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a solução para o seu concurso!

SEE-SP
SECRETARIA ESTADUAL DE EDUCAÇÃO
DE SÃO PAULO

Professor de Ensino Fundamental


e Médio - GEOGRAFIA

EDITAL DE ABERTURA DE INSCRIÇÕES Nº 01/2023

CÓD: SL-119MA-23
7908433236696
INTRODUÇÃO

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação. É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como
estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.

Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou esta introdução com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!


• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho;

• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área;

• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total;

• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo;

• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.

• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame;

• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.

A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Vamos juntos!

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INTRODUÇÃO

O concurso SEE-SP é uma oportunidade única para quem deseja ingressar no serviço público como servidor da
Secretaria da Educação do Estado de São Paulo. Por isso, é importante se preparar adequadamente para enfrentar
essa prova desafiadora. A Editora Solução se orgulha de apresentar uma apostila exclusiva para Conhecimentos
Específicos - Especialidade, a fim de auxiliar os estudantes a alcançar seus objetivos.
Nosso material foi organizado de forma a introduzir o aluno no que é cobrado pelo edital e nas principais
bibliografias indicadas para o concurso. Ressaltamos que a apostila é uma ferramenta introdutória e complementar
aos estudos. Para obter um conhecimento completo, é fundamental que o estudante vá atrás de cada bibliografia e
documento oficial indicado no edital.
Nossa apostila visa auxiliar na compreensão dos principais pontos cobrados no edital, assim como fornecer uma
base teórica sólida para a resolução de questões. Acreditamos que, com dedicação e empenho, nossos alunos terão
sucesso nesse desafio.
É importante lembrar que, além do conteúdo abordado na apostila, o edital do concurso SEE-SP também
exige conhecimentos específicos em outras áreas. Por isso, é fundamental que o estudante busque informações
complementares em outras fontes.
Por fim, ressaltamos a importância do estudo sério e constante, bem como a dedicação ao aprendizado.
Desejamos a todos um excelente preparo e sucesso no concurso SEE-SP. A Editora Solução está à disposição para
auxiliar no que for preciso.

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ÍNDICE

Conhecimentos
1. Princípios e fundamentos das Diretrizes Curriculares Nacionais do Ensino Médio e do Ensino Técnico.................................... 7

2. Do papel das comunidades tradicionais e dos povos originários na transformação do espaço geográfico............................... 7
3. Dos processos e sujeitos envolvidos nos setores produtivos da economia, considerando diversas escalas geográficas (local,
estadual, nacional, regional, global)........................................................................................................................................... 8
4. Da urbanização e dinâmicas socioespaciais, incluindo aspectos econômicos, políticos, culturais e ambientais, além dos riscos
e desastres e as políticas públicas de planejamento urbano...................................................................................................... 8
5. Da linguagem cartográfica e geotecnologias (GPS, SIG, entre outros): leitura, interpretação e elaboração de mapas e demais
produtos cartográficos acessíveis. ............................................................................................................................................. 8
6. Da formação, regionalização e mudanças do território brasileiro: aspectos econômicos, políticos, culturais, sociais/demográ-
ficos e ambientais....................................................................................................................................................................... 12
7. Dos fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais de diferentes territórios (IDH, IDHM, Gini,
índice de desmatamento, entre outros)..................................................................................................................................... 13
8. Da população em diferentes lugares: deslocamentos (voluntários e forçados), demografia, formação (diversidade étnico-ra-
cial) e manifestações culturais.................................................................................................................................................... 14
9. Da América, África, Europa, Ásia e Oceania: território (aspectos físicos e políticos), regionalização, população, economia,
cultura e modos de vida............................................................................................................................................................. 15
10. Da Geopolítica: organismos internacionais, tensões e conflitos, potências globais, acordos supranacionais, blocos econômi-
cos, entre outros......................................................................................................................................................................... 33
11. Da Globalização e sua influência na economia, sociedade, cultura, política e no meio ambiente............................................. 38
12. Das desigualdades nos territórios: aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais, incluindo os processos de
segregação e exclusão, os movimentos urbanos e as políticas públicas..................................................................................... 39
13. Das redes de comunicação e transportes: relações com os fluxos materiais (objetos, mercadorias, pessoas) e imateriais (da-
dos, informação, comunicação) em diferentes escalas geográficas............................................................................................ 40
14. Da industrialização: transformações espaciais, sociais, econômicas, políticas, culturais e ambientais, incluindo a produção
e circulação de produtos, relações de trabalho, a atuação de corporações e o desenvolvimento científico e tecnológico, em
diferentes escalas geográficas.................................................................................................................................................... 41
15. Da Geografia agrária: as transformações espaciais no campo, o uso dos recursos naturais, as atividades econômicas, as rela-
ções de trabalho, as influências do agronegócio – incluindo a produção de alimentos, os fluxos das commodities e as relações
com as problemáticas socioambientais (desmatamento, uso de agrotóxicos, queimadas, escassez hídrica, degradação do solo
etc) –, em diferentes lugares...................................................................................................................................................... 42
16. Das práticas agroecológicas e sustentáveis realizadas por diferentes sociedades e grupos, em diferentes lugares.................. 43
17. Das esferas terrestres: litosfera, atmosfera, biosfera, criosfera, hidrosfera, incluindo os elementos constitutivos e as conexões
sistêmicas. . ................................................................................................................................................................................ 44
18. Dos recursos naturais: água, energia, biodiversidade e solo, incluindo os aspectos relacionados ao uso, processos produtivos,
gestão e políticas ambientais de conservação e preservação..................................................................................................... 44
19. Dos impactos socioambientais relacionados ao uso de recursos naturais e aos diferentes padrões de consumo, incluindo
aspectos associados à adoção de hábitos, atitudes e comportamentos responsáveis e sustentáveis....................................... 45
20. Dos biomas e domínios morfoclimáticos e as relações com diferentes populações humanas: no território brasileiro e em
outras regiões do mundo. .......................................................................................................................................................... 45
21. Dos processos exógenos do planeta Terra: zonas climáticas, padrões climáticos, circulação geral da atmosfera, fenômenos
atmosféricos e climáticos, aquecimento global, mudanças climáticas e desastres, incluindo aspectos relacionados às estraté-
gias e instrumentos internacionais de políticas ambientais....................................................................................................... 46
22. Dos processos endógenos no planeta Terra: modelagem do relevo terrestre, Tectônica de Placas e tectonismo, vulcanismo,
intemperismos e desastres......................................................................................................................................................... 46
23. Da Antártica: papel territorial e ambiental no contexto geopolítico. ........................................................................................ 47

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Bibliografia Livros e Artigos
1. CARVALHO, Carolina Monteiro de; GIATTI, Leandro Luiz; JACOBI, Pedro Roberto (org.). Aprendizagem social e ferramentas
participativas para o nexo urbano: aprendendo juntos para promover um futuro melhor. São Paulo: Faculdade de Saúde
Pública /USP, 2019...................................................................................................................................................................... 57
2. CASTELLAR, Sonia Maria Vanzella. Cartografia escolar e o pensamento espacial fortalecendo o conhecimento geográfico.
Revista Brasileira de Educação em Geografia (online), v. 7, n. 13, p. 207–232, jan./jun. 2017................................................... 57
3. FELÍCIO, Munir Jorge. Gênese da Geografia Agrária no Brasil. Campo Território: Revista de Geografia Agrária, Uberlândia, v.
14, n. 33, p. 32-52, ago. 2019..................................................................................................................................................... 58
4. HAESBAERT, Rogério. Território e multiterritorialidade: um debate. GEOgraphia, Rio de Janeiro, v. 9, n. 17, p. 19-46, 2007... 58
5. JACOBI, Pedro Roberto; GRANDISOLI, Edson; COUTINHO, Sonia Maria Viggiani; MAIA, Roberta de Assis; TOLEDO, Renata
Ferraz de. Temas atuais em mudanças climáticas: para os ensinos fundamental e médio. São Paulo: IEE/USP, 2015............... 58
6. MAGNONI JÚNIOR, Lourenço; MAGNONI, Maria da Graça Mello. Prevenir e antecipar para não remediar: o ensino de geo-
grafia, a redução do risco de desastres e a resiliência no mundo globalizado. In: MAGNONI JÚNIOR, Lourenço et al. Redução
do risco de desastres e a resiliência no meio rural e urbano. 2. ed. São Paulo: Centro Paula Souza, 2020. p. 76-100............... 59
7. MARTINELLI, Marcello. Mapas da geografia e da cartografia temática. São Paulo: Contexto, 2003.......................................... 59
8. MORAES, Antonio Carlos Robert. Geografia: pequena história crítica. São Paulo: HUCITEC, 1985............................................ 59
9. OLIVATO, Débora et al. Jovens na composição de diálogos cartografados sobre prevenção de desastres. In: MAGNONI JÚ-
NIOR, Lourenço et al. Redução do risco de desastres e a resiliência no meio rural e urbano. 2. ed. São Paulo: Centro Paula
Souza, 2020. p. 537-549.............................................................................................................................................................. 60
10. PANZERI, Carla Gracioto et al. Campanha #aprenderparaprevenir: inspirações para reduzir riscos de desastres. In: MAGNONI
JÚNIOR, Lourenço et al. Redução do risco de desastres e a resiliência no meio rural e urbano. 2. ed. São Paulo: Centro Paula
Souza, 2020. p. 10-26.................................................................................................................................................................. 60
11. RUIZ, Luis Fernando Chimelo; SILVA JÚNIOR, Orleno Marques da; GUASSELLI, Laurindo Antonio. Google Earth como recurso
midiático no ensino de geografia: estudo de caso das paisagens e dos impactos ambientais existentes nos domínios morfocli-
máticos do território brasileiro. In: MAGNONI JÚNIOR, Lourenço et al. Redução do risco de desastres e a resiliência no meio
rural e urbano. 2. ed. São Paulo: Centro Paula Souza, 2020. p. 616-625.................................................................................... 60
12. SANTOS, Milton. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. 32. ed. Rio de Janeiro: Record,
2021............................................................................................................................................................................................ 61
13. SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. 22. ed. Rio de Janeiro: Record, 2021.............. 61
14. SENA, Carla Cristina Reinaldo Gimenes de; CARMO, Waldirene Ribeiro do. Cartografia tátil: o papel das tecnologias na edu-
cação inclusiva. Boletim Paulista de Geografia, São Paulo, v. 99, p. 102–123, 2018................................................................... 62

Publicações Institucionais
1. SÃO PAULO (Estado). Secretaria de Educação. Currículo paulista: etapas da Educação Infantil e Ensino Fundamental. São
Paulo: SEDUC, 2019. Área de Ciências Humanas e Componente Curricular de Geografia. p. 397 - 403; 405 – 448................... 65
2. SÃO PAULO (estado). Secretaria da Educação. Currículo paulista: etapa do Ensino Médio. São Paulo: SEDUC, 2020. p. 167-195
e 229-239.................................................................................................................................................................................... 87
CONHECIMENTOS

mações que ocorrem no espaço geográfico. A Geografia contribui


DOS CONCEITOS ESTRUTURANTES DA CIÊNCIA GEOGRÁ- para a análise dos problemas ambientais, das desigualdades sociais,
FICA: ESPAÇO GEOGRÁFICO, PAISAGEM, LUGAR, TERRITÓ- da distribuição das riquezas e do desenvolvimento econômico.
RIO E REGIÃO, BEM COMO SUAS APROXIMAÇÕES E ELE- Além disso, a Geografia também é importante para a compre-
MENTOS CONSTITUTIVOS ensão das relações políticas internacionais, das migrações popula-
cionais, das culturas e das relações de poder. É uma ciência que
permite entender como o espaço geográfico é construído e trans-
Vamos definir alguns conceitos de acordo com a definição da formado pelas ações humanas.
geografia, ausentando-se das definições do senso comum. O estudo do espaço geográfico é fundamental para entender
Lugar: É uma porção do espaço geográfico que representa as relações entre a natureza e a sociedade, bem como as transfor-
experiências pessoais. mações que ocorrem no mundo em que vivemos. A Geografia é
Paisagem: São todos os elementos visíveis e um dado a ciência que se dedica a esse estudo, utilizando uma abordagem
momento e em um determinado lugar. Diferentemente do senso integrada que considera os elementos naturais e sociais em suas
comum, todos os elementos visíveis em um determinado lugar são diferentes escalas. A compreensão do espaço geográfico é funda-
paisagens, não importando seu aspecto, qualidades, etc. mental para a tomada de decisões que afetam a vida das pessoas e
O território está empreendido em determinadas relações de do planeta como um todo.
poder sobre um espaço e envolve delimitações, como as fronteiras.
A região é uma classificação do espaço por meio de
características comuns que facilitam a administração regional. DO PAPEL DAS COMUNIDADES TRADICIONAIS E DOS PO-
O espaço geográfico é a resultante das relações dinâmicas en- VOS ORIGINÁRIOS NA TRANSFORMAÇÃO DO ESPAÇO GE-
tre a natureza e a sociedade. A Geografia é a ciência que se dedica OGRÁFICO.
ao estudo desse espaço, buscando entender as relações que se es-
tabelecem entre os elementos naturais e sociais que o compõem.
Neste texto, vamos abordar alguns aspectos fundamentais sobre o O papel das comunidades tradicionais e dos povos originários
estudo do espaço geográfico. na transformação do espaço geográfico é muito importante, pois
eles contribuem para a manutenção da biodiversidade, das pai-
— A abordagem da Geografia sagens naturais e do equilíbrio ecológico nos espaços que habi-
A Geografia é uma ciência que aborda o espaço geográfico em tam. Eles também possuem uma relação de respeito e dependência
sua totalidade. Isso significa que ela analisa a paisagem, as relações com os recursos naturais, que usam de maneira sustentável para
sociais, a economia, a política, a cultura e as questões ambientais sua sobrevivência física, cultural, econômica e política.
em um mesmo espaço. Essa abordagem integrada é importante Os povos originários e as comunidades tradicionais são popu-
para compreender como os elementos se relacionam e se influen- lações que possuem fortes laços com o lugar que habitam histori-
ciam mutuamente. camente e dele dependem diretamente para sua subsistência. No
Brasil, eles são representados por: quilombolas, caiçaras, comuni-
— A divisão do espaço geográfico dades indígenas, núcleos de colonização imigrantes, agricultores
O espaço geográfico pode ser dividido em diferentes escalas familiares, pescadores tradicionais, entre outros.
de análise. A escala global é a mais ampla, e permite a análise das Os povos originários do Brasil possuem uma grande diversida-
relações políticas, econômicas e culturais entre os países. Já a esca- de. Vivem em seus territórios pelo país. São povos que vivem: no
la regional permite a análise das características específicas de uma litoral, em florestas, no Cerrado e algumas comunidades habitam
região, como a vegetação, o clima, a economia e a cultura. ambientes urbanos.
A escala local é a mais próxima da vivência cotidiana das pes- Segundo o Decreto 6.040/2007, eles são grupos culturalmente
soas e permite a análise das características específicas de uma cida- diferenciados que têm suas próprias formas de organização social e
de, bairro ou comunidade. Essas diferentes escalas são importantes que usam os territórios e recursos naturais como condição para sua
para entender como os elementos se relacionam em diferentes reprodução cultural, social, religiosa, ancestral e econômica.
contextos, e como as transformações em um nível podem afetar Eles são reconhecidos pela Política Nacional de Desenvolvi-
outros níveis. mento Sustentável dos Povos e Comunidades Tradicionais (PNPCT)
e pelo Conselho Nacional dos Povos e Comunidades Tradicionais
— A importância da Geografia para a compreensão do mundo (CNPCT).
A Geografia é uma ciência fundamental para a compreensão do No Brasil, existem 28 tipos de povos e comunidades tradicio-
mundo em que vivemos. Por meio dela, é possível entender as re- nais oficialmente reconhecidos, como indígenas, quilombolas, cai-
lações entre os seres humanos e a natureza, bem como as transfor- çaras, pescadores artesanais, quebradeiras de coco babaçu, caatin-

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CONHECIMENTOS

gueiros, extrativistas, entre outros. que nele se desenvolvem.


Eles vivem em diferentes regiões e biomas do país, como o lito- As dinâmicas socioespaciais nas cidades envolvem diversos as-
ral, as florestas, o Cerrado e as áreas urbanas. Eles possuem conhe- pectos, como:
cimentos, inovações e práticas gerados e transmitidos pela tradição. - Aspectos econômicos: referem-se às atividades produtivas
Esses povos e comunidades enfrentam desafios para garantir que se realizam nas cidades, como indústria, comércio, serviços
seus direitos à terra, à cultura e às políticas públicas, em meio a e finanças. Essas atividades geram empregos, renda, impostos e
conflitos territoriais com fazendeiros, madeireiras e mineradoras. desenvolvimento para as cidades, mas também podem provocar
Eles também sofrem com a discriminação, a violência e a invisibi- desigualdades sociais, concentração de riquezas e dependência ex-
lidade social. Por isso, eles lutam pela demarcação de seus territó- terna.
rios, pelo reconhecimento de sua identidade e pela valorização de - Aspectos políticos: referem-se às formas de organização e
sua cultura. gestão das cidades, como os poderes públicos, os partidos políticos,
os movimentos sociais e as instituições participativas. Esses atores
influenciam nas decisões sobre o planejamento urbano, as políticas
DOS PROCESSOS E SUJEITOS ENVOLVIDOS NOS SETORES públicas, a distribuição de recursos e a garantia de direitos para os
PRODUTIVOS DA ECONOMIA, CONSIDERANDO DIVERSAS cidadãos urbanos.
ESCALAS GEOGRÁFICAS (LOCAL, ESTADUAL, NACIONAL, - Aspectos culturais: referem-se às manifestações artísticas,
REGIONAL, GLOBAL). religiosas, linguísticas, gastronômicas e outras que expressam a di-
versidade e a identidade dos grupos sociais que vivem nas cidades.
Essas manifestações contribuem para a valorização da cultura urba-
Os processos e sujeitos envolvidos nos setores produtivos da na, mas também podem gerar conflitos, preconceitos e exclusões.
economia são aqueles que participam das etapas de produção, - Aspectos ambientais: referem-se às condições naturais e an-
transformação e distribuição de bens e serviços em diferentes esca- trópicas que afetam a qualidade de vida nas cidades, como o clima,
las geográficas. Eles podem ser classificados em três setores princi- a vegetação, a poluição, o saneamento básico e o uso do solo. Essas
pais: primário, secundário e terciário. condições podem gerar benefícios ou problemas para os habitantes
O setor primário é aquele que extrai matéria-prima da nature- urbanos, como conforto térmico, áreas verdes, enchentes, ilhas de
za, como agricultura, pecuária, pesca e mineração. Os sujeitos en- calor e deslizamentos.
volvidos nesse setor são os produtores rurais, os trabalhadores do As dinâmicas socioespaciais nas cidades também estão rela-
campo, os pescadores, os mineradores, entre outros. cionadas aos riscos e desastres urbanos, que são eventos adversos
O setor secundário é aquele que transforma a matéria-prima que podem causar danos materiais e humanos nas áreas urbanas.
em produtos industrializados, como alimentos, roupas, máquinas, Esses eventos podem ser de origem natural ou antrópica (causados
veículos e eletrônicos. Os sujeitos envolvidos nesse setor são os ou agravados pela ação humana), como terremotos, furacões, in-
empresários industriais, os operários fabris, os engenheiros, os téc- cêndios, explosões e acidentes. Os riscos e desastres urbanos estão
nicos, entre outros. associados à vulnerabilidade social e ambiental das populações ur-
O setor terciário é aquele que presta serviços e comercializa banas, especialmente as mais pobres e marginalizadas.
os produtos dos outros setores, como educação, saúde, transporte, As políticas públicas de planejamento urbano são instrumentos
comunicação e comércio. Os sujeitos envolvidos nesse setor são os que visam ordenar o espaço urbano e promover o desenvolvimento
prestadores de serviços, os comerciantes, os professores, os médi- sustentável das cidades. Elas envolvem a elaboração de planos dire-
cos, os motoristas, os jornalistas, entre outros. tores, leis de uso do solo, zoneamentos ambientais e outras normas
Os processos e sujeitos dos setores produtivos da economia que regulam as atividades urbanas. Elas também envolvem a imple-
podem variar de acordo com a escala geográfica considerada. Por mentação de obras e serviços públicos que atendam às demandas
exemplo, em uma escala local, pode-se analisar a produção de uma da população urbana em áreas como habitação, transporte, saúde,
determinada cultura agrícola ou de uma pequena indústria. educação e lazer²⁵.
Em uma escala estadual ou nacional, pode-se avaliar o desem-
penho econômico de um setor ou de um ramo de atividade. Em
uma escala regional ou global, pode-se observar as relações comer- DA LINGUAGEM CARTOGRÁFICA E GEOTECNOLOGIAS
ciais e as cadeias produtivas entre países ou blocos econômicos. (GPS, SIG, ENTRE OUTROS): LEITURA, INTERPRETAÇÃO E
ELABORAÇÃO DE MAPAS E DEMAIS PRODUTOS CARTO-
GRÁFICOS ACESSÍVEIS.
DA URBANIZAÇÃO E DINÂMICAS SOCIOESPACIAIS,
INCLUINDO ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTICOS, CULTU-
RAIS E AMBIENTAIS, ALÉM DOS RISCOS E DESASTRES E AS Linguagem Cartográfica é um conjunto de técnicas, convenções
POLÍTICAS PÚBLICAS DE PLANEJAMENTO URBANO. e símbolos, usados para representar e comunicar informações geo-
gráficas em um mapa. É usada para transmitir características e suas
relações espaciais de diferentes elementos presentes em um deter-
A urbanização é o processo de crescimento das cidades em
minado espaço geográfico.
população e extensão territorial, que ocorre principalmente pela
migração do campo para a cidade, chamada de êxodo rural. A ur-
banização está relacionada às dinâmicas socioespaciais, que são as
transformações que ocorrem no espaço geográfico em decorrência
das relações sociais, econômicas, políticas, culturais e ambientais

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CONHECIMENTOS

Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações cartográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.com)

Alguns elementos da linguagem cartográfica:

-Simbologia: É utilizada para representar diferentes objetos, como: rios, estradas, edifícios, áreas urbanas e outros. Cada símbolo tem
seu significado específico, permitindo assim, o leitor interpretar as informações apresentadas em um mapa.

-Cores: São utilizadas para representar diferentes fenômenos e características no mapa. Como por exemplo: a cor verde pode repre-
sentar áreas florestais, enquanto a cor azul pode ser utilizada para representar a água.

-Hachuras: São linhas cruzadas ou paralelas, que são utilizadas para representação das áreas com características semelhantes, como
por exemplo: áreas montanhosas ou relevo acidentado.

-Legendas: São utilizadas para explicação do significado dos símbolos, cores e outros elementos presentes no mapa. Elas fornecem
uma chave de interpretação para o leitor compreender o que está sendo representado.

Geotecnologias

São ferramentas e técnicas usadas para apresentar, analisar, coletar, armazenar e processar informações geográficas. Além do GPS e
SIG, existem outras geotecnologias importantes, como por exemplo: Sensoriamento Remoto e Web Mapping, dos quais, seguem informa-
ções:

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CONHECIMENTOS

Fonte da imagem: Geotecnologias | DendroTech

-GPS (Sistema de Posicionamento Global): Se trata de um sistema de navegação por satélite que permite determinar a localização
exata de um objeto na Terra. Ele utiliza uma rede de satélites em órbita para cálculo das coordenadas precisas de latitude, longitude e tam-
bém altitude. Ele é amplamente usado para monitoramento de frota, navegação, mapeamento, georreferenciamento e outras aplicações
relacionadas à localização.

-SIG (Sistema de Informação Geográfica): São sistemas computacionais projetados para capturar, armazenar, analisar, apresentar e
manipular dados geográficos. Eles combinam informações espaciais (georreferenciadas) com dados descritivos (atributos) para permitir a
análise e visualização de padrões e relacionamentos complexos no espaço. Eles são amplamente usados em diversas áreas, como: gestão
ambiental, agricultura, gestão de recursos naturais, planejamento urbano e muitas outras.

-Sensoriamento Remoto: Envolve a aquisição de informações sobre a superfície terrestre por meio de análise de imagens capturadas
por satélites, aeronaves, entre outros dispositivos. Imagens essas, que podem fornecer informações valiosas sobre vegetação, uso do solo,
cobertura de nuvens, recursos hídricos e muito mais. O sensoriamento remoto é amplamente utilizado para mapeamento, detecção de
mudanças, monitoramento ambiental e análise de padrões.
-Web Mapping: Refere-se à disponibilização de dados geográficos e mapas por meio da internet. Ele permite também, o acesso e a
interação com informações geográficas em tempo real por meio de navegadores web. Um dos exemplos populares de serviços de web
mapping incluem: Google Maps e o OpenStreetMap.

Leitura, Interpretação e Elaboração de Mapas

Envolvem diversas etapas e habilidades. Segue algumas orientações gerais:

-Leitura de Mapas: Ao ler um mapa, começa-se então, verificando sua legenda, para ter melhor compreensão dos símbolos e cores
utilizados. Observa-se então, a escala para ter uma ideia melhor da relação entre as distâncias no mapa e no terreno real. Verifica-se
também a orientação (norte) para compreensão da direção do mapa em relação ao mundo real. Além do mais, observe os elementos do
mapa, como: as estradas, os rios, as fronteiras, a topografia, entre outros; tente identificar então padrões e relacionamentos espaciais.

-Interpretação de Mapas: Para isso, leva-se em consideração todo o contexto geográfico e também os seus elementos representados.
Observa-se as variações das cores, símbolos e hachuras para identificação das diferentes características do terreno, como por exemplo:
áreas urbanas, corpos d’água, vegetação, entre outros. A análise das relações espaciais entre os elementos, como a proximidade de uma
estrada a um rio ou a presença de áreas mais inclinadas em uma representação de relevo, também é importante.
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CONHECIMENTOS

-Elaboração de Mapas: Para elaboração, podemos utilizar software de SIG, como por exemplo: ArcGIS, QGIS ou outros programas
especializados. Comece então, selecionando os dados geográficos relevantes para o seu mapa, como camadas de estradas, hidrografia,
relevo, limites administrativos, etc. Importe assim esses dados para o software SIG e defina a simbologia adequada para cada camada. Logo
em seguida, posicione e ajuste os elementos do mapa, como por exemplo: título, legenda, escala, orientação, setas de norte, entre outros.
Por fim então, exporte o mapa em um formato adequado para compartilhar e/ou imprimir.

Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações cartográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.com)

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CONHECIMENTOS

DA FORMAÇÃO, REGIONALIZAÇÃO E MUDANÇAS DO TER-


RITÓRIO BRASILEIRO: ASPECTOS ECONÔMICOS, POLÍTI-
COS, CULTURAIS, SOCIAIS/DEMOGRÁFICOS E AMBIENTAIS

A formação, regionalização e mudanças do território brasileiro


são influenciadas por diversos aspectos econômicos, políticos, cul-
turais, sociais/demográficos e ambientais. Como por exemplo:

Aspectos Econômicos
A nossa economia passou por diferentes fases ao longo de toda
a sua formação e regionalização. No período colonial, por exemplo,
a exploração do pau-brasil e a produção de cana-de-açúcar foram
atividades econômicas dominantes. Posteriormente, a mineração,
especialmente o ouro, teve também um papel importante. Foi no
século XIX, que a agricultura, com destaque para a produção de
café, tornou-se a principal atividade econômica. A industrialização Fonte da Imagem: O mapa pictórico da Região Sul mostra três
no século XX trouxe assim, mudanças significativas, com o cresci- aspectos culturais da região. Quais? ​- Brainly.com.br
mento do setor industrial e a urbanização.
Aspectos Sociais/Demográficos
Aspectos Políticos O território brasileiro possui uma população diversa e hetero-
O território brasileiro passou por processos de colonização: in- gênea em termos étnicos, socioeconômicos e culturais. Sua distri-
dependência e a construção do Estado Nacional. A regionalização buição demográfica é desigual, com concentração nas áreas urba-
política ocorreu então, com a divisão do país em estados e muni- nas e litorâneas, especialmente nas regiões Sudeste e Sul. Também
cípios, onde cada um possui sua administração própria. Ao longo há desigualdades sociais significativas, como acesso desigual à edu-
da nossa história, houve então mudanças nos modelos de gover- cação, saúde, moradia e emprego, além de diferenças regionais na
no, dos regimes políticos e das divisões administrativas. Abaixo, um qualidade de vida.
exemplo de mapa no aspecto político: aqueles que delimitam fron- Abaixo, um exemplo de mapa no aspecto social (aquele relacio-
teiras (limites) nos espaços. nado às atividades econômicas e a distribuição populacional sobre
determinado espaço):

Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações car-


tográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.
com)

Aspectos Culturais
O território brasileiro possui uma diversidade cultural significa-
tiva, resultado da miscigenação entre indígenas, europeus, africa-
nos e outras etnias. É essa diversidade que é expressa nas tradições,
Fonte da Imagem: Geração Geografia : Representações car-
nas línguas, nas religiões, na culinária e nas manifestações artísticas
tográficas: símbolos e tipos de mapas (geracaogeografia.blogspot.
presentes nas diferentes regiões do país. A nossa cultura brasileira
com)
é assim, muito rica e influente em nível nacional e internacional.

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CONHECIMENTOS

Aspectos Ambientais
O território brasileiro possui uma grande variedade de biomas, como a Amazônia, o Cerrado, a Mata Atlântica, entre outros. O nosso
país abriga uma rica biodiversidade, mas também enfrenta desafios relacionados ao desmatamento, a degradação ambiental, as mudan-
ças climáticas e a gestão dos recursos naturais. A preservação ambiental e a sustentabilidade têm se tornado um dos temas cada vez mais
importantes a serem discutidos. Abaixo segue um exemplo de mapa no aspecto ambiental:

Fonte da Imagem: Mapas para estudos ambientais | ServiceMap Geoprocessamento

É de suma importância ressaltar que esses aspectos estão interconectados e influenciam-se mutuamente na formação, na regionali-
zação e nas mudanças do nosso território brasileiro. O entendimento desses elementos é essencial para uma análise abrangente e mais
profunda da realidade do nosso país.

DOS FLUXOS ECONÔMICOS E INDICADORES SOCIOECONÔMICOS, DEMOGRÁFICOS E AMBIENTAIS DE DIFERENTES TERRITÓ-


RIOS (IDH, IDHM, GINI, ÍNDICE DE DESMATAMENTO, ENTRE OUTROS)

Os fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais são ferramentas importantes para compreensão e
análise de diferentes territórios, pois fornecem informações sobre o desenvolvimento, as desigualdades, a qualidade de vida, os impactos
ambientais, entre outros aspectos relevantes. Abaixo, alguns desses fluxos e indicadores:

Fluxos econômicos
Referem-se às transações comerciais, financeiras e de investimento entre diferentes territórios. Incluindo o comércio de bens e servi-
ços, fluxos de capital, investimentos estrangeiros, remessas de dinheiro, entre outros. Assim, esses fluxos econômicos são essenciais para
entender as relações econômicas globais, bem como as interdependências entre diferentes países e regiões.

Indicadores socioeconômicos
São medidas quantitativas que refletem aspectos sociais e econômicos de um determinado território. Por exemplo: podem incluir o
Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) e o Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM), que medem o nível de desenvolvi-
mento humano com base em indicadores de educação, a saúde e a renda. O coeficiente de Gini é o indicador que mede a desigualdade
de renda em um território específico. Outros indicadores socioeconômicos comuns são, por exemplo são: taxa de desemprego, taxa de
pobreza, Produto Interno Bruto (PIB) e Inflação.

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CONHECIMENTOS

Indicadores demográficos
São utilizados para compreensão da estrutura e dinâmica populacional de um território. Incluindo indicadores como taxa de natali-
dade, a taxa de mortalidade, a taxa de crescimento populacional, a taxa de urbanização, a expectativa de vida e a migração. Assim, esses
indicadores fornecem informações importantes sobre a composição da população, as tendências demográficas, o envelhecimento popu-
lacional, a distribuição espacial e a migração de pessoas entre diferentes territórios.

Indicadores ambientais
São usados para avaliação do estado do meio ambiente e dos impactos das atividades humanas. Incluindo assim, indicadores como:
o índice de desmatamento, que mede a extensão da perda de cobertura florestal em uma determinada área, e o índice de qualidade do
ar, que mede a poluição atmosférica. Outros indicadores ambientais importantes também, são: a pegada ecológica, a taxa de emissões de
gases de efeito estufa, o consumo de água e a produção de resíduos.
Esses são apenas alguns exemplos de fluxos econômicos e indicadores socioeconômicos, demográficos e ambientais que são utiliza-
dos para a análise dos diferentes territórios. A disponibilidade desses dados pode variar entre os países e suas regiões, mas eles desem-
penham um papel crucial na compreensão desses aspectos, auxiliando assim, na formulação de políticas e tomada de decisões, visando o
desenvolvimento sustentável e a redução das desigualdades.

Fonte da Imagem: Mapa Indicadores Econômicos do Brasil - NerdProfessor

DA POPULAÇÃO EM DIFERENTES LUGARES: DESLOCAMENTOS (VOLUNTÁRIOS E FORÇADOS), DEMOGRAFIA, FORMAÇÃO


(DIVERSIDADE ÉTNICO-RACIAL) E MANIFESTAÇÕES CULTURAIS

A geografia da população em diferentes lugares abrange uma série de aspectos relacionados a: os deslocamentos voluntários e for-
çados, a demografia, a formação étnico-racial e a manifestações culturais. São esses, elementos fundamentais para a compreensão da
dinâmica das sociedades e as transformações que ocorrem nos territórios.

Deslocamentos populacionais
São fenômenos comuns que ocorrem ao redor de todo o mundo. Podendo ocorrer de forma voluntária, quando as pessoas decidem se
mudar em busca de melhores oportunidades de trabalho, por estudo, por qualidade de vida ou por motivos familiares. Esses deslocamen-
tos podem resultar em migrações internas ou internacionais, contribuindo assim, para a diversidade cultural e a troca de conhecimentos
entre os povos.

Deslocamentos forçados
Ocorrem devido a conflitos armados, como: em perseguições étnicas, em desastres naturais ou em outras condições adversas. Os
então refugiados, nesse exemplo, são indivíduos que foram forçados a deixar suas casas e atravessar fronteiras em busca de proteção e
segurança. São esses deslocamentos forçados, que representam um desafio para os países receptores, que necessitam assim, lidar com
questões de acolhimento, integração e respeito aos direitos humanos.

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CONHECIMENTOS

Demografia seia na própria localização das terras do continente america-


Se trata de uma outra dimensão importante na geografia da no – critério geográfico.
população. Estudando a estrutura e as características da população, Outro é o que tem como base o processo de coloniza-
incluindo fatores como natalidade, mortalidade, crescimento popu- ção e, consequentemente, sua influência no desenvolvimento
lacional, envelhecimento e distribuição espacial, por exemplo. Essa econômico e na formação social dos países – critério histó-
análise da demográfica permite entender os padrões e as tendên- rico, cultural e socioeconômico.
cias populacionais, auxiliando assim, no planejamento de políticas
públicas, como as relacionadas à: educação, saúde, previdência e Critério Geográfico
urbanização. O continente americano localiza-se inteiramente no He-
misfério Ocidental e é o segundo maior do mundo, com uma
Formação étnico-racial área territorial de 42.209.248 quilômetros quadrados. Cortado
Ela também desempenha um papel significativo na geografia ao norte pelo Círculo Polar Ártico e pelo Trópico de Câncer, e
da população. Onde diferentes grupos étnicos e raciais possuem ao sul pela Linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio,
histórias, culturas e características específicas, contribuindo assim, também é aquele que possui maior extensão latitudinal.
para a diversidade e a pluralidade cultural em diferentes lugares. A divisão regional da América de acordo com o critério
São fundamentais: a valorização e o respeito à diversidade étnico- geográfico separa o continente em três partes: América do
-racial para a construção de sociedades mais justas e inclusivas. Norte, América Central e América do Sul.
A América do Norte está localizada no Hemisfério Norte e
Manifestações culturais representa 55% da área total do continente. Apesar da grande
Elas são expressões da identidade de um povo, também estão extensão, esse território é dividido em apenas três países:
intrinsecamente ligadas à geografia da população. Como por exem- Estados Unidos, Canadá e México, além de uma possessão
plo: as danças, as músicas, os artesanatos, as festas e outras ma- europeia – a Groelândia – administrada pela Dinamarca.
nifestações culturais que refletem as tradições, os costumes e os A América Central também está localizada no Hemisfé-
modos de vida de determinado grupo social. São essas expressões rio Norte, e sua área corresponde a apenas 2% do total do
que podem fortalecer os laços comunitários, preservando assim, a continente; é formada por um arquipélago de ilhas conhecido
memória coletiva e contribuindo para o turismo cultural e o desen- como Caribe e uma porção continental dividida em sete pa-
volvimento econômico de determinadas regiões. íses.
Por fim, a América do Sul é cortada pela Linha do Equa-
Em resumo, a geografia da população em diferentes lugares dor, mas a maior parte de sua área localiza-se no Hemisfério
englobará uma ampla gama de aspectos: desde os deslocamentos Sul. Seu território corresponde a 43% da área total do con-
voluntários e forçados até a demografia, a formação étnico-racial e tinente americano e é formado por doze países mais uma
as manifestações culturais. Compreender, portanto, essas dinâmi- possessão europeia, a Guiana Francesa, administrada pela
cas e processos será essencial para a análise e o planejamento de França.
políticas públicas, bem como para a valorização da diversidade e a
construção de sociedades mais inclusivas e sustentáveis. Critério Histórico, Cultural e Socioeconômico
A chegada dos europeus deu início a um longo processo
de colonização que influenciou a formação dos países que
DA AMÉRICA, ÁFRICA, EUROPA, ÁSIA E OCEANIA: TERRI- integram o contente americano.
TÓRIO (ASPECTOS FÍSICOS E POLÍTICOS), REGIONALIZA- O critério histórico, cultural e socioeconômico divide a
ÇÃO, POPULAÇÃO, ECONOMIA, CULTURA E MODOS DE América em duas partes: América Latina e América Anglo-
VIDA -saxônica.
A América Latina é formada pelo México e os países da
América Central e da América do Sul. Ela recebe esse nome
porque foi colonizada por povos europeus cuja língua domi-
CONTINENTE AMERICANO1
nante tem origem no latim: os portugueses e os espanhóis,
embora também englobe países cuja colonização foi feita por
O continente americano já era habitado há milhares de
outros povos, como a Jamaica (colonizada pelos holande-
anos quando nele pisaram os primeiros europeus, no século
ses). Isso ocorre porque o critério de regionalização também
XVI. Além disso, o processo de colonização deu-se de forma
considera características socioeconômicas e culturais, como
diferente em cada parte da América, e tudo isso influenciou
a predominância da religião católica, além do fato de que to-
na formação socioeconômica dos países americanos como
dos são considerados países em desenvolvimento.
os conhecemos hoje.
Já a América Anglo-Saxônica é formada pelos Estados
Unidos e o Canadá e recebe esse nome porque esses países
Regionalizações da América
tiveram sua colonização majoritariamente empreendida por
um país de origem anglo-saxônica, a Inglaterra. No entanto,
A América pode ser regionalizada de diferentes formas,
ambos os países possuem regiões inicialmente colonizadas
dependendo do aspecto que queremos ressaltar. Atualmente,
por países latinos, como a província de Québec, no Canadá
são dois os critérios mais utilizados. Um é aquele que se ba-
(colonizada pelos franceses, motivo pelo qual o francês é a
1 FURQUIM JUNIOR, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição – São Paulo: Editora língua predominante nessa região), e os estados do Arizona,
AJS, 2015. da Califórnia e do Novo México, nos Estados Unidos, coloni-
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CONHECIMENTOS

zados pelos espanhóis. A África é um continente extenso, banhado por dois ocea-
Tanto o Canadá quanto os Estados Unidos apresentam al- nos (o Atlântico ao oeste e o Índico ao leste), pelo Mar Medi-
tos índices de qualidade de vida e se encontram no grupo dos terrâneo e pelo Mar Vermelho, e possui um grande número de
países considerados desenvolvidos, diferentemente dos paí- países (54 atualmente).
ses da América Latina, refletindo diferenças no modo como
ocorreu o processo de colonização. Os países africanos são, em geral, pouco industrializados,
Enquanto na América Latina foram desenvolvidas colô- e suas economias estão baseadas na exportação de produtos
nias de exploração, nas quais o objetivo era explorar os re- agrícolas, petróleo e minérios, disponíveis em extensas reser-
cursos naturais da colônia, na América Anglo-Saxônica foram vas ao redor do continente.
desenvolvidas colônias de povoamento, nas quais o objeti- No entanto, os níveis de produtividade agrícola ainda
vo era ocupar as terras para habitação. são baixos, e o extrativismo, realizado tanto por empresas
estrangeiras como por estatais, está relacionado a diversos
ÁFRICA2 impactos sociais e ambientais e não tem ajudado a resolver
as desigualdades sociais no continente.
A África é considerada o berço da espécie humana e ne-
nhum outro continente possui tamanha diversidade de cultu- Principais Atividades Econômicas
ras, paisagens e riquezas naturais. No entanto, as notícias A agropecuária e o extrativismo mineral e vegetal são as
que nos chegam dos países africanos, em geral, mencionam principais atividades econômicas realizadas o continente afri-
apenas conflitos étnicos, pobreza e outros problemas que a cano.
maioria das pessoas logo associa ao continente. No entanto, a indústria e o setor de comércio e serviços
Para compreender as particularidades desse continente também representam atividades importantes, sobretudo ao
tão cobiçado por suas grandes riquezas, é necessário ana- redor de grandes centros urbanos, e o turismo vem sendo
lisar diversos aspectos, como a formação de seu território, a explorado de maneira bem-sucedida em diversos países.
herança do período colonial, as características da população,
da natureza e da economia africanas. As Perspectivas da África
Apesar das inúmeras dificuldades, desde o início do sécu-
Regionalização da África lo XXI o PIB africano apresenta um crescimento médio anual
de 5% (acima da média mundial), impulsionado em função
África: político principalmente do aumento na demanda mundial por maté-
rias-primas.
No âmbito da política interna, os países da África têm bus-
cado fortalecer sua economia por meio da formação de blo-
cos regionais. O maior deles é a União Africana (UA), criada
em 2002 para suceder a Organização da Unidade Africana,
baseada no modelo da União Europeia e que tem como ob-
jetivos a unidade e a solidariedade africana e a integração
econômica, além da cooperação política no continente.
Recentemente, a China tem se aproximado economica-
mente da África por meio de inúmeros investimentos, supe-
rando a Europa e mesmo os EUA, o que a torna o principal
parceiro econômico do continente. Inúmeras empresas chine-
sas já se instalaram em países africanos e vêm financiando
projetos em diversos setores, como os de infraestrutura, tele-
comunicações, geração de energia, modernização da agricul-
tura, entre outros – e concede empréstimos a esses países.
Dentre os maiores parceiros da China no continente po-
demos destacar nações que possuem grandes mercados e
reservas de minérios e petróleo (cerca de 30% das importa-
ções de petróleo chinesas provém da África), como a Nigé-
ria, a Guiné Equatorial, a República Democrática do Congo e
a República do Congo, além da Etiópia, onde investimentos
chineses financiaram, entre outras obras, o prédio da sede da
União Africana (UA).
IBGE. Disponível em: https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/ Além da aproximação chinesa, a África continua sob a in-
liv64669_cap3_pt1.pdf. fluência de países europeus e também dos Estados Unidos.
No entanto, cada vez mais os países do continente têm es-
2 FURQUIM JUNIOR, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição – São Paulo: Editora tabelecido relações comerciais com novos parceiros, como a
AJS, 2015. Índia e o Brasil.
TERRA, Lygia. Conexões: estudos de geografia geral e do Brasil – Lygia Terra;
Regina Araújo; Raul Borges Guimarães. 2ª edição. São Paulo: Moderna, 2010.
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CONHECIMENTOS

Conflitos e Riquezas vando a existência de intensa atividade geológica na região.


Um dos grandes desafios da África contemporânea é a so-
lução dos conflitos regionais étnicos ou relacionados ao con- Diversidade Natural
trole de reservas minerais importantes. A situação mais grave As paisagens naturais africanas apresentam-se de forma
ocorre no leste da República Democrática do Congo, um dos simétrica ao norte e ao sul do Equador.
países mais ricos sob o ponto de vista dos recursos naturais, Nas latitudes próximas à linha do Equador, predomina o
mas cuja população está entre as mais pobres do continente. clima equatorial, marcado por chuvas abundantes. A partir daí
Desde o conflito entre tutsis e hutus em 1994 (centrado os climas se tornam cada vez mais áridos até o domínio dos
em Ruanda) e a Segunda Guerra do Congo (também conhe- desertos: o do Saara, no hemisfério norte, e os desertos da
cida como Guerra Mundial Africana), que se desenvolveu nos Namíbia e de Kalahari, no hemisfério sul. A variação da alti-
anos seguintes, a região leste do país vem sendo ocupada tude e a distância do litoral também interferem na distribuição
por inúmeras milícias armadas, das quais a maioria está in- das precipitações e temperaturas.
teressada somente em exercer controle sobre as reservas A distribuição das principais formações vegetais na África
minerais abundantes, que são contrabandeadas e ajudam a está bastante relacionada com a variação climática latitu-
manter esses grupos paramilitares. dinal. A faixa de clima equatorial é dominada pelas florestas
equatoriais; à medida que o clima se torna mais seco, obser-
Estrutura Geológica e Relevo va-se uma sucessão de savanas, estepes e desertos. Tanto
Há aproximadamente 300 milhões de anos, a África fa- no extremo norte como no extremo sul, há a ocorrência de
zia parte da massa continental denominada Gonduana, que vegetação mediterrânea arbustiva e arbórea.
também incluía estruturas rochosas do que é hoje a América
do Sul, a Índia, a Austrália e a Antártida. Sendo constituído O Deserto do Saara, atravessado pelo Trópico de Cân-
basicamente por blocos rochosos denominados crátons, for- cer, é o maior deserto contínuo do mundo. Em toda a sua
mados nos éons Arqueano e Proterozoico, o continente afri- extensão, apresenta imensas planícies denominadas reg,
cano apresenta extensas superfícies de rochas cristalinas nas quais predominam areia e cascalhos. Na área mais ao
muito resistentes (magmáticas ou metamórficas) de tectônica sul, imensas dunas de areia, denominadas erg, compõem
estável e ricas em recursos minerais, ainda que muito des- a paisagem. Em outras porções predominam os hamadas,
gastadas pela erosão. Essas rochas mais antigas podem ser constituídos de imensos planaltos pedregosos. Na vertente
agrupadas em quatro grandes crátons: da África Ocidental, norte, por estreitos vales entre montanhas, denominadas wa-
do Congo, da Tanzânia e de Kaapvaal. dis, passam rios de curta duração, pois ganham corpo ape-
Parte dessas estruturas cratônicas foram recobertas por nas durante as chuvas.
camadas de sedimentos, que deram origem a plataformas Em um continente atravessado por desertos, os rios ga-
sedimentares. Quando Gonduana começou a se fragmentar, nham enorme importância para a renovação dos ciclos na-
há cerca de 250 milhões de anos, novos depósitos sedimen- turais e a fixação humana. Entre os rios perenes africanos,
tares se formaram sobre essas antigas estruturas rochosas, destacam-se três: o Nilo, o Congo e o Níger.
especialmente no noroeste do continente, onde sedimentos O Rio Nilo, o mais extenso da África, tem 6.695 km, de
de origem marinha formaram as jazidas petrolíferas do Saara. acordo com pesquisas recentes. O Congo é o segundo da
O processo de fragmentação de Gonduana produziu uma África em volume e em extensão. O Rio Níger drena a porção
imensa linha de falhas rochosas no interior do continente ocidental do continente, desaguando num enorme delta na
africano conhecida como Rift Valley, e também deu origem Nigéria.
ao Mar Vermelho e à separação entre a África e a Península Nas últimas décadas, as florestas africanas têm sofrido
Arábica. Interior adentro, o Rift Valley se estende por cerca intensa devastação, devido principalmente à extração de
de 5.600 quilômetros, sendo pontilhado por cones vulcânicos madeira realizada por grandes corporações voltadas para o
e grandes crateras. Os grandes lagos do leste africano são abastecimento dos mercados asiáticos.
resultado da acumulação da água das chuvas nas áreas re- Além disso, a adoção de práticas agrícolas intensivas
baixadas formadas por esse sistema de falhas. Ngorongoro, nas regiões semiáridas, principalmente na zona meridional
na Tanzânia, é a maior cratera de vulcão extinto do mundo. do Deserto do Saara, é responsável pelo processo de de-
Devido ao intenso processo erosivo das rochas mais anti- sertificação, na medida em que a retirada das formações ar-
gas, grande parte do continente africano apresenta altitudes bustivas que protegem o solo da insolação direta aumenta a
médias inferiores a 1.500 metros. No entanto, elevadas cor- evaporação da água e o escoamento superficial das chuvas,
dilheiras montanhosas de formação recente também estão diminuindo as reservas de água do subsolo. Nessas condi-
presentes na África. ções, o solo perde grande parte da capacidade de suporte à
No extremo norte, paralela ao litoral do Mar Mediterrâneo, vida.
destaca-se a Cadeia do Atlas. Os Montes Drakensberg, no Há séculos a força de trabalho e os recursos naturais
extremo sul do continente, também são circundados por uma africanos vêm contribuindo para a acumulação de riquezas
grande extensão de terras altas, mas os picos mais altos do em outras partes do mundo, em especial na Europa. Desde
continente situam-se nas elevações que emergiram nos pla- o século XVI, quando teve início a colonização europeia da
naltos da África Oriental. Esse é o caso do Monte Quiliman- América, milhões de africanos foram levados à força para tra-
jaro, ponto culminante do continente, com 5.895 metros de balhar em regime de escravidão nas minas e nas fazendas
altitude, assim como do Monte Quênia, com 5.199 metros. americanas.
Vulcões ativos e inativos formam essas elevações, compro- No século XIX, quando o próprio continente africano foi
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CONHECIMENTOS

repartido e colonizado, as potências europeias passaram a dor de vinte milhas inglesas. Outro tratado importante foi o
se apropriar também do fruto do trabalho dos povos africanos firmado entre França e Reino Unido, assinado no mesmo ano,
nas terras agrícolas e nas jazidas minerais do continente. que delimitou zonas de influência para regiões inexploradas
Até hoje os minérios extraídos das imensas reservas de e estabeleceu comissões binacionais para traçar as fronteiras
Angola, Zâmbia, Botsuana, Gabão, Guiné e Nigéria não são coloniais nas diferentes regiões africanas.
utilizados em favor dos povos africanos, mas seguem, em Esse esforço diplomático não significa que a partilha do
grandes quantidades, para os portos europeus, norte-ameri- continente africano tenha sido estabelecida de forma pacífi-
canos e asiáticos. ca. Ao contrário, apesar do tratado entre França e Reino Uni-
O caso do petróleo é bastante ilustrativo: 70% do óleo do, essas potências coloniais se envolveram em uma série
extraído na África é exportado, e 90% da energia utilizada de conflitos, principalmente pela disputa do Canal de Suez
no continente provém da lenha extraída das florestas e das e do vale do Nilo, o que por fim favoreceu o lado britânico.
formações arbustivas, contribuindo para o dramático quadro Outra forte zona de tensão entre os dois países foi a região
de desmatamento. do Lago Chade. O domínio francês de vastos territórios da
África Oriental chocava-se com os interesses imperialistas
A África Dividida britânicos. A conquista da República do Transvaal e Orange
A presença europeia na África rompeu de maneira dramá- na Guerra dos Bôeres (1867-1902) facilitou a expansão bri-
tica o isolamento da África Subsaariana. Desde o século XVI, tânica para o norte. Assim, o Reino Unido tomou posse de
quando foram criadas as primeiras feitorias comerciais por- territórios sob domínio francês que deram origem a Nigéria,
tuguesas na costa atlântica, a região integrou-se ao mundo Togo e Camarões.
como fornecedora de quantidades crescentes de escraviza- Mas os britânicos não entraram em choque apenas com
dos para as plantations americanas. Estima-se que a depor- os franceses. Eles também tiveram conflitos com os portu-
tação forçada para a América tenha atingido 15 milhões de gueses, pois tinham interesse pela posse da Rodésia. Para
negros entre os séculos XVI e XIX, e que só a América por- os portugueses, essa região central da África era estratégi-
tuguesa tenha recebido entre 3 e 5 milhões de cativos nesse ca, uma vez que garantia a ligação entre Angola, na costa
período. atlântica, e Moçambique, no Índico. Para os britânicos aquela
No final do século XIX, iniciou-se uma segunda fase da região era fundamental, uma vez que eles pretendiam esta-
dominação europeia, que envolveu também a África do Nor- belecer um eixo ferroviário entre o Cairo (no Egito) e o Cabo
te. Dessa vez, os europeus não queriam apenas o trabalho (na África no Sul), o que nunca foi executado.
escravo, mas também o território e as riquezas naturais afri- Por fim, a África Oriental foi quase completamente parti-
canas. A Europa se industrializava e precisava de um, quanti- lhada entre ingleses, franceses e alemães. Os italianos con-
dade crescente de alimentos e matérias-primas. seguiram manter sob domínio a Eritreia.
Em 1885, durante o Congresso de Berlim, foi decidido A Espanha teve menor participação na partilha. Couberam
que o território africano seria partilhado entre as principais po- aos espanhóis apenas algumas ilhas e pontos dispersos pelo
tências coloniais europeias, e que cada uma delas tinha de litoral, principalmente na atual Guiné Equatorial.
ocupar seu espaço o mais rápido possível sob pena de perder As fronteiras coloniais surgidas no Congresso de Berlim
a possessão. O território africano, praticamente inexplorado foram traçadas de acordo com o poderio de cada potência
nos séculos anteriores, foi então completamente retalhado: colonial, e não de acordo com as realidades culturais existen-
só a pequena Libéria e a Abissínia (atual Etiópia) continuaram tes na África. Por isso, muitas vezes essas fronteiras separa-
independentes. ram um mesmo povo em dois ou três territórios controlados
Desde a Antiguidade, a Abissínia era uma região estraté- por potências diferentes ou unificaram inimigos históricos em
gica, pois possuía um dos portos mais importantes da África uma mesma colônia.
e era um reino reconhecido e respeitado pelos egípcios e gre- A colonização europeia da África manteve-se até o final da
gos. As alianças que estabeleceu com os europeus desde do Segunda Guerra Mundial, quando a Europa perdeu o poder
século XV restringiram o avanço do islamismo para o ociden- político e militar para as novas potências (Estados Unidos e
te. Por sua vez, a vitória na Batalha de Adwa (1896) foi a ga- União Soviética). O novo mapa político que começou a ser
rantia da manutenção de sua independência sob o reinado de definido após a Primeira Grande Guerra teve por base os limi-
Menelik Il, impedindo a conquista do território pelos italianos. tes estabelecidos pelas potências coloniais europeias.
A Libéria era a única porção do território africano sob in- A formação dos novos Estados no continente reuniu di-
fluência dos Estados Unidos. Criada em 1822 pela American ferentes grupos étnicos, com poucos traços culturais em
Colonization Society, uma organização privada que financiou comum. Apenas na África Oriental, na região dos Grandes
a sua colonização por ex- escravizados americanos libertos, Lagos, e em Burkina Fasso e Mali, na costa atlântica, anti-
já se encontrava organizada politicamente como uma Repú- gos reinos serviram de base para a formação dos territórios
blica desde 1847, inspirada no ideário da revolução america- nacionais.
na. Em geral, essa transformação política foi brutal. A maioria
Com exceção dessas duas situações, o mapa político da dos grupos étnicos, organizados em economias de subsistên-
África no final do século XIX representava o esforço diplomá- cia e comandados por autoridades do seu próprio clã, foram
tico e a intervenção militar das potências coloniais europeias submetidos a transformações de práticas religiosas, assim
após a Conferência de Berlim. Dentre os acordos diplomáti- como a substituição das tradições orais pela cultura letrada.
cos, destaca-se o Tratado Germânico-Britânico de 1890, que Se no período colonial estes novos valores foram im-
assegurou à Alemanha o acesso ao Zambeze por um corre- postos, visando aos interesses dos impérios coloniais, rapi-
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CONHECIMENTOS

