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SEE-SP
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
DE SÃO PAULO
CÓD: SL-119MA-23
7908433236696
INTRODUÇÃO
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!
Editora
O concurso SEE-SP é uma oportunidade única para quem deseja ingressar no serviço público como servidor da
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Por isso, é importante se preparar adequadamente para enfrentar
essa prova desafiadora. A Editora Solução se orgulha de apresentar uma apostila exclusiva para Conhecimentos
Específicos - Especialidade, a fim de auxiliar os estudantes a alcançar seus objetivos.
Nosso material foi organizado de forma a introduzir o aluno no que é cobrado pelo edital e nas principais
bibliografias indicadas para o concurso. Ressaltamos que a apostila é uma ferramenta introdutória e complementar
aos estudos. Para obter um conhecimento completo, é fundamental que o estudante vá atrás de cada bibliografia e
documento oficial indicado no edital.
Nossa apostila visa auxiliar na compreensão dos principais pontos cobrados no edital, assim como fornecer uma
base teórica sólida para a resolução de questões. Acreditamos que, com dedicação e empenho, nossos alunos terão
sucesso nesse desafio.
É importante lembrar que, além do conteúdo abordado na apostila, o edital do concurso SEE-SP também
exige conhecimentos específicos em outras áreas. Por isso, é fundamental que o estudante busque informações
complementares em outras fontes.
Por fim, ressaltamos a importância do estudo sério e constante, bem como a dedicação ao aprendizado.
Desejamos a todos um excelente preparo e sucesso no concurso SEE-SP. A Editora Solução está à disposição para
auxiliar no que for preciso.
Editora
Conhecimentos
1. Princípios e fundamentos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio e do Ensino Técnico.................................... 7
2. Do papel das comunidades tradicionais e dos povos originários na transformação do espaço geográfico............................... 7
3. Dos processos e sujeitos envolvidos nos setores produtivos da economia, considerando diversas escalas geográficas (local,
estadual, nacional, regional, global)........................................................................................................................................... 8
4. Da urbanização e dinâmicas socioespaciais, incluindo aspectos econômicos, políticos, culturais e ambientais, além dos riscos
e desastres e as políticas públicas de planejamento urbano...................................................................................................... 8
5. Da linguagem cartográfica e geotecnologias (GPS, SIG, entre outros): leitura, interpretação e elaboração de mapas e demais
produtos cartográficos acessíveis. ............................................................................................................................................. 8
6. Da formação, regionalização e mudanças do território brasileiro: aspectos econômicos, políticos, culturais, sociais/demográ-
ficos e ambientais....................................................................................................................................................................... 12
7. Dos fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais de diferentes territórios (IDH, IDHM, Gini,
índice de desmatamento, entre outros)..................................................................................................................................... 13
8. Da população em diferentes lugares: deslocamentos (voluntários e forçados), demografia, formação (diversidade étnico-ra-
cial) e manifestações culturais.................................................................................................................................................... 14
9. Da América, África, Europa, Ásia e Oceania: território (aspectos físicos e políticos), regionalização, população, economia,
cultura e modos de vida............................................................................................................................................................. 15
10. Da Geopolítica: organismos internacionais, tensões e conflitos, potências globais, acordos supranacionais, blocos econômi-
cos, entre outros......................................................................................................................................................................... 33
11. Da Globalização e sua influência na economia, sociedade, cultura, política e no meio ambiente............................................. 38
12. Das desigualdades nos territórios: aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais, incluindo os processos de
segregação e exclusão, os movimentos urbanos e as políticas públicas..................................................................................... 39
13. Das redes de comunicação e transportes: relações com os fluxos materiais (objetos, mercadorias, pessoas) e imateriais (da-
dos, informação, comunicação) em diferentes escalas geográficas............................................................................................ 40
14. Da industrialização: transformações espaciais, sociais, econômicas, políticas, culturais e ambientais, incluindo a produção
e circulação de produtos, relações de trabalho, a atuação de corporações e o desenvolvimento científico e tecnológico, em
diferentes escalas geográficas.................................................................................................................................................... 41
15. Da Geografia agrária: as transformações espaciais no campo, o uso dos recursos naturais, as atividades econômicas, as rela-
ções de trabalho, as influências do agronegócio – incluindo a produção de alimentos, os fluxos das commodities e as relações
com as problemáticas socioambientais (desmatamento, uso de agrotóxicos, queimadas, escassez hídrica, degradação do solo
etc) –, em diferentes lugares...................................................................................................................................................... 42
16. Das práticas agroecológicas e sustentáveis realizadas por diferentes sociedades e grupos, em diferentes lugares.................. 43
17. Das esferas terrestres: litosfera, atmosfera, biosfera, criosfera, hidrosfera, incluindo os elementos constitutivos e as conexões
sistêmicas. . ................................................................................................................................................................................ 44
18. Dos recursos naturais: água, energia, biodiversidade e solo, incluindo os aspectos relacionados ao uso, processos produtivos,
gestão e políticas ambientais de conservação e preservação..................................................................................................... 44
19. Dos impactos socioambientais relacionados ao uso de recursos naturais e aos diferentes padrões de consumo, incluindo
aspectos associados à adoção de hábitos, atitudes e comportamentos responsáveis e sustentáveis....................................... 45
20. Dos biomas e domínios morfoclimáticos e as relações com diferentes populações humanas: no território brasileiro e em
outras regiões do mundo. .......................................................................................................................................................... 45
21. Dos processos exógenos do planeta Terra: zonas climáticas, padrões climáticos, circulação geral da atmosfera, fenômenos
atmosféricos e climáticos, aquecimento global, mudanças climáticas e desastres, incluindo aspectos relacionados às estraté-
gias e instrumentos internacionais de políticas ambientais....................................................................................................... 46
22. Dos processos endógenos no planeta Terra: modelagem do relevo terrestre, Tectônica de Placas e tectonismo, vulcanismo,
intemperismos e desastres......................................................................................................................................................... 46
23. Da Antártica: papel territorial e ambiental no contexto geopolítico. ........................................................................................ 47
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Publicações Institucionais
1. SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação. Currículo paulista: etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental. São
Paulo: SEDUC, 2019. Área de Ciências Humanas e Componente Curricular de Geografia. p. 397 - 403; 405 – 448................... 65
2. SÃO PAULO (estado). Secretaria da Educação. Currículo paulista: etapa do Ensino Médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 167-195
e 229-239.................................................................................................................................................................................... 87
CONHECIMENTOS
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
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CONHECIMENTOS
Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações cartográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.com)
-Simbologia: É utilizada para representar diferentes objetos, como: rios, estradas, edifícios, áreas urbanas e outros. Cada símbolo tem
seu significado específico, permitindo assim, o leitor interpretar as informações apresentadas em um mapa.
-Cores: São utilizadas para representar diferentes fenômenos e características no mapa. Como por exemplo: a cor verde pode repre-
sentar áreas florestais, enquanto a cor azul pode ser utilizada para representar a água.
-Hachuras: São linhas cruzadas ou paralelas, que são utilizadas para representação das áreas com características semelhantes, como
por exemplo: áreas montanhosas ou relevo acidentado.
-Legendas: São utilizadas para explicação do significado dos símbolos, cores e outros elementos presentes no mapa. Elas fornecem
uma chave de interpretação para o leitor compreender o que está sendo representado.
Geotecnologias
São ferramentas e técnicas usadas para apresentar, analisar, coletar, armazenar e processar informações geográficas. Além do GPS e
SIG, existem outras geotecnologias importantes, como por exemplo: Sensoriamento Remoto e Web Mapping, dos quais, seguem informa-
ções:
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CONHECIMENTOS
-GPS (Sistema de Posicionamento Global): Se trata de um sistema de navegação por satélite que permite determinar a localização
exata de um objeto na Terra. Ele utiliza uma rede de satélites em órbita para cálculo das coordenadas precisas de latitude, longitude e tam-
bém altitude. Ele é amplamente usado para monitoramento de frota, navegação, mapeamento, georreferenciamento e outras aplicações
relacionadas à localização.
-SIG (Sistema de Informação Geográfica): São sistemas computacionais projetados para capturar, armazenar, analisar, apresentar e
manipular dados geográficos. Eles combinam informações espaciais (georreferenciadas) com dados descritivos (atributos) para permitir a
análise e visualização de padrões e relacionamentos complexos no espaço. Eles são amplamente usados em diversas áreas, como: gestão
ambiental, agricultura, gestão de recursos naturais, planejamento urbano e muitas outras.
-Sensoriamento Remoto: Envolve a aquisição de informações sobre a superfície terrestre por meio de análise de imagens capturadas
por satélites, aeronaves, entre outros dispositivos. Imagens essas, que podem fornecer informações valiosas sobre vegetação, uso do solo,
cobertura de nuvens, recursos hídricos e muito mais. O sensoriamento remoto é amplamente utilizado para mapeamento, detecção de
mudanças, monitoramento ambiental e análise de padrões.
-Web Mapping: Refere-se à disponibilização de dados geográficos e mapas por meio da internet. Ele permite também, o acesso e a
interação com informações geográficas em tempo real por meio de navegadores web. Um dos exemplos populares de serviços de web
mapping incluem: Google Maps e o OpenStreetMap.
-Leitura de Mapas: Ao ler um mapa, começa-se então, verificando sua legenda, para ter melhor compreensão dos símbolos e cores
utilizados. Observa-se então, a escala para ter uma ideia melhor da relação entre as distâncias no mapa e no terreno real. Verifica-se
também a orientação (norte) para compreensão da direção do mapa em relação ao mundo real. Além do mais, observe os elementos do
mapa, como: as estradas, os rios, as fronteiras, a topografia, entre outros; tente identificar então padrões e relacionamentos espaciais.
-Interpretação de Mapas: Para isso, leva-se em consideração todo o contexto geográfico e também os seus elementos representados.
Observa-se as variações das cores, símbolos e hachuras para identificação das diferentes características do terreno, como por exemplo:
áreas urbanas, corpos d’água, vegetação, entre outros. A análise das relações espaciais entre os elementos, como a proximidade de uma
estrada a um rio ou a presença de áreas mais inclinadas em uma representação de relevo, também é importante.
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CONHECIMENTOS
-Elaboração de Mapas: Para elaboração, podemos utilizar software de SIG, como por exemplo: ArcGIS, QGIS ou outros programas
especializados. Comece então, selecionando os dados geográficos relevantes para o seu mapa, como camadas de estradas, hidrografia,
relevo, limites administrativos, etc. Importe assim esses dados para o software SIG e defina a simbologia adequada para cada camada. Logo
em seguida, posicione e ajuste os elementos do mapa, como por exemplo: título, legenda, escala, orientação, setas de norte, entre outros.
Por fim então, exporte o mapa em um formato adequado para compartilhar e/ou imprimir.
Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações cartográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.com)
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CONHECIMENTOS
Aspectos Econômicos
A nossa economia passou por diferentes fases ao longo de toda
a sua formação e regionalização. No período colonial, por exemplo,
a exploração do pau-brasil e a produção de cana-de-açúcar foram
atividades econômicas dominantes. Posteriormente, a mineração,
especialmente o ouro, teve também um papel importante. Foi no
século XIX, que a agricultura, com destaque para a produção de
café, tornou-se a principal atividade econômica. A industrialização Fonte da Imagem: O mapa pictórico da Região Sul mostra três
no século XX trouxe assim, mudanças significativas, com o cresci- aspectos culturais da região. Quais? - Brainly.com.br
mento do setor industrial e a urbanização.
Aspectos Sociais/Demográficos
Aspectos Políticos O território brasileiro possui uma população diversa e hetero-
O território brasileiro passou por processos de colonização: in- gênea em termos étnicos, socioeconômicos e culturais. Sua distri-
dependência e a construção do Estado Nacional. A regionalização buição demográfica é desigual, com concentração nas áreas urba-
política ocorreu então, com a divisão do país em estados e muni- nas e litorâneas, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. Também
cípios, onde cada um possui sua administração própria. Ao longo há desigualdades sociais significativas, como acesso desigual à edu-
da nossa história, houve então mudanças nos modelos de gover- cação, saúde, moradia e emprego, além de diferenças regionais na
no, dos regimes políticos e das divisões administrativas. Abaixo, um qualidade de vida.
exemplo de mapa no aspecto político: aqueles que delimitam fron- Abaixo, um exemplo de mapa no aspecto social (aquele relacio-
teiras (limites) nos espaços. nado às atividades econômicas e a distribuição populacional sobre
determinado espaço):
Aspectos Culturais
O território brasileiro possui uma diversidade cultural significa-
tiva, resultado da miscigenação entre indígenas, europeus, africa-
nos e outras etnias. É essa diversidade que é expressa nas tradições,
Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações car-
nas línguas, nas religiões, na culinária e nas manifestações artísticas
tográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.
presentes nas diferentes regiões do país. A nossa cultura brasileira
com)
é assim, muito rica e influente em nível nacional e internacional.
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CONHECIMENTOS
Aspectos Ambientais
O território brasileiro possui uma grande variedade de biomas, como a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, entre outros. O nosso
país abriga uma rica biodiversidade, mas também enfrenta desafios relacionados ao desmatamento, a degradação ambiental, as mudan-
ças climáticas e a gestão dos recursos naturais. A preservação ambiental e a sustentabilidade têm se tornado um dos temas cada vez mais
importantes a serem discutidos. Abaixo segue um exemplo de mapa no aspecto ambiental:
É de suma importância ressaltar que esses aspectos estão interconectados e influenciam-se mutuamente na formação, na regionali-
zação e nas mudanças do nosso território brasileiro. O entendimento desses elementos é essencial para uma análise abrangente e mais
profunda da realidade do nosso país.
Os fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais são ferramentas importantes para compreensão e
análise de diferentes territórios, pois fornecem informações sobre o desenvolvimento, as desigualdades, a qualidade de vida, os impactos
ambientais, entre outros aspectos relevantes. Abaixo, alguns desses fluxos e indicadores:
Fluxos econômicos
Referem-se às transações comerciais, financeiras e de investimento entre diferentes territórios. Incluindo o comércio de bens e servi-
ços, fluxos de capital, investimentos estrangeiros, remessas de dinheiro, entre outros. Assim, esses fluxos econômicos são essenciais para
entender as relações econômicas globais, bem como as interdependências entre diferentes países e regiões.
Indicadores socioeconômicos
São medidas quantitativas que refletem aspectos sociais e econômicos de um determinado território. Por exemplo: podem incluir o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que medem o nível de desenvolvi-
mento humano com base em indicadores de educação, a saúde e a renda. O coeficiente de Gini é o indicador que mede a desigualdade
de renda em um território específico. Outros indicadores socioeconômicos comuns são, por exemplo são: taxa de desemprego, taxa de
pobreza, Produto Interno Bruto (PIB) e Inflação.
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CONHECIMENTOS
Indicadores demográficos
São utilizados para compreensão da estrutura e dinâmica populacional de um território. Incluindo indicadores como taxa de natali-
dade, a taxa de mortalidade, a taxa de crescimento populacional, a taxa de urbanização, a expectativa de vida e a migração. Assim, esses
indicadores fornecem informações importantes sobre a composição da população, as tendências demográficas, o envelhecimento popu-
lacional, a distribuição espacial e a migração de pessoas entre diferentes territórios.
Indicadores ambientais
São usados para avaliação do estado do meio ambiente e dos impactos das atividades humanas. Incluindo assim, indicadores como:
o índice de desmatamento, que mede a extensão da perda de cobertura florestal em uma determinada área, e o índice de qualidade do
ar, que mede a poluição atmosférica. Outros indicadores ambientais importantes também, são: a pegada ecológica, a taxa de emissões de
gases de efeito estufa, o consumo de água e a produção de resíduos.
Esses são apenas alguns exemplos de fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais que são utiliza-
dos para a análise dos diferentes territórios. A disponibilidade desses dados pode variar entre os países e suas regiões, mas eles desem-
penham um papel crucial na compreensão desses aspectos, auxiliando assim, na formulação de políticas e tomada de decisões, visando o
desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades.
A geografia da população em diferentes lugares abrange uma série de aspectos relacionados a: os deslocamentos voluntários e for-
çados, a demografia, a formação étnico-racial e a manifestações culturais. São esses, elementos fundamentais para a compreensão da
dinâmica das sociedades e as transformações que ocorrem nos territórios.
Deslocamentos populacionais
São fenômenos comuns que ocorrem ao redor de todo o mundo. Podendo ocorrer de forma voluntária, quando as pessoas decidem se
mudar em busca de melhores oportunidades de trabalho, por estudo, por qualidade de vida ou por motivos familiares. Esses deslocamen-
tos podem resultar em migrações internas ou internacionais, contribuindo assim, para a diversidade cultural e a troca de conhecimentos
entre os povos.
Deslocamentos forçados
Ocorrem devido a conflitos armados, como: em perseguições étnicas, em desastres naturais ou em outras condições adversas. Os
então refugiados, nesse exemplo, são indivíduos que foram forçados a deixar suas casas e atravessar fronteiras em busca de proteção e
segurança. São esses deslocamentos forçados, que representam um desafio para os países receptores, que necessitam assim, lidar com
questões de acolhimento, integração e respeito aos direitos humanos.
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CONHECIMENTOS
zados pelos espanhóis. A África é um continente extenso, banhado por dois ocea-
Tanto o Canadá quanto os Estados Unidos apresentam al- nos (o Atlântico ao oeste e o Índico ao leste), pelo Mar Medi-
tos índices de qualidade de vida e se encontram no grupo dos terrâneo e pelo Mar Vermelho, e possui um grande número de
países considerados desenvolvidos, diferentemente dos paí- países (54 atualmente).
ses da América Latina, refletindo diferenças no modo como
ocorreu o processo de colonização. Os países africanos são, em geral, pouco industrializados,
Enquanto na América Latina foram desenvolvidas colô- e suas economias estão baseadas na exportação de produtos
nias de exploração, nas quais o objetivo era explorar os re- agrícolas, petróleo e minérios, disponíveis em extensas reser-
cursos naturais da colônia, na América Anglo-Saxônica foram vas ao redor do continente.
desenvolvidas colônias de povoamento, nas quais o objeti- No entanto, os níveis de produtividade agrícola ainda
vo era ocupar as terras para habitação. são baixos, e o extrativismo, realizado tanto por empresas
estrangeiras como por estatais, está relacionado a diversos
ÁFRICA2 impactos sociais e ambientais e não tem ajudado a resolver
as desigualdades sociais no continente.
A África é considerada o berço da espécie humana e ne-
nhum outro continente possui tamanha diversidade de cultu- Principais Atividades Econômicas
ras, paisagens e riquezas naturais. No entanto, as notícias A agropecuária e o extrativismo mineral e vegetal são as
que nos chegam dos países africanos, em geral, mencionam principais atividades econômicas realizadas o continente afri-
apenas conflitos étnicos, pobreza e outros problemas que a cano.
maioria das pessoas logo associa ao continente. No entanto, a indústria e o setor de comércio e serviços
Para compreender as particularidades desse continente também representam atividades importantes, sobretudo ao
tão cobiçado por suas grandes riquezas, é necessário ana- redor de grandes centros urbanos, e o turismo vem sendo
lisar diversos aspectos, como a formação de seu território, a explorado de maneira bem-sucedida em diversos países.
herança do período colonial, as características da população,
da natureza e da economia africanas. As Perspectivas da África
Apesar das inúmeras dificuldades, desde o início do sécu-
Regionalização da África lo XXI o PIB africano apresenta um crescimento médio anual
de 5% (acima da média mundial), impulsionado em função
África: político principalmente do aumento na demanda mundial por maté-
rias-primas.
No âmbito da política interna, os países da África têm bus-
cado fortalecer sua economia por meio da formação de blo-
cos regionais. O maior deles é a União Africana (UA), criada
em 2002 para suceder a Organização da Unidade Africana,
baseada no modelo da União Europeia e que tem como ob-
jetivos a unidade e a solidariedade africana e a integração
econômica, além da cooperação política no continente.
Recentemente, a China tem se aproximado economica-
mente da África por meio de inúmeros investimentos, supe-
rando a Europa e mesmo os EUA, o que a torna o principal
parceiro econômico do continente. Inúmeras empresas chine-
sas já se instalaram em países africanos e vêm financiando
projetos em diversos setores, como os de infraestrutura, tele-
comunicações, geração de energia, modernização da agricul-
tura, entre outros – e concede empréstimos a esses países.
Dentre os maiores parceiros da China no continente po-
demos destacar nações que possuem grandes mercados e
reservas de minérios e petróleo (cerca de 30% das importa-
ções de petróleo chinesas provém da África), como a Nigé-
ria, a Guiné Equatorial, a República Democrática do Congo e
a República do Congo, além da Etiópia, onde investimentos
chineses financiaram, entre outras obras, o prédio da sede da
União Africana (UA).
IBGE. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/ Além da aproximação chinesa, a África continua sob a in-
liv64669_cap3_pt1.pdf. fluência de países europeus e também dos Estados Unidos.
No entanto, cada vez mais os países do continente têm es-
2 FURQUIM JUNIOR, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição – São Paulo: Editora tabelecido relações comerciais com novos parceiros, como a
AJS, 2015. Índia e o Brasil.
TERRA, Lygia. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil – Lygia Terra;
Regina Araújo; Raul Borges Guimarães. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.
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CONHECIMENTOS
repartido e colonizado, as potências europeias passaram a dor de vinte milhas inglesas. Outro tratado importante foi o
se apropriar também do fruto do trabalho dos povos africanos firmado entre França e Reino Unido, assinado no mesmo ano,
nas terras agrícolas e nas jazidas minerais do continente. que delimitou zonas de influência para regiões inexploradas
Até hoje os minérios extraídos das imensas reservas de e estabeleceu comissões binacionais para traçar as fronteiras
Angola, Zâmbia, Botsuana, Gabão, Guiné e Nigéria não são coloniais nas diferentes regiões africanas.
utilizados em favor dos povos africanos, mas seguem, em Esse esforço diplomático não significa que a partilha do
grandes quantidades, para os portos europeus, norte-ameri- continente africano tenha sido estabelecida de forma pacífi-
canos e asiáticos. ca. Ao contrário, apesar do tratado entre França e Reino Uni-
O caso do petróleo é bastante ilustrativo: 70% do óleo do, essas potências coloniais se envolveram em uma série
extraído na África é exportado, e 90% da energia utilizada de conflitos, principalmente pela disputa do Canal de Suez
no continente provém da lenha extraída das florestas e das e do vale do Nilo, o que por fim favoreceu o lado britânico.
formações arbustivas, contribuindo para o dramático quadro Outra forte zona de tensão entre os dois países foi a região
de desmatamento. do Lago Chade. O domínio francês de vastos territórios da
África Oriental chocava-se com os interesses imperialistas
A África Dividida britânicos. A conquista da República do Transvaal e Orange
A presença europeia na África rompeu de maneira dramá- na Guerra dos Bôeres (1867-1902) facilitou a expansão bri-
tica o isolamento da África Subsaariana. Desde o século XVI, tânica para o norte. Assim, o Reino Unido tomou posse de
quando foram criadas as primeiras feitorias comerciais por- territórios sob domínio francês que deram origem a Nigéria,
tuguesas na costa atlântica, a região integrou-se ao mundo Togo e Camarões.
como fornecedora de quantidades crescentes de escraviza- Mas os britânicos não entraram em choque apenas com
dos para as plantations americanas. Estima-se que a depor- os franceses. Eles também tiveram conflitos com os portu-
tação forçada para a América tenha atingido 15 milhões de gueses, pois tinham interesse pela posse da Rodésia. Para
negros entre os séculos XVI e XIX, e que só a América por- os portugueses, essa região central da África era estratégi-
tuguesa tenha recebido entre 3 e 5 milhões de cativos nesse ca, uma vez que garantia a ligação entre Angola, na costa
período. atlântica, e Moçambique, no Índico. Para os britânicos aquela
No final do século XIX, iniciou-se uma segunda fase da região era fundamental, uma vez que eles pretendiam esta-
dominação europeia, que envolveu também a África do Nor- belecer um eixo ferroviário entre o Cairo (no Egito) e o Cabo
te. Dessa vez, os europeus não queriam apenas o trabalho (na África no Sul), o que nunca foi executado.
escravo, mas também o território e as riquezas naturais afri- Por fim, a África Oriental foi quase completamente parti-
canas. A Europa se industrializava e precisava de um, quanti- lhada entre ingleses, franceses e alemães. Os italianos con-
dade crescente de alimentos e matérias-primas. seguiram manter sob domínio a Eritreia.
Em 1885, durante o Congresso de Berlim, foi decidido A Espanha teve menor participação na partilha. Couberam
que o território africano seria partilhado entre as principais po- aos espanhóis apenas algumas ilhas e pontos dispersos pelo
tências coloniais europeias, e que cada uma delas tinha de litoral, principalmente na atual Guiné Equatorial.
ocupar seu espaço o mais rápido possível sob pena de perder As fronteiras coloniais surgidas no Congresso de Berlim
a possessão. O território africano, praticamente inexplorado foram traçadas de acordo com o poderio de cada potência
nos séculos anteriores, foi então completamente retalhado: colonial, e não de acordo com as realidades culturais existen-
só a pequena Libéria e a Abissínia (atual Etiópia) continuaram tes na África. Por isso, muitas vezes essas fronteiras separa-
independentes. ram um mesmo povo em dois ou três territórios controlados
Desde a Antiguidade, a Abissínia era uma região estraté- por potências diferentes ou unificaram inimigos históricos em
gica, pois possuía um dos portos mais importantes da África uma mesma colônia.
e era um reino reconhecido e respeitado pelos egípcios e gre- A colonização europeia da África manteve-se até o final da
gos. As alianças que estabeleceu com os europeus desde do Segunda Guerra Mundial, quando a Europa perdeu o poder
século XV restringiram o avanço do islamismo para o ociden- político e militar para as novas potências (Estados Unidos e
te. Por sua vez, a vitória na Batalha de Adwa (1896) foi a ga- União Soviética). O novo mapa político que começou a ser
rantia da manutenção de sua independência sob o reinado de definido após a Primeira Grande Guerra teve por base os limi-
Menelik Il, impedindo a conquista do território pelos italianos. tes estabelecidos pelas potências coloniais europeias.
