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SL-048MA-21

CÓD: 7908433204916

OSASCO-SP
PREFEITURA MUNICIPAL DE OSASCO
DO ESTADO SÃO PAULO

Zelador de Escola

CONCURSO PÚBLICO Nº 001/2021


DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Compreensão de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Significado de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Noções de número: singular e plural. Noções de gênero: masculino e feminino. Noções de tempos verbais: presente, passado e futuro.
Noções de pronomes pessoais e possessivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Reconhecimento de frases corretas e incorretas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20

Matemática
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação ou divisão, com números racionais não negativos, nas
suas representações fracionária ou decimal; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08

Conhecimentos Específicos
Zelador de Escola
1. Noções básicas de conservação e manutenção. Noções básicas de higiene e limpeza. Cuidados elementares com o patrimônio. Uti-
lização de materiais e equipamentos de limpeza. Guarda e armazenagem de materiais e utensílios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Noções básicas de segurança e higiene no trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3. Importância da disciplina no trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4. Simbologia dos produtos químicos e de perigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5. Noções de operação de máquinas simples para limpeza e conservação do ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
6. Reciclagem de lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7. Limpeza e higienização de prédios públicos, superfícies brancas e revestimentos cerâmicos. Limpeza e higienização de banheiros e
áreas comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
8. Armazenamento, cuidados de manuseio e destino do lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
9. Noções de ética e cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
10. Regras de comportamento no ambiente de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
11. Regras de hierarquia no serviço público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
12. Regras básicas de comportamento profissional para o trato diário com o público e colegas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
LÍNGUA PORTUGUESA
1. Compreensão de texto. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Significado de palavras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
3. Noções de número: singular e plural. Noções de gênero: masculino e feminino. Noções de tempos verbais: presente, passado e futuro.
Noções de pronomes pessoais e possessivos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
4. Reconhecimento de frases corretas e incorretas. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
LÍNGUA PORTUGUESA
• Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
COMPREENSÃO DE TEXTO lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
com a não-verbal.
Compreensão e interpretação de textos
Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto
ou que faça com que você realize inferências.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz.
Percebeu a diferença? Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-
tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
Tipos de Linguagem este processo é intertextualidade.
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que
facilite a interpretação de textos. Interpretação de Texto
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
pode ser escrita ou oral. uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti-
ca e, por fim, uma leitura interpretativa.

É muito importante que você:


- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta-
• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens, do, país e mundo;
fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra. - Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões);
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto-
gráficas, gramaticais e interpretativas;
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po-
lêmicos;
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas.

Dicas para interpretar um texto:


– Leia lentamente o texto todo.
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo.

– Releia o texto quantas vezes forem necessárias.


Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa-
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto.

– Sublinhe as ideias mais importantes.


Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Separe fatos de opiniões. CACHORROS
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu- Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
tável). espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
– Retorne ao texto sempre que necessário. seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
enunciados das questões. precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
– Reescreva o conteúdo lido. comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
picos ou esquemas. casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
outro e a parceria deu certo.
Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa-
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
distração, mas também um aprendizado. to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. As informações que se relacionam com o tema chamamos de
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
do texto. fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica- capaz de identificar o tema do texto!
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na
prova. Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi- -secundarias/
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca TEXTOS VARIADOS
extrapole a visão dele.
Ironia
IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO Ironia é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que
O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou
principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem).
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen- A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex-
tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja, pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um
você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo novo sentido, gerando um efeito de humor.
significativo, que é o texto. Exemplo:
Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
o assunto que será tratado no texto.
Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atra-
ído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
estudos?
Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?

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LÍNGUA PORTUGUESA
Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três modos:


ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-


Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig- NERO EM QUE SE INSCREVE
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
intenção são diferentes. de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
Ironia de situação com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja principal. Compreender relações semânticas é uma competência
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Busca de sentidos
morte. Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na
Ironia dramática (ou satírica) apreensão do conteúdo exposto.
A ironia dramática é um dos efeitos de sentido que ocorre nos Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma
textos literários quando a personagem tem a consciência de que relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já
suas ações não serão bem-sucedidas ou que está entrando por um citadas ou apresentando novos conceitos.
caminho ruim, mas o leitor já tem essa consciência. Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder
que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa- espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem- entrelinhas. Deve-seater às ideias do autor, o que não quer dizer
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun-
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas.
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos. Importância da interpretação
A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se
Humor informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter-
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare- pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor. específicos, aprimora a escrita.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti- Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor- fatores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes
rer algo fora do esperado numa situação. presentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti- suficiente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico; texto, pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreen-
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente dentes que não foram observados previamente. Para auxiliar na
acessadas como forma de gerar o riso. busca de sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em frasais presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges. apreensão do conteúdo exposto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Lembre-se de que os parágrafos não estão organizados, pelo Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
menos em um bom texto, de maneira aleatória, se estão no lugar za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
que estão, é porque ali se fazem necessários, estabelecendo uma crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
citadas ou apresentando novos conceitos. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para berdade para quem recebe a informação.
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas.
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas. Fato
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes. do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
Diferença entre compreensão e interpretação ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do Exemplo de fato:
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- A mãe foi viajar.
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Interpretação
É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
Gêneros Discursivos quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- sas, previmos suas consequências.
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- ças sejam detectáveis.
dárias.
Exemplos de interpretação:
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso- tro país.
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações do que com a filha.
encaminham-se diretamente para um desfecho.
Opinião
Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia- A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um
do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação
história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O que fazemos do fato.
tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de- Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên-
finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião
curto. pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais.

Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações
nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para anteriores:
mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos tro país. Ela tomou uma decisão acertada.
como horas ou mesmo minutos. A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha. Ela foi egoísta.
Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-
guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento, Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião.
a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên-
imagens. cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta-
Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a mos expressando nosso julgamento.
opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião,
que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con- principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando
vencer o leitor a concordar com ele. analisamos um texto dissertativo.

Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um Exemplo:


entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações. A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando
Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas com o sofrimento da filha.
de destaque sobre algum assunto de interesse.

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LÍNGUA PORTUGUESA
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS NÍVEIS DE LINGUAGEM
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do Definição de linguagem
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
e o do leitor. da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
Parágrafo linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma- o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- e caem em desuso.
sentada na introdução. Língua escrita e língua falada
A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
rágrafos curtos, é raro haver conclusão. do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo Linguagem popular e linguagem culta
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
prova. gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí- valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até o diálogo é usado para representar a língua falada.
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.
Linguagem Popular ou Coloquial
Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase
e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin-
diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo
pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con- – erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo-
clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento. nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação,
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular
Outro aspecto que merece especial atenção são os conecto- está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas,
res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as expressão dos esta dos emocionais etc.
ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-
odo, e o tópico que o antecede. A Linguagem Culta ou Padrão
Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins-
para a clareza do texto. truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên-
Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér- cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial,
vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro, mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas,
sem coerência. conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi-
Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta- cas, noticiários de TV, programas culturais etc.
tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es- Gíria
trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como
mais direto. arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa-
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário comportamentos, nas leis jurídicas.
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, Características principais:
“mina”, “tipo assim”. • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
Linguagem vulgar do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”. Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
Linguagem regional ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
Tipos e gêneros textuais perior para formação de oficiais.
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem Tipo textual expositivo
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou pode ser expositiva ou argumentativa.
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
exemplos e as principais características de cada um deles. sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
Tipo textual descritivo
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo Características principais:
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
um movimento etc. mar.
Características principais: • Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje- • Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função de ponto de vista.
caracterizadora. • Apresenta linguagem clara e imparcial.
• Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu-
meração. Exemplo:
• A noção temporal é normalmente estática. O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no
• Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini- questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex-
ção. pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de-
• Normalmente aparece dentro de um texto narrativo. terminado tema.
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún- Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta-
cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial. ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa).
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as-
Exemplo: sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente.
Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada Tipo textual dissertativo-argumentativo
Ninguém podia entrar nela, não Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
Porque na casa não tinha chão sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias
Ninguém podia dormir na rede apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade,
Porque na casa não tinha parede clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in-
Ninguém podia fazer pipi tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor
Porque penico não tinha ali (leitor ou ouvinte).
Mas era feita com muito esmero
Na rua dos bobos, número zero
(Vinícius de Moraes)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Características principais: GÊNEROS TEXTUAIS
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté- de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo, dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
gestão/solução). síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e ais que neles predominam.
um caráter de verdade ao que está sendo dito.
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Descritivo Diário
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de- Relatos (viagens, históricos, etc.)
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Biografia e autobiografia
Notícia
Exemplo: Currículo
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Lista de compras
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Cardápio
administração política (tese), porque a força governamental certa- Anúncios de classificados
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Injuntivo Receita culinária
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Bula de remédio
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Manual de instruções
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Regulamento
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Textos prescritivos
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato-
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Expositivo Seminários
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Palestras
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Conferências
cobrança efetiva (conclusão). Entrevistas
Trabalhos acadêmicos
Tipo textual narrativo Enciclopédia
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta Verbetes de dicionários
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu- Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Carta de opinião
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Resenha
Artigo
Características principais: Ensaio
• O tempo verbal predominante é o passado. Monografia, dissertação de
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his- mestrado e tese de doutorado
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
Narrativo Romance
onisciente).
Novela
• Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
Crônica
prosa, não em verso.
Contos de Fada
Fábula
Exemplo:
Lendas
Solidão
João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe- Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for-
liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se. ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi-
Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni- nitos e mudam de acordo com a demanda social.
rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
Nelson S. Oliveira INTERTEXTUALIDADE
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurre- A intertextualidade é um recurso realizado entre textos, ou
ais/4835684 seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As-
sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção
de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos
existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de
ambos: forma e conteúdo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri- Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
provérbios, charges, dentre outros. mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
Tipos de Intertextualidade domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen- que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se- O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- enunciador está propondo.
ticos. Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
significa a “repetição de uma sentença”. admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha mento de premissas e conclusões.
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) A é igual a B.
e “graphé” (escrita). A é igual a C.
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção Então: C é igual a A.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re- que C é igual a A.
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Outro exemplo:
“citação” (citare) significa convocar. Todo ruminante é um mamífero.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros A vaca é um ruminante.
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois Logo, a vaca é um mamífero.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são o Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem. também será verdadeira.
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ARGUMENTAÇÃO a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
propõe. instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir outro fundado há dois ou três anos.
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
vista defendidos. pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas der bem como eles funcionam.
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu- rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur- pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
sos de linguagem. na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
escolher entre duas ou mais coisas”. não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
zado numa dada cultura.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de Argumento Argumento quase lógico
Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa- É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa
zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu- e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
mento. Exemplo: chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi-
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os
Argumento de Autoridade elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí-
É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en-
pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica.
servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur- Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo”
so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável.
do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente
garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con-
um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver- correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do
dadeira. Exemplo: tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se
“A imaginação é mais importante do que o conhecimento.” fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações
Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para indevidas.
ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
cimento. Nunca o inverso. Argumento do Atributo
Alex José Periscinoto. É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2 cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor- que é mais grosseiro, etc.
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
acreditar que é verdade. tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
de.
Argumento de Quantidade Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
largo uso do argumento de quantidade. dizer dá confiabilidade ao que se diz.
Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
Argumento do Consenso de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não por bem determinar o internamento do governador pelo período
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- tal por três dias.
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases
carentes de qualquer base científica. Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
Argumento de Existência ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas texto tem sempre uma orientação argumentativa.
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
do que dois voando”. homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa outras, etc. Veja:
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela vam abraços afetuosos.”
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na-
vios, etc., ganhava credibilidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de-
e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a
fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até, possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade
que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada. de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar
Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra- um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun-
tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros: damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista.
- Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am- Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu-
plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá- mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia.
usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições,
positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e
de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente, seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
injustiça, corrupção). zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre,
- Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol-
ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir ver as seguintes habilidades:
o argumento. - argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con- ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total-
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e mente contrária;
atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta-
que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, ria contra a argumentação proposta;
uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir - refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
outros à sua dependência política e econômica”. ta.

A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa- A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
o assunto, etc). não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
dades não se prometem, manifestam-se na ação. verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu da verdade:
comportamento. - evidência;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - divisão ou análise;
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro- - ordem ou dedução;
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio - enumeração.
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
mica e até o choro. encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse caracteriza a universalidade.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo- Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda-
particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem
silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os
uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par-
conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio
verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
o efeito. Exemplo: que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
pesquisa.
Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal) Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados;
Fulano é homem (premissa menor = particular) a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o
Logo, Fulano é mortal (conclusão) todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de-
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a
A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia- síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém,
se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém
caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par- reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu
te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci- o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria
dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo: todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina-
O calor dilata o ferro (particular) das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então,
O calor dilata o bronze (particular) o relógio estaria reconstruído.
O calor dilata o cobre (particular) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
O ferro, o bronze, o cobre são metais meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, relacionadas:
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de lha dos elementos que farão parte do texto.
sofisma no seguinte diálogo: Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
- Lógico, concordo. racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
- Claro que não! por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
- Então você possui um brilhante de 40 quilates... um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Exemplos de sofismas: lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Dedução confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Todo professor tem um diploma (geral, universal) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Fulano tem um diploma (particular) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
Indução nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
cular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.
– conclusão falsa)
Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro- sabiá, torradeira.
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden- Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base- Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
ados nos sentimentos não ditados pela razão.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé- - deve ser breve (contida num só período). Quando a definição,
tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos
classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan-
uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de dida;d
uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais - deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) +
importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as
o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é diferenças).
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de
seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização. paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que
(Garcia, 1973, p. 302304.) consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala-
Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in- vra e seus significados.
trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres- A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio- pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam. necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
de vista sobre ele. mentação coerente e adequada.
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
- o termo a ser definido; cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
- o gênero ou espécie; raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
- a diferença específica. cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
ma espécie. Exemplo: exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
Elemento especiediferença causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
a ser definidoespecífica que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, virtude de, em vista de, por motivo de.
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta assim, desse ponto de vista.
ou instalação”; Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...

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LÍNGUA PORTUGUESA
Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra-
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta- argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é
belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos que gera o controle demográfico”.
que, melhor que, pior que. Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para
Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao
o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se: desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui-
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- elaboração de um Plano de Redação.
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi-
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer tecnológica
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
ta, justificar, criando um argumento básico;
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais
- Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
caráter confirmatório que comprobatório.
construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli-
que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por
(rever tipos de argumentação);
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
caso, incluem-se que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ-
mortal, aspira à imortalidade); ência);
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
dos e axiomas); argumento básico;
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que mento básico;
parece absurdo). - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con- menos a seguinte:
cretos, estatísticos ou documentais.
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se Introdução
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau- - função social da ciência e da tecnologia;
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência. - definições de ciência e tecnologia;
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações, - indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opini-
ões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, Desenvolvimento
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que ex- - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
presse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na vimento tecnológico;
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
condições de vida no mundo atual;
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra-
- a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar-
mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
gumentação:
desenvolvidos;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran-
- enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; sado; apontar semelhanças e diferenças;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- ências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Coesão e coerência fazem parte importante da elaboração de PONTO DE VISTA
um texto com clareza. Ela diz respeito à maneira como as ideias são O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
organizadas a fim de que o objetivo final seja alcançado: a compre- sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
ensão textual. Na redação espera-se do autor capacidade de mobili- vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
zar conhecimentos e opiniões, argumentar de modo coerente, além preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
de expressar-se com clareza, de forma correta e adequada. da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
Coerência sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. servador e o narrador-personagem.
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se-
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na Primeira pessoa
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
outra”). de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen- do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
elementos formativos de um texto. só descobrimos ao decorrer da história.
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos Segunda pessoa
elementos textuais. O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá-
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta
de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo- quase como outro personagem que participa da história.
sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística,
tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de Terceira pessoa
imediato a coerência de um discurso. Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser-
vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em
A coerência: primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al-
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse.
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei-
tual; Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi-
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada
o aspecto global do texto; por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a
leitura não fique confuso.
Coesão
É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, SIGNIFICADO DE PALAVRAS
numa linha de sequência e com os quais se estabelece um víncu-
lo ou conexão sequencial.Se o vínculo coesivo se faz via gramática,
fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, Significação de palavras
tem-se a coesão lexical. As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação.
A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala- E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os
gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo- significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos
nentes do texto. que compõem este estudo.
Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical,
que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge- Antônimo e Sinônimo
néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir Começaremos por esses dois, que já são famosos.
do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados
advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais. O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras.
A coesão: Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o signi-
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; ficado de uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com
- situa-se na superfície do texto, estabelece conexão sequen- homem que é antônimo de mulher.
cial;
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e
componentes do texto; que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é mui-
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases. to importante para produções textuais, porque evita que você fi-
que repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos
exemplos, para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/conten-
tamento e homem é sinônimo de macho/varão.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

NOÇÕES DE NÚMERO: SINGULAR E PLURAL. NOÇÕES DE GÊNERO: MASCULINO E FEMININO. NOÇÕES DE TEMPOS
VERBAIS: PRESENTE, PASSADO E FUTURO. NOÇÕES DE PRONOMES PESSOAIS E POSSESSIVOS

CLASSES DE PALAVRAS

Substantivo
São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imaginários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sentimen-
tos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação dos substantivos b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a
SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/ testemunha (o testemunha), o individuo (a individua).
apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/ c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
sua estrutura. macaco/João/sabão para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente,
o/a estudante, o/a colega.
SUBSTANTIVOS Macacos-prego/ • Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1).
COMPOSTOS: são formados porta-voz/ – Singular: anzol, tórax, próton, casa.
por mais de um radical em sua pé-de-moleque – Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas.
estrutura.
SUBSTANTIVOS Casa/ • Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau
PRIMITIVOS: são os que dão mundo/ diminutivo.
origem a outras palavras, ou população – Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra.
seja, ela é a primeira. /formiga – Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme.
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha
SUBSTANTIVOS Caseiro/mundano/ – Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.
DERIVADOS: são formados populacional/formigueiro
por outros radicais da língua. Adjetivo
SUBSTANTIVOS Rodrigo É a palavra invariável que especifica e caracteriza o substanti-
PRÓPRIOS: designa /Brasil vo: imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão
determinado ser entre outros /Belo Horizonte/Estátua composta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo
da mesma espécie. São da Liberdade por preposição com o mesmo valor e a mesma função que um ad-
sempre iniciados por letra jetivo: golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal
maiúscula. vespertino).
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
Flexão do Adjetivos
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
• Gênero:
uma mesma espécie.
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
SUBSTANTIVOS Leão/corrente no: homem feliz, mulher feliz.
CONCRETOS: nomeiam seres /estrelas/fadas – Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
com existência própria. Esses /lobisomem para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
seres podem ser animadoso /saci-pererê japonesa, aluno chorão/ aluna chorona.
ou inanimados, reais ou
imaginários. • Número:
SUBSTANTIVOS Mistério/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
ABSTRATOS: nomeiam bondade/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
ações, estados, qualidades confiança/ res, japonês/ japoneses.
e sentimentos que não tem lembrança/ – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
existência própria, ou seja, só amor/ branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.
existem em função de um ser. alegria
• Grau:
SUBSTANTIVOS Elenco (de atores)/ – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
COLETIVOS: referem-se a um acervo (de obras rioso (do) que o seu.
conjunto de seres da mesma artísticas)/buquê (de flores) – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
espécie, mesmo quando rioso (do) que o seu.
empregado no singular e – Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
constituem um substantivo quanto o seu.
comum. – Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS mo.
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI! – Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
moso.
Flexão dos Substantivos – Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi- mais famoso de todos.
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou – Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
uniformes nos famoso de todos.
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o Artigo
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina É uma palavra variável em gênero e número que antecede o
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em • Classificação e Flexão do Artigos
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. – Artigos Definidos: o, a, os, as.
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá- O menino carregava o brinquedo em suas costas.
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira As meninas brincavam com as bonecas.
macho/palmeira fêmea. – Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Um menino carregava um brinquedo.
Umas meninas brincavam com umas bonecas.

Numeral
É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
• Classificação dos Numerais
– Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
– Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
Quinto ano. Primeiro lugar.
– Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma quantidade é multiplicada:
O quíntuplo do preço.
– Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.

Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela, Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pou-
co, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário,
Variáveis
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser
variáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:

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Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc.
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).

• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversativas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portan-
Conclusivas
to...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante,
Conformativas
etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
Comparativas
etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.

Interjeição
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações das
pessoas.
• Principais Interjeições
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!

Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a fun-
ção de cada classe de palavras, não terá dificuldades para entender o estudo da Sintaxe.

RECONHECIMENTO DE FRASES CORRETAS E INCORRETAS

A reescrita é tão importante quanto a escrita, visto que, dificilmente, sobretudo para os escritores mais cuidadosos, chegamos ao
resultado que julgamos ideal na primeira tentativa. Aquele que observa um resultado ruim na primeira versão que escreveu terá, na
reescrita, a possibilidade de alcançar um resultado satisfatório. A reescrita é um processo mais trabalhoso do que a revisão, pois, nesta,
atemo-nos apenas aos pequenos detalhes, cuja ausência não implicaria em uma dificuldade do leitor para compreender o texto.

Quando reescrevemos, refazemos nosso texto, é um processo bem mais complexo, que parte do pressuposto de que o autor tenha
observado aquilo que está ruim para que, posteriormente, possa melhorar seu texto até chegar a uma versão final, livre dos erros iniciais.
Além de aprimorar a leitura, a reescrita auxilia a desenvolver e melhorar a escrita, ajudando o aluno-escritor a esclarecer melhor seus
objetivos e razões para a produção de textos.

Nessa perspectiva, esse autor considera que reescrever seja um processo de descoberta da escrita pelo próprio autor, que passa a
enfocá-la como forma de trabalho, auxiliando o desenvolvimento do processo de escrever do aluno.

Operações linguísticas de reescrita:


A literatura sobre reescrita aponta para uma tipologia de operações linguísticas encontradas neste momento específico da construção
do texto escrito.
- Adição, ou acréscimo: pode tratar-se do acréscimo de um elemento gráfico, acento, sinal de pontuação, grafema (...) mas também
do acréscimo de uma palavra, de um sintagma, de uma ou de várias frases.
- Supressão: supressão sem substituição do segmento suprimido. Ela pode ser aplicada sobre unidades diversas, acento, grafemas,
sílabas, palavras sintagmáticas, uma ou diversas frases.
- Substituição: supressão, seguida de substituição por um termo novo. Ela se aplica sobre um grafema, uma palavra, um sintagma, ou
sobre conjuntos generalizados.
- Deslocamento: permutação de elementos, que acaba por modificar sua ordem no processo de encadeamento.

Graus de Formalismo
São muitos os tipos de registros quanto ao formalismo, tais como: o registro formal, que é uma linguagem mais cuidada; o coloquial,
que não tem um planejamento prévio, caracterizando-se por construções gramaticais mais livres, repetições frequentes, frases curtas e
conectores simples; o informal, que se caracteriza pelo uso de ortografia simplificada e construções simples ( geralmente usado entre
membros de uma mesma família ou entre amigos).

As variações de registro ocorrem de acordo com o grau de formalismo existente na situação de comunicação; com o modo de expres-
são, isto é, se trata de um registro formal ou escrito; com a sintonia entre interlocutores, que envolve aspectos como graus de cortesia,
deferência, tecnicidade (domínio de um vocabulário específico de algum campo científico, por exemplo).

Expressões que demandam atenção


– acaso, caso – com se, use acaso; caso rejeita o se
– aceitado, aceito – com ter e haver, aceitado; com ser e estar, aceito
– acendido, aceso (formas similares) – idem
– à custa de – e não às custas de

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LÍNGUA PORTUGUESA
– à medida que – à proporção que, ao mesmo tempo que, con- Silêncio!
forme
– na medida em que – tendo em vista que, uma vez que • Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma
– a meu ver – e não ao meu ver locução verbal.
– a ponto de – e não ao ponto de Este filme causou grande impacto entre o público.
– a posteriori, a priori – não tem valor temporal A inflação deve continuar sob controle.
– em termos de – modismo; evitar
– enquanto que – o que é redundância • Período Simples: formado por uma única oração.
– entre um e outro – entre exige a conjunção e, e não a O clima se alterou muito nos últimos dias.
– implicar em – a regência é direta (sem em)
– ir de encontro a – chocar-se com • Período Composto: formado por mais de uma oração.
– ir ao encontro de – concordar com O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.
– se não, senão – quando se pode substituir por caso não, se-
parado; quando não se pode, junto Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período.
– todo mundo – todos Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
– todo o mundo – o mundo inteiro
– não pagamento = hífen somente quando o segundo termo • Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
for substantivo O problema da violência preocupa os cidadãos.
– este e isto – referência próxima do falante (a lugar, a tempo • Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
presente; a futuro próximo; ao anunciar e a que se está tratando) A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
– esse e isso – referência longe do falante e perto do ouvinte
(tempo futuro, desejo de distância; tempo passado próximo do pre- • Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo
sente, ou distante ao já mencionado e a ênfase). direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da pre-
posição.
Expressões não recomendadas A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
– a partir de (a não ser com valor temporal).
Opção: com base em, tomando-se por base, valendo-se de... • Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transi-
tivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de
– através de (para exprimir “meio” ou instrumento). preposição.
Opção: por, mediante, por meio de, por intermédio de, se- Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
gundo... João gosta de beterraba.

– devido a. • Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime


Opção: em razão de, em virtude de, graças a, por causa de. determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica
um verbo, adjetivo ou advérbio.
– dito. O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
Opção: citado, mencionado. Vamos sair do mar.

– enquanto. • Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem prati-


Opção: ao passo que. ca a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
– inclusive (a não ser quando significa incluindo-se). • Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um subs-
Opção: até, ainda, igualmente, mesmo, também. tantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação
de um verbo.
– no sentido de, com vistas a. Um casal de médicos eram os novos moradores do meu pré-
Opção: a fim de, para, com a finalidade de, tendo em vista. dio.

– pois (no início da oração). • Complemento Nominal: Termo da oração que completa no-
Opção: já que, porque, uma vez que, visto que. mes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicio-
nado.
– principalmente. A realização do torneio teve a aprovação de todos.
Opção: especialmente, sobretudo, em especial, em particular.
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao su-
Sintaxe jeito da oração.
Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos A especulação imobiliária me parece um problema.
estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo • Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita objeto direto ou indireto da oração.
coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al- O médico considerou o paciente hipertenso.
gumas questões importantes:
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou
• Frase:Enunciado que estabelece uma comunicação de senti- identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equi-
do completo. valentes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
Os jornais publicaram a notícia. A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas

Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito, porém não passa •
no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela ora quer comer hambúrguer, ora quer
comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar, ou seja, ela estava de João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá inveja.
mau humor.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto indireto

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito anteriormente. quinta, terão aula de reforço.
SEMPRE serão acompanhadas por
vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de quinta
Restringem o sentido de um termo terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Causais Estou vestida assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do dia.
Assumem a função de advérbio de
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar na
Assumem a função de advérbio de reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Assumem a função de advérbio de previsto.
Orações Subordinadas Adverbiais
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que todos
Assumem a função de advérbio de tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono tinha.
Assumem a função de advérbio de
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos saem de
Assumem a função de advérbio de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

EXERCÍCIOS

1. (Prefeitura de Piracicaba - SP - Professor - Educação Infantil - VUNESP - 2020)

Escola inclusiva

É alvissareira a constatação de que 86% dos brasileiros concordam que há melhora nas escolas quando se incluem alunos com defi-
ciência.
Uma década atrás, quando o país aderiu à Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e assumiu o dever de uma edu-
cação inclusiva, era comum ouvir previsões negativas para tal perspectiva generosa. Apesar das dificuldades óbvias, ela se tornou lei em
2015 e criou raízes no tecido social.
A rede pública carece de profissionais satisfatoriamente qualificados até para o mais básico, como o ensino de ciências; o que dizer
então de alunos com gama tão variada de dificuldades.
Os empecilhos vão desde o acesso físico à escola, como o enfrentado por cadeirantes, a problemas de aprendizado criados por limita-
ções sensoriais – surdez, por exemplo – e intelectuais.
Bastaram alguns anos de convívio em sala, entretanto, para minorar preconceitos. A maioria dos entrevistados (59%), hoje, discorda
de que crianças com deficiência devam aprender só na companhia de colegas na mesma condição.
Tal receptividade decerto não elimina o imperativo de contar com pessoal capacitado, em cada estabelecimento, para lidar com neces-
sidades específicas de cada aluno. O censo escolar indica 1,2 milhão de alunos assim categorizados. Embora tenha triplicado o número de
professores com alguma formação em educação especial inclusiva, contam-se não muito mais que 100 mil deles no país. Não se concebe
que possa haver um especialista em cada sala de aula.
As experiências mais bem-sucedidas criaram na escola uma estrutura para o atendimento inclusivo, as salas de recursos. Aí, ao me-
nos um profissional preparado se encarrega de receber o aluno e sua família para definir atividades e de auxiliar os docentes do período
regular nas técnicas pedagógicas.
Não faltam casos exemplares na rede oficial de ensino. Compete ao Estado disseminar essas iniciativas exitosas por seus estabeleci-
mentos. Assim se combate a tendência ainda existente a segregar em salas especiais os estudantes com deficiência – que não se confunde
com incapacidade, como felizmente já vamos aprendendo.
(Editorial. Folha de S.Paulo, 16.10.2019. Adaptado)

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LÍNGUA PORTUGUESA
Assinale a alternativa em que, com a mudança da posição do II – A ênclise ocorre por se tratar de oração iniciada por verbo:
pronome em relação ao verbo, conforme indicado nos parênteses, “Intoxica-os também com garrafas plásticas, pneus, computadores,
a redação permanece em conformidade com a norma-padrão de sofás e até carcaças de automóveis.”
colocação dos pronomes. III – A próclise é sempre empregada quando há locução verbal:
(A) ... há melhora nas escolas quando se incluem alunos com “Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem se
deficiência. (incluem-se) tornar as salamandras de Čapek.”
(B) ... em educação especial inclusiva, contam-se não muito IV – O sujeito expresso exige o emprego da ênclise: “O ser hu-
mais que 100 mil deles no país. (se contam) mano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o câncer e pro-
(C) Não se concebe que possa haver um especialista em cada duzir um ‘Dom Quixote’”.
sala de aula. (concebe-se)
(D) Aí, ao menos um profissional preparado se encarrega de Está correto apenas o que se afirma em
receber o aluno... (encarrega-se) (A) I e II.
(E) ... que não se confunde com incapacidade, como felizmente (B) I e III.
já vamos aprendendo. (confunde-se) (C) II e IV.
(D) III e IV.
2. (Prefeitura de Caranaíba - MG - Agente Comunitário de Saú-
de - FCM - 2019) 3. (Prefeitura de Birigui - SP - Educador de Creche - VUNESP
- 2019)
Dieta salvadora
A ciência descobre um micróbio adepto de um Certo discurso ambientalista tradicional recorrentemente bus-
alimento abundante: o lixo plástico no mar. ca indícios de que o problema ambiental seja universal (e de fato
é), atemporal (nem tanto) e generalizado (o que é desejável). Algu-
O ser humano revelou-se capaz de dividir o átomo, derrotar o ma ingenuidade conceitual poderia marcar o ambientalismo apo-
câncer e produzir um “Dom Quixote”. Só não consegue dar um des- logético; haveria dilemas ambientais em todos os lugares, tempos,
tino razoável ao lixo que produz. E não se contenta em brindar os culturas. É a bambificação(*) da natureza. Necessária, no entanto,
mares, rios e lagoas com seus próprios dejetos. Intoxica-os também como condição de sobrevivência. Há quem tenha encontrado nor-
com garrafas plásticas, pneus, computadores, sofás e até carcaças mas ambientais na Bíblia, no Direito grego, e até no Direito romano.
de automóveis. Tudo que perde o uso é atirado num curso d’água, São Francisco de Assis, nessa linha, prosaica, seria o santo padroeiro
subterrâneo ou a céu aberto, que se encaminha inevitavelmente das causas ambientais; falava com plantas e animais.
para o mar. O resultado está nas ilhas de lixo que se formam, da A proteção do meio ambiente seria, nesse contexto, instintiva,
Guanabara ao Pacífico. predeterminando objeto e objetivo. Por outro lado, e este é o meu
De repente, uma boa notícia. Cientistas da Grécia, Suíça, Itália, argumento, quando muito, e agora utilizo uma categoria freudiana,
China e dos Emirados Árabes descobriram em duas ilhas gregas um a pretensão de proteção ambiental seria pulsional, dado que resiste
micróbio marinho que se alimenta do carbono contido no plástico a uma pressão contínua, variável na intensidade. Assim, numa di-
jogado ao mar. Parece que, depois de algum tempo ao sol e atacado mensão qualitativa, e não quantitativa, é que se deveria enfrentar
pelo sal, o plástico, seja mole, como o das sacolas, ou duro, como o a questão, que também é cultural. E que culturalmente pode ser
das embalagens, fica quebradiço – no ponto para que os micróbios, abordada.
de guardanapo ao pescoço, o decomponham e façam a festa. Os O problema, no entanto, é substancialmente econômico. O
cientistas estão agora criando réplicas desses micróbios, para que dilema ambiental só se revela como tal quando o meio ambiente
eles ajudem os micróbios nativos a devorar o lixo. Haja estômago. passa a ser limite para o avanço da atividade econômica. É nesse
Em “A Guerra das Salamandras”, romance de 1936 do tcheco sentido que a chamada internalização da externalidade negativa
Karel Čapek (pronuncia-se tchá-pek), um explorador descobre na exige justificativa para uma atuação contra-fática.
costa de Sumatra uma raça de lagartos gigantes, hábeis em colher Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam-
pérolas e construir diques submarinos. Em troca das pérolas que as bém rondaria a discussão. Antropocêntricos acreditam que a prote-
salamandras lhe entregam, ele lhes fornece facas para se defende- ção ambiental seria narcisística, centrada e referenciada no próprio
rem dos tubarões. O resto, você adivinhou: as salamandras se re- homem. Os geocêntricos piamente entendem que a natureza deva
produzem, tornam-se milhões, ocupam os litorais, aprendem a falar ser protegida por próprios e intrínsecos fundamentos e característi-
e inundam os continentes. São agora bilhões e tomam o mundo. cas. Posições se radicalizam.
Não quero dizer que os micróbios comedores de lixo podem A linha de argumento do ambientalista ingênuo lembra-nos o
se tornar as salamandras de Čapek. É que, no livro, as salamandras “salto do tigre” enunciado pelo filósofo da cultura Walter Benjamin,
aprendem a gerir o mundo melhor do que nós. Com os micróbios em uma de suas teses sobre a filosofia da história. Qual um tigre
no comando, nossos mares, pelo menos, estarão a salvo. mergulhamos no passado, e apenas apreendemos o que interessa
Ruy Castro, jornalista, biógrafo e escritor brasileiro. Folha de S. para nossa argumentação. É o que se faz, a todo tempo.
Paulo. Caderno Opinião, p. A2, 20 mai. 2019. (Arnaldo Sampaio de Moraes Godoy. Disponível em: https://
www.conjur.com.br/2011. Acesso em: 10.08.2019. Adaptado)
Os pronomes pessoais oblíquos átonos, em relação ao verbo,
possuem três posições: próclise (antes do verbo), mesóclise (no (*) Referência ao personagem Bambi, filhote de cervo conhe-
meio do verbo) e ênclise (depois do verbo). cido como “Príncipe da Floresta”, em sua saga pela sobrevivência
Avalie as afirmações sobre o emprego dos pronomes oblíquos na natureza.
nos trechos a seguir.
I – A próclise se justifica pela presença da palavra negativa: “E Assinale a alternativa que reescreve os trechos destacados em-
não se contenta em brindar os mares, rios e lagoas com seus pró- pregando pronomes, de acordo com a norma-padrão de regência e
prios dejetos.” colocação.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Uma nuvem de problematização supostamente filosófica tam- De todo modo, caberia às autoridades incentivar a imigração,
bém rondaria a discussão. / Alguma ingenuidade conceitual pode- tomando cuidado para evitar que a chegada dos estrangeiros dê
ria marcar o ambientalismo apologético. pretexto para cenas de barbárie. Isso exigiria recebê-los com inte-
(A) ... lhe rondaria ... o poderia marcar ligência, minimizando choques culturais e distribuindo as famílias
(B) ... rondá-la-ia ... poderia marcar ele por regiões e cidades em que podem ser mais úteis. É tudo o que
(C) ... rondaria-a ... podê-lo-ia marcar não estamos fazendo.
(D) ... rondaria-lhe ... poderia o marcar (Hélio Schwartsman. Disponível em: https://www1.folha.uol.
(E) ... a rondaria ... poderia marcá-lo com.br/colunas/.28.08.2018. Adaptado)
Considere as frases:
4. (Prefeitura de Cabo de Santo Agostinho - PE - Técnico em • países desenvolvidos que enfrentam o problema do envelhe-
Saneamento - IBFC - 2019) cimento populacional. (4º parágrafo)
• ... minimizando choques culturais e distribuindo as famílias
Vou-me embora pra Pasárgada, por regiões e cidades em que podem ser mais
lá sou amigo do Rei”. úteis. (6º parágrafo)
(M.Bandeira)
A substituição das expressões em destaque por pronomes está
Quanto à regra de colocação pronominal utilizada, assinale a de acordo com a norma-padrão de emprego e colocação em:
alternativa correta. (A) enfrentam-no; distribuindo-lhes.
(A) Ênclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou (B) o enfrentam; lhes distribuindo.
pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos- (C) o enfrentam; distribuindo-as.
posto ao verbo. (D) enfrentam-no; lhes distribuindo.
(E) lhe enfrentam; distribuindo-as.
(B) Próclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos-
6. (Prefeitura de Peruíbe - SP – Secretário de escola - VUNESP
posto ao verbo.
- 2019)
(C) Mesóclise: em orações iniciadas com verbos no presente ou
Considere a frase a seguir. Como as crianças são naturalmente
pretérito afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado pos- agitadas, cabe aos adultos impor às crianças limites que garantam
posto ao verbo. às crianças um desenvolvimento saudável. Para eliminar as repeti-
(E) Próclise: em orações iniciadas com verbos no imperativo ções da frase, as expressões destacadas devem ser substituídas, em
afirmativo, o pronome oblíquo deve ser usado posposto ao conformidade com a norma-padrão da língua, respectivamente, por
verbo. (A) impor-nas ... lhes garantam
(B) impor-lhes ... as garantam
5. (Prefeitura de Peruíbe - SP - Inspetor de Alunos - VUNESP (C) impô-las ... lhes garantam
- 2019) (D) impô-las ... as garantam
(E) impor-lhes ... lhes garantam
Pelo fim das fronteiras
7. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Geografia – Ma-
Imigração é um fenômeno estranho. Do ponto de vista pura- tutino- FURB – 2019)
mente racional, ela é a solução para vários problemas globais. Mas,
como o mundo é um lugar menos racional do que deveria, pessoas O tradicional desfile do aniversário de Blumenau, que completa
que buscam refúgio em outros países costumam ser recebidas com 169 anos de fundação nesta segunda-feira, teve outra data especial
desconfiança quando não com violência, o que diminui o valor da para comemorar: os 200 anos de nascimento do Doutor Hermann
imigração como remédio multiuso. Blumenau. __________ 15 mil pessoas que estiveram na Rua XV de
No plano econômico, a plena mobilidade da mão de obra se- Novembro nesta manhã acompanhando o desfile, de acordo com
ria muito bem-vinda. Segundo algumas estimativas, ela faria o PIB estimativa da Fundação Cultural, conheceram um pouco mais da
mundial aumentar em até 50%. Mesmo que esses cálculos estejam vida do fundador do município. [...] O desfile também apresentou
inflados, só uma fração de 10% já significaria um incremento da or- aspectos da colonização alemã no Vale do Itajaí. Dessa forma, as
dem de US$ 10 trilhões (uns cinco Brasis). bandeiras e moradores das 42 cidades do território original de Blu-
Uma das principais razões para o mundo ser mais pobre do menau, que foi fundado por Hermann, também estiveram repre-
que poderia é que enormes contingentes de humanos vivem sob sentadas na Rua XV de Novembro. [...]
Disponível em: <https://www.nsctotal.com.br/noticias/desfile-
sistemas que os impedem de ser produtivos. Um estudo de 2016
-em-blumenau-comemora-o-aniversario-da-cidade-e-os-200-anos-
de Clemens, Montenegro e Pritchett estimou que só tirar um tra-
-do-fundador>.Acesso em: 02 set. 2019.[adaptado]
balhador macho sem qualificação de seu país pobre de origem e
transportá-lo para os EUA elevaria sua renda anual em US$ 14 mil.
No mesmo excerto “Dessa forma, as bandeiras e moradores
A imigração se torna ainda mais tentadora quando se considera das 42 cidades do território original de Blumenau, que foi fundado
que é a resposta perfeita para países desenvolvidos que enfrentam por Hermann, também estiveram representadas na Rua XV de No-
o problema do envelhecimento populacional. vembro.”, a palavra destacada pertence à classe gramatical:
Não obstante tantas virtudes, imigrantes podem ser maltrata- (A) conjunção
dos e até perseguidos quando cruzam a fronteira, especialmente (B) pronome
se vêm em grandes números. Isso está acontecendo até no Brasil, (C) preposição
que não tinha histórico de xenofobia. Desconfio de que estão em (D) advérbio
operação aqui vieses da Idade da Pedra, tempo em que membros (E) substantivo
de outras tribos eram muito mais uma ameaça do que uma solução.

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LÍNGUA PORTUGUESA
8. (Prefeitura de Blumenau - SC - Professor - Português – Ma- 11. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL –
tutino - FURB – 2019) 2003) Indique o item em que todas as palavras estão corretamente
empregadas e grafadas.
Determinado, batalhador, estudioso, dedicado e inquieto. Mui- (A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po-
tos são os adjetivos que encontramos nos livros de história para der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de
definir Hermann Blumenau. Desde os primeiros anos da colônia, es- qualquer excesso e violência.
teve determinado a construir uma casa melhor para viver com sua (B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata-
família, talvez em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim. mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem
Infelizmente, nunca concretizou este sonho, porém, nunca deixou suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo
de zelar por tudo aquilo que lhe dizia respeito.[...] isso, num modo de intervenção específico.
Disponível em: <https://www.blumenau.sc.gov.br/secretarias/ (C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o
fundacao-cultural/fcblu/memaoria-digital-ao-comemoraacaao- poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento
-200-anos-dr-blumenau85>. Acesso em: 05 set. 2019. [adaptado] em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol-
ta que ambos possam suscitar.
Sobre a colocação dos pronomes átonos nos excertos: “...talvez (D) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo po-
em um terreno que lhe pertencia no morro do aipim.” e “...zelar por der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o
tudo aquilo que lhe dizia respeito.”, podemos afirmar que ambas corpo dos supliciados.
as próclises estão corretas, pois o verbo está precedido de palavras (E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um
que atraem o pronome para antes do verbo. Assinale a alternativa campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer con-
que identifica essas palavras atrativas dos excertos: trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
(A) palavras de sentido negativo organização em delinqüência.
(B) advérbios
(C) conjunções subordinativas 12. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR
(D) pronomes demonstrativos – 2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortografia é:
(E) pronomes relativos (A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade
extraordinária de imitar vários estilos musicais.
9. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade (B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar senti-
é a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO mentos pessoais por meio de sua música.
se fundamenta em intertextualidade é: (C) Poucos estudiosos se despõem a discutir o empacto das
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido composições do músico na cultura ocidental.
há muito tempo.” (D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo-
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
mete onde não é chamada.” gens.
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente (E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se
mesmo!” deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração.
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo,
tudo bem.” 13. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” ser retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma
padrão na seguinte sentença:
10. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a (A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
série em que o hífen está corretamente empregado nas cinco pa- (B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
lavras: (C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo, ultra-violeta, infra- (D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
-vermelho. (E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrafino, in-
fra-assinado. 14. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM
(C) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-rogar, antihigiênico. DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de
(D) extraoficial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con- pontuação em:
trarregra. (A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra- dados e retirou-se da sala: era o final da reunião.
-mencionado. (B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
teiramente pela porta?
(C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se
tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
(D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui-
to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os
irmãos e o mundo mágico dos brinquedos.
(E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.

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LÍNGUA PORTUGUESA
15. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteiramente correta a pontuação do seguinte período:
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de pequenas providên-
cias que, tomadas por figurantes aparentemente sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas providên-
cias que tomadas por figurantes, aparentemente sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(C) Os personagens principais de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas providên-
cias, que, tomadas por figurantes aparentemente, sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas providên-
cias, que tomadas por figurantes aparentemente sem importância, ditam o rumo de toda a história.
(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de pequenas providên-
cias, que tomadas por figurantes, aparentemente, sem importância, ditam o rumo de toda a história.

16. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é:
(A) pronome;
(B) adjetivo;
(C) advérbio;
(D) substantivo;
(E) preposição.

17. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação morfológica do pronome “alguém” (l. 44).
(A) Pronome demonstrativo.
(B) Pronome relativo.
(C) Pronome possessivo.
(D) Pronome pessoal.
(E) Pronome indefinido.

18. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na oração “A abordagem social constitui-se em um processo de trabalho
planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos sublinhados classificam-se, respectivamente, em
(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

19. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está correta.
(A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
(C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que 35% deles fosse despejado em aterros.
(D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
(E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta de lixo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
20. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 23. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDE-
2012) Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as RAL – 2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado correta-
relações de concordância no texto abaixo. mente por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase.
O bom desempenho do lado real da economia proporcionou (A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra- (B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo- (C) Pretendo viajar a Paraíba.
ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de- (D) Ele gosta de bife à cavalo.
flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição 24. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan- “Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital, marcada com o acento, EXCETO em:
responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF. (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
(A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
plural em “deflacionados”. eleitorado pelo resultado final.
(B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural (C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
em “Elevaram-se”. (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
(C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as vel.
regras de concordância com “economia”. (E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
(D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de tema.
singular em “fez aumentar”.
(E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância 25. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração
com “relevantes”. e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um
(a):
21. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda- “A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças
des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a americanas, entre na fila.”
nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase (A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e
acima, na ordem dada, as expressões: subordinadas.
(A) a que – de que; (B) Período, composto por três orações.
(B) de que – com que; (C) Oração, pois possui sentido completo.
(C) a cujas – de cujos; (D) Período, pois é composto por frases e orações.
(D) à que – em que;
(E) em que – aos quais. 26. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS –
2007) Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dor-
22. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – miu. Assinale a alternativa que classifica corretamente a segunda
2008) Assinale o trecho que apresenta erro de regência. oração.
(A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de (A) Oração coordenada assindética aditiva.
crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe- (B) Oração coordenada sindética aditiva.
cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a (C) Oração coordenada sindética adversativa.
maior taxa registrada na última década. (D) Oração coordenada sindética explicativa.
(B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que (E) Oração coordenada sindética alternativa.
serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a
conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). 27. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia
(C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento a seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer
em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em exames. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas
que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am- orações.
pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de (A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
novas fontes de petróleo. sativa.
(D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente, (B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva.
percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí- (C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi-
da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação tiva.
menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina. (D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu-
(E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia, tiva.
com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro (E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver-
da América Latina, o organismo internacional está atribuindo bial consecutiva.
um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do
que o do Brasil.

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LÍNGUA PORTUGUESA
28. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) 33. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA
Analise sintaticamente a oração em destaque: PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma
“Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen- questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é
sados” (Machado de Assis). sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque
(A) oração subordinada substantiva completiva nominal. tem como antônimo:
(B) oração subordinada adverbial causal. (A) fortuna;
(C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida. (B) opulência;
(D) oração coordenada sindética conclusiva. (C) riqueza;
(E) oração coordenada sindética explicativa. (D) escassez;
(E) abundância.
29. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI-
NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser Leia o texto abaixo para responder a questão.
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de A lama que ainda suja o Brasil
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
nada retratam as necessidades de populações distintas.”.
A oração grifada no trecho acima classifica-se como: A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um
(A) subordinada substantiva predicativa; dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
(B) subordinada adjetiva restritiva; ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de
(C) subordinada substantiva subjetiva; um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio
(D) subordinada substantiva objetiva direta; Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
(E) subordinada adjetiva explicativa. peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-
pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela
30. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-
trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de
classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como: que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
“Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia, funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro,
mas nunca à custa de nossos filhos...” coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica,
(A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin- sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
dética adversativa; se tornou uma bomba relógio na região.”
(B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex- Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos
plicativa; de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun-
(C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver- do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16
bial concessiva; barragens de mineração em todo o País apresentam condições de
(D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór-
sindética adversativa; gãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
(E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con- Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do
cessiva. senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar-
31. (ACEP – PREF. QUIXADÁ/CE – PSICÓLOGO – 2010) No perí- co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
odo “O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos
governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
história.”, a oração sublinhada é classificada como: Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
(A) coordenada assindética; o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
(B) subordinada substantiva completiva nominal; FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA
(C) subordinada substantiva objetiva indireta; MA+QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL
(D) subordinada substantiva apositiva.
34. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido:
32. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS – I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um
2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem, fato.
o seguinte par de palavras: II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao
(A) estrondo – ruído; gênero textual editorial.
(B) pescador – trabalhador; III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
(C) pista – aeroporto; que se trata de uma reportagem.
(D) piloto – comissário; IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já
(E) aeronave – jatinho. se trata de um editorial.

Analise as assertivas e responda:


(A) Somente a I é correta.
(B) Somente a II é incorreta.
(C) Somente a III é correta
(D) A III e IV são corretas.

29
LÍNGUA PORTUGUESA
35. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela
ainda suja o Brasil”: agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe
I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
no desenvolvimento do assunto. ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era
II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro- tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
blemas no uso de conjunções e preposições. c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até
de palavras e da ordem sintática. que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que
temática e bom uso dos recursos coesivos. a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para
Analise as assertivas e responda: dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da
(A) Somente a I é correta. bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
(B) Somente a II é incorreta. alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha,
(C) Somente a III é correta. perguntou-lhe:
(D) Somente a IV é correta.
— Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da
Leia o texto abaixo para responder as questões. baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que
vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para
UM APÓLOGO a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?
Machado de Assis. Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca-
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola- — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é
da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze
— Deixe-me, senhora. como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam,
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está fico.
com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis-
der na cabeça. se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. muita linha ordinária!
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos 36. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis
outros. e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
— Mas você é orgulhosa. gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique
— Decerto que sou. a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os
— Mas por quê? elementos dos textos:
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?
— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a
costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en-
fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando
orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a
isto uma cor poética. E dizia a agulha:
— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é
que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo
e acima…

30
LÍNGUA PORTUGUESA
(A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en-
rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02) GABARITO
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06)
(C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, 1 D
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço
e mando...” (L.14-15) 2 A
(D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? 3 E
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo;
4 A
eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
abaixo e acima.” (L.25-26) 5 C
(E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela 6 E
e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. 7 B
Onde me espetam, fico.” (L.40-41) 8 E
9 E
37. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar ou-
tros valores semânticos além da noção de dimensão, como afetivi- 10 D
dade, pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar 11 B
que os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi-
12 C
nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de:
(A) dimensão e pejoratividade; 13 B
(B) afetividade e intensidade; 14 E
(C) afetividade e dimensão;
(D) intensidade e dimensão; 15 A
(E) pejoratividade e afetividade. 16 A
17 E
38. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co-
mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna- 18 B
tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi- 19 E
vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado.
20 A
(A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11) 21 A
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. 22 D
Agulha não tem cabeça.” (L.06)
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um 23 A
pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13) 24 D
(D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi- 25 B
nária!” (L.43)
(E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?” 26 C
(L.25) 27 C
28 E
39. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente 29 A
de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre- 30 D
sente no texto:
(A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação 31 B
equânime em ambientes coletivos de trabalho; 32 E
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação 33 D
equânime em ambientes coletivos de trabalho;
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho, 34 C
cada sujeito possui atribuições próprias. 35 D
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole-
36 E
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do
sujeito. 37 D
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho, 38 D
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais.
39 D

31
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada)
EXERCÍCIOS COMENTADOS A Comissão de Acompanhamento e Fiscalização da Copa 2014
(CAFCOPA) constatou indícios de superfaturamento em contratos
relativos a consultorias técnicas para modelagem do projeto de
1-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) parceria público-privada usada para construir uma das arenas da
Exercer a cidadania é muito mais que um direito, é um dever, Copa 2014.
uma obrigação. Após análise das faturas de um dos contratos, constatou-se que
Você como cidadão é parte legítima para, de acordo com a lei, os consultores apresentaram regime de trabalho incompatível com
informar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte a realidade. Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam
(TCE/RN) os atos ilegítimos, ilegais e antieconômicos eventualmen- 77,2 horas por dia no período entre 16 de setembro e sete de ou-
te praticados pelos agentes públicos. tubro de 2010. Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6
A garantia desse preceito advém da própria Constituição do horas por dia. Tendo em vista que um dia só tem 24 horas, identifi-
estado do Rio Grande do Norte, em seu artigo 55, § 3.º, que estabe- cou-se a ocorrência de superfaturamento no valor de R$ 2.383.248.
lece que qualquer cidadão, partido político ou entidade organizada “É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas jamais existiram.
da sociedade pode apresentar ao TCE/RN denúncia sobre irregula- Diante de tal situação, sabendo-se que o dia possui somente 24 ho-
ridades ou ilegalidades praticadas no âmbito das administrações ras, resta inconteste o superfaturamento praticado nesta primeira
estadual e municipal. fatura de serviços”, aponta o relatório da CAFCOPA.
Exercício da cidadania. Internet: <www.tce.rn.gov.br> (com Existem outros indícios fortes que apontam para essa irregu-
adaptações). laridade, pois não há nos autos qualquer folha de ponto ou docu-
mento comprobatório da efetiva prestação dos serviços por parte
Mantém-se a correção gramatical do texto se o trecho “infor- dos consultores.
mar ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/ Internet: <www.jornaldehoje.com.br> (com adaptações).
RN) os atos ilegítimos” for reescrito da seguinte forma: informar
ao Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Norte (TCE/RN) O termo “com a realidade” e a oração ‘que tais volumes de ho-
sobre os atos ilegítimos. ras trabalhadas jamais existiram’ desempenham a função de com-
( ) CERTO ( ) ERRADO plemento dos adjetivos “incompatível” e ‘óbvio’, respectivamente.
( ) CERTO ( ) ERRADO
Quem informa, informa algo (os atos ilegítimos) a alguém (ao
Tribunal de Contas), portanto não há presença de preposição antes Voltemos ao texto: regime de trabalho incompatível com a re-
do objeto direto (os atos). alidade = complemento nominal de “incompatível” (afirmação do
RESPOSTA: ERRADO. enunciado correta); É óbvio que tais volumes de horas trabalhadas
jamais existiram = podemos substituir a oração destacada por “Isso
2-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) A substitui- é óbvio”, o que nos indica que se trata de uma oração com função
ção da última vírgula do primeiro parágrafo do texto pela conjunção substantiva - no caso, oração subordinada substantiva subjetiva –
e não acarreta erro gramatical ao texto nem traz prejuízo à sua in- função de sujeito da oração principal (É óbvio), ou seja, afirmação
terpretação original. do enunciado incorreta.
( ) CERTO ( ) ERRADO RESPOSTA: ERRADO.

Analisemos o trecho sugerido: Exercer a cidadania é muito 4-) (TCE-RN – CARGO 1 - CESPE/2015 - adaptada) O uso dos
mais que um direito, é um dever, uma obrigação. Se acrescentarmos advérbios “alegadamente” e “supostamente” concorre para a argu-
a conjunção “e” teremos “é um dever e uma obrigação” = haveria mentação apresentada no texto de que houve irregularidades em
mudança no sentido, pois da maneira como foi escrito entende-se um dos contratos, especificamente no que se refere à descrição do
que o termo “obrigação” foi enfatizado, por isso não se conectou ao volume de horas trabalhadas pelos consultores.
termo anterior. ( ) CERTO ( ) ERRADO
RESPOSTA: ERRADO.
Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam 77,2 horas
por dia no período entre 16 de setembro e sete de outubro de 2010.
Os outros quatro supostamente trabalharam 38,6 horas por dia.
Sete funcionários alegaram ter trabalhado horas a mais e há a
suposição de que quatro também ultrapassaram o limite estabele-
cido.
RESPOSTA: CERTO.

5-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) A oração


“que os consultores apresentaram regime de trabalho incompatí-
vel com a realidade” funciona como complemento da forma verbal
“constatou-se”.
( ) CERTO ( ) ERRADO

32
LÍNGUA PORTUGUESA
- constatou-se que os consultores apresentaram regime de tra- 8-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assina-
balho incompatível com a realidade le a opção correspondente a erro gramatical inserido no texto.
A oração destacada pode ser substituída pelo termo “isso” (Isso A Embraer S. A. atualmente é destaque (1) internacional e
foi constatado), o que nos indica ser uma oração substantiva = ela passou a produzir aeronaves para rotas regionais e comerciais de
funciona como sujeito da oração principal, portanto não a comple- pequena e média densidades (2), bastante (3) utilizadas no Brasil,
menta. Temos uma oração subordinada substantiva subjetiva. Europa e Estados Unidos. Os modelos 190 e 195 ocupou (4) o espa-
RESPOSTA: ERRADO. ço que era do Boeing 737.300, 737.500, DC-9, MD-80/81/82/83 e
Fokker 100. A companhia brasileira é hoje a terceira maior indústria
6-) (CESPE – TCE-RN – CARGO 1/2015 - adaptada) As formas aeronáutica do mundo, com filiais em vários países, inclusive na (5)
verbais “apresentaram”, “trabalharam” e “Existem” aparecem fle- China.
xionadas no plural pelo mesmo motivo: concordância com sujeito <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
composto plural. em:
( ) CERTO ( ) ERRADO 13/12/2015. (com adaptações).
A) é destaque
- os consultores apresentaram = verbo concorda com o sujeito B) densidades
simples C) bastante
- Sete dos 11 contratados alegadamente trabalharam = verbo D) ocupou
concorda com o sujeito simples E) inclusive na
- Existem outros indícios fortes = verbo concorda com o sujeito
simples Os modelos 190 e 195 ocupou = os modelos ocuparam
Trata-se de sujeito simples, não composto (não há dois elemen- RESPOSTA: D
tos em sua composição)
RESPOSTA: ERRADO. 9-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi-
nale a opção correta quanto à justificativa em relação ao emprego
7-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015 - adap- de vírgulas.
tada) Em relação às estruturas linguísticas do texto, assinale a op- O mercado de jatos executivos está em alta há alguns anos, e
ção correta. os maiores mercados são Estados Unidos, Brasil, França, Canadá,
Alemanha, Inglaterra, Japão e México. Também nesse segmento a
Não vamos discorrer sobre a pré-história da aviação, sonho dos Embraer é destaque, apesar de disputar ferozmente esse mercado
antigos egípcios e gregos, que representavam alguns de seus deu- com outras indústrias poderosas, principalmente a canadense Bom-
ses por figuras aladas, nem sobre o vulto de estudiosos do proble- bardier. A Embraer S.A. está desenvolvendo também uma aerona-
ma, como Leonardo da Vinci, que no século XV construiu um modelo ve militar, batizada de KC-390, que substituirá os antigos Hércules
de avião em forma de pássaro. Pode-se localizar o início da aviação C-130, da Força Aérea Brasileira. Para essa aeronave a Embraer S.A.
nas experiências de alguns pioneiros que, desde os últimos anos do já soma algumas centenas de pedidos e reservas.
século XIX, tentaram o voo de aparelhos então denominados mais <http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm> Acesso
pesados do que o ar, para diferenciá-los dos balões, cheios de gases, em:
mais leves do que o ar. 13/12/2015 (com adaptações).
Ao contrário dos balões, que se sustentavam na atmosfera por
causa da menor densidade do gás em seu interior, os aviões preci- As vírgulas no trecho “...os maiores mercados são Estados Uni-
savam de um meio mecânico de sustentação para que se elevassem dos, Brasil, França, Canadá, Alemanha, Inglaterra, Japão e México.”
por seus próprios recursos. O brasileiro Santos Dumont foi o primei- separam
ro aeronauta que demonstrou a viabilidade do voo do mais pesado A) aposto explicativo que complementa oração principal.
do que o ar. O seu voo no “14-Bis” em Paris, em 23 de outubro de B) palavras de natureza retificativa e explicativa.
1906, na presença de inúmeras testemunhas, constituiu um marco C) oração subordinada adjetiva explicativa.
na história da aviação, embora a primazia do voo em avião seja D) complemento verbal composto por objeto direto.
disputada por vários países. E) termos de mesma função sintática em uma enumeração.
<http://www.portalbrasil.net/aviacao_historia.htm>. Acesso
em: RESPOSTA: E
13/12/2015 (com adaptações).
10-) (ANAC – ANALISTA ADMINISTRATIVO - ESAF/2015) Assi-
A) O emprego de vírgula após “Vinci” justifica-se para isolar nale a opção que apresenta substituição correta para a forma verbal
oração subordinada de natureza restritiva. contribuiu.
B) Em “Pode-se” o pronome “se” indica a noção de condição. No início da década de 60, trinta anos depois de sua funda-
C) A substituição de “então” por “naquela época” prejudica as ção, a Panair já era totalmente nacional. Era uma época de crise
informações originais do texto. na aviação comercial brasileira, pois todas as companhias apresen-
D) Em “se sustentavam” e “se elevassem” o pronome “se” in- tavam problemas operacionais e crescentes dívidas para a moder-
dica voz reflexiva. nização geral do serviço que prestavam. Uma novidade contribuiu
E) O núcleo do sujeito de “constituiu” é 14-Bis. para apertar ainda mais a situação financeira dessas empresas - a
inflação. Apesar disso, não foram esses problemas, comuns às con-
A = incorreta (oração de natureza explicativa) correntes, que causaram a extinção da Panair.
B = incorreta (pronome apassivador) <http://www.areliquia.com.br/Artigos%20Anteriores/58Pa-
C = incorreta nair.htm>.
E = incorreta (voo) Acesso em: 13/12/2015 (com adaptações).
RESPOSTA: D

33
LÍNGUA PORTUGUESA
A) contribuísse C) na administração pública, porém preferi ficar onde estou (…)
B) contribua D) Sinceramente, sou partidário do “não se mexe em time que
C) contribuíra está ganhando”.
D) contribuindo E) Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e
E) contribuído analistas, além de ser gestor substituto (…)
RESPOSTA: A
A substituição pode ser feita utilizando-se um verbo que in-
dique uma ação que acontecera há muito tempo (década de 60!), (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL
portanto no pretérito mais-que-perfeito do Indicativo (contribuíra). - ESAF/2015 - adaptada) Leia o texto a seguir para responder às
RESPOSTA: C questões

(ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - Se você é um passageiro frequente, certamente já passou por
ESAF/2015 - adaptada) Leia o depoimento a seguir para responder uma turbulência. A pior da minha vida foi no meio do nada, sobre-
às questões voando o Atlântico, e durou uma boa hora. Já que estou aqui escre-
vendo esse artigo, sobrevivi.
Há quase dois anos fui empossado técnico administrativo na A turbulência significa que o avião vai cair? Ok, sabemos que
ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar lá. Nesse não. Apesar de também sabermos que o avião é a forma mais se-
tempo já fui nomeado para outros dois cargos na administração gura de viagem, não é tão fácil lembrar disso em meio a uma tur-
pública, porém preferi ficar onde estou por diversos motivos, pro- bulência. Então, não custa lembrar que, mesmo quando o ar está
fissionais e pessoais. Sinceramente, sou partidário do “não se mexe “violento”, é impossível que ele «arremesse» o avião para o chão.
em time que está ganhando”. <http://revistagalileu.globo.com/Tecnologia/noticia/2015/07/
Trabalho na área administrativa junto com outros técnicos e turbulencia-dos-avioes-e-perigosa.html> Acesso
analistas, além de ser gestor substituto do setor de transportes da em:15/12/2015
ANAC/SP. Tenho de analisar documentação, preparar processos (com adaptações).
solicitando pagamentos mensais para empresas por serviços pres-
tados, verificar se os termos do contrato estão sendo cumpridos, 13-) Assinale a opção em que o primeiro período do texto foi
resolver alguns “pepinos” que sempre aparecem ao longo do mês, reescrito com correção gramatical.
além, é claro, de efetuar trabalhos eventuais que surgem conforme A) Na hipótese de você for um passageiro frequente, já tinha
a demanda. passado por uma turbulência, com certeza.
<http://wordpress.concurseirosolitario.com.br/o-cotidianode- B) Certamente, já deverá ter passado por uma turbulência, se
um-servidor-publico/> Acesso em: 17/12/2015> (com você fosse um passageiro frequente.
adaptações). C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
teceu de passar por uma turbulência.
11-) Assinale a substituição proposta que causa erro de mor- D) Com certeza, se você foi um passageiro frequente, já tivesse
fossintaxe no texto. passado por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
substituir: por: za, ter passado por uma turbulência.
A) Há A
B) Nesse tempo Durante esse tempo Correções:
C) junto juntamente A) Na hipótese de você for (SER) um passageiro frequente, já
D) Tenho de Tenho que tinha passado (PASSOU) por uma turbulência, com certeza.
E) ao longo do mês no decorrer do mês B) Certamente, já deverá (DEVE) ter passado por uma turbulên-
cia, se você fosse (FOR) um passageiro frequente.
A única substituição que causaria erro é a de “há” por “a”, já C) Na certa, acaso você seja um passageiro frequente, já acon-
que, quando empregado com o sentido de tempo passado, deve ser teceu de passar (PASSOU) por uma turbulência.
escrito com “h” (há). D) Com certeza, se você foi (É) um passageiro frequente, já ti-
RESPOSTA: A vesse passado (PASSOU) por uma turbulência.
E) Caso você seja um passageiro frequente, já deve, com certe-
12-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO za, ter passado por uma turbulência.
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Assinale a opção em que a pontua- RESPOSTA: E
ção permanece correta, apesar de ter sido modificada.
A) Há quase dois anos, fui empossado técnico administrativo 14-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO
(...) CIVIL - ESAF/2015) A expressão sublinhada em “Já que estou escre-
B) (...) na ANAC, de São Paulo e estou muito satisfeito de tra- vendo esse artigo, sobrevivi” tem sentido de
balhar lá. A) conformidade.
C) (...) na administração pública, porém; preferi, ficar onde es- B) conclusão.
tou (…) C) causa.
D) Sinceramente sou partidário, do “não se mexe, em time que D) dedução.
está ganhando”. E) condição.
E) Trabalho na área administrativa, junto com outros técnicos e
analistas, além de ser, gestor substituto (…) Subordinadas Adverbiais - Indicam que a oração subordinada
Fiz as correções: exerce a função de adjunto adverbial da principal. De acordo com a
B) na ANAC de São Paulo e estou muito satisfeito de trabalhar circunstância que expressam, classificam-se em:
lá.

34
LÍNGUA PORTUGUESA
- Causais: introduzem uma oração que é causa da ocorrência da A inspeção dos passageiros por detector de metais é obriga-
oração principal. As conjunções são: porque, que, como (= porque, tória. O passageiro que, por motivo justificado, não puder ser ins-
no início da frase), pois que, visto que, uma vez que, porquanto, já pecionado por meio de equipamento detector de metal deverá sub-
que, desde que, etc. meter-se à busca pessoal. As mulheres grávidas podem solicitar a
RESPOSTA: C inspeção por meio de detector manual de metais ou por meio de
busca pessoal.
15-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO <http://www.infraero.gov.br/images/stories/guia/2014/
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Sobre as vírgulas e as aspas empre- guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: 4/1/2016
gadas no texto é correto afirmar que (com
A) a primeira vírgula separa duas orações coordenadas. adaptações).
B) a vírgula antes do “e” ocorre porque o verbo da oração “e A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
durou uma boa hora” é diferente do verbo da oração anterior. conjunção “e”.
C) a vírgula antes de “sobrevivi” marca a diferença entre os B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
tempos verbais de “estou escrevendo” e “sobrevivi”. vogal “e” fechada.
D) a vírgula que ocorre depois do “que” e a que ocorre depois C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deverá”.
de “violento” estão isolando oração intercalada. D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
E) as aspas nas palavras “violento” e “arremesse” se justificam prego de locução com substantivo no feminino.
porque tais palavras pertencem ao vocabulário técnico da aviação. E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
vra paroxítona terminada em ditongo.
A = Se você é um passageiro frequente, certamente já passou Comentários:
por uma turbulência – incorreta (subordinada adverbial condicio- A) Acentua-se o verbo “é”, quando átono, para diferenciá-lo da
nal) conjunção “e” = não é acento diferencial
B = incorreta (vem depois de uma oração explicativa) B) “Você” é palavra acentuada por ser paroxítona terminada na
C = incorreta (separando oração principal da causal) vogal “e” fechada = acentua-se por ser oxítona terminada em “e”
E = incorreta (empregadas em sentido figurado, facilitando a C) “Despachá-los” se acentua pelo mesmo motivo de “deve-
compreensão da descrição) rá” = correta (oxítona terminada em “a”). Lembre-se de que, em
RESPOSTA: D verbos com pronome oblíquo, este é desconsiderado ao analisar a
acentuação
16-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO D) Ocorre acento grave em “à busca pessoal” em razão do em-
CIVIL - ESAF/2015) A frase sublinhada em “Apesar de também sa- prego de locução com substantivo no feminino = o acento grave se
bermos que o avião é a forma mais segura de viagem, não é tão deve à regência do verbo “submeter” que pede preposição (sub-
fácil lembrar disso em meio a uma turbulência” mantém tanto seu meter-se a)
sentido original quanto sua correção gramatical na opção: E) O acento agudo em “grávidas” se deve por se tratar de pala-
A) Embora também sabemos … vra paroxítona terminada em ditongo = acentua-se por ser propa-
B) Dado também saibamos … roxítona
C) Pelo motivo o qual também sabemos … RESPOSTA: C
D) Em virtude de também sabermos …
E) Conquanto saibamos … 18-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
01 – FCC/2014 - adaptada)
Correções: ... a navegação rio abaixo entre os séculos XVIII e XIX, começava
A) Embora também sabemos = saibamos em Araritaguaba...
B) Dado também saibamos = sabermos O verbo conjugado nos mesmos tempo e modo em que se en-
C) Pelo motivo o qual também sabemos = essa deixa o período contra o grifado acima está em:
confuso... (A) ... o Tietê é um regato.
D) Em virtude de também sabermos = sentido diferente do (B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas...
original… (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
E) Conquanto saibamos = conjunção que mantém o sentido ao rio.
original (concessivas: introduzem uma oração que expressa ideia (D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude...
contrária à da principal, sem, no entanto, impedir sua realização. (E) ... e traziam ouro.
São elas: embora, ainda que, apesar de que, se bem que, mesmo
que, por mais que, posto que, conquanto, etc.) “Começava” = pretérito imperfeito do Indicativo
RESPOSTA: E (A) ... o Tietê é um regato. = presente do Indicativo
(B) ... ou perto delas moram 30 milhões de pessoas... = presen-
17-) (ANAC – TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO te do Indicativo
CIVIL - ESAF/2015 - adaptada) Em relação às regras de acentuação, (C) O desenvolvimento econômico e demográfico custou caro
assinale a opção correta. ao rio.= pretérito perfeito do Indicativo
(D) O rio Tietê nasce acima dos mil metros de altitude... = pre-
Por que é preciso passar pelo equipamento de raios X? sente do Indicativo
São normas internacionais de segurança. É proibido portar ob- (E) ... e traziam ouro. = pretérito imperfeito do Indicativo
jetos cortantes ou perfurantes. Se você se esqueceu de despachá- RESPOSTA: “E”
-los, esses itens terão de ser descartados no momento da inspeção.
Como devo proceder na hora de passar pelo equipamento de-
tector de metais?

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LÍNGUA PORTUGUESA
19-) (TÉCNICO EM REGULAMENTAÇÃO DE AVIAÇÃO CIVIL - 21-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES-
ESAF/2015) Assinale o trecho sem problemas de ortografia. COLAR - EXATUS/2015 ) Os termos destacados abaixo estão corre-
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des- tamente analisados quanto à função sintática em:
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se primeiro à empre- I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito.
sa aérea contratada, para reinvindicar seus direitos como consumi- II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto.
dor. III - O Boldo resolve – predicado verbal.
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa A) Apenas I e II.
aérea na ANAC, que analizará o fato. B) Apenas I e III.
C) Se a ANAC constatar descomprimento de normas da aviação C) Apenas II e III.
civil, poderá aplicar sanção administrativa à empresa. D) I, II e III.
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir-
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é I - “O cidadão é livre” – predicativo do sujeito = correta
possível buscar indenização na Agência. II - “A gente tem um ressaca” – objeto direto = correta
E) Para exijir indenização por danos morais e/ou materiais, con- III - O Boldo resolve – predicado verbal = correta
sulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe antecipada- RESPOSTA: D
mente se está de posse dos comprovantes necessários.
Trechos adaptados de <http://www.infraero.gov.br/images/ 22-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016)
stories/
guia/2014/guiapassageiro2014_portugues.pdf> Acesso em: A essência da infância
17/12/2015. Como a convivência íntima com os filhos é capaz de transfor-
mar
Por itens: a relação das crianças consigo mesmas e com o mundo
A) No caso de sentir-se prejudicado ou de ter seus direitos des-
respeitados, o passageiro de avião deve dirijir-se (DIRIGIR-SE) pri- Crianças permanentemente distraídas com o celular ou o ta-
meiro à empresa aérea contratada, para reinvindicar (REIVINDICAR) blet. Agenda cheia de tarefas e aulas depois da escola. Pais que não
seus direitos como consumidor. conseguem impor limites e falar “não”. Os momentos de lazer que
B) É possível, também, registrar reclamação contra a empresa ficaram restritos ao shopping Center, em vez de descobertas ao ar
aérea na ANAC, que analizará (ANALISARÁ) o fato. livre. Quais as implicações desse conjunto de hábitos e comporta-
C) Se a ANAC constatar descomprimento (DESCUMPRIMENTO) mentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel Becker, esses têm
de normas da aviação civil, poderá aplicar sanção administrativa à sido verdadeiros pecados cometidos à infância, que prejudicarão as
empresa. crianças até a vida adulta. Pioneiro da Pediatria Integral, prática
D) No entanto, a ANAC não é parte na relação de consumo fir- que amplia o olhar e o cuidado para promover o desenvolvimento
mada entre o passageiro e a empresa aérea, razão pela qual não é pleno e o bem-estar da criança e da família, Daniel defende que
possível buscar indenização na Agência. devemos estar próximos dos pequenos – esse, sim, é o melhor pre-
E) Para exijir (EXIGIR) indenização por danos morais e/ou ma- sente a ser oferecido. E que desenvolver intimidade com as crianças,
teriais, consulte os órgãos de defesa do consumidor, e averigúe além de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença.
(AVERIGUE) antecipadamente se está de posse dos comprovantes Para o bem-estar delas e para toda a família.
necessários. (Revista Vida Simples. Dezembro de 2015).
RESPOSTA: D O tema central do texto a essência da infância refere-se:
(A) Às tecnologias disponíveis.
20-) (PREFEITURA DE NOVA FRIBURGO-RJ – SECRETÁRIO ES- (B) À importância do convívio familiar.
COLAR - EXATUS/2015 ) Assinale a alternativa em que a palavra é (C) Às preocupações do pediatra Daniel Becker.
acentuada pela mesma razão que “cerimônia”: (D) À importância de impor limites.
A) tendência – crônica. (E) Ao exagerado consumo.
B) descartáveis – uísque.
C) búzios – vestuário. Fica clara a intenção do autor: mostrar a importância do con-
D) ótimo – cipó. vívio familiar (E que desenvolver intimidade com as crianças, além
de um tempo reservado ao lazer com elas, faz a diferença. Para o
Cerimônia = paroxítona terminada em ditongo bem-estar delas e para toda a família).
A) tendência = paroxítona terminada em ditongo / crônica = RESPOSTA: B
proparoxítona
B) descartáveis = paroxítona terminada em ditongo / uísque = 23-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No excerto:
regra do hiato “... esses têm sido verdadeiros pecados cometidos à infância...”. O
C) búzios = paroxítona terminada em ditongo / vestuário = pa- pronome em destaque refere-se a:
roxítona terminada em ditongo (A) Celular e tablet.
D) ótimo = proparoxítona / cipó = oxítona terminada em “o” (B) Agenda.
RESPOSTA: C (C) Aulas depois da escola.
(D) Visitas ao shopping Center.
(E) Conjunto de hábitos.

Voltemos ao texto: “Quais as implicações desse conjunto de há-


bitos e comportamentos para nossos filhos? Para o pediatra Daniel
Becker, esses têm sido (..)”
RESPOSTA: E

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LÍNGUA PORTUGUESA
24-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No frag- 28-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
mento: “... além de um tempo reservado ao lazer com elas...”. A pa- “O livro que estou lendo é muito interessante”. A palavra destacada
lavra destacada expressa ideia de: é um:
(A) Ressalva. (A) Artigo.
(B) Conclusão. (B) Substantivo.
(C) Adição. (C) Adjetivo.
(D) Advertência. (D) Verbo.
(E) Explicação. (E) Pronome.