damente transformaram-se nas principais bandeiras de luta de um quarto do PIB da África negra, o que equivale a aproxi-
pelos direitos desses povos durante o processo de descolo- madamente 250 milhões de dólares (quase o dobro do PIB da
nização, o que veio a fortalecer o movimento do pan-africa- Nigéria ou do Egito). As riquezas minerais e o desenvolvimen-
nismo. to industrial em setores de ponta, como tecnologia nuclear
O termo foi utilizado pela primeira vez em 1900, quan- e armamentos, asseguram à África do Sul uma posição de
do afrodescendentes originários das Antilhas e dos Estados destaque entre as principais lideranças diplomáticas e econô-
Unidos organizaram em Londres a Primeira Conferência micas do continente.
Pan-africana. O grupo tinha como objetivo protestar contra
a ocupação da África pelas potências europeias. No perío- Um Continente na Encruzilhada
do entreguerras, o movimento pan-africano realizou quatro Levando em conta a diversidade étnica e regional, uma
congressos: Paris (1919), Nova York (1927) e Londres (1921 alternativa para a consolidação dos Estados nacionais africa-
e 1923). Para estes eventos foram enviados representantes nos tem sido o federalismo.
das colônias africanas francesas e inglesas, que reivindica- Contudo, alguns conflitos bélicos persistem e tornam a
ram liberdades civis e igualdade de condições entre negros agenda militar um tema importante para garantir a estabilida-
e brancos. Esses congressos foram também espaços impor- de política.
tantes para o protesto contra o trabalho forçado, que ainda O atual mapa político da África mantém praticamente inal-
era comum nas colônias portuguesas de Angola e São Tomé terados os limites e as fronteiras estabelecidos no período
e Príncipe. colonial. Mas a formação dos atuais países do continente foi
Dessa forma, não foi difícil associar o sentimento anticolo- um processo difícil e com muitas contestações, principalmen-
nialista com o pan-africanismo. É o que pode ser observado te entre 1956 e 1963.
na pauta do quinto congresso realizado em 1945, na Ingla- Em 1963 foi criada a Organização da Unidade Africana
terra. As lideranças africanas de língua inglesa e francesa ali (OUA), tendo como princípio fundador a intangibilidade das
reunidas aprovaram a Declaração aos Povos Colonizados fronteiras coloniais. Segundo esse princípio do direito inter-
que, em síntese, afirmava a necessidade de esses povos as- nacional, os países signatários da carta da OUA poderiam rei-
sumirem o seu destino. vindicar a recuperação dos territórios perdidos pelas guerras
O pan-arabismo foi outra corrente que aglutinou forças e contestações dos vizinhos, desde que se respeitassem os
de oposição aos governos locais. Diferente do pan-africanis- limites do período colonial.
mo, surgiu no contexto da crise do sistema colonial, a partir Em parte, o sucesso do processo de independência, que
da junção das forças de resistência ao nazismo no Marrocos, ganhou novo impulso na década de 1960, pode ser atribuído
na Líbia, na Tunísia, no Egito e no Sudão, com os grupos ao respeito a esse princípio. No entanto, sua adoção reforçou
anticolonialistas da Arábia Saudita, do Iêmen, do Iraque, da a tendência de manutenção dos limites correspondentes aos
Jordânia, do Líbano e da Síria. antigos territórios coloniais.
Tanto o movimento pan-africano como o pan-arabismo ga- Num primeiro momento, as cartas constitucionais dessas
rantiram que, em grande parte dos casos, a independência novas nações foram escritas por constitucionalistas das an-
dos Estados africanos fosse negociada. Isso não quer dizer tigas metrópoles, baseando-se nos modelos europeus. Aos
que o processo de descolonização também não tenha sido poucos, a vida política desses países passou a ser exerci-
resultado de violentos conflitos armados, como ocorreu na Ar- da com base nas alianças de clãs e diferenciados grupos ét-
gélia, em Angola e em Moçambique. nicos, promovendo a africanização do Estado. Em vários
A instabilidade política e as guerras civis que se alas- países, por exemplo, os topônimos impostos pelos europeus
tram em muitos países desse continente são também uma foram substituídos por denominações da língua local ou que
herança do descompasso entre as territorialidades produzi- recordavam fatos históricos do processo de independência.
das pela colonização e as territorialidades locais. Assim, desde 1957, a Costa do Ouro passou a se cha-
Desde a década de 1960, o continente foi castigado por mar Gana, por referência ao antigo Império Oeste-Africano
mais de cem golpes de Estado e por milhares de episódios (que existiu naquele território entre os séculos VIII e XI). A
de guerra entre povos diferentes. Como resultado, milhões República Democrática do Congo, formada em 1960 a partir
de refugiados vagam pela região, fugindo de guerras e per- do antigo Congo Belga, rebatizou a capital Léopoldville para
seguições. Kinshasa e, em 1971, mudou o nome do país para Zaire (“o
rio”, na língua kikongi). Da mesma forma, Dahomey passou a
A África no Mundo Globalizado se chamar Benin, em 1975; a Guiné Portuguesa, Guiné Bis-
Mais da metade dos 54 países africanos manteve forte sau, em 1976; e Haute-Volta, Burkina Fasso (“país dos ho-
ritmo de crescimento (acima de 6% ao ano) na década de mens íntegros”), em 1984; entre outros exemplos.
2000, embalados pela demanda por matérias-primas com Um problema mais complexo foi a decisão pelas línguas
preços elevados no mercado internacional, como petróleo e oficiais do país. Uma vez que esses países são formados por
ouro. Este processo ocorreu de maneira desigual e aumentou numerosas comunidades linguísticas, qual delas escolher?
o fosso entre os países que obtiveram maiores vantagens da Esse impasse foi a principal razão para a manutenção, em
economia globalizada, como a Nigéria, a África do Sul e o diversos casos, da língua dos colonizadores como língua ofi-
Sudão, e os países subsaarianos, cuja população passa fome cial do país. Apenas em alguns países foi adotado o sistema
e ainda precisa da ajuda dos organismos internacionais para bilíngue (em Camarões, por exemplo, o inglês e o francês;
enfrentar o quadro de miséria. em Madagascar, o malgache e o francês). A única região da
O Produto Interno Bruto da África do Sul representa cerca África que recuperou a primazia linguística perdida durante a
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

colonização europeia foi o norte, com predomínio da língua Essas diferenças históricas geraram diversas tensões e
árabe. conflitos entre o norte e o sul, inclusive com a eclosão de duas
Tendo em vista a enorme diversidade étnica dos países guerras civis. A primeira teve início com a independência e
africanos, o federalismo tem sido a forma predominante de perdurou até 1972.
gestão política, uma vez que nesse sistema político as uni- Esse longo conflito garantiu ampla autonomia aos povos
dades federadas mantêm autonomia entre si. É o que ocorre do sul em relação à elite árabe do norte, que comandava o
na Nigéria. Constituída em 1946 pela junção de três regiões país.
colonizadas pelos britânicos, seu território tem sido sucessi- Com a descoberta de imensas reservas de petróleo na
vamente subdividido para atender aos interesses étnicos e porção meridional do país, na década de 1980, o governo
religiosos locais, garantindo a repartição da renda do petróleo tentou intervir na área das reservas fechando o parlamento
entre diferentes grupos de interesse. Atualmente, a Nigéria do território autônomo do sul, localizado em Juba. Essa in-
possui 36 unidades federadas, com relativa autonomia polí- tervenção provocou uma revolta que eclodiu em 1983, lidera-
tica. da pelo Exército Popular de Libertação do Sudão (EPLS). O
Ainda que as contestações da divisão territorial africana novo ciclo de guerra civil deixou um saldo de pelo menos dois
sejam pouco numerosas, cabe destacar a mudança do mapa milhões de mortos e quatro milhões de refugiados.
político do continente com o processo de independência da No referendo realizado em 2011, a grande maioria da
Eritreia, que se separou da Etiópia em 1993. população do sul optou pela independência, o que foi aceito
Trata-se de um retorno à situação existente até 1962, pelas elites árabes do norte do Sudão e oficializado em 9 de
quando a antiga colônia italiana deixou de ser tutelada pelo julho do mesmo ano. Contudo, a fronteira entre os dois países
Reino Unido e foi anexada pela Etiópia. Desde então, o gover- ainda não foi definitivamente traçada e as áreas reivindicadas
no etíope nunca conseguiu suprimir o movimento separatista. por ambas as partes são ricas em petróleo, o que gera insta-
Em 1991, um referendo popular decidiu, com ampla maioria, bilidade, visto que o sul dispõe da maior parte das reservas,
pela separação dos dois países, ainda que o acordo entre as mas não possui saídas marítimas e depende do norte para
partes não tenha conseguido estabelecer a fronteira comum. exportar o petróleo. Outra pendência entre os dois países é o
A independência da Eritreia foi respeitada pelos etíopes, regime de cidadania, especialmente para as populações que
mas essas divergências fronteiriças romperam com o princí- circulam do norte para o sul de acordo com a alternância de
pio da intangibilidade e geraram fortes conflitos após a ocu- estações secas e chuvosas.
pação da região de Badme pelas tropas da Eritreia, em 1998.
Os dois países chegaram a um acordo de paz em dezem- Crescimento e Pobreza
bro de 2002, depois da perda de mais de 200 mil vidas, mas a Apesar das desigualdades econômicas e dos bolsões de
situação está indefinida. Ainda que enviados da ONU tenham pobreza, o continente africano mantêm acelerado crescimen-
decidido que a cidade de Badme pertence à Eritreia, a Etiópia to demográfico. Atraída pelos novos negócios da economia
ainda ocupa a faixa de fronteira em litígio, pois não aceita globalizada, a população migra para os grandes centros ur-
essa determinação. banos.
Outra questão aberta no mapa político da África é a do
Saara Ocidental, território em disputa pelo Marrocos e uma Rumos do Desenvolvimento
república saariana apoiada pela Argélia. A crise financeira de 2008 derrubou os preços de com-
Apesar do discurso da unidade africana, a OUA teme a ex- modities no mercado internacional, o que afetou diretamen-
plosão de conflitos violentos, que de fato ocorreram nas pou- te a economia africana. A crise gerou desemprego e fuga
cas ocasiões em que grupos separatistas tentaram quebrar o de capitais nos países mais dependentes da exportação de
princípio da intangibilidade das fronteiras coloniais: como em matérias-primas. Por essa razão, diversos organismos de de-
1967, quando a tentativa frustrada de criação da República de senvolvimento regional procuram unir os países africanos no
Biafra no oeste na Nigéria resultou na morte de mais de um enfrentamento destas dificuldades.
milhão de pessoas.
É por isso que a vitória dos separatistas no referendo re- EUROPA
alizado na região sul do Sudão, em janeiro de 2011, pode ser
considerada uma mudança fundamental no processo de for- Europa é um dos seis continentes do mundo, sendo em
mação territorial dos estados africanos. Cerca de 99% da po- extensão territorial o segundo menor. O continente é banha-
pulação se manifestou a favor da independência, mesmo sem do, ao norte, pelo Mar Ártico; ao sul, pelo Mar Mediterrâ-
nunca ter sido objeto de uma delimitação colonial. A criação neo e o Mar Negro; a oeste, pelo Oceano Atlântico; e, a les-
do Sudão do Sul poderá estimular outros movimentos sepa- te, pelo Mar Cáspio. A Europa é também conhecida como o
ratistas existentes na África Subsaariana, abrindo um novo “Velho Mundo” e considerada o berço da cultura ocidental.
ciclo de criação de Estados e redesenhando as fronteiras do A Europa limita-se territorialmente com a Ásia, a leste, sen-
continente. do considerada então um prolongamento da massa con-
Desde a independência em relação ao Império Britânico tinental do continente asiático, formando, assim, a Eurá-
em 1956, o Sudão já era um país dividido do ponto de vista sia (massa continental formada pela Europa e pela Ásia).
étnico e cultural. A região norte do país é majoritariamente Os dois continentes são separados pela cordilheira chamada Mon-
árabe e muçulmana. Por sua vez, a população do sul mante- tes Urais. Devido ao seu contorno bastante irregular, o continente
ve suas práticas religiosas animistas ou optou pela conversão europeu apresenta, além de várias penínsulas e ilhas, muitos países
ao cristianismo durante o período colonial. com costa litorânea.”
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CONHECIMENTOS

“Mapa do continente europeu (Fonte: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)”

“Regiões da Europa
O continente europeu possui características bastante heterogêneas quando analisado todo o seu território. Para facilitar o estudo das áreas
que o constituem, algumas classificações dividem-no em quatro regiões. Essas regiões foram estabelecidas segundo critérios de ordem espacial
e econômica. São estas:
Europa Ocidental: é composta pelas nações banhadas pelo Oceano Atlântico, como Alemanha, Bélgica, França e Reino Unido, e também por
países que possuem relação com o Ocidente.
Europa Meridional: é composta por nações banhadas pelo Mar Mediterrâneo situadas na Península Ibérica, como Espanha, Andorra, Grécia
e Itália.
Europa Centro-Oriental: é composta pelos países que formam a ex-União Soviética e tornaram-se independentes, como Bósnia, Herzegovi-
na, Kosovo, Moldávia, Macedônia do Norte, entre outros.
Europa Setentrional: é composta por países que se situam no extremo norte do continente, como os Países Nórdicos (Noruega, Dinamarca,
Suécia, Finlândia e Islândia).”

Economia da Europa

Ao longo de um grande período, a Europa foi considerada o centro econômico do mundo, principalmente devido a sua localização ge-
ográfica, estando no “centro do mundo”, ou seja, entre os demais continentes. Apesar de outras supereconomias, como os Estados Unidos
(na América) e a China (na Ásia), na Europa ainda há grandes economias mundiais, como a Alemanha, que é a quarta do mundo; o Reino
Unido, a quinta; a França, a sexta; e a Itália, a oitava.
Em relação às importações, o continente europeu importa matérias-primas, minerais e manufaturados de alta tecnologia. Já as expor-
tações feitas por ele contam com automóveis, produtos químicos, manufaturados, entre outros.
A economia é impulsionada principalmente pela agropecuária, mineração e turismo. A indústria está relacionada à pesquisa e ao
desenvolvimento de tecnologia nos setores de telecomunicações, eletrônicos, produtos farmacêuticos, siderurgia, aviões, entre outros.
No continente europeu existe o maior bloco econômico do mundo, a União Europeia. Constituído por 28 países, esse bloco representa
a livre circulação de bens e mercadorias entre seus países membros, que adotaram uma única moeda, o euro. A União Europeia é atual-
mente o maior mercado de exportação de bens, serviços e produtos.

Aspectos geográficos
Clima
O clima predominante na Europa é o temperado (devido a sua localização geográfica), no qual pode ser observado variações conti-
nentais e oceânicas.
As áreas situadas na porção setentrional do continente apresentam temperaturas mais rigorosas no período do inverno, ao passo que
as áreas situadas ao sul apresentam temperaturas mais amenas ao longo do ano e amplitudes térmicas menores quando comparadas aos
países ao norte. Há regiões de clima semiárido, mediterrâneo e polar.

Hidrografia
O clima predominante na Europa é o temperado (devido a sua localização geográfica), no qual pode ser observado variações conti-
nentais e oceânicas.
As áreas situadas na porção setentrional do continente apresentam temperaturas mais rigorosas no período do inverno, ao passo que
as áreas situadas ao sul apresentam temperaturas mais amenas ao longo do ano e amplitudes térmicas menores quando comparadas aos
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CONHECIMENTOS

países ao norte. Há regiões de clima semiárido, mediterrâneo e polar.

Penínsulas
O continente europeu possui cinco importantes penínsulas:
Escandinava
Jutlândia
Ibérica
Itálica
Balcânica”

População
Entre os seis continentes do mundo, a Europa é quarto no ranking de população, com mais de 740 milhões de habitantes.
O continente é considerado o mais atrativo para migrantes vindos de todas as regiões do mundo, e, segundo relatório da Organização
Internacional para Migrações, cerca de 70 m
O país mais populoso da Europa é a Rússia, com um pouco mais de 144 milhões de habitantes, e o menos populoso é o Vaticano, com
cerca de 800 habitantes.

”Fonte: SOUSA, Rafaela. “Europa”; Brasil Escola. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/geografia/europa.htm. Acesso em 15 de maio de
2023.

ÁSIA3

O continente asiático, por sua vasta extensão e rica história, possui imensa diversidade natural, cultural e religiosa. Tam-
bém é marcado por muitas desigualdades sócio espaciais, choques e convivência entre o tradicional e o moderno.
A Ásia é o maior e mais populoso dos continentes. Enquanto há áreas com elevadíssimas concentrações populacionais, há
outras com baixíssimas densidades demográficas, como na Sibéria.
Outro aspecto a ser notado se refere ás diferenças de clima e vegetação, ao se comparar a Sibéria com a floresta tropical
na Índia. Também vale destacar os trajes utilizados pela mulher indiana e pelos iraquianos em reza. A questão da religiosidade,
bastante diversificada no continente, é aqui representada pelo islamismo iraniano.

Amplitude Geográfica do Continente Asiático

3 FURQUIM Junior, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição. São Paulo: Editora AJS, 2015.
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CONHECIMENTOS

A Ásia é o maior continente do mundo. Seu território, com


extensão superior a 44 milhões de quilômetros quadrado, re-
presenta cerca de 8% da superfície terrestre e por volta de
30% da área continental do planeta. Nele se encontram mais
de 4 bilhões de habitantes, o que corresponde a aproximada-
mente 60% de toda a população mundial.
Devido a sua grande extensão, a Ásia possui uma grande
variedade de climas, relevos e tipos de vegetação. Enquanto
muitas de suas áreas são extremamente férteis e com clima
propício para a ocupação humana em grande escala, esse
continente também abriga grandes regiões desérticas e a
maior cadeia de montanhas do mundo: o Himalaia. Por isso,
apesar de apresentar as regiões mais densamente povoadas
do planeta, a Ásia tem parte de seu território constituída por
lugares de baixa densidade demográfica.
Monte Everest, o pico mais alto do mundo. https://portaldobitcoin.
O continente asiático abrange as áreas localizadas a leste
com/ico-da-morte-alpinista-pode-ter-morrido-ao-ajudar-startup-a-es-
da Europa. As principais fronteiras que o separam do territó-
conder-tokens-no-monte-everest/.
rio europeu são os Montes Urais, o Rio Ural, o Cáucaso e o
Estreito de Bósforo. Na sua porção sudoeste, a Ásia também
Além do Nepal, o Himalaia abrange o território de outros
faz fronteira com a África. Esta se localiza no Egito, no Canal
quatro países: China, Índia, Paquistão e Butão.
de Suez.
A Rússia ocupa toda a sua região norte. É lá que se loca- Por possuir clima extremamente frio, seco e com muitas
liza a Sibéria, um dos locais mais frios do planeta. É também ventanias, trata-se de uma das regiões menos povoadas de
na Rússia que se encontra o ponto mais próximo entre a Ásia todo o continente, assim como a Sibéria, apresentando tam-
e a América. Esses dois continentes são divididos pelo Estrei- bém grandes vazios demográficos.
to de Bering, que possui um pouco menos de 100 quilômetros Mesmo assim, recebe um grande fluxo anual de turistas,
de extensão e separa o continente asiático do Alasca. muitos para praticar alpinismo.
Das áreas de planícies siberianas em direção ao centro do O derretimento da neve do Himalaia durante os períodos
continente, as altitudes vão aumentando e o relevo torna-se mais quentes é responsável pela formação das nascentes de
montanhoso. Logo ao sul da Sibéria está localizado o Planal- importantes rios da Ásia, como o Ganges, localizado na Índia
to da Mongólia, onde há o Deserto de Gobi, o qual, além da e cuja bacia hidrográfica abrange uma área habitada por mais
Mongólia, também abrange parte do território chinês. Essa re- de 400 milhões de pessoas que dependem de suas águas
gião apresenta clima temperado continental, com baixo nível para consumo e produção de alimentos, isso sem contar sua
de umidade e temperaturas bem frias. importância religiosa. Ao sul e ao leste do Himalaia, o território
asiático apresenta grandes áreas de planícies fluviais, como a
dos rios Ganges e Indo, na Índia, e a do Rio Yang-Tsé-Kiang,
na China.
Em sua porção sul, o continente asiático apresenta quatro
grandes penínsulas: Arábica, Indiana, da Indochina, e Malaia.
A Península Arábica, que abrange grande parte do Oriente
Médio, é caracterizada pela presença de um grande deserto,
o da Arábia, que ocupa a maioria de seu território. Ao norte
dessa península, onde hoje é o Iraque, há uma importante
planície fluvial, conhecida como Planície da Mesopotâmia,
que é banhada pelos rios Tigre e Eufrates.
A região do Oriente Médio também se estende a noroeste
e nordeste da Península Arábica. Ela abrange desde o Afega-
nistão até a Turquia e o Egito, e é caracterizada pela grande
Deserto de Gobi. http://ecoviagem.uol.com.br/noticias/curiosidades/ presença de desertos em seu território. É no Oriente Médio
turismo/sabia-que-existe-areias-cantantes-no-deserto-de-gobi--18463. que se localiza a região mais baixa do continente, na Planície
asp. do Mar Morto, que recebe esse nome em função da grande
quantidade de sal de suas águas, o que dificulta o desenvol-
Ao sul do Planalto da Mongólia está a Cordilheira do Hi- vimento da vida.
malaia, a maior cadeia de montanhas do mundo e que ocupa
a maior parte da região central do continente. É no Himalaia
que se encontra o ponto mais elevado do planeta, com quase
9 mil metros de altitude: o Monte Everest, localizado no Nepal.

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CONHECIMENTOS

tianismo, judaísmo, islamismo, hinduísmo e budismo. Essas


religiões se originaram no continente em diferentes épocas,
apesar de algumas delas terem surgido em regiões próximas.
O budismo surgiu na região do Subcontinente Indiano,
por volta do século V a.C., com base nos ensinamentos de
Sidarta Gautama, conhecido como Buda. A maior parte dos
mais de 300 milhões de budistas que há no mundo se en-
contra na Ásia, em países como China, Mianmar, Camboja,
Tailândia, Butão, Laos, Mongólia, Nepal, Cingapura, Japão,
Vietnã e Tibete.

Imagem de satélite do Mar Morto. https://thoth3126.com.br/a-incri-


vel-tecnologia-dos-antigos-6b/.

O Mar Morto está localizado na fronteira entre Israel e


Jordânia, situado à aproximadamente 400 metros abaixo do
nível do mar.
A Península Indiana se localiza ao sudeste do Himalaia e
ao sul da planície Indo-Gangética, abrangendo toda a região
sul da Índia. A vegetação local é caracterizada pela presença
de florestas tropicais e/ou de clima temperado. Essa penín- Templo budista no Tibete, China. https://algumlugardo-
sula faz parte da região chamada de Subcontinente Indiano, planeta.wordpress.com/2012/12/11/tibet-lhasa-monasterios-
da qual também fazem parte Paquistão, Bangladesh, Nepal e -e-templos/.
Butão. Já a Península da Indochina e a Península Malaia se
localizam na região do Sudeste Asiático. A primeira é formada O hinduísmo é uma das mais antigas religiões prove-
por Vietnã, Laos, Camboja e Tailândia, Mianmar e Malásia. nientes da Índia, surgida há cerca de pelo menos 3.500 anos.
Além da região continental, a Ásia também abrange diver- Trata-se da terceira maior religião do mundo, tendo um nú-
sas ilhas. Algumas dessas ilhas e arquipélagos são Estados mero aproximado de 1 bilhão de fiéis, dos quais mais de 800
independentes, como Japão, Taiwan, Sri Lanka, Maldivas, milhões vivem na Índia. O hinduísmo também é majoritário no
Malásia, Indonésia, Timor Leste e Filipinas. Esses quatro úl- Nepal, onde mais de 80% de sua população é praticante. Um
timos países se localizam na região asiática mais próxima da dos principais símbolos do hinduísmo na Índia é o Rio Gan-
Oceania. ges, considerado sagrado para os hindus.

Floresta Kim Giao, no Parque Nacional de Ba, Vietnã.


http://welcometovietnam.com.vn/attractions/hai-phong/cat-
-ba-national-park/.
Indianos se banham no Rio Ganges, Índia. http://www.osul.com.br/
Diversidade Religiosa justica-indiana-declara-rios-ganges-e-yamuna-seres-vivos-com-direi-
Devido a sua grande extensão, o continente asiático é tos/.
habitado por uma grande diversidade de povos, sendo uma
região de enorme heterogeneidade cultural e religiosa. Por
isso, são muitos os aspectos que diferenciam os países asiá-
ticos. A Ásia é o berço das maiores religiões do mundo: cris-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

A história do judaísmo está diretamente associada à do O Continente Mais Populoso


povo hebreu. Acredita-se que ele tenha surgido por volta do Atualmente há cerca de 4,4 bilhões de pessoas vivendo
século XVIII a. C. no Oriente Médio e que seja a primeira reli- na Ásia, mais do que a população somada de todos os outros
gião monoteísta do mundo. continentes. Somente a China, país mais populoso do pla-
Além de viver no Estado de Israel, atualmente, a popula- neta, tem mais de 1,3 bilhão de pessoas, aproximadamente
ção judaica está espalhada pelo mundo todo. 31% da população da Ásia, em seu território, mais do que
quatro vezes a população da América do Sul, porém aglome-
rada em uma área quase duas vezes menor.
Na Índia, que figura em segundo lugar na lista dos paí-
ses mais populosos do mundo, vivem aproximadamente 1,2
bilhão de pessoas adensadas em uma área ainda menor do
que a China. Trata-se de outro gigante demográfico que, em
função de taxas de crescimento mais elevadas, deverá inclu-
sive ultrapassar a China e se tornar a nação mais populosa da
Terra até 2050, com cerca de 1,45 bilhão de pessoas.
Além disso, alguns países pequenos em termos de área,
como o Japão, Bangladesh e Cingapura, apresentam densi-
dades populacionais entre as mais altas do planeta e ajudam
à elevar a Ásia à condição de grande potência demográfica
do planeta.
Essa enorme população, fruto de um crescimento vertigi-
noso durante o século XX, resultou em uma grande pressão
sobre o uso das terras e dos recursos naturais do continente,
Muro das Lamentações (símbolo judeu) e, ao fundo, cúpula do Domo
em especial sobre o solo, que a partir de 1960 passou a apre-
da Rocha, santuário muçulmano, em Jerusalém, Israel. https://istoe.
sentar uma degradação cada vez mais aceleradas, motivo
com.br/milhares-de-judeus-se-reunem-diante-do-muro-das-lamenta-
pelo qual os governos asiáticos estão entre aqueles que mais
coes/.
se preocupam, historicamente, com o controle das taxas de
natalidade.
O cristianismo, religião com maior número de praticantes Em alguns países asiáticos, diversas políticas direcio-
no mundo (com mais de 2 bilhões de fiéis), também surgiu no nadas à contenção do crescimento já foram desenvolvidas
Oriente Médio, como uma dissidência do judaísmo – predo- desde então, e muitas delas deram resultado. Somadas ao
minante na atual região de Israel até o início da Era Cristã. aumento na expectativa de vida e ao desenvolvimento econô-
Porém, a sua difusão pelo mudo se deu por conta da influên- mico de muitas nações do continente, essas políticas resulta-
cia da cultura romana, que adotou o cristianismo – o qual se ram em baixas taxas de crescimento populacional, próximas
expandiu pela Europa e depois pelo restante do mundo. daquelas registradas no Ocidente, e no envelhecimento gra-
O islamismo é a mais recente dessas cinco religiões, dual da popular.
surgindo a partir do século VII d.C na Península Arábica. Os No Japão, onde as taxas de mortalidade já superam as de
muçulmanos (como são chamados seus adeptos) partem do natalidade, a população já está em visível declínio, sendo que
pressuposto de que, Maomé foi o último profeta enviado por o mesmo deve ocorrer com a China nas próximas décadas (o
Deus – e por isso seguem os seus ensinamentos. O islamis- país deve perder, no mínimo, 400 milhões de habitantes até o
mo é a segunda religião com maior número de praticantes no fim do século XXI), e com a índia até 2060.
mundo, com um pouco menos de 2 bilhões de fiéis, e está No entanto, mesmo tendo perdido o posto de continente
entre as que mais crescem atualmente. A maior parte da po- com as taxas mais aceleradas de crescimento, hoje ocupado
pulação muçulmana vive hoje na Ásia. pela África, a Ásia e sua enorme população ainda desem-
Ao longo dos séculos, o islamismo se difundiu para outras penham um papel de grande desafio à sustentabilidade no
regiões do continente e do mundo, sobretudo na África. As- continente.
sim, esse processo fez que o islamismo deixasse de ser uma
religião restrita ao mundo árabe, sendo adotada por diferen-
tes populações.

Potências Demográficas da Ásia


De acordo com estimativas da Divisão de População das
Nações Unidas, das quase 7 bilhões de pessoas que habi-
tam o planeta, mais da metade vive na Ásia. Nesse cená-
rio, alguns países em especial concentram grande parte da
população e apresentam densidades demográficas entre as
mais elevadas do mundo, acarretando falta de disponibilidade
de terras para o cultivo, impactos ambientais e um acelerado
processo de urbanização, que resultou na formação de enor-
mes aglomerados urbanos.
Editora
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CONHECIMENTOS

População total por continente em 2013 e 2050 (estimativa em bilhões de pessoas)

https://assets.prb.org/pdf13/2013-population-data-sheet_eng.pdf.

Ásia: sete países mais populosos em 2015

País População
China 1,357 bilhão
Índia 1,257 bilhão
Indonésia 248,4 milhões
Paquistão 183,9 milhões
Bangladesh 154,5 milhões
Japão 127,3 milhões
Filipinas 98 milhões

Distribuição da População
A população da Ásia não se encontra distribuída de forma homogênea pelo continente: grandes regiões são praticamente
desabitadas, sobretudo o norte e o leste da Rússia, o planalto tibetano e as áreas de deserto.
As áreas de maior concentração populacional são o Subcontinente Indiano, principalmente ao longo do vale do Rio Ganges
e em Bangladesh, as planícies do leste da China, o Japão e a Indonésia, sobretudo a ilha de Java.
A concentração de pessoas nesses lugares, que representam, em geral, áreas em que as atividades humanas, principal-
mente a agricultura, são favorecidas pelo clima, relevo, disponibilidade de água e ocorrência de solos férteis, acaba provocan-
do problemas sociais e econômicos, além de graves impactos ambientais, sobretudo relacionados à poluição do ar, em áreas
urbanas, da água e à erosão dos solos em áreas rurais.

A Urbanização da População
A Ásia e a África são os únicos dois continentes nos quais a população é predominantemente rural. No entanto, apesar das
baixas taxas de urbanização, mais da metade da população urbana global vive em cidades asiáticas, e três dos cinco aglo-
merados urbanos com mais de 20 milhões de habitantes no mundo se localizam no continente, assim como três dos quatro
aglomerados urbanos com população entre 15 e 20 milhões de habitantes.
É importante considerar, porém, que as taxas de urbanização da população variam entre os muitos países da Ásia, pois há
desde países como Israel, Coreia do Sul e Cingapura, com altas taxas de urbanização, até outros como Índia, Nepal, Camboja
e Vietnã, que apresentam taxas de urbanização inferiores a 30%.
Além disso, como todos os dias novas famílias se deslocam de áreas rurais para as cidades do continente, atualmente a
maior taxa de crescimento urbano se dá em aglomerados urbanos médios de até 1 milhão de habitantes na Ásia e África, o
que faz que a população urbana cresça de tal maneira que, até 2030, esta terá ultrapassado a rural.
Esse êxodo rural ocorre principalmente em função da disponibilidade cada vez menor de solo cultivável e do intenso pro-
cesso de industrialização, características de alguns dos países asiáticos nas últimas décadas. Atraídas pelas oportunidades
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CONHECIMENTOS

de trabalho nos centros urbanos e impossibilitadas de praticar a agricultura de subsistência, muitas dessas famílias acabaram
engrossando as já populosas cidades asiáticas.
Dentre os grandes aglomerados urbanos do continente, formados por vários municípios conurbados ao redor de cidades
principais, o maior é a área metropolitana de Tóquio, no Japão, cidade que passou por um acelerado processo de crescimento
na segunda metade do século XX. Atualmente conta com aproximadamente, mais de 37 milhões de habitantes, segundo in-
formações das Nações Unidas em 2013. Na sequência estão as áreas metropolitanas de Nova Délhi (Índia) e Xangai (China),
com aproximadamente, 25 e 23 milhões de habitantes, respectivamente.
Esse crescimento urbano de cidades já densamente habitadas, somado às desigualdades sociais que existem em alguns
dos países do continente, configura um cenário no qual o planejamento urbano e a organização racional dos espaços têm se
mostrado cada vez mais importantes para garantir a qualidade de vida da população.
Os principais problemas e dificuldades estão relacionados aos meios de transporte, à falta de habitação e aos impactos
ambientais elevados, como a poluição atmosférica e das fontes de água. Além, disso, em países do continente nos quais a
riqueza é distribuída de forma mais desigual, como a Índia e a Indonésia, a expansão das áreas ocupadas tem sido evidente,
com o aumento das taxas de urbanização.

A Diversidade Étnica, Cultural e Religiosa


Em função de sua grande área, a diversidade do continente asiático sob o ponto de vista étnico e cultural é extremamente
grande. A população do continente está dividida em uma quantidade significativa de povos muito diferentes entre si, como
hindus, chineses, japoneses, mongóis, persas, turcos, malaios e muitos outros, o que resulta em grande diversidade física e
cultural.
Da mesma forma, esses povos utilizam um número igualmente considerável de idiomas, com destaque para o mandarim
na China, que representa a língua mais falada no mundo, o híndi, o árabe, o japonês, entre outros.
A Ásia é o berço das quatro religiões mais populares do planeta: o islamismo, o cristianismo, ambos originados no Oriente
Médio, o hinduísmo e o budismo, além de inúmeras outras tradições religiosas locais, principalmente na China, e o fato de
essas religiões terem nascido na Ásia e se espalhado pelo mundo evidencia como é antiga a coexistência de cristãos, muçul-
manos, budistas e hindus no continente.
Os principais países de população predominantemente muçulmana, além daqueles localizados no Oriente Médio e na Ásia
Ocidental, localizam-se no Sudeste Asiático, enquanto os hinduístas se concentram no Subcontinente Indiano. Os budistas,
por sua vez, estão adensados na China, no Japão e nos países do sul da Ásia, como Tailândia e Camboja, entre outros.
A grande maioria dos países da Ásia apresenta, porém

, diversas minorias religiosas ativas, o que acaba agravando algumas tensões existentes, motivo pelo qual o continente
asiático é hoje aquele que mais sofre em decorrência de ataques violentos ligados à motivos religiosos no mundo.
Na Indonésia, por exemplo, os cristãos representam menos de 10% da população, pouco mais de 20 milhões de indivíduos
frente a mais de 90 milhões de muçulmanos, e são constantes as alegações de ataques e discriminação.
Já em Mianmar, um país do Sudeste Asiático de população majoritariamente budista, é a minoria muçulmana que sofre
com ataques que já fizeram centenas de vítimas, levando até mesmo o Dalai Lama (grande líder espiritual budista) a condenar
publicamente a violência contra os muçulmanos no país. Isso sem falar no conflito entre judeus e muçulmanos centrado na
Palestina.

Riqueza e Pobreza na Ásia


A Ásia é um continente no qual as desigualdades econômicas entre os países são evidentes, considerando que sete
apresentam Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) elevado e outros sete estão entre aqueles de IDH mais baixo. Entre
os países de desenvolvimento elevado se destacam Cingapura, Hong Kong – uma Região Administrativa Especial, ou RAE,
da China -, Japão, Barein, Arábia Saudita e Malásia; já entre aqueles com menor IDH, é possível mencionar o Afeganistão, o
Iêmen, Nepal e Mianmar.
Além disso, nos países de economia emergente, como a Índia e a China, recente potência global, as desigualdades inter-
nas são evidentes, com uma pequena parte da população concentrando grande parte da riqueza e as camadas mais pobres
da sociedade vivendo em condições precárias, seja no meio rural ou em favelas nas grandes cidades, como Délhi, na Índia.
O luxo de Cingapura e de outras cidades asiáticas que estão entre as mais ricas do mundo é um dos símbolos da ascensão
econômica da Ásia.

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CONHECIMENTOS

Cingapura. https://oglobo.globo.com/boa-viagem/cingapura-a-cidade-mais-cara-do-mundo-pela-quinta-vez-consecutiva-22504585.

Essa disparidade de renda entre os países da Ásia e também entre as classes sociais em nações como a Índia e a China
proporciona a existência de um grande contraste de paisagens, principalmente nos centros urbanos, onde a riqueza e a po-
breza convivem, muitas vezes, lado a lado. O modelo de desenvolvimento adotado por grandes cidades da Ásia, altamente
adaptado à economia de mercado, faz desses grandes centros urbanos polos comerciais e financeiros do continente mais
populoso do planeta.
O luxo de cidades como Hong Kong, Cingapura e Xangai, entre outras, é um símbolo da riqueza acumulada pelos países
asiáticos nas últimas décadas, mas os índices de desenvolvimento humano de muitos países deixam a desejar.

Ásia: melhores e piores colocados no ranking global de IDH da ONU

Favela de Dharavi. https://pt.wikipedia.org/wiki/Favela.

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CONHECIMENTOS

A favela de Dharavi, em Mumbai, é uma das muitas fave- colonizadora ocorreu no século XIX. Após terem passado por
las da Índia que não param de crescer. um intenso processo de industrialização, as potências euro-
Em função do rápido processo de urbanização vivenciado peias partiram em busca de territórios fora de seu continente,
pelos países da Ásia, o desafio de enfrentar a miséria e a a fim de criar novos mercados consumidores e fornecedores
pobreza passará certamente pela necessidade de criar mais de matéria-prima. Esse processo ficou conhecido como neo-
oportunidades de emprego e educação e desenvolver pro- colonialismo e atingiu principalmente a África e a Ásia.
gramas de inclusão social, que visem à construção de novas Em meados do século XIX, os franceses haviam fundado
habitações, entre outras medidas que devem ser adotadas a Indochina francesa (atualmente Laos, Camboja e Vietnã).
pelos governantes. Ao mesmo tempo, os britânicos se expandiram para o leste
da Índia e dominaram a Birmânia (atual Mianmar), Cingapura
O Sudeste Asiático e organizaram, na parte sul da região, uma faixa de pequenos
protetorados. As Filipinas eram dominadas pelos espanhóis,
Atualmente esta região se coloca no cenário mundial como mas passaram para as mãos dos EUA no final do século XIX.
uma economia em desenvolvimento e, ao mesmo tempo, com A Tailândia era a única região a permanecer como Estado
extremos contrastes sociais. independente no Sudeste Asiático, apesar de ameaçada por
Os países do Sudeste Asiático representam característi- franceses e ingleses.
cas naturais parecidas, além de várias desigualdades socio- Com as mudanças no jogo de poder mundial ocorridas
econômicas. após a Segunda Guerra Mundial, teve início o processo de
descolonização do Sudeste Asiático. Marcado pela influência
Ocupações Estrangeiras no Sudeste Asiático externa dos Estados Unidos e da União Soviética, as super-
O Sudeste Asiático é uma região formada por países potências da época, esse processo fez que alguns países da
continentais localizados na Península da Indochina – Laos, região se tornassem socialistas e aliados da União Soviética.
Camboja, Vietnã, Tailândia e Mianmar – e por países insula- Foi o caso de Laos, Camboja e Vietnã. Na Birmânia, atual
res – Cingapura, Malásia, Indonésia, Brunei, Filipinas e Timor Mianmar, país que se tornou independente da Inglaterra em
Leste. A região é caracterizada por sua diversidade cultural e 1948, o socialismo foi usado como uma desculpa para a im-
destaca-se por sua crescente força econômica na atualidade. plantação de um regime ditatorial que perdura desde 1962,
Sua localização estratégica foi alvo de disputas armadas pelo quando ocorrera no país um golpe de Estado liderado pelo
poder de influência nos governos locais. militar Ne Win.
Desde então, milhares de hindu-birmaneses e muçulma-
nos deixaram o país com medo das perseguições políticas.
Em 1978, cerca de 200 mil refugiados migraram rumo ao vizi-
nho Bangladesh e outros milhares têm-se refugiado também
na vizinha Tailândia. Sob o novo regime político, o país teve
sua economia arrasada e, hoje, o atual Mianmar é um dos
países mais pobres do Sudeste Asiático.

Características Socioeconômicas do Sudeste Asiático


Embora atualmente os países da região venham passan-
do por uma intensificação do processo de urbanização, cer-
ca de 70% dos habitantes vivem no campo. No entanto, o
aumento das cidades não é acompanhado de planejamento
territorial ou de políticas públicas voltadas para atender às de-
mandas da crescente população urbana. Com isso, milhares
de pessoas vivem sem acesso a saneamento básico, água
tratada, eletricidade, entre tantos outros serviços básicos.
Embora a indústria e a alta tecnologia se desenvolvam
intensamente na região, o setor primário ainda é muito rele-
vante no Sudeste Asiático e abarca mais da metade da popu-
lação economicamente ativa. A agricultura e o extrativismo,
portanto, representam um importante papel na economia e na
vida das pessoas.
Entre as atividades agrícolas desenvolvidas no Sudeste
Asiático, o cultivo de arroz – ou rizicultura – é um dos desta-
Sudeste Asiático: político. http://www.mapas-asia.com/ ques. Cerca de 28% da produção mundial de arroz é prove-
sudeste-politico.htm. niente dessa região e é a base da alimentação da população
asiática.
Por sua localização estratégica, entre os oceanos Pacífico
e Índico, o Sudeste Asiático sofreu uma série de ocupações
estrangeiras ao longo da História. Países europeus coloniza-
ram seus territórios desde o século XVI. Uma segunda onda
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

OCEANIA4 ainda é de possessão europeia ou estadunidense. A França,


por exemplo, possui parte do território da Polinésia, conheci-
A Oceania foi o último continente a ser explorado pelos da como Polinésia Francesa e que engloba ilhas como Taiti e
europeus, processo que se iniciou de fato a partir do final do Bora-Bora. A Nova Caledônia, arquipélago situado a leste da
século VXIII, capitaneado pelo Reino Unido. Austrália, na Melanésia, também é um território francês.
Os dois principais países desse continente são Nova Ze- Devido à sua localização, na qual a maior parte de seu
lândia e Austrália. território situa-se na zona climática intertropical, entre os tró-
picos de Câncer e Capricórnio, as ilhas do continente ten-
Destaques Geográficos da Oceania dem a apresentar um clima quente e, por isso, atraem grande
A Oceania é um continente composto por milhares de ilhas quantidade de turistas que buscam lazer em suas praias pa-
situadas entre os oceanos Índico e Pacífico. Entre essas ilhas radisíacas, como retrata a imagem abaixo.
estão a Austrália, a maior delas, que possui extensão conti-
nental; a Nova Zelândia; Papua-Nova Guiné; e as que com-
põem a Melanésia, a Micronésia e a Polinésia.

Observe o mapa.

Ilha de Bora Bora, na Polinésia Francesa.


https://www.tripadvisor.com.br/Tourism-g311415-Bora_Bora_Socie-
ty_Islands-Vacations.html.

Porém, a Nova Zelândia e a porção sul da Austrália lo-


calizam-se em latitudes acima do Trópico de Capricórnio, fa-
zendo que o clima subtropical temperado, com temperaturas
http://www.geomapas.com.br/nossos-produtos/ref.217-07-oceania- mais amenas, estejam presentes no continente.
-politico-217-esc.07.html. Por ter grande parte do seu território situado em uma re-
gião de borda de placa tectônica, a Oceania apresenta ativi-
Trata-se do menor continente do mundo, uma vez que sua dades sísmicas e vulcânicas intensas, o que levou à forma-
área comporta aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros ção de muitas das ilhas locais. Por isso, o continente possui
quadrados. Além disso, apresenta baixa densidade demográ- um grande número de vulcões e também está mais sujeito a
fica, com população absoluta de cerca de 37 milhões de habi- terremotos.
tantes, o que a posiciona como o segundo continente menos
populoso do mundo, perdendo apenas para a Antártida. A Nova Zelândia
A denominação de novíssimo continente foi dada pelo ex- A Nova Zelândia é um país independente desde 1907,
plorador inglês James Cook no século XVIII, devido ao fato quando ganhou autonomia política em relação ao Reino Uni-
de até então essa ter sido uma região pouco explorada e do. Seu território é composto por diversas ilhas. No norte e
conhecida pelos europeus. Nesse período, Cook comandou no sul do país se localizam as duas maiores massas de terra
expedições de exploração e mapeamento de grande parte neozelandesas. Observe o mapa a seguir.
da região, reivindicando-a para o Reino Unido, que dela se
apropriou. Por isso, muitas bandeiras de países da Oceania
possuem a bandeira do Reino Unido em suas composições.
Com exceção da Antártida, esse foi o último continente explo-
rado pelos europeus.

Apesar de sua enorme quantidade de ilhas, ao todo a


Oceania possui apenas quatorze Estados independentes.
Enquanto algumas delas integram esses Estados, a maioria
4 FURQUIM Junior, Laercio. Geografia cidadã. 1ª edição. São Paulo: Editora AJS,
2015.
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CONHECIMENTOS

colonização do Reino Unido na região. Com as sucessivas


levas migratórias de europeus e o extermínio de grande parte
da população maori, a população branca se tornou maioria
na Nova Zelândia. Dados de 2013 estimavam que, naquele
ano, 71,2% dos mais de 4,5 milhões de neozelandeses eram
de origem europeia. Enquanto isso, além dos maoris, que re-
presentam o segundo maior grupo étnico local, há também
um expressivo grupo de habitantes de origem asiática, que
compõem 11,3% dos moradores na Nova Zelândia.

Atividades Econômicas
Desde os tempos coloniais, a agricultura e a pecuária ti-
veram importância na economia neozelandesa. Ao longo do
século XX o país se consolidou como um grande produtor e
exportador mundial de carne, sobretudo de ovelha – que tam-
bém possibilita a produção de lã. O país é o segundo maior
exportador de lã do mundo, atrás apenas da Austrália.
A pecuária possibilitou à Nova Zelândia o desenvolvimen-
to de uma importante indústria de laticínios. O principal produ-
to da pauta de exportação neozelandesa é o leite concentra-
https://www.infoescola.com/wp-content/uploads/2012/09/ do, que em 2012 representou 15% das exportações do país
nova-zelandia.gif. e gerou uma receita superior a 5 bilhões de dólares. Além
disso, destacam-se as exportações de manteiga e queijo, que
A localização da Nova Zelândia impõe certo grau de iso- ocuparam, respectivamente, o terceiro e o sétimo lugar das
lamento em relação aos países vizinhos. A distância entre exportações do país nesse mesmo ano.
sua capital, Wellington, e Camberra, capital da Austrália, por O setor primário também está presente em grande esca-
exemplo, é de aproximadamente 2.320 quilômetros. la na economia local por meio da extração e exportação de
Apesar de seu território ter sido mais amplamente explora- madeira – que ocupou a quarta colocação no ranking de ex-
do por James Cook no ano de 1769 e os britânicos terem se portações do país em 2012. Os principais destinos das expor-
apropriado da região, foi apenas a partir de 1840 que ela foi tações neozelandesas são a Austrália, a China, os Estados
formalmente declarada como colônia inglesa. Mesmo assim, Unidos e o Japão.
ao longo desses mais de setenta anos, a região passou a As atividades industriais que mais se destacam estão li-
receber exploradores e comerciantes europeus, bem como gadas à construção civil e às atividades primarias, como a
alguns estrangeiros que foram forçados a migrar para lá, so- pesca industrial, a atividade madeireira, a transformação de
bretudo presos britânicos. minérios, a manufatura, a produção de vinho, além das indús-
Assim como ocorreu em outras regiões colonizadas, a trias associadas à agropecuária, como a de laticínios, a de lã
área onde hoje se constitui o território da Nova Zelândia já e a de frigoríficos.
era habitada quando chegaram os primeiros europeus. As O turismo possui relevante participação na economia ne-
populações indígenas locais são conhecidas como maoris e ozelandesa. Devido à sua riqueza natural, a Nova Zelândia
povoaram a região há mais de mil anos, provavelmente vin- costuma atrair um grande número de turistas estrangeiros to-
das da Polinésia. dos os anos. Em 2014, o país recebeu aproximadamente 2,8
A partir do final do século XVIII e do início do XIX inten- milhões de turistas, quase a metade proveniente da Austrá-
sificou-se o contato dos maoris com europeus, por meio da lia. Entre as atrações turísticas locais, chamam a atenção as
chegada de exploradores, baleeiros, degredados e também atraentes passagens que envolvem diversos picos e monta-
missionários cristãos. Esse contato teve como consequência nhas que se encontram na cordilheira conhecida como Alpes
a grande diminuição da população maori. Além dos conflitos do Sul, localizada na ilha do Sul, com destaque para o Monte
intertribais e da transmissão de doenças, os maoris se en- Cook/Araoki, como também as belas praias, os cânions, os
volveram em uma série de conflitos por terra com coloniza- vulcões e os fiordes, entradas de mar entre montes rochosos,
dores britânicos ao longo do século XIX. Da mesma forma, localizados no país.
a chegada de missionários católicos e protestantes fez que Observe a imagem.
grande parte da população remanescente se tornasse cristã,
abandonando suas religiões tradicionais.
Atualmente, os maoris representam cerca de 14% da po-
pulação neozelandesa. Por isso, apesar do quase extermínio
e dos impactos culturais ocorridos ao longo do século XIX, a
sua cultura ainda está presente de diferentes formas no país
– seja por meio de seu idioma, como também de sua arte e de
suas tradições e lendas.
O fluxo migratório de ingleses em direção à Nova Zelân-
dia se intensificou a partir de 1840, quando foi formalizada a
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CONHECIMENTOS

http://www.seviagens.com.br/paises.php?pais=165.

Austrália

A Austrália é o maior país em área e população da Oceania. Em sua área territorial de 7.692.024 quilômetros, possuía em
2015 aproximadamente 24 milhões de habitantes. Também apresenta o maior grau de desenvolvimento socioeconômico do
continente. Em 2013 teve o segundo maior IDH e registrou o décimo segundo maior PIB do mundo. Mesmo assim, o território
australiano é um dos menos povoados do planeta, com densidade demográfica de 3,2 habitantes por quilômetro quadrado,
devido ao fato de que a maior parte do país é ocupada por desertos e savanas, além de possuir vastas áreas com solo pouco
rico e um clima seco.
Assim como no caso da Nova Zelândia, no início do povoamento europeu, a Austrália transformou-se em uma colônia pe-
nal. A partir da segunda metade do século XIX, a imigração europeia se intensificou na região, motivada em primeira instância,
pela descoberta de ouro em terras australianas.
Após a Segunda Guerra Mundial, os sucessivos governos passaram a estimular a imigração de trabalhadores estrangeiros
qualificados, visando suprir a carência de mão de obra especializada devido à pequena população, o que ainda ocorre nos
dias de hoje. Em 2014, o Departamento de imigração australiano divulgou formalmente quais eram as profissões em deman-
da no país. Com isso, o Estado australiano incentiva profissionais do mundo todo a se candidatarem à obtenção do visto de
residência e, com isso, pode selecionar aqueles que possuem o perfil profissional desejado.

Clima e Agricultura
Apesar de o país contar com modernas técnicas de irrigação, que possibilitam o aumento da produtividade, a agricultura
é responsável por menos de 5% do PIB local. A maior parte do território australiano é composta por zonas áridas. Por isso,
a prática da agricultura acaba sendo limitada às regiões litorâneas do país, sobretudo no leste, onde as condições são mais
propícias. Observe o mapa abaixo.
Zonas climáticas da Austrália

http://www.bom.gov.au/iwk/climate_zones/map_1.shtml.

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CONHECIMENTOS

Também merece ser destacada a presença do setor finan-


ceiro no país. A Bolsa de Valores de Sidney é a principal da
Oceania e está entre as mais importantes do mundo.

DA GEOPOLÍTICA: ORGANISMOS INTERNACIONAIS, TEN-


SÕES E CONFLITOS, POTÊNCIAS GLOBAIS, ACORDOS SU-
PRANACIONAIS, BLOCOS ECONÔMICOS, ENTRE OUTROS.

