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SL-043OT-20

CÓD: 7891122036502

CABO FRIO
PREFEITURA MUNICIPAL DE CABO FRIO
DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO

Inspetor de Alunos

EDITAL Nº 03/2020
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Organização Textual: Interpretação Dos Sentidos Construídos Nos Textos Verbais E Não Verbais; Características De Textos Descritivos,
Narrativos E Dissertativos; Elementos De Coesão E Coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Aspectos Semânticos E Estilísticos: Sentido E Emprego Dos Vocábulos; Tempos E Modos Do Verbo; Uso Dos Pronomes; Metáfora,
Antítese, Ironia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Aspectos Morfológicos: Reconhecimento, Emprego E Sentido Das Classes Gramaticais Em Textos; Elementos De Composição Das Pa-
lavras; Mecanismos De Flexão Dos Nomes E Dos Verbos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
4. Processos De Constituição Dos Enunciados: Coordenação, Subordinação; Concordância Verbal E Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. 5. Sistema Gráfico: Ortografia; Regras De Acentuação; Uso Dos Sinais De Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21

Informática
1. Ms Windows 7/8/8.1/10 Br: Conceitos, Características, Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. Msoffice 2016/2019 Br (Word, Excel, Powerpoint) X Libreoffice Versão 6.3 Ou Superior (Writer, Calc, Impress) - Conceitos, Características,
Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Do Software E Emprego Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. Redes De Computadores, Internet E Web. Conceitos, Características, Meios De Transmissão, Topologias, Padrões, Cabos Utp X Stp,
Conectores, Sites De Pesquisa, Browsers, Correio Eletrônico, Webmail, Redes Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4. Segurança: Conceitos, Características, Proteção De Equipamentos, De Sistemas, Em Redes E Na Internet. Firewall. Vírus.
Backup . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53

História do Município de Cabo Frio


1. Origem da região de Cabo Frio. Primeiras ocupações e inicio do povoamento. Evolução histórica e administrativa. Habitantes, confli-
tos, edificações, atividades econômicas. O declínio no final do século XIX, e a retomada da economia no século XX, com o surgimento
de novos segmentos de atividades. A emancipação de distritos e a afirmação do turismo na segunda metade dos anos 1900. . . . 01
2. Situação atual: Aspectos físicos e geográficos do Município: clima, relevo, população, localização (região e microrregião), área, lim-
ites municipais, distritos, características urbanas, atividades econômicas predominantes. Patrimônio natural, cultural, histórico e ar-
quitetônico. Atrações turísticas, culturais e de lazer, datas comemorativas e destaques do Município. Personalidades históricas e
contemporâneas. Posição do Município na divisão regional turística do Estado e sua classificação no Mapa. . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
3. Aspectos e indicadores sociais, econômicos e financeiros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Serviços municipais. Organização e estrutura administrativa organizacional básica da Prefeitura Municipal: Órgãos de administração
direta e indireta. Posição no contexto regional e relacionamento com os municípios vizinhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18

Conhecimentos Específicos
Inspetor de Alunos
1. ECA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. LDB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. Atribuição Do Inspetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
4. Estrutura Funcional Da Escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
5. A Escola E A Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6. Violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
7. Ética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. Disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
9. Consciência E Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
10. Senso Comum E Bom Senso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
11. Responsabilidade. Dever E Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
12. Pne Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
13. LBI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
LÍNGUA PORTUGUESA
1. 1. Organização Textual: Interpretação Dos Sentidos Construídos Nos Textos Verbais E Não Verbais; Características De Textos Descriti-
vos, Narrativos E Dissertativos; Elementos De Coesão E Coerência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. 2. Aspectos Semânticos E Estilísticos: Sentido E Emprego Dos Vocábulos; Tempos E Modos Do Verbo; Uso Dos Pronomes; Metáfora,
Antítese, Ironia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. 3. Aspectos Morfológicos: Reconhecimento, Emprego E Sentido Das Classes Gramaticais Em Textos; Elementos De Composição Das
Palavras; Mecanismos De Flexão Dos Nomes E Dos Verbos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
4. 4. Processos De Constituição Dos Enunciados: Coordenação, Subordinação; Concordância Verbal E Nominal . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
5. 5. Sistema Gráfico: Ortografia; Regras De Acentuação; Uso Dos Sinais De Pontuação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
LÍNGUA PORTUGUESA

1. ORGANIZAÇÃO TEXTUAL: INTERPRETAÇÃO DOS Apresenta um enredo, com ações


SENTIDOS CONSTRUÍDOS NOS TEXTOS VERBAIS E e relações entre personagens, que
NÃO VERBAIS; CARACTERÍSTICAS DE TEXTOS DESCRI- ocorre em determinados espaço e
TIVOS, NARRATIVOS E DISSERTATIVOS; ELEMENTOS TEXTO NARRATIVO tempo. É contado por um narrador,
DE COESÃO E COERÊNCIA. e se estrutura da seguinte maneira:
apresentação > desenvolvimento >
clímax > desfecho
Compreender e interpretar textos é essencial para que o obje-
tivo de comunicação seja alcançado satisfatoriamente. Com isso, é Tem o objetivo de defender
importante saber diferenciar os dois conceitos. Vale lembrar que o determinado ponto de vista,
texto pode ser verbal ou não-verbal, desde que tenha um sentido TEXTO DISSERTATIVO- persuadindo o leitor a partir do
completo. ARGUMENTATIVO uso de argumentos sólidos. Sua
A compreensão se relaciona ao entendimento de um texto e estrutura comum é: introdução >
de sua proposta comunicativa, decodificando a mensagem explíci- desenvolvimento > conclusão.
ta. Só depois de compreender o texto que é possível fazer a sua Procura expor ideias, sem a
interpretação. necessidade de defender algum
A interpretação são as conclusões que chegamos a partir do ponto de vista. Para isso, usa-
conteúdo do texto, isto é, ela se encontra para além daquilo que TEXTO EXPOSITIVO se comparações, informações,
está escrito ou mostrado. Assim, podemos dizer que a interpreta- definições, conceitualizações
ção é subjetiva, contando com o conhecimento prévio e do reper- etc. A estrutura segue a do texto
tório do leitor. dissertativo-argumentativo.
Dessa maneira, para compreender e interpretar bem um texto,
Expõe acontecimentos, lugares,
é necessário fazer a decodificação de códigos linguísticos e/ou vi-
pessoas, de modo que sua finalidade
suais, isto é, identificar figuras de linguagem, reconhecer o sentido
TEXTO DESCRITIVO é descrever, ou seja, caracterizar algo
de conjunções e preposições, por exemplo, bem como identificar
ou alguém. Com isso, é um texto rico
expressões, gestos e cores quando se trata de imagens.
em adjetivos e em verbos de ligação.
Dicas práticas Oferece instruções, com o objetivo
1. Faça um resumo (pode ser uma palavra, uma frase, um con- de orientar o leitor. Sua maior
TEXTO INJUNTIVO
ceito) sobre o assunto e os argumentos apresentados em cada pa- característica são os verbos no modo
rágrafo, tentando traçar a linha de raciocínio do texto. Se possível, imperativo.
adicione também pensamentos e inferências próprias às anotações.
2. Tenha sempre um dicionário ou uma ferramenta de busca Gêneros textuais
por perto, para poder procurar o significado de palavras desconhe- A classificação dos gêneros textuais se dá a partir do reconhe-
cidas. cimento de certos padrões estruturais que se constituem a partir
3. Fique atento aos detalhes oferecidos pelo texto: dados, fon- da função social do texto. No entanto, sua estrutura e seu estilo
te de referências e datas. não são tão limitados e definidos como ocorre na tipologia textual,
4. Sublinhe as informações importantes, separando fatos de podendo se apresentar com uma grande diversidade. Além disso, o
opiniões. padrão também pode sofrer modificações ao longo do tempo, as-
5. Perceba o enunciado das questões. De um modo geral, ques- sim como a própria língua e a comunicação, no geral.
tões que esperam compreensão do texto aparecem com as seguin- Alguns exemplos de gêneros textuais:
tes expressões: o autor afirma/sugere que...; segundo o texto...; de • Artigo
acordo com o autor... Já as questões que esperam interpretação do • Bilhete
texto aparecem com as seguintes expressões: conclui-se do texto • Bula
que...; o texto permite deduzir que...; qual é a intenção do autor • Carta
quando afirma que... • Conto
• Crônica
Tipologia Textual • E-mail
A partir da estrutura linguística, da função social e da finali- • Lista
dade de um texto, é possível identificar a qual tipo e gênero ele • Manual
pertence. Antes, é preciso entender a diferença entre essas duas • Notícia
classificações. • Poema
• Propaganda
Tipos textuais • Receita culinária
A tipologia textual se classifica a partir da estrutura e da finali- • Resenha
dade do texto, ou seja, está relacionada ao modo como o texto se • Seminário
apresenta. A partir de sua função, é possível estabelecer um padrão
específico para se fazer a enunciação. Vale lembrar que é comum enquadrar os gêneros textuais em
Veja, no quadro abaixo, os principais tipos e suas característi- determinados tipos textuais. No entanto, nada impede que um tex-
cas: to literário seja feito com a estruturação de uma receita culinária,
por exemplo. Então, fique atento quanto às características, à finali-
dade e à função social de cada texto analisado.

1
LÍNGUA PORTUGUESA
LINGUAGEM VERBAL E NÃO VERBAL - Formal-Culto: normalmente utilizado pelas pessoas em situ-
ações formais. É necessário um cuidado maior com o vocabulário e
Chamamos de Linguagem a habilidade de expressar nossas seguir as regras gramaticais da língua.
ideias, sentimentos e opiniões. Trata-se de um fenômeno comu-
nicativo. Usamos vários tipos de linguagens para comunicação: si- Vejamos agora alguns exemplos de textos não verbais:
nais, símbolos, sons, gestos e regras com sinais convencionais. A
linguagem pode ser:

Verbal: usa as palavras para se comunicar.

Não verbal: usa outros meios de comunicação, que não sejam


as palavras. Por exemplo: linguagem de sinais, placas e sinais de
trânsito, linguagem corporal, figura, expressão facial, etc.

Linguagem verbal Linguagem não verbal


apítos;
bilhetes;
bandeiras;
cartas;
cores;
decretos;
desenhos;
diálogo
expressões faciais;
e-mails;
figuras;
entrevistas;
gestos;
filmes;
imagens;
jornais
logotipos;
literatura; Linguagem intencional: Toda vez que nos depararmos com um
luzes;
livros; texto despretensioso ou seja sem nenhum objetivo podemos julgar
pinturas;
ofícos; que há algum tipo de pretensão. Para cada tipo de intenção existe
placas;
poesias; uma forma distinta de linguagem. Por isso, uma declaração de amor
posturas corporais;
prosas; é feita de jeito e uma entrevista de emprego de outra.
semáforos;
reportagens; Não é difícil distinguir os tipos de linguagens, pois falada ou
sinais de trânsito;
sites; escrita, só pode ser verbal. Sempre que a comunicação precisar de
sinais
telefonemas; uma estrutura gramatical adequada para ser entendida, ela será
sirenes;
uma linguagem verbal.
...
...
COESÃO E COERÊNCIA
Existe também a Linguagem mista, que é o uso simultâneo
A coerência e a coesão são essenciais na escrita e na interpre-
dos dois tipos de linguagem para estabelecer a comunicação. Ela
tação de textos. Ambos se referem à relação adequada entre os
ocorre quando por exemplo dizemos que sim e ao mesmo tempo
componentes do texto, de modo que são independentes entre si.
balançamos a cabeça. Está também presente em histórias em quad-
Isso quer dizer que um texto pode estar coeso, porém incoerente,
rinhos, em charges, em vídeo, etc.
e vice-versa.
Enquanto a coesão tem foco nas questões gramaticais, ou seja,
A Língua é um instrumento de comunicação, que possui um
ligação entre palavras, frases e parágrafos, a coerência diz respeito
caráter social: pertence a um conjunto de pessoas, que podem agir
ao conteúdo, isto é, uma sequência lógica entre as ideias.
sobre ela. Cada pessoa pode optar por uma determinada forma de
expressão. Porém, não se pode criar uma língua específica e querer
Coesão
que outros falantes entendam.
A coesão textual ocorre, normalmente, por meio do uso de co-
Língua é diferente de escrita. A escrita é um estágio posterior
nectivos (preposições, conjunções, advérbios). Ela pode ser obtida
de uma língua. A língua falada é mais espontânea, acompanhada
a partir da anáfora (retoma um componente) e da catáfora (anteci-
pelo tom de voz e algumas vezes por mímicas. A língua escrita é um
pa um componente).
sistema mais rígido, não conta com o jogo fisionômico, mímicas e o
Confira, então, as principais regras que garantem a coesão tex-
tom de voz. No Brasil, todos falam a língua portuguesa, mas existem
tual:
usos diferentes da língua por diversos fatores. Dentre eles: Fatores
Regionais, Fatores Culturais, Fatores Contextuais, Fatores Profissio-
nais e Fatores Naturais.

A Fala é o uso oral da língua. Trata-se de um ato individual,


onde cada um escolhe a forma que melhor se expressa. Assim, há
vários níveis da fala. Devido ao caráter individual da fala, pode-se
observar dois níveis:
- Coloquial-Popular: nível da fala mais espontâneo, onde não
nos preocupamos em saber se falamos de acordo ou não com as
regras formais.

2
LÍNGUA PORTUGUESA

REGRA CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Pessoal (uso de pronomes pessoais ou possessivos) –
João e Maria são crianças. Eles são irmãos.
anafórica
Fiz todas as tarefas, exceto esta: colonização
REFERÊNCIA Demonstrativa (uso de pronomes demonstrativos e
africana.
advérbios) – catafórica
Mais um ano igual aos outros...
Comparativa (uso de comparações por semelhanças)
Substituição de um termo por outro, para evitar Maria está triste. A menina está cansada de ficar
SUBSTITUIÇÃO
repetição em casa.
No quarto, apenas quatro ou cinco convidados.
ELIPSE Omissão de um termo
(omissão do verbo “haver”)
Conexão entre duas orações, estabelecendo relação Eu queria ir ao cinema, mas estamos de
CONJUNÇÃO
entre elas quarentena.
Utilização de sinônimos, hiperônimos, nomes genéricos
A minha casa é clara. Os quartos, a sala e a
COESÃO LEXICAL ou palavras que possuem sentido aproximado e
cozinha têm janelas grandes.
pertencente a um mesmo grupo lexical.

Coerência
Nesse caso, é importante conferir se a mensagem e a conexão de ideias fazem sentido, e seguem uma linha clara de raciocínio.
Existem alguns conceitos básicos que ajudam a garantir a coerência. Veja quais são os principais princípios para um texto coerente:
• Princípio da não contradição: não deve haver ideias contraditórias em diferentes partes do texto.
• Princípio da não tautologia: a ideia não deve estar redundante, ainda que seja expressa com palavras diferentes.
• Princípio da relevância: as ideias devem se relacionar entre si, não sendo fragmentadas nem sem propósito para a argumentação.
• Princípio da continuidade temática: é preciso que o assunto tenha um seguimento em relação ao assunto tratado.
• Princípio da progressão semântica: inserir informações novas, que sejam ordenadas de maneira adequada em relação à progressão
de ideias.

Para atender a todos os princípios, alguns fatores são recomendáveis para garantir a coerência textual, como amplo conhecimento
de mundo, isto é, a bagagem de informações que adquirimos ao longo da vida; inferências acerca do conhecimento de mundo do leitor; e
informatividade, ou seja, conhecimentos ricos, interessantes e pouco previsíveis.

2. ASPECTOS SEMÂNTICOS E ESTILÍSTICOS: SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS;


TEMPOS E MODOS DO VERBO; USO DOS PRONOMES; METÁFORA, ANTÍTESE, IRONIA.

A fonética e a fonologia é parte da gramática descritiva, que estuda os aspectos fônicos, físicos e fisiológicos da língua.
Fonética é o nome dado ao estudo dos aspectos acústicos e fisiológicos dos sons efetivos. Com isso, busca entender a produção, a
articulação e a variedade de sons reais.
Fonologia é o estudo dos sons de uma língua, denominados fonemas. A definição de fonema é: unidade acústica que não é dotada de
significado, e ele é classificado em vogais, semivogais e consoantes. Sua representação escrita é feita entre barras (/ /).
É importante saber diferencias letra e fonema, uma vez que são distintas realidades linguísticas. A letra é a representação gráfica dos
sons de uma língua, enquanto o fonema são os sons que diferenciam os vocábulos (fala).
Vale lembrar que nem sempre há correspondência direta e exclusiva entre a letra e seu fonema, de modo que um símbolo fonético
pode ser repetido em mais de uma letra.

É muito importante saber a diferença entre os fonemas e as letras. Fonema é um elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que
representa o fonema. Nem sempre o número de fonemas de uma palavra corresponde ao número de letras que usamos para escrevê-la.
Exemplos:
coçar = 5 letras
/k/ /o/ /s/ /a/ /r/ = 5 fonemas

máximo = 6 letras
/m/ /á/ /s/ /i/ /m/ /o/ = 6 fonemas

acesso = 6 letras
/a/ /c/ /e/ /s/ /o/ = 5 fonemas

chute = 5 letras
/x/ /u/ /t/ /e/ = 4 fonemas

Os fonemas são classificados em vogais, semivogais e consoantes.


Vogais: fonemas que vieram das vibrações das cordas vocais onde a produção a corrente de ar passa livremente na cavidade bucal.
As vogais podem ser orais e nasais.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Orais: a corrente de ar passa apenas pela cavidade bucal. São: Exemplos: chave, chefe, olho, ilha, unha, dinheiro, arranhar,
a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: pé, ali, pó, dor. arrumação.
Nasais: a corrente de ar passa pela cavidade bucal e nasal. A
nasalidade pode ser indicada pelo til (~) ou pelas letras n e m. Exem- - Vocálicos: Encontro de uma vogal seguida das letras m ou n,
plos: mãe, lindo, pomba. que resulta num fonema vocálico. Eles são: am, an; em, en; im, in;
om, on e um, un. Vale lembrar que nessa situação, as letras m e n
As vogais podem também ser tônicas ou átonas, dependendo não são consoantes; elas servem para nasalizar as vogais.
da intensidade com que são pronunciadas. A vogal tônica é pronun- Exemplos: amplo, anta, temperatura, semente, empecilho, tinta.
ciada com mais intensidade: café, jogo. A vogal átona é pronunciada
com menor intensidade: café, jogo. Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um só fone-
ma; nos encontros consonantais, cada letra representa um fonema.

COLOCAÇÃO PRONOMINAL.
Semivogais: temos as letras “e”, “i”, “o”, “u”, representadas
pelos fonemas /e/, /y/, /o/, /w/, quando formam sílaba com uma A colocação dos pronomes oblíquos átonos é um fator impor-
vogal. Exemplo: “memória” a sílaba “ria” apresenta a vogal “a” e a tante na harmonia da frase. Ela respeita três tipos de posição que
semivogal “i”. os pronomes átonos me, te, o, a, lhe, nos, vos, os, as, lhes podem
ocupar na oração:
Quadro de Vogais e Semivogais
Próclise - o pronome é colocado antes do verbo.
Mesóclise - o pronome é colocado no meio do verbo.
Ênclise - o pronome é colocado depois do verbo.

Próclise

- Orações negativas, que contenham palavras como: não, nin-


guém, nunca.
Não o vi ontem.
Nunca o tratei mal.

- Pronomes relativos, indefinidos ou demonstrativos.


Foi ele que o disse a verdade.
Consoantes: fonemas onde a corrente de ar, emitida para sua pro- Alguns lhes custaram a vida.
dução, tem que forçar passagem na boca. Estes fonemas só podem ser Isso me lembra infância.
produzidos com a ajuda de uma vogal. Exemplos: mato, cena.
- Verbos antecedidos por advérbios ou expressões adverbiais, a
Encontros Vocálicos não ser que haja vírgula depois do advérbio, pois assim o advérbio
Ditongos: encontro de uma vogal e uma semivogal na mesma deixa de atrair o pronome.
sílaba. Exemplos: cai (vogal + semivogal = ditongo decrescente – a Ontem me fizeram uma proposta.
vogal vem antes da semivogal); armário (semivogal + vogal = diton- Agora, esqueça-se.
go crescente – a vogal vem depois da semivogal).
- Orações exclamativas e orações que exprimam desejo que
Tritongos: encontro de semivogal + vogal + semivogal na mes- algo aconteça.
ma sílaba. Exemplo: Paraguai. Deus nos ajude.
Espero que me dês uma boa notícia.
Hiatos: sequência de duas vogais na mesma palavra, mas que
são de sílabas diferentes, pois nunca haverá mais que uma vogal na - Orações com conjunções subordinativas.
sílaba. Exemplos: co-e-lho, sa-í-da, pa-ís. Exemplos:
Embora se sentisse melhor, saiu.
Encontro Consonantal Conforme lhe disse, hoje vou sair mais cedo.
Acontece quando há um grupo de consoantes sem vogal inter-
mediária. Exemplos: pedra, planície, psicanálise, ritmo. - Verbo no gerúndio regido da preposição em.
Em se tratando de Brasil, tudo pode acontecer.
Dígrafos Em se decidindo pelo vestido, opte pelo mais claro.
Dígrafos são duas letras representadas por um só fonema. São - Orações interrogativas.
dígrafos: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc ; incluem-se também am, an, em, Quando te disseram tal mentira?
en, im, in, om, on, um, un (que representam vogais nasais), gu e qu Quem te ligou?
antes de ”e” e ‘i” e também ha, he, hi, ho, hu e, em palavras estran-
geiras, th, ph, nn, dd, ck, oo etc. Mesóclise

Os dígrafos podem ser: É possível apenas com verbos do Futuro do Presente ou do Fu-
- Consonantais: Encontro de duas letras que representam um turo do Pretérito. Se houver palavra atrativa, dá-se preferência ao
fonema consonantal. Os principais são: ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, uso da Próclise.
gu e qu. Encontrar-me-ei com minhas raízes.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Encontrar-me-ia com minhas raízes. Nesse caso, a metáfora é possível na medida em que o poeta
Ênclise estabelece relações de semelhança entre um rio subterrâneo e seu
Usa-se a Ênclise quando o uso da Próclise e Mesóclise não fo- pensamento.
rem possíveis. A colocação de pronome depois do verbo é atraída Comparação: é a comparação entre dois elementos comuns;
pelas seguintes situações: semelhantes. Normalmente se emprega uma conjunção comparati-
va: como, tal qual, assim como.
- Verbo no imperativo afirmativo.
Depois de avaliar, chamem-nos. “Sejamos simples e calmos
Ao iniciar, distribuam-lhes as senhas! Como os regatos e as árvores”
Fernando Pessoa
- Verbo no infinitivo impessoal.
Preciso apresentar-te a minha irmã. Metonímia: consiste em empregar um termo no lugar de ou-
O seu pior pesadelo é casar-se. tro, havendo entre ambos estreita afinidade ou relação de sentido.
Observe os exemplos abaixo:
- Verbo inicia a oração.
Disse-lhe a verdade sobre nosso amor. -autor ou criador pela obra. Exemplo: Gosto de ler Machado de
Arrepiei-me com tal relato. Assis. (Gosto de ler a obra literária de Machado de Assis.)

- Verbo no gerúndio (sem a preposição em, pois regido pela -efeito pela causa e vice-versa. Exemplo: Vivo do meu trabalho.
preposição em usa-se a Próclise). (o trabalho é causa e está no lugar do efeito ou resultado).
Vivo perguntando-me como pode ser tão falso.
Faço muitos apontamentos, perguntando-lhe o motivo do fin- - continente pelo conteúdo. Exemplo: Ela comeu uma caixa de
gimento. bombons. (a palavra caixa, que designa o continente ou aquilo que
contém, está sendo usada no lugar da palavra bombons).
Com Locução Verbal
-abstrato pelo concreto e vice-versa. Exemplos: A gravidez deve
Todos os exemplos até agora têm apenas um verbo atraindo o ser tranquila. (o abstrato gravidez está no lugar do concreto, ou
pronome. Vejamos como fica a colocação do pronome nas locuções seja, mulheres grávidas).
verbais (seguindo todas as regras citadas anteriormente).
- instrumento pela pessoa que o utiliza. Exemplo: Os microfones
- Ênclise depois do verbo auxiliar ou depois do verbo principal foram atrás dos jogadores. (Os repórteres foram atrás dos jogadores.)
nas locuções verbais em que o verbo principal está no infinitivo ou
no gerúndio. - lugar pelo produto. Exemplo: Fumei um saboroso havana.
Devo chamar-te pelo primeiro nome. (Fumei um saboroso charuto.).
Devo-lhe chamar pelo primeiro nome.
- símbolo ou sinal pela coisa significada. Exemplo: Não te afas-
- Caso não haja palavra que atraia a Próclise, Ênclise é usada tes da cruz. (Não te afastes da religião.).
depois do verbo auxiliar onde o verbo principal está no particípio.
Foi-lhe dito como deveria impedir isso. - a parte pelo todo. Exemplo: Não há teto para os desabrigados.
Tinha-lhe feito as malas para que partisse o mais rápido possível. (a parte teto está no lugar do todo, “o lar”).

FIGURAS DE LINGUAGEM - indivíduo pela classe ou espécie. Exemplo: O homem foi à Lua.
(Alguns astronautas foram à Lua.).
As figuras de linguagem são recursos especiais usados por - singular pelo plural. Exemplo: A mulher foi chamada para ir às
quem fala ou escreve, para dar à expressão mais força, intensidade ruas. (Todas as mulheres foram chamadas, não apenas uma)
e beleza.
São três tipos: - gênero ou a qualidade pela espécie. Exemplo: Os mortais so-
Figuras de Palavras (tropos); frem nesse mundo. (Os homens sofrem nesse mundo.)
Figuras de Construção (de sintaxe);
Figuras de Pensamento. - matéria pelo objeto. Exemplo: Ela não tem um níquel. (a ma-
téria níquel é usada no lugar da coisa fabricada, que é “moeda”).
Figuras de Palavra
Atenção: Os últimos 5 exemplos podem receber também o
É a substituição de uma palavra por outra, isto é, no emprego nome de Sinédoque.
figurado, simbólico, seja por uma relação muito próxima (contigui-
dade), seja por uma associação, uma comparação, uma similarida- Perífrase: substituição de um nome por uma expressão para
de. São as seguintes as figuras de palavras: facilitar a identificação. Exemplo: A Cidade Maravilhosa (= Rio de
Janeiro) continua atraindo visitantes do mundo todo.
Metáfora: consiste em utilizar uma palavra ou uma expressão
em lugar de outra, sem que haja uma relação real, mas em virtude Obs.: quando a perífrase indica uma pessoa, recebe o nome de
da circunstância de que o nosso espírito as associa e depreende antonomásia.
entre elas certas semelhanças. Observe o exemplo: Exemplos:
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida praticando o bem.
“Meu pensamento é um rio subterrâneo.” (Fernando Pessoa) O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Sinestesia: Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as Onomatopeia: Ocorre quando se tentam reproduzir na forma
sensações percebidas por diferentes órgãos do sentido. Exemplo: de palavras os sons da realidade.
No silêncio negro do seu quarto, aguardava os acontecimentos. (si- Exemplos: Os sinos faziam blem, blem, blem, blem.
lêncio = auditivo; negro = visual) Miau, miau. (Som emitido pelo gato)
Tic-tac, tic-tac fazia o relógio da sala de jantar.
Catacrese: A catacrese costuma ocorrer quando, por falta de um
termo específico para designar um conceito, toma-se outro “empres- As onomatopeias, como no exemplo abaixo, podem resultar da
tado”. Passamos a empregar algumas palavras fora de seu sentido ori- Aliteração (repetição de fonemas nas palavras de uma frase ou de
ginal. Exemplos: “asa da xícara”, “maçã do rosto”, “braço da cadeira” . um verso).

Figuras de Construção “Vozes veladas, veludosas vozes,


volúpias dos violões, vozes veladas,
Ocorrem quando desejamos atribuir maior expressividade ao vagam nos velhos vórtices velozes
significado. Assim, a lógica da frase é substituída pela maior expres- dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.”
sividade que se dá ao sentido. São as mais importantes figuras de (Cruz e Sousa)
construção:
Repetição: repetir palavras ou orações para enfatizar a afirma-
Elipse: consiste na omissão de um termo da frase, o qual, no ção ou sugerir insistência, progressão:
entanto, pode ser facilmente identificado. Exemplo: No fim da co- “E o ronco das águas crescia, crescia, vinha pra dentro da ca-
memoração, sobre as mesas, copos e garrafas vazias. (Omissão do sona.” (Bernardo Élis)
verbo haver: No fim da festa comemoração, sobre as mesas, copos “O mar foi ficando escuro, escuro, até que a última lâmpada se
e garrafas vazias). apagou.” (Inácio de Loyola Brandão)

Zeugma: omissão de um ou mais termos anteriormente enun-


Pleonasmo: consiste no emprego de palavras redundantes
ciados. Exemplo: Ele gosta de geografia; eu, de português. (na se-
para reforçar uma ideia. Exemplo: Ele vive uma vida feliz.
gunda oração, faltou o verbo “gostar” = Ele gosta de geografia; eu
Deve-se evitar os pleonasmos viciosos, que não têm valor de
gosto de português.).
reforço, sendo antes fruto do desconhecimento do sentido das pa-
lavras, como por exemplo, as construções “subir para cima”, “entrar
Assíndeto: quando certas orações ou palavras, que poderiam se li-
para dentro”, etc.
gar por um conectivo, vêm apenas justapostas. Exemplo: Vim, vi, venci.
Polissíndeto: repetição enfática do conectivo, geralmente o “e”. Anáfora: repetição de uma palavra ou de um segmento do
Exemplo: Felizes, eles riam, e cantavam, e pulavam, e dançavam. texto com o objetivo de enfatizar uma ideia. É uma figura de cons-
Inversão ou Hipérbato: alterar a ordem normal dos termos ou trução muito usada em poesia. Exemplo: Este amor que tudo nos
orações com o fim de lhes dar destaque: toma, este amor que tudo nos dá, este amor que Deus nos inspira,
“Justo ela diz que é, mas eu não acho não.” (Carlos Drummond e que um dia nos há de salvar
de Andrade)
“Por que brigavam no meu interior esses entes de sonho não Paranomásia: palavras com sons semelhantes, mas de signi-
sei.” (Graciliano Ramos) ficados diferentes, vulgarmente chamada de trocadilho. Exemplo:
Observação: o termo deseja realçar é colocado, em geral, no Comemos fora todos os dias! A gente até dispensa a despensa.
início da frase.
Neologismo: criação de novas palavras. Exemplo: Estou a fim do
Anacoluto: quebra da estrutura sintática da oração. O tipo mais João. (estou interessado). Vou fazer um bico. (trabalho temporário).
comum é aquele em que um termo parece que vai ser o sujeito da
oração, mas a construção se modifica e ele acaba sem função sintá- Figuras de Pensamento
tica. Essa figura é usada geralmente para pôr em relevo a ideia que
consideramos mais importante, destacando-a do resto. Exemplo: Utilizadas para produzir maior expressividade à comunicação,
O Alexandre, as coisas não lhe estão indo muito bem. as figuras de pensamento trabalham com a combinação de ideias,
A velha hipocrisia, recordo-me dela com vergonha. (Camilo pensamentos.
Castelo Branco)
Antítese: Corresponde à aproximação de palavras contrárias,
Silepse: concordância de gênero, número ou pessoa é feita que têm sentidos opostos. Exemplo: O ódio e o amor andam de
com ideias ou termos subentendidos na frase e não claramente ex- mãos dadas.
pressos. A silepse pode ser: Apóstrofe: interrupção do texto para se chamar a atenção de
- de gênero. Exemplo: Vossa Majestade parece desanimado. (o alguém ou de coisas personificadas. Sintaticamente, a apóstrofe cor-
adjetivo desanimado concorda não com o pronome de tratamento responde ao vocativo. Exemplo: Tende piedade, Senhor, de todas as
Vossa Majestade, de forma feminina, mas com a pessoa a quem mulheres.
esse pronome se refere – pessoa do sexo masculino). Eufemismo: Atenua o sentido das palavras, suavizando as ex-
- de número. Exemplo: O pessoal ficou apavorado e saíram cor- pressões do discurso Exemplo: Ele foi para o céu. (Neste caso, a ex-
rendo. (o verbo sair concordou com a ideia de plural que a palavra pressão “para a céu”, ameniza o discurso real: ele morreu.)
pessoal sugere).
- de pessoa. Exemplo: Os brasileiros amamos futebol. (o sujeito Gradação: os termos da frase são fruto de hierarquia (ordem
os brasileiros levaria o verbo na 3ª pessoa do plural, mas a concor- crescente ou decrescente). Exemplo: As pessoas chegaram à festa,
dância foi feita com a 1ª pessoa do plural, indicando que a pessoa sentaram, comeram e dançaram.
que fala está incluída em os brasileiros).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Hipérbole: baseada no exagero intencional do locutor, isto é, expressa uma ideia de forma exagerada.
Exemplo: Liguei para ele milhões de vezes essa tarde. (Ligou várias vezes, mas não literalmente 1 milhão de vezes ou mais).

Ironia: é o emprego de palavras que, na frase, têm o sentido oposto ao que querem dizer. É usada geralmente com sentido sarcástico.
Exemplo: Quem foi o inteligente que usou o computador e apagou o que estava gravado?

Paradoxo: Diferente da antítese, que opõem palavras, o paradoxo corresponde ao uso de ideias contrárias, aparentemente absurdas.
Exemplo: Esse amor me mata e dá vida. (Neste caso, o mesmo amor traz alegrias (vida) e tristeza (mata) para a pessoa.)
Personificação ou Prosopopéia ou Animismo: atribuição de ações, sentimentos ou qualidades humanas a objetos, seres irracionais
ou outras coisas inanimadas. Exemplo: O vento suspirou essa manhã. (Nesta frase sabemos que o vento é algo inanimado que não suspira,
sendo esta uma “qualidade humana”.)

Reticência: suspender o pensamento, deixando-o meio velado. Exemplo:


“De todas, porém, a que me cativou logo foi uma... uma... não sei se digo.” (Machado de Assis)

Retificação: consiste em retificar uma afirmação anterior. Exemplos: O médico, aliás, uma médica muito gentil não sabia qual seria o
procedimento.

3. ASPECTOS MORFOLÓGICOS: RECONHECIMENTO, EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES GRAMATICAIS EM TEXTOS;


ELEMENTOS DE COMPOSIÇÃO DAS PALAVRAS; MECANISMOS DE FLEXÃO DOS NOMES E DOS VERBOS.

CLASSE DE PALAVRAS

Para entender sobre a estrutura das funções sintáticas, é preciso conhecer as classes de palavras, também conhecidas por classes
morfológicas. A gramática tradicional pressupõe 10 classes gramaticais de palavras, sendo elas: adjetivo, advérbio, artigo, conjunção, in-
terjeição, numeral, pronome, preposição, substantivo e verbo.
Veja, a seguir, as características principais de cada uma delas.

CLASSE CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS


Menina inteligente...
Expressar características, qualidades ou estado dos seres Roupa azul-marinho...
ADJETIVO
Sofre variação em número, gênero e grau Brincadeira de criança...
Povo brasileiro...
A ajuda chegou tarde.
Indica circunstância em que ocorre o fato verbal
ADVÉRBIO A mulher trabalha muito.
Não sofre variação
Ele dirigia mal.
Determina os substantivos (de modo definido ou indefinido) A galinha botou um ovo.
ARTIGO
Varia em gênero e número Uma menina deixou a mochila no ônibus.
Liga ideias e sentenças (conhecida também como conectivos) Não gosto de refrigerante nem de pizza.
CONJUNÇÃO
Não sofre variação Eu vou para a praia ou para a cachoeira?
Exprime reações emotivas e sentimentos Ah! Que calor...
INTERJEIÇÃO
Não sofre variação Escapei por pouco, ufa!
Atribui quantidade e indica posição em alguma sequência Gostei muito do primeiro dia de aula.
NUMERAL
Varia em gênero e número Três é a metade de seis.
Posso ajudar, senhora?
Acompanha, substitui ou faz referência ao substantivo Ela me ajudou muito com o meu trabalho.
PRONOME
Varia em gênero e número Esta é a casa onde eu moro.
Que dia é hoje?
Relaciona dois termos de uma mesma oração Espero por você essa noite.
PREPOSIÇÃO
Não sofre variação Lucas gosta de tocar violão.
Nomeia objetos, pessoas, animais, alimentos, lugares etc. A menina jogou sua boneca no rio.
SUBSTANTIVO
Flexionam em gênero, número e grau. A matilha tinha muita coragem.
Ana se exercita pela manhã.
Indica ação, estado ou fenômenos da natureza
Todos parecem meio bobos.
Sofre variação de acordo com suas flexões de modo, tempo,
VERBO Chove muito em Manaus.
número, pessoa e voz.
A cidade é muito bonita quando vista do
Verbos não significativos são chamados verbos de ligação
alto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivo Quando acrescentados sufixos indicadores de aumento ou di-
Tipos de substantivos minuição, é considerado sintético (Ex: meninão / menininho).
Os substantivos podem ter diferentes classificações, de acordo
com os conceitos apresentados abaixo: Novo Acordo Ortográfico
• Comum: usado para nomear seres e objetos generalizados. De acordo com o Novo Acordo Ortográfico da Língua Portugue-
Ex: mulher; gato; cidade... sa, as letras maiúsculas devem ser usadas em nomes próprios de
• Próprio: geralmente escrito com letra maiúscula, serve para pessoas, lugares (cidades, estados, países, rios), animais, acidentes
especificar e particularizar. Ex: Maria; Garfield; Belo Horizonte... geográficos, instituições, entidades, nomes astronômicos, de festas
• Coletivo: é um nome no singular que expressa ideia de plural, e festividades, em títulos de periódicos e em siglas, símbolos ou
para designar grupos e conjuntos de seres ou objetos de uma mes- abreviaturas.
ma espécie. Ex: matilha; enxame; cardume... Já as letras minúsculas podem ser usadas em dias de semana,
• Concreto: nomeia algo que existe de modo independente de meses, estações do ano e em pontos cardeais.
outro ser (objetos, pessoas, animais, lugares etc.). Ex: menina; ca- Existem, ainda, casos em que o uso de maiúscula ou minúscula
chorro; praça... é facultativo, como em título de livros, nomes de áreas do saber,
• Abstrato: depende de um ser concreto para existir, designan- disciplinas e matérias, palavras ligadas a alguma religião e em pala-
do sentimentos, estados, qualidades, ações etc. Ex: saudade; sede; vras de categorização.
imaginação...
• Primitivo: substantivo que dá origem a outras palavras. Ex: Adjetivo
livro; água; noite... Os adjetivos podem ser simples (vermelho) ou compostos (mal-
• Derivado: formado a partir de outra(s) palavra(s). Ex: pedrei- -educado); primitivos (alegre) ou derivados (tristonho). Eles podem
ro; livraria; noturno... flexionar entre o feminino (estudiosa) e o masculino (engraçado), e
• Simples: nomes formados por apenas uma palavra (um radi- o singular (bonito) e o plural (bonitos).
cal). Ex: casa; pessoa; cheiro... Há, também, os adjetivos pátrios ou gentílicos, sendo aqueles
• Composto: nomes formados por mais de uma palavra (mais que indicam o local de origem de uma pessoa, ou seja, sua naciona-
de um radical). Ex: passatempo; guarda-roupa; girassol...
lidade (brasileiro; mineiro).
É possível, ainda, que existam locuções adjetivas, isto é, conjun-
Flexão de gênero
to de duas ou mais palavras usadas para caracterizar o substantivo.
Na língua portuguesa, todo substantivo é flexionado em um
São formadas, em sua maioria, pela preposição DE + substantivo:
dos dois gêneros possíveis: feminino e masculino.
• de criança = infantil
O substantivo biforme é aquele que flexiona entre masculino
• de mãe = maternal
e feminino, mudando a desinência de gênero, isto é, geralmente
• de cabelo = capilar
o final da palavra sendo -o ou -a, respectivamente (Ex: menino /
menina). Há, ainda, os que se diferenciam por meio da pronúncia /
acentuação (Ex: avô / avó), e aqueles em que há ausência ou pre- Variação de grau
sença de desinência (Ex: irmão / irmã; cantor / cantora). Os adjetivos podem se encontrar em grau normal (sem ênfa-
O substantivo uniforme é aquele que possui apenas uma for- ses), ou com intensidade, classificando-se entre comparativo e su-
ma, independente do gênero, podendo ser diferenciados quanto perlativo.
ao gênero a partir da flexão de gênero no artigo ou adjetivo que o • Normal: A Bruna é inteligente.
acompanha (Ex: a cadeira / o poste). Pode ser classificado em epi- • Comparativo de superioridade: A Bruna é mais inteligente
ceno (refere-se aos animais), sobrecomum (refere-se a pessoas) e que o Lucas.
comum de dois gêneros (identificado por meio do artigo). • Comparativo de inferioridade: O Gustavo é menos inteligente
É preciso ficar atento à mudança semântica que ocorre com que a Bruna.
alguns substantivos quando usados no masculino ou no feminino, • Comparativo de igualdade: A Bruna é tão inteligente quanto
trazendo alguma especificidade em relação a ele. No exemplo o fru- a Maria.
to X a fruta temos significados diferentes: o primeiro diz respeito ao • Superlativo relativo de superioridade: A Bruna é a mais inte-
órgão que protege a semente dos alimentos, enquanto o segundo é ligente da turma.
o termo popular para um tipo específico de fruto. • Superlativo relativo de inferioridade: O Gustavo é o menos
inteligente da turma.
Flexão de número • Superlativo absoluto analítico: A Bruna é muito inteligente.
No português, é possível que o substantivo esteja no singu- • Superlativo absoluto sintético: A Bruna é inteligentíssima.
lar, usado para designar apenas uma única coisa, pessoa, lugar
(Ex: bola; escada; casa) ou no plural, usado para designar maiores Adjetivos de relação
quantidades (Ex: bolas; escadas; casas) — sendo este último repre- São chamados adjetivos de relação aqueles que não podem so-
sentado, geralmente, com o acréscimo da letra S ao final da palavra. frer variação de grau, uma vez que possui valor semântico objetivo,
Há, também, casos em que o substantivo não se altera, de isto é, não depende de uma impressão pessoal (subjetiva). Além
modo que o plural ou singular devem estar marcados a partir do disso, eles aparecem após o substantivo, sendo formados por sufi-
contexto, pelo uso do artigo adequado (Ex: o lápis / os lápis). xação de um substantivo (Ex: vinho do Chile = vinho chileno).

Variação de grau Advérbio


Usada para marcar diferença na grandeza de um determinado Os advérbios são palavras que modificam um verbo, um ad-
substantivo, a variação de grau pode ser classificada em aumenta- jetivo ou um outro advérbio. Eles se classificam de acordo com a
tivo e diminutivo. tabela abaixo:
Quando acompanhados de um substantivo que indica grandeza
ou pequenez, é considerado analítico (Ex: menino grande / menino
pequeno).

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LÍNGUA PORTUGUESA

CLASSIFICAÇÃO ADVÉRBIOS LOCUÇÕES ADVERBIAIS


DE MODO bem; mal; assim; melhor; depressa ao contrário; em detalhes
ontem; sempre; afinal; já; agora; doravante; primei- logo mais; em breve; mais tarde, nunca mais, de
DE TEMPO
ramente noite
DE LUGAR aqui; acima; embaixo; longe; fora; embaixo; ali Ao redor de; em frente a; à esquerda; por perto
DE INTENSIDADE muito; tão; demasiado; imenso; tanto; nada em excesso; de todos; muito menos
DE AFIRMAÇÃO sim, indubitavelmente; certo; decerto; deveras com certeza; de fato; sem dúvidas
DE NEGAÇÃO não; nunca; jamais; tampouco; nem nunca mais; de modo algum; de jeito nenhum
DE DÚVIDA Possivelmente; acaso; será; talvez; quiçá Quem sabe

Advérbios interrogativos
São os advérbios ou locuções adverbiais utilizadas para introduzir perguntas, podendo expressar circunstâncias de:
• Lugar: onde, aonde, de onde
• Tempo: quando
• Modo: como
• Causa: por que, por quê

Grau do advérbio
Os advérbios podem ser comparativos ou superlativos.
• Comparativo de igualdade: tão/tanto + advérbio + quanto
• Comparativo de superioridade: mais + advérbio + (do) que
• Comparativo de inferioridade: menos + advérbio + (do) que
• Superlativo analítico: muito cedo
• Superlativo sintético: cedíssimo

Curiosidades
Na linguagem coloquial, algumas variações do superlativo são aceitas, como o diminutivo (cedinho), o aumentativo (cedão) e o uso
de alguns prefixos (supercedo).
Existem advérbios que exprimem ideia de exclusão (somente; salvo; exclusivamente; apenas), inclusão (também; ainda; mesmo) e
ordem (ultimamente; depois; primeiramente).
Alguns advérbios, além de algumas preposições, aparecem sendo usados como uma palavra denotativa, acrescentando um sentido
próprio ao enunciado, podendo ser elas de inclusão (até, mesmo, inclusive); de exclusão (apenas, senão, salvo); de designação (eis); de
realce (cá, lá, só, é que); de retificação (aliás, ou melhor, isto é) e de situação (afinal, agora, então, e aí).

Pronomes
Os pronomes são palavras que fazem referência aos nomes, isto é, aos substantivos. Assim, dependendo de sua função no enunciado,
ele pode ser classificado da seguinte maneira:
• Pronomes pessoais: indicam as 3 pessoas do discurso, e podem ser retos (eu, tu, ele...) ou oblíquos (mim, me, te, nos, si...).
• Pronomes possessivos: indicam posse (meu, minha, sua, teu, nossos...)
• Pronomes demonstrativos: indicam localização de seres no tempo ou no espaço. (este, isso, essa, aquela, aquilo...)
• Pronomes interrogativos: auxiliam na formação de questionamentos (qual, quem, onde, quando, que, quantas...)
• Pronomes relativos: retomam o substantivo, substituindo-o na oração seguinte (que, quem, onde, cujo, o qual...)
• Pronomes indefinidos: substituem o substantivo de maneira imprecisa (alguma, nenhum, certa, vários, qualquer...)
• Pronomes de tratamento: empregados, geralmente, em situações formais (senhor, Vossa Majestade, Vossa Excelência, você...)

Colocação pronominal
Diz respeito ao conjunto de regras que indicam a posição do pronome oblíquo átono (me, te, se, nos, vos, lhe, lhes, o, a, os, as, lo, la,
no, na...) em relação ao verbo, podendo haver próclise (antes do verbo), ênclise (depois do verbo) ou mesóclise (no meio do verbo).
Veja, então, quais as principais situações para cada um deles:
• Próclise: expressões negativas; conjunções subordinativas; advérbios sem vírgula; pronomes indefinidos, relativos ou demonstrati-
vos; frases exclamativas ou que exprimem desejo; verbos no gerúndio antecedidos por “em”.
Nada me faria mais feliz.

• Ênclise: verbo no imperativo afirmativo; verbo no início da frase (não estando no futuro e nem no pretérito); verbo no gerúndio não
acompanhado por “em”; verbo no infinitivo pessoal.
Inscreveu-se no concurso para tentar realizar um sonho.

• Mesóclise: verbo no futuro iniciando uma oração.


Orgulhar-me-ei de meus alunos.

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LÍNGUA PORTUGUESA
DICA: o pronome não deve aparecer no início de frases ou orações, nem após ponto-e-vírgula.

Verbos
Os verbos podem ser flexionados em três tempos: pretérito (passado), presente e futuro, de maneira que o pretérito e o futuro pos-
suem subdivisões.
Eles também se dividem em três flexões de modo: indicativo (certeza sobre o que é passado), subjuntivo (incerteza sobre o que é
passado) e imperativo (expressar ordem, pedido, comando).

• Tempos simples do modo indicativo: presente, pretérito perfeito, pretérito imperfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do pre-
sente, futuro do pretérito.
• Tempos simples do modo subjuntivo: presente, pretérito imperfeito, futuro.

Os tempos verbais compostos são formados por um verbo auxiliar e um verbo principal, de modo que o verbo auxiliar sofre flexão em
tempo e pessoa, e o verbo principal permanece no particípio. Os verbos auxiliares mais utilizados são “ter” e “haver”.
• Tempos compostos do modo indicativo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro do presente, futuro do pretérito.
• Tempos compostos do modo subjuntivo: pretérito perfeito, pretérito mais-que-perfeito, futuro.
As formas nominais do verbo são o infinitivo (dar, fazerem, aprender), o particípio (dado, feito, aprendido) e o gerúndio (dando, fa-
zendo, aprendendo). Eles podem ter função de verbo ou função de nome, atuando como substantivo (infinitivo), adjetivo (particípio) ou
advérbio (gerúndio).

Tipos de verbos
Os verbos se classificam de acordo com a sua flexão verbal. Desse modo, os verbos se dividem em:
Regulares: possuem regras fixas para a flexão (cantar, amar, vender, abrir...)
• Irregulares: possuem alterações nos radicais e nas terminações quando conjugados (medir, fazer, poder, haver...)
• Anômalos: possuem diferentes radicais quando conjugados (ser, ir...)
• Defectivos: não são conjugados em todas as pessoas verbais (falir, banir, colorir, adequar...)
• Impessoais: não apresentam sujeitos, sendo conjugados sempre na 3ª pessoa do singular (chover, nevar, escurecer, anoitecer...)
• Unipessoais: apesar de apresentarem sujeitos, são sempre conjugados na 3ª pessoa do singular ou do plural (latir, miar, custar,
acontecer...)
• Abundantes: possuem duas formas no particípio, uma regular e outra irregular (aceitar = aceito, aceitado)
• Pronominais: verbos conjugados com pronomes oblíquos átonos, indicando ação reflexiva (suicidar-se, queixar-se, sentar-se, pen-
tear-se...)
• Auxiliares: usados em tempos compostos ou em locuções verbais (ser, estar, ter, haver, ir...)
• Principais: transmitem totalidade da ação verbal por si próprios (comer, dançar, nascer, morrer, sorrir...)
• De ligação: indicam um estado, ligando uma característica ao sujeito (ser, estar, parecer, ficar, continuar...)

Vozes verbais
As vozes verbais indicam se o sujeito pratica ou recebe a ação, podendo ser três tipos diferentes:
• Voz ativa: sujeito é o agente da ação (Vi o pássaro)
• Voz passiva: sujeito sofre a ação (O pássaro foi visto)
• Voz reflexiva: sujeito pratica e sofre a ação (Vi-me no reflexo do lago)

Ao passar um discurso para a voz passiva, é comum utilizar a partícula apassivadora “se”, fazendo com o que o pronome seja equiva-
lente ao verbo “ser”.

Conjugação de verbos
Os tempos verbais são primitivos quando não derivam de outros tempos da língua portuguesa. Já os tempos verbais derivados são
aqueles que se originam a partir de verbos primitivos, de modo que suas conjugações seguem o mesmo padrão do verbo de origem.
• 1ª conjugação: verbos terminados em “-ar” (aproveitar, imaginar, jogar...)
• 2ª conjugação: verbos terminados em “-er” (beber, correr, erguer...)
• 3ª conjugação: verbos terminados em “-ir” (dormir, agir, ouvir...)

Confira os exemplos de conjugação apresentados abaixo:

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-lutar

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LÍNGUA PORTUGUESA

Fonte: www.conjugação.com.br/verbo-impor

Preposições
As preposições são palavras invariáveis que servem para ligar dois termos da oração numa relação subordinada, e são divididas entre
essenciais (só funcionam como preposição) e acidentais (palavras de outras classes gramaticais que passam a funcionar como preposição
em determinadas sentenças).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Preposições essenciais: a, ante, após, de, com, em, contra, para, ESTRUTURA E FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
per, perante, por, até, desde, sobre, sobre, trás, sob, sem, entre.
Preposições acidentais: afora, como, conforme, consoante, du- Ao estudar a estrutura das palavras, estamos penetrando seu
rante, exceto, mediante, menos, salvo, segundo, visto etc. íntimo e conhecendo as várias partes que formam um todo acaba-
Locuções prepositivas: abaixo de, afim de, além de, à custa de, do e repleto de significado. Uma palavra é formada por unidades
defronte a, a par de, perto de, por causa de, em que pese a etc. mínimas que possuem significado, que são chamadas elementos
mórficos ou morfemas.
Ao conectar os termos das orações, as preposições estabele- A palavra “maquininhas”, por exemplo, possui quatro morfe-
cem uma relação semântica entre eles, podendo passar ideia de: mas:
• Causa: Morreu de câncer.
• Distância: Retorno a 3 quilômetros. maquin inh a s
• Finalidade: A filha retornou para o enterro.
• Instrumento: Ele cortou a foto com uma tesoura. Base do Indica grau Indica gênero Indica
• Modo: Os rebeldes eram colocados em fila. significado diminutivo feminino plural
• Lugar: O vírus veio de Portugal.
• Companhia: Ela saiu com a amiga. Raiz
• Posse: O carro de Maria é novo.
• Meio: Viajou de trem. Origem das palavras. É onde se concentra a significação das
palavras.
Combinações e contrações
Algumas preposições podem aparecer combinadas a outras pa- Exemplo: Raiz (carr- raiz nominal de carro).
lavras de duas maneiras: sem haver perda fonética (combinação) e
havendo perda fonética (contração). Os morfemas que constituem as palavras são: radical, desinên-
• Combinação: ao, aos, aonde cia, vogal temática, afixos, vogais e consoantes de ligação.
• Contração: de, dum, desta, neste, nisso
Radical
Conjunção
As conjunções se subdividem de acordo com a relação estabe- É a forma mínima que indica o sentido básico da palavra. Com
lecida entre as ideias e as orações. Por ter esse papel importante o radical formamos famílias de palavras.
de conexão, é uma classe de palavras que merece destaque, pois
reconhecer o sentido de cada conjunção ajuda na compreensão e Exemplos:
interpretação de textos, além de ser um grande diferencial no mo- Moço – moça – moçada – mocinha – moçoila - remoçar
mento de redigir um texto.
Elas se dividem em duas opções: conjunções coordenativas e Desinência
conjunções subordinativas.
Elementos colocados no final das palavras para indicar aspec-
Conjunções coordenativas tos gramaticais. As desinências são de dois tipos:
As orações coordenadas não apresentam dependência sintáti-
ca entre si, servindo também para ligar termos que têm a mesma - nominal: indica o gênero (masculino/feminino) e o número
função gramatical. As conjunções coordenativas se subdividem em (singular/plural) dos substantivos, adjetivos pronomes e numerais.
cinco grupos: Exemplo: menino, menina, meninos, meninas.
• Aditivas: e, nem, bem como.
• Adversativas: mas, porém, contudo. - verbal: indica a pessoa (1ª, 2ª e 3ª), o número (singular/plu-
• Alternativas: ou, ora…ora, quer…quer. ral), o tempo e o modo (indicativo, presente...).
• Conclusivas: logo, portanto, assim. Exemplo: amássemos
• Explicativas: que, porque, porquanto. am- (radical)
-á- (vogal temática)
Conjunções subordinativas - sse- (desinência modo subjuntivo e de tempo perfeito)
As orações subordinadas são aquelas em que há uma relação -mos (desinência de primeira pessoa e de número plural)
de dependência entre a oração principal e a oração subordinada.
Desse modo, a conexão entre elas (bem como o efeito de sentido) Vogal temática
se dá pelo uso da conjunção subordinada adequada.
Elas podem se classificar de dez maneiras diferentes: É o que torna possível a ligação entre o radical e a desinência.
• Integrantes: usadas para introduzir as orações subordinadas Observe o verbo dançar:
substantivas, definidas pelas palavras que e se.
• Causais: porque, que, como. Danç: radical
• Concessivas: embora, ainda que, se bem que. A: vogal temática
• Condicionais: e, caso, desde que. R: desinência de infinitivo.
• Conformativas: conforme, segundo, consoante.
• Comparativas: como, tal como, assim como. A junção do radical danç- com a desinência –r no português é
• Consecutivas: de forma que, de modo que, de sorte que. impossível, é a vogal temática “a” que torna possível essa ligação.
• Finais: a fim de que, para que.
• Proporcionais: à medida que, ao passo que, à proporção que.
• Temporais: quando, enquanto, agora.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Afixos - Palavras invariáveis passam a substantivos
- Substantivos próprios tornam-se comuns
São morfemas que se colocam antes ou depois do radical alte-
rando sua significação básica. São divididos em: Composição: processo que forma palavras compostas, pela
junção de dois ou mais radicais. São dois tipos:
- Prefixos: antepostos ao radical.
Exemplo: impossível, desleal. - Justaposição: ao juntar duas ou mais palavras ou radicais, não
há alteração fonética: televisão, quinta-feira, girassol, couve-flor.
- Sufixos: pospostos ao radical.
Exemplo: lealdade, felizmente. - Aglutinação: quando pelo menos uma das palavras que for-
mam o composto apresenta alteração em sua forma: aguardente
Vogais ou consoantes de ligação (água + ardente), vinagre (vinho + acre), planalto (plano + alto).

As vogais ou consoantes de ligação podem ocorrer entre um A formação de palavras se dá a partir de processos morfológi-
morfema e outro por motivos eufônicos, facilitando ou até possibi- cos, de modo que as palavras se dividem entre:
litando a leitura de uma palavra. • Palavras primitivas: são aquelas que não provêm de outra
Exemplos: paulada, cafeteira, gasômetro. palavra. Ex: flor; pedra
• Palavras derivadas: são originadas a partir de outras pala-
Formação das Palavras vras. Ex: floricultura; pedrada
• Palavra simples: são aquelas que possuem apenas um radi-
Há dois processos pelos quais se formam as palavras: Deriva- cal (morfema que contém significado básico da palavra). Ex: cabelo;
ção e Composição. A diferença é que na derivação, partimos sem- azeite
pre de um único radical, enquanto na composição sempre haverá • Palavra composta: são aquelas que possuem dois ou mais
mais de um radical. radicais. Ex: guarda-roupa; couve-flor
Derivação: processo pelo qual se obtém uma palavra nova (de- Entenda como ocorrem os principais processos de formação de
rivada), a partir de outra já existente, (primitiva). palavras:
Exemplo: Terra (enterrar, terráqueo, aterrar). Observamos que
“terra” não se forma de nenhuma outra palavra, mas, possibilitam Derivação
a formação de outras, por meio do acréscimo de um sufixo ou pre- A formação se dá por derivação quando ocorre a partir de uma
fixo. Sendo assim, terra e palavra primitiva, e as demais, derivadas. palavra simples ou de um único radical, juntando-se afixos.
• Derivação prefixal: adiciona-se um afixo anteriormente à pa-
Tipos de Derivação lavra ou radical. Ex: antebraço (ante + braço) / infeliz (in + feliz)
• Derivação sufixal: adiciona-se um afixo ao final da palavra ou
- Prefixal ou Prefixação: acréscimo de prefixo à palavra primiti- radical. Ex: friorento (frio + ento) / guloso (gula + oso)
va, e tem o significado alterado: rever; infeliz, desamor. • Derivação parassintética: adiciona-se um afixo antes e outro
depois da palavra ou radical. Ex: esfriar (es + frio + ar) / desgoverna-
- Sufixal ou Sufixação: acréscimo de sufixo à palavra primitiva, do (des + governar + ado)
pode sofrer alteração de significado ou mudança de classe gramati- • Derivação regressiva (formação deverbal): reduz-se a pala-
cal: amoroso, felizmente, menininho. vra primitiva. Ex: boteco (botequim) / ataque (verbo “atacar”)
A derivação sufixal pode ser: • Derivação imprópria (conversão): ocorre mudança na classe
Nominal: formando substantivos e adjetivos: riso – risonho. gramatical, logo, de sentido, da palavra primitiva. Ex: jantar (verbo
Verbal: formando verbos: atual - atualizar. para substantivo) / Oliveira (substantivo comum para substantivo
Adverbial: formando advérbios de modo: feliz – felizmente. próprio – sobrenomes).

- Parassintética ou Parassíntese: a palavra derivada resulta do Composição


acréscimo simultâneo de prefixo e sufixo à palavra primitiva. Por A formação por composição ocorre quando uma nova palavra
meio da parassíntese formam-se nomes (substantivos e adjetivos) se origina da junção de duas ou mais palavras simples ou radicais.
e verbos. A presença de apenas um desses afixos não é suficiente • Aglutinação: fusão de duas ou mais palavras simples, de
para formar uma nova palavra. modo que ocorre supressão de fonemas, de modo que os elemen-
Exemplos: tos formadores perdem sua identidade ortográfica e fonológica. Ex:
aguardente (água + ardente) / planalto (plano + alto)
Esfriar, esquentar, amadurecer. • Justaposição: fusão de duas ou mais palavras simples, man-
tendo a ortografia e a acentuação presente nos elementos forma-
- Derivação Regressiva: uma palavra é formada não por acrés- dores. Em sua maioria, aparecem conectadas com hífen. Ex: beija-
cimo, mas por redução: trabalhar – trabalho, castigar – castigo. -flor / passatempo.

- Derivação Imprópria: ocorre quando determinada palavra, Abreviação


sem sofrer qualquer acréscimo ou supressão em sua forma, muda Quando a palavra é reduzida para apenas uma parte de sua
de classe gramatical. Assim: totalidade, passando a existir como uma palavra autônoma. Ex: foto
- Adjetivos passam a substantivos (fotografia) / PUC (Pontifícia Universidade Católica).
- Particípios passam a substantivos ou adjetivos
- Infinitivos passam a substantivos Hibridismo
- Substantivos passam a adjetivos Quando há junção de palavras simples ou radicais advindos de
- Adjetivos passam a advérbios: Falei baixo para que ninguém línguas distintas. Ex: sociologia (socio – latim + logia – grego) / binó-
escutasse. culo (bi – grego + oculus – latim).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Combinação Em ões ou ães: charlatões/charlatães, guardiões/guardiães, ci-
Quando ocorre junção de partes de outras palavras simples ou rugiões/cirurgiães.
radicais. Ex: portunhol (português + espanhol) / aborrecente (abor- Em ões, ãos ou ães: anciões/anciãos/anciães, ermitões/ermi-
recer + adolescente). tãos/ermitães

Intensificação - Plural dos diminutivos com a letra z. Coloca-se a palavra no


Quando há a criação de uma nova palavra a partir do alarga- plural, corta-se o s e acrescenta-se zinhos (ou zinhas): coraçãozinho
mento do sufixo de uma palavra existente. Normalmente é feita – corações – coraçõe – coraçõezinhos.
adicionando o sufixo -izar. Ex: inicializar (em vez de iniciar) / proto- - Plural com metafonia (ô - ó). Algumas palavras, quando vão
colizar (em vez de protocolar). ao plural, abrem o timbre da vogal “o”, outras não. Com metafonia
singular (ô) plural (ó): coro-coros; corvo-corvos; destroço-destro-
Neologismo ços. Sem metafonia singular (ô) plural (ô): adorno-adornos; bolso-
Quando novas palavras surgem devido à necessidade do falan- -bolsos; transtorno-transtornos.
te em contextos específicos, podendo ser temporárias ou perma-
nentes. Existem três tipos principais de neologismos: - Casos especiais: aval, avales e avaiscal − cales e caiscós − co-
• Neologismo semântico: atribui-se novo significado a uma pa- ses e cós – fel, feles e féis – mal e males – cônsul e cônsules.
lavra já existente. Ex: amarelar (desistir) / mico (vergonha)
• Neologismo sintático: ocorre a combinação de elementos já - Os dois elementos variam. Quando os compostos são for-
existentes no léxico da língua. Ex: dar um bolo (não comparecer ao mados por substantivo mais palavra variável (adjetivo, substantivo,
compromisso) / dar a volta por cima (superar). numeral, pronome): amor-perfeito − amores-perfeitos; couve-flor
• Neologismo lexical: criação de uma nova palavra, que tem − couves-flores; segunda-feira − segundas-feiras.
um novo conceito. Ex: deletar (apagar) / escanear (digitalizar)
- Só o primeiro elemento varia. Quando há preposição no com-
Onomatopeia posto, mesmo que oculta: pé-de-moleque − pés-de-moleque; cava-
Quando uma palavra é formada a partir da reprodução aproxi- lo-vapor − cavalos-vapor (de ou a vapor). Quando o segundo subs-
madado seu som. Ex: atchim; zum-zum; tique-taque. tantivo determina o primeiro (fim ou semelhança): banana-maçã
− bananas-maçã (semelhante a maçã); navio-escola − navios-escola
FLEXÃO NOMINAL (a finalidade é a escola).
Alguns autores admitem a flexão dos dois elementos. É uma
Flexão de número: Os nomes (substantivo, adjetivo etc.), de situação polêmica: mangas-espada (preferível) ou mangas-espa-
modo geral, admitem a flexão de número: singular e plural: animal
das. Quando dizemos (e isso vai ocorrer outras vezes) que é uma
– animais.
situação polêmica, discutível, convém ter em mente que a questão
do concurso deve ser resolvida por eliminação, ou seja, analisando
- Na maioria das vezes, acrescenta-se S: ponte – pontes; bo-
bem as outras opções.
nito – bonitos.
- Palavras terminadas em R ou Z: acrescenta-se ES: éter –
- Apenas o último elemento varia. Quando os elementos são
éteres; avestruz – avestruzes. O pronome qualquer faz o plural no
adjetivos: hispano-americano − hispano-americanos. A exceção é
meio: quaisquer
surdo-mudo, em que os dois adjetivos se flexionam: surdos-mudos.
- Palavras oxítonas terminadas em S: acrescenta-se ES: ananás
– ananases. As paroxítonas e as proparoxítonas são invariáveis: o Nos compostos em que aparecem os adjetivos grão, grã e bel: grão-
pires − os pires, o ônibus − os ônibus -duque − grão-duques; grã-cruz − grã-cruzes; bel-prazer − bel-praze-
res. Quando o composto é formado por verbo ou qualquer elemen-
- Palavras terminadas em IL: to invariável (advérbio, interjeição, prefixo etc.) mais substantivo ou
átono: trocam IL por EIS: fóssil – fósseis. adjetivo: arranha-céu − arranha-céus; sempre-viva − sempre-vivas;
tônico: trocam L por S: funil – funis. super-homem − super-homens. Quando os elementos são repeti-
dos ou onomatopaicos (representam sons): reco-reco − reco-recos;
- Palavras terminadas em EL: pingue-pongue − pingue-pongues; bem-te-vi − bem-te-vis.
átono: plural em EIS: nível – níveis. Como se vê pelo segundo exemplo, pode haver alguma alte-
tônico: plural em ÉIS: carretel – carretéis. ração nos elementos, ou seja, não serem iguais. Se forem verbos
repetidos, admite-se também pôr os dois no plural: pisca-pisca −
- Palavras terminadas em X são invariáveis: o clímax − os clí- pisca-piscas ou piscas-piscas
max. - Nenhum elemento varia. Quando há verbo mais palavra
invariável: O cola-tudo – os cola-tudo. Quando há dois verbos de
- Há palavras cuja sílaba tônica avança: júnior − juniores; cará- sentido oposto: o perde-ganha – os perde-ganha. Nas frases subs-
ter – caracteres. A palavra tantivas (frases que se transformam em substantivos): O maria-vai-
Caracteres é plural tanto de caractere quanto de caráter. -com-as-outras − os maria-vai-com-as-outras.
- São invariáveis arco-íris, louva-a-deus, sem-vergonha, sem-te-
- Palavras terminadas em ão fazem o plural em ãos, ães e ões. to e sem-terra: Os sem-terra apreciavam os arco-íris. Admitem mais
Em ões: balões, corações, grilhões, melões, gaviões. de um plural: pai-nosso − pais-nossos ou pai-nossos; padre-nosso
Em ãos: pagãos, cristãos, cidadãos, bênçãos, órgãos. Os paroxí- − padres-nossos ou padre-nossos; terra-nova − terras-novas ou ter-
tonos, como os dois últimos, sempre fazem o plural em ãos. ra-novas; salvo-conduto − salvos-condutos ou salvo-condutos; xe-
Em ães: escrivães, tabeliães, capelães, capitães, alemães. que-mate − xeques-mates ou xeques-mate; fruta-pão − frutas-pães
Em ões ou ãos: corrimões/corrimãos, verões/verãos, anões/ ou frutas-pão; guarda-marinha − guardas-marinhas ou guardas-ma-
anãos. rinha. Casos especiais: palavras que não se encaixam nas regras:

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LÍNGUA PORTUGUESA
o bem-me-quer − os bem-me-queres; o joão-ninguém − os joões- líssimo; humilde – humílimo; magro – macérrimo; negro – nigérri-
-ninguém; o lugar-tenente − os lugar-tenentes; o mapa-múndi − os mo; pobre – paupérrimo; sagrado – sacratíssimo; sério – seriíssimo;
mapas-múndi. soberbo – superbíssimo.
Flexão de Gênero: Os substantivos e as palavras que o acompa-
nham na frase admitem a flexão de gênero: masculino e feminino: FLEXÃO VERBAL
Meu amigo diretor recebeu o primeiro salário. Minha amiga direto-
ra recebeu a primeira prestação. A flexão de feminino pode ocorrer As flexões verbais são expressas por meio dos tempos, modo
de duas maneiras. e pessoa da seguinte forma: O tempo indica o momento em que
- Com a troca de o ou e por a: lobo – loba; mestre – mestra. ocorre o processo verbal; O modo indica a atitude do falante (dú-
- Por meio de diferentes sufixos nominais de gênero, muitas vida, certeza, impossibilidade, pedido, imposição, etc.); A pessoa
vezes com alterações do radical: ateu – atéia; bispo – episcopisa; marca na forma do verbo a pessoa gramatical do sujeito.
conde – condessa; duque – duquesa; frade – freira; ilhéu – ilhoa;
judeu – judia; marajá – marani; monje – monja; pigmeu – pigmeia; Tempos: Há tempos do presente, do passado (pretérito) e do
píton – pitonisa; sandeu – sandia; sultão – sultana. futuro.

Alguns substantivos são uniformes quanto ao gênero, ou seja, Modo


possuem uma única forma para masculino e feminino. Podem ser:
Sobrecomuns: admitem apenas um artigo, podendo designar Modo Indicativo: Indica uma certeza relativa do falante com re-
os dois sexos: a pessoa, o cônjuge, a testemunha. ferência ao que o verbo exprime; pode ocorrer no tempo presente,
Comuns de dois gêneros: admitem os dois artigos, podendo passado ou futuro:
então ser masculinos ou femininos: o estudante − a estudante, o
cientista − a cientista, o patriota − a patriota. Presente: Processo simultâneo ao ato da fala, fato corriqueiro,
Epicenos: admitem apenas um artigo, designando os animais: habitual: Compro livros nesta livraria. Usa-se também o presente
O jacaré, a cobra, o polvo com o valor de passado, passado histórico (nos contos, narrativas)

O feminino de elefante é elefanta , e não elefoa. Aliá é correto, Tempos do Pretérito (passado): Exprimem processos anterio-
mas designa apenas uma espécie de elefanta. Mamão, para alguns res ao ato da fala. São eles:
gramáticos, deve ser considerado epiceno. É algo discutível. - Pretérito Imperfeito: Exprime um processo habitual, ou com
Há substantivos de gênero duvidoso, que as pessoas costumam duração no tempo: Naquela época eu cantava como um pássaro.
trocar: champanha aguardente, dó, alface, eclipse, calformicida, - Pretérito Perfeito: Exprime uma ação acabada: Paulo que-
cataplasma, grama (peso), grafite, milhar libido, plasma, soprano, brou meu violão de estimação.
musse, suéter, preá, telefonema. - Pretérito Mais-que-Perfeito: Exprime um processo anterior
Existem substantivos que admitem os dois gêneros: diabetes a um processo acabado: Embora tivera deixado a escola, ele nunca
(ou diabete), laringe, usucapião etc. deixou de estudar.
Tempos do Futuro: Indicam processos que irão acontecer:
Flexão de Grau: - Futuro do Presente: Exprime um processo que ainda não
aconteceu: Farei essa viagem no fim do ano.
Grau do substantivo - Futuro do Pretérito: Exprime um processo posterior a um
- Normal ou Positivo: sem nenhuma alteração. processo que já passou: Eu faria essa viagem se não tivesse com-
- Aumentativo: Sintético: chapelão. Analítico: chapéu grande, prado o carro.
chapéu enorme etc. Modo Subjuntivo: Expressa incerteza, possibilidade ou dúvida
- Diminutivo: Sintético: chapeuzinho. Analítico: chapéu peque- em relação ao processo verbal e não está ligado com a noção de
no, chapéu reduzido etc. Um grau é sintético quando formado por tempo. Há três tempos: presente, imperfeito e futuro. Quero que
sufixo; analítico, por meio de outras palavras. voltes para mim; Não pise na grama; É possível que ele seja hones-
Grau do adjetivo to; Espero que ele fique contente; Duvido que ele seja o culpado;
- Normal ou Positivo: João é forte. Procuro alguém que seja meu companheiro para sempre; Ainda
- Comparativo: de superioridade: João é mais forte que André. que ele queira, não lhe será concedida a vaga; Se eu fosse bailari-
(ou do que); de inferioridade: João é menos forte que André. (ou na, estaria na Rússia; Quando eu tiver dinherio, irei para as praias
do que); de igualdade: João é tão forte quanto André. (ou como) do nordeste.
- Superlativo: Absoluto: sintético: João é fortíssimo; analítico:
João é muito forte (bastante forte, forte demais etc.); Relativo: de Modo Imperativo: Exprime atitude de ordem, pedido ou solici-
superioridade: João é o mais forte da turma; de inferioridade: João tação: Vai e não voltes mais.
é o menos forte da turma.
O grau superlativo absoluto corresponde a um aumento do Pessoa: A norma da língua portuguesa estabelece três pessoas:
adjetivo. Pode ser expresso por um sufixo (íssimo, érrimo ou imo) Singular: eu , tu , ele, ela. Plural: nós, vós, eles, elas. No português
ou uma palavra de apoio, como muito, bastante, demasiadamente, brasileiro é comum o uso do pronome de tratamento você (s) em
enorme etc. As palavras maior, menor, melhor, e pior constituem lugar do tu e vós.
sempre graus de superioridade: O carro é menor que o ônibus; me-
nor (mais pequeno): comparativo de superioridade. Ele é o pior do
grupo; pior (mais mau): superlativo relativo de superioridade.
Alguns superlativos absolutos sintéticos que podem apresentar
dúvidas. acre – acérrimo, amargo – amaríssimo; amigo – amicíssi-
mo; antigo – antiquíssimo; cruel – crudelíssimo; doce – dulcíssimo;
fácil – facílimo; feroz – ferocíssimo; fiel – fidelíssimo; geral – genera-

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LÍNGUA PORTUGUESA

4. PROCESSOS DE CONSTITUIÇÃO DOS ENUNCIADOS:


COORDENAÇÃO, SUBORDINAÇÃO; CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL.

