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2. ASPECTOS ECONÔMICOS DA EXPLORAÇÃO OLERÍCOLA
Deve ser ressaltado que a classificação técnica das hortaliças (Tabela 1),
baseada na parte da planta utilizável e comerciável, é a que tem sido mais
utilizada nas Centrais de Abastecimento (CEASAs) espalhadas pelo país.
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4. FASES DO PLANEJAMENTO
Deve ser lembrado que o planejamento também permite, com certa margem de
segurança, projetar as perspectivas de crescimento em curto, médio e longo
prazos. Dessa forma, o produtor terá mais chance de garantir oferta proporcional
à demanda, conseguindo, assim, manter os preços e a rentabilidade em níveis
adequados.
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4.3 Detalhamento das Fases do planejamento
O QUE PRODUZIR?
Para definir a cultura a ser produzida, o horticultor deve, antes de tudo, avaliar
se as condições da propriedade são adequadas para o plantio daquela espécie.
Portanto, deve considerar as características da área quanto à localização,
clima, solo etc.).
É ECONOMICAMENTE VIÁVEL?
Deve-se avaliar a viabilidade econômica das hortaliças que se pretende produzir.
O estudo da viabilidade econômica permite inferir o preço mínimo de
comercialização de cada hortaliça e estimar a margem de lucro. Esse estudo
é realizado e discutido juntamente com a análise do mercado consumidor.
O ideal é primeiro vender para depois produzir e o caminho mais seguro é por
meio do contrato de fornecimento. Esses contratos são firmados antes do
cultivo com preços satisfatórios ao produtor e ao comprador, cujos valores
situam-se, geralmente, pouco abaixo daqueles praticados pelo mercado
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tradicional. A vantagem do contrato é que se houver qualquer problema no
período de comercialização, o produtor terá garantido o recebimento do valor
firmado no contrato.
COMO PRODUZIR?
O agricultor deve especializar-se na produção da(s) hortaliça(s) escolhida(s).
Para tanto, deve procurar o serviço de extensão rural de sua região e informar-se
sobre treinamentos, material didático sobre o assunto e assistência técnica.
QUANTO PRODUZIR?
A quantidade a ser produzida vai depender da necessidade do mercado. Como a
olericultura é uma atividade de alto risco e a comercialização deve ser imediata,
devido à perecibilidade, a produção deve ser ajustada para que não haja
perdas nem prejuízo para o produtor.
Poucas hortaliças podem ser armazenadas por períodos de tempo relativamente
longos, mas a preferência é por produtos frescos. Além disso, a grande oferta do
produto no mercado provoca queda nos preços e, por consequência, prejuízos ao
produtor.
QUANDO PRODUZIR?
Deve-se escalonar a produção para poder ofertar hortaliças frescas regularmente
aos clientes. A frequência de fornecimento é que define quando plantar.
Deve-se considerar os períodos de safra e entressafra para definir o
momento de plantio. Na entressafra, a produção é mais rentável, porém, as
dificuldades são grandes, principalmente para produzir hortaliças de alta
qualidade.
Bibliografia Consultada
CNA. Mapeamento e qualificação da cadeia produtiva das hortaliças no
Brasil. Brasília: CAN, 2017. 79p.
MELO, P. C. T. ARAÚJO, T.H. Olericultura: planejamento da produção do
plantio à comercialização. Curitiba: SENAR/PR, 2016.1v.94p.
PIMENTEL, A.A.P. Olericultura no trópico úmido: hortaliças na Amazônia.
São Paulo: Ed. Agronômica Ceres, 1985. 322p.