A geopolítica refere-se às relações territoriais e econômicas


envolvendo os países no plano internacional. Dentro deste contexto
vamos estudar os itens abaixo:

— O espaço como produto do ser humano


Entre os principais produtos agrícolas cultivados na Aus- A geografia estuda o espaço geográfico, podemos dizer que
trália, é possível destacar: algodão, trigo, cevada, cana-de- espaço geográfico é o espaço natural modificado pelo trabalho
-açúcar e frutas de clima temperado, como ameixa, pêssego, do homem. Neste contexto percebemos que a sociedade interage
maçã, cereja, blueberry e uva. com este espaço, desta forma o ser-humano modifica e constrói o
A indústria de alimentos e bebidas também está entre as espaço geográfico.
principais atividades econômicas na Austrália. Pode-se desta-
car a produção de vinho, uma vez que o país é o quarto maior — Elementos que constituem o espaço geográfico
exportador do mundo dessa bebida. Paisagem: Em geografia a definição de paisagem é tudo que
A produção de cana-de-açúcar se concentra no litoral nor- está ao alcance dos olhos seja algo natural ou construído.
deste do país, onde o clima tropical favorece o seu cultivo. Sociedade: são os seres humanos com suas interações que
Na região leste predomina a produção de algodão e mais ao continuamente estamos modificando e construindo paisagens.
sul a de trigo, respectivamente segundo e primeiro produtos Em linhas gerais o espaço geográfico é produto da ação
agrícolas mais exportados pela Austrália em 2012. humana.

Pecuária e Minérios — Capitalismo


A Austrália possui o maior rebanho de ovelhas do mundo Capitalismo é um sistema econômico, isto é, determina
e é o maior produtor e exportador mundial de lã. É um grande como a sociedade se organiza (economicamente, socialmente e
criador de gado, tendo ocupado o segundo lugar na exporta- culturalmente). Surgiu entre os séculos XIV e XV como substituição
ção mundial de carne bovina congelada em 2012, atrás ape- do Feudalismo.
nas do Brasil. O capitalismo não é um sistema homogêneo, ele possui
A Austrália possui importantes reservas de recursos mine- particularidades específicas de acordo com o contexto, mas existem
rais, fazendo que sua extração e a indústria de transformação princípios imutáveis, tais como:
estejam muito presentes na economia local. Por isso, o país – Propriedade privada dos meios de produção;
possui uma importante indústria de base. Os principais pro- – Economia de mercado;
dutos exportados são recursos minerais em estado bruto ou – Sociedade dividida em classes sociais;
transformados, como ferro, carvão, petróleo, zinco e manga- – Objetivo do lucro.
nês. A Austrália também é o principal exportador mundial de
sal. Além da transformação de minérios, a economia austra- Desenvolvimento e subdesenvolvimento
liana também apresenta uma importante indústria química e Temos no mundo os países desenvolvidos e os subdesenvolvidos
de máquinas e equipamentos.
O setor industrial é responsável por um pouco menos de Caraterísticas dos países desenvolvidos
30% do PIB local e os principais polos concentram-se nas – Elevado nível de desenvolvimento econômico;
regiões metropolitanas das maiores cidades, como Sidney, – Baixo índice de analfabetismo;
Melbourne, Adelaide, Newcastle e Perth. – Boa qualidade de vida;
Contudo, a maior parte do PIB australiano, entre 60% e – Elevada renda per capita;
70%, provém do setor de serviços. Isso ocorre em função – Baixa mortalidade infantil;
do grande número de turistas que o país recebe anualmen- – Elevada expectativa de vida.
te, como também devido à diversidade e à modernidade dos
serviços oferecidos em suas cidades, que envolvem os seto- Características dos países subdesenvolvidos
res de comércio, telecomunicações e gastronomia. Esta, por – Países pobres;
sinal, é favorecida pela abundância de recursos pesqueiros – Baixa expectativa de vida;
no extenso litoral do país e pela grande diversidade cultural – Alta mortalidade infantil;
que a imigração proporcionou, estimulando o surgimento de – Baixa renda per-capita;
grandes polos gastronômicos em cidades como Melbourne e – Elevado índice de analfabetismo;
Sidney. – Forte dependência econômica.
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CONHECIMENTOS

Economia do pós-guerra
A segunda guerra foi o maior conflito registrado na história do planeta e resultou em inúmeras mudanças estruturais nos países e
consequentemente afetando várias áreas, sobretudo a econômica, como veremos a seguir:

Consequências da segunda guerra


– Enfraquecimento econômico da França e Reino Unido e outros países europeus;
– Redução do poder colonial de países europeus;
– Surgimento do mundo bipolar (capitalismo (EUA) e socialismo (URSS). (Guerra Fria);
– Surgimento de novos mercados consumidores.

Após a Segunda Guerra e com a queda do Muro de Berlim, ocorreu a expansão do capitalismo de forma global, segundo o quadro
abaixo:

— O Brasil, a Nova Ordem Mundial, a Globalização, o Mercosul


A Nova Ordem Mundial é uma nova configuração geopolítica do mundo após a Guerra Fria. Dentro desse contexto o mundo foi divido
em dois blocos conforme a figura abaixo:

— O comércio internacional
A globalização da economia ampliou a circulação mundial de diversos tipos de fluxos: mercadorias, capitais, informações e pessoas. O
Fluxo do comércio internacional parte da China (líder no comércio) seguido de países como EUA, Inglaterra, Alemanha e França. A América
Latina destaca-se pela exportação agropecuária, a Rússia abastece o mercado com gás natural, o Oriente Médio com petróleo e a África
com riquezas minerais.
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CONHECIMENTOS

Neste cenário a tecnologia é um diferencial no aumento das Unidades da Federação PIB em 2019 (1.000.000 R$ )
exportações.
Acre 15.638
— O Mercosul Alagoas 58.964
O Mercosul é um bloco de integração regional político-jurídica,
que surgiu no final da década de 80 visando a reaproximação Amapá 17.497
dos países da América Latina no contexto de uma expansão Amazonas 188.181
mercadológica.
Bahia 293.241
Inicialmente tínhamos os países fundadores que são: Brasil,
Argentina, Paraguai e Uruguai. A Venezuela aderiu ao bloco em Ceará 163.575
2012, mas encontra-se atualmente suspensa, por descumprimento Distrito Federal 273.614
de cláusulas de adesão.
Os demais países sul-americanos estão vinculados como Espírito Santo 137.346
Estados Associados. A Bolívia ainda está em processo de adesão. A Goiás 288.672
Criação do MERCOSUL visou à ampliação dos mercados nacionais
de cada país visando a aceleração do desenvolvimento econômico. Maranhão 97.348
Mato Grosso 142.122
Objetivos do MERCOSUL
Mato Grosso do Sul 186.943
– Melhor aproveitamento dos recursos disponíveis;
– Preservação do meio ambiente; Minas Gerais 651.873
– Melhora das interconexões; Paraná 466.377
– Regulação de políticas macroeconômicas.
— A economia mundial e do Brasil Paraíba 67.986
Pará 178.377
Podemos dividir a economia do Brasil da seguinte forma:
Pernambuco 197.853
– Ciclo do pau Brasil;
– Ciclo da cana de açúcar; Piauí 52.781
– Ciclo do Ouro; Rio de Janeiro 779.928
– Ciclo do Café.
Rio Grande do Norte 71.337
Principais atividades econômicas do Brasil atualmente Rio Grande do Sul 482.464
Região Sudeste
– Fábricas e conglomerados industriais (SP); Rondônia 47.991
– Indústria petrolífera , centros comerciais e industriais (RJ); Santa Catarina 323.264
– Recursos Minerais e centros industriais (MG).
Sergipe 44.689
Região Sul
– Criação de Suínos e aves; São Paulo 2.348.338
– agricultura, uva e grãos; Tocantins 39.356
– Complexos industriais (RS). O PIB mede apenas os bens e serviços finais para evitar dupla
Região Nordeste contagem. Se um país produz R$ 100 de trigo, R$ 200 de farinha de
– Turismo; trigo e R$ 300 de pão, por exemplo, seu PIB será de R$ 300, pois os
– Centros comerciais; valores da farinha e do trigo já estão embutidos no valor do pão.
– Produção de petróleo;
– Produção de sal marinho; A economia mundial
– Centros comerciais e industriais.
Região Centro-Oeste
– Pecuária Período Fases Característica
– Centros industriais e Agroindustriais (Anápolis, Aparecida de 1450-1850 Primeira Expansionismo mercantilista
Goiânia, Gôiania)
Região Norte 1850-1950 Segunda Industrial-imperialista-
– Polo Industrial (atividades como comercial, agropecuária); colonialista
– Atividades comercial, agropecuária e industriais. 1950-1989 Terceira Descolonização –Guerra Fria –
Reestruturação Produtiva
Estatísticas da economia do Brasil
Pós 1989 Globalização Declínio do Estado-Nação-
O PIB do Brasil em 2021, por exemplo, foi de R$ 8,7 trilhões.
Reestruturação do sistema
No último trimestre divulgado (1º trimestre de 2022), o valor foi
Estatal
de R$ 2249,2 bilhões. Veja uma tabela com o PIB das Unidades da
Federação brasileiras.

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

Primeira Fase Liberalismo até 1930;


A primeira fase do expansionismo mercantilista é a fase das DOUTRINA
Keynesianismo pós-1930
grandes navegações e dos grandes impérios que comercializavam
especiarias, grandes portos para fluxos internacionais e demais PRODUTIVIDADE Grande elevação
colonizações importantes. Desencadeou ciclo de
PRODUÇÃO
crescimento
Segunda Fase
A segunda fase se deu pela 1ª e 2ª revoluções industriais, CONSUMO Grande expansão
segundo as características dos quadros mostrados no quadro Forte expansão principalmente
abaixo: EMPREGO
na grande indústria
Perplexidade, reforço dos
Quadro da 1ª Revolução Industrial
REAÇÃO DOS sindicatos, conquistas sociais
Máquina de fiar, tear TRABALHADORES (salários, previdência, jornada
mecânico, máquina de vapor, de trabalho, contrato coletivo)
MATERIAL
ferrovia, descaroçador de
algodão Terceira Fase
Produção fabril, trabalho Indústria automobilística e
ORGANIZACIONAL
assalariado CARRO-CHEFE eletroeletrônica
Semi-artesanal, qualificado, Informática, máquinas
TRABALHO
“poroso”, pesado, insalubre CNC- Controle Numérico
VOLUME DE INVESTIMENTOS Baixo Computadorizado, robôs,
MATERIAL
sistemas integrados,
RELAÇÃO INTEREMPRESAS Livre concorrência telecomunicações, novos
ESCALA Local, nacional, interncional materiais, biotecnologia
Liberalismo (Adam Smith, Produção flexível, ilha de
DOUTRINA produção, “just in time”,
David Ricardo) ORGANIZACIONAL
qualidade total, integração
PRODUTIVIDADE Grande elevação
gerência-execução
Desencadeou ciclo de
PRODUÇÃO Polivalente, integrado, em
crescimento
TRABALHO equipe, intensíssimo, flexível,
CONSUMO Grande expansão estressante, menos hierarquia
Forte expansão principalmente VOLUME DE Altíssimo
EMPREGO
na indústria INVESTIMENTOS
Perplexidade, quebra de Monopólio, forte
REAÇÃO DOS
máquinas, cooperativismo, horizontalização (terceirização),
TRABALHADORES RELAÇÃO INTEREMPRESAS
primeiros sindicatos formação de megablocos
comerciais
Quadro da 2ª Revolução Industrial ESCALA Internacional, global
Eletricidade, aço, Neoliberalismo (Thatcher,
eletromecânica, motor DOUTRINA
MATERIAL Reagan)
a explosão, petróleo,
petroquímica Grande navegação em ritmo
PRODUTIVIDADE
vertiginoso
Produção em série, linha
de montagem, rigidez, Não desencadeou ciclo de
ORGANIZACIONAL PRODUÇÃO
especialização, separação crescimento
gerência-execução CONSUMO Tendência à estagnação
Especializado, fragmentado, Forte retração principalmente
não-qualificado, intenso, EMPREGO na indústria, trabalho parcial,
TRABALHO
rotineiro, insalubre, precário, informal
hierarquizado
(até o momento) Perplexidade,
VOLUME DE INVESTIMENTOS Alto REAÇÃO DOS dessindicalização, fragmentação,
RELAÇÃO INTEREMPRESAS Monopólio, forte verticalização TRABALHADORES tendência à “parceria” assumida
ou conflitiva
ESCALA Nacional, internacional

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

— O problema dívida externa O comércio é essencialmente troca, troca econômica, compra e


A origem da dívida externa vem da independência do Brasil, mas venda de bens, serviços e/ou valores por outros bens, serviços e/ou
nos anos da ditadura que ela se elevou muito, depois dos governos valores, intermediada hoje em dia, em sua quase totalidade, pela
FHC e LULA a dívida se estabilizou. A dívida externa contraída pelo moeda ou documento que a represente.
Brasil corresponde a valores de credores internacionais. Atualmente o comércio também é atingido pelo processo de
Esses valores tomados emprestados são fruto de má gestão, globalização onde os a maioria dos produtos advém da China e a
na qual os impostos arrecadados não conseguiram suprir as minoria de outros países.
despesas públicas. Desta forma o governo lança mão de credores A dispersão espacial da indústria fez com que os produtos
internacionais sejam produzidos em lugares mais econômicos fazendo com que o
A dívida externa também é um indicador de confiança perante comerciante adquira produtos mais baratos podendo assim praticar
a comunidade internacional, sendo paga em dólar, o que fragiliza preços mais variados e menores.
muito a economia visto a desvalorização da moeda local. O início do comércio no BRASIL se deu com as grandes
navegações onde se vendiam e levavam matérias primas para
Vamos analisar a figura abaixo para ver alguns valores: Inglaterra, França e Portugal.

— A Indústria
Com o fenômeno da globalização as empresas expandiram
seus mercados, atuando, portanto, em diversos países, expandindo
seus mercados consumidores além do seu país origem.
Países como China, México entre outros receberam indústrias
com incentivos fiscais e mão de obra barata, além de estarem perto
das matérias primas. Devido a este processo o preço final de seus
produtos caiu daí então temos as indústrias transacionais.

Por exemplo: Um veículo no Brasil é fruto de várias peças


— Energia e transporte produzidas em outros países. Este veículo é montado e vendido no
A energia e transporte são fundamentais para o fluxo de Brasil.
informações diante da econômica moderna, as práticas humanas
de modificaram e com a evolução do capitalismo. — Os serviços
Abaixo vamos listar características sobre a energia e transporte Serviço é uma atividade humana e nesse conjunto temos
atualmente: os serviços básicos e os serviços especializados. Em um mundo
– Interdependência entre os sistemas de transporte; globalizado os serviços estão cada vez mais estão especializados,
– Globalização; pois temos tecnologias diversas na sociedade, além dos serviços
– A transformação do espaço geográfico; básicos e essenciais.
– Evolução do capitalismo;
– Tecnologias, funções e formas aplicadas; Tipos de serviço
– Evoluções dos meios de energia. – Públicos;
– Profissionais Liberais;
Evolução dos transportes, segundo a lista abaixo: – Produção tecnológica.
– Transportes marítimos
– Invensão da máquina a vapor — As relações de trabalho
– Desenvolvimento rodoviário e transporte aéreo. As relações de trabalho foram se modificando ao longo da
Hoje temos uma divisão internacional do trabalho, pois termos história devido a fatores sociológicos, econômicos, etc.
meios de transportes eficazes e rápidos. Outro item importante é Sendo assim vamos avaliar em linhas gerais as relações de
a tecnologia da informação agilizando a comunicação através de trabalho no decorrer da história:
e-mails, mensagens, reuniões agilizando os processos de forma
geral.

— A agropecuária
A economia globalizada fez com que o fluxo de exportações
atingisse um âmbito mundial. Os bens e serviços de forma geral
transitam entre os países de forma facilitada. Este cenário também
atinge a agropecuária que atua em diversos países do globo.
Os efeitos da globalização atingiram indústrias fazendo com que
os grandes exportadores mecanizarem seu agronegócio atingindo
assim um grande fluxo de exportações.
A América Latina destaca-se no cenário internacional no
segmento do agronegócio. A tecnologia é uma grande diferencial
do agronegócio, mecanizando e informando o segmento.
— O comércio
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CONHECIMENTOS

- Máquina de fiar – Advento da eletricidade,


- Tear mecânico petróleo e motor.
- Máquina a vapor 2ª Revolução Industrial – Produção em série
1ª Revolução
- Ferrovia – Trabalhadores
Industrial
- Descaroçador de algodão – Trabalho com hierarquia.
- Produção Fabril – Separação entre a gerência
- Trabalho assalariado e a execução
- Eletricidade, aço, eletromecânica, motor a – Indústria automobilista e
explosão, petróleo, petroquímica 3ª Revolução Industrial eletrônica
- Produção em série – Informática, máquinas
- Linha de Montagem CNC, computador, robôs.
- Rigidez – Sistemas integrados,
- Especialização telecomunicações.
2ª Revolução - Separação Gerencia-execução-in – Trabalhadores,
Industrial - Especialização empresários, etc..
- Fragmentação
- Trabalho não qualificado — A revolução técnico-científica 
- Trabalho intenso, rotineiro e insalubre A revolução técnico-cientifica está vinculada ao
- Trabalho hierarquizado desenvolvimento da informática, biotecnologia, robótica,
telecomunicações, genética, cibernética, etc.
- Industria automobilista e eletrônica – Século XVI Copérnico, disse que a terra se move ao redor do
- Informática, máquinas CNC, computador, sol;
robôs, -Sistemas integrados, telecomunicações – Século XVII mecânica de Newton, que deu explicações
- Biotecnologia perfeitas para fenômenos físicos comuns;
- Produção Flexível – Século XVIII Invenção de máquinas e máquinas a vapor, que
- Just in time trouxe a vida mecanizada;
3ª Revolução - Qualidade total – Século XIV A teoria da evolução, que apresentou uma
Industrial - Integração gerencia-execução explicação da origem humana Invenção de geradores e motores
- Trabalho polivalente, integrado elétricos, que levou à eletrificação da sociedade humana;
- Trabalho em equipe, intense – Século XX Nascimento da teoria da relatividade e da teoria
- Trabalho estressante, flexível quântica, que nos deu as novas ideias sobre o mundo;
- Menos Hierarquia – Século XXI Regeneração Humana: quatro formas de seres
humanos Viagem Espacial.

— As desigualdades sociais e a explora humana. (*)


DA GLOBALIZAÇÃO E SUA INFLUÊNCIA NA ECONOMIA, SO-
A desigualdade social é um aspecto presente em todas as
CIEDADE, CULTURA, POLÍTICA E NO MEIO AMBIENTE.
sociedades é também conhecida como desigualdade econômica.
Ao longo da história de acordo com o contexto da sociedade da
época, surgiram as diversas classes. — O que é Globalização
As classes sociais Globalização é o fenômeno de integração do espaço geográfico
As classes sociais demonstram a desigualdade da sociedade, através dos avanços tecnológicos inseridos nos meios de comunica-
essas desigualdades estabelecem privilégios, vantagens e ção, economia e transporte que, após a Terceira Revolução Indus-
desvantagens. trial, se modernizaram rapidamente, promovendo uma aceleração
Podemos resumir as classes sociais em: nos processos de transporte de mercadorias, pessoas, informações
- Alta e capitais entre os países do mundo todo.
- Baixa No entanto, esse processo ocorre em diferentes escalas e tem
- Média consequências distintas em diferentes países, sendo os países ricos
os principais beneficiários da globalização porque estão ampliando
Vamos ver no quadro abaixo três momentos da história, que se seus mercados de consumo por meio de suas corporações transna-
estabelece classes sociais com suas desigualdades: cionais.

– Criação de máquinas — Tipos de globalização


1ª Revolução Industrial – Criação de Ferrovias • Globalização Econômica: processo de integração da econo-
– Trabalhadores mia, num contexto de capitalismo financeiro. Sua principal carac-
terística é a presença de muitas empresas multinacionais por todo
o planeta e a padronização dos meios de produção. Os países de-
senvolvidos levam filiais de grandes empresas em países subdesen-
volvidos, o que além de manter as matrizes nos países de primei-

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CONHECIMENTOS

ro mundo, expande o mercado consumidor dos países de terceiro Grandes exportados de recursos Atuantes na globalização
mundo. naturais e matérias primas, mundial
• Globalização Cultural: A globalização permitiu conexões rá- altamente consumidores Alta tecnologia Informacional
pidas entre diferentes partes do planeta, mesmo as mais distintas. de Internet, grandes
De certa forma, também interveio e potencializou a proliferação de multinacionais, etc...
tradições e tendências cotidianas em diferentes lugares. Nisso, cul-
turas do mundo todo se mesclam entre si, compartilhando aspectos
Formação dos grandes mercados mundiais
como a culinária, vestimenta, música e até crenças religiosas e valo-
O cenário atual globalizado, no qual a tecnologia é aplicada
res morais. Um exemplo é a influência da cultura norte-americana
intensamente, e a evolução no sistema financeiro fortaleceram a
nas músicas atuais do pop brasileiro.
divisão internacional do trabalho.
Desta forma surgiram vários mercados mundiais espalhados
— Cultura mundial
pelo mundo, onde existem consumidores diversos. Também temos
Por conta da globalização, os sistemas de comunicação, trans-
as multinacionais dominantes da tecnologia, com diversos centros
porte e informação se ampliaram e ficaram cada vez mais rápidos.
de produção espalhados pelo Mundo.
A internet, o maior meio de comunicação que temos hoje em dia,
permite que informações sejam passadas de um lado do planeta a
Globalização e seus problemas
outro de forma instantânea. Isso facilitou a transmissão de valores
Apesar da globalização, oferecer inúmeras vantagens como as
culturais, de forma que diferentes culturas interagem entre si. Mui-
tecnologias que aproximam as pessoas, o acesso a mercadorias, o
tos dizem que a globalização pode causar uma hegemonização de
acesso à informação, o acesso a diversas tecnologias, o aumento da
culturas, padronizando o modo de vida e as ações dos indivíduos a
produção, gera vários problemas, conforme abaixo:
partir de uma referência dominante, tornando o sistema subjugado
— Desigualdade social;
dos valores locais e tradicionais.
— Perda da Identidade Cultural (Influência Internacional);
— Concentração de riqueza nos países ricos;
A velha e a nova divisão do trabalho
— Instabilidade financeira mundial;
A velha divisão do trabalho pode ser dividida em 2 fases, con-
— Problemas com o meio ambiente.
forme o quadro abaixo:
Inúmeras vantagens vieram principalmente com o advento da
Capitalismo Comercial (Séculos XV XVI) Internet, mas em contrapartida essa voracidade das informações
Colônias Metrópoles e esse dinamismo temporal imposto trouxeram vários problemas
para o mundo.
Extração de produtos Produção e exportação de
primários, trabalho escravo e produtos manufaturados
especiarias
DAS DESIGUALDADES NOS TERRITÓRIOS: ASPECTOS SO-
Capitalismo Industrial (Séculos XVII, XVIII e IX) CIAIS, POLÍTICOS, ECONÔMICOS, CULTURAIS E AMBIEN-
Colônias e ou países Metrópoles e ou países TAIS, INCLUINDO OS PROCESSOS DE SEGREGAÇÃO E EX-
subdesenvolvidos desenvolvidos CLUSÃO, OS MOVIMENTOS URBANOS E AS POLÍTICAS
PÚBLICAS
Fornecimento de matérias Transformação da matéria .
primas e produtos primários prima em produtos
(agrícolas e minerais) industrializados A geografia das desigualdades nos territórios abrange uma sé-
rie de aspectos sociais, tais como: políticos, econômicos, culturais
A nova divisão do trabalho e ambientais. Essas, influenciam a distribuição desigual de recur-
A nova divisão do trabalho é resumida em 2 fases, segundo o sos, oportunidades e poder entre as diferentes áreas geográficas.
quadro abaixo: São essas desigualdades, o resultado de processos complexos que
envolvem segregação e exclusão, movimentos urbanos e políticas
Capitalismo financeiro (Século XX em diante) públicas.
Países subdesenvolvidos Países desenvolvidos Desigualdades sociais
Produtos industrializados e Produtos Industrializados, alta Elas se manifestam de diversas maneiras nos territórios. Essa
matérias primas tecnologia e investimento distribuição desigual de renda, de acesso a serviços básicos, como:
a saúde, a educação, e as oportunidades de trabalho, por exemplo,
Revolução Técnico-Científica-Informacional são desigualdades sociais que podem ser observadas em diferentes
Países emergentes Países desenvolvidos regiões do país e do mundo. Além disso, fatores como: etnia, gênero
e idade também influenciam as disparidades sociais nos territórios.

Contexto político
As desigualdades podem estar relacionadas também, ao aces-
so diferenciado aos processos de tomada de decisão e participação

Editora
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

política. Alguns grupos sociais podem ser marginalizados ou exclu- tos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais. A aten-
ídos dos espaços de poder, o que ampliará as desigualdades políti- ção e compreensão dessas desigualdades é essencial para o pla-
cas. A falta de influência e representatividade desses grupos pode nejamento e a implementação de políticas públicas mais justas e
agravar as disparidades sociais e econômicas existentes. inclusivas, visando sempre à promoção da equidade e o combate às
disparidades entre os diferentes territórios.
Desigualdades econômicas
São visíveis nos territórios através da concentração de recur-
sos, investimentos e atividades econômicas em determinadas áre- DAS REDES DE COMUNICAÇÃO E TRANSPORTES: RELA-
as, enquanto em outras regiões, se enfrenta carências e a falta de ÇÕES COM OS FLUXOS MATERIAIS (OBJETOS, MERCADO-
oportunidades econômicas. Exemplos de desigualdades econômi- RIAS, PESSOAS) E IMATERIAIS (DADOS, INFORMAÇÃO, CO-
cas que podem ocorrer entre diferentes territórios: a falta de infra- MUNICAÇÃO) EM DIFERENTES ESCALAS GEOGRÁFICAS
estrutura, a escassez de empregos e a precariedade das condições
de trabalho.
As redes de comunicação e transportes desempenham um
papel essenciais nas relações de fluxos materiais e imateriais em
Desigualdades culturais
diferentes escalas geográficas. São essas redes as responsáveis por:
Elas estão relacionadas à diversidade cultural e à valorização
a conexão das pessoas, as mercadorias, os objetos, os dados e infor-
das diferentes manifestações culturais em um determinado terri-
mações, permitindo assim, a circulação e intercâmbio de recursos
tório. Certos grupos, como: étnicos, religiosos ou linguísticos, por
e conhecimentos.
exemplo, podem enfrentar: discriminação, estigmatização e a ex-
clusão, resultando nessas desigualdades culturais. A promoção da
Redes de transporte
diversidade cultural e do respeito às identidades étnicas e culturais
Primeiramente, são as responsáveis por viabilizar a movimen-
é fundamental para combater esse tipo de desigualdade.
tação de mercadorias, das pessoas e dos objetos físicos. Elas podem
ser compostas por diferentes modais, tais como: o rodoviário, o fer-
Desigualdades ambientais
roviário, o aéreo, o marítimo e o fluvial. Essas redes conectam as re-
Elas são observadas em determinados territórios através da
giões, os países e os continentes, possibilitando assim, o comércio,
distribuição desigual de recursos naturais, dos impactos ambientais
a indústria e a circulação de bens de consumo. A infraestrutura de
negativos concentrados em determinadas áreas e da falta de acesso
transporte, tais como: as estradas, as ferrovias, os portos e os ae-
a serviços ambientais de qualidade. Comunidades vulneráveis po-
roportos, desempenham, portanto, um papel crucial na eficiência e
dem estar mais expostas a riscos ambientais, como: a poluição, os
na integração das redes.
desastres naturais e a falta de acesso à água potável, acentuando
assim, as desigualdades socioambientais.
Redes de comunicação
São responsáveis pelo fluxo de dados, das informações e da
Processos de segregação e exclusão
comunicação em escala global. A evolução tecnológica e a dissemi-
São esses processos que desempenham um papel importante
nação da internet têm sido fatores cruciais nesse processo. A conec-
nas desigualdades nos territórios. A segregação espacial, por exem-
tividade digital e as redes de fibra óptica permitem a transmissão
plo, ocorre quando grupos sociais são separados geograficamente,
instantânea de informações, possibilitando assim, a comunicação
resultando na formação de áreas de exclusão e guetos. Essa segre-
em tempo real entre diferentes partes do mundo. As redes sociais,
gação então, pode estar relacionada a fatores socioeconômicos,
os aplicativos de mensagens e os serviços de streaming são exem-
étnicos ou culturais. A exclusão social, por sua vez, envolverá a ne-
plos de como as redes de comunicação transformaram as relações
gação de direitos e oportunidades a certos grupos sociais, intensifi-
sociais e a forma como as pessoas acessam essas informações e se
cando assim, as desigualdades.
comunicam.
Movimentos urbanos
Essas duas redes: de comunicação e de transportes, estão in-
São expressões da luta por direitos e por melhores condições
terligadas e mutualmente se influenciam. Por exemplo: a disponi-
de vida nas cidades. Movimentos como: as ocupações de terra, as
bilidade de infraestrutura de transporte eficiente e acessível é es-
reivindicações por moradia digna e os protestos por políticas públi-
sencial para a expansão das redes de comunicação, uma vez que os
cas mais inclusivas buscam assim, enfrentar as desigualdades urba-
cabos de fibra óptica e os equipamentos de transmissão de dados
nas e promover a justiça social nos territórios.
precisam ser instalados e mantidos. Dessa mesma forma: a comuni-
cação instantânea e o acesso a informações em tempo real facilitam
Políticas públicas
o planejamento logístico, a coordenação de cadeias de suprimentos
Elas desempenham um papel essencial na redução das desi-
e a otimização dos fluxos materiais.
gualdades nos territórios. Por meio de ações governamentais, por
exemplo, será possível promover a equidade, garantir o acesso
Essas suas redes não estão limitadas às escalas globais, mas
igualitário a serviços básicos, como: saúde e educação, fomentar o
também são importantes em escalas regionais e locais, por assim
desenvolvimento econômico em áreas desfavorecidas e promover
dizer. Em nível regional, as redes de transporte interligam cidades,
a inclusão social. Entretanto, é importante que essas políticas sejam
regiões metropolitanas e áreas industriais, promovendo assim, a in-
abrangentes, efetivas e voltadas para a superação das desigualda-
tegração econômica e social. Em nível local, as redes de transporte
des estruturais presentes nos territórios.
público são fundamentais para o deslocamento diário das pessoas
dentro das cidades, reduzindo assim, a dependência de veículos
Em suma, todas desigualdades nos territórios abrangem aspec-
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

particulares, podendo contribuir para a sustentabilidade urbana. Industrialização econômica


Impulsiona o crescimento econômico e a geração de riquezas.
Entretanto, é importante ressaltar que as redes de comuni- A produção em massa e a melhoria da eficiência produtiva aumen-
cação e transportes nem sempre são igualmente distribuídas. Em tam, portanto, a oferta de bens e serviços, impulsionando o con-
diversos casos, existem disparidades entre regiões e países, com sumo e o comércio. A industrialização está associada também ao
áreas mais remotas ou economicamente desfavorecidas, que en- desenvolvimento de setores auxiliares, como o de transporte e o
frentam dificuldades de acesso e de conectividade. Isso poderá de serviços, que são essenciais para a circulação e distribuição dos
agravar as desigualdades sociais e econômicas, limitando o acesso produtos.
a oportunidades e recursos.
Industrialização política
Em suma, são as redes de comunicação e transportes as res- Nesse campo político, a industrialização está muitas vezes as-
ponsáveis por conectar e integrar territórios em diferentes escalas sociada ao papel das corporações e ao seu poder econômico, poder
geográficas. Elas, portanto, viabilizam os fluxos materiais e imate- esse que elas exercem. Essas grandes empresas e conglomerados
riais, facilitando assim, o comércio, a circulação de pessoas, a trans- industriais podem influenciar políticas públicas e ter uma atuação
missão de dados e a comunicação global. Entretanto, é necessário significativa em tomada de decisões. Essas corporações afetam po-
garantir a equidade e a acessibilidade dessas redes para promoção tencialmente as dinâmicas sociais, econômicas e ambientais, tanto
do desenvolvimento mais justo e sustentável. em escala local como global.

Industrialização cultural
DA INDUSTRIALIZAÇÃO: TRANSFORMAÇÕES ESPACIAIS, A industrialização promove também transformações culturais,
SOCIAIS, ECONÔMICAS, POLÍTICAS, CULTURAIS E AM- haja vista que novos hábitos, valores e modos de vida podem então,
BIENTAIS, INCLUINDO A PRODUÇÃO E CIRCULAÇÃO DE surgir em decorrência do processo industrial. Mudanças na forma
PRODUTOS, RELAÇÕES DE TRABALHO, A ATUAÇÃO DE de consumo, nas relações de trabalho e nas aspirações individuais
CORPORAÇÕES E O DESENVOLVIMENTO CIENTÍFICO E TEC- são algumas das muitas manifestações culturais associadas à indus-
NOLÓGICO, EM DIFERENTES ESCALAS GEOGRÁFICAS. trialização.

Industrialização ambiental
No meio ambiente, a industrialização pode ter impactos ne-
A industrialização é um processo que envolve transformações gativos, como a degradação ambiental e a emissão de poluentes.
como: as espaciais, as sociais, as econômicas, as políticas, as cul- Com o aumento da produção industrial gera-se maior demanda por
turais e as ambientais, com impactos significativos em diferentes recursos naturais, energia e água, podendo causar esgotamento
escalas geográficas. As revoluções econômicas e sociais estão rela- de recursos naturais e também problemas ambientais, como por
cionadas à produção em larga escala, à organização do trabalho, ao exemplo: poluição do ar, da água e do solo. Entretanto, a industria-
desenvolvimento científico e tecnológico, à circulação de produtos lização por sua vez, também pode impulsionar o desenvolvimento
e ao papel das corporações. de tecnologias e práticas cada vez mais sustentáveis, visando a re-
dução dos impactos ambientais e também, a busca por alternativas
mais limpas e eficientes.
Industrialização espacial
Implica em mudanças, pois envolverá a concentração de ati- Em resumo, a industrialização é todo um processo com sua
vidades industriais em determinados locais. A formação de polos complexidade, que afeta diversos aspectos da sociedade e do
industriais, por exemplo, como regiões metropolitanas e zonas in- ambiente. As suas transformações espaciais, sociais, econômicas,
dustriais, é bem comum nesse processo. Essas áreas são caracte- políticas, culturais e ambientais ocorrem em diferentes escalas ge-
rizadas pela presença de: fábricas, infraestrutura de transporte e ográficas, moldando assim, territórios e trazendo desafios e oportu-
logística, e concentram a mão de obra qualificada. A industrializa- nidades para as comunidades e para o desenvolvimento sustentável
ção também pode gerar o crescimento urbano desordenado, com também.
impactos na expansão das cidades e no surgimento de problemas
socioambientais. Ela é um processo fundamental na história da humanidade,
trouxe consigo profundas transformações na produção e circulação
Industrialização social de produtos, nas relações de trabalho, na atuação de corporações e
Tem impactos mais profundos nas relações de trabalho. Com a também no desenvolvimento científico e tecnológico em diferentes
mecanização e a introdução de tecnologias, por exemplo, ocorre a escalas geográficas.
substituição de mão de obra humana por máquinas, podendo gerar
desemprego e transformação das formas de trabalho. O trabalho Produção e circulação de produtos
nas indústrias comumente é organizado em turnos e em linhas de São elementos centrais da industrialização. Surgindo as fábricas
produção, o que requer especialização e disciplina. Além disso, a e o avanço das técnicas de produção em massa, houve um aumen-
industrialização pode gerar desigualdades socioeconômicas, com to significativo na capacidade de produção de bens de consumo. A
disparidades salariais e condições precárias de trabalho em alguns adição de máquinas e tecnologias nas linhas de produção permitiu
setores. uma maior eficiência e rapidez na fabricação desses produtos, re-
sultando em um aumento na oferta e diversidade de mercadorias.

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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

Relações de trabalho
Essas relações também passaram por transformações signifi- DA GEOGRAFIA AGRÁRIA: AS TRANSFORMAÇÕES ESPA-
cativas com a industrialização. O trabalho artesanal e agrícola, por CIAIS NO CAMPO, O USO DOS RECURSOS NATURAIS, AS
exemplo, foi substituído pela organização fabril, caracterizada pelo ATIVIDADES ECONÔMICAS, AS RELAÇÕES DE TRABALHO,
trabalho assalariado e pela divisão das tarefas. Os trabalhadores AS INFLUÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO – INCLUINDO A PRO-
passaram a desempenhar funções cada vez mais específicas em um DUÇÃO DE ALIMENTOS, OS FLUXOS DAS COMMODITIES E
processo produtivo em constante aceleração, exigindo assim, dis- AS RELAÇÕES COM AS PROBLEMÁTICAS SOCIOAMBIEN-
ciplina e especialização. Surgiram então as condições de trabalho TAIS (DESMATAMENTO, USO DE AGROTÓXICOS, QUEI-
adversas, como longas jornadas e baixos salários, levando assim à MADAS, ESCASSEZ HÍDRICA, DEGRADAÇÃO DO SOLO
luta por melhores condições e direitos trabalhistas. ETC) –, EM DIFERENTES LUGARES

A atuação das corporações


Nesse contexto, as corporações tiveram seu papel de destaque. Geografia Agrária é um ramo que se dedica ao estudo das
As grandes empresas e conglomerados industriais surgiram, assu- transformações espaciais no campo, do uso dos recursos naturais,
mindo uma posição de poder econômico e influência política. As das suas atividades econômicas, das suas relações de trabalho e das
corporações exercem, portanto, um impacto significativo na eco- suas influências do agronegócio. Esse campo de estudo aborda: à
nomia global, controlando as cadeias produtivas, estabelecendo es- distribuição de terras, à organização dos espaços rurais, as dinâmi-
tratégias de mercado e buscando a ampliação de sua presença em cas relacionadas à produção agrícola e aos impactos socioambien-
diferentes regiões do mundo. Essa atuação, em escala global diver- tais das práticas agrárias.
sas vezes gera desafios relacionados à desigualdade, concentração
de poder e seus impactos ambientais. Transformações espaciais
São resultado de processos históricos, tecnológicos, políticos
Desenvolvimento científico e tecnológico e econômicos juntos. A agricultura passando por uma série de mu-
São características marcantes da industrialização. Através dos danças ao longo do tempo, desde os antigos sistemas de subsistên-
avanços científicos e tecnológicos impulsionaram-se a eficiência cia até a agricultura moderna baseada em tecnologias avançadas,
produtiva, permitindo o desenvolvimento de novas tecnologias, de onde fora levada à especialização das áreas rurais, ao surgimento
processos e de produtos. E essa inovação tecnológica contribuiu, de grandes propriedades e à concentração fundiária, o resultado
portanto, para a automação dos processos de produção, a melhoria disso, são diferentes modelos de uso da terra.
da qualidade dos produtos e a redução dos custos. Assim também,
o desenvolvimento científico e tecnológico teve um impacto direto Uso dos recursos naturais
na diversificação da economia, na criação de empregos qualificados Esse uso, é uma preocupação central na Geografia Agrária.
e na competitividade dos países em um mundo globalizado. Toda a utilização de técnicas agrícolas intensivas, como o uso de
agrotóxicos e de fertilizantes químicos, pode ter impactos signifi-
Diferentes escalas geográficas cativos no meio ambiente, como a contaminação de solos e águas.
Nesse contexto, a industrialização assume características es- Ademais, o desmatamento e a degradação de áreas naturais para a
pecíficas, em nível global, onde existe uma interdependência eco- expansão agrícola são questões cada vez mais relevantes, especial-
nômica entre os países, com fluxos de comércio e investimentos mente em regiões de florestas tropicais.
que conectam diferentes regiões. Aqui, a industrialização tem sido
um fator importante para urbanização, levando ao surgimento de Atividades econômicas
grandes cidades e regiões metropolitanas como centros industriais. As atividades econômicas relacionadas à agricultura são muitas
Quando em escalas nacionais, a industrialização pode levar à con- e podem variar de acordo com as características de cada região. O
centração de atividades industriais em determinadas regiões, en- cultivo dos alimentos, a produção de commodities agrícolas (como
quanto as outras áreas podem ficar em desvantagem econômica. as de soja, do milho, do trigo e do algodão), a pecuária e a produção
Em escalas locais, a industrialização pode, portanto, gerar impactos de biocombustíveis são, portanto, exemplos de atividades agrárias
ambientais, sociais e culturais específicos, afetando diretamente as que desempenham um papel considerável na economia global.
comunidades locais.
As relações de trabalho
Em resumo, a industrialização é um processo multifacetado No campo também, essas relações são objeto de estudo da Ge-
que envolverá a produção e circulação de produtos, suas relações ografia Agrária. O trabalho agrícola pode abranger desde agriculto-
de trabalho, sua atuação de corporações e o seu desenvolvimento res familiares que realizam atividades de subsistência até trabalha-
científico e tecnológico. Seus efeitos, portanto, são sentidos em di- dores assalariados em grandes propriedades rurais. Essas questões
ferentes escalas geográficas, moldando territórios e trazendo desa- como: jornada de trabalho, condições laborais e informalidade no
fios e oportunidades para as sociedades contemporâneas. emprego, são os temas de interesse nesse campo de estudo.

O agronegócio
Representa a integração das atividades agrícolas com os seto-
res industriais, comerciais e de serviços, exercendo grande influên-
cia na Geografia Agrária. Ele está relacionado à produção em larga
escala, também ao uso intensivo de tecnologia, à exportação de
produtos agrícolas e à concentração de poder econômico nas mãos
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a solução para o seu concurso!
CONHECIMENTOS

de grandes empresas. Esse modelo tem impactos significativos em o uso intensivo de máquinas pesadas, bem como o manejo incor-
toda a organização espacial do campo, em suas relações de traba- reto do solo, podem sim resultar na compactação, erosão e perda
lho e na distribuição de renda. de nutrientes, comprometendo assim, a capacidade produtiva das
Em suma, a Geografia Agrária analisará as transformações es- terras e a sustentabilidade dos sistemas agrícolas.
paciais no campo, o uso dos recursos naturais, as atividades econô-
micas, as relações de trabalho e suas influências no agronegócio. Perante essas problemáticas, é essencial e imperativo, se ado-
Entender essas dinâmicas é crucial para analisar criticamente e bus- tar abordagens sustentáveis na produção de alimentos, que levem
car alternativas sustentáveis para o desenvolvimento agrícola. assim em consideração a preservação do meio ambiente, bem
como a saúde das comunidades rurais e urbanas e a garantia da
A produção de alimentos segurança alimentar. Adotar técnicas agroecológicas, para o incen-
É uma atividade fundamental para o suprimento das necessi- tivo à produção local, bem como o manejo adequado dos recursos
dades alimentares da população mundial. Entretanto, esse proces- naturais são medidas importantes e fundamentais para mitigar os
so está intimamente ligado a uma série de desafios socioambientais impactos negativos da produção de alimentos e promover um de-
em diversos lugares diferentes. A produção em larga escala, a ex- senvolvimento ainda mais sustentável
pansão agrícola, os fluxos das commodities e as práticas agrícolas
inadequadas têm impactos significativos no meio ambiente e na
sociedade. DAS PRÁTICAS AGROECOLÓGICAS E SUSTENTÁVEIS REALI-
ZADAS POR DIFERENTES SOCIEDADES E GRUPOS, EM DIFE-
Fluxos das commodities agrícolas RENTES LUGARES.
Como os da soja, do milho, do trigo, do algodão e do açúcar,
ocorrem em escala global. Essas mercadorias, portanto, são produ-
Essas práticas têm se mostrado cada vez mais relevantes em di-
zidas em diferentes regiões do mundo, diversas vezes distantes dos
ferentes grupos e sociedades, ao redor do mundo. São essas abor-
locais de consumo. O transporte dessas commodities envolve uma
dagens que valorizam a interação equilibrada entre os sistemas agrí-
complexa rede de infraestruturas, como: portos, estradas e ferro-
colas, bem como os recursos naturais e a comunidade, promovendo
vias, que conectam as áreas produtoras aos centros consumidores.
a produção de alimentos mais saudáveis, bem como a conservação
Esses fluxos geram tantos benefícios econômicos, quanto desafios
do meio ambiente e a justiça social. Em diversos locais, diferentes
socioambientais.
práticas agroecológicas vêm sendo aprimoradas, implementadas e
adaptadas para enfrentar os desafios específicos de cada região.
Entretanto, esses fluxos também estão interligados a proble-
Em diversos países e principalmente em comunidades rurais e
máticas socioambientais graves. O desmatamento, por exemplo, é
indígenas, são adotadas práticas ancestrais de agricultura sustentá-
uma das principais questões ambientais relacionadas à produção
vel. São essas práticas que incorporam conhecimentos tradicionais
de alimentos. Em diversos lugares, a expansão agrícola ocorre às
sobre o manejo dos solos, a diversidade de cultivos, o controle na-
custas de áreas florestais, causando assim, perda de biodiversidade,
tural de pragas e doenças, bem como o respeito aos ciclos naturais.
alterações climáticas e destruição de ecossistemas mais frágeis.
Essas abordagens estão intrínsecas e cada vez mais enraizadas nas
tradições culturais e na conexão com a natureza, preservando as-
Uso de agrotóxicos
sim, a biodiversidade e a fertilidade dos solos ao longo do tempo.
Essa é uma prática interna comum na agricultura intensiva, ob-
Ademais, há iniciativas e movimentos que promovem a agroe-
jetivando aumentar a produtividade e combater pragas e doenças.
cologia já em âmbito global. Por exemplo: a agricultura urbana, que
Entretanto, o uso indiscriminado dessas substâncias pode, portan-
surge como uma alternativa viável para a produção de alimentos
to, contaminar solos, águas e alimentos, representando riscos para
em áreas urbanas densamente povoadas. São essas práticas que
a saúde humana e também para o meio ambiente.
buscam a utilização dos espaços limitados, como: telhados, terraços
e terrenos baldios, para cultivar alimentos de forma sustentável, re-
As queimadas
duzindo assim, a dependência de longas cadeias de suprimentos,
São uma problemática associada à produção de alimentos,
bem como promovendo a segurança alimentar local.
especialmente nas regiões de agricultura de corte e queima. Essa
prática contribui, infelizmente, para a emissão de gases de efeito
Nos países em desenvolvimento, os projetos de agricultura fa-
estufa, além de provocar danos à saúde das comunidades locais e
miliar sustentável têm ganhado cada vez mais destaque. Essas ini-
à qualidade do ar.
ciativas objetivam fortalecer as comunidades rurais, promovendo
assim, o acesso a recursos e conhecimentos, incentivando a diversi-
A escassez hídrica
ficação de cultivos, a conservação de sementes crioulas, bem como
É outra problemática socioambiental relacionada à produção
a utilização de técnicas de manejo agroecológico. São essas práticas
de alimentos. O uso excessivo de água na irrigação, combinado
que contribuem para a segurança alimentar, a geração de renda e
com a falta de manejo adequado dos recursos hídricos, pode levar
a resiliência dos agricultores frente às mudanças climáticas, bem
à degradação dos ecossistemas aquáticos e à redução da disponi-
como às pressões econômicas.
bilidade de água para outros usos, como abastecimento humano e
preservação dos rios.
Ademais, a certificação dos produtos orgânicos e de sistemas
agroflorestais também tem impulsionado práticas mais sustentá-
Degradação do solo
veis. São essas certificações que garantem que os produtos agríco-
Esse tema também se torna uma consequência da produção de
las sejam produzidos de forma ambientalmente responsável, sem o
alimentos em larga escala. As práticas agrícolas inadequadas, como
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CONHECIMENTOS

uso de agrotóxicos ou aditivos químicos prejudiciais à saúde, bem refletindo a luz solar de volta para o espaço, influenciando também,
como, ao meio ambiente. Promovendo assim, a valorização dos o nível do mar.
agricultores que adotam práticas agroecológicas e incentivando a
demanda por produtos sustentáveis por parte dos consumidores Hidrosfera
cada vez mais conscientes. Ela engloba todas as formas de água presentes na Terra, como:
os oceanos, os mares, os rios, os lagos, os lençóis subterrâneos, as
Em resumo, essas práticas agroecológicas e sustentáveis já têm geleiras, bem como o vapor de água na atmosfera. A água é essen-
ganhado cada vez mais espaço em diferentes locais, impulsionadas cial para a vida e executa um papel fundamental na regulação do
pela necessidade de promoção de sistemas alimentares mais equi- clima e na manutenção dos ecossistemas. É a hidrosfera que está
tativos, saudáveis e ambientalmente responsáveis. São essas abor- em constante movimento, por meio do ciclo da água, que inclui eva-
dagens que mais valorizam a interação harmoniosa entre os seres poração, a condensação, a precipitação, bem como, o escoamento.
humanos e a natureza, buscando criar sistemas agrícolas com resili-
ência e socialmente justos, simultaneamente em que conservam os As esferas terrestres estão interconectadas e em constante in-
recursos naturais para futuras gerações. teração. Como por exemplo: a atmosfera fornece gases e nutrientes
para a biosfera, assim a litosfera abriga os recursos minerais utiliza-
dos pelos seres humanos. A hidrosfera que está presente em todas
DAS ESFERAS TERRESTRES: LITOSFERA, ATMOSFERA, BIOS- as esferas, influenciando sempre o clima e sustentando a vida. Essas
FERA, CRIOSFERA, HIDROSFERA, INCLUINDO OS ELEMEN- mudanças em uma esfera podem afetar as demais, como o aumen-
TOS CONSTITUTIVOS E AS CONEXÕES SISTÊMICAS. to da temperatura atmosférica causando o derretimento das gelei-
ras da criosfera e o aumento do nível do mar, por exemplo.
A compreensão dessas conexões sistêmicas para a análise dos
A Terra é um sistema complexo composto por várias esferas
processos naturais e das atividades humanas que impactam o pla-
interconectadas, que desempenham entre si, papéis essenciais na
neta, é de suma importância. O estudo das esferas terrestres, bem
manutenção da vida e na dinâmica do planeta. Cada esfera possui
como, suas interações auxiliam na compreensão dos desafios am-
características próprias e interações constantes com as demais, for-
bientais e na busca por soluções sustentáveis para assim, garantir a
mando um sistema integrado. As principais esferas terrestres são a
conservação e o equilíbrio do nosso planeta.
litosfera, atmosfera, biosfera, criosfera e hidrosfera.