Dá-nos a ideia de adição. Quando conseguimos substituir o “que” por “o qual” temos um
RESPOSTA: C caso de pronome relativo – como na questão.
RESPOSTA: E
25-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) No período:
“Para o pediatra Daniel Becker, esses têm sido verdadeiros pecados 29-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016 - adaptada)
cometidos à infância, que prejudicarão as crianças até a vida adul- No período: “ANS reforça campanha contra o mosquito transmissor
ta”. O verbo destacado está respectivamente no modo e tempo do: da dengue e zika”. O verbo em destaque apresenta-se:
(A) Indicativo – presente. (A) Na voz passiva.
(B) Subjuntivo – pretérito. (B) Na voz ativa.
(C) Subjuntivo – futuro. (C) Na voz reflexiva.
(D) Indicativo – futuro. (D) Na voz passiva analítica.
(E) Indicativo – pretérito. (E) Na voz passiva sintética.

Quando o verbo termina em “ão”: indica uma ação que aconte- Temos sujeito (ANS) praticando a ação (reforça), portanto voz
cerá – futuro do presente do Indicativo. ativa.
RESPOSTA: D RESPOSTA: B

26-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase: Se 30-) (JUCEPAR-PR – ADMINISTRADOR - FAU/2016) Na frase:
não chover hoje à tarde faremos um belíssimo passeio. Há indicação Ao terminar a prova, todos os candidatos deverão aguardar a verifi-
de: cação dos aplicadores. A oração destacada faz referência a
(A) Comparação. (A) Condição.
(B) Condição. (B) Finalidade.
(C) Tempo. (C) Tempo.
(D) Concessão. (D) Comparação.
(E) Finalidade. (E) Conformidade.
A frase nos dá a ideia do momento (tempo) em que deveremos
O trecho apresenta uma condição para que façamos um belís- aguardar a verificação por parte dos aplicadores.
simo passeio: não chover. RESPOSTA: C
RESPOSTA: B
27-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL 01 31-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015)
– FCC/2014) Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê Mas não vou pegá-lo − o poema já foi reescrito várias vezes em
...... pela população, ...... das enchentes e do risco de doenças que outros poemas; e o meu boi no asfalto ainda me enche de luz, trans-
...... depois delas. formado em minha própria estrela.
Os espaços da frase acima estarão corretamente preenchidos, Atribuindo-se caráter hipotético ao trecho acima, os verbos su-
na ordem dada, por: blinhados devem assumir a seguinte forma:
(A) eram evitadas − temerosa − apareciam (A) iria − iria ser − teria enchido
(B) era evitadas − temerosa − aparecia (B) ia − tinha sido − encheria
(C) era evitado − temerosas − apareciam (C) viria − iria ser − encheria
(D) era evitada − temeroso − aparecia (D) iria − teria sido − encheria
(E) eram evitadas − temeroso – aparecia (E) viria − teria sido − teria enchido

Destaquei os termos que se relacionam: O modo verbal que trabalha com hipótese é o Subjuntivo. Fa-
Até o século passado, as margens e várzeas do Tietê eram evi- çamos as transformações: Mas não iria pegá- -lo − o poema já
tadas pela população, temerosa das enchentes e do risco de DOEN- teria sido reescrito várias vezes em outros poemas; e o meu boi no
ÇAS que APARECIAM depois delas. asfalto ainda me encheria de luz, transformado em minha própria
Eram evitadas / temerosa / apareciam. estrela.
RESPOSTA: A RESPOSTA: D

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LÍNGUA PORTUGUESA
32-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CIVIL – 34-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
FCC/2014 - adaptada) adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
...’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no O pesquisador e médico sanitarista Luiz Hildebrando Pereira da
interior do país... Silva tornou-se professor titular de parasitologia em 1997, assumin-
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal do a direção dos programas de pesquisa em Rondônia − numa das
resultante será: frentes avançadas da USP na Amazônia −, que reduziram o percen-
(A) vinham indicadas. tual de registros de malária em Rondônia de 40% para 7% do total
(B) era indicado. de casos da doença na região amazônica em uma década.
(C) eram indicadas. (Adaptado de: revistapesquisa.fapesp.br/2014/10/09/o-cien-
(D) tinha indicado. tista-
(E) foi indicada. das-doencas-tropicais)

‘sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas no ... que reduziram o percentual de registros de malária em Ron-
interior do país. dônia...
As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, O elemento que justifica a flexão do verbo acima é:
indistintamente. (A) casos da doença.
RESPOSTA: C (B) frentes avançadas da USP na Amazônia.
(C) registros de malária.
33-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015) As (D) programas de pesquisa em Rondônia.
normas de concordância estão respeitadas em: (E) investigações sobre a malária em Rondônia.
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
siense onde se confinava criminosos e dissidentes políticos − a Re- Recorramos ao texto: “assumindo a direção dos programas de
volução Francesa levou milhares de condenados à guilhotina. pesquisa em Rondônia − numa das frentes avançadas da USP na
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- Amazônia −, que reduziram o percentual”. O termo entre “traços”
dos Unidos chegariam com algum atraso ao é um aposto, uma informação a mais. O verbo se relaciona com o
Brasil, mas com efeito igualmente devastador. termo anteriormente citado (programas).
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- RESPOSTA: D
to do país, viajava na bagagem da pequena elite brasileira que tive-
ra oportunidade de estudar em Portugal. 35-) (DPE-RR – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2015 -
(D) No final do século 18, haviam mudanças profundas na tec- adaptada) Considere o texto abaixo para responder à questão.
nologia, com a invenção das máquinas a vapor protagonizadas pe-
los ingleses. Sobre a vinda ao Brasil, Luiz Hildebrando Pereira da Silva afir-
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia mou: “Quando me aposentei na França, considerando-me ainda vá-
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- lido, hesitei antes de tomar a decisão de me reintegrar às atividades
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. de pesquisa na Amazônia. Acabei decidindo. (...) Eu me ...... um ve-
lho ranzinza se ....... ficado na França plantando rosas”.
Correções: (Adaptado de: cremesp.org.br)
(A) Deflagrada em 1789 com a queda da Bastilha – prisão pari-
siense onde se confinava (CONFINAVAM) criminosos e dissidentes Considerado o contexto, preenchem corretamente as lacunas
políticos − a Revolução Francesa levou milhares de condenados à da frase acima, na ordem dada:
guilhotina. (A) tornarei − tinha
(B) A maré das inovações democráticas na Europa e nos Esta- (B) tornara − tivesse
dos Unidos chegariam (CHEGARIA) com algum atraso ao Brasil, mas (C) tornarei − tiver
com efeito igualmente devastador. (D) tornaria − tivesse
(C) As ideias revolucionárias do século 18, apesar do isolamen- (E) tornasse – tivera
to do país, viajava (VIAJAVMA) na bagagem da pequena elite brasi-
leira que tivera oportunidade de estudar em Portugal. Pelo contexto, é possível identificar que se trata de uma hipó-
(D) No final do século 18, haviam (HAVIA) mudanças profundas tese (se tivesse ficado na França, ele se tornaria um velho ranzinza).
na tecnologia, com a invenção das máquinas a vapor protagoniza- RESPOSTA: D
das pelos ingleses.
(E) Em 1776, ano da Independência dos Estados Unidos, havia 36-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
nove universidades no país, incluindo a prestigiada Harvard, e che- FCC/2016 - adaptada) O acréscimo de uma vírgula após o termo
gava a três milhões de exemplares por ano a circulação de jornais. sublinhado não altera o sentido nem a correção do trecho:
RESPOSTA: E (A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos.
(B) Há experiências importantes em cidades brasileiras tam-
bém.
(C) ... uma parte prioriza a transparência como meio de pres-
tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil,
como a ideia de governo aberto...
(D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in-
teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da-
dos abertos por entidades e empresas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des-
ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma taca-se em termos de inteligência, com avançados centros de ope-
pessoa na cidade. ração de dados.
(D) São necessários viabilizar projetos de cidades inteligentes,
Vejamos: amparados em políticas públicas que salvaguardam os dados aber-
(A) A ideia de cidade inteligente sempre aparece, relacionada tos dos cidadãos.
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. = in- (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
correta permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
(B) Há experiências importantes em cidades brasileiras, tam- espaço de fluxos.
bém. = correta
(C) ... uma parte, prioriza a transparência como meio de pres- Analisando:
tação de contas e responsabilidade política frente à sociedade civil, (A) Obtido (OBTIDOS) pela identificação por radiofrequência,
como a ideia de governo aberto... = incorreta os dados das placas de veículos são passíveis em (DE) oferecer in-
(D) ...outra parte prioriza a participação popular através da in- formações valiosas acerca dos motoristas.
teratividade, bem como a cooperação técnica para o reuso de da- (B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores
dos, abertos por entidades e empresas. = incorreta urbanos são facilitadores (É FACILITADORA) de serviços imprescin-
(E) Contudo, existem estudos, que apontam que bastariam me- díveis (IMPRESCINDÍVEIS), como saúde, educação e segurança.
ros quatro pontos de dados para identificar os movimentos de uma (C) Londres e Barcelona estão entre as cidades que mais des-
pessoa na cidade. = incorreta taca-se (SE DESTACAM) em termos de inteligência, com avançados
RESPOSTA: B centros de operação de dados.
(D) São necessários (É NECESSÁRIO) viabilizar projetos de ci-
37-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES - dades inteligentes, amparados em políticas públicas que salvaguar-
FCC/2016) A alternativa em que a expressão sublinhada pode ser dam os dados abertos dos cidadãos.
substituída pelo que se apresenta entre colchetes, respeitando-se a (E) O aprimoramento de técnicas de informatização de dados
concordância, e sem quaisquer outras alterações no enunciado, é: permitiu que surgisse um novo conceito de cidade, concebido como
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte- espaço de fluxos.
ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] RESPOSTA: E
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada
à abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [rela- 39-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES
cionado] - FCC/2016) Foram dois segundos de desespero durante os quais
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- contemplei o distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- mendicância...
na... [são possíveis] Transpondo-se para a voz passiva o verbo sublinhado, a forma
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por resultante será:
exemplo, até os dados pessoais... [pública] (A) contemplavam-se.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (B) foram contemplados.
ros quatro pontos de dados... [bastaria] (C) contemplam-se.
(D) eram contemplados.
Analisando: (E) tinham sido contemplados.
(A) A maioria das tecnologias necessárias para as cidades inte-
ligentes já são viáveis economicamente em todo o mundo... [viável] O distrato do livro, a infâmia pública, o alcoolismo e a mendi-
= já é viável cância foram contemplados por mim.
(B) A ideia de cidade inteligente sempre aparece relacionada à RESPOSTA: B
abertura de bases de dados por parte dos órgãos públicos. [relacio- 40-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
nado] = teríamos que alterar a palavra “ideia” por um substantivo FCC/2016) O sinal indicativo de crase está empregado corretamen-
masculino te em:
(C) Em nome da eficiência administrativa, podem-se armaze- (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à uma
nar, por exemplo, enormes massas de dados de mobilidade urba- brisa de contentamento.
na... [são possíveis] = são possíveis armazenamentos (inclusão des- (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
se termo) abraçar uma árvore gigante.
(D) ...desde bases de dados de saúde e educação públicas, por (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à escrever tudo o que
exemplo, até os dados pessoais... [pública] = ok me propusera para o dia.
(E) Contudo, existem estudos que apontam que bastariam me- (D) A paineira sobreviverá a todas às 18 milhões de pessoas
ros quatro pontos de dados... [bastaria] = bastaria um ponto que hoje vivem em São Paulo.
RESPOSTA: D (E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à essa tradi-
ção de se abraçar árvore.
38-) (TRF 3ªREGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO - EDIFICAÇÕES -
FCC/2016) A frase cuja redação está inteiramente correta é: Por item:
(A) Obtido pela identificação por radiofrequência, os dados das (A) Não era uma felicidade eufórica, semelhava-se mais à (A)
placas de veículos são passíveis em oferecer informações valiosas uma brisa de contentamento. = antes de artigo indefinido
acerca dos motoristas. (B) O vinho certamente me induziu àquela súbita vontade de
(B) Na cidade inteligente, a automatização da gestão de setores abraçar uma árvore gigante.
urbanos são facilitadores de serviços imprecindíveis, como saúde, (C) Antes do fim da manhã, dediquei-me à (A) escrever tudo o
educação e segurança. que me propusera para o dia. = antes de verbo no infinitivo

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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) A paineira sobreviverá a todas às (AS) 18 milhões de pesso- 44-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
as que hoje vivem em São Paulo. = função de artigo “15 segundos de novela bastam para me matar de tédio.” A expres-
(E) Acho importante esclarecer que não sou afeito à (A) essa são “me matar de tédio” expressa
tradição de se abraçar árvore. = antes de pronome demonstrativo (A) uma comparação.
RESPOSTA: B (B) uma ironia.
(C) um exagero.
41-) (CÂMARA MUNICIPAL DE SÃO PAULO – TÉCNICO AD- (D) uma brincadeira.
MINISTRATIVO – FCC/2014) (E) uma ameaça.
... muita gente se surpreenderia ao descobrir que Adoniran era
também cantor-compositor. Hipérbole = exagero
O verbo que possui o mesmo tipo de complemento que o des- RESPOSTA: C
tacado acima está empregado em:
(A) E Adoniran estava tão estabelecido como ator... 45-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor... Dizer que “a vida é um mar de rosas” é uma comparação que é
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico... denominada, em termos de linguagem figurada, de
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil... (A) metáfora.
(E) ... a Revista do Rádio noticiava uma grande revolução... (B) pleonasmo.
(C) metonímia.
Descobrir = exige objeto direto (D) hipérbole.
(A) E Adoniran estava = verbo de ligação (E) eufemismo.
(B) Primeiro surgiu o cantor-compositor. = intransitivo Metáfora - consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
(C) Sim, hoje em dia esse título parece pleonástico = verbo de em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude
ligação da circunstância de que o nosso espírito as associa e percebe entre
(D) Adoniran Barbosa era tão talentoso e versátil = verbo de elas certas semelhanças. É o emprego da palavra fora de seu sen-
ligação tido normal.
(E) ... a Revista do Rádio noticiava = exige objeto direto RESPOSTA: A
RESPOSTA: E
46-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
42-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- “Bobagem imaginar que a vida é um mar de rosas só por causa de
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) um enredo açucarado.”
Atribuindo-se sentido hipotético para o segmento E é curioso Um “enredo açucarado” significa um enredo
que nunca tenha sabido ao certo de onde eles vinham..., os verbos (A) engraçado.
devem assumir as seguintes formas: (B) crítico.
(A) teria sido − soubesse − viriam (C) psicológico.
(B) será − saiba − virão (D) aventureiro.
(C) era − tivesse sabido − viriam (E) sentimental.
(D) fora − tivera sabido − vieram
(E) seria − tivesse sabido – viriam Questão de interpretação dentro de um contexto. Açucarado
geralmente se refere a um texto doce, sentimental.
Hipótese é com o modo subjuntivo: E seria curioso que nunca RESPOSTA: E
tivesse sabido ao certo de onde eles viriam...
RESPOSTA: E 47-) (PREFEITURA DE CUIABÁ-MT – VIGILANTE - FGV/2015)
Assinale a opção cujo par não é formado por substantivo + adjetivo.
43-) (TRT 23ª REGIÃO-MT – ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA JU- (A) Enredo açucarado.
DICIÁRIA - FCC/2016 - adaptada) (B) Dias atuais.
Mas a grandeza das manhãs se media pela quantidade de mu- (C) Produto cultural.
lungus... (D) Tremendo preconceito.
Na frase acima, alterando-se de voz passiva sintética para ana- (E) Telenovela brasileira.
lítica, a forma verbal resultante é:
(A) tinha sido medida Analisemos:
(B) tinham sido medidos (A) Enredo açucarado. = substantivo + adjetivo
(C) era medida (B) Dias atuais. = substantivo + adjetivo
(D) eram medidas (C) Produto cultural. = substantivo + adjetivo
(E) seria medida (D) Tremendo preconceito. Adjetivo + substantivo (no contex-
to, “tremendo” tem sentido de adjetivo – grande; pode-se classifi-
A grandeza da manhã era medida pela quantidade de mulun- car como verbo + substantivo, mas o enunciado cita “par”, portanto
gus (na analítica basta retirar o pronome apassivador e fazer as al- a classificação deve considerar tal formação)
terações adequadas). (E) Telenovela brasileira. = substantivo + adjetivo
RESPOSTA: C RESPOSTA: D

40
LÍNGUA PORTUGUESA
48-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015) “Seja (C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob”;
você a mudança no trânsito”; a forma de reescrever-se essa mesma (D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em
frase que mostra uma incorreção da forma verbal no imperativo é: fim”;
(A) sê tu a mudança no trânsito; (E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
(B) sejamos nós a mudança no trânsito; mais”, por referir-se ao feminino “ações”.
(C) sejam vocês a mudança no trânsito;
(D) seja ele a mudança no trânsito; Análise:
(E) sejai vós a mudança no trânsito. (A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os
motoristas = incorreta (sujeito elíptico = nós)
Correções: (B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois
(A) sê tu a mudança no trânsito - OK seu sujeito está no plural = exatamente
(B) sejamos nós a mudança no trânsito - OK (C) a forma “sobre” deveria ser substituída pela forma “sob” =
(C) sejam vocês a mudança no trânsito - OK de maneira alguma
(D) seja ele a mudança no trânsito - OK (D) a forma “enfim” deveria ser grafada em duas palavras “em
(E) sejai vós a mudança no trânsito – SEDE VÓS fim” = incorreta
RESPOSTA: E (E) a forma “dos demais” deveria ser substituída por “das de-
mais”, por referir-se ao feminino “ações” = dos demais (cidadãos)
49-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - RESPOSTA: B
adaptada)
“Vivemos numa sociedade que tem o hábito de responsabilizar 51-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) O
o Estado, autoridades e governos pelas mazelas do país. Em muitos termo em função adjetiva sublinhado que está substituído por um
casos são críticas absolutamente procedentes, mas, quando o tema adjetivo inadequado é:
é segurança no trânsito, não nos podemos esquecer que quem faz o (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá acon-
trânsito são seres humanos, ou seja, somos nós”. tecer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divi-
O desvio de norma culta presente nesse segmento é: natória;
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
rir a preposição “em” antes do “que”; termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais;
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
dentes” deveria ser substituído por “precedentes”; (Leo Buscaglia) / universal;
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria ser substituída por “vive-se”; interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino;
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que”; pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos Mencken) / dominical.
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz”.
Vejamos:
Por item: (A) “A arte da previsão consiste em antecipar o que irá aconte-
(A) “Vivemos numa sociedade que tem o hábito”: deveria inse- cer e depois explicar por que não aconteceu”. (anônimo) / divina-
rir a preposição “em” antes do “que” = incorreta tória = ok
(B) “críticas absolutamente procedentes”: o adjetivo “proce- (B) “Por mais numerosos que sejam os meandros do rio, ele
dentes” deveria ser substituído por “precedentes” = mudaria o sen- termina por desembocar no mar”. (Provérbio hindu) / pluviais = flu-
tido do período viais (pluvial é da chuva)
(C) “Vivemos numa sociedade”: a forma verbal “Vivemos” de- (C) “A morte nos ensina a transitoriedade de todas as coisas”.
veria ser substituída por “vive-se” = incorreta (Leo Buscaglia) / universal = ok
(D) “não nos podemos esquecer que quem faz o trânsito”: de- (D) “Eu não tenho problemas com igrejas, desde que elas não
veria inserir-se a preposição “de” antes do “que” = nos esquecer interfiram no trabalho de Deus”. (Brooks Atkinson) / divino = ok
de que (E) “Uma escola de domingo é uma prisão onde as crianças
(E) “quem faz o trânsito são seres humanos, ou seja, somos pagam penitência pela consciência pecadora de seus pais”. (H. L.
nós”: a forma verbal correta seria “fazemos” e não “faz” = incorreta Mencken) / dominical = ok
RESPOSTA: D RESPOSTA: B

50-) (TJ-PI – ANALISTA JUDICIAL – ESCRIVÃO - FGV/2015 - 52-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) A
adaptada) frase em que o vocábulo mas tem valor aditivo é:
“Deveríamos aproveitar a importância desta semana para re- (A) “Perseverança não é só bater em porta certa, mas bater até
fletir sobre nosso comportamento como pedestres, passageiros, abrir”. (Guy Falks);
motoristas, motociclistas, ciclistas, pais, enfim, como cidadãos cujas (B) “Nossa maior glória não é nunca cair, mas sim levantar toda
ações tem reflexo na nossa segurança, assim como dos demais”. vez que caímos”. (Oliver Goldsmith);
O comentário correto sobre os componentes desse segmento (C) “Eu caminho devagar, mas nunca caminho para trás”.
é: (Abraham Lincoln);
(A) a forma verbal “deveríamos” tem como sujeito todos os (D) “Não podemos fazer tudo imediatamente, mas podemos
motoristas; fazer alguma coisa já”. (Calvin Coolidge);
(B) a forma verbal “tem” deveria ter acento circunflexo, pois (E) “Ele estudava todos os dias do ano, mas isso contribuía para
seu sujeito está no plural; seu progresso”. (Nouailles).

41
LÍNGUA PORTUGUESA
A alternativa que apresenta adição de ideias é: “ele estudava e Não se inicia um período com pronome oblíquo.
isso contribuía para seu progresso”. RESPOSTA: A
RESPOSTA: E
56-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SEGURANÇA DO TRABALHO –
53-) (IBGE – ANALISTA GEOPROCESSAMENTO - FGV/2016) Em FCC/2014) Substituindo-se o segmento grifado pelo que está entre
todas as frases abaixo o verbo ter foi empregado no lugar de outros parênteses, o verbo que se mantém corretamente no singular, sem
com significado mais específico. A frase em que a substituição por que nenhuma outra alteração seja feita na frase, está em:
esses verbos mais específicos foi feita de forma adequada é: (A) ...cada toada representa uma saudade... (todas as toadas)
(A) “Nunca é tarde para ter uma infância feliz”. (Tom Robbins) (B) Acrescenta o antropólogo Allan de Paula Oliveira... (os an-
/ desfrutar de; tropólogos)...
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência (C) A canção popular conserva profunda nostalgia da roça. (As
você tem, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / você oferece; canções populares)
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode ter são (D) Num tempo em que homem só cantava em tom maior e voz
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; grave... (quase todos os homens)
(D) “Acreditar que basta ter filhos para ser pai é tão absurdo (E) ...’sertanejo’ passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os
quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músico”. caipiras do Centro-Sul)
(Mansour Challita) / originar;
(E) “A família é como a varíola: a gente tem quando criança e (A) representa uma saudade... (todas as toadas) = representam
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. (B) Acrescenta (os antropólogos)... = acrescentam
(C) conserva profunda nostalgia da roça. (As canções popula-
Façamos as alterações propostas para facilitar a análise: res) = conservam
(A) “Nunca é tarde para desfrutar de uma infância feliz”. (Tom (D) só cantava em tom maior e voz grave... (quase todos os ho-
Robbins) / desfrutar de; mens) = cantavam
(B) “Você pode aprender muito com crianças. Quanta paciência (E) passou a significar o caipira do Centro-Sul... (os caipiras do
você oferece, por exemplo”. (Franklin P. Jones) / oferece; Centro-Sul) = passou (o termo ficará entre aspas, significando um
(C) “O maior recurso natural que qualquer país pode usar são apelido)
suas crianças”. (Danny Kaye) / usar; RESPOSTA: E
(D) “Acreditar que basta originar filhos para ser pai é tão absur-
do quanto acreditar que basta ter instrumentos para ser um músi- 57-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Considere
co”. (Mansour Challita) / originar; as seguintes afirmações sobre aspectos da construção linguística:
(E) “A família é como a varíola: a gente sofre quando criança e I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
fica marcado para o resto da vida”. (Sartre) / sofre. pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
RESPOSTA: A música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado.
54-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Sobre os II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
elementos destacados do fragmento “Em verdade, seu astro não dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
era o Sol. Nem seu país não era a vida.”, leia as afirmativas. das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
I. A expressão EM VERDADE pode ser substituída, sem altera- III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses
ção de sentido por COM EFEITO. com as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função
II. ERA O SOL formam o predicado verbal da primeira oração. anafórica, exprimindo relação coesiva referencial.
III. NEM, no contexto, é uma conjunção coordenativa. Está correto apenas o que se afirma em:
Está correto apenas o que se afirma em: A) I.
A) I. B) II.
B) II e III. C) III.
C) I e II. D) I e III.
D) III. E) II e III.
E) I e III.
Analisemos:
Na alternativa II – “era o Sol” formam o predicado nominal. I. Atentando para o uso do sinal indicativo de crase, o A no
RESPOSTA: E pronome AQUELA, em todas as ocorrências no segmento “Aquela
música se estranhava nos moradores, mostrando que aquele bairro
55-) (EMSERH – FONOAUDIÓLOGO - FUNCAB/2016) Do ponto não pertencia àquela terra.”, deveria ser acentuado = errado (o úni-
de vista da norma culta, a única substituição pronominal realizada co que deve receber acento grave é “aquela”, neste caso)
que feriu a regra de colocação foi: II. Nas frases “O REMÉDIO, enfim, se haveria de pensar.” / “des-
A) “Chamavam-lhe o passarinheiro.” = Lhe chamavam o passa- dobrando-se em outras felizes EXISTÊNCIAS”, as palavras destaca-
rinheiro. das são acentuadas obedecendo à mesma regra de acentuação.
B) “O mundo inteiro se fabulava.” = O mundo inteiro fabulava- Remédio – paroxítona terminada em ditongo / existência - pa-
-se. roxítona terminada em ditongo
C) “Eles se igualam aos bichos silvestres, concluíam” = Eles III. Na frase “– ESSES são pássaros muito excelentes, desses com
igualam-se aos bichos silvestres, concluíam. as asas todas de fora.”, o elemento destacado exerce função anafó-
D) “Os brancos se inquietavam com aquela desobediência” = rica, exprimindo relação coesiva referencial. = função anafórica é a
Os brancos inquietavam-se com aquela desobediência. relação de um termo com outro que será citado (esses pássaros)
E) “O remédio, enfim, se haveria de pensar.” = O remédio, en- RESPOSTA: E
fim, haver-se-ia de pensar.

42
LÍNGUA PORTUGUESA
58-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA - 62-) (UFPB-PB – AUXILIAR EM ADMINISTRAÇÃO - IDE-
IBFC/2015) Em “Minha geladeira, afortunadamente, está cheia”, o CAN/2016 - adaptada) De acordo com a classe de palavras, assinale
termo em destaque classifica-se, morfologicamente, como: a alternativa em que o termo destacado está associado INCORRE-
A) adjetivo TAMENTE.
B) advérbio A) “E não só isso.” – pronome.
C) substantivo B) “Todas as épocas têm os seus ídolos juvenis.” – substantivo.
D) verbo C) “Até porque quem de nós nunca teve seu ídolo?” – conjun-
E) conjunção ção.
D) “O preparo para a vida adulta envolve uma espécie de liber-
Palavras terminadas em “-mente”, geralmente (!), são advér- tação das opiniões familiares.” – verbo.
bios de modo.
RESPOSTA: B “Nunca” é advérbio (de negação).
RESPOSTA: C
59-) (CÂMARA MUNICIPAL DE VASSOURAS-RJ – MOTORISTA -
IBFC/2015) Considerando a estrutura do período “Quero engordar 63-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
no lugar certo.”, pode-se afirmar, sobre o verbo em destaque que: -CIDADES/2016) Marque a opção em que há total observância às
A) não apresenta complemento regras de concordância verbal:
B) está flexionado no futuro do presente A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci-
C) seu sujeito é inexistente mento global está ocorrendo em função”
D) constitui uma oração B) “Nunca se viu mudanças tão rápidas e com efeitos devasta-
E) expressa a ideia de possibilidade dores”
C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
A - Quero é verbo transitivo direto – precisa de complemento bém colabora para este processo”
(objeto) – representado aqui por uma oração (engordar no lugar D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
certo). luentes no mundo, não aceitou o acordo”
B – está flexionado no presente
C – sujeito elíptico (eu) Analisemos
E – queria indicaria possibilidade A) “Pesquisadores do clima mundial afirmam que este aqueci-
RESPOSTA: D mento global está ocorrendo em função”
B) “Nunca se viu (viram) mudanças tão rápidas e com efeitos
60-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- devastadores”
CAN/2016 - adaptada) A palavra “se” possui inúmeras classificações C) “O desmatamento e a queimada de florestas e matas tam-
e funções. Acerca das ocorrências do termo “se” em “Exatamente bém colabora (colaboram) para este processo”
por causa dessa assimetria entre o fotojornalista e os protagonis- D) “Infelizmente os Estados Unidos, país que mais emite po-
tas de suas fotos, muitas vezes Messinis deixa a câmera de lado e luentes no mundo, não aceitou (aceitaram) o acordo”
põe-se a ajudá-los. Ele se impressiona e se preocupa muito com os RESPOSTA: A
bebês que chegam nos botes.” pode-se afirmar que 64-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
A) possuem o mesmo referente. -CIDADES/2016) A voz verbal ativa correspondente à voz passiva
B) ligam orações sintaticamente dependentes. destacada em “A Europa tem sido castigada por ondas de calor” é:
C) apenas o primeiro “se” é pronome apassivador. A) Castigaram.
D) apenas o último “se” é uma conjunção integrante. B) Têm castigado.
C) Castigam.
Possuem o mesmo referente (o fotojornalista). D) Tinha castigado.
RESPOSTA: A
61-) (PREFEITURA DE NATAL-RN – ADMINISTRADOR - IDE- As ondas de calor têm castigado a Europa.
CAN/2016 - adaptada) Ao substituir “perigos da travessia” por “tra- RESPOSTA: B
vessia”, mantendo-se a norma padrão da língua, em “Obviamente,
são os mais vulneráveis aos perigos da travessia.” ocorreria: 65-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO-
A) Facultativamente, o emprego do acento grave, indicador de -CIDADES/2016) Marque a opção em que a regência verbal foi DE-
crase. SOBEDECIDA:
B) A substituição de “aos” por “a”, pois o termo regido teria A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade
sido modificado. do equilíbrio ambiental é coletiva.
C) Obrigatoriamente, o emprego do acento grave, indicador de B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do
crase, substituindo-se “aos” por “à”. equilíbrio ambiental é coletiva.
D) A substituição de “aos” por “a”, já que o termo regente pas- C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa-
saria a não exigir o emprego da preposição. bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva.
D) Todos os países não devem esquecer de que a responsabili-
Teríamos: Obviamente, são os mais vulneráveis à travessia – dade do equilíbrio ambiental é coletiva.
“vulnerável” exige preposição.
RESPOSTA: C

43
LÍNGUA PORTUGUESA
Vejamos: A finalidade desse anúncio é
A) Todos os países devem se lembrar de que a responsabilidade A) Simbolizar o fim da vida.
do equilíbrio ambiental é coletiva - ok B) Proibir a doação de órgãos.
B) Todos os países devem lembrar que a responsabilidade do C) Estimular a doação de órgãos.
equilíbrio ambiental é coletiva - ok D) Questionar a doação de órgãos.
C) Todos os países não devem esquecer-se de que a responsa- E) Demonstrar os sinais de pontuação
bilidade do equilíbrio ambiental é coletiva - ok
D) Todos os países não devem esquecer de que (esquecer que) Campanha a favor da doação de órgãos, já que com tal atitude
a responsabilidade do equilíbrio ambiental é coletiva. a vida continua.
RESPOSTA: D RESPOSTA: C

66-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITU- 69-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As-
TO-CIDADES/2016) Marque a opção em que as duas palavras são sinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.
acentuadas por obedecerem a regras distintas: (A) A mudança de direção da economia fazem com que se alte-
A) Catástrofes – climáticas. re o tamanho das jornadas de trabalho, porexemplo.
B) Combustíveis – fósseis. (B) Existe indivíduos que, sem carteira de trabalho assinada,
C) Está – país. enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
D) Difícil – nível. (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram
com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
Por item: (D) São as dívidas que faz com que grande número dos consu-
A) Catástrofes = proparoxítona / climáticas = proparoxítona midores não estejam em dia com suas obrigações.
B) Combustíveis = paroxítona terminada em ditongo / fósseis = (E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
paroxítona terminada em ditongo to mostra que 59 milhões de consumidores não pode obter novos
C) Está = oxítona terminada em “a” / país = regra do hiato créditos.
D) Difícil = paroxítona terminada em “l” / nível = paroxítona
terminada em “l” Correções:
RESPOSTA: C (A) A mudança de direção da economia fazem (FAZ) com que se
67-) (CONFERE – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - INSTITUTO- altere o tamanho das jornadas de trabalho, por exemplo.
-CIDADES/2016) Assim como “redução” e “emissão”, grafam-se, (B) Existe (EXISTEM) indivíduos que, sem carteira de trabalho
correta e respectivamente, com Ç e SS, as palavras: assinada, enfrentam grande dificuldade para obter novos recursos.
A) Aparição e omissão. (C) Os investimentos realizados e os custos trabalhistas fizeram
B) Retenção e excessão. com que muitas empresas optassem por manter seus funcionários.
C) Opreção e permissão. (D) São as dívidas que faz (FAZEM) com que grande número dos
D) Pretenção e impressão. consumidores não estejam (ESTEJA) em dia com suas obrigações.
(E) Dados recentes da Associação Nacional dos Birôs de Crédi-
A) Aparição = OK / omissão = OK to mostra (MOSTRAM) que 59 milhões de consumidores não pode
B) Retenção = OK / excessão = EXCEÇÃO (PODEM) obter novos créditos.
C) Opreção = OPRESSÃO / permissão = OK RESPOSTA: C
D) Pretensão = PRETENSÃO / impressão= OK
RESPOSTA: a 70-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RESERVA
PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 - adaptada)
68-) (SEAP-GO - AUXILIAR DE SAÚDE - SEGPLAN/2016) Leia o Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho os filmes que
texto publicitário abaixo. eu não vejo no elevador”, fossem empregados, respectivamente,
Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as regras sobre
regência verbal e concordância nominal prescritas pela norma-
-padrão, deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
(E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.

O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, indireto (com


preposição): Esqueço os filmes dos quais não gosto.
RESPOSTA: “E”.

Pasta. São Paulo, n. 10, p.86 set-out. 2007


* Com a doação de órgãos, a vida continua.

44
LÍNGUA PORTUGUESA
71-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO RE- 74-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) Ob-
SERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IADES/2014 serve:
- adaptada) Conforme a norma-padrão, a oração “As obras foram Acostumados___________ tragédias naturais, os japoneses
iniciadas em janeiro de 1992” poderia ser reescrita da seguinte ma- geralmente se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes.
neira: Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
(A) Iniciou-se as obras em janeiro de 1992. voltava________ viver a sua rotina.
(B) Se iniciou as obras em janeiro de 1992. Um tsunami chegou ______costa nordeste do Japão em 2011,
(C) Iniciaram-se as obras em janeiro de 1992. deixando milhares de mortos e desaparecidos.
(D) Teve início as obras em janeiro de 1992. De acordo com a norma-padrão, as lacunas das frases devem
(E) Deu-se início as obras em janeiro de 1992. ser preenchidas, respectivamente, com:
(A) a … à … à
Podemos ir por eliminação: em “A”, o correto seria “iniciaram- (B) à … a … a
-se”; em “B”, não podemos iniciar um período com pronome (ini- (C) às … a … à
ciou-se, ou melhor, iniciaram-se – como em “A”); em “D”: tiveram (D) as … a … à
início; “E”: deu-se início às obras. Portanto, chegamos à resposta (E) às … à … a
correta – pelo caminho mais longo. O caminho mais curto é trans-
formar a voz passiva analítica (a do enunciado) em sintética: Inicia- Acostumados ÀS tragédias naturais, os japoneses geralmente
ram-se as obras. se reerguem em tempo recorde depois de catástrofes.
*Dica: a passiva sintética tem o “se” (pronome apassivador). Menos de um ano depois da catástrofe, no entanto, o Japão já
Sintética = Se (memorize!) voltava A viver a sua rotina.
RESPOSTA: C Um tsunami chegou À costa nordeste do Japão em 2011, dei-
xando milhares de mortos e desaparecidos.
72-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) RESPOSTA: C
O SBT fará uma homenagem digna da história de seu proprietá-
rio e principal apresentador: no próximo dia 12 [12.12.2015] coloca- 75-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016) As-
rá no ar um especial com 2h30 de duração em homenagem a Silvio sinale a alternativa correta quanto ao emprego do verbo, em con-
Santos. É o dia de seu aniversário de 85 anos. formidade com a norma-padrão.
(http://tvefamosos.uol.com.br/noticias) (A) Caso Minas Gerais usa a experiência do Japão, pode superar
As informações textuais permitem afirmar que, em 12.12.2015, Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
Sílvio Santos completou seu (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
(A) octogenário quinquagésimo aniversário. poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
(B) octogésimo quinto aniversário. (C) Se o Japão se dispor a auxiliar Minas Gerais, Mariana é su-
(C) octingentésimo quinto aniversário. perada e os danos ambientais e sociais recuperados.
(D) otogésimo quinto aniversário. (D) Se o Japão manter seu auxílio a Minas Gerais, Mariana po-
(E) oitavo quinto aniversário. derá ser superada e os danos ambientais e sociais recuperados.
(E) Caso Minas Gerais faz uso da experiência do Japão, poderá
RESPOSTA: B superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.

73-) (MPE-SP – OFICIAL DE PROMOTORIA - VUNESP/2016 - Analisemos:


adaptada) Assinale a alternativa correta quanto à norma-padrão e (A) Caso Minas Gerais usa (USE) a experiência do Japão, pode
aos sentidos do texto. (PODERÁ) superar Mariana e recuperar (RECUPARERÁ) os danos
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação ambientais e sociais.
para contornar as tragédias. (B) Se Minas Gerais se propuser a usar a experiência do Japão,
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos que as parcerias poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
nipo-brasileiras renderão bons frutos. (C) Se o Japão se dispor (DISPUSER) a auxiliar Minas Gerais,
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar Mariana é (SERÁ) superada e os danos ambientais e sociais recu-
com as parcerias nipo-brasileira. perados.
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que são importan- (D) Se o Japão manter (MANTIVER) seu auxílio a Minas Gerais,
tes as parcerias nipos-brasileiras. Mariana poderá ser superada e os danos ambientais e sociais recu-
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- perados.
gédia e das parcerias nipo-brasileira. (E) Caso Minas Gerais faz (FAÇA) uso da experiência do Japão,
poderá superar Mariana e recuperar os danos ambientais e sociais.
Acertos: RESPOSTA: B
(A) As parcerias nipo-brasileiras pautam-se em cooperação
para contornar as tragédias. 76-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO EM SAÚDE
(B) Tanto o Brasil quanto o Japão estão certos (DE) que as par- – LABORATÓRIO – VUNESP/2014)
cerias nipo-brasileiras renderão bons frutos. Reescrevendo-se o segmento frasal – ... incitá-los a reagir e a
(C) A experiência do Japão mostra que não há como discordar enfrentar o desconforto, ... –, de acordo com a regência e o acento
com as parcerias nipo-brasileira (BRASILEIRAS). indicativo da crase, tem-se:
(D) A catástrofe vivida em Mariana revela de que (REVELA QUE) (A) ... incitá-los à reação e ao enfrentamento do desconforto, ...
são importantes as parcerias nipos(NIPO)-brasileiras. (B) ... incitá-los a reação e o enfrentamento do desconforto, ...
(E) Não se pode esquecer a irrelevância dos momentos de tra- (C) ... incitá-los à reação e à enfrentamento do desconforto, ...
gédia e das parcerias nipo- -brasileira(BRASILEIRAS). (D) ... incitá-los à reação e o enfrentamento do desconforto, ...
RESPOSTA: A (E) ... incitá-los a reação e à enfrentamento do desconforto, ..

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LÍNGUA PORTUGUESA
incitá-los a reagir e a enfrentar o desconforto = incitá-los À reação e AO enfrentamento.
RESPOSTA: A

77-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A assertiva correta quanto à conjugação verbal é:
A) Houveram eleições em outros países este ano.
B) Se eu vir você por aí, acabou.
C) Tinha chego atrasado vinte minutos.
D) Fazem três anos que não tiro férias.
E) Esse homem possue muitos bens.

Correções à frente:
A) Houveram eleições em outros países este ano = houve
C) Tinha chego atrasado vinte minutos = tinha chegado
D) Fazem três anos que não tiro férias = faz três anos
E) Esse homem possue muitos bens = possui
RESPOSTA: “B”.

78-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO/2014) Assinale a assertiva cuja regência verbal está correta:
A) Ela queria namorar com ele.
B) Já assisti a esse filme.
C) O caminhoneiro dormiu no volante.
D) Quando eles chegam em Campo Grande?
E) A moça que ele gosta é aquela ali.

Correções:
A) Ela queria namorar com ele = namorar “ele” (ou namorá-lo).
B) Já assisti a esse filme = correta
C) O caminhoneiro dormiu no volante = dormiu ao volante (“no” dá a entender “sobre” o volante!)
D) Quando eles chegam em Campo Grande? = chegaram a Campo Grande
E) A moça que ele gosta é aquela ali = a moça de quem ele gosta
RESPOSTA: “B”.

79-) (TRE/MS - ESTÁGIO – JORNALISMO - TRE/MS – 2014) A acentuação correta está na alternativa:
A) eu abençôo – eles crêem – ele argúi.
B) platéia – tuiuiu – instrui-los.
C) ponei – geléia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói.
E) lingüiça – feiúra – idéia.

Palavras corrigidas:
A) eu abençoo – eles creem – ele argui.
B) plateia – tuiuiú – instruí-los.
C) pônei – geleia – heroico.
D) eles têm – ele intervém – ele constrói = corretas
E) linguiça – feiura – ideia.
RESPOSTA: D

80-) (SAAE/SP - FISCAL LEITURISTA - VUNESP - 2014)


A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste _______ grave ameaça ____ saúde hu-
mana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada _______ uma população de baixa renda,
mais vulnerável devido _______condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada.
(http://www.tratabrasil.org.br Adaptado)

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, segundo a norma- -padrão da língua portu-
guesa.
A) em ... A ... À ... A.
B) em ... À ... A ... A.
C) de ... À ... A ... As.
D) em ... À ... À ... Às.
E) de ... A ... A ... Às.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) atesta que o saneamento básico precário consiste EM grave ameaça À saúde humana. Apesar
de disseminada no mundo, a falta de saneamento básico ainda é muito associada A uma população de baixa renda, mais vulnerável devido
A condições de subnutrição e, muitas vezes, de higiene inadequada. Temos: em, à, a, a.
RESPOSTA: B

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LÍNGUA PORTUGUESA
81-) (CONAB - CONTABILIDADE - IADES - 2014)

De acordo com o que prescreve a norma-padrão acerca do emprego das classes de palavra e da concordância verbal, assinale a alter-
nativa que apresenta outra redação possível para o período “A economia brasileira já faz isso há séculos.”
A) A economia brasileira já faz isso tem séculos.
B) A economia brasileira já faz isso têm séculos.
C) A economia brasileira já faz isso existe séculos.
D) A economia brasileira já faz isso faz séculos.
E) A economia brasileira já faz isso fazem séculos.

O “há” foi empregado no sentido de tempo passado, portanto pode ser substituído por “faz”, no singular: “faz séculos”.
RESPOSTA: “D”.

82-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Feitas as adequações necessárias, a reescrita do trecho – O Marco Civil garante
a inviolabilidade e o sigilo das comunicações. – permanece correta, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, em:
A inviolabilidade e o sigilo das comunicações...
A) ... Mantêm-se garantidos pelo marco civil.
B) ... Mantém-se garantidos pelo marco civil.
C) ... Mantêm-se garantido pelo marco civil.
D) ... Mantém-se garantidas pelo marco civil.
E) ... Mantêm-se garantidas pelo marco civil.

O Marco Civil garante a inviolabilidade e o sigilo das comunicações = O verbo “manter” será empregado no plural, concordando com
“inviolabilidade” e “sigilo”, portanto teremos: mantêm-se. Descartamos os itens B e D. Como temos dois substantivos de gêneros diferen-
tes, podemos usar o verbo no masculino ou concordar com o gênero do mais próximo, no caso, “sigilo”. Teremos, então: garantidos (plural,
pois temos dois núcleos – inviolabilidade e sigilo). Assim, chegamos à resposta: mantêm-se / garantidos.
RESPOSTA: A

83-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual de Redação da Presi-
dência da República, no qual expressões foram substituídas por lacunas.

Senhor Deputado
Em complemento às informações transmitidas pelo telegrama n.º 154, de 24 de abril último, informo ______de que as medidas men-
cionadas em ______ carta n.º 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas pelo procedimento administrativo de
demarcação de terras indígenas instituído pelo Decreto n.º 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
(http://www.planalto.gov.br. Adaptado)

A alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do texto, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa e
atendendo às orientações oficiais a respeito do uso de formas de tratamento em correspondências públicas, é:
A) Vossa Senhoria … tua.
B) Vossa Magnificência … sua.
C) Vossa Eminência … vossa.
D) Vossa Excelência … sua.
E) Sua Senhoria … vossa.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos começar pelo pronome demonstrativo. Mesmo utili- 86-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
zando pronomes de tratamento “Vossa” (muitas vezes confundido FE/2014) Na frase “Meu amigo fora lá fora buscar alguma coisa, e
com “vós” e seu respectivo “vosso”), os pronomes que os acom- eu ficara ali, sozinho, naquela janela, presenciando a ascensão da
panham deverão ficar sempre na terceira pessoa (do plural ou do lua cheia”, as palavras destacadas correspondem, morfologicamen-
singular, de acordo com o número do pronome de tratamento). En- te, pela ordem, a:
tão, em quaisquer dos pronomes de tratamento apresentados nas A-) advérbio, advérbio, adjetivo pronominal, advérbio, substan-
alternativas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, tivo.
então, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome adequado a B-) verbo, pronome adverbial, pronome adjetivo, adjetivo, ver-
ser utilizado para deputados. Segundo o Manual de Redação Oficial, bo.
temos: C-) verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo, substantivo.
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades: D-) advérbio, substantivo, adjetivo, substantivo, adjetivo.
b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e Membros E-) advérbio, pronome adverbial, pronome relativo, advérbio,
da Câmara dos Deputados e do Senado Federal (...). verbo.
RESPOSTA: D
“Meu amigo fora (verbo) lá fora (advérbio) buscar alguma
84-) (PREFEITURA DE PAULISTA/PE – RECEPCIONISTA – (pronome) coisa, e eu ficara ali, sozinho, (adjetivo) naquela janela,
UPENET/2014) Sobre ACENTUAÇÃO, assinale a alternativa cuja to- presenciando a ascensão (substantivo) da lua cheia”. Temos, então:
nicidade de ambos os termos sublinhados recai na antepenúltima verbo, advérbio, pronome adjetivo, adjetivo e substantivo.
sílaba. RESPOSTA: C
A) “Ele pode acontecer por influência de fatores diversos...” - 87-) (POLÍCIA CIVIL/SC – AGENTE DE POLÍCIA – ACA-
“infalível de aprovação para o candidato...” FE/2014) Complete as lacunas com os verbos, tempos e modos in-
B) “...que podem ser considerados a fórmula infalível...” – “que dicados entre parênteses, fazendo a devida concordância.
pretende enfrentar uma seleção pública.” • O juiz agrário ainda não _________ no conflito porque sur-
C) “...quando o conteúdo não é lembrado justamente...» - «Ele giram fatos novos de ontem para hoje. (intervir - pretérito perfeito
pode acontecer por influência de fatores diversos...” do indicativo)
D) “Esforço, preparo, dedicação e estudo intenso...” - “preten- • Uns poucos convidados ___________-se com os vídeos pos-
de enfrentar uma seleção pública.» tados no facebook. (entreter - pretérito imperfeito do indicativo)
E) “...quando o conteúdo não é lembrado...” – “pode acontecer • Representantes do PCRT somente serão aceitos na composi-
por influência de fatores diversos...” ção da chapa quando se _________ de criticara atual diretoria do
clube, (abster-se - futuro do subjuntivo)
O exercício quer que localizemos palavras proparoxítonas A sequência correta, de cima para baixo, é:
A) influência = paroxítona terminada em ditongo / infalível = A-) interveio - entretinham - abstiverem
paroxítona terminada em L B-) interviu - entretiveram - absterem
B) fórmula = proparoxítona / pública = proparoxítona C-) intervém - entreteram - abstêm
C) conteúdo = regra do hiato / influência = paroxítona termina- D-) interviera - entretêm - abstiverem
da em ditongo E-) intervirá - entretenham - abstiveram
D) dedicação = oxítona / seleção = oxítona
E) é = monossílaba / influência = paroxítona terminada em di- O verbo “intervir” deve ser conjugado como o verbo “vir”. Este,
tongo no pretérito perfeito do Indicativo fica “veio”, portanto, “interveio”
RESPOSTA: B (não existe “interviu”, já que ele não deriva do verbo “ver”). Des-
cartemos a alternativa B. Como não há outro item com a mesma
85-) (PREFEITURA DE OSASCO/SP - MOTORISTA DE AM- opção, chegamos à resposta rapidamente!
BULÂNCIA – FGV/2014) “existe um protocolo para identificar os RESPOSTA: A
focos”. Se colocássemos o termo “um protocolo” no plural, uma
forma verbal adequada para a substituição da forma verbal “existe” 88-) (PREFEITURA DE RIBEIRÃO PRETO/SP – AGENTE DE
seria: ADMINISTRAÇÃO – VUNESP/2014) A forma verbal em destaque
A) hão. está no tempo futuro, indicando uma ação hipotética, em:
B) haviam. (A) Lia o jornal enquanto aguardava meu voo para São Paulo...
C) há. (B) Meus voos todos saíram na hora.
D) houveram. (C) Era um berimbau, meu Deus.
E) houve. (D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento mu-
sical.
O verbo “haver”, quando utilizado no sentido de “existir” – (E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira,
como proposto no enunciado – não sofre flexão, não vai para o plu- bonita...
ral. Teríamos “existem protocolos”, mas “há protocolos”.
RESPOSTA: C Tal questão pode ser resolvida somente pela leitura das alter-
nativas, sem a necessidade de classificar todos os verbos grifados.
Farei a classificação por questão pedagógica!
(A) Lia o jornal enquanto aguardava = pretérito imperfeito do
Indicativo
(B) Meus voos todos saíram na hora. = pretérito mais-que-per-
feito do Indicativo
(C) Era um berimbau, meu Deus. = pretérito imperfeito do In-
dicativo

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LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Concluí que viajariam muito com o novo instrumento musi- 91-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SERVI-
cal. = futuro do pretérito do Indicativo (hipótese) ÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014 - adapta-
(E) Solicitara a ajuda de uma comissária de bordo brasileira, da) Estaria mantida a correção gramatical do trecho “a Internet tem
bonita...= pretérito mais-que-perfeito do Indicativo potencial cuja dimensão não deve ser superdimensionada” caso se
RESPOSTA: D empregasse o artigo a antes do substantivo “dimensão”.
( ) CERTO ( ) ERRADO
89-) (SEFAZ/RS – AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL –
FUNDATEC/2014 - adaptada) Após o pronome relativo “cujo” não deve existir artigo.
Analise as afirmações que são feitas sobre acentuação gráfica. RESPOSTA: ERRADO
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa. 92-) (PREFEITURA DE OSASCO – FARMACÊUTICO –
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’ FGV/2014) “Esses produtos podem ser encontrados nos supermer-
não é a mesma. cados com rótulos como ‘sênior’ e com características adaptadas às
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente. dificuldades para mastigar e para engolir dos mais velhos, e prepa-
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação rados para se encaixar em seus hábitos de consumo”. O segmento
de uso, quanto à flexão de número. “para se encaixar” pode ter sua forma verbal reduzida adequada-
Quais estão corretas? mente desenvolvida em
A) Apenas I e III. (A) para se encaixarem.
B) Apenas II e IV. (B) para seu encaixotamento.
C) Apenas I, II e IV. (C) para que se encaixassem.
(D) para que se encaixem.
D) Apenas II, III e IV.
(E) para que se encaixariam.
E) I, II, III e IV.
As orações subordinadas reduzidas são aquelas que não apre-
I. Caso o acento das palavras ‘trânsito’ e ‘específicos’ seja reti-
sentam conjunção. Para torná-las desenvolvidas, basta acrescentar-
rado, essas continuam sendo palavras da língua portuguesa = tere- mos a conjunção: “para que se encaixem”.
mos “transito” e “especifico” – serão verbos (correta) RESPOSTA: D
II. A regra que explica a acentuação das palavras ‘vários’ e ‘país’
não é a mesma = vários é paroxítona terminada em ditongo; país é 93-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁRIO
a regra do hiato (correta) – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo instituto Ende-
III. Na palavra ‘daí’, há um ditongo decrescente = há um hiato, avor” equivale, na voz ativa, a:
por isso a acentuação (da - í) = incorreta. (A) que o instituto Endeavor traz;
IV. Acentua-se a palavra ‘vêm’ para diferenciá-la, em situação (B) que o instituto Endeavor trouxe;
de uso, quanto à flexão de número = “vêm” é utilizado para a tercei- (C) trazida pelo instituto Endeavor;
ra pessoa do plural (correta) (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
RESPOSTA: C (E) que traz o instituto Endeavor.

90-) (LIQUIGÁS – PROFISSIONAL JÚNIOR – CIÊNCIAS CON- Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa teremos um: “que
TÁBEIS – CEGRANRIO/2014) A frase em que a flexão do verbo au- o instituto Endeavor trouxe” (manter o tempo verbal no pretérito –
xiliar destacado obedece aos princípios da norma-padrão é assim como na passiva).
(A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs tão RESPOSTA: B
inteligentes quanto o homem.
(B) Devem existir formas de garantir a exploração de outras ta- 94-) (POLÍCIA MILITAR/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO –
refas destinadas aos robôs. VUNESP/2014) Considere o trecho a seguir.
(C) No futuro, devem haver outras formas de investimentos Já __________ alguns anos que estudos a respeito da utilização
para garantir a evolução da robótica. abusiva dos smartphones estão sendo desenvolvidos. Os especia-
(D) Pode existir obstáculos que os robôs sejam capazes de su- listas acreditam _________ motivos para associar alguns compor-
perar, como a locomoção e o diálogo. tamentos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos,
(E) Pode surgir novas tecnologias para aperfeiçoar a conquista e _________ alertado os pais para que avaliem a necessidade de
estabelecer limites aos seus filhos.
espacial.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
Os verbos auxiliares devem obedecer à regra do verbo prin-
com:
cipal que acompanham. Se este sofre flexão de número, aqueles
(A) faz … haver … têm
também sofrerão. Exemplo: o verbo “haver”, no sentido de “existir”, (B) fazem … haver … tem
é invariável. Então, na frase: “Podem haver mais fatos” temos um (C) faz … haverem … têm
erro. O correto é “Pode haver”. Vamos às análises: (D) fazem … haverem … têm
(A) Alguns estudiosos consideram que podem haver robôs = (E) faz … haverem … tem
pode haver
(B) Devem existir formas = o “existir” sofre flexão (correta)
(C) No futuro, devem haver = deve haver
(D) Pode existir obstáculos = podem existir
(E) Pode surgir novas tecnologias = podem surgir
RESPOSTA: B

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LÍNGUA PORTUGUESA
Já FAZ (sentido de tempo: não sofre flexão) alguns anos que Fiz as correções entre parênteses:
estudos a respeito da utilização abusiva dos smartphones estão (A) Toda espécie de engenhoca eram (era) construídas (cons-
sendo desenvolvidos. Os especialistas acreditam HAVER (sentido truída) por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com má-
de existir: não varia) motivos para associar alguns comportamen- quinas.
tos dos adolescentes ao uso prolongado desses aparelhos, e TÊM (B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
(concorda com o termo “os especialistas”) alertado os pais para que nicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
avaliem a necessidade de estabelecer limites aos seus filhos. (C) Toda espécie de engenhoca eram (era) construída por bons
Temos: faz, haver, têm. mecânicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
RESPOSTA: A (D) Toda espécie de engenhoca era construídas (construída)
por bons mecânicos, os quais sabia (sabiam) lidar com máquinas.
95-) (TRT/AL - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014 - adaptada) (E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ-
... e então percorriam as pouco povoadas estepes da Ásia Cen- nicos, os quais sabiam lidar com máquinas.
tral até o mar Cáspio e além. RESPOSTA: E
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
acima está em: 98-) (SABESP/SP – AGENTE DE SANEAMENTO AMBIENTAL
(A) ... e de lá por navios que contornam a Índia... 01 – FCC/2014 - adaptada) O segmento grifado está corretamente
(B) ... era a capital da China. substituído pelo pronome correspondente em:
(C) A Rota da Seda nunca foi uma rota única... (A) Sem precisar atravessar a cidade = atravessar-lhe
(D) ... dispararam na última década. (B) Eles serviriam para receber a enorme quantidade de lixo =
(E) ... que acompanham as fronteiras ocidentais chinesas... recebê-lo
(C) Um grupo de pesquisadores da USP tem um projeto = tem-
Percorriam = Pretérito Imperfeito do Indicativo -los
A = contornam – presente do Indicativo (D) O primeiro envolve a construção de uma série de portos =
B = era = pretérito imperfeito do Indicativo envolve-lhe
C = foi = pretérito perfeito do Indicativo (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
D = dispararam = pretérito mais-que-perfeito do Indicativo em São Paulo = resolvê-lo
E = acompanham = presente do Indicativo
RESPOSTA: B (A) atravessar a cidade = atravessar-lhe (atravessá-la)
96-) (SABESP – TECNÓLOGO – FCC/2014) A substituição do ele- (B) receber a enorme quantidade de lixo = recebê-lo (recebê-la)
mento grifado pelo pronome correspondente foi realizada de modo (C) tem um projeto = tem-los (tem-no)
INCORRETO em: (D) envolve a construção de uma série de portos = envolve-lhe
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu (envolve-a)
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os (E) O Hidroanel Metropolitano pretende resolver o problema
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la em São Paulo = resolvê-lo
(D) que desviava a água = que lhe desviava RESPOSTA: E
(E) supriam a necessidade = supriam-na
99-) (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS CI-
(A) que permitiu à civilização = que lhe permitiu = correta VIL – FCC/2014)
(B) envolveu diferentes fatores = envolveu-os = correta ... ele conciliava as noites de boemia com a rotina de professor,
(C) para fazer a dragagem = para fazê-la = correta pesquisador e zoólogo famoso.
(D) que desviava a água = que lhe desviava = que a desviava O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado
(E) supriam a necessidade = supriam-na = correta acima se encontra em:
RESPOSTA: D (A) Tem músicas com Toquinho, Elton Medeiros e Paulinho No-
gueira.
97-) (POLÍCIA CIVIL/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- (B) As músicas eram todas de Vanzolini.
NESP/2014) Assinale a alternativa em que a reescrita da frase – Os (C) Por mais incrível que possa parecer...
bons mecânicos sabiam lidar com máquinas e construir toda espé- (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade.
cie de engenhoca. – está correta quanto à concordância, de acordo (E) ... porque não espalha...
com a norma-padrão da língua.
(A) Toda espécie de engenhoca eram construídas por bons me- Conciliava = pretérito imperfeito do Indicativo
cânicos, os quais sabia lidar com máquinas. (A) Tem músicas = presente do Indicativo
(B) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ- (B) As músicas eram todas de Vanzolini. = pretérito imperfeito
nicos, os quais sabia lidar com máquinas. do Indicativo
(C) Toda espécie de engenhoca eram construída por bons me- (C) Por mais incrível que possa parecer... = presente do Sub-
cânicos, os quais sabiam lidar com máquinas. juntivo
(D) Toda espécie de engenhoca era construídas por bons mecâ- (D) ... os fortes laços que unem campo e cidade. = presente do
nicos, os quais sabia lidar com máquinas. Indicativo
(E) Toda espécie de engenhoca era construída por bons mecâ- (E) ... porque não espalha... = presente do Indicativo
nicos, os quais sabiam lidar com máquinas. RESPOSTA: B

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LÍNGUA PORTUGUESA
100-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E 104-) (TRT 19ª - ANALISTA JUDICIÁRIO – ESTATÍSTICA –
COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINISTRATIVO FCC/2014) Sentava-se mais ou menos ...... distância de cinco metros
– CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar satisfeita com os do professor, sem grande interesse. Estudava de manhã, e ...... tar-
resultados das negociações”, o adjetivo estará corretamente em- des passava perambulando de uma praça ...... outra, lendo algum
pregado se dirigido a ministro de Estado do sexo masculino, pois livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros, en-
o termo “satisfeita” deve concordar com a locução pronominal de tregue somente ...... discrição de si mesmo.
tratamento “Vossa Excelência”. Preenchem corretamente as lacunas da frase acima, na ordem
( ) CERTO ( ) ERRADO dada:
Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo feminino (ministra), A) a - às - à - a
o adjetivo está correto; mas, se for do sexo masculino, o adjetivo B) à - as - a - à
sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O pronome de tratamento é C) a - as - à - a
apenas a maneira de como tratar a autoridade, não concordando D) à - às - a - à
com o gênero (o pronome de tratamento, apenas). E) a - às - a - a
RESPOSTA: ERRADO
Sentava-se mais ou menos À distância de cinco metros (palavra
101-) (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL – MÉDICO DO TRABA- “distância” especificada) do professor, sem grande interesse. Estu-
LHO – CESPE/2014) O emprego do acento gráfico em “incluíram” dava de manhã, e AS tardes (artigo + substantivo; lemos “e durante
e “número” justifica-se com base na mesma regra de acentuação. as tardes”) passava perambulando de uma praça A outra, lendo al-
( ) CERTO ( ) ERRADO gum livro, percebendo, vez ou outra, o comportamento dos outros,
entregue somente À (regência verbal de “entregue”: entregue algo
Incluíram = regra do hiato / número = proparoxítona a alguém) discrição de si mesmo.
RESPOSTA: ERRADO Temos: à / as / a / à.
RESPOSTA: B
102-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
UFAL/2014 - adaptada) Dado o trecho abaixo, 105-) (RECEITA FEDERAL - AUDITOR FISCAL – ESAF/2014)
“Passai, passai, desfeitas em tormentos, Assinale a opção que corresponde a erro gramatical ou de grafia de
Em lágrimas, em prantos, em lamentos” palavra inserido na transcrição do texto.
SOUZA, Cruz e. Broqueis. São Paulo: L&PM Pochet, 2002.
No desenho constitucional, os tributos são fonte importantís-
O verbo do primeiro verso, se utilizado na 2ª pessoa do singu- sima dos recursos financeiros de cada ente político, recursos esses
lar, resulta na seguinte forma: indispensáveis para que façam frente ao (1) seu dever social. Con-
A) Passe, passe, desfeitas em tormentos. sequentemente, o princípio federativo é indissociável das compe-
B) Passem, passem, desfeitas em tormentos. tências tributárias constitucionalmente estabelecidas. Isso porque
C) Passa, passa, desfeitas em tormentos. tal princípio prevê (2) a autonomia dos diversos entes integrantes
D) Passas, passas, desfeitas em tormentos. da federação (União, Estados, DF e Municípios). A exigência da au-
E) Passam, passam, desfeitas em tormentos. tonomia econômico financeira determina que seja outorgado (3)
a cada ente político vários tributos de sua específica competência,
“Passai, passai, desfeitas em tormentos.” Os verbos estão no para, por si próprios, instituírem (4) o tributo e, assim, terem (5) sua
Modo Imperativo Afirmativo, segunda pessoa do plural (vós). Para própria receita tributária.
descobrirmos como ficarão na segunda do singular (tu), conjugue- (Adaptado de: <http://www.ambito-juridico.com.br/site>.
mos o verbo “passar” no Presente do Indicativo (que é de onde co- Acesso em: 17mar. 2014.)
piamos o Afirmativo, sem o “s” final): Eu passo, tu passas, ele passa,
nós passamos, vós passais, eles passam. Percebeu como o “passai” A) (1)
pertence a “vós”? Bastou retirar o “s” = passai (como no verso). B) (2)
Agora, retiremos o “s” do verbo conjugado com o “tu”: “passa”. Te- C) (3)
remos, então, a construção: “Passa, passa...”. D) (4)
RESPOSTA: C E) (5)
No item 3, a forma correta do trecho é: “A exigência da autono-
103-) (EBSERH/HUCAM-UFES - ADVOGADO - AOCP/2014) Em mia econômico financeira determina que sejam outorgados a cada
“Todos sabem como termina a história, tragicamente.”, a expressão ente político vários tributos de sua específica competência”.
destacada indica RESPOSTA: C
A) meio
B) tempo. 106-) (TCE-RS - AUDITOR PÚBLICO EXTERNO - ENGENHARIA
C) fim. CIVIL - CONHECIMENTOS BÁSICOS – FCC/2014) Transpondo-se
D) modo. para a voz passiva o segmento sublinhado em É possível que os
E) condição. tempos modernos tenham começado a desfavorecer a solução do
jeitinho, a forma obtida deverá ser:
Geralmente, os advérbios terminados em “-mente” indicam A) tenha começado a ser desfavorecida.
“modo”. No caso, de maneira trágica, tragicamente. B) comecem a desfavorecer.
RESPOSTA: D C) terá começado a ser desfavorecida.
D) comecem a ser desfavorecidos.
E) estão começando a se desfavorecer.

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LÍNGUA PORTUGUESA
“É possível que os tempos modernos tenham começado a des- Podemos responder por eliminação, o que nos ajudaria a che-
favorecer a solução do jeitinho” – se na voz ativa temos três verbos, gar à resposta correta rapidamente. Veja: ORdinal lembra ORdem =
na passiva teremos quatro (lembrando que o verbo “ter” é auxiliar): a alternativa que representa um numeral ordinal é a II – o que nos
“É possível que a solução do jeitinho tenha começado a ser desfavo- leva a procurar o item que tenha “ordinal” como segundo elemento
recida pelos tempos modernos”. da classificação. Chegamos à letra A – única resposta correta!
RESPOSTA: A RESPOSTA: A

107-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO- 110-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto à colo- TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Nas al-
cação pronominal. ternativas abaixo, apenas UM vocábulo DEVE, NECESSARIAMENTE,
(A) Certamente delineou-se um cenário infernal com assassi- ser acentuado. Assim, assinale a opção CORRETA.
natos brutais. A) Intimo.
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame. B) Ate.
(C) Se completam, em 2014, 20 anos do genocídio em Ruanda. C) Miseria.
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se do vírus D) Policia.
do ódio. E) Amem.
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se mudanças em A) Intimo – eu a intimo a comparecer... (verbo) / amigo íntimo
Ruanda. (adjetivo)
B) Ate – quer que eu ate o nó? (verbo) / Ele veio até mim (pre-
Correções: posição)
(A) Certamente delineou-se = certamente se delineou (advér- C) Miseria. – deve ser acentuada (miséria – substantivo)
bio) D) Policia – ela não se policia (verbo – igual “vigiar”, “contro-
(B) A frente que se opôs aos hutus foi liderada por Paul Kagame lar”) / Quero trabalhar na polícia! (substantivo)
= correta. E) Amem – (verbo) / amém (interjeição)
(C) Se completam = completam-se (início de período) Que Deus o abençoe! Amém! Que vocês se amem! Amém!
(D) Kagame reconhece que as pessoas não livraram-se = não se RESPOSTA: C
livraram (advérbio de negação)
(E) Com Kagame como presidente, têm feito-se = têm-se feito 111-) (CGE-MA - AUDITOR - CONHECIMENTOS BÁSICOS -
RESPOSTA: B FGV/2014) “...Marx e Engels e outros pensadores previram um futu-
ro redentor...”. Nesse segmento o verbo irregular prever é conjuga-
108-) (POLÍCIA CIVIL/SP - OFICIAL ADMINISTRATIVO - VU- do de forma correta no pretérito perfeito do indicativo.
NESP/2014) Considerando as regras de concordância verbal, o ter- Assinale a frase em que a forma desse mesmo verbo está con-
mo em destaque na frase – Segundo alguns historiadores, houve jugada de forma errada.
dois sacolejões maiores na história da humanidade. – pode ser cor- A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão.
retamente substituído por: B) Elas preveem coisas impossíveis
A) ocorreram. C) Espero que elas prevejam boas coisas.
B) sucedeu-se. D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar.
C) existiu. E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente.
D) houveram.
E) aconteceu Cuidado com a pegadinha! O enunciado quer a alternativa In-
correta. Teremos 4 corretas!
Podemos resolver por eliminação: dos verbos apresentados A) Quando ele prever o resultado, todos se espantarão. = quan-
nas alternativas, o único que não sofre flexão é o “haver”, deven- do ele previr
do, portanto, permanecer no singular. Eliminemos a D. Os demais, B) Elas preveem coisas impossíveis = correta
que deveriam estar flexionados (sucederam-se, existiram, aconte- C) Espero que elas prevejam boas coisas = correta
ceram), não estão. Restou-nos a alternativa com a opção coreta: D) Ela já previra o resultado, antes de a partida terminar = cor-
ocorreram. reta
RESPOSTA: A E) Se todos previssem a vida, ela seria diferente = correta
RESPOSTA: A
109-) (ESTRADA DE FERRO CAMPOS DO JORDÃO/SP - ANALIS-
TA FERROVIÁRIO - OFICINAS – ELÉTRICA – IDERH/2014) Consi- 112-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SP – AUXILIAR DE PROMOTO-
dere os numerais sublinhados a seguir: RIA – VUNESP/2014) Assinale a alternativa correta quanto ao uso
I (...) Copa do Mundo de 2014 (...) do acento indicativo da crase.
II (...) primeiro jogo (...) (A) Os meninos querem que a chuva comece à cair.
III (...) três unidades (...) (B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa.
IV (...) mais de 10 anos. (C) As borboletas vão de um jardim à outro.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém.
Tais numerais são classificados, CORRETA e respectivamente, (E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva.
de cima para baixo, como:
A) Cardinal, ordinal, cardinal e cardinal.
B) Cardinal, cardinal, ordinal e cardinal.
C) Cardinal, cardinal, ordinal e multiplicativo.
D) Cardinal, fracionário, ordinal e cardinal.
E) Cardinal, fracionário, multiplicativo e cardinal.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) Os meninos querem que a chuva comece à cair = a cair RESPOSTA: A
(verbo no infinitivo)
(B) E os meninos ficam à espera de chuva intensa = correta 116-) (PREFEITURA DE SÃO PAULO/SP – AUDITOR FISCAL
(dica: dá para substituir por “esperando”) TRIBUTÁRIO MUNICIPAL – CETRO/2014 - adaptada) Assinale a
(C) As borboletas vão de um jardim à outro = a outro (palavra alternativa que contém duas palavras acentuadas conforme a mes-
masculina) ma regra.
(D) Mas a chuva não chega à ninguém = a ninguém (pronome (A) “Hambúrgueres” e “repórter”.
indefinido) (B) “Inacreditáveis” e “repórter”.
(E) As borboletas ainda não perceberam à leve chuva = a leva (C) “Índice” e “dólares”.
(objeto direto, sem preposição) (D) “Inacreditáveis” e “atribuídos”.
RESPOSTA: B (E) “Atribuídos” e “índice”.

113-) (IBGE - SUPERVISOR DE PESQUISAS – ADMINISTRA- (A) “Hambúrgueres” = proparoxítona / “repórter” = paroxítona
ÇÃO - CESGRANRIO/2014) Em “Há políticas que reconhecem a in- (B) “Inacreditáveis” = paroxítona / “repórter” = paroxítona
formalidade”, ao substituir o termo destacado por um pronome, de (C) “Índice” = proparoxítona / “dólares” = proparoxítona
acordo com a norma-padrão da língua, o trecho assume a formula- (D) “Inacreditáveis” = paroxítona / “atribuídos” = regra do hiato
ção apresentada em: (E) “Atribuídos” = regra do hiato / “índice” = proparoxítona
A) Há políticas que a reconhecem. RESPOSTA: B
B) Há políticas que reconhecem-a.
C) Há políticas que reconhecem-na. 117-) (SUSAM/AM- ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –
D) Há políticas que reconhecem ela. FGV/2014 - adaptada) “Ainda assim, por força da longa estiagem
E) Há políticas que lhe reconhecem. que afetou o Sudeste e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sis-
tema Elétrico (NOS) trabalha com uma estimativa de que no atual
Primeiramente identifiquemos se temos objeto direto ou indi- período úmido o volume de chuvas não ultrapasse 67% da
reto. Reconhece o quê? Resposta: a informalidade. Pergunta e res- média histórica nas áreas que abrigam os principais reservatórios
posta sem preposição, então: objeto direto. Não utilizaremos “lhe” das hidrelétricas”. Nesse segmento, é correto colocar uma vírgula
– que é para objeto indireto. Como temos a presença do “que” – in- (A) após a forma verbal “abrigam”. 
dependente de sua função no período (pronome relativo, no caso!) (B)  após o substantivo “áreas”. 
– a regra pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a (C)  após o substantivo “estimativa”. 
reconhecem. (D) após “de que” e antes de “o volume”. 
RESPOSTA: A (E)  após “chuvas” e antes de “nas áreas”. 

114-) (UNESP - CAMPUS DE ARARAQUARA/FCL - ASSISTEN- “Ainda assim, por força da longa estiagem que afetou o Sudeste
TE OPERACIONAL II – JARDINAGEM – VUNESP/2014) As discus- e o Centro‐Oeste, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (NOS)
sões na internet _____ o consumidor ______ buscar preços mais trabalha com uma estimativa de que no atual período úmido o vo-
______. lume de chuvas não ultrapasse 67% da média histórica nas
(A) leva ... à ... vantajoso. áreas que abrigam os principais reservatórios das hidrelétricas”.
(B) levam ... à ... vantajosos. (A) após a forma verbal “abrigam” – incorreta (não posso sepa-
(C) leva ... a ... vantajoso. rar o verbo de seu complemento - objeto). 
(D) leva ... à ... vantajosos. (B)  após o substantivo “áreas” – incorreta (mudaríamos o sen-
(E) levam ... a ... vantajosos. tido do período, já que passaríamos uma oração adjetiva restritiva
para uma explicativa – fato que generalizaria o termo “áreas”, dan-
As discussões na internet levam o consumidor a buscar (verbo do a entender que todas abrigam reservatórios). 
no infinitivo = sem acento grave) preços mais vantajosos. (C)  após o substantivo “estimativa” – incorreta (separaria subs-
RESPOSTA: E tantivo de seu complemento). 
(D) após “de que” e antes de “o volume” – correta (não haveria
115-) (PETROBRAS – CONHECIMENTOS BÁSICOS PARA mudança no período, dando ao termo uma função de aposto expli-
TODOS OS CARGOS – NÍVEL SUPERIOR – CESGRANRIO/2014 cativo, por exemplo). 
- adaptada) No trecho “Um mundo habitado por seres com habi- (E)  após “chuvas” e antes de “nas áreas” – incorreta – separaria
lidades sobre- -humanas parece ficção científica”, a pa- sujeito de predicado
lavra destacada apresenta hífen porque a natureza das partes que RESPOSTA: D
a compõem assim o exige. O grupo em que todas as palavras estão
grafadas de acordo com a ortografia oficial é 118-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - adap-
(A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural tada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por muitos o maior
(B) girassol, bem-humorado, batepapo maratonista de todos os tempos” para a voz ativa, encontramos a
(C) hiper-glicemia, vice-presidente, pontapé seguinte forma verbal:
(D) pan-americano, inter-estadual, vagalume A) consideravam.
(E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal B) consideram.
C) considerem.
(A) erva-doce, mal-entendido, sobrenatural = corretas D) considerarão.
(B) girassol, bem-humorado, batepapo (bate-papo) E) considerariam.
(C) hiper-glicemia – (hiperglicemia), vice-presidente, pontapé
(D) pan-americano, inter-estadual (interestadual) , vagalume
(E) subchefe, pós-graduação, inter-municipal (intermunicipal)

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LÍNGUA PORTUGUESA
É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista de todos os II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
tempos = dois verbos na voz passiva, então na ativa teremos UM: jeito.
muitos o consideram o maior maratonista de todos os tempos. III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
RESPOSTA: B pronome a que se refere.
IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
119-) (INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TEC- xionou.
NOLOGIA/SP – ADMINISTRADOR – FUNDEP/2014) Leia:
Estão corretas as afirmativas
____ um mês, uma turma de operários se posta ___ entrada da A) I, II, III e IV.
fábrica pela manhã e só sai ___ uma hora da tarde. Espera-se que a B) I, II e IV, apenas.
greve termine daqui ___ uma semana. C) I, II e III, apenas.
D) I, III e IV, apenas.
Assinale a alternativa que completa CORRETAMENTE as lacu- E) II, III e IV, apenas.
nas da frase acima, na respectivamente ordem.
A) Há – à – a – a. • Quando elas dirigem, ficam meio nervosas.
B) Há – à – à – a. • As crianças estavam sós no carro.
C) A – a – a – há. • Ela mesma se dirigiu ao DETRAN.
D) Há – a – à – há. • Os carros custam caro.

