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Resumo - Physalis peruviana L.) é uma solanácea que atualmente vem sendo
enquadrada no grupo de pequenos frutos. O fruto in natura é consumido no Brasil
-
-
Produtores colombianos são os que mais estão aproveitando a forte demanda na en-
-
da não exploram todo o potencial dessa fruta, a qual se apresenta com boas perspec-
tivas para os mercados local, nacional e internacional, por ser cultura simples e fácil
de manejar com alguns cuidados únicos. Acredita-se que se trata de excelente alter-
nativa de agricultura sustentável para o pequeno e médio agricultor rural brasileiro.
Palavras-chave: Physalis peruviana. Cultivo. Produção. Adubação. Praga. Doença.
1
Engo Agro, Pós-Doc, Prof. UDESC - CAV - Depto. Agronomia, Caixa Postal 281, CEP 96010-900 Lages-SC. Correio eletrônico: leoruffato@yahoo.com.br
2
Economista, Doutoranda Produção Vegetal UDESC - CAV, Caixa Postal 281, CEP 96010-900 Lages-SC. Correio eletrônico: janainamuniz@gmail.com
3
Enga Agra, Dra. Fitotecnia, Profa UDESC - CAV - Depto. Agronomia, Caixa Postal 281, CEP 96010-900 Lages-SC. Correio eletrônico: a2aak@cav.udesc.br
4
Enga Agra, Pós-Doc, Pesq. EMBRAPA Uva e Vinho - Estação Experimental de Fruticultura Temperada, Caixa Postal 1513, CEP 95200-000
Vacaria-RS. Correio eletrônico: andrea@cnpuv.embrapa.br
5
Engo Agro, Pós-Doc, Prof. Associado UDESC - CAV - Depto. Solos e Recursos Naturais, Caixa Postal 281, CEP 96010-900 Lages-SC. Correio
eletrônico: lgatiboni@gmail.com
Pequenas frutas: tecnologias de produção
características medicinais, que a faz muito ampliado no Sul do País, principalmente e fígado. Há pesquisas e estudos realizados
atrativa para a comercialização (RUFATO no estado do Rio Grande do Sul e no de em diversas partes do mundo em que a fruta
et al., 2008). O cultivo dessa frutífera é Santa Catarina. é promissora para o tratamento do mal de
uma linha da economia agrícola com boas Parkinson. A planta tem sido estudada tam-
perspectivas por ser bastante simples, COMPOSIÇÃO DA FRUTA bém por fornecer poderoso instrumento para
pelo elevado conteúdo nutracêutico do controlar o sistema de defesa do organismo,
A fisalis apresenta fruto açucarado,
fruto e pela possibilidade de incorporação diminuindo a rejeição de órgãos transplanta-
contendo alto teor de vitaminas A, C, fós-
da espécie nos plantios orgânicos. Além dos. É utilizada no Nordeste brasileiro, em
disso é interessante do ponto de vista tratamentos caseiros de reumatismo crônico,
técnico, ambiental e econômico, por ser problemas renais, de bexiga e do fígado,
compostos bioativos considerados funcio-
uma cultura simples e fácil de manejar bem como sedativo, antifebril, antivomitivo
nais (Quadro 1).
com alguns cuidados únicos. Do ponto e para doenças de pele. Por estes atributos,
de vista ambiental pode ser uma cultura
CARACTERÍSTICAS
cultivada agroecologicamente com pouco NUTRACÊUTICAS e progressivamente difundida nos mercados
ou quase nada de agrotóxico. Do ponto de internacional e nacional.
vista econômico, é uma atividade rentável Algumas espécies de Physalis apresen-
ao produtor por cobrir os custos iniciais de tam substâncias derivadas do ergostano,
FISIOLOGIA E BOTÂNICA
produção no segundo ano de cultivo ou até presença de metabólitos polioxigenados,
mesmo no primeiro. vitaesteroides e constituintes químicos A descrição do gênero Physalis foi
responsáveis pelas atividades antifúngicas, feita pela primeira vez por Linnaeus, em
pela falta de conhecimentos sobre a cultura, antineoplásica, antimicrobiana, antibac- 1753. Desde então, há uma série de estudos
mas é uma linha de economia agrícola com tericida, antitumoral, anticancerígena, relacionados com esta planta. Há também
boas perspectivas para o mercado brasilei- moluscicida e imunomoduladora. Ribeiro grande confusão, já que morfologicamente
ro, principalmente por seu sabor como fru- muitas plantas são semelhantes. O gênero
ta fresca, além de ser uma planta medicinal esse potencial na Physalis angulata. apresenta quatro subgêneros: Physalis L.
amplamente utilizada na medicina popular. - (Eurásia), Physalodendron (G.Don) M.