A sintaxe estuda o conjunto das relações que as palavras estabelecem entre si. Dessa maneira, é preciso ficar atento aos enunciados
e suas unidades: frase, oração e período.
Frase é qualquer palavra ou conjunto de palavras ordenadas que apresenta sentido completo em um contexto de comunicação e inte-
ração verbal. A frase nominal é aquela que não contém verbo. Já a frase verbal apresenta um ou mais verbos (locução verbal).
Oração é um enunciado organizado em torno de um único verbo ou locução verbal, de modo que estes passam a ser o núcleo da
oração. Assim, o predicativo é obrigatório, enquanto o sujeito é opcional.

Período é uma unidade sintática, de modo que seu enunciado é organizado por uma oração (período simples) ou mais orações (perío-
do composto). Eles são iniciados com letras maiúsculas e finalizados com a pontuação adequada.

Análise sintática
A análise sintática serve para estudar a estrutura de um período e de suas orações. Os termos da oração se dividem entre:
• Essenciais (ou fundamentais): sujeito e predicado
• Integrantes: completam o sentido (complementos verbais e nominais, agentes da passiva)
• Acessórios: função secundária (adjuntos adnominais e adverbiais, apostos)

Termos essenciais da oração


Os termos essenciais da oração são o sujeito e o predicado. O sujeito é aquele sobre quem diz o resto da oração, enquanto o predicado
é a parte que dá alguma informação sobre o sujeito, logo, onde o verbo está presente.

O sujeito é classificado em determinado (facilmente identificável, podendo ser simples, composto ou implícito) e indeterminado,
podendo, ainda, haver a oração sem sujeito (a mensagem se concentra no verbo impessoal):
Lúcio dormiu cedo.
Aluga-se casa para réveillon.
Choveu bastante em janeiro.

Quando o sujeito aparece no início da oração, dá-se o nome de sujeito direto. Se aparecer depois do predicado, é o caso de sujeito
inverso. Há, ainda, a possibilidade de o sujeito aparecer no meio da oração:
Lívia se esqueceu da reunião pela manhã.
Esqueceu-se da reunião pela manhã, Lívia.
Da reunião pela manhã, Lívia se esqueceu.

Os predicados se classificam em: predicado verbal (núcleo do predicado é um verbo que indica ação, podendo ser transitivo, intran-
sitivo ou de ligação); predicado nominal (núcleo da oração é um nome, isto é, substantivo ou adjetivo); predicado verbo-nominal (apre-
senta um predicativo do sujeito, além de uma ação mais uma qualidade sua)
As crianças brincaram no salão de festas.
Mariana é inteligente.
Os jogadores venceram a partida. Por isso, estavam felizes.

Termos integrantes da oração


Os complementos verbais são classificados em objetos diretos (não preposicionados) e objetos indiretos (preposicionado).
A menina que possui bolsa vermelha me cumprimentou.
O cão precisa de carinho.

Os complementos nominais podem ser substantivos, adjetivos ou advérbios.


A mãe estava orgulhosa de seus filhos.
Carlos tem inveja de Eduardo.
Bárbara caminhou vagarosamente pelo bosque.

Os agentes da passiva são os termos que tem a função de praticar a ação expressa pelo verbo, quando este se encontra na voz passiva.
Costumam estar acompanhados pelas preposições “por” e “de”.
Os filhos foram motivo de orgulho da mãe.
Eduardo foi alvo de inveja de Carlos.
O bosque foi caminhado vagarosamente por Bárbara.
Termos acessórios da oração
Os termos acessórios não são necessários para dar sentido à oração, funcionando como complementação da informação. Desse
modo, eles têm a função de caracterizar o sujeito, de determinar o substantivo ou de exprimir circunstância, podendo ser adjunto adver-
bial (modificam o verbo, adjetivo ou advérbio), adjunto adnominal (especifica o substantivo, com função de adjetivo) e aposto (caracteriza
o sujeito, especificando-o).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Os irmãos brigam muito.
A brilhante aluna apresentou uma bela pesquisa à banca.
Pelé, o rei do futebol, começou sua carreira no Santos.

TIPOS DE ORAÇÃO

Levando em consideração o que foi aprendido anteriormente sobre oração, vamos aprender sobre os dois tipos de oração que existem
na língua portuguesa: oração coordenada e oração subordinada.

Orações coordenadas
São aquelas que não dependem sintaticamente uma da outra, ligando-se apenas pelo sentido. Elas aparecem quando há um período
composto, sendo conectadas por meio do uso de conjunções (sindéticas), ou por meio da vírgula (assindéticas).
No caso das orações coordenadas sindéticas, a classificação depende do sentido entre as orações, representado por um grupo de
conjunções adequadas:

CLASSIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS CONJUNÇÕES


ADITIVAS Adição da ideia apresentada na oração anterior e, nem, também, bem como, não só, tanto...
Oposição à ideia apresentada na oração anterior (inicia
ADVERSATIVAS mas, porém, todavia, entretanto, contudo...
com vírgula)
Opção / alternância em relação à ideia apresentada na
ALTERNATIVAS ou, já, ora, quer, seja...
oração anterior
CONCLUSIVAS Conclusão da ideia apresentada na oração anterior logo, pois, portanto, assim, por isso, com isso...
EXPLICATIVAS Explicação da ideia apresentada na oração anterior que, porque, porquanto, pois, ou seja...

Orações subordinadas
São aquelas que dependem sintaticamente em relação à oração principal. Elas aparecem quando o período é composto por duas ou
mais orações.
A classificação das orações subordinadas se dá por meio de sua função: orações subordinadas substantivas, quando fazem o papel
de substantivo da oração; orações subordinadas adjetivas, quando modificam o substantivo, exercendo a função do adjetivo; orações
subordinadas adverbiais, quando modificam o advérbio.
Cada uma dessas sofre uma segunda classificação, como pode ser observado nos quadros abaixo.

SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS FUNÇÃO EXEMPLOS


APOSITIVA aposto Esse era meu receio: que ela não discursasse outra vez.
COMPLETIVA NOMINAL complemento nominal Tenho medo de que ela não discurse novamente.
OBJETIVA DIRETA objeto direto Ele me perguntou se ela discursaria outra vez.
OBJETIVA INDIRETA objeto indireto Necessito de que você discurse de novo.
PREDICATIVA predicativo Meu medo é que ela não discurse novamente.
SUBJETIVA sujeito É possível que ela discurse outra vez.

SUBORDINADAS
CARACTERÍSTICAS EXEMPLOS
ADJETIVAS
Esclarece algum detalhe, adicionando uma informa-
O candidato, que é do partido socialista, está sen-
EXPLICATIVAS ção.
do atacado.
Aparece sempre separado por vírgulas.
Restringe e define o sujeito a que se refere.
As pessoas que são racistas precisam rever seus
RESTRITIVAS Não deve ser retirado sem alterar o sentido.
valores.
Não pode ser separado por vírgula.
Introduzidas por conjunções, pronomes e locuções
conjuntivas. Ele foi o primeiro presidente que se preocupou
DESENVOLVIDAS
Apresentam verbo nos modos indicativo ou subjun- com a fome no país.
tivo.
Não são introduzidas por pronomes, conjunções
sou locuções conjuntivas. Assisti ao documentário denunciando a corrup-
REDUZIDAS
Apresentam o verbo nos modos particípio, gerúndio ção.
ou infinitivo

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUBORDINADAS ADVERBIAIS FUNÇÃO PRINCIPAIS CONJUNÇÕES


CAUSAIS Ideia de causa, motivo, razão de efeito porque, visto que, já que, como...
COMPARATIVAS Ideia de comparação como, tanto quanto, (mais / menos) que, do que...
CONCESSIVAS Ideia de contradição embora, ainda que, se bem que, mesmo...
CONDICIONAIS Ideia de condição caso, se, desde que, contanto que, a menos que...
CONFORMATIVAS Ideia de conformidade como, conforme, segundo...
CONSECUTIVAS Ideia de consequência De modo que, (tal / tão / tanto) que...
FINAIS Ideia de finalidade que, para que, a fim de que...
quanto mais / menos... mais /menos, à medida
PROPORCIONAIS Ideia de proporção
que, na medida em que, à proporção que...
TEMPORAIS Ideia de momento quando, depois que, logo que, antes que...

CONCODÂNCIA VERBAL E NOMINAL

Concordância é o efeito gramatical causado por uma relação harmônica entre dois ou mais termos. Desse modo, ela pode ser verbal
— refere-se ao verbo em relação ao sujeito — ou nominal — refere-se ao substantivo e suas formas relacionadas.
• Concordância em gênero: flexão em masculino e feminino
• Concordância em número: flexão em singular e plural
• Concordância em pessoa: 1ª, 2ª e 3ª pessoa

Concordância nominal
Para que a concordância nominal esteja adequada, adjetivos, artigos, pronomes e numerais devem flexionar em número e gênero,
de acordo com o substantivo. Há algumas regras principais que ajudam na hora de empregar a concordância, mas é preciso estar atento,
também, aos casos específicos.

Quando há dois ou mais adjetivos para apenas um substantivo, o substantivo permanece no singular se houver um artigo entre os
adjetivos. Caso contrário, o substantivo deve estar no plural:
• A comida mexicana e a japonesa. / As comidas mexicana e japonesa.

Quando há dois ou mais substantivos para apenas um adjetivo, a concordância depende da posição de cada um deles. Se o adjetivo
vem antes dos substantivos, o adjetivo deve concordar com o substantivo mais próximo:
• Linda casa e bairro.

Se o adjetivo vem depois dos substantivos, ele pode concordar tanto com o substantivo mais próximo, ou com todos os substantivos
(sendo usado no plural):
• Casa e apartamento arrumado. / Apartamento e casa arrumada.
• Casa e apartamento arrumados. / Apartamento e casa arrumados.

Quando há a modificação de dois ou mais nomes próprios ou de parentesco, os adjetivos devem ser flexionados no plural:
• As talentosas Clarice Lispector e Lygia Fagundes Telles estão entre os melhores escritores brasileiros.

Quando o adjetivo assume função de predicativo de um sujeito ou objeto, ele deve ser flexionado no plural caso o sujeito ou objeto
seja ocupado por dois substantivos ou mais:
• O operário e sua família estavam preocupados com as consequências do acidente.

CASOS ESPECÍFICOS REGRA EXEMPLO


É PROIBIDO Deve concordar com o substantivo quando há presença
É proibida a entrada.
É PERMITIDO de um artigo. Se não houver essa determinação, deve
É proibido entrada.
É NECESSÁRIO permanecer no singular e no masculino.
Mulheres dizem “obrigada” Homens dizem
OBRIGADO / OBRIGADA Deve concordar com a pessoa que fala.
“obrigado”.
As bastantes crianças ficaram doentes com a
volta às aulas.
Quando tem função de adjetivo para um substantivo,
Bastante criança ficou doente com a volta às
BASTANTE concorda em número com o substantivo.
aulas.
Quando tem função de advérbio, permanece invariável.
O prefeito considerou bastante a respeito da
suspensão das aulas.

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LÍNGUA PORTUGUESA

É sempre invariável, ou seja, a palavra “menas” não exis- Havia menos mulheres que homens na fila
MENOS
te na língua portuguesa. para a festa.
As crianças mesmas limparam a sala depois
MESMO Devem concordar em gênero e número com a pessoa a
da aula.
PRÓPRIO que fazem referência.
Eles próprios sugeriram o tema da formatura.
Quando tem função de numeral adjetivo, deve concor-
Adicione meia xícara de leite.
dar com o substantivo.
MEIO / MEIA Manuela é meio artista, além de ser enge-
Quando tem função de advérbio, modificando um adje-
nheira.
tivo, o termo é invariável.
Segue anexo o orçamento.
Seguem anexas as informações adicionais
ANEXO INCLUSO Devem concordar com o substantivo a que se referem. As professoras estão inclusas na greve.
O material está incluso no valor da mensali-
dade.

Concordância verbal
Para que a concordância verbal esteja adequada, é preciso haver flexão do verbo em número e pessoa, a depender do sujeito com o
qual ele se relaciona.

Quando o sujeito composto é colocado anterior ao verbo, o verbo ficará no plural:


• A menina e seu irmão viajaram para a praia nas férias escolares.

Mas, se o sujeito composto aparece depois do verbo, o verbo pode tanto ficar no plural quanto concordar com o sujeito mais próximo:
• Discutiram marido e mulher. / Discutiu marido e mulher.

Se o sujeito composto for formado por pessoas gramaticais diferentes, o verbo deve ficar no plural e concordando com a pessoa que tem
prioridade, a nível gramatical — 1ª pessoa (eu, nós) tem prioridade em relação à 2ª (tu, vós); a 2ª tem prioridade em relação à 3ª (ele, eles):
• Eu e vós vamos à festa.
Quando o sujeito apresenta uma expressão partitiva (sugere “parte de algo”), seguida de substantivo ou pronome no plural, o verbo
pode ficar tanto no singular quanto no plural:
• A maioria dos alunos não se preparou para o simulado. / A maioria dos alunos não se prepararam para o simulado.

Quando o sujeito apresenta uma porcentagem, deve concordar com o valor da expressão. No entanto, quanto seguida de um subs-
tantivo (expressão partitiva), o verbo poderá concordar tanto com o numeral quanto com o substantivo:
• 27% deixaram de ir às urnas ano passado. / 1% dos eleitores votou nulo / 1% dos eleitores votaram nulo.

Quando o sujeito apresenta alguma expressão que indique quantidade aproximada, o verbo concorda com o substantivo que segue
a expressão:
• Cerca de duzentas mil pessoas compareceram à manifestação. / Mais de um aluno ficou abaixo da média na prova.

Quando o sujeito é indeterminado, o verbo deve estar sempre na terceira pessoa do singular:
• Precisa-se de balconistas. / Precisa-se de balconista.

Quando o sujeito é coletivo, o verbo permanece no singular, concordando com o coletivo partitivo:
• A multidão delirou com a entrada triunfal dos artistas. / A matilha cansou depois de tanto puxar o trenó.

Quando não existe sujeito na oração, o verbo fica na terceira pessoa do singular (impessoal):
• Faz chuva hoje

Quando o pronome relativo “que” atua como sujeito, o verbo deverá concordar em número e pessoa com o termo da oração principal
ao qual o pronome faz referência:
• Foi Maria que arrumou a casa.

Quando o sujeito da oração é o pronome relativo “quem”, o verbo pode concordar tanto com o antecedente do pronome quanto com
o próprio nome, na 3ª pessoa do singular:
• Fui eu quem arrumei a casa. / Fui eu quem arrumou a casa.

Quando o pronome indefinido ou interrogativo, atuando como sujeito, estiver no singular, o verbo deve ficar na 3ª pessoa do singular:
• Nenhum de nós merece adoecer.
Quando houver um substantivo que apresenta forma plural, porém com sentido singular, o verbo deve permanecer no singular. Ex-
ceto caso o substantivo vier precedido por determinante:
• Férias é indispensável para qualquer pessoa. / Meus óculos sumiram.

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LÍNGUA PORTUGUESA

5. SISTEMA GRÁFICO: ORTOGRAFIA; REGRAS DE ACENTUAÇÃO; USO DOS SINAIS DE PONTUAÇÃO.

A ortografia oficial diz respeito às regras gramaticais referentes à escrita correta das palavras. Para melhor entendê-las, é preciso ana-
lisar caso a caso. Lembre-se de que a melhor maneira de memorizar a ortografia correta de uma língua é por meio da leitura, que também
faz aumentar o vocabulário do leitor.
Neste capítulo serão abordadas regras para dúvidas frequentes entre os falantes do português. No entanto, é importante ressaltar que
existem inúmeras exceções para essas regras, portanto, fique atento!

Alfabeto
O primeiro passo para compreender a ortografia oficial é conhecer o alfabeto (os sinais gráficos e seus sons). No português, o alfabeto
se constitui 26 letras, divididas entre vogais (a, e, i, o, u) e consoantes (restante das letras).
Com o Novo Acordo Ortográfico, as consoantes K, W e Y foram reintroduzidas ao alfabeto oficial da língua portuguesa, de modo que
elas são usadas apenas em duas ocorrências: transcrição de nomes próprios e abreviaturas e símbolos de uso internacional.

Uso do “X”
Algumas dicas são relevantes para saber o momento de usar o X no lugar do CH:
• Depois das sílabas iniciais “me” e “en” (ex: mexerica; enxergar)
• Depois de ditongos (ex: caixa)
• Palavras de origem indígena ou africana (ex: abacaxi; orixá)

Uso do “S” ou “Z”


Algumas regras do uso do “S” com som de “Z” podem ser observadas:
• Depois de ditongos (ex: coisa)
• Em palavras derivadas cuja palavra primitiva já se usa o “S” (ex: casa > casinha)
• Nos sufixos “ês” e “esa”, ao indicarem nacionalidade, título ou origem. (ex: portuguesa)
• Nos sufixos formadores de adjetivos “ense”, “oso” e “osa” (ex: populoso)

Uso do “S”, “SS”, “Ç”


• “S” costuma aparecer entre uma vogal e uma consoante (ex: diversão)
• “SS” costuma aparecer entre duas vogais (ex: processo)
• “Ç” costuma aparecer em palavras estrangeiras que passaram pelo processo de aportuguesamento (ex: muçarela)

Os diferentes porquês

POR QUE Usado para fazer perguntas. Pode ser substituído por “por qual motivo”
PORQUE Usado em respostas e explicações. Pode ser substituído por “pois”
O “que” é acentuado quando aparece como a última palavra da frase, antes da pontuação final
POR QUÊ
(interrogação, exclamação, ponto final)
PORQUÊ É um substantivo, portanto costuma vir acompanhado de um artigo, numeral, adjetivo ou pronome

Parônimos e homônimos
As palavras parônimas são aquelas que possuem grafia e pronúncia semelhantes, porém com significados distintos. Ex: cumprimento
(extensão) X comprimento (saudação); tráfego (trânsito) X tráfico (comércio ilegal).
Já as palavras homônimas são aquelas que possuem a mesma pronúncia, porém são grafadas de maneira diferente. Ex: conserto
(correção) X concerto (apresentação); cerrar (fechar) X serrar (cortar).

Nos capítulos seguintes serão passadas regras específicas quanto à acentuação e uso da crase, entre outras normas que condizem à
ortografia oficial do português.

Acentuação
A acentuação é uma das principais questões relacionadas à Ortografia Oficial, que merece um capítulo a parte. Os acentos utilizados
no português são: acento agudo (´); acento grave (`); acento circunflexo (^); cedilha (¸) e til (~).
Depois da reforma do Acordo Ortográfico, a trema foi excluída, de modo que ela só é utilizada na grafia de nomes e suas derivações
(ex: Müller, mülleriano).
Esses são sinais gráficos que servem para modificar o som de alguma letra, sendo importantes para marcar a sonoridade e a intensi-
dade das sílabas, e para diferenciar palavras que possuem a escrita semelhante.
A sílaba mais intensa da palavra é denominada sílaba tônica. A palavra pode ser classificada a partir da localização da sílaba tônica,
como mostrado abaixo:
• OXÍTONA: a última sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: café)
• PAROXÍTONA: a penúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: automóvel)
• PROPAROXÍTONA: a antepenúltima sílaba da palavra é a mais intensa. (Ex: lâmpada)
As demais sílabas, pronunciadas de maneira mais sutil, são denominadas sílabas átonas.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Regras fundamentais

CLASSIFICAÇÃO REGRAS EXEMPLOS


• terminadas em A, E, O, EM, seguidas ou
cipó(s), pé(s), armazém
OXÍTONAS não do plural
respeitá-la, compô-lo, comprometê-los
• seguidas de -LO, -LA, -LOS, -LAS
• terminadas em I, IS, US, UM, UNS, L, N,
X, PS, Ã, ÃS, ÃO, ÃOS
• ditongo oral, crescente ou decrescente, táxi, lápis, vírus, fórum, cadáver, tórax, bíceps, ímã, órfão, órgãos,
PAROXÍTONAS
seguido ou não do plural água, mágoa, pônei, ideia, geleia, paranoico, heroico
(OBS: Os ditongos “EI” e “OI” perderam o
acento com o Novo Acordo Ortográfico)
PROPAROXÍTONAS • todas são acentuadas cólica, analítico, jurídico, hipérbole, último, álibi

Regras especiais

REGRA EXEMPLOS
Acentua-se quando “I” e “U” tônicos formarem hiato com a vogal anterior, acompanhados ou não de “S”,
saída, faísca, baú, país
desde que não sejam seguidos por “NH”
feiura, Bocaiuva, Sauipe
OBS: Não serão mais acentuados “I” e “U” tônicos formando hiato quando vierem depois de ditongo
Acentua-se a 3ª pessoa do plural do presente do indicativo dos verbos “TER” e “VIR” e seus compostos têm, obtêm, contêm, vêm
Não são acentuados hiatos “OO” e “EE” leem, voo, enjoo
Não são acentuadas palavras homógrafas
pelo, pera, para
OBS: A forma verbal “PÔDE” é uma exceção

Pontuação
Os sinais de pontuação são recursos gráficos que se encontram na linguagem escrita, e suas funções são demarcar unidades e sinalizar
limites de estruturas sintáticas. É também usado como um recurso estilístico, contribuindo para a coerência e a coesão dos textos.
São eles: o ponto (.), a vírgula (,), o ponto e vírgula (;), os dois pontos (:), o ponto de exclamação (!), o ponto de interrogação (?), as reticências
(...), as aspas (“”), os parênteses ( ( ) ), o travessão (—), a meia-risca (–), o apóstrofo (‘), o asterisco (*), o hífen (-), o colchetes ([]) e a barra (/).
Confira, no quadro a seguir, os principais sinais de pontuação e suas regras de uso.

SINAL NOME USO EXEMPLOS


Indicar final da frase declarativa Meu nome é Pedro.
. Ponto Separar períodos Fica mais. Ainda está cedo
Abreviar palavras Sra.
Iniciar fala de personagem
A princesa disse:
Antes de aposto ou orações apositivas,
- Eu consigo sozinha.
enumerações ou sequência de palavras
: Dois-pontos Esse é o problema da pandemia: as pessoas não
para resumir / explicar ideias apresentadas
respeitam a quarentena.
anteriormente
Como diz o ditado: “olho por olho, dente por dente”.
Antes de citação direta
Indicar hesitação
Sabe... não está sendo fácil...
... Reticências Interromper uma frase
Quem sabe depois...
Concluir com a intenção de estender a reflexão
Isolar palavras e datas
A Semana de Arte Moderna (1922)
() Parênteses Frases intercaladas na função explicativa
Eu estava cansada (trabalhar e estudar é puxado).
(podem substituir vírgula e travessão)
Indicar expressão de emoção Que absurdo!
Ponto de
! Final de frase imperativa Estude para a prova!
Exclamação
Após interjeição Ufa!
Ponto de
? Em perguntas diretas Que horas ela volta?
Interrogação
Iniciar fala do personagem do discurso direto e A professora disse:
indicar mudança de interloculor no diálogo — Boas férias!
— Travessão
Substituir vírgula em expressões ou frases — Obrigado, professora.
explicativas O corona vírus — Covid-19 — ainda está sendo estudado.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Vírgula
A vírgula é um sinal de pontuação com muitas funções, usada para marcar uma pausa no enunciado. Veja, a seguir, as principais regras
de uso obrigatório da vírgula.
• Separar termos coordenados: Fui à feira e comprei abacate, mamão, manga, morango e abacaxi.
• Separar aposto (termo explicativo): Belo Horizonte, capital mineira, só tem uma linha de metrô.
• Isolar vocativo: Boa tarde, Maria.
• Isolar expressões que indicam circunstâncias adverbiais (modo, lugar, tempo etc): Todos os moradores, calmamente, deixaram o
prédio.
• Isolar termos explicativos: A educação, a meu ver, é a solução de vários problemas sociais.
• Separar conjunções intercaladas, e antes dos conectivos “mas”, “porém”, “pois”, “contudo”, “logo”: A menina acordou cedo, mas não
conseguiu chegar a tempo na escola. Não explicou, porém, o motivo para a professora.
• Separar o conteúdo pleonástico: A ela, nada mais abala.

No caso da vírgula, é importante saber que, em alguns casos, ela não deve ser usada. Assim, não há vírgula para separar:
• Sujeito de predicado.
• Objeto de verbo.
• Adjunto adnominal de nome.
• Complemento nominal de nome.
• Predicativo do objeto do objeto.
• Oração principal da subordinada substantiva.
• Termos coordenados ligados por “e”, “ou”, “nem”.

EXERCÍCIOS

1. (ENEM - 2012) “Ele era o inimigo do rei”, nas palavras de seu biógrafo, Lira Neto. Ou, ainda, “um romancista que colecionava desa-
fetos, azucrinava D. Pedro II e acabou inventando o Brasil”. Assim era José de Alencar (1829-1877), o conhecido autor de O guarani e Ira-
cema, tido como o pai do romance no Brasil.
Além de criar clássicos da literatura brasileira com temas nativistas, indianistas e históricos, ele foi também folhetinista, diretor de
jornal, autor de peças de teatro, advogado, deputado federal e até ministro da Justiça. Para ajudar na descoberta das múltiplas facetas
desse personagem do século XIX, parte de seu acervo inédito será digitalizada.
História Viva, n.º 99, 2011.
Com base no texto, que trata do papel do escritor José de Alencar e da futura digitalização de sua obra, depreende-se que
(A) a digitalização dos textos é importante para que os leitores possam compreender seus romances.
(B) o conhecido autor de O guarani e Iracema foi importante porque deixou uma vasta obra literária com temática atemporal.
(C) a divulgação das obras de José de Alencar, por meio da digitalização, demonstra sua importância para a história do Brasil Imperial.
(D) a digitalização dos textos de José de Alencar terá importante papel na preservação da memória linguística e da identidade nacional.
(E) o grande romancista José de Alencar é importante porque se destacou por sua temática indianista.

2. (FUVEST - 2013) A essência da teoria democrática é a supressão de qualquer imposição de classe, fundada no postulado ou na
crença de que os conflitos e problemas humanos – econômicos, políticos, ou sociais – são solucionáveis pela educação, isto é, pela coope-
ração voluntária, mobilizada pela opinião pública esclarecida. Está claro que essa opinião pública terá de ser formada à luz dos melhores
conhecimentos existentes e, assim, a pesquisa científica nos campos das ciências naturais e das chamadas ciências sociais deverá se fazer a
mais ampla, a mais vigorosa, a mais livre, e a difusão desses conhecimentos, a mais completa, a mais imparcial e em termos que os tornem
acessíveis a todos.
(Anísio Teixeira, Educação é um direito. Adaptado.)
No trecho “chamadas ciências sociais”, o emprego do termo “chamadas” indica que o autor
(A) vê, nas “ciências sociais”, uma panaceia, não uma análise crítica da sociedade.
(B) considera utópicos os objetivos dessas ciências.
(C) prefere a denominação “teoria social” à denominação “ciências sociais”.
(D) discorda dos pressupostos teóricos dessas ciências.
(E) utiliza com reserva a denominação “ciências sociais”.

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LÍNGUA PORTUGUESA
3. (UERJ - 2016)

A última fala da tirinha causa um estranhamento, porque assinala a ausência de um elemento fundamental para a instalação de um
tribunal: a existência de alguém que esteja sendo acusado.
Essa fala sugere o seguinte ponto de vista do autor em relação aos usuários da internet:
(A) proferem vereditos fictícios sem que haja legitimidade do processo.
(B) configuram julgamentos vazios, ainda que existam crimes comprovados.
(C) emitem juízos sobre os outros, mas não se veem na posição de acusados.
(D) apressam-se em opiniões superficiais, mesmo que possuam dados concretos.

4. (UEA - 2017) Leia o trecho de Quincas Borba, de Machado de Assis:


E enquanto uma chora, outra ri; é a lei do mundo, meu rico senhor; é a perfeição universal. Tudo chorando seria monótono, tudo
rindo cansativo; mas uma boa distribuição de lágrimas e polcas1, soluços e sarabandas2, acaba por trazer à alma do mundo a variedade
necessária, e faz-se o equilíbrio da vida.
(Quincas Borba, 1992.)
1
polca: tipo de dança.
2
sarabandas: tipo de dança.
De acordo com o narrador,
(A) os erros do passado não afetam o presente.
(B) a existência é marcada por antagonismos.
(C) a sabedoria está em perseguir a felicidade.
(D) cada instante vivido deve ser festejado.
(E) os momentos felizes são mais raros que os tristes.

5. (ENEM 2013)

Cartum de Caulos, disponível em www.caulos.com

O cartum faz uma crítica social. A figura destacada está em oposição às outras e representa a
(A) opressão das minorias sociais.
(B) carência de recursos tecnológicos.
(C) falta de liberdade de expressão.
(D) defesa da qualificação profissional.
(E) reação ao controle do pensamento coletivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
06. (INSTITUTO AOCP/2017 – EBSERH) Assinale a alternativa (C) Com a saúde de Fadinha comprometida, Remígio não con-
em que todas as palavras estão adequadamente grafadas. seguia se recompôr e viver tranquilo.
(A) Silhueta, entretenimento, autoestima. (D) Com o triúnfo do bem sobre o mal, Fadinha se recuperou,
(B) Rítimo, silueta, cérebro, entretenimento. Remígio resolveu pedí-la em casamento.
(C) Altoestima, entreterimento, memorização, silhueta. (E) Fadinha não tinha mágoa por não ser mais tão bela; agora,
(D) Célebro, ansiedade, auto-estima, ritmo. interessava-lhe viver no paraíso com Remígio.
(E) Memorização, anciedade, cérebro, ritmo.
12. (PUC-RJ) Aponte a opção em que as duas palavras são acen-
7. (ALTERNATIVE CONCURSOS/2016 – CÂMARA DE BANDEI-
tuadas devido à mesma regra:
RANTES-SC) Algumas palavras são usadas no nosso cotidiano de
(A) saí – dói
forma incorreta, ou seja, estão em desacordo com a norma culta
(B) relógio – própria
padrão. Todas as alternativas abaixo apresentam palavras escritas
erroneamente, exceto em: (C) só – sóis
(A) Na bandeija estavam as xícaras antigas da vovó. (D) dá – custará
(B) É um privilégio estar aqui hoje. (E) até – pé
(C) Fiz a sombrancelha no salão novo da cidade.
(D) A criança estava com desinteria. 13. (UEPG ADAPTADA) Sobre a acentuação gráfica das palavras
(E) O bebedoro da escola estava estragado. agradável, automóvel e possível, assinale o que for correto.
(A) Em razão de a letra L no final das palavras transferir a tonici-
8. (SEDUC/SP – 2018) Preencha as lacunas das frases abaixo dade para a última sílaba, é necessário que se marque graficamente
com “por que”, “porque”, “por quê” ou “porquê”. Depois, assinale a a sílaba tônica das paroxítonas terminadas em L, se isso não fosse
alternativa que apresenta a ordem correta, de cima para baixo, de feito, poderiam ser lidas como palavras oxítonas.
classificação. (B) São acentuadas porque são proparoxítonas terminadas em L.
“____________ o céu é azul?” (C) São acentuadas porque são oxítonas terminadas em L.
“Meus pais chegaram atrasados, ____________ pegaram trân- (D) São acentuadas porque terminam em ditongo fonético – eu.
sito pelo caminho.” (E) São acentuadas porque são paroxítonas terminadas em L.
“Gostaria muito de saber o ____________ de você ter faltado
ao nosso encontro.” 14. (IFAL – 2016 ADAPTADA) Quanto à acentuação das palavras,
“A Alemanha é considerada uma das grandes potências mun-
assinale a afirmação verdadeira.
diais. ____________?”
(A) A palavra “tendem” deveria ser acentuada graficamente,
(A) Porque – porquê – por que – Por quê
como “também” e “porém”.
(B) Porque – porquê – por que – Por quê
(C) Por que – porque – porquê – Por quê (B) As palavras “saíra”, “destruída” e “aí” acentuam-se pela
(D) Porquê – porque – por quê – Por que mesma razão.
(E) Por que – porque – por quê – Porquê (C) O nome “Luiz” deveria ser acentuado graficamente, pela
mesma razão que a palavra “país”.
9. (CEITEC – 2012) Os vocábulos Emergir e Imergir são parô- (D) Os vocábulos “é”, “já” e “só” recebem acento por constituí-
nimos: empregar um pelo outro acarreta grave confusão no que rem monossílabos tônicos fechados.
se quer expressar. Nas alternativas abaixo, só uma apresenta uma (E) Acentuam-se “simpática”, “centímetros”, “simbólica” por-
frase em que se respeita o devido sentido dos vocábulos, selecio- que todas as paroxítonas são acentuadas.
nando convenientemente o parônimo adequado à frase elaborada.
Assinale-a. 15. (MACKENZIE) Indique a alternativa em que nenhuma pala-
(A) A descoberta do plano de conquista era eminente. vra é acentuada graficamente:
(B) O infrator foi preso em flagrante. (A) lapis, canoa, abacaxi, jovens
(C) O candidato recebeu despensa das duas últimas provas. (B) ruim, sozinho, aquele, traiu
(D) O metal delatou ao ser submetido à alta temperatura. (C) saudade, onix, grau, orquídea
(E) Os culpados espiam suas culpas na prisão. (D) voo, legua, assim, tênis
(E) flores, açucar, album, virus
10. (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão
grafadas corretamente.
16. (UNIFESP - 2015) Leia o seguinte texto:
(A) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar
Você conseguiria ficar 99 dias sem o Facebook?
(B) alteza, empreza, francesa, miudeza
(C) cuscus, chimpazé, encharcar, encher Uma organização não governamental holandesa está propondo
(D) incenso, abcesso, obsessão, luxação um desafio que muitos poderão considerar impossível: ficar 99 dias
(E) chineza, marquês, garrucha, meretriz sem dar nem uma “olhadinha” no Facebook. O objetivo é medir o
grau de felicidade dos usuários longe da rede social.
11. (VUNESP/2017 – TJ-SP) Assinale a alternativa em que todas O projeto também é uma resposta aos experimentos psicológi-
as palavras estão corretamente grafadas, considerando-se as regras cos realizados pelo próprio Facebook. A diferença neste caso é que
de acentuação da língua padrão. o teste é completamente voluntário. Ironicamente, para poder par-
(A) Remígio era homem de carater, o que surpreendeu D. Firmi- ticipar, o usuário deve trocar a foto do perfil no Facebook e postar
na, que aceitou o matrimônio de sua filha. um contador na rede social.
(B) O consôlo de Fadinha foi ver que Remígio queria desposa-la Os pesquisadores irão avaliar o grau de satisfação e felicidade
apesar de sua beleza ter ido embora depois da doença. dos participantes no 33º dia, no 66º e no último dia da abstinência.

25
LÍNGUA PORTUGUESA
Os responsáveis apontam que os usuários do Facebook gastam 21. (IFAL - 2011)
em média 17 minutos por dia na rede social. Em 99 dias sem acesso,
a soma média seria equivalente a mais de 28 horas, 2que poderiam Parágrafo do Editorial “Nossas crianças, hoje”.
ser utilizadas em “atividades emocionalmente mais realizadoras”.
(http://codigofonte.uol.com.br. Adaptado.) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão impor-
tante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos sentimos
Após ler o texto acima, examine as passagens do primeiro pa- na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento da
rágrafo: “Uma organização não governamental holandesa está pro- infância mais pobre. Nosso Estado e nossa região padece de índices
pondo um desafio” “O objetivo é medir o grau de felicidade dos vergonhosos no tocante à mortalidade infantil, à educação básica e
usuários longe da rede social.” tantos outros indicadores terríveis.” (Gazeta de Alagoas, seção Opi-
A utilização dos artigos destacados justifica-se em razão: nião, 12.10.2010)
(A) da retomada de informações que podem ser facilmente O primeiro período desse parágrafo está corretamente pontua-
depreendidas pelo contexto, sendo ambas equivalentes semantica- do na alternativa:
mente. (A) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
(B) de informações conhecidas, nas duas ocorrências, sendo importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen-
possível a troca dos artigos nos enunciados, pois isso não alteraria timos na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento
o sentido do texto. da infância mais pobre.”
(C) da generalização, no primeiro caso, com a introdução de (B) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im-
informação conhecida, e da especificação, no segundo, com infor- portante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos senti-
mação nova. mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento
(D) da introdução de uma informação nova, no primeiro caso, e da infância mais pobre.”
da retomada de uma informação já conhecida, no segundo. (C) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão
(E) de informações novas, nas duas ocorrências, motivo pelo importante encontro, mas enquanto nordestinos e alagoanos, sen-
qual são introduzidas de forma mais generalizada timos na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento
da infância mais pobre.”
17. (UFMG-ADAPTADA) As expressões em negrito correspon- (D) “Oportunamente serão divulgados os resultados de tão im-
dem a um adjetivo, exceto em: portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos senti-
(A) João Fanhoso anda amanhecendo sem entusiasmo. mos, na pele e na alma a dor dos mais altos índices de sofrimento,
(B) Demorava-se de propósito naquele complicado banho. da infância mais pobre.”
(C) Os bichos da terra fugiam em desabalada carreira. (E) “Oportunamente, serão divulgados os resultados de tão im-
(D) Noite fechada sobre aqueles ermos perdidos da caatinga portante encontro, mas, enquanto nordestinos e alagoanos, senti-
sem fim. mos, na pele e na alma, a dor dos mais altos índices de sofrimento
(E) E ainda me vem com essa conversa de homem da roça. da infância mais pobre.”

18. (UMESP) Na frase “As negociações estariam meio abertas 22. (F.E. BAURU) Assinale a alternativa em que há erro de pon-
só depois de meio período de trabalho”, as palavras destacadas são, tuação:
respectivamente: (A) Era do conhecimento de todos a hora da prova, mas, alguns
(A) adjetivo, adjetivo se atrasaram.
(B) advérbio, advérbio (B) A hora da prova era do conhecimento de todos; alguns se
(C) advérbio, adjetivo atrasaram, porém.
(D) numeral, adjetivo (C) Todos conhecem a hora da prova; não se atrasem, pois.
(E) numeral, advérbio (D) Todos conhecem a hora da prova, portanto não se atrasem.
(E) N.D.A
19. (ITA-SP)
Beber é mal, mas é muito bom. 23. (VUNESP – 2020) Assinale a alternativa correta quanto à
(FERNANDES, Millôr. Mais! Folha de S. Paulo, 5 ago. 2001, p. 28.) pontuação.
A palavra “mal”, no caso específico da frase de Millôr, é: (A) Colaboradores da Universidade Federal do Paraná afirma-
(A) adjetivo ram: “Os cristais de urato podem provocar graves danos nas arti-
(B) substantivo culações.”.
(C) pronome (B) A prescrição de remédios e a adesão, ao tratamento, por
(D) advérbio parte dos pacientes são baixas.
(E) preposição (C) É uma inflamação, que desencadeia a crise de gota; diag-
nosticada a partir do reconhecimento de intensa dor, no local.
20. (PUC-SP) “É uma espécie... nova... completamente nova! (D) A ausência de dor não pode ser motivo para a interrupção
(Mas já) tem nome... Batizei-(a) logo... Vou-(lhe) mostrar...”. Sob o do tratamento conforme o editorial diz: – (é preciso que o doente
ponto de vista morfológico, as palavras destacadas correspondem confie em seu médico).
pela ordem, a: (E) A qualidade de vida, do paciente, diminui pois a dor no local
(A) conjunção, preposição, artigo, pronome da inflamação é bastante intensa!
(B) advérbio, advérbio, pronome, pronome
(C) conjunção, interjeição, artigo, advérbio
(D) advérbio, advérbio, substantivo, pronome
(E) conjunção, advérbio, pronome, pronome

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LÍNGUA PORTUGUESA
24. (ENEM – 2018)

Física com a boca


Por que nossa voz fica tremida ao falar na frente do ventilador?
Além de ventinho, o ventilador gera ondas sonoras. Quando você não tem mais o que fazer e fica falando na frente dele, as ondas da
voz se propagam na direção contrária às do ventilador. Davi Akkerman – presidente da Associação Brasileira para a Qualidade Acústica – diz
que isso causa o mismatch, nome bacana para o desencontro entre as ondas. “O vento também contribui para a distorção da voz, pelo fato
de ser uma vibração que influencia no som”, diz. Assim, o ruído do ventilador e a influência do vento na propagação das ondas contribuem
para distorcer sua bela voz.
Disponível em: http://super.abril.com.br. Acesso em: 30 jul. 2012 (adaptado).
Sinais de pontuação são símbolos gráficos usados para organizar a escrita e ajudar na compreensão da mensagem. No texto, o sentido
não é alterado em caso de substituição dos travessões por
(A) aspas, para colocar em destaque a informação seguinte
(B) vírgulas, para acrescentar uma caracterização de Davi Akkerman.
(C) reticências, para deixar subetendida a formação do especialista.
(D) dois-pontos, para acrescentar uma informação introduzida anteriormente.
(E) ponto e vírgula, para enumerar informações fundamentais para o desenvolvimento temático.

25. (FCC – 2020)

A supressão da vírgula altera o sentido da seguinte frase:


(A) O segundo é o “capitalismo de Estado”, que confia ao governo a tarefa de estabelecer a direção da economia.
(B) milhões prosperaram, à medida que empresas abriam mercados.
(C) Por fim, executivos e investidores começaram a reconhecer que seu sucesso em longo prazo está intimamente ligado ao de seus clientes.
(D) De início, um novo indicador de “criação de valor compartilhado” deveria incluir metas ecológicas.
(E) Na verdade, esse deveria ser seu propósito definitivo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
26. (FMPA – MG) 28. (UNIFOR CE – 2006)
Assinale o item em que a palavra destacada está incorretamen- Dia desses, por alguns momentos, a cidade parou. As tele-
te aplicada: visões hipnotizaram os espectadores que assistiram, sem piscar,
(A) Trouxeram-me um ramalhete de flores fragrantes. ao resgate de uma mãe e de uma filha. Seu automóvel caíra em
(B) A justiça infligiu pena merecida aos desordeiros. um rio. Assisti ao evento em um local público. Ao acabar o no-
(C) Promoveram uma festa beneficiente para a creche. ticiário, o silêncio em volta do aparelho se desfez e as pessoas
(D) Devemos ser fieis aos cumprimentos do dever. retomaram as suas ocupações habituais. Os celulares recomeça-
(E) A cessão de terras compete ao Estado. ram a tocar. Perguntei-me: indiferença? Se tomarmos a definição
ao pé da letra, indiferença é sinônimo de desdém, de insensibi-
27. (UEPB – 2010) lidade, de apatia e de negligência. Mas podemos considerá-la
Um debate sobre a diversidade na escola reuniu alguns, dos também uma forma de ceticismo e desinteresse, um “estado
maiores nomes da educação mundial na atualidade. físico que não apresenta nada de particular”; enfim, explica o
Aurélio, uma atitude de neutralidade.
Carlos Alberto Torres Conclusão? Impassíveis diante da emoção, imperturbáveis
1
O tema da diversidade tem a ver com o tema identidade. Por- diante da paixão, imunes à angústia, vamos hoje burilando nossa
tanto, 2quando você discute diversidade, um tema que cabe muito indiferença. Não nos indignamos mais! À distância de tudo, segui-
no 3pensamento pós-modernista, está discutindo o tema da 4diver- mos surdos ao barulho do mundo lá fora. Dos movimentos de mas-
sidade não só em ideias contrapostas, mas também em 5identida- sa “quentes” (lembram-se do “Diretas Já”?) onde nos fundíamos na
des que se mexem, que se juntam em uma só pessoa. E 6este é um igualdade, passamos aos gestos frios, nos quais indiferença e dis-
processo de aprendizagem. Uma segunda afirmação é 7que a diver- tância são fenômenos inseparáveis. Neles, apesar de iguais, somos
sidade está relacionada com a questão da educação 8e do poder. Se estrangeiros ao destino de nossos semelhantes. […]
a diversidade fosse a simples descrição 9demográfica da realidade e (Mary Del Priore. Histórias do cotidiano. São Paulo: Contexto,
a realidade fosse uma boa articulação 10dessa descrição demográ- 2001. p.68)
fica em termos de constante articulação 11democrática, você não Dentre todos os sinônimos apresentados no texto para o vo-
sentiria muito a presença do tema 12diversidade neste instante. Há cábulo indiferença, o que melhor se aplica a ele, considerando-se
o termo diversidade porque há 13uma diversidade que implica o uso o contexto, é
e o abuso de poder, de uma 14perspectiva ética, religiosa, de raça, (A) ceticismo.
de classe. (B) desdém.
[…] (C) apatia.
(D) desinteresse.
Rosa Maria Torres (E) negligência.
15
O tema da diversidade, como tantos outros, hoje em dia, abre
16
muitas versões possíveis de projeto educativo e de projeto 17po- 29. (CASAN – 2015) Observe as sentenças.
lítico e social. É uma bandeira pela qual temos que reivindicar, 18e I. Com medo do escuro, a criança ascendeu a luz.
pela qual temos reivindicado há muitos anos, a necessidade 19de II. É melhor deixares a vida fluir num ritmo tranquilo.
reconhecer que há distinções, grupos, valores distintos, e 20que a III. O tráfico nas grandes cidades torna-se cada dia mais difícil
escola deve adequar-se às necessidades de cada grupo. 21Porém, o para os carros e os pedestres.
tema da diversidade também pode dar lugar a uma 22série de coisas Assinale a alternativa correta quanto ao uso adequado de ho-
indesejadas. mônimos e parônimos.
[…] (A) I e III.
Adaptado da Revista Pátio, Diversidade na educação: limites e (B) II e III.
possibilidades. Ano V, nº 20, fev./abr. 2002, p. 29. (C) II apenas.
Do enunciado “O tema da diversidade tem a ver com o tema (D) Todas incorretas.
identidade.” (ref. 1), pode-se inferir que
I – “Diversidade e identidade” fazem parte do mesmo campo 30. (UFMS – 2009)
semântico, sendo a palavra “identidade” considerada um hiperôni- Leia o artigo abaixo, intitulado “Uma questão de tempo”, de
mo, em relação à “diversidade”. Miguel Sanches Neto, extraído da Revista Nova Escola Online, em
30/09/08. Em seguida, responda.
II – há uma relação de intercomplementariedade entre “diversi- “Demorei para aprender ortografia. E essa aprendizagem con-
dade e identidade”, em função do efeito de sentido que se instaura tou com a ajuda dos editores de texto, no computador. Quando eu
no paradigma argumentativo do enunciado. cometia uma infração, pequena ou grande, o programa grifava em
III – a expressão “tem a ver” pode ser considerada de uso co- vermelho meu deslize. Fui assim me obrigando a escrever minima-
loquial e indica nesse contexto um vínculo temático entre “diversi- mente do jeito correto.
dade e identidade”. Mas de meu tempo de escola trago uma grande descoberta,
a do monstro ortográfico. O nome dele era Qüeqüi Güegüi. Sim,
Marque a alternativa abaixo que apresenta a(s) proposi- esse animal existiu de fato. A professora de Português nos disse que
ção(ões) verdadeira(s). devíamos usar trema nas sílabas qüe, qüi, güe e güi quando o u é
(A) I, apenas pronunciado. Fiquei com essa expressão tão sonora quanto enig-
(B) II e III mática na cabeça.
(C) III, apenas Quando meditava sobre algum problema terrível – pois na pré-
(D) II, apenas -adolescência sempre temos problemas terríveis –, eu tentava me
(E) I e II libertar da coisa repetindo em voz alta: “Qüeqüi Güegüi”. Se numa
prova de Matemática eu não conseguia me lembrar de uma fórmu-
la, lá vinham as palavras mágicas.

28
LÍNGUA PORTUGUESA
Um desses problemas terríveis, uma namorada, ouvindo minha evocação, quis saber o que era esse tal de Qüeqüi Güegüi.
– Você nunca ouviu falar nele? – perguntei.
– Ainda não fomos apresentados – ela disse.
– É o abominável monstro ortográfico – fiz uma falsa voz de terror.
– E ele faz o quê?
– Atrapalha a gente na hora de escrever.
Ela riu e se desinteressou do assunto. Provavelmente não sabia usar trema nem se lembrava da regrinha.
Aos poucos, eu me habituei a colocar as letras e os sinais no lugar certo. Como essa aprendizagem foi demorada, não sei se consegui-
rei escrever de outra forma – agora que teremos novas regras. Por isso, peço desde já que perdoem meus futuros erros, que servirão ao
menos para determinar minha idade.
– Esse aí é do tempo do trema.”

Assinale a alternativa correta.


(A) As expressões “monstro ortográfico” e “abominável monstro ortográfico” mantêm uma relação hiperonímica entre si.
(B) Em “– Atrapalha a gente na hora de escrever”, conforme a norma culta do português, a palavra “gente” pode ser substituída por
“nós”.
(C) A frase “Fui-me obrigando a escrever minimamente do jeito correto”, o emprego do pronome oblíquo átono está correto de acordo
com a norma culta da língua portuguesa.
(D) De acordo com as explicações do autor, as palavras pregüiça e tranqüilo não serão mais grafadas com o trema.
(E) A palavra “evocação” (3° parágrafo) pode ser substituída no texto por “recordação”, mas haverá alteração de sentido.

31. (IPAD – COMPESA) Analise a divisão silábica das palavras abaixo.


1. convicção - con-vic-ção
2. abstrato - ab-stra-to
3. transparência - tran-spa-rên-ci-a
4. nascimento - nas-ci-men-to
Estão corretas:
(A) 1, 2, 3 e 4.
(B) 1 e 4, apenas.
(C) 2 e 3, apenas.
(D) 1, 3 e 4, apenas.
(E) 2, 3 e 4, apenas.

32. (UFAC) Assinale a série em que apenas um dos vocábulos NÃO possui dígrafo:
(A) Folha – ficha – lenha- fecho
(B) Lento – bomba – trinco – algum
(C) Águia – queijo – quatro – quero
(D) Descer – cresço – exceto – exsudar
(E) Serra – vosso – arrepio – assinar

33. (UNI – RIO) Assinale a opção em que o vocábulo apresenta ao mesmo tempo um encontro consonantal, um dígrafo consonantal
e um ditongo fonético.
(A) ninguém
(B) coalhou
(C) iam
(D) nenhum
(E) murcham

34. (SEDUC / RO – 2008) Sabemos que a letra “s” pode representar mais de um fonema, ou som. Na palavra “esconso”, a letra “s”
ocorre duas vezes. Em cada uma das alternativas a seguir, há uma palavra em que a letra “s” também ocorre duas vezes. Em qual dessas
alternativas o primeiro “s” e o segundo “s” soam, respectivamente, do mesmo modo que o primeiro e o segundo da palavra “esconso”?
(A) esposo
(B) israelense
(C) piscoso
(D) asianista
(E) astrosofia

35. (SEDUC / RO) Em qual das alternativas abaixo está CORRETAMENTE apresentada a separação das sílabas de uma palavra?
(A) oblíqua: ob-lí-qua.
(B) obter: o-bter.
(C) diagonal: dia-go-nal.
(D) artístico: ar-tí-sti-co.
(E) Moisés: Moi-sés.

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LÍNGUA PORTUGUESA
36. (FUNDATEC – 2016)

Sobre fonética e fonologia e conceitos relacionados a essas áreas, considere as seguintes afirmações, segundo Bechara:
I. A fonologia estuda o número de oposições utilizadas e suas relações mútuas, enquanto a fonética experimental determina a natu-
reza física e fisiológica das distinções observadas.
II. Fonema é uma realidade acústica, opositiva, que nosso ouvido registra; já letra, também chamada de grafema, é o sinal empregado
para representar na escrita o sistema sonoro de uma língua.
III. Denominam-se fonema os sons elementares e produtores da significação de cada um dos vocábulos produzidos pelos falantes da
língua portuguesa.

Quais estão INCORRETAS?


(A) Apenas I.
(B) Apenas II.
(C) Apenas III.
(D) Apenas I e II
(E) Apenas II e III.

37. (CEPERJ) Na palavra “fazer”, notam-se 5 fonemas. O mesmo número de fonemas ocorre na palavra da seguinte alternativa:
(A) tatuar
(B) quando
(C) doutor
(D) ainda
(E) além

38. (OSEC) Em que conjunto de signos só há consoantes sonoras?


(A) rosa, deve, navegador;
(B) barcos, grande, colado;
(C) luta, após, triste;
(D) ringue, tão, pinga;
(E) que, ser, tão.

39. (UFRGS – 2010) No terceiro e no quarto parágrafos do texto, o autor faz referência a uma oposição entre dois níveis de análise de
uma língua: o fonético e o gramatical.
Verifique a que nível se referem as características do português falado em Portugal a seguir descritas, identificando-as com o número
1 (fonético) ou com o número 2 (gramatical).
( ) Construções com infinitivo, como estou a fazer, em lugar de formas com gerúndio, como estou fazendo.
( ) Emprego frequente da vogal tônica com timbre aberto em palavras como académico e antónimo,
( ) Uso frequente de consoante com som de k final da sílaba, como em contacto e facto.
( ) Certos empregos do pretérito imperfeito para designar futuro do pretérito, como em Eu gostava de ir até lá por Eu gostaria de ir
até lá.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
(A) 2 – 1 – 1 – 2.
(B) 2 – 1 – 2 – 1.
(C) 1 – 2 – 1 – 2.
(D) 1 – 1 – 2 – 2.
(E) 1 – 2 – 2 – 1.

40. (UFSM – 2006)

Assinale a alternativa que contém a resposta correta em relação à grafa e aos fonemas dos quadrinhos 3 e 4.
(A) A palavra “aqui” tem um ditongo crescente, quatro letras e três fonemas.
(B) No terceiro quadrinho, a letra “s” representa um só fonema.
(C) Nas palavras “acho” e “questão”, há dois dígrafos e dois ditongos decrescentes.
(D) “Sempre” e “pegadinha” têm o número de sílabas diferentes, mas, quanto à tonicidade, recebem a mesma classificação.
(E) Na separação silábica das palavras do quarto quadrinho, as letras que representam os dígrafos ficam juntas na mesma sílaba.

GABARITO

01 D 21 E
02 E 22 A
03 C 23 A
04 B 24 B
05 E 25 A
06 A 26 C
07 B 27 B
08 C 28 D
09 B 29 C
10 A 30 C
11 E 31 B
12 B 32 C
13 E 33 E
14 B 34 B
15 B 35 E
16 D 36 C
17 B 37 B
18 B 38 A
19 B 39 A
20 E 40 D

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LÍNGUA PORTUGUESA

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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INFORMÁTICA
1. 1. Ms Windows 7/8/8.1/10 Br: Conceitos, Características, Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. 2. Msoffice 2016/2019 Br (Word, Excel, Powerpoint) X Libreoffice Versão 6.3 Ou Superior (Writer, Calc, Impress) - Conceitos,
Características, Ícones, Atalhos De Teclado, Uso Do Software E Emprego Dos Recursos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
3. 3. Redes De Computadores, Internet E Web. Conceitos, Características, Meios De Transmissão, Topologias, Padrões, Cabos Utp X Stp,
Conectores, Sites De Pesquisa, Browsers, Correio Eletrônico, Webmail, Redes Sociais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
4. 4. Segurança: Conceitos, Características, Proteção De Equipamentos, De Sistemas, Em Redes E Na Internet. Firewall. Vírus.
Backup . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
INFORMÁTICA
Para complementar ainda mais, há um link para que você baixe
1. MS WINDOWS 7/8/8.1/10 BR: CONCEITOS, mais aplicativos. Para acessar qualquer gadget diretamente da área
CARACTERÍSTICAS, ÍCONES, ATALHOS de trabalho, basta arrastar seu ícone.
DE TECLADO, USO DOS RECURSOS.

WINDOWS 7

O Windows 7 veio substituir o Windows Vista e conta com várias


surpresas, começando pelos requisitos básicos que são menores que
os do seu predecessor, fato inédito até então na família Windows.

Versões do Windows 7:
- Windows 7 Starter Edition
- Windows 7 Home Basic
- Windows 7 Home Premium
- Windows 7 Professional O Windows DVD Maker também passou por ligeiras modifi-
- Windows 7 Enterprise cações. Ele ganhou um caráter mais de guia do que um aplicativo,
- Windows 7 Ultimate mas ainda assim ele oferece tudo necessário para criar um DVD
com menus animados.
As versões Starter Edition, Home Basic e Home Premium são Alguns aplicativos que faziam parte do Windows foram migra-
recomendadas para usuários domésticos, o Windows 7 Starter Edi- dos para o Windows Live Essentials. Isso significa que é necessário
tion não vem com a incomoda limitação de usar somente 3 pro- “ir buscá-los”. É necessário fazer o download de programas como
gramas simultaneamente como acontece no Windows XP Starter Photo Gallery, Windows Mail ou até mesmo o Messenger.
Edition e Windows Vista Starter Edition. A versão Professional é
recomendada para usuários de pequenas e médias empresas e Temas
conta com recursos adicionais na parte de rede como backup e Os temas sempre chamaram a atenção de muitos, muitos
restauração pela rede e a opção de rodar um programa no Modo usuários. Como não poderia deixar de ser, o Windows 7 também
Windows XP. A versão Enterprise é recomendada para usuários de será extensamente compatível com essas modificações. O certo é
média e grande empresa e a versão Ultimate vem com todos os que diversas combinações de cores para o Aero estarão disponíveis.
recursos, incluindo suporte a 35 idiomas diferentes e sis Além disso, tudo indica que será muito mais fácil aplicar temas e el-
ementos visuais ao Windows.
O QUE CHEGOU Esses temas apontam uma reviravolta nos padrões gráficos do
O Windows 7 chega ao ponto que o Vista queria alcançar: rápi- Windows. Eles são muito variados, alguns coloridos, outros artísti-
do, leve, agradável visualmente e sem bugs.
cos e alguns muito psicodélicos.
Em termos de conectividade, o Windows 7 traz novos drivers
para fácil detecção, configuração e aplicação de qualquer tipo de
rede. Isso melhora a cobertura para redes sem fio, por exemplo, e
melhora a comunicação entre computadores ligados a uma rede.
tema de criptografia BitLocker para disco rígido e discos removíveis.

Aplicativos e gadgets
A calculadora está diferente, com novos modos e um visual O AutoRun
modificado. Esse novo modo permite a conversão de moedas. Os Por motivos de segurança, este recurso foi desabilitado para to-
programas WordPad e Paint finalmente adquiriram o padrão de in- dos os dispositivos de mídia não óticos (ou seja, pendrives, cartões
terface do Office 2007. O primeiro deles, agora, é compatível com de memória, discos removíveis, etc). Isto evita uma prática muito
arquivos do tipo DOCX utilizados a partir do Word 2007. No entan- comum atualmente, que é a utilização do recurso AutoRun para a
to, nem todos os recursos de formatação estão disponíveis. execução de um malware assim que um dispositivo deste tipo é
ativado no computador. Este tipo de infecção foi responsável por
quase 20% de todos os registros de vírus durante o ano de 2008.
Com o Windows 7, quando um dispositivo móvel for inseri-
do, uma caixa de diálogo diferenciada será exibida para alertar o
usuário.
Integração com o Aero
Os primeiros 10 itens da barra de tarefas podem ser visualiza-
dos através do atalho Alt+Tab com os recursos de transparência do
Aero. A pré-visualização é exibida em tela cheia.

Os gadgets agora não são acessíveis através de um painel later-


al. Basta clicar com o botão direito do mouse e clicar em “Gadgets”.
São 10 pequenos aplicativos que lhe ajudam no dia-a-dia. Eles in-
cluem calendário, relógio, medidor de desempenho do processa-
dor, conversor de moedas, manchetes via RSS, quebra-cabeças com
imagens, slide show, cotações do mercado, tempo e o Windows
Media Center.

1
INFORMÁTICA
Windows Media Player
O tocador do Windows Media Player está menor e mais sim-
ples de usar. Com o intuito de ser mais limpo e exigir menos do
processador, o tocador pode ser executado em uma janela menor
e mais compacta.

Combinações de temas O número de ícones na barra de sistema foi reduzido, mas ain-
Diferentes temas gráficos e de áudio estão disponíveis no Win- da assim é possível acessá-los. Eles ficam “escondidos”. Clicando
dows 7. Um recurso muito interessante é a possibilidade de combinar em uma pequena seta, eles são exibidos para que você os acesse.
um tema de áudio com outro gráfico e salvar como um único tema. Você tem a opção de customizar quais itens devem ser exibidos e
quais não.
XP Mode
A novidade que deixou os usuários com expectativa ainda
maior foi o anúncio do XP Mode, um componente que vai permitir
a execução de aplicativos para o Windows XP sem problemas de
compatibilidade com o Windows 7.

Desktop
A área de trabalho do Windows 7 é muito agradável. O visual
é facilmente relacionado com o do Vista, mas a funcionalidade foi
amplamente melhorada. A começar pela barra de tarefas, que traz
o conceito de facilitar o acesso aos programas que você usa com Uma mudança que agiliza muito o uso do sistema é o ícone do
mais frequência, e esse conceito é facilmente percebido. Centro de Ação. Todas as mensagens de segurança e notificações
Já é possível perceber na primeira execução os ícones do In- de erro são acessadas neste único local.
ternet Explorer, do Windows Explorer e do Windows Media Player. O menu Iniciar está semelhante ao do Vista, mas com recur-
Basta clicar com o botão esquerdo sobre cada um desses ícones sos para facilitar o acesso aos aplicativos que você mais usa. Alguns
para acessar o programa correspondente facilmente. programas têm uma seta. Esta seta indica as Jump Lists. Clicando
No caso de mais de uma janela estar disponível, elas são exibi- nesta seta ou apenas posicionando o cursor do mouse sobre ela,
das em modo miniatura. Cada miniatura pode ser vista temporar- toda a parte da direita do Menu Iniciar passa a ser um menu de
iamente com o modo AeroPeek, bastando posicionar o cursor do acesso a diferentes recursos do programa. Pode ser um arquivo re-
mouse sobre ela. Já o botão direito aciona as Jump Lists, ou seja, os cente, por exemplo.
atalhos para as funções mais utilizadas de cada aplicativo. Trata-se O botão para desligar o PC está ligeiramente mais ágil, com a
de um “Menu Iniciar” para cada janela aberta. Esses são recursos opção direta para desligar o PC sem precisar expandir o menu do
melhorados do Windows Vista. botão.

A barra de sistema está mais compacta. À extrema direita, fica


um pequeno retângulo, que representa a função “show desktop”.
Ela exibe a área de trabalho quando uma ou várias janelas estão
abertas simultaneamente. Basta posicionar o cursor do mouse so-
bre este botão. Clicando nele, todas as janelas são escondidas para
que visualize o desktop com os contornos das janelas para ter um
panorama da área de trabalho.

2
INFORMÁTICA
O trabalho com janelas será facilmente percebido e admira- PROGRAMAS E FUNÇÕES - NOVIDADES
do pelos usuários. Se você clicar em uma janela e carregá-la até o O Windows 7 já inclui a versão final do Internet Explorer 8 (as
canto esquerdo, ela vai preencher automaticamente toda a metade versões anteriores do sistema tinham a versão Beta). O navegador
esquerda da tela. Faça isso com outra janela, à direita, e você terá a está com todos seus recursos, incluindo o modo InPrivate (o qual
visualização de comparação. Para maximizar uma janela, basta ar- não salva histórico, cookies ou arquivos de cache no computador).
rastá-la até o topo da tela. Este promete ser um dos recursos mais O Painel de Controle está com algumas opções adicionadas. A
utilizados do Windows 7. principal delas é um novo programa para backup e restauração de
O explorador de arquivos, em sua visualização padrão, está arquivos.
muito semelhante ao do Vista, com um adicional: um menu no topo Há também um painel para preferências de Homegroups,
que oferece opções e atalhos para tarefas específicas de acordo configuração de notificações e um gerenciador de credenciais que
com o tipo de arquivo explorado. O menu à esquerda é o mesmo armazena informações de login para conexões remotas e outras
observado no Vista. opções, mais avançadas, de rede.
Outra opção nova no Painel de Controle é o módulo “Dispos-
itivos e Impressoras”, que é o novo local onde são exibidas infor-
mações sobre todos os componentes externos conectados no com-
putador. Eles incluem impressoras, scanners, webcams, tablets,
discos rígidos externos, teclado, mouse e outros. É aqui, agora, que
você adiciona e modifica as configurações de um dispositivo. Tudo
sobre todos os dispositivos do seu computador são listados aqui.

MODO XP VIRTUAL
Conectividade A Microsoft causou burburinho com o anúncio do lançamen-
Conectar-se a uma rede está muito simples no Windows 7. to do XP Mode, um modo de compatibilidade para a execução de
Logo após a primeira inicialização do sistema, a nossa rede foi aplicativos do Windows XP que sofreram com a inconsistência do
identificada e o acesso à internet estava “de pé e funcionando”. Windows Vista. Saiba mais sobre este modo clicando aqui para ler
A identificação de uma rede sem fio também está facilitada e mais um artigo explicativo.
eficiente. Com testes, percebeu-se que o XP Mode terá dificuldade para
Dispositivos USB - como webcam - e Bluetooth são identifica- atingir usuários domésticos na época de seu lançamento. Primeiro,
dos rapidamente. Por medida de segurança, qualquer dispositivo era necessário ter um processador com tecnologia de virtualização.
removível que não seja uma mídia ótica não será executado auto- Esses processadores eram produzidos desde 2006, mas ainda não
maticamente, então não adianta esperar. atingiam um número grande de computadores.
O Windows 7 identifica e cria com extrema facilidade os Home- Abrir o explorador de arquivos
groups, ou seja, grupos de computadores em uma rede com com- Os computadores com sistema operacional Windows utilizam
partilhamento de arquivos simplificado. Você escolhe quais pastas pastas para organizar os diferentes arquivos e aplicativos.
quer compartilhar e o sistema se conecta automaticamente a out-
ros computadores com o Windows 7 para exibir esses arquivos. Uma pasta pode conter um ou vários arquivos. Para procurar
Cada Homegroup tem uma senha própria que é gerada automatica- um arquivo específico, você poderá usar um aplicativo especializa-
mente durante a configuração do primeiro computador e deve ser do como o Windows Explorer. Lembre-se que isto não é o mesmo
inserida em cada computador que deverá fazer parte deste grupo. que Internet Explorer.
Um novo item no Painel de Controle, chamado “Hardware and Clique no ícone que representa o Windows Explorer, localizado
Sound”, funciona como uma espécie de central de gerenciamento na barra de tarefas, utilize o atalho de teclado “tecla Windows” +
de conexões e dispositivos. É o local que permite a configuração “E” ou dê um duplo clique em qualquer pasta da sua área de tra-
de impressoras, drives removíveis, dispositivos USB, etc. Aqui você balho. Será aberta uma janela do Windows Explorer.
pode definir as configurações para execução automática de CDs, Abrir um aplicativo ou programa
DVDs e outras mídias, por exemplo. Clique no botão  Iniciar  e selecione o programa desejado. Se
você não puder vê-lo, clique em Todos os Programas para ver a lista
completa. Por comodidade, os aplicativos mais usados possuem um
acesso direto na barra de tarefas ou na área de trabalho.

3
INFORMÁTICA
Ctrl + Seta para Cima / Mover o cursor para o início do parágr-
afo anterior
Ctrl + Shift com uma tecla de direção / Selecionar um bloco de
texto
Shift com qualquer tecla de direção / Selecionar mais de um
item em uma janela ou na área de trabalho, ou selecionar texto em
um documento
CTRL com qualquer tecla de direção + Barra de espaço / Sele-
cionar vários itens separadamente em uma janela ou na área de
trabalho
Ctrl + A / Selecionar todos os itens em um documento ou em
uma janela
F3 / Procurar um arquivo ou uma pasta
Alt + Enter / Exibir propriedades do item selecionado
Alt + F4 / Fechar o item ativo ou sair do programa ativo
Alt + Barra de espaço / Abrir o menu de atalho da janela ativa
Ctrl + F4 / Fechar o documento ativo (em programas que per-
mitem vários documentos abertos simultaneamente)
Alt + Tab / Alternar entre itens abertos
Quando você clica duas vezes num arquivo, de maneira au- Ctrl + Alt + Tab / Usar as teclas de direção para alternar itens
tomática o programa predeterminado para este tipo de arquivo é abertos
aberto. Ctrl + Roda de rolagem do mouse / Mudar o tamanho de ícones
na área de trabalho
Apagar um arquivo no Windows Tecla do logotipo do Windows Imagem da tecla do logotipo do
Quando você exclui um arquivo, ele é movido para a lixeira. Windows + Tab / Percorrer programas na barra de tarefas usando
Se você mudar de ideia, é possível restaurar o arquivo para o seu o Aero Flip 3D
lugar original, mas caso desejar excluí-lo definitivamente, basta es- Ctrl+tecla do logotipo do Windows Imagem da tecla do logoti-
vaziar a lixeira. po do Windows + Tab / Usar as teclas de direção para percorrer
Para excluir um arquivo do computador, você  terá opção de programas na barra de tarefas usando o Aero Flip 3D
fazê-lo de três maneiras diferentes. Alt + Esc / Percorrer itens na ordem em que foram abertos
Opção 1: F6 / Percorrer elementos da tela de uma janela ou da área de
Clique sobre o arquivo e o arraste até o ícone da Lixeira que trabalho
está localizada na área de trabalho. F4 / Exibir a lista da barra de endereços no Windows Explorer
Opção 2: Shift + F10 / Exibir o menu de atalho do item selecionado
Selecione o arquivo que você deseja excluir e clique com o Ctrl + Esc / Abrir o menu Iniciar
mouse direito sobre ele. Um menu abrirá onde  você deve  clicar Alt + letra sublinhada / Exibir o menu correspondente
em Excluir. Alt + letra sublinhada / Executar o comando de menu (ou outro
Opção 3 comando sublinhado)
Selecione o arquivo que você quer excluir e clique na tecla De- F10 / Ativar a barra de menus no programa ativo
lete. Se desejar excluir mais de um arquivo, pode selecioná-los com Seta para a Direita / Abrir o próximo menu à direita ou abrir
a tecla Control (Ctrl). um submenu
Seta para a Esquerda / Abrir o próximo menu à esquerda ou
Atalhos de teclado gerais fechar um submenu
A tabela a seguir contém os atalhos de teclado gerais. F5 (ou Ctrl + R) / Atualizar a janela ativa
Alt + Seta para Cima / Exibir a pasta um nível acima no Win-
Pressione esta tecla / Para fazer isto dows Explorer
F1 / Mostrar a Ajuda Esc / Cancelar a tarefa atual
Ctrl + C (ou Ctrl + Insert) / Copiar o item selecionado Ctrl + Shift + Esc / Abrir o Gerenciador de Tarefas
Ctrl + X / Recortar o item selecionado Shift quando inserir um CD / Evitar que o CD seja executado
Ctrl + V (ou Shift + Insert) / Colar o item selecionado automaticamente
Ctrl + Z / Desfazer uma ação Alt Esquerda + Shift / Mudar o idioma de entrada quando hou-
Ctrl + Y / Refazer uma ação ver vários idiomas de entrada habilitados
Delete (ou Ctrl + D) / Excluir o item selecionado e movê-lo para Ctrl+Shift / Mudar o layout do teclado quando houver vários
a Lixeira layouts de teclado habilitados
Shift + Delete / Excluir o item selecionado sem movê-lo para a Ctrl Direito ou Esquerdo + Shift / Alterar a direção de leitura de
Lixeira primeiro texto em idiomas com leitura da direita para a esquerda
F2 / Renomear o item selecionado
Ctrl + Seta para a Direita / Mover o cursor para o início da próx- Atalhos de teclado da tecla do logotipo do Windows
ima palavra A tabela a seguir contém atalhos de teclado que usam a tecla
Ctrl + Seta para a Esquerda / Mover o cursor para o início da do logotipo do Windows da tecla do logotipo do Windows
palavra anterior Tecla do logotipo do Windows / Abrir ou fechar o menu Iniciar.
Ctrl + Seta para Baixo / Mover o cursor para o início do próximo Tecla do logotipo do Windows + Pause / Abrir a caixa de diálo-
parágrafo go Propriedades do Sistema.
Tecla do logotipo do Windows + D / Exibir a área de trabalho.