Litosfera DOS RECURSOS NATURAIS: ÁGUA, ENERGIA, BIODIVERSI-


Camada sólida externa da Terra, é composta por minerais, ro- DADE E SOLO, INCLUINDO OS ASPECTOS RELACIONADOS
chas e solo; abrange a crosta terrestre, bem como a parte superior AO USO, PROCESSOS PRODUTIVOS, GESTÃO E POLÍTICAS
do manto. É ela a responsável por sustentar a vida, bem como, abri- AMBIENTAIS DE CONSERVAÇÃO E PRESERVAÇÃO
gar diversas formações geológicas, como:
As montanhas, as planícies e os planaltos. Nessa esfera ocor-
rem os processos geológicos, como a formação de cadeias de mon- Os recursos naturais são elementos presentes na natureza, são
tanhas, bem como os terremotos e vulcões. fundamentais para a sobrevivência e o desenvolvimento das socie-
dades. Eles incluem, portanto: água, energia, biodiversidade, bem
Atmosfera como o solo, desempenhando assim, papéis essenciais no equilíbrio
Camada gasosa que envolve a Terra. É composta principalmen- dos ecossistemas e no sustento de vida no planeta.
te por nitrogênio, oxigênio, vapor de água, bem como, o dióxido
de carbono e outros gases. É ela que desempenha um papel vital Água
na proteção do planeta, absorvendo parte da radiação solar, bem Recurso vital, indispensável para a sobrevivência de todos os
como, regular a temperatura global. Ademais, é nela que ocorrem seres vivos. Também utilizada para o consumo humano, para a agri-
os fenômenos meteorológicos, como ventos, chuvas, bem como, cultura, para indústria, na produção de energia, entre outros fins.
nuvens e tempestades. Entretanto, seu uso desordenado e a poluição dos recursos hídricos
têm levado à escassez, bem como à degradação da qualidade da
Biosfera água em muitas regiões. A gestão sustentável da água envolve, por-
Esfera que comporta todos os seres vivos e seus habitats. É nela tanto, sua conservação, o uso eficiente e a proteção dos recursos
que a vida se desenvolve, desde os microrganismos até as plantas, hídricos e a implementação de políticas de preservação dos ecos-
bem como, os animais. Ela interage com as demais esferas terres- sistemas aquáticos.
tres, utilizando recursos da litosfera, água da hidrosfera e energia da
atmosfera. Os seres vivos da biosfera exercem um papel essencial Energia
na ciclagem de nutrientes, bem como na manutenção do equilíbrio Recurso essencial para o desenvolvimento social e econômico.
dos ecossistemas. Podendo ser obtida, a partir de fontes renováveis, como: a solar, a
eólica e a hidrelétrica, bem como, de fontes não renováveis, como:
Criosfera petróleo, carvão e o gás natural. Seu uso de fontes não renováveis
Parte da Terra onde a água está em estado sólido, ou seja, nas tem impactos ambientais relevantes, como a emissão de gases de
regiões polares e nas geleiras de altitude. Isso inclui os mantos de efeito estufa, bem como a degradação de ecossistemas. Buscar por
gelo, as calotas polares, os icebergs, bem como, as geleiras. É ela alternativas sustentáveis de geração de energia e adotar políticas
que desempenha um papel importante no sistema climático global, de eficiência energética são essenciais para a preservação dos re-
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CONHECIMENTOS

cursos naturais, bem como reduzir os impactos ambientais. causa poluição nos ecossistemas terrestres e aquáticos, afetando a
fauna e a flora como um todo. Ademais, a produção em larga esca-
Biodiversidade la de certos produtos, como por exemplo: roupas e os eletrônicos,
Relativo à diversidade de vida existente no planeta, inclusive muitas vezes envolvem condições de trabalho precárias e a explo-
as plantas, os animais, os microrganismos, bem como seus habi- ração de mão de obra.
tats. Essa biodiversidade desempenha um papel fundamental nos Os impactos socioambientais relacionados ao uso de recursos
ecossistemas, fornecendo assim, serviços ecossistêmicos, como a naturais e aos padrões de consumo estão associados também, às
polinização de plantas, a purificação do ar e da água, e a regulação mudanças climáticas. A emissão excessiva de gases de efeito estufa
do clima. Entretanto, sua perda é uma preocupação global, devido à provenientes da queima de combustíveis fósseis, por exemplo, con-
destruição de habitats naturais, a introdução de espécies invasoras, tribui para o aquecimento global e seus efeitos são cada vez mais
bem como a exploração excessiva de recursos naturais. Por outro negativos, como por exemplo: o aumento da temperatura média do
lado, sua conservação envolve não só a criação de áreas protegidas, planeta, eventos climáticos extremos, bem com o derretimento das
mas o manejo sustentável dos recursos naturais, bem como a pro- calotas polares.
moção de políticas de preservação da fauna e da flora. Combater esses impactos é essencial, assim, adotar hábitos,
moldar atitudes e comportamentos responsáveis e sustentáveis,
Solo incluindo a redução do consumo excessivo, a reciclagem e o rea-
Recurso de vital importância para a produção de alimentos, proveitamento de materiais, bem como, o uso consciente da água
bem como a sustentação dos ecossistemas terrestres. É ele que e da energia, também a preferência por produtos e serviços susten-
fornece os nutrientes essenciais às plantas, atua como filtro para a táveis, a adoção de uma alimentação mais equilibrada e a valoriza-
água e abriga uma grande diversidade de organismos. Entretanto, ção da biodiversidade e dos ecossistemas naturais, auxiliarão nesse
sua degradação, causada pela erosão, contaminação, uso intensivo aspecto.
e desmatamento, é uma preocupação ambiental. Adotar práticas Ademais, é de extrema importância que governos, empresas e
agrícolas sustentáveis, bem como a implementação de técnicas de sociedade civil trabalhem em sinergia na implementação de políti-
conservação do solo e a promoção de políticas de preservação, são cas públicas e medidas regulatórias que possam promover as prá-
importantes para a proteção desse recurso natural. ticas sustentáveis. Isso poderá envolver incentivos à produção e ao
consumo sustentáveis, investimento em energias renováveis, pro-
Gestão e conservação dos recursos naturais teção de áreas naturais, bem como o estímulo à economia circular.
Requereram implementação de políticas ambientais efetivas,
capazes de promoverem a utilização sustentável dos recursos, a re-
dução do consumo excessivo, o incentivo às energias renováveis, a DOS BIOMAS E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS E AS RELA-
proteção dos ecossistemas, bem como, a promoção da educação ÇÕES COM DIFERENTES POPULAÇÕES HUMANAS: NO TER-
ambiental. Ademais, a participação ativa da sociedade civil e o en- RITÓRIO BRASILEIRO E EM OUTRAS REGIÕES DO MUNDO.
volvimento das comunidades locais são essenciais para garantir sua
preservação, bem como a sustentabilidade dos recursos naturais
em diferentes lugares. Biomas e domínios morfoclimáticos são conceitos que se re-
ferem às grandes unidades paisagísticas que se formam pela inte-
ração de elementos naturais como clima, relevo, vegetação, solo e
DOS IMPACTOS SOCIOAMBIENTAIS RELACIONADOS AO hidrografia¹. Eles são importantes para compreender a diversidade
USO DE RECURSOS NATURAIS E AOS DIFERENTES PADRÕES e a distribuição dos ecossistemas e das populações humanas no ter-
DE CONSUMO, INCLUINDO ASPECTOS ASSOCIADOS À ritório brasileiro e em outras regiões do mundo.
ADOÇÃO DE HÁBITOS, ATITUDES E COMPORTAMENTOS Biomas são conjuntos de ecossistemas que possuem caracte-
RESPONSÁVEIS E SUSTENTÁVEIS. rísticas semelhantes de flora, fauna e clima, e que ocupam uma ex-
tensa área geográfica². Eles são definidos principalmente pela vege-
O uso de recursos naturais e os diferentes padrões de consumo tação predominante, que reflete as condições climáticas e edáficas
têm impactado significativamente, tanto o meio ambiente, quanto (relativas ao solo) de cada região². Os biomas podem abranger mais
as sociedades em que vivemos. São esses impactos socioambientais de um país ou continente, como é o caso da floresta tropical ou da
que estão diretamente relacionados aos hábitos, atitudes e com- tundra².
portamentos adotados pela sociedade como um todo. Domínios morfoclimáticos são extensas regiões que possuem
Um desses principais impactos socioambientais é, por exem- uma certa homogeneidade de paisagem, resultante da combinação
plo: a degradação dos ecossistemas naturais. O consumo excessivo e da interação de elementos como clima, relevo, vegetação, solo
de recursos naturais, como: da água, de energia e da matéria-pri- e hidrografia³. Eles são definidos principalmente pelo clima e pelo
ma, resultará na exploração intensiva desses recursos, levando à relevo, que influenciam na formação da vegetação e do solo³. Os
sua escassez e esgotamento. Ademais, sua extração indiscriminada domínios morfoclimáticos podem abranger mais de um bioma ou
de recursos minerais e a exploração agrícola sem práticas sustentá- ecossistema, como é o caso do domínio amazônico ou do domínio
veis contribuirão para a destruição de habitats naturais, a perda de dos mares de morros³.
biodiversidade, bem como a degradação do solo. No Brasil, existem seis biomas reconhecidos oficialmente:
Os padrões de consumo têm impactos sociais também, como Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal².
por exemplo: a geração de resíduos sólidos e poluição. O descar- Eles abrigam uma rica biodiversidade de fauna e flora, além de di-
te inadequado de resíduos, principalmente plásticos, por exemplo, ferentes populações humanas que se adaptaram às condições am-
bientais e culturais de cada região². Os biomas brasileiros sofrem
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CONHECIMENTOS

com diversos problemas ambientais, como o desmatamento, as As zonas climáticas são as grandes faixas que dividem o planeta
queimadas, a caça e a pesca predatórias, a poluição e a introdução de acordo com a incidência dos raios solares e a variação da tempe-
de espécies exóticas². ratura ao longo do ano. Elas são: zona intertropical, zona temperada
No Brasil, também existem seis domínios morfoclimáticos do norte, zona temperada do sul, zona polar do norte e zona polar
propostos pelo geógrafo Aziz Ab’Saber: Amazônico, Caatinga, Cer- do sul.
rado, Mares de Morros, Araucárias e Pradarias³. Eles representam Os padrões climáticos são as características médias do clima
as grandes unidades paisagísticas do território nacional, que se de uma determinada região ou localidade, que podem ser influen-
diferenciam pelas formas de relevo, pelos tipos de clima e pelos ciados por fatores como latitude, altitude, continentalidade, mari-
padrões de vegetação e solo³. Entre os domínios morfoclimáticos timidade e correntes marítimas. Eles podem ser classificados em
existem áreas de transição, que apresentam características mistas diversos tipos, como equatorial, tropical, subtropical, temperado,
ou intermediárias entre dois ou mais domínios³. mediterrâneo, continental, polar e árido.
Em outras regiões do mundo, também existem biomas e domí- A circulação geral da atmosfera é o movimento dos ventos na
nios morfoclimáticos que se relacionam com diferentes populações superfície terrestre e nas camadas superiores da atmosfera, que se
humanas. Alguns exemplos são: deve ao aquecimento desigual da Terra pela radiação solar e à rota-
- Floresta boreal: é um bioma que ocorre nas regiões de cli- ção do planeta. Ela é responsável pela distribuição de calor e umida-
ma frio do hemisfério norte, como Canadá, Rússia e Escandinávia. de pelo globo e pela formação de sistemas de alta e baixa pressão².
É formado por florestas de coníferas (pinheiros), que se adaptam Os fenômenos atmosféricos e climáticos são os eventos que
às baixas temperaturas e à neve. As populações humanas que vi- ocorrem na atmosfera e que afetam o clima de uma região ou do
vem nesse bioma são geralmente de origem indígena ou europeia, planeta. Eles podem ser de origem natural ou antrópica (causados
e praticam atividades como caça, pesca, extração de madeira e mi- ou influenciados pela ação humana). Alguns exemplos são: chuvas,
neração⁴. neve, granizo, neblina, geadas, furacões, tornados, tempestades
- Deserto: é um bioma que ocorre nas regiões de clima árido elétricas, frentes frias e quentes, El Niño, La Niña e Oscilação An-
ou semiárido do mundo, como África, Ásia e América. É formado tártica.
por paisagens áridas ou semiáridas, com pouca vegetação e fauna O aquecimento global é o aumento da temperatura média da
adaptadas à escassez de água. As populações humanas que vivem superfície terrestre e dos oceanos nos últimos séculos, que se deve
nesse bioma são geralmente nômades ou sedentárias, e praticam principalmente ao aumento da concentração de gases de efeito es-
atividades como pastoreio, agricultura irrigada, extração mineral e tufa na atmosfera. Esses gases retêm parte da radiação solar que é
turismo⁵. refletida pela Terra, causando o efeito estufa.
- Mediterrâneo: é um domínio morfoclimático que ocorre nas As mudanças climáticas são as alterações nos padrões climáti-
regiões de clima temperado mediterrâneo do mundo, como Europa cos de uma região ou do planeta ao longo do tempo. Elas podem
meridional, África setentrional e Califórnia. É formado por paisa- ser causadas por fatores naturais ou antrópicos. Alguns exemplos
gens variadas, com relevo montanhoso ou planície litorânea, vege- de fatores naturais são: variações na órbita terrestre, atividade vul-
tação arbustiva ou florestal e solo fértil ou pobre. As populações cânica e ciclos solares. Alguns exemplos de fatores antrópicos são:
humanas que vivem nesse domínio são geralmente urbanizadas ou emissão de gases de efeito estufa, desmatamento e poluição.
rurais, e praticam atividades como indústria, comércio, serviços Os desastres ambientais são os eventos que causam danos ma-
teriais ou humanos em uma determinada área ou população. Eles
podem ser de origem natural ou antrópica. Alguns exemplos de
DOS PROCESSOS EXÓGENOS DO PLANETA TERRA: ZONAS desastres naturais são: terremotos, tsunamis, erupções vulcânicas,
CLIMÁTICAS, PADRÕES CLIMÁTICOS, CIRCULAÇÃO GERAL deslizamentos de terra e secas. Alguns exemplos de desastres an-
DA ATMOSFERA, FENÔMENOS ATMOSFÉRICOS E CLIMÁ- trópicos são: vazamentos de petróleo ou produtos químicos
TICOS, AQUECIMENTO GLOBAL, MUDANÇAS CLIMÁTICAS
E DESASTRES, INCLUINDO ASPECTOS RELACIONADOS ÀS
ESTRATÉGIAS E INSTRUMENTOS INTERNACIONAIS DE DOS PROCESSOS ENDÓGENOS NO PLANETA TERRA: MO-
POLÍTICAS AMBIENTAIS. DELAGEM DO RELEVO TERRESTRE, TECTÔNICA DE PLACAS
E TECTONISMO, VULCANISMO, INTEMPERISMOS E DESAS-
TRES.
Os processos exógenos do planeta Terra são aqueles que ocor-
rem na superfície terrestre ou próximos a ela, e que são influen-
ciados por fatores externos, como a radiação solar, a gravidade e Os processos endógenos no planeta Terra são aqueles que
a ação dos seres vivos. Esses processos atuam sobre o relevo e as ocorrem no interior da Terra e que são responsáveis pela formação
rochas, modificando-os ao longo do tempo. Alguns exemplos de e transformação do relevo terrestre. Eles envolvem a movimenta-
processos exógenos são: intemperismo, erosão, transporte e sedi- ção das placas tectônicas, o vulcanismo, o tectonismo e os terre-
mentação¹. motos¹².
Os processos exógenos estão relacionados às zonas climáticas, A modelagem do relevo terrestre é o resultado da ação dos
aos padrões climáticos, à circulação geral da atmosfera e aos fe- processos endógenos e exógenos. Os processos exógenos são aque-
nômenos atmosféricos e climáticos que ocorrem no planeta. Esses les que atuam na superfície da Terra e que provocam a erosão e o
fatores afetam a temperatura, a umidade, a pressão, o vento e a intemperismo das rochas. Eles são causados por agentes externos,
precipitação na superfície terrestre, criando diferentes tipos de cli- como a água, o vento, o gelo e os seres vivos²³.
ma e de vegetação nas diferentes regiões do mundo. Os desastres são eventos naturais ou provocados pelo homem
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CONHECIMENTOS

que causam danos à vida, ao meio ambiente ou à economia. Alguns atividade militar ou nuclear na Antártica. Atualmente, o tratado
exemplos de desastres relacionados aos processos endógenos são conta com 54 países membros, sendo 29 consultivos (com direito a
os terremotos, os tsunamis, as erupções vulcânicas e os desliza- voto) e 25 não consultivos.
mentos de terra³. A Antártica tem um papel geopolítico importante no cenário
A questão envolve o conhecimento dos conceitos de geomor- mundial, pois envolve interesses estratégicos, econômicos e am-
fologia, geologia, tectônica de placas, vulcanismo, intemperismo e bientais de diversos países. Alguns dos temas em debate são: a pre-
desastres naturais. Ela também requer a compreensão das relações servação da biodiversidade e dos recursos naturais; a regulação da
entre esses fenômenos e as formas de relevo que eles originam ou exploração mineral e pesqueira; a gestão do turismo sustentável; a
modificam. cooperação científica e tecnológica; a segurança da navegação ma-
A geomorfologia é a ciência que estuda as formas de relevo e rítima; e os impactos das mudanças climáticas sobre o continente
os processos que as originam e transformam¹. A geologia é a ciência e o planeta.
que estuda a origem, a estrutura, a composição e a evolução da
Terra¹. A tectônica de placas é a teoria que explica os movimentos
da crosta terrestre em função das forças internas do planeta¹². O QUESTÕES
vulcanismo é o conjunto de fenômenos relacionados à emissão de
magma, gases e materiais sólidos do interior da Terra para a super-
fície². O intemperismo é o conjunto de processos físicos, químicos e 1. As comunidades tradicionais e os povos originários têm um
biológicos que atuam sobre as rochas, provocando sua desintegra- papel fundamental na transformação do espaço geográfico, pois:
ção e decomposição²³. Os desastres naturais são eventos extremos Marque a alternativa CORRETA:
que causam danos à vida, ao meio ambiente ou à economia³. a) Contribuem para a degradação ambiental.
Os processos endógenos são aqueles que ocorrem no interior b) Promovem a urbanização desordenada.
da Terra e que são responsáveis pela formação e transformação do c) Possuem um conhecimento ancestral sobre o meio ambiente
relevo terrestre. Eles envolvem a movimentação das placas tectô- e práticas sustentáveis.
nicas, o vulcanismo, o tectonismo e os terremotos¹². Esses proces- d) São responsáveis pelo êxodo rural.
sos podem gerar formas de relevo como montanhas, cordilheiras,
planaltos, ilhas vulcânicas, fossas oceânicas e riftes continentais¹²³.
2. O reconhecimento e a valorização dos direitos das comuni-
Os processos exógenos são aqueles que atuam na superfície
dades tradicionais e dos povos originários contribuem para a:
da Terra e que provocam a erosão e o intemperismo das rochas.
Marque a alternativa CORRETA:
Eles são causados por agentes externos, como a água, o vento, o
a) Preservação do patrimônio cultural.
gelo e os seres vivos²³. Esses processos podem modificar as formas
de relevo existentes ou gerar novas formas, como vales, planícies, b) Padronização da cultura global.
depressões, dunas, cavernas e deltas²³. c) Expansão da monocultura.
A questão dos processos endógenos no planeta Terra é impor- d) Homogeneização dos costumes.
tante para entender como o relevo se formou ao longo do tempo
geológico e como ele continua se transformando ao longo do tem- 3. As comunidades tradicionais e os povos originários têm um
po histórico. Além disso, é importante para compreender os riscos papel importante na conservação da biodiversidade, pois:
e os impactos dos desastres naturais relacionados aos processos Marque a alternativa CORRETA:
endógenos, como terremotos, tsunamis e erupções vulcânicas³. a) Utilizam práticas agrícolas intensivas.
b) Priorizam a exploração econômica desenfreada.
c) Vivem em harmonia com o ambiente natural.
DA ANTÁRTICA: PAPEL TERRITORIAL E AMBIENTAL NO d) Ignoram a importância da preservação ambiental.
CONTEXTO GEOPOLÍTICO.

A Antártica é o continente mais frio, seco e ventoso do planeta, 4. Qual é o setor responsável pela extração de recursos natu-
com uma área de cerca de 14 milhões de quilômetros quadrados, rais em uma determinada região?
quase toda coberta por uma camada de gelo que chega a 4 quilô- Marque a alternativa CORRETA:
metros de espessura. Ela abriga cerca de 80% das reservas de água a) Setor Primário
doce do mundo e é considerada um regulador térmico global, in- b) Setor Secundário
fluenciando o clima e a circulação oceânica. c) Setor Terciário
A Antártica não possui população permanente, apenas esta- d) Setor Quaternário
ções científicas de diversos países que realizam pesquisas nas áreas
de geologia, glaciologia, biologia, meteorologia, oceanografia, entre 5. Em qual escala geográfica o setor primário possui maior re-
outras. O Brasil mantém desde 1984 a Estação Comandante Ferraz levância econômica?
na ilha Rei George, onde desenvolve projetos sobre a biodiversida- Marque a alternativa CORRETA:
de, a dinâmica do gelo e a interação entre a atmosfera e o oceano. a) Escala local
A Antártica é um território internacional dedicado à ciência e à b) Escala estadual
paz, conforme estabelecido pelo Tratado da Antártica, assinado em c) Escala nacional
1959 por 12 países que realizavam atividades na região. O tratado d) Escala global
congelou as reivindicações territoriais existentes e proibiu qualquer
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CONHECIMENTOS

6. Qual é o setor responsável pela transformação de matérias- 13. Qual é o bioma brasileiro que possui o maior número de
-primas em produtos acabados? espécies endêmicas, ou seja, exclusivas daquela região?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Setor Primário a) Mata Atlântica.
b) Setor Secundário b) Caatinga.
c) Setor Terciário c) Pampa.
d) Setor Quaternário d) Campos Sulinos.

7. Qual é o termo utilizado para descrever o crescimento da 14. Qual é o bioma característico do sertão nordestino, com
população urbana em proporção maior do que a população rural? vegetação adaptada à escassez de água?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Êxodo rural a) Caatinga.
b) Urbanização b) Pantanal.
c) Migração pendular c) Amazônia.
d) Êxodo urbano d) Cerrado.

8. Qual dos seguintes fatores NÃO é uma causa comum da ur- 15. Qual é a camada da atmosfera responsável por conter a
banização? maior parte dos gases que compõem o efeito estufa?
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Industrialização a) Troposfera
b) Migração rural-urbana b) Estratosfera
c) Melhoria das condições de vida no campo c) Mesosfera
d) Acesso a serviços e oportunidades nas cidades d) Termosfera

9. O termo “gentrificação” refere-se a: 16. A Zona Intertropical é caracterizada por:


a) O processo de segregação espacial nas áreas urbanas Marque a alternativa CORRETA:
b) A degradação socioeconômica de áreas urbanas a) Altas latitudes e baixas temperaturas
c) O deslocamento de grupos de baixa renda por grupos de alta b) Baixas latitudes e altas temperaturas
renda em áreas urbanas c) Altas latitudes e baixas precipitações
d) O desenvolvimento de novas áreas urbanas em regiões ru- d) Baixas latitudes e altas precipitações
rais
17. Qual é o principal fator responsável pela formação dos pa-
10. Cerrado é um dos principais biomas brasileiros, caracteri- drões climáticos?
zado por: Marque a alternativa CORRETA:
Marque a alternativa CORRETA: a) Variação da altitude
a) Floresta tropical e alta diversidade biológica. b) Correntes oceânicas
b) Clima semiárido e vegetação adaptada à seca. c) Latitudes
c) Vegetação de gramíneas e árvores esparsas. d) Massas de ar
d) Clima frio e presença de geleiras.
18. O fenômeno El Niño é caracterizado por:
11. Qual é o domínio morfoclimático predominante na região Marque a alternativa CORRETA:
amazônica? a) O resfriamento anormal das águas do Oceano Pacífico Equa-
Marque a alternativa CORRETA: torial
a) Domínio Amazônico. b) O aquecimento anormal das águas do Oceano Pacífico Equa-
b) Domínio dos Cerrados. torial
c) Domínio dos Mares de Morros. c) O aumento da pressão atmosférica nas regiões tropicais
d) Domínio das Araucárias. d) A ocorrência de tempestades tropicais na região polar

12. O Pantanal é um bioma brasileiro conhecido por ser: 19. O Protocolo de Kyoto é um acordo internacional que busca:
Marque a alternativa CORRETA: Marque a alternativa CORRETA:
a) Uma região de elevada altitude e baixas temperaturas. a) Reduzir as emissões de gases de efeito estufa
b) Um ecossistema marinho com rica biodiversidade. b) Controlar a erosão do solo
c) Uma área de extensos campos alagados e grande diversidade c) Preservar a biodiversidade marinha
de fauna. d) Regular o comércio internacional de produtos químicos
d) Uma floresta tropical com grande quantidade de chuvas.

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CONHECIMENTOS

20. Qual é o principal agente responsável pela modelagem do 27. Quantos países são signatários do Tratado da Antártica?
relevo terrestre? Marque a alternativa CORRETA:
Marque a alternativa CORRETA: a) 12
a) Vento b) 25
b) Água c) 50
c) Gelo d) 54
d) Tectonismo
28. De acordo com o Tratado da Antártica, a Antártica é consi-
21. A teoria da tectônica de placas afirma que: derada:
a) A Terra é composta por placas de gelo flutuando nos ocea- Marque a alternativa CORRETA:
nos. a) Um território internacional
b) A Terra é dividida em placas rígidas que se movem lentamen- b) Um território pertencente à Argentina
te sobre o manto terrestre. c) Um território pertencente à Austrália
c) A Terra é formada por placas de diferentes tipos de rochas. d) Um território pertencente à Rússia
d) A Terra é um sistema estático sem movimentos significativos.
29. Qual é o principal objetivo do Tratado da Antártica?
22. Os limites convergentes de placas tectônicas são caracteri- Marque a alternativa CORRETA:
zados por: a) Promover a exploração de recursos minerais na Antártica
Marque a alternativa CORRETA: b) Estabelecer a soberania de certos países sobre a Antártica
a) O afastamento das placas tectônicas. c) Proteger o ambiente antártico e proibir atividades militares
b) O movimento paralelo das placas tectônicas. d) Estabelecer diretrizes para a colonização humana na Antár-
c) O encontro e colisão das placas tectônicas. tica
d) O movimento lateral das placas tectônicas.
30. (Concurso Público - Nível Médio) - O que é linguagem car-
23. Quando duas placas tectônicas se movem uma em direção tográfica?
à outra, podendo resultar na formação de cadeias montanhosas, a) Um conjunto de regras gramaticais utilizadas na elaboração
esse processo é conhecido como: de mapas.
Marque a alternativa CORRETA: b) Um sistema de posicionamento por satélite usado para cole-
a) Rift continental tar dados geográficos.
b) Acomodação de placas c) Um conjunto de símbolos, cores e convenções utilizados na
c) Orogênese representação de informações geográficas em mapas.
d) Divergência d) Um método de coleta de dados sobre a superfície terrestre
por meio de imagens de satélite.
24. O vulcanismo é um processo relacionado com:
Marque a alternativa CORRETA: 31. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a principal fun-
a) O movimento das placas tectônicas. ção do Sistema de Informação Geográfica (SIG)?
b) A erosão dos solos. a) Determinar a localização exata de um objeto na Terra.
c) A formação de rios. b) Coletar dados sobre a superfície terrestre por meio de ima-
d) O resfriamento da atmosfera. gens de satélite.
c) Armazenar e manipular informações geográficas para análise
25. Qual dos seguintes países não possui reivindicações territo- e visualização de padrões e relacionamentos no espaço.
riais sobre a Antártica? d) Disponibilizar mapas e informações geográficas por meio da
Marque a alternativa CORRETA: internet.
a) Brasil
b) Estados Unidos 32. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal aplica-
c) Rússia ção do sensoriamento remoto?
d) China a) Navegação por satélite.
b) Elaboração de mapas temáticos.
26. Qual é o principal tratado internacional que regula as ativi- c) Análise de dados demográficos.
dades na Antártica? d) Monitoramento de condições atmosféricas.
Marque a alternativa CORRETA:
a) Tratado de Lisboa
b) Tratado de Versalhes
c) Tratado de Madrid
d) Tratado da Antártica

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CONHECIMENTOS

33. (Concurso Público - Nível Superior) - O que é web mapping? 40. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador é utiliza-
a) Uma técnica de elaboração de mapas em software SIG. do para medir a desigualdade de renda em uma determinada po-
b) Um método de coleta de dados geográficos por meio de ima- pulação ou território?
gens de satélite. a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
c) A disponibilização de mapas e informações geográficas por b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
meio da internet. c) GINI (Coeficiente de Gini)
d) Um sistema de posicionamento por satélite utilizado para d) Índice de Desmatamento
determinar a localização exata de um objeto na Terra.
41. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual indicador mede o
34. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a importância da desenvolvimento humano em diferentes países, levando em consi-
escala em um mapa? deração a saúde, educação e renda?
a) Determinar a localização exata de um objeto na Terra. a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
b) Indicar a direção do norte geográfico. b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
c) Representar proporções entre as distâncias no mapa e no c) GINI (Coeficiente de Gini)
terreno real. d) Índice de Desmatamento
d) Identificar diferentes características do terreno, como áreas
urbanas e corpos d’água.
42. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador é utiliza-
do para medir a perda de cobertura florestal em uma determinada
35. (Concurso Público - Nível Médio) -
área?
Qual foi a principal atividade econômica durante o período co-
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
lonial no Brasil?
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
a) Mineração.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
b) Produção de café.
d) Índice de Desmatamento
c) Produção de cana-de-açúcar.
d) Exploração do pau-brasil.
43. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual indicador é uti-
lizado para avaliar o desenvolvimento humano em nível municipal
36. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a principal ca-
no Brasil?
racterística da distribuição demográfica no Brasil?
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
a) Concentração populacional nas áreas rurais.
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
b) Distribuição uniforme em todas as regiões do país.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
c) Concentração populacional nas áreas urbanas e litorâneas.
d) Índice de Desmatamento
d) Maior densidade demográfica na região Norte.
44. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual indicador mede
37. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os principais
o nível de desenvolvimento humano com base em indicadores de
aspectos culturais do Brasil?
educação, saúde e renda?
a) Influência europeia e asiática.
a) IDH (Índice de Desenvolvimento Humano)
b) Diversidade étnica e religiosa.
b) IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal)
c) Forte influência indígena.
c) GINI (Coeficiente de Gini)
d) Predominância da cultura africana.
d) Índice de Desmatamento
38. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é o bioma brasi-
45. (Concurso Público - Nível Médio) - Os deslocamentos popu-
leiro de maior extensão territorial?
lacionais podem ocorrer de forma voluntária ou forçada. Qual é a
a) Amazônia.
principal diferença entre esses dois tipos de deslocamento?
b) Pantanal.
a) Os deslocamentos voluntários são motivados por condições
c) Mata Atlântica. adversas, enquanto os deslocamentos forçados são motivados
d) Cerrado. por oportunidades de trabalho e estudo.
b) Os deslocamentos voluntários ocorrem dentro do mesmo
39. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os desafios país, enquanto os deslocamentos forçados ocorrem entre paí-
ambientais enfrentados pelo Brasil? ses diferentes.
a) Poluição atmosférica e desertificação. c) Os deslocamentos voluntários são motivados por escolhas
b) Falta de recursos hídricos e erosão do solo. pessoais, enquanto os deslocamentos forçados ocorrem devi-
c) Desmatamento e degradação ambiental. do a conflitos, perseguições ou desastres naturais.
d) Poluição dos oceanos e escassez de energia. d) Os deslocamentos voluntários são permanentes, enquanto
os deslocamentos forçados são temporários.

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CONHECIMENTOS

46. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual área de estudo


da geografia analisa a estrutura e as características da população, 53. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é o papel das po-
incluindo fatores como natalidade, mortalidade, crescimento popu- líticas públicas nas desigualdades nos territórios?
lacional, envelhecimento e distribuição espacial? a) Agravar as disparidades sociais e econômicas.
a) Geografia Urbana b) Reduzir a diversidade cultural e étnica.
b) Geografia Agrária c) Promover a segregação espacial.
c) Geografia Física d) Buscar a redução das desigualdades e a promoção da justiça
d) Demografia social.

47. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é o termo utilizado 54. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os aspectos
para designar as expressões culturais que refletem as tradições, os abrangidos pelas desigualdades nos territórios?
costumes e os modos de vida de determinado grupo social? a) Apenas aspectos econômicos e políticos.
a) Manifestações Folclóricas b) Apenas aspectos sociais e culturais.
b) Cultura Popular c) Aspectos sociais, políticos, econômicos, culturais e ambien-
c) Diversidade Cultural tais.
d) Patrimônio Cultural Imaterial d) Apenas aspectos ambientais.

48. (Concurso Público - Nível Superior) - Qual é a importância 55. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal função
da valorização da diversidade étnico-racial na geografia da popula- das redes de transporte?
ção? a) Facilitar a comunicação e o acesso à informação.
a) Contribui para o crescimento populacional. b) Promover a integração cultural entre diferentes regiões.
b) Promove a integração econômica entre diferentes territó- c) Viabilizar a movimentação de mercadorias e pessoas.
rios. d) Reduzir as desigualdades socioeconômicas.
c) Fortalece os laços comunitários e preserva a memória cole-
tiva. 56. (Concurso Público - Nível Superior) - Como as redes de co-
d) Estimula a urbanização e o desenvolvimento das cidades. municação e transportes estão interligadas?
a) A comunicação é um resultado direto da infraestrutura de
49. (Concurso Público - Nível Médio) - Quais são os principais transporte.
fatores que podem levar a deslocamentos forçados? b) As redes de comunicação são fundamentais para o planeja-
a) Oportunidades de trabalho e estudo. mento logístico.
b) Conflitos armados, perseguições étnicas, desastres naturais c) As redes de transporte dependem da disseminação da in-
e condições adversas. ternet.
c) Acesso limitado a serviços básicos, como saúde e educação. d) As redes de comunicação e transporte se influenciam mu-
d) Mudanças nos padrões de consumo e estilos de vida. tuamente.

50. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a principal carac- 57. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a importância das
terística das desigualdades sociais nos territórios? redes de comunicação e transportes em escalas locais?
a) Concentração de recursos naturais. a) Facilitam a comunicação entre diferentes países.
b) Distribuição igualitária de oportunidades de trabalho. b) Promovem a integração econômica em regiões metropoli-
c) Disparidades no acesso a serviços básicos e renda. tanas.
d) Exclusão política de determinados grupos étnicos. c) Reduzem a dependência de veículos particulares em áreas
rurais.
d) Contribuem para a sustentabilidade urbana e o deslocamen-
51. (Concurso Público - Nível Superior) - O que é segregação
to diário nas cidades.
espacial nos territórios?
a) A valorização da diversidade cultural em determinadas re-
giões. 58. (Concurso Público - Nível Superior) - Quais são as possíveis
b) A distribuição igualitária de recursos naturais. desigualdades relacionadas às redes de comunicação e transpor-
c) A separação geográfica de grupos sociais, resultando em áre- tes?
as de exclusão. a) Limitação no acesso à informação em áreas remotas.
d) A participação política efetiva de todos os grupos étnicos. b) Igualdade de oportunidades entre regiões metropolitanas.
c) Disponibilidade igualitária de infraestrutura de transporte
52. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é o objetivo dos mo- em todo o país.
d) Aumento da conectividade digital em áreas economicamen-
vimentos urbanos relacionados às desigualdades nos territórios?
te desfavorecidas.
a) Promover a segregação espacial.
b) Acentuar as desigualdades socioeconômicas.
c) Reivindicar melhores condições de vida e direitos nas cida-
des.
d) Excluir determinados grupos culturais das áreas urbanas.

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CONHECIMENTOS

59. (Concurso Público - Nível Médio) - Qual é a relação entre as 65. -Quais são as problemáticas socioambientais frequente-
redes de comunicação e transportes e a sustentabilidade? mente associadas à produção de alimentos em larga escala?
a) As redes de transporte são prejudiciais ao meio ambiente. a) Desemprego e desigualdade social.
b) A comunicação em tempo real é um desperdício de recursos. b) Poluição sonora e visual.
c) As redes de comunicação e transporte promovem a susten- c) Escassez de combustíveis fósseis.
tabilidade urbana. d) Desmatamento, uso de agrotóxicos, queimadas, escassez hí-
d) A conectividade digital não tem impacto na sustentabilidade. drica e degradação do solo.
e) Aumento da criminalidade nas áreas rurais.
60. Quais são as principais transformações relacionadas à pro-
dução e circulação de produtos decorrentes da industrialização? 66. Qual é o principal impacto ambiental relacionado à expan-
a) Redução da diversidade de mercadorias e aumento da ofer- são agrícola?
ta. a) Emissão de gases de efeito estufa.
b) Diminuição da eficiência produtiva e da capacidade de pro- b) Aumento da biodiversidade.
dução em massa. c) Preservação de ecossistemas frágeis.
c) Aumento da oferta e diversidade de mercadorias. d) Redução da erosão do solo.
d) Desenvolvimento de técnicas artesanais e agrícolas. e) Melhoria na qualidade do ar.

61. Como as relações de trabalho foram afetadas pela indus- 67. Quais são os principais problemas causados pelo uso indis-
trialização? criminado de agrotóxicos?
a) O trabalho artesanal e agrícola foi mantido, não havendo a) Contaminação de solos, águas e alimentos.
transformações significativas. b) Aumento da produtividade agrícola.
b) Houve a substituição do trabalho assalariado pelo trabalho c) Melhoria da saúde humana.
autônomo. d) Preservação da biodiversidade.
c) Surgiu a organização fabril, com o trabalho assalariado e a e) Redução das doenças transmitidas por vetores.
divisão de tarefas.
d) A industrialização não teve impacto nas relações de traba-
68. Qual é a prática agrícola que contribui para a emissão de
lho.
gases de efeito estufa e danos à qualidade do ar?
a) Uso de fertilizantes orgânicos.
62. Qual é o papel das corporações na industrialização?
b) Rotação de culturas.
a) Elas são responsáveis pela produção e circulação de produ-
c) Agricultura de corte e queima.
tos em pequena escala.
d) Agricultura de subsistência.
b) As corporações têm um papel insignificante na economia
global. e) Agricultura familiar.
c) Elas controlam cadeias produtivas e exercem influência polí-
tica e econômica. 69. Qual é a consequência da degradação do solo na produção
d) As corporações não possuem relevância nas transformações de alimentos?
da industrialização. a) Aumento da fertilidade do solo.
b) Melhoria da capacidade produtiva das terras.
63. Como o desenvolvimento científico e tecnológico contribui c) Conservação dos recursos hídricos.
para a industrialização? d) Compactação, erosão e perda de nutrientes.
a) O desenvolvimento científico e tecnológico não está relacio- e) Redução do uso de agrotóxicos.
nado à industrialização.
b) Ele não tem impacto na eficiência produtiva e na criação de 70. O que são práticas agroecológicas e sustentáveis?
empregos qualificados. a) Métodos de produção agrícola intensiva que utilizam gran-
c) Permite a automação dos processos de produção, a melhoria des quantidades de agrotóxicos.
da qualidade dos produtos e a redução dos custos. b) Abordagens que valorizam a interação equilibrada entre os
d) O desenvolvimento científico e tecnológico aumenta os cus- sistemas agrícolas, os recursos naturais e a comunidade.
tos de produção. c) Práticas de agricultura tradicional que não levam em consi-
deração a conservação do meio ambiente.
64. Como a industrialização afeta diferentes escalas geográfi- d) Técnicas de manejo do solo que priorizam o uso intensivo de
cas? fertilizantes químicos.
a) A industrialização não tem impacto em diferentes escalas e) Métodos de cultivo que visam aumentar a produtividade
geográficas. agrícola sem levar em consideração a sustentabilidade.
b) Ela promove a concentração de atividades industriais apenas
em áreas rurais.
c) A industrialização gera efeitos somente em escalas nacionais.
d) Em diferentes escalas geográficas, a industrialização afeta a
economia, a urbanização e o meio ambiente.

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CONHECIMENTOS

71. O que a agricultura urbana busca promover? 78. Qual é a esfera terrestre onde a água está no estado sólido,
a) Aumento da dependência de longas cadeias de suprimentos incluindo regiões polares e geleiras de altitude?
alimentares. a) Litosfera
b) Redução da segurança alimentar em áreas urbanas. b) Atmosfera
c) Utilização de espaços limitados para a produção de alimen- c) Criosfera
tos de forma sustentável. d) Hidrosfera
d) Uso intensivo de agrotóxicos em áreas urbanas.
e) Desconexão entre a comunidade urbana e o meio ambiente. 79. Qual é a esfera que engloba todas as formas de água na
Terra, incluindo oceanos, rios, lagos e vapor de água na atmosfera?
72. Quais são os benefícios da certificação de produtos orgâni- a) Litosfera
cos e agroflorestais? b) Atmosfera
a) Garantia de que os produtos foram produzidos com o uso c) Biosfera
intensivo de agrotóxicos. d) Hidrosfera
b) Incentivo ao uso de aditivos químicos prejudiciais à saúde.
c) Promoção de sistemas agrícolas ambientalmente responsá- 80. Qual recurso natural é essencial para a sobrevivência de
veis.
todos os seres vivos e enfrenta desafios como a escassez e a degra-
d) Aumento da dependência de produtos importados.
dação da qualidade em diversas regiões?
e) Valorização de práticas agrícolas intensivas e prejudiciais ao
a) Energia
meio ambiente.
b) Biodiversidade
c) Solo
73. Qual é a importância da agricultura familiar sustentável em
d) Água
países em desenvolvimento?
a) Redução da diversidade de cultivos.
b) Aumento da dependência de importações de alimentos. 81. O que é biodiversidade?
c) Geração de renda e segurança alimentar para as comunida- a) Variedade de vida existente no planeta, incluindo plantas,
des rurais. animais e microrganismos
d) Aumento da dependência de agrotóxicos. b) Recurso natural responsável pela geração de energia reno-
e) Preservação da biodiversidade nas áreas urbanas. vável
c) Processo de conservação do solo em áreas agrícolas
d) Gestão sustentável dos recursos naturais
74. Qual é o objetivo das práticas agroecológicas e sustentá-
veis?
82. Qual recurso natural é fundamental para a produção de ali-
a) Aumentar a degradação do meio ambiente.
b) Promover sistemas alimentares mais equitativos, saudáveis mentos e está sujeito à degradação causada por erosão, contami-
e ambientalmente responsáveis. nação e desmatamento?
c) Reduzir a diversidade de cultivos. a) Energia
d) Incentivar o uso intensivo de agrotóxicos. b) Biodiversidade
e) Ignorar a conexão entre os seres humanos e a natureza. c) Solo
d) Água
75. Qual é a esfera terrestre responsável por abrigar todos os
seres vivos e seus habitats? 83. Quais são as preocupações ambientais relacionadas à ener-
a) Litosfera gia não renovável?
b) Atmosfera a) Escassez hídrica e degradação do solo
c) Biosfera b) Perda de biodiversidade e desmatamento
d) Hidrosfera c) Emissão de gases de efeito estufa e degradação de ecossis-
temas
d) Introdução de espécies invasoras e poluição do ar
76. Qual é a camada gasosa que envolve a Terra e é composta
por nitrogênio, oxigênio, vapor de água, dióxido de carbono e ou-
84. O que é necessário para a gestão e a conservação dos re-
tros gases?
cursos naturais, incluindo o uso sustentável, a redução do consumo
a) Litosfera
excessivo e a proteção dos ecossistemas?
b) Atmosfera
a) Políticas ambientais efetivas e participação da sociedade civil
c) Criosfera
b) Investimento em tecnologia e exploração intensiva
d) Hidrosfera
c) Subsídios para corporações e indústrias
d) Desenvolvimento urbano sem restrições
77. A camada sólida externa da Terra, composta por rochas,
solo e minerais, é chamada de:
a) Litosfera
b) Atmosfera
c) Biosfera
d) Hidrosfera
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85. Qual é um dos principais impactos socioambientais relacio- 14 A


nados ao uso de recursos naturais e padrões de consumo?
a) A escassez de matéria-prima 15 B
b) A redução da poluição atmosférica 16 B
c) O aumento da biodiversidade
17 C
d) A degradação dos ecossistemas naturais
18 B
86. O que causa a destruição de habitats naturais e a perda de 19 A
biodiversidade?
a) A reciclagem de resíduos sólidos 20 B
b) A extração indiscriminada de recursos minerais 21 B
c) A adoção de hábitos sustentáveis 22 C
d) A redução do consumo excessivo
23 C
87. Qual é uma das consequências da emissão excessiva de ga- 24 A
ses de efeito estufa?
25 A
a) A redução da temperatura média do planeta
b) A diminuição dos eventos climáticos extremos 26 D
c) O aumento da biodiversidade 27 D
d) O aquecimento global
28 A
88. O que envolve a adoção de hábitos sustentáveis? 29 C
a) O consumo excessivo de recursos naturais 30 C
b) O descarte inadequado de resíduos sólidos
c) A redução do consumo excessivo e o uso consciente de re- 31 C
cursos 32 B
d) A exploração intensiva de recursos naturais
33 C
89. Além dos indivíduos, quem também deve atuar na promo- 34 C
ção de práticas sustentáveis? 35 D
a) A sociedade civil
b) As corporações multinacionais 36 C
c) Os governos locais 37 B
d) As indústrias poluentes
38 A
39 C
GABARITO 40 C
41 A

1 C 42 D

2 A 43 B

3 C 44 A

4 A 45 C

5 A 46 D

6 B 47 B

7 B 48 C

8 C 49 B

9 C 50 C

10 C 51 C

11 A 52 C

12 C 53 D

13 A 54 C
55 C
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CONHECIMENTOS

56 D ______________________________________________________

57 D ______________________________________________________
58 A ______________________________________________________
59 C
______________________________________________________
60 C
61 C ______________________________________________________
62 C ______________________________________________________
63 C
______________________________________________________
64 D
______________________________________________________
65 D
66 A ______________________________________________________
67 A ______________________________________________________
68 C
______________________________________________________
69 D
70 B ______________________________________________________
71 C ______________________________________________________
72 C
______________________________________________________
73 C
______________________________________________________
74 B
75 C ______________________________________________________
76 B ______________________________________________________
77 A
______________________________________________________
78 C
79 D ______________________________________________________

80 D ______________________________________________________
81 A
______________________________________________________
82 C
______________________________________________________
83 C
84 A ______________________________________________________
85 D ______________________________________________________
86 B
______________________________________________________
87 D
88 C ______________________________________________________

89 A ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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Em resumo, “Aprendizagem Social e Ferramentas Participa-


CARVALHO, CAROLINA MONTEIRO DE; GIATTI, LEAN- tivas para o Nexo Urbano: Aprendendo Juntos para Promover um
DRO LUIZ; JACOBI, PEDRO ROBERTO (ORG.). APRENDI- Futuro Melhor” é uma obra que traz reflexões importantes sobre
ZAGEM SOCIAL E FERRAMENTAS PARTICIPATIVAS PARA a construção de cidades sustentáveis e participativas. Os autores
O NEXO URBANO: APRENDENDO JUNTOS PARA PRO- demonstram como a aprendizagem social e o uso de ferramentas
MOVER UM FUTURO MELHOR. SÃO PAULO: FACUL- participativas podem contribuir para a transformação social e a con-
DADE DE SAÚDE PÚBLICA /USP, 2019 strução de um futuro mais promissor nas áreas urbanas.

“Aprendizagem Social e Ferramentas Participativas para o Nexo CASTELLAR, SONIA MARIA VANZELLA. CARTOGRAFIA
Urbano: Aprendendo Juntos para Promover um Futuro Melhor” é ESCOLAR E O PENSAMENTO ESPACIAL FORTALECENDO
uma obra organizada por Carolina Monteiro de Carvalho, Leandro O CONHECIMENTO GEOGRÁFICO. REVISTA BRASILEIRA
Luiz Giatti e Pedro Roberto Jacobi. Publicado em 2019, o livro é DE EDUCAÇÃO EM GEOGRAFIA (ONLINE), V. 7, N. 13, P.
resultado de uma coletânea de estudos e reflexões sobre apren- 207–232, JAN./JUN. 2017
dizagem social e ferramentas participativas no contexto do nexo
urbano.
A obra aborda questões relacionadas ao desenvolvimento sus- O artigo “Cartografia Escolar e o Pensamento Espacial For-
tentável, participação cidadã e construção coletiva de soluções para talecendo o Conhecimento Geográfico”, escrito por S. M. V. Cas-
os desafios urbanos. Os organizadores reuniram um conjunto diver- tellar e publicado na Revista Brasileira de Educação em Geografia
sificado de autores e pesquisadores que exploram temas como ed- em 2017, aborda a importância da cartografia no fortalecimento do
ucação ambiental, governança participativa, justiça socioambiental conhecimento geográfico no contexto escolar.
e gestão sustentável das cidades. O objetivo principal do estudo é discutir a relevância da car-
O livro parte do pressuposto de que a aprendizagem social e o tografia como uma ferramenta educacional para desenvolver o
uso de ferramentas participativas são fundamentais para promov- pensamento espacial dos alunos e a compreensão das relações en-
er a transformação social e construir um futuro melhor nas áreas tre espaço, sociedade e meio ambiente. A autora argumenta que a
urbanas. Essa abordagem reconhece a importância do diálogo, da cartografia é uma linguagem visual poderosa que permite aos estu-
troca de conhecimentos e da colaboração entre diferentes atores dantes interpretar e representar o espaço geográfico de forma mais
sociais, incluindo comunidades, gestores públicos, acadêmicos e or- significativa.
ganizações da sociedade civil. No artigo, Castellar explora diferentes abordagens e práticas
Ao longo dos capítulos, os autores apresentam estudos de pedagógicas que podem ser adotadas pelos professores para pro-
caso, experiências práticas e reflexões teóricas que demonstram mover o uso da cartografia como um recurso didático eficaz. Ela
como a aprendizagem social e as ferramentas participativas podem destaca a importância de atividades práticas, como a leitura e inter-
ser aplicadas em diversos contextos urbanos. Eles discutem a im- pretação de mapas, a elaboração de representações cartográficas
portância da participação ativa da comunidade na tomada de de- e a análise de imagens geográficas, que auxiliam os alunos a com-
cisões, na elaboração de políticas públicas e na busca por soluções preenderem conceitos geográficos complexos.
sustentáveis para os desafios enfrentados nas cidades. Além disso, a autora enfatiza a necessidade de abordar a car-
Além disso, o livro destaca a relevância da educação ambiental tografia de maneira integrada com outras disciplinas, relacionan-
e da conscientização para a construção de cidades mais sustentáveis do o conhecimento geográfico com aspectos históricos, socioeco-
e equitativas. Os autores enfatizam a necessidade de promover a nômicos e culturais. Isso contribui para ampliar a compreensão dos
educação ambiental de forma inclusiva e participativa, envolvendo alunos sobre a complexidade e a dinâmica dos espaços geográficos
diferentes grupos sociais e estimulando a reflexão crítica sobre as em que vivem.
questões urbanas. Castellar destaca também a importância do uso das tecnologias
A obra também explora o papel das instituições acadêmicas e digitais no ensino da cartografia, como softwares de mapeamento e
da pesquisa científica na promoção da aprendizagem social e no sistemas de informações geográficas. Essas ferramentas permitem
desenvolvimento de ferramentas participativas. Os autores dis- que os estudantes explorem o espaço de forma interativa, realizem
cutem como a academia pode se engajar em parcerias com a so- análises espaciais e desenvolvam habilidades de pensamento críti-
ciedade civil e os governos locais, contribuindo com conhecimentos co e espacial.
científicos e técnicos para a construção de cidades mais suste- Em suma, o artigo ressalta a relevância da cartografia escolar
ntáveis e participativas. como um instrumento pedagógico fundamental para fortalecer o
conhecimento geográfico dos alunos. Através da utilização da car-
tografia, os estudantes desenvolvem habilidades de interpretação,
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análise e representação do espaço, contribuindo para uma com- O objetivo principal do artigo é discutir a complexidade do
preensão mais profunda e significativa das relações entre socie- território no contexto contemporâneo, considerando as transfor-
dade, espaço e meio ambiente. mações sociais, políticas e econômicas que têm impacto na con-
strução e na organização dos espaços territoriais.
Haesbaert argumenta que o conceito tradicional de território,
FELÍCIO, MUNIR JORGE. GÊNESE DA GEOGRAFIA AGRÁ- baseado na ideia de controle e exclusividade de uma determina-
RIA NO BRASIL. CAMPO TERRITÓRIO: REVISTA DE GE- da área por parte de um grupo ou entidade, está sendo desafiado
OGRAFIA AGRÁRIA, UBERLÂNDIA, V. 14, N. 33, P. 32-52, pela crescente interconectividade e interdependência dos espaços.
AGO. 2019 Nesse sentido, o autor propõe o conceito de multiterritorialidade,
que reconhece a coexistência de múltiplos territórios e as diversas
formas de apropriação e reivindicação dos espaços.
O artigo “Gênese da Geografia Agrária no Brasil”, escrito por No decorrer do artigo, Haesbaert explora diferentes aborda-
M.J. Felício e publicado na revista Campo Território: Revista Agrária gens teóricas sobre o tema, discutindo a relação entre território,
em agosto de 2019, aborda a origem e o desenvolvimento da identidade, poder e pertencimento. Ele destaca a importância de
Geografia Agrária como um campo de estudo no Brasil. considerar as dinâmicas socioespaciais, as relações de poder e as
O objetivo principal do estudo é traçar um panorama histórico práticas territoriais que transcendem as fronteiras tradicionais.
sobre a formação da Geografia Agrária no país, desde suas bases O autor também aborda questões como a globalização, os
teóricas e metodológicas até suas principais contribuições para a fluxos transfronteiriços, as relações de escala e a multiplicidade de
compreensão do espaço rural brasileiro. atores e interesses envolvidos na construção dos territórios. Ele
No artigo, Felício destaca a importância de entender a relação ressalta a necessidade de compreender a territorialidade como um
entre sociedade e natureza no contexto agrário, assim como a in- processo dinâmico e em constante transformação, influenciado por
fluência de fatores políticos, econômicos e sociais na organização fatores sociais, culturais, políticos e econômicos.
do espaço rural. O autor ressalta que a Geografia Agrária surge Haesbaert argumenta que a multiterritorialidade desafia as
como uma resposta às demandas de compreensão das dinâmicas noções tradicionais de soberania e delimitação espacial, eviden-
espaciais do campo e das relações de poder envolvidas na produção ciando a complexidade dos processos de construção, apropriação
agrícola. e transformação dos territórios. Ele defende a importância de uma
O estudo aborda também os principais autores e obras que abordagem crítica e reflexiva sobre o conceito de território, consid-
contribuíram para o desenvolvimento da Geografia Agrária no Bra- erando as múltiplas formas de pertencimento, as lutas territoriais e
sil, desde os precursores até os pesquisadores contemporâneos. as relações de poder presentes nos diferentes espaços.
São discutidas abordagens teóricas, como a teoria do campesinato, Em resumo, o artigo “Território e Multiterritorialidade: Um De-
a análise dos sistemas agrários e os estudos sobre agricultura famil- bate” apresenta uma reflexão crítica sobre o conceito de território
iar e agronegócio. no contexto contemporâneo, discutindo a emergência da multi-
Felício destaca ainda a importância da Geografia Agrária como territorialidade e as transformações que desafiam as noções tradi-
uma disciplina que busca compreender as desigualdades sociais e cionais de territorialidade. O autor enfatiza a necessidade de com-
espaciais presentes no meio rural brasileiro, além de analisar os preender as dinâmicas espaciais complexas e as relações de poder
processos de desenvolvimento agrícola, as relações de trabalho e presentes na construção e apropriação dos territórios.
a distribuição de terras.
O autor ressalta a necessidade de uma abordagem multidisci-
plinar na Geografia Agrária, envolvendo diálogos com outras áreas JACOBI, PEDRO ROBERTO; GRANDISOLI, EDSON; COU-
do conhecimento, como a Economia, a Sociologia Rural e a Ecologia. TINHO, SONIA MARIA VIGGIANI; MAIA, ROBERTA DE
Isso permite uma compreensão mais ampla das dinâmicas e dos ASSIS; TOLEDO, RENATA FERRAZ DE. TEMAS ATUAIS EM
desafios enfrentados no campo. MUDANÇAS CLIMÁTICAS: PARA OS ENSINOS FUNDA-
Em suma, o artigo “Gênese da Geografia Agrária no Brasil” MENTAL E MÉDIO. SÃO PAULO: IEE/USP, 2015
apresenta um panorama histórico e teórico sobre a formação desse
campo de estudo no país. O autor destaca sua importância na com-
preensão das dinâmicas espaciais do espaço rural, bem como na O livro “Temas Atuais em Mudanças Climáticas: Para os Ensinos
análise das relações sociais, econômicas e políticas envolvidas na Fundamental e Médio”, de autoria de Pedro Roberto Jacobi, Edson
produção agrícola brasileira. Grandisoli, Sonia Maria Viggiani Coutinho, Roberta de Assis Maia e
Renata Ferraz de Toledo, publicado em 2015, aborda questões rel-
acionadas às mudanças climáticas e sua relevância para o ensino
HAESBAERT, ROGÉRIO. TERRITÓRIO E MULTITERRITO- fundamental e médio.
RIALIDADE: UM DEBATE. GEOGRAPHIA, RIO DE JANEI- O objetivo principal da obra é fornecer subsídios e informações
RO, V. 9, N. 17, P. 19-46, 2007 atualizadas sobre as mudanças climáticas, de forma a conscientizar
e engajar os estudantes nesses temas. Os autores buscam apresen-
tar conteúdos relevantes e abordar questões como a origem das
O artigo “Território e Multiterritorialidade: Um Debate”, escrito mudanças climáticas, seus impactos socioambientais e as medidas
por R. Haesbaert e publicado na revista Geographia, em 2007, apre- de mitigação e adaptação necessárias.
senta uma reflexão sobre o conceito de território e a emergência do O livro está estruturado em capítulos que exploram diferentes
fenômeno da multiterritorialidade. aspectos das mudanças climáticas, como o papel das atividades
humanas, as consequências para os ecossistemas e as soluções
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propostas para lidar com o problema. Os autores utilizam uma lin-