A Libéria era a única porção do território africano sob in- A formação dos novos Estados no continente reuniu di-
fluência dos Estados Unidos. Criada em 1822 pela American ferentes grupos étnicos, com poucos traços culturais em
Colonization Society, uma organização privada que financiou comum. Apenas na África Oriental, na região dos Grandes
a sua colonização por ex- escravizados americanos libertos, Lagos, e em Burkina Fasso e Mali, na costa atlântica, anti-
já se encontrava organizada politicamente como uma Repú- gos reinos serviram de base para a formação dos territórios
blica desde 1847, inspirada no ideário da revolução america- nacionais.
na. Em geral, essa transformação política foi brutal. A maioria
Com exceção dessas duas situações, o mapa político da dos grupos étnicos, organizados em economias de subsistên-
África no final do século XIX representava o esforço diplomá- cia e comandados por autoridades do seu próprio clã, foram
tico e a intervenção militar das potências coloniais europeias submetidos a transformações de práticas religiosas, assim
após a Conferência de Berlim. Dentre os acordos diplomáti- como a substituição das tradições orais pela cultura letrada.
cos, destaca-se o Tratado Germânico-Britânico de 1890, que Se no período colonial estes novos valores foram im-
assegurou à Alemanha o acesso ao Zambeze por um corre- postos, visando aos interesses dos impérios coloniais, rapi-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
damente transformaram-se nas principais bandeiras de luta de um quarto do PIB da África negra, o que equivale a aproxi-
pelos direitos desses povos durante o processo de descolo- madamente 250 milhões de dólares (quase o dobro do PIB da
nização, o que veio a fortalecer o movimento do pan-africa- Nigéria ou do Egito). As riquezas minerais e o desenvolvimen-
nismo. to industrial em setores de ponta, como tecnologia nuclear
O termo foi utilizado pela primeira vez em 1900, quan- e armamentos, asseguram à África do Sul uma posição de
do afrodescendentes originários das Antilhas e dos Estados destaque entre as principais lideranças diplomáticas e econô-
Unidos organizaram em Londres a Primeira Conferência micas do continente.
Pan-africana. O grupo tinha como objetivo protestar contra
a ocupação da África pelas potências europeias. No perío- Um Continente na Encruzilhada
do entreguerras, o movimento pan-africano realizou quatro Levando em conta a diversidade étnica e regional, uma
congressos: Paris (1919), Nova York (1927) e Londres (1921 alternativa para a consolidação dos Estados nacionais africa-
e 1923). Para estes eventos foram enviados representantes nos tem sido o federalismo.
das colônias africanas francesas e inglesas, que reivindica- Contudo, alguns conflitos bélicos persistem e tornam a
ram liberdades civis e igualdade de condições entre negros agenda militar um tema importante para garantir a estabilida-
e brancos. Esses congressos foram também espaços impor- de política.
tantes para o protesto contra o trabalho forçado, que ainda O atual mapa político da África mantém praticamente inal-
era comum nas colônias portuguesas de Angola e São Tomé terados os limites e as fronteiras estabelecidos no período
e Príncipe. colonial. Mas a formação dos atuais países do continente foi
Dessa forma, não foi difícil associar o sentimento anticolo- um processo difícil e com muitas contestações, principalmen-
nialista com o pan-africanismo. É o que pode ser observado te entre 1956 e 1963.
na pauta do quinto congresso realizado em 1945, na Ingla- Em 1963 foi criada a Organização da Unidade Africana
terra. As lideranças africanas de língua inglesa e francesa ali (OUA), tendo como princípio fundador a intangibilidade das
reunidas aprovaram a Declaração aos Povos Colonizados fronteiras coloniais. Segundo esse princípio do direito inter-
que, em síntese, afirmava a necessidade de esses povos as- nacional, os países signatários da carta da OUA poderiam rei-
sumirem o seu destino. vindicar a recuperação dos territórios perdidos pelas guerras
O pan-arabismo foi outra corrente que aglutinou forças e contestações dos vizinhos, desde que se respeitassem os
de oposição aos governos locais. Diferente do pan-africanis- limites do período colonial.
mo, surgiu no contexto da crise do sistema colonial, a partir Em parte, o sucesso do processo de independência, que
da junção das forças de resistência ao nazismo no Marrocos, ganhou novo impulso na década de 1960, pode ser atribuído
na Líbia, na Tunísia, no Egito e no Sudão, com os grupos ao respeito a esse princípio. No entanto, sua adoção reforçou
anticolonialistas da Arábia Saudita, do Iêmen, do Iraque, da a tendência de manutenção dos limites correspondentes aos
Jordânia, do Líbano e da Síria. antigos territórios coloniais.
Tanto o movimento pan-africano como o pan-arabismo ga- Num primeiro momento, as cartas constitucionais dessas
rantiram que, em grande parte dos casos, a independência novas nações foram escritas por constitucionalistas das an-
dos Estados africanos fosse negociada. Isso não quer dizer tigas metrópoles, baseando-se nos modelos europeus. Aos
que o processo de descolonização também não tenha sido poucos, a vida política desses países passou a ser exerci-
resultado de violentos conflitos armados, como ocorreu na Ar- da com base nas alianças de clãs e diferenciados grupos ét-
gélia, em Angola e em Moçambique. nicos, promovendo a africanização do Estado. Em vários
A instabilidade política e as guerras civis que se alas- países, por exemplo, os topônimos impostos pelos europeus
tram em muitos países desse continente são também uma foram substituídos por denominações da língua local ou que
herança do descompasso entre as territorialidades produzi- recordavam fatos históricos do processo de independência.
das pela colonização e as territorialidades locais. Assim, desde 1957, a Costa do Ouro passou a se cha-
Desde a década de 1960, o continente foi castigado por mar Gana, por referência ao antigo Império Oeste-Africano
mais de cem golpes de Estado e por milhares de episódios (que existiu naquele território entre os séculos VIII e XI). A
de guerra entre povos diferentes. Como resultado, milhões República Democrática do Congo, formada em 1960 a partir
de refugiados vagam pela região, fugindo de guerras e per- do antigo Congo Belga, rebatizou a capital Léopoldville para
seguições. Kinshasa e, em 1971, mudou o nome do país para Zaire (“o
rio”, na língua kikongi). Da mesma forma, Dahomey passou a
A África no Mundo Globalizado se chamar Benin, em 1975; a Guiné Portuguesa, Guiné Bis-
Mais da metade dos 54 países africanos manteve forte sau, em 1976; e Haute-Volta, Burkina Fasso (“país dos ho-
ritmo de crescimento (acima de 6% ao ano) na década de mens íntegros”), em 1984; entre outros exemplos.
2000, embalados pela demanda por matérias-primas com Um problema mais complexo foi a decisão pelas línguas
preços elevados no mercado internacional, como petróleo e oficiais do país. Uma vez que esses países são formados por
ouro. Este processo ocorreu de maneira desigual e aumentou numerosas comunidades linguísticas, qual delas escolher?
o fosso entre os países que obtiveram maiores vantagens da Esse impasse foi a principal razão para a manutenção, em
economia globalizada, como a Nigéria, a África do Sul e o diversos casos, da língua dos colonizadores como língua ofi-
Sudão, e os países subsaarianos, cuja população passa fome cial do país. Apenas em alguns países foi adotado o sistema
e ainda precisa da ajuda dos organismos internacionais para bilíngue (em Camarões, por exemplo, o inglês e o francês;
enfrentar o quadro de miséria. em Madagascar, o malgache e o francês). A única região da
O Produto Interno Bruto da África do Sul representa cerca África que recuperou a primazia linguística perdida durante a
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CONHECIMENTOS
colonização europeia foi o norte, com predomínio da língua Essas diferenças históricas geraram diversas tensões e
árabe. conflitos entre o norte e o sul, inclusive com a eclosão de duas
Tendo em vista a enorme diversidade étnica dos países guerras civis. A primeira teve início com a independência e
africanos, o federalismo tem sido a forma predominante de perdurou até 1972.
gestão política, uma vez que nesse sistema político as uni- Esse longo conflito garantiu ampla autonomia aos povos
dades federadas mantêm autonomia entre si. É o que ocorre do sul em relação à elite árabe do norte, que comandava o
na Nigéria. Constituída em 1946 pela junção de três regiões país.
colonizadas pelos britânicos, seu território tem sido sucessi- Com a descoberta de imensas reservas de petróleo na
vamente subdividido para atender aos interesses étnicos e porção meridional do país, na década de 1980, o governo
religiosos locais, garantindo a repartição da renda do petróleo tentou intervir na área das reservas fechando o parlamento
entre diferentes grupos de interesse. Atualmente, a Nigéria do território autônomo do sul, localizado em Juba. Essa in-
possui 36 unidades federadas, com relativa autonomia polí- tervenção provocou uma revolta que eclodiu em 1983, lidera-
tica. da pelo Exército Popular de Libertação do Sudão (EPLS). O
Ainda que as contestações da divisão territorial africana novo ciclo de guerra civil deixou um saldo de pelo menos dois
sejam pouco numerosas, cabe destacar a mudança do mapa milhões de mortos e quatro milhões de refugiados.
político do continente com o processo de independência da No referendo realizado em 2011, a grande maioria da
Eritreia, que se separou da Etiópia em 1993. população do sul optou pela independência, o que foi aceito
Trata-se de um retorno à situação existente até 1962, pelas elites árabes do norte do Sudão e oficializado em 9 de
quando a antiga colônia italiana deixou de ser tutelada pelo julho do mesmo ano. Contudo, a fronteira entre os dois países
Reino Unido e foi anexada pela Etiópia. Desde então, o gover- ainda não foi definitivamente traçada e as áreas reivindicadas
no etíope nunca conseguiu suprimir o movimento separatista. por ambas as partes são ricas em petróleo, o que gera insta-
Em 1991, um referendo popular decidiu, com ampla maioria, bilidade, visto que o sul dispõe da maior parte das reservas,
pela separação dos dois países, ainda que o acordo entre as mas não possui saídas marítimas e depende do norte para
partes não tenha conseguido estabelecer a fronteira comum. exportar o petróleo. Outra pendência entre os dois países é o
A independência da Eritreia foi respeitada pelos etíopes, regime de cidadania, especialmente para as populações que
mas essas divergências fronteiriças romperam com o princí- circulam do norte para o sul de acordo com a alternância de
pio da intangibilidade e geraram fortes conflitos após a ocu- estações secas e chuvosas.
pação da região de Badme pelas tropas da Eritreia, em 1998.
Os dois países chegaram a um acordo de paz em dezem- Crescimento e Pobreza
bro de 2002, depois da perda de mais de 200 mil vidas, mas a Apesar das desigualdades econômicas e dos bolsões de
situação está indefinida. Ainda que enviados da ONU tenham pobreza, o continente africano mantêm acelerado crescimen-
decidido que a cidade de Badme pertence à Eritreia, a Etiópia to demográfico. Atraída pelos novos negócios da economia
ainda ocupa a faixa de fronteira em litígio, pois não aceita globalizada, a população migra para os grandes centros ur-
essa determinação. banos.
Outra questão aberta no mapa político da África é a do
Saara Ocidental, território em disputa pelo Marrocos e uma Rumos do Desenvolvimento
república saariana apoiada pela Argélia. A crise financeira de 2008 derrubou os preços de com-
Apesar do discurso da unidade africana, a OUA teme a ex- modities no mercado internacional, o que afetou diretamen-
plosão de conflitos violentos, que de fato ocorreram nas pou- te a economia africana. A crise gerou desemprego e fuga
cas ocasiões em que grupos separatistas tentaram quebrar o de capitais nos países mais dependentes da exportação de
princípio da intangibilidade das fronteiras coloniais: como em matérias-primas. Por essa razão, diversos organismos de de-
1967, quando a tentativa frustrada de criação da República de senvolvimento regional procuram unir os países africanos no
Biafra no oeste na Nigéria resultou na morte de mais de um enfrentamento destas dificuldades.
milhão de pessoas.
É por isso que a vitória dos separatistas no referendo re- EUROPA
alizado na região sul do Sudão, em janeiro de 2011, pode ser
considerada uma mudança fundamental no processo de for- Europa é um dos seis continentes do mundo, sendo em
mação territorial dos estados africanos. Cerca de 99% da po- extensão territorial o segundo menor. O continente é banha-
pulação se manifestou a favor da independência, mesmo sem do, ao norte, pelo Mar Ártico; ao sul, pelo Mar Mediterrâ-
nunca ter sido objeto de uma delimitação colonial. A criação neo e o Mar Negro; a oeste, pelo Oceano Atlântico; e, a les-
do Sudão do Sul poderá estimular outros movimentos sepa- te, pelo Mar Cáspio. A Europa é também conhecida como o
ratistas existentes na África Subsaariana, abrindo um novo “Velho Mundo” e considerada o berço da cultura ocidental.
ciclo de criação de Estados e redesenhando as fronteiras do A Europa limita-se territorialmente com a Ásia, a leste, sen-
continente. do considerada então um prolongamento da massa con-
Desde a independência em relação ao Império Britânico tinental do continente asiático, formando, assim, a Eurá-
em 1956, o Sudão já era um país dividido do ponto de vista sia (massa continental formada pela Europa e pela Ásia).
étnico e cultural. A região norte do país é majoritariamente Os dois continentes são separados pela cordilheira chamada Mon-
árabe e muçulmana. Por sua vez, a população do sul mante- tes Urais. Devido ao seu contorno bastante irregular, o continente
ve suas práticas religiosas animistas ou optou pela conversão europeu apresenta, além de várias penínsulas e ilhas, muitos países
ao cristianismo durante o período colonial. com costa litorânea.”
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CONHECIMENTOS
“Regiões da Europa
O continente europeu possui características bastante heterogêneas quando analisado todo o seu território. Para facilitar o estudo das áreas
que o constituem, algumas classificações dividem-no em quatro regiões. Essas regiões foram estabelecidas segundo critérios de ordem espacial
e econômica. São estas:
Europa Ocidental: é composta pelas nações banhadas pelo Oceano Atlântico, como Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, e também por
países que possuem relação com o Ocidente.
Europa Meridional: é composta por nações banhadas pelo Mar Mediterrâneo situadas na Península Ibérica, como Espanha, Andorra, Grécia
e Itália.
Europa Centro-Oriental: é composta pelos países que formam a ex-União Soviética e tornaram-se independentes, como Bósnia, Herzegovi-
na, Kosovo, Moldávia, Macedônia do Norte, entre outros.
Europa Setentrional: é composta por países que se situam no extremo norte do continente, como os Países Nórdicos (Noruega, Dinamarca,
Suécia, Finlândia e Islândia).”
Economia da Europa
Ao longo de um grande período, a Europa foi considerada o centro econômico do mundo, principalmente devido a sua localização ge-
ográfica, estando no “centro do mundo”, ou seja, entre os demais continentes. Apesar de outras supereconomias, como os Estados Unidos
(na América) e a China (na Ásia), na Europa ainda há grandes economias mundiais, como a Alemanha, que é a quarta do mundo; o Reino
Unido, a quinta; a França, a sexta; e a Itália, a oitava.
Em relação às importações, o continente europeu importa matérias-primas, minerais e manufaturados de alta tecnologia. Já as expor-
tações feitas por ele contam com automóveis, produtos químicos, manufaturados, entre outros.
A economia é impulsionada principalmente pela agropecuária, mineração e turismo. A indústria está relacionada à pesquisa e ao
desenvolvimento de tecnologia nos setores de telecomunicações, eletrônicos, produtos farmacêuticos, siderurgia, aviões, entre outros.
No continente europeu existe o maior bloco econômico do mundo, a União Europeia. Constituído por 28 países, esse bloco representa
a livre circulação de bens e mercadorias entre seus países membros, que adotaram uma única moeda, o euro. A União Europeia é atual-
mente o maior mercado de exportação de bens, serviços e produtos.
Aspectos geográficos
Clima
O clima predominante na Europa é o temperado (devido a sua localização geográfica), no qual pode ser observado variações conti-
nentais e oceânicas.
As áreas situadas na porção setentrional do continente apresentam temperaturas mais rigorosas no período do inverno, ao passo que
as áreas situadas ao sul apresentam temperaturas mais amenas ao longo do ano e amplitudes térmicas menores quando comparadas aos
países ao norte. Há regiões de clima semiárido, mediterrâneo e polar.
Hidrografia
O clima predominante na Europa é o temperado (devido a sua localização geográfica), no qual pode ser observado variações conti-
nentais e oceânicas.
As áreas situadas na porção setentrional do continente apresentam temperaturas mais rigorosas no período do inverno, ao passo que
as áreas situadas ao sul apresentam temperaturas mais amenas ao longo do ano e amplitudes térmicas menores quando comparadas aos
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CONHECIMENTOS
Penínsulas
O continente europeu possui cinco importantes penínsulas:
Escandinava
Jutlândia
Ibérica
Itálica
Balcânica”
População
Entre os seis continentes do mundo, a Europa é quarto no ranking de população, com mais de 740 milhões de habitantes.
O continente é considerado o mais atrativo para migrantes vindos de todas as regiões do mundo, e, segundo relatório da Organização
Internacional para Migrações, cerca de 70 m
O país mais populoso da Europa é a Rússia, com um pouco mais de 144 milhões de habitantes, e o menos populoso é o Vaticano, com
cerca de 800 habitantes.
”Fonte: SOUSA, Rafaela. “Europa”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/europa.htm. Acesso em 15 de maio de
2023.
ÁSIA3
O continente asiático, por sua vasta extensão e rica história, possui imensa diversidade natural, cultural e religiosa. Tam-
bém é marcado por muitas desigualdades sócio espaciais, choques e convivência entre o tradicional e o moderno.
A Ásia é o maior e mais populoso dos continentes. Enquanto há áreas com elevadíssimas concentrações populacionais, há
outras com baixíssimas densidades demográficas, como na Sibéria.
Outro aspecto a ser notado se refere ás diferenças de clima e vegetação, ao se comparar a Sibéria com a floresta tropical
na Índia. Também vale destacar os trajes utilizados pela mulher indiana e pelos iraquianos em reza. A questão da religiosidade,
bastante diversificada no continente, é aqui representada pelo islamismo iraniano.
3 FURQUIM Junior, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição. São Paulo: Editora AJS, 2015.
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CONHECIMENTOS
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CONHECIMENTOS
https://assets.prb.org/pdf13/2013-population-data-sheet_eng.pdf.
País População
China 1,357 bilhão
Índia 1,257 bilhão
Indonésia 248,4 milhões
Paquistão 183,9 milhões
Bangladesh 154,5 milhões
Japão 127,3 milhões
Filipinas 98 milhões
Distribuição da População
A população da Ásia não se encontra distribuída de forma homogênea pelo continente: grandes regiões são praticamente
desabitadas, sobretudo o norte e o leste da Rússia, o planalto tibetano e as áreas de deserto.
As áreas de maior concentração populacional são o Subcontinente Indiano, principalmente ao longo do vale do Rio Ganges
e em Bangladesh, as planícies do leste da China, o Japão e a Indonésia, sobretudo a ilha de Java.
A concentração de pessoas nesses lugares, que representam, em geral, áreas em que as atividades humanas, principal-
mente a agricultura, são favorecidas pelo clima, relevo, disponibilidade de água e ocorrência de solos férteis, acaba provocan-
do problemas sociais e econômicos, além de graves impactos ambientais, sobretudo relacionados à poluição do ar, em áreas
urbanas, da água e à erosão dos solos em áreas rurais.
A Urbanização da População
A Ásia e a África são os únicos dois continentes nos quais a população é predominantemente rural. No entanto, apesar das
baixas taxas de urbanização, mais da metade da população urbana global vive em cidades asiáticas, e três dos cinco aglo-
merados urbanos com mais de 20 milhões de habitantes no mundo se localizam no continente, assim como três dos quatro
aglomerados urbanos com população entre 15 e 20 milhões de habitantes.
É importante considerar, porém, que as taxas de urbanização da população variam entre os muitos países da Ásia, pois há
desde países como Israel, Coreia do Sul e Cingapura, com altas taxas de urbanização, até outros como Índia, Nepal, Camboja
e Vietnã, que apresentam taxas de urbanização inferiores a 30%.
Além disso, como todos os dias novas famílias se deslocam de áreas rurais para as cidades do continente, atualmente a
maior taxa de crescimento urbano se dá em aglomerados urbanos médios de até 1 milhão de habitantes na Ásia e África, o
que faz que a população urbana cresça de tal maneira que, até 2030, esta terá ultrapassado a rural.
Esse êxodo rural ocorre principalmente em função da disponibilidade cada vez menor de solo cultivável e do intenso pro-
cesso de industrialização, características de alguns dos países asiáticos nas últimas décadas. Atraídas pelas oportunidades
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CONHECIMENTOS
de trabalho nos centros urbanos e impossibilitadas de praticar a agricultura de subsistência, muitas dessas famílias acabaram
engrossando as já populosas cidades asiáticas.
Dentre os grandes aglomerados urbanos do continente, formados por vários municípios conurbados ao redor de cidades
principais, o maior é a área metropolitana de Tóquio, no Japão, cidade que passou por um acelerado processo de crescimento
na segunda metade do século XX. Atualmente conta com aproximadamente, mais de 37 milhões de habitantes, segundo in-
formações das Nações Unidas em 2013. Na sequência estão as áreas metropolitanas de Nova Délhi (Índia) e Xangai (China),
com aproximadamente, 25 e 23 milhões de habitantes, respectivamente.
Esse crescimento urbano de cidades já densamente habitadas, somado às desigualdades sociais que existem em alguns
dos países do continente, configura um cenário no qual o planejamento urbano e a organização racional dos espaços têm se
mostrado cada vez mais importantes para garantir a qualidade de vida da população.
Os principais problemas e dificuldades estão relacionados aos meios de transporte, à falta de habitação e aos impactos
ambientais elevados, como a poluição atmosférica e das fontes de água. Além, disso, em países do continente nos quais a
riqueza é distribuída de forma mais desigual, como a Índia e a Indonésia, a expansão das áreas ocupadas tem sido evidente,
com o aumento das taxas de urbanização.
, diversas minorias religiosas ativas, o que acaba agravando algumas tensões existentes, motivo pelo qual o continente
asiático é hoje aquele que mais sofre em decorrência de ataques violentos ligados à motivos religiosos no mundo.
Na Indonésia, por exemplo, os cristãos representam menos de 10% da população, pouco mais de 20 milhões de indivíduos
frente a mais de 90 milhões de muçulmanos, e são constantes as alegações de ataques e discriminação.
Já em Mianmar, um país do Sudeste Asiático de população majoritariamente budista, é a minoria muçulmana que sofre
com ataques que já fizeram centenas de vítimas, levando até mesmo o Dalai Lama (grande líder espiritual budista) a condenar
publicamente a violência contra os muçulmanos no país. Isso sem falar no conflito entre judeus e muçulmanos centrado na
Palestina.
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CONHECIMENTOS
Cingapura. https://oglobo.globo.com/boa-viagem/cingapura-a-cidade-mais-cara-do-mundo-pela-quinta-vez-consecutiva-22504585.
Essa disparidade de renda entre os países da Ásia e também entre as classes sociais em nações como a Índia e a China
proporciona a existência de um grande contraste de paisagens, principalmente nos centros urbanos, onde a riqueza e a po-
breza convivem, muitas vezes, lado a lado. O modelo de desenvolvimento adotado por grandes cidades da Ásia, altamente
adaptado à economia de mercado, faz desses grandes centros urbanos polos comerciais e financeiros do continente mais
populoso do planeta.
O luxo de cidades como Hong Kong, Cingapura e Xangai, entre outras, é um símbolo da riqueza acumulada pelos países
asiáticos nas últimas décadas, mas os índices de desenvolvimento humano de muitos países deixam a desejar.
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CONHECIMENTOS
A favela de Dharavi, em Mumbai, é uma das muitas fave- colonizadora ocorreu no século XIX. Após terem passado por
las da Índia que não param de crescer. um intenso processo de industrialização, as potências euro-
Em função do rápido processo de urbanização vivenciado peias partiram em busca de territórios fora de seu continente,
pelos países da Ásia, o desafio de enfrentar a miséria e a a fim de criar novos mercados consumidores e fornecedores
pobreza passará certamente pela necessidade de criar mais de matéria-prima. Esse processo ficou conhecido como neo-
oportunidades de emprego e educação e desenvolver pro- colonialismo e atingiu principalmente a África e a Ásia.
gramas de inclusão social, que visem à construção de novas Em meados do século XIX, os franceses haviam fundado
habitações, entre outras medidas que devem ser adotadas a Indochina francesa (atualmente Laos, Camboja e Vietnã).
pelos governantes. Ao mesmo tempo, os britânicos se expandiram para o leste
da Índia e dominaram a Birmânia (atual Mianmar), Cingapura
O Sudeste Asiático e organizaram, na parte sul da região, uma faixa de pequenos
protetorados. As Filipinas eram dominadas pelos espanhóis,
Atualmente esta região se coloca no cenário mundial como mas passaram para as mãos dos EUA no final do século XIX.
uma economia em desenvolvimento e, ao mesmo tempo, com A Tailândia era a única região a permanecer como Estado
extremos contrastes sociais. independente no Sudeste Asiático, apesar de ameaçada por
Os países do Sudeste Asiático representam característi- franceses e ingleses.
cas naturais parecidas, além de várias desigualdades socio- Com as mudanças no jogo de poder mundial ocorridas
econômicas. após a Segunda Guerra Mundial, teve início o processo de
descolonização do Sudeste Asiático. Marcado pela influência
Ocupações Estrangeiras no Sudeste Asiático externa dos Estados Unidos e da União Soviética, as super-
O Sudeste Asiático é uma região formada por países potências da época, esse processo fez que alguns países da
continentais localizados na Península da Indochina – Laos, região se tornassem socialistas e aliados da União Soviética.