Acredita-se que se trata de excelente al- - Martínez (México e Guatemala), Quincula
ternativa de agricultura sustentável para o tema imunológico, aliviar dores de garganta (Raf.) M. Martínez (desertos do sudeste
pequeno e médio agricultor rural, o ideal é e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. dos Estados Unidos e norte do México) e
estabelecer parcerias em cada região para A população nativa da Amazônia utiliza os Rydbergis Hendrych (América), sendo este
frutos, folhas e raízes no combate a diabetes, último formado por nove seções (MARTÍ-
(MUNIZ, 2011). reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins NEZ, 1999).
Esta fruta começou a ter importância
comercial na Colômbia em 1985, sendo
QUADRO 1 - Composição química do fruto de Physalis peruviana L. para cada 100 g de polpa
que atualmente este país é o maior produtor
Componente Concentração
mundial da fruta seguido pela África do
Sul. Os principais municípios produtores Calorias 54,0 Kcal
Água 85,9%
na Colômbia – Silvana, Subia e Granada –
Proteína 1,5 g
são regiões de clima frio moderado, onde
Ácidos graxos 0,5 g
são produzidos os melhores frutos, além Carboidratos 11,0 g
disso, apenas esse país consegue produzir Fibra 0,4 g
Cinza 0,7 g
No Brasil, os trabalhos com fisalis Cálcio 9,0 mg
começaram em 1999, na Estação Expe- Fósforo 2,1 mg
rimental Santa Luzia, localizada em São Ferro 1,7 mg
Vitamina A 1730 U.I.
Paulo, sendo pioneira no cultivo dessa
Tiamina 0,01 mg
fruteira, produzindo até os dias de hoje,
Riboflavina 0,17 mg
com excelentes resultados em diversidade Niacina 0,80 mg
de solo e espaçamento, e, a partir de 2008, Ácido ascórbico 20,0 mg
novos fruticultores entraram na atividade. FONTE: Almanza e Espinosa (1995).
Apesar de recente, o plantio está sendo NOTA: U.I. - Unidade internacional.
Pequenas frutas: tecnologias de produção
É pertencente à subtribo Physalinae, quenje. Na Inglaterra e Estados Unidos, é As espécies de Physalis têm sido objeto
caracterizando-se pela presença de cálice denominada cape gooseberry, golden berry, de muita confusão na literatura e no comér-
andean cherry ou ground cherry. No Japão, cio (RUFATO et al., 2008). A beleza da
- é conhecida como hosuki. No Equador, -
xas, ba como uvilla. Nos Açores, como capucha. bilidade diferenciados do fruto fazem com
bicarpelar. E, na Colômbia, como uchuva. que algumas espécies sejam cultivadas
As plantas do gênero Physalis são Dentro da taxonomia, existem apro- como ornamentais ou alimentícias. Outras
herbáceas ou arbustivas e conhecidas no ximadamente 100 espécies de Physalis. ainda são consideradas tóxicas.
mundo todo por seus frutos saborosos e O centro de diversidade do gênero Algumas das espécies mais relevantes
de aspecto singular. Gênero facilmente encontra-se no México, mas é predomi- economicamente são a Physalis peruviana,
reconhecido por causa da morfologia nantemente americano e se distribui nos P. philadelphica, P. pubescens, P. pruinosa,
EUA, América do Sul e Antilhas, com P. ixocarpa, P. alkekengi e P. angulata, esta
a qual é caracterizada pela presença de algumas espécies presentes no Velho última nativa do Brasil. Uma espécie que
Mundo. Umas espécies são encontradas tem superioridade dos frutos e tornou-se
se expande envolvendo totalmente o fruto. na natureza, e outras estão sujeitas a amplamente conhecida e comercializada é
No Brasil, é conhecida popularmente processos de domesticação, com gran- a Physalis peruviana L. (Fig. 1). No Brasil,
por camapu, bate-testa, joá, balãozinho, de potencial no mercado. Várias ainda esta espécie é erroneamente confundida com
balão-rajado, joá-de-capote, bucho-de-rã, crescem espontaneamente em solos outras que ocorrem nas matas e nos campos,
joá-de-balão, camaru, camambu, mata- agricultáveis, onde são consideradas principalmente a P. angulata (juá, joá, joá-
fome. Em Portugal, é conhecida por alque- plantas daninhas. de-capote, camapum e saco-de-bode).