4
INFORMÁTICA
Tecla do logotipo do Windows + M / Minimizar todas as janelas. -keyboard-shortcuts
Tecla do logotipo do Windows + Shift + M / Restaurar janelas
EXERCÍCIOS
minimizadas na área de trabalho
Tecla do logotipo do Windows + E / Abrir computador. 01. Ano: 2017 Banca: UESPI Órgão: UESPI Prova: UESPI - 2017 -
Tecla do logotipo do Windows + F / Procurar computadores (se UESPI - Tutor de Apoio Presencial
você estiver em uma rede). O sistema operacional Windows 7 foi lançado em meados de
Tecla do logotipo do Windows + L / Bloquear o computador ou 2009 e desde então teve várias versões lançadas para se adequar
trocar de usuário. melhor com cada usuário. Marque a alternativa que não possua
Tecla do logotipo do Windows + R / Abrir a caixa de diálogo uma destas versões do Windows 7:
Executar. A) Windows 7 Starter Edition
Tecla do logotipo do Windows + T / Percorrer programas na B) Windows 7 Home Basic
barra de tarefas. C) Windows 7 Home Premium
Tecla do logotipo do Windows + número / Iniciar o programa D) Windows 7 Home Professional
fixado na barra de tarefas na posição indicada pelo número. Se o E) Windows 7 Ultimate
programa já estiver em execução, mudar para esse programa. GABARITO OFICIAL: LETRA D
Shift+Tecla do logotipo do Windows + número / Iniciar uma
nova instância do programa fixado na barra de tarefas na posição 02. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)
indicada pelo número. Prova: FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Técnico Judiciário -
Ctrl+Tecla do logotipo do Windows + número / Alternar para Tecnologia da Informação
a última janela ativa do programa fixado na barra de tarefas na O sistema operacional Windows 7
posição indicada pelo número. A) em português permite que programas sejam desinstalados
Alt+Tecla do logotipo do Windows + número / Abrir a Lista de através da opção “Desinstalar um programa” que fica dentro de
Atalhos para o programa fixado na barra de tarefas na posição in- “Sistema e Segurança” no Painel de Controle.
dicada pelo número. B) foi projetado para funcionar com processadores multicore.
Tecla do logotipo do Windows + Tab / Percorrer programas na Há versões de 32 bits que dão suporte a até 32 núcleos de proces-
barra de tarefas usando o Aero Flip 3D. sador e versões de 64 bits que dão suporte a até 256 núcleos de
Ctrl+Tecla do logotipo do Windows + Tab / Usar as teclas de di- processador.
reção para percorrer programas na barra de tarefas usando o Aero C) exige 160 GB (versão 32 bits) ou 200 GB (versão 64 bits) de
Flip 3D. espaço em disco disponível, como parte da configuração mínima de
Ctrl+Tecla do logotipo do Windows + B / Mudar para o progra- um computador para que possa ser nele instalado.
ma que exibiu uma mensagem na área de notificação. D) na versão 32 bits consegue endereçar no máximo 8 GB de
Tecla do logotipo do Windows + Barra de espaço / Visualizar a memória RAM. O aumento da quantidade de memória depende de
área de trabalho quantos slots de memória há na placa mãe.
Tecla do logotipo do Windows + Seta para cima / Maxi- E) oferece o recurso conhecido como Dual Channel, que per-
mizar a janela. mite que dois processadores possam ser utilizados ao mesmo tem-
Tecla do logotipo do Windows + Seta para a esquerda / Maxi- po, aumentando bastante o desempenho da máquina.
mizar a janela no lado esquerdo da tela.
Tecla do logotipo do Windows + Seta para a direita / Maximizar GABARITO OFICIAL: LETRA B
a janela no lado direito da tela. 03. Ano: 2018 Banca: UFRR Órgão: UFRR Prova: UFRR - 2018 -
Tecla do logotipo do Windows + Seta para baixo / Minimizar a UFRR - Assistente de Tecnologia da Informação
janela. Ao pressionar as teclas de atalho “CTRL” + “SHIT” + “ESC” si-
Tecla do logotipo do Windows + Home / Minimizar todas as multaneamente no Windows 7 ou Windows 10, qual aplicação irá
janelas, menos a ativa. aparecer na tela?
Tecla do logotipo do Windows + Shift + Seta para cima / Along- A) Gerenciador de Tarefas
ar a janela até as partes superior e inferior da tela. B) Painel de Controle
Tecla do logotipo do Windows + Shift + Seta para a esquerda ou C) Dispositivos e impressoras
Seta para a direita / Mover uma janela de um monitor para outro. D) CMD
Tecla do logotipo do Windows + P / Escolher um modo de exi- E) Windows Explorer
bição da apresentação. GABARITO OFICIAL: LETRA A
Tecla do logotipo do Windows + G / Percorrer gadgets.
Tecla do logotipo do Windows + U / Abrir a Central de Facili- 04. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: TRT - 11ª Região (AM e RR)
dade de Acesso. Provas: FCC - 2017 - TRT - 11ª Região (AM e RR) - Analista Judiciário
Tecla do logotipo do Windows + X / Abrir o Centro de Mobili- - Área Administrativa
dade do Windows. Considerando-se que o Windows 7 Professional, em portu-
guês, está instalado na unidade C de um computador,
Fonte: A) não será permitido salvar arquivos na raiz desta unidade,
https://www.tecmundo.com.br/aumentar-desempenho/ mas somente em pastas e subpastas criadas a partir da raiz.
2066-analise-windows-7.htm?utm_source=404corrigido&utm_ B) clicando-se com o botão direito do mouse sobre esta uni-
medium=baixaki dade, será possível acessar uma opção para particionar (dividir) o
https://www.infoescola.com/informatica/windows-7/ disco.
https://edu.gcfglobal.org/pt/informatica-basica/apagar-um- C) será permitido formatar esta unidade a partir do Windows,
-arquivo-no-windows/1/ porém, todos os arquivos e pastas serão apagados e não poderão
www.qconcursos.com ser recuperados.
https://support.microsoft.com/pt-br/help/12445/windows-

5
INFORMÁTICA
D) se uma pasta que contém 9 MB em documentos for apagada
do HD, ela será enviada para a lixeira e poderá ser posteriormente
recuperada.
E) a pasta onde o Windows está instalado ficará oculta e não
poderá ser acessada, para evitar que arquivos importantes sejam
apagados.
GABARITO OFICIAL: LETRA D

05. Ano: 2017 Banca: FADESP Órgão: COSANPA Provas: FADESP


- 2017 - COSANPA - Técnico Industrial - Saneamento
Clicando-se, com o botão direito do mouse, sobre um arquivo
selecionado no Windows Explorer do Microsoft Windows 7 (insta-
lação padrão), abre-se um menu que não possui a opção
A) “Criar atalho”.
B) “Propriedades”. Esta tela não foi criada por mero capricho (pelo menos não
C) “Enviar para”. totalmente). Como o Windows 8 tem a proposta de cobrir tanto
D) “Formatar”. PCs convencionais quanto dispositivos com tela sensível ao toque,
GABARITO OFICIAL: LETRA D a Microsoft entendeu que o formato aplicado à tela de início é uma
maneira eficiente de atender aos dois mundos: o antigo menu Ini-
WINDOWS 8 ciar talvez não se mostre necessariamente agradável para uso em
Provavelmente, você já ouviu falar sobre o Windows: as caixas tablets; já este esquema com botões largos, provavelmente sim.
e as janelas que sempre lhe dão as boas-vindas quando você liga o É claro que esta tela pode ser personalizada. Além de cores
seu computador. Na verdade, milhões de pessoas em todo o mun- e temas, o usuário pode também organizar os aplicativos em gru-
do estão tentando entender e interagir com isso enquanto você lê pos de forma a facilitar a localização de um item específico. Por
este livro. Quase todos os novos computadores e laptops vendidos exemplo, um grupo pode reunir jogos, outro aplicativos para redes
atualmente vêm com uma cópia do Windows pré-instalada, pronta sociais e assim por diante.
para abrir as caixas coloridas na tela.
Os botões de acesso da lateral direita
O que É o Windows e Por Que Você o Está Usando? Outra característica marcante do Windows 8 é a barra com bo-
Criado e vendido por uma empresa chamada Microsoft, o Win- tões de acesso rápido que a Microsoft chamada de Charms Bar. Eles
dows não é como o seu software usual, que permite que você faça ficam ocultos, na verdade, mas é possível visualizá-los facilmente.
seu imposto de renda ou envie e-mails furiosos para os políticos. Se estiver usando um mouse, basta mover o cursor até o canto di-
Não, o Windows é um sistema operacional, ou seja, ele controla a reito superior ou inferior. Em um tablet ou outro dispositivo com
maneira como você trabalha com o seu computador. tela sensível ao toque, basta mover o dedo à mesma região. Com
O Windows recebeu esse nome baseado em todas aquelas o teclado, pressione Windows + C simultaneamente. Em todas as
janelinhas que ele coloca em seu monitor. Cada janela mostra in- formas, você verá uma barra surgir à direita com cinco botões:
formações, tais como uma imagem, um programa que você esteja – Busca: nesta opção, você pode localizar facilmente aplicati-
executando, ou uma advertência técnica. É possível colocar várias vos ou arquivos presentes em seu computador, assim como con-
janelas na tela ao mesmo tempo e pular de uma para outra, visitan- teúdo armazenado nas nuvens, como fotos, notícias, etc. Para isso,
do diversos programas — ou, ampliar uma janela para preencher a basta escolher uma das opções mostradas abaixo do campo de bus-
tela inteira. ca para filtrar a sua pesquisa;
Ao ligar seu computador, o Windows pula para dentro da tela – Compartilhar: neste botão, é possível compartilhar informa-
e supervisiona qualquer programa em execução. Quando tudo está ções em redes sociais, transferir arquivos para outros computado-
indo bem, você nem percebe o Windows funcionando; você sim- res, entre outros;
plesmente vê seus programas ou seu trabalho. No entanto, quando – Iniciar: outra forma de acessar a tela inicial. Pode parecer
as coisas não vão bem, geralmente o Windows deixa você com a irrelevante se você estiver usando um teclado que tenha botões
pulga atrás da orelha com uma mensagem de erro confusa. Windows, mas em tablets é uma importante forma de acesso;
Além de controlar seu computador e dar ordens aos seus progra- – Dispositivos: com este botão, você pode configurar ou ter
mas, o Windows vem com vários programas gratuitos e aplicativos. acesso rápido aos dispositivos conectados, como HDs externos, im-
Esses programas e aplicativos permitem realizar diversas ações, tais pressoras e outros;
como escrever e imprimir cartas, navegar pela internet, escutar mú- – Configuração: é por aqui que você pode personalizar o siste-
sica e enviar fotos recentes de sua última refeição para seus amigos. ma, gerenciar usuários, mudar a sua senha, verificar atualizações,
ajustar conexões Wi-Fi, entrar no Painel de Controle e até mesmo
Tela inicial acessar opções de configuração de outros programas.
A tela de início é uma das características mais marcantes do
Windows 8. Trata-se de um espaço que reúne em um único lugar
blocos retangulares ou quadrados que dão acesso a aplicativos, à
lista de contatos, a informações sobre o clima, aos próximos com-
promissos da agenda, entre outros. Na prática, este é o recurso que
substitui o tradicional menu Iniciar do Windows, que por padrão
não está disponível na versão 8. É por este motivo que é possível al-
ternar entre a tela inicial e a área de trabalho (bastante semelhante
ao desktop do Windows 7, por sinal) utilizando os botões Windows
do teclado.

6
INFORMÁTICA

Observe a barra na lateral direita

Login com Microsoft Account


O Windows 8 é a versão da família Windows que mais se integra às nuvens, razão pela qual agora o usuário precisa informar sua
Microsoft Account (ou Windows Live ID) para se logar no sistema. Com isso, a pessoa conseguirá acessar facilmente seus arquivos no
SkyDrive e compartilhar dados com seus contatos, por exemplo.
É claro que esta característica não é uma exigência: o usuário que preferir poderá utilizar o esquema tradicional de login, onde seu
nome e senha existem só no computador, não havendo integração com as nuvens. Também é importante frisar que, quem preferir o
login com Microsoft Account, poderá acessar o computador mesmo quando não houver acesso à internet.

Senha com imagem


Outra novidade do Windows 8 em relação à autenticação de usuários é a funcionalidade de senha com imagem. A ideia é simples:
em vez de digitar uma combinação de caracteres, o usuário deve escolher uma imagem – uma foto, por exemplo – e fazer um desenho
com três gestos em uma parte dela. A partir daí, toda vez que for necessário realizar login, a imagem em questão será exibida e o usuário
terá que repetir o movimento que criou.
É possível utilizar esta opção com mouse, mas ela é particularmente interessante para login rápido em tablets, por causa da ausência
de teclado para digitação de senha.

Windows Store (Loja)


Seguindo o exemplo de plataformas como Android e iOS, o Windows 8 passou a contar com uma loja oficial de aplicativos. A maioria
dos programas existentes ali são gratuitos, mas o usuário também poderá adquirir softwares pagos, sendo que estes poderão ser insta-
lados em até 5 dispositivos que também rodem o novo sistema operacional.

Loja do Windows 8
É válido destacar que o Windows 8 é compatível com programas feitos para os Windows XP, Vista e 7 – pelo menos a maioria deles.
Além disso, o usuário não é obrigado a utilizar a loja para obter softwares, já que o velho esquema de instalar programas distribuídos
diretamente pelo desenvolvedor ou por sites de download, por exemplo, continua valendo.

Notificações
A Microsoft também deu especial atenção às notificações no Windows 8. E não só notificações do sistema, que avisam, por exemplo,
quando há atualizações disponíveis: também há notificações de aplicativos, de forma que você possa saber da chegada de e-mails ou de
um compromisso em sua agenda por meio de uma pequena nota que aparece mesmo quando outro programa estiver ocupando toda
a tela.
As notificações podem ser uma mão na roda, assim como também podem aborrecer, por isso, o usuário tem a opção de configurar
este recurso, podendo inclusive definir o que deve ou não gerar estes avisos. Para isso, basta seguir este caminho: Configurações / Mu-
dar configurações do computador / Notificações.

Gestos e atalhos
Apesar de diferente, o Windows 8 não é um sistema operacional de difícil utilização. Você pode levar algum tempo para se acos-
tumar a ele, mas muito provavelmente chegará lá. Um jeito de acelerar este processo e ao mesmo tempo aproveitar melhor o sistema
é aprendendo a utilizar gestos (para telas sensíveis ao toque), movimentos para o mouse ou mesmo atalhos para teclado. Eis alguns:
– Para voltar à janela anterior: leve o cursor do mouse até o canto superior esquerdo (bem no canto mesmo). Uma miniatura da
janela será exibida. Clique nela. No caso de toques, arraste o seu dedo do canto esquerdo superior até o centro da janela;
– Para fechar um aplicativo sem o botão de encerramento: com mouse ou com toque, clique na barra superior do programa e a
arraste até a parte inferior da tela;
– Para desinstalar um aplicativo: na tela inicial, clique com o botão direito do mouse no bloco de um aplicativo. Aparecerão ali várias
opções, sendo uma delas a que permite desinstalar o software. No caso de telas sensíveis ao toque, posicione o dedo bloco e o mova
para cima;
– Para alternar entre as janelas abertas usando teclado: a velha e boa combinação – pressione as teclas Alt e Tab ao mesmo tempo;

7
INFORMÁTICA

O bom e velho Alt + Tab


– Para ativar a pesquisa automaticamente na tela inicial: se você estiver na tela inicial e quiser iniciar um aplicativo ou abrir um ar-
quivo, por exemplo, basta simplesmente começar a digitar o seu nome. Ao fazer isso, o sistema operacional automaticamente iniciará a
busca para localizá-lo.

Versões do Windows 8
As últimas versões do Windows podem deixar até o usuário mais atento perdidinho com tantas variações. “Professional” daqui,”Ho-
me Basic” dali e assim por diante. Felizmente, a Microsoft tratou de simplificar as coisas em relação ao Windows 8. Há, basicamente, três
versões deste sistema:
– Windows RT: versão para dispositivos baseados na arquitetura ARM. Pode ocorrer incompatibilidade com determinados aplicativos
criados para a plataforma x86. Somente será possível encontrar esta versão de maneira pré-instalada em tablets e afins;
– Windows 8: trata-se da versão mais comum, direcionada aos usuários domésticos, a ambientes de escritório e assim por diante.
Pode ser encontrada tanto em 32-bit quanto em 64-bit;
– Windows 8 Pro: é a versão mais completa, consistindo, essencialmente, no Windows 8 acrescido de determinados recursos, es-
pecialmente para o segmento corporativo, como virtualização e gerenciamento de domínios. Também permite a instalação gratuita do
Windows Media Center.
Windows 8 Enterprise: possui praticamente os mesmos recursos do Windows 8 Pro, mas adiciona funcionalidades voltadas a ambien-
tes de TI mais avançados. Esta versão somente poderá ser adquirida por empresas a partir de contratos de licenciamento mais amplos.

Gerenciador de Arquivos do Windows 8

O Windows Explorer, como todos sabem, é o programa do Windows que permite explorar e gerenciar arquivos do disco rígido e
outros dispositivos conectados ao computador. É nele onde abrimos, editamos, copiamos, colamos e/ou excluímos nossos arquivos, etc.

No Windows 8, o Windows Explorer sofreu algumas mudanças e aprimoramentos. O aplicativo agora não se chama mais Windows
Explorer, e sim File Explorer (Gerenciador de Arquivos).

8
INFORMÁTICA
Outra mudança visível na ferramenta é a janela de progresso
de envio de arquivos. Quando o usuário copia ou move um arquivo,
a janela de progresso detalha totalmente o processo, mostrando
um gráfico de variação da velocidade de transferência e apresen-
tando informações como tempo e itens restantes. Além disso, a ja-
nela mostra opções para pausar ou cancelar a operação.

O Gerenciador de Arquivos do Windows 8 agora está integra-


do com a interface Ribbon (interface introduzida no Office 2007). Por fim, clicando na guia Arquivo, na parte superior direita do
O usuário pode acessar diversas funções que eram acessadas pelo Gerenciador de Arquivos, é possível obter acesso direto ao Prompt
menu de contexto (menu que aparece clicando com o botão direi- de Comando e ao Windows PowerShell, além de abrir uma nova
to), como copiar e colar arquivos, por meio de abas na parte supe- janela e Excluir o histórico da ferramenta.
rior da janela.

Windows 8.1 Update


A atualização Windows 8.1 Update (KB2919355), adicionou no
As abas mais comuns são dividias em Início, que mostra as
sistema da Microsoft uma série de funcionalidades. O pacote tem
funções básicas do Gerenciador de Arquivos, Compartilhar, que
melhorias na experiência de uso do teclado, mouse e é obrigatório
permite enviar o arquivo para e-mail, fax, DVD, etc., e Exibir, que
para receber as próximas atualizações.
como o nome sugere, muda a exibição do programa. No entanto,
dependendo do arquivo e/ou local, novas abas com funções mais
Inicialização direta na área de trabalho ou Tela Iniciar
específicas aparecem.
A primeira grande novidade dessa atualização é inicialização
direta na área de trabalho ou tela Iniciar, configurada para aconte-
cer automaticamente. Ao iniciar, o sistema operacional detecta se
o usuário está usando um tablet ou um desktop e, com isso, oferece
a melhor experiência. Como recurso, quem estiver em um compu-
tador tradicional, verá o sistema inicializar direto na área de traba-
lho. Já o usuário que estiver usando um tablet, verá a tela Iniciar
com seus blocos dinâmicos e recursos touchscreen.

Botão de desligar e pesquisar na tela Iniciar


Até adicionar essa atualização, para desligar o computador era
preciso pressionar as teclas “Windows + X” e procurar a opção em um
menu, ou sair da sessão atual e acessar a opção na tela de login do
Windows. Isso era algo bem irritante, principalmente para um sistema
que pretendia ser mais simples e intuitivo que seus antecessores. Mas,
agora, a opção de desligar está disponível diretamente na tela Iniciar
do sistema, e pode ser usada a qualquer momento sem complicações,
como realmente deve ser.

9
INFORMÁTICA
A nova opção fica ao lado da identificação do usuário com login ativo, antes do novo ícone da busca, que também é uma novidade
dessa atualização. Até então, para iniciar uma busca, era necessário levar o mouse para o lado direito da tela, na Charm Bar, para aparecer
a opção de pesquisa. Infelizmente, nem sempre a barra aparece. Agora com esse novo ícone, ficará mais fácil e rápido fazer uma busca.

Menu Iniciar
Infelizmente, a Microsoft ainda não devolveu o Menu Iniciar por completo na interface desktop do Windows 8.1. Com isso, o botão
Iniciar está disponível, mas só serve para acessar a interface de blocos dinâmicos do sistema, indo para a página inicial.
A única opção de menu disponível no sistema é o que pode ser acessado pela combinação das teclas “Windows + X”. Embora esse
menu tenha boas opções, ele está bem longe do que os usuários das versões anteriores do Windows estavam acostumados. Nesse caso,
resta apenas esperar que a Microsoft cumpra sua promessa e devolva o menu Iniciar em alguma atualização futura.

Mais teclado e mouse, menos touchscreen


Como é possível ver, a maior parte das novidades são melhorias de interface criadas para otimizar a experiência do usuário que
trabalha com periféricos, como o teclado e o mouse. Resumindo tudo, a Microsoft parece ter ouvido as reclamações dos usuários e está
tentando compensar a sua insistência em focar apenas em dispositivos touchscreen com um sistema mais amigável aos PCs tradicionais
Principais atalhos de teclado
A tabela a seguir contém os atalhos de teclado comuns para Windows 8.1 e Windows RT 8.1.

Novos atalhos de teclado


Pressione esta tecla / Para fazer isto
Tecla do logotipo do Windows + começar a digitar / Pesquisar o computador
Ctrl + mais (+) ou Ctrl + menos (-) / Ampliar ou reduzir diversos itens, como aplicativos afixados na tela inicial
Ctrl + roda de rolagem / Ampliar ou reduzir diversos itens, como aplicativos fixados na tela inicial
Tecla do logotipo do Windows + C / Abrir os botões. Em um app, abrir os comandos do app
Tecla do logotipo do Windows + F / Abrir o botão Pesquisar para pesquisar arquivos
Tecla do logotipo do Windows + H / Abrir o botão Compartilhar

10
INFORMÁTICA
Tecla do logotipo do Windows + I / Abrir o botão Configurações O Windows 8 traz um recurso denominado de Notas Autoade-
Tecla do logotipo do Windows + K / Abrir o botão Dispositivos sivas, que torna possível ao usuário adicionar lembretes relativos
Tecla do logotipo do Windows‌ + O / Bloquear a orientação da às suas tarefas diárias na área de trabalho. Para ter acesso a esse
tela (retrato ou paisagem) recurso, o usuário deverá fazer a busca por “notas” no Menu Iniciar
Tecla do logotipo do Windows‌ + Q / Abrir o botão Pesquisar e selecionar a opção correspondente.
para pesquisar em qualquer lugar ou em um aplicativo aberto (des- ( ) Certo ( ) Errado
de que o aplicativo dê suporte à pesquisa de aplicativo)
Tecla do logotipo do Windows + S / Abrir o botão Pesquisar GABARITO OFICIAL: CERTO
para pesquisar no Windows e na Web
Tecla do logotipo do Windows‌ + W / Abrir o botão Pesquisar 03. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 10ª Região (SC)
para pesquisar configurações Prova: Quadrix - 2018 - CRN - 10ª Região (SC) - Nutricionista Fiscal
Tecla do logotipo do Windows + Z / Mostrar os comandos dis- Texto associado
poníveis no app No item que avalie conhecimentos de informática, a menos
Tecla do logotipo do Windows‌ + barra de espaço / Mudar o que seja explicitamente informado o contrário, considere que: to-
dos os programas mencionados estejam em configuração-padrão,
idioma de entrada e o layout do teclado
em português; o mouse esteja configurado para pessoas destras;
Tecla do logotipo do Windows‌+ Ctrl + barra de espaço Alterar
expressões como clicar, clique simples e clique duplo refiram-se a
para uma entrada selecionada anteriormente
cliques com o botão esquerdo do mouse; teclar corresponda à ope-
Tecla do logotipo do Windows + Tab / Percorrer aplicativos
ração de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-
usados recentemente (exceto aplicativos da área de trabalho) -a apenas uma vez. Considere também que não haja restrições de
Tecla do logotipo do Windows + Ctrl + Tab / Percorrer aplicati- proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas,
vos usados recentemente (exceto aplicativos da área de trabalho) arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.
Tecla do logotipo do Windows‌+ Shift + Tab / Percorrer aplica- A respeito do sistema operacional Windows 8, do programa de
tivos usados recentemente (exceto aplicativos da área de trabalho) correio eletrônico MS Outlook 2016 e dos conceitos de organização
na ordem inversa e de gerenciamento de arquivos e pastas, julgue o item:
Tecla do logotipo do Windows‌ + Shift + ponto (.) / Ajusta um O Windows 8 permite que o usuário personalize a tela Iniciar,
aplicativo à esquerda criando, por exemplo, grupos para os seus sites favoritos.
Tecla do logotipo do Windows + ponto (.) / Percorrer aplicati- ( ) Certo ( ) Errado
vos abertos
Esc Para ou encerra a tarefa atual GABARITO OFICIAL: CERTO

Fonte: 04. Ano: 2018 Banca: Quadrix Órgão: CRN - 10ª Região (SC)
https://www.infowester.com/blog/o-windows-8-chegou-co- Prova: Quadrix - 2018 - CRN - 10ª Região (SC) - Nutricionista Fiscal
nheca-suas-principais-caracteristicas/ Texto associado
https://windowsfail.blogspot.com/2012/09/gerenciador-de- No item que avalie conhecimentos de informática, a menos
-arquivos-do-windows-8.html#.XCRR9lxKjIU que seja explicitamente informado o contrário, considere que: to-
https://www.techtudo.com.br/noticias/noticia/2014/04/o- dos os programas mencionados estejam em configuração-padrão,
-que-ha-de-novo-no-windows-81-update.html em português; o mouse esteja configurado para pessoas destras;
https://support.microsoft.com/pt-br/help/12445/windows- expressões como clicar, clique simples e clique duplo refiram-se a
-keyboard-shortcuts cliques com o botão esquerdo do mouse; teclar corresponda à ope-
www.qconcursos.com ração de pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-
-a apenas uma vez. Considere também que não haja restrições de
proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas,
EXERCÍCIOS arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.
A respeito do sistema operacional Windows 8, do programa de
correio eletrônico MS Outlook 2016 e dos conceitos de organização
01. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: CFO-DF Provas: Quadrix -
e de gerenciamento de arquivos e pastas, julgue o item:
2017 - CFO-DF - Administrador
A lixeira do Windows 8 tem um tamanho, definido pelo siste-
Quanto ao sistema operacional Windows 8 e aos aplicativos e ma, que não pode ser alterado pelo usuário.
procedimentos de Internet, julgue o item subsequente. ( ) Certo ( ) Errado
Ao ser instalado, o Windows 8 cria um repositório com diversos
tipos de drivers dos mais variados dispositivos, por isso, após sua GABARITO OFICIAL: ERRADO
instalação, não é permitido atualizar esses drivers, seja de modo
manual ou automático, uma vez que esse procedimento poderá 05. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: TERRACAP Prova: Qua-
provocar inconsistências no sistema operacional. drix - 2017 - TERRACAP - Técnico Administrativo
( ) Certo ( ) Errado Com relação à utilização de senhas no sistema operacional
Windows 8, assinale a alternativa correta.
GABARITO OFICIAL: ERRADO A) Caso o usuário esqueça a senha de sua conta para se logar,
poderá entrar com a senha padrão *win8#, fornecida pela Micro-
02. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: CFO-DF Provas: Quadrix - soft.
2017 - CFO-DF - Administrador B) Uma vez definida a senha do usuário, ela não poderá ser
Quanto ao sistema operacional Windows 8 e aos aplicativos e alterada.
procedimentos de Internet, julgue o item subsequente. C) A senha pode incluir uma série de combinações numéricas,
no entanto não pode conter letras.

11
INFORMÁTICA
D) O Windows fornece a opção criar uma senha com utilização • A Microsoft quer que o Windows 10 seja executado em PCs,
de imagem. laptops, tablets e telefones. (Ele se parece e se comporta quase
E) O comprimento máximo de uma senha no Windows 8 é de identicamente em todos eles.) É por isso que Windows 10 inclui
seis números. muito botões grandes para facilitar o toque com os dedos em tou-
GABARITO OFICIAL: LETRA D chscreens. Ele também pode executar aplicativos, pequenos pro-
gramas geralmente encontrados em smartphones e tablets, no
WINDOWS 10 Windows de um computador de mesa.
Provavelmente, você já ouviu falar sobre o Windows: as caixas • Para confundir todo mundo, a Microsoft nunca lançou um
e as janelas que sempre lhe dão as boas-vindas quando você liga o Windows 9.
seu computador. Na verdade, milhões de pessoas em todo o mun- Ela pulou um número de versão quando mudou do Windows
do estão tentando entender e interagir com isso enquanto você lê 8.1 para o Windows 10.
este livro. Quase todos os novos computadores e laptops vendidos • O tradicional menu Iniciar da versão de desktop, que desa-
atualmente vêm com uma cópia do Windows pré-instalada, pronta pareceu nos Windows 8 e 8.1, retorna no Windows 10. Esse novo
para abrir as caixas coloridas na tela. menu customizável exibe aplicativos no seu lado direito.

O que É o Windows e Por Que Você o Está Usando? Separando os anúncios dos recursos
Criado e vendido por uma empresa chamada Microsoft, o Win- A Microsoft não se cansa de alardear o tão eficiente A Micro-
dows não é como o seu software usual, que permite que você faça soft não se cansa de alardear o
seu imposto de renda ou envie e-mails furiosos para os políticos. Windows como o seu parceiro no uso do computador, visando
Não, o Windows é um sistema operacional, ou seja, ele controla a o seu melhor interesse, mas isso não é inteiramente verdade.
maneira como você trabalha com o seu computador. Ele existe há O Windows sempre se volta para os interesses da Microsoft.
mais de 30 anos e sua versão mais recente é chamada Windows 10, Você descobrirá isso assim que precisar ligar para a Microsoft para
como mostra a Figura 1-1. resolver qualquer problema com o Windows e ela lhe cobrar $100
por hora para suporte telefônico.
A Microsoft também costuma usar o Windows para adicionar
seus próprios produtos e serviços. Por exemplo, o Microsoft Edge,
o novo navegador do Windows, inicia com links para sites próprios
da Microsoft.
A área de favoritos do navegador, um lugar onde você pode
armazenar seus lugares favoritos da web, já vem com vários sites
da Microsoft registrados.
O Windows 10 adiciona um link para o OneDrive, o serviço on-
line de armazenamento, em todas as pastas. Mas a Microsoft não
é tão eficiente a ponto de lhe avisar que você precisa pagar uma
taxa anual quando atinge seu limite de armazenamento de sete gi-
gabytes.
O Windows recebeu esse nome baseado em todas aquelas Você também pode ver anúncios dos aplicativos populares na
janelinhas que ele coloca em seu monitor. Cada janela mostra in- Lock Screen do Windows, a página que aparece quando você fica
formações, tais como uma imagem, um programa que você esteja um tempo sem usar o PC.
executando, ou uma advertência técnica. É possível colocar várias O aplicativo Maps usa o serviço de mapeamento Bing em vez
janelas na tela ao mesmo tempo e pular de uma para outra, visitan- de o Google Maps ou outro concorrente.
do diversos programas — ou, ampliar uma janela para preencher a A Microsoft também quer que você comece a comprar aplica-
tela inteira. tivos em vez de programas.
Ao ligar seu computador, o Windows pula para dentro da tela Eles são vendidos pela Windows Store, e a Microsoft lucra uma
e supervisiona qualquer programa em execução. Quando tudo está parte com cada venda.
indo bem, você nem percebe o Windows funcionando; você sim- E a lista continua.
plesmente vê seus programas ou seu trabalho. No entanto, quando Colocando de forma direta, o Windows não somente contro-
as coisas não vão bem, geralmente o Windows deixa você com a la seu computador como serve como um importante veículo de
pulga atrás da orelha com uma mensagem de erro confusa. propaganda da Microsoft. Veja os anúncios inseridos no Windows
Além de controlar seu computador e dar ordens aos seus progra- como um vendedor batendo à sua porta.
mas, o Windows vem com vários programas gratuitos e aplicativos.
Esses programas e aplicativos permitem realizar diversas ações, tais
como escrever e imprimir cartas, navegar pela internet, escutar mú-
sica e enviar fotos recentes de sua última refeição para seus amigos.

O Que É o Windows 10?


E por que você está usando o Windows? Se for como a maio-
ria das pessoas, você não teve muita opção. Praticamente todos os
computadores, laptops ou tablets Windows vendidos desde 29 de
julho de 2015 vêm com o Windows 10 pré-instalado. Algumas pes-
soas fugiram do Windows comprando computadores Apple (aque-
les computadores mais bonitos e mais caros). Mas, provavelmente,
você, seus vizinhos, seu chefe e milhões de outras pessoas em todo
o mundo estão usando o Windows.

12
INFORMÁTICA
Principais novidades da nova versão que vimos anteriormente. O hello confirma sua atividade, checa
Novidades sempre acompanham um lançamento, seja de har- seu passaporte e você é logado onde deseja.
dware, software, funcionalidades, segurança, etc. E como não po-
deria ser diferente, o Windows 10 está cheio delas. Venha conferir Novo prompt de comando
conosco tudo que estreou com essa versão do SO de Bill Gates. O prompt de comando, acessado após você digitar “cmd” na
barra de busca foi, finalmente, reformulado. A ferramenta man-
Menu iniciar tinha o mesmo visual e recursos – limitados – desde os anos 90.
A maior novidade de todo o sistema operacional, que a Mi- Agora é possível usar recursos e atalhos nele como o Ctrl + v e colar
crosoft se viu obrigada a reimplantar após milhares de críticas foi a algo. Útil para quem trabalha constantemente com ele e para quem
volta do menu inicial no formato lista. O menu dinâmico que existia quer realizar, por exemplo, um tutorial, mas não tem muita inti-
no Windows 8 saiu de cena, ou bem, em partes. Ainda é possível midade com a tela, digita errado, não entende os termos técnicos
“alfinetar” programas e tarefas e montar seu menu inicial com fa- da computação, etc. Inclusive a fonte foi redesenhada e agora o
cilidade como no W8, mas com a cara do Windows anteriores (que prompt está mais bonito e legível.
também permitiam a personalização, mas era mais feio e compli-
cado). Visão de tarefas
Esse é mais um dos recursos que parece ter vindo de inspira-
ção de terceiros. Trata-se de uma função onde você pode criar N
desktops, e manter, em cada um deles uma estação de trabalho
diferente. Cada estação tem suas próprias janelas, abas e progra-
mas rodando. Por exemplo: no meu desktop 1 estava com o Skype
e o iTunes abertos, ao mudar para o desktop 2 o iTunes continuou
reproduzindo a música e o Skype continuou rodando, mas eu não
os podia acessar, nem pelo alt + tab, muito menos pela barra de
tarefas.
O recurso, como disse, penso ter sido inspirado nos sistemas
Linux que já apresentam a possibilidade de diversas estações de
trabalho há anos. Criação própria ou não, ponto a favor pro Win-
dows 10. Para acessá-lo vá clique na barra de tarefas mostrada
abaixo.

DirectX 12
Finalmente o DirectX foi atualizado. O software trata-se de
uma coleção de API’s que tratam de renderizar gráficos, por exem-
plo, e são vitais para um bom gráfico nos games, programas gráfi-
cos, editores de vídeo, etc. O DirectX não recebia uma atualização
Device Guard significativa há cerca de 4 anos.
Funcionalidade específica para computadores empresariais. O A Microsoft prometeu um ganho real de no mínimo 50% com
novo recurso vem para permitir que técnicos de TI tenham mais a nova coleção de API.
controle sobre o que pode ou não ser instalado nas máquinas. Tudo Navegação mobile
isto remotamente, sem precisar de demais softwares de terceiros. Ainda não recebemos o Windows 10 nos smatphones da reda-
Mas o Device Guard não irá servir só para isso, ele também protege ção, mas procurando pela web já encontramos coisas bem legais.
contra malwares e ataques à rede. Diversas marcas já garantiram A mais legal de todas é uma em que você coloca seu dedo na tela,
que produzirão hardware compatível, como Acer, Lenovo e HP. segura por alguns instantes e então flechinhas de navegação serão
exibidas. O recurso é usado para navegar entre os textos digitados.
Windows Hello Nunca mais sofra com aquele problema de tentar selecionar uma
Visando a tornar mais agradável e fácil o login, foi implemen- letra e selecionar a palavra inteira, for apagar algo e apagar tudo,
tado o Windows Hello, um serviço exclusivo que permite a você etc.
logar sem senha. Isso acontece devido a um sistema de biometria e Para digitar no Word mobile, que está mais forte do que nunca,
reconhecimento facial. Você poderá, inclusive, usar o sistema que a ferramenta é indispensável. Resta torcer para todos os SO mobile
lê a sua impressão digital já presente em diversas máquinas. implantem o recurso.
Se você quiser usar a câmera para reconhecer sua face precisa-
rá de um software destinado a isso, além de uma câmera dotada de Apps a qualquer momento e universais
tecnologia 3D infrevermelha. No entanto, a Microsoft já informou No Windows 8.1 tivemos a chegada em peso dos aplicativos
que todos os notebooks e pc’s que saírem de fábrica com o sistema para o Windows. Apps de notícias, previsão do tempo, bolsa de va-
lores, fotos, esportes, etc. Porém eles só eram acessíveis no menu
Microsoft Passport do sistema (quando você clica no botão Windows) Agora os apps
Com o Microsoft Passport você poderá fazer login com segu- permanecem, mas você pode acessá-los a qualquer momento, seja
rança em diversos sites ou serviços ao mesmo tempo. A Microsoft na área de trabalho, redimensioná-los, arrastá-los, minimizá-los,
disse que o serviço poderá se comunicar diretamente com os ser- etc.
vidores, sem passar a senha durante os processos. Isso dará mais Já o que a Microsoft chamou de apps universais foi que, agora,
segurança, pois impede que a sua senha fique “transitando” pela todos os seus apps serão sincronizados automaticamente via One-
web, dando chance para ser roubada. Drive. Seus arquivos do Word, por exemplo, estarão presentes no
Funciona assim: Sempre que você precisar se autenticar em al- desktop, notebook, smartphone, etc,
gum site ou serviço o sistema enviará um código ao Hello, o mesmo

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INFORMÁTICA
Central de ações
O Windows agora conta com uma central de ações. Fica localizada ali do lado da hora, um ícone daqueles balõezinhos de texto. Clique
e você verá um resumo do que precisa ser observado no seu sistema (provavelmente mensagens como backup e outras aparecerão por
aqui) além de opções úteis como conexões de áudio e vídeo com dispositivos sem fio, notas, redes VPN, etc. Um parente próximo daquele
menu que aparecia no W8 quando colocávamos o mouse no canto superior direito do desktop e agora não existe mais.

Navegador Microsoft Edge


Navegando pelo Edge você poderá fazer diretamente “anotações web”, com recursos que incluem recortes, anotações, borracha,
escrever na tela, etc.
Outra coisa legal é que ao abrir uma janela do navegador você será inundado – no bom sentido – com um feed de notícias. Bem me-
lhor e mais moderno que a página inicial do Internet Explorer que abre/abria a home do Msn.

Cortana
Se a Apple tem o Siri, o Android tem o Google Now, a Microsoft tem a Cortana. O assistente pessoal dos usuários de Windows 10 fará
buscas e abrirá recursos, janelas, anotará recados, lhe dará indicações o que mais você mandar. Pelos vídeos publicados o assistente tem
uma estabilidade e uso agradável. O único ponto negativo é que ainda não está disponível para o Brasil. Portanto, se você quiser testá-la,
somente após passar seu Windows 10 para inglês, ok? O comando de voz para chamar ela é “Hey Cortana”.

Novos atalhos de teclado no Windows 10


O Windows 10 adicionou dois novos recursos em seus próprios atalhos de teclado — reposicionar janelas e áreas de trabalho virtu-
ais. Por muitos anos, tem sido fácil colocar janelas lado a lado na área de trabalho nos sistemas operacionais Windows. O Windows 10
expande esse conceito, permitindo que você facilmente posicione quatro janelas lado a lado. Com todas as suas janelas visíveis na área de
trabalho, é muito mais fácil copiar e colar informações entre elas.

O Windows 10 também apresenta as áreas de trabalho virtuais, um modo de criar várias áreas de trabalho separadas. Você pode
alinhar um conjunto de janelas e programas em uma área de trabalho, por exemplo, e então trocar para uma segunda área de trabalho
para colocar janelas em um conjunto separado.

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INFORMÁTICA

Referências
http://www.altabooks.com.br/index.php?dispatch=attachments.getfile&attachment_id=2471
https://www.oficinadanet.com.br/post/14926-novos-recursos-do-windows-10
www.qconcursos.com

EXERCÍCIOS

01. Ano: 2017 Banca: IADES Órgão: CRF - DF Provas: IADES - 2017 - CRF - DF - Assistente l - Administrativo
O recurso Windows Hello do Windows 10 é
A) um assistente digital que permite realizar tarefas e definir lembretes.
B) uma proteção abrangente, incluindo antivírus, firewall, Windows Defender e tecnologias anti-phishing.
C) uma forma de acessar rapidamente o espaço de trabalho e usar o esboço da tela
D) um navegador que possibilita uma experiência de web pessoal e responsiva.
E) uma credencial de acesso sem senha que oferece um modo mais rápido e seguro de desbloquear seus dispositivos Windows.
GABARITO OFICIAL: LETRA E

02. Ano: 2017 Banca: UFES Órgão: UFES Provas: UFES - 2017 - UFES - Assistente em Administração
O Windows 10 reintroduziu o botão “Iniciar”, que havia sido removido em versões anteriores do sistema operacional. Por meio do
botão “Iniciar”, é possível abrir programas instalados no Windows 10 e ter acesso a outras funcionalidades desse sistema. NÃO é uma
funcionalidade acionada por meio do botão “Iniciar” do Windows 10:

A) desinstalar programas.
B) ocultar um programa listado.
C) mostrar ou ocultar arquivos frequentemente utilizados.
D) instalar programas.
E) desligar o serviço do computador.
GABARITO OFICIAL: LETRA D

03. Ano: 2018 Banca: PROMUN Órgão: Funcabes Prova: PROMUN - 2018 - Funcabes - Escriturário
Analise as afirmações abaixo quanto às funcionalidades e aplicações presentes no Windows 10:
I Por ser um sistema operacional moderno, o Windows 10 só pode ser utilizado quando está conectado à Internet; II O painel de
controle no Windows 10 foi substituído pela assistente virtual Cortana; III O navegador de internet padrão no Windows 10 passou a ser o
Google Chrome, substituindo o Internet Explorer.

Estão corretas as afirmações:


A) I
B) I e III
C) II e III
D) Nenhuma das alternativas
GABARITO OFICIAL: LETRA D

04. Ano: 2017 Banca: FGV Órgão: Prefeitura de Salvador - BA Prova: FGV - 2017 - Prefeitura de Salvador - BA - Técnico de Nível Superior
I - Suporte Administrativo Operacional
Na sua configuração padrão, uma das formas de se obter ajuda do Microsoft Windows 10 é pressionando
A) a tecla com o símbolo do Windows.
B) as teclas Ctrl da direita e da esquerda, simultaneamente.
C) Ctrl+Alt+Delete.
D) F1.
E) F12.
GABARITO OFICIAL: LETRA D

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INFORMÁTICA
05. Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: PC-SC Prova: FEPESE -
2017 - PC-SC - Agente de Polícia Civil
Qual o atalho de teclado do Windows 10 possibilita abrir a ja-
nela do Gerenciador de Tarefas do Windows?
A) Alt + Esc
B) Alt + Shift + Esc
C) Ctrl + Shift + Esc
D) Ctrl + Alt +Tab
E) Ctrl + Alt + Esc
GABARITO OFICIAL: LETRA C

Para criar um atalho na área de trabalho, abra o Explorador de


Arquivos, selecione Este Computador no painel esquerdo, do Explo-
rador de Arquivos, em seguida, arraste-o para sua área de trabalho.
As bibliotecas não aparecerão no Explorador de Arquivos, a
menos que você queira. Para adicioná-las ao painel esquerdo, se-
lecione a aba Exibição, depois Painel de navegação e logo depois,
Mostrar bibliotecas.
O explorador de Arquivos ficou mais interativo, por isso é apro-
vado nas versões do Windows mais recentes.
É importante saber que, para o Windows, cada arquivo ou pas-
ta gravada no HD (hard disk), deve ter um nome exclusivo, para que
possa ser localizado pelos mecanismos de busca do computador.
Para termos acesso ao explorador de arquivos: Para nomear um arquivo, você pode optar por letras e números,
mas nunca utilizar caracteres especiais, como: \ / : * ? “ < > | pois
Opção 1: Clique; com o botão direito do mouse; no ícone do estes possuem reservas por definição do próprio Windows.
Windows no canto inferior esquerdo, na barra de tarefas, depois
clique em Explorador de Arquivos. Criar um Arquivo:
Uma forma de armazenamento de dados é através de arqui-
vos. Este contém informações digitais as quais foram gerados por
Opção 2: Pressione a tecla do logotipo do Windows + E no seu você. Portanto, pela primeira vez quando você salva um arquivo,
teclado. você na verdade está criando algo que não existia. Vamos gerar um
arquivo a partir do utilitário Bloco de Notas, nativo do Windows 7:
Opção 3: Clique em Explorador de Arquivos na barra de tarefas. 1) Clique no botão Iniciar.
2) Aponte o mouse para Todos os Programas.
Quando o Explorador de Arquivos for aberto, você entrará no 3) Em seguida, clique em Acessórios e, posteriormente, em
Acesso rápido. As pastas usadas com frequência e os arquivos usa- Wordpad.
dos recentemente ficam listados ali, assim você não precisa procu- Uma vez estando o programa aberto na tela você pode digitar
rar por eles uma série de pastas para encontrá-los. Fixe suas pastas qualquer texto.
favoritas ao Acesso rápido para encontrá-las mais facilmente. Você 4) Digite qualquer texto.
pode poupar alguns minutos do seu tempo com esta ação.
Gravar um Arquivo no Disco (HD)
Acesso rápido no Explorador de Arquivos 1) Após concluída a digitação, clique no menu Arquivo.
Agora, você pode usar aplicativos para compartilhar arquivos e 2) Clique na opção Salvar. Quando você salva o documento
fotos diretamente de Explorador de Arquivos. pela primeira vez, uma caixa de diálogo é aberta automaticamente.
Selecione os arquivos que deseja compartilhar. 3) Selecione a pasta Documentos, no painel à esquerda da cai-
Acesse a guia Compartilhar, selecione o botão Compartilhar e xa de diálogo Salvar Como.
em seguida, escolha um aplicativo. 4) Na área Nome do Arquivo, digite o nome do arquivo que
Se você está migrando do Windows 7, veja algumas diferenças: está sendo salvo, neste exemplo, “Tempos de Copa”.
Meu computador agora é chamado Este Computador e ele não 5) Clique no botão Salvar.
aparecerá na área de trabalho por padrão. Para descobrir como Copiar e Colar um Arquivo
adicionar Este Computador ao menu iniciar, clique com o botão di- No momento em que você copia e cola um arquivo, é criada
reito do mouse em Este Computador na faixa esquerda do Explora- uma duplicata do arquivo original, que pode ser modificada, inde-
dor de Arquivos, depois clique em Fixar em Iniciar. pendentemente do arquivo original. Se você copiar e colar um ar-
quivo em um local diferente do computador, é interessante dar a
ele um nome diferente para que você se lembre de qual arquivo é
cópia e qual é o original.

16
INFORMÁTICA
Para copiar e colar um arquivo Para limpar uma seleção, clique em uma área em branco da
1) Abra o local que contém o arquivo que você deseja copiar. janela.
2) Clique com o botão direito do mouse no arquivo e clique em Dica: Após selecionar arquivos ou pastas, você pode executar
Copiar . várias tarefas comuns, como copiar, excluir, renomear, imprimir e
3) Abra o local onde a cópia será armazenada. compactar. Basta clicar com o botão direito do mouse nos itens se-
4) Clique com o botão direito do mouse no espaço vazio dentro lecionados e na opção apropriada.
do local e clique em Colar .
Dica: Você pode usar os atalhos do teclado Ctrl+C (Copiar) e Renomear um arquivo
Ctrl+V (Colar). Como nas versões anteriores, você também pode Uma maneira de renomear um arquivo é abrir o arquivo e sal-
pressionar e manter pressionado o botão direito do mouse e, em vá-lo com outro nome. Porém, há um meio mais eficiente. Siga:
seguida, arrastar o arquivo para o novo local. Quando você soltar o 1) Clique com o botão direito do mouse no arquivo que você
botão do mouse, clique em Copiar aqui . deseja renomear e clique em Renomear.
Você pode copiar e colar uma pasta da mesma maneira que faz 2) Digite o novo nome e pressione Enter.
com um arquivo. Ao copiar e colar um pasta, todos os arquivos de Outra forma para você renomear um arquivo é selecioná-lo e,
seu conteúdo são copiados. posteriormente, pressionar a tecla F2. A caixa entra em edição. Às
Se você criar ou editar arquivos para ser utilizados no futuro, vezes, pode ser que você não tenha permissão para alterá-lo.
é importante que sejam feitas cópias com frequência para evitar Dica: Você também pode renomear vários arquivos de uma
surpresa. Sempre há risco de um arquivo ou equipamento sofrer vez, o que é útil para agrupar itens relacionados. Para fazer isso,
algum dano e ser inutilizado. Faça cópias frequentemente! selecione os arquivos e siga as etapas acima. Entretanto, é melhor
ter o cuidado de não substituir arquivos úteis.
Criar uma Nova Pasta
Uma pasta é o local onde você armazena seus arquivos e até Excluir um arquivo ou uma pasta
mesmo outras pastas (subpastas). Recomenda-se criar pastas por Às vezes, um arquivo ou uma pasta se tornou desnecessário
assunto ou tema, evitando com isso congestionar seu computador e apenas está ocupando espaço em seu disco rígido. Desta forma,
com inúmeras pastas desnecessárias. Assim, o melhor é que dentro para excluir um arquivo ou pasta, faça o seguinte:
de cada tema ou assunto você crie subpastas. Saiba como criar fa- 1) Clique com o botão direito do mouse no arquivo ou na pasta
cilmente uma nova pasta: que você deseja excluir e clique em Excluir.
1) Selecione o local onde deseja criar uma nova pasta; Outra forma de excluir um arquivo ou uma pasta facilmente é
2) Clique com o botão direito do mouse em uma área em bran- arrastar diretamente para a Lixeira, ou ainda selecionando o arqui-
co deste local, aponte para Novo e, em seguida, clique em Pasta; vo ou a pasta e pressionando Delete.
3) Digite um nome para a nova pasta e pressione Enter ; Observações: Quando você exclui um arquivo ou pasta do disco
4) A nova pasta aparecerá no local especificado. rígido , saiba que ele não é excluído imediatamente. Por enquanto
Observação: Se você criar uma nova pasta em uma biblioteca, ele é armazenado na Lixeira e ali permanecerá até que esta seja es-
como Documentos , por exemplo, a pasta será criada dentro do vaziada. Para excluir permanentemente um arquivo sem antes mo-
local padrão. vê-lo para a Lixeira, selecione o arquivo e pressione Shift+Delete.
Dica: As bibliotecas permitem que você armazene pastas em
diversos discos rígidos, como unidades externas de disco rígido. Ocultar arquivos ou pastas
Você pode usar pesquisas salvas para reduzir o número de pastas Geralmente não é possível ver um arquivo oculto, seja seja um
que precisará criar. Isso facilita a localização dos arquivos nas pas- arquivo comum como qualquer outro. Você pode escolher se um
tas que incluem muitos itens. arquivo ficará oculto ou visível, alterando suas propriedades. Para
Selecionar vários arquivos ou pastas tanto, faça o seguinte:
Há muitas maneiras de se selecionar vários arquivos ou pastas 1) Clique com o botão direito do mouse no ícone do arquivo e
simultaneamente. Por exemplo, se o objetivo é selecionar um gru- clique em Propriedades .
po de arquivos ou pastas consecutivos, clique no primeiro item que 2) Ao lado dos Atributos , marque a caixa de seleção Oculto e
deseja selecionar, mantenha a tecla Shift pressionada e clique no clique em OK.
último item a ser selecionado. Se um arquivo estiver oculto e, posteriormente, você deseja
Caso queira selecionar vários arquivos ou pastas próximos en- exibi-lo, será necessário mostrar todos os arquivos ocultos para vê-
tre si, você pode arrastar o ponteiro do mouse para criar uma se- -lo.
leção em torno da área externa para a inclusão de todos os itens. Observações: Embora você possa ocultar arquivos confiden-
Talvez, em algum momento, será preciso selecionar arquivos ciais para que outras pessoas não possam vê-los, não confie no
ou pastas de forma não consecutivos, neste caso, mantenha a tecla ocultamento de arquivos como seu único meio de segurança ou
Ctrl pressionada e clique em cada um dos itens que você deseja privacidade. Entretanto, você pode ocultar os arquivos usados ra-
selecionar. ramente para reduzir a poluição visual, embora eles ainda ocupem
Para selecionar todos os arquivos ou pastas de um local, estan- espaço no disco rígido.
do nesta janela, na barra de ferramentas, clique em Organizar e em
Selecionar tudo. Para excluir um ou mais itens da seleção, mante- Referências:
nha a tecla Ctrl pressionada e clique nos itens. https://www.icloud.com.br/2279/o-que-mudou-no-explora-
dor-de-arquivos-do-windows-10
Para selecionar vários arquivos ou pastas usando as caixas de http://www.jbtreinamento.com.br/informativo/windows-ex-
seleção plorer.php
1) Clique para abrir Opções de Pasta. www.qconcursos.com
2) Clique na guia Exibir.
3) Marque a caixa de seleção Usar as caixas de seleção para
selecionar itens e clique em OK.

17
INFORMÁTICA
- Criação de estilos e modelos de documentos com formata-
EXERCÍCIOS ções predefinidas.
- Visualização WYSIWYG (What You See Is What You Get - O
1. Ano: 2017 Banca: VUNESP Órgão: TJ-SP Prova: VUNESP - que você vê é o que você obtém) o usuário tem a imagem real de
2017 - TJ-SP - Escrevente Técnico Judiciário impressão do documento.
No sistema operacional Windows, em sua configuração pa- - Destaques de texto como bordas, sombreamento e destaque
drão, os nomes de arquivos ou pastas seguem algumas regras, so- de caracteres.
bre as quais é correto afirmar que - Pré-visualização de arquivos sem precisar abri-los.
A) o tamanho máximo de caracteres que pode ser utilizado no - Revisor ortográfico incorporado.
Windows 10 inclui o nome do arquivo e do seu caminho. - Recursos como cabeçalhos, rodapés, texto multicolunado,
B) o nome do arquivo no Windows 10 não pode ter caracteres gerador de índices analíticos e remissivos, editor de macros, ferra-
como \ / : * ? “ < > |, mas a sua extensão pode incluí-los. mentas para produção de desenhos e logomarcas e editor de fór-
C) os nomes dos arquivos no Windows 10 podem ter até 128 mulas matemáticas e científicas.
caracteres. - Autoformatação de textos e documentos.
D) caracteres como \ / : * ? “ < > | podem ser utilizados nos - Mala-Direta simplificada, com opção para criação de etique-
nomes no Windows 10. tas, cartas modelos, envelopes e catálogos.
E) o nome do arquivo no Windows 10 não pode ter caracteres
como \ / : * ? “ < > |, mas o nome do seu caminho pode incluí-los. Iniciar um documento
Geralmente, é mais fácilcriar um novo documento usando um
GABARITO OFICIAL: LETRA A modelo do que começar com uma página em branco. Os modelos
do Word estão prontos para serem usados com temas e estilos pre-
2. Ano: 2017 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Prefeitura de Tan- definidos. Tudo o que você precisa fazer é adicionar o seu conteúdo.
guá - RJ Prova: MS CONCURSOS - 2017 - Prefeitura de Tanguá - RJ Cada vez que você inicia o Word, é possível escolher um mode-
- Agente Administrativo lo a partir da galeria, clicar em uma categoria para ver mais mode-
Qual alternativa corresponde ao ícone seguinte? los ou pesquisar outros modelos online.
Para analisar melhor qualquer modelo, clique nele para abrir
uma visualização grande.
Se você preferir não usar um modelo, clique em Documento
em branco.

A) Outlook
B) Loja
C) Explorador de arquivos
D) Nova pasta

GABARITO OFICIAL: LETRA C

2. MSOFFICE 2016/2019 BR (WORD, EXCEL, POWER-


POINT) X LIBREOFFICE VERSÃO 6.3 OU SUPERIOR
(WRITER, CALC, IMPRESS) - CONCEITOS, CARACTERÍS-
TICAS, ÍCONES, ATALHOS DE TECLADO, USO DO SOFT-
WARE E EMPREGO DOS RECURSOS.
Abrir um documento
MS-WORD Sempre que você iniciar o Word, verá uma lista dos documen-
O Microsoft Word é um programa de processamento de texto, tos usados mais recentemente na coluna esquerda. Se o documen-
projetado para ajudá-lo a criar documentos com qualidade profis- to que você está procurando não estiver lá, clique emAbrir Outros
sional. O Word ajuda você a organizar e escrever os documentos de Documentos.
forma mais eficiente.
Sua primeira etapa ao criar um documento no Word é escolher
se deve iniciar a partir de documento em branco ou permitir que
um modelo faça a maior parte do trabalho por você. A partir daí as
etapas básicas ao criar e compartilhar documentos são as mesmas.
As poderosas ferramentas de edição e revisão ajudam você a traba-
lhar com outras para tornar seu documento perfeito.
É um software que une vantagens de um processador de textos
com os recursos oferecidos pela interface gráfica do Windows. O
Word dispõe das seguintes características: Se você já estiver no Word, clique em Arquivo > Abrir e nave-
- Copia e move fragmento de texto, parágrafos e desenhos com gue até o local do arquivo.
o recurso de mouse como Arrastar e Soltar (Drag and Drop). Ao abrir um documento criado em versões anteriores do Word,
- Inserção simplificada de gráficos, planilhas e desenhos. você vê o modo de compatibilidade na barra de título da janela do
- Variedades de tipos e tamanhos de fontes, incluindo símbolos documento. Você pode trabalhar em mais compatibilidade ou pode
gráficos. atualizar o documento para usar o Word 2016.

18
INFORMÁTICA
Formatar textos no Word 2016
Para você alterar o formato de texto nos documentos criados
no Word 2016, é importante primeiro saber inserir,excluir e sele-
cionar texto. Inserir texto no Word 2016
Inserir textos no Word 2016 é muito fácil, basta encontrar e
clicar com o mouse a parte que você quer escrever o texto, quando
aparecer o cursor você poderá começar a digitar usando o teclado
de seu computador.

Alterar o tamanho da fonte


- Selecione a parte do texto que você quer mudar.
- Clique na setinha que está no campo Tamanho da fonte.
- Mova o cursor sobre os números que aparecem para ver
como fica o seu texto com cada um dos tamanhos.
- Escolha o tamanho que você deseja clicando sobre ele.

Apagar texto no Word 2016


Para apagar um texto, coloque o cursor no final da palavra que
você quer apagar e pressione a tecla Retroceder ou Backspace do
teclado.

Selecionar texto no Word 2016


Para selecionar um texto basta posicionar o cursor onde você
quer iniciar a sua seleção.
Mantenha o botão esquerdo do mouse pressionado e mova o
cursor até chegar no final da palavra, frase ou parágrafo que você
Alterar a cor da letra
escolheu.
Se você deseja alterar a cor do texto, siga os passos abaixo:
- Selecione um texto para alterar sua cor e clique na flecha que
se encontra ao lado do comando Cor da fonte.
- Vai aparecer uma tabela de cores. Agora, passe o mouse so-
bre elas e veja como fica a nova cor no seu texto.
- Finalmente, clique sobre a cor que você quer dar ao texto.

Quando você seleciona textos e imagens no Word 2016, apare-


ce uma barra de ferramentas com opções de formatação para que
você tenha acesso mais facilmente a elas. Isto lhe ajuda a econo-
mizar tempo.

Alterar o tipo de fonte e tamanho


No Word 2016 você tem a possibilidade de alterar o tipo, tama-
nho e a cor da fonte para que a aparência fique melhor. Também
Formatar texto no Word 2016
é possível ressaltaras palavras ou parágrafos que você acha mais
O Word 2016 nos oferece ferramentas tais como: negrito,itá-
importante.
lico e sublinhado para alterar o estilo dos textos. Além disso, você
- Selecione o texto que você deseja alterar.
pode escolher seu alinhamento e modificar palavras e textos para
- Clique na flecha que está no quadrinho chamado Fonte na
maiúsculos, minúsculos sem a necessidade de apagar o que você
guia Página inicial.
tinha escrito. Vejamos como fazer...
- Mova o cursor sobre as diferentes fontes apresentadas. Você
Negrito, Itálico e Sublinhado
poderá ver como elas vão ficar no seu texto.
Selecione o texto no qual você aplicará uma das três opções
Finalmente, escolha o tipo de letra que você quer clicando nela.
anteriores. Agora, basta clicar em algum dos comandos: Negrito
(N),Itálico (I)ou Sublinhado (S).Observe que a opção que você esco-
lheu será aplicada ao texto selecionado.

19
INFORMÁTICA
Clique em Salvar.
Observação: O Word salva automaticamente no formato de ar-
quivo .docx. Para salvar seu documento em um formato diferente
de .docx, clique na lista Salvar como tipo e selecione o formato do
arquivo desejado.
Para salvar seu documento à medida que você continua a tra-
balhar nele, clique em Salvar na Barra de Ferramentas de Acesso
Rápido.

Mudar para maiúsculas


Para mudar um texto para maiúsculas ou para minúsculas não
é necessário apagar o texto. O Word 2016 possui um comando que
lhe permite fazer isso de forma automática. Veja como funciona:
- Selecione o texto que você deseja modificar.
- Clique no comando Maiúsculas e Minúsculas. Como salvar um arquivo do Word 2016 em uma versão ante-
- Aparecerá uma lista com várias opções que podem ser aplica- rior?
das no texto. Escolha a opção que você deseja clicando sobre ela.

Alinhamento do texto - Quando você estiver com a caixa de diálogo Salvar como
Selecione o texto que você deseja alinhar e clique em uma aberta, clique no campo Tipo que está embaixo do campo Nome
destas opções: Alinhar texto à esquerda,Centralizar,Alinhar texto do arquivo.
à direita ou Justificar. - Será exibido uma lista com as diferentes opções de formato
que oferece o Word 2016. Escolha a opção Documento do Word
97-2003.
- Finalize selecionando a localização do arquivo, dando um
nome para ele (se você ainda não tiver feito) e clicando no botão
Salvar.
- Salve um arquivo em formato PDF seguindo o procedimento
anterior, mas escolhendo a opção PDF no campo Tipo.

Revisão ortográfica
Quando você estiver escrevendo um texto no Word 2016, ob-
Salvar um documento serve que algumas das palavras que você digita são sublinhadas de
Para salvar um documento pela primeira vez, faça o seguinte: forma automática com a cor vermelha, isso significa que o progra-
Na guia Arquivo, clique em Salvar como. ma identificou um erro ortográfico.
Navegue até o local em que você gostaria de salvar seu docu- Coloque o cursor do mouse na palavra que está sublinhada em
mento. vermelho ou verde e clique na guia Revisão que se encontra na par-
Observação: para salvar o documento em seu computador, es- te superior da Faixa de opções entre as guias Correspondências e
colha uma pasta em Este Computador ou clique em Procurar. Para Exibição.
salvar o seu documento online, escolha um local online em Salvar No primeiro grupo chamado Revisão de Texto,selecione o bo-
como ou clique em Adicionar um local. Quando as suas pastas estão tão Ortografia e Gramática.
online, você pode compartilhá-las, fornecer comentários e traba- Será apresentado uma caixa de diálogo com várias opções para
lhar em conjunto nelas em tempo real. a correção do erro:

20
INFORMÁTICA
- Clique sobre o comando Colunas que está dentro do grupo
Configurar página. Veja que aparece um menu com várias opções.
- Selecione o número de colunas que você quer criar no seu
documento.

Ignorar uma vez: Quando você clicar nesta opção, a marcação


de erro que está na palavra será tirada e ela NÃO será alterada.
Ignorar todas: Se você escolher esta opção, todas as palavras
iguais a essa que estiverem no texto não serão alteradas.
Adicionar ao dicionário: Com esta opção você incluirá esta pa-
lavra ao seu dicionário do Word, porque até então ele não conhecia
essa palavra.
Depois de todas as correções, você verá uma caixa de diálogo
confirmando que a revisão foi terminada.
Outra forma de corrigir os erros ortográficos e gramaticais é: Se você quiser voltar o texto e tirar as colunas, basta fazer o
Clique com o mouse direito sobre a palavra sublinhada e vai mesmo procedimento mas escolher a opção Uma coluna.
aparecer um menu com algumas opções.
Selecione a palavra correta se ela estiver na lista apresentada. Como inserir uma forma
- Clique na guia Inserir que está na faixa de opções principal e
Inserir Marcadores logo em seguida clique sobre o botão Formas conforme mostrado
Clique no botão reproduzir e veja este breve tutorial onde você na figura abaixo.
aprenderá a incluir marcadores ou numeração nas suas listas. - Selecione a forma que você quer incluir no menu de opções
- Selecione com o mouse a lista do documento Word que você que aparece.
quer colocar marcadores ou uma numeração. - Arraste o cursor em formato de cruz até que a forma inserida
- Clique sobre a flechinha que está ao lado dos comando Mar- alcance o tamanho que você deseja. Solte o botão do mouse e a
cadores ou Numeração conforme a sua escolha. forma será inserida.
Selecione o que você mais gosta clicando sobre o marcador ou
sobre o estilo de numeração do menu de opções que aparece. Veja
que em seguida ele será aplicado a sua lista.
Caso deseja tirar o marcador ou a numeração, selecione nova-
mente a lista e clique no comando Marcador ou Numeração confor-
me a sua lista. É muito simples e fácil.

Alterar o tamanho da forma


- Clique sobre a forma para poder selecioná-la.
- Clique e arraste o mouse a partir de um dos pontos localiza-
dos nos cantos da forma.

Como inserir colunas a um documento


- Selecione com o mouse o texto que você deseja organizar em
colunas e em seguida clique na guia Layout de Página.

21
INFORMÁTICA

Passo 3:
Caso queira rodar a forma, clique e mova o mouse sobre o ponto verde (bolinha) que está em cima da forma conforme a figura ao lado.

Passo 4:
Algumas formas contam com pontinhos de cor amarela que são úteis para alterar seu tamanho. Por exemplo, é possível alterar o
tamanho das pontas de uma flecha.
Passos para inserir uma imagem
- Posicione o mouse no documento onde você quer que a imagem seja inserida. Clique na guia Inserir que está na faixa de opções e
escolha a opção imagem.
´Vai aparecer uma caixa de diálogo que permite buscar o local onde a imagem que você deseja inserir está guardada.
- Com um clique, escolha a imagem que você deseja inserir.
- Clique no botão Inserir e observe que a imagem foi colocada dentro do seu documento.

Passos para aplicar estilos no Word 2016


Passo 1: Selecione o texto no qual você quer aplicar um novo estilo. Na guia chamada Página Inicial que está na faixa de opções você
encontrará um grupo chamado Estilo.
Passo 2: Escolha um estilo que você queira aplicar no seu texto. Você pode ter acesso a mais estilos clicando na flechinha que está no
canto inferior do lado direito. Veja que o estilo já foi aplicado no texto que você selecionou.

Como inserir cabeçalhos no Word 2016?


Um cabeçalho é um espaço na parte superior de uma página onde é possível inserir um texto ou uma imagem que permite identificar
melhor o documento.
Passo 1: Clique na guia Inserir e em seguida no botão Cabeçalho que está dentro do grupo Cabeçalho e Rodapé. Observe que parece
um menu com várias opções.
Passo 2: Escolha aquele que melhor atende sua necessidade, aqui nesta página vamos escolher a segunda opção Em Branco (Três colunas).
Passo 3: Na faixa de opções vai aparecer uma nova guia contendo todas as ferramentas para realizar as modificações gráficas do seu
cabeçalho. Observe que o formato do cabeçalho já aparece no seu documento do Word 2016.

22
INFORMÁTICA

Passo 4: Escreva a informação que você quer que apareça no seu cabeçalho. Neste exemplo vamos escrever o nome da nossa fundação.
Passo 5: Quando você tiver terminado de digitar os dados do seu cabeçalho, clique na opçãoFechar Cabeçalho e Rodapépara sair e
voltar a escrever dentro do documento Word.

Diferentemente do cabeçalho, o rodapé fica na parte inferior da página. Nele também é possível incluir diferentes tipos de informa-
ções, como citações de autores, esclarecimentos de termos ou numeração de página.
Quando você terminar de digitar as informações no seu Rodapé, clique no botão Fechar cabeçalho e rodapé que está em cima na
faixa de opções ou pressione a tecla Esc.
Também é possível editar seu rodapé depois de tê-lo fechado, clicando duas vezes sobre ele.

Inserir uma tabela


Passo 1: Posicione o mouse onde você quer inserir a tabela dentro do seu documento do Word e clique na guia Inserir que está na
faixa de opções principal.
Passo 2: Clique no comando Tabela.
Passo 3: Mova o mouse sobre os quadrados do diagrama para selecionar o número de colunas (células verticais) e linhas (células
horizontais) que terá a sua tabela.

23
INFORMÁTICA
Passo 4: Quando você selecionar a última célula que vai ter a sua tabela, dê um clique. Observe que imediatamente a tabela aparece
no seu documento.
Passo 5: Agora você pode colocar o cursor em qualquer lugar da tabela para digitar um texto.

A Faixa de Opções
A seguir, apresentamos a Faixa de Opções e como trabalhar com ela.
Grupos: Cada guia tem vários grupos (navegue com o TAB entre eles) que mostram os itens relacionados em conjunto. Por exemplo,
a guia Página Inicial contém todos os comandos que você utiliza com mais frequência e os botões Recortar, Copiar e Colar, que estão no
grupo Área de Transferência.
Comando: Um comando é um botão, uma caixa para inserir informações ou um menu. Confira, a seguir, os grupos de cada uma das
guias. Para acessá-las tecle ALT e navegue até cada uma com a seta para a direita:
- Arquivo: Acessa a área de gerenciamento de arquivos chamada Backstage. Nessa guia, por exemplo, estão os comandos para criar,
salvar e imprimir arquivos, além dos que permitem alterar as configurações do Word. Resumindo, tudo aquilo que se faz para um docu-
mento (abrir, salvar, salvar como, fechar, imprimir etc.).
- Página Inicial: Área de transferência, Fonte, Parágrafo, Estilo e Edição.
- Inserir: Páginas, Tabelas, Ilustrações, Links, Cabeçalho e Rodapé, Texto e Símbolos.
- Layout da Página: Temas, Configurar Página, Plano de Fundo da Página, Parágrafo e Organizar.
- Referências: Sumário, Notas de Rodapé, Citações e Bibliografia, Legendas e Índice.
- Correspondências: Criar, Iniciar Mala Direta, Gravar e Inserir Campos, Visualizar Resultados e Concluir.
- Revisão: Revisão de Texto, Idioma, Comentários, Controle, Alterações, Comparar, Proteger e OneNote.
- Exibição: Modo de Exibição de Documento, Mostrar, Zoom, Janela e Macros.
Para navegar pelos grupos tecle TAB e ENTER, a fim de selecionar a opção desejada.
A guia Arquivo substituiu o Botão Microsoft Office da versão 2007 e o menu Arquivo das versões anteriores.