Camboja, Vietnã, Tailândia e Mianmar – e por países insula- Foi o caso de Laos, Camboja e Vietnã. Na Birmânia, atual
res – Cingapura, Malásia, Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Mianmar, país que se tornou independente da Inglaterra em
Leste. A região é caracterizada por sua diversidade cultural e 1948, o socialismo foi usado como uma desculpa para a im-
destaca-se por sua crescente força econômica na atualidade. plantação de um regime ditatorial que perdura desde 1962,
Sua localização estratégica foi alvo de disputas armadas pelo quando ocorrera no país um golpe de Estado liderado pelo
poder de influência nos governos locais. militar Ne Win.
Desde então, milhares de hindu-birmaneses e muçulma-
nos deixaram o país com medo das perseguições políticas.
Em 1978, cerca de 200 mil refugiados migraram rumo ao vizi-
nho Bangladesh e outros milhares têm-se refugiado também
na vizinha Tailândia. Sob o novo regime político, o país teve
sua economia arrasada e, hoje, o atual Mianmar é um dos
países mais pobres do Sudeste Asiático.
Observe o mapa.
Atividades Econômicas
Desde os tempos coloniais, a agricultura e a pecuária ti-
veram importância na economia neozelandesa. Ao longo do
século XX o país se consolidou como um grande produtor e
exportador mundial de carne, sobretudo de ovelha – que tam-
bém possibilita a produção de lã. O país é o segundo maior
exportador de lã do mundo, atrás apenas da Austrália.
A pecuária possibilitou à Nova Zelândia o desenvolvimen-
to de uma importante indústria de laticínios. O principal produ-
to da pauta de exportação neozelandesa é o leite concentra-
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/09/ do, que em 2012 representou 15% das exportações do país
nova-zelandia.gif. e gerou uma receita superior a 5 bilhões de dólares. Além
disso, destacam-se as exportações de manteiga e queijo, que
A localização da Nova Zelândia impõe certo grau de iso- ocuparam, respectivamente, o terceiro e o sétimo lugar das
lamento em relação aos países vizinhos. A distância entre exportações do país nesse mesmo ano.
sua capital, Wellington, e Camberra, capital da Austrália, por O setor primário também está presente em grande esca-
exemplo, é de aproximadamente 2.320 quilômetros. la na economia local por meio da extração e exportação de
Apesar de seu território ter sido mais amplamente explora- madeira – que ocupou a quarta colocação no ranking de ex-
do por James Cook no ano de 1769 e os britânicos terem se portações do país em 2012. Os principais destinos das expor-
apropriado da região, foi apenas a partir de 1840 que ela foi tações neozelandesas são a Austrália, a China, os Estados
formalmente declarada como colônia inglesa. Mesmo assim, Unidos e o Japão.
ao longo desses mais de setenta anos, a região passou a As atividades industriais que mais se destacam estão li-
receber exploradores e comerciantes europeus, bem como gadas à construção civil e às atividades primarias, como a
alguns estrangeiros que foram forçados a migrar para lá, so- pesca industrial, a atividade madeireira, a transformação de
bretudo presos britânicos. minérios, a manufatura, a produção de vinho, além das indús-
Assim como ocorreu em outras regiões colonizadas, a trias associadas à agropecuária, como a de laticínios, a de lã
área onde hoje se constitui o território da Nova Zelândia já e a de frigoríficos.
era habitada quando chegaram os primeiros europeus. As O turismo possui relevante participação na economia ne-
populações indígenas locais são conhecidas como maoris e ozelandesa. Devido à sua riqueza natural, a Nova Zelândia
povoaram a região há mais de mil anos, provavelmente vin- costuma atrair um grande número de turistas estrangeiros to-
das da Polinésia. dos os anos. Em 2014, o país recebeu aproximadamente 2,8
A partir do final do século XVIII e do início do XIX inten- milhões de turistas, quase a metade proveniente da Austrá-
sificou-se o contato dos maoris com europeus, por meio da lia. Entre as atrações turísticas locais, chamam a atenção as
chegada de exploradores, baleeiros, degredados e também atraentes passagens que envolvem diversos picos e monta-
missionários cristãos. Esse contato teve como consequência nhas que se encontram na cordilheira conhecida como Alpes
a grande diminuição da população maori. Além dos conflitos do Sul, localizada na ilha do Sul, com destaque para o Monte
intertribais e da transmissão de doenças, os maoris se en- Cook/Araoki, como também as belas praias, os cânions, os
volveram em uma série de conflitos por terra com coloniza- vulcões e os fiordes, entradas de mar entre montes rochosos,
dores britânicos ao longo do século XIX. Da mesma forma, localizados no país.
a chegada de missionários católicos e protestantes fez que Observe a imagem.
grande parte da população remanescente se tornasse cristã,
abandonando suas religiões tradicionais.
Atualmente, os maoris representam cerca de 14% da po-
pulação neozelandesa. Por isso, apesar do quase extermínio
e dos impactos culturais ocorridos ao longo do século XIX, a
sua cultura ainda está presente de diferentes formas no país
– seja por meio de seu idioma, como também de sua arte e de
suas tradições e lendas.
O fluxo migratório de ingleses em direção à Nova Zelân-
dia se intensificou a partir de 1840, quando foi formalizada a
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CONHECIMENTOS
http://www.seviagens.com.br/paises.php?pais=165.
Austrália
A Austrália é o maior país em área e população da Oceania. Em sua área territorial de 7.692.024 quilômetros, possuía em
2015 aproximadamente 24 milhões de habitantes. Também apresenta o maior grau de desenvolvimento socioeconômico do
continente. Em 2013 teve o segundo maior IDH e registrou o décimo segundo maior PIB do mundo. Mesmo assim, o território
australiano é um dos menos povoados do planeta, com densidade demográfica de 3,2 habitantes por quilômetro quadrado,
devido ao fato de que a maior parte do país é ocupada por desertos e savanas, além de possuir vastas áreas com solo pouco
rico e um clima seco.
Assim como no caso da Nova Zelândia, no início do povoamento europeu, a Austrália transformou-se em uma colônia pe-
nal. A partir da segunda metade do século XIX, a imigração europeia se intensificou na região, motivada em primeira instância,
pela descoberta de ouro em terras australianas.
Após a Segunda Guerra Mundial, os sucessivos governos passaram a estimular a imigração de trabalhadores estrangeiros
qualificados, visando suprir a carência de mão de obra especializada devido à pequena população, o que ainda ocorre nos
dias de hoje. Em 2014, o Departamento de imigração australiano divulgou formalmente quais eram as profissões em deman-
da no país. Com isso, o Estado australiano incentiva profissionais do mundo todo a se candidatarem à obtenção do visto de
residência e, com isso, pode selecionar aqueles que possuem o perfil profissional desejado.
Clima e Agricultura
Apesar de o país contar com modernas técnicas de irrigação, que possibilitam o aumento da produtividade, a agricultura
é responsável por menos de 5% do PIB local. A maior parte do território australiano é composta por zonas áridas. Por isso,
a prática da agricultura acaba sendo limitada às regiões litorâneas do país, sobretudo no leste, onde as condições são mais
propícias. Observe o mapa abaixo.
Zonas climáticas da Austrália
http://www.bom.gov.au/iwk/climate_zones/map_1.shtml.
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CONHECIMENTOS
Economia do pós-guerra
A segunda guerra foi o maior conflito registrado na história do planeta e resultou em inúmeras mudanças estruturais nos países e
consequentemente afetando várias áreas, sobretudo a econômica, como veremos a seguir:
Após a Segunda Guerra e com a queda do Muro de Berlim, ocorreu a expansão do capitalismo de forma global, segundo o quadro
abaixo:
— O comércio internacional
A globalização da economia ampliou a circulação mundial de diversos tipos de fluxos: mercadorias, capitais, informações e pessoas. O
Fluxo do comércio internacional parte da China (líder no comércio) seguido de países como EUA, Inglaterra, Alemanha e França. A América
Latina destaca-se pela exportação agropecuária, a Rússia abastece o mercado com gás natural, o Oriente Médio com petróleo e a África
com riquezas minerais.
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CONHECIMENTOS
Neste cenário a tecnologia é um diferencial no aumento das Unidades da Federação PIB em 2019 (1.000.000 R$ )
exportações.
Acre 15.638
— O Mercosul Alagoas 58.964
O Mercosul é um bloco de integração regional político-jurídica,
que surgiu no final da década de 80 visando a reaproximação Amapá 17.497
dos países da América Latina no contexto de uma expansão Amazonas 188.181
mercadológica.
Bahia 293.241
Inicialmente tínhamos os países fundadores que são: Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai. A Venezuela aderiu ao bloco em Ceará 163.575
2012, mas encontra-se atualmente suspensa, por descumprimento Distrito Federal 273.614
de cláusulas de adesão.
Os demais países sul-americanos estão vinculados como Espírito Santo 137.346
Estados Associados. A Bolívia ainda está em processo de adesão. A Goiás 288.672
Criação do MERCOSUL visou à ampliação dos mercados nacionais
de cada país visando a aceleração do desenvolvimento econômico. Maranhão 97.348
Mato Grosso 142.122
Objetivos do MERCOSUL
Mato Grosso do Sul 186.943
– Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis;
– Preservação do meio ambiente; Minas Gerais 651.873
– Melhora das interconexões; Paraná 466.377
– Regulação de políticas macroeconômicas.
— A economia mundial e do Brasil Paraíba 67.986
Pará 178.377
Podemos dividir a economia do Brasil da seguinte forma:
Pernambuco 197.853
– Ciclo do pau Brasil;
– Ciclo da cana de açúcar; Piauí 52.781
– Ciclo do Ouro; Rio de Janeiro 779.928
– Ciclo do Café.
Rio Grande do Norte 71.337
Principais atividades econômicas do Brasil atualmente Rio Grande do Sul 482.464
Região Sudeste
– Fábricas e conglomerados industriais (SP); Rondônia 47.991
– Indústria petrolífera , centros comerciais e industriais (RJ); Santa Catarina 323.264
– Recursos Minerais e centros industriais (MG).
Sergipe 44.689
Região Sul
– Criação de Suínos e aves; São Paulo 2.348.338
– agricultura, uva e grãos; Tocantins 39.356
– Complexos industriais (RS). O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla
Região Nordeste contagem. Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de
– Turismo; trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os
– Centros comerciais; valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.
– Produção de petróleo;
– Produção de sal marinho; A economia mundial
– Centros comerciais e industriais.
Região Centro-Oeste
– Pecuária Período Fases Característica
– Centros industriais e Agroindustriais (Anápolis, Aparecida de 1450-1850 Primeira Expansionismo mercantilista
Goiânia, Gôiania)
Região Norte 1850-1950 Segunda Industrial-imperialista-
– Polo Industrial (atividades como comercial, agropecuária); colonialista
– Atividades comercial, agropecuária e industriais. 1950-1989 Terceira Descolonização –Guerra Fria –
Reestruturação Produtiva
Estatísticas da economia do Brasil
Pós 1989 Globalização Declínio do Estado-Nação-
O PIB do Brasil em 2021, por exemplo, foi de R$ 8,7 trilhões.
Reestruturação do sistema
No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2022), o valor foi
Estatal
de R$ 2249,2 bilhões. Veja uma tabela com o PIB das Unidades da
Federação brasileiras.
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CONHECIMENTOS
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CONHECIMENTOS
— A Indústria
Com o fenômeno da globalização as empresas expandiram
seus mercados, atuando, portanto, em diversos países, expandindo
seus mercados consumidores além do seu país origem.
Países como China, México entre outros receberam indústrias
com incentivos fiscais e mão de obra barata, além de estarem perto
das matérias primas. Devido a este processo o preço final de seus
produtos caiu daí então temos as indústrias transacionais.
— A agropecuária
A economia globalizada fez com que o fluxo de exportações
atingisse um âmbito mundial. Os bens e serviços de forma geral
transitam entre os países de forma facilitada. Este cenário também
atinge a agropecuária que atua em diversos países do globo.
Os efeitos da globalização atingiram indústrias fazendo com que
os grandes exportadores mecanizarem seu agronegócio atingindo
assim um grande fluxo de exportações.
A América Latina destaca-se no cenário internacional no
segmento do agronegócio. A tecnologia é uma grande diferencial
do agronegócio, mecanizando e informando o segmento.
— O comércio
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CONHECIMENTOS
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CONHECIMENTOS
ro mundo, expande o mercado consumidor dos países de terceiro Grandes exportados de recursos Atuantes na globalização
mundo. naturais e matérias primas, mundial
• Globalização Cultural: A globalização permitiu conexões rá- altamente consumidores Alta tecnologia Informacional
pidas entre diferentes partes do planeta, mesmo as mais distintas. de Internet, grandes
De certa forma, também interveio e potencializou a proliferação de multinacionais, etc...
tradições e tendências cotidianas em diferentes lugares. Nisso, cul-
turas do mundo todo se mesclam entre si, compartilhando aspectos
Formação dos grandes mercados mundiais
como a culinária, vestimenta, música e até crenças religiosas e valo-
O cenário atual globalizado, no qual a tecnologia é aplicada
res morais. Um exemplo é a influência da cultura norte-americana
intensamente, e a evolução no sistema financeiro fortaleceram a
nas músicas atuais do pop brasileiro.
divisão internacional do trabalho.
Desta forma surgiram vários mercados mundiais espalhados
— Cultura mundial
pelo mundo, onde existem consumidores diversos. Também temos
Por conta da globalização, os sistemas de comunicação, trans-
as multinacionais dominantes da tecnologia, com diversos centros
porte e informação se ampliaram e ficaram cada vez mais rápidos.
de produção espalhados pelo Mundo.
A internet, o maior meio de comunicação que temos hoje em dia,
permite que informações sejam passadas de um lado do planeta a
Globalização e seus problemas
outro de forma instantânea. Isso facilitou a transmissão de valores
Apesar da globalização, oferecer inúmeras vantagens como as
culturais, de forma que diferentes culturas interagem entre si. Mui-
tecnologias que aproximam as pessoas, o acesso a mercadorias, o
tos dizem que a globalização pode causar uma hegemonização de
acesso à informação, o acesso a diversas tecnologias, o aumento da
culturas, padronizando o modo de vida e as ações dos indivíduos a
produção, gera vários problemas, conforme abaixo:
partir de uma referência dominante, tornando o sistema subjugado
— Desigualdade social;
dos valores locais e tradicionais.
— Perda da Identidade Cultural (Influência Internacional);
— Concentração de riqueza nos países ricos;
A velha e a nova divisão do trabalho
— Instabilidade financeira mundial;
A velha divisão do trabalho pode ser dividida em 2 fases, con-
— Problemas com o meio ambiente.
forme o quadro abaixo:
Inúmeras vantagens vieram principalmente com o advento da
Capitalismo Comercial (Séculos XV XVI) Internet, mas em contrapartida essa voracidade das informações
Colônias Metrópoles e esse dinamismo temporal imposto trouxeram vários problemas
para o mundo.
Extração de produtos Produção e exportação de
primários, trabalho escravo e produtos manufaturados
especiarias
DAS DESIGUALDADES NOS TERRITÓRIOS: ASPECTOS SO-
Capitalismo Industrial (Séculos XVII, XVIII e IX) CIAIS, POLÍTICOS, ECONÔMICOS, CULTURAIS E AMBIEN-
Colônias e ou países Metrópoles e ou países TAIS, INCLUINDO OS PROCESSOS DE SEGREGAÇÃO E EX-
subdesenvolvidos desenvolvidos CLUSÃO, OS MOVIMENTOS URBANOS E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS
Fornecimento de matérias Transformação da matéria .
primas e produtos primários prima em produtos
(agrícolas e minerais) industrializados A geografia das desigualdades nos territórios abrange uma sé-
rie de aspectos sociais, tais como: políticos, econômicos, culturais
A nova divisão do trabalho e ambientais. Essas, influenciam a distribuição desigual de recur-
A nova divisão do trabalho é resumida em 2 fases, segundo o sos, oportunidades e poder entre as diferentes áreas geográficas.
quadro abaixo: São essas desigualdades, o resultado de processos complexos que
envolvem segregação e exclusão, movimentos urbanos e políticas
Capitalismo financeiro (Século XX em diante) públicas.
Países subdesenvolvidos Países desenvolvidos Desigualdades sociais
Produtos industrializados e Produtos Industrializados, alta Elas se manifestam de diversas maneiras nos territórios. Essa
matérias primas tecnologia e investimento distribuição desigual de renda, de acesso a serviços básicos, como:
a saúde, a educação, e as oportunidades de trabalho, por exemplo,
Revolução Técnico-Científica-Informacional são desigualdades sociais que podem ser observadas em diferentes
Países emergentes Países desenvolvidos regiões do país e do mundo. Além disso, fatores como: etnia, gênero
e idade também influenciam as disparidades sociais nos territórios.
Contexto político
As desigualdades podem estar relacionadas também, ao aces-
so diferenciado aos processos de tomada de decisão e participação
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CONHECIMENTOS
política. Alguns grupos sociais podem ser marginalizados ou exclu- tos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais. A aten-
ídos dos espaços de poder, o que ampliará as desigualdades políti- ção e compreensão dessas desigualdades é essencial para o pla-
cas. A falta de influência e representatividade desses grupos pode nejamento e a implementação de políticas públicas mais justas e
agravar as disparidades sociais e econômicas existentes. inclusivas, visando sempre à promoção da equidade e o combate às
disparidades entre os diferentes territórios.
Desigualdades econômicas
São visíveis nos territórios através da concentração de recur-
sos, investimentos e atividades econômicas em determinadas áre- DAS REDES DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES: RELA-
as, enquanto em outras regiões, se enfrenta carências e a falta de ÇÕES COM OS FLUXOS MATERIAIS (OBJETOS, MERCADO-
oportunidades econômicas. Exemplos de desigualdades econômi- RIAS, PESSOAS) E IMATERIAIS (DADOS, INFORMAÇÃO, CO-
cas que podem ocorrer entre diferentes territórios: a falta de infra- MUNICAÇÃO) EM DIFERENTES ESCALAS GEOGRÁFICAS
estrutura, a escassez de empregos e a precariedade das condições
de trabalho.
As redes de comunicação e transportes desempenham um
papel essenciais nas relações de fluxos materiais e imateriais em
Desigualdades culturais
diferentes escalas geográficas. São essas redes as responsáveis por:
Elas estão relacionadas à diversidade cultural e à valorização
a conexão das pessoas, as mercadorias, os objetos, os dados e infor-
das diferentes manifestações culturais em um determinado terri-
mações, permitindo assim, a circulação e intercâmbio de recursos
tório. Certos grupos, como: étnicos, religiosos ou linguísticos, por
e conhecimentos.
exemplo, podem enfrentar: discriminação, estigmatização e a ex-
clusão, resultando nessas desigualdades culturais. A promoção da
Redes de transporte
diversidade cultural e do respeito às identidades étnicas e culturais
Primeiramente, são as responsáveis por viabilizar a movimen-
é fundamental para combater esse tipo de desigualdade.
tação de mercadorias, das pessoas e dos objetos físicos. Elas podem
ser compostas por diferentes modais, tais como: o rodoviário, o fer-
Desigualdades ambientais
roviário, o aéreo, o marítimo e o fluvial. Essas redes conectam as re-
Elas são observadas em determinados territórios através da
giões, os países e os continentes, possibilitando assim, o comércio,
distribuição desigual de recursos naturais, dos impactos ambientais
a indústria e a circulação de bens de consumo. A infraestrutura de
negativos concentrados em determinadas áreas e da falta de acesso
transporte, tais como: as estradas, as ferrovias, os portos e os ae-
a serviços ambientais de qualidade. Comunidades vulneráveis po-
roportos, desempenham, portanto, um papel crucial na eficiência e
dem estar mais expostas a riscos ambientais, como: a poluição, os
na integração das redes.
desastres naturais e a falta de acesso à água potável, acentuando
assim, as desigualdades socioambientais.
Redes de comunicação
São responsáveis pelo fluxo de dados, das informações e da
Processos de segregação e exclusão
comunicação em escala global. A evolução tecnológica e a dissemi-
São esses processos que desempenham um papel importante
nação da internet têm sido fatores cruciais nesse processo. A conec-
nas desigualdades nos territórios. A segregação espacial, por exem-
tividade digital e as redes de fibra óptica permitem a transmissão
plo, ocorre quando grupos sociais são separados geograficamente,
instantânea de informações, possibilitando assim, a comunicação
resultando na formação de áreas de exclusão e guetos. Essa segre-
em tempo real entre diferentes partes do mundo. As redes sociais,
gação então, pode estar relacionada a fatores socioeconômicos,
os aplicativos de mensagens e os serviços de streaming são exem-
étnicos ou culturais. A exclusão social, por sua vez, envolverá a ne-
plos de como as redes de comunicação transformaram as relações
gação de direitos e oportunidades a certos grupos sociais, intensifi-
sociais e a forma como as pessoas acessam essas informações e se
cando assim, as desigualdades.
comunicam.
Movimentos urbanos
Essas duas redes: de comunicação e de transportes, estão in-
São expressões da luta por direitos e por melhores condições
terligadas e mutualmente se influenciam. Por exemplo: a disponi-
de vida nas cidades. Movimentos como: as ocupações de terra, as
bilidade de infraestrutura de transporte eficiente e acessível é es-
reivindicações por moradia digna e os protestos por políticas públi-
sencial para a expansão das redes de comunicação, uma vez que os
cas mais inclusivas buscam assim, enfrentar as desigualdades urba-
cabos de fibra óptica e os equipamentos de transmissão de dados
nas e promover a justiça social nos territórios.
precisam ser instalados e mantidos. Dessa mesma forma: a comuni-
cação instantânea e o acesso a informações em tempo real facilitam
Políticas públicas
o planejamento logístico, a coordenação de cadeias de suprimentos
Elas desempenham um papel essencial na redução das desi-
e a otimização dos fluxos materiais.
gualdades nos territórios. Por meio de ações governamentais, por
exemplo, será possível promover a equidade, garantir o acesso
Essas suas redes não estão limitadas às escalas globais, mas
igualitário a serviços básicos, como: saúde e educação, fomentar o
também são importantes em escalas regionais e locais, por assim
desenvolvimento econômico em áreas desfavorecidas e promover
dizer. Em nível regional, as redes de transporte interligam cidades,
a inclusão social. Entretanto, é importante que essas políticas sejam
regiões metropolitanas e áreas industriais, promovendo assim, a in-
abrangentes, efetivas e voltadas para a superação das desigualda-
tegração econômica e social. Em nível local, as redes de transporte
des estruturais presentes nos territórios.
público são fundamentais para o deslocamento diário das pessoas
dentro das cidades, reduzindo assim, a dependência de veículos
Em suma, todas desigualdades nos territórios abrangem aspec-
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CONHECIMENTOS
Industrialização cultural
DA INDUSTRIALIZAÇÃO: TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS, A industrialização promove também transformações culturais,
SOCIAIS, ECONÔMICAS, POLÍTICAS, CULTURAIS E AM- haja vista que novos hábitos, valores e modos de vida podem então,
BIENTAIS, INCLUINDO A PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO DE surgir em decorrência do processo industrial. Mudanças na forma
PRODUTOS, RELAÇÕES DE TRABALHO, A ATUAÇÃO DE de consumo, nas relações de trabalho e nas aspirações individuais
CORPORAÇÕES E O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TEC- são algumas das muitas manifestações culturais associadas à indus-
NOLÓGICO, EM DIFERENTES ESCALAS GEOGRÁFICAS. trialização.
Industrialização ambiental
No meio ambiente, a industrialização pode ter impactos ne-
A industrialização é um processo que envolve transformações gativos, como a degradação ambiental e a emissão de poluentes.
como: as espaciais, as sociais, as econômicas, as políticas, as cul- Com o aumento da produção industrial gera-se maior demanda por
turais e as ambientais, com impactos significativos em diferentes recursos naturais, energia e água, podendo causar esgotamento
escalas geográficas. As revoluções econômicas e sociais estão rela- de recursos naturais e também problemas ambientais, como por
cionadas à produção em larga escala, à organização do trabalho, ao exemplo: poluição do ar, da água e do solo. Entretanto, a industria-
desenvolvimento científico e tecnológico, à circulação de produtos lização por sua vez, também pode impulsionar o desenvolvimento
e ao papel das corporações. de tecnologias e práticas cada vez mais sustentáveis, visando a re-
dução dos impactos ambientais e também, a busca por alternativas
mais limpas e eficientes.
Industrialização espacial
Implica em mudanças, pois envolverá a concentração de ati- Em resumo, a industrialização é todo um processo com sua
vidades industriais em determinados locais. A formação de polos complexidade, que afeta diversos aspectos da sociedade e do
industriais, por exemplo, como regiões metropolitanas e zonas in- ambiente. As suas transformações espaciais, sociais, econômicas,
dustriais, é bem comum nesse processo. Essas áreas são caracte- políticas, culturais e ambientais ocorrem em diferentes escalas ge-
rizadas pela presença de: fábricas, infraestrutura de transporte e ográficas, moldando assim, territórios e trazendo desafios e oportu-
logística, e concentram a mão de obra qualificada. A industrializa- nidades para as comunidades e para o desenvolvimento sustentável
ção também pode gerar o crescimento urbano desordenado, com também.
impactos na expansão das cidades e no surgimento de problemas
socioambientais. Ela é um processo fundamental na história da humanidade,
trouxe consigo profundas transformações na produção e circulação
Industrialização social de produtos, nas relações de trabalho, na atuação de corporações e
Tem impactos mais profundos nas relações de trabalho. Com a também no desenvolvimento científico e tecnológico em diferentes
mecanização e a introdução de tecnologias, por exemplo, ocorre a escalas geográficas.
substituição de mão de obra humana por máquinas, podendo gerar
desemprego e transformação das formas de trabalho. O trabalho Produção e circulação de produtos
nas indústrias comumente é organizado em turnos e em linhas de São elementos centrais da industrialização. Surgindo as fábricas
produção, o que requer especialização e disciplina. Além disso, a e o avanço das técnicas de produção em massa, houve um aumen-
industrialização pode gerar desigualdades socioeconômicas, com to significativo na capacidade de produção de bens de consumo. A
disparidades salariais e condições precárias de trabalho em alguns adição de máquinas e tecnologias nas linhas de produção permitiu
setores. uma maior eficiência e rapidez na fabricação desses produtos, re-
sultando em um aumento na oferta e diversidade de mercadorias.