ESTÁDIOS FENOLÓGICOS
Semeadura Plantio Floração
CONDIÇÕES
EDAFOCLIMÁTICAS DE
CULTIVO
A fisalis adapta-se bem à extensa
Janeiro a Maio Janeiro a Maio Maio a Junho
faixa de condições edafoclimáticas
(Quadro 2), sendo que umidade, seca, frio e Figura 2 - Fases de desenvolvimento de plantas de Physalis peruviana L., na região do
calor excessivos prejudicam o crescimento, planalto sul-catarinense
o desenvolvimento das plantas e também
QUADRO 2 - Condições edafoclimáticas ideais para o cultivo de Physalis peruviana L.
a produtividade (MUNIZ, 2011).
Fator edafoclimático Condições ideais
PROPAGAÇÃO
Temperatura 15 a 25 °C
-
Amplitude térmica 6 a 7 °C
mentes, estacas, cultivo in vitro e enxertia
(Fig. 3). Apesar de a propagação assexuada Precipitação pluviométrica 1.000 a 1.800 mm
B C D
e exige solos bem drenados.
Figura 3 - Propagação de Physalis peruviana L.
Terrenos com pouca declividade faci-
NOTA: A e B - Sexuada; C e D - Assexuada.
litam a utilização de sistemas de irrigação,
adaptam-se melhor à mecanização e estão
obtenção de plantas geneticamente idênticas 1:1:1), respectivamente. O uso de substra- menos sujeitos à erosão. Quando o terreno
à planta-mãe, precocidade e uniformidade tos comerciais também pode ser utilizado, é declivoso, as operações de preparo devem
da colheita e das frutas, porém apresenta porém muitos destes não contêm nutrientes ser feitas em curva de nível para facilitar
como desvantagem o enraizamento fraco, essenciais ao crescimento das mudas. o escoamento controlado do excesso de
reduzindo o tempo de vida útil da plantação No Centro de Ciências Agroveteriná- água da chuva.
e frutos com menor qualidade pós-colheita. rias (CAV), da Universidade do Estado de
A propagação sexuada é vantajosa pelo fato Santa Catarina (UDESC), foram desen- PLANTIO/TRANSPLANTE
de a semente possuir alto porcentual de ger-
minação (85% a 90%) e germinar de 15 a 20 CAV 2 (Fig. 4). O CAV comercializa tanto realizado em várias épocas do ano, con-
dias após a semeadura em condições ideais sementes e mudas da espécie P. peruviana forme a região e o clima predominante.
(22 °C a 28 °C, durante o dia, e 7 °C a como livro com informações técnicas e Em regiões subtropicais, onde não há
13 °C, durante a noite). práticas de cultivo intitulado “Aspectos riscos de ocorrência de geadas, pode-se
Na produção de mudas de alta quali- técnicos da cultura da Physalis”. plantar em qualquer época do ano, sendo
dade, devem-se considerar parâmetros, que o ciclo da cultura pode-se estender
como o tamanho do recipiente, o tipo de PREPARO DO TERRENO até dois anos. Após este período, tanto
substrato a ser utilizado e o fornecimento a produtividade quanto a qualidade dos
de nutrientes. Estes fatores afetam direta- selecionar a área de plantio com antecedên- frutos diminuem. Para a Região Sul,
mente o desenvolvimento e a arquitetura cia de quatro a cinco meses. Preferem-se recomenda-se o plantio em meados de
do sistema radicular e da planta. Uma muda locais onde não haja solanáceas nativas e setembro a novembro, pois trata-se de
malformada compromete todo o desenvol- ainda não tenham sido cultivadas outras cultura anual, pelas baixas temperaturas
vimento da cultura, aumentando seu ciclo plantas da mesma família, por causa do que ocorrem no inverno. Entretanto, não
e levando a perdas na produção. risco da presença de fungos e bactérias
O substrato precisa ser de boa qua- de solo. Não havendo opção, admite-se o tais informações (LIMA, 2009). As mudas
lidade, podendo utilizar substratos con- uso de área já cultivada com solanáceas,
vencionais formados por frações de terra mas que estas não tenham sido as últimas apresentarem diâmetro inicial de 0,30 a
peneirada, matéria orgânica (MO) e areia a ocupar o local e, principalmente, não 0,70 cm, comprimento entre 15 e 20 cm
em diferentes proporções (3:1:1, 2:1:1 e tenha havido problemas com infecção de e de um a três pares de folhas (Fig. 5).