Atalhos usados com frequência


Para/Pressione
Vá para “Diga-me o que você deseja fazer” / Alt+Q
Abrir / Ctrl+O
Salvar / Ctrl+B
Fechar / Ctrl+W
Recortar / Ctrl+X
Copiar / Ctrl+C
Colar / Ctrl+V
Selecionar tudo / Ctrl+A
Negrito / Ctrl+N
Itálico / Ctrl+I
Sublinhado / Ctrl+U
Diminuir o tamanho da fonte em 1 ponto / Ctrl+[
Aumentar o tamanho da fonte em 1 ponto / Ctrl+]
Centralizar texto / Ctrl+E
Alinhar texto à esquerda / Ctrl+L
Alinhar texto à direita / Ctrl+R
Cancelar / Esc
Desfazer / Ctrl+Z
Refazer / Ctrl+Y
Zoom / Alt+W, Q e pressionar Tab na caixa de diálogo Zoom até o valor desejado.
Fonte:
https://edu.gcfglobal.org/pt/microsoft-word-2016/
https://support.office.com/pt-br
http://www.fundacaobradesco.org.br/vv-apostilas/apostDV_word10_1-2.htmlwww.qconcursos.com

EXERCÍCIOS

01. Ano: 2016 Banca: INAZ do Pará Órgão: Prefeitura de Cristiano Otoni - MG Provas: INAZ do Pará - 2016 - Prefeitura de Cristiano
Otoni - MG - Psicólogo
Um arquivo com o nome de “planilha de custo.docx”. Dando duplo clique sobre ele abrirá em que programa?
A) Microsoft Excel
B) Microsoft Word
C) Microsoft PowerPoint
D) BrOffice Impress
E) BrOffice Calc
GABARITO OFICIAL: LETRA B

24
INFORMÁTICA
02. Ano: 2016 Banca: ESAF Órgão: ANAC Provas: ESAF - 2016 - O conceito de célula
ANAC - Técnico Administrativo Chama-secélulaa interseção entre uma linha (horizontal) e
No MS Word, uma coluna (vertical) da planilha. Assim, o nome da linha combina-
A) é possível aplicar os recursos de formatação (aplicar negrito, do com o nome da coluna resulta nas coordenadas de uma célula (o
centralizar, etc.) em um símbolo, bastando aplicar o comando antes termo endereço também é utilizado). De um modo geral, podemos
de selecioná-lo como um caractere normal. distinguir dois tipos de coordenadas (chamadas de estilos de refe-
B) é possível aplicar os recursos de formatação (aplicar negrito, rência), dependendo das planilhas:
centralizar, etc.) em um símbolo, bastando selecioná-lo como um O modoL1C1(Linha 1, Coluna 1), onde a célula é localizada pelo
caractere normal antes da aplicação do comando. número de linha precedido da letraLe o número da coluna prece-
C) é possível criar uma tecla de atalho para inserção de símbolo, dido da letraC.
desde que seja aberta a caixa de diálogo no momento de cada inserção Assim,L12C34designará a célula na intersecção da 12ª linha e
D) é possível utilizar o Clip-art.com para inserir imagens, sem da 34ª coluna:
haver conexão com a internet.
E) não há possibilidade de ajustar uma tabela gerada por au-
to-formatação.
GABARITO OFICIAL: LETRA B

03. Ano: 2016 Banca: FUNDATEC Órgão: Prefeitura de Torres


- RS Prova: FUNDATEC - 2016 - Prefeitura de Torres - RS - Agente
Administrativo
São guias padrões do Word:
A) Página Inicial, Inserir, Design e Referências. O modoA1, onde os números de linha são localizados por nú-
B) Arquivo, Editar, Exibir e Revisão. meros e as colunas por letras. Assim, AA17 designa a célula na in-
C) Arquivo, Formatar, Ferramentas e Configurações. terseção da 27ª coluna e da 17ª linha:
D) Página Inicial, Editar, Exibir e Referências.
E) Página Inicial, Formatar, Ferramentas e Editar.
GABARITO OFICIAL: LETRA A

04. Ano: 2018 Banca: IBFC Órgão: Prefeitura de Divinópolis -


MG Prova: IBFC - 2018 - Prefeitura de Divinópolis - MG - Técnico de
Enfermagem
O Microsoft Word possui em um dos seus diversos recursos
vários tipos de letras, denominadas tecnicamente de fontes. Uma
típica fonte, com serifa, do Microsoft Word é a fonte:
Referências a uma célula
A) MS Sans Serif
B) Times New Roman Para poder manipular dados que provenham de diferentes cé-
C) Arial lulas nos cálculos, é preciso poder fazer referência a elas. Há várias
D) Calibri maneiras de se referir a uma célula: a referência absoluta, a refe-
GABARITO OFICIAL: LETRA B rência nomeada, a referência mista e a referência relativa.

05. Ano: 2016 Banca: UFCG Órgão: UFCG Prova: UFCG - 2016 Referência absoluta
- UFCG - Analista de Tecnologia da Informação - Planejamento e A referência absoluta representa o meio de designar uma cé-
Governança de TI lula de maneira única em uma planilha. De acordo com o modo de
No Word 2016, sobre a ação de controlar alterações, marque referência (L1C1 ou A1) a referência absoluta será escrita de forma
a alternativa correta: diferente:
A) A opção “Controlar Alterações” encontra-se na aba Revisão. Em modoL1C1: a referência absoluta a uma célula é feita pre-
B) A opção “Controlar Alterações” encontra-se na aba Exibição. cedendo o número de linha pela letraLe o número da coluna pela
C) A opção “Controlar Alterações” encontra-se na aba Verifi- letra C:
cação. L Número de Linha C Número de Coluna
D) A opção “Bloquear Rastreamento” encontra-se na aba Fer- Ex:L12C24para a célula situada na interseção da linha 12 com
ramentas. a coluna 24.
E) O Word mostra uma interrogação ao lado do texto, quando Em modoA1: neste modo ela é feita precedendo o número de
alguém faz um comentário. linha e o número da coluna pelo sinal $.
GABARITO OFICIAL: LETRA A $ Letra da Coluna $ Número de Linha
Ex:$AC$34para a célula situada na interseção da coluna cha-
MS EXCEL mada AC com a linha34.
O Excel é uma ferramenta incrivelmente poderosa para tornar
significativa uma vasta quantidade de dados. Mas ele também fun- Referência relativa
ciona muito bem para cálculos simples e para rastrear de quase A referência relativa de uma célula é a expressão da sua posi-
todos os tipos de informações. A chave para desbloquear todo esse ção em relação a outra célula. Assim, uma referência relativa resul-
potencial é a grade de células. As células podem conter números, ta na diferença (em termos de número de linhas e colunas) entre a
texto ou fórmulas. Você insere dados nas células e as agrupa em célula (de referência) e uma célula apontada (célula referenciada).
linhas e colunas. Isso permite que você adicione seus dados, clas- Por convenção, nota-se negativamente uma diferença para cima,
sifique-os e filtre-os, insira-os em tabelas e crie gráficos incríveis. para o eixo vertical e uma diferença para a esquerda, para o eixo
Vejamos as etapas básicas para você começar. horizontal.

25
INFORMÁTICA
Em modo L1C1, a referência relativa a uma célula é feita indi-
cando as coordenadas da célula entre parênteses: Inserir ou excluir uma linha
Para inserir uma linha, selecione a linha, selecione Página ini-
L(NúmeroDeLinha)C(NúmeroDeColuna) cial > Inserir > Inserir Linhas na Planilha.
Ex:L(3) C(-2)para a célula situada 3 linhas abaixo e 2 colunas à Para excluir uma linha, selecione a linha, selecione Página ini-
esquerda em relação à célula de referência: cial > Inserir > Excluir Linhas da Planilha.
Ou clique com o botão direito do mouse na linha selecionada e
selecione Inserir ou Excluir.

Inserir uma célula


Selecione uma ou mais células. Clique com o botão direito do
mouse e selecione Inserir.
Na caixa Inserir, selecione uma linha, coluna ou célula a ser in-
serida.

Criar uma nova pasta de trabalho


Os documentos do Excel são chamados de pastas de trabalho.
Cada pasta de trabalho contém folhas que, normalmente, são cha-
Quando a diferença é nula não é preciso notar um zero entre madas de planilhas. Você pode adicionar quantas planilhas desejar
parêntese. Assim L(0)C(12)pode ser chamado LC(12). a uma pasta de trabalho ou pode criar novas pastas de trabalho
Em modoA1, a expressão da diferença entre as células é oculta. para guardar seus dados separadamente.
Na verdade, uma referência relativa em modoA1é implícita, basta
indicar as coordenadas da célula apontada (referenciada) sem indi- Clique em Arquivo e em Novo.
car o sinal$: Em Novo, que em Pasta de trabalho em branco

Referência mista
Chama-se mista a referência na qual a posição horizontal da Insira os dados
célula é expressa de maneira absoluta, e a posição vertical, de ma- Clique em uma célula vazia.
neira relativa, ou vice-versa. Por exemplo, a célula A1 em uma nova planilha. As células são
No modoL1C1a referência mista terá a formaL2C(3)ouL(4)C17. referenciadas por sua localização na linha e na coluna da planilha,
No modoA1, ela terá a forma$C5ouF$18. portanto, a célula A1 fica na primeira linha da coluna A.
Inserir texto ou números na célula.
Referência nomeada Pressione Enter ou Tab para se mover para a célula seguinte.
É possível dar um nome a uma célula ou a um grupo de células.
Assim, quando uma célula, ou um intervalo de células, tem um Usar a Auto Soma para adicionar seus dados
nome (às vezes, usamos o termo etiqueta), é possível referir-se a Ao inserir números em sua planilha, talvez deseje somá-los.
ela pelo nome. Esta funcionalidade é particularmente útil quando Um modo rápido de fazer isso é usar o Auto Soma.
certas células contêm dados característicos, porque podemos nos Selecione a célula à direita ou abaixo dos números que você
referir a elas pelo nome, mesmo que elas tenham sido movidas. deseja adicionar.
Em uma nota fiscal, por exemplo, é importante dar um nome Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique em Auto
tal como total_st para a célula que dá o subtotal, sem imposto, dos Soma no grupo Edição.
pedidos. Você também pode criar uma célula chamada Imposto
com o índice do mesmo. Assim, quando você quiser calcular o total
com imposto, você só precisará multiplicar o produto da célula to-
tal_st pela célula Imposto.

Inserir ou excluir uma coluna


Para inserir uma coluna, selecione a coluna, selecione Página
inicial > Inserir > Inserir Colunas na Planilha.
Para excluir uma coluna, selecione a coluna, selecione Página A Auto Soma soma os números e mostra o resultado na célula
inicial > Inserir > Excluir Colunas da Planilha. selecionada.
Ou clique com o botão direito do mouse no topo da coluna e
selecione Inserir ou Excluir.

26
INFORMÁTICA
Criar uma fórmula simples
Somar números é uma das coisas que você poderá fazer, mas Clique em para executar uma classificação crescente (À Z)
o Excel também pode executar outras operações matemáticas. Ex- ou do número menor para o maior.
perimente algumas fórmulas simples para adicionar, subtrair, mul-
tiplicar ou dividir seus valores.
Escolha uma célula e, em seguida, digite um sinal de igual (=). Clique em para executar uma classificação decrescente (Z
Isso informa ao Excel que essa célula conterá uma fórmula. a ou do número maior para o menor).
Digite uma combinação de números e operadores de cálculos,
como o sinal de mais (+) para adição, o sinal de menos (-) para sub- Para classificar por critérios específicos
tração, o asterisco (*) para multiplicação ou a barra (/) para divisão. Selecione uma única célula em qualquer lugar do intervalo que
Por exemplo, insira=2+4,=4-2,=2*4ou=4/2. você deseja classificar.
Pressione Enter. Na guia dados, no grupo Classificar e filtrar, escolha Classificar.
Isso executa o cálculo. A caixa de diálogo Classificar é exibida.
Você também pode pressionar Ctrl+Enter (se você deseja que Na lista Classificar por, selecione a primeira coluna que você
o cursor permaneça na célula ativa). deseja classificar.
Na lista Classificar em, selecione Valores,Cor da Célula,Cor da
Aplicar um formato de número Fonte ou Ícone de Célula.
Para distinguir entre os diferentes tipos de números, adicione Na lista Ordem, selecione a ordem que deseja aplicar à opera-
um formato, como moeda, porcentagens ou datas. ção de classificação: crescente ou decrescente, alfabética ou nume-
Selecione as células que contêm números que você deseja for- ricamente (isto é, A a Z ou Z a A para texto ou menor para maior ou
matar. maior para menor para números).
Clique na guia Página Inicial e, em seguida, clique na seta na
caixa Geral. Filtrar seus dados
Selecione os dados que você deseja filtrar.
Na guia dados, no grupo Classificar e filtrar, clique em filtro.

Selecione um formato de número


Clique na seta no cabeçalho da coluna para exibir uma lista
em que você pode fazer escolhas de filtragem.
Para selecionar por valores, na lista, desmarque a caixa de se-
leção(Selecionar tudo). Isso remove as marcas de seleção de todas
as caixas de seleção. Em seguida, selecione apenas os valores que
você deseja ver e clique em Okey para ver os resultados.

O que é uma função do Excel?


Uma função é uma fórmula predefinida que realiza cálculos
usando valores específicos adicionados por você. Uma das princi-
pais vantagens de usar estas funções, é que podemos economizar
bastante nosso tempo pois elas já estão prontas e não é necessário
digitá-las totalmente.

As partes de uma função


Cada função possui uma estrutura, ou seja, uma ordem espe-
cífica que você deverá seguir para obter um resultado correto. A
lógica básica para criar uma fórmula com uma função é a seguinte:
Inserir o sinal igual (=).
Selecionar uma função (SOMA, por exemplo, é o nome da fun-
ção usada para a adição).
Incluir os argumentos da fórmula, ou seja, os dados que serão
Se você não vir o formato de número que você está procuran- usados para a realização do cálculo.
do, clique em Mais formatos de número.

Classifique seus dados


Para classificar rapidamente seus dados
Selecione um intervalo de dados, como A1:L5 (várias linhas e
colunas) ou C1:C80 (uma única coluna). O intervalo pode incluir tí-
tulos que você criou para identificar colunas ou linhas.
Selecione uma única célula na coluna que você deseja classi-
ficar.

27
INFORMÁTICA
Para usar estas funções corretamente, é importante saber quais são as partes de uma função e, como criar argumento para calcular
valores e as referências de células.

Criar uma fórmula que faz referência a valores em outras células


Selecione uma célula.
Digite o sinal de igual =.
Observação: As fórmulas no Excel começam com o sinal de igual.
Selecione uma célula ou digite o endereço dela na célula selecionada.

Digite um operador. Por exemplo, – para subtração.


Selecione a próxima célula ou digite o endereço dela na célula selecionada.

Pressione Enter. O resultado do cálculo aparece na célula com a fórmula.


Consulte uma fórmula
Quando uma fórmula é inserida em uma célula, ela também aparece nabarra de fórmulas.

Para ver uma fórmula, selecione uma célula e ela aparecerá na barra de fórmulas.

Inserir uma fórmula que contém uma função integrada

Selecione uma célula vazia.


Digite um sinal de igual =, depois digite uma função. Por exemplo, =SOMA para obter o total de vendas.
Digite um parêntese de abertura (.
Selecione o intervalo de células, depois digite um parêntese de fechamento ).

Pressione Enter para obter o resultado.

Fórmulas detalhadas
Você pode navegar pelas seções individuais abaixo para saber mais sobre os elementos específicos da fórmula.

As partes de uma fórmula do Excel


Uma fórmula também pode conter qualquer um dos itens a seguir ou todos eles: funções,referências,operadores e constantes.
Partes de uma fórmula

1.Funções: a função PI()retorna o valor de pi: 3,142...


2.Referências: A2 retorna o valor na célula A2.

28
INFORMÁTICA
3.Constantes: números ou valores de texto inseridos diretamente em uma fórmula, por exemplo, 2.
4.Operadores: o operador ^ (circunflexo) eleva um número a uma potência e o operador * (asterisco) multiplica números.

Usando constantes em fórmulas do Excel


Uma constante é um valor não calculado, sempre permanece o mesmo. Por exemplo, a data 09/10/2008, o número 210 e o texto
“Receitas trimestrais” são todos constantes. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão, não é uma constante. Se você usar
constantes na fórmula em vez de referências a células (por exemplo, =30+70+110), o resultado se alterará apenas se você modificar a
fórmula. Em geral, é melhor colocar constantes em uma célula individual, onde ela pode ser alterada facilmente se necessário, e só então
referenciá-las nas fórmulas.

Usando referências em fórmulas do Excel

Uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Excel onde procurar pelos valores ou
dados a serem usados em uma fórmula. Você pode utilizar referências para usar dados contidos em partes diferentes de uma planilha em
uma fórmula ou usar o valor de uma célula em várias fórmulas. Você também pode se referir a células de outras planilhas na mesma pasta
de trabalho e a outras pastas de trabalho. As referências a células em outras pastas de trabalho são chamadas de vínculos ou referências
externas.

O estilo de referência A1
Por padrão, o Excel usa o estilo de referência A1, que se refere a colunas com letras (A até XFD, para um total de 16.384 colunas) e se
refere a linhas com números (1 até 1.048.576). Essas letras e esses números são chamados de títulos de linha e coluna. Para se referir a
uma célula, insira a letra da coluna seguida do número da linha. Por exemplo, B2 se refere à célula na interseção da coluna B com a linha 2.

Fazendo referência a um intervalo de células em outra planilha na mesma pasta de trabalho


No exemplo a seguir, a função MÉDIA calcula o valor médio do intervalo B1:B10 na planilha denominada Marketing na mesma pasta
de trabalho.

1. Refere-se a uma planilha denominada Marketing


2. Refere-se ao intervalo de células B1 a B10
3. O ponto de exclamação (!) separa a referência de planilha da referência do intervalo de células

Funções mais usadas


=SOMA()
ou em inglês=SUM()

29
INFORMÁTICA
Esta é uma das funções mais básicas e ao alcance de todos os =CONT.NÚM()
utilizadores Excel. A sua função é soma de células, por exemplo, a ou em inglês=COUNT()
soma dos números contidos na célula B2 e na célula M2 e serem
apresentados na célula D3. Para usar esta função basta clicar na
célula onde pretendemos ver o resultado, por exemplo a D3 e es-
crever=SOMA(e de seguida premir e manter premida a tecla CTRL
para depois clicar com o rato nas células a somar, como no exemplo
a B2 e a M2. Uma vez selecionadas as células carrega-se em ENTER
e o resultado da soma aparece de imediato. É possível selecionar
células específicas ou um conjunto seguido de células.

=MÉDIA() Caso o utilizador necessite saber quantas células num determi-


ou em inglês=AVERAGE() nado conjunto contêm números então esta função evita as conta-
gens manuais. Mesmo que existam textos misturados com núme-
ros a função CONT.NÚM consegue apresentar o resultado correto.
Por exemplo, você pode inserir a seguinte fórmula para contar os
números no intervalo A1:A20:=CONT.NÚM(A1:A20)neste exemplo,
se cinco das células no intervalo contiverem números, o resultado
será 5.

=DIAS()
ou em inglês=DAYS()

A função MÉDIA faz nada mais do que a palavra diz: tira a média
de valores somados entre eles. A função MÉDIA mede a tendência
central, que corresponde à localização do centro de um grupo de
números numa distribuição estatística. O modo de funcionamento
é igual à função de SOMA anteriormente explicado. Um exemplo:=-
MÉDIA(número1[número2]…).

=MÍNIMO() Quer saber o número de dias entre duas datas numa folha de
ou em inglês=MIN() cálculo? Se tivesse, por exemplo, a data de 5 de setembro de 2015
na célula A4 e 27 de dezembro de 2015 em A5 ao usar a função=-
DIAS(A5, A4)poderia obter a resposta imediatamente. Nesta função
devemos ter em conta que ao inverter a ordem das células obtería-
mos um número positivo.

=ARRED()
ou em inglês=ROUND()

Se o utilizador necessitar encontrar o número menor dentro


de um intervalo de células então a função MÍNIMO pode ajudar.
Por exemplo, se usarmos um intervalo de células com a fórmula=-
MÍNIMO(M3:M39)será mostrado nesse campo o valor mais baixo
encontrado em todo o conjunto de células.
Como a abreviatura da função pode sugerir, esta função per-
=MÁXIMO() mite arredondar números. O =ARRED() exige dois argumentos: um
ou em inglês=MAX() número ou célula e o número de dígitos para arredondar para. Por
exemplo se tivermos o número 231.852645 em A1, por exemplo,
=ARRED(A1, 0) iremos obter o número 232. Por outro lado se es-
crevermos =ARRED(A1, 1) veremos o número 232,9 ou ainda =AR-
RE(A1,-1) devolverá o valor 230.

Ao contrário da função MÍNIMO, a função MÁXIMO faz exa-


tamente o oposto, ou seja, quando aplicada a fórmula=MÁXI-
MO(M3:M39)iremos obter o maior número contido num intervalo
de células por nós definido.

30
INFORMÁTICA
=ARRED.PARA.CIMA()e=ARRED.PARA.BAIXO()
ou em inglês= ROUNDUP(),=ROUNDDOWN()

Se procuramos um controlo mais direto sobre arredondamentos para cima ou para baixo existem estas duas funções também. Por um
lado o=ARRED.PARA.CIMA()irá arredondar um número para cima afastando-o de zero, por outro=ARRED.PARA.BAIXO()que por defeito
arredonda um número até zero. Por exemplo=ARRED.PARA.BAIXO(3,20)irá arredondar o valor 3,2 por defeito para nenhuma casa decimal
ou seja para o valor de 3.

O exemplo oposto de=ARRED.PARA.CIMA()seria:=ARRED.PARA.CIMA(3,2 0) a função arredondaria o valor de 3,2 para cima até zero
de casas decimais ou seja, refletindo o valor de 4.

Faixa de Opções
Há três componentes básicos na Faixa de Opções e que é bom saber como cada um se chama para compreender como utilizá-la.
São eles:

- Guias - Há oito guias básicas na parte superior: Arquivo, Página Inicial, Inserir, Layout da Página, Fórmulas, Dados, Revisão e Exibição.
Cada uma representa uma área de atividade e apresenta os comandos reunidos por grupos. Por exemplo, a guia Página Inicial contém
todos os comandos utilizados com mais frequência. E os botões Cor do preenchimento, Cor da fonte e Tamanho da fonte estão no grupo
Fonte. Estas opções são provavelmente as mais utilizadas, por iniciantes no Excel, juntamente com as opções do grupo Área de Transfe-
rência.
- Grupos- Cada guia tem vários grupos que mostram os itens de botões de ação. Exemplo: os botões Negrito e Fonte estão no grupo
Fonte, já os botões Mesclar Célula, Centralizar e Alinhar à Direita, estão no grupo Alinhamento.
- Botões de Ação, ou Comandos- Um comando é um botão, ou uma caixa para inserir informações, ou um menu de determinada ação.
Nestes espaços, você começa a aplicar todas as ações de formatação, criação, desenvolvimento de uma planilha. Exemplo: gravar macros
e inserir gráficos, são algumas das ações.

As Funções dos Componentes da Faixa de Opções.


Não precisa memorizar os grupos, pois basta memorizar as guias e os comandos. Abaixo descrevemos as guias e os respectivos grupos:
- Guia Arquivo - Acessa a área de gerenciamento de arquivos chamada Backstage. Nela temos as opções: Informações, Novo, Abrir,
Salvar, Salvar Como, Imprimir, Compartilhar, Exportar, Publicar, Fechar, Conta, Comentário e Opções. Algumas opções foram acrescenta-
das na últimas versões do Excel
- Página Inicial - É mais utilizada, para aplicar formatações de planilha e alterações de linhas colunas, etc. Encontramos os seguintes
grupos: Área de transferência, Fonte, Alinhamento, Número, Estilo, Células e Edição.
- Inserir - Esta guia tem várias funções importantes e avançadas, para desenvolvimento e aplicações da planilha. Os grupos são: Tabe-
las, Ilustrações, Gráficos, Tours, Manigráficos e Links. Isso pode variar muito entre as versões do Excel.
- Desenhar - Representa ferramentas para desenhar, escrever e fazer marcações em uma planilha. Temos os grupos: Ferramentas,
Canetas, Converter e Repetição.
- Layout da Página - Esta guia tem funções relacionadas a visualização das planilhas, principalmente para impressão. Temas, Configu-
ração de Página, Dimensionar para Ajustar, Opções de Planilha e Organizar. Estes são os grupos encontrados.
- Fórmulas - Funciona especificamente para quem trabalha com fórmulas na planilha. A verificar pelos grupos: Biblioteca de Funções,
Nomes Definidos, Auditoria de Fórmulas e Cálculo.
- Dados - Para trabalhar com listas, importação de dados e exportação de dados. Veja os grupos: Obter e Transformar Dados, Consultas
e Conexões, Classificar e Filtrar, Ferramentas de Dados e Previsão. Depende de sua versão do Excel, os grupos podem ser bem diferentes.
- Revisão - A parte mais utilizada dessa guia é o grupo Proteger. Mas não mais importante que: Revisão de Texto, Acessibilidade,
Ideias, Idioma e Comentários.

31
INFORMÁTICA
- Exibir - Tem fator importante na planilha, veja os grupos: https://edu.gcfglobal.org/pt/microsoft-excel-2010/o-que-e-u-
Modo de Exibição de Pasta de Trabalho, Mostrar, Zoom, Janela e ma-funcao-do-excel/1/
Macros. https://www.tudoexcel.com.br/planilhas/o-que-e-a-faixa-de-
- Desenvolvedor - esta guia é para quem trabalha com Excel -opcoes-do-excel-3042.html
intermediário, ou avançado. Ela não está disponível por padrão, https://pplware.sapo.pt/truques-dicas/conheca-15-funcoes-
mas você pode adicionar. Quando adicionar veja os grupos e suas -essenciais-do-excel/
funções. https://www.impacta.com.br/blog/2018/08/13/conheca-prin-
Navegação básica no Excel cipais-atalhos-excel-ajudar-dia-a-dia/
Abrir uma planilha nova: Ctrl + A www.qconcursos.com
Salvar uma planilha: Ctrl + B
Fechar uma planilha: Ctrl + W POWERPOINT
Ir para a página inicial: Alt + C Com o PowerPoint no PC, Mac ou dispositivo móvel, você pode:
Copiar: Ctrl + C - Criar apresentações do zero ou usar um modelo.
Recortar: Ctrl + X - Adicionar texto, imagens, arte e vídeos.
Colar: Ctrl + V - Escolher um design profissional com o Designer do Power-
Desfazer última ação: Ctrl + Z Point.
Ir para a guia de dados: Alt + S - Adicionar transições, animações e animações de cinema.
Ir para a guia Exibir: Alt + K - Salvar no OneDrive para acessar suas apresentações no com-
Ir para a guia Inserir: Alt + T putador, tablet ou telefone.
Ir para a guia de layout: Alt + P - Compartilhar seu trabalho e trabalhar com outras pessoas
Ir para a guia de fórmulas: Alt + N onde quer que elas se encontrem.
Navegação nas células
Ir para células acima, abaixo ou aos lados: teclas de direção Criar uma apresentação
Ir para a próxima célula à direita ou alternar entre células des- Abra o PowerPoint.
bloqueadas (no caso de planilhas protegidas): Tab Escolha uma opção:
Ir para a célula anterior (ou para a opção anterior em caixas de Escolha Apresentação em Branco para criar uma apresentação
diálogo): Shift + Tab do zero.
Ir para a borda da área de dados atual: Ctrl + teclas de direção Escolha um dos modelos.
Ir para a última célula da planilha, no canto inferior direito: Ctrl Escolha Fazer um Toure, em seguida, escolha Criar para ver di-
+ End cas de como usar o PowerPoint.
Expandir a seleção até a última célula: Ctrl + Shift + End
Ir para o começo da planilha: Ctrl + Home
Mover a tela para a direita: Alt + Page Down
Mover a tela para a esquerda: Alt + Page Up
Mover a tela para cima: Page Up
Ir para a planilha anterior dentro da pasta de trabalho: Ctrl +
Page Up
Inserir formato de data (dia, mês e ano): Ctrl + Shift + # (sinal
numérico)
Inserir formato de hora (hora e minutos): Ctrl + Shift + @ (ar-
roba).

Barra de fórmulas, dados e funções


Expandir ou reduzir a barra de fórmulas: Ctrl + Shift + U
Finalizar uma entrada na barra de fórmulas e selecionar a cé-
lula abaixo: Enter Adicionar e formatar texto
Cancelar uma entrada na barra de fórmulas ou na célula: Esc Coloque o cursor do mouse no local de sua preferência e digite.
Selecionar o texto da barra de fórmulas do local onde está o Escolha o texto e, em seguida, escolha uma opção na guia Pá-
cursor até o final: Ctrl + Shift + End gina Inicial: Fonte,Tamanho da fonte,Negrito,Itálico,Sublinhado...
Calcular a planilha inteira: Shift + F9 Para criar listas numeradas ou com marcadores, selecione o
Calcular todas as planilhas em todas as pastas de trabalho texto e escolha Marcadores ou Numeração.
abertas: F9
Ativar o preenchimento relâmpago para identificar padrões
nas colunas adjacentes e aplicá-los na coluna selecionada automa-
ticamente: Ctrl + E
Inserir uma função: Shift + F3
Escolher um nome para usar nas referências: Alt + M, depois
M, depois D
Criar um gráfico dos dados no intervalo atual: Alt + F1
Criar um gráfico dos dados no intervalo atual, mas em uma fo-
lha de gráfico diferente: F11
Criar, editar ou excluir uma macro: Alt + F8.
Fonte:
https://support.office.com/pt-br

32
INFORMÁTICA

Adicionar uma imagem, forma ou gráfico


Escolha Inserir.
Para adicionar uma imagem:
Escolha Imagem.
Procure a imagem desejada e escolha Inserir.
Para adicionar uma forma, arte ou gráfico:
Escolha Formas, Smart Art ou Gráfico.
Escolha o item desejado.

Adicionar slides

Selecione o slide que ficará antes do novo slide.


Selecione Página Inicial>Novo Slide.
Selecione um layout.
Selecione o tipo e a caixa de texto.

Excluir slides
Para um único slide: Clique com o botão direito e selecione Excluir Slide.
Para vários slides: mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione os slides. Em seguida, clique com botão direito e selecione Excluir
Slide.
Para uma sequência de slides: Mantenha pressionada a tecla Shift e selecione a sequência. Em seguida, clique com o botão direito e
selecione Excluir Slide.

Fazer sua apresentação


Na guia Apresentação de Slides, siga um destes procedimentos:
Para iniciar a apresentação no primeiro slide, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo.

33
INFORMÁTICA

Se você não estiver no primeiro slide e desejar começar do ponto onde está, clique emDo Slide Atual.

O que é um slide mestre?


Quando você quiser que todos os seus slides contenham as mesmas fontes e imagens (como logotipos), poderá fazer essas alterações
em um só lugar — no Slide Mestre, e elas serão aplicadas a todos os slides. Para abrir o modo de exibição do Slide Mestre, na guia Exibir,
selecione Slide Mestre:

O slide mestre é o slide superior no painel de miniatura, no lado esquerdo da janela. Os layouts mestres relacionados são exibidos logo
abaixo do slide mestre (como nesta imagem do PowerPoint para macOS):

1Slide Mestre
2Layouts de slide
Quando você edita o slide mestre, todos os slides subsequentes conterão essas alterações. Entretanto, a maioria das alterações feitas
se aplicarão aos layouts mestre relacionados ao slide mestre.
Quando você faz alterações nos layouts e no slide mestre no modo de exibição de Slide Mestre, outras pessoas que estejam trabalhan-
do em sua apresentação (no modo de exibição Normal) não podem excluir nem editar acidentalmente suas alterações. Por outro lado, se
você estiver trabalhando no modo de exibição Normal e perceber que não consegue editar um elemento em um slide (por exemplo, “por
que não posso remover esta imagem?”), talvez o que você está tentando alterar seja definido no Slide Mestre. Para editar esse item, você
deve alternar para o modo de exibição de Slide Mestre.
Observação: É recomendável editar o slide mestre e os layouts mestres antes de começar a criar os slides individuais. Dessa forma,
todos os slides adicionados à apresentação terão como base as edições personalizadas. Se você editar o slide mestre ou os layouts mes-
tres depois de criar os slides individuais, deverá aplicar novamente os layouts alterados aos slides da apresentação no modo de exibição
Normal.

34
INFORMÁTICA
Temas
Um tema é uma paleta de cores, fontes e efeitos especiais (como sombras, reflexos, efeitos 3D etc.) que complementam uns aos
outros. Um designer habilidoso criou cada tema no PowerPoint. Esses temas predefinidos estão disponíveis na guia Designdo modo de
exibição Normal.
Todos os temas usados em sua apresentação incluem um slide mestre e um conjunto de layouts relacionados. Se você usar mais de
um tema na apresentação, terá mais de um slide mestre e vários conjuntos de layouts.

Layouts de Slide
Altere e gerencie layouts de slide no modo de exibição do Slide Mestre. Cada tema tem vários layouts de slide. Escolha os layouts mais
adequados ao conteúdo do slide; alguns são melhores para texto e outros são melhores para elementos gráficos.

No modo de exibição Normal, você aplicará os layouts aos slides (mostrado abaixo).

Cada layout de slide é configurado de forma diferente — com diferentes tipos de espaços reservados em locais diferentes em cada layout.

Adicionar ou alterar uma transição de slides


No lado esquerdo da janela do slide, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides.
Selecione qualquer miniatura de slides na qual você deseja aplicar ou alterar uma transição de slides.
Na guia Transições, no grupo Transição para Este Slide, clique em um efeito de transição de slide.
Para ver mais efeitos de transição, clique no botão Mais .

Para definir a duração da transição de slides entre o slide anterior e o slide atual, na guia Transições, no grupo Intervalo, digite ou
selecione a velocidade que desejar na caixa Duração.
Para especificar quanto tempo antes o slide atual avança para o seguinte:
Para avançar o slide quando você clica com o mouse, no grupo Intervalo, marque a caixa de seleção Ao clicar com o mouse.
Para avançar o slide após um período especificado, no grupo Intervalo, insira o número de segundos que você deseja na caixa Depois.
Opcional:
Para aplicar a mesma transição para toda a apresentação, no grupo Intervalo, clique em Aplicar a Todos.
Para aplicar as propriedades de transição personalizáveis disponíveis para a maioria das transições (mas não todas), no grupo Transi-
ção para Este Slide, clique em Opções de efeito e selecione a opção desejada.

35
INFORMÁTICA
Adicionar som para transições de slide
No lado esquerdo da janela do slide, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides.
Selecione qualquer uma das miniaturas de slides na qual você deseja aplicar um som de transição.
Na guia Transições, no grupo Intervalo, clique na seta ao lado de Some realize um destes procedimentos:
Para adicionar um som na lista, selecione o som que você deseja.
Para adicionar um som não encontrado na lista, selecione Outro Some localize o arquivo de som que deseja usar e então clique em
Abrir.
Opcional: Para adicionar o mesmo som de transição em todos os slides na sua apresentação, no grupo Transição para Este Slide,
clique em Aplicar a Todos.

Definir o intervalo e a velocidade de uma transição


Você pode modificar a duração de uma transição, modificar o efeito de transição e até mesmo especificar um som para ser reprodu-
zido durante uma transição. Além disso, você pode especificar o tempo para gastar em um slide antes de avançar para o próximo.

Definir a velocidade de uma transição


Use duração para definir a velocidade da transição. UMA duração menor significa que um slide avança mais rápido e um número
maior torna o slide avançar mais lentamente.

Selecione o slide que contém a transição que você deseja modificar.


Na guia transições, no grupo intervalo, na caixa duração, digite o número de segundos desejados.

Dica: Se quiser que todas as transições da apresentação de slides usem a mesma velocidade, clique emaplicar a todos.

Definir as opções ‘Executar’ para um vídeo na sua apresentação


Você pode usar as opções de reprodução no PowerPoint para controlar como e quando um vídeo aparece em sua apresentação. Você
pode reproduzir um vídeo no modo de tela inteira ou redimensioná-lo para as dimensões especificadas. Você também pode controlar o
volume, reproduzir o vídeo repetidamente (em um loop) e mostrar os controles de mídia.
Essas opções de reprodução não estão disponíveis para vídeos online, como vídeos do YouTube. Eles estão disponíveis somente para
vídeos inseridos no seu computador, na rede ou no One Drive.
Para controlar como seu vídeo é reproduzido, use as opções na guia reprodução da faixa de opções do PowerPoint. Esta guia aparece
na faixa de opções quando você seleciona um vídeo em um slide.

Reproduzir um vídeo na sequência de cliques, automaticamente ou quando clicado


Dica: Defina essa opção antes de adicionar animações ou gatilhos ao vídeo. Se você alterar essa opção, todas as animações associadas
a seu vídeo serão removidas.

36
INFORMÁTICA
No modo de exibição Normal, clique no quadro do vídeo, no slide.

Figura: especifique como você deseja que o vídeo seja iniciado durante a apresentação

Em ferramentas de vídeo, na guia reprodução, no grupo Opções de vídeo, na lista Iniciar, selecione uma opção:

O que tem nas guias da faixa de opções?


As guias da faixa de opções agrupam ferramentas e recursos com base na respectiva finalidade. Por exemplo, para dar uma aparência
melhor aos seus slides, utilize as opções da guia Design. As ferramentas usadas para animar objetos no slide estão na guia Animações.

Vamos dar uma olhada no que pode ser encontrado em cada uma das guias da faixa de opções do PowerPoint.

1. Página Inicial

A guia Página Inicial contém os recursos Recortar e Colar, as opções de Fonte e Parágrafo e o que mais você precisa para adicionar e
organizar slides.

37
INFORMÁTICA
2. Inserir
Clique em Inserir para adicionar um elemento a um slide: imagens, formas, gráficos, links, caixas de texto, vídeos e outros.

3. Design
Na guia Design, você pode adicionar um tema ou um esquema de cores, ou pode formatar a tela de fundo do slide.

4. Transições
Configure o modo como os slides passam de um para o outro na guia Transições. O grupo Transição para este Slide mostra uma galeria
com as possíveis transições; clique em Mais na parte lateral da galeria para ver todas as opções.

5. Animações
Use a guia Animações para coreografar os movimentos dos objetos nos slides. Observe que o grupo Animação contém uma galeria
com várias possibilidades de animações; para ver outras opções, clique em Mais .

6. Apresentação de Slides
Na guia Apresentação de Slides, configure o modo como você deseja mostrar sua apresentação para as pessoas.

7. Revisão
A guia Revisão permite adicionar comentários, verificar a ortografia do texto ou comparar uma apresentação com outra (por exem-
plo, uma versão anterior).

8. Exibir
Há vários modos de exibir uma apresentação, dependendo de onde você está no processo de criação ou de entrega.

9. Arquivo
Em uma ponta da faixa de opções fica a guia Arquivo, usada para operações “de bastidores” realizadas com um arquivo; por exemplo,
abrir, salvar, compartilhar, exportar, imprimir e gerenciar a apresentação. Clique na guia Arquivo para abrir um novo modo de exibição
chamado Backstage.

Clique na lista que aparece à esquerda para executar a ação desejada; por exemplo, clique em Imprimir para encontrar as opções e
configurações para imprimir a apresentação. Clique em Voltar para retornar à apresentação em que você estava trabalhando.

10. Guias de ferramentas


Quando você clica em certas partes dos slides, como imagens, formas, Smart Art ou caixas de texto, uma nova guia colorida aparece.

38
INFORMÁTICA
No exemplo acima, a guia Ferramentas de Desenho aparece
quando você clica em uma forma ou uma caixa de texto. Quando EXERCÍCIOS
você clica em uma imagem, a guia Ferramentas de Imagem é exi-
bida. Outras guias desse tipo são: Ferramentas de SmartArt, Ferra- 01. Ano: 2018 Banca: UEM Órgão: UEM Prova: UEM - 2018 -
mentas de Gráfico, Ferramentas de Tabela e Ferramentas de Vídeo. UEM - Técnico em Informática
Essas guias desaparecem ou mudam quando você clica em outro Fazem parte do pacote do Microsoft Office os aplicativos
elemento da apresentação. A) Excel, Word, Access, PowerPoint e outlook.
B) Excel, Word, Base, Impress e outlook.
Atalhos de teclado para o PowerPoint C) Calc, Word, Access, Powerpoint e outlook.
Ctrl + Shift + F - Abre configurações de fonte para um texto que D) Calc, Writer, Base, Impress e Math.
estiver selecionado. E) Excel, Writer, Access, Powerpoint e Draw.
Configurações de fonte GABARITO OFICIAL: LETRA A
Shift + F6 - Mostra um painel lateral com os slides ou tópicos
Ctrl + Shift + > - Aumenta a fonte de um texto que estiver sele- 02. Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: ITEP - RN Pro-
cionado. Este comando pode ser usado quantas vezes forem neces- vas: INSTITUTO AOCP - 2018 - ITEP - RN - Perito Criminal - Químico
sárias até chegar ao tamanho desejado. Um arquivo com a extensão .pptx pode ser editado por qual
Deixe a fonte tão grande quanto você quiser... aplicativo?
Ctrl + Shift + < - O contrário do comando anterior, ele diminui a A) Microsoft PowerPoint 2010, 2013, 2016.
fonte do texto selecionado. Também pode ser usado até chegar ao B) Microsoft PowerPoint 2003.
tamanho desejado. C) LibreOffice Writer.
...ou tão pequena quanto for preciso. D) Microsoft Edge.
Ctrl + A - Abrir um documento que já existe. Este atalho funcio- E) LibreOffice Draw.
na em quase todos os programas do Windows. GABARITO OFICIAL: LETRA A
Ctrl + L - Abre a caixa de diálogo para pesquisar por palavras
específicas no documento. Este comando não funciona se houver 03. Ano: 2016 Banca: INQC Órgão: CREFITO 5° Região - RS Pro-
algum texto selecionado, pois desta forma ele alinha à esquerda o va: INQC - 2016 - CREFITO 5° Região - RS - Auxiliar Administrativo
que estiver na seleção. A cerca do Microsoft PowerPoint 2010 é INCORRETO afirmar
Ctrl + G - Alinha o parágrafo selecionado à direita. que
Ctrl + Q - Alinha o parágrafo selecionado à esquerda. A) com o PowerPoint consegue-se produzir slides.
Ctrl + J - Justifica o parágrafo do texto que estiver selecionado. B) nos slides podemos inserir textos e imagens.
Ctrl + E - Centraliza o parágrafo do texto que estiver selecio- C) permite animar os textos contidos nos slides.
nado. D) é ótimo para auxiliar professores em aulas expositivas.
Shift + F9 - Deixa visível ou oculta as linhas de grade no slide. E) o PowerPoint permite trabalhar com textos nos slides, mas
Elas servem como um auxílio para posicionar textos, figuras e ou- não possui a ferramenta Corretor Ortográfico.
tros objetos no espaço visível. As linhas não são vistas durante a GABARITO OFICIAL: LETRA E
apresentação.
Alt + F9 - Deixa visível ou oculta as linhas de desenho no slide. 04. Ano: 2017 Banca: Quadrix Órgão: COFECI Prova: Quadrix -
Como as linhas de grade, elas servem para posicionar objetos no 2017 - COFECI - Auxiliar Administrativo
espaço visível. Elas também não são visíveis em apresentações. Texto associado
F5 - Inicia a apresentação a partir do primeiro slide. No item que avalia conhecimento de informática, a menos que
C ou , (vírgula) - Durante a apresentação, volta para o começo seja explicitamente informado o contrário, considere que: todos os
e exibe um slide em branco, sem nenhum conteúdo. programas mencionados estejam em configuração-padrão, em por-
Shift + F10 - Durante a apresentação, exibe um menu de ata- tuguês; o mouse esteja configurado para pessoas destras; expres-
lhos. sões como clicar, clique simples e clique duplo refiram-se a cliques
Número + Enter - Durante a apresentação, digitar um número com o botão esquerdo do mouse; teclar corresponda à operação de
e dar Enter leva o usuário para a tela com o número digitado. Por pressionar uma tecla e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas
exemplo, para ir direto para o 10º slide, digite 10 e aperte Enter. uma vez. Considere também que não haja restrições de proteção,
P; Enter; Page Down; Seta para direita; Seta para baixo ou bar- de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos,
ra de espaços - Qualquer uma dessas teclas pode ser usada, duran- diretórios, recursos e equipamentos mencionados.
te uma apresentação, para passar para a próxima transição ou para No que se refere ao programa Microsoft PowerPoint 2013 e ao
o próximo slide. sistema operacional Windows 7, julgue o próximo item.
A; Backspace; Page Up; Seta para a esquerda e Seta para cima No PowerPoint 2013, é possível usar vários slides mestres em
- Qualquer uma dessas teclas pode ser usada, durante uma apre- uma apresentação.
sentação, para voltar ao slide ou à transição anterior. ( ) Certo ( ) Errado
Esc ou Hífen - Finaliza a apresentação (mesmo antes de chegar GABARITO OFICIAL: CERTO
ao final) e volta para o editor, mostrando o primeiro slide
05. Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: SANEFRAI Prova: FEPESE -
Fonte: 2017 - FEPESE - Assistente Administrativo
https://support.office.com/pt-br No contexto do MS Powerpoint 2010 em português, o que é
www.qconcursos.com um Slide Mestre?
A) É o slide que armazena informações sobre o tema e os
layouts de slide, incluindo o plano de fundo, a cor, as fontes e os
tamanhos dos espaços reservados.

39
INFORMÁTICA
B) É o primeiro slide de uma apresentação e contém informa- 04. Ano: 2017 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF
ções sobre a apresentação incluindo seu título, nome do arquivo e SUL - MG - 2017 - IF Sul - MG - Auxiliar de Biblioteca
quantidade de slides. O MS Excel possui diversas fórmulas. A fórmula abaixo que é
C) É um meta-slide invisível durante a apresentação que con- válida no MS Excel em português é:
tém informações sobre a apresentação como autor, data de criação A) =soma(10;20)
e última modificação, nome do arquivo e permissões de acesso. B) =soma(A100::A90)
D) É um slide oculto que contém informações sobre a apre- C) =soma(A:100,B:100)
sentação, como seções da apresentação, efeitos de transição entre D) =soma(A10, A20, C30)
slides e tempos de passagem entre slides. GABARITO OFICIAL: LETRA A
E) É uma paleta de edição individual que contém informações
como ferramentas de edição personalizadas para cada slide da 05. Ano: 2017 Banca: FUNDEP (Gestão de Concursos) Órgão:
apresentação. CRM - MG Provas: FUNDEP (Gestão de Concursos) - 2017 - CRM -
GABARITO OFICIAL: LETRA A MG - Agente Administrativo
As fórmulas do MS Excel são essenciais e auxiliam na criação de
planilhas eletrônicas.
EXERCÍCIOS Assinale a alternativa que apresenta a fórmula utilizada no MS
Excel para somar todos os números em um intervalo de células.
01. Ano: 2017 Banca: FCC Órgão: PC-AP Prova: FCC - 2017 - PC- A) =PROCV()
-AP - Delegado de Polícia B) =DESC()
A planilha a seguir foi digitada no LibreOffice Calc 5.3 e no Mi- C) =SOMA()
crosoft Excel, ambos em português, e mostra os homicídios por ar- D) =BD()
mas de fogo em algumas regiões do Brasil de 2009 a 2014. GABARITO OFICIAL: LETRA C
Na célula H3, foi digitada uma fórmula para calcular a média
aritmética dos valores do intervalo de células de B3 a G3. A fórmula LIBREOFFICE OU BROFFICE
utilizada foi
A) =MÉDIA(B3:G3)tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Mi- O LibreOffice (que se chamava BrOffice) é um software livre e
crosoft Excel. de código aberto que foi desenvolvido tendo como base o OpenOf-
B) =AVG(B3:G3) no LibreOffice Calc 5.3 e =MÉDIA(B3:G3) no fice. Pode ser instalado em vários sistemas operacionais (Windows,
Microsoft Excel. Linux, Solaris, Unix e Mac OS X), ou seja, é multiplataforma. Os apli-
C) =AVG(B3:G3) tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Micro- cativos dessa suíte são:
soft Excel. • Writer - editor de texto;
D) =MEDIA(B3:G3) no LibreOffice Calc 5.3 e =AVERAGE(B3:G3) • Calc - planilha eletrônica;
no Microsoft Excel. • Impress - editor de apresentações;
E) =MED(B3:G3)tanto no LibreOffice Calc 5.3 quanto no Micro- • Draw - ferramenta de desenho vetorial;
soft Excel. • Base - gerenciador de banco de dados;
GABARITO OFICIAL: LETRA A • Math - editor de equações matemáticas.
02. Ano: 2016 Banca: FEPESE Órgão: CELESC Prova: FEPESE - O LibreOffice trabalha com um formato de padrão aberto cha-
2016 - CELESC - Assistente Administrativo mado Open Document Format for Office Applications (ODF), que
Qual é o nome de um programa de informática produzido pela é um formato de arquivo baseado na linguagem XML. Os forma-
Microsoft, também conhecido como planilha eletrônica, destinado tos para Writer, Calc e Impress utilizam o mesmo “prefixo”, que
ao cálculo e à construção de gráficos com a capacidade de edição,
é “od” de “Open Document”. Dessa forma, o que os diferencia é
formatação e personalização de documentos?
a última letra. Writer → .odt (Open Document Text); Calc → .ods
A) HP 12C
(Open Document Spreadsheet); e Impress → .odp (Open Document
B) Régua de cálculo
Presentations).
C) Metodologias ágeis
Em relação a interface com o usuário, o LibreOffice utiliza o
D) Plataforma mobile
conceito de menus para agrupar as funcionalidades do aplicativo.
E) MS Excel
Além disso, todos os aplicativos utilizam uma interface semelhante.
GABARITO OFICIAL: LETRA E
Veja no exemplo abaixo o aplicativo Writer.
03.Ano: 2016 Banca: INQC Órgão: CREFITO 5° Região - RS Pro-
va: INQC - 2016 - CREFITO 5° Região - RS - Auxiliar Administrativo
Sobre o Excel é correto afirmar que:
I- O Excel é uma planilha eletrônica. II- O Excel pode ser utiliza-
do para atender necessidades pessoais ou profissionais. III- O Excel
não permite que o usuário crie suas próprias fórmulas, mas traz
muitas fórmulas e funções prontas. IV- O Excel funciona online e
off-line. V- O Excel pertence ao pacote office.
Quais estão corretas?
A) Apenas a III.
B) Apenas a I, II, IV e V.
C) Apenas a I e V.
D) A I, II, III, IV e V.
E) Apenas a I, II e III.
GABARITO OFICIAL: LETRA B

40
INFORMÁTICA

Figura 40: Tela do Libreoffice Writer

O LibreOffice permite que o usuário crie tarefas automatizadas que são conhecidas como macros (utilizando a linguagem LibreOffice
Basic).
WRITER

O Writer é o editor de texto do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .odt (Open Document Text). As principais teclas de
atalho do Writer são:

Figura 41: Atalhos Word x Writer

CALC

O Calc é o software de planilha eletrônica do LibreOffice e o seu formato de arquivo padrão é o .ods (Open Document Spreadsheet).
O Calc trabalha de modo semelhante ao Excel no que se refere ao uso de fórmulas. Ou seja, uma fórmula é iniciada pelo sinal de igual
(=) e seguido por uma sequência de valores, referências a células, operadores e funções.
Algumas diferenças entre o Calc e o Excel:
Para fazer referência a uma interseção no Calc, utiliza-se o sinal de exclamação (!). Por exemplo, “B2:C4!C3:C6” retornará a C3 e C4
(interseção entre os dois intervalos). No Excel, isso é feito usando um espaço em branco (B2:C4 C3:C6).

41
INFORMÁTICA
• Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Com-
pactar apresentação e Player de mídia;
• Apresentação de Slides - contém comandos para controlar a
apresentação de slides e adicionar efeitos em objetos e na transi-
ção de slides.

3. REDES DE COMPUTADORES, INTERNET E WEB. CON-


CEITOS, CARACTERÍSTICAS, MEIOS DE TRANSMISSÃO,
TOPOLOGIAS, PADRÕES, CABOS UTP X STP, CONECTO-
RES, SITES DE PESQUISA, BROWSERS, CORREIO ELE-
Figura 69: Exemplo de Operação no Calc TRÔNICO, WEBMAIL, REDES SOCIAIS.

Para fazer referência a uma célula que esteja em outra plani-


lha, na mesma pasta de trabalho, digite “nome_da_planilha + . + cé- CONCEITO DE INTERNET
lula. Por exemplo, “Plan2.A1” faz referência a célula A1 da planilha
chamada Plan2. No Excel, isso é feito usando o sinal de exclamação O objetivo inicial da Internet era atender necessidades milita-
! (Plan2!A1). res, facilitando a comunicação. A agência norte-americana ARPA –
ADVANCED RESEARCH AND PROJECTS AGENCY e o Departamento
Menus do Calc de Defesa americano, na década de 60, criaram um projeto que
Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento in- pudesse conectar os computadores de departamentos de pesqui-
teiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF. sas e bases militares, para que, caso um desses pontos sofresse
Editar - contém comandos para editar o conteúdo documento algum tipo de ataque, as informações e comunicação não seriam
como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir, Cortar, Copiar totalmente perdidas, pois estariam salvas em outros pontos estra-
e Colar. tégicos.
Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um do- O projeto inicial, chamado ARPANET, usava uma conexão a lon-
cumento tais como Zoom, Tela Inteira e Navegador. ga distância e possibilitava que as mensagens fossem fragmentadas
Inserir - contém comandos para inserção de novos elementos e endereçadas ao seu computador de destino. O percurso entre o
no documento como células, linhas, colunas, planilhas, gráficos. emissor e o receptor da informação poderia ser realizado por vá-
Formatar - contém comandos para formatar células seleciona- rias rotas, assim, caso algum ponto no trajeto fosse destruído, os
das, objetos e o conteúdo das células no documento. dados poderiam seguir por outro caminho garantindo a entrega da
Ferramentas - contém ferramentas como Ortografia, Atingir informação, é importante mencionar que a maior distância entre
meta, Rastrear erro, etc. um ponto e outro, era de 450 quilômetros. No começo dos anos
Dados - contém comandos para editar os dados de uma plani- 80, essa tecnologia rompeu as barreiras de distância, passando a
lha. É possível classificar, utilizar filtros, validar, etc. interligar e favorecer a troca de informações de computadores de
Janela - contém comandos para manipular e exibir janelas no universidades dos EUA e de outros países, criando assim uma rede
documento. (NET) internacional (INTER), consequentemente seu nome passa a
Ajuda - permite acessar o sistema de ajuda do LibreOffice. ser, INTERNET.
A evolução não parava, além de atingir fronteiras continentais,
IMPRESS os computadores pessoais evoluíam em forte escala alcançando
forte potencial comercial, a Internet deixou de conectar apenas
É o editor de apresentações do LibreOffice e o seu formato de computadores de universidades, passou a conectar empresas e, en-
arquivo padrão é o .odp (Open Document Presentations). fim, usuários domésticos. Na década de 90, o Ministério das Comu-
nicações e o Ministério da Ciência e Tecnologia do Brasil trouxeram
- O usuário pode iniciar uma apresentação no Impress de a Internet para os centros acadêmicos e comerciais. Essa tecnolo-
duas formas: gia rapidamente foi tomando conta de todos os setores sociais até
• do primeiro slide (F5) - Menu Apresentação de Slides -> atingir a amplitude de sua difusão nos tempos atuais.
Iniciar do primeiro slide Um marco que é importante frisar é o surgimento do WWW
• do slide atual (Shift + F5) - Menu Apresentação de Slides que foi a possibilidade da criação da interface gráfica deixando a
-> Iniciar do slide atual. internet ainda mais interessante e vantajosa, pois até então, só era
- Menu do Impress: possível a existência de textos.
• Arquivo - contém comandos que se aplicam ao documento Para garantir a comunicação entre o remetente e o destinatá-
inteiro como Abrir, Salvar e Exportar como PDF; rio o americano Vinton Gray Cerf, conhecido como o pai da internet
• Editar - contém comandos para editar o conteúdo documen- criou os protocolos TCP/IP, que são protocolos de comunicação. O
to como, por exemplo, Desfazer, Localizar e Substituir, Cortar, Co- TCP – TRANSMISSION CONTROL PROTOCOL (Protocolo de Controle
piar e Colar; de Transmissão) e o IP – INTERNET PROTOCOL (Protocolo de Inter-
• Exibir - contém comandos para controlar a exibição de um net) são conjuntos de regras que tornam possível tanto a conexão
documento tais como Zoom, Apresentação de Slides, Estrutura de entre os computadores, quanto ao entendimento da informação
tópicos e Navegador; trocada entre eles.
• Inserir - contém comandos para inserção de novos slides e A internet funciona o tempo todo enviando e recebendo infor-
elementos no documento como figuras, tabelas e hiperlinks; mações, por isso o periférico que permite a conexão com a internet
• Formatar - contém comandos para formatar o layout e o chama MODEM, porque que ele MOdula e DEModula sinais, e essas
conteúdo dos slides, tais como Modelos de slides, Layout de slide, informações só podem ser trocadas graças aos protocolos TCP/IP.
Estilos e Formatação, Parágrafo e Caractere;

42
INFORMÁTICA
Protocolos Web - POP (Post Office Protocol): Protocolo de Posto dos Correios
Já que estamos falando em protocolos, citaremos outros que permite, como o seu nome o indica, recuperar o seu correio num
são largamente usados na Internet: servidor distante (o servidor POP). É necessário para as pessoas não
- HTTP (Hypertext Transfer Protocol): Protocolo de transferên- ligadas permanentemente à Internet, para poderem consultar os
cia de Hipertexto, desde 1999 é utilizado para trocar informações mails recebidos offline. Existem duas versões principais deste pro-
na Internet. Quando digitamos um site, automaticamente é coloca- tocolo, o POP2 e o POP3, aos quais são atribuídas respectivamente
do à frente dele o http:// as portas 109 e 110, funcionando com o auxílio de comandos tex-
tuais radicalmente diferentes, na troca de e-mails ele é o protocolo
Exemplo: https://www.editorasolucao.com.br/ de entrada.
- IMAP (Internet Message Access Protocol): É um protocolo
Onde: alternativo ao protocolo POP3, que oferece muitas mais possibi-
http:// → Faz a solicitação de um arquivo de hipermídia para a lidades, como, gerir vários acessos simultâneos e várias caixas de
Internet, ou seja, um arquivo que pode conter texto, som, imagem, correio, além de poder criar mais critérios de triagem.
filmes e links. - SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): É o protocolo padrão
- URL (Uniform Resource Locator): Localizador Padrão de recur- para envio de e-mails através da Internet. Faz a validação de desti-
sos, serve para endereçar um recurso na web, é como se fosse um natários de mensagens. Ele que verifica se o endereço de e-mail do
apelido, uma maneira mais fácil de acessar um determinado site. destinatário está corretamente digitado, se é um endereço existen-
te, se a caixa de mensagens do destinatário está cheia ou se rece-
Exemplo: https://www.editorasolucao.com.br, onde: beu sua mensagem, na troca de e-mails ele é o protocolo de saída.
- UDP (User Datagram Protocol): Protocolo que atua na cama-
Faz a solicitação de um arquivo de da de transporte dos protocolos (TCP/IP). Permite que a aplicação
http:// escreva um datagrama encapsulado num pacote IP e transportado
hiper mídia para a Internet.
ao destino. É muito comum lermos que se trata de um protocolo
Estipula que esse recurso está na rede mundial não confiável, isso porque ele não é implementado com regras que
www de computadores (veremos mais sobre www garantam tratamento de erros ou entrega.
em um próximo tópico).
É o endereço de domínio. Um endereço de Provedor
editorasolucao domínio representará sua empresa ou seu O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece
espaço na Internet. acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se
com um computador que já esteja na Internet (no caso, o prove-
Indica que o servidor onde esse site está
.com dor) e esse computador deve permitir que seus usuários também
hospedado é de finalidades comerciais.
tenham acesso a Internet.
.br Indica queo servidor está no Brasil. No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embra-
tel, que por sua vez, está conectada com outros computadores fora
Encontramos, ainda, variações na URL de um site, que demons- do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que
tram a finalidade e organização que o criou, como: interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Em-
.gov - Organização governamental bratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da
.edu - Organização educacional Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma
.org - Organização avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que estão
.ind - Organização Industrial interligadas nesta avenida. Tanto o link como o backbone possui
.net - Organização telecomunicações uma velocidade de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele
.mil - Organização militar transmite os dados.
.pro - Organização de profissões Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser
.eng – Organização de engenheiros feito um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um
nome de usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico
E também, do país de origem: na Internet.
.it – Itália
.pt – Portugal Home Page
.ar – Argentina Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arqui-
.cl – Chile vo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando
.gr – Grécia um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em
Quando vemos apenas a terminação .com, sabemos que se tra- um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando
ta de um site hospedado em um servidor dos Estados Unidos. a busca de informações dentro das Home Pages.
- HTTPS (Hypertext transfer protocol secure): Semelhante ao Plug-ins
HTTP, porém permite que os dados sejam transmitidos através de Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do
uma conexão criptografada e que se verifique a autenticidade do Browser em recursos específicos - permitindo, por exemplo, que
servidor e do cliente através de certificados digitais. você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de uma
- FTP (File Transfer Protocol): Protocolo de transferência de Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo plug-ins
arquivo, é o protocolo utilizado para poder subir os arquivos para a uma velocidade impressionante. Maiores informações e endere-
um servidor de internet, seus programas mais conhecidos são, o ços sobre plug-ins são encontradas na página:
Cute FTP, FileZilla e LeechFTP, ao criar um site, o profissional utiliza http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/
um desses programas FTP ou similares e executa a transferência Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
dos arquivos criados, o manuseio é semelhante à utilização de ge- Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos
renciadores de arquivo, como o Windows Explorer, por exemplo. uma relação de alguns deles:

43
INFORMÁTICA
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.). cedo para se afirmar onde a intranet vai ser mais efetiva para unir
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.). (no sentido operacional) os diversos profissionais de uma empresa.
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX, etc.). Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
- Negócios e Utilitários. - Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas de
- Apresentações. preços, promoções, planejamento de eventos;
- Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Trabalho),
INTRANET planejamentos, listas de responsabilidades de membros das equi-
pes, situações de projetos;
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma - Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas de
Internet restrita apenas a utilização interna de uma empresa. As melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais de qualidade;
intranets ou Webs corporativas, são redes de comunicação internas - Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, políticas
baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado da companhia, organograma, oportunidades de trabalho, progra-
internamente, e que pode ser acessado apenas pelos funcionários mas de desenvolvimento pessoal, benefícios.
da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e departa- Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa, o
mentos, mesclando (com segurança) as suas informações particula- funcionário praticamente não precisa ser treinado. Afinal, o esforço
res dentro da estrutura de comunicações da empresa. de operação desses programas se resume quase somente em clicar
O grande sucesso da Internet, é particularmente da World nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a simplicida-
Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na evolução da in- de de uma intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse
formática nos últimos anos. tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de profissionais es-
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interliga- pecializados. Essa dificuldade aumenta com o tamanho da intranet,
dos através de vínculos, ou links) e a enorme facilidade de se criar, sua diversidade de funções e a quantidade de informações nela ar-
interligar e disponibilizar documentos multimídia (texto, gráficos, mazenadas.
animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de
redes de computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantes- A intranet é baseada em quatro conceitos:
ca base de usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos - Conectividade - A base de conexão dos computadores ligados
de informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgiram por meio de uma rede, e que podem transferir qualquer tipo de
muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que informação digital entre si;
permitem a qualquer organização ou empresa, sem muito esfor- - Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e sis-
ço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar informação. O temas operacionais podem ser conectados de forma transparente;
resultado inevitável foi a impressionante explosão na informação - Navegação - É possível passar de um documento a outro por
disponível na Internet, que segundo consta, está dobrando de ta- meio de referências ou vínculos de hipertexto, que facilitam o aces-
manho a cada mês. so não linear aos documentos;
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que tem - Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso ou
interessado um número cada vez maior de empresas, hospitais, manipulação na intranet só podem ocorrer graças à execução de
faculdades e outras organizações interessadas em integrar infor- programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou nos micro-
mações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação prome- computadores que acessam a rede (também chamados de clientes,
te operar uma revolução tão profunda para a vida organizacional daí surgiu à expressão que caracteriza a arquitetura da intranet:
quanto o aparecimento das primeiras redes locais de computado- cliente-servidor).
res, no final da década de 80. - A vantagem da intranet é que esses programas são ativados
através da WWW, permitindo grande flexibilidade. Determinadas
O que é Intranet? linguagens, como Java, assumiram grande importância no desen-
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995 volvimento de softwares aplicativos que obedeçam aos três con-
por fornecedores de produtos de rede para se referirem ao uso ceitos anteriores.
dentro das empresas privadas de tecnologias projetadas para a co-
municação por computador entre empresas. Em outras palavras, Mecanismos de Buscas
uma intranet consiste em uma rede privativa de computadores Pesquisar por algo no Google e não ter como retorno exata-
que se baseia nos padrões de comunicação de dados da Internet mente o que você queria pode trazer algumas horas de trabalho
pública, baseadas na tecnologia usada na Internet (páginas HTML, a mais, não é mesmo? Por mais que os algoritmos de busca sejam
e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. En- sempre revisados e busquem de certa forma “adivinhar” o que se
tre as razões para este sucesso, estão o custo de implantação rela- passa em sua cabeça, lançar mão de alguns artifícios para que sua
tivamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas busca seja otimizada poupará seu tempo e fará com que você tenha
de navegação na Web, os browsers. acesso a resultados mais relevantes.
2. Objetivo de construir uma Intranet Os mecanismos de buscas contam com operadores para filtro de
Organizações constroem uma intranet porque ela é uma fer- conteúdo. A maior parte desse filtros, no entanto, pode não interes-
ramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente para economizar sar a você, caso não seja um praticante de SEO. Contudo, alguns são
tempo, diminuir as desvantagens da distância e alavancar sobre o realmente úteis e estão listados abaixo. Realize uma busca simples e
seu maior patrimônio de capital com conhecimentos das operações depois aplique os filtros para poder ver o quanto os resultados po-
e produtos da empresa. dem ser mais especializados em relação ao que você procura.

3. Aplicações da Intranet -palavra_chave


Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comunicações Retorna uma busca excluindo aquelas em que a palavra cha-
corporativas em uma intranet dá para simplificar o trabalho, pois ve aparece. Por exemplo, se eu fizer uma busca por computação,
estamos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer modo, é provavelmente encontrarei na relação dos resultados informaçõe

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INFORMÁTICA
sobre “Ciência da computação“. Contudo, se eu fizer uma busca por Porém, muitos destes programas não são o que se pode cha-
computação -ciência, os resultados que tem a palavra chave ciência mar de simples e intuitivos, causando confusão em seu uso ou na
serão omitidos. manipulação dos recursos existentes. Caso o que você precise seja
apenas um programa para visualizar imagens e aplicar tratamentos
+palavra_chave e efeitos simples ou montar apresentações de slides, é sempre bom
Retorna uma busca fazendo uma inclusão forçada de uma pala- dar uma conferida em alguns aplicativos mais leves e com recursos
vra chave nos resultados. De maneira análoga ao exemplo anterior, mais enxutos como os visualizadores de imagens.
se eu fizer uma busca do tipo computação, terei como retorno uma Abaixo, segue uma seleção de visualizadores, muitos deles tra-
gama mista de resultados. Caso eu queira filtrar somente os casos zendo os recursos mais simples, comuns e fáceis de se utilizar dos
em que ciências aparece, e também no estado de SP, realizo uma editores, para você que não precisa de tantos recursos, mas ainda
busca do tipo computação + ciência SP. assim gosta de dar um tratamento especial para as suas mais varia-
das imagens.
“frase_chave” O Picasa está com uma versão cheia de inovações que faz dele
Retorna uma busca em que existam as ocorrências dos termos um aplicativo completo para visualização de fotos e imagens. Além
que estão entre aspas, na ordem e grafia exatas ao que foi inserido. disso, ele possui diversas ferramentas úteis para editar, organizar e
Assim, se você realizar uma busca do tipo “como faser” – sim, com gerenciar arquivos de imagem do computador.
a escrita incorreta da palavra FAZER, verá resultados em que a frase As ferramentas de edição possuem os métodos mais avança-
idêntica foi empregada. dos para automatizar o processo de correção de imagens. No caso
de olhos vermelhos, por exemplo, o programa consegue identificar
palavras_chave_01 OR palavra_chave_02 e corrigir todos os olhos vermelhos da foto automaticamente sem
Mostra resultado para pelo menos uma das palavras chave cita- precisar selecionar um por um. Além disso, é possível cortar, endi-
das. Faça uma busca por facebook OR msn, por exemplo, e terá como reitar, adicionar textos, inserir efeitos, e muito mais.
resultado de sua busca, páginas relevantes sobre pelo menos um dos Um dos grandes destaques do Picasa é sua poderosa biblioteca
dois temas - nesse caso, como as duas palavras chaves são populares, de imagens. Ele possui um sistema inteligente de armazenamento
os dois resultados são apresentados em posição de destaque. capaz de filtrar imagens que contenham apenas rostos. Assim você
consegue visualizar apenas as fotos que contém pessoas.
filetype:tipo Depois de tudo organizado em seu computador, você pode es-
Retorna as buscas em que o resultado tem o tipo de exten- colher diversas opções para salvar e/ou compartilhar suas fotos e
são especificada. Por exemplo, em uma busca filetype:pdf jquery imagens com amigos e parentes. Isso pode ser feito gravando um
serão exibidos os conteúdos da palavra chave jquery que tiverem CD/DVD ou enviando via Web. O programa possui integração com o
como extensão .pdf. Os tipos de extensão podem ser: PDF, HTML PicasaWeb, o qual possibilita enviar um álbum inteiro pela internet
ou HTM, XLS, PPT, DOC. em poucos segundos.
O IrfanView é um visualizador de imagem muito leve e com
palavra_chave_01 * palavra_chave_02 uma interface gráfica simples porém otimizada e fácil de utilizar,
Retorna uma “busca combinada”, ou seja, sendo o * um indica- mesmo para quem não tem familiaridade com este tipo de progra-
dor de “qualquer conteúdo”, retorna resultados em que os termos ma. Ele também dispõe de alguns recursos simples de editor. Com
inicial e final aparecem, independente do que “esteja entre eles”. ele é possível fazer operações como copiar e deletar imagens até o
Realize uma busca do tipo facebook * msn e veja o resultado na efeito de remoção de olhos vermelhos em fotos. O programa ofe-
prática. rece alternativas para aplicar efeitos como texturas e alteração de
cores em sua imagem por meio de apenas um clique.
Áudio e Vídeo Além disso sempre é possível a visualização de imagens pelo
A popularização da banda larga e dos serviços de e-mail com próprio gerenciador do Windows.
grande capacidade de armazenamento está aumentando a circula-
ção de vídeos na Internet. O problema é que a profusão de forma- Transferência de arquivos pela internet
tos de arquivos pode tornar a experiência decepcionante. FTP (File Transfer Protocol – Protocolo de Transferência de Ar-
A maioria deles depende de um único programa para rodar. quivos) é uma das mais antigas formas de interação na Internet. Com
Por exemplo, se a extensão é MOV, você vai necessitar do QuickTi- ele, você pode enviar e receber arquivos para, ou de computadores
me, da Apple. Outros, além de um player de vídeo, necessitam do que se caracterizam como servidores remotos. Voltaremos aqui ao
“codec” apropriado. conceito de arquivo texto (ASCII – código 7 bits) e arquivos não texto
Acrônimo de “COder/DECoder”, codec é uma espécie de com- (Binários – código 8 bits). Há uma diferença interessante entre enviar
plemento que descomprime - e comprime - o arquivo. É o caso do uma mensagem de correio eletrônico e realizar transferência de um
MPEG, que roda no Windows Media Player, desde que o codec es- arquivo. A mensagem é sempre transferida como uma informação
teja atualizado - em geral, a instalação é automática. textual, enquanto a transferência de um arquivo pode ser caracteri-
Com os três players de multimídia mais populares - Windows zada como textual (ASCII) ou não-textual (binário).
Media Player, Real Player e Quicktime -, você dificilmente encon- Um servidor FTP é um computador que roda um programa que
trará problemas para rodar vídeos, tanto offline como por strea- chamamos de servidor de FTP e, portanto, é capaz de se comunicar
ming (neste caso, o download e a exibição do vídeo são simultâ- com outro computador na Rede que o esteja acessando através de
neos, como na TV Terra). um cliente FTP.
Atualmente, devido à evolução da internet com os mais varia- FTP anônimo versus FTP com autenticação existem dois tipos
dos tipos de páginas pessoais e redes sociais, há uma grande de- de conexão FTP, a primeira, e mais utilizada, é a conexão anônima,
manda por programas para trabalhar com imagens. E, como sem- na qual não é preciso possuir um username ou password (senha) no
pre é esperado, em resposta a isso, também há no mercado uma servidor de FTP, bastando apenas identificar-se como anonymous
ampla gama de ferramentas existentes que fazem algum tipo de (anônimo). Neste caso, o que acontece é que, em geral, a árvore de
tratamento ou conversão de imagens. diretório que se enxerga é uma sub-árvore da árvore do sistema.