guagem clara e acessível, de modo a facilitar a compreensão dos MARTINELLI, MARCELLO. MAPAS DA GEOGRAFIA E DA
conceitos pelos estudantes. CARTOGRAFIA TEMÁTICA. SÃO PAULO: CONTEXTO,
Além disso, a obra conta com atividades práticas, sugestões de 2003
experimentos e propostas de discussões em sala de aula, com o in-
tuito de promover a participação ativa dos estudantes e estimular o
pensamento crítico sobre o tema das mudanças climáticas. O livro “Mapas da Geografia e da Cartografia Temática”, escrito
O livro aborda também a importância da educação ambiental por Marcelo Martinelli e publicado em 2003, aborda a importância
no contexto das mudanças climáticas, destacando a necessidade de dos mapas como ferramentas fundamentais para o estudo e com-
desenvolver habilidades e competências nos estudantes para en- preensão da Geografia e da Cartografia Temática.
frentar os desafios ambientais do século XXI. A obra explora os conceitos básicos relacionados à elaboração,
Em resumo, o livro “Temas Atuais em Mudanças Climáticas: interpretação e análise de mapas, apresentando de forma clara e
Para os Ensinos Fundamental e Médio” busca proporcionar uma didática os princípios cartográficos, as técnicas de representação
abordagem educativa e atualizada sobre as mudanças climáticas, espacial e os diferentes tipos de mapas utilizados na Geografia.
oferecendo subsídios para os professores e estimulando a conscien- O autor discute o papel dos mapas como instrumentos de vi-
tização e ação dos estudantes em relação a esse importante tema. sualização e comunicação do conhecimento geográfico, destacan-
do sua relevância para a compreensão das relações espaciais, das
dinâmicas territoriais e das características geográficas dos lugares.
MAGNONI JÚNIOR, LOURENÇO; MAGNONI, MARIA DA O livro abrange diversos temas, como a leitura de mapas, a rep-
GRAÇA MELLO. PREVENIR E ANTECIPAR PARA NÃO RE- resentação dos fenômenos geográficos, a simbologia cartográfica, a
MEDIAR: O ENSINO DE GEOGRAFIA, A REDUÇÃO DO cartografia temática e a utilização de softwares e tecnologias digi-
RISCO DE DESASTRES E A RESILIÊNCIA NO MUNDO tais na produção de mapas.
GLOBALIZADO. IN: MAGNONI JÚNIOR, LOURENÇO ET Ao longo dos capítulos, Martinelli apresenta exemplos práticos
AL. REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES E A RESILIÊN- e estudos de caso que ilustram a aplicação dos conceitos cartográf-
CIA NO MEIO RURAL E URBANO. 2. ED. SÃO PAULO: icos no contexto geográfico, fornecendo aos leitores uma base sóli-
CENTRO PAULA SOUZA, 2020. P. 76-100 da para a compreensão e a análise de mapas.
Em resumo, o livro “Mapas da Geografia e da Cartografia
Temática” é uma obra de referência que aborda os fundamentos
O texto “Prevenir e Antecipar para não Remediar: o Ensino de teóricos e práticos da cartografia e sua relação com a Geografia. O
Geografia, a Redução do Risco de Desastres e a Resiliência no Mun- autor busca proporcionar ao leitor o domínio das técnicas e con-
do Globalizado”, escrito por Lourenço Magnoni Júnior e Maria da ceitos cartográficos, possibilitando uma melhor compreensão do
Graça Mello Magnoni, faz parte do livro “Redução do Risco de De- mundo por meio dos mapas.
sastres e a Resiliência no Meio Rural e Urbano”, publicado em 2020.
O texto aborda a importância do ensino de Geografia como
ferramenta para a prevenção e redução do risco de desastres e o MORAES, ANTONIO CARLOS ROBERT. GEOGRAFIA: PE-
desenvolvimento da resiliência em um mundo globalizado. Os au- QUENA HISTÓRIA CRÍTICA. SÃO PAULO: HUCITEC, 1985
tores destacam a necessidade de antecipar e adotar medidas pre-
ventivas para evitar a ocorrência de desastres e suas consequências
negativas. O livro “Geografia: Pequena História Crítica”, escrito por An-
A obra discute os desafios enfrentados pelo meio rural e urba- tonio Carlos Robert Moraes e publicado em 1985, apresenta uma
no em relação aos desastres naturais e antrópicos, enfatizando a análise crítica sobre a história e o desenvolvimento da disciplina de
importância da educação geográfica na formação de cidadãos con- Geografia ao longo dos anos.
scientes e preparados para lidar com essas situações. A obra aborda a evolução da Geografia como ciência e suas
Os autores ressaltam a importância de abordar em sala de diferentes correntes teóricas, desde os primórdios até os debates
aula temas como os diferentes tipos de desastres, suas causas e contemporâneos. O autor faz uma análise dos principais conceitos,
consequências, bem como as estratégias de prevenção, mitigação abordagens e métodos utilizados na Geografia, destacando suas
e resiliência. Eles argumentam que o ensino de Geografia pode con- transformações ao longo do tempo.
tribuir para a formação de uma consciência crítica e responsável em Moraes examina as contribuições de diversos geógrafos e esco-
relação aos riscos e desastres, incentivando a adoção de práticas las de pensamento, explorando suas visões e críticas em relação à
sustentáveis e a participação ativa na construção de comunidades forma como a Geografia tem sido estudada e ensinada. Ele aborda
mais resilientes. questões como as relações entre Geografia e poder, a influência do
O texto apresenta também exemplos de boas práticas e ex- contexto social e político na produção do conhecimento geográfico
periências educacionais que incorporam o ensino da Geografia e a e as perspectivas críticas da disciplina.
redução do risco de desastres, destacando a importância da inter- O autor também discute as transformações que a Geografia
disciplinaridade e da participação da comunidade nesse processo. passou ao longo do tempo, acompanhando as mudanças no mundo
Em suma, o texto ressalta a relevância do ensino de Geografia e na sociedade. Ele aborda o papel da Geografia na compreensão
na promoção da prevenção, redução do risco de desastres e desen- dos problemas socioambientais, no estudo das desigualdades ter-
volvimento da resiliência em um mundo globalizado, enfatizando a ritoriais e na busca por uma abordagem mais crítica e transforma-
necessidade de preparar os estudantes para enfrentar os desafios dora da realidade.
do presente e do futuro.
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Ao longo do livro, Moraes apresenta exemplos e reflexões que


ilustram as diferentes perspectivas e abordagens geográficas, bus- PANZERI, CARLA GRACIOTO ET AL. CAMPANHA #APREN-
cando estimular uma visão crítica da disciplina e sua relevância para DERPARAPREVENIR: INSPIRAÇÕES PARA REDUZIR RIS-
a compreensão e transformação do mundo. COS DE DESASTRES. IN: MAGNONI JÚNIOR, LOURENÇO
Em suma, “Geografia: Pequena História Crítica” é uma obra que ET AL. REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES E A RESILIÊN-
oferece uma análise crítica e reflexiva sobre a história da Geografia, CIA NO MEIO RURAL E URBANO. 2. ED. SÃO PAULO:
suas correntes teóricas e suas transformações ao longo do tempo. CENTRO PAULA SOUZA, 2020. P. 10-26
O autor convida os leitores a repensarem a disciplina e a sua relação
com a sociedade, incentivando uma abordagem mais crítica e enga-
jada na compreensão do espaço e das relações humanas. O capítulo “Campanha #AprenderParaPrevenir: Inspirações
para Reduzir Riscos de Desastres”, escrito por Carla Gracioto Panzeri
e colaboradores, faz parte do livro “Redução do Risco de Desastres
OLIVATO, DÉBORA ET AL. JOVENS NA COMPOSIÇÃO DE e a Resiliência no Meio Rural e Urbano”, organizado por Lourenço
DIÁLOGOS CARTOGRAFADOS SOBRE PREVENÇÃO DE Magnoni Júnior e outros, publicado em 2020.
DESASTRES. IN: MAGNONI JÚNIOR, LOURENÇO ET AL. Nesse capítulo, os autores apresentam a campanha #Aprender-
REDUÇÃO DO RISCO DE DESASTRES E A RESILIÊNCIA NO ParaPrevenir, que tem como objetivo promover a conscientização e
MEIO RURAL E URBANO. 2. ED. SÃO PAULO: CENTRO ações preventivas em relação aos riscos de desastres. A campanha
PAULA SOUZA, 2020. P. 537-549 busca engajar a sociedade, incluindo estudantes, professores e co-
munidades, na redução dos riscos e na construção de uma cultura
de prevenção.
O capítulo “Jovens na Composição de Diálogos Cartografados Os autores destacam a importância do aprendizado e da edu-
sobre Prevenção de Desastres”, escrito por Débora Olivato e co- cação como ferramentas essenciais para a prevenção de desastres.
laboradores, faz parte do livro “Redução do Risco de Desastres e a Eles abordam temas como mapeamento de riscos, planejamento
Resiliência no Meio Rural e Urbano”, organizado por Lourenço Mag- urbano, comportamento resiliente e adoção de medidas preventi-
noni Júnior e outros, publicado em 2020. vas, fornecendo inspirações e exemplos práticos de ações que po-
Nesse capítulo, os autores abordam o papel dos jovens na dem ser implementadas.
composição de diálogos cartografados relacionados à prevenção Ao longo do capítulo, são apresentados casos de estudo e ex-
de desastres. Eles exploram as percepções e vivências dos jovens periências bem-sucedidas relacionadas à campanha #Aprender-
em relação aos riscos e desastres, bem como sua participação nas ParaPrevenir. Os autores enfatizam a participação ativa dos jovens
estratégias de redução do risco e resiliência em comunidades rurais e a importância de seu envolvimento na construção de uma cultura
e urbanas. de prevenção de desastres, por meio de atividades educativas, en-
Os autores utilizam a metodologia da cartografia social, en- gajamento comunitário e troca de conhecimentos.
volvendo os jovens no processo de mapeamento e diálogo com o Em resumo, o capítulo “Campanha #AprenderParaPrevenir: In-
intuito de promover uma compreensão mais ampla e participativa spirações para Reduzir Riscos de Desastres” destaca a importância
dos desastres. Eles destacam a importância de ouvir as vozes dos da conscientização e do aprendizado para a prevenção de desas-
jovens e reconhecer suas contribuições na construção de políticas e tres. Os autores apresentam a campanha como uma iniciativa inspi-
ações efetivas de prevenção e mitigação de desastres. radora que busca engajar a sociedade e promover ações efetivas na
No capítulo, são apresentados casos de estudo e experiências redução dos riscos de desastres no meio rural e urbano.
práticas que demonstram como os jovens podem se envolver ati-
vamente na prevenção de desastres, trazendo suas perspectivas e
conhecimentos locais. Os diálogos cartografados se mostram como RUIZ, LUIS FERNANDO CHIMELO; SILVA JÚNIOR, ORLE-
uma ferramenta valiosa para fortalecer a resiliência das comuni- NO MARQUES DA; GUASSELLI, LAURINDO ANTONIO.
dades, permitindo a troca de informações e a identificação de áreas GOOGLE EARTH COMO RECURSO MIDIÁTICO NO ENSI-
de risco. NO DE GEOGRAFIA: ESTUDO DE CASO DAS PAISAGENS
Em suma, o capítulo “Jovens na Composição de Diálogos Car- E DOS IMPACTOS AMBIENTAIS EXISTENTES NOS DOMÍ-
tografados sobre Prevenção de Desastres” destaca a importância NIOS MORFOCLIMÁTICOS DO TERRITÓRIO BRASILEIRO.
da participação dos jovens nas ações de prevenção de desastres. Os IN: MAGNONI JÚNIOR, LOURENÇO ET AL. REDUÇÃO DO
autores evidenciam como a cartografia social pode ser uma ferra- RISCO DE DESASTRES E A RESILIÊNCIA NO MEIO RU-
menta efetiva para ampliar o diálogo e promover uma abordagem RAL E URBANO. 2. ED. SÃO PAULO: CENTRO PAULA
mais inclusiva e participativa na redução do risco de desastres nas SOUZA, 2020. P. 616-625
comunidades rurais e urbanas.

O tema selecionado é “Google Earth como Recurso Midiático


no Ensino de Geografia: Estudo de Caso das Paisagens e dos Im-
pactos Ambientais Existentes nos Domínios Morfoclimáticos do Ter-
ritório Brasileiro”, escrito por Luis Fernando Chimelo Ruiz, Orleno
Marques da Silva Júnior e Laurindo Antonio Guasselli. O capítulo
está presente no livro “Redução do Risco de Desastres e a Resil-

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iência no Meio Rural e Urbano”, organizado por Lourenço Magnoni va. Ele destaca a importância de fortalecer os movimentos sociais
Júnior et al. e publicado em São Paulo, em 2020, pelo Centro Paula e promover a democratização do acesso aos recursos e benefícios
Souza. da globalização.
No texto, os autores exploram o potencial do Google Earth Em resumo, “Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Úni-
como uma ferramenta midiática no ensino de Geografia. Eles reali- co à Consciência Universal” é uma obra essencial para aqueles que
zam um estudo de caso focado nas paisagens e impactos ambientais desejam compreender criticamente os processos globais contem-
presentes nos diferentes domínios morfoclimáticos do território porâneos e refletir sobre alternativas e caminhos para a construção
brasileiro. O Google Earth é utilizado como uma plataforma para a de um mundo mais justo e sustentável. Através de uma abordagem
visualização e análise dessas paisagens, permitindo aos alunos uma crítica e propositiva, Milton Santos nos convida a repensar a global-
compreensão mais abrangente e interativa da geografia do país. ização e a buscar uma consciência universal que promova a digni-
Os autores argumentam que o uso do Google Earth no ensino dade humana e a equidade social.
de Geografia proporciona uma experiência de aprendizagem mais
dinâmica e envolvente, permitindo aos estudantes explorar virtual-
mente diferentes regiões do Brasil. Além disso, a utilização dessa SILVEIRA, MARIA LAURA. O BRASIL: TERRITÓRIO E SOCIE-
ferramenta possibilita uma abordagem mais atualizada e contextu- DADE NO INÍCIO DO SÉCULO XXI. 22. ED. RIO DE JANEIRO:
alizada dos temas geográficos, contribuindo para o desenvolvimen- RECORD, 2021
to do pensamento espacial dos alunos.
O estudo de caso apresentado no capítulo demonstra como o
Google Earth pode ser aplicado na identificação e análise de dif- O livro “O Brasil: Território e Sociedade no Início do Século XXI”,
erentes elementos geográficos, como relevo, clima, vegetação e escrito por Maria Laura Silveira, aborda a relação entre território
impactos ambientais. Os autores destacam a importância de pro- e sociedade no contexto brasileiro contemporâneo. Publicado em
mover a conscientização sobre as questões ambientais e a relação 2021, esta obra apresenta uma visão atualizada sobre as transfor-
entre as paisagens e os processos naturais, assim como os impactos mações territoriais e sociais ocorridas no país nas últimas décadas.
causados pelas atividades humanas. A autora explora temas como urbanização, regionalização,
Em resumo, o capítulo aborda o uso do Google Earth como re- desigualdades sociais, migrações, questões ambientais e políticas
curso midiático no ensino de Geografia, destacando sua aplicação públicas. Ela analisa como esses elementos influenciam a organi-
no estudo das paisagens e dos impactos ambientais presentes nos zação do território brasileiro e impactam a vida da população.
domínios morfoclimáticos do território brasileiro. Os autores enfati- Ao longo do livro, Silveira utiliza uma abordagem interdisciplin-
zam a importância dessa ferramenta no desenvolvimento do pensa- ar, combinando conceitos e metodologias da geografia, sociologia,
mento espacial dos alunos e na promoção de uma abordagem mais economia e ciências políticas. Ela utiliza dados e estatísticas para
interativa e contextualizada do conhecimento geográfico. embasar suas análises, fornecendo uma visão ampla e detalhada da
realidade do Brasil no início do século XXI.
A obra destaca as características geográficas do país, como sua
SANTOS, MILTON. POR UMA OUTRA GLOBALIZAÇÃO: extensão territorial, diversidade natural, riquezas minerais e recur-
DO PENSAMENTO ÚNICO À CONSCIÊNCIA UNIVERSAL. sos hídricos. Também aborda a formação histórica do território bra-
32. ED. RIO DE JANEIRO: RECORD, 2021 sileiro, desde o período colonial até os dias atuais, evidenciando as
heranças culturais e as diferentes dinâmicas regionais.
Além disso, a autora discute as desigualdades sociais presentes
O livro “Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Único à na sociedade brasileira, enfatizando as disparidades econômicas, o
Consciência Universal”, escrito por Milton Santos, aborda de forma acesso desigual a serviços públicos e as condições de vida nas áreas
crítica o fenômeno da globalização e propõe uma reflexão sobre os urbanas e rurais. Ela também analisa os desafios enfrentados pelo
desafios e alternativas para a construção de um mundo mais justo e país em relação ao desenvolvimento sustentável e à preservação do
igualitário. Publicado em 2021, esta é a 32ª edição da obra. meio ambiente.
Neste livro, o autor questiona a ideia do “pensamento único”, “O Brasil: Território e Sociedade no Início do Século XXI” é uma
que se baseia na supremacia do modelo econômico neoliberal e obra que contribui para o entendimento da realidade brasileira
na homogeneização cultural promovida pela globalização. Milton contemporânea, oferecendo uma análise crítica e reflexiva sobre
Santos defende a importância de se pensar em uma outra forma as questões territoriais e sociais que afetam o país. Através desse
de globalização, que leve em consideração a diversidade cultural, panorama abrangente, a autora busca promover uma compreensão
social e econômica dos povos ao redor do mundo. mais ampla e aprofundada do Brasil e suas complexidades.
Ao longo das páginas, o autor explora temas como as desigual-
dades sociais, a concentração de poder, a degradação ambiental e
os impactos negativos da globalização sobre as populações mais
vulneráveis. Ele analisa as estruturas e dinâmicas do sistema cap-
italista global e sugere a necessidade de uma consciência universal
que promova a solidariedade, a cooperação e a justiça social.
Milton Santos apresenta propostas e alternativas para enfren-
tar os desafios da globalização, como a valorização da diversidade
cultural, a busca por modelos econômicos mais sustentáveis e in-
clusivos, a defesa dos direitos humanos e a participação cidadã ati-

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e evolução do planeta, além de explorar fenômenos geológicos,


SENA, CARLA CRISTINA REINALDO GIMENES DE; CAR- como a formação das rochas, os processos de erosão e as transfor-
MO, WALDIRENE RIBEIRO DO. CARTOGRAFIA TÁTIL: O mações da superfície terrestre ao longo do tempo.
PAPEL DAS TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA. Nos capítulos selecionados, são abordados temas como a es-
BOLETIM PAULISTA DE GEOGRAFIA, SÃO PAULO, V. 99, trutura interna da Terra, as placas tectônicas e os movimentos da
P. 102–123, 2018 crosta terrestre, o ciclo das rochas, os processos de erosão e sedi-
mentação, além do papel dos agentes externos na modelagem do
relevo. Os autores também discutem a importância da geologia
O artigo intitulado “Cartografia Tátil: O Papel das Tecnologias na na compreensão dos recursos naturais e dos fenômenos naturais,
Educação Inclusiva”, de autoria de Carla Cristina Reinaldo Gimenes como terremotos, vulcões e tsunamis.
de Sena e Waldirene Ribeiro do Carmo, foi publicado no Boletim Ao longo do livro, são apresentados exemplos e estudos de
Paulista de Geografia, em 2018. O estudo aborda a importância da caso que ilustram os conceitos discutidos, além de imagens, gráfi-
cartografia tátil como uma ferramenta para promover a inclusão de cos e mapas que auxiliam na visualização dos processos geológicos.
pessoas com deficiência visual no ensino de geografia. Os autores também destacam a importância da geologia na socie-
O artigo discute a relevância da utilização de tecnologias dade contemporânea, especialmente no planejamento urbano, na
acessíveis, como a impressão em relevo, para a representação car- exploração de recursos minerais e energéticos, e na preservação do
tográfica em relevo, possibilitando que os alunos com deficiência vi- meio ambiente.
sual tenham acesso às informações geográficas de forma tátil. Essa Em suma, “Decifrando a Terra” é uma obra fundamental para
abordagem visa garantir a participação plena e igualitária desses es- aqueles que desejam compreender os processos geológicos e a
tudantes nas aulas de geografia, estimulando seu desenvolvimento dinâmica do planeta. Por meio de uma abordagem didática e at-
cognitivo, espacial e social. ualizada, os autores proporcionam aos leitores um conhecimento
Os autores apresentam diversos estudos de caso que demon- sólido sobre a geologia da Terra, permitindo uma compreensão
stram a eficácia da cartografia tátil como uma ferramenta pedagógi- mais profunda dos fenômenos naturais e dos desafios ambientais
ca inclusiva. Eles destacam a importância da adaptação de materiais enfrentados pela sociedade.
cartográficos convencionais para a versão tátil, permitindo que os
alunos possam explorar e compreender os elementos geográficos
de maneira mais significativa. QUESTÕES
Além disso, o artigo também aborda o papel das tecnologias
digitais na educação inclusiva, destacando o uso de softwares e 1.Qual é o principal objetivo do artigo “Cartografia Tátil: O Pa-
aplicativos que permitem a criação de mapas táteis de forma in- pel das Tecnologias na Educação Inclusiva”?
terativa. Essas tecnologias ampliam as possibilidades de aprendiza- (A) Discutir a importância da cartografia tátil na educação in-
gem e promovem a autonomia dos alunos, proporcionando uma clusiva.
experiência mais imersiva e dinâmica no estudo da geografia. (B) Apresentar estudos de caso sobre o uso de tecnologias na
O estudo conclui ressaltando a importância de investir em educação inclusiva.
práticas educacionais inclusivas e na formação de professores para (C) Explorar o uso de softwares e aplicativos na educação in-
o uso adequado da cartografia tátil e das tecnologias na sala de clusiva.
aula. A partir dessas abordagens, é possível ampliar o acesso ao (D) Analisar o papel das tecnologias na representação cartográ-
conhecimento geográfico e garantir a participação de todos os estu- fica em relevo.
dantes, independentemente de suas habilidades visuais.
Assim, o artigo “Cartografia Tátil: O Papel das Tecnologias na 2.Além da cartografia tátil, qual é outro recurso abordado no
Educação Inclusiva” apresenta reflexões relevantes sobre a im- artigo para promover a inclusão de pessoas com deficiência visual?
portância da cartografia tátil e do uso das tecnologias no contex- (A) Mapas em braille.
to da educação inclusiva, buscando promover uma aprendizagem (B) Softwares educacionais.
geográfica mais acessível e igualitária para todos os alunos. C) Livros digitais.
(D) Aplicativos móveis.

TEIXEIRA, WILSON; TOLEDO, M. CRISTINA MOTTA DE; 3.Quais são os principais temas abordados no livro “O Brasil:
FAIRCHILD, THOMAS RICH; TAIOLI, FABIO (ORG.). DE- Território e Sociedade no Início do Século XXI”?
CIFRANDO A TERRA. 2. ED. SÃO PAULO: COMPANHIA (A) Urbanização, desigualdade de gênero e mudanças climáti-
EDITORA NACIONAL, 2009. CAP. 1, 2, 3, 5, 8, 10 E 20 cas.
(B) Regionalização, migrações e desenvolvimento sustentável.
(C) Políticas públicas, riquezas minerais e questões ambientais.
“Decifrando a Terra” é um livro organizado por Wilson Teixeira, (D) Globalização, extensão territorial e diversidade cultural.
M. Cristina Motta de Toledo, Thomas Rich Fairchild e Fabio Taioli.
Publicado em 2009 pela Companhia Editora Nacional, a segunda 4.Qual é a abordagem utilizada pela autora Maria Laura Silveira
edição dessa obra abrange os capítulos 1, 2, 3, 5, 8, 10 e 20. em seu livro?
O livro aborda diversos aspectos relacionados à geologia e à (A) Uma análise exclusivamente geográfica do território bra-
geografia física da Terra. Os autores apresentam de forma clara e sileiro.
acessível os principais conceitos e teorias relacionados à formação (B) Uma visão histórica do Brasil desde o período colonial até
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os dias atuais. 11. Qual é o objetivo principal do capítulo “Jovens na Com-


(C) Uma abordagem interdisciplinar, combinando conceitos de posição de Diálogos Cartografados sobre Prevenção de Desastres”?
diferentes áreas do conhecimento. (A) Analisar os desastres ocorridos em comunidades rurais e
(D) Uma crítica aos problemas sociais do país sem considerar os urbanas.
aspectos territoriais. (B) Explorar a participação dos jovens na prevenção de desas-
tres.
5.Qual é o principal questionamento abordado por Milton San- (C) Apresentar estratégias de mitigação de desastres em áreas
tos em “Por uma Outra Globalização: Do Pensamento Único à Con- de risco.
sciência Universal”? (D) Discutir a importância da resiliência no meio rural e urbano.
(A) A supremacia do modelo econômico neoliberal.
(B) A diversidade cultural dos povos ao redor do mundo. 12. Qual metodologia é utilizada pelos autores no capítulo para
(C) Os impactos negativos da globalização sobre as populações promover uma compreensão mais ampla e participativa dos desas-
vulneráveis. tres?
(D) A concentração de poder no sistema capitalista global. (A) Cartografia social.
(B) Análise de riscos.
6.Segundo Milton Santos, qual é a proposta para uma outra (C) Modelagem matemática.
globalização? (D) Observação direta.
(A) A homogeneização cultural promovida pela globalização.
(B) A valorização da diversidade cultural e a promoção da sol- 13. Qual é o objetivo principal do livro “Geografia: Pequena
idariedade. História Crítica”?
(C) A defesa dos direitos humanos apenas em âmbito nacional. (A) Apresentar uma visão positivista da Geografia e suas técni-
(D) A concentração de poder como forma de enfrentar os de- cas de mapeamento.
safios globais. (B) Analisar criticamente a história e o desenvolvimento da dis-
ciplina de Geografia.
7.Qual é o objetivo principal do estudo de caso apresentado (C) Examinar os principais problemas ambientais do século XX.
pelos autores no capítulo? (D) Discutir a relação entre Geografia e outras disciplinas
(A) Explorar as paisagens e impactos ambientais presentes nos científicas.
domínios morfoclimáticos do território brasileiro.
(B) Analisar o potencial do Google Earth como ferramenta de 14. Segundo o livro, qual é a importância da Geografia na com-
geoprocessamento. preensão do mundo?
(C) Investigar as diferentes ferramentas midiáticas disponíveis (A) A Geografia fornece informações precisas sobre os
para o ensino de Geografia. fenômenos naturais.
(D) Desenvolver um manual de instruções para a utilização do (B) A Geografia estuda apenas as relações econômicas entre
Google Earth em sala de aula. países.
(C) A Geografia é uma disciplina desatualizada e sem relevância
8.De acordo com os autores, qual é uma das principais vanta- no mundo atual.
gens do uso do Google Earth no ensino de Geografia? (D) A Geografia permite compreender as desigualdades territo-
(A) Proporcionar uma experiência de aprendizagem dinâmica riais e a relação entre sociedade e espaço.
e envolvente.
(B) Substituir o uso de mapas impressos e globos terrestres nas 15. O que o autor destaca como a importância dos mapas no
aulas. estudo da Geografia?
(C) Limitar a exploração geográfica apenas às áreas urbanas. (A) A possibilidade de visualizar e comunicar o conhecimento
(D) Fornecer informações atualizadas sobre os aspectos de- geográfico.
mográficos do Brasil. (B) A capacidade de representar de forma precisa os fenômenos
naturais.
9.Qual é o objetivo principal da campanha #AprenderParaPre- (C) A exclusiva utilização de tecnologias digitais na produção
venir, apresentada no capítulo? de mapas.
(A) Engajar a sociedade na redução dos riscos de desastres. (D) A ênfase na simbologia cartográfica como elemento central
(B) Promover a resiliência no meio rural e urbano. na elaboração de mapas.
(C) Fornecer inspirações para a gestão de desastres naturais.
(D) Criar uma cultura de prevenção de desastres nas escolas. 16. Qual é o principal foco do texto “Prevenir e Antecipar para
não Remediar: o Ensino de Geografia, a Redução do Risco de Desas-
10. Qual é o papel dos jovens na campanha #AprenderParaPre- tres e a Resiliência no Mundo Globalizado”?
venir, conforme destacado pelos autores? (A) Discutir os desafios do ensino de Geografia no meio rural.
(A) Desenvolver tecnologias avançadas para prevenção de de- (B) Explorar estratégias para remediar desastres naturais.
sastres. (C) Destacar a importância da educação geográfica na redução
(B) Liderar as ações de resposta em casos de desastres naturais. do risco de desastres.
(C) Engajar a comunidade e promover a cultura de prevenção. (D) Analisar o impacto da globalização no ensino de Geografia.
(D) Realizar pesquisas científicas sobre riscos de desastres.
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17. O texto menciona que o ensino de Geografia pode con- 10 C


tribuir para:
(A) Ignorar as causas dos desastres naturais. 11 B
(B) Desenvolver uma consciência crítica em relação aos desas- 12 A
tres.
(C) Isolar as comunidades dos problemas relacionados aos de- 13 B
sastres. 14 D
(D) Reduzir a importância da participação da comunidade.
15 A
18. Qual é o principal objetivo do livro “Temas Atuais em Mu- 16 C
danças Climáticas: Para os Ensinos Fundamental e Médio”? 17 B
(A) Apresentar soluções definitivas para as mudanças climáti-
cas. 18 C
(B) Promover o ensino de conceitos abstratos sobre mudanças 19 A
climáticas.
20 D
(C) Conscientizar e engajar estudantes nas questões das mu-
danças climáticas. 21 C
(D) Explorar a origem histórica das mudanças climáticas.

19. O livro “Temas Atuais em Mudanças Climáticas” oferece: ANOTAÇÕES


(A) Atividades práticas e sugestões de experimentos.
(B) Dicas para o ensino de matemática.
(C) Um guia de viagem para locais afetados pelas mudanças ______________________________________________________
climáticas.
______________________________________________________
(D) Um estudo sobre mudanças climáticas na Idade Média.
______________________________________________________
20.Qual é o principal objetivo do livro “Território e Multiterrito-
rialidade: Um Debate”? ______________________________________________________
(A) Discutir a relação entre território e identidade.
(B) Apresentar estudos de caso sobre multiterritorialidade. ______________________________________________________
(C) Analisar as transformações econômicas na construção dos
territórios. ______________________________________________________
(D) Explorar diferentes conceitos geográficos contemporâneos.
______________________________________________________
21.Segundo o autor, qual é o conceito proposto para superar as ______________________________________________________
noções tradicionais de território?
(A) Territorialidade. ______________________________________________________
(B) Globalização.
(C) Multiterritorialidade. ______________________________________________________
(D) Soberania.
______________________________________________________

______________________________________________________
GABARITO
______________________________________________________

______________________________________________________
1 A
2 B ______________________________________________________
3 B ______________________________________________________
4 C
______________________________________________________
5 A
______________________________________________________
6 B
7 A ______________________________________________________
8 A ______________________________________________________
9 A
______________________________________________________

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Na elaboração do Currículo foram considerados os seguintes


SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. temas transversais:
CURRÍCULO PAULISTA. SÃO PAULO: SEDUC, [2019]. P. • Direitos da Criança e do Adolescente;
397-403, 405–448. • Educação para o Trânsito;
• Educação Ambiental;
• Educação Alimentar e Nutricional;
Currículo paulista • Processo de envelhecimento, respeito e valorização do
idoso;
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS • Educação em Direitos Humanos;
• Educação das Relações Étnico-Raciais e Ensino de
A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas no Currículo História e Cultura Afro-Brasileira, Africana e Indígena;
Paulista engloba os componentes de Geografia e História. Nessa • Desenvolvimento Sustentável dos povos e comunidades
área, o estudante terá a oportunidade de compreender as rela- tradicionais;
ções entre o tempo, o espaço, a sociedade e a natureza, de forma • Saúde, vida familiar e social;
contextualizada e significativa. • Educação para o Consumo;
Na Educação Básica, o ensino das Ciências Humanas indica ca- • Educação Financeira e Fiscal, trabalho, ciência e tecnolo-
minhos para o desenvolvimento de explorações sociocognitivas, gia e diversidade cultural;
afetivas e lúdicas, procedimentos de investigação, pensamento • Educação para Redução de Riscos e Desastres;
ético, criativo e crítico, resolução de problemas e interfaces com • Relações de trabalho.
diferentes linguagens (oral, escrita, cartográfica, estética, técnica, Essas temáticas são contempladas na área de Ciências Hu-
entre outras), de modo a propiciar aos estudantes possibilidades manas e em habilidades de componentes curriculares de outras
para interpretar o mundo, compreender processos e fenômenos áreas do conhecimento, cabendo às escolas, de acordo com suas
sociais, políticos, econômicos, culturais e ambientais e propor especificidades, tratá-las de forma contextualizada. Nesse senti-
ações de intervenção a partir da sua realidade. do, o trabalho com temas transversais é fundamental para que
Assim, essa área visa contribuir para a formação integral dos o estudante compreenda criticamente o mundo em que vive,
estudantes, para que possam reconhecer suas responsabilidades propondo ações de intervenção para o desenvolvimento de uma
na produção do espaço social, político, cultural e geográfico, e no sociedade justa, democrática, igualitária, inclusiva e sustentável.
cuidado consigo, com o outro e com o planeta. Ao longo da Educação Básica, a área de Ciências Humanas
Desse modo, o Currículo Paulista retoma as diretrizes da Base contribui para que, de forma gradativa, os estudantes ampliem
Nacional Comum Curricular (BNCC), da área de Ciências Humanas, o repertório de leitura do mundo social e natural, tendo como
destacando alguns pontos fundamentais: ponto de partida (Anos Iniciais) a reflexão sobre a sua inserção
A área de Ciências Humanas contribui para que os alunos de- singular e as suas relações no seu lugar de vivência, considerando,
senvolvam a cognição in situ, ou seja, sem prescindir da contex- posteriormente, as conexões com tempos e espaços mais amplos
tualização marcada pelas noções de tempo e espaço, conceitos (Anos Finais).
fundamentais da área. Na área de Ciências Humanas, os objetos de conhecimento
Cognição e contexto são, assim, categorias elaboradas con- das unidades temáticas de Geografia e História possuem alinha-
juntamente, em meio a circunstâncias históricas específicas, nas mento teórico-metodológico ao longo do Ensino Fundamental.
quais a diversidade humana deve ganhar especial destaque, com Podemos observar que nos Anos Iniciais a unidade temática de
vistas ao acolhimento da diferença. O raciocínio espaço-temporal Geografia “O sujeito e o seu lugar no mundo” e as unidades temá-
baseia-se na ideia de que o ser humano produz o espaço em que ticas de História “Mundo pessoal: meu lugar no mundo”, “Mundo
vive, apropriando-se dele em determinada circunstância histórica. pessoal: eu, meu grupo social e meu tempo” e “O lugar em que
A capacidade de identificação dessa circunstância impõe-se como vive”; priorizam seus estudos a partir do lugar de vivência do es-
condição para que o ser humano compreenda, interprete e avalie tudante.
os significados das ações realizadas no passado ou no presente, o Nos Anos Finais o foco dos componentes está nas modifica-
que o torna responsável tanto pelo saber produzido quanto pelo ções da paisagem, nas relações sociais e dos seres humanos com
controle dos fenômenos naturais e históricos dos quais é agente. a natureza, em diferentes tempos; questões sobre as transforma-
(BRASIL, 2017, p.351) ções ocorridas no Brasil com os processos econômicos gerados
Essa área pretende dialogar com a realidade da comunidade pela colonização e a configuração do território; o reconhecimento
local, regional e global, à luz das características demográficas, na- da diversidade de povos na construção do Brasil; a transição do
turais, temporais, políticas, econômicas, socioculturais e com os mercantilismo para o capitalismo; conflitos e transformações so-
temas contemporâneos. ciais nos territórios brasileiro, latino-americano, europeu e africa-
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no; questões de fronteiras; conflitos entre nações; resistência, di- existentes nas diversas regiões do planeta. Para fazer a leitura do
reitos universais e sustentabilidade, entre outros que possibilitam mundo em que vivem, com base nas aprendizagens em Geografia,
o desenvolvimento de um trabalho conjunto na área. os estudantes precisam ser estimulados a pensar espacialmente,
As competências específicas da área de Ciências Humanas as- desenvolvendo o raciocínio geográfico.
seguram, para os seus componentes, os direitos fundamentais de Na Educação Básica, a Geografia permite ao estudante ler e
aprendizagem de modo pormenorizado que levam ao desenvolvi- interpretar o espaço geográfico por meio das formas, dos pro-
mento das competências gerais previstas pela BNCC para toda a cessos, das dinâmicas e dos fenômenos e a entender as relações
Educação Básica. entre as sociedades e a natureza em um mundo complexo e em
constante transformação.
Competências Específicas de Ciências Humanas para o Ensi- [...] a Geografia, entendida como uma ciência social, que es-
no Fundamental tuda o espaço construído pelo homem, a partir das relações que
1. Compreender a si e ao outro como identidades diferentes, estes mantêm entre si e com a natureza, quer dizer, as questões
de forma a exercitar o respeito à diferença em uma sociedade plu- da sociedade, com uma “visão espacial”, é por excelência uma
ral e promover os direitos humanos. disciplina formativa, capaz de instrumentalizar o aluno para que
2. Analisar o mundo social, cultural e digital e o meio técni- exerça de fato a sua cidadania. [...] Um cidadão que reconheça o
co- -científico-informacional com base nos conhecimentos das mundo em que vive, que se compreenda como indivíduo social
Ciências Humanas, considerando suas variações de significado no capaz de construir a sua história, a sua sociedade, o seu espaço,
tempo e no espaço, para intervir em situações do cotidiano e se e que consiga ter os mecanismos e os instrumentos para tanto.
posicionar diante de problemas do mundo contemporâneo. (CALLAI, 2001, p.134)
3. Identificar, comparar e explicar a intervenção do ser hu- É importante reconhecer que o ensino de Geografia passou
mano na natureza e na sociedade, exercitando a curiosidade, a por crises e renovações. As tensões, contradições e inspirações
autonomia, o senso crítico e a ética, propondo ideias e ações que advindas de diferentes concepções do pensamento geográfico,
contribuam para a transformação espacial, ambiental, social e por meio da Geografia Clássica ou Tradicional, a Geografia Neopo-
cultural de modo a participar efetivamente das dinâmicas da vida sitivista - ou Positivismo Lógico ou Geografia Teórico-Quantitativa
social. -, a Geografia Crítica e a Geografia Humanista e Cultural, entre
4. Interpretar e expressar sentimentos, crenças e dúvidas com outras, contribuíram para a consolidação da Geografia Escolar,
relação a si mesmo, aos outros e às diferentes culturas, com base refletindo-se no processo de ensino-aprendizagem e na constru-
nos instrumentos de investigação das Ciências Humanas, promo- ção de políticas públicas educacionais. Dessa forma, no ensino de
vendo o acolhimento e a valorização da diversidade de indivíduos Geografia, observa-se uma expressiva pluralidade de concepções
e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e poten- teórico-metodológicas que orientam a prática docente e funda-
cialidades, sem preconceitos de qualquer natureza. mentam a elaboração de propostas curriculares.
5. Comparar eventos ocorridos simultaneamente no mesmo As transformações observadas apresentam pontos impor-
espaço e em espaços variados, e eventos ocorridos em tempos tantes para a reflexão sobre os conteúdos, as metodologias e as
diferentes no mesmo espaço e em espaços variados. estratégias de avaliação e, sobretudo os caminhos para superar a
6. Construir argumentos, com base nos conhecimentos das dicotomia historicamente construída entre a Geografia Física e a
Ciências Humanas, para negociar e defender ideias e opiniões que Humana, que ainda persiste nos dias atuais, nas universidades e
respeitem e promovam os direitos humanos e a consciência so- especialmente na Educação Básica.
cioambiental, exercitando a responsabilidade e o protagonismo No entanto, apesar do reconhecimento das diferentes con-
voltados para o bem comum e a construção de uma sociedade tribuições, o Currículo Paulista apresenta temáticas e abordagens
justa, democrática e inclusiva. próximas da Geografia Crítica, Humanista e Cultural, quando se
7. Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e opta por enfatizar a relação sociedade e natureza e a necessidade
diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e de se refletir, agir e fazer escolhas sustentáveis diante dos desafios
comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço- -tempo- contemporâneos.
ral relacionado a localização, distância, direção, duração, simulta- O Currículo Paulista de Geografia do Ensino Fundamental está
neidade, sucessão, ritmo e conexão. organizado com base nos princípios e conceitos da Geografia con-
temporânea. Ressalta-se que, embora o espaço seja o conceito
GEOGRAFIA mais amplo e complexo da Geografia, é necessário que os estu-
ÁREA DE CIÊNCIAS HUMANAS dantes dominem outros conceitos operacionais, que expressam
aspectos diferentes do espaço geográfico: território, lugar, região,
GEOGRAFIA natureza e paisagem.
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) estabelece para o Diante da complexidade do espaço geográfico, o ensino de
componente de Geografia os conhecimentos, as competências e Geografia, na contemporaneidade, tem o desafio de articular teo-
as habilidades que se espera que os estudantes desenvolvam no rias, pressupostos éticos e políticos da educação, bem como cami-
decorrer do Ensino Fundamental, e os propósitos que direcionam nhos metodológicos; para que os estudantes aprendam a pensar
a educação brasileira para a formação humana integral e para a e a reconhecer o espaço por meio de diferentes escalas e tempos,
construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva. desenvolvendo raciocínios geográficos, o pensamento espacial e
O contato intencional e orientado com os conhecimentos construindo novos conhecimentos.
geográficos é uma oportunidade para compreender o mundo Pensar espacialmente, compreendendo os conteúdos e con-
em que se vive, na medida em que esse componente curricular ceitos geográficos e suas representações, também envolve o
aborda as ações humanas construídas nas distintas sociedades raciocínio, definido pelas habilidades que desenvolvemos para
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compreender, a estrutura e a função de um espaço e descrever O foco do ensino de Geografia hoje está no estudo do espaço
sua organização e relação a outros espaços, portanto, analisar a geográfico, conceito que pode ser entendido como produto das
ordem, a relação e o padrão dos objetos espaciais. (CASTELLAR, relações sociais, econômicas, políticas, culturais, simbólicas e am-
2017, p.164) bientais que nele se estabelecem. Nessa perspectiva, as relações
O raciocínio geográfico está relacionado com uma maneira de definidas entre os elementos naturais e os construídos pela ativi-
exercitar o pensamento espacial, por meio de princípios funda- dade humana, são regulados pelo “tempo da natureza” (proces-
mentais: sos bioquímicos e físicos, responsáveis pela produção e interação
- Analogia: um fenômeno geográfico sempre é comparável a dos objetos naturais) e pelo “tempo histórico” (marcas acumula-
outros. A identificação das semelhanças entre fenômenos geográ- das pela atividade humana como produtora de artefatos sociais).
ficos é o início da compreensão da unidade terrestre; O espaço geográfico ainda pode ser entendido como resultado da
- Conexão: um fenômeno geográfico nunca acontece isolada- trama entre objetos técnicos e informacionais, fluxos de matéria
mente, mas sempre em interação com outros fenômenos próxi- e informação, que se manifestam e atuam sobre uma base física.
mos ou distantes; Para Santos (2008), a natureza do espaço é a soma do resul-
- Diferenciação: é a variação dos fenômenos de interesse da tado material acumulado das ações humanas através do tempo e,
geografia pela superfície terrestre (por exemplo, o clima), resul- de outro, animado pelas ações atuais que lhe atribuem um dina-
tando na diferença entre áreas; mismo e uma funcionalidade. A paisagem tem sido tomada como
- Distribuição: exprime como os objetos se repartem pelo es- um primeiro foco de análise, como ponto de partida para aproxi-
paço; mação de seu objeto de estudo que é o espaço geográfico.
- Extensão: espaço finito e contínuo delimitado pela ocorrên- Pode ser definida como a unidade visível do real e que incor-
cia do fenômeno geográfico; pora todos os fatores resultantes da construção natural, social e
- Localização: posição particular de um objeto na superfície cultural. Para Santos (1997), a paisagem pressupõe, também, um
terrestre. A localização pode ser absoluta (definida por um siste- conjunto de formas e funções em constante transformação, seus
ma de coordenadas geográficas) ou relativa (expressa por meio de aspectos “visíveis”, mas, por outro lado, as formas e as funções
relações espaciais topológicas ou por interações espaciais); indicam a estrutura espacial, em princípio, “invisível”, e resulta
- Ordem: ordem ou arranjo espacial é o princípio geográfico sempre do casamento da paisagem com a sociedade. Já para Vitte
de maior complexidade. Refere-se ao modo de estruturação do (2007), o conceito de paisagem se manifesta como polissêmico e
espaço de acordo com as regras da própria sociedade que o pro- resultado de uma representação filosófica e social; cada socieda-
duziu. de, por meio de sua cultura, imprime uma particular plasticidade
O ensino de Geografia mobiliza competências e habilidades à natureza que é produzida pela intencionalidade social. Já para
por meio de diferentes linguagens, de princípios e dos conceitos Ab’Saber (2003), as paisagens têm sempre o caráter de herança
estruturantes espaço geográfico, paisagem, lugar, território e re- de processos (fisiográficos e biológicos), de atuação antiga, re-
gião e outras categorias que contemplam a natureza, a sociedade, modelados e modificados por processos de atuação recente. São
o tempo, a cultura, o trabalho e as redes, entre outros, conside- uma herança, um patrimônio coletivo dos povos que, historica-
rando as suas diversas escalas. Outro conceito estruturante refe- mente, os modificaram ao longo do tempo e do espaço.
re- -se à educação cartográfica, que deve perpassar todos os anos A definição de lugar está cada vez mais complexa, global e
do Ensino Fundamental. Quanto às categorias, especialmente no dinâmica. O lugar pode ser entendido como o espaço que se torna
que se refere à natureza e sociedade, é necessário aprofundar o próximo do indivíduo, constituindo- -se como o lugar do perten-
estudo sobre os fundamentos do pensamento científico e filosó- cimento, encontros, experiência, dimensão afetiva, identidade,
fico. subjetividade e lugar do simbólico. No contexto atual, a sociedade
Para entender o ensino, a prática do ensino de Geografia, é depara-se com um conjunto de acontecimentos que ultrapassam
preciso pensar, pois, nas bases da ciência de referência. Na atua- as fronteiras do local, pois são eventos globais, mas sua repercus-
lidade, a ciência geográfica tem passado por algumas mudanças. são se materializa no lugar. Aliás, o lugar é o depositário final dos
A Geografia é um campo do conhecimento científico multidimen- eventos, de acordo com Santos (2003).
sional, sempre buscou compreender as relações que se estabe- Ainda para o autor (2008), o lugar abarca uma permanente
lecem entre o homem e a natureza e como essas relações vêm mudança, decorrente da própria lógica da sociedade e das ino-
constituindo diferentes espaços ao longo da história. Hoje, mais vações técnicas que estão sempre transformando o espaço geo-
do que nunca, essa busca leva ao surgimento de uma pluralidade gráfico.
de caminhos. As relações sociais, as práticas sociais geram e são Com relação ao território, pode ser considerado sinônimo de
geradas por espacialidades complexas, que demandam diferen- espaço vivido, apropriado, usado, delimitado, que configura os as-
tes olhares, ampliando consideravelmente o campo temático e os pectos políticos, econômicos, ambientais e culturais. O território
problemas tratados pela Geografia. E o ensino dessa disciplina, o não é apenas a configuração política de um Estado-Nação, mas
que tem a ver com essa realidade? As preocupações que orientam sim o espaço construído pela formação social. Segundo Raffestin
a produção científica da Geografia no âmbito acadêmico são as (1993), o território não poderia ser nada mais que o produto dos
mesmas que norteiam a estruturação da disciplina escolar? Sim atores sociais. São eles que produzem o território, partindo da
e não. Sim, porque as duas têm a mesma base epistemológica; realidade inicial dada, que é o espaço. Ainda para o autor, o terri-
não, porque na escola existem influências diversas que dão um tório é definido com base em um sistema composto por nós e re-
contorno peculiar a essa área do conhecimento. O que valida a des, que constrói uma estrutura conceitual, como limite, frontei-
geografia escolar é a sua base, sua ciência de referência. (CAVAL- ras, vizinhança, territorialidade, entre outros. Já para Haesbaert
CANTI, 2012, p.90) (2007), o território é sempre múltiplo, diverso, complexo e imerso

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em relações de dominação e/ou de apropriação sociedade-espa- As Geotecnologias revelam potencial didático-pedagógico e


ço, desdobra-se da dominação político-econômica mais concreta têm possibilitado cada vez mais que o estudante tenha acesso a
e funcional à apropriação mais subjetiva e/ou cultural-simbólica. diferentes dados e representações gráficas e cartográficas produ-
Segundo Corrêa (1998), o conceito de região, tradicionalmen- zidas pelo Sensoriamento Remoto, por Sistemas de Informações
te, é entendido como uma parte da superfície da Terra, dimen- Geográficas (SIG), pelo Sistema de Posicionamento Global (GPS) e
sionada segundo escalas territoriais diversificadas, caracterizada pela Cartografia Digital.
pelos elementos da natureza ou como uma paisagem e sua exten- Nesse conjunto de possibilidades para o fortalecimento do
são territorial, na qual se entrelaçam os componentes humanos ensino de Geografia no Ensino Fundamental, destaca-se a contri-
e a natureza. Ao longo da história, o conceito foi reformulado e buição da Cartografia Inclusiva para o processo de aprendizagem
está associado à ideia de território amplo, regionalização, divisão dos estudantes. Carmo e Sena (2018) em suas pesquisas apontam
do espaço, localização, extensão de um fenômeno, entre outros. que os princípios da cartografia tátil que, originalmente, foram
Outro conceito estruturante refere-se à educação cartográfi- pensados para estudantes com deficiência visual, mas que, com
ca, visto que a linguagem cartográfica tem um papel importante o uso nas salas regulares, se mostraram interessantes para todos
no processo de aprendizagem em Geografia, no sentido de con- os estudantes.
tribuir para o desenvolvimento de habilidades necessárias para Considerando os pontos destacados, a educação cartográfi-
o entendimento das interações, dinâmicas, relações e dos fenô- ca contribui para a educação para a cidadania, por meio de uma
menos geográficos em diferentes escalas e para a formação da aprendizagem significativa, contextualizada e inclusiva, em que os
cidadania e da criticidade e autonomia do estudante. estudantes mobilizam diversas competências, habilidades e co-
A cartografia escolar vem se estabelecendo como um conhe- nhecimentos para ler e interpretar o espaço geográfico.
cimento construído nas interfaces entre Cartografia, Educação e Diante do exposto, é imprescindível que o professor se reco-
Geografia. nheça como mediador no processo de ensino- -aprendizagem, de
No entanto, a cartografia escolar abrange conhecimentos e forma que possa contribuir para a formação de cidadãos refle-
práticas para o ensino de conteúdos originados na própria car- xivos, críticos, autônomos e transformadores da realidade local,
tografia, mas que se caracteriza por lançar mão de visões de di- regional e global, para a ampliação de repertório teórico-meto-
versas áreas. Em seu estado atual, pode referir-se a formas de se dológico e para a formação integral dos estudantes. Para que isso
apresentar conteúdos relativos ao espaço-tempo social, a concep- ocorra, é importante a apropriação de novos caminhos metodoló-
ções teóricas de diferentes áreas de conhecimento a ela relacio- gicos para um processo de ensino-aprendizagem mais dinâmico,
nadas, a experiências em diversos contextos culturais e a práticas criativo e interessante. Nos dias atuais, as metodologias ativas
com tecnologias da informação e comunicação. (ALMEIDA, 2011, (aprendizagem baseada em projetos, aprendizagem baseada em
p.07) Para Castellar (2005), a cartografia é considerada uma lin- problemas, ensino híbrido, gamificação, entre outras) são possi-
guagem, um sistema de código de comunicação imprescindível bilidades para o fortalecimento do ensino de Geografia, uma vez
em todas as esferas da aprendizagem em Geografia, articulando que apresentam estratégias para o desenvolvimento das compe-
fatos e conceitos. Ressalta-se que também pode ser entendida tências específicas do componente, da área de Ciências Humanas
como técnica e pode se tornar uma metodologia inovadora, na e de enfoques interdisciplinares e transversais. Para o desenvolvi-
medida em que permite relacionar conteúdos, conceitos e fatos. mento dessas estratégias, é imprescindível que o professor bus-
As pesquisas desenvolvidas pela autora (2011 e 2017) revelam que aprimoramento constante da sua formação, de forma a con-
que a alfabetização cartográfica, ao ensinar a ler em Geografia, solidar a autonomia docente.
cria condições para que o estudante leia o espaço vivido e escre- Ao mesmo tempo, é preciso que o estudante se reconheça
va sobre um determinado fenômeno observado. Ao apropriar-se como um sujeito que vive em um mundo contraditório e desa-
da leitura, o estudante compreende a realidade vivida, consegue fiador bem como suas responsabilidades na construção de uma
interpretar os conceitos implícitos no mapa e relacioná- -los com sociedade justa, igualitária e sustentável. Assim, os seus conheci-
o real, aplicando o pensamento espacial e o raciocínio geográfico. mentos prévios, experiências, percepções e memórias individuais
Esse processo de alfabetização cartográfica ocorre de forma e coletivas são essenciais para a construção dos conhecimentos
gradual, em função da complexidade das relações, dinâmicas e geográficos.
dos fenômenos estudados, da faixa etária do estudante e da ne- O desenvolvimento de conteúdos e temáticas relacionadas,
cessidade de construção de referenciais espaciais. Na infância, o por exemplo, à crise socioambiental, ao desenvolvimento econô-
estudante experimenta o grafismo como forma de expressão e o mico, às relações internacionais, à globalização, à diversidade cul-
desenho pode ser considerado uma das primeiras manifestações tural, aos desastres naturais, aos conflitos, ao agronegócio, às po-
do processo de alfabetização. Em seguida, com um repertório am- líticas públicas territoriais, às correntes migratórias, às mudanças
pliado, representa cartograficamente o espaço, tendo como base climáticas, aproximam os estudantes de outras escalas de análise
elementos presentes no seu lugar de vivência. Desse modo, ao re- e fenômenos geográficos. Assim sendo, ampliam o seu repertório
conhecer os elementos constituintes do espaço e as inter-relações de leitura de mundo e são estimulados a pensar espacialmente
com outros espaços, o estudante amplia o seu repertório concei- - tendo como referência os espaços cotidianos, espaços físicos e
tual e metodológico, construindo os conhecimentos geográficos sociais - e a desenvolver os raciocínios geográficos baseados nos
e cartográficos no decorrer do Ensino Fundamental e, posterior- princípios da analogia, conexão, diferenciação, distribuição, ex-
mente, no Ensino Médio. tensão, localização e ordem.
As tecnologias no ensino de Geografia apresentam formas de Partindo desses pressupostos, é fundamental o desenvol-
observar o espaço em diversas escalas, subsidiando a compreen- vimento de atividades no decorrer do Ensino Fundamental que
são das relações ambientais, sociais, econômicas, políticas e cul- favoreçam a realização de estudos no entorno da escola e em ou-
turais em diferentes tempos. tros lugares de referência para o estudante. O trabalho de campo
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e/ou atividades extraclasse, por exemplo, consistem em ativida- No Ensino Fundamental – Anos Finais, pretende-se garantir
des curriculares que visam estimular a pesquisa e que contribuem a continuidade e a progressão das aprendizagens do Ensino Fun-
para a construção de significados para o estudante acerca dos ar- damental – Anos Iniciais, em níveis crescentes de complexidade
redores da sua escola, residência e de lugares de vivência do seu conceitual, a respeito da produção social do espaço, da transfor-
município e/ou região. mação do espaço em território usado, do desenvolvimento de
Os estudantes têm a oportunidade de vivenciar experiências conceitos estruturantes do meio físico natural, das relações entre
pedagógicas significativas e dinâmicas, de forma a compreender os fenômenos no decorrer dos tempos da natureza e das altera-
na prática um conteúdo e/ou temática desenvolvido na sala de ções ocorridas em diferentes escalas de análise. Assim, nos Anos
aula, por meio da investigação, reflexão, interação e da constru- Finais, por meio da articulação com a História e com outros com-
ção de conhecimentos. Dessa forma, cabe à equipe gestora e ao ponentes das áreas de conhecimento e da utilização de diferentes
professor planejar, com os estudantes, os roteiros dessas ativida- representações cartográficas e linguagens, ampliam-se caminhos
des. Assim, o trabalho de campo é uma proposta metodológica para práticas de estudo provocadoras e desafiadoras, em situa-
interdisciplinar e transversal, e não uma metodologia exclusiva da ções que estimulem a curiosidade, a reflexão, a resolução de pro-
Geografia. Sendo assim, é imprescindível que a atividade seja de- blemas e o protagonismo.
senvolvida de forma integrada com outros componentes e áreas Considerando as diretrizes da BNCC e do Currículo Paulista, o
de conhecimento. ensino de Geografia requer materiais pedagógicos específicos no
O Currículo Paulista objetiva conversar com a realidade da desenvolvimento das atividades, como: mapas - Mundo e Brasil,
comunidade, à luz de aspectos demográficos, naturais, políticos exemplos: político-administrativo, agricultura, indústria, biomas,
e econômicos e elementos socioculturais e com temas contempo- clima, demografia, geomorfologia, geologia, hidrogeologia, urba-
râneos em escala local, regional e global. nização, solos, terras indígenas, unidades de conservação, uso da
Um dos caminhos para trabalhar com os temas contemporâ- terra, entre outros, incluindo mapas (táteis/Braille e no formato
neos e atender à legislação vigente tem como foco a incorporação digital); globo terrestre - político e físico, incluindo globo (tátil/
da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável - um conjun- Braille); maquetes (incluindo tátil); bússola; atlas geográfico es-
to de programas, ações e diretrizes que orientarão os trabalhos colar; jogos (incluindo os em formato digital); GPS; mostruário de
das Nações Unidas e de seus países membros rumo ao desenvol- rochas, minerais e solos; lupa; termômetros; pluviômetros; câme-
vimento sustentável econômico, social e ambiental. ra fotográfica; filmes e documentários; livros, revistas e jornais;
A Agenda 2030 (ONU, 2015), a ser implementada no período equipamentos de multimídia (datashow, notebook, tablets e fer-
2016-2030, propõe 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável ramentas de realidade aumentada); programas de geoprocessa-
(ODS) e 169 metas correspondentes. Sendo assim, é de suma im- mento e cartografia digital; microcontroladores (arduino e senso-
portância que o professor incorpore em seu planejamento peda- res de temperatura, umidade e pressão atmosférica) entre outros.
gógico os temas transversais e a Agenda 2030, para garantir uma O Organizador Curricular de Geografia foi estruturado a partir
formação integral dos estudantes. das competências específicas de Geografia, unidades temáticas,
A Geografia possibilita o desenvolvimento do domínio da es- objetos de conhecimento/conteúdos e habilidades da BNCC do
pacialidade, o reconhecimento dos princípios e leis que regem Ensino Fundamental Anos Iniciais e Finais, além das contribuições
os tempos da natureza e o tempo social, das conexões entre os das consultas públicas realizadas no Estado de São Paulo.
componentes físico-naturais e, destes, com as ações antrópicas, É importante ressaltar que constam do organizador curricular
a compreensão das relações entre os eventos geográficos em di- as habilidades para cada ano do Ensino Fundamental e que cabe
ferentes escalas, a utilização de conhecimentos geográficos para ao professor recorrer aos diferentes materiais de apoio e tipos de
agir de forma ética e solidária, o reconhecimento da diversidade e recursos pedagógicos, para ampliar as possibilidades de trabalho
das diferenças e a investigação e resolução de problemas da vida de acordo com as especificidades do componente e da área de
cotidiana, consolidando um processo de alfabetização científica e conhecimento e para garantir a interdisciplinaridade, a integração
cartográfica em articulação com diferentes áreas do conhecimen- com habilidades de outras áreas e a articulação com as competên-
to e temas transversais. cias gerais da BNCC.
No contexto da aprendizagem do Ensino Fundamental – Anos As 10 competências gerais, as competências específicas da
Iniciais em Geografia, será necessário considerar o que os estu- área de Ciências Humanas, e as competências específicas de Geo-
dantes aprenderam na Educação Infantil, em articulação com os grafia para o Ensino Fundamental da BNCC apontaram caminhos
saberes de outros componentes curriculares e áreas de conheci- para a construção do Organizador Curricular de Geografia e o de-
mento, no sentido de consolidação do processo de alfabetização senvolvimento das habilidades de cada ano.
e letramento e de desenvolvimento de diferentes raciocínios. É A seguir, apresentamos as competências específicas de Geo-
importante, na faixa etária associada a essa fase do Ensino Fun- grafia que dialogam com os direitos éticos, estéticos e políticos
damental, o desenvolvimento da capacidade de leitura por meio presentes na BNCC, no sentido que asseguram o desenvolvimen-
de fotos, desenhos, plantas, maquetes e as mais diversas repre- to de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores essenciais
sentações. Assim, a partir dos lugares de vivência, os estudantes para a vida no século XXI por meio das dimensões fundamentais
desenvolvem a percepção e o domínio do espaço, noções de per- para a perspectiva de uma educação integral: aprendizagem e co-
tencimento, localização, orientação e organização das experiên- nhecimento, pensamento científico, crítico e criativo, repertório
cias e vivências em diferentes locais, sendo que os conceitos arti- cultural, comunicação, cultura digital, trabalho e projeto de vida,
culadores, como paisagem, região e território, vão se integrando argumentação, autoconhecimento e autocuidado, empatia e coo-
e ampliando as escalas de análise. peração, e responsabilidade e cidadania.

