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Português
Escola de Tempo Integral - Betânia
A Proposta Avante nos Saberes de Português é uma sugestão da Área das
Linguagens, na pessoa do coordenador João Camelo e do apoio Pedagógico,
Cherla Melo, que contará de forma direta com os professores de Educação
Física, Inglês e Arte.
Equipe de colaboradores
Descritores contemplados:
sentaram à mesa para tomar café e cada qual teve que contar seu sonho. O padre disse que sonhou com a
escada de Jacó e descreveu lindamente. Por ela, ele subia triunfalmente para o céu. O estudante então contou
que sonhara já estar no céu esperando o padre que subia. O caboclo riu e contou:
— Sonhei que via seu padre subindo a escada e seu doutor lá no céu, rodeado de amigos. Eu fiquei na terra
e gritei:
— Seu doutor, seu padre, o queijo! —Vosmicês esqueceram o queijo! Então vosmicês responderam de
longe, do céu:
— Come o queijo, caboclo! — Come o queijo, caboclo! Nós estamos no céu, não queremos queijo.
— O sonho foi tão forte que eu pensei que era verdade, levantei enquanto vocês dormiam e comi o queijo...
Disponível em: http://www.caminhandocontando.com.br/ o-caboclo-o-padre-e-o-estudante.html. Acesso em: 16 fev. 2023
Questão: 04 – (D1) De acordo com essa narrativa, qual dos personagens comeu o queijo?
(A) O amigo do padre. (B) O caboclo. (C) O estudante. (D) O
padre.
.
Assim Eu Vejo a Vida
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro, mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições, lutas e pedras
como lições de vida, e delas me sirvo
Aprendi a viver.
Disponível em: https://www.culturagenial.com/. Acesso em: 23 fev. 2023.
Questão: 06 – (D2) No trecho “...um fato corriqueiro na vida dos motoristas...” (ℓ. 2), o termo
destacado tem o sentido de
(A) atípico. (B) comum. (C) estranho. (D) passageiro
A toupeira descontente
Uma família de toupeiras vivia debaixo da terra, na sua escura toca. Ali não penetrava a luz do sol, mas estes
animais encontravam-se a salvo de seus inimigos. No entanto, o filho mais velho da família, que era irrequieto e
aventureiro, não estava contente com sua sorte. Desejava ver o campo e o bosque em plena luz do dia.
— Não aconselho que o faça! Advertiu-o o pai. Os seus olhos não estão preparados pela natureza para
resistir à luz solar. Se sair lá para fora, você ficará cego!
Eram palavras muito convincentes, que causaram uma certa hesitação no jovem. Mesmo assim, não se deu
por vencido e decidiu fabricar uns óculos com lentes foscas e grossas, com os quais pudesse desafiar a
deslumbrante luminosidade do sol. Uma vez equipado com tão poderoso instrumento protetor, saiu até a
superfície da terra, decidido a explorar o mundo que se estendia ao ar livre.
No entanto, viu tudo muito escuro e melancólico com seus óculos foscos. Sentiu saudades de seu mundo
subterrâneo. Frustrado, desceu para sua toca.
— Bah! Não vale a pena subir até lá em cima, comentou. É tudo tão melancólico!
Seu pai sorriu ao ouvi-lo, pois sabia a causa do que tinha acontecido, mas não disse nada. Queria que seu
filho aprendesse a lição e ficasse contente com a forma de vida que a natureza lhe oferecia, sem invejar os
outros animais.
Disponível em: https://metaforas.com.br/infantis/2018-11-18/a-toupeira-descontente.htm. Acesso em: 23 fev. 2023
Questão: 07 – (D3) No trecho “É tudo tão melancólico! ” (ℓ. 12), a palavra destacada tem o mesmo sentido
de
No ensino, como em outras coisas, a liberdade deve ser questão de grau. Há liberdades que não podem ser toleradas. Uma
vez conheci uma senhora que afirmava não se dever proibir coisa alguma a uma criança, pois deve desenvolver sua natureza de
dentro para fora. “E se a sua natureza a levar a engolir alfinetes?”, indaguei. Lamento dizer que a resposta foi puro vitupério*. No
entanto, toda criança abandonada a si mesma, mais cedo ou mais tarde engolirá alfinetes, tomará venenos, cairá de uma janela
alta ou de outra forma chegará ao mau fim. Um pouquinho mais velhos, os meninos, podendo, não se lavam, comem demais,
fumam até enjoar, apanham resfriado por molhar os pés, e assim por diante além do fato de se divertirem importunando
anciãos, que nem sempre possuem a capacidade de resposta de Eliseu**. Quem advoga a liberdade da educação não quer dizer
que as crianças devam fazer, o dia todo, o que lhes der na veneta. Deve existir um elemento de disciplina e autoridade: a questão
é até que ponto, e como deve ser exercido.
*vitupério: palavra, atitude ou gesto que tem o poder de ofender a dignidade ou a honra de alguém; afronta.
**Eliseu é um profeta bíblico, discípulo de Elias. Um dia, um grupo de rapazes zombaram dele. O profeta amaldiçoou-os em
nome do Senhor. Imediatamente, saíram da floresta dois ursos, que despedaçaram quarenta e dois daqueles rapazes (II Reis. 2.
23-25). No texto, ao falar de anciãos que não possuem capacidade de resposta de Eliseu, o autor quer dizer que há anciãos que
não podem se defender das zombarias de crianças.