Pequenas frutas: tecnologias de produção
ADUBAÇÃO E NUTRIÇÃO
Informações sobre a resposta da
Physalis peruviana à adubação na Região
Sul do Brasil são escassas. Poucos traba-
lhos foram realizados com este objetivo.
Recentemente, foram conduzidos três
CAV 1 CAV 2 experimentos em Lages, SC, para testar a
a máxima resposta da planta ocorreu com QUADRO 3 - Proposta da dose de nitrogênio (N) a ser aplicada no solo em função do teor
uma dose de, aproximadamente, 40 kg/ha de matéria orgânica (MO) para o cultivo de fisalis
de N. Esta resposta era esperada, já que o Teor de MO N
(1)
Poda
A poda é uma prática importante para
controlar o crescimento vegetativo da plan-
ta, facilitar os tratos culturais, melhorar a
produção e manter a qualidade dos frutos.
Para a cultura da fisalis podem-se
adotar três tipos de poda, ou seja, poda de
formação, de manutenção e as desbrotas
periódicas uma vez por mês, para algumas
regiões do Brasil. Contudo, em cultivos
bianuais recomenda-se efetuar a poda de
redução de plantas, a qual consiste em
suprimir todas as hastes e brotações.
A poda de formação consiste em eli-
minar os brotos ou os ramos ladrões que
se formam na base do talo principal nos
primeiros 40 cm de altura, deixando apenas
os ramos principais selecionados, dos quais
se originarão os ramos secundários produ-
tivos. Esta poda melhora a arquitetura da
planta e a efetividade do sistema de con-
dução, facilitando os tratos culturais. Na
poda de formação, deixam-se dois a oito
ramos principais, dependendo do sistema Figura 6 - Realização da desbrota em plantas de Physalis peruviana L.
de condução e tutoramento utilizados.
Na poda de manutenção, a qual também
pode ser chamada de limpeza, eliminam- secos e enfermos. Há muitos produtores necessário que se utilize algum tipo de
se os ramos secos, doentes, quebradiços, que não realizam atividade de poda em tutoramento e/ou condução.
atacados por insetos e improdutivos. Esta - O tipo de tutoramento utilizado, bem
poda melhora a entrada de ar e luz em torno sideradas satisfatórias (aproximadamente como a forma de condução, pode alterar a
das plantas e contribui para o aumento no 2 kg de frutos por planta). distribuição da radiação solar e a ventila-
tamanho dos frutos. A poda de manutenção
é realizada para manter a planta com uma Tutoramento e condução umidade relativa e a concentração de gás
quantidade equilibrada de ramos produti- carbônico atmosférico entre e dentro das
-
vos em bom estado sanitário.
A desbrota (Fig. 6) melhora a captação controle de pragas e doenças, contribuindo,
2,5 m e apresenta hábito de crescimento dessa maneira, para a produção de frutos
de luz pelas plantas e evita a competição de
ramos ladrões com os principais. indeterminado, assim como algumas de maior tamanho e de melhor qualidade.