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Competências Específicas de Geografia para Ensino Funda- 9º ano (Anos Finais) para a 1ª série (Ensino Médio), no que se re-
mental fere à progressão das habilidades e à complexidade dos conceitos
1. Utilizar os conhecimentos geográficos para entender a in- e conteúdos trabalhados na Geografia.
teração sociedade/ natureza e exercitar o interesse e o espírito de A unidade temática “O sujeito e seu lugar no mundo” tem
investigação e de resolução de problemas; como foco as noções de pertencimento e identidade. Nos anos
2. Estabelecer conexões entre diferentes temas do conheci- iniciais, prioriza-se a alfabetização cartográfica e a relação do su-
mento geográfico, reconhecendo a importância dos objetos téc- jeito na escala da vida cotidiana e em comunidade, enquanto nos
nicos para a compreensão das formas como os seres humanos anos finais, o enfoque é a relação do sujeito e a ampliação de es-
fazem uso dos recursos da natureza ao longo da história; calas, Brasil e Mundo, destacando a importância da formação do
3. Desenvolver autonomia e senso crítico para compreensão cidadão crítico, democrático e solidário.
e aplicação do raciocínio geográfico na análise da ocupação hu- A unidade temática “Conexões e escalas” tem como foco a
mana e produção do espaço, envolvendo os princípios de analo- articulação de diferentes espaços e escalas de análise e as rela-
gia, conexão, diferenciação, distribuição, extensão, localização e ções existentes entre os níveis local e global. Nos anos iniciais,
ordem; são abordadas as interações entre sociedade e meio físico-natu-
4. Desenvolver o pensamento espacial, fazendo uso das lin- ral, enquanto nos anos finais, prioriza-se o estudo da produção do
guagens cartográficas e iconográficas, de diferentes gêneros tex- espaço geográfico a partir de diferentes interações multiescalares.
tuais e das geotecnologias para a resolução de problemas que A unidade temática “Mundo do trabalho” tem como foco a
envolvam informações geográficas; reflexão sobre atividades e funções socioeconômicas e o impacto
5. Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimen- das novas tecnologias. Nos Anos Iniciais, são abordados os pro-
tos de investigação para compreender o mundo natural, social, cessos e técnicas construtivas, o uso de diferentes materiais, as
econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, funções socioeconômicas e os setores da economia; nos Anos Fi-
avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológi- nais, os processos de produção no espaço agrário e industrial, as
cas) para questões que requerem conhecimentos científicos da novas tecnologias, a revolução técnico-científico-informacional e
Geografia; as diferentes representações utilizadas como ferramentas da aná-
6. Construir argumentos com base em informações geográfi- lise espacial.
cas, debater e defender ideias e pontos de vista que respeitem e A unidade temática “Formas de representação e pensamen-
promovam a consciência socioambiental e o respeito à biodiversi- to espacial” tem como foco a ampliação gradativa da concepção
dade e ao outro, sem preconceitos de qualquer natureza; do que é um mapa e de outras formas de representação gráfica,
7. Agir pessoal e coletivamente com respeito, autonomia, res- aprendizagens que envolvem o raciocínio geográfico. Nos Anos
ponsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, propondo Iniciais, são trabalhados os princípios do raciocínio geográfico,
ações sobre as questões socioambientais, com base em princípios destacando- -se as contribuições da alfabetização geográfica; nos
éticos, democráticos, sustentáveis e solidários. Anos Finais, amplia-se o repertório do estudante por meio de dife-
O Currículo Paulista de Geografia apresenta cinco unidades rentes linguagens, priorizando o domínio da leitura e a elaboração
temáticas para o Ensino Fundamental, ao longo dos nove anos: “O de mapas e gráficos.
sujeito e seu lugar no mundo”, “Conexões e escalas”, “Mundo do A unidade “Natureza, ambientes e qualidade de vida” tem
trabalho”, “Formas de representação e pensamento espacial” e como foco a articulação entre a geografia física e a geografia hu-
“Natureza, ambientes e qualidade de vida”. mana, com destaque para a discussão dos processos físico-natu-
Para tanto, a abordagem dessas unidades temáticas deve ser rais do planeta Terra. Nos Anos Iniciais, prioriza-se o estudo da
realizada integradamente, uma vez que a situação geográfica não percepção do meio físico-natural, as intervenções na natureza e
é apenas um pedaço do território, uma área contínua, mas um os impactos socioambientais, enquanto nos Anos Finais são traba-
conjunto de relações. Portanto, a análise de situação resulta da lhados conceitos mais complexos para tratar da relação natureza e
busca de características fundamentais de um lugar na sua rela- atividades antrópicas, nos contextos urbano e rural.
ção com outros lugares. Assim, ao se estudarem os objetos de Portanto, de modo geral, nas unidades temáticas, os elemen-
aprendizagem de Geografia, a ênfase do aprendizado é na posição tos estão relacionados ao exercício da cidadania, à proposição de
relativa dos objetos no espaço e no tempo, o que exige a com- ações de intervenção na realidade, ao protagonismo, ao projeto
preensão das características de um lugar (localização, extensão, de vida, à aproximação com saberes científicos e a relações de
conectividade, entre outras), resultantes das relações com outros alteridade, visando estimular os estudantes para continuar seus
lugares. Por causa disso, o entendimento da situação geográfica, estudos e prepará-los para o enfrentamento dos desafios do mun-
pela sua natureza, é o procedimento para o estudo dos objetos do contemporâneo.
de aprendizagem pelos alunos. Em uma mesma atividade a ser Prevê-se o alinhamento com os demais componentes da área
desenvolvida pelo professor, os alunos podem mobilizar, ao mes- de Ciências Humanas, componentes de outras áreas de conheci-
mo tempo, diversas habilidades de diferentes unidades temáticas. mento, temas integradores e transversais. A linguagem cartográfi-
(BRASIL, 2017, p.363) ca perpassa todos os anos do Ensino Fundamental.
As cinco unidades temáticas para o Ensino Fundamental fo-
ram organizadas visando a construção progressiva dos conheci-
mentos geográficos, segundo um processo pautado na investiga-
ção e na resolução de problemas, com ênfase na aprendizagem
dos conceitos e princípios geográficos a partir de diferentes lin-
guagens. É fundamental uma atenção cuidadosa na transição do
5º ano (Anos Iniciais) para o 6º ano (Anos Finais) e na transição do
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UNIDADES TEMÁTICAS ANO HABILIDADES CURRÍCULO PAULISTA OBJETOS DE CONHECIMEN-


TO
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE01) Observar e descrever características de seus O modo de vida das crianças
no mundo lugares de vivência (moradia, escola, bairro, rua entre em diferentes lugares
outros.) e identificar as semelhanças e diferenças entre
esses lugares
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE12*) Reconhecer nos lugares de vivência a O modo de vida das crianças
no mundo diversidade de indivíduos e de grupos sociais como em diferentes lugares
indígenas, quilombolas, caiçaras entre outros.
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE13*) Observar trajetos que realiza no entorno O modo de vida das crianças
no mundo da escola e/ou residência e formular hipóteses sobre as em diferentes lugares
dificuldades das pessoas para se locomover/transitar em
diferentes lugares.
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE02) Comparar jogos e brincadeiras (individuais e O modo de vida das crianças
no mundo coletivos) de diferentes épocas e lugares, promovendo o em diferentes lugares
respeito à pluralidade cultural.
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE03A) Reconhecer as funções do espaço público Situações de convívio em di-
no mundo de uso coletivo, tais como as praças, os parques e a ferentes lugares
escola, e comparar os diferentes usos desses espaços.
(EF01GE03B) Identificar os usos dos espaços públicos
para o lazer e para a realização de outras atividades
(encontros, reuniões, shows, aulas entre outras).
O sujeito e seu lugar 1º (EF01GE04) Discutir e elaborar, coletivamente, acordos, Situações de convívio em di-
no mundo regras e normas de convívio em diferentes espaços (casa, ferentes lugares
bairro, sala de aula, escola, áreas de lazer entre outros),
considerando as regras gerais pré-existentes, o cuidado
com os espaços públicos e os tipos de uso coletivo

Conexões e escalas 1º (EF01GE05) Observar a paisagem e descrever os ele - Ciclos naturais e a vida coti-
mentos e os ritmos da natureza (dia e noite, variação diana
de temperatura e umidade entre outros) nos lugares de
vivência.

Conexões e escalas 1º (EF01GE14*) Reconhecer semelhanças e diferenças entre Ciclos naturais e a vida coti-
os lugares de vivência e os de outras realidades, descritas diana
em imagens, canções e/ou poesias.
Mundo do trabalho 1º (EF01GE06) Identificar, descrever e comparar diferen - tes Diferentes tipos de trabalho
tipos de moradia em seus lugares de vivência e objetos existentes no seu dia a dia
de uso cotidiano (brinquedos, roupas, mobiliá - rios entre
outros), considerando técnicas e materiais utilizados em
sua produção.
Mundo do trabalho 1º (EF01GE07) Identificar e descrever os tipos de ativi - Diferentes tipos de trabalho
dades de trabalho realizadas dentro da escola, no seu existentes no seu dia a dia
entorno e lugares de vivência.
Formas de 1º (EF01GE08) Identificar itinerários percorridos ou Pontos de referência
representação e descritos em contos literários, histórias inventadas e/
pensamento espacial ou brincadeiras, representando-os por meio de mapas
mentais e desenhos
Formas de 1º (EF01GE09) Utilizar e elaborar mapas simples para Pontos de referência
representação e localizar elementos do local de vivência, considerando
pensamento espacial referenciais espaciais (frente e atrás, perto e longe,
esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora) e
tendo o corpo como referência.
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Natureza, ambientes e 1º (EF01GE10) Identificar e descrever características físi - Condições de vida nos luga-
qualidade de vida cas de seus lugares de vivência relacionadas aos ritmos res de vivência
da natureza (chuva, vento, calor entre outros).
Natureza, ambientes e 1º (EF01GE11) Associar mudanças de vestuário e hábitos Condições de vida nos luga-
qualidade de vida alimentares em sua comunidade ao longo do ano, res de vivência
decorrentes da variação de temperatura e umidade no
ambiente (estações do ano) e reconhecer diferentes
instrumentos e marcadores de tempo.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE01) Reconhecer e descrever a influência dos Convivência e interações en-
no mundo migrantes internos e externos que contribuíram para tre pessoas na comunidade
modificação, organização e/ou construção do espaço
geográfico, no bairro ou comunidade em que vive.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE02) Comparar costumes e tradições de diferen Convivência e interações en-
no mundo - tes populações e grupos sociais inseridos no bairro ou tre pessoas na comunidade
comunidade em que vive, reconhecendo a importância
do respeito às diferenças no que se refere à diversidade
étnica, geográfica e cultural.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE03) Comparar diferentes meios de transporte e Riscos e cuidados nos meios
no mundo de comunicação, indicando o seu papel na conexão entre de transporte e de comuni-
lugares, e discutir os riscos para a vida e para o ambiente cação
e seu uso responsável.
O sujeito e seu lugar 2º (EF02GE12*) Identificar as normas e regras do trânsito Riscos e cuidados nos meios
no mundo dos seus lugares de vivência e discutir os riscos e as de transporte e de comuni-
formas de prevenção para um trânsito seguro. cação
Conexões e escalas 2º (EF02GE04) Reconhecer semelhanças e diferenças nos Experiências da comunidade
hábitos das pessoas (quilombolas, assentados, indígenas, no tempo e no espaço
caiçaras entre outros), nas relações com a natureza e no
modo de viver em diferentes lugares e tempos
Conexões e escalas 2º (EF02GE05) Identificar e analisar as mudanças e as Mudanças e permanências
permanências ocorridas na paisagem dos lugares de
vivência, comparando os elementos constituintes de um
mesmo lugar em diferentes tempos.
Mundo do trabalho 2º (EF02GE06) Relacionar o dia e a noite a diferentes tipos Tipos de trabalho em lugares
de atividades sociais (horário escolar, comercial, sono e tempos diferentes
entre outros), a partir da experiência familiar, escolar e/
ou de comunidade.
Mundo do trabalho 2º (EF02GE13*) Identificar os recursos naturais de diferentes Tipos de trabalho em lugares
lugares e discutir as diferentes formas de sua utilização. e tempos diferentes
Mundo do trabalho 2º (EF02GE07) Descrever as atividades extrativas (minerais, Tipos de trabalho em lugares
agropecuárias e industriais) de diferentes lugares, e e tempos diferentes
identificando os seus impactos ambientais bem como
exemplos de práticas, atitudes, hábitos e comportamentos
relacionados à conservação e preservação da natureza.

Formas de 2º (EF02GE08) Reconhecer as diferentes formas de Localização, orientação e re-


representação e representação, como desenhos, mapas mentais, presentação espacial
pensamento espacial maquetes, croquis, globo, plantas, mapas temáticos,
cartas e imagens (aéreas e de satélite) e representar
componentes da paisagem dos lugares de vivência.
Formas de 2º (EF02GE14*) Elaborar maquete da sala de aula e/ou de Localização, orientação e re-
representação e residência e de outros lugares de vivência. presentação espacial
pensamento espacial

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Formas de 2º (EF02GE09) Identificar objetos e lugares de vivência Localização, orientação e re-


representação e (escola, moradia entre outros) a partir da leitura de presentação espacial
pensamento espacial imagens aéreas, fotografias e mapas.
Formas de 2º (EF02GE15*) Elaborar mapas de lugares de vivência, Localização, orientação e re-
representação e utilizando recursos como legenda, título entre outros. presentação espacial
pensamento espacial
Formas de 2º (EF02GE10) Aplicar princípios de localização e posição Localização, orientação e re-
representação e de objetos (referenciais espaciais, como frente e atrás, presentação espacial
pensamento espacial esquerda e direita, em cima e embaixo, dentro e fora)
por meio de representações espaciais da sala de aula, da
escola e/ou de trajetos.
Natureza, ambientes e 2º (EF02GE11A) Reconhecer a importância do solo e da água Os usos dos recursos natu-
qualidade de vida para as diferentes formas de vida, tendo como referência rais: solo e água no campo e
o seu lugar de vivência, e comparando com outros na cidade
lugares. (EF02GE11B) Identificar os diferentes usos do
solo e da água nas atividades cotidianas e econômicas (ex
- trativismo, mineração, agricultura, pecuária e indústria
entre outros), relacionando com os impactos socioam -
bientais causados nos espaços urbanos e rurais.
O sujeito e seu lugar 3º (EF03GE01) Identificar e comparar alguns aspectos A cidade e o campo: aproxi-
no mundo culturais dos grupos sociais (povos indígenas, quilom - mações e diferenças
bolas, ribeirinhos, extrativistas, ciganos, entre outros) de
seus lugares de vivência, seja na cidade, seja no campo.
O sujeito e seu lugar 3º (EF03GE02) Identificar, em seus lugares de vivência, A cidade e o campo: aproxi-
no mundo marcas de contribuições culturais e econômicas de mações e diferenças
grupos sociais de diferentes origens.
O sujeito e seu lugar 3º (EF03GE03) Reconhecer os diferentes modos de vida de A cidade e o campo: aproxi-
no mundo povos e comunidades tradicionais em distintos lugares, mações e diferenças
a partir de diferentes aspectos culturais (exemplo:
moradia, alimentação, vestuário, tradições, costumes
entre outros)
Conexões e escalas 3º (EF03GE04) Reconhecer o que são processos naturais e Paisagens naturais e antrópi-
históricos e explicar como eles atuam na produção e na cas em transformação
mudança das paisagens naturais e antrópicas nos seus
lugares de vivência, comparando-os a outros lugares.
Mundo do trabalho 3º (EF03GE05) Identificar alimentos, minerais e outros Matéria-prima e indústria
produtos cultivados e extraídos da natureza, comparando
as atividades de trabalho (formais e informais e produção
artística) em diferentes lugares
Formas de 3º (EF03GE06) Identificar e interpretar imagens Representações cartográfi-
representação e bidimensionais e tridimensionais em diferentes tipos de cas
pensamento espacial representação cartográfica.
Formas de 3º (EF03GE07) Reconhecer e elaborar legendas com Representações cartográfi-
representação e símbolos de diversos tipos de representações em cas
pensamento espacial diferentes escalas cartográficas.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE08A) Associar consumo à produção de resíduos, Produção, circulação e con-
qualidade de vida reconhecendo que o consumo excessivo e o descarte sumo
inadequado acarretam problemas socioambientais,
em diferentes lugares. (EF03GE08B) Propor ações para
o consumo consciente e responsável, considerando a
ampliação de hábitos, atitudes e comportamentos de
redução, reuso e reciclagem de materiais consumidos em
casa, na escola, bairro e/ou comunidade entre outros.

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Natureza, ambientes e 3º (EF03GE12*) Identificar grupos sociais e instituições Produção, circulação e con-
qualidade de vida locais e/ou no entorno que apoiam o desenvolvimento sumo
de ações e ou projetos com foco no consumo consciente
e responsável.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE09) Investigar os usos dos recursos naturais, com Impactos das atividades hu-
qualidade de vida destaque para os usos da água em atividades cotidianas manas
(alimentação, higiene, cultivo de plantas entre outros), e
discutir os problemas socioambientais provocados por
esses usos.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE10A) Reconhecer a importância da água para Impactos das atividades hu-
qualidade de vida múltiplos usos, em especial para a agricultura, pecuária, manas
abastecimento urbano e geração de energia e discutir os
impactos socioambientais dessa utilização, em diferentes
lugares. (EF03GE10B) Identificar grupos e/ou associações
que atuam na preservação e conservação de nascentes,
riachos, córregos, rios e matas ciliares, e propor ações de
intervenção, de modo a garantir acesso à água potável e
de qualidade para as populações de diferentes lugares.
Natureza, ambientes e 3º (EF03GE11) Identificar e comparar os diferentes impactos Impactos das atividades hu-
qualidade de vida socioambientais (erosão, deslizamento, escoamento manas
superficial entre outros) que podem ocorrer em áreas
urbanas e rurais, a partir do desenvolvimento e avanço
de algumas atividades econômicas.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE01) Identificar e selecionar, em seus lugares Território e diversidade cul-
no mundo de vivência e em suas histórias familiares e/ou tural
da comunidade, elementos de distintas culturas
(indígenas, afro-brasileiras, de outras regiões do país,
latino-americanas, europeias, asiáticas entre outros),
valorizando o que é próprio em cada uma delas e sua
contribuição para a formação da cultura local, regional
e brasileira.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE02) Descrever processos migratórios internos Processos migratórios no
no mundo e externos (europeus, asiáticos, africanos, latino Brasil
americanos, entre outros) e suas contribuições para a
formação da sociedade brasileira.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE12*) Identificar as características do processo Processos migratórios no
no mundo migratório no lugar de vivência e no Estado de São Paulo Brasil
e discutir as implicações decorrentes.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE13*) Discutir e valorizar as contribuições dos Processos migratórios no
no mundo migrantes no lugar de vivência e no Estado de São Paulo, Brasil
em aspectos como idioma, literatura, religiosidade,
hábitos alimentares, ritmos musicais, festas tradicionais
entre outros.
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE14*) Identificar elementos da organização Instâncias do poder público
no mundo político-administrativa do Brasil e canais de participação so-
cial
O sujeito e seu lugar 4º (EF04GE03) Distinguir funções e papéis dos órgãos do Instâncias do poder público
no mundo poder público municipal e canais de participação social e canais de participação so-
na gestão do Município, incluindo a Câmara de Verea cial
dores e Conselhos Municipais.
Conexões e escalas 4º (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a Relação campo e cidade
interdependência do campo e da cidade, considerando
fluxos econômicos, de informações, de ideias e de
pessoas.

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Conexões e escalas 4º (EF04GE05) Distinguir unidades político-administrativas Unidades político-adminis-


oficiais nacionais (Distrito, Município, Unidade da trativas do Brasil
Federação e grande região), suas fronteiras e sua
hierarquia, localizando seus lugares de vivência.
Conexões e escalas 4º (EF04GE15*) Reconhecer a partir de representações Unidades político-adminis-
cartográficas as definições de limite e fronteira, em trativas do Brasil
diferentes escalas.
Conexões e escalas 4º (EF04GE06) Identificar, descrever e analisar territórios Territórios étnico-culturais
étnico-culturais do Brasil, tais como terras indígenas,
comunidades tradicionais e comunidades remanescentes
de quilombos, reconhecendo a legitimidade da
demarcação desses territórios no Brasil.
Mundo do trabalho 4º (EF04GE07) Comparar as características do trabalho no Trabalho no campo e na ci-
campo e na cidade em épocas distintas. dade
Mundo do trabalho 4º (EF04GE16*) Reconhecer e analisar as características Trabalho no campo e na ci-
do processo de industrialização, discutindo os impactos dade
econômicos, sociais, culturais e ambientais dos processos
produtivos (laranja, cana-de-açúcar, soja entre outros) no
Estado de São Paulo e em diferentes regiões do Brasil.
Mundo do trabalho 4º (EF04GE08) Descrever o processo de produção, circu - Produção, circulação e con-
lação e consumo de diferentes produtos, reconhecendo sumo
as etapas da transformação da matéria-prima em pro -
dução de bens e alimentos e comparando a produção
de resíduos, no seu município, Estado de São Paulo e em
outras regiões do Brasil.
Formas de 4º (EF04GE17*) Identificar os pontos cardeais, colaterais e Sistema de orientação
representação e subcolaterais como referenciais de orientação espacial, a
pensamento espacial partir dos lugares de vivência.
Formas de 4º (EF04GE09) Utilizar as direções cardeais na localização de Sistema de orientação
representação e componentes físicos e humanos nas paisagens rurais e
pensamento espacial urbanas.
Formas de 4º (EF04GE10) Reconhecer e comparar tipos variados de Elementos constitutivos dos
representação e mapas, identificando suas características, elaboradores, mapas
pensamento espacial finalidades, diferenças e semelhanças entre outros
elementos.
Formas de 4º (EF04GE18*) Identificar e comparar diferentes formas de Elementos constitutivos dos
representação e representação, como as imagens de satélite, fotografias mapas
pensamento espacial aéreas, planta pictórica, plantas, croquis entre outros
Natureza, ambientes e 4º (EF04GE11) Identificar as características das paisagens Conservação e degradação
qualidade de vida naturais e antrópicas (relevo, cobertura vegetal, da natureza
hidrografia entre outros) no ambiente em que vive, bem
como a ação humana na conservação ou degradação
dessas áreas, discutindo propostas para preservação e
conservação de áreas naturais.
O sujeito e seu lugar 5º (EF05GE01) Descrever e analisar dinâmicas populacionais Dinâmica populacional
no mundo a partir do município e da Unidade da Federação,
estabelecendo relações entre os fluxos migratórios
internos e externos e o processo de urbanização e as
condições de infraestrutura no território brasileiro.
O sujeito e seu lugar 5º (EF05GE13*) Compreender as desigualdades Dinâmica populacional
no mundo socioeconômicas, a partir da análise de indicadores
populacionais (renda, escolaridade, expectativa de vida,
mortalidade e natalidade, migração entre outros) em
diferentes regiões brasileiras.
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O sujeito e seu lugar 5º (EF05GE02) Identificar diferenças étnico-raciais e étnico- Diferenças étnico-raciais e
no mundo culturais e desigualdades sociais entre grupos em étnico-culturais e desigual-
diferentes territórios. dades sociais
Conexões e escalas 5º (EF05GE03) Distinguir os conceitos de cidade, forma, Território, redes e urbaniza-
função e rede urbana e analisar as mudanças sociais, ção
econômicas, culturais, políticas e ambientais provocadas
pelo crescimento das cidades.
Conexões e escalas 5º (EF05GE14*) Descrever o processo histórico e geográfico Território, redes e urbaniza-
de formação de sua cidade, comparando-as com outras ção
cidades da região e do Brasil, analisando as diferentes
formas e funções.
Conexões e escalas 5º (EF05GE04) Reconhecer as características da cidade e Território, redes e urbaniza-
analisar as interações entre a cidade e o campo e entre ção
cidades na rede urbana brasileira.
Conexões e escalas 5º (EF05GE15*) Identificar e interpretar as características Território, redes e urbaniza-
do processo de urbanização no Estado de São Paulo e no ção
Brasil, a partir das mudanças políticas, culturais, sociais,
econômicas e ambientais entre a cidade e o campo.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE05) Identificar e comparar as mudanças dos Trabalho e inovação tecno-
tipos de trabalho e desenvolvimento tecnológico na lógica
agropecuária, na indústria, no comércio e nos serviços
em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE16*) Relacionar o papel da tecnologia e Trabalho e inovação tecno-
comunicação na interação entre cidade e campo, lógica
discutindo as transformações ocorridas nos modos
de vida da população e nas formas de consumo em
diferentes tempos.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE17*) Reconhecer, em diferentes lugares e regiões Trabalho e inovação tecno-
brasileiras, as desigualdades de acesso à tecnologia, à lógica
produção e ao consumo.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE06) Identificar e comparar transformações dos Trabalho e inovação tecno-
meios de transporte e de comunicação, discutindo os lógica
tipos de energia e tecnologias utilizadas, em diferentes
lugares e tempos.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE07) Identificar os diferentes tipos de energia Trabalho e inovação tecno-
utilizados na produção industrial, agrícola e extrativa e lógica
no cotidiano das populações em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE18*) Reconhecer a matriz energética brasileira, Trabalho e inovação tecno-
comparando os tipos de energia utilizadas em diferentes lógica
atividades e discutir os impactos socioambientais em
diferentes regiões do país.
Mundo do trabalho 5º (EF05GE19*) Identificar as principais fontes de energia Trabalho e inovação tecno-
utilizadas no seu município e no Estado de São lógica
Paulo, analisar os impactos socioambientais e propor
alternativas sustentáveis para diversificar a matriz
energética
Mundo do trabalho 5º (EF05GE20*) Identificar práticas de uso racional da Trabalho e inovação tecno-
energia elétrica e propor ações de mudanças de hábitos, lógica
atitudes e comportamentos de consumo, em diferentes
lugares.

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Formas de 5º (EF05GE08) Analisar transformações de paisagens Mapas e imagens de satélite


representação e nas cidades, comparando sequência de fotografias,
pensamento espacial fotografias aéreas e imagens de satélite de épocas
diferentes.
Formas de 5º (EF05GE09) Estabelecer conexões e hierarquias entre Representação das cidades e
representação e diferentes cidades, utilizando mapas temáticos e do espaço urbano
pensamento espacial representações gráficas.
Natureza, ambientes e 5º (EF05GE10) Reconhecer e comparar atributos da Qualidade ambiental
qualidade de vida qualidade ambiental e algumas formas de poluição
dos cursos de água e dos oceanos (esgotos, efluentes
industriais, marés negras entre outros), a partir de seu
lugar de vivência.
Natureza, ambientes e 5º (EF05GE11) Identificar e descrever problemas Diferentes tipos de poluição
qualidade de vida socioambientais que ocorrem no entorno da escola e da
residência (lixões, indústrias poluentes, destruição do
patrimônio histórico entre outros), analisar as diferentes
origens e propor soluções (inclusive tecnológicas) para
esses problemas
Natureza, ambientes e 5º (EF05GE12) Identificar órgãos do poder público e canais Gestão pública da qualidade
qualidade de vida de participação social responsáveis por buscar soluções de vida
para a melhoria da qualidade de vida (em áreas como
meio ambiente, mobilidade, moradia, direito à cidade
entre outros) e discutir as propostas implementadas por
esses órgãos que afetam a comunidade em que vive.
O sujeito e seu lugar 6º, (EF06GE01) Descrever elementos constitutivos das Identidade sociocultural
no mundo paisagens e comparar as modificações nos lugares de
vivência e os usos desses lugares em diferentes tempos.
O sujeito e seu lugar 6º, EF06GE14*) Analisar o papel de grupos sociais com Identidade sociocultural
no mundo destaque para quilombolas, indígenas entre outros na
produção da paisagem, do lugar e do espaço geográfico
em diferentes tempos.
O sujeito e seu lugar 6º, (EF06GE15*) Elaborar hipóteses para explicar as Identidade sociocultural
no mundo mudanças e permanências ocorridas em uma dada
paisagem em diferentes lugares e tempos.
O sujeito e seu lugar 6º (EF06GE02) Analisar e comparar modificações de Identidade sociocultural
no mundo paisagens por diferentes tipos de sociedades, com
destaque para os povos originários e comunidades
tradicionais em diferentes lugares.
Conexões e escalas 6º (EF06GE03) Caracterizar os principais movimentos do Relações entre os compo-
planeta Terra e identificar as consequências (sucessão nentes físico-naturais
de dia e noite, as estações do ano, fusos horários entre
outras). (EF06GE03B) Descrever as camadas da atmosfera
e relacionar com circulação geral, zonas climáticas e
padrões climáticos. (EF06GE03C) Diferenciar tempo e
clima e analisar os fenômenos atmosféricos e climáticos
em diferentes lugares.
Conexões e escalas 6º, (EF06GE16*) Descrever as camadas da litosfera e analisar Relações entre os compo-
os processos endógenos e exógenos na formação e nentes físico-naturais
modelagem do relevo terrestre.
Conexões e escalas 6º, (EF06GE04A) Analisar a formação da hidrosfera, descrever Relações entre os compo-
o ciclo hidrológico e identificar as características do nentes físico-naturais
processo de infiltração e escoamento superficial.

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Conexões e escalas 6º, (EF06GE04B) Identificar os componentes da morfo - logia Relações entre os compo-
das bacias e das redes hidrográficas e analisar as relações nentes físico-naturais
com a cobertura vegetal, a topografia e a ocupação do
solo urbano e rural.
Conexões e escalas 6º (EF06GE17*) Discutir a importância da água para Relações entre os compo-
manutenção das formas de vida e relacionar com a sua nentes físico-naturais
disponibilidade no planeta, tipos de usos, padrões de
consumo e práticas sustentáveis para preservação e
conservação.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE06) Identificar e analisar as características Transformação das paisa-
das paisagens transformadas pela ação antrópica a gens naturais e antrópicas
partir dos processos de urbanização, industrialização e
desenvolvimento da agropecuária em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE18*) Caracterizar as atividades primárias, Transformação das paisa-
secundárias e terciárias e analisar as transformações gens naturais e antrópicas
espaciais, econômicas, culturais, políticas e ambientais
em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE07) Explicar as mudanças na interação entre Transformação das paisa-
diferentes sociedades e a natureza, o surgimento das gens naturais e antrópicas
cidades e as formas distintas de organização socioespacial.
Mundo do trabalho 6º (EF06GE19*) Relacionar o processo de urbanização com Transformação das paisa-
as problemáticas socioambientais e identificar os fatores gens naturais e antrópicas
de vulnerabilidade, riscos e desastres em diferentes
lugares
Formas de 6º (EF06GE20*) Reconhecer a importância da Cartografia Fenômenos na - turais e so-
representação e como uma forma de linguagem para representar ciais representados de dife-
pensamento espacial fenômenos nas escalas local, regional e global. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE21*) Identificar os pontos cardeais e colaterais Fenômenos na - turais e so-
representação e e aplicar técnicas de orientação relativa e o sistema de ciais representados de dife-
pensamento espacial coordenadas geográficas rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE22*) Distinguir os elementos do mapa, tais como Fenômenos na - turais e so-
representação e título, legenda, escala, orientação, projeção, sistema ciais representados de dife-
pensamento espacial de coordenadas, fontes de informação entre outros em rentes maneiras
diferentes representações cartográficas.
Formas de 6º, (EF06GE08) Analisar a diferença entre a escala gráfica e Fenômenos na - turais e so-
representação e a escala numérica e medir distâncias na superfície pelas ciais representados de dife-
pensamento espacial escalas gráficas e numéricas dos mapas. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE23*) Analisar fenômenos a partir das variáveis Fenômenos na - turais e so-
representação e visuais e das relações quantitativas, de ordem e seletivas ciais representados de dife-
pensamento espacial em diferentes representações cartográficas. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE24*) Aplicar técnicas de representação utilizadas Fenômenos na - turais e so-
representação e na cartografia temática, em especial a diferença entre ciais representados de dife-
pensamento espacial mapas de base e mapas temáticos. rentes maneiras
Formas de 6º (EF06GE25*) Analisar os tipos de produtos do Fenômenos na - turais e so-
representação e Sensoriamento Remoto, Sistemas de Informações ciais representados de dife-
pensamento espacial Geográficas (SIG), Sistema de Posicionamento Global rentes maneiras
(GPS) e Cartografia Digital e relacionar com a produção
imagens de satélite e mapas digitais entre outros.
Formas de 6º (EF06GE26*) Identificar diferentes representações do Fenômenos na - turais e so-
representação e planeta Terra e da superfície terrestre. ciais representados de dife-
pensamento espacial rentes maneiras

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Formas de 6º (EF06GE09) Elaborar modelos tridimensionais, blocos- Fenômenos na - turais e so-


representação e diagramas e perfis topográficos e de vegetação para ciais representados de dife-
pensamento espacial representar elementos e estruturas da superfície rentes maneiras
terrestre.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE10) Explicar a importância dos solos para a Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida manutenção da vida, identificar os fatores de formação, lógico
tipos e usos e relacionar com a permeabilidade e a
disponibilidade de água, em diferentes lugares e tempos.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE27*) Identificar as técnicas para o manejo Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida e conservação do solo e analisar diferentes práticas lógico
agroecológicas e as relações de consumo na sociedade
contemporânea.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE28*) Relacionar o processo de degradação do Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida solo com o desmatamento, queimadas, desertificação, lógico
uso de agrotóxicos, escassez hídrica entre outros e
discutir ações para a preservação e conservação do solo
em diferentes lugares.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE11) Analisar distintas interações das sociedades Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida com a natureza, com base na distribuição dos lógico
componentes físico-naturais, incluindo as transformações
da biodiversidade local, regional e global.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE29*) Relacionar as características do processo Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida de urbanização com a ocorrência de desastres lógico
socioambientais (inundações, enchentes, rompimento
de barragens, deslizamentos de encostas, incêndios,
erosão entre outros) em diferentes lugares.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE12) Identificar as principais bacias hidrográficas Atividades humanas e dinâ-
qualidade de vida do município, da região, do Estado de São Paulo, do mica climática
Brasil, da América do Sul e do mundo e relacionar
com a geração de energia, abastecimento de água e as
principais transformações dos espaços urbanos e rurais.
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE30*) Analisar os desastres socioambientais Atividades humanas e dinâ-
qualidade de vida ocasionados pela construção de usinas hidrelétricas, mica climática
barragens, desmatamento entre outros e discutir as
consequências sociais, culturais, econômicas, políticas e
ambientais em diferentes lugares.
Natureza, ambientes e 6º (EF05GE31*) Identificar práticas de uso racional Atividades humanas e dinâ-
qualidade de vida da energia elétrica, discutir as suas vantagens e mica climática
desvantagens e propor ações de mudanças de hábitos,
atitudes e comportamentos de consumo, em diferentes
lugares
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE32*) Diferenciar fenômenos naturais e Atividades humanas e dinâ-
qualidade de vida fenômenos provocados pela ação humana e relacionar mica climática
com os fenômenos climáticos (radiação solar, a radiação
ultravioleta, Ilha de Calor, o aquecimento global, El Niño,
La Niña, Efeito Estufa e Camada de Ozônio entre outros).
Natureza, ambientes e 6º (EF06GE13) Analisar causas e consequências das práticas Atividades humanas e dinâ-
qualidade de vida humanas na dinâmica climática, discutir e propor ações mica climática
para o enfretamento dos impactos decorrentes das
alterações climáticas em diferentes lugares.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE01) Avaliar por meio de exemplos extraídos dos Ideias e concepções sobre a
no mundo meios de comunicação, ideias e estereótipos acerca das formação territorial do Brasil
paisagens e da formação territorial do Brasil.

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O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE13*) Analisar o processo de formação do Ideias e concepções sobre a
no mundo território brasileiro e identificar as demarcações de formação territorial do Brasil
limites e fronteiras em diferentes tempos.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE14*) Identificar em registros histórico- Ideias e concepções sobre a
no mundo geográficos, as formas de organização político- formação territorial do Brasil
administrativa do Brasil em diferentes tempos e
relacionar com a criação do Estado de São Paulo.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE15*) Analisar as divisões regionais do IBGE Ideias e concepções sobre a
no mundo e outras propostas de regionalização tais como: os formação territorial do Brasil
Complexos Regionais ou Regiões Geoeconômicas e
descrever as características culturais, econômicas,
naturais, políticas e sociais de cada região brasileira.
O sujeito e seu lugar 7º (EF07GE16*) Analisar em diferentes produções culturais Ideias e concepções sobre a
no mundo elementos das paisagens das regiões brasileiras, em formação territorial do Brasil
especial a região sudeste.
Conexões e escalas 7º (EF07GE02) Analisar a influência dos fluxos econômicos Formação territorial do Bra-
e populacionais na formação socioeconômica e sil
territorial e discutir os conflitos e as tensões históricas
e contemporâneas no Brasil, em especial no Estado de
São Paulo.
Conexões e escalas 7º (EF07GE17*) Identificar os processos migratórios internos Formação territorial do Bra-
e externos, reconhecendo as contribuições dos povos sil
indígenas, africanos, europeus, asiáticos entre outros
para a formação da sociedade brasileira, em diferentes
regiões brasileiras, em especial no Estado de São Paulo.
Conexões e escalas 7º (EF07GE18*) Analisar as influências indígenas e africanas Formação territorial do Bra-
no processo de formação da cultura brasileira e relacionar sil
com a atuação dos movimentos sociais contemporâneos
no Brasil.
Conexões e escalas 7º (EF07GE03A) Identificar e selecionar, em registros Formação territorial do Bra-
histórico-geográficos, características dos povos indígenas, sil
comunidades remanescentes de quilombolas, povos das
florestas e do cerrado, ribeirinhos e caiçaras, entre outros
grupos sociais do campo e da cidade em diferentes
lugares e tempos. (EF07GE03B) Analisar aspectos
étnicos e culturais dos povos originários e comunidades
tradicionais e a produção de territorialidades e discutir
os direitos legais desses grupos, nas diferentes regiões
brasileiras e em especial no Estado de São Paulo.

Conexões e escalas 7º (EF07GE04) Analisar a distribuição territorial da Características da população


população brasileira, considerando a diversidade étnico- brasileira
racial e cultural (indígena, africana, europeia, latino-
americana, árabe, asiática entre outras) e relacionar com
outros indicadores demográficos tais como: renda, sexo,
gênero, idade entre outros nas regiões brasileiras.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE05) Analisar fatos e situações representativas Produção, circulação e con-
das alterações ocorridas entre o período mercantilista e sumo de mercadorias
o advento do capitalismo e discutir aspectos econômi -
cos, políticos, sociais, culturais e ambientais associa - dos
a esse período em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE19*) Aplicar conhecimentos geográficos para Produção, circulação e con-
identificar fenômenos socioespaciais representativos sumo de mercadorias
das primeiras fases do processo de globalização em
diferentes lugares
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Mundo do trabalho 7º (EF07GE06) Analisar a apropriação dos recursos na - Produção, circulação e con-
turais pelas diferentes sociedades e discutir como os sumo de mercadorias
processos produtivos, a circulação e o consumo de
mercadorias provocam impactos socioambientais e
influem nas relações de trabalho e na distribuição de
riquezas em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE20*) Explicar o conceito de desenvolvimento Produção, circulação e con-
sustentável, identificar os seus indicadores econômi - sumo de mercadorias
cos, culturais, sociais, ambientais e políticos e discutir as
vantagens e desvantagens em diferentes lugares.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE21*) Relacionar os processos produtivos Produção, circulação e con-
sustentáveis com as práticas de consumo consciente e sumo de mercadorias
responsável e discutir caminhos para a construção de
sociedades sustentáveis.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE07A) Analisar o papel das redes de transporte Desigualdade social e o tra-
e comunicação e estabelecer relações com os fluxos balho
materiais (objetos, mercadorias, pessoas) e imateriais
(dados, informação, comunicação) em escala global.
(EF07GE07B) Categorizar as redes de transporte e
comunicação e analisar influências nos processos
produtivos e nas alterações na configuração do território
brasileiro.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE08) Estabelecer relações entre os processos Desigualdade social e o tra-
de industrialização e inovação tecnológica e analisar as balho
transformações socioeconômicas, políticas, culturais e
ambientais do território brasileiro.
Mundo do trabalho 7º (EF07GE22*) Caracterizar os espaços industriais-tecno Desigualdade social e o tra-
lógicos e discutir o papel das políticas governamentais e balho
a criação e/ou expansão dos centros tecnológicos e de
pesquisa, em diferentes regiões brasileiras, em especial
no Estado de São Paulo.
Formas de 7º (EF07GE09A) Interpretar e elaborar mapas temáticos com Mapas temáticos do Brasil
representação e base em informações históricas, demográficas, sociais e
pensamento espacial econômicas do território brasileiro. (EF07GE09B) Aplicar
tecnologias digitais para identificar padrões espaciais,
regionalizações e analogias espaciais do território
brasileiro, em especial do Estado de São Paulo.
Formas de 7º (EF07GE10) Identificar e selecionar indicadores Mapas temáticos do Brasil
representação e socioeconômicos e elaborar representações gráficas e
pensamento espacial comparar as regiões brasileiras em diferentes tempos.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE11) Identificar os domínios morfoclimáticos e Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida relacionar com as dinâmicas dos componentes físico- lógico
-naturais no território brasileiro.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE23*) Avaliar a importância da distribuição dos Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida recursos naturais e da biodiversidade nos diversos lógico
biomas brasileiros.
Natureza, ambientes e 7º (EF06GE24*) Identificar as generalidades e singularidades Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida dos biomas brasileiros, em especial no Estado de São lógico
Paulo.
Natureza, ambientes e 7º (EF06GE25*) Analisar as problemáticas socioambientais Biodiversidade e ciclo hidro-
qualidade de vida e discutir as ações para a preservação e conservação dos lógico
biomas brasileiros, em especial no Estado de São Paulo.

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Natureza, ambientes e 7º (EF07GE12) Descrever a organização do Sistema Nacional Biodiversidade brasileira


qualidade de vida de Unidades de Conservação (SNUC), comparar os tipos
de Unidades de Conservação e discutir as práticas de
conservação e preservação da biodiversidade nas regiões
brasileiras.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE26*) Identificar Territórios Quilombolas, Biodiversidade brasileira
qualidade de vida Terras Indígenas e Reservas Extrativistas nas Unidades
de Conservação, discutir o papel desses grupos na
conservação e preservação da natureza e analisar
conflitos e movimentos de resistência no Brasil, em
especial no Estado de São Paulo.
Natureza, ambientes e 7º (EF07GE27*) Analisar a atuação das instituições públicas Biodiversidade brasileira
qualidade de vida e da sociedade civil organizada na formulação de políticas
públicas socioambientais e identificar os diferentes
instrumentos de gestão territorial do patrimônio
ambiental no Brasil e no Estado de São Paulo.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE25*) Descrever e distinguir os conceitos da Distribuição da população
no mundo demografia e analisar a aproximação com a Geografia mundial e deslocamentos
das Populações na análise dos processos populacionais populacionais
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE01) Identificar e descrever as rotas de dispersão Distribuição da população
no mundo da população humana pelo planeta e os principais fluxos mundial e deslocamentos
migratórios e analisar os fatores históricos, políticos, populacionais
econômicos, culturais e condicionantes físico-naturais
associados à distribuição da população humana, pelos
continentes, em diferentes períodos.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE02) Descrever e comparar as correntes e fluxos Distribuição da população
no mundo migratórios contemporâneos da população mundial e mundial e deslocamentos
analisar fatos, situações e influências dos migrantes, em populacionais
diferentes regiões do mundo, em especial no Brasil.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE03) Analisar aspectos representativos Distribuição da população
no mundo da dinâmica demográfica, aplicar os indicadores mundial e deslocamentos
demográficos e analisar as mudanças sociais, culturais, populacionais
políticas, ambientais e econômicas decorrentes da
transição demográfica, em diferentes regiões do mundo.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE26*) Analisar a dinâmica populacional e Distribuição da população
no mundo relacionar com as transformações tecnológicas, indica - mundial e deslocamentos
dores de qualidade de vida e nível de desenvolvimento populacionais
socioeconômico e ambiental, de países distintos, em
diferentes regiões do mundo.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE27*) Comparar a formação territorial de países Distribuição da população
no mundo latino-americanos, a partir das influências pré-colombiana mundial e deslocamentos
e colonial e estabelecer semelhanças e diferenças populacionais
socioculturais entre as correntes de povoamento.
O sujeito e seu lugar 8º (EF08GE04A) Selecionar, comparar e analisar processos Distribuição da população
no mundo migratórios contemporâneos e discutir características dos mundial e deslocamentos
movimentos voluntários e forçados, assim como fatores populacionais
e áreas de expulsão e atração no continente americano,
em especial na América Latina. (EF08GE04B) Analisar os
fluxos de migração da América Latina e relacionar com
os aspectos econômicos, políticos, sociais, culturais e
ambientais, em diversos países do continente americano.

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Conexões e escalas 8º (EF08GE05) Aplicar os conceitos de Estado, nação, Corporações e organismos


território, governo e país e analisar os conflitos e tensões internacionais e do Brasil na
na contemporaneidade, com destaque para as situações ordem econômica mundia
geopolíticas na América e na África e suas múltiplas
regionalizações a partir do pós-guerra.
Conexões e escalas 8º (EF08GE28*) Identificar fatos, dados, situações e/ou Corporações e organismos
fenômenos do processo de globalização e avaliar as internacionais e do Brasil na
diferentes manifestações culturais, políticas, econômicas, ordem econômica mundia
ambientais e sociais, em diferentes lugares
Conexões e escalas 8º (EF08GE06) Analisar a atuação das organizações mundiais Corporações e organismos
nos processos de integração cultural e econômica, internacionais e do Brasil na
em especial nos continentes americano e africano, ordem econômica mundia
reconhecendo, em seus lugares de vivência, marcas
desses processos.
Conexões e escalas 8º (EF08GE07) Analisar os impactos geoeconômicos, Corporações e organismos
geoestratégicos e geopolíticos da ascensão dos Estados internacionais e do Brasil na
Unidos da América no cenário internacional e discutir a ordem econômica mundia
sua posição de liderança global e a relação com os países
que integram o BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul, em especial com o Brasil e a China.
Conexões e escalas 8º (EF08GE08) Analisar a situação do Brasil e de outros Corporações e organismos
países da América Latina e da África, assim como da internacionais e do Brasil na
potência estadunidense na ordem mundial do pós - ordem econômica mundia
-guerra.
Conexões e escalas 8º (EF08GE29*) Selecionar e organizar indicadores Corporações e organismos
socioeconômicos de países da América Latina e da África internacionais e do Brasil na
e comparar com os de potências tradicionais e potências ordem econômica mundia
emergentes na ordem mundial do pós-guerra.
Conexões e escalas 8º (EF08GE09) Identificar, comparar e analisar os padrões Corporações e organismos
econômicos mundiais de produção, distribuição e internacionais e do Brasil na
intercâmbio dos produtos agrícolas e industrializados, ordem econômica mundia
tendo como referência os Estados Unidos da América e
os países dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África
do Sul).
Conexões e escalas 8º (EF08GE10) Distinguir e analisar conflitos e ações dos Corporações e organismos
movimentos sociais brasileiros, no campo e na cidade, internacionais e do Brasil na
comparando com outros movimentos sociais existentes ordem econômica mundia
nos países latino-americanos.
Conexões e escalas 8º EF08GE11) Identificar áreas de conflitos e tensões nas Corporações e organismos
regiões de fronteira do continente latino-americano, internacionais e do Brasil na
analisar o papel de organismos internacionais e ordem econômica mundia
regionais de cooperação nesses cenários e discutir as
consequências para as populações dos países envolvidos.
Conexões e escalas 8º (EF08GE12) Analisar a importância dos principais Corporações e organismos
organismos de integração do território americano, internacionais e do Brasil na
identificar as origens da formação de blocos regionais ordem econômica mundia
e comparar as características desses blocos, especial na
América Latina.
Mundo do trabalho 8º (EF08GE14) Analisar e comparar os processos de Os diferentes contextos e os
desconcentração, descentralização e recentralização das meios técnico e tecnológico
atividades econômicas a partir do capital estadunidense na produção
e chinês em diferentes regiões no mundo, com destaque
para o Brasil.

