enorme sorriso brilhante. "Ótimo! Ligarei para você amanhã


com todos os detalhes".

"Você pode me dizer agora enquanto eu posso anotar." Ele não está
fazendo sentido.

"Sim, mas agora eu tenho uma desculpa para ligar para você amanhã." Ele
se vira e abre a porta para sair. Antes que ele saia, eu agarro seu braço e me
empurro para cima.

Coloco um pequeno beijo rápido na sua bochecha. "Você não precisa de


uma desculpa, Edward".

~O~
Depois que coloco Sebastian no ônibus na manhã seguinte, eu abro meu
laptop. Tenho algumas mensagens dos meus clientes me contando sobre
bailes e tal para os quais eles precisam de roupas.

Eu me certifico de colocar as informações em meu telefone e começar


direto nisso hoje. Então eu vejo um e-mail do meu chefe. O assunto diz,
'Novo Cliente'.

Eu cliquei abrir e li,

Bom dia, Bella,

Eu sei que você me disse que não está mais aceitando novos clientes
devido à sua carga de trabalho já pesada e você precisar de um tempo
extra para Sebastian, mas esse cliente pediu especificamente por você. Nós
estivemos esperançosos de trabalhar com ele por algum tempo, vendo que
os círculos sociais com os quais ele se mistura são bastante abastados, o
que leva a uma maravilhosa rede social para nós.

O nome dele é Edward Cullen, e ele trabalha para a Agência Cullen-


Denali. É uma agência de publicidade, e a mais quente no momento. Por
favor, Bella, se você fizer isso, eu começarei a procurar uma nova
compradora para assumir qualquer outro cliente seu, basta dizer qual.

Obrigado e me ligue mais tarde com a sua resposta.

Eu li o e-mail cerca de dez vezes. Aquele homem sorrateiro! Eu quero ficar


irritada, mas simplesmente não consigo. Ele saiu do seu caminho e,
provavelmente, da sua zona de conforto, para contratar alguém para vesti-
lo.

Pego meu celular e disco o número dele.

"Agência Cullen-Denali, posso ajudar?"

"Sim, eu posso, por favor, falar com Edward Cullen?"

"Posso perguntar quem está ligando?"

"Aqui é Bella Swan".


"Espera aí, ele estava esperando sua ligação." Eu escuto a música enquanto
espero.

"Bom dia, Bella!" Ele soa quase irritantemente feliz.

"Algo me diz que você sabe exatamente por que eu estou te ligando." Eu
não posso evitar o sorriso que puxa em meus lábios.

"Eu posso, mas antes de você responder a isso, escute-me." Ele limpa sua
garganta e eu espero. "Ok, eu não estou perseguindo você, eu percebi o
quanto pareceu isso depois que eu fiz isso".

"Eu não diria isso, Edward, mas agora que você mencionou." Eu rio.

"Ok, então você vê que eu realmente amo me vestir. Eu sou muito


particular, mas meu tempo é muito mínimo, e eu realmente poderia usar a
ajuda. Minha irmã Alice me ajudou no passado, mas ela geralmente
transforma isso em um nauseante calvário, e eu simplesmente não consigo
lidar com isso!"

"Você está divagando, Edward".

"Desculpe".

"Por que sua irmã veste você de vez em quando?"

"Porque ela é a minha assistente pessoal, e eu confio nela".

Deixei escapar um suspiro, eu o deixei ansioso um minuto. Eu sei que direi


sim.

"Bella? Você está brava comigo?" Sua voz é quase infantil, eu sei que
provavelmente poderia arrastar isto um pouco e fazê-lo pensar que estou
brava, mas eu não sou vingativa.

"Eu farei isso, Edward, mas nós precisamos nos reunir para discutir
algumas coisas sobre o seu estilo".

"SIM!" Ele grita, e eu começo a rir do seu teatro.


"Eu posso passar aí amanhã a qualquer hora. Estarei em sua área, na
verdade, deixando alguns vestidos para outra cliente. Isso funciona?"

"Espere aí." Eu o ouço mexendo em alguns papéis. "Perfeito! Eu estarei no


escritório até as 14hs".

"Tudo bem, eu terei Norman me anunciando então. Ah, você pode falar
com ele para que eu não tenha um problema desta vez?"

"Claro! Até mais, Bella".

"Tchau, Edward".

~O~

Minha manhã e tarde são agitadas. Eu corro por toda a cidade, parando em
casas e locais de trabalho dos clientes. Há algum enorme baile beneficente
no próximo mês, e eu acho que para conseguir o vestido perfeito, ou terno,
é preciso encomendá-lo quatro semanas antes.

Esta minha cliente, Victoria, é muito possivelmente o ser humano mais


terrível do planeta. Você não pode agradá-la, e eu acho que ela sai da sua
forma para me torturar.

"Eu não quero rosa, Bella! Fica horrível com o meu cabelo vermelho." Sua
voz é entre um gemido e um grito.

"Eu sei, Vicki, eu estive fazendo compras para você por um ano." Eu reviro
meus olhos quando ela não está olhando.

"Eu quero ser notada, mas não ser desagradável sobre isso." Ela começa a
jogar-me fotos de vestidos que ela recortou de revistas.

"Você não poderia ficar desagradável." Eu me esforço muito para segurar o


meu sarcasmo.

"Sim, eu sei. Então, nada de rosa, amarelo, preto, bege, ou marrom. Oh!
Que tal branco, ou verde?" Estou prestes a responder quando ela começa a
tagarelar novamente. "Sim, perfeito, estou tão feliz que eu pensei nisso. Vá
com branco ou verde. Tire fotos com o seu telefone e envie para mim, e
quando decidirmos sobre um vestido, eu irei até lá para experimentar".

"O que você quiser, Victoria." Eu digo isso com muito pouca exuberância,
e isso não passa despercebido.

"Você sabe, um sorriso não a mataria, Bella, talvez você conseguisse um


encontro de vez em quando se você realmente fingisse ser feliz." Ela bufa e
irrompe para a sua sala de estar.

Eu apenas reviro meus olhos. Eu prefiro ser infeliz e feia do que ser sequer
um centímetro do que ela é.

Depois de passar por cerca de 11 lojas e clicar em foto após foto, ela está
finalmente feliz e eu sou capaz de terminar a tempo de encontrar o ônibus
de Sebastian.

~O~

"Ei, amigo, como foi o seu dia?" Eu pergunto quando ele sai do ônibus e
vem em meus braços.

"Super!" Ele grita.

"Incrível, isso exige cookies e chocolate quente, você não acha?"

Ele balança a cabeça de forma dramática e nós entramos. Ele pula no


banquinho da cozinha e fala enquanto eu preparo o nosso lanche.

"Eu aprendi sobre cangurus hoje." Olho para ele enquanto ele folheia um
livro que, obviamente, ganhou do seu professor.

"Ah, sim, amigo, conte-me o que você sabe." Eu pego a mistura de cacau
quente e coloco em nossas canecas combinando.

"Cangurus fêmeas adultas são chamadas de corça, aviador, ou 'jill'." Ele


começa a chutar o banquinho com o pé. Sua emoção é quase demais para
ele.

"Uau! Isso é super legal".


"Eu sei, e cangurus bebê são chamados de 'joeys'." Eu coloco quatro
cookies de chocolate e seu chocolate quente na frente dele. Eu tenho
certeza de que há um número par de marshmallows. Ele os conta, de
qualquer maneira.

"Eu na verdade sabia disso sobre cangurus bebê." Eu aceno, quase


impressionada comigo mesma.

Ele ri. "É porque você é esperta, mamãe".

Sento-me ao lado dele e nós comemos e bebemos em silêncio. Sebastian


olha através do seu livro e eu folheio minha revista People.

Após a hora do lanche, Seb e eu passamos pelo seu dever de casa, ele
precisa de muito pouca ajuda minha, e eu quase choro de felicidade.

Apenas dois anos atrás, ele mal conseguia entender alguma coisa, mas ele
estava em uma sala de aula tradicional no jardim de infância. Eu balanço
minha cabeça desesperada para esquecer aqueles anos terríveis. Ele está
onde precisa estar agora.

"Então, Seb, eu falei com Edward hoje, bem, ontem à noite, na verdade, e
depois novamente hoje." Eu estou divagando, e eu sei que Seb vai me
corrigir a qualquer minuto.

"Você está divagando, mamãe." Eu rio.

"Desculpe, enfim, você quer ir para um churrasco no sábado e conhecer


algumas pessoas da família de Edward?" Eu bato meus dedos
nervosamente na mesa.

Ele pára de trabalhar em sua lição de casa e olha para mim. "Haverá um
monte de gente lá?"

Maldição! Eu não pensei sobre isso. "Na verdade, Seb, eu não sei quem
estará lá. Eu sei que Edward estará lá, e sua mãe e pai".

Seus olhos mudam de lugar, ele está pensando, decidindo. "Seb, querido,
seja honesto comigo. Não faça isso por mim, faça isso por você".
Ele balança a cabeça. "O pai de Edward é aquele inteligente, certo?"

Eu não posso deixar de rir. "Sim, muito inteligente, como você".

Ele balança a cabeça novamente, ainda pensando. "Ok, mamãe, nós


podemos tentar. Mas nós podemos ir embora se for muito difícil?"

"Claro, Seb, você é o que mais importa para mim".

Ele sorri e continua desenhando. Assunto encerrado.


Capítulo 5 – Gazebo e balas de goma

~ Edward ~

Esta manhã, quando meu pai me liga, ele soa muito confuso, e eu não
posso deixar de me preocupar. Através dos anos, ele dominou suas
emoções, e é apenas em circunstâncias extremas que ele não consegue
controlá-las.

"O que está acontecendo, pai?"

"Eu vi a Doutora Young no outro dia, você se lembra?"

Eu me lembro, e agora eu me sinto horrível por não perguntar a ele ontem


como foi. É esta a razão pela qual ele está chateado?

"Como foi?" Coloco meus sapatos e sento no meu sofá. Eu não me importo
se estou atrasado para o trabalho; meu pai precisa de mim, e então eu
estarei aqui.

"Ela me perguntou se eu queria participar de um estudo. Eu realmente não


quero, mas ela diz que pode ajudar outros adultos que sofrem de Síndrome
de Asperger." Ele suspira, e eu posso dizer que seus pensamentos estão em
uma batalha feroz dentro da sua mente brilhante.

"O que a mamãe disse?" Estou realmente chocado que ela não mencionou
isso para mim em qualquer um dos e-mails, ou mensagem de texto.

"Ela disse o que sempre diz. Ela me disse para fazer o que é confortável
para mim. Ela entende a importância de um estudo, mas você sabe como
ela pode ser".

"Deixe-me adivinhar. Ela disse que ao longo de toda a sua vida você estava
vivendo uma vida que os outros queriam que você vivesse, e agora era hora
de você viver por si mesmo?"

Ele ri um pouco da minha pobre imitação da minha mãe. "Praticamente,


palavra por palavra, Edward".

"Eu tenho uma ideia".


"Você tem?" Sua voz aumenta um pouco, e espero que a minha ideia
reverta a tristeza que ele está sentindo.

"Eu acho que você, a mamãe e eu precisamos sentar com a Doutora Young
e obter mais informações. Eu quero saber o que o estudo envolve. Vamos
ver quanto tempo dura, e que tipos de testes são realizados." Corro os
dedos pelo meu cabelo nervosamente. Às vezes, as minhas ideias o ajudam,
e outras vezes, tornam pior.

"Eu posso pedir para a sua mãe marcar uma consulta se você acha que isso
vai ajudar, Edward." Ele ainda tem uma atitude derrotista, mas eu espero
que depois de recebermos mais informações, que ele se sinta melhor sobre
qualquer decisão que ele tomar.

"Ótimo, você faz isso e só me diz onde e quando, e eu estarei lá".

"Devo pedir para Alice vir?" Minha irmã ama o meu pai, mas ela não o
entende. Toda vez que ela veio para qualquer consulta por ele, isso ficou
aquecido. Quando meu pai teve uma dor de estômago no ano passado, que
durou uma semana, ele foi fazer um ultrassom. Alice não gostou da forma
como o técnico falou com o meu pai, e ela o colocou em uma chave de
braço.

Houve seguranças envolvidos e, posteriormente, uma ordem de restrição.

"Não, eu acho que é melhor se ela ficar de fora disso. Eu posso falar com
ela sobre isso mais tarde".

"Tudo bem, filho, isso soa como uma boa ideia. Vamos com isso." Ele
parece melhor, mas não perfeito. Eu preciso ouvir a felicidade dele.

"Diga-me alguma coisa, pai".

"Hmm, deixe-me pensar." Ele cantarola baixinho enquanto pensa. Eu não


reconheço a música, então deve ser uma que ele inventou.

"Eu tenho uma." Ele grita animado. "Eu assisti um show no outro dia na
PBS e descobri que o algodão originalmente não só crescia em branco, mas
outras cores sortidas, incluindo marrom, ferrugem e roxo claro".
"Oh, uau, isso é muito legal, pai".

"Isso realmente é. Mas, depois que o processamento mecânico foi


introduzido, ficou mais fácil manter a consistência de cor usando apenas
plantas de fibras brancas." Eu posso dizer que, quanto mais ele fala, mais
feliz ele fica, e isso me faz sentir aliviado.

"Obrigado, pai, por me dizer isso, sério, eu nunca teria sabido de outra
forma".

"De nada. Ok, eu preciso ir, Edward. Tenha um bom dia de trabalho. Eu
falarei com você mais tarde, e então eu o verei amanhã. É sábado, lembra?"

"Sim, pai, eu sei, o churrasco. Eu não esqueci, e lembre-se que eu levarei


Bella e Sebastian. Você simplesmente vai adorá-los." Eu realmente espero
estar certo.

"Vamos ver, Edward. Eu não sou bom com pessoas novas".

"Bella é incrível e muito paciente. Seu filho, Sebastian, ele é tão brilhante.
Ele também é autista, pai." Eu digo isso lentamente e um pouco baixo. Eu
quero que ele saiba sobre Seb, mas não quero que ele se sinta
desconfortável com isso.

"Eu deveria ter sabido que Sebastian era uma criança. Quero dizer, pense
nisso, se você fosse a um encontro com uma mulher, por que você levaria
outro homem com você?" Ele suspira. "Quantos anos ele tem?"

"Seis, mas, honestamente, ele age como se fosse muito mais velho. Ele
ama fatos, e ele ama educar quem quiser ouvir".

"Ele é pequeno. Ele é uma criança bagunçada?" Sua voz não tem emoção.
Ele está guardando a informação como se estivesse lendo um livro. Ele
precisa dos fatos antes de decidir como isso funcionaria para ele.

"Não, na verdade, ele é incrivelmente limpo. Ele veste terninhos. Se ele


não os estiver usando, ele está vestindo algo vivo. Seu cabelo é arrumado,
e, pelo que sua mãe me disse, ele gosta de tomar banhos todas as noites e
lava suas mãos cerca de 50 vezes por dia." É quase como se eu estivesse
tentando fazer propaganda de Sebastian. E de uma forma, eu estou.
"Bem, isso é bom, pelo menos. Eu odeio crianças desarrumadas. Você e
Alice nunca foram bagunçados".

"Eu me lembro, e é uma coisa boa que você nos criou assim." Eu respiro
fundo, tentando desesperadamente afastar o meu nervosismo. É importante
para mim que meus pais gostem de Sebastian e Bella. Mas eu sei que se
sábado não for bem, isso colocará uma pressão enorme sobre qualquer
relacionamento que eu espero ter com Bella.

"Pai, por favor, apenas dê a ele uma chance".

"É claro que eu darei, Edward. Ele é apenas um menino. Se eu não gostar
dele, eu direi a você." Ele não quis dizer isso para ser um insulto; seu filtro
não funciona como das outras pessoas e, felizmente, eu sei disso.

"Obrigado, pai".

"Sem problema. Bem, eu falarei com você mais tarde, tenha um bom dia".

"Você também, eu te amo".

"Eu também te amo." E ele desliga.

~O~

Estou sentado na minha mesa, cotovelo afundado na papelada quando


Lauren me interfona.

"Sim." Eu praticamente resmungo.

"Há uma Bella Swan no saguão, ela diz que tem um compromisso com
você, mas eu não vejo um na agenda".

Maldição, eu fiquei tão envolvido em meu trabalho que não percebi a hora.
"Sim, mande-a subir, Lauren".

"Sim, senhor".

Eu rapidamente tento organizar minha mesa, mas é evidente que sou lento,
porque o que parece como apenas segundos depois, Lauren está entrando
com Bella.
"Boa tarde, Edward." Bella está usando um terno simples com calças, mas
ela parece radiante do mesmo jeito.

"Olá, Bella, como você está? Por favor, sente-se." Lauren nos deixa e Bella
senta no sofá perto da janela.

"Estou ótima, obrigada. Agora, venha e sente-se; nós precisamos passar por
cima do seu perfil." Ela dá um tapinha no local ao seu lado e, em perfeita
obediência, eu corro e sento.

"Então, normalmente eu dou aos meus clientes este questionário." Ela me


entrega um maço de folhas. Eu o folheio e vejo que existe mais de uma
centena de perguntas.

"Isso me levará uma eternidade, eu não tenho tempo para isso." Ela
simplesmente sorri e pega o maço de volta.

"Eu imaginei, então, apenas me diga o que você gosta e o que você odeia.
Eu também preciso saber se você tem alguma alergia a tecidos, ou produtos
de limpeza." Ela abre um bloco de anotações e olha para mim. Ela está
esperando.

"Você gostaria de um café?"

Ela apenas balança a cabeça. "Normalmente, eu simplesmente aceitaria o


café e conversaria com você, mas eu tenho que estar do outro lado da
cidade em uma hora e meia. Então, apresse-se, Sr. Cullen, eu sou uma
senhora ocupada." Ela sorri e divertidamente bate a caneta no bloco.

"Tudo bem." Eu seguro minhas mãos no alto em sinal de rendição. "Eu não
sou alérgico a nada, fim".

Ela ri. "Bem, isso foi fácil. Você tem um designer favorito, ou pelo menos
um que você odeia?"

"Eu amo Armani, mas que homem que se preze não ama? Eu sou flexível,
no entanto. Estou certo de que apenas me observando, você pode dizer que
eu gosto das minhas calças em meus quadris, não nos joelhos. Se você
puder gerenciar isso, então estamos bem." Dou-lhe um enorme sorriso
quando ela me olha com espanto.
"Por que você me contratou? Sem ofensa, Edward, mas o que você precisa
é simples." Ela coloca seu bloco de lado e se recosta com os braços
cruzados na sua frente.

"Tempo, eu não tenho isso." Eu aproximo meu corpo um pouco mais perto
dela.

"Mas, olhe para isso." Ela acena suas mãos ao redor. "Nós estamos
tomando um tempo precioso no momento." Ela ri novamente.

"É verdade, mas eu gosto de fazer tempo para você." Meu dedo roça o topo
da sua mão e ela recua ligeiramente. "Eu realmente gosto de você, Bella.
Você tem muito bom gosto e um olho para o detalhe. Você é perfeita para
o trabalho".

Ela olha para a minha mão que descansa em cima da dela, em seguida, seus
olhos estão de volta nos meus. "Eu também gosto de você, Edward, e eu
sou grata pelo trabalho. Por nenhuma outra razão de que eu fui capaz de
descartar um cliente insuportável para que pudesse aceitar você. Mas eu só
quero ter certeza que você está realmente me contratando pelo meu talento,
e não por outras razões".

"Eu admito que não é apenas o seu senso de moda aguçado que me chamou
para você para o trabalho." Ela senta-se ereta quando eu continuo. "Meu
tempo é limitado e, portanto, extremamente precioso para mim. Se eu
tenho que estar arrumado para um terno, ou pegar o carro para encontrá-la
em algum lugar para escolher uma camisa, ou o que quer que seja, então
valerá a pena. Você faz momentos escassos em experiências maravilhosas,
e eu gosto da sua companhia".

Seus olhos estão arregalados e sua boca aberta. Estou tão feliz que eu possa
chocá-la ao silêncio, mas também estou ansioso para ouvir seus
pensamentos.

"Eu... Uhh... Obrigada, Edward." É simples e extremamente vago. Mas, eu


aceitarei o que posso conseguir.

"De nada".
Termino de responder as perguntas de Bella e, uma hora mais tarde, ela
está em seu caminho. Digo a ela que pegarei Sebastian e ela às dez amanhã
de manhã. Ela sorri e responde que estará pronta.

~O~

Eu não dormi muito bem. Virei e me revirei a noite toda pensando sobre
Bella. Eu a assustei por admitir que estou basicamente a puxando para cada
minuto livre que eu tenho? Só espero que ela não esteja se sentindo forçada
a nada, ou que eu a fiz sentir medo de qualquer maneira.

Decido por volta das 05hs que simplesmente vou me levantar e começar a
me preparar. Tomo um longo banho estimulante e quente, em seguida,
visto uma camisa pólo branca com calça khaki e o único par de tênis que
possuo.

Às 09hs, Felix me pega e nós dirigimos para a casa de Bella. Estou


agradavelmente surpreso ao ver Sebastian e ela em seu gramado da frente.
Após Felix estacionar na entrada de automóveis, eu pulo para fora do carro
e aceno.

"Ei, vocês dois, vocês estão prontos para um pouco de comida incrível e
muito diversão?" Eu começo a andar e vejo o rosto de Sebastian iluminar.

"Edward." Ele grita, em seguida, corre em direção a mim. Eu me abaixo e


o pego quando ele bate em mim.

"Ei, amigo. Então, eu espero que você esteja com vontade de ter uma
explosão".

Ele acena com entusiasmo. Eu me viro em direção a Bella e estou aliviado


ao ver um enorme sorriso plantado em seu rosto.

"Bom dia, Bella, você está pronta para se divertir?"

"Absolutamente, e eu fiz uma coisa." Ela abre um refrigerador e levanta


um bolo gigante.

"Oh meu Deus, Bella, isso é enorme." Eu rio com o tamanho dessa coisa.
"Eu sei, não era para ser tão grande. Eu acrescentei muita água no começo,
então precisei de mais mistura de bolo. Então ficou muito seco, então eu
adicionei mais água. Esse ciclo continuou por algum tempo e o resultado
foi esse bolo de morango de quatro camadas." Ela encolhe os ombros e eu
simplesmente não consigo segurar minha risada por mais tempo.

Ela coloca o bolo de volta no refrigerador, divertidamente golpeando meu


braço, e avança para o carro.

Com Sebastian enrolado em volta do meu pescoço, nós entramos no carro


atrás dela e dirigimos para a casa dos meus pais.

~O~

Como meu pai despreza ruído e grandes grupos de pessoas, meus pais
compraram um terreno logo fora da cidade e construíram uma casa lá. É
bastante grande e a dois hectares da estrada em um bairro tranquilo.

Eu sempre amo voltar para casa. As únicas mudanças que sempre são feitas
são novas flores, uma nova camada de tinta sobre a casa e, recentemente,
um novo gazebo que meu pai projetou.

É notável, ele tem uma forma de fechar para que você possa sentar-se lá
durante a noite e não ser atacado por insetos. Naturalmente, a iluminação
no interior funciona com energia solar. É o gazebo mais extravagante que
eu já vi.

Sebastian só sai do carro depois de Bella e eu sairmos. Ele se agarra à sua


mãe como uma tábua de salvação, e eu imediatamente me torno
preocupado que esta foi uma má ideia.

A porta da frente se abre e minha mãe sai para os degraus da frente com
um sorriso enorme e um salto em seus passos.

"Oi, mãe." Eu digo quando a abraço. Ela beija minha bochecha, mas
visivelmente se distrai. Ela está olhando para Sebastian, que está a meio
caminho atrás de Bella.
"Olá, querido." Ela dá um passo em direção a eles e fica de joelhos. "Meu
nome é Esme, mas você pode me chamar do que o fizer se sentir
confortável." Ela olha para Bella e elas trocam sorrisos.

"Meu filho Edward me diz que seu nome é Sebastian. Você sabia que o seu
nome significa heróico?" Isso meio que prende sua atenção, e ele espreita
para fora às costas de Bella.

Minha mãe sorri novamente e estende a mão. "Você gostaria de apertar a


minha mão?"

Seb olha da mão dela para o seu rosto, e, em seguida, para Bella.

"Vá em frente, Seb." Bella tenta encorajá-lo.

Ele dá um passo lentamente para fora e no ritmo de um caracol caminha


para minha mãe. Ela segura sua mão estendida o tempo todo.

Finalmente, depois do que pareceu uma eternidade, ele desliza sua pequena
mão na dela.

"Olá." Ele sussurra.

"Pronto, agora nós estamos familiarizados, e você sabe o que isso


significa?" Minha mãe pergunta em um tom jovial.

Ele apenas balança a cabeça.

"Isso significa que você é livre para ir e vir como quiser. Minha casa está
aberta para você, Sebastian. Então, divirta-se e sinta-se em casa".

Sebastian dá a minha mãe um sorriso feliz e começa a puxar Bella em


direção à casa.

"Obrigado, mãe." Eu sussurro em seu ouvido e beijo sua bochecha.

Quando entramos, eu procuro em volta pelo meu pai. "Onde está o papai?"

Minha mãe aponta para fora. "Gazebo".


Eu deveria ter sabido que ele se esconderia da nova companhia. Eu aceno e
caminho para fora.

Ele está debruçado sobre um monte de crisântemos. "Ei, pai".

Ele se vira, seu rosto se transformando de concentração para terror. "Não se


preocupe, Bella e Sebastian estão lá dentro. O que você está fazendo?"

"Olá, Edward, eu estou plantando esses crisântemos para a sua mãe." Ele ri
do humor no comunicado*. "Alice estará aqui em breve, e eu queria que
ela visse o jardim concluído." Ele traz a sua atenção de volta para a tarefa
em mãos.

*O humor aqui está na palavra, já que crisântemos em inglês é "mums",


semelhante à palavra "mom" (mãe).

Eu me aproximo e sento ao lado dele. "Você sabe, a mamãe ficaria bem se


você esperasse até amanhã".

Ele dá de ombros. "Talvez".

"Isto é evasão, pura e simples." Eu suavemente coloco minha mão em seu


ombro e ele se vira para mim.

"Eu não sou bom com as pessoas, Edward. Elas não gostam de mim, e
então eu simplesmente me sinto estúpido e tenho uma dor de estômago. É
melhor para todos se eu apenas fizer minhas próprias coisas." Sua voz
falha, e a dor em seus olhos é evidente.

"Sebastian tem medo de conhecê-lo também. A mamãe teve que fazer tudo
o que podia para ter sucesso para tirá-lo de Bella. E Bella? Ela é incrível,
você tem que tentar e confiar em mim aqui." Eu aperto seu ombro.

Seus olhos permanecem nas flores perfumadas. Ele as desloca ao redor por
um pouco mais de tempo e, eventualmente, coloca-as no chão. "Muito
bem, Edward, eu só espero não envergonhá-lo".

Eu o paro quando ele começa a ir para a casa. "Você nunca me envergonha,


pai, e Bella e Seb não vão vê-lo como as outras pessoas vêem. Você
realmente acha que eu traria alguém aqui que faria você se sentir
estúpido?"

Ele balança a cabeça.

"Bom, porque você é o homem mais incrível que eu já conheci. Você é


brilhante e o melhor pai que qualquer criança poderia pedir".

Ele abaixa a cabeça e respira fundo antes de me engolir em um enorme


abraço. Quase me tira o fôlego. Quando ele se afasta, ele sorri e continua
em direção à casa.

Meu pai e eu permanecemos na porta da cozinha, vendo Bella e Sebastian


ajudar minha mãe a se preparar para os convidados restantes.

Bella está cortando as cenouras e as colocando na salada. Sebastian está


colocando a cobertura em um bolo que minha mãe assou com habilidade e
precisão misteriosa, e minha mãe está cautelosamente aplicando enfeite
para a sua famosa salada de macarrão. Eu olho para o meu pai e observo
como ele está observando atentamente o cenário diante dele.

Bella e Seb são novos, e ele não tem certeza de como se sente sobre isso.
"Você quer ir dizer oi?" Eu sussurro para ele.

Ele balança a cabeça e cuidadosamente entra. Esme espreita primeiro e dá


ao meu pai um olhar encorajador. Em seguida, Bella se vira e o vê, mas dá
pouca atenção a ele. Ela é tão boa em entender como ele está se sentindo.
Mexer com ele faria toda essa transição pior. Ela me olha e eu pisco para
ela. Ela ri levemente e cora.

Sebastian é alheio ao seu entorno. Ele está muito ocupado colocando balas
de goma no bolo com perfeição. Carlisle está praticamente andando nas
pontas dos pés até ele. Ele está meio atrás dele e meio ao lado dele.
Sebastian gira um pouco e percebe o meu pai.

Ele sorri rapidamente, mas se volta para sua decoração. Meu pai observa
um pouco mais. Um minuto depois, ele desliza na cadeira ao lado de
Sebastian e apenas observa em silêncio.

Ambos estão focados no bolo, e não um no outro.


"Balas de goma são minhas favoritas." Meu pai diz mais para si mesmo.

"As vermelhas são as melhores." Sebastian responde, mas nenhum deles


está olhando para o outro.

"Eu prefiro as roxas." Meu pai pega uma bala de goma do bolo e a joga em
sua boca. Meus olhos se arregalam, achando que Sebastian vai se perder,
mas ele simplesmente substitui o doce como se nada tivesse acontecido.

"Pelo menos eu sei que você não comerá as vermelhas, então." Sebastian
joga uma vermelha na boca e Carlisle ri.

"Eu não disse que não gostava das vermelhas, só que eu prefiro as roxas."
Ele joga outra na boca.

Sebastian dá de ombros. "Sim, é verdade, você disse isso".

Neste momento, minha mãe, Bella e eu estamos todos absortos à visão


diante de nós. Ninguém fala, com exceção de Sebastian e Carlisle.

"É um bolo de limão, você sabe." Sebastian começa a limpar as bordas do


prato com uma toalha de papel.

"Eu sei, Esme sempre faz isso para mim, é o meu favorito." Meu pai
apanha uma gota solitária de limão do lado do bolo e cantarola enquanto
come.

Sebastian ri. "Você realmente gosta disso, né? Bem, eu decorei, você
gosta?" Ele o empurra mais perto do meu pai.

Carlisle olha para ele de perto, Sebastian está olhando para ele, esperando.

"Está muito perfeitamente perfeito".

"Sim. Cada bala de goma está a um centímetro de distância, dessa forma,


quando você cortá-lo, todo mundo recebe a mesma quantidade de doces, e
ninguém vai brigar por isso." Sebastian sorri, e meu pai retorna o sorriso.

"Muito inteligente, você deve ser um ótimo aluno na escola." Ele afasta o
bolo de si mesmo e continua a falar com Seb.
"Ah, eu sou, eu sou o mais inteligente." Seb coloca as mãos na frente de si
mesmo e dá ao meu pai toda a sua atenção.

"Sério? Você sabe, quando eu estava na escola, eu era o mais inteligente


também".

"Uau, isso foi há muito tempo. Você tirava A e 100 e outras coisas?" Seb
começa a balançar seu pé na cadeira.

"Sim, e eu amava fazer crédito extra, pois geralmente era em alguma coisa
sobre a qual eu queria estar".

"Isso é bom, eu não obtenho crédito extra ainda, mas talvez um dia quando
eu não estiver mais em uma escola especial".

"Uma escola especial?" Meu pai pergunta, parecendo imensamente


interessado neste menino incrível que está sentado à sua frente.

"Sim, é um lugar onde há crianças como eu".

"Crianças como você como?"

"Mamãe diz que eu sou especial porque eu tenho Síndrome de Asperger, o


que significa que eu sou além de incrível. Você sabe o que é a Síndrome de
Asperger?"

Meu pai acena. "Eu sei, na verdade, porque eu tenho a Síndrome de


Asperger também".

Os olhos de Sebastian arregalam e sua boca escancara. "Oh, uau, você é


incrível exatamente como eu?"

Meu pai ri e encolhe os ombros. "Eu acho que sim, você acha que eu sou?"

Sebastian concorda. "Sim, porque você gosta de bala de goma e limão. Eles
são os melhores. Aposto que apenas pessoas como nós gostam desse tipo
de coisa".

Bella coloca a mão sobre a sua boca para silenciar um gemido, mas a
lágrima solitária que desliza pela sua bochecha não passa despercebida. Eu
me aproximo dela e envolvo meu braço ao seu redor. Ela mergulha a
cabeça e a descansa no meu peito.

Eu tenho a sensação de que hoje será um bom dia


Capítulo 6 – Respiração e primeiros beijos

~ Bella ~

Eu observo quando Carlisle levanta o bolo e o coloca no balcão, e


Sebastian o segue com os olhos arregalados e um sorriso animado.

"Você fez um belo trabalho, Sebastian." Esme diz com grande alegria e eu
respiro um suspiro de alívio quando a risada de Seb enche o ambiente.

"O papai de Edward continuou comendo as balas de goma roxas, mas não
tem problema." Carlisle sorri ternamente para o meu filho e, em seguida,
vira-se para mim.

"Olá, você deve ser Bella." Ele olha para Edward e depois de volta para
mim.

"Sim, eu sou Bella, a mãe de Sebastian, e você é Carlisle." Dou a ele o


maior sorriso que posso. Não é forçado, porque eu estou realmente muito
animada por ter a oportunidade de conhecer o homem que criou um filho
maravilhoso.

"Eu vejo que o meu filho tem me mencionado." Seu sorriso tímido me
aquece enquanto seus olhos rapidamente varrem o meu rosto e se
estabelecem em minhas mãos.

"O tempo todo, na verdade. Ele é imensamente orgulhoso de você." Eu


mantenho minhas mãos dobradas perfeitamente na minha frente. Eu
esperarei que Carlisle me ofereça a sua.

"Meu filho é muito brilhante, sou eu quem está orgulhoso dele." Ele olha
para Edward de novo. Desta vez, Edward me solta e envolve um braço ao
redor do seu pai.

"Vamos apenas dizer que ambos somos sortudos, certo?" Nós todos rimos
quando Edward alivia alguma tensão no cômodo.

"Mamãe?" Sebastian puxa meu braço e eu viro e ajoelho na frente dele.


"Sim, querido, o que é isso, você está bem?" Eu procuro em seus olhos
pelos sinais de perigo, mas, felizmente, tudo que eu vejo é a alegria.

"Posso brincar com o papai de Edward?" Ele sussurra.

Eu olho para Edward, que tem um olhar de confusão em seu rosto. Dou a
ele um sorriso tranquilizador e olho de volta para o meu lindo menino.

"Quer perguntar a ele junto?" Ele acena com entusiasmo.

Eu aperto a mão de Seb, levanto e olho com confiança para Carlisle.

"Sr. Cullen, meu filho queria saber se poderia fazer uma pergunta a você?"

Os olhos de Carlisle arregalam e um pequeno sorriso aparece em seus


lábios. "Sim, eu gosto de perguntas, afinal." Ele olha para Seb.

"Uhh... bem... eu estava apenas pensando, você pode ou vai brincar


comigo?" Os olhos de Sebastian abaixam para as suas mãos quando ele
começa a torcê-las nervosamente.

Carlisle me olha. "Primeiro de tudo, Bella, por favor, chame-me de


Carlisle." Ele estende sua mão, finalmente, e eu a tomo suavemente na
minha e sorrio.

"E, em segundo lugar, Sebastian, o que você tinha em mente?" Ele solta a
minha mão e se ajoelha na frente do meu filho.

Seb hesitantemente olha para Carlisle. "Eu não sei, o que você faz para se
divertir?"

"O que eu considero divertido, outros podem não considerar." Ele encolhe
os ombros.

"O que você gosta de fazer para se divertir?" Seb pergunta enquanto enfia
as mãos no bolso e começa a balançar para frente e para trás.

"Eu gosto de coisas que mantém minha mente ocupada." Percebo que
Carlisle está batendo em seu joelho no ritmo do balanço de Seb.
"Eu também." Sebastian sussurra, e há um silêncio por um momento antes
de Carlisle falar.

"Antes de você chegar aqui, eu estava plantando alguns crisântemos." Ele


limpa sua voz. "Você... quero dizer, isso interessaria a você?"

A cabeça de Sebastian atira para cima e ele sorri para Carlisle. "Oh,
menino, eu jamais." Ele praticamente explode para fora da sua pele com
entusiasmo.

Nós todos rimos da sua felicidade, e Carlisle levanta. "Tudo bem então,
vamos nos dirigir para o meu gazebo e pegar as mudas, e você pode me
ajudar antes da minha filha chegar aqui".

Carlisle olha para Edward, que acena para ele. Então ele e Sebastian
caminham para fora, e eu sigo atrás lentamente, mantendo uma distância
razoável deles.

"Então, você tem uma filha e um filho?" Seb pergunta.

"Sim, o nome dela é Alice. Ela tem uma filha também, e um marido".

"Uau, você é um vovô também?" Sebastian está saltando enquanto anda, e


eu não posso evitar a risada que me escapa.

"Isso eu sou, mas a minha neta não gosta de plantar as flores, ela só gosta
de pegá-las." Ele ri, e Sebastian ri com ele.

"Por que estamos plantando os crisântemos agora, no entanto?" Seb


pergunta, e Carlisle interrompe seus passos e se vira para ele.

"Por que você pergunta isso, Sebastian?" Sua testa franze e sua expressão é
perplexa.

"Minha mãe as planta também, mas ela me disse que você tem que plantá-
las na época da primavera".

"Oh, eu entendo." Ele continua andando. "Eu gosto de plantá-las quando


elas estão florescendo. São bonitas e minha filha ama. Então eu as compro
nos vasos quando estão florescendo. Então eu as planto no jardim, porque
para mim elas parecem perfeitas no outono." Ele esclarece com a sua
resposta.

Sebastian estuda seu rosto por um momento. Ele está profundamente em


pensamento, mas, finalmente, ele acena. "Ok, se você acha que é melhor,
então eu vou plantá-las para a sua filha".

Eu ouço a risada de Edward atrás de mim e me viro para ele.

"Você está espionando?" Pergunto a ele.

Ele encolhe os ombros. "Não mais do que você está".

Nós caminhamos para o banco que fica ao lado do gazebo e rimos


enquanto ouvimos Carlisle e Sebastian se preparando para a sua atividade.

"Seu pai é maravilhoso, Edward." Eu olho para ele e vejo um sorriso


enorme em seu rosto. É contagioso e eu espelho a sua alegria.

"Ele estava tão nervoso para conhecer Seb." Ele distraidamente começa a
enrolar uma mecha de cabelo que fica no meu ombro. Eu não o afasto. Eu
gosto do contato carinhoso.

"Isso é compreensível; Seb estava com medo de vir aqui hoje também." Eu
dou de ombros. "Mas, todos nós nos preocupamos por nada".

"Às vezes eu sinto que estou sempre me preocupando".

Eu franzo a testa quando vejo a felicidade de Edward se transformar em


ligeira tristeza. "Você se preocupa muito com o seu pai, não é?"

"O tempo todo." Seus olhos estão treinados em seu dedo enquanto ele
continua a girá-lo.

"É diferente para você do que para mim. Sebastian é jovem, e ele está
recebendo a ajuda que precisa. Mas seu pai, ele ficou perdido por muito
tempo." Eu me viro levemente e pego sua mão na minha.

"Edward, seu pai era um anjo esquecido, mas um sortudo. Ele conheceu
uma mulher incrível e criou crianças excepcionais. Ele desafia as
probabilidades e ele é capaz disso porque ele tem um tremendo amor em
sua vida".

Edward olha nos meus olhos, e eu espero que ele possa ver a sinceridade e
a verdade lá.

"De onde você veio?" Ele sussurra e me puxa um pouco mais perto dele.

"Eu venho de um lugar que entende. Não é complicado, Edward." Eu rio e


fico aliviada quando ele sorri para mim.

"Eu não sei se nós algum dia teríamos nos cruzado se não fosse pelo seu
filho vagando. Acho que vou comprar um carro para ele quando ele tiver
16 anos para agradecê-lo".

Eu comecei a rir, "Ótimo, isso é uma coisa a menos que eu terei que
comprar para ele".

Nós olhamos um para o outro pelo que parece uma eternidade. Seus olhos
mudam dos meus para os meus lábios, e ele começa a se aproximar mais de
mim. Meu coração dispara, mas, onde normalmente haveria medo, há
contentamento. Eu quero beijar esse homem.

Exatamente antes dos seus lábios escovarem os meus, nós ouvimos um


grito feliz que nos faz saltar e olhar para o tumulto.

Uma menininha com cachos vermelhos saltitantes está correndo em nossa


direção gritando. "Tio Eddie, eu senti sua falta".

Edward se levanta rapidamente e abre seus braços. Ela pula neles com
tanta força que Edward tropeça um pouco para trás.

"Uau aí, princesa, você tem que se acalmar um pouco." Juntos, eles se
tornam uma sinfonia de risos.

"Desculpe, tio Eddie, eu apenas senti muito a sua falta." Ela beija a
bochecha dele e ele a aperta com força.

"Eu também senti sua falta, esguicho, agora, onde está a esguicho maior e
seu companheiro?" Ele a coloca no chão e ela ri mais alto.
"Você é engraçado, tio Eddie, mamãe e papai estão lá dentro com a vovó."
Ela se vira e finalmente me vê. Seus olhos arregalaram e ela sorri para
Edward.

"Essa é a sua namorada, tio Eddie?"

O rosto de Edward é quase cômico. Eu não tenho certeza se isso é terror,


humilhação, ou medo. Eu sei que ele precisa de resgate.

"Meu nome é Bella, e eu sou uma grande amiga do seu tio." Eu estendo a
minha mão para ela.

Ela ri novamente e a sacode. "Meu nome é Katie, mas quando estou em


apuros, eu sou Katherine Marie Whitlock".

"Bem, tenho certeza que você não entra em um monte de apuros." Eu digo,
e Edward começa a rir.

"Ah, sim, ela entra. Ela é uma grande causadora de problemas, essa aqui."
Ele cutuca Katie, e ela ri.

Depois de alguns minutos de Edward e Katie cutucando e correndo atrás do


outro, Carlisle sai do gazebo. Ele está limpando as mãos com uma toalha e
tem um sorriso jovial em seu rosto. Ele observa seu filho e neta com
orgulho incrível.

"Vovô." Katie grita e corre em direção a ele. Mas logo antes de eles
colidirem, ela pára e estende os braços. Ele se abaixa e a pega.

"Olá, meu besouro Katie." Ele a abraça com força e, em seguida, coloca-a
para baixo e endireita suas roupas.

Sebastian desliza para fora atrás de Carlisle e corre para mim. "Quem é
essa?" Ele sussurra.

"Essa é a sobrinha de Edward, Katie." Ele olha para ela, e eu noto Katie
sorrir para Seb e dar um pequeno aceno.

"Vá dizer oi, amigo." Ele balança a cabeça. "Você gostaria que eu fosse
com você?" Ele acena.
Caminhamos até ela e eu apresento Sebastian para Katie.

"Olá, Sebastian." Sua voz é tão amável, mas Sebastian parece muito
desconfortável e dá um passo para trás.

"Querido, você está bem?" Ele balança a cabeça e corre de volta para o
gazebo. Eu me viro para Katie.

"Não é você, querida, meu filho é apenas tímido." Eu sorrio e ela dá de


ombros e felizmente salta em direção à casa.

"Ele está bem?" Edward pergunta quando coloca a mão na parte inferior
das minhas costas e caminha comigo para o gazebo.

"Ele ficará." Eu ando ao redor da estrutura repleta de flores. "Seb,


querido?"

Edward fica na entrada e eu começo a olhar debaixo da mesa e cadeiras. Eu


finalmente vislumbro meu menininho atrás de uma das mudas.

Ele está sentado no chão com os joelhos contra o peito, seus braços
firmemente em torno deles e com a cabeça sobre os joelhos.

"Oh, anjo." Eu sussurro e imediatamente sento ao lado dele, levantando-o


no meu colo.

"Está tudo bem, Seb, você não tem que falar com Katie novamente." Ele
não diz nada.

"Baby, você pode olhar para mim?" Eu deslizo meu dedo sob o seu queixo
e tento levantar sua cabeça, mas ele não vai ceder.

Respiro fundo, fecho os olhos e apenas o balanço.

"Posso fazer alguma coisa, Bella?" Eu olho para cima para encontrar um
Edward muito preocupado pairando sobre nós.

"Não, mas obrigada, nós só precisamos de alguns minutos." Eu reúno um


sorriso, mas na verdade eu não tenho ideia se poucos minutos serão
suficientes.
"Claro, eu apenas direi ao meu pai para dar a vocês um pouco de
privacidade." Ele olha para Seb, e eu posso ver o jeito que ele quer
desesperadamente resolver tudo.

Depois que ele sai e somos apenas Seb e eu, eu decido cantar para ele a
música que inventei quando ele era um bebê e ele não conseguia dormir, ou
ficava impaciente. É no ritmo de You Are My Sunshine, mas eu queria
torná-la especial, então eu troquei um pouco.

"Eu amo você, Sebastian, oh sim, eu amo,

Quando você não está perto de mim, eu fico azul.

Eu te amo, Sebby, eu amo,

Oh, Sebastian, eu amo você."

Eu fico lá sentada e o balanço, em seguida, repetindo a canção uma e outra


vez até que sinto sua forma rígida começar a amolecer.

Eu beijo sua cabeça e digo a ele todas as razões pelas quais ele é especial
para mim, até que ele finalmente libera os braços das suas pernas e os
envolve em torno do meu pescoço.

"Aqui está o meu doce menino." Eu sussurro em seu ouvido e continuo o


balançando.

"Sinto muito, mamãe." Ele diz, e seus soluços suaves preenchem o espaço
que nos rodeia.

"Não se desculpe, Seb, você não fez nada errado. Este é um dia difícil para
você." Eu esfrego círculos em suas costas.

"Ela me assustou." Sua voz vem em soluços.

"Assustou você como, querido?"

Ele encolhe os ombros e seus soluços param. Ele olha para mim com os
olhos vermelhos e um rosto exausto. "Eu não sei".

Eu aceno. "Ok." Eu beijo sua testa.


"Você quer ir para casa?"

Seus olhos se movem de uma maneira que eu sei que significa que ele está
pensando.

"Você acha que todos eles me odeiam agora?" Ele pergunta quando seus
olhos focam nos meus.

"Absolutamente não, todos eles entendem, confie em mim".

"Tudo bem, mamãe, eu vou tentar de novo." Ele desliza do meu colo e
estende a mão para me ajudar a levantar. Eu rio das suas maneiras
exemplares.

Eu finjo usar sua força para me levantar. "Obrigada, Seb".

Ele não larga a minha mão enquanto caminhamos em direção à varanda,


onde todos estão reunidos.

Quando chegamos ao topo da escada, percebo que todo mundo está sobre o
seu negócio. Carlisle está fazendo o churrasco, Esme está sentada em seu
balanço de varanda com Katie, em uma conversa profunda. As duas
pessoas que eu não reconheço, mas assumo que são a irmã de Edward e seu
cunhado, estão em pé ao lado de Carlisle conversando.

Edward empurra a porta de tela e me dá um enorme sorriso, e, em seguida,


olha para Seb.

"Então, amigo, você gosta de cachorros-quentes, hambúrgueres ou


frango?" Ele age como se nada tivesse acontecido; todos eles agem.

"Eu gostaria de um cachorro-quente, por favor." A voz de Sebastian é


baixa e ele está atualmente residindo nas minhas costas.

"Tudo bem então, e você, Bella?"

"Frango, por favor." Eu sorrio e murmuro, "obrigada".

Ele acena e caminha para o seu pai, dizendo a ele que há um cachorro-
quente e um frango adicionados à lista de coisas que ele precisa grelhar.
Eu ando até a mesa e Sebastian senta ao meu lado. Nós brincamos de
guerra de polegar, e ele está tão envolvido no jogo que nem percebe
quando todo mundo se senta.

Ele é retirado das suas vitórias consecutivas na guerra de polegar quando


um cachorro-quente é colocado na sua frente.

"Mamãe, eu preciso lavar minhas mãos".

Esme ouve Sebastian e se oferece para levá-lo. No início, ele foge da sua
mão estendida. Mas Esme é persistente de uma maneira que é
simplesmente acolhedora. Eventualmente, ele a pega.

Depois que ele está lá dentro, eu relaxo meu corpo contra o assento.

"Aqui." Edward me dá uma taça de vinho. "Você parece que poderia usar
isso".

"Obrigada." Eu saboreio o delicioso vinho e me concentro na minha


respiração. Estou exausta; cada vez eu me sinto mais cansada.

"Enquanto Sebastian está lá dentro, eu quero apresentá-la à minha irmã,


Alice, e seu marido, Jasper. Eu não achei que Sebastian estaria com
vontade de fazer mais apresentações." Ele encolhe os ombros, e eu estou
simplesmente encantada com a sua delicadeza mais uma vez.

Fazemos apresentações rápidas antes de Sebastian retornar e ambos


parecem maravilhosos.

O jantar é bastante tranquilo, com exceção de Katie falando sobre a escola


e suas aulas de dança, e como ela quer fazer parte do time infantil de
líderes de torcidas, ou do que quer que isso é chamado.

Sebastian a observa como um falcão. Eu posso vê-lo absorvendo cada


palavra que ela diz. Ele até sorri às vezes, quando ela conta uma história
engraçada sobre algo que aconteceu com ela na escola.

"Parece que você ama muito a escola, Katie." Eu digo, depois que ela
finalmente respira.
"Oh, eu realmente amo. Eu tenho muitos amigos e estou sempre ocupada, e
minha mãe é a mãe voluntária deste ano, então ela consegue ir a todos os
passeios escolares e..."

Ela é cortada por Carlisle. "Por favor, besouro Katie, mais devagar, fale
mais suave." Seu rosto está tenso; ele está claramente chegando ao seu
próprio limite com a natureza hiperativa dela.

"Desculpe, vovô." Ela ri e mergulha em seu jantar intocado.

O resto do jantar é calmo, e logo Alice e Esme começam a limpar a mesa.

"Por favor, deixe-me ajudar?" Eu imploro, mas Esme não vai aceitar.

"Não pode fazer nada, Bella, eu tenho uma regra severa por aqui. Você não
tem de participar em tarefas de limpeza em sua primeira visita." Ela sorri e
empurra a minha mão para longe da tigela vazia que eu estava esperando
levar para dentro.

"Então, o que você está dizendo é que eu posso limpar da próxima vez?"
Eu pergunto, e ela se vira e pisca para mim.

"Parece que você terá que voltar e descobrir." Ela desliza para dentro, e de
repente eu sinto o olhar de Edward em mim.

"Para o que você está olhando, olhos verdes?" Eu pergunto, e ele ri.

"Você, por que, eu não estava fazendo isso óbvio o suficiente?" Ele
arregala os olhos comicamente e faz uma cara engraçada. Sebastian e eu
começamos a rir.

"Talvez você tenha bebido demais." Eu digo quando as nossas risadas


começam a acalmar.

"Uma cerveja e uma taça de vinho em três horas não são muito".

Carlisle toma um assento ao lado de Edward e sussurra algo no ouvido de


Sebastian.

"Sério?" Seb diz entusiasmado.


"Ah, sim, um ninho." Carlisle diz igualmente tão animado.

"O que está acontecendo aqui?" Eu pergunto, minha curiosidade é aguçada.

"O papai de Edward diz que ele tem uma coruja que vive em seu gazebo, e
que ela teve bebês".

Eu olho para Carlisle, e seu sorriso é tão brilhante.

"Isso é incrível".

"Ele quer me mostrar, eu posso ir olhar, mamãe, posso, por favor, diga
sim?" Sebastian está fora da sua cadeira, pulando para cima e para baixo.

"Acalme-se, querido." Eu coloco minhas mãos em seus braços. "Respire,


relaxe. Se você vai olhar para pássaros bebês, você precisa ficar quieto".

"Corujinhas." Carlisle diz.

"Desculpe?"

"Corujas bebê são na verdade chamadas de pequenas corujinhas, não


pássaros bebê*." Ele dá de ombros e eu sorrio.

*Em inglês, coruja é "owl", e corujinhas, ou corujas pequenas, escreve-se


"owlet", que é a expressão que Carlisle usou para descrever as corujas
bebê.

"Obrigada, Carlisle, eu realmente não sabia disso. Sebastian aqui ama


aprender coisas novas, e ele está frequentemente me informando de coisas
novas".

"Sério? Bem, Sebastian, se você quiser, eu posso te contar tudo sobre


corujas enquanto caminhamos até lá." Ele olha para mim. "Quero dizer, se
estiver tudo bem com a sua mãe, é claro".

Olhando entre Carlisle e Sebastian, eu não posso dizer qual é o mais


animado.

"Vão em frente, meninos." Eu digo através de uma risada.


Eles literalmente saltam para fora das suas cadeiras e começam a caminhar
em direção ao gazebo.

"Eu não vi o meu pai tão feliz falando com um estranho desde sempre."
Edward está observando meu filho e seu pai com alegria pura.

"Sebastian sempre é melhor com adultos do que com crianças da sua


idade".

"Além de mim e minha mãe, não há muitas pessoas que têm a paciência
para ouvir os fatos do meu pai".

Eu me viro e encontro o olhar esmeralda de Edward. "Eu acho que é bom


que eles se encontraram, então".

Ele sorri. "Eles são uma e a mesma coisa, na verdade".

Ele desliza sua mão na minha e a levanta aos seus lábios. "Bella?"

"Uh huh." Eu digo sem fôlego quando seus lábios sedosos enviam arrepios
deliciosos por todo meu corpo.

"Eu sei que é difícil com Sebastian, mas eu realmente gostaria de levá-la
em um encontro." Ele não solta minha mão, ele apenas levemente a esfrega
em seus lábios, e eu encontro meus olhos fixos no movimento.

"Bella?" Meus olhos saltam de volta para os seus.

"Oh, desculpe, o que você disse?"

Ele ri. "Eu disse que, embora seja difícil, eu gostaria de levá-la para um
encontro".

"Oh, sim. Quero dizer, sério?" Por que eu estou tão confusa sobre isso? Por
que eu acho difícil de acreditar?

"Sim, sério".

"Ok, bem, o pai de Sebastian volta na próxima semana. E Emmett disse


que ele sempre poderia me ajudar, tudo o que tenho a fazer é pedir." Eu
dou de ombros.
"Bem, eu quero que você se sinta confortável com isso." Seus olhos são
verdadeiros e meu coração floresce com a emoção que se acumula em seu
olhar verde.

"Sim, Edward, eu gostaria de ir a um encontro com você." Eu sorrio e ele


se inclina para mais perto de mim.

Ele faz uma pausa com os lábios a um centímetro dos meus.

"Posso beijar você, Bella?"

Decido responder a ele pressionando meus lábios nos dele.

Tudo é silêncio, tudo o que posso fazer é sentir a serenidade que o seu
beijo traz para mim, e o fogo que ele incendeia profundamente dentro do
meu coração.

Eu nasci para beijar esse homem, e eu não tenho planos para me esconder
disso, ou ter medo do que uma nova relação pode trazer para a minha vida
e de Sebastian.

Neste momento perfeito, tudo parece certo.

Nota da Autora:

Nem todos os colapsos que as crianças autistas têm são barulhentos. Às


vezes, eles são silenciosos para nós. Mas, dentro das suas mentes, e como
se o caos tivesse desencadeado. Elas nem sempre entendem por que elas
quebram, ou como controlar isso. Daí por que Seb não sabia por que ele
sentiu medo.
Capítulo 7 – Criança irritadiça e tapa na cara

~ Edward ~

No segundo em que meus lábios conectam com os de Bella, eu sei que é a


minha nova coisa favorita a fazer. Eu a teria beijado até o pôr do sol e os
vaga-lumes aparecerem, mas um pigarro nos separa.

Eu me viro para encontrar uma Alice sorrindo com as mãos nos quadris.

"Por mais que me doa quebrar esse pequeno momento que vocês estão
tendo, há crianças por perto e eu quero bolo, portanto, chega de amassos,
irmão." Ela bagunça meu cabelo e pisca para Bella.

"Tudo bem." Dou a Bella mais um selinho e saboreio o último gole do meu
vinho enquanto minha mãe e Alice trazem para fora a sobremesa.

O bolo de morango de quatro camadas de Bella é muito divertido. Jasper se


refere a ele como "a torre inclinada de algo que nunca deveria ter sido". Ela
ri junto conosco.

O bolo é realmente incrível, mesmo que seja quase impossível comer


enquanto permanece limpo ao mesmo tempo.

Meu pai e Sebastian têm seu bolo no gazebo, fechados em seu próprio
mundo de corujinhas e fatos. Bella e eu andamos até lá depois que
terminamos, e eles estão se inclinando sobre a mesa lendo algo.

"Ei, pai, o que vocês dois estão olhando?"

"Sebastian está interessado em aprender sobre o prédio em que você


trabalha, e eu tenho um velho projeto aqui e anotei alguns fatos
interessantes." Ele encolhe os ombros. "Pelo menos eu acho interessantes".

Cruzo meus braços e sorrio. "Por que você e Sebastian não dizem a Bella e
eu sobre o edifício?"

Carlisle e Seb sorriem em uníssono. "Ok, Sebastian, diga a sua mãe o que
você aprendeu?" Meu pai diz.
Sebastian fica ereto com as mãos nos seus lados. Seus olhos atiram por
todo o lado enquanto ele recita o que aprendeu quase roboticamente.

"O Chrysler Building foi construído de 1929 até 1930. Ele tem 319 metros
de altura. Foi considerado o edifício mais alto do mundo e permaneceu o
mais alto por um ano inteiro, até que o Empire State Building foi
construído um ano depois." Ele respira antes de continuar.

"É chamado de art déco e tem 77 andares." Ele rapidamente relaxa quando
termina e olha para Carlisle.

"Isso é incrível, Seb." Bella diz quando estende a mão para um abraço. Ele
não hesita em dar a ela.

"Obrigado, mamãe, o papai de Edward me ensinou isso. Eu entendi


direito?" Seb pergunta ao meu pai.

"Perfeito, Sebastian, bem feito." Ele acena e se inclina de volta para o


projeto e Seb segue o exemplo.

Bella e eu trocamos um olhar de puro deleite.

"Então, querido, nós temos que ir." Bella acaricia o cabelo de Sebastian,
mas ele não se move.

"Vamos, querido, você pode agradecer ao Sr. Cullen por todas as coisas
incríveis que você aprendeu hoje?" Ela coloca as mãos em seus ombros
para chamar sua atenção, mas ele está encantado com o que Carlisle está
fazendo.

"Ei, pai?" Eu digo e ele levanta a cabeça.

"Sim, Edward, o que é?"

Faço um gesto com a cabeça em direção a Bella e Sebastian, na esperança


de que ele perceba que ela está tendo dificuldade em separar Seb do que
eles estão fazendo. Ele inclina a cabeça e confusão lava sobre o seu rosto.

"Sebastian tem que ir, pai." Depois de um minuto, ele entende.


"Oh, tudo bem." Ele dobra o projeto. "Nós podemos olhar para isso da
próxima vez então".

"Eu não quero ir para casa, eu gosto daqui, posso ficar, mamãe?"

Bella coloca seu rosto de mamãe corajosa e quebra a notícia. "Nós temos
uma casa, e nós temos que ir, mas nós voltaremos, eu prometo".

Sebastian faz uma carranca e cruza os braços. "Não." Ele responde.

"Sebastian." Bella diz com firmeza. "Nós estamos indo para casa agora,
diga obrigado e adeus ao Sr. Cullen e Edward".

Ele balança a cabeça e olha para baixo. Ela respira fundo. "Sebastian
Charles Swan, eu não quero ficar chateada, mas eu ficarei se você não
disser seus agradecimentos e despedidas e começar a se mexer." Ela está
ereta agora e sua postura indica que ela está claramente chateada.

Ele cruza os braços e desafiadoramente vira as costas para ela.

"Tudo bem, se é assim que você quer jogar isso, senhor, eu não tenho outra
escolha senão tirar o seu tempo de TV depois da escola na segunda-feira."
Sua postura afunda um pouco, mas seu rosto está cheio de convicção. Ela
está bancando múltiplos papéis aqui; mãe, pai e jurado.

"Tudo bem." Sebastian murmura e passa por ela, afastando-se sem as


despedidas que ele foi convidado a dar.

Bella suspira. "Obrigada, Carlisle, pela sua hospitalidade e por dar ao meu
filho um dia maravilhoso".

Ele sorri e mergulha a cabeça ligeiramente. "Foi realmente um prazer,


Bella, você tem um bom garoto aí. Uhm... vá com calma com ele?"

Ela ri. "Não se preocupe, Carlisle, tudo estará certo como a chuva até
amanhã".

A testa de Carlisle franze. "Você é uma fã de Max Beerbohm, ou você


apenas cita frases comuns?" Ele pergunta, e Bella tem o mesmo olhar
confuso em seu rosto que eu tenho certeza que estou ostentando também.
"Desculpe? Quem é esse?" Ela inocentemente pergunta.

Meu pai brinca com a borda do projeto e seus olhos estão observando seus
próprios movimentos. "Max Beerbohm escreveu um livro chamado
Novamente em 1909, e no livro ele escreveu a frase, 'certo como a chuva'."
Ele encolhe os ombros. "É a primeira documentação da sua origem".

Eu olho para Bella, e ela está sorrindo para Carlisle, hipnotizada pelas suas
palavras.

"Isso é tão fascinante, Carlisle, você sabe que eu poderia me acostumar a


sair com você. Eu aprendo algo brilhante a cada hora com você por perto."
Ele retorna seu sorriso.

"Obrigado, Bella." Ele praticamente sussurra isso. Ele, então, timidamente,


sai do gazebo e se dirige para a casa.

Eu acompanho Bella até o carro e Sebastian não está tão indignado como
estava poucos momentos atrás. Eu me inclino para baixo e dou-lhe um
sorriso. "Obrigado por ter vindo, amigo, eu o verei em breve?"

Ele balança a cabeça e sorri. "Sim, Edward, e obrigado por hoje".

Eu pisco e fecho a porta, e depois volto para Bella. "Dirija com cuidado, e
eu ligarei para você amanhã. Deixe-me saber quando seria uma boa noite
para o nosso encontro, e eu resolverei isso com o meu horário".

Ela fica nas pontas dos pés e escova os lábios nos meus. Ela parte mais
rápido do que eu gostaria, mas seus olhos brilhantes me dizem que ela teria
gostado de me beijar mais.

"Eu vou, e obrigada, Edward, por hoje, quero dizer".

Eu assisto enquanto Felix leva Sebastian e ela. Eu gostaria de poder ir com


ela, mas eu tinha a intenção de falar com Alice sobre o meu pai e sua
próxima consulta.

Entro na casa e encontro minha mãe e Alice tomando café no bar. "Ei,
senhoras." Eu procuro em volta por Jasper, Katie e Carlisle, mas não os
vejo. Conhecendo meu pai, ele provavelmente está os entretendo com uma
das suas muitas histórias.

Elas se voltam para mim e me dão sorrisos idênticos. "O quê?" Eu


pergunto.

"Ela é maravilhosa, Edward, e aquele menino, ele é um encanto." Minha


mãe está jorrando.

Eu reviro meus olhos, mesmo que seja exatamente o que eu quero ouvir.

"Ela parece doce, irmãozão, ela tem sorte por ter encontrado você".

"Na verdade, Sebastian me encontrou, e eu diria que eu sou o sortudo. Eles


são simplesmente fantásticos." Eu suspiro de contentamento e sento entre
elas.

"Onde está o pai?" Minha mãe pergunta quando me serve uma xícara de
café.

"Da última vez que Bella mencionou, ele estava no Japão, mas esta noite
ela me disse que ele retornaria na próxima semana." Olho para as duas por
uma reação, mas elas apenas acenam. "O que vocês estão pensando?"

Alice dá de ombros. "Ele sabe sobre você?"

"Na verdade, eu não tenho nenhuma ideia".

Ela pega minha mão e me dá um sorriso caloroso. "Apenas vá com calma,


pode ser difícil para o pai de Sebastian e Sebastian, para esse assunto, se
acostumar com a ideia de Bella namorando alguém".

"Eu estou namorando com ela? Quero dizer. Eu quero, e ela concordou
com um encontro." Corro os dedos pelo meu cabelo nervosamente. "Eu
vou estragar tudo. Não vou?"

Minha mãe começa a rir. "Oh, relaxe, Edward. Você tem alguma ideia de
quantas vezes eu pensei que estraguei tudo com o seu pai, quando
estávamos namorando?"
Eu balanço minha cabeça. "Não, você nunca realmente fala sobre quando
você e papai namoraram".

Ela respira fundo. "Eu não tinha ideia de que seu pai tinha Asperger
quando nos conhecemos. Eu sabia que ele era diferente, mas ele também
era um pesadelo às vezes. Uma vez, quando estávamos caminhando por um
parque, eu fiquei muito assustada porque estava escuro. Havia barulhos e
eu pulei quando um esquilo passou correndo por mim e agarrei o braço do
seu pai." Ela ri um pouco com a memória.

"Enfim." Ela continua. "Ele me afastou e me chamou de louca. Eu fiquei


mortificada. Achei que ele foi repelido por mim, e eu fugi e entrei no
primeiro táxi que pude encontrar".

"O que aconteceu?" Alice pergunta enquanto agarra sua caneca e olha para
a minha mãe com os olhos arregalados.

"Ele não correu atrás de mim, e eu não tive notícias dele por uma semana."
Ela encolhe os ombros.

"O que aconteceu depois que ele ligou? Vamos lá, mãe, nós precisamos de
mais." Até eu estava ansioso para saber.

"Quando ele me pegou para outro encontro, ele me disse que ele era uma
pessoa estranha e nada fácil de amar. Ele me disse que em toda a sua vida
as pessoas lhe disseram que ele era uma vergonha, e que ele entendia se eu
nunca quisesse vê-lo de novo." Eu vejo as lágrimas começarem a acumular
nos olhos da minha mãe.

Envolvo meu braço em torno dela e ela coloca a cabeça em mim. "Eu acho
que me apaixonei por ele naquela noite." Ela sussurra.

"Você o salvou, mãe, eu realmente acredito nisso. Eu amava o vovô e tudo,


mas ele era um idiota de mente estreita." Eu digo a ela e Alice ri.

"Isso ele era." Ela levanta a cabeça e olha para mim. "Basta ir um dia de
cada vez com eles, Edward, e tudo vai se resolver".

Eu aceno, dou-lhe um rápido beijo na bochecha e olho para Alice, "Eu


tenho que falar com você".
Posso ver uma pitada de medo cruzar seu rosto. "Você não está em
apuros." Eu rio, e nós caminhamos para a sala de estar juntos.

Depois de nos sentarmos, eu começo. "A médica do papai pediu-lhe para


participar de um estudo para adultos com síndrome de Asperger, mas ele
está extremamente apreensivo".

"Naturalmente, por que aquela médica tratante quer cutucá-lo?" Ela rebate.

"Al, escute, por favor?"

"Tudo bem." Ela bate as mãos no seu colo e faz beicinho como uma
criança repreendida.

"Ele marcou uma consulta para eu, a mamãe e ele nos encontrarmos com a
Doutora Young e discutir o que o estudo envolve." Eu observo a reação
dela, e quando seus olhos atiram para os meus, eu sei que ela entende por
que eu estou falando com ela sobre isso.

"Você não quer que eu vá, não é?" Ela estreita os olhos e se levanta
pairando sobre mim defensivamente.

"Al, da última vez que você foi conosco, foi um pesadelo." Eu levanto e
coloco minhas mãos em seus ombros. "Eu te amo, mas você fica muito
irritada rápido demais".

"Eu não fico." Ela grita.

Eu arqueio minha sobrancelha e dou-lhe um olhar compreensivo. "Aquele


técnico tem uma ordem de restrição contra você, e nem cinco segundos
atrás você chamou a Doutora Young de tratante sem sequer me ouvir".

Ela bufa e sua postura despenca. "Você está certo. Eu sinto muito".

"Eu entendo, Al, você é o pit bull, e você não quer deixar ninguém
machucar ou perturbar o papai. Mas eu estarei lá." Eu sorrio
divertidamente. "Afinal, eu sou o filho mais inteligente, mais calmo, mais
bonito".
Ela dá um tapa de leve no lado da minha cabeça. "E você é arrogante, e
comicamente desafiado".

Nós rimos juntos. "Eu ligarei para você depois, eu prometo." Eu digo a ela
e ela concorda .

Chego em casa perto das 23hs depois de chamar um táxi e dar a Felix o
resto da noite de folga. Por incrível que pareça, pela primeira vez em muito
tempo eu adormeço rapidamente.

~O~

"Bom dia, Edward." Lauren me cumprimenta com um café da Dunkin


Donut's e um muffin quando entro no trabalho na segunda de manhã.

"Bom dia, pelo que é isso?" Eu pergunto apontando para os refrescos.

Ela encolhe os ombros. "Eu apenas pensei que você pode precisar disso
hoje".

"Por que eu preciso disso hoje, e não em qualquer outro dia, Lauren?"
Tomo suas ofertas amáveis com hesitação.

"Tanya está, bem, não está no melhor dos humores hoje e ela meio que
entrou no caminho da guerra cerca de meia hora atrás e a jarra de café foi a
sua última vítima." Ela me dá um sorriso de desculpas.

Eu rapidamente caminho para o meu escritório, deixo meus pertences e


sigo o corredor para o escritório dela. Sem bater, eu entro. "Você está
completamente louca?" Eu atiro para ela.

Ela olha para mim e suavemente rosna. "Simplesmente não entre sem
bater. Este é o meu escritório".

Eu irrompo em sua direção e bato os punhos na sua mesa. "Quando meus


funcionários sentem a necessidade de sair e me comprar o café e um
muffin porque minha sócia lunática danificou a propriedade e os assustou,
derrubando o que não é alto na minha lista de coisas sobre as quais eu me
importo".
Meu corpo inteiro está tremendo de raiva enquanto eu olho
ameaçadoramente para ela. Eu quase tive o suficiente desta mulher.

"Eles são tanto meus funcionários quanto seus." Ela levanta, estreita os
olhos e se inclina para mim. "Talvez se você me tratasse com mais
respeito, então eles também tratariam".

Deixo escapar uma risada incrédula. "Respeito? Oh, isso é rico, Tanya.
Diga-me uma coisa , por que exatamente você quebrou a jarra de café?"
Cruzo meus braços e dou um passo para trás.

"Eu estava irritada. Eu paguei por aquela porcaria, de qualquer maneira,


por que isso importa?" Ela senta novamente e despreocupadamente cruza
as pernas.

"Eu não posso fazer isso, Tanya, eu literalmente desprezo trabalhar com
você. Deixe-me comprar a sua parte." Eu corro meus dedos pelo meu
cabelo, com raiva. "Eu construí esta empresa, de qualquer maneira".

"De jeito nenhum." Ela me lança um sorriso torto.

"Você nem gosta de trabalhar aqui. Nós nos odiamos." Eu tento


racionalizar com ela, mas sua teimosia é inflexível.

"Na verdade, eu não odeio você, Edward." Ela levanta lentamente da sua
cadeira e desliza em minha direção. "Nós éramos bons juntos uma vez,
você não se lembra?" Ela desliza o dedo pelo meu braço, e eu
involuntariamente tremo de desgosto.

"Eu me lembro de brigar e ficar preso em um relacionamento sem amor


com uma mulher que não sabia o que a palavra altruísta significava." Eu
retiro sua mão do meu braço.

"Você se lembra de todas as coisas ruins, baby." Ela murmura perto do


meu ouvido.

"Não me chame de baby, e não me toque".

Ela se vira e eu vejo um fogo em seus olhos. "É aquela mulher, com a
criança, certo?" Ela balança a cabeça. "Você precisa de uma mulher que
coloca você em primeiro lugar, ela tem um filho que sempre será sua
prioridade".

Reviro meus olhos. "Isso é o que as mães fazem, Tanya . Mesmo que você
tenha nascido de Satanás, você tinha que ter um pouco de amor maternal
em sua vida, certo?"

Isso faz; ela me dá um tapa no rosto com tanta força que eu literalmente
vejo estrelas.

Eu reflexivamente trago minha mão ao meu rosto ardente e rio. "Eu sabia
que você tinha algum sentimento." Esfrego com ternura e olho para ela
intencionalmente. "Ou deixe-me comprar sua parte, ou eu juro que virei
atrás de você com tudo o que tenho, e você sairá daqui com apenas uma
caixa de papelão".

"Traga isso, Edward, eu não tenho medo de você." Ela olha para mim por
um minuto antes de eu virar e voltar para o meu escritório.

Lauren corre depois que eu entro. "Você está bem?" Ela faz uma careta
quando vê meu rosto. "Deixe-me pegar gelo para você." Ela corre de volta
para fora.

Quando volta, ela tem um pacote de gelo e dois Tylenol. "Obrigado,


Lauren, você é a melhor".

"Olá?" Eu espio em torno de Lauren e vejo Bella na minha porta,


carregando uma bolsa de roupas.

"Bella?" Eu levanto e caminho imediatamente para ela sem pensar. Seus


olhos arregalam e sua boca cai aberta.

"Oh meu Deus, Edward, seu rosto." Ela ofega.

"O quê? Oh, não, não é nada. O que você está fazendo aqui?"