HÁ (tempo passado) um mês, uma turma de operários se pos- Acerca das regras de concordância que justificam o emprego
ta À (“na”) entrada da fábrica pela manhã e só sai À uma hora da dos termos anteriores, analise.
tarde. Espera-se que a greve termine daqui A (tempo futuro) uma I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
semana. xionou = correta.
Ficou: há / à / à / a. II. A palavra “sós” é um adjetivo, por isso concorda com o su-
RESPOSTA: B jeito = correta.
III. A palavra “mesma” sempre concorda com o substantivo e o
120-) (ADVOCACIA GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CON- pronome a que se refere = correta.
TABILIDADE – IDECAN/2014) Os vocábulos “cinquentenário” e (Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso – Quite: Estas pa-
“império” são acentuados devido à mesma justificativa. O mesmo lavras adjetivas concordam em gênero e número com o substantivo
ocorre com o par de palavras apresentado em ou pronome a que se referem)
A) prêmio e órbita. IV. A palavra “caro” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
B) rápida e tráfego xionou. = correta
C) satélite e ministério. RESPOSTA: A
D) pública e experiência.
E) sexagenário e próximo. 122-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014) A linguagem por meio da
Cinquentenário e império = ambas são paroxítonas. Cuidado! O qual interagimos no nosso dia a dia pode revestir-se de nuances as
exercício quer que encontremos o par que tem a mesma justificati- mais diversas: pode apresentar-se em sentido literal, figurado, me-
va de acentuação entre as palavras que o compõem, não necessa- tafórico. A opção em cujo trecho utilizou-se linguagem metafórica é
riamente igual às do enunciado. a) O equilíbrio ou desequilíbrio depende do ambiente familiar.
A) prêmio = paroxítona / órbita = proparoxítona b) Temos medo de sair às ruas.
B) rápida = proparoxítona / tráfego = proparoxítona c) Nestes dias começamos a ter medo também dentro dos sho-
C) satélite = proparoxítona / ministério = paroxítona ppings.
D) pública = proparoxítona / experiência = paroxítona d) Somos esse novelo de dons.
E) sexagenário = paroxítona / próximo = proparoxítona e) As notícias da imprensa nos dão medo em geral.

Cuidado! O exercício quer que encontremos o par que tem a A alternativa que apresenta uma linguagem metafórica (figura-
mesma justificativa de acentuação entre as palavras que o com- da) é a que emprega o termo “novelo” fora de seu contexto habitual
põem, não necessariamente igual às do enunciado. (novelo de lã, por exemplo), representando, aqui, um emaranhado,
RESPOSTA: B um monte, vários dons.
RESPOSTA: D
121-) (DETRAN/RO – ANALISTA EM TRÂNSITO - ADMINIS-
TRADOR – IADES/2014) Observe o emprego das palavras destaca- 123-) (SECRETARIA DE SEGURANÇA PÚBLICA/PI – ESCRI-
das nas frases a seguir. VÃO DE POLÍCIA CIVIL – UESPI/2014 - adaptada) Identificamos as
• Quando elas dirigem, ficam meio nervosas. seguintes palavras formadas pelo processo de derivação regressiva:
• As crianças estavam sós no carro. A) arma e formação.
• Ela mesma se dirigiu ao DETRAN. B) combate e guerreiros.
• Os carros custam caro. C) combate e ataque.
D) lanças e armas.
Acerca das regras de concordância que justificam o emprego E) ataque e situação.
dos termos anteriores, analise.
I. A palavra “meio” é um advérbio, razão pela qual não se fle-
xionou.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Palavra formada pela derivação regressiva é aquela que resulta 128-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014)
de um verbo transformado em substantivo, geralmente. Por exem- Qual das frases abaixo está correta quanto à concordância verbal?
plo: caça deriva de caçar; pesca, de pescar. Dentre as apresenta- A) Agora sou eu que escolhe o trajeto.
das nas alternativas, as que derivam de tal processo são: combate B) Restaura-se pneus.
(combater) e ataque (atacar). C) Haviam garrafas vazias ao lado do poste.
RESPOSTA: C D) Faz cinco dias que ele não aparece por aqui.
E) Falta cinco minutos para as dez.
124-) (RIOPREVIDÊNCIA – ESPECIALISTA EM PREVIDÊNCIA
SOCIAL – CEPERJ/2014) A palavra “infraestrutura” é formada pelo A) Agora sou eu que escolhe (escolho) o trajeto. (para deixar-
seguinte processo: mos “escolhe”, deveríamos utilizar: Sou eu quem escolhe”)
A) sufixação B) Restaura-se pneus. = restauram-se pneus (pneus são restau-
B) prefixação rados)
C) parassíntese C) Haviam garrafas vazias ao lado do poste. = havia garrafas (ha-
D) justaposição ver no sentido de existir não sofre flexão)
E) aglutinação D) Faz cinco dias que ele não aparece por aqui. = correta
E) Falta cinco minutos para as dez. = faltam cinco
Temos apenas a junção do prefixo “infra” ao radical “estrutura”, RESPOSTA: D
portanto: prefixação.
RESPOSTA: B 129-) (CEFET – ASSISTENTE DE ALUNOS – CESGRAN-
RIO/2014 - adaptada) A expressão destacada está adequadamente
125-) (MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICMBIO – CES- substituída pelo pronome, de acordo com a norma-padrão, em:
PE/2014) A mesma regra de acentuação gráfica se aplica aos vocá- (A) “Para estimular crianças e jovens a escrever” - estimular-
bulos “Brasília”, “cenário” e “próprio”. -lhes
( ) CERTO ( ) ERRADO (B) “organizamos o pensamento segundo um código comum”
- organizamos-lhe
Brasília = paroxítona terminada em ditongo / cenário = paro- (C) “Todo professor conhece este segredo” - conhece-o
xítona terminada em ditongo / próprio = paroxítona terminada em (D) “Mesmo ao escrever um diário secreto” - escrevo-no
ditongo (E) “não importa há quantos anos exerça o magistério” - exer-
RESPOSTA: CERTO ça-lo

126-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/SE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (A) “Para estimular crianças e jovens a escrever” - estimular-
CESPE/2014 - adaptada) No trecho “deu início à sua caminhada -lhes = estimulá-los
cósmica”, o emprego do acento grave indicativo de crase é obriga- (B) “organizamos o pensamento segundo um código comum” -
tório. organizamos-lhe = organizamo-lo
( ) CERTO ( ) ERRADO (C) “Todo professor conhece este segredo” - conhece-o = cor-
reta
“deu início à sua caminhada cósmica” – o uso do acento indi- (D) “Mesmo ao escrever um diário secreto” - escrevo-no = es-
cativo de crase, neste caso, é facultativo; foi utilizado para evitar crevê-lo
ambiguidade. (E) “não importa há quantos anos exerça o magistério” - exer-
RESPOSTA: ERRADO ça-lo = exerça-o
RESPOSTA: C
127-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) 130-) (TRIBUNAL DE CONTAS DO DISTRITO FEDERAL/DF –
Apenas uma das frases abaixo está correta quanto à colocação do CONHECIMENTOS BÁSICO PARA OS CARGOS 1, 2, 3, 5, 6 E 7
acento indicativo de crase. Assinale-a. – CESPE/2014 - adaptada) (...) Há décadas, países como China e
A) O rapaz foi levado à presença do diretor. Índia têm enviado estudantes para países centrais, com resultados
B) Ele preferiu voltar para casa à pé. muito positivos.(...)
C) Os dois motoristas infratores ficaram frente à frente. A forma verbal “Há” poderia ser corretamente substituída por
D) Chegamos à um cruzamento e paramos o veículo. Fazem.
E) Ele começou à perceber que não tinha razão. ( ) CERTO ( ) ERRADO
A) O rapaz foi levado à presença do diretor. = correta
B) Ele preferiu voltar para casa à pé. = a pé (palavra masculina) O verbo “fazer”, quando empregado no sentido de tempo pas-
C) Os dois motoristas infratores ficaram frente à frente. = frente sado, não sofre flexão. Portanto, sua forma correta seria: “faz dé-
a frente (palavras repetidas) cadas”.
D) Chegamos à um cruzamento e paramos o veículo. = a um RESPOSTA: ERRADO
(palavra masculina)
E) Ele começou à perceber que não tinha razão. = a perceber 131-) (CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA/SP – TÉCNI-
(verbo no infinitivo) CO DE ENFERMAGEM – CETRO/2014)
RESPOSTA: A Com relação à colocação pronominal e de acordo com a norma-
-padrão da Língua Portuguesa, assinale a alternativa correta.
(A) Nada perturba-me mais.
(B) Tornarei-me uma nova pessoa.
(C) Me convidarão para a festa em breve.
(D) Quanto me cobrará pelo serviço prestado?
(E) Eles não importaram-se com a notícia trágica.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) Nada perturba-me mais. = nada me perturba 134-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA
(B) Tornarei-me uma nova pessoa. = tornar-me-ei ADMINISTRATIVA – FCC/2014)
(C) Me convidarão para a festa em breve. = convidar-me-ão Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar uma ob-
(D) Quanto me cobrará pelo serviço prestado? = correta servação de Machado de Assis”, a forma verbal resultante deverá
(E) Eles não importaram-se com a notícia trágica. = não se ser
importaram (A) terei glosado
RESPOSTA: D (B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada
132-) (ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE PERNAM- (D) será glosada
BUCO/PE – ANALISTA LEGISLATIVO – ESPECIALIDADE CONTA- (E) terá sido glosada
BILIDADE – FCC/2014) Considerada a norma culta escrita, há cor-
reta substituição de estrutura nominal por pronome em: “vou glosar uma observação de Machado de Assis” – “vou glo-
(A) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes sar” expressa “glosarei”, então teremos na passiva: uma observação
antecipadamente. de Machado de Assis será glosada por mim.
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do ver- RESPOSTA: D
bo fabricar se extraiu-lhe.
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. 135-) (MINISTÉRIO PÚBLICO/SC – ANALISTA EM TECNO-
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de co- LOGIA DA INFORMAÇÃO – FEPESE/2014 - adaptada) Considere
nhecê-las. o trecho e analise as afirmativas a seguir, tendo em vista a norma
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. padrão da língua portuguesa.
“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer co-
(A) Agradeço antecipadamente sua resposta // Agradeço-lhes
migo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de
= agradeço-a
um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este
(B) do verbo fabricar se extraiu o substantivo fábrica. // do ver-
ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem
bo fabricar se extraiu-lhe. = extraiu-o
o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe
(C) não faltam lexicógrafos // não faltam-os. = não os faltam
(D) Gostaria de conhecer suas considerações // Gostaria de co- rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime
nhecê-las. = correta louvor ao nosso ilustre finado.”
(E) incluindo a palavra ‘aguardo’ // incluindo ela. = incluindo-a 1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores
RESPOSTA: D as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o
morto.
133-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO – ÁREA 2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser des-
ADMINISTRATIVA – FCC/2014) locada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o
O verbo indicado entre parênteses deverá flexionar-se de modo pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas.
a concordar com o elemento sublinhado na frase: 3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”,
(A) As características a que (dever) atender um prefácio podem pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo
torná-lo um estraga-prazeres. deve concordar com seu sujeito.
(B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente 4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas
inteiramente inútil de um livro. como adjetivos.
(C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as pági- 5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica
nas de um prefácio do que o texto principal de um livro. a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que
(D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto
Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. resumitivo.
(E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas.
possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. A. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1 e 2.
B. ( ) São corretas apenas as afirmativas 2 e 5.
(A) As características a que (dever) atender um prefácio podem C. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 3.
torná-lo um estraga-prazeres. = o verbo deve ficar no singular D. ( ) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 5.
(B) Há casos em que o prefácio se (revelar) um componente E. ( ) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.
inteiramente inútil de um livro. = o verbo deve ficar no singular
(C) Às vezes, numa bibliografia (ganhar) mais destaque as pági-
“Vós, que o conhecestes, meus senhores, vós podeis dizer co-
nas de um prefácio do que o texto principal de um livro. = ganham
migo que a natureza parece estar chorando a perda irreparável de
mais destaque as páginas
um dos mais belos caracteres que têm honrado a humanidade. Este
(D) Não é incomum que se (recorrer) a frases de Machado de
ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que cobrem
Assis para glosá-las, dada a graça que há nelas. = o verbo deve ficar
no singular o azul como um crepe funéreo, tudo isso é a dor crua e má que lhe
(E) O autor confessa o que a muitos (parecer) impensável: é rói à Natureza as mais íntimas entranhas; tudo isso é um sublime
possível gostar mais de um prefácio do que do restante da obra. = o louvor ao nosso ilustre finado.”
verbo deve ficar no singular 1. Trata-se de um discurso direto, que tem como interlocutores
RESPOSTA: C as pessoas presentes no velório e como finalidade homenagear o
morto. = correta
2. A expressão “meus senhores” é um vocativo e pode ser des-
locada para o início do enunciado, ou para imediatamente após o
pronome inicial, mantendo-se isolada por vírgulas. = correta

56
LÍNGUA PORTUGUESA
3. A forma verbal “têm” não poderia estar no singular “tem”, (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da velocida-
pois estaria ferindo a regra de concordância segundo a qual o verbo de e do progresso...”
deve concordar com seu sujeito. = incorreta
4. As palavras “sombrio”, “escuras” e “azul” estão empregadas (A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e fazer
como adjetivos. = incorreta: justiça com as próprias mãos = adição
Ar sombrio (adjetivo), nuvens escuras (adjetivo) o azul (devido (B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas institui-
à presença do artigo, azul funciona como substantivo – derivação ções = adição
imprópria) (C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquis-
5. As duas ocorrências de “tudo isso” fazem remissão anafórica tas e mais nos fascistas italianos = ideia de oposição
a “Este ar sombrio, estas gotas do céu, aquelas nuvens escuras que (D) “...desprezando o passado e a tradição = adição
cobrem o azul como um crepe funéreo”, e funcionam como aposto (E) “...capaz de exprimir a experiência da violência, da velocida-
resumitivo. = correta de e do progresso = adição
Corretas: 1, 2 e 5. RESPOSTA: C
RESPOSTA: D
139-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
136-) (PREFEITURA DE BALNEÁRIO CAMBORIÚ/SC – GUAR- BLICA DO DISTRITO FEDERAL /DF – ARQUIVISTA – IADES/2014
DA MUNICIPAL – FEPESE/2014) - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados no verso “Escolho
Assinale a alternativa em que todas as palavras são oxítonas. os filmes que eu não vejo no elevador”, fossem empregados, res-
A-) pé, lá, pasta pectivamente, Esquecer e gostar, a nova redação, de acordo com as
B-) mesa, tábua, régua regras sobre regência verbal e concordância nominal prescritas pela
C-) livro, prova, caderno norma-padrão, deveria ser
D-) parabéns, até, televisão (A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
E-) óculos, parâmetros, título (B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no elevador.
A-) pé = monossílaba / lá = monossílaba / pasta = paroxítona (D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no elevador.
B-) mesa = paroxítona / tábua = paroxítona / régua = paroxí- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
tona
C-) livro = paroxítona / prova = paroxítona / caderno = paro- “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”: substituindo-
xítona -se os verbos em destaque pelos indicados no enunciado teremos:
D-) parabéns = oxítona / até = oxítona / televisão = oxítona “Esqueço os filmes dos quais eu não gosto no elevador”.
E-) óculos = proparoxítona / parâmetros = proparoxítona / títu- RESPOSTA: E
lo = proparoxítona 140-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
RESPOSTA: D BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA
– IADES/2014) Caso fosse necessário substituir o termo destacado
137-) (BANCO DO NORDESTE – ANALISTA BANCÁRIO – em “Basta apresentar um documento” por um pronome, de acordo
FGV/2014 - adaptada) “A única solução para tantos infortúnios se-
com a norma-padrão, a nova redação deveria ser
ria convidar o papa Francisco para apitar a final do Mundial, desde
(A) Basta apresenta-lo.
que Sua Santidade não roube a favor da Argentina...”; se, em lugar
(B) Basta apresentar-lhe.
de “o Papa Francisco” estivesse “o rei da Espanha”, a forma “Sua
(C) Basta apresenta-lhe.
Santidade” deveria ser substituída adequadamente por:
(D) Basta apresentá-la.
(A) Vossa Excelência;
(E) Basta apresentá-lo.
(B) Vossa Majestade;
(C) Vossa Senhoria;
Apresentar o quê? O documento = objeto direto, sem preposi-
(D) Sua Excelência;
(E) Sua Majestade. ção – então esqueçamos o “lhe” (para objeto indireto). Restaram-
Primeiramente lembremo-nos de quando utilizar “Vossa” e -nos os itens A, D e E. Em D, o pronome está no feminino (la), e
“Sua”: aquele é para quando nos dirigimos à autoridade (“frente o termo a ser substituído é masculino (um documento). Descarte-
a frente”); este, quando falamos da autoridade (em sua ausência). mo-la. A acentuação dos verbos com pronome oblíquo segue a re-
Sendo assim, descartemos as alternativas A, B e C. Agora basta sa- gra de acentuação normalmente, desconsiderando-se o pronome,
bermos qual o pronome adequado a ser utilizado para reis: Majes- claro! = apresentá-lo (oxítona). Temos, então: “Basta apresentá-lo”.
tade. RESPOSTA: E
RESPOSTA: E
141-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
138-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔNICA –
ANALISTA DE APOIO À ASSISTÊNCIA JURÍDICA – FGV/2014) A IADES/2014) Conforme a norma-padrão, assinale a alternativa que
alternativa em que os elementos unidos pela conjunção E não estão apresenta outra redação possível para o período “Basta apresentar
em adição, mas sim em oposição, é: um documento de identificação aos funcionários posicionados no
(A) “...a disposição do povo de agir por conta própria e fazer bloqueio de acesso.”
justiça com as próprias mãos...” (A) Basta o qual seja apresentado um documento de identifica-
(B) “...como sintoma de descrença nos políticos e nas institui- ção aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso.
ções:...” (B) Basta se apresentarem aos funcionários posicionados no
(C) “...os nossos mascarados se inspiram menos nos anarquis- bloqueio de acesso um documento de identificação.
tas e mais nos fascistas italianos...” (C) Basta que sejam apresentados aos funcionários posiciona-
(D) “...desprezando o passado e a tradição...” dos no bloqueio de acesso um documento de identificação.

57
LÍNGUA PORTUGUESA
(D) Basta que seja apresentado aos funcionários posicionados en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) = ao radical
no bloqueio de acesso um documento de identificação. “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo “ido”, ou seja,
(E) Bastam se apresentarem aos funcionários posicionados no “entristecido” é palavra derivada do processo de formação de pa-
bloqueio de acesso um documento de identificação. lavras chamado de: prefixação e sufixação. Para o exercício, basta
“derivada”!
“Basta apresentar um documento de identificação aos funcio- RESPOSTA: C
nários posicionados no bloqueio de acesso.”
(A) Basta o qual (?) seja apresentado um documento de identi- 144-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
ficação aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso. AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) No
(B) Basta se apresentarem (?) aos funcionários posicionados no verso “Essa dor doeu mais forte”, pode-se perceber a presença de
bloqueio de acesso um documento de identificação. uma figura de linguagem denominada:
(C) Basta que sejam apresentados (deveriam estar no singular) A) ironia
aos funcionários posicionados no bloqueio de acesso um documen- B) pleonasmo
to de identificação. C) comparação
(D) Basta que seja apresentado aos funcionários posicionados D) metonímia
no bloqueio de acesso um documento de identificação. = correta
(E) Bastam se apresentarem (?) aos funcionários posicionados Repetição de ideia = pleonasmo (essa dor doeu).
no bloqueio de acesso um documento de identificação. RESPOSTA: B
RESPOSTA: D
145-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
142-) (SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO DIS- AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Em
TRITO FEDERAL/DF – ANALISTA – IADES/2014 - adaptada) De “Lá eu trabalhei também”, o termo em destaque pode ser classifi-
acordo com a norma-padrão e as questões gramaticais que envol- cado, sintaticamente, como:
vem o trecho “Frustrei-me por não ver o Escola”, é correto afirmar A) adjunto adverbial
que B) adjunto adnominal
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que acom- C) objeto direto
panha. D) complemento nominal
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes do
verbo que acompanha. “Lá” é, morfologicamente, um advérbio (de lugar). Os advér-
(C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. bios, geralmente, exercem a função sintática de adjuntos adverbiais
(D) a inclusão do advérbio Não, no inı ́cio da oração “Frustrei- – como é o caso no enunciado.
-me”, tornaria a próclise obrigatória. RESPOSTA: A
(E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória.
146-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG –
“Frustrei-me por não ver o Escola” AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014) Ao
(A) “me” poderia ser deslocado para antes do verbo que acom- observar a concordância verbal em “Fui eu quem criou a terra”,
panha = Me frustrei = incorreta, pois não se inicia período com pro- conclui-se que:
nome oblíquo (é a regra!). A) o pronome relativo “quem” é sujeito do verbo “criou”.
(B) “me” deveria obrigatoriamente ser deslocado para antes do B) os dois verbos estão flexionados na mesma pessoa grama-
verbo que acompanha = respondi anteriormente! – na A tical.
(C) a ênclise em “Frustrei-me” é facultativa. = incorreta. Como C) se fosse usado “que” no lugar de “quem”, não haveria alte-
não há partícula que justifique a próclise, utiliza-se ênclise ração na concordância.
(D) a inclusão do advérbio Não, no inı ́cio da oração “Frustrei- D) o pronome “eu” é sujeito das duas orações.
-me”, tornaria a próclise obrigatória. = Não me frustrei = correta (o
advérbio de negação “atrairia” o pronome) “Fui eu quem criou a terra”
(E) a ênclise em “Frustrei-me” é obrigatória. = incorreta (em A) o pronome relativo “quem” é sujeito do verbo “criou”. =
termos!). Se houvesse partícula que justificasse a próclise, a ênclise correta
seria descartada – por isso que não está correto afirmar “obrigató- B) os dois verbos estão flexionados na mesma pessoa grama-
ria”. tical. = fui (primeira pessoa do singular) / criou (terceira pessoa do
RESPOSTA: D singular) = incorreta
C) se fosse usado “que” no lugar de “quem”, não haveria alte-
143-) (SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA SOCIAL/MG ração na concordância. = Fui eu que criei (haveria alteração verbal)
– AGENTE DE SEGURANÇA SOCIOEDUCATIVO – IBFC/2014 - = incorreta
adaptada) O vocábulo “entristecido” é um exemplo de: D) o pronome “eu” é sujeito das duas orações. = apenas do
A) palavra composta “fui” = incorreta
B) palavra primitiva RESPOSTA: A
C) palavra derivada
D) neologismo

58
LÍNGUA PORTUGUESA
147-) (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CO- 148-) (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CO-
MUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014 - adaptada) Analise as afir- MUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014 - adaptada) Assinale a al-
mativas. ternativa em que a acentuação de todas as palavras está de acordo
I. “O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) com a mesma regra da palavra destacada no título do texto: “Procu-
não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Finan- radorias comprovam necessidade de rendimento satisfatório para
ciamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com renovação do FIES”.
baixo rendimento acadêmico.” A) após / pó / paletó
II. “Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do fi- B) moído / juízes / caído
nanciamento estudantil, independentemente do baixo rendimento C) história / cárie / tênue
acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que en- D) álibi / ínterim / político
frentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a E) êxito / protótipo / ávido
levou a ter um baixo rendimento na universidade.”
De acordo com as expressões destacadas nos trechos anterio- Satisfatório = paroxítona terminada em ditongo
res, assinale a alternativa correta. A) após = oxítona / pó = monossílaba / paletó = oxítona
A) Nas expressões destacadas nos dois trechos, o uso do sinal B) moído = regra do hiato / juízes = regra do hiato / caído =
indicativo de crase é facultativo. regra do hiato
B) Em “a estudantes” (I), caso a flexão de número do substanti- C) história = paroxítona terminada em ditongo / cárie = paro-
vo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. xítona terminada em ditongo / tênue = paroxítona terminada em
C) Em “as estudantes” (II), caso a flexão de número do subs- ditongo
tantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obri- D) álibi = proparoxítona / ínterim = proparoxítona / político =
gatório. proparoxítona
D) Apenas no trecho I existe a possibilidade da ocorrência do E) êxito = proparoxítona / protótipo = proparoxítona / ávido =
fenômeno da crase acrescentando-se o artigo definido feminino proparoxítona
plural. RESPOSTA: C
E) “a estudantes” (I) e “as estudantes” (II) são expressões que
possuem o mesmo sentido, ocorrendo apenas mudança quanto à 149-) (ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO – TÉCNICO EM CO-
escolha discursiva do enunciador. MUNICAÇÃO SOCIAL – IDECAN/2014)
Acerca das relações sintáticas que ocorrem no interior do perí-
I. “O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) odo a seguir “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos,
não pode ser obrigado a prorrogar contratos do Fundo de Finan- perseguem bêbados na estrada e terminam o dia na delegacia fa-
ciamento ao Estudante do Ensino Superior (Fies) a estudantes com zendo seu relatório.”, é correto afirmar que
baixo rendimento acadêmico.” A) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”.
II. “Em duas ações, as estudantes pediam a prorrogação do fi- B) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é composto.
nanciamento estudantil, independentemente do baixo rendimento C) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de su-
acadêmico por elas apresentado. Uma das autoras alegava que en- jeito.
frentou problemas pessoais, pois sua filha estaria doente, o que a D) “facas” possui a mesma função sintática que “bêbados” e
levou a ter um baixo rendimento na universidade.” “relatório”.
E) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são termos que
A) Nas expressões destacadas nos dois trechos, o uso do sinal indicam circunstâncias que caracterizam a ação verbal.
indicativo de crase é facultativo.
Em I, o acento grave é proibido, já que “estudantes” está no “Policiais de Los Angeles tomam facas de criminosos, perse-
plural (generalizando) ; em II, também, pois “as” é artigo, sem ne- guem bêbados na estrada e terminam o dia na delegacia fazendo
cessidade de preposição seu relatório”
B) Em “a estudantes” (I), caso a flexão de número do substanti- A) “o dia” é sujeito do verbo “terminar”. = incorreta (é objeto)
vo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obrigatório. B) o sujeito do período, Policiais de Los Angeles, é composto. =
= prorrogar contratos aos estudantes (se fosse às estudantes, o con- incorreta (é simples: policiais)
trato seria apenas para alunas, o que não seria coerente) = incorreta C) “bêbados” e “criminosos” apresentam-se na função de sujei-
C) Em “as estudantes” (II), caso a flexão de número do subs- to. = incorreta (objetos)
tantivo fosse alterada, o sinal grave indicativo de crase seria obri- D) “facas” possui a mesma função sintática que “bêbados” e
gatório. = incorreta (“as estudantes” é sujeito da oração – artigo + “relatório”. = correta (objetos)
substantivo) E) “de criminosos”, “na estrada”, “na delegacia” são termos que
D) Apenas no trecho I existe a possibilidade da ocorrência do indicam circunstâncias que caracterizam a ação verbal. = incorreta
fenômeno da crase acrescentando- -se o artigo definido fe- (“na estrada” e “na delegacia” são adjuntos adverbiais, mas “de cri-
minino plural. = correta. Mas teríamos a situação que comentei no minosos” – objeto).
item “B”. RESPOSTA: D
E) “a estudantes” (I) e “as estudantes” (II) são expressões que
possuem o mesmo sentido, ocorrendo apenas mudança quanto à
escolha discursiva do enunciador. = incorreta. Em I, o termo tem a
função de objeto indireto; em II, sujeito.
RESPOSTA: D

59
LÍNGUA PORTUGUESA
150-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉ- 152-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VU-
DICO LEGISTA – VUNESP/2014) NESP/2014) Para atender à norma- -padrão da língua portu-
Considerando as regras de regência, de concordância e do em- guesa e manter o sentido do texto, o trecho em destaque deve ser
prego da crase, assinale a alternativa que preenche, correta e res- corretamente substituído por pronome como indicado na alterna-
pectivamente, as lacunas do texto a seguir. tiva:
Homens respondem pior ______ vacina da gripe (A) Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia... →
Quanto maior o nível de testosterona, menor é a resposta Eu escutava-nas, dormia...
_____ imunização, revela novo estudo americano. [...] (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista
Altos níveis do hormônio masculino ___________ a um enfra- para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-lhe licença
quecimento do sistema imune. para um telefonema aqui...
Mulheres respondem melhor _____ vacina contra a gripe do (C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis... →
que os homens. [...] passei a interromper-lhe...
Pesquisas experimentais [...] já tinham levantado suspeitas (D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em
_____ poderia haver uma interação entre testosterona e a resposta cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima.
autoimune. (E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo
(Excertos de artigo publicado na Folha de S.Paulo, 22 de janeiro os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu tio e imagino
de 2014) o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular...

(A) a ... à ... está associado ... a ... que Eu escutava as conversas, as notícias do rádio, dormia... → Eu
(B) à ... à ... estão associados ... à ... de que escutava-nas, dormia
(C) à ... à ... está associado ... à ... de que = eu as escutava
(D) à... a ... estão associado ... à ... a que (B) ... pouco a pouco, fui pedindo licença a meu amigo taxista
(E) à ... a ... estão associados ... a ... que para um telefonema aqui... pouco a pouco, fui pedindo-lhe licença
para um telefonema aqui... = correta
Homens respondem pior À (responde a quem? Presença da (C) ... passei a interromper meu precioso flanar nos táxis... →
preposição) vacina da gripe passei a interromper-lhe...
Quanto maior o nível de testosterona, menor é a resposta À = passei a interrompê-lo
(resposta a quê?) imunização, revela novo estudo americano. [...] (D) ... e saio do carro com meu tio balançando a cabeça lá em
Altos níveis do hormônio masculino ESTÃO ASSOCIADOS a um cima. → e saio do carro com meu tio balançando-na lá em cima. =
enfraquecimento do sistema imune. meu tio balançando-a
Mulheres respondem melhor À (responde a quem? - presença (E) Penso no meu tio e imagino o quanto se divertiria ouvindo
da preposição) vacina contra a gripe do que os homens. [...] os absurdos que falamos ao celular... → Penso no meu tio e imagi-
Pesquisas experimentais [...] já tinham levantado suspeitas DE no o quanto se divertiria ouvindo-se ao celular...= ouvindo-os
QUE (suspeitas do quê?) poderia haver uma interação entre testos- RESPOSTA: B
terona e a resposta autoimune.
Ficou: à / à / estão associados / à / de que. 153-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VU-
RESPOSTA: B NESP/2014) Entre os trechos que completam a frase a seguir, assi-
nale o que traz o sinal indicativo de crase empregado corretamente.
151-) (POLÍCIA CIVIL DO ESTADO DE SÃO PAULO/SP – MÉ- O taxista...
DICO LEGISTA – VUNESP/2014 - adaptada) Leia o seguinte trecho (A) chegou à sua casa com muitas novidades para contar.
para responder à questão. (B) informa à todos os passageiros o valor da corrida.
A pesquisa encontrou um dado curioso: homens com baixos ní- (C) distribui seu cartão de visitas à vários clientes.
veis de testosterona tiveram uma resposta imunológica melhor a (D) apressou-se à fazer a manobra indicada pelo agente de
essa medida, similar _______________ . trânsito.
(E) atende à turistas que visitam o Rio de Janeiro.
A alternativa que completa, corretamente, o texto é:
(A) das mulheres O taxista...
(B) às mulheres (A) chegou à sua casa com muitas novidades para contar. = cor-
(C) com das mulheres reta
(D) à das mulheres (B) informa à todos os passageiros o valor da corrida. = a todos
(E) ao das mulheres (pronome indefinido)
(C) distribui seu cartão de visitas à vários clientes. = a vários
Similar significa igual; sua regência equivale à da palavra (plural, palavra masculina)
“igual”: igual a quê? Similar a quem? Similar à (subentendido: res- (D) apressou-se à fazer a manobra indicada pelo agente de
posta imunológica) das mulheres. trânsito. = a fazer (verbo no infinitivo)
RESPOSTA: D (E) atende à turistas que visitam o Rio de Janeiro. = a turistas
(palavra generalizando – no plural)
RESPOSTA: A

60
LÍNGUA PORTUGUESA
154-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – VU- Assinalei com ( X ) as pontuações inadequadas:
NESP/2014) De acordo com a norma- -padrão da língua portu- A) Para cozinhar batatas, lave-as muito bem, faça alguns furi-
guesa, a concordância verbal está correta em: nhos, leve, (X) ao micro-ondas por dois minutos, vire-as para outro
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois aca- lado e deixe por mais dois minutos.
bou os créditos. B) Para caramelizar o açúcar, numa jarra refratária, coloque, (X)
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que 200 g de açúcar e adicione 3 colheres de sopa de água. Deixe, (X)
executa diversos serviços para os clientes. de cinco a sete minutos em potência alta (100%) sem mexer, até
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para os que doure.
passageiros que chegavam à cidade. C) Aqueça sua bolsa de água quente ou seu pacote de gel para
(D) Passou anos, mas a atriz não se esqueceu das calorosas dor de cabeça no micro-ondas, contanto que não haja metal na em-
lembranças que seu tio lhe deixou. balagem. = correta
(E) Deve existir passageiros que aproveitam a corrida de táxi D) Ficarão, (X) crocantes e deliciosos, (X) os seus amendoins,
para bater um papo com o motorista. (X) no forno micro-ondas, em dois ou três minutos, em potência
máxima. Retire, dê uma mexidinha, coloque mais 1 minuto e meio,
(A) Ela não pode usar o celular e chamar um taxista, pois aca- mexa, e faça de novo até torrar.
bou os créditos. = acabaram RESPOSTA: C
(B) Esta empresa mantêm contato com uma rede de táxis que
executa diversos serviços para os clientes. = mantém (singular) 157-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
(C) À porta do aeroporto, havia muitos táxis disponíveis para os BRAS – FAFIPA/2014) Em “‘Não escutar com o volume muito
passageiros que chegavam à cidade. = correta alto...’”, a palavra em destaque exerce função de
(D) Passou anos (passaram-se), mas a atriz não se esqueceu das (A) advérbio de modo.
calorosas lembranças que seu tio lhe deixou. (B) conjunção condicional.
(E) Deve (devem) existir passageiros que aproveitam a corrida (C) advérbio de intensidade.
de táxi para bater um papo com o motorista. (D) pronome indefinido.
RESPOSTA: C
A palavra em destaque está relacionada com “alto” – no perío-
155-) (CIA DE SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO DE GUARAPUA- do funciona como adjetivo, pois qualifica o termo “volume” (subs-
VA/PR - AGENTE DE TRÂNSITO – CONSULPLAM/2014) Aponte a tantivo). O termo que modifica um verbo, um advérbio ou um adje-
opção que preenche os espaços em branco: tivo é o advérbio. No caso, um advérbio de intensidade.
Não ___ alma sem corpo, que tantos corpos faça sem almas, RESPOSTA: C
como este purgatório ____ que chamais honra. Onde ___ inveja,
não ____ amizade; nem _____ pode haver em desigual conversa- 158-) (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TEC-
ção. NOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014)
(Luis Vaz de Camões, Cartas) Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a vir-
A) há – há – há – há – a tude de suas realizações...
B) a – há – a – a – há ... cessem de obedecer à sentença de Steiner.
C) há – a – há – há – há Esse novo espectro comprova a novidade...
D) há – a – há – há – a Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos sublinha-
dos acima foram corretamente substituídos por um pronome, na
Não HÁ (= existe) alma sem corpo, que tantos corpos faça sem ordem dada, em:
almas, como este purgatório A que chamais honra. Onde HÁ inveja, (A) avaliaram-nas − obedecê-la − comprova-na
não HÁ amizade; nem A (= ela – pronome) pode haver em desigual (B) avaliaram-na − obedecer-lhe − comprova-a
conversação. (C) avaliaram-lhe − a obedecer − lhe comprova
Ficou: há / a / há / há / a. (D) as avaliaram − obedece-a − comprova-lhe
RESPOSTA: D (E) lhes avaliaram − obedece-lhe − a comprova

156-) (CIA DE SERVIÇOS DE URBANIZAÇÃO DE GUARAPUA- Durante toda a era moderna, nossos ancestrais avaliaram a vir-
VA/PR - AGENTE DE TRÂNSITO – CONSULPLAM/2014) Assinale tude de suas realizações...
o item com pontuação CORRETA. ... cessem de obedecer à sentença de Steiner.
A) Para cozinhar batatas, lave-as muito bem, faça alguns fu- Esse novo espectro comprova a novidade...
rinhos, leve, ao micro-ondas por dois minutos, vire-as para outro
lado e deixe por mais dois minutos. Avaliaram o quê? – pede objeto direto = avaliaram-na
B) Para caramelizar o açúcar, numa jarra refratária, coloque, Obedecer a quê? A quem? – pede objeto indireto (com prepo-
200 g de açúcar e adicione 3 colheres de sopa de água. Deixe, de sição) = obedecer-lhe
cinco a sete minutos em potência alta (100%) sem mexer, até que Comprova o quê? – pede objeto direto = comprova-a
doure.
C)Aqueça sua bolsa de água quente ou seu pacote de gel para Temos: avaliaram-na / obedecer-lhe / comprova-a.
dor de cabeça no micro-ondas, contanto que não haja metal na em- RESPOSTA: B
balagem.
D) Ficarão, crocantes e deliciosos, os seus amendoins, no forno
micro-ondas, em dois ou três minutos, em potência máxima. Retire,
dê uma mexidinha, coloque mais 1 minuto e meio, mexa, e faça de
novo até torrar.

61
LÍNGUA PORTUGUESA
159-) (TRT-13ª REGIÃO/PB – TÉCNICO JUDICIÁRIO – TEC- A. ( ) Admite-se técnicos com experiência. = admitem-se
NOLOGIA DA INFORMAÇÃO – FCC/2014) B. ( ) Não se descobriram as causas do problema. = correta
Nos trechos adaptados da entrevista de Luís Antônio Giron, as C. ( ) Necessitavam-se de mais informações sobre o projeto ar-
normas de concordância foram inteiramente respeitadas em: quitetônico. = necessitava
(A) Modas vem e vão e são tão antigas quanto a cultura. O que D. ( ) Na reunião de diretoria, não se analisou os novos planos
a faz tão presentes em nossa vida diária é o impacto da comunica- da empresa. = não se analisaram
ção digital em tempo real associado a grandes redes de lojas. E. ( ) A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteriam ao desafio
(B) Para que se dê uma oportunidade de mudar o cenário de imposto. = nada o deteria
desigualdades tal qual se apresentam hoje, os jovens precisam re- RESPOSTA: B
sistir às pressões da fragmentação; é preciso que troque o mundo
virtual pelo real. 161-) (PREFEITURA DE BRUSQUE/SC – EDUCADOR SOCIAL
(C) O sociólogo entrevistado denuncia a perda de referências – FEPESE/2014) Assinale a alternativa em que só palavras paroxíto-
políticas, culturais e morais da civilização atual e afirma que só os nas estão apresentadas.
jovens, com sua indignação, pode resistir à banalização do mundo A. ( ) facilitada, minha, canta, palmeiras
moderno. B. ( ) maná, papá, sinhá, canção
(D) O motor da moda arrasta as manifestações culturais e artís- C. ( ) cá, pé, a, exílio
ticas. A moda tem seus usos e uma demanda enorme e crescente. D. ( ) terra, pontapé, murmúrio, aves
Ela fornece um modelo para a constante troca de identidades de E. ( ) saúde, primogênito, computador, devêssemos
nosso mundo.
(E) Os jovens tem a oportunidade de consertar o estrago feito A. ( ) facilitada = paroxítona / minha= paroxítona / canta = paro-
por gerações anteriores. Como e se serão capaz de pôr isso em prá- xítona / palmeiras = paroxítona
tica, dependem da imaginação e da determinação deles. B. ( ) maná = oxítona / papá = oxítona / sinhá = oxítona / canção
= oxítona
(A) Modas vem (vêm) e vão e são tão antigas quanto a cultura. C. ( ) cá = monossílaba / pé = monossílaba / a = monossílaba
O que a (as) faz tão presentes em nossa vida diária é o impacto da átona / exílio = paroxítona
comunicação digital em tempo real associado a grandes redes de D. ( ) terra = paroxítona / pontapé = oxítona / murmúrio = paro-
lojas. xítona / aves = paroxítona
(B) Para que se dê uma oportunidade de mudar o cenário de E. ( ) saúde = regra do hiato / primogênito = proparoxítona /
desigualdades tal qual se apresentam (apresenta) hoje, os jovens computador = oxítona / devêssemos = proparoxítona
precisam resistir às pressões da fragmentação; é preciso que troque RESPOSTA: A
(troquem) o mundo virtual pelo real. 162-) (PREFEITURA DE JOÃO PESSOA/PB – AGENTE EDU-
(C) O sociólogo entrevistado denuncia a perda de referências CACIONAL – FGV/2014)
políticas, culturais e morais da civilização atual e afirma que só os Analise a frase a seguir: “30% da população apoiam”.
jovens, com sua indignação, pode (podem) resistir à banalização do Uma frase construída por uma porcentagem seguida de um
mundo moderno. partitivo tanto pode ter sua concordância verbal realizada com a
(D) O motor da moda arrasta as manifestações culturais e artís- porcentagem quanto com o partitivo. A esse respeito, assinale a
ticas. A moda tem seus usos e uma demanda enorme e crescente. alternativa que mostra uma concordância inaceitável.
Ela fornece um modelo para a constante troca de identidades de (A) 1,4 dos uruguaios apoiam. 
nosso mundo. = correta (B)  1,3 da população apoia. 
(E) Os jovens tem (têm) a oportunidade de consertar (conserta- (C)  2,2 da população apoiam. 
rem) o estrago feito por gerações anteriores. Como e se serão capaz (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. 
(capazes) de pôr isso em prática, dependem (depende) da imagina- (E)  1,8 da população uruguaia apoiam. 
ção e da determinação deles.
RESPOSTA: D (A) 1,4 dos uruguaios apoiam. 
(B)  1,3 da população apoia. 
160-) (PREFEITURA DE BRUSQUE/SC – EDUCADOR SOCIAL (C)  2,2 da população apoiam. 
– FEPESE/2014) Assinale a alternativa correta, quanto à concordân- (D) 3,3 dos uruguaios apoiam. 
cia verbal. (E)  1,8 da população uruguaia apoiam. = apoia (tanto o nume-
A. ( ) Admite-se técnicos com experiência. ral quanto o substantivo estão no singular)
B. ( ) Não se descobriram as causas do problema. RESPOSTA: E
C. ( ) Necessitavam-se de mais informações sobre o projeto ar-
quitetônico. 163-) (SEDUC/AM – PROFESSOR CICLO REGULAR –
D. ( ) Na reunião de diretoria, não se analisou os novos planos FGV/2014) Se colocarmos as formas de imperativo – faça, atenda,
da empresa. assista, descubra – na forma negativa, mantendo-se a pessoa gra-
E. ( ) A ameaça, o terror, a agressão, nada o deteriam ao desafio matical, as formas adequadas serão:
imposto. (A) não faça, não atenda, não assista, não descubra.
(B) não faz, não atende, não assiste, não descobre.
(C) não faças, não atendas, não assistas, não descubras.
(D) não fazes, não atendes, não assistes, não descobres.
(E) não faze, não atenda, não assiste, não descubra.

62
MATEMÁTICA
1. Resolução de situações-problema, envolvendo: adição, subtração, multiplicação ou divisão, com números racionais não negativos, nas
suas representações fracionária ou decimal; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Grandezas e medidas – quantidade, tempo, comprimento. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
MATEMÁTICA

RESOLUÇÃO DE SITUAÇÕES-PROBLEMA, ENVOLVEN-


DO: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, MULTIPLICAÇÃO OU DIVI-
SÃO, COM NÚMEROS RACIONAIS NÃO NEGATIVOS,
NAS SUAS REPRESENTAÇÕES FRACIONÁRIA OU DECI-
MAL

Números Racionais 2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex- podemos transformar em fração?
presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
São exemplos de números racionais: Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
-12/51 Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
-3 de x, ou seja
X=0,333...
-(-3)
-2,333... Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por
10.
As dízimas periódicas podem ser representadas por fração, 10x=3,333...
portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números? E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
Representação Decimal das Frações 9x=3
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais X=3/9
X=1/3
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula. Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .

Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
99x=111
X=111/99
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas
lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio- Números Irracionais
nal Identificação de números irracionais
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se – Todas as dízimas periódicas são números racionais.
não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que – Todos os números inteiros são racionais.
trataremos mais a frente. – Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
com a e b inteiros e b≠0.

Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.


Representação Fracionária dos Números Decimais
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o – O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
denominador seguido de zeros. ro racional.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa,
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

1
MATEMÁTICA
Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e
Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na- menores ou iguais a b.
tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}

Intervalos Ilimitados
Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me-
nores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b]
Conjunto:{x ϵ R|x≤b}

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


Fonte: www.estudokids.com.br nores que b.

Representação na reta

Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x ϵ R|x<b}

Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores


ou iguais a A.

Intervalos limitados
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a
e menores do que b ou iguais a b.
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x≥a}

Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores


Intervalo:[a,b] que a.
Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}

Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que


b.

Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x ϵ R|x>a}

Intervalo:]a,b[ Potenciação
Conjunto:{xϵR|a<x<b} Multiplicação de fatores iguais

Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou 2³=2.2.2=8


iguais a A e menores do que B.
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.

Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}
2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.

2
MATEMÁTICA
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em 4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um
um número positivo. expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente.
(4.3)²=4².3²

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos


elevar separados.

4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta


em um número negativo.

Radiciação
Radiciação é a operação inversa a potenciação

5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal


para positivo e inverter o número que está na base.

Técnica de Cálculo
A determinação da raiz quadrada de um número torna-se mais
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números primos.
expoente, o resultado será igual a zero. Veja:

64 2
32 2
16 2
Propriedades
8 2
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma
base, repete-se a base e soma os expoentes. 4 2
2 2
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27 1
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um


e multiplica.

2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base.


Conserva-se a base e subtraem os expoentes.

Exemplos: Observe:
96 : 92 = 96-2 = 94
1 1 1
3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se De modo geral, se


os expoentes.
a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
Exemplos:
(52)3 = 52.3 = 56
Então:

n
a.b = n a .n b

3
MATEMÁTICA
O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é
igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi- Caso tenha:
cando.
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo.
Raiz quadrada de frações ordinárias
Racionalização de Denominadores
1 1 Normalmente não se apresentam números irracionais com
2  2 2 2 2
2 radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos
Observe: =  = 1 = radicais do denominador chama-se racionalização do denominador.
3 3 3 1º Caso: Denominador composto por uma só parcela
32
a na
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n=
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.

Raiz quadrada números decimais 2º Caso: Denominador composto por duas parcelas.

Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de


Operações quadrados no denominador:

O sistema de numeração decimal é de base 10, ou seja utiliza


10 algarismos (símbolos) diferentes para representar todos os nú-
Operações meros.
Formado pelos algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, é um sistema
posicional, ou seja, a posição do algarismo no número modifica o
Multiplicação seu valor.
É o sistema de numeração que nós usamos. Ele foi concebido
Exemplo pelos hindus e divulgado no ocidente pelos árabes, por isso, é tam-
bém chamado de «sistema de numeração indo-arábico».

Divisão

Exemplo

Adição e subtração

Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.

8 2 20 2 Evolução do sistema de numeração decimal


4 2 10 2
2 2 5 5 Características
- Possui símbolos diferentes para representar quantidades de 1
1 1 a 9 e um símbolo para representar a ausência de quantidade (zero).
- Como é um sistema posicional, mesmo tendo poucos símbo-
los, é possível representar todos os números.
- As quantidades são agrupadas de 10 em 10, e recebem as
seguintes denominações:

4
MATEMÁTICA
10 unidades = 1 dezena
10 dezenas = 1 centena
10 centenas = 1 unidade de milhar, e assim por diante

Exemplos

Ordens e Classes

No sistema de numeração decimal cada algarismo representa uma ordem, começando da direita para a esquerda e a cada três ordens
temos uma classe.

CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DOS CLASSE DAS


BILHÕES MILHÕES MILHARES UNIDADES SIMPLES
12ª 11ª 10ª 9ª 8ª 7ª 6ª 5ª 4ª 3ª 2ª 1ª
ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem ordem
Unida- Unida- Unida-
Centenas Dezenas Centenas Dezenas Centenas Dezenas
des des des
de de de de de de Centenas Dezenas Unidades
de de de
Bilhão Bilhão Milhão Milhão Milhar Milhar
Bilhão Milhão Milhas

Para fazer a leitura de números muito grandes, dividimos os algarismos do número em classes (blocos de 3 ordens), colocando um
ponto para separar as classes, começando da direita para a esquerda.

Exemplos
1) 57283
Primeiro, separamos os blocos de 3 algarismos da direita para a esquerda e colocamos um ponto para separar o número: 57. 283.
No quadro acima vemos que 57 pertence a classe dos milhares e 283 a classe das unidades simples. Assim, o número será lido como:
cinquenta e sete mil, duzentos e oitenta e três.

2) 12839696
Separando os blocos de 3 algarismos temos: 12.839.696
O número então será lido como: doze milhões, oitocentos e trinta e nove mil, seiscentos e noventa e seis.

Fonte:
https://www.todamateria.com.br/sistema-de-numeracao-decimal/

5
MATEMÁTICA
Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no
EXERCÍCIOS lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será

(A) 1 111 111.


(B) 11 111.
1. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL (C) 1 111.
SUPERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 can- (D) 111 111.
didatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio. (E) 11 111 111.
Sabe-se que:
• dentre os candidatos, 82 são homens; 6. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Durante um trei-
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao namento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comercial
de mulheres de nível médio; informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nunca
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres. houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, feliz-
mente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações
O número de candidatos homens de nível médio é deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam
(A) 42. sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa-
(B) 45. ções de risco geradas por displicência,
(C) 48.
(D) 50. − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada-
(E) 52. mente;
− 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
2. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS- − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e;
CONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José − As demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.
foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que
obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré-
6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio
Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo- (A) 3/20.
cação, é correto afirmar que o vencedor foi: (B) 1/4.
(A) José (C) 13/60.
(B) Isabella (D) 1/5.
(C) Maria Eduarda (E) 1/60.
(D) Raoni
7. (ITAIPU BINACIONAL - PROFISSIONAL NÍVEL TÉCNICO I
3. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS- - TÉCNICO EM ELETRÔNICA – NCUFPR/2017) Assinale a alterna-
CONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é: tiva que apresenta o valor da expressão
(A) 0,2222...
(B) 0,6666...
(C) 0,1616...
(D) 0,8888...

4. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2017)


Se, numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, (A) 1.
sendo esse resto o maior possível, então o dividendo é (B) 2.
(A) 131. (C) 4.
(B) 121. (D) 8.
(C) 120. (E) 16.
(D) 110.
(E) 101. 8. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
GO/2017)
5. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) As expressões
numéricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão Qual o resultado de ?
específico:
(A) 3
1ª expressão: 1 x 9 + 2 (B) 3/2
2ª expressão: 12 x 9 + 3 (C) 5
3ª expressão: 123 x 9 + 4 (D) 5/2
...
7ª expressão: █ x 9 + ▲

6
MATEMÁTICA
9. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVISOR
– FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b .

Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:


(A) 1; Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13)
(B) 2;
(C) 3;
(D) 4;
(E) 6.
7. Resposta: C.
10. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI-
SOR – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada
empresa tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa
manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram
para um atendimento externo.

Desses que foram para o atendimento externo, a fração de mu-


lheres é:
(A) 3/4; 8. Resposta: D.
(B) 8/9;
(C) 5/7;
(D) 8/13;
(E) 9/17.

GABARITO
9. Resposta: C.
2-2(1-2N)=12
1. Resposta: B. 2-2+4N=12
150-82=68 mulheres 4N=12
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de N=3
nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 10. Resposta: E.
82-37=45 homens de nível médio. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:

2. Resposta: D.
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.

3. Resposta: B. Dos homens que saíram:


Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4
Saíram no total

4. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que
é igua o quociente.
11x11=121+10=131

5. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111

6. Resposta: D.

Gerado por descuidos ao cozinhar:

7
MATEMÁTICA

GRANDEZAS E MEDIDAS – QUANTIDADE, TEMPO, COMPRIMENTO

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km 3
hm 3
dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

8
MATEMÁTICA

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?

11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------

9
MATEMÁTICA
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for- 3. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017)
ma que conta de subtração. Uma indústria produz regularmente 4500 litros de suco por dia. Sa-
1hora=60 minutos be-se que a terça parte da produção diária é distribuída em caixi-
nhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada uma. Nessas condi-
15h 66 minutos 25 segundos ções, é correto afirmar que a cada cinco dias a indústria utiliza uma
quantidade de caixinhas P igual a
15h 35 minutos (A) 25000.
-------------------------------------------------- (B) 24500.
(C) 23000.
0h 31 minutos 25 segundos
(D) 22000.
(E) 20500.
Multiplicação
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo-
4. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de
uma substância líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se
2h 40 minutos que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade
x2 de toneladas que representa todos os recipientes cheios com essa
substância é de
---------------------------- (A) 16
4h 80 minutos OU (B) 160
5h 20 minutos (C) 1600
(D) 16000
Divisão
5h 20 minutos : 2 5. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)
João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem
duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se
5h 20 minutos 2 que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afir-
mar que o término das aulas de João se dá às:
1h 20 minutos 2h 40 minutos (A) 22h30min
80 minutos (B) 22h40min
(C) 22h50min
0
(D) 23h
(E) Nenhuma das anteriores
1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu-
tos
6. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km em
EXERCÍCIOS 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em 1h20min.
Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com a época
em que era jovem, Arquimedes precisa de mais:
1. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCI-
(A) 10 minutos;
ÁRIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de
(B) 7 minutos;
100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000
(C) 5 minutos;
folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funciona-
(D) 3 minutos;
mento, a máquina A quebra e o serviço restante passa a ser fei-
(E) 2 minutos.
to pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O
tempo que a máquina B levará para imprimir o restante do lote de
7. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
folhetos é
FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horário de
(A) 14 horas e 10 minutos.
trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso,
(B) 14 horas e 05 minutos.
Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h
(C) 13 horas e 45 minutos.
maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
(D) 13 horas e 30 minutos.
A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(E) 13 horas e 20 minutos.
(A) 36;
(B) 40;
2. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VUNESP/2017)
(C) 48;
Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela saiu de sua
(D) 50;
casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou durante uma
(E) 60.
hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsito, no trajeto
de ida e volta, foi igual a
(A) 1/2h.
(B) 3/4h.
(C) 1h.
(D) 1h 15min.
(E) 1 1/2h.

10
MATEMÁTICA
8. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016) 3. Resposta: A.
Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total 4500/3=1500 litros para as caixinhas
de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia 1500litros=1500000ml
é: 1500000/300=5000 caixinhas por dia
(A) 1840 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias
(B) 1620
(C) 1780 4. Resposta: A.
(D) 2120 14400litros=14400000 ml

9. (ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2016)


Um caminhão-tanque chega a um posto de abastecimento com
36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte dessa gasolina
é transferida para dois tanques de armazenamento, enchendo-os
completamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o outro, 15,3 200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas
m3, e estavam, inicialmente, vazios.
Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no 5. Resposta: B.
caminhão-tanque? 5⋅45=225 minutos de aula
(A) 35.722,00 225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos de in-
(B) 8.200,00 tervalo=4horas
(C) 3.577,20 18:40+4h=22h:40
(D) 357,72
(E) 332,20 6. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos
10. (DPE/RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC/2015) 15km-------105
Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele 1--------------x
precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de com- X=7 minutos
primento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm 1h20min=60+20=80min
de comprimento e assim conseguiu obter 8km----80
(A) 6 pedaços. 1-------x
(B) 8 pedaços. X=10minutos
(C) 9 pedaços. A diferença é de 3 minutos
(D) 5 pedaços.
(E) 7 pedaços. 7. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
GABARITO Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente)

1. Resposta: E.
3h 20 minutos-200 minutos 80v=48V+960
5000-----40 32V=960
x----------200 V=30km/h
x=1000000/40=25000 30km----60 min
x-----------80
Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000
4500-------48
75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h 60x=2400
13 horas e 1/3 hora X=40km
13h e 20 minutos
8 Resposta: B.
12:45 até 13:12 são 27 minutos
27x60=1620 segundos

9. Resposta: B.
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³
2. Resposta: C. 36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
demorou 1 hora.

11
MATEMÁTICA
10.Resposta: E. K=5
1,7m=170cm
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10
145/40=3 resta 25
4+3=7

03. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


EXERCÍCIOS COMENTADOS
– FGV/2016) Sobre os números inteiros w, x, y e z, sabe-se que w
> x > 2y > 3z.
Se z =2 , o valor mínimo de w é:
01. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas (A) 6;
– FGV/2016) Considere a sequência infinita (B) 7;
(C) 8;
IBGEGBIBGEGBIBGEG... (D) 9;
(E) 10.
A 2016ª e a 2017ª letras dessa sequência são, respectivamente:
(A) BG; Resposta: E.
(B) GE;
(C) EG; Sabendo que z=2
(D) GB; 3z=6
(E) BI. Como os números são inteiros, o possível para y =4
2y=8
Resposta: E. Portanto, os menores possíveis são:
É uma sequência com 6 X=9
Cada letra equivale a sequência W=10
I=1
B=2 04. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
G=3 – FGV/2016) Uma loja de produtos populares anunciou, para a se-
E=4 mana seguinte, uma promoção com desconto de 30% em todos os
G=5 seus itens. Entretanto, no domingo anterior, o dono da loja aumen-
B=0 tou em 20% os preços de todos os itens da loja.

2016/6=336 resta 0 Na semana seguinte, a loja estará oferecendo um desconto real


2017/6=336 resta 1 de:
Portanto, 2016 será a letra B, pois resta 0, será equivalente a (A) 10%;
última letra (B) 12%;
(C) 15%;
E 2017 será a letra I, pois resta 1 e é igual a primeira letra. (D) 16%;
(E) 18%.
02. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
– FGV/2016) A grandeza G é diretamente proporcional à grandeza Resposta: D.
A e inversamente proporcional à grandeza B. Sabe-se que quando o Primeiramente, temos um aumento de 20%.
valor de A é o dobro do valor de B, o valor de G é 10.

Quando A vale 144 e B vale 40, o valor de G é: Se o valor do produto for x:


(A) 15;
(B) 16; Aumento de 20%=1,2x
(C) 18; E sofreu um desconto de 30%
(D) 20; Como tem desconto de 30%, o fator multiplicativo é 1-0,3=0,7
(E) 24.
1,2.0,7x=0,84x
Resposta: C. Ou seja, o real desconto é de 1-0,84=0,16=16%
Se a grandeza G é diretamente proporcional a A, então G/A
E se é inversamente proporcional a B

Quando A é o dobro de B:

12
MATEMÁTICA
05. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas 07. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
– FGV/2016) Rubens percorreu o trajeto de sua casa até o trabalho – FGV/2016) Quando contamos os números pares em ordem cres-
com uma determinada velocidade média. cente de 1000 até 2500, o número 2016 ocupa a 509ª posição.
Rubinho, filho de Rubens, percorreu o mesmo trajeto com uma Quando contamos os números pares em ordem decrescente de
velocidade média 60% maior do que a de Rubens. 2500 até 1000, o número 2016 ocupa a posição:
Em relação ao tempo que Rubens levou para percorrer o traje- (A) 240;
to, o tempo de Rubinho foi: (B) 241;
(A) 12,5% maior; (C) 242;
(B) 37,5% menor; (D) 243;
(C) 60% menor; (E) 244.
(D) 60% maior;
(E) 62,5% menor. Resposta: D.
É uma PA onde:
Resposta: B.
Rubens an=2016
a1=2500
r=-2(pois são os pares em ordem decrescente)

an=a1+(n-1)r
∆S=V∆t 2016=2500+(n-1).(-2)
Rubinho
∆S=1,6V∆t2 Cuidado com o jogo de sinal aqui
V∆t=1,6V∆t2 2016=2500-2n+2
2014=2500-2n
-486=-2n
N=243

Como é 0,625, o tempo dele foi 1-0,625=0,375 menor. 08. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
0,375=37,5% – FGV/2016) Uma pirâmide regular é construída com um quadrado
de 6 m de lado e quatro triângulos iguais ao da figura abaixo.
06. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
– FGV/2016) Uma senha de 4 símbolos deve ser feita de forma a
conter dois elementos distintos do conjunto {A, B, C, D, E} e dois ele-
mentos distintos do conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5}, em qualquer ordem.
Por exemplo, a senha 2EC4 é uma das senhas possíveis.
Nesse sistema, o número de senhas possíveis é:
(A) 2400;
(B) 3600;
(C) 4000;
(D) 4800;
(E) 6400. O volume dessa pirâmide em m3 é aproximadamente:
Resposta: B. (A) 84;
Pelo conjunto {A, B, C, D, E} (B) 90;
Como são 5 letras e 2 espaços (C) 96;
(D) 108;
(E) 144.

Resposta: D.
Pelo conjunto {0, 1, 2, 3, 4, 5} A Pirâmide é formada por uma base quadrada e os 4 triângulos
6 números para 2 de lateral

Como pode ser qualquer ordem, devemos ainda ter uma per-
mutação dos 4 elementos
P4=4!=4⋅3⋅2⋅1=24
10⋅15⋅24=3600

13
MATEMÁTICA
Para descobrimos a altura da pirâmide, vamos precisar da altu- 09. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas
ra do triângulo – FGV/2016) Cinco pessoas estão sentadas em cinco cadeiras em li-
nha, cada uma com uma moeda na mão. As moedas são todas bem
equilibradas, de modo que a probabilidade de sair cara ou coroa em
cada uma delas é 1/2. Em um determinado momento, as cinco pes-
soas jogam suas respectivas moedas. Aquelas que obtiverem cara
continuam sentadas, e as que obtiverem coroa levantam-se. Após
esse procedimento, a probabilidade de que NÃO haja duas pessoas
adjacentes, ambas sentadas ou ambas de pé, é de:
(A) 1/2;
(B) 1/8;
(C) 1/16;
(D) 3/32;
(E) 5/32.

Vamos usar o triângulo retângulo Resposta: C.


H é a altura da pirâmide __ __ ___ __ ___
h=altura do triângulo 2 . 2 . 2 . 2 . 2=32
r=raio da base
Para que não haja duas pessoas adjacentes sentadas ou de pé
h²=H²+r²
Temos duas opções:
Para descobrimos a altura do triângulo, fazer teorema de Pitá- CA CO CA CO CA
goras. CO CA CO CA CO

10. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e Estatísticas


– FGV/2016) Duas grandezas positivas X e Y são tais que, quando a
primeira diminui de 1 unidade, a segunda aumenta de 2 unidades.
Os valores iniciais dessas grandezas são X =50 e Y =36 . O valor má-
ximo do produto P = XY é:
(A) 2312;
10²=3²+h² (B) 2264;
100=9+h² (C) 2216;
91=h² (D) 2180;
(E) 2124.
h²=H²+r²
91=H²+3² Resposta: A.
H²=91-9 A cada número que diminuimos de 50, aumentamos 2 para o
H²=82 36

P=(50-n)(36+2n)
P=1800+64n-2n²
∆=64²-4.(-2).1800
∆=4096+14400=18496
máximo=-∆/4a
Para √82≈9
V=12⋅9=108 m³

11. (IFPE – Auxiliar em Administração – IFPE/2016) A unidade


monetária de um determinado país é uno (U$). O custo de um de-
putado federal nesse país é composto de
• salário;
• auxílio-moradia;
• cota de atividade parlamentar, que inclui passagens aéreas,
fretamento de aeronaves, alimentação, assinatura de publicações
e serviços de TV e internet, contratação de serviços de segurança,
entre outros;
• verba para gabinete, utilizada para contratação de funcioná-
rios do deputado.

14
MATEMÁTICA
Sabe-se que o salário corresponde a um quinto do custo men- Quanto mais caminhões, menos horas.
sal de um parlamentar, enquanto que a cota de atividade parlamen- Invertendo as horas:
tar representa um quarto desse custo. Já o auxílio-moradia corres- ↑Caminhões horas↑
ponde a um décimo do salário. Sabe-se, também, que a verba para 3------------------x
o gabinete é U$ 90.100,00. Sendo assim, qual o custo mensal de um 5-------------------12
deputado federal nesse país? 5x=36
(A) U$ 170.000,00 X=7,2h
(B) U$ 138.615,39
(C) U$ 180.200,00 0,2⋅60=12 minutos
(D) U$ 132.934,43 7 horas e 12 minutos
(E) U$ 158.615,39
14. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Por 10
Resposta: A. torneiras, todas de um mesmo tipo e com igual vazão, fluem 600
Sendo x o custo L de água em 40 minutos. Assim, por 12 dessas torneiras, todas do
Salário 1/5x mesmo tipo e com a mesma vazão, em 50 minutos fluirão
Cota: 1/4x (A) 625 L de água.
Auxílio moradia: 1/10 salário (B) 576 L de água.
(C) 400 L de água.
(D) 900 L de água.
(E) 750 L de água.

Mmc=100 Resposta: D.

20x+25x+2x+9010000=100x Todas as grandezas são diretamente proporcionais


53x=9010000
X=170000 ↑Torneiras ↑vazão tempo↑
10---------------600----------40
12. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Depois 12---------------x--------------50
das simplificações possíveis, o número será
igual a
(A) 3.
(B) 40.
(C) 80. 400x=360000
(D) 400. X=900
(E) 566.
15. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma
Resposta: C. herança de R$ 82.000,00 será repartida de modo inversamente
proporcional às idades, em anos completos, dos três herdeiros. As
idades dos herdeiros são: 2, 3 e x anos. Sabe-se que os números que
correspondem às idades dos herdeiros são números primos entre si
(o maior divisor comum dos três números é o número 1) e que foi
R$ 42.000,00 a parte da herança que o herdeiro com 2 anos rece-
beu. A partir dessas informações o valor de x é igual a
(A) 7.
(B) 5.
(C) 11.
(D) 1.
(E) 13.
13. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016) Três ca-
minhões de lixo que trabalham durante doze horas com a mesma
produtividade recolhem o lixo de determinada cidade. Nesse caso, Resposta: A.
cinco desses caminhões, todos com a mesma produtividade, reco-
lherão o lixo dessa cidade trabalhando durante
(A) 6 horas.
(B) 7 horas e 12 minutos.
(C) 7 horas e 20 minutos.
(D) 8 horas. Sabendo que A recebeu 42000
(E) 4 horas e 48 minutos.
P=42000x2=84000
Resposta: B.
↑Caminhões horas↓
3------------------12
5-------------------x

15
MATEMÁTICA
(D)

12000x=84000
X=7 (E)

16. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Uma in-


dústria produz um tipo de máquina que demanda a ação de grupos
de funcionários no preparo para o despacho ao cliente. Um grupo
de 20 funcionários prepara o despacho de 150 máquinas em 45 Resposta: B.
dias. Para preparar o despacho de 275 máquinas, essa indústria Vamos transformar em notação científica
designou 30 funcionários. O número de dias gastos por esses 30 Lembrando que em potências de bases iguais, na multiplicação
funcionários para preparem essas 275 máquinas é igual a somamos os expoentes e na divisão subtraimos
(A) 55.
(B) 36.
(C) 60.
(D) 72.
(E) 48. 18. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU-
NESP/2016) Determinada quantia A de dinheiro foi dividida igual-
Resposta: A. mente entre 8 pessoas, não ocorrendo sobras. Se a essa quantia A
fossem acrescentados mais R$ 1.280,00, cada pessoa teria recebido
Quanto mais dias, menos funcionários será necessário R$ 1.560,00. Ao se dividir a quantia A entre as 8 pessoas, cada uma
Quanto mais dias, mais máquinas preparadas delas recebeu
(A) R$ 1.350,00.
↓Funcionários ↑ máquinas dias↑ (B) R$ 1.400,00.
20------------------150-----------45 (C) R$ 1.480,00.
30-------------------275----------x (D) R$ 1.500,00.
(E) R$ 1.550,00.
↑Funcionários ↑ máquinas dias↑
30------------------150-----------45 Resposta: B.
20-------------------275----------x

A+1280=12480
A=11200
Cada um recebeu 11200/8=1400

19. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU-


NESP/2016) Em uma casa, a razão entre o número de copos colo-
ridos e o número de copos transparentes é 3/5. Após a compra de
9x=495 mais 2 copos coloridos, a razão entre o número de copos coloridos
X=55 e o número de copos transparentes passou a ser 2/3. O número de
copos coloridos nessa casa, após a compra, é
17. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) O valor (A) 24.
da expressão numérica 0,00003 . 200 . 0,0014 ÷ (0,05 . 12000 . 0,8) (B) 23.
é igual a (C) 22.
(D) 21.
(A) (E) 20.

Resposta: E.
Cc=copos coloridos
Ct=copos transparentes
(B)

(C)

16
MATEMÁTICA
Resposta: E.
C=1200
I=0,09aa
i=0,09/12=0,0075 ao mês

J=Cin
72=1200.0,0075n
N=8 meses

8+5=13
J=1200.0,0075.13=117

Ct=30 22. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU-


NESP/2016) Um terreno retangular ABCD, com 8 m de frente por
12 m de comprimento, foi dividido pelas cercas AC e EM, conforme
mostra a figura.

Cc=18
Ele fez a compra de mais 2 copos
18+2=20

20. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU-


NESP/2016) Um produto é vendido a prazo da seguinte forma: R$
200,00 de entrada e 5 parcelas iguais de R$ 120,00 cada uma. Sa-
be-se que o preço do produto a prazo é 25% maior que o preço
da tabela, mas, se o pagamento for à vista, há um desconto de 5%
sobre o preço da tabela. Então, a diferença entre o preço a prazo e
o preço à vista é
(A) R$ 160,00. Sabendo-se que o ponto E pertence à cerca AC, o valor da área
(B) R$ 175,00. AEMD destacada na figura, em m² , é
(C) R$ 186,00. (A) 22.
(D) R$ 192,00. (B) 24.
(E) R$ 203,00. (C) 26.
(D) 28.
Resposta: D. (E) 30.
Preço a prazo Resposta: C.
200+120x5=800 É um exercício simples, basta lembrar da fórmula da área do
trapézio
Preço tabela, sabendo que 800 é 25% a mais do que o preço
da tabela: AEMD é um trapézio
A altura do trapézio é 12-8=4
800=1,25x
X=640

Preço à vista tem 5% de desconto em relação a tabela:


Caso não lembre da fórmula do trapézio, podemos dividir a fi-
640x0,95=608 gura em triângulo e retângulo
Diferença: 800-608=192 área do triângulo
A=bxh/2=3x4/2=6
21. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU-
NESP/2016) Um capital de R$ 1.200,00 foi aplicado a juros simples, área do retângulo
com taxa de 9% ao ano, durante certo período de tempo, rendendo A=bxh=5x4=20
juros de R$ 72,00. Se esse capital permanecesse aplicado por mais
5 meses, o total obtido de juros seria Somando:20+6=26
(A) R$ 98,00.
(B) R$ 102,00.
(C) R$ 108,00.
(D) R$ 112,00.
(E) R$ 117,00.

17
MATEMÁTICA
23. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho – VU- E=2(34+55)+3(81+100)+5(45+55)
NESP/2016) As figuras mostram as dimensões, em metros, de duas E=2.89+3.181+5.100
salas retangulares A e B. E=178+543+500
E=1221

25. (ANAC – Técnico Administrativo – ESAF/2016) Dada a ma-


triz , o determinante da matriz 2A é igual a

(A) 40.
(B) 10.
(C) 18.
(D) 16.
Sabendo-se que o perímetro da sala A é 2 metros maior que (E) 36.
o perímetro da sala B, então é correto afirmar que o perímetro da
sala B, em metros, é Resposta: A.
(A) 34. D=(8+3)-(2+4)
(B) 36. D=11-6=5
(C) 38. Determinante da matriz 2A
(D) 40. Como é o dobro e a matriz é 3x3
(E) 42.
D=2³.5=8.5=40
Resposta: D.
Pa=perímetro da sala A 26. (ANAC – Técnico Administrativo – ESAF/2016) Em uma pro-
Pb=perímetro sala B gressão aritmética, tem-se a2 + a5 = 40 e a4 + a7 = 64. O valor do
31º termo dessa progressão aritmética é igual a
Pa=Pb+2 (A) 180.
X+x+5+x+x+5=5+x+7+5+x+7+2 (B) 185.
4x+10=2x+26 (C) 182.
2x=16 (D) 175.
X=8 (E) 178.

Pb=2x+24=16+24=40 Resposta: B.
A2+a5=40
24. (EMSERH – Psicólogo – FUNCAB/2016) Observe as sequ- Vamos deixar tudo em função de a1, para poder montar um
ências a seguir: sistema

A= (1,1, 2, 3, 5, 8,..., an ) A1+r+a1+4r=40


B = (1, 4, 9,16, 25,..., bn ) 2a1+5r=40
C = (1, 3, 6,10,15,..., cn )
A4+a7=64
De acordo com as sequências anteriores, o valor da expressão A1+3r+a1+6r=64
E = 2.(a9 + a10) + 3.(b9+ b10 ) + 5.(c9 + c10 ), é: 2a1+9r=64
(A) 360.
(B) 947.
(C) 1.221.
(D) 1.261.
(E) 1.360. (I)-(II)
-4r=-24
Resposta: C. r=6
A7=5+8=13 Substituindo em I
A8=13+8=21 2a1+30=40
A9=21+13=34 2a1=10
A10=34+21=55 A1=5
B9=9²=81
B10=10²=100 A31=a1+30r
C6=15+6=21 A31=5+30.6=
C7=21+7=28 A31=5+180=185
C8=28+8=36
C9=36+9=45
C10=45+10=55

18
MATEMÁTICA
27. (UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Considere a equa-
ção a seguir:

4 + 7 + 10 + ... + x = 424 29. (TRT 14ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Observe
os sete primeiros termos de uma sequência numérica: 7, 13, 25,
Sabendo-se que os termos do primeiro membro dessa equação 49, 97, 193, 385, ... . Mantido o mesmo padrão da sequência e ad-
formam uma progressão aritmética, então o valor de x é: mitindo-se que o 100º termo seja igual a x, então o 99º termo dela
(A) 37. será igual a
(B) 49. (A) x/2 +1
(C) 57. (B) x/2-1
(D) 61. (C) x-1/2
(D) x+1/2
Resposta: B. (E) 2x-1/4
Pela fórmula do somatírio de PA:
Resposta: D.
Vamos fazer por tentativa que é a forma mais rápida.
Vamos analisar cada alternativa, com base nos números dados,
vamos sempre tomar como base os dois primeiros, que são núme-
Mas, teremos duas incógnitas x e n, então vamos eixar uma em ros mais baixos.
função da outra As alternativas A e B já estão fora, pois dividem o segundo ter-
mo por 2, daria um decimal, que não da certo.
an=a1+(n-1)r A C ficaria 13-1/2=6
r=7-4=3 Opa, se x-1/2, deu um número a menos, então a resposta deve
x=4+3n-3 ser a D.
x=1+3n

30. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) No dia 1º de ja-


neiro de 2016, na cidade de Salvador, o nascente do Sol ocorreu às
5 horas e 41 minutos e o poente às 18 horas e 26 minutos.
(5+3n).n=848 O período de luminosidade desse dia foi
5n+3n²-848=0 (A) 12 horas e 25 minutos.
∆=25-4.3.(-848) (B) 12 horas e 35 minutos.
∆=25+10176=10201 (C) 12 horas e 45 minutos.
(D) 13 horas e 15 minutos.
(E) 13 horas e 25 minutos.

Resposta: C.
N=96/6=16 26 é um número maior que 41, então devemos emprestar do
N=-106/6(não convém) vizinho, mas como estamos falando de hora, tiramos uma hora e
como é minutos, 1 hora tem 60 minutos, devemos somar os 60 mi-
X=1+3n nutos aos 26 minutos.
X=1+3.16
X=1+48=49

28. (UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Um grupo de alu-


nos é formado por 11 meninos e 14 meninas. Sabe-se que metade
das meninas são loiras, ao passo que apenas três meninos são loi-
ros. Dessa forma, ao selecionar-se ao acaso um aluno, a probabili-
dade de que seja um menino loiro é:
(A) 0,12. 31. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) Um contêiner
(B) 0,15. possui, aproximadamente, 6,0 m de comprimento, 2,4 m de largura
(C) 0,22. e 2,3 m de altura.
(D) 0,25.
A capacidade cúbica desse contêiner é de, aproximadamente,
Resposta: A. (A) 31 m3 .
total de crianças é de 11+14=25 crianças. (B) 33 m3 .
Se temos 11 meninos, a probabilidade é de 11/25 (C) 35 m3 .
E entre os meninos 3 são loiros, 3/11, pois já deixa claro que é (D) 37 m3 .
está entre os meninos e não mais entre as crianças. (E) 39 m3 .

Resposta: B.

