Agroecologia

Centro Educacional Evolução

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Brasília-DF
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 AGROECOLOGIA

Aula 1 - Sistemas Sustentáveis de Produção..............................................................02

Aula 2 - Fundamentos e princípios da Agroecologia a Ecologia......................................07

Aula 3 - Práticas de Base Ecológica: Compostagem e Vermicompostagem.....................11

Aula 4 - Práticas em Bases Agroecológicas................................................................17

Aula 5 - Adubação Verde.........................................................................................21

Aula 6 - Árvores na Produção Agropecuária..............................................................25

Aula 7 - Sistemas agroflorestais (SAFs) e Seus Consórcios, Quintais Agroflorestais........28

Aula 8 - Permacultura............................................................................................32

Aula 9 - Bioconstrução...........................................................................................35

Aula 10 - Agricultura Urbana..................................................................................38

A reprodução não-autorizada desta publicação, no todo ou em parte, constitui violação

dos direitos autorais. (Lei no 9.610).
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AGROECOLOGIA

A elaboração do material didático é disponibilizada como forma de apoio durante os estudos e

elaborada com a finalidade de viabilizar a melhor absorção de conhecimento pelos estudantes
durante a sua formação, no eixo tecnológico Recursos Naturais, no qual, o aluno será habilitado à
junção de duas atividades: agricultura (cultivo de plantas) e pecuária (criação de animais).

Dessa forma, esse material foi estruturado de forma sucinta e objetiva, com a intenção de facilitar
o acesso a todo o conteúdo sobre Agroecologia.

O objetivo é capacitar o estudante para lidar com a complexidade da produção agropecuária

em  todas as suas dimensões e para compreender bem o funcionamento dos ecossistemas
naturais,  com vistas ao desenvolvimento de sistemas produtivos adaptados à realidade de cada
região.

Com isso, a partir desse primeiro material e os posteriores desejo a todos boa leitura e bons
estudos!

Conteúdo programático

Aula 1 -  Sistemas Sustentáveis de Produção

Aula 2 - Fundamentos e princípios da Agroecologia a Ecologia

Aula 3 - Práticas de Base Ecológica: Compostagem e  Vermicompostagem

Aula 4 -  Práticas em Bases Agroecológicas  Controle biológico Biofertilizantes, Defensivos

Alternativos

Aula 5 -  Adubação Verde

Aula 6 - Árvores na Produção Agropecuária

Aula 7 - Sistemas agroflorestais (SAFs) e Seus Consórcios; Quintais Agroflorestais

Aula 8 - Permacultura  

Aula 9 -  Bioconstrução

Aula 10 - Agricultura Urbana

INTRODUÇÃO

Conceito

A Agroecologia é uma ciência que busca desenvolver sistemas agropecuários sustentáveis.

A Agroecologia  surgiu na década 1970 para estabelecer uma base teórica para os tipos de
agricultura que procuram produzir de forma sustentável. Ela busca entender o funcionamento de
agroecossistemas complexos, bem como das diferentes interações presentes nestes.

Fonte:https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-A-Agroecologia-como-
resultado-da-articulacao-entre-as-dimensoes_fig1_322326491

Além de estabelecer os princípios para os diferentes movimentos de agricultura não-convencional,

busca melhorar a qualidade de vida dos agricultores, da comunidade e dos consumidores.

Com a civilização dependente de alimentos, a atividade agropecuária é considerada a base de

produção, mas também os grandes degradadores do ambiente natural, pois utilizam-se, em grande
parte, dos recursos naturais para satisfazer as necessidades presentes e comprometem a utilização
dos mesmos recursos para as gerações futuras.

O Brasil é um grande produtor de alimentos, considerado celeiro do mundo por sua capacidade de
produzir alimentos, ainda pode ser aumentada com a implantação de novas tecnologias e expansão
de novas áreas de plantio.

Quando falamos em expansão de novas áreas de plantio, surge a preocupação de proteger as

florestas, pois a vida na terra depende da natureza.

Neste contexto, a sociedade exige a cada dia profissionais mais comprometidos com as mudanças
sociais e com a conservação ambiental.
A agroecologia precisa ir além da defesa do meio ambiente, sendo necessário conhecer a fundo as
dinâmicas e as relações que ocorrem na natureza, com isso é possível desenvolver meios
sustentáveis nos sistemas de produção agropecuária.
SISTEMAS SUSTENTÁVEIS DE PRODUÇÃO

Conceito

No estudo sobre a Agroecologia, é necessário conhecer o que é sustentabilidade, sendo de

grande importância atenta-se aos impactos na saúde e no meio ambiente, causados pela
produção agropecuária.

Sustentabilidade é a utilização dos recursos naturais para satisfazer as necessidades presentes

sem comprometer a utilização dos mesmos recursos por futuras gerações.

Sistemas sustentáveis de produção são sistemas agropecuários com baixa emissão de carbono;
baixo uso de insumos externos; adequadas ambientalmente e que permitem a manutenção da
produtividade do solo para a atual e futuras gerações.

A sustentabilidade dos sistemas de produção (pecuária, silvicultura e agricultura) podem ser

compreendida como um conjunto de práticas e técnicas que atendam três requisitos principais:

ser economicamente viável;

ser ambientalmente correto;
ser  socialmente justo.

Na criação de agroecossistemas sustentáveis, é favorável encontrar um ponto de equilíbrio entre

criar os sistemas próximos aos ecossistemas naturais, sendo economicamente eficientes. 

A sustentabilidade nos sistemas produtivos leva em conta os seguintes fatores:

Conservar e preservar os solos, evitando a perda de nutrientes e erosão.

Usar a água de maneira a permitir a recarga dos depósitos aquíferos e manter as
necessidades hídricas do ambiente e das pessoas.
Valorizar e conservar a diversidade biológica, que representa toda a riqueza de espécies
existentes numa área.
Garantir igualdade de acesso a práticas, conhecimentos e tecnologias agrícolas, possibilitando
o controle local dos recursos agrícolas.

Exemplo de Sustentabilidade Agropecuária

A Agroecologia como ciência para dar suporte às necessidade de tornar os sistemas de produção
mais sustentáveis, propondo uma valorização dos saberes e dos sabores locais, como alternativa
para proteção da biodiversidade.

O Brasil é o país com maior biodiversidade do mundo, sendo considerada como uma das grandes
riqueza do país.

Exemplo: Fazenda Toca. Itirapina SP.

Por que a Agropecuária Convencional Não é Sustentável

Na agropecuária convencional, em sua maior parte, tende a comprometer a produtividade futura

em favor da alta lucratividade.

O sistema de produção convencional é insustentável devido às práticas existentes dentro destes

sistemas, tais como:

Plantio em Sistema de Monocultura;

Uso intensivo de agrotóxicos;
Uso intensivo de maquinários;
Uso intensivo do solo;
Manipulação genética excessiva (Dependência de variedades especializadas de plantas, da
irrigação, adubação química e agrotóxicos);
A produtividade somente se sustenta com uso de todas essas tecnologias e insumos.

MONOCULTURA
A monocultura é a substituição da vegetação nativa e dos policultivos tradicionais pelo plantio de
uma única espécie ou cultura.

Estes sistemas de monocultivo, são altamente dependente de insumos externos, pouco estáveis no
quesito de sanidade com relação a doenças nos cultivos, com uso intensivo de fertilizantes químicos
e de agrotóxicos para manter os sistemas produtivos.

Antigamente, a seleção de espécies acontecia de acordo com as características desejáveis e

variedades. Contudo, nos últimos anos, a diversidade genética perdeu espaço para a plantação de
monoculturas com semente híbridas que em sua variedade são mais susceptíveis a pragas, mais
vulnerável ao clima e a outros fatores ambientais.

Consequentemente, as pragas e patógenos desenvolveram resistência aos agrotóxicos e aos

mecanismos de defesa da própria planta, necessitando assim contra-atacar com fertilizantes cada
mais mais agressivos.