Ela me dá a bolsa. "É o seu terno. Estou na lista para chegar sem hora
marcada. Pedi a Norman para interfonar aqui, de qualquer maneira, mas
ninguém respondeu".
Lauren desliza para fora enquanto nós conversamos.

"Desculpe, Lauren estava me ajudando".

Bella aponta para o meu rosto. "Ela fez isso?"

Eu balanço minha cabeça, "Não, isso é da minha sócia, Tanya".

Ela balança a cabeça lentamente, e seu rosto se transforma em raiva. "Ela


parece ser uma pessoa horrível".

Eu dou de ombros. "Estou tentando comprar a parte dela, mas é um pouco


difícil. Nós parecemos não concordar em nada".

"Eu posso ver isso".

"Enquanto você está aqui, você já decidiu sobre a data para o nosso
encontro?" Eu digo esperançoso.

Seu rosto suaviza. "Na verdade, sim. Emmett concordou em cuidar de


Sebastian no dia 25. É o dia Nacional do macarrão, ou algo assim, e ele vai
fazer três tipos de macarrão na minha casa com ele. Então, como isso soa?"

"Perfeito." Eu afasto um pedaço de cabelo dos seus olhos e ternamente


coloco atrás da sua orelha. Eu demoro um pouco mais do que o normal e
deslizo meus dedos pela sua bochecha. Seus olhos fecham e eu ouço sua
respiração engatar.

"Bem, eu tenho que ir. O pai de Sebastian volta amanhã, e eu preciso


deixar as coisas em ordem".

Eu tinha algumas perguntas que realmente quero fazer. "Ele mora com
você e Sebastian?" Eu deixo escapar.

Ela coça a cabeça, e eu posso ver o desconforto que a minha investigação


traz para ela.

"Às vezes ele dorme no quarto de hóspedes, mas, principalmente, ele


permanece em seu apartamento. Demetri e eu não estivemos juntos em
mais de dois anos, Edward." Ela pega minha mão e suavemente acaricia
meus dedos.
"Eu não quero complicar a sua vida ou a de Sebastian." Eu observo como
ela entrelaça seus dedos com os meus e levemente me puxa para mais perto
dela.

"Você não complica nada para mim ou Seb. Honestamente, desde que você
apareceu, eu não consigo me lembrar quando foi a última vez que me senti
tão relaxada." Um sorriso aparece em seus lábios e eu me inclino e a beijo
suavemente.

Suas mãos deslizam pelos meus braços e embalam meu rosto enquanto ela
me beija com tanta paixão que meu coração parece que vai explodir.

Quando meus pulmões queimam, eu ternamente me afasto e olho em seus


olhos amorosos e honestos.

"Eu acho que nós estamos quebrando um milhão de regras agora." Eu digo
quando pressiono minha testa na dela. "Talvez eu devesse demiti-la".

Ela ri. "Se você acha que pode, vá em frente".

Eu me afasto e começo a rir quando ela empurra seu lábio inferior para fora
em um beicinho e bate seus cílios inocentemente.

"Oh, para o inferno com isso, eu quebrarei as regras com você em qualquer
dia, Srta. Swan." Eu a puxo para perto e dou-lhe um último beijo antes que
ela saia do meu escritório.
Capítulo 8 – Toque indesejado e chegada mais cedo

~ Bella ~

Enquanto sento nos meus degraus da frente à espera do ônibus de Seb, eu


repito o beijo que Edward me deu no início do dia. A brisa sopra
suavemente e eu fecho meus olhos, lembrando do toque delicado das
pontas dos seus dedos e o roçar de veludo dos seus lábios.

Estou tão perdida em meus pensamentos que não ouço o ônibus de


Sebastian estacionar. A motorista toca a buzina, o que me faz saltar. Eu
aceno e corro até lá.

"Como você está hoje, Bella?" A motorista pergunta.

"Tudo bem, apenas cansada, eu acho".

Ela sorri, e nossa conversa é cortada quando Seb pula para fora do ônibus.

"Oi, mamãe, eu tive um bom dia. Sem reclamações, bem, com exceção de
Jane".

Pego sua mão e aceno para a sua Paraprofissional, Annie. Quando estamos
dentro de casa, ele tira seu casaco e coloca sua mochila perto da porta.

"Então, o que Jane fez hoje?" Eu pergunto enquanto coloco a chaleira para
chocolate quente.

"Ela gosta de me tocar. Eu não gosto disso." Ele franze a testa um pouco
quando salta para cima do banquinho.

"Ela toca em você? Onde?" Eu pergunto, um pouco preocupada.


"Meus braços, cabelo, e às vezes ela pisa no meu pé." Ele encolhe os
ombros. "Sr. Emmett a mudou para longe de mim, mas ela espera até que
ele não está por perto e faz isso de novo".

Entrego-lhe quatro cookies e ele os coloca de lado até que eu possa


entregar-lhe o seu chocolate quente.

"Onde estava a sua Para, Seb?"

Ele olha para o lado. "Ela estava na hora do almoço." Ele sussurra.

"Na hora do almoço? Ela deveria estar com você em todos os momentos."
Minha voz se eleva um pouco e Seb estremece.

"Eu não estou brava com você, querido." Dou-lhe um abraço terno e um
beijo na testa. "Você sabe que eu fico brava quando as pessoas perturbam o
meu melhor menino do mundo".

Ele ri. "Eu sou o seu único menino, mamãe".

"É verdade." Eu pego nossas canecas e nós nos deliciamos com cacau e
deliciosos cookies de chocolate.

Depois que terminamos, Sebastian se dirige para o seu quarto para assistir
seu show, e eu ligo para Emmett.

"Olá?" Ele responde alegremente.

"Ei, Em, aqui é Bella, então, ouça, você sabe por que eu estou ligando para
você?" Eu estou chateada e minha voz não esconde esse fato.

"É sobre Jane?" Ele suspira.

"Entre outras coisas".

"Olha, eu a mudei e eu tenho uma reunião marcada com os pais dela. Nós
conversaremos sobre isso e veremos o que podemos fazer. Eu não posso
discutir isso mais longe com você." Eu posso ouvir a preocupação em sua
voz. Emmett é um bom homem e um ótimo professor. Ele nunca quereria
mal para Seb ou as outras crianças.
"Eu sei, e não vou forçá-lo a isso. No entanto..."

"Oh, eu odeio seus 'no entanto'." Ele lamenta.

"Onde diabos estava a Para dele? Ele me disse que ela estava na hora do
almoço?" Eu pergunto, incrédula.

"Eles pegaram uma das minhas Para da minha sala e a colocaram em outra
sala. Então, uma das crianças perdeu a deles. Quando o almoço chegou,
não havia cobertura suficiente, então quando Annie foi almoçar, eu não
tinha substituto." Ele solta um suspiro frustrado.

"Inaceitável, Emmett." Eu rebato. "Annie deveria ter o almoço quando


Sebastian come. O ano inteiro ela tem comido no refeitório com as
crianças." Eu bato minha mão sobre o balcão com raiva. As malditas
escolas estão sempre mudando as coisas.

"Eu sei, e eu sinto muito".

"Não é culpa sua, mas isso é uma violação do PEI* dele. Você é o
trabalhador do caso e, portanto, é responsável. Mas eles não estão ouvindo
você, pelo que vejo, então eu quero que você programe uma reunião de
EPC*." Eu pego minha agenda.

*PEI: Plano de Educação Individual.

*EPC: Equipe de Planejamento e Colocação. A EPC para a escola é uma


equipe que é responsável por garantir que uma escola atende aos padrões
exigidos para alunos deficientes.

"Bella, ele não está programado para uma EPC até o final do próximo mês.
Você terá que esperar pelo menos duas semanas até que a papelada seja
feita. Você quer apenas uma reunião de equipe?"

"Eu quero a reunião da equipe imediatamente, mas porque esta é uma


violação da PEI dele, eu quero isso abordado e resolvido, então, marque
uma EPC também. Eu ligarei para o meu advogado, Emmett, eu já fiz isso
antes." Eu sei que Emmett não está tentando escovar essa sujeira para
debaixo do tapete, esse não é seu estilo. Mas eu não terei essa escola, ou
qualquer escola, tentando puxar uma rápida em mim nunca mais.
"Eu sei, e ninguém quer isso. Você quer o pai de Sebastian na papelada
também?" Ele pergunta.

"Coloque-o, mas eu não sei qual é a agenda dele".

"Tudo bem, eu posso fazer a reunião da equipe na sexta-feira, isso funciona


para você?"

Olho para a minha agenda e vejo que é um dia antes do meu encontro com
Edward. Eu reflexivamente sorrio. "Sim, isso é bom. A que horas?"

"Vamos dizer às nove?"

"Tudo bem, isso parece bom. E você ainda está disposto a cuidar de Seb no
sábado?" Eu pergunto, esperando que nada tenha mudado.

"Absolutamente, eu não posso esperar." Ele ri e, simples assim, nós


estamos bem novamente.

"Ótimo, então me ligue quando você tiver uma data para a EPC".

"Eu ligarei. Falo com você depois, Bella".

"Tchau, Em".

Depois que desligo, eu começo o jantar e Sebastian chega e bate sua pasta
no balcão. "Eu não entendo por que tenho que fazer esse trabalho
estúpido." Ele resmunga.

Eu espreito e vejo que é uma espécie de tarefa de geografia. "Bem, Seb, é


importante saber onde tudo está no mundo".

"Eu já sei onde tudo está." Ele puxa a folha de trabalho e escreve seu nome
no topo.

"Ah, sim, bem, eu posso ver o que você precisa saber?" Eu estendo minha
mão e ele me dá a folha.

Eu olho para ela por um momento, na folha está escrito "Entendendo onde
você mora".
"Então, eles querem que você saiba sobre Nova York, eu acho que é uma
boa ideia." Eu a entrego de volta.

"Bem, eu já sei onde são todos os lugares legais." Ele preguiçosamente


rabisca pontos na ponta do papel.

Eu rio. "E onde são esses lugares legais que você fala?" Coloquei o
empadão de frango que eu fiz no forno e sento ao lado dele.

"Bem, Edward trabalha no Chrysler Building, e eu sei onde é, e eu sei onde


é a Estátua da Liberdade e o Empire State Building..."

Ele continua e nomeia todas as atrações e edifícios famosos em toda a


cidade.

"Isso é tudo muito bom, Seb, mas você sabe onde eles estão em um mapa
se não fossem rotulados?" Eu pergunto e empurro o mapa em branco na
frente dele.

Seu rosto enruga e ele olha para o projeto ofensivo que eu coloco diante
dele.

"Droga." Ele resmunga.

"Olhe para o mapa que o Sr. Emmett lhe deu e compare. Você pode fazer
isso, Seb." Dou-lhe um beijo e começo a cortar as cenouras para a salada.

Pouco tempo depois, Seb está cantarolando enquanto alegremente faz um


mapa da cidade. Ele fica tão absorto nisso que pede pelo lápis de cor e
glitter e qualquer outro artesanato que eu possa dar a ele para fazer a sua
obra-prima completa.

No momento em que o jantar está pronto, ele o está segurando para a


minha inspeção. Olho para ele com atenção e fico encantada com o detalhe
que ele adicionou. Glitter e strass compõem as luzes da cidade e formas
cortadas fazem os edifícios. Ele usou folha de papel alumínio e a pintou de
azul para qualquer coisa que fosse água.

"Oh, uau, Seb, isso é maravilhoso".


Ele sorri alegremente. "Então, está bom?"

"Está melhor do que bom, eu estou muito orgulhosa de você, querido. Eu


sabia que você poderia fazer isso." Ele me abraça e então corre de volta
para cima para guardar a sua tarefa.

Quando eu começo a pôr a mesa, ouço a porta da frente ser aberta. Eu viro
e vejo Demetri lá com a sua bagagem e um sorriso.

"Ei, Bella." Ele deixa cair suas coisas e me dá um abraço caloroso.

Eu hesitantemente o abraço de volta. "Uhm, oi, o que você está fazendo de


volta tão cedo?"

Ele se afasta e dá um beijo rápido na minha bochecha. "Eu senti falta de


vocês." Ele dá de ombros como se simplesmente entrar aqui não fosse
grande coisa.

"Dem, você não pode simplesmente vir aqui. Sebastian não está esperando
você. Você deveria ter ligado para que eu pudesse tê-lo preparado".

Ele recua ainda mais e sua testa franze um pouco, e ele me dá um olhar
irritado. "Eu sou o pai dele, desde quando eu tenho que agendar para ver o
meu filho?"

"Desde sempre, Dem." Lanço os guardanapos em cima da mesa e vou para


a cozinha.

"Não comece com essa merda, Bella." Ele rebate e segue atrás de mim.

"Baixe a voz." Eu sussurro alto.

"Você sabe, eu trabalhei pra caramba para chegar aqui mais cedo para que
eu pudesse surpreender Seb. Você está arruinando este momento." Ele abre
a geladeira, mas a fecha rapidamente. "Sem cerveja?"

"Dem, não é que Seb não vá ficar feliz, mas quando você faz isso,
simplesmente aparece, isso o estimula mais. Preparação é fundamental, eu
já disse isso a você infinitamente. E não, eu não tenho cerveja." Pego a
salada e volto para a sala de jantar.
"Então, trata-se do autismo dele?" Ele diz isso quase sarcasticamente, e eu
bato a salada na mesa e viro para ele.

"Autismo dele?" Estreito meus olhos para ele, furiosa com o seu tom
indiferente e um pouco insultante.

"Toda vez que algo não acontece da sua maneira, ou eu faço algo
espontâneo, você me diz que é por causa da doença dele. Eu posso
surpreender meu filho se eu muito bem quiser." Sua voz começa a subir, e
eu sei que é só uma questão de tempo até que Seb desça correndo as
escadas.

"Não é uma doença, ele não está doente, Dem. Eu sei que você não pode
aceitar isso pelo que é, mas rotulá-lo como um paciente terminal não fará
isso fazer sentido para você." Eu me aproximo mais dele. "E, não, você não
pode fazer algo espontâneo para Sebastian, ele não gosta disso. E quando
ele tem um colapso e não é nada mais que uma pequena massa silenciosa
de um menino, eu sou a única que permanece, não você." Eu espeto meu
dedo em seu peito e o encaro.

"Eu trabalho para que você possa viver em um lugar agradável e ele possa
ter todas as coisas que ele tem. Eu odeio deixar você e ele, eu faço isso
porque eu tenho que..."

Eu o interrompi. "Não, você faz isso porque você quer".

Nós ficamos parados em silêncio e com raiva olhando um para o outro. O


único som que pode ser ouvido é o tique-taque do relógio e nossas
respirações.

"Eu quero ver o meu filho." Ele passa por mim e vai em direção às escadas.

"Dem, não".

Ele se vira abruptamente. "Você não pode me dizer para não vê-lo".

"É a minha casa." Eu me oponho e agarro seu braço, impedindo-o de correr


escada acima.

"Pela qual eu pago." Sua presunção me irrita além das palavras.


"Vá se foder, Demetri, eu pago a minha parte. Eu trabalho e cuido do nosso
filho. Você vagueia por aqui quando é conveniente. Você é um tornado que
acontece e faz o caos e o desastre, e depois me deixa para juntar as peças".

Ele dá alguns passos para trás e seu rosto é quase doloroso. "Você acha que
eu me sinto como se Sebastian fosse um fardo?"

Eu deslizo minha mão do seu braço e meus ombros caem. "Eu não acho
que você pretenda. Mas, Dem, você não vê o que eu vejo, e você não se
importa de tentar".

Ele lentamente senta na escada e coloca a cabeça entre as mãos. "Você


acha que eu sou um pai horrível, não é?"

Sento-me ao lado dele e coloco meu braço em volta dele. "Eu não acho que
você seja terrível. Eu acho que você é ignorante quando se trata do que
Sebastia que ele precisa".

Ele se vira e olha para mim. Seus penetrantes olhos azuis, que são uma
réplica perfeita de Sebastian, refletem com lágrimas não derramadas. "Eu
sinto muito." Ele sussurra.

"Olha, há uma reunião da equipe de Sebastian na escola na sexta-feira, e


uma EPC chegando. Que tal você vir desta vez? Aprender um pouco." Eu
ofereço a ele um sorriso, e ele retorna.

"Isso soa como uma boa ideia. E se isso ajudar, eu ficarei hoje à noite para
Seb não surtar".

Eu não sou uma fã de Dem ficar, mas ele está certo. Se ele ficar por uma
hora e depois for embora, a queda será desgastante.

"Parece bom. Que tal você sentar lá dentro e eu avisarei Seb que você está
aqui. Dessa forma, isso não vai chocá-lo demais".

Ele acena e caminha em direção à sala de jantar.

Depois de um minuto, eu subo as escadas e bato suavemente na porta de


Sebastian.
"Entre." Sua voz baixa chama. Abro a porta e o vejo separando suas roupas
para amanhã.

"Ei, amigo, você está desviando a nossa rotina?" Eu pergunto, quase


divertida e definitivamente satisfeita que ele esteja mostrando
independência.

"Eu estou. O papai de Edward me disse que todos os dias ele tenta fazer
alguma coisa fora de ordem para se sentir mais normal".

Eu inclino minha cabeça e franzo minha testa em confusão. "Bem, isso é


bom, eu acho, mas normal é tão superestimado. Eu tento ser tão estranha
quanto possível tanto quanto possível".

Ele ri. "Você é engraçada, mamãe".

Depois que ele estabelece as meias, eu vou até sua cama e abro meus
braços para ele. Ele se estica e me dá um aperto.

"Seb, eu meio que tenho uma surpresa para você, mas não sei como você
vai reagir".

Ele se levanta e olha para mim com os olhos inocentes e um pouco


preocupados. "O que houve, mamãe?"

Eu balanço minha cabeça, "Nada de errado, querido. Estou nervosa que o


que eu direi a você o confunda e então..."

Ele sorri brilhantemente para mim e isso pausa minhas palavras.

"Por que você está sorrindo para mim, querido?" Eu sorrio de volta, porque
sua felicidade é muito contagiante.

"Você se preocupa demais, mamãe. Eu posso aceitar isso, fale para mim."
Seu rosto assume uma impressão séria, e eu vejo que ele está se
preparando.

"Você sabe como o papai deveria voltar para casa em breve?"

Ele acena. "Sim, em breve, eu sei".


"Bem, ele veio para casa mais cedo, na verdade." Eu fico olhando para ele
e avalio sua reação. Quando não vejo nenhuma, eu continuo.

"Ele está atualmente lá em baixo, agora." Isso me faz ganhar uma reação.

Seus olhos arregalam e sua boca se abre. Eu vejo uma sugestão de um


sorriso se formar, e sinto que isso vai ficar bem.

"Ele está?" Ele meio sussurra e meio guincha.

"Você gostaria de perguntar a ele se ele quer comer aqui esta noite?"
Imagino que se eu deixar isso ser sua escolha, isso manterá o ambiente
calmo que estamos tendo.

"Sim." Ele olha para a porta e de volta para mim.

"Vá em frente, amigo, ele está esperando por você na sala de jantar." Ele
beija minha bochecha e corre para fora da porta.

"Papai, papai, papai." Eu ouço todo o caminho pelas escadas. Eu rio e sigo
atrás dele.

Quando entro na sala de jantar, vejo Demetri e Sebastian se abraçando e


girando.

"Ei, Seb, eu senti tanto a sua falta." Ele beija sua cabeça, e Seb retorna o
gesto.

"Sentiu a minha falta todo o caminho até a lua?" Ele pergunta com
admiração em seus olhos.

"Mais do que isso." Demetri sorri com diversão, e eu posso ver o amor que
ele tem pelo seu filho em seus olhos.

"Quanto mais?"

Dem ri. "Todo o caminho para a lua e de volta para baixo de novo".

"Ah. Meu. Deus. Isso é realmente muito muito." Nós três começamos a rir.

"Ok, meninos, sentem-se e vamos comer, eu estou morrendo de fome".


Todos nós nos instalamos e Sebastian passa a maior parte do tempo do
jantar contando ao seu pai tudo sobre as coisas legais que têm acontecido
na escola. Dem come cada palavra e observa seu filho com muita adoração
e orgulho.

"Então você estará por aqui para o meu aniversário?" Seb pergunta, e eu
olho para Dem na esperança de encontrar um sorriso.

"Eu não tenho que viajar por algum tempo, amigo, então, sim, eu estarei
por perto. Qual é o plano este ano?" Ele pergunta quando termina o seu
jantar.

"Eu quero um aniversário de boliche, então a mamãe planejou a coisa


toda." Seb sorri para mim, e eu aceno em confirmação.

"Ótimo, eu amo boliche. Levei sua mãe ao boliche uma vez." Ele pisca
para mim e eu balanço minha cabeça.

"Se bem me lembro, Dem, foi no nosso terceiro encontro, e eu ouvi você
perguntar ao homem no balcão se a cerveja era livre, porque você queria
ter uma certa amiga toda embriagada." Dou-lhe um olhar aguçado e ele
começa a rir.

"Sim, está bem. Mas, você ouviu e acabou me deixando lá".

"Eu deixei".

Sebastian está nos observando ir e voltar e, em seguida, deixa escapar uma


frase que ecoa através dos meus ouvidos por alguns minutos depois.

"Edward vai levá-la ao boliche, mamãe, quando o Sr. Emmett me olhar?"


Ele come como se o que ele tivesse dito não se transformasse em jantar
drama.

Olho para Demetri, cujo rosto é um punhado de confuso, irritado,


divertido, e talvez com ciúmes.

"Não, querido, nós não vamos jogar boliche." Eu saboreio minha água, de
repente sentindo muito ressecada.
"Quem é Edward?" Dem pergunta.

"O namorado da mamãe." Seb diz com um sorriso enorme.

"Um namorado?" Dem empurra o prato para trás e cruza os braços. "Eu
não sabia que você estava saindo com alguém, e eu certamente não sabia
que você o apresentaria ao nosso filho sem eu conhecê-lo".

"Dem, podemos falar sobre isso mais tarde, quando Seb estiver dormindo".

Ele franze os lábios e estreita seu olhar, e eu sei que isso não acabou.

"Então, Seb, fale-me sobre Edward?" Ele não tira os olhos de mim.

"Ele é muito inteligente, e a mamãe acha que ele é bonito. Ele tem uma
mãe e pai legais, e sua sobrinha Katie é assustadora, mas está tudo bem
pensar assim, porque a mamãe disse isso. Eu não sei muito, mas ele
trabalha no Chrysler Buildin meu lugar favorito agora, porque ele está lá.
Eu gosto dele, talvez o amo, mas eu realmente não sei ainda, eu não
decidi." Ele nem sequer vem à tona para respirar, e quanto mais ele fala,
mais profundo fica o meu buraco e mais irritado Demetri se torna.

"Então, você já conheceu toda a família dele?" Ele sorri para Sebastian ,
mas seu tom é ameaçador e totalmente dirigido a mim.

"Sim, eles tiveram um churrasco, nós fomos. Eu plantei crisântemos com o


papai de Edward, ele é um homem muito inteligente também. Mais esperto
do que você, papai." Ele diz isso com naturalidade, e não é para ser um
insulto, mas Dem nunca vê isso dessa maneira.

"Mais esperto do que eu, hein?" Ele começa a ficar agitado.

"Ele é como eu, papai, ele tem Asperger, e eu quero ser como ele quando
ficar mais velho, porque ele é muito legal." Sebastian termina sua comida e
olha para cima e sorri para o seu pai.

Demetri rapidamente esconde sua raiva com um sorriso jovial.


"Seb, eu preciso falar com a mamãe um pouco. Você acha que pode correr
lá para cima e encontrar um livro e um filme para você e eu assistirmos
enquanto eu faço isso?"

Sebastian sorri e, sem um segundo olhar, ele se lança pelas escadas.

O silêncio entre Demetri e eu é quase enervante. Ele me olha com um olhar


que eu não vi dirigido a mim em todos os anos que o conheço.

"Não comece, Dem. Você nunca está aqui, eu estou autorizada a namorar."
Eu começo a recolher os pratos.

"Eu não me importo se você quer namorar todo um time de futebol, Bella,
você não tem o direito de apresentá-los para o nosso filho, a menos que eu
esteja bem com isso. Você fala comigo ao telefone, você não podia ter
mencionado isso para mim?" Ele me observa enquanto tiro seu prato e o
coloco sobre a pilha.

"Ele encontrou Edward por acidente, duas vezes. Eu não posso fazer nada."
Pego os pratos e me dirijo para a cozinha, e Demetri segue.

"Acidentes são uma coisa, mas encontrar toda a família dele? Vamos,
Bella, você perderia sua mente se eu algum dia fizesse isso." Eu encho a
pia com água e sabão e começo a submergir os pratos.

"Primeiro de tudo, você não está por perto o suficiente para que isso
aconteça, e segundo, você não está por perto o suficiente." Eu giro ao redor
e olho para ele. "Eu estou fazendo isso sozinha 90% do tempo. Você
realmente acha que eu ligarei para você para tudo?"

"Tudo?" Ele rebate. "Que tal para alguma coisa? Quando nós conversamos,
é sempre que você não tem nada a relatar. Você já pensou que a razão pela
qual eu não estou envolvido é porque você faz tudo em seu poder para me
afastar?"

"Isso é simplesmente perfeito." Volto para a sala de jantar e recolho a


comida, todo o tempo Demetri está acompanhando de perto.

"Sério, Bella, você sabe que eu estou certo. Você não deveria ter feito isso
sem falar comigo." Eu bato a tigela no balcão e viro para ele.
"Eu esqueço de você." Eu grito.

Seus olhos arregalam. "Esquece de mim?"

Eu aceno. "Você está tão raramente aqui que eu esqueço de você. Eu me


considero uma mãe solteira, e, na maioria das vezes quando tomo uma
decisão, eu não penso sobre a sua opinião porque eu simplesmente não
penso em você." Isso soa tão terrível, mas é verdade .

"Ai, Bells, isso é duro." Seus olhos estão aflitos e ele dá um passo para trás.

"Eu sinto muito, Dem, eu não fiz isso de propósito. Mas, olhe para isso da
minha perspectiva".

"Olhe para isso da minha." Ele contradiz.

"Vá passar um tempo com seu filho." Eu me viro e continuo a lavar. De


repente, eu sinto uma mão leve como pluma no meu ombro e seus lábios
no meu ouvido.

"Eu nunca esqueço de você, Bella." Com isso dito, ele se afasta e eu não
tomo uma respiração até que eu o ouço subir as escadas
Capítulo 9 – Estatística e câmeras escondidas

~ Edward ~

Enquanto estou sentado em uma reunião na manhã de quinta-feira com a


Johnson & Johnson, meu celular começa a vibrar. Olho para baixo e vejo
que é o número do meu pai.

"Se vocês me derem licença por um momento, eu tenho que atender isso."
Levanto meu telefone para que eles possam ver a que estou me referindo, e
os dois representantes acenam e começam a falar um com o outro. Saio da
sala de conferências para atender.

"Ei, pai, o que houve?"

"Olá, Edward, eu falei com a Dra. Young esta manhã, e ela queria saber se
você poderia vir ao seu consultório na segunda-feira à tarde para discutir o
estudo." Ele fala rapidamente, e posso dizer o quanto ele só quer que todo
este calvário acabe.

"Ok, a que horas na segunda-feira?"

"Às 13hs seria uma opção viável para você, filho?"

"Tenho certeza de que posso trabalhar nisso. Basta enviar-me toda a


informação dela, endereço e tal, e eu estarei lá." Eu espreito para a sala de
conferência, e posso ver que Tanya está encantando o representante
masculino, enquanto a feminina parece que vai arrancar os olhos dela.
Parte de mim quer ficar de fora no corredor, na esperança de que isso
aconteça. A outra parte percebe que eu preciso voltar lá.

"Claro, filho".

"Tudo bem, eu tenho que correr, pai, eu tenho uma reunião. Amo você".

"Eu também te amo." Ele desliga e eu volto para a sala.

"Tudo o que estou dizendo é que se você adicionar um pouco de apelo


sexual para a propaganda, isso pode vender mais. Você sabe o que dizem,
sexo vende." Tanya está colocando isso bem grosseiro, e eu não posso
evitar me perguntar quando ela perdeu o tato.

"Isso é tudo muito bom, Srta. Denali, mas nós estamos tentando vender um
produto que remove cravos. Como isso é tudo sexy?" A representante do
sexo feminino diz, irritada.

"Imagine uma bela ruiva tonificada de biquíni trabalhando duro para cobrir
seu nariz porque está cheio de pontas pretas. Ela corre para seu quarto de
hotel e aplica o produto. Então, em questão de minutos, ela está de volta a
ser a perfeição absoluta." Tanya sorri presunçosamente.

A mulher está balançando a cabeça enquanto o homem olha para seus


papéis, tentando desesperadamente esconder o rosto escarlate.

"Tanya, eu não estou tão certo de que esta é a direção que eles desejam
tomar." Sorrio gentilmente para os representantes e, em seguida, atiro a
Tanya um olhar de desgosto.

"Tudo bem, então, esclareça para nós, Sr. Cullen, qual é a sua ideia?"
Tanya rebate.

"Eu acho que o foco precisa estar em estudantes universitários, em


primeiro lugar, e não em super modelos de biquíni. Se você olhar para as
estatísticas e dados demográficos para mulheres e homens que sofrem de
acne e cravos, você verá que isso é mais proeminente durante as idades de
16-25, com um grande pico entre 18-21. Isso é bem no meio dos seus anos
de faculdade." Entrego a cada um deles os papéis.
A representante sorri alegremente. "Sim, Edward, isso é perfeito, agora
estamos chegando a algum lugar." O homem acena em concordância, e
Tanya apenas cruza os braços e se recosta.

"Eu posso trabalhar em um esboço para vocês e tê-lo pronto até amanhã de
manhã." Eu digito o projeto em minha agenda.

"Maravilhoso, e eu estou supondo que é você quem vai executar este


projeto?" A mulher pergunta enquanto lança um olhar desapontado para
Tanya.

"Sim, eu cuidarei dele pessoalmente." Isso acalma sua mente, e, em breve,


eles vão embora.

Depois que o elevador se fecha, Tanya está no meu rosto. "Você me fez
parecer uma idiota".

Eu rio. "Não, você se fez parecer uma idiota. O que você estava pensando
com aquela proposta, Tanya?" Balanço minha cabeça e caminho em
direção ao meu escritório.

"É uma ótima ideia. Todo mundo quer parecer como uma modelo." Ela
começa a me seguir.

Eu me viro rapidamente, fazendo-a parar de forma tão abrupta que ela tem
que segurar na parede para que não caia.

"Você não pode dizer a uma menina de 18 anos de idade que tem 1m60cm
e não tem a visão perfeita e gosta de morder as unhas, que se ela espalhar
um pouco desse produto no seu rosto, ela ficará como a Heidi Klum." Eu
me viro e entro no meu escritório.

Ela me segue. "Você está dizendo que a maioria das mulheres tem 1m60cm
com os olhos ruins e hábitos grosseiros?" Suas mãos estão em seus quadris,
e ela está batendo o pé.

"Você lê os relatórios demográficos, ou as estatísticas, quando eles


entram?" Sento-me na minha mesa e rapidamente puxo para cima os
relatórios.
"Eu leio, Edward, eu sei como fazer meu trabalho".

Levanto uma sobrancelha para ela em questão. "Realmente, então você


sabe que a maioria das mulheres não têm 1m80cm e pesa 50 quilos?"

Ela revira os olhos. "Isso é ridículo, 50 quilos?"

"O ponto é, se tentássemos vender o produto para as mulheres e homens


para os quais você quer vender, então seria um fracasso, e nós teremos
falhado com o nosso cliente." Eu encaminho os relatórios para o e-mail de
Tanya e começo a responder meus próprios e-mails.

"Eu já lhe enviei os relatórios, de novo, eu sugiro que você faça o seu dever
de casa".

Ela bufa e irrompe para fora do meu escritório.

~O~

Enquanto Felix dirige pela Broadway em direção a um restaurante, eu tomo


o tempo para ligar para Bella. Eu não tive tempo de falar com ela desde o
outro dia. Quero ver se ela está bem.

"Olá?" Uma voz masculina atende o telefone, e eu olho para o número que
disquei, achando que liguei para o número errado. Quando vejo que é o
certo, eu começo a falar.

"Olá, eu estou procurando por Bella?" Há um longo silêncio antes que o


homem na linha responda.

"Ela está fazendo o jantar, posso anotar o recado?" Estou curioso para
saber quem é o homem e ainda mais curioso para saber por que ele não
está, pelo menos, perguntando a ela se ela quer falar comigo.

"Está tudo bem. Eu simplesmente ligarei para o celular dela e deixarei uma
mensagem".

"Faça isso." O homem rebate e depois desliga.

Eu rapidamente percorro meus contatos e ligo para o número do celular de


Bella.
"Oi, você ligou para Bella Swan. Obrigada por ligar, mas eu acho que
estou ocupada, se você está falando com o meu correio de voz. Por favor,
deixe-me o seu nome, número e hora em que você está ligando e uma breve
mensagem, e assim que eu puder, eu retornarei para você. Obrigada, e
tenha um bom dia".

Eu sei que não posso investigar isso melhor neste momento, então eu
apenas deixo a ela uma mensagem rápida para me ligar quando ela tiver
um tempo.

Felix estaciona em um pequeno Bistrô Italiano no qual eu realmente nunca


estive. Eu saio e caminho em direção à recepcionista. Ela sorri docemente e
pergunta meu nome.

"Eu sou Edward Cullen, estou aqui para encontrar o Sr. Jenks".

Ela acena e gesticula para eu segui-la. Ela me leva para uma cabine no
fundo sob um pouco de iluminação fraca. Eu posso ver, olhando ao redor,
que esta é uma área privada, e se alguém entrar pela porta da frente, não
veria o Sr. Jenks ou eu imediatamente.

"Ah, Sr. C, como diabos está você?" Jay Jenks é um homem rude, calvo e
estranho, mas incrível no que faz, e eu o conheço há mais de uma década.
Nós praticamente crescemos juntos, e ele nunca fez mal para mim.

"Ei, Jay, como está a esposa e aquela nova bebê de vocês?" Eu sento e abro
o cardápio.

"Oh, Cecilia está bem, e nossa princesa Daria está crescendo rapidamente.
Ela fará um ano no mês que vem." Ele engole uma taça de vinho e enxuga
algum suor da testa.

"Uau, o tempo voa, não é?" Eu abaixo o cardápio, e nós vamos esperar até
depois de pedir para ir ao que interessa.

"Então, o que está acontecendo, Ed?" Jay se inclina um pouco mais perto à
medida que começamos a conversar.

"Eu quero Tanya fora. Eu ofereci para comprar a parte dela, mas ela
repetidamente declina isso".
Ele revira os olhos. "Ela é um belo pedaço de mulher, Ed, você tem certeza
disso?"

"Ela não é uma mulher. Eu já vi mulheres, ela é mais animal do que


qualquer outra coisa".

Ele ri e suas bochechas coram imediatamente. Se ele tivesse uma barba


branca e cabelos brancos, eu juraria que estava olhando para o Papai Noel.

"Ok, então você tem tudo o que pode trabalhar a seu favor?" Ele pega um
bloco e caneta.

Eu sorrio maliciosamente e ele balança a cabeça. "Este é um olhar


perigoso, Ed, você e eu sabemos o que significa quando você parece tão
satisfeito assim consigo mesmo".

"Cerca de um mês atrás, eu tive câmeras de segurança colocadas nos


corredores e escritórios na Cullen-Denali." Eu saboreio meu vinho
enquanto ele escreve.

"Preenchi a papelada adequada e a apresentei a Tanya, já que eu sou


legalmente obrigado a informar todos os funcionários de tal assunto".

Ele olha para cima. "Estou assumindo que ela assinou isso?"

Eu aceno. "De fato, ela assinou. Mas Tanya é notória por não prestar
atenção às coisas. Então, quando ela me tocou, quando eu pedi a ela para
não tocar, e me deu um tapa depois que eu lhe disse que ela estava sendo
rude, eu soube naquele momento que ela não estava ciente das câmeras".

Jay começa a rir neste momento, mas gesticula para eu continuar. "Imagino
que seria melhor se nós tentássemos processá-la por assédio. Eu pedirei
para ela metade da empresa como compensação".

Ele acena. "Diga-me, além das câmeras, você tem alguma testemunha?"

Eu balanço minha cabeça. "Lauren me viu depois e me trouxe um pouco de


gelo e..."

Eu me paro porque não quero arrastar Bella para isso.


"E o que, Ed?" Ele pára de escrever e olha para cima.

"Nada, havia outra funcionária, mas é melhor mantê-la fora disso".

Ele coloca os cotovelos sobre a mesa e olha para mim seriamente. "Eu faço
isso todo o caminho, eu não vou envolvê-la se puder evitar, mas eu preciso
saber tudo".

Eu suspiro e passo os dedos pelo meu cabelo, com raiva. "Tudo bem, mas
eu realmente não a quero envolvida".

Ele concorda. "O nome dela é Bella Swan, ela é minha compradora pessoal
e namorada, mais ou menos. Ela estava deixando meu terno e viu a marca
no meu rosto. Isso é tudo, ela não testemunhou o ataque".

Ele escreve rapidamente e, em seguida, coloca o bloco de notas de lado.


"Eu posso ver isto funcionando em seu favor, Ed, mas Tanya não é alguém
que vai embora com o rabo entre as pernas. Ela morde. Então, basta estar
preparado".

Eu aceno e logo as nossas refeições estão aqui. Nós comemos e


conversamos sobre nada importante. Ele me pergunta sobre Bella, e eu
conto a ele alegremente sobre ela e seu filho incrível.

Enquanto como, eu começo a pensar na voz daquele homem que atendeu o


telefone dela, e eu não posso evitar o ligeiro pânico que toma conta. Ela
está saindo com outra pessoa?

Meus pensamentos são quebrados pelo meu telefone vibrando. Espero que
seja Bella, mas eu vejo que é o meu pai. "Um segundo, Jay." Ele acena,
mas não para de comer.

"Ei, pai".

"Boa noite, Edward, como foi seu dia?"

"Muito bom, eu consegui a conta da Johnson & Johnson." Eu digo, feliz.

"Você usou as estatísticas e os relatórios demográficos que eu lhe dei?"

"Eu usei, e eles foram brilhantes. É o que selou o acordo".


Ele ri. "Tenho certeza que você vai levar esse produto nos rostos
maravilhosos em todo o mundo".

Eu rio do seu ligeiro humor. "É um privilégio ter um Físico Teórico como
pai".

"Eu também tenho um doutorado em Química e Estatística, Edward, isso


ajudou muito também." Ele acrescenta.

"É claro, muito obrigado pela ajuda".

"A qualquer hora, Edward, eu quero dizer, eu gosto do que faço".

"Eu sei. Tudo bem, eu tenho que ir, eu estou jantando com Jenks".

Ele ri. "É melhor se apressar então, ou ele vai comer sua comida".

"Provavelmente é verdade, eu te amo, pai".

"Eu também te amo, e diga a Jay que eu disse olá".

"Eu direi, tchau".

"Tchau." E ele desliga.

Eu olho para cima e vejo Jay terminando seu frango a parmegiana. "Meu
pai diz oi".

Ele ri. "Ele ainda é o homem mais inteligente vivo?"

"Isso ele é." Termino minha lasanha e peço um café.

"Então, qual é o nosso próximo passo, Jay?"

"Eu vou até o tribunal amanhã e iniciarei o processo. Você está certo
disso?" Ele pergunta mais uma vez.

"Ela não me deixou com nenhuma outra escolha. Ela não é apenas uma
suscetibilidade para os meus funcionários, mas também para os clientes.
Ela está perdendo seu toque, e ela deixa alguns deles desconfortáveis. Eu
construí esta empresa, eu não vou tê-la a matando. Tudo o que ela fez foi
jogar algum dinheiro, mas ela não entende como ela funciona." Minha voz
se eleva em direção ao fim, e Jenks segura as mãos levantadas em defesa.

"Bom o suficiente para mim, Ed. Dê-me um pouco de tempo e nós teremos
isso em movimento".

Eu me acalmo e bebo meu café. Depois disso, eu digo adeus a Jenks e


volto para o carro.

"Nós estamos indo para casa, senhor?" Felix pergunta, e eu me vejo


lutando com a escolha de ir para casa ou parar na casa de Bella.

Fico olhando para o meu telefone e não vejo nada. Nenhuma mensagem de
voz, ou ligação não atendida dela, e isso é tão incomum.

"Um momento, Felix." Eu rolo a tela e disco o celular dela novamente.

Ele toca um par de vezes e, finalmente, eu ouço sua voz.

"Olá?"

"Bella? Oh, graças a Deus, você está bem?"

"Eu estou bem, Edward, por que não eu estaria?"

"Eu liguei para a sua casa, um homem atendeu e então eu deixei uma
mensagem no seu celular, você não respondeu ou ligou de volta. Eu só
queria ter certeza que estava tudo bem".

Ela solta um suspiro, "Eu estou bem, Edward. É só que..."

Sua voz é cortada por um homem gritando ao fundo. "Bella, onde estão os
chinelos de Seb?"

"Olhe no armário dele." Ela grita de volta.

"Eu olhei, eles não estão lá".

Ela resmunga. "Você tentou perguntar a ele?"

"Claro que sim, ele disse para perguntar a você".


Eu posso ouvi-la gemendo baixinho. "Eu já estarei aí." Ela rebate.

"Edward, eu tenho que ir, nós ainda sairemos no sábado, certo?" Ela
pergunta, e eu sinto alívio que ela ainda queira sair, mas tristeza porque ela
parece tão incrivelmente estressada.

"Claro, Bella, você tem certeza que está bem?"

"Bella." Eu ouço o homem gritar.

"Quem diabos é isso, Bella? Ele não deveria estar gritando com você desse
jeito".

"Eu estarei aí em um minuto, eu estou no telefone." Ela grita de volta para


ele.

"O pai de Sebastian voltou mais cedo".

Demetri, o homem que lhe deu Sebastian. Um homem que eu nunca


conheci e que por algum motivo faz meu sangue ferver.

"Eu entendo, ele está ficando com você na sua casa?" Pergunto suavemente
para que eu não soe defensivo.

"Ele voltará para o seu apartamento esta noite".

Então ele ficou com ela.

"Há quanto tempo ele está de volta?" Eu pergunto.

"Desde ontem à noite, olhe, eu tenho que ir, Edward, posso ligar para você
amanhã?"

"Tudo bem, Bella, amanhã então. Tenha uma boa noite".

"Você também, Edward." Ela desliga o telefone e eu olho para Felix no


espelho retrovisor.

"Para casa, Felix".

Ele acena e vai embora do Bistrô, em direção à casa


Capítulo 10 – Começos ruins e finais bons

~ Bella ~

Eu acordo cedo na sexta-feira ao som de trovão. Afasto as cobertas e entro


no banheiro para começar a minha rotina habitual. Quando começo a
escovar os dentes, eu pego meu reflexo no espelho e o que vejo me
deprime.

Onde está a mulher feliz do outro dia? Como é que simples 24 horas
passaram e me transformaram em uma concha de uma pessoa?

O retorno de Demetri me deixa feliz por Sebastian porque ele ama muito o
seu pai. Mas eu conheço o fim do jogo aqui. Ele vai embora, e eu serei
aquela a consolar o meu menino. É a mesma coisa o tempo todo.

Eu suspiro e coloco minha escova de dentes de volta no suporte. Entro no


chuveiro e inclino minha cabeça no spray, esperando que a água lave todas
essas emoções feias.

Começo a focar na reunião da equipe que tenho hoje de manhã na escola de


Seb, e a próxima coisa que sei, eu estou organizando meu discurso
planejado na minha cabeça.

Depois do banho, eu me seco e vou para o armário. Escolho minha saia


lápis cinza escura e minha camisa de seda preta de manga curta. Pego o
casaco combinando e meus saltos também. Eu tenho que ir para o trabalho
depois, de qualquer maneira, e hoje é um tipo de dia de terninho.

No momento em que estou pronta, eu ouço Seb no banheiro cantarolando


enquanto escova os dentes. Quando Demetri saiu ontem à noite, eu fiquei
muito grata que Sebastian compreendeu.

Desço as escadas e faço café e o café da manhã.


"Bom dia, mamãe." Seb diz quando pula para cima no banquinho.

"Ei, querido, você dormiu bem?"

Ele esfrega os olhos sonolentos. "Sim".

"Você acordou sozinho esta manhã, eu estou orgulhosa de você." Entrego a


ele o seu suco de laranja e ele sorri para mim preguiçosamente.

"Obrigado." Ele sussurra e começa a engolir o suco.

"Ainda estamos em cereal e torradas para um rápido café da manhã?" Eu


pergunto enquanto pego duas fatias de pão.

Ele acena, então eu as coloco na torradeira e entrego a ele o seu cereal. Eu


sirvo o leite e ele bebe.

~O~

Depois que o ônibus de Sebastian vai embora, eu olho para o relógio e


percebo que já são 08hs30min. Onde está Demetri?

Pego meu telefone e ligo para ele.

"Olá?" Sua voz é rouca, e eu percebo que ele ainda deve estar dormindo.

"Onde diabos você está, Dem?"

"Em casa? Isso é uma pegadinha?" Ele ri.

"Nós temos a reunião da equipe de Seb em meia hora." Eu rebato. Estou


além de frustrada, neste momento eu poderia perfurar um buraco em uma
árvore.

"Maldição, eu esqueci. Ok, eu vou encontrá-la na escola." Posso ouvir


farfalhar e espero que seja ele correndo para ficar pronto.

"Tudo bem." Termino a ligação antes que ele possa continuar. Pego minhas
coisas e entro no meu carro.
Enquanto estou dirigindo, meu telefone começa a tocar. Eu aperto o viva-
voz. "Bella Swan." Eu digo, já que não posso olhar para ver quem está no
identificador de chamadas.

"Bella, aqui é Edward".

Eu respiro. "Bom dia, Edward".

"Hmm, você ainda soa estressada. Eu estava com medo disso." Sua voz é
tão calma. É como se ele não tivesse nenhuma preocupação no mundo.

"Onde você está agora?" Minha voz é tensa e eu tento controlar meu
temperamento. Não é culpa dele, eu digo a mim mesma.

"O que há de errado?" Ele soa dolorosamente preocupado.

"Eu não posso fazer isso agora, talvez mais tarde, ou amanhã. Estou indo
para uma reunião na escola de Sebastian".

Há um silêncio por um momento. "Você está tendo dúvidas sobre o nosso


encontro de amanhã, Bella? Você pode me dizer. Eu não ficarei chateado".

Oh Deus, isso não é o que eu queria que ele pensasse. "Não, nem um
pouco, Edward, eu juro. Prometo que nós conversaremos mais tarde".

"Tudo bem, por favor, se você precisar de alguma coisa, ligue para mim?"
Sua bondade quase me leva às lágrimas, e eu tenho que terminar a ligação
antes de começar a chorar.

"Sim, eu prometo".

"Bom, tenha um bom dia, Bella, tchau".

Quando ele desliga, eu encontro minha visão turva, e logo as lágrimas que
eu tentei tão forte segurar no começo caem.

Hoje será um dia difícil.

~O~
Estou sentada no escritório da escola esperando por Demetri. Olho para o
meu relógio e vejo que ele só tem cinco minutos para chegar até aqui. Meu
coração afunda, sabendo que ele provavelmente não conseguirá fazer isso.

"Bella." Eu viro minha cabeça para o som do meu nome sendo chamado e
encontro Emmett em pé ao lado da porta.

"Ei, Emmett." Eu levanto e caminho em sua direção. Eu quero abraçá-lo,


só porque eu estou em desesperada necessidade de algum tipo de conexão,
mas eu seguro minha mão estendida, em vez disso, e nós as balançamos.

"Vamos para a sala de conferência, ok?" Ele sorri e eu sigo atrás dele.

Quando entro na sala, vejo a Diretora Carmen Sanchez na cabeceira da


mesa. Ao seu lado está a Sra. Maggie, a responsável comportamental. Do
outro lado do caminho está a psicóloga da escola.

"Bom dia, Senhorita Swan." A Diretora Sanchez me cumprimenta e eu


retorno a saudação.

Depois de estarmos todos sentados, Emmett começa.

"Então, enquanto a folha de presença está passando ao redor, eu só quero


resumir por que estamos todos aqui hoje." Todos nós acenamos
coletivamente.

"A Srta. Swan tem preocupações sobre o bem-estar de Sebastian, e ela


também sente que seu PEI foi violado." Ele olha para mim. "É isso
mesmo?"

"Sim, resumidamente." Eu digo.

"Senhorita Swan, eu falei com Emmett e Maggie sobre o progresso de


Sebastian. E devo dizer que estou muito satisfeita com ele. Se você der
uma olhada no gráfico de progressão aqui..." A Diretora Sanchez empurra
o papel na minha frente e, antes que ela possa continuar, eu interrompo.

"Eu não quero ver um gráfico sobre a progressão do meu filho. Eu estou
bem ciente da sua situação acadêmica. Não é por isso que nós estamos aqui
hoje".
Eu olho ao redor da sala para os rostos diante de mim. Emmett está cheio
de preocupação e compreensão, Maggie e a psicóloga sorriem
simpaticamente para mim, e a Diretora Sanchez parece assustada. Bom.

"O PEI do meu filho foi violado. Ele afirma em tinta preta que é para a
Paraprofissional estar com ele em todos os momentos. Todos os
momentos!" Eu atiro. "Então eu descubro que ele está sendo atormentado
por um outro estudante, e que não há um Para ao redor para evitar que a
situação intensifique." Eu estreito meus olhos e tento o meu melhor para
não deixar minha raiva sair de mim e me fazer parecer uma louca.

"Eu entendo a sua preocupação, Srta. Swan, eu sei que você não quer uma
repetição da última escola de Sebastian." Mais uma vez, eu interrompo a
Diretora Sanchez.

"Não. Você não entende. Por favor, não me insulte fingindo que você
compreende o que é ver seu filho ser intimidado na escola porque o
conselho de educação se recusa a aceitar que o meu filho é autista." Eu
sinto meu rosto esquentar, e eu me vejo incapaz de parar.

"Não fique aí sentada e me diga que você entende o que é entrar no quarto
do seu filho e encontrá-lo coberto de marcas pretas e azuis do seu peito até
os joelhos porque ninguém o estava observando quando dois meninos
chutavam e o socavam no chão no refeitório." As lágrimas de raiva correm
dos meus olhos, mas eu não faço nenhuma tentativa de enxugá-las, ou
desacelerá-las.

"Você realmente conhece a sensação de ver o seu filho chorar em seus


braços e dizer a você como ele se sente envergonhado porque ele é do jeito
que ele é? Você sabe como eu me sinto que meu filho sentisse que tinha
que esconder hematomas de mim para que ele não me visse chateada?"

Ninguém fala, seus rostos estão torcidos em angústia.

"Onde estavam todos os 'eu entendo' quando eu estava apresentando queixa


contra crianças que eram três anos mais velhas do que o meu filho por
baterem nele completamente? Onde estavam todos os 'eu sinto muito'
quando nada foi feito sobre isso?" Eu bato minha mão na mesa com raiva.
"Diga-me, por favor, como é que você entende como é receber uma ligação
da escola dizendo que seu filho precisa ser admitido no hospital porque
ninguém sabe como lidar com ele?"

Neste ponto, Emmett tem a minha mão na sua e, com a outra mão, ele me
dá um lenço.

"Você está certa, eu não sei o que você tem passado, e eu só posso
simpatizar." A Diretora Sanchez sussurra e eu posso ver seus próprios
olhos se encherem de lágrimas.

"Eu vim aqui por Sebastian, minha esperança é a de ajudá-lo a entender


que ele não está sozinho. Vocês todos me prometeram, e a ele, que vocês
fariam isso direito." Eu limpo meu rosto e olho em seus olhos. Cada um e
todos eles.

"Não falhem com o meu filho." Minha voz racha e eu percebo que estou
implorando.

Há um silêncio e a Diretora Sanchez acena para mim. Sua boca se abre e


ela começa a dizer alguma coisa, mas nós somos interrompidos quando a
porta se abre e Demetri entra.

"Sinto muito, senhor, esta é uma reunião privada, você terá que sair." Diz a
diretora.

"Não, está tudo bem, este é o pai de Sebastian, Demetri Markos." Eu digo.

"Oh." Ela ofega. "É muito bom finalmente conhecê-lo." Ela estende sua
mão e eles se cumprimentam.

Todo mundo leva um minuto para fazer as apresentações de novo, e, em


seguida, Demetri vem e senta ao meu lado. Ele olha para mim e seu rosto
tem um olhar perplexo. "Você estava chorando?" Ele sussurra para mim.

"Estas reuniões são sempre emocionais para mim, Dem".

"Então, Sr. Markos, nós estávamos acabando de ouvir as preocupações da


Srta. Swan sobre determinadas situações. Você tem alguma coisa que
gostaria de acrescentar antes de tentarmos descobrir o próximo curso de
ação?" A Diretora Sanchez diz enquanto escreve algo em seu bloco.

"Eu infelizmente não estou por perto com muita frequência, mas eu confio
em Bella implicitamente quando se trata do nosso filho. Não há nenhuma
maneira que eu poderia sequer começar a dizer o que é a coisa certa para o
meu filho. Eu estou aqui para entender tudo melhor e apoiar as escolhas
dela no assunto." Ele afirma com muita precisão.

Meus olhos estão arregalados e eu posso sentir minha boca ficar seca de
segurá-la aberta em estado de choque.

"Que legal da sua parte, Sr. Markos." Maggie diz, enquanto um leve rubor
se arrasta através das suas bochechas.

"Vamos simplesmente descobrir o melhor curso de ação aqui, por favor."


Eu atiro um olhar para Maggie, que mostra o meu desagrado em sua
paquera não tão sutil.

"Eu acho que pode não ser uma má idéia se dermos a Sebastian algumas
aulas de inclusão nas áreas onde ele está se esforçando. Isso vai ajudá-lo a
se tornar mais consciente socialmente e também vai ajudá-lo a cair em uma
rotina refrescante e não aterrorizante." Emmett diz com grande confiança.

"Isso o manteria mais longe de Jane e, talvez, ajude a resolver a situação


problemática deles." Maggie concorda com a decisão de Emmett.

"Isso soa como uma idéia interessante. Agora, e quanto ao assunto da


Para?" Eu fecho minhas mãos na minha frente na mesa e mantenho uma
expressão inflexível no meu rosto.

"Nós estamos tentando trabalhar nisso, Srta. Swan, é difícil com o nosso
orçamento atual. Nós temos que acomodar todos os alunos que necessitam
de um paraprofissional." A Diretora Sanchez começa em seu discurso
sobre como isso simplesmente não é possível. Eu já ouvi tudo isso antes.

"Então, o que você está dizendo é que você está conscientemente violando
a PEI de Sebastian e você não tem intenção de parar?" Eu rebato.
"Isso não pode estar certo." Demetri se endireita e sua postura defensiva
faz a Diretora Sanchez encolher um pouco.

"Nós perdemos uma Para, por favor, entenda que eu estou fazendo tudo ao
meu alcance para substituí-la." Seus olhos estão implorando, e a pessoa boa
em mim quer dar-lhe uma chance. Mas a mãe em mim sabe que se eu der
um centímetro, eles tomarão um quilômetro.

"Talvez se eu envolver o meu advogado, isso acenderia uma fogueira sob


as pessoas apropriadas." Meu tom é ameaçador.

"Vou ligar para ele agora." Demetri pega seu telefone.

"Não, olhe, não vamos fazer nada precipitado." A Diretora Sanchez salta
ansiosamente para esmagar a tensão.

"Então, ele não ficará sem sua Para de novo? Nunca mais?" O olhar
ameaçador de Demetri faz até mesmo eu estremecer. Ele está encarando a
Diretora Sanchez, e pelo olhar no rosto dela, ela sabe que sua resposta é a
diferença entre a agonia legal e um final feliz.

"Annie pode ficar com Sebastian, nós descobriremos algo mais até
conseguirmos melhor financiamento, Sr. Markos." A voz dela está
tremendo, e naquele momento eu quero abraçar Dem por fazer o que ele
faz melhor. Ser um filho da puta frio.

"Bom." Ele se anima e bate na mesa, brincando. "Então, nós assinamos


algo para garantir que vocês não finjam que isso nunca aconteceu?"

Maggie desliza para ele um papel das anotações uma vez que está
impresso. Nós dois o assinamos, e depois de todo mundo assinar, nós
levamos a nossa cópia.

"Então, nós só precisamos da EPC para colocar isso no PEI dele e nós
estaremos todos prontos." Eu digo.

"Bem, na verdade, nós estamos concordando em ficar com o PEI original,


Srta. Swan. Então, se você preferir apenas esperar até o final de novembro
e podermos tocar na base, então, isso é provavelmente o melhor." A
Diretora Sanchez diz rapidamente. Eu não posso dizer que a culpo por
querer nos tirar de lá.

"Eu acho que isso ficará bem." Eu me viro para Demetri. "Como isso soa
para você?" Pergunto a ele, e seu rosto se ilumina com o sorriso mais
radiante. Eu não o vi sorrir assim em um longo tempo.

"Soa bem, obrigado, Bella, por me perguntar".

Eu aceno. "Claro, você é o pai dele, Dem".

Emmett nos guia para fora e nós agradecemos a ele. Digo-lhe que o verei
amanhã e Dem me olha com curiosidade.

"Ele cuidará de Seb amanhã à noite. Eles farão massa para o dia Nacional
de massas." Eu descarto, mas Dem parece positivamente lívido. "O quê?"

"Eu podia cuidar do meu filho, em vez disso, você sabe." Ele passa por
mim em direção ao seu carro.

"Dem, espere." Eu corro até ele e agarro seu braço. Ele se vira rapidamente
e está em meu rosto.

"Eu ainda existo para você, Bella?" Seus olhos estão cheios de um fogo
intenso e isso me obriga a recuar.

"Sinto muito." Eu sussurro. "Eu fiz esses planos antes de saber que você
estava voltando mais cedo".

Ele balança a cabeça. "Tanto faz, Bella. Então, onde é que você vai que
você precisa do Sr. 'Eu não me pareço com um professor, eu pareço um
fisiculturista'?"

"Não seja uma criança, Dem, eu irei em um encontro, se você quer saber."
Eu passo por ele e viro na direção do meu próprio carro.

"Com aquele cara Edward?" Ele grita e eu olho em volta para ver se ele
trouxe alguma atenção para nós.

"Sim, pare de gritar".


Ele dá três passos largos e está na minha frente novamente. "É isso que
ligou ontem à noite, procurando por você?"

"Quando? No meu celular? Como..." Eu paro no meio da frase e de repente


percebo o que ele está dizendo. E então eu me lembro de Edward dizendo
que ligou.

"Ele ligou para a minha casa e você nunca me contou?" Estreito meus
olhos e sei que a minha raiva é evidente pela reação que Demetri dá.

"Você estava ocupada, e eu esqueci, mas, sim, ele ligou." Sua presunção
me deixa ainda mais furiosa.

"Escute, Dem, o que você fez lá dentro." Eu aponto para a escola. "Foi
maravilhoso e exatamente o que Sebastian precisa de você. Mas isso." Eu
gesticulo entre eu e ele. "Isso não está acontecendo, fique fora da minha
vida pessoal, entendeu?"

Ele revira os olhos. "Não seja dramática, diga a ele que eu esqueci, não é
grande coisa." Ele se vira nos calcanhares e segue de volta para o seu carro.

Eu resmungo frustrada com ele e entro no meu próprio carro.

~O~

Chego na Bergdorf um pouco antes do meio-dia e sou recebida muito bem


por todos que vejo.

"Aí está você. Eu achei que você tivesse fugido." A voz de Rose
interrompe meus passos e eu me viro para sorrir para ela.

"Ei, Rose, sinto muito por não aparecer um pouco, como você está?"

"Ótima, eu ouvi de um pássaro que Edward Cullen fez de você a sua


compradora pessoal." Ela sorri alegremente.

"Sim, os rumores são verdadeiros, e agora você pode indicar isso como um
fato." Eu ando em direção aos vestidos.

"Para quem você está comprando hoje?"


"Para mim mesma, na verdade. Eu tenho um encontro amanhã à noite." Eu
sorrio feliz e é uma sensação maravilhosa.

"Um encontro? Bem, aleluia!" Ela grita de júbilo e eu não posso deixar de
rir com ela.

"Obrigada, eu acho." Eu rio enquanto corro meus dedos através dos tecidos
macios nas prateleiras.

"Então, quem é o sortudo?" Ela começa a puxar os vestidos para baixo e


entregá-los para mim.

"Se eu te contar, você promete não gritar ou saltar para cima e para baixo?"

Ela acena lentamente, mas eu sei que ela está hesitante em prometer.

"Edward Cullen." Eu me concentro no conjunto Vera Wang na minha mão.


Mas quando não ouço nada de Rose, eu olho para ela.

Ela está ficando quase roxa como se estivesse segurando a respiração


tentando não explodir.

"Oh, bem, vá em frente, Rose, faça isso rápido, no entanto".

"Oh meu Deus, Edward Cullen, sua mocinha sortuda. Eu sabia que ele
gostava de você, eu sabia disso. Que emocionante." Ela pula e grita.

Nossa coisa de meninas é interrompida quando meu telefone toca. "Espere


um minuto, Rose".

Ela acena, mas continua a rir enquanto se move para a seção de sapatos,
começando a empilhar uns cinco pares em um carrinho.

Olho para o identificador de chamadas e vejo que é Edward. Eu sorrio e


respondo. "Olá".

"Você sabia que os vaga-lumes emitem luz principalmente para atrair


parceiros?" Edward diz e eu rio.

"É mesmo?"
"Sim, e em algumas espécies de vaga-lume, apenas um sexo acende. Na
maioria, no entanto, ambos os sexos brilham. Frequentemente os machos
voarão, enquanto as fêmeas esperarão em árvores, arbustos e gramíneas
para localizar um macho atraente. Se ela encontrar um, ela vai sinalizar
com uma piscada de luz própria".

Eu posso sentir meu rosto esquentar. "Você esteve falando com o seu pai?"

"Não, isso é tudo meu, baby." Ele diz divertidamente. "Você acenderia seu
bumbum para mim, Bella?"

Eu começo a rir, e Rose se vira e levanta uma sobrancelha para mim. Eu a


descarto com um aceno.

"Esse som é o melhor som do mundo." Sua voz é baixa agora e de repente
todo o meu corpo fica quente. "Você está se sentindo melhor?"

"Sim".

"Eu estava preocupado com você e estava tentando dizer a mim mesmo
para não voar em torno dos seus arbustos e árvores assediando você na
esperança de que você iluminasse seu bumbum para mim".

Isso começa outra rodada de risadas e neste momento Rose apenas revira
os olhos e se afasta.

"Sinto muito por fazê-lo se preocupar." Eu digo depois da minha risadinha


acabar.

"Você me dirá o que a tem toda incomodada?" Sua sinceridade faz um nó


se formar na minha garganta e eu acho difícil falar.

"Amanhã à noite, nós conversaremos, eu prometo".

"Justo o suficiente." Eu o ouço respirar e fecho meus olhos e me concentro


no som da sua respiração. Estranhamente, isso me acalma e eu posso sentir
o peso do dia desaparecendo. Apenas dois minutos no telefone com ele e as
emoções feias que eu tentei desesperadamente afastar esta manhã se foram.

"Vejo você amanhã à noite, Edward".


"Eu a buscarei às 17hs, há algo que eu quero mostrar para você. Assim está
bom?"

Eu sorrio e sinto a emoção borbulhar dentro de mim.

"Soa perfeito".

"Bem, tenha um bom dia. Até amanhã, meu doce vaga-lume".

Eu rio mais uma vez. "Até lá".


Capítulo 11 – É serendipity*

*Serendipity: capacidade de fazer descobertas importantes por acaso.

~ Edward ~

Eu tenho um pouco de ânimo no meu passo esta manhã porque é sábado e


eu tenho Bella toda só para mim.

Quando meu telefone toca, eu praticamente pulo para atendê-lo.

"Bem, bom dia, Edward, você parece bem descansado." A voz do meu pai
parece surpresa.

"Eu estou, hoje é um grande dia".

"Claro, é o seu grande encontro com Bella, certo?"

"Sim, e eu estou muito animado." Pego uma caneca do armário e começo a


fazer meu café.

"Você está nervoso? Eu estaria." Sua voz é um sussurro.

"Bella não me deixa nervoso, pai, ela me relaxa. Sabe?"

"Sua mãe me aterrorizava quando eu fui no meu primeiro encontro com


ela".

Eu ri. "Essa foi a noite em que ela pegou você e você a chamou de louca?"

"Não, eu... isso foi outra vez." Ele soa confuso, mas há um toque de
diversão em sua voz.
"Onde é que você levou a mãe em seu primeiro encontro?" Pergunto
curiosamente e sento no meu sofá com o meu café e espero que ele me
diga.

"Um jogo de baseball".

"Sério?" Eu estou chocado. "É um lugar público, sem falar do barulho".

"Eu sei." Eu o ouço deixou escapar um suspiro. "Meu pai me disse para
levá-la lá porque ela era uma grande fã do Yankees, e era o que as pessoas
normais faziam".

Eu balanço minha cabeça. Meu avô era o homem mais intolerante que eu já
conheci. Eu entendia que na época dele, diferente era considerado
inaceitável. Ele se recusava a acreditar que Carlisle era outra coisa senão
um gênio, com uma estranheza nele e preguiça.

"Como foi isso?" Eu pergunto.

"Terrivelmente." Ele ri. "Toda vez que a multidão pulava, eu derramava


alguma coisa. Finalmente eu disse a ela que estava indo ao banheiro, e eu
simplesmente fiquei na cabine até o final do jogo".

"Ela nem sequer procurou você?" Toda esta situação soa exatamente como
algo que meu pai faria.

"Tenho certeza que ela tentou, mas eu estava no banheiro dos homens,
Edward. Como ela viria me pegar?"

Ele tem um ponto. "De qualquer forma, o que aconteceu depois?"

"Bem, depois que o jogo terminou, eu saí e voltei para ela." Ele não deu
mais detalhes, então eu forcei mais.

"E então?"

"E então o quê? Nós fomos embora e eu a levei para casa".

"Ela nunca perguntou onde você estava?" Eu ri.


"Claro que ela perguntou, eu disse a ela que era muito barulho para mim.
Ela foi muito compreensiva, mas, novamente, sua mãe sempre foi paciente
comigo." O carinho na voz do meu pai quando ele fala sobre a minha mãe é
palpável.

"É verdade, então você estava mais nervoso sobre o lugar real do encontro,
não com a mamãe?"

"Sua mãe me assustava porque ela era a mulher mais bonita que eu já tinha
visto. Quando consegui conhecê-la melhor, eu fiquei com ainda mais medo
porque achei que se ela soubesse que eu era diferente, ela não quereria
mais nada a ver comigo." Ele falou em voz baixa. Tenho certeza que
lembrar é doloroso para ele.

"Porque o vovô fazia você pensar dessa forma?"

"Sim, ele sempre me disse para agir normalmente e não de forma estranha.
Ele me disse que para fazer alguém me amar, eu tinha que ser mais como
ele." Ele limpa sua garganta. "Eu já lhe disse isso, e você sabe que tipo de
homem ele era, Edward. Eu quase não vejo por que requentar isso é
importante." Ele fica com raiva, e eu imediatamente mudo de assunto.

"Eu falei com Clancy sobre os vaga-lumes." Esperemos que isto o acalme.

"Oh? Maravilhoso, tenho certeza que Bella vai amar, Edward. É uma ideia
muito romântica e bem pensada." Seu tom é mais relaxado agora.

"Espero que sim." Eu ando até a pia e lavo minha caneca.

"Não se preocupe, filho. Eu não ligarei para você esta noite, tenha um
grande momento".

Meus olhos se arregalam de surpresa, eu sei como é difícil para ele se


desviar de uma rotina auto-centrada. "Pai, você tem certeza?"

"Sim, não se preocupe comigo. Imaginei quando você me contou sobre o


encontro, que eu faria isso".

Eu rio. "É claro que você imaginou. Eu te amo, pai, falarei com você
amanhã de manhã".
"Muito bom, filho, até lá então. Tenha um bom dia, eu te amo." E ele
desliga.

~O~

Às 16hs eu estou vestido e pronto para ir. Estou usando jeans preto simples
e uma camisa branca de botões. Sem gravata ou paletó. Eu quero que Bella
relaxe, e eu sei que se ela me vir vestido de forma casual, ela se sentirá
melhor.

Felix chega na hora e nós seguimos para encontrar meu amigo Clancy para
pegar os vaga-lumes.

"Ei, olá, Edward." Clancy caminha em minha direção com uma caixa de
tamanho médio.

"Oi, Clancy, então, são eles?"

"É isso aí, são eles".

Felix abre o porta-malas e gentilmente coloca a caixa dentro.

"Obrigado mais uma vez." Eu aperto a mão de Clancy e volto para o carro.

"Então, Felix, meu carro está no parque?"

Ele sorri. "Sim, Sr. Cullen. Devo dizer, será estranho saber que você está
dirigindo ao redor da cidade".

Eu rio. "Estranho ou terrível?"

"Os dois." Nós dois rimos.

~O~

Às 16hs55min, Felix estaciona na calçada em frente à casa de Bella. Eu


respiro fundo, saio do carro com os girassóis que comprei para ela e
caminho até a porta. Bato na porta e espero.
Um minuto depois ela abre, e a corrida da essência inebriante de Bella
inunda meu nariz. Eu sorrio instintivamente e sou cumprimentado com um
sorriso brilhante e radiante em troca.

"Edward, oi." Ela diz, sem fôlego.

Entrego-lhe as flores e seu sorriso radiante amplia infinitamente. "Oh, elas


são lindas." Ela as leva ao seu nariz e inala.

"Você é linda, elas são medíocres em comparação." Eu sorrio.

"Doce, brega, mas doce".

Eu dou de ombros e entro quando ela oferece.

"Emmett estará aqui em um minuto, eu tenho certeza, e então nós podemos


ir." Ela diz enquanto enche um vaso com água.

"Edward, você está aqui." Sebastian vem correndo para a cozinha com uma
camiseta 'eu amo macarrão'.

"Ei, amigo, ótima camiseta".

Ele olha para baixo e sorri. "Mamãe comprou para mim, já que é o dia
nacional de massas. O Sr. Emmett e eu faremos três tipos de massas esta
noite." Ele está saltando com energia.

"Isso é tão legal." Ele olha para mim por um momento, e eu noto que ele
para de saltar. Seus olhos se concentram em seus pés.

"Uhm, Edward?" Ele pergunta baixinho.

"Sim, Seb, o que é?"

Ele olha para Bella e depois de volta para mim.

"Eu... bem... estaria tudo bem se eu abraçar você?" Ele não consegue olhar
para mim e eu acho isso estranho, já que ele não teve problemas fazendo
isso antes.
"Claro, Seb, mas você não tem que me perguntar." Eu me ajoelho na
mesma altura que ele e abro meus braços.

Ele corre para mim e envolve seus braços ao redor do meu pescoço.
"Obrigado, Edward".

Seu aperto é firme, então eu o abraço e o puxo para mais perto de mim,
dando-lhe a proximidade que ele está claramente ansiando. "A qualquer
hora, amigo".

Ele vira a cabeça ligeiramente e sussurra em meu ouvido cinco palavras


que eu nunca teria esperado ouvir. "Eu acho que amo você".

Eu suavemente ofego e o empurro levemente para olhar em seus olhos.


"Você acha?"

Ele balança a cabeça. "Eu acho que sim".

Eu olho para Bella, que está corando ferozmente enquanto nos observa.

"Bem, eu sei que eu amo você, Sebastian." Eu digo e sou recompensado


com o sorriso mais brilhante dele.

"Como você sabe?"

Eu penso por um momento, perguntando-me como eu posso explicar para


ele como é fácil amá-lo e como é isso.

"Bem, eu amo passar o tempo com você, e eu sinto sua falta quando você
vai embora. Eu percebo que não há muito que eu não faria por você, e você
torna tão incrivelmente fácil amar você, Sebastian. Eu invejo a pureza e
honestidade do seu coração." Eu ouço uma fungada e olho para cima para
ver Bella limpando sua bochecha. Ela descarta isso como se não fosse
nada.

"Uau, Edward." Sebastian diz com um rosto chocado.

Eu rio e despenteio o cabelo dele. A campainha toca e Bella caminha para


atendê-la. Sebastian pula no banco e olha para mim com os olhos
pensativos.
"Eu decidi." Ele diz.

"Sobre o quê?" Eu pergunto, curioso.

"Eu amo você." Ele balança a cabeça para a sua própria resposta, e eu rio.

"Então eu sou um cara de sorte." Ele sorri para a minha resposta, e então
ele se alarga quando ele olha ao meu lado.

Eu me viro e vejo um grande homem na porta. Estou certo que ele poderia
me rasgar em pedaços com o dedo mindinho. Quando meus olhos pousam
em seu rosto, eu fico imediatamente relaxado ao encontrar um sorriso de
covinhas e olhos quentes.

"Ei, você aí, Seb, você está pronto para começar a cozinhar?" Ele diz
enquanto caminha em direção a nós.

"Sim, eu estava esperando por você." Sebastian parece tão feliz.