45
INFORMÁTICA
Isto é muito importante, porque garante um nível de segurança Como já disse, redes sociais são os grupos de conexões e re-
adequado, evitando que estranhos tenham acesso a todas as infor- lacionamentos que temos com outras pessoas. Já as mídias sociais
mações da empresa. Quando se estabelece uma conexão de “FTP são plataformas que garantem que isso aconteça.
anônimo”, o que acontece em geral é que a conexão é posicionada Ainda confuso? Fica claro quando entendemos que ambas po-
no diretório raiz da árvore de diretórios. Dentre os mais comuns dem servir como plataformas para que mantenhamos nossas redes
estão: pub, etc, outgoing e incoming. O segundo tipo de conexão de relacionamento, no entanto, redes sociais tem esse como sua
envolve uma autenticação, e portanto, é indispensável que o usuá- principal característica e estão dentro do que classificamos como
rio possua um username e uma password que sejam reconhecidas mídias sociais.
pelo sistema, quer dizer, ter uma conta nesse servidor. Neste caso, Enquanto mídias sociais são plataformas que tem como sua
ao estabelecer uma conexão, o posicionamento é no diretório cria- principal função o compartilhamento em massa de conteúdo e
do para a conta do usuário – diretório home, e dali ele poderá per- transmissão de informações, como blogs, site e até mesmo o You-
correr toda a árvore do sistema, mas só escrever e ler arquivos nos tube.
quais ele possua. Resumindo tudo isso, podemos afirmar que as redes sociais
Assim como muitas aplicações largamente utilizadas hoje em são uma categoria dentro das mídias sociais. Locais onde podemos
dia, o FTP também teve a sua origem no sistema operacional UNIX, interagir com pessoas que conhecemos, mas nos quais a todo mo-
que foi o grande percursor e responsável pelo sucesso e desenvol- mento estamos expostos a uma imensidão de conteúdo.
vimento da Internet.
Principais redes sociais
Algumas dicas Você já está cansado de saber a importância das redes sociais
1. Muitos sites que aceitam FTP anônimo limitam o número não só para usuários e empresas, mas para a sociedade como um
de conexões simultâneas para evitar uma sobrecarga na máquina. todo.
Uma outra limitação possível é a faixa de horário de acesso, que No entanto, com tantas redes sociais é difícil entender qual o
muitas vezes é considerada nobre em horário comercial, e portan- papel de cada uma e por que estar presente nelas é fundamental
to, o FTP anônimo é temporariamente desativado. para qualquer marca.
2. Uma saída para a situação acima é procurar “sites espelhos” Confira quais são as mídias e redes sociais mais importantes
que tenham o mesmo conteúdo do site sendo acessado. do mundo (e mais usadas no Brasil) e como você pode começar a
3. Antes de realizar a transferência de qualquer arquivo veri- aproveitar de todo o potencial delas agora mesmo:
fique se você está usando o modo correto, isto é, no caso de ar-
quivos-texto, o modo é ASCII, e no caso de arquivos binários (.exe, Facebook
.com, .zip, .wav, etc.), o modo é binário. Esta prevenção pode evitar Número de usuários: + 2 bilhões
perda de tempo. O Facebook é a maior rede social do mundo. E não é à toa: ne-
4. Uma coisa interessante pode ser o uso de um servidor de nhuma outra na história da internet conseguiu reunir tão bem em
FTP em seu computador. Isto pode permitir que um amigo seu con- um lugar só tudo que seu usuário precisa.
siga acessar o seu computador como um servidor remoto de FTP, Durante toda sua história a plataforma se revolucionou cada
bastando que ele tenha acesso ao número IP, que lhe é atribuído vez mais, sempre prezando pela experiência de seus usuários. E,
dinamicamente. por isso, conseguiu manter-se no topo.
Além de ser focada em seus usuários, ela é uma das maiores
Redes Sociais formas de geração de oportunidades e aquisição de clientes para
qualquer empresa. Uma empresa que não está no Facebook atual-
Redes sociais, quando falamos do ambiente online, são plata- mente quase não existe para a sociedade, dominada por heavy
formas facilitadores das conexões sociais em nossas vidas. Nelas users de mídias sociais.
nos relacionamos com outros indivíduos baseado em nossos inte-
resses e visões de mundo. Instagram
Antes de representar tudo o que conhecemos hoje, redes so- Número de usuários: + 800 milhões
ciais significava simplesmente um grupo de pessoas relacionadas Falar de redes sociais atualmente e não dar o devido destaque
entre si. ao Instagram é um grande erro. Uma das redes sociais com maior
Pense nos grupos de amigos que você tem, sejam eles da facul- crescimento nos últimos anos, a previsão é de uma expansão ainda
dade, do trabalho ou mesmo sua família. Cada um desses grupos é maior para os próximos anos, considerandoas funcionalidades que
uma rede social que você tem. Parece pouco perto de como vemos surgem a todo momento e o crescente número de usuários.
as redes sociais atualmente, não é mesmo? No entanto, essa pre- Os milhões de usuários da rede aproveitam das inúmeras pos-
missa continua viva dentro das mídias que utilizamos atualmente. sibilidades que o aplicativo de compartilhamento de fotografias
Afinal, a principal função de uma rede social é conectar pes- oferece desde compartilhar momentos diários com o Instagram
soas dentro do mundo virtual, seja para construir novas conexões Stories até interagir e comentar nas postagens de amigos e familia-
sociais ou apenas manter já existentes. res, criando uma verdadeira rede social nessa plataforma.
É inegável o sucesso obtido pelas redes sociais que conhece- Como o Instagram é a maior rede social com foco em conteúdo
mos, como Facebook e WhatsApp. Dificilmente conseguimos pen- visual, ela apresenta grandes oportunidades tanto para empresas
sar nossas interações sociais sem a presença delas e isso mostra a quanto para indivíduos.
força dessas plataformas, que tomam conta do mundo como co-
nhecemos. LinkedIn
Número de Usuários: + de 500 milhões de usuários
Mídias Sociais ou Rede Sociais? A maior rede social profissional do mundo foi criada em 2002
Você provavelmente já se confundiu entre redes sociais e mí- e vive, assim como o Youtube, tempos áureos em sua jornada. Im-
dias sociais. Mas é importante salientar que elas não são a mesma prescindível para qualquer profissional, é também essencial para
coisa. Por isso, vamos diferenciá-las agora mesmo. toda empresa.

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INFORMÁTICA
Além de ser um grande hub de conexões profissionais, é utiliza- No entanto, em 2016, com o surgimento do Instagram Stories,
do por muitas marcas como principal plataforma de recrutamento a plataforma entrou em um agravado declínio e agora não está
de talentos e grande potencializador de carreiras. nem perto de ser o que era em seu momento de auge. Apesar disso
Tudo do mundo dos negócios está nessa rede e ela possui cada ela ainda está presente no cotidiano de muitas pessoas e tem sua
vez mais influência e relevância nesse meio. importância.
Referências:
Youtube https://marketingdeconteudo.com/tudo-sobre-redes-sociais/
Número de usuários: + 1,3 bilhões www.qconcursos.com
Estamos vivenciando o auge do Youtube. É quase impossível
não ver pelo menos um vídeo dessa rede social em seu dia. Muito Vantagens e Desvantagens
disso se deve a crescente presença de conteúdos audiovisuais no Existem várias vantagens em fazer parte de redes sociais e é
marketing digital. principalmente por isso que elas tiveram um crescimento tão signi-
A plataforma de compartilhamento de vídeos permite a disse- ficativo ao longo dos anos.
minação em massa de vídeos, onde atualmente existe verdadeiras Isso porque as redes sociais podem aproximar as pessoas. Afi-
comunidades. Sejam eles influenciadores ou empresas tentando
nal, elas são uma maneira fácil de manter as relações e o contato
transmitir seu conteúdo, o Youtube se tornou uma mídia impres-
com quem está distante, propiciando, assim, a possibilidade de in-
cindível para qualquer indivíduo.
teragir em tempo real.
Fundado em 2005 e comprada pelo Google em 2006, ela tem
As redes também facilitam a relação com quem está mais per-
tudo para continuar seu crescimento gigantesco nos próximos anos.
to. Em decorrência da rotina corrida do dia a dia, nem sempre há
Twitter tempo para que as pessoas se encontrem fisicamente.
Número de usuários: + 330 milhões Além disso, as redes sociais oferecem uma forma rápida e efi-
O Twitter é uma das maiores redes sociais do mundo, sendo caz de comunicar algo para um grande número de pessoas ao mes-
marcada como um lugar no qual seus usuários podem compartilhar mo tempo.
sua rotina e suas opiniões. Podemos citar como exemplo o fato de poder avisar um acon-
Essa rede social é palco de grandes debates político-sociais e, tecimento, a preparação de uma manifestação ou a mobilização de
apesar de estar em declínio, se mostra extremamente relevante um grupo para um protesto.
como espaço de expressão. E, por isso, ele uma plataforma muito No entanto, em decorrência de alguns perigos, as redes sociais
vantajosa para as marcas. apresentam as suas desvantagens. Uma delas é a falta de privaci-
dade.
WhatsApp Por esse motivo, o uso das redes sociais tem sido cada vez mais
Número de Usuários: + de 1,5 bilhões de usuários ativos discutido, inclusive pela polícia, que alerta para algumas precau-
Talvez a rede social mais popular do Brasil, o WhatsApp está ções.
conosco todos os dias e em todos os momentos. Afinal, ele é nossa Por ser algo muito atual, tem caído muitas questões de redes
maneira mais fácil de comunicar com outras pessoas e pode ser um sociais nos concursos atualmente.
grande facilitador para seus consumidores fazerem o mesmo.
Baseado na troca de mensagens instantâneas, é a maior plata-
forma do mundo com essa função e é uma ótima maneira de man-
EXERCÍCIOS
ter o relacionamento com seu público.
1. Ano: 2017 Banca: IBGP Órgão: CISSUL - MG Provas: IBGP -
Google+ 2017 - CISSUL - MG - Psicólogo
Número de Usuários: 4 a 6 milhões de usuários ativos O Brasil está entre os cinco países com maior número de usuá-
O Google+ é uma rede social peculiar. Apesar de estar ancora-
rios de redes sociais. São exemplos de redes sociais na internet:
da na maior plataforma de buscas do mundo, ela nunca realmente
A) Facebook, Hotmail e Twitter.
decolou.
B) Skype, Facebook e Youtube.
Criado em 2011, já acumula bilhões de usuários, por causa de
C) Flickr, Linkedin e Gmail.
sua integração com contas do Google. No entanto, menos de 9%
D) Linkedin, Facebook e Twitter.
desses indivíduos já postou algo nessa rede social, o que mostra
GABARITO OFICIAL: LETRA D
que ela é basicamente um deserto.
Mesmo estando quase inabitada, essa rede social é uma gran-
de incógnita. Afinal, com o Google por trás, nunca se sabe quando 2. Ano: 2017 Banca: CETREDE Órgão: Prefeitura de Aquiraz - CE
uma manobra estratégica pode mudar o percurso dessa platafor- Prova: CETREDE - 2017 - Prefeitura de Aquiraz - CE - Guarda Muni-
ma. Mas não esperamos que isso aconteça. cipal
Na era da informação virtual, as redes sociais têm um papel
Snapchat fundamental na comunicação, inovação e divulgação de ideias que
Número de Usuários: + de 300 milhões de usuários ativos pode ser traduzido na seguinte afirmação:
Criado em 2011, o Snapchat teve seu boom no mercado brasi- A) As redes sociais permitem a criação de um novo mundo.
leiro entre 2014 e 2015, quando era praticamente impossível que Nesse mundo, as pessoas podem conectar-se com mais indivíduos
um jovem de 12 a 25 ano não estivesse presente por lá. do que conseguiriam no mundo offline, escrever livremente e al-
O aplicativo se baseia no compartilhamento de conteúdo em cançar vários amigos ao mesmo tempo, procurar opiniões sobre
vídeo, fotos ou textos entre seus usuários. No entanto, a grande produtos, eventos e muito mais.
diferença é que essas imagens somem com 24 horas de seu envio. B) Não importa se você é um profissional de marketing, dono
A ideia da efemeridade e possibilidade de interações rápidas en- de um pequeno negócio ou um grande empreendedor. É seu traba-
tre círculos sociais foi o que conquistou grande parte do país e do lho entender como os consumidores estão conectados e como as
mundo. conversas sociais influenciam sua marca.

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INFORMÁTICA
C) O Facebook é a maior plataforma com mais de 800 milhões
de usuários no mundo inteiro, sendo aproximadamente 5% do Bra-
sil. Ao criar uma fanpage no Facebook, além de criar um alto en-
gajamento com os usuários, você pode ainda aumentar o tráfego
para o seu site.
D) Muitas pessoas usam as redes sociais para interagir com
outras pessoas, conversar com um parente que mora em outra ci-
dade, por exemplo, ou marcar uma festa com os amigos. Enfim, Figura 2: Símbolo do Mozilla Firefox
usam para manter diálogo com as pessoas e também criar novos Opera: Usabilidade muito agradável, possui grande desempe-
vínculos. nho, porém especialistas em segurança o considera o navegador
E) As redes sociais têm mil e uma utilidades, cabe a você, usuá- com menos segurança.
rio, determinar como vai usar essas ferramentas. Vale lembrar que
as redes sociais devem ser usadas com cautela, respeito e cons-
ciência.
GABARITO OFICIAL: LETRA A

NOÇÕES BÁSICAS DE FERRAMENTAS


E APLICATIVOS DE NAVEGAÇÃO

Um browser ou navegador é um aplicativo que opera através Figura 3: Símbolo do Opera


da internet, interpretando arquivos e sites web desenvolvidos com
frequência em código HTML que contém informação e conteúdo Safari: O Safari é o navegador da Apple, é um ótimo navegador
em hipertexto de todas as partes do mundo. considerado pelos especialistas e possui uma interface bem bonita,
Navegadores: Navegadores de internet ou browsers são pro- apesar de ser um navegador da Apple existem versões para Win-
gramas de computador especializados em visualizar e dar acesso às dows.
informações disponibilizadas na web, até pouco tempo atrás tínha-
mos apenas o Internet Explorer e o Netscape, hoje temos uma série
de navegadores no mercado, iremos fazer uma breve descrição de
cada um deles, e depois faremos toda a exemplificação utilizando o
Internet Explorer por ser o mais utilizado em todo o mundo, porém
o conceito e usabilidade dos outros navegadores seguem os mes-
mos princípios lógicos.
Chrome: O Chrome é o navegador do Google e consequente-
mente um dos melhores navegadores existentes. Outra vantagem Figura 4: Símbolo do Safari
devido ser o navegador da Google é o mais utilizado no meio, tem
uma interface simples muito fácil de utilizar. Internet Explorer: O Internet Explorer ou IE é o navegador pa-
drão do Windows. Como o próprio nome diz, é um programa pre-
parado para explorar a Internet dando acesso a suas informações.
Representado pelo símbolo do “e” azul, é possível acessá-lo apenas
com um duplo clique em seu símbolo.

Figura 1: Símbolo do Google Chrome

Glossário interessante que abordam internet e correio eletrô-


nico
Anti-spam: Ferramenta utilizada para filtro de mensagens in-
desejadas. Figura 5: Símbolo do Internet Explorer
Browser: Programa utilizado para navegar na Web, também Glossário interessante que abordam internet e correio eletrô-
chamado de navegador. Exemplo: Mozilla Firefox. nico
Cliente de e-mail: Software destinado a gerenciar contas de Anti-spam: Ferramenta utilizada para filtro de mensagens in-
correio eletrônico, possibilitando a composição, envio, recebimen- desejadas.
to, leitura e arquivamento de mensagens. A seguir, uma lista de ge- Browser: Programa utilizado para navegar na Web, também
renciadores de e-mail (em negrito os mais conhecidos e utilizados chamado de navegador. Exemplo: Mozilla Firefox.
atualmente): Cliente de e-mail: Software destinado a gerenciar contas de
Microsoft Office Outlook, Microsoft Outlook Express, Mozilla correio eletrônico, possibilitando a composição, envio, recebimen-
Thunderbird, Eudora, to, leitura e arquivamento de mensagens. A seguir, uma lista de ge-
Pegasus Mail, Apple Mail (Apple), Kmail (Linux) e Windows Mail. renciadores de e-mail (em negrito os mais conhecidos e utilizados
atualmente):
Mozila Firefox: O Mozila Firefox é outro excelente navegador Microsoft Office Outlook, Microsoft Outlook Express, Mozilla
ele é gratuito e fácil de utilizar apesar de não ter uma interface tão Thunderbird, Eudora,
amigável, porém é um dos navegadores mais rápidas e com maior Pegasus Mail, Apple Mail (Apple), Kmail (Linux) e Windows
segurança contra hackers. Mail.

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INFORMÁTICA
Microsoft Edge É na internet que é executada a World Wide Web (www), sistema
que contém milhares de informações (gráficos, vídeos, textos, sons,
Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer1. etc) que também ficou conhecido como rede mundial.
O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber Tim Berners-Lee na década de 80 começou a criar um proje-
aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo. to que pode ser considerado o princípio da World Wide Web. No
Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con- início da década de 90 ele já havia elaborado uma nova proposta
vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura. para o que ficaria conhecido como WWW. Tim falava sobre o uso
de hipertexto e a partir disso surgiu o “http” (em português signifi-
ca protocolo de transferência de hipertexto). Vinton Cerf também
é um personagem importante e inclusive é conhecido por muitos
como o pai da internet.
URL: Tudo que é disponível na Web tem seu próprio endereço,
chamado URL, ele facilita a navegação e possui características es-
pecíficas como a falta de acentuação gráfica e palavras maiúsculas.
Uma url possui o http (protocolo), www (World Wide Web), o nome
Outras características do Edge são: da empresa que representa o site, .com (ex: se for um site gover-
- Experiência de navegação com alto desempenho. namental o final será .gov) e a sigla do país de origem daquele site
- Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual- (no Brasil é usado o BR).
quer lugar conectado à internet.
- Funciona com a assistente de navegação Cortana. CORREIO ELETRÔNICO
- Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
- Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos. O Correio Eletrônico é o meio mais prático de comunicação
pessoal da Internet. O remetente escreve o texto em seu computa-
Outros pontos importantes de conceitos que podem ser abor- dor, faz uma conexão e, em pouco tempo, a mensagem é entregue.
dado no seu concurso são: O destinatário não precisa estar ligado à Internet no momento em
MIME (Multipurpose Internet Mail Extensions – Extensões que a correspondência é enviada. O texto fica guardado numa caixa
postal eletrônica até que ele se conecte a rede e o leia. Para enviar
multiuso do correio da Internet): Provê mecanismos para o envio
e receber mensagens pode-se utilizar várias formas: Entrar em um
de outros tipo sde informações por e-mail, como imagens, sons,
Site que promova e-mails ou configurar software de e-mail em seu
filmes, entre outros.
computador como o Outlook, o Eudora ou outros.
MTA (Mail Transfer Agent – Agente de Transferência de Cor-
Para enviar uma mensagem, deve-se fornecer o e-mail comple-
reio): Termo utilizado para designar os servidores de Correio Ele-
to do destinatário. O endereço do CETEP-VR, por exemplo, é cete-
trônico.
p-vr@faetec.gov.br, onde cetep-vr é o nome do usuário e faetec.
MUA (Mail User Agent – Agente Usuário de Correio): Progra-
gov.br é o nome do servidor onde fica sua caixa postal. O símbolo
mas clientes de e-mail, como o Mozilla Thunderbird, Microsoft
@ separa essas duas partes e indica que o nome está contido no
Outlook Express etc.
servidor de e-mail.
Este procedimento é semelhante ao serviço de caixa postal
POP3 (Post Office Protocol Version 3 - Protocolo de Agência de
oferecido pelos correios, onde cada usuário possui uma caixa com
Correio “Versão 3”): Protocolo padrão para receber e-mails. Atra-
um número (endereço), para onde são enviadas correspondências.
vés do POP, um usuário transfere para o computador as mensagens
Apenas o dono da caixa pode abri-la com a respectiva chave (se-
armazenada sem sua caixa postal no servidor.
nha).
SMTP (Simple Mail Transfer Protocol - Protocolo de Trans-
Atualmente existem na Internet serviços de e-mail gratuito,
ferência Simples de Correio): É um protocolo de envio de e-mail
que são simples e funcionais como é o caso dos sites www.gmail.
apenas. Com ele, não é possível que um usuário descarregue suas
com; www.bol.com.br; www.ig.com.br; www.outlook.com; www.
mensagens de umservidor. Esse protocolo utiliza a porta 25 do pro-
yahoo.com.br. Esses sites permitem a criação, envio e recebimento
tocolo TCP.
de mensagens através da Home Page correspondente, o que permi-
Spam: Mensagens de correio eletrônico não autorizadas ou
te o acesso a uma caixa postal a partir de qualquer computador no
não solicitadas pelo destinatário, geralmente de conotação pu-
mundo, desde que esteja conectado na Internet (WebMail).
blicitária ou obscena, enviadas em larga escala para uma lista de
Para criar uma conta de e-mail basta acessar o site de um pro-
e-mails, fóruns ou grupos de discussão.
vedor de e-mail e fazer sua inscrição preenchendo um formulário
Um pouco de história
disponível no site.
A internet é uma rede de computadores que liga os computa-
Os servidores de e-mails possuem um tamanho definido para
dores a redor de todo o mundo, mas quando ela começou não era
sua caixa postal, portanto é necessário sempre esvazia-la (excluin-
assim, tinham apenas 4 computadores e a maior distância entre um
do as mensagens) senão quando totalmente ocupadas o servidor
e outro era de 450 KM. No fim da década de 60, o Departamento
recusa recebimento de novas mensagens. Nem sempre queremos
de Defesa norte-americano resolveu criar um sistema interligado
apagar a mensagem que nos foi enviada, para isso devemos então
para trocar informações sobre pesquisas e armamentos que não
arquiva-las no dispositivo.
pudesse chegar nas mãos dos soviéticos. Sendo assim, foi criado o
Portanto é útil, transferir suas mensagens para seu computa-
projeto Arpanet pela Agência para Projeto de Pesquisa Avançados
dor utilizando um Software de Correio Eletrônico, a fim de facilitar
do Departamento de Defesa dos EUA.
o manuseio com as suas mensagens e arquivos recebidos, esvaziar
Ao ganhar proporções mundiais, esse tipo de conexão recebeu
sua caixa postal virtual e economizar na conta telefônica, caso uti-
o nome de internet e até a década de 80 ficou apenas entre os
lize esse tipo de conexão, já que irá ler com calma suas mensagens
meios acadêmicos. No Brasil ela chegou apenas na década de 90.
podendo redigir as respostas sem estar conectado no momento.
1 https://bit.ly/2WITu4N

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INFORMÁTICA
Podemos utilizar, por exemplo, o MS Outlook ou o Mozilla Photon: a sua nova identidade visual
Thunderbird. Não tem para onde fugir. Sempre, a primeira coisa que vemos
Para visualizar suas mensagem clique na pasta Caixa de Entra- num aplicativo é a sua interface gráfica, o que pode fazer o usuário
da. amar ou odiar logo ao abrir e podemos dizer que nesse ponto, a
Para redigir uma mensagem basta clicar no botão criar e-mail Mozilla acertou a mão.
da barra de ferramentas que aparecerá a seguinte janela: A identidade visual, chamada de Photon, que veio inicialmente
O endereço eletrônico digitado no campo Para ou (To) do cabe- no Firefox Quantum, é mais simples e chapada, lembrando muito
çalho de mensagem é o e-mail da pessoa a quem se deseja enviar a os aplicativos da Microsoft, como os da suíte Office. Foram removi-
mensagem (destinatário). No item Assunto ou (Subject) especifica- das as abas arredondadas e o espaço ficou mais bem aproveitado,
-se o assunto do e-mail. O campo Cc: é opcional e serve para reme- excluindo a antiga barra de identificação de identificação do aplica-
ter uma cópia para outra pessoa. Ainda tem o Cco: que também é tivo, colando suas abas no topo da tela, assim como no seu navega-
opcional e serve para remeter uma cópia oculta para outra pessoa. dor. Além do aplicativo, a logo também seguiu a reformulação do
Após escrever a mensagem e preencher os campos é hora de irmão navegador ficando mais chapado e minimalista.
enviar. Isso ocorre quando clicamos no botão Enviar ou (Send). Os 
softwares de correio possuem funcionamento muito semelhante. É
preciso muito cuidado ao preencher o campo Para (To); apenas um
caracter errado já impede que a mensagem encontre o seu destino.
Quando isso acontece, o usuário recebe outra mensagem de erro
do servidor, avisando que o endereço do destinatário não existe.
Como já foi mencionado, uma alternativa para tornar mais ba-
rato a conta telefônica é permitir o armazenamento das mensagens
no seu computador pessoal e receber as mensagens através de um
Software de correio eletrônico. Mas para isso é preciso estar confi-
gurado adequadamente.
Como configurar o nosso programa de correio eletrônico para
receber e-mails.
Anteriormente é preciso que se aprendam os seguintes con-
ceitos.
O serviço de correio eletrônico utiliza dois protocolos para
transmissão e recebimento das mensagens:
POP 3 – é responsável por receber as mensagens.
SMTP – é responsável por enviar as mensagens.
Por isso é preciso que configuremos nosso Software de Correio
Eletrônico, com os protocolos citados.
Para isso temos que entrar no gerenciador de e-mails e ir até o
menu Ferramentas e clicar em Contas. Após deve-se clicar sobre a
guia E-mail e no botão adicionar/e-mail.
Solicitará as seguintes informações: Photon | Mozilla Thunderbird 60.0
– O nome que deseja que apareça no campo “De” quando en- Melhorias no Gerenciamento de Anexos
viar uma mensagem; Agora é possível reorganizar os anexos apenas clicando e arras-
– Seu endereço de e-mail; tando. Já o botão anexar teve sua posição alterada, passando para
– O seu servidor POP3. Exemplo: Site do BOL è pop3.bol.com. o lado direito da tela, acima do painel dedicado para os anexos, o
br que faz mais sentido. Também é possível alterar o painel do anexo
– O seu servidor SMTP. Exemplo: Site do BOL è smtp.bol.com. ao utilizar o atalho Alt+M, sendo possível ocultar o painel de anexos
br vazio, evitando assim que arquivos indevidos sejam enviados.
Os servidores de e-mail normalmente fornecem essas informa-
ções quando solicitadas.
– Nome e senha da conta que o provedor da Internet lhe for-
neceu.
Mozilla Thunderbird
Conhecido por ser a principal alternativa ao Outlook hoje no
mercado, sem precisar pagar para utilização, o gerenciador de
e-mails Mozilla Thunderbird chega a sua versão 60.0 com novos re-
cursos, correções e alterações que visam melhorar a experiência do
usuário. Abaixo, relacionamos as principais novidades encontradas
na nova versão estável, que já está disponível para download.

Tela de e-mail | Mozilla Thunderbird 60.0

50
INFORMÁTICA
O Outlook Express não está mais disponível, nem tem suporte da Microsoft. Hoje a Microsoft oferece os serviços de e-através do
webmail Outlook.com.

O que há de novo no Outlook.com

Ao entrar no Outlook.com, você vai direto para sua Caixa de Entrada.

Bloquear Descrição Ações


1. Mensagem: Crie uma nova mensagem selecionando Nova mensagem.
2. Lista de pastas: A lista inclui as pastas na sua caixa de correio. Ela pode incluir outras pastas, como as pastas Favoritos e Arquivo.
Escolha Expandir para mostrar a lista Pastas ou escolha Recolher para ocultá-la.
Clique com o botão direito do mouse em uma pasta existente e selecione Criar nova subpasta.
3. Caixa Pesquisar: Na caixa Pesquisar, digite o endereço de email, o nome da pessoa ou uma palavra-chave que deseja procurar e
pressione Enter ou clique em .

4. Lista de mensagens: As mensagens na pasta atual são listadas. Também pode haver um alerta visual de que uma mensagem não
foi lida, tem um anexo ou está sinalizada.
Na parte superior da lista de mensagens, você pode escolher como deseja exibir a lista.
Selecione Filtrar e escolha uma das opções Todos, Não lidas, Para mim, Sinalizados ou Classificar por.
Cada mensagem também tem uma minibarra de ferramentas. Para cada mensagem é possível Excluir, Marcar como não lida, Sinalizar
a mensagem ou fixá-la para Manter esta mensagem na parte superior da sua pasta.

51
INFORMÁTICA
5. Painel de leitura: A mensagem ou a conversa que você selecionou será mostrada no painel de leitura. Use a barra de comandos
acima do painel de leitura para executar ações comuns, como excluir, arquivar, limpar, mover ou categorizar os e-mails.

Selecione Mais para ver as ações adicionais: por exemplo, uma opção para Imprimir uma mensagem.

Referências
https://www.programaria.org/internet-e-seus-conceitos-basicos/
https://www.tudocelular.com/windows-phone/noticias/n128946/thunderbird-60-e-lancado-com-melhorias.html
https://support.office.com/pt-br/article/saiba-mais-sobre-o-novo-outlook-com-e2261c7f-d413-4084-8f22-21282f42d8cf?ui=p-
t-BR&rs=pt-BR&ad=BR
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EXERCÍCIOS

01. Ano: 2017 Banca: FAURGS Órgão: TJ-RS Prova: FAURGS - 2017 - TJ-RS - Técnico Judiciário
Qual protocolo de acesso ao correio eletrônico possui comandos que permitem a um usuário, através de sua ferramenta de correio
eletrônico (agente de usuário), criar remotamente uma estrutura de pastas e subpastas em seu servidor de correio eletrônico para orga-
nizar suas mensagens?
A) IMAP
B) HTTP
C) POP3
D) SMTP
E) SNMP
GABARITO OFICIAL: LETRA A

02. Ano: 2018 Banca: IF-TO Órgão: IF-TO Prova: IF-TO - 2018 - IF-TO - Técnico em Tecnologia da Informação
Acerca do correio eletrônico assinale a alternativa incorreta.
A) O correio eletrônico permite que os usuários, em estações de trabalho e terminais, redijam e troquem mensagens.
B) No correio eletrônico, o catálogo de usuários não pode ser usado pelo sistema, uma vez que não pode ser acessível aos usuários.
C) No correio eletrônico é possível o endereçamento múltiplo, ou seja, as cópias das mensagens podem ser enviadas a vários ende-
reços.
D) O correio eletrônico permite ao usuário solicitar notificação de entrega ou da leitura real pelo destinatário.
E) No correio eletrônico o usuário pode selecionar mensagens individuais de uma caixa de correio para exibição, impressão, armaze-
namento em um arquivo separado ou exclusão.
GABARITO OFICIAL: LETRA B

SITES DE BUSCA

A Internet é uma rede com inúmeros serviços e arquivos; é um grande banco de dados de informação sem um padrão de catalogação.
Por isso, foram criados sites que oferecem serviços de procura, para ajudar a encontrar o que você necessita na rede. 80% dos usuários
Internet encontram a informação que procuram através de sites de busca (a maior parte consegue fazê-lo de 10 a 15 minutos).
A aprendizagem de técnicas, e familiarização dos Mecanismos de Busca, são itens essenciais para a economia de horas em uma pes-
quisa.
A localização, com precisão, de documentos (páginas ou arquivos) que contenham o termo que você deseja depende, basicamente,
de 2 fatores:
Assunto disponível e indexado ou selecionado por algum mecanismo de busca.
As palavras chaves (argumento da pesquisa) são suficientemente específicas para obtenção de um resultado satisfatório.

O que é o Mecanismo de Busca?


É um grande índice (catálogo de biblioteca).
Faz todo trabalho de organização das páginas espalhadas pela Web.
Faz o trabalho de pesquisa nos mais de 800 milhões de documentos.
São os grandes “culpados” pelo crescimento exponencial da Internet.
Garimpa a Internet em busca da informação e organiza em um único local (banco de dados).
Dica: Os sites de busca mais utilizados são o Google e o Bing da Microsoft.

Como pesquisar no Google


Confira dicas e truques para ajudar você a encontrar facilmente informações no Google.

52
INFORMÁTICA
Dica 1: comece com o básico Por isso, separamos os princípios básicos da segurança da in-
Não importa o que você esteja procurando, comece com uma formação nas empresas e as práticas recomendadas que os profis-
pesquisa simples, por exemplo, onde fica o aeroporto mais próxi- sionais de TI podem aplicar para manter seus dados e sistemas
mo?. Adicione algumas palavras descritivas, se necessário. sempre seguros. Acompanhe!
Se você estiver procurando um lugar ou produto em um local
específico, adicione o local. Por exemplo, padaria Campinas. O que é segurança da informação?
Dica 2: pesquise usando sua voz Segurança da informação é um conjunto de métodos adotados
Cansado de digitar? Para pesquisar por voz, diga “Ok Google” estrategicamente para gerenciar e prevenir os riscos de roubo, per-
ou selecione o microfone . das e danos dos dados, sistemas, redes, servidores e dispositivos.
O objetivo é detectar, documentar e, principalmente, combater as
Dica 3: escolha as palavras com cuidado ameaças digitais e não digitais.
Quando estiver decidindo quais palavras colocar na caixa de As ações de segurança da informação incluem o estabeleci-
pesquisa, tente escolher palavras que tenham mais probabilidade mento de um conjunto de procedimentos executados de forma
de aparecer no site que você está procurando. Por exemplo, em sincronizada para proteger os ativos físicos e digitais ligados à
vez de dizer minha cabeça dói, diga dor de cabeça, porque essa é a informação, independentemente de como elas são formatadas,
palavra que um site com informações médicas usaria. transmitidas (enviadas e recebidas), processadas ou armazenadas.
Ou seja, é a prática de impedir o acesso, uso, divulgação, in-
Dica 4: não se preocupe com as pequenas coisas terrupção, modificação, inspeção, gravação ou destruição de infor-
Ortografia. O corretor ortográfico do Google usa automatica- mações sem devida autorização. Tudo isso sem prejudicar a produ-
mente a grafia mais comum de uma palavra, mesmo que você não tividade da organização.
tenha digitado corretamente. Esse feito só é amplamente alcançado por meio de um pro-
Letras maiúsculas. Uma pesquisa por New York Times é o mes- cesso de gerenciamento de riscos em várias etapas que identifica
mo que uma pesquisa por new york times. ativos, fontes de ameaças, vulnerabilidades, possíveis impactos e
formas de controles, seguido pela avaliação da eficácia do plano de
Dica 5: encontre respostas rápidas gerenciamento de riscos.
Em muitas pesquisas, o Google mostra uma resposta à sua per-
gunta nos resultados da pesquisa. Alguns recursos, como informa- Quais são os princípios da segurança da informação?
ções sobre equipes esportivas, não estão disponíveis em todas as Os programas para segurança da informação são constituídos
regiões. em torno de alguns objetivos centrais. Também conhecidos como
Tempo: pesquise clima para ver a previsão do tempo do seu os pilares da segurança de TI, fazem a força na hora de planejar e
local ou adicione um nome de cidade, como clima Campinas, para implementar uma estratégia de proteção eficiente. Conheça agora
encontrar a previsão do tempo de um lugar específico. um pouco mais sobre cada um deles.
Dicionário: coloque definição de na frente de qualquer palavra
para ver sua definição. Confidencialidade
Cálculos: digite uma equação matemática como 3*9123 ou re- A confidencialidade garante que as informações sigilosas se-
solva equações gráficas complexas. jam acessíveis somente por pessoal devidamente autorizado. Isso
Conversões de unidades: digite qualquer conversão, como 3 significa que as informações só poderão ser visualizadas e utiliza-
dólares em euros. das com a permissão dos responsáveis. Por meio de IDs de usuário,
Esportes: procure o nome do seu time para ver a programação, senhas, controle de níveis de acesso e outros meios, o acesso exclu-
os resultados de jogos e muito mais. sivo deve ser garantido.
Fatos rápidos: pesquise o nome de celebridades, locais, filmes Além proteger as informações, restringindo o acesso somente
ou músicas para encontrar informações relacionadas. ao pessoal autorizado, os que forem liberados devem ser monitora-
dos e ter todas as ações executadas e documentadas para análises
posteriores, se isso for necessário. Como exemplo, podemos citar
4. SEGURANÇA: CONCEITOS, CARACTERÍSTICAS, os bancos e outras instituições financeiras que, por lei, são obriga-
PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS, DE SISTEMAS, EM das a proteger os dados pessoais dos clientes. Se houver algum tipo
REDES E NA INTERNET. FIREWALL. VÍRUS. BACKUP. de vazamento, são responsabilizados pelos danos causados.
Integridade
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO A integridade impede a modificação não autorizada dos dados.
Isso significa que quaisquer alterações realizadas nas informações,
À medida que os computadores e outros dispositivos digitais independentemente do nível de permissão que o usuário tiver, são
passaram a ser essenciais para as operações comerciais, também rigorosamente rastreadas, monitoradas e documentadas.
se tornaram cada vez mais alvos de ataques cibernéticos. Dessa for- Ela aumenta o nível de confiabilidade do banco de dados e
ma, para que a empresa use um dispositivo, ela deve primeiro ter informações da empresa, pois assegura que eles sejam editados
certeza de que o equipamento está seguro para a comunicação on- somente por pessoas autorizadas, mantendo o estado original
line. Isso faz da segurança da informação uma estratégia primordial quando armazenados. Sistemas de criptografia de dados são am-
para as empresas modernas. plamente adotados para se conseguir bons níveis de integridade.
A segurança de TI é um trabalho desafiador que exige atenção Assim como uma pessoa com integridade significa que o que
aos detalhes ao mesmo tempo em que exige uma conscientização ela diz pode ser confiável para representar a verdade, a integridade
de nível superior. No entanto, como muitas tarefas que parecem da informação significa que ela realmente representa o significado
complexas à primeira vista, a segurança de TI pode ser dividida demonstrado.
por etapas, simplificando o processo. Isso não quer dizer que as
coisas ficarão mais fáceis, mas mantém os profissionais de TI mais
preparados.

53
INFORMÁTICA
Disponibilidade Os programas para segurança da informação podem traz-
A disponibilidade significa que as informações podem ser aces- er uma série de benefícios para as empresas. Veja os principais a
sadas e modificadas por qualquer pessoa autorizada por um dispos- seguir.
itivo, rede e período de tempo apropriado. Dependendo do tipo de
informação, o prazo apropriado pode significar coisas diferentes. - Fornece uma visão holística dos ativos de TI, riscos e ameaças
Por exemplo, um negociador de ações da bolsa de valores pre- Não importa o quão grande ou pequena seja a infraestrutura
cisa de acesso instantâneo às informações para analisar e tomar de TI da sua empresa, você precisa ter um plano para garantir a
decisões de compra, retenção ou venda de ativos financeiros. Já segurança de seus ativos. Esse plano é chamado de programa de
um profissional de vendas pode se contentar em esperar por um segurança e é estruturado por profissionais de segurança da in-
relatório de desempenho na manhã do dia seguinte. formação. Os processos de planejamento, teste e implementação
Empresas como a Amazon dependem que seus servidores es- farão com que os gestores tenham uma visão 360° sobre os ativos,
tejam no ar 24 horas por dia, 7 dias por semana e nos 365 dias do riscos, falhas e oportunidades de melhoria da segurança.
ano, pois o negócio funciona inteiramente na web. Uma falha que Essa visão ampliada, consequentemente, permitirá a criação
os deixem fora do ar por algumas horas pode representar grandes de uma estrutura com nível de segurança mais elevado, podendo
prejuízos financeiros. Outras empresas, que não dependem tanto projetar e simular situações antes que elas ocorram realmente.
de infraestruturas de TI na nuvem, podem não sofrer danos se seus Além disso, deixará a empresa à frente do mercado, ficando por
dados e sistemas ficarem inacessíveis por alguns minutos de vez dentro de tudo o que for novidade em relação às ferramentas e
em quando. procedimentos inovadores de segurança.
De modo geral, a disponibilidade significa ter acesso aos da- - Garante a proteção dos ativos mais valiosos da empresa
dos e sistemas sempre que precisar ou desejar e somente a ma- Se a sua empresa possui um sistema legado e/ou um banco
nutenção e atualização de hardwares (servidores e redes) é que de dados bem estruturado e altamente utilizável, deve saber que
garantirão isso. Migrar Data Center para a nuvem pode ser uma estes encabeçam a lista de ativos mais valiosos que o negócio pode
solução para a boa disponibilidade. ter. Afinal, sem eles a empresa praticamente ficaria impossibilitada
Autenticidade de operar. Já imaginou o quanto isso seria desastroso? Com uma
Na autenticidade, o objetivo é descobrir se a pessoa que está boa política de segurança da informação nas empresas isso pode
solicitando permissão de acesso é realmente quem ela diz ser. ser evitado.
Nesse caso, ferramentas para autenticação são usadas para garan- - Identifica e corrige falhas e vulnerabilidades
tir que a pessoa que acessa as informações sejam mesmo as que se Se a sua empresa trabalha com desenvolvimento de softwares
dizem representar. Por exemplo: o token (rodízio de senhas) pode para uso próprio ou para fornecimento, a identificação de falhas
ser utilizado para enviar uma senha diferente para o celular da pes- e vulnerabilidades, bem como suas correções, são primordiais
soa toda vez que ela solicitar permissão de acesso. para gerar confiabilidade aos clientes e colaboradores. Com uma
Além do acesso, é feito um registro sobre o que o usuário está política de segurança da informação bem estruturada, ações de ra-
enviando ou modificando. Dessa forma, a autenticidade atua ge- streamento e correções de bugs podem ser executadas de forma
rando uma documentação sobre qualquer manipulação de dados automática, aplicando varreduras por intermédio de aplicações ap-
no sistema. ropriadas.
- Gera credibilidade e melhora a imagem do negócio
Legalidade Empresas que levam a segurança da informação a sério passam
O uso de dispositivos, tecnologias, metodologias e certos da- mais confiança aos clientes, colaboradores, fornecedores e sócios,
dos são regidos pela legislação brasileira. Isso torna essencial uma construindo uma imagem de alta credibilidade. Acredite, isso vai
política de segurança mais rígida no negócio para evitar investi- ser muito bom para os negócios, pois muitos profissionais consid-
gações, auditorias e até possíveis impedimentos operacionais. eram essa preocupação um requisito importante para a escolha.

A segurança da informação lida com o gerenciamento de ri- - Eleva o valor de mercado da empresa
scos e qualquer coisa externa ou interna pode representar uma Junto com a imagem de uma empresa segura, a credibilidade
ameaça às informações. Por isso, para não ter problemas com a que o negócio constrói também influencia no valor que ela tem
justiça, os dados mais sensíveis (sigilosos) devem ser armazenados no mercado. Seja o valor percebido, seja o valor real de compra e
em local livre de alterações ou transferências sem permissão, prin- venda, ambos sobem atraindo novos investidores e aumentando o
cipalmente quando envolvem informações sobre pessoas físicas e grau de felicidade dos atuais.
outras empresas.
Por exemplo, uma mensagem pode ser modificada durante a Quais são os métodos de implantação desta estratégia?
transmissão por alguém que a intercepte antes de chegar ao des- Existem muitas práticas recomendadas para a segurança da in-
tinatário, mas uma boa ferramenta de criptografia pode ajudar a formação nas empresas e vamos apresentar as principais para você
neutralizar esse tipo de ameaça. As assinaturas digitais também a partir de agora.
podem contribuir para reforçar a segurança das informações, apri-
morando os processos de autenticidade e induzindo os indivíduos Nomeie os profissionais responsáveis
a provar sua identidade antes que possam obter acesso aos dados O ponto de partida é escolher profissionais capacitados e com
arquivados. experiências em segurança da informação para assumirem o posto
Então, armados com esses princípios de alto nível, os especial- de planejadores e coordenadores do projeto. São eles que vão es-
istas em segurança de TI criaram as melhores práticas para ajudar truturar o programa de segurança, bem como testar, implementar
as organizações a garantirem que suas informações permaneçam e monitorar o funcionamento dele.
seguras. Normalmente, esses profissionais são liderados por um diretor
especialista em segurança da informação. Ele organizará os profis-
Por que é importante adotar a segurança da informação nas sionais em grupos por tarefas distintas, conduzindo-os a um objeti-
empresas? vo principal: o de proteger os ativos físicos e virtuais de TI.

54
INFORMÁTICA
Estabeleça uma política de segurança A criptografia é um processo de codificação que atua permitin-
Os procedimentos para a proteção das informações geral- do o acesso somente aos indivíduos devidamente autorizados. Esse
mente envolvem medidas de segurança física e digital para impedir processo é realizado por um programa que converte conteúdos
que os dados e sistemas sejam acessados, utilizados, replicados ou (textos, imagens e vídeos) em uma linguagem de caracteres var-
destruídos sem autorização. Essas medidas devem incluir o geren- iados e ilegíveis, mascarando o conteúdo original. Somente quem
ciamento de chaves de criptografia, sistemas de detecção para as tem a senha consegue decodificá-lo (descriptografia).
invasões de rede e dispositivos, logins com senhas e conformidades Quando a empresa usa infraestruturas de nuvem, esse recurso
regulatórias. é disponibilizado pelo provedor de cloud computing. Nesse caso,
Além disso, uma auditoria de segurança pode ser conduzida o acesso legítimo e a decodificação dos dados só acontecem após
internamente para avaliar a capacidade que a organização tem de a confirmação do login e senha correta na plataforma de serviços.
manter sistemas e dados seguros contra um conjunto de critérios
estabelecidos. Automatize a realização de backups
Outro método essencial para a segurança da informação nas
Use mecanismos de autenticação empresas é a execução de um plano de backups abrangente. Não
A maneira mais comum de identificar alguém é mediante sua apenas os dados dos servidores corporativos devem ser copiados,
aparência física, mas como identificamos um usuário virtual? A aut- mas também os códigos-fonte dos sistemas, configurações de rede
enticação ajuda a realizar a identificação de alguém por meio de e qualquer outra informação usada como estratégia de negócio. Um
alguns fatores, tais como: algo que sabe, algo que tem ou algo que bom plano de backup deve seguir alguns passos. Veja-os a seguir!
é. Entenda como isso funciona! Os responsáveis devem ter uma compreensão ampla dos
- Algo que só o usuário sabe: a forma mais comum de autenti- ativos de TI: quais informações a organização realmente possui?
cação hoje é o ID do usuário e a senha. Neste caso, a autenticação Onde são armazenadas? Alguns dados podem ser armazenados
é feita confirmando algo que só o usuário conhece, como seu ID nos servidores da empresa, outros nos discos rígidos dos usuários e
(login) e senha. Mas essa forma de autenticação pode ser fácil de outros na nuvem. Por isso, é preciso fazer um inventário completo
ser corrompida e, às vezes, são necessários métodos complemen- dos ativos e determinar quais precisam de backup, bem como a
tares de autenticação; melhor maneira de realizá-los;
Os backups devem ser regulares: a frequência dos backups
- algo que só o usuário tem: identificar alguém apenas por algo
deve se basear na importância dos dados, combinada com a ca-
que ele tem, como uma chave ou um cartão de acesso (objetos
pacidade que a empresa tem de recuperá-los em casos de perda.
físicos), também pode ser um problema, pois quando perdido ou
Os dados mais críticos devem ser copiados a cada hora, enquanto
roubado, a identidade do usuário pode ser facilmente revelada e
os dados menos críticos podem ser copiados uma vez por dia;
utilizada por criminosos;
O armazenamento dos backups deve ser feito em locais dif-
- algo que só o usuário pode ser: por fim, identificar um usuário
erentes: se os backups forem armazenados no mesmo local que
pelo que ele é, é muito mais difícil e caro, pois envolve a identifi-
as cópias originais, um único evento, como inundação ou incêndio,
cação por intermédio de recursos altamente tecnológicos. Aqui, o poderá destruir qualquer possibilidade de recuperação. Por isso, é
usuário é identificado de forma automática por meio da avaliação essencial que parte do plano de backup seja armazenar os dados
de suas características físicas, como impressões digitais e globo oc- em locais diferentes externamente;
ular. A recuperação deve ser testada: em uma base regular, as ações
A melhor solução é encontrar uma maneira de fazer a auten- de restauração de dados e sistemas devem ser testadas para garan-
ticação multifator, combinando dois ou mais dos fatores listados tir que tudo funcione como o previsto quando realmente precisar.
acima, tornando muito mais difícil a ação de alguém que se passe Executar um programa de backups por conta própria pode ser
falsamente por outra pessoa. difícil e sujeito a falhas se não tiver conhecimentos e experiências.
Um exemplo disso seria o uso do token. Ele gerará um novo Nesse caso, a melhor solução é contar com um serviço de cloud
código a cada tentativa de acesso. Dessa forma, para efetuar o login para empresa. Um provedor de nuvem pode entregar soluções de
em um recurso de informações usando o dispositivo, você combina cloud backup, o que permite automatizar o processo e torná-lo
algo que sabe (um PIN de quatro dígitos), com o código (token) ger- mais seguro.
ado e enviado para o seu dispositivo.
Configure firewalls
Estabeleça níveis de acessos aos dados e sistemas O firewall é outro método que as organizações podem usar
Depois de adotar meios para a autenticação dos usuários, a para aumentar a segurança da rede, protegendo os dados e siste-
próxima etapa é garantir que eles tenham acesso somente aos da- mas. Geralmente, ele é fornecido junto com o sistema operacional,
dos e ferramentas que precisam, de acordo com o cargo e funções mas pode ser implementado como hardware ou software separad-
que exercem. Isso pode ser feito determinando limitações para amente. O segredo é a forma como você os configura.
cada login e senha especificamente. Esse controle de acessos de- Se você fizer do jeito certo, o firewall protegerá todos os ser-
termina quais usuários estão autorizados a visualizar, modificar, vidores e computadores da empresa, impedindo que todos os ar-
adicionar e remover informações do banco de dados. quivos e pacotes de atualizações suspeitos não penetrem na rede.
Ou seja, se os arquivos não atenderem a um conjunto estrito de
Use ferramentas de criptografia de dados e senhas critérios escolhidos por você, o firewall restringirá o fluxo de dados
Muitas vezes, uma organização precisa transmitir informações que entra e sai da empresa.
pela Internet ou transportá-las por meios externos (offline), usan-
do dispositivos como um CD ou um HD removível. Nesses casos, Controle o acesso móvel
mesmo com uma política de autenticação e controle de acessos À medida que o uso de dispositivos móveis, como smartphones
eficientes, é possível que uma pessoa não autorizada tenha acesso e tablets, aumenta nas empresas, elas precisam se preparar para
aos dados. lidar com os riscos envolvidos. Uma das primeiras perguntas que os
diretores devem fazer é se permitirão dispositivos móveis no local
de trabalho.

55
INFORMÁTICA
Muitos colaboradores já usam seus próprios dispositivos para C) listar as lições aprendidas para a divulgação entre os inte-
trabalhar. Então, a questão é: você deve permitir que eles contin- grantes da organização.
uem usando ou deve impedir, fornecendo os dispositivos necessári- D) voltar ao nível de segurança normal e, então, iniciar a recu-
os para ter maior controle? Se preferir a primeira opção, pode peração.
economizar muito com o investimento em equipamentos próprios E) suspender as atividades até que os fatos relacionados ao in-
e elevar a motivação dos profissionais. Mas terá que adotar uma cidente sejam apurados.
política de BYOD (Bring Your Own Device). GABARITO OFICIAL: LETRA D
Essa estratégia permite que somente os dispositivos cadas-
trados sejam autorizados a acessarem a rede e usarem os dados e 03. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: SEFAZ-SC Prova: FCC - 2018
sistemas da empresa. Na maioria dos casos, pode ser praticamente - SEFAZ-SC - Auditor-Fiscal da Receita Estadual - Tecnologia da In-
impossível impedir que as pessoas usem seus próprios aparelhos no formação (Prova 3)
local de trabalho, tornando o BYOD uma escolha mais inteligente. Para implantar a segurança da Informação na Secretaria da Fa-
Então, o que pode ser feito para impedir que esses dispositivos zenda, um Auditor deverá considerar a tríade de atributos funda-
móveis atuem como porta de entrada para hackers, vírus e mal- mentais, ou base, da segurança da informação, que são:
wares? A política de BYOD pode incluir as seguintes práticas: A) Autenticidade, Confidencialidade e Integridade.
- implementar um software de geolocalização para ajudar a en- B) Autoridade, Autenticidade e Confidencialidade.
contrar um dispositivo perdido ou roubado; C) Confidencialidade, Integridade e Disponibilidade.
- utilizar um software de remoção completa dos dados e senhas D) Autenticidade, Confidencialidade e Disponibilidade.
em casos de perdas e roubos; E) Integridade, Disponibilidade e Irretratabilidade.
- adotar um sistema de envio de alertas para os casos de perda GABARITO OFICIAL: LETRA C
ou roubo dos dispositivos;
- configurar parâmetros de conexão automática com o Wi-Fi 04. Ano: 2018 Banca: CESPE Órgão: IPHAN Prova: CESPE - 2018
da empresa; - IPHAN - Analista I - Área 7
- bloquear a instalação de aplicativos não autorizados; Em relação aos sistemas de gestão da segurança da infor-
- usar técnicas de VPN (Virtual Private Network); mação, julgue o item a seguir.
- configurar os acessos por meio de Bluetooth; Uma política de segurança da informação deve ser apoiada em
- usar ferramentas de criptografia; tópicos específicos que incluam a classificação e o tratamento da
- restringir o uso de câmeras; informação, a proteção e a privacidade da informação de identifi-
- barrar a gravação de áudio; cação pessoal.
- criar logins e senhas fortes. ( ) Certo ( )Errado
GABARITO OFICIAL: CERTO
Fonte:
05. Ano: 2018 Banca: FCC Órgão: DPE-AM Prova: FCC - 2018 -
https://gaea.com.br/guia-completo-da-seguranca-da-informa-
DPE-AM - Analista em Gestão Especializado de Defensoria - Analista
cao/
de Sistema
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Na criação, implantação e gestão de uma Política de Segurança
da Informação − PSI,
EXERCÍCIOS A) o escopo deve ser apresentado apenas para os membros
da alta direção, visando obter apoio e confiança na criação da PSI,
pois somente com o apoio da alta gestão será possível aplicar as
01. Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: CFM Prova: IADES - 2018 -
políticas criadas.
CFM - Assistente de Tecnologia da Informação B) a área de TI deve assumir as seguintes atividades e funções:
No que tange aos princípios básicos da segurança da infor- escrever as regras para a PSI; definir atribuições, papéis e responsa-
mação, a aplicação de um controle para proteger a informação de bilidades; detalhar os procedimentos para as violações da PSI;
ameaças involuntárias e (ou) intencionais, para que a informação aprovar o documento com a PSI e as alterações propostas pela alta
não seja modificada, refere-se a qual princípio da segurança da in- direção.
formação? C) as regras da PSI devem ser divulgadas de forma segmentada.
A) Integridade Cada pessoa deve ter acesso apenas às regras que a atingem rela-
B) Exatidão tivamente à sua função, ou seja, a PSI deve chegar à pessoa certa
C) Confidencialidade com as regras certas que ela precisa conhecer. O acesso integral à
D) Disponibilidade PSI deve ser impedido aos funcionários, sob pena de a própria PSI
E) Não repúdio ser colocada em risco.
GABARITO OFICIAL: LETRA A D) as regras da PSI devem ter força de lei. Uma vez que as re-
gras da PSI tenham sido amplamente divulgadas, não pode haver
02. Ano: 2017 Banca: CESPE Órgão: TRE-BA Prova: CESPE - 2017 violações, e caso haja, quem viola deve sofrer as consequências
- TRE-BA - Analista Judiciário – Análise de Sistemas para que a PSI não perca credibilidade. A punição pode ser desde
De acordo com a ABNT NBR ISO/IEC 27002 — norma de referên- uma simples advertência verbal ou escrita até uma ação judicial.
cia para a escolha de controles no processo de implementação de E) a área de TI deve realizar reuniões anuais com a alta direção
sistemas de gestão da segurança da informação —, o primeiro obje- para fazer uma análise crítica da PSI, considerando os incidentes
tivo de resposta a incidente de segurança da informação é relatados. No entanto, a PSI não deve ser alterada fora do período
A) qualificar técnicos locais para o trabalho de identificar, cole- de 1 ano recomendado para as reuniões, a fim de que esta não seja
tar e preservar as informações. comprometida pelo excesso ou escassez de controles.
B) realizar o devido processo administrativo disciplinar para a GABARITO OFICIAL: LETRA D
apuração do fato.

56
INFORMÁTICA
MALARES. ANTIVÍRUS. FIREWALL. A infecção ocorre, em geral, pela camuflagem do trojan que se
passa por outro programa ou arquivo, enganando ao usuário que
Pragas virtuais instala o malware acreditando ser um programa qualquer.
Conjunto de programas que podem causar efeitos não-deseja- Em geral, o trojan não efetuará estragos no sistema, porém
dos (como corrupção de dados, inoperabilidade de sistema, etc) em oferece a um invasor uma porta de acesso ao computador sempre
um sistema computacional. que necessário. Esta porta pode servir tanto para acessar dados do
Ainda que, em alguns casos, estes efeitospossam ser provo- computador como para controlá-lo para uso em ataques virtuais.
cados por programas mal escritos, na maioria dos casos as pragas A recomendação é a não-instalação de nenhum programa ou
virtuais possuem uma origem intencional. Neste caso chamamos arquivo de fonte desconhecida e a verificação de qualquer arquivo/
de malware (malicious e software) a um software que busca causar aplicação a ser instalada por um anti-vírus.
um efeito ilícitosobre um sistema.
Os motivos pelos quais pragas virtuais podem ser criadas e pro- Sequestro de Browser (Browser Hijacking)
pagadas são diversos: podem englobar desde pessoas que estão Programas que obtém o controle de navegadores Web para
interessadas em praticar os seus conhecimentos de programação, realizar ações sem permissão do usuário como alterar cores e la-
passando por criminosos que desejam obter dados ou corromper yout do navegador, a página inicial, exibir propagandas, instalar
sistemas para fins ilícitos ou mesmo pessoas que querem prejudi- barras de ferramentas e impedir o acesso a determinados sites.
car alguma pessoa ou uma organização. Com o surgimento da Web, A contaminação ocorre pela ação de outro malware (como ví-
é relativamente fácil a um usuário comum, sem conhecimentos de rus): o principal meio de propagação é instalação de ferramentas e
programação, utilizar uma praga virtual de forma intencional ou barras para navegadores e entrada em sites maliciosos. Em geral, é
mesmo ser um vetor de contaminação não-intencional. possível retornar às configuraçõesiniciais do navegador ou utilizar
um anti-vírus ou um anti-spyware para eliminar a praga.
Como minimizar os efeitos de uma praga virtual
Em geral, as recomendações essenciais para evitar as pragas Keylogger (Registrador de teclado)
virtuais incluem: Programas que têm como objetivo capturar tudo o que é digi-
- a utilização de um bom antivírus; tado pelo usuário.
- utilização de um bom anti-spam; O keylogger oculta-se no sistema, não realiza estragos, mas
- utilização de um bom anti-spyware; registra os dados que podem ficar armazenados no computador
- utilização de softwares originais; (para acesso posterior) ou ser enviados via Internet. A utilização
- atualização constante do sistema operacional e softwares ins- pode variar entre criminosos tentando obter senhas de e-mail ou
talados; dados bancários, empresas que monitoram seus funcionários, ras-
- evitar baixar ou executar programas, anexos de e-mails, etc treamento pela polícia, pais que desejam vigiar seus filhos, etc.
de desconhecidos; A contaminação pode ocorrer pela instalação intencional por
- evitar clicar em links desconhecidos; parte do invasor ou pela execução de um programa/arquivo con-
- utilizar um sistema de busca inteligente (como o Google) an- taminado (via e-mail, link, de mídia contaminada ou de site mali-
tes de acessar uma determinada página; cioso). Em geral, a varredura com um anti-vírus é o suficiente para
- sempre fazer backup dos seus arquivos; detectar e eliminar o keylogger.
- manter as configurações de segurança do seu computador no
maior nívelpossível. Ransomware
Vírus de computador Malware que tem como intuito extorquir aquele que teve o
equipamento computacional infectado.
Malware cuja objetivo é executar a função para a qual foi cria- O programa bloqueia ou limita o acesso a arquivos, pastas,
do (p.ex. apagar um determinado tipo de arquivo) e também fazer aplicativos, unidades de armazenamento ou mesmo o sistema ope-
cópias de si mesmo. racional, exibindo mensagens que solicitam pagamento. As men-
Os vírus de computador podem anexar-se a quase todos os ti- sagens podem conter ameaças e chantagens dizendo que arquivos
pos de arquivo e espalhar-se com arquivos copiados e enviados de serão apagados ou que imagens particulares serão publicadas na
usuário para usuário. Em geral, para ocorrer este espalhamento, é Internet. Em alguns casos, podem ser exibidas mensagens dizendo
necessária colaboração por parte do usuário que será infectado: a ser do governo ou da polícia e que o computador possui material
maior parte das contaminações ocorre pela execução de arquivos ilegal.
infectados (anexos de e-mails; links enviados por redessociais ou A infecção ocorre pela execução de arquivo infectado, em es-
mensagens instantâneas; execução de arquivos contaminados em pecial, anexos e links mal-intencionados, ou mesmo, visita a sites
disquetes, CDs, cartões de memória e pendrives; ou pela entrada maliciosos.
em sites maliciosos – onde arquivos são baixados sem a percepção Em qualquer caso, não se deve ceder à chantagem. Para eli-
do usuário). minar a praga, tente executar o anti-vírus. Nos casos em que não é
A recomendação para evitar e eliminar a praga é a utilização possível, deve-se restaurar o sistema a um ponto anterior ou reins-
de um bom antivírus atualizado. Recomenda-se que seja efetuada talar o sistema operacional caso possua backup.
uma varredura diária no computador para detecção de pragas e
uma varredura em todos os dispositivos que forem utilizados no Rootkit
computador (como pendrive e afins). Software, muitas vezes malicioso, cujo objetivo é esconder a
existência de certos processos ou programas de detecção por anti-
Cavalo de Tróia (Trojan) vírus ou outros softwares de segurança.
Em geral, quando é feita uma requisição a um determinado
Tipo de malware, que normalmente não se replica (i.e. não faz processo ou programa, o rootkit filtra a requisição de modo a per-
cópias de si mesmo), e que infecta um equipamento computacional mitir a leitura apenas de informação conveniente. É uma praga re-
com a intenção de permitir o acesso remoto de forma camuflada lativamente mais rara pois demanda conhecimentos complexos de
por parte de um invasor. programação.

57
INFORMÁTICA
Em geral, a eliminação manual de rootkits é difícil para um 02. (Polícia Federal - Escrivão de Polícia Federal - CESPE –
usuário típico de computador, mas a maior parte dos antivírus con- 2018)
segue detectar e eliminar rootkits. Porém, em alguns casos, os roo- Acerca de redes de computadores e segurança, julgue o item
tkits são de difícil eliminação, restando a opção de reinstalação do que segue.
sistema operacional. Uma das partes de um vírus de computador é o mecanismo de
infecção, que determina quando a carga útil do vírus será ativada
Spyware no dispositivo infectado.
Malware que espiona as atividades dos usuários ou capturam ( ) CERTO ( ) ERRADO
informações sobre eles.
A contaminação ocorre, em geral, através de softwares de GABARITO: ERRADO
procedência duvidosa e em sites maliciosos nos quais os spywares
estão embutidos. As informações capturadas pelo spyware podem 03. (FAURGS - Analista de Suporte - FAURGS – 2018)
variar desde hábitos de navegação na Web até senhas utilizadas, Como se denomina o tipo de malware capaz de se propagar
que são transmitidas via Internet para os interessados. Em geral, de forma autônoma, isso é, sem intervenção humana, explorando
bons antivírus eliminam a ameaça, porém é recomendada também vulnerabilidades ou falhas de configuração de softwares instalados
a utilização de um tipo especial de software chamado de antispy- em computadores e que pode ser controlado remotamente por um
ware, que é focado em eliminar este tipo de praga. atacante?
A) Virus
Verme (Worm) B) Spyware
Programas semelhantes aos vírus, sendo auto replicantes C) Backdoor
(criam cópias de si mesmos), mas sem precisarem estar anexados D) Bot
em uma aplicação existente. E) Verme
Em geral, propagam-se através de redes de computadores uti- GABARITO: LETRA D
lizando vulnerabilidades em sistemas operacionais. Enquanto vírus
geralmente atacam um computador-alvo, os worms também cau- 04. (DETRAN-CE - Agente de Trânsito e Transporte - UECE-CEV
sam danos a rede em que se propagam. Desta forma, a proteção – 2018)
contra worms se dá através da utilização da versão mais atualizada Atente ao que se diz a seguir sobre ataques cibernéticos por
do sistema operacional e de um adequado antivírus que possa ser meio de vírus em dispositivos de memória flash (pendrives).
utilizado em uma rede de computadores. I. O meio mais seguro de proteger um documento digital é
compactando-o como arquivo ZIP, uma vez que esse formato de
REVISTABW. Informática: Noções de vírus, worms e pragas vir- arquivo é imune a ataques por malware.
tuais.Revista II. O pendrive é um dos dispositivos mais suscetíveis a infecção
Brasileira de Web: Tecnologia. Disponível em por vírus mediante o uso indiscriminado em computadores corrom-
http://www.revistabw.com.br/revistabw/informatica-pragas- pidos e/ou não devidamente protegidos.
-virtuais/. Criado em: 15/05/2013. Última atualização: 07/08/2018. III. Efetuar a formatação rápida em um pendrive infectado não
www.qconcursos.com garante a remoção completa de vírus porquanto alguns programas
maliciosos alojam-se na MBR.
EXERCÍCIOS
É correto o que se afirma em:
A) I e II apenas.
01. (AL-RO - Analista Legislativo - Infraestrutura de Redes e B) I e III apenas.
Comunicação - FGV – 2018) C) II e III apenas.
Um vírus de computador é um software malicioso que pode D) I, II e III.
causar sérios danos ao sistema infectado. GABARITO: LETRA C
Sobre vírus de computador, assinale a afirmativa correta. 05. (CRF-RJ - Agente Administrativo - IDIB – 2018)
A) Adwares são vírus pacíficos utilizados para examinar as in- Considerando que arquivos de computadores podem ser infec-
formações alheias. tados por vírus ou serem portadores deles, marque a alternativa
B) Cavalos de Tróia são geralmente aplicativos simples que es- com o tipo de arquivo que NÃO pode ser infectado ou propagado
condem funcionalidades maliciosas e alteram o sistema para per- por eles.
mitir ataques posteriores. A) .doc
C) Backdoors são vírus que restringem o acesso ao sistema in- B) .docx
fectado e cobra um resgate para que o acesso possa ser restabe- C) .txt
lecido. D) .xls
D) Spywares são vírus de engenharia social que manipulam GABARITO: LETRA C
pessoas para conseguir informações confidenciais.
E) Worms são arquivos nocivos que infectam um programa e FIREWALL
necessita deste programa hospedeiro para se alastrar.
GABARITO: LETRA B Firewall é um programa que monitora as conexões feitas pelo
seu computador para garantir que nenhum recurso do seu compu-
tador esteja sendo usado indevidamente. São úteis para a preven-
ção de worms e trojans.

58
INFORMÁTICA
ANTIVÍRUS Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express é uma
imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar um clique du-
Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no mer- plo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o anexo for um programa,
cado. Independente de qual você usa, mantenha-o sempre atuali- será executado. Faça assim:
zado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias e seu antivírus 1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo aparece como
precisa saber da existência deles para proteger seu sistema opera- um ícone no rodapé);
cional. 2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que pode ser
A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de atua- feito de dois modos:
lização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus mais co- a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em seguida
nhecidos: clicar em “Salvar como...”;
Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br - Possui b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos...
versão de teste. 3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se certifi-
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui versão car de que este não está infectado.
de teste. Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o programa
AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e outra para o seu computador não causa infecção, seja por FTP, ICQ, ou
gratuita para uso não comercial (com menos funcionalidades). o que for. Mas de modo algum execute o programa (de qualquer
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware.com. tipo, joguinhos, utilitários, protetores de tela, etc.) sem antes sub-
br - Possui versão de teste. metê-lo a um bom antivírus.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedores O que acontece se ocorrer uma infecção?
possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover vírus Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quando estiver
específicos. Geralmente, tais softwares são criados para combater conectado à Internet. Elas poderão invadir seu computador e rea-
vírus perigosos ou com alto grau de propagação. lizar atividades nocivas desde apenas ler seus arquivos, até causar
danos como apagar arquivos, e até mesmo roubar suas senhas,
PROTEÇÃO causando todo o tipo de prejuízos.

A melhor política com relação à proteção do seu computador Como me proteger?


contra vírus é possuir um bom software antivírus original instalado Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude básica de evi-
e atualizá-lo com frequência, pois surgem vírus novos a cada dia. tar executar programas desconhecidos ou de origem duvidosa. Por-
Portanto, a regra básica com relação a vírus (e outras infecções) é: tanto, mais uma vez, Jamais execute programas que não tenham
Jamais execute programas que não tenham sido obtidos de fontes sido obtidos de fontes absolutamente confiáveis.
absolutamente confiáveis. O tema dos vírus é muito extenso e não Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro estiver in-
se pode pretender abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar fectado outras pessoas poderiam acessar as suas senhas. E troca-las
orientações essenciais. Vamos a algumas recomendações. não seria uma solução definitiva, pois os invasores poderiam entrar
Os processos mais comuns de se receber arquivos são como no seu micro outra vez e rouba-la novamente. Portanto, como me-
anexos de mensagens de e-mail, através de programas de FTP, ou dida extrema de prevenção, o melhor mesmo é NÃO DEIXAR AS
por meio de programas de comunicação, como o ICQ, o NetMee- SENHAS NO COMPUTADOR. Isto quer dizer que você não deve usar,
ting, etc. ou deve desabilitar, se já usa, os recursos do tipo “lembrar senha”.
Eles gravam sua senha para evitar a necessidade de digitá-la nova-
Note que: mente. Só que, se a sua senha está gravada no seu computador, ela
Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus escondi- pode ser lida por um invasor. Atualmente, é altamente recomendá-
dos em programas anexados ao e-mail. Você não infecta seu com- vel que você prefira digitar a senha a cada vez que faz uma conexão.
putador só de ler uma mensagem de correio eletrônico escrita em Abra mão do conforto em favor da sua segurança.
formato texto (.txt). Mas evite ler o conteúdo de arquivos anexados
sem antes certificar-se de que eles estão livres de vírus. Salve-os em CÓPIA DE SEGURANÇA (BACKUP)
um diretório e passe um programa antivírus atualizado. Só depois
abra o arquivo. Conceito: Backup é uma cópia dos arquivos que consideramos
Cuidados que se deve tomar com mensagens de correio ele- mais importantes, ou aqueles arquivos chaves (fundamentais) para
trônico – Como já foi falado, simplesmente ler a mensagem não uma empresa.
causa qualquer problema. No entanto, se a mensagem contém Com o uso cada vez mais constante de computadores, um sis-
anexos (ou attachments, em Inglês), é preciso cuidado. O anexo tema de backup que garanta a segurança e disponibilidade full-time
pode ser um arquivo executável (programa) e, portanto, pode estar dos dados corporativos é fundamental. Apesar de ser uma medida
contaminado. A não ser que você tenha certeza absoluta da inte- de segurança antiga, muitas empresas não possuem um sistema de
gridade do arquivo, é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o backup ou, o fazem de maneira incorreta. Montar um sistema de ba-
arquivo sem antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado ckup requer um pouco de cautela. É importante por exemplo, saber
Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo apenas escolher o tipo de mídia para se armazenar as informações, como
de texto, é possível relaxar os cuidados? fitas magnéticas, discos óticos ou sistemas RAID. No Brasil, como
Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ativos, e em outros países o dispositivo mais usado é o DAT (Digital Audio
existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus que contami- Tape), pois oferece capacidade de armazenamento de até 16GB, a
nam arquivos do MS Word ou do MS Excel. São os chamados vírus um custo médio de um centavo por megabyte. Para pessoas físicas
de macro, que infectam os macros (executáveis) destes arquivos. e pequenas empresas, não é necessário um grande investimento
Assim, não abra anexos deste tipo sem prévia verificação. para implantar um sistema de backup. Os mais usados trabalham
É possível clicar no indicador de anexo para ver do que se com drives externos -Zip e Jaz-, equipamentos que possuem preço
trata? E como fazer em seguida? bem mais em conta, embora possuam menor capacidade de arma-
zenamento, que já é suficiente para estes casos.