O fertilizante químico, foi um elemento fundamental no aumento de produção, mas por ser
proveniente da mineração e da indústria de petróleo, é considerado como um recurso limitado
e Influencia o metabolismo das plantas.

Pouco sustentáveis no longo prazo, por depender fortemente do uso de insumos externos para se
manter, além de custo variável com o valor do petróleo, situação muito presente nos dias atuais.
 Fonte: https://eos.com/pt/blog/monocultura-agricola/ 

Uso intensivo de Agrotóxicos

O uso intensivo de agrotóxicos é um questão séria, seja para controle de ervas espontâneas, ou
seja para controle de insetos e doenças que causam danos dentro dos sistemas de cultivo.

Os agrotóxicos são bastante utilizados por diminuírem drasticamente as pragas em pouco tempo.
Entretanto, são perigosos para os consumidores do alimento e também para quem trabalha com
ele, sendo assim prejudicial à saúde.

Fonte: https://www.miltonpadovan.com.br/blog/monocultura/

O problema é maior ainda, pois além do impacto dentro do sistema produtivo, estes produtos
causam efeitos fora do espaço de cultivo, causando danos ambientais, com a contaminação do solo,
rápida lixiviação para os rios e poluição das águas que os animais e nós mesmos consumimos. 

Podemos considerar ainda  que somente os alimentos livres de agrotóxicos são realmente seguros.

Uso intensivo de Maquinários

Uso intensivo de maquinários nos agroecossistemas cultivados, causam compactação do solo,

impedindo desenvolvimento de raízes, retenção de água no solo, diminuindo a resistência seca
pelas plantas.
 Fonte:  https://www.educabras.com/enem/materia/geografia/agricultura/

Definitivamente, este sistema intensivo de uso de máquina deve ser repensado para que os
sistemas agrícolas atuais possam prosseguir.

Manipulação Genética Excessiva

A manipulação genética, excessiva vem acontece a um bom tempo, a meta, o objetivo sempre a
busca incessante de mais produtividade, atrelada a busca de mais lucro e mais lucro. Mas se
esquecem de pensar na qualidade nutricional do produto, na durabilidade deste produto pós
colheita, na vulnerabilidade ao ataque de insetos e doenças, pois desequilibra todo sistema
metabólico da planta.

Fonte: http://professoralucianekawa.blogspot.com/2015/06/biotecnologia-e-
agricultura.html

É esse o preço que se paga pela manipulação genética exercida, sem levar em conta os demais
fatores.

AGRICULTURAS DE BASE ECOLÓGICA

A Ecologia é uma ciência que estuda as relações dos seres vivos entre si e/ou com o ambiente
e fornece grande contribuição para as práticas produtivas em bases ecológicas.

Veja abaixo alguns estilos de agricultura que sustentam os princípios da agroecologia.

Agricultura  Natural

A agricultura natural, desenvolvida por Masanobu Fukuoka, é compreendida como agricultura do

não fazer nada, isto é de usar o mínimo de insumos e maquinários dentro dos sistemas de cultivo.

Fonte: https://lar-natural.com.br/conheca-o-metodo-fukuoka-ou-agricultura-
natural/

No Brasil tem um livro publicado   em 1995 com nome   Agricultura Natural Teoria e Prática da
Filosofia Verde.

Agricultura Biodinâmica

A Agricultura Biodinâmica é um modelo de agricultura com base ecológica. Esse método foi
criado no de 1924 por Rudolf Steiner e tem como características: o uso de preparados biodinâmicos
(princípios da Homeopatia) e o acompanhamento do calendário astronômico,  levando em conta as
fases da lua para plantar, para fazer os manejos do cultivo, e para colher.
 Fonte: http://cporg-mg.blogspot.com/2017/04/oficina-elabor.html

Agricultura Orgânica

O termo agricultura orgânica foi cunhado pelo Sir Albert Howad em 1925, porém o modelo
ganhou respaldo mundial a partir da década de 1960.

Fonte: https://institutobiofao.org.br/post/agricultura-organica-no-brasil-
como-ela-pode-se-beneficiar-utilizando-biofao
Tem como princípio  a manutenção da fertilidade do solo e equilíbrio da sanidade das plantas com
base na adubação orgânica.

Permacultura

A Permacultura,  criado por Bill Mollison e David Holmgren na década de 1970, é o modelo de
agricultura que engloba o conhecimento tradicional com o científico, de uma forma holística.

Uma das características da permacultura é que trabalham com todos os elementos essenciais para
uma vida sustentável, entre eles as produções agropecuárias, bioconstruções, tratamentos de
resíduos, economia solidária, entre outros.

Fonte: https://chaledemadeira.com/estilo-de-vida/permacultura/

Esse modelo apresenta três principais princípios: cuidar da terra, cuidar das pessoas e a partilha
justa do excedente.

TRANSIÇÃO AGROECOLÓGICA
A transição agroecológica visa a  mudança da produção agropecuária do modelo convencional
para algum tipo de produção em base ecológica.

A  transição do modelo convencional de agricultura para um modelo com base agroecológica tem
como objetivo o aumento da sustentabilidade dos sistemas agrícolas e pecuários.
 Fonte: https://oglobo.globo.com/brasil/educacao/agroecologia-planta-boas-
ideias-colhe-equilibrio-8551359

Esse processo está centrado nas práticas de conservação dos recursos naturais e o bem-estar da
população (agricultores e consumidores).

A transição agroecológica está baseada em três pilares principais:

Realizar a redução e racionalização dos agroquímicos;

Substituição dos insumos químicos por produtos de origem biológica;
Fazer o redesenho dos sistemas produtivos.

Para sucesso da transição agroecológica os agricultores devem estar envolvidos no processo,

devendo-se reduzir ao máximo o uso de poluentes químicos na forma de insumos e otimizar a
produção pelo uso de insumos internos e ciclagem de nutrientes.

Para refletir

A relação entre a agricultura familiar e a agroecologia

Sabe-se que, no Brasil, as propriedades rurais com menos de 1 (um) hectare representam
aproximadamente 70% de todas as propriedades, sendo que aquelas com área maior que 20
(vinte) hectares representam apenas 2%.[Lowder, S. K., Skoet, J. And Singh, S. 2014]

No entanto, muito embora o agricultor familiar represente a grande parcela da realidade rural
brasileira, suas terras, em conjunto, não conseguem alcançar um quarto (25%) quando se
considera a área das terras agricultáveis no Brasil. [IBGE, 2006]

É imprescindível destacar que o modelo de agricultura de produção familiar é responsável

pelo abastecimento de alimentos básicos ao mercado de consumo, dentre os quais a
mandioca, o feijão, o milho, o arroz, o leite, a carne suína e aves produzidas no campo.
FUNDAMENTOS E PRÍNCÍPIOS DA AGROECOLOGIA

A Agroecologia se fundamenta em uma abordagem  científica levando em conta alguns pilares:

Multidisciplinar: orientada  com diferentes áreas do conhecimento (Agronomia, Biologia,

Sociologia e outras ciências/disciplinas), bem como uma  visão sistêmica dos
agroecossistemas e suas relações sociais e culturais.
Respeita e valoriza o saber empírico, ou seja, o saber dos agricultores.
Valoriza  as relações sociais envolvidas nos processos produtivos;
Valoriza a agrobiodiversidade. Ex: sementes crioulas
E busca orientar dentro dos seus fundamentos, uma   forma de fazer   agricultura com base
ecológica.

PRINCÍPIOS DA AGROECOLOGIA
Os princípios da Agroecologia estão baseados nas  multidimensões da sustentabilidade, sendo elas:
 ecológica, econômica, política, social, cultural e ética. Nesse contexto:

Ecológica: leva em conta o cuidado com a fertilidade do solo; a conservação da

agrobiodiversidade; manutenção e conservação da água e dos demais recursos naturais.

Social:  possibilita a equidade na renda; ajuda mútua e cooperativismo; promove a autonomia dos

agricultores; promove a troca de experiência entre os agricultores; e valoriza a produção da
agricultura familiar.