O grande homem olha para mim, e Bella toma esse momento para nos
apresentar. "Edward, este é Emmett, professor de Seb e amigo. Emmett,
este é Edward, meu..." Ela para e eu noto um olhar confuso em seu rosto.

"Amigo, chefe, encontro?" Ela pergunta.

"Todos os itens acima, mas eu não sou realmente o seu chefe, eu só uso o
que você me diz para usar." Eu digo e seu rosto relaxa.

"Prazer em conhecê-lo, cara. Seb e Bella me falam muito sobre você."


Emmett diz quando estende a mão. Nós nos cumprimentamos e eu olho
para o relógio.

"Bella, nós temos que ir. Para o que eu tenho planejado, o tempo é tudo".

"Intrigante." Ela diz e pega seu casaco, beija Seb na testa e nós nos
apressamos em sair.

Chegamos ao Central Park exatamente na hora prevista. Ela olha para mim
confusa.

"Vamos lá, nós vamos nos atrasar, Bella".


"Atrasar?" Ela ri. "É o parque, não há tempo definido aqui".

Eu reviro meus olhos. "Não seja uma destruidora, eu tenho uma mesa,
vamos".

Ela ri e sai do carro.

Eu ando até o porta-malas, onde Felix está segurando a caixa.

"O que é isso?" Bella tem um sorriso divertido.

"Paciência." Pego a caixa e gesticulo para ela me seguir. Eu a coloco em


uma mesa de piquenique.

Eu espero até que Felix vá embora.

"Onde ele está indo?" Ela pergunta.

"Eu tenho o meu carro aqui, nós não precisamos mais dele." Eu me viro em
direção a ela e seguro minhas mãos como garras, rosnando de brincadeira.

"Somos só eu e você, menina." Eu rosno e ela ri.

"Oh, não, o que eu farei?" Ela diz, com falso medo.

Quando estou diretamente em frente a ela, eu sorrio para ela e estendo


minha mão. "Vamos lá, há algo que eu quero te mostrar".

Nós andamos de mãos dadas de volta para a mesa e eu abro a caixa. Eu a


vejo tentando espreitar, mas eu a seguro longe o suficiente para que ela não
possa ver.

"Como está o seu bumbum, Bella?"

Ela ofega, mas depois começa a rir. "Tudo bem?"

"Não acendendo para mim ainda, hein?" Eu atiro-lhe um olhar


interrogativo.

Ela franze os lábios. "Ainda não".


Eu aceno e pego um grande frasco coberto da caixa. O sol ainda está
fluindo através das árvores, então eu sei que ainda tenho alguns minutos.

"Vamos até aquela árvore." Eu aponto e retiro um frasco menor da caixa e


a sigo.

"O que está acontecendo, Edward? O que há nesses frascos?"

Eu balanço minha cabeça. "Apenas espere".

Ela cruza os braços sobre o peito e bufa. Eu rio da sua impaciência.

"Deixe-me fazer-lhe algumas perguntas primeiro".

"Tudo bem." Ela revira os olhos e eu rio novamente.

"Você sabe do que vaga-lumes fêmeas são chamadas?"

Ela balança a cabeça.

"Pirilampos." Eu levanto o tecido preto do pequeno frasco, expondo um


bando de minúsculos pirilampos.

Seus olhos se arregalam. "Oh, uau, Edward".

Eu abro o frasco e as coloco na árvore.

"As fêmeas não voam, elas relaxam na árvore e acendem seus bumbuns".

Ela ri para mim. "Para os seus companheiros, certo?" Ela pergunta.

Eu sorrio. "Bem, você estava prestando atenção." Eu levanto o segundo


tecido preto do frasco grande e ela suspira quando vê bem mais de 20 vaga-
lumes flutuando no interior do recipiente.

"O que você está fazendo, Edward?"

Eu vejo o sol finalmente mergulhar atrás dos arranha-céus e abro a tampa.

"Às vezes o amor é mais fácil de ver do que falar. Vaga-lumes usam seus
corpos para se mostrar aos pirilampos. Se ela gostar do cara, ela responderá
com um padrão de luz." Os vaga-lumes seguem para as árvores e Bella e eu
assistimos ao magnífico espetáculo que a natureza proporciona.

"Eles são meio como as pessoas." Ela diz.

"Como assim?"

"Bem, eles estão se colocando lá fora, esperando para ser aceitos. Às vezes,
eles são descartados, e outras vezes eles são aceitos." Eu posso ver as luzes
dos vaga-lumes refletindo seus olhos intoxicantes.

"Isso é muito perspicaz, Bella".

Ela encolhe os ombros. "Isso é tão bonito, Edward." Seus olhos movem e,
quando ela olha para mim, eu sinto o ar deixar meus pulmões. Sua beleza
me deixa sem fôlego.

"Você merece ver as coisas bonitas neste mundo, Bella." Ela levanta a mão
e a coloca na minha bochecha. Eu me inclino em seu toque e me delicio
com a sensação da sua pele macia na minha.

"Obrigada." Ela levanta ligeiramente nas pontas dos pés e escova seus
lábios contra os meus. Eu seguro sua cabeça em minhas mãos e aprofundo
o beijo.

Ficar perdido em Bella é a melhor sensação do mundo.

Eu sinto a proteção da escuridão à nossa volta e os vaga-lumes se refugiam


nas árvores e arbustos ao nosso redor.

Nós nos separamos e seus olhos se abrem. O rubor mais delicioso pinta
suas bochechas e seu sorriso brilha no crepúsculo.

"Com fome?" Eu sussurro.

"Sim." Eu a beijo rapidamente mais uma vez e pego sua mão para
caminhar em direção ao carro.

"Uma Mercedes, hein?" Ela diz enquanto eu a ajudo a entrar.

"É segura e prática." Fecho a porta e caminho para o lado do motorista.


Ligo o carro e dirijo para o leste.

"Então, onde vamos comer?"

Deslizo minha mão em direção a ela e ela a pega imediatamente.

"Serendipity." Eu digo enquanto levemente beijo as pontas dos seus dedos.

"Ótimo sorvete." Ela ri.

"Faz sentido levá-la lá, visto que foi acidental como nos conhecemos".

Seus olhos arregalam. "Você realmente pensou muito nesta noite".

Eu aceno. "Absolutamente".

~O~

Estamos sentados em uma pequena mesa perto da janela. Bella tem um


sorriso contagiante no rosto e seus olhos estão lançando por todo o lugar.

"Eu achei que você tivesse dito que já esteve aqui antes?"

Ela balança a cabeça. "Não, muito lotado para Seb, meu pai sempre pega
sorvete daqui para mim quando está na cidade".

Eu aceno e tomo minha água. A garçonete vem e pega o nosso pedido.


Bella pede um peito de frango refogado coberto com pepinos apimentados,
tomates, manjericão e azeitonas pretas que tinha o nome fantasia de Um
Jardim de Allah, e eu peço por um simples fettuccine de frutos do mar.

"Então, Bella, o que a tem tão estressada ultimamente?"

Ela respira fundo. Seus dedos brincam com o garfo, invertendo-o


repetidamente.

"O pai de Sebastian, uma reunião na escola que eu tive ontem e me manter
com tudo." Ela encolhe os ombros. "Eu estou sobrecarregada".
"O pai de Seb está lhe dando um tempo difícil?" Eu não quero fazer as
perguntas que eu temo. Só espero que ele não esteja tentando voltar com
ela.

"Ele é um pai conveniente para Seb. Quando ele está aqui, ele está
realmente aqui. Seb o adora, e ele ama seu filho." Ela nervosamente gira
um pedaço do seu cabelo.

"Isso é bom, não é?"

"É... é só que." Ela solta um suspiro de frustração. "Ele partirá de novo, e


eu sei quais serão as consequências. Seb chora, ele se rebela e, em seguida,
ele se torna apático. Isso me quebra um pouco mais a cada vez".

Eu odeio vê-la tão chateada. Eu gostaria de poder levar tudo embora.


"Bella, você é uma mulher incrível e seu filho te ama. Eu acho que é ótimo
que Sebastian e seu pai tenham uma relação maravilhosa. Com isso dito, se
houver qualquer maneira que eu possa suavizar o golpe para Seb quando
chegar a hora, por favor, deixe-me fazer isso?"

Nossa comida chega antes de Bella ter a chance de me responder. Nós não
falamos novamente de imediato, nós apenas comemos e olhamos um para o
outro durante toda a nossa refeição.

Somente quando estamos no meio é que ela finalmente fala. "Eu posso
confiar em você, Edward?"

Eu olho para ela e posso ver o medo que se acumula em seus olhos.

"Sempre".

Ela acena e dá outra mordida. "Eu não estou preocupada com o meu
coração, ele está acostumado a uma surra, mas eu não posso trazer essa dor
para Seb".

A atitude espontânea que ela tem em relação ao seu próprio bem estar me
surpreende. "Bella, seu coração é tão importante para mim como o de
Sebastian, e quer você perceba isso ou não, eles estão ligados. Se eu
machucar você, eu o machuco, e vice-versa. Isso é algo que eu não posso
fazer".
Um leve rubor domina seu rosto e um pequeno sorriso aparece. "Você
realmente é um grande cara, Edward".

"E você, Bella, é uma mulher incrível." Eu não posso desviar o olhar dela.
Eu preciso ver o seu rosto, eu preciso vê-la entender como eu a vejo, na
esperança de que ela possa ver o seu valor.

"Obrigada." Ela sussurra e seus olhos caem para a sua refeição.

Depois que comemos, nós dois pedimos um chocolate quente congelado e


mantemos o resto da nossa conversa leve.

Quando saímos do restaurante, Bella pára e me puxa de volta.

"Você está bem?" Eu pergunto, olhando para ela com preocupação.

"Eu confio em você, Edward, eu confio em você com os nossos corações".

Eu fico olhando para ela enquanto suas palavras penetram todo o meu ser
e, sem pensar, eu a pego em um abraço completo.

"Obrigado." Eu digo em seu cabelo.

Nós dois estamos rindo muito no momento em que nos separamos.

"Correndo o risco de soar brega, você será minha namorada, Bella?" Seu
sorriso desaparece e ela morde seu lábio inferior.

"Eu adoraria isso." Ela diz finalmente, e eu sou mais uma vez tomado pela
emoção. Eu a puxo para mim novamente e a beijo ali mesmo na calçada,
em frente de toda Nova York.
Capítulo 12 – Cena extra – Noite de massas

~ Emmett ~

Bella não está nem mesmo no seu carro antes de Seb pular no banquinho e
começar a abrir as caixas de massa.

"Ei, cara, acalme-se, nós vamos totalmente chegar a cozinhar. Primeiro, é


preciso lavar as mãos".

Sebastian faz beicinho, mas desliza para fora do banquinho e nós


caminhamos até o banheiro. Ele lava as mãos cuidadosamente e eu faço o
mesmo.

Mais uma vez, ele pula no banquinho e começa a abrir as caixas.

"Ei, Seb, nós temos que seguir as regras. Primeira regra era lavar nossas
mãos." Nós seguramos nossas mãos levantadas e assentimos. "Conferido".

"Qual é a próxima, Sr. Emmett?"


"Em seguida, nós precisamos de três panelas com água." Seb aponta para o
armário ao lado do fogão. "Mamãe está sempre fazendo barulho por aí.
Então ela diz palavrões e as grandes panelas caem. Então eu acho que o
que nós precisamos está lá".

Eu rio e abro o armário. Com certeza, há mais ou menos dez panelas, em


todos os tamanhos diferentes.

"Bom trabalho, Seb." Ele sorri.

"Agora, vamos enchê-las".

Seb pega uma escadinha e a leva para a pia. Ele sobe nela e liga a água.
"Primeira panela, por favor, Sr. Emmett".

Eu entrego para ele e ele a enche. Está muito pesada, então eu a levo para o
fogão. Eu as coloco em três queimadores e viro e vejo Seb segurando um
grande avental.

"O quê?" Eu pergunto curioso.

"Você precisa usá-lo. Minha mamãe sempre usa isso. Isso mantém as
roupas dela bonitas".

Eu pego o avental e o coloco. Eu divertidamente bato meus olhos e


descanso minhas mãos em minha bochecha. Em um tom soprano, eu imito
Bella. "Eu estou tão, tão bonita, Sebastian?"

Ele ri alto. "Você é engraçado, Sr. Emmett".

Eu dou de ombros e abro a geladeira. No interior, há uma grande tigela de


metal com uma folha de alumínio sobre ela.

"Então, Seb, eu sou muito ruim em fazer molho de macarrão, então eu pedi
para a sua mãe fazer isso." Eu pego a tigela.

"Nós precisamos colocá-lo em uma outra panela e aquecê-lo".

Ele acena e vai para o armário. Ele pega uma panela de tamanho médio.
"Isto está bom?"
"Perfeito, ótimo trabalho, amigo." Eu despejo o molho na panela e a coloco
no fogão.

"E agora?" Seb pergunta.

"Bem, nós temos que esperar o molho borbulhar e as outras panelas


ferverem".

"E depois o quê?"

"Nós colocamos o macarrão na água quente e mexemos de vez em


quando".

"E depois?" Ele está me olhando com curiosidade genuína.

"Então, quando estiver perfeito, nós retiramos a água".

"E depois?"

"Nós os colocamos em uma grande tigela, misturamos o molho e queijo e,


em seguida, bon appétit".

Seb ri. "O que isso significa?"

"Bon appétit?"

Ele acena. "Isso significa, bom apetite, em francês".

O rosto de Seb enruga. "Mas nós estamos comendo comida italiana".

Eu rio. "É verdade".

"Então, como você diria isso em italiano?"

"É semelhante, buon appetito".

Ele sorri e acena com a cabeça. "Ok".

Quando a água ferve, eu levanto Seb e, muito lentamente, ele começa a


colocar o penne, depois o farfalle, e então nós quebramos o espaguete ao
meio e colocamos na última panela.
Nós misturamos juntos e esperamos.

"Então, Seb, você gosta de Edward?" Eu pergunto, não para ser


intrometido com a vida pessoal de Bella, mas para ver o que Seb realmente
pensa sobre tudo isso.

"Oh, uau, sim, ele é o mais legal. Eu o amo, você sabe." Seus olhos estão
voltados para a panela enquanto ele mexe.

"Sério? Ama?"

"Sim, Edward me disse o que é o amor. E eu sinto isso".

Eu sorrio. "Isso é tão incrível".

Quando a massa está pronta, nós a escorremos e começamos a preparar


todas as tigelas. "Tudo bem, você quer uma colherada de cada um?"

"Sim, por favor".

Eu pego dois pratos, arrumo nossos pratos, sirvo nossa água e nós
sentamos no balcão de café da manhã.

"Podemos colocar três pratos para a mamãe, para que ela possa prová-los?"
Ele pergunta enquanto coloca macarrão na boca.

"Claro, amigo." Eu entrego-lhe um guardanapo. "Devagar, ninguém vai


roubar isso de você".

Ele ri e continua a comer.

"Então, você está se divertindo com o seu pai?" Eu rodo o espaguete em


torno do meu garfo e como. O molho é incrível, Bella é oficialmente
demais.

"Sim".

"Apenas sim? Que tipo de coisas vocês têm feito?"


Ele olha para mim com um olhar profundo de concentração, e encolhe os
ombros. "Você tem uma namorada, Sr. Emmett?" Ok, nós estamos
mudando de assunto.

"Não, cara, eu não tenho".

"Por quê?"

Eu dou de ombros. "Não sei, na verdade".

Ele se inclina e me cheira. "Você cheira bem. Você não é fedido".

"Obrigado." Eu rio.

"Você diz palavrões, ou fuma cigarros?" Ele termina o penne e gira o prato
para que o farfalle seja o próximo.

"De jeito nenhum, eu nunca fumo. E eu tenho dito palavrões antes, mas eu
tento não dizer".

"Bom, cigarros são nojentos e fedem. Se você fumasse, então você também
seria fedido".

Eu tomo um gole da minha água.

"A amiga da mamãe é tão bonita, eu aposto que ela seria sua namorada".

Eu engasgo um pouco com a minha água, mas me recupero rapidamente.


"Você está tentando me estabelecer?"

Ele balança a cabeça. "Estabelecer? Como para um crime?"

"Não, quero dizer, me enforcar?"

Ele ri. "Por que eu o enfocaria em um um gancho?"

"Não importa, fale-me sobre a amiga da sua mãe." Que criança literal, e
brilhante.

"O nome dela é Rose, e ela é muito bonita. Ela cheira bem também".
"Eu gosto do nome dela, eu gosto de pessoas bonitas, e o fato de que ela
cheira bem é sempre um adicional. Então, ela vem muito aqui?" Eu termino
meu macarrão e Seb está girando seu prato agora para comer a última
massa.

"Ela não vem aqui, ela trabalha em uma loja onde minha mãe vai para
vestir outras pessoas." Ele encolhe os ombros.

"Esta loja tem um nome?" Eu dou o último gole da minha água.

"Claro, bobinho, todas as lojas têm nomes".

Eu rio. "É verdade. Você sabe o nome da loja em que Rose trabalha?"

Ele bate seu garfo contra o seu prato, e seu rosto enruga novamente. Ele
está pensando. De repente, seus olhos se arregalam. "Burgerdorks!" Ele
grita.

"Burgerdorks?" Eu nunca ouvi falar desse lugar.

"Sim, tem roupas muito legais e um monte de coisas brilhantes também.


Minha mamãe adora as jóias".

Eu tento pensar em todos os lugares da cidade.

"Seb, você tem certeza que o lugar chama Burgerdorks?" Ele balança a
cabeça.

Então isso me atinge. "Você quer dizer Bergdorf?"

Ele sorri. "Sim, é isso".

Eu rio histericamente. "Você me quebra, garoto".

Ele apenas dá de ombros e termina sua massa.

Depois disso, Seb me ajuda a limpar o balcão e nós fazemos os três pratos
para sua mãe. Em seguida, lavamos os pratos e nos certificamos que a
cozinha esteja impecável.
"Tudo bem, Seb, de acordo com a lista da sua mãe aqui, você tem
permissão para assistir televisão, ler um livro ou fazer alguma coisa por
uma meia hora. O que vai ser?"

Ele olha para a TV. "Nós podemos assistir a um filme".

"Nós temos apenas meia hora, amigo. Então você tem que ir para a cama".

Ele coça a cabeça. "Você vai desenhar comigo?"

"Absolutamente, eu sou o melhor desenhista do mundo." Eu pego um


pouco de papel e lápis de cor da caixa denominada "Coisas de Arte de
Seb".

"Mamãe diz que eu sou o melhor." Ele ri.

"Podemos compartilhar sendo o melhor?"

Ele acena. "Ok, Sr. Emmett".

Eu escolho desenhar um dragão porque acho que os dragões são a coisa. Eu


olho para o desenho de Seb e ele tem desenhado todo o horizonte de Nova
York. Eu posso decifrar todos os edifícios e a ponte. É uma obra de arte.

"Oh, uau, Seb, isso é incrível".

Ele sorri. "Obrigado." Ele olha para a minha imagem e, de repente, eu me


sinto envergonhado com o meu dragão parecendo patético.

"Eu gosto do seu dinossauro." Ele diz.

"Obrigado." Eu murmuro. Eu empurro a imagem para o lado e me


concentro no que Seb está fazendo.

Ele tem sua língua saindo do lado da sua boca e seus lábios estão franzidos.
Sua testa está franzida e seus olhos estão focados.

"Aí, tudo pronto." Ele diz e sua obra-prima é completa e perfeita.

"Uau. Eu realmente amo isso, Seb".


"Então você pode tê-lo, Sr. Emmett".

Eu sorrio. "Obrigado, amigo".

Ele se estica para mim, mas pára. "Posso ter um abraço?"

"Sim, Seb, você pode, e eu estou realmente feliz que você esteja me
perguntando".

Ele balança a cabeça e me abraça.

"Eu sei, nem todo mundo gosta de abraços. Eu preciso perguntar".

Eu dou um tapinha em suas costas. "É isso mesmo, você entendeu isso".

Nós nos separamos. "Ok, próximo da lista." Eu retiro o pedaço de papel no


meu bolso de trás e o leio. "Rotina da hora de dormir, amigo, você sabe
disso?"

"Sim." Ele salta para baixo e eu o sigo pelas escadas.

Nós caminhamos para o banheiro e ele se vira para mim. "Eu posso fazer
essa parte sozinho, Sr. Emmett".

Eu ergo minhas mãos em sinal de rendição. "É isso aí, cara, eu vou apenas
esperar por você no seu quarto".

"Ok, mas você pode não sentar na minha cama?"

Eu aceno. "Com certeza".

Ele faz o seu negócio e eu entro em seu quarto. É exatamente como eu


imaginei. Simples.

Eu vou até a estante de livros e roço os títulos. Há todos os tipos diferentes.

"Você quer escolher a minha história da hora de dormir, Sr. Emmett?" Eu


pulo um pouco, não tendo o ouvido entrar.

"Sua mamãe normalmente faz isso?" Eu pergunto enquanto ele anda até a
sua cômoda e pega um pijama.
"Não, eu sempre escolho".

"Então, por que você me perguntaria, Seb?"

Ele encolhe os ombros. "Eu só queria saber se você queria. Eu quero ler
The Giving Tree hoje à noite".

Eu rio. "É isso aí".

"Uhm... Sr. Emmett?"

"Sim, amigo." Eu digo quando procuro ao longo das lombadas dos livros
por The Giving Tree.

"Eu posso me trocar?"

Eu me viro e o vejo segurando seu pijama.

"Claro, amigo." Eu sorrio e saio do quarto.

Um minuto depois, ele abre a porta. "Você está pronto?"

Ele balança a cabeça e me entrega o livro.

"A mamãe tem os livros colocados lá por autor." Ele diz enquanto desliza
para a cama.

Eu me sento na cadeira ao lado da sua cama e abro o livro. Seb me olha


com admiração enquanto eu leio. Cada página mostra uma emoção
diferente. Quando está terminado, eu fecho o livro e sorrio para ele.

"Eu não sei se gosto dessa história." Ele diz.

"Oh? Por quê?"

"O menino matou a árvore".

"É assim que você vê isso, Seb?"

Ele acena. "E ele parou de brincar com a árvore".


"Mas ela o amava tanto, ela estava disposta a dar-lhe tudo o que ela tinha.
E ela esperaria para sempre por ele. A felicidade dele era tudo que ela
sempre quis em troca. Assim como sua mãe faria por você".

Ele balança a cabeça. "Eu nunca mataria a minha mamãe".

"Eu sei que você não mataria, mas esta é uma história sobre amor. No fim
das contas, eles têm um ao outro".

Ele encolhe os ombros. "Acho que sim, mas eu não gosto do menino. Ele
não é muito agradável. Eu não seria amigo dele".

"Por quê?"

"Porque se eu fosse amigo dele, ele acabaria sentando em mim quando eu


não tivesse mais nada para lhe dar".

Eu rio. Ele é uma das crianças mais inteligentes que eu já conheci. "Você o
vê como um intimidador, Seb?"

Ele acena.

"Eu entendo." Eu levanto e coloco o livro de volta no local vazio. "Eu não
deixarei ninguém sentar em você, Seb, eu prometo".

Ele sorri. "Eu ainda não gosto do menino." Ele diz e eu rio.

"Ok".

Eu o ajeito firmemente, acendo sua luz de cabeceira e fecho a porta.

Desço as escadas, sento no sofá e vejo como meus times foram hoje.

Quando ouço o tilintar de chaves, eu sigo pelo corredor e inclino contra a


parede. Quando Bella entra, a primeira coisa que eu noto é seu sorriso
radiante. A segunda coisa é o seu brilho deslumbrante.

Quem quer que seja Edward, ele a faz feliz. Finalmente.


Capítulo 13 – Viver, respirar, dar um soco

~ Bella ~

Eu estive em muitos encontros antes, com Demetri e outros caras, ao longo


da minha vida, mas nenhum deles sequer chegou perto de Edward. Tinha
que ser a noite mais atenciosa e carinhosa que eu já tive.

Ele me acompanhou até a minha porta, deu-me um beijo doce e casto e até
mesmo esperou até que eu estivesse em segurança dentro de casa antes de
partir.
"Ei, você aí, você se divertiu?" Emmett pergunta enquanto se inclina contra
a parede com os braços sobre o seu peito e um sorriso radiante.

"Eu me diverti, foi..." Eu suspiro. "Perfeito." Eu não posso evitar a


risadinha quando ela corre para fora da minha boca.

"Bem, você merece".

Eu sorrio e, pela primeira vez em muito tempo, eu concordo com essa


afirmação. Eu mereço.

"Então, Seb deu-lhe um tempo difícil para dormir?" Eu entro na cozinha e


sorrio quando vejo três pratos cobertos no balcão.

"Ele não deu, na verdade. Segui a rotina que você colocou, e foi tranquilo."
Ele aponta para os pratos. "Ele queria deixá-los para você".

Eu aceno e levanto as tampas. Há Penne, Farfalle e espaguete simples.


"Isso parece maravilhoso, Em, você se divertiu?"

"Claro".

"Muito obrigada por cuidar dele para mim, eu realmente aprecio isso." Eu
começo a vasculhar minha bolsa para entregar-lhe algum dinheiro, mas ele
me pára.

"Nem pense em me insultar me entregando dinheiro. Eu tive um monte de


diversão, Bella." Eu sorrio e coloco minha bolsa na cadeira da cozinha.

"Obrigada".

"Posso te fazer uma pergunta?" Emmett pergunta quando senta no banco da


cozinha.

"Claro, o que foi?"

"O pai de Sebastian, ele está na cidade, certo?"

Eu aceno, querendo saber onde ele está indo com isso.


"Por que ele não cuidou de Seb? Não que eu me importe, eu só estou
curioso".

Eu respiro e me firmo quando respondo. "Quando Edward me convidou


para sair, eu não achei que Dem estaria em casa. Inferno, eu nunca sei
como é o seu dia-a-dia com o seu horário de trabalho. Então eu nem sequer
o coloquei na equação, para ser honesta".

"Eu entendo." Ele franze a testa. "Como é que o ato de desaparecimento de


Demetri passa com Seb?"

"Não tão bem." Eu me sento ao lado de Emmett. "Cada vez é diferente, no


entanto. Da última vez, Seb destruiu todo o seu quarto. Na vez antes disso,
ele se recusou a comer por dois dias." Eu dou de ombros. "É a única vez
que Seb é imprevisível".

Ele acena. "Quando você souber quando Demetri estará deixando a cidade
mais uma vez, dê-me um aviso. Talvez nós possamos resolver isso juntos e
prepará-lo." Ele me dá um sorriso caloroso. "Seb odeia surpresas, mas ele
já percorreu um longo caminho em aceitar as coisas que não pode
controlar. Talvez possamos abordar isso de forma diferente".

Eu não posso me segurar, eu me estico e o abraço. "Muito obrigada,


Emmett, eu adoraria a ajuda".

Ele me dá um grande abraço de urso.

"Tudo bem, Bella, eu tenho que ir".

Eu o levo até a porta e depois que ele vai embora, eu sigo para cima.
Quando abro a porta do Seb, eu o vejo enrolado firmemente em seus
cobertores com um sorriso sereno nos lábios, e contentamento enche meu
coração.

~O~

Eu acordo domingo de manhã ao som do meu telefone tocando. "Quem


diabos está me ligando às..." Eu olho sonolenta para o relógio. "Seis horas?
Sério?"
Pego o telefone sem olhar quem é. "Olá?" Eu estalo.

"Bella, bom, estou feliz que você esteja acordada, eu queria levar você e
Seb para tomar café da manhã." A voz borbulhante de Demetri me faz
quase estremecer. Eu não sou fã de pessoas matinais.

"Dem, são seis horas da manhã. Em um domingo".

"Sim, bem, você sabe o que dizem, o pássaro madrugador pega a


minhoca".

Eu gemo de frustração. "As aves podem ter os malditos vermes, Dem.


Sebastian ainda está dormindo, de qualquer jeito".

Ele solta um suspiro alto. "Tudo bem, então o almoço?"

"Tudo bem, esteja aqui às 11hs30min, ele tem que almoçar às 12hs".

"Ótimo, então, onde você quer ir? Eu estava pensando talvez no parque, já
que está tão bom hoje".

Um pequeno sorriso toca em meus lábios enquanto eu me lembro dos vaga-


lumes na noite passada com Edward. "Sim, tudo bem, eu farei um
piquenique".

"Legal. Eu estava esperando que você dissesse isso. Eu amo a sua salada de
atum".

Eu rio. "Eu farei algum extra e você pode levá-la para a sua casa para mais
tarde".

"Oh, rapaz, você vai me estragar, Bella." Ele diz com diversão.

"Duvidoso." Eu murmuro muito baixo para ele ouvir. "Vejo você mais
tarde, Dem".

Eu desligo e bato minha cabeça no meu travesseiro. Tento voltar a dormir


por cerca de meia hora até que eu desisto. Puxo os lençóis e me preparo
para o dia.

~O~
Às 11hs15min, a campainha toca e eu corro para atendê-la. Dem sorri
brilhantemente quando eu abro a porta.

"Ei, Bella".

"Oi, Dem, entre. E obrigada por não apenas entrar como da última vez".

Ele ri. "Sim, sinto muito por isso".

"Papai, papai, papai." Seb corre para os braços abertos de Demetri, e eu sou
mais uma vez aquecida até o núcleo com o carinho que eles sentem um
pelo outro.

"Você está pronto para um piquenique no parque, amigo?" Dem pergunta


para um animado Seb.

"Sim, sim, muito sim".

Eu rio e pego a cesta de piquenique.

"Aqui, deixe-me levar isso." Demetri estende a mão e eu lhe dou a cesta.

Todos nós entramos em sua BMW X3 e eu rio.

"O que é tão engraçado?" Ele pergunta quando liga o carro.

"Nada, apenas homens e seus carros".

"Eu a terei sabendo que este carro, como você diz, é um SUV top de linha
e se orgulha em segurança".

"Mercedes são carros bons também." Eu me oponho.

"Pfft, por favor, eles são chamativos".

Eu rio. "Eles são práticos, você não acha?"

Ele encolhe os ombros. "Talvez, mas BMW são carros melhores".

Nós dirigimos em silêncio para o parque, e eu posso sentir Sebastian vibrar


com emoção quando Dem estaciona.
Nós andamos até as mesas de piquenique, ironicamente ao lado da árvore
em que Edward e eu colocamos os vaga-lumes.

Eu estabeleço o almoço enquanto Dem e Seb chutam uma bola de futebol


ao redor.

"Ok, meninos, hora do almoço." Eu grito e Dem levanta Seb no ar e sobre


seu ombro. Eles correm para a mesa em um ataque de riso.

"Eu encontrei este menino, senhora, ele é seu?" Dem pergunta.

Eu olho para um Sebastian de cabeça para baixo rindo e começo a rir. "Eu
não sei, meu filho estava do lado certo da última vez que eu o vi".

"Hmm, isso apresenta um problema. Talvez eu vá apenas jogar este aqui no


lixo." Ele começa a caminhar em direção à lata de lixo. Sebastian está
rindo alto.

"Oh, eu poderia muito bem alimentar o menino." Eu digo. Dem encolhe os


ombros e o coloca no banco.

Após a risada morrer, todos nós comemos. Demetri é todo 'ooh' e 'ahh'
sobre a comida, fazendo Sebastian rir ainda mais.

"Ótimo, né?" Eu pergunto e ele apenas balança a cabeça. Suas bochechas


estão recheadas como um esquilo.

"Você parece um esquilo, papai." Seb diz.

Ele engole e sorri para Seb. "É tão bom. Sua mãe sabe cozinhar".

Seb acena com entusiasmo. "Ela é a melhor." Ele diz e eu lhe dou uma
piscadela.

"Então, Dem." Eu digo quando começo a limpar. "A festa de aniversário de


Seb é no dia antes do Halloween, e você disse que queria vir, certo?"

Ele acena. "Sim, por quê?"

"Bem, eu convidei Edward e sua família para irem lá em casa depois do


boliche." Eu olho para ele com medo no meu coração. Como ele vai reagir?
"Eu entendo." Ele franze os lábios e começa a parecer muito interessado na
folha recém-caída sobre a mesa.

"Eles aceitaram, e eu só queria que você estivesse ciente".

Ele acena novamente. "Por que eles não vão para a pista de boliche?"

"Bem, o pai de Edward não se dá bem com multidões. Então eu apenas


pensei que seria mais fácil dessa maneira".

"Seb não se dá bem com multidões também, Bella, você acha que talvez
boliche seja apenas uma má idéia?"

Eu balanço minha cabeça. "Isto é o que Seb quer. Eu disse ao lugar sobre
ele e sobre as crianças que frequentam; eles estão bem preparados".

"Tudo bem, então o que você está dizendo é o que exatamente? Depois de
boliche você quer que eu vá para casa?" Sua postura se torna defensiva e
seu tom de voz áspero.

"Não, nem um pouco, eu só queria que você soubesse." Eu ando ao redor


da mesa e fico na frente de Dem. "Você é o pai dele, eu nunca vou forçá-lo
para longe da vida dele".

Seus lábios se curvam em um pequeno sorriso. Ele olha para Seb, que está
brincando com uma pilha de pinhas.

"Tudo bem, Bells, obrigado pelo aviso".

Eu aceno e dou-lhe um sorriso em troca. "Claro".

Nós três passamos o resto do dia chutando a bola de futebol ao redor,


coletando folhas e recebendo muitos pequenos fatos sobre a natureza do
nosso filho brilhante.

Quando o sol começa a se pôr, nós voltamos para a casa.

"Seb, eu vou fazer o jantar. Você pode ter certeza de que sua mochila esteja
toda pronta para amanhã?" Eu digo enquanto sigo para a cozinha com
Demetri a reboque.
"Sim, mamãe." Ele voa pelas escadas e eu retiro os bifes descongelados da
geladeira.

"Acho que eu deveria ir então." Dem diz e eu olho para ele. Tristeza adorna
suas feições. Eu deixo escapar um suspiro.

"Você pode ficar para o jantar, se você quiser".

Sua cabeça atira para cima e felicidade substitui seu comportamento


sombrio. "Eu adoraria".

Ele segue para a sala de estar enquanto eu fico ocupada com o jantar. Meu
telefone vibra no meu bolso e eu rapidamente atendo. "Olá?"

"Ei, Bella." A voz sedosa de Edward do outro lado faz o meu pulso
acelerar.

"Bem, olá." Eu digo e respiro fundo.

"Como foi o seu dia?" Ele pergunta e meu nervosismo sobe como foguete.
O que eu digo a ele? A verdade? Eu não posso evitar me sentir culpada por
sair com Dem.

"Bem, como foi o seu?"

"Foi chato, eu tive que passar por cima de um monte de coisas para uma
reunião na parte da manhã. Então, o que você fez hoje?"

Droga. Eu realmente não queria que ele me perguntasse isso. "Eu fui para o
parque, na verdade." Sim, isso é bom. Eu não menti.

"Nosso parque?" Ele brinca.

"Na verdade, sim." Eu mexo o arroz e começo a estabelecer o jantar


enquanto conversamos.

"Eu tive um tempo maravilhoso com você, Bella, eu não posso esperar para
fazer isso novamente".

"Edward, a noite passada foi uma das melhores noites da minha vida. Eu
realmente quero que você saiba o quanto significou para mim que você
colocou tanto pensamento em nosso encontro." Eu quero dizer isso, ele
literalmente me surpreendeu.

"Você merece a felicidade, eu estou feliz que eu pude dar a você".

Nossa conversa é interrompida quando Demetri e Sebastian vêm correndo


para a cozinha fazendo barulho.

"Vão para fora da cozinha, rapazes." Eu estalo. Sebastian olha para mim
com os olhos apologéticos.

"Eu sinto muito, querido, a mamãe não está brava, eu juro, eu não consigo
ouvir." Eu aponto para o telefone. Seu rosto relaxa imediatamente.

"Ok, amigo, vamos levar essa festa de luta para o seu quarto." Dem diz e
no segundo em que sua voz ressoa, eu ouço Edward inspirar.

O silêncio do outro lado me faz tremer. Eu espero até Dem e Seb estarem
fora do alcance da voz. "Edward?"

"Mmm, sim, Bella, eu estou aqui. Eu não sabia que você tinha companhia.
Eu vou deixá-la voltar para eles." Suas palavras são cortadas e as lágrimas
começam a picar meus olhos.

"Edward, por favor, não vá. Eu estou cozinhando e é tão bom ouvir a sua
voz. Ela me acalma." Até eu posso ouvir os apelos em minha voz.

"Bella." Sua voz é um sussurro.

"Ele é o pai de Seb, Edward." Uma lágrima solitária cai do meu olho. "É
assim que as coisas são comigo, eu sinto muito. Eu entendo se isso não é
algo com o qual você pode lidar, ou..." Ele me interrompe.

"Eu estou bem com isso, você está certa. Ele é importante para Seb e eu
posso lidar com isso, acredite em mim. Mas Bella, apenas seja honesta
comigo, ok?" Sua voz é calma e relaxada.

"Sim." É tudo que eu posso dizer. O nó na minha garganta parece que vai
me estrangular.

"Ótimo, agora, vá fazer o jantar e nós conversaremos amanhã, soa bem?"


"Ok, sim, amanhã".

Depois que desligo com Edward, eu termino de fazer o jantar quase


roboticamente. Dem e Seb conversam animadamente um com o outro
enquanto comemos. Eu sei que Dem pode dizer que há algo errado comigo,
mas ele nunca diz nada.

Depois que ele coloca Seb na cama, ele não permanece e eu estou feliz que
eu não terei que forçá-lo a ir embora.

~O~

Na manhã seguinte, eu levanto antes do meu despertador e tomo o tempo


extra para escrever um e-mail rápido para Edward. É muito cedo para ligar
e, para ser honesta, eu estou me sentindo um pouco confusa. Tudo é tão
novo com Edward, talvez um e-mail deixe todos os meus pensamentos
caóticos organizados e acalme as nossas mentes.

Caro Edward,

Eu sei que você me disse ontem à noite que você entendeu sobre Demetri, e
eu fico muito grata por isso, mas eu ainda sinto que devo a você mais de
uma explicação. Eu concordei em entrar em um relacionamento com você,
e honestidade é a melhor e única forma de garantir que ele dure tanto
quanto eu espero que dure. Demetri e eu não estamos juntos, nem jamais
estaremos juntos novamente. Essa parte do nosso relacionamento terminou
anos atrás, exatamente como eu disse a você antes. Dem tem uma
tendência a empurrar por mais, mas ele é geralmente compreensivo com
os meus sentimentos. Eu estarei em seu escritório esta tarde para deixar
aquele smoking que você pediu para o baile de caridade na próxima
semana. Talvez nós possamos conversar mais então, ou pelo menos ter o
almoço. Vejo você mais tarde.

Sua,

Bella

Eu clico enviar e rapidamente me visto e fico pronta para o dia antes de


Sebastian acordar.
"Bom dia, dorminhoco." Eu digo para Seb quando coloco o cereal na frente
dele.

"Oi, mamãe." Ele parece um pouco sonolento e boceja entre colheradas.

O telefone da minha casa toca. "Olá".

"Oi, Bella, aqui é Emmett".

"Oh, ei, como você está?"

"Meh, olha, não há nenhuma escola hoje. A gravação automática ligará no


seu telefone celular daqui a pouco, mas eu queria dar a você e aos pais de
todos os meus alunos um extra de 15 minutos, para que você possa
preparar Seb".

"Nada de escola? Por quê?"

"A tubulação no banheiro dos meninos explodiu e inundou o andar, então


eles têm que fechar para o dia." Ele diz e eu bufo.

"Ótimo, tudo bem, obrigada, Em, falarei com você mais tarde".

Eu desligo e viro para Seb. "Ei, amigo, ouça, era o Sr. Emmett".

Sua cabeça levanta. "Sim?"

"Sim, não há escola hoje por causa de alguns problemas de tubulação." Ele
me dá um olhar decepcionado.

"Sinto muito, amigo, mas você gostaria de vir trabalhar comigo hoje?" Eu
sorrio brilhantemente na esperança de excitá-lo.

Ele encolhe os ombros. "Acho que sim." Ele resmunga.

Eu suspiro e puxo meu celular. Envio uma mensagem para Dem,


perguntando se há alguma maneira de que ele possa cuidar de Seb hoje. Ele
responde em cinco minutos, dizendo que está em reuniões até às 14hs, mas
depois disso ele fará isso com prazer.
"Ok, Seb, você só tem que ficar comigo até às 14hs, e então o papai ficará
com você, soa bem?"

Isso me faz ganhar um sorriso.

~O~

Eu estaciono na frente da Bergdorf e Seb e eu saímos.

"Agora, Seb, nada de vagar, por favor? Eu só tenho que pegar uma coisa e,
em seguida, nós seguiremos nosso caminho, certo?"

Ele balança a cabeça e agarra minha mão com força. Eu olho para o meu
telefone e folheio através dos meus e-mails para ver se Edward respondeu.
Eu sinto uma pontada de decepção quando não há nada dele.

Depois que eu pego o terno dele, nós dirigimos ao seu trabalho e Seb
começa a saltar de excitação.

"O Edifício Chrysler, mamãe." Ele grita.

"Eu sei, querido, mas nós temos que ser silenciosos aqui, há pessoas
trabalhando, ok?"

Ele ainda está radiante enquanto balança a cabeça.

Com o terno em uma mão e Seb na outra, nós tomamos o elevador até o
andar de Edward. Quando as portas abrem, eu ando até a recepção.

"Oh, bom dia, Srta. Swan." Lauren diz e ela sorri para Seb. "E olá para
você, homenzinho".

Ele cora levemente e desliza para trás de mim.

"Bom dia, Lauren, Edward está? Eu tenho seu smoking e só queria me


certificar de que serve, e que ele está todo pronto com isso".

Ela franze a testa ligeiramente. "Ah, não, ele estava aqui até cerca de duas
horas atrás. Ele tinha uma reunião do outro lado da cidade com seu pai".
Eu estava esperando que, se Edward e eu fôssemos capazes de nos ver e
conversar um pouco, nós poderíamos limpar o ar. Eu dou de ombros.
"Tudo bem, posso apenas colocar isso em seu escritório e deixar um
bilhete?"

"Claro." Ela diz feliz e me leva ao escritório dele e abre a porta.

Seb pula para dentro e vai diretamente para as enormes janelas do chão ao
teto. "Uau, mãe, todo mundo parece como formigas aqui de cima".

Eu rio. "Eu sei, querido, engraçado, né?"

"Sim".

Eu pego um pedaço de papel e uma caneta e escrevo um bilhete rápido para


Edward. Eu o colo na sacola de roupa e a coloco em seu sofá.

"Ok, Seb, pronto para ir?"

Ele acena. Quando abro a porta de Edward para sair, eu bato em outra
pessoa e tropeço para trás um pouco.

"Você está bem, mamãe?" Seb pergunta. Eu aceno e olho para cima e vejo
a loira que causa a Edward toda a sua preocupação.

"Com licença." Ela estala. Seus olhos mudam de mim para Seb e, em
seguida, para o escritório de Edward. "Você não está autorizada a entrar no
escritório dele quando ele não está aqui".

"Oh, bem, Lauren me deixou entrar, e eu tenho certeza que ele não se
importará." Eu escovo minhas mãos sobre a minha saia para endireitá-la.

"Sim, bem, eu possuo tanto desta empresa quando Edward, então eu acho
que posso ditar quaisquer regras que eu bem entender." Ela estreita os
olhos e de repente eu sinto Seb começar a tremer ao meu lado.

"Olha, eu sinto muito, nós apenas vamos embora agora." Eu gentilmente


pego a mão de Seb e nós começamos a ir embora quando ela se lança na
nossa frente.
"Como eu sei que você não roubou alguma coisa de lá?" Sua sobrancelha
arqueia e ela franze os lábios.

"Eu não roubei." Eu digo com força. Seus olhos deslocam para Seb.

"E quanto a ele, crianças são notórias por ter dedos pegajosos." Ela se
ajoelha. "Não é isso, menino?"

Eu empurro Seb atrás de mim. "Não se dirija ao meu filho." Eu rebato.

Ela ri loucamente. "Lauren, chame a segurança, por favor. Diga a eles que
eu quero que eles sejam revistados antes de sair também".

"Não!" Eu grito.

"Srta. Denali, Edward disse que está tudo bem que a Srta. Swan visite
quando ela quiser. Ela está na folha de agendamento não necessário." A
voz de Lauren soa instável.

"Eu não me importo, Edward não está aqui, portanto, eu sou a chefe.
Agora, faça isso".

O tremor de Seb aumenta e eu me ajoelho ao lado dele. "Nós estamos indo


embora agora, querido, ok?"

Ele acena e eu passo por Tanya em direção ao elevador. Ela agarra meu
braço e eu rapidamente a empurro. "Não me toque!" Eu grito.

"Você não é livre para ir." Ela grita de volta mais alto.

"O Edifício Chrysler foi declarado Patrimônio Histórico Nacional desde


1976." Seb de repente grita do nada, e eu viro para ver lágrimas escorrendo
do seu rosto. Maldito seja.

"O quê?" Tanya ri.

"A construção começou em 19 de setembro de 1928 e foi concluída em 28


de maio de 1930." Ele grita novamente. Eu o agarro e o puxo em meus
braços, pegando-o e fazendo um caminho mais curto para o elevador.
"Qual é o negócio dele, ele é retardado, ou algo assim?" Tanya grita através
da sua risada.

É isso. Eu coloco Seb para baixo, ando até ela e dou um soco diretamente
no queixo, fazendo-a voar para trás e pousar sobre a mesa de café de
madeira que está diretamente atrás dela.

"Você nunca fale do meu filho de novo, ou eu mandarei prendê-la por


assédio de um menor, sua cadela doente." Eu então viro em meus
calcanhares e pego Seb, correndo para fora do prédio.

~O~

No momento em que eu chego em casa, Sebastian está dormindo no banco


de trás depois de gritar em exaustão. Eu começo a levá-lo para dentro, ao
mesmo tempo em que Demetri estaciona na minha garagem.

Ele corre para mim. "O que há de errado com ele?"

Ele olha para Seb com fúria e preocupação.

"Nós tivemos um problema em um dos locais de trabalho do meu cliente.


Ele ficará bem." Minha voz racha e Dem olha para mim.

"Você está bem, Bella?"

Eu balanço minha cabeça e ele pega Seb imediatamente antes dos meus
próprios soluços arrastarem pelo meu corpo.

Eu me sento no meu degrau da frente chorando enquanto Dem leva Seb


para cima. Após cerca de cinco minutos, ele volta para baixo e envolve
seus braços em volta de mim.

"Shh, está tudo bem, Bella, por favor, acalme-se".

"Eu... eu dei um soco nela, ela... ela o chamou de re... retardado." Eu sou
uma bagunça chorando, e Dem senta comigo e me balança e me acalma.

Quando minhas lágrimas secam, eu me afasto de Dem e olho em seus


olhos. Seus olhos assustados e com muita raiva.
"Isso não é bom, Bella. Eu quero saber onde você estava".

O som de pneus cantando chama a nossa atenção. Nós viramos e vemos um


Edward furioso irrompendo pelo meu gramado da frente.

Oh, Deus, isso será ruim.


Capítulo 14 – Cruzando linhas

~ Edward ~

Uma reunião de manhã cedo me tem acordado às 06hs. Eu me visto e


como, tudo em menos de uma hora, e estou no escritório às 08hs.

Está vazio e silencioso, exatamente como eu gosto. Eu freneticamente


trabalho para deixar a apresentação pronta. Às 09hs, Lauren entra no meu
escritório.

"Bom dia, Sr. Cullen, você gostaria de um café?"

"Sim, obrigado, Lauren".

Ela me traz o meu café e senta-se em frente a mim. "Você quer passar por
cima das reuniões e eventos da semana?" Ela pergunta.

"Parece bom." Eu olho para o meu relógio. "Os representantes da Nestlé


estarão aqui em meia hora, então nós temos tempo".

Ela abre seu laptop e nós rapidamente passamos sobre tudo.

"Oh, e Lauren, eu tenho que sair mais cedo. Eu tenho uma reunião no
centro da cidade com o meu pai".

Ela sorri. "Soa bem, senhor".

No meio da reunião com a Nestlé, Tanya entra, sorrindo e falando sobre o


tráfego.

"Está tudo bem, Tanya, nós estamos quase finalizando aqui." Eu digo,
ganhando um olhar.

"Oh, ok, bem, então eu simplesmente vou me atualizar com você sobre o
projeto durante o almoço?" Ela pergunta.

"Não posso, eu tenho que estar em uma reunião de almoço com o meu pai".

Ela bufa, mas eu a ignoro e termino a reunião antes de voltar para o meu
escritório.
Eu finalmente consigo um momento para verificar meu e-mail e sorrio
quando vejo uma mensagem de Bella. Eu sei como tudo deve ser confuso e
bagunçado para ela, e eu não quero nada mais do que aliviar sua mente. Eu
bato em responder e começo a digitar quando meu telefone celular vibra.

Eu olho e vejo que é o meu pai.

"Olá".

"Olá, Edward".

"Você está bem?" Eu pergunto.

"Eu não vou mentir, estou um pouco nervoso".

"Que tal eu chegar um pouco mais cedo, e nós podemos tomar um café
antes do estudo e relaxar?"

Ele solta um suspiro. "Sim, por favor, Edward, isso seria maravilhoso".

Eu desligo meu computador, sem responder a Bella. Eu acho que posso


ligar para ela mais tarde e explicar por que eu não poderia almoçar com
ela. Meu pai está perto de um colapso e precisa de mim.

"Vejo você daqui a pouco, estou saindo agora".

"Obrigado, Edward, eu o verei daqui a pouco".

Ele desliga o telefone. Pego minhas chaves e caminho até a mesa de


Lauren.

"Eu tenho que ir, Lauren, qualquer mensagem importante, por favor, envie
uma mensagem para mim imediatamente. Eu ligarei depois da minha
reunião de almoço".

Ela acena. "Ok, senhor, tenha um bom tempo".

Eu rio do seu otimismo e pego o elevador para descer.

~O~
Vinte minutos mais tarde, Felix e eu entramos na garagem do meu pai.
Minha mãe me cumprimenta com um sorriso apreensivo.

"Ei, mãe." Eu beijo sua bochecha.

"Graças a Deus você está aqui. Ele está literalmente andando de um lado a
outro desde que saiu do telefone com você".

Eu passo meus dedos pelo meu cabelo e subo os degraus para o seu
escritório, onde eu tenho certeza que ele está.

Eu bato uma vez e a porta é aberta. Os olhos do meu pai estão arregalados
e cheios de medo, mas ele relaxa quando me vê.

"Oh, Edward, bem, você está aqui." Ele agarra meu braço e me puxa para
um abraço esmagador.

"Ei, pai, acalme-se. Vai ficar bem. Nós só vamos conversar hoje, eu
prometo." Eu posso sentir seu corpo tremendo começar a acalmar.

"Eu sei, eu ficarei bem".

"Sim, você ficará".

Depois de alguns minutos, nós descemos as escadas, onde Esme está


segurando o casaco de Carlisle.

"Que tal nós buscarmos algo para comer, tomarmos um café e darmos um
passo de cada vez, querido?" Minha mãe diz enquanto desliza o casaco
nele.

"Sim, é claro, querida. Perdoe-me por ser tão ridículo".

Ela o vira lentamente para que ele esteja de frente para ela. "Agora, escute
aqui, Carlisle, você não é ridículo, ou estúpido, ou qualquer coisa parecida
com isso. Você é tudo pelo que eu sonhei quando menina e muito mais. Eu
não me casaria com uma pessoa ridícula." Ela se inclina e coloca um beijo
doce nos lábios dele.

Ele ri e a beija de volta. "Sim, querida." Ele olha para mim e revira os
olhos, e eu não posso evitar as risadas que escapam.
"Ok, engraçadinhos, vamos." Ela diz, enquanto ternamente agarra a mão do
meu pai e nós entramos no meu carro.

~O~

O consultório da Dra. Young é algo saído de uma revista Martha Stewart.


Cores quentes e cristalinas, com iluminação suave e um aroma relaxante.

"Boa tarde, Sr. Cullen, Sra. Cullen." A médica só aperta a mão de Esme.
Claramente, ela pode sentir a apreensão do meu pai.

Ela se vira para mim. "E olá para o outro Sr. Cullen." Ela tem um sorriso
acolhedor.

"Olá, Dra. Young".

Ela gesticula para nós sentarmos, então nós sentamos, minha mãe e eu em
cada lado do meu pai. E isso não passa despercebido.

"Você e sua mãe são muito protetores com o seu pai, não é?"

"Claro." Eu digo, e ela concorda.

"Eu gostaria de gravar essa discussão, se isso estiver bem?" Ela segura um
gravador.

Eu olho para o meu pai, que só dá de ombros. "Tudo bem com a gente."
Minha mãe responde.

"Então, nós estamos aqui para discutir o estudo." A Dra. Young começa.

"Meu pai não é um fã da ideia. O que você pode nos dizer sobre o
processo?"

Eu posso sentir meu pai ficar tenso depois da minha pergunta. Claramente,
ele está antecipando o pior.

"Bem, eu quero primeiro explicar por que eu abordei o seu pai como um
candidato viável para o estudo".
Eu aceno e ela continua. "Eu li o processo dele quando foi dado a mim pela
sua terapeuta anterior, e devo dizer, é notável. O Sr. Cullen superou muita
coisa e desafiou as probabilidades. Sempre que um obstáculo foi jogado em
seu caminho, ele manobrou em torno dele. Isso é maciçamente intrigante".

Meu pai não está olhando para a Dra. Young, ele está olhando para os seus
dedos que se encontram em seu colo.

"Estou feliz pelo meu pai ser intrigante para você, mas ele não é um
porquinho da índia, Dra. Young".

Ela balança a cabeça. "Eu sei, eu realmente sei, e eu sou toda sobre ajudar
o Sr. Cullen. Mas, se você soubesse quantos adultos com diagnóstico de
Síndrome de Asperger estão lá fora e não têm a vida que o seu pai tem, isso
o chocaria".

"Não, não chocaria, Dra. Young." Eu fiz minha pesquisa sobre o assunto.
Ela está certa; é chocante, mas não para mim.

"É justo, mas o Sr. Cullen é uma chave para a compreensão de muita
coisa".

Eu aceno. "O que me traz de volta à questão, o que é o processo?" Eu


pergunto.

"Há cinco médicos que administram o estudo. Um responsável


comportamental, psiquiatra, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional e eu".

Eu olho para o meu pai, e ele ainda está se concentrando em seus dedos. Eu
sei que ele está absorvendo tudo isso, então eu não estou preocupado.

"Vá em frente." Eu digo.

"Haverá uma série de testes e perguntas. É um estudo da mente de um


adulto dentro do espectro. Padrões de fala, comportamento, emoções".

"Ele teve tudo isso feito anos atrás." Estou irritado com a terapia repetitiva.

"Sim, mas ele estava procurando por um diagnóstico naquela época".


"Onde é que você se enquadra nessa grande estudo?" Eu pergunto,
completamente não convencido de que esta ideia seja boa.

"Meu trabalho é entender a mente do Sr. Cullen estabelecida durante a sua


infância e descobrir como ele lidou sem se desligar completamente".

Isto me choca. Investigar a infância do meu pai não acabaria bem.

"Isso é uma coisa perigosa de se fazer, Dra. Young".

Ela franze a testa. "Eu estou ciente, e esta será a parte mais difícil do
estudo".

"Meu filho pode vir?" Meu pai pergunta, seus olhos ainda em seus dedos e
uma expressão solene em seu rosto.

"Para o estudo?" Ela pergunta.

"Sim, eu me sentiria melhor se ele fosse capaz de estar na sala comigo".

Ela olha para mim, eu dou de ombros. "Eu sei como foi a educação do meu
pai, Dra. Young. Eu não tenho certeza como isso vai ajudá-lo, mas se ele
me quer lá e estiver tudo bem, eu farei isso".

Meu telefone vibra no meu bolso, mas eu ignoro e me concentro na


resposta da Dra. Young.

"Eu suponho que nós podemos acomodar. Tenho que verificar com os
outros médicos, no entanto".

"Então, só para eu entender, você o testará sobre as coisas que você já


conhece, e então você o fará cavar fundo em seus pesadelos para descobrir
o que mais o assusta no mundo. Então, depois de tudo isso, você vai
mandá-lo em seu caminho pouco alegre?" O tom da minha mãe é um
pouco ameaçador.

Os olhos da Dra. Young arregalam. "Sra. Cullen, eu nunca faria isso com o
seu marido. É só que ele pode ajudar tantas pessoas".
"Tudo bem, eu farei isso, mas eu tenho que dizer quando acabar." Meu pai
finalmente levanta a cabeça. Eu posso ver a vermelhidão nos olhos dele, e
eu sei que ele esteve pensando em todas as coisas que ele evita lembrar.

"Obrigada, Sr. Cullen".

Ele bufa. "Eu sou um doutor, doutora." Ele rebate.

Ela sorri. "Na verdade você é, minhas desculpas, Dr. Cullen".

Ele balança a cabeça e volta a olhar fixamente seu dedo. Meu telefone
vibra pela quinta vez. Novamente, eu o ignoro.

"Quando o estudo começa? Eu preciso resolver isso com o meu horário".

"Eu posso enviar por e-mail as datas, e nós podemos trabalhar com isso
dessa forma".

Eu escrevo o meu endereço de e-mail e entrego a ela.

Depois de um pouco mais de discussão, nós saímos.

Felix sai do prédio em direção à casa dos meus pais.

"Eu não estou feliz que eu terei que falar sobre o meu pai." Carlisle diz
enquanto olha para fora da janela.

"Ele não pode mais machucá-lo, querido." Minha mãe gentilmente acaricia
suas costas.

"Eu sei, e eu quero ajudar outras pessoas." Ele pisca e olha para ela. "Eu
acho que posso me machucar mais uma vez".

Minha mãe funga e ele limpa sua lágrima com o polegar. "Por favor, não
chore por mim, meu amor." Ele beija a bochecha dela. Eu desvio o olhar e
dou-lhes o momento.

Meu telefone vibrando novamente me faz lembrar de todas as interrupções


durante a reunião.
Eu o puxo para fora e vejo dez mensagens de texto perdidas. Reviro meus
olhos.

"Lauren claramente não entende o que 'apenas mensagens de texto


importantes' significa." Eu digo para mim mesmo e abro minhas
mensagens.

Sr. Cullen, a Srta. Swan veio ao escritório. Você precisa voltar para o
escritório. ~ Lauren

Ela veio? Próxima mensagem.

Sr. Cullen, a Srta. Denali fez uma cena horrível, a segurança está aqui,
por favor, entre em contato. ~ Lauren

Pelo amor de Deus.

Eu percorro o resto, um monte de OH MEU DEUS e o que é que eu faço.

A última é o que tem o meu sangue fervendo.

Sr. Cullen, a Srta. Swan deu um soco em Tanya, e agora Tanya chamou a
polícia para prestar queixa. Posso sugerir que o Sr. vá até a Srta. Swan
sobre isso antes de voltar para o escritório? ~ Lauren

"Maldição!" Eu grito, fazendo com que meus pais olhem para mim em
estado de choque.

"Desculpe, eu não posso ficar depois de deixá-los em casa".

"Está tudo bem, querido?" Minha mãe estende sua mão para mim.

Eu aperto meu cabelo com raiva e emito grunhidos de frustração. "É


Tanya, ela fez algo e Bella deu um soco nela. Eu preciso chegar a Bella e
ter certeza que ela está bem".

Meu pai de repente explode em risos. Agora foi a minha vez de olhar para
ele em choque. "Pai, isso não é engraçado".

Ele me descarta, ainda rindo.


"Carlisle, vamos lá, você não pode ver que Edward está preocupado?"
Minha mãe diz com uma sugestão de um sorriso.

"Não é engraçado." Eu digo, e minha mãe começa a rir também.

"Ótimo, obrigado pelo apoio, pessoal." Eu me recosto e espero até que eles
parem suas risadas insanas.

Finalmente, meu pai fala. "Estava na hora de alguém dar um soco na cara
daquela bruxa." Ele diz e começa a rir de novo.

Seu sorriso despreocupado e jovial me faz sorrir em troca.

~O~

Depois que deixo meus pais, eu tento repetidamente ligar para Bella
enquanto Felix dirige para a casa dela.

"Uhg... eu não consigo fazê-la atender." Eu grito quando bato no assento.

"Senhor, nós estaremos lá em cinco minutos. Estou dirigindo o mais rápido


que eu posso." Felix diz, e eu olho para fora da janela e amaldiçôo quando
ele passa um sinal vermelho.

"Por favor, não nos mate, Felix".

"Eu não matarei, senhor, eu prometo".

Felix pára abruptamente na frente da casa de Bella. Eu a vejo caída sobre


os seus degraus da frente ao lado de outro homem que eu nunca vi antes,
mas ele tem o braço envolto em torno dos ombros dela.

Ambas as cabeças atiram para cima na minha direção. Eu saio do carro e


caminho para Bella o mais rápido que posso, ajoelhando-me na frente dela
quando eu a alcanço.

"Você está bem?" Eu pego suas mãos nas minhas e as beijo. "Está
doendo?" Eu vejo as contusões rosadas sobre os nós dos seus dedos.

Ela balança a cabeça. "Minha mão está bem, meu coração, meu bebê." Ela
começa a chorar novamente.
Meus olhos olham para o homem estranho que não removerá o braço do
ombro de Bella.

"Eu sou Edward Cullen, o namorado de Bella. Quem é você?" Eu encaro,


mas ofereço a ele a minha mão, de qualquer maneira.

"Demetri Markos, o pai do filho de Bella, Sebastian." Ele diz igualmente


hostil. Ele pega minha mão e nós dois balançamos com muita força.

Então este é o pai conveniente que Bella me falou. Eu tento ignorá-lo,


sentando do outro lado dela e acariciando suas mãos nas minhas.

"Como está Seb?" Eu pergunto.

Ela balança a cabeça. "Ele não estava bem, ele gritou todo o caminho para
casa até cerca de dois quarteirões de casa. Então ele parou e literalmente
desmaiou".

"Eu sinto muito, Bella".

"Por que você sente muito?" Demetri olha para mim e depois para Bella.

"Não é culpa sua, Edward, não há nenhuma maneira que você pudesse
saber." Bella diz, ignorando completamente Demetri.

"Olhe, já que Sebastian é meu filho, eu tenho o direito de saber o que


aconteceu." Ele finalmente tira o seu braço de Bella.

"Vamos entrar e tomar um café. Eu quero estar lá quando Seb acordar, de


qualquer maneira." Ela se levanta e caminha para dentro.

Demetri e eu ficamos ali parados em algum tipo de impasse. Há coisas que


eu quero dizer, e pelo olhar em seu rosto, ele tem algumas palavras para
mim também. Pela sua falta de conhecimento, eu sei que ele não tem ideia
do que aconteceu no meu escritório hoje, então eu suspeito que isso ficará
feio, rápido.

Demetri entra e eu sigo lentamente. Bella está fazendo o café quando


entramos.
"Vamos sentar como os adultos que somos e conversar sobre isso." Ela se
vira e aponta para Demetri. "Você não vai gritar, ou colocar a culpa,
entendeu?"

Demetri assente. "Por que você está dizendo isso apenas para mim?"

Eu balanço minha cabeça e sento. Bella dá a cada um de nós uma caneca e


se junta a nós.

Há alguns momentos de silêncio antes de Bella começar a falar e relatar


exatamente o que aconteceu. Quando ela menciona o meu trabalho, a
cabeça de Demetri atira na minha direção. Normalmente eu faria a ridícula
coisa do macho alfa e encontraria o seu olhar, mas estou igualmente tão
revoltado com o que aconteceu.

"Lauren me disse que Tanya chamou a polícia e está prestando queixa,


Bella. Eu falarei com ela, para fazê-la esquecer isso." Eu estendo a mão e
pego sua mão na minha. Ela sorri.

"Obrigada, mas se ela quiser prestar queixa, deixe-a. Eu não tenho medo
dela".

"Olha, eu entendo o que aconteceu e por que você deu um soco naquela
mulher horrível, mas eu não entendo por que Seb surtou como ele surtou."
Demetri diz.

"Isso é porque você não conhece Seb." A irritação na voz dela é evidente, e
o rosto de Demetri cai ligeiramente.

"Então, explique-me".

"Ele odeia confrontos, raiva e ruídos altos. Ele literalmente teve tudo isso
jogado nele de uma vez. E, em cima disso, ele se sentiu ameaçado e com
medo por si mesmo e por mim." Ela limpa uma lágrima frustrada do seu
rosto.

"Então, o que acontece quando ele acordar?" Ele pergunta, e eu não quero
admitir, mas eu também estou curioso.
Ela solta uma risada quase sinistra. "Essa é a única espontaneidade que
você algum dia conseguirá de Seb. Quando ele tem um colapso, você
apenas tem que esperar e ver o que vem com isso".

"Você lida muito com isso?" Demetri pergunta, e eu percebo que ele está
genuinamente curioso, mas também me irrita o pouco que ele sabe sobre a
sua própria carne e sangue.

"Bem, vamos ver." Ela coloca sua caneca para baixo com um pouco de
força. "Sempre que você vai embora, ele tem um episódio. Às vezes, é
destruição. Às vezes é um estado quase catatônico por cerca de um período
de 48 horas. Talvez ele não coma, ou ele vai chorar e gritar. Talvez seja
violência física." Ela encolhe os ombros. "Bem-vindo ao meu pesadelo,
Demetri." Ela levanta abruptamente e sai da sala.

Ele fica sentado ali, apenas olhando para o assento vazio que Bella
ocupava há poucos minutos. Eu saboreio meu café e respiro e tento me
acalmar.

Tanya tentou arruinar cada parte da minha vida. Sua crueldade não conhece
limites e está derramando na vida inocente de Sebastian.

Eu ouço estalos nos degraus e Bella vira a esquina um segundo mais tarde.

"Seb está começando a acordar. Dem, você pode estar pronto para ele
quando ele acordar? Eu vou preparar um banho." Ela olha para mim. "Você
está convidado a ficar para o jantar, Edward, eu só não sei quando isso vai
acontecer. Este dia todo está destruído, eu estou apenas seguindo a
liderança de Seb hoje.

Demetri se levanta em silêncio, sem dizer uma palavra, e sobe as escadas.


Eu levanto e caminho em direção a Bella. Eu seguro sua cabeça em minhas
mãos e olho em seus olhos feridos.

"Eu não vou a lugar nenhum, Bella. Se você me quer aqui, então eu estou
aqui".

Ela suspira e acena. "Por favor, fique".


Dou a ela um sorriso e me inclino, roçando meus lábios contra os dela. Ela
me beija de volta com ternura. Seus ombros começam a relaxar e um
gemido feliz escapa dos seus lábios quando nos separamos.

"O que eu posso fazer?" Eu pergunto.

"Bem, talvez pedir pizza?"

Eu rio. "Ok, isso é bastante fácil. O que você gosta em sua pizza?"

"Seb gosta de queijo, eu comerei qualquer coisa, realmente, surpreenda-


me".

Eu me inclino para beijá-la mais uma vez e me separo dela. "Vá cuidar do
seu filho, eu pedirei a comida, minha senhora".

Ela ri e escapa para longe.

Eu peço a pizza e caminho até a sala de estar. Ouço algum farfalhar, mas
nenhum grito, então eu decido ligar para Lauren.

"Agência Cullen-Denali, aqui é Lauren, posso ajudá-lo?"

"Lauren, aqui é Edward, não diga o meu nome. Tanya está por perto?"

"Oi, não, ela está no escritório dela".

"O que aconteceu com a polícia?"

"Eu não tenho certeza, mas pelo que eu posso dizer, eles disseram que
falariam com a Srta. Swan e processariam a papelada".

Eu belisco a ponte do meu nariz, tentando aliviar a pressão maciça. "Tudo


bem, eu não voltarei ao escritório hoje, eu ficarei na casa de Bella.
Mantenha-me informado, sim?"

"É claro, como está o filho dela? Eu fiquei tão preocupada com ele."
Lauren tem um bom coração, e eu odeio o pensamento dela lá sozinha com
Tanya, mas eu não posso estar lá e aqui.

"Ele está tendo um tempo difícil com isso".


"Bem, eu espero que ele fique bem".

"Obrigado, Lauren".

~O~

Quando a pizza chega, eu a levo para a cozinha e ouço passos atrás de


mim. Vejo Demetri entrar, encharcado.

"Você precisa de uma toalha?" Eu pergunto.

Ele apenas balança a cabeça, pega um pano de prato e caminha de volta


para fora novamente.

"Edward, é você?" Eu ouço a voz rouca de Sebastian antes de vê-lo.

Eu me viro e vejo Bella entrar com um Seb aconchegado em seus braços.

"Ei, amigo." Eu sorrio e ele me dá um pequeno em retorno.

"Eu não sabia que você estava vindo." Ele diz.

"Eu comprei pizza, e eu disse a mim mesmo, eu me pergunto se Seb gosta


de pizza também. Então, lá estava eu, pedindo muita pizza, e eu
simplesmente sabia que tinha que tentar e ver se você queria um pouco."
Ele ri um pouco.

"Você é tão bobo, Edward. Mas eu te amo, então, obrigado pela pizza."
Essas três palavras derretem meu coração. Eu estendo a mão e cubro sua
bochecha.

Ele levanta a cabeça e estende os braços para mim. Eu olho para Bella, que
acena, então eu o pego em um abraço feroz. Eu pego uma caixa no nosso
caminho para a sala de estar e nos sento no sofá.

"Seb, você sabia que a primeira pizzaria na América do Norte foi


inaugurada em 1905 por Gennaro Lombardi?" Eu pergunto enquanto ele
enfia um pedaço na boca.

Ele balança a cabeça.


"E que foram os gregos e egípcios que realmente inventaram isso, não os
italianos?" Ele olha para mim com os olhos arregalados.

"Sério?"

Eu aceno. "Sério".

"Isso é muito legal. Obrigado, Edward".

Ele repousa a cabeça para trás no meu peito e continua a comer sua pizza.
Migalhas e molho estão caindo por toda a minha camisa e terno. Mas eu
realmente não me importo, porque Seb está feliz.

"Olha, Bella, eu tenho que correr para casa e pegar algumas roupas secas.
Seb me encharcou." Eu me viro e vejo que Dem está encharcado, e Bella
está suprimindo uma risada.

"Tudo bem, Dem." Ela diz.

Ele se aproxima e dá um beijo em Seb. Ele realmente não reconhece seu


pai, e Dem parece bem com isso.

Depois que ele sai, Bella se senta ao meu lado.

"Como estão meus rapazes favoritos?" Ela pergunta.

"Bem." Seb e eu dissemos em uníssono.

Ela sorri e encosta a cabeça no meu ombro. Nós comemos pizza e


assistimos Toy Story até que o sol se põe atrás das árvores e o ronco baixo
de Sebastian enche a sala.
Capítulo 15 – Fantasmas, policiais e advogados... Oh meu Deus!

~ Bella ~

Os próximos dias foram preenchidos com a decoração para o Halloween,


deixando tudo pronto para o aniversário de Seb e, não tão
surpreendentemente, uma visita da polícia.

Eu estou do lado de fora, espalhando falsas teias de aranha nos arbustos,


quando a viatura para na minha garagem.

Dois policiais se aproximam de mim e mostram seus crachás. "Boa tarde,


estamos à procura da Srta. Isabella Swan?"

Eu coloco a decoração para baixo e viro na direção deles. "Sou eu".

"Srta. Swan, eu sou o policial Uley, este é o meu parceiro, policial Call.
Nós temos algumas perguntas para você sobre uma briga com a Srta.
Tanya Denali".

Eu aceno. "Eu estou ciente do que se trata, vocês gostariam de entrar? Eu


preciso de uma pausa, de qualquer forma".

Eles concordam e nós entramos. Eu faço o café e sento em um banquinho


enquanto fica pronto.

"Por favor, sentem-se." Faço um gesto para os outros bancos.


"Obrigado, Srta. Swan." O policial Call passa através do seu bloco. "Você
pode nos contar sobre a última vez que falou com a Srta. Denali?"

Eu não posso evitar a risada sarcástica que desliza dos meus lábios. "Eu
nunca falei com aquela mulher. Eu nem tenho certeza de que ela sabe como
simplesmente conversar".

Os policiais olham um para o outro e anotam alguma coisa. "Olha, eu não


estou negando que bati nela, mas houve uma boa razão por trás disso".

O policial Uley finalmente senta e se prepara para escrever. "Ilumine-nos,


Srta. Swan".

Eu me levanto e pego três canecas, e enquanto sirvo o café, dou-lhes um


relato detalhado do dia no escritório de Edward.

"Espere, então ela agarrou você primeiro?" O policial Call pergunta.

"Sim." Eu agito meu café e tomo um pequeno gole.

"Foi quando você bateu nela?" O policial Uley pergunta.

"Não, eu disse a ela para remover a mão dela. Ela removeu".

Mais uma vez, eles começaram a rabiscar em seus blocos. "Por que
exatamente você bateu nela?"

"Meu filho Sebastian é autista. Ele ficou muito assustado quando a Srta.
Denali se aproximou dele. Ainda mais quando ela começou a gritar e nos
impedir de sair." Eu sinto as lágrimas picando meus olhos, então eu tomo
um momento para me acalmar.