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CONHECIMENTOS
Relações de trabalho
Essas relações também passaram por transformações signifi- DA GEOGRAFIA AGRÁRIA: AS TRANSFORMAÇÕES ESPA-
cativas com a industrialização. O trabalho artesanal e agrícola, por CIAIS NO CAMPO, O USO DOS RECURSOS NATURAIS, AS
exemplo, foi substituído pela organização fabril, caracterizada pelo ATIVIDADES ECONÔMICAS, AS RELAÇÕES DE TRABALHO,
trabalho assalariado e pela divisão das tarefas. Os trabalhadores AS INFLUÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO – INCLUINDO A PRO-
passaram a desempenhar funções cada vez mais específicas em um DUÇÃO DE ALIMENTOS, OS FLUXOS DAS COMMODITIES E
processo produtivo em constante aceleração, exigindo assim, dis- AS RELAÇÕES COM AS PROBLEMÁTICAS SOCIOAMBIEN-
ciplina e especialização. Surgiram então as condições de trabalho TAIS (DESMATAMENTO, USO DE AGROTÓXICOS, QUEI-
adversas, como longas jornadas e baixos salários, levando assim à MADAS, ESCASSEZ HÍDRICA, DEGRADAÇÃO DO SOLO
luta por melhores condições e direitos trabalhistas. ETC) –, EM DIFERENTES LUGARES
O agronegócio
Representa a integração das atividades agrícolas com os seto-
res industriais, comerciais e de serviços, exercendo grande influên-
cia na Geografia Agrária. Ele está relacionado à produção em larga
escala, também ao uso intensivo de tecnologia, à exportação de
produtos agrícolas e à concentração de poder econômico nas mãos
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
de grandes empresas. Esse modelo tem impactos significativos em o uso intensivo de máquinas pesadas, bem como o manejo incor-
toda a organização espacial do campo, em suas relações de traba- reto do solo, podem sim resultar na compactação, erosão e perda
lho e na distribuição de renda. de nutrientes, comprometendo assim, a capacidade produtiva das
Em suma, a Geografia Agrária analisará as transformações es- terras e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
paciais no campo, o uso dos recursos naturais, as atividades econô-
micas, as relações de trabalho e suas influências no agronegócio. Perante essas problemáticas, é essencial e imperativo, se ado-
Entender essas dinâmicas é crucial para analisar criticamente e bus- tar abordagens sustentáveis na produção de alimentos, que levem
car alternativas sustentáveis para o desenvolvimento agrícola. assim em consideração a preservação do meio ambiente, bem
como a saúde das comunidades rurais e urbanas e a garantia da
A produção de alimentos segurança alimentar. Adotar técnicas agroecológicas, para o incen-
É uma atividade fundamental para o suprimento das necessi- tivo à produção local, bem como o manejo adequado dos recursos
dades alimentares da população mundial. Entretanto, esse proces- naturais são medidas importantes e fundamentais para mitigar os
so está intimamente ligado a uma série de desafios socioambientais impactos negativos da produção de alimentos e promover um de-
em diversos lugares diferentes. A produção em larga escala, a ex- senvolvimento ainda mais sustentável
pansão agrícola, os fluxos das commodities e as práticas agrícolas
inadequadas têm impactos significativos no meio ambiente e na
sociedade. DAS PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS REALI-
ZADAS POR DIFERENTES SOCIEDADES E GRUPOS, EM DIFE-
Fluxos das commodities agrícolas RENTES LUGARES.
Como os da soja, do milho, do trigo, do algodão e do açúcar,
ocorrem em escala global. Essas mercadorias, portanto, são produ-
Essas práticas têm se mostrado cada vez mais relevantes em di-
zidas em diferentes regiões do mundo, diversas vezes distantes dos
ferentes grupos e sociedades, ao redor do mundo. São essas abor-
locais de consumo. O transporte dessas commodities envolve uma
dagens que valorizam a interação equilibrada entre os sistemas agrí-
complexa rede de infraestruturas, como: portos, estradas e ferro-
colas, bem como os recursos naturais e a comunidade, promovendo
vias, que conectam as áreas produtoras aos centros consumidores.
a produção de alimentos mais saudáveis, bem como a conservação
Esses fluxos geram tantos benefícios econômicos, quanto desafios
do meio ambiente e a justiça social. Em diversos locais, diferentes
socioambientais.
práticas agroecológicas vêm sendo aprimoradas, implementadas e
adaptadas para enfrentar os desafios específicos de cada região.
Entretanto, esses fluxos também estão interligados a proble-
Em diversos países e principalmente em comunidades rurais e
máticas socioambientais graves. O desmatamento, por exemplo, é
indígenas, são adotadas práticas ancestrais de agricultura sustentá-
uma das principais questões ambientais relacionadas à produção
vel. São essas práticas que incorporam conhecimentos tradicionais
de alimentos. Em diversos lugares, a expansão agrícola ocorre às
sobre o manejo dos solos, a diversidade de cultivos, o controle na-
custas de áreas florestais, causando assim, perda de biodiversidade,
tural de pragas e doenças, bem como o respeito aos ciclos naturais.
alterações climáticas e destruição de ecossistemas mais frágeis.
Essas abordagens estão intrínsecas e cada vez mais enraizadas nas
tradições culturais e na conexão com a natureza, preservando as-
Uso de agrotóxicos
sim, a biodiversidade e a fertilidade dos solos ao longo do tempo.
Essa é uma prática interna comum na agricultura intensiva, ob-
Ademais, há iniciativas e movimentos que promovem a agroe-
jetivando aumentar a produtividade e combater pragas e doenças.
cologia já em âmbito global. Por exemplo: a agricultura urbana, que
Entretanto, o uso indiscriminado dessas substâncias pode, portan-
surge como uma alternativa viável para a produção de alimentos
to, contaminar solos, águas e alimentos, representando riscos para
em áreas urbanas densamente povoadas. São essas práticas que
a saúde humana e também para o meio ambiente.
buscam a utilização dos espaços limitados, como: telhados, terraços
e terrenos baldios, para cultivar alimentos de forma sustentável, re-
As queimadas
duzindo assim, a dependência de longas cadeias de suprimentos,
São uma problemática associada à produção de alimentos,
bem como promovendo a segurança alimentar local.
especialmente nas regiões de agricultura de corte e queima. Essa
prática contribui, infelizmente, para a emissão de gases de efeito
Nos países em desenvolvimento, os projetos de agricultura fa-
estufa, além de provocar danos à saúde das comunidades locais e
miliar sustentável têm ganhado cada vez mais destaque. Essas ini-
à qualidade do ar.
ciativas objetivam fortalecer as comunidades rurais, promovendo
assim, o acesso a recursos e conhecimentos, incentivando a diversi-
A escassez hídrica
ficação de cultivos, a conservação de sementes crioulas, bem como
É outra problemática socioambiental relacionada à produção
a utilização de técnicas de manejo agroecológico. São essas práticas
de alimentos. O uso excessivo de água na irrigação, combinado
que contribuem para a segurança alimentar, a geração de renda e
com a falta de manejo adequado dos recursos hídricos, pode levar
a resiliência dos agricultores frente às mudanças climáticas, bem
à degradação dos ecossistemas aquáticos e à redução da disponi-
como às pressões econômicas.
bilidade de água para outros usos, como abastecimento humano e
preservação dos rios.
Ademais, a certificação dos produtos orgânicos e de sistemas
agroflorestais também tem impulsionado práticas mais sustentá-
Degradação do solo
veis. São essas certificações que garantem que os produtos agríco-
Esse tema também se torna uma consequência da produção de
las sejam produzidos de forma ambientalmente responsável, sem o
alimentos em larga escala. As práticas agrícolas inadequadas, como
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
uso de agrotóxicos ou aditivos químicos prejudiciais à saúde, bem refletindo a luz solar de volta para o espaço, influenciando também,
como, ao meio ambiente. Promovendo assim, a valorização dos o nível do mar.
agricultores que adotam práticas agroecológicas e incentivando a
demanda por produtos sustentáveis por parte dos consumidores Hidrosfera
cada vez mais conscientes. Ela engloba todas as formas de água presentes na Terra, como:
os oceanos, os mares, os rios, os lagos, os lençóis subterrâneos, as
Em resumo, essas práticas agroecológicas e sustentáveis já têm geleiras, bem como o vapor de água na atmosfera. A água é essen-
ganhado cada vez mais espaço em diferentes locais, impulsionadas cial para a vida e executa um papel fundamental na regulação do
pela necessidade de promoção de sistemas alimentares mais equi- clima e na manutenção dos ecossistemas. É a hidrosfera que está
tativos, saudáveis e ambientalmente responsáveis. São essas abor- em constante movimento, por meio do ciclo da água, que inclui eva-
dagens que mais valorizam a interação harmoniosa entre os seres poração, a condensação, a precipitação, bem como, o escoamento.
humanos e a natureza, buscando criar sistemas agrícolas com resili-
ência e socialmente justos, simultaneamente em que conservam os As esferas terrestres estão interconectadas e em constante in-
recursos naturais para futuras gerações. teração. Como por exemplo: a atmosfera fornece gases e nutrientes
para a biosfera, assim a litosfera abriga os recursos minerais utiliza-
dos pelos seres humanos. A hidrosfera que está presente em todas
DAS ESFERAS TERRESTRES: LITOSFERA, ATMOSFERA, BIOS- as esferas, influenciando sempre o clima e sustentando a vida. Essas
FERA, CRIOSFERA, HIDROSFERA, INCLUINDO OS ELEMEN- mudanças em uma esfera podem afetar as demais, como o aumen-
TOS CONSTITUTIVOS E AS CONEXÕES SISTÊMICAS. to da temperatura atmosférica causando o derretimento das gelei-
ras da criosfera e o aumento do nível do mar, por exemplo.
A compreensão dessas conexões sistêmicas para a análise dos
A Terra é um sistema complexo composto por várias esferas
processos naturais e das atividades humanas que impactam o pla-
interconectadas, que desempenham entre si, papéis essenciais na
neta, é de suma importância. O estudo das esferas terrestres, bem
manutenção da vida e na dinâmica do planeta. Cada esfera possui
como, suas interações auxiliam na compreensão dos desafios am-
características próprias e interações constantes com as demais, for-
bientais e na busca por soluções sustentáveis para assim, garantir a
mando um sistema integrado. As principais esferas terrestres são a
conservação e o equilíbrio do nosso planeta.
litosfera, atmosfera, biosfera, criosfera e hidrosfera.
cursos naturais, bem como reduzir os impactos ambientais. causa poluição nos ecossistemas terrestres e aquáticos, afetando a
fauna e a flora como um todo. Ademais, a produção em larga esca-
Biodiversidade la de certos produtos, como por exemplo: roupas e os eletrônicos,
Relativo à diversidade de vida existente no planeta, inclusive muitas vezes envolvem condições de trabalho precárias e a explo-
as plantas, os animais, os microrganismos, bem como seus habi- ração de mão de obra.
tats. Essa biodiversidade desempenha um papel fundamental nos Os impactos socioambientais relacionados ao uso de recursos
ecossistemas, fornecendo assim, serviços ecossistêmicos, como a naturais e aos padrões de consumo estão associados também, às
polinização de plantas, a purificação do ar e da água, e a regulação mudanças climáticas. A emissão excessiva de gases de efeito estufa
do clima. Entretanto, sua perda é uma preocupação global, devido à provenientes da queima de combustíveis fósseis, por exemplo, con-
destruição de habitats naturais, a introdução de espécies invasoras, tribui para o aquecimento global e seus efeitos são cada vez mais
bem como a exploração excessiva de recursos naturais. Por outro negativos, como por exemplo: o aumento da temperatura média do
lado, sua conservação envolve não só a criação de áreas protegidas, planeta, eventos climáticos extremos, bem com o derretimento das
mas o manejo sustentável dos recursos naturais, bem como a pro- calotas polares.
moção de políticas de preservação da fauna e da flora. Combater esses impactos é essencial, assim, adotar hábitos,
moldar atitudes e comportamentos responsáveis e sustentáveis,
Solo incluindo a redução do consumo excessivo, a reciclagem e o rea-
Recurso de vital importância para a produção de alimentos, proveitamento de materiais, bem como, o uso consciente da água
bem como a sustentação dos ecossistemas terrestres. É ele que e da energia, também a preferência por produtos e serviços susten-
fornece os nutrientes essenciais às plantas, atua como filtro para a táveis, a adoção de uma alimentação mais equilibrada e a valoriza-
água e abriga uma grande diversidade de organismos. Entretanto, ção da biodiversidade e dos ecossistemas naturais, auxiliarão nesse
sua degradação, causada pela erosão, contaminação, uso intensivo aspecto.
e desmatamento, é uma preocupação ambiental. Adotar práticas Ademais, é de extrema importância que governos, empresas e
agrícolas sustentáveis, bem como a implementação de técnicas de sociedade civil trabalhem em sinergia na implementação de políti-
conservação do solo e a promoção de políticas de preservação, são cas públicas e medidas regulatórias que possam promover as prá-
importantes para a proteção desse recurso natural. ticas sustentáveis. Isso poderá envolver incentivos à produção e ao
consumo sustentáveis, investimento em energias renováveis, pro-
Gestão e conservação dos recursos naturais teção de áreas naturais, bem como o estímulo à economia circular.
Requereram implementação de políticas ambientais efetivas,
capazes de promoverem a utilização sustentável dos recursos, a re-
dução do consumo excessivo, o incentivo às energias renováveis, a DOS BIOMAS E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E AS RELA-
proteção dos ecossistemas, bem como, a promoção da educação ÇÕES COM DIFERENTES POPULAÇÕES HUMANAS: NO TER-
ambiental. Ademais, a participação ativa da sociedade civil e o en- RITÓRIO BRASILEIRO E EM OUTRAS REGIÕES DO MUNDO.
volvimento das comunidades locais são essenciais para garantir sua
preservação, bem como a sustentabilidade dos recursos naturais
em diferentes lugares. Biomas e domínios morfoclimáticos são conceitos que se re-
ferem às grandes unidades paisagísticas que se formam pela inte-
ração de elementos naturais como clima, relevo, vegetação, solo e
DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS RELACIONADOS AO hidrografia¹. Eles são importantes para compreender a diversidade
USO DE RECURSOS NATURAIS E AOS DIFERENTES PADRÕES e a distribuição dos ecossistemas e das populações humanas no ter-
DE CONSUMO, INCLUINDO ASPECTOS ASSOCIADOS À ritório brasileiro e em outras regiões do mundo.
ADOÇÃO DE HÁBITOS, ATITUDES E COMPORTAMENTOS Biomas são conjuntos de ecossistemas que possuem caracte-
RESPONSÁVEIS E SUSTENTÁVEIS. rísticas semelhantes de flora, fauna e clima, e que ocupam uma ex-
tensa área geográfica². Eles são definidos principalmente pela vege-
O uso de recursos naturais e os diferentes padrões de consumo tação predominante, que reflete as condições climáticas e edáficas
têm impactado significativamente, tanto o meio ambiente, quanto (relativas ao solo) de cada região². Os biomas podem abranger mais
as sociedades em que vivemos. São esses impactos socioambientais de um país ou continente, como é o caso da floresta tropical ou da
que estão diretamente relacionados aos hábitos, atitudes e com- tundra².
portamentos adotados pela sociedade como um todo. Domínios morfoclimáticos são extensas regiões que possuem
Um desses principais impactos socioambientais é, por exem- uma certa homogeneidade de paisagem, resultante da combinação
plo: a degradação dos ecossistemas naturais. O consumo excessivo e da interação de elementos como clima, relevo, vegetação, solo
de recursos naturais, como: da água, de energia e da matéria-pri- e hidrografia³. Eles são definidos principalmente pelo clima e pelo
ma, resultará na exploração intensiva desses recursos, levando à relevo, que influenciam na formação da vegetação e do solo³. Os
sua escassez e esgotamento. Ademais, sua extração indiscriminada domínios morfoclimáticos podem abranger mais de um bioma ou
de recursos minerais e a exploração agrícola sem práticas sustentá- ecossistema, como é o caso do domínio amazônico ou do domínio
veis contribuirão para a destruição de habitats naturais, a perda de dos mares de morros³.
biodiversidade, bem como a degradação do solo. No Brasil, existem seis biomas reconhecidos oficialmente:
Os padrões de consumo têm impactos sociais também, como Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal².
por exemplo: a geração de resíduos sólidos e poluição. O descar- Eles abrigam uma rica biodiversidade de fauna e flora, além de di-
te inadequado de resíduos, principalmente plásticos, por exemplo, ferentes populações humanas que se adaptaram às condições am-
bientais e culturais de cada região². Os biomas brasileiros sofrem
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CONHECIMENTOS
com diversos problemas ambientais, como o desmatamento, as As zonas climáticas são as grandes faixas que dividem o planeta
queimadas, a caça e a pesca predatórias, a poluição e a introdução de acordo com a incidência dos raios solares e a variação da tempe-
de espécies exóticas². ratura ao longo do ano. Elas são: zona intertropical, zona temperada
No Brasil, também existem seis domínios morfoclimáticos do norte, zona temperada do sul, zona polar do norte e zona polar
propostos pelo geógrafo Aziz Ab’Saber: Amazônico, Caatinga, Cer- do sul.
rado, Mares de Morros, Araucárias e Pradarias³. Eles representam Os padrões climáticos são as características médias do clima
as grandes unidades paisagísticas do território nacional, que se de uma determinada região ou localidade, que podem ser influen-
diferenciam pelas formas de relevo, pelos tipos de clima e pelos ciados por fatores como latitude, altitude, continentalidade, mari-
padrões de vegetação e solo³. Entre os domínios morfoclimáticos timidade e correntes marítimas. Eles podem ser classificados em
existem áreas de transição, que apresentam características mistas diversos tipos, como equatorial, tropical, subtropical, temperado,
ou intermediárias entre dois ou mais domínios³. mediterrâneo, continental, polar e árido.
Em outras regiões do mundo, também existem biomas e domí- A circulação geral da atmosfera é o movimento dos ventos na
nios morfoclimáticos que se relacionam com diferentes populações superfície terrestre e nas camadas superiores da atmosfera, que se
humanas. Alguns exemplos são: deve ao aquecimento desigual da Terra pela radiação solar e à rota-
- Floresta boreal: é um bioma que ocorre nas regiões de cli- ção do planeta. Ela é responsável pela distribuição de calor e umida-
ma frio do hemisfério norte, como Canadá, Rússia e Escandinávia. de pelo globo e pela formação de sistemas de alta e baixa pressão².
É formado por florestas de coníferas (pinheiros), que se adaptam Os fenômenos atmosféricos e climáticos são os eventos que
às baixas temperaturas e à neve. As populações humanas que vi- ocorrem na atmosfera e que afetam o clima de uma região ou do
vem nesse bioma são geralmente de origem indígena ou europeia, planeta. Eles podem ser de origem natural ou antrópica (causados
e praticam atividades como caça, pesca, extração de madeira e mi- ou influenciados pela ação humana). Alguns exemplos são: chuvas,
neração⁴. neve, granizo, neblina, geadas, furacões, tornados, tempestades
- Deserto: é um bioma que ocorre nas regiões de clima árido elétricas, frentes frias e quentes, El Niño, La Niña e Oscilação An-
ou semiárido do mundo, como África, Ásia e América. É formado tártica.
por paisagens áridas ou semiáridas, com pouca vegetação e fauna O aquecimento global é o aumento da temperatura média da
adaptadas à escassez de água. As populações humanas que vivem superfície terrestre e dos oceanos nos últimos séculos, que se deve
nesse bioma são geralmente nômades ou sedentárias, e praticam principalmente ao aumento da concentração de gases de efeito es-
atividades como pastoreio, agricultura irrigada, extração mineral e tufa na atmosfera. Esses gases retêm parte da radiação solar que é
turismo⁵. refletida pela Terra, causando o efeito estufa.
- Mediterrâneo: é um domínio morfoclimático que ocorre nas As mudanças climáticas são as alterações nos padrões climáti-
regiões de clima temperado mediterrâneo do mundo, como Europa cos de uma região ou do planeta ao longo do tempo. Elas podem
meridional, África setentrional e Califórnia. É formado por paisa- ser causadas por fatores naturais ou antrópicos. Alguns exemplos
gens variadas, com relevo montanhoso ou planície litorânea, vege- de fatores naturais são: variações na órbita terrestre, atividade vul-
tação arbustiva ou florestal e solo fértil ou pobre. As populações cânica e ciclos solares. Alguns exemplos de fatores antrópicos são:
humanas que vivem nesse domínio são geralmente urbanizadas ou emissão de gases de efeito estufa, desmatamento e poluição.
rurais, e praticam atividades como indústria, comércio, serviços Os desastres ambientais são os eventos que causam danos ma-
teriais ou humanos em uma determinada área ou população. Eles
podem ser de origem natural ou antrópica. Alguns exemplos de
DOS PROCESSOS EXÓGENOS DO PLANETA TERRA: ZONAS desastres naturais são: terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas,
CLIMÁTICAS, PADRÕES CLIMÁTICOS, CIRCULAÇÃO GERAL deslizamentos de terra e secas. Alguns exemplos de desastres an-
DA ATMOSFERA, FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS E CLIMÁ- trópicos são: vazamentos de petróleo ou produtos químicos
TICOS, AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇAS CLIMÁTICAS
E DESASTRES, INCLUINDO ASPECTOS RELACIONADOS ÀS
ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS DE DOS PROCESSOS ENDÓGENOS NO PLANETA TERRA: MO-
POLÍTICAS AMBIENTAIS. DELAGEM DO RELEVO TERRESTRE, TECTÔNICA DE PLACAS
E TECTONISMO, VULCANISMO, INTEMPERISMOS E DESAS-
TRES.
Os processos exógenos do planeta Terra são aqueles que ocor-
rem na superfície terrestre ou próximos a ela, e que são influen-
ciados por fatores externos, como a radiação solar, a gravidade e Os processos endógenos no planeta Terra são aqueles que
a ação dos seres vivos. Esses processos atuam sobre o relevo e as ocorrem no interior da Terra e que são responsáveis pela formação
rochas, modificando-os ao longo do tempo. Alguns exemplos de e transformação do relevo terrestre. Eles envolvem a movimenta-
processos exógenos são: intemperismo, erosão, transporte e sedi- ção das placas tectônicas, o vulcanismo, o tectonismo e os terre-
mentação¹. motos¹².
Os processos exógenos estão relacionados às zonas climáticas, A modelagem do relevo terrestre é o resultado da ação dos
aos padrões climáticos, à circulação geral da atmosfera e aos fe- processos endógenos e exógenos. Os processos exógenos são aque-
nômenos atmosféricos e climáticos que ocorrem no planeta. Esses les que atuam na superfície da Terra e que provocam a erosão e o
fatores afetam a temperatura, a umidade, a pressão, o vento e a intemperismo das rochas. Eles são causados por agentes externos,
precipitação na superfície terrestre, criando diferentes tipos de cli- como a água, o vento, o gelo e os seres vivos²³.
ma e de vegetação nas diferentes regiões do mundo. Os desastres são eventos naturais ou provocados pelo homem
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CONHECIMENTOS
que causam danos à vida, ao meio ambiente ou à economia. Alguns atividade militar ou nuclear na Antártica. Atualmente, o tratado
exemplos de desastres relacionados aos processos endógenos são conta com 54 países membros, sendo 29 consultivos (com direito a
os terremotos, os tsunamis, as erupções vulcânicas e os desliza- voto) e 25 não consultivos.
mentos de terra³. A Antártica tem um papel geopolítico importante no cenário
A questão envolve o conhecimento dos conceitos de geomor- mundial, pois envolve interesses estratégicos, econômicos e am-
fologia, geologia, tectônica de placas, vulcanismo, intemperismo e bientais de diversos países. Alguns dos temas em debate são: a pre-
desastres naturais. Ela também requer a compreensão das relações servação da biodiversidade e dos recursos naturais; a regulação da
entre esses fenômenos e as formas de relevo que eles originam ou exploração mineral e pesqueira; a gestão do turismo sustentável; a
modificam. cooperação científica e tecnológica; a segurança da navegação ma-
A geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo e rítima; e os impactos das mudanças climáticas sobre o continente
os processos que as originam e transformam¹. A geologia é a ciência e o planeta.
que estuda a origem, a estrutura, a composição e a evolução da
Terra¹. A tectônica de placas é a teoria que explica os movimentos
da crosta terrestre em função das forças internas do planeta¹². O QUESTÕES
vulcanismo é o conjunto de fenômenos relacionados à emissão de
magma, gases e materiais sólidos do interior da Terra para a super-
fície². O intemperismo é o conjunto de processos físicos, químicos e 1. As comunidades tradicionais e os povos originários têm um
biológicos que atuam sobre as rochas, provocando sua desintegra- papel fundamental na transformação do espaço geográfico, pois:
ção e decomposição²³. Os desastres naturais são eventos extremos Marque a alternativa CORRETA:
que causam danos à vida, ao meio ambiente ou à economia³. a) Contribuem para a degradação ambiental.
Os processos endógenos são aqueles que ocorrem no interior b) Promovem a urbanização desordenada.
da Terra e que são responsáveis pela formação e transformação do c) Possuem um conhecimento ancestral sobre o meio ambiente
relevo terrestre. Eles envolvem a movimentação das placas tectô- e práticas sustentáveis.
nicas, o vulcanismo, o tectonismo e os terremotos¹². Esses proces- d) São responsáveis pelo êxodo rural.
sos podem gerar formas de relevo como montanhas, cordilheiras,
planaltos, ilhas vulcânicas, fossas oceânicas e riftes continentais¹²³.