19
MATEMÁTICA
6x2,4x2,3=33,12 Título 1
18%aa=1,5%am
32. (CODEBA – Analista Portuário – FGV/2016) Hércules rece-
be R$ 65,00 por dia normal de trabalho e mais R$ 13,00 por hora Desconto Racional Simples
extra. N=A(1+it)
Após 12 dias de trabalho, Hércules recebeu um total de R$ N=19000(1+0,015.2)
845,00. N = 19.000(1,03)
Sabendo que Hércules pode fazer apenas uma hora extra por N =19.570
dia, o número de dias em que Hércules fez hora extra foi
(A) 1. Título 3
(B) 3. Desconto Comercial Simples
(C) 5. A=N(1-it)
(D) 7. 18500=N(1-0,015.5)
(E) 9. N = 18.500/ 0.925 => N = 20.000

Resposta: C. Título 2:
65x12=780 Sabendo que a soma dos valores nominais dos títulos é 50.000
Para sabermos quanto foi de hora extra:
50.000 = titulo 1 + titulo 2 + titulo 3
845-780=65 titulo2 = 50.000 - 19.570 - 20.000 = 10.430
Se ele só pode fazer 1 hora extra por dia, então ele fez
65/13=5 dias de hora extra. A=N(1-it)
33. (TRT 14ª REGIÃO – Técnico Judiciário – FCC/2016) Alberto A = 10.430 (1-0,015x3)
fez uma dieta com nutricionista e perdeu 20% do seu peso nos seis A = 9.960,65
primeiros meses. Nos seis meses seguintes Alberto abandonou o
acompanhamento do nutricionista e, com isso, engordou 20% em 35. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) Um título
relação ao peso que havia atingido. Comparando o peso de Alberto de valor nominal igual a R$ 18.522,00 vencerá daqui a 3 trimestres.
quando ele iniciou a dieta com seu peso ao final dos doze meses Sabe-se que ele será resgatado antes do vencimento, segundo o cri-
mencionados, o peso de Alberto tério do desconto racional composto, a uma taxa de juros de 5% ao
(A) reduziu 4%. trimestre.
(B) aumentou 2%. Supondo-se que a primeira opção será resgatar o título 2 tri-
(C) manteve-se igual. mestres antes do vencimento e a segunda opção será resgatar o
(D) reduziu 5%. título 1 trimestre antes do vencimento, o valor de resgate do título
(E) aumentou 5%. referente à segunda opção supera o valor de resgate do título refe-
rente à primeira opção, em R$, em
Resposta: A.
Como ele perdeu 20% Dados: 1,052 = 1,102500 e 1,053 = 1,157625
1-0,2=0,8 (A) 926,10.
(B) 882,00.
Depois engordou 20% (C) 900,00.
0,8x1,2=0,96 (D) 800,00.
(E) 840,00.
Do peso inicial ele reduziu 1-0,96=0,04=4%
Resposta: E.
34. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016) A tabela
abaixo fornece os valores recebidos por uma empresa, na data de Desconto Racional Composto => A = N/(1+i)n
hoje, correspondentes aos descontos de 3 títulos em um banco. A
taxa de desconto utilizada pelo banco é de 18% ao ano para qual- Primeira opção
quer operação. Se o prazo do vencimento era 3 trimestres e ele resgata 2 tri-
mestres antes disso, isso significa que ele descontou 1 trimestre

Se a soma dos valores nominais dos 3 títulos é igual a R$


50.000,00, então X é, em R$, igual a
(A) 9.960,65. Segunda opção
(B) 10.056,15. Se ele resgatou 1 trimestre antes do vencimento, então ele des-
(C) 9.769,65. contou 2 trimestres (n=2)
(D) 10.247,15.
(E) 9.865,15.

Resposta: A.

20
MATEMÁTICA
38. (PREF. DE GOIÂNIA – Auditor de Tributos – CSUFG/2016)
Uma pessoa antes de tomar emprestado uma quantia de R$ 100
000,00, avalia três propostas: a primeira, à taxa de 5% ao mês, du-
rante 8 meses; a segunda, à taxa de 4% ao mês, durante 12 meses;
Diferença = 17.640 - 16.800 = 840 a terceira, à taxa de 3% ao mês, durante 24 meses; todas a juros
simples. O valor dos juros a serem pagos, em reais, à proposta em
36. (PREF. DE CUIABÁ/MT – Auditor Fiscal Tributário da Recei- que pagará menos juros, é:
ta Municipal – FGV/2016) Suponha um título cujo valor seja igual a (A) 72 000,00
R$ 2000,00 e o prazo de vencimento é de 60 dias. (B) 60 000,00
Sob uma taxa de desconto “por fora” igual a 1% ao mês, o valor (C) 48 000,00
do desconto composto é igual a (D) 40 000,00
(A) R$ 40,00.
(B) R$ 39,80. Resposta: D.
(C) R$ 39,95. 1ª Proposta
(D) R$ 38,80. C=100000
(E) R$ 20,00. I=0,05
N=8
Resposta: B.
J=Cin
Temos 60 dias de antecipação, ou 2 meses comerciais. Assim, J=100000.0,05.8=40000

A = N.(1 – j)t 2ªProposta


A = 2000.(1 – 0,01)² C=100000
A = 2000. 0,99² I=0,04
A = 2000 x 0,9801 N=12
A = 1960,2
D=N–A J=100000.0,04.12=48000
D = 2000 – 1960,2 = 39,8 reais
3ªProposta
37. (BAHIAGAS – Analista de Processos Organizacionais – CAI- I=0,03
PIMES/2016) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00 resultou em um N=24
montante de R$ 1.240.000,00 após 12 meses. Dentro do regime de
Juros Simples, a que taxa o capital foi aplicado? J=100000.0,03.24=72000
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre. Então a que paga menos juros é a primeira de 40000
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre. 39.(PREF. DO RIO DE JANEIRO –Agente de Administração -
(E) 12% ao semestre. PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Seja N a quantidade máxima de
números inteiros de quatro algarismos distintos, maiores do que
Resposta: E. 4000, que podem ser escritos utilizando-se apenas os algarismos 0,
1, 2, 3, 4, 5 e 6.
M=1240000 O valor de N é:
C=1000000 (A) 120
N=12 (B) 240
I=? (C) 360
(D) 480
M=C(1+in) Resposta: C.
1240000=1000000(1+12i) 4 __ __ __
1,24=1+12i 6. 5. 4=120
0,24=12i Depois fixamos o 5 e o 6, e também teremos 120 possibilidades
I=0,02am 120x3=360
0,02x6=0,12 a.s
12%ao semestre 40. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015) Sejam as
matrizes quadradas de e então o valor ordem e ,
então o valor do determinante da matriz C = A + B é igual a:

(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6

Resposta: D.

21
MATEMÁTICA

A44=4.[(6-6+4)-(6+8-3)]
A44=4.(4-11)
A44=-28

41. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômico Financei- A34+ A44=2-28=-26


ro – IBAM/2015) Considere as seguintes matrizes:
43. (PC/SP – Desenhista Técnico-Pericial – VUNESP/2014) Con-
sidere as matrizes e , Em relação a MN, que é o produto
da matriz M pela matriz N, é correto afirmar que

Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = C, o valor


da variável “a” deverá ser: (A)
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 (B) MN = [0 #31;2 3]
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que 10.
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor que 5.

Resposta: A. (C)

(D)

(E)

Resposta: A.
a+2=9 Como a matriz Aé 3x3 e a matriz B é 3x1, o produto só pode
a=7 ser 3x1

42. (SEFAZ/RS – Auditor Fiscal da Receita Estadual – FUNDA- 44. (PREF. DE UBATUBA/SP – Procurador Municipal – EDE-
TEC/2014) O determinante da matriz CAN/2014) Uma rádio apresenta dois programas com músicas anti-
gas das décadas de 60, 70 e 80, cujos números de músicas de cada
década são sempre iguais conforme indicado a seguir:
- Programa A: cinco canções da década de 60, três da década de
70 e quatro da década de 80; e,
-Programa B: oito canções da década de 60, duas da década de
é: 70 e sete da década de 80.
Considere que nos dois primeiros meses a partir das estreias
(A) -32. desses programas os mesmos foram apresentados várias vezes:
(B) -26. -1º mês: 50 programas A e 20 programas B; e,
(C) 14. -2º mês: 30 programas A e 40 programas B.
(D) 16. A matriz que representa a quantidade de músicas exibidas nos
(E) 28. dois meses considerados é

Resposta: B.
Vamos fazer por cofator, pois já temos duas linhas com 0
(A)

A34= -[(3+2+4)-(6+4+1)] (B)


A34=-(9-11)
A34=2

(C)

22
MATEMÁTICA

(D)

Resposta: C.

1ºmês
Como são 50 programas A
5x50=250 canções da década de 60
3x50=150 da década de 70
4x50=200 da década de 80 Somando as duas equações:
144y=36
20 programas B, para cada década temos:
8x20=160 da década de 60
2x20=40 da década de 70
7x20 =140 da década de 80 -x+28y=3
-x+7=3
Década de 60:250+160=410 -x=3-7
Década de 70: 150+40=190 X=4
Década de 80: 200+140=340
47. (SEDUC/PI – Professor – Matemática – NUCEPE/2015) O
Com as respostas do 1º mês conseguimos obter a resposta C. sistema linear é possível e indeterminado
se:
45. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) A solução
do seguinte sistema linear é:
(A) m ≠ 2 e n = 2 .
(A) S={(0,2,-5)} (B) m ≠ 1/2 e n = 2 .
(B) S={(1,4,1)} (C) m = 2 e n = 2 .
(C) S={(4,0,6)} (D) m = 1/2 e n = 2 .
(D) S={(3/2 ,6, -7/2)} (E) m = 1/2 e n ≠ 2 .
(E) Sistema sem solução.
Resposta: D.
Resposta: D. Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
Da II equação tiramos:
X=5+z

Da III equação:
Y=13+2z
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
Substituindo na I 7m+3-9m-2=0
5+z+2(13+2z)+z=10 -2m=-1
5+z+26+4z+z=10 m=1/2
6z=10-31
6z=-21
Z=-21/6
Z=-7/2

X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
-n=-2
n=2

46. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) A 48. (AGU – Administrador – IDECAN/2014) Um estudante, ao
solução do sistema linear é: resolver um problema, chegou ao seguinte sistema linear:
(A) S={(4, ¼)}
(B) S={(3, 3/2 )}
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(E) S={(1,3/2 )}

Resposta: A.

23
MATEMÁTICA
É correto afirmar que x + y + z é igual a Multiplicando a primeira equação por -3 e somando na tercei-
(A) 1 ra:
(B) 3
(C) 5
(D) 7
(E) 9

Resposta:C. De II temos
Vamos trocar a primeira e a terceira equação Y=-2/3
Substituindo em III

Fazendo a equação I (x-1) e somando com a II e depois (x-2) e -4-6z=-6


somando com a III. -6z=-6+4
-6z=-2
Z=2/6
Z=1/3

Substituindo em I
Substituindo II em III
-2-2z=-10
-2z=-10+2
-2z=-8 X=1-1=0
Z=4
Vetor solução (0, -2/3, 1/3)
Substituindo em I
X+2.2+2.4=11 50. (CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016)
X+4+8=11 Um empresário, para evitar ser roubado, escondia seu dinheiro no
X=-1 interior de um dos 4 pneus de um carro velho fora de uso, que man-
tinha no fundo de sua casa. Certo dia, o empresário se gabava de
X+y+z=-1+2+4=5 sua inteligência ao contar o fato para um de seus amigos, enquanto
um ladrão que passava pelo local ouvia tudo. O ladrão tinha tem-
49. CRM/MS – Assessor – Tecnologia da Informação – MS po suficiente para escolher aleatoriamente apenas um dos pneus,
CONCURSOS/2014) Observe o sistema linear a seguir: retirar do veículo e levar consigo. Qual é a probabilidade de ele ter
roubado o pneu certo?
(A) 0,20.
(B) 0,23.
(C) 0,25.
(D) 0,27.
Ao escalonarmos esse sistema, podemos concluir que: (E) 0,30.
(A) Trata-se de um sistema incompatível.
(B) Esse sistema é compatível e indeterminado. Resposta: C.
(C) Este sistema é compatível e determinado e seu vetor solu- A probabilidade é de 1/4, pois o carro tem 4 pneus e o dinheiro
ção é (0,-2/3, 1/3) está em 1.
(D) Este sistema é compatível e determinado e admite como 1/4=0,25
solução a tripla ordenada (1, 2, 3).
51. (PREF. DE PAULÍNIA/SP – Guarda Municipal – FGV/2015)
Resposta: C. Um ciclo completo de um determinado semáforo é de um minuto
e meio. A cada ciclo o semáforo fica vermelho 30 segundos, em
seguida fica laranja 10 segundos e, por fim, fica verde 50 segundos.

Escolhido um instante de tempo ao acaso, a probabilidade de


que neste instante de tempo o semáforo NÃO esteja fechado, isto
Multiplicando a primeira equação por -2 e somando na segun- é, NÃO esteja vermelho, é:
da: (A) 1/9;
(B) 2/9;
(C) 1/3;
(D) 4/9;
(E) 2/3.

Resposta: E.

24
MATEMÁTICA
São 60 segundos (10+50) de 90 segundos ( 1 minuto e meio) 55. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administrativo – CURSIVA/2015)
que ele não fica vermelho. Lançando- se uma moeda três vezes, qual é a probabilidade de que
apareça cara nos três lançamentos ?
(A) 1/3
(B) 1/6
(C) 1/8
52. (TCE/RN – Assessor de Informática – CESPE/2015) Para fis- (D) 1/9
calizar determinada entidade, um órgão de controle escolherá 12
de seus servidores: 5 da secretaria de controle interno, 3 da secre- Resposta: C.
taria de prevenção da corrupção, 3 da corregedoria e 1 da ouvido-
ria. Os 12 servidores serão distribuídos, por sorteio, nas equipes A, Pode ser cara ou coroa, portanto terá 1/2 possibilidade para
B e C; e cada equipe será composta por 4 servidores. A equipe A cada.
será a primeira a ser formada, depois a equipe B e, por último, a C. E como são 3 lançamentos tem que ser cara E cara E cara
A respeito dessa situação, julgue o item subsequente.
A probabilidade de um servidor que não for sorteado para inte-
grar a equipe A ser sorteado para integrar a equipe B é igual a 0,5.
( ) Certo ( ) Errado
56. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário – FGV/2015) Os 12
Resposta: certo funcionários de uma repartição da prefeitura foram submetidos a
Como já foram 4 servidores, sobraram 8 um teste de avaliação de conhecimentos de computação e a pontu-
E são formados sempre por 4 ação deles, em uma escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.

50 55 55 55 55 60
62 63 65 90 90 100

53. (CIS-AMOSC/SC – Auxiliar Administrativo – CURSIVA/2015) O número de funcionários com pontuação acima da média é:
Numa caixa são colocadas 12 bolas pretas, 8 bolas verdes e 10 bolas (A) 3;
amarelas Retirando-se ,ao acaso uma bola dessa caixa, determine a (B) 4;
probabilidade de ela ser preta? (C) 5;
(A) 40% (D) 6;
(B) 45% (E) 7.
(C) 30%
(D) 35% Resposta: A.

Resposta: A.
Total de bolas:30
Bolas pretas:12
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.

57. (PREF. DE NITERÓI – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A mé-


54. (COLÉGIO PEDRO II – Técnico em Assuntos Educacionais – dia das idades dos cinco jogadores mais velhos de um time de fu-
ACESSO PUBLICO/2015) Carlos realizou duas reuniões pedagógicas tebol é 34 anos. A média das idades dos seis jogadores mais velhos
com os professores, uma para professores do ensino fundamental desse mesmo time é 33 anos.
(EF) e a outra para professores do ensino médio (EM). Apenas 20 A idade, em anos, do sexto jogador mais velho desse time é:
dos 50 professores do EF previstos compareceram à reunião. Ape- (A) 33;
nas 10 dos 30 professores do EM previstos compareceram à reu- (B) 32;
nião. Alberto e Bruna são, respectivamente, professores de EF e EM (C) 30;
previstos para participarem da reunião. Qual a probabilidade de os (D) 28;
dois terem faltado a reunião? (E) 26.
(A) 0,4
(B) 0,2 Resposta: D.
(C) 0,3 S=soma das idades dos 5 jogadores
(D) 0,5 X=idade do 6º jogador
(E) 0,6

Resposta: A.
Como compareceram 20 de 50 do EF, faltaram 30 S=34x5=170
E faltaram 20 do EM

25
MATEMÁTICA
170+x=198 60. (CNMP – Analista do CNMP – FCC/2015) Analisando a
X=28 quantidade diária de processos autuados em uma repartição públi-
ca, durante um período, obteve-se o seguinte gráfico em que as co-
58. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) A média do núme- lunas representam o número de dias em que foram autuadas as res-
ro de páginas de cinco processos que estão sobre a mesa de Tânia é pectivas quantidades de processos constantes no eixo horizontal.
90. Um desses processos, com 130 páginas, foi analisado e retirado
da mesa de Tânia.
A média do número de páginas dos quatro processos que res-
taram é:
(A) 70;
(B) 75;
(C) 80;
(D) 85;
(E) 90.

Resposta: C.

S=450 páginas

450-130=320

Média =320/4=80 A soma dos valores respectivos da mediana e da moda supera


o valor da média aritmética (quantidade de processos autuados por
59. (TCE/RO – Analista de Tecnologia da Informação – dia) em
FGV/2015) A média de cinco números de uma lista é 19. A média (A) 1,85.
dos dois primeiros números da lista é 16. (B) 0,50.
A média dos outros três números da lista é: (C) 1,00.
(A) 13; (D) 0,85.
(B) 15; (E) 1,35.
(C) 17;
(D) 19; Resposta: E.
(E) 21. Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
Média dos dois primeiros
Resposta: E.
Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
Média dos dois primeiros

X1+x2=32
X1+x2=32

X3+x4+x5+32=95
X3+x4+x5=63

X3+x4+x5+32=95 Média dos 3


X3+x4+x5=63

Média dos 3

Moda é 2, pois é o que tem maior quantidade de processos


Mediana: (2+3)/2=2,5

Mediana+moda-média: 2+2,5-2,65=1,85

26
MATEMÁTICA
61. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDATEC/2015) As- 62. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A distribui-
sinale a alternativa que representa a nomenclatura dos três gráficos ção de salários de uma empresa com 30 funcionários é dada na ta-
abaixo, respectivamente. bela seguinte. 

Salário (em salários mínimos) Funcionários


1,8 10
2,5 8
3,0 5
5,0 4
8,0 2
15,0 1

Pode-se concluir que


(A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
(B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3 salários.
(C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da renda total.
(E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da renda total.

Resposta: D.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 salários
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem ganha
mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20

63. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) Considere a


tabela de distribuição de frequência seguinte, em que xi é a variável
estudada e fi é a frequência absoluta dos dados.

xi fi
30-35 4
35-40 12
40-45 10
45-50 8
50-55 6
TOTAL 40
(A) Gráfico de Setores – Gráfico de Barras – Gráfico de Linha. Assinale a alternativa em que o histograma é o que melhor re-
(B) Gráfico de Pareto – Gráfico de Pizza – Gráfico de Tendência. presenta a distribuição de frequência da tabela.
(C) Gráfico de Barras – Gráfico de Setores – Gráfico de Linha.
(D) Gráfico de Linhas – Gráfico de Pizza – Gráfico de Barras.
(E) Gráfico de Tendência – Gráfico de Setores – Gráfico de Li-
nha.

Resposta: C.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores ou pizza (A)
e de linha

(B)

27
MATEMÁTICA
555----100%
x----55%
x=305,25
Está correta, pois a região sudeste tem 306 pessoas.

65. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015)


(C)

(D)

(E)

Resposta: A. A partir das informações e do gráfico apresentados, julgue o


Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, 40-45, item que se segue.
35-40, Se os percentuais forem representados por barras verticais,
conforme o gráfico a seguir, então o resultado será denominado
64. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CESPE/2015) histograma.

Ministério da Justiça — Departamento Penitenciário Nacional


— Sistema Integrado de Informações Penitenciárias – InfoPen,
Relatório Estatístico Sintético do Sistema Prisional Brasileiro,
dez./2013 Internet:<www.justica.gov.br> (com adaptações)
( ) Certo ( ) Errado
A tabela mostrada apresenta a quantidade de detentos no
sistema penitenciário brasileiro por região em 2013. Nesse ano, o Resposta: ERRADO.
déficit relativo de vagas — que se define pela razão entre o déficit Como foi visto na teoria, há uma faixa de valores no eixo x e não
de vagas no sistema penitenciário e a quantidade de detentos no simplesmente um dado.
sistema penitenciário — registrado em todo o Brasil foi superior a
38,7%, e, na média nacional, havia 277,5 detentos por 100 mil ha-
bitantes.
Com base nessas informações e na tabela apresentada, julgue
o item a seguir.
Em 2013, mais de 55% da população carcerária no Brasil se en-
contrava na região Sudeste.

( )certo ( ) errado

Resposta: CERTA.

28
MATEMÁTICA
66. (UNIOESTE – Advogado – UNIOESTE/2015) O gráfico abai- 68. (EMDEC – Assistente Administrativo – IBFC/2016) Paulo
xo apresenta a inflação mensal de determinado país no período de vai dividir R$ 4.500,00 em partes diretamente proporcionais às ida-
um ano. Com base nas informações do gráfico é correto afirmar que des de seus três filhos com idades de 4, 6 e 8 anos respectivamente.
Desse modo, o total distribuído aos dois filhos com maior idade é
igual a:
(A) R$2.500,00
(B) R$3.500,00
(C) R$ 1.000,00
(D) R$3.200,00

Resposta: B.

A+B+C=4500
4p+6p+8p=4500
18p=4500
P=250
(A) No período o índice mais alto foi 1,5 %. B=6p=6x250=1500
(B) De janeiro à março a inflação não aumentou. C=8p=8x250=2000
(C) No período o índice mais baixo foi 1 %. 1500+2000=3500
(D) Os índices registrados em setembro e outubro foram iguais.
(E) O índice registrado em agosto foi de 1,2 %. 69. (CASAN – Advogado – INSTITUTO AOCP/2016) Três pesso-
as investiram certo capital para a abertura de uma lanchonete. O
Resposta: D. sócio A investiu R$12 000,00, o sócio B investiu R$18 000,00 e o só-
(A) o índice foi de 1,4% cio C investiu R$30 000,00. Ao fim de dois anos, perceberam que se-
(B) na verdade, o índice só aumentou ria possível fazer uma retirada de R$420 000,00. Sabendo que cada
(C) foi de 0,9% sócio recebeu uma parte desses R$420 000,00 e que essa parte era
(E) foi de 1,1% diretamente proporcional ao seu investimento, o sócio C recebeu
(A) R$126 000,00.
67. (UNESP – Assistente de Suporte Acadêmico II – VU- (B) R$84 000,00.
NESP/2015) Em um estacionamento há apenas carros (C), motos (C) R$42 000,00.
(M) e caminhonetes (K). O gráfico mostra a quantidade de cada tipo (D) R$210 000,00.
de veículo nesse estacionamento. (E) R$300 000,00.

Resposta: D.
12000p+18000p+30000p=420000
60000p=420000
P=7
C=30000p=30000x7=210000

70. (CODAR – Recepcionista – EXATUS/2016) Jair irá distribuir


a quantia de R$ 639,00 entre seus três sobrinhos, chamados Zito,
Tiago e Ariel, na proporção inversa de suas idades. Sabe-se que Zito
tem 7 anos, que Tiago tem 5 anos, e que Ariel tem 3 anos. Assim, é
correto afirmar que:
Em relação ao número total de veículos desse estacionamen- (A) Ariel receberá menos de 100 reais.
to, apresentados no gráfico, o número de caminhonetes representa (B) Tiago e Zito, juntos, receberão menos da metade da quantia
uma porcentagem de distribuída por Jair.
(C) Tiago receberá R$ 198,00.
(A) 2%. (D) Ariel receberá R$ 315,00.
(B) 3%.
(C) 4%. Resposta D.
(D) 5%.
(E) 6%.

Resposta: C.
Total: 54+90+6=150 A+B+C=639
6/150=0,04=4%

Mmc(7,5,3)=105

29
MATEMÁTICA
73. (EMDEC – Assistente Administrativo Jr – IBFC/2016) Pau-
lo comprou dois pacotes de balas: um contendo 84 balas e outro
contendo 74 balas e as distribuiu em quantidades iguais para 12
pessoas. Nessas condições o total de balas que restou à Paulo foi:
71p=67095 (A) 0
P=945 (B) 1
(C) 2
A=1/7p=945/7=135 (D) 3
B=1/5p=945/5=189
C=1/3p=945/3=315 Resposta: C.
84+74=158
71. (TRT 9ª REGIÃO/PR – Técnico Judiciário – FCC/2015) Para 158/12=13 e resta 2
proceder à fusão de suas empresas, os proprietários A, B e C de- Então restaram 2 balas para Paulo
cidem que as partes de cada um, na nova sociedade, devem ser
proporcionais ao faturamentos de suas empresas no ano de 2014, 74. (DPE/RR – Auxiliar Administrativo – FCC/2015) O resultado
que foram, respectivamente, de R$ 120.000,00; R$ 135.000,00 e da expressão numérica: 3 + 4 × 7 − 8 × 3 é igual a
R$ 195.000,00. Então, se a empresa resultante da fusão lucrar R$ (A) 9.
240.000,00 em 2016, a parte desse lucro devida ao sócio A foi de (B) 123.
(A) R$.110.000,00. (C) 7.
(B) R$ 72.000,00. (D) 60.
(C) R$ 64.000,00. (E) 23.
(D) R$ 60.000,00.
(E) R$ 80.000,00. Resposta: C.
Primeiro devemos fazer as multiplicações
Resposta: C. 4x7=28
Como os números são tudo em “mil”, vamos usar o mais sim- 8x3=24
ples? 3+28-24=7
Apenas, 120, 135, 195 e 240
75. (TJ/PI – Escrivão Judicial – FGV/2015) Cada um dos 160
funcionários da prefeitura de certo município possui nível de esco-
laridade: fundamental, médio ou superior. O quadro a seguir for-
nece algumas informações sobre a quantidade de funcionários em
A+B+C=240 cada nível:
120p+135p+195p=240
450p=240 Fundamental Médio Superior
P=24/45 Homens 15 30
A=120p Mulheres 13 36
Sabe-se também que, desses funcionários, exatamente 64 têm
nível médio. Desses funcionários, o número de homens com nível
superior é:
(A) 30;
Portanto o lucro do sócio A será de 64000 (B) 32;
(C) 34;
72. (PREF. DE RIO DE JANEIRO – Agente de Administração – (D) 36;
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Em um seminário de que parti- (E) 38.
cipam X pessoas, o número de mulheres é igual ao quádruplo do
número de homens. Se 128 < X < 134, a diferença entre o número Resposta: B.
de mulheres e o número de homens equivale a: Sabendo que são 64 funcionários com nível médio:
(A) 78 15+13+64+36=128
(B) 76 160-128=32
(C) 74
(D) 72 76. (PREF. DE NOVA FRIBURGO/RJ – Engenheiro de Segurança
do Trabalho – EXATUS/2015) A matrícula dos funcionários de uma
Resposta: A. empresa é formada por cinco dígitos numéricos, sendo o último,
A cada 5 pessoas: 1 homem e 4 são mulheres denominado dígito verificador, ou seja, a matrícula é um código do
Isso quer dizer que o total de pessoas tem que ser um número tipo “ABCD-E”. Sabe-se que os quatro primeiros dígitos são gerados
divisível por 5, no nosso caso só pode ser o 130 aleatoriamente e o dígito verificador é gerado da seguinte maneira:
130/5=26 homens
26x4=104 mulheres - multiplica-se o número “A” por 1, “B” por 2, “C” por 3 e “D”
104-26=78 por 4.
- soma-se esses produtos e divide por 11.
- toma-se o resto dessa divisão como dígito verificador.

30
MATEMÁTICA
O funcionário João da Silva possui matrícula “3742-E”. Assim, Vamos começar de trás para frente.
é correto afirmar que o dígito verificador representado por “E” na Sabemos que Roberto tem 18 reais
matrícula do funcionário João da Silva é igual a: Bruno tem o dobro de Roberto 18x2=36 reais
(A) 1. André tem 1/6 da quantia de Bruno
(B) 2. André tem 1/6 de 36=6 reais
(C) 3.
(D) 4. 80. (SAEG – Técnico de Saneamento – VUNESP/2015) Consi-
dere a, b, c três números naturais consecutivos cuja soma é igual a
Resposta: D. 3,2 a. Nesse caso, é correto afirmar que (a . b) vale
Seguindo as orientações: (A) 272.
- multiplica-se o número “A” por 1, “B” por 2, “C” por 3 e “D” (B) 240.
por 4. (C) 210.
3x1=3 (D) 182.
7x2=14 (E) 156.
4x3=12
2x4=8 Resposta: B.
- soma-se esses produtos e divide por 11. Se são consecutivos:
3+14+12+8=37 b=a+1
- toma-se o resto dessa divisão como dígito verificador. c=a+2
37/11=3 resta 4 Diz que a soma dos números é igual a 3,2a
a+b+c=3,2a
77. (JUCEPAR/PR – Assistente Administrativo – FAU/2016) a+a+1+a+2=3,2a
Marina gasta 3/4 de seu salário com alimentação, moradia e trans- 3a+3=3,2a
porte se ela recebe R$ 1800,00 por mês, estas despesas represen- 0,2a=3
tam em reais o total de: a=15
(A) R$ 850,00. b=15+1=16
(B) R$ 1.050,00. a.b=15.16=240
(C) R$ 1.350,00.
(D) R$ 1.450,00. 81. (AGERIO – Analista de Desenvolvimento – FDC/2015) Sen-
(E) R$ 1.650,00. do N o conjunto dos números naturais, Z o conjunto dos números
inteiros e Q o conjunto dos números racionais a afirmativa INCOR-
Resposta: C. RETA é:
(A) N ⊂ Z
(B) 0,333... ∈ Q
78. (EMDEC – Assistente Administrativo Jr – IBFC/2016) Uma (C) 1/2 ∉Z
costureira utilizou um quinto de um novelo de lã e mais dois terços (D) Q ⊃ N
do mesmo novelo. Desse modo, a fração que representa o total do (E) -1 ∈ N
novelo que a costureira utilizou é:
(A) 2/15 Resposta: E.
(B) 3/8
(C) 3/4
(D) 13/15

Resposta: D.

Mmc(3,5)=15

79. (PREF. DE NOVA FRIBURGO/RJ – Engenheiro de Segurança


do Trabalho – EXATUS/2015) André possui certa quantia, que equi-
vale a 1/6 da quantia que possui Bruno, que por sua vez, possui o
dobro do que possui Roberto. Sabe-se que Roberto possui 18 reais. Lembrando do nosso diagrama
Dessa forma, é correto afirmar que André possui: (A) e (D) Os naturais estão contido nos números inteiros e os
(A) 6 reais. racionais contém os números naturais
(B) 8 reais. (B) toda dízima periódica pode ser escrita em fração, por isso
(C) 9 reais. pertence aos racionais
(D) 12 reais. (C) os números inteiros são {...-3, -2, -1, 0, 1, 2...}

Resposta: A.

31
MATEMÁTICA
82. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) Em uma determi- 85. (ELETROBRAS – Médico do Trabalho – IADES/2015) Quan-
nada empresa, metade de seus funcionários vai para casa de ôni- to aos números reais, assinale a alternativa correta.
bus, um quinto vai de carro, um oitavo vai de bicicleta e os demais (A) Os números √2 ≅ 1,4142 e √3 ≅ 1,732 são os únicos números
vão a pé. irracionais entre 1 e 2.
(B) Entre dois números racionais distintos, existe um único nú-
A fração dos funcionários que vai para casa a pé equivale a: mero irracional.
(A) 4/5; (C) Entre dois números racionais distintos, existe apenas uma
(B) 3/15; quantidade finita, maior do que 1, de números irracionais.
(C) 7/15; (D) Existem dois números racionais distintos, entre os quais
(D) 3/40; não existe nenhum número irracional.
(E) 7/40; (E) Entre dois números racionais distintos, existem infinitos nú-
meros irracionais.
Resposta: E. Resposta: E.
½ vai para casa de ônibus (A) √2,1 já é um contra exemplo
1/5 vai de carro (B), (C) e (D) sempre há infinitos números, quando a alternativa
1/8 vai de bicicleta colocar um valor já é pra desconfiar.

86. (CÂMARA MUNICIPAL DE ACARAÚ – Consultor Legislativo


– FUNCEPE/2014) O valor de(32)0,8 +(9)3/2 é:
Mmc(2,5,8)=40 (A) 25
(B) 17
(C) 43
(D) 12
(E) 57

83. (CISCOPAR - Pedagogo – CISCOPAR/2015) Resolvendo a ex- Resposta: C.


pressão ( 32,68 x 18 ) + ( 240: 15 ), o resultado obtido será:
(A) 575,18
(B) 589,60 Simplificando a fração?
(C) 595,20
(D) 604,24
(E) 615,45
Colocando na raiz
Resposta: D.

588,24+16=604,24
Como são 4 vezes o número 32, 25 4 vezes
84. (PREF. DE JUATUBA – Professor de Matemática – CONSUL- 2x2x2x2=16
PLAN/2015) Em relação à Teoria dos Números e Conjuntos Numéri-
cos, marque a alternativa correta.
(A) O número racional 13/ 3 está compreendido entre 5 e 3³=27
5√3. 16+27=43
(B) O menor número racional compreendido entre 5 e 5√3 é
5,1. 87. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I- VUNESP/2016) No tri-
(C) Há exatamente dois números pares compreendidos entre ângulo ABC da figura, é a altura relativa ao lado .
5 e 5√3.
(D) Há exatamente cinco números inteiros compreendidos en-
tre 5 e 5√3.

Resposta: C.
(A)13/3=4,333...
(B) e (D)o menor número racional é até difícil de ser analisado,
lembrando que existem infinitos números compreendidos entre 2

32
MATEMÁTICA
O perímetro do triângulo BHC, em cm, é um número real que
se encontra entre
(A) 16 e 17.
(B) 15 e 16.
(C) 18 e 19.
(D) 19 e 20.
(E) 17 e 18.

Resposta : C.
Pelas relações métricas:
AC ⋅BH=AB⋅BC
10BH=5⋅8 1,8h=12.1,5
BH=4cm 1,8h=18
BC²=AC⋅HC h=10m
64=10HC
HC=6,4 90. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) Um
Perímetro=6,4+8+4=18,4 triângulo e um quadrado têm perímetros iguais. Os lados do triân-
gulo medem 7,3 m, 7,2 m e 5,5 m.
88. (PREF. DE MARILÂNDIA/ES – Auxiliar Administrativo – A área do quadrado, em m², é:
IDECAN/2016) Uma pista de corrida foi construída com o formato (A) 20,00;
de um setor circular, conforme apresentado a seguir. (B) 22,50;
(C) 25,00;
(D) 25,60;
(E) 26,01.

Resposta: C.
Perímetro=7,3+7,2+5,5=20m
Perímetro quadrado=4lados
Lado=20/4=5m cada lado
Área=5²=25m

91. (PREF. DE CUIABÁ/MT – Técnico em Administração Escolar


– FGV/2015) Considere que em uma sala de aula cada aluno deve
Pode‐se afirmar que o valor do ângulo x é igual a ter, no mínimo, 1 m² de área disponível e que o espaço ocupado
(Considere: π = 3,14.) pelos alunos não pode exceder 80% da área total da sala.
(A) 30°. Em uma sala retangular com 6 m de largura por 8 m de compri-
(B) 36°. mento, de acordo com a regra acima, o número máximo de alunos é
(C) 42°. (A) 48.
(D) 45°. (B) 42.
(C) 40.
Resposta: B. (D) 38.
Podemos fazer a regra de três (E) 36.
360°----------2 πr
x-------------9,42 Resposta: D
2⋅3,14⋅15x=360⋅9,42 Asala=6x8=48 m²
94,2x=360⋅9,42 80% de 48=0,8x48=38,4
Portanto, só podem ter no máximo 38 alunos

92. (UNESP – Assistente de Suporte Acadêmicos II – Biologia


– VUNESP/2015) O comprimento de um pátio retangular é 25 m
89. ( CASAN – Técnico de Laboratório – INSTITUTO AOCP/2016) maior que sua largura, conforme mostra a figura.
Uma pessoa de 1,5 metros de altura projeta uma sombra de 1,8
metros. Sabendo que, no mesmo instante, um prédio projeta uma
sombra de 12 metros, conclui-se que a altura do prédio é
(A) 12 metros
(B) 10 metros
(C) 8 metros
(D) 15 metros
(E) 20 metros

Resposta: B.

33
MATEMÁTICA
Sabendo que o perímetro desse pátio é 170 m, o valor da sua
área, em metros quadrados, é
(A) 1650.
(B) 1320.
(C) 1150.
(D) 900.
(E) 750.

Resposta: A.
X+x+x+25+x+25=170
4x=170-50
4x=120
X=30
Se o menor lado de cada um dos quatro retângulos mede 6 cm,
A=x(x+25)
qual é a área do retângulo ABCD?
A=30(30+25)
(A) 84
A=30x55=1650 m²
(B) 108
(C) 324
93. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) A figura a seguir
(D) 432
mostra um salão poligonal ABCDEF, onde os ângulos internos nos
(E) 576
vértices A, B, C, D e F são retos e as medidas indicadas estão em
metros.
Resposta: D.

O perímetro e a área desse salão são, respectivamente:


(A) 105 m e 44 m2;
(B) 44 m e 105 m2;
(C) 120 m e 36 m2;
(D) 36 m e 120 m2;
(E) 120 m e 44 m2. Cada retângulo terá área de : 6x18=108 cm², como são 4 retân-
Resposta: B. gulos 108x4=432 cm²

95. (COMIG – Advogado Societário – FGV/2015) A região som-


breada na figura é conhecida como “barbatana de tubarão” e foi
construída a partir de um quadrante de círculo de raio 4 e de um
semicírculo.

DE=10-7=3m A área dessa “barbatana de tubarão” é:


FE=12-7=5m (A) 2π;
Perímetro=7+12+10+7+3+5=44m
(B)
A=12x7+3x7=84+21=105m² (C) 3π;

94. (PETROBRAS – Técnico de Administração e Controle Junior (D)


– CESGRANRIO/2015) O retângulo ABCD da Figura abaixo foi divi- (E) 4π;
dido em quatro partes, todas retangulares e de dimensões iguais.
Resposta: A.

34
MATEMÁTICA

O diâmetro do semicírculo é 4, portanto r=2


Área da barbatana=área ¼ de círculo-área semicírculo

A=3x8=24m²
B=12x1=12m²

96. (CIS-AMOSC-SCPROVA – Auxiliar Administrativo – CURSI-


VA/2015) Uma praça circular é cercada por uma calçada. Sabendo 24+12+45=81m²
que o raio da praça mede 30m , calcule o comprimento da calçada.
( Considere π = 3,14) 98. (PREF. DE MARILÂNDIA/ES – Auxiliar Administrativo – IDE-
(A) 188,4m CAN/2016) Tales desenhou um triângulo retângulo com as seguin-
(B) 183.4m tes medidas, todas dadas em centímetros.
(C) 185.4m
(D) 187.4m

Resposta: A.
C=2 πr
C=2x3,14x30=188,4m
97. (TJ/PI – Analista Judiciário – FGV/2015) A figura abaixo
mostra a planta de um salão. Os ângulos A, B, C, D e E são retos e as
medidas assinaladas estão em metros.

Qual é o perímetro deste triângulo?


(A) 6 cm.
(B) 9 cm.
(C) 12 cm.
(D) 15 cm.

Resposta: C.
Pelo teorema de Pitágoras
(x+1)²=x²+(x-1)²
X²+2x+1=x²+x²-2x+1
X²-4x=0
X=0(não convém) ou x=4
A área desse salão em m² é: P=x+x-1+x+1=3x
(A) 81; P=3.4=12
(B) 86;
(C) 90;
(D) 94;
(E) 96.

Resposta: A.

35
MATEMÁTICA
99. (UNESP – Assistente de Suporte Acadêmico – VU- 101. (PREF. DE FLORES DA CUNHA – Atendente de Farmácia –
NESP/2015) Em um prisma reto de altura H e base quadrada com 8 UNA/2015) Uma taça será fabricada em formato de um cone e terá
cm de lado, foi colocado 1,6 litro de água, restando ainda 3 cm para 16cm de diâmetro e altura correspondente ao triplo do raio. Qual
enchê-lo completamente, conforme mostra a figura. será a capacidade desta taça? (Utilize π = 3,14).
(A) 1.607,68cm³
(B) 1.903cm³
(C) 2.340,87cm³
(D) 1.250,92cm³

Resposta: A.
d=2r
16=2r
R=8
H=3r=3x8=24

A altura H desse prisma, em cm, é


(A) 25.
(B) 28.
(C) 31. V=1.607,68cm³
(D) 34.
(E) 37. 102. (PREF. DE UBATUBA – PROCURADOR MUNICIPAL – IDE-
CAN/2014) Um cubo apresenta diagonal igual a 3√3 cm, conforme
Resposta: B. indicado na figura:
1m³=1000 litros
1,6x10-3m³=1,6x10-3x106=1,6x10³cm³=1600cm³
V=8x8x(H-3)
1600=64(H-3)
25=H-3
H=28

100. (PREF. DE FLORES DA CUNHA – Atendente de Farmácia –


UNA/2015) Um trapézio possui 11m de altura e área igual a 561m².
Determine a medida da base maior sabendo que ela é o quíntuplo
da base menor.
(A) 56m
(B) 70m
(C) 85m É correto afirmar que a área total desse cubo é igual a
(D) 94m (A) 42 cm2.
(B) 48 cm2.
Resposta: C. (C) 54 cm².
B=5b (D) 56 cm².

Resposta: C.

66b=1122
b=17
B=5b
B=5x17=85

36
MATEMÁTICA
27=2a²+a²
3a²=27
a²=9

Área do cubo=6a²
A=6x9=54
Cat op=8
103. (PREF. DE OSASCO – Socorrista – FGV/2014) Um fabri-
cante de curativos adesivos, com a finalidade de atrair o público Sendo x=comprimento do cabo de aço
infantil, comercializa caixas com curativos variados nos seguintes X²=8²+6²
formatos: X²=64+36
X²=100
I. Círculo com raio de 2,5 cm; X=10
II. Quadrado com lado de 4,0 cm;
III. Triângulo equilátero com lado de 4,0 cm. 105. (AGU – Administrador – IDECAN/2014) Sabe-se que um
polígono regular com 8 lados possui x diagonais. É correto afirmar
Deseja-se cobrir completamente um corte retilíneo c compri- que o valor de x é
mento de 4,5 cm usando um dos curativos citados. (A) 16.
Assinale: (B) 20.
(A) se apenas I for adequado. (C) 22.
(B) se apenas II for adequado. (D) 24.
(C) se apenas III for adequado. (E) 28.
(D) se apenas I e II forem adequados.
(E) se todos forem adequados. Resposta: B.

Resposta: D.
I Se o raio é 2,5cm, o diâmetro tem 5cm, portanto cobre o cor-
te.

II – A diagonal do quadrado tem 4√2 que é aproximadamente


5,64cm, portanto também cobre o corte.
106. (PREF. DE NITERÓI/RJ – Agente Fazendário – FGV/2015)
III – Triângulo equilátero tem todos os lados iguais, por isso não João coordena as 5 pessoas da equipe de manutenção de uma em-
cobre o corte. presa e deve designar, para cada dia, as pessoas para as seguintes
funções:
104. (UFLA – Engenheiro de Segurança do Trabalho –
UFLA/2014) Um poste, por medida de segurança, será amarrado • uma pessoa da equipe para abrir o prédio da empresa e fis-
por um cabo de aço a uma estaca, que está enterrada no chão, dis- calizar o trabalho geral;
tante do poste 6 m. Se a tangente do ângulo θ entre o cabo de aço • duas pessoas da equipe para o trabalho no turno da manhã,
e o chão deve ser de 4 /3, o comprimento do cabo de aço será de: deixando as outras duas para o turno da tarde.

O número de maneiras diferentes pelas quais João poderá or-


ganizar essa escala de trabalho é:
(A) 10;
(B) 15;
(C) 20;
(D) 30;
(E) 60.

Resposta: D.
Para a primeira pessoa, temos 5 possibilidades, ou se quiser
pensar em termos de combinação C5,1

Agora, para escolher as outras duas, ficaram 4 pessoas.


(A) 8 m
(B) 10 m
(C) 8√2 m
(D) 6√2 m
E as outras duas serão as que “sobraram”.
Resposta: B.
Possibilidades: 5x6=30

37
MATEMÁTICA
107. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) João tem 5 pro- 110. (EPT – MARICÁ – Fiscal de Transportes – IESA/2015) No
cessos que devem ser analisados e Arnaldo e Bruno estão dispo- DETRAN de uma cidade da região dos lagos, um motorista em dú-
níveis para esse trabalho. Como Arnaldo é mais experiente, João vida fez a seguinte pergunta ao funcionário. Quantos veículos po-
decidiu dar 3 processos para Arnaldo e 2 para Bruno. dem ser emplacados num sistema com um total de 23 letras, sendo
O número de maneiras diferentes pelas quais João pode distri- que cada placa é formada por 3 letras e 4 algarismos, consideran-
buir esses 5 processos entre Arnaldo e Bruno é: do de 0 a 9. O funcionário respondeu corretamente ao afirmar
(A) 6; ______________ veículos.
(B) 8; Indique a alternativa correta.
(C) 10; (A) 1.840.000
(D) 12; (B) 42.320.000
(E) 15. (C) 121.670.000
(D) 158.700.000
Resposta: C.
Como Arnaldo ficará com 3 processos: Resposta: C.
A questão não diz respeito as repetições, portanto, tanto as le-
tras como os algarismos podem ser repetidos.

__ __ __ __ __ __ __
E assim, os dois que sobraram ficarão com Bruno, sem escolha 23.23.23 x 10.10.10.10=121670000

108. (SEDUC/PE – Agente de Apoio ao Desenvolvimento Es- 111. (CIS-AMOSC – Auxiliar Administrativo – CURSIVA/2015)
colar Especial – FGV/2015) Um professor deseja dividir um grupo Quantos anagramas podem ser formados com a palavra MARA?
de cinco alunos em dois grupos: um com dois alunos e o outro com (A) 4
três alunos. Dos cinco alunos, dois deles são especiais. (B) 8
De quantas maneiras diferentes o professor pode fazer a di- (C) 12
visão dos cinco alunos em dois grupos, de modo que cada grupo (D) 24
tenha um aluno especial?
(A) 3. Resposta: C.
(B) 4.
(C) 5.
(D) 6.
(E) 10. 112. (CGM – Auxiliar de Controladoria – PREF. DO RIO DE JA-
NEIRO/2015) Sete livros diferentes serão distribuídos para duas
Resposta: D. pessoas, de modo que cada uma delas receba pelo menos um livro.
Para os alunos especiais, temos duas possibilidades. O número máximo de maneiras distintas de se fazer essa distribui-
ção corresponde a:
(A) 47
Para os alunos não especiais ( são 3) (B) 49
(C) 126
(D) 128
Resposta: C.

Portanto, são 3x2=6 maneiras diferentes 1 livro pra 1 e 6 pra outra

109. (PREF. DE RIO NOVO DO SUL/ES – Agente Fiscal – IDE-


CAN/2015) Quatro bebês prematuros serão colocados cada um de-
les em uma das seis incubadoras disponíveis em uma determinada
maternidade. De quantas maneiras poderá ser feita a distribuição 7x2=14, pois pode ser contrário os livros: 6 e 1
dos bebês nas incubadoras?
(A) 270.
(B) 360.
(C) 420.
(D) 540. 21x2=42

Resposta: B.
São 6 incubadoras diferentes, nesse caso, a ordem faz diferen-
ça.
35x2=70
Total de possibilidades: 14+42+70=126

38
MATEMÁTICA
113. (PREF. DE SÃO JOÃO DA BARRA – Técnico em Enferma- 116. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Matemática – CE-
gem – BIO-RIO/2015) Numa sala estão reunidos quatro técnicos PERJ/2015) Seja α uma circunferência cuja equação é (x – 1)² + (y +
de enfermagem e três técnicos de farmácia. Um grupo de trabalho 5)² = 2. A equação da circunferência que é simétrica a α em relação
será constituído com dois técnicos de enfermagem e dois de far- ao eixo das ordenadas é:
mácia. O número de grupos de trabalho diferentes que podem ser (A) x2 + y2 – 2x – 10y – 24 = 0
formados é igual a: (B) x2 + y2 + 2x + 10y + 24 = 0
(A) 12 (C) x2 + y2 + 2x – 10y – 24 = 0
(B) 16 (D) x2 + y2 – 10x + 2y – 24 = 0
(C) 18 (E) x2 + y2 – 10x + 2y + 24 = 0
(D) 24
(E) 30 Resposta: B.
Sabemos que o C(1,-5), para ser simétrico em relação ao eixo
Resposta: C. das ordenadas (y), devemos ter C(-1,-5)
2 técnicos de enfermagem (x+1)²+(y+5)²=2
X²+2x+1+y²+10y+25=2
X²+y²+2x+24=0

117. (IF/RN – Assistente em Administração – FUNCERN/2015)


2 técnicos de farmácia A circunferência de equação cartesiana (x – 1)² + (y – 1)² = 5 inter-
cepta os eixos coordenados nos pontos (a, b), (c, d), (e, f) e (g, h).

O valor absoluto da soma a + b + c + d + e + f + g + h é igual a


(A) 1
Como precisamos de técnicos de enfermagem E técnico de far- (B) 2
mácia=6x3=18 (C) 3
(D) 4
114. (IFRJ – Auxiliar em Administração – BIO-RIO/2015) Um
anagrama de uma palavra é qualquer reordenação de suas letras. Resposta: D.
Por exemplo, LAVO é um anagrama de OVAL. A palavra CASCA tem Para sabermos onde interceptou, faremos inicialmente x=0
a seguinte quantidade de anagramas: (0-1)²+(y-1)²=5
(A) 24 1+Y²-2y+1=5
(B) 30 Y²-2y-3=0
(C) 64 ∆=4+12=16
(D) 72
(E) 120

Resposta: B.
Y1=6/2=3
Y2=-2/2=-1

Então os primeiros pontos são: (0,3) e (0,-1)


115. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Matemática – CE- Mas, se fizermos agora y=0, dará o mesmo resultado para x,
PERJ/2015) Admita que as retas r e s sejam as retas suportes das pois o C(1,1)
duas diagonais de um quadrado. Se as equações de r e s são res- Então, os outros dois pontos são: (3,0) e (-1,0)
pectivamente y = –2x + 3e y = mx – 1, o valor do número real m é A soma é: 3-1+3-1=4
igual a:
(A) - 2 118. (PC/DF – Papiloscopista Policial – FUNIVERSA/2015) Em
(B) -1 um sistema de coordenadas cartesianas ortogonais xOy, a equação
(C) 1/3 x2 + y2 – 6x + 4y = 3 representa
(D) 2 (A) uma hipérbole simétrica em relação ao eixo Oy.
(E) ½ (B) o conjunto vazio.
(C) uma circunferência de raio igual a 4 e centro em algum pon-
Resposta: E. to do 4.º quadrante.
Se são diagonais do quadrado são perpendiculares. (D) uma elipse alongada em relação ao eixo Ox.
Na reta r: mr=-2 (E) uma parábola com concavidade voltada para baixo.
Reta s: ms=m
Se são perpendiculares, mr.ms=-1 Resposta: C.
-2.m=-1 Pela fórmula já conseguiríamos saber que é uma circunferên-
m=-1/2 cia, mas para treinar vamos achar o raio e o centro, pra ver se bate
a resposta.

39
MATEMÁTICA
Sabemos que -2ax=-6x A expressão da equação da reta que ele define é
a=3 (A) y = 6x - 2.
-2by=4y (B) y = 5x - 1.
b=-2 (C) y = 6x.
(D) y = 7x +1.
C(3,-2) x>0e y<0- 4º quadrante Resposta: C.
a²+b²-r²=-3
9+4-r²=-3 Como passa pelo ponto (0,0) é uma equação do tipo y=mx
13-r²=-3 E no caso, temos apenas uma alternativa.
r²=16 Mas, vamos fazer a equação?
r=4

119. (IF/RS – Professor – Matemática – IF/RS/2015) A equação


da reta tangente à curva de equação no ponto em que
x = 1 é:
(A) 5x + 16y - 13 = 0.
(B) x + 16y - 9 = 0.
(C) 5x + 8y - 37 = 0.
(D) 32x - 10y - 27 = 0.
(E) 5x + 4y - 7 = 0.

Resposta: A.
Substituindo x=1 em y Pegando o ponto (0,0)
y-0=6(x-0)
y=6x

122. (COPANOR – Auxiliar Administrativo – FUNEP/2014) No


Vamos substituir x=1 e y=1/2 plano cartesiano, a reta passa pelos pontos (0, -1) e (-1, 0).
(A) 5.1+16.1/2 -13=0
5+8-13=0 A equação que define essa reta é:
0=0(V) (A) y = x – 1.
(B) y = –x – 1.
120. (MGS – Técnico – Serviços de Suporte Administrativo – (C) y = –x + 1.
MGS/2015) O valor de k para que a equação kx-y-3k+6=0 represen- (D) y = x + 1.
te a reta que passa pelo ponto (5,0) é:
(A) 3 Resposta: B.
(B) -3
(C) -6
(D) 6

Resposta: B. Pegando o ponto (0,-1)


y+1=-1(x-0)
Substituindo x e y y+1=-x
5k-0-3k+6=0 y=-x-1
2k=-6
K=-3 123. (PREF.DO RIO DE JANEIRO – Agente de Administração –
PREF. DO RIO DE JANEIRO/2016) Ao perguntar para João qual era a
121. (COPANOR – Auxiliar Administrativo – FUNDEP/2014) sua idade atual, recebi a seguinte resposta:
Observe o gráfico cartesiano seguinte. - O quíntuplo da minha idade daqui a oito anos, diminuída do
quíntuplo da minha idade há três anos atrás representa a minha
idade atual.
A soma dos algarismos do número que representa, em anos, a
idade atual de João, corresponde a:
(A) 6
(B) 7
(C) 10
(D) 14
Resposta: C.
Atual:x
5(x+8)-5(x-3)=x
5x+40-5x+15=x
X=55
Soma: 5+5=10

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
1. Noções básicas de conservação e manutenção. Noções básicas de higiene e limpeza. Cuidados elementares com o patrimônio. Utili-
zação de materiais e equipamentos de limpeza. Guarda e armazenagem de materiais e utensílios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Noções básicas de segurança e higiene no trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3. Importância da disciplina no trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4. Simbologia dos produtos químicos e de perigo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5. Noções de operação de máquinas simples para limpeza e conservação do ambiente . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
6. Reciclagem de lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7. Limpeza e higienização de prédios públicos, superfícies brancas e revestimentos cerâmicos. Limpeza e higienização de banheiros e
áreas comuns . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
8. Armazenamento, cuidados de manuseio e destino do lixo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
9. Noções de ética e cidadania . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
10. Regras de comportamento no ambiente de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
11. Regras de hierarquia no serviço público . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 62
12. Regras básicas de comportamento profissional para o trato diário com o público e colegas de trabalho . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
• reparos em rachaduras e fissuras na estrutura predial;
NOÇÕES BÁSICAS DE CONSERVAÇÃO E MANUTENÇÃO. • troca de peças do elevador que, de repente, deixou de
NOÇÕES BÁSICAS DE HIGIENE E LIMPEZA. CUIDADOS funcionar.
ELEMENTARES COM O PATRIMÔNIO. UTILIZAÇÃO DE
MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA. GUARDA Durante a manutenção corretiva, a máquina fica parada um
E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS E UTENSÍLIOS. LIM- tempo maior e é necessário, algumas vezes, comprar urgentemente
PEZA E HIGIENIZAÇÃO DE PRÉDIOS PÚBLICOS, SU- materiais, o que nem sempre favorece a procura pelo melhor preço.
PERFÍCIES BRANCAS E REVESTIMENTOS CERÂMICOS. Também se faz necessária a mão de obra, que pode sair cara.
LIMPEZA E HIGIENIZAÇÃO DE BANHEIROS E ÁREAS A manutenção corretiva pode ser planejada e não planejada.
COMUNS. NOÇÕES DE OPERAÇÃO DE MÁQUINAS SIM- No primeiro caso, percebe-se que o desempenho em determinado
PLES PARA LIMPEZA E CONSERVAÇÃO DO AMBIENTE equipamento caiu e dá tempo de programar-se, corrigindo o pro-
blema antes que ele pare de funcionar. No segundo caso, a falha já
A manutenção predial pode se tornar uma grande responsa- aconteceu.
bilidade para quem estiver à frente da administração do local ou
da gestão de recursos humanos de uma empresa. A NBR 5674da Os serviços de manutenção preditiva
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) define manuten- A manutenção predial preditiva envolve uma técnica que con-
ção como sendo “o conjunto de atividades a serem realizadas para siste em avaliar as atuais condições dos equipamentos e das insta-
conservar ou recuperar a capacidade funcional da edificação e de lações. Com o apoio de um acompanhamento planejado, inclusive
suas partes constituintes de atender as necessidades e segurança com inspeções in loco (trabalho de campo), os técnicos recolhem
dos seus usuários”. dados para fazer uma análise do que está efetivamente ocorrendo.
Durante a entrega de uma nova edificação, a construtora deve Baseando-se em como os equipamentos se encontram de ver-
fornecer ao proprietário o manual de operação, de uso e manuten- dade, essa estratégia define qual será a periodicidade da manuten-
ção (NBR 14037 da ABNT). Veja os principais serviços de manuten- ção de um determinado equipamento ou instalação, o que ajuda a
ção predial e melhore seu controle e suas estratégias de rotina! reduzir as paradas prolongadas da manutenção corretiva, que sem-
pre resultam em custos mais altos.
Os tipos de manutenção predial Para efetivar essa análise proativa, os técnicos utilizam câmeras
Existem três tipos de manutenção realizada em prédios: termográficas, técnicas de ultrassom, testes que avaliam as vibra-
1. manutenção preventiva; ções e outros dispositivos. Porém, esses aparelhos também podem
2. manutenção corretiva; ser usados na manutenção corretiva e na manutenção preventiva.
3. manutenção preditiva. Entre as vantagens que esse tipo de manutenção oferece, po-
demos destacar:
A manutenção preventiva é realizada antes da necessidade de • a diminuição das intervenções de correção;
reparos. Ela está relacionada à elaboração de atividades que aju- • o período estimado das avaliações nos equipamentos/ins-
dem a conservar a funcionalidade do edifício. talações;
A manutenção corretiva está relacionada à correção de erros e • a eliminação das inspeções físicas e a desmontagem das
desgastes nas máquinas, nas instalações e nos equipamentos. Tra- máquinas;
ta-se de uma manutenção que reage a uma situação problemática • a garantia de maior confiança em cada equipamento;
e, por esse motivo, tem um custo mais alto. • o aumento na vida útil dos equipamentos/instalações;
• a definição das causas que originaram os problemas;
Já a manutenção preditiva apresenta características dos dois • os custos mais baixos.
tipos anteriores. Ela começa em uma situação de correção e passa
a avaliar regularmente os equipamentos e as instalações a fim de Com a correta noção sobre os serviços de manutenção dentro
garantir sua funcionalidade. Trata-se de um tipo de manutenção do prédio, você terá muito mais controle de suas ações de gestão,
predial de custo baixo e traz menos trabalho que a corretiva. tornando-a altamente estratégica e aperfeiçoada.

Os serviços de manutenção preventiva Fonte: http://blog.seguridade.com.br/conheca-os-principais-servicos-


Os principais serviços que estão registrados no planejamento -de-manutencao-predial/
preventivo incluem:
• a inspeção de instalações elétricas e hidráulicas; Limpeza
• a inspeção de áreas comuns, de sistemas de segurança, de No contexto de limpeza empresarial, manter o ambiente higie-
equipamentos e assim por diante; nizado e com um aroma agradável não deve ser encarado como um
• a verificação de elevadores, instalações de gás e integrida- simples capricho, mas como um padrão de qualidade. Nesse senti-
de da cobertura. do, sua gestão também deve tomar alguns cuidados com produtos
químicos de limpeza, afinal, há uma série de riscos envolvidos no
Entre as vantagens desse tipo de manutenção, além dos custos manuseio, armazenamento, mistura de agentes, entre outros.
menores, podemos destacar: o aumento da vida útil dos equipa- Esse tipo de produto é facilmente encontrado em estabeleci-
mentos e instalações; a redução nas paradas e atividades correti- mentos comerciais como mercados, shoppings e lojas de artigos
vas; a diminuição de riscos e acidentes. para casa, podendo ser adquiridos por qualquer pessoa e, na maio-
ria das vezes, sem nenhuma restrição ou fiscalização especial, pois
Os serviços de manutenção corretiva são utensílios indispensáveis para manter nossas casas limpas e hi-
Alguns serviços que estão inclusos no planejamento corretivo gienizadas.
incluem: Neste post, vamos mostrar 6 cuidados que você e sua equipe
• consertos em vazamentos nas instalações de água; devem ter ao lidar e manusear produtos químicos de limpeza. Boa
• impermeabilização do piso depois que se detecta uma in- leitura!
filtração;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Por que a escolha dos produtos químicos é tão importante?
Produtos de limpeza são compostos por agentes químicos e substâncias extremamente nocivas, principalmente quando manuseados
por pessoas inexperientes. Isso significa que o responsável por sua aquisição deve ter treinamento a respeito do assunto.
O que queremos dizer é que a escolha dos produtos não deve ser baseada pelas cores das embalagens ou simplesmente pela marca
do fabricante. É imprescindível que eles tenham instruções precisas e claras sobre seu uso, composição química, indicações e contraindi-
cações.
Além disso, é necessário que os produtos sejam armazenados de forma segura e responsável, já que:
• existem pessoas que sofrem reações alérgicas com determinados componentes químicos da fórmula;
• o contato com o calor, por exemplo, pode causar incêndios e explosões;
• a exposição à composição química pode prejudicar o meio ambiente.

Principais cuidados com produtos químicos de limpeza

1. Escolha os produtos mais adequados à sua necessidade


Como já alertamos, é preciso ter cuidado na hora de escolher os produtos químicos. Dê preferência aos que tenham selos de qualida-
de e credibilidade no mercado, já que são rigorosamente testados em laboratórios que garantem sua eficiência e segurança.
Além disso, evite a desproporcionalidade, ou seja, não escolha um produto apenas por sua capacidade de remover sujeiras. Lembre-se
de que agentes químicos muito fortes podem corroer e danificar superfícies frágeis, comprometendo sua integridade e, consequentemen-
te, seu tempo de duração.

2. Não misture produtos químicos sem conhecer os efeitos


Quando misturados indevidamente, alguns produtos de limpeza podem causar efeitos nocivos. Por exemplo, a junção de água sanitá-
ria, amoníaco e sabão em pó causa uma reação química tão agressiva que, em ambientes fechados, provoca vapores tóxicos que podem
levar um indivíduo à morte.
Muitos acidentes causados em residências e empresas são fruto de uma manipulação imprudente por usuários leigos. Portanto, evite
a mistura de agentes sem antes conhecer seus efeitos e riscos.
Também é importante alertar que, por mais que conste na embalagem que os produtos contêm a mesma composição e finalidade, é
possível que haja algumas diferenças de um fabricante para outro.
Abaixo, confira alguns exemplos de substâncias químicas que não devem ser misturadas em hipótese alguma:

Substância Incompatibilidade Reação


Bases fortes Neutralização exotérmica
Ácidos minerais fortes Cianetos Liberação de gás cianídrico
Hipoclorito de sódio Liberação de cloro
Ácido nítrico Matéria orgânica Oxidação violenta
Matéria orgânica Oxidação
Oxidação violenta
Metais Decomposição

3. Armazene os produtos com segurança e responsabilidade


Os problemas decorrentes de armazenamento inadequado de produtos químicos costumam ocorrer com maior frequência em re-
sidências, pois o acesso por crianças e animais é mais fácil. Por outro lado, é comum que nas empresas exista um local específico para
guardar os produtos e que só pode ser acessado por pessoas autorizadas.

Caso você ainda não tenha um sistema de organização e armazenamento de agentes e produtos químicos de limpeza, considere os
seguintes passos:
• ao adquirir um produto, preocupe-se com o local em que ele será armazenado;
• mantenha-o em ambientes secos, arejados e não muito quentes;
• armazene-o longe de remédios e alimentos;
• restrinja o acesso ao produto.

4. Aprenda a utilizar os produtos de forma segura


Como já alertamos, evite a mistura de produtos — ainda que sejam destinados ao mesmo uso — caso você não esteja completamente
ciente sobre seus efeitos. Na melhor das hipóteses, isso pode danificar objetos ou superfícies. Na pior, pode causar graves acidentes e
fatalidades.
Além disso, você deve considerar algumas práticas na hora de manipular produtos químicos de limpeza. Confira:
• leia sempre as instruções do fabricante;
• certifique-se de que os colaboradores responsáveis pelo manuseio dos produtos estejam devidamente equipados com os itens de
segurança individual — luvas, óculos, máscaras e protetores faciais, além de sapatos fechados e impermeáveis;
• evite dosar o produto com objetos como tampas, colheres, copos, potes e qualquer outro recipiente que não tenha sido desenvol-
vido para essa finalidade;
• não reutilize embalagens vazias para armazenar qualquer outro tipo de material;
• verifique se o produto é adequado para uso no seu equipamento ou processo de limpeza — existem detergentes espumantes que

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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não devem ser usados em lavadoras de piso e extratores, pois po- – Alguns produtos poderão vir com grande concentração de
dem entrar no motor e danificá-lo. Além disso, é preciso tomar cui- componentes químicos, então por questão de precaução utilize lu-
dado com o pH, que em alguns produtos químicos é alto o suficien- vas e sapatos fechados e impermeáveis; em caso de dúvida consul-
te para corroer componentes dos equipamentos como mangueiras te a Internet ou a própria embalagem do produto.
e borrachas de vedação; – Evite a utilização de recipientes para preparar alimentos
• após o uso, observe se as embalagens estão bem fechadas como medidor do produto. É muito comum encontrar donas de
para evitar acidentes; casa utilizando colheres, copos e potes para dosar a quantidade do
• descarte os recipientes de forma prudente e ecologicamente produto, mas isso não é recomendado por poder impregnar seus
responsável. componentes químicos nesses recipientes, comprometendo sua
saúde. É interessante providenciar um medidor exclusivo para seus
5. Enxague as superfícies produtos de limpeza.
Equipamentos e superfícies devem ser enxaguados após a uti- – Sempre mantenha a embalagem fechada após o uso do pro-
lização, pois os produtos químicos continuam agindo (caso sejam duto e para quem tem filhos pequenos em casa, é recomendado
simplesmente deixados sobre o ambiente) e isso pode gerar desgas- guardar seus produtos de limpeza em lugar alto ou de difícil acesso.
te, corrosão e danificar a área. – Não reutilize as embalagens vazias para armazenar outro tipo
Em pisos e tecidos, por exemplo, pode gerar manchas, já que o de material e em hipótese alguma dê o frasco vazio para uma crian-
produto tende a continuar reagindo à sujeira. Em equipamentos, os ça como forma de brinquedo. O mais recomendado é descartar o
resíduos químicos podem acelerar o deterioramento das manguei- frasco imediatamente após seu término em lixo reciclável ou em
ras, borrachas de vedação e até mesmo os tanques das máquinas, alguns casos levar o recipiente na própria loja de limpeza, caso haja
além de poder proliferar bactérias e desenvolver mau cheiro. pontos de troca.

6. Tenha um plano de medidas preventivas Cada produto exige sua maneira correta de aplicação. Separa-
É muito importante que você invista em um plano de medidas mos alguns dos produtos mais comuns no dia-a-dia da limpeza com
preventivas e disponibilize-o para toda a equipe de limpeza da com- suas formas corretas de utilização:
panhia. Nele, devem constar informações a respeito dos perigos do
contato direto entre agentes químicos e as mais diversas partes do Desinfetante:
corpo. O desinfetante pode ser usado para eliminar bactérias de qual-
quer área e ambiente de sua casa. No rótulo deste produto, os fabri-
A seguir, veja quais são as principais vias de penetração: cantes recomendam o tempo certo de espera para que o produto
• vias respiratórias: boca, laringe, nariz, bronquíolos, brônquios possa agir corretamente, então fique de olho nessa informação.
e alvéolos pulmonares; Para evitar qualquer tipo de alergia, o desinfetante não deve entrar
• via dérmica: pela pele, causando reação alérgica imediata, em contato direto com a pele, caso tenha algum problema procure
irritação, queimaduras ou lesões graves; um médico.
• via parenteral: causa lesão;
Sabão em pó e amaciante:
• via digestiva: comum em acidentes domésticos em que ocor-
Não aplique diretamente na roupa para evitar manchas, existe
re a ingestão do produto químico.
um reservatório próprio na maquina para a adição desses produtos.
Enxague muito bem as roupas após o uso; resíduos do produto po-
Além disso, nesse manual precisa constar o que deve ser feito
dem causar irritações e alergia na pele.
de acordo com a exposição, suas reações conforme o tempo em que
ela ocorreu, a natureza do incidente e a concentração do agente.
Água sanitária:
Para seguir as NRs de segurança e saúde do trabalho, é preciso Para agir como desinfetante aplique o produto puro e deixe
acompanhar a Ficha de Informação e Segurança de Produto Quími- agir por uns 10 minutos antes de enxaguar (leia o rótulo para con-
co (FISPQ). Nela, devem constar todas as informações sobre os pro- firmar o tempo adequado). Para limpar, dilua 1 copo de de 20ml
dutos, suas reações químicas, procedência, instruções de manuseio para cada 1 litro de água.
e telefones úteis no caso de acidentes. Para lavar roupas, dilua 1 copo de 10ml de água em 1 litro de
água e agite. Coloque as roupas de molho por 30 minutos e siga
Fonte: https://ipcbrasil.com.br/6-cuidados-necessarios-com-produ- com a lavagem normalmente. Não seque as roupas ao sol. Não use
tos-quimicos-de-limpeza/ em roupas coloridas, de lã, linho, seda ou lycra. Não misture com
produtos à base de amônia. Por lei, o produto não deve possuir
Cuidados na hora da compra: perfume, corante, detergente ou outro componente.
Já de início, no momento da compra, devemos ficar atentos na
embalagem do produto. Verificar se o recipiente está bem fechado Desentupidores e Desengraxantes
e em perfeito estado, isso irá garantir que você não manche suas Os desentupidores e desengraxantes são utilizados em caixas
roupas ou seu carro. Lembre-se também de que na hora de em- de gordura, ralos e vasos sanitários e “desmancham bolos” de ma-
balar, os produtos de limpeza devem estar separados da sacola de téria orgânica acumulada, neste locais.
alimentos. Os desentupidores/desengraxantes são produtos compostos
por substâncias cujo principio ativo mais usado é o hidróxido de
Cuidados na hora da utilização: sódio (soda caústica).
– Sempre se lembre de ler as recomendações do fabricante e
seguir as instruções de acordo com cada produto. É importante res- No uso indevido por contato ou ingestão o paciente deve ser
saltar que nem sempre as instruções e eficácia valerão para todas as tratado com maior rapidez possível, pois estes produtos podem
marcas (mesmo sendo o mesmo produto), além dos componentes causar lesões bastante profundas nos locais de contato.
químicos também mudarem dependendo da marca. Sempre procu- Atenção: Acidentes com esses produtos são considerados sem-
re saber qual deles corresponde melhor suas necessidades. pre graves.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Dedorizantes, Anti-traça e Antimofo A temperatura do local
Os desodorizantes são utilizados para controlar odores desa- A grande maioria dos produtos devem ser armazenados em
gradáveis em vasos sanitários, ralos, pias, ambientes fechados e até temperatura ambiente, mas o ideal é sempre estar atento às ins-
mesmo controlar traças. truções presentes no rótulo. Para se ter noção, alguns produtos
As substâncias presentes nos desodorizantes são o paradiclo- químicos podem causar explosões ou até mesmo gerar gases tóxi-
robenzeno, nas pedras que são utilizadas nos vasos sanitários e ar- cos se forem armazenados incorretamente. Produtos como álcool e
mários, a naftalina ou naftaleno, que também são substâncias repe- querosene são altamente inflamáveis, sendo assim não podem ser
lentes de traças e os surfactantes catiônicos (detergentes potentes). colocados em superfícies aquecidas ou ambientes muito quentes.
No uso indevido: contato ou ingestão pode ocorrer irritação de Procure locais bem ventilados e iluminados, mas certifique-se que a
pele e mucosas. Alguns deles como a naftalina podem causar alte- luz solar não incida diretamente sobre eles.
rações orgânicas significativas.
Atenção ao rótulo
Ceras e Polidores Além de informar a temperatura, o rótulo é importante para
São utilizados para obtenção de polimento e lustro de objetos, várias outras causas. Caso ocorra um acidente, lá informará quais
superfícies de madeira, pedras e metal. serão os procedimentos a serem tomados e os telefones de emer-
As ceras e polidores são constituídos por, ceras naturais ou sin- gência. Deve-se evitar também, fazer diluições sem antes consultar
tética, silicone, solventes derivados do petróleo e acido oxálico. a embalagem do produto ou reutilizar a embalagem para outros
No uso indevido, por contato ou ingestão causam irritação de fins.
pele e mucosas. Os solventes podem ser aspirados (falsa via) e cau-
sam pneumonite química (semelhante a uma pneumonia, causada Atenção ao prazo de validade
por produto químico). Deixe visível os produtos que tenham o prazo de validade mais
curto ou que estejam mais próximos da sua data de vencimento.
Detergentes, Amaciantes, Sabões e Saponáceos Estes devem ser prioridade, então organize-os na frente do armá-
Detergente líquido, sabão em barra e saponáceo servem para rio/prateleira.
desengordurar e limpar louças, talheres e outros utensílios de co-
zinha. Fonte: https://limpaforte.com.br/2018/06/01/como-armazenar-produ-
O sabão em barra ou pó serve para lavar roupas. tos-de-limpeza-corretamente/
Amaciantes servem para amaciar as fibras das roupas após a
limpeza com sabão.
São compostos por substâncias capazes de produzir espuma ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAL
quando misturados a água e agitados. A Administração de Materiais é, sem dúvida, um ramo da Ciên-
Entre seus efeitos: podem reduzir ou eliminar a gordura que cia da Administração - cujos princípios não podem escapar ao co-
protege a nossa pele, possibilitando reações alérgicas, ressecamen- nhecimento de toda Secretaria - mesmo porque trata das normas
to, que provocam coceira, além de outros problemas de saúde se que regem a administração de recursos essenciais à produção de
ingeridos. bens e serviços.
Em estudando o assunto, SÉRGIO BOLSONARO MESSIAS tece as
Cuidados com a saúde: seguintes considerações:
Caso o produto entre em contato com os olhos ou case algum “Sob a designação genérica de materiais entende-se, portan-
tipo de irritação na pele, lave imediatamente o local com água to, todas as coisas contabili­záveis que entram, na qualidade de
abundante. Se ingerido ou inalado, não tome leite e não provoque elementos constitutivos e constituintes, na linha de produção de
vômito; procure imediatamente um atendimento médico levando a uma empresa. Além disso, abarca também designação outros itens
embalagem ou rótulo do produto. contabilizáveis que, embora não contribuindo diretamente para a
fabricação ou manufatura de produtos específicos, fazem parte da
Como armazenar produtos de limpeza corretamente rotina diária da empresa. É o caso, por exemplo, de materiais de es-
Para armazenar corretamente seus materiais e produtos de critório para os serviços burocráticos, de materiais de limpeza para
limpeza, é importante primeiramente escolher um local seguro, os serviços de conservação, de materiais de reposição para os servi-
longe do alcance de crianças e de animais de estimação. Mas além ços de manutenção, de materiais de segurança para os serviços de
disso, a organização também é um fator importantíssimo para uma prevenção contra acidentes de trabalho, e assim por diante.
armazenação eficiente. Confira o passo a passo para armazenar
seus produtos da forma certa aqui com a Limpa Forte: A administração tem por finalidade assegurar o contínuo abas-
tecimento de artigos próprios, necessários e capazes de atender
A escolha do local aos serviços executados por uma empresa. O abastecimento de
Dê preferência para armários ou prateleiras em lugares mais materiais, porém, deverá processar-se com três requisitos básicos:
altos, especialmente se houver crianças em casa. Caso a única op- a) qualidade produtiva;
ção seja um armário baixo, certifique-se de trancá-los para evitar b) data de entrega;
acidentes. c) menor custo de aquisição

Organizando o estoque Tais requisitos objetivam diminuir os custos operacionais da


Para facilitar a procura de um determinado produto, uma dica empresa para que ela e seus produtos possam ser competitivos no
eficiente é usar cestas ou baldes com uma etiqueta, informando a mercado. Para sermos mais específicos: os materiais precisam de
categoria de cada grupo de produtos como, por exemplo: “produtos qualidade produtiva para assegurar a aceitação do produto final.
para limpeza da casa”, “limpeza da cozinha”, “lavagem de roupas”, Precisam estar na empresa na data desejada para o seu pronto con-
assim será mais fácil para achá-los quando for usar. sumo e o preço de aquisição deles deve ser o menor, para que o
bem acabado possa situar-se em boas condições de concorrência

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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nas áreas consumidoras e dar à empresa margem satisfatória de As compras de materiais ou aluguéis de serviços necessários
rentabilidade do capital investido em sua compra. à empresa deverão ser feitos sempre junto aos fornecedores que
A administração tem plena razão de ser quando determina- apresentem boa qualidade e preço bom em suas mercadorias ou
do material, ou mesmo serviço, deve ser adquirido ou contratado serviços, com relação aos seus demais concorrentes em determina-
fora da empresa. Vemos aí o começo do seu campo de atuação. da aquisição de materiais ou em certa contratação de serviços a ser
A partir deste momento constatamos a essencialidade do serviço efetuada. E também possam entregá-los ou prestá-los dentro dos
da administração de materiais, que se aplica a todas as empresas limites de tempo estatuídos pelo comprador,
sejam pequenas, médias ou grandes, uma vez que nenhuma delas Apesar de as empresas possuírem um cadastro de fornecedo-
- sobretudo as gigantescas e modernas organizações empresariais - res, precisarão ficar alertas, a fim de poder detectar o aparecimen-
é auto­suficiente; necessitam de materiais que elas não produzem, to de novos fornecedores e de novas organizações prestado­ras de
em razão da diversificação do sistema de produção. Surge este serviços, Ocorre, à vezes, que um novo fornecedor pode, por entrar
serviço em toda sua expressão e razão de ser quando é formu­lado recentemente no mercado, fabricar bens com novos métodos de
um pedido de qualquer material por quaisquer departamentos, di- produção mais eficientes, A consequência disto é óbvia: melhor
visões ou seções da empre­sa, visto que o princípio da administra- qualidade produtiva e melhores preços ou seus corolários ante os
ção de materiais é centralizar as aquisições, com o fim precípuo de concorrentes - custo menor de produção e, portanto, pronta colo-
conseguir melhor preço e melhor qualidade dos materiais a serem cação nos mercados consumidores.
comprados.
O serviço de administração de materiais continua ainda em seu Quanto à compras propriamente ditas, elas podem ser de dois
campo próprio de atuação quando entrega o material pedido ou tipos; as efetuadas no merca­do local, ou compras locais, e as rea-
requisitado ao órgão consumidor dentro da empre­sa. Tem sob sua lizadas no mercado estrangeiro, mediante importação, ou compras
direta responsabilidade as tarefas administrativas de compra, trans- importadas. Por outro lado, o aluguel de serviços poderá ser feito
porte, armazenagem, conservação, manipulação e controle de es- por meio de contrato por um período “x” com a organização pres-
toques. Gerindo as tarefas administra­tivas de compra, de transpor- tadora de serviços, ou pela admissão de pessoal especializado na
te do material do fornecedor até o depósito ou armazém, de guarda empresa, com tempo predeterminado ou estabelecido para a exe-
e conservação, bem como de manipulação e de controle, o serviço cução dos serviços pretendidos.
de administração de materiais cuida desde a compra até a entrega O contrato que o setor de compras mantém com os serviços
ao utilizador dos materiais pedidos ou requisitados, obedecendo às administrativos da empresa evidencia-se na estreita e intensa rela-
especificação técnicas exigidas para cada material em particular. ção “poderíamos até designá-la por contínua - com a contabilidade
Após o fornecedor ter recebido o pagamento, segundo as con- geral, subordinada à administração financeira e orçamentária,
dições previamente contratadas, o serviço de administração de ma- O controle do transporte dos materiais adquiridos pela seção
teriais complementa e completa a sua função, cessando aí toda a de compras visa acompanhar, mediante as notas de conhecimento,
sua responsabilidade pelo material entregue ao utilizador ou con- o percurso dos bens, desde a saída dos fornecedores até a recepção
sumidor dentro da empresa. na empresa, levando em consideração as condições de segurança e,
principalmente, o rigoroso cumprimento das datas de entrega. Por
Assim, o serviço de administração de materiais é o único setor outro lado, a empresa deverá ter uma frota de veículos “ cuja quan-
dentro da empresa informado e autorizado para entrar em conta- tidade dependerá, como é natural, do tamanho dela - para trans-
to com os fornecedores e realizar compromissos entre aqueles e a portar alguns bens provenientes de fornecedores que não dispõem
empresa. de meios de transporte próprios e, sobretudo, os importados, que,
O serviço de administração de materiais, por ser um dos seto- na maioria dos casos, chegam por via marítima. Para ilustrar esse
res vitais da empresa, merece lugar de destaque em sua organiza- aspecto, tomemos o exemplo do Estado de São Paulo, que possui
ção. Hodiernamente, vimos assistindo à sua crescente valorização e em seu território apenas o porto de Santos para carga e descarga
reconhecimento como setor principal - em nível de administração de materiais em larga escala. Estes, uma vez liberados pela alfân-
- ao lado de setores outros, cuja importância já era assinalada. É dega - e quando aí são inspecionados os aspectos legais, securitá-
plenamente justificável, portanto, que ele seja situado, no organo- rios etc. nota-se sempre a presença de um elemento ou mais do
grama da empresa, nos escalões superiores da administração” (in setor de compras ou de armazém da empresa - tem de chegar até
“ Manual de Administração de Materiais”, Atlas, 8ª edição, pgs. 14 as organizações consumidoras por transporte rodoviário, próprio
e segs.). ou alugado.