"Ele recita fatos para se acalmar às vezes. Quando ele fez isso, ela o
chamou de retardado. Então, eu bati nela".

Eles terminam de escrever e então fecham seus blocos. "Srta. Swan, como
você sabe, a Srta. Denali está prestando queixa de agressão contra você.
Nós temos que relatar nossas descobertas".

Eu aceno em compreensão. "Tudo bem".


"Vendo como você não está negando que bateu nela, você pode querer
conseguir um advogado." Cada um deles me oferece um sorriso caloroso.
Eles estão fazendo seu trabalho, não é pessoal.

"Obrigado, policiais, eu vou." Eles não terminam seu café, e depois de eles
saírem, eu ligo para Edward.

"Olá, linda." Ele diz quando eu ligo.

"Ei, bonitão".

"E a que devo esta agradável surpresa?"

"Bem, a polícia veio aqui hoje." Deixo isso afundar em um minuto.

"Eu entendo, e o que aconteceu?"

"Isso não parece bom, eles disseram, então eu tenho que arranjar um
advogado." Isso me custará uma fortuna.

"Olha, Bella, eu falei com o meu advogado esta manhã. Eu acho que ele
pode ajudar aqui".

Eu retiro uma calculadora da gaveta de cima na minha cozinha. "Ok,


quanto ele cobra por hora?"

Ele ri. "Por favor, não se preocupe com isso, não custará nada para falar
com ele".

"Tudo bem, eu posso ter o número dele?" Guardo a calculadora e a troco


por uma caneta e papel.

"Você está livre hoje à noite? Eu estava pensando em encontrá-lo para o


jantar. Nós podemos ir até a sua casa depois que Seb dormir?"

Eu sorrio para esta notícia. Eu sinto falta de Edward, e eu amo o fato de


que ele quer ajudar. "Claro, eu fiz uma torta, de qualquer maneira".

Ele ri. "Espero que seja uma grande torta, Jay gosta de comer".

Isso me faz rir. "Eu farei cookies também".


"É isso aí, garota".

~O~

Eu me sinto melhor depois de falar com Edward, e eu não estou com medo
do resultado com Tanya. Aconteça o que acontecer, eu sei que tenho uma
grande equipe de apoio.

Seb salta alegremente do ônibus e para os meus braços esperando quando


ele chega em casa.

"Ei, querido, como foi seu dia?"

"Ótimo! Oh, uau, mamãe, você começou a decorar?" Ele corre até a árvore
onde eu tenho cerca de trinta fantasmas pendurados.

"Sim, eu queria fazer uma surpresa para você".

Ele sorri alegremente. "Posso ajudá-la a terminar?"

Eu aceno e puxo uma caixa enorme de trás de um arbusto. "Eu estava


esperando que você dissesse isso".

Ele corre para a caixa e tira todas as coisas que usamos para fazer o nosso
esqueleto assustador.

"Aqui." Eu entrego-lhe um saco de maçãs. "Você come o seu lanche, e eu


vou desembaraçar as pernas dele".

Sebastian me observa como um falcão enquanto eu coloco o esqueleto no


gramado. "Ei, mamãe?"

"Sim, querido?"

"Você sabia que há mais de 20 ossos em cada pé?"

Eu sorrio. "Eu sabia disso, Seb".

Ele franze a testa por um momento, e seu rosto contorce em concentração.


"Bem, você sabia que os ossos dos pés crescem mais rápido do que todos
os outros ossos do corpo?"
Eu balanço minha cabeça. "Eu não sabia disso".

Ele me dá um sorriso satisfeito.

Depois das suas maçãs, nós começamos a trabalhar, e antes que saibamos,
nós temos um gramado assustador.

~O~

É uma noite tranquila, apenas Seb e eu juntos para o jantar. Eu faço


macarrão cozido e queijo, e pão de alho. É, de longe, um dos seus pratos
favoritos.

"Sr. Emmett não tem uma namorada, então eu disse a ele sobre a sua amiga
Rose. Ambos cheiram bem, eles deveriam se casar." Ele deixa escapar tudo
enquanto minha boca está cheia de leite, e leva tudo para eu não cuspir
tudo para fora.

"Você acha que a sua amiga vai se casar com ele e ter filhos?"

Eu engulo o melhor que posso. "Uhm... bem, Seb, eu não sei".

"Você deveria perguntar a ela, ele é muito divertido. Aposto que eles vão
se divertir juntos." Ele balança seus pés e termina sua refeição.

"Claro, querido, eu falarei isso para ela." Eu rio quando Seb me dá um


polegar para cima.

Depois que Sebastian está dormindo, eu vou para a cozinha e coloco a torta
no forno para aquecer. Então eu envio uma mensagem para Edward.

Seb está dormindo. Eu estou pronta quando você estiver. ~ B

Um minuto depois, recebo uma resposta.

No caminho, estaremos aí em alguns minutos. ~ EC

Eu gasto o tempo extra para me refrescar e fazer um pouco de café.

Quando a campainha toca, eu sinto aquelas borboletas familiares no meu


estômago que eu recebo sempre que Edward está por perto.
Abro a porta com um sorriso, e Edward não hesita em me recolher para um
abraço. "Ei, Bella, você está linda".

"Oh, obrigada, você não parece tão mal." Ele está vestindo um terno preto
com uma camisa cinza clara. Sua gravata já se foi, e os dois primeiros
botões da camisa estão abertos.

"Obrigado." Ele entra e se vira para o outro cavalheiro. "Este é o meu


amigo, e advogado, Jason Jenks".

Sr. Jenks estende sua mão e nós nos cumprimentamos. "Olá, Srta. Swan".

"Prazer em conhecê-lo. Por favor, entre. Eu fiz café, torta e cookies." Eu


sorrio e rio quando os olhos do Sr. Jenks arregalam e ele esfrega as mãos.

Dizer que Jason Jenks poderia comer seria um eufemismo. Ele está em sua
terceira fatia de torta e quarto cookie antes mesmo de começarmos a ir ao
que interessa.

"Sr. Jenks, tão satisfeita como estou que você ama minha torta, você pode
me explicar como é que você pode me ajudar?" Eu pergunto tão docemente
quanto posso, mas, a este ritmo, nós ficaremos aqui até meia-noite.

Ele limpa a boca e assente. "Claro. Edward aqui." Ele aponta para ele.
"Explicou a sua situação para mim".

Eu olho e Edward sorri para mim e pega minha mão. Eu coloco a minha na
sua e, no segundo em que nos conectamos, meu corpo relaxa.

"Depois que Ed e eu conversamos, nós viemos com uma ideia incrível para
fazer tudo isso ir embora para você".

"Sério?"

"Bella, eu tenho tentado comprar a parte de Tanya da empresa por um


longo tempo." Edward começa a falar e o Sr. Jenks e eu escutamos.

"Algum tempo atrás, eu instalei câmeras nos corredores e escritórios." De


repente, eu sinto arrepios formando no meu braço.

"Então, você viu?" Minha voz é um sussurro.


"Eu vi, e, Bella, eu sinto muito por não estar lá." Ele puxa minha mão aos
seus lábios e beija ternamente meus dedos.

"Edward, não é culpa sua, por favor, não se sinta mal." Com a minha outra
mão, eu cubro sua bochecha; meu coração se aquece quando ele fecha os
olhos e se inclina no meu toque.

Sr. Jenks limpa a garganta e eu coro de vergonha. "Desculpe." Eu rio


nervosamente.

"Ei, eu acho isso adorável, mas há um ponto a ser feito aqui." Ele diz e
gesticula para Edward continuar.

"Certo, então eu a peguei assediando, e até mesmo agredindo os outros


pelas câmeras, e com o seu incidente, eu acho que posso convencê-la a
retirar as acusações." Sua boca está em uma linha dura e sua testa franze.

"O que você não está me dizendo?" Eu pergunto.

"Eddie aqui teve a sua própria reunião com a Rainha da maldade." Sr.
Jenks ri.

"Eu estou ciente do dia em que ela bateu em você, ela fez outras coisas?"

Edward dá de ombros. "Avanços indesejados, mas tudo isso está nas


câmeras. Amanhã ela seerá intimada, e parte do acordo judicial será para
ela retirar as acusações contra você".

Meus olhos se arregalam de surpresa. "Edward, você não acha que me


trazer para isso só vai prejudicar suas chances de ganhar o controle da sua
empresa?"

Ele balança a cabeça. "Eu estou esperando que nós nem sequer pisemos em
uma sala de tribunal. Mas, dito isto, você estava meio que envolvida, de
qualquer maneira".

"Como?"
"No dia em que você veio ao escritório, você sabe, quando ela me bateu.
Jenks teve que colocar o seu nome. Não como testemunha, apenas como
alguém que estava lá." Ele me dá um olhar de desculpas.

"Por que você não me disse isso antes?"

"Jenks prometeu que você não seria envolvida, eu sei o quanto você tem no
seu prato, Bella, eu só não quis..."

Coloco um dedo sobre seus lábios. "Tudo bem, não se preocupe, está tudo
bem." Eu tento dar-lhe um sorriso tranquilizador, mas ele ainda parece
muito chateado.

"Então, Srta. Swan, o que você acha?" Sr. Jenks pergunta enquanto
empurra outro cookie na boca.

Eu dou de ombros e olho para Edward, "Isso é uma boa coisa a fazer? Eu
nem sei, eu confio em você, Edward, diga-me o que fazer aqui".

Ele solta um suspiro. "Eu acho que é a coisa certa a fazer, essa coisa toda
ajuda nós dois, e Sebastian não terá nenhum envolvimento".

Eu aceno. Minha maior preocupação é Seb, eu não quero nada disso o


tocando. Ele teve o suficiente. "Ok, o que eu tenho que fazer?"

"Bem, Tanya receberá a intimição judicial amanhã, fique atenta e eu ligarei


para você quando eu souber mais." Diz o Sr. Jenks.

"Muito obrigada, Sr. Jenks. Uhm... qual é a sua taxa?" Eu pergunto


timidamente e ele começa a rir.

"Nenhuma taxa, este é um caso conjunto agora, e Ed já me tem na lista de


pagamento." Ele olha para Edward e pisca. "Parece que vocês dois terão
que trabalhar esse arranjo".

Edward revira seus olhos. "Vá para casa para a sua esposa, pervertido." Ele
diz, e Jenks começa a rir de novo.

"Sim, sim, tudo bem. Foi um prazer conhecê-la, Srta. Swan." Ele me
oferece sua mão. Eu a pego.
"Por favor, chame-me de Bella".

Ele balança a cabeça. "Então você pode me chamar de Jay." Ele sorri e
duas covinhas formam em seu rosto.

Depois que ele sai, Edward e eu terminamos a nossa torta e conversamos


sobre os dias que virão. Por volta das 22hs, ele diz que tem que ir, e eu o
levo para fora.

"Edward, eu queria agradecer pelo que você fez por Sebastian na outra
noite. Eu sei que não foi fácil estar no mesmo lugar com Demetri e..."

Ele me silencia com um beijo, e eu aceito com alegria. Quando ele se


afasta, seus olhos estão dançando com prazer.

"Eu aceito a sua vida, Bella, eu amo o seu filho, e se isso significa que eu
tenho que encontrar o seu ex, então." Ele encolhe os ombros. "Que assim
seja".

Eu sorrio e trago minha mão ao redor da parte de trás do seu pescoço.


"Você é meu cavaleiro de armadura brilhante." Ele ri e eu levemente beijo
seus lábios perfeitos.

~O~

Na manhã seguinte, eu levo Seb na escola. Como seu aniversário cai em


um sábado, nós estamos trazendo sacos de guloseimas para sua classe e
comemorando o seu aniversário.

Nós chegamos a sua sala de aula e Seb corre para dentro. Eu permaneço na
porta e observo toda a atividade da manhã.

Emmett me vê e gesticula para eu entrar. Eu coloco a caixa com as


surpresas do aniversário em uma mesa e vou até ele.

"Ei, Bella." Ele diz com um sorriso.

"Oi, Emmett. Eu só queria deixar alguns sacos de guloseimas para o


aniversário de Seb".
Ele olha a caixa e assente. "Se você quiser, nós só temos a rotina matinal e,
em seguida, eles se separaram em suas colocações individuais. Você quer
entregá-los com Seb antes de ir embora?"

"Ah, claro, isso parece ótimo".

Eu vou para o canto da frente da sala e observo como Emmett leva as


crianças na garantia de obediência, seguidos pela sua música de bom dia.
Cada criança tem seu próprio paraprofissional nesta classe, e estou feliz em
ver que a Diretora Sanchez manteve sua palavra.

As Para fazem um pequeno tempo em silêncio com o seu aluno atribuído e,


depois que eles estão calmos e tão focados quanto podem ser, Emmett me
chama.

"Então, crianças, a mãe de Sebastian veio nos fazer uma visita." As


crianças batem palmas e gritam saudações para mim.

"Tudo bem, acalmem-se todos." Ele toca um pequeno sino e as crianças


respondem bem a ele. "É isso aí. Um, dois, três, olhos em mim".

Todas as crianças acalmam.

"Tudo bem, então, eu sei que vocês todos irão para a festa de aniversário de
Seb amanhã, mas a Srta. Swan e Sebastian queriam ter uma pequena festa
em sala de aula conosco hoje. Como isso soa?" Ele pergunta, e as crianças
aplaudem novamente.

Eu tiro os seis sacos de guloseimas e os entrego para Seb e observo


enquanto ele dá um para cada uma das crianças. Cada mesa que ele passa,
eles lhe desejam um feliz aniversário e ele sorri um pouco mais.

Enquanto as crianças estão passando pelos seus sacos, eu ando pela sala de
aula. Eu vejo Jake, que é o melhor amigo de Seb, brincando com o
pequeno cata-vento que estava em seu saco.

"Oi, Jake." Eu me sento ao lado dele. Ele se vira para mim e, apesar da sua
cabeça estar de frente para mim, seus olhos estão focados no teto.

"Ol... olá, Senho... rita Swan." Ele sorri.


"Você gosta do cata-vento?"

Ele o empurra com os dedos e ri. "Sim".

"Você está animado sobre amanhã?"

Ele balança a cabeça e tenta falar, mas ele simplesmente não consegue. Seu
rosto começa a ficar vermelho com frustração. "Está tudo bem, Jake, aqui."
Eu entrego-lhe o seu quadro branco. "Escreva aqui, amigo".

Ele respira fundo e relaxa imediatamente. Ele escreve rápido e fácil e, em


seguida, vira o quadro em minha direção.

Eu leio em voz alta. "Eu estou muito animado sobre amanhã, eu sou um
jogador incrível, e eu vou bater seu bumbum." Eu começo a rir e Jake ri
também.

"Eu vou cobrá-lo disso amanhã".

Ele acena e volta para seu saco de guloseimas. Jake é brilhante como
Sebastian. Eles podem passar horas trocando fatos e pequenos pedaços de
informação. Jake tem um problema de fala que lhe frustra muito. Emmett
me explicou que, quando Jake chegou lá, ele estava com tanta raiva de tudo
e de todos em torno dele, porque ele não conseguia se comunicar.

Não foi até que sua fonoaudióloga descobriu que Jake amava escrever, que
ele foi introduzido ao quadro branco. Ele prefere tentar falar, mas quando é
demais, ele tem aquela muleta.

Seb é incrivelmente paciente, e na verdade eles aprendem um com o outro.


Seb ficou muito melhor com a sua caligrafia e leitura, e a fala de Jake
melhorou imensamente, e seu contato visual está ficando melhor também.
É uma visão maravilhosa de se ver.

Eu converso com algumas das outras crianças, pelo menos aqueles que
decidem que eu sou legal o suficiente para conversar hoje. Após cerca de
uma hora, eu digo meu adeus e vou embora.

Eu tenho que pegar o bolo e conseguir alguns lanches de última hora para
amanhã, então eu vou até a Whole Foods. Estou profundamente
concentrada sobre se eu quero Crispix ou farelo de aveia Cracklin quando
ouço a voz agradável da mãe de Edward.

"Sra. Cullen, que surpresa." Eu sorrio.

"Uma agradável." Ela acrescenta com uma gargalhada melódica.

"Eu tive que pegar algumas coisas para amanhã, como você está?"

Ela sorri. "Bem, nós estamos ansiosos para ver Sebastian pelo seu
aniversário. Você precisa que eu leve alguma coisa?"

Eu balanço minha cabeça. "Não, eu acho que estou bem, mas se você
quiser trazer alguma coisa, por favor, por todos os meios, asse alguma
coisa".

"Bom, porque eu estive morrendo para assar uma torta de batata doce, e
Carlisle despreza batatas." De repente, ela franze a testa. "Sebastian gosta
de batatas?"

"Sim, na verdade, ele as ama. Ele não é um grande fã de couve-flor, no


entanto." Nós duas rimos.

"Então, diga-me, Bella, como você está? Eu ouvi sobre o que aconteceu
com aquela mulher horrível, Tanya. Espero que você e Sebastian estejam
bem".

Eu dou de ombros, "Eu acho que é seguro dizer que Seb não está em
nenhuma pressa para voltar ao Edifício Chrysler, mas ele está bem".

"E você?"

Eu tomo uma respiração profunda. "Eu sobrevivo, seu filho ajuda".

Ela sorri orgulhosa. "Ele é um homem incrível, estou tão feliz que vocês
dois se encontraram." Ela coloca uma mão reconfortante no meu braço.

"Eu sei o quanto sua vida pode ser difícil, Bella. Eu também sei que
encontrar tempo para você é quase impossível." Ela estende a mão em sua
bolsa e tira um pequeno cartão rosa. "Eu administro uma pequena loja de
flores, os números do meu trabalho e do celular estão aí".
Olho para o cartão e rio. "Mãe é a palavra".

Ela acena. "Sim, eu sei que não é muito original, mas sou a favor disso.
Enfim, talvez na próxima semana, em algum momento, nós podemos
almoçar. Conversar, relaxar, qualquer coisa. O que você diz?"

"Obrigada, Esme, eu adoraria isso".

Ela sorri e eu termino minhas compras e estou em casa 30 minutos antes do


ônibus de Seb chegar. Eu prendo o cartão de Esme na geladeira e não
posso evitar o sorriso que puxa em meus lábios.

Meu coração está completo; onde uma vez eu me sentia sozinha, eu me


sinto abraçada. Onde uma vez eu questionei a minha força, eu me sinto
mais forte do que nunca. Tantas pessoas incríveis entraram em nossa vida
ultimamente, e é tudo por causa do meu maravilhoso menino.
Capítulo 16 – Você acabou de ser intimada, agora, vamos festejar

~ Edward ~

Jenks me disse para chegar ao escritório um pouco mais cedo e que ele me
encontraria lá. Eu informei Lauren que eu gostaria que ela chegasse um
pouco mais cedo também. Meu plano é tê-la em meu escritório repassando
relatórios quando Tanya for intimada.

A última coisa que eu preciso é que Lauren fique presa no fogo cruzado de
uma Tanya furiosa.

Então, como prometido, eu estou no trabalho e no meu escritório com


Lauren às 08hs30min.

"Sr. Cullen, há uma razão particular para eu estar aqui mais cedo? Eu olhei
o calendário e não há reuniões matinais agendadas hoje." Ela olha para
mim com uma leve preocupação.

"Tanya estará em um caminho de guerra esta manhã, e eu queria falar com


você antes que todo o inferno explodisse." Tento confortá-la com um
sorriso caloroso, mas não sou feliz nesse departamento.

"Avisar-me sobre o quê?"

"Tanya está recebendo uma papelada de intimação esta manhã, e estou


certo de que ela não ficará feliz com isso".

Ela acena. "O que esses papéis dizem?"

Deixo escapar um suspiro alto. "Eu tenho tentado comprar a parte dela da
empresa durante anos sem sucesso. Como você sabe, eu instalei câmeras
aqui há alguns meses".

Ela acena, e, claro, Lauren não é idiota, ela realmente lê as coisas antes de
assiná-las.

"Bem, Tanya fez avanços sexuais não desejados em minha direção, e de


acordo com o filme, ela tem feito isso com alguns outros funcionários do
sexo masculino".
Lauren ofega. "Sério?"

"Sim, e você já está ciente das agressões físicas".

Ela acena e cobre sua boca.

"Você está bem, Lauren?"

"Sr. Cullen, como é que isso ajudará esta empresa? Acusações de agressão,
assédio sexual? Isso pode fazer os clientes cortarem todos os laços com
você".

Eu balanço minha cabeça. "Eu lido com a maioria dos clientes aqui, e se
eles quebrarem seus contratos com essa agência porque eu estou
processando a minha sócia por agressão, então eles estariam violando seus
próprios contratos".

Enquanto Lauren processa todas as informações que eu tenho jogado para


ela, Jenks entra em meu escritório cinco minutos antes das 09hs com café
na mão.

"Bom dia, Eddie." Ele me dá um café. "Olá, Lauren." Ela dá a ele um


pequeno sorriso, mas fica maior quando ele entrega a ela um café também.

"Oi, Jay, Lauren aqui estava acabando de ser atualizada sobre os


acontecimentos do dia".

Jenks assente e senta ao lado dela. "Alguma pergunta?"

Ela balança a cabeça e encolhe os ombros, tudo ao mesmo tempo. "Isso vai
funcionar?"

Jenks sorri alegremente. "Eu nunca perdi, eu não planejo começar com os
gostos daquela mulher".

Lauren visivelmente relaxa, e nós nos instalamos e esperamos.

Às 09hs30min, como de costume, Tanya entra. Ela acena quando passa


meu escritório e, um minuto depois, ouvimos a batida da sua própria porta.

"Então, a que horas ela receberá a intimação?" Lauren sussurra.


"Você não tem que sussurrar, Lauren, ela não pode ouvi-la. Eu acredito que
por volta das 10hs".

Ela acena novamente. "E ela irá embora depois disso?"

Jenks limpa a garganta. "É por isso que eu estou aqui, eu vou convencê-la
de que, a menos que ela queira uma ordem de restrição contra ela, que seria
do seu melhor interesse sair e conseguir um advogado".

E então nós esperamos mais uma vez. Meu corpo está tremendo de toda a
cafeína que eu tomei. E na hora certa, às 10hs, Tanya Denali recebe a
intimação.

Como previsto, ela faz uma birra que rivalizaria com uma criança de quatro
anos de idade, a quem foi dito não a um brinquedo no meio da FAO
Schwartz.

Ela, de fato, deixa o prédio gritando, "Eu voltarei." Eu não posso deixar de
rir, pelo que Jenks me repreende.

O resto do meu dia é maravilhoso. Silencioso, livre de drama e livre de


Tanya. É incrível ver o quanto o escritório inteiro está aliviado com a
ausência dela. Antes do almoço, eu vou para a cozinha para lavar minha
caneca e ouço o pessoal rindo. Naquele momento, eu percebo o quanto
Tanya tornou este ecritório sombrio.

~O~

Eu ligo para Bella antes de ir para a cama naquela noite. Conto a ela sobre
o dia, e ela me diz que Jenks ligou para ela mais cedo, com uma
atualização.

"Então, eu vou vê-lo amanhã, certo?" Ela pergunta.

"Claro, eu espero que Seb goste do meu presente".

Ela ri. "Edward, o fato de que você estará lá vai significar mais para ele do
que qualquer coisa que você compre para ele".

"Ok, eu confiarei em você sobre isso, mas eu estou nervoso".


"Não fique, agora, vá dormir, senhor." Ela diz divertidamente.

Eu deito na cama depois de dizermos nossos adeus, e quando apago a luz,


meu telefone começa a tocar.

Eu resmungo e o atendo. "Olá?"

"Edward?" A voz de Carlisle está cheio de medo.

"Pai? Qual é o problema?" Eu me sento e volto a acender a luz.

"Eu tenho um problema sério." Estou estendendo a mão para as minhas


calças e sapatos enquanto ele fala.

"O que é? Eu posso estar aí em 15 minutos se eu sair agora".

"Não... espere... estar onde?" Ele pergunta.

Eu paro de me vestir. "Em casa".

"Oh, não, não faça isso".

Eu caio na cama; meu coração está batendo contra minhas costelas. "Você
me assustou, pai, eu achei que algo estava seriamente errado".

"Há algo seriamente errado".

Eu tomo uma respiração profunda. "O que é isso?"

"Como você sabe, eu darei a Sebastian um cacto bola de presente de


aniversário".

"Sim." Ele esteve me dizendo isso por uma semana.

"O jardineiro idiota usou o spray de vinagre nele, em vez de água." Ele diz.

"Isso é ruim, certo?" Eu posso sentir o cansaço pesando sobre mim. Eu só


quero que o meu pai siga com isso para que eu possa ir para a cama.

"Edward, não seja estúpido, você sabe que cactos bebem água e nada mais.
Isso é elementar".
Eu rio. "Tudo bem, então o quê, o cacto está morto?"

"Morto?" Ele estala. "Está murcho".

"Pai, acalme-se. Nós podemos passar na loja da mamãe de manhã e pegar


outro. Seb não saberá a diferença." Eu tiro minha roupa... de novo, e volto
para a cama.

"Acho que sim... é só que... eu".

"O quê, pai, o que é?" Eu só quero ir dormir.

"Esqueça isso." Ele resmunga.

"Você me ligou, agora me diga".

"É especial, Edward." Sua voz é um sussurro.

"Eu tenho certeza que você passou muito tempo escolhendo o melhor cacto
para Seb, mas, pai, ele não vai se importar. Ele só quer você lá." As
palavras de Bella voltam para mim.

"Isso é... eu criei esse, Edward, era o meu cacto de quando eu era um
menino." Eu ofego com as suas palavras. Eu me lembro das histórias que
ele me contou enquanto eu estava crescendo.

Quando ele era pequeno, ele não tinha amigos, ninguém para conversar, e
ele era frequentemente enviado para o seu quarto por fazer algo
inapropriado. Ele levava Carrington, seu cacto, em seu armário e falava
com ele por horas. Ele deixaria Carrington ir e o daria para Sebastian.

Lágrimas picam meus olhos. Eu posso ouvir uma fungada na outra


extremidade, e eu sei que meu pai está realmente de luto por esta perda.

"Oh, pai, eu sinto muito... eu sou um idiota, o que eu posso fazer?"

"Nada, é que... o que eu faço?" Sua voz racha.

Eu vasculho meu cérebro por alguma coisa, por qualquer ideia. O que ele
pode fazer?
"Eu sei, eu consegui." Eu me sento e rio ruidosamente. "Melhor ideia que
veio no seu caminho, pai, você está pronto para isso?"

Eu o ouço assoar seu nariz. "Claro".

"Amanhã de manhã, nós vamos até a loja e compramos dois".

"Dois cactos? Por que? Eu só preciso de um".

Eu espero que a minha ideia faça esse pesadelo desaparecer para o meu pai.
"O presente nunca foi o cacto, pai, era o sentimento. Você daria a Sebastian
o único amigo de confiança que você teve enquanto crescia".

"Qual é o seu ponto, Edward?"

"O sentimento ainda está lá. Crescer juntos. Compartilhe isso com ele,
desde o início, pai".

O silêncio do outro lado me deixa nervoso. Ele vai rejeitar a ideia? Ele vai
desligar?

"Como um projeto?" Ele pergunta, cansado.

"Só vocês dois".

Mais silêncio.

"Obrigado, Edward." Ele diz finalmente.

"De nada, e, pai?"

"Sim?"

"Você percebe o quanto é grande que você daria Carrington, não é?"

"Sim, isso simplesmente parecia certo".

Eu sorrio. "Eu estou muito orgulhoso de você".

"Eu estou sempre orgulhoso de você, Edward, eu amo você, filho. Boa
noite".
E ele desliga.

~O~

Sábado de manhã, meu pai e eu vamos até a loja para comprar dois cactos.
Depois de ele inspecionar todos eles, ele pega os dois que diz serem
perfeitos.

Eu o levo de volta para a casa e digo a ele que o verei na casa de Bella
mais tarde, então eu dirijo para o boliche.

Quando estaciono, eu tomo um minuto para me acalmar. Eu sei que


Demetri estará lá. Eu sei que haverá birras e açúcar e tudo o mais que me
fará querer arrancar meus cabelos. Eu posso fazer isso, eu posso.

Pego meu presente para Seb e entro na zona de guerra. O homem no balcão
me mostra o caminho para a sala privada que eles usam para aniversários.

Eu posso ouvir risadas e gritos quanto mais perto eu chego. Entro na sala e
sorrio quando vejo Sebastian fazendo algum tipo de dança de se contorcer
com Bella.

"Edward." Ele grita quando se vira e me vê.

"Ei, amigo." Eu solto o presente e me agacho, preparando-me quando ele


se lança em mim.

"É o meu aniversário, eu tenho sete anos agora." O sorriso dele é maior do
que eu já vi.

"Uau, isso é velho".

Ele ri e pula para fora dos meus braços.

Ele me puxa mais para dentro da sala. Eu vejo Bella e ela acena; eu aceno
de volta. Eu quero abraçá-la e beijá-la, mas Seb está preso a mim como
cola.

"Esses são os meus amigos." Ele aponta para todas as crianças que estão
empurrando pizza em suas bocas. "Amigos, este é Edward, o namorado da
minha mamãe".
"Você beija, Edward?" Uma criança me pergunta.

"Eu... huh?"

"Você vai se casar?" Outra grita.

"Casar?" Eu olho para Bella, que está rindo.

"Sebastian vai ser um irmão mais velho?" Os gritos e perguntas continuam


chegando. Bella está dobrada em algum ataque de riso muito forte.

"Eu... bem, eu gosto de Bella, talvez um dia... eu, uhm." Eu estou


divagando.

"Crianças, deixem Edward, comam sua pizza para que possamos jogar
boliche." Bella finalmente me resgata.

Isso os faz calar a boca e comer. Eu vou com ela e a beijo com ternura.
"Agora, você é o meu cavaleiro de armadura brilhante." Eu digo.

Ela ri. "Você mostrou medo, Edward, nunca faça isso".

Demetri vem segurando um monte de sapatos, e seus olhos arregalam


quando ele me vê ao lado de Bella, com meu braço firmemente envolvido
ao redor da sua cintura.

Eu aceno educadamente. "Oi, Demetri".

"Oi." Ele coloca os sapatos em cima da mesa de reposição e senta ao lado


de Seb.

Enquanto as crianças estão colocando seus sapatos de boliche, uma mulher


alta, loira e muito bonita entra na sala. Seb a abraça rapidamente e corre de
volta para seus amigos.

"Edward, você conhece Rosalie, da Bergdorf, certo?" Bella pergunta.

"Você parece familiar, é muito bom conhecê-la." Estendo minha mão. Ela
sorri e a balança.

"Sr. Cullen, o prazer é todo meu." Ela ri.


"Chame-me de Edward".

"Crianças." Um vozeirão alto ressoa. Eu vejo o enorme homem do outro


dia. Emmett, eu acho, é o nome dele.

"Sr. Emmett!" As crianças gritam. Sim, Emmett.

"Como estão os meus minions?" Ele pergunta e as crianças riem.

"Oh meu Deus, Bella, esse é o cara que entrou na minha loja no outro dia,
procurando por mim." Rosalie diz.

"Sim, isso é culpa de Seb. Ele disse a Emmett sobre você." Bella diz.

"Emmett como em o professor de Sebastian?" Os olhos de Rosalie


arregalam e um sorriso lascivo brinca em seus lábios.

"O próprio." Bella diz e nós dois rimos.

"Ele é solteiro?"

"Sim".

Emmett olha em nossa direção e pisca para Rosalie.

"Então vocês dois se conheceram?" Eu pergunto.

"Ele veio com um coelho de chocolate. Ele disse que as mulheres gostam
de chocolate e coisas fofas." Eu ri alto com a história de Rosalie.

"De jeito nenhum?" Bella grita.

"Sim, eu perguntei a ele se o hospital estava ciente do seu


desaparecimento".

Eu não conseguia respirar, eu estava rindo muito. "Ah... Deus... então o


quê?"

"Ele disse que não havia nada errado com ele, ele queria compartilhar
algum coelho comigo." Até mesmo Rosalie está rindo neste momento. "Eu
disse a ele que comer chocolate era uma coisa, comer um coelho é outra, e
misturar os dois era estranho".

"Ele cheira bem." Bella diz uma vez que sua risada acalma.

"Sim, ele disse isso para mim também, ele disse que, aparentemente, isso é
tudo o que importa hoje em dia".

E com isso, a rodada de risadas número três começa.

~O~

Demetri me evita como a peste, o que é bom para mim. Ele está de mãos
dadas com Seb, e isso é exatamente como deveria ser. Ele olha por cima de
vez em quando, e eu sorrio. Seu rosto mostra indiferença, mas eu sei que
eu o incomodo.

Emmett e Rosalie conversam um pouco e até mesmo riem aqui e ali.


Sebastian é um pequeno casamenteiro.

O boliche tem uma ótima maneira de lidar com a situação, e eles realmente
fecham uma grande área para Seb e seus amigos.

Depois de dois jogos, Seb abre seus presentes. Ele ganha quebra-cabeças,
Legos, alguns jogos de tabuleiro, e um conjunto de montador espacial. É
bastante impressionante.

Vou até Seb depois que ele abre os presentes de todos. Eu entrego a ele um
grande envelope.

"Feliz aniversário, Seb." Ele sorri e o rasga. Ele olha para ele por alguns
minutos.

"Eu não entendo, é uma imagem de uma estrela." Seu rosto franze.

"É um retrato da sua estrela, o nome dela é Sebastian Charles Swan, e ela é
toda sua." Eu digo.

Sua confusão se transforma em felicidade. "Uma estrela? Toda minha?"


Eu aceno. "E o meu amigo tem um enorme telescópio, eu o levarei lá para
que você possa vê-la".

"Uau." Ele sussurra. "Este é o melhor presente do mundo." Ele abre seus
braços. "Posso, por favor, abraçar você?"

"É melhor mesmo." Eu digo. Ele envolve seus pequenos braços ao redor do
meu pescoço e aperta mais forte do que nunca. Eu sinto sua respiração
perto da minha orelha.

"Eu te amo muito, Edward." Ele diz, e todo o meu corpo parece como se eu
tivesse corrido uma maratona. Eu me sinto exausto e recompensado.

"Eu te amo muito mais, Sebastian".

Ele beija minha bochecha e corre para mostrar a todos sua própria estrela.

~O~

De volta à casa de Bella, Sebastian e Demetri começam a montar o


conjunto montador, e eu ajudo Bella com o bolo e café.

"Eu disse que ele amaria o seu presente." Ela diz enquanto coloca as velas
no bolo.

"Sim, sim, espertinha." Eu cutuco seu braço.

"É um presente muito atencioso." Ela sorri e se vira para mim. "Você é tão
bom para ele".

"Bella." Eu seguro sua cabeça em minhas mãos. "Você tem um filho que é
uma lufada de ar fresco em um mundo úmido e sombrio. Por causa dele, eu
encontrei você, por causa dele, Emmett encontrou Rosalie, e por causa
daquele menino, meu pai está vendo o mundo de forma diferente. Seu
filho, ele é bom para todos que encontra. Eu estou honrado de conseguir
apenas estar no mesmo ambiente que ele".

Uma lágrima desliza pela sua bochecha, eu a limpo com a ponta do meu
polegar. "Não chore." Eu sussurro.
Ela me dá um sorriso e mais lágrimas correm pelo seu rosto. Eu vou limpá-
las, mas ela se levanta nas pontas dos pés e me beija. Eu deslizo minhas
mãos pelos seus braços e as envolvo em torno dela. Eu a beijo para mostrar
a ela que eu não vou a lugar nenhum. Eu a beijo para que ela sinta a
verdade em minhas palavras. Eu a beijo porque, mesmo que seja cedo
demais, eu sei que eu amo essa mulher incrível.

Um pigarro faz Bella e eu nos separarmos rapidamente. Eu me viro e vejo


um homem mais velho, com cabelo castanho escuro, olhos sorridentes e
um bigode marrom espesso. Ele parece tão familiar. Eu o vi em fotos com
Sebastian ao redor da casa.

"Pai." Bella ofega.

Pai? Eu olho de volta para ele, e ele está me avaliando como um touro
pronto para atacar. Tento oferecer-lhe a minha mão, mas ele olha para ela.

"Pai... este é Edward." Sua voz é minúscula.

"Hmm." Ele resmunga e seus olhos me olham de cima a baixo. Sua


carranca é muito proeminente.

"Prazer em conhecê-lo, senhor." Eu continuo a segurar minha mão


estendida.

Mais uma vez ele olha para ela, então ele muda os olhos para Bella e sorri
calorosamente. "O Edward?" Ele pergunta.

Bella acena. Ele volta seu olhar para mim e pega minha mão. Eu estou
prestes a agitá-la, mas ele me puxa para ele e me engole em um abraço
rude e viril.

"É ótimo finalmente conhecê-lo, filho." Ele diz, feliz. "Sebastian não vai
calar a boca sobre você." Nós nos separamos e seu olhar uma vez com
raiva é substituído pela compaixão.

"Oh?"
"Sim, muito bem, garoto. Continue fazendo o que você faz e mantenha
minha família feliz, e eu não terei que quebrá-lo." Ele dá um tapa em
minhas costas e segue na direção da festa.

Eu olho para Bella, e ela está rindo.

"Isso foi engraçado para você?" Eu pergunto.

Ela acena. "Você estava tão assustado".

"Ele é aterrorizante".

Ela pega minha mão e beija minha palma. "Eu vou protegê-lo do homem
mau de meia-idade".

"Ha ha ha... engraçado." Eu belisco seu lado e ela ri.

"Vamos lá, seus pais logo estarão aqui, e eu quero bolo." Ela o leva para a
sala de jantar e nós esperamos que todos os outros cheguem aqui.
Capítulo 17 – Doçuras e resultados

~ Bella ~

Eu coloco o bolo duplo fudge de brownie na mesa e sorrio quando vejo


Rose e Emmett sentados um ao lado do outro rindo.

"Meus pais acabaram de estacionar com Alice, Jasper e Katie." Edward diz
enquanto se dirige para a porta da frente.

"Tudo bem, eu vou dizer a Sebastian".

Ele sorri e sai para cumprimentar seus pais.

Sebastian está em seu quarto com Demetri, colocando sua fantasia de


Halloween.

"Ei, pessoal, os convidados estão aqui. A mãe de Jake vai passar por aqui
daqui a pouco e você, Katie e Jake podem pedir doçura ou travessura
juntos. Parece bom?"

Seb sorri. "Eu gostaria que Jake não fosse embora, mas estou feliz que ele
virá mais tarde".

Demetri amarra o cinto na fantasia de ninja de Sebastian. "Então, você quer


que eu fique para trás e dê os doces para as crianças?" Ele pergunta.

"Não, eu quero que você venha, porque meu pai ficará para trás para nós".

Ele me dá um pequeno sorriso. "Então, todos nós estamos indo?"

Eu aceno. "Sim, e isso será ótimo, certo?" Eu atiro a ele um olhar de


advertência.

"Eu não começarei nada, Bella." Ele revira os olhos.

Quando chegamos lá embaixo, eu posso ouvir o riso abafado de Alice e


Esme na cozinha. Eu espio e vejo Esme colocar alguns cookies em um
prato.

"Olá, senhoras." Eu digo com um sorriso caloroso.


"Oh, Bella, Feliz Dia das Bruxas." Alice e Esme dizem em uníssono.

"Obrigada, mas primeiro nós celebramos o aniversário de Seb, então,


depois que ele soprar as velas, o Dia das Bruxas pode realmente começar".

"Justo." Alice ri.

Katie está vestida como bailarina e girando em círculos ao redor da mesa.


Sebastian está sentado na frente do seu bolo, simplesmente hipnotizado
com os movimentos dela. Um pequeno sorriso brinca nos lábios dele.

"Ei, aniversariante, você está pronto para um pedaço de bolo?" Eu pergunto


e ele sorri e acena.

Carlisle está metade na sala de jantar e metade na cozinha, claramente


evitando a multidão de pessoas. Ele está segurando um grande saco de
papel.

"Olá, Sr. Cullen, como você está?" Eu pergunto quando me aproximo dele.

"Muito bem, obrigado por perguntar. Como vai você, Senhorita Swan, ou é
Bella, o que você prefere? Eu nunca posso dizer quando é apropriado
chamar alguém pelo primeiro nome, e quando é adequado dar-lhes uma
saudação formal." Ele está falando muito rápido, e eu conheço os sinais de
uma pessoa que está começando a entrar em pânico.

"Bella, sempre Bella." Ele olha para mim e sorri.

"Então você sempre pode me chamar de Carlisle. A menos que você se


case com o meu filho, então você pode me chamar de pai." Seus olhos se
arregalam. "Oh, não, não faça isso, isso ofenderia seu pai".

Eu rio suavemente. "Carlisle, você me ajudaria na cozinha por um


momento?"

Ele acena e rapidamente se retira para a cozinha comigo. Eu fecho a porta e


fico nela para bloquear qualquer um de entrar.

"Eu acho que você precisa de um minuto, Carlisle. Apenas respire, relaxe e
vá para o seu lugar feliz".
Ele se vira para mim com olhos sorridentes. "Você é muito boa, Bella".

Eu inclino minha cabeça para o lado. "Boa?"

"Estava muito difícil para mim lá fora." Ele aponta na direção da sala de
estar.

"Eu sei".

"É por isso que você é boa. Na maior parte, eu tenho que me forçar a passar
por isso." Ele deixa escapar um riso nervoso.

"Nunca aqui, Carlisle. Este é um lugar tranquilo, as formalidades não têm


lugar aqui." Eu olho o saco que ele está segurando com uma mão de ferro.

"Isto é para Sebastian." Ele diz, claramente me percebendo olhando para


ele.

"Maravilhoso, eu aposto que ele vai amar".

Ele encolhe os ombros. "Talvez." Ele coloca o saco no balcão.

"Se você se sentir sobrecarregado ou se apavorar , Carlisle, não hesite em


entrar aqui, ou ir lá em cima, segunda porta à direita".

"O que há lá em cima?" Ele pergunta, confuso.

"Meu quarto, você pode ir até lá e tomar o seu tempo".

"Você me deixaria, um estranho, em seu quarto?"

"Você não é um estranho, você é o pai do homem que eu..." Eu paro de


falar quando percebo que eu estava prestes a dizer amo. Carlisle claramente
não perde o deslize.

"O homem que você o quê?"

Eu respiro, tentando ganhar tempo para pensar em algo. "Eu realmente


gosto de Edward, e de você. Minha casa é sua casa." Aí, isso deve servir.

"Você ama o meu filho?" Ele pergunta enquanto sorri feliz.


"Eu... Uhm..." Eu olho para a porta agora, na esperança de que alguém
entre. "Bem..."

Ele começa a rir. "Agora, quem é aquele em pânico?"

Eu balanço minha cabeça. "Muito engraçado".

Ele dá de ombros, e então toma uma respiração profunda. "Tudo bem, eu


estou pronto para ir lá para fora".

Ele caminha em direção a mim, mas pára antes de abrir a porta.

"Bella?"

"Sim".

"Está tudo bem amar meu filho, é uma coisa fácil de fazer. Eu me
apaixonei por ele no segundo em que eu soube que Esme estava grávida
dele" Ele engole em seco, e eu posso dizer que ele está tentando explicar o
que ele está tentando dizer sem me confundir. "Não é muito cedo, isso é o
que eu quero dizer".

Eu quero abraçá-lo, estou quase desesperada para fazer isso, mas eu não
acho que ele seja um homem que está confortável com ser tocado. Eu opto
por um sorriso. "Obrigada, Carlisle".

~O~

Todos nós cantamos parabéns e Seb sopra suas velas. Eu percebo Katie
ajudando Sebastian a arrancar as velas do bolo, e ele está rindo de algo que
ela está dizendo a ele.

"Estou feliz que ele não tem mais medo dela." Alice diz enquanto me
entrega alguns pratos de papel para bolo.

"Graças a Deus." Eu digo quando começo a cortar o bolo. Ela ajuda


entregando-o para cada pessoa.

Depois do bolo, Carlisle dá um tapinha no meu ombro. "Bella?"

"Sim." Eu digo.
"Posso dar a Sebastian seu presente agora?"

"Claro." Eu digo.

Ele praticamente corre para a cozinha. Eu olho para cima e vejo Edward
fazendo o seu caminho em direção a mim.

"Meu pai está pegando o presente de Seb?"

"Sim, e ele está bastante animado sobre isso".

"Quem? Meu pai ou Seb?" Ele ri.

"Os dois".

Carlisle sai da cozinha, segurando o enorme saco de papel, e caminha para


Sebastian.

Sebastian olha para o saco e de volta para Carlisle com a sua cara de "o que
diabos é isso".

"Feliz aniversário, Sebastian." Ele sussurra.

Sebastian sorri e praticamente rasga o saco.

"Cuidado, Sebastian." Carlisle diz.

Carlisle ajuda Seb a levantar dois cactos. Ambos os rostos se iluminam


como o Natal.

"Uau, eu nunca tive um cacto antes." Seb diz.

"Bem, este é o seu." Ele aponta para o mais próximo de Seb. "E este é o
meu." Ele segura o pequeno vaso do cacto na frente dele.

"Eles são iguais." Seb sussurra.

"Nós podemos criá-los juntos. Você gostaria disso?" Carlisle pergunta


nervosamente.

"Juntos?" Seb está olhando para o seu cacto com admiração.


"Se você quiser, pode ser um projeto, algo que nós podemos fazer juntos,
talvez?" Ele está tão aterrorizado que Seb o rejeite. Eu vejo o medo nos
olhos de Edward também, mas eu conheço meu filho, ele vai amar a ideia.

"Sim." Ele sussurra. "Eu realmente, realmente amaria isso".

Ele então se aproxima e abraça Carlisle. Ele tem um olhar chocado e um


pouco doloroso em seu rosto quando Seb o abraça, mas ele rapidamente se
adapta ao ato físico e até envolve seus braços ao redor do meu filho.

Edward relaxa e envolve seu braço ao meu redor. "Eu estava um pouco
preocupado." Ele diz.

"Eu não estava." Eu digo com confiança.

Ele ri. "É claro que você não estava".

O toque da campainha me puxa do meu caloroso abraço de Edward.


Quando atendo, eu vejo Jake e sua mãe parados ali com um sorriso.

"Olá novamente, Jake." Eu olho para a sua mãe. "Oi, Sue, é ótimo vê-la,
entrem, pessoal." Eu mantenho a porta aberta e eles entram.

"Então... Obrigado, Senho... Senhorita Swan." Jake diz.

"O prazer é meu, agora, se você se apressar, você pode ter um pouco de
bolo antes de irmos para doces ou travessuras." Ele sorri e corre para a sala
de jantar.

"Jake!" Eu posso ouvir a empolgação de Sebastian.

Quando eu entro, Sebastian está mostrando a Jake seu cacto, e Carlisle está
rindo enquanto Jake diz a ele sobre uma samambaia medrosa que ele teve
uma vez. É incrível o quanto Carlisle é paciente com Jake e sua gagueira.

"Minha mã... mãe diz que a sasasa... samambaia ficou com med fugiu,
mamama... mas eu sei que ela se esqueceu de aaa... água-la." Jake ri, e
Carlisle e Sebastian se juntam a ele.

"Eu quero ir para doces ou travessuras." Katie está ficando um pouco


impaciente e está lamentando para Alice.
"Ok, querida, vamos ver se Seb está pronto".

Katie acena e rodopia para Seb. "Podemos ir para doces ou travessuras


agora, Sebastian?"

Jake e Seb abruptamente param e olham com olhos arregalados para Katie,
que está sorrindo brilhantemente para os dois meninos apaixonados. A
risada de Edward quebra o devaneio apaixonado deles e Sebastian acena
para ela.

Meu pai pega o balde de doces, levando-o para a sala de estar e sentando-
se na poltrona. "Vocês, pessoal, divirtam-se, eu manterei o forte aqui".

"Obrigado, pai." Eu digo e sigo para fora com a multidão de pessoas.

Edward segura minha mão enquanto vamos de casa em casa. Demetri se


voluntaria para subir todos os degraus e ir para as portas com Sebastian, e
eu de bom grado aceito sua oferta.

"Este é o primeiro ano que eu não tenho que ir de porta em porta." Eu digo.

"Sério?" Edward está surpreso.

"Demetri geralmente não está por perto para o Halloween." Eu dou de


ombros.

"Isso significa que ele não está por perto para o aniversário de Seb."
Edward não está perguntando, ele está afirmando um fato.

"Não, mas nós celebramos quando ele está em casa." Eu aperto a mão dele
para tranquilizá-lo de que isso não é tão grande coisa, mas Edward está
claramente chateado.

"Está tudo bem, Edward." Eu digo.

"Não está, Bella, e me choca que você pense que está." Ele olha para mim
e a raiva em seus olhos é evidente.

"Eu passei muitos dias, noites e meses ficando brava com ele, mas ele é o
pai de Seb e..."
Edward me interrompe. "E o quê? Porque ele é o pai dele, é aceitável para
ele tratá-lo como lixo?"

Eu puxo Edward para trás e sinalizo para Demetri, Alice e o resto deles
continuar.

"Edward, sobre o que realmente é essa hostilidade?"

Ele bufa. "Eu apenas sou um filho que viu meu avô pensar da mesma
maneira que Demetri. Você se pergunta por que é que Sebastian raramente
quer alguma coisa a ver com o seu pai?"

"Demetri não é o seu avô." Eu puxo Edward para mais perto de mim,
esperando que o contato o relaxe.

"Sete anos, Bella, ele tem sete anos, e esta é a primeira vez que ele vai para
doces ou travessuras com ele?"

"É ruim, eu sei, mas ele está aqui agora e ele está tentando. Eu devo a ele a
chance".

Edward ri em descrença. "Você realmente não acredita que ele merece


tanto, não é?"

"Eu não direi a Demetri que ele não pode ver seu filho. Eu não vou
empurrá-lo para fora da vida de Seb, a menos que Seb me peça." Eu me
afasto, sentindo-me um pouco irritada que Edward questione meu
julgamento.

"E então o quê? Seb se quebra?" Eu entendo a raiva que Edward está
sentindo. Eu senti isso por muito tempo, mas eu não entendo por que ela é
dirigida a mim.

"Por que você está irritado comigo?" Minha voz racha.

"Oh, Bella." Seu rosto suaviza um pouco em reação à minha tristeza. "Eu
não estou bravo com você, eu estou preocupado com você e Seb. Eu não
quero vê-lo se quebrar".

"E você acha que eu quero." Eu rebato.


Ele balança a cabeça. "Não".

"Então, confie em mim, viva isso dia a dia, um obstáculo de cada vez, ou
então você ficará louco".

Seus ombros caem ligeiramente. "Você está certa, eu sinto muito, é só que
eu não quero ver Seb ter a dor que meu pai tem".

Eu cubro sua bochecha e me inclino para ele. "Você não pode proteger
todos de todas as coisas ruins no mundo, Edward".

Nossas testas tocam. "Eu posso malditamente tentar." Sua voz soa fraca,
mas determinada.

Eu rio. "Parece que eu terei que ficar de olho em você então." Ele olha para
mim confuso. "Para que eu possa abrir seus olhos quando você ficar
louco".

Ele revira seus olhos. "Isso é quem eu sou, Bella, eu sempre protegerei
aqueles que eu..." Desta vez é a vez de Edward interromper suas palavras.

Eu sabia que ele quer dizer ama, eu posso sentir isso. Ele olha para mim
como um cervo pego nos faróis. Ele não tem certeza, mas não é um olhar
de medo pessoal. Ele está preocupado com a minha reação, exatamente
como eu estava preocupada com a de Carlisle.

"Você confia em mim, Edward?"

Ele acena.

"Então, termine a frase." Eu digo com um sorriso.

Ele solta um suspiro. "Eu sempre protegerei aqueles que eu... eu amo".

Ele aperta seus olhos fechados após dizer isso, e eu aproveito este
momento para me levantar para que eu possa beijar seus lindos lábios.

Ele pula levemente, não tendo visto isto vindo, mas ele solta sua postura
rígida e se derrete em mim.
Quando nós nos separamos, eu olho em seus olhos esmeralda e sussurro só
para ele ouvir.

"Eu também te amo".

Ele ofega em surpresa e seu sorriso fica maior a cada segundo. "Você me
ama?"

Eu aceno e sorrio de volta para ele. "Sim".

Ele envolve seus braços ao redor da minha cintura e me gira em círculos.


Eu rio quando ouço as risadas das crianças que passam por nós.

"Você me ama." Ele grita alto, e agora os pais estão todos rindo.

"Sim, eu te amo, agora, coloque-me para baixo antes que eu vomite".

Ele abruptamente pára e nem sequer me dá um segundo para me recompor


quando seus lábios estão nos meus novamente.

Um pigarro nos afasta, e eu não posso deixar de rir com a forma como
frequentemente Edward e eu somos pegos nos beijando pelos nossos pais.
Carlisle está parado ali com os braços cruzados, mas um sorriso glorioso.

"Crianças, pediram-me para vir e ter certeza de que o bicho-papão não


sequestre vocês." Ele diz.

"Ela me ama, pai." Edward diz com exuberância.

Carlisle ri. "Eu ouvi, na verdade, todos nós ouvimos".

Edward apenas encolhe os ombros e me aperta.

"Você disse a ela que a ama de volta?" As palavras de Carlisle de repente


fazem Edward fazer uma carranca.

"Oh meu Deus, não, eu apenas disse que protejo as pessoas que eu amo."
Ele então se vira para mim e segura meu rosto em suas mãos quentes e
amorosas.
"Bella, por favor, saiba que eu te amo. Por favor, entenda que eu faria
qualquer coisa por você e Sebastian. Meu sol nasce e se põe com você."
Ele desliza a mão para baixo até que ela esteja diretamente sobre o meu
coração. "Eu protegerei isto pelo tempo que você me deixar".

Uma lágrima desliza pela minha bochecha e ele rapidamente a beija. "Não
chore".

"Eu estou feliz, Edward, eu estou muito feliz." Eu pulo em seus braços e
dou as boas-vindas aos seus giros vertiginosos. A risada de Carlisle torna
isso ainda mais precioso, e de repente eu quero gritar também.

"Edward me ama." Eu grito tão alto quanto posso.

No momento em que voltamos para a casa, metade do balde de doces se foi


e Charlie está desmaiado na poltrona.

"Vovô, vovô." Seb grita, fazendo-o saltar.

"Ei, Sebastian." Ele esfrega os olhos.

"Eu ganhei muitos doces, muitos, muitos, muitos, você quer ver todos
eles?" Ele não espera por uma resposta, ele apenas despeja o saco inteiro
no chão.

"Uau, isso é um monte de açúcar." Meu pai ri e começa a inspecionar tudo.

"Você pode ter um doce, Seb, um." Eu ergo meu dedo indicador para
enfatizar o fato.

"Sim, mamãe".

Na cozinha, Esme, Alice, Jasper e Demetri estão todos rindo de Rose e


Emmett enquanto eles dão a eles uma narração detalhada do seu primeiro
encontro. Eu deslizo para fora despercebida e vou à procura de Carlisle.

Eu passo por Katie e Jake, que estão com Sue, fazendo a sua própria
inspeção de doces. Carlisle está longe de ser encontrado, e então eu
percebo que ele deve estar no meu quarto, já que a cozinha está ocupada.
Quando abro a minha porta, eu o vejo sentado na cadeira na minha mesa,
olhando para uma foto.

"Você está bem, Carlisle?"

Ele salta quando ouve a minha voz. "Oh, Bella, eu sinto muito, eu só..."

"Não há necessidade, fico feliz que você decidiu vir aqui e escapar".

Ele sorri e eu vou até ele. Ele está segurando uma foto da minha mãe que
foi tirada há alguns anos, quando fomos para Cape Cod.

"Você não parece nada com essa mulher, mas ela é sua mãe, não é?" Ele
pergunta.

"Sim, essa é Renée, minha mãe." Eu me sento na beirada da minha cama.

"Por que ela não está aqui?"

"É uma longa história." Eu digo.

"Elas não são sempre?" Ele olha para cima com olhos simpáticos.

"Verdade".

"Meu pai morreu." Ele deixa escapar como se não fosse nada.

"Eu sinto muito".

"Eu não sinto." Ele diz.

Oh meu Deus, isto é uma revelação. Eu sei por Edward que o pai de
Carlisle não era um homem muito bom. Mas eu nunca ouvi Carlisle dizer
uma palavra a respeito do seu pai de qualquer forma que não casual.

"Você quer falar sobre isso?" Eu reviro meus olhos quando percebo que eu
soo como uma psiquiatra.

Ele encolhe os ombros. "Ele era um pai ruim, eu sei disso agora." Sua voz
é tão baixa; se não estivesse silencioso aqui, eu não o teria escutado.
"É difícil pensar que alguém que deveria amá-lo incondicionalmente
poderia ser tão cruel".

Ele balança a cabeça. "Você entende isso?" Ele pergunta.

"Sim, infelizmente".

"Você pode me dizer algo que a machuca, Bella?"

Eu realmente não quero. Eu prefiro raspar minhas pernas com vidro, mas
ele está se abrindo. Eu tenho que tentar.

"A solidão me machuca. Antes de Sebastian ir para essa nova escola, eu


não tinha ninguém além do meu pai e minha mãe." Eu tento engolir a dor
enquanto continuo.

"Demetri não estava realmente muito por perto, então eu dependia dos
meus pais para tudo. Seb estava em uma escola que não atendia suas
necessidades, e eu estava sozinha a maior parte do tempo".

Carlisle está me observando enquanto eu falo, muito atentamente.

"Seb tinha ataques, gritos, convulsões, tudo isso. Quando caminhávamos


para a escola, ele se deitava na calçada e se recusava a se levantar. Ele
insistia que eles estavam tentando matá-lo lá dentro." Eu limpo a lágrima
perdida que caiu.

"Todos os dias, eu tinha que forçá-lo a ir para uma escola que ele achava
que era como o próprio inferno".

Carlisle acena, e eu imagino que ele entenderia como é isso.

"Ainda assim, eu estava tão sozinha. Eu ia para casa e chorava. Eu não


podia ir a qualquer lugar que fosse mais do que oito quilômetros, caso a
escola ligasse. E eles ligavam, pelo menos três vezes por dia, e eles me
diziam que eu tinha que buscá-lo porque eles não conseguiam descobrir o
que fazer com ele".

"Eu implorava a Demetri para voltar para casa e me ajudar." Quando


minhas lágrimas começam a fluir mais fortes, Carlisle estende sua mão
para mim, em um gesto que é tão fora do comum. Eu a agarro, e ele
gentilmente me puxa para um abraço.

"Shhh, está tudo bem, Bella. Eu não quero que você se machuque." Seu
abraço é paternal, é confortante, e minhas lágrimas diminuem rapidamente.

"Você não tem que me dizer mais." Ele diz.

"Carlisle?"

"Sim, Bella".

Eu me afasto dele para olhar para ele. "Eu não estou mais sozinha".

Ele me dá um sorriso terno. "Nem eu".


Capítulo 18 – Cena extra Bergdorf – Rose conhece Emmett

~ Rosalie ~

"Com licença, Rose?" Eu olho para cima e vejo Jeanette parada ali com um
sorriso furtivo.

"Sim, Jean, o que há?"

"Bem, há um homem na frente da loja perguntando por Rosalie." Ela ri.

Eu espreito sobre o ombro dela e vejo um um homem musculoso, de boa


aparência; ele tem um enorme sorriso, olhos azuis penetrantes e cabelo
loiro encaracolado.

"Aquele é ele?" Eu pergunto a Jean.

Ela se vira, rindo de novo, e acena. "Sim".

Exatamente então, os olhos dele encontram os meus e seu sorriso


desaparece. Ótimo, ele me vê e franze a testa.

Ele caminha em minha direção e Jean imediatamente salta para fora do


caminho.

"Você é Rosalie Hale?" Ele pergunta.

"Uhm... sim?" Minha voz se torna estridente por algum motivo quando eu
respondo.

"Ótimo." Ele estende sua mão. "Meu nome é Emmett McCarty".

Eu cautelosamente tomo sua mão na minha, e ele a agarra e a leva para o


seu nariz. Eu suspiro quando ele inala o meu cheiro.

"Eu acho que Seb estava certo." Ele murmura baixinho.

Meus olhos arregalam. "Sebastian?" Eu pergunto.

"Sim, ele é um dos meus alunos." Em seguida, ele empurra uma caixa para
mim.
Eu a pego e olho para baixo para ver um coelho de chocolate. "O quê..." Eu
olho de volta para ele e ele está radiante. "Não é Páscoa." Eu digo.

Ele revira seus olhos. "Sim, eu estou ciente disso, mas, é chocolate. E as
mulheres amam chocolate".

Eu não posso discutir com esse fato, mas isso não explica a parte do
coelho. "É justo, Emmett, mas, por que o coelho?"

Ele ri. "As mulheres também gostam de coisas fofas".

Eu estou sem palavras, tudo o que posso fazer é olhar para este homem-
criança que realmente acredita que ele veio com a melhor ideia do mundo.

"Eu gosto de chocolate, e eu gosto de coisas fofas, mas..." Eu olho para o


coelho de chocolate, incrédula. "Mas, eu não gosto de comer coelhos".

Seu rosto cai mais uma vez. "Oh." Ele franze a testa. "Eu suponho que este
é um bom ponto".

De repente, seu comportamento muda de volta para alegre, e ele dá de


ombros. "Bem, o que está feito está feito, e você sabe o que eu sempre digo
aos meus alunos?"

Eu balanço minha cabeça; só Deus sabe o que este homem diz às


criancinhas.

"Eu digo a eles que você tem o que você tem e você não fica chateado." Ele
coloca as mãos nos quadris e balança para frente e para trás sobre os seus
calcanhares.

Eu coloco o coelho de chocolate no balcão e cruzo os braços sobre o meu


peito. "Então, você é professor de Seb?" Ele balança a cabeça.

"Você explicou o presente." Eu aponto para o coelho. "Agora, você pode


me dizer por que você me cheirou?"

Ele ri. "Seb disse que você cheirava bem".

Isso me faz rir; isso é totalmente algo que Seb diria.


"E?" Dou-lhe um sorriso doce. Eu vejo seus olhos derivarem para os meus
lábios.

"Você tem um cheiro incrível." Ele diz.

Eu dou pancadinhas no balcão levemente, tentando preencher o silêncio


constrangedor. Ele percebe e se aproxima um pouco mais de mim.

"Então, Seb diz que nós deveríamos sair." Ele encolhe os ombros
inocentemente.

"Oh, ele diz?" Eu franzo meus lábios, tentando desesperadamente lutar


contra uma risada que está tentando escapar. Este homem é fodidamente
adorável.

"Sim, e eu odiaria decepcioná-lo." Ele se aproxima ainda mais, até que sua
cintura bate no balcão. Ele só está a cerca de um metro de distância de
mim.

Olho para o meu relógio e vejo que é quase hora do almoço. "Você gostaria
de me pagar o almoço?"

"Um encontro durante o dia?" Seu rosto se transforma em uma expressão


incrédula.

"Sim, o que há de errado com isso?" Eu pergunto.

"Bem, eu posso levá-la para jantar também?" Ele está tentando negociar.

Eu não posso segurar o meu sorriso por mais tempo. "E se você me odiar
até a hora em que o almoço terminar?"

Ele encolhe os ombros. "Então eu não aparecerei para o nosso jantar".

Dou-lhe um olhar de fingido horror. "Você nunca faria isso." Eu ofego.

Ele ri e isso ecoa alto através do departamento. Eu posso sentir as


vibrações correndo através de mim.

"Eu posso seguramente dizer agora que eu não deixaria de aparecer".


Eu aceno. "Tudo bem, grandão, leve-me para almoçar então." Eu pego
minha bolsa e meu coelho de chocolate e saio de trás do balcão.

"Caro Senhor lá em cima." Ele murmura.

Eu olho em volta, perguntando-me o que o choca. Quando encontro seu


rosto, vejo que seu olhar está deslizando sobre meu corpo.

"O que está errado?" Eu olho para baixo, perguntando-me se derramei


alguma coisa no meu vestido.

"Seu corpo." Ele sussurra, e há receio em sua voz.

"O que tem isso, Emmett?" Eu coloco minhas mãos em meus quadris de
forma defensiva.

"É fantástico. Lembre-me de dar a Seb um A pelo resto do ano." Ele ainda
está olhando para o meu corpo, demorando um pouco mais em torno da
região do peito.

"Olhos aqui em cima, seu grandalhão." Eu aponto para o meu rosto.

Seus olhos atiram para cima para encontrar os meus e um sorriso diabólico
aparece em seu rosto celestial.

Eu balanço minha cabeça e começo a caminhar em direção à saída. Eu


posso sentir seu olhar em mim, e estou bastante certa de que não é para os
meus ombros que ele está olhando.

"Então, onde vamos comer?" Eu viro e ele bate em mim.

"Oh, Deus, Rose, eu sinto muito." Ele agarra meus ombros quando me vê
tropeçar ligeiramente.

Seu rosto está cheio de preocupação e eu não consigo me conter. Eu


começo a rir.

Seus olhos se arregalam. "Você está rindo de mim?"

Eu aceno, mas estou rindo tanto que não consigo falar.


"Isso não é muito legal." Ele me olha de cima a baixo. "Você está bem?"

Mais uma vez, eu simplesmente aceno.

Ele solta meus braços e fica ali, esperando pacientemente que o meu ataque
de riso diminua. Quanto mais tempo ele fica apenas parado ali, mais eu rio.

"Oh, inferno!" Ele passa por mim. "Nós vamos desperdiçar toda a sua hora
do almoço parados aqui, vamos lá".

Eu tento andar, mas não consigo ver porque as lágrimas estão nublando
minha visão.

"Mulher!" Ele grita.

Eu soluço algumas vezes. Ele acabou de me chamar de mulher?

"Esqueça." Ele corre para mim e me levanta.

"Coloque-me no chão." De repente, eu não estou mais rindo. Ele não pára;
ele simplesmente continua andando.

"Eu estou falando sério, McCarty, eu trabalho aqui." Eu dou um tapa forte
em suas costas, mas ele nem se move.

Só depois de estarmos na calçada lateral é que ele me coloca para baixo.

"Não seja machão comigo." Eu atiro.

"Não ria de mim." Ele retruca.

Nós dois estreitamos nossos olhos um para o outro em desafio. Eu não sei
quanto tempo nós ficamos lá, mas Emmett finalmente se rende.

"Olha, eu gosto de você, você cheira muito bem e eu estou com fome.
Podemos comer?"

Eu reviro meus olhos. "Tudo bem".

Nós andamos um quarteirão e seguimos para uma delicatessen. Tem


algumas cabines e é amigável. Eu peço um sanduíche vegetariano e
Emmett pede um sanduíche 'amantes de carne de entupir artérias'. Eu pego
água; ele pega uma Cherry Coke extra grande. Eu opto por uma salada de
macarrão como acompanhamento; ele escolhe salada de batata com queijo
e bacon.

"Você vai morrer antes do nosso jantar se colocar isso em seu corpo." Eu
aponto.

Ele encolhe os ombros. "Olhe para este corpo, babe, diga-me, ele está
sofrendo?"

Eu rio. "Certo, tudo bem, é o seu corpo".

Nós nos sentamos ao lado de uma janela e eu observo os pedestres


enquanto eles vagabundeiam pela cidade. Emmett está devorando seu
especial de ataque cardíaco.

"O que você teria feito se eu dissesse não a um encontro?" Eu pergunto


enquanto educadamente como o meu sanduíche.

"Eu teria de voltar todos os dias até que você dissesse que sim." Ele diz
com indiferença.

Eu engasgo com a minha comida, mas me recupero rapidamente. "Por


quê?"

"Porque no segundo em que eu vi você, eu sabia que era um negócio feito."


Ele enfia uma quantidade ímpia de salada de batata na boca.

"Negócio feito?"

Ele acena. "Você é muito mais bonita do que Seb descreveu que você
seria".

Eu solto meu sanduíche, este homem não me conhece ainda, ele me elogia
como se fosse notícia que eu já deveria saber.

Ele olha para a minha comida caída com confusão. "Você não está com
fome?"

"Ah... eu... você." Eu murmuro e ele sorri para mim.


"Você está bem aí?" Ele pergunta.

"Você." Eu aponto para ele.

"O que tem eu?" Ele ri.

"Você disse que eu era bonita." Eu sussurro.

"Não, eu disse que você era muito mais bonita do que Seb a descreveu.
Você realmente é impressionante; como é que você está solteira?" Ele dá
uma mordida enorme em seu sanduíche.

"Você... quem é você?"

Ele limpa a boca. "Emmett McCarty, nós já não fizemos esta parte? Vai
demorar uma eternidade para avançar nesta relação se nós continuarmos
tendo que voltar ao início, Rose".

Ele é um espertinho. Um espertinho sexy, divertido e bonito.

"Obrigada, Emmett, você mesmo não é muito ruim de se olhar." Eu


começo a comer de novo, mas posso sentir seus olhos em mim.

"Então, o jantar, onde você quer ir?"

Eu dou de ombros. "Surpreenda-me".

Ele balança a cabeça. "De jeito nenhum, isso é uma receita para o desastre.
Se eu errar, você nunca sairá comigo de novo".

Eu rio. "Eu duvido disso, este é, de longe, o melhor encontro para almoçar
que eu já tive. Levaria, no mínimo, que você estragasse três encontros
antes de eu abandonar você".

"Bom." Ele diz quando me dá um sorriso caloroso. Eu posso ver por que
Seb gostaria dele. Ele é engraçado, carinhoso e calmante.

"Então, diga-me, por que você decidiu entrar na educação especial,


especificamente autismo?"
Ele coloca seu sanduíche para baixo e todo o seu rosto se ilumina. "Eu fiz
isso por causa do meu irmão, na verdade".

Isso me surpreende. "Seu irmão é autista?"

Ele balança a cabeça. "Ele foi diagnosticado um pouco mais tarde na vida.
Como o autismo era bastante novo aos olhos da ciência, ele foi
diagnosticado com ter problemas de fala, lutar para compreender a leitura e
tendências hiperativas".

"Eu entendo, e ele é a razão pela qual você faz o que faz?"

"Sim." Ele diz. "Quando ele entrou no ensino médio, seu conselheiro foi
realmente a pessoa que sugeriu que ele fosse testado para um transtorno
conhecido como autismo".

"Um transtorno? Eu não vejo isso dessa forma." Eu digo.

"Nem eu, e muitas pessoas não o fazem mais, mas há dez anos era
considerado um transtorno." Ele bebe a sua bebida antes de continuar.

"Então, de qualquer maneira, eu comecei a pesquisar apenas por


curiosidade, e eu imediatamente fiquei fascinado com isso. Há tantas
facetas para o espectro." Todo o seu comportamento irradia alegria e
paixão enquanto ele fala sobre seu irmão e seu trabalho.

"Eu vi o quão pouco havia lá fora para o meu irmão e os outros no


espectro." Ele encolhe os ombros. "Eu queria ser uma parte de consertar
isso".

Naquele momento, eu sabia que Sebastian Swan era um anjo por trazer este
homem em minha vida. Não há homens como ele no mundo, e se há, eles
não residem em New York City.

"Uau, você é incrível, Emmett, você deveria estar orgulhoso de si mesmo."


Eu digo com um sorriso.

"Eu estou, mas é no momento em que um dos meus alunos atinge um


marco, ou supera um obstáculo, que eu sinto o maior orgulho." Suas
bochechas coram, e eu posso dizer que ele está realmente um pouco
afetado.

"O que o seu irmão faz agora?"

"Ele é um professor de ginástica em Jersey, na verdade." Você pode ver o


orgulho que ele tem pelo seu irmão.

"Isso é ótimo".

"Realmente é, ele se casou com uma mulher maravilhosa que ele conheceu
na faculdade e tem duas menininhas".

"Ele foi para a faculdade? Uau!" Estou chocada, e eu percebo o quanto eu


sei pouco sobre autismo, Seb, e qualquer coisa que Bella tem que passar.

"Ele é uma pessoa brilhante, apenas mal interpretado." Ele diz sem malícia.
Ele me dá um olhar que me diz que é totalmente normal eu pensar assim.

"E você luta por aqueles que não conseguem." Eu digo.

Ele balança a cabeça e mantém o meu olhar.

"Você, Emmett McCarty, deixará um inferno de uma marca neste mundo".

"E você, Rosalie Hale, esperançosamente passará muitos almoços comigo e


marcará este mundo louco." Ele ri.

"Eu adoraria isso." Eu rio para ele quando ele dá um soco no ar.

Após o almoço, ele me leva de volta para a loja e trocamos números de


telefone.

"Então, Rose, você vai sair para jantar comigo?" Ele pergunta.

"Eu adoraria".

Ele sorri. "Bem, eu não posso neste fim de semana porque tenho a festa de
aniversário de Sebastian, e eu tenho que dar aulas particulares para outro
aluno no domingo. Talvez durante a semana?"
Eu rio. "Vamos falar sobre isso no sábado na festa de Seb".

Seus olhos arregalam. "Oh, você vai?"

Eu aceno. "Eu certamente vou. E, eu deveria avisá-lo, eu vou verificá-lo".

Ele sorri. "Ah, sim, como?"

"Eu perguntarei a Bella sobre você, você sabe, para ter certeza que você é
realmente o professor de Seb, e não algum assassino em sére. Ah, e para ter
certeza que você realmente é solteiro".

Ele bufa. "Bem, eu nunca mentiria".