2. O reconhecimento e a valorização dos direitos das comuni-
Os processos exógenos são aqueles que atuam na superfície
dades tradicionais e dos povos originários contribuem para a:
da Terra e que provocam a erosão e o intemperismo das rochas.
Marque a alternativa CORRETA:
Eles são causados por agentes externos, como a água, o vento, o
a) Preservação do patrimônio cultural.
gelo e os seres vivos²³. Esses processos podem modificar as formas
de relevo existentes ou gerar novas formas, como vales, planícies, b) Padronização da cultura global.
depressões, dunas, cavernas e deltas²³. c) Expansão da monocultura.
A questão dos processos endógenos no planeta Terra é impor- d) Homogeneização dos costumes.
tante para entender como o relevo se formou ao longo do tempo
geológico e como ele continua se transformando ao longo do tem- 3. As comunidades tradicionais e os povos originários têm um
po histórico. Além disso, é importante para compreender os riscos papel importante na conservação da biodiversidade, pois:
e os impactos dos desastres naturais relacionados aos processos Marque a alternativa CORRETA:
endógenos, como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas³. a) Utilizam práticas agrícolas intensivas.
b) Priorizam a exploração econômica desenfreada.
c) Vivem em harmonia com o ambiente natural.
DA ANTÁRTICA: PAPEL TERRITORIAL E AMBIENTAL NO d) Ignoram a importância da preservação ambiental.
CONTEXTO GEOPOLÍTICO.
A Antártica é o continente mais frio, seco e ventoso do planeta, 4. Qual é o setor responsável pela extração de recursos natu-
com uma área de cerca de 14 milhões de quilômetros quadrados, rais em uma determinada região?
quase toda coberta por uma camada de gelo que chega a 4 quilô- Marque a alternativa CORRETA:
metros de espessura. Ela abriga cerca de 80% das reservas de água a) Setor Primário
doce do mundo e é considerada um regulador térmico global, in- b) Setor Secundário
fluenciando o clima e a circulação oceânica. c) Setor Terciário
A Antártica não possui população permanente, apenas esta- d) Setor Quaternário
ções científicas de diversos países que realizam pesquisas nas áreas
de geologia, glaciologia, biologia, meteorologia, oceanografia, entre 5. Em qual escala geográfica o setor primário possui maior re-
outras. O Brasil mantém desde 1984 a Estação Comandante Ferraz levância econômica?
na ilha Rei George, onde desenvolve projetos sobre a biodiversida- Marque a alternativa CORRETA:
de, a dinâmica do gelo e a interação entre a atmosfera e o oceano. a) Escala local
A Antártica é um território internacional dedicado à ciência e à b) Escala estadual
paz, conforme estabelecido pelo Tratado da Antártica, assinado em c) Escala nacional
1959 por 12 países que realizavam atividades na região. O tratado d) Escala global
congelou as reivindicações territoriais existentes e proibiu qualquer
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CONHECIMENTOS
6. Qual é o setor responsável pela transformação de matérias- 13. Qual é o bioma brasileiro que possui o maior número de
-primas em produtos acabados? espécies endêmicas, ou seja, exclusivas daquela região?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Setor Primário a) Mata Atlântica.
b) Setor Secundário b) Caatinga.
c) Setor Terciário c) Pampa.
d) Setor Quaternário d) Campos Sulinos.
7. Qual é o termo utilizado para descrever o crescimento da 14. Qual é o bioma característico do sertão nordestino, com
população urbana em proporção maior do que a população rural? vegetação adaptada à escassez de água?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Êxodo rural a) Caatinga.
b) Urbanização b) Pantanal.
c) Migração pendular c) Amazônia.
d) Êxodo urbano d) Cerrado.
8. Qual dos seguintes fatores NÃO é uma causa comum da ur- 15. Qual é a camada da atmosfera responsável por conter a
banização? maior parte dos gases que compõem o efeito estufa?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Industrialização a) Troposfera
b) Migração rural-urbana b) Estratosfera
c) Melhoria das condições de vida no campo c) Mesosfera
d) Acesso a serviços e oportunidades nas cidades d) Termosfera
12. O Pantanal é um bioma brasileiro conhecido por ser: 19. O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional que busca:
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Uma região de elevada altitude e baixas temperaturas. a) Reduzir as emissões de gases de efeito estufa
b) Um ecossistema marinho com rica biodiversidade. b) Controlar a erosão do solo
c) Uma área de extensos campos alagados e grande diversidade c) Preservar a biodiversidade marinha
de fauna. d) Regular o comércio internacional de produtos químicos
d) Uma floresta tropical com grande quantidade de chuvas.
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CONHECIMENTOS
20. Qual é o principal agente responsável pela modelagem do 27. Quantos países são signatários do Tratado da Antártica?
relevo terrestre? Marque a alternativa CORRETA:
Marque a alternativa CORRETA: a) 12
a) Vento b) 25
b) Água c) 50
c) Gelo d) 54
d) Tectonismo
28. De acordo com o Tratado da Antártica, a Antártica é consi-
21. A teoria da tectônica de placas afirma que: derada:
a) A Terra é composta por placas de gelo flutuando nos ocea- Marque a alternativa CORRETA:
nos. a) Um território internacional
b) A Terra é dividida em placas rígidas que se movem lentamen- b) Um território pertencente à Argentina
te sobre o manto terrestre. c) Um território pertencente à Austrália
c) A Terra é formada por placas de diferentes tipos de rochas. d) Um território pertencente à Rússia
d) A Terra é um sistema estático sem movimentos significativos.
29. Qual é o principal objetivo do Tratado da Antártica?
22. Os limites convergentes de placas tectônicas são caracteri- Marque a alternativa CORRETA:
zados por: a) Promover a exploração de recursos minerais na Antártica
Marque a alternativa CORRETA: b) Estabelecer a soberania de certos países sobre a Antártica
a) O afastamento das placas tectônicas. c) Proteger o ambiente antártico e proibir atividades militares
b) O movimento paralelo das placas tectônicas. d) Estabelecer diretrizes para a colonização humana na Antár-
c) O encontro e colisão das placas tectônicas. tica
d) O movimento lateral das placas tectônicas.
30. (Concurso Público - Nível Médio) - O que é linguagem car-
23. Quando duas placas tectônicas se movem uma em direção tográfica?
à outra, podendo resultar na formação de cadeias montanhosas, a) Um conjunto de regras gramaticais utilizadas na elaboração
esse processo é conhecido como: de mapas.
Marque a alternativa CORRETA: b) Um sistema de posicionamento por satélite usado para cole-
a) Rift continental tar dados geográficos.
b) Acomodação de placas c) Um conjunto de símbolos, cores e convenções utilizados na
c) Orogênese representação de informações geográficas em mapas.
d) Divergência d) Um método de coleta de dados sobre a superfície terrestre
por meio de imagens de satélite.
24. O vulcanismo é um processo relacionado com:
Marque a alternativa CORRETA: 31. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a principal fun-
a) O movimento das placas tectônicas. ção do Sistema de Informação Geográfica (SIG)?
b) A erosão dos solos. a) Determinar a localização exata de um objeto na Terra.
c) A formação de rios. b) Coletar dados sobre a superfície terrestre por meio de ima-
d) O resfriamento da atmosfera. gens de satélite.
c) Armazenar e manipular informações geográficas para análise
25. Qual dos seguintes países não possui reivindicações territo- e visualização de padrões e relacionamentos no espaço.
riais sobre a Antártica? d) Disponibilizar mapas e informações geográficas por meio da
Marque a alternativa CORRETA: internet.
a) Brasil
b) Estados Unidos 32. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal aplica-
c) Rússia ção do sensoriamento remoto?
d) China a) Navegação por satélite.
b) Elaboração de mapas temáticos.
26. Qual é o principal tratado internacional que regula as ativi- c) Análise de dados demográficos.
dades na Antártica? d) Monitoramento de condições atmosféricas.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Tratado de Lisboa
b) Tratado de Versalhes
c) Tratado de Madrid
d) Tratado da Antártica
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CONHECIMENTOS
33. (Concurso Público - Nível Superior) - O que é web mapping? 40. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador é utiliza-
a) Uma técnica de elaboração de mapas em software SIG. do para medir a desigualdade de renda em uma determinada po-
b) Um método de coleta de dados geográficos por meio de ima- pulação ou território?
gens de satélite. a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
c) A disponibilização de mapas e informações geográficas por b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
meio da internet. c) GINI (Coeficiente de Gini)
d) Um sistema de posicionamento por satélite utilizado para d) Índice de Desmatamento
determinar a localização exata de um objeto na Terra.
41. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual indicador mede o
34. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a importância da desenvolvimento humano em diferentes países, levando em consi-
escala em um mapa? deração a saúde, educação e renda?
a) Determinar a localização exata de um objeto na Terra. a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
b) Indicar a direção do norte geográfico. b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
c) Representar proporções entre as distâncias no mapa e no c) GINI (Coeficiente de Gini)
terreno real. d) Índice de Desmatamento
d) Identificar diferentes características do terreno, como áreas
urbanas e corpos d’água.
42. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador é utiliza-
do para medir a perda de cobertura florestal em uma determinada
35. (Concurso Público - Nível Médio) -
área?
Qual foi a principal atividade econômica durante o período co-
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
lonial no Brasil?
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
a) Mineração.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
b) Produção de café.
d) Índice de Desmatamento
c) Produção de cana-de-açúcar.
d) Exploração do pau-brasil.
43. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual indicador é uti-
lizado para avaliar o desenvolvimento humano em nível municipal
36. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a principal ca-
no Brasil?
racterística da distribuição demográfica no Brasil?
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
a) Concentração populacional nas áreas rurais.
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
b) Distribuição uniforme em todas as regiões do país.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
c) Concentração populacional nas áreas urbanas e litorâneas.
d) Índice de Desmatamento
d) Maior densidade demográfica na região Norte.
44. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador mede
37. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os principais
o nível de desenvolvimento humano com base em indicadores de
aspectos culturais do Brasil?
educação, saúde e renda?
a) Influência europeia e asiática.
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
b) Diversidade étnica e religiosa.
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
c) Forte influência indígena.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
d) Predominância da cultura africana.
d) Índice de Desmatamento
38. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é o bioma brasi-
45. (Concurso Público - Nível Médio) - Os deslocamentos popu-
leiro de maior extensão territorial?
lacionais podem ocorrer de forma voluntária ou forçada. Qual é a
a) Amazônia.
principal diferença entre esses dois tipos de deslocamento?
b) Pantanal.
a) Os deslocamentos voluntários são motivados por condições
c) Mata Atlântica. adversas, enquanto os deslocamentos forçados são motivados
d) Cerrado. por oportunidades de trabalho e estudo.
b) Os deslocamentos voluntários ocorrem dentro do mesmo
39. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os desafios país, enquanto os deslocamentos forçados ocorrem entre paí-
ambientais enfrentados pelo Brasil? ses diferentes.
a) Poluição atmosférica e desertificação. c) Os deslocamentos voluntários são motivados por escolhas
b) Falta de recursos hídricos e erosão do solo. pessoais, enquanto os deslocamentos forçados ocorrem devi-
c) Desmatamento e degradação ambiental. do a conflitos, perseguições ou desastres naturais.
d) Poluição dos oceanos e escassez de energia. d) Os deslocamentos voluntários são permanentes, enquanto
os deslocamentos forçados são temporários.
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CONHECIMENTOS
47. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é o termo utilizado 54. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os aspectos
para designar as expressões culturais que refletem as tradições, os abrangidos pelas desigualdades nos territórios?
costumes e os modos de vida de determinado grupo social? a) Apenas aspectos econômicos e políticos.
a) Manifestações Folclóricas b) Apenas aspectos sociais e culturais.
b) Cultura Popular c) Aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambien-
c) Diversidade Cultural tais.
d) Patrimônio Cultural Imaterial d) Apenas aspectos ambientais.
48. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a importância 55. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal função
da valorização da diversidade étnico-racial na geografia da popula- das redes de transporte?
ção? a) Facilitar a comunicação e o acesso à informação.
a) Contribui para o crescimento populacional. b) Promover a integração cultural entre diferentes regiões.
b) Promove a integração econômica entre diferentes territó- c) Viabilizar a movimentação de mercadorias e pessoas.
rios. d) Reduzir as desigualdades socioeconômicas.
c) Fortalece os laços comunitários e preserva a memória cole-
tiva. 56. (Concurso Público - Nível Superior) - Como as redes de co-
d) Estimula a urbanização e o desenvolvimento das cidades. municação e transportes estão interligadas?
a) A comunicação é um resultado direto da infraestrutura de
49. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os principais transporte.
fatores que podem levar a deslocamentos forçados? b) As redes de comunicação são fundamentais para o planeja-
a) Oportunidades de trabalho e estudo. mento logístico.
b) Conflitos armados, perseguições étnicas, desastres naturais c) As redes de transporte dependem da disseminação da in-
e condições adversas. ternet.
c) Acesso limitado a serviços básicos, como saúde e educação. d) As redes de comunicação e transporte se influenciam mu-
d) Mudanças nos padrões de consumo e estilos de vida. tuamente.
50. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal carac- 57. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a importância das
terística das desigualdades sociais nos territórios? redes de comunicação e transportes em escalas locais?
a) Concentração de recursos naturais. a) Facilitam a comunicação entre diferentes países.
b) Distribuição igualitária de oportunidades de trabalho. b) Promovem a integração econômica em regiões metropoli-
c) Disparidades no acesso a serviços básicos e renda. tanas.
d) Exclusão política de determinados grupos étnicos. c) Reduzem a dependência de veículos particulares em áreas
rurais.
d) Contribuem para a sustentabilidade urbana e o deslocamen-
51. (Concurso Público - Nível Superior) - O que é segregação
to diário nas cidades.
espacial nos territórios?
a) A valorização da diversidade cultural em determinadas re-
giões. 58. (Concurso Público - Nível Superior) - Quais são as possíveis
b) A distribuição igualitária de recursos naturais. desigualdades relacionadas às redes de comunicação e transpor-
c) A separação geográfica de grupos sociais, resultando em áre- tes?
as de exclusão. a) Limitação no acesso à informação em áreas remotas.
d) A participação política efetiva de todos os grupos étnicos. b) Igualdade de oportunidades entre regiões metropolitanas.
c) Disponibilidade igualitária de infraestrutura de transporte
52. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é o objetivo dos mo- em todo o país.
d) Aumento da conectividade digital em áreas economicamen-
vimentos urbanos relacionados às desigualdades nos territórios?
te desfavorecidas.
a) Promover a segregação espacial.
b) Acentuar as desigualdades socioeconômicas.
c) Reivindicar melhores condições de vida e direitos nas cida-
des.
d) Excluir determinados grupos culturais das áreas urbanas.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
59. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a relação entre as 65. -Quais são as problemáticas socioambientais frequente-
redes de comunicação e transportes e a sustentabilidade? mente associadas à produção de alimentos em larga escala?
a) As redes de transporte são prejudiciais ao meio ambiente. a) Desemprego e desigualdade social.
b) A comunicação em tempo real é um desperdício de recursos. b) Poluição sonora e visual.
c) As redes de comunicação e transporte promovem a susten- c) Escassez de combustíveis fósseis.
tabilidade urbana. d) Desmatamento, uso de agrotóxicos, queimadas, escassez hí-
d) A conectividade digital não tem impacto na sustentabilidade. drica e degradação do solo.
e) Aumento da criminalidade nas áreas rurais.
60. Quais são as principais transformações relacionadas à pro-
dução e circulação de produtos decorrentes da industrialização? 66. Qual é o principal impacto ambiental relacionado à expan-
a) Redução da diversidade de mercadorias e aumento da ofer- são agrícola?
ta. a) Emissão de gases de efeito estufa.
b) Diminuição da eficiência produtiva e da capacidade de pro- b) Aumento da biodiversidade.
dução em massa. c) Preservação de ecossistemas frágeis.
c) Aumento da oferta e diversidade de mercadorias. d) Redução da erosão do solo.
d) Desenvolvimento de técnicas artesanais e agrícolas. e) Melhoria na qualidade do ar.
61. Como as relações de trabalho foram afetadas pela indus- 67. Quais são os principais problemas causados pelo uso indis-
trialização? criminado de agrotóxicos?
a) O trabalho artesanal e agrícola foi mantido, não havendo a) Contaminação de solos, águas e alimentos.
transformações significativas. b) Aumento da produtividade agrícola.
b) Houve a substituição do trabalho assalariado pelo trabalho c) Melhoria da saúde humana.
autônomo. d) Preservação da biodiversidade.
c) Surgiu a organização fabril, com o trabalho assalariado e a e) Redução das doenças transmitidas por vetores.
divisão de tarefas.
d) A industrialização não teve impacto nas relações de traba-
68. Qual é a prática agrícola que contribui para a emissão de
lho.
gases de efeito estufa e danos à qualidade do ar?
a) Uso de fertilizantes orgânicos.
62. Qual é o papel das corporações na industrialização?
b) Rotação de culturas.
a) Elas são responsáveis pela produção e circulação de produ-
c) Agricultura de corte e queima.
tos em pequena escala.
d) Agricultura de subsistência.
b) As corporações têm um papel insignificante na economia
global. e) Agricultura familiar.
c) Elas controlam cadeias produtivas e exercem influência polí-
tica e econômica. 69. Qual é a consequência da degradação do solo na produção
d) As corporações não possuem relevância nas transformações de alimentos?
da industrialização. a) Aumento da fertilidade do solo.
b) Melhoria da capacidade produtiva das terras.
63. Como o desenvolvimento científico e tecnológico contribui c) Conservação dos recursos hídricos.
para a industrialização? d) Compactação, erosão e perda de nutrientes.
a) O desenvolvimento científico e tecnológico não está relacio- e) Redução do uso de agrotóxicos.
nado à industrialização.
b) Ele não tem impacto na eficiência produtiva e na criação de 70. O que são práticas agroecológicas e sustentáveis?
empregos qualificados. a) Métodos de produção agrícola intensiva que utilizam gran-
c) Permite a automação dos processos de produção, a melhoria des quantidades de agrotóxicos.
da qualidade dos produtos e a redução dos custos. b) Abordagens que valorizam a interação equilibrada entre os
d) O desenvolvimento científico e tecnológico aumenta os cus- sistemas agrícolas, os recursos naturais e a comunidade.
tos de produção. c) Práticas de agricultura tradicional que não levam em consi-
deração a conservação do meio ambiente.
64. Como a industrialização afeta diferentes escalas geográfi- d) Técnicas de manejo do solo que priorizam o uso intensivo de
cas? fertilizantes químicos.
a) A industrialização não tem impacto em diferentes escalas e) Métodos de cultivo que visam aumentar a produtividade
geográficas. agrícola sem levar em consideração a sustentabilidade.
b) Ela promove a concentração de atividades industriais apenas
em áreas rurais.
c) A industrialização gera efeitos somente em escalas nacionais.
d) Em diferentes escalas geográficas, a industrialização afeta a
economia, a urbanização e o meio ambiente.
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS
71. O que a agricultura urbana busca promover? 78. Qual é a esfera terrestre onde a água está no estado sólido,
a) Aumento da dependência de longas cadeias de suprimentos incluindo regiões polares e geleiras de altitude?
alimentares. a) Litosfera
b) Redução da segurança alimentar em áreas urbanas. b) Atmosfera
c) Utilização de espaços limitados para a produção de alimen- c) Criosfera
tos de forma sustentável. d) Hidrosfera
d) Uso intensivo de agrotóxicos em áreas urbanas.
e) Desconexão entre a comunidade urbana e o meio ambiente. 79. Qual é a esfera que engloba todas as formas de água na
Terra, incluindo oceanos, rios, lagos e vapor de água na atmosfera?
72. Quais são os benefícios da certificação de produtos orgâni- a) Litosfera
cos e agroflorestais? b) Atmosfera
a) Garantia de que os produtos foram produzidos com o uso c) Biosfera
intensivo de agrotóxicos. d) Hidrosfera
b) Incentivo ao uso de aditivos químicos prejudiciais à saúde.
c) Promoção de sistemas agrícolas ambientalmente responsá- 80. Qual recurso natural é essencial para a sobrevivência de
veis.
todos os seres vivos e enfrenta desafios como a escassez e a degra-
d) Aumento da dependência de produtos importados.
dação da qualidade em diversas regiões?
e) Valorização de práticas agrícolas intensivas e prejudiciais ao
a) Energia
meio ambiente.
b) Biodiversidade
c) Solo
73. Qual é a importância da agricultura familiar sustentável em
d) Água
países em desenvolvimento?
a) Redução da diversidade de cultivos.
b) Aumento da dependência de importações de alimentos. 81. O que é biodiversidade?
c) Geração de renda e segurança alimentar para as comunida- a) Variedade de vida existente no planeta, incluindo plantas,
des rurais. animais e microrganismos
d) Aumento da dependência de agrotóxicos. b) Recurso natural responsável pela geração de energia reno-
e) Preservação da biodiversidade nas áreas urbanas. vável
c) Processo de conservação do solo em áreas agrícolas
d) Gestão sustentável dos recursos naturais
74. Qual é o objetivo das práticas agroecológicas e sustentá-
veis?
82. Qual recurso natural é fundamental para a produção de ali-
a) Aumentar a degradação do meio ambiente.
b) Promover sistemas alimentares mais equitativos, saudáveis mentos e está sujeito à degradação causada por erosão, contami-
e ambientalmente responsáveis. nação e desmatamento?
c) Reduzir a diversidade de cultivos. a) Energia
d) Incentivar o uso intensivo de agrotóxicos. b) Biodiversidade
e) Ignorar a conexão entre os seres humanos e a natureza. c) Solo
d) Água
75. Qual é a esfera terrestre responsável por abrigar todos os
seres vivos e seus habitats? 83. Quais são as preocupações ambientais relacionadas à ener-
a) Litosfera gia não renovável?
b) Atmosfera a) Escassez hídrica e degradação do solo
c) Biosfera b) Perda de biodiversidade e desmatamento
d) Hidrosfera c) Emissão de gases de efeito estufa e degradação de ecossis-
temas
d) Introdução de espécies invasoras e poluição do ar
76. Qual é a camada gasosa que envolve a Terra e é composta
por nitrogênio, oxigênio, vapor de água, dióxido de carbono e ou-
84. O que é necessário para a gestão e a conservação dos re-
tros gases?
cursos naturais, incluindo o uso sustentável, a redução do consumo
a) Litosfera
excessivo e a proteção dos ecossistemas?
b) Atmosfera
a) Políticas ambientais efetivas e participação da sociedade civil
c) Criosfera
b) Investimento em tecnologia e exploração intensiva
d) Hidrosfera
c) Subsídios para corporações e indústrias
d) Desenvolvimento urbano sem restrições
77. A camada sólida externa da Terra, composta por rochas,
solo e minerais, é chamada de:
a) Litosfera
b) Atmosfera
c) Biosfera
d) Hidrosfera
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CONHECIMENTOS
1 C 42 D
2 A 43 B
3 C 44 A
4 A 45 C
5 A 46 D
6 B 47 B
7 B 48 C
8 C 49 B
9 C 50 C
10 C 51 C
11 A 52 C
12 C 53 D
13 A 54 C
55 C
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CONHECIMENTOS
56 D ______________________________________________________
57 D ______________________________________________________
58 A ______________________________________________________
59 C
______________________________________________________
60 C
61 C ______________________________________________________
62 C ______________________________________________________
63 C
______________________________________________________
64 D
______________________________________________________
65 D
66 A ______________________________________________________
67 A ______________________________________________________
68 C
______________________________________________________
69 D
70 B ______________________________________________________
71 C ______________________________________________________
72 C
______________________________________________________
73 C
______________________________________________________
74 B
75 C ______________________________________________________
76 B ______________________________________________________
77 A
______________________________________________________
78 C
79 D ______________________________________________________
80 D ______________________________________________________
81 A
______________________________________________________
82 C
______________________________________________________
83 C
84 A ______________________________________________________
85 D ______________________________________________________
86 B
______________________________________________________
87 D
88 C ______________________________________________________
89 A ______________________________________________________
______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
“Aprendizagem Social e Ferramentas Participativas para o Nexo CASTELLAR, SONIA MARIA VANZELLA. CARTOGRAFIA
Urbano: Aprendendo Juntos para Promover um Futuro Melhor” é ESCOLAR E O PENSAMENTO ESPACIAL FORTALECENDO
uma obra organizada por Carolina Monteiro de Carvalho, Leandro O CONHECIMENTO GEOGRÁFICO. REVISTA BRASILEIRA
Luiz Giatti e Pedro Roberto Jacobi. Publicado em 2019, o livro é DE EDUCAÇÃO EM GEOGRAFIA (ONLINE), V. 7, N. 13, P.
resultado de uma coletânea de estudos e reflexões sobre apren- 207–232, JAN./JUN. 2017
dizagem social e ferramentas participativas no contexto do nexo
urbano.