Funções e Objetivos Neste último caso, temos um exemplo de aluguel de serviços


“Na moderna estrutura empresarial, as funções precípuas do necessários à empresa, ligado à administração de materiais por in-
serviço de administração de materiais, como já assinalamos, são as termédio da seção de compras, como já vimos.
de compra, transporte, armazenagem, conservação, manipulação e O setor de controle divide-se em dois tipos bem característi-
controle de estoques, cos: o controle físico dos materi­ais adquiridos e o controle financeiro
dos mesmos. Este setor também está estritamente relacio­nado com a
Deve ter um setor de compras, um de controle e outro de ar- contabilidade geral, porquanto deverá estar ciente das normas legais
mazém. de escrituração para poder processar adequadamente suas atribuições
Incumbe ao setor de compras: específicas, mormente nas áreas de controle financeiro, O controle físi-
1°) comprar ou alugar materiais ou serviços que a empresa ne- co de materiais variará de acordo com o tamanho das empre­sas, uma
cessita; vez que suas funções particulares abrangem a verificação e fiscalização
2°) manter contato - quando necessário - com os serviços admi- do volume, da qualidade e da rotação dos estoques,
nistrativos, em particular, ou em geral, da empresai e,
3°) controlar o transporte dos materiais adquiridos. Este setor de armazém ou depósito tem a competência da
guarda, conservação e manipula­ção dos materiais, em obediência a
um critério determinado, que mais adiante discutiremos, Esse setor

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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divide-se em diversos subalmoxarifados, conforme a natureza dos Deve-se considerar, também, que uma especificação correta e
materiais neles estoca­dos. Ademais, mantém contato e relações precisa nos mínimos detalhes supera, na maioria das vezes, a uma
funcionais com a inspeção técnica, órgão subordinado à adminis- amostra concreta, não oferecendo margens para dúvidas ou possi-
tração da produção. bilidades de oferecimentos similares, “ (Sequeira de Araújo, “ Admi-
nistração de Materia­is”, Atlas, 5ª, pgs. 70 e 71).
O funcionamento harmônico e integrado destes três tipos
setores do serviço de administra­ção de materiais garante o pleno Recebimento dos Materiais
exercício de suas funções e propicia a essa administração a coesão “O Setor de Recebimento de Materiais desempenha as funções
operacional indispensável que a situa como unidade em mútua ar- de desembalagem dos bens recebidos e verificação das quantida-
ticulação e dependência com as demais em nível hierárquico, em des e condições. Aqui surge a questão se se deve ou não suplemen-
nível de planejamento e também em nível de decisão.” (Sérgio Bol- tar o Setor de Recebimento com uma via do pedido de compra.
sonaro Messias, “Manual de Administração de Materiais”, Atlas, 8ª, Aqueles que se opõem a esse fornecimento argumentam que
pgs, 18 a 20) os verificadores tendem a tomar mais cuidado nas conferências
quando eles não possuem meios de confrontação. Todavia, a emis-
Classificação dos Materiais são do relatório de recebimento às cegas, exige que os conferentes
Sobre Classificação de Materiais, Bolsonaro (Manual de Admi- possuam certos conhecimentos adicionais aos normalmente neces-
nistração de Materiais, Atlas, 8ª, pgs. 27 e 28) assim escreve: sários. Para solucionar essa dificuldade, surgiu um meio termo para
“Classificar materiais significa ordená-los segundo critérios o qual a cópia do pedido de compra enviada ao setor de recebimen-
preestabelecidos, agrupando-os conforme as características seme- to não contém as quantidades solicitadas.
lhantes ou não, sem, contudo, ocasionar confusão ou dispersão no
espaço e alteração na qualidade, em virtude de contatos com ou- O relatório de recebimento é, pois, uma descrição dos mate-
tros materiais de fácil decom­posição, combustão, deterioração, etc. riais recebidos: suas quantidades fornecedor, o número do pedido
Essa classificação deve seguir o esquema decimal de Melville de compra, grau e condições dos materiais e outras informações
Dewey, que proporciona inúmeras variações de agrupamentos, per- julgadas oportunas. O relatório de inspeção e teste de materiais
mitindo a rápida identificação e localização dos materiais. pode, em alguns casos, ser feito no mesmo impresso do relatório
de recebimento.
Especificação dos Materiais Inspeção de recebimento. Em algumas empresas industriais há
“Os departamentos de compras ou suprimentos, por seus auxi- necessidade de verificação completa e precisa dos materiais usa-
liares especializados, que são os agentes compradores, têm a felici- dos no processo produtivo, organizando-se, para tanto, os serviços
dade de contarem, hoje em dia, com um grande auxiliar, que são as de inspeção de Recebimento (subordinado ao setor de Controle de
normas técnicas, as referências técnicas e as especificações; estas, Qualidade) cuja principal atribuição é verificar se os bens recebidos
sem dúvida, são de um auxílio e ajuda incomensuráveis. estão de acordo com as especificações, desenhos e outras informa-
É evidente que através de uma descrição exata daquilo que ções dadas ao fornecedor. Muitas vezes, essa conferência exige tes-
se deseja, cria-se um clima de compreensão entre quem compra e tes de laboratório feitos em amostras do material recebido.
quem vende alguma coisa. Como dito anteriormente, o resultado da inspeção e teste será
Em linhas gerais, a especificação nada mais é do que o com- indicado no relatório de inspeção e teste de materiais que pode
prador dar todos os detalhes, do que deseja adquirir, ao vendedor. estar incluído no próprio relatório de recebimento.
Atualmente, aqueles que adquirem contam com os inestimá-
veis auxiliares, que são os institutos especializados e mundialmente Quando a encomenda for, em todo ou em parte, rejeitada, uma
conhecidos como A.S.T.M., A.S.A. e C.F.E.,, existindo ainda um sem comunicação imediata é feita ao setor de Compras; poderá ser rea-
número de especificações e normas técnicas, como por exemplo: As lizada pelo relatório de recebimento e inspeção de materiais, quan-
Alemãs, lnglesas, Francesas, ltalianas, etc. do for usado um único relatório para essas funções. Em seguida,
Aqui no Brasil, contamos com a A,B,N, T, - Associação Brasileira o setor de Compras informará o fornecedor do ocorrido e provi-
de Normas Técnicas -, instituição genuinamente nacional, que não denciará a devolução dos bens rejeitados. “ (Marco Aurélio P. Dias,
fica nada a dever às congêneres. “Gerência de Materiais”, Atlas, 1988, p. 33 e 34)
Os serviços prestados pela A.B.N.T. ao País, com a colaboração
das “Normas Brasileiras, adotadas oficialmente em todo o Brasil,
Estocagem de Materiais
são de um valor inestimável.
O Estoque é o conjunto de bens guardados para utilização na
Os compradores modernos, utilizando e fornecendo aos ven-
ocasião que a necessidade determinar.
dedores especificações corretas e sucintas daquilo que desejam
JORGE SEQUEIRA DE ARAÚJO repassa os seguintes ensinamen-
adquirir, estão automaticamente indicando, de maneira racional,
tos sobre a estocagem de materiais:
aquilo que desejam comprar. E podemos concluir, que quanto
“Genericamente, a palavra estoques de origem inglesa - STOKS
mais precisas, minuciosas e com todos os detalhes descritos, ter-
-se-á certeza de que as cotações que irão receber estarão funda­ - significa aquilo que é reservado para ser utilizado em tempo opor-
mentadas corretamente. tuno; poderá, outrossim, significar poupança ou previsão.
Outro fato que revela o grande valor das especificações é o fato Laconicamente os nossos dicionários, em sua maioria, escla-
de a sua função dar, a todas as pessoas com quem desejamos tran- recem - mutatís mutandis - que são mercadorias geralmente des-
sacionar, a indicação exata dos requisitos específi­cos e das nossas tinadas a venda ou a exportação nas suas quantidades disponíveis.
exigências. A concepção do verdadeiro significado ficará condicionada ao
Com o uso das especificações, evitaremos uma série de mal uso ou utilidade que venham a ter para cada um; cada industrial,
entendido, que são muito comuns quando não se esclarece exata- cada comerciante tem uma concepção própria sobre as vantagens e
mente o que se deseja comprar ou adquirir. desvantagens da manutenção de seus estoques, uma cousa porém
É, ainda, considerada como uma linguagem internacional, atra- é comum: os estoques custaram dinheiro, valem dinheiro e terão
vés da qual, independentemente da procedência ou nacionalidade, que ser zelados como se dinheiro fosse.
falar-se-á o mesmo idioma.

6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Este termo - zelado - poderá possuir diversos significados, dependentes de um bom trabalho do controle dos seus estoques.
como por exemplo: Os limites em que tais estoques deverão ser O estoque de uma empresa, configuradamente, é a válvula re-
mantidos, pois tais limites implicam na soma de capita­is a serem guladora entre os abaste­cedores e os departamentos, seções, seto-
investidos, a fim de que os estoques não sejam sacrificados em seus res, etc., que consomem, utilizam, e transformam tudo aquilo que é
“máximos e mínimos “; o que poderia redundar em prejuízo, pois adquirido sendo uma das principais funções dos estoques controlar,
se eles forem mal calculados, haverá possibi­lidades dos mesmos se- mantendo o necessário equilíbrio entre as aquisições e as necessi-
rem sobrepujados pela maior procura ou utilização, ou então pela dades certas do consumo.
menor procura ou aplicação. Não se deverá esquecer que a finalidade primordial dos esto-
Estes cálculos de “máximos e mínimos “ em estoque são natu- ques é a de alimentar os setores consumidores, em quantidades
ralmente muito complexos; os mestres internacionais e os nossos estritamente necessárias, em se tratando de produção industrial,
mestres nacionais já gastaram muita tinta e fosfato; para explicar e que, comercialmente falando, os estoques, também, deverão
como efetuar tais previsões bastará dar uma vista de olhos na vasta ser calculados com a maior aproximação possível sobre a base de
literatura existente sobre a matéria, inclusive naquelas conhecidas consumo ou de procura normais tendo em vista o fato de fazer-se
por traduções para verificarmos como é complexa esta matéria. grandes pedidos que venham a exceder o consumo médio, corren-
Geralmente, quando nos referimos a estoques, procuramos do o risco de imobilizar capitais consideráveis; ao contrário, se os
abordar as quantidades existentes, e raramente, muito raramente, pedidos forem muito restringidos, poderão ser sobrepujados pela
a conservação destas quantidades; este é um ponto que merece procura, e neste caso, por não ter o que fornecer, o prejuízo será
ser trazido a debates, e sempre procuramos abordar nestes cursos evidente, comercialmente falando.
rápidos e intensi­vos. Com referência aos estoques industriais, devemos considerar
É normal que cada empresa, de acordo com suas especializa- que os estoques, em sua grande maioria, destinam-se à produção,
ções, utilize processos próprios para a fixação de seus estoques e cumprindo estudar os diversos tipos de estoques...” (“Administra-
conservação de suas matérias-primas, máquinas, acessórios, mate- ção de Materiais”, Atlas, 5a Edição, pgs. 106 e segs.).
riais destinados a produção, a manutenção, a reposição, etc.; es-
tes sistemas, métodos, processos são sempre peculiares ao ramo a Tipos de Estoques
que se dedicam; os profissionais almoxari­fes, pela prática constante Há cinco tipos de estoques a serem considerados:
com tais materiais, que lhes permite utilizar meios próprios, conse­ - estoque de Matérias-primas
guem prolongar a vida útil dos materiais sob sua custódia; estes - estoque de Produtos em fabricação
processos ou sistemas preconi­zados pela “prática” muitas vezes se - estoque de Produtos acabados
transformam em verdadeiros “segredos de ofício “ que eles não - estoque de Produtos semi-acabados
gostam de transmitir a quem quer que seja. - estoque Materiais indiretos.

A custódia ou estocagem de materiais, matérias-primas, gêne- Matérias-primas: São os materiais básicos componentes dos
ros alimentícios em geral exigem conhecimentos especializados dos bens produzidos. Sua utilização é diretamente proporcional à quan-
responsáveis, fato este que valoriza o trabalho deste profissional no tidade de bens fabricados.
mercado de trabalho. Produtos em fabricação: São bens ainda não acabados, faltan-
Não somente o ângulo biológico deverá ser estudado, mas do, ainda, algumas fases para serem completados. São também
também os danos físicos que poderão inutilizar partidas conside- chamados semi-usinados.
ráveis, como a “ferrugem” e outros eventos, insetos, roedores, etc. Produtos acabados: Estes já estão prontos para serem utiliza-
Normalmente os produtos químicos vêm acompanhados de dos. Ficam estocados até sua entrega a quem vai utilizá-los.
Produtos semi-acabados: São bens que ainda dependem de
instruções dos fabricantes, para sua melhor conservação em esto-
pequenos acertos, regulagens, pintura, lustramento, etc.
cagem, não obstante existam milhares de itens, que geralmente são
Materiais indiretos: São materiais que não entram diretamente
mantidos em custódia nos almoxarifados, por tempo muitas vezes
na produção de bens.
prolongado, os quais não possuem nenhuma indicação; para estes,
Seu consumo não tem proporcionalidade com o volume da
os almoxarifes terão de encontrar melhor solução. .
produção.
Os mais adiantados pensadores do vasto mundo dos negócios
estão de acordo que no momento atual estamos sentindo todo o
Expedição: Distribuição de Materiais
peso de uma inflação mundial, difícil de controlar; as mercadorias, Em “Administração de Materiais - Uma abordagem Logística”,
os materiais, as matérias-primas, os equipamentos, os acessórios MARCO AURÉLIO P. DIAS (Atlas, 2ª, p. 34g e 35) escreve sobre o
etc. em estoque numa organização, quer seja industrial, comercial sistema de distribuição:
ou em outro ramo qualquer da atividade humana, vale tanto ou “O sistema de distribuição de produtos de uma empresa sem-
mais do que o dinheiro depositado em estabelecimento de crédi- pre foi importante e complexo, pois o transporte é um considerável
to, considerando que no regime inflacionário que atravessamos, a elemento de custo em toda a atividade industrial e comercial. Des-
moeda tende sempre a desvalorizar-se, enquanto os estoques, in- de a crise do petróleo, num país onde quase 80% das mercadorias
versamente, valorizar-se-ão constantemente. são transpor­tadas via rodoviária, a racionalização desta operação
Sem desejar particularizar a importância dos estoques para passou a ser vital à estrutura econômico-­financeira das empresas.
cada uma das atividades humanas, é necessário que se ressalte a A decisão entre a frota própria, leasing ou transporte de terceiros é
importância da palavra que, também, poderá significar - previsão bem mais complexa do que parece.
e provisão.
Para melhor avaliarmos a importância dos estoques nas em- Cada situação tem características específicas e não existem re-
presas, seja de que tipo for, podemos compará-los ao trabalho do gras gerais que garantam o acerto da escolha. O que para determi-
coração, de cujo perfeito funcionamento dependem a boa saúde e nada empresa é altamente rentável pode ser um fator de aumento
a própria vida de um ser. Da mesma forma a saúde e a vida de uma de custos para outra. Em função disto, o responsável pela distribui-
empresa, ou seja, a sua estabilidade financeira e os lucros neces- ção de produtos precisa ser um especialista, muito bem entrosado
sários ao seu desenvolvimento estão intimamente relacionados e e conhecedor das demais áreas da empresa.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Quando se toma conhecimento de que uma empresa, para É fácil constatarmos então a importância de um Departamento
mandar 20 t de carga num veículo cuja capacidade é de 25 t, está centralizador de serviços de transportes utilizados pela empresa.
aumentando em 25% seu custo de frete, este custo adicional nem Basta verificarmos que, quanto mais bem estruturados estivermos,
sempre é notado à primeira vista, mas ao final será a carga que pa- maiores serão as possibilidades de colocação de produtos em dife-
gará o frete falso ou a capacidade ociosa. rentes mercados. Entretanto, a utilização de sistemas de distribui-
O sistema rodoviário responde hoje pelo transporte de 70% a ção não representa somente um custo adicional para a empresa,
80% das cargas movi­mentadas no Brasil, e, sem entrar no mérito de mas também fator relevante na formação do preço final do produto.
erros e acertos da política brasileira de transpor­tes, essa realidade
não se modificará sensivelmente em termos globais nas próximas No Brasil tal participação chega a níveis de 5% a 7%, dependen-
décadas, por maiores que sejam os esforços do governo na moder- do, é claro, da mercadoria a ser distribuída. Estes índices, no entan-
nização dos transportes marítimos e ferroviários. to, são bem maiores para os países que possuem infra-estrutura de
maior sofisticação para tais serviços; por exemplo, nos EUA, o nível
O sistema rodoviário opera em linha gerais, apoiado na infra- de participação poderá estar
-estrutura das 6.OOO empresas existentes em todo Brasil, com seus
terminais de carga, frotas de apoio, equipamentos para carga e des- GUARDA E ARMAZENAGEM DE MATERIAIS E UTENSÍLIOS
carga e estrutura de comunicação e administrativa. O transporte, Todo tipo de material de limpeza e seus utensílios de­vem ser
propriamente dito, ou seja, o deslocamento da carga é feito pela guardados em lugares fechados, longe do alcance de crianças, ani-
utilização de duas grandes frotas: os 57.OOO veículos carreteiros, mais domésticos ou exposto ao risco de curiosos. Pois os mesmos
ou seja, veículos com motoristas autônomos, proprietários de seus são produtos químicos que podem causar danos a saúde, quando
cami­nhões. Executando condições especiais, os carreteiros traba- mal utilizados.
lham como subcontratados das empresas.
Tanto em ambiente hospitalar como qualquer outro, os produ-
Ao utilizar o sistema de transporte rodoviário, é necessário exa- tos e os materiais de limpeza como panos, rodos, vassouras e etc.,
minar algumas particulari­dades do material a ser transportado e, devem ser transportados em carrinhos apropriados para isso, para
sempre que possível, adequá-lo com os equipamentos normalmen- que, por exemplo, o balde não fique no chão quando transportado
te usados pelas empresas que operam o sistema. Tal precaução é de um ambiente para outro, evitando assim que alguém pise nele
indispensável para atingir-se o aproveitamento ótimo dos veículos e cai, ou que a vassoura ou similar fique na frente de alguém e tro-
em sua capacidade (peso ou metro cúbico) e, consequentemente, pece.
reduzir o custo operacional e o custo do frete. Sempre que um lote Nesse carrinho todo o material deverá ser transporta­do, desde
de carga permita o aproveitamento racional dos veículos, os trans- vassouras e similares até o espanador, produtos químicos e as luvas.
portadores têm a possibilidade de evitar a aplicação do sobrepreço
ao frete final. Isso significa que, se o material oferecer condições Todo tipo de material de limpeza e seus utensílios de­vem ser
para aproveitamento ótimo, o custo fica menor no cômputo final. guardados em lugares fechados, longe do alcance de crianças, ani-
De maneira geral, as empresas transportadoras remuneram mais domésticos ou exposto ao risco de curiosos. Pois os mesmos
seus serviços mediante cobrança do frete e seus adicionais. Cada são produtos químicos que podem causar danos a saúde, quando
uma dentro de seu critério necessita obter remunera­ção compatí- mal utilizados.
vel com seus custos operacionais, que não são diferentes das outras
atividades econômicas. Assim, ao estipular o frete por tonelada ou Tanto em ambiente hospitalar como qualquer outro, os produ-
por metro cúbico ou por viagem, a empresa tem de considerar to- tos e os materiais de limpeza como panos, rodos, vassouras e etc.,
dos os seus custos diretos e indiretos. devem ser transportados em carrinhos apropriados para isso, para
que, por exemplo, o balde não fique no chão quando transportado
Outro fator importante, para a análise de transportes, são as de um ambiente para outro, evitando assim que alguém pise nele
compras realizadas pela empresa. Vários fatores influem na decisão e cai, ou que a vassoura ou similar fique na frente de alguém e tro-
de operar as compras pelo sistema CIF ou FOB, e a tendência nor- pece.
mal dos setores de compra é optar pelo primeiro, isto é, receber a Nesse carrinho todo o material deverá ser transporta­do, desde
carga em seus depósitos, deixando aos fornecedores a incumbência vassouras e similares até o espanador, produtos químicos e as luvas.
de escolher os meios de transporte para o cumprimento dos prazos
de entrega. Mas a elevação dos custos de transporte nos últimos Limpeza e desinfecção de ambientes
tempos vem pressionando a política de vendas com o objetivo de A higienização das mãos dos profissionais de saúde e a limpeza
transferir esses custos ao comprador, ou seja, os fornecedores pro- e a desinfecção de superfícies são fundamentais para a prevenção e
curam negociar FOB, retirando esta parcela de custo do produto a redução das infecções relacionadas à assistência à saúde.
ser vendido. São os fatores que favorecem a contaminação do ambiente dos
serviços de saúde:
Embora as duas condições de custo continuem a ser praticadas, - Mãos dos profissionais de saúde em contato com as superfí-
todos os negócios FOB trarão novo encargo para os responsáveis cies.
pela administração de materiais: a escolha do transportador. Nas - Ausência da utilização de técnicas básicas pelos profissionais
compras FOB, caberá ao comprador estabelecer uma política de de saúde;
transporte que lhe permita manter custos adequados, ao mesmo - Manutenção de superfícies úmidas ou molhadas;
tempo que terá de responder pela eficiên­cia da operação para que - Manutenção de superfícies empoeiradas;
seus insumos cheguem ao almoxarifado nos prazos necessários à - Condições precárias de revestimentos;
manutenção dos estoques. - Manutenção de matéria orgânica.
Com isso torna-se indispensável estabelecer critérios básicos
de transporte que lhe permitam a escolha das opções mais condi- As medidas utilizadas para diminuir a interferência do ambien-
zentes com suas necessidades. te nas infecções relacionadas à assistência à saúde envolvem:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
- evitar atividades que favoreçam o levantamento das partícu- - O sucesso das atividades de limpeza e desinfecção de superfí-
las em suspensão, como o uso de aspiradores de pó (permitidos cies depende da garantia e disponibilização de panos ou cabeleiras
somente em áreas administrativas); alvejados e limpeza das soluções dos baldes, bem como de todos
- não realizar a varredura seca nas áreas internas dos serviços equipamentos de trabalho.
de saúde; - Os panos de limpeza de piso e panos de mobília devem ser
- as superfícies (mobiliários em geral, pisos, paredes e equipa- preferencialmente encaminhados à lavanderia para processamento
mentos, dentre outras) devem estar sempre limpas e secas; ou lavados manualmente no expurgo.
- remover rapidamente matéria orgânica das superfícies; - Os discos das enceradeiras devem ser lavados e deixados em
- isolar áreas em reformas ou em construção, utilizando tapu- suporte para facilitar a secagem e evitar mau cheiro proporcionado
mes e plástico. pela umidade.
- Todos os equipamentos deverão ser limpos a cada término da
Esses procedimentos visam evitar a formação ou piora de pro- jornada de trabalho.
cessos alérgicos, surtos de aspergiloses e a disseminação de deter- - Sempre sinalizar os corredores, deixando um lado livre para o
minadas doenças (tuberculose e outras). trânsito de pessoal, enquanto se procede à limpeza do outro lado.
No sentido de evitar fontes de fungos é importante retirar va- - Utilizar placas sinalizadoras e manter os materiais organiza-
sos com flores e plantas dos quartos ou áreas assistenciais dos ser- dos, a fim de evitar acidentes e poluição visual.
viços de saúde. - A frequência de limpeza das superfícies pode ser estabelecida
para cada serviço, de acordo com o protocolo da instituição.
Limpeza e desinfecção de superfícies - A desinsetização periódica deve ser realizada de acordo com a
A limpeza e desinfecção de superfícies em serviços de saúde necessidade de cada instituição.
são elementos primários e eficazes nas medidas de controle para - O cronograma semestral para a desinsetização deve estar dis-
romper a cadeia epidemiológica das infecções. ponível para consulta, assim como a relação dos produtos utilizados
Os princípios básicos para a limpeza e desinfecção de superfí- no decorrer do semestre.
cies em serviços de saúde são os seguintes:
- Proceder à frequente higienização das mãos; Produtos utilizados na limpeza de superfícies: Sabões e deter-
- Não utilizar adornos (anéis, pulseiras, relógios, colares, pier- gentes.
cing, brincos) durante o período de trabalho; Principais produtos utilizados na desinfecção de superfícies:
- Manter os cabelos presos e arrumados e unhas limpas, apa- a- Álcool. Os alcoóis etílico e o isopropílico são os principais de-
radas e sem esmalte. sinfetantes utilizados em serviços de saúde, podendo ser aplicado
- Os profissionais do sexo masculino devem manter os cabelos em superfícies ou artigos por meio de fricção.
curtos e barba feita; Características: bactericida, virucida, fungicida e tuberculocida.
- O uso de Equipamento de Proteção Individual (EPI) deve ser Não é esporicida. Fácil aplicação e ação imediata.
apropriado para a atividade a ser exercida; Indicação: mobiliário em geral.
- Nunca varrer superfícies a seco, pois esse ato favorece a dis-
persão de microrganismos que são veiculados pelas partículas de b- Compostos fenólicos: compreendem o hidroxidifenileter, tri-
pó. Utilizar a varredura úmida, que pode ser realizada com mops ou clorodifenileter, cresóis, fenilfenol e outros. Estão em desuso, devi-
rodo e panos de limpeza de pisos; do à toxicidade.
- Para a limpeza de pisos, devem ser seguidas as técnicas de Características: bactericida, virucida, micobactericida e fungici-
varredura úmida, ensaboar, enxaguar e secar; da. Não é esporicida. Apresenta ação residual. Pode ser associado
- O uso de desinfetantes ficam reservados apenas para as su- a detergentes.
perfícies que contenham matéria orgânica ou indicação do Serviço Indicação: superfícies fixas e mobiliários em geral.
de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH).
- Todos os produtos saneantes utilizados devem estar devida- Compostos liberadores de cloro ativo:
mente registrados ou notificados na Agência Nacional de Vigilância a- Inorgânicos: os mais utilizados são hipocloritos de sódio, cál-
Sanitária (Anvisa); cio e de lítio.
- A responsabilidade do Serviço de Limpeza e Desinfecção de Características: bactericida, virucida, fungicida, tuberculicida
Superfícies em Serviços de Saúde na escolha e aquisições dos pro- e esporicida, dependendo da concentração de uso. Apresentação
dutos saneantes deve ser realizada conjuntamente pelo Setor de líquida ou pó; amplo espectro; ação rápida e baixo custo.
Compras e Hotelaria Hospitalar (SCIH); Indicação: desinfecção de superfícies fixas.
- É importante avaliar o produto fornecido aos profissionais.
São exemplos: testes microbiológicos do papel toalha e sabonete b- Orgânicos: os ácidos dicloroisocianúrico (DCCA) e tricloroiso-
líquido, principalmente quando se tratar de fornecedor desconhe- cianúrico (TCCA) são exemplos de compostos desse grupo.
cido; Características: bactericida, virucida, fungicida, tuberculicida e
- Deve-se utilizar um sistema compatível entre equipamento e esporicida, dependendo da concentração de uso. Apresentação em
produto de limpeza e desinfecção de superfícies (apresentação do pó. Mais estável que o cloro inorgânico.
produto, diluição e aplicação). Indicação: descontaminação de superfícies.
- O profissional de limpeza sempre deverá certificar se os pro-
dutos de higiene, como sabonete e papel toalha e outros são sufi- Compostos quaternários de amônio:
cientes para atender às necessidades do setor. Alguns dos compostos mais utilizados são os cloretos de alquil-
- Cada setor deverá ter a quantidade necessária de equipamen- dimetilbenzilamônio e cloretos de dialquildimetiamônio.
tos e materiais para limpeza e desinfecção de superfícies. Características: bactericida, virucida (somente contra vírus li-
- Para pacientes em isolamento de contato, recomenda-se ex- pofílicos ou envelopados) e fungicida. Não apresenta ação tubercu-
clusividade no kit de limpeza e desinfecção de superfícies. licida e virucida. É pouco corrosivo e tem baixa toxicidade.
- Utilizar, preferencialmente, pano de limpeza descartável.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Indicação: superfícies fixas, incluindo ambiente de nutrição e neonatologia (sem a presença dos neonatos).

Monopersulfato de potássio
Características: amplo espectro. É ativo na presença de matéria orgânica; não corrosivo para metais.
Indicação: desinfetante de superfícies.

Oxidantes

Ácido peracético
Características: é um desinfetante para superfícies fixas e age por desnaturação das proteínas, alterando a permeabilidade da parede
celular, oxidando as ligações sulfidril e sulfúricas em proteínas e enzimas. Tem uma ação bastante rápida sobre os microrganismos, inclu-
sive sobre os esporos bacterianos em baixas concentrações de 0,001 a 0,2%. É efetivo em presença de matéria orgânica. Apresenta baixa
toxicidade.

Indicação: desinfetante para superfícies.

Produtos de Limpeza/Desinfecção Indicação de uso Modo de usar


Técnica de varredura úmida ou retirada
Água
de pó
Friccionar o sabão ou detergente sobre a
Água e são ou detergente Limpeza para remoção de sujidade
superfície
Água Enxaguar e secar
Desinfecção de equipamentos e Fricções sobre a superfície a ser desin-
Álcool a 70%
superfícies fetada
Desinfecção de equipamentos e Após a limpeza, imersão ou fricção.
Compostos fenólicos
superfície Enxaguar e secar
Desinfecção de equipamentos e Após a limpeza, imersão ou fricção.
Quaternário de amônia
superfície Enxaguar e secar
Desinfecção de superfícies não-metáli- Após a limpeza, imersão ou fricção.
Compostos liberadores de cloro ativo
cas e superfícies com matéria orgânica Enxaguar e secar
Oxidantes
Após a limpeza, imersão ou fricção.
Ácido peracético (associado ou não a Desinfecção de superfícies
Enxaguar e secar
peróxido de hidrogênio)

Equipamentos utilizados na limpeza e desinfecção de superfícies

Equipamentos:
a- Máquinas lavadoras e extratoras;
b- Máquinas lavadoras com injeção automática de solução
c- Aspiradores de pó e líquidos
c.1- Enceradeiras de baixa rotação
c.2- Enceradeiras de alta rotação

Materiais:
a- Conjunto mop: é formado por cabo, armação ou haste ou suporte e luva ou refil.
b- Cabo;
c- Luva do tipo cabeleira;
d- Luva do tipo cabeleira plana – Função úmida;
e- Rodos;
f- Panos para limpeza de mobília e pisos;
g- baldes;
h- Kits para limpeza de vidros e tetos;
i- Escadas;
j- Discos abrasivos para enceradeira;
k- Escova de cerdas duras com cabo longo;
l- Carro funcional;
m- Carros para transporte de resíduos;
n- Placa de sinalização

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Higienização das Mãos Como limpar piso de mármore
a- com Água e Sabonete Líquido Os pisos de mármore são bonitos e elegantes, mas demandam
- quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contamina- atenção redobrada. Esse material é muito poroso e tem alta capaci-
das com sangue ou outros fluidos corporais. dade de absorção. Portanto, não use produtos muito concentrados,
- ao iniciar o turno de trabalho. corrosivos ou gordurosos.
- antes e após remoção de luvas. Para a limpeza do piso de mármore, dissolva uma pequena
- antes e após uso do banheiro. quantidade de detergente de coco em um recipiente com 5 litros
- antes e depois das refeições. de água. Mergulhe um pano limpo de algodão nessa solução e es-
- após término do turno de trabalho. fregue o chão. Depois, enxágue com um pano limpo umedecido em
- após várias aplicações consecutivas de produto alcoólico para água e seque bem.
as mãos.
Como limpar piso de pedra
b- com preparação alcoólica para as mãos O piso de pedra ou de ardósia é menos poroso que o de már-
- ao iniciar o turno de trabalho. more, mas também não suporta produtos muito concentrados. A
- antes e após remoção de luvas. limpeza com água e um bom detergente neutro é suficiente. Se qui-
- antes e após uso do banheiro. ser dar um brilho extra no chão, acrescente três colheres de vinagre
- antes e depois das refeições. branco à mistura.
- após término do turno de trabalho.
Como limpar piso de cerâmica ou porcelanato
Outros aspectos da higienização das mãos: Para tirar manchas do piso de cerâmica ou porcelanato, passe
- mantenha as unhas naturais, limpas e curtas. um pano molhado em uma mistura de uma colher de Cif Cremoso
- não use unhas postiças. para 5 litros de água. Esfregue o pano no piso, enxágue com um
- evite o uso de esmaltes nas unhas. pano limpo úmido e depois seque. Para o piso do banheiro, você
- não usar anéis, pulseiras e outros adornos. também pode usar Vim ou Cif Banheiro para desinfetar e limpar.
- aplique creme hidratante nas mãos (uso individual), diaria- Apenas certifique-se de não misturar os dois produtos.
mente, para evitar ressecamento na pele. Enxágue bem e seque em seguida.O piso da cozinha pode ser
limpo regularmente com Cif Desengordurante, pois seu uso contí-
- a preparação alcoólica para as mãos não deve ser utilizada
nuo previne o aparecimento de manchas e o acúmulo de gordura.
como complemento para a higienização das mãos.
Como limpar piso: manutenção
LIMPEZA DE PISOS, ASSOALHOS, PAREDES, TETOS, MADEI-
É uma boa ideia evitar produtos à base de silicone ou nem cera,
RAS, VIDRAÇAS, MOBILIÁRIO, EM GERAL;
pois eles criam uma camada sobre o chão que é difícil de remover.
Com o passar do tempo, os pisos de pedra, porcelanato, már-
Também não use produtos abrasivos para retirar sujeiras, pois eles
more e cerâmica podem ficar sujos e encardidos. Se você perceber
podem riscar seu piso.
que o chão da sua casa não tem o mesmo brilho de antes e que al- Procure varrer e limpar o chão pelo menos uma vez por sema-
gumas manchas estão começando a aparecer, está na hora de fazer na para tirar a poeira e renovar o brilho.
uma limpeza de piso.
Confira os produtos e métodos mais apropriados para trata- Fonte: https://www.cleanipedia.com/br/limpeza-de-pisos-e-superfi-
mento de pisos, que vão ajudar a manter sua casa limpa e higieniza- cies/como-limpar-piso.html
da. Antes de começar a limpeza, lembre-se de seguir as instruções
de cada produto e de usá-los em uma área bem ventilada. A maioria HABILIDADES MANUAIS NO DESEMPENHO DAS TAREFAS
dos produtos de limpeza de chão são muito fortes, portanto não Sequência correta das operações; uso correto de ferramenta;
esqueça de usar luvas para proteger suas mãos. utensílios e ferramentas; manutenção e conservação de ferramen-
tas; dosagem dos produtos de limpeza
Antes de começar o tratamento de piso
Os métodos de limpeza de piso são diferentes dependendo do PISOS
material que ele é feito. Mas em todos os casos a limpeza começa
da mesma maneira: passe uma vassoura cerdas macias e recolha Super Mop
toda a poeira e a sujeira acumuladas no chão. Só depois disso é Utilizado para limpeza rápida, pois seu manuseio é fácil, não
que seu piso poderá receber um tratamento para tirar manchas e necessitando de baldes especiais E de fácil torção, não requer força
recuperar o brilho. e acompanha suporte para fixação de parede. Possui reposição de
cabeleira.
Como limpar piso encardido? No mercado, há uma grande va-
riedade de produtos limpa piso que são excelentes e vão ajudar a Balde e espremedor
tirar o encardido do chão. Balde e espremedor em plástico de alta resistência, utilizar na
Leia a embalagem para descobrir qual o produto mais ade- manutenção de áreas médias e grandes em conjunto com o Água
quado e siga as instruções de uso. Para evitar manchas difíceis de e na implantação de ceras com o Aplicador. Evita que o operador
remover, verifique se o produto não é muito concentrado e evite coloque as mãos diretamente no produto.
usar produtos à base de álcool dependendo do piso. Desinfetantes
muito fortes podem abrir “poros” no piso e facilitar a entrada de Mop água/ aplicador
sujeira, complicando uma próxima faxina. E não se esqueça de usar O mop água é utilizado na limpeza de pisos e sanitários evitan-
luvas para proteger suas mãos! do o contato direto do operador com o produto. Já o aplicador de
cera proporciona um malha’ resultado na implantação e manuten-
ção de ceras em pisos, pois deixa uma camada uniforme, evitando
assim acúmulos e desperdícios.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Mop pó LIMPEZA DE JANELAS E ESQUADRIAS
Ideal na remoção de pó, evita que as partículas de pó sejam Para manter as janelas e esquadrias de alumínio sempre lim-
suspensas e depositem em outros lugares. pas, deve-se limpá-las unia vez por mês com uma mistura de óleo
Limpa tudo de cozinha e álcool, em partes iguais. De­pois, é só passar uma pano
E indicado para limpeza de cantos, escadas e lugares de difícil macio ou flanela.
acesso de equipamentos maiores, como enceradeiras e lavadoras
automáticas. VIDROS DAS JANELAS
Para proteger os vidros das janelas dos respingos de pintura,
Sinalizador de piso antes de pintar os batentes, esfregue uma cebola cortada. O suco
A melhor forma de sinalização de áreas onde estão sendo fei- não permitirá que os respingos fiquem incrustados.
tos trabalhos de limpeza, ou onde possa ter havido algum tipo de
derramamento. LIMPEZA DAS CORTINAS
Uma opção prática e eficiente para a limpeza das cortinas é o uso
PAREDES, PORTAS do aspirador de pó. Com os cuidados adequados, é possível utilizar o
Utilize pano branco, limpo e umedecido para limpeza de pe- aparelho sem danificar o tecido. Basta usar o aspirador a cada 15 dias,
quenas manchas nas paredes, e esfregue o mínimo possível, dei- colocando o bocal escova para não danificar o tecido com a sucção.
xando secar com a evaporação.
Nunca use álcool sobre tinta plástica (látex PVA). Já a lavagem do forro deve ser feita a cada seis meses. Pelo me-
As portas pintadas poderão ser limpas com pano ume­decido e nos uma vez por ano a cortina deve ser lavada. Se o tecido suportar,
sabão neutro e nunca com produtos ácidos ou à base de amoníaco. você poderá lavá-lo em casa mesmo, com sabão neutro. Coloque de
Com o tempo a pintura fica “queimada”, isto é, escurece um molho de um dia para o outro, trocando a água três vezes, a primei-
pouco. Pinte toda a parede ou o cômodo por inteiro para que não ra, após 20 minutos de molho, para que o pó não tinja o tecido. No
se percebam as diferenças de tonalidade. dia seguinte, lave o tecido na máquina, acionando o programa para
Para evitar o aparecimento de bolor nos tetos de banheiros e peças delicadas e depois deixe secar ao ar livre.
WC, geralmente causado pela umidade do banho, mantenha sem-
pre as janelas abertas mesmo durante o banho. Essa atitude favo- LIMPEZA DE VIDROS E ESPELHOS
rece a retirada do vapor provocado pela água quente. Para remover Para a limpeza e o polimento de vidros e espelhos, você tam-
tais manchas utilize água sanitária. bém pode usar a solução de uma nova fervura de folhas de chá já
O mofo é um vegetal microscópio que se encontra no ar e prolí- utilizadas.
fera quando verificados três fatores: umidade, sombra e calor. Man-
tenha sempre seu apartamento ventilado e combata o mofo logo TETOS
que ele se manifestar. - Saca Soquetes
Recomenda-se uma pintura geral periódica para que seu imó- - Saca Refletores
vel tenha uma aparência sempre nova. - Saca Lâmpadas

LIMPAR MÓVEIS BRANCOS Permitem efetuar a troca em luminárias sem o uso de escadas.
Uma boa maneira de limpar móveis pintados de branco é usan-
do uma solução baseada em leite. Faça a mistura do leite com a UTILITÁRIOS
água ou coloque o próprio leite puro e use-a para esfregar o móvel
com um pano limpo Mão Mecânica
Ideal para manuseio de objetos potencialmente nocivos ou
LIMPAR MÓVEIS DE FÓRMICA cortantes. A mão mecânica com cabo de 90cm permite pegar ob-
A fórmica permite uma limpeza rápida e eficaz. Basta esfregar o jetos do chão ou prateleiras, e a de 45cm é adequada para uso em
móvel com um pano embebido em álcool e em seguida dar o brilho banheiros públicos.
com final com uma flanela limpa e seca.
Lafts
LIMPAR MÓVEIS ENVERNIZADOS Rodo gigante, com 90 ou 130cm, remove grandes quantidades
A limpeza de móveis envernizados é batata. Primeiro remova de líquido em curto espaço de tempo. Têm lâmina de borracha subs-
a camada mais grossa de poeira com espanador para não arranhar. tituível. E ideal para quadras de tênis, bordas de piscinas e áreas
Em seguida, passe um pano limpo. Para dar um brilho especial, pas- sujeitas a alagamento. Trabalha em pisos frios, mesmo irregulares.
se um pano umedecido com lustra móveis e lustre com flanela.
Comb (lavador e limpador)
LIMPAR MÓVEIS LAQUEADOS É ideal para lavagem de pára-brisas em postos de gasolina ou
Para limpar móveis laqueados, use uma esponja molhada em outras pequenas áreas envidraçadas. Com 25cm de largura, é com-
água misturada com um pouco de amoníaco. Para finalizar a opera- posto de lavador e limpador montados num mesmo cabo, e pode
ção dando brilho, use uma flanela limpa e seca. também ser fornecido com prolongador de 50cm.

LIMPEZA DE MÓVEIS DE VIME Minilock


Os móveis de vime também são chamados de cana-da-índia e Utilizado para fixar fibras e panos de limpeza. Tem movimen-
têm uma aparência semelhante ao bambu. Para limpá-los, passe to giratório para facilitar o uso em locais de difícil acesso, inclusive
água quente misturada com bicarbonato de sódio. Deixe secar sob tetos e cantos. Fornecido com ou sem mola trava. Com mola trava
o sol. pode ser usado no cabo prolongador e em extensões telescópicas.
Disponível com cabo de 1,25 ou 1,50m.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
LIMPEZA DE TAPETES, PISOS, ESCADAS E PASSADEIRAS PISOS

TAPETES Cuidados com pisos Sinteko


Os pisos de madeira que recebem acabamento em verniz ou
Conservação de Tapetes sinteko devem ter cuidados especiais:
Os tapetes devem receber cuidados especiais para garantir a 1. Não utilizar produtos químicos de à base mineral (derivados
conservação: de petróleo na limpeza);
- Nunca lavar em máquinas de lavar 2. Evitar exposição direta aos raios solares, pois isso geralmen-
- Lavar com produtos apropriados para limpeza e lavagem de te causa deformidades físicas na madeira e alterações na coloração
tapetes e carpetes. Na ausência destes produtos, o melhor a ser e uniformidade;
utilizado é sabão neutro 3. Aconselha-se o uso de cortinas ou similares no ambiente
- Caso haja sujeira de óleo ou graxa sob a superfície do tapete, onde o piso está para filtrar o excesso de luminosidade;
o melhor método é utilizar água morna (cerca de 700), deixando a 4. Cobrir os pés dos móveis com algum produto que impeça
concentração de sabão neutro no local. Espere agir por alguns mi- riscos no piso, como feltro, por exemplo;
nutos e depois esfregue levemente 5. Evitar o uso de sapatos de salto alto (tipo agulha), pois estes
- Ao lavar o tapete, utilize sempre escovas com cerdas macias possuem metal ou pregos que danificam a madeira;
- Procure escovar o tapete sempre para o mesmo sentido. 6. Usar capacho nas entradas para limpeza dos calçados, evi-
tando areia e outros fragmentos que possam riscar a superfície do
O tapete é uma peça de decoração indispensável ao ambiente, piso.
pois oferece harmonia e conforto. Entretanto, com o passar do tem-
po é comum ele adquirir uma aparência de velho e mal cuidado. Pisos de sinteko ou verniz necessitam uma conservação ade-
Algumas dicas podem ser utilizadas para prolongar a vida útil dos quada:
tapetes: 1 - Na hora de fazer a limpeza, o melhor método é adicionar
- A higienização dos tapetes varia de acordo com as condições álcool à água. Dissolva 100 ml de álcool em cinco litros de água e
do ambiente, mas, em geral, a periodicidade de limpeza é de 5 a 10 limpe o piso com uma flanela umedecida na mistura
dias. O recomendável é a utilização de a vaporizadores de ar quen- 2 - Nas áreas do piso onde a luminosidade não incide, como
te, podendo utilizar água ou pro­dutos que dêem odor agradável. aquelas que ficam sob os tapetes, a madeira pode apresentar uma
- Se for utilizar vaporizadores, não incida o calor diretamente coloração mais clara que o resto. Para re­solver esse problema, deixe
sobre o local. Procure afastar no mínimo 5 centímetros da super- que a área fique exposta à luminosidade durante algumas semanas.
fície. Isso vai fazer com que o piso volte a sua tonalidade original.
- Colocar a peça para secar à luz do sol ajuda na eliminação de 3 - Não permita exposição à umidade excessiva, pois isso pode-
odores desagradáveis. O contato com os raios solares contribui para rá danificar o acabamento.
o extermínio de germes e bactérias. -É vedada a utilização de pro-
ESCADAS
dutos alvejantes à base hipoclorito de sódio, como cândida e cloro.
A limpeza de escadas deve ser feita com produtos adequados
- Caso a sujeira esteja impregnada, a recomendação é que o
ao piso da mesma, levando em conta que se forem, por exemplo:
tapete seja levado a uma loja especializada em lavagem a seco, com
produtos de baixa concentração.
Mármore Branco:
- água fria ou morna;
LIMPEZA DE TAPETES
- sapólio de grãos finos;
Manter vivas as cores de tapetes e carpetes é um desafio para - alvejante (cloro, ou similar);
a beleza da sala. Você pode espovoneiar as peças com sal grosso e - escovadeira (para esfregar e secar);
depois escovar com suavidade, empregando uma escova de pelo - enceradeira para dar lustro.
flexível para que os grãos pene­trem bem. Por fim, aguarde 20 mi-
nutos e passe o aspirador para tirar o excesso. Escadas de cerâmicas ou similares:
- água fria ou morna;
LIMPEZA DE TAPETES DE SISAL - sabão em pó ou detergente liquido;
Os tapetes feitos em sisal apresentam uma lista de benefícios. - escovadeira (para esfregar e secar);
Segundo os fabricantes, eles são naturais, antialérgicos e possuem - depois de seco o próprio piso terá brilho;
preços acessíveis. Entretanto, os líquidos podem estragar o produ- - não se recomenda o uso de cera.
to e a fibra pode manchar. Para evitar problemas, alguns cuidados
devem ser toma­dos: PASSADEIRAS
Líquidos derramados devem ser removidos imediatamente Caso as mesmas sejam de tapete e somente limpeza:
com papel toalha ou pano seco. - deve-se usar vassoura ou uma varredeira automática com
água morna e um aromatizante.
Para limpar vinho, refrigerante e outras bebidas, use produtos
à base de água. Caso as mesmas devam ser lavadas:
Manchas de café e chocolate desaparecem com esponja macia - as mesmas deverão ser varridas e esfregadas por uma escova-
e água morna. Para que a peça não seja danificada, é preciso que deira (para lavar, esfregar e secar);
não seja esfregada com força. - depois as mesmas deverão esperar alguns momentos para
serem guardadas.
Por fim, a prevenção deve ser contínua para quem possui ta-
pete ou carpete de sisal. Não deixe acumular poeira ou resíduos e Caso as mesmas sejam de algum material sintético:
passe aspirador de pó semanalmente - deverão ser varridas e passadas algum tipo de pano ou uma
escovadeira com algum aromatizante.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
- Caso a mesma seja lavada, deverão ser varridas e esfregadas Garra Pinho
com alguma esfregadeira ou manualmente e se­cas totalmente com Limpador geral pinho com poder germicida, que remove todo
pano de algodão ou similar e passar algum tipo de material sintético são de sujeira posada tal como gorduras, óleo, graxa, película de
como silicone para dar brilho e proteger o mesmo. cera, etc

USO DE ENCERADEIRA ASPIRADORES E RETIRADA DE DETRI- Basco


TOS Limpador geral pinho, indicado para limpeza de todas super-
fícies laváveis tais como pisos, paredes, portas, vidros, aparelhos
Enceradeira sanitários, etc
Utilizadas para lavar e polir pisos. Disponível nos tamanhos de
27, 30. 35. 40 e 50 centímetros. Blanco
Desinfetante Eucalipto com ato poder germicida, indicado para
Lavadora Automática o tratamento de quaisquer superfícies laváveis.
Semi - Tracionária, Super Compacta, fácil de manobrar, com
ajuste de altura para o operador.Produtividade de até 1700 m2 por Shock
hora, com tanques sobrepostos, de solução limpa (38 metros) e de Limpador ácido para pisos frios, formulado a partir de tenso-a-
solução recolhida ( 45 litros), para não alterar o centro de gravidade tivos não iônicos associado a ácidos minerais, recomendado para a
da máquina. limpeza e remoção de sujeiras inorgânicas, tais como cimento, arga-
massa, terra, gesso. etc.
Aspirador de Água e Pó
Capacidade de recolhimento de 57 litros.Todo rotomoldado em Fácil 21
Polietileno de engenharia. com utilização de acessórios de mão e Limpador neutro para pisos frios. E econômico pois reduz os
ou rodo de 69 cm direto sobre o piso e que aspira para frente e custos de transporte e armazenagem de água. E racional porque
para trás.Sistema rápido de esgotamento por mangueira, evitando você produz somente a quantidade necessária. E portátil Prático e
o erguimento de peso pelo operador e suprimindo os vazamentos Rápido por ser totalmente automático e acaba de vez coma a preo-
comuns aos sistemas de válvulas de esgotamento. cupação em treinamento de funcionários na diluição —pois possui
um diluidor automático
Polidora Automática
1600 rpm, extremamente silenciosa, motor de 1,5 HP Projeta- Fácil 22
da para oferecer o melhor resultado de alto brilho com inigualável Limpador neutro para pisos frios. E econômico pois reduz os
produtividade em ambientes menos obstruídos. custos de transporte e armazenagem de água. E racional porque
você produz somente a quantidade necessária. E portátil Prático e
Lavadora Extratora Rápido por ser totalmente automático e acaba de vez coma e preo-
Possui acessórios para lavar estofados de tecido, escadas, can- cupação em treinamento de funcionários na diluição pois possui
tos e paredes acarpetadas Único Sistema Restaurativo que lava a um diluidor automático.
Base Primária do Carpete e não somente os tufos, removendo por
esta ação os detritos que alimentam os micro­organismos dificultan- Fácil 31
do a proliferação Limpeza geral de superfícies.E econômico pois reduz os custos
de transporte e armazenagem de água. E racional porque você pro-
Soprador duz somente a quantidade necessária. E portátil Prático e Rápido
Reduz em 50% o tempo de secagem de Carpetes ou nas aplica- por ser totalmente automático e acaba de vez coma a preocupação
ções de Coras, Seladores e Vernizes. Ajustes para operações rente em treinamento de funcionários na diluição pois possui um diluidor
ao chão ou para superfícies altas.Operação silenciosa, com fluxo de automático.
43 m’ de ar por minuto, sem causar turbulência no ambiente, já que
possui sistema que direciona a faca de ar Gênius Restaurador de Brilho
Concentra em um único produto, as funções de limpador, spray
LIMPEZA DE BANHEIROS E TOALETES -USO DE MATERIAL buff e restaurador de brilho. Basta variar a diluição e a forma de
APROPRIADO utilização, adequando-o ás necessidades.
Os cromados dos metais sanitários devem ser limpos com água
LIMPADORES e sabão neutro e, eventualmente, com produto específico para dar
brilho e lustro. Nunca utilize nenhum tipo de esponja de aço ou
Klim Floral e KIim Citrus ferramenta para a limpeza.
Limpa com eficiência qualquer tipo de superfície lavável com
a vantagem de deixar no ambiente um agradável aroma de limpe- Os acabamentos dos registros podem ser trocados pelo mesmo
za, pois seu perfume exclusivo libera-se lentamente, eliminando os ou por outro modelo, desde que seja do mesmo fabricante sem que
maus odores á neutro e não agrida a natureza pois possui tensoati- haja necessidade de troca da base.
vos biodegradáveis.
Com o desgaste natural proveniente de manuseio, o courinho
Polish Keep Coat das torneiras e registros deve ser trocados periodicamente para
Detergente neutro do tipo Risse Free (sem enxágue), especial- proporcionar sempre uma boa vedação e evitar vazamentos. Os
mente desenvolvido para limpeza de pisos tratados com ceras e im- produtos para a utilização da limpeza dos mesmos deverão ser pra-
permeabilizantes poliméricos. ticamente os mesmos em diversos estabelecimentos, mudando um
pouco em hospitais e clínicas me­dicas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Deve-se usar produtos químicos como: A higiene do trabalho refere-se ao conjunto de normas e pro-
- alvejantes; cedimentos que visa à proteção da integridade física e mental do
- desinfetantes; trabalhador, preservando-o dos riscos de saúde inerentes às tarefas
- detergentes líquidos ou em pó; do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.
- vassouras ou esfregadeiras; Segurança e higiene do trabalho são atividades interligadas que
- rodos; repercutem diretamente sobre a continuidade da produção e sobre
- panos para secarem; a moral dos empregados.
- esponja de aço; Segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, edu-
- sapólio; cacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir aci-
- aromatizantes; dentes, quer eliminando as condições inseguras do ambiente, quer
- toalhas de pano ou papel ou secador de ar quente; instruindo ou convencendo as pessoas da implantação de práticas
- caso seja em restaurantes ou hotéis, se é permitido o uso de preventivas.
adornos nos mesmos, como quadros, vasos de plantas ou similares. A atividade de Higiene do Trabalho no contexto da gestão de
RH inclui uma série de normas e procedimentos, visando essencial-
Em hospitais deve-se utilizar todos esses materiais e mais: mente, à proteção da saúde física e mental do empregado.
- um produto químico um pouco mais forte para a limpeza, Procurando também resguardá-lo dos riscos de saúde rela-
além dos detergentes usados normalmente; cionados com o exercício de suas funções e com o ambiente físico
- nunca toalhas de pano; onde o trabalho é executado.
- nunca deverá ter adornos nos mesmos como vasos de plan- Hoje a Higiene do Trabalho é vista como uma ciência do reco-
tas, quadros ou qualquer outro tipo de objeto, que poderá ser foco nhecimento, avaliação e controle dos riscos à saúde, na empresa,
de acumulo de germes ou bactérias. visando à prevenção de doenças ocupacionais.

LIMPEZA DE OBJETOS DE ADORNO O que é higiene e segurança do trabalho?


Antigamente os objetos de adorno eram um pouco diferentes A higiene do trabalho compreende normas e procedimentos
dos de hoje em dia. Como grande estatuas e suntuosos quadros, adequados para proteger a integridade física e mental do trabalha-
vasos e etc. dor, preservando-o dos riscos de saúde inerente às tarefas do cargo
Hoje em dia não mudou muitas coisas, logicamente a mudança e ao ambiente físico onde são executadas.
foi em sua devida proporção e estilos de grandes estátuas, temos A higiene do trabalho está ligada ao diagnóstico e à prevenção
hoje em dia pequenas estatuetas, de grandiosos quadros, para qua- das doenças ocupacionais, a partir do estudo e do controle do ho-
dros de menor proporção. mem e seu ambiente de trabalho.
Antigamente tínhamos o espanador de plumas e pa­nos de pó, Ela tem caráter preventivo por promover a saúde e o conforto
e os produtos de limpeza se limitavam a água sabão. do funcionário, evitando que ele adoeça e se ausente do trabalho.
Mas hoje em dia temos produtos apropriados para a limpeza Envolve, também, estudo e controle das condições de trabalho.
de estátuas de pedras ou qualquer outro tipo de material, produ- A iluminação, a temperatura e o ruído fazem parte das condi-
to para limpar quadros que não danifiquem a sua pintura e assim ções ambientais de trabalho.
por diante, vasos antigos pintados à mão ou com tintas especiais Uma má iluminação, por exemplo, causa fadiga à visão, afeta o
de época. sistema nervoso, contribui para a má qualidade do trabalho poden-
Mas utilizasse o básico para a limpeza o antigo e tradicional es- do, inclusive, prejudicar o desempenho dos funcionários.
panador de plumas e o pano de pó de tecido de algodão ou similar. A falta de uma boa iluminação também pode ser considerada
Por exemplo, em um quadro não se deve passar o pano, mas responsável por uma razoável parcela dos acidentes que ocorrem
sim o espanador, para que não se esfregue a tela. E nunca usar al- nas organizações.
gum tipo de produto como alvejante ou álcool. Envolvem riscos os trabalhos noturnos ou turnos, temperaturas
No caso do vaso não se deve passar o espanador, pois o mes- extremas – que geram desde fadiga crônica até incapacidade laboral.
mo poderá derrubá-lo, aí sim se utiliza o pano de pó, sem produtos Um ambiente de trabalho com temperatura e umidade inade-
químicos. quadas é considerado doentio.
Por isso, o funcionário deve usar roupas adequadas para se
proteger do que “enfrenta” no dia-a-dia corporativo.
NOÇÕES BÁSICAS DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRA- O mesmo ocorre com a umidade. Já o ruído provoca perca da
BALHO audição e quanto maior o tempo de exposição a ele maior o grau da
perda da capacidade auditiva.
A segurança do trabalho implica no uso de equipamentos ade-
De modo genérico, Higiene e Segurança do Trabalho compõem
quados para evitar lesões ou possíveis perdas.
duas atividades intimamente relacionadas, no sentido de garantir
É preciso, conscientizar os funcionários da importância do uso
condições pessoais e materiais de trabalho capazes de manter certo
dos EPIs, luvas, máscaras e roupas adequadas para o ambiente em
nível de saúde dos empregados.
que eles atuam.
Do ponto de vista da Administração de Recursos Humanos, a
Fazendo essa ação específica, a organização está mostrando re-
saúde e a segurança dos empregados constituem uma das princi-
pais bases para a preservação da força de trabalho adequada atra- conhecimento ao trabalho do funcionário e contribuindo para sua
vés da Higiene e Segurança do trabalho. melhoria da qualidade de vida.
Ao invés de obrigar os funcionários a usarem, é melhor realizar
Higiene e Segurança do trabalho esse tipo de trabalho de conscientização, pois o retorno será bem
Segundo o conceito emitido pela Organização Mundial de Saú- mais positivo.
de, a saúde é um estado completo de bem-estar físico, mental e Já ouvi muitos colaboradores falarem, por exemplo, que os EPIs
social e que não consiste somente na ausência de doença ou de e as máscaras incomodam e, algumas vezes, chagaram a pedir aos
enfermidade. gestores que usassem os equipamentos para ver se era bom.

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Ora, na verdade os equipamentos incomodam, mas o traba- A qualidade das condições de trabalho é um dos fatores funda-
lhador deve pensar o uso desses que é algo válido, pois o ajuda a mentais para o sucesso do sistema produtivo de qualquer Empresa.
prevenir problemas futuros. Nesse âmbito, a melhoria da produtividade e da competitivida-
Na segurança do trabalho também é importante que a empre- de das Empresas passa, necessariamente, por uma intervenção no
sa forneça máquinas adequadas, em perfeito estado de uso e de sentido da melhoria das condições de trabalho.
preferência com um sistema de travas de segurança. Os benefícios da manutenção de um ambiente de trabalho se-
É fundamental que as empresas treinem os funcionários e os guro são muitos, mas em primeiro lugar, a segurança é saber o que
alertem em relação aos riscos que máquinas podem significar no é que pode fazer para proteger os seus trabalhadores.
dia-a-dia. Na realidade, a prática da segurança nos locais de trabalho traz
Caso algum funcionário apresente algum problema de saúde também inúmeros benefícios financeiros para a Empresa através
mais tarde ou sofra algum acidente, a responsabilidade será toda da Higiene e Segurança do trabalho.
da empresa por não ter obrigado o funcionário a seguir os procedi-
mentos adequados de segurança. O impacto de um ambiente de trabalho seguro é desde logo
Caso o funcionário se recuse a usar os equipamentos que o benéfico tanto direta como indiretamente.
protegerão de possíveis acidentes, a organização poderá demiti-lo Senão vejamos, diretamente, falamos na prevenção de custos
por justa causa. associados aos incidentes e acidentes, incluindo os custos com as
As prevenções dessas lesões/acidentes podem ser feitas atra- indemnização e salários aos trabalhadores, os custos com a assis-
vés de: tência médica, os custos com seguros e as contra ordenações apli-
- Estudos e modificações ergonômicas dos postos de trabalho. cáveis.
- Uso de ferramentas e equipamentos ergonomicamente adap- Estes só serão minimizados quando existe um Sistema de Ges-
tados ao trabalhador. tão da Segurança e Saúde implementado, que vise e contemple to-
- Diminuição do ritmo do trabalho. das as áreas da Segurança.
- Estabelecimento de pausas para descanso. Indiretamente, a inexistência deste sistema pode levar a perdas
- Redução da jornada de trabalho. acentuadas de produtividade, custos com a reparação de produtos
- Diversificação de tarefas. e equipamentos danificados, custos associados à substituição de
- Eliminação do clima autoritário no ambiente de trabalho. trabalhadores, custos administrativos, perdas de competitividade,
- Maior participação e autonomia dos trabalhadores nas deci- perdas associadas à imagem e custos sociais diversos.
sões do seu trabalho. É sabido que, um ambiente de trabalho seguro aumenta a mo-
- Reconhecimento e valorização do trabalho. ral do trabalhador, o que, por sua vez, aumenta a produtividade a
- Valorização das queixas dos trabalhadores. eficiência e, consequentemente, as margens de lucro.
Quando os trabalhadores têm um ambiente de trabalho segu-
É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que ro, sentem que podem fazer a diferença, verificam-se maiores índi-
a higiene e a segurança no ambiente de trabalho se tornem satisfa- ces de assiduidade, menos rotatividade de pessoal e uma melhor
tórios. Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano. qualidade de trabalho.
Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser Outra área não menos importante, e que deve ser parte inte-
frustrada pela organização quando ela não valoriza o desempenho. grante da Empresa, é a formação dos trabalhadores em matéria de
Por exemplo, quando a política de promoção é baseada nos segurança e saúde.
anos de serviço e não no mérito ou, então, quando a estrutura sa- A formação contínua nesta matéria assume um papel funda-
larial não oferece qualquer possibilidade de recompensa financeira mental na melhoria do nível de vida dos trabalhadores.
por realização como os aumentos por mérito.
Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais en- Uma formação eficaz permite:
tre os funcionários e se o contato social entre os mesmos for deses- - Contribuir para que os trabalhadores se tornem competentes
timulado, existirão menos chances de reconhecimento. em matéria de saúde e segurança;
Conforme Arroba e James (1988) uma maneira de reconhecer - Desenvolver uma cultura de segurança e saúde positiva, onde
os funcionários é admitir que eles têm outras preocupações além o trabalho e o ambiente seguro sejam parte integrante e natural do
do desempenho imediato de seu serviço. dia-a-dia dos trabalhadores;
Uma outra causa da falta de reconhecimento dos funcionários - Informar os trabalhadores dos riscos existentes e inerentes
na organização são os estereótipos, pois seus julgamentos não são ao seu local de trabalho, das medidas de prevenção e proteção e
baseados em evidências ou informações sobre a pessoa. respectiva aplicação;
A partir do momento que as pessoas fazem parte de uma orga- - Tanto em termos de postos de trabalho, como em termos ge-
nização podem obter reconhecimento positivo ou negativo. rais da empresa;
Os grupos de trabalho, por exemplo, podem satisfazer ou frus- - Dotar o trabalhador das competências necessárias para atuar
trar as necessidades de reconhecimento. em caso de perigo grave e iminente;
- Evitar os custos associados aos acidentes e problemas de saú-
Quem a higiene e segurança do trabalho beneficia? de ocupacional;
A Segurança e Higiene do Trabalho beneficia qualquer tipo ne- - Em especial, os associados às perdas materiais, paragens e
gócio, além de ser uma obrigação legal e social. consequente perda de produção, absentismo e a desmotivação dos
Todas as organizações deverão entender que este ramo serve trabalhadores;
para prevenir acidentes e doenças laborais, mas que também é uma - Cumprir a legislação legal e obrigatória em matéria de Segu-
parte essencial para o sucesso do seu negócio. rança e Saúde.
Todas as empresas podem gozar de benefícios significativos ao
investirem em medidas de Segurança e Higiene do Trabalho. A importância da higiene e segurança do trabalho
Pequenos melhoramentos podem levar ao aumento da compe- Qualquer empresa de hoje em dia conhece bem as implicações
titividade e da motivação dos trabalhadores. e requisitos legais quando se fala em HSST- Higiene, Segurança e

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Saúde no trabalho, tendo consciência de que uma falha neste âmbi-
to dentro da empresa, pode gerar automaticamente o pagamento Acidentes devido a Condições perigosas:
de uma multa por incumprimento legal. Máquinas e ferramentas;
Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras,
Higiene e Segurança do trabalho ruído).
A Higiene, Segurança e Saúde no trabalho é um conjunto de Condições de organização (Layout mal feito, armazenamento
ações que nasceu das preocupações dos trabalhadores da indústria perigoso, falta de Equipamento de Proteção Individual – E.P.I.)
em meados do século 20, pois as condições de trabalho nunca eram
levadas em conta, mesmo que tal implicasse riscos de doença ou Após o processo de identificação deste tipo de condições é im-
mesmo de morte dos trabalhadores. portante desenvolver uma análise de riscos, sendo para isso neces-
Numa época em que a indústria era a principal atividade eco- sária à sua identificação e mapeamento.
nómica em Portugal, os trabalhadores morriam ou tinham aciden- A fim de que posteriormente se possa estudar a possibilidade
tes onde ficavam impossibilitados para toda a vida por não terem os de aplicação de medidas que visam incrementar um maior nível de
devidos processos de Higiene e Segurança do trabalho. segurança no local de trabalho, e que concretizam na eliminação do
Simplesmente porque a mentalidade corrente era a de que o risco de acidente, tornando-o inexistente ou neutralizando-o.
valor da vida humana era para apenas útil para trabalhar e porque Por fim, importa ter ainda em conta que para além da matriz
não existia qualquer legislação que protegesse o trabalhador. de identificação de riscos no trabalho é imprescindível considerar o
O cenário demorou tempo a mudar e apenas a partir da década risco ergonómico que surge da não adaptação dos postos de traba-
de 50/60, surgiram as primeiras tentativas sérias de integrar os tra- lho às características do operador através da Higiene e Segurança
balhadores em atividades devidamente adequadas às suas capaci- do trabalho.
dades, e dar-lhes conhecimento dos riscos a que estariam expostos Quer quanto à posição da máquina com que trabalha, quer no
aquando do seu desempenhar de funções. espaço disponível ou na posição das ferramentas e materiais que
Atualmente a dimensão que encontramos neste âmbito é mui- utiliza nas suas funções.
to diferente, sobretudo porque a Lei-Quadro de Segurança, Higiene Desta feita torna-se mais do que evidente de que o sucesso
e Saúde no Trabalho faz impender sobre as entidades empregado- de um sistema produtivo passa inevitavelmente pela qualidade das
ras a obrigatoriedade de organizarem os serviços de Segurança e condições de trabalho que este proporciona aos seus colaborado-
Saúde no Trabalho. res.
Desta forma, para além de análises minuciosas aos postos de Nesta perspectiva, a melhoria da produtividade e da compe-
trabalho a empresa tem que garantir também as condições de saú- titividade das empresas portuguesas passa, necessariamente, por
de dos trabalhadores (como a existência de um posto médico den- uma intervenção no sentido da melhoria das condições de trabalho.
tro de cada empresa). Ainda que este conjunto de atividades seja visto atualmente,
E ainda garantir que são objeto de estudo as investigações de pela gestão das empresas, mais como um gasto, do que propria-
quaisquer tipo de incidentes ocorridos, sendo sempre analisada a mente um incentivo à produtividade.
utilização ou não de equipamentos de proteção individual (vulgo Ao tornar evidentes junto dos colaboradores os riscos a que
EPI). estão expostos durante o seu período de trabalho, a Higiene, Se-
Em resumo, todas as atividades de HSST se constituem como gurança e Saúde no Trabalho permite relembrar todos os colabora-
as atividades cujo objetivo é o de garantir condições de trabalho em dores de que para um trabalho feito em condições é preciso que as
qualquer empresa “num estado de bem-estar físico, mental e social condições permitam que o trabalho se faça.
e não somente a ausência de doença e enfermidade” (de acordo
com a Organização Mundial de Saúde.) LEGISLAÇÃO APLICADA A HIGIENE E SEGURANÇA DO TRABA-
LHO
Analisando parcelarmente este tipo de atividades temos que:
A higiene e saúde no trabalho procura combater de um pon- A legislação da higiene e segurança do trabalho é bem específi-
to de vista não médico, as doenças profissionais, identificando os ca e grande, sabendo disso iremos mostrar abaixo apenas os artigos
fatores que podem afetar o ambiente do trabalho e o trabalhador, e incisos principais.
procurando eliminar ou reduzir os riscos profissionais.
A segurança do trabalho por outro lado, propõe-se combater, Art. 163 – Será obrigatória a constituição de Comissão Interna
também dum ponto de vista não médico, os acidentes de trabalho, de Prevenção de Acidentes (CIPA), de conformidade com instruções
eliminando para isso não só as condições inseguras do ambiente,
expedidas pelo Ministério do Trabalho, nos estabelecimentos ou lo-
como sensibilizando também os trabalhadores a utilizarem medi-
cais de obra nelas especificadas.
das preventivas.
Dadas as características específicas de algumas atividades pro-
As instruções do Ministério do Trabalho e Emprego correspon-
fissionais, nomeadamente as que acarretam algum índice de pe-
dem à NR5, que trata especificamente das Comissões Internas de
rigosidade, é necessário estabelecer procedimentos de segurança,
Prevenção de Acidentes – CIPA.
para que estas sejam desempenhadas dentro de parâmetros de se-
gurança para o trabalhador.
O item 5.1, da NR 5, estabelece que o objetivo da CIPA é a pre-
Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento venção de acidentes e doenças decorrentes do trabalho, de modo a
dos fatores que podem contribuir para ocorrências de acidentes, tornar compatível permanentemente o trabalho com a preservação
como sejam: da vida e a promoção da saúde do trabalhador.
- Acidentes devido a ações perigosas;
- Falta de cumprimento de ordens (não usar E.P.I.) O emprego da palavra “permanentemente”, traz a ideia de
- Ligado à natureza do trabalho (erros na armazenagem) “sem interrupção”.
- Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, mano-
brar empilhadores inadequadamente, distrações).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
O item 5.2, da NR 5, dispõe que devem constituir CIPA, por es- 5.6.2 Os representantes dos empregados, titulares e suplentes,
tabelecimento, e mantê-la em regular funcionamento as empresas serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, indepen-
privadas, públicas, sociedades de economia mista, órgãos da admi- dentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados
nistração direta e indireta, instituições beneficentes, associações interessados.
recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que admi-
tam trabalhadores como empregados. A CIPA é um “fórum”, um local de discussão e debate, que se
beneficia das opiniões do empregador e dos empregados. Por isso a
Como já vimos, a noção correta, para os obrigados a obedecer necessidade de cada uma dessas categorias indicar seus membros,
toda e qualquer disposição de Norma Regulamentadora, não só re- para que todos sejam representados nas decisões.
lativa à CIPA, é de empregador.
5.16 A CIPA terá por atribuição:
Na aula 4 conceituamos, de acordo com a CLT, e através de - identificar os riscos do processo de trabalho, e elaborar o
exemplos, o que se entende, juridicamente, por empregador. mapa de riscos, com a participação do maior número de trabalha-
dores, com assessoria do SESMT, onde houver;
Numa palavra: empregador é aquele que contrata força de tra- - elaborar plano de trabalho que possibilite a ação preventiva
balho através do regime celetista. na solução de problemas de segurança e saúde no trabalho;
O item 5.3 dispõe que as normas da NR5 aplicam-se, no que - participar da implementação e do controle da qualidade das
couber, aos trabalhadores avulsos e às entidades que lhes tomem medidas de prevenção necessárias, bem como da avaliação das
serviços, observadas as disposições estabelecidas em Normas Re- prioridades de ação nos locais de trabalho;
gulamentadoras de setores econômicos específicos. - realizar, periodicamente, verificações nos ambientes e condi-
ções de trabalho visando a identificação de situações que venham a
Sabemos que não existe vínculo empregatício, celetista, na re- trazer riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores;
lação de trabalho avulso. Sabemos, também, que as normas de SST, - realizar, a cada reunião, avaliação do cumprimento das metas
em regra, só se aplicam aos trabalhadores regidos pela Consolida- fixadas em seu plano de trabalho e discutir as situações de risco que
ção das Leis do Trabalho. foram identificadas;
- divulgar aos trabalhadores informações relativas à segurança
Entretanto, no caso específico da NR5, suas disposições, quan- e saúde no trabalho;
do não forem incompatíveis com as características do trabalho - participar, com o SESMT, onde houver, das discussões promo-
avulso, são plenamente aplicáveis a esta relação de trabalho. Fique vidas pelo empregador, para avaliar os impactos de alterações no
atento! ambiente e processo de trabalho relacionados à segurança e saúde
dos trabalhadores;
Parágrafo único – O Ministério do Trabalho regulamentará as - requerer ao SESMT, quando houver, ou ao empregador, a pa-
atribuições, a composição e o funcionamento das CIPA (s). ralisação de máquina ou setor onde considere haver risco grave e
iminente à segurança e saúde dos trabalhadores;
Art. 164 – Cada CIPA será composta de representantes da em-
presa e dos empregados, de acordo com os critérios que vierem a O mandato dos membros eleitos da CIPA terá a duração de 1
ser adotados na regulamentação de que trata o parágrafo único do (um) ano, permitida uma reeleição.
artigo anterior. O disposto no parágrafo anterior não se aplicará ao membro
suplente que, durante o seu mandato, tenha participado de menos
1º – Os representantes dos empregadores, titulares e suplen- da metade do número de reuniões da CIPA.
tes, serão por eles designados. Como as atividades da CIPA são permanentes, os seus mem-
2º – Os representantes dos empregados, titulares e suplentes, bros devem participar assiduamente, das reuniões.
serão eleitos em escrutínio secreto, do qual participem, indepen- O empregador designará, anualmente, dentre os seus repre-
dentemente de filiação sindical, exclusivamente os empregados sentantes, o Presidente da CIPA e os empregados elegerão, dentre
interessados. eles, o Vice–Presidente.
Escrutínio secreto significa votação secreta, sigilosa. Art. 165 – Os titulares da representação dos empregados nas
CIPA (s) não poderão sofrer despedida arbitrária, entendendo–se
Vejamos quais são as disposições específicas da NR5, acerca como tal a que não se fundar em motivo disciplinar, técnico, econô-
das atribuições e composição dos processos de higiene e seguran- mico ou financeiro.
ça do trabalho. Não abordaremos o funcionamento da CIPA, pois a
matéria foge do nosso estudo. Parágrafo único – Ocorrendo a despedida, caberá ao empre-
gador, em caso de reclamação à Justiça do Trabalho, comprovar a
5.6 A CIPA será composta de representantes do empregador e existência de qualquer dos motivos mencionados neste artigo, sob
dos empregados, de acordo com o dimensionamento previsto no pena de ser condenado a reintegrar o empregado.
Quadro I desta NR, ressalvadas as alterações disciplinadas em atos
normativos para setores econômicos específicos. Fatores que afetam a higiene e segurança do trabalho
Dadas as especificidades de algumas atividades profissionais
Semelhante ao que ocorre para o dimensionamento do SESMT, através da Higiene e Segurança do trabalho., as quais acarretam
a NR5 estabelece grupos de atividades, e os relaciona ao número de algum índice de perigosidade, é necessário que sobre as mesmas
empregados do estabelecimento, para fixar o número de membros incidam procedimentos de segurança para que as mesmas sejam
da CIPA. desempenhadas dentro de parâmetros de segurança para o traba-
lhador.
5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplen-
tes, serão por eles designados.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Nesse sentido, é necessário fazer desde logo um levantamento
dos fatores que podem contribuir para ocorrências de acidentes,
como sejam:

Máquinas e ferramentas;
Condições de organização;
Condições de ambiente físico, (iluminação, calor, frio, poeiras,
ruído).
Acidentes devido a Acções perigosas:
Falta de comprimento de ordens (não usar E.P.I);
Ligado à natureza do trabalho (Erros na armazenagem);

Nos métodos de trabalho (trabalhar a ritmo anormal, mano- Entre os Equipamentos de Proteção Individual os mais comuns
brar empilhadores inadequadamente, distrações, brincadeiras). são:
-Proteção da cabeça: capacete de segurança, capuz, balaclava,
Fundamentos de higiene e segurança do trabalho etc;
É preciso mudar os hábitos e as condições de trabalho para que -Proteção dos olhos e face: óculos de proteção, máscaras;
a higiene e a segurança no ambiente de trabalho se tornem satis- -Proteção auditiva: protetor auricular, abafadores de ruídos;
fatórios. -Proteção respiratória: respirador;
-Proteção do tronco: coletes;
Nessas mudanças se faz necessário resgatar o valor humano -Proteção dos membros superiores: luvas de segurança, bra-
através dos processos de higiene e segurança do trabalho. çadeiras;
-Proteção dos membros inferiores: calçados de segurança, cal-
Nesse contexto, a necessidade de reconhecimento pode ser ças.
frustrada pela organização quando ela não valoriza o desempenho.
NORMA REGULAMENTADORA 6 - NR 6
Por exemplo, quando a política de promoção é baseada nos EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
anos de serviço e não no mérito ou, então, quando a estrutura sa-
larial não oferece qualquer possibilidade de recompensa financeira
6.1Para os fins de aplicação desta Norma Regulamentadora -
por realização como os aumentos por mérito.
NR, considera-se Equipamento de Proteção Individual - EPI, todo
dispositivo ou produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador,
Se o ambiente enfatizar as relações distantes e impessoais en-
destinado à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança
tre os funcionários e se o contato social entre os mesmos for deses-
e a saúde no trabalho.
timulado, existirão menos chances de reconhecimento.
6.1.1Entende-se como Equipamento Conjugado de Proteção
Conforme Arroba e James (1988) uma maneira de reconhecer Individual, todo aquele composto por vários dispositivos, que o
os funcionários é admitir que eles têm outras preocupações além fabricante tenha associado contra um ou mais riscos que possam
do desempenho imediato de seu serviço. ocorrer simultaneamente e que sejam suscetíveis de ameaçar a se-
gurança e a saúde no trabalho.
Uma outra causa da falta de reconhecimento dos funcionários 6.2O equipamento de proteção individual, de fabricação nacio-
na organização são os estereótipos, pois seus julgamentos não são nal ou importado, só poderá ser posto à venda ou utilizado com a
baseados em evidências ou informações sobre a pessoa. indicação do Certificado de Aprovação - CA, expedido pelo órgão
nacional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho
A partir do momento que as pessoas fazem parte de uma orga- do Ministério do Trabalho e Emprego. (206.001-9 /I3)
nização podem obter reconhecimento positivo ou negativo. 6.3A empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuita-
mente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
Os grupos de trabalho, por exemplo, podem satisfazer ou frus- funcionamento, nas seguintes circunstâncias:
trar as necessidades de reconhecimento. a) sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam com-
pleta proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou de
Pois, a importância do reconhecimento pela higiene e seguran- doenças profissionais e do trabalho; (206.002-7/I4)
ça do trabalho é que a partir do momento que a organização está b) enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo
preocupada com a higiene e a segurança do trabalho, ele está sen- implantadas; e, (206.003-5 /I4)
do valorizado. c) para atender a situações de emergência. (206.004-3 /I4)
6.4Atendidas as peculiaridades de cada atividade profissional,
E quando os colaboradores percebem o fato de serem valori- e observado o disposto no item 6.3, o empregador deve fornecer
zados, reconhecidos isso os torna mais motivados para o trabalho. aos trabalhadores os EPI adequados, de acordo com o disposto no
(https://blog.softwareavaliacao.com.br/higiene-e-seguranca-do- ANEXO I desta NR.
-trabalho/) 6.4.1As solicitações para que os produtos que não estejam re-
lacionados no ANEXO I, desta NR, sejam considerados como EPI,
Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Uniforme bem como as propostas para reexame daqueles ora elencados, de-
EPI é todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalha- verão ser avaliadas por comissão tripartite a ser constituída pelo
dor, destinado a prevenir riscos que podem ameaçar a segurança e órgão nacional competente em matéria de segurança e saúde no
a saúde do trabalhador. Para ser comercializado, todo EPI deve ter trabalho, após ouvida a CTPP, sendo as conclusões submetidas
CA emitido pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), conforme àquele órgão do Ministério do Trabalho e Emprego para aprovação.
estabelecido na NR n° 6 do TEM (BRASIL, 2008).