"Até mais, seu grandalhão".

Eu o deixo na calçada lateral com um enorme sorriso e um aceno. Eu


certamente espero que ele não esteja brincando comigo e que ele seja quem
ele diz que é. Acho que eu verei por mim mesma no sábado
Capítulo 19 – Entra como um leão, sai como um cordeiro

~ Edward ~

Naquela noite, depois que volto para casa da festa de aniversário de


Sebastian, eu não consigo dormir. Bella me disse que ela me ama. Eu
estive com tanto medo que ela não estivesse se sentindo da mesma
maneira. Para ser honesto, eu não tenho a certeza se Demetri estava
tentando reconquistá-la sempre que eu não estava por perto.

Eu me sirvo um pouco de uísque, esperando que ele me deixe sonolento o


suficiente para descansar um pouco.

Enquanto eu me sento no sofá, bebendo e vendo as notícias do dia, meu


telefone toca.

"Olá?"

"Ei, Ed, aqui é o Jay".

Eu olho para o relógio, são 22hs30min. Estou um pouco preocupado sobre


a ligação tardia. "Ei, Jay, está tudo bem?"

"Ah, sim. Estou ligando porque eu acabei de sair do telefone com o


advogado de Tanya".

Eu resmungo e esfrego a mão no meu rosto. Isto não é como eu quero


terminar um dia perfeito. "O que ela está fazendo agora?"

"Tanya e seu advogado querem se encontrar em seu escritório na segunda-


feira de manhã, às 09hs." Ele diz.

"Maravilhoso." Eu digo sarcasticamente.

"Sim, bem, isso deixa você e eu com um dia para decidir o que vamos
fazer".

Eu bebo o resto do uísque e dou as boas-vindas à queimadura. "Encontre-


me amanhã para o almoço, Jay, e lembre-se, eu não estou decidido".

Ele suspira. "Eu sei, Ed, eu sei".


Eu fico ainda mais irritado depois que saio do telefone, então eu opto por
um banho. O calor da água ajuda a relaxar os músculos e o vapor ajuda a
limpar minha mente.

Depois do banho, eu tento ler um pouco e, finalmente, por volta de uma


hora da manhã, eu começo a me sentir exausto. Deito na cama e deixo o
sono me dominar.

~O~

Eu acordo com o som estridente do meu telefone. Eu cegamente o pego.


"Olá." Eu resmungo.

"Edward?"

"Oh, ei, pai, o que está acontecendo?" Eu me levanto e limpo o sono dos
meus olhos.

"Eu tive um tempo maravilhoso ontem, Bella é incrível." Ele jorra.

Eu rio. "Acontece que eu concordo com você sobre isso".

"Então, o que você fará hoje?" Ele pergunta.

"Eu tenho que almoçar com Jenks mais tarde. Nós nos reuniremos com
Tanya e seu advogado na segunda-feira de manhã, então queremos estar
preparados".

"Hmm... Boa sorte, filho, mas eu duvido que você precise. Acho que Tanya
concordará com quaisquer termos que você definir." Ele diz com
surpreendente confiança.

"Por que você acha isso?" Eu rio com o seu otimismo.

"Seria suicídio profissional atacar seu caráter moral, para não mencionar
que quaisquer agressões verbais que ela atire para a empresa só a morderá
na garupa mais tarde." Ele diz.

"Ok, antes de mais nada, não diga garupa, isso é tão incrivelmente hilário.
Segundo, como é que você vê que não importa o que Tanya faça, ela vai
ferir sua própria imagem?" Eu deslizo para fora da cama e vou para a
cozinha para tomar um café muito necessário.

"Por que ela destruiria a própria empresa que ajudou a construir? E nem
sequer me faça falar sobre se ela quer continuar trabalhando lá." Ele diz.

"É justo, mas acho que o maior argumento dela será uma espécie de
vingança pessoal contra mim." Depois de ajeitar a cafeteira, eu fico ali
olhando para ela, desejando que coe mais rápido.

"Eu acho que você está certo, no entanto, se ela sabe sobre os vídeos, ela
simplesmente ficará feliz em sair de lá com a sua atitude rançosa intacta".

Eu rio. "Eu espero que você esteja certo".

"Eu estou, Edward, tenha um pouco de fé".

Minha felicidade de cafeína termina, e eu ansiosamente me sirvo uma


xícara.

"Sebastian gostou da estrela que você deu a ele, Edward?" Carlisle


pergunta.

"Oh, sim, muito, na verdade".

"Você sabia que não pode ver milhares de estrelas em uma noite escura?
Apesar do que você pode ouvir em comerciais de TV, poemas e canções,
você não pode ver um milhão de estrelas... em lugar nenhum." Ele diz.

"Sério? Quero dizer, há tantas lá em cima?" Eu pergunto quando sento na


mesa da cozinha e bebo meu delicioso café.

"Oh, eu tenho certeza, Edward. Simplesmente não estão perto o suficiente e


brilhante o suficiente. Em uma noite realmente excepcional, sem lua e
longe de qualquer fonte de luz, uma pessoa com uma visão muito boa pode
ser capaz de ver 2.000 a 2.500 estrelas a qualquer momento." Ele defende
veementemente seu argumento.

"Ok, mas as pessoas dizem isso o tempo todo." Eu rio quando o ouço bufar.
"Bem, faça-me um favor, Edward, da próxima vez que você ouvir alguém
alegar ter visto um milhão de estrelas no céu, apenas aprecie isso como
licença artística, ou exagero exuberante, porque não é verdade!" Ele está
um pouco irritado neste momento, então eu decido mudar de assunto.

"Tudo bem, eu farei isso. Então, Seb ama o cacto." Esperemos que isso o
acalme.

"Sim, eu irei lá todo fim de semana para medir o seu crescimento e para
ensinar Sebastian como cuidar adequadamente dele. Ele está muito
animado, assim como eu." Eu ouço o prazer em sua voz e sorrio.

"Fantástico, pai, sério, eu sabia que era uma ideia incrível. Parece que você
precisa ter um pouco mais de fé." Eu faço piada.

"É verdade, eu deveria." Ele ri. "Então, Edward, quarta-feira é o primeiro


dia do estudo. Sua mãe encontrará Bella para o almoço naquele dia, então,
você poderia me pegar e nós podemos ir juntos?"

"Eu não tinha ideia sobre a mamãe e Bella." Eu não posso evitar a alegria
com o pensamento da minha mãe e Bella juntas.

"Sim, bem, você conhece as mulheres e suas fofocas. Elas têm que se
reunir pelo menos uma vez por semana, ou suas cabeças explodem." Ele
diz com um tom mortalmente inexpressivo, e eu começo a rir. Eu sei que
ele não quer dizer isso ofensivamente, e talvez seja por isso que é
engraçado.

"Ria tudo que você quiser, Edward, mas é verdade".

Eu não consigo parar de rir com seu humor seco. "Isso é um fato
científico?"

"Sim, bem, não, mas deveria ser." Ele diz e eu ouço um traço de humor em
sua voz.

Poucos minutos depois, eu desligo o telefone com o meu pai e começo a


me preparar para o dia.

~O~
Jenks e eu concordamos em nos encontrar no Butter Restaurant. Eu não
estive aqui há algum tempo, mas ele tem o melhor robalo grelhado na
cidade.

Jay está esperando do lado de fora. Ele parece relaxado, o que acalma meus
nervos um pouco.

"Oi, Jay." Eu digo enquanto caminho para encontrá-lo com uma mão
estendida. Ele a aperta e nós entramos.

Depois de sentar e pedir nossas bebidas e refeições, Jay pega todos os


papéis e começa.

"Então, eu falei com o advogado de Tanya, como você sabe, e Tanya não
quer desistir da sua metade da empresa".

Eu bufo, "É claro que ela não quer".

"Eu expliquei que nós tínhamos condições, mas que a extração dela era
prioridade e inegociável." Ele encolhe os ombros, em seguida, puxa um
outro pedaço de papel e o desliza para mim.

Enquanto eu lia, meus olhos se arregalaram, e eu posso sentir meu sangue


ferver. "Ela está dizendo que eu a perseguia depois do horário de
trabalho?" Eu atiro.

"Calma, Edward, é tudo uma tática para obter uma reação sua." Ele diz
com um sussurro.

Eu olho ao redor do restaurante para ver se eu trouxe alguma atenção para


nós. Quando não vejo ninguém prestando atenção em nós, eu continuo.
"Oh, eu darei a ela uma reação certa".

Ele ri. "Eu tenho certeza que você vai, então, agora eu pergunto a você, o
que você quer fazer agora?"

Eu belisco a ponta do meu nariz na esperança de que isso alivie um pouco


do estresse.
"Pegue as gravações, nós podemos ameaçá-la com elas Ela só tem a
palavra dela, eu tenho provas!" Eu bato o papel em cima da mesa, fazendo
as taças tilintarem.

"Então, você quer manter as exigências como estão?" Ele pergunta.

"Claro que sim." Eu rebato.

Ele balança a cabeça e começa a escrever algumas coisas. Eu praticamente


engulo o resto da minha bebida e tento me acalmar.

Nós passamos por cima de tudo o que vai acontecer amanhã de manhã. Nós
comemos e passamos por todos os detalhes. Até o momento em que deixo
Jay, eu estou me sentindo confiante, mas ainda irritado.

Quando chego em casa, eu me jogo no sofá e faço a única coisa que eu


posso pensar para acalmar; eu ligo para Bella.

Toca duas vezes antes de eu ouvir sua voz angelical.

"Olá?"

"Ei, Bella, o que você está fazendo?"

Eu posso quase sentir o seu sorriso enquanto ela fala. "Bem, Seb e eu
passamos o dia fazendo compras de supermercado, então ele teve um corte
de cabelo, e agora estamos comendo sorvete. O que você fez hoje?"

"Nada tão legal quanto isso, mas eu me encontrei com Jenks para passar
por cima de algumas coisas para uma reunião na segunda-feira com Tanya
e seu advogado." Quando não ouço nada, eu pressiono para ela falar.
"Bella?"

"Ah... sim, eu estou aqui, você precisa de mim para alguma coisa?" Sua
voz soa frágil, e eu sei que ela está preocupada que tudo isso volte para
mordê-la.

"Não, ainda não, provavelmente nunca. Eu prometi a você que faria tudo o
que pudesse para manter tudo isso o mais longe possível de você." Eu digo.
"Eu sei... eu só." Ela bufa. "Edward, eu estou preocupada com você, eu te
amo." As palavras dela batem no meu peito e parece que ela está dando
vida a um órgão morto, porque eu juro que meu coração simplesmente veio
à vida.

"Oh, Bella, eu também te amo, não se preocupe comigo, por favor. Eu


tenho um advogado incrível, e provas".

Ela ri. "Você parece otimista".

"Sim, bem, eu não estava, mas meu pai colocou algum sentido em mim."
Eu digo.

"Ele é um homem sábio".

"Bella, eu queria te agradecer pelo que você fez por ele ontem. Minha mãe
me disse." Eu não quero que ela se sinta desconfortável, mas ela fez algo
que ninguém fora da nossa família imediata já fez, ela o aceitou, ela o fez
se sentir como qualquer um.

"Você não precisa me agradecer por ser um ser humano".

"Desde que você e Sebastian vieram em nossas vidas, tudo parece mais
fácil, mais feliz e mais vivo. Eu posso agradecê-la todos os dias pelo resto
da sua vida e eu nem sequer chegaria perto de mostrar a você a gratidão
que tenho pela sua existência." Eu digo.

Eu posso ouvi-la fungar. "Edward, eu..." Ela funga de novo, "Eu me sinto
da mesma maneira sobre você".

"Que tal eu vir para o jantar amanhã à noite? Pode ser apenas você, eu e
Seb." Eu pergunto.

"Bem, meu pai ainda está aqui, ele ficará por alguns dias. Ele mora a duas
horas daqui e Sebastian tem implorado para ele ficar e..."

Eu a interrompo, "E como alguém pode dizer não a ele?"

Ela ri. "Exatamente".

"Então, será você, eu, Sebastian e seu pai".


"Você tem certeza?" Ela pergunta.

"Será ótimo, eu estarei lá às 16hs30min, e eu levarei a sobremesa".

"Perfeito".

~O~

Acordo na segunda-feira ao som da chuva forte batendo contra a janela do


meu quarto. Eu me visto e vou para o carro. Felix me leva para o escritório
de Jenks, onde ele entra, e nós vamos para a firma dos advogados de
Tanya.

Nós optamos por não nos encontrar no escritório, já que Tanya tem uma
incrível capacidade de intimidar os funcionários.

Passamos pelas portas giratórias do prédio luxuoso e eu rio.

"O que é tão engraçado, Ed?" Jay pergunta.

"Ela vai processar por honorários advocatícios, quero dizer, olhe para este
lugar." Eu aceno minha mão ao redor.

Jenks assente. "Tenho certeza que ela tentará".

Tomamos o elevador até o vigésimo andar e somos recebidos por uma


ruiva de cabelos encaracolados borbulhante.

"Bom dia, posso ajudá-los?" Ela pergunta de uma maneira alegre.

"Nós temos um encontro às 09hs com Aro Volturi. Eu sou Jason Jenks e
este é meu cliente, Edward Cullen." Ele está no modo de negócios
completo e é um espetáculo para ser visto. Ele não é nada como o homem
alegre de bochechas rosadas com quem você sairia e beberia. Quando
Jenks está sendo um advogado, ele é feroz.

"Oh, certo, sentem-se e eu vou avisá-lo que vocês estão aqui." Ela aponta
para a sala de espera, e Jenks e eu sentamos e esperamos.
Às 09hs05min., nós somos chamados a uma sala de conferências. Há uma
grande mesa oval no centro da sala, onde Tanya e Aro estão atualmente
sentados.

"Bom dia." Aro diz feliz enquanto se levanta e caminha em direção a nós.
Ele aperta a mão de Jay e depois a minha. "Por favor, entrem e sentem-se,
Gianna nos trará um pouco de café, ou chá, se vocês preferirem, e bagels".

Eu simplesmente aceno. "Café está bom." Arrisco um vislumbre para


Tanya, e seu olhar poderia cortar gelo.

"Agora, Sr. Jenks e eu conversamos no sábado sobre toda essa situação."


Aro começa.

"Correto, e antes de irmos adiante, o Sr. Cullen escreveu as suas


exigências." Jenks calmamente retruca.

"Exigências?" Tanya pergunta com uma borda afiada em seu tom.

Aro gentilmente dá um tapinha na mão dela e pega o papel. Ele cantarola


enquanto o lê, e eu não posso deixar de sentir a vibração estranha
circulando por toda a sala.

Tanya lê o seu próprio papel e faz uma carranca o tempo todo.

"Sr. Cullen, essas exigências são bastante severas." Aro diz.

"Severas, mas necessárias." Eu respondo.

Ele balança a cabeça. "Diz aqui que Tanya agrediu fisicamente e


sexualmente Edward, e assediou sua equipe, incluindo sua compradora
pessoal e seu filho?"

"Sim." Eu digo.

"Os termos dizem que Tanya Denali deve entregar suas ações da empresa e
retirar as acusações contra a Srta. Isabella Swan?" Aro pergunta.

"Sim, é simples, se ela fizer isso, eu não vou levá-la sobre as outras
acusações que, sem dúvida, destruirão sua credibilidade e quaisquer
chances de ganhar sua própria clientela no futuro." Eu falo de uma forma
serena.

"Isso é ridículo. Eu coloquei um monte de dinheiro nesta empresa, e você


vai se sentar aqui e ameaçar me forçar a sair sem nada, enquanto você e sua
namorada rude e seu filho estranho começam a colher os benefícios do meu
trabalho?" Ela ri histericamente. "E sem pagamento, nada mais?" Ela
balança a cabeça. "Sobre o meu cadáver." Ela atira.

Aro rapidamente puxa seu braço, forçando-a a se inclinar para mais perto.
Ele sussurra algo em seu ouvido, e pela expressão raivosa dela, eu acho
que ela não gosta disso.

Eu olho para Jenks, que tem um sorriso arrogante estampado em seu rosto.
Ele me dá um rápido polegar para cima, enquanto Aro e Tanya estão
distraídos.

"Sr. Cullen, meu cliente concordará em retirar as acusações contra a Srta.


Swan, mas, ela deixar a Cullen-Denali sem nem dois centavos para
esfregar juntos, isso parece ser um pouco exagerado." Aro diz bastante
conservado.

Jenks se inclina para frente, e eu me recosto. Esta é a razão de eu tê-lo na


retaguarda.

"Ela retirará as acusações e entregará suas ações para o meu cliente, ou nós
faremos tudo em nosso poder não apenas para forçá-la a sair, mas para
arruinar sua reputação até a ponte Golden Gate." O advogado Jason Jenks
não sabe como falhar.

*Ponte Golden Gate: está localizada em São Francisco, Califórnia, do


outro lado do país.

Aro ri. "Nenhum juiz no seu juízo perfeito concederia estes termos
absurdos." Ele bate os papéis com a mão.

"Sua cliente nega quaisquer avanços sexuais não desejados em direção ao


meu cliente?" Jenks pergunta.
"É claro que eu nego, isso é uma loucura." Tanya rebate, e Aro bufa e
revira os olhos.

"Por favor, Srta. Denali, relaxe." Aro sussurra.

"E a sua cliente também nega qualquer abuso físico e verbal para o meu
cliente e outros cinco membros da equipe Cullen-Denali?" Jenks pergunta.

Aro olha para Tanya; uma expressão completamente não convencida


adorna seu rosto. "Minha cliente diz que o Sr. Cullen a perseguia fora do
horário de trabalho. Eu sinto que as acusações devem ser em direção a ele,
não ela".

Jenks acena e entrega um disco para Aro. "Faça-me um favor, Sr. Volturi,
assista isso com a sua cliente." Então ele entrega a ele seis papéis. "Depois,
leia as cinco acusações contra a Srta. Denali de outros funcionários da
Cullen-Denali, e quando você estiver por lá, pergunte à sua cliente por que
ela assinou um acordo dizendo que ela permitia que câmeras fossem
colocadas em todo o escritório, pegando-a no ato".

E, simplesmente assim, Jenks os deixa sem palavras e com os rostos


fantasmagóricos. Isso é o quanto ele é bom.

"Nós vamos dar-lhes até amanhã às 09hs para responder às nossas


condições depois de terem olhado estas provas." Jenks diz enquanto se
levanta. Eu sigo o exemplo.

Aro se levanta e aperta nossas mãos, concordando com o prazo. Eu não


posso deixar de notar o olhar que ele dá a Tanya enquanto saímos do
escritório.

Jenks e eu esperamos até que estejamos no meu carro para cair na


gargalhada.

"Oh meu Deus, Jenks, isso foi épico." Eu digo entre risos.

"Você viu a cara dela?" Ele pergunta.

Eu concordo com a cabeça e rio todo o caminho de volta para o escritório


de Jenks.
Nós o deixamos e eu vou para o meu próprio escritório para terminar
algum trabalho e algumas reuniões.

Por volta das 15hs30min, eu estou indo para a padaria pegar alguns
cannolis com gotas de chocolate. Bella disse que são o favorito do seu pai.
Eu amo obter pontos extras onde eu puder.

Eu amo Bella e Sebastian, e eu sei o sofrimento que ela enfrentou por


Demetri e, suspeito eu, sua mãe. Pelo que Carlisle me disse, ela foi muito
breve sobre o seu relacionamento com ela, e ele suspeitava que ela
estivesse escondendo algum sério sofrimento lá.

~O~

Exatamente às 16hs15min, eu estou tocando a campainha de Bella.

Eu sou cumprimentado por Charlie e um risonho Sebastian.

"Edward, você está aqui, graças a Deus, eu preciso da sua ajuda." Ele diz
meio sério.

Eu sorrio e Charlie aperta minha mão. "É melhor você ir com ele, ele
esteve falando e falando sobre como só você pode ajudá-lo".

Eu alegremente sigo Sebastian através da cozinha, onde eu só posso ter um


aceno rápido para Bella. Ela ri e acena de volta.

"Para onde estamos indo, Seb?" Eu pergunto.

"Vamos, Edward." Ele me arrasta por todo o caminho até seu quarto, e nós
paramos na frente do seu laptop.

"Onde está?" Ele pergunta.

"Onde está o quê?" Eu olho ao redor do quarto, mas paro quando vejo o
que está iluminado na tela.

"Você está procurando pela sua estrela?" Eu pergunto com um sorriso.

"Sim, eu não consigo encontrá-la do lado de fora da minha janela, então


minha mãe disse para procurá-la, mas eu não consigo encontrá-la, e você
disse que estava lá. Você não mentiria para mim, Edward, não é?" Seus
olhos estão arregalados.

Eu balanço minha cabeça. "Nunca." Eu me curvo e olho para a tela. Eu


combino as coordenadas do papel com as informações na tela.

"Aí." Eu aponto para a pequena estrela brilhando na tela. Seb se inclina.

"Essa sou eu?" Ele pergunta.

"Bem, esta é a sua estrela." Eu digo.

"Eu gosto dela." Ele me dá um sorriso enorme.

"Eu concordo, é de longe a melhor estrela em todo o céu".

"Obrigado, Edward." Ele diz enquanto segura seus braços abertos para um
abraço.

Eu não hesito, eu o levanto e o abraço.


Capítulo 20 – Empurrar e puxar

~ Bella ~

Eu não posso evitar as risadinhas que escapam da minha boca quando ouço
Edward e o entusiasmo de Sebastian sobre o que eu estou supondo ser "a
estrela de aniversário".

Durante todo o dia, tudo o que eu ouvi de Seb foi que Edward precisava
mostrar a ele onde ela estava no céu. Assim, quando Edward ligou e
perguntou se ele poderia vir para o jantar, eu sabia que isso faria todo o dia
de Seb.

"Ei, Bells, você precisa de alguma ajuda?" Meu pai sempre se oferece para
ajudar com o jantar porque ele é maravilhoso assim, mas eu sei que tudo o
que ele quer dizer é, "o que eu posso fazer que seja fácil".

"Obrigada, pai, mas eu estou bem, você pode pôr a mesa, porém." Eu digo
com um sorriso.

"Ótimo." Ele pega os pratos e se ocupa. A cada poucos minutos ele aparece
na cozinha, pega alguma outra coisa e volta para a sala de jantar.

Eu decidi fazer carne assada esta noite, já que é o prato favorito do meu
pai, e fiquei muito feliz quando Edward me disse que pegaria cannolis
quando eu lhe disse que Charlie amava.

"Edward ainda está no andar de cima com Seb?" Charlie pergunta quando
se inclina no balcão e me observa cortar algumas cenouras.

"Ele está lá, eles são como duas ervilhas em uma vagem".

"Ele parece ser um cara realmente ótimo, Bells." Ele esfrega gentilmente
meu ombro e eu olho para cima para cumprimentar seus olhos paternais
quentes.

"Você merece ser feliz, Bella. Demetri não é um homem mau, mas ele não
a tratava bem, e ele certamente não faz bem ao meu neto." Ele suspira
quando eu deixo os meus olhos caírem para o chão.
"Você sempre tenta encontrar o bem em todos, Bells, mas às vezes você
precisa deixar aqueles que a machucam saber, que eles não podem ir e vir
quando quiserem e causar destruição em sua vida." Ele beija meu templo,
aperta meu ombro e sai da cozinha em direção à sala de estar.

Ele não precisa que eu responda, ele sabe que eu o ouvi, e ele sabe que eu
sei que ele está certo.

Assim que a carne assada está saindo do forno, Edward e Sebastian vêm
entrando na cozinha.

"Ei, rapazes." Eu digo feliz quando eles me dão sorrisos radiantes.

"Oi, Bella." Edward sussurra ao meu ouvido quando me beija logo abaixo
do lóbulo.

"Ei, mamãe, cheira scrumdidleumptuous* aqui." Seb diz com uma


risadinha-bufada.

*Scrumdidleumptuous: significa realmente delicioso, ou maravilhoso. Essa


palavra foi usada por Willy Wonka no filme "A fantástica fábrica de
chocolate".

"Essa é uma palavra muito longa e composta, querido".

Ele acena. "Eu ouvi isso na escola, o Sr. Emmett diz isso o tempo todo".

Isso faz todo o sentido; aquele homem surge com as palavras mais
ridículas.

"Realmente tem um cheiro incrível, Bella, eu posso ajudar?" Edward sorri


enquanto fareja o vapor que está subindo da carne assada.

"Eu só preciso da sua ajuda para comer isso." Eu digo.

"Agora, isso eu posso fazer." Ele responde com entusiasmo.

Dez minutos depois, nós quatro estamos sentados em torno da mesa da sala
de jantar em um silêncio confortável, comendo.
Quando meu pai termina sua primeira porção, ele decide se envolver em
alguma conversa. "Então, diga-me, Edward, o que exatamente você faz
para viver?"

Edward dá de ombros. "É meio chato para a maioria das pessoas, mas, em
suma, eu trabalho em publicidade".

"Como isso é chato?" Meu pai pergunta.

"Eu só quero dizer, ninguém realmente se preocupa com o processo de um


comercial ou um anúncio, eles só se importam realmente se isso os
entretém." Edward responde e toma um gole de água.

"Eu amo ser entretido, mas, eu serei honesto com você, Edward, eu sempre
me pergunto como eles vêm com algumas ideias." A resposta do meu pai
faz Edward rir, e pelos próximos 30 minutos eles conversam sobre o
processo de fazer um produto vender.

Sebastian realmente mostra grande interesse na conversa e até mesmo faz


algumas perguntas. Edward responde a cada uma, e nunca deixa de fazer
Sebastian se sentir importante e incluído na conversa adulta. Eu realmente
amo este homem.

Meu pai e Edward continuam sua discussão enquanto limpam a mesa, e eu


coloco o café e pego os cannolis da geladeira.

"Oh, meu céu, Edward, você trouxe isso?" Meu pai pergunta com um
brilho nos olhos.

Todos nós rimos. "Sim, eu trouxe".

Charlie dá um tapinha nas costas de Edward e diz, "Você é um bom


homem," para o que todos começamos a rir.

Depois do café e sobremesa, Charlie se oferece para colocar Seb na cama,


para que Edward e eu possamos ter algum tempo a sós. Eu fico muito grata
porque tenho saudades dele.

Nós saímos para a varanda dos fundos, copos de vinho na mão. Eu pego
uma manta de lã e Edward pega seu casaco esporte.
"Não está muito frio aqui fora hoje à noite." Edward diz enquanto envolve
um braço sobre meu ombro e me puxa para mais perto.

"Não, está perfeito." Eu sorrio para ele, e ele espelha minha felicidade.

Ele bebe seu vinho, e, em seguida, limpa a garganta. "Então, eu me


encontrei com Tanya e seu advogado hoje".

Eu aceno. "Eu imaginei que você traria isso à tona quando estivesse pronto
para falar sobre isso".

"Não há nada sobre o que realmente falar." Ele encolhe os ombros. "Eles
têm até amanhã às 09hs para concordar, ou então nós a levamos ao
tribunal".

Nós nos sentamos no balanço da varanda e balançamos para frente e para


trás algumas vezes.

"O que você acha que ela fará?" Eu pergunto, levemente nervosa.

"Eu acho que se o advogado dela for bom, ele dirá a ela para aceitar o
acordo, mas Tanya é um pouco teimosa." Ele levanta a sobrancelha e sorri
para mim.

"Claro, teimosa, essa é a palavra que eu usaria para descrevê-la." Eu digo


com um sorriso e um revirar de olhos.

No silêncio, eu me concentro na respiração de Edward e seu aroma


relaxante. Tudo nele me faz sentir melhor.

Ele me puxa para mais perto e eu sinto seus lábios macios roçarem meu
templo. "É estranho que eu sinta sua falta praticamente o tempo todo?" Ele
pergunta.

Eu enrolo meu corpo nele e descanso minha cabeça em seu peito enquanto
ele me segura nele.

"Não, não é estranho. Eu estava pensando a mesma coisa".

Ele ri. "Então, a razão pela qual não é estranho é porque você acha isso
também?" Ele brinca.
"Sim." Eu digo e ouço as vibrações profundas da risada silenciosa em seu
peito.

"Bella?" Ele sussurra suavemente.

"Mmhmm ." Eu fecho meus olhos e me envolvo em torno da sua bela voz.

"Eu... uhm..." Ele limpa a garganta algumas vezes antes de continuar. "Eu
quero te perguntar uma coisa".

"Ok." Eu ergo minha cabeça e olho em seus olhos; eles estão apreensivos.

"Se você achar que eu estou sendo muito adiantado, ou agressivo ou..." Eu
o interrompo com um beijo suave.

Eu suavemente deslizo meus dedos pela sua bochecha. Ele reage com a
mesma sensibilidade.

Com a outra mão em seu peito, eu posso sentir o tremor de um gemido.


Quando ele se afasta, eu vejo tudo o que ele está sentindo em seus olhos.

"Eu quero estar com você, Bella." Seu sussurro é lascivo.

"Você está comigo".

Ele solta um suspiro. "Eu quero estar com você em todos os sentidos." Seu
olhar é intenso e um arrepio acolhedor dança através do meu corpo.

"Ah... uhm... agora?" Eu pergunto sem fôlego.

Ele sorri. "Sim, agora, amanhã, no dia seguinte..." Nós dois começamos a
rir.

"Tanto quanto eu quero você agora, Bella, nós não podemos." Ele aponta
para a casa, onde nós podemos ver o meu pai arrumando a cozinha.

Eu concordo com a cabeça. "Então nós precisamos de um refúgio." Eu faço


beicinho. "Eu não sei como ou se eu conseguirei tempo livre".
"Nós podemos trabalhar nisso. Eu só queria falar com você sobre isso. Eu
precisava saber se era algo no qual você estava pelo menos pensando." Ele
diz nervosamente.

"Edward, eu penso sobre isso... muito." Eu mordo meu lábio e coro,


sentindo-me tão insegura quanto ele deve estar se sentindo.

"Bom." Seu corpo relaxa instantaneamente e ele me beija mais uma vez
antes de nos levantarmos e voltarmos para dentro.

~O~

Terça-feira é um dia comum. Eu deixo Sebastian ir para a escola e corro ao


redor da cidade como uma louca pegando os últimos vestidos e ternos para
os meus clientes para um grande baile na próxima semana.

Naquela noite, Demetri vem para ajudar Sebastian com seu dever de casa e
apenas passar tempo com ele. Eu sou capaz de lavar alguma roupa e
bugigangas para as quais eu normalmente teria que encontrar tempo extra.

Estou com os cotovelos enterrados em água e sabão quando Dem entra na


cozinha.

"O que você está fazendo?" Ele ri.

"Estou lavando algum cristal, você sabe, castiçais, alguns vasos." Eu dou
de ombros e continuo a lavagem.

"Ah, então, enfim, eu queria falar com você sobre a outra noite." Ele diz.

"A outra noite?" Eu olho para ele, confusa.

"Sério?" Ele zomba. "Você e Edward professam seu amor no meio da rua
onde você mora, e você não acha que nós devemos falar sobre isso?" Ele
cruza os braços sobre o seu peito.

"Não, eu não acho, isso não é da sua conta, Dem." Eu enxáguo a espuma e
pego uma toalha.

"Foi constrangedor; você pensou sobre como isso me afetou, ou


Sebastian?" Sua testa está franzida, e ele está apertando sua mandíbula.
"Eu estou sempre pensando em Seb, sempre. Como você se atreve." Eu me
aproximo mais dele e aponto em seu rosto. "E por que eu me preocuparia
sobre como eu amar alguém afetaria você? Quando foi a última vez que
você se preocupou sobre como qualquer coisa que você fazia me afetava ou
Seb?"

Seus olhos se arregalam de surpresa. "Isso é duro, Bella, você sabe que eu
estou sempre pensando em vocês dois. Cada viagem que faço, todas as
semanas que fico longe, eu faço isso por você e Seb".

Eu deixo escapar uma risada solitária. "Não fique aí tentando me convencer


de que a sua viagem para a Austrália no último Dia de Ação de Graças foi
árdua e cansativa e que você fez isso por nós".

"Eu fiz." Ele rebate.

Eu balanço minha cabeça. "Pegue toda essa energia que você tem para
brigar comigo e a use para fazer as coisas direito com o seu filho." Eu
lanço a toalha no balcão.

"Quando você dominar ser um pai, então você pode tentar me dizer como
ser uma mãe." Eu irrompo da cozinha e vou para o quarto de Sebastian.

Nós lemos HoponPop porque ele diz que o faz rir. Eu estou além de
impressionada quando ele soletra todas as palavras compostas.

Depois de um beijo de boa noite e deixando-o confortável, eu acendo seu


abajur e desço as escadas.

Dem está parado ao lado da porta com seu casaco na mão.

"Bella, olhe..." Ele começa, mas eu levanto uma mão para detê-lo.

"Dem, eu não quero brigar com você, eu só quero que você seja um pai
para Sebastian." Eu suspiro. "Mas, se você estava esperando que algo
algum dia aconteça entre você e eu, então você precisa esquecer isso".

Ele acena. "Eu entendo, eu juro." Ele encolhe os ombros. "Acho que eu
esperava, mas eu sei que eu não fiz as coisas direito com você." Ele coloca
seu casaco e caminha em direção a mim.
"Eu estou aqui para você, se você precisar de mim, Bella".

"Esteja aqui para Seb, não se preocupe comigo." Eu me inclino e dou-lhe


um abraço. "Uma vez você foi um cara que era fácil de amar. Eu acho que
você deve apresentar aquele cara para Seb." Eu me afasto dele. "Ele
adoraria aquele cara".

Ele balança a cabeça e, sem dizer uma palavra, sai.

Quando estou me preparando para dormir, meu telefone toca.

Eu olho e vejo que é Edward. "Olá".

"Oi, Bella, baby, o que você está fazendo?" Seu discurso é todo
atrapalhado e eu posso ouvir música alta no fundo.

"Você está bêbado?" Eu pergunto com diversão.

"Não, só um pouco bebs, quero dizer bêbado".

"Você está comemorando alguma coisa?"

"Sim, parece que Tanya vai concordar com as nossas exigências, minha
doce, doce, linda, deliciosa, Bella".

Eu não posso evitar rir da sua ridiculosidade. "Isso é ótimo".

"Enfim, eu estou no meu caminho para casa, e eu estou bastante certo de


que vou desmaiar antes de enterar no dito apartamento." Ele é hilário com
suas palavras feitas e sua fala arrastada.

"E você só queria me dar a notícia?"

"Eu queria, porque eu amo você, amo você, amo você, amo você, você,
você." Ele diz com um suspiro e um resmungo. O barulho diminui, e eu
ouço uma porta de carro.

"Felix está levando você para casa?"

"Siiim, eu e Jenks".
"Bom, bem, tenha uma boa noite de sono, amanhã é o primeiro dia do
estudo do seu pai".

"Certo, e você, senhorita garotinha, tem um almoço com a minha mãe".

Eu rio. "Sim, eu tenho. Nós conversaremos amanhã à noite, assim está


bom?"

"Mmmhmm..." E há um silêncio, seguido por ronco.

Eu rio e desligo. Estou certa de que Felix lidará com essa catástrofe.

~O~

Quarta-feira de manhã é muito do mesmo. Estou sentada nos degraus da


frente com Seb, e nós estamos à espera do seu ônibus.

"Ei, mamãe?" Seb puxa minha manga.

"Sim, querido?"

"É verdade que quando uma pessoa chora e a primeira gota de lágrimas
vem do olho direito, é felicidade? Mas quando a primeira é do esquerdo, é
de dor?"

Eu cavo profundamente em meu arquivo de fatos inúteis no meu cérebro,


mas não consigo encontrar uma resposta para isso. "Nossa, eu não sei,
Seb".

Ele dá de ombros e começa a brincar com a alça da sua mochila. "Ei,


amigo." Eu cutuco seu ombro. "Você está bem?"

Ele balança a cabeça. "Eu estou bem, eu só vou sentir sua falta hoje." Ele
diz.

Eu envolvo meu braço em torno do seu ombro. "Que tal quando você
chegar em casa, você, eu e o vovô irmos ao Chili's, antes de ele voltar para
casa?"

Ele me dá um sorriso radiante. "Eu posso ir ao Chili's?"


"Sim, nós podemos ir antes do movimento e evitar todas as pessoas
barulhentas e rudes." Eu rio.

"Tudo bem. Obrigado, mamãe, eu gosto dessa ideia".

Eu beijo sua bochecha e fico feliz quando o vejo me soprando beijos da


janela do ônibus.

~O~

Eu encontro Esme no Cafe Angelique às 11hs30min. Ela está esperando


por mim no banco do lado de fora do café. Quando me vê, ela salta e
imediatamente me abraça.

"Oh, Bella, é tão bom ver você".

"Você também, Esme, eu estou tão feliz que nós decidimos seguir com
isso".

Nós entramos e sentamos perto da janela. Eu peço uma salada de manga e


Esme escolhe o bagel grego*.

*Bagel grego: bagel tostado com molho, queijo feta e azeitona preta.

"Então, diga-me, minha querida, como você está?" Ela pergunta enquanto
toma seu chá.

"Eu estou muito bem, na verdade, como você está?"

Ela encolhe os ombros. "Estou um pouco nervosa por Carlisle hoje. Ele
não conseguiu dormir na noite passada. Toda vez que tentou, ele acordou
gritando".

"Pesadelos?" Eu pergunto.

Ela acena. "Sim, veja você, Carlisle tem que reviver tanta coisa sobre seu
passado. E por causa do tipo de homem que meu marido é, ele não pode
apenas roboticamente recitar os eventos, ele tem que passar por eles
novamente em sua mente".
"Você não tem que me dizer, mas, o quanto é ruim?" Eu pergunto com
cautela.

Ela respira fundo e sem rumo gira o limão que está flutuando em seu chá.
"Foi horrível, ruim não está nem perto de descrever isso. Como Carlisle
conseguiu se tornar a alma gentil que ele é hoje, está além de mim." Ela me
dá um pequeno sorriso. "Eu acho que é por isso que eles realmente o
querem para o estudo".

"Oh, Esme, eu sinto muito." Eu estendo minha mão e a descanso de forma


reconfortante sobre a dela.

"Eu não quero estragar o nosso bom dia com histórias tristes." Ela suspira.

"Este não é o ponto deste almoço, e quaisquer outros que tenhamos no


futuro, para deixar tudo para fora, você sabe, para desabafar?" Eu digo.

"Você está certa." Ela começa a dar uma mordida no seu bagel, mas pára
antes de chegar à sua boca. "Às vezes eu desejo que o pai de Carlisle ainda
estivesse vivo para que eu pudesse matá-lo, com minhas próprias mãos." A
raiva nos olhos de Esme é feroz.

"Como você conheceu Carlisle?" Eu tento fazê-la falar sobre um momento


feliz com ele.

"Eu estava trabalhando na Hallmark, na verdade." Ela ri. "Carlisle entrou


com sua mãe, ele estava procurando por um presente para o Dia dos Pais.
Eu o ajudei e o embrulhei. Quando entrguei a ele o seu recibo, ele
simplesmente deixou escapar, 'você é bonita, eu gosto do seu cabelo, e
você vai namorar comigo?'" Ela ri e cora com a memória.

"Isso é engraçado, o que você disse?" Eu pergunto enquanto mastigo minha


deliciosa salada.

"Eu disse que sim." Seu rosto cai de repente. "Sua mãe pediu desculpas por
ele e sua franqueza. Mas eu não queria ouvir nada disso. Acho que, naquele
momento, eu queria pegar a mão dele e fugir com ele." Ela finalmente dá
uma mordida em sua comida.

"É incrível, não é?" Eu digo.


Seu rosto enruga em confusão.

"Que as pessoas neste mundo que anseiam o amor como os nossos rapazes,
são afastadas por aqueles que mais deveriam amá-los".

Ela acena. "Oh, Bella, diga-me sobre isso. Mas Sebastian é tão sortudo de
ter você como mãe. Eu desejo que Carlisle tivesse pelo menos um dos pais
como você enquanto crescia".

"Ele tem você, você o salvou com todo o amor que ele sempre quis como
uma criança. E seus filhos... Eles são maravilhosos, especialmente aquele
filho de vocês." Eu pisco.

Ela ri. "Você é encantadora, Bella".

Nós terminamos nosso almoço sem mais conversas de tristeza, ou maus


pais, ou o que está acontecendo a poucos quarteirões de distância em um
consultório onde Edward e Carlisle estão falando sobre o pior dos tempos.

Eu decido aproveitar este momento para distrair Esme. Depois do almoço,


nós caminhamos um pouco e ela me diz mais sobre o seu passado. Onde
ela cresceu, onde viveu, para qual faculdade ela foi e, minha parte favorita,
o dia em que ela descobriu que teria um menininho.

Quando Esme e minha tarde terminam, eu me encontro perguntando-me


como foi o primeiro dia do estudo de Carlisle.

Ela beija minha bochecha quando entro no meu carro. Assim que estou
prestes a sair, meu telefone toca. Eu olho para ele e vejo uma mensagem de
Edward.

Eu acabei de voltar para a casa dos meus pais. O estudofoi duro, eu te ligo
mais tarde. Amo você. ~ Edward.

Dou uma olhada para o relógio no painel de bordo e vejo que são quase
14hs30min. Eu rapidamente envio uma mensagem para Edward dizendo
que eu tive um maravilhoso almoço com sua mãe, e que estou ansiosa para
falar com ele mais tarde. Eu então vou para casa e me troco, e espero pelo
ônibus de Seb.
Capítulo 21 – Confissões e revelações

~ Edward ~

Eu desperto para o zumbido irritante do meu despertador. Sento-me e


amaldiçoo a terrível ressaca que eu tenho. Posso ver pelo horário que eu
tenho uma hora antes que o meu pai ligue.

Faço café e entro no chuveiro enquanto ele coa.

Depois do banho, eu estou me sentindo muito melhor, e desço as escadas


para tomar um café. À minha segunda xícara, o telefone toca.

"Olá?"

"Edward, oh, bem, você está acordado, você está pronto? Devemos ir
agora?" Ele está falando a mil por hora.

"Eu sairei daqui em cerca de dez minutos. Felix vai nos levar." Eu tento
manter minha voz calma na esperança de que isso o relaxe.

"Oh, ok, sim, isso soa bem." Ele diz com uma voz trêmula.

"Ficará tudo bem, pai, eu prometo".

"Claro." Ele não diz mais. Eu sei que será um dia realmente longo.

~O~

Quando chegamos ao consultório da Dra. Young, Carlisle começa a andar


de um lado a outro. Uma mão está em seu quadril e a outra se mantém
alternando de beliscar a ponta do seu nariz, para correr pelo seu cabelo.

Ele começa a resmungar. Eu não consigo entender suas palavras, mas é


algo que ele sempre tem feito para se acalmar. Às vezes são equações,
outras vezes, é uma teoria na qual ele está trabalhando.

"Dr. Cullen?" Ele se vira bruscamente para ver a Dra. Young parada ali
com um sorriso caloroso.
"Sim?" Ele pergunta quando olha para mim pelo que eu acho que é uma
orientação.

Eu levanto e me coloco entre meu pai e a Dra. Young. "Onde é que


faremos isso?" Eu pergunto.

"Eu achei que seria melhor fazer esta parte do estudo no meu escritório. Eu
sei que o conforto é extremamente importante, e Dr. Cullen está
familiarizado com aquele cômodo".

Eu olho para o meu pai e ele concorda.

Ela tem as cortinas fechadas e algumas velas acesas Há pouca iluminação


através do ambiente. Carlisle imediatamente toma o sofá mais próximo da
porta. Eu me sento ao lado dele.

"Então, Dr. Cullen, eu gostaria de fazer isso em partes. Eu sei que haverá
questões muito difíceis feitas, então, ao longo do estudo, eu estarei
mudando do seu passado para o seu presente. Isso soa como um bom plano
para você?" Ela pergunta com olhos simpáticos e um pequeno sorriso.

"Sim, claro." Ele resmunga.

"Ótimo." Ela olha para mim. "Eu tenho um pouco de café, chá ou água ali."
Ela aponta para uma pequena geladeira. A cafeteira e chaleira estão em um
fogão de duas bocas ao lado da geladeira.

"Obrigado. Pai, você quer um pouco?"

Ele apenas balança a cabeça. "Eu quero acabar com isso".

"Dr. Cullen, isso será mais fácil se você relaxar." Ela coloca as mãos no
seu colo.

"Relaxar não vai acontecer, por isso, se você estava esperando uma coisa
dessas, simplesmente tire isso da sua cabeça." Ele não olha para cima
quando fala, mas a raiva em seu tom faz a Dra. Young afundar em sua
cadeira levemente.
"Pai." Eu coloco minha mão sobre a dele. Ele se vira e seus olhos azuis
travam com os meus, e tudo que eu vejo é medo.

"Eu não vou deixá-lo. Eu ficarei bem aqui o tempo todo. Eu prometo." Eu
digo.

Poucos minutos depois, a Dra. Young começa.

"Você tem irmãos, Dr. Cullen?"

Ele balança a cabeça. "Não, eu estou bastante certo de que, depois de mim,
o meu pai fez a minha mãe fazer uma histerectomia".

"Por que você acha isso?" Ela pergunta enquanto escreve em seu caderno e
ajusta uma pequena câmera que colocou atrás dela.

"Eu fui totalmente uma decepção, mesmo desde o nascimento".

"É isso o que lhe foi dito?"

Ele balança a cabeça. "Muitas vezes".

"Como você se sente sobre si mesmo agora, Dr. Cullen?"

Ele encolhe os ombros. "Eu me sinto com sorte, eu acho".

"Claro, mas você acha que você decepciona sua esposa, ou seus filhos?"

Ele me olha de lado. "Eu não acho que eu os decepciono, mas, eu sei que
eu posso ser embaraçoso às vezes".

Dra. Young olha para mim. Eu balanço minha cabeça.

"Eu não acho que o seu filho se sente assim, e sua mulher o ama, isso é
muito óbvio para mim".

"Eu sei que tenho sido bem sucedido em todas as coisas que meu pai me
disse que eu seria um fracasso. Eu estou ciente de todos os meus triunfos."
Ele respira. "Eu nunca realmente pensei que eu era um fracasso, ele
simplesmente sempre me disse que eu era".
"O seu pai gritava muito?"

Carlisle solta uma risada solitária. "Praticamente o tempo todo".

"Como é que gritar faz você se sentir?"

"Eu odeio isso, faz a minha pele vibrar, e minha cabeça latejar. Nada
parece claro, e eu não posso pensar." Ele pega no tecido das suas calças.
"Minha mente é o único lugar onde ser eu está bem".

"Então, quando seu pai gritava, isso fazia você se sentir como o quê? Dê-
me uma palavra".

"Alienígena." Ele diz com um sussurro.

Ela acena e escreve um pouco mais.

"Sua mulher alguma vez gritou?"

Os cantos dos lábios do meu pai se curvam para cima. "Não, nunca. Ela me
entende".

"Você me disse uma vez que ela o salvou. O que você quis dizer com
isso?"

"Eu sabia que eu amava Esme no segundo em que a vi atrás daquele balcão
na Hallmark. Quando me aproximei dela, eu estava com muito medo. Mas
ela apenas sorriu e brilhou, e eu a amei naquele momento." Ele olha para a
Dra. Young com os olhos brilhando.

"Esme me viu. Ela sempre me vê".

Eu posso sentir o nó na minha garganta. Eu o engulo e coloco um sorriso


corajoso no rosto.

"Então, ela aceitou tudo sobre você?"

"Ela sabia que havia algo sobre mim, ela me forçou a fazer o teste. Eu disse
a ela que era inútil, porque meu pai sempre me disse que eu era um sábio
em certas coisas, e preguiçoso em outras".
"Mas sua esposa, ela não o via dessa forma?"

Ele balança a cabeça. "De jeito nenhum!"

"Você diz que seu pai lhe dizia que você era preguiçoso, o que ele queria
dizer? Como você era preguiçoso aos olhos dele?"

Ele suspira e aperta seus olhos fechados. "Eu não me lembro de coisas. Eu
tenho um problema de memória. Se você me pedir para lavar os pratos,
tirar o lixo e dobrar a roupa. Eu dobrarei a roupa, e é isso".

"Então, você só consegue se lembrar de uma tarefa ao mesmo tempo?"


Dra. Young pergunta enquanto atravessa a sala e pega três garrafas de
água.

"Sim".

"E o seu pai atribuía isso à preguiça?"

"Sim".

Ela nos entrega a água, e Carlisle engole metade da garrafa em cerca de


cinco segundos.

"Alguma vez ele o puniu?" Ela pergunta com cuidado.

Ele esmaga a garrafa levemente e de repente para de beber.

"Às vezes".

"Quais foram essas punições?"

Ele coloca a garrafa sobre a mesa.

"Eu amava o meu piano, eu gostava de desenhar e cuidar de Carrington,


meu cacto." Ele limpa a garganta. "Eu não tinha amigos, então me castigar
para não sair era inútil. Então, ele tirava tudo o que eu amava".

"Quando ele tirava essas coisas de você, o que você fazia? O que isso fazia
com você?"
"No começo eu me escondia debaixo da minha cama e chorava." Ele
estremece levemente com a memória. "Mas eu sempre fui mais esperto do
que meu pai. Eu disse a ele que Carrington morreu e eu o escondi. Assim,
toda vez que ele tirava qualquer outra coisa de mim, eu iria para o meu
armário com Carrington".

"Que tipo de coisas você falava para Carrington?"

Ele encolhe os ombros. "Às vezes seria sobre uma teoria na qual eu estava
trabalhando. Outras vezes, seria sobre coisas sobre as quais eu me
perguntava".

"Coisas sobre as quais você se perguntava?" Ela pergunta e toma um gole


de água.

Ele solta um suspiro. "Sim, eu não entendia o meu corpo quando eu tinha
13 anos. Eu tinha essas sensações estranhas. Eu perguntava para
Carrington".

"Oh, e como você, eventualmente, obteve suas respostas?"

Ele olha para mim e depois para a Dra. Young. "Eu não obtive".

"Você as descobriu em algum ponto, como?"

"Eu li os livros, assisti programas de TV".

"Então, ninguém explicou o sexo para você?"

Ele balança a cabeça. "Não".

"Mas você tem dois filhos, Esme o guiou através dessa parte da sua vida?"

Sempre que a Dra. Young menciona minha mãe, Carlisle relaxa.

"Sim, ela foi a minha primeira, minha para sempre".

Ela sorri. "Isso é lindo, Dr. Cullen".


Ele dá de ombros. "Você sabe, Dra. Young, você está fazendo este estudo
para descobrir como é que eu superei todos esses obstáculos. Como eu
desafiei as probabilidades, certo?"

Ela acena com a cabeça. "Sim".

"Eu não preciso de um estudo para me dizer como eu fiz isso. Eu posso
salvá-la um monte de tempo e dinheiro, você sabe." Ele diz.

"Ah, é?" Ela sorri. "Esclareça-me, Dr. Cullen".

"Para superar o impossível, é preciso primeiro ter um sonho, e, em seguida,


deve-se acreditar nesse sonho tanto que, quando ele se apresenta a eles,
eles o agarram e o deixam levá-los para a vida que eles estão destinados a
viver".

Eu olho para ele com tanto orgulho naquele momento. Ele pode não ter
sabido disso antes de entrar na sala, mas ele sabe a resposta agora.

"E você encontrou o seu sonho, Dr. Cullen?"

"Sim".

"O que foi isso?"

"Não o que, quem... Esme".

Ela sorri e seus olhos se arregalam. "Então você está dizendo que a
dependência em outra pessoa é a chave para sobreviver a uma vida como a
sua?"

"Não." Ele revira seus olhos. "O entendimento é".

"Interessante." Ela murmura enquanto escreve.

"Esme foi a primeira pessoa que já enfrentou meus pais. Eles a odiavam."
Ele ri. "Quando ela veio para jantar uma vez, meu pai estava falando de
política. Esme discordou de todo o seu argumento. Ele disse a ela que ela
era uma garotinha, e que ela deveria manter o pensamento para os
homens." Ele balança a cabeça.
"O que sua esposa fez?"

"Ela se levantou e disse ao meu pai que ele era um idiota pomposo, e que
se ele fosse metade do homem que eu era, então ele veria que casa
sufocante era aquela para se crescer. Ela então pegou minha mão e me
disse para ir embora com ela".

"E você foi?" A Dra. Young pergunta enquanto está sentada na borda da
sua cadeira em antecipação.

"Eu fui, e eu nunca olhei para trás. Eu estive ao lado de Esme todos os dias
desde então." Ele sorri enquanto fala sobre a minha mãe.

"Seu pais ficaram com raiva?"

"Oh, sim, meu pai destruiu meu piano com um bastão, ele queimou todos
os meus cadernos e desenhos. Felizmente, Carrington estava escondido,
então ele não o encontrou. Eu voltei mais tarde para buscá-lo".

"O que sua esposa fez então?"

"Ela foi a uma loja de material de escritório e me comprou cadernos de


desenho, cadernos e canetas novas. Ela não podia comprar um piano. Eu
disse a ela que estava tudo bem, mas ela é muito teimosa. Ela nunca
desiste." Ele ri.

"Então, você ganhou aquele piano?" Ela pergunta.

"Cinco anos depois, no meu aniversário".

Eu aceno. Aquele piano está na biblioteca deles. Minha mãe sempre o tem
afinado todos os anos e polido diariamente. Eu nunca entendi isso
realmente. Não é um piano caro nem nada. Mas, agora, depois de ouvir
essa história, eu percebo que é mais precioso do que qualquer coisa
naquela casa.

"Seu pai e sua mãe são falecidos?"

"Sim".

"Quem morreu primeiro?" Ela pergunta.


"Minha mãe, cerca de 12 anos atrás. Ela tinha câncer".

"Oh, eu sinto muito." Ela para de escrever e dá ao meu pai um sorriso


reconfortante.

"Sim, bem, ela sofreu muito, ela está em paz agora, eu suponho." Ele dá de
ombros e eu não perco o ligeiro revirar dos seus olhos. Eu não acho que a
Dra. Young perde também.

"Seu pai faleceu quando?"

"Quatro anos atrás." Ele morde seu lábio inferior e seus olhos contraem.

"Como você se sente sobre a morte do seu pai?"

Ele encolhe os ombros. "Honestamente?"

Ela acena. "Claro".

Ele pega a garrafa de cima da mesa novamente e a torce, fazendo um


barulho de amassado. Leva um bom minuto antes de ele responder.

Surpreende-me quando ele responde a ela.

"Aliviado".

Dra. Young para de escrever e olha para ele. "Aliviado?"

"Sim, ele era um homem horrível. Durante algum tempo, eu me senti mal
por ele. Pensei que ele nunca sentiu amor suficiente em sua vida para
entender o que isso realmente significava".

"Mas você não se sente mais desse jeito?" Ela pergunta e vira o bloco para
revelar uma folha fresca.

"Não".

"Por quê?"

"Porque se ele tivesse apenas me deixado amá-lo, se ele tivesse me amado


de volta..." Sua voz racha e um ligeiro soluço escapa da sua boca.
Eu pego sua mão e seu aperto é poderoso. Ele olha para mim com os olhos
molhados e um rosto corado.

"Você só queria amor, Dr. Cullen, não é mesmo?" Ela sussurra.

Ele balança a cabeça. "Eu não era o suficiente, eu não me encaixava. Eu


era a peça encharcada do quebra-cabeça".

"O que você quer dizer com isso?"

"Sabe quando você se senta na mesa da sala de jantar com leite, cookies e
um quebra-cabeça?"

Ela acena.

"Bem, você está tendo este delicioso lanche e desafiando sua mente a fazer
esta obra-prima com uma centena de formas estranhas." Ele desembaraça
sua mão da minha.

"Então você derrama o leite, e uma peça se molha. Você a coloca de lado e
você a deixa secar até que é a última peça deixada para usar." Seu rosto se
torna solene.

"Mas quando você vai usá-la, ela simplesmente não se encaixa direito. A
esperança de perfeição é abalada pela sua raridade, este objeto que quer se
encaixar, que deveria estar lá. Era normal até que foi polvilhado com
vergonha. Agora ele simplesmente se joga lá, levantando".

Eu posso dizer pelo olhar no rosto da Dra. Young que ela finalmente está
recebendo um vislumbre dos pensamentos que ocupam a mente do meu
pai.

"Você ainda se sente assim, Dr. Cullen?"

"Geralmente não. Não foi até meu pai falecer que eu me senti mais leve,
mais... normal".

Nós damos uma pausa de cinco minutos para que a Dra. Young possa
mudar a fita e dar ao meu pai alguns minutos para relaxar.
Ele repousa a cabeça no encosto do sofá e respira. Eu não o interrompo, eu
só o observo, e eu não posso deixar de admirar a força deste homem
incrível. Este é o homem no qual eu espero me tornar. Eu só podia ter
muita sorte.

"Então, Dr. Cullen, eu quero lhe perguntar sobre seus filhos".

Ele levanta a cabeça e sorri quando ouve sobre o próximo tópico.

"Edward é o mais velho, certo?"

"Sim." Ele olha para mim e dá um tapinha na minha perna.

"Conte-me sobre como você se sentiu quando sua esposa lhe disse que
estava grávida".

Ele respira e ri. "Nós estivemos tentando por um tempo, ela estava ficando
desanimada, mas eu simplesmente sabia".

"Então, demorou um pouco?"

"Sim, mas, com certeza, ela tinha ido almoçar com uma amiga, e quando
ela chegou em casa, ela estava pálida e suada e bastante nojenta, na
verdade. Ela vomitou a maior parte da noite e achou que era uma
intoxicação alimentar".

Ele começa a esfregar as mãos para cima e para baixo na frente das suas
pernas, fazendo um padrão com o movimento.

"Eu fiquei com muito medo e implorei a ela para ir ao hospital." Ele olha a
Dra. Young nos olhos. "Eu odeio hospitais, mas, por Esme, eu iria. Então,
eu fui".

"Foi uma intoxicação alimentar?" Ela pergunta.

"Não, o médico voltou e disse a Esme que ela estava grávida. Então, nós
tivemos a sorte de descobrir juntos".

Dra. Young ri. "Como você se sentiu?"

"Como se eu estivesse voando." Orgulho adorna seu rosto quando ele fala.
"Esme foi uma boa mulher grávida, ou uma louca?" Ela pergunta com um
tom bem-humorado.

As sobrancelhas de Carlisle franzem e ele dá à Dra. Young uma cara que


parece que ela acabou de fazer uma pergunta obscura.

"Ela foi maravilhosa, ela é sempre boa, nunca louca".

Dra. Young acena. "Esme nunca fica brava?"

"É claro que ela fica, ela é humana." Ele diz. Seu rosto ainda está torcido
em confusão.

"Mas ela nunca fica brava com você?"

Ele suspira. "Todo mundo fica bravo, Dra. Young, mesmo Esme, e, sim,
ela fica brava comigo às vezes. Ela apenas não é uma tirana sobre isso".

"Eu entendo, então ela é severa, mas respeitosa?"

"Exatamente".

"Ok, e o nascimento do seu filho, como você se sentiu quando ele nasceu?"

Ele se ilumina. "Foi incrível. Ele era tão bonito." Ele olha para mim. "Ele
ainda é o garoto mais bonito do mundo".

Eu reviro meus olhos e sorrio.

"Você ficou nervoso ao ser pai?"

"Claro, mas Esme me fez superar isso. Eu tentei fazer o melhor que pude.
Meu pai me disse para ter cuidado, no entanto".

Ela inclina a cabeça para o lado. "Por quê?"

"Ele não queria que nada da minha estupidez passasse para ele." Ele dá de
ombros. "Pelo menos, foi o que ele me disse".

Dra. Young não esconde sua raiva quando ouve isso. Seu rosto fica dez
tons de vermelho.
"Que coisa horrível de se dizer a uma pessoa... O que... quem ele..."

Ela foi interrompida pela risada de Carlisle. Ela olha para cima e seu rosto
fica pálido.

"Oh, Dr. Cullen, eu sinto muito. Isso foi além de inadequado da minha
parte".

Ele a descarta. "Não, foi exatamente certo. Durante algum tempo aí, eu
pensei que você fosse um robô desprovido de sentimentos".

Ela ri um pouco. "Bem, eu não sou, e você está longe de ser estúpido".

"Eu sei." Ele diz.

"Conte-me sobre Alice?"

"Ela é um fogo de artifício, aquela lá. Ela praticamente saiu de Esme e deu
ordens às enfermeiras ao redor".

Todos damos uma boa risada às custas de Alice.

"Ela é muito protetora comigo. Eu muitas vezes não posso levá-la a lugares
porque ela estala sempre que alguém olha para mim de forma engraçada".

Dra. Young sorri. "Bom, é bom ser amado tanto assim".

Carlisle acena. "Sim, é".

"Você alguma vez pensou que qualquer um dos seus filhos tivesse
autismo?"

Ele balança a cabeça. "Não, eles nunca mostraram quaisquer sinais. No


entanto, Alice tem TDAH*, e, independentemente do que Edward pensa,
ele é inquieto como um demônio".

*TDAH: Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade.

Eu bufo. "Não sou".

"Veja." Ele diz para a Dra. Young.


"Ok, Dr. Cullen, faça-me um favor e faça um resumo da sua vida agora".

Carlisle pensa por um momento antes de responder.

"Crisântemos, balas de goma, bambolês, esperança, desejo, alegria, medo e


amor".

"Uhm... não é isso que eu quis dizer. Você pode usar frases?"

Ele balança a cabeça. "Minha vida agora é sobre cheirar as flores, comer as
balas de goma, simplesmente porque eu quero. Bambolês com a minha
neta até que eu esteja tonto. Sentir esperança, por causa de um menininho
que é exatamente como eu. Desejando minha esposa tanto agora, quanto eu
desejei esses 25 atrás. Alegria, na bondade de uma mulher que roubou o
coração do meu filho. Aceitando o medo que vem com a vida. E nutrindo o
amor que todo mundo tem para dar para mim, e sempre dando de volta".

"Dr. Cullen?" Ela diz enquanto coloca seu bloco de notas para baixo.

"Sim, Dra. Young?"

"Eu acho que isso é o mais longe que você pode nos levar neste estudo".

Ele olha para ela como se ela tivesse dez cabeças. "Por quê?"

"Tudo o que temos para aprender sobre você, e o que o transformou no


homem excepcional que você é hoje, está nessas últimas palavras".

"Então, estamos acabados?" Ele pergunta.

"Sim, obrigada, Dr. Cullen, por me ensinar".

Ele acena e se levanta, estendendo a mão para ela. "Obrigado por me fazer
perceber o quanto a minha vida é ótima, Dra. Young".

~O~

Quando voltamos para a casa do meu pai, eu vou até a cozinha e pego dois
copos de leite e uma caixa de cookies. Eu entro na biblioteca onde ele está
olhando para algum grande mapa na parede.
Ele se vira quando me ouve. Ele olha o lanche. "O que é tudo isso?"

Eu o coloco em cima da mesa e puxo para baixo uma caixa de cima da sua
mesa. Ele a lê.

"Um mapa de quebra-cabeça do mundo? Você quer fazer um quebra-


cabeça, Edward?" Ele pergunta.

Eu ergo meu dedo. Abro a caixa e tiro uma peça. Ele me observa
curiosamente. Eu pego a peça e a mergulho no meu leite. Eu, então, a
coloco para o lado.

"O que na terra você está fazendo?" Ele pergunta.

"Agora eu quero fazer esse quebra-cabeça com você".

"Mas está arruinado agora, você encharcou a peça. Ficará tudo estranho
agora".

Eu balanço minha cabeça. "Não é assim que eu vejo. Agora será


perfeitamente original".

Ele caminha até mim e senta-se ao meu lado. Ele segura a peça encharcada
em sua mão e olha para ela.

"Você está certo." Ele sorri. "Vamos ser diferentes".

Nós passamos a tarde inteira montando o quebra-cabeça e, no momento em


que chegamos à última peça, ela ainda está molhada. Nós a colocamos no
lugar e rimos do quanto parece descolada. Para nós, porém, é exatamente
como esta vida deveria ser.
Capítulo 22 – Revelações

~ Bella ~

"Você está falando sério?" Eu pergunto a um sorridente Edward.

"Sim, eu tenho ouvido você falar sobre o quanto é frustrante você ter que
pegar todos esses smokings e vestidos para clientes para o baile. Eu
realmente acho que você merece ir." Ele sorri e pega a minha mão na sua.

"Bella, vamos lá, você vai amar. É para a caridade, e você irá comigo." Ele
está praticamente implorando.

"E quanto a Sebastian? Meu pai não pode vir com apenas dois dias de
antecedência." Eu sei que estou tentando encontrar todas as desculpas que
há para não ir, mesmo que soe além de glamourosa.

"Bem, você poderia considerar pedir aos meus pais para cuidar dele, ou
Demetri?" Eu vejo o ligeiro estremecimento quando ele diz o nome de
Dem.

"Eu deveria pedir a Demetri primeiro, essa é a coisa certa a fazer".

"Então, isso é um sim? Porque se ele disser não, eu tenho certeza que meus
pais dirão que sim." Ele está radiante agora; seus olhos estão brilhando de
emoção.

"Eu não tenho um vestido, Edward, e está um pouco tarde para obter um."
Eu sussurro e olho para os meus pés. Eu sei que estou exagerando.

"Ei." Ele desliza o dedo embaixo do meu queixo e levanta minha cabeça.
"Estou certo de que sua amiga Rose amaria ajudá-la. E se não, então eu
ajudarei".

Eu deixo escapar uma risadinha. "Você tem um monte de vestidos de baile


em seu armário?"

Ele revira os olhos. "E se eu tiver? Vestir-se bem é uma quebra de


contrato?"
Eu franzo meus lábios e finjo estar considerando sua pergunta. "Depende,
qual é o tamanho do seu sapato?"

Ele empurra levemente meu ombro. "Tanto faz, esqueça, você não pode
pegar emprestados meus maravilhosos sapatos".

Eu rio e beijo seus lábios perfeitos. "Você é bom demais para mim".

Ele envolve seus braços ao redor de mim e me puxa para mais perto dele.
"É porque eu te amo, agora, você vai comigo?"

Como eu posso dizer não para aqueles olhos? "Ok, Edward, eu também te
amo, e eu adoraria ir ao baile com você".

"Maravilha!" Ele me beija até que eu fico sem fôlego.

~O~

Dois minutos depois que ele vai embora, eu ligo para Rose e pergunto se
há alguma maneira que ela possa me ajudar. É claro que ela diz sim e me
diz que terá uma enorme quantidade de vestidos prontos para mim de
manhã.

Eu posso sentir meus nervos em pleno vigor quando ligo para Demetri
depois. Eu realmente acho que isso pode ser uma ótima maneira para eles
passarem tempo juntos e se ligarem.

Ele atende no quarto toque. "Olá".

"Ei, Dem, como você está?"

"Tudo bem." Ele diz com cautela.

"Ótimo, maravilhoso, sim." Eu reviro meus olhos para a minha própria


hesitação.

"Está tudo bem, Bella?"

"Sim, uhm... eu preciso pedir um favor." Sim, um favor, isso é bom.

"Ok, o que está acontecendo?"


"Então, eu tenho este baile para o qual fui convidada... É para a caridade,
você sabe?"

"Claro, se você diz. Você está me convidando para ir com você?"

Oh, Deus, não. Basta dizer isso, Bella. "Não, eu fui convidada para ir com
Edward, na verdade".

"Mmhmm ." Ótimo, ele parece aborrecido.

"É no sábado, você pode cuidar de Seb?" Eu deixo escapar um suspiro.

"Esse é o seu favor? Você está me perguntando se eu cuidarei do nosso


filho?" Ele ri.

"Bem, sim".

"Não é um favor cuidar do meu filho, Bella, eu sou o pai dele." Ele zomba.

"Eu sei, eu apenas sei que você trabalha em horários estranhos, e está em
cima da hora e..."

Ele me corta. "Ouça-me, Bella. Eu entendo, eu tenho sido um pai ruim,


mas eu quis dizer isso quando eu disse que estou aqui agora. Ter um filho
significa um monte de momentos em cima da hora. Isto será bom para Seb
e eu, e para você. Você precisa ver que eu estou falando sério".

Eu estou sem palavras.

"Bella?" Eu ouço Demetri na outra extremidade, e tudo que eu posso fazer


é grunhir.

"Então, a que horas você precisa de mim aí?" Ele ainda está falando. Eu
balanço minha cabeça para limpá-la.

"Uhm... Bem, nós temos que estar lá às 19hs, então, talvez umas
17hs30min.?" Eu digo.

"Ok, então você precisa que eu leve o jantar? Que tal pizza?" Ele soa
animado.
"Sim, claro, Seb vai amar isso".

"Ótimo, eu terei a certeza de estar aí antes das 17hs, já que ele gosta de
comer até essa hora, certo?"

Quem é este homem e o que ele fez com Demetri? "Sim." Eu mal sussurro.

"Ok, então, há mais alguma coisa?" Ele pergunta.

"Não, obrigada, Dem".

"Você não tem que me agradecer, Bella. Eu sou o pai dele. Já estava na
hora de eu começar a agir como tal".

"Uau, Dem, eu estou tão feliz em ouvir isso".

~O~

"Mamãe, mamãe, mamãe!" Sebastian vem correndo escada abaixo na


manhã seguinte.

"Sim, querido?" Eu rio quando o vejo. Seu cabelo está desgrenhado e ele
tem um sorriso bobo no rosto.

"Olha o que eu encontrei no banheiro." Ele diz com entusiasmo.

Meus olhos imediatamente arregalam. Estas não são palavras que uma mãe
quer ouvir.

"Banheiro?" Eu meio que recuo dele enquanto ele corre em direção a mim,
suas mãos em concha na sua frente.

"Um lagarto, mamãe, olha." Ele empurra a criatura viscosa de quatro patas
para mim. Eu grito. Eu grito como se estivesse pegando fogo.

Ele fecha a mão e mantém o lagarto perto do seu peito.

"Mamãe, shh! Você vai assustá-lo." Ele dá um passo para trás. Eu seguro
meu peito.

"Seb... você." Eu tento recuperar o fôlego. "Ele?"


Ele balança a cabeça. "Sim, eu o nomeei Salada".

"O quê? Salada?"

Ele rola seus olhos. "Ele é uma salamandra, veja." Ele abre as mãos de
novo e eu ofego.

"Não, de jeito nenhum, Seb, isso não está acontecendo." Eu balanço minha
cabeça. "Nenhum animal de estimação, definitivamente não aqueles que
podem sair de gaiolas e rastejar em torno da casa e na minha cama e..." Eu
tremo.

"Ahhh, mamãe, por favor?" Ele me dá o lábio saliente e os olhos de


cachorrinho.

Diga não, Bella, diga. "Nós não temos um habitat para ele." Sim, eu sou
uma otária.

"Nós podemos ir para a loja de animais." Sebastian, O Todo Conhecedor,


diz.

Eu abaixo minha cabeça em derrota. "Que tal um hamster?" Eu estou


praticamente implorando.

"Eca, muito peludo." Ele espreita em sua mão e sorri brilhantemente para o
anfíbio nojento.

"Eu não sei nada sobre como cuidar de salamandras, Seb".

"Eu sei." Ele diz. "Ele é uma salamandra manchada, mas ele ainda é
pequeno, então ele deve ser um bebê. Ele precisa de um tanque bem
úmido." Ele olha para mim com olhos sorridentes.

"Sério, Seb? Uma salamandra?" Eu sei que estou lamentando um pouco,


mas, vamos lá.

"Sim, sério, mãe. Eu o encontrei, é destino".

"Destino"? Eu rio. "O que você sabe sobre o destino?"

Ele dá de ombros. "Um pouco".


"Conte-me sobre isso enquanto nós preparamos você para a escola".

Eu pego um recipiente e faço buracos. Seb coloca Salada, sua salamandra,


dentro dele com um pouco de água e nós subimos as escadas para nos
arrumar.

~O~

Depois de Seb entrar no ônibus, eu dirijo até a Bergdorf para ver a coleção
de vestidos que Rose tem para mim. Depois eu tenho que parar na loja de
animais... Por que eu?

"Aí está você." Rose diz alegremente. "Por que você demorou tanto?"

"Rose, eu estou dez minutos atrasada. Os vestidos vão acabar, ou algo


assim?" Eu balanço minha cabeça e a sigo até os fundos.

"Você nunca sabe, Bella." Ela abre uma grande porta. "Por aqui".

Nós entramos e as luzes se acendem. É praticamente um closet apto para a


própria Elizabeth Taylor.

"Uau, Rose, isto é elegante." Eu digo enquanto meus olhos bebem em todo
o esplendor da sala. Eu costumo escolher as roupas para os meus clientes e
trazer suas escolhas para eles. Cada um gosta de ter o seu alfaiate pessoal
trabalhando sua mágica, por isso, eu nunca tive a honra de estar realmente
aqui no fundo antes.

"Sim, nós mantemos isso disponível para os nossos clientes mais valiosos."
Ela sorri docemente.

"Awe, Rose, você está dizendo que eu sou valiosa?" Eu vibro meus cílios
para ela.

"Sim, sim, não deixe isso subir na sua cabeça." Ela pega um monte de
vestidos. Eles são todos de modelos e cores diferentes.

"Eu não tenho tempo para experimentar todos esses, Rose".