O sistema de poda mais utilizado em variedades de tomate. Desse modo, para Diversos sistemas de tutoramento po-
evitar que a planta se desenvolva e tombe dem ser empregados no cultivo, podendo-
ramos principais por planta, com elimina- se utilizar os descritos em outras produções
ção constante de outras brotações, ramos e reduzindo a qualidade dos frutos, é frutícolas, ou ainda, os empregados em
Pequenas frutas: tecnologias de produção
cultivos de solanáceas, como no caso das técnicas de cultivo que proporcionam Dessa forma, os sistemas de tutoramento
utilizadas no tomateiro (RUFATO et al., melhor aproveitamento da luminosidade utilizados acabam sendo bastante semelhan-
2008). Os sistemas de condução utilizados e, consequentemente, produz uma fruta tes, diferindo apenas quanto a algumas mo-
de melhor qualidade. Esse sistema tem -
aos sistemas empregados no cultivo do dutores ou pesquisadores. Novas pesquisas
tomateiro, em que, para cada sistema de estão sendo realizadas para adequar um tipo
condução utilizado, existe um manejo onde o amarrio das plantas deve ser de sistema mais prático às condições locais,
diferenciado (MUNIZ, 2011). constante, principalmente nos primeiros principalmente no que se refere ao aporte
- 30 a 45 dias após o transplante (MUNIZ,
lis é considerado uma das principais 2011) (Fig. 7). material, como madeira e bambus (Fig. 8).
A B
Figura 7 - Tutoramento das plantas de Physalis peruviana L., com fitas plásticas
NOTA: A - Sistema de condução em V; B - Sistema de condução em X.
A B C
Figura 8 - Sistemas de condução e tutoramento das plantas de Physalis peruviana L.
NOTA: A - Com fitas plásticas; B - Com ripas de madeira; C - Com bambu.
Pequenas frutas: tecnologias de produção
Os sistemas de condução e tutora- de condução e, periodicamente, feita a sustentação das plantas, é utilizado bambu
mento, frequentemente utilizados pelos poda de manutenção, este sistema facilita (Bambusa
agricultores brasileiros no cultivo de a colheita e os tratos culturais realizados. inclinados com ângulo de 60º presos em
fisalis, são o sistema em espaldeira, No sistema de condução em X, as plantas
sistema em X, sistema em V e o sistema et al., 2008).
livre (Fig. 9). presos em quatro ramos principais pré-
No sistema livre, não se utiliza qual- selecionados da planta feitos pela poda PRAGAS
quer tipo de tutoramento. Deixam-se as de formação e esticados em lados opostos
plantas crescer naturalmente, sem qual-
quer prática de poda e/ou condução. No do chão. Quando necessário realiza-se Colômbia, as plantas são afetadas por
sistema em espaldeira, utilizam-se palan- a poda de manutenção para eliminar grande variedade de pragas de importância
ramos ladrões e brotações indesejáveis, econômica e que atacam diversos órgãos
duas alturas do chão, 0,50 e 1,20 m. São permitindo maior aeração e luminosidade da planta durante o ciclo de produção. As
conduzidos ramos selecionados na poda para a planta. E no sistema em V, para a principais pragas que atacam a cultura da
A B
C D
Figura 9 - Sistemas de condução utilizados para a cultura da fisalis
NOTA: A - Sistema livre; B - Sistema em espaldeira; C - Sistema em X; D - Sistema em V.
4IUYIREW JVYXEW XIGRSPSKMEW HI TVSHYËÇS
)HIWWE VYJSQEVKMREXE
4LXLMETMGXE ,IPMSXLMWZMVIWGIRW)TMXVM\ ,IPMSXLMW ZMVIWGIRW %TLMW
%TLMW
4L]WEPMWTIVYZMERE
)HIWWEVYJSQEVKMREXE
4YPKEHSJYQS 4YPKÇS
DOENÇAS
As doenças limitantes do cultivo e da pós-
QUADRO 5 - Custos totais para a implantação de 1,0 ha de Physalis peruviana L., no primeiro e segundo ano de cultivo, utilizando-se quatro
sistemas de condução e adotando-se dois espaçamentos
Livre 3,00 x 0,50 m 1o ano 13.884,88 4,34 12,00 52.080,00 38.195,12 275,08
Espaldeira 3,00 x 0,50 m 1o ano 28.617,31 5,93 12,00 71.160,00 42.542,70 148,66
NOTA: Valores expressos em reais (R$), atualizado em outubro de 2010, nas revendas do comércio no município de Lages, SC.