59
INFORMÁTICA
Dispositivos: Embora as mídias óticas se mostrem como última O backup é a sobrevivência de suas informações, ele poderá
palavra em backup, não são muito viáveis, pois possuem capacida- ser feito por qualquer sistema de backup existente no mercado, tais
de de armazenamento relativamente pequena (cerca de 700 MB como: ZIP Drives, Fita DAT, CD, ou mesmo em disquetes, sendo que
em um CD) e, em muitos casos não são regraváveis. Um ponto a estes não são tão confiáveis como os citados anteriormente.
favor das mídias óticas é a segurança, porém atualmente estão Os programas que executam o backup dependem do tipo
sendo utilizadas para a criação de uma biblioteca de dados, o que de equipamento que esta sendo usado, alguns tem seu próprio
caracteriza armazenamento de dados e não backup. programa de backup, outros aceitam que você use o programa de
A tecnologia RAID, consiste num conjunto de drives que é visto backup do próprio Windows.
pelo sistema como uma única unidade, continuando a propiciar
acesso contínuo aos dados, mesmo que um dos drives venha a fa- ESTRATÉGIAS
lhar. Os dados são passam pelo nível 1, que significa espelhamento Fazer backup do que? Backup apenas de tudo que é único ao
de drives ou servidores (cópia dos dados de drives ou servidores), seu sistema: banco de usuários, arquivos de dados, configuração do
até o nível 5, que é o particionamento com paridade (o mesmo seu sistema,... ou Backup completo.
arquivo repetido em diferentes discos). Esta tecnologia é uma De que deve ser feito backup? Ao fazer apenas do que for
opção segura e confiável, sendo muito utilizada em empresas que particular ao nosso sistema economizaremos mídia e tempo de
possuem rede non-stop e que não podem perder tempo inter- backup. Numa eventual pane geral poderemos instalar o sistema
rompendo o sistema para fazer backup. Após a escolha da mídia novamente a partir das mídias originais e reconfigurá-lo auxiliado
para armazenamento, é muito importante decidir qual software de pelo backup para finalmente restaurar os dados.
backup é mais adequado para atender às necessidades do usuário. Se fizermos o backup completo o processo será mais complexo,
São três os requisitos básicos que devem ser observados: demorado e custará mais mídia de backup mas, em compensação a
• Facilidade de automatização; restauração tende a ser mais simples.
• Recuperação; TIPOS DE BACKUP
• Gerenciamento. Do dia zero, feito logo após a instalação do sistema. Completo,
Assim, a ferramenta deve realizar, sem a intervenção humana, cópia de todos os arquivos. Incremental, cópia apenas dos arquivos
determinadas rotinas, como abrir e fechar a base de dados ou modificados desde o último backup.
copiar somente os arquivos alterados. É importante que o produto O backup do dia zero pode ser útil para recuperação ou detec-
também realize o gerenciamento centralizado, permitindo fazer o ção problemas no sistema, como arquivos modificados ou omissos.
backup tanto dos arquivos quanto do banco de dados através da Alguns sistemas operacionais, como o FreeBSD e algumas distribui-
mesma interface. Como escolher um sistema de backup: ções do Linux são distribuídos com um backup do dia zero, sem
• Procure o tipo de mídia de armazenamento adequado ao as devidas configurações do sistema, em um CD a parte. Uma boa
volume de dados e às necessidades de sua empresa; política de backup pode misturar os três ou os dois últimos tipos.
• O ramo de atividade da empresa também é determinante. Devemos lembrar de guardar as mídias de backup em um local
• Companhias com sistemas non-stop necessitam de siste- fisicamente seguro, de preferência longe do sistema, tal precaução
mas rápidos e seguros; poderá um dia viabilizar a recuperação de dados perdidos em uma
• O software de backup deve realizar tarefas automatiza- catástrofe, por exemplo.
das, como cópia periódica dos dados e atualização dos arquivos A política de backup pode incorporar métodos e períodos dife-
modificados; rentes para diferentes tipos de arquivos do sistema. Por exemplo,
• Se a empresa possuir banco de dados, é importante que a arquivos do sistema operacional costumam ser modificados com
ferramenta gerencie através da mesma interface tanto o backup de muito menor freqüência do que dados do usuário, assim pode-se
arquivos quando do próprio banco de dados; adotar uma política de backup completo mensal para o sistema
• É muito mais prático um software que permita o gerencia- operacional e incremental semanal e para o /home uma política
mento centralizado de toda rede, mesmo em redes heterogêneas. semanal completa e incremental diária.
Falando em Internet, um mercado que vem surgindo é jus-
tamente o de backup via Web. O usuário pode alugar um espaço SOFTWARE DE BACKUP
no servidor para armazenar o backup de seus dados, podendo • Cópias simples
atualizá-los ou carregá-los quando bem entender. • Arquivadores simples
A prestadora do serviço é responsável pela segurança. Porém, • Programas especializados
este serviço de backup via Internet ainda não é uma solução ade- • Backups pela rede
quada para as empresas, devido a dois problemas básicos: falta de Há uma vasta disponibilidade de ferramentas para backups
infra-estrutura e de segurança. Nenhuma empresa deseja ter seus algumas para simples cópias, outras para arquivar diretórios e ar-
dados armazenados em um lugar qualquer (indefinido) na Internet. quivos em um único arquivo, há aquelas ferramentas próprias para
Outro ponto muito importante e que é sempre bom lembrar, backup de sistema, geralmente utilizadas pelos administradores.
é que a maioria de falhas na rede corporativa são frutos de erro Os sistemas especializados preocupam-se em geral não apenas na
humano. Isto significa que é necessário um treinamento dos envol- confecção de um backup mas também no controle das mídias de
vidos, para que estes possam agir de maneira correta em caso de backup e na sua realização para toda a rede.
emergência (restauração do backup). Entre as falhas mais comuns,
além da falta de preparo dos envolvidos, é o armazenamento dos PERIDIOCIDADE DOS BACKUPS
disquetes ou outra mídia de armazenamento no próprio local onde Crie conjuntos de backup para cada dia da semana(Segunda-
se localiza o computador, o que no caso de qualquer desastre -feira, Terça-feira....), você sempre irá criar o backup de Segunda-
(incêndio, enchente), levará a perda total dos dados. -feira no conjunto de backup de Segunda-feira, e assim por diante.
Os backups são importantes porque nos permite recuperar A vantagem deste sistema é que você terá no mínimo 5 conjuntos
a informação e perdas causadas pelos usuários, administradores, de backup para restaurar as suas informações caso algum conjunto
falhas de hardware, software ou social, desastres de uma forma não esteja funcionando. Guarde uma cópia de cada mês por 24
geral e permitem também o arquivamento das informações para meses e guarde também uma cópia do final de cada ano por pelo
eventual uso futuro. menos 10 anos.

60
INFORMÁTICA
POR ONDE COMEÇAR?
Em primeiro lugar, organize seus arquivos. Não é necessário fa-
ANOTAÇÕES
zer backup de todos os arquivos do micro, portanto procure deixar
em pastas separadas os arquivos importantes (suas planilhas, seus ______________________________________________________
documentos e textos). Utilize a pasta “Meus documentos”, ou crie
uma pasta com seu nome, onde você pode criar subpastas, como ______________________________________________________
Trabalho, Lazer, etc. Ao incluir as pastas que deseja salvar no ba-
ckup, lembre-se de incluir alguns arquivos que você pode precisar ______________________________________________________
mais tarde, e que não estão em suas pastas pessoais: os favoritos
do Internet Explorer, que ficam sob a pasta \Windows\Favoritos; as ______________________________________________________
pastas do Outlook Express, que ficam em um lugar meio escondido,
______________________________________________________
como \ Windows \ Application Data \ Identities (se não localizar,
pesquise por arquivo de nome *. dbx); e o Catálogo de Endereços, ______________________________________________________
que fica em \ Windows \ Application Data \ Microsoft \ Address
Book (extensão WAB). ______________________________________________________
Em segundo lugar, escolha o meio de armazenamento. Como
visto anteriormente, disquete é o mais simples, mas também é o ______________________________________________________
menos confiável e de menor capacidade de armazenamento. Você
terá que usar um programa de compactação que divida o seu ba- ______________________________________________________
ckup em blocos de 1.44 MB, como o Winzip, ou o próprio programa
______________________________________________________
de Backup do Windows. O disquete é uma mídia que apresenta
erros com freqüência, portanto se você escolher utilizá-lo, salve ______________________________________________________
a mesma informação em dois disquetes, para o caso de um deles
apresentar problema. ______________________________________________________
Outro meio de armazenamento é o Zip Drive. Com capacidade
para 100 MB ou 250 MB, ele apresenta menos problemas que ______________________________________________________
disquetes, e tem maior capacidade. Você tanto pode utilizar uma
unidade externa, conectada à portal serial ou USB, ou uma interna. ______________________________________________________
Se utilizar a externa, prefira a porta USB, pois a velocidade de
transmissão de dados da serial é muito baixa; além disso, o externo ______________________________________________________
pode ser compartilhado com outros colegas; o interno só compensa
______________________________________________________
a compra se você utilizar também para outros fins. A solução mais
racional para backup é um gravador de CDs. ______________________________________________________
O preço é razoável, e a mídia utilizada é óptica, muito mais
confiável e durável que a magnética. Você pode utilizar CD-RW, ______________________________________________________
que é regravável, e apagar os mais antigos para sobrepor os novos
backups. ______________________________________________________
A capacidade é 650 ou 700 MB. Também pode optar por um
externo, se quiser compartilhar com outras máquinas, ou se não ______________________________________________________
tiver espaço interno.
______________________________________________________
Por último, decida a periodicidade do backup. Se as infor-
mações não sofrem alterações constantes (caso da maioria dos ______________________________________________________
usuários domésticos), considere o backup uma vez por semana, ou
mesmo a cada duas semanas. ______________________________________________________
Existe também outra forma de backup que chama-se imagem
do disco rígido. Usando um programa como o Norton Ghost, você _____________________________________________________
cria um “arquivão” que tem todo o conteúdo de seu disco rígido.
Salve este arquivo em um CD, e no caso de um desastre, basta _____________________________________________________
formatar o HD, e fazer a restauração desta imagem, e o Windows
estará idêntico ao que estava no momento do backup. ______________________________________________________
A atividade de Backup é curiosa: aparentemente inútil (um
______________________________________________________
tempo perdido para copiar arquivos e mais arquivos), torna-se
subitamente muito útil, quando menos se espera. ______________________________________________________
Portanto, sempre faça backup, criando sua própria rotina de
“recuperação de desastres”, segundo sua necessidade. ______________________________________________________
Concluindo, deve se ter um plano de ação para montar um
sistema de backup, ou seja, as estratégias tanto de emergência ______________________________________________________
quanto as da própria rotina devem ser estudadas e padronizadas
para que todos estejam preparados. ______________________________________________________

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INFORMÁTICA
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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
1. Origem da região de Cabo Frio. Primeiras ocupações e inicio do povoamento. Evolução histórica e administrativa. Habitantes, confli-
tos, edificações, atividades econômicas. O declínio no final do século XIX, e a retomada da economia no século XX, com o surgimento
de novos segmentos de atividades. A emancipação de distritos e a afirmação do turismo na segunda metade dos anos 1900. . . . 01
2. Situação atual: Aspectos físicos e geográficos do Município: clima, relevo, população, localização (região e microrregião), área, limites
municipais, distritos, características urbanas, atividades econômicas predominantes. Patrimônio natural, cultural, histórico e arquite-
tônico. Atrações turísticas, culturais e de lazer, datas comemorativas e destaques do Município. Personalidades históricas e contem-
porâneas. Posição do Município na divisão regional turística do Estado e sua classificação no Mapa. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
3. Aspectos e indicadores sociais, econômicos e financeiros. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
4. Serviços municipais. Organização e estrutura administrativa organizacional básica da Prefeitura Municipal: Órgãos de administração
direta e indireta. Posição no contexto regional e relacionamento com os municípios vizinhos. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
ram construídos a Igreja de Nossa Senhora da Assunção, o sobrado
ORIGEM DA REGIÃO DE CABO FRIO. PRIMEIRAS OCU- da Câmara e da Cadeia, que formavam o Largo da Matriz onde fin-
PAÇÕES E INICIO DO POVOAMENTO. EVOLUÇÃO HIS- cou-se o pelourinho.
TÓRICA E ADMINISTRATIVA. HABITANTES, CONFLITOS, Em meados de 1660, cristalizaram-se as condições geopolíticas
EDIFICAÇÕES, ATIVIDADES ECONÔMICAS. O DECLÍNIO para o retorno de investimentos à cidade de Cabo Frio. Já em 1663,
NO FINAL DO SÉCULO XIX, E A RETOMADA DA ECONO- a administração volta a se reunificar na Bahia. José Varella é recon-
MIA NO SÉCULO XX, COM O SURGIMENTO DE NOVOS duzido ao cargo de capitão-mor do município e, pela primeira vez,
SEGMENTOS DE ATIVIDADES. A EMANCIPAÇÃO DE nomeia-se um alcaide-mor para a cidade. O novo governador do
DISTRITOS E A AFIRMAÇÃO DO TURISMO NA SEGUN- Rio de Janeiro tenta impedir a posse de José Varella; o governador
DA METADE DOS ANOS 1900 é censurado para não se ingerir na jurisdição de Campos dos Goyta-
cazes, pertencente a Cabo Frio. A seguir, os beneditinos receberam
Cabo Frio foi descoberto por Américo Vespúcio em 1503, tendo uma sesmaria urbana dando origem ao bairro de São Bento.
sido alvo constante de ataques piratas franceses e holandeses na
exploração do pau-brasil que era de excelente qualidade. Habita- DOIS SÉCULOS DE EXPANSÃO EM 1720
da pelos índios tamoios, os portugueses procuravam a ajuda deles Já no início do século XVIII, o Forte de São Mateus foi guarneci-
para a exploração do local. do e rearmado. A defesa da capitania passou a contar também com
Atualmente Cabo Frio é um grande centro turístico com vas- um terço de infantaria, além de um regimento de cavalaria. A cida-
ta rede de hotéis e pousadas para turistas nacionais e estrangei- de de Cabo Frio expandiu-se com o aumento da Igreja de Nossa Se-
ros aproveitarem suas belezas naturais. As praias são famosas pela nhora da Assunção, com a construção da capela de Nossa Senhora
areia branca e fina. O clima tropical, onde o sol brilha forte o ano in- da Guia, no Morro do Itajuru, e da Igreja de São Benedito, no Largo
teiro e quase não chove, estimula fortemente este turismo praiano. da Passagem. Na cidade viviam cerca de 1.500 habitantes em 350
casas, enquanto que outros dez mil se espalhavam pela capitania,
PRINCIPAIS MOMENTOS metade constituída por escravos negros.
Essa expansão urbana refletia o sucesso de várias atividades
DOMÍNIO FRANCÊS EM 1556 econômicas que eram exportadas para o Rio de Janeiro, em geral
Como o litoral nordestino era muito vigiado pelos portugueses, pela Barra de Araruama. Na agricultura, destacavam-se as planta-
os franceses estavam cada vez mais explorando o sudeste do Brasil ções de anil, coxonilha, legumes, cana-de-açúcar, mandioca, feijão
e Cabo Frio era um dos seus pontos preferidos. O franco domínio na e milho, cujas maiores produções eram da fazenda Campos Novos
região foi estabelecido no ano de 1556 com a construção de uma que continuava também a criar gado. Apesar da repressão portu-
feitoria denominada “Casa da Pedra” na região que hoje é a cidade guesa, a produção de sal ainda era abundante.
de São Pedro da Aldeia. E este domínio era crescente com a união
deles com os índios que habitavam a região naquela época. A VISITA IMPERIAL EM 1847
A visita que Dom Pedro II fez à cidade, em 1847, estreitou as
A GUERRA DE CABO FRIO EM 1575 relações especiais que Cabo Frio mantinha com o governo imperial.
A chamada “Guerra de Cabo Frio” aconteceu em 1575. O go- Na ocasião, foi doada uma quantia para a construção da cobertura
vernador do Rio de Janeiro, Antônio Salema, reuniu poderoso exér- da Fonte do Itajuru e outra para o Charitas com o objetivo de facili-
cito com integrantes da Guanabara, São Vicente e Espírito Santo tar sua manutenção e instalar uma enfermaria, que se mostrou de
apoiado por grande tropa tupiniquim catequizada. Os oficiais e sol- grande utilidade por ocasião das devastadoras epidemias de febre
dados seguiram por terra e mar, tendo como objetivo liquidar o úl- amarela e varíola que assolaram a região durante o século XIX. O
timo bastião da Confederação dos Tamoios e acabar com o domínio Imperador visitou o estabelecimento modelo das Salinas Perynas,
francês que já durava vinte anos em Cabo Frio. incentivado por ele próprio e de propriedade do alemão Linden-
berg, que colocou em prática novos métodos de produção mineral,
A COLONIZAÇÃO EM 1615 dando início ao moderno parque salineiro de Araruama.
Já em 1615, o governador do Rio de Janeiro, Constantino Me-
nelau, associou-se secretamente aos ingleses para traficar pau-bra- A QUESTÃO NEGREIRA EM 1875
sil em Cabo Frio. Neste mesmo ano, o governador foi obrigado a Duas questões relativas aos escravos estremeceram Cabo Frio
combater navios holandeses que aportavam na região. ao longo do século. A primeira refere-se ao crescimento das fugas,
Voltou a Cabo Frio para expulsar os ingleses que o haviam en- assassinatos de feitores e rebeliões de negros, resultando na for-
ganado e construiu uma fortaleza-feitoria na ilha, utilizada anterior- mação de quilombos que sobressaltaram os senhores brancos, a
mente pelos portugueses e franceses, junto ao porto da barra de despeito da ação dos capitães-do-mato. A segunda diz respeito a
Araruama. proibição do tráfico transatlântico de escravos e o contrabando flo-
Finalmente, Constantino Menelau recebeu ordens do Rei Filipe rescente que dele derivou.
III, da Espanha, para mais uma vez retornar a região e estabelecer As praias do Peró, em Cabo Frio, de José Gonçalves e da Rasa,
uma povoação. Em 13 de novembro de 1615, com a ajuda de qua- em Búzios, tornaram-se pontos de desembarque clandestino deste
trocentos homens brancos e índios catequizados, levantou a For- comércio humano. A marinha inglesa, em flagrante desrespeito às
taleza de Santo Inácio e fundou a cidade de Santa Helena do Cabo leis brasileiras, promoveu repressão ao tráfico e chegou a apreen-
Frio, a sétima mais antiga do Brasil. der navios negreiros na costa e a desembarcar fuzileiros navais em
Cabo Frio e Búzios.
INÍCIO DO DESENVOLVIMENTO URBANO EM 1650
Entre 1650 e 1660, a grave crise do sal português que desabas- Formação Administrativa
teceu o Brasil chamou a atenção metropolitana para a cristalização Distrito criado, com a denominação de Cabo Frio, por Alvará de
natural do produto na Lagoa de Araruama. Com esse impulso dado 1678. O distrito teve sua criação confirmada pelos Decretos Esta-
a economia, um novo centro urbano era levantado junto a atual duais n.º 1, de 08-05-1892, e 1-A, de 03-06-1892.
Praça Porto Rocha: rasgou-se a Rua Direita, hoje Érico Coelho, fo-

1
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Pela deliberação de 20-01-1891 e pelos Decretos Estaduais n.º CARACTERÍSTICAS GEOGRÁFICAS
1, de 08-05-1892, e n.º 1-A, de 03-06-1892, é criado o distrito de
Araçá e anexado ao município de Cabo Frio.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1911 o municí-
pio é constituído de 2 distritos: Cabo Frio e Araçá.
Pela Lei Estadual n.º 1.816, de 28-01-1924, foram criados os
distritos de Arraial do Cabo e Saco Fora e anexados ao município
de Cabo Frio.
Em divisão administrativa referente ao ano de 1933 o município
de Cabo Frio é constituído de 4 distritos: Cabo Frio, Araçá, Arraial
do Cabo e Saco Fora. Assim permanecendo em divisões territoriais
datadas de 31-XII-1936 e 31-XII-1937.
Pelo Decreto Estadual n.º 641, de 15-12-1938, o distrito de
Saco Fora tomou o nome de Armação dos Búzios e o distrito de
Araçá passou a denominar-se Campos Novos.
No quadro fixado para vigorar no período de 1939 a 1943 o mu-
nicípio de Cabo Frio é constituído de 4 distritos: Cabo Frio, Armação
dos Búzios, Arraial do Cabo e Campos Novos.
Pelo Decreto-lei Estadual n.º 1.056, de 31-12-1943, o distrito
de Campos Novos passou a chamar-se Tamoios.
Em divisão territorial datada de I-VII-1960, o município de Cabo
Frio é constituído de 4 distritos: Cabo Frio, Armação dos Búzios, Ar-
raial do Cabo e Tamoios.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 1-VII-
1983.
Pela Lei Estadual n.º 839, de 13-05-1985, desmembra do muni-
cípio de Cabo Frio, o distrito de Arraial do Cabo, elevado à categoria
do município.
Em “Síntese” de 31-XII-1994 o município é constituído de 3 dis-
tritos: Cabo Frio, Armação de Búzios e Tamoios.
Pela Lei Estadual n.º 249, de 28-12-1995, é desmembrado do
município de Cabo Frio o distrito de Armação de Búzios, elevado à
categoria de município.
Em divisão territorial datada de 1999, o município é constituído
de 2 distritos: Cabo Frio e Tamoios.
Assim permanecendo em divisão territorial datada de 2014.

SITUAÇÃO ATUAL: ASPECTOS FÍSICOS E GEOGRÁFICOS


DO MUNICÍPIO: CLIMA, RELEVO, POPULAÇÃO, LOCA-
LIZAÇÃO (REGIÃO E MICRORREGIÃO), ÁREA, LIMITES
MUNICIPAIS, DISTRITOS, CARACTERÍSTICAS URBA-
NAS, ATIVIDADES ECONÔMICAS PREDOMINANTES.
PATRIMÔNIO NATURAL, CULTURAL, HISTÓRICO E AR-
QUITETÔNICO. ATRAÇÕES TURÍSTICAS, CULTURAIS E
DE LAZER, DATAS COMEMORATIVAS E DESTAQUES DO
MUNICÍPIO. PERSONALIDADES HISTÓRICAS E CON-
TEMPORÂNEAS. POSIÇÃO DO MUNICÍPIO NA DIVISÃO
REGIONAL TURÍSTICA DO ESTADO E SUA CLASSIFICA-
ÇÃO NO MAPA

Cabo Frio é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro


localizado a uma altitude de quatro metros acima do nível do mar.
Faz divisa com Armação dos Búzios ao leste, Arraial do Cabo ao sul,
Araruama e São Pedro da Aldeia ao oeste, e Casimiro de Abreu e
Silva Jardim ao norte. É o sétimo município mais antigo do Brasil e o
principal da Região dos Lagos.
É muito conhecido por suas atrações turísticas, tendo a Praia
do Forte como o principal centro turístico.

2
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
DADOS ECONÔMICOS E SOCIAIS oeste e ao norte pelas elevações do maciço costeiro Pré-cambriano.
Ao sul do afloramento gnáissico de Búzios, aparecem os campos de
dunas das praias do Peró e de Cabo Frio. Para o interior do conti-
nente, o limite dessas restingas são as planícies de inundação dos
rios São João e Una e as colinas de idade terciária.
A região de Cabo Frio é bastante diversa geomorfologicamente.
Além da presença das duas grandes lagunas (Araruama e Saquarema),
ocorrem as dunas de Tucuns, Peró, das Conchas, de Cabo Frio / Arraial
do Cabo e da extremidade leste de Massambaba e as áreas de restinga
sem dunas, na extremidade oeste de Massambaba e Saquarema.
No litoral da região de Cabo Frio predominam as planícies e
terraços marinhos, depósitos aluviais, lagunas e maciços costeiros
das penínsulas de Armação dos Búzios e Cabo Frio. Mais afastada
do oceano, encontra-se a topografia mais acidentada das serras de
Sapiatiba e Sapiatiba Mirim.
A extensa planície marinha de Massambaba separa a laguna
de Araruama do mar, apresentando um sistema duplo de cordões
arenosos, sobreposto por um campo de dunas, localizado na extre-
midade leste deste sistema, de orientação NE–SW e não raramente
ultrapassando 20m de altura. As planícies aluviais mais expressivas
estão localizadas nas bacias dos rios Una e São João. Próximo à Ser-
ra das Emerências, maciço litorâneo com 180m de altitude situado
entre as cidades de Armação dos Búzios e Cabo Frio, ocorrem de-
pósitos arenosos de origem colúvio-aluvial do Pleistoceno Superior
(Araujo, 2000).
Esta parte do litoral fluminense foi, em grande parte, modelada
pelas variações do nível relativo do mar durante o Quaternário. Es-
tas variações desempenharam um papel essencial na evolução das
planícies costeiras, principalmente sobre sua formação e funciona-
mento, bem como no controle do regime sedimentar das lagunas
que aí se encontram. Estas são de dois tipos: grandes lagunas (Ara-
ruama e Saquarema), com comunicação com o oceano, e pequenas
lagunas (Vermelha e Brejo do Espinho), isoladas no meio de for-
mações arenosas. A laguna de Araruama, com 200 km2 de superfí-
cie, é possivelmente a maior laguna hipersalina do mundo (Muehe,
1979). Esta história se escreveu durante as duas últimas subidas do
nível do mar, mais particularmente durante os 7.000 anos que fo-
Formas de Relevo e Solos ram marcados por importantes oscilações do nível médio marinho.
A Região dos Lagos apresenta solos muito diversificados. Estas Ortega (1996) afirma que as variações do nível do mar tiveram
diferenças estão associadas aos diferentes materiais que irão dar grande influência na construção da planície costeira, cuja história
origem a eles e bem como ao fator climático. Nas áreas mais inte- é marcada por uma sucessão de períodos de construção ligados às
rioranas mais escarpadas e de clima mais úmido predominam solos regressões, e de erosão ligados às transgressões, o que se traduz
rasos, ainda que possam aparecer localmente e, em função do re- por depósitos descontínuos. Partindo das formações pré-cambria-
levo, solos medianamente profundos. No compartimento de transição nas que limitam a planície costeira na direção do interior e indo até
entre as serras escarpadas e a planície propriamente dita, predominam o oceano, encontram-se as seguintes unidades:
solos mais profundos, representados pelos Latossolos e pelos Argisso- - depósitos continentais indiferenciados;
los de textura média a argilosa, sempre álicos ou distróficos. - um sistema lagunar interno com depósitos lagunares emer-
No restante da área onde predominam um domínio suave co- sos;
linoso e planícies, os solos apresentam maior variação. São solos - uma primeira faixa de depósitos arenosos (restinga interna);
originados a partir de colúvios e alúvios. Os solos nesta área são La- - um sistema lagunar externo;
tossolos, Argilossos, Cambissolos, Planossolos, Gleissolos, Neosso- - uma segunda faixa de depósitos arenosos;
los Flúvicos e Espodossolos, cuja textura varia de arenosa a argilosa, - a praia atual.
sendo na maior parte álicos e distróficos, mas podem ser eutrófi-
cos. Nas planícies que recebem influência do mar aparecem solos Vegetação
com características solódicas e tiomorfismo (Carvalho Filho, 2001). A vegetação local é bastante peculiar, composta por um mo-
A região apresenta um quadro geomorfológico complexo e di- saico de fisionomias que encontram na baixa pluviosidade o agente
ferenciado em razão da morfogênese. As diferentes combinações mais limitante e selecionador.
morfoestruturais e morfológicas respondem pela existência de re- Araujo (1997) distingue 3 unidades fisionômicas na região: as
giões ambientais distintas. Neste contexto, observa-se a existência “planícies costeiras” (praias, dunas e terras baixas, áreas alagadas,
dos domínios: Escarpas da Serra dos Órgãos, Colinas e Maciços Cos- lagoas e depósitos aluviais); os “baixos morros de Cabo Frio e de
teiros e Planícies Costeiras. Búzios e ilhas costeiras” e os “morros continentais” acima de 500m.
Em termos fisiográficos, na região de Cabo Frio predominam as A classificação da vegetação da região de Cabo Frio é motivo
planícies arenosas costeiras, depósitos aluviais, lagunas e morros de controvérsias entre os autores. Hueck (1972) reconheceu que no
baixos das penínsulas de Búzios e Cabo Frio. A região é limitada a Brasil a mata pluvial costeira é, nessa região, interrompida por uma

3
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
mata seca, o mesmo foi assinalado no projeto RADAMBRASIL(1975) FERIADOS MUNICIPAIS
onde a região é classificada como Floresta Estacional Semi-decidual • 15/08 - Nossa Senhora da Assunção
(relicto da vegetação xerófila, lenhosa, decidual, homóloga à estepe • 13/11 - Aniversário de Cabo Frio
nordestina). Rizzini (1979) classifica como Vegetação Atlântica Cos- • Vestuário (moda praia)
teira (complexo de diversas comunidades vegetais, inclusive as da
periferia das florestas). SÍMBOLOS DA CIDADE
Ururahy et al. (1983) dividem as fitofisionomias da região como
Floresta Estacional Semidecidual, Floresta Ombrófila Densa e For-
mação Pioneira com influência marinha. Para Ururahy et al. (1987)
a região é uma disjunção fisionômica - ecológica da estepe nordes-
tina. Veloso (1991) classifica como Floresta Estacional Semidecidual
das Terras Baixas e Mooney et al. (1995) trata a região como Flo-
resta seca.
Lima (2000) reconhece que a vegetação de Cabo Frio possui ca-
racterísticas estacionais e classifica as formações como Floresta de
Planície não Inundada; Floresta Submontana e Floresta de Planície
sobre depósito marinho.
Scarano (2001), classifica a região como parte do Domínio da
Mata Atlântica, já que a definição da mesma para ele seria bem
abrangente, um mosaico compreendendo todos os tipos de floresta
(pluviais, semidecíduas, de Araucárias e enclaves de floresta de bre-
jo) e as vegetações abertas vizinhas (como Cabo Frio).
A riqueza de espécies da região é evidenciada nos diversos le-
vantamentos florísticos que já foram realizados (Araújo 1997, 1998,
2000; Farág 1999; Lima 2000 & Sá 2006). Dentre as famílias mais
representativas, entre as arbustivas, estão Leguminosae, Myrta-
ceae, Ericaceae e Anacardiaceae. Dentre as herbáceas destacam-
-se as espécies da família Bromeliaceae, especialmente os gêneros
Aechmea, Neoregelia e Quesnelia que em muitas áreas dominam o
sub-bosque.

HINO DO MUNICÍPIO
Cabo Frio, minha terra amada,
Tu és dotada de belezas mil,
Escondida vives num recanto,
Sob o manto deste meu Brasil…

Noites Claras teu luar famoso,


Este luar que viu meus ancestrais…
O teu povo se orgulha tanto, TURISMO
E de ti, não esquecerá jamais…
Praias
Tuas praias, Teu Forte, Águas transparentes e areias brancas, são marcas registradas
Olho ao longe e vejo o mar bravio das praias de Cabo Frio. A mais badalada é a Praia do Forte, mas
A esquerda um pescador afoito, se você procura boas ondas, com certeza encontrará nas praias das
Na lagoa que parece um rio… Dunas, do Foguete e do Peró.

O teu sol, que beleza! PRAIA BRAVA


No teu céu estrelas brilham mais…
Forasteiro, não há forasteiro,
Pois nesta terra todos são iguais…

Autor: Victorino Carriço

ATIVIDADE ECONÔMICAS
• Turismo
• Pesca
• Vestuário (moda praia)
• Extração de Petróleo
• Agricultura
• Agropecuária
• Artesanato

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Cercada por escarpas de 20 metros de altura e com 400 me- PRAIA DAS DUNAS
tros de extensão, a Praia Brava tem águas claras e muito agitadas. A
praia é a favorita dos surfistas e bodyboarders da cidade. Tem à sua
frente a Ilha dos Papagaios e do lado direito uma área é reservada
para a prática do nudismo. A Praia Brava está situada entre a Ponta
do Peró e o Morro do Farolete, no bairro Ogiva e para se chegar à
praia o percurso deve ser feito a pé, por meio de trilhas.

PRAIA DE AQUARIUS

Devido às correntes marítimas mais fortes e ondas maiores, a


Praia das Dunas é a mais apropriada para a prática de esportes ra-
dicais como surf, windsurf, kitesurf e vela. É cercada por dunas de
areias brancas e finas. O acesso pode ser feito pelo bairro Braga ou
ainda seguindo até o fim da Praia do Forte.

Situada entre as Praias do Pontal e de Unamar, em Tamoios, 2° PRAIA DO FOGUETE


Distrito de Cabo Frio, a Praia de Aquárius possui cerca de 3 km de
extensão e ondas de diferentes intensidades. É considerada a me-
lhor praia dentre as três para a prática de surf, bodyboard e pesca
de anzol e arrasto. Possui vários quiosques em toda a sua extensão.

PRAIA DAS CONCHAS

Famosa por suas águas frias, é uma praia de águas profundas


e bastante perigosa por suas correntezas. No entanto, localizada no
km 4 da estrada que liga Cabo Frio e Arraial do Cabo, a praia é boa
opção para quem quer tranquilidade, pois não é muito frequentada
como a Praia do Forte. Por lá é comum a prática de windsurfe.
A Praia das Conchas, situada no bairro Peró entre o Morro do
Vigia e a Ponta do Arpoador, é uma das relíquias da Costa do Sol. PRAIA DO FORTE
A praia possui 600m de extensão em formato de concha, de onde
originou seu nome, e largura de 30m. Com águas claras e calmas,
é uma das favoritas dos turistas e famílias de Cabo Frio. Em sua ex-
tremidade direita, onde se encontra a Ponta do Arpoador, existem
piscinas naturais formadas entre rochas. Faz limite com a Praia do
Peró, à esquerda, e oferece uma bela vista das ilhas de Cabo Frio.

A Praia do Forte, no centro da cidade, é a mais conhecida de


Cabo Frio. Mar de águas transparentes e cristalinas, é um dos mais
belos cartões-postais do Estado do Rio. Sua extensão litorânea é

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
de 7,5km e a areia branca e fina é uma característica ímpar. Em seu PRAIA DO PONTAL
extremo esquerdo fica o Forte São Mateus, construção portuguesa
do século XVII, e à direita, duas outras praias a limitam: Praia das
Dunas e Praia do Foguete.

PRAIA DAS PALMEIRAS

Localizada em Tamoios, a Praia do Pontal é de importante con-


tribuição para a pesca local, pois é onde o Rio São João deságua,
sendo a passagem dos pescadores para alto mar. Das três praias de
Tamoios é considerada a melhor para as crianças e idosos, devido
à tranquilidade de suas águas. Porém, requer um cuidado especial,
Situada no bairro das Palmeiras, distante 3 km do centro, a pois possui uma correnteza instável em certos pontos. Os quios-
Praia das Palmeiras fica na Lagoa de Araruama e é própria para a ques oferecem o melhor pescado da região.
captura de camarão e siri. Em sua paisagem encontram-se muitas
embarcações de pesca. No local existem quiosques e barracas com PRAIA DE SÃO BENTO
aperitivos, pescados da região e música ao vivo. Também podem
ser encontradas grandes quantidades de conchas. A praia é cercada
por altas palmeiras e coqueiros, que deram nome ao bairro.

PRAIA DO PERÓ

Praia de São Bento é um prolongamento do Canal Itajurú, lo-


calizado no Centro da cidade. É uma praia artificial, de 400 metros,
criada por aterro. O recanto atraia casais de namorados, principal-
mente durante a noite, por ser pouco movimentada e bem segura,
por estar localizada próxima ao Boulevard Canal.

Com 7 km de extensão litorânea, a Praia do Peró caracteriza-se PRAIA DO SIQUEIRA


pelos quiosques à beira mar, nos quais é possível provar delicio-
sos peixes e frutos do mar (camarão, lula, mexilhão, lagosta), entre
outros petiscos, acompanhados da tradicional cervejinha. Praia de
águas límpidas, com ondas constantes e temperatura em torno de
22º C é também procurada pelos aficionados em pesca de arremes-
so, que lá encontram anchovas, tainhas e badejos. Caracteriza-se
ainda pelas dunas de areias finas encontradas principalmente em
seu extremo esquerdo: as Dunas do Peró.

Localizada a 5 km do Centro, a Praia do Siqueira concentra a


pesca e o comércio do camarão. A praia é lacustre e imprópria para
o banho devido ao excesso de salinidade da água e a movimentação

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
dos barcos de pesca. Situada às margens da Lagoa de Araruama, a LINDAS PRAIAS
orla possui calçadão iluminado e quiosques com música ao vivo ao
longo dos seus 2 km de extensão. As águas têm temperatura entre
24° C a 26º C. No entorno da praia se encontram a Igreja de São
Pedro e a Praça Júlia Fonseca. O pôr do sol é um dos mais belos da
cidade.

PRAIA DO SUDOESTE

Cabo Frio é referência nacional em belas praias e sem dúvida é


o seu principal atrativo. Nossas praias possuem águas transparen-
tes e cristalinas e areias brancas, são marcas registradas das praias
de Cabo Frio, são excelentes para praticar esportes náuticos. A mais
badalada é a Praia do Forte, mas se você procura boas ondas, com
certeza encontrará nas praias das Dunas, do Foguete e do Peró.

PRAÇA DAS ÁGUAS

Próxima ao Aeroporto de Cabo Frio, a Praia do Sudoeste faz


parte da Laguna de Araruama. É própria para piqueniques e por ser
bem rasa o banho é propício para as crianças. No entanto, o cuida-
do com a pele na exposição ao sol nunca é demais, pois a salinidade
da água é bem alta.

PRAIA DE UNAMAR

A Praça das Águas fica localizada em frente a praia do forte se


localiza no calçadão da Praia do Forte, a praça possui um cenário
lindo e paisagístico são aproximadamente 1.600 m² de área e um
lago com 1,5 milhões de litros de água.
Você pode ver ao redor da praça, 28 postes com lâmpadas de
Por ser a mais longínqua do encontro do Rio São João com o LED controladas por computador que ficam alternando vários tons
mar, a Praia de Unamar, em Tamoios, é a que possui maiores ondas de cores que liberam um brilho diferenciado na água. Além disso
e correnteza mais forte. Estende-se por cerca de 8 km, sendo assim a praça possui um chafariz iluminado, grandes pedras, vegetação,
a mais longa da cidade. pequenas passarelas e bancos.

Pontos Turísticos BAIRRO DA PASSAGEM

Cabo Frio é uma bela das mais belas cidades do Brasil, e com
uma excelente estrutura, referência na Região dos Lagos. A cidade
possui praias de água cristalina, areia branquinha, quiosques, bares
e restaurantes, casas noturnas e uma grande completa estrutura de
hospedagem e aluguéis de temporada.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
O Bairro da Passagem, é um lindo e charmoso bairro de Cabo RUA DOS BIQUÍNIS
Frio que fica localizado à margem direita do canal de Itajuru, é o
marco na histótia de Cabo Frio. No local é possível encontra diver-
sos prédios tombados pelo Patrimônio Histórico, como a igreja de
São Benedito.

MORRO DA GUIA

Para você que ama praia e moda praia, você não pode deixar
de visitar a rua dos biquínis. São mais de 70 lojas especializadas em
moda praia e de diversas fábricas instaladas na cidade. A rua fica do
outro ado do canal do itajuru e funciona como um shopping a céu
aberto é coberta com imensos toldos em formato de lírios, conta
A Capela do Morro da Guia, também conhecida como “Capela com calçadão, jardins e passarelas de madeira com iluminação es-
de Nossa Senhora da Guia” está localizada em cima de um morro, pecial.
de pode-se contemplaronde uma linda vista panorâmica da cidade.
Para acessar a capela é preciso seguir pelo Largo Santo Antônio, ILHA DO JAPONÊS
onde inicia uma escadaria íngreme que leva ao mirante.

CANAL DO ITAJURU

A Ilha do Japonês é uma atração incrível. Localizada no Canal


do Itajuru, é um paraíso ecológico de águas calmas, rasas e quentes,
ideal para relaxar, é um local muito procurado por praticantes de
O canal do Itajuru possui 6 km de extensão, faz a ligação da stand up e caiaques. A ilha é muito frequentada por turistas com
laguna de araruama e o oceano Atlântico. Possui um lindo cenário suas lanchas e jet skis que circulam pelo canal e param lá.
inspirador e calmo, onde pode-se ver todo o trãnsito de barcos. O
canal conta com um amplo calçadão, é cercado por restaurantes,
feira de artesanato, é ponto de partida dos passeios de barco e pon-
to de vista de um belo pôr do sol.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
MAPA TURÍSTICO DA CIDADE

Monumentos Históricos

Considerada a sétima cidade mais antiga do Brasil, Cabo Frio vem mantendo as características que a destacaram no cenário econômico
e turístico do estado do Rio de Janeiro. Caminhando pelas ruas, você se apaixona pela arquitetura.

ANJO CAÍDO

Situado nas águas do Canal do Itajurú, a estátua do Anjo Caído foi erguida em 1907 para assinalar a abertura do canal artificial de
Leger Palmer, que veio facilitar o escoamento da produção de sal da Laguna de Araruama realizada na época através das barcaças à vela.
Monumento de inspiração clássica, representa a Deusa da Vitória alada, erguida sobre uma coluna cilíndrica com nove metros de altu-
ra e capitel em estilo coríntio. Com o passar do tempo, a força das correntezas das águas inclinou a coluna de modo acentuado, motivando
o nome popular de ‘Anjo Caído’.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
CASA SCLIAR MUSEU DO SURF

Fundada em 2001 após o falecimento do artista. Desde então, O Museu do Surf fica localizado em frente ao Teatro Municipal,
a Casa promove as artes na Região dos Lagos como queria seu men- na Praia do Forte. No espaço é possível encontrar peças raras que
tor e inspirador. Sua casa-ateliê foi transformada em museu e pos- contam a história do esporte no Brasil e no mundo. O acervo possui
sui um acervo com obras de artistas renomados como Cildo Meire- cerca de 823 pranchas de surf, body board, long board, além filmes,
les, Pancetti, Di Calvacante, Aldo Bonadei, Glauco Rodrigues, entre documentos, miniaturas, revistas, quadros e troféus. Recentemente
outros. É aberto à visitação pública. passou a abrigar também a história do windsurfe e conta com 30
No quintal da casa funciona também a Oficina-Escola Carlos pranchas na sua coleção.
Scliar, que oferece cursos de desenho, pintura, gravura e cerâmica. Funcionamento: de terça a domingo, das 17h às 22h.
Ao lado da casa-ateliê foi aberto recentemente um café onde são
comercializados produtos da oficina, assim como gravuras, livros e CONVENTO N. Sª DOS ANJOS
catálogos de artes, camisetas, cadernos e lápis com temática inspi-
rada na obra de Carlos Scliar, além de muitos outros produtos.
Funcionamento: de quarta a sexta, das 15h às 19h; sábado das
15h às 18h

CASA DE CULTURA CHARITAS

O Convento Nossa Senhora dos Anjos é um dos mais expressi-


vos exemplares da arquitetura colonial no Brasil. Os destaques fi-
cam por conta das pinturas no teto da capela-mor, dos painéis dos
altares laterais e do piso de lajotas de barro.
O Convento abriga ainda uma capela e cemitério da Ordem Ter-
ceira de São Francisco da Penitência/São Francisco das Chagas. O
Edificação construída no século XVIII com o objetivo de ser convento levou dez anos para ser concluído, sendo inaugurado em
Casa de Caridade, a qual acolheria crianças abandonadas. Por razão 1686. Mais tarde, sugiram o cemitério, as celas, a igreja, a sacristia,
de epidemias no período posterior a sua construção, passou a fun- o claustro e os pátios internos. Edificação típica do século XVII, em
cionar como hospital. Na 2ª Guerra Mundial foi abrigo do 1º Grupo formato quadrangular, com pequeno claustro. Destaca-se o Cruzei-
de Artilharia de Dorso. Atrativo turístico localizado no coração da ro de Santo Antônio, em frente ao convento, provavelmente cons-
cidade. truído na mesma época da igreja.
Hoje, a Casa de Cultura José de Dome – Charitas abriga a expo- Funcionamento: de terça a sexta, das 10h às 17h; sábado das
sição do artista plástico que dá nome ao espaço e que viveu muitos 14h às 18h
anos em Cabo Frio. Atualmente, promove constantemente semi-
nários, oficinas, palestras, apresentação de música, dança e teatro,
além de oferecer cursos de piano, inglês, desenho, pintura entre
outras a preços populares.
Funcionamento: diariamente, das 8h às 20h.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
FAZENDA CAMPOS NOVOS Funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 17h

FORTE SÃO MATEUS

Implantado numa pequena colina circundada por um amplo


descampado, o sítio histórico é remanescente da antiga fazenda de Localizado na Praia do Forte, é uma das mais antigas obras da
propriedade da Companhia de Jesus. O conjunto arquitetônico do arquitetura colonial latino-americana tombada pelo Instituto do
final do século XVII, composto por casa-grande, igreja de Santo Iná- Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1956, época
cio e cemitério, forma uma quadra com claustro interno nos moldes em que passou por uma série de restaurações. A fortaleza foi cons-
da arquitetura jesuíta dos primeiros séculos da colonização. truída no século XVII, entre 1616 e 1620, por portugueses e índios
Em 1982, durante a presidência do General Figueiredo, as ter- tamoios para defender a terra das invasões dos franceses, ingleses
ras da Fazenda Campos Novos foram desapropriadas para reforma e holandeses.
agrária. A Prefeitura de Cabo Frio instalou a Secretaria Municipal Havia no litoral brasileiro mais de 130 “bocas de fogo” armadas
de Agricultura e Abastecimento no local e o salão principal da sede para proteger a colônia portuguesa. O Forte São Mateus fazia parte
passou a abrigar a Biblioteca do Araçá, primeira coleção pública de dessa estratégia de defesa e foi construído depois do desmantela-
livros no distrito rural de Cabo Frio. mento do antigo Forte de Santo Inácio do Cabo Frio, cuja localiza-
Funcionamento: de segunda a sexta, das 9h às 17h ção e fortificação eram consideradas demasiadamente vulneráveis
a ataques.
FONTE DO ITAJURU Funcionamento: diariamente, das 9h às 17h

Fonte: http://cabofrio.rj.gov.br/

ASPECTOS E INDICADORES SOCIAIS, ECONÔMICOS E


FINANCEIROS.

POPULAÇÃO

População estimada [2020] 230.378 pessoas


População no último censo [2010] 186.227 pessoas
Densidade demográfica [2010] 453,75 hab/km²

Em 1847 o Major Bellegard, por ordem de Dom Pedro II, em


uma visita à cidade, põe em prática seu projeto de construção da
proteção da Fonte do Itajurú, marcada com o brasão do Império.
Mais tarde, em 1896, foi construída uma caixa d’água no Morro da
Guia e uma casa de máquinas junto à Fonte, de onde a água era
impulsionada até a caixa.
No mesmo ano, Adolfo Lindenberg propõe fazer obras de en-
canamento para o centro da cidade utilizando os recursos hídricos
da fonte. As bicas são colocadas em quatro pontos: no Largo de
Santo Antônio, na Travessa do Ribeiro, na atual Rua Érico Coelho
e a última ao lado do Prédio Municipal. A obra de canalização foi
inaugurada em 29 de agosto de 1897.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

TRABALHO E RENDIMENTO

Em 2018, o salário médio mensal era de 2.0 salários mínimos. A proporção de pessoas ocupadas em relação à população total era de
24.6%. Na comparação com os outros municípios do estado, ocupava as posições 45 de 92 e 21 de 92, respectivamente. Já na comparação
com cidades do país todo, ficava na posição 2163 de 5570 e 868 de 5570, respectivamente. Considerando domicílios com rendimentos
mensais de até meio salário mínimo por pessoa, tinha 34.5% da população nessas condições, o que o colocava na posição 49 de 92 dentre
as cidades do estado e na posição 3675 de 5570 dentre as cidades do Brasil.

Salário médio mensal dos trabalhadores formais [2018] 2,0 salários mínimos
Pessoal ocupado [2018] 54.647 pessoas
População ocupada [2018] 24,6 %
Percentual da população com rendimento nominal mensal per capita de até 1/2 salário mínimo [2010] 34,5 %

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

EDUCAÇÃO

Taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade [2010] 96,9 %


IDEB – Anos iniciais do ensino fundamental (Rede pública) [2017] 5,0
IDEB – Anos finais do ensino fundamental (Rede pública) [2017] 3,8
Matrículas no ensino fundamental [2018] 28.685 matrículas
Matrículas no ensino médio [2018] 6.372 matrículas
Docentes no ensino fundamental [2018] 1.823 docentes
Docentes no ensino médio [2018] 623 docentes
Número de estabelecimentos de ensino fundamental [2018] 97 escolas
Número de estabelecimentos de ensino médio [2018] 30 escolas

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
ECONOMIA

PIB per capita [2017] 39.781,41 R$


Percentual das receitas oriundas de fontes externas [2015] -
Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) [2010] 0,735
Total de receitas realizadas [2017] 822.362,48 R$ (×1000)
Total de despesas empenhadas [2017] 818.453,97 R$ (×1000)

SAÚDE
A taxa de mortalidade infantil média na cidade é de 15.46 para 1.000 nascidos vivos. As internações devido a diarreias são de 0.1 para
cada 1.000 habitantes. Comparado com todos os municípios do estado, fica nas posições 24 de 92 e 63 de 92, respectivamente. Quando
comparado a cidades do Brasil todo, essas posições são de 1829 de 5570 e 4734 de 5570, respectivamente.

Mortalidade Infantil [2017] 15,46 óbitos por mil nascidos vivos


Internações por diarreia [2016] 0,1 internações por mil habitantes
Estabelecimentos de Saúde SUS [2009] 54 estabelecimentos

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

TERRITÓRIO E AMBIENTE
Apresenta 82.3% de domicílios com esgotamento sanitário adequado, 61.5% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização
e 68.7% de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro, calçada, pavimentação e meio-fio). Quan-
do comparado com os outros municípios do estado, fica na posição 27 de 92, 49 de 92 e 9 de 92, respectivamente. Já quando comparado
a outras cidades do Brasil, sua posição é 842 de 5570, 3604 de 5570 e 104 de 5570, respectivamente.

Área da unidade territorial [2019] 413,575 km²


Esgotamento sanitário adequado [2010] 82,3 %
Arborização de vias públicas [2010] 61,5 %
Urbanização de vias públicas [2010] 68,7 %
Bioma [2019] Mata Atlântica
Sistema Costeiro-Marinho [2019] Pertence
Hierarquia urbana [2018] Capital Regional C (2C) - Município integrante do Arranjo Populacional de Cabo Frio/RJ
Região de Influência [2018] Arranjo Populacional do Rio de Janeiro/RJ - Metrópole Nacional (1B)

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

Fonte: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/rj/cabo-frio/panorama

SERVIÇOS MUNICIPAIS. ORGANIZAÇÃO E ESTRUTURA ADMINISTRATIVA ORGANIZACIONAL BÁSICA DA PREFEITURA


MUNICIPAL: ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA. POSIÇÃO NO CONTEXTO REGIONAL E RELACIONA-
MENTO COM OS MUNICÍPIOS VIZINHOS

A Prefeitura Municipal de Cabo Frio disponibiliza neste espaço informações e serviços para os cidadãos cabo-frienses, onde o principal
objetivo é levar a administração cada vez mais próxima da população.

PARA EMPRESAS

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO

PARA O CIDADÃO

PARA O SERVIDOR

Estrutura Administrativa Municipal


A seguir, vamos analisar o esqueleto de uma estrutura administrativa municipal, sendo que, cada município adequa sua estrutura
administrativa conforme disposição legas descrita em sua lei orgânica.

LEGISLAÇÃO ADMINISTRATIVA BÁSICA


- Estrutura administrativa
- Estatuto dos servidores
- Estatuto do magistério

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
- PCS dos servidores comissionados RECOMENDAÇÕES
- PCS dos servidores efetivos - Evitar a instituição de assessorias
- PCS dos servidores do magistério - Na hipótese de criação de assessoria:
-- Observar os requisitos específicos de investidura (assessoria
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA jurídica, assessoria de imprensa e assessoria de relações públicas)
- Cada poder tem a prerrogativa de instituir a sua estrutura ad- -- A assessoria deverá ser exercida por profissional de nível su-
ministrativa perior
- Câmara municipal: decreto legislativo ou resolução de inicia- - Identificar o órgão (departamento de ***, divisão de ***, se-
tiva do presidente, aprovada pelo plenário e publicada pelo presi- ção de ***, etc.)
dente - A identificação do órgão deverá retratar a sua atribuição gené-
- Prefeitura municipal: lei de iniciativa do prefeito, aprovada rica, principal ou específica
pelo legislativo e sancionada/publicada pelo prefeito - Instituir Secretarias Municipais
- Processo legislativo: consultar lei orgânica municipal e regi- - Adotar estrutura administrativa enxuta (evitar a criação de
mento interno da câmara municipal muitos órgãos)
- A estrutura administrativa deverá ser compatível com a aloca-
ESTRUTURA DA CÂMARA MUNICIPAL ção das despesas orçamentárias (consultar o contador)
- Presidência - Não criar órgão com nome de fundo; por exemplo, preferir
- Plenário Departamento de Ensino Básico ao invés de Departamento do FUN-
- Comissões DEB
- Diretoria-Geral - Alocar os fundos exigidos por lei (fundo municipal de saúde,
- Gabinetes dos vereadores fundo municipal de assistência social, fundo municipal da criança e
do adolescente, etc.)
ESTRUTURA DA PREFEITURA MUNICIPAL - Grandes alterações na estrutura administrativa deverão ser
- Decreto-Lei 200/1967 promovidas ANTES do envio do projeto de orçamento anual para a
- Administração direta câmara municipal, caso contrário, adotar TABELA DE CONVERSÃO
-- Prefeito - Descrever as atribuições dos órgãos
-- Secretarias Municipais
DESCRIÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES
- Administração Indireta - INDISPENSÁVEL (assessorias e órgãos com “status” de Secre-
-- Autarquias taria)
-- Fundações -- Chefia de Gabinete
-- Empresas Públicas -- Procuradoria-Geral do Município
-- Sociedades de Economia Mista -- Controladoria Interna
-- Ouvidoria-Geral
ESTRUTURA USUAL (administração direta) -- Secretarias Municipais
- Chefia de Gabinete -- Assessorias
- Procuradoria-Geral do Município
- Controladoria Interna - FACULTATIVO (subestrutura)
- Ouvidoria-Geral (possível inexistência ou inclusão na Chefia -- Departamento
de Gabinete) -- Divisão
- Secretarias Municipais (possível existência de Secretaria Ge- -- Seção
ral) -- Serviço
-- Núcleo
SUBESTRUTURA USUAL
- Departamento ESTRUTURA ADMINISTRATIVA – EXEMPLO I
- Divisão Subestrutura: departamento – divisão
- Seção (ou setor)
-Serviço Secretaria de Governo
- Núcleo Chefia de Gabinete
- Possível inclusão de Supervisão e Coordenação (entre divisão Assessoria Jurídica
e seção) Assessoria de Planejamento
Assessoria de Imprensa
ASSESSORIAS
- Assessoria Jurídica: possibilidade, se chefiada/exercida por Unidade de Controle Interno
advogado efetivo, caso contrário, utilizar Procuradoria-Geral do Coordenação
Município ou *** de Contencioso ou *** de Consultoria Jurídica Comissão de Controle Interno
- Assessoria de Imprensa: possibilidade, se chefiada/exercida
por jornalista, caso contrário, utilizar *** de Imprensa Secretaria de Administração
- Assessoria de Relações Públicas: possibilidade, se chefiada/ Departamento de Patrimônio
exercida por profissional formado em relações públicas, caso con- Departamento de Recursos Humanos
trário, utilizar *** de Relacionamento Institucional Departamento de Compras e Licitações
- Assessoria de Redação e Legislação: possibilidade Departamento de Serviços Gerais
- Assessoria de Planejamento: possibilidade Divisão de Protocolo e Arquivo
*** Departamento, Divisão, Seção, etc. Divisão de Telefonia

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Divisão de Vigilância Chefia de Gabinete
Divisão de Marcenaria
Controladoria Interna
Secretaria de Finanças Seção de Ouvidoria
Departamento de Tesouraria
Departamento de Contabilidade Procuradoria-Geral do Município
Divisão de Execução Orçamentária
Divisão de Convênios Secretaria de Administração
Departamento de Tributação Departamento de Recursos Humanos
Divisão de Tributos Divisão de Folha de Pagamento
Divisão de Fiscalização Departamento de Patrimônio
Divisão de Dívida Ativa Seção de Cadastro Patrimonial
Departamento de Compras e Licitações
Secretaria de Educação Divisão de Compras
Departamento de Ensino Núcleo de Cadastro de Fornecedores
Divisão de Educação Infantil Núcleo de Cotação de Preços
Divisão de Ensino Fundamental Divisão de Licitação
Divisão de Alfabetização de Jovens e Adultos Seção de Contratos
Departamento de Infra-Estrutura Departamento de Informática
Divisão de Alimentação Escolar Serviço de Manutenção
Divisão de Transporte Escolar
Divisão de Manutenção Secretaria de Finanças
Divisão de Psicologia Departamento de Contabilidade
Seção de Relacionamento Bancário
Secretaria de Desenvolvimento Seção de Lançamento de Receita e Despesa
Departamento de Agricultura e Pecuária Seção de Convênios
Divisão de Extensão Rural Departamento de Tributação
Divisão de Fomento Rural Seção de Cadastro
Divisão de Projetos
Departamento de Indústria e Comércio Secretaria de Obras, Viação e Serviços Urbanos
Departamento de Meio Ambiente Departamento de Obras
Departamento de Turismo Divisão de Manutenção
Departamento de Viação
Secretaria de Saúde Núcleo de Almoxarifado
Departamento de Farmácia Núcleo de Serviços Agrícolas
Departamento de Odontologia Departamento de Serviços Urbanos
Departamento de Programas de Saúde Serviço de Coleta de Lixo
Departamento de Nutrição Divisão de Segurança Pública
Departamento de Vigilância Sanitária Serviço de Apoio à Polícia Civil

Secretaria de Obras e Serviços Públicos Secretaria de Saúde


Departamento de Obras Fundo Municipal de Saúde
Departamento de Serviços Públicos Departamento de Saúde
Núcleo de Agendamento de Consultas
Secretaria de Manutenção Rodoviária Serviço de Combate a Endemias
Departamento de Estradas Seção de Fiscalização Sanitária
Departamento de Manutenção de Frota
Divisão de Veículos Leves Secretaria de Assistência Social
Divisão de Veículos Pesados Fundo Municipal de Assistência Social
Fundo Municipal da Criança e do Adolescente
Secretaria de Assistência Social Departamento de Assistência Social
Departamento de Serviço Social Serviço de Inclusão Social
Departamento de Promoção Humana Núcleo de Bolsa Família
Núcleo de Encaminhamento ao INSS
Secretaria de Cultura e Esportes
Departamento de Cultura Secretaria de Educação
Departamento de Esportes Departamento de Apoio Administrativo
Divisão de Documentação Escolar
ESTRUTURA ADMINISTRATIVA – EXEMPLO II Divisão de Merenda Escolar
Subestrutura: departamento – divisão – seção – serviço – nú- Departamento de Transporte Escolar
cleo Núcleo de Transporte Escolar Rural
Departamento de Ensino Básico
Núcleo de Monitoria de Informática
Núcleo de Assistência ao Discente

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Núcleo de Assistência ao Docente LEI DE ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Núcleo de Monitoria de Escolas
Núcleo de Monitoria de Recreação ESTRUTURA ADMINISTRATIVA
Seção de Orientação Escolar Subestrutura: departamento – divisão – supervisão – coorde-
Seção de Infraestrutura Escolar nação – seção – serviço – núcleo

Secretaria de Cultura, Esporte e Turismo Chefia de Gabinete


Departamento de Cultura Coordenação de Relações Públicas
Departamento de Esporte Núcleo de Recepção e Atendimento
Serviço de Esporte Amador Serviço de Imprensa
Serviço de Esporte Educacional Supervisão de Apoio Jurídico
Departamento de Turismo Supervisão de Relacionamento Institucional
Supervisão de Trânsito
Secretaria de Desenvolvimento e Meio Ambiente
Departamento de Agricultura e Pecuária Procuradoria-Geral do Município
Seção de Produção Rural Departamento de Consultoria Jurídica
Departamento de Indústria e Comércio
Departamento de Meio Ambiente Controladoria Interna
Núcleo de Aterro Sanitário
Núcleo de Manutenção de Parques Secretaria de Administração
Núcleo de Zeladoria
OBSERVAÇÕES Departamento de Recursos Humanos
- Não é obrigatória a utilização de toda a cadeia de subestrutu- Departamento de Licitações
ra (departamento – divisão – seção – serviço – núcleo) Seção de Cotação de Preços
- Deverá ser observada a cadeia de subordinação Coordenação de Compras
- Órgãos de menor importância hierárquica poderão vincular- Divisão de Contratos
-se diretamente ao Secretário Municipal (quando responsáveis pelo
atendimento de todos os órgãos da Secretaria Municipal) PROJETO DE LEI
SÚMULA: Institui nova estrutura administrativa para a Prefeitu-
ra Municipal de *** e revoga a Lei ***.
ANÁLISE DE CASO HIPOTÉTICO
Art. 1º. A estrutura administrativa da Prefeitura Municipal de
(S) Alocação correta
*** passa a ser a seguinte:
(N) Alocação incorreta
1.0.0.0.0.0.0.0. CHEFIA DE GABINETE
Secretaria de Saúde
1.0.0.0.1.0.0.0. Coordenação de Relações Públicas
Núcleo de Apoio Administrativo (S)
1.0.0.0.1.0.0.1. Núcleo de Recepção e Atendimento
Fundo Municipal de Saúde
1.0.0.0.1.0.1.0. Serviço de Imprensa
Departamento de Saúde 1.0.0.1.0.0.0.0. Supervisão de Apoio Jurídico
Núcleo de Agendamento de Consultas (S) 1.0.0.2.0.0.0.0. Supervisão de Relacionamento Institucional
Serviço de Combate a Endemias (S) 1.0.0.3.0.0.0.0. Supervisão de Trânsito
Seção de Fiscalização Sanitária (S)
2.0.0.0.0.0.0.0. PROCURADORIA-GERAL DO MUNICÍPIO
Secretaria de Saúde 2.1.0.0.0.0.0.0. Departamento de Consultoria Jurídica
Fundo Municipal de Saúde
Departamento de Saúde 3.0.0.0.0.0.0.0. CONTROLADORIA INTERNA
Núcleo de Apoio Administrativo (S)
Núcleo de Agendamento de Consultas (S) 4.0.0.0.0.0.0.0. SECRETARIA DE ADMINISTRAÇÃO
Serviço de Combate a Endemias (S) 4.0.0.0.0.0.0.1. Núcleo de Zeladoria
Seção de Fiscalização Sanitária (S) 4.1.0.0.0.0.0.0. Departamento de Recursos Humanos
4.2.0.0.0.0.0.0. Departamento de Licitações
Secretaria de Saúde 4.2.0.0.0.1.0.0. Seção de Cotação de Preços
Núcleo de Agendamento de Consultas (N) 4.2.0.0.1.0.0.0. Coordenação de Compras
Fundo Municipal de Saúde 4.2.1.0.0.0.0.0. Divisão de Contratos
Departamento de Saúde Art. 2º. Compete à Chefia de Gabinete ***.
Serviço de Combate a Endemias (S) § 1º. Integram a Chefia de Gabinete:
Seção de Fiscalização Sanitária (S) Coordenação de Relações Públicas
Supervisão de Apoio Jurídico
Secretaria de Saúde Supervisão de Relacionamento Institucional
Fundo Municipal de Saúde Supervisão de Trânsito
Departamento de Saúde § 2º. Integram a Coordenação de Relações Públicas:
Seção de Fiscalização Sanitária (S) Núcleo de Recepção e Atendimento
Serviço de Combate a Endemias (N) Serviço de Imprensa
Núcleo de Agendamento de Consultas (N) Art. 3º. Compete à Procuradoria-Geral do Município ***.
§ único. Integra a Procuradoria-Geral do Município o Departa-
mento de Consultoria Jurídica.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Art. 4º. Compete à Controladoria Interna a execução das atri-
buições previstas na Lei ***.
Art. 5º. Compete à Secretaria de Administração ***.
§ 1º. Subordina-se diretamente ao Secretário de Administração
o Núcleo de Zeladoria.
§ 2º. Integram a Secretaria de Administração:
Departamento de Recursos Humanos
Departamento de Licitações
§ 3º. Integram o Departamento de Licitações:
Seção de Cotação de Preços
Coordenação de Compras
Divisão de Contratos
Art. 6º. Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação,
revogadas as disposições em contrário, especialmente a Lei ***.
Prefeitura Municipal de ***, 1 de agosto de 2011.
FULANO DE TAL
Prefeito Municipal

DICAS
- Identificar os servidores comissionados: nome, lotação, atri-
buição e remuneração (vencimento + gratificações)
- Incorporar gratificações e unificar remunerações próximas
- Criar subestrutura compatível com o número de remunera-
ções diferentes
- Estipular cargos para os atuais servidores comissionados e
prever cargos vagos para ocupação futura (evitar engessamento)
- ATENÇÃO: observar hierarquia/subordinação e identificar os
cargos de acordo com a atribuição de seus ocupantes.1

Poderes Legislativo e Executivo Municipal.


Dentre os três poderes do Brasil, você já deve ter ouvido falar
que o Poder Executivo executa e o Legislativo legisla. Mas ninguém
nunca parou para explicar para você o que isso significa. Afinal, qual
a diferença entre Executivo e Legislativo?

Como são separados os três poderes no Brasil?


Pois bem, para entender o que cada um dos três poderes faz,
vamos começar lá atrás, entendendo como funciona nossa organi-
zação política em sociedade.
Em uma sociedade, é preciso organizar nossas relações dentro
dela. O papel de fazer essa organização é das instituições políticas.
Pessoas trabalham para intermediar essas relações. Algumas dessas
pessoas irão realizar todos os serviços e projetos necessários para
a melhoria dessa sociedade, outra parte delas vai criar as regras/
leis que organizam as relações dentro e fora dessa sociedade e, por
fim, uma última parte vai cuidar para que as regras criadas sejam
cumpridas por todos.
Com esse resumo, fica mais fácil de entender o trabalho dos
três poderes da República: o Executivo, o Legislativo e o Judiciário,
nessa ordem. Nesse post, vamos tratar mais sobre a relação entre o
Executivo e o Legislativo.
1 Fonte: www.tdbvia.com.br

23
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
A organização do nosso país é feita em um regime democráti- Atribuições do Poder Executivo Municipal
co, ou seja, a população possui instrumentos legais para participar O poder executivo municipal coordena a administração e orga-
e interferir no funcionamento do governo. Existem outros regimes niza os serviços públicos, tendo na chefia o prefeito. Após a Cons-
mais fechados, como ditaduras, onde as pessoas que detêm poder tituição Brasileira de 1934, houve a unificação do cargo em todo o
político literalmente mandam no país e a população não tem direito Brasil, assim ficaram atribuídas as funções de chefe do poder exe-
de manifestar sua opinião a respeito de praticamente nada. cutivo municipal em alinhamento ao executivo da União e dos es-
“Ué, mas eu tenho a impressão de que quem tem poder político tados, aderindo dessa forma a um modelo monocrático. Com isso,
realmente manda no Brasil!” o poder executivo de cada esfera (municipal, estadual e União) de-
Essas pessoas com poder político têm influência política, mas verão agir de forma sinérgica, sem que uma interfira na autonomia
elas precisam articular essa influência dentro das regras do jogo da outra, com exceção dos casos previstos na Constituição Federal.
democrático. Por exemplo, não adianta um cidadão simplesmente Essa atribuição trata-se de sua função típica.
querer ser Governador de um estado. Para isso, ele precisa se filiar Dentre todas as suas atribuições entretanto, existem algumas
a um partido, se relacionar com os grupos políticos do seu estado, que são atípicas ao poder executivo, por exemplo ele detém algu-
concorrer nas eleições e aí, se a população do estado o escolher nas mas obrigações que são de atribuição típica do poder legislativo.
urnas, ele pode se tornar um Governador. Se não houvesse elei- Como por exemplo ao elaborar o seu regimento interno, está exer-
ções, ele poderia usar somente sua influência política para chegar cendo uma função legislativa, que é a de criar normas, e também
a esse cargo. quando participa do processo legislativo, tanto por meio de inicia-
tiva de projetos de leis municipais como através da sanção, veto e
Quem faz as leis no Brasil promulgação de leis, que por mais que sejam de iniciativa do pró-
Você se lembra quando falamos que uma das atividades neces- prio poder legislativo, passam pelo chefe do executivo para finaliza-
sárias para organizar as relações dentro de uma sociedade é a de ção do processo.
criar regras/leis que organizem essas relações? No Brasil, quem faz Essas são algumas de suas funções típicas e atípicas do poder
isso no âmbito nacional, estadual e municipal é o Poder Legislativo. executivo. Porém, diante de nossa realidade, em meio a tanta cor-
Como vivemos em uma democracia e podemos interferir no rupção, vemos um poder executivo, e isso não se restringe apenas
funcionamento do governo, nós queremos que as regras criadas à esfera municipal, cada vez mais interventor nos processos legisla-
pelo Poder Legislativo estejam de acordo com os nossos interesses, tivos e judiciários. Diante de tantos escândalos, onde prefeitos estão
certo? Como a gente busca conseguir isso? Votando em pessoas cada vez mais influentes entre as câmaras de vereadores, que têm
que representem esses nossos interesses na Câmara de Vereado- como uma de suas funções, fiscalizar o poder executivo, muitas vezes
res, nas Assembleias Estaduais, na Câmara dos Deputados e no Se- “comprando” a maioria legislativa, através principalmente de troca
nado Federal. de favores, a fim de garantir que seus interesses serão atendidos.
É por isso que é comum nós observarmos vários momentos Esses fatos que estão cada vez mais corriqueiros em nossos
em que discussões calorosas ocorrem nesses espaços! São pessoas municípios nos faz levantar uma dúvida a respeito da legitimida-
com pensamentos muito distintos num embate de ideias sobre os de do nosso processo legislativo e da legitimidade das próprias leis
problemas do país. criadas, nos deixando reflexivos. Será que essas normas foram cria-
Além dessa nossa interferência na formação do Poder Legisla- das realmente pensando na vontade e na necessidade do povo, ou
tivo, as eleições também permitem que a população interfira em elas surgem de acordos com o objetivo de beneficiar certos políti-
outra atividade da organização da nossa sociedade. Aquela ativida- cos, principalmente.
de referente à execução de todos os serviços e projetos necessários Podemos então fazer um paralelo entre o que defendem Ferdi-
para a melhoria do país. Atividade essa dada ao Poder Executivo. nand Lassalle e Konrad Hesse sobre a constituição, com a realidade
Como a gente interfere nisso? Nós escolhemos todos os chefes de nossas normas locais. Elas realmente surgem do somatório real
do Poder Executivo. No nível federal, o chefe do Poder Executivo do poder (que representa a vontade do povo) ou não passam de
é o/a Presidente da República; no âmbito estadual é o/a Governa- folhas de papel, uma vez que surgem da vontade de particulares,
dor(a) e, no âmbito municipal, o/a Prefeito(a). oriunda de um poder executivo municipal que age fora de suas atri-
O Poder Executivo precisa organizar todas as atividades de cada buições ilegalmente, extrapolando o limite de suas funções atípicas,
município, de cada estado e do país. Para isso, esses chefes que a em desrespeito a própria Carta Magna e principalmente ao povo.
gente elege montam uma equipe para cuidar de cada setor: saúde,
educação, transportes, turismo etc. Nos municípios e nos estados, Atribuições do Poder Legislativo Municipal
essa equipe é formada pelos Secretários. Na esfera federal, é for- O Poder Legislativo no município é realizado através das Câma-
mada pelos Ministros. ras Municipais cujos membros são os vereadores.
A Câmara Municipal tem funções legislativas, administrativas
RESUMINDO… e fiscalizadoras:
Bom, já sabemos o que o Executivo e o Legislativo representam As funções legislativas consistem em elaborar leis sobre todos
dois dos três poderes, agora o que precisamos lembrar sobre toda os assuntos definidos como de competência do Município. Os ve-
essa explicação de Executivo e Legislativo é que: readores tem o direito de apresentar projetos de lei, de apresen-
• Vivemos numa democracia representativa, onde a popu- tar emendas aos projetos de lei, de aprovar ou rejeitar projetos, de
lação interfere no funcionamento do governo, principalmente, por aprovar ou rejeitar veto do prefeito e apresentar moções.
meio das eleições; As funções fiscalizadoras se destinam a fiscalizar e controlar
• As eleições nos permitem definir quem irá compor os es- os atos do Poder Executivo ( Prefeito, Vice-prefeito e Secretários
paços para a criação das regras de convivência da nossa sociedade Municipais) e os atos de toda a administração municipal. A Câmara
(Poder Legislativo); exerce essa função fiscalizadora mediante requerimento de infor-
• As eleições nos permitem definir quem chefiará as equi- mações sobre a administração, mediante a criação de Comissões
pes que executam todos os projetos para a melhoria do nosso país Parlamentares de Inquérito para apuração de fato determinado, fa-
(Poder Executivo). zendo vistorias e inspeções nos órgão municipais e ainda convocan-
do as autoridades municipais para depor e prestar esclarecimentos.