"Eu sei, eu estava pensando em uma cor para você na noite passada. E no
começo eu pensei vermelho." Ela diz e eu suspiro.
"Sim, é por isso que eu mudei de ideia. Vocês não é uma pessoa chamativa.
Então eu pensei azul. Não apenas qualquer azul." Ela puxa um vestido para
baixo e meus olhos arregalam.

Ela segura o vestido mais bonito que eu já vi. É um vestido sem ombros
que graciosamente se alarga na parte inferior. O material é um cetim azul
escuro brilhante, com minúsculos cristais azuis mais claros costurados por
toda parte. É como olhar para o crepúsculo. Ele é perfeito.

"Por favor, diga-me que é o meu tamanho, Rose".

Ela ri. "Claro, Bella, todos eles são o seu tamanho".

Eu me levanto e pego o vestido dela. "Quanto?" Eu pergunto.

Ela me descarta. "Nada, considere que é a minha contribuição para a


caridade".

"Não!" Eu balanço minha cabeça e o entrego de volta. "Eu não posso".

"Você pode, e você vai." Ela o entrega de volta para mim.

"Por quê? Eu tenho certeza que posso elaborar um plano de pagamento


ou..." Eu olho para a etiqueta. "Oh meu Deus, Rose, este vestido custa mais
de dois mil dólares".

"Experimente." Ela me empurra para trás de uma cortina.

Eu não discuto, porque eu realmente quero colocá-lo.

Quando coloco, eu fico imediatamente apaixonada. Eu cintilo e brilho. Até


eu fico graciosa neste vestido.

Eu abro a cortina. Rose sorri e acena. "Eu sabia que ficaria perfeito em
você".

"É demais." Eu sussurro, enquanto deslizo minhas mãos ao longo do


vestido.

"Sim, bem, ele é seu. Eu já paguei por ele." Ela sorri maliciosamente.
"O quê!"

"Pare! Eu fiz isso por você por causa de tudo que você faz para todos os
outros." Ela caminha até mim e coloca as mãos nos meus ombros.

"Agora, escute-me, Isabella Swan. Você precisa parar de ser tão teimosa.
Você é uma ótima mãe, uma amiga incrível e uma pessoa incrível. Você
faz mais pelos outros do que para si mesma, e você precisa simplesmente
aceitar a bondade quando é jogada em seu caminho." Ela levanta as
sobrancelhas e olha incisivamente para mim.

"Destino." Eu sussurro.

Ela olha para mim confusa. "Huh?"

"Hoje de manhã, Seb estava me dizendo o que o destino significa para ele."
Eu dou de ombros.

"E?"

"Ele disse que destino é o que acontece quando você acha que não merece
isso." Eu sorrio quando me lembro o que ele disse.

"Isso é perspicaz para uma criança de sete anos." Ela diz com uma
risadinha.

"Ele vê o destino como apenas uma coisa boa, nunca é uma coisa ruim. Ele
acredita que o destino é, basicamente, o que nos leva para onde precisamos
estar. Quando ele encontrou uma salamandra na pia esta manhã, ele
acreditava que veio até nós por uma razão, e negar isso seria negar o
destino." Eu me sento em meu vestido rodado e maravilhoso.

"Ele disse isso?"

"Sim, não com essas palavras exatas, mas é o que ele quis dizer. Você,
Rose, faz parte do meu destino. Então, eu levarei esse vestido sem fazer
rebuliço. Obrigada".

Ela me abraça e depois me diz para me apressar e sair dele para que
possamos encontrar os sapatos mais perfeitos do mundo.
~O~

Todo o dia de sábado é gasto limpando e tentando manter minha mente


fora do fato de que em poucas horas eu estarei no Waldorf Astoria,
encontrando algumas pessoas muito influentes, tudo em nome da caridade.
Por que eu disse que iria?

Oh, bem... Edward.

Quando Demetri chega às 17hs, com pizza, eu vou lá para cima tomar
banho e me vestir.

Eu rio quando giro no meu vestido. Eu me sinto seriamente como uma


princesa. Eu mantenho a minha maquiagem mínima. Olhos leves e
esfumaçados, um pincel de blush e um pouco de gloss cintilante. Eu opto
pelo meu cabelo solto e em cachos. Quando estou feliz com a minha
aparência, eu volto para baixo.

"Mamãe, você está linda." Sebastian diz quando sorri brilhantemente.

Eu não posso evitar pegá-lo no colo. "Obrigada, Seb." Eu beijo sua


bochecha.

"Eu não quero amassar você." Ele ri.

"Eu não me importo se você me amassar." Nós giramos um pouco antes de


eu colocá-lo para baixo.

Eu me viro e vejo Dem admirando minha roupa. "Deslumbrante, Bella,


você realmente está deslumbrante".

"Obrigada, Dem".

A campainha toca e Dem se oferece para atender. Eu posso sentir as


borboletas no meu estômago ficando loucas. Fecho meus olhos e tento me
acalmar.

"Mamãe." Seb sussurra.

Abro os olhos e vejo meu belo menino. "Sim, querido".


"Você está com medo?" Ele pergunta.

"Um pouco, eu não quero fazer papel de boba e constranger ninguém".

Ele sorri. "Você não vai constranger Edward, mamãe".

"Como você sabe?" Eu pergunto curiosa.

"Porque ele te ama. E porque ele te ama, nada que você faça nunca vai
fazê-lo ter vergonha de você." Ele beija minha bochecha.

"Quem te disse isso?" Eu pergunto enquanto olho para o meu menino,


maravilhada. Ele é um homem adulto preso no corpo de uma criança.
Como ele ficou tão sábio, tão crescido e tão maduro?

"Você, mamãe, você sempre me diz para ser quem eu sou e não me
preocupar com isso. Você me diz o tempo todo que você nunca pode ter
vergonha de mim porque você me ama muito".

Eu posso sentir o nó na minha garganta tentando se libertar em um soluço.


Eu o engulo e apenas abraço Seb. "Obrigada, querido." Eu sussurro em seu
ouvido.

Quando nos separamos, eu vejo Edward lá. Ele está incrível em seu
smoking. Reconheço o terno Gucci porque eu o peguei no outro dia e
trouxe para ele.

"Bem, parece que meu príncipe chegou." Eu rio e Sebastian se junta.

"Você está linda, Bella, de verdade." Ele se inclina e beija ternamente meus
lábios.

"Obrigada, você está muito bonito também".

~O~

O Waldorf-Astoria é algo fora dos meus sonhos. O próprio lobby é


extraordinário. O lustre de cristal e ouro no centro é do tamanho de um
SUV. Eu tento apreciar tudo isso, mas estou em um transe celestial.
Deixo Edward me guiar para o salão onde o evento acontecerá. Eu
realmente não sei do que é chamado, mas é o máximo proveito deste
mundo. Há varandas ao redor de toda a sala para os convidados. Tudo é
seda branca, veludo vermelho e dourado. Há um palco com uma orquestra.
Meus nervos entram em exaustão.

Eu sinto Edward dobrar meu braço sob o dele e seus lábios pressionam
contra a minha cabeça.

"Você está bem?" Ele pergunta, e de repente eu me sinto melhor.

"Sim, com sede, no entanto".

Ele sorri e nos dirigimos para a nossa mesa. Estamos sentados com alguns
rostos familiares. Um deles é Laurent Vincenz. Ele é conhecido pela sua
atuação versátil e seu coração bondoso e generoso. Eu me lembro de ter
lido que ele doou sete milhões de dólares no ano passado para o Hospital
Infantil St. Jude.

Eu fico além de afetada com ele. Edward, contudo, está no seu elemento.
Eles riem e brincam, e simplesmente parece que não há rótulos.

"Existem vários vinhos, Bella, você gostaria de um branco, vermelho ou


rosé?" Edward me pergunta baixinho.

"Uhm..." Eu olho para as três garrafas oferecidas. "Eu não sei." Eu


sussurro.

Ele sorri. "Você se importaria se eu escolhesse?"

Eu balanço minha cabeça e sorrio agradecida.

As vozes da multidão começam a acalmar e as luzes se apagam. Uma


mulher em um vestido esmeralda até o chão e cabelo escuro entra no centro
do palco. Ela se juntou a outras três mulheres vestidas de preto. O pianista
começa a tocar, enviando notas gloriosas através do salão de baile, e eu sou
varrida pelos sons incríveis de Flower Duet, de Léo Delibes.

Quando eles terminam, são recompensados com uma ovação de pé.


Edward se vira para mim e sorri. "Incrível, não é?"

Eu aceno. "Muito."

"Eles fazem isso todos os anos. Eles vêm para este baile de caridade e
entretém de forma gratuita".

Eu fico sem palavras pela generosidade deles. "Isso é muito gentil da parte
deles".

Eu passei a noite me misturando e deixando Edward me apresentar para as


pessoas que eu só tenho visto na TV, cinema, ou sobre as quais li nos
jornais.

"Como é que você conhece todas essas pessoas?" Eu pergunto a ele quando
estamos em pé no bar.

"Eu tenho vindo a este baile desde que eu tinha 16 anos. Meu avô, do lado
da minha mãe, era um dos co-presidentes para o baile. Eu conheci algumas
pessoas." Ele me dá uma taça de vinho.

Nossa bolha perfeita de felicidade e contentamento de repente estoura


quando uma voz muito familiar nos interrompe.

"Bem, se não é Edward Cullen e sua donzela em perigo." Eu me viro para


ver Tanya com uma expressão satisfeita. Ela tem seu braço ligado a alguém
que eu não conheço.

"Por que você está aqui, Tanya?" Edward pergunta com raiva.

"Eu fui convidada." Ela rebate.

"Sim, como uma sócia na Cullen-Denali, o que não é mais o caso. Agora é
apenas Cullen. Portanto, você não é convidada." Ele estreita os olhos, mas
ela simplesmente chega mais perto.

"Você não tem autoridade para me desconvidar".

"Então, Deus me ajude, Tanya, se você..."


Ela solta um riso solitário. "Se eu o quê? Envergonhá-lo?" Ela me olha
com desdém. "Você não precisa da minha ajuda nesse departamento.
Quando você anexa uma porca em seu braço, você mesmo se envergonha".

Eu ofego e recuo. Eu quero dar um soco nela novamente, e imagino que é


para o que ela está indo.

"Você nunca aprende, não é?" Edward sinaliza para alguém atrás de Tanya.
"Você vê, Tanya, você nunca se preocupou em ler qualquer coisa que
passou pela sua mesa".

"O que isso tem a ver com alguma coisa, Edward?"

Eu vejo um grande homem forte parado diretamente atrás de Tanya.

"Cerca de quatro meses atrás, eu fui nomeado co-presidente para este baile
como cortesia, já que meu avô foi tão bem amado." Ele sorri
maliciosamente, e os olhos dela arregalam em entendimento. Eu gostaria
de ter uma câmera.

"Você não..." Ela começa a falar, mas Edward a impede.

"Oh, eu faria, e eu farei." Ele olha para cima. "Quincy, por favor, você
pode acompanhar a Srta. Denali para fora do prédio. Ela não é convidada e
está perturbando a minha acompanhante".

Tanya me olha com uma mandíbula apertada e um olhar que poderia


congelar o Vale da Morte.

"Você é mais que bem-vindo para ficar." Edward diz para o acompanhante
de Tanya. "Eu vejo você mais como um refém, na verdade, portanto, por
favor, divirta-se".

Eu cubro minha boca com a mão para abafar minha risada quando o
acompanhante dela encolhe os ombros e se afasta dela.

"Edward, eu vou..."

"Por aqui, Srta. Denali." Quincy diz enquanto delicadamente pega o braço
dela.
"Se eu a vir perto de mim, Bella, ou alguém que eu conheço novamente,
Tanya, você nunca trabalhará nesta cidade ou em qualquer cidade
novamente. Você não tem ideia do quanto o meu alcance é longe".

Ela fecha sua boca e sai sem outra palavra.

Edward se vira para mim e pega a minha mão. "Você está bem, Bella?" Ele
pergunta com preocupação pesada.

"Edward... eu... Isso." Eu olho para a porta em que ela saiu e depois de
volta para ele.

"O que, Bella, você quer ir embora?"

Eu sorrio. "Não, Edward, isso foi tão quente".

Ele ri. "Você gosta de mim com raiva, hein?" Ele envolve seus braços em
torno da minha cintura e me puxa para ele. Ele coloca um leve beijo na
minha testa, nariz e, finalmente, na minha boca.

"Eu não vou mentir, você é assustador, mas muito, muito quente".

Ele ri de novo. "Eu me lembrarei disso".

Ele me gira para a pista de dança, e eu danço o tango com meu príncipe
incrível ao meu lado.

O resto da nossa noite é livre de drama. O baile arrecada mais de 20


milhões de dólares, que é distribuído entre cinco diferentes instituições de
caridade.

Quando ele me deixa em casa, ele me beija até que eu não posso nem
pensar.

"Eu te amo, Bella." Ele sussurra em meu ouvido antes de levemente beijar
o meu pescoço.

"Eu te amo, Edward, muito".

Quando entro em casa, eu posso ver a luz bruxuleante da TV na sala de


estar. Eu entro e vejo Demetri desmaiado na poltrona reclinável.
Eu suavemente bato em seu ombro. "Dem?"

Ele pula levemente e olha ao redor, claramente tentando avaliar seus


arredores. "Bella?"

Eu sorrio. "Ei, você está bem?" Eu não posso evitar rir do seu cabelo
desgrenhado e expressão confusa.

"Sim, desculpe, eu devo ter cochilado." Ele esfrega o sono dos seus olhos.
"Você se divertiu?"

"Sim, como foi com Seb?"

Ele sorri. "Ele foi incrível, eu tive muita diversão com ele." Ele se levanta,
estica e pega seu casaco de trás do assento.

"Maravilhoso, eu fico muito feliz".

"Então, há um jogo de hóquei no próximo sábado. Se ele não tiver outros


planos, você acha que eu posso levá-lo?" Ele me pergunta nervosamente.

"Ele não tem planos, Dem, e eu acho que ele adoraria." Eu sorrio e, pela
primeira vez em muito tempo, eu começo a ver o homem que Demetri
costumava ser vir à superfície.

"Ótimo. Ok, eu tenho que ir. Obrigado mais uma vez, Bella, eu me diverti
hoje à noite." Ele acena e vai embora.

Esta noite é como um ponto de virada para tantas pessoas. Eu, Edward, Seb
e Dem. Eu me sinto cheia de contentamento.

Quando caio na cama, o sono vem muito fácil para mim. Eu sou varrida em
sonhos sem fôlego e melodias celestiais.
Capítulo 23 – O amor machuca

~ Edward ~

Três dias após o baile, eu estou sentado na minha mesa quando Lauren
entra com um sorriso enorme no rosto.

"Não estamos felizes?" Eu digo, curioso sobre o seu bom humor.

"Você será feliz também, em cerca de," ela olha para o relógio, "cinco
minutos".

Vou rapidamente sobre a minha agenda; não vendo nada programado, dou
a ela um olhar perplexo.

Certa da sua palavra, meu telefone toca um minuto depois.

"Edward Cullen." Eu atendo.

"Ei, Ed, você está livre para falar?" Jay pergunta com um tom jovial.

"Sim".

"Ótimo, eu estou no saguão de entrada e tenho uma surpresa maravilhosa


para você, cara." Ele ri e a linha cai.

Lauren está silenciosamente rindo, e eu estou de repente começando a me


perguntar se eu deveria estar nervoso.

Jenks sai do elevador e meu queixo cai. Não com a visão dele, mas pela
companhia que ele tem a reboque.

Atrás dele, pulando, está Sebastian com uma alegre Bella andando feliz ao
lado dele. Ele não tem sido capaz de pôr os pés neste edifício desde o
incidente com Tanya.

Eu acelero meus passos em direção a eles e desço em um joelho quando


estou a poucos metros dele. Ele balança sua mão livre de Bella e corre para
os meus braços.
"Uau, Seb, que surpresa incrível." Eu digo com lágrimas nos meus olhos.
Deve ser tão difícil para ele estar aqui.

"Você está realmente surpreso?" Eu posso ouvir a felicidade em sua voz.

"Pode apostar." Eu rio quando sua risada enche o lugar.

Quando Bella está ao meu lado, eu olho para ela. "O que a traz aqui,
encantadora senhora?" Dou-lhe a minha melhor imitação de John Wayne e
sou recompensado pela sua própria risada melódica.

"O Sr. Jenks me ligou esta manhã e contou-me a maravilhosa notícia. Eu


fiquei tão animada que eu meio que fiz uma dança feliz ao redor da casa."
Ela ri. "Seb aqui me perguntou o que estava acontecendo, e quando
expliquei tudo para ele, ele disse que desejava que ele pudesse ver o seu
rosto quando você ouvisse." Ela dá de ombros. "Foi ideia dele voltar".

Eu olho de volta para Seb e sorrio. "Você vai me contar a boa notícia?"
Pergunto a ele, e ele olha para Jay.

"Vá em frente, amigo." Jenks diz com uma risada.

"Este lugar é todo seu agora." Ele diz, e eu posso sentir seu corpo vibrando
de pura alegria. Ele não precisa elaborar mais. Eu sei a que ele está se
referindo.

Viro-me para Jenks. "A papelada veio completa?"

Ele balança a cabeça. "Eu a tenho bem aqui." Ele segura uma pasta de
arquivo. "Você só tem que assiná-las".

Quando eu me levanto, Bella imediatamente envolve os braços ao redor da


minha cintura e beija minha bochecha. "Após esses papéis serem
assinados, este lugar é legalmente A Agência Cullen, nada mais de Tanya."
Ela felizmente acrescenta.

Do meu lado direito, Lauren me entrega uma caneta. "Parabéns, Sr.


Cullen." Ela sorri.
Poucos minutos depois, eu ouço aplausos estrondosos e me viro ao redor
para ver toda a equipe radiante e batendo palmas.

Eu sinto alívio absoluto lavando sobre mim. Acabou, eu já não tenho que
lidar com Tanya Denali.

Sebastian abraça minha perna, parcialmente de excitação e outra parte de


medo. A sonoridade o assusta. Eu agacho e o enrolo em meus braços. Eu
sinalizo com a outra mão para que todos possam baixar seus gritos de
celebração.

Eles fazem, e eu posso sentir a postura rígida de Seb começar a amolecer.

"Obrigado a todos por tudo que vocês têm feito por esta empresa. Eu sei
que foi difícil trabalhar com Tanya, e muitos de vocês sacrificaram muito
para ficar aqui durante o tempo dela aqui. Eu prometo fazer o melhor que
puder para ganhar a confiança que vocês todos merecem em um chefe." Eu
olho para Bella e posso ver muito orgulho em seus olhos.

"Para agradecer adequadamente a todos vocês, eu fecharei o escritório pelo


dia. Vocês todos vão para casa, ou qualquer outro lugar, e tenham um dia
para vocês mesmos".

Depois do meu mini-discurso, todos aplaudem novamente, mas


rapidamente interrompem quando eu gesticulo com a mão novamente para
fazerem isso.

Eu assino os papéis rapidamente e Jenks dá um tapinha nas minhas costas e


me felicita mais uma vez antes de se dirigir para fora.

Levo Sebastian para o meu escritório e fecho a porta. Eu ando até o sofá e
sento com ele no meu colo.

"Você está bem, Seb?" Eu pergunto quando me recosto e ele levanta a


cabeça para olhar para mim.

"Sim, foi apenas alto. Eu ficarie bem, Edward." Ele sorri e eu posso ver o
desconforto deixar seu rosto.

"Ótimo. Obrigado por ter vindo hoje para me dar a maravilhosa notícia".
"Mamãe me disse que a senhora má não estaria mais aqui, então era seguro
voltar".

"Sim, Seb, ela nunca voltará aqui novamente, eu prometo." Eu o puxo para
mim e o abraço.

"Parabéns, Edward, isso é tão maravilhoso para você." Bella diz, enquanto
senta ao meu lado no sofá.

"Para nós, isso é ótimo para nós." Eu a corrijo.

Ela se inclina e coloca um beijo terno nos meus lábios.

"Ewww, nojento." Seb interrompe e Bella e eu começamos a rir.

~O~

Quando sábado de manhã vem, eu tenho um pequeno pulo no meu passo


porque estou passando o dia inteiro com apenas Bella.

Ela me disse na manhã seguinte ao baile que Demetri levaria Seb a um


jogo de hóquei no sábado à tarde e, em seguida, se ele estivesse disposto,
um jantar.

Eu aproveitei a oportunidade para convidá-la para sair no dia.


Naturalmente, ela respondeu-me com o seu normalmente sarcasmo. "Claro,
bobinho, eu estava esperando que você pedisse".

Então, eu estou me vestindo quando meu telefone vibra na minha cômoda.


Vejo que é o meu pai, então eu o atendo.

"Ei, pai".

"Edward, como você está, filho?"

"Ótimo, eu passarei o dia inteiro com Bella." Estou tão feliz que eu
realmente rio como uma garotinha quando digo a ele.

Ele ri. "Isso é maravilhoso".

"O que você e a mãe farão hoje?"


"Na verdade, estou feliz que você perguntou. Nós vamos olhar algumas
propriedades." Sua resposta interrompe meus movimentos.

"Propriedades? Vocês vão se mudar?" Eu não escondo o medo em minha


voz.

Ele ri de novo. "Meu Deus, não. Eu estive querendo comprar espaço para
um determinado empreendimento. Sua mãe tem me dito para fazer isso,
mas não foi até aquele estudo com a Dra. Young, que eu decidi ir para
isso".

Sento-me na beirada da minha cama. "Posso ouvir sobre isso?"

"Eu queria realmente falar com você e Bella sobre isso. Talvez vocês
quatro possam vir para jantar em casa ainda esta semana?"

"Nós quatro?"

"Sim, você, Bella, Sebastian e Demetri." Ele responde.

"Demetri? Por que ele precisa estar aí?"

"Eu quero fazer uma oferta de negócios para Sebastian. Acho que para
fazer isso corretamente, eu precisarei da aprovação dos pais dele, não é?"

"Pai, ele tem sete anos, que tipo de oferta ele pode aceitar?" É quase uma
piada.

Ele ri. "Você terá que esperar e ver, agora, fale sobre isso com os três e me
dê um retorno. Você pode fazer isso?"

Reviro meus olhos. "Sim, está bem, eu ligarei para você mais tarde e o
avisarei".

"Maravilhoso. Então, se você está passando o dia com Bella, quem cuidará
de Sebastian? Demetri?" Ele pergunta.

"Sim, ele o levará a um jogo de hóquei." Eu coloco meus tênis e os amarro.

"Hóquei? Hmm." Seu comentário me deixa curioso.


"Pelo que é o 'hmm', pai?"

"Os jogos de hóquei são barulhentos, Edward, ele tem tampões para os
ouvidos?" Ele tem um bom ponto.

"Tenho certeza que Bella passará por cima de tudo isso com Demetri, mas
se fará você se sentir melhor, eu a lembrarei." Eu digo.

"Realmente faria, obrigado, Edward".

"Não tem problema, ok, eu tenho que ir. Falarei com você mais tarde, está
bem?"

"Sim, deixe-me saber sobre o jantar esta semana." Ele diz.

"Eu vou, eu te amo".

"Eu também te amo, filho".

E ele desliga.

~O~

Eu decido dirigir e dar a Felix o dia de folga. Estaciono na garagem de


Bella e vejo que Demetri já está lá. Ótimo, eu posso perguntar aos dois
sobre o jantar no meu pai.

Demetri atende a porta quando eu bato.

"Ei, Edward, é bom ver você." Ele diz com um sorriso e um aperto de mão.
Estranho.

"Oi, Demetri, como você está?"

"Fantástico, eu não posso esperar para chegar ao jogo de hóquei. Espero


que Seb ame".

Eu rio. "Ah, eu acho que ele vai. Então, olhe, eu queria fazer a você e Bella
uma pergunta enquanto tenho vocês dois aqui".
Ele balança a cabeça e caminhamos para dentro e para a cozinha, onde eu a
vejo enchendo a máquina de lavar louça.

"Oi, Edward." Ela sorri para mim, e ela está tão deslumbrante que eu quase
me esqueço o que vou dizer.

"Então, qual é a pergunta?" Demetri pergunta, puxando-me para fora do


meu devaneio.

"Oh, bem, meus pais queriam saber se todos vocês podem vir à sua casa
para jantar ainda esta semana para discutir uma proposta de negócio para
Sebastian".

Os olhos de Bella arregalam e Demetri ri. "Uma proposta de negócio para


uma criança de sete anos?" Demetri começa a rir mais alto.

"Eu sei, estranho. Mas, o meu pai é sério e, claramente, isso tem que ser
incrível." Eu digo e Bella sorri.

"Eu acho que nós podemos ouvi-lo, o que você acha, Dem?"

Dem está enxugando as lágrimas da risada e recuperando o fôlego. "Oh,


que inferno, claro, por que não? Que dia e hora?"

"Bem, minha mãe é solidária com a agenda de Seb, então isso terá que ser
antes das 17hs. Existe alguma maneira que você possa sair do trabalho
mais cedo um dia desta semana?" Eu pergunto.

Ele encolhe os ombros. "Quarta-feira funcionaria melhor".

Eu aceno. "Ok, ótimo, eu vou informá-los".

Poucos minutos depois, Sebastian entra correndo, ostentando uma camiseta


dos Rangers e boné.

"Você está pronto para um tempo maravilhoso, amigo." Eu digo quando ele
me oferece sua mão para um cumprimento.

É claro que eu dou-lhe um, e ele vai até seu pai e segura sua mão.
"Podemos ir agora, papai?" Ele pergunta enquanto salta para cima e para
baixo.

"Sim, deixe-me apenas pegar nossos casacos." Ele vai para a sala e eu me
viro para Bella.

"E quanto aos tampões para os ouvidos?" Eu pergunto.

"Oh, sim, obrigada, Edward." Ela abre uma gaveta e retira uma pequena
caixa de plástico.

Quando Demetri volta, ela os dá para ele e diz para ele se certificar de que
ele os coloque antes de entrar no estádio.

Ele promete, e eu dou a Seb mais um cumprimento antes que ele salte para
fora da porta.

Assim que eles saem, Bella me agarra e me puxa pelo corredor.

"Para onde vamos?" Eu pergunto.

"Lá em cima." Ela diz com um leve rubor nas bochechas.

"Ah?"

"Olha, Edward, as chances de eu ficar longe são quase nulas. Eu digo que
nós devemos passar o dia comendo comida chinesa... na cama." Ela
continua a me puxar pelo corredor e pelas escadas. Ela mostra apenas uma
pitada de timidez nela, caso contrário, ela está exalando confiança.

Eu sorrio e sigo de bom grado. "Você tem certeza?"

Ela ri. "Eu tenho certeza".

Eu deixo Bella me levar para o seu quarto. Com toques suaves e mãos
ligeiramente trêmulas, nós tiramos as roupas um do outro. Estou encantado
com a sua beleza quando ela para diante de mim. Coloco beijos suaves ao
longo do seu pescoço e ombros, enquanto minhas mãos exploram o seu
esplendor. Nós gastamos toda a nossa tarde entrelaçados um no outro,
mostrando um ao outro quanto amor existe entre nós. Eu sussurro minha
adoração em seus ouvidos, e ela me beija e retribui com a paixão que ela
tem por mim.

Três horas mais tarde, nós estamos deitados na sua cama com lençóis
torcidos drapeados sobre nossos corpos suados. Bella tem sua cabeça no
meu peito e eu tenho um braço em volta dos seus ombros, o outro
descansando feliz em sua perna nua.

"Eu realmente amo você, Bella." Eu sussurro em seu cabelo.

"E eu amo você, Edward".

"Eu não posso esperar para te amar para sempre." Eu digo e ela levanta a
cabeça e repousa o queixo no meu peito.

"Para sempre? Você não me conhece o suficiente para saber que você quer
ficar comigo por tanto tempo".

Eu sorrio e respiro fundo antes de dizer, "Sim, eu sei".

"Como você sabe?" Ela tem um pequeno sorriso no rosto e curiosidade


brilha em seus olhos.

"Por causa do meu pai".

"Seu pai?"

Eu aceno. "Ele me disse que se apaixonou pela minha mãe em 30 segundos


conversando com ela, e sabia que ele queria se casar com ela em seu
primeiro encontro".

Seus olhos arregalam. "Casar?"

Eu me mexo levemente e tomo seu rosto nas palmas das minhas mãos.

"Sim, casar. Eu, Edward Anthony Cullen, quero casar com você, Isabella
Marie Swan, e passar o resto das nossas vidas mostrando a você o quanto
eu te amo. Eu quero acordar para a sua cabeça desgrenhada e mal-humor
matinal até que eu esteja tão velho que eu não possa ver ou ouvir. Eu quero
sentir sua respiração no meu pescoço enquanto eu cochilo e tocar sua pele
macia sempre que eu quiser".
Lágrimas acumulam nos cantos dos seus olhos e seu sorriso é mais
brilhante que o sol.

"Você quer se casar comigo, Bella?"

Ela não me responde de imediato, em vez disso, ela salta e ataca o meu
corpo. Ela me abraça e beija cada centímetro do meu rosto.

"Baby?" Ela cobre minha boca com a dela. "Bella?" Eu digo, abafado pelos
seus lábios.

"Sim." Ela responde sem fôlego.

"Isso é um sim?"

Ela ri. "Sim, sim, sim e milhões de trilhões de vezes sim, seu homem bobo
e romântico".

Eu envolvo meus braços em torno dela mais apertado e a rolo em suas


costas e devoro cada centímetro da sua pele.

Ela disse que sim.

~O~

Nós pedimos comida chinesa e comemos na cama enquanto assistíamos


reprises de Cheers. Eu tinha um plano para pedir Bella em casamento hoje
sob nossa árvore no parque onde nós soltamos os vaga-lumes no nosso
primeiro encontro, eu ainda tenho o anel no bolso do meu casaco lá em
baixo, mas este momento é perfeito porque é real... isso somos nós. Ela
nunca pergunta sobre o anel e eu sei que ela nunca perguntará. Mas eu o
darei a ela. Talvez depois que terminarmos o jantar, eu descerei para o
andar de baixo e a surpreenderei com um sorvete e um anel de diamante no
topo.

O toque do telefone da sua casa a faz saltar. Olho para o relógio e ele
marca 18hs.

"Olá." Ela diz.


Eu observo seu rosto enquanto ela ouve quem quer que seja na linha.
Minha curiosidade se transforma em preocupação quando seu rosto vai do
delicioso rosa ao cinza vago. Eu me sento e me inclino para mais perto
dela.

"Como, o quê, onde você está, Demetri?" Ela atira.

"Bella?" Eu sussurro. Ela não responde, ela apenas deixa cair o telefone e
começa a se vestir.

Eu pego o telefone. "Olá?"

"Edward?"

"Sim, Demetri, o que está acontecendo?"

"Nós estamos no Hospital New York-Presbyterian, Seb, ele..." Sua voz


falha.

"Ele o quê?" Eu grito.

"Ele teve um episódio, que foi ruim, e eu tentei acalmá-lo. Eu não


consegui, eu não sabia o que fazer. Ele estava batendo em todo o lugar e
bateu o braço contra a cadeira com tanta força... acho que ele o quebrou."
Eu posso ouvir a dor e angústia em sua voz.

"Estamos no nosso caminho." Eu digo e desligo.

Bella está se movendo como um robô. Está puxando seu cabelo em um


rabo de cavalo. Eu não digo nada, eu me visto e espero por ela na porta.

Ela não olha para mim enquanto desce as escadas correndo e está fora da
porta antes que eu possa sequer descer as escadas sozinho.

Posso vê-la esperando ao lado do meu carro batendo os dedos


impacientemente sobre o capô. Aperto o botão que destrava o carro e ela
pula diretamente dentro.

Silêncio, absoluto silêncio. Seu rosto está pálido e seus olhos estão
brilhando com lágrimas que ela se recusa a liberar. Ela está em um papel
que eu ainda tenho que ver. Como um soldado andando em direção ao
desconhecido. Eu sei que se eu a fizer falar, ela vai rachar, então eu não
faço.

Eu puxo até a área de manobristas da emergência e entrego-lhe as chaves.


Vejo Bella começar a correr pelas portas, então eu rapidamente agarro sua
mão.

A ação sacode sua cabeça para trás e ela me olha com uma leve raiva.

"Que diabos, Edward, solte-me".

"Não, você precisa se acalmar. Você não pode ir lá assim. Seb não precisa
ver como você está com raiva. Ele assumirá que é dirigida a ele. Por favor,
baby, acalme-se." Eu a puxo para mim e envolvo meus braços em torno
dela.

Ela funga no meu peito. "Eu sei, eu sinto muito. Você está certo".

Um momento depois, ela olha para mim e balança a cabeça. "Ok, eu estou
pronta".

Dou-lhe um sorriso e um beijo rápido. "Então, vamos pegar o seu menino".

De mãos dadas, nós caminhamos para o posto de enfermagem.

"Meu nome é Isabella Swan, eu sou a mãe de Sebastian. Onde ele está?"

A enfermeira segura um dedo levantado. A mão de Bella aperta ao redor da


minha e eu temo que posso perder a circulação.

"Meu filho é autista, ele precisa de mim, diga-me onde ele está, por favor."
Suas palavras têm uma estranha calma nelas.

"Sim, ele está com o pai, cortina dez." A enfermeira aponta na direção que
Sebastian está e Bella e eu andamos rápido.

Ela puxa a cortina e ofega.

Sebastian está deitado em uma maca, com um braço em uma tipóia, outro
em uma restrição. Eu observo que suas duas pernas também estão contidas
e Demetri está em uma cadeira ao lado do seu filho, segurando sua mão.
Felizmente, Seb está dormindo e não incomodado por nada disso, mas
Bella é uma outra história.

"Eu juro por tudo que é santo, se essas restrições não forem removidas do
meu filho nos próximos 30 segundo, eu chamarei meu advogado e terei
cada um dos seus empregos, eu juro que farei isso." Ela diz à enfermeira
que ajusta a IV de Sebastian.

"Você é a mãe de Sebastian?" A enfermeira pergunta.

"Sim".

"Eu sei que é difícil de ver, mas o seu filho chegou aqui muito agitado. Nós
tentamos acalmá-lo, mas ele estava além de se ter uma conversa..."

Bella a corta. "Ele é autista." Ela grita.

"Sim, o Sr. Markos aqui nos informou. Nós o sedamos, as restrições são
protocolo, caso ele acorde agitado novamente e tente se machucar
novamente, ou os funcionários".

"O quê!" Bella está além de raivosa. Eu coloco minha mão em seu ombro
para acalmá-la. "Não, Edward, não. Se ele acordar e não puder mover seus
braços ou pernas, será pior".

"Eu tentei dizer isso a eles." Demetri diz.

"Eu sinto muito, você terá que falar com o médico..." Bella não espera a
enfermeira terminar. Ela caminha até a cama de Seb e começa a desabotoar
as restrições.

"Você não pode fazer isso." Diz a enfermeira.

"Bem, olhe para mim, totalmente capaz." Bella diz sarcasticamente. Eu não
posso deixar de rir, mesmo que seja completamente inadequado.

"Acho que eu deveria chamar Jenks." Eu digo.

A enfermeira olha para mim e Demetri. Nós mantemos nossas mãos


levantadas em defesa.
"Nós não a impediremos, portanto, se você está à procura de ajuda, procure
em outro lugar." Demetri diz.

A enfermeira bufa e vai embora. Bella remove com sucesso o braço de Seb
da restrição e Demetri e eu removemos aquelas em suas pernas. Ela desliza
para a pequena maca, com cuidado para evitar puxar a IV em seu braço.
Ela levanta seu corpo dormindo e o embala em seus braços.

Ela começa a cantarolar para ele, mesmo que eu tenha certeza que ele não
pode ouvi-la. Dem e eu ficamos lá e observamos os dois fazendo o que
sempre fazem em uma crise. Ela o pega quando ele cai, exatamente como
minha mãe sempre faz para Carlisle, e o que minha avó deveria ter feito
para ele.

Eu me apaixono mais profundamente por ela neste momento.

Eu ouço algumas vozes raivosas e vejo um médico, duas enfermeiras e um


segurança se dirigindo em nossa direção. Saio de trás da cortina e os
interrompo.

"Há um problema?" Eu pergunto.

"Quem é você?" O médico pergunta com raiva.

"Meu nome é Edward Cullen. Eu sou noivo de Bella Swan. Sebastian é


filho dela e foi contido contra a vontade de ambos os pais. Agora, meu
advogado foi chamado e estará aqui daqui a pouco. Você pode se virar e ir
embora e eu posso cancelar a chamada, ou você pode ir lá e irritar um
menino autista e sua mãe, justificando uma ação judicial. Sua escolha".

Eu posso ver o ligeiro tremor nos olhos do médico. Ele olha para a
enfermeira e acena.

"Muito bem, Sr. Cullen, mas se houver algum problema com aquele
menino, eu mandarei prendê-lo".

Eu rio. "Parece um bom tempo, eu não posso esperar." Reviro os olhos e


volto para atrás da cortina.

"Está tudo bem?" Demetri pergunta.


Eu aceno. "Sim, muito bem".

"Bella, eu sinto muito." Ele implora.

"Eu sei, Dem, isso é em parte culpa minha. Eu sabia que você não estava
pronto para isso, mas eu queria tanto, eu aproveitei a oportunidade. Eu não
deveria ter feito isso".

Sebastian começa a se mexer e Bella olha para ele.

"Ei, amigo." Ela sussurra.

"Mamãe?"

"Sim, Seb, eu estou aqui. Eu te amo, querido." Ela beija a testa dele.

"Você sabia que a água congela a 0 graus Celsius?" Ele diz.

Bella ri. "Não, querido, eu não sabia disso".

Eu sei que ela sabia, mas o sorriso no rosto de Seb me diz por que ela
mentiu. Ele ama ensinar coisas a ela.

Um minuto depois, os olhos de Seb fecham novamente e os sons dos seus


roncos leves bloqueiam todo o caos do movimentado Pronto Socoro da
cidade de Nova York.

Ele está bem, ele está seguro.

Eu puxo uma cadeira ao lado da cama de Seb e Bella pega a minha mão e a
aperta.

Demetri agarra a mão boa de Seb e nós apenas ficamos ali sentados,
unidos.

~O~

Algumas horas mais tarde, Seb é liberado do hospital com um braço


realmente quebrado. Bella nunca o deixa fora da sua mão e ninguém se
atreve a tentar removê-lo, mesmo quando eles colocam um gesso nele.
Quando chegamos em casa, ela desliza diretamente para a cama com Seb.
Eu me certifico que ela tem tudo o que precisa. Ela acena com a cabeça, e
eu fecho a luz e a porta.

Quando desço as escadas, Dem está sentado no sofá com as mãos em seu
cabelo. Estou prestes a passar por ele, mas paro quando ouço uma fungada.

"Demetri?"

"Sim." Ele diz sem levantar a cabeça.

"Nós temos que falhar antes de podermos ter sucesso." Eu digo, e ele
levanta a cabeça e olha para mim.

"O quê?"

"Minha mãe me disse isso." Eu rio. "Você é um pai, que está tentando,
você é um pai que está consumido com tanta culpa que você a está
deixando sufocá-lo." Eu me sento em frente a ele na poltrona.

"Seb te ama, não pelo que você faz por ele, mas por como você o faz se
sentir. Ele vai acordar amanhã, ainda amando você. Bella entende, você
sabe por quê?"

Ele balança a cabeça.

"Porque eu tenho certeza que ela falhou uma tonelada de vezes antes de
acertar. E com Seb, não há certo. Ele está em constante mutação".

Ele solta um suspiro. "Eu realmente amo o meu filho".

"Eu sei".

Ele olha para cima e assente.

"Cerveja?" Eu pergunto.

"Sim".

Pego duas cervejas da geladeira e entrego-lhe uma. Nós sentamos e


assistimos TV. Ele adormece no sofá, e eu acabo adormecendo na poltrona
Capítulo 24 – Você sabia

~ Bella ~

Edward tem ficado comigo e Seb nos últimos três dias. Eu disse que ele
poderia ir para casa, ou para o trabalho, mas ele simplesmente insistiu em
ficar e ligou para Felix pedindo uma mala cheia de tudo o que ele
precisará.

Demetri aparece todo dia, mas à noite, ele volta para a sua casa. Seb tem
ficado em casa da escola. Ele está com muita dor e as pílulas o deixam
sonolento. Emmett disse que passaria aqui hoje para verificar, como ele
mesmo diz, "as cicatrizes de batalha de Seb".

"Mamãe?" Eu me viro e vejo Seb com olhos caídos e um sorriso


preguiçoso.

"Ei, querido, o que há de errado?"

Ele encolhe os ombros. "Estou com fome".

"Ok, bem, por que não vamos lá embaixo? Porque eu acho que Edward
está fazendo queijo grelhado para o almoço." Ele sorri quando digo a ele.

Quando entramos na cozinha, Edward está ostentando um avental e um


olhar sério de concentração enquanto vira o queijo grelhado.

"Bela aparência." Eu digo com uma risadinha.

Ele se vira e me dá um enorme sorriso. "Obrigado. Como você está,


amigo?" Ele pergunta para Seb, que apenas dá de ombros e senta-se no
banco.

"Com fome?" Edward pergunta.

Seb apenas balança a cabeça e começa a mexer no seu gesso.

"Querido, não faça isso." Eu digo e ele geme em frustração.

"Eu odeio essa coisa." Ele bate o gesso e estremece.


"Querido, vamos lá, vamos almoçar, e então talvez todos nós podemos
jogar um jogo de tabuleiro?" Eu tento distraí-lo.

"Estou cansado de jogar." Ele chuta o lado do banco.

"Seb, eu sei que você está frustrado e com raiva, mas você não pode
quebrar as coisas".

"Eu não quebrei." Ele rebate.

Eu olho para Edward, que coloca o queijo grelhado no prato e o coloca na


frente de Seb.

Seb olha fixamente para o prato. Seu rosto angelical está definido em um
olhar zangado. Sem aviso, ele leva seu braço bom e empurra o prato da
mesa. Ele bate na parede e quebra em pedaços.

"Seb." Eu ofego.

Ele começa a chorar e bater com a cabeça contra o balcão.

"Querido, não." Eu pego sua cabeça em minhas mãos para impedi-lo de se


machucar ainda mais.

Edward não surta, ele apenas vai até onde o prato se encontra e o limpa.

"Ma... mamãe... eu... eu sinto muito." Seb murmura em meio às lágrimas.

"Shh, oh, querido. Eu sei. Eu sei que você está infeliz." Eu o pego e o levo
para a sala de estar. Sento-me no sofá e o balanço até que suas lágrimas
diminuem.

Poucos minutos depois, Edward caminha de volta com um novo prato e um


queijo grelhado fresco. Ele senta ao lado de Seb e o estende para ele.

"Desculpe, Edward." Seb sussurra.

"Está tudo bem, amigo." Ele esfrega suavemente a bochecha de Seb e


enxuga suas lágrimas.
Ele trabalhou tão duro para conseguir deixar sua raiva e seus colapsos sob
controle no último ano. De uma só vez, é como se tudo pelo que temos
trabalhado desapareceu. Ele fica tão chateado consigo mesmo que ele se
perde. Eu sabia que ele precisava ver que nós entendemos, que éramos
simpáticos e, acima de tudo, que nós o amamos e estamos aqui para ele.
Edward entende isso.

Depois que ele está calmo e come seu almoço, eu o coloco no sofá com um
travesseiro, cobertor, um copo de suco e o controle remoto.

Emmett chega por volta das 13hs. Faço sinal para ele ficar quieto. Ele vê
Seb dormindo e me segue para a cozinha.

"O que aconteceu, Bella?" Ele pergunta quando eu começo a fazer o café.

"Ele foi a um jogo de hóquei com o pai. Ele tinha os tampões para os
ouvidos e tudo mais. Acho que o que aconteceu foi que um garoto estava
correndo pelas arquibancadas e bateu em Seb".

"Oh, caramba." Ele diz.

"Sim, bem, Seb ficou furioso com o garoto, e o garoto começou a chorar. O
pai e Dem começaram a gritar e, em algum momento, os tampões para os
ouvidos de Seb caíram. Dem tentou acalmá-lo, mas foi inútil".

Edward entra e aperta a mão de Emmett.

"Então, ele teve um colapso?" Emmett pergunta.

"Praticamente, e quanto mais Dem tentava acalmá-lo, mais irritado ele


ficava, até que ele bateu com o braço na cadeira e, quebrou".

Eu começo a servir café para nós três.

"Pobre menino, ele deve estar perdendo sua mente agora. Sua agenda está
fora de controle, ele está com dor." Emmett pega a caneca e eu me sento
com eles.
"Sim, Bella e eu temos tentado de tudo para manter a atenção dele longe de
todas as emoções conflitantes que ele está tendo, mas nem sempre
funciona." Edward diz.

"É por isso que estamos felizes que você está aqui, e que os pais de Edward
estão vindo para jantar." Eu sorrio.

Nós deveríamos ir para a casa dos pais de Edward para discutir algum
negócio de risco com eles, mas depois que eles ouviram sobre Seb, eles se
ofereceram para vir até nós.

"Eu vou entretê-lo um pouco, mas, Bella, você pode querer ligar para o Dr.
Conner." Em diz.

Edward olha para mim. "Quem é o Dr. Connor?"

"Ele é o terapeuta de Seb. Seb teve um monte de problemas em sua última


escola, eu o levei para a terapia".

Ele balança a cabeça. "Seb ainda vai muitas vezes?"

Eu balanço minha cabeça. "Ele não foi em alguns meses, na verdade".

Emmett termina seu café e pula para cima. "Eu vou entrar e ver Seb. Vocês
dois deveriam fazer uma pausa." Ele sorri e sai da cozinha.

Eu olho para Edward; ele estende sua mão para a minha e eu não hesito.

"Como você está?" Ele me pergunta quando traz minha mão aos seus
lábios.

"Eu estou bem, cansada, mas tudo bem".

"Posso fazer alguma coisa?" Agora seu polegar está esfregando círculos
doces na palma da minha mão.

"Edward, você já tem feito muito. Por que você não vai para casa e apenas
volta quando seus pais chegarem aqui?" Eu imploro com ele.

"Bella, escute-me, porque é seriamente a última vez que eu vou dizer." Ele
sorri e eu rio.
"Eu te amo, eu amo Sebastian. Eu não vou a lugar nenhum. Eu pedi a você
para se casar comigo, não é?"

Eu aceno.

"Na saúde e na doença, e esses votos valem quando se trata de Seb


também".

Eu deixo escapar um suspiro, inclino-me sobre o balcão e castamente o


beijo.

"Eu gostaria de fazer uma coisa com você, no entanto." Ele sussurra.

Eu rio. "Eu não acho que é o que Em quis dizer quando disse para fazermos
uma pausa." Eu brinco.

Ele revira os olhos. "Não, eu ia dizer para você dar uma caminhada
comigo".

"Uma caminhada? Está um pouco frio, não?"

Ele encolhe os ombros. "Nós vamos nos agasalhar." Ele puxa minha mão.
"Venha".

"Vou perguntar a Em".

Eu solto sua mão e caminho para a sala de estar.

Emmett e Seb estão sentados, e Em está desenhando o que se parece com


bacon no gesso de Seb.

"Ei, pessoal." Eu digo.

"Ei, mamãe, olha, o Sr. Emmett veio e ele está desenhando um arco-íris no
meu gesso." Seb está radiante, e é um arco-íris, tudo bem. Eu estou feliz
que eu não disse as minhas observações em voz alta.

"Sim, querido, e é simplesmente o arco-íris mais bonito do mundo".

Edward entra e envolve seu braço ao redor da minha cintura.


"Por que você está desenhando bacon no gesso dele, Emmett?" Edward diz
e eu começo a rir.

"É um arco-íris, bobinho." Seb ri.

Em estreita os olhos para Edward. "Tanto faz, cara".

"Edward e eu podemor sair para uma caminhada, você pode fazer


companhia para Seb?" Eu pergunto e Em nos manda para longe.

"Vejo você daqui a pouco, querido." Eu beijo a testa de Seb.

Nós pegamos nossos casacos e saímos.

De mãos dadas, nós caminhamos em silêncio ao longo da calçada. Eu rio


quando penso na última vez que Edward e eu demos uma volta pelo
mesmo caminho. Foi a noite em que ele me disse que me amava, no Dia
das Bruxas.

"Isso é bom." Eu digo.

"Sim, é." Ele aperta minha mão e, em seguida, pára de andar.

Eu olho para ele preocupada. "Você está bem?"

Ele acena. "Eu lhe devo uma coisa." Ele tem um sorriso malicioso nos
lábios.

"Ah, é?"

"Sim, espere." Ele me solta e enfia a mão no bolso do seu casaco. Então ele
pega uma pequena caixa de veludo preto e meu estômago faz uma
cambalhota.

"Eu tinha toda esta proposta planejada, mas quando eu estava com você em
sua cama com toda a sua beleza natural em exposição para mim, eu deixei
minha boca chegar à frente do meu cérebro".

Eu sorrio tão amplamente, minhas bochechas dóem. Ele é adorável agora.


"Eu fui a tantos joalheiros procurando pelo anel perfeito para você." Ele
segura a caixa.

"Nenhum deles tinha o que eu estava procurando, então eu tive um deles


fazendo isso por mim." Ele parece um pouco nervoso. Ele acha que eu não
vou gostar?

Lentamente, ele abre a caixa e minha respiração engata. Minha mão vai
para ele, mas eu recuo.

"Tudo sobre conhecer você, Bella, é especial e único. Você merecia algo
igualmente raro." Ele então remove o anel e o segura para mim.

Eu posso sentir o calor das minhas lágrimas fluindo pelas minhas


bochechas. Minha mão treme quando eu a apresento para ele.

"Antes de colocá-lo, olhe para ele".

Eu sorrio suavemente e pego o anel. O diamante é amarelo, como um


brilho suave. A parte exterior da banda tem pequenos pirilampos gravados
nele. Eu ofego.

"Oh, Edward".

"Leia o que está dentro".

Quando leio, meu coração quase explode. "Eute amo, meu pirilampo", é o
que está escrito.

"Você vai acender sua bunda para mim, Bella?" Eu finalmente olho para
ele e sorrio.

"Para sempre, Edward, para sempre".

Ele se inclina e me beija profundamente. É cheio de promessas, esperanças


e amor infinito; e quando ele desliza o anel no meu dedo, eu sei que este é
o meu para sempre.

~O~
Edward e eu decidimos deixar Demetri saber sobre o noivado primeiro,
seguido por Seb. Mas, agora, estamos ansiosos para ouvir o que Carlisle
quer nos dizer. Por isso, quando voltamos para casa, eu discretamente
coloco o anel na minha caixa de jóias. Dizemos adeus a Em, e ele diz que
virá amanhã depois da escola.

Eu vou para a cozinha para fazer o jantar, escolhendo lasanha, pão de


queijo e uma salada. Edward ajuda e Seb, que está em um humor muito
melhor, senta no banco e lê para nós.

Por volta das 16hs, Esme e Carlisle chegam.

Naturalmente, Esme e Carlisle imediatamente concordam em desenhar no


gesso de Seb. Esme desenha uma bela margarida. Carlisle desenha o
cinturão de Órion. Claro.

Demetri chega logo depois e, uma vez que todos estão presentes, nós nos
sentamos à mesa da sala de jantar.

"O jantar estará pronto em cerca de 15 minutos." Eu digo.

"Ok, bem, isso me dará muito tempo para falar com vocês sobre o que eu
vim aqui para discutir." Carlisle diz. Vejo que ele está um pouco nervoso.

"Seja o que for, tenho certeza que é brilhante." Eu ofereço um sorriso e ele
o retorna.

"Bem, Edward sabe que Esme e eu compramos uma propriedade não muito
longe daqui".

Eu olho para Edward e ele balança a cabeça em concordância.

"Ok, vocês estão se mudando?" Eu pergunto.

"Não, nós a compramos porque estamos começando um negócio." Ele pega


alguns arquivos e dá um para mim, um para Dem e Seb e, finalmente, um
para Edward.

Eu o abro e meus olhos arregalam. "Vocês estão abrindo um restaurante?"

"Um Café." Carlisle corrige.


"Como é que isto tem alguma coisa a ver com Sebastian?" Dem pergunta.

"Eu quero que ele seja meu parceiro".

O silêncio é ensurdecedor. Eu o ouvi direito?

"Ele tem sete anos." Eu digo.

"Eu estou ciente, mas, para a minha ideia ser perfeita, eu preciso de
brilhantismo. Eu não conheço muitas outras pessoas além de Edward e eu,
e até mesmo você, Bella, que são inteligentes o suficiente para me ajudar."
Ele olha para Demetri. "Sem ofensa, eu realmente não conheço você,
portanto, não tenho nenhuma ideia do seu intelecto".

Dem encolhe os ombros. "Sem problema. Mas, falando sério, como você
acha que Seb pode ajudá-lo?"

"O nome da empresa será "Café Você Sabia". Minha ideia é fazer com que
cada garçom ou garçonete receba 20 fatos por dia. Eles os apresentarão
para os clientes durante o seu tempo conosco. O cardápio será lido como
uma enciclopédia. Por exemplo..." Carlisle pega quatro cardápios
laminados e os passa.

Eu rio. "Então, para que eu descubra o que está no prato do dia, eu preciso
responder à pergunta no cardápio?"

"Bem, você terá a refeição, independentemente, mas, sim. De qualquer


maneira, você sai de lá mais esperto do que quando entrou." Ele sorri e
Sebastian ri.

"As paredes serão cobertas com fatos sobre a história. Os pratos todos
retratarão pinturas famosas, Monet, Picasso, e assim por diante." Esme diz.

"Sim, e as portas dos banheiros terão Homens e Mulheres escritos em todas


as línguas do mundo." Carlisle está vertiginoso.

"Isso é incrível, pai." Edward coloca a mão em seu ombro.


"Eu sei, e sua mãe vai ajudar. Ela fará as peças centrais. Cada mesa terá
uma flor diferente, com uma pequena placa explicando a flor e a origem da
mesma".

"Uau." Eu sussurro. "Carlisle, isso é impressionante, e uma ideia genial, e o


que você quer é que Seb o ajude a vir com os fatos?"

Ele encolhe os ombros. "Em parte, eu também quero suas habilidades


artísticas para a sala silenciosa".

"Sala silenciosa?" Eu pergunto.

"Sim, uma razão pela qual eu nunca sou realmente capaz de sair para
comer é porque é muito barulhento. Uma parte do restaurante será uma
área silenciosa. Eu quero que Seb pinte as paredes com fatos e arte. Eu
quero a mente dele se fundindo com a minha, e eu quero criar o lugar
perfeito." Ele diz exuberantemente.

Eu olho para Dem e estou chocada quando vejo um sorriso enorme no seu
rosto.

"É fantástico." Ele diz.

Eu olho para Seb. Ele está acenando freneticamente.

"Ok, parece ótimo." Eu rio quando Carlisle pula um pouco em seu assento
e cumprimenta Sebastian.

Durante todo o jantar Carlisle nos diz como ele veio com a ideia. Ele disse
que estava assistindo TV uma noite, e havia algum apresentador de talk
show caminhando pelas ruas fazendo às pessoas perguntas aleatórias. Ele
ficou impressionado com o quanto a raça humana é estúpida. Ele diz que
essas pessoas precisam ser educadas em um ambiente onde eles prestariam
atenção. Desde que comida e cerveja estão no topo da lista de coisas que os
seres humanos amam, ele imagina que isso os atrairia dessa forma.

É realmente uma ideia incrível, e Sebastian não parou de fazer perguntas a


Carlisle e Esme durante todo o jantar.

~O~
Esme me ajuda a limpar depois do jantar, enquanto os rapazes permanecem
em uma conversa profunda sobre o Café.

"Eu nunca vi Carlisle tão animado." Esme diz enquanto enche a máquina
de lavar louça.

"Nunca?"

"Não. Quando ele me contou sobre a ideia, as primeiras palavras que


saíram da sua boca foram, 'Eu tenho a maior ideia, e Sebastian vai amá-la'".

Eu rio. "Seb o ama".

"Você sabe, Bella, eu sempre tentei dar a Carlisle tudo o que sempre faltou
a ele enquanto crescia, mas a única coisa que eu nunca posso dar a ele é
entendimento." Ela fecha a máquina de lavar louça e aperta o botão.

"O que você quer dizer?" Eu pergunto.

"Eu nunca consigo entender a frustração com a qual ele lida diariamente.
Eu realmente não sei como é ter o seu cérebro entupido a tal ponto que
você não consegue formar palavras. Eu nunca posso saber o que é ser
autista." Ela olha para mim com os olhos brilhando.

"Eu sei." Eu sussurro.

"Sebastian é a primeira pessoa com quem Carlisle já teve isso em comum.


Seb o entende, e Carlisle entende Seb. Seu filho deu a ele a peça que falta
do quebra-cabeça".

Eu fico ali em um silêncio confortável com ela. Tudo o que ouço são as
risadas suaves e as palavras abafadas dos caras na sala de jantar. Eu ouço
Esme dar risadinhas quando ouvimos Carlisle dizer a Demetri que ele
precisa de um pouco de aprendizado antes que ele possa contribuir com os
fatos.

Quando eles vão embora por volta das 18hs30min, eles prometem ligar
alguns dias depois de saberem quando tudo vai começar. Seb disse que vai
escrever todos os fatos nos quais ele pode pensar. O que se traduz em...
Minha mãe vai escrever o que eu digo.
Naquela noite, ele vai dormir com um sorriso no rosto... Um sorriso que eu
não vi em dias.
Capítulo 25 – Feliz Dia de Ação de Graças

~ Edward ~

As próximas duas semanas consistem de puro caos. Entre os preparativos


para o Dia de Ação de Graças que Bella e minha mãe estão fazendo,
Sebastian está completamente entediado e tendo mais colapsos do que o
habitual. Tem sido cansativo, para dizer o mínimo.

Sem mencionar, eu estou tentando focar no meu negócio em cima de


ajudar Carlisle a tirar o seu do chão.

"Sr. Cullen?"

Eu olho para cima e vejo Lauren parada na frente da minha mesa,


segurando uma caneca muito quente de café.

"Por favor, diga que é para mim?"

Ela ri e a coloca na minha frente.

"Você parece realmente estressado." Ela diz com um olhar preocupado.

Eu dou de ombros. "Cansado, e, sim, eu acho que um pouco estressado".

Eu seguro a caneca até meu nariz e inalo o aroma celestial antes de tomar
um pequeno gole.

"Oh, Lauren, você me estraga." Eu sorrio. "Você comprou os grãos


gourmet?"

Ela acena. "Eu sei que eles são o seu favorito".

"Obrigado." Fecho meus olhos e deixo a cafeína e o sabor delicioso


lavarem a tensão.

"Então, você vai me dizer o que está acontecendo?" Ela senta na cadeira
em frente à minha mesa e cruza as pernas, esperando.

"É a vida." Eu levanto minha sobrancelha. "Todos nós temos o estresse,


Lauren, eu não sou a única pessoa lá fora com a loucura em sua vida".
Ela franze os lábios e estreita os olhos levemente para mim.

"O quê?" Eu pergunto.

"Você é um monte de coisas maravilhosas, Sr. Cullen. Em todos os meus


anos, eu conheci muitos poucos homens que poderiam ser comparados a
você".

Eu sinto um enorme 'mas' chegando.

"Mas..."

Aí está.

"Você se compromete muito, você sacrifica tudo por todos." Ela se senta
mais em frente. "Às vezes, ao ponto de se tornar doente".

"Oh, vamos lá, Lauren, isso é ridículo." Eu zombo.

"É mesmo? Eu me lembro do ano passado, quando sua mãe veio com uma
gripe, ao mesmo tempo que o seu pai." Ela aponta para mim. "Você estava
correndo por toda a cidade, para consultas médicas e farmácias,
sobrecarregando-se tanto que você não só pegou a gripe, você teve um caso
grave de bronquite".

"Oh, não foi tão ruim assim..."

Ela me corta. "Você ficou no hospital por uma semana, não me diga que
isso não foi sério".

"Então, o que você propõe?" Eu me recosto e dobro minhas mãos sobre o


meu colo.

"Diga a todos que você é humano e que você não pode realmente segurar o
mundo em seus ombros. Você pode ser, em parte, super-homem, mas você
não é Atlas*".

* Atlas: é um dos titãs gregos, condenado por Zeus a sustentar os céus


para sempre.
Eu descanso minha cabeça contra o encosto da cadeira. "Eles precisam de
mim." Eu sussurro.

"Exatamente, Sr. Cullen, eles precisam de você. Você não é bom para eles
se acabar no hospital porque você está se esgotando".

Eu olho para ela e vejo o olhar de preocupação em seu rosto. Lauren não é
apenas a minha secretária, ela tornou-se uma das minhas amigas mais
próximas.

"Ok, eu direi a eles que preciso de uma pausa... Mas só se você fizer uma
coisa por mim?"

"Ah, é?" Ela arqueia uma sobrancelha.

"Você realmente tem que começar a me chamar de Edward." Eu digo com


um sorriso.

Ela ri. "Justo".

~O~

Naquela tarde, eu envio uma mensagem de texto para Bella para pedir que
ela almoce comigo para que eu possa falar com ela. Naturalmente, ela
assume que algo está errado, e eu tenho que tranquilizá-la que não é nada
mau.

Ela escolhe o Gray Papaya para o almoço, então eu a encontro lá ao meio-


dia.

Ela está sentada em cima de um dos bancos e acena felizmente para mim
quando eu entro em exibição.

Seu sorriso é encantador, e eu fico tão perdido em seus olhos hipnotizantes


que não vejo a velha senhora com o andador breve o bastante. Ela bate em
mim, esmagando uma caixa inteira de cachorros-quentes em minha camisa.

"Oh, eu sinto muito." Ela diz.

Eu olho para baixo e vejo mostarda e vinagrete pintar minha camisa azul
bebê Armani uma vez perfeita.
"Não... é..." Eu suspiro. É a cereja no topo do bolo.

"Edward?" A doce voz de Bella me chama. Eu olho para cima e vejo a


preocupação em seus olhos.

"Eu estou bem." Eu digo quando pego um punhado de guardanapos e


começo a limpar a bagunça.

A velha senhora se oferece para pagar a minha limpeza a seco, mas,


naturalmente, eu recuso.

Bella coloca a mão em cima da minha para parar minha esfregação


frenética.

"Baby." Ela sussurra. "Venha comigo".

Eu não digo nada. Eu tomo sua mão e cedo. Nós caminhamos até o carro,
ela puxa uma sacola de roupa e nos leva de volta para o Gray.

"Ei, Barry, podemos usar o banheiro dos funcionários?" Ela pergunta, e o


grandalhão atrás da grelha acena com a cabeça.

"Você o conhece?"

"Sim, a filha dele está na classe de Sebastian." Ela sorri e me puxa para o
banheiro.

Ela pendura a sacola e começa a desabotoar minha camisa. Eu apenas olho


para os seus olhos chocolate e me deixo ser cuidado.

Ela arrisca alguns olhares para mim, e quando ela pode ver que eu estou
focado em seu rosto, ela cora um pouco.

"O que você está olhando?" Ela pergunta em tom de brincadeira.

"Você".

A camisa cai dos meus ombros e ela olha para mim.


"O que está acontecendo, babe?" Ela pergunta enquanto carinhosamente
corre as mãos para cima e para baixo nos meus braços, provocando
arrepios de excitação pelo meu corpo.

"Eu estou..." Eu fecho os olhos e respiro.

"Você está o quê?"

"Eu estou tão cansado." Eu posso ouvir o cansaço na minha voz.

"Eu aposto que você está." Ela diz enquanto beija suavemente minha
bochecha.

Abro meus olhos e a vejo sorrindo.

"Como?"

Ela encolhe os ombros. "Eu apenas sei. Eu estava me perguntando quando


você diria isso".

Ela abre o zíper da sacola e tira uma camisa branca.

"De quem deveria ser isso?" Eu aponto para a camisa.

"Sua, na verdade." Eu não acredito nela, mas calo a boca e deixo que seus
dedos rocem sobre o meu peito enquanto ela a desliza e fecha os botões.

"Eu estou dizendo quando." Eu sussurro.

Ela olha para mim e balança a cabeça.

"Quando, na verdade." Ela concorda.

Pegamos os cachorros-quentes e sentamos em um banco de jardim do lado


de fora. Nós concordamos que vamos sentar após o Dia de Ação de Graças
e chegar a algum tipo de plano de jogo. O alívio que eu sinto depois de
falar com Bella é imensurável.

~O~
Na manhã do Dia de Ação de Graças, eu dirijo para a casa dos meus pais
cedo. Cinco horas da manhã.

Minha mãe tem essa coisa de perus frescos, e a fazenda a poucos


quarteirões da minha casa tem a opção de pegar no dia. Então, eu fui
selecionado para pegar a ave e levá-la até a casa dela antes das seis.

Quando entro pela porta da frente, ouço o tilintar de pratos e sigo os sons
de frustração.

Minha mãe está em suas mãos e joelhos, pegando porcelana quebrada.

"Feliz Dia de Ação de Graças, mãe." Eu digo com um sorriso e um peru


embalado em meus braços.

"Oh, Feliz Dia de Ação de Graças, querido." Ela se levanta e estende suas
mãos para o peru.

"O que você quebrou?" Eu aponto para a bagunça.

"Meu prato de peru, na verdade." Ela parece triste. Eu sei que o prato de
porcelana estava em sua família há gerações.

"Ah, mãe, eu sinto muito".

Ela dá de ombros. "Eu acho que é hora de novas tradições, certo?"

Eu aceno. "Eu posso ligar para Bella e ver se ela pode trazer um, isso
ajudaria?"

"Essa é uma ótima ideia".

Eu a deixo para fazer a coisa do peru. Pobre peru.

Depois de dar a Bella uma ligação rápida, ela concorda em levar o prato e
diz que Seb, ela e seu pai chegarão por volta das 10hs. Nós convidamos
Demetri, mas ele disse que não seria capaz de chegar até por volta das
15hs, o que está perfeito, uma vez que é quando minha mãe vai começar a
servir a comida.
Lauren também está participando. Seus pais faleceram há alguns anos, e
ela tem passado o Dia de Ação de Graças conosco desde então.

Com Alice, Jasper e Katie, isso faz com que o nosso número este ano seja
um onze gritante.

Meu pai será escasso até o jantar, mas isso é compreensível. Eu não ficaria
surpreso se ele e Seb fizessem o seu caminho para a biblioteca para falar
sobre o Café.

Estou ansioso para ver Charlie novamente. Eu liguei para ele algumas
noites atrás para dizer-lhe que eu tinha pedido Bella em casamento e
também para pedir desculpas por não pedir sua permissão antes. Não me
surpreendeu quando sua resposta foi, "Se você tem que pedir a minha
permissão para casar com a minha filha, então você não tem certeza sobre
como fazer isso".

Desnecessário dizer, ele estava a bordo.

Dizer para Demetri foi um pouco estranho. Ele disse que não ficou
surpreso e que esperava isso. Mas quando ele disse que Seb de nenhuma
maneira levaria o meu sobrenome, isso ficou um pouco argumentativo.

Bella disse que colocaria um hífen no seu sobrenome e, dessa maneira, Seb
e ela ainda compartilharão o sobrenome Swan. Demetri disse que Sebastian
deveria ter seu sobrenome, porque é a coisa certa a fazer, seu argumento
sendo de que ele é o pai dele e está em sua vida. Eu acho que é uma coisa
respeitosa por ele. Isso continuou por cerca de meia hora. Eventualmente,
eles se acalmaram. Eles não chegaram a um acordo, e eu tenho a sensação
de que ligarei para Jenks para descobrir o que a lei diz sobre tudo isso.
Demetri nos felicitou e fez uma retirada precipitada. Eu não o vi desde
então, e Bella disse que ele estava de mau humor.

Nós ainda não dissemos a Sebastian, mas eu não estou preocupado com
isso. Eu sei que ele vai amar a ideia.

Bella acha que seria maravilhoso dizer a ele pouco antes do jantar e deixá-
lo dizer a todos, fazendo disso uma maneira de ele fazer parte das grandes
novidades sem ter que segurar o segredo por muito tempo.
~O~

Ao meio-dia, a casa está repleta com todos, menos Demetri. Alice, Katie e
Bella estão fazendo tortas. Minha mãe está enchendo cogumelos, e Jasper
está na sala, tentando iniciar um fogo na lareira.

Como previsto, Sebastian e meu pai estão na biblioteca, dizendo a Charlie


tudo sobre o Café.

"Como você está se sentindo?" Lauren pergunta quando eu lhe entrego uma
bebida.

"Melhor, obrigado." Eu sorrio, e ela concorda.

A tarde é preenchida com risada, amor e muitas histórias. Algumas são


bastante embaraçosas, na verdade.

Minha maravilhosa mãe decide contar a todos sobre o meu medo do ralo da
banheira quando eu era pequeno. Quando Bella perguntou por que, minha
mãe diz a ela que eu tinha medo que o meu pipi fosse embora com a água
girando.

Isso tem todos rindo por algum tempo.

Quando todos nós começamos a tomar os nossos lugares para o jantar, a


campainha toca. Eu atendo e vejo que é Demetri.

"Que bom que você conseguiu vir." Eu digo, e ele apenas aperta minha
mão e, sem dizer uma palavra, entra na casa. Eu acho que ele ainda está de
mau humor.

Eu o apresento a todos, e todos eles são hospitaleiros, o que parece


suavizá-lo um pouco.

Lauren muda um lugar e oferece a Demetri aquele ao lado dela. Eu sorrio


quando ela me dá uma piscadela... Interessante.

"Você sabia que os peregrinos partiram em um navio chamado


Mayflower?" Katie pergunta a Seb.
"Oh, sim, eu sabia, Katie, e o primeiro Dia de Ação de Graças foi celebrada
em 1621 em Plymouth, Massachusetts." Ele diz com orgulho.

Os olhos de Katie arregalam. "Eu não sabia de tudo isso." Ela murmura.

"Está tudo bem, Katie, porque agora você sabe." Ele sorri para ela, e ela
retorna.

"Muito bom, vocês dois." Carlisle diz. "Eu também direi a vocês que a
bebida que os Puritanos trouxeram no Mayflower foi a cerveja".

"E a primeira celebração de Ação de Graças durou três dias, certo?" Bella
pergunta.

Carlisle sorri. "Excelente." Ela sorri.

"Mas você sabia que o estado de Nova York fez oficialmente o Dia de
Ação de Graças um costume anual em 1817?" Jasper pergunta, e todos nós
olhamos para Carlisle.

Seu sorriso começa pequeno, mas se torna grande e todo conhecedor em


breve.

Jasper bate suavemente na mesa. "Um dia desses, Carlisle, eu vou te


ensinar alguma coisa".

Nós rimos ruidosamente e, depois de acalmar, dizemos uma oração.

Bella olha para mim e eu aceno e inclino-me para baixo ao lado de


Sebastian. "Ei, amigo, você pode vir comigo por um minuto?"

"Ok." Ele dá de ombros e nós caminhamos para a cozinha.

Bella se junta a nós e o levanta, colocando-o sobre o balcão.

"Então, Sebastian, Edward e eu queremos falar com você sobre uma coisa
antes de comermos".

Ele olha para ela, concentrando-se muito no que ela está dizendo.

"Edward e eu nos amamos muito." Ela começa.


"Eu sei".

Eu sorrio. "Eu também amo você, Seb." Eu digo, e ele ri um pouco.

"Eu também te amo, Edward".

"Como você se sentiria se Edward e eu nos casássemos?" Bella pergunta a


ele suavemente enquanto carinhosamente acaricia sua bochecha com o
polegar.

"Como, para sempre juntos?" Seb pergunta, olhando entre nós dois.

Eu aceno. "Sim, para sempre".

"Você poderia viver com a gente?" Ele me pergunta.

"Você gostaria disso?"

O silêncio parece que dura para sempre, mas de repente ele começa a rir.
Eu olho para Bella com preocupação, mas ela está rindo junto com ele.

"Estou perdendo alguma coisa?" Eu pergunto.

Após a última rodada de risadas e algumas bufadas, Sebastian olha para


mim.

"É apenas engraçado." Ele diz.

"Como é engraçado?" Eu estou curioso agora.

Ele encolhe os ombros. "Apenas é".

Bella revira seus olhos. "Você está feliz com isso, Seb?"

Ele acena com a cabeça freneticamente. "É o melhor".

Alívio me domina. "Graças a Deus." Eu sussurro.

"Como você gostaria de anunciar isso a todos?" Bella pergunta a Sebastian,


e ele sorri feliz.
"Posso ver o anel?" Ele pergunta, e Bella o pega do seu bolso e entrega a
ele.

Ele o segura em seus pequenos dedos e examina com muito cuidado. Eu


não posso evitar o sorriso que se arrasta sobre a minha cara enquanto o
observo. Seu lábio inferior se projeta para fora e ele aperta seus olhos e
segura a pedra bem no seu nariz.

"É muito bonito, você fez bem, Edward." Ele diz.

"Obrigado, amigo".

Eu o ajudo a sair do balcão, e logo antes de estarmos prontos para entrar na


sala de jantar, ele se vira para mim.

"Eu amo a minha mãe, muito, Edward".

Eu aceno.

"Eu tenho que protegê-la. Portanto, não a machuque, ou eu vou ter que
machucá-lo." Ele diz com uma seriedade que eu nunca vi nele.