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Mundo do trabalho 8º EF08GE15) Analisar a importância dos principais Transformações do espaço


recursos hídricos da América Latina e discutir os desafios na sociedade urbano-indus-
relacionados à gestão e comercialização da água. trial na América Latina
Mundo do trabalho 8º (EF08GE30*) Identificar as problemáticas socioambientais Transformações do espaço
resultantes das formas predatórias dos múltiplos usos na sociedade urbano-indus-
da água e discutir os desafios relacionados à gestão das trial na América Latina
águas na América Latina, em especial no Brasil
Mundo do trabalho 8º (EF08GE16A) Identificar, comparar e analisar as principais Transformações do espaço
problemáticas sociais, econômicas, demográficas, na sociedade urbano-indus-
culturais, ambientais, políticas entre outras e relacionar trial na América Latina
com o processo de urbanização das cidades latino-
americanas.
(EF08GE16B) Discutir as particularidades da distribuição,
estrutura e dinâmica da população e relacionar com
as condições de vida qualidade de vida e trabalho nas
cidades latino-americanas, em especial no Brasil.
Mundo do trabalho 8º (EF08GE17) Analisar as diferenças na apropriação dos Transformações do espaço
espaços urbanos, relacionando-as com os processos de na sociedade urbano-indus-
exclusão social e segregação socioespacial e discutir as trial na América Latina
políticas públicas de planejamento urbano dos países
latino-americanos, em especial do Brasil.
Formas de 8º (EF08GE18) Elaborar mapas ou outras formas de Cartografia: anamorfose,
representação e representações cartográficas para analisar as redes e croquis e mapas temáticos
pensamento espacial as dinâmicas urbanas e rurais, ordenamento territorial, da América e África
contextos culturais, modo de vida e usos e ocupação do
solo na América e na África.
Formas de 8º (EF08GE19) Interpretar e elaborar cartogramas, mapas Cartografia: anamorfose,
representação e esquemáticos (croquis) e anamorfoses geográficas com croquis e mapas temáticos
pensamento espacial informações geográficas acerca da América e da África. da América e África
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE20A) Analisar características de países e grupos Identidades e intercultura-
qualidade de vida de países da América e da África no que se referem aos lidades regionais: Estados
aspectos populacionais, políticos, sociais, econômicos Unidos da América, América
e espaciais e comparar com características de países espanhola e portuguesa e
europeus e asiáticos. África
(EF08GE20B) Analisar as desigualdades sociais e eco -
nômicas de países e grupos de países da América e da
África, relacionar com as pressões sobre a natureza e a
apropriação de suas riquezas e discutir as consequências
para as populações desses países e impactos para
biodiversidade.
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE21) Analisar o papel ambiental e territorial da Papel ambiental e territorial
qualidade de vida Antártica no contexto geopolítico, sua relevância para da Antártica no contexto ge-
os países da América do Sul, em especial para o Brasil opoítico
e discutir o seu valor como área destinada à pesquisa
e à compreensão das alterações climáticas e do meio
ambiente global.
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE31*) Comparar dados e informações geográficas Diversidade ambiental e as
qualidade de vida relevantes acerca dos recursos naturais e diferentes transformações nas paisa-
fontes de energia na América Latina. gens na América Latina
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE22) Analisar a relevância dos principais recursos Diversidade ambiental e as
qualidade de vida naturais e fontes energéticas e relacionar com processos transformações nas paisa-
de cooperação entre os países do Mercosul e outros gens na América Latina
blocos regionais da América Latina e do mundo.

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Natureza, ambientes e 8º (EF08GE32*) Analisar relações conflituosas e contradi - Diversidade ambiental e as


qualidade de vida tórias na apropriação de recursos naturais e produção de transformações nas paisa-
energia na América Latina. gens na América Latina
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE33*) Identificar áreas do planeta suscetíveis a Diversidade ambiental e as
qualidade de vida impactos socioambientais decorrentes da extração de transformações nas paisa-
recursos naturais para geração de energia, em especial gens na América Latina
na América Latina e no Brasil.
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE23) Identificar paisagens da América Latina e Diversidade ambiental e as
qualidade de vida associá-las, por meio de representações cartográficas, transformações nas paisa-
aos diferentes povos da região, com base em aspectos gens na América Latina
da geomorfologia, da biogeografia, da hidrografia e da
climatologia.
Natureza, ambientes e 8º (EF08GE24) Analisar as principais características Diversidade ambiental e as
qualidade de vida produtivas dos países latino-americanos, estabelecer transformações nas paisa-
comparações entre a exploração mineral, agricultura, gens na América Latina
pecuária entre outras e relacionar com os indicadores de
desenvolvimento econômico e social.
O sujeito e seu lugar 9º (EF09GE01) Analisar criticamente de que forma a A hegemonia europeia na
no mundo hegemonia europeia foi exercida em várias regiões economia, na política e na
do planeta, notadamente em situações de conflitos, cultura
intervenções militares e/ou influência cultural, em
diferentes tempos e lugares.
O sujeito e seu lugar 9º (EF09GE02) Analisar a atuação das corporações Corporações e organismos
no mundo internacionais e das organizações econômicas mundiais internacionais
e discutir as influências na vida da população em relação
ao consumo, cultura, política, mobilidade, educação
entre outros, em diferentes regiões do mundo.
O sujeito e seu lugar 9º (EF09GE03) Identificar diferentes manifestações culturais As manifestações culturais
no mundo de minorias étnicas como forma de compreender a na formação populacional
multiplicidade cultural na escala mundial, defendendo o
princípio do respeito às diferenças.
O sujeito e seu lugar 9º (EF09GE19*) Analisar as relações entre o local e o global As manifestações culturais
no mundo e discutir a pluralidade de sujeitos em diferentes lugares. na formação populacional
O sujeito e seu lugar 9º (EF09GE04) Relacionar diferenças de paisagens aos As manifestações culturais
no mundo modos de viver de diferentes povos na Europa, Ásia e na formação populacional
Oceania e analisar identidades e interculturalidades
regionais.
Conexões e escalas 9º (EF09GE05) Analisar fatos e situações referentes à Integração mundial e suas
integração mundial econômica, política e cultural e interpretações: globalização
comparar as características e fenômenos dos processos e mundialização
de globalização e mundialização.
Conexões e escalas 9º (EF09GE06) Associar o critério de divisão do mundo Integração mundial e suas
em Ocidente e Oriente a partir do Sistema Colonial interpretações: globalização
implantado pelas potências europeias e analisar as e mundialização
consequências políticas, econômicas, sociais, culturais e
ambientais para diferentes países.
Conexões e escalas 9º (EF09GE07) Identificar os componentes físico-naturais Integração mundial e suas
da Eurásia e os determinantes histórico-geográficos de interpretações: globalização
sua divisão em Europa e Ásia e analisar os processos de e mundialização
regionalização.

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Conexões e escalas 9º (EF09GE08) Analisar transformações territoriais, Integração mundial e suas


considerando o movimento de fronteiras, tensões, interpretações: globalização
conflitos e múltiplas regionalidades na Europa, na Ásia e mundialização
e na Oceania e relacionar com as implicações sociais,
políticas, econômicas, ambientais e culturais em
diferentes países.
Conexões e escalas 9º (EF09GE09) Analisar características de países e grupos Integração mundial e suas
de países europeus, asiáticos e da Oceania em seus interpretações: globalização
aspectos populacionais, políticos, ambientais, urbanos e mundialização
e econômicos, e discutir suas desigualdades sociais
e econômicas e apropriação e pressões sobre seus
ambientes físico-naturais.
Mundo do trabalho 9º (EF09GE10) Analisar os impactos do processo de Transformações do espaço
industrialização na produção e circulação de produtos e na sociedade urbano-indus-
culturas na Europa, na Ásia e na Oceania trial
Mundo do trabalho 9º (EF09GE20*) Identificar o papel dos setores primário, Transformações do espaço
secundário e terciário na economia da Europa, Ásia e na sociedade urbano-indus-
Oceania e discutir a relevância do desenvolvimento trial
tecnológico para as economias dos países europeus e
asiáticos.
Mundo do trabalho 9º (EF09GE21*) Analisar a formação de blocos regionais Transformações do espaço
da Europa e Ásia, comparar as suas características e na sociedade urbano-indus-
relacionar com a atuação de blocos de outras regiões do trial
mundo.
Mundo do trabalho 9º (EF09GE11) Relacionar as mudanças técnicas e científicas Transformações do espaço
decorrentes do processo de industrialização com as na sociedade urbano-indus-
transformações no trabalho e analisar e discutir as trial
potencialidades e fragilidades desse processo em
diferentes regiões do mundo, em especial no Brasil.
Mundo do trabalho 9º (EF09GE12) Relacionar o processo de urbanização às Cadeias industriais e inova-
transformações da produção agropecuária, à expansão ção no uso dos recursos na-
do desemprego estrutural e ao papel crescente do capital turais e matérias--primas
financeiro em diferentes países, com destaque para o
Brasil.
Mundo do trabalho 9º (EF09GE22*) Relacionar as mudanças ocorridas na Cadeias industriais e inova-
técnica e na ciência para os processos de produção ção no uso dos recursos na-
em geral e relacionar as transformações da produção turais e matérias--primas
industrial e da agropecuária em diferentes regiões do
mundo, em especial no Brasil
Mundo do trabalho 9º (EF09GE23*) Debater as origens e consequências Cadeias industriais e inova-
dos problemas da desigualdade social, da fome e da ção no uso dos recursos na-
pobreza na sociedade urbano-industrial, considerando a turais e matérias--primas
concentração de renda, dos meios de produção, de acesso
aos recursos naturais e da segregação socioespacial, em
diferentes regiões do mundo.
Formas de 9º (EF09GE14A) Selecionar, elaborar e interpretar Leitura e elaboração de ma-
representação e dados e informações sobre diversidade, diferenças e pas temáticos, croquis e
pensamento espacial desigualdades sociopolíticas e geopolíticas mundiais. outras formas de represen-
(EF09GE14B) Analisar projeções cartográficas, tação para analisar informa-
anamorfoses geográficas e mapas temáticos relacionados ções geográficas
às questões sociais, ambientais, econômicas, culturais,
políticas de diferentes regiões do mundo.

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Formas de 9º (EF09GE15) Comparar e classificar diferentes regiões Leitura e elaboração de ma-


representação e do mundo com base em informações populacionais, pas temáticos, croquis e
pensamento espacial econômicas e socioambientais representadas em mapas outras formas de represen-
temáticos e com diferentes projeções cartográfica tação para analisar informa-
ções geográficas
Formas de 9º (EF09GE24*) Identificar e analisar os fluxos populacionais Leitura e elaboração de ma-
representação e e de capitais, por meio de produção e interpretação de pas temáticos, croquis e
pensamento espacial mapas de fluxos, cartogramas, gráficos, tabelas, imagens outras formas de represen-
e textos multimodais. tação para analisar informa-
ções geográficas
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE16) Identificar e comparar diferentes domínios Diversidade ambiental e as
qualidade de vida morfoclimáticos da Europa, da Ásia e da Oceania e transformações nas paisa-
discutir os impactos socioambientais decorrentes de gens na Europa, na Ásia e na
diferentes atividades econômicas. Oceania
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE25*) Investigar os fenômenos geodinâmicos Diversidade ambiental e as
qualidade de vida existentes na Europa, Ásia e Oceania e analisar o transformações nas paisa-
potencial na geração de desastres e as consequências gens na Europa, na Ásia e na
para as populações. Oceania
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE26*) Identificar e analisar mapas temáticos Diversidade ambiental e as
qualidade de vida relacionados à ocorrências de desastres socioambientais transformações nas paisa-
em diferentes regiões do mundo, em especial na Europa, gens na Europa, na Ásia e na
Ásia e Oceania. Oceania
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE17) Analisar e explicar as características físico- Diversidade ambiental e as
qualidade de vida naturais e a forma de ocupação e usos da terra em transformações nas paisa-
diferentes regiões da Europa, da Ásia e da Oceania gens na Europa, na Ásia e na
Oceania
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE27*) Relacionar as diversas formas de ocupação Diversidade ambiental e as
qualidade de vida do solo com os desastres sociambientais, em diferentes transformações nas paisa-
lugares da Europa, da Ásia e da Oceania. gens na Europa, na Ásia e na
Oceania
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE18) Identificar e analisar as cadeias industriais Diversidade ambiental e as
qualidade de vida e de inovação e as consequências dos usos de recursos transformações nas paisa-
naturais e das diferentes fontes de energia (tais como gens na Europa, na Ásia e na
termoelétrica, hidrelétrica, eólica, nuclear e geotérmica) Oceania
em diferentes países da Europa, Ásia e Oceania.
Natureza, ambientes e 9º (EF09GE28*) Avaliar criticamente os usos de recursos Diversidade ambiental e as
qualidade de vida naturais a partir das diferentes fontes de energia transformações nas paisa-
(termoelétrica, hidrelétrica, eólica, nuclear e geotérmica), gens na Europa, na Ásia e na
analisar os impactos socioambientais decorrentes da Oceania
utilização em diferentes países da Europa, Ásia e Oceania
e relacionar com as fontes de energia utilizadas no Brasil
e as práticas de uso racional de energia.

SÃO PAULO (ESTADO). SECRETARIA DA EDUCAÇÃO. CURRÍCULO PAULISTA: ETAPA ENSINO MÉDIO. SÃO PAULO: SEDUC,
2020. P. 167-195, 229-239

CURRÍCULO PAULISTA
ETAPA ENSINO MÉDIO

Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


O propósito de organizar um currículo para o Estado de São Paulo na área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, à altura dos
compromissos assumidos pela Educação Básica ao aprovar a BNCC, levou os redatores ao desafio de dar tratamento qualificado a
conceitos e princípios pronunciados por cada componente curricular da área – Filosofia, Geografia, História e Sociologia –, de forma
articulada e orientada para atender às demandas do mundo contemporâneo, aos diferentes interesses pronunciados pelo estudante
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da Educação Básica, a partir do aprofundamento e da ampliação res, o que garante diversidade de saberes e procedimentos e, ao
das aprendizagens essenciais desenvolvidas no Ensino Fundamen- mesmo tempo, a unidade de conjunto, que são reveladoras do
tal para uma vivência ética no mundo contemporâneo, conforme valor políticoeducacional da área.
expresso pela BNCC. Ou seja, um currículo capaz de expressar as
exigências de formação de sujeitos com composição intelectual Componentes curriculares da área de Ciências Humanas e So-
capaz de responder aos anseios e oportunidades de efetivação de ciais Aplicadas
seu projeto de vida, com autonomia e protagonismo, e que ao
mesmo tempo sejam responsáveis, solidários e cientes da impor- FILOSOFIA
tância do debate público para o amadurecimento de ideias, bem “Que Filosofia ensinar?” Com essa questão os Parâmetros
como, aptos a julgar e propor soluções para problemas sociais, Curriculares Nacionais (PCN) para o Ensino Médio de 1998 reco-
políticos e ambientais, conforme explicitado no Artigo 35 da LDB: locam o ensino de Filosofia no contexto da Educação Básica e fo-
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos mentam o pensamento sobre quais competências e habilidades
adquiridos no ensino fundamental, possibilitando o prossegui- desenvolver nas aulas de Filosofia. Podemos reconhecer essa
mento de estudos; mesma comanda nas Orientações Curriculares para o Ensino Mé-
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do edu- dio, de 2006.
cando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se Destacamos que os PCN e as Orientações Curriculares Nacio-
adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aper- nais tiveram o sentido de nortear e parametrizar a Filosofia no
feiçoamento posteriores; Ensino Médio como componente curricular.
Essas exigências constituíram condições fundamentais na A partir da BNCC e das DCNEM, o campo filosófico composto
definição das orientações que compõem o Currículo Paulista Eta- pela História da Filosofia, Metafísica, Ética, Filosofia Política, Epis-
pa Ensino Médio, as quais seguiram as demandas indicadas pela temologia, Teoria do Conhecimento, Lógica e Estética não deixou
BNCC, coadunando-as com as determinações das DCNEM, assim de lado as questões anteriores, mas ampliou-se para as indaga-
como as diferentes contribuições da sociedade civil e da consul- ções contemporâneas acerca da justiça, da solidariedade, da au-
ta pública. Ainda que nem todas essas contribuições possam ser tonomia, da liberdade, da compreensão e do reconhecimento das
identificadas à primeira vista neste documento, elas certamente diferenças, respeito e responsabilidade consigo, com o outro e
inspiraram o aprimoramento das reflexões no processo da escrita. com o mundo comum que habitamos. A Filosofia nos textos, con-
As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas dedicam-se a estu- textos, na sua expressão rigorosa, procura adentrar o complexo
dar e pesquisar de forma rigorosa a dinâmica humana no tempo e intervalo entre as palavras e o pensamento, entre o mundo que
no espaço, na produção dos valores, na vida material e na cultura. queremos e o mundo que construímos cotidianamente.
Nesse sentido, destacam-se as trocas, as influências e as disputas Atualmente, a Filosofia possui habilidades dentro de seis gru-
no que se refere a procedimentos para o estudo de questões cul- pos de competências específicas na área de Ciências Humanas e
turais, socioambientais, econômicas e políticas. Ainda, a formação Sociais Aplicadas. A ampliação e o aprofundamento das aprendi-
de territórios e fronteiras e suas dinâmicas, os fatos históricos nas zagens requeridas nesta etapa escolar fazem com que a articula-
suas continuidades e/ou rupturas com consequências pessoais, ção dos saberes filosóficos seja cada vez mais recorrentes.
locais, regionais e globais. Todas essas questões, orientam para a
compreensão dos desafios de falar do mundo humano, seja a par- GEOGRAFIA
tir da linguagem cotidiana e prática, para falar o como das coisas, A Geografia Escolar é fruto de diferentes concepções do pen-
seja utilizando uma linguagem que tenta ultrapassar a do cotidia- samento geográfico, o que se reflete nas visões teórico-metodoló-
no, para interpretar e atuar sobre os acontecimentos (JAPIASSU, gicas utilizadas nas práticas docentes e nos fundamentos dos cur-
2002). Dessa maneira, os instrumentos da crítica que caracteri- rículos. O ensino de Geografia deve oferecer oportunidades para
zam as formas de falar do mundo humano devem, no contexto da que o estudante compreenda as mudanças ocorridas no espaço
área, buscar sempre uma articulação, sem perder a especificidade geográfico, reconhecendo o seu papel de agente transformador
de cada componente, conforme explicitado no Artigo 35 da LDB: nas dimensões geopolíticas, econômicas e socioambientais esta-
III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, in- belecidas nas sociedades contemporâneas.
cluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia inte- O estudo da Geografia no Ensino Médio pretende aprofun-
lectual e do pensamento crítico; dar as habilidades que garantem os direitos de aprendizagem da
IV – a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos Educação Básica, ou seja, aprofundar os saberes científicos e os
dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no processos e conceitos que atuam na formação das sociedades
ensino de cada disciplina. humanas e no funcionamento da natureza. Para tanto, utilizamos
A Resolução nº 3, de 21 de novembro de 2018, que atualiza como referência a leitura do lugar e do território, a partir de sua
as DCNEM, orienta, no Art. 11 § 1º, que a organização por áreas paisagem, compreendendo o espaço geográfico como manifesta-
tem o sentido de tornar mais sólidas as relações entre os saberes ção territorial da atividade social, em todas as suas dimensões e
e, dessa forma, favorecer a contextualização para a apreensão e contradições de ordem econômica, política, cultural e ambiental.
a intervenção na realidade. A partir desses pressupostos, que ba- Outro ponto importante é o aprofundamento da Educação
lizaram a redação do organizador curricular da área de Ciências Cartográfica, considerada um instrumento indispensável no en-
Humanas e Sociais Aplicadas, tendo como referência estudos e tendimento das interações, relações e fenômenos geográficos.
práticas relacionados à Filosofia, Geografia, História e Sociologia,
os redatores buscaram assegurar especificidades históricas, con-
ceituais e procedimentais dos diferentes componentes curricula-

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HISTÓRIA so, elas também facilitam o estudo e a abordagem que diversos


São inúmeras as indagações e reflexões sobre o objetivo de autores da Sociologia tomam frente aos fatos sociais. Soma-se a
estudar História enquanto disciplina. Diversas linhas de pesquisa e isso, ainda, o alinhamento dos demais componentes curriculares
aspectos teóricos já se debruçaram sobre o debate, além da pers- da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas a essa configu-
pectiva dos currículos e suas transformações ao longo da trajetó- ração didática, o que constitui uma forma de ensinar a Sociologia
ria deste componente curricular. Soma-se a isso o desafio lançado contextualizadamente, ampliando, inclusive, os recursos didáticos
pela BNCC, que estabelece novos paradigmas para a área de Ciên- para sua aprendizagem pelo estudante.
cias Humanas e, por consequência, para a História no Currículo
Paulista do Ensino Médio. Breves considerações sobre a articulação entre os componen-
A História deve estar articulada às competências gerais da tes da área
área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, de forma a estabe- A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, no contexto
lecer vínculos epistemológicos nas abordagens das habilidades e da Educação Básica, apresenta sua força no interesse interrogati-
competências específicas para que, dessa maneira, possa dialogar vo e, por isso, percorre os caminhos da polêmica. Afinal, o objeto
com os demais componentes curriculares, em um ensino integral, das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas sente, pensa e fala a
sem perder sua especificidade nos recortes estabelecidos. partir das suas experiências. Dessa forma, o desafio posto para a
O Currículo Paulista etapa Ensino Médio, tem como proposi- contextualização, interação e articulação dos componentes curri-
ção a ampliação dos conhecimentos adquiridos no Ensino Funda- culares está na colaboração capaz de oportunizar condições para
mental, de maneira a propiciar o aprofundamento do repertório que o estudante desenvolva competências e habilidades cogniti-
conceitual e procedimental, além de atitudes e valores, no Ensino vas e socioemocionais, conforme orientação na Resolução nº 3,
Médio. Diante do objetivo dessa ampliação da capacidade cogniti- de 21 de novembro de 2018, que atualiza as DCNEM:
va do estudante, é possível a apreensão da autonomia intelectual Art. 7º O currículo é conceituado como a proposta de ação
em uma concepção na qual ele possa articular informações e de- educativa constituída pela seleção de conhecimentos construí-
senvolver capacidades mais complexas diante do mundo contem- dos pela sociedade, expressando-se por práticas escolares que se
porâneo, já que deve ser instigado a produzir ideias e respostas desdobram em torno de conhecimentos relevantes e pertinentes,
aos seus questionamentos. permeadas pelas relações sociais, articulando vivências e saberes
Se por um lado, um dos objetivos do desenvolvimento do en- dos estudantes e contribuindo para o desenvolvimento de suas
sino de História, é a formação intelectual do estudante enquan- identidades e condições cognitivas e socioemocionais.
to cidadão crítico e pertencente a determinada localidade com § 2º O currículo deve contemplar tratamento metodológico
características e identidades próprias, processo que deve exigir a que evidencie a contextualização, a diversificação e a transdisci-
capacidade cognitiva da observação, da descrição, do estabeleci- plinaridade ou outras formas de interação e articulação entre di-
mento de relações entre o presente e o passado nos mais diferen- ferentes campos de saberes específicos, contemplando vivências
tes espaços, na identificação das condições intrínsecas do tempo práticas e vinculando a educação escolar ao mundo do trabalho e
para a construção e desconstrução de significados; por outro lado, à prática social e possibilitando o aproveitamento de estudos e o
levam-se em consideração os pressupostos que dizem respeito reconhecimento de saberes adquiridos nas experiências pessoais,
às reflexões e aos estudos sobre as atuais condições humanas, sociais e do trabalho.
permeando as singularidades e as diferenças, dentro das diver- Na área de Ciências Humanas, a reflexão e o debate devem
sas sociedades hoje existentes, e não somente das sociedades do propiciar situações para o desenvolvimento do pensamento crí-
passado, fazendo do ensino de História um processo vivo e dinâ- tico, capaz de produzir respostas e promover saberes criativos
mico na sua elaboração e constituição na abordagem curricular e diante de questões como: é possível compatibilizar produção e
metodológica. consumo para todos e ao mesmo tempo preservar o meio am-
biente? Quais desafios éticos devemos enfrentar diante da atual
SOCIOLOGIA dinâmica da produção tecnológica? Por que algumas pessoas são
Dada a natureza científica da Sociologia, seus objetos e mé- mais vulneráveis socialmente que outras? Responder a estas e
todos alinham-se com os métodos científicos. O “estranhamento” outras questões, fazer novas perguntas, produzindo respostas e
e a “desnaturalização do olhar”, importantes elementos de seu saberes criativos e éticos, deve estar no horizonte da contextua-
método, revelam-se estruturadores para sua aprendizagem no lização, integração e articulação de saberes e conhecimentos das
Ensino Médio. Ante os fatos sociais, tomados como corriqueiros, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. Nesse contexto, não bas-
eles possibilitam ao estudante o interesse por questões da vida ta descrever o fato ou as relações que podem ser observadas no
em sociedade para além do senso comum, levando-o a uma abor- mundo humano, mas deve-se também compreender que é possí-
dagem científica da questão. vel produzir novos fatos e relações, ter a consciência de que inter-
Os conceitos estruturadores da Sociologia nos Parâmetros pretar já instaura o processo a partir do qual é possível mudar as
Curriculares para o Ensino Médio serviram como norteadores de condições de existir no mundo.
temas e objetos do conhecimento para o estudo deste compo- A área envolve a valorização das diferentes experiências e
nente curricular. Com o advento da BNCC, eles se ampliam nas vivências, e, consequentemente, o compartilhamento de múl-
categorias deste documento, consolidando a presença e o ensino tiplos saberes, a liberdade de expressão, a busca pelo consenso
da Sociologia no Ensino Médio, dentro do contexto da área. e o reconhecimento de que o dissenso faz parte da convivência
As categorias apresentadas na BNCC, e adotadas neste Currí- democrática. Dessa forma, esses elementos que compõem uma
culo, apontam objetos do conhecimento a serem ensinados pelos aprendizagem colaborativa precisam ser acolhidos no contexto do
professores e aprendidos pelo estudante, garantindo a especifi- ensinoaprendizagem. Ainda deve-se reconhecer a importância da
cidade da Sociologia, mesmo em um contexto de área. Além dis-
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cultura digital como meio para favorecer a colaboração em uma Objetos de conhecimento: trata-se de conteúdos, conceitos
dimensão/materialidade que deve ser propiciada pela experiên- e processos que são apreendidos por meio do desenvolvimento
cia escolar. das habilidades.
A abertura para o mundo digital, no uso cada vez mais fre- Área do conhecimento: explicita as particularidades no trata-
quente de tecnologias, especialmente no cotidiano mediado pela mento dos objetos de conhecimento e deve garantir a formação
interação entre pessoas e entre pessoas e objetos, além da inter- integrada do estudante.
net das coisas7 , requer o uso com critérios deste ferramental. No Ao oportunizar o desenvolvimento de habilidades e compe-
campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, além da apren- tências, de forma progressiva, os conceitos e temas devem ser
dizagem que orienta para o uso ético das tecnologias, para uma desenvolvidos e articulados por meio de processos que foram ini-
interação consciente, proveitosa para todos e sustentável, deve- ciados no Ensino Fundamental, mediante comandas de identifica-
-se considerar, ainda, que as inovações tecnológicas não precisam ção, análise, comparação e interpretação de ideias, pensamentos,
ser impostas de forma a marginalizar as práticas tradicionais; ao fenômenos e processos históricos, geográficos, sociais, econômi-
contrário, elas devem auxiliar na preservação das culturas, tendo cos, políticos e culturais que no Ensino Médio devem encontrar
condições, inclusive, de ampliar a divulgação e sua ressignificação condições para o “aprofundamento e a ampliação da base concei-
em meio digital. tual e dos modos de construção da argumentação e sistematiza-
A partir da complexidade apresentada, o Currículo Paulista ção do raciocínio, operacionalizados com base em procedimentos
etapa do Ensino Médio, procura integrar conhecimentos, saberes analíticos e interpretativos” (BNCC, 2018, p.472).
e práticas que caracterizam a área buscando pontes de interação Destacamos, ainda que a interconexão com o Ensino Funda-
ou pelo menos de aproximação. Dessa forma, algumas escolhas mental pode ser observada a partir de abordagens indicadas nos
precisam ser explicitadas: objetos de aprendizagem, que, de forma geral, abordam os “te-
▪ As competências e habilidades foram mantidas conforme mas contemporâneos transversais”. Ou seja, os temas contempo-
apresentadas pela BNCC. Essa escolha reconhece a dinâmica do râneos, presentes desde o Ensino Fundamental, são contempla-
estudante e o direito de mobilidade entre escolas, modalidades e dos nos objetos de aprendizagem na área de Ciências Humanas e
sistemas de ensino. Sociais Aplicadas, conforme orientação da BNCC:
▪ Os objetos do conhecimento têm como referência funda- (...) cabe aos sistemas e redes de ensino, assim como às esco-
mental as competências e as habilidades indicadas. las, em suas respectivas esferas de autonomia e competência, in-
▪ Cada habilidade deverá ser desenvolvida ou mobilizada pelo corporar aos currículos e às propostas pedagógicas a abordagem
estudante a partir dos objetos do conhecimento. Essa orientação de temas contemporâneos que afetam a vida humana em escala
tem o sentido de permitir mais do que um aprofundamento, pro- local, regional e global, preferencialmente de forma transversal e
piciando uma ampla visão do tema ou problema a ser abordado e, integradora. Entre esses temas, destacam-se: direitos da criança e
portanto, o enriquecimento do repertório cultural do estudante. do adolescente (Lei nº 8.069/1990), educação para o trânsito (Lei
▪ Os objetos do conhecimento tendo como referência o de- nº 9.503/1997), educação ambiental (Lei nº 9.795/1999, Parecer
senvolvimento e a mobilização de habilidades, e para fins de di- CNE/CP nº 14/2012 e Resolução CNE/CP nº 2/2012), educação
versificação e aprofundamento curricular, compreendem todos os alimentar e nutricional (Lei nº 11.947/2009), processo de enve-
componentes curriculares. lhecimento, respeito e valorização do idoso (Lei nº 10.741/2003),
educação em direitos humanos (Decreto nº 7.037/2009, Parecer
A transição da etapa do Ensino Fundamental para a etapa CNE/CP nº 8/2012 e Resolução CNE/CP nº 1/2012), educação das
do Ensino Médio relações étnico-raciais e ensino de história e cultura afrobrasileira,
A transição do Ensino Fundamental para o Ensino Médio está africana e indígena (Leis nº 10.639/2003 e 11.645/2008, Parecer
garantida na observação e realização das dez competências da CNE/CP nº 3/2004 e Resolução CNE/CP nº 1/2004), bem como
Educação Básica. Essas competências orientam para uma educa- saúde, vida familiar e social, educação para o consumo, educa-
ção envolvida com o seu tempo e com os desafios do mundo con- ção financeira e fiscal, trabalho, ciência e tecnologia e diversidade
temporâneo. Dessa forma, a articulação do Ensino Médio com o cultural (Parecer CNE/CEB nº 11/2010 e Resolução CNE/CEB nº
Ensino Fundamental está ancorada no desenvolvimento de com- 7/2010). (BRASIL, 2018, p. 19)
petências e habilidades a partir da aprendizagem contextualizada, No contexto da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas,
integrada e articulada de conteúdos, conceitos e processos. Nesse alguns temas apresentam destaque nos objetos de conhecimen-
sentido, parece fundamental certa clareza acerca desses concei- to, como: ciência e tecnologia; direitos da criança e do adoles-
tos, uma vez que eles nos encaminham para determinado percur- cente; diversidade cultural; educação ambiental; educação para
so do trabalho pedagógico: valorização do multiculturalismo nas matrizes históricas e cultu-
Competências: a competência refere-se ao processo de mo- rais brasileiras; educação em direitos humanos; educação para o
bilização de conhecimentos, habilidades, atitudes e valores para consumo; processo de envelhecimento, respeito e valorização do
resolver questões e problemas referentes à vida cotidiana, assim idoso; trabalho e vida familiar e social.
como para o exercício da cidadania. Destacamos ainda a relevância do trabalho da educação para
Habilidades: trata-se de práticas cognitivas e socioemocio- redução de riscos e desastres.
nais, atitudes e valores que devem ser desenvolvidos e mobi- É importante destacar que os TCTs encontram sua demanda
lizados para viver e conviver no mundo contemporâneo. São e sua ênfase nas questões da vida social, política, econômica e
aprendizagens essenciais que devem ser garantidas para todos os cultural que repercutem necessariamente no desenvolvimento
estudantes em diferentes contextos do Ensino Médio. pessoal. Dessa forma, há que se reconhecer o potencial desses
temas para a efetivação da educação contextualizada e integral.

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A área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e seu papel no acesso aos direitos de aprendizagem
A interface do Ensino Fundamental com o Ensino Médio constitui condição para o atendimento aos direitos de aprendizagem,
uma vez que as aprendizagens devem se orientar pelas dez competências gerais da Educação Básica. Essas competências pronunciam
e mobilizam conceitos, procedimentos, habilidades (práticas, cognitivas e socioemocionais), atitudes e valores capazes de resolver de-
mandas complexas da vida cotidiana, do efetivo exercício da cidadania e da compreensão e participação no mundo do trabalho.
No campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, as categorias “tempo e espaço”, “território e fronteira”, “indivíduo, natureza,
sociedade, cultura e ética” e “política e trabalho” orientam para tematizar e problematizar a investigação e a aprendizagem. Ou seja,
as categorias não se confundem com temas ou proposta de conteúdo, mas podem funcionar como eixos em torno dos quais circulam
ideias, fenômenos e processos políticos, sociais, econômicos e culturais. Conforme explicitado na BNCC, a categoria “tempo e espaço”
exige análises mais amplas de contexto. “Território e fronteira”, é uma categoria que traz certo ordenamento para o espaço em suas
diferentes dimensões. A categoria mais complexa, pois agrega diferentes dimensões que atravessam a existência humana, “indivíduo,
natureza, sociedade, cultura e ética”, promove análises de relação, articulação e contradições do humano. Por fim, a categoria “política
e trabalho” orienta para análises sobre os desafios enfrentados pela sociedade como um todo, acerca do bem comum e da produção
da vida material e seus desdobramentos.
Dessa forma, o organizador curricular da área se apresenta de maneira a tornar clara a interconexão entre competências de área,
habilidades, categorias (que remetem a análises a serem empreendidas a partir dos objetos de conhecimento) e os objetos de conhe-
cimento. Essa articulação favorece o atendimento aos direitos de aprendizagem expressos no desenvolvimento de competências e
habilidades de área, com o intuito de contemplar as competências gerais da Educação Básica.9
O organizador curricular da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, considerando a BNCC e demais documentos orienta-
dores da Educação Básica, apresenta-se, no quadro a seguir, colunas, nas quais podem ser observadas as competências específicas, as
habilidades, as categorias e os objetos de conhecimento. As Ciências Humanas e Sociais Aplicadas apresentam, na Educação Básica,
etapa Ensino Médio, seis competências específicas e habilidades relacionadas, categorias de análise e uma distribuição equilibrada dos
objetos de conhecimento para cada componente curricular: Filosofia, Geografia, História e Sociologia.
Para concretizar as propostas deste documento e para ultrapassar a dimensão dos objetivos de implementação do Currículo Pau-
lista, é fundamental o comprometimento do professor com o aprimoramento constante de sua formação, sempre amparada pelo
arcabouço conceitual da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, inclusive para preservar e consolidar a necessária autonomia
docente e alcançar o sucesso das aprendizagens pretendidas.
Espera-se que este documento curricular oriente práticas exitosas e que o estudante, ao vivenciar o aprofundamento das aprendi-
zagens propostas pela área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, possa entender a complexidade das relações que cada um esta-
belece consigo e com a comunidade em que vive. Dessa forma, poderá compreender a necessidade de ser responsável e protagonista
na superação da condição individualista, egocêntrica e preconceituosa que ainda se faz presente na sociedade contemporânea e, ao
mesmo tempo, reconhecer-se como principal agente na constituição de um projeto de vida amplo e sustentável, que não se limite ao
campo pessoal, mas também contemple direitos e deveres cívicos.

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Organizador curricular da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas

COMPETÊNCIAS HABILIDADES CATEGORIA OBJETOS DE CONHECIMENTO


1. Analisar processos (EM13CHS101) TEMPO E Filosofia As origens da Filosofia e a atitude
políticos, econômicos, Identificar, analisar e ESPAÇO filosófica. Os períodos e os campos de investigação
sociais, ambientais e comparar diferentes da atividade filosófica. Geografia As relações
culturais nos âmbitos fontes e narrativas entre espaço, sociedade, natureza, trabalho e
local, regional, expressas em diversas tempo. Transformações antrópicas no meio físico
nacional e mundial em linguagens, com em diferentes sociedades. História Memória,
diferentes tempos, a vistas à compreensão cultura, identidade e diversidade. A produção do
partir da pluralidade de ideias filosóficas conhecimento histórico e suas narrativas na origem
de procedimentos e de processos e dos povos do Oriente Médio, Ásia, Europa, América
epistemológicos, eventos históricos, e África. Sociologia Padrões e normas de distintas
científicos e geográficos, políticos, sociedades: na cultura, no poder, na cidadania e no
tecnológicos, de econômicos, sociais, trabalho.
modo a compreender ambientais e culturais
e posicionar-se
criticamente em
relação a eles,
considerando
diferentes pontos
de vista e tomando
decisões baseadas em
argumentos e fontes de
natureza científica.
1. Analisar processos (EM13CHS102) TEMPO E Filosofia O conceito de civilização, o projeto
políticos, econômicos, Identificar, analisar ESPAÇO de modernidade, a “pós-modernidade” e
sociais, ambientais e e discutir as suas contribuições para a compreensão das
culturais nos âmbitos circunstâncias noções de civilização e barbárie. Geografia
local, regional, h i s t ó r i c a s , Sociedades tradicionais e urbano-industriais:
nacional e mundial em geográficas, políticas, as transformações da paisagem e do território
diferentes tempos, a econômicas, pelo modo de vida e pela ocupação do espaço.
partir da pluralidade sociais, ambientais História A construção do discurso civilizatório
de procedimentos e culturais de em diferentes contextos e seus desdobramentos
epistemológicos, matrizes conceituais (Iluminismo, Imperialismo e Neocolonialismo).
científicos e (etnocentrismo, Organização e funcionamento da sociedade na
tecnológicos, de racismo, evolução, inter-relação entre indivíduo e coletividade a partir
modo a compreender modernidade, das diferentes matrizes conceituais (etnocentrismo,
e posicionar-se cooperativismo/ cultura, entre outras). Sociologia Discursos racista,
criticamente em desenvolvim ento etnocentrista e evolucionista e sua contraparte
relação a eles, etc.), avaliando nas sociedades contemporâneas: a eugenia, o
considerando criticamente seu arianismo, o colonialismo, o relativismo cultural e o
diferentes pontos significado histórico multiculturalismo.
de vista e tomando e comparando-as
decisões baseadas em a narrativas que
argumentos e fontes de contemplem outros
natureza científica. agentes e discursos.

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1. Analisar processos (EM13CHS103) TEMPO E Filosofia A civilização científica e tecnológica em


políticos, econômicos, Elaborar hipóteses, ESPAÇO diferentes contextos: na ética e na liberdade, na
sociais, ambientais e s e l e c i o n a r cultura e na religião. Geografia A problemática
culturais nos âmbitos evidências e compor socioambiental e a relação com as classes sociais
local, regional, argumentos relativos e a estratificação social. A dinâmica da natureza e
nacional e mundial em a processos políticos, os impactos causados pela ação antrópica. História
diferentes tempos, a econômicos, sociais, As mudanças do capitalismo, a partir da Revolução
partir da pluralidade ambientais, culturais Industrial ao Imperialismo e frente a outros eventos
de procedimentos e epistemológicos, históricos. Contribuições das revoluções Mexicana e
epistemológicos, com base na Russa para as configurações históricas para o mundo.
científicos e sistematização de As lutas democráticas e a construção da democracia
tecnológicos, de dados e informações nas Américas. Sociologia Minorias nas sociedades
modo a compreender de diversas naturezas do século XX: negros/índios e imigrantes/refugiados,
e posicionar-se (expressões artísticas, entre outros.
criticamente em textos filosóficos
relação a eles, e sociológicos,
considerando d o c u m e n t o s
diferentes pontos históricos e
de vista e tomando geográficos, gráficos,
decisões baseadas em mapas, tabelas,
argumentos e fontes de tradições orais, entre
natureza científica outros).
1. Analisar processos (EM13CHS104) TEMPO E Filosofia A arte como forma de pensamento. A
políticos, econômicos, Analisar objetos e ESPAÇO produção de significados e a reflexão estética.
sociais, ambientais e vestígios da cultura Geografia Patrimônio natural, a conservação e o
culturais nos âmbitos material e imaterial papel do turismo sustentável. História A herança
local, regional, de modo a identificar cultural e a valorização da memória e do patrimônio
nacional e mundial em conhecimentos, histórico material e imaterial. Sociologia Conceitos
diferentes tempos, a valores, crenças de aculturação e assimilação: nos grupos sociais; na
partir da pluralidade e práticas que Indústria Cultural; nos meios de comunicação e na
de procedimentos caracterizam a memória local, regional, nacional e mundial.
epistemológicos, identidade e a
científicos e diversidade cultural
tecnológicos, de de diferentes
modo a compreender sociedades inseridas
e posicionar-se no tempo e no
criticamente em espaço.
relação a eles,
considerando
diferentes pontos
de vista e tomando
decisões baseadas em
argumentos e fontes de
natureza científica

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1. Analisar processos (EM13CHS105) TEMPO E Filosofia O pensamento científico e os


políticos, econômicos, I d e n t i f i c a r, ESPAÇO conhecimentos e valores tradicionais. A afirmação
sociais, ambientais e contextualizar e do discurso científico e filosófico em oposição ao
culturais nos âmbitos criticar tipologias senso comum em diferentes contextos históricos.
local, regional, e v o l u t i v a s Geografia Os processos de transformação da
nacional e mundial em (populações nômades paisagem em diferentes sociedades. Espaço urbano
diferentes tempos, a e sedentárias, entre e rural: conflitos pela terra, interesses divergentes
partir da pluralidade outras) e oposições e ambiguidades. História As bases históricas dos
de procedimentos dicotômicas (cidade/ discursos dicotômicos e a sua desconstrução
epistemológicos, campo, cultura/ na organização da sociedade contemporânea
científicos e natureza, civilizados/ (civilizados e bárbaros, atraso e desenvolvimento,
tecnológicos, de bárbaros, razão/ entre outros). Sociologia Consequências do
modo a compreender emoção, material/ progresso para a sociedade: na tecnologia, no
e posicionar-se virtual etc.), trabalho e no meio ambiente.
criticamente em explicitando suas
relação a eles, ambiguidades.
considerando
diferentes pontos
de vista e tomando
decisões baseadas em
argumentos e fontes de
natureza científica.
1. Analisar processos (EM13CHS106) TEMPO E Filosofia A reflexão ética: as diferenças conceituais,
políticos, econômicos, Utilizar as linguagens ESPAÇO as visões de mundo entre filósofos de diferentes
sociais, ambientais e cartográfica, gráfica contextos e tempos históricos. Geografia Técnicas
culturais nos âmbitos e iconográfica, de cartografia e geotecnologias e seu uso em
local, regional, diferentes gêneros diferentes fenômenos espaciais. As desigualdades
nacional e mundial em textuais e tecnologias regionais e sociais expressas pelo acesso à internet
diferentes tempos, a digitais de informação e redes sociais. Mapas temáticos e a análise de
partir da pluralidade e comunicação territórios. História As imagens e seus diferentes
de procedimentos de forma crítica, suportes: informação e comunicação política e social
epistemológicos, significativa, reflexiva ao longo das temporalidades históricas. Sociologia
científicos e e ética nas diversas Diferentes formas de manipulação da informação na
tecnológicos, de práticas sociais, sociedade: imparcial, tendenciosa e ideológica.
modo a compreender incluindo as escolares,
e posicionar-se para se comunicar,
criticamente em acessar e difundir
relação a eles, informações, produzir
considerando conhecimentos,
diferentes pontos resolver problemas e
de vista e tomando exercer protagonismo
decisões baseadas em e autoria na vida
argumentos e fontes de pessoal e coletiva.
natureza científica

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2. Analisar a formação (EM13CHS201) TEMPO E Filosofia A reflexão ética: as exigências morais


de territórios e Analisar e caracterizar ESPAÇO do homem moderno. As exigências morais da
fronteiras em as dinâmicas das contemporaneidade e as implicações para os direitos
diferentes tempos e populações, das humanos. Os regimes políticos e a “produção”
espaços, mediante mercadorias e do da moral. Geografia As correntes migratórias, a
a compreensão das capital nos diversos produção e circulação de mercadorias e suas marcas
relações de poder continentes, com na paisagem; conflitos socioespaciais e organização
que determinam as destaque para a territorial. História Processos migratórios, suas
territorialidades e o mobilidade e a fixação motivações e desdobramentos (questões étnicas,
papel geopolítico dos de pessoas, grupos xenofobia e conflitos territoriais). Sociologia
Estados-nações. humanos e povos, em Processos de gentrificação em territorialidades
função de eventos urbanas: xenofobia, migrações, conflitos
naturais, políticos, socioespaciais e territoriais.
econômicos,
sociais, religiosos e
culturais, de modo
a compreender
e posicionar-se
criticamente em
relação a esses
processos e às
possíveis relações
entre eles
2.Analisar a formação (EM13CHS202) TERRITÓRIO E Filosofia Os desafios da bioética frente ao
de territórios e Analisar e avaliar FRONTEIRA desenvolvimento tecnológico e a globalização na
fronteiras em os impactos das dinâmica produtiva. A ética da responsabilidade
diferentes tempos tecnologias na frente aos desafios ambientais contemporâneos.
e espaços mediante estruturação e nas Geografia A geopolítica e seus desdobramentos
a compreensão das dinâmicas de grupos, na produção, circulação e consumo responsável.
relações de poder povos e sociedades Fronteiras culturais: integração e exclusão
que determinam as contemporâneos sociocultural. História As diferentes lógicas do
territorialidades e o (fluxos populacionais, capitalismo e suas dimensões nas sociedades
papel geopolítico dos financeiros, de contemporâneas: tecnologia, globalização e
Estados-nações. mercadorias, de dinâmica produtiva. Estados e organismos
informações, de internacionais: protecionismo, multilateralismo e
valores éticos e governança global. Sociologia Segurança e equilíbrio
culturais etc.), social: os fluxos migratórios contemporâneos e
bem como suas o papel de Estados e organismos internacionais
interferências nas no protecionismo, nas fronteiras culturais e nas
decisões políticas, tecnologias digitais.
sociais, ambientais,
econômicas e
culturais.

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2.Analisar a formação (EM13CHS203) TERRITÓRIO E Filosofia Os conceitos de civilização/ barbárie,


de territórios e Comparar os FRONTEIRA esclarecimento/ obscurantismo como subsídios para
fronteiras em significados de a compreensão das relações de poder. A democracia
diferentes tempos e território, fronteiras antiga e a democracia moderna. A cidadania da
espaços, mediante e vazio (espacial, Antiguidade aos dias de hoje. Geografia Fronteira,
a compreensão das temporal e cultural) território e territorialidade: conceito político e
relações de poder em diferentes jurídico e a noção social de ocupação do espaço.
que determinam as s o c i e d a d e s , Segregação espacial e cultural. História Formação
territorialidades e o contextualizando dos Estados nacionais: princípios e elementos de
papel geopolítico dos e relativizando composição do Estado e formas de governo, nação
Estados-nações. visões dualistas e sociedade sem Estado. Sociologia Territórios,
(civilização/barbárie, fronteiras e vazio nas sociedades contemporâneas:
n o m a d i s m o / na política (estados, formas e sistemas de governo),
sedentarismo, na legislação (cidadania, direitos, deveres) e na
esclarecimento/ cultura (nação, subsociedade).
obscurantis mo,
cidade/campo, entre
outras)
2.Analisar a formação (EM13CHS204) TERRITÓRIO E Filosofia O eu e o outro: a tensão permanente
de territórios e Comparar e avaliar FRONTEIRA na afirmação da subjetividade em face da
fronteiras em os processos de objetividade do mundo contemporâneo em seus
diferentes tempos e ocupação do espaço diferentes aspectos. O indivíduo e a coletividade:
espaços, mediante e a formação desconstrução dos pré-juízos sobre o humano e a
a compreensão das de territórios, sociabilidade. Geografia O pensamento geográfico
relações de poder territorialidades e as diferentes concepções da geopolítica. Potências
que determinam as e fronteiras, mundiais: fronteiras, territórios e territorialidades.
territorialidades e o identificando o papel Organismos internacionais e políticas de
papel geopolítico dos de diferentes agentes administração nacionais. História Impérios e
Estados-nações. (como grupos sociais Estados nacionais: as diversidades étnico-culturais.
e culturais, impérios, Sociologia Sobreposição de territorialidades étnico-
Estados Nacionais culturais na constituição do espaço material e
e organismos virtual: delimitação, governança e estabelecidos e
internacionais) outsiders.
e considerando
os conflitos
populacionais
(internos e externos),
a diversidade
étnico-cultural e
as características
socioeconômicas,
políticas e
tecnológicas.
2.Analisar a formação (EM13CHS205) TERRITÓRIO E Filosofia As concepções de infância, juventude e
de territórios e Analisar a produção FRONTEIRA velhice na tradição filosófica e as suas problemáticas
fronteiras em de diferentes no Brasil contemporâneo. A renovação cultural,
diferentes tempos e territorialidades ética, valores e cultura juvenil. Geografia
espaços, mediante em suas dimensões Desigualdade no território: diferentes formas
a compreensão das culturais, econômicas, de ocupação em diferentes espaços. Transição
relações de poder ambientais, políticas demográfica, população economicamente ativa e
que determinam as e sociais, no ocupação das áreas urbanas. História Os valores
territorialidades e o Brasil e no mundo construídos pela cultura juvenil: as vanguardas
papel geopolítico dos contemporâneo, com culturais e as novas concepções políticas. Sociologia
Estados-nações. destaque para as O papel da juventude em contextos territoriais:
culturas juvenis. central e periférico; material e virtual; profissional e
acadêmico e cultural e político.

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2. Analisar a formação (EM13CHS206) TERRITÓRIO E Filosofia A autonomia do indivíduo frente ao


de territórios e Analisar a ocupação FRONTEIRA poder do Estado: as contribuições dos pensadores
fronteiras em humana e a contratualistas. A reflexão sobre a influência do
diferentes tempos produção do espaço pensamento científico na organização dos espaços
e espaços mediante em diferentes contemporâneos, considerando a garantia dos
a compreensão das tempos, aplicando Direitos Humanos e sociais. Geografia Produção
relações de poder os princípios e ocupação do espaço por meio da análise e
que determinam as de localização, elaboração de mapas temáticos. Abrangência escalar
territorialidades e o distribuição, ordem, do fenômeno espacial: local, regional e global e as
papel geopolítico dos extensão, conexão, relações entre os princípios do raciocínio geográfico.
Estados-nações. arranjos, casualidade, História Usos do espaço: processos civilizatórios,
entre outros que sedentarização e deslocamentos na configuração
contribuem para o territorial em diferentes temporalidades. Sociologia
raciocínio geográfico Grupos sociais com vínculo identitário e a
conformação do espaço social: ocupação, domínio e
integração socioespacial.
3. Analisar e avaliar (EM13CHS303) INDIVÍDUO, Filosofia A Escola de Frankfurt e os conceitos de
criticamente as Debater e avaliar o NATUREZA, indústria cultural, reprodutibilidade técnica e
relações de diferentes papel da indústria SOCIEDADE, cultura de massa. A cultura de massa e cultura
grupos, povos e cultural e das culturas CULTURA E popular a partir dos pensadores da tradição
sociedades com a de massa no estímulo ÉTICA filosófica. Geografia Impactos socioambientais
natureza (produção, ao consumismo, seus relacionados aos diferentes padrões de consumo e
distribuição e impactos econômicos a necessidade de adoção de hábitos sustentáveis.
consumo) e seus e socioambientais, História Os impactos dos avanços técnico-científicos
impactos econômicos e com vistas à informacionais, da indústria cultural e de massa e
socioambientais, com percepção crítica das seus usos no sistema capitalista. Sociologia Indústria
vistas à proposição necessidades criadas Cultural, capitalismo e cidadania: influências e
de alternativas que pelo consumo e à estímulos; padrões de consumo e consumismo;
respeitem e promovam adoção de hábitos estereótipos e fetichização da mercadoria.
a consciência, a ética sustentáveis
socioambiental e o
consumo responsável
em âmbito local,
regional, nacional e
global
3. Analisar e avaliar (EM13CHS304) INDIVÍDUO, Filosofia As políticas públicas para o meio ambiente
criticamente as Analisar os impactos NATUREZA, e os impactos de anúncios e publicidade de estímulo
relações de diferentes socioambientais SOCIEDADE, ao consumo. A bioética e sua função descritiva,
grupos, povos e decorrentes CULTURA E normativa e protetora. Os discursos éticos e políticos
sociedades com a de práticas de ÉTICA na identificação de posições não enunciadas.
natureza (produção, instituições Geografia Riscos e desastres: vulnerabilidade e
distribuição e governamentais, insegurança ambiental. Mudanças climáticas:
consumo) e seus de empresas e as estratégias e instrumentos internacionais
impactos econômicos e de indivíduos, de promoção das políticas ambientais. História
socioambientais, com discutindo as origens Instituições, Estados, indivíduos e o desenvolvimento
vistas à proposição dessas práticas, sustentável: infraestrutura, governança ambiental
de alternativas que selecionando, no Brasil e em diferentes países do mundo.
respeitem e promovam incorporando e Sociologia Papel dos indivíduos, das instituições, dos
a consciência, a ética promovendo aquelas Estados e dos órgãos multilaterais no enfrentamento
socioambiental e o que favoreçam a das questões socioambientais: políticas públicas,
consumo responsável consciência e a ética cidadania responsável, consumo responsável,
em âmbito local, socioambiental impactos socioeconômicos e produção sustentável.
regional, nacional e e o consumo
global. responsável.