Econômica: promove a viabilidade econômica com níveis ajustado para manter o homem   no
campo e qualidade de vida; possibilita desenvolvimento de mercados com estabilidade, valorizando
os circuitos curtos de comercialização (venda direta ao consumidor e agregação de valor). 

Cultural: reconhece e valoriza o conhecimento popular e tradicional; valoriza a cultura e tradições

locais, relacionadas ao desenvolvimento de sistemas e cultivos agrícolas sustentáveis.

Ética: promove a ética nas relações de trabalho, na comercialização, cuidando da integridade da

família agricultora e  do consumidor final, bem como a qualidade dos alimentos mais saudávéis.

Política: garante o processo de democracia e participação nos diferentes espaços e processos. 

Os níveis dos princípios da agroecologia

A Ecologia como uma forma de ler o ambiente

A Ecologia é a ciência que estuda a interação entre os seres vivos e o ambiente em que vivem.
Esse estudo pode ser dos seres vivos entre si ou com o meio inorgânico ou orgânico de onde fazem
parte.

Fonte:http://aun.webhostusp.sti.usp.br/index.php/2019/08/14/limites-da-
agricultura-tradicional-fazem-da-agroecologia-uma-necessidade/

Ademais, ela também estuda as relações entre os homens e seu meio moral, econômico e social.

É preciso   compreender que as relações naturais e as dinâmicas dentro de um sistema natural

condicionam o desenvolvimento ou não das espécies.

Com base nesse entendimento podemos mais facilmente compreender a ecologia dos
agroecossistemas produtivos e saber como intervir de forma positiva e com menor impacto
ambiental para haver produção agrícola de alimentos.

Exemplo: uma floresta com uma cadeia alimentar formada por produtores (vegetais capazes de
transformar a luz em matéria por meio da fotossíntese), por consumidores e por decompositores,
onde o fluxo de energia segue o seu o caminho.
Fonte: https://fazenda.ufsc.br/descricao-fisica/caracterizacao-da-vegetacao-
nativa-da-fazenda-ressacada/
AGROECOSSISTEMAS

Conceito

Agroecossistemas podem ser definidos com aqueles ecossistemas, naturais ou não, e que
foram modificados pela ação humana para o desenvolvimento de sistemas agrícolas ou
pecuários. que passam então a receber insumos (fertilizantes, agroquímicos) com o objetivos
de produção e comercialização (LOWRANCE; STINNER; THRUPP, 1984).

Para definirmos sustentabilidade de Sistemas Produtivos é preciso entender como funcionam os

agroecossistemas, suas dinâmicas e inter relações.

Entendendo como funcionam os agroecossistemas convencionais, passamos então a estudar como

levar mais sustentabilidade para os agroecossistemas produtivos.

Alguns fatores a observar para analisar agroecossistemas

sustentáveis

Quando analisamos agroecossistemas sustentáveis, para que eles possam ser produtivos e mantido
ao longo do tempo os mesmo devem ter as seguintes características:

Reduzida a dependência de insumos comerciais;

Utilizar recursos renováveis e disponíveis no local;
Enfatizar a reciclagem de nutrientes;
Introduzir espécies que criem diversidade funcional no sistema;
Manter a diversidade, a continuidade espacial e temporal da produção;
Otimizar e elevar os rendimentos, sem ultrapassar a capacidade produtiva do ecossistema
original;
Resgatar e conservar a diversidade genética local;
Resgatar e conservar os conhecimentos e a cultura locais. (CORLETT, 2021, on-line).

Condições para manter sistemas auto sustentáveis:

Usar a água de maneira a permitir a recarga dos depósitos aquíferos e manter as

necessidades hídricas do ambiente e das pessoas.
Valorizar e conservar a diversidade biológica.
Garantir igualdade de acesso a práticas, conhecimentos e tecnologias agrícolas, possibilitando
o controle local dos recursos agrícolas.

Características de agroecossistemas de produção mais sustentáveis

Trabalhar com sistemas diversificados de cultivos;

 Uso planejado e adequado de bio insumos para controle biológico dos sistemas produtivos;
Utilização de máquinas de forma otimizada dentro da produção;
Valorização da diversidade genética de espécies cultivadas varietais e manutenção destas
espécies Ex: milho, soja, trigo.

Exemplo de Agroecossistema Sustentável

A Agroecologia como ciência dando suporte às necessidade de tornar os sistemas de produção mais
sustentáveis.

Exemplo: Fazenda Toca. Itirapina SP.

Fonte: https://fazendadatoca.com.br/fazenda-da-toca-um-case-
internacional-no-combate-as-mudancas-climaticas/
PRÁTICAS DE BASES AGROECOLÓGICAS

Conceito

As práticas de base ecológica compõem um conjunto de técnicas para produção de

bionsumos e manejos produtivos, isso alinhados à produção de alimentos, levando em conta
os princípios da Agroecologia.

As práticas de base ecológica compõem um conjunto de técnicas para produção de bionsumos e

manejos produtivos, isso alinhados à produção de alimentos, levando em conta os princípios da
Agroecologia.

Fonte: https://www.embrapa.br/documents/1354377/1893798/Producao-
Organica-Hortalicas-Francisco-Resende.pdf
COMPOSTAGEM

Conceito

É o processo de decomposição de diferentes resíduos orgânicos, através de processos

fermentativos gerados por microrganismos, tais como as bactérias, fungos e pequenos
animais.

A compostagem é uma técnica simples que pode ser praticada em qualquer quintal.

Um composto bem elaborado possui equilíbrio entre os materiais verdes e os materiais secos, onde
a umidade e a sombra são muito importantes para favorecer a compostagem,

O processo de preparação da compostagem, quando feito de forma errada não obtém os resultados
esperados, por isso é importante a separação dos materiais que podem ser utilizados na fabricação
do composto, necessariamente verdes (ricos em nitrogênio) e secos (ricos em carbono). 

A umidade em excesso prejudica os processos de compostagem. Por outro lado, a  utilização de

cloro favorece e acelera a compostagem.  Na fase termofílica, as bactérias processam a matéria
orgânica aumentam sua temperatura e o composto ficará com a temperatura entre 40 a 65 °C.

Existe mais de um tipo de compostagem que pode ser desenvolvido conforme a disponibilidade de
mão de obra existente.

Compostagem de Leira Estática

Neste tipo de compostagem se fazem as camadas com diferentes resíduos orgânicos, formando as
leiras estreitas e compridas, e é onde o processo de decomposição acontece, sem a movimentação
mecânica dos resíduos. É também conhecida como compostagem termofílica.

Fonte: https://moradadafloresta.eco.br/compostagem/compostagem-
termofilica-em-leiras/
Compostagem em Leiras Removíveis

É o método de compostagem em que são formadas as leiras com diferentes camadas de resíduos
orgânicos. Onde periodicamente são realizadas viradas das leiras, isso para aumentar a aeração e
diminuir a temperatura da compostagem.

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-solucoes-tecnologicas/-/produto-
servico/4581/compostagem-organica

Exemplos: 

Palha de milho, soja, trigo, arroz, feijão ou outros.

Palhada de capins. Exemplo: capim elefante.

Parte aérea de poda de leguminosas, Exemplo: leucena e gliricídia.

Dejeto de animais. Exemplos: aves, caprinos, ovinos, bovino e equinos.

Cinzas de madeira

Pó de rocha basáltica

Maturação da Leira

A leira removível, se bem manejada, pode fazer a compostagem em 60 dias e no máximo 90 dias.
Mas já relatos de leiras estáticas de até 120 dias.

Para saber se o composto está pronto, ele deve estar em temperatura ambiente, bem como deve
ser observado uma coloração escura e estar bem aerado.
Depois de pronto o composto deve ser armazenado em sacos ou a granel, em local seco e com
temperatura amena.