"Eu prometo com todo o meu coração, vou amá-la para sempre." Ele
parece feliz com isso.

"Ok".

Eu vejo os ombros de Bella tremerem de tanto rir.

"Ele é um pouco assustador." Eu brinco quando nós tomamos nossos


lugares.

À medida que começamos a comer, Esme pede a todos para ficarem ao


redor da mesa e dizer pelo que eles são gratos.

Ela começa, "Eu sou grata pelo meu maravilhoso marido e meus filhos e
netos. Sem todos vocês, minha vida não seria tão completa".

"Eu também sou grata pelo meu marido e minha linda filha, Katie. Eles
iluminam a minha vida." Alice diz.
Jasper diz quase a mesma coisa e beija Alice na bochecha.

"Eu sou grato pela minha nova mochila da Hello Kitty que Nina Francis
não tem." Katie diz.

"E quanto a você, Seb, pelo que você é grato?" Esme pergunta.

Ele olha para Bella e eu. Ela acena com a cabeça, e ele sorri.

"Eu sou grato que Edward quer casar com a minha mamãe e amá-la para
sempre." Ele praticamente grita isso.

"Casar?" Alice entra na conversa.

Bella ergue sua mão, e minha mãe ofega.

"Você a pediu em casamento?" Esme diz.

"E eu disse que sim." Bella responde.

Demetri está sorrindo educadamente, mas eu posso ver que ele está
desconfortável. Aparentemente, o mesmo acontece com Lauren, e ela se
inclina para ele e sussurra algo em seu ouvido, e ele ri.

Todo mundo vem ao redor da mesa para nos abraçar, beijar e felicitar.

Carlisle bate em seu copo com o garfo, e todos nós silenciamos.

"Se me permitem? Eu tenho algo que gostaria de dizer".

Todos nós sentamos e damos a ele toda a nossa atenção.

"Eu gostaria de dizer, claro, parabéns a ambos. Então eu gostaria de


agradecer a vocês por trazerem tanto amor para esta ocasião já
maravilhosa." Ele respira.

"Toda a minha vida eu me senti fora de equilíbrio. Eu me casei com a


mulher dos meus sonhos e passei os próximos vinte e poucos anos me
apaixonando por ela um pouco mais a cada dia. Foi me concedido o dom
incrível de ver meus dois filhos magníficos crescerem neste mundo com
muito orgulho no meu coração".
Eu posso ver seus olhos brilhando enquanto ele fala. "Eu me senti
envergonhado que eu ainda me sentia fora, porque eu era tão feliz como
era. Quando Alice se casou com Jasper, eu fiquei grato que ela conheceu
um homem que amava com tudo o que ele é. Então Katie nasceu, e as
coisas começaram a vir junto. Ela é uma bola de energia, esperança e amor,
e eu sou muito abençoado." Katie sorri e dá risadinhas.

"Eu andei através da minha vida feliz, finalmente. Mas, um dia, meu filho
me ligou com a notícia de que ele havia encontrado alguém. Eu perguntei
quem era ela. Ele me disse, seu nome é Sebastian e ele é o melhor
menininho que ele já conheceu." Ele olha para Seb, que está ouvindo
atentamente o meu pai.

"Quando eu ouvi sobre Sebastian, senti um puxão no fundo do meu


coração. Eu não sabia o que era exatamente, mas eu sabia que a resposta
viria para mim." Ele caminha em volta da mesa e fica ao lado de Bella.

"Então, houve você." Ele sorri. "Você, minha querida, é a minha heroína".

Vejo uma lágrima solitária cair dos seus belos olhos quando Carlisle fala.

"Você me mostrou o que eu estava perdendo. Eu vi o amor que você dava a


Sebastian. Eu testemunhei o amor que você mostrou para o meu filho, e eu
senti o amor que você empurrou para mim. Eu achava que eu era uma
criança má, eu pensei que o meu diagnóstico era uma maldição. Esme me
amava apesar disso. Meus filhos me amam porque é o que eles conhecem.
Mas você." Ele coloca a mão no ombro dela.

"Você ama porque isso é quem você é. Este ano, eu sou grato por não me
sentir de lado, eu sou grato por todo o não assustador novo que você trouxe
para a minha vida".

Bella se levanta da sua cadeira e segura seus braços estendidos para ele.
Ele nem sequer hesita. Ele envolve seus braços em torno da sua futura nora
e a abraça.

Dificilmente há um olho seco em toda a casa. Charlie está sorrindo com


muito orgulho e amor. Até mesmo Demetri é afetado por tudo isso. Ele
inclina seu copo para mim, e eu brindo o meu para ele.
Mesmo que o agradecimento nunca siga ao redor da mesa, eu sei pelo que
eu sou grato.

Eu sou grato por hoje, por conectar todas as pessoas importantes na minha
vida. Eu posso estar estressado e até mesmo tornar-me mais estressados
nessa vida louca, mas eu nunca ficarei sem o amor. Eu tenho uma
abundância dele bem aqui nesta mesa.
Capítulo 26 – Seguindo em frente

~ Bella ~

As semanas seguintes ao Dia de Ação de Graças são gastas reorganizando


nossa vida. Edward está em séria necessidade de uma pausa, e eu poderia
usar uma também.

Sebastian está tão animado para retirar seu gesso na próxima semana. Ele
divaga durante uma hora sobre todas as coisas que ele quer fazer. Ele joga
uma escalada em rocha, mas, mesmo com um braço perfeito, eu não estou
bem com isso.

Nós consideramos levá-lo para um filme e algum mini-golfe no novo


paraíso coberto dos esportes, que abriu a poucos quarteirões da nossa casa.

Hoje, no entanto, está sendo gasto retirando todas as decorações de Natal


do meu sótão e começando a colocá-las.

Naturalmente, Edward pergunta se pode ajudar, mas parte da operação 'Dê


a Edward um plano de pausa' é aprender a dizer obrigado, mas, não,
obrigado. Esperamos que depois do Ano Novo sejamos capazes de nos
afastar por uma semana. Até lá, nós estamos aderindo a ir com o fluxo, sem
acrescentar mais aos nossos pratos.

"Por que exatamente você tem uma caixa inteira dedicada à pinhas?" Meu
pai pergunta quando coloca a caixa ao lado do sofá.

"Bem, no ano passado Seb foi neste chute ao ar livre. Ele queria que a casa
parecesse inspirada na natureza com o Natal entrelaçado. Então, uma noite
após o jantar, ele e eu fomos para um passeio pela natureza." Eu aponto
para a caixa. "Isso é o resultado".

"Onde você coloca todas elas?" Ele olha para as pinhas como se elas
fossem saltar nele.

"Em tudo. Nos peitoris das janelas, na árvore, em torno da guirlanda. No


ano passado, eu mergulhei algumas em um líquido potpourri* que eu fiz e
coloquei as pinhas em tigelas ao redor da casa, misturadas com enfeites de
rua que encontrei." Eu dou de ombros. "Eu pensarei em alguma coisa este
ano." Eu digo enquanto desembaraço as luzes.

*Potpourri: uma mistura de pétalas secas e especiarias colocadas em uma


tigela, ou pequeno saco, para perfumar roupas, ou um quarto.

"Você é uma verdadeira Martha Stewart." Ele ri.

"Não, eu certamente não sou. Além disso, tudo isso poderia ser um ponto
discutível. Conhecendo Seb, ele terá outra temática no Natal deste ano".

"Espero que não envolva qualquer coisa que sussurra." Ele brinca.

"Depois da situação com a salamandra, eu nunca cederei àqueles olhos de


cachorrinho de novo, quando se tratar de coisas viscosas." Eu estremeço,
pensando nisso.

"Onde está aquela coisa, afinal?" Meu pai pergunta quando olha ao redor.

"No quarto dele".

Ele balança a cabeça. "Eu vejo, e ele está cuidando bem dele?"

"Claro." Eu sorrio, pensando em como ele lê histórias de ninar para ele.

"Mamãe, mamãe, eu tenho uma ideia." Seb vem correndo para a sala.

"Ah, é? Vamos ouvi-la." Descartando as luzes entrelaçadas, eu sento no


sofá e dou a Sebastian toda a minha atenção.

"Natal caseiro." Ele diz com um sorriso enorme.

Eu olho para Charlie e levanto uma sobrancelha conhecedora. Ele ri e dá de


ombros.

"Tudo bem, eu vou morder." Eu digo. "O que você quer dizer com isso?"

"Bem." Ele começa e se estatela ao meu lado. "Em vez de comprar uma
árvore e guirlanda e todas essas coisas, que tal nós fazermos tudo isso?"
Ele está saltando com entusiasmo.
"Você quer uma árvore construída de papel verde?" Eu não posso evitar a
decepção na minha voz. Parte do Natal é toda a coisa de encontrar a árvore,
enfeitá-la e querer acendê-la em chamas quando a guirlanda fica presa ao
redor da base.

"Uhm..." Ele torce os dedos juntos. "Talvez nós possamos, comp...


comprometer?" Ele gagueja um pouco.

"Essa é uma grande palavra, amigo." Eu sorrio.

"Aprendi com o Sr. Emmett." Ele começa a esfregar as mãos ao longo da


parte da frente da sua calça.

"Legal, então, esse compromisso?" Eu me inclino mais perto e gentilmente


afasto um pedaço de cabelo dos seus olhos, fazendo uma nota mental para
marcar um horário para ele cortar o cabelo.

"Talvez, nós podemos comprar uma árvore como sempre fazemos, e...
uhm... talvez nós fazemos todos os onarmentos." Ele diz com uma voz
trêmula.

"Ornamentos, não onarmentos, amigo, e você sabe o que eu acho?" Eu olho


para o meu pai, que está observando a situação se desenrolar.

Eu volto para Seb, e ele balança a cabeça.

"Eu acho que é uma ideia incrível." Eu digo a ele com um sorriso enorme.

Ele imediatamente devolve o sorriso e me abraça. "Obrigado, mamãe".

"De nada." Eu beijo seu cabelo e dou-lhe um aperto suave antes de soltá-lo.

"Bem, então." Meu pai dá um tapa em suas pernas. "Eu acho que
precisamos ir à Staples e comprar um monte de papel de construção".

"Que tal você dois irem, e eu terminarei com essas luzes?" Eu pergunto.

"Parece ótimo, que tal isso, Seb?" Claro, Seb está a bordo e, dentro de
cinco minutos, eles estão fora da porta, e eu estou no chão, amaldiçoando
luzes e guirlanda e enfeites... e amando cada minuto disso.
~O~

"O quanto você está animado, Seb?" Edward pergunta a um vertiginoso


Sebastian enquanto nos dirigimos ao médico para remover seu gesso.

"Muito, superhipermega animado. Tipo, um bazilhão de vezes mais


animado do que quando você me deu uma estrela pelo meu aniversário. E
eu estava muito animado com isso." Ele divaga feliz.

Edward e eu rimos.

"Você precisará de uma proteção de braço por um tempo, mas será um


pedaço de bolo." Eu digo, e ele balança a cabeça e começa a balançar
contra o assento. Ele está se acalmando, sem a minha ajuda. Orgulho puxa
meu coração. Meu precioso menino.

Nós estacionamos no consultório médico e Sebastian praticamente sai


correndo do carro.

"Espere." Edward diz enquanto o pega em seus braços. Eu sorrio, vendo os


dois juntos. Eles combinam perfeitamente.

Eu sabia que Demetri queria estar aqui hoje, mas, a fim de escapar de uma
viagem de negócios na próxima semana, ele teve que fazer um monte de
chamadas de conferência com consultores via Skype no Japão. A diferença
de horário está fazendo com que ele perca isso, mas está tudo bem. Dem
tem apresentado um crescimento significativo, e eu não poderia estar mais
feliz por ele ou Seb.

O consultório da Dra. Solis tem paredes coloridas, música calma e tanques


de peixes ao longo das paredes. Você é abraçado pela serenidade. Não é
uma coisa fácil de fazer em um consultório pediátrico, mas ela faz isso
perfeitamente.

"Ei, Sebastian." A enfermeira diz com um sorriso largo.

"Ei." Ele se arrasta para mais perto de mim e abraça a lateral do meu corpo.

"Você está pronto para tirar isso?" Ela aponta para o seu gesso muito
artístico.
Ele balança a cabeça.

"Ótimo, a Dra. Solis está esperando por você, venha e diga oi." Ela estende
a mão para ele e espera.

Seb olha para a mão dela e depois para mim. Faço um gesto com a minha
cabeça para ir.

Ele a pega e nós quatro caminhamos pelo corredor em direção à sala


designada. Cada sala tem um personagem diferente de Vila Sésamo
pintado em sua porta, e, a cada cinco minutos, um trem apita ao longo da
parte superior da parede. É o consultório médico mais legal do mundo.

Nós deixamos Sebastian situado e respondemos algumas perguntas que a


enfermeira faz.

"Alguma vez você quebrou um osso?" Seb pergunta a Edward.

"Meu nariz, minha perna, estes três dedos..." Ele levanta seu dedo
indicador, dedo médio e dedo anelar da mão direita.

"Uau." Seb diz.

"Sim, mas eu estou bem agora." Ele sorri.

"Doeu para tirar o seu gesso?" Eu posso ver o quanto Seb está nervoso,
então eu subo ao lado dele e envolvo meu braço em torno dele.

"Não, fez cócegas, na verdade. Ele vibra, e isso faz cócegas. Eu ri muito.
Meu médico teve que parar algumas vezes porque eu estava rindo demais."
Edward diz e Seb relaxa rapidamente.

"Toc, toc." Dra. Solis diz com um sorriso brilhante quando entra na sala.

"Ei, doutora." Eu digo e Seb acena.

"Oi, Sebastian, como você está se sentindo?" Ela se senta em um


banquinho e se arrasta para mais perto dele.

"Eu estou bem, eu só quero tirar isto." Ele segura o braço para cima.
"Eu aposto que sim, então, que tal nós fazermos exatamente isso?" Ela
sorri, e ele concorda.

"Como está a dor?" Ela pergunta enquanto começa a sentir os dedos dele.

"Não dói mais." Seb responde.

"Ótimo, realmente, Seb, isso é realmente fantástico." Ela o cumprimenta


com o braço bom.

Alguns minutos depois, uma enfermeira traz uma pequena máquina. Eu


vejo os olhos de Seb arregalarem.

"Isso... isso é uma serra?" Seb diz nervosamente.

"Sim, mas, não se assuste, porque a sua única função é remover gessos. Ela
é muito boa em seu trabalho." Ela observa o rosto de Seb e eu sei que ela
pode ver sua apreensão.

"Você quer segurá-la?" Ela pergunta.

"Eu posso?"

Ela assente. "Claro, tenha cuidado, porém, ele é meu amigo".

Seb a pega em sua mão. "Ele é seu amigo? Mas ele não é real".

Ela dá de ombros. "Eu sei, mas ele nunca me decepciona. Eu dei um nome
a ele".

"Você deu?" Seb ri.

"O nome dele é Eddie".

Seb e eu explodimos em um ataque de risos.

"Maravilhoso." Edward diz e se junta com a sua própria risada.

"O que há de tão engraçado?" Dra. Solis pergunta com um sorriso jovial.

"O nome dele é Edward." Eu aponto.


As bochechas da Dra. Solis ficam um leve tom rosado. "Sério?"

Ele balança a cabeça. "Sim".

"Bem, se ele compartilha o seu nome, Edward, ele não pode ser tão ruim
assim." Seb diz enquanto entrega a serra de volta para a médica.

Eu seguro a mão de Seb enquanto Edward faz o seu melhor para distraí-lo
com truques inteligentes de moedas. Não leva muito tempo, e quando a
Dra. Solis termina, Seb tem um braço mole e um gesso como uma
lembrança. Ela, então, coloca a proteção de braço e a encaixa perfeitamente
nele.

"Aí, isso não foi tão ruim, foi?" Dra. Solis pergunta.

"Não." Seb examina seu braço, brincando com o velcro.

"Agora, há cuidados posteriores, mas, para também estar no lado seguro,


você precisa ir para a fisioterapia. Você precisa colocar a força de volta
nele. Para ter certeza que seja bem feito, você tem que ir para as pessoas
certas." Dra. Solis nos diz.

Ele encolhe os ombros. "Ok, eu acho." Eu sei que Seb a ouve, mas ele está
muito ocupado cutucando através do pequeno buraco na cinta.

Ela ri. "Tudo bem, que tal eu dar a sua mãe todas as informações?"

Ele acena e salta para fora da mesa.

Eu observo Edward levar Seb até os aquários enquanto a Dra. Solis vai
sobre todo o cuidado posterior e nós agendamos consultas com o
fisioterapeuta que trabalha em sua clínica.

Ela entrega a Seb um pirulito, que ele avidamente pega e coloca em sua
boca.

"Hora de filme?" Edward pergunta, e, claro, Seb está saltando em todo o


lugar.

~O~
O cinema não está muito lotado. Nós entramos e Edward passa o seu cartão
no quiosque e pega os nossos bilhetes.

"Então, Detona, Ralph, hein?" Eu pergunto.

"Será ótimo, mãe".

"Ok, vamos pegar um pouco de pipoca, cachorro-quente, a coisa toda."


Edward diz quando entramos na fila.

Depois de pagar um preço ridículo pelas nossas guloseimas, nós seguimos


para o cinema.

Sebastian tem essa coisa de encontrar o assento perfeito. Eu agarro o braço


de Edward para segurá-lo. "Espere." Eu sussurro em seu ouvido.

Nós assistimos Seb dar alguns passos para cima e depois virar. Ele balança
a cabeça e dá mais um par de passos. Mais uma vez, ele balança a cabeça e
começa a subir mais alguns degraus. Ele balança a cabeça e caminha pela
fileira.

"Agora?" Edward pergunta.

"Não." Eu rio.

Seb passa por cerca de quatro assentos até que ele está satisfeito.

"Ok, agora nós podemos ir." Eu digo, e nós fazemos o nosso caminho para
cima.

Nós três conversamos sobre a sua salamandra e sobre a coroa de flores


legal que Seb fez para o Natal. Eles falam e falam sobre o Café, é claro. Eu
me recosto e aprecio minha cerveja e salgado de queijo.

"Você está bem?" Edward sussurra em meu ouvido.

"Mmmhmm." Eu sorrio quando ele beija suavemente minha bochecha.

As luzes se apagam lentamente, e logo nós estamos em trevas. Eu matenho


um olho em Seb quando a tela ganha vida e a sonoridade enche a sala.
Ele está animado, mas eu posso vê-lo fazendo uma careta por causa do
barulho. Eu me inclino para perto de Edward.

"Eu vou para o outro lado de Seb." Eu digo e ele concorda.

Eu rapidamente troco de assento. Nem bem a minha bunda bate na


almofada do assento, Seb agarra meu braço e o abraça quase
dolorosamente a ele.

Nós passamos o filme inteiro nessa posição. Minha outra mão se alterna
entre comer meu salgado de queijo e beber minha cerveja.

No momento em que acabou, meu braço está dolorido, mas o sorriso de


Seb faz valer a pena.

"Você gostou do filme?" Edward pergunta a Seb.

"Eu gostei, foi tão impressionante, você gostou, Edward?"

"Sim, foi muito legal".

Nós jogamos fora o nosso lixo e caminhamos até o carro juntos.

~O~

Quando chegamos ao paraíso dos esportes, eu enrijeço quando vejo


quantas pessoas estão aqui. É uma coisa com o cinema, mas tudo isso vai
super estimular Sebastian.

"Edward, está muito lotado." Eu sussurro em seu ouvido.

Ele sorri brilhantemente para mim, e eu vejo o olhar malicioso nos seus
olhos.

"Você está tramando alguma coisa." Eu digo, e ele apenas dá de ombros.

Nós seguimos a funcionária para a área de locação, onde temos três tacos e
três bolas. Em seguida, ela nos diz para aproveitar e se afasta.

Quando entramos na área de mini-golfe, está completamente vazia.


"Onde estão todos?" Eu pergunto.

"Bem, eu imaginei que a multidão seria demais, então aluguei a sala


interior." Ele encolhe os ombros. "Eu disse a eles que era para um
aniversário".

Eu sei que ele tem de ter pago uma pequena fortuna para isso, mas também
sei que ele não vê isso assim. Ele quer tornar isso fácil para Seb. Sua
recompensa? A felicidade de Seb.

"Edward, você realmente não deveria ter feito isso." Eu suspiro.

"Sim, bem, eu odeio esperar atrás das pessoas, de qualquer maneira. Elas
levam muito tempo." E, simples assim, essa conversa termina e nós nos
dirigimos para o primeiro buraco.

Sebastian joga como um típico menino de sete anos de idade. Ele perde a
cada vez. Ele é desviado pelos obstáculos e, em um ponto, Edward tem de
subir uma grande rã-touro e resgatar Seb.

Tudo somado, é um momento maravilhoso.

Quando terminamos de jogar, eu dou risada quando três pizzas e um


grande bolo de aniversário são entregues a nós. Edward dá de ombros.

"Era parte do pacote".

Depois da pizza, Edward realmente coloca velas no bolo e as acende.

"Você não tem que..." Eu começo a dizer, mas ele me interrompe.

"Ah, mas eu tenho." Ele sorri e empurra o bolo na frente de Seb e eu. Eu
leio o que está escrito lá. E eu sinto as lágrimas picando meus olhos.

"Para aniversários perdidos e ossoscurados"

"Oh, Edward." Eu sussurro.

"Eu sei, eu fiz bem." Ele ri.


Sebastian está em êxtase, e todos nós sopramos as velas juntos. Nós
passamos cerca de mais meia hora ali, comendo nosso bolo e apenas rindo.

A viagem para casa é tranquila e pacífica. Sebastian adormece no colo de


Edward, e eu olho satisfeita para a vista.

Eu sinto os olhos de Edward em mim e olho do meu filho para o homem


que é dono do meu coração.

Ele sorri e murmura, "Eu te amo".

Eu coro, eu não posso evitar. Este homem é a melhor coisa, ao lado de Seb,
que já aconteceu para mim.

"Eu sei, e eu te amo muito." Eu sussurro.

Ele acena e descansa sua cabeça para trás.

Quando Felix estaciona na minha garagem, eu suavemente bato em


Edward, e ele olha para cima.

"Chegamos em casa?"

"Sim, deixe-me pegar Seb." Eu digo, mas ele protesta.

"Não, abra as portas, eu vou levá-lo para dentro".

Edward carrega Seb para a casa. Eu decido me desviar da rotina diária, e


juntos nós colocamos Sebastian na cama.

Quando fechamos a porta, ele se vira e olha para mim. Ele não diz nada;
ele apenas pega minhas mãos e beija minhas palmas das mãos abertas.

"Fica esta noite?" Eu peço. Ele olha para mim, e seu sorriso responde a
minha pergunta.

Enquanto ele corre para dizer a Felix que ele pode ir, eu corro para o meu
quarto e me refresco. Assim que limpo meu rosto, eu vejo Edward no
reflexo do espelho.
"Então." Ele diz enquanto desabotoa lentamente sua camisa. Eu me viro
para encará-lo, mas meus olhos só observam suas mãos.

"Sim." Eu digo sem fôlego.

"Você quer tomar um banho comigo?" Ele pergunta, e a oferta por si só faz
a minha carne se arrepiar.

"Sim".

"Bom." Ele diz e desliza sua camisa, caminhando para o chuveiro e ligando
a água.

Quando a temperatura está do seu agrado, ele caminha para mim e


rapidamente me despe das minhas próprias roupas. Depois de ele tirar o
resto das suas roupas, ele pega minha mão e nós caminhamos para o
chuveiro juntos. Ele me lava como se eu fosse uma flor delicada, e, para
minha surpresa, eu me apaixono ainda mais por ele.

Nós caímos no sono naquela noite, saciados e infinitamente apaixonados.


Eu não sonho quando Edward está comigo, porque ele é o meu sonho que
se tornou realidade. Qualquer outra coisa seria um insulto. Então, eu
durmo, braços e pernas entrelaçados, minhas costas em seu peito. Calma,
feliz, amada
Capítulo 27 – Cena extra – Esme e Carlisle - Um dia em suas vidas

~ Esme ~

Meu alarme interno me acorda às seis horas. Eu rolo e vejo que Carlisle já
está de pé e no banheiro. Pego meu roupão, visto-o e desço as escadas para
começar o cafe da manhã.

Café começa a pingar no mesmo momento em que eu ouço Carlisle ligar o


chuveiro, uma cronometragem perfeita.

Pego ovos e bacon da geladeira e começo a cozinhar.

A meio caminho da minha rotina matinal, eu ouço Carlisle cantarolando.


Um momento depois, ele entra com um enorme sorriso.

"Bom dia, esposa." Ele se inclina e beija minha bochecha.

"Bom dia, marido." Eu rio e observo enquanto ele serve seu café. Dois
açúcares, uma colher de chá de leite, mexe três vezes para a esquerda, três
vezes para a direita, cheira e dá um gole.

"Mmm, você faz o café perfeito." Ele diz com um sorriso agradável.

"Eu tenho feito isso por algum tempo." Coloco o bacon em um prato e os
ovos em um separado, e os levo para a mesa.

Com o meu café na mão, eu me sento em frente a ele enquanto ele serve
meu prato primeiro, seguido pelo seu.

"Obrigada." Eu digo quando ele o entrega a mim.

"De nada".

Leio o jornal enquanto comemos, e ele brinca com o seu telefone.

"Alguma coisa interessante acontecendo no mundo?" Ele pergunta. Eu sei


que ele não lerá o jornal; ele odeia ficar com a tinta preta nos dedos. Ele
optará pelo computador, ou o telefone, para informação.

"Nada que você não possa encontrar online, querido".


Ele balança a cabeça. "Bom saber".

Ele come cada mordida e espera até eu terminar para se levantar. Eu não
me incomodo em tentar limpar porque Carlisle gosta de fazer isso.

"Que tal você tomar seu banho, eu terminarei aqui, e então nós podemos ir
até o Café e ver todas as novidades que foram feitas." Ele diz com
entusiasmo.

"Tudo bem, soa como uma ótima ideia".

"Eu preciso tirar fotos para Sebastian. Ele pediu, e eu não quero
decepcionar o meu parceiro." Ele está falando sério, mas qualquer um
pensaria que ele estava brincando, referindo-se a Sebastian como seu
parceiro.

"Ótimo, eu pegarei a câmera e a colocarei na minha bolsa." Eu sorrio e


subo as escadas.

Exatamente uma hora depois, estamos no carro dirigindo para o


restaurante.

"Sebastian me enviou alguns fatos interessantes esta manhã." Ele diz.

"Oh? Algum que você gostaria de compartilhar?"

Ele sorri brilhantemente. "Você realmente quer saber?"

"É claro, Carlisle, eu não teria perguntado se não quisesse." Eu rio.

"No Japão, amarelo é a cor da coragem. Isso é interessante. Não muito


complexo, nem nada. Acho que os clientes de intelecto mais baixo
apreciarão isso." Ele diz.

"Carlisle, você não pode possivelmente saber quais clientes serão


inteligente e quais não serão." Eu digo e coloco a mão em seu braço. "É
falta de educação até mesmo insinuar isso a eles".

"Eu sei, mas eu quero dizer que não é difícil dizer o intelecto de uma
pessoa só de olhar para elas." Ele está, naturalmente, falando sério.
"Tudo bem, ensine-me algo, Carlisle. Conte-me como você pode dizer?"
Eu cedo, sabendo que sua teoria provavelmente fará sentido.

"Em muitos casos, é a roupa deles. As pessoas acham que se você se vestir
de Gucci, ou Versace, que você é brilhante." Ele balança a cabeça. "Tudo o
que isso significa é que eles têm um bom senso de moda".

Eu rio. "Isso faz sentido." Eu digo.

"Muito é a linguagem corporal. Se eles olham você nos olhos quando lhe
dão a sua resposta, eles estão 95% certos de que o que eles dizem é verdade
ou concreto." Ele olha para mim para ver se eu ainda estou prestando
atenção. É claro que eu estou.

"Falantes repetitivos, eles são aqueles a quem eu gosto de chamar de


idiotas disfarçados".

Eu levanto uma sobrancelha para ele. "Por quê?"

"Eles são aqueles que querem que você acredite que eles são inteligentes.
Quando você faz a eles uma pergunta, eles repetem o que você diz, ou
torcem a pergunta para torná-la mais fácil para eles responderem. Claro
que para o que eles alteram raramente é a pergunta original".

Eu concordo com a cabeça. "Ok, eu acho que as crianças os chamam de


enigmas, querido".

Ele encolhe os ombros. "De qualquer maneira, eu os acho irritantes." Ele


diz.

"Então, o que mais?"

"Como eles respondem a perguntas simples, como o seu nome, idade e data
de aniversário. Se eles preenchem o silêncio com 'uhh' e 'hmms', eles estão
claramente em um nevoeiro".

"E você será capaz de detectar essas pessoas só de olhar para elas?" Eu
pergunto.

"A recepcionista será responsável por isso." Ele responde.


"Carlisle, você sabe que isso é uma forma de discriminação, certo?"

Ele balança a cabeça. "Esme, você quereria sair para comer em algum lugar
que fará você se sentir estúpida?"

"Claro que não." Eu digo.

"Eu não terei uma garçonete andando até uma mesa de jogadores de vídeo-
game de 16 anos que não conseguem formar frases adequadas, e forçá-la a
dizer-lhes fatos sobre o Tratado de Versalhes. Ela dirá a eles que mais de
18 milhões de pessoas nos Estados Unidos possuem um skate. Ou ela
poderia dizer-lhes que a primeira encarnação do Playstation foi feita em
1991, basicamente um conceito. Mas, em 1993, o Playstation, como era
conhecido, foi processado. Ele foi lançado no Japão em 3 de dezembro de
1994. E lançado na América do Norte em 9 de setembro de 1995, e na
Europa em 29 de setembro de 1995. Isso interessará a eles".

Depois que ele termina seu mini-discurso, eu falo. "Então, é mais sobre se
apropriar da diversidade. Banqueiros, advogados e médicos separados de
jogadores de vídeo-game, atletas e líderes de torcida?"

"Mais ou menos." Ele diz.

"É uma questão de interesse. Você está falando sobre dar a cada cliente um
fato sobre algo que lhes interessa. Isso é analisar perfis, querido".

Ele olha para mim e pondera o que eu digo. "Sim, analisar perfis, isso é
genial, Esme." Ele se inclina e beija minha bochecha.

~O~

Quando chegamos no Café, eu vejo um grupo de homens ao lado. Eles


estão conversando e rindo. Conforme nos aproximamos, eu vejo um
homem soprar uma rajada de fumaça de cigarro. Só espero que Carlisle não
veja...

"O que você pensa que está fazendo?" Ele atira. Eu acho que ele viu.

"Desculpe?" O trabalhador inconsciente pergunta.


"Você está fumando?" Carlisle está claramente irritado, e eu sei que não
vai demorar muito para empurrá-lo ao limite.

"Uh... sim." Ele olha para seus amigos e encolhe os ombros.

"Na minha propriedade?" Carlisle caminha até o grupo.

"Nós achamos que estávamos do lado de fora... não está bem?" O


trabalhador da construção civil parece um pouco nervoso e confuso.

"Oh, você achou? Bem, quando eu contratei esta empresa de construção, eu


tive um rigoroso conjunto de regras que tinham de ser seguidas. Uma
dessas regras é 'proibido fumar', dentro ou perto das instalações. Agora, ou
o seu chefe falhou em informá-lo sobre isso, e, neste caso, eu terei uma
palavrinha com ele que provavelmente resultará na rescisão do nosso
contrato, ou você tem zero respeito pelas regras ou o emprego dos seus
amigos. Qual se aplica a você?"

No momento em que Carlisle termina, seu rosto está vermelho beterraba,


suas veias estão praticamente pulando do seu pescoço e ele está respirando
como se tivesse acabado de correr uma maratona.

"Querido?" Eu me aproximo e fico ao lado dele. Eu não toco, eu


simplesmente tenho a certeza que ele pode me ver e me ouvir.

"O quê?" Ele diz através dos dentes cerrados.

"O eletricista está aqui, que tal você ir falar com ele enquanto eu lido com
este problema?"

Ele olha para mim; sua raiva se desintegra e é substituída por calor. "Tudo
bem".

Ele olha os homens de novo, encarando-os em advertência, e corre para o


Café para lidar com o eletricista.

Depois que ele está lá dentro, eu falo para os homens. "Por favor, não
fumem mais. Ele tem um ódio severo de nicotina. Da próxima vez, eu não
vou intervir." Eu digo com firmeza.
"Sim, senhora." Eles dizem em uníssono.

~O~

Carlisle está mal-humorado pelo resto do dia. Eu tento brincar com ele,
jogando fatos em seu caminho e até mesmo oferecendo para fazer-lhe
paninis de frango e parmesão para o almoço, mas nada funciona.

Tão discretamente quanto posso, eu pego meu celular e envio uma


mensagem para Bella.

Carlisleestá tendo um diaruim.Alguma sugestão? Esme

Não leva muito tempo para ela responder.

Que talum jantar mais cedo? Vocês dois podemvirquando quiserem.Seb


amaria vê-losquando descer do ônibus.Bella

Eu olho para Carlisle, que está sentado no sofá com seu laptop.

"Querido?" Eu digo, e ele olha para cima.

"Você gostaria de ir para a casa de Bella para jantar? Talvez se nós sairmos
em alguns minutos, podemos realmente chegar lá antes de Sebastian descer
do ônibus e surpreendê-lo?"

"Surpreendê-lo?" Ele pergunta. "Você acha que ele vai gostar?"

"Eu acho que assim que ele vir você, ele não vai se importar que ele não foi
avisado." Eu sorrio quando seu rosto estressante derrete para feliz
aceitação.

"Eu adoraria." Ele diz e começa a desligar seu laptop.

Eu deixo Bella saber que nós estaremos lá em breve.

~O~

Quando paramos na garagem, nós vemos Bella do lado de fora decorando.


Ela se vira quando fechamos as portas do carro.
"Ei, vocês dois." Ela diz com um sorriso. Ela coloca uma bola de luzes para
baixo e caminha até nós.

"Boa tarde, Bella." Carlisle a cumprimenta com uma expressão tensa.

"Seb deve estar em casa a qualquer momento. Vocês gostariam de um


café?" Ela pergunta.

Eu olho para Carlisle e posso ver que seu olhar está fixado na metade das
luzes penduradas ao longo da casa.

"Eu adoraria algum, Bella, obrigada. Carlisle?"

Ele encolhe os ombros. "Podemos tê-lo aqui fora? Eu não poderia relaxar
sabendo que estas luzes estão mal penduradas aqui".

Bella acena. "Bem, eu amaria alguma ajuda se você puder disponibilizar,


Carlisle." Ela diz, e os olhos dele se iluminam.

"Sério?" Ele parece chocado.

"Por favor, eu odeio pendurar essas luzes, você estaria me ajudando


muito".

"Ótimo, eu adoraria." Ele começa a inspecionar o trabalho de Bella, e eu


me sento na escada.

"Eu vou trazer o café, você pode apenas manter um olho atento para o
ônibus de Seb?" Ela me pergunta.

"Claro, querida".

Assim que Bella entra, eu vejo o ônibus de Seb parar.

Ele pula os degraus e congela quando me vê acenando para ele. "Ei, Seb."
Eu digo com um leve sorriso.

"Oi?" Ele está apreensivo. "Minha mãe está aqui?" Seus olhos viajam para
Carlisle, que está subindo uma escada.
"Ela está apenas nos pegando um café, você gostaria de se sentar?" Eu dou
um tapinha no degrau vazio ao meu lado.

Ele encolhe os ombros. "Ok".

"Como foi o seu dia?" Eu pergunto.

"Tudo bem, eu acho." Ele olha para baixo, e eu não perco o pequeno
suspiro que escapa da sua boca.

"Uh oh, dia ruim, hein?"

"O quê?" Eu ouço Carlisle dizer enquanto desce da escada.

"Parece que Seb teve um dia difícil, querido." Eu gentilmente coloco minha
mão em seu ombro para mostrar conforto e apoio. Eu não quero perturbá-
lo.

"Hmm." Carlisle se ajoelha na frente de Seb e olha em seus olhos. "Quem


chateou você?" Ele pergunta.

"Como você sabe que alguém me perturbou?" Seb pergunta.

Carlisle ri. "Eu conheço o olhar que você está usando".

"É só aquela menina Jane na minha classe. Ela me cutuca quando ninguém
está olhando. Eu digo para a professora, mas ela nunca pára." Ele descansa
suas mãos em suas bochechas.

"Você a cutuca de volta?" Carlisle pergunta.

"Não, eu ficaria em apuros. E você não deveria bater em meninas,


Carlisle." Seb responde.

"Bom ponto, Sebastian." Carlisle coça o queixo. Eu posso ver que ele está
imerso em pensamentos.

"O que você faria?" Seb pergunta a ele.

"Bem, se eu tivesse uma mãe tão boa enquanto crescia, eu provavelmente


diria a ela. Aposto que ela pode consertar isso para você".
Com isso, Bella sai carregando uma bandeja com quatro canecas e alguns
cookies.

"Ei, amigo, eu pensei ter ouvido o seu ônibus. Peguei para você um
chocolate quente e cookies para todos." Ela sorri para ele, e aquece meu
coração ver que Sebastian se acalma imediatamente à sua mãe.

"Obrigado, mamãe." Ele pega sua caneca e dois cookies. Em seguida, ele
se afasta e senta-se debaixo de uma árvore.

"Ele teve um dia ruim, hein?" Bella pergunta.

"Ele deveria dizer a você, Bella, mas ele informou Esme e eu que uma
pequena diabinha chamada Jane o está cutucando." Carlisle diz e Bella ri.

"Diabinha?" Ela continua a rir.

"Olha, eu estive onde Seb está, Bella, eu sei exatamente o quanto ele se
sente irritado por dentro".

"Ótimo." Ela diz. "Então eu vou lidar com a escola, e você pode ir se
relacionar com Seb".

Carlisle olha para ela com os olhos arregalados. "O quê?"

"Eu sou a mãe dele, eu não posso fazer muito. Eu não posso saber como
Seb se sente, mas você pode." Ela sorri. "Por favor?"

"Vá em frente, querido. Eu vou desembaraçar as luzes enquanto você se


senta com ele." Eu gesticulo para ele ir.

Ele coça a cabeça. "E se eu tornar isso pior?" Ele pergunta.

"Sem chance." Bella diz sem hesitação. "Ele ama você".

Carlisle ofega. "Ele ama?"

Bella acena.

"Ok, eu farei isso." Com a caneca de café na mão, ele vai até Seb e senta-se
ao lado dele.
Seb imediatamente oferece a Carlisle um cookie, que ele aceita.

Eu vou até as luzes e começo a desembaraçá-las. Eu não tinha


originalmente a intenção de escutar, mas a forma como a brisa sopra, eu
sou capaz de ouvi-los.

"Quando eu tinha a sua idade, Seb, havia esse garoto, Matthew Herbert. Ele
costumava amarrar meus cadarços juntos. Eu me sentava na aula na
biblioteca, e ele rastejava por baixo da mesa e os amarrava. Quando a aula
acabava, eu me levantava, começava a andar e, em seguida, 'ploft'. Eu caía
de cara no chão".

"Ah, não, isso é terrível, o que você fazia?" Seb pergunta.

"Eu costumava chorar e correr para o banheiro".

"Você não podia dizer para a sua mãe e pai?"

"Meus pais não eram como os seus, Seb, eles eram, por vezes, piores do
que os valentões." Carlisle diz.

Eu sinto as lágrimas picarem meus olhos com a menção dos seus pais
horríveis.

"De qualquer forma, mais tarde eu descobri que Matthew tinha transtorno
obsessivo compulsivo. Ele adorava amarrar as coisas e trancar portas. Eu
frequentemente penso que, se eu soubesse o que sei agora, talvez Matthew
e eu poderíamos ter sido grandes amigos".

"Você acha?" Seb pergunta em tom chocado.

"Porque não era culpa dele que ele tinha peculiaridades. Os adultos ao
redor dele deveriam tê-lo ajudado. Mas acho que ele e eu teríamos muito
em comum".

"Como Jane." Seb quase sussurra.

"Sim, ela tem peculiaridades, você já pensou que talvez seja impulsivo,
como se ela não pudesse evitar isso?" Carlisle pergunta.
Eu acho que Seb balança a cabeça, já que eu não ouço sua resposta. As
próximas palavras de Carlisle confirmam isso.

"Talvez se você pensar nisso assim até que ela possa conseguir ter controle,
você pode tolerar isso um pouco".

"Ok, Carlisle, eu vou tentar." Seb diz.

Pouco depois da sua conversa, eles se levantam e terminam de pendurar


todas as luzes e decorações.

Eu me junto a Bella na cozinha e a ajudo a terminar de fazer o jantar.

Edward chega quando estamos definindo o jantar na mesa.

"Olá, meu querido." Eu digo.

Ele beija minha bochecha e me abraça. "Oi, mãe, muito bom ver você".

"Ei, babe." Bella diz enquanto caminha para a sala de jantar com uma
salada na mão.

Eu a pego pouco antes de Edward pegá-la em um abraço carinhoso e dar-


lhe um beijo respeitoso, muito provavelmente por causa da minha
presença.

"Eu vejo que a casa está toda decorada." Ele diz enquanto me olha de
forma conhecedora.

"Você conhece seu pai. Ele não podia deixá-la." Eu rio.

"Sim, então, onde ele está?"

"Eu estou bem aqui." Carlisle responde quando dá um tapinha nas costas de
Edward.

"Ei, pai".

"Ei, Edward." Seb corre até ele, e Edward o agarra e lhe dá um abraço.

Eles brincam ao redor, e é tão bom ouvir a casa encher-se com o riso.
Quando todo mundo se acalma, nós lavamos as mãos e sentamos ao redor
da mesa.

Bella fez um bolo de carne havaiano, milho com abacaxi e purê de batatas.
Faz-me sorrir quando ela traz uma pequena tigela de macarrão para
Carlisle, lembrando o seu ódio para a textura da batata.

No momento em que terminamos o jantar, todos os vestígios do sofrimento


que envolvia Carlisle sumiram. Ele está rindo com Seb e Edward enquanto
eles falam sobre fatos bobos que podem usar no Café.

"Que tal o fato de que o coração de um camarão está em sua cabeça?"


Edward diz.

"Oh, esse é bom, e para as batatas assadas, que tal o fato de que em cada
episódio de Seinfeld, há um Superman em algum lugar." Carlisle responde.

"Sério?" Eu pergunto.

"Sim." Ele sorri.

"No ano passado, quando eu fiz um anúncio para a Maybelline, eu descobri


que a maioria dos batons contém escamas de peixe." Edward ri quando diz
isso. Eu faço uma careta.

"Isso é perturbador." Bella diz com uma risada.

"Eu assisti Jeopardy ontem à noite e descobri que a cadeira elétrica foi
inventada por um dentista." Bella acrescenta com orgulho.

"Muito bom." Carlisle elogia.

Isso se prolonga por cerca de meia hora. Por fim, com um bocejo, Carlisle
diz a todos que nós temos que ir.

Todos nós concordamos de nos encontrar no domingo e ir para o Café


juntos. Isto, obviamente, faz com que Carlisle e Seb praticamente saltem
das suas peles em emoção.

~O~
Naquela noite, enquanto Carlisle e eu deitamos na cama, eu me viro para
ele e sorrio.

"Estou tão feliz que temos Sebastian e Bella em nossas vidas agora." Ele
sussurra.

"Eles são maravilhosos, não são?"

Ele balança a cabeça. "Eles são milagres." Ele diz baixinho enquanto seus
olhos fecham. "Boa noite, amor." É a última coisa que ele diz antes do sono
dominá-lo.

Eu me inclino para ele e ternamente coloco um beijo em seus lábios


perfeitamente carnudos.

"Boa noite, meu tudo, eu te amo." Eu digo e deslizo em um sono tranquilo.


Capítulo 28 – Mãe, eu posso?

~ Edward ~

Uma semana antes do Natal, eu paro no meu agente de viagens para pegar
os ingressos para a Disney World que eu comprei como meu presente para
Seb e Bella. Falei com Demetri sobre isso antes de comprá-los para me
certificar de que ele ficaria bem com isso, e ele surpreendentemente
pareceu muito bem sobre isso.

Para o Natal deste ano, todos nós passaríamos na casa de Bella.

Todos com quem estávamos no Dia de Ação de Graças estarão conosco


para o Natal, com a adição de uma pessoa que eu estou realmente nervoso
para conhecer... a mãe de Bella.

Bella me disse há alguns dias, quando estávamos sentados no sofá


assistindo Atividade Paranormal 4. Enquanto nós víamos a figura da mãe-
bruxa saltando para a tela e me assustando completamente, Bella disse,
"Oh, isso me lembra, minha mãe está vindo para o Natal".

Essa deveria ter sido a minha dica para perguntar-lhe se sua mãe era uma
espécie de demônio, mas ela seguiu com, "Eu espero que você não se
ofenda facilmente".

Isso serviu. Eu perguntei a ela como é a sua mãe, mas tudo que eu consegui
foi um encolher de ombros e um "eu não sinto vontade de falar sobre isso
agora".

Eu sei que ela é próxima do seu pai, e que sua mãe e ele se divorciaram há
mais de uma década. Renée, sua mãe, vive em Oregon na maior parte do
tempo, quando não está viajando por todo o país perseguindo estrelas de
cinema, ou jogando fora todo o dinheiro que ela recebe em suas mãos.

Eu volto para o meu escritório por volta das 13hs e guardo os bilhetes no
meu cofre.

"Ei, chefe." Lauren diz, fazendo-me saltar.

"Nossa, você me assustou." Eu rio nervosamente.


"Você está bem?"

Eu aceno e dou de ombros. "Sim, não".

"Quer conversar?" Ela caminha até o pequeno sofá.

"Eu não sei." Eu digo quando me sento ao lado dela, sabendo que eu vou
falar.

"Nós conversamos sobre isso, Edward, não é? Você prometeu que levaria
as coisas com calma e..."

Eu a corto com um aceno de mão. "Não, não é nada disso. Eu realmente


comprei os bilhetes de férias hoje".

"Oh, isso é ótimo." Ela diz com um sorriso.

"Sim, mas eu estou nervoso que Bella e Seb não vão querer ir".

Ela ri. "Duvidoso".

"Depois, há o fato de que eu conhecerei a mãe de Bella... no Natal... pela


primeira vez." Eu estremeço ligeiramente com as minhas próprias palavras.

"Ohh, eeeek, esse tipo de mordida." Ela me mostra uma careta que é um
cruzamento entre simpatia e desgosto.

"Isso não é de todo útil, Lauren".

"Sinto muito".

"Pelo que Bella me diz, sua mãe é uma pessoa bastante colorida. E se ela
me odiar?" Eu sei que soa como uma criança, mas a opinião de Renée
importa.

"Edward, ela vai amá-lo. Você cuida e ama a filha e o neto dela. O que há
para não amar? Você se preocupa, e isso é cativante, mas eu sugiro que
você converse com Bella sobre isso. Ela é sua noiva." Ela dá um tapinha na
minha perna e levanta.

"E, Edward?"
"Sim?"

"A opinião que deveria importar mais para você é a de Bella e Seb. Se eles
te amam, então isso deve ser tudo o que importa." Com isso, ela vai
embora, e eu tenho a súbita vontade de dar a Lauren um aumento.

~O~

Naquela noite, quando Seb, Bella e eu estamos sentados ao redor da mesa,


eu decido perguntar sobre Renée. Eu quero prestar muita atenção às
reações faciais. Meu pai me disse uma vez que é fácil de medir a
honestidade de uma pessoa observando seus lampejos. Se o lado das suas
bocas curvar para cima um pouco antes de responder, isso será uma
resposta feliz, honesta. Se eles franzem sua testa, ou fazem uma carranca
levemente, isso não será bonito.

"Então, Bella, você está pronta para pegar sua mãe no aeroporto amanhã?"
Eu olho, eu espero... nada.

"Claro." Ela diz enquanto suspira e empurra suas ervilhas em seu prato.

"Vovó Renée não vem muito aqui." Seb também responde.

"Ela mora longe. Tenho certeza que é difícil para ela viajar com muita
frequência." Eu sorrio para Seb, que só balança a cabeça e parece satisfeito
com a minha resposta.

Bella bufa. Eu olho para ela, e lá, em seu belo rosto, eu vejo a testa
franzida e a carranca.

"A que horas ela chega?" Eu pergunto, tentando não perturbá-la ainda
mais, mas precisando desesperadamente de algumas respostas.

"Uhm... Eu acho que 14hs, talvez." Ela encolhe os ombros, limpa a boca e
cobre seu jantar não consumido com o guardanapo.

"Bem, eu não me importo de ir buscá-la, se você quiser." Eu digo e sua


cabeça atira para cima. "Eu estarei na área, e eu estava pensando que isso
me dará uma boa oportunidade para conhecê-la, você sabe, um a um?"
"Você quer que a primeira vez que você encontre a minha mãe seja em um
aeroporto, sem qualquer reforço?" Ela pergunta. Eu quase caio na
gargalhada, mas o rosto dela é sério.

"Por que eu precisaria de reforço?"

"A mamãe não gosta da vovó Renée." Seb divulga inocentemente.

"Ah?" Eu olho para Bella, que apenas revira os olhos.

"Você gosta da vovó Renée?" Eu pergunto a Seb.

"Ela é legal, eu acho. Eu não a conheço muito. Ela me manda um monte de


coisas em caixas, tipo, o tempo todo. Acho que ela é legal." Ele não mostra
nenhum sinal de raiva ou ressentimento quando fala sobre a sua avó, então
eu suspeito que é tudo em Bella.

"Bom." Eu saboreio minha bebida e termino a conversa. Eu posso ver, pela


maneira como Bella está olhando para mim, que ela sabe que nós
falaremos sobre isso mais tarde.

~O~

Demetri chega cerca de uma hora depois de terminarmos o jantar e sobe as


escadas para ajudar Seb a terminar sua lição de casa e colocá-lo na cama.
Eu aproveito a oportunidade para conversar com Bella sobre a sua mãe.

Eu nos sirvo uma taça de vinho branco e me junto a ela na sala de estar. Ela
tem a TV ligada no jornal, mas eu posso ver que ela está olhando para fora
da janela, não prestando nenhuma atenção.

"Aqui." Eu sussurro, para não assustá-la.

Ela sorri e pega o vinho. "Obrigada".

Sento-me ao lado dela e envolvo meu braço em torno dos seus ombros.
"Bella?"

"Hmm?"

"Por que você não gosta da sua mãe?"


Ela suspira em sua taça de vinho, toma um pequeno gole e depois a coloca
em cima da mesa na sua frente.

"Não é que eu não goste dela, por si só, eu apenas não gosto do que ela
faz".

"Ok, você sabe o quanto está sendo vaga, certo?" Eu pergunto.

Ela acena. "Minha mãe não é a sua mãe típica. Ela nunca assou tortas, ou
fez grandes refeições caseiras enquanto eu crescia. Ela era mais um tipo de
mãe de jantar na frente da TV e McDonald's".

"Tudo bem, então ela era uma cozinheira ruim, o que mais?" Eu começo a
brincar com as pontas do seu cabelo enquanto ela fala.

"Ela sempre foi mais como uma criança do que um adulto. Quando eu
tinha dez anos, ela me sentou na frente da televisão com uma garrafa de
água e uma tigela de pipoca, para que ela pudesse correr para a casa da
frente para uma festa de Tupperware." Ela encolhe os ombros. "Eu sei, era
só atravessar a rua, mas estes são os tipos de lembranças que eu tenho".

Eu ternamente acaricio seus ombros rígidos. "As más lembranças sempre


obscurecem as boas, Bella, basta perguntar ao meu pai".

"Eu sei, mas na maioria das vezes, quando tento pensar em uma boa, outra
ruim empurra o seu caminho." Ela pega seu vinho e engole uma boa
quantidade dele antes de continuar.

"Quando eu tinha 18 anos, eu estava com a minha mãe um verão. Certo


dia, um homem veio até a porta com um Aviso de Execução de Hipoteca".

Eu estremeço ligeiramente. Que coisa horrível de se obter, ainda mais com


a sua filha sendo aquela a receber isso.

"Sim, bem, eu não tinha ideia de que ela estava sequer em qualquer
dificuldade financeira. Ela tentou obter adiantamentos em seus
contracheques, mas foi negado. Então, ela praticamente me manipulou para
ir a um banco e pedir um empréstimo".

"Você foi?" Eu pergunto, e ela se inclina para mais perto de mim.


"Eu fui, ela é minha mãe, ela precisava de mim. Fui aprovada para um
empréstimo de mil e quinhentos dólares. Quando voltei para ela com isso,
eu estava tão animada, porque eu pensei que estava ajudando, mas ela ficou
apenas frustrada. Ela continuava dizendo que não era o suficiente, então,
você sabe o que ela fez?"

Eu balancei minha cabeça.

"Ela o levou em um cassino na esperança de duplicá-lo. Ela alegou que isso


nos salvaria, que era uma coisa certa." Bella revira seus olhos. "Ela perdeu
cada centavo".

"Oh Deus, Bella, eu sinto muito".

Ela encolhe os ombros. "O pior era que ela nunca me pagou os mil e
quinhentos dólares que eu peguei para ela, em primeiro lugar. No verão
seguinte, quando recebi um telefonema do banco, eu tive que dizer ao meu
pai sobre isso".

"O que Charlie fez?"

"Ele pagou para mim, é claro, e então eu acho que ele e Renée discutiram.
Após o verão, eu fiz 19 anos, afastei-me, e eu só ia ver a minha mãe
quando eu realmente tinha que ver".

Eu termino meu vinho e o coloco sobre a mesa ao lado dela. "Renée nunca
vem vê-los?"

"Quando Seb nasceu, ela veio. Ela ficou por algumas semanas, mas ela
realmente não o viu em mais de um ano".

"Não é de admirar que você não esteja animada para vê-la." Eu digo,
exasperado. "Mas, Bella, eu prometo que estarei aqui com você e Seb.
Nada vai acontecer, eu prometo".

"Eu não estou preocupada que ela sabote o Natal, nem nada, Edward, é só
que".

"O quê?" Eu a empurro um pouco para cima para que eu possa olhar em
seus olhos. "O que a tem tão chateada?"
"Ela me envergonha." Ela deixa escapar.

Meus olhos arregalam. "Bella, ela não deveria. Ninguém nunca vai
responsabilizá-la pelas ações dela, ou pensar mal de você por tudo o que
ela diz".

"Deus sabe que eu nunca responsabilizei." A voz de Demetri ecoa pela


sala. Nós olhamos para cima e ele está inclinando no batente da porta. "Eu
não queria interromper, mas Seb está na cama e queria que sua mãe lhe
desse um beijo".

"Oh." Bella salta para cima. "Eu já volto." Ela rapidamente corre as
escadas, deixando Demetri e eu na sala de estar.

"Renée realmente é um trabalho duro, eu espero que você esteja


preparado." Ele diz.

"Eu tenho que estar, não é?" Eu começo a recolher as taças.

"Edward?"

Eu me viro quando ele diz meu nome. "Sim?"

"Eu só queria te dizer, antes do Natal, que... uhm." Demetri nervosamente


começa a esfregar a parte de trás do seu pescoço.

"Dizer-me o quê?"

"Bem, depois do Dia de Ação de Graças, eu meio que chamei Lauren para
sair".

Eu meio sorrio quando ele diz isso. Lauren me disse a mesma coisa na
semana passada. Ela também me disse que acha que ele seja doce e
encantador.

"Legal." Eu digo.

"É isso? Legal?"

"Eu não sou o pai dela, Demetri, ela pode namorar quem ela quiser." Eu rio
e caminho até a cozinha.
"Mas você é chefe dela, isso é estranho?" Demetri pergunta enquanto me
segue.

"É estranho para você?" Eu começo a enxaguar as taças de vinho.

"Não".

Eu dou de ombros. "Então eu desejo a você o melhor".

"Então, está tudo bem?" Demetri pergunta com apreensão.

Eu desligo a água e me viro para encará-lo. "Como amigo dela, eu


certamente direi, não a machuque, ou eu vou caçá-lo e arrancar sua pele
vivo. Como chefe dela, eu direi a você para se certificar de que ela não
tenha um monte de dias doente de repente, e como o homem que estará na
sua vida por toda a eternidade, eu direi a você para fazer as coisas certas
com ela e tratá-la com o respeito que toda mulher merece".

Com isso, eu passo por ele, dando-lhe um tapinha amigável no ombro, e


volto para a sala de estar, deixando um Demetri de olhos arregalados na
cozinha.

~O~

Bella informou a sua mãe que eu a pegaria no terminal, em vez de ela fazer
isso. Eu acho que Renée não fez muita confusão.

Eu sei como Renée é por algumas fotos que Bella me mostrou, então eu
fico de olho para ela. Parado no grande terminal ao lado da esteira de
bagagens, eu vejo alguns vôos aterrissarem e as pessoas começarem a sair.

Vinte minutos depois, eu vejo uma pequena mulher de cabelo castanho


caminhar pelas portas duplas automáticas. Seus olhos estão freneticamente
examinando a multidão de pessoas à espera dos seus entes queridos.

Com uma respiração profunda, eu me empurro da parede e aceno sobre as


cabeças das pessoas na frente. Ela sorri e vem correndo em direção a mim.

"Olá, Edward, certo?" Percebo que ela tem uma voz baixa e um rosto
amigável. Eu não vejo maldade em seu sorriso maternal.
"Sim, e você é Renée." Eu estendo minha mão.

"Oh, agora, Edward, se você vai ser meu genro, eu diria que um abraço está
apropriado, não é?" Antes que eu possa responder, ela está envolvendo
seus braços firmemente em torno de mim.

"Por que não pegamos suas malas e vamos para o carro?" Eu digo depois
de me livrar do seu aperto.

"Ótimo." Ela agarra a minha mão e nós caminhamos para a esteira de


bagagens. Depois de cinco minutos de silêncio um pouco estranho, sua
mala de joaninha vem caindo em nossa direção.

"É a sua?" Eu pergunto, chocado.

"É, eu amo joaninhas. Elas significam sorte, sabe? Eu nunca viajo sem
ela".

Pego a bagagem dela e ando lentamente para a saída.

Felix está esperando por nós quando saímos do terminal. "Oh, você tem um
motorista?" Renée pergunta com olhos fascinados.

"Eu tenho." Felix pega a mala e eu abro a porta do carro para Renée.

"Obrigada". Ela desliza para dentro e eu sigo ao lado dela.

"Então, você não dirige?" Ela pergunta, enquanto seus olhos avaliam o
interior do carro.

"Não, eu dirijo, mas é difícil na cidade, então eu prefiro ser conduzido."


Dou-lhe um sorriso e me recosto e relaxo enquanto Felix se afasta do
aeroporto.

"Deve ser bom ter a opção de tais luxos." Sua voz não é cheia de raiva; é
algo muito pior... inveja.

"Eu trabalho muito duro para tudo o que tenho." Eu respondo com um tom
calmo.

"Claro que sim. Bella mencionou que você está na publicidade?"


"Eu estou".

"Alguma coisa que eu talvez tenha visto?" Ela cruza a perna e se vira, de
modo que ela está me encarando.

"Eu tenho muitos clientes. Tenho uma mão em muitos dos seus comerciais,
Sra. Dwyer. Tenho certeza que você já viu muito do meu trabalho".

"Impressionante, e é óbvio que você vive luxuosamente." Ela diz, enquanto


aponta para o carro no qual estamos atualmente sentados.

Estou começando a ver a raiva que esta mulher provoca na pessoa, mesmo
depois de apenas o pouco tempo que eu estive em sua presença.

"Até este ano eu não tinha obrigações, financeiramente, a ninguém. Eu


também sou muito organizado, e tenho uma grande equipe de pessoas que
trabalham arduamente para garantir que eu tenha uma vida confortável.
Agora que eu vou casar com a sua filha e me tornar um elemento
permanente na vida do seu neto, eu estou contente que tenho guardado os
meus ganhos ao longo dos anos." Eu digo secamente.

"Por que soa como se você não gostasse muito de mim, Edward?" Ela sorri
para mim como se eu a estivesse entretendo.

"Na verdade, eu não tenho uma opinião sobre você. Eu só sei o que Bella
me disse, e isso é entre ela e eu. Contudo, parece-me que é você que pode
ter um problema comigo." Eu me inclino para a frente e olho para ela
incisivamente.

"Eu só não quero ver minha filha se tornar uma esposa troféu e meu neto
alguma criança mimada..."

"O quê?" Eu grito, interrompendo sua palestra ridícula.

"Bem, se você me deixar terminar." Ela diz.

"Não, eu não vou deixá-la terminar. Eu não vejo Bella dessa maneira, e
Sebastian é uma das crianças, se não a mais, carinhosa e altruísta que eu já
conheci. Por que eu mudaria todas as coisas sobre Bella e Seb que me
fizeram amá-los, em primeiro lugar?" Eu posso sentir meu rosto esquentar.
"Eu conheço a minha filha; ela fica encantada por homens bonitos. Olhe
para Demetri, acabou por ser uma verdadeira jóia." Ela comenta
sarcasticamente.

Eu me recosto e encaro essa mulher irritante em silêncio por um momento.


Depois que respiro, eu a deixo ter isso. "Bella tem estado além de nervosa
sobre este Natal juntos. Agora eu posso ver por que, então, deixe-me fazer
uma coisa muito clara. Se você perturbar Bella, ou Sebastian, de qualquer
forma, eu mostrarei a você que tipo de jóia eu posso ser. Ah, e para o
registro, Demetri tem trabalhado duro para entrar nas boas graças de Bella
e Seb. Ele alterou a sua vida por eles. Ele não vai esperar um ano antes de
ver seu filho de novo".

"Ah ha!" Ela aponta para mim. "Você me odeia. Isto é por causa da minha
ausência. Você acha que eu sou uma péssima mãe".

"Eu não me importo com o que você seja. Eu só me importo como você faz
minha família se sentir. Bella e Seb são minha vida agora, e se você se
precipitar e perturbar a sua perfeição, eu não ficarei feliz, e você não quer
me ver infeliz, eu juro".

Nós olhamos um ao outro por uns bons cinco minutos. Nenhum dos dois
diz uma palavra.

Suas expressões plácidas fraturam, e um sorriso pinta o seu rosto, seguido


de gargalhadas.

"Eu gosto de você, Edward. Você será ótimo para a minha filha e neto.
Você é feroz, teimoso e leal em todos os lugares certos".

"O quê? Isto foi uma espécie de teste doentio, ou algo assim?" Eu sei que
meu rosto parece um cruzamento entre raiva e confusão.

"Eu não contribuo muito na vida dela porque sei que não sou um bom
modelo. Olhando para você, eu vejo que estou certa. Ela tem sido ótima
sozinha".

Felix puxa para a garagem. E, pelo canto do meu olho, eu vejo Bella
parada nos degraus da frente com Sebastian ao seu lado.
"Você deveria contribuir, Renée. Ela precisa da sua mãe e Seb precisa da
sua avó. Se você não lhes der nada neste Natal, dê-lhes isso." Eu sorrio e
aceno para ela.

Eu saio do carro e caminho em direção a Bella e Sebastian. Meu amor,


minha vida e meu para sempre.
Capítulo 29 – HO HO HO e uma farsa

~ Bella ~

"Feliz Natal." Sebastian grita enquanto pula na minha cama. "Vamos,


mamãe. Papai, Edward, vovó e vovô já estão lá embaixo".

Eu rio. "Ok, querido." Eu puxo as cobertas e deslizo para fora da cama.


"Deixe-me usar o banheiro, e eu já descerei".

A risada de Sebastian enquanto ele corre rapidamente para fora do meu


quarto me faz rir.

Poucos minutos depois, eu faço o meu caminho para baixo. O aroma com o
qual sou recebida me enche de calor. Café, hortelã e pinha. Eu amo o
cheiro de Natal.

"Bom dia e Feliz Natal." Meu pai diz quando beija minha bochecha.

"Feliz Natal, pai".

No momento em que todo mundo terminou de dizer bom dia e tudo mais,
Seb está praticamente pulando para fora da sua pele.

"Posso abrir os presentes agora?" Ele choraminga.

Nós todos rimos. "Ok, vá em frente, Seb, você pode abrir um presente
enquanto eu os separo." Eu digo.

Eu entrego alguns para o meu pai e Demetri. Minha mãe já reuniu os dela,
não é grande surpresa. Edward senta no chão ao lado de Seb enquanto eles
olham para o incrível telescópio que ele deu para ele.

"Uau, Seb, isso é incrível." Eu digo. "Você disse obrigado?"

"Sim, e ele é tão legal, mãe, porque, olhe." Ele aponta para um dispositivo,
e eu não tenho ideia do que seja. "E isso." Outra coisa.

"Então, muito legal, Seb." Eu sorrio quando Edward me dá o olhar de


"você não tem ideia do que ele está mostrando a você".
Depois que todos têm uma boa pilha de presentes, eu me sento atrás de
Edward e observo enquanto Seb abre presente após presente.

Demetri ri quando Seb usa cada peça de roupa que todos lhe deram. E
imita Joey, de Friends, dizendo, "Você poderia estar vestindo mais
roupas?"

Claro, Seb não tem ideia do que seu pai está falando, mas o resto de nós
consegue uma boa risada disso.

Minha mãe abre os presentes e agradece a todos pelos seus mimos. Ela está
realmente agradável nesta viagem e útil. Ela não me disse como ser uma
mãe melhor, ou pediu dinheiro. E sempre que eu pergunto a Edward como
foi a viagem de carro do aeroporto até aqui, ele só me diz que foi adorável.

Eu não quero pressioná-lo porque sei como minha mãe pode ser, mas se há
alguém que eu posso pensar que pode lidar com ela, é Edward.

Meu pai me deu uma nova câmera, uma vez que ele sabia que a minha
antiga estava pifando. Dem me deu algumas blusas e uma nova bolsa.
Minha mãe, claro, deu-me um vale-presente para um spa que eu
provavelmente terei expirado porque não é como se eu tivesse tempo para
isso.

Edward desliza para cada um de nós uma pequena caixa retangular.

"Nós dois recebemos o mesmo presente, hein?" Eu pergunto com um


sorriso.

"O telescópio de Seb foi uma diversão." Ele ri.

Abro a caixa com cuidado e retiro cuidadosamente o papel de seda prata.


Eu vejo um envelope.

"Oh, rapaz, mãe, eu tenho um envelope." Seb grita alegremente.

"Querido, eu acho que nós devemos abrir esse envelope".

Ele acena, e, ao mesmo tempo, nós levantamos a aba e removemos o


misterioso presente.
Só me leva um minuto para perceber para o que eu estou olhando. Seb leva
um pouco mais.

"Oh, meu caramba, mamãe!" Seb está pulando para cima e para baixo
sobre tudo e todos.

"Uma viagem para a Disney World?" Eu olho para Edward com os olhos
arregalados e encontro seus olhos preocupados.

"É uma ideia ruim?" Ele pergunta.

"Ideia ruim?" Eu olho para Seb e de volta para Edward. "Parece que é um
grande sucesso".

Eu coloco o presente em cima da mesa, inclino-me para Edward e o beijo


com um beijo carinhoso e agradecido. "Eu te amo." Eu sussurro contra a
sua boca.

"Eu te amo mais." Ele diz.

Seb fez para Edward um scrapbook das suas coisas favoritas no mundo
todo. Edward está tão feliz que ele realmente se perde o lendo, até que eu
tenho que dizer-lhe para ir se preparar porque seus pais estarão aqui em
breve.

Quando ele volta para baixo 15 minutos mais tarde, eu sorrio quando o
vejo ostentando o novo relógio e uma camisa que lhe dei.

"Está bonito aí." Eu digo quando roubo um beijo seu.

"Bem, é uma coisa boa que você sabe como fazer compras, então, não é?"
Ele ri e me beija um pouco mais forte.

Um pigarro me faz empurrar Edward e virar. Minha mãe tem as mãos nos
quadris e uma expressão confusa.

"Oh, ei, mãe".

"Eu não queria interromper, mas um carro acabou de parar, e eu acho que
são os pais de Edward." Ela diz.
"Ótimo, obrigada, Renée." Edward rapidamente se dirige para fora.

"Agora, mãe, lembre-se que Carlisle tem Asperger, assim como Seb. Por
favor, mantenha isso em mente, ok?" Eu imploro.

"Você se preocupa demais, Bella, eu não sou uma idiota." Ela zomba e
revira os olhos.

"Eu realmente não estou muito preocupada com você. Eu a estou


lembrando para que, quando ele a insultar, e ele vai, você não perca as
estribeiras".

"Obrigada, querida, mas eu posso lidar com os homens." Ela afirma, e


antes que eu possa responder, ela entra na cozinha.

Alguns minutos depois, Esme e Carlisle entram com os braços cheios de


presentes. Eu corro em seu auxílio e Esme fica muito grata.

"Tem certeza que vocês trouxeram o suficiente?" Eu brinco.

"Isso tudo é ideia dele." Ela aponta para Carlisle, que está bastante
orgulhosa por isso.

"Eu vou levá-los para a sala de estar." Eu digo, e todos eles me seguem.

Seb está sentado no chão com Demetri jogando Connect Four.

"Eu amo esse jogo." Carlisle observa.

"Eu também." Seb ri.

"Eu gosto dele porque não me obriga a pensar muito. É um jogo simples.
Acho que é por isso que ele foi inventado." Carlisle diz.

"Para pessoas de pensamento simples?" Dem pergunta.

"Exatamente." Carlisle afirma.

Há seis meses, Demetri teria argumentado com Carlisle, acusando-o de


chamá-lo de simplório. Mas não o Demetri que está sentado diante de mim
agora.
Ele balança a cabeça e diz, "Você provavelmente está certo".

Seb vence Demetri, e eles riem quando ele ergue o punho e faz a contagem
regressiva antes de bater a alavanca, fazendo com que os discos vermelhos
e pretos batam no chão.

"O que é todo o tumulto?" Minha mãe entra com Esme e Edward, um
sorriso em seu rosto.

"Estamos jogando Connect Four, vovó." Seb começa a reunir todas as


peças.

"Oh, legal. Não perca nenhuma peça, eu não quero tropeçar em nenhuma
mais tarde." Ela responde, e eu endureço um pouco.

"Mãe." Eu sussurro. "Seb sabe como limpar. Uma de suas tarefas é pegar
todos os seus brinquedos em todos os cômodos da casa".

"Não há nada errado com um pequeno lembrete aqui e ali, não é?" Ela
pergunta e olha para Esme, que simplesmente dá de ombros.

Eu não quero começar nada, então fecho a minha boca e ajudo Seb a
limpar.

Lauren, Alice e sua família chegam todos na hora e a casa é repleta de


risadas, histórias e ruídos de papel amassado. O jantar está assando na
cozinha, enviando os aromas mais deliciosos pela casa. É a alegria de
Natal.

"Então, Dem, esta é a sua namorada?" Minha mãe pergunta e aponta para
Lauren.

"Bem, nós estamos saindo. Eu gostaria de considerá-la minha namorada,


mas eu não me atreveria a presumir..."

Lauren interrompe com uma risadinha. Ela coloca a mão no joelho de


Demetri e levemente aperta. "Sim, nós estamos namorando, e, sim, eu sou
a namorada dele".
"Que adorável." O desprezo na voz da minha mãe não passa despercebido.
O olhar de Dem cai para o seu colo, e eu vejo Lauren se mexer
desconfortavelmente.

"De uma forma indireta, Edward é aquele que fez o encontro deles ser
possível." Eu digo com um sorriso malicioso.

"Sério? E como é isso?" Renée olha para Edward.

"Lauren é a minha assistente. Eles se conheceram no Dia de Ação de


Graças, e bem, o resto é história, eu acho. Por que isso importa?" Ele
claramente olha para a minha mãe. Ele está sorrindo, mas seus olhos estão
estreitados.

Renée dá de ombros. "Só por curiosidade, isso é tudo".

Fecho meus olhos e sento-me na poltrona. Eu sei o que está para acontecer
e receio que eu possa ter que pegar Seb e levá-lo para fora da sala. Renée
adora dizer coisas horríveis sobre Demetri, e eu simplesmente não terei Seb
presenciando esse tipo de ódio.

"Bem, agora que suas perguntas foram respondidas, então a vida amorosa
de Demetri e Lauren não é mais uma conversa que precisamos ter no Natal.
Não é verdade, Renée?" Edward vocaliza com finalidade. Eu olho para ele,
e ele está olhando para Renée da mesma forma que olhou para Tanya na
noite do baile.

"Uhm... Claro, claro, eu estava apenas curiosa." Ela ri nervosamente.

"Ótimo." Edward bate as mãos, fazendo com que todos saltem um pouco.
"Qual é o próximo?" Ele olha para mim e pisca.

"Oh, bem, talvez possamos jogar todo esse papel de embrulho fora, levar
todas as coisas grandes para o andar de cima e começar a arrumar a mesa?"
Eu pergunto a ele, como se ele fosse me dizer quais são os meus planos. Eu
estou chocada, para ser honesta. Ninguém jamais falou com a minha mãe
de uma forma que não parecesse desrespeitosa, mas fosse severa.
"Se é isso que você quer, então é isso que vamos fazer." Ele começa a
pegar papéis e todos ajudam. Nós conseguimos limpar toda a sala em
menos de 15 minutos.