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
6.5Compete ao Serviço Especializado em Engenharia de Segu- a) de 5 (cinco) anos, para aqueles equipamentos com laudos
rança e em Medicina do Trabalho - SESMT, ou a Comissão Interna de ensaio que não tenham sua conformidade avaliada no âmbito
de Prevenção de Acidentes - CIPA, nas empresas desobrigadas de do SINMETRO;
manter o SESMT, recomendar ao empregador o EPI adequado ao b) do prazo vinculado à avaliação da conformidade no âmbito
risco existente em determinada atividade. do SINMETRO, quando for o caso;
6.5.1Nas empresas desobrigadas de constituir CIPA, cabe ao c) de 2 (dois) anos, quando não existirem normas técnicas
designado, mediante orientação de profissional tecnicamente habi- nacionais ou internacionais, oficialmente reconhecidas, ou labo-
litado, recomendar o EPI adequado à proteção do trabalhador. ratório capacitado para realização dos ensaios, sendo que nesses
6.6Cabe ao empregador casos os EPI terão sua aprovação pelo órgão nacional competente
6.6.1Cabe ao empregador quanto ao EPI : em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante apresen-
a) adquirir o adequado ao risco de cada atividade; (206.005-1 tação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da especi-
/I3) ficação técnica de fabricação, podendo ser renovado até dezembro
b) exigir seu uso; (206.006-0 /I3) de 2007, quando se expirarão os prazos concedidos(Nova redação
c) fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão na- dada pela Portaria nº 194, de 22/12/2006 - DOU DE 28/12/2006)
cional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; d) de 2 (dois) anos, renováveis por igual período, para os EPI
(206.007-8/I3) desenvolvidos após a data da publicação desta NR, quando não
d) orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado, guar- existirem normas técnicas nacionais ou internacionais, oficialmen-
da e conservação; (206.008-6 /I3) te reconhecidas, ou laboratório capacitado para realização dos en-
e) substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado; saios, caso em que os EPI serão aprovados pelo órgão nacional com-
(206.009-4 /I3) petente em matéria de segurança e saúde no trabalho, mediante
f) responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica; apresentação e análise do Termo de Responsabilidade Técnica e da
e, (206.010-8 /I1) especificação técnica de fabricação.
g) comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada. 6.9.2O órgão nacional competente em matéria de segurança
(206.011-6 /I1) e saúde no trabalho, quando necessário e mediante justificativa,
h) registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser poderá estabelecer prazos diversos daqueles dispostos no subitem
adotados livros, fichas ou sistema eletrônico.(Inserida pela Portaria 6.9.1.
SIT n.º 107, de 25 de agosto de 2009) 6.9.3Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis e
6.7Cabe ao empregado bem visíveis, o nome comercial da empresa fabricante, o lote de
6.7.1Cabe ao empregado quanto ao EPI: fabricação e o número do CA, ou, no caso de EPI importado, o nome
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina; do importador, o lote de fabricação e o número do CA. (206.022-1/
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação; I1)
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne 6.9.3.1Na impossibilidade de cumprir o determinado no item
impróprio para uso; e, 6.9.3, o órgão nacional competente em matéria de segurança e saú-
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso ade- de no trabalho poderá autorizar forma alternativa de gravação, a
quado. ser proposta pelo fabricante ou importador, devendo esta constar
6.8Cabe ao fabricante e ao importador do CA.
6.8.1O fabricante nacional ou o importador deverá: 6.10Restauração, lavagem e higienização de EPI
a) cadastrar-se, segundo o ANEXO II, junto ao órgão nacio- 6.10.1Os EPI passíveis de restauração, lavagem e higienização,
nal competente em matéria de segurança e saúde no trabalho; serão definidos pela comissão tripartite constituída, na forma do
(206.012-4 /I1) disposto no item6.4.1, desta NR, devendo manter as características
b) solicitar a emissão do CA, conforme o ANEXO II; (206.013-2 de proteção original.
/I1) 6.11Da competência do Ministério do Trabalho e Emprego /
c) solicitar a renovação do CA, conforme o ANEXO II, quando TEM
vencido o prazo de validade estipulado pelo órgão nacional compe- 6.11.1Cabe ao órgão nacional competente em matéria de se-
tente em matéria de segurança e saúde do trabalho; (206.014-0 /I1) gurança e saúde no trabalho:
d) requerer novo CA, de acordo com o ANEXO II, quando houver a) cadastrar o fabricante ou importador de EPI;
alteração das especificações do equipamento aprovado; (206.015-9 b) receber e examinar a documentação para emitir ou renovar
/I1) o CA de EPI;
e) responsabilizar-se pela manutenção da qualidade do EPI que c) estabelecer, quando necessário, os regulamentos técnicos
deu origem ao Certificado de Aprovação - CA; (206.016-7 /I2) para ensaios de EPI;
f) comercializar ou colocar à venda somente o EPI, portador de d) emitir ou renovar o CA e o cadastro de fabricante ou impor-
CA; (206.017-5 /I3) tador;
g) comunicar ao órgão nacional competente em matéria de se- e) fiscalizar a qualidade do EPI;
gurança e saúde no trabalho quaisquer alterações dos dados cadas- f) suspender o cadastramento da empresa fabricante ou im-
trais fornecidos; (206.0118-3 /I1) portadora; e,
h) comercializar o EPI com instruções técnicas no idioma na-
g) cancelar o CA.
cional, orientando sua utilização, manutenção, restrição e demais
6.11.1.1Sempre que julgar necessário o órgão nacional compe-
referências ao seu uso; (206.019-1 /I1)
tente em matéria de segurança e saúde no trabalho, poderá requi-
i) fazer constar do EPI o número do lote de fabricação; e,
sitar amostras de EPI, identificadas com o nome do fabricante e o
(206.020-5 /I1)
número de referência, além de outros requisitos.
j) providenciar a avaliação da conformidade do EPI no âmbito
6.11.2Cabe ao órgão regional do MTE:
do SINMETRO, quando for o caso. (206.021-3 /I1)
a) fiscalizar e orientar quanto ao uso adequado e a qualidade
6.9Certificado de Aprovação - CA
6.9.1Para fins de comercialização o CA concedido aos EPI terá do EPI;
validade: b) recolher amostras de EPI; e,

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
c) aplicar, na sua esfera de competência, as penalidades cabí- b) protetor auditivo de inserção para proteção do sistema audi-
veis pelo descumprimento desta NR. tivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido na
6.12e Subitens (Revogados pela Portaria SIT n.º 125, de 12 de NR - 15, Anexos I e II;
novembro de 2009) c) protetor auditivo semi -auricular para proteção do sistema
auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido
ANEXO I na NR - 15, Anexos I e II.
LISTA DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
(Texto dado pela Portaria SIT n.º 25, de 15 de outubro de 2001) D - EPI PARA PROTEÇÃO RESPIRATÓRIA
D.1- Respirador purificador de ar
A - EPI PARA PROTEÇÃO DA CABEÇA a) respirador purificador de ar para proteção das vias respirató-
A.1- Capacete rias contra poeiras e névoas;
a) capacete de segurança para proteção contra impactos de ob- b) respirador purificador de ar para proteção das vias respirató-
jetos sobre o crânio; rias contra poeiras, névoas e fumos;
b) capacete de segurança para proteção contra choques elé- c) respirador purificador de ar para proteção das vias respirató-
tricos; rias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos;
c) capacete de segurança para proteção do crânio e face contra d) respirador purificador de ar para proteção das vias respira-
riscos provenientes de fontes geradoras de calor nos trabalhos de tórias contra vapores orgânicos ou gases ácidos em ambientes com
combate a incêndio. concentração inferior a 50 ppm (parte por milhão);
A.2- Capuz e) respirador purificador de ar para proteção das vias respirató-
a) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço con- rias contra gases emanados de produtos químicos;
tra riscos de origem térmica; f) respirador purificador de ar para proteção das vias respira-
b) capuz de segurança para proteção do crânio e pescoço con- tórias contra partículas e gases emanados de produtos químicos;
tra respingos de produtos químicos; g) respirador purificador de ar motorizado para proteção das
c) capuz de segurança para proteção do crânio em trabalhos vias respiratórias contra poeiras, névoas, fumos e radionuclídeos.
onde haja risco de contato com partes giratórias ou móveis de má- D.2- Respirador de adução de ar
quinas. a) respirador de adução de ar tipo linha de ar comprimido para
proteção das vias respiratórias em atmosferas com concentração
B - EPI PARA PROTEÇÃO DOS OLHOS E FACE Imediatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confi-
B.1- Óculos nados;
a) óculos de segurança para proteção dos olhos contra impac- b) máscara autônoma de circuito aberto ou fechado para pro-
tos de partículas volantes; teção das vias respiratórias em atmosferas com concentração Ime-
b) óculos de segurança para proteção dos olhos contra lumino- diatamente Perigosa à Vida e à Saúde e em ambientes confinados;
sidade intensa; D.3- Respirador de fuga
c) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação a) respirador de fuga para proteção das vias respiratórias con-
ultravioleta; tra agentes químicos em condições de escape de atmosferas Ime-
d) óculos de segurança para proteção dos olhos contra radiação diatamente Perigosa à Vida e à Saúde ou com concentração de oxi-
infravermelha; gênio menor que 18 % em volume.
e) óculos de segurança para proteção dos olhos contra respin-
gos de produtos químicos. E - EPI PARA PROTEÇÃO DO TRONCO
B.2- Protetor facial E.1- Vestimentas de segurança que ofereçam proteção ao tron-
a) protetor facial de segurança para proteção da face contra co contra riscos de origem térmica, mecânica, química, radioativa
impactos de partículas volantes; e meteorológica e umidade proveniente de operações com uso de
b) protetor facial de segurança para proteção da face contra água.
respingos de produtos químicos; e) vestimenta para proteção do tronco contra umidade prove-
c) protetor facial de segurança para proteção da face contra niente de precipitação pluviométrica.(Incluído pelaPortaria MTE nº
radiação infravermelha; 870/2017)
d) protetor facial de segurança para proteção dos olhos contra E.2Colete à prova de balas de uso permitido para vigilantes que
luminosidade intensa. trabalhem portando arma de fogo, para proteção do tronco contra
B.3- Máscara de Solda riscos de origem mecânica.(Incluído pelaPortaria MTE nº 191/2006)
a) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e
face contra impactos de partículas volantes; F - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS SUPERIORES
b) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e F.1- Luva
face contra radiação ultravioleta; a) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes
c) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e abrasivos e escoriantes;
face contra radiação infravermelha; b) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes
d) máscara de solda de segurança para proteção dos olhos e cortantes e perfurantes;
face contra luminosidade intensa. c) luva de segurança para proteção das mãos contra choques
elétricos;
C - EPI PARA PROTEÇÃO AUDITIVA d) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes
C.1- Protetor auditivo térmicos;
a) protetor auditivo circum-auricular para proteção do sistema e) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes
auditivo contra níveis de pressão sonora superiores ao estabelecido biológicos;
na NR - 15, Anexos I e II; f) luva de segurança para proteção das mãos contra agentes
químicos;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
g) luva de segurança para proteção das mãos contra vibrações;
h) luva de segurança para proteção das mãos contra radiações H - EPI PARA PROTEÇÃO DO CORPO INTEIRO
ionizantes. H.1- Macacão
F.2- Creme protetor a) macacão de segurança para proteção do tronco e membros
a) creme protetor de segurança para proteção dos membros superiores e inferiores contra chamas;
superiores contra agentes químicos, de acordo com a Portaria SSST b) macacão de segurança para proteção do tronco e membros
nº 26, de 29/12/1994. superiores e inferiores contra agentes térmicos;
F.3- Manga c) macacão de segurança para proteção do tronco e membros
a) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço superiores e inferiores contra respingos de produtos químicos;
contra choques elétricos; d) macacão para proteção do tronco e membros superiores e
b) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço inferiores contra umidade proveniente de precipitação pluviométri-
contra agentes abrasivos e escoriantes; ca.(Incluído pela Portaria MTE nº 870/2017)
c) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço H.2- Conjunto
contra agentes cortantes e perfurantes; a) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou ja-
d) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço queta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e
contra umidade proveniente de operações com uso de água; inferiores contra agentes térmicos;
e) manga de segurança para proteção do braço e do antebraço b) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou ja-
contra agentes térmicos. queta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e
F.4- Braçadeira inferiores contra respingos de produtos químicos;
a) braçadeira de segurança para proteção do antebraço contra c) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou jaque-
agentes cortantes. ta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e infe-
F.5- Dedeira riores contra umidade proveniente de operações com uso de água;
a) dedeira de segurança para proteção dos dedos contra agen- d) conjunto de segurança, formado por calça e blusão ou ja-
tes abrasivos e escoriantes. queta ou paletó, para proteção do tronco e membros superiores e
inferiores contra chamas.
G - EPI PARA PROTEÇÃO DOS MEMBROS INFERIORES H.3- Vestimenta de corpo inteiro
G.1- Calçado a) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo con-
a) calçado de segurança para proteção contra impactos de que- tra respingos de produtos químicos;
das de objetos sobre os artelhos; b) vestimenta de segurança para proteção de todo o corpo con-
b) calçado de segurança para proteção dos pés contra choques tra umidade proveniente de operações com água.
elétricos; c)vestimenta condutiva de segurança para proteção de todo o
c) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes corpo contra choques elétricos.(Incluída pela Portaria SIT n.º 108,
térmicos; de 30 de dezembro de 2004)
d) calçado de segurança para proteção dos pés contra agentes d) vestimenta para proteção de todo o corpo contra umidade
cortantes e escoriantes; proveniente de precipitação pluviométrica.(Incluída pela Portaria
e) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra MTE nº 870/2017)
umidade proveniente de operações com uso de água;
f) calçado de segurança para proteção dos pés e pernas contra I - EPI PARA PROTEÇÃO CONTRA QUEDAS COM DIFERENÇA DE
respingos de produtos químicos. NÍVEL
G.2- Meia I.1- Dispositivo trava-queda
a) meia de segurança para proteção dos pés contra baixas tem- a) dispositivo trava-queda de segurança para proteção do usuá-
peraturas. rio contra quedas em operações com movimentação vertical ou ho-
G.3- Perneira rizontal, quando utilizado com cinturão de segurança para proteção
a) perneira de segurança para proteção da perna contra agen- contra quedas.
tes abrasivos e escoriantes; I.2- Cinturão
b) perneira de segurança para proteção da perna contra agen- a) cinturão de segurança para proteção do usuário contra riscos
tes térmicos; de queda em trabalhos em altura;
c) perneira de segurança para proteção da perna contra respin- b) cinturão de segurança para proteção do usuário contra ris-
gos de produtos químicos; cos de queda no posicionamento em trabalhos em altura.
d) perneira de segurança para proteção da perna contra agen-
tes cortantes e perfurantes;
Nota: O presente Anexo poderá ser alterado por portaria espe-
e) perneira de segurança para proteção da perna contra umida-
cífica a ser expedida pelo órgão nacional competente em matéria
de proveniente de operações com uso de água.
de segurança e saúde no trabalho, após observado o disposto no
G.4- Calça
subitem6.4.1.
a) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes
abrasivos e escoriantes;
ANEXO II
b) calça de segurança para proteção das pernas contra respin-
gos de produtos químicos; (TEXTO DADO PELA PORTARIA SIT N.º 25, DE 15 DE OUTUBRO
c) calça de segurança para proteção das pernas contra agentes DE 2001)
térmicos;
d) calça de segurança para proteção das pernas contra umida- 1.1 - O cadastramento das empresas fabricantes ou impor-
de proveniente de operações com uso de água. tadoras, será feito mediante a apresentação de formulário único,
e) calça para proteção das pernas contra umidade provenien- conforme o modelo disposto no ANEXO III, desta NR, devidamente
te de precipitação pluviométrica.(Incluída pelaPortaria MTE nº preenchido e acompanhado de requerimento dirigido ao órgão na-
870/2017) cional competente em matéria de segurança e saúde no trabalho.

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
1.2 - Para obter o CA, o fabricante nacional ou o importador, b) Cópia autenticada do Contrato Social onde conste dentre os
deverá requerer junto ao órgão nacional competente em matéria objetivos sociais da empresa, a fabricação e/ou importação de EPI.
de segurança e saúde no trabalho a aprovação do EPI. Nota: As declarações anteriormente prestadas são de inteira
1.3 - O requerimento para aprovação do EPI de fabricação na- responsabilidade do fabricante ou importador, passíveis de verifica-
cional ou importado deverá ser formulado, solicitando a emissão ou ção e eventuais penalidades, facultadas em Lei.
renovação do CA e instruído com os seguintes documentos: _________________,_____ de ____________ de ______
a) memorial descritivo do EPI, incluindo o correspondente en- _______________________________________________
quadramento no ANEXO I desta NR, suas características técnicas, Diretor ou Representante Legal
materiais empregados na sua fabricação, uso a que se destina e
suas restrições; EPC é a sigla para Equipamento de Proteção Coletiva e serve
b) cópia autenticada do relatório de ensaio, emitido por labora- para garantir a saúde dos trabalhadores nas empresas.
tório credenciado pelo órgão competente em matéria de segurança
e saúde no trabalho ou do documento que comprove que o produto O trabalhador merece toda a proteção obrigatória para poder
teve sua conformidade avaliada no âmbito do SINMETRO, ou, ain- fazer suas atividades com tranquilidade e produzir com eficácia. Os
da, no caso de não haver laboratório credenciado capaz de elaborar Equipamentos de Proteção Coletiva são uma ferramenta muito im-
o relatório de ensaio, do Termo de Responsabilidade Técnica, assi- portante para evitar acidentes de trabalho e garantir a saúde de
nado pelo fabricante ou importador, e por um técnico registrado todos os funcionários.
em Conselho Regional da Categoria;
c) cópia autenticada e atualizada do comprovante de localiza- Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC são dispositivos
ção do estabelecimento, e, e sistemas que auxiliam na segurança do trabalhador dentro do lo-
d) cópia autenticada do certificado de origem e declaração do cal da empresa. Eles protegem de forma geral, atingindo todos os
fabricante estrangeiro autorizando o importador ou o fabricante funcionários.
nacional a comercializar o produto no Brasil, quando se tratar de O EPC ajuda a manter todos os profissionais saudáveis e orien-
EPI importado. tados sobre as medidas de segurança.

ANEXO III
(TEXTO DADO PELA PORTARIA SIT N.º 25, DE 15 DE OUTUBRO
DE 2001)

MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO

SECRETARIA DE INSPEÇÃO DO TRABALHO

DEPARTAMENTO DE SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO


Quais são os EPC’s?
FORMULÁRIO ÚNICO PARA CADASTRAMENTO DE EMPRESA Existem diversos tipos de EPC e eles variam de acordo com o
FABRICANTE OU IMPORTADORA DE EQUIPAMENTO DE PRO- tipo de trabalho que é exercido. Mas, podemos citar alguns exem-
TEÇÃO INDIVIDUAL plos para facilitar seu entendimento, como sinalização em máqui-
nas, sinalização nos corredores de risco, proteção de partes das
- Identificação do fabricante ou importador de EPI: máquinas que podem se mover, escadas com corrimão e capelas
Fabricante:Importador:Fabricante e Importador: químicas são alguns deles.
Razão Social: Dentre os Equipamentos de Proteção Coletiva mais comuns
Nome Fantasia:CNPJ/MF: estão:
Inscrição Estadual - IE:Inscri ção Municipal - IM: -Placas de Sinalização;
Endereço:Bairro:CEP: -Sensores de presença;
Cidade:Estado: -Cavaletes;
Telefone: Fax: -Fita de Sinalização;
E-Mail:Ramo de Atividade: -Chuveiro Lava-Olhos;
CNAE (Fabricante):CCI da SRF/MF (Importador): -Sistema de Ventilação e Exaustão;
-Proteção contra ruídos e vibrações;
2 - Responsável perante o DSST / SIT:a) Diretores: -Sistema de Iluminação de Emergência.
Nome N.º da Identidade Cargo na Empresa
1 Vantagens dos EPC’s
2 Os Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC auxiliam na dimi-
3 nuição de acidentes, já que mantém os colaboradores protegidos
b) Departamento Técnico: quanto aos mesmos. Eles ajudam a melhorar as condições de tra-
Nome Nº do Registro Prof.Conselho Prof./Estado balho, possuem um custo menor do que os protetores individuais e
1 ainda ajudam a aumentar a produtividade da empresa. Isso porque
2 um funcionário saudável, seguro e satisfeito só rende mais.
3 - Lista de EPI fabricados: Outra vantagem desse tipo de equipamento é que ele ajuda a
4 - Observações: proteger não só os colaboradores, mas também toda pessoa que
a) Este formulário único deverá ser preenchido e atualizado, visita a fábrica da empresa e não precisa ser trocado com tanta fre-
sempre que houver alteração, acompanhado de requerimento ao quência já que sua durabilidade é maior.
DSST / SIT / MTE;

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Qual a importância do EPC? seu foco. Por isso, defina seus alvos de curto, médio e longo prazo
O Brasil se encontrou em um dos primeiros lugares entre os (Promoção, contratação, liderança) e dedique-se ao desenvolvi-
países com maior número de acidentes de trabalho. Depois da di- mento de sua carreira.
vulgação desse dado, as coisas começaram a mudar, mesmo que
ligeiramente, e os Equipamentos de Proteção Coletiva estão aí para 3. Respeite os Horários
ajudar a mudar isso. Se os horários são iguais para todos, por que você acha que
O seu uso ajuda a diminuir expressivamente o número de aci- pode sempre chegar atrasado ao trabalho? Se você precisa dormir
dentes, isso porque eles orientam e proteger o trabalhador durante mais um pouco, experimente deitar-se mais cedo e se leva muito
todo o expediente. tempo para acordar, se arrumar e chegar à empresa; recalcule sua
Por mais diferente que pareça, o uso dos equipamentos de rota e trace uma estratégia para chegar pelo menos 10 minutos an-
proteção ajudam a manter o colaborador motivado, porque ele se tes no trabalho. “Presença é estar presente”, lembre-se disso e não
sente seguro para trabalhar e sabe que a empresa se importa com perca mais tempo.
sua saúde.
4. Respeite a Hierarquia
E as empresas que não usam EPC? Disciplina não é apenas respeitar processos, mas também as
O descumprimento da norma que regulamenta a segurança do pessoas que o compõem. Se o seu chefe te alerta, várias vezes, so-
trabalhador gera multas para o empregador. Essas multas vão ser bre o desrespeito aos horários e aos prazos de entrega das deman-
de pelo menos, o descumprimento da regra obrigatória. Além dis- das e você, continua a fazer tudo igual, cuidado; você também está
so, se ocorrer algum acidente, a empresa pode ser responsabilizada sendo indisciplinado. Além de se tornar um “problema” e um mau
pelo ocorrido. exemplo, agindo assim, você, certamente, está correndo grandes
Se você trabalha em uma empresa que não oferece os equi- riscos de ser demitido.
pamentos de segurança obrigatórios, é possível fazer denúncias ao
Ministério do Trabalho ou ao sindicado da sua categoria para resol- 5. Respeite os Prazos
ver. Dentro da própria empresa é possível também conversar com a Numa empresa o trabalho de todos é interligado, ou seja, pre-
CIPA ou o SESMT para regulamentação. cisamos uns dos outros para realizar os projetos e colocar as ações
em prática. Quando você deixa de fazer suas tarefas ou atrasa um
Qual a diferença entre EPC e EPI? prazo, consequentemente, atrasa o trabalho de outra pessoa e os
O significado de EPI é Equipamento de Proteção Individual, resultados como um todo. Fique atento a isso, aumente seu grau de
portanto, a diferença entre EPI e EPC é que o EPI são dispositivos comprometimento e busque entregar suas demandas nos prazos
que protegem cada colaborador separadamente, diferente do que ou até mesmo antes do combinado.
protege coletivamente. Ainda, os equipamentos coletivos podem
ser também sistemas e formas de proteger os colaboradores em 6. Gerencie seu Tempo
geral. Quanto melhor eu administro meu tempo, pessoal e profissio-
nal, olhe só, mais tempo eu tenho para me dedicar ao meu traba-
lho, entregar minhas tarefas dentro dos prazos, chegar na hora cor-
reta, me relacionar positivamente com seus superiores e colegas e
IMPORTÂNCIA DA DISCIPLINA NO TRABALHO ter uma vida privada mais equilibrada e feliz.

Sem disciplina,o profissional tende a se perder no caminho e 7. Concentre-se no Trabalho


com isso, ter dificuldades causadas pela falta de foco – que pode O foco faz par perfeito com a disciplina. Por isso, evite distra-
soar até mesmo como falta de respeito às regras e normas estabe- ções, como conversas e bate-papos no celular. Se concentre em
lecidas em sua empresa. Se você se identificou com esta situação, suas tarefas, projetos, prazos e demandas e, ao começar suas ativi-
talvez possa acreditar que não exista solução para isso. Mas, existe! dades, busque sempre terminá-las por completo.
E para evitar que isso interfira em sua vida profissional e também
pessoal, trouxe 10 dicas para ter disciplina. Continue lendo e inspi- 8. Cuidado com as Redes Sociais
re-se nelas. As redes sociais são um dos maiores elementos de distração
do trabalho na atualidade, por isso, escolha os momentos certos
10 Dicas Para Ter Mais Disciplina no Trabalho (intervalo de almoço) para se conectar e concentre-se nos detalhes
Antes de citar as dicas que te deixarão mais disciplinado no de seu trabalho, em propor novas ideias, soluções e entregar o seu
ambiente de trabalho, é importante destacar que estas dicas são melhor. Esta disciplina e comprometimento com os resultados é um
aplicáveis em todas as áreas profissionais. Pronta para começar ser dos diferenciais dos profissionais de sucesso. Pense nisso!
um profissional mais disciplinado?    
9. Identifique as Causas da Indisciplina
1. Mude seu Mindset Será que você está no emprego certo e fazendo algo que real-
Para você ser mais disciplinado no trabalho a mudança deve vir mente de deixa feliz e motiva profissionalmente? Às vezes, a indisci-
de dentro, ou seja, partir de uma ressignificação das crenças negati- plina pode indicar não a falta de comprometimento do profissional,
vas que fazem com que você, repetidamente, infrinja as regras, bur- mas sim, ressaltar a sua falta de identificação com o trabalho e as
le as normas e cometa falhas disciplinares em seu emprego. Avalie tarefas que o colaborador tem que desempenhar diariamente na
o quanto isso tem prejudicado sua imagem profissional e suas chan- empresa. Se este é o seu caso, sugiro que avalie seus objetivos e
ces de crescimento e mude já! desejos profissionais, descubra o que te faz feliz, o que te motiva e
anima e, se preciso, invista numa mudança na carreira.
2. Defina seus Objetivos na Carreira
Ter clareza de onde quer chegar é um ponto importante e um
motivador a mais da disciplina. Quando o profissional tem claros os
seus objetivos e metas, nada nem ninguém, consegue desviá-lo de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
10. Invista em Coaching As novas exigências
Se você sente dificuldades em autodisciplinar-se no trabalho e Aqueles que pretendem ingressar no mercado de trabalho já
na vida, já tentou, mas não consegue mudar sozinho seu mindset devem ter escutado de professores, pais ou pessoas mais experien-
e os suas atitudes, invista num processo de Coaching e tenha todo tes que “a concorrência está cada vez mais acirrada” e que “é pre-
o suporte necessário para vencer crenças limitantes, identificar e ciso se preparar”, e os recém-chegados ao mundo corporativo já
eliminar as fontes de indisciplina e desenvolver padrões de compor- podem ter constatado esse fato. Mas o que isso significa na prática?
tamentos mais positivos em relação a regras. Há quem ache que “se preparar” está diretamente ligado à es-
Ficou curioso para saber como o Coaching pode lhe ajudar? Co- colha do curso superior e ao desempenho na faculdade, mas não
nheça a formação Professional & Coaching – PSC e descubra a infi- é de todo verdade: isso é o primeiro passo, mas não garante uma
nidades de possibilidades de evolução que está fantástica metodo- vaga no mercado. Dia após dia, surgem novas tecnologias e formas
logia de desenvolvimento humano pode trazer à sua vida. Conheça de se executar melhor uma tarefa e, com elas, relações de trabalho
o PSC e elimine a indisciplina do seu caminho de uma vez por todas. que exigem uma nova postura profissional — a de desenvolver as
Espero que estas dicas possam contribuir de maneira verdadei- “habilidades” necessárias para enfrentar os desafios propostos. Na
ramente poderosa com o seu processo de disciplina, querida pes- verdade, algumas dessas habilidades só ganharam destaque recen-
soa. Que ele faça a diferença em sua carreira profissional. Agora, temente, enquanto outras apenas mudaram de foco, atualizando-
me conte: como você lida com a disciplina? Você se considera um -se. Vejamos algumas delas:
profissional disciplinado? Utilize o espaço abaixo para contar a sua  Seja parceiro da educação. Uma boa postura profissio-
experiência e também a sua opinião sobre este assunto. Se você nal exige uma boa educação, ou seja, respeitar os demais, saber
acredita que este conteúdo poderá ajudar outras pessoas da mes- se comportar em público, honrar os compromissos e prezar pela
ma maneira que ajudou você, curta e compartilhe em suas redes organização no ambiente de trabalho.
sociais.  Mantenha sempre uma boa aparência. Não é necessário
estar sempre elegante, pois uma boa aparência significa saber usar
Fonte: https://www.jrmcoaching.com.br/blog/10-dicas-para-ter-disci- a roupa certa no lugar certo. Devemos saber nos vestir de acordo
plina-no-trabalho/ com que o local de trabalho nos solicita, sabendo sempre o que é
certo e o que é errado para cada ambiente.
A postura profissional  Cumprir todas as tarefas. Isso não é somente uma ques-
É o comportamento adequado dentro das organizações, na tão de bom senso, mas também uma questão de comprometimen-
qual busca seguir os valores da empresa para um resultado positivo. to profissional. Desenvolver as tarefas que lhe são atribuídas é um
ponto positivo que acaba também sendo avaliado por gestores do
A importância da qualidade colaborador.
As mudanças no mundo, em geral, estão cada vez mais contí-  Ser pontual. Faça o seu trabalho de maneira correta e
nuas aceleradas e, principalmente, diversificadas. Isso se deve ao cumpra os horários planejados, mantendo sempre a pontualidade
fenômeno da globalização, aos avanços tecnológicos, à preocupa- para os compromissos marcados.
ção com a saúde e o meio ambiente, entre outros fatores.  Respeitar os demais colegas de trabalho. Não é neces-
Tanto os profissionais como as empresas precisam adequar seu sário ter estima por todos os colegas de trabalho, mas respeitá-lo
perfil para atender a essas novas mudanças, inclusive se ajustando é uma obrigação. Não apenas no ambiente de trabalho, mas em
às exigências do mercado, cada vez maiores. Para superar os no- demais situações cotidianas. Por isso, respeitar as diferenças e os
vos desafios impostos pela realidade e atender às expectativas dos limites no relacionamento com os outros é fundamental.
clientes, as empresas precisam de profissionais competentes e que  Aceitar opiniões. É importante saber escutar, opinar e
realizem suas atividades com qualidade. aceitar opiniões diferentes, pois essa atitude acaba levando as pes-
Mas, afinal, o que é qualidade? Qualidade, na linguagem cor- soas a também entenderem o seu ponto de vista, sem que este seja
porativa, é uma das condições para se ter sucesso e, hoje em dia, imposto ao demais.
significa um dos diferenciais competitivos mais importantes. Ou  Autocrítica e interesse. Ao ter uma preocupação constan-
seja, é um conjunto de características que distinguem, de forma po- te em melhorar, dificilmente se terá problemas com relação a pos-
sitiva, um profissional ou uma empresa dos demais e que agregam tura profissional, pois essa preocupação constante em melhorar é
valor ao seu trabalho. um ponto que leva a melhoria contínua nas carreiras profissionais.
Para se manter competitivo no mercado e ter um diferencial, o  Espera-se que todo profissional tenha um preparo básico,
profissional precisa realizar suas atividades corretamente. Apenas mas o novo profissional deve demonstrar também esforço e inte-
a qualidade técnica, porém, não assegura o lugar no mercado. O resse incansáveis para aprender.
grande desafio do profissional de qualquer área de atuação é saber  É necessário ter um ânimo permanente, disposição para
se relacionar bem (tratar as pessoas adequadamente, mostrar-se o trabalho e para correr atrás do que se quer.
disponível e acessível, ser gentil), ter um comportamento compa-  O profissional de hoje deve demonstrar disponibilidade e
tível com as regras e valores da empresa e se comunicar bem (se boa administração do seu tempo e das suas tarefas.
fazer entender pelos outros, escrever bem, saber ouvir).  Muitas organizações começam a mostrar interesse em in-
Por fim, vale ressaltar: estamos falando de um conceito dinâmi- vestir na capacitação de seus funcionários, mas, para isso, é preciso
co, ou seja, cada empresa tem o seu. Fique atento: o que representa uma sólida relação de confiança mútua.
qualidade para uma empresa não necessariamente o é para outra.  A ética é fundamental no trabalho. Sem seriedade, nenhu-
Portanto, ao iniciar qualquer experiência profissional, procure en- ma relação profissional pode dar certo.
tender quais são as competências valorizadas naquele ambiente de
trabalho. Investir nelas é o primeiro passo para realizar suas tarefas Há, ainda, outras características que certamente podem contar
com qualidade. pontos positivos na hora da contratação ou mesmo na convivência
diária no ambiente de trabalho: uma boa rede de contatos; per-
sistência (uma vez que a vontade, por si só, às vezes não basta);
cuidado com a aparência; assiduidade e pontualidade. A Conexão

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Profissional, na terceira edição da série Desafios para se tornar um Essa habilidade comunicacional, porém, na maioria das empre-
bom profissional, trata de mais um dos desafios dos recém-chega- sas, ainda não faz parte da job-description de um executivo. É ainda
dos ao mundo corporativo: a atenção aos processos e às rotinas nas uma reserva do profissional de comunicação, embora devesse ser
organizações. encarada como responsabilidade de todos, em todos os níveis.
Ao integrar uma equipe de trabalho, um dos primeiros passos O desenvolvimento dessa habilidade pressupõe, antes de tudo,
a serem dados é procurar compreender a rotina da organização. saber ouvir e lidar com a diferença. É preciso lembrar: sempre ape-
Ter uma visão global das atividades que a organização desenvolve é nas metade da mensagem pertence a quem a emite, a outra me-
indispensável para um bom desempenho e, principalmente, para a tade é de quem a escuta e a processa. Lasswell já dizia que quem
conquista da autonomia. Para tanto, é fundamental atenção contí- decodifica a mensagem é aquele que a recebe, por isso a necessi-
nua aos processos. Com isso, você pode compreender o seu papel dade de se ajustarem os signos e códigos ao repertório de quem vai
na equipe e na organização, além de entender como os setores in- processá-los.
teragem e qual a função e inter-relação de cada um, considerando Pode-se afirmar, ainda, que as bases para a construção de um
o conjunto. ambiente propício à criatividade, à inovação e à aprendizagem es-
Conhecer a rotina de sua equipe e da empresa permite otimizar tão na autoestima, na empatia e na afetividade. Sem esses elemen-
e sistematizar suas atividades. Além disso, você pode administrar tos, não se estabelece a comunicação nem o entendimento. Embo-
ra durante o texto tenhamos exposto inúmeros obstáculos para o
melhor o seu tempo, identificar e solucionar eventuais problemas
advento dessa nova realidade e que poderiam nos levar a acreditar,
com mais agilidade, bem como propor alternativas para aprimorar a
tal qual Luhman (1992), na improbabilidade da comunicação, acre-
qualidade do trabalho, sempre com o foco nos resultados.
ditamos que essa é uma utopia pela qual vale a pena lutar.
Sem a compreensão dos processos, é menos provável perceber
Mas é preciso ter cuidado. Esse ambiente de mudanças, que
o seu papel na organização. Resultado: mais desperdício, menos
traz consigo uma radical mudança no processo de troca de infor-
produtividade. Evite sempre trabalhar no “piloto automático”. Isso
mações nas organizações e afeta, também, todo um sistema de
pode acarretar retrabalho, gasto desnecessário de energia e recur-
comunicação baseado no paradigma da transmissão controlada de
sos, não-cumprimento de prazos, burocratização e baixa competiti-
informações, favorece o surgimento e a atuação do que chamo de
vidade. Em síntese: prejuízo para você e para a empresa.
novos Messias da comunicação, que prometem internalizarem nas
Portanto, para satisfazer às exigências do mercado, é cada vez
pessoas os novos objetivos e conceitos, estimularem a motivação e
mais importante possuir uma visão global do ambiente de trabalho.
o comprometimento à nova ordem de coisas, organizarem rituais
Conhecer a rotina da organização e manter atenção aos processos
de passagem em que se dá outro sentido aos valores abandonados
só trazem ganhos para ambas as partes: para o profissional, maior
e introduz-se o novo.
competitividade e possibilidade de agilizar soluções e, para a em-
Hoje, não é raro encontrar-se nos corredores das organizações
presa, equipes mais integradas e que falam a mesma língua. Para o
profissionais da mudança cultural, agentes da nova ordem, verda-
conjunto, melhores resultados.1
deiros profetas munidos de fórmulas infalíveis, de cartilhas ilumi-
nistas, capazes de minar resistências e viabilizar uma nova cultura e
A aprendizagem, como já vimos, pressupõe uma busca criativa
que se autodenominam reengenheiros da cultura.
da inovação, ao mesmo tempo em que lida com a memória organi-
Esses profissionais se aproveitam da constatação de que a co-
zacional e a reconstrói. Pressupõe, também, motivação para apren-
municação é, sim, instrumento essencial da mudança, mas se es-
der. E motivação só é possível se as pessoas se identificam e con-
quecem de que o que transforma e qualifica é o diálogo, a expe-
sideram nobres as missões organizacionais e se orgulham de fazer
riência vivida e praticada, e não a simples transmissão unilateral de
parte e de lutar pelos objetivos. Se há uma sensação de que é bom
conceitos, frases feitas e fórmulas acabadas tão próprias da chama-
trabalhar com essa empresa, pode-se vislumbrar um crescimento
da educação bancária descrita por Paulo Freire.
conjunto e ilimitado. Se há ética e confiança nessa relação, se não
E a viabilização do diálogo e da participação tem de ser uma po-
há medos e se há valorização à livre troca de experiências e saberes.
lítica de comunicação e de RH. A construção e a viabilização dessa
Nesse aspecto, é possível perceber que a comunicação organi-
política é, desde já, um desafio aos estrategistas de RH e de comuni-
zacional pode se constituir numa instância da aprendizagem pois,
cação, como forma de criar o tal ambiente criativo a que Ricarte de
se praticada com ética, pode provocar uma tendência favorável à
referiu e viabilizar, assim, a construção da organização qualificante,
participação dos trabalhadores, dar maior sentido ao trabalho, fa-
capaz de enfrentar os desafios constantes de um mundo em muta-
vorecer a credibilidade da direção (desde que seja transparente),
ção, incerto e inseguro.
fomentar a responsabilidade e aumentar as possibilidades de me-
Em Sociologia, um grupo é um sistema de relações sociais, de
lhoria da organização ao favorecer o pensamento criativo entre os
interações recorrentes entre pessoas. Também pode ser definido
empregados para solucionar os problemas da empresa (Ricarte,
como uma coleção de várias pessoas que compartilham certas ca-
1996).
racterísticas, interajam uns com os outros, aceitem direitos e obri-
Para Ricarte, um dos grandes desafios das próximas décadas
gações como sócios do grupo e compartilhem uma identidade co-
será fazer da criatividade o principal foco de gestão de todas as em-
mum — para haver um grupo social, é preciso que os indivíduos se
presas, pois o único caminho para tornar uma empresa competitiva
percebam de alguma forma afiliados ao grupo.
é a geração de ideias criativas; a única forma de gerar ideias é atrair
Segundo COSTA (2002), o grupo surgiu pela necessidade de
para a empresa pessoas criativas; e a melhor maneira de atrair e
o homem viver em contato com os outros homens. Nesta relação
manter pessoas criativas é proporcionando-lhes um ambiente ade-
homem-homem, vários fenômenos estão presentes; comunicação,
quado para trabalhar.
percepção, afeição liderança, integração, normas e outros. À medi-
Esse ambiente adequado pressupõe liberdade e competência
da que nós nos observamos na relação eu-outro surge uma ampli-
para comunicar. Hoje, uma das principais exigências para o exercício
tude de caminhos para nosso conhecimento e orientação.
da função gerencial é certamente a habilidade comunicacional. As
Cada um passa a ser um espelho que reflete atitudes e dá re-
outras habilidades seriam a predisposição para a mudança e para a
torno ao outro, através do feedback.
inovação; a busca do equilíbrio entre a flexibilidade e a ética, a de-
Para encontrarmos maior crescimento, a disponibilidade em
sordem e a incerteza; a capacidade permanente de aprendizagem;
aprender se faz necessária. Só aprendemos aquilo que queremos
saber fazer e saber ser.
e quando queremos.
1 Por Rozilane Mendonça

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Nas relações humanas, nada é mais importante do que nossa As substâncias corrosivas são aquelas que ao entrar em contato
motivação em estar com outro, participar na coordenação de cami- com um material ou objeto, destroem ou danificam ele através de
nhos ou metas a alcançar. uma reação química. Esse símbolo apresenta a sigla ‘’C’’.
Um fato merecedor de nossa atenção é que o homem necessi- Causam corrosão em objetos inanimados ou queimaduras em
ta viver com outros homens, pela sua própria natureza social, mas tecidos vivos, por exemplo. Simboliza destruição e deterioração.
ainda não se harmonizou nessa relação. Alguns ácidos quando são inalados também podem prejudicar o
Lewin (1965) considerou o grupo como o terreno sobre o qual sistema respiratório.
o indivíduo se sustenta e se satisfaz. Um instrumento para satis- Exemplos de substâncias corrosivas: Ácido Sulfúrico e Ácido
fação das necessidades físicas, econômicas, políticas, sociais, etc.·. Fluorídrico.

3. Inflamável
SIMBOLOGIA DOS PRODUTOS QUÍMICOS E DE PERIGO

Símbolos de Perigo Químico ou Alerta


Os símbolos de perigo químico são pictogramas colocados em
produtos químicos, venenos, substâncias inflamáveis e radioativas,
já os símbolos de alertas são usados como placas ou sinalização de
estradas, porém todos servem de alerta universal.
Todos simbolizam perigo e a possibilidade de morte. Podem ter
fundos com cores diferentes e terem sido modificados ao decorrer
dos anos, mas foram criados justamente como pictogramas para
que todas as pessoas de idiomas diversos possam reconhecê-los.

1. Explosivo

Os materiais combustíveis e inflamáveis estão nessa categoria.


Os primeiros são substâncias que sofrem combustão ao entrar em
contato com o ar e os segundos são produtos que ao entrar em
contato com a temperatura ambiente ficam em chamas.
Essa figura pode simbolizar perigo de incêndios, explosões ou
queimaduras graves. Os produtos que estão nessa categoria são,
por exemplo, gasolina, etanol e acetona.
Esse símbolo apresenta a letra ‘’F’’ como sigla.

4. Tóxico

Esse símbolo apresenta a sigla ‘’E’’ e representa objetos ou ma-


teriais que possuem substâncias instáveis, ou seja, elementos com
uma grande quantidade de energia, que se sujeitos à luz, ao calor,
ao som ou à pressão produzem uma explosão.
Simboliza instabilidade e degradação. Os primeiros povos que
utilizaram explosivos para a guerra foram os chineses.
Eles construíram uma espécie de foguetes de bambu com pól-
vora para assustar os seus inimigos e a cavalaria deles.
Exemplos de materiais explosivos: Pólvora, Dinamite, TNT, Ni-
troglicerina, entre outros.

2. Corrosivo

O símbolo tóxico é composto por uma caveira com ossos cru-


zados e representa ameaça e substâncias venenosas. Ele apresenta
a sigla ‘’T’’.
Essa figura passou a ser usada em rótulos de frascos de veneno,
de substâncias venenosas e de produtos químicos perigosos a partir
de 1850, depois que o Estado de Nova Iorque validou uma lei, em
1829, que obrigava que esses produtos apresentassem rotulagem.
Essas substâncias ao entrar em contato com o ser humano atra-
vés da inalação, ingestão ou contato, podem causar queimaduras,
intoxicação e em alguns casos morte.

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Exemplos de produtos tóxicos: Amônia e Dissulfeto de Carbo- 7. Radiação Ionizante
no.

5. Sinal de Atenção

Esse tipo de radiação é composta por ondas eletromagnéticas


que apresentam energia suficiente para fazer com que os elétrons
se desprendam dos átomos e das moléculas, ionizando esses dois.
Esse sinal é uma indicação de algum potencial perigo, como um Essa figura simboliza um grande risco à saúde.
obstáculo ou alguma obra que está sendo feita e as pessoas preci- Os exemplos mais conhecidos dessa radiação são os raios X,
sam prestar mais atenção. usados para fins medicinais, além das radiações alfa (α), beta (β) e
Essa figura simboliza problema e atenção. Pode ser posto para gama (γ).
sinalizar alguma obra ou obstáculo no trânsito e até mesmo para No sentido mais geral a exposição à radiação ionizante pode ser
pedestres. letal para o ser humano. Dependendo do tipo, pode causar o mau
funcionamento ou morte das células, além da grande possibilidade
6. Alta-Tensão de aparecimento de câncer após anos ou décadas.
Exemplos de elementos naturais radioativos: Urânio, Rádio e
Tório.

8. Radiação Não-Ionizante

O símbolo que é usado para representar a alta-tensão tem cor-


relação com a energia elétrica e com a alta voltagem que ela produz
em certas situações, que ao entrar em contato com o ser humano
pode causar ferimentos graves, ataque cardíaco, queimaduras e Ao contrário da radiação ionizante, a não-ionizante não possui
morte. A figura simboliza eletrocussão. força suficiente para desprender os elétrons dos átomos e das mo-
A alta voltagem é normalmente utilizada para aplicações in- léculas, somente apresenta força para excitá-los, por conta disso é
dustriais, militares e científicas. É dito que uma certa transmissão uma radiação de baixa frequência e energia.
de energia tem alta potência quando apresenta uma voltagem de Os exemplos de materiais que emitem esse tipo de radiação
cerca de 35.000 volts. são as ondas de rádio, telefones celulares, micro-ondas, redes wi-fi,
entre outros. Essa figura simboliza um perigo menor.
Os efeitos causados por esse tipo de radiação nos seres huma-
nos ainda são bastante estudados, alguns especialistas a conside-
ram possivelmente causadora de câncer a longo prazo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
9. Risco Biológico

Esse símbolo se refere à substâncias biológicas que apresentam riscos à saúde dos organismos vivos, em especial dos seres humanos.
Esse símbolo foi criado por Charles Baldwin, em 1966, para indicar todos os perigos biológicos.
Os exemplos dessas substâncias são frascos que contêm algum tipo de micro-organismo, vírus ou toxina, por isso a figura é posta em
lixos hospitalares. Simboliza um risco para o meio ambiente e seres vivos.

10. Perigoso para o Meio Ambiente

Esse símbolo representa uma ameaça ou perigo para o meio ambiente. São substâncias tóxicas ou biológicas, além de agentes quími-
cos, que ao serem liberados no ecossistema causam danos a curto ou longo prazo.
Pesticidas, agrotóxicos, metais pesados, resíduos tóxicos, produtos químicos de uso doméstico, são alguns exemplos de poluentes do
meio ambiente. Eles deterioram a natureza e proporcionam efeitos negativos posteriores aos seres humanos.
Essa figura apresenta a sigla ‘’N’’ como representação.

Pictogramas de transporte e classes de perigo ADR

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Pictogramas e classes de perigo GHS
Símbolo: bomba a explodir

Símbolo: chama

Símbolo: chama sobre círculo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Símbolo: garrafa de gás

Símbolo: corrosão

Símbolo: caveira sobre tíbias cruzadas

Símbolo: ponto de exclamação

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Símbolo: perigo para a saúde

Símbolo: ambiente

RECICLAGEM DE LIXO. ARMAZENAMENTO, CUIDADOS DE MANUSEIO E DESTINO DO LIXO

TIPOS DE LIXO
O lixo gerado pelos diversos segmentos da sociedade pode ser classificado de acordo com sua composição (características físicas) e
destino. Esta classificação é muito importante, pois facilita a coleta seletiva, reciclagem e definição do destino mais apropriado. Logo, são
informações de muito valor para a preservação do meio ambiente e manutenção da saúde das pessoas.

Lixo orgânico

É o lixo derivado dos resíduos orgânicos. São gerados principalmente nas residências, restaurantes e estabelecimentos comerciais que
atuam na área de alimentação. Devem ser separados dos outros tipos de lixo, pois são destinados, principalmente, aos aterros sanitários
das cidades.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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Exemplos: cascas de frutas e legumes; restos de verduras, de Lixo hospitalar
arroz e de feijão; restos de carnes e ovos.

Lixo reciclável

São os resíduos originados em hospitais e clínicas médicas.


São perigosos, pois podem apresentar contaminação e transmitir
doenças para as pessoas que tiverem contato. Devem ser tratados
segundo padrões estabelecidos, com todo cuidado possível. São
destinados para empresas especializadas no tratamento deste tipo
de lixo, onde geralmente são incinerados.

Exemplos: curativos, seringas e agulhas usadas, material cirúr-


gico usado, restos de medicamentos e até mesmo partes do corpo
humano extraídos em procedimentos cirúrgicos.

Lixo comercial

É todo lixo material que pode ser utilizado no processo de


transformação de outros materiais ou na fabricação de matéria-pri-
ma. São gerados nas residências, comércios e indústrias. Devem ser
separados e destinados a coleta seletiva. São usados por cooperati-
vas e empresas de reciclagem. A separação para a reciclagem deste
tipo de resíduo sólido é de extrema importância, pois além de gerar
empregos e renda, também contribuí para o meio ambiente. Isto
ocorre, pois este lixo não vai gerar poluição em rios, solo e mar.

Exemplos: embalagens de plástico, papelão, potes de vidro,


garrafas PET, jornais e revistas usadas e objetos de metal. É aquele produzido pelos estabelecimentos comerciais como, por
exemplo, lojas de roupas, brinquedos e eletrodomésticos. Este lixo é
Lixo industrial quase totalmente destinado à reciclagem, pois é composto, principal-
mente, por embalagens plásticas, papelão e diversos tipos de papéis.

Lixo verde
É aquele que resulta, principalmente, da poda de árvores, ga-
lhos, troncos, cascas e folhas que caem nas ruas. Por se tratar de
matéria orgânica, poderia ser utilizado para compostagem, produ-
ção de adubo orgânico e até confecção de objetos de artesanato.
Infelizmente, no Brasil, ele é destinado quase exclusivamente aos
aterros sanitários.

Lixo eletrônico

São os resíduos, principalmente sólidos, originários no processo


de produção das indústrias. Geralmente é composto por sobras de
matérias-primas, destinados à reciclagem ou reuso no processo
industrial.

Exemplos: retalhos de tecido, sobras e retalhos de metal, em-


balagens de matéria-prima, sobras de vidro e etc.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
São os resíduos gerados pelo descarte de produtos eletroele- Quando pensamos nos tipos de materiais descartados, a coleta
trônicos que não funcionam mais ou que estão muito superados. seletiva é a melhor alternativa. Para tanto, os contentores são di-
Exemplos: televisores, rádios, impressoras, computadores, ge- vididos por cores, os quais indicam o tipo de lixo a ser depositado:
ladeiras, micro-ondas, telefones e etc. Azul: aos papéis e papelões;
Verde: aos vidros;
Lixo nuclear Vermelho: para os plásticos;
Amarelo: para os metais;
Marrom: para os resíduos orgânicos;
Preto: para madeiras;
Cinza: para materiais não reciclados;
Branco: destinado aos lixos hospitalares;
Laranja: para resíduos perigosos;
Roxo: para resíduos radioativos.

Esse processo de separação tem sido uma das mais importan-


tes alternativas para diminuir a poluição e ainda permitir a recicla-
gem de diversos tipos de materiais: plástico, vidro, papel, dentre
outros.
Lembre-se que a reciclagem é uma forma sustentável de rea-
proveitamento de materiais usados que são transformados em no-
vos. Assim, ela tem possibilitado a diminuição do acúmulo de lixo
É aquele que é gerado, principalmente, pelas usinas nucleares. de diversas naturezas.
É um lixo altamente perigoso por se tratar de elemento radioativo.
Devem tratados seguindo padrões rigorosos de segurança. Fonte: https://www.suapesquisa.com/ecologiasaude/tipos_lixo.htm
Exemplos: sobras de urânio utilizados em usinas nucleares e
elementos radioativos que compõem aparelhos de raio-x.
FORMAS DE UTILIZAÇÃO DO RESÍDUO COMO MATÉRIA PRI-
Lixo espacial MA
Um dos maiores desafios da sociedade, se tratando de evitar
a degradação do meio ambiente e a contaminação dos mananciais
de água e do solo, é a disposição de forma adequada dos resíduos
industriais e urbanos.
A possibilidade de utilização de resíduo como matéria prima
tem sido umas das principais fontes economicamente viáveis e eco-
logicamente corretas para algumas empresas que adotam a reci-
clagem ou a utilização de material reciclado no seu processo pro-
dutivo.
Há inúmeros negócios de sucesso atualmente que tem como
principal fonte de matéria prima o resíduo industrial que outras em-
presas dispõem.
O mercado de resíduo tem se tornado uma oportunidade lu-
crativa para várias empresas, que encontram no seu resíduo uma
fonte extra de lucro e que também atende a Política Nacional de
Resíduos Sólidos.

É o lixo gerado a partir das atividades espaciais. Ficam na órbita Utilização de resíduo como matéria prima a partir da recicla-
terrestre, gerando uma grande poluição espacial. gem
Exemplos: satélites desativados, ferramentas perdidas em mis-
sões espaciais, resíduos de tintas e pedaços de foguetes espaciais. O que é reciclagem?
Reciclagem é um conjunto de técnicas cuja finalidade é apro-
Coleta Seletiva e Reciclagem veitar os resíduos e reintroduzi-los no ciclo de produção. A recicla-
gem de resíduos proporciona várias vantagens para as empresas
em relação à utilização de matéria prima naturais: reduz o volume
de extração de matérias primas, reduz o consumo de energia, emi-
tem menos poluentes e melhora a saúde e segurança da população.
A maior vantagem da reciclagem é a preservação dos recur-
sos naturais, prolongando sua vida útil e reduzindo a destruição do
meio ambiente. Em países desenvolvidos na Europa e na América
do Norte, a reciclagem é vista pela iniciativa privada, como um mer-
cado rentável.
Muitas empresas dessas nações investem em pesquisa e tecno-
logia para aumentar a qualidade do produto reciclado e proporcio-
na maior eficiência do sistema produtivo. As principais razões que
motivam estes países a reciclarem seus rejeitos industriais é o fato

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
que as reservas de matérias primas naturais estão se esgotando e, Exemplos: garrafas de cervejas e refrigerantes que possuem
também, devido ao aumento do volume de resíduos sólidos que vida útil em torno de um ano a 25 lavagens. Depois desse tempo, as
degradam os recursos naturais. garrafas precisam ser recicladas para a fabricação de novas garrafas.
Já no Brasil a reciclagem ainda não faz parte da cultura dos em- Os resíduos de construção civil após passar por triagem e se-
presários e cidadãos. A utilização de resíduo como matéria prima rem reduzidos em seu tamanho podem ser reutilizados para a cons-
ainda possui índices insignificantes em relação à quantidade pro- trução.
duzida.
As indústrias plásticas, de papel e cerâmica se destacam na A importância do gerenciamento de resíduo
utilização de resíduos como matéria prima em seus processos de O gerenciamento dos resíduosdeve ser conduzido de forma
produção. Na indústria cerâmica a utilização de resíduo como ma- adequada. A aplicação de boas práticas na coleta, no armazena-
téria prima é possível por possuir elevado volume de produção que mento, no transporte evitam perdas na qualidade possibilitando
possibilita o consumo de grandes quantidades associada a caracte- que as empresas possam destinar adequadamente o resíduo.
rísticas físicas e químicas da matéria prima utilizada. A gestão adequada é o primeiro passo para que as empresas
O setor de fabricação de utilidades domésticas é o maior con- contribuam para um meio ambiente saudável. A sua empresa rea-
sumidor de reciclados de plástico no Brasil. A utilização de uma to- liza o gerenciamento de forma adequada? Há dúvidas? O resíduo
nelada de aparas (papel e papelão reciclado) nas indústrias de papel que você gera pode ser utilizado como matéria prima? A Verde
evita o corte de 10 a 12 árvores, economiza insumos, especialmen- Ghaia conta com uma consultoria online que ajudará a sua organi-
te água utilizada nos processos de produção a partir da celulose. zação a realizar essa gestão da melhor forma e seguindo as normas
Abaixo listamos alguns exemplos de resíduos que podem ser aplicáveis. Também, contamos com um software online de geren-
reciclados e utilizados como matéria prima: ciamento de resíduos que facilitará os processos de reciclagens do
-Vidro: potes de alimentos (azeitonas, milho, requeijão, etc.), seu negócio.
garrafas, frascos de medicamentos, cacos de vidro.
-Papel: jornais, revistas, folhetos, caixas de papelão, embala-
gens de papel.
-Metal: latas de alumínio, latas de aço, pregos, tampas, tubos NOÇÕES DE ÉTICA E CIDADANIA
de pasta, cobre, alumínio.
-Plástico: potes de plástico, garrafas PET, sacos plásticos, emba- A ética tem sido um dos temas mais trabalhados nos últimos
lagens e sacolas de supermercado. tempos, pois a corrupção, o descaso social e os constantes escânda-
-Embalagens longa vida: de leite, de tomate, de sucos, etc. los políticos e sociais expostos na mídia diariamente suscitam que a
sociedade exija o resgate de valores morais em todas as suas instân-
Destinação final ambientalmente adequada de resíduos só- cias, sejam elas políticas, científicas ou econômicas. Desse conflito
lidos de interesses pelo bem comum ergue-se a ética, tão discutida pelos
Você sabe o que significa uma destinação correta de resíduos? filósofos de toda a história mundial.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) define que a desti- Ética é uma palavra com duas origens possíveis. A primeira ad-
nação final ambientalmente adequada é a destinação que inclui a vém do grego éthos, literalmente “com e curto”, que pode ser tra-
reutilização, a reciclagem, a compostagem, a recuperação e o apro- duzida por “costume”; a segunda também se escreve éthos, porém
veitamento energético ou outras destinações, observando normas se traduz por “com e longo”, que significa “propriedade do caráter”.
operacionais específicas de modo que evite danos ou risco à saúde Conceitua-se Ética como sendo o estudo dos juízos de apre-
e minimize os impactos ambientais. Leia mais no artigo: Você sabe ciação referentes à conduta humana, do ponto de vista do bem e
a diferença entre destinação e disposição final? do mal. É um conjunto de normas e princípios que norteiam a boa
A reciclagem tem sido adotada como uma iniciativa sustentá- conduta do ser humano.
vel, sendo uma das principais formas de utilização do resíduo. Mas A Ética é a parte da filosofia que aborda o comportamento hu-
como as empresas que destinam seu resíduo para reciclagem po- mano, seus anseios, desejos e vontades. É a ciência da conduta hu-
dem se certificar que o resíduo chegou ao destino correto? mana perante o ser e seus semelhantes e de uma forma específica
Uma delas é através do referido CDF (Certificado de Destina- de comportamento humano, envolvendo estudos de aprovação ou
ção Final), um documento que comprova o destino dos resíduos desaprovação da ação dos homens. É a consideração de valor como
enviados. É uma prova importante para possíveis auditorias e para equivalente de uma medição do que é real e voluntarioso no campo
o atendimento ou manutenção da ISO 14001, (norma da Associa- das ações virtuosas. Ela ilumina a consciência humana, sustenta e
ção Brasileira de Normas Técnicas – ABNT referente ao Sistema de dirige as ações do homem, norteando a conduta individual e social.
Gestão Ambiental). Como um produto histórico-cultural, define em cada cultura
O CDF serve também para o preenchimento dos relatórios de e sociedade o que é virtude, o que é bom ou mal, certo ou erra-
atividades exigido pelo IBAMA, bem como o inventário de resíduos. do, permitido ou proibido. Segundo Reale (1999, p. 29), “ética é a
ciência normativa dos comportamentos humanos”. Já Maximiano
A reutilização reduz o uso de matéria prima (1974, p. 28) a define como “a disciplina ou campo do conhecimen-
A reutilização de resíduos também é uma forma de utilização to que trata da definição e avaliação de pessoas e organizações, é a
do resíduo como matéria prima. A reutilização de resíduos prolonga disciplina que dispõe sobre o comportamento adequado e os meios
a vida útil dos materiais. Produtos reutilizados devem possuir uma de implementá-lo, levando-se em consideração os entendimentos
indicação de quantos ciclos de produção podem passar sem alterar presentes na sociedade ou em agrupamentos sociais particulares”.
suas características e qualidade. - Com base nas definições acima, vamos pensar: A tão famosa
Para o setor alimentício, durante a reutilização de certos pro- mentirinha, por exemplo, pode ser considerada falta de ética?
dutos é necessário tratamento antes de sua reintegração no setor - Quando um político, em seu discurso, faz promessas à socie-
de produção. dade e não as cumpre, está agindo contra a ética?
O setor que mais reutiliza resíduo como matéria prima é o setor
de embalagem.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
A primeira serviu de base para a tradução latina Moral, en- Ética do exercício no trabalho
quanto que a segunda é a que, de alguma forma, orienta a utili-
zação atual que damos à palavra Ética. O vocábulo foi assimilado à Atitudes comportamentais
língua portuguesa por intermédio do latim. O primeiro registro de O sucesso profissional e pessoal pode fazer grande diferença
seu uso é do século XV. quando se une competência técnica e competência comportamen-
Agora, você estudará o conceito de cidadania e suas implica- tal. De acordo com especialistas no assunto, se essas competências
ções. A origem da palavra cidadania vem do latim civitas, que quer forem desenvolvidas, a organização ganha em qualidade e rapidez,
dizer cidade. A palavra cidadania foi usada na Roma antiga para e o servidor conquista o respeito dos usuários internos e externos.
indicar a situação política de uma pessoa e os direitos que essa A competência técnica tem como base o conhecimento ad-
pessoa tinha ou podia exercer. Segundo Dalmo Dallari (2008), “a quirido na formação profissional. É própria daqueles cuja formação
cidadania expressa um conjunto de direitos que dá à pessoa a pos- profissional é adequada à função que exercem. De modo geral, são
sibilidade de participar ativamente da vida e do governo de seu profissionais que revelam a preocupação em se manterem atuali-
povo. Quem não tem cidadania está marginalizado ou excluído da zados.
vida social e da tomada de decisões, ficando numa posição de in-
ferioridade dentro do grupo social”. Segundo o dicionário Aurélio, A competência comportamental é adquirida na experiência.
cidadão é aquele indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de Faz parte das habilidades sociais que exigem atitudes adequadas
um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este, ou das pessoas para lidar com situações do dia-a-dia. De modo geral,
habitante da cidade, indivíduo, homem, sujeito. A cidadania se re- o desenvolvimento dessa competência é estimulado pela curiosida-
fere às relações entre os cidadãos, aqueles que pertencem a uma de, paixão, intuição, razão, cautela, audácia, ousadia.
cidade, por meio dos procedimentos e leis acordados entre eles. Sabe-se que não é fácil alcançar o equilíbrio entre esses dois
Da nossa herança grega e latina, traz o sentido de pertencimento a tipos de competência. É comum se encontrar pessoas capacitadas
uma comunidade organizada igualitariamente, regida pelo direito, realizando diferentes atividades com maestria, porém, com dificul-
baseada na liberdade, participação e valorização individual de cada dade em manterem relacionamentos interpessoais de qualidade.
um em uma esfera pública (não privada, como a família), mas este Tratam de forma grosseira tanto os usuários internos como os ex-
é um sentido que sofreu mutações históricas. A cidadania esteve e ternos. Lutam para que suas ideias sempre prevaleçam. Não con-
está em permanente construção; é um referencial de conquista da versam, gritam. Falam alto ao telefone. Fingem que não veem as
humanidade através daqueles que sempre lutam por mais direitos, pessoas.
maior liberdade, melhores garantias individuais e coletivas, e não As organizações, ao contrário, buscam cada vez mais ter em
se conformam frente às dominações arrogantes, seja do próprio seus quadros servidores com sólida formação técnica que, capazes
Estado ou de outras instituições ou pessoas que não desistem de de cultivar valores éticos, como justiça, respeito, tolerância e soli-
privilégios, de opressão e de injustiças contra uma maioria desassis- dariedade, demonstrem atitudes positivas e adequadas ao atendi-
tida e que não se consegue fazer ouvir, exatamente por que se lhe mento de qualidade. Para compor esse perfil, o profissional neces-
nega a cidadania plena cuja conquista, ainda que tardia, não deverá sita saber ouvir, conduzir uma negociação, participar de reuniões,
será obstada. vestir-se adequadamente, conversar educadamente, tratar bem os
Um dos sentidos atuais da cidadania de massa, em Estados que usuários internos e externos.
congregam muita diversidade cultural, é o esforço para participar e As organizações, ao contrário, buscam cada vez mais ter em
usufruir dos direitos pensados pelos representantes de um Estado seus quadros servidores com sólida formação técnica que, capazes
para seus virtuais cidadãos; é vir a ser, de fato, e não apenas de di- de cultivar valores éticos, como justiça, respeito, tolerância e soli-
reito, um cidadão. Os valores da cidadania são políticos: igualdade, dariedade, demonstrem atitudes positivas e adequadas ao atendi-
equidade, justiça, bem comum. mento de qualidade. Para compor esse perfil, o profissional neces-
sita saber ouvir, conduzir uma negociação, participar de reuniões,
Etica e cidadania vestir-se adequadamente, conversar educadamente, tratar bem os
As instituições sociais e políticas têm uma história. É impossível usuários internos e externos.
não reconhecer o seu desenvolvimento e o seu progresso em mui-
tos aspectos, pelo menos do ponto de vista formal. A escravidão era Dimensões da qualidade nos deveres dos servidores públicos
legal no Brasil até 120 anos atrás. As mulheres brasileiras conquis- Os direitos e deveres dos servidores públicos estão descritos na
taram o direito de votar apenas há 60 anos e os analfabetos apenas Lei 8.112, de 11 de dezembro de 1990. Entre os deveres (art. 116),
há alguns anos. Chamamos isso de ampliação da cidadania. Existem há dois que se encaixam no paradigma do atendimento que tem
direitos formais (civis, políticos e sociais) que nem sempre se reali- como foco principal o usuário. São eles: (1) “atender com presteza
zam como direitos reais. A cidadania nem sempre é uma realidade ao público em geral, prestando as informações requeridas” e (2)
efetiva enem sempre é para todos. A efetivação da cidadania e a “tratar com urbanidade as pessoas”.
consciência coletiva dessa condição são indicadores do desenvolvi- Presteza e urbanidade nem sempre são fáceis de avaliar, uma
mento moral e ético de uma sociedade. vez que não têm o mesmo sentido para todas as pessoas, como
Para a ética, não basta que exista um elenco de princípios fun- demonstram as situações descritas a seguir.
damentais e direitos definidos nas Constituições. O desafio ético • Serviços realizados em dois dias úteis, por exemplo, podem
para uma nação é o de universalizar os direitos reais, permitido a não corresponder às reais necessidades dos usuários quanto ao
todos cidadania plena, cotidiana e ativa. É preciso fundar a respon- prazo.
sabilidade individual numa ética construída e instituída tendo em • Um atendimento cortês não significa oferecer ao usuário
mira o bem comum, visando à formação do sujeito ético. Desse aquilo que não se pode cumprir. Para minimizar as diferentes inter-
modo, será possível a síntese entre ética e cidadania, na qual possa pretações para esses procedimentos, uma das opções é a utilização
prevalecer muito mais uma ética de princípios do que uma ética do do bom senso:
dever. A responsabilidade individual deverá ser portadora de princí- • Quanto à presteza, o estabelecimento de prazos para a en-
pios e não de interesses particulares. trega dos serviços tanto para os usuários internos quanto para os
externos pode ajudar a resolver algumas questões.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
• Quanto à urbanidade, é conveniente que a organização inclua bem viver. A moral garante uma identidade entre pessoas que po-
tal valor entre aqueles que devem ser potencializados nos setores dem até não se conhecer, mas utilizam uma mesma refêrencia de
em que os profissionais que ali atuam ainda não se conscientizaram Moral entre elas.
sobre a importância desse dever. A Ética já é um estudo amplo do que é bem e do que é mal.
O objetivo da ética é buscar justificativas para o cumprimento das
Uma parcela expressiva da humanidade tem demonstrado que regras propostas pela Moral. É diferente da Moral, pois não estabe-
não é mais aceitável tolerar condutas inadequadas na prestação de lece regras. A reflexão sobre os atos humanos é que caracterizam o
serviços e acredita que o século XXI exigirá mudanças de postura do ser humano ético.
ser humano. Aos poucos, nasce a consciência de que precisamos
abandonar velhas crenças, como “errar é humano”, “santo de casa Ter Ética é fazer a coisa certa com base no motivo certo.
não faz milagres”, “em time que está ganhando não se mexe”, “gos- Ter Ética é ter um comportamento que os outros julgam como
to não se discute”, entre outras, substituindo-as por: correto.
a) “acertar é humano” – o ser humano tem demonstrado ca-
pacidade de eliminar desperdícios, erros, falhas, quando é cobrado A noção de Ética é, portanto, muito ampla e inclui vários princí-
por suas ações; pios básicos e transversais que são:
b) “santo de casa faz milagres” – organizações e pessoas, quan- 1. O da Integridade– Devemos agir com base em princípios e
do valorizadas, têm apresentado soluções criativas na identificação valores e não em função do que é mais fácil ou do que nos trás mais
e resolução de problemas; benefícios
c) “em time que está ganhando se mexe sim” – em todas as 2. O da Confiança/Credibilidade – Devemos agir com coerência
atividades da vida profissional ou pessoal, o sucesso pode ser con- e consistência, quer na ação, quer na comunicação.
seguido por meio da melhoria contínua dos processos, das atitudes, 3. O da Responsabilidade – Devemos assumir a responsabilida-
do comportamento; a avaliação daqueles que lidam diretamente de pelos nossos atos, o que implica, cumprir com todos os nossos
com o usuário pode apontar os que têm perfil adequado para o deveres profissionais.
desempenho de atividades de atendimento ao público; 4. O de Justiça– As nossas decisões devem ser suportadas,
d) “gosto se discute” – profissões antes não aceitas ou pensa- transparentes e objetivas, tratando da mesma forma, aquilo que é
das, além de aquecerem o mercado de trabalho, contribuem para igual ou semelhante.
que os processos de determinada atividade ou serviço sejam refor- 5. O da Lealdade – Devemos agir com o mesmo espírito de leal-
mulados em busca da qualidade total. dade profissional e de transparência, que esperamos dos outros.
6. O da Competência– Devemos apenas aceitar as funções para
Além dessas mudanças, há necessidade da adoção de outros as quais tenhamos os conhecimentos e a experiência que o exercí-
paradigmas em consonância com as transformações que a globali- cio dessas funções requer.
zação e as novas tecnologias vêm trazendo para a humanidade. O 7. O da Independência– Devemos assegurar, no exercício de
desenvolvimento pessoal é um deles e está entre os temas debati- funções de interesse público, que as nossas opiniões, não são in-
dos na atualidade, por se tratar de um valor indispensável à cida- fluenciadas, por fatores alheios a esse interesse público.
dania.
Autores de diversas áreas do conhecimento defendem que a Abaixo, alguns Desafios Éticos com que nos defrontamos dia-
humanidade deve conscientizar-se de que cada indivíduo é respon- riamente:
sável pelo seu próprio desenvolvimento e que, para isso, cada ci- - Se não é proibido/ilegal, pode ser feito – É óbvio que, existem
dadão necessita planejar e cuidar do seu destino, contribuindo, de escolhas, que embora, não estando especificamente referidas, na
forma responsável, para o progresso da comunidade onde vive. O lei ou nas normas, como proibidas, não devem ser tomadas.
novo século exige a harmonia e a solidariedade como valores per- - Todos os outros fazem isso – Ao longo da história da humani-
manentes, em resposta aos desafios impostos pela velocidade das dade, o homem esforçou-se sempre, para legitimar o seu compor-
transformações da atualidade. tamento, mesmo quando, utiliza técnicas eticamente reprováveis.