24
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
As funções administrativas exercidas pela Câmara se destinam Secretários - Auxiliam os trabalhos de direção da Câmara
à organização dos seus serviços internos, tais como composição da apoiando a execução de procedimentos de registros de atas, anais,
Mesa Diretora, constituição das Comissões, bancadas partidárias votações, frequência de vereadores às sessões, além de assinarem
etc. função administrativa é restrita à sua organização interna, re- junto com o presidente atos da Câmara e orientarem os serviços da
gulamentação de seu funcionalismo, estruturação e direção de seus Secretaria da Casa.2
serviços auxiliares.
A Câmara exerce ainda a função de assessoramento, através da
indicação, que é o instrumento legislativo pelo qual a Câmara suge- LEI Nº 2210, DE 5 DE AGOSTO DE 2009
re ao Prefeito medidas de interesse da administração pública como,
entre outras, a adoção de programas sociais, construção de escolas, DISPÕE SOBRE A REFORMA ADMINISTRATIVA, DEFINE A ESTRUTU-
aberturas de estradas, limpeza pública, etc. RA ORGANIZACIONAL BÁSICA DO PODER EXECUTIVO, E DÁ OUTRAS
Também a Câmara Municipal exerce algumas funções pareci- PROVIDÊNCIAS.
das com Poder Judiciário, quando processa e julga o prefeito e os
vereadores envolvidos em crime de responsabilidade. A pena im- O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO, Faço saber que a
posta a esses agentes políticos pode ser de até mesmo impeach- Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a seguinte Lei: ADMINIS-
ment que é a perda do mandato. TRATIVA

Vereadores: TÍTULO I
Os vereadores possuem mandato com duração de quatro anos, DA REFORMA
sendo a reeleição ilimitada. A quantidade de vereadores em uma CAPÍTULO I
câmara é estabelecida entre o numero mínimo de 9 e um máximo DISPOSIÇÕES GERAIS
de 55 vereadores (depende do numero de habitantes da cidade),
em Buritis a câmara municipal é constituída por 11 vereadores. Art. 1º O Município de Cabo Frio, pessoa jurídica de direito pú-
Para se candidatar é necessário atender aos seguintes requisitos: blico interno, com autonomia política, administrativa, financeira e
- Ter nacionalidade brasileira; patrimonial, passa a ter a sua organização e estrutura estabelecidas
- Estar filiado em algum partido político; nesta Lei, que está baseada:
- Ter idade mínima de 18 anos; I - na responsabilidade fiscal, através do planejamento público
- Possuir domicílio eleitoral no município pelo qual concorre e do equilíbrio financeiro, buscando atingir maior economicidade
ao cargo; na realização das despesas;
- Ter pleno exercício dos direitos políticos. II - na modernização e inovação da gestão pública municipal de
forma a evitar a fragmentação das ações e a promover a harmonia
Os vereadores possuem a função de discutir as questões lo- dos serviços públicos essenciais disponibilizados ao cidadão, com
cais e fiscalizar o ato do Executivo Municipal (Prefeito) com relação maior eficiência e eficácia;
à administração e gastos do orçamento. Eles devem trabalhar em III - na autoridade e responsabilidade, com o comprometimen-
função da melhoria da qualidade de vida da população, elaboran- to dos agentes públicos na execução de atos de gestão e de gover-
do leis, recebendo o povo, atendendo às reivindicações, desempe- no; e
nhando a função de mediador entre os habitantes e o prefeito. IV - na transparência administrativa, permitindo a participação
Outra importante atribuição a um vereador é a elaboração da ativa da sociedade na definição das prioridades e na execução dos
Lei Orgânica do Município. Esse documento consiste numa espé- programas municipais, através dos órgãos colegiados.
cie de Constituição Municipal, na qual há um conjunto de medidas
para proporcionar melhorias para a população local. O prefeito, sob CAPÍTULO II
fiscalização da Câmara de Vereadores, deve cumprir a Lei Orgânica. DAS ALTERAÇÕES ESTRUTURAIS

Mesa Diretora: Art. 2º São introduzidas as seguintes modificações na Estrutura


Mesa Diretora é o órgão de direção da Câmara. A ela cabem as Organizacional Básica do Poder Executivo:
tarefas administrativas e executivas. I - são transformadas:
a) em Coordenadoria-Geral de Assuntos Governamentais, a
Principais Funções Secretaria Extraordinária de Assuntos Governamentais, passando a
A direção dos trabalhos legislativos e dos serviços administrati- integrar a estrutura administrativa da Secretaria Municipal de Go-
vos da Câmara, destacando-se os atos de Direção, Administração e verno;
Execução das deliberações aprovadas em Plenário. b) em Coordenadoria-Geral de Comunicação Social, a Secreta-
Composição: A Mesa Diretora da Câmara municipal de Buritis ria Municipal de Comunicação Social, passando a integrar a estrutu-
é composta pelo Presidente, Vice-Presidente, 1º Secretário, 2º Se- ra administrativa da Secretaria Municipal de Governo;
cretário. c) em Coordenadoria-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino
Presidente - Representa a Câmara em juízo ou fora dela, diri- Universitário, a Secretaria Municipal de Ciência, Tecnologia e Ensi-
gindo seus trabalhos, fiscalizando a ordem e a conformidade do no Universitário, passando a integrar a estrutura administrativa da
regimento e zelando pelo prestígio de seus membros. Para exercer Secretaria Municipal de Educação;
as atividades regimentais, o presidente pode atuar diretamente ou d) em Coordenadoria-Geral de Serviços Públicos, a Secretaria
delegar a qualquer um dos vereadores funções relacionadas à pro- Municipal de Serviços Públicos, passando a integrar a estrutura ad-
dução parlamentar e à fiscalização dos atos do Poder Executivo. ministrativa da Secretaria Municipal de Habitação e Serviços Públi-
Vice-Presidentes - Substituem o presidente em seus impedi- cos;
mentos e exercem plenamente todas as funções relativas aos atos
administrativos, jurídicos e legislativos necessários para dar conta
2 Fonte: www.diegodods85.jusbrasil.com.br/www.buritis.ro.leg.br/www.
das competências da Câmara.
politize.com.br

25
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
e) em Coordenadoria-Geral de Indústria, Comércio, Trabalho e TÍTULO II
Pesca, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Indústria e Co- DA ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL
mércio, passando a integrar a estrutura administrativa da Secretaria CAPÍTULO I
Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Ambiente; DA COMPOSIÇÃO
f) em Coordenadoria-Geral de Meio Ambiente, a Secretaria
Municipal de Meio Ambiente e Pesca, passando a integrar a estru- Art. 3º A Administração Municipal compreende:
tura administrativa da Secretaria Municipal de Desenvolvimento da I - a Administração Direta, constituída dos seguintes órgãos in-
Cidade e Ambiente; tegrados na sua estrutura administrativa:
g) em Coordenadoria-Geral de Planejamento e Desenvolvimen- a) órgãos de direção geral e assessoramento superior, desdo-
to Urbano, a Secretaria Municipal de Planejamento e Desenvolvi- brados em órgãos de coordenação e execução, de assessoramento
mento Urbano, passando a integrar a estrutura administrativa da intermediário e de direção setorial de suas respectivas estruturas
Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Ambiente; sistematizadas;
h) em Coordenadoria-Geral da Criança e do Adolescente, a Se- b) órgãos de direção setorial de administração desconcentrada;
cretaria Municipal da Criança e do Adolescente, passando a integrar c) órgãos colegiados, e
a estrutura administrativa da Secretaria Municipal de Assistência d) fundos especiais.
Social; II - a Administração Indireta, que compreende os serviços pú-
i) em Coordenadoria-Geral da Melhor Idade, a Secretaria Muni- blicos ou de interesse público, atribuídos a pessoas jurídicas diver-
cipal da Melhor Idade, passando a integrar a estrutura administrati- sas do Município, dotadas de personalidade jurídica própria, com
va da Secretaria Municipal de Assistência Social; autonomia administrativa, patrimonial e financeira, composta de
j) em Coordenadoria-Geral da Mulher, a Secretaria Municipal autarquias e fundações públicas.
da Mulher, passando a integrar a estrutura administrativa da Secre- Art. 4º As entidades da Administração Indireta serão vinculadas
taria Municipal de Assistência Social; e à Secretaria Municipal em cuja área de competência enquadrar-se
k) em Coordenadoria-Geral de Cultura, a Secretaria Municipal sua atividade institucional, sujeitando-se à correspondente tutela
de Cultura, passando a integrar a estrutura administrativa da Secre- administrativa.
taria Municipal de Turismo e Cultura.
II - ficam criadas: CAPÍTULO II
a) a Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos; DO SISTEMA MUNICIPAL DE CONTROLE INTERNO
b) a Subprefeitura do São Cristóvão;
c) a Coordenadoria-Geral da Juventude; Art. 5º O Sistema Municipal de Controle Interno tem como fina-
d) a Coordenadoria-Geral de Regulamentação e Fiscalização de lidade exercer a atividade de auditoria interna nos órgãos e entida-
Transportes Urbanos; des da Administração Pública Direta e Indireta do Poder Executivo
e) a Coordenadoria-Geral de Eventos; do Município de Cabo Frio, nos termos do Art. 31 da Constituição
f) a Superintendência de Licenciamento e Fiscalização de Pos- Federal, do Art. 59 da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 de
turas; e maio de 2000 e dos arts. 72, § 1º, 73 e 74 da Lei Orgânica Municipal.
g) a Superintendência de Fiscalização Fundiária.
III - passam a denominar-se: SEÇÃO I
a) Secretaria Municipal de Ordem Pública, a atual Coordenado- DOS SUBSISTEMAS
ria-Geral de Segurança Pública;
b) Secretaria Municipal de Assistência Social, a atual Secretaria Art. 6º O Sistema Municipal de Controle Interno compreende
Municipal de Promoção Social; os seguintes subsistemas:
c) Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Am- I - Subsistema de Auditoria Operacional, que tem como fina-
biente, a atual Secretaria Municipal de Integração Administrativa; lidade verificar a conformidade das atividades dos órgãos e enti-
d) Secretaria Municipal de Habitação e Serviços Públicos, a dades com os objetivos e metas estabelecidos, analisando os atos,
atual Secretaria Municipal de Trabalho e Habitação; processos e contratos quanto à competência, ao motivo, ao objeto,
e) Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, a atual Secretaria à forma e à finalidade, segundo as regras e os princípios aplicados à
Municipal de Turismo; Administração Pública;
f) Superintendência de Trânsito, a atual Coordenadoria Munici- II - Subsistema de Auditoria de Gestão, que tem como finalida-
pal de Trânsito e Segurança; e de verificar a compatibilidade das atividades dos órgãos e entidades
g) Superintendência de Defesa Civil, a atual a Coordenadoria com as políticas públicas formalmente instituídas, acompanhando
Municipal de Defesa Civil. indicadores orçamentários, físicos e financeiros, e articulando-se
§ 1º Os Órgãos transformados em Coordenadorias-Gerais, pas- com os órgãos de controle externo.
sam a ter subordinação hierárquica, administrativa e funcional às
Secretarias Municipais conforme mencionado nas alíneas “a” a “k”, SEÇÃO II
inciso I, do Art. 2º, podendo, a critério do titular do órgão a que DA ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA MUNICIPAL DE CONTROLE
estejam subordinados, continuar a dar execução aos convênios, INTERNO
contratos e outros acordos em vigor, de acordo com as suas novas
competências. Art. 7º O Sistema Municipal de Controle Interno está sob a res-
§ 2º A criação dos órgãos de que tratam as alíneas “a” a “g” do ponsabilidade da Controladoria-Geral do Município - CGM, órgão
inciso II do Art. 2º, visa promover a distribuição dinâmica, racional e central de controle, podendo contar com a atuação de servidores
eficiente dos serviços públicos prestados pela Administração Muni- indicados pelos órgãos e entidades da Administração Pública Mu-
cipal, além de atender, em caráter essencial e de forma descentrali- nicipal, subordinando-se estes administrativamente aos dirigentes
zada, os setores e bairros do Município de Cabo Frio. dos órgãos ou entidades de origem e tecnicamente ao Controlador-
-Geral do Município.

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
I - a observância de normas, técnicas de auditoria, roteiros, ma- II - direção superior gerencial: corresponde às funções de dire-
nuais e diretrizes estabelecidos pelo órgão central; ção, planejamento tático, coordenação, supervisão e controle equi-
II - a observância e execução dos planos de auditoria aprovados valente às posições dos dirigentes superiores das entidades da Ad-
pelo órgão central; ministração Indireta, de unidades vinculadas diretamente ao Chefe
III - a elaboração de relatórios requisitados pelo órgão central. do Executivo ou a Secretário Municipal, representada pelos cargos
§ 2º O servidor indicado na forma do caput deste artigo atuará, de Vice-Presidente de Autarquia, Subprocurador-Geral, Coordena-
no âmbito do órgão ou entidade a que pertença, no gerenciamento, dor-Geral, Diretor-Geral e Subsecretário;
no apoio técnico e na execução das atividades de auditoria opera- III - gerência intermediária: agrupa as funções de direção in-
cional e de gestão. termediária, planejamento, coordenação, controle, supervisão,
§ 3º Sujeitam-se ao controle e fiscalização contábil, financeira, orientação técnica e gerência administrativa das atividades e dos
orçamentária, operacional e patrimonial, as atividades da Adminis- meios operacionais e administrativos, representada pelos cargos de
tração Direta e Indireta, quanto à legalidade, legitimidade, econo- Superintendente, Ouvidor Municipal, Supervisor, Chefe de Gabine-
micidade, aplicação de subvenções e renúncia de receitas próprias te de Secretaria, Coordenador, Diretor, Diretor Técnico, Diretor de
ou transferidas, respeitada a competência da Câmara Municipal Departamento e Gerente;
para o controle externo. IV - gestão operacional ou administrativa: reúne as unidades
§ 4º Os integrantes dos órgãos de controle interno, quando no setoriais e os agentes responsáveis pelas funções executivas de
exercício de suas funções institucionais de fiscalização, gozarão de chefia, supervisão, orientação e acompanhamento de atividades
preferência sobre as demais atividades e servidores, não podendo de caráter permanente de unidades operacionais e administrativas
ser-lhes opostas situações de hierarquia ou subordinação funcional. dirigidas por detentores dos cargos de Chefe de Divisão, Chefe de
§ 5º Os ocupantes de cargos de direção e chefia deverão as- Serviço e Chefe de Seção;
segurar aos integrantes do controle interno todas as condições e V - assessoramento: corresponde às funções de apoio direto
facilidades para o desempenho de suas atribuições. ao Chefe do Executivo, aos Secretários Municipais e aos titulares
§ 6º Constitui infração disciplinar de natureza grave, punida na de entidades de direção superior gerencial para o cumprimento de
forma da lei, deixar o servidor de qualquer nível, de atender soli- atribuições técnico-especializadas de consultoria, assessoramento
citação, requisição ou intimação, ou retardar, sem motivo justo, a e assistência, associadas aos cargos de Procurador Especial Fazen-
realização de providência ou diligência recomendada pelo órgão de dário, Procurador Jurídico, Procurador Fazendário, Assessor Espe-
controle interno. cial de Integração Municipal, Assessor Especial de Governo, Asses-
sor, Administrador Regional, Assistente Jurídico e Assistente;
CAPÍTULO III VI - deliberação coletiva: representa uma instância administra-
DA ORGANIZAÇÃO DO PODER EXECUTIVO tiva para a tomada de decisões de forma colegiada ou de atuação
consultiva, correspondente a órgãos com funções deliberativas e ou
Art. 8º O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito do Município, executivas, denominados de Conselhos.
auxiliado pelo Vice-Prefeito, pelo Procurador-Geral, pelo Controla- Art. 10. O Chefe do Executivo poderá estabelecer outras no-
dor-Geral, pelos Subprefeitos, pelos Secretários Municipais e pelos menclaturas para cargos em comissão, vinculando-as a grupamen-
Presidentes de Autarquias, para cumprimento de suas atribuições e to definido no Art. 9º e tendo como referência a denominação e
competências constitucionais, legais e regulamentares. posição hierárquica da unidade administrativa ou operacional na
§ 1º Os cargos de Chefe de Gabinete do Prefeito, Procura- estrutura básica de órgão da Administração Direta ou de entidade
dor-Geral, Controlador-Geral, Subprefeito, Secretário Municipal da Administração Indireta.
e Presidente de Autarquia, possuem o mesmo nível hierárquico e Art. 11. Os órgãos da Administração Direta terão regimento in-
funcional, isonomia de vencimento, e iguais direitos, deveres e res- terno próprio, aprovado pelo Prefeito, após análise da Procurado-
ponsabilidades administrativas, respeitadas as atribuições ineren- ria-Geral, que disporá sobre:
tes às competências legais de cada órgão ou entidade. I - as demais competências especificas de cada unidade admi-
§ 2º Os titulares dos órgãos e entidades da Administração nistrativa integrante da respectiva estrutura básica e operacional;
Municipal são responsáveis, perante o Prefeito do Município, pelo II - as atribuições específicas e comuns dos detentores de car-
adequado funcionamento, bem como pela eficácia e eficiência das gos em comissão;
estruturas sob sua direção ou compreendidas em sua área de com- III - a identificação da subordinação das unidades administrati-
petência. vas e operacionais aos detentores de cargos em comissão.
§ 3º A supervisão será exercida através da orientação, coorde-
nação e controle das atividades dos órgãos subordinados ou vincu- CAPÍTULO V
lados à Secretaria, nos termos desta Lei. DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS E FUNDAMENTAIS

CAPÍTULO IV Art. 12. Os órgãos e entidades da Administração Pública Mu-


DO DESDOBRAMENTO OPERATIVO nicipal obedecerão aos princípios de legalidade, impessoalidade,
moralidade, publicidade e eficiência, nos termos do Art. 37 da
Art. 9º Os órgãos da Administração Direta integrantes da es- Constituição Federal, e consoante às disposições da Lei Orgânica
trutura organizacional do Município de Cabo Frio terão desdobra- Municipal, bem como aos seguintes princípios fundamentais:
mento operativo que identificará as vinculações funcionais e a hie- I - planejamento;
rarquia das unidades administrativas e operacionais, observado as II - coordenação;
seguintes diretrizes: III - descentralização;
I - direção superior: unificada numa mesma autoridade as fun- IV - delegação de competência;
ções de comando, coordenação, controle, planejamento estratégi- V - controle.
co e articulação institucional, representada pelos cargos de Chefe
de Gabinete do Prefeito, Procurador-Geral, Controlador-Geral, Sub-
prefeito, Secretário Municipal e Presidente de Autarquia;

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
SEÇÃO I SEÇÃO V
DO PLANEJAMENTO DO CONTROLE

Art. 13. O Poder Executivo Municipal adotará permanente pro- Art. 18. O controle das atividades da Administração Municipal
cesso de planejamento governamental que vise promover o de- será exercido em todos os níveis e em todos os órgãos, compreen-
senvolvimento físico- territorial, econômico, social e de proteção dendo particularmente:
ambiental do Município, bem como a captação e aplicação dos re- I - o controle pela chefia competente, da execução dos progra-
cursos humanos, materiais e financeiros, estabelecidos nos seguin- mas e da observância das normas que regulam as atividades espe-
tes instrumentos básicos: cíficas pertinentes a cada unidade administrativa;
I - Plano Plurianual; II - o controle, pelos órgãos competentes, da observância das
II - Plano Diretor; normas gerais que regulam o exercício das atividades auxiliares;
III - Diretrizes Orçamentárias; III - o controle da aplicação do dinheiro público e da guarda
IV - Orçamentos Anuais. dos bens do Município pelos órgãos competentes para aquela ati-
vidade.
SEÇÃO II
DA COORDENAÇÃO CAPÍTULO VI
DAS NORMAS RELATIVAS A LICITAÇÕES PARA COMPRAS,
Art. 14. As atividades da Administração Municipal, e, especial- OBRAS, SERVIÇOS E ALIENAÇÕES
mente a execução dos planos e programas de Governo, serão obje-
to de permanente coordenação. Art. 19. As licitações para compras, obras, serviços e aliena-
§ 1º A coordenação será exercida em todos os níveis da Admi- ções, regulam- se pelas normas previstas na Lei Federal nº 8.666,
nistração, mediante a atuação das chefias individuais e a realização de 21 de junho de 1993, e legislação posterior, e obedecerão ao rito
sistemática de reuniões, com a participação das chefias subordina- processual prescrito nos atos normativos e ordinatórios editados no
das. âmbito da Administração Municipal.
§ 2º Quando submetidos ao Prefeito, os assuntos deverão ter
sido previamente coordenados com todos os setores neles interes- TÍTULO III
sados, inclusive no que se refere aos aspectos administrativos per- DO SISTEMA ADMINISTRATIVO
tinentes, através de consultas e entendimentos, de modo à sempre CAPÍTULO I
compreenderem soluções integradas e que se harmonizem com a DOS ÓRGÃOS E SUAS FINALIDADES
política geral e setorial do Governo.
Art. 20. São órgãos de direção geral, considerados de primeiro
SEÇÃO III nível hierárquico da estrutura administrativa, as Secretarias Muni-
DA DESCENTRALIZAÇÃO cipais, a Procuradoria- Geral e a Controladoria-Geral, competindo-
-lhes o assessoramento superior e o desempenho de funções sistê-
Art. 15. A execução das atividades da Administração Municipal micas e finalistas.
deverá ser convenientemente descentralizada. § 1º As Coordenadorias-Gerais são órgãos destinados à coorde-
§ 1º A descentralização ocorrerá mediante os seguintes planos nação e execução das ações de governo, com subordinação hierár-
principais: quica, administrativa e funcional às Secretarias Municipais, dentro
a) dentro dos quadros da Administração Municipal, distinguin- das respectivas áreas de atuação.
do-se o nível de direção do de execução; § 2º São órgãos de assessoramento intermediário e direção
b) da Administração Municipal com o Estado e a União, me- setorial, aqueles destinados ao desempenho das atribuições regi-
diante convênio; mentais das estruturas subordinadas às Secretarias Municipais e
c) da Administração Municipal para o setor privado, mediante aos órgãos equiparados.
contratos, convênios ou concessões. Art. 21. São órgãos de direção setorial de administração des-
§ 2º Compete ao Chefe do Poder Executivo o estabelecimento concentrada as Subprefeituras, responsáveis pela ação governa-
das normas, critérios, programas e princípios, que os servidores res- mental direta junto às comunidades de suas áreas geográficas
ponsáveis pela execução são obrigados a respeitar na solução dos especificadas no Art. 37 desta Lei, e com as delimitações físicas,
casos individuais e no desempenho de suas atribuições. competências e atribuições administrativas estabelecidas no res-
pectivo regimento interno.
SEÇÃO IV Art. 22. São órgãos colegiados os Conselhos Municipais, ins-
DA DELEGAÇÃO DE COMPETÊNCIA tituídos como organismos de cooperação com o Poder Executivo,
com a finalidade de assessorar a Administração no planejamento,
Art. 16. A delegação de competência será utilizada como ins- análise e tomada de decisões em matéria de sua competência, vin-
trumento de descentralização administrativa de tarefas cometidas culados às Secretarias Municipais em razão das respectivas atribui-
diretamente ao Prefeito, com objetivo de assegurar maior rapidez e ções institucionais, nos termos da Lei Orgânica Municipal.
objetividade às decisões.
Art. 17. É facultado ao Prefeito delegar competência para a prá- CAPÍTULO II
tica de atos administrativos, nos limites dispostos na Lei Orgânica DA ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
Municipal.
Parágrafo Único - O ato de delegação indicará, com precisão, Art. 23. A estrutura organizacional básica do Poder Executivo
a autoridade e as atribuições pertinentes ao objeto da delegação. do Município de Cabo Frio compõe-se dos seguintes Órgãos e En-
tidades:
I - Órgãos Colegiados:
- Conselho Municipal Antidrogas

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
- Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social CAPÍTULO III
do FUNDEB DA GOVERNADORIA MUNICIPAL
- Conselho Municipal de Alimentação Escolar
- Conselho Municipal de Assistência Social Art. 24. A Governadoria Municipal é o conjunto de órgãos de
- Conselho Municipal de Cultura primeiro nível hierárquico e de direção geral da estrutura adminis-
- Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente trativa, aos quais compete o assessoramento superior e imediato
- Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural ao Prefeito, de acordo as atribuições previstas nesta Lei, e na forma
- Conselho Municipal de Educação do que dispuser o regulamento, tendo a seguinte composição:
- Conselho Municipal de Esporte Amador I - Gabinete do Prefeito;
- Conselho Municipal de Habitação II - Gabinete do Vice-Prefeito;
- Conselho Municipal de Saúde III - Procuradoria-Geral do Município;
- Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional IV - Controladoria-Geral do Município;
- Conselho Municipal de Transportes V - Secretaria Municipal de Governo;
- Conselho Municipal de Turismo VI - Secretaria Municipal de Ordem Pública; e
- Conselho Municipal do Plano Diretor VII - Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos.
- Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
- Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de De- SEÇÃO I
ficiência DAS COMPETÊNCIAS E ESTRUTURAS DOS ÓRGÃOS
- Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa
- Conselho Tutelar do 1º Distrito Art. 25. O Gabinete do Prefeito, cuja sigla para fins das relações
- Conselho Tutelar do 2º Distrito intergovernamentais é GAPRE, é o órgão ao qual incumbe a assis-
tência e assessoramento direto e imediato ao Chefe do Executivo
II - Órgãos Sistêmicos Especiais: no trato de questões, providências e iniciativas do seu expediente
- Fundo Municipal de Assistência Social pessoal, dirigido pelo Chefe de Gabinete do Prefeito, que possui o
- Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social mesmo nível hierárquico e funcional, isonomia de vencimento, e
- Fundo Municipal de Saúde iguais direitos, deveres e responsabilidades administrativas de Se-
- Fundo Municipal de Transportes cretário Municipal, competindo-lhe, dentre outras atribuições re-
- Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente gimentais:
I - assessorar e secretariar o Prefeito nas reuniões internas ou
III - Órgãos da Administração Direta Centralizada: públicas;
- Gabinete do Prefeito II - promover as atividades de recepção, atendimento e enca-
- Gabinete do Vice-Prefeito minhamento dos munícipes, autoridades e visitantes que deman-
- Procuradoria-Geral do Município dem ao Gabinete;
- Controladoria-Geral do Município III - realizar a recepção, estudo e triagem do expediente en-
- Secretaria Municipal de Governo
caminhado ao Prefeito, mantendo sob sua guarda documentos de
- Secretaria Municipal de Ordem Pública
natureza sigilosa;
- Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos
IV - elaborar e coordenar a agenda de compromissos e contatos
- Secretaria Municipal de Administração
políticos do Prefeito;
- Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento
V - executar as atividades de cerimonial público;
- Secretaria Municipal de Assistência Social
VI - organizar o protocolo do cerimonial dos atos públicos ou
- Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Ambien-
administrativos em conjunto com a Coordenadoria-Geral de Comu-
te
- Secretaria Municipal de Educação nicação Social;
- Secretaria Municipal de Esporte e Lazer VII - manter cadastro atualizado de autoridades, instituições e
- Secretaria Municipal de Fazenda organizações;
- Secretaria Municipal de Habitação e Serviços Públicos VIII - organizar e manter atualizados os registros relativos ao
- Secretaria Municipal de Obras controle de atividades cumpridas pelo Gabinete;
- Secretaria Municipal de Saúde IX - receber, registrar e acompanhar a tramitação dos expedien-
- Secretaria Municipal de Transportes tes recebidos da Câmara de Vereadores relativamente a indicações
- Secretaria Municipal de Turismo e Cultura e pedidos de informações;
X - promover, em articulação com os demais órgãos competentes,
IV - Órgãos da Administração Direta Desconcentrada: o planejamento, preparação e execução das viagens do Prefeito; e
- Subprefeitura Distrital de Tamoios XI - receber os processos administrativos dirigidos ao Prefeito,
- Subprefeitura do Jacaré encaminhar para despacho ou promover despachos de mero expe-
- Subprefeitura do Jardim Esperança diente.
- Subprefeitura do Peró Parágrafo Único - O Gabinete do Prefeito (GAPRE) possui a se-
- Subprefeitura do São Cristóvão guinte estrutura:
Gabinete do Prefeito
V - Entidades da Administração Indireta: Chefia do Gabinete do Prefeito
- Instituto de Benefícios e Assistência aos Servidores Munici- Assessoria Especial de Governo
pais de Cabo Frio Assessoria Administrativa
- Serviço de Desenvolvimento de Cabo Frio Superintendência de Cerimonial
Departamento de Cerimonial
Assessoria de Eventos Oficiais
Divisão de Correspondência

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Art. 26. O Gabinete do Vice-Prefeito, cuja sigla para fins das re- IX - assistir nos atos de desapropriação imobiliária e proposição
lações intergovernamentais é GAVIPRE, é o órgão ao qual incumbe de medidas de caráter jurídico que visem o controle das atividades
a assistência e assessoramento direto e imediato ao Vice-Prefeito relacionadas com as desapropriações praticadas pelo Município;
no exercício de suas atribuições e a coordenação de suas relações X - orientar aos órgãos da Administração Municipal, visando as-
políticas e administrativas, e ainda, sempre que necessário, o auxí- segurar o cumprimento de decisões judiciais;
lio ao Gabinete do Prefeito, competindo-lhe, dentre outras atribui- XI - elaborar minutas e a apresentação de informações a serem
ções regimentais: prestadas pelo Prefeito, pelos Secretários Municipais e outras auto-
I - assessorar o Prefeito em assuntos da Administração Pública ridades apontadas como coatoras, relativas às medidas impugnadas
Municipal, inclusive auxiliá-lo sempre que for convocado para mis- de atos ou omissões administrativas;
sões especiais; XII - auxiliar na verificação prévia da constitucionalidade e lega-
II - assessorar e secretariar o Vice-Prefeito nas reuniões inter- lidade dos atos de governo;
nas ou públicas; XIII - elaborar projetos de lei de iniciativa do Poder Executivo,
III - promover as atividades de recepção, atendimento e enca- razões de veto e atos normativos e ordinatórios, por determinação
minhamento dos munícipes, autoridades e visitantes que deman- do Prefeito;
dem ao Gabinete do Vice- Prefeito; XIV - elaborar instrumentos de contratos, convênios, ajustes,
IV - elaborar e coordenar a agenda de compromissos e contatos acordos e termos similares para serem firmados em nome do Mu-
políticos do Vice-Prefeito; nicípio;
V - transmitir e controlar as ordens emanadas pelo Vice-Prefei- XV - emitir pareceres, do ponto de vista jurídico, em processos
to, para a execução de ações; que lhe forem submetidos;
VI - planejar, organizar e coordenar as atividades desenvolvidas XVI - examinar, emitir pareceres e adaptar às normas jurídicas e
pelo Vice-Prefeito em relação aos compromissos, recepção, estudo à técnica legislativa as minutas de projetos de lei, decretos e outros
e triagem do expediente recebido e expedido; e atos elaborados pelos demais órgãos da Administração Municipal;
VII - prover meios administrativos necessários à atuação e à XVII - organizar e manter arquivo de leis, atos normativos e or-
execução de outros serviços determinados pelo Vice-Prefeito. dinatórios, convênios, acordos, editais, termos e documentos simi-
Parágrafo Único - O Gabinete do Vice-Prefeito (GAVIPRE) possui lares;
a seguinte estrutura: XVIII - receber e registrar os autógrafos de lei encaminhados
Gabinete do Vice-Prefeito pela Câmara Municipal de Vereadores;
Assessoria de Gabinete XIX - enviar à Câmara Municipal os projetos de lei, e no seu
Assessoria Administrativa retorno encaminhar ao Prefeito para sanção;
Assessoria de Comunicação XX - acompanhar, perante o Legislativo, o andamento dos pro-
Divisão de Correspondência jetos de lei de iniciativa do Executivo;
XXI - verificar os prazos e providenciar sanção, promulgação ou
Art. 27. A Procuradoria-Geral do Município, cuja sigla para fins veto de projetos de lei aprovados pela Câmara de Vereadores; e
das relações intergovernamentais é PROGEM, é o órgão que tem XXII - organizar e manter acervo bibliográfico de obras doutri-
por finalidade a representação do Município em juízo ou extraju- nárias e jurisprudenciais de interesse do Município.
dicialmente, a consultoria e assessoramento jurídico às unidades Parágrafo Único - A Procuradoria-Geral do Município (PRO-
administrativas, chefiada pelo Procurador- Geral do Município, que GEM) possui a seguinte estrutura:
possui o mesmo nível hierárquico e funcional, isonomia de venci- Gabinete do Procurador-Geral
mento, e iguais direitos, deveres e responsabilidades administrati- Subprocuradoria-Geral do Contencioso Judicial
vas de Secretário Municipal, competindo-lhe, dentre outras atribui- Procuradoria Cível
ções regimentais: Procuradoria Trabalhista
I - assistir direta e imediatamente ao Chefe do Poder Executivo Procuradoria do Patrimônio
no desempenho de suas funções; Procuradoria do Meio Ambiente
II - elaborar e expedir a correspondência oficial do Chefe do Procuradoria Administrativa
Poder Executivo; Procuradoria de Serviços Públicos
III - representar o Município nas questões de ordem jurídica e Assistência Jurídica
administrativa, reclamadas pelo interesse público e pela aplicação Superintendência de Controle de Prazos Judiciais
das leis vigentes; Assessoria de Controle de Prazos Judiciais
IV - promover a representação judicial e extrajudicial do Mu- Subprocuradoria-Geral para Assuntos Administrativos
nicípio em qualquer foro ou juízo e a representação do Município Superintendência de Atendimento a Órgãos Governamentais
perante o contencioso administrativo; Assessoria de Elaboração de Documentos
V - representar o Município perante o Tribunal de Contas do Assessoria de Controle de Prazos
Estado do Rio de Janeiro e outros órgãos de fiscalização financeira e Superintendência de Informática
orçamentária de quaisquer das esferas de governo; Assessoria de Informática
VI - interpretar a Constituição Federal, as leis e demais atos Superintendência de Assuntos Legislativos
normativos, visando uniformizar a orientação a ser seguida pelos Departamento de Elaboração Normativa
órgãos da Administração Municipal; Assessoria de Redação de Atos
VII - controlar a apresentação dos precatórios judiciais, na for- Assessoria de Publicação de Atos Oficiais
ma do Art. 100, da Constituição Federal e da Emenda Constitucional Assessoria de Controle de Publicações
nº 30, de 13 de setembro de 2000; Assessoria de Documentação e Arquivo
VIII - propor ao Prefeito a avocação de representação de quem Superintendência de Recursos Humanos
tenha legitimidade para declaração de inconstitucionalidade de lei Supervisão Administrativa
ou ato normativo federal, estadual ou municipal; Departamento de Administração
Assessoria Administrativa

30
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Departamento de Manutenção e Zeladoria XIX - zelar pelo equilíbrio financeiro do erário municipal, atra-
Divisão de Manutenção e Zeladoria vés da elaboração de estudos e proposição de medidas com vistas à
racionalização dos gastos públicos.
Art. 28. À Controladoria-Geral do Município, cuja sigla para fins Parágrafo Único - A Controladoria-Geral do Município (CGM)
das relações intergovernamentais é CGM, como órgão central do possui a seguinte estrutura:
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo, compete à reali- Gabinete do Controlador-Geral
zação das atividades e rotinas de controle e fiscalização previstos Assessoria de Gabinete
nos arts. 72, § 1º, 73 e 74 da Lei Orgânica Municipal, possuindo, Superintendência Administrativa
dentro de sua área de competência, autonomia e precedência so- Assessoria Administrativa
bre os demais setores administrativos, cabendo-lhe, dentre outras Departamento de Gerenciamento do Sistema de Comunicação
atribuições regimentais: Digital
I - avaliar o cumprimento das metas previstas no plano pluria- Assessoria de Atendimento ao SICODI
nual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos res- Departamento de Controle Interno
pectivos; Divisão de Prestação de Contas
II - comprovar a legalidade e avaliar os resultados, quanto à Divisão de Tomada de Contas
eficácia, eficiência e economicidade, da gestão orçamentária, finan- Superintendência de Gerenciamento e Redução de Custos
ceira e patrimonial nos órgãos e entidades da Administração Muni- Departamento de Análise de Processos de Compras e Serviços
cipal, bem como a aplicação de recursos públicos por entidades de Assessoria de Saneamento de Processos de Compras e Serviços
direito privado; Departamento de Execução Financeira e Controle Orçamentá-
III - exercer o controle das operações de crédito, avais e garan- rio
tias, bem como dos direitos e haveres do Município; Divisão de Planejamento Orçamentário
IV - no apoio ao controle externo, exercer, dentre outras, as Divisão de Empenho
seguintes atividades: Departamento de Materiais e Serviços
a) realizar auditorias nas contas dos responsáveis sob seu con- Divisão de Compras e Serviços
trole, emitindo relatório e certificado de auditoria; Departamento de Licitação e Contrato
b) instaurar Tomada de Contas. Divisão de Licitação
V - fiscalizar a observância das leis, instruções, regulamentos, Divisão de Contrato
resoluções e portarias, cumprindo as normas de Auditoria Externa,
observadas as orientações do Tribunal de Contas do Estado do Rio Art. 29. À Secretaria Municipal de Governo, cuja sigla para fins
de Janeiro; das relações intergovernamentais é SEGOV, compete, dentre outras
VI - proceder a apurações de denúncias relativas a irregularida- atribuições regimentais:
des ou ilegalidades praticadas, dando ciência ao Prefeito, à Procu- I - assistir direta e imediatamente ao Chefe do Poder Executivo
radoria-Geral do Município, ao Tribunal de Contas do Estado do Rio no desempenho de suas funções, especialmente na coordenação
de Janeiro e ao interessado, sob pena de responsabilidade solidária; geral das ações de Governo;
VII - examinar e certificar a legalidade e veracidade dos atos re- II - promover o relacionamento intergovernamental e a articu-
sultantes das arrecadações e realizações das despesas, verificando lação institucional entre o Executivo Municipal e o Poder Legislati-
a fidelidade funcional dos agentes da Administração e responsáveis vo, as esferas estadual e federal de governo, municípios, entidades
por bens e valores públicos; da sociedade civil e colegiados instituídos por lei;
VIII - atuar com ingerência sobre os órgãos e entidades da Admi- III - planejar e supervisionar o cumprimento da política para a
nistração Direta e Indireta, inclusive fundações públicas e empresas juventude;
públicas que venham a ser constituídas, exercendo o acompanha- IV - planejar e supervisionar o cumprimento da política de co-
mento, o controle e a fiscalização, no âmbito de sua competência; municação e divulgação social do Governo;
IX - prestar informações e fornecer documentos aos Tribunais V - elaborar, em conjunto com os demais órgãos municipais,
de Contas; o plano plurianual, a lei de diretrizes orçamentárias e a proposta
X - gerenciar e operacionalizar o Sistema de Comunicação Digi- orçamentária;
tal - SICODI do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro; VI - dar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal
XI - supervisionar a gestão de fundos, programas ou convênios; do Plano Diretor, de acordo com a legislação especifica que o ins-
XII - fiscalizar e realizar a tomada de contas dos Órgãos da Ad- tituiu;
ministração Pública Municipal encarregados de recursos financeiros VII - coordenar o Serviço Militar no Município, no que tange ao
e valores; alistamento e organização da seleção de jovens; e
XIII - coordenar e executar as atividades de execução financeira VIII - promover a defesa do consumidor e a ouvidoria pública.
e controle orçamentário; Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Governo (SEGOV)
XIV - coordenar e executar os procedimentos de licitação e con- possui a seguinte estrutura:
tratos administrativos, compras e alienações; Gabinete do Secretário
XV - examinar as fases de execução da despesa, inclusive verifi- Chefia de Gabinete
cando a regularidade das licitações e contratos, sob os aspectos da Coordenadorias-Gerais
legalidade, legitimidade e economicidade; Coordenadoria-Geral de Assuntos Governamentais
XVI - acompanhar a execução das despesas com educação e Coordenadoria-Geral de Comunicação Social
saúde, a fim de garantir o alcance aos índices mínimos de aplicação Coordenadoria-Geral da Juventude
estabelecidos na legislação em vigor; Subsecretaria de Governo
XVII - acompanhar os limites, bem como o retorno a este em Assessoria Administrativa
casos de extrapolação, das dívidas consolidada e mobiliária; Assessoria ao Órgão Colegiado
XVIII - manter registros sobre a composição e atuação da Co- Superintendência de Gestão e Planejamento
missão Permanente de Licitação; e Departamento de Gestão e Planejamento

31
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Divisão de Abertura e Movimentação de Processos Assessoria Administrativa
Superintendência de Apoio Governamental Superintendência de Publicidade Institucional
Departamento de Apoio Governamental Departamento de Jornalismo
Serviço de Apoio Governamental Divisão de Relações com a Imprensa
Supervisão Administrativa Departamento de Divulgação e Publicidade
Coordenadoria de Controle de Pessoal Divisão de Redação
Assessoria Administrativa Divisão de Registro de Som e Imagem
Assessoria de Informática Departamento de Iconografia
Departamento de Apoio a Junta do Serviço Militar Assessoria Administrativa
Assessoria Administrativa
Ouvidoria Municipal III - Coordenadoria-Geral da Juventude, cuja sigla para fins das
Supervisão de Atendimento ao Contribuinte relações intergovernamentais é COJUVE, órgão incumbido de reali-
Serviço de Atendimento ao Contribuinte zar, dentre outras atribuições regimentais:
Departamento de Defesa do Consumidor a) a execução de políticas e a proposição de diretrizes ao Go-
Divisão de Apoio ao Consumidor verno Municipal voltadas a juventude;
Subprefeituras b) a coordenação das ações municipais voltadas para o atendi-
Subprefeitura Distrital de Tamoios mento aos jovens;
Subprefeitura do Jacaré c) a execução, direta ou indiretamente em parceria com enti-
Subprefeitura do Jardim Esperança dades públicas e privadas, de programas, projetos e atividades para
Subprefeitura do Peró jovens;
Subprefeitura do São Cristóvão d) o apoio a iniciativas da sociedade civil destinadas a fortale-
Órgão Colegiado cer a auto- organização dos jovens;
Conselho Municipal do Plano Diretor e) promover o desenvolvimento de estudos, debates e pesqui-
sas sobre a vida e a realidade da juventude;
Art. 30. Integram a Secretaria Municipal de Governo os seguin- f) conscientizar os diversos setores da sociedade sobre a reali-
tes órgãos com suas respectivas estruturas: dade da juventude, os problemas enfrentados, suas necessidades e
I - Coordenadoria-Geral de Assuntos Governamentais, cuja sigla potencialidades;
para fins das relações intergovernamentais é COGEAG, órgão desti- g) promover campanhas de conscientização e programas edu-
nado a realizar o relacionamento intergovernamental e a articula- cativos junto a instituições de ensino e pesquisa, veículos de comu-
ção institucional entre o Executivo Municipal e o Poder Legislativo, nicação e outras entidades sobre problemas, necessidades, direitos
as esferas estadual e federal de governo, municípios, entidades da e deveres dos jovens;
sociedade civil e colegiados instituídos por lei, bem como realizar h) promover cursos visando à formação de jovens líderes;
funções de representação perante os órgãos e entidades da União i) identificar interesse e formular propostas de convênios com
e do Estado, além de outras atribuições que lhe forem cometidas, entidades públicas e privadas;
possuindo a seguinte estrutura: j) coordenar a elaboração de programas e projetos, no âmbito
Gabinete do Coordenador-Geral de sua competência, em consonância com a proposta orçamentá-
Assessoria de Gabinete ria;
Superintendência Administrativa k) identificar os fatores sociais nocivos à juventude, organizan-
Assessoria Administrativa do programas para combatê-los, cooperando com entidades judi-
Superintendência de Relacionamento Intergovernamental e ciais e assistenciais; e
Articulação Institucional l) procurar meios para encaminhar à aprendizagem profissio-
Assessoria de Relacionamento Intergovernamental e Articula- nal, bolsas de estudo ou emprego aos jovens de baixa renda.
ção Institucional Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral da Juventude (COJU-
Superintendência de Representação Social e Política VE) possui a seguinte estrutura:
Assessoria de Representação Social e Política Gabinete do Coordenador-Geral
II - Coordenadoria-Geral de Comunicação Social, cuja sigla para Assessoria de Gabinete
fins das relações intergovernamentais é COGECOM, órgão incumbi- Superintendência de Planejamento e Ações Governamentais
do, dentre outras atribuições regimentais, de consoante às diretri- para a Juventude
zes estabelecidas e com observância do disposto no § 1º do Art. 37 Coordenadoria de Integração de Políticas para a Juventude
da Constituição Federal: Departamento de Ações Governamentais para a Juventude
a) realizar as atividades de coordenação de imprensa e comuni- Divisão de Apoio a Juventude
cação, relacionadas à execução dos serviços de divulgação, sistema- Serviço de Apoio a Juventude
tização, registro e publicação jornalística de atos, programas, obras, Art. 31. À Secretaria Municipal de Ordem Pública, cuja sigla
serviços e campanhas dos órgãos e das entidades da Administração para fins das relações intergovernamentais é SEMOP, compete,
Municipal Direta e Indireta; dentre outras atribuições regimentais:
b) manter e atualizar o arquivo de informações jornalísticas e I - prover a Assessoria direta e imediata ao Prefeito nos assun-
institucionais; e tos de segurança pública, na forma e de acordo com o Plano Nacio-
c) planejar e executar as ações de marketing governamental. nal de Segurança Pública;
Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral de Comunicação So- II - zelar pela segurança pessoal do Chefe do Executivo;
cial (COGECOM) possui a seguinte estrutura: III - desenvolver e implantar políticas que promovam a prote-
Gabinete do Coordenador-Geral ção ao cidadão, articulando e integrando os organismos governa-
Assessoria de Gabinete mentais e a sociedade, visando organizar e ampliar a capacidade de
Superintendência Administrativa defesa da população;
Departamento de Administração

32
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
IV - planejar, operacionalizar e executar ações voltadas para a Coordenadoria de Controle de Pessoal
segurança da comunidade, dentro de seus limites de competência; Departamento de Recursos Humanos
V - representar o Poder Público Municipal junto aos Conselhos Assessoria de Informática
de Segurança e demais órgãos e entidades afins, de que o Município Departamento de Formação e Treinamento
integre; Divisão de Capacitação de Pessoal
VI - assessorar o Prefeito nos assuntos que lhe forem pertinen-
tes, a fim de subsidiar o processo decisório; Art. 32. Integram a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SE-
VII - desenvolver projetos em conjunto com as instituições di- MOP) os seguintes órgãos com suas respectivas estruturas:
reta ou indiretamente relacionadas com as questões de segurança I - Superintendência de Trânsito, cuja sigla para fins das rela-
pública, com vistas a proporcionar melhores condições de controle, ções intergovernamentais é STRANS, é órgão executivo de trânsito
prevenção ou enfrentamento da criminalidade; e executivo viário do Município de Cabo Frio, com a competência
VIII - contribuir com ações efetivas, dentro dos seus limites de legal de atuação no âmbito de sua circunscrição territorial para rea-
competência, com vistas à redução e à contenção dos índices de lização das atribuições previstas no Código de Trânsito Brasileiro,
criminalidade; cabendo-lhe:
IX - comandar a fiscalização e controle do trânsito, bem como a) planejar e executar campanhas educativas nos diversos seg-
do Depósito Público de automóveis apreendidos, no âmbito do Mu- mentos da sociedade;
nicípio, respeitados os limites de sua competência; b) propor campanhas educativas de trânsito;
X - controlar, supervisionar, e coordenar o desenvolvimento das c) elaborar relatórios relacionados às atividades e principais
atribuições da Guarda Municipal, de forma a garantir-lhe a conse- ocorrências observadas, apresentando alternativas e soluções ob-
cução dos seus fins; jetivando suprir a administração superior, com elementos necessá-
XI - garantir, através da Guarda Municipal, as funções de polícia rios à tomada de decisões;
administrativa no âmbito municipal, prestando proteção e seguran- d) esclarecer, junto à Guarda Municipal, possíveis dúvidas
ça, interna e externamente, aos próprios municipais, seus equipa- quanto à legislação de trânsito, ou quanto ao preenchimento do
mentos e usuários; auto de infração, e mantê-la informada quanto às alterações na re-
XII - garantir, através da Guarda Marítima e Ambiental, a fisca- ferida legislação;
lização do tráfego de embarcações nas áreas adjacentes às praias e) manter o controle relacionado aos resultados das ações de-
litorâneas, lacustres e fluviais do Município, a prestação de socorro senvolvidas para estabelecer a meta seguinte corrigindo as autua-
e salvamento a vitimas de acidentes náuticos e o provimento de ções para melhor aplicação do conteúdo e atualização do planeja-
medidas preventivas de proteção do meio ambiente, nos termos da mento;
legislação vigente; f) criar uma estrutura dinâmica relacionada ao trânsito, a fim
XIII - controlar e supervisionar o desenvolvimento das atribui- de nortear melhor os procedimentos de controle, fiscalização, pla-
ções da Defesa Civil Municipal, com vistas à prevenção e enfrenta- nejamento e execução do trânsito;
mento de calamidades públicas no âmbito do Município; g) emitir análise dos dados estatísticos a fim de avaliar as suas
XIV - atuar preventivamente, de forma a impedir a ocupação ações relacionadas ao trânsito;
irregular das propriedades públicas e privadas municipais; h) elaborar estatísticas de acidentes de trânsito, e outras que
XV - comandar as ações de licenciamento e fiscalização de pos- se fizerem necessárias;
turas municipais; i) elaborar estatísticas de todas as ocorrências atendidas pela
XVI - interagir com outras Secretarias do Município, evidencian- Secretaria;
do a importância da obediência a aspectos relativos à segurança em j) elaborar relatórios gerenciais das atividades e principais
suas decisões administrativas particulares; e ocorrências observadas na Secretaria, apresentando alternativas,
XVII - buscar a integração das ações municipais com as de ou- objetivando suprir a administração superior com elementos neces-
tros Municípios vizinhos, bem como as ações dos governos estadual sários à tomada de decisões;
e federal, buscando planos e programas conjuntos para a realização k) elaborar gráficos mostrando os locais com maiores índices
de objetivos comuns, usando para isso formas consorciadas ou ou- de acidentes de trânsito no Município;
tras disponíveis no ordenamento vigente. l) planejar e criar rotinas para atender rigorosamente o previsto
Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Ordem Pública (SE- no Art. 24 da Lei Federal nº 9.503, de 23 de setembro de 1997;
MOP) possui a seguinte estrutura: m) estabelecer contatos a fim de se firmar convênios entre o
Gabinete do Secretário Município e demais órgãos detentores de Cadastro de Veículos e do
Chefia de Gabinete Cadastro Nacional de Habilitação para consecução da aplicação de
Subsecretaria de Ordem Pública multas, resultado das autuações lavradas pela autoridade de trân-
Assessoria de Comunicação sito e seus agentes;
Supervisão Administrativa n) manter um cadastro atualizado de todas as autuações lavra-
Divisão de Protocolo e Movimentação de Processos Adminis- das no Município, em arquivo pelo tempo determinado em lei, emi-
trativos tindo as multas para cobrança no prazo estabelecido pelo Código de
Assessoria Administrativa Trânsito Brasileiro;
Superintendências o) atender com presteza e atenção à população, informando-a
Superintendência de Trânsito a respeito de multa ou recurso sobre a mesma; e
Superintendência da Guarda Municipal p) manter estatística de suas atividades, além de outras atribui-
Superintendência da Guarda Marítima e Ambiental ções que lhe forem cometidas.
Superintendência da Defesa Civil Parágrafo Único - A Superintendência de Trânsito (STRANS)
Superintendência de Fiscalização Fundiária possui a seguinte estrutura:
Superintendência de Licenciamento e Fiscalização de Posturas Gabinete do Superintendente
Coordenadoria Operacional Assessoria de Gabinete
Assessoria de Inteligência Departamento de Planejamento Técnico

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Assessoria de Engenharia de Tráfego Assessoria de Apoio Logístico
Assessoria de Programas Educacionais de Trânsito Divisão de Vigilância Patrimonial
Assessoria de Logística Divisão de Ronda Escolar
Departamento de Acompanhamento e Controle Viário
Divisão de Sinalização III - Superintendência da Guarda Marítima e Ambiental, cuja
Divisão de Manutenção do Sistema sigla para fins das relações intergovernamentais é SGMA, é órgão
Divisão de Novas Implantações destinado a coordenar e dirigir as atividades do grupamento, com-
Junta Administrativa de Recursos de Infração - JARI petindo-lhe a fiscalização do tráfego de embarcações nas áreas
Comissão de Análise de Defesa da Autuação - CADAU adjacentes às praias litorâneas, lacustres e fluviais do Município, a
prestação de socorro e salvamento a vitimas de acidentes náuti-
II - Superintendência da Guarda Municipal, cuja sigla para fins cos e o provimento de medidas preventivas de proteção do meio
das relações intergovernamentais é SGM, é órgão destinado a coor- ambiente, nos termos da legislação vigente; possuindo a seguinte
denar e dirigir as atividades do grupamento, competindo-lhe, den- estrutura:
tre outras atribuições regulamentares: Gabinete do Superintendente
a) proteger os bens, serviços e instalações municipais, bem Assessoria de Gabinete
como o meio ambiente e exercer fiscalização do uso de vias urbanas Coordenadoria Operacional
e estradas municipais; Assessoria Administrativa
b) exercer a vigilância interna e externa sobre os próprios muni- Diretoria de Operações Marítimas e Ambientais
cipais, de suas autarquias e fundações, terminais, parques e jardins, Assessoria de Apoio Logístico
escolas, creches, teatros, museus, bibliotecas, cemitérios, hospitais, Assessoria Operacional
postos de saúde, mercados e áreas de estacionamento da Prefeitu- Supervisão de Setor
ra e demais Unidades Administrativas; IV - Superintendência de Defesa Civil, cuja sigla para fins das
c) participar de maneira ativa às comemorações cívicas; relações intergovernamentais é SUDEC, é órgão destinado a realizar
d) prestar apoio, sempre que solicitada e na medida de suas os atos relativos à defesa civil e controle de fatos adversos, naturais
disponibilidades, às autoridades judiciais e seus agentes; ou não, competindo-lhe, dentre outras atribuições regulamentares:
e) organizar-se no sentido de manter seus registros de ocorrên- a) coordenar e executar as ações de defesa civil;
cia e arquivos à disposição do Ministério Público e da autoridade b) manter atualizadas e disponíveis as informações relaciona-
policial e seus agentes, para eventuais consultas, sempre que con- das à defesa civil;
tenham informes relevantes para as atividades de Polícia Judiciária; c) capacitar recursos humanos para as ações de defesa civil;
f) colaborar com a fiscalização da Municipalidade na aplicação d) propor à autoridade competente a decretação de situação
relativa ao exercício do Poder de Polícia Administrativa do Município; de emergência e de estado de calamidade pública, observando os
g) coordenar ações em conjunto com Federação, Estado e ou- critérios estabelecidos pelos órgãos competentes;
tros Municípios, no sentido de oferecer e obter colaboração quan- e) executar a distribuição e o controle dos suprimentos neces-
do necessário; sários ao abastecimento em situações de desastres;
h) coordenar, em conjunto com os demais órgãos competen- f) promover a integração da Defesa Civil Municipal com enti-
tes, o serviço de trânsito no Município, nos termos da legislação dades públicas e privadas, e com os órgãos estaduais, regionais e
em vigor; federais;
i) colaborar, através de convênio firmado com o órgão estadual g) estudar, definir, propor normas, planos e procedimentos que
responsável, na execução de ações conjuntas de fiscalização e re- visem à prevenção, socorro e assistência da comunidade e recupe-
pressão, com vistas a coibir a operação de transportes rodoviários ração de áreas quando ameaçadas ou afetadas por fatores adver-
de passageiros por pessoas ou entidades que não sejam concessio- sos;
nárias, permissionárias ou autorizadas, mediante a aplicação con- h) participar e colaborar com programas coordenados pelo Sis-
junta ou separada de penalidades, nos termos do disposto no Art. tema Estadual de Defesa Civil;
24 do Código de Trânsito Brasileiro, e apoio preventivo e repressivo i) sugerir obras e medidas de proteção com o intuito de preve-
daquelas operações irregulares; nir ocorrências graves;
j) intervir, orientar e advertir os motoristas em caso de desobe- j) promover campanhas educativas junto às comunidades e
diência às normas estabelecidas na legislação de trânsito; estimular o seu envolvimento, motivando atividades relacionadas
k) exercer vigilância nos festejos públicos e nas áreas em que com a Defesa Civil;
for requisitado, a critério do Executivo Municipal; e k) estar atenta às informações de alerta dos órgãos competen-
l) colaborar quando solicitado, com as tarefas atribuídas à Su- tes para executar planos operacionais em tempo oportuno;
perintendência de Defesa Civil, na ocorrência de calamidades públi- l) comunicar aos órgãos superiores quanto à produção, ao ma-
cas e sinistros. nuseio ou ao transporte de produtos de alto risco, que ponham em
Parágrafo Único - A Superintendência da Guarda Municipal perigo a população;
(SGM) possui a seguinte estrutura: m) estabelecer intercâmbio de ajuda, quando necessário, com
Gabinete do Superintendente outros Municípios; e
Assessoria de Gabinete n) emitir parecer técnico que subsidiará a decisão da decreta-
Coordenadoria de Trânsito ção da existência da Situação de Emergência, Estado de Calamidade
Assessoria Administrativa Pública ou sobre outros fatos adversos dentro das atribuições da
Departamento Técnico-Operacional Defesa Civil.
Assessoria Operacional Parágrafo Único - A Superintendência de Defesa Civil (SUDEC)
Assessoria de Fiscalização e Controle de Trânsito possui a seguinte estrutura:
Serviço de Atividades Especiais Gabinete do Superintendente
Departamento de Segurança e Vigilância de Bens Públicos e Assessoria de Gabinete
Próprios Municipais Coordenadoria de Defesa Civil

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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Assessoria Administrativa Subsecretaria de Projetos Estratégicos
Departamento de Planejamento de Ações Assessoria Administrativa
Assessoria de Apoio Logístico Assessoria de Informática
Assessoria Operacional Superintendência de Planejamento de Projetos Estratégicos
Serviço de Apoio Assessoria Técnica de Planejamento
Coordenadoria de Gestão e Desenvolvimento de Projetos
V - Superintendência de Fiscalização Fundiária, cuja sigla para Departamento de Estudos e Pesquisas
fins das relações intergovernamentais é SUFISF, é órgão destinado Divisão de Estatística e Informações
a atuar preventivamente, de forma a impedir a ocupação irregular
das propriedades públicas e privadas municipais, possuindo a se- SEÇÃO DE FORMULAÇÃO DE PROJETOS
guinte estrutura:
Gabinete do Superintendente SEÇÃO II
Assessoria de Gabinete DAS SUBPREFEITURAS
Coordenadoria de Fiscalização Fundiária
Assessoria Administrativa Art. 34. As Subprefeituras são órgãos da Administração Direta,
Assessoria de Apoio Logístico de direção setorial e execução desconcentrada da estrutura básica
Assessoria Operacional do Poder Executivo, para o exercício da supervisão, execução, fisca-
Serviço de Apoio lização, controle e orientação administrativa das ações de governo
nas suas áreas de competência.
VI - Superintendência de Licenciamento e Fiscalização de Pos- Art. 35. As Subprefeituras são diretamente subordinadas ao
turas, cuja sigla para fins das relações intergovernamentais é SUL- Prefeito do Município, vinculadas para fins administrativos à Secre-
FIP, é órgão incumbido de: taria Municipal de Governo.
a) realizar o cadastramento e conceder licenciamento a pro- § 1º As Subprefeituras têm como atribuição principal as ativida-
fissionais autônomos para o exercício de atividades de comércio des inerentes à Administração Pública Municipal nas zonas urbana,
ambulante; de expansão urbana e rural compreendidas nas respectivas áreas
b) fiscalizar a preservação de higiene do passeio ocupado por geográficas.
mesas e cadeiras de estabelecimentos comerciais ou fronteiras aos § 2º O Prefeito do Município poderá delegar ao Vice-Prefeito,
bares e lanchonetes; nos termos do Art. 58 da Lei Orgânica Municipal, competência para
c) fiscalizar a veiculação de propaganda comercial fixa nos ba- exercer as atribuições de coordenação-geral das Subprefeituras, na
tentes e vitrines ou fora dos estabelecimentos; forma e nos limites do ato de delegação.
d) orientar a apreensão e recolhimento ao depósito, dos ani- Art. 36. As Subprefeituras regem-se por esta Lei, pelas disposi-
mais soltos ou abandonados nas vias públicas; ções regulamentares expedidas pelo Prefeito, bem como pelo res-
e) realizar vistorias e inspeções, lavrar autos de infração às pectivo Regimento Interno que conterá as especificações de natu-
disposições legais, e aplicar as sanções de advertência, multa e reza técnico-administrativas, o detalhamento das atribuições e os
apreensão imediata de mercadorias; limites da competência delegada pelo Chefe do Executivo.
f) fiscalizar o cumprimento de posturas relativas ao fabrico, ma- Art. 37. As Subprefeituras são as seguintes:
nipulação, depósito, embarque e desembarque, transporte, comér- I - Subprefeitura Distrital de Tamoios, cuja sigla para fins das
cio e uso de inflamáveis, explosivos e corrosivos; e relações intergovernamentais é SUBTAM, compreendendo as loca-
g) atuar de forma preventiva e coercitiva, quando ocorrer a lidades de Santo Antonio, Unamar, Aquários, Campos Novos, parte
utilização de áreas e logradouros públicos como ponto de comér- do Gargoá, Angelim, Araçá, Agrisa, Botafogo, São Jacinto e Maria
cio ou outras atividades, sem expressa autorização da autoridade Joaquina, com a seguinte estrutura:
competente. Gabinete do Subprefeito
Parágrafo Único - A Superintendência de Licenciamento e Fisca- Assessoria de Gabinete do Subprefeito
lização de Posturas (SULFIP) possui a seguinte estrutura: Superintendência Administrativa
Gabinete do Superintendente Assessoria Administrativa
Assessoria de Gabinete Serviço de Protocolo e Arquivo
Coordenadoria de Licenciamento e Fiscalização de Posturas Administração Regional de Santo Antônio
Assessoria Administrativa Administração Regional de Unamar e Aquárius
Departamento de Licenciamento e Fiscalização Administração Regional de Campos Novos
Divisão de Licenciamento Administração Regional de parte do Gargoá e Angelim
Divisão de Fiscalização Administração Regional de Araçá e Agrisa
Serviço de Apoio Administração Regional de Botafogo, São Jacinto e Maria Joa-
quina
Art. 33. À Secretaria Municipal de Projetos Estratégicos, cuja Coordenadoria de Serviços Públicos e Planejamento de Obras
sigla para fins das relações intergovernamentais é SEMPE, compe- Departamento de Serviços Públicos
te, dentre outras atribuições regimentais, assistir direta e imediata- Divisão de Serviços Públicos
mente ao Chefe do Poder Executivo no desempenho de suas fun- Serviço de Limpeza Urbana
ções, especialmente no desenvolvimento de projetos, programas Supervisão de Equipamentos e Maquinários
ou ações de interesse estratégico para o Município, com o objetivo Divisão de Transportes
de melhorar a qualidade de vida dos munícipes, possuindo a se- Serviço de Mecânica
guinte estrutura: Departamento de Planejamento de Obras
Gabinete do Secretário Divisão de Obras Serviço de Carpintaria
Chefia de Gabinete Coordenadoria de Fiscalização
Assessoria Especial de Integração Municipal Assessoria de Fiscalização

35
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Coordenadoria de Produção Local e Escoamento Coordenadoria de Serviços Públicos e Planejamento de Obras
Assessoria de Produção Departamento de Serviços Públicos
Assessoria de Escoamento da Produção Local Divisão de Serviços Públicos
Coordenadoria de Eventos Serviço de Limpeza Urbana
Supervisão de Equipamentos e Maquinários
SEÇÃO DE EVENTOS Divisão de Transportes
Serviço de Equipamentos e Maquinários
II - Subprefeitura do Jacaré, cuja sigla para fins das relações Departamento de Planejamento de Obras
intergovernamentais é SUBJAC, abrangendo os bairros do Jacaré, Divisão de Obras
Gamboa, Monte Alegre e adjacências, com a seguinte estrutura: Coordenadoria de Fiscalização
Gabinete do Subprefeito Assessoria de Fiscalização
Assessoria de Gabinete do Subprefeito Coordenadoria de Eventos
Superintendência Administrativa
Assessoria Administrativa SEÇÃO DE EVENTOS
Serviço de Protocolo e Arquivo
Administração Regional do Jacaré e Gamboa V - Subprefeitura do São Cristóvão, cuja sigla para fins das relações
Administração Regional do Monte Alegre e Adjacências intergovernamentais é SUBSAC, abrangendo os bairros do São Cristó-
Coordenadoria de Serviços Públicos e Planejamento de Obras vão, Foguete, Manoel Correa, Guarani, Vila do Sol, Praia do Siqueira,
Departamento de Serviços Públicos Parque Burle, Jardim Caiçara e adjacências, com a seguinte estrutura:
Divisão de Serviços Públicos Gabinete do Subprefeito
Serviço de Limpeza Urbana Assessoria de Gabinete do Subprefeito
Supervisão de Equipamentos e Maquinários Superintendência Administrativa
Divisão de Transportes Assessoria Administrativa
Serviço de Equipamentos e Maquinários Serviço de Protocolo e Arquivo
Departamento de Planejamento de Obras Administração Regional do São Cristóvão, Manoel Correa e Ad-
Divisão de Obras jacências
Coordenadoria de Fiscalização Administração Regional do Parque Burle, Jardim Caiçara e Ad-
Assessoria de Fiscalização jacências
Coordenadoria de Eventos Seção de Eventos Coordenadoria de Serviços Públicos e Planejamento de Obras
Departamento de Serviços Públicos
III - Subprefeitura do Jardim Esperança, cuja sigla para fins das Divisão de Serviços Públicos Serviço de Limpeza Urbana
relações intergovernamentais é SUBJARD, compreendendo as loca- Supervisão de Equipamentos e Maquinários
lidades de Jardim Esperança, Tangará, Caminho de Búzios e adja- Divisão de Transportes
cências, com a seguinte estrutura: Serviço de Equipamentos e Maquinários
Gabinete do Subprefeito Departamento de Planejamento de Obras
Assessoria de Gabinete do Subprefeito Divisão de Obras
Superintendência Administrativa Coordenadoria de Fiscalização
Assessoria Administrativa Assessoria de Fiscalização
Serviço de Protocolo e Arquivo Coordenadoria de Eventos Seção de Eventos
Administração Regional de Jardim Esperança e Tangará
Administração Regional de Caminho de Búzios e adjacências CAPÍTULO IV
Coordenadoria de Serviços Públicos e Planejamento de Obras DAS SECRETARIAS MUNICIPAIS
Departamento de Serviços Públicos
Divisão de Serviços Públicos Art. 38. As Secretarias Municipais são órgãos de primeiro ní-
Serviço de Limpeza Urbana vel hierárquico e de direção geral da estrutura administrativa, aos
Supervisão de Equipamentos e Maquinários quais compete à integração, coordenação, supervisão e execução
Divisão de Transportes das ações de governo, dentro das respectivas áreas de atuação, na
Serviço de Equipamentos e Maquinários forma desta Lei e das normas regimentais.
Departamento de Planejamento de Obras Art. 39. As demais Secretarias Municipais, com as atribuições
Divisão de Obras que constituem a competência de cada uma, e as respectivas estru-
Coordenadoria de Fiscalização turas sistematizadas, são as seguintes:
Assessoria de Fiscalização I - Secretaria Municipal de Administração;
Coordenadoria de Eventos Seção de Eventos II - Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento;
III - Secretaria Municipal de Assistência Social;
IV - Subprefeitura do Peró, cuja sigla para fins das relações in- IV - Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Am-
tergovernamentais é SUBPERO, abrangendo os bairros do Peró, Ogi- biente;
va, Cajueiro e adjacências, com a seguinte estrutura: V - Secretaria Municipal de Educação;
Gabinete do Subprefeito VI - Secretaria Municipal de Esporte e Lazer;
Assessoria de Gabinete do Subprefeito VII - Secretaria Municipal de Fazenda;
Superintendência Administrativa VIII - Secretaria Municipal de Habitação e Serviços Públicos
Assessoria Administrativa IX - Secretaria Municipal de Obras;
Serviço de Protocolo e Arquivo X - Secretaria Municipal de Saúde;
Administração Regional do Peró e Ogiva XI - Secretaria Municipal de Transportes; e
Administração Regional do Cajueiro e adjacências XII - Secretaria Municipal de Turismo e Cultura.

