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LAZZARI
Antes de todas as histórias dos Irmãos Lazarri, houve a de
Hetor e Helena.
IMPORTANTE LER ANTES DE COMEÇAR O LIVRO.
— Provérbio Italiano.
— A Mônica gosta de coisas esquisitas. Coloque de pé algo
parecido com uma caixa de sapatos com janelas grandes, e ela vai
adorar. — Robert Müller deu uma risada com a própria menção de
sua mulher e seus gostos peculiares.
Eu despejei a açúcar em meu café enquanto balançava a
cabeça para meu amigo de longa data.
Ela vira rápido para mim, seus olhos – que agora sei, são
castanhos – me encarando, surpresos. Ergue uma sobrancelha.
— Desculpe, mas nos conhecemos?
— Três?
Assenti.
— Eu sou. — garanto.
É sexy.
Eu sorrio.
— Ele não me chamou, filha; Ele me informou que iriamos
jantar hoje. Disse que ligaria.
Encolho os olhos.
— O que foi? Sou sua mãe, mas ainda sou uma mulher de
vinte e oito anos, que ainda tem desejos e sente tesão, Juliet. Te
ensinei que não devemos nos calar sobre esses assuntos, só porque
somos mulheres.
Eu dou risada.
༺༻
— Vinho? — perguntou.
— Claro. Obrigada.
Ele gargalhou.
Simplesmente gargalhou, negando com a cabeça.
— Para Müller?
Ele anuiu.
— E qual seria?
Sorrio.
— Arrogante?
— Sim, claro.
Até agora.
— Seria bom.
Anuí.
— Direto ao ponto, minha doce Helena. Lembra?
༺༻
— Tudo bem.
Puta.
Que.
Pariu.
— Ótimo.
Certo. Não era isso que deveria sair da minha boca agora,
mas acontece que ele me pegou de surpresa com esse pedido. Não
que alguém fosse capaz de negar algo para este homem
terrivelmente lindo, no entanto, depois que meu marido faleceu, eu
comecei a valorizar muito minha cama e o espaço vazio ao meu
lado.
— Tudo bem. Eu diria tudo isso que você está falando, mas
estou na suíte de hotel dele agora, então...
— Filha!
— O quê? — Ela diz na defensiva. — Somos mulheres
adultas e modernas, lembra? Não temos medo de falar sobre isso
abertamente.
Eu me rendo.
— Ah, meu Deus! Ah, meu Deus! Mãe, você vai dormir aí?
Eu sorrio.
Sexy.
Anuí.
— Ela ficou um pouco preocupada, mas aliviou quando
disse o lugar em que estava.
— Ora, como não tenho? Sou mãe dos seus filhos, o que
me dá o direto de saber quem o pai deles está colocando por perto.
༺༻
De volta à suíte, todo músculo dolorido e todo o cansaço
acumulado de um longo dia simplesmente passou quando encontrei
Helena, toda linda em uma calça jeans, bota de cano baixo e uma
blusa social branca. Os cabelos pretos estavam soltos e os lábios,
pintados de vermelho.
— Hetor...
Sorrio, olhando-a.
— Que forma?
Eu ri ainda mais.
Dei risada.
— E o que descobriu?
— Ah, o básico.
— Que seria...?
Assenti devagar.
— Só isso?
— Como eu não...?
— O quê?
— Eu, Hetor Lazzari, desejo você, Helena Harred. E estou
disposto a pegar você para mim.
Resfoleguei.
— Eu acredito em você.
༺༻
༺༻
Eu estava fascinada pela casa de Hetor. Era uma mansão de
construção moderna e decoração impecável. O bom gosto gritava
em cada canto deste lugar.
Ele anuiu.
— Sente-se, por favor. Vou ver o que tem para comer por
aqui.
— Fala sério?
Encolho os ombros.
— Bom, acho que vamos ter que deixar para outra hora o
tour pela casa. — Enzo se levantou e pegou nossos pratos para
levar até a pia. — Vai lá e fique ainda mais bonita para meu velho.
Vou te apresentar a Raquel hoje à noite, no baile.
༺༻
Não demorou muito para saber que não foi uma boa ideia
Hetor ter se afastado.
— Helena, acertei?
— Sim?
— Como?
Olhei para Sandra e ela estava com uma cara feia para mim.
Eu pisquei para ela, deixando claro que eu não deixaria Helena cair
em seu joguinho sórdido.
Ela hesitou.
E tudo está ótimo. Hoje faz um ano que nos casamos, mas
ainda estamos em uma espécie de lua de mel. Hetor me trouxe para
Atenas, na Grécia, para comemorar nosso aniversário de
casamento, e tudo parece um conto de fadas.