Não é à toa que as organizações estão exigindo habilidades


intelectuais e comportamentais dos seus profissionais, além de
apurada determinação estratégica. Entre outros requisitos, essas REGRAS DE COMPORTAMENTO NO AMBIENTE DE
habilidades incluem: TRABALHO. REGRAS BÁSICAS DE COMPORTAMENTO
- atualização constante; PROFISSIONAL PARA O TRATO DIÁRIO COM O PÚBLI-
- soluções inovadoras em resposta à velocidade das mudanças; CO E COLEGAS DE TRABALHO
- decisões criativas, diferenciadas e rápidas;
- flexibilidade para mudar hábitos de trabalho; Personalidade e relacionamento
- liderança e aptidão para manter relações pessoais e profis- Os tipos de personalidade podem contribuir ou não para o de-
sionais; sempenho das equipes. Cada personalidade possui características
- habilidade para lidar com os usuários internos e externos. definidas com seus respectivos focos de atenção, que, todavia, se
interagem, definindo indivíduos com certas características mais sa-
Ética do Exercício Profissional
lientes e que incorporam características de um outro estilo.
Vistos de maneira objetiva, nenhum dos tipos de personalida-
DIFERENÇA ENTRE ÉTICA E MORAL
de é bom ou mau, certo ou errado. Cada um é uma combinação
É de extrema importancia saber diferenciar a Ética da Moral.
distinta de força e fraqueza, beleza e feiura. Nenhum padrão é me-
São duas ciências de conhecimento se diferenciam, no entanto, tem
lhor ou o melhor, pior ou o pior. Às vezes, determinada pessoa pode
muitas interligações entre elas.
achar que o seu padrão é o melhor, outra vezes, que é o pior. Mas
A moral se baseia em regras que fornecem uma certa previ-
são sobre os atos humanos. A moral estabelece regras que devem é possível, num momento, encontrar força em um padrão e, num
ser assumidas pelo homem, como uma maneira de garantia do seu outro, encontrar uma fraqueza.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
O que se observa é que as pessoas acabam ficando perplexas Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, há uma
umas com as outras quando começam a perceber os segredos que base interna de diferenças que englobam valores, atitudes, conhe-
as outras pessoas ocultam das suas personalidades. cimentos, informações, preconceitos, experiência anterior, gostos,
Na análise das personalidades, nada é estanque e tudo pode se crenças e estilo comportamental, o que traz inevitáveis diferenças
ajustar, desde que se esteja disposto a fazê-lo. Nunca um protetor, de percepções, opiniões, sentimentos em relação a cada situação
por exemplo, carrega somente as características da sua tipologia. compartilhada. Essas diferenças passam a constituir um repertório
Uma pessoa com o centro emocional predominante não será ne- novo: o daquela pessoa naquele grupo. Como essas diferenças são
cessariamente uma boa artista. Talvez brilhe mais como administra- encaradas e tratadas determina a modalidade de relacionamento
dora, quem sabe? Todos os tipos são interligados e se movimentam entre membros do grupo, colegas de trabalho, superiores e subor-
fazendo contrapontos e complementos. dinados. Por exemplo: se no grupo há respeito pela opinião do ou-
Cada tipo de personalidade é formado por três aspectos: o pre- tro, se a ideia de cada um é ouvida, e discutida, estabelece-se uma
dominante, que vigora na maior parte do tempo, quando as coisas modalidade de relacionamento diferente daquela em que não há
transcorrem normalmente e que é chamado de seu tipo; o aspecto respeito pela opinião do outro, quando ideias e sentimentos não
que vigora quando se é colocado em ação, gerando situações de es- são ouvidos, ou ignorados, quando não há troca de informações. A
tresse; e o terceiro, que surge nos momentos em que não se sente maneira de lidar com diferenças individuais criam certo clima entre
em plena segurança. as pessoas e tem forte influência sobre toda a vida em grupo, prin-
Exemplificando, ao ver-se numa situação de estresse, o obser- cipalmente nos processos de comunicação, no relacionamento in-
vador (em geral, quieto e retraído) torna-se repentinamente extro- terpessoal, no comportamento organizacional e na produtividade.
vertido e amistoso, características típicas do epicurista, num esfor- Valores: Representa a convicções básicas de que um modo es-
ço de reduzir o estresse. Sentindo-se em segurança, o observador pecífico de conduta ou de condição de existência é individualmente
tende a se tornar o patrão, direcionando os outros e controlando o ou socialmente preferível a modo contrário ou oposto de conduta
espaço pessoal. ou de existência. Eles contêm um elemento de julgamento, baseado
Todos têm virtudes e aspectos negativos. Então, vivem-se os naquilo que o indivíduo acredita ser correto, bom ou desejável. Os
aspectos mais positivos de cada tipo. Essas qualidades pode se so- valores costumam ser relativamente estáveis e duradouros.
mar a outras de outro tipo, promovendo integração. Atitudes: As atitudes são afirmações avaliadoras – favoráveis ou
Se o tipo empreendedor se integra com o sonhador, ele pode desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas ou eventos. Refletem
passar a ter autoestima apurada e a saber levar a vida sem dramas. como um indivíduo se sente em relação a alguma coisa. Quando
Ficará mais otimista, espontâneo e criativo também. Não se prende digo “gosto do meu trabalho” estou expressando minha atitude em
a fazer coisas que não satisfazem seus desejos e os dos outros. Se relação ao trabalho. As atitudes não são o mesmo que os valores,
o tipo individualista integra-se com o empreendedor, provavelmen- mas ambos estão inter-relacionados e envolve três componentes:
te ele poderá ser capaz de agir no presente e com objetividade, cognitivo, afetivo e comportamental.
aceitando a realidade e vivendo suas emoções como são, sem ten- A convicção que “discriminar é errado” é uma afirmativa ava-
tar ampliá-las. Já se o sonhador integrar-se com o observador, sua liadora. Essa opinião é o componente cognitivo de uma atitude. Ela
capacidade de introspecção será imensa e saberá como ninguém estabelece a base para a parte mais crítica de uma atitude: o seu
apreciar o silêncio e a reflexão. componente afetivo. O afeto é o segmento da atitude que se refere
Para o sucesso das equipes, se faz necessário que os seus inte- ao sentimento e às emoções e se traduz na afirmação “Não gosto
grantes utilizem-se de empatia, coloquem-se no lugar dos outros, de João porque ele discrimina os outros”. Finalmente, o sentimento
estejam receptivos ao processo de integração e, dessa forma, per- pode provocar resultados no comportamento. O componente com-
mitam-se amoldar. Se não houver esse tipo de abertura, em que portamental de uma atitude se refere à intenção de se comportar
cada um dos elementos ceda, a equipe será composta de pessoas de determinada maneira em relação a alguém ou alguma coisa. En-
que competem entre si, o que traz o retrocesso da equipe ao con- tão, para continuar no exemplo, posso decidir evitar a presença de
ceito simplista de grupo, ou seja, apenas um agrupamento de indi- João por causa dos meus sentimentos em relação a ele.
víduos que dividem o mesmo espaço físico, mas que possuem obje- Encarar a atitude como composta por três componentes – cog-
tivos e metas diferentes, bem como não buscam o aprimoramento nição, afeto e comportamento – é algo muito útil para compreender
e crescimento dos outros.2 sua complexidade e as relações potenciais entre atitudes e compor-
Em todo processo onde haja interação entre as pessoas vamos tamento. Ao contrário dos valores, as atitudes são menos estáveis.
desenvolver relações interpessoais.
Ao pensarmos em ambiente de trabalho, onde as atividades Eficácia no relacionamento interpessoal
são predeterminadas, alguns comportamentos são precisam ser
A competência interpessoal é a habilidade de lidar eficazmente
alinhados a outros, e isso sofre influência do aspecto emocional
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma
de cada envolvido tais como: comunicação, cooperação, respeito,
adequada à necessidade de cada uma delas e às exigências da situa-
amizade. À medida que as atividades e interações prosseguem, os
ção. Segundo C. Argyris (1968) é a habilidade de lidar eficazmente
sentimentos despertados podem ser diferentes dos indicados ini-
com relações interpessoais de acordo com três critérios:
cialmente e então – inevitavelmente – os sentimentos influenciarão
Percepção acurada da situação interpessoal, de suas variáveis
as interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos positivos
relevantes e respectiva interrelação.
de simpatia e atração provocarão aumento de interação e coopera-
ção, repercutindo favoravelmente nas atividades e ensejando maior Habilidade de resolver realmente os problemas de tal modo
produtividade. Por outro lado, sentimentos negativos de antipatia e que não haja regressões.
rejeição tenderão à diminuição das interações, ao afastamento nas Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvidas
atividades, com provável queda de produtividade. continuem trabalhando juntas tão eficientemente, pelo menos,
Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se relaciona como quando começaram a resolver seus problemas.
diretamente com a competência técnica de cada pessoa. Profissio- Dois componentes da competência interpessoal assumem im-
nais competentes individualmente podem render muito abaixo de portância capital: a percepção e a habilidade propriamente dita. O
sua capacidade por influência do grupo e da situação de trabalho. processo da percepção precisa ser treinado para uma visão acurada
da situação interpessoal.
2 Fonte: www.metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
A percepção seletiva é um processo que aparece na comunica- da empresa. Geralmente é utilizado em organizações com cultura
ção, pois os receptores vêm e ouvem seletivamente com base em participativa, que utilizam equipes de trabalho autodirigidas e que
suas necessidades, experiências, formação, interesses, valores, etc. compartilham o poder com todos os seus funcionários.
A percepção social: É o meio pelo qual a pessoa forma impres- O empowerment está diretamente ligado ao conceito de lide-
sões de uma outra na esperança de compreendê-la. rança e, também, cultura organizacional. Uma vez que não se pode
criar uma cultura de delegação de poder aos funcionários em uma
Empatia empresa engessada e burocrática, sem uma estrutura de hábitos
Colocar-se no lugar do outro, mediante sentimentos e situa- e pensamentos preparada para isso. A empresa que pretende se
ções vivenciadas. utilizar de uma prática como o empowerment não pode ter uma
“Sentir com o outro é envolver-se”. A empatia leva ao envolvi- cultura de tomada de decisões centralizada, por exemplo.
mento, ao altruísmo e a piedade. Ver as coisas da perspectiva dos
outros quebra estereótipos tendenciosos e assim leva a tolerância e O empowerment possui quatro bases principais, que são:
a aceitação das diferenças. A empatia é um ato de compreensão tão • Poder – dar poder às pessoas, delegando autoridade e res-
seguro quanto à apreensão do sentido das palavras contidas numa ponsabilidade em todos os níveis da organização. Isso significa dar
página impressa. importância e confiar nas pessoas, dar-lhes liberdade e autonomia
A empatia é o primeiro inibidor da crueldade humana: reprimir de ação.
a inclinação natural de sentir com o outro nos faz tratar o outro • Motivação – proporcionar motivação às pessoas para incen-
como um objeto. tivá-las continuamente. Isso significa reconhecer o bom desempe-
O ser humano é capaz de encobrir intencionalmente a empa- nho, recompensar os resultados, permitir que as pessoas partici-
tia, é capaz de fechar os olhos e os ouvidos aos apelos dos outros. pem dos resultados de seu trabalho e festejem o alcance das metas.
Suprimir essa inclinação natural de sentir com outro desencadeia a • Desenvolvimento – dar recursos às pessoas em termos de
crueldade. capacitação e desenvolvimento pessoal e profissional. Isso significa
Empatia implica certo grau de compartilhamento emocional - treinar continuamente, proporcionar informações e conhecimento,
um pré-requisito para realmente compreender o mundo interior do ensinar continuamente novas técnicas, criar e desenvolver talentos
outro. na organização.
• Liderança – proporcionar liderança na organização. Isso signi-
A empatia nas empresas fica orientar as pessoas, definir objetivos e metas, abrir novos hori-
zontes, avaliar o desempenho e proporcionar retroação.
Qual a relação entre empatia e produtividade? Alguns gestores pensam que o ato de delegar a tomada de
“O conceito de empatia está relacionado á capacidade de ouvir decisão para um funcionário é sinônimo de perda de controle ou
o outro de tal forma a compreender o mundo a partir de seu ponto liderança. Este é um ponto que merece uma discussão maior, uma
de vista. Não pressupõe concordância ou discordância, mas o en- vez que abrange diversos aspectos, mas o mais importante de se
tendimento da forma de pensar, sentir e agir do interlocutor. No destacar é que o empowerment valoriza os funcionários e melhora
momento em que isso ocorre de forma coletiva, a organização dia- a condução dos processos internos à empresa.
loga e conhece saltos de produtividade e de satisfação das pessoas”.
“A empatia é primordial para o desenvolvimento das organi- Vantagens do empowerment
zações pois, ela é que define no comportamento individual a preo- Com mencionado anteriormente, a adoção do empowerment
cupação de cada indivíduo no equilíbrio comportamental de todos por parte das empresas traz diversos benefícios para elas, como por
os envolvidos no processo, pois, empatia pressupõe o respeito ao exemplo: o aumento da motivação e da satisfação dos funcionários,
outro.” aumentando assim a taxa de retenção dos talentos da empresa, o
É quando desenvolvemos a compreensão mútua, ou seja, um compartilhamento das responsabilidades e tarefas, maior agilidade
tipo de relacionamento onde as partes compreendem bem os va- e flexibilidade no processo de tomada de decisão, etc. Além, claro,
lores, deficiências e virtudes do outro. No contexto das relações de estimular o aparecimento de novos líderes dentro das empresas.
humanas, pode-se afirmar que o sucesso dos relacionamentos in- Por este motivo, é cada vez maior o número de gestores que
terpessoais depende do grau de compreensão entre os indivíduos. preparam suas organizações para a prática do empowerment, trei-
Quando há compreensão mútua as pessoas comunicam-se melhor nando e doutrinando seus funcionários para que possam receber
e conseguem resolver conflitos de modo saudável. tais responsabilidades de forma correta.
Para Carlos Hilsdorf, o empowerment corresponde a uma re-
Empoderamento lação que envolve poder e responsabilidade, como duas faces de
Para Chiavenato, o empowerment ou empoderamento, é uma uma mesma moeda. Para promovê-lo, não basta transferir verbal-
ação que permite melhorar a qualidade e a produtividade dos co- mente poder às pessoas; elas precisam ter reais condições de agir
laboradores, fazendo com que o resultado do serviço prestado seja no pleno exercício da sua responsabilidade, desenvolvendo o que
satisfatoriamente melhor. Estas melhorias acontecem através de chamamos de “ownership“, ou seja, agirem como intraempreen-
delegação de autoridade e de responsabilidade, fomentando a co- dedores e como se fossem “proprietárias” do negócio, pensando
laboração sistêmica entre diferentes níveis hierárquicos e a propa- como empresários.
gação de confiança entre os liderados e os líderes.
Ele simboliza a estratégia da organização e de seus gestores de Aplicação do empowerment
delegar a tomada de decisão para seus colaboradores, promovendo Segundo Hilsdorf, para uma correta implantação do empower-
a flexibilidade, rapidez e melhoria no processo de tomada de deci- ment é necessário:
são da empresa. 1. Um profundo compartilhamento das informações com to-
O empowerment permite aos funcionários da empresa toma- dos os envolvidos. A informação é o objeto que destrói a incerteza.
Ela é fundamental para a correta tomada de decisões. A Informação
rem decisões com base em informações fornecidas pelos gestores,
deve circular, de maneira clara, transparente e adaptada à condição
aumentando sua participação e responsabilidade nas atividades
e necessidade de cada equipe em particular. Algumas informações

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
gerais para o bom entendimento do negócio e do cenário devem As novas exigências
ser compartilhadas com todas as pessoas, outras mais restritas e Aqueles que pretendem ingressar no mercado de trabalho já
sigilosas, apenas com as pessoas-chave. devem ter escutado de professores, pais ou pessoas mais experien-
2. A abertura para uma real autonomia dando às pessoas não tes que “a concorrência está cada vez mais acirrada” e que “é pre-
somente as informações, mas o apoio e a liberdade necessária para ciso se preparar”, e os recém-chegados ao mundo corporativo já
agirem. É preciso confiar nestes profissionais e incentivá-los a lide- podem ter constatado esse fato. Mas o que isso significa na prática?
rar os processos em que estão envolvidos, e sob os quais assumi- Há quem ache que “se preparar” está diretamente ligado à es-
ram responsabilidades. Uma cultura punitiva impede a autonomia; colha do curso superior e ao desempenho na faculdade, mas não
erros devem ser corrigidos, não punidos. A autonomia deve guiar- é de todo verdade: isso é o primeiro passo, mas não garante uma
-se pela visão, missão e valores da empresa, assim como por seus vaga no mercado. Dia após dia, surgem novas tecnologias e formas
objetivos e metas, dentro do contexto dos sistemas e processos em de se executar melhor uma tarefa e, com elas, relações de trabalho
vigor na organização. que exigem uma nova postura profissional — a de desenvolver as
3. Redução dos níveis hierárquicos e da burocracia que tor- “habilidades” necessárias para enfrentar os desafios propostos. Na
nam as empresas lentas e rígidas. Através da prática de empower- verdade, algumas dessas habilidades só ganharam destaque recen-
ment, equipes auto-gerenciadas podem atingir alta performance e temente, enquanto outras apenas mudaram de foco, atualizando-
buscar a excelência em níveis muito superiores aos de empresas -se. Vejamos algumas delas:
centralizadoras.  Seja parceiro da educação. Uma boa postura profissio-
nal exige uma boa educação, ou seja, respeitar os demais, saber
Seguindo estes 3 passos básicos, a empresa torna sua adapta- se comportar em público, honrar os compromissos e prezar pela
ção mais fácil e menos traumática. Gerando um ambiente apropria- organização no ambiente de trabalho.
do para o aprendizado dos funcionários a fim de torná-los tomado-  Mantenha sempre uma boa aparência. Não é necessário
res de decisão dentro da empresa.3 estar sempre elegante, pois uma boa aparência significa saber usar
a roupa certa no lugar certo. Devemos saber nos vestir de acordo
Eficácia no comportamento interpessoal. com que o local de trabalho nos solicita, sabendo sempre o que é
A postura profissional é o comportamento adequado dentro certo e o que é errado para cada ambiente.
das organizações, na qual busca seguir os valores da empresa para  Cumprir todas as tarefas. Isso não é somente uma ques-
um resultado positivo. tão de bom senso, mas também uma questão de comprometimen-
to profissional. Desenvolver as tarefas que lhe são atribuídas é um
A importância da qualidade ponto positivo que acaba também sendo avaliado por gestores do
As mudanças no mundo, em geral, estão cada vez mais contí- colaborador.
nuas aceleradas e, principalmente, diversificadas. Isso se deve ao  Ser pontual. Faça o seu trabalho de maneira correta e
fenômeno da globalização, aos avanços tecnológicos, à preocupa- cumpra os horários planejados, mantendo sempre a pontualidade
ção com a saúde e o meio ambiente, entre outros fatores. para os compromissos marcados.
Tanto os profissionais como as empresas precisam adequar seu  Respeitar os demais colegas de trabalho. Não é neces-
perfil para atender a essas novas mudanças, inclusive se ajustando sário ter estima por todos os colegas de trabalho, mas respeitá-lo
às exigências do mercado, cada vez maiores. Para superar os no- é uma obrigação. Não apenas no ambiente de trabalho, mas em
vos desafios impostos pela realidade e atender às expectativas dos demais situações cotidianas. Por isso, respeitar as diferenças e os
clientes, as empresas precisam de profissionais competentes e que limites no relacionamento com os outros é fundamental.
realizem suas atividades com qualidade.  Aceitar opiniões. É importante saber escutar, opinar e
Mas, afinal, o que é qualidade? Qualidade, na linguagem cor- aceitar opiniões diferentes, pois essa atitude acaba levando as pes-
porativa, é uma das condições para se ter sucesso e, hoje em dia, soas a também entenderem o seu ponto de vista, sem que este seja
significa um dos diferenciais competitivos mais importantes. Ou imposto ao demais.
seja, é um conjunto de características que distinguem, de forma po-  Autocrítica e interesse. Ao ter uma preocupação constan-
sitiva, um profissional ou uma empresa dos demais e que agregam te em melhorar, dificilmente se terá problemas com relação a pos-
valor ao seu trabalho. tura profissional, pois essa preocupação constante em melhorar é
Para se manter competitivo no mercado e ter um diferencial, o um ponto que leva a melhoria contínua nas carreiras profissionais.
profissional precisa realizar suas atividades corretamente. Apenas  Espera-se que todo profissional tenha um preparo básico,
a qualidade técnica, porém, não assegura o lugar no mercado. O mas o novo profissional deve demonstrar também esforço e inte-
grande desafio do profissional de qualquer área de atuação é saber resse incansáveis para aprender.
se relacionar bem (tratar as pessoas adequadamente, mostrar-se  É necessário ter um ânimo permanente, disposição para
disponível e acessível, ser gentil), ter um comportamento compa- o trabalho e para correr atrás do que se quer.
tível com as regras e valores da empresa e se comunicar bem (se  O profissional de hoje deve demonstrar disponibilidade e
fazer entender pelos outros, escrever bem, saber ouvir). boa administração do seu tempo e das suas tarefas.
Por fim, vale ressaltar: estamos falando de um conceito dinâmi-  Muitas organizações começam a mostrar interesse em in-
co, ou seja, cada empresa tem o seu. Fique atento: o que representa vestir na capacitação de seus funcionários, mas, para isso, é preciso
qualidade para uma empresa não necessariamente o é para outra. uma sólida relação de confiança mútua.
Portanto, ao iniciar qualquer experiência profissional, procure en-  A ética é fundamental no trabalho. Sem seriedade, nenhu-
tender quais são as competências valorizadas naquele ambiente de ma relação profissional pode dar certo.
trabalho. Investir nelas é o primeiro passo para realizar suas tarefas
com qualidade. Há, ainda, outras características que certamente podem contar
pontos positivos na hora da contratação ou mesmo na convivência
diária no ambiente de trabalho: uma boa rede de contatos; per-
sistência (uma vez que a vontade, por si só, às vezes não basta);
cuidado com a aparência; assiduidade e pontualidade.
3 Texto adaptado de Gustavo Periard

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
A Conexão Profissional, na terceira edição da série Desafios DEFINIÇÃO DE COMPETÊNCIA
para se tornar um bom profissional, trata de mais um dos desafios Chamamos de competência a integração e a coordenação de
dos recém-chegados ao mundo corporativo: a atenção aos proces- um conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes (C.H.A.) que
sos e às rotinas nas organizações. na sua manifestação produzem uma atuação diferenciada.
Ao integrar uma equipe de trabalho, um dos primeiros passos
a serem dados é procurar compreender a rotina da organização. C – conhecimento - SABER
Ter uma visão global das atividades que a organização desenvolve é H – habilidade – SABER FAZER
indispensável para um bom desempenho e, principalmente, para a A - atitude - QUERER FAZER
conquista da autonomia. Para tanto, é fundamental atenção contí-
nua aos processos. Com isso, você pode compreender o seu papel A COMPETÊNCIA TÉCNICA envolve o C.H.A em áreas técnicas
na equipe e na organização, além de entender como os setores in- específicas.
teragem e qual a função e inter-relação de cada um, considerando
o conjunto. A COMPETÊNCIA INTERPESSOAL envolve o C.H.A nas relações
Conhecer a rotina de sua equipe e da empresa permite otimizar interpessoais.
e sistematizar suas atividades. Além disso, você pode administrar
melhor o seu tempo, identificar e solucionar eventuais problemas INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
com mais agilidade, bem como propor alternativas para aprimorar a Qualquer um pode zangar-se. Isso é fácil.
qualidade do trabalho, sempre com o foco nos resultados. Mas zangar-se com a pessoa certa, na medida certa, na hora
Sem a compreensão dos processos, é menos provável perceber certa, pelo motivo certo e da maneira certa não é fácil.
o seu papel na organização. Resultado: mais desperdício, menos Aristóteles
produtividade. Evite sempre trabalhar no “piloto automático”. Isso
pode acarretar retrabalho, gasto desnecessário de energia e recur- Como trabalhar bem com os outros? Como entender os outros
sos, não-cumprimento de prazos, burocratização e baixa competiti- e fazer-se entender?
vidade. Em síntese: prejuízo para você e para a empresa. A inteligência acadêmica pouco tem a ver com a vida emocio-
Portanto, para satisfazer às exigências do mercado, é cada vez nal. As pessoas mais brilhantes podem afogar-se nos recifes das
mais importante possuir uma visão global do ambiente de trabalho. paixões e dos impulsos desenfreados, pessoas com alto nível de QI
Conhecer a rotina da organização e manter atenção aos processos pode ser pilotos incompetentes de sua vida particular.
só trazem ganhos para ambas as partes: para o profissional, maior A aptidão emocional é uma capacidade que determina até
competitividade e possibilidade de agilizar soluções e, para a em- onde podemos usar bem quaisquer outras aptidões que tenhamos,
presa, equipes mais integradas e que falam a mesma língua. Para o incluindo o intelecto bruto.
conjunto, melhores resultados.4 Inteligência emocional: É a habilidade de lidar eficazmente
A competência interpessoal é habilidade de lidar eficazmente com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma
com relações interpessoais, de lidar com outras pessoas de forma adequada as necessidades de cada uma e as exigências da situação,
adequada à necessidade de cada uma delas e às exigências da situa- observando as emoções e reações evidenciadas no comportamento
ção. Segundo C. Argyris (1968) é a habilidade de lidar eficazmente do outro e no seu próprio comportamento.
com relações interpessoais de acordo com três critérios: Inteligência intrapessoal: É a habilidade de lidar com o seu
 Percepção acurada da situação interpessoal, de suas va- próprio comportamento. Exige autoconhecimento, controle emo-
riáveis relevantes e respectiva inter-relação. cional, automotivação e saber reconhecer os sentimentos quando
 Habilidade de resolver realmente os problemas de tal eles ocorrem.
modo que não haja regressões. Inteligência interpessoal: É a habilidade de lidar eficazmente
 Soluções alcançadas de tal forma que as pessoas envolvi- com outras pessoas de forma adequada.
das continuem trabalhando juntas tão eficientemente, pelo menos,
como quando começaram a resolver seus problemas. ELEMENTOS BÁSICOS DA INTELIGÊNCIA EMOCIONAL
• Autoconhecimento: Conhecer a si próprio, gerar autocon-
Dois componentes da competência interpessoal assumem im- fiança, conhecer pontos positivos e negativos.
portância capital: a percepção e a habilidade propriamente dita. O • Controle Emocional: Capacidade de gerenciar as próprias
processo da percepção precisa ser treinado para uma visão acurada emoções e impulsos.
da situação interpessoal. • Automotivação: Capacidade de gerenciar as próprias emo-
A percepção seletiva é um processo que aparece na comunica- ções com vistas a uma meta a ser alcançada. Persistir diante de fra-
ção, pois os receptores vêm e ouvem seletivamente com base em cassos e dificuldades.
suas necessidades, experiências, formação, interesses, valores, etc. • Reconhecer emoções nos outros: Empatia.
A percepção social: É o meio pelo qual a pessoa forma impres- • Habilidade em relacionamentos interpessoais: aptidão so-
sões de uma outra na esperança de compreendê-la. cial
Novas COMPETÊNCIAS começam a ser exigidas pelas organiza-
ções, que reinventam sua dinâmica produtiva, desenvolvendo no- Fatores positivos do relacionamento
vas formas de trabalho e de resolução de conflitos. Surgem novos Chamamos de fatores positivos todos aqueles que, num soma-
paradigmas de relações das organizações com fornecedores, clien- tório geral, irão contribuir para uma boa qualidade no atendimento
tes e colaboradores. Nesse contexto, as relações humanas no am- interno e externo. Assim, desde que cumpridos ou atendidos re-
biente de trabalho tem sido foco da atenção dos gestores, para que quisitos básicos de valorização do outro, estaremos falando de um
sejam desenvolvidas habilidades e atitudes necessárias ao manejo bom relacionamento. Os níveis de relacionamento aqui devem ser
inteligente das relações interpessoais. elevados, tendo em vista sempre o direito de cada indivíduo de re-
ceber com qualidade a supressão de suas necessidades.

4 Por Rozilane Mendonça

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
O relacionamento entre pessoas é a forma como eles se tratam Comportamento receptivo e defensivo
e se comunicam. Quando os indivíduos se comunicam bem, e o gos-
tam de fazer, se diz que há um bom relacionamento entre as partes. Comportamento Receptivo
Quando se tratam mal, e pelo menos um deles não gosta de entrar Significa perceber e aceitar possibilidades que a maioria das
em contato com os outros, é um mau relacionamento. pessoas ignora ou rejeita prematuramente.
Pode ser de natureza sensorial ou psicológica.
Fatores que interferem no trabalho em equipe No primeiro caso a pessoa se caracteriza por estar atento ao
- Estrelismo; que acontece a sua volta.
- Ausência de comunicação e de liderança; No segundo a característica é de pessoa de mente aberta e sem
- Posturas autoritárias; preconceitos à novas ideias.
- Incapacidade de ouvir; A curiosidade é inerente do comportamento receptivo.
- Falta de treinamento e de objetivos;
- Não saber “quem é quem” na equipe. Comportamento Defensivo
O servidor não tem comportamento receptivo quando:
Fatores positivos do relacionamento • parecem saber de tudo;
• nunca têm dúvidas;
Comunicabilidade • que têm resposta para qualquer pergunta;
• habilidade de expor as ideias; • sempre têm certeza das coisas;
• clareza na comunicação verbal; • que não admitem ser contestados;
• é a qualidade do ato comunicativo otimizado, no qual a men- • têm todas as informações;
sagem é transferida integral, correta, rápida e economicamente e • acham que estão sempre certos;
sem “ruídos”. • tendem a colocar os outros na defensiva.
• age como o “dono da verdade” - transmite a ideia de que
Objetividade todos os outros são “ignorantes” e não têm nada de útil ou interes-
• relacionada com a clareza na informação prestada ao usuário. sante a dizer.
• é importante ser claro e direto nas informações prestadas, • quando afirma suas verdades e não admite contestação -
sem rodeios, dispensando informações desnecessárias à situação. transmite a mensagem de que vê a si mesmo como professor, con-
siderando todos os outros como aprendizes.
Eficiência • faz os ouvintes experimentarem sentimentos de inferiorida-
• A Administração Pública deve atender o cidadão com agilida- de, o que produz um comportamento defensivo.
de, com adequada organização interna e ótimo aproveitamento dos
recursos disponíveis. Habilidades necessárias ao bom relacionamento no trabalho
• Habilidade de comunicar ideias de forma clara e precisa em
Presteza situações individuais e de grupo.
• Manifestação do interesse em atender às necessidades do • Habilidade de ouvir e compreender o que os outros dizem.
usuário. • Habilidade de aceitar críticas sem fortes reações emocionais
defensivas (tornando-se hostil ou “fechando-se”)
Interesse • Habilidade de dar feedback aos outros de modo útil e cons-
• É importante mostrar-se interessado pelo problema/situação trutivo.
do cidadão-usuário. • Habilidade de percepção e consciência de necessidades, sen-
• Mostrar empenho para lhe apresentar as soluções. timentos e reações dos outros.
• O interesse na prestação do serviço está diretamente relacio- • Habilidade de reconhecer, diagnosticar e lidar com conflitos e
nado à presteza, à eficiência e à empatia. hostilidade dos outros.
• Habilidade de modificar o meu ponto de vista e comporta-
Não apenas nas relações humanas assim como nas relações de mento no grupo em função do feedback dos outros e dos objetivos
trabalho, colocar-se no lugar do outro (empatia) garante maior sen- a alcançar.
sibilidade e interesse ao usuário do serviço público. • Tendência a procurar relacionamento mais próximo com as
pessoas, dar e receber afeto no seu grupo de trabalho.
Tolerância
• É a tendência em admitir que modos de pensar, agir e sentir Órgão, servidor e opinião pública
são diferentes de pessoa para pessoa. A opinião pública tem uma visão estereotipada do funcionário
• É tolerante aquele que admite as diferenças e respeita à di- público. Nesta visão, são realçados os aspectos negativos: menor
versidade. empenho no trabalho, descaso na prestação de serviços e acomo-
dação nas rotinas do emprego etc.
Discrição Esta é uma visão muito antiga.
• Ser discreto é ter sensatez, ser reservado, recatado e des- Desmistificar um estereótipo social é sabidamente uma tarefa
cente. de paciência e que demanda tempo. É necessária uma estratégia,
• Não devemos confundir com o princípio da publicidade. Os permanente e progressiva de esclarecimento da sociedade civil, a
atos administrativos devem seguir o princípio da publicidade que fim de mostrar o porquê da existência do servidor público e sua
significa manter a total transparência na prática dos atos da Admi- necessidade. O porquê de sua necessária e constante valorização.
nistração Pública. A Constituição de 1988 estabelece que a única maneira de pro-
• Ser discreto nas relações de trabalho e nas relações com o vimento de cargos públicos efetivo é através de concurso. Atual-
cidadão-usuário é preservar a privacidade e a individualidade, não mente, a maior parte do funcionalismo público de cargos efetivos é
invadir a privacidade, não espalhar detalhes da vida pessoal nem formada por servidores concursados, aprovados em certames que
tampouco detalhes de assuntos que correm em segredo de justiça. exigem muito preparo.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Mas,  uma boa parte dos cargos comissionados, a maioria car- Atendentes, motoristas, recepcionistas, dirigentes, telefonis-
gos de gestão, são ocupados por servidores nomeados segundo cri- tas, técnicos, terceirizados, representam uma instituição aos olhos
térios de interresses políticos. Isso gera um quadro onde o servidor do público externo.
tem uma boa formação, mas os chefes são amadores. Tudo e todos comunicam. Cada integrante de uma organização
Além disso,  há uma gama de outros funcionários selecionados é um agente responsável por ajudar o cidadão a saber da existência
pelo critério “quem indica”, contratados temporariamente, ou ter- de informações, ter acesso fácil e compreensão, delas se apropriar e
ceirizados, ou para Consultoria e cujos contratos são renovados inú- ter a possibilidade de dialogar e participar em busca da transforma-
meras vezes equivalendo na prática a quase um cargo permanente. ção de sua própria realidade. (DUARTE, Jorge, 2007, p. 68).
Infelizmente há ainda esses que caem de paraquedas no serviço O Estado, portanto, fala por meio de seus servidores. Ao aten-
público. der o cidadão, ele é um braço do Estado em posição estratégica
Entretanto, o que se percebe é que a cena da repartição cheia de porta-voz dos serviços disponíveis e “tradutor” de normas e
de máquinas de datilografia e cadeiras com paletós sobre elas re- procedimentos, incumbido de adequar o conteúdo e a linguagem
pousando, hoje é tão pitoresca quanto rara. a cada demanda e a cada interlocutor. Além disso, também está em
É claro que exames rigorosos para admissão de novos servido- situação privilegiada para captar as impressões, críticas, desejos e
res aumentam a qualidade do funcionalismo , mas não é só isso. É necessidades do público, na medida em que o contato direto coti-
preciso estruturar carreiras no serviço público com cursos obrigató- diano com os cidadãos oferece subsídios para identificar fragilida-
rios e específicos para o setor público. des no atendimento, nos processos, na divulgação dos serviços e na
Os cidadãos estão cada vez mais conscientes de que o serviço própria política.
público que lhe é prestado não é gratuito: é muito caro. Pagam- Lipsky (1980) destaca que esses atores têm informações que
-se tributos de várias espécies, numa complexa configuração fiscal podem indicar caminhos para aprimorar as políticas e promover a
(cumulatividade, bi-tributação, efeito cascata, guerra fiscal, etc...) gestão democrática dos programas. O valor estratégico da media-
que precisam arcar, inclusive, com os custos da burocracia excessiva ção que os servidores fazem entre o Estado e a sociedade, não só
e da provisão para fraudes. como executores, mas também definidores dessa relação, chama a
A sociedade está ciente de que o serviço público deve ser efi- atenção para a análise do seu papel na grande rede social interliga-
ciente e de que o servidor público está ali para servir a sociedade. da ao Estado.
O emprego público deve explorar as habilidades que fizeram o O que alimenta o funcionamento de uma organização é o que o
candidato ser empossado. A remuneração, a depender da carreira, funcionário sabe. (DAVENPORT; PRUSAK, 1998). Nessa perspectiva,
deve ser mantida em níveis competitivos ao da esfera privada. Mas, ele é percebido não como cumpridor de planos, mas um negocia-
nada disso visa a efemeridade do “status” que alguns servidores dor, capaz de incentivar o diálogo, coletivizar ideias, formular alter-
públicos apreciam. Tudo visa o fim público, objetiva a satisfação das nativas e articular a ação conjunta.
necessidades coletivas. A complexidade dos problemas sociais requer retroalimenta-
Uma nova política de recursos humanos é necessária. Deverá ção e aprendizagem constantes, decodificação das informações re-
ser permanente e estar em constante aperfeiçoamento, produzin- cebidas, flexibilização de regras e disseminação de conhecimento.
do, na ponta, servidores mais críticos, competentes, inovadores e Sob essa perspectiva, os servidores se revelam duplamente agen-
cientes de sua missão pública. Essa é a única forma de se resgatar, tes de comunicação pública: como agentes melhor posicionados
perante a sociedade, a dignidade da função, e se ganhar do público, para contribuir com informações e conhecimento para aprimorar
o reconhecimento devido. os serviços públicos (levando informação do cidadão para o Estado
Perante a sociedade, maus servidores não têm direitos - nem e deste para o cidadão) e também como agentes encarregados de
de grevar, porque são dispensáveis. Bons servidores, ao contrário, efetivar as políticas públicas.
competentes e atenciosos, tornam-se mais fortes e reconhecidos, A comunicação dirigida face a face pode viabilizar soluções
porque imprescindíveis. Não adianta simplesmente lutar pelo salá- cotidianas para os cidadãos que solicitam atenção e esperam por
informações corretas. Além disso, Argenti (2006) afirma que a cre-
rio sem ter postura e ética na hora de servir.5
dibilidade adquirida por meio do relacionamento com grupos espe-
cíficos tende a surtir mais efeito que campanhas e anúncios corpo-
O servidor na interação entre o Estado e a sociedade
rativos massivos.
Ao trazer para o debate a importância de priorizar os servido-
As organizações públicas, e especificamente as administra-
res públicos nos processos de comunicação e relacionamento, par-
ções municipais, que desejam atingir resultados na implantação
te-se do pressuposto de que é no dia a dia, no atendimento face a
das práticas de comunicação com seus cidadãos precisam utilizar
face que o Estado mais é chamado a se posicionar.
com eficiência o contato direto com estes, gerando interatividade e
E é nessa circunstância de interação direta entre os represen- contribuindo para a constituição de imagem favorável. (GERZSON;
tantes do governo e aqueles que compõem a sociedade, que a ima- MULLER, 2009, p. 65).
gem construída nos demais meios de comunicação se confirma ou Woodrow Wilson, um dos inspiradores do paradigma clássico
é atirada por terra. da administração pública, já em 1887, demonstrava a importância
A maioria das críticas ao governo é recebida pela equipe de de aproximá-la da sociedade. Ele defendia a eliminação do anoni-
trabalho antes de chegar às autoridades eleitas. E quem mais exer- mato burocrático e a discricionariedade como formas de aumentar
ce esse papel de “para-raios” é o servidor que trabalha em contato a responsabilidade e criticava a desconfiança ilimitada nos adminis-
direto com o cidadão. Seja nos setores destinados exclusivamente tradores e nas instituições públicas.
ao atendimento de reclamações e solicitações, seja na portaria, na Considerando tais questões, abordar a comunicação pública
rua, na obra, nas escolas, nas unidades de saúde ou nos setores sob o prisma da relação individual entre servidor e cidadão é uma
administrativos. Independentemente de seu perfil e função, ele é tentativa de compreender as estratégias e os mecanismos envolvi-
reiteradamente indagado pelo cidadão sobre os serviços oferecidos dos na comunicação formal e informal e o modo como os servidores
pela administração pública, bem como sobre as formas de acesso e lidam com os interesses e as demandas dos cidadãos.
os prazos de execução. Chamar a atenção para o papel dos servidores na adequação
das políticas governamentais é considerar que ações públicas não
5 Fonte: www.metodologiacientifica-rosilda.blogspot.com.br
são isentas. Elas trazem a marca dos interesses e das percepções de

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
seus executores, o que pode causar distorções entre as necessida- Do ponto de vista comportamental, muito do que se sabe so-
des dos cidadãos e o que o Estado lhes oferece. (SKOCPOL, 1985). bre as estratégias de interação entre os servidores e os cidadãos
Busca-se, portanto, destacar a necessidade de considerar que o Es- deve-se às pesquisas empíricas desenvolvidas por Lipsky (1980). O
tado se submete não só a interesses localizados na sociedade, mas autor afirma que os servidores públicos desenvolvem um conjunto
também aos interesses de seus próprios membros. de estratégias que são postas em ação de acordo com o tipo de
Segundo Rhodes (1986), implícito à concepção de redes está o demanda existente.
argumento de que a implementação é um elemento-chave no pro- Chamado de “burocrata no nível da rua”, por Michael Lipsky
cesso político, pois os objetivos iniciais podem ser substancialmen- (1980), o servidor focado nesse estudo trata-se de um prestador de
te transformados quando levados à prática. serviços públicos, diretamente atuante na oferta desses serviços e
Porém, a concepção tradicional da administração pública pres- com contato pessoal com os usuários. A burocracia de nível de rua
supõe que as políticas são implementadas tal como foram planeja- (street level bureaucracy) considera que os escalões mais baixos são
das, desconsiderando o contexto e as especificidades de quem as essenciais para o funcionamento efetivo e prega que a aproxima-
implementa e de quem as recebe. Focar as redes numa perspectiva ção ajuda a definir a relação entre Estado e sociedade. (FERRAREZI,
micro possibilita perceber in loco como, de fato, a implementação 2007).
das políticas é efetivada. Dasso Junior (2002) destaca que o papel a ser desempenhado
O distanciamento hierárquico e a falta de interação entre os pelos servidores diante da necessidade de flexibilizar procedimen-
formuladores (agentes políticos) e implementadores (agentes ad- tos burocráticos incongruentes com a realidade dos atendimentos
ministrativos) podem gerar distorções em ambos os processos, re- passa por reconstruir a capacidade analítica do Estado. É preciso
fletidas na distância entre a política planejada e a política que chega “dotar a administração pública de capacidade para dar respostas
ao cidadão. A implementação dos programas criados nos níveis hie- às demandas sociais, definidas através de processos participativos”.
rárquicos superiores pode diferir do que foi proposto, por diversos (DASSO JUNIOR, 2002, p. 13). Para isso, o autor defende a flexibili-
motivos: a falta de entendimento, a não explicitação dos objetivos, zação e redução da estrutura hierárquica, bem como a inclusão dos
os interesses políticos de quem implementa a ação, a (re)significa- servidores na formulação e gestão das políticas.
ção em função da vivência e percepção do servidor, ou mesmo a “O instrumento fundamental de ação do servidor é a informa-
adaptação consciente às condições de trabalho ou às condições es- ção, o que requer capacidade de captar, transferir, disseminar e uti-
pecíficas dos cidadãos atendidos. lizá-la de forma proativa e interativa.” (JUNQUEIRA; INOJOSA, 1992,
Dentre os fatores que podem levar a essa desconexão está o p. 29). Mas, para alterar o formato instrumental de comunicação, é
fato de que os trabalhadores que estão em suas atividades diárias preciso vencer resistências e posições arraigadas. A construção de
em contato direto com os cidadãos possuem suas próprias referên- relacionamentos requer a superação de barreiras como a resistên-
cias; eles agem em respeito a elas (...). É relevante o fato de as po- cia de gestores e servidores historicamente acostumados com es-
líticas públicas serem executadas no nível da rua, por funcionários truturas hierarquizadas e com um processo verticalizado e marcado
muitas vezes desconhecedores das políticas conforme o desenho pela apropriação e pelo controle da informação.
original, desmotivados, sobrecarregados, trabalhando sob situação Ao se analisar o Estado após o processo de redemocratização
de estresse devido ao alto grau de incerteza inerente à diversida- do Brasil, é possível verificar que a incapacidade de os governos
de das necessidades dos clientes e aos parcos recursos disponíveis, centrais darem respostas a demandas sociais cada vez mais com-
quer para o pagamento dos salários, quer para a execução mesmo plexas, diversas e conflitantes, cujos atores reivindicam atenção di-
das políticas. (SCHMIDT, 2006, p. 17-18). ferenciada, resulta na descentralização administrativa.
Hogwood e Gunn (1993) listam diversas precondições para a Embora tal medida, baseada no modelo da nova gestão públi-
adequada implementação das políticas públicas. Dentre outros fa- ca, busque proporcionar mais flexibilidade e autonomia para apro-
tores, eles apontam o acordo sobre os objetivos, a perfeita comuni- ximar as estruturas de decisão dos cidadãos, a tendência dos gover-
cação e coordenação e a obediência aos superiores. Considera-se, nos em implementar políticas autorreferentes persiste. Verifica-se
no entanto, que tais aspectos dificilmente serão totalmente atendi- uma proliferação de decisões “por um pequeno círculo que se loca-
dos porque os indivíduos tendem a resistir a serem tratados como liza em instâncias enclausuradas na alta burocracia governamental”.
meios. Eles interagem como seres integrais, trazendo suas próprias (DINIZ, 1998, p. 34).
perspectivas. Assim, o desenho institucional trazido pela nova administração
Mesmo que a formalidade burocrática vise a padronizar proce- pública aumentou o isolamento dos decisores. (DINIZ, 2000). Via de
dimentos, os servidores têm uma certa liberdade de decisão. Sua regra, eles trabalham em gabinetes distantes dos pontos de atendi-
adaptação às normas pode ser feita de modo a desvirtuar comple- mento e não mantêm contato frequente com os cidadãos atingidos
tamente os objetivos, ampliando ainda mais as cobranças relativas por suas decisões. Por outro lado, a maioria daqueles que mantêm
aos procedimentos burocráticos irrelevantes ou promovendo uma contato cotidiano com os cidadãos no processo de implementação
adaptação favorável ao cidadão, explicando os trâmites de forma e disponibilização das políticas, nos balcões de atendimento, repre-
simplificada, apontando alternativas ou mesmo flexibilizando as sentando o governo em reuniões com os diferentes grupos asso-
normas para melhor atender cada cidadão. ciativos da sociedade civil, ou executando políticas de educação,
Assim, as prioridades outorgadas pelos planejadores também saúde, habitação, infraestrutura e assistência social, exerce suas
são influenciadas pelo poder político de instâncias do próprio po- funções longe dos níveis hierárquicos estratégicos. Não raro, seu
der público. Destaca-se, então, a importância de focar a tríade go- papel é considerado inexpressivo no modelo top-down de imple-
verno-servidor-cidadão na comunicação pública. Entende-se, neste mentação de políticas.
caso, que o governo é o agente do primeiro escalão, responsável A participação no gerenciamento pode criar motivação para o
por grandes decisões e por formatar e planejar a implantação das trabalho e mais independência além, é claro, de proporcionar mui-
políticas públicas. Por outro lado, considera-se que tanto a política tos benefícios para a instituição, que poderá entender melhor as
quanto a comunicação pública direcionadas ao cidadão só se efeti- demandas do cidadão, ao mesmo tempo em que o beneficia com
vam na ação, e o servidor que as implementa pode alterar o curso um atendimento mais adequado.
delas. Resolver problemas, seguidas vezes partindo do zero e utilizar
esforços em duplicata são, segundo Davenport e Prusak (1998), prá-
ticas comuns nas quais o conhecimento14 de soluções já criadas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
não é compartilhado. Os autores destacam que há um saber oculto, A análise de rede aponta o poder de influência dos atores com
em estado latente no processo de trabalho e na mente dos traba- base em diferentes aspectos posicionais. Ela identifica não só os
lhadores, que pode ser conhecido e socializado. A transferência de líderes de opinião, caracterizados como aqueles que mais influen-
conhecimento nas organizações também ocorre nas conversas in- ciam as atividades, os relacionamentos e as informações na rede,
formais e contatos pessoais. O desafio é transformar o conhecimen- mas também os membros pelos quais passam os fluxos mais in-
to latente em linguagem comunicativa, de modo a incorporá-lo ao tensos, aqueles que mais intermedeiam contatos ou aqueles cujo
processo de trabalho e ao patrimônio da instituição. potencial pode ser melhor explorado; além das conexões diretas
Tal como destacam tais autores, se a realidade política de uma e indiretas, o grau de reciprocidade; a interação dentro e entre os
organização permite que se multipliquem enclausuradores do co- subgrupos e a coesão das relações. De forma análoga, também é
nhecimento, o intercâmbio será mínimo. Eles defendem que, ao possível identificar aqueles que constituem barreiras, comprome-
invés de as informações serem represadas nos altos escalões ou tendo o processo comunicacional.
mesmo em nível gerencial, elas tenham fluxo entre os níveis hie- Assim, a análise da comunicação organizacional, sob o prisma
rárquicos e cheguem à ponta, aos funcionários que representam das relações em rede, possibilita responder questões como: com
diretamente a organização nos atendimentos cotidianos. Assim, a quem cada indivíduo busca informação sobre determinado assun-
informação constituiria não só recurso estratégico para o planeja- to; quais deles se conhecem ou quem tem acesso a quem; com que
mento, controle e tomada de decisão, mas também para embasar frequência trocam informações; se os colegas sabem com quem
as ações cotidianas. buscar cada tipo de informação; se utilizam tais fontes; que tipo de
relação estabelecem. Mais que responder tais questões, a análise
Análise de redes sociais na comunicação organizacional demonstra como cada aspecto influencia a estrutura de relações
A abundância de fluxos e demandas informacionais requer do grupo.
reconhecer a organização como ator social com influências mul- A rede considera a dinâmica dos objetos empíricos das ciências
tidirecionais. Nessa perspectiva, a rede não é apenas uma cadeia sociais e, portanto, é mutável. Ela possibilita
de vínculos, mas também uma maneira de analisar e entender os indicar mudanças e permanências nos modos de comunicação
processos de comunicação no contexto das organizações de uma e transferência de informações, nas formas de sociabilidade, apren-
forma dinâmica e próxima da prática cotidiana, considerando-se as dizagem, autorias, escritas e acesso aos patrimônios culturais e de
relações que as constituem. saberes das sociedades mundializadas. (MARTELETO, 2010, p. 28).
Ao estabelecer vínculos internos e externos entre diferentes Com isso, as redes constituem um meio de aprimorar a comu-
conjuntos de ação, a análise das redes de comunicação possibilita nicação, respeitando a autonomia e as diferenças individuais, onde
estabelecer nexos explicativos entre as relações dinâmicas do sis- cada um constitui uma unidade em si, único em forma e posição.
tema do “nós” da comunidade de comunicação com o ecossistema Ao considerar a capacidade e os recursos informacionais de cada
externo do “eles” possibilitando, inclusive identificar suas dialéticas membro e sua competência em compartilhá-los, a rede possibilita
na definição cognitiva de um campo de ação comum. (HANSEN, melhor promover articulações tanto na concepção quanto na exe-
2006, p. 2-3). cução de suas funções.
Dentro das organizações, pode-se utilizar a metodologia de A comunicação no contexto das organizações como processo
rede para identificar relações de cooperação e conflito, bem como relacional entre seus membros e destes com redes externas não é
para avaliar a influência da hierarquia e de interesses individuais restrita às relações hierárquicas e aos meios formais. Mais que as
nas relações, as interações dentro dos setores e transetoriais, as estratégias utilizadas pelos meios de comunicação institucional e
competências e as relações de poder. No aspecto das redes exter- mais ainda que os aspectos estritamente hierárquicos, analisar a
nas, cabe considerar o atendimento, a captação de informações comunicação nesse contexto requer uma abordagem a partir dos
que possibilitem adequar às demandas e as relações estabelecidas vínculos, construídos intencionalmente ou não e que estão em
com outras organizações. constante interação e transformação.
Se por um lado, a análise de redes sociais trabalha com os mes-
mos instrumentos de captação de dados utilizados pelas ciências A comunicação não é algo estanque. Ela existe a partir de uma
sociais: questionários, entrevista, análise documental; por outro, rede de relações que produz múltiplos sentidos. Nessa concepção,
ela oferece novas possibilidades na análise de tais dados. a proposta é abordar a comunicação organizacional como um pro-
A análise de redes sociais tem uma dimensão propriamente so- cesso social capaz de reconfigurar-se e reconfigurar continuamente
cial e comunicacional, que permite traçar os elos, as interações e as a organização. Ao mesmo tempo em que ela constitui a realidade
motivações dos atores em função do convívio (concreto ou virtual) e da organização, ela modifica estruturas e comportamentos.
dos interesses e dos objetivos compartilhados. (MARTELETO, 2010, Embora a análise de redes possibilite mapear o fluxo informal
p.39) de informações, percebe-se que os atores mais centrais são os líde-
Nessa rede cujos nós são conectados pela relação que estabe- res formais. Gerentes e coordenadores possuem grande influência
lecem, percebe-se que não só emissor e receptor se ajustam e se sobre o fluxo de informação. A unilateralidade das relações aponta
influenciam na interação como também recebem outras influências uma reduzida permeabilidade da rede ao cidadão. Os atendentes,
diretas e indiretas. A análise de redes sociais possibilita mapear e cuja função é manter contato direto com o cidadão, em geral, es-
analisar não apenas a mútua afetação, mas múltiplas afetações de- tão à margem. Atores periféricos, eles interagem com o ambiente
correntes das interações intraorganizacionais e sociais mais amplas. externo e captam novos elementos que poderiam possibilitar a ino-
No enfoque da rede, ter prestígio significa ser um ator que re- vação dentro da rede. No entanto, sua tímida participação no envio
cebe mais informações do que envia. (WASSERMAN; FAUST, 1999, de informações para os demais faz com que grande parte dessas
p. 173). Sendo assim, a partir da análise das ligações é possível informações se percam.
identificar indivíduos mais bem posicionados em relação ao fluxo Considerando o servidor como ator com grande potencial não
relacional e que, em razão desta posição, possuem maior poder de só para a definição e implementação de políticas públicas, como
influenciar a comunicação entre os indivíduos com os quais se re- também para a participação individual do cidadão, o mapeamento
lacionam. da rede e a análise das relações indicam a necessidade de incentivar
o aumento da densidade das relações e a reciprocidade dos laços.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
O histórico de reformas administrativas e a influência dos di- Este mesmo princípio de empatia se processa para quem dese-
versos modelos de gestão pública emergem. A rede está inserida ja se comunicar. Para conseguir um ótimo resultado, basta colocar-
no centro da aposta de uma administração gerencialista focada em -se no lugar do outro e gerar estímulos adequados conforme o jeito
metas e resultados. No entanto, a reprodução do organograma nas do outro funcionar, de processar informações, de entender confor-
relações informais é um indicativo da influência do padrão burocrá- me o seu nível cultural ou limitações de vocabulário, conceitos e
tico de administrar. experiências pessoais. A pergunta ideal para termos a evidência se,
Desconsiderar a ponte entre a rede intraorganizacional e a rede de fato, o outro entendeu o que dissemos é “O que você entendeu
extraorganizacional do órgão como elemento estratégico de acesso do que eu disse?”. O mundo seria, certamente, bem melhor e as
ao cidadão por meio da interação pessoal é criar uma barreira. É pessoas conseguissem relacionar-se melhor se pudessem fazer e
por meio da interação entre as redes que elas se renovam. A troca responder a essa pergunta;
de informações é que as torna dinâmicas e possibilita inovações. d) Voz: Outra grande dificuldade para muitos (e o problema é
que desses, poucos sabem) é sobre a utilização adequada da voz.
A ARTE É COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL Há pessoas que falam muito devagar, outras ainda que tem dicção
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e ruim ou falam de forma linear ou ainda com volume muito baixo.
prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são per- A questão é simples: Como posso esperar, de fato, que alguém
cebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação se me compreenda ou preste atenção no que digo se nem sequer con-
processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um franzir sigo entender o que estou dizendo?
de cenho, um levantar de sobrancelhas, podem comunicar muito e) Corpo: Curiosamente, a expressão corporal assume até mais
mais do que está contido em uma mensagem manifestada através importância do que a voz e, em alguns casos, do que o próprio con-
das palavras. Em 15 anos atuando como professor de Comunica- teúdo. Medo de olhar nos olhos, expressão facial incongruente com
ções Verbais, tendo treinado mais de 13.000 pessoas, tenho obser- o conteúdo, aparência mal cuidada, ausência de gestos ou excessiva
vado algumas curiosidades que creio interessantes para que cada gesticulação, bem como posturas inadequadas são suficientes para
um possa refletir e tirar algum proveito. tirarem o brilho de um processo de comunicação;
f) Vícios: Quantas vezes ouvimos, ou melhor, tentamos ouvir
PROBLEMAS DA COMUNICAÇÃO pessoas, acompanhar seu raciocínio, mas fica difícil pois ouvimos
Uma dessas constatações de pessoas que se dizem com gran- alguns ruídos, tais como “aaaa...”, “éééé....”, “tá”, “né”, “certo”, “per-
des problemas de comunicação é que, de fato, os problemas são cebe” repetidos inúmeras vezes. Deixamos de prestar atenção no
relativamente simples e de fácil solução. O que ocorre é que esse conteúdo e ficamos incomodados com esses sons que dificultam a
problema, por menor que seja, compromete todo o sistema de compreensão;
comunicação. Por exemplo, uma pessoa pode ter boa cultura, ser g) Prolixidade: Por acaso, você conhece pessoas que dão várias
extrovertida e desinibida, saber usar bem as mãos, possuir um rico voltas, entram em paralelas ou transversais, fazem retornos, dão
vocabulário e dominar uma boa fluência verbal. Pode possuir tudo marcha ré, engatam novamente a primeira marcha... Já deu para
isso, mas se falar de forma linear, com voz monótona irá provocar perceber que estamos falando de pessoas prolixas, ou seja: Nin-
desinteresse e sonolência aos ouvintes e, consequentemente, a co- guém aguenta por muito tempo ouvir aquelas pessoas que falam
municação ficou limitada. demais e desnecessariamente, principalmente sobre assuntos sem
O somatório desses pequenos problemas impede que uma interesse;
pessoa se comunique com fluidez e naturalidade. É o mesmo princí- h) Controle emocional: Você já ficou magoado e ficou chateado
pio de que: “A união faz a força”, ou seja, o conjunto dessas dificul- um dia inteiro por um simples fato ocorrido no trânsito ou um tom
dades neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, im- de voz mais elevado em um momento de discussão ou um “bom
pedindo-a de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando dia” que não lhe disseram? Você já imaginou o poder que você mes-
frustrações na vida pessoal e profissional: mo dá, assim, de presente a uma pessoa que você nem conhece,
a) Timidez: Há pessoas que possuem muito conhecimento e talvez nunca mais a veja na vida, ou mesmo que seja alguém conhe-
muito talento mas na hora de falar em público, em uma reunião cido, que é a capacidade de tirar o seu bom humor, seu otimismo,
ou quando convidadas para proferir uma palestra, ficam totalmen- ou a sua motivação? Esteja atento para essas armadilhas da comu-
te apavoradas e preferem fugir do que enfrentar. Se observarmos nicação e previna-se. Conheço uma frase de um filme de treina-
bem, uma pessoa não é valorizada por aquilo que sabe ou conhece, mento chamado “O Homem Milagre”, que diz o seguinte: “SNIOP”,
mas por aquilo que faz com aquilo que sabe. Por isso, a timidez tem ou seja: “Salve-se das Nefastas Influências de Outras Pessoas”. De
impedido muitas pessoas de conseguirem galgar melhores possibi- qualquer modo é importante que você mesmo mantenha o devido
lidades de sucesso na vida. Basicamente, os problemas de timidez controle emocional e saiba proteger-se dessas negatividades;
manifestam-se por medos, tais como de não ser bem sucedido, de i) Foco de mudanças: Você não pode mudar as atitudes e com-
errar, de ter o famoso “branco”. Outra evidência é a baixa autoes- portamentos de outras pessoas. Assuma! Você é o responsável ape-
tima, ou a sensação de incapacidade para se expressar diante de nas por aquilo que está ao seu alcance e pelas mudanças que pode
situações desafiadoras. Além disso, há o excesso de manifestações proporcionar a você mesmo;
no próprio corpo, tais como tremedeira, gagueira, sudorese, taqui- j) Motivação e autoestima: Considero um dos aspectos mais
cardia, chegando, em alguns casos até a desmaios; importantes da comunicabilidade de uma pessoa, a energia que
b) Saber Ouvir: Saber ouvir é muito mais do que escutar e dar- flui sutilmente através da sua voz e do seu corpo, das palavras e da
mos a nossa interpretação conforme desejarmos ou baseada nas sua postura, dos gestos e do olhar. É a expressão do seu otimismo
nossas próprias limitações. Saber ouvir é cultivar a difícil arte da ou pessimismo, da agressividade ou suavidade, do nível da sua au-
empatia que é a habilidade de se colocar no lugar do outro e pres- toestima. É a comunicação invisível, mas presente, percebida pelos
tar muita atenção no significado das palavras, na maneira em que sentidos. Quão agradável é a energia que flui de pessoas otimistas,
a pessoa está transmitindo, no seu estado emocional, seus limites bem humoradas, felizes, que diante das adversidades da vida en-
e conhecimentos; é olhar para os seus olhos, é perguntar se houver contram desafios que serão superados.
dúvidas, é evitar interpretar ou “alucinar” a partir do que foi dito;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Para concluir, cabe ressaltar a sutileza da comunicação das pes- existem muitos tipos, e cada uma possui seu próprio potencial que
soas que tem bondade no coração, a gentileza nos gestos, beleza e se desmorona à sua frente. Elas tem sido um componente-chave da
doçura nas palavras. “Sensualidade, alinhamento e graça permeiam realidade organizacional desde que existem as organizações, diga-
seus movimentos. Uma nobreza natural flui silenciosa e discreta- mos que, é a unidade natural para atividades de pequena escala,
mente em suas ações; há uma segurança pessoal apoiada na humil- desde o início da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII.
dade; uma reverência, um senso de humor mesclado com a cons- O mundo, após o final da II Guerra Mundial, estava em ruínas,
ciência do sagrado”. Essas são as pessoas que fazem mais do que se tinha recém se reconstruído e tornara-se altamente competitivo.
comunicar, irradiam luz e brilho pessoal. Em outros países, estavam-se experimentando novos modelos para
grandes organizações. O sucesso desses países deve-se a custa dos
O QUE É COMUNICAÇÃO INTERGRUPAL norte-americanos. O entusiasmo da prosperidade norte-america-
“Uma comunicação bem estruturada e efetiva provoca impacto na estava parada, e o novo entusiasmo viraria a velha pirâmide de
positivo no desempenho individual dos empregados”. Não obstante ponta-cabeça e iria devolver o foco à esquecida e básica unidade
todo o progresso tecnológico deve-se levar em conta uma verda- de operações: o grupo de trabalho ou equipe. Mas o que é uma
de fundamental. O homem, para produzir e sobreviver necessita equipe? O Japão após a II Guerra estava sem infraestrutura, mas
da comunicação. Comunicar-se com seu semelhante está na base possuía pessoas motivadas, com disposição cultural para trabalha-
de qualquer relacionamento humano. E mais: Quanto maior for o rem juntas e a visão e paciência para traçar estratégias e praticá-las.
entendimento entre as pessoas, melhor será o bem-estar existente Alguns anos mais tarde os japoneses estavam exigindo o máximo,
entre elas e mais produtivas elas serão. Diante dessa perspectiva é para todos os trabalhadores de todas as funções, e a missão de cada
que as organizações modernas, de grande ou pequeno porte, de- equipe era a melhoria contínua dos processos. Nenhuma idéia era
vem orientar-se, lembrando-se de que sua maior força produtiva, pequena demais e nenhum trabalhador insignificante. Todos parti-
de muito mais valia do que suas máquinas, são seus funcionários. cipavam.
A eles deve ser dada toda a atenção, para que convivam em har- São pessoas fazendo algo juntas. O algo que uma equipe faz
monia, conheçam os objetivos pelos quais trabalham e possam ser não é o que a torna uma equipe, é o juntos que interessa. Por várias
produtivos pela sua atuação em equipe. E o que pode produzir essa vantagens as organizações estão mudando de grupos para equipes,
ligação entre pessoas é a comunicação. em resumo:
Diversos sentimentos negativos podem surgir dentro da organi- Aumento de produtividade: Outra visão para oportunidades
zação quando essa não se preocupa em criar um eficiente processo que a gerência convencional deixaria passar despercebida. Organi-
permanente de comunicação com os empregados. Um sistema ine- zações que viram as equipes apenas como estratégia de redução de
ficiente de comunicação pode causar nos funcionários frustração custos não se desapontaram;
por se sentirem de certa forma menosprezados, e ansiedade por Melhoria de comunicação: Informações compartilhas e traba-
se verem diante do desconhecido, o que acaba provocando medos lho delegado. Equipes realizam tarefas que grupos comuns não po-
e incertezas quanto à segurança no emprego. Em um ambiente fe- dem fazer. Há conhecimentos demais para que uma única pessoa
chado de trabalho, no qual centenas de pessoas dependem da con- ou turma de funcionários possa saber tudo e competir com uma
fiança que depositam umas nas outras para o cumprimento de suas equipe de integrantes versáteis;
tarefas, a existência de um quadro psicológico negativo, inseguro, Melhor uso dos recursos: As equipes focalizam seus recursos
diminui a concentração no trabalho, a motivação e pode provocar mais importantes diretamente nos problemas. É o princípio de que
irritação e muito estresse em quem deve atender a programas rígi- nada pode ser desperdiçado;
dos de produtividade. Mais criatividade e eficiência na resolução de problemas: Além
Hoje, a importância estratégica da comunicação nos negócios de estarem mais motivadas, estão mais próximas dos clientes e
tornou-se tão grande que é impossível uma organização manter combinam-se. Elas invariavelmente sabem mais sobre a estrutura
seus níveis de produtividade e lucratividade sem que institua inter- da organização;
namente excelente processo de informação, de diálogo com seus Decisões de alta qualidade; Vem do princípio do conhecimento
funcionários. A existência de boa comunicação na empresa motiva compartilhado;
a boa execução das tarefas, elimina as incertezas, as ambiguidades Melhores produtos e serviços: As equipes aumentam o conhe-
e produz confiança e segurança. Para ser eficaz, o processo de co- cimento que, quando aplicado no momento certo, é a chave para a
municação não pode ser tratado como algo sazonal. Ao contrário, melhoria contínua;
precisará ser permanente, acurado, adequado ao contexto em que Processos Melhorados: Apenas as equipes, que possuem o co-
vivem os empregados. Ou seja, os empregados necessitam de uma nhecimento de todas as funções, podem remover os obstáculos e
comunicação just in time, isto é, a informação certa, na medida cer- acelerar o ciclo;
ta e no tempo certo para executarem com êxito suas tarefas. Diferenciam enquanto integram: As equipes permitem às orga-
A propósito, é bom lembrar o que diz Levine and Wright Ko- nizações misturar pessoas com diferentes tipos de conhecimentos
zoles que, “quando os empregados são mantidos informados, ten- sem que essas diferenças rompam o tecido da organização.
dem a se sentir mais satisfeitos com seus trabalhos, apresentam As organizações mudaram da velha pirâmide hierárquica para
um moral de nível mais alto e são motivados a serem empregados trabalharem em equipes, e muitas já fracassaram no início. E agora
produtivos”. Continua sendo verdadeiro afirmar que a existência de será que compensa continuar com isso? Ou deve-se voltar para a
um processo de comunicação bem planejado e executado provo- velha pirâmide da burocracia? Quando fracassam, é quase sempre
ca impacto positivo no desempenho individual dos empregados. porque a organização que as emprega voltou-se para equipes para
Como se vê, o impacto da comunicação sobre os empregados deve diminuir a gerência de nível médio, sem dar-lhes atenção, ferra-
ser avaliado de maneira muito mais profunda e crítica para que as mentas, visão, recompensas, ou a clareza de que necessitam para
empresas atinjam suas metas em parceria com seus funcionários. serem bem sucedidas. As empresas que abordam a formação de
equipes com a orientação de numerador (potencial de uma empre-
O QUE É EQUIPE sa para crescimento) não abandonam a ideia da lucratividade de
Há alguns anos atrás, não falavam em equipe, elas existiam seus resultados financeiros.
mais eram convencionais, orientadas para a função, compostas de
especialistas nessas funções. O mundo está cheio de equipes, e