Depois, Edward, Dem, Charlie, Jasper e Carlisle se dirigem para fora para
colocar em uso o novo equipamento de espionagem que ele ganhou de
Alice e Jasper.

As mulheres optam por ficar do lado de dentro, onde está quente, e deixar a
refeição pronta.

"O colar está lindo em você." Esme diz enquanto passa os dedos no
pingente de safira e diamantes que ela me deu.

"Muito obrigada, é tão incrível." Eu coro.

"Era da minha avó." Ela sorri largamente quando meus olhos se


arregalaram de surpresa.

"Era?"

Ela acena. "Sim, ela tinha um colar e um anel. Dei para Alice o anel na
noite passada, e agora você fica com isso." Ela aponta para o colar.

"Eu... Oh meu Deus, Esme, eu não tinha ideia." Eu murmuro.

"É tradição. Minha mãe me deu os dois porque ela não tinha outros filhos,
mas eles estão indo para as suas filhas. Eu tenho Edward e Alice. E agora
eu tenho você, e eu não poderia amá-la mais do que se você fosse minha
própria carne e sangue, Bella." Esme diz, e seus olhos brilham.

Eu tento desesperadamente formar palavras, mas não sai nada. Ela apenas
balança a cabeça e me puxa para um abraço.

"Vocês são família, Bella, e eu te amo." Ela sussurra em meu ouvido, e eu


a aperto com força.

"Eu também te amo." Eu choro baixinho em seu ombro. Isto é o que uma
mãe deve ser, e por causa de Edward, eu a tenho. Ele me dá mais do que
ele jamais saberá.
"O que está acontecendo aqui?" A voz turbulenta da Renée quebra o
momento perfeito. Eu olho para ela e enxugo meus olhos.

"Por que você está chorando, querida?" Ela olha para Esme.

"Não, são lágrimas de felicidade." Eu digo.

"Pfft, lágrimas de felicidade?" Ela balança a cabeça. "Não há tal coisa. Isso
não faz sentido. Felicidade faz você rir, tristeza faz você chorar".

"Ha!" Alice diz.

"Desculpe?" Renée parece surpresa.

"Bem, se você tivesse dito isso na frente do meu pai, ele a teria em uma
conversa que faria sua cabeça girar." Alice ri.

"Você não pode contestar fatos." Minha mãe argumenta.

"Mas isso não é um fato. Ninguém nunca disse que você não podia chorar
quando ri. É mais como você chorar de tanto rir e chorar de tristeza." Alice
retruca.

"Ridículo." Renée zomba e começa a puxar o peru do forno.

"É verdade, pergunte a Carlisle." Alice arqueia a sobrancelha como se


dissesse, "Traga isso".

"E o que faz a opinião dele a final em tudo?" Renée pergunta.

"Ele terá respaldo em suas respostas, vamos lá." Alice empurra a porta da
cozinha aberta.

Renée revira seus olhos e sai. "Tudo bem, vamos perguntar a ele".

Esme e eu rapidamente seguimos atrás. Eu não sou parcial em ver minha


mãe sendo derrubada algumas estacas, mas, ao mesmo tempo, eu odeio
como ela sempre menospreza os outros. Ela poderia usar uma boa dose de
conhecimento.
Os rapazes estão todos preparados e em busca de algo no quintal quando
todas nós saímos.

"Ei, pai!" Alice grita.

"Sim?" Ele olha para cima atrás de um arbusto.

"Eu preciso de você para explicar algo para Renée".

"Não é uma explicação, é um debate. Eu não concordo com a sua filha."


Renée responde, meio entediada.

"Oh, tudo bem." Ele dá de ombros e se aproxima. Ele tira seus óculos e os
entrega para Esme. "O que posso fazer por você?"

Edward e Charlie se aproximam quando vêem o nosso semi-círculo.


Edward para atrás de mim e envolve seus braços ao redor da minha cintura.

"Renée aqui diz que você não pode chorar quando você ri." Alice começa.

"Não, Alice, eu disse que você não chora quando você ri. Se você vai
debater, você precisa ter certeza de apresentar seu argumento com a
verdade." Renée afirma.

"Bem, algumas pessoas que sofrem de Disautonomia Familial, ou


Síndrome de Riley-Day, fisicamente não podem chorar, mas eu sinto que
este não é o argumento." Carlisle diz, e o rosto da minha mãe empalidece.
Ela não está falando com um idiota, e agora ela sabe disso.

"Não, ela está dizendo que você não pode chorar quando você ri porque as
lágrimas são um sinal de tristeza." Alice responde.

"Bem, as lágrimas são causadas por grandes emoções, Renée, então, na


verdade, você pode chorar quando você ri. Muitas pessoas fazem isso." Ele
enfia as mãos nos bolsos e olha para Renée para a sua resposta.

"Eu choro quando estou triste ou com raiva, mas nunca quando estou feliz.
É porque isso não faz sentido." Esse é o seu argumento. Oh, meu caro
senhor.
"Esta não é uma discussão sobre as coisas que fazem sentido, esperadas,
não é? Eu entendi mal?" Carlisle olha para Alice.

"Não, é o fato do assunto. Você pode chorar quando você ri?" Ela
pergunta.

Carlisle acena e começa. "O choro é uma característica exclusivamente


humana. As situações que nos fazem chorar são muitas vezes aquelas que
nos lembramos mais. Isso mostra que somos sensíveis a coisas que
encontramos em nossas vidas e, dessa forma, é importante para a
sobrevivência. Derramar lágrimas é algo que todos nós precisamos para
permanecer saudáveis. Se a risada é a razão, então que assim seja. Se a
tristeza for, novamente, deixe estar. Nossos cérebros finalmente decidem
como vamos liberá-las. Não você ou eu".

"Uhm, ok... mas isso não responde à minha pergunta." Renée declara com
firmeza.

"Hmm." Carlisle coça seu queixo. "Responde, na verdade, mas eu vejo que
a resposta está perdida para você. Ok, vamos tentar uma abordagem
diferente".

Renée é completamente pega de surpresa pela falta de filtro de Carlisle. Eu


tento engolir a risada quando ele senta e tenta explicar a ela de forma
diferente.

"Há um livro escrito por um homem chamado Tom Lutz, que se chama
'Chorar: A História Natural e Cultural das Lágrimas'. Ele observa que
Darwin publicou fotos de pessoas rindo e chorando para demonstrar que a
mesma expressão acompanha ambos os comportamentos. Lutz explicou
que algumas lágrimas são espremidas dos dutos simplesmente porque o
rosto está amassado. Mas as lágrimas também acompanham o retorno do
corpo à homeostase após extrema excitação. Assim, após uma grande
projeção de risadas, as lágrimas são um sinal de que o corpo está voltando
ao normal." Ele sorri e se recosta, claramente satisfeito consigo mesmo.

"Quem é Tom Lutz?" Renée pergunta.

"Um autor." Carlisle responde.


"Mas isso não faz dele experiente. Quais são as suas credenciais?" Ela está
indignada agora.

"Bem, ele usou um monte de teorias de Darwin para compilar os fatos das
suas descobertas." Ele ri. "Estou certo de que você está bem ciente de
Darwin, certo?"

Renée revira os olhos e olha para Charlie, que se juntou à conversa alguns
minutos atrás. "Você pode acreditar nisso?" Ela pergunta a ele.

"Eu não vou me envolver, Renée. Eu joguei Trivial Pursuit com este
homem no Dia de Ação de Graças. Eu não duvido de nada que saia da boca
dele".

Renée me olha. "Bella?"

"Sim?"

"Diga alguma coisa, quero dizer, você já chorou quando você riu?"

Eu dou de ombros. "Tenho certeza que sim".

"Muito obrigada, nem mesmo a minha própria filha pode me defender." Ela
rebate.

"Defender você? Eu pensei que isto era descobrir uma resposta; quando é
que se tornou uma luta de boxe?" Eu pergunto.

"Esqueça isso, Bella, eu entendo. Eles são inteligentes e têm dinheiro e são
maravilhosos. O que eu sei? Eu sou apenas a mulher estúpida que deu à luz
a você, amou você e estava lá para você até que..."

É como se os céus tivessem se aberto e Deus me desse o aval para


desencadear. Eu não posso acreditar no que ela estava dizendo.

"Como você se atreve?" Eu grito.

Vejo Dem recolher Seb e fazer cócegas nele antes de graciosamente puxá-
lo para dentro.

"O quê?" Renée pergunta com raiva.


"Tudo, como você se atreve." Eu posso sentir as mãos de Edward nos meus
ombros. Ele está me dando apoio... Ele está lá.

"Como eu me atrevo? Eu não sou aquela a jogando para os lobos." Ela late.

"Agora você sabe como é, eu acho. Bem-vinda à toda a minha vida, mãe.
Você vai encontrar toda e qualquer oportunidade que você pode para
destruir alguma coisa. Vocês estavam falando sobre chorar, pelo amor de
Deus, e, ainda assim, de alguma forma, você fez isso sobre você e todas as
razões que você falhou." Eu posso sentir minhas mãos fechando em
punhos.

"Bella, eu sou sua mãe, não fale assim comigo na frente dessas pessoas."
Ela rosna.

"Essas pessoas são a minha família. Eles são tudo para mim. Quando eu
estava sozinha e não tinha ninguém, meu pai veio e me ajudou. Emmett, o
professor de Seb, costumava tomar conta dele quando eu precisava de
ajuda. Onde você estava?" Eu tento avançar em direção a ela, mas Edward
me segura.

"Eu? Talvez você devesse perguntar onde Demetri estava. Não me


responsabilize por cuidar de Sebastian, ele tem um pai." Ela grita.

"Sim, ele tem, um ótimo. Um que viu os seus erros para a catástrofe que
eles são e passa cada segundo de cada minuto de cada hora de cada dia
provando a Sebastian que ele pode e vai estar lá para ele. Não se atreva a
tentar derrubá-lo." Eu atiro.

"Eu vejo." Ela diz, seus olhos varrendo todos. "Você tem o seu dinheiro,
você tem tudo isso, não é? Você não precisa mais de mim".

"Isso é o suficiente." Carlisle interrompe. "Esta não é uma festa da piedade,


Renée, é Natal. Eu passei minha vida vivendo com pais que desejavam que
eu nunca tivesse nascido e nunca me defenderam por medo. Eu não posso
ficar aqui e ouvi-la menosprezar minha família, e Bella é a minha família.
Então, eu pedirei a você, se você não pode parar agora e aproveitar o resto
das festas, então, por favor, vá embora".
Os olhos dela arregalam, ela ofega e, sem outra palavra, irrompe para
dentro.

Edward me gira suavemente ao redor e imediatamente cobre meu rosto em


suas mãos.

"Embora eu não ache que o Natal era o melhor momento para fazer isso, eu
estou tão incrivelmente orgulhosos de você, Bella." Ele pressiona seus
lábios nos meus, e eu me deleito com o seu toque e amor. Minha raiva se
dissipa rapidamente e um calor corre através de mim.

O resto do dia vai tão bem quanto possível com uma espessa nuvem
seguindo sobre todos. Sebastian não tem nenhuma ideia a respeito da
situação entre Renée e eu.

Renée realmente não se envolve em qualquer conversa, e ela literalmente


fica de mau-humor durante o jantar e sobremesa.

Depois do café, ela me puxa para o lado.

"Eu não vou discutir, Bella. Eu só queria escapar sem que ninguém veja.
Espero que você e Seb tenham uma ótima viagem para a Disney. Eu desejo
a você o melhor, e espero conseguir um convite para o seu grande dia.
Você tem uma boa vida, e eu..." Ela funga. "Eu sinto muito que você ache
que eu sou uma pessoa tão horrível. Eu fiz o melhor que pude por você, eu
apenas nunca serei o que você quer".

Eu bufo, isso é tão típico dela. Ela quer que eu me sinta mal por ela. Eu não
cederei, eu não posso. "Então, você está indo embora? Você não vai dizer
adeus a Seb? Você vê o quanto isso é horrível?"

"Ele mal me conhece." Ela sussurra.

"De quem é essa falha?"

Ela acena com a cabeça. "Você está certa. Eu sou..." Lágrimas caem pelas
suas bochechas. "Eu tenho que ir." Ela pega sua bolsa que ela deve ter
trazido para baixo em algum momento e sai pela porta. Sem abraço, nada.

"Feliz Natal." Eu sussurro para mim mesma.


~O~

Todo mundo aceita quando eu lhes digo que Renée não estava se sentindo
bem e teve que ir, mas eu sei que eles sabem que eu estou mentindo.

Quando a casa está quieta e Seb está na cama, eu me sento na sala de estar
e olho para as luzes cintilantes da árvore. Minha mente vaga para Natais
passados . Muitos com Charlie, muitos com Renée. Os com Renée eram
passados juntos e acabavam muito cedo. Charlie faria tudo em seu poder
para torná-lo melhor do que o último, que normalmente era um que eu
tinha passado com Renée.

Agora, aqui estou eu, meu primeiro Natal com Edward e sua família, e eu a
deixei arruinar mais um.

"Feliz Natal." Edward sussurra quando me entrega uma taça de vinho.

"Feliz Natal para você." Eu sorrio e saboreio.

"Você está bem?" Ele pergunta.

"Eu ficarei bem, Edward, mas não agora." Eu aperto a mão dele e descanso
minha cabeça em seu peito.

"Ok, eu perguntarei a você amanhã então".

Eu rio. "Perguntar-me o quê?"

"Se você está bem".

Eu olho para cima e vejo seus olhos verdes brilhantes olhando para mim.
Há tanto amor lá, tanta segurança.

"Eu estou perfeita quando você me abraça." Eu sussurro.

"Então eu nunca vou soltá-la." Ele diz e, em seguida, nenhuma palavra


mais é dita. Ele beija todas as minhas preocupações. Ele acaricia minha
tristeza e a substitui com alegria.

Quando ele me leva para a cama, ele me mostra o quanto me ama, e


qualquer fardo ou dor que eu carregava comigo enquanto eu olhava para
aquela árvore de Natal estão muito longe, quando Edward me beija um boa
noite.
Capítulo 30 – O quanto isto é ótimo

~ Edward ~

Bella, Sebastian e eu passamos o Ano Novo na Disney World. Foi, de


longe, as melhores férias da minha vida.

A viagem de avião foi estressante, já que Seb nunca tinha voado antes, mas
ele foi um soldado. Ele foi capaz de ter o seu Nintendo DS com ele, então
isso o ocupou durante a maior parte do voo.

Ele periodicamente fazia perguntas sobre que tipo de passeios havia lá, e
ele queria saber se poderia tomar café da manhã com o Pateta.

Bella e eu tivemos a certeza de escolher os melhores horários para ir para


os parques onde pensávamos que haveria menos pessoas. É claro que não
existe tal coisa como nada de multidões na Disney World.

Algumas vezes tivemos que lidar com uma crise. Uma vez quando
estávamos presos esperando na fila por muito tempo, e a outra foi quando
nós não comemos o jantar na hora certa. Fora isso, tudo foi incrível.

Carlisle disse que o Café estava quase completo, e ele não podia esperar
para mostrar a Sebastian os retoques finais para o local. Então, toda a
viagem de avião para casa nós tivemos que ouvir Seb perguntar quando ele
poderia ver o Café.

Enquanto entro no escritório esta manhã depois de umas férias perfeitas, eu


sou cumprimentado por uma tagarela Lauren.

"Bem-vindo de volta." Ela diz com um sorriso e uma xícara de café.

"Obrigado, como foi tudo enquanto eu estava fora?" Eu sento na minha


cadeira na minha mesa.

"Bom, eu avisei seus clientes que você estava fora até esta manhã, então,
eu sinto muito em dizer que você tem algumas semanas muito
movimentada à sua frente." Ela parece apologética, mas eu estou bem com
isso.
"Não é um problema, Lauren, eu sabia que esse seria o caso. Pegue o seu
café e o calendário e vamos ver para o que eu estou olhando".

Os próximos 45 minutos são gastos passando por cima de todas as minhas


reuniões para a semana. Lauren não está brincando; eu mal tenho tempo
para usar o banheiro, quanto mais almoçar.

No momento em que chego em casa, meu corpo e mente estão esgotados.


Eu desmorono na minha cama depois de enviar uma mensagem para Bella
para avisá-la que esta semana será louca, mas que eu passarei em sua casa
na quarta-feira.

~O~

Na manhã seguinte, eu não acordo com o meu despertador, mas com o meu
telefone tocando.

"Olá." Eu resmungo.

"Edward, oi, meu nome é Tia Freeman. Isabella Swan me deu o seu
número." A voz tagarela do outro lado me tinha olhando para o relógio. É
mais tarde do que eu pensava?

Não, são 07hs, que diabos?

"Ok." Eu digo.

"Ela me disse para ligar cedo para você, já que você está muito ocupado."
Ela diz com uma risada.

"Ótimo, em algum momento você terá que me dizer o motivo pelo qual
está me ligando, Srta. Freeman." Eu respondo com irritação.

"Oh, perdoe-me. Eu trabalho com Isabella, eu sou uma compradora


pessoal. Ela me pediu para ajudar você e seus padrinhos com os ternos para
o seu casamento. Eu achei que seria bom começar a pegar as medidas, e eu
queria marcar um horário em que eu pudesse encontrá-lo." Ela divaga com
uma velocidade que não é normal para esta hora do dia.
"Bem, eu sugiro que você ligue para a minha assistente, Lauren Mallory.
Ela tem a minha agenda e pode dizer melhor a você a minha
disponibilidade. Quanto aos meus padrinhos de casamento, eu posso ter
uma lista enviada por fax ou e-mail para você com seus números de
contato até o final da semana." Eu respondo enquanto deslizo para fora da
cama.

"Perfeito, qual é o número da sua assistente?" Ela pergunta.

Eu dou a ela, e no segundo que desligo com ela, meu alarme dispara.

"Imagine." Eu resmungo e me preparo para o meu dia.

O resto da minha semana passa em um borrão. Entre as reuniões, os toques


finais do Café e jantar tanto quanto possível com Bella e Sebastian, eu
estou pronto para voltar para a Disney World no fim de semana.

Eu só tenho espaço na minha agenda para Tia no sábado. Então, ao meio-


dia, eu a encontro na casa de Bella.

"Você parece ser um homem muito ocupado, Sr. Cullen, estou feliz que
você, pelo menos, tem os seus finais de semana." Tia sorri para mim
enquanto puxa a fita métrica.

"Isso é importante, eu estou feliz que fui capaz de arrumar um horário para
você." Eu digo com um sorriso.

Sebastian está sentado no sofá, rindo de mim enquanto Tia manipula o meu
corpo para obter as medições que ela precisa.

"Você está rindo agora, amigo, espere só até que seja a sua vez." Eu digo, e
seus olhos arregalam.

"O quê?" Ele pergunta.

"Para o seu smoking. Tia aqui precisará tirar as suas medidas." As


bochechas de Sebastian ficam vermelho brilhante, e eu não sei se ele está
com medo ou o quê.

"Por quê?" Ele resmunga.


Eu inclino minha cabeça para o lado, e isso me atinge. Eu nunca pedi a
Sebastian para estar no casamento. Eu sabia quando eu disse a Bella que eu
realmente o queria na festa, ela ficou muito contente em tê-lo como o
portador do anel, mas eu tinha um trabalho melhor para ele.

"Eu preciso de você, Seb. Não consigo pensar em ninguém que eu queira
mais para ser o meu padrinho. O que você diz? Você será o meu
padrinho?" Eu pergunto, e Tia olha para cima e para Seb. O sorriso dela é
enorme enquanto ela aguarda para ouvir sua resposta.

"Você... você quer que eu seja o padrinho?" Seb pergunta com descrença.

"Absolutamente." Eu respondo sem hesitação.

"Se você acha que eu sou bom o suficiente, eu farei isso." Seb sussurra,
quase inseguro.

Eu passo por Tia e sento ao lado de Seb.

"Você é o melhor, Sebastian. Eu nem sequer tive que pensar sobre quem eu
queria que ficasse ao meu lado quando eu casar com a sua mãe." Eu pego
sua mão e ele levanta a cabeça. Eu olho em seus olhos honestos. "É por sua
causa que eu a conheci. E é por sua causa que eu percebi o quanto a vida
pode ser incrível. Eu te amo, Sebastian, e eu ficaria honrado se você
dissesse sim".

Ele sorri para mim e, sem aviso, salta em meus braços. "Eu te amo muito,
Edward, obrigado. Eu farei o melhor para ser o melhor, eu prometo".

Eu rio. "Então, isso é um sim?"

Ele acena, um sorriso enorme em seu rosto. "Sim, sim, sim." Ele diz
através da sua risada.

Toda a loucura da semana desaparece quando eu ouço a felicidade de


Sebastian. E saber que ele será o padrinho torna tudo perfeito.

~O~
"Feliz Dia dos Namorados, nova-iorquinos. Eu estou do lado de fora de um
novo restaurante que está a poucos passos de abrir suas portas. O Café
Você Sabia bem aqui no coração da cidade não apenas alimenta o seu
estômago, ele também alimenta a sua mente." Eu estou de pé ao lado de
Carlisle e Sebastian sendo entrevistado por uma repórter do Canal 7 News.

Sebastian está agarrado à perna de Carlisle e parece muito nervoso.


Felizmente, Carlisle está surpreendentemente composto. Muito disso tem a
ver com Sebastian, e o quanto ele está nervoso. Carlisle quer assegurar-lhe
que tudo ficará bem.

"Sr. Cullen, você pode nos dizer o que o inspirou a criar uma adição tão
única para a nossa cidade já surpreendente?" A repórter pergunta.

"Bem, eu sempre tive um grande amor por fatos e comida. Sebastian aqui é
exatamente tão interessado em ambos. Eu tinha o dinheiro e o tempo, então
isso simplesmente fazia sentido." Ele responde roboticamente.

A repórter olha para um Sebastian tímido e sorri. "Você contribuiu para a


criação deste Café?" Ela pergunta a Sebastian.

"Sim." Ele diz rapidamente.

"O fato da questão é, não há nada como este Café em toda a Nova York. É
divertido, educativo, delicioso e, acima de tudo, ele é projetado para
qualquer um e todos." Carlisle diz, claramente tentando tirar a atenção de
Sebastian.

"Você diz que ele é projetado para todos? O que você quer dizer com
isso?" A repórter está focada agora em Carlisle, e eu posso ver Sebastian
relaxar imediatamente.

"É para aqueles que estão com fome de comida e conhecimento. Mas é
também para aqueles que são como eu ou Sebastian. Nós dois temos
Asperger, entre outras coisas. Não é fácil para nós sair em público com
todas as multidões. Fica barulhento, e nós ficamos muito facilmente
agitados. Nós projetamos uma sala de jantar silenciosa." Ele responde.

"Uau, isso é genial." A repórter afirma alegremente.


"Eu não vou discutir com você aí, Jane." Carlisle diz com convicção, e eu
não posso deixar de rir. É claro que isso chama a atenção da repórter.

"Ahh, Edward Cullen, eu poderia lhe fazer algumas perguntas?"

Eu prefiro que não, mas eu sei que isso é para Seb e meu pai, então eu
aceito.

"Essa abertura o deixa orgulhoso do seu pai e do seu futuro enteado?" Ela
pergunta.

É a pergunta mais ridícula do mundo.

"Não, isso não me deixa orgulhoso de qualquer um deles. Eu já sou


orgulhoso deles. Isto me deixa sem palavras. Ambos têm superado muito
em suas vidas e continuarão fazendo isso pelos próximos anos. Tomar a
chance nesta aventura mais extraordinária me enche de esperança para
todas as pessoas no espectro." Eu respondo.

"Esperança como?" Ela pergunta.

"Como filho de um pai autista, eu encontrei um monte de pessoas


ignorantes. Muitos deles disseram palavras cruéis e irrepetíveis sobre ele.
Isso é crítico e errado, e todos os dias, eu vejo esses dois desafiarem as
probabilidades e afastar a estupidez que grande parte da sociedade empurra
em seus caminhos. Talvez as pessoas verão agora que eles são exatamente
como todos os outros... Possivelmente mais inteligentes." Eu sorrio e rio
quando os olhos dela arregalam, e ela fica lá sem palavras.

"Uhm... Bem, obrigada, Sr. Cullen, pelo seu tempo." Ela sorri
nervosamente. Televisão ao vivo tem uma forma de colocar os repórteres
em uma série de situações embaraçosas.

Para limitar a multidão, Esme optou para uma inauguração apenas com
convidados. Nós, naturalmente, temos toda a nossa família e amigos
participando, algumas revistas de culinária, televisão e cerca de dez
associados de várias organizações de Autismo.

"Isto é verdadeiramente notável." Diz uma patrona enquanto anda pelo


restaurante. "Olhe para toda a história apresentada tão artisticamente".
Bella aperta minha mão quando ouvimos todos os comentários positivos.

"As flores são extraordinárias." Uma jornalista de uma das revistas diz.

"Minha mãe é a florista." Eu digo com um sorriso.

"Oh? Ela está por perto? Eu amaria fazer-lhe algumas perguntas." Ela
pergunta.

"Claro." Eu aponto para onde ela está parada com Alice e Katie. "Aquela é
ela, Esme Cullen".

"Obrigada". Ela caminha imediatamente até ela, e eu me ilumino quando a


vejo corar devido aos elogios que eu tenho certeza que ela está recebendo.

"Você pode acreditar nisso?" Bella pergunta.

"Sim, eu posso." Eu respondo.

Ela ri. "Você nunca teve sequer uma pitada de dúvida?"

"Bem, talvez no início, mas quando Carlisle coloca a sua mente para algo,
ele sempre cumpre. Então, quando ele acrescentou Seb na mistura, eu sabia
que seria de ouro." Eu sorrio quando olho para o rosto dela. Está tão cheio
de admiração e esperança.

"Você está radiante, Bella".

Ela sorri ainda mais, se isso é possível. "Eu estou..." Ela funga, mas seu
sorriso permanece, então eu sei que é a felicidade que a tem
sobrecarregada. "Eu estou muito orgulhosa deles." Ela sussurra.

Eu envolvo meus braços em torno dela e apenas saboreio o momento pelo


que é. É um ponto de virada alegre para duas pessoas que lutaram, e
continuam lutando. Eles encontraram seu lugar no mundo, e o estão
possuindo.

De repente, as lágrimas pinicam os meus próprios olhos.

O leve tilintar de metal batendo em cristal pega a atenção de Bella e a


minha. Nós nos viramos e eu vejo Carlisle e Sebastian em uma pequena
plataforma. Ela foi trazida para o dia, e eles se parecem com homens
poderosos parados lá. Seb está seguro nos braços de Carlisle, sorrindo
como um tolo.

"Se eu puder ter a sua atenção por um momento." Carlisle começa.

Ele espera um minuto até que a cacofonia de sons desapareça.

"Obrigado, eu sei que todos vocês estão esperando ansiosamente a sua


comida, mas Sebastian e eu queríamos dizer algumas palavras a todos
vocês. A razão pela qual a maioria de vocês está aqui é porque vocês são as
pessoas mais importantes em nossas vidas." Ele aponta para um grupo de
jornalistas. "Sem ofensa, nenhum de vocês é importante em nossas vidas
diárias, mas nós precisamos de vocês do mesmo jeito".

A sala explode em gargalhadas com a franqueza de Carlisle.

"Eu gostaria de destacar cada um de vocês e dizer por que vocês significam
o mundo para nós, mas acho que se eu tomar as próximas duas horas de
todos vocês, vocês poderiam nos machucar." Ele continua.

Mais uma vez a sala se enche de histeria. Carlisle sorri, e eu sei que é a
aceitação que o tem radiante.

"Deixe-me apenas dizer a vocês, obrigado, nós amamos vocês e nunca


poderíamos ser o que somos sem vocês." Ele levanta uma taça de
champanhe com a mão que não está segurando Sebastian. "Ao ontem, que
ele possa ser esquecido, nunca para nos assombrar. Ao futuro, que possa
proteger os sonhos pelos quais nos esforçamos. E ao presente, deixe-o ficar
assim maravilhoso para sempre".

Há assobios e gritos e palmas.

A comida é incrível, e os garçons e funcionários oferecem uma infinidade


de diversão e fatos interessantes. Eu simplesmente sei que a crítica será tão
fenomenal quanto merece ser.

"Ei, Bella." Rose diz quando se inclina para um abraço.

"Rose, ei, faz tanto tempo." Bella diz.


"Eu sei, eu ouvi que você cortou suas responsabilidades de compradora
pessoal para focar neste lugar e seu casamento próximo. Ei, Edward." Ela
sorri docemente e beija minha bochecha.

"Sim, bem, você sabe como é." Bella responde.

"Eu espero que possamos talvez almoçar, ou algo assim, eu senti sua falta."
Rose franze a testa ligeiramente enquanto fala.

"Eu sei, eu sinto muito. Sabe o que eu gostaria?" Bella pergunta.

"O quê?" Rose parece muito animada.

"Eu adoraria se você pudesse talvez me ajudar com um vestido." Assim


que as palavras deixam a boca de Bella, Rose a está abraçando com força.

"Isso é um sim." Bella pergunta enquanto ri.

"Sim, oh sim, eu adoraria." Rose responde. "Quanto tempo nós temos?"

"Nós vamos nos casar em 22 de junho." Bella diz.

"Daqui a quatro meses!" Ela ofega. "Você está grávida?"

"O quê?" Bella zomba. "Não!"

"Por que tão cedo, então?" Rose pergunta.

Eu reviro meus olhos. "Por que as pessoas sempre assumem que há um


bebê a caminho quando alguém se casa logo após o noivado? Nós estamos
apenas em êxtase de nos tornar marido e mulher." Eu replico um pouco
irritado.

Bella estreita os olhos ligeiramente para Rose, mas se controla e responde


para ela muito mais agradável do que eu. "Nós, na verdade, definimos a
data logo após a proposta. Nós faremos a recepção aqui." Bella acena sua
mão ao redor da sala. "Portanto, nós não precisamos nos preocupar em
reservar um lugar".
"Ok, eu sinto muito, eu achei que você estivesse grávida." Ela sorri em tom
de desculpa. "Então, nós precisamos fazer isso neste fim de semana." Rose
sugere firmemente.

"Sim, senhora." Bella ri.

"Eu te ligo amanhã." Rose pega seu telefone e digita coisas que eu só posso
imaginar que são relacionadas ao casamento.

Meus olhos derivam pela sala, e eu vejo Emmett sentado com um


Sebastian rindo.

"Eu já volto." Eu digo e faço o meu caminho através da multidão.

"Ei, pessoal." Eu digo.

Eles olham para cima e sorriem.

"Oi, Edward." Sebastian responde.

"Ei, amigo." Eu levemente bagunço seu cabelo e estendo minha mão para
Emmett. "Oi, Emmett".

"Ei, como vão as coisas? Eu não vi vocês em algum tempo." Ele diz.

"Eu sei, as coisas têm sido uma loucura".

"Nem me fale." Ele brinca.

"Então, você e Rose?" Eu pergunto.

"Nós estamos ótimos, está ficando sério." Ele responde.

"Sério como você vai se casar com ela como Edward vai se casar com a
minha mãe? Porque se isso for o sério, então você deve perguntar a Edward
como ele conseguiu que a minha mãe dissesse sim." Seb interrompe, e
Emmett e eu caímos em um ataque de riso.

"Obrigado, Seb, eu levarei isso em consideração." Emmett responde.

Sebastian dá de ombros e continua comendo suas batatas fritas.


Faço minhas voltas e falo com qualquer um e todos. Enquanto passo pela
porta da frente, eu vejo Carlisle sentado do lado de fora no banco ao lado
do pequeno jardim que minha mãe arrumou para a entrada.

Eu deslizo para fora, e ele se vira de repente. Suponho que é porque ele me
ouve se aproximando.

"Você está bem?" Eu pergunto, sentando ao lado dele.

"Ah, sim, só precisava de um pouco de ar." Ele responde com um sorriso.

"Eu posso entender isso, fica um pouco louco às vezes".

Nós ficamos sentados em silêncio por algum tempo. Nós observamos a


agitação da cidade e as luzes dos prédios ao redor do Café.

"Luzes da cidade." Carlisle diz do nada.

"Desculpe?"

"Quando eu era pequeno, minha avó me levava para a cidade. Uma vez nós
perdemos a noção do tempo, e ficou escuro." Ele diz, e eu ouço
atentamente. Esta é uma história do seu passado, e ele não costuma falar
sobre esse tempo da sua vida.

"Como você sabe, a casa dos meus pais, muito parecida com a minha, é na
área suburbana de Nova York. Sem arranha-céus." Ele ri sem graça.

Eu aceno.

"Enfim, naquela noite minha avó e eu estávamos na cidade, eu me lembro


de olhar para o céu à procura das estrelas, mas eu não conseguia encontrar
nenhuma. Minha avó me perguntou o que eu estava fazendo, e eu disse a
ela. Ela riu e me disse que eu não seria capaz de encontrar estrelas do
espaço aqui." Ele sorri. "Ela disse que aqui, nesta cidade gloriosa, neste
lugar mais poderoso, eles fazem o seu próprio brilho. Ela apontou para os
edifícios e todas as janelas iluminadas e disse-me que, aqui em Nova York,
as estrelas estão por toda parte. A vida que pulsa por aqui são as estrelas da
cidade".
Ele levanta os braços, e eu sigo seu olhar.

Com certeza, exatamente como ele disse, é uma força de vida própria. A
cidade é o seu próprio universo.

"Uau." Eu sussurro.

"Eu sei. Às vezes eu gosto de vir para a cidade depois do pôr do sol e me
lembrar exatamente o quanto todos nós somos poderosos. Sem nós, não
haveria nenhuma cidade, nenhum amor, vida ou futuro. Isso mantém as
coisas em perspectiva para mim." Carlisle sorri, e eu retorno.

"Obrigado." Eu digo.

Ele olha para mim em confusão.

"Obrigado por tudo. Eu não digo a você o suficiente, pai, mas eu te amo
muito." Minha voz falha quando as emoções ameaçam me sufocar.

"Eu amo você, filho. Mais do que eu acho que posso algum dia explicar a
você." Ele me agarra e me abraça mais apertado do que ele já fez. "Eu sou
muito honrado de ser seu pai." Ele sussurra antes de se afastar.

Como a minha vida se tornou tão incrível tão rapidamente? Como é que
um garoto errante pode literalmente mudar tantas vidas?

Sebastian trouxe mais amor na minha vida do que eu jamais pensei ser
possível. Ele deu ao meu pai o empurrão que ele precisava para perceber o
quanto ele é incrível, e conectou todos nós juntos em uma maneira que eu
nunca poderia ter imaginado.

Naquela noite, enquanto eu deito na cama com a minha Bella ao meu lado,
seguramente enfiada contra mim, eu agradeço a quem ou o que está lá fora,
por trazê-los para mim. Meus milagres, minha vida e meu felizes para
sempre
Capítulo 31 – Felizes para sempre

~ Bella ~

Hoje é o dia. Tudo será maravilhoso, e não haverá colapsos, e tudo ficará
bem. Eu repito isso para mim mesma enquanto estou deitada na cama,
olhando para o teto. Eu tenho mais cinco minutos antes de Alice e Rose
golpearem minha porta e começarem a me embelezar e me arrumar.

Enquanto aprecio esta calmaria antes da tempestade matrimonial, eu


encontro minha mente vagando ao longo dos últimos quatro meses. Foi tão
caótico e rápido. Entre o Café, Edward trabalhando, Sebastian indo à
escola e tentando se encaixar no tempo com Carlisle no Café, a vida tem
sido agitada. Mas tem sido muito divertida.

Rose tem sido uma ajuda incrível e fez a maior parte do trabalho para o
casamento, tanto quanto vestidos e outros arranjos. Alice agarrou as rédeas
na decoração para o caso, e Esme, claro, tem trabalhado duro lidando com
todos os arranjos florais.

O único problema que Edward e eu tivemos durante este planejamento foi


a nossa madrinha. Eu queria Alice e Esme no início, mas depois, no último
minuto, eu disse a Edward que eu realmente queria Rose. Ela esteve
trabalhando tão duro, e esta era a minha forma de agradecê-la.

Ele tinha, naturalmente, pedido a Sebastian, o que derreteu meu coração.


Ele então me disse que pediu a Jay, seu advogado e amigo de longa data,
para estar no casamento, juntamente com Felix, que tem sido o motorista e
confidente de Edward há mais de cinco anos. Eu fiquei feliz, mas então eu
pensei em Carlisle. Então nós tivemos que tirar Esme, para que ela pudesse
estar com Carlisle. Eu tinha uma lacuna, e eu literalmente tive um colapso
próprio.

Eu me lembro de chorar na sala de estar uma noite olhando sobre uma


pequena lista de amigos que eu tinha. Toda a minha vida sempre foi
trabalho e Sebastian, de modo que uma vida social nunca entrou na
mistura.
Seb sentou ao meu lado naquela noite e colocou sua pequena mão na
minha.

"Mamãe,o que há de errado?"

Eu fungo. "Nada, Seb, eu acabei de perceber algumas coisas, e eu fiquei


um pouco estressada." Dou-lhe um pequeno sorriso tranquilizador.

"Sim, eu entendo isso às vezes." Seb diz com um aceno de cabeça."Você


sempre me diz para conversar. Então, quer conversar?"

Eu olho para o meu filho naquele momento e vejo um menino que está
mais maduro do que eu estou pronta.

"Obrigada, querido, mas eu não acho que isso vá funcionar. É


complicado".

Ele suspira. "Eu sou realmente bom em quebra-cabeças, mamãe, eu posso


tentar." Ele parece tão determinado.

Eu conto tudo a ele sobre o meu dilema, e sendo o espertinho que ele é, ele
na verdade tem uma resposta para isso.

"Bem, Katie é a menina-flor/pessoa que carrega o anel, então ela não pode
fazer isso. Então, parece que sua única opção tem que ser o Sr.Emmett."
Ele responde simplesmente.

"Emmett?" Eu ofego com a sua escolha.

"Claro, por que não? Só porque ele é um menino, não significa que ele não
pode estar nisso." Seus olhos se arregalam de repente. "A não ser que ele
tenha que usar um vestido. Ele pode não gostar disso".

Eu rio um pouco."Oh, Seb, o Sr. Emmett é seu professor. Mesmo que eu


diga sim para isso, eu duvido que ele quereria fazer isso".

"Como você sabe se você não perguntar?" Seb diz.

E ele estava certo. Eu perguntei a Emmett, e ele ficou mais do que feliz em
me ajudar. Então, Alice, Rose e Emmett ficarão comigo. Tinha sido
realmente a experiência mais interessante, tendo Emmett participando das
provas de vestidos.

Em um ponto, Emmett ainda deu alguma opinião e tomou chá conosco na


boutique.

Jasper é um Juiz de Paz autenticado, o que me chocou. Então ele vai casar
Edward e eu. E, claro, meu pai me levará até o altar.

De uma só vez, nós fomos capazes de incluir todos. Menos a minha mãe.
Eu a convidei, mas ela recusou, dizendo que não estará no país. C'est la
vie, eu suponho.

Sue, a namorada do meu pai, gentilmente concordou em vigiar as crianças


enquanto nos preparamos. Então eu sei que tudo está em ordem, mas eu
ainda estou deitada na cama com borboletas tendo uma dança no meu
estômago.

"Toc, toc, toc, dorminhoca." A voz aguda de Alice ressoa quando ela abre a
porta do quarto.

"Rose e eu trouxemos um pouco de café da manhã".

Rose entra atrás dela carregando uma bandeja. "Bom dia, Bella, você está
pronta para o seu grande dia?" Ela pergunta.

Eu suspiro e me sento, permitindo que elas coloquem a bandeja no meu


colo.

"Eu estou, e eu não estou." Eu respondo com sinceridade.

"Oh, rapaz, você está com medo?" Alice pergunta com ansiedade na voz.

"Não, eu quero me casar com Edward, disso eu não tenho nenhuma dúvida.
Eu só..." Deixo escapar um suspiro e dou uma pequena mordida na torrada.

"Você está com medo que você cairá de cara no chão?" Rose pergunta.

"Obrigada por isso." Eu respondo com uma risada. "Mas, não, eu me


preocupo com toda a mudança. Seb é..."
Alice me corta. "Seb ama Edward. E todos vocês o tem acostumando para
o novo arranjo muito bem. Você não me disse que tudo sobre o que Seb
fala é que ele terá dois papais agora?"

Eu aceno, e ela continua.

"Sim, e que ele está indo incrivelmente bem na escola?"

Mais uma vez, eu aceno.

"Quando foi a última crise dele?" Ela pergunta presunçosamente.

"Eu acho que já faz algum tempo, talvez um mês." Eu respondo.

"Exatamente, veja, ele está indo bem. Você tem que parar de se preocupar.
Agora, coma." Alice aponta para o meu prato. "Rose e eu estaremos de
volta em exatos 15 minutos".

"Tudo bem." Eu murmuro com um pequeno sorriso. "Obrigada, Alice".

"O prazer é meu".

Com isso, elas me deixam para o meu café da manhã.

~O~

Por volta das 11hs, Sebastian entra pisando duro no meu quarto. Ele se
estatela na minha cama, cruza os braços sobre o peito e faz beicinho.

"O que houve, amigo?" Eu pergunto quando sento ao lado dele.

"Eu queria usar minha capa com o meu terno, porque Edward disse que eu
era seu copiloto. Quero dizer, como é que eu posso voar sem minha capa,
mamãe?" Ele parece tão triste e confuso.

"Que capa, querido?"

"A minha preta e vermelha que o vovô me deu de Natal." Ele responde
solenemente.

"Quem disse que você não poderia usá-la?"


Ele bufa. "Alice, ela disse que não vai combinar, ou algo assim".

"Eu vejo. Bem, que tal você trazer a capa e, depois da cerimônia, eu vou
ajudá-lo a colocá-la para a festa?" Quando digo isto, Seb parece que eu lhe
disse que ele pode comer doces para o jantar pelo resto da sua vida.

"Sério?" Ele pergunta exuberantemente.

"Com certeza, você tem a promessa da noiva." Eu sorrio, e ele pula em


meus braços.

"Obrigado, mamãe".

"De nada, querido, e, lembre-se, da próxima vez, pergunte para mim, ok?"

Ele balança a cabeça depois de se afastar.

Ok, uma crise para o dia foi extinta.

~O~

"Perfeito, Bella." Alice acabou de puxar meu cabelo em um coque perfeito,


com tufos de cabelo em cascata nos lados do meu rosto.

"Uau, obrigada, Alice, está incrível." Eu sorrio para o meu reflexo. Ela
realmente fez meu cabelo natural e elegante.

"O prazer é meu, na verdade. Agora, hora da maquiagem." Ela abre uma
maleta e meus olhos arregalam quando vejo todos as bases, pós, gloss e
blush.

"Não tenha medo, Bella, nós vamos fazê-la brilhar, não transformá-la em
uma drag queen". Ela ri.

Ela começa a trabalhar rapidamente, e exatamente quando ela está


passando o brilho nos meus lábios, a porta do meu quarto se abre, e Esme,
Katie e Rosalie entram.

"Oh, Bella, você está deslumbrante." Esme elogia.


"Obrigada." Eu não posso evitar o rubor que se arrasta em minhas
bochechas. Eu sempre odiei ser o centro das atenções.

"Mãe, não a faça ficar toda vermelha, isso bagunça o processo." Alice
brinca.

"Você está muito bonita, Bella." Katie caminha até mim em seu vestido
perfeitamente rosa de menina flor. Seu cabelo está encaracolado e
arrumado para fazê-la parecer como Cinderela.

"Oh, Katie, você vai me envergonhar com esse vestido." Eu escovo minha
mão sobre a sua saia.

Ela ri e vai para Esme, que atualmente está colocando meu vestido de
casamento na cama.

"Este é realmente o vestido perfeito para você, Bella." Rose exclama.

"É melhor que seja. É tarde demais se não for." Eu rio enquanto ando para
onde todas elas estão esperando para eu colocar meu vestido.

Coloco o vestido e fico tão imóvel quanto posso. Rose, Alice e Esme estão
todas fechando e me abotoando. Todos os seus rostos trazem um pequeno
sorriso enquanto seus olhos se concentram na tarefa em mãos.

"Obrigada." Eu sussurro.

Todas olham para mim, e seus sorrisos ampliam.

"Oh, você nunca tem que nos agradecer." Esme diz quando beija minha
bochecha e me abraça.

"Sério, Bella, eu nunca encontrei duas pessoas mais merecedoras de um


felizes para sempre do que você e Edward." Alice diz alegremente. "Vocês
são literalmente feitos um para o outro".

"Eu sinto que ganhei na loteria." Eu engulo as lágrimas que ameaçam


arruinar a minha maquiagem.

"Tenho certeza que meu filho se sente da mesma maneira." O sorriso de


Esme é caloroso e seus olhos brilham.
"Por mais que eu ame toda essa ligação e coisas sentimentais, nós
precisamos levá-la ao parque." Rose diz com seriedade. "Nós temos 30
minutos".

Com um último botão, nós descemos as escadas, onde eu vejo meu pai de
pé ao lado da porta da frente.

Eu nunca o vi em um smoking antes. Mesmo quando ele me levou para


danças de pai e filha, ele usava um terno simples e gravata.

"Uau." Ele sussurra. "Bella, você está..." Ele engole em seco e eu posso ver
a emoção que pinta suas feições. "Você está linda".

Eu não espero, eu corro e o envolvo em um abraço. "Eu te amo, papai." Eu


digo em seu ouvido.

"Eu também te amo, princesa." Ele diz de volta enquanto me aperta um


pouco mais firme.

~O~

Eu nunca me preocupei em perguntar a Edward como ele foi capaz de


alugar um lugar no Central Park para a nossa cerimônia. Quando nós
estacionamos e eu vejo a arrumação, eu quase paro de respirar.

Claramente, Esme tem trabalhado sua magia floral, acrescentando fluxos


de gardênias através das árvores que convergem em um toldo facilmente
notado onde Jasper vai ficar. Cadeiras foram estabelecidas com hera ao
redor da estrutura de cada cadeira. Posso dizer que Carlisle teve algo a
dizer, quando percebo os crisântemos marfim que fazem um círculo
perfeito em torno do altar improvisado.

"Oh meu Deus." Eu digo. "Esme, todos vocês fizeram um trabalho


excelente. Parece um sonho".

"Bom, essa era a ideia." Ela responde com uma risadinha.

Emmett entra na pequena tenda onde eu estou atualmente condenada a


esperar.
"Bella, uau!" Ele grita.

"Obrigada". É tudo o que posso reunir. Toda vez que tento pensar, eu sinto
que vou vomitar em todos os lugares. Parece o medo de palco.

"Edward acabou de chegar aqui com Seb, Jay e Felix. Então me pediram
para vir buscá-la." Ele sorri, e suas covinhas adoráveis deixam-me
estranhamente me sentindo à vontade.

"Ok, vamos fazer isso antes que eu desmaiei." Eu digo.

De onde eu estou de braços dados com o meu pai, posso ver Sebastian
mexendo com seu terno todo branco. Ele parece um homenzinho, e leva
tudo o que eu sou para não correr até ele e apertá-lo.

Assim que a música começa, eu observo Katie caminhar pelo corredor,


espalhando pétalas de rosa sobre o corredor de alabastro.

"Estou feliz por você e Edward se encontrarem." Meu pai sussurra em meu
ouvido quando Katie atinge a metade do caminho.

"Eu também." Eu respiro. "É estranho. Eu nem sabia que eu estava


procurando por alguém até que ele bateu em minha vida".

Ele ri. "É assim que todas as grandes histórias de amor começam." Ele diz,
e nós começamos a fazer a jornada até Edward.

Quando olho para cima, eu vejo Edward virar a cabeça de Jay para mim.
Eu sei, naquele momento, quando nossos olhos trancam, que para ele eu
sou tudo o que há no mundo. Se apenas para este momento, nós somos as
duas únicas pessoas que existem.

Cada passo parece como voar. O aperto do meu pai me ancora no lugar, e
isso é uma coisa boa, porque caso contrário, eu estaria correndo pelo
corredor para me envolver em torno de Edward e nunca soltá-lo.

"Quase lá." Charlie fala baixinho enquanto puxa meu braço. Em algum
momento, eu devo ter acelerado meu ritmo.

Mais três passos... dois... um.


Edward estende as duas mãos para mim, e eu as tomo sem hesitação. Meu
coração bate a palavra "lar".

Meus olhos varrem o homem com quem eu me casarei. Seu smoking é


impecável, e ele é a perfeição. Uma pequena rosa vermelha dá à sua
aparência já arrojada um pouco de ternura.

Eu posso vê-lo olhando meu vestido. A excitação em seus olhos só


alimenta o meu desejo de ligar-me a ele de coração, mente, corpo e alma.

"Hoje, eu quero que você saiba o quanto eu me sinto sortudo por ter
encontrado a pessoa perfeita para mim, aquela que me serve tão
confortavelmente, e que me dá alegria e esperança sem limites e
expectativa para o futuro".

"A cada dia que estamos juntos, você não faz nada além de me fazer feliz.
O dia em que nos conhecemos foi o dia em que me tornei verdadeiramente
vivo novamente, e hoje, dia do nosso casamento, eu declaro o meu amor e
devoção por você diante de todo o mundo. Eu faço uma promessa para
ficar ao seu lado durante os melhores e piores momentos, e para dar-lhe o
melhor do que tenho a partir de agora até o fim dos nossos dias." Edward
diz seus votos para mim, e minhas lágrimas fluem enquanto meu coração
dói de amor por este homem.

"Bella?" Jasper se vira para mim, e eu limpo minha garganta antes de


começar.

"Muitas pessoas passam suas vidas à procura da sua alma gêmea, seu único
e verdadeiro amor. Algumas pessoas têm a sorte de encontrar a pessoa que
podem realmente chamar de a melhor metade de si mesmos, enquanto
outros passam o resto das suas vidas procurando e nunca encontram. Eu
estou feliz em contar-me entre os sortudos, porque eu encontrei você".

"Eu te amo, Edward. Eu sei que você é a pessoa certa para mim, meu único
e verdadeiro amor. Eu estou feliz e sou grata que você entrou na minha
vida, que onde outros passaram a vida inteira procurando pelo outro, eu
encontrei você. E agora que eu encontrei você, eu nunca vou deixá-lo ir. Eu
prometo a você, Edward, que eu vou abraçá-lo e cuidar de você e dar-lhe o
meu coração, que eu vou apoiá-lo e cuidar de você. Fielmente, eu sempre
estarei firme ao seu lado com a sua mão na minha, não importa o que a
vida nos traga. Eu o aceito agora como meu marido, e eu continuarei assim
pelo resto da minha vida." Minha garganta está seca e meu rosto úmido
com lágrimas de alegria no momento em que eu termino.

Quando Jasper pronuncia Edward e eu como marido e mulher, a multidão


aplaude quando nós nos beijamos e nos amarramos um ao outro em nós,
sabendo que nunca vamos nos desfazer.

"Eu te amo, Bella, com tudo o que sou." Ele sussurra carinhosamente no
meu ouvido enquanto sua mão acaricia minha bochecha.

"E eu te amo, Edward, até que o para sempre acabe." Eu sorrio. "Talvez até
mais." Nós nos beijamos uma última vez antes de sermos levados do altar e
para a limusine.

~O~

O Café está decorado com luzes cintilantes e fluxos de cetim de lençóis


marfim. Laços negros estão amarrados às costas de cada cadeira branca e
peças centrais de velas e cristais decoram as mesas lindamente.

É diretamente saído de um conto de fadas. Há amor em cada centímetro da


sala e eu sei que tem tudo a ver com a minha família e amigos.

"Todos, por favor, levantem, e vamos ouvir seus gritos de alegria para o Sr.
e Sra. Edward Cullen." O mestre de cerimônias grita animadamente, e os
aplausos de todos me fazem rir de total alegria.

Enquanto Edward e eu fazemos o nosso caminho para a pista de dança, Seb


salta e nos cumprimenta. Seu paletó há muito desapareceu e foi substituído
com a capa vermelha e preta. E, enquanto Edward e eu dançamos nossa
primeira dança como marido e mulher, Sebastian corre em torno de nós em
círculos o tempo todo.

"Qual é a sensação de se casar, Sra. Cullen?" Edward pergunta com um


sorriso glorioso.
"Parece que tudo o que eu sentia que faltava foi encontrado e colocado em
seu lugar." Eu respondo e sou recompensada com um beijo profundo e
carinhoso.

Após a nossa dança, Edward é arrastado para um lado e eu para o outro. Eu


converso com cada parente e amigo que está na festa.

Exatamente quando eu penso que tenho um momento para encontrar


Edward, Carlisle me pede para dançar. Naturalmente, eu digo sim.

"Este vestido é perfeito para você, Bella." Carlisle diz enquanto me leva ao
redor da pista de dança.

"Obrigada, Carlisle".

"De nada. É muito apropriado. É como se você estivesse tentando parecer


como uma princesa. É para isso que você estava indo? Porque, missão
cumprida." Ele sorri.

"Eu só queria ficar bonita".

Ele para de dançar e me olha um pouco perplexo. "Bella, você é linda sem
o vestido. Mesmo em calças, você é linda." Ele então continua dançando.

"Você é doce." Eu digo quando beijo sua bochecha.

"Sim, bem, você traz isso em mim. Eu te amo, afinal, e agora você é minha
filha, então você está presa comigo. Eu espero nunca decepcioná-la." Ele
diz, e agora é a minha vez de deter os nossos passos e olhar para ele em
confusão.

"Carlisle, você nunca poderia me decepcionar. Eu ganhei muito mais do


que um marido hoje. Eu sou abençoada por ter você, Esme e o resto da sua
família como minha. Eu também te amo, Carlisle, e eu prometo ser a
melhor pessoa que posso ser para essa família".

Nós não dizemos mais nada, nós apenas dançamos e, quando nos
separamos, eu sei que minha vida não poderia ser mais completa.
Os breves momentos em que Edward e eu ficamos juntos no nosso próprio
casamento, é para cortar o bolo, a remoção da cinta-liga e um brinde a
todos os nossos convidados por compartilhar este dia com todos nós.

À medida que o dia começa a se desvanecer e a multidão começa a


diminuir, eu sou capaz de vislumbrar o meu marido. E se eu não posso vê-
lo, eu posso ouvir seu riso jovial despreocupado em todo o Café, e isso me
aquece como o abraço perfeito.

"Neste momento, nós gostaríamos de pedir a todos os convidados restantes


para fazer uma fila do lado de fora do Café ao longo da passarela para
desejar ao nosso adorável casal, paz e prosperidade, enquanto eles fazem
seu caminho para o seu felizes para sempre." Alice diz com uma leve fala
arrastada no microfone.

Eu mergulho ao lado de Sebastian, que tem os olhos sonolentos. "O vovô


vai levá-lo para casa, querido, e então o papai vai encontrá-lo lá. Tem
certeza de que você ficará bem?" Pergunto a ele.

"Sim, mamãe, eu estou bem. Eu consigo passar alguns dias com a vovó
Esme e vovô Carlisle, certo?" Ele pergunta com arregalados olhos
excitados.

Eu rio. "Sim, em alguns dias você terá uma festa do pijama incrível. Eu
ligarei para você todos os dias, e se você precisar de mim..."

Ele me corta. "Eu sei, mamãe, eu estou bem." Ele sorri e me abraça.

Este será o tempo mais longo que eu já estive longe de Sebastian, e quando
uma pequena lágrima desliza pelo meu rosto, é Sebastian quem a limpa.

"Não chore, mamãe, eu estarei aqui quando você voltar. Aposto que eu
terei mais diversão do que você." Ele ri, e eu não posso deixar de rir de
volta.

"Eu espero que você tenha, querido." Com mais um beijo, eu estou sendo
arrastada, de mãos dadas com Edward. Ele me recolhe, me gira ao redor, e
nós dois entramos no carro.
Quando a porta fecha e o silêncio nos rodeia, eu olho nos olhos que eu amo
e suspiro com um contentamento que eu nunca senti.

"Você está pronta para o para sempre, Sra. Cullen?" Ele me pergunta
enquanto seus lábios pressionam contra os meus.

"Mmmm." Eu murmuro.

"Eu te amo, Bella." Ele diz quando se afasta.

Eu inclino minha cabeça contra a sua e sorrio. "Eu estou pronta para amá-
lo para sempre, Sr. Cullen".
Capítulo 32 – Epílogo

~ Bella ~

Um ano depois

"Quanto você gastou até o momento nisso?" Rose me pergunta enquanto


aponta para o teste de gravidez que eu estou atualmente lendo na farmácia.

"Eu perdi a conta." Eu respondo desanimada.

"O que o médico disse?" Eu vejo a simpatia nos olhos de Rose, mas a
descarto.

"Todos os testes de Edward voltaram bem. Seja o que for, não é ele." Eu
dou de ombros.

"O que o seu ginegologista disse?"

"Eles me agendaram para uma ultra-sonografia na próxima semana para


ver se há algo errado com o meu encanamento, por assim dizer. Além
disso, eu fiz todo exame de sangue conhecido pelo homem, e até agora
ninguém conseguiu descobrir isso." Eu estou além de frustrada.

"Talvez um especialista em fertilidade possa ajudar." Rose gentilmente


acaricia meu ombro em conforto.

"Eu não sei, talvez possamos comprar um cachorro." Eu rio.

"Dê-se mais três meses, se você não estiver grávida, então, compre um
cachorro." Rose responde.

"Tenho certeza que isso deixaria Sebastian muito feliz." Eu sorrio,


lembrando-me do seu aniversário e como ele perguntou se compraríamos
para ele um cachorro. Quando eu disse que não era provável, ele fez uma
maquete gigantesca de um cachorro e a arrastou para todo o lado por três
semanas.

"É claro que ele vai. Agora, nada mais de tristeza. Vamos para a Dunkin
Donuts, comprar doces e grandes cafés e classificar todos os clientes
enquanto eles entram." O rosto de Rose é cômico. Isso é o que nós fazemos
quando uma de nós está deprimida, nós vamos julgar os outros. Totalmente
errado, eu sei, mas, ei, isso funciona.

~O~

Após tentar por mais um mês sem sucesso, eu vou a um especialista em


fertilidade que veio altamente recomendado pelo meu ginecologista.

Dr. Clarence é um homem mais velho encantador, com um sorriso caloroso


e palavras que não podem evitar me encher de esperança.

"Então, veja, Sra. Cullen, uma laparoscopia eu acho que será a nossa
melhor aposta. O ultra-som revelou endometriose. Eu também notei que
você tem o que me refiro como substância pegajosa em seus tubos, não
terrivelmente doloroso, já que eu tenho certeza que você teria dito alguma
coisa, mas com o tempo pode causar desconforto. Agora, eu não posso
estar 100% positivo que é o que está afetando sua incapacidade de
conceber, mas posso dizer-lhe que não está ajudando".

Eu aceno. "Ok, e você fará o que exatamente? Limpar-me e o que mais?"

Ele é um homem paciente, e seu sorriso me relaxa. "Sim, eu vou limpá-la e


raspar as paredes do seu endométrio. Sra Cullen, eu não consigo encontrar
nenhuma razão em particular que você não seja capaz de engravidar, é um
caso muito menor. Essa é realmente uma coisa boa, isso significa que você
não é uma causa perdida. Então, você quer falar com o seu marido
primeiro?"

Deixo escapar um suspiro e absorvo tudo o que estou ouvindo. Não é


umacausa perdida, então há esperança.

"Sim, eu falarei com ele hoje à noite e ligarei para o seu escritório o mais
rápido possível com a nossa decisão".

Eu saio de lá me sentindo estranhamente otimista. Eu sei em meu coração


que Edward me diria para fazer o que eu quisesse fazer. Mas, ele é meu
marido, e esta é uma pequena cirurgia.
"Então, o Dr. Clarence acha que esta é a resposta para os nossos
problemas?" Edward pergunta enquanto engole outra garfada de torta de
maçã na boca.

"Bem, ele não sabe. Mas, de qualquer forma, isso precisa ser feito.
Esperançosamente isso ajudará".

Edward estende a mão e agarra a minha. "Bella, escute-me. Se vamos ou


não ter um filho juntos, eu vou sempre amá-la. Se você quiser a cirurgia,
então nós a faremos. Se não, então está tudo bem também, ok?"

Dou-lhe um pequeno sorriso e aceno. "Ok".

~O~

"Então, é isso?" Edward pergunta enquanto sentamos na frente do


computador, olhando para um belo Husky Siberiano à venda.

"Sim! Eu acho que Seb vai amá-lo".

Eu sinto suas mãos pesadas nos meus ombros. "Sinto muito, querida." Ele
sussurra e gentilmente beija minha bochecha.

"Isso simplesmente não é para ser. Está tudo bem. Nós temos Seb, e agora
um lindo cachorro de olhos azuis".

Ele acena, e nós imprimimos a foto para enquadrar e embrulhar para o


presente de aniversário de Sebastian.

A festa de Sebastian é daqui uma semana, e Edward e eu decidimos que


vamos surpreendê-lo com a única coisa que ele quer ainda mais do que um
irmão ou irmã... um cachorro.

~O~

"Feliz aniversário, Seb." Eu beijo meu belo menino no rosto enquanto


entrego a ele seu café da manhã de aniversário, que consiste em panquecas,
duas tiras de bacon e suco de laranja.

"Obrigado, mamãe." Ele sorri brilhantemente e come.


"Bom dia, amigo." Edward senta com o seu café e eu me sento na frente
dele. "Feliz Aniversário!"

Seb ri. "Eu estou ficando velho".

Edward e eu bufamos ao mesmo tempo.

"Então, você quer o seu presente agora ou mais tarde?" Eu pergunto, na


esperança que ele diga agora, porque agora eu estou explodindo.

Os olhos de Seb arregalam. "Agora, por favor".

Eu vou para a gaveta da cozinha e tiro o presente retangular embrulhado,


um enorme sorriso está no meu rosto quando eu seguro o presente ao meu
peito.

Sebastian está praticamente tremendo de emoção.

"Aqui está." Eu digo, e Edward me lança uma piscadela.

Eu observo Sebastian quando ele inclina a cabeça de lado a lado. Ele


esfrega a mão sobre o presente embrulhado e vai ainda mais longe ao
cheirá-lo.

"O que você está fazendo?" Edward pergunta.

"Tentando descobrir o que é." Sebastian responde como se Edward fosse


um alienígena, ou algo assim.

Após a conclusão da investigação, e Seb não conseguindo adivinhar o que


é, ele rasga o papel e olha para a foto.

"Uma foto de um cachorro?"

Eu rio. "O nome dele é Hobs, e ele é um husky siberiano".

Seb assente e franze seus lábios. "É realmente muito bom, uh, obrigado?"

Edward começa a rir. "Ele é o seu cachorro, Seb".


"Meu?" Ele olha para a foto, em seguida, de volta para Edward. Ele faz
isso algumas vezes até a realização atingi-lo. Ele coloca a foto para baixo
e, em um bom estilo Esqueceram de Mim, ele bate em suas bochechas com
as mãos e tem um olhar de puro choque.

"Nós o pegaremos em duas semanas no aeroporto. Ele está voando de


Indianapolis." Edward responde, e o sorriso no rosto de Sebastian é tão
grande que eu posso senti-lo todo o caminho para o meu coração.

"Oh. Meu. Deus!" Seb está fora da cadeira, abraçando-me e correndo para
o outro lado para abraçar Edward. Isto continua por algum tempo. Ele bate
em mim muitas vezes, e de repente meu estômago revira.

"Ok, amigo, você está me machucando." Eu levanto e pego um copo de


água.

"Desculpe, mamãe." Seb parece tão triste, e eu acaricio suavemente sua


bochecha.

"Eu estou bem, querido, de verdade. Vá colocar sua foto no seu quarto".

Ele sorri novamente, pega a foto e vai lá em cima.

"O que foi, Bella?" Edward vem atrás de mim e esfrega gentilmente meus
ombros.

"Eu não sei, só fiquei enjoada, isso é tudo." Eu ofereço-lhe um sorriso.

"Por que você não vai deitar por algum tempo, e eu levarei Seb ao parque.
Parece bom?"

Isso soa bom. Nos últimos dias eu não me senti melhor e não dormi bem
também. "Parece ótimo, obrigada".

Depois que Edward e Seb saem, eu vou para o quarto, deslizo sob as
cobertas e caio no sono rapidamente.

Eu não sei quanto tempo fiquei dormindo antes de uma enorme onda de
náusea me sacodir acordada. Corro para o banheiro e mal chego a tempo.
"Bella?" Eu ouço Edward me chamando, e eu meio solto um grunhido, e
ele está atrás de mim, segurando o meu cabelo em um minuto.

"Oh, baby." Ele murmura.

"Eu me sinto horrível." Eu consigo dizer antes que minha cabeça esteja de
volta sobre o vaso sanitário.

"Você esteve dormindo por três horas, pelo menos. Você não parece tão
bem, e você está meio quente. Talvez devêssemos ligar para o médico".

Eu balanço minha cabeça. "Se eu me sentir assim amanhã, então tudo bem,
mas não hoje, não no aniversário de Seb".

Edward concorda depois de algum coerção e nós descemos as escadas,


onde eu coloco um sorriso falso no rosto e compartilho das festividades de
aniversário do meu filho.

O dia seguinte vem com mais enjôos e um pouco de febre. Com um revirar
de olhos, eu deixo Edward me arrastar para os médicos. Eles fazem todo o
trabalho, e eu passo a maior parte do tempo esperando do que realmente
sendo vista.

Depois do que parece como um dia, o médico chega com um arquivo e um


pequeno sorriso.

"Sra. Cullen, eu tenho algumas boas notícias para você hoje." Ele sorri
mais amplamente, e eu olho para Edward com um rosto de "o que diabos".

"Bem, o seu sorriso diz que não é ruim." Edward responde.

"Oh, isso é maravilhoso. Você, Sra. Cullen, está na verdade grávida".

Eu posso sentir meus olhos arregalarem, meu coração martelar e, sem


qualquer aviso, eu começo a chorar.

"Grávida?" Edward pergunta.

"Sim, eu não tenho certeza de quanto tempo ela está, mas um ultra-som
pode determinar isso." O médico me oferece um lenço de papel e nem
sequer reage à minha explosão. Claramente, o homem está acostumado a
mulheres hormonais.

"Mas... mas, nós." Eu soluço. "Nós compramos um ca... cachorro".

Edward ri. "Bem, eu acho que encontramos a cura para conceber então, não
é?"

Eu olho para Edward. "O que é isso?"

"Se você não pode engravidar, compre um cachorro. Dentro de 24 horas,


você terá um bolo no forno".

O médico ri, e até eu rio. Uau, um bebê... Sebastian será um irmão mais
velho. Eu rio um pouco mais.

"Nós vamos ter um bebê." Eu sorrio amplamente para Edward.

"Sim, nós teremos." Edward diz. "Eu acho que era para ser, afinal de
contas".
Capítulo 33 - Cena extra - Páscoa

~ Bella ~

"Quando fui para o jardim zoológico na minha viagem de campo da escola,


o homem dos coelhos disse que coelhos dão à luz como as pessoas. Então,
de onde é que vêm os ovos?" Sebastian pergunta enquanto mergulha seu
ovo na tintura roxa.

"Uhm, bem..." Edward gagueja e desesperadamente olha para mim para


orientação. Eu não tenho nenhuma, então eu dou de ombros. "Certo, bem,
veja, Seb, é mágica".

"Mágica não é real." Sebastian nem sequer olha para Edward enquanto
fala. Ele simplesmente se move para o próximo ovo... Azul dessa vez.

"É mágica. Real é diferente." Edward conta e Seb bufa.

"Vamos, Edward, eu sou brilhante. Sério, o que está acontecendo com toda
a ideia do ovo?"

Por mais que eu queira ver Edward se contorcer, eu sei que a evasão só vai
piorar a situação.

"Ei, Seb, lembra quando você me perguntou como Papai Noel entrava nas
casas que não têm chaminés?" Ele acena, então eu continuo. "Eu disse a
você que era mágica e você me perguntou se era mágica do Natal e eu
disse que sim?" Novamente, ele balança a cabeça e se move para o ovo
número três. "Isso é como mágica da Páscoa".

Edward sorri brilhantemente e, devo dizer, eu estou muito emocionada com


a minha explicação... Isto é, até que Sebastian a processou.

"Ok, mas nós não temos que ajudar o Papai Noel, então, por que nós temos
que fazer esses ovos para que o coelho possa escondê-los? Quero dizer, se
ele é tão mágico, ele não pode fazê-los com um aceno da sua cauda, ou
algo assim?" Sebastian pergunta.

"Se eu disser para apenas ir com isso, você iria?" O desespero na voz de
Edward me faz rir. Sebastian apenas dá de ombros.
"Eu posso perguntar a um dos meus vovôs. Eles vão saber. Eles são velhos,
então eles provavelmente sabem".

"Sim! Faça isso, pergunte a eles." Edward praticamente grita.

~O~

Depois que os ovos são coloridos e o jantar consumido, Edward e eu


começamos o processo para deixar Sebastian pronto para dormir. Banho,
escovar os dentes, beijos e hora da história.

Juntos, nós montamos sua cesta e escondemos os ovos. Edward mastiga as


cenouras que Sebastian estabeleceu para o coelhinho da Páscoa e, quando
estamos felizes com tudo, nós vamos para a cama.

Na manhã seguinte, Seb vem correndo e pula na nossa cama.

"O coelhinho da Páscoa veio! ELE VEIO! Levante, levante levante levante
levante..." E assim ele vai até que nós saímos da cama.

Edward e eu sentamos ao lado dele enquanto ele passa pela sua cesta
meticulosamente.

"Este coelho é um gênio. Ele me deu binóculos, e, olhem, ele me deu


macacos do mar*! Tão inteligente. Edward, você deve olhar para esta
cesta, para ter uma ideia de coisas que eu gosto".

*Macacos do mar (sea monkeys): são pequeninos crustáceos, da família


dos camarões, geralmente da espécie Artemia salina.

Eu tusso para esconder minha risada, Edward é um natural. "Eu pegarei um


bloco para anotar." Ele diz enquanto pega um lápis ao lado do sofá.

Eu aproveito a oportunidade para fazer o café enquanto os meninos estão


falando sobre brinquedos.

"Mãe, eu preciso encontrar os ovos agora." Sebastian entra correndo com a


sua cesta agora vazia. "Há dez, e eu sei que não há nenhum no meu quarto.
Isso deixa toda a parte, vamos lá." Ele puxa meu roupão.
"Seb, querido. Relaxe. Que tal você procurar, eu servirei o meu café e de
Edward. Vamos ver quantos você consegue encontrar sem a nossa ajuda".

Ele parece feliz com isso e sai correndo.

Não leva muito tempo para Sebastian encontrar todos os dez ovos. Edward
está bebendo seu café enquanto Sebastian nos diz sobre cada ponto
escondido que o coelhinho da Páscoa usou.

O resto da manhã Sebastian brinca com cada pequeno brinquedo em sua


cesta. É preciso um grande esforço para afastá-lo e fazê-lo se vestir.
Finalmente, quando Edward menciona que vamos para a casa de Carlisle e
uma enorme caça aos ovos de Páscoa, ele corre para ficar pronto.

~O~

"Feliz Páscoa." Esme nos cumprimenta. "Isso é pão de Páscoa?"

"É. Praticamente a única tradição da Páscoa que eu sei como fazer." Eu o


entrego e ela beija minha bochecha.

"Eu estava esperando que alguém trouxesse um, então, obrigada".

Nós caminhamos para fora e vemos Alice, Jasper, Kate e Carlisle tentando
fazer uma pipa voar. Sebastian delicadamente bate na perna de Carlisle e,
quando ele vê Seb, ele entrega a pipa para Jasper e ternamente abraça o
meu menino.

"Feliz Páscoa." Seb diz.

"O mesmo para você, Sebastian. Você recebeu um monte de doces do


coelhinho da Páscoa?" Carlisle desliza sua mão na de Seb e eles sentam e
conversam.

"Eu recebi, eu ganhei um grande coelho de chocolate".

"Você sabia que 76% das pessoas comem as orelhas do coelho primeiro?"
Carlisle pergunta.

"Uau, sério?"
"Sim. É também o segundo maior feriado de consumo de doces, ao lado do
Halloween, é claro".

"É claro, faz sentido." Seb responde com um aceno de cabeça.

"Faz sentido mesmo." Carlisle concorda.

Eu deixo os dois em sua conversa e cumprimento Alice, Jasper e Kate.

O dia vai bem com uma caça aos ovos, pipa voando e comida deliciosa.
Por volta das 18hs, nós dizemos nosso adeus e vamos para casa.

Enquanto enfiamos Sebastian na cama naquela noite, ele diz, "O vovô diz
que eu não deveria fazer perguntas sobre mágica".

"Por quê?" Edward pergunta.

"Ele disse que a mágica é algo que não devemos questionar porque a
resposta vai fazê-la desaparecer. Eu posso entender isso. Quero dizer,
quando você sabe o truque, a parte legal desaparece. Eu não quero que a
parte legal desapareça".

Graças a Deus por Carlisle.

"Nem eu, amigo." Eu digo e beijo sua testa.

"Feliz Páscoa, Sebastian." Edward sussurra.

"Feliz Páscoa, Edward e mamãe".

FIM

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cutestkidsmom-in-Portuguese

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