A obra aborda questões relacionadas ao desenvolvimento sus- O artigo “Cartografia Escolar e o Pensamento Espacial For-
tentável, participação cidadã e construção coletiva de soluções para talecendo o Conhecimento Geográfico”, escrito por S. M. V. Cas-
os desafios urbanos. Os organizadores reuniram um conjunto diver- tellar e publicado na Revista Brasileira de Educação em Geografia
sificado de autores e pesquisadores que exploram temas como ed- em 2017, aborda a importância da cartografia no fortalecimento do
ucação ambiental, governança participativa, justiça socioambiental conhecimento geográfico no contexto escolar.
e gestão sustentável das cidades. O objetivo principal do estudo é discutir a relevância da car-
O livro parte do pressuposto de que a aprendizagem social e o tografia como uma ferramenta educacional para desenvolver o
uso de ferramentas participativas são fundamentais para promov- pensamento espacial dos alunos e a compreensão das relações en-
er a transformação social e construir um futuro melhor nas áreas tre espaço, sociedade e meio ambiente. A autora argumenta que a
urbanas. Essa abordagem reconhece a importância do diálogo, da cartografia é uma linguagem visual poderosa que permite aos estu-
troca de conhecimentos e da colaboração entre diferentes atores dantes interpretar e representar o espaço geográfico de forma mais
sociais, incluindo comunidades, gestores públicos, acadêmicos e or- significativa.
ganizações da sociedade civil. No artigo, Castellar explora diferentes abordagens e práticas
Ao longo dos capítulos, os autores apresentam estudos de pedagógicas que podem ser adotadas pelos professores para pro-
caso, experiências práticas e reflexões teóricas que demonstram mover o uso da cartografia como um recurso didático eficaz. Ela
como a aprendizagem social e as ferramentas participativas podem destaca a importância de atividades práticas, como a leitura e inter-
ser aplicadas em diversos contextos urbanos. Eles discutem a im- pretação de mapas, a elaboração de representações cartográficas
portância da participação ativa da comunidade na tomada de de- e a análise de imagens geográficas, que auxiliam os alunos a com-
cisões, na elaboração de políticas públicas e na busca por soluções preenderem conceitos geográficos complexos.
sustentáveis para os desafios enfrentados nas cidades. Além disso, a autora enfatiza a necessidade de abordar a car-
Além disso, o livro destaca a relevância da educação ambiental tografia de maneira integrada com outras disciplinas, relacionan-
e da conscientização para a construção de cidades mais sustentáveis do o conhecimento geográfico com aspectos históricos, socioeco-
e equitativas. Os autores enfatizam a necessidade de promover a nômicos e culturais. Isso contribui para ampliar a compreensão dos
educação ambiental de forma inclusiva e participativa, envolvendo alunos sobre a complexidade e a dinâmica dos espaços geográficos
diferentes grupos sociais e estimulando a reflexão crítica sobre as em que vivem.
questões urbanas. Castellar destaca também a importância do uso das tecnologias
A obra também explora o papel das instituições acadêmicas e digitais no ensino da cartografia, como softwares de mapeamento e
da pesquisa científica na promoção da aprendizagem social e no sistemas de informações geográficas. Essas ferramentas permitem
desenvolvimento de ferramentas participativas. Os autores dis- que os estudantes explorem o espaço de forma interativa, realizem
cutem como a academia pode se engajar em parcerias com a so- análises espaciais e desenvolvam habilidades de pensamento críti-
ciedade civil e os governos locais, contribuindo com conhecimentos co e espacial.
científicos e técnicos para a construção de cidades mais suste- Em suma, o artigo ressalta a relevância da cartografia escolar
ntáveis e participativas. como um instrumento pedagógico fundamental para fortalecer o
conhecimento geográfico dos alunos. Através da utilização da car-
tografia, os estudantes desenvolvem habilidades de interpretação,
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a solução para o seu concurso!
BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
análise e representação do espaço, contribuindo para uma com- O objetivo principal do artigo é discutir a complexidade do
preensão mais profunda e significativa das relações entre socie- território no contexto contemporâneo, considerando as transfor-
dade, espaço e meio ambiente. mações sociais, políticas e econômicas que têm impacto na con-
strução e na organização dos espaços territoriais.
Haesbaert argumenta que o conceito tradicional de território,
FELÍCIO, MUNIR JORGE. GÊNESE DA GEOGRAFIA AGRÁ- baseado na ideia de controle e exclusividade de uma determina-
RIA NO BRASIL. CAMPO TERRITÓRIO: REVISTA DE GE- da área por parte de um grupo ou entidade, está sendo desafiado
OGRAFIA AGRÁRIA, UBERLÂNDIA, V. 14, N. 33, P. 32-52, pela crescente interconectividade e interdependência dos espaços.
AGO. 2019 Nesse sentido, o autor propõe o conceito de multiterritorialidade,
que reconhece a coexistência de múltiplos territórios e as diversas
formas de apropriação e reivindicação dos espaços.
O artigo “Gênese da Geografia Agrária no Brasil”, escrito por No decorrer do artigo, Haesbaert explora diferentes aborda-
M.J. Felício e publicado na revista Campo Território: Revista Agrária gens teóricas sobre o tema, discutindo a relação entre território,
em agosto de 2019, aborda a origem e o desenvolvimento da identidade, poder e pertencimento. Ele destaca a importância de
Geografia Agrária como um campo de estudo no Brasil. considerar as dinâmicas socioespaciais, as relações de poder e as
O objetivo principal do estudo é traçar um panorama histórico práticas territoriais que transcendem as fronteiras tradicionais.
sobre a formação da Geografia Agrária no país, desde suas bases O autor também aborda questões como a globalização, os
teóricas e metodológicas até suas principais contribuições para a fluxos transfronteiriços, as relações de escala e a multiplicidade de
compreensão do espaço rural brasileiro. atores e interesses envolvidos na construção dos territórios. Ele
No artigo, Felício destaca a importância de entender a relação ressalta a necessidade de compreender a territorialidade como um
entre sociedade e natureza no contexto agrário, assim como a in- processo dinâmico e em constante transformação, influenciado por
fluência de fatores políticos, econômicos e sociais na organização fatores sociais, culturais, políticos e econômicos.
do espaço rural. O autor ressalta que a Geografia Agrária surge Haesbaert argumenta que a multiterritorialidade desafia as
como uma resposta às demandas de compreensão das dinâmicas noções tradicionais de soberania e delimitação espacial, eviden-
espaciais do campo e das relações de poder envolvidas na produção ciando a complexidade dos processos de construção, apropriação
agrícola. e transformação dos territórios. Ele defende a importância de uma
O estudo aborda também os principais autores e obras que abordagem crítica e reflexiva sobre o conceito de território, consid-
contribuíram para o desenvolvimento da Geografia Agrária no Bra- erando as múltiplas formas de pertencimento, as lutas territoriais e
sil, desde os precursores até os pesquisadores contemporâneos. as relações de poder presentes nos diferentes espaços.
São discutidas abordagens teóricas, como a teoria do campesinato, Em resumo, o artigo “Território e Multiterritorialidade: Um De-
a análise dos sistemas agrários e os estudos sobre agricultura famil- bate” apresenta uma reflexão crítica sobre o conceito de território
iar e agronegócio. no contexto contemporâneo, discutindo a emergência da multi-
Felício destaca ainda a importância da Geografia Agrária como territorialidade e as transformações que desafiam as noções tradi-
uma disciplina que busca compreender as desigualdades sociais e cionais de territorialidade. O autor enfatiza a necessidade de com-
espaciais presentes no meio rural brasileiro, além de analisar os preender as dinâmicas espaciais complexas e as relações de poder
processos de desenvolvimento agrícola, as relações de trabalho e presentes na construção e apropriação dos territórios.
a distribuição de terras.
O autor ressalta a necessidade de uma abordagem multidisci-
plinar na Geografia Agrária, envolvendo diálogos com outras áreas JACOBI, PEDRO ROBERTO; GRANDISOLI, EDSON; COU-
do conhecimento, como a Economia, a Sociologia Rural e a Ecologia. TINHO, SONIA MARIA VIGGIANI; MAIA, ROBERTA DE
Isso permite uma compreensão mais ampla das dinâmicas e dos ASSIS; TOLEDO, RENATA FERRAZ DE. TEMAS ATUAIS EM
desafios enfrentados no campo. MUDANÇAS CLIMÁTICAS: PARA OS ENSINOS FUNDA-
Em suma, o artigo “Gênese da Geografia Agrária no Brasil” MENTAL E MÉDIO. SÃO PAULO: IEE/USP, 2015
apresenta um panorama histórico e teórico sobre a formação desse
campo de estudo no país. O autor destaca sua importância na com-
preensão das dinâmicas espaciais do espaço rural, bem como na O livro “Temas Atuais em Mudanças Climáticas: Para os Ensinos
análise das relações sociais, econômicas e políticas envolvidas na Fundamental e Médio”, de autoria de Pedro Roberto Jacobi, Edson
produção agrícola brasileira. Grandisoli, Sonia Maria Viggiani Coutinho, Roberta de Assis Maia e
Renata Ferraz de Toledo, publicado em 2015, aborda questões rel-
acionadas às mudanças climáticas e sua relevância para o ensino
HAESBAERT, ROGÉRIO. TERRITÓRIO E MULTITERRITO- fundamental e médio.
RIALIDADE: UM DEBATE. GEOGRAPHIA, RIO DE JANEI- O objetivo principal da obra é fornecer subsídios e informações
RO, V. 9, N. 17, P. 19-46, 2007 atualizadas sobre as mudanças climáticas, de forma a conscientizar
e engajar os estudantes nesses temas. Os autores buscam apresen-
tar conteúdos relevantes e abordar questões como a origem das
O artigo “Território e Multiterritorialidade: Um Debate”, escrito mudanças climáticas, seus impactos socioambientais e as medidas
por R. Haesbaert e publicado na revista Geographia, em 2007, apre- de mitigação e adaptação necessárias.
senta uma reflexão sobre o conceito de território e a emergência do O livro está estruturado em capítulos que exploram diferentes
fenômeno da multiterritorialidade. aspectos das mudanças climáticas, como o papel das atividades
humanas, as consequências para os ecossistemas e as soluções
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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
iência no Meio Rural e Urbano”, organizado por Lourenço Magnoni va. Ele destaca a importância de fortalecer os movimentos sociais
Júnior et al. e publicado em São Paulo, em 2020, pelo Centro Paula e promover a democratização do acesso aos recursos e benefícios
Souza. da globalização.
No texto, os autores exploram o potencial do Google Earth Em resumo, “Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Úni-
como uma ferramenta midiática no ensino de Geografia. Eles reali- co à Consciência Universal” é uma obra essencial para aqueles que
zam um estudo de caso focado nas paisagens e impactos ambientais desejam compreender criticamente os processos globais contem-
presentes nos diferentes domínios morfoclimáticos do território porâneos e refletir sobre alternativas e caminhos para a construção
brasileiro. O Google Earth é utilizado como uma plataforma para a de um mundo mais justo e sustentável. Através de uma abordagem
visualização e análise dessas paisagens, permitindo aos alunos uma crítica e propositiva, Milton Santos nos convida a repensar a global-
compreensão mais abrangente e interativa da geografia do país. ização e a buscar uma consciência universal que promova a digni-
Os autores argumentam que o uso do Google Earth no ensino dade humana e a equidade social.
de Geografia proporciona uma experiência de aprendizagem mais
dinâmica e envolvente, permitindo aos estudantes explorar virtual-
mente diferentes regiões do Brasil. Além disso, a utilização dessa SILVEIRA, MARIA LAURA. O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIE-
ferramenta possibilita uma abordagem mais atualizada e contextu- DADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI. 22. ED. RIO DE JANEIRO:
alizada dos temas geográficos, contribuindo para o desenvolvimen- RECORD, 2021
to do pensamento espacial dos alunos.
O estudo de caso apresentado no capítulo demonstra como o
Google Earth pode ser aplicado na identificação e análise de dif- O livro “O Brasil: Território e Sociedade no Início do Século XXI”,
erentes elementos geográficos, como relevo, clima, vegetação e escrito por Maria Laura Silveira, aborda a relação entre território
impactos ambientais. Os autores destacam a importância de pro- e sociedade no contexto brasileiro contemporâneo. Publicado em
mover a conscientização sobre as questões ambientais e a relação 2021, esta obra apresenta uma visão atualizada sobre as transfor-
entre as paisagens e os processos naturais, assim como os impactos mações territoriais e sociais ocorridas no país nas últimas décadas.
causados pelas atividades humanas. A autora explora temas como urbanização, regionalização,
Em resumo, o capítulo aborda o uso do Google Earth como re- desigualdades sociais, migrações, questões ambientais e políticas
curso midiático no ensino de Geografia, destacando sua aplicação públicas. Ela analisa como esses elementos influenciam a organi-
no estudo das paisagens e dos impactos ambientais presentes nos zação do território brasileiro e impactam a vida da população.
domínios morfoclimáticos do território brasileiro. Os autores enfati- Ao longo do livro, Silveira utiliza uma abordagem interdisciplin-
zam a importância dessa ferramenta no desenvolvimento do pensa- ar, combinando conceitos e metodologias da geografia, sociologia,
mento espacial dos alunos e na promoção de uma abordagem mais economia e ciências políticas. Ela utiliza dados e estatísticas para
interativa e contextualizada do conhecimento geográfico. embasar suas análises, fornecendo uma visão ampla e detalhada da
realidade do Brasil no início do século XXI.
A obra destaca as características geográficas do país, como sua
SANTOS, MILTON. POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO: extensão territorial, diversidade natural, riquezas minerais e recur-
DO PENSAMENTO ÚNICO À CONSCIÊNCIA UNIVERSAL. sos hídricos. Também aborda a formação histórica do território bra-
32. ED. RIO DE JANEIRO: RECORD, 2021 sileiro, desde o período colonial até os dias atuais, evidenciando as
heranças culturais e as diferentes dinâmicas regionais.
Além disso, a autora discute as desigualdades sociais presentes
O livro “Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Único à na sociedade brasileira, enfatizando as disparidades econômicas, o
Consciência Universal”, escrito por Milton Santos, aborda de forma acesso desigual a serviços públicos e as condições de vida nas áreas
crítica o fenômeno da globalização e propõe uma reflexão sobre os urbanas e rurais. Ela também analisa os desafios enfrentados pelo
desafios e alternativas para a construção de um mundo mais justo e país em relação ao desenvolvimento sustentável e à preservação do
igualitário. Publicado em 2021, esta é a 32ª edição da obra. meio ambiente.
Neste livro, o autor questiona a ideia do “pensamento único”, “O Brasil: Território e Sociedade no Início do Século XXI” é uma
que se baseia na supremacia do modelo econômico neoliberal e obra que contribui para o entendimento da realidade brasileira
na homogeneização cultural promovida pela globalização. Milton contemporânea, oferecendo uma análise crítica e reflexiva sobre
Santos defende a importância de se pensar em uma outra forma as questões territoriais e sociais que afetam o país. Através desse
de globalização, que leve em consideração a diversidade cultural, panorama abrangente, a autora busca promover uma compreensão
social e econômica dos povos ao redor do mundo. mais ampla e aprofundada do Brasil e suas complexidades.
Ao longo das páginas, o autor explora temas como as desigual-
dades sociais, a concentração de poder, a degradação ambiental e
os impactos negativos da globalização sobre as populações mais
vulneráveis. Ele analisa as estruturas e dinâmicas do sistema cap-
italista global e sugere a necessidade de uma consciência universal
que promova a solidariedade, a cooperação e a justiça social.
Milton Santos apresenta propostas e alternativas para enfren-
tar os desafios da globalização, como a valorização da diversidade
cultural, a busca por modelos econômicos mais sustentáveis e in-
clusivos, a defesa dos direitos humanos e a participação cidadã ati-
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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
TEIXEIRA, WILSON; TOLEDO, M. CRISTINA MOTTA DE; 3.Quais são os principais temas abordados no livro “O Brasil:
FAIRCHILD, THOMAS RICH; TAIOLI, FABIO (ORG.). DE- Território e Sociedade no Início do Século XXI”?
CIFRANDO A TERRA. 2. ED. SÃO PAULO: COMPANHIA (A) Urbanização, desigualdade de gênero e mudanças climáti-
EDITORA NACIONAL, 2009. CAP. 1, 2, 3, 5, 8, 10 E 20 cas.
(B) Regionalização, migrações e desenvolvimento sustentável.
(C) Políticas públicas, riquezas minerais e questões ambientais.
“Decifrando a Terra” é um livro organizado por Wilson Teixeira, (D) Globalização, extensão territorial e diversidade cultural.
M. Cristina Motta de Toledo, Thomas Rich Fairchild e Fabio Taioli.
Publicado em 2009 pela Companhia Editora Nacional, a segunda 4.Qual é a abordagem utilizada pela autora Maria Laura Silveira
edição dessa obra abrange os capítulos 1, 2, 3, 5, 8, 10 e 20. em seu livro?
O livro aborda diversos aspectos relacionados à geologia e à (A) Uma análise exclusivamente geográfica do território bra-
geografia física da Terra. Os autores apresentam de forma clara e sileiro.
acessível os principais conceitos e teorias relacionados à formação (B) Uma visão histórica do Brasil desde o período colonial até
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BIBLIOGRAFIA LIVROS E ARTIGOS
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GABARITO
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2 B ______________________________________________________
3 B ______________________________________________________
4 C
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5 A
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6 B
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8 A ______________________________________________________
9 A
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PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS
no; questões de fronteiras; conflitos entre nações; resistência, di- existentes nas diversas regiões do planeta. Para fazer a leitura do
reitos universais e sustentabilidade, entre outros que possibilitam mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geografia,
o desenvolvimento de um trabalho conjunto na área. os estudantes precisam ser estimulados a pensar espacialmente,
As competências específicas da área de Ciências Humanas as- desenvolvendo o raciocínio geográfico.
seguram, para os seus componentes, os direitos fundamentais de Na Educação Básica, a Geografia permite ao estudante ler e
aprendizagem de modo pormenorizado que levam ao desenvolvi- interpretar o espaço geográfico por meio das formas, dos pro-
mento das competências gerais previstas pela BNCC para toda a cessos, das dinâmicas e dos fenômenos e a entender as relações
Educação Básica. entre as sociedades e a natureza em um mundo complexo e em
constante transformação.
Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensi- [...] a Geografia, entendida como uma ciência social, que es-
no Fundamental tuda o espaço construído pelo homem, a partir das relações que
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, estes mantêm entre si e com a natureza, quer dizer, as questões
de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plu- da sociedade, com uma “visão espacial”, é por excelência uma
ral e promover os direitos humanos. disciplina formativa, capaz de instrumentalizar o aluno para que
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técni- exerça de fato a sua cidadania. [...] Um cidadão que reconheça o
co- -científico-informacional com base nos conhecimentos das mundo em que vive, que se compreenda como indivíduo social
Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no capaz de construir a sua história, a sua sociedade, o seu espaço,
tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se e que consiga ter os mecanismos e os instrumentos para tanto.
posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. (CALLAI, 2001, p.134)
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser hu- É importante reconhecer que o ensino de Geografia passou
mano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade, a por crises e renovações. As tensões, contradições e inspirações
autonomia, o senso crítico e a ética, propondo ideias e ações que advindas de diferentes concepções do pensamento geográfico,
contribuam para a transformação espacial, ambiental, social e por meio da Geografia Clássica ou Tradicional, a Geografia Neopo-
cultural de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida sitivista - ou Positivismo Lógico ou Geografia Teórico-Quantitativa
social. -, a Geografia Crítica e a Geografia Humanista e Cultural, entre
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com outras, contribuíram para a consolidação da Geografia Escolar,
relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base refletindo-se no processo de ensino-aprendizagem e na constru-
nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promo- ção de políticas públicas educacionais. Dessa forma, no ensino de
vendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos Geografia, observa-se uma expressiva pluralidade de concepções
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e poten- teórico-metodológicas que orientam a prática docente e funda-
cialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. mentam a elaboração de propostas curriculares.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo As transformações observadas apresentam pontos impor-
espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos tantes para a reflexão sobre os conteúdos, as metodologias e as
diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. estratégias de avaliação e, sobretudo os caminhos para superar a
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das dicotomia historicamente construída entre a Geografia Física e a
Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que Humana, que ainda persiste nos dias atuais, nas universidades e
respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência so- especialmente na Educação Básica.
cioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo No entanto, apesar do reconhecimento das diferentes con-
voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade tribuições, o Currículo Paulista apresenta temáticas e abordagens
justa, democrática e inclusiva. próximas da Geografia Crítica, Humanista e Cultural, quando se
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e opta por enfatizar a relação sociedade e natureza e a necessidade
diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e de se refletir, agir e fazer escolhas sustentáveis diante dos desafios
comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço- -tempo- contemporâneos.
ral relacionado a localização, distância, direção, duração, simulta- O Currículo Paulista de Geografia do Ensino Fundamental está
neidade, sucessão, ritmo e conexão. organizado com base nos princípios e conceitos da Geografia con-
temporânea. Ressalta-se que, embora o espaço seja o conceito
GEOGRAFIA mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os estu-
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS dantes dominem outros conceitos operacionais, que expressam
aspectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região,
GEOGRAFIA natureza e paisagem.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece para o Diante da complexidade do espaço geográfico, o ensino de
componente de Geografia os conhecimentos, as competências e Geografia, na contemporaneidade, tem o desafio de articular teo-
as habilidades que se espera que os estudantes desenvolvam no rias, pressupostos éticos e políticos da educação, bem como cami-
decorrer do Ensino Fundamental, e os propósitos que direcionam nhos metodológicos; para que os estudantes aprendam a pensar
a educação brasileira para a formação humana integral e para a e a reconhecer o espaço por meio de diferentes escalas e tempos,
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. desenvolvendo raciocínios geográficos, o pensamento espacial e
O contato intencional e orientado com os conhecimentos construindo novos conhecimentos.
geográficos é uma oportunidade para compreender o mundo Pensar espacialmente, compreendendo os conteúdos e con-
em que se vive, na medida em que esse componente curricular ceitos geográficos e suas representações, também envolve o
aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades raciocínio, definido pelas habilidades que desenvolvemos para
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compreender, a estrutura e a função de um espaço e descrever O foco do ensino de Geografia hoje está no estudo do espaço
sua organização e relação a outros espaços, portanto, analisar a geográfico, conceito que pode ser entendido como produto das
ordem, a relação e o padrão dos objetos espaciais. (CASTELLAR, relações sociais, econômicas, políticas, culturais, simbólicas e am-
2017, p.164) bientais que nele se estabelecem. Nessa perspectiva, as relações
O raciocínio geográfico está relacionado com uma maneira de definidas entre os elementos naturais e os construídos pela ativi-
exercitar o pensamento espacial, por meio de princípios funda- dade humana, são regulados pelo “tempo da natureza” (proces-
mentais: sos bioquímicos e físicos, responsáveis pela produção e interação
- Analogia: um fenômeno geográfico sempre é comparável a dos objetos naturais) e pelo “tempo histórico” (marcas acumula-
outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográ- das pela atividade humana como produtora de artefatos sociais).
ficos é o início da compreensão da unidade terrestre; O espaço geográfico ainda pode ser entendido como resultado da
- Conexão: um fenômeno geográfico nunca acontece isolada- trama entre objetos técnicos e informacionais, fluxos de matéria
mente, mas sempre em interação com outros fenômenos próxi- e informação, que se manifestam e atuam sobre uma base física.
mos ou distantes; Para Santos (2008), a natureza do espaço é a soma do resul-
- Diferenciação: é a variação dos fenômenos de interesse da tado material acumulado das ações humanas através do tempo e,
geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resul- de outro, animado pelas ações atuais que lhe atribuem um dina-
tando na diferença entre áreas; mismo e uma funcionalidade. A paisagem tem sido tomada como
- Distribuição: exprime como os objetos se repartem pelo es- um primeiro foco de análise, como ponto de partida para aproxi-
paço; mação de seu objeto de estudo que é o espaço geográfico.