Fonte: https://souresiduozero.com.br/2020/05/serie-compostagem-
legislacao/
VERMICOMPOSTAGEM

Conceito

É o processo de compostagem realizado a partir do consumos de resíduos orgânicos crus ou

em pré decomposição por minhocas altamente especializadas e adaptadas ao consumo dos
materiais citados.

A minhocultura é uma atividade simples e que pode ter a participação de toda a família, onde as
minhocas podem ser utilizadas na alimentação humana, desde que criadas de maneira adequada
para esse objetivo, mas devemos tomar muito cuidado com os predadores das minhocas.

As minhocas especializadas são as minhocas vermelha da califórnia (Eisenia foetida).

Tempo para produção de húmus em escala:

Verão: em 45 dias
Inverno: em 60 dias

Fonte: https://www.embrapa.br/busca-de-
imagens/-/midia/2226001/vermicompostagem

Ciclo reprodutivo
O clico reprodutivo da minhoca e Espécie adequada para produzir vermicomposto leva em
consideração alguns pontos importantes:

A minhoca é hermafrodita, isto é, possui os dois órgão genitais ao mesmo tempo, por isso
podem fecundar e ser fecundados ao mesmo tempo.
Normalmente se reproduz a cada 30 dias em condições ideais de temperatura, umidade e
alimento.
Produz: 3 a 9 minhocas cada cócon ( envoltório protetor dos ovos da minhoca.
Espécie adequada para uso em vermicompostagem: minhocas Californianas

Fonte: https://super.abril.com.br/mundo-estranho/como-e-a-reproducao-
das-minhocas/

Resíduos que podem ser utilizados

Podem ser utilizados diversos resíduos como:

Esterco de bovino, equino, caprino e ovino;

Restos de palhada;
Restos de vegetais de frutas. Cuidado com excesso do uso de frutas cítricas;
Composto orgânico maturado.

Observação.: Não usar materiais ácidos

 Fonte: https://globoplay.globo.com/v/4362292/

Instalações

Local coberto: para evitar excesso de umidade, pois as minhocas respiram pela pele.
Sombreado: O sombreamento pode ser com cobertura de telha acima para que a
temperatura do minhocário fique amena e possibilite o desenvolvimento e reprodução
adequada das minhocas.
Protegido da Chuva.
Canteiros com altura máxima de 40 cm.
Sistema de drenagem do líquido produzido na vermicompostagem

Fonte: https://meioambiente.culturamix.com/natureza/como-fazer-um-
minhocario

Regras do Manejo

Colocar esterco de animais como gado, equino, caprino ou ovino.

Inoculação das minhocas no canteiro.
Solte um litro de minhocas por m² (igual a ± 1.000 minhocas por m²).
Cobrir canteiro com palha seca.
Coleta do vermicomposto: basta pegar um saco de batata e encher de esterco de gado dentro
e deixar sobre o canteiro por 3 dias.

Fonte: https://brotei.com.br/produtos-e-servicos/humus-de-minhocas/
CONTROLE BIOLÓGICO

Conceito

O controle biológico consiste no uso de microrganismos (bactérias, fungos e vírus) para

controlar insetos e doenças nas culturas.

O controle biológico é potencializado com o redesenho da produção em bases ecológicas, inspirado

em algumas relações ecológicas e cadeias alimentares

Muitos insetos predadores são utilizados no controle biológico de pragas,  adotado em diversos
países do mundo. Por exemplo, e  possível utilizar vespas para serem utilizadas como controle
biológico.

Por isso a importância em considerar o equilíbrio do solo e da parte aérea dos cultivos agrícolas,
isso em pequena, média e grande escala. Dessa forma, possibilitamos o desenvolvimento da
agricultura de base ecológica.

Fonte: https://maissoja.com.br/vantagens-e-limitacoes-da-utilizacao-de-
beauveria-bassiana/

Fungos e bactérias para Controle Biológico

Trichoderma – controlador de doenças de solo e de germinação de plantas.

Bacilus subtilis – controle de doenças foliares em plantas, atuando também na melhora da

resistência às doenças criando biofilme sobre folhas.

Bacillus thuringiensis – Controle da lagarta de cartucho em milho e controle de lagarta em

hortaliças.

Metarhizium anisopliae - controle de larvas de raízes, como as da vaquinha do milho e cigarrinha

das pastagens.
Microrganismos eficiente - comunidade de microrganismos fungos, bactérias e leveduras, atuam
no controle de doenças de solo e partes áreas foliares em todas as culturas agrícolas.

Recomendações de Aplicação

Algumas recomendações sobre a aplicação de bionsumos:

A aplicação deve ocorrer no início de madrugada, manhã ou final de tarde, isso quando a
umidade relativa do ar é mais alta e existe baixa incidência de sol.
Os equipamentos de aplicação devem ser exclusivos para esse uso.
Não deve ser feita a aplicação de fungicidas nas áreas com uso de microrganismos.
Deve-se usar calda adesiva de origem vegetal a base de palma forrageira.

Manutenção dos microrganismos nas áreas de cultivo

Para que as aplicações sejam efetivas, devemos seguir algumas recomendações:

Ter nos sistemas de cultivos barreiras de quebra vento;

Não deve ser feita a aplicação de fungicidas nas áreas com uso de microrganismos;
Ter bons níveis de matéria orgânica no solo;
Aumentar os níveis de matéria orgânica do solo.

BIOFERTILIZANTES
Os biofertilizantes são produzidos a partir da fermentação dos resíduos orgânicos e minerais,
sendo os mais comuns produzidos em forma líquida.

Eles são utilizados por possuírem repletos microrganismos benéficos que nutrem as plantas e ainda
combatem as pragas.

Esses compostos bioativos são derivados da decomposição da matéria orgânica, sendo produzido
por microrganismos aeróbios, anaeróbios e fermentados.

Os biofertilizantes podem ser anaeróbios e aeróbios e podem ser produzidos pelo próprio produtor.

Os  biofertilizante aeróbio é  produzido a partir de microrganismos que necessitam de oxigênio

para viver, possuindo uma fabricação simples, por não necessitar o controle de contato da
substância com o ar. Além de  baixo custo por utilizar muitos resíduos presentes na produção
agropecuária e de rápido preparo. 

Existem muitas fórmulas de biofertilizantes, dentre entre eles, dois são muito conhecidos dentro da
agricultura orgânica: um deles seria o supermagro e o outro seria o húmus líquido.
 Fonte: http://oextensionista.blogspot.com/2014/06/biofertilizantes.html

Supermagro Anaeróbico

É um biofertilizante super nutritivo que dentre seus componentes de microrganismos tem Bacilus
substilis.

Fonte: http://bibliotecadigital.fia.cl/bitstream/handle/20.500.11944/146445/

Insumos:

Tambor de 200 litros de plástico com tampa

20 kg de esterco fresco de bovinos
10 kg de húmus de minhoca peneirado
8 litros de leite ou soro de leite
4 kg de açúcar mascavo
1 kg de farinha de osso
1 kg de pó de rocha basáltica
Completar com 120 litros de água

Tempo de maturação: 120 dias

Dosagem de uso: Diluir a 5% ou 1 litro para 20 litros de água, para uso em fruteiras, culturas de
grãos e hortaliças não folhosas.

Vermicomposto líquido

Vermicomposto líquido é um biofertilizante nutritivo e com diversidade biológica de

microrganismos.