FONTE: RUSSEL, Bertrand. Ensaios céticos. In: SAVIOL I, F. Platão; FIORIN, José L uiz. Para entender o texto : leitura e redação. São Paulo: Ática, 2007. p. 90. (fragmento).
Questão: 10 – (D1) De acordo com o texto, as penas da gralha eram muito feias, por isso ela
(A) foi escolhida a mais vistosa entre os pássaros.
(B) foi tomar banho e alisar suas penas.
(C) recebeu ajuda de seus amigos para se arrumar.
Alta velocidade
Já fazia um bom tempo que aquele policial estava de olho naquele motorista apressadinho. Ele
pensou:
“Amanhã esse cara não vai me escapar. Vou pará-lo e lhe darei uma multa daquelas bem salgadas. O
engraçadinho não perde por esperar.”
No dia seguinte, o policial fez o sinal para que o motorista infrator parasse. O motorista atendeu
prontamente e parou o veículo. Sem perder tempo o policial foi logo dizendo:
— Hãm!...hãm! Bonito heim! Até que enfim nos encontramos. Por acaso o senhor sabia que já faz um
bom tempo que eu estava a sua espera?
— Puxa vida seu policial! Sinceramente, sinto muito! Eu juro que eu não sabia, só fiquei sabendo disso
há alguns minutos atrás e, como o senhor mesmo viu, eu vim o mais rápido que pude...
Disponível em: .Acesso em: 2 abr. 2012
Questão: 11 – (D3) No trecho “... e lhe darei uma multa daquelas bem salgadas. ” (ℓ. 2), a expressão
destacada quer dizer que a multa
(A) fará o motorista parar de dirigir. (B) será insignificante para o motorista.
(C) terá um preço muito alto. (D) terá um valor razoável.
Vá às compras e salve o mundo
Não ande de carro, não coma carne, não produza lixo, não gaste água e nem ouse ter filhos.
Poucas coisas são tão negativas (e chatas) quanto o discurso ecológico radical, que prega que
devemos fazer de tudo para causar o menor estrago possível ao ambiente. Não é à toa que muitos
não aguentam mais ouvir falar no assunto. Mas, finalmente uma nova proposta percebeu que fazer
“menos mal” ao planeta ainda não é o suficiente – é preciso não causar mal algum. (Afinal, gastar
menos água ainda é gastar água.) E o melhor: esse novo discurso alivia a consciência dos
ecopecadores. Com ele poderemos – não, melhor, precisaremos – fazer compras à vontade, porque
assim estaremos também salvando o planeta. Já que empresas sempre vão procurar o lucro e as
pessoas sempre vão querer o novo iPod ou a TV de led, o jeito é fazer isso combinar com
sustentabilidade. E como isso seria possível? Imitando a natureza e reciclando os produtos
eternamente. Parece difícil, mas já está acontecendo – e vai exigir uma mudança de hábito
comparável à Revolução Industrial, envolvendo empresas, cidades, casas e pessoas. […]
Disponível em: http://popportugues.blogspot.com/2015/09/atividades-de-interpretacao-reconhecer_7.html. Acesso em: 31 março 2018.
Questão: 12 – (D1) De acordo com o texto, o discurso ecológico radical diz que devemos fazer de
tudo para
(A) aumentar o nível de consumo na sociedade.
(B) causar o menor estrago possível ao ambiente.
(C) estimular o consumismo sem necessidade de reciclar.
Porque levantar o braço para colher o fruto?
A máquina o fará por nós.
Porque labutar no campo, na cidade?
A máquina o fará por nós.
Por que pensar, imaginar?
A Máquina o fará por nós.
Porque fazer um poema?
A máquina o fará por nós?
Por que subir a escada de Jacó?
A máquina o fará por nós.
Ó máquina, orai por nós.
Questão: 13 – (D3) O termo “labutar” no 3º verso do poema pode ser substituído, sem sofrer
alteração de sentido, pela palavra
(A) imaginar. (B) levantar. (C) pensar. (D) trabalhar.
Passarela da Misantropia
Caminho obedientemente atrás dele. Seus passos me parecem lentos. Como se desfilasse na
passarela da misantropia. Como se não soubesse para onde ir.
Percebo a tristeza no seu tom de voz. Quando ele diz meu nome, ele saliva solidão e angústias mal
resolvidas. Não entendo o que ele diz, mas entendo, ao mesmo tempo. Não sei se me faço entender.
Mas seu tom de voz diz tudo. E seu tom de voz agora é um manancial de depressão que rasga seu peito,
outrora, animado, vivaz.
Uma pena. Prefiro quando ele emana traços de felicidade. Momentos raros, devo destacar. Desde
que ela foi embora. Desde que ela saiu pela porta da frente e nunca mais voltou. Lembro-me até hoje.
Ela, raivosa. O semblante determinado. Não olhou para mim. Não olhou para trás. Não olhou para o que
construíra. Simplesmente, partiu.
Ficamos eu e ele. Desde então, dois solitários. Porque a dor dele é minha também. Eu o amo. E
compartilho a sua dor. E, de alguma forma, percebo que ele sabe a verdade sobre mim: eu jamais
seguirei os passos dela. Jamais vou abandoná-lo.
Sempre que ele chamar Rex, eu irei até ele, o rabo abanando, tentando lhe conferir traços de afago
em um dia repleto de desavenças internas.
Disponível em: https://corrosiva.com.br/cronicas/Acesso em: 30 maio 2023
Questão: 15 – (D1) De acordo com o texto, o tecido que emite a luz é ligado na traqueia e no
(A) abdômen. (B) braço. (C) cérebro. (D) coração