- Extensão: espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrên- Pode ser definida como a unidade visível do real e que incor-
cia do fenômeno geográfico; pora todos os fatores resultantes da construção natural, social e
- Localização: posição particular de um objeto na superfície cultural. Para Santos (1997), a paisagem pressupõe, também, um
terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um siste- conjunto de formas e funções em constante transformação, seus
ma de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de aspectos “visíveis”, mas, por outro lado, as formas e as funções
relações espaciais topológicas ou por interações espaciais); indicam a estrutura espacial, em princípio, “invisível”, e resulta
- Ordem: ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico sempre do casamento da paisagem com a sociedade. Já para Vitte
de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do (2007), o conceito de paisagem se manifesta como polissêmico e
espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o pro- resultado de uma representação filosófica e social; cada socieda-
duziu. de, por meio de sua cultura, imprime uma particular plasticidade
O ensino de Geografia mobiliza competências e habilidades à natureza que é produzida pela intencionalidade social. Já para
por meio de diferentes linguagens, de princípios e dos conceitos Ab’Saber (2003), as paisagens têm sempre o caráter de herança
estruturantes espaço geográfico, paisagem, lugar, território e re- de processos (fisiográficos e biológicos), de atuação antiga, re-
gião e outras categorias que contemplam a natureza, a sociedade, modelados e modificados por processos de atuação recente. São
o tempo, a cultura, o trabalho e as redes, entre outros, conside- uma herança, um patrimônio coletivo dos povos que, historica-
rando as suas diversas escalas. Outro conceito estruturante refe- mente, os modificaram ao longo do tempo e do espaço.
re- -se à educação cartográfica, que deve perpassar todos os anos A definição de lugar está cada vez mais complexa, global e
do Ensino Fundamental. Quanto às categorias, especialmente no dinâmica. O lugar pode ser entendido como o espaço que se torna
que se refere à natureza e sociedade, é necessário aprofundar o próximo do indivíduo, constituindo- -se como o lugar do perten-
estudo sobre os fundamentos do pensamento científico e filosó- cimento, encontros, experiência, dimensão afetiva, identidade,
fico. subjetividade e lugar do simbólico. No contexto atual, a sociedade
Para entender o ensino, a prática do ensino de Geografia, é depara-se com um conjunto de acontecimentos que ultrapassam
preciso pensar, pois, nas bases da ciência de referência. Na atua- as fronteiras do local, pois são eventos globais, mas sua repercus-
lidade, a ciência geográfica tem passado por algumas mudanças. são se materializa no lugar. Aliás, o lugar é o depositário final dos
A Geografia é um campo do conhecimento científico multidimen- eventos, de acordo com Santos (2003).
sional, sempre buscou compreender as relações que se estabe- Ainda para o autor (2008), o lugar abarca uma permanente
lecem entre o homem e a natureza e como essas relações vêm mudança, decorrente da própria lógica da sociedade e das ino-
constituindo diferentes espaços ao longo da história. Hoje, mais vações técnicas que estão sempre transformando o espaço geo-
do que nunca, essa busca leva ao surgimento de uma pluralidade gráfico.
de caminhos. As relações sociais, as práticas sociais geram e são Com relação ao território, pode ser considerado sinônimo de
geradas por espacialidades complexas, que demandam diferen- espaço vivido, apropriado, usado, delimitado, que configura os as-
tes olhares, ampliando consideravelmente o campo temático e os pectos políticos, econômicos, ambientais e culturais. O território
problemas tratados pela Geografia. E o ensino dessa disciplina, o não é apenas a configuração política de um Estado-Nação, mas
que tem a ver com essa realidade? As preocupações que orientam sim o espaço construído pela formação social. Segundo Raffestin
a produção científica da Geografia no âmbito acadêmico são as (1993), o território não poderia ser nada mais que o produto dos
mesmas que norteiam a estruturação da disciplina escolar? Sim atores sociais. São eles que produzem o território, partindo da
e não. Sim, porque as duas têm a mesma base epistemológica; realidade inicial dada, que é o espaço. Ainda para o autor, o terri-
não, porque na escola existem influências diversas que dão um tório é definido com base em um sistema composto por nós e re-
contorno peculiar a essa área do conhecimento. O que valida a des, que constrói uma estrutura conceitual, como limite, frontei-
geografia escolar é a sua base, sua ciência de referência. (CAVAL- ras, vizinhança, territorialidade, entre outros. Já para Haesbaert
CANTI, 2012, p.90) (2007), o território é sempre múltiplo, diverso, complexo e imerso
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e/ou atividades extraclasse, por exemplo, consistem em ativida- No Ensino Fundamental – Anos Finais, pretende-se garantir
des curriculares que visam estimular a pesquisa e que contribuem a continuidade e a progressão das aprendizagens do Ensino Fun-
para a construção de significados para o estudante acerca dos ar- damental – Anos Iniciais, em níveis crescentes de complexidade
redores da sua escola, residência e de lugares de vivência do seu conceitual, a respeito da produção social do espaço, da transfor-
município e/ou região. mação do espaço em território usado, do desenvolvimento de
Os estudantes têm a oportunidade de vivenciar experiências conceitos estruturantes do meio físico natural, das relações entre
pedagógicas significativas e dinâmicas, de forma a compreender os fenômenos no decorrer dos tempos da natureza e das altera-
na prática um conteúdo e/ou temática desenvolvido na sala de ções ocorridas em diferentes escalas de análise. Assim, nos Anos
aula, por meio da investigação, reflexão, interação e da constru- Finais, por meio da articulação com a História e com outros com-
ção de conhecimentos. Dessa forma, cabe à equipe gestora e ao ponentes das áreas de conhecimento e da utilização de diferentes
professor planejar, com os estudantes, os roteiros dessas ativida- representações cartográficas e linguagens, ampliam-se caminhos
des. Assim, o trabalho de campo é uma proposta metodológica para práticas de estudo provocadoras e desafiadoras, em situa-
interdisciplinar e transversal, e não uma metodologia exclusiva da ções que estimulem a curiosidade, a reflexão, a resolução de pro-
Geografia. Sendo assim, é imprescindível que a atividade seja de- blemas e o protagonismo.
senvolvida de forma integrada com outros componentes e áreas Considerando as diretrizes da BNCC e do Currículo Paulista, o
de conhecimento. ensino de Geografia requer materiais pedagógicos específicos no
O Currículo Paulista objetiva conversar com a realidade da desenvolvimento das atividades, como: mapas - Mundo e Brasil,
comunidade, à luz de aspectos demográficos, naturais, políticos exemplos: político-administrativo, agricultura, indústria, biomas,
e econômicos e elementos socioculturais e com temas contempo- clima, demografia, geomorfologia, geologia, hidrogeologia, urba-
râneos em escala local, regional e global. nização, solos, terras indígenas, unidades de conservação, uso da
Um dos caminhos para trabalhar com os temas contemporâ- terra, entre outros, incluindo mapas (táteis/Braille e no formato
neos e atender à legislação vigente tem como foco a incorporação digital); globo terrestre - político e físico, incluindo globo (tátil/
da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável - um conjun- Braille); maquetes (incluindo tátil); bússola; atlas geográfico es-
to de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos colar; jogos (incluindo os em formato digital); GPS; mostruário de
das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvol- rochas, minerais e solos; lupa; termômetros; pluviômetros; câme-
vimento sustentável econômico, social e ambiental. ra fotográfica; filmes e documentários; livros, revistas e jornais;
A Agenda 2030 (ONU, 2015), a ser implementada no período equipamentos de multimídia (datashow, notebook, tablets e fer-
2016-2030, propõe 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ramentas de realidade aumentada); programas de geoprocessa-
(ODS) e 169 metas correspondentes. Sendo assim, é de suma im- mento e cartografia digital; microcontroladores (arduino e senso-
portância que o professor incorpore em seu planejamento peda- res de temperatura, umidade e pressão atmosférica) entre outros.
gógico os temas transversais e a Agenda 2030, para garantir uma O Organizador Curricular de Geografia foi estruturado a partir
formação integral dos estudantes. das competências específicas de Geografia, unidades temáticas,
A Geografia possibilita o desenvolvimento do domínio da es- objetos de conhecimento/conteúdos e habilidades da BNCC do
pacialidade, o reconhecimento dos princípios e leis que regem Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais, além das contribuições
os tempos da natureza e o tempo social, das conexões entre os das consultas públicas realizadas no Estado de São Paulo.
componentes físico-naturais e, destes, com as ações antrópicas, É importante ressaltar que constam do organizador curricular
a compreensão das relações entre os eventos geográficos em di- as habilidades para cada ano do Ensino Fundamental e que cabe
ferentes escalas, a utilização de conhecimentos geográficos para ao professor recorrer aos diferentes materiais de apoio e tipos de
agir de forma ética e solidária, o reconhecimento da diversidade e recursos pedagógicos, para ampliar as possibilidades de trabalho
das diferenças e a investigação e resolução de problemas da vida de acordo com as especificidades do componente e da área de
cotidiana, consolidando um processo de alfabetização científica e conhecimento e para garantir a interdisciplinaridade, a integração
cartográfica em articulação com diferentes áreas do conhecimen- com habilidades de outras áreas e a articulação com as competên-
to e temas transversais. cias gerais da BNCC.
No contexto da aprendizagem do Ensino Fundamental – Anos As 10 competências gerais, as competências específicas da
Iniciais em Geografia, será necessário considerar o que os estu- área de Ciências Humanas, e as competências específicas de Geo-
dantes aprenderam na Educação Infantil, em articulação com os grafia para o Ensino Fundamental da BNCC apontaram caminhos
saberes de outros componentes curriculares e áreas de conheci- para a construção do Organizador Curricular de Geografia e o de-
mento, no sentido de consolidação do processo de alfabetização senvolvimento das habilidades de cada ano.
e letramento e de desenvolvimento de diferentes raciocínios. É A seguir, apresentamos as competências específicas de Geo-
importante, na faixa etária associada a essa fase do Ensino Fun- grafia que dialogam com os direitos éticos, estéticos e políticos
damental, o desenvolvimento da capacidade de leitura por meio presentes na BNCC, no sentido que asseguram o desenvolvimen-
de fotos, desenhos, plantas, maquetes e as mais diversas repre- to de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais
sentações. Assim, a partir dos lugares de vivência, os estudantes para a vida no século XXI por meio das dimensões fundamentais
desenvolvem a percepção e o domínio do espaço, noções de per- para a perspectiva de uma educação integral: aprendizagem e co-
tencimento, localização, orientação e organização das experiên- nhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório
cias e vivências em diferentes locais, sendo que os conceitos arti- cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida,
culadores, como paisagem, região e território, vão se integrando argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e coo-
e ampliando as escalas de análise. peração, e responsabilidade e cidadania.
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Competências Específicas de Geografia para Ensino Funda- 9º ano (Anos Finais) para a 1ª série (Ensino Médio), no que se re-
mental fere à progressão das habilidades e à complexidade dos conceitos
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a in- e conteúdos trabalhados na Geografia.
teração sociedade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de A unidade temática “O sujeito e seu lugar no mundo” tem
investigação e de resolução de problemas; como foco as noções de pertencimento e identidade. Nos anos
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conheci- iniciais, prioriza-se a alfabetização cartográfica e a relação do su-
mento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos téc- jeito na escala da vida cotidiana e em comunidade, enquanto nos
nicos para a compreensão das formas como os seres humanos anos finais, o enfoque é a relação do sujeito e a ampliação de es-
fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; calas, Brasil e Mundo, destacando a importância da formação do
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão cidadão crítico, democrático e solidário.
e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação hu- A unidade temática “Conexões e escalas” tem como foco a
mana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analo- articulação de diferentes espaços e escalas de análise e as rela-
gia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ções existentes entre os níveis local e global. Nos anos iniciais,
ordem; são abordadas as interações entre sociedade e meio físico-natu-
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das lin- ral, enquanto nos anos finais, prioriza-se o estudo da produção do
guagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros tex- espaço geográfico a partir de diferentes interações multiescalares.
tuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que A unidade temática “Mundo do trabalho” tem como foco a
envolvam informações geográficas; reflexão sobre atividades e funções socioeconômicas e o impacto
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimen- das novas tecnologias. Nos Anos Iniciais, são abordados os pro-
tos de investigação para compreender o mundo natural, social, cessos e técnicas construtivas, o uso de diferentes materiais, as
econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, funções socioeconômicas e os setores da economia; nos Anos Fi-
avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológi- nais, os processos de produção no espaço agrário e industrial, as
cas) para questões que requerem conhecimentos científicos da novas tecnologias, a revolução técnico-científico-informacional e
Geografia; as diferentes representações utilizadas como ferramentas da aná-
6. Construir argumentos com base em informações geográfi- lise espacial.
cas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e A unidade temática “Formas de representação e pensamen-
promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversi- to espacial” tem como foco a ampliação gradativa da concepção
dade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza; do que é um mapa e de outras formas de representação gráfica,
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, res- aprendizagens que envolvem o raciocínio geográfico. Nos Anos
ponsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo Iniciais, são trabalhados os princípios do raciocínio geográfico,
ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios destacando- -se as contribuições da alfabetização geográfica; nos
éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Anos Finais, amplia-se o repertório do estudante por meio de dife-
O Currículo Paulista de Geografia apresenta cinco unidades rentes linguagens, priorizando o domínio da leitura e a elaboração
temáticas para o Ensino Fundamental, ao longo dos nove anos: “O de mapas e gráficos.
sujeito e seu lugar no mundo”, “Conexões e escalas”, “Mundo do A unidade “Natureza, ambientes e qualidade de vida” tem
trabalho”, “Formas de representação e pensamento espacial” e como foco a articulação entre a geografia física e a geografia hu-
“Natureza, ambientes e qualidade de vida”. mana, com destaque para a discussão dos processos físico-natu-
Para tanto, a abordagem dessas unidades temáticas deve ser rais do planeta Terra. Nos Anos Iniciais, prioriza-se o estudo da
realizada integradamente, uma vez que a situação geográfica não percepção do meio físico-natural, as intervenções na natureza e
é apenas um pedaço do território, uma área contínua, mas um os impactos socioambientais, enquanto nos Anos Finais são traba-
conjunto de relações. Portanto, a análise de situação resulta da lhados conceitos mais complexos para tratar da relação natureza e
busca de características fundamentais de um lugar na sua rela- atividades antrópicas, nos contextos urbano e rural.
ção com outros lugares. Assim, ao se estudarem os objetos de Portanto, de modo geral, nas unidades temáticas, os elemen-
aprendizagem de Geografia, a ênfase do aprendizado é na posição tos estão relacionados ao exercício da cidadania, à proposição de
relativa dos objetos no espaço e no tempo, o que exige a com- ações de intervenção na realidade, ao protagonismo, ao projeto
preensão das características de um lugar (localização, extensão, de vida, à aproximação com saberes científicos e a relações de
conectividade, entre outras), resultantes das relações com outros alteridade, visando estimular os estudantes para continuar seus
lugares. Por causa disso, o entendimento da situação geográfica, estudos e prepará-los para o enfrentamento dos desafios do mun-
pela sua natureza, é o procedimento para o estudo dos objetos do contemporâneo.
de aprendizagem pelos alunos. Em uma mesma atividade a ser Prevê-se o alinhamento com os demais componentes da área
desenvolvida pelo professor, os alunos podem mobilizar, ao mes- de Ciências Humanas, componentes de outras áreas de conheci-
mo tempo, diversas habilidades de diferentes unidades temáticas. mento, temas integradores e transversais. A linguagem cartográfi-
(BRASIL, 2017, p.363) ca perpassa todos os anos do Ensino Fundamental.
As cinco unidades temáticas para o Ensino Fundamental fo-
ram organizadas visando a construção progressiva dos conheci-
mentos geográficos, segundo um processo pautado na investiga-
ção e na resolução de problemas, com ênfase na aprendizagem
dos conceitos e princípios geográficos a partir de diferentes lin-
guagens. É fundamental uma atenção cuidadosa na transição do
5º ano (Anos Iniciais) para o 6º ano (Anos Finais) e na transição do
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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS
Conexões e escalas 1º (EF01GE05) Observar a paisagem e descrever os ele - Ciclos naturais e a vida coti-
mentos e os ritmos da natureza (dia e noite, variação diana
de temperatura e umidade entre outros) nos lugares de
vivência.
Conexões e escalas 1º (EF01GE14*) Reconhecer semelhanças e diferenças entre Ciclos naturais e a vida coti-
os lugares de vivência e os de outras realidades, descritas diana
em imagens, canções e/ou poesias.
Mundo do trabalho 1º (EF01GE06) Identificar, descrever e comparar diferen - tes Diferentes tipos de trabalho
tipos de moradia em seus lugares de vivência e objetos existentes no seu dia a dia
de uso cotidiano (brinquedos, roupas, mobiliá - rios entre
outros), considerando técnicas e materiais utilizados em
sua produção.
Mundo do trabalho 1º (EF01GE07) Identificar e descrever os tipos de ativi - Diferentes tipos de trabalho
dades de trabalho realizadas dentro da escola, no seu existentes no seu dia a dia
entorno e lugares de vivência.
Formas de 1º (EF01GE08) Identificar itinerários percorridos ou Pontos de referência
representação e descritos em contos literários, histórias inventadas e/
pensamento espacial ou brincadeiras, representando-os por meio de mapas
mentais e desenhos
Formas de 1º (EF01GE09) Utilizar e elaborar mapas simples para Pontos de referência
representação e localizar elementos do local de vivência, considerando
pensamento espacial referenciais espaciais (frente e atrás, perto e longe,
esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e
tendo o corpo como referência.
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a solução para o seu concurso!
PUBLICAÇÕES INSTITUCIONAIS
Natureza, ambientes e 1º (EF01GE10) Identificar e descrever características físi - Condições de vida nos luga-
qualidade de vida cas de seus lugares de vivência relacionadas aos ritmos res de vivência
da natureza (chuva, vento, calor entre outros).
Natureza, ambientes e 1º (EF01GE11) Associar mudanças de vestuário e hábitos Condições de vida nos luga-
qualidade de vida alimentares em sua comunidade ao longo do ano, res de vivência
decorrentes da variação de temperatura e umidade no
ambiente (estações do ano) e reconhecer diferentes
instrumentos e marcadores de tempo.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE01) Reconhecer e descrever a influência dos Convivência e interações en-
no mundo migrantes internos e externos que contribuíram para tre pessoas na comunidade
modificação, organização e/ou construção do espaço
geográfico, no bairro ou comunidade em que vive.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE02) Comparar costumes e tradições de diferen Convivência e interações en-
no mundo - tes populações e grupos sociais inseridos no bairro ou tre pessoas na comunidade
comunidade em que vive, reconhecendo a importância
do respeito às diferenças no que se refere à diversidade
étnica, geográfica e cultural.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE03) Comparar diferentes meios de transporte e Riscos e cuidados nos meios
no mundo de comunicação, indicando o seu papel na conexão entre de transporte e de comuni-
lugares, e discutir os riscos para a vida e para o ambiente cação
e seu uso responsável.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE12*) Identificar as normas e regras do trânsito Riscos e cuidados nos meios
no mundo dos seus lugares de vivência e discutir os riscos e as de transporte e de comuni-
formas de prevenção para um trânsito seguro. cação
Conexões e escalas 2º (EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos Experiências da comunidade
hábitos das pessoas (quilombolas, assentados, indígenas, no tempo e no espaço
caiçaras entre outros), nas relações com a natureza e no
modo de viver em diferentes lugares e tempos
Conexões e escalas 2º (EF02GE05) Identificar e analisar as mudanças e as Mudanças e permanências
permanências ocorridas na paisagem dos lugares de
vivência, comparando os elementos constituintes de um
mesmo lugar em diferentes tempos.
Mundo do trabalho 2º (EF02GE06) Relacionar o dia e a noite a diferentes tipos Tipos de trabalho em lugares
de atividades sociais (horário escolar, comercial, sono e tempos diferentes
entre outros), a partir da experiência familiar, escolar e/
ou de comunidade.
Mundo do trabalho 2º (EF02GE13*) Identificar os recursos naturais de diferentes Tipos de trabalho em lugares
lugares e discutir as diferentes formas de sua utilização. e tempos diferentes
Mundo do trabalho 2º (EF02GE07) Descrever as atividades extrativas (minerais, Tipos de trabalho em lugares
agropecuárias e industriais) de diferentes lugares, e e tempos diferentes
identificando os seus impactos ambientais bem como
exemplos de práticas, atitudes, hábitos e comportamentos
relacionados à conservação e preservação da natureza.
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Natureza, ambientes e 3º (EF03GE12*) Identificar grupos sociais e instituições Produção, circulação e con-
qualidade de vida locais e/ou no entorno que apoiam o desenvolvimento sumo
de ações e ou projetos com foco no consumo consciente
e responsável.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com Impactos das atividades hu-
qualidade de vida destaque para os usos da água em atividades cotidianas manas
(alimentação, higiene, cultivo de plantas entre outros), e
discutir os problemas socioambientais provocados por
esses usos.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE10A) Reconhecer a importância da água para Impactos das atividades hu-
qualidade de vida múltiplos usos, em especial para a agricultura, pecuária, manas
abastecimento urbano e geração de energia e discutir os
impactos socioambientais dessa utilização, em diferentes
lugares. (EF03GE10B) Identificar grupos e/ou associações
que atuam na preservação e conservação de nascentes,
riachos, córregos, rios e matas ciliares, e propor ações de
intervenção, de modo a garantir acesso à água potável e
de qualidade para as populações de diferentes lugares.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE11) Identificar e comparar os diferentes impactos Impactos das atividades hu-
qualidade de vida socioambientais (erosão, deslizamento, escoamento manas
superficial entre outros) que podem ocorrer em áreas
urbanas e rurais, a partir do desenvolvimento e avanço
de algumas atividades econômicas.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE01) Identificar e selecionar, em seus lugares Território e diversidade cul-
no mundo de vivência e em suas histórias familiares e/ou tural
da comunidade, elementos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país,
latino-americanas, europeias, asiáticas entre outros),
valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua
contribuição para a formação da cultura local, regional
e brasileira.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE02) Descrever processos migratórios internos Processos migratórios no
no mundo e externos (europeus, asiáticos, africanos, latino Brasil
americanos, entre outros) e suas contribuições para a
formação da sociedade brasileira.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE12*) Identificar as características do processo Processos migratórios no
no mundo migratório no lugar de vivência e no Estado de São Paulo Brasil
e discutir as implicações decorrentes.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE13*) Discutir e valorizar as contribuições dos Processos migratórios no
no mundo migrantes no lugar de vivência e no Estado de São Paulo, Brasil
em aspectos como idioma, literatura, religiosidade,
hábitos alimentares, ritmos musicais, festas tradicionais
entre outros.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE14*) Identificar elementos da organização Instâncias do poder público
no mundo político-administrativa do Brasil e canais de participação so-
cial
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do Instâncias do poder público
no mundo poder público municipal e canais de participação social e canais de participação so-
na gestão do Município, incluindo a Câmara de Verea cial
dores e Conselhos Municipais.
Conexões e escalas 4º (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a Relação campo e cidade
interdependência do campo e da cidade, considerando
fluxos econômicos, de informações, de ideias e de
pessoas.
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O sujeito e seu lugar 5º (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico- Diferenças étnico-raciais e
no mundo culturais e desigualdades sociais entre grupos em étnico-culturais e desigual-
diferentes territórios. dades sociais
Conexões e escalas 5º (EF05GE03) Distinguir os conceitos de cidade, forma, Território, redes e urbaniza-
função e rede urbana e analisar as mudanças sociais, ção
econômicas, culturais, políticas e ambientais provocadas
pelo crescimento das cidades.
Conexões e escalas 5º (EF05GE14*) Descrever o processo histórico e geográfico Território, redes e urbaniza-
de formação de sua cidade, comparando-as com outras ção
cidades da região e do Brasil, analisando as diferentes
formas e funções.
Conexões e escalas 5º (EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e Território, redes e urbaniza-
analisar as interações entre a cidade e o campo e entre ção
cidades na rede urbana brasileira.
Conexões e escalas 5º (EF05GE15*) Identificar e interpretar as características Território, redes e urbaniza-
do processo de urbanização no Estado de São Paulo e no ção
Brasil, a partir das mudanças políticas, culturais, sociais,
econômicas e ambientais entre a cidade e o campo.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos Trabalho e inovação tecno-
tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na lógica
agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços
em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE16*) Relacionar o papel da tecnologia e Trabalho e inovação tecno-
comunicação na interação entre cidade e campo, lógica
discutindo as transformações ocorridas nos modos
de vida da população e nas formas de consumo em
diferentes tempos.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE17*) Reconhecer, em diferentes lugares e regiões Trabalho e inovação tecno-
brasileiras, as desigualdades de acesso à tecnologia, à lógica
produção e ao consumo.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE06) Identificar e comparar transformações dos Trabalho e inovação tecno-
meios de transporte e de comunicação, discutindo os lógica
tipos de energia e tecnologias utilizadas, em diferentes
lugares e tempos.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia Trabalho e inovação tecno-
utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e lógica
no cotidiano das populações em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE18*) Reconhecer a matriz energética brasileira, Trabalho e inovação tecno-
comparando os tipos de energia utilizadas em diferentes lógica
atividades e discutir os impactos socioambientais em
diferentes regiões do país.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE19*) Identificar as principais fontes de energia Trabalho e inovação tecno-
utilizadas no seu município e no Estado de São lógica
Paulo, analisar os impactos socioambientais e propor
alternativas sustentáveis para diversificar a matriz
energética
Mundo do trabalho 5º (EF05GE20*) Identificar práticas de uso racional da Trabalho e inovação tecno-
energia elétrica e propor ações de mudanças de hábitos, lógica
atitudes e comportamentos de consumo, em diferentes
lugares.
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Conexões e escalas 6º, (EF06GE04B) Identificar os componentes da morfo - logia Relações entre os compo-
das bacias e das redes hidrográficas e analisar as relações nentes físico-naturais
com a cobertura vegetal, a topografia e a ocupação do
solo urbano e rural.
Conexões e escalas 6º (EF06GE17*) Discutir a importância da água para Relações entre os compo-
manutenção das formas de vida e relacionar com a sua nentes físico-naturais
disponibilidade no planeta, tipos de usos, padrões de
consumo e práticas sustentáveis para preservação e
conservação.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE06) Identificar e analisar as características Transformação das paisa-
das paisagens transformadas pela ação antrópica a gens naturais e antrópicas
partir dos processos de urbanização, industrialização e
desenvolvimento da agropecuária em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE18*) Caracterizar as atividades primárias, Transformação das paisa-
secundárias e terciárias e analisar as transformações gens naturais e antrópicas
espaciais, econômicas, culturais, políticas e ambientais
em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação entre Transformação das paisa-
diferentes sociedades e a natureza, o surgimento das gens naturais e antrópicas
cidades e as formas distintas de organização socioespacial.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE19*) Relacionar o processo de urbanização com Transformação das paisa-
as problemáticas socioambientais e identificar os fatores gens naturais e antrópicas
de vulnerabilidade, riscos e desastres em diferentes
lugares
Formas de 6º (EF06GE20*) Reconhecer a importância da Cartografia Fenômenos na - turais e so-
representação e como uma forma de linguagem para representar ciais representados de dife-
pensamento espacial fenômenos nas escalas local, regional e global. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE21*) Identificar os pontos cardeais e colaterais Fenômenos na - turais e so-
representação e e aplicar técnicas de orientação relativa e o sistema de ciais representados de dife-
pensamento espacial coordenadas geográficas rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE22*) Distinguir os elementos do mapa, tais como Fenômenos na - turais e so-
representação e título, legenda, escala, orientação, projeção, sistema ciais representados de dife-
pensamento espacial de coordenadas, fontes de informação entre outros em rentes maneiras
diferentes representações cartográficas.
Formas de 6º, (EF06GE08) Analisar a diferença entre a escala gráfica e Fenômenos na - turais e so-
representação e a escala numérica e medir distâncias na superfície pelas ciais representados de dife-
pensamento espacial escalas gráficas e numéricas dos mapas. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE23*) Analisar fenômenos a partir das variáveis Fenômenos na - turais e so-
representação e visuais e das relações quantitativas, de ordem e seletivas ciais representados de dife-
pensamento espacial em diferentes representações cartográficas. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE24*) Aplicar técnicas de representação utilizadas Fenômenos na - turais e so-
representação e na cartografia temática, em especial a diferença entre ciais representados de dife-
pensamento espacial mapas de base e mapas temáticos. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE25*) Analisar os tipos de produtos do Fenômenos na - turais e so-
representação e Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informações ciais representados de dife-
pensamento espacial Geográficas (SIG), Sistema de Posicionamento Global rentes maneiras
(GPS) e Cartografia Digital e relacionar com a produção
imagens de satélite e mapas digitais entre outros.