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
NECESSIDADES HUMANAS Pesquisas mostram que quanto maior a habilidade de um líder
O ser humano, como ser social, necessita de interação com ou- em utilizar os métodos de supervisão em grupo, tanto maiores se-
tras pessoas, da mesma forma que necessitamos da água, ar, etc. rão a produtividade e as satisfações encontradas no emprego, pe-
Uns mais ou menos do que outros. Mas o que obtemos uns dos los subordinados. A frequência das reuniões de grupo de trabalho,
outros? bem como a atitude e comportamento do superior em relação às
Afeição: Todo ser humano necessita de afeição; ideias dos subordinados, afetam o grau em que os subordinados
Afiliação: É o sentimento de pertencer a algum grupo ou orga- acham que o supervisor é bom nas relações humanas. Assim, um
nização; supervisor ou gerente só deve fazer uma reunião se realmente esti-
Reconhecimento: Uma vida sem reconhecimento é algo super- ver interessado em servir-se das idéias dos subordinados.
ficial; Uma atitude solidária por parte do chefe/supervisor, assim
Troca de ideias: É a maneira mais rápida e prática de aprender; como a utilização construtivas das reuniões de grupo, é necessária
Valorização pessoal: Processo de benchmarking pessoal. para desenvolver orgulho e lealdade no grupo. Supervisores que
Alguns tipos de cultura, não só antigamente, mas ainda hoje, são altamente cotados pela administração fazem uso frequentes de
fazem ao contrário para punir alguém, excluem-no, não o deixando reuniões de grupos para tratar de problemas relativos ao trabalho.
relacionar-se com outros membros. Nós ainda queremos que gos- Outro fator importante registrado, é que mestres de grupos de
tem de nós, ainda usamos uns aos outros para aprender, realizar trabalho de elevada produção reportam, com muito mais frequên-
tarefas complexas e enfatizar nosso valor individual como colabo- cia do que mestres de grupos de baixa produção, que seus grupos
radores. A afiliação existe em diversas gradações de intensidade e de trabalho apresentam bom desempenho quando os mestres es-
acontece por diferentes razões, uma delas, é a fim de sobreviver. O tão ausentes. Aparentemente mestres de alta produtividade criam
indivíduo isolado é solitário; ele também é ineficaz e vive pouco. no interior do grupo de trabalho expectativas, a capacidade e as
Para muitos membros de equipe, sua equipe é sua passagem metas necessárias para seus funcionamento normal na ausência do
para a sobrevivência. A equipe fornece a força dos números que mestre.
serve, muitas vezes, de camuflagem para esconder seus fracassos Os grupos de trabalho com maior orgulho de sua capacidade
ou mediocridade. Eles farão o que for necessário, incluindo juntar- de produzir ou com maior lealdade pelo grupo tendem a ser grupos
-se a uma equipe, para sobreviver. de altos índices de produtividade. O alto índice de lealdade em um
Formar equipes não é uma ideia inovadora, isto está em nosso grupo, não está necessariamente relacionada com produtividade.
sangue, queremos fazê-lo e bem, mas temos essa tendência de estra- Existem consideráveis indícios que grupos de trabalho podem ter
gar tudo na execução. Quando as coisas estiverem difíceis, ajuda lem- objetivos que influenciarão a produtividade e custo tanto favorável
brar que nossas intenções são sempre boas no fundo, e muito naturais. como desfavoravelmente. A capacidade e tendência de grupos de
trabalho para restringir a produção foram encontradas em muitos
NECESSIDADES INDIVIDUAIS X NECESSIDADES DE EQUIPE estudos. As organizações informais que se compõe quase na tota-
Mesmo com a tendência do ser humano pertencer a uma equi- lidade ou da maioria dos membros dos grupos de trabalho podem
pe, não queremos desenraizar nossas vidas e prioridades indivi- restringir ou aumentar a produção, aumentar as faltas e, de outras
duais pelo bem de um grupo de trabalho desprezível qualquer. Se maneiras, influir nos objetivos da empresa.Portanto já se verificou
os membros de uma equipe não tiverem suas necessidades indivi- que aumentos substanciais de produtividade e reciprocamente di-
duais satisfeitas ou pelo menos direcionadas para um mesmo obje- minuição do desperdício, quando os objetivos grupais são alterados
tivo, dificilmente serão uma grande equipe; e não conseguirão atin- de forma a se tornarem compatíveis com os da organização. Razões
gir suas metas de forma oportuna, porque as metas de sua equipe diversas parecem concorrer para maior produtividade dos grupos
estão sendo sutilmente enfraquecidas por uma grande quantidade de trabalho com elevado índice de orgulho e lealdade entre os cole-
de metas pessoais insatisfeitas. gas. Uma delas é que os trabalhadores nesses grupos revelam mais
Trabalho eficaz em equipe significa saber manter um equilíbrio cooperação para realizar as tarefas.
constante entre as necessidades da equipe e as necessidades in-
dividuais. Não apenas as básicas de sobreviver através de filiação, TRABALHO EM EQUIPE X AGENDA SOCIAL
mas também coisas que cada um deseja, coisa que nada tem a ver O propósito da equipe é reunir pessoas e fazer coisas juntas,
com equipes ou cargos. As equipes devem desconfiar de membros e o propósito da agenda social é satisfazer suas necessidades pes-
que não tem qualquer intenção honesta de serem membros ativos soais de afiliação ao estar envolvido em um grupo. Um deles diz
da equipe. Sacrifício, lealdade e a vontade de passar por um pouco respeito a trabalho, o outro não. Se conhecermos os detalhes uns
de dificuldades uns pelos outros apenas ocorrem quando as cartas dos outros logo no início, poderemos resolver ansiedades e expec-
estão na mesa e as pessoas podem ser honestas acerca de suas ne- tativas antes que elas arrastem a equipe para baixo. Algumas ve-
cessidades. Quaisquer que sejam as metas pessoais, precisamos sa- zes a definição de trabalho em equipe e agenda social torna-se um
ber quais são para lidar com elas, ou ao menos reconhecê-las, como pouco indefinida. Pesquisadores afirmam que a agenda social é um
equipe. Quando sabemos o que nossos companheiros desejam que componente necessário para manter a sanidade durante o traba-
consigamos e o que nós mesmos queremos, forma-se um excelente lho, aliviar o estresse.
vínculo entre os membros.
AS POTENCIALIDADES DO TRABALHO EM EQUIPE
O QUE É TRABALHO EM EQUIPE O pequeno grupo face a face é uma unidade tão importante
Uma das condições essenciais nas organizações é o trabalho quanto o indivíduo, na organização. Os dois não se opõem. Isto só
em grupo. Parece bastante simples, visto que as necessidades e os pode ser realizado se certas exigências forem cumpridas. Teremos
resultados alcançados são de longe muito mais significativo do que de aprender a distinguir entre atividades que são próprias para gru-
o trabalho separado. Então o desafio resume-se somente em colo- pos e as que não são. Na medida em que essas exigências forem sa-
car as pessoas ao lado das outras e explicar bem os desafios e dar tisfeitas, faremos algumas descobertas importantes. Por exemplo:
condições para a realização das tarefas, certo? Errado, o que parece O estabelecimento de metas em grupo oferece vantagens que
extremamente fácil, pode ser algo de extrema dificuldade, quando não podem ser obtidas pelo estabelecimento de metas por um in-
se tenta colocar em prática. divíduo;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Um grupo gerencial eficiente proporciona o melhor ambiente 5. O mito do “quanto mais, melhor” nas equipes: Há uma ten-
possível para o desenvolvimento individual; dência em algumas empresas de pensar sua organização inteira
Muitos objetivos importantes e muitas medidas de desempe- como uma equipe. Esta é uma expressão interessante mas sem uti-
nho podem ser criadas para serem aplicadas ao grupo, o que não lidade. Equipes, por sua própria natureza, não podem ser grandes.
acontece no plano individual; Em algum ponto elas deixam de ser equipes e tornam-se multidões.
Numa equipe gerencial eficiente, os aspectos de competição O tamanho da equipe é importante. Pequeno é melhor que grande.
encarniçada, que representam um prejuízo para o sucesso organiza- Uma equipe pode ser conduzida, dirigida por um líder, instituída
cional, podem ser minimizados pelo desenvolvimento da “unidade formalmente.
de propósito”, sem reduzir a motivação individual. Temos muito o
que aprender, e muitos preconceitos para vencer. Mas realmente REVIRANDO AS EQUIPES
acredito que essa transição seja inevitável, a longo prazo. Logo mais
já não será possível dirigir uma empresa complexa, interdependen- Fazendo As Equipes Passarem Por Estágios Rumo Ao Sucesso
te e cooperativa, como a companhia industrial moderna, com base Há quatro estágios no desenvolvimento de equipes que alme-
nas premissas totalmente ilusórias de que ela é feita de relações jam ser bem sucedidas: Todas as equipes bem sucedidas passam
individuais. por todos estes quatro estágios:
a) Formação: Quando os membros do grupo está ainda apren-
MITOS DA EQUIPE dendo a lidar uns com os outros. A formação é aquele estágio do
1. O mito do aprendizado através da aventura: O aprendizado desenvolvimento de equipe em que tudo está para se iniciado,
através da aventura é um evento de grupo em que uma equipe é quando a equipe é ainda somente uma equipe no sentido mais sol-
submetida a uma série de tarefas desafiadoras, físicas e mentais. to da palavra. Um dos sinais de uma equipe no estágio de formação
Frequentemente são realizadas em locais abertos, em um cenário é a extrema delicadeza, um esforço enorme para não ofender e para
idílico ou em um retiro nas montanhas, ou em um hotel fazenda ou não provocar animosidades. Isso é compreensível quando se consi-
parque. dera que as boas maneiras são instituídas de uma forma global para
Descobriu-se que as pessoas poderiam passar por transforma- evitar que as pessoas que não se conhecem não ameacem umas
ções comportamentais incríveis, se solicitadas a fazer coisas que co- às outras. Essa ânsia de se apresentar como não ameaçador é real-
mumente não faziam, com o resto do grupo atuando como apoio. mente a chave para quão ameaçador o estágio de formação real-
Há dois graus básicos de aprendizado por aventura: mente é. As pessoas que se reúnem pela primeira vez tem consigo
- De alto risco: São os de maior aventura, há um certo grau de todos os tipos de pergunta acerca de quais membros tem poder e
perigo físico real nos exercícios desse tipo; se eles compartilharão este poder e com quem, dúvidas a respeito
- De Baixo risco: Implicam um risco real muito pequeno. É o de suas próprias capacidades e a dos demais, e preconceitos sobre
aprendizado através da aventura de forma barata, geralmente uma os tipos de pessoas com que terão que se ombrear dentro na equi-
série de exercícios físicos ao ar livre, que podem ser realizados em pe. Em meio a tais sentimentos conflitantes, as pessoas se agarram
um parque ou num quintal. ansiosamente em alguma coisa para formar alianças temporárias.
Durante o estágio de formação, os potenciais colegas de equipe
As lições que as pessoas aprendem nestes grupos incluem a identificam similaridades e expectativas de resultados, concordam
superação do medo e da desconfiança, assim como a lição de que a com o propósito da equipe e identificam recursos possíveis e con-
força sinérgica do grupo trabalha para ajudar o indivíduo; juntos de habilidades. A formação é uma época de grande perigo.
As primeiras impressões são formadas e fixadas. As personalidades
2. O mito do tipo de personalidade: As categorias de perso- agressivas se movimentam para estabelecer o domínio;
nalidade também fornecem a cada membro de equipe uma nova b) Tormenta: Uma época de difícil negociação das condições
compreensão de si mesmo e um conjunto de iniciais para explicar sob as quais a equipe deverá trabalhar juntas. Estima-se que três
que tipo de personalidade tem. Mas a classificação de personalida- quintos da extensão de um projeto de equipe, do começo ao fim,
de não mede nada que seja importante para equipes. As equipes sejam constituídos com os dois primeiros estágios, formação e tor-
não se destacam ou fracassam em função de como as pessoas são menta. Nunca houve uma equipe que não tenha sido testada na
lá no fundo, seja em sua forma real ou percebida. Elas se destacam fase de tormenta. E a tormenta sempre vem como uma surpresa,
ou fracassam em função do que elas, de fato, realizam ou de como independentemente de como se tenha preparado para ela. Esta
elas, de fato, se comportam com relação a outros grupos que lhe é a hora de entrar, de explicar limites, de oferecer sugestões, de
são externos; manter um controle sobre a anarquia inevitável. A tarefa de treinar
3. O mito de que as pessoas gostam de trabalhar juntas: As é crítica, porque a tormenta é onde mais importantes dimensões
pessoas precisam de seu espaço para se sentirem calmas e segu- da equipe são delineadas. Juntamente com suas metas, as quais
ras. Passar o dia inteiro encurralados com colegas de equipe pa- a equipe começou a estabelecer durante a formação, esclarecer e
rece menos com uma receita para desempenho do que com uma implementar estes quatro elementos compreende a agenda inteira
peça teatral francesa de tédio existencial. Ao projetar um ambiente da equipe. O treinador está ali para ajudar, não para interferir. É tão
para equipes, não espere que as pessoas fiquem loucas para terem delicado como andar na corda bamba, porque o moral pode cair a
contatos constantes entre si. Respeite sua relutância em perder sua níveis baixos e as hostilidades emergirão e exigirão alguma espécie
identidade individual para a equipe; de reação. De qualquer modo, estas coisas acontecem na tormenta.
4. O mito de que o trabalho em equipe é mais produtivo do que A única reação errada em tal circunstância é a de tornar-se realmen-
o individual: A verdade é que as equipes são inerentemente inferio- te defensivo. Não houve intenção de ofensa.
res a indivíduos, em termos de eficiência. Se uma única pessoa tiver Os líderes devem compreender os sinais de tormenta. A tor-
informações suficientes para completar uma tarefa, ela sobrepujará menta é a esperança misturada com uma grande dose de temor.
uma equipe incumbida da mesma tarefa. Não há interfaces, repas- Durante a tormenta, todos os membros da equipe estão cogitando
ses de serviços intermediários entre indivíduos. Não há mal-enten- se são respeitados pelos demais. A tormenta é o estágio no qual
didos nem culturas conflitantes. Nenhum conflito de personalidade algumas pessoas decidirão diminuir o ritmo. Elas aparecerão para
ou algo assim. trabalhar, e ainda se comunicarão com membros de outras equipes,

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
mas não muito bem. Mas se olhar mais de perto para o comporta- Saúde Da Equipe A Longo Prazo
mento delas, ficará claro que a equipe considerada não é a equipe Tendo-se conseguido uma boa trilha para a equipe, tem-se que
que elas queriam, e por isso elas decidirão não ser membros entu- achar formas de conservá-las e evitar que ela se desgaste, transfor-
siastas; mando-se em um beco sem saída. A equipe sobrevive ao sucesso
c) Aquiescência: Uma época na qual os papéis são aceitos. Com lutando para manter o mesmo nível de atenção a seus próprios pro-
o passar da tormenta chega-se a um novo alinhamento e aceitação cessos como ela mantinha quando começou a ter êxito. O ponto de
dos papéis na equipe. O sucesso experimentado durante o estágio referência é a melhoria contínua, a idéia de que o processo pode
de aquiescência é um sucesso marcado por contradições, de que ser melhorado indefinidamente. A clareza contínua significa que
o grupo se torna mais forte à medida que os indivíduos cedem em deve-se estar constantemente esclarecendo a clareza já alcançada
suas defesas-chave, reconhecem pontos fracos e pedem a ajuda das durante a formação inicial da equipe. Não basta que os membros
pessoas como formas de compensação. O estágio de aquiescência de equipe se reúnam e discutam com detalhes suas metas e visões
é definido pela aceitação dos mesmos papéis que a tormenta rene- em um determinado dia. Eles tem que continuar mantendo aquele
gou. Os relacionamentos que começaram no estágio da formação, entendimento novo e claro no dia seguinte, um dia após o outro.
tem a oportunidade de se aprofundarem durante a aquiescência. A clareza contínua significa enumerar continuamente as coisas que
Durante a aquiescência as arestas não tratadas do conflito come- levam a equipe ao sucesso e perguntar se elas estão funcionando ou se
çam a ceder. O que aconteceu é que as agendas ocultas pelos mem- precisam ser trabalhadas de alguma forma. Adotar uma atitude de diag-
bros durante a tormenta foram desmascaradas ou diminuíram de nóstico contínuo sobre si própria. Normalmente há alguém na equipe
importância. A necessidade das pessoas de avaliar seus domínios que tem um jeito especial para o pensamento circunspecto, aquele que
sobre o grupo, sejam eles ativos ou passivos, reduziu-se na medida cobre todos os aspectos das coisas, o que é um requisito para o diagnós-
em que aumentou a intimidade do grupo; tico. Esta pessoa tem seus “fios” ligados de forma diferente da maioria
d) Realização: Quando níveis ótimos são finalmente alcan- das outras pessoas. Algumas equipes não tem ninguém que atenda a
çados. Realização não é ser viciado em trabalho. De certa forma esta descrição. Não podem designar ninguém para ser o controlador de
é o contrário, porque é admissão por cada membro da equipe de clareza e tem uma brutal dificuldade de permanecer focalizadas. Outras
que ele não pode fazer o trabalho sozinho. Trata-se de um nível de equipes tem o problema oposto, um ou mais membro gostam da tarefa
compromisso genuíno com as metas e objetivos da empresa que do diagnóstico. Estas pessoas são extremamente apaixonadas pela clare-
pode ser novidade para os membros de equipe individualmente. za. Seus egos e autoestimas estão excessivamente voltados para detec-
Os realizadores sabem o valor real de todos com que trabalham. tar variações mínimas. Elas visualizam como um bando de maníacos que
Os membros de equipe realizadores não demonstram cansaço se se aplicam chicotadas implacáveis com fins de autocorreção.
forem convocados no fim de semana para ajudarem a resolver um A razão para se ter uma equipe hoje é explorar o conhecimen-
problema aparente. A realização é um período de grande cresci- to e a inteligência das pessoas. A razão para se tê-la ao longo do
mento pessoal entre os membros da equipe. Com o compartilha- tempo é fazer com que o conhecimento e a inteligência cresçam,
mento de experiências, sentimentos e ideias de outros membros da se disseminem e se multipliquem. As pessoas às vezes confundem
equipe que advém de um novo nível de consciência. informações com conhecimento:
- Informação: É o que se tem em abundância pelo mundo, a
Equipes E Tecnologia informação é boa e indispensável para o término de muitas tarefas;
Naturalmente, a tecnologia é o que tornou possível esta espé- - Conhecimento: É um ponto de vista sobre a informação, uma
cie global de trabalho em equipe. Com sorte, a tecnologia irá ajudar teoria que lhe dá um contorno e um significado, acontece dentro de
para que isso tudo funcione. É difícil elaborar uma frase tecnológica nós e somente dentro de nós, é esta transformação mágica que nos
que signifique tanto e tenha tão pouca conotação como a palavra faz humanos, que nos permite mudar. Ao respirarmos, inspiramos
“groupware”, que é um software para uso em PC e voltado para informação e expiramos conhecimento.
grupos. Até agora os produtos de groupware se destinaram a dois
Conduzir eficientemente processos de comunicação interpes-
problemas principais, controlar o fluxo de trabalho e regular o con-
soal e trocar feedback de forma motivadora têm sido um grande
teúdo do trabalho ou uma certa combinação destas duas coisas.
desafio na liderança de equipes e grupos de trabalho em geral.
Decidir qual tecnologia é a mais indicada para tal equipe é uma per-
Sendo assim, o profissional precisa aprender a administrar:
gunta de porte, envolvendo tudo o que existe no mercado hoje,
• A correta utilização da comunicação verbal e não verbal
desde de programas de software, plataformas de hardware e mon-
• A comunicação como elemento de integração e motivação
tagem de fone/fax, até lápis e borracha. As tecnologias de equipe
na empresa
são raramente solicitadas pelas equipes, elas são em geral impostas • Competências técnicas e humanas
pela organização. Impor soluções às equipes subtrai a flexibilidade • Como o ouvinte percebe a sua comunicação
que queremos delas. • Gerenciamento de relações
Muitas equipes tem uma subequipe encarregada de monitorar • Resolução de conflitos
o desenvolvimento de novas tecnologias e recomendar compras. O • Como ouvir melhor: a arte de esclarecer e confirmar
trabalho dessas subequipes é difícil, pois tem que andar na ponta • Como especificar méritos e sugerir mudanças
dos pés em um campo minado de paradoxos que podem ser fatais. • A importância de argumentar para os valores do outro
A triste verdade é que, embora as tecnologias de equipe existen-
tes no momento sejam frequentemente fantásticas, as equipes es- Processo comunicacional:
tão ainda tropeçando em suas ferramentas, gastando seu precioso O processo comunicacional tem como maior objetivo a intera-
tempo aprendendo sistemas que não fazem o que elas querem que ção humana, buscando o estabelecimento das relações e o entendi-
façam ou que são muito difíceis de serem dominados por cada um mento entre os indivíduos.
dos membros da equipe e tentando fazer com que essas ferramen- Desde os tempos antigos, Aristóteles já dizia que:
tas façam coisas que elas simplesmente ainda não conseguem fazer. (...) devemos olhar para três ingredientes na comunicação:
quem fala, o discurso e a audiência. Ele quis dizer que cada um des-
tes elementos é necessário à Comunicação e que podemos organi-
zar nosso estudo do processo sob estes três títulos:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
1) a pessoa que fala; • Conhecimento: a extensão e profundidade do conhecimento
2) o discurso que faz; das pessoas sobre
3) a pessoa que ouve. • Um assunto pode restringir (se o assunto não é de conheci-
mento do emissor) ou ampliar (quando o receptor não compreende
É interessante notar que praticamente todos os modelos atuais a mensagem que está sendo transmitida) o campo comunicacional;
de processos comunicacionais são parecidos com o de Aristóteles, • Sistema sociocultural: a situação cultural em que o emissor
sendo que o que mudou foi a complexidade com que eles estão sen- se situa, com suas
do abordados. • Crenças, valores e atitudes influencia o tempo todo a sua fun-
ção de comunicador.
As primeiras abordagens da Comunicação defendiam um pro-
cesso comunicacional constituído por apenas quatro elementos Um requisito significativo no contexto organizacional é a repre-
fundamentais: emissor, receptor, mensagem e meio. Já as abor- sentatividade do emissor, ou seja, a posição hierárquica exercida
dagens mais recentes da Comunicação, defendem que o processo pelo emissor, que é de fundamental importância para a credibilida-
é desencadeado por oito elementos, são eles: objetivos, emissor, de da mensagem a ser comunicada.
mensagem, meio, receptor, significado, resposta e situação.
Todos os elementos do processo são interdependentes e de- Mensagem:
vem seguir uma ordem, para que haja uma integração lógica entre É o que vai ser comunicado pelo emissor. Deve estar adequada
esses elementos e o próprio processo comunicacional. ao nível cultural, técnico e hierárquico do receptor. É composta por
A seguir, os componentes do processo serão especificados um a um: conteúdo e forma.

Situação: O conteúdo representa o que será transmitido e depende dos


A situação pode ser considerada a circunstância na qual as objetivos do processo comunicacional. Não deve ser insuficiente ou
mensagens são passadas do emissor ao receptor. “Todos os pro- excessivo, deve comunicar o essencial, frente aos objetivos a se-
cessos de Comunicação acontecem em determinada situação, seja rem alcançados pelo emissor. O conteúdo também “deve ter uma
ela favorável ou desfavorável. A situação real que deve ser conside- sequencia lógica, ou seja, um início (objetivos), um meio e um
rada, no processo de Comunicação, é aquela percebida e sentida fim (conclusões).” A forma é a maneira pela qual a mensagem é
pelo receptor e não aquela vivida ou sentida pelo emissor”. Para transmitida. As formas básicas são as verbais e as não verbais. As
que a transmissão da mensagem seja considerada eficaz, deve-se verbais podem ser orais e escritas (palavras, letras, símbolos). Já
procurar a situação mais favorável, pois se o emissor procurar co- as não verbais, podem ser gestuais (mímicas, movimentos corpo-
municar-se em uma situação desfavorável poderá acontecer que o rais), vocais (timbre de voz e entonação) e espaciais (local físico e
receptor não lhe dará a atenção devida e, consequentemente, não layout).
entenderá a mensagem que lhe foi transmitida. (...) não há uma forma melhor do que a outra. A escolha da
forma depende de um conjunto de fatores, dentre os quais os mais
Objetivos: relevantes são: rapidez requerida (na transmissão da mensagem,
Podem ser caracterizados como os estímulos que levam o emis- na obtenção das respostas); quantidade de receptores; localização
sor a transmitir a mensagem. Como a Comunicação é um processo geográfica dos receptores; necessidade de formalizar a mensagem;
de interação, na qual as pessoas integram-se umas com as outras, necessidade de consultas posteriores sobre a mensagem; comple-
os objetivos podem ser considerados como “os interesses” que le- xidade do assunto tratado; facilidade de retenção da mensagem
varam o emissor a interagir com o receptor. Alguns exemplos de (lembrança)
objetivos: ouvir opiniões a respeito de algo ou dar um aviso sobre o
churrasco de fim do final de semana. Além disso, também se destaca que um único processo pode
Além dos objetivos serem um interesse que o emissor tem em utilizar mais de uma forma de Comunicação. Um exemplo de con-
relação ao receptor, alguns autores lançam uma reflexão intrínseca teúdo e formas diferentes de se transmitir a mensagem pode ser:
de que os objetivos também devem chamar a atenção de quem re- demissão de um colaborador da Organização (conteúdo) – comuni-
cebe a mensagem, porque senão o receptor não se sentirá atraído cada por e-mail a todos os outros colaboradores (forma não verbal)
e também não verá utilidade alguma na mensagem. Desta forma, ou na reunião pelo gerente (forma verbal).
para que o receptor perceba a utilidade da mensagem, o emissor
deve conhecer as necessidades, os gostos, ações, pensamentos, Meio:
crenças e valores de quem vai receber a mensagem, pois só assim Pode ser chamado, também, de canal ou veículo de transmis-
a Comunicação valerá a pena. É imprescindível a clareza dos objeti- são. Como a própria denominação já diz, o meio é o recurso utiliza-
vos, pois sem isso, o processo não ocorre eficazmente. do pelo emissor para transmitir a mensagem. O meio “é determina-
do pelos requisitos de forma da mensagem a ser transmitida e da
Emissor: resposta a ser obtida.” Ou seja, o meio de Comunicação está asso-
É o agente do processo de Comunicação, ou seja, é a pessoa ciado à forma verbal ou não verbal de transmissão damensagem,
que tem uma mensagem para comunicar. Ele é a fonte ou a origem
isso quer dizer que, dependendo das situações específicas de cada
do processo de Comunicação. Além disso, é quem vai tomar a inicia-
mensagem, o meio pode ser caracterizado de várias formas, desde
tiva de se comunicar e buscar a interação com as outras pessoas, a
a voz humana à televisão e até pelo fax ou pelo e-mail.
fim de alcançar o seu objetivo.
Vale ressaltar que não existe um meio ou uma forma melhor
• Para alcançar a eficácia da Comunicação o emissor tem que
que o outro, existe, sim, um mais adequado, de acordo com as
ter como requisitos fundamentais:
características da mensagem a ser transmitida. “O requisito fun-
• Habilidades: para que possa falar, ler, ouvir e raciocinar;
damental na escolha do meio é que ele não provoque ruído” nas
• Atitudes: por influenciar o comportamento e por estarem re-
lacionadas a ideias pré-concebidas, quanto a vários assuntos, as co- mensagens, pois o ruído é uma interferência que prejudica a trans-
municações são influenciadas por determinados tipos de atitudes missão da mensagem, comprometendo a recepção da mesma, ou
que as pessoas tomam; seja, a decodificação da mensagem pelo receptor. Para que haja um

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
melhor entendimento do significado de ruído, vale a pena exem- É POR MEIO DA COMUNICAÇÃO ORAL QUE AS PESSOAS PERSO-
plificar: uma linha cruzada do telefone, um documento sujo ou NIFICAM SEU SER
borrado, alguém que fale muito baixo, um ambiente de trabalho
desconfortável, etc. Comunicação é tornar algo comum, compartilhar, dividir, tro-
car...
Receptor: Enfim, é o processo de transmitir uma informação a outra pes-
É quem recebe a Comunicação, ou seja, é o foco da comunica- soa, no entanto, o que caracteriza a comunicação é a compreensão
ção. É ele quem vai reagir ao estímulo promovido pelo emissor. e não o simplesmente informar.
Daí a diferença de comunicação (que é a informação sendo
Sem o receptor, não há Comunicação, pois se o receptor não transmitida) e comunicabilidade (que é o ato comunicativo otimi-
faz parte do processo, o emissor não tem para quem comunicar a zado)
sua mensagem e, consequentemente, não terá uma resposta.
Sendo assim, pode-se dizer que todo o processo de Comunica- Barreiras à comunicação eficaz – alguns elementos prejudicam
ção deve ser direcionado de acordo com as características do recep- a transmissão e a compreensão da comunicação, entre eles pode-
tor. A seguir algumas características que, assim como o emissor, o mos citar:
receptor necessita ter, para que a Comunicação seja eficaz: • Ruídos
(...)assim como o emissor foi limitado por suas habilidades, ati- • Sobrecarga de informações
tudes, conhecimento e sistema sociocultural, o receptor é restringi- • Tipos de informações
do da mesma maneira. Assim como o emissor deve ter habilidades • Fonte de informações
de escrever ou falar, o receptor deve ser hábil em ler ou ouvir, e • Localização Física
ambos devem ser capazes de raciocinar. O conhecimento, atitudes • Defensidade
e formação cultural de alguém influenciam a sua capacidade de re-
ceber, assim como o fazem com a capacidade de enviar mensagens. Além desses, as barreiras são um conjunto de fatores que im-
pedem ou dificultam a recepção da mensagem, no processo comu-
Significado: nicacional.
É a compreensão da mensagem, no seu sentido correto. É o ‘en- A seguir, serão abordadas as teorias da Sociologia e da Adminis-
tendimento comum’ da mensagem entre o emissor e o receptor. Isto tração, em relação às barreiras, especificando-as:
ocorre quando o emissor e o receptor entendem da mesma forma
a mensagem. Abordagem sociológica
As barreiras podem ser divididas em seis grupos:
Portanto, quando o receptor interpreta a mensagem da mesma • Barreiras pessoais;
forma que o emissor quis transmiti-la, pode-se dizer que o receptor • Barreiras sociais;
captou o significado da mensagem. • Barreiras fisiológicas;
Quando a mensagem é transmitida pelo emissor, ela é codifica- • Barreiras da personalidade;
da e quando é recebida pelo receptor, ela é decodificada. As codifi- • Barreiras da linguagem;
cações e decodificações são compostas por um conjunto de signos, • Barreiras psicológicas.
utilizados pelas pessoas para representar seus pensamentos, a rea-
lidade em que vivem etc. Barreiras pessoais:
Os signos devem expressar a mesma coisa para o emissor e 1. Nível de conhecimento: está ligada à profundidade de co-
para o receptor, nhecimento que as pessoas têm e revelam, no decorrer do proces-
ou seja, o significado que o objeto porta para o emissor deve so comunicacional. Pode também ser atribuído pelas outras pes-
ser o mesmo que o doreceptor. Caso isso não ocorra, a mensagem soas que fazem parte do processo, por perceberem o conhecimento
não será transmitida eficazmente, já que a interpretação do recep- e o reconhecerem. “Este aspecto pode conduzir à maior ou menor
tor não é a correta ou a esperada pelo emissor. credibilidade ao emissor e trazer-lhe um estatuto que pode marcar
Mas, mesmo que o significado seja o mesmo, para o emissor o desempenho do seu papel enquanto comunicador.” Algumas pes-
e para o receptor, não se pode dizer que as questões referentes soas, por conhecerem profundamente um assunto, não gostam ou
ao processo de Comunicação foram resolvidas, pois, “a compreen- se incomodam em conversar com alguém que não tem o mesmo
são, através da comunhão do significado, não quer dizer, necessa- domínio do assunto e vice-versa.
riamente, acordo. Posso compreender uma ideia, sem concordar 2. Aparência: a forma de se vestir e se cuidar pode determinar
com ela.” Portanto, não é apenas o entendimento do significado, o jeito com que as pessoas se comunicarão umas com as outras.
por ambas as partes, que assegura a eficácia da Comunicação. Em Dias (2001) coloca que tanto as expectativas provocadas, como as
relação a isso, podemos dizer ainda que, “ainda que o significado primeiras impressões, são determinantes para um processo comu-
comum não assegure sozinho, a eficácia do processo de Comunica- nicacional eficaz. Por exemplo, um homem de terno e gravata tem
ção como um todo, é um requisito fundamental para promover o muito mais facilidade de receber atenção do que um homem de
entendimento.” bermuda e tênis.
3. Postura corporal: deve ser estabelecida de acordo com o que
Resposta: se quer comunicar. Alguns teóricos da Sociologia dizem que a postu-
Pode ser chamada, também, de feedback ou comportamento ra também deve ser adequada, de acordo com o grupo com o qual
esperado, pois é a reação do receptor à mensagem recebida. É se está comunicando.
o último objetivo do processo, pois é o desejado pelo emissor, ao 4. Movimento corporal: certos movimentos podem ser favorá-
emitir uma mensagem. veis ou não para um processo eficaz. Podemos citar o livro “O corpo
A resposta pode ser considerada como a efetivação do recebi- fala”, que aborda a questão de que o corpo também se comunica,
mento da mensagem, determinando, ou não, o sucesso da mesma. as expressões corporais manifestam a ansiedade, a atração, o ner-
vosismo, a tristeza, etc.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
5. Contato visual: a forma como as pessoas se olham demons- pressentimentos, preconceitos, inferências, etc. Já os territórios
tra como uma está se sentindo em relação à outra, além de infor- são os objetos, as pessoas, as coisas, os acontecimentos, etc. Isso
mar o grau de atenção que está sendo dirigida à pessoa que está é relevado, devido ao fato de que, atualmente, as pessoas têm se
falando. O direcionamento, o tempo, o contexto, a oportunidade, a envolvido, constantemente, com quaisquer tipos de sugestionabili-
intensidade, o status de quem olha ou de quem é olhado, impõem dades, tornando-se exageradamente crédulas ou pela forma como
um quadro interpretativo que cada cultura se encarrega de transmi- as pessoas vêm distorcendo a realidade, como por exemplo, através
tir aos seus membros pelo processo de socialização.” dos horóscopos, das coisas sobrenaturais, das profecias, etc. Essas
6. Expressão facial: é determinante, pois é uma forma de de- questões, ocasionam uma certa falta de civilização, ou seja, falta
monstrar o interesse das pessoas pela mensagem que está sendo de equilíbrio racional para lidar com os acontecimentos e com as
transmitida. coisas e pessoas.
7. Fluência: a articulação das palavras, a modulação (intensida- 5. Tendência à complicação: essa é uma das barreiras mais co-
de dos sons), o ritmo e o timbre da voz fazem diferença, em termos muns, pois está concebida no fato de que as pessoas têm o hábito
da maneira como são utilizados para a eficácia da transmissão da de restringir e complicar coisas e acontecimentos simples, o tempo
mensagem. todo, até mesmo quando se trata de sistematização e pensamento
lógico.
Barreiras sociais:
1. Educação: os princípios e valores adquiridos pelos indiví- Abordagem da Administração
duos também fazemparte do processo comunicacional. As barreiras mais destacadas neste campo de estudos são:
2. Cultura: a Comunicação, como já foi visto, muda de cultura 1. Falta de comunicação: “é um dos problemas mais frequen-
para cultura. Por conseguinte, se as pessoas têm culturas muito dis- tes nas empresas e que gera as consequências mais graves.” Pode
tintas, a Comunicação ficará prejudicada. ser causada por: interpretações distorcidas dos fatos; falta de ade-
3. Crenças, normas sociais e dogmas religiosos: assim como em são a uma decisão e às mudanças; desmotivação das pessoas pela
relação à cultura, se as pessoas que estão se comunicando diver- não participação e pelo desconhecimento do que se passa na Orga-
gem com muita intensidade nessas questões, os processos comuni- nização; conflitos entre pessoas e departamentos, etc.
cacionais serão prejudicados ou a mensagem não será transmitida 2. Falta de clareza de objetivos: ocorre quando a mensagem
adequadamente. não tem conteúdo e forma bem definidos. Exemplo: uma reunião
Barreiras fisiológicas: em que ninguém consegue entender o porquê de estar acontecen-
As deficiências do aparelho fonoaudiológico e do aparelho vi- do.
sual criam dificuldades na Comunicação. 3. Texto fora do contexto: quando a comunicação é feita, ape-
nas, sobre um determinado acontecimento, sem dizer o contexto
Barreiras da personalidade: no qual ele está inserido. Acontece quando uma decisão é simples-
1. Autossuficiência: ocorre quando a pessoa acha que sabe mente comunicada, sem que se expliquem os porquês e motivos
tudo, ou seja, a pessoa acha que o que ela sabe e conhece é o sufi- em questão.
ciente. Esta barreira ocorre de duas maneiras: ‘julgamento do todo 4. Filtragem: ocorre quando o emissor manipula a mensagem,
pela parte’ – acontece quando a pessoa julga outras pessoas e/ou de acordo com os seus objetivos e interesses, de forma que a men-
coisas pelo que ela conhece; intolerância, acontece quando a pes- sagem favoreça o seu ponto de vista ou o que ele deseja que o re-
soa não aceita o ponto de vista das outras pessoas, pois ele julga ceptor decodifique.
que o único ponto de vista correto é o seu próprio. 5. Percepção seletiva: o emissor vê e ouve, apenas, ou mais
2. Congelamento das avaliações: acontece quando a pessoa acuradamente aquilo que lhe interessa, ou seja, faz uma seleção
acredita que as pessoas e as coisas não mudam, ou seja, quando a das mensagens relacionadas com suas necessidades, motivações,
pessoa supõe que as circunstâncias sempre serão as mesmas, inde- referências, etc. As pessoas “não veem a realidade; em vez disso,
pendente das mudanças que surgirem com as pessoas e coisas. Fa- interpretam o que veem e chamam de realidade.” Pode ser prejudi-
zem parte dessas avaliações os preconceitos e a insegurança que as cial, à medida que a pessoa tende a perceber só aquilo que lhe con-
pessoas têm frente a algumas situações e frente às outras pessoas vém e isso não permite uma percepção neutra dos acontecimentos,
3. Comportamento Humano – aspectos objetivos e subjetivos: coisas e pessoas.
está no conflito personalidade subjetiva (interior de cada pessoa 6. Defensiva: “Quando as pessoas se sentem ameaçadas, ge-
ou as opiniões próprias) X personalidade objetiva (o que é exterio- ralmente respondem de forma que atrapalha a Comunicação.” A
rizado para as outras pessoas ou a realidade concreta). Quando se partir do momento em que a pessoa se sente ameaçada, ela não
diz personalidade, toma-se como princípio a caracterização da per- consegue decodificar e nem transmitir as mensagens com eficácia.
sonalidade por processos comportamentais, que são estabelecidos 7. Uso inadequado dos meios: como já foi falado anterior-
pela interação das reações individuais com o meio social. “A Comu- mente, não existe um meio mais adequado para ser utilizado na
nicação Humana baseia-se na concepção da personalidade proje- transmissão de diferentes tipos de mensagem, sendo que o que
tiva, na evidência de que na sociedade humana, o homem precisa vai determinar se o meio é o mais adequado, ou não, é a situação
‘vender’ a sua personalidade.” Para tanto, ele precisa torná-la so- específica de cada mensagem. A Comunicação Oral tem a tendên-
cialmente aceitável, e aí está o conflito, pois a pessoa tem que estar cia de aumentar a eficácia da Comunicação, quando bem utilizada,
o tempo todo tornando a sua personalidade vendível, para que o pois proporciona uma resposta imediata, além de estimular o pen-
outro possa aceitar se comunicar com ela. Exemplificando, ocorre samento do receptor, no momento em que a mensagem está sendo
quando alguém tem uma determinada opinião negativa sobre o
transmitida e por dar um toque mais pessoal à mensagem e ao pro-
aborto, mas ao conversar com alguém que acabou de conhecer e
cesso como um todo. Deve ser mais usada, quando se quer comu-
que é a favor do aborto, deixa de expressar a sua opinião e conversa
nicar mensagens mais complexas e difíceis de serem transmitidas.
com a outra pessoa como se não tivesse uma opinião bem formada
Já a comunicação escrita, tem a tendência de ser mal entendida,
a respeito do assunto.
porque quem escreveu pode não ter sido suficientemente claro ou
4. Geografite: está relacionada com as atitudes das pessoas
não ter expressado o que queria corretamente.
que se comovem mais com os “mapas” do que com os “territó-
rios”. Mapas são os sentimentos, imaginações, palpites, hipóteses,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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8. Linguagem: pode ser considerada uma das barreiras mais co- Indiscriminação:
muns, pois ocorre o tempo todo, no dia-a-dia das pessoas, em uma Ocorre quando há uma rotulação das coisas, pessoas e acon-
Organização. Como as pessoastendem a achar que os significados tecimentos, onde a percepção está focada, apenas, nas semelhan-
que as palavras têm para elas são os mesmos significados que ou- ças ou em alguns padrões (ou clichês) criados por cada indivíduo,
tras pessoas atribuem, uma barreira acaba surgindo no processo. não havendo um discernimento entre as diferenças. Em relação à
9. Efeito status: A hierarquia dentro das organizações pode indiscriminação, a Comunicação Humana é prejudicada por alguns
criar barreiras nas comunicações. Esta barreira está ligada a outra fatores, são eles: abuso dos ditados populares e a crença de que “a
barreira, a filtragem, que já foi citada anteriormente. Quando os voz do povo é a voz de Deus.”
colaboradores têm que comunicar algo aos gerentes das Organiza-
ções, eles tendem a filtrar a mensagem, de forma que ela seja trans- Polarização:
mitida e decodificada, no intuito de agradar os gerentes. “Há polarização quando tratamos os contrários como se fossem
10. Impertinência da mensagem: quando as mensagens são contraditórios. Polarização é a tendência a reconhecer apenas os
transmitidas em momentos inoportunos e desagradáveis, o proces- extremos, negligenciando as posições intermediárias.” O processo
so se prejudica pela inadequação da situação escolhida. comunicacional fica bastante prejudicado, quando os pontos de vis-
tas são extremistas, pois dificilmente encontra-se um meio termo,
Barreiras da linguagem: sem causar grandes discussões ou fugir aos objetivos do processo.

Confusões entre: Falsa identidade baseada em palavras:


Fatos X Opiniões: As pessoas estão o tempo todo se referindo Acontece quando uma pessoa percebe coisas em comum entre
a fatos, como se estivessem emitindo opiniões e vice-versa. “Fato duas ou mais coisas e conclui que essas coisas são idênticas. Um
é acontecimento; é coisa ou ação feita. Opinião é modo de ver, é exemplo claro disso é: os cariocas são flamenguistas. Camila é fla-
conjectura”. Pode-se dizer que uma das coisas mais ameaçadoras menguista. Por conseguinte, Camila é carioca. A palavra tem uma
do processo comunicacional é a transformação de uma opinião em força fora do comum, podendo beneficiar ou prejudicar alguém por
fato, pois, a partir do momento em que a pessoa se convence de meio dessas conclusões das semelhanças entre as coisas.
que sua suposição realmente aconteceu, ela perde a noção dos
verdadeiros acontecimentos e divulga para outras pessoas as suas Polissemia:
opiniões sobre os fatos, como sendo os próprios acontecimentos, É a reunião de vários sentidos em apenas uma palavra. Cada
causando distorções na realidade. Exemplificando: o gerente de de- um tem um repertório de palavras e significados e uma mesma pa-
partamento chegou duas horas atrasado no trabalho (fato). Patrícia lavra pode ter vários significados para um mesmo indivíduo. Então,
diz que foi porque ele acordou atrasado; já Fabíola diz que foi por já que o processo comunicacional precisa de no mínimo duas pes-
razão de algum problema pessoal (opiniões). soas para acontecer, pode-se imaginar o quão complexo é a Comu-
nicação entre diversas pessoas.
Inferências X Observações: trata-se de considerar as inferên- “A palavra é a maneira de traduzir ideias ou pensamentos.” Por-
cias como observações e vice-versa. Inferir é deduzir e observar é tanto, cada indivíduo tende a transmitir as mensagens “carregadas”
prestar atenção, olhar algo que está acontecendo. “As inferências de palavras com suas percepções das coisas. Essa barreira está lado
são menos prováveis do que as observações; (...) as inferências nos a lado com a barreira de desencontros, pois as duas abordam as
oferecem certezas relativas; as observações nos oferecem certezas diferenças de percepções de cada indivíduo.
absolutas.” O tempo todo as pessoas fazem inferências. Quando Tem uma palavra que serve de exemplo desta barreira, qual
leem um jornal, por exemplo, inferem o que realmente ocorreu. O seja: abacaxi pode ser uma fruta ou um problema, que para ser re-
problema desta barreira está no fato das pessoas tomarem sempre solvido, dá muito trabalho.
como lei as inferências e não se utilizarem mais de observações.
Barreiras verbais:
Descuidos nas palavras abstratas: São aquelas provocadas por palavras e expressões causadoras
“Atrás de uma palavra nem sempre está uma coisa. Palavras de antagonismos, ou seja, são as causadoras de oposições de ideias.
não são coisas; são representações de coisas, quase sempre especí-
ficas, e por isso, difíceis de serem transmitidas, com fidelidade, de Como melhorar a comunicação interpessoal
uma cabeça para outra.” E como as palavras abstratas fazem parte Habilidades de transmissão
do repertório específico de cada um, fica difícil um processo comu- Linguagem apropriada
nicativo eficaz, sem uma pré-definição dessas palavras, já que elas Informações claras
possibilitam muitos equívocos. Canais múltiplos
Comunicação face a face sempre que possível
Desencontros: É notório que problemas de comunicação são de difícil inter-
Esta barreira pode ser caracterizada como a diferença de per- venção e por isso demandam do emissor um enorme cuidado ao
cepção de cada indivíduo, ou seja, a subjetividade de cada um. Uma transmitir a mensagem necessária de forma clara e objetiva.
determinada palavra, para um indivíduo, tem um significado A; já Existem três fontes de sinais de comunicação e cada uma re-
para outro indivíduo, a mesma palavra tem um significado B, e isso presenta um percentual deste processo:
ocorrerá com todos os indivíduos, pois ninguém percebe as coisas - comunicação verbal: palavras expressas 7%
da mesma forma, cada um tem a sua forma de perceber e significar - comunicação vocal: entonação, o tom e timbre de voz 38%
as coisas, palavras, etc. Caso não aconteça um consenso e/ou es- - expressão facial e corporal 55%
clarecimento das questões a serem comunicadas, o processo ficará
comprometido e cheio de equívocos de compreensão. A falta de comunicação adequada pode gerar problemas de di-
versos tipos e com consequências variadas, entre as quais podemos
citar:
- confusão entre os envolvidos;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
- perda na prestação do serviço ou na confecção do produto; A clareza e a certeza de que se foi entendido, representam um
- comprometer a imagem da empresa; dos pilares de um projeto bem sucedido e essa sempre foi uma das
- desmotivação; principais preocupações de todas as empresas. Varias são as vezes
- retrabalho; que apenas informamos e não formamos a ideia do que queremos
- falta de procedimentos e ordens claras; que a outra parte faça.
- insatisfação de uma forma geral. Existem algumas ferramentas e regras que ajudam na conscien-
tização sobre o próprio nível de comunicação.
Um princípio fundamental para a boa comunicação é a disposi- Abaixo, o “Modelo de Quatro Elementos”, comprovado e apli-
ção e a sabedoria em ouvir. cado por Philip Walser, como uma das ferramentas das quais pode-
Toda a eficácia do processo depende, essencialmente, de saber mos dispor.
ouvir e entender a mensagem que foi transmitida inicialmente, para Os quatro elementos são: “Framing” – “Advocating” – “Inqui-
então começar um processo de comunicação. ring” –“Illustrating”:
Framing: é definir o tema a ser abordado durante uma conver-
Formas de comunicação: sa logo no começo. Pode ser necessário redefinir o tema durante o
A comunicação vem sofrendo evoluções ao longo do tempo, andamento (“Re-framing”), mas deve-se evitar que a conversa vá
assim como todo o processo que sofra influência do mundo globali- para lugares distantes que não têm nada a ver com o assunto.
zado. As formas mais tradicionais de comunicação englobam: Advocating: é explicar o seu próprio ponto de vista de forma
- manual; clara e objetiva, não deixando de lado os porquês deste ponto de
- revista; vista, ou seja, não engolir sapos, mas mencionar os valores que são
- jornal; à base deste seu ponto de vista.
- boletim; Inquiring: até mais importante do que esclarecer o seu, é im-
- quadro de aviso. portante entender o ponto de vista do outro. Isto se faz através de
perguntas benevolentes que não tem o objetivo de interrogar.
Com o desenvolvimento dos meios de comunicação, figuram Illustrating: é resumir os diversos pontos de vista, procurar
novos métodos efetivos para desenvolvê-la, tais como: pontos em comum, colocar assuntos polêmicos na mesa, visando
- intranet; uma solução sendo flexível e contando com a flexibilidade do outro,
- correio eletrônico; diminuir complexidade para focar o que realmente está no centro
- comunicação face a face; da conversa.
- telão. Observar, ouvir e dar importância para o outro é determinante
para a eficácia da comunicação.
Em linhas gerais, torna-se necessário que o profissional exer- De qualquer forma, a comunicação começa pelos sentidos
cite tanto a linguagem verbal como a linguagem não verbal, que (visão, audição, tato, olfação e gustação). Uma maneira prática de
forçam o tempo todo as habilidades de comunicação. identificar a forma como uma pessoa está pensando é prestar aten-
Alguns itens são vitais na linguagem não verbal e devem ser ção às palavras que ela utiliza, pois nossa linguagem está repleta de
compreendidos para a sua melhor utilização: sinais, gestos, posturas e palavras baseados nos sentidos. Observar,
- gestos; ouvir e dar importância para o outro é determinante para a eficácia
- postura; da comunicação.
- movimentos do corpo; É preciso abandonar a ilusão de que há solução fácil ou impro-
- tom da voz e velocidade da fala; visada na construção de métricas que avaliem nosso trabalho. Não
- movimentação entre receptor /emissor. se deve supor que a outra parte entendeu, ou julgar que já deveria
entender a mensagem. O que deve ser feito para que a comunica-
A linguagem não verbal é considerada vital para o processo de ção seja adequada, é investigar se a outra parte compreendeu a
comunicação, tendo em vista que esta não ocorre apenas por meio mensagem.
de palavras, sendo um processo muito mais complexo do que se
imagina. COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL EFICAZ: CINCO ELEMENTOS
No momento da comunicação é necessário decodificar as men- CRÍTICOS
sagens não verbais, pois quando isso não ocorre estima-se que há Há cinco componentes que distinguem claramente os bons dos
uma perda de 65% do que é comunicado. maus comunicadores. Tais componentes são Autoimagem, Saber
No momento em que o profissional domina as mensagens não Ouvir, Clareza de Expressão, Capacidade para lidar com sentimentos
verbais, ele passa a conduzir o processo de comunicação de forma de contrariedade (irritação) e autoabertura.
eficaz e consegue atingir os objetivos propostos.
Em suma, é necessário para o profissional aprenda a utilizar AUTOIMAGEM (ou autoconceito)
O fator isolado mais importante que afeta a comunicação entre
sinais não verbais no processo de comunicação, bem como domi-
pessoas é a sua autoimagem: a imagem que têm de si mesmas e
nar a linguagem verbal. Na ausência destas habilidades, existirá um
das situações que vivenciam. Enquanto as situações podem variar
desnível significativo no processo de comunicação entre emissor /
em função do momento ou do lugar, as crenças que as pessoas pos-
receptor.
suem acerca de si próprias estão sempre determinando seus com-
portamentos na comunicação. O “eu” é a estrela em todo ato de
Eficácia na Comunicação:
comunicação.
Comunicar-se eficazmente é proporcionartransformação e mu-
Cada um tem, literalmente, milhares de conceitos a respeito de
dança na atitude das pessoas. Se a comunicação apenas muda as
si mesmo: quem é, o que significa, onde existe, o que faz e não faz,
ideias das pessoas, mas não muda suas atitudes, então a comunica- o que valoriza, no que acredita. Estas autopercepções variam em
ção não atingiu seu resultado. Ela não foi eficaz. clareza, precisão e importância de pessoa para pessoa

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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A importância da Autoimagem subjacentes. Seu terceiro ouvido, diz Reik, ouve aquilo que é dito
A autoimagem de alguém é quem ele é. É o centro do seu uni- entre as sentenças e sem palavras, aquilo que se expressa silencio-
verso, seu quadro referencial, sua realidade pessoal, o seu ponto de samente, o que o emissor fala e pensa.
vista particular. É um visor através do qual ele percebe, ouve, avalie Logicamente, o ouvir com eficácia não é um processo passivo.
a compreende todas as coisas. É o seu filtro individual do mundo Ele desempenha um papel ativo na comunicação. O ouvinte eficaz
que o cerca. interage com o interlocutor no sentido de desenvolver os significa-
A autoimagem de uma pessoa afeta sua maneira de se comu- dos e chegar à compreensão.
nicar com os outros. Um autoconceito forte, positivo, é necessário Diversos princípios podem servir de auxílio para o aprimora-
para haver interações hígidas e satisfatórias. Por outro lado, uma mento das habilidades essenciais para saber ouvir:
autoimagem fraca, inferior, frequentemente distorce a percepção 1. O ouvinte deve ter uma razão ou propósito de ouvir;
do indivíduo relativamente a como os outros o veem, o que gera 2. É importante que, inicialmente, o ouvinte suspenda julga-
sentimentos de insegurança no seu relacionamento interpessoal. mentos;
Alguém que tenha a seu próprio respeito uma impressão negativa 3. O ouvinte deve resistir a distrações – barulhos, pessoas,
poderá encontrar dificuldades em conversar com outros, em admi- olhares – e focalizar o interlocutor;
tir que esteja errado, em expressar seus sentimentos, em aceitar 4. O ouvinte deve esperar antes de responder ao seu interlocu-
críticas construtivas que lhe forem feitas ou em apresentar ideias tor. As respostas imediatas reduzem a eficácia do ouvir;
diferentes das dos outros. Sua insegurança o leva a temer que os 5. O ouvinte deve repetir palavra por palavra aquilo que o in-
outros deixem de apreciá-lo se discordar deles. terlocutor está dizendo;
Pelo fato de sentir-se desvalorizado, inadequado e inferior ele 6. O ouvinte deve recolocar em suas próprias palavras o con-
não tem confiança e pensa que suas ideias não interessam aos ou- teúdo e o sentimento daquilo que o outro está dizendo, para que o
tros e que não vale a pena comunica-las. Ele pode tornar-se arredio interlocutor confirme se a mensagem que transmitiu foi realmente
e defensivo em sua comunicação, renegando suas próprias ideias. recebida;
7. O ouvinte deve buscar os temas, os pontos centrais daqui-
Formação da Autoimagem lo que o interlocutor está dizendo, ouvindo “através” das palavras
Da mesma forma que o autoconceito de alguém afeta sua ca- para atingir sua real significação;
pacidade de se comunicar, a comunicação que trava com outros 8. O ouvinte deve utilizar o tempo diferencial entre a velocida-
de do pensamento (400 a 500 palavras por minuto) para “refletir”
modela também sua autoimagem. Uma vez que o homem é, antes
sobre o conteúdo e “buscar” o seu significado;
de tudo, um animal social, ele forma os mais relevantes conceitos
9. O ouvinte deve estar pronto para reagir aos comentários do
acerca do seu próprio eu a partir de suas experiências com outros
interlocutor.
seres humanos.
Os indivíduos aprendem a se reconhecer pela maneira como CLAREZA DE EXPRESSÃO
são tratados pelas pessoas importantes de sua vida – pessoas estas Ouvir eficazmente é uma habilidade necessária e negligenciada
às vezes denominadas “os outros significativos”. Mediante a comu- na comunicação, porém muitas pessoas consideram igualmente di-
nicação verbal e não verbal com esses outros significativos, cada um fícil dizer aquilo que querem dizer ou expressar aquilo que sentem.
passa a reconhecer se é apreciado ou não, se é aceito ou rejeitado, É que com frequência elas presumem simplesmente que o outro
se é merecedor de respeito ou desdém, se é um sucesso ou um compreende a sua mensagem, mesmo que sejam descuidadas ou
fracasso. confusas em sua fala. Parecem achar que as pessoas deveriam ser
Para que um indivíduo venha a ter uma sólida autoimagem ele capazes de ler as mentes uns dos outros: “Se está claro para mim,
precisa de amor, respeito e aceitação dos outros significativos de deve estar claro para você também”. Esta suposição é uma das
sua vida. maiores barreiras ao êxito da comunicação humana. O comunica-
O autoconceito, portanto, constitui um fator crítico para que dor deficiente deixa que o ouvinte adivinhe o que ele quer dizer,
alguém seja um comunicador eficaz. Em essência, a autoimagem partindo da premissa de que está, de fato, comunicando. Por sua
de um indivíduo é delineada por aqueles que o tiverem amado ou vez, o ouvinte age de acordo com suas adivinhações. O resultado
pelos que não o tiverem amado. óbvio disto é um mal entendido recíproco.
Para se chegar a resultados objetivos planejados – desde a exe-
SABER OUVIR cução da rotina diária de trabalho, até a comunhão mais profunda
Toda a aprendizagem relativa à comunicação tem focalizado com alguém – as pessoas precisam ter um meio de se comunicarem
as habilidades de expressão oral e de persuasão; até a bem pouco satisfatoriamente.
tempo dava-se pouca atenção à capacidade de ouvir. Esta ênfase
exagerada dirigida para a habilidade de expressão levou a maioria CAPACIDADE PARA LIDAR COM SENTIMENTOS DE CONTRA-
das pessoas a subestimarem a importância da capacidade de ouvir RIEDADE (irritação)
em suas atividades diárias de comunicação. A incapacidade de alguém para lidar com manifestações de ir-
O ouvir, naturalmente, é algo muito mais intrincado e compli- ritação e contrariedade resulta, com frequência em curtos-circuitos
na comunicação.
cado do que o processo físico da audição, ou de escutar. A audição
Expressão. A exteriorização das emoções é importante para
se dá através do ouvido, enquanto que o ouvir implica num proces-
construir bons relacionamentos com os outros. As pessoas preci-
so intelectual e emocional que integra dados (inputs) físicos, emo-
sam expressar seus sentimentos de tal modo que elas influenciem,
cionais e intelectuais na busca de significados e de compreensão. O
remodelem e modifiquem a si próprias e aos outros. Elas precisam
ouvir eficaz ocorre quando o “destinatário” é capaz de discernir e
aprender a expressar sentimentos de ira de forma construtiva e não
compreender o significado da mensagem do remetente. O objetivo destrutivamente. As seguintes orientações podem ser úteis:
da comunicação só assim é atingido. 1. Esteja alerta para suas emoções;
O “Terceiro Ouvido”: Reik refere-se ao processo de ouvir efi- 2. Admita suas emoções. Não as ignore ou renegue;
cazmente como sendo “ouvir com o terceiro ouvido”. O ouvinte efi- 3. Seja dono de suas emoções. Assuma responsabilidade por
caz escuta não só as palavras em si como também seus significados aquilo que fizer;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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4. Investigue suas emoções. Não procure “vencer” uma discus- Os administradores devem facilitar a comunicação de baixo
são na base do revide, ou de “dar o troco”; para cima.
5. Relate suas emoções. A comunicação congruente significa Mas os administradores devem também motivar as pessoas a
uma combinação satisfatória entre o que você está dizendo e aquilo fornecer informações valiosas.
que está vivenciando;
6. Integre suas emoções, o seu intelecto e a sua vontade. Dê Comunicação Horizontal
uma oportunidade a você mesmo de aprender e crescer como pes- Muita informação precisa ser partilhada entre pessoas do mes-
soa. As emoções não podem ser reprimidas. Elas devem ser iden- mo nível hierárquico. Essa comunicação horizontal pode ocorrer
tificadas, observadas, relatadas e integradas. Aí então as pessoas entre pessoas da mesma equipe de trabalho. Outro tipo de comuni-
podem fazer instintivamente os ajustamentos necessários, à luz de cação importante deve ocorrer entre pessoas de departamentos di-
seus próprios conceitos de crescimento. Eles podem acompanhar a ferentes. Por exemplo, um agente de compras discute um problema
vida e mudar com ela. com um engenheiro de produção, ou uma força-tarefa de chefes de
departamento se reúne para discutir uma preocupação particular.
AUTOABERTURA Especialmente em ambientes complexos, nos quais as decisões
A capacidade de falar total e francamente a respeito de si mes- de uma unidade afetam a outra, a informação deve ser partilhada
mo – é necessária à comunicação eficaz. O indivíduo não pode se horizontalmente.
comunicar com outro ou chegar a conhecê-lo a menos que se esfor-
ce pela auto abertura. Comunicação Formal e Informal
A capacidade de alguém para se auto revelar é um sintoma de As comunicações organizacionais diferem em sua formalidade.
personalidade sadia. As comunicações formais são oficiais, episódios de transmissão de
Pode-se dizer que um indivíduo compreenderá tanto a respeito informação sancionados pela organização. Podem mover-se de bai-
de si próprio quanto ele estiver disposto a comunicar a outra pes- xo para cima, de cima para baixo ou horizontalmente, muitas vezes
soa. envolvendo papel.
Obstáculos à auto revelação. Para que se conheçam a si pró- A comunicação informal é menos oficial.
prias e para que consigam relações interpessoais satisfatórias, as A função de controle está relacionada com as demais funções
pessoas precisam revelar-se aos outros. Ainda assim, a auto revela- do processo administrativo: o planejamento, a organização e a di-
ção é obstruída por muitos. reção repercutem nas atividades de controle da ação empresarial.
A comunicação eficaz, então, tem por base estes cinco compo- Muitas vezes se torna necessário modificar o planejamento, a orga-
nentes: uma autoimagem adequada; capacidade de ser bom ouvin- nização ou a direção, para que os sistemas de controle possam ser
te; habilidade de expressar claramente os próprios pensamentos e mais eficazes.
ideias; capacidade de lidar com emoções, tais como a ira, de manei- A avaliação intimida. É comum os gerentes estarem ocupados
ra funcional e a disposição para se expor, para se revelar aos outros. demais para se manterem a par daquilo que as pessoas estão fa-
zendo e com qual grau de eficiência. É quando gerentes não sabem
Comunicação de Cima Para Baixo o que seu pessoal está fazendo, não podem avaliar corretamente.
A comunicação de cima para baixo refere-se ao fluxo de infor- Como resultado, sentem-se incapazes de substanciar suas impres-
mação que parte dos níveis mais altos da hierarquia da organização, sões e comentários sobre desempenho - por isso evitam a tarefa.
chegando aos mais baixos. Entre os exemplos estão um gerente pas- Mas quando a seleção e o direcionamento são feitos correta-
sando umas atribuições a sua secretária, um supervisor fazendo um
mente, a avaliação se torna um processo lógico de fácil implemen-
anúncio a seus subordinados e o presidente de uma empresa dando
tação. Se você sabe o que seu pessoal deveria fazer e atribui tare-
uma palestra para sua equipe de administração. Os funcionários de-
fas, responsabilidades e objetivos com prazos a cada funcionário
vem receber a informação de que precisam para desempenhar suas
especificamente, então você terá critérios com os quais medir o de-
funções e se tornar (e permanecer) membros leais da organização.
sempenho daquele indivíduo. Nessa situação, a avaliação se torna
Muitas vezes, os funcionários ficam sem a informação adequa-
uma simples questão de determinar se, e com que eficiência, uma
da. Um problema é a sobrecarga de informação: os funcionários
pessoa atingiu ou não aquelas metas.
são bombardeados com tanta informação que não conseguem ab-
sorver tudo. Grande parte da informação não é muito importante, Os gerentes costumam suor que se selecionarem boas pessoas
mas seu volume faz com que muitos pontos relevantes se percam. e as direcionarem naquilo que é esperado, as coisas serão bem fei-
Quanto menor o número de níveis de autoridade através dos tas. Eles têm razão. As coisas serão feitas, mas se serão bem feitas e
quais as comunicações devem passar, tanto menor será a perda ou quanto tempo levará para fazê-las são fatores incertos. A avaliação
distorção da informação. permite que se determine até que ponto uma coisa foi bem feita e
se foi realizada no tempo certo. De certa forma, a avaliação é como
Administração da comunicação de cima para baixo um guarda de trânsito. Você pode colocar todas as placas indica-
Os administradores podem fazer muitas coisas para melhorar a doras de limite de velocidade do mundo: não serão respeitadas a
comunicação de cima para baixo. Em primeiro lugar, a administra- não ser que as pessoas saibam que as infrações serão descobertas
ção deve desenvolver procedimentos e políticas de comunicação. e multadas.
Em segundo lugar, a informação deve estar disponível àqueles que Isso parece lógico, mas é surpreendente quantos gerentes
dela necessitam. Em terceiro lugar, a informação deve ser comu- adiam continuamente a avaliação enquanto se concentram em
nicada de forma adequada e eficiente. As linhas de comunicação atribuições urgentes mas, em última análise, menos importantes.
devem ser tão diretas, breves e pessoais quanto possível. A infor- Quando a avaliação é adiada, os prazos também são prorrogados,
mação deve ser clara, consistente e pontual - nem muito precoce porque funcionários começam a sentir que pontualidade e qualida-
nem (o que é um problema mais comum) muito atrasada. de não são importantes. Quando o desempenho cai, mais respon-
sabilidades são deslocadas para o gerente - que, assim, tem ainda
Comunicação de Baixo Para Cima menos tempo para direcionar e avaliar funcionários.
A comunicação de baixo para cima vai dos níveis mais baixos
da hierarquia para os mais altos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
Atendimento ao público interno e externo, pessoalmente ou gerente, a recepcionista dentre outros, ou seja, o cliente interno
através do telefone pode ser aquele ao qual prestamos serviços com produtos e mão de
Acompanhamos hoje, o crescimento do consumismo e da obra dentro da própria instituição. Todos os clientes são importantes
tecnologia e a exigência do consumidor por qualidade, tanto do dentro ou fora de uma corporação independentemente se ele é
produto como do atendimento. Com a diversidade de marcas e a externo ou interno, por isso, cabe à empresa tratá-lo da melhor
disputa acirrada por clientes as organizações investem em qualidade forma possível e criar métodos de qualidade que faça com que
de atendimento, na estrutura da empresa e em treinamento de o mesmo esteja por dentro das atividades empresariais, seja na
funcionários, capacitando-os para que estes possam contribuir com compra de produtos ou prestações de serviços.
a evolução da instituição no mercado de trabalho. Por tanto oferecer um atendimento aos seus clientes internos
Algumas empresas de grande e pequeno porte apostam no pelo profissionalismo e cortesia, sempre comprometidos com
atendimento como diferencial entre suas concorrentes. Usam a qualidade das tarefas é essencial. Ter paciência, trabalhar em
ainda, os princípios do setor de recursos humanos (RH) para auxiliar equipe, e falar de forma clara, trará facilidade na conquista de
na preparação e qualificação de seus funcionários dando a eles, a clientes externos, pois qualidade no serviço e atendimento interno
oportunidade de se capacitar e de crescer na organização. O RH são responsabilidades de todos.
acredita que se houver preparação de seus colaborados, tanto
internos como externos haverá um bom retorno. Segundo Battestin Qualidade no atendimento externo
(2013), “investir em programas de capacitação resulta na melhor Atualmente, o mundo tem passado por diversas mudanças
entrega dos colaboradores e provê aos funcionários preparação na economia e na sociedade e no crescimento populacional. E
profissional que supra as necessidades estratégicas da organização, aparte de então veio mudando o mercado, tornando-o assim mais
fortalecendo a marca, sedimentando a Missão, alcançando a Visão.” competitivo.
O atendimento interno é importante e se torna eficaz por sua Diante deste desenvolvimento, as empresas resolveram investir
excelência em qualidade ao atender seus colaboradores, estes por em qualidade de atendimento aos clientes. Fazendo com que a
sua vez, se sentem parte da empresa, sentem-se peça fundamental qualidade dos produtos e serviços se torne capazes de satisfazer as
para o bom andamento dos exercícios da organização ao qual fazem necessidades dos clientes.
parte. São estes que vão fazer o marketing da empresa crescer A forma como se atende um cliente dirá se voltará ou não a
ou não, mas para que isto aconteça é preciso ter um setor de RH empresa, sendo assim, os empreendedores buscam por funcionários
bem preparado e com ótimo atendimento aos funcionários, para que saibam lidar com as pessoas de maneira satisfatória e que
saber conversar e deixar o colaborador à vontade para discutir mantenha foco continuo no cliente e torná-lo fiel a organização.
suas opiniões e fazer seus questionamentos. Caso contrário, se não As empresas buscam qualidade no atendimento ao cliente
houver uma relação boa entre o RH e colaborador haverá influência externo, oferecendo assim um bom atendimento, produtos de
na forma que ele irá atender o cliente externo, que provavelmente qualidade que atraiam e chamem atenção para conquistar um
não será positivo, pois a sua motivação estará abalada por falta de público alvo. Nos dias de hoje há muita competitividade de mercado,
qualidade de atendimento interno. com isso as empresas investem em profissionais capacitados para
Com o crescimento do consumismo e a existência de várias melhor se destacar no mercado, trazendo assim mais vantagens
marcas, o cliente externo procura não somente por qualidade do para a empresa.
produto e bom preço, há uma grande procura por bom atendimento, Com a competitividade no mercado de trabalho as empresas
pois é este atendimento que indicará se o cliente dará preferência resolveram fazer um programa de treinamento para os funcionários,
ou não. Entretanto se sabe também que, além disso, o cliente quer trazendo assim mais aprendizado e aperfeiçoamento, com isso
alguém que possa tirar suas dúvidas e auxiliar numa boa compra. trazendo assim mais competitividade de mercado para as empresas
e melhorias na qualidade de atendimento ao cliente tanto interno
Qualidade no atendimento interno como o externo.
Para uma empresa se destacar, nos dias atuais, a qualidade - Atenção
no atendimento é fundamental, é uma obrigação de qualquer - Ser tratado como individuo
empresa oferecer serviços de qualidade. O atendimento de - Solução
qualidade começa com o atendimento interno, deve-se oferecer - Agilidade no atendimento
um atendimento profissional ao se passar uma informação ao - Compromisso
outro setor da empresa deve-se transmitir de forma completa, pois - Precisão
sabemos atender bem nossos clientes internos teremos um serviço - Conhecer o produto ou serviço da empresa
ágil, se o funcionário for ao trabalho de bom humor e motivado,
melhorando o clima de trabalho no setor onde ele atua, poderá O cliente é a pessoa mais importante para os negócios
transmitir uma boa imagem ao atender os consumidores. da empresa, sendo assim a maneira que o profissional faz o
Se não houver qualidade no atendimento interno, dificilmente atendimento é que vai cativar ou não, fazendo com que esse cliente
haverá qualidade para o cliente externo, pois uma empresa é se torne fiel e ativo para empresa.
constituída de ciclos de serviços. O serviço que o cliente externo
recebe é o reflexo dos ciclos de serviços praticados internamente, Atendimento através do telefone
se algum ato do ciclo de serviços falharem o sistema todo também O atendimento telefônico requer mais concentração do que
será afetado, e com isso, prejudicará a venda final. (COLUNISTA, uma conversa ao vivo, por isso:
2013, p.s/n) - Seja cordial. Pergunte o nome da pessoa: “Quem quer
Todo profissional deve considerar o colega de trabalho como falar, por favor?”. Nunca diga: “Quem fala?”, “Quem é?”, “Quem
um cliente. Lembre-se que, quem promove um profissional não é gostaria?”.
somente o gerente ou a diretoria, mas os colegas de trabalho que - Procure ter à mão tudo o que você precisa, como caneta,
ficam satisfeitos com o atendimento recebido por ele. Os clientes papel e relação de ramais.
internos são todos aqueles que fazem parte do nosso dia a dia - Anote todos os recados e encaminhe-os à pessoa que precisa
dentro do ambiente de trabalho como o diretor da empresa, o recebê-los.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
- Ao falar pelo telefone, esqueça seus problemas pessoais. Sua cional no qual o agente superior retoma, de acordo com a lei, fun-
voz deve soar calma e agradável. damentada e temporariamente, função atribuída a subordinado;
- Peça para a pessoa repetir ou falar um pouco mais alto caso enquanto delegação é a transferência de atribuições não exclusivas,
necessário. por parte do superior hierárquico, a um órgão ou agente da mesma
- O telefone da instituição deve ser usado apenas para assuntos instituição.
de cunho profissional e não pessoal.
- Evite deixar a pessoa esperando na linha. Hierarquia, função jurisdicional e a função legislativa
- Não atenda ao telefone olhando o computador, pois essa Em apertada síntese, cabe ao Poder Judiciário “a composição
atitude prejudica o bom atendimento. dos litígios nos casos concretos”, restaurando a paz social, julgan-
- Se necessário, explique novamente, de outra maneira, até do com definitividade e fazendo lei entre as partes (coisa julgada).
que a pessoa entenda a mensagem. Atipicamente, a função administrativa é por ele exercida quando,
- Se outro ramal tocar na mesma sala e o responsável não por exemplo, realiza concurso público para ingresso no cargo de
estiver presente, atenda. Informe que a pessoa procurada não serventuário. Dessa forma ocorreria o influxo do poder hierárquico
está em sua mesa no momento e pergunte quem está ligando e se no âmbito do Poder Judiciário, inexistindo, em tese, hierarquia no
deseja deixar um contato/recado. Anote e repasse ao colega. exercício da função típica jurisdicional.
- Ao receber recado de que alguém lhe procurou durante uma Todavia, há vozes que observam a existência de hierarquia a
ausência, não deixe de retornar a ligação. partir da entrada em vigor da Emenda Constitucional no45/2004,
onde estariam os magistrados, no desempenho da função judican-
te, adstritos à orientação do STF sobre determinado tema, em que
pese o fato da súmula vinculante e da repercussão geral admitirem
REGRAS DE HIERARQUIA NO SERVIÇO PÚBLICO revisão pela própria Suprema Corte. O princípio da livre convicção
do juiz, por essa linha de raciocínio, restaria mitigado.
Hierarquia A função legislativa, por sua vez, tem como objetivo precípuo
Segundo o dicionário Aurélio, significa “1. Ordem de subordi- inovar o sistema jurídico, onde a repartição de sua competência
nação dos poderes eclesiásticos, civis e militares. 2. Graduação da está prevista na Constituição da República, inexistindo relação hie-
autoridade, correspondente às várias categorias de funcionários rárquica entre os entes federativos. A inobservância de tal preceito
públicos; classe.” deverá ser objeto de controle de constitucionalidade.
Modernamente conceitua-se a hierarquia como a ordenação
vertical de chefias e serviços de determinada entidade pública ou
privada, tendo por fim a organização administrativa escalonada dos EXERCÍCIOS
trabalhadores, de acordo com uma relação predefinida de subordi-
nação, de forma a aperfeiçoar os trabalhos visando à apresentação
do produto final ou serviço, a seu usuário. 1. A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas nas
superfícies inanimadas, utilizando-se meios mecânicos (fricção), físicos
O poder hierárquico na Administração Pública (temperatura) ou químicos (saneantes) em um determinado período
Inicialmente, observa-se que inexiste hierarquia entre as enti- de tempo. No que se refere à higiene e à limpeza de ambientes, julgue
dades políticas e administrativas (da Administração Direta ou Indi- os itens a seguir. É importante a passagem de panos úmidos para espa-
reta); entre os Poderes Legislativo, Judiciário e Executivo; entres as lhar a sujidade, o que facilitará a limpeza da superfície.
funções estatais e o Ministério Público e nas atividades de consulto- ( ) CERTO
ria, “com relação às opiniões exaradas pelo consultor”. ( ) ERRADO

Pode-se conceituar poder hierárquico como poder vinculado e 2. A limpeza consiste na remoção das sujidades depositadas
legalmente outorgado à Administração Pública para se auto-orga- nas superfícies inanimadas, utilizando-se meios mecânicos (fric-
nizar, ou seja, é aquele que confere à Administração a capacidade ção), físicos (temperatura) ou químicos (saneantes) em um deter-
deordenar,coordenar,controlarecorrigiras atividades administrati- minado período de tempo. No que se refere à higiene e à limpeza
vas em seu âmbito interno. de ambientes, julgue os itens a seguir. Os panos devem ser exclusi-
A distribuição das atribuições de cada peça da engrenagem ad- vos do setor e separados para mobília, piso e parede. Devem, ainda,
ministrativa advém do poder hierárquico, estabelecendo-se a rela- estar sempre limpos e alvejados.
ção de subordinação, que gerará o dever de obediência às ordens, ( ) CERTO
comandos e instruções dos superiores, excepcionando-se aquelas ( ) ERRADO
manifestamente ilegais, as quais os estatutos funcionais autorizam
ao servidor desobedecê-las.
3. O Agente de Apoio – Serviços Gerais faz parte de um grupo
A manifestação prática mais expressiva do princípio constitu-
escalado para limpar os bueiros de uma rua. É um dia de muito ca-
cional da eficiência está na competência que detém o agente supe-
lor e ele vê alguns de seus colegas trabalhando sem luvas. O Agente
rior de fiscalizar e rever os atos praticados por seus subordinados,
(A) não se importa, pois ele está protegido com as luvas e
até porque, no momento de transformação dinâmica que ocorre no
cada um que cuide de sua vida e de sua saúde.
serviço público em geral (normas ISO, por exemplo), os resultados
(B) deve aconselhar os colegas a usarem as luvas pois esse
das atividades afetas ao órgão público serão cobrados da equipe na
trabalho de limpeza exige proteção especial.
figura de seu gestor. A partir desse, em ordem decrescente, no já ci-
tado escalonamento vertical, deverá ocorrer a frequente cobrança (C) reclama com o superior argumentando que enquanto os
de melhores resultados, tendo por fim o atingimento das metas de colegas não colocarem as luvas ele não fará a tarefa.
excelência na prestação do serviço público. (D) tira também as suas luvas porque percebe que só os nova-
Como reflexo da auto-organização da Administração, propor- tos como ele estão usando o equipamento.
cionado pelo poder hierárquico, surgem os institutos da avocação e (E) chega a conclusão que os colegas estão certos em não
da delegação de competência, lembrando que avocar é o ato excep- usarem as luvas por causa do forte calor.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
ZELADOR DE ESCOLA
4. O superior de José, Agente de Apoio - Serviços Gerais, solici- 9. Em uma obra de construção civil, os operários estão expostos
ta que ele limpe, durante o expediente, uma das salas do prédio. A a diferentes agentes que podem oferecer risco à respectiva saúde,
primeira atitude a ser tomada por José, antes de começar a limpeza, sendo obrigatório o uso de equipamentos de proteção individual,
é quando necessário.
(A) olhar o relógio e cronometrar o tempo a ser gasto para De acordo com a Norma Regulamentadora no 6 (NR-6)Equi-
limpar a área. pamento de Proteção IndividualEPI, para a proteção da região da
(B) saber com qual dos colegas da equipe dividirá o serviço cabeça, pode ser utilizada(o) um(a)
para que este seja feito mais rapidamente. (A) máscara.
(C) observar a escala de serviço para ver se é ele mesmo quem (B) creme protetor.
deve executar a tarefa. (C) vestimenta.
(D) planejar o trabalho para utilizar os produtos de limpeza e (D) protetor facial.
equipamentos adequados. (E) balaclava.
(E) procurar as placas indicativas de “proibida a entrada”.
10. Conforme a Norma Regulamentadora no 6 (NR-6), enten-
5. Acerca de planejamento, viabilidade, segurança e higiene no de-se como equipamento conjugado de proteção individual todo
trabalho, julgue os itens seguintes. Capacete e capuz são exemplos aquele
de equipamentos utilizados para a proteção da cabeça do trabalha- (A) elaborado para combater apenas um tipo de risco.
dor na execução de obras e serviços de engenharia, sendo compe- (B) composto por vários dispositivos.
tência do Ministério do Trabalho e Emprego a fiscalização do uso de (C) com finalidade de proteção coletiva.
equipamento de proteção individual. (D) para riscos não simultâneos.
( ) CERTO (E) para salvaguardar dois trabalhadores da mesma atividade.
( ) ERRADO

6. Julgue os itens que se seguem, acerca de prevenção e geren-


ciamento de risco. O uso de equipamento de proteção individual GABARITO
(EPI) constitui a primeira opção que a empresa deve adotar como
medida de prevenção de acidentes e doenças relacionadas ao tra-
balho. 1 ERRADO
( ) CERTO
( ) ERRADO 2 CERTO
3 B
7. A respeito dos Equipamentos de Proteção Individual previs-
tos na Norma Regulamentadora 6NR 6, assinale V para a afirmativa 4 A
verdadeira e F para as falsa. 5 CERTO
( ) As luvas e os cremes protetores são equipamentos de prote-
6 ERRADO
ção dos membros superiores.
( ) O respirador de adução de ar tipo máscara autônoma é 7 C
equipamento de proteção respiratória utilizado em atmosferas com 8 A
concentração de oxigênio maior ou igual que 12,5%.
( ) O cinturão de segurança com dispositivo trava-queda é o 9 C
equipamento de proteção do usuário contra quedas em operações 10 D
com movimentação vertical ou horizontal.

As afirmativas são, respectivamente,


(A) F, V e V.
(B) V, V e F.
(C) F, F e V.
(D) V, F e F.
(E) V, F e V.

8. A respeito dos Equipamentos de Proteção ColetivaEPC e dos


Equipamentos de Proteção IndividualEPI, assinale a afirmativa cor-
reta.
(A) O empregado deve identificar o EPI adequado ao seu
trabalho.
(B) O empregado deve substituir o EPI quando extraviado.
(C) O uso adequado e a qualidade do EPI devem ser fiscaliza-
dos pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
(D) O EPI é utilizado após as medidas de proteção coletiva
(instalação de EPC) serem implantadas.
(E) O EPC é utilizado quando o EPI for insuficiente para prover
segurança ao trabalhador.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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