Fonte: https://www.organicsnet.com.br/humus-liquido-alternativa-para-uso-
da-agricultura-organica/

Como fazer:

Tambor de 100 litros

20 kg de vermicomposto
80 litros de água
1 Compressor de aquário

Tempo de fermentação: 24 horas

Dosagem: aplicar foliar a 5% ou 1 litro para 20 litros de água, para uso em hortaliças não
folhosas, fruteira

DEFENSIVOS ALTERNATIVOS
Os defensivos alternativos compõe um grupo de produtos que podem ser usados para controlar
insetos e doenças dentro dos sistemas de produção de base ecológica.
 Fonte:https://www.editoraufv.com.br/produto/defensivos-alternativos-e-
naturais-4-edicao/1109667

Alguns exemplos de defensivos alternativos:

Água de vidro
Água de neem
Bicarbonato de sódio
Calda de Leite a 5%
Urina de vaca
Plantas repelentes
Preparados com sabão

Água de Vidro

A água de vidro é um composto de cinza e cal, sua reação em água forma um silicato de potássio
e que promove resistência a doenças causadas por insetos, além de deixar as plantas mais
tolerantes a frio e seca.
 Fonte: http://oextensionista.blogspot.com/2017/01/agua-de-vidro.html

Como fazer:

Tambor de 100 litros

1 kg de cinza seca, peneirada
4 kg de cal
95 litros de água

Tempo de preparo: 24 horas

Dosagem de uso: 250 ml para 20 litros de água para uso em hortaliças, frutíferas e culturas de
grãos.

Calda de Leite a 5%

É uma fonte de cálcio e outros minerais. A calda de leite a 5% pode ser utilizada para controle oídio
em diversas culturas.

Como fazer:

1 litro de leite
20 litros de água
Misturar e aplicar a solução sobre as plantas atacadas.

Bicarbonato de Sódio

O bicarbonato atua como fungicida para diversas culturas, controlando o oídio, a ferrugem, o míldio
e a fumagina.

Como fazer:

100 gramas de bicarbonato de sódio

10 litros de água
Misturar o bicarbonato na água e está pronto para aplicar foliar sobre as plantas.
ADUBAÇÃO VERDE

Conceito

A adubação verde é um método de uso de plantas (apenas uma ou consórcio) em sistemas

de cultivo que permite a ciclagem de nutrientes.

A adubação verde utiliza o benefício das plantas em fornecer matéria orgânica e fixar nitrogênio no
solo.

As plantas leguminosas são, em geral, boas para a adubação verde devido  sua capacidade na
produção de biomassa e pela associação de micorrizas que fixam nitrogênio no solo.

Os adubos verdes podem ser semeados para o preparo de um solo a ser utilizado posteriormente e
as sementes podem ser produzidas na propriedade.

Dessa forma, fazendo o plantio de espécies anuais ou perenes permite-se a ciclagem de nutrientes
e outros benefícios, decorrentes do uso destas plantas.

Fonte: https://institutoagro.com.br/adubacao-verde/

Outros benefícios da Adubação Verde

Combate a erosão do solo;

Fixação biológica de nitrogênio;
Manutenção e aumento da fauna (sendo benéfica para bactérias, fungos e outros
microrganismos);
Aumento e conservação da matéria Orgânica;
Promotor de equilíbrio térmico do solo;
Redução e combate a compactação do solo;
Efeito inibidor de germinação e desenvolvimento de plantas benéficas.
Espécies que podem serem usadas para a Adubação Verde
Podem ser usadas como adubação verde as plantas anuais de cultivo (aquelas culturas que são
plantadas anualmente), tais como: aveia, nabo forrageiro, ervilhaca, crotalária, mucuna, tremoço,
centeio, milheto, trigo, sorgo e milho.

Aveia Preta (Avena strigosa)

É uma cultura de inverno.

Quantia de semente por hectare: 60 a 70 kg

Massa verde: 20 a 30 toneladas por hectare.

Produção: 3 a 8 toneladas de matéria seca por hectare.

Fonte: https://pirai.com.br/produto/aveia-preta/

Nabo forrageiro (Raphanus sativus)

Cultura de inverno.

Quantia de semente por hectare: 15 a 20 kg

Massa verde: 20 a 30 toneladas por hectare

Produção: 2 a 3 toneladas de matéria seca por hectare

 Fonte: https://abelha.org.br/nabo-forrageiro-embrapa-alimento-para-
abelhas

Tremoço (Lupinus albus)

Cultura de inverno

Quantia de semente por hectare: 60 a 70 kg

Massa verde: 20 a 30 toneladas por ha

Produção: 2 a 3 toneladas de matéria seca por ha

Fixação biológica: 60 a 90 kg/ha

Fonte: https://pirai.com.br/produto/tremoco-branco/

Crotalária (Crotalaria juncea)

Cultura de verão

Quantia de semente por hectare: 25 a 35 kg

Massa verde: 40 a 50 toneladas por hectare

Produção: 2 a 3 toneladas de matéria seca por hectare

Fixação de nitrogênio: 300 a 450 kg/ha

Fonte: https://pirai.com.br/produto/crotalaria-juncea/

Feijão Guandu (Cajanus cajan)

Cultura de Verão

Quantia de semente por hectare: 40 kg

Massa verde: 20 a 40 toneladas por hectare

Produção: 10 a 15 toneladas de matéria seca por hectare

Fixação biológica de nitrogênio: 90 a 180 kg

 Fonte: https://www.tropicalforages.info/text/entities/cajanus_cajan.htm

Como fazer o manejo da Adubação Verde

A época de fazer o manejo das culturas para adubos verdes: floração

O manejo com trator e um rolo faca, ambos são equipamentos com lâminas e acabam derrubando
a cultura a ser usada como adubo verde.
Fonte: https://www.epagri.sc.gov.br/index.php/2020/09/02/para-que-serve-
o-rolo-faca-conheca-esse-equipamento-usado-no-sistema-de-plantio-direto/
ÁRVORES NA PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA

Conceito

As árvores na agropecuária permitem tornar os sistemas produtivos resilientes,

potencializando todas ações seja a nível de ecologia, químico. Além de uma atividade com
uma maior abrangência de gerar renda.

As árvores são fontes de fornecimento de matéria-prima, utilizadas na produção de itens utilizados

no dia-a-dia das pessoas, tais como lenha para aquecer um forno ou tábuas para indústria
moveleira.

Ainda são responsáveis pela conservação e enriquecimento do solo e ajudam na prevenção contra
erosões, desmoronamentos e assoreamento.

Sendo assim, os serviços ambientais realizados pela natureza, incluindo as árvores, são úteis
para os seres humanos. 

Algumas características importantes das árvores para uso na Agropecuária:

Com adaptação ao climática e condições de solo do local;

Contribuam com a diversidade de vida no local, o que facilita o equilíbrio ecológico;
Facilitem a infiltração da água no solo, abastecendo lençóis freáticos;
Rápido crescimento para fazer sombreamento;
Tolerância a pragas e doenças;
Capacidade de aumentar a fertilidade das camadas superficiais do solo;
Copa alta e não muito fechada;
Produzam madeira de qualidade; e
Com folhas que não caiam na época seca.

Através da análise de elementos, podemos definir se um plantio de árvores pode ser considerado
somente um plantio ou servir de barreira para quebra-ventos, ser um pomar, abrigar um apiário,
promover sombra e outras múltiplas funções. 

Espécies de Árvores com potencial de uso

Acácia (Acacia mangium)

Acácia negra (Acacia mearnsii)
Bracatinga (Mimosa scabrella)
Eucalipto (Eucalyptus spp.)
Gliricídia (Gliricidia sepium)

SISTEMA SILVIPASTORIL
É um sistema de produção onde os componentes, são as árvores associados a pastagens para
produção de madeira,carne e leite.

Este sistema permanece produtivo por mais tempo, o que reduz a pressão para desmatar novas
áreas.

Gera serviços ambientais e proporciona aumento e diversificação da oferta de alimentos para os

animais.

Fonte: https://www.ufsm.br/pet/agronomia/2016/08/08/o-uso-do-sistema-
silvipastoril/

Características:

Potencialização a ciclagem de nutrientes;

Aumentar a diversidade microbiológica no solo;
Propiciar um microclima diferenciado, com maior umidade relativa do ar e reserva de água no
solo.
Condições climáticas melhores para produção agropecuária, propiciando bem estar animal;
Propiciar sistemas com diversificação de culturas e criações animais, tornando áreas mais
produtivas;
Maior valor agregado, maior renda por hectare;
Maior bem estar animal.