Formas de 6º (EF06GE26*) Identificar diferentes representações do Fenômenos na - turais e so-
representação e planeta Terra e da superfície terrestre. ciais representados de dife-
pensamento espacial rentes maneiras
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O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE13*) Analisar o processo de formação do Ideias e concepções sobre a
no mundo território brasileiro e identificar as demarcações de formação territorial do Brasil
limites e fronteiras em diferentes tempos.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE14*) Identificar em registros histórico- Ideias e concepções sobre a
no mundo geográficos, as formas de organização político- formação territorial do Brasil
administrativa do Brasil em diferentes tempos e
relacionar com a criação do Estado de São Paulo.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE15*) Analisar as divisões regionais do IBGE Ideias e concepções sobre a
no mundo e outras propostas de regionalização tais como: os formação territorial do Brasil
Complexos Regionais ou Regiões Geoeconômicas e
descrever as características culturais, econômicas,
naturais, políticas e sociais de cada região brasileira.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE16*) Analisar em diferentes produções culturais Ideias e concepções sobre a
no mundo elementos das paisagens das regiões brasileiras, em formação territorial do Brasil
especial a região sudeste.
Conexões e escalas 7º (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos Formação territorial do Bra-
e populacionais na formação socioeconômica e sil
territorial e discutir os conflitos e as tensões históricas
e contemporâneas no Brasil, em especial no Estado de
São Paulo.
Conexões e escalas 7º (EF07GE17*) Identificar os processos migratórios internos Formação territorial do Bra-
e externos, reconhecendo as contribuições dos povos sil
indígenas, africanos, europeus, asiáticos entre outros
para a formação da sociedade brasileira, em diferentes
regiões brasileiras, em especial no Estado de São Paulo.
Conexões e escalas 7º (EF07GE18*) Analisar as influências indígenas e africanas Formação territorial do Bra-
no processo de formação da cultura brasileira e relacionar sil
com a atuação dos movimentos sociais contemporâneos
no Brasil.
Conexões e escalas 7º (EF07GE03A) Identificar e selecionar, em registros Formação territorial do Bra-
histórico-geográficos, características dos povos indígenas, sil
comunidades remanescentes de quilombolas, povos das
florestas e do cerrado, ribeirinhos e caiçaras, entre outros
grupos sociais do campo e da cidade em diferentes
lugares e tempos. (EF07GE03B) Analisar aspectos
étnicos e culturais dos povos originários e comunidades
tradicionais e a produção de territorialidades e discutir
os direitos legais desses grupos, nas diferentes regiões
brasileiras e em especial no Estado de São Paulo.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE06) Analisar a apropriação dos recursos na - Produção, circulação e con-
turais pelas diferentes sociedades e discutir como os sumo de mercadorias
processos produtivos, a circulação e o consumo de
mercadorias provocam impactos socioambientais e
influem nas relações de trabalho e na distribuição de
riquezas em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE20*) Explicar o conceito de desenvolvimento Produção, circulação e con-
sustentável, identificar os seus indicadores econômi - sumo de mercadorias
cos, culturais, sociais, ambientais e políticos e discutir as
vantagens e desvantagens em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE21*) Relacionar os processos produtivos Produção, circulação e con-
sustentáveis com as práticas de consumo consciente e sumo de mercadorias
responsável e discutir caminhos para a construção de
sociedades sustentáveis.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE07A) Analisar o papel das redes de transporte Desigualdade social e o tra-
e comunicação e estabelecer relações com os fluxos balho
materiais (objetos, mercadorias, pessoas) e imateriais
(dados, informação, comunicação) em escala global.
(EF07GE07B) Categorizar as redes de transporte e
comunicação e analisar influências nos processos
produtivos e nas alterações na configuração do território
brasileiro.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos Desigualdade social e o tra-
de industrialização e inovação tecnológica e analisar as balho
transformações socioeconômicas, políticas, culturais e
ambientais do território brasileiro.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE22*) Caracterizar os espaços industriais-tecno Desigualdade social e o tra-
lógicos e discutir o papel das políticas governamentais e balho
a criação e/ou expansão dos centros tecnológicos e de
pesquisa, em diferentes regiões brasileiras, em especial
no Estado de São Paulo.
Formas de 7º (EF07GE09A) Interpretar e elaborar mapas temáticos com Mapas temáticos do Brasil
representação e base em informações históricas, demográficas, sociais e
pensamento espacial econômicas do território brasileiro. (EF07GE09B) Aplicar
tecnologias digitais para identificar padrões espaciais,
regionalizações e analogias espaciais do território
brasileiro, em especial do Estado de São Paulo.
Formas de 7º (EF07GE10) Identificar e selecionar indicadores Mapas temáticos do Brasil
representação e socioeconômicos e elaborar representações gráficas e
pensamento espacial comparar as regiões brasileiras em diferentes tempos.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE11) Identificar os domínios morfoclimáticos e Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida relacionar com as dinâmicas dos componentes físico- lógico
-naturais no território brasileiro.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE23*) Avaliar a importância da distribuição dos Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida recursos naturais e da biodiversidade nos diversos lógico
biomas brasileiros.
Natureza, ambientes e 7º (EF06GE24*) Identificar as generalidades e singularidades Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida dos biomas brasileiros, em especial no Estado de São lógico
Paulo.
Natureza, ambientes e 7º (EF06GE25*) Analisar as problemáticas socioambientais Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida e discutir as ações para a preservação e conservação dos lógico
biomas brasileiros, em especial no Estado de São Paulo.
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SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. CURRÍCULO PAULISTA: ETAPA ENSINO MÉDIO. SÃO PAULO: SEDUC,
2020. P. 167-195, 229-239
CURRÍCULO PAULISTA
ETAPA ENSINO MÉDIO
da Educação Básica, a partir do aprofundamento e da ampliação res, o que garante diversidade de saberes e procedimentos e, ao
das aprendizagens essenciais desenvolvidas no Ensino Fundamen- mesmo tempo, a unidade de conjunto, que são reveladoras do
tal para uma vivência ética no mundo contemporâneo, conforme valor políticoeducacional da área.
expresso pela BNCC. Ou seja, um currículo capaz de expressar as
exigências de formação de sujeitos com composição intelectual Componentes curriculares da área de Ciências Humanas e So-
capaz de responder aos anseios e oportunidades de efetivação de ciais Aplicadas
seu projeto de vida, com autonomia e protagonismo, e que ao
mesmo tempo sejam responsáveis, solidários e cientes da impor- FILOSOFIA
tância do debate público para o amadurecimento de ideias, bem “Que Filosofia ensinar?” Com essa questão os Parâmetros
como, aptos a julgar e propor soluções para problemas sociais, Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Médio de 1998 reco-
políticos e ambientais, conforme explicitado no Artigo 35 da LDB: locam o ensino de Filosofia no contexto da Educação Básica e fo-
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos mentam o pensamento sobre quais competências e habilidades
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prossegui- desenvolver nas aulas de Filosofia. Podemos reconhecer essa
mento de estudos; mesma comanda nas Orientações Curriculares para o Ensino Mé-
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do edu- dio, de 2006.
cando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se Destacamos que os PCN e as Orientações Curriculares Nacio-
adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aper- nais tiveram o sentido de nortear e parametrizar a Filosofia no
feiçoamento posteriores; Ensino Médio como componente curricular.
Essas exigências constituíram condições fundamentais na A partir da BNCC e das DCNEM, o campo filosófico composto
definição das orientações que compõem o Currículo Paulista Eta- pela História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epis-
pa Ensino Médio, as quais seguiram as demandas indicadas pela temologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Estética não deixou
BNCC, coadunando-as com as determinações das DCNEM, assim de lado as questões anteriores, mas ampliou-se para as indaga-
como as diferentes contribuições da sociedade civil e da consul- ções contemporâneas acerca da justiça, da solidariedade, da au-
ta pública. Ainda que nem todas essas contribuições possam ser tonomia, da liberdade, da compreensão e do reconhecimento das
identificadas à primeira vista neste documento, elas certamente diferenças, respeito e responsabilidade consigo, com o outro e
inspiraram o aprimoramento das reflexões no processo da escrita. com o mundo comum que habitamos. A Filosofia nos textos, con-
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas dedicam-se a estu- textos, na sua expressão rigorosa, procura adentrar o complexo
dar e pesquisar de forma rigorosa a dinâmica humana no tempo e intervalo entre as palavras e o pensamento, entre o mundo que
no espaço, na produção dos valores, na vida material e na cultura. queremos e o mundo que construímos cotidianamente.
Nesse sentido, destacam-se as trocas, as influências e as disputas Atualmente, a Filosofia possui habilidades dentro de seis gru-
no que se refere a procedimentos para o estudo de questões cul- pos de competências específicas na área de Ciências Humanas e
turais, socioambientais, econômicas e políticas. Ainda, a formação Sociais Aplicadas. A ampliação e o aprofundamento das aprendi-
de territórios e fronteiras e suas dinâmicas, os fatos históricos nas zagens requeridas nesta etapa escolar fazem com que a articula-
suas continuidades e/ou rupturas com consequências pessoais, ção dos saberes filosóficos seja cada vez mais recorrentes.
locais, regionais e globais. Todas essas questões, orientam para a
compreensão dos desafios de falar do mundo humano, seja a par- GEOGRAFIA
tir da linguagem cotidiana e prática, para falar o como das coisas, A Geografia Escolar é fruto de diferentes concepções do pen-
seja utilizando uma linguagem que tenta ultrapassar a do cotidia- samento geográfico, o que se reflete nas visões teórico-metodoló-
no, para interpretar e atuar sobre os acontecimentos (JAPIASSU, gicas utilizadas nas práticas docentes e nos fundamentos dos cur-
2002). Dessa maneira, os instrumentos da crítica que caracteri- rículos. O ensino de Geografia deve oferecer oportunidades para
zam as formas de falar do mundo humano devem, no contexto da que o estudante compreenda as mudanças ocorridas no espaço
área, buscar sempre uma articulação, sem perder a especificidade geográfico, reconhecendo o seu papel de agente transformador
de cada componente, conforme explicitado no Artigo 35 da LDB: nas dimensões geopolíticas, econômicas e socioambientais esta-
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, in- belecidas nas sociedades contemporâneas.
cluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia inte- O estudo da Geografia no Ensino Médio pretende aprofun-
lectual e do pensamento crítico; dar as habilidades que garantem os direitos de aprendizagem da
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos Educação Básica, ou seja, aprofundar os saberes científicos e os
dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no processos e conceitos que atuam na formação das sociedades
ensino de cada disciplina. humanas e no funcionamento da natureza. Para tanto, utilizamos
A Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, que atualiza como referência a leitura do lugar e do território, a partir de sua
as DCNEM, orienta, no Art. 11 § 1º, que a organização por áreas paisagem, compreendendo o espaço geográfico como manifesta-
tem o sentido de tornar mais sólidas as relações entre os saberes ção territorial da atividade social, em todas as suas dimensões e
e, dessa forma, favorecer a contextualização para a apreensão e contradições de ordem econômica, política, cultural e ambiental.
a intervenção na realidade. A partir desses pressupostos, que ba- Outro ponto importante é o aprofundamento da Educação
lizaram a redação do organizador curricular da área de Ciências Cartográfica, considerada um instrumento indispensável no en-
Humanas e Sociais Aplicadas, tendo como referência estudos e tendimento das interações, relações e fenômenos geográficos.
práticas relacionados à Filosofia, Geografia, História e Sociologia,
os redatores buscaram assegurar especificidades históricas, con-
ceituais e procedimentais dos diferentes componentes curricula-
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cultura digital como meio para favorecer a colaboração em uma Objetos de conhecimento: trata-se de conteúdos, conceitos
dimensão/materialidade que deve ser propiciada pela experiên- e processos que são apreendidos por meio do desenvolvimento
cia escolar. das habilidades.
A abertura para o mundo digital, no uso cada vez mais fre- Área do conhecimento: explicita as particularidades no trata-
quente de tecnologias, especialmente no cotidiano mediado pela mento dos objetos de conhecimento e deve garantir a formação
interação entre pessoas e entre pessoas e objetos, além da inter- integrada do estudante.
net das coisas7 , requer o uso com critérios deste ferramental. No Ao oportunizar o desenvolvimento de habilidades e compe-
campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além da apren- tências, de forma progressiva, os conceitos e temas devem ser
dizagem que orienta para o uso ético das tecnologias, para uma desenvolvidos e articulados por meio de processos que foram ini-
interação consciente, proveitosa para todos e sustentável, deve- ciados no Ensino Fundamental, mediante comandas de identifica-
-se considerar, ainda, que as inovações tecnológicas não precisam ção, análise, comparação e interpretação de ideias, pensamentos,
ser impostas de forma a marginalizar as práticas tradicionais; ao fenômenos e processos históricos, geográficos, sociais, econômi-
contrário, elas devem auxiliar na preservação das culturas, tendo cos, políticos e culturais que no Ensino Médio devem encontrar
condições, inclusive, de ampliar a divulgação e sua ressignificação condições para o “aprofundamento e a ampliação da base concei-
em meio digital. tual e dos modos de construção da argumentação e sistematiza-
A partir da complexidade apresentada, o Currículo Paulista ção do raciocínio, operacionalizados com base em procedimentos
etapa do Ensino Médio, procura integrar conhecimentos, saberes analíticos e interpretativos” (BNCC, 2018, p.472).
e práticas que caracterizam a área buscando pontes de interação Destacamos, ainda que a interconexão com o Ensino Funda-
ou pelo menos de aproximação. Dessa forma, algumas escolhas mental pode ser observada a partir de abordagens indicadas nos
precisam ser explicitadas: objetos de aprendizagem, que, de forma geral, abordam os “te-
▪ As competências e habilidades foram mantidas conforme mas contemporâneos transversais”. Ou seja, os temas contempo-
apresentadas pela BNCC. Essa escolha reconhece a dinâmica do râneos, presentes desde o Ensino Fundamental, são contempla-
estudante e o direito de mobilidade entre escolas, modalidades e dos nos objetos de aprendizagem na área de Ciências Humanas e
sistemas de ensino. Sociais Aplicadas, conforme orientação da BNCC:
▪ Os objetos do conhecimento têm como referência funda- (...) cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às esco-
mental as competências e as habilidades indicadas. las, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, in-
▪ Cada habilidade deverá ser desenvolvida ou mobilizada pelo corporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem
estudante a partir dos objetos do conhecimento. Essa orientação de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala
tem o sentido de permitir mais do que um aprofundamento, pro- local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e
piciando uma ampla visão do tema ou problema a ser abordado e, integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e
portanto, o enriquecimento do repertório cultural do estudante. do adolescente (Lei nº 8.069/1990), educação para o trânsito (Lei
▪ Os objetos do conhecimento tendo como referência o de- nº 9.503/1997), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer
senvolvimento e a mobilização de habilidades, e para fins de di- CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/2012), educação
versificação e aprofundamento curricular, compreendem todos os alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009), processo de enve-
componentes curriculares. lhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/2003),
educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer
A transição da etapa do Ensino Fundamental para a etapa CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012), educação das
do Ensino Médio relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afrobrasileira,
A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio está africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer
garantida na observação e realização das dez competências da CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004), bem como
Educação Básica. Essas competências orientam para uma educa- saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educa-
ção envolvida com o seu tempo e com os desafios do mundo con- ção financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade
temporâneo. Dessa forma, a articulação do Ensino Médio com o cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº
Ensino Fundamental está ancorada no desenvolvimento de com- 7/2010). (BRASIL, 2018, p. 19)
petências e habilidades a partir da aprendizagem contextualizada, No contexto da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas,
integrada e articulada de conteúdos, conceitos e processos. Nesse alguns temas apresentam destaque nos objetos de conhecimen-
sentido, parece fundamental certa clareza acerca desses concei- to, como: ciência e tecnologia; direitos da criança e do adoles-
tos, uma vez que eles nos encaminham para determinado percur- cente; diversidade cultural; educação ambiental; educação para
so do trabalho pedagógico: valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e cultu-
Competências: a competência refere-se ao processo de mo- rais brasileiras; educação em direitos humanos; educação para o
bilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para consumo; processo de envelhecimento, respeito e valorização do
resolver questões e problemas referentes à vida cotidiana, assim idoso; trabalho e vida familiar e social.
como para o exercício da cidadania. Destacamos ainda a relevância do trabalho da educação para
Habilidades: trata-se de práticas cognitivas e socioemocio- redução de riscos e desastres.
nais, atitudes e valores que devem ser desenvolvidos e mobi- É importante destacar que os TCTs encontram sua demanda
lizados para viver e conviver no mundo contemporâneo. São e sua ênfase nas questões da vida social, política, econômica e
aprendizagens essenciais que devem ser garantidas para todos os cultural que repercutem necessariamente no desenvolvimento
estudantes em diferentes contextos do Ensino Médio. pessoal. Dessa forma, há que se reconhecer o potencial desses
temas para a efetivação da educação contextualizada e integral.
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A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e seu papel no acesso aos direitos de aprendizagem
A interface do Ensino Fundamental com o Ensino Médio constitui condição para o atendimento aos direitos de aprendizagem,
uma vez que as aprendizagens devem se orientar pelas dez competências gerais da Educação Básica. Essas competências pronunciam
e mobilizam conceitos, procedimentos, habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores capazes de resolver de-
mandas complexas da vida cotidiana, do efetivo exercício da cidadania e da compreensão e participação no mundo do trabalho.
No campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, as categorias “tempo e espaço”, “território e fronteira”, “indivíduo, natureza,
sociedade, cultura e ética” e “política e trabalho” orientam para tematizar e problematizar a investigação e a aprendizagem. Ou seja,
as categorias não se confundem com temas ou proposta de conteúdo, mas podem funcionar como eixos em torno dos quais circulam
ideias, fenômenos e processos políticos, sociais, econômicos e culturais. Conforme explicitado na BNCC, a categoria “tempo e espaço”
exige análises mais amplas de contexto. “Território e fronteira”, é uma categoria que traz certo ordenamento para o espaço em suas
diferentes dimensões. A categoria mais complexa, pois agrega diferentes dimensões que atravessam a existência humana, “indivíduo,
natureza, sociedade, cultura e ética”, promove análises de relação, articulação e contradições do humano. Por fim, a categoria “política
e trabalho” orienta para análises sobre os desafios enfrentados pela sociedade como um todo, acerca do bem comum e da produção
da vida material e seus desdobramentos.
Dessa forma, o organizador curricular da área se apresenta de maneira a tornar clara a interconexão entre competências de área,
habilidades, categorias (que remetem a análises a serem empreendidas a partir dos objetos de conhecimento) e os objetos de conhe-
cimento. Essa articulação favorece o atendimento aos direitos de aprendizagem expressos no desenvolvimento de competências e
habilidades de área, com o intuito de contemplar as competências gerais da Educação Básica.9
O organizador curricular da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, considerando a BNCC e demais documentos orienta-
dores da Educação Básica, apresenta-se, no quadro a seguir, colunas, nas quais podem ser observadas as competências específicas, as
habilidades, as categorias e os objetos de conhecimento. As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas apresentam, na Educação Básica,
etapa Ensino Médio, seis competências específicas e habilidades relacionadas, categorias de análise e uma distribuição equilibrada dos
objetos de conhecimento para cada componente curricular: Filosofia, Geografia, História e Sociologia.
Para concretizar as propostas deste documento e para ultrapassar a dimensão dos objetivos de implementação do Currículo Pau-
lista, é fundamental o comprometimento do professor com o aprimoramento constante de sua formação, sempre amparada pelo
arcabouço conceitual da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, inclusive para preservar e consolidar a necessária autonomia
docente e alcançar o sucesso das aprendizagens pretendidas.
Espera-se que este documento curricular oriente práticas exitosas e que o estudante, ao vivenciar o aprofundamento das aprendi-
zagens propostas pela área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, possa entender a complexidade das relações que cada um esta-
belece consigo e com a comunidade em que vive. Dessa forma, poderá compreender a necessidade de ser responsável e protagonista
na superação da condição individualista, egocêntrica e preconceituosa que ainda se faz presente na sociedade contemporânea e, ao
mesmo tempo, reconhecer-se como principal agente na constituição de um projeto de vida amplo e sustentável, que não se limite ao
campo pessoal, mas também contemple direitos e deveres cívicos.
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4. Perceber a complexidade das relações que cada um estabelece consigo e com a comunidade em que vive, interferindo na sua
identidade e na diversidade, material e simbólica, de forma a ser capaz de mediar relações com criticidade e ética, atuando para a
superação das condições individualista, egocêntrica, preconceituosa, racista e hedonista, entre outras, em seus diferentes vieses na
sociedade contemporânea. Seja nas relações com a natureza e/ou entre pessoas, utilizar habilidades conceituais e técnicas para mobi-
lizar diferentes atores no empreendimento de ações socioculturais e socioambientais em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
5. Vivenciar conscientemente o processo cognitivo conceitual, de forma a reconhecer-se como produtor que mobiliza conhecimen-
tos e práticas na constituição de um projeto de vida viável e sustentável.
6. Reconhecer que o projeto de vida é estratégico e envolve escolhas pessoais, relacionando-as com as demandas da sociedade
contemporânea. Isso requer compreender que a história de cada um, seus interesses e seus sonhos, devem ser considerados também
na relação com o contexto social, político e cultural em que se vive, exigindo análise crítica das limitações sociais e das desigualdades,
bem como flexibilidade e motivação para a aprendizagem ao longo da vida.
A seguir encontra-se o organizador curricular do itinerário formativo da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas que contem-
pla as habilidades relacionadas às competências gerais da Educação Básica, as habilidades específicas dos itinerários formativos dessa
área do conhecimento e os pressupostos metodológicos que visam orientar e indicar possibilidades para a concretização das aprendi-
zagens esperadas, para cada eixo estruturante
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MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIAL (EMIFCHS07) Identificar e explicar O eixo Mediação e Intervenção Social
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar situações em que ocorram conflitos, apresenta, no contexto das competências
questões sociais, culturais e ambientais desequilíbrios e ameaças a grupos gerais e nas habilidades específicas da
diversas, identificando e incorporando sociais, à diversidade de modos de vida, área de Ciências Humanas e Sociais
valores importantes para si e para o às diferentes identidades culturais e Aplicadas, orientações para avaliar e
coletivo que assegurem a tomada de ao meio ambiente, em âmbito local, tomar decisões sobre a realidade na
decisões conscientes, consequentes, regional, nacional e/ou global, com base qual se vive ou pretende atuar. Este eixo
colaborativas e responsáveis. em fenômenos relacionados às Ciências requer a organização de informações e
(EMIFCG08) Compreender e considerar Humanas e Sociais Aplicadas. narrativas sobre diversas questões, entre
a situação, a opinião e o sentimento do (EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar elas, ambientais, sociais, econômicas
outro, agindo com empatia, flexibilidade intencionalmente conhecimentos e e culturais, que se estabelecem em
e resiliência para promover o diálogo, a recursos das Ciências Humanas e Sociais um determinado espaço, que pode
colaboração, a mediação e resolução de Aplicadas para propor ações individuais compreender diferentes coletivos e, ainda,
conflitos, o combate ao preconceito e a e/ou coletivas de mediação e intervenção questões que demandam investigações,
valorização da diversidade. sobre problemas de natureza sociocultural com distintos critérios de análise e ações.
(EMIFCG09) Participar ativamente e de natureza ambiental, em âmbito Diferentes questionamentos podem ser
da proposição, implementação e local, regional, nacional e/ou global, considerados sob o enfoque deste eixo,
avaliação de solução para problemas baseadas no respeito às diferenças, na tais como: a transformação da paisagem; a
socioculturais e/ou ambientais em nível escuta, na empatia e na responsabilidade presença de áreas vulneráveis; mudanças
local, regional, nacional e/ou global, socioambiental. e demandas a partir da inclusão de
corresponsabilizando-se pela realização (EMIFCHS09) Propor e testar estratégias novas populações; alterações nas formas
de ações e projetos voltados ao bem de mediação e intervenção para resolver de lazer, preservação e valorização
comum. problemas de natureza sociocultural do patrimônio histórico, cultural e/
e de natureza ambiental, em âmbito ou ambiental. Esses questionamentos
local, regional, nacional e/ou global, demandam a observação e a investigação,
relacionados às Ciências Humanas e tendo como objetivo gerar reflexões e
Sociais Aplicadas argumentos consistentes para intervir
por meio da promoção de campanhas e
ações para a sustentabilidade; a redução
de riscos e desastres; a responsabilidade
social; a conscientização e o combate à
violência física, simbólica e/ou psicológica
direcionada a minorias; e a valorização
de diferentes aspectos da paisagem e da
cultura local.
Ou seja, a partir do eixo Mediação e
Intervenção Social, o estudante deve
buscar a mobilização de recursos da área
de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
para pensar uma situação localizada,
acessar dados oficiais, proceder à escuta
da comunidade envolvida na situação,
entre outras ações, além de exercer a
organização de um trabalho coletivo,
visando ao bem comum.
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QUESTÕES
1.(VUNESP/2019)
O Currículo Paulista para o Ensino Fundamental traz como objetivo da disciplina de Geografia a compreensão dos processos de pro-
dução do espaço, da diversidade cultural e do meio ambiente. Assinale a alternativa que apresenta uma das habilidades propostas para
ser desenvolvida nessa disciplina.
(A) Utilizar instrumentos e técnicas cartográficas para analisar paisagens e representar fenômenos socioespaciais.
(B) Analisar a relação entre consumo e poluição ambiental, comparando as práticas em diferentes países.
(C) Identificar as principais religiões e tradições culturais presentes em um país e relacioná-las com as formas de organização política.
(D) Compreender as leis da física que governam os movimentos da Terra e seus efeitos na formação de paisagens.
(E) Avaliar a qualidade da água de um rio, identificando sua origem e os principais poluentes presentes.
GABARITO ______________________________________________________
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1 A ______________________________________________________
2 A ______________________________________________________
3 B
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4 C
5 B ______________________________________________________
6 C ______________________________________________________
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ANOTAÇÕES ______________________________________________________
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