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5. Identificar e (EM13CHS501) INDIVÍDUO, Filosofia Os fundamentos da ética para a


combater as diversas Analisar os NATUREZA, constituição dos valores democráticos e solidários
formas de injustiça, fundamentos da SOCIEDADE, (igualdade e o respeito à diversidade, assim como
preconceito e ética em diferentes CULTURA E a institucionalização dos Direitos Humanos). A ética
violência, adotando culturas, tempos ÉTICA global e moral local: o debate sobre o universalismo
princípios éticos, e espaços, e o pluralismo. Narrativas e teses filosóficas
democráticos, identificando sobre justiça social, solidariedade, igualdade
inclusivos e solidários, processos que e equidade em diferentes períodos históricos.
e respeitando os contribuem para a Geografia A igualdade e o respeito à diversidade: a
Direitos Humanos. formação de sujeitos institucionalização dos Direitos Humanos. História
éticos que valorizem Princípios democráticos e seus processos históricos.
a liberdade, a Os mecanismos de promoção e proteção de
cooperação, a direitos: a construção da cidadania na história em
autonomia, o diferentes épocas. Sociologia Diferentes concepções
empreendedorismo, de liberdade na sociedade: determinismo
a convivência contemporâneo e empreendedorismo; autonomia,
democrática e a cooperação e solidariedade.
solidariedade.
5. Identificar e (EM13CHS502) INDIVÍDUO, Filosofia O desenvolvimento dos conceitos de
combater as diversas Analisar situações da NATUREZA, alteridade e empatia. As contribuições da filosofia
formas de injustiça, vida cotidiana, estilos SOCIEDADE, iluminista e contemporânea para o estabelecimento
preconceito e de vida, valores, CULTURA E dos ideais de liberdade e Direitos Humanos. A
violência, adotando condutas etc., ÉTICA compreensão da variedade de formas de vida e
princípios éticos, desnaturalizando suas expressões valorativas. Geografia Segregação
democráticos, e problematizando socioespacial, vulnerabilidade socioambiental
inclusivos e solidários, formas de no mundo contemporâneo. Políticas públicas e
e respeitando os desigualdade, planejamento de infraestrutura como promoção aos
Direitos Humanos. preconceito, Direitos Humanos. História Legados do patriarcalismo
intolerância e e da escravidão: as relações de poder e constituição
discriminação, e de desigualdades (mito da democracia racial e tipos
identificar ações de racismo: injúria racial, racismo institucional e
que promovam os racismo estrutural). Sociologia Desnaturalização
Direitos Humanos, das formas de desigualdade e intolerância para
a solidariedade e o a promoção dos Direitos Humanos: laicidade,
respeito às diferenças pluralismo e intolerância religiosa; preconceito e
e às liberdades desigualdade na diversidade; mito da democracia
individuais. racial e dos vários tipos de racismo.
5. Identificar e (EM13CHS503) INDIVÍDUO, Filosofia Comportamentos opressores e modos de
combater as diversas Identificar diversas NATUREZA, violência: pressupostos e implicações da opressão,
formas de injustiça, formas de violência SOCIEDADE, da violência e indiferença em relação aos fenômenos
preconceito e (física, simbólica, CULTURA E sociais. O totalitarismo e o terrorismo como ameaça
violência, adotando psicológica etc.), ÉTICA a democracia e aos Direitos Humanos. Geografia
princípios éticos, suas principais Representação cartográfica da violência. O discurso
democráticos, vítimas, suas causas da violência nas campanhas políticas, propagandas
inclusivos e solidários, sociais, psicológicas ideológicas, redes sociais e no uso político de
e respeitando os e afetivas, seus fake News. História O uso institucional (político,
Direitos Humanos. significados e usos social e cultural) da violência: regimes ditatoriais
políticos, sociais e e totalitários, golpes de Estado e terrorismo,
culturais, discutindo Apartheid na África do Sul e segregação étnico-
e avaliando racial no mundo. Sociologia Formas e dimensões da
mecanismos para violência: física, psicológica e simbólica.
combatê-las, com
base em argumentos
éticos.

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5. Identificar e (EM13CHS504) INDIVÍDUO, Filosofia O Empirismo, a ciência e a tecnologia. As


combater as diversas Analisar e avaliar NATUREZA, Ciências Humanas e Sociais. O mito da certeza e da
formas de injustiça, os impasses ético- SOCIEDADE, neutralidade da ciência. O conflito entre ciência e
preconceito e políticos decorrentes CULTURA E religião. A ética e a bioética. Geografia A geopolítica
violência, adotando das transformações ÉTICA das técnicas e da ciência. Os conflitos espaciais
princípios éticos, culturais, sociais, na produção, distribuição e consumo: a divisão
democráticos, históricas, científicas internacional e territorial do trabalho. História
inclusivos e solidários, e tecnológicas As revoluções na ciência: seus usos políticos,
e respeitando os no mundo econômicos e sociais. Sociologia Transformações da
Direitos Humanos. contemporâneo e sociedade contemporânea: na ciência, tecnologia,
seus desdobramentos produção e nos costumes.
nas atitudes e nos
valores de indivíduos,
grupos sociais,
sociedades e culturas.
6. Participar do debate (EM13CHS601) INDIVÍDUO, Filosofia A Identidade na produção filosófica: a
público de forma Identificar e analisar NATUREZA, Filosofia nos países africanos e latinoamericanos.
crítica, respeitando as demandas e SOCIEDADE, A desigualdade, a exclusão e os direitos: os
diferentes posições os protagonismos CULTURA E distintos aspectos da sociabilidade e da cidadania.
e fazendo escolhas políticos, sociais ÉTICA Geografia Delimitação e demarcação de terras
alinhadas ao exercício e culturais dos e as questões indígenas e quilombolas. História
da cidadania e ao seu povos indígenas Dominação e resistência das populações indígenas
projeto de vida, com e das populações e afrodescendentes diante da ofensiva civilizatória:
liberdade, autonomia, a f ro d e s c e n d e nte s silenciamento dos saberes. Diáspora africana e
consciência crítica e (incluindo os seus efeitos na formação das sociedades latino-
responsabilidade. quilombolas) no americanas. Sociologia Movimentos sociais
Brasil contemporâneo urbanos: grupos marginalizados (indígenas,
considerando a afrodescendentes, deficientes, entre outros);
história das Américas políticas públicas (redistributivas de renda, ações
e o contexto de afirmativas, cotas).
exclusão e inclusão
precária desses
grupos na ordem
social e econômica
atual, promovendo
ações para a redução
das desigualdades
étnico-raciais no país.

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6. Participar do debate ( E M 1 3 C H S 6 0 5 ) INDIVÍDUO, NA- Filosofia A tradição filosófica na fundação dos


público de forma Analisar os princípios TUREZA, SOCIE- princípios de justiça, igualdade, fraternidade
crítica, respeitando da declaração dos DADE, CULTURA e dignidade da condição humana. Os Direitos
diferentes posições Direitos Humanos, E ÉTICA Humanos: a saúde, a educação, o trabalho e a
e fazendo escolhas recorrendo às noções vida digna. Geografia Segregação socioespacial e
alinhadas ao exercício de justiça, igualdade a violação dos Direitos Humanos. Redes globais e
da cidadania e ao seu e fraternidade, fluxos financeiros e a relação com a vulnerabilidade
projeto de vida, com identificar os social e as desigualdades territoriais. História A
liberdade, autonomia, progressos e entraves Declaração Universal dos Direitos Humanos: seus
consciência crítica e à concretização princípios e trajetória histórica. Sociologia Direitos
responsabilidade. desses direitos nas Humanos e novas concepções de cidadania: cidadão
diversas sociedades global (direito de ser e estar em todos os lugares);
contemporâneas combate à diferença e desigualdade.
e promover ações
concretas diante
da desigualdade
e das violações
desses direitos em
diferentes espaços de
vivência, respeitando
a identidade de cada
grupo e de cada
indivíduo.
3. Analisar e avaliar (EM13CHS301) POLÍTICA E Filosofia A ética da responsabilidade na sociedade
criticamente as Problematizar TRABALHO tecnológica. A produção de mercadorias, o consumo
relações de diferentes hábitos e práticas e o descarte de resíduos: o papel do Estado, da
grupos, povos e individuais e coletivos sociedade e do indivíduo. O processo de alienação e
sociedades com a de produção, sua repercussão no trabalho, no consumo e no lazer.
natureza (produção, reaproveitamento e Geografia Impactos ambientais em áreas rurais e
distribuição e descarte de resíduos urbanas e a relação com a produção econômica.
consumo) e seus em metrópoles, áreas Gestão de resíduos sólidos e sustentabilidade
impactos econômicos e urbanas e rurais, socioambiental. História A produção técnica e
socioambientais, com e comunidades impactos socioeconômicos em diferentes tempos
vistas à proposição com diferentes e lugares: a trajetória histórica de diferentes
de alternativas que características sociedades e seus impactos ambientais em âmbito
respeitem e promovam socioeconômicas, local, regional e global. Sociologia Produção de
a consciência, a ética e elaborar e/ mercadorias: consumo, descarte, reciclagem
socioambiental e o ou selecionar (limites, durabilidade dos produtos, obsolescência
consumo responsável propostas de ação programada). Impactos ambientais e sociais (lixões,
em âmbito local, que promovam a aterro sanitários, compostagem, cooperativas de
regional, nacional e sustentabilidade catadores, vida no lixo).
global. socioambiental, o
combate à poluição
sistêmica e o consumo
responsável.

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3. Analisar e avaliar (EM13CHS302) POLÍTICA E Filosofia Os valores associados à razão instrumental


criticamente as Analisar e avaliar TRABALHO e o ideal de progresso contínuo da sociedade
relações de diferentes criticamente os tecnológica. O entendimento das relações entre
grupos, povos e impactos econômicos homem e natureza a partir de conceitos sobre modos
sociedades com a e socioambientais de de vida, consumo, cultura e produção. Geografia
natureza (produção, cadeias produtivas Impactos socioeconômicos, socioambientais e
distribuição e ligadas à exploração na biodiversidade: as práticas agropecuárias e
consumo) e seus de recursos naturais extrativas; a cadeia produtiva do petróleo, dos
impactos econômicos e e às atividades minérios, desmatamento, o assoreamento, as
socioambientais, com agropecuárias em queimadas, a erosão, a poluição do ar, do solo e das
vistas à proposição diferentes ambientes águas. História As conexões históricas do trabalho
de alternativas que e escalas de análise, diante do uso dos recursos naturais em diferentes
respeitem e promovam considerando o modos de vida e hábitos culturais (indígenas,
a consciência, a ética modo de vida quilombolas e demais comunidades tradicionais).
socioambiental e o das populações Sociologia Exploração da natureza: modos de vida,
consumo responsável locais – entre hábitos culturais, conservação ambiental (unidades
em âmbito local, elas as indígenas, de conservação, estação ecológica, reserva biológica,
regional, nacional e quilombolas e parque nacional, monumento natural, refúgio da
global. demais comunidades vida silvestre) e interesses políticos e econômicos.
tradicionais –,
suas práticas
agroextrativistas e o
compromisso com a
sustentabilidade.
3. Analisar e avaliar (EM13CHS305) POLÍTICA E Filosofia As aproximações e distanciamentos
criticamente as Analisar e discutir TRABALHO entre os saberes científicos e decisões políticas: as
relações de diferentes o papel e as contribuições da Revolução Científica. A relação
grupos, povos e competências legais sociedade-natureza e a preservação inteligente das
sociedades com a dos organismos condições para a manutenção da vida. Geografia
natureza (produção, nacionais e A produção econômica e as legislações para uso,
distribuição e internacionais de preservação, restauração, conservação dos recursos
consumo) e seus regulação, controle e naturais. O papel dos órgãos internacionais nos
impactos econômicos e fiscalização ambiental acordos, tratados, protocolos e convenções voltadas
socioambientais, com e dos acordos as práticas sustentáveis em diferentes escalas.
vistas à proposição internacionais História Desenvolvimento econômico e questões
de alternativas que para a promoção ambientais, o papel dos Estados nacionais Acordos,
respeitem e promovam e a garantia de tratados, protocolos e convenções ambientais
a consciência, a ética práticas ambientais internacionais e a soberania nacional. Sociologia
socioambiental e o sustentáveis. Movimentos socioambientalistas e organismos
consumo responsável nacionais e internacionais para o meio ambiente:
em âmbito local, fiscalização, ações e proposições.
regional, nacional e
global.

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3. Analisar e avaliar (EM13CHS306) POLÍTICA E Filosofia O indivíduo, a coletividade e a solidariedade


criticamente as C o n t e x t u a l i z a r, TRABALHO no centro da reflexão ética e política no pensamento
relações de diferentes comparar e avaliar filosófico dos séculos XIX e XX para a compreensão
grupos, povos e os impactos de das dinâmicas socioeconômicas. Geografia Os
sociedades com a diferentes modelos desafios do agronegócio para o uso e gestão dos
natureza (produção, socioeconômicos recursos naturais de forma sustentável. Padrões
distribuição e no uso dos de industrialização e os riscos ao meio ambiente
consumo) e seus recursos naturais em diferentes países do mundo. História A relação
impactos econômicos e e na promoção da entre o uso de recursos naturais e modelos
socioambientais, com sustentabilidade socioeconômicos em diferentes sociedades para
vistas à proposição econômica e o bem-estar humano e equidade social. Sociologia
de alternativas que socioambiental Cooperativas na sociedade contemporânea:
respeitem e promovam do planeta economia solidária, associativismo, economia verde
a consciência, a ética (como a adoção e equidade social.
socioambiental e o dos sistemas da
consumo responsável agrobiodiversidade
em âmbito local, e agroflorestal
regional, nacional e por diferentes
global comunidades, entre
outros).
4. Analisar as relações (EM13CHS401) POLÍTICA E Filosofia O liberalismo, anarquismo, socialismo e
de produção, capital e Identificar e analisar TRABALHO comunismo e seus ideais de liberdade e propriedade
trabalho em diferentes as relações entre na relação com a produção e o consumo de tecnologia
territórios, contextos e sujeitos, grupos, na sociedade contemporânea. A dimensão ética
culturas, discutindo o classes sociais e da economia e do trabalho: as categorias e os
papel dessas relações sociedades com conceitos de classe social, proprietário, meios de
na construção, culturas distintas produção, trabalho e renda. Geografia O Meio
consolidação e diante das Técnico, Científico e Informacional e os impactos
transformação das transformações no uso do território pelas relações do mundo do
sociedades. técnicas, tecnológicas trabalho. História Modos de produção, formas de
e informacionais e trabalho e seus desdobramentos em diferentes
das novas formas de sociedades, considerando as mudanças técnicas,
trabalho ao longo do tecnológicas e informacionais ocorridas (trabalho
tempo, em diferentes escravo, servil e assalariado e os perfis sociais
espaços (urbanos e das diferentes ocupações). Sociologia Relações
rurais) e contextos. de trabalho e mercado na sociedade globalizada:
perspectivas do trabalho nos contextos urbano,
rural e digital; garantia do emprego; precarização do
trabalho (autônomo, freelancer, temporário, parcial,
terceirizado, trainee etc).
4. Analisar as relações (EM13CHS402) POLÍTICA E Filosofia Os diferentes estágios do capitalismo e a
de produção, capital e Analisar e comparar TRABALHO compreensão dos conceitos de classe, propriedade
trabalho em diferentes indicadores de e trabalho: a produção de desigualdades e as
territórios, contextos e emprego, trabalho e estratégias de inclusão social. Os significados e os
culturas, discutindo o renda em diferentes processos da realidade social e as repercussões
papel dessas relações espaços, escalas e no mundo do trabalho. Geografia Indicadores
na construção, tempos, associando- socioeconômicos: conceito, aplicação e análise
consolidação e os a processos em diferentes escalas e lugares. A composição
transformação das de estratificação das desigualdades sociais em diferentes tempos e
sociedades. e desigualdade espaços. História Trabalho, política e pensamento
socioeconômica. econômico a partir do século XIX: estratificação
social no Brasil, na América Latina e em outros
países do mundo. Sociologia Conexão entre classe
social, trabalho e emprego: salário, estratificação,
desigualdade socioeconômica, políticas públicas de
geração de emprego e renda.

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4. Analisar as relações (EM13CHS403) POLÍTICA E Filosofia Os desafios ético políticos contemporâneos:


de produção, capital e Caracterizar e TRABALHO seguridade social, o envelhecimento da população
trabalho em diferentes analisar os impactos a superação das desigualdades. Os territórios e as
territórios, contextos e das transformações fronteiras sociais, econômicas e culturas e o acesso
culturas, discutindo o tecnológicas nas aos Direitos Humanos. Geografia O trabalho urbano
papel dessas relações relações sociais e de e rural no mundo contemporâneo e os seus desafios
na construção, trabalho próprias da ético políticos: a mão de obra familiar, as parcerias,
consolidação e contemporaneidade, os assalariados temporários, o trabalho doméstico,
transformação das promovendo ações autônomo e trabalho análogo ao escravo. História
sociedades. voltadas à superação Os direitos trabalhistas ao longo da história e suas
das desigualdades perspectivas para sociedade contemporânea.
sociais, da opressão Sociologia Trabalho no contexto da evolução
e da violação dos tecnológica no mundo globalizado e neoliberal:
Direitos Humanos. vínculos informais, flexibilização de direitos
trabalhistas, terceirização, extinção, reformulação,
criação de profissões.
4. Analisar as relações (EM13CHS404) POLÍTICA E Filosofia A política e o trabalho na condição humana:
de produção, capital e Identificar e discutir TRABALHO suas formas de realização e alienação. Diferentes
trabalho em diferentes os múltiplos significados e sentidos do ócio e do lazer na relação
territórios, contextos e aspectos do trabalho com o mundo do trabalho. Geografia Interpretação
culturas, discutindo o em diferentes de mapas para a compreensão dos conceitos
papel dessas relações circunstâncias e de fluxos materiais e imateriais: a distribuição
na construção, contextos históricos espacial das juventudes, da riqueza, dos fluxos de
consolidação e e/ou geográficos informação, da população economicamente ativa,
transformação das e seus efeitos da transição demográfica e do envelhecimento
sociedades. sobre as gerações, da população. História O trabalho em diferentes
em especial, os culturas: seus significados e sentidos no mundo
jovens, levando globalizado. Sociologia Inserção da juventude no
em consideração, atual mercado de trabalho, que se abre em múltiplas
na atualidade, as identidades: vínculos informais, terceirização,
transformações empreendedorismo e polifuncionalidade.
técnicas, tecnológicas
e informacionais
6. Participar do debate (EM13CHS602) POLÍTICA E Filosofia O pensamento político moderno, a
público de forma Identificar e TRABALHO cidadania liberal e suas repercussões na democracia
crítica, respeitando caracterizar a contemporânea. A política, o poder e o Estado:
diferentes posições presença do ordem político-social, instituições e funcionamento
e fazendo escolhas paternalismo, do das regulações e leis, em contexto histórico e
alinhadas ao exercício autoritarismo e do filosófico. Geografia Países latino-americanos: os
da cidadania e ao seu populismo na política, conflitos territoriais nas fronteiras e processos
projeto de vida, com na sociedade e nas migratórios. História O patriarcalismo, o coronelismo
liberdade, autonomia, culturas brasileira e e o clientelismo na formação da sociedade
consciência crítica e latinoamericana, em brasileira. Paternalismo, autoritarismo e populismo:
responsabilidade. períodos ditatoriais conceituação, origens e características no Brasil e na
e democráticos, América Latina. Sociologia Formas de autoritarismo
relacionando-os nas sociedades brasileira e latino-americana. As
com as formas de instituições político-partidárias e manifestação da
organização e de cidadania.
articulação das
sociedades em defesa
da autonomia, da
liberdade, do diálogo
e da promoção da
democracia, da
cidadania e dos
direitos humanos na
sociedade atual.

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6. Participar do debate (EM13CHS603) POLÍTICA E Filosofia Os sentidos histórico-filosóficos de


público de forma Analisar a formação TRABALHO poder, política, Estado e governo na definição do
crítica, respeitando de diferentes países, público e do privado. As diferentes perspectivas
diferentes posições povos e nações e de de poder, política, Estado e governo para pensar
e fazendo escolhas suas experiências a pluralidade da realidade social. Geografia Ideias
alinhadas ao exercício políticas e de exercício e concepções sobre a formação de territórios e
da cidadania e ao seu da cidadania, fronteiras e suas implicações para a compreensão
projeto de vida, com aplicando conceitos da cidadania e autonomia política. História
liberdade, autonomia, políticos básicos Doutrinas políticas em diversas temporalidades
consciência crítica e (Estado, poder, históricas e a construção da cidadania (liberalismo,
responsabilidade formas, sistemas e neoliberalismo, socialismo, comunismo,
regimes de governo, anarquismo, socialdemocracia, conservadorismo e
soberania etc.). progressismo). Sociologia Conceito e organização
do Estado por meio de sistemas políticos: formas
de governo (república, monarquia, socialismo,
anarquismo, socialdemocracia, conservadorismo e
progressismo); regimes de governo (democrático,
autoritário e totalitário) e sistemas de governo
(presidencialismo e parlamentarismo).
6. Participar do debate (EM13CHS604) POLÍTICA E Filosofia Os limites de atuação dos organismos
público de forma Discutir o papel TRABALHO internacionais a partir da reflexão ética. Os valores
crítica, respeitando dos organismos éticos na política e na economia. Geografia
diferentes posições internacionais no Posicionamentos de organismos internacionais,
e fazendo escolhas contexto mundial, como: ONU, FMI, Conselho de Segurança, OMC,
alinhadas ao exercício com vistas à OIT, OMS, UNESCO e Banco Mundial, frente às
da cidadania e ao seu elaboração de demandas das sociedades global e locais. Os
projeto de vida, com uma visão crítica organismos internacionais e a economia globalizada,
liberdade, autonomia, sobre seus limites suas influências junto à Estados Nacionais, (des)
consciência crítica e e suas formas de respeitando sua governança. História Os blocos de
responsabilidade. atuação nos países, poder e os organismos internacionais: a economia
considerando os globalizada a partir das ações de organismos
aspectos positivos internacionais como FMI, OMC e Banco Mundial.
e negativos dessa Sociologia Tratados internacionais: O Tratado de
atuação para as Vestfália e a Convenção de Viena.
populações locais.

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6. Participar do debate (EM13CHS606) POLÍTICA E Filosofia A construção de uma sociedade, próspera


público de forma Analisar as TRABALHO e inclusiva: a valorização da alteridade e a empatia.
crítica, respeitando características O livre pensar e a emancipação no mundo
diferentes posições socioeconômicas contemporâneo. Os diferentes entendimentos
e fazendo escolhas da sociedade sobre a democracia e as condições de cidadania
alinhadas ao exercício brasileira – com na atualidade. Geografia A dinâmica da população
da cidadania e ao seu base na análise de brasileira no mundo contemporâneo. História
projeto de vida, com documentos (dados, Grupos sociais da sociedade brasileira e sua
liberdade, autonomia, tabelas, mapas etc.) composição heterogênea: a distribuição de renda e
consciência crítica e de diferentes fontes as condições de existência de indígenas, mulheres,
responsabilidade. – e propor medidas quilombolas, camponeses, populações ribeirinhas,
para enfrentar população rural e urbana, em diferentes tempos
os problemas e espaços. Sociologia Perfil socioeconômico da
identificados e sociedade brasileira e a sua representação pelos
construir uma institutos de pesquisas: os dados estatísticos, as
sociedade mais tabelas e os gráficos.
próspera, justa e
inclusiva, que valorize
o protagonismo
de seus cidadãos
e promova o
autoconhecimento,
a autoestima, a
autoconfiança e a
empatia.

Itinerário Formativo - Área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


Os itinerários formativos têm como objetivo consolidar e aprofundar conhecimentos, preparar o estudante para os desafios do
mundo do trabalho e da cidadania na contemporaneidade e aprimorar a formação ética, além de promover uma postura ativa frente
ao conhecimento científico, filosófico e a produção artística e literária.
Ao estruturar os itinerários formativos para a área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, buscou-se nas competências de área
descritas na BNCC, referência para as habilidades elencadas para o itinerário de Ciências Humanas, conforme Portaria nº 1.432, de
dezembro de 2018, que estabelece os referenciais para elaboração dos itinerários formativos. A Resolução nº 3, de 21 de novembro de
2018, que atualiza as DCNEM, foi outro aporte fundamental para a proposição dos itinerários.
O formato apresentado reconhece e valoriza a liberdade, a autonomia e a responsabilidade das unidades escolares quanto à
concepção, formulação e execução de suas propostas pedagógicas, assim como o potencial de cada unidade escolar em organizar e
atualizar os espaços escolares para dinamizar e diversificar o ensino e a aprendizagem. A estrutura dos itinerários formativos orienta
para a valorização dos adolescentes, jovens e adultos, assim como seus tempos de aprendizagem. Logo, optou-se por considerar nos
“pressupostos metodológicos” orientações gerais, em que objetivos fundamentais se integram às esferas da pesquisa, do trabalho e
das práticas sociais e socioambientais, tendo como referência as habilidades propostas pelos eixos estruturantes.
Considerando a responsabilidade que se estabelece pela educação formal de preparar o estudante para o mundo contemporâneo,
que exige cidadãos críticos, reflexivos, éticos, flexíveis e abertos para o novo ou para a renovação do que é conhecido, e mediante o
dinamismo da sociedade contemporânea, é imperativo não separar forma e conteúdo. Ou seja, as metodologias devem estar de acor-
do com os objetivos e estes com os objetos de conhecimento. Destaca-se, nesse sentido, a centralidade da “situação-problema”, que
deve ser pensada e reconhecida não apenas como uma intervenção para resolver questões de forma imediata, mas também a médio
e longo prazo. A situação-problema não pode ser reduzida a uma questão de reparo; ela deve ser considerada também no âmbito da
atualização e contextualização das aprendizagens, isto é, precisa possibilitar mais do que a observação, a interpretação e a intervenção,
para melhor se apropriar de questões do universo humano, em busca de um mundo melhor.
Portanto, espera-se que os docentes considerem as metodologias ativas como caminhos para oportunizar o desenvolvimento das
habilidades previstas no itinerário formativo da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas e nos itinerários integrados desta área
com as demais. Nesse sentido, a resolução de problemas reais e atividades que demandam pesquisas, leituras, organização para produ-
ção e compartilhamento de conhecimento, tendo em vista as demandas do mundo contemporâneo. Esperam-se dos professores mais
flexibilidade e abertura para o novo em relação aos ritmos de aprendizagem, ao trabalho com materiais impressos e digitais, à organi-
zação e orientação de atividades. Eles também devem ser capazes de incentivar o estudante a ser produtor e não apenas receptor do
conhecimento, assim como rever as formas de acompanhamento das aprendizagens.

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INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA tífica. De onde decorre a necessidade de acompanhamento, uma


A investigação científica deverá apresentar oportunidades de vez que devem se acordar protocolos para a coleta de dados e
realização dentro e fora da sala de aula, em diferentes espaços. para a escuta qualificada, tendo em vista a ação de mediação e
O estudo de campo e a visita dirigida a museus, parques, centros intervenção sociocultural. A observação desses protocolos confi-
culturais, bibliotecas especializadas, entre outros locais, devem gura-se em um desafio para professores, equipe gestora e estu-
ser considerados tendo em vista os interesses do estudante em dantes, especialmente, considerando-se a possibilidade de estar
relação ao tema pesquisado. O registro merece atenção especial diante de diferentes territorialidades e questões socioculturais e
no que se refere ao seu desenvolvimento, à ampliação do voca- socioambientais.
bulário, ao incremento na descrição dos dados, entre outros ele- O processo de mediação e intervenção requer observação,
mentos reveladores do desenvolvimento do estudante na pesqui- registro e o constante debate acerca dos valores presentes em
sa científica no campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas. propostas de colaboração e mediação, assim como a identifica-
Dessa forma, neste eixo, além das referências bibliográficas, ção do problema, suas características territoriais e temporais, a
será fundamental explicitar para o estudante como são construí- formulação de hipóteses, a fundamentação teórica, a decisão
das e debatidas as questões de pesquisa nas Ciências Humanas sobre o cronograma de estudo/aprendizagem a necessidade de
e Sociais Aplicadas. Logo, contribuições da tradição dos compo- ajustes, avaliação e implementação da ação. O eixo Mediação e
nentes curriculares da área devem ser exploradas nesse contexto. Intervenção Sociocultural deverá aprofundar habilidades relacio-
Considera-se também que, no desenvolvimento deste eixo, o es- nadas à observação, interpretação e proposição de resolução de
tudante possa conhecer e experimentar diferentes percursos da situações-problema.
investigação a partir do referencial: abordagem quantitativa e/ou
qualitativa; natureza (pesquisa básica e pesquisa aplicada) e obje- EMPREENDEDORISMO
tivos (pesquisa exploratória, descritiva, experimental, bibliográfi- O eixo Empreendedorismo envolve-se com a mobilização de
ca, documental, de meio, estudo de caso, pesquisa participante, conhecimentos e o reconhecimento do que ainda precisa ser de-
pesquisa-ação, pesquisa etnográfica, entre outras pertinentes, senvolvido para empreender projetos pessoais e produtivos que
considerando a natureza e a abordagem do problema). estejam no horizonte do projeto de vida do estudante. Especifica-
mente no campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, des-
PROCESSOS CRIATIVOS taca-se a análise dos fundamentos da ética, de forma a conhecer e
Os processos criativos devem provocar a prática, isto é, não propor empreendimentos capazes de valorizar a liberdade, a coo-
se trata apenas de propor ideias, mas também de reconhecer e peração, a autonomia e a convivência democrática, entre outros
ressignificar soluções e percursos para chegar a conclusões e/ou valores. É preciso considerar, no contexto deste eixo, que o estu-
propor projetos socioeconômicos, socioambientais, de preserva- dante deve assumir uma postura participante, atuante e engaja-
ção da memória e da cultura, entre outros. Nesse sentido, os com- da, exercitando a disposição de pensar e repensar, tendo em vista
ponentes da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas devem a sustentabilidade dos seus projetos e o potencial transformador
estar abertos para a utilização e produção de imagens, filmes, de suas ações.
redes sociais etc., para encaminhar processos na escola e/ou na Assim, aprendizagens sobre valores humanos, simbólicos e
comunidade. No contexto deste eixo, deve-se abrir espaço para criativos, o valor patrimonial da cultura brasileira e sua dimensão
a livre manifestação de ideias de todos os envolvidos, de forma a histórica, social, artística e ambiental, entre outros, podem ser
estimular o debate, a tomada de posição, a defesa de um ponto inspiradoras para a efetivação deste eixo.
de vista por meio de argumentos e a possiblidade de mudar de Por fim, é preciso levar o estudante a compreender que o pro-
posição diante de argumentos mais consistentes. jeto de vida não se resume a uma escolha pessoal, mas envolve
A pesquisa deve ser o ponto central para fundamentar uma o exercício da cidadania, da empatia, da capacidade de entender
ideia, um procedimento, assim como a percepção quanto à reali- o mundo e reconhecer-se como parte dele. Isso posto, ao final da
zação de uma tarefa e o desenvolvimento de um projeto. A orga- Educação Básica, espera-se que o estudante do itinerário da área
nização, no contexto deste eixo, permite não apenas a divisão de de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, seja capaz de:
tarefas, mas também o compartilhamento de responsabilidades 1. Apreciar as diferentes manifestações da experiência do
acerca das atividades a serem desenvolvidas, os recursos a serem pensamento, com aportes ao exercício da suspeita às respostas
utilizados e os registros que comportam a avaliação, autoavalia- fáceis, de forma a elaborar perguntas e argumentos visando à pro-
ção e avaliação entre pares, em todas as etapas do processo a ser posição de soluções éticas, estéticas e criativas para as diferentes
desenvolvido sob a inspiração deste eixo. questões do mundo contemporâneo.
No âmbito do compartilhamento de responsabilidades, en- 2. Compreender e interpretar conceitos de natureza, paisa-
tende-se que o eixo possibilita, ainda, reflexões acerca da tomada gem, território, rede, cultura, fenômeno social e globalização nas
de decisão, inclusive, sobre mudanças de rumo, quando se mos- dinâmicas históricas, econômicas, sociais e políticas, reconhecen-
trarem necessárias. Todos esses movimentos devem ser acompa- do seus desdobramentos nas representações e produções cultu-
nhados e avaliados como parte da educação integral do estudan- rais.
te. 3. Atribuir sentido e significado para a vida em sociedade por
meio de permanências e regularidades, e também mudanças e
MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIOCULTURAL transformações, no processo histórico, tendo como referência a
Este eixo relaciona-se com a reflexão apoiada em dados ofi- dimensão da temporalidade e do trabalho como expressão da
ciais, escuta da comunidade, entre outras ações pertinentes. No organização da vida material, individual e coletiva e das relações
contexto da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, este de poder explicitadas nos processos de dominação, hegemonia,
eixo está diretamente relacionado com o eixo Investigação Cien- resistência e participação política.
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4. Perceber a complexidade das relações que cada um estabelece consigo e com a comunidade em que vive, interferindo na sua
identidade e na diversidade, material e simbólica, de forma a ser capaz de mediar relações com criticidade e ética, atuando para a
superação das condições individualista, egocêntrica, preconceituosa, racista e hedonista, entre outras, em seus diferentes vieses na
sociedade contemporânea. Seja nas relações com a natureza e/ou entre pessoas, utilizar habilidades conceituais e técnicas para mobi-
lizar diferentes atores no empreendimento de ações socioculturais e socioambientais em âmbito local, regional, nacional e/ou global.
5. Vivenciar conscientemente o processo cognitivo conceitual, de forma a reconhecer-se como produtor que mobiliza conhecimen-
tos e práticas na constituição de um projeto de vida viável e sustentável.
6. Reconhecer que o projeto de vida é estratégico e envolve escolhas pessoais, relacionando-as com as demandas da sociedade
contemporânea. Isso requer compreender que a história de cada um, seus interesses e seus sonhos, devem ser considerados também
na relação com o contexto social, político e cultural em que se vive, exigindo análise crítica das limitações sociais e das desigualdades,
bem como flexibilidade e motivação para a aprendizagem ao longo da vida.
A seguir encontra-se o organizador curricular do itinerário formativo da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas que contem-
pla as habilidades relacionadas às competências gerais da Educação Básica, as habilidades específicas dos itinerários formativos dessa
área do conhecimento e os pressupostos metodológicos que visam orientar e indicar possibilidades para a concretização das aprendi-
zagens esperadas, para cada eixo estruturante

Organizador curricular do itinerário formativo da área de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas


HABILIDADES HABILIDADES ESPECÍFICAS
RELACIONADAS ÀS ASSOCIADAS AOS EIXOS PRESSUPOSTOS METODOLÓGICOS
COMPETÊNCIAS GERAIS / ESTRUTURANTES
EIXO ESTRUTURANTE
INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA (EMIFCHS01) Investigar e analisar Este eixo orienta-se para a compreensão dos fundamentos da área, ou
(EMIFCG01) Identificar, situações problema envolvendo seja, o estudante deve conhecer as Ciências Humanas, e as suas questões
selecionar, processar temas e processos de natureza metodológicas, a partir da complexidade do seu objeto de estudo: as formas
e analisar dados, fatos histórica, social, econômica, de ser, viver e morrer em diferentes tempos, lugares e contextos. Dessa forma,
e evidências com filosófica, política e/ou cultural, a investigação científica no campo das Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
curiosidade, atenção, em âmbito local, regional, nacional deverá orientar-se para a identificação dos conceitos, a possibilidade de revisão
criticidade e ética, e/ou global, considerando dados e mesmo de uma nova proposição conceitual frente a diferentes situações.
inclusive utilizando o apoio e informações disponíveis em Assim, no desenvolvimento deste eixo, esperam-se o aprofundamento
de tecnologias digitais. diferentes mídias. das leituras e o aprimoramento do vocabulário e das possibilidades de
(EMIFCG02) Posicionar- (EMIFCHS02) Levantar e testar interpretação de dilemas éticos, fatos sociais, políticos, culturais, econômicos,
se com base em critérios hipóteses sobre temas e ambientais, entre outros temas pertinentes à área.
científicos, éticos e processos de natureza histórica, De acordo com as demandas do eixo Investigação Científica, espera-se o
estéticos, utilizando dados, social, econômica, filosófica, aprofundamento das aprendizagens do estudante dentro de uma progressão
fatos e evidências para política e/ou cultural, em âmbito de atitudes e procedimentos a partir de três etapas fundamentais: o
respaldar conclusões, local, regional, nacional e/ou reconhecimento do problema, a identificação da melhor forma de abordagem e
opiniões e argumentos, por global, contextualizando os a proposição de soluções. A partir dessas etapas consideradas na competência
meio de afirmações claras, conhecimentos em sua realidade geral do eixo e nas habilidades específicas, espera-se que o estudante adquira
ordenadas, coerentes e local e utilizando procedimentos autonomia para a pesquisa e capacidade de identificar problemas e propor
compreensíveis, sempre e linguagens adequados à soluções responsáveis, uma vez que deve ser estimulado para a análise crítica
respeitando valores investigação científica. na projeção de resultados e seus possíveis desdobramentos.
universais, como liberdade, (EMIFCHS03) Selecionar e O estudante deve ter acesso a fontes bibliográficas e documentais de caráter
democracia, justiça social, sistematizar, com base em filosófico e histórico, geográfico e sociológico que permitam a construção
pluralidade, solidariedade estudos e/ou pesquisas conceitual, capaz de propiciar interpretação significativa de fatos, eventos
e sustentabilidade. (bibliográfica, exploratória, de e ideias. Deve, ainda, ter acesso a informações sobre como proceder de
(EMIFCG03) Utilizar campo, experimental etc.) em forma crítica e ética nos seguintes tipos de pesquisa: exploratória, descritiva,
i n f o r m a ç õ e s , fontes confiáveis, informações bibliográfica, documental, de campo, estudo de caso, pesquisa etnográfica,
conhecimentos e sobre temas e processos de entre outros, de acordo como o objetivo proposto; e, ainda, conhecer e
ideias resultantes de natureza histórica, social, aplicar dados estatísticos e cartográficos, de forma a aprofundar e ampliar
investigações científicas econômica, filosófica, política seus conhecimentos sobre valores morais e estéticos, modelos econômicos,
para criar ou propor e/ou cultural, em âmbito local, relações de produção, consumo e sustentabilidade ambiental, processos
soluções para problemas regional, nacional e/ou global, políticos e diversidade social e cultural, reconhecendo em todos esses aspectos
diversos identificando os diversos pontos as consequências dos marcadores sociais da diferença.
de vista e posicionando-se Tendo como referência as competências gerais do eixo estruturante e as
mediante argumentação, com habilidades da área, devem-se considerar, no eixo Investigação Científica,
o cuidado de citar as fontes dos os processos capazes de tornar os conhecimentos da área compreensíveis,
recursos utilizados na pesquisa e acessíveis e significativos, de forma que o estudante se reconheça apto à
buscando apresentar conclusões manifestação crítica/argumentativa, por exemplo, em um trabalho teórico
com o uso de diferentes mídias. (ensaio, dissertação, estudo de caso etc.) referente a uma situação-problema
proposta. O estudante deve, em diferentes situações, no contexto da
investigação científica, demonstrar progressão na apreciação e valorização
do debate e do diálogo, da pesquisa em fontes confiáveis, aprimoramento na
identificação de situações-problema, ampliação da capacidade de relacionar
informações, interpretar, analisar e debater, a fim de posicionar-se e propor
ideias fundamentadas de forma responsável.

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PROCESSOS CRIATIVOS (EMIFCHS04) Reconhecer produtos e/ O eixo Processos Criativos, no contexto


(EMIFCG04) Reconhecer e analisar ou processos criativos por meio de da área de Ciências Humanas e Sociais
diferentes manifestações criativas, fruição, vivências e reflexão crítica sobre Aplicadas, compreende a ampliação da
artísticas e culturais, por meio de vivências temas e processos de natureza histórica, aprendizagem no sentido de afirmar a
presenciais e virtuais que ampliem a visão social, econômica, filosófica, política e/ valorização da imaginação, da inovação
de mundo, sensibilidade, criticidade e ou cultural, em âmbito local, regional, e da proposição de novos pontos de
criatividade. nacional e/ou global. vista. Nesse sentido, no âmbito do
(EMIFCG05) Questionar, modificar e (EMIFCHS05) Selecionar e mobilizar eixo, enfatizam-se a desnaturalização
adaptar ideias existentes e criar propostas, intencionalmente recursos criativos para e o estranhamento como forma de
obras ou soluções criativas, originais ou resolver problemas reais relacionados estimular o aprofundamento investigativo
inovadoras, avaliando e assumindo riscos temas e processo de natureza histórica, e o reconhecimento de diferentes
para lidar com as incertezas e colocá-las social, econômica, filosófica, política e/ perspectivas para a abordagem de uma
em prática. ou cultural, em âmbito local, regional, informação, um problema, uma solução
(EMIFCG06) Difundir novas ideias, nacional e/ou global. ou uma tese.
propostas, obras ou soluções por meio (EMIFCHS06) Propor e testar soluções Na área de Ciências Humanas e Sociais
de diferentes linguagens, mídias e éticas, estéticas, criativas e inovadoras Aplicadas, a valorização do ideário, da
plataformas, analógicas e digitais, com para problemas reais relacionados a imaginação, da inovação e da proposição
confiança e coragem, assegurando que temas e processos de natureza histórica, de outros pontos de vista, reforça a
alcancem os interlocutores pretendidos. social, econômica, filosófica, política e/ orientação para o desenvolvimento
ou cultural, em âmbito local, regional, do pensamento crítico, como a não
nacional e/ou global. aceitação de primeira hora e sim a busca
de mais informação e conhecimento de
forma a não aceitar verdades absolutas
de caráter cultural, econômico, social,
entre outros, inviabilizadoras de outras
abordagens, sejam elas interpretativas ou
procedimentais.
Nesse sentido, além da consideração de
todo o saber do estudante, devem ser
acrescentados à sua formação o acesso
a leituras diversas e a tecnologias digitais
e visitas a museus, centros culturais
e unidades de conservação etc. Isso
possibilitará expandir o repertório do
estudante e propiciar uma leitura ampliada
do mundo, de forma que reconheça, por
exemplo, a riqueza simbólica dos dialetos
de comunidades, de termos regionais e
gírias, como forma de pertencer, respeitar
e aprofundar estudos e pesquisas sociais,
do mundo do trabalho, de elementos
culturais, ambientais, entre outros,
relativos às diferentes formas de falar
sobre a produção de modos de vida.
O acesso a cartuns, charges e histórias
em quadrinhos; filmes, novelas e
campanhas publicitárias; e canais de
internet pode ser considerado para a
compreensão de aspectos diversos do
mundo contemporâneo, oportunizando
a articulação de diferentes fontes de
informação e conhecimento e a difusão
de ideias. Esses referenciais, quando
articulados com os processos de

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MEDIAÇÃO E INTERVENÇÃO SOCIAL (EMIFCHS07) Identificar e explicar O eixo Mediação e Intervenção Social
(EMIFCG07) Reconhecer e analisar situações em que ocorram conflitos, apresenta, no contexto das competências
questões sociais, culturais e ambientais desequilíbrios e ameaças a grupos gerais e nas habilidades específicas da
diversas, identificando e incorporando sociais, à diversidade de modos de vida, área de Ciências Humanas e Sociais
valores importantes para si e para o às diferentes identidades culturais e Aplicadas, orientações para avaliar e
coletivo que assegurem a tomada de ao meio ambiente, em âmbito local, tomar decisões sobre a realidade na
decisões conscientes, consequentes, regional, nacional e/ou global, com base qual se vive ou pretende atuar. Este eixo
colaborativas e responsáveis. em fenômenos relacionados às Ciências requer a organização de informações e
(EMIFCG08) Compreender e considerar Humanas e Sociais Aplicadas. narrativas sobre diversas questões, entre
a situação, a opinião e o sentimento do (EMIFCHS08) Selecionar e mobilizar elas, ambientais, sociais, econômicas
outro, agindo com empatia, flexibilidade intencionalmente conhecimentos e e culturais, que se estabelecem em
e resiliência para promover o diálogo, a recursos das Ciências Humanas e Sociais um determinado espaço, que pode
colaboração, a mediação e resolução de Aplicadas para propor ações individuais compreender diferentes coletivos e, ainda,
conflitos, o combate ao preconceito e a e/ou coletivas de mediação e intervenção questões que demandam investigações,
valorização da diversidade. sobre problemas de natureza sociocultural com distintos critérios de análise e ações.
(EMIFCG09) Participar ativamente e de natureza ambiental, em âmbito Diferentes questionamentos podem ser
da proposição, implementação e local, regional, nacional e/ou global, considerados sob o enfoque deste eixo,
avaliação de solução para problemas baseadas no respeito às diferenças, na tais como: a transformação da paisagem; a
socioculturais e/ou ambientais em nível escuta, na empatia e na responsabilidade presença de áreas vulneráveis; mudanças
local, regional, nacional e/ou global, socioambiental. e demandas a partir da inclusão de
corresponsabilizando-se pela realização (EMIFCHS09) Propor e testar estratégias novas populações; alterações nas formas
de ações e projetos voltados ao bem de mediação e intervenção para resolver de lazer, preservação e valorização
comum. problemas de natureza sociocultural do patrimônio histórico, cultural e/
e de natureza ambiental, em âmbito ou ambiental. Esses questionamentos
local, regional, nacional e/ou global, demandam a observação e a investigação,
relacionados às Ciências Humanas e tendo como objetivo gerar reflexões e
Sociais Aplicadas argumentos consistentes para intervir
por meio da promoção de campanhas e
ações para a sustentabilidade; a redução
de riscos e desastres; a responsabilidade
social; a conscientização e o combate à
violência física, simbólica e/ou psicológica
direcionada a minorias; e a valorização
de diferentes aspectos da paisagem e da
cultura local.
Ou seja, a partir do eixo Mediação e
Intervenção Social, o estudante deve
buscar a mobilização de recursos da área
de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
para pensar uma situação localizada,
acessar dados oficiais, proceder à escuta
da comunidade envolvida na situação,
entre outras ações, além de exercer a
organização de um trabalho coletivo,
visando ao bem comum.

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EMPREENDEDORISMO (EMIFCHS10) Avaliar como oportunidades, No eixo Empreendedorismo, a mobilização


(EMIFCG10) Reconhecer e utilizar conhecimentos e recursos relacionados dos conhecimentos deve estar relacionada
qualidades e fragilidades pessoais com às Ciências Humanas e Sociais Aplicadas com o projeto de vida, ou seja, o estudante
confiança para superar desafios e alcançar podem ser utilizadas na concretização deverá colocar em prática suas ideias, o
objetivos pessoais e profissionais, agindo de projetos pessoais ou produtivos, que exigirá a ampliação da capacidade de
de forma proativa e empreendedora e em âmbito local, regional, nacional e/ mobilizar conhecimentos.
perseverando em situações de estresse, ou global, considerando as diversas Este eixo requer que o estudante conheça
frustração, fracasso e adversidade. tecnologias disponíveis, os impactos diferentes formas de empreendedorismo
(EMIFCG11) Utilizar estratégias socioambientais, os direitos humanos e a (de viés econômico, socioassistencial,
de planejamento, organização e promoção da cidadania. com impacto social, negócio social
empreendedorismo para estabelecer (EMIFCHS11) Selecionar e mobilizar etc.) e como essas formas impactam
e adaptar metas, identificar caminhos, intencionalmente conhecimentos os indivíduos e a sociedade. Esse
mobilizar apoios e recursos, para realizar e recursos das Ciências Humanas e conhecimento proporcionará novos
projetos pessoais e produtivos com foco, Sociais Aplicadas para desenvolver um pontos de vista acerca dos desafios da
persistência e efetividade. projeto pessoal ou um empreendimento sociedade contemporânea. Por outro
(EMIFCG12) Refletir continuamente produtivo, em âmbito local, regional, lado, o estudante deve reconhecer as
sobre seu próprio desenvolvimento e nacional e/ou global. demandas do mercado de trabalho e da
sobre seus objetivos presentes e futuros, (EMIFCHS12) Desenvolver projetos vida acadêmica.
identificando aspirações e oportunidades, pessoais ou produtivos, utilizando as Destaca-se, no âmbito do
inclusive relacionadas ao mundo do Ciências Humanas e Sociais Aplicadas para empreendedorismo, a valorização da
trabalho, que orientem escolhas, esforços formular propostas concretas, articuladas liberdade, da cooperação, da autonomia
e ações em relação à sua vida pessoal, com o projeto de vida, em âmbito local, e da convivência democrática. Dessa
profissional e cidadã. regional, nacional e/ou global. forma, o estudante deve ser orientado
para a importância do debate público, da
consciência crítica e da responsabilidade,
tornando-se capaz de intervir em
questões sociais, socioambientais,
econômicas, entre outras, e questionar
decisões mercadológicas, de modo
responsável, crítico e autônomo, para que
a consciência cidadã possa compor o seu
projeto de vida.
Ao selecionar, avaliar e desenvolver
projetos e propor ações empreendedoras,
derivadas do repertório propiciado pelos
saberes dos componentes da área, das
suas aspirações e das suas potencialidades
e habilidades socioemocionais, o
estudante deve ter condições de testar e
aplicar (individual e/ou coletivamente),
de maneira sustentável e dentro de
princípios éticos, projetos voltados para a
sua inserção na esfera produtiva, seja no
mercado de trabalho, seja na proposição
de um negócio, numa intervenção
sociocultural ou na vida acadêmica.
O empreendedorismo, na área de Ciências
Humanas e Sociais Aplicadas, orienta para
processos capazes de propiciar a simulação
de empreendimentos articulados com as
demandas sociais. Dessa forma, a adoção
de metodologias ativas deverá assegurar
ao estudante o desenvolvimento da
autonomia, qualidade fundamental para

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QUESTÕES

1.(VUNESP/2019)
O Currículo Paulista para o Ensino Fundamental traz como objetivo da disciplina de Geografia a compreensão dos processos de pro-
dução do espaço, da diversidade cultural e do meio ambiente. Assinale a alternativa que apresenta uma das habilidades propostas para
ser desenvolvida nessa disciplina.
(A) Utilizar instrumentos e técnicas cartográficas para analisar paisagens e representar fenômenos socioespaciais.
(B) Analisar a relação entre consumo e poluição ambiental, comparando as práticas em diferentes países.
(C) Identificar as principais religiões e tradições culturais presentes em um país e relacioná-las com as formas de organização política.
(D) Compreender as leis da física que governam os movimentos da Terra e seus efeitos na formação de paisagens.
(E) Avaliar a qualidade da água de um rio, identificando sua origem e os principais poluentes presentes.

2.(PREFEITURA DE SÃO PAULO/2019 - VUNESP)


De acordo com o Currículo Paulista de Geografia, a formação de um indivíduo crítico e reflexivo em relação ao espaço geográfico se
dá, entre outros fatores, pela:
(A) assimilação de um conjunto de conceitos geográficos e pela apropriação dos métodos e técnicas da ciência geográfica.
(B) leitura de diferentes obras clássicas da literatura geográfica mundial.
(C) observação do mundo natural e do meio urbano com o auxílio da percepção espacial.
(D) compreensão da evolução histórica das paisagens naturais e culturais ao longo do tempo. (E) aprendizagem de um vasto repertório
de nomes de lugares e acidentes geográficos.

3.(PREFEITURA DE SÃO BERNARDO DO CAMPO/2019 - VUNESP)


O Currículo Paulista para o Ensino Fundamental II traz como um dos objetivos do ensino de Geografia: “Compreender as dinâmicas
socioambientais, as transformações do espaço e suas relações com a sociedade, considerando suas escalas, temporalidades e diversida-
des”. Essa proposta:
(A) valoriza as análises geográficas restritas aos fatos imediatos do espaço local, considerando que é nesse contexto que o aluno está
inserido.
(B) aponta a necessidade de estudos sistemáticos e críticos sobre as mudanças que ocorrem no espaço geográfico, o que requer o
conhecimento de conceitos e categorias da Geografia.
(C) propõe a utilização das linguagens cartográficas como única forma de compreensão dos fenômenos geográficos.
(D) sugere que o estudo das dinâmicas socioambientais pode se restringir aos desastres naturais e suas consequências para a popu-
lação.
(E) aponta que o espaço geográfico é uma estrutura fixa e imutável, cujas transformações não afetam as relações sociais.

4.(PREFEITURA DE EMBU DAS ARTES/2019 - ZAMBINI)


De acordo com o Currículo Paulista para o Ensino Fundamental, a Geografia tem como objetivo desenvolver o pensamento geográfico,
que se caracteriza por:
(A) uma visão de mundo centrada na preservação da natureza, sem considerar as relações sociais e culturais.
(B) uma compreensão limitada dos fenômenos geográficos, que se restringe às aparências do espaço.
(C) uma perspectiva crítica e reflexiva sobre o espaço, que busca compreender as relações sociedade-natureza-cultura.
(D) uma abordagem descritiva do espaço, que se preocupa apenas com a identificação dos elementos que o compõem.
(E) uma visão hierarquizada do espaço, que separa os lugares em importantes e secundários.

5.(VUNESP/2021 - PROFESSOR DE GEOGRAFIA)


Com relação ao Currículo Paulista para o Ensino Médio, é correto afirmar que:
(A) trata-se de um documento obrigatório para as escolas paulistas, que devem segui-lo à risca;
(B) as habilidades propostas para a disciplina de Geografia buscam promover uma formação crítica, reflexiva e criativa;
(C) o Currículo Paulista para o Ensino Médio foi elaborado exclusivamente pela Secretaria de Educação do Estado de São Paulo;
(D) as competências propostas no Currículo Paulista são restritas ao âmbito escolar;
(E) o Currículo Paulista para o Ensino Médio tem como objetivo único preparar os estudantes para o ingresso no ensino superior

6.(VUNESP/2020 - PROFESSOR DE GEOGRAFIA)


De acordo com o Currículo Paulista para o Ensino Médio, a disciplina de Geografia deve ter como objetivos a compreensão dos proces-
sos de produção do espaço, da diversidade cultural e do meio ambiente. Sobre esses objetivos, é correto afirmar que:
(A) a compreensão dos processos de produção do espaço visa apenas à formação de técnicos em cartografia;
(B) a diversidade cultural e o meio ambiente são temáticas irrelevantes para a disciplina de Geografia;
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(C) a compreensão dos processos de produção do espaço, da ______________________________________________________


diversidade cultural e do meio ambiente deve promover uma
formação crítica e reflexiva nos estudantes; ______________________________________________________
(D) a disciplina de Geografia não deve se preocupar com a di-
versidade cultural, pois essa é uma questão que deve ser abor- ______________________________________________________
dada em outras disciplinas;
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(E) a compreensão dos processos de produção do espaço, da
diversidade cultural e do meio ambiente é uma temática restri- ______________________________________________________
ta ao ensino fundamental.
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GABARITO ______________________________________________________

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1 A ______________________________________________________
2 A ______________________________________________________
3 B
______________________________________________________
4 C
5 B ______________________________________________________
6 C ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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