Sistema Silvipastoril com Gado de Leite

Sistema silvipastoril em Xanxerê (SC)

Pasto sombreado
Pastagem anual áries
Sobressemeadura de aveia e trevo no inverno
Benéfico para o solo
Para a produção e a qualidade da forragem
Conforto térmico para animais.
SISTEMAS AGROSSILVIPASTORIS
Sistemas agrossilvipastoris  são sistemas de cultivo que integram, em uma mesma área,
árvores, espécies agrícolas, pastagem e animais, combinando o plantio de árvores associados à
produção animal e produção de grão em um único espaço, intercalando as atividades em períodos
diferentes no tempo em uma mesma área.

Fonte: https://www.ecodebate.com.br/2021/09/01/integracao-lavoura-
pecuaria-floresta-ilpf-tem-menores-perdas-de-solo-e-agua/

Culturas de Grão Apropriadas para Sistemas Agrossilvipastoris

Soja
Milho
Arroz de sequeiro
Sorgo
Girassol

Exemplo de Sistema Agrossilvipastoril Orgânicos

Sistema 1: Eucalipto, gado de corte e Soja

Sistema 2: Eucalipto, gado de corte e arroz de sequeiro

Fonte: https://www.beefpoint.com.br/sistema-agrossilvipastoril-
rentabilidade-e-sustentabilidade-evolucao-do-projeto-mogiguacu/
SISTEMAS AGROFLORESTAIS

Conceito

São sistemas de produção onde aliam plantio de árvores para produção de madeira e frutas,
associado ao uso de plantas adubadeiras, e culturas anuais para produção de grãos.

Consideram-se os sistemas de cultivos biodiversos, cultivando diversas plantas ocupando diferentes

extratos, isto é, diferentes patamares de altura em uma mesma área.

Fonte:https://www.sitiosemente.com/?lightbox=dataItem-keincwu0

Por que optar por cultivo em Sistemas Agroflorestais

Diversidade biológica de plantas, gera diversidade biológica de insetos e microrganismos

benéficos;
Menor incidência de desequilíbrios dos cultivos;
Manutenção e elevação da fertilidade do solo;
Maior rentabilidade por ha, e com constância no decorrer do ano.

Sistemas Agroflorestais Sucessionais

A sucessão ecológica é o nome dado ao processo que conduz a sequência de comunidades que
colonizarão um ecossistema até atingir o seu clímax.

Sistemas Agroflorestais Sucessionais são desenvolvidos com base na sucessão de desenvolvimento

do sistema, comparativo aos estágios de uma floresta. Procuram imitar os ecossistemas naturais.
 Fonte: http://biolabore.org/site/noticia/sistema_agroecologico

Estratégias de Sistemas Agroflorestais

Para diminuir a competição entre as plantas de um sistema agroflorestal deve-se escolher espécies

de diferentes tamanhos e ciclos de vida.

São sistemas mais produtivos, devido aos estímulos de manejo e mais rentáveis inicialmente, e a
médio e longo prazo.

O planejamento das espécies escolhidas deve-se levar em consideração também uma visão mais
comercial.

Os manejos de poda e limpeza da vegetação espontânea é realizada sem muita seletividade, onde
as culturas implantadas são as priorizadas no cultivo e manejo.

O manejo é uma parte importante de qualquer produção agrícola, pois tem o objetivo de realizar
correções a situações ofensoras que possam impactar na produção.

A capina é um método utilizado para a limpeza de áreas onde crescem plantas não desejadas, este
é um método manual que geralmente é utilizado por pequenos produtores que cultivam em
pequenas áreas. A prática da capina é comum, porém pode causar danos às plantas, pois  pode
expor as raízes das plantas ao sol e também eliminar a matéria orgânica do solo que auxiliam na
manutenção e presença de vida de microrganismos benéficos.

Características Desejáveis a um Sistema Agroflorestal

Desenvolvido com base estratégia de obtenção de receitas a curto, médio e longo prazo.
Exemplo: Um sistema, que produz hortaliças, frutas e madeira;
Sistemas que tenham um uma boa quantia de plantar adubadeira para sustentar o sistema a
médio e longo prazo. Ex: capim elefante, margaridão.
Escolha de espécies que armazenam água dentro do sistema. Ex: Bananeira
Escolha de plantio de culturas que tenham bom valor agregado de venda;
Escolha de culturas que tenham venda no mercado local, regional.
Consórcios em Sistemas Agroflorestais

Algumas plantas são importantes no início da colonização por possibilitarem que outras plantas
mais exigentes possam se desenvolver, sendo que as  primeiras plantas com a capacidade de
habitar ambientes com condições menos favoráveis são chamada de colonizadores.

O SAF em Jaguaré-ES é uma organização dos cultivos de seringueira, cafeeiro, conilon, bananeira,
cacaueiro e pimenta-do-reino no sistema.

Fonte:
https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/123456789/3011/1/BRT-
sistemasagroflorestais-saf-sales.pdf

Cafeeiro com Teca, produção de café e madeira.

Fonte:
https://biblioteca.incaper.es.gov.br/digital/bitstream/123456789/3011/1/BRT-
sistemasagroflorestais-saf-sales.pdf

Quintal Agroflorestal

Quando pensamos em agroflorestas, imaginamos grandes áreas plantadas, geralmente de

propriedade de grandes empresas e produtores, mas é possível sim possuir uma agrofloresta no
quintal de casa, conhecidos como quintais florestais, ocupam menor espaço e é de fácil controle
das famílias.

O quintal agroflorestal é o cultivo de várias plantas integradas, incluindo agrícolas e árvores, em

local pequeno próximo à casa.

Quintais agroflorestais, são sistemas de cultivo que utilizam princípios dos sistemas
agroflorestais
Cultivos e micro escala
Com maior diversificação de espécies comestíveis
Locais de cultivo próximo das residências.

Fonte: https://assecom.ufersa.edu.br/2017/11/24/projeto-de-extensao-
incentiva-a-preservacao-do-meio-ambiente-com-o-cultivo-de-quintais-
agroflorestais/

Exemplo de Quintal agroflorestal

Quintal agroflorestal com café, banana, margaridão e frutas nativas em Curitiba (PR).

Fonte: https://daquitandinha.com.br/o-que-sao-quintais-agroflorestais/

Cercas Vivas
Cercas vivas, são plantio de determinadas espécies em linha no contorno dos cultivos a fim
delimitar os espaços de cultivo. São manejadas com podas para manter-se a determinada altura.
Ex: Cerva viva com sansão do Campo

Fonte: http://www.realpecuaria.com.br/detalhes-do-produto?id=38

Quebra Vento

Quebra ventos são plantios em linha, plantas de diferentes alturas, que permitem reduzir o impacto
do vento sobre as áreas de cultivo, reduzindo perda de água no sistemas, controlando entradas de
insetos e doenças nos cultivos.

Uma característica desejável das árvores para compor quebra-ventos:

Altas;
Com raízes profundas;
Que balançam, mas não caem.

Fonte: https://www.miltonpadovan.com.br/blog/quebra-ventos/
PERMACULTURA

Conceito

A Permacultura é um sistema de desenho de ambientes humanos sustentáveis.

Hoje a permacultura tem um conceito ampliado que vai muito além da agricultura, constituindo no
planejamento e execução de ocupações sustentáveis, com ciclos fechados de reutilização de
recursos. Exemplo: coleta da água da chuva, reutilização das águas cinzas.

Foi conceituada por agricultura permanente, teve sua origem por Bill Mollison e David Holmgren em
1974. Este estilo de agricultura chegou ao Brasil em 1990, com a vinda de Bill Mollison ao Rio
Grande do Sul.

Fonte: https://www.ruralcentro.com.br/analises/a-permacultura-e-como-
utiliza-la-na-agricultura-organica-6144

Ética da Permacultura

Cuidado com a Terra - entende-se todas as relações que existem com uso da terra como
habitações humanas; produção de alimentos, de animais e outros para manutenção da vida
humana de forma sustentável.

Cuidado com as pessoas - cuidar das relações humanas, estabelecer relações sustentáveis e
possibilitem às pessoas viver em harmonia.

Partilha justa - Partilha significa distribuir de forma justa alimentos, recursos financeiros,
estabelecendo relações de mercado com maior reciprocidade entre as pessoas.

Princípios Permacultura

1. Observe e interaja

2. Capte Energia e Armazene

3 Obtenha Rendimento

4. Pratique auto regulação e aceite feedback

5. Use e valorize os serviços e recursos renováveis

6. Não Produza desperdícios

7. Design partindo dos Padrões

8. Interagir e não segregar

9. Use soluções pequenas e lentas

10. Use e Valorize a diversidade

11. Use as bordas e valorize os elementos marginais

12. Reaja Criativamente as mudanças

Design Permacultural

O design tem relação com a alocação dos recursos como se constrói o planejamento das ações
técnicas, econômicas e relações com espaços habitados.

É importante que este design seja planejado sempre levando em conta as premissas da
permacultura, mas sempre levando em conta as características do ambiente que se está
interagindo.

Os elementos do sistema são todas as estruturas (casa, curral, cerca viva, galpão, cisterna,
estradas etc.) ou produções (pomar, horta, galinheiro) que são importantes para o permacultor.

Fonte: https://foodforum.co/o-mundo-sob-o-vies-da-permacultura/

Padrões Naturais

Padrões naturais são formas de observar como na natureza evolui e se desenvolve, como são os
comportamentos de desenvolvimento dos meios naturais.
Observar esses padrões naturais, auxilia a desenvolver e estudar para planejar as ações e também
nos ensina sobre fechar ciclos de reciclagem dos recursos naturais.

Entenda como trabalhar os recursos à nossa volta,

São exemplos de padrões naturais: 

As nervuras de uma folha;

A hidrografia de uma região;
O ninho de uma ave.

Efeitos de Borda

O efeito de borda pode ser evidenciado e representado como aquele efeito interações do
ambiente externo da propriedade sobre as áreas que margeiam a propriedade, criando uma
interação entre os distintos ambientes.

Podem ser considerados locais de amortização de impactos diversos que possam vir do meio
externo à propriedade, propiciando a manutenção do equilíbrio para evitar impactos com centro do
espaço.

Exemplo: área limite de cerca viva ou quebra vento de uma propriedade e que faz divisa com área
de lavoura de um vizinho.

PLANEJAMENTO POR ZONAS E SETORES

O planejamento de zona e setores é uma forma de estruturar e delimitar espaços, a fim de
priorizar os elementos de uso mais intenso próximo a casa.

O planejamento por setores envolve as energias que vêm de fora do nosso sistema e o atravessam
sem poderem ser evitadas, apenas amenizadas.

Devemos começar a definir a localização pelos elementos com maior necessidade de visitação, pois
eles devem estar mais próximos para reduzir os gastos energéticos de deslocamento.

Zona 0 e Zona 1

Zona 0: local onde da casa;

Zona 1: Ao redor da casa onde desenvolvem atividades de fluxo mais intenso e de usos.

Exemplo: minhocário, horta, pequeno pomar, círculo de bananeira, bacia de evapotranspiração.

 Fonte:https://fsm2009amazonia.org.br/permacultura/

Zona 2

Neste local se mantém a intensidade dos usos, com pomar, açudes e cultivos de produção
intensiva. ainda pode abrigar animais de pequeno e médio porte.

Fonte: https://wribrasil.org.br/pt/blog/2019/10/ciencia-mostra-vantagens-
de-sistemas-agroflorestais-e-plantios-mistos-para-restauracao

Zona 3 e Zona 4

Zona 3: Distante da casa pode ser um lugar para criação de animais de médio e grande porte.
Pode ter o plantio de árvores nativas.

Zona 4: Local onde tem árvores de grande porte e que podem ser manejadas..
 Fonte: https://www.researchgate.net/figure/Figura-3-Sistema-
agrossilvipastoril-com-bovinos-denominado-Montado_fig3_340236638

Zona 5

Zona sem interferência alguma, local de observar e conservar o ecossistema natural.

Fonte:http://www.projetoentreserras.com.br/2012/10/mata-atlantica-
ecossistema-3-mata-de.html
BIOCONSTRUÇÃO

Conceito

São construções desenvolvidas a partir de materiais naturais, de baixo impacto ambiental,

em sua maior parte sendo o principal o uso da terra crua, pedra, bambu e madeira, criando
assim habitações sustentáveis.

As bioconstruções devem utilizar recursos naturais locais e renováveis que permitam a

construção de instalações que sejam saudáveis e climaticamente confortáveis.

Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/haus/sustentabilidade/saiba-o-
que-e-bioconstrucao-e-como-utiliza-la-na-sua-obra/

Conheça algumas técnicas de bioconstrução desenvolvidas no Brasil

Tijolo de Adobe

Composto de uma mistura de terra, normalmente retirada do local da construção, misturado com
fibras vegetais e água e moldados em formas, depois deixado secar até passar por processo de
cura de 30 dias em média.
 Fonte: https://masseraocobogo.wordpress.com/2020/08/21/metodos-
construtivos-alternativos-vol-ii-adobe/

Pau a Pique

Estrutura entremeada de bambu ou madeira que dá suporte para segurar a terra na parede.

Fonte:https://www.projetoviramundo.com/single-post/2017/05/30/pau-a-
pique-e-t-c3-a9cnicas-similares

Hiperadobe

Técnica de construção utilizado sacos raschel estreitos e logo preenchidos com terra e compactados
manualmente.
 Fonte: https://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/permacultura/hiperadobe-
pintura-tinta-sp/

Solo Cimento

Técnica de construção utilizando terra, cimento e usando uma prensa hidráulica que dá forma aos
tijolos.

Fonte:https://revistaadnormas.com.br/2019/09/17/os-ensaios-em-tijolos-
de-solo-cimento
SANEAMENTO ECOLÓGICO

Conceito

O Saneamento Ecológico tem como enfoque principal o aumento da disponibilidade hídrica

pela economia de água, a proteção dos recursos hídricos pelo não lançamento de esgoto –
tratado ou não – nos cursos de água, possibilitando a reutilização racional de todos os
nutrientes presentes nas excretas (Winblad & Simpson-Hérbert, 2004)

Círculo de Bananeiras

Consiste em um buraco aberto onde no centro são colocadas primeiro madeiras bem grossas
cortadas, depois madeiras mais finas e por fim folhas ou serragem. Ao redor do buraco são
plantadas as bananeiras que auxiliam a filtrar e reter a água que chega por um cano no centro do
buraco.

Fonte: http://www.ambientaldaterra.com.br/wp-
content/uploads/2016/06/Circulo-daterra.jpg

Jardins Filtrantes

Este sistema de tratamento é utilizado para tratar águas negras. Consiste em pré filtro para reter
os sólidos e um tanque com meio filtrante de pedra, areia e plantas.
Fonte: https://sitiodamata.com.br/blog/dicas/jardim-filtrante-conheca-o-
estilo-e-beneficios/
AGRICULTURA URBANA

Conceito

A agricultura urbana é um sistemas de produção de alimentos de origem vegetal em áreas

urbanas, que compreende: hortas verticais, fazendas urbanas.

As práticas de agricultura urbana propiciam:

Reciclagem de resíduos sólidos orgânicos

Polos de produção de alimentos orgânicos
Reutilização de espaços em desuso e sem uso específico.
Geração de emprego e renda
Segurança Alimentar
Suprir parte da demanda de alimentos em áreas urbanas.

Fonte: https://outraspalavras.net/outrasmidias/agricultura-urbana-as-
potencias-e-o-risco/

Reutilização de espaços sem uso

Usar terrenos em desuso ou sem uso específico, com a devida autorização do dono do espaço.
 Fonte: https://www.ibahia.com/salvador/detalhe/noticia/horta-urbana-
terreno-vira-espaco-para-arvores-frutiferas-e-leguminosas-na-pituba/

Práticas de Agricultura Urbana

A agricultura urbana ajuda a resolver o problema do lixo urbano por promover a compostagem dos
resíduos orgânicos.

A reciclagem de resíduos sólidos orgânicos é uma possibilidade, de transformar resíduos produzidos

na cidade, transformando em adubo orgânico, através da compostagem e de minhocário, para uso
nas hortas urbanas.

Os polos de produção de alimentos orgânicos, possibilitam desenvolver a atividade de produção de

alimentos orgânicos, com diversidade de plantas em pequena e média escala.

https://www.menos1lixo.com.br/posts/projetos-de-compostagem-urbana-
pra-inspirar

Geração de Emprego e Renda

Os polos de produção de alimentos orgânicos possibilitam diversificar formas de cultivo e espécies
vegetais que são onde de alimento, sendo que este alimentos produzidos podem ser a fonte de
renda principal de uma família e ou de uma renda extra.

Fonte:
https://diariodonordeste.verdesmares.com.br/opiniao/colunistas/alexandre-
queiroz-pereira/agricultura-urbana-e-o-desafio-de-alimentar-as-populacoes-
metropolitanas-1.3143258
SEGURANÇA ALIMENTAR

Conceito

A segurança alimentar possibilita às famílias que elas possam ter acesso a uma
diversidade de vegetais para alimentar-se e nutrir-se, garantindo assim a mais pessoas o
acesso a alimentação saudável, diversificada e de qualidade.

A agricultura urbana, pode ser parte da produção de alimentos para atender o consumo da
população urbana, entende se que há vários espaços subutilizados na cidade, muitas vezes sem
uso útil e que pode ser a possibilidade de criar pequenas hortas e em diferentes lugares da cidade,
desenvolvendo assim uma produção para atender o comércio local.

Fonte: https://www.curitiba.pr.gov.br/noticias/centesima-horta-urbana-da-
cidade-fica-no-futuro-bairro-novo-da-caximba/57750

Exemplo:

Cidades Sem Fome

1. A Cidade Sem Fome transforma terrenos públicos e particulares em hortas comunitárias.

2. Projeto Hortas escolares
3. A primeira meta deste projeto é facilitar o acesso a alimentos saudáveis, prevenir a
desnutrição e a deficiência alimentar de crianças em regiões com vulnerabilidade social para
lhes garantir a boa saúde.
4. Desenvolvimento de estufas agrícolas mais baratas;
5. Projeto Pequenos Agricultores Familiares
RESUMO

O que é Agroecologia?

É uma ciência que fornece os princípios ecológicos básicos para o estudo e tratamento de
ecossistemas tanto produtivos quanto preservadores dos recursos naturais, e que sejam
culturalmente sensíveis, socialmente justos e economicamente viáveis, proporcionando
assim, um agroecossistema sustentável. A abordagem agroecológica da produção busca
desenvolver agroecossistemas com uma dependência mínima de insumos agroquímicos e
energéticos externos.

Quais são os princípios básicos da Agroecologia?

1. Conservar e ampliar a biodiversidade dos ecossistemas tendo em vista o estabelecimento

de numerosas interações entre solo, plantas e animais, ampliando a auto-regulação do
agroecossistema da propriedade.
 

2. Assegurar as condições de vida do solo que permitam a manutenção de sua fertilidade e o

desenvolvimento saudável das plantas, por meio de práticas como:

Cobertura permanente do solo (viva ou mülching)

Adubação verde,

Proteção contra os ventos,

Práticas de conservação do solo (controle da erosão),

Rotação de culturas,

Consorciação de culturas,

Cultivo em faixas, entre outras.

3. Usar espécies ou variedades adaptadas às condições locais de solo e clima, minimizando

exigências externas para um bom desenvolvimento da cultura.

4. Assegurar uma produção sustentável das culturas sem utilizar insumos químicos que
possam degradar o ambiente, fazendo uso da adubação orgânica, de produtos minerais
pouco solúveis (fosfato de rocha, calcário, pó de rocha, etc) e de um manejo fitossanitário
que integre as práticas culturais, mecânicas e biológicas para o controle de pragas e doenças.

  5. Diversificar as atividades econômicas da propriedade, buscando a integração entre elas

para maximizar a utilização dos recursos endógenos e assim diminuir a aquisição de insumos
externos à propriedade.
 6. Favorecer a auto-gestão da comunidade produtora respeitando sua cultura e estimulando
sua dinâmica social.

Como os consumidores podem contribuir para o avanço da

agricultura agroecológica?
Divulgando, aos seus amigos e parentes, como o sistema agroecológico produz alimentos
saudáveis e com alto valor biológico, que muito contribuem para uma ótima saúde do
consumidor, ao mesmo tempo em que recupera e conserva os recursos naturais e promove o
desenvolvimento sustentável da comunidade rural.
ESTUDO DIRIGIDO

RESPONDA EM SEU CADERNO

1. Qual a relação entre agroecologia e agricultura orgânica?

2. Quais as boas práticas de bases agroecológicas?

3. Como são tratados os aspectos sociais e econômicos nos sistemas de produção

sustentáveis?
GLOSSÁRIO

Ambiente -  Tudo o que está ao redor de um organismo: outros seres vivos (vegetação,
animais, microrganismos) e as condições físicas (temperatura, ar, água, solo e outros),
incluindo os poluentes. Este termo é melhor utilizado independente de ‘meio’, para evitar
redundância.

Bioma -  Amplo conjunto de ecossistemas terrestres caracterizados por tipos fisionômicos

semelhantes de vegetação, com diferentes tipos climáticos. É o conjunto de condições
ecológicas de ordem climática e características de vegetação: o grande ecossistema com
fauna, flora e clima próprios. 

Biomassa -  Quantidade de matéria orgânica presente num dado momento numa

determinada área, e que pode ser expressa em peso, volume, área ou número.

Biosfera -  É o ambiente global onde existe vida, engloba todos os biomas, paisagens,
ecossistemas, comunidades e populações.

Clorofila - Pigmento existente nos vegetais, de estrutura química semelhante à hemoglobina

do sangue dos mamíferos, solúvel em solventes orgânicos. Capta a energia solar para
realização da fotossíntese.

Compostagem -  Técnica de elaborar mistura fermentada de restos de seres vivos, muita

rica em húmus e microorganismos, que serva para, uma vez aplicada ao solo, melhorar a sua
fertilidade.

Decompositores -  Organismos que transformam a matéria orgânica morta em matéria

inorgânica simples, passível de ser reutilizada pelo mundo vivo. Compreendem a maioria dos
fungos e das bactérias. 

Diversidade - Variabilidade; existência de diferentes formas em qualquer nível ou categoria.

Há uma tendência de associar diversidade com o nível macro (exemplo: diversidade de
espécies ou diversidade de flores).

Ecossistema - É  o conjunto de todas as comunidades (todas as populações das diferentes

espécies que interagem entre si numa região) com os chamados fatores abióticos (vento,
água, luz, fogo, temperatura, solos etc.).

FotossÍntese -  É o processo  bioquímico pelas quais as plantas utilizam à luz solar como
fonte de energia para formar substâncias nutritivas, consumindo gás carbônico (CO2) e água
e liberando oxigênio (O2) para a atmosfera. 

Habitat -  Local com características e componentes ecológicos específicos, onde as espécies

estão adaptadas e completam naturalmente seu ciclo biológico. Florestas, savanas, lagos,
dentre outros, são exemplos de hábitats. Ver página de Ecologia/conceitos.

População - É  o conjunto de organismos de uma mesma espécie que habitam uma

determinada área, em um período de tempo definido.
Manejo -  Aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais,
baseada em teorias ecológicas sólidas, de modo a manter, de melhor forma possível, nas
comunidades, fontes úteis de produtos biológicos para o homem, e também como fonte de
conhecimento científico e de lazer.

Taxonomia - Estudo da classificação dos seres em categorias de várias ordens, baseado em

semelhanças e diferenças entre eles, com a descrição e denominação destas categorias.
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