36
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
SEÇÃO ÚNICA VII - elaborar e executar os projetos de desenvolvimento da
DA COMPETÊNCIA E ESTRUTURA fruticultura;
VIII - realizar a apreensão e recolhimento ao depósito público,
Art. 40. À Secretaria Municipal de Administração, cuja sigla dos animais soltos ou abandonados nas vias públicas; e
para fins das relações intergovernamentais é SECAD, compete o IX - dar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal
estabelecimento de diretrizes e execução da política de recursos de Desenvolvimento Rural, de acordo com a legislação específica
humanos, na forma da lei, a supervisão, coordenação e realização que o instituiu.
de concursos públicos, controle e guarda de bens patrimoniais, ela- Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Agricultura e Abas-
boração e processamento da folha de pagamento, protocolo e ar- tecimento (SECMAA) possui a seguinte estrutura:
quivo geral; além de outras atribuições regulamentares, possuindo Gabinete do Secretário
a seguinte estrutura: Chefia de Gabinete
Gabinete do Secretário Subsecretaria de Agricultura e Abastecimento
Chefia de Gabinete Assessoria Administrativa
Subsecretaria de Administração Assessoria ao Órgão Colegiado
Coordenadoria Administrativa Superintendência Administrativa
Supervisão Administrativa Assessoria Administrativa
Departamento de Administração Departamento de Projetos Agrícolas
Divisão de Administração Divisão de Fomento à Fruticultura
Divisão de Protocolo-Geral Divisão de Fomento da Produção Animal
Divisão de Arquivo-Geral Divisão de Apoio à Comercialização da Produção
Departamento de Patrimônio Divisão de Almoxarifado Divisão de Defesa Agropecuária
Departamento de Zeladoria do Prédio-Sede da Prefeitura Serviço de Sanidade Animal
Divisão de Serviços Gerais Serviço de Apreensão de Animais
Serviço de Zeladoria Órgão Colegiado
Supervisão de Processamento de Dados Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural
Departamento de Informática
Assessoria de Informática Art. 42. À Secretaria Municipal de Assistência Social, cuja sigla
Supervisão Gerencial de Recursos Humanos para fins das relações intergovernamentais é SEMAS, compete, den-
Departamento de Recursos Humanos tre outras atribuições regulamentares:
Assessoria de Recursos Humanos I - elaborar e coordenar projetos de assistência social, progra-
Divisão de Recursos Humanos mas sociais e promoção social, conforme a Lei Orgânica de Assistên-
Divisão de Registro Funcional cia Social - LOAS, a Política Nacional de Assistência Social - PNAS e as
Divisão de Pagamento Normas Operacionais Básicas;
Divisão de Recrutamento e Seleção de Pessoal II - implementar ações sócio-assistenciais de vigilância social,
Departamento de Treinamento e Segurança do Trabalho proteção social e defesa social e institucional;
Divisão de Treinamento e Segurança do Trabalho III - desenvolver ação social junto a indivíduos e grupos visando
Serviço de Segurança do Trabalho capacitar a compreender sua condição de vida e estimulá-los a par-
ticipar na solução de seus problemas;
Art. 41. A Secretaria Municipal de Agricultura e Abastecimento, IV - desenvolver a política de proteção social básica para indi-
cuja sigla para fins das relações intergovernamentais é SECMAA, é víduos e famílias em situação de vulnerabilidade social, através de
órgão responsável pela formulação e execução da política munici- estruturação da rede e das unidades públicas de assistência social,
pal de agricultura e abastecimento, competindo-lhe, além de outras nominadas de Centros de Referência de Assistência Social - CRAS,
atribuições regulamentares: localizadas em áreas com maiores índices de vulnerabilidade social,
I - promover serviços e ações de extensão rural, de assistência destinada a prestação de serviços sócio-assistenciais às famílias;
técnica especializada e de promoção do associativismo rural; V - desenvolver a política de proteção social especial, para indiví-
II - desenvolver atividades, ações, projetos e programas em duos e famílias que se encontram em situação de risco pessoal e social,
parcerias com organismos estaduais e federais oficiais ou privados por ocorrência de abandono, maus tratos físicos ou psíquicos, abuso
e, juntamente com cooperativas agrícolas e empresas de fomento a sexual, uso de substâncias psicoativas, cumprimento de medidas sócio-
produção agropecuária através da integração; -educativas, situação de rua, situação de trabalho infantil, entre outras
III - promover e executar cursos, seminários, palestras de ca- situações de violação dos direitos, subdivididos conforme abaixo:
pacitação e de profissionalização dos agricultores, especialmente a) média complexidade: através de unidades públicas de aten-
voltados para a prática da administração da propriedade rural e à dimento especializado da assistência social, nominadas de Centros
agregação de atividades econômicas alternativas junto às proprie- Especializados de Assistência Social - CREAS e demais programas
dades rurais; de serviços especializados, destinados a famílias cujos direitos fun-
IV - executar obras e serviços de infra-estrutura agrícola; damentais já se encontram violados, mas que mantêm vínculos de
V - promover a articulação com órgãos e entidades do Estado pertencimento, objetivando promover acesso a serviços de apoio e
e do Governo Federal, para fortalecimento das diretrizes e ações sobrevivência, prover atenção sócio-assistencial e incluir em servi-
de fomento aos assentamentos rurais e elaboração de projetos de ços de atendimento e solidariedade em centros-dia, atendimento
colonização e de organização de comunidades rurais; domiciliar, serviços de combate à exploração sexual e comercial de
VI - promover medidas de incentivo e apoio às atividades da crianças e adolescentes, serviços de atendimento humanizado, in-
agricultura familiar, visando agregar valor à pequena produção e tegral e qualificado às mulheres em situação de violência;
preservar as características culturais e ambientais para proporcio- b) alta complexidade: através de unidade de referência regio-
nar a manutenção do trabalho e o incremento da renda familiar dos nal e demais programas e serviços especializados, em estreita liga-
pequenos produtores; ção com o sistema de garantia de direitos, destinados a famílias e

37
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
indivíduos em risco pessoal e social, cujos vínculos já estejam rom- Assessoria do Programa Bolsa Família - PBF
pidos e necessitem de acolhimento fora de seu núcleo familiar e Assessoria do Programa Alimentando o Cidadão - PAC
comunitário, objetivando prestar atenção sócio-assistencial e pro- Assessoria aos Órgãos Colegiados
teção integral, em casas-lar, abrigos, albergues, unidades de longas Superintendência Financeira
permanências e outros; Assessoria Técnica
VI - planejar e executar ações de proteção básica no território Assessoria Administrativa
referenciado; Assessoria Contábil e Financeira
VII - estruturar e apoiar tecnicamente e administrativamente Superintendência de Gestão do SUAS
os órgãos colegiados vinculados a SEMAS; Divisão de Convênios e Articulação Institucional
VIII - manter estrutura para recepção, identificação, encami- Serviço de Elaboração de Projetos e Capacitação de Recursos
nhamento, orientação e acompanhamento dos beneficiários do Be- Divisão de Informação, Monitoramento e Avaliação
nefício de Prestação Continuada - BPC e dos benefícios eventuais; Serviço de Monitoramento e Avaliação
IX - realizar diagnóstico de áreas de vulnerabilidade e risco so- Serviço de Elaboração de Pesquisa e Informação
cial e ambiental, a partir de estudos e pesquisas realizadas; Departamento de Proteção Básica
X - estabelecer pacto de resultados, em especial com a rede Divisão de Garantia dos Direitos Sócio-Assistenciais
prestadora de serviços, com base em indicadores sociais comuns Serviço de Atenção Integral a Família
previamente estabelecidos, para serviços de proteção social básica Serviço de Apoio Sócio-Educativo
e especial; Divisão de Inclusão Social
XI - garantir a prioridade de acesso nos serviços de proteção Serviço GTR
social básica ou especial, de acordo com suas necessidades, às fa- Departamento de Proteção Especial
mílias; Divisão de Proteção Especial de Média Complexidade
XII - coordenar o monitoramento e avaliação das ações da as- Serviço de Apoio a PCD, a Criança, ao Idoso e a Mulher
sistência social por nível de proteção básica e especial, em articula- Serviço de Busca Ativa
ção com os sistemas estadual e federal; Serviço de Plantão Social
XIII - assegurar a reciprocidade das ações entre as redes de pro- Divisão de Proteção Social Especial de Alta Complexidade
teção básica e especial; Serviço de Acolhimento a Pessoa em Situação de Rua
XIV - inserir, alimentar e manter atualizados, no Cadastro Úni- Departamento Administrativo
co, os dados das famílias de vulnerabilidade social e risco, conforme Assessoria de Recursos Humanos
critérios do Programa Bolsa Família ou outro que vier a substituí-lo; Assessoria Operacional
XV - coordenar e executar ações complementares para as famí- Assessoria de Controle de Processos
Assessoria de Patrimônio
lias beneficiárias dos programas de transferência direta de renda,
Assessoria de Compras e Serviços
promovendo inclusive o acompanhamento da gestão de condicio-
Divisão de Serviços Gerais
nalidades e de benefícios;
Serviço de Manutenção e Reparos
XVI - prestar Assessoria às entidades não-governamentais no
Serviço de Transportes
que se refere a sua organização e ao desenvolvimento de seus ob-
Departamento de Apoio a Pessoa com Deficiência
jetivos;
Assessoria de Políticas Públicas
XVII - planejar, organizar e supervisionar ações de apoio a si-
Assessoria Administrativa Divisão de GTR - CPED
tuações de risco circunstanciais, em decorrência de calamidades Serviço Técnico
públicas e emergências em articulação com o órgão incumbido da Serviço de Oficinas de Inclusão Produtiva
defesa civil no Município; Serviço de Empregabilidade
XVIII - propor e supervisionar a implementação e execução das Órgãos Colegiados
políticas municipais que visem proporcionar melhorias e dar novas Conselho Municipal de Assistência Social
oportunidades de trabalho e emprego, inclusive quanto à questão Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
da mulher e das pessoas com deficiência, no sentido de melhorar a Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Portadora de Defi-
qualidade da mão-de-obra e propiciar condições de melhores opor- ciência
tunidades no mercado de trabalho; e Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa
XIX - gerir os recursos destinados à assistência social e à criança Conselho Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional
e ao adolescente, respectivamente, através do Fundo Municipal de Conselho Tutelar do 1º Distrito
Assistência Social e Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Conselho Tutelar do 2º Distrito
Adolescente, zelando pela aplicação dos seus recursos na efetiva- Órgãos Sistêmicos Especiais
ção das respectivas políticas públicas do Município. Fundo Municipal de Assistência Social
Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Assistência Social Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente
(SEMAS) possui a seguinte estrutura:
Gabinete do Secretário Art. 43. Integram a Secretaria Municipal de Assistência Social
Chefia de Gabinete (SEMAS) os seguintes órgãos com suas respectivas estruturas:
Assessoria Administrativa I - Coordenadoria-Geral da Criança e do Adolescente, cuja sigla
Assessoria de Tecnologia da Informação para fins das relações intergovernamentais é COGECRIA, é órgão res-
Assessoria de Comunicação e Eventos ponsável pela execução da política municipal dos direitos da criança
Assessoria Técnica e do adolescente, segundo as diretrizes do Estatuto da Criança e do
Coordenadorias-Gerais Adolescente, e conforme os programas e projetos aprovados para o
Coordenadoria-Geral da Criança e do Adolescente setor; bem como pela promoção do relacionamento com o Conse-
Coordenadoria-Geral da Melhor Idade lho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, de acordo
Coordenadoria-Geral da Mulher com a legislação específica que o instituiu; possuindo a seguinte
Subsecretaria de Assistência Social estrutura:

38
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Gabinete do Coordenador-Geral IV - o incentivo e o estímulo à localização e manutenção de em-
Assessoria de Gabinete preendimentos industriais, comerciais e de serviços e a promoção
Coordenadoria de Políticas Públicas para a Criança e o Adoles- de medidas de atração de interessados em operar atividades em-
cente presariais desses segmentos no Município, particularmente micros
Assessoria Administrativa e pequenas empresas, em articulação com os setores econômicos
Assessoria de Projetos Especiais locais, estaduais e nacionais;
Assessoria de Apoio Psicossocial V - a formulação e o controle da política municipal de trabalho,
Departamento de Administração de geração de emprego e renda e de capacitação de mão-de-obra,
Assessoria Administrativa bem como o incentivo à instituição de organismos para integração
e apoio à criação de ocupações profissionais;
II - Coordenadoria-Geral da Melhor Idade, cuja sigla para fins VI - o incentivo às ações de qualificação e re-qualificação pro-
das relações intergovernamentais é COGEMEI, órgão responsável fissional e de colocação de mão-de-obra habilitada às demandas
por executar a política municipal dos direitos do idoso, através da resultantes do desenvolvimento e expansão das atividades econô-
promoção de ações que visem proporcionar a estes melhor qualida- mica no Município;
de de vida e cidadania; em consonância com as diretrizes da Política VII - a formulação e o controle da política municipal para o
Nacional e do Estatuto do Idoso; possuindo a seguinte estrutura: meio ambiente e a pesca;
Gabinete do Coordenador-Geral VIII - a proposição de estratégias para a implantação e a manu-
Assessoria de Gabinete tenção de sistema de divulgação turística do Município;
Departamento de Administração IX - a promoção de estudos e pesquisas sociais, econômicos
Assessoria Administrativa e institucionais, ligados às potencialidades do Município, visando
Departamento de Políticas Públicas para o Idoso identificar oportunidades para instalação de empreendimentos vol-
Assessoria Administrativa tados para o desenvolvimento sustentável do Município;
Departamento de Projetos Especiais X - a coordenação da estratégia, monitoramento e avaliação
Assessoria de Apoio Psicossocial dos planos, programas e projetos de desenvolvimento urbano;
Assessoria Técnica XI - a normatização, monitoramento e avaliação da realização
Assessoria Administrativa de ações de intervenção urbana;
XII - a coordenação da elaboração de propostas de legislação
III - Coordenadoria-Geral da Mulher, cuja sigla para fins das urbanística municipal; e
relações intergovernamentais é COGEMUL, é órgão responsável XIII - o apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal de
por coordenar e executar planos, programas, projetos e ações que Defesa do Meio Ambiente.
visem à promoção e defesa dos direitos humanos da mulher e a Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Desenvolvimento
incorporação da perspectiva de gênero nas políticas públicas muni- da Cidade e Ambiente (SEDESC) possui a seguinte estrutura:
cipais; com a seguinte estrutura: Gabinete do Secretário
Gabinete do Coordenador-Geral Chefia de Gabinete
Assessoria de Gabinete Coordenadorias-Gerais
Departamento de Administração Coordenadoria-Geral de Indústria, Comércio, Trabalho e Pesca
Assessoria Administrativa Coordenadoria-Geral de Meio Ambiente
Departamento de Políticas Públicas para Mulheres Coordenadoria-Geral de Planejamento e Desenvolvimento Ur-
Assessoria Administrativa bano
Divisão de Projetos Especiais Assessoria Especial de Regularização Fundiária
Divisão de Administração das Unidades de Assistência Coordenadoria de Planejamento e Regularização Fundiária
Assessoria Técnica Departamento de Regularização Fundiária
Assessoria Administrativa Assessoria Administrativa
Subsecretaria de Desenvolvimento da Cidade e Ambiente
Art. 44. A Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cida- Assessoria Administrativa
de e Ambiente, cuja sigla para fins das relações intergovernamen- Assessoria ao Órgão Colegiado
tais é SEDESC, é órgão responsável pelo planejamento, controle e Superintendência de Gestão e Planejamento
avaliação das atividades relacionadas com o desenvolvimento so- Departamento de Gestão e Planejamento
cioeconômico do Município, com ênfase nas áreas de regularização Assessoria Administrativa
fundiária, indústria, comércio, trabalho, pesca, meio ambiente e Assessoria Contábil e Financeira
desenvolvimento urbano, cabendo-lhe, além de outras atribuições Departamento Administrativo
regulamentares: Assessoria de Recursos Humanos
I - o planejamento, o controle e avaliação da política de regula- Assessoria de Patrimônio
rização fundiária de imóveis situados em áreas públicas integrantes Assessoria de Compras e Serviços
de programas habitacionais de interesse social do Município; Divisão de Abertura e Movimentação de Processos
II - a articulação para instalação, localização, e diversificação de Seção de Serviços Gerais
empreendimentos que utilizam insumos disponíveis no Município e Órgão Colegiado
o desenvolvimento de programas e projetos de fomento às ativida- Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente
des industriais, comerciais e de serviços compatíveis com a vocação
da economia local; Art. 45. Integram a Secretaria Municipal de Desenvolvimento
III - a orientação, de caráter indicativo, à iniciativa privada, de da Cidade e Ambiente (SEDESC) os seguintes órgãos com suas res-
empreendimentos de interesse econômico para o Município, em pectivas estruturas:
especial, a implantação de projetos voltados para a expansão dos
segmentos industrial e agronegócio;

39
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
I - Coordenadoria-Geral de Indústria, Comércio, Trabalho e Pes- Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral de Meio Ambiente
ca, cuja sigla para fins das relações intergovernamentais é COGEIC, (COGEMA) possui a seguinte estrutura:
é órgão responsável pela execução da política municipal de indús- Gabinete do Coordenador-Geral
tria, comércio, trabalho e pesca, competindo-lhe, além de outras Assessoria de Gabinete
atribuições regulamentares: Departamento de Meio Ambiente
a) promover ações visando à instalação, localização e diversi- Assessoria Administrativa
ficação de empreendimentos que utilizam insumos disponíveis no Divisão de Proteção ao Meio Ambiente
Município e o desenvolvimento de programas e projetos de fomen- Divisão de Fiscalização Ambiental
to às atividades industriais, comerciais e de serviços compatíveis Divisão de Unidades de Conservação
com a vocação da economia local; Serviço de Parques e Reservas
b) executar a política municipal de trabalho, de geração de Serviço de Apoio Operacional
emprego e renda e de capacitação de mão-de-obra, bem como o
incentivo à instituição de organismos para integração e apoio à cria- III - Coordenadoria-Geral de Planejamento e Desenvolvimen-
ção de ocupações profissionais; to Urbano, cuja sigla para fins das relações intergovernamentais é
c) desenvolver programas de incentivo às ações de qualificação COGEPLA, é órgão responsável pela execução das diretrizes gover-
e re- qualificação profissional e de colocação de mão-de-obra habi- namentais de planejamento, acompanhamento e controle do de-
litada às demandas resultantes do desenvolvimento e expansão das senvolvimento urbano nos termos da legislação urbanística, com-
atividades econômicas no Município; petindo-lhe, além de outras atribuições regulamentares, o seguinte:
d) apoiar o associativismo, o cooperativismo e a pesca artesa- a) a proposição de normas sobre o zoneamento, a ocupação e
nal; o parcelamento do solo, a definição do plano viário, de instalação e
e) organizar e executar o desenvolvimento da pesca no Muni- expansão do mobiliário urbano e atividades correlatas à ocupação
cípio; do espaço físico e territorial;
f) apoiar e organizar feiras, exposições e outros eventos do in- b) o planejamento e a execução das ações de controle, licencia-
teresse da pesca no Município; e mento e fiscalização do uso, parcelamento e ocupação do território
g) desenvolver a articulação com instituições públicas ou priva- municipal, visando ordenar o pleno desenvolvimento da função so-
das internas e externas, com a finalidade de subsidiar e fomentar o cial da Cidade;
desenvolvimento da pesca. c) o cumprimento, o acompanhamento e a implementação do
Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral de Indústria, Comér- Plano Diretor do Município e a formulação dos demais dispositivos
cio, Trabalho e Pesca (COGEIC) possui a seguinte estrutura: legais previstos no Estatuto das Cidades e dos instrumentos legais
Gabinete do Coordenador-Geral que lhe são complementares, em conjunto com os órgãos compe-
Assessoria de Gabinete tentes;
Departamento de Fomento às Atividades Empresariais d) o acompanhamento e a coordenação do cumprimento do
Assessoria de Relações Empresariais plano de urbanização do Município, especialmente no que se refere
Divisão de Apoio à Microempresa à abertura ou construção de vias e logradouros públicos, elaboran-
Serviço de Informática do projetos, em articulação com os órgãos competentes;
Divisão de Promoção do Trabalho e) a gestão do sistema cartográfico municipal;
Serviço de Orientação Profissional f) a manutenção e atualização da planta cadastral do Municí-
Serviço de Apoio Operacional pio, para efeito de disciplinamento da expansão urbana, o licencia-
Departamento de Pesca e Aqüicultura mento de obras e edificações públicas ou particulares e a tributação
Serviço de Fomento da Pesca e Aqüicultura dos imóveis urbanos e rurais;
Serviço de Administração do Mercado Municipal g) o estabelecimento de diretrizes para o planejamento e con-
trole do processo de implantação de empreendimentos no territó-
II - Coordenadoria-Geral de Meio Ambiente, cuja sigla para fins rio do Município; e
das relações intergovernamentais é COGEMA, é órgão responsável h) a coordenação e execução do processo de avaliação dos imó-
pela execução da política municipal do meio ambiente e dos recur- veis urbanos do Município, nos termos da legislação específica.
sos hídricos, preservação, conservação e utilização sustentável de Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral de Planejamento e
ecossistemas, competindo-lhe, além de outras atribuições regula- Desenvolvimento Urbano (COGEPLA) possui a seguinte estrutura:
mentares: Gabinete do Coordenador-Geral
a) realizar o gerenciamento e o licenciamento ambiental, a fis- Assessoria de Gabinete Coordenadoria de Projetos Urbanos
calização e a avaliação de instalação e operação de empreendimen- Departamento de Projetos
tos, quanto ao impacto ambiental, e a implantação e gestão das Serviço de Desenho
unidades de conservação da natureza; Departamento de Orçamento e Fiscalização
b) promover a coordenação e monitoramento da operaciona- Coordenadoria de Geoprocessamento e Dados
lização das políticas de educação ambiental e de desenvolvimento Departamento de Geoprocessamento
sustentável; Departamento de Dados
c) promover o monitoramento e avaliação da qualidade am- Divisão de Desenho
biental do Município e o gerenciamento do plano municipal de li- Divisão de Topografia
cenciamento e controle ambiental; Coordenadoria de Licenciamento de Obras
d) realizar programas voltados para a melhoria da qualidade Departamento de Obras Particulares
ambiental e defesa dos recursos naturais, mediante permanente Serviço de Licenciamento Social
fiscalização e controle de fontes poluentes; e Divisão de Arquivo Técnico
e) promover o relacionamento com o Conselho Municipal de Coordenadoria de Fiscalização
Defesa do Meio Ambiente, de acordo com a legislação específica Departamento de Fiscalização
que o instituiu.

40
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Art. 46. A Secretaria Municipal de Educação, cuja sigla para fins XX - controlar e avaliar os relatórios e documentos referentes
das relações intergovernamentais é SEME, é órgão central do Siste- às ações do inciso XIX, elaborados pelas escolas municipais e enca-
ma Municipal de Educação responsável pela política municipal de minhados à SECTEU, realimentando novas estratégias e diretrizes
educação, com ênfase na educação infantil, ensino fundamental e de ação; e
educação especial, na forma da lei, cabendo-lhe, dentre outras atri- XXI - supervisionar e controlar as atividades e programas de
buições regimentais: modernização e desenvolvimento tecnológico de âmbito municipal,
I - elaborar e manter atualizado o Plano Municipal de Educação, bem como a pesquisa de novas técnicas alternativas de energia na-
com a participação dos órgãos municipais de educação, das comu- tural, e o incentivo à expansão do ensino universitário no Município.
nidades envolvidas e das entidades representativas da educação Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Educação (SEME)
formal e não formal, de conformidade com as diretrizes estabeleci- possui a seguinte estrutura:
das pelo Comitê Executivo e pelo Conselho Municipal de Educação Gabinete do Secretário
e em consonância com o Plano Nacional de Educação; Chefia de Gabinete
II - elaborar, em coordenação com os órgãos municipais compe- Assessoria de Projetos Educacionais
tentes, a proposta orçamentária e coordenar a aplicação dos recur- Assessoria Administrativa
sos inerentes aos sistemas de responsabilidade da SECTEU, cons- Assessoria de Comunicação
tantes do Plano Plurianual e do Orçamento Anual do Município; Coordenadoria-Geral
III - elaborar normas e instruções relacionadas com as ativida- Coordenadoria-Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Universi-
des educacionais e o funcionamento das escolas municipais, nos tário
níveis fundamental e de educação infantil, respeitando o disposto Subsecretaria de Educação
na Lei de Diretrizes e Bases da Educação e legislação aplicável, em Assessoria Administrativa
harmonia com as normas de procedimentos federais e estaduais, Divisão de Convênios
bem como relacionadas aos programas de erradicação do analfabe- Assessoria de Controle Interno
tismo e de apoio aos portadores de deficiência; Assessoria de Informática
IV - conduzir a política de gestão dos profissionais do magisté- Assessoria de Estatística
rio como política pública, e o planejamento da rede física dos equi- Assessoria aos Órgãos Colegiados
pamentos da educação, de acordo com a previsão de demanda; Superintendência Financeira
V - planejar, de forma coordenada com o Estado, a acomodação Assessoria Técnica
e oferta da demanda escolar de educação infantil em creches e pré- Assessoria Administrativa
-escolas e, com prioridade, do ensino fundamental; Assessoria Contábil e Financeira
VI - ofertar outros níveis de ensino, desde que atendidas plena- Departamento de Apoio ao Aluno
mente as necessidades de sua área de competência; Divisão de Nutrição e Merenda
VII - prestar atendimento específico aos alunos portadores de Serviço de Supervisão
necessidades especiais; Serviço de Qualidade
VIII - atender os alunos da educação infantil e do ensino funda- Divisão de Saúde Escolar
mental, matriculados na rede municipal, com programas suplemen- Serviço de Programas Educacionais de Saúde
tares de alimentação e material didático escolar; Serviço de Saúde Preventiva
IX - ofertar cursos de qualificação profissional aos alunos matri- Divisão de Programas Sociais de Educação
culados na rede municipal; Serviço de Supervisão
X - ofertar programas de ações culturais vinculados ao currículo escolar; Divisão de Apoio Pedagógico
XI - criar condições para a realização de pesquisas e estudos Serviço de Reforço Escolar
tecnológicos e definir diretrizes pedagógicas e sociais e padrões de Serviço de Acesso Escolar
qualidade para o Sistema Municipal de Ensino; Divisão de Informática Educativa
XII - manter a população informada sobre a oferta dos serviços Serviço de Supervisão e Implantação
disponibilizados na área educacional; Departamento de Apoio aos Profissionais da Educação
XIII - planejar, controlar e avaliar o Sistema Municipal de Ensino Assessoria Administrativa
e a matrícula escolar; Divisão de Capacitação dos Profissionais da Educação
XIV - administrar o Sistema de Creches e Pré-Escolas para crian- Divisão de Projetos Educacionais
ças de zero a seis anos e estabelecer padrões de qualidade para o Divisão do Centro de Pesquisa
atendimento; Departamento Técnico-Pedagógico
XV - administrar a Casa do Educador e apoiar tecnicamente a Assessoria Administrativa
Biblioteca Pública do Município; Divisão de Supervisão Escolar
XVI - dar apoio técnico e administrativo aos órgãos colegiados Serviço de Educação Especial
vinculados à SECTEU; Serviço de Educação Infantil
XVII - gerir os recursos destinados à educação, através do FUN- Serviço de Educação de 1ª a 4ª série
DEB, tendo como referência a Política Municipal de Educação e os Serviço de Educação de 5ª a 8ª série
Planos Nacional e Municipal de Educação; Serviço de Ensino Médio
XVIII - estabelecer controles e promover o acompanhamento ne- Serviço de Ensino Técnico
cessário ao cumprimento da Lei Complementar Federal nº 101, de 4 Serviço de Educação de Jovens e Adultos
de maio de 2000, que dispõe sobre a responsabilidade na gestão fiscal; Divisão de Inspeção Escolar
XIX - estabelecer as diretrizes básicas para a adequação na me- Serviço de Educação Infantil
todologia para a promoção de ações preventivas e educativas sobre Serviço de Ensino Fundamental
drogas psicoativas lícitas e ilícitas, bem como sobre doenças sexual- Serviço de Ensino Médio e Técnico
mente transmissíveis na rede pública municipal de ensino, em par- Divisão de Orientação Educacional
ceria com os órgãos competentes; Serviço de Educação Infantil e 1ª a 4ª série

41
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Serviço de Educação de 5ª a 8ª, EJA e Ensino Médio I - a formulação, a coordenação, a administração e a execução
Departamento de Administração da política de administração tributária e fiscal do Município, bem
Assessoria Administrativa como o aperfeiçoamento e atualização da legislação tributária mu-
Divisão de Recursos Humanos nicipal;
Divisão de Recursos Materiais II - a arrecadação, o lançamento e a fiscalização dos tributos e
Divisão de Manutenção e Reparos Divisão de Patrimônio receitas municipais;
Divisão de Transportes III - a organização e a manutenção do cadastro econômico do
Órgãos Colegiados Município, a orientação aos contribuintes quanto a sua atualização
Conselho Municipal de Educação e a organização e a manutenção do cadastro imobiliário;
Conselho Municipal de Alimentação Escolar IV - a inscrição na dívida ativa, a promoção da sua cobrança,
Conselho Municipal de Acompanhamento e Controle Social do o controle e registro do seu pagamento, mediante a Procuradoria
Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Especial Fazendária;
Valorização dos Profissionais da Educação V - a promoção de estudos e a fixação de critérios para a con-
cessão de incentivos fiscais e financeiros, tendo em vista o desen-
Art. 47. Integra a Secretaria Municipal de Educação, a Coorde- volvimento econômico e social do Município, em articulação com
nadoria- Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Universitário, cuja a Secretaria Municipal de Desenvolvimento da Cidade e Ambiente;
sigla para fins das relações intergovernamentais é COGETEU, a qual VI - a promoção da educação fiscal da população como estra-
compete à coordenação e controle das atividades e programas de tégia integradora de todas as ações da administração tributária, vi-
modernização e desenvolvimento tecnológico de âmbito municipal, sando à realização da receita necessária aos objetivos do Município;
a pesquisa de novas técnicas alternativas de energia natural, e o in- VII - a cobrança extrajudicial, diretamente ou através de empre-
centivo à expansão do ensino universitário no Município; possuindo sa especializada, dos créditos inscritos na dívida ativa do Município;
a seguinte estrutura: VIII - o assessoramento aos Órgãos do Município em assuntos
Gabinete do Coordenador-Geral de finanças;
Assessoria de Gabinete IX - o registro e controle contábeis da administração financeira
Departamento de Projetos Especiais e patrimonial e o registro da execução orçamentária;
Assessoria Administrativa X - o planejamento econômico e a elaboração do plano pluria-
Serviço de Elaboração, Análise e Desenvolvimento nual, da lei de diretrizes orçamentárias e da proposta orçamentária,
Serviço de Extensão Universitária em conjunto com a Secretaria Municipal de Governo e demais ór-
gãos competentes.
Art. 48. À Secretaria Municipal de Esporte e Lazer, cuja sigla Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Fazenda (SECFA)
para fins das relações intergovernamentais é SEMEL, compete, den- possui a seguinte estrutura:
tre outras atribuições regulamentares, o desenvolvimento, supervi- Gabinete do Secretário
são e execução da política governamental para o setor, o estímulo Chefia de Gabinete
às iniciativas públicas e privadas de incentivo aos esportes e ativida- Subsecretaria de Fazenda
des de lazer das comunidades do Município, bem como a promoção Assessoria Administrativo-Tributária
do relacionamento com o Conselho Municipal de Esporte Amador, Superintendência Fazendária
de acordo com a legislação específica que o instituiu; possuindo a Serviço de Arquivo e Protocolo
seguinte estrutura: Procuradoria Especial Fazendária
Gabinete do Secretário Procuradoria Tributária e da Dívida Ativa
Chefia de Gabinete Departamento da Dívida Ativa
Subsecretaria de Esporte e Lazer Divisão de Cobrança da Dívida Ativa
Assessoria Administrativa Coordenadoria da Receita Própria
Assessoria ao Órgão Colegiado Departamento de Controle da Arrecadação
Coordenadoria de Administração dos Estádios e Ginásios Divisão de Cadastro
Divisão do Estádio Municipal Manoel Corrêa (Correão) Divisão de Controle do IPTU
Serviço do Estádio Municipal Araci Machado Divisão de Controle do ISS
Divisão do Ginásio Poliesportivo Araci Machado Divisão de Fiscalização Tributária
Superintendência de Promoção de Eventos Serviço de Fiscalização Tributária
Serviço de Planejamento e Divulgação Serviço de Estatística
Departamento de Eventos e Lazer Departamento de Receitas Transferidas
Divisão de Projetos e Eventos Esportivos Divisão de Contabilidade
Serviço de Eventos Recreativos Divisão de Transferências Governamentais
Departamento de Esportes Divisão de Tesouro
Divisão de Esporte Amador
Serviço de Esporte Distrital e de Bairros Art. 50. A Secretaria Municipal de Habitação e Serviços Públi-
Departamento de Escolinhas Esportivas cos, cuja sigla para fins das relações intergovernamentais é SEHASP,
Serviço de Eventos Esportivos Comunitários é órgão responsável pela formulação e execução da política munici-
Órgão Colegiado pal de habitação, bem como pela supervisão dos serviços públicos
Conselho Municipal de Esporte Amador de limpeza, manutenção e conservação de logradouros, parques,
praias e demais próprios da Municipalidade, competindo- lhe, além
Art. 49. À Secretaria Municipal de Fazenda, cuja sigla para fins de outras atribuições regulamentares:
das relações intergovernamentais é SECFA, compete, dentre outras I - promover o fomento e o estímulo à oferta de habitação vol-
atribuições regulamentares: tada para a população de baixa renda;

42
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
II - apoiar e dar assistência no planejamento, licenciamento e X - prestar apoio operacional, sempre que solicitada e na me-
construção de habitação popular; dida de suas disponibilidades, aos órgãos municipais responsáveis
III - propiciar a execução de obras necessárias à promoção de pela realização de eventos públicos.
melhorias habitacionais da população de baixa renda; Parágrafo Único - A Coordenadoria-Geral de Serviços Públicos
IV - promover estudos, programas e projetos de erradicação de (COGESP) possui a seguinte estrutura:
condições subumanas de moradia; Gabinete do Coordenador-Geral
V - formular, executar e coordenar os reassentamentos de mo- Assessoria de Gabinete
radores de áreas de risco e áreas impróprias para a moradia; Supervisão Técnica de Obras
VI - promover intercâmbios, convênios, parcerias e contratos Departamento de Manutenção e Conservação de Prédios Pú-
com entidades internacionais, federais, estaduais, municipais e da blicos
iniciativa privada, visando atingir os objetivos da política habitacio- Divisão de Manutenção e Conservação
nal do Município; Serviço de Carpintaria
VII - implementar o cadastramento sócio-econômico e ambien- Serviço de Transporte
tal dos residentes em áreas de risco, ocupações e áreas de reassen- Departamento de Serviços Públicos
tamento, bem como para fins de promoção de novos loteamentos; Divisão de Iluminação Pública
e Serviço de Sinalização de Trânsito
VIII - dar apoio técnico e administrativo ao Conselho Municipal Serviço de Apoio ao Posto Médico Legal
de Habitação, de acordo com a legislação específica que o instituiu; Serviço de Administração de Cemitérios
e Serviço de Administração de Capelas Mortuárias
IX - gerir os recursos destinados à habitação, através do Fundo Departamento de Limpeza Pública
Municipal de Habitação de Interesse Social, zelando pela aplicação Divisão de Limpeza de Redes Pluviais
dos seus recursos na efetivação das respectivas políticas públicas Departamento de Manutenção e Conservação de Logradouros
do Município. Públicos
Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Habitação e Servi- Divisão de Manutenção e Conservação
ços Públicos (SEHASP) possui a seguinte estrutura: Serviço de Saneamento
Gabinete do Secretário
Chefia de Gabinete Art. 52. A Secretaria Municipal de Obras, cuja sigla para fins das
Coordenadoria-Geral relações intergovernamentais é SECOB, é órgão responsável pela
Coordenadoria-Geral de Serviços Públicos execução das diretrizes de governo voltadas para as intervenções
Subsecretaria de Habitação e Serviços Públicos urbanas referentes às obras públicas de construção e de saneamen-
Assessoria Administrativa to básico, possuindo a seguinte estrutura:
Assessoria ao Órgão Colegiado Gabinete do Secretário
Divisão de Habitação Popular Chefia de Gabinete
Serviço de Cadastramento Social Assessoria Administrativa
Superintendência Financeira Subsecretaria de Obras
Assessoria Técnica Superintendência de Obras Públicas
Assessoria Administrativa Supervisão Técnica de Obras
Assessoria Contábil e Financeira Departamento de Obras Públicas
Órgão Colegiado Divisão de Estudos e Projetos
Conselho Municipal de Habitação Supervisão Técnica de Obras Públicas
Órgão Sistêmico Especial Departamento de Fiscalização
Fundo Municipal de Habitação de Interesse Social Divisão de Conservação de Estradas e Vias Públicas
Departamento de Saneamento
Art. 51. Integra a Secretaria Municipal de Habitação e Servi-
Divisão de Planejamento de Obras
ços Públicos, a Coordenadoria-Geral de Serviços Públicos, cuja sigla
Divisão de Análise e Licenciamento
para fins das relações intergovernamentais é COGESP, a qual com-
Serviço de Fiscalização de Saneamento
pete, dentre outras atribuições regulamentares:
Serviço de Saneamento
I - administrar e executar a limpeza e a manutenção de cemité-
Serviço de Carpintaria
rios e capelas mortuárias públicas do Município;
II - fornecer apoio operacional ao Posto Médico Legal;
III - coordenar e executar a limpeza e a conservação da rede de Art. 53. A Secretaria Municipal de Saúde, cuja sigla para fins das
esgotos pluviais do Município; relações intergovernamentais é SECSA, é órgão responsável pela
IV - coordenar e executar a manutenção de parques, praças e execução da política municipal de saúde, segundo as normas do
jardins públicos do Município; Sistema Único de Saúde (SUS), mediante ações de promoção, pro-
V - coordenar e executar a manutenção dos serviços de ilumi- teção e recuperação da saúde individual e coletiva, ação preventiva
nação pública; em geral, vigilância e controle sanitário, vigilância de saúde, espe-
VI - coordenar e executar a manutenção dos serviços de sina- cialmente de medicamentos e alimentos, pelo apoio técnico e ad-
lização pública; ministrativo ao Conselho Municipal de Saúde e Conselho Municipal
VII - coordenar e executar a manutenção e conservação de es- Antidrogas, de acordo com a legislação específica que os instituiu,
tádios e campos de futebol próprios do Município; pela gestão do Fundo Municipal de Saúde, zelando pela aplicação
VIII - coordenar e executar serviços de pintura, eletricidade e dos seus recursos na efetivação das respectivas políticas públicas do
pequenos reparos de prédios públicos do Município; Município, além de outras medidas no âmbito da competência do
IX - realizar o deslocamento de mobiliários do patrimônio pú- Município; com a seguinte estrutura:
blico municipal, por ocasião de mudança de sede dos órgãos admi- Gabinete do Secretário
nistrativos; e Chefia de Gabinete

43
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Assessoria Administrativa e fiscalização das atividades de transporte de passageiros, termi-
Assessoria de Comunicação Social nais rodoviários e turísticos, estacionamento rotativo, manutenção
Subsecretaria de Saúde e controle da frota municipal, pelo apoio técnico e administrativo
Divisão de Programas Informatizados ao Conselho Municipal de Transportes, de acordo com a legislação
Assessoria aos Órgãos Colegiados específica que o instituiu, pela gestão do Fundo Municipal de Trans-
Diretoria-Geral de Unidades de Saúde portes, zelando pela aplicação dos seus recursos na efetivação das
Coordenadoria de Unidades Básicas respectivas políticas públicas do Município, além de outras medidas
Coordenadoria de Unidades Hospitalares no âmbito da competência do Município; possuindo a seguinte es-
Diretoria Técnica de Serviço de Saúde trutura:
Diretoria Administrativa de Unidade de Saúde Gabinete do Secretário
Gerência Setorial de Saúde Chefia de Gabinete
Divisão de Laboratório Coordenadoria-Geral
Supervisão Setorial de Saúde Coordenadoria-Geral de Regulamentação e Fiscalização de
Coordenadoria de Programas de Saúde Transportes Urbanos
Diretoria de Programas de Saúde Subsecretaria de Transportes
Assessoria Administrativa Superintendência Administrativa
Superintendência de Programas de Saúde Assessoria Administrativa
Divisão de Programas de Saúde Superintendência Financeira
Coordenadoria de Saúde Oral Assessoria Técnica
Assessoria Administrativa Assessoria Contábil e Financeira
Coordenadoria de Farmacologia Superintendência de Transportes Urbanos
Assessoria Administrativa Departamento de Transportes Urbanos
Coordenadoria de Nutrição Divisão de Licenciamento
Assessoria Administrativa Serviço de Acompanhamento de Custos e Tarifas de Transpor-
Coordenadoria de Enfermagem tes Urbanos
Assessoria Administrativa Departamento de Planejamento Viário
Gerência Financeira Divisão de Projetos
Departamento de Controle Interno Divisão de Estacionamento Rotativo
Assessoria Contábil e Financeira Departamento de Terminais Rodoviários
Divisão de Terminais Turísticos
Superintendência de Saúde Coletiva
Departamento de Manutenção de Veículos e Equipamentos
Departamento de Vigilância Sanitária
Divisão de Transportes Oficiais
Divisão de Vigilância Sanitária
Serviço de Oficina Mecânica
Divisão de Vigilância Epidemiológica
Departamento de Fiscalização e Controle do Programa
Divisão de Fiscalização
Transporte Cidadão Divisão de Fiscalização
Serviço de Combate a Vetores
Serviço de Controle
Serviço de Fiscalização
Órgão Colegiado
Superintendência de Planejamento Conselho Municipal de Transportes
Coordenadoria de Contas Médicas Órgão Sistêmico Especial
Departamento de Medicina de Alta Complexidade Fundo Municipal de Transportes
Divisão de Contratos e Convênios
Serviço de Estatística Parágrafo Único - Integra a Secretaria Municipal de Transpor-
Serviço de Controle de AIH tes, a Coordenadoria-Geral de Regulamentação e Fiscalização de
Superintendência de Tecnologia Departamento de Informática Transportes Urbanos, cuja sigla para fins das relações intergover-
Superintendência de Recursos Humanos namentais é COFITUR, a qual compete coordenar a elaboração, o
Assessoria Administrativa desenvolvimento e a execução de planos, programas, projetos e
Divisão de Pessoal estudos destinados a melhorar os sistemas de transportes urbanos,
Superintendência de Material bem como fiscalizar segundo os parâmetros definidos, a operação e
Coordenadoria de Patrimônio a exploração do transporte público de passageiros por ônibus, por
Departamento de Controle de Material táxi e por transportes especiais; possuindo a seguinte estrutura:
Serviço de Almoxarifado Gabinete do Coordenador-Geral
Divisão de Manutenção Assessoria de Gabinete
Divisão de Transportes Assessoria Administrativa
Gerência de Compras Departamento de Políticas Públicas de Transporte Urbano
Divisão de Compras Assessoria de Gestão e Avaliação da Qualidade em Transportes
Serviço de Informática Serviço de Articulação e Apoio
Órgãos Colegiados Departamento de Fiscalização de Transportes Urbanos
Conselho Municipal de Saúde Divisão de Fiscalização e Controle
Conselho Municipal Antidrogas
Órgão Sistêmico Especial Art. 55. À Secretaria Municipal de Turismo e Cultura, cuja si-
Fundo Municipal de Saúde gla para fins das relações intergovernamentais é SECTUC, compete,
dentre outras atribuições regulamentares:
Art. 54. A Secretaria Municipal de Transportes, cuja sigla para I - a formulação, a promoção e o desenvolvimento de políticas
fins das relações intergovernamentais é SECTRANS, é órgão respon- públicas para o turismo e a identificação, captação, seleção e divul-
sável pela política municipal de transportes urbanos, licenciamento gação de oportunidades de investimentos turísticos;

44
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
II - o estabelecimento de estratégias de comunicação e a pro- Assessoria Administrativa Diretoria do Charitas
moção e execução de eventos, projetos e demais atividades empre- Assessoria Administrativa
sariais ligadas ao turismo; Assessoria Técnica da Casa dos 500 Anos
III - a organização de calendários de eventos de interesse tu- Assessoria Administrativa
rístico e cultural a serem realizados no Município e a elaboração Superintendência de Promoção da Igualdade Racial
de material informativo turístico e a manutenção de contato com o Diretoria de Igualdade Racial
público em geral, empresas e entidades para prestação ou troca de Assessoria de Projetos e Eventos
informações turísticas; Assessoria Administrativa
IV - a elaboração e execução de medidas que visem à elevação Superintendência de Projetos Afro-Brasileiros
dos padrões de eficiência no setor de turismo; Assessoria de Pesquisa da Cultura Negra
V - a disciplinalização e normatização do setor turístico; Assessoria Administrativa
VI - apoiar técnica e administrativamente ao Conselho Munici- Superintendência de Projetos Comunitários
pal de Turismo e ao Conselho Municipal de Cultura, de acordo com Assessoria Administrativa
a legislação específica que os instituiu; Superintendência da Morada do Samba
VII - a execução de medidas que visem o incentivo à qualifica- Coordenadoria de Articulação Institucional
ção da prestação de serviços turísticos; Assessoria de Eventos
VIII - a supervisão e controle das políticas públicas municipais Diretoria de Relações Externas
para a cultura, proteção do patrimônio histórico e cultural, e incen- Assessoria Administrativa
tivo às formas de expressão e manifestação cultural no território do
Município. II - Coordenadoria-Geral de Eventos, cuja sigla para fins das re-
Parágrafo Único - A Secretaria Municipal de Turismo e Cultura lações intergovernamentais é COGEVE, a qual compete a promoção
(SECTUC) possui a seguinte estrutura: e a execução de eventos de interesse turístico e cultural no territó-
Gabinete do Secretário rio do Município, compreendendo a seguinte estrutura:
Chefia de Gabinete Gabinete do Coordenador-Geral
Coordenadorias-Gerais Assessoria de Gabinete
Coordenadoria-Geral de Cultura Assessoria Administrativa
Coordenadoria-Geral de Eventos Superintendência de Eventos
Subsecretaria de Turismo e de Cultura Departamento de Eventos e Promoções
Assessoria de Comunicação Departamento de Feiras e Congressos
Superintendência Administrativa Departamento de Eventos e Esportes Náuticos
Supervisão Administrativa Assessoria de Apoio Logístico
Assessoria Administrativa Assessoria Operacional
Diretoria de Recursos Humanos
Divisão de Pessoal TÍTULO IV
Divisão de Informática DISPOSIÇÕES GERAIS
Divisão de Abertura e Movimentação de Processos CAPÍTULO I
Divisão de Serviços Gerais DOS ÓRGÃOS E SEUS TITULARES
Superintendência de Desenvolvimento do Turismo
Assessoria Administrativa Art. 57. São titulares dos órgãos da Estrutura Administrativa do
Departamento de Relações Externas Poder Executivo os ocupantes dos respectivos cargos, nomeados
Divisão de Informações Turísticas pelo Prefeito do Município para o exercício de cargo em comissão
Divisão de Orientação Educacional de Turismo de livre nomeação e exoneração, com as atribuições e responsabili-
Assessoria Turística dades correspondentes e com os direitos, prerrogativas e remune-
Divisão de Estatística ração previstos em lei.
Órgãos Colegiados Parágrafo Único - Ao titular de cada órgão corresponde à deno-
Conselho Municipal de Turismo minação legal do cargo ocupado, para os fins de tratamento verbal
Conselho Municipal de Cultura ou escrito, na forma do regulamento.

Art. 56. Integram a Secretaria Municipal de Turismo e Cultura SEÇÃO I


(SECTUC) os seguintes órgãos com suas respectivas estruturas: DO PROVIMENTO
I - Coordenadoria-Geral de Cultura, cuja sigla para fins das re-
lações intergovernamentais é COGEC, a qual compete executar a Art. 58. Compete ao Prefeito do Município prover os cargos e
política municipal de cultura, proteção do patrimônio histórico e as funções de confiança do âmbito do Poder Executivo, admitida à
cultural, e incentivo às formas de expressão e manifestação cultural delegação de poderes, nos termos da Lei Orgânica Municipal.
no território do Município, compreendendo a seguinte estrutura: § 1º O ato de provimento deverá, necessariamente, conter as
Gabinete do Coordenador-Geral seguintes indicações:
Coordenadoria Administrativa I - a denominação do cargo ou função vagos e demais elemen-
Assessoria Administrativa tos de identificação, o motivo da vacância e o nome do ex-ocupan-
Superintendência de Espaços Culturais te, se ocorrer hipótese em que possam ser atendidos estes últimos
Coordenadoria de Pesquisas Culturais elementos;
Serviço de Memória Histórico-Cultural II - o caráter da investidura;
Diretoria do Teatro Municipal III - o fundamento legal, bem como a indicação da remunera-
Assessoria Administrativa ção correspondente;
Diretoria da Biblioteca Municipal

45
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
IV - a indicação de que o exercício do cargo ou função de con- § 2º A Gratificação por Regime de Tempo Integral e Dedicação
fiança se fará cumulativamente com outro, nas hipóteses permiti- Exclusiva não será incorporada aos vencimentos a qualquer título
das legalmente. ou pretexto.
§ 2º A nomeação para cargos ou a designação para funções Art. 62. Fica expressamente vedado perceber a Gratificação por Re-
de confiança recairá sobre pessoa de livre escolha do Prefeito, e gime de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva cumulativamente com a
somente dependerá de formação técnica quando as atribuições a gratificação pela prestação de serviço extraordinário, prevista no Art. 76 do
serem exercidas pressuponham conhecimento específico que a lei Estatuto dos Funcionários Públicos do Município de Cabo Frio.
cometa, privativamente, a determinada categoria profissional. Art. 63. A Gratificação por Regime de Tempo Integral e Dedica-
§ 3º Os nomeados para cargo ou designados para função de ção Exclusiva - TIDE será concedida ao servidor de acordo com a dis-
confiança farão antes da investidura declaração de bens, que será ponibilidade orçamentária e financeira do Município de Cabo Frio,
renovada anualmente, na forma da lei. respeitados os princípios do interesse público e da oportunidade.
§ 4º O servidor que acumular licitamente dois cargos efetivos,
quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará afas- CAPÍTULO II
tado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que hou- DOS CONSELHOS E FUNDOS MUNICIPAIS
ver compatibilidade de horário e local com exercício de um deles,
declarada pela autoridade máxima do órgão de lotação e ratificada Art. 64. Os Conselhos Municipais são órgãos colegiados, ins-
pela Secretaria de Administração. tituídos como auxiliares do Poder Executivo, com a finalidade de
§ 5º Os cargos de Procurador Jurídico e Assistente Jurídico são assessorar a Administração Pública no planejamento, análise e to-
privativos da Estrutura Administrativa da Procuradoria-Geral do mada de decisões em matéria de sua competência, vinculados às
Município, sendo vedado à alocação de servidores investidos em Secretarias Municipais em razão das respectivas atribuições institu-
tais cargos em outro órgão. cionais, nos termos da Lei Orgânica do Município.
Art. 65. Os Conselhos Municipais são criados mediante lei de
SEÇÃO II iniciativa do Poder Executivo, definindo-lhes, em cada caso, o funcio-
DOS PARECERES JURÍDICOS namento, as atribuições, a organização, a composição, a forma de no-
meação de titulares e suplentes e o prazo do respectivo mandato.
Art. 59. Compete exclusivamente a Procuradoria-Geral do Parágrafo Único - A função de conselheiro ou a participação nos
Município (PROGEM), prover a consultoria e o assessoramento ju- Conselhos Municipais não será remunerada, constituindo-se seu
rídico às unidades administrativas do Poder Executivo Municipal, efetivo exercício relevante serviço prestado à comunidade.
sendo vedado a qualquer órgão da Administração Pública adotar Art. 66. Os fundos especiais instituídos por lei, em virtude de
conclusões divergentes das contidas em pareceres exarados pela não possuírem personalidade jurídica própria e integrarem a Ad-
PROGEM, ressalvado o direito de solicitar reexame das matérias, ministração Municipal, vinculam-se à realização de programas de
apresentando sua argumentação. interesse da Administração, sendo as receitas especificas aplicadas
§ 1º Os pronunciamentos da Procuradoria-Geral do Município, de acordo com a Lei de Diretrizes Orçamentárias - LDO, Lei Orça-
nos processos submetidos a seu exame e parecer, quando homolo- mentária Anual - LOA, ou outra norma peculiar de aplicação, sujei-
gados pelo Procurador-Geral, esgotam a apreciação da matéria no tando-se à elaboração da contabilidade e ao controle exercido pelo
âmbito do Poder Executivo Municipal, sendo vinculantes. órgão central de controle interno do Poder Executivo.
§ 2º Se a autoridade administrativa interessada discordar das § 1º Os Órgãos Colegiados e os respectivos Fundos Municipais
conclusões expostas no parecer, lhe caberá suscitar o reexame da vinculados aos Órgãos transformados por esta Lei permanecerão
matéria ao Chefe do Executivo, no prazo de 10 (dez) dias a contar desempenhando suas finalidades e competências legais, e passarão
da data em que tiver tomado ciência. a ser vinculados àqueles que absorverem a execução das políticas e
atividades pertinentes às suas áreas de atuação.
SEÇÃO III § 2º A representatividade dos Órgãos transformados por esta
DA GRATIFICAÇÃO POR REGIME DE TEMPO INTEGRAL E DEDICA- Lei nos Conselhos Municipais a eles vinculados ocorrerá, automa-
ÇÃO EXCLUSIVA ticamente, pelos Órgãos que os sucederem em suas finalidades e
competências.
Art. 60. Fica instituída a Gratificação por Regime de Tempo
Integral e Dedicação Exclusiva - TIDE, que poderá ser concedida a DISPOSIÇÕES FINAIS
servidores dos órgãos da Administração Direta e Indireta do Muni- TÍTULO V
cípio, ocupantes de cargos de provimento efetivo e de provimento
em comissão, quando recomendado pelo interesse público e com o Art. 67. É o Poder Executivo autorizado a completar, mediante
fim de propiciar: decreto, a estrutura organizacional prevista nesta Lei, podendo re-
I - o aumento da produtividade de unidades administrativas ou manejar, transferir, adaptar, transformar ou extinguir órgãos e uni-
de seus setores; dades, modificar-lhes a competência, atribuição e denominação,
II - a realização de tarefas especializadas. sem aumento da despesa, a fim de compatibilizá-la com as necessi-
Art. 61. Ao servidor em Regime de Tempo Integral e Dedica- dades da Administração Municipal.
ção Exclusiva - TIDE será concedido, enquanto nele permanecer, a § 1º É o Poder Executivo autorizado, em conseqüência, a rema-
gratificação de100% (cem por cento) calculada sobre o vencimento nejar, transpor ou transferir as dotações orçamentárias constante
básico do cargo efetivo ou a remuneração do cargo em comissão, na da Lei Orçamentária anual, respeitada a mesma classificação fun-
forma do regulamento. cional-programática e mantidos os respectivos detalhamentos por
§ 1º A Gratificação por Regime de Tempo Integral e Dedicação Unidade Orçamentária.
Exclusiva não servirá de base para cálculo de quaisquer outras van- § 2º Também mediante decreto, os órgãos setoriais poderão
tagens, salvo as relativas à remuneração de férias, abono pecuniário ser desdobrados em unidades de nível de seção e setor, de acordo
resultante de conversão de parte das férias e gratificação natalina. com a necessidade de cada estrutura administrativa, na forma do
caput deste artigo.

46
HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
Art. 68. Em conseqüência das alterações introduzidas por esta
Lei na Estrutura Administrativa, ficam criados, por transformação e
ANOTAÇÕES
sem aumento de despesa, os cargos de provimento em comissão,
de acordo com os quantitativos, símbolos e valores de remuneração ______________________________________________________
discriminados no Anexo I.
Art. 69. Ficam extintos os cargos em comissão descritos no ______________________________________________________
Anexo II desta Lei, discriminados segundo a nomenclatura, símbolo,
quantidade e valor de remuneração. ______________________________________________________
Art. 70. Os Anexos I, II e III da Lei Complementar nº 1, de 26 de
dezembro de 2000, passam a vigorar com os seus textos consolida- ______________________________________________________
dos com as alterações introduzidas por esta Lei.
______________________________________________________
Art. 71. As despesas decorrentes da execução desta Lei corre-
rão à conta das dotações orçamentárias próprias consignadas no ______________________________________________________
Orçamento em vigor.
Art. 72. Fica extinta a Fundação de Ciência, Ensino e Tecnologia ______________________________________________________
da Região dos Lagos (FCET-Lagos), criada pela Lei nº 1.229, de 25 de
maio de 1993, com seu Estatuto aprovado pelo Decreto nº 1.947, ______________________________________________________
de 5 de agosto de 1993.
Art. 73. O Município sucederá a Fundação extinta em todos os ______________________________________________________
seus direitos, créditos e obrigações, decorrentes de lei, ato adminis-
______________________________________________________
trativo ou contrato, bem assim nas demais obrigações pecuniárias,
inclusive nas respectivas receitas porventura existentes. ______________________________________________________
Art. 74. Fica extinta a Autarquia CABOFRIOTUR, criada pela Lei
nº 2169, de 30 de dezembro de 2008. _____________________________________________________
Art. 75. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 76. Ficam revogadas as Leis nº 1.585, de 12 de novembro _____________________________________________________
de 2001 e nº 1.812, de 17 de dezembro de 2004, e demais disposi-
ções em contrário. ______________________________________________________

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ANOTAÇÕES
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HISTÓRIA DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
ANOTAÇÕES ANOTAÇÕES

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
1. 1. ECA . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
2. 2. LDB . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
3. 3. Atribuição Do Inspetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
4. 4. Estrutura Funcional Da Escola . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
5. 5. A Escola E A Comunidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 10
6. 6. Violência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
7. 7. Ética . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
8. 8. Disciplina . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
9. 9. Consciência E Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 19
10. 10. Senso Comum E Bom Senso . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
11. 11. Responsabilidade. Dever E Liberdade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
12. 12 - Pne Municipal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
13. 13 – LBI . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Por tal razão que a responsabilidade dos pais é enorme no de-
1. ECA. senvolvimento familiar e dos filhos, cujo objetivo é manter ao máxi-
mo a estabilidade emocional, econômica e social.
O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) é uma lei federal A perda de valores sociais, ao longo do tempo, também são fa-
(8.069 promulgada em julho de 1990), que trata sobre os direitos tores que interferem diretamente no desenvolvimento das crianças
das crianças e adolescentes em todo o Brasil. e adolescentes, visto que não permanecem exclusivamente inseri-
Trata-se de um ramo do direito especializado, dividido em par- dos na entidade familiar.
tes geral e especial, onde a primeira traça, como as demais codifica- Por isso é dever de todos prevenir a ocorrência de ameaça ou
ções existentes, os princípios norteadores do Estatuto. Já a segunda violação dos direitos das crianças e dos adolescentes. Tanto que
parte estrutura a política de atendimento, medidas, conselho tute- cabe a sociedade, família e ao poder público proibir a venda e co-
lar, acesso jurisdicional e apuração de atos infracionais. mercialização à criança e ao adolescente de armas, munições e
A partir do Estatuto, crianças e adolescentes brasileiros, sem explosivos, bebida alcoólicas, drogas, fotos de artifício, revistas de
distinção de raça, cor ou classe social, passaram a ser reconhecidos conteúdo adulto e bilhetes lotéricos ou equivalentes.
como sujeitos de direitos e deveres, considerados como pessoas em Cada município deverá haver, no mínimo, um Conselho Tutelar
desenvolvimento a quem se deve prioridade absoluta do Estado. composto de cinco membros, escolhidos pela comunidade local, re-
O objetivo estatutário é a proteção dos menores de 18 anos, gularmente eleitos e empossados, encarregado pela sociedade de
proporcionando a eles um desenvolvimento físico, mental, moral e zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente.
social condizentes com os princípios constitucionais da liberdade e O Conselho Tutelar é uma das entidades públicas competen-
da dignidade, preparando para a vida adulta em sociedade. tes a salvaguardar os direitos das crianças e dos adolescentes nas
O ECA estabelece direitos à vida, à saúde, à alimentação, à hipóteses em que haja desrespeito, inclusive com relação a seus
educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao pais e responsáveis, bem como aos direitos e deveres previstos na
respeito, à liberdade, à convivência familiar e comunitária para me- legislação do ECA e na Constituição. São deveres dos Conselheiros
ninos e meninas, e também aborda questões de políticas de aten- Tutelares:
dimento, medidas protetivas ou medidas socioeducativas, entre 1. Atender crianças e adolescentes e aplicar medidas de pro-
outras providências. Trata-se de direitos diretamente relacionados teção.
à Constituição da República de 1988. 2. Atender e aconselhar os pais ou responsável e aplicar medi-
Para o Estatuto, considera-se criança a pessoa de até doze anos das pertinentes previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente.
de idade incompletos, e adolescente aquela compreendida entre 3. Promover a execução de suas decisões, podendo requisitar
doze e dezoito anos. Entretanto, aplica-se o estatuto, excepcional- serviços públicos e entrar na Justiça quando alguém, injustificada-
mente, às pessoas entre dezoito e vinte e um anos de idade, em mente, descumprir suas decisões.
situações que serão aqui demonstradas. 4. Levar ao conhecimento do Ministério Público fatos que o Es-
Dispõe, ainda, que nenhuma criança ou adolescente será ob- tatuto tenha como infração administrativa ou penal.
jeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, 5. Encaminhar à Justiça os casos que a ela são pertinentes.
violência, crueldade e opressão, por qualquer pessoa que seja, de-
6. Tomar providências para que sejam cumpridas as medidas
vendo ser punido qualquer ação ou omissão que atente aos seus
sócio-educativas aplicadas pela Justiça a adolescentes infratores.
direitos fundamentais. Ainda, no seu artigo 7º, disciplina que a
7. Expedir notificações em casos de sua competência.
criança e o adolescente têm direito à proteção à vida e à saúde,
8. Requisitar certidões de nascimento e de óbito de crianças e
mediante a efetivação de políticas sociais públicas que permitam
adolescentes, quando necessário.
o nascimento e o desenvolvimento sadio e harmonioso, em condi-
9. Assessorar o Poder Executivo local na elaboração da propos-
ções dignas de existência.
ta orçamentaria para planos e programas de atendimento dos direi-
As medidas protetivas adotadas pelo ECA são para salvaguar-
tos da criança e do adolescente.
dar a família natural ou a família substituta, sendo está ultima pela
guarda, tutela ou adoção. A guarda obriga a prestação de assistên- 10. Entrar na Justiça, em nome das pessoas e das famílias, para
cia material, moral e educacional, a tutela pressupõe todos os deve- que estas se defendam de programas de rádio e televisão que con-
res da guarda e pode ser conferida a pessoa de até 21 anos incom- trariem princípios constitucionais bem como de propaganda de
pletos, já a adoção atribui condição de filho, com mesmos direito e produtos, práticas e serviços que possam ser nocivos à saúde e ao
deveres, inclusive sucessórios. meio ambiente.
A instituição familiar é a base da sociedade, sendo indispensá- 11. Levar ao Ministério Público casos que demandam ações ju-
vel à organização social, conforme preceitua o art. 226 da CR/88. diciais de perda ou suspensão do pátrio poder.
Não sendo regra, mas os adolescentes correm maior risco quando 12. Fiscalizar as entidades governamentais e não-governamen-
fazem parte de famílias desestruturadas ou violentas. tais que executem programas de proteção e socioeducativos.
Cabe aos pais o dever de sustento, guarda e educação dos fi- Considerando que todos têm o dever de zelar pela dignidade
lhos, não constituindo motivo de escusa a falta ou a carência de da criança e do adolescente, pondo-os a salvo de qualquer trata-
recursos materiais, sob pena da perda ou a suspensão do pátrio mento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrange-
poder. dor, havendo suspeita ou confirmação de maus-tratos contra algu-
Caso a família natural, comunidade formada pelos pais ou ma criança ou adolescente, serão obrigatoriamente comunicados
qualquer deles e seus descendentes, descumpra qualquer de suas ao Conselho Tutelar para providências cabíveis.
obrigações, a criança ou adolescente serão colocados em família Ainda com toda proteção às crianças e aos adolescentes, a de-
substituta mediante guarda, tutela ou adoção. linquência é uma realidade social, principalmente nas grandes cida-
Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado e educado des, sem previsão de término, fazendo com que tenha tratamento
no seio da sua família e, excepcionalmente, em família substituta, diferenciado dos crimes praticados por agentes imputáveis.
assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente livre Os crimes praticados por adolescentes entre 12 e 18 anos
da presença de pessoas dependentes de substâncias entorpecen- incompletos são denominados atos infracionais passíveis de apli-
tes. cação de medidas socioeducativas. Os dispositivos do Estatuto da

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Criança e do Adolescente disciplinam situações nas quais tanto o Assim como no sistema penal tradicional, as sanções previstas
responsável, quanto o menor devem ser instados a modificarem no Estatuto da Criança e do Adolescente apresentam preocupação
atitudes, definindo sanções para os casos mais graves. com a reeducação e a ressocialização dos menores infratores.
Nas hipóteses do menor cometer ato infracional, cuja conduta Antes de iniciado o procedimento de apuração do ato infracio-
sempre estará descrita como crime ou contravenção penal para os nal, o representante do Ministério Público poderá conceder o per-
imputáveis, poderão sofrer sanções específicas aquelas descritas no dão (remissão), como forma de exclusão do processo, se atendido
estatuto como medidas socioeducativas. às circunstâncias e consequências do fato, contexto social, perso-
Os menores de 18 anos são penalmente inimputáveis, mas res- nalidade do adolescente e sua maior ou menor participação no ato
pondem pela prática de ato infracional cuja sanção será desde a infracional.
adoção de medida protetiva de encaminhamento aos pais ou res- Por fim, o Estatuto da Criança e do Adolescente institui medi-
ponsável, orientação, apoio e acompanhamento, matricula e fre- das aplicáveis aos pais ou responsáveis de encaminhamento a pro-
quência em estabelecimento de ensino, inclusão em programa de grama de proteção a família, inclusão em programa de orientação
auxílio à família, encaminhamento a tratamento médico, psicológi- a alcoólatras e toxicômanos, encaminhamento a tratamento psico-
co ou psiquiátrico, abrigo, tratamento toxicológico e, até, colocação lógico ou psiquiátrico, encaminhamento a cursos ou programas de
em família substituta. orientação, obrigação de matricular e acompanhar o aproveitamen-
Já o adolescente entre 12 e 18 anos incompletos (inimputáveis) to escolar do menor, advertência, perda da guarda, destituição da
que pratica algum ato infracional, além das medidas protetivas já tutela e até suspensão ou destituição do pátrio poder.
descritas, a autoridade competente poderá aplicar medida socioe- O importante é observar que as crianças e os adolescentes não
ducativa de acordo com a capacidade do ofensor, circunstâncias do podem ser considerados autênticas propriedades de seus genito-
fato e a gravidade da infração, são elas: res, visto que são titulas de direitos humanos como quaisquer pes-
1) Advertências – admoestação verbal, reduzida a termo e assi- soas, dotados de direitos e deveres como demonstrado.
nada pelos adolescentes e genitores sob os riscos do envolvimento A implantação integral do ECA sofre grande resistência de parte
em atos infracionais e sua reiteração, da sociedade brasileira, que o considera excessivamente paternalis-
2) Obrigação de reparar o dano – caso o ato infracional seja ta em relação aos atos infracionais cometidos por crianças e ado-
passível de reparação patrimonial, compensando o prejuízo da ví- lescentes, uma vez que os atos infracionais estão ficando cada vez
tima, mais violentos e reiterados.
3) Prestação de serviços à comunidade – tem por objetivo Consideram, ainda, que o estatuto, que deveria proteger e edu-
conscientizar o menor infrator sobre valores e solidariedade social, car a criança e o adolescente, na prática, acaba deixando-os sem
4) Liberdade assistida – medida de grande eficácia para o en- nenhum tipo de punição ou mesmo ressocialização, bem como é
fretamento da prática de atos infracionais, na medida em que atua utilizado por grupos criminosos para livrar-se de responsabilidades
juntamente com a família e o controle por profissionais (psicólogos criminais fazendo com que adolescentes assumam a culpa.
e assistentes sociais) do Juizado da Infância e Juventude, Cabe ao Estado zelas para que as crianças e adolescentes se
5) Semiliberdade – medida de média extremidade, uma vez desenvolvam em condições sociais que favoreçam a integridade
que exigem dos adolescentes infratores o trabalho e estudo duran- física, liberdade e dignidade. Contudo, não se pode atribuir tal res-
te o dia, mas restringe sua liberdade no período noturno, mediante ponsabilidade apenas a uma suposta inaplicabilidade do estatuto
recolhimento em entidade especializada da criança e do adolescente, uma vez que estes nada mais são do
6) Internação por tempo indeterminado – medida mais extre- que o produto da entidade familiar e da sociedade, as quais têm
ma do Estatuto da Criança e do Adolescente devido à privação total importância fundamental no comportamento dos mesmos.1
da liberdade. Aplicada em casos mais graves e em caráter excep-
cional. Últimas alterações no ECA
Antes da sentença, a internação somente pode ser determina-
da pelo prazo máximo de 45 dias, mediante decisão fundamentada As mais recentes:
baseada em fortes indícios de autoria e materialidade do ato infra- São quatro os pontos modificados no ECA durante a atual ad-
cional. ministração:
Nessa vertente, as entidades que desenvolvem programas de - A instituição da Semana Nacional de Prevenção da Gravidez
internação têm a obrigação de: na Adolescência, na lei nº 13.798, de 3 de janeiro de 2019;
1) Observar os direitos e garantias de que são titulares os ado- - A criação do Cadastro Nacional de Pessoas Desaparecidas - na
lescentes; lei nº 13.812, de 16 de março 2019;
2) Não restringir nenhum direito que não tenha sido objeto de - A mudança na idade mínima para que uma criança ou adoles-
restrição na decisão de internação, cente possa viajar sem os pais ou responsáveis e sem autorização
3) Preservar a identidade e oferecer ambiente de respeito e judicial, passando de 12 para 16 anos - na mesma lei nº 13.812;
dignidade ao adolescente, - A mudança na lei sobre a reeleição dos conselheiros tutelares,
4) Diligenciar no sentido do restabelecimento e da preservação que agora podem ser reeleitos por vários mandatos consecutivos,
dos vínculos familiares, em vez de apenas uma vez - lei 13.824, de 9 de maio 2019.
5) Oferecer instalações físicas em condições adequadas, e toda
infraestrutura e cuidados médicos e educacionais, inclusive na área Lei nº 13.509/17, publicada em 22 de novembro de 2017 al-
de lazer e atividades culturais e desportivas. tera o ECA ao estabelecer novos prazos e procedimentos para o
6) Reavaliar periodicamente cada caso, com intervalo máximo trâmite dos processos de adoção, além de prever novas hipóteses
de seis meses, dando ciência dos resultados à autoridade compe- de destituição do poder familiar, de apadrinhamento afetivo e dis-
tente. ciplinar a entrega voluntária de crianças e adolescentes à adoção.
Uma vez aplicada as medidas socioeducativas podem ser im-
plementadas até que sejam completados 18 anos de idade. Contu-
do, o cumprimento pode chegar aos 21 anos de idade nos casos de
1 Fonte: www.ambito-juridico.com.br – Texto adaptado de Cláudia
internação, nos termos do art. 121, §5º do ECA.
Mara de Almeida Rabelo Viegas / Cesar Leandro de Almeida Rabelo

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Lei Federal nº 13.431/2017 – Lei da Escuta Protegida Lei 13.306 de 2016 publicada no dia 04 de julho, alterou o Es-
Esta lei estabelece novas diretrizes para o atendimento de cri- tatuto da Criança e do Adolescente fixando em cinco anos a idade
anças ou adolescentes vítimas ou testemunhas de violências, e que máxima para o atendimento na educação infantil.2
frequentemente são expostos a condutas profissionais não qualifi-
cadas, sendo obrigados a relatar por várias vezes, ou para pessoas Veja o dispositivo acessando o link: www.planalto.gov.br/cci-
diferentes, violências sofridas, revivendo desnecessariamente seu vil_03/leis/L8069.htm
drama.
Denominada “Lei da Escuta Protegida”, essa lei tem como ob-
jetivo a proteção de crianças e adolescentes após a revelação da 2. LDB.
violência sofrida, promovendo uma escuta única nos serviços de
atendimento e criando um protocolo de atendimento a ser adotado A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional tem 92 arti-
por todos os órgãos do Sistema de Garantia de Direitos. gos, divididos em 9 títulos. São eles:
1. Da Educação.
Lei 13.436, de 12 de abril de 2017 - Garantia do direito a acom- 2. Dos Princípios e Fins da Educação Nacional.
panhamento e orientação à mãe com relação à amamentação 3. Do Direito à Educação e do Dever de Educar.
Esta lei introduziu no artigo 10 do ECA uma responsabilidade 4. Da Organização da Educação Nacional.
adicional para os hospitais e demais estabelecimentos de atenção 5. Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino.
à saúde de gestantes, públicos e particulares: daqui em diante eles 6. Dos Profissionais da Educação.
estão obrigados a acompanhar a prática do processo de amamen- 7. Dos Recursos financeiros.
tação, prestando orientações quanto à técnica adequada, enquanto 8. Das Disposições Gerais.
a mãe permanecer na unidade hospitalar. 9. Das Disposições Transitórias.
A LDB disciplina a educação escolar e orienta os princípios de
Lei 13.438, de 26 de abril de 2017 – Protocolo de Avaliação de funcionamento da educação no país. Por isso é tão cobrada em con-
riscos para o desenvolvimento psíquico das crianças cursos públicos na área de educação.
Esta lei determina que o Sistema Único de Saúde (SUS) será
obrigado a adotar protocolo com padrões para a avaliação de ri- Os princípios da Educação
scos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses de Boa parte das questões de concurso sobre a LDB focam na par-
idade. A lei estabelece que crianças de até 18 meses de idade façam te principiológica da Lei. Detalhes mais específicos (como o finan-
acompanhamento através de protocolo ou outro instrumento de ciamento da educação) dificilmente caem.
detecção de risco. Esse acompanhamento se dará em consulta Se você entender o “espírito” da LDB já tem boas chances de
pediátrica. Por meio de exames poderá ser detectado precoce- acertar questões. Por isso vale a pena conhecer os Princípios e Fins
mente, por exemplo, o transtorno do espectro autista, o que per- da Educação, que são 13:
mitirá um melhor acompanhamento no desenvolvimento futuro da - Igualdade de condições para o acesso e permanência na es-
criança. cola.
- Liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura,
Lei nº 13.440, de 8 de maio de 2017 – Aumento na penalização o pensamento, a arte e o saber.
de crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes - Pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas.
Esta lei promoveu a inclusão de mais uma penalidade no artigo - Respeito à liberdade e apreço à tolerância.
244-A do ECA. A pena previa reclusão de quatro a dez anos e multa - Coexistência de instituições públicas e privadas de ensino.
nos crimes de exploração sexual de crianças e adolescentes. Agora - Gratuidade do ensino público em estabelecimentos oficiais.
o texto está acrescido de perda de bens e que os valores advindos - Valorização do profissional da educação escolar.
dessas práticas serão revertidos em favor do Fundo dos Direitos da - Gestão democrática do ensino público, na forma desta Lei e
Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Dis- da legislação dos sistemas de ensino.
trito Federal) em que foi cometido o crime. - Garantia de padrão de qualidade.
- Valorização da experiência extraescolar.
Lei nº 13.441, de 8 de maio de 2017 - Prevê a infiltração de - Vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as práticas
agentes de polícia na internet com o fim de investigar crimes con- sociais.
tra a dignidade sexual de criança e de adolescente - Consideração com a diversidade étnico-racial.
Esta lei prevê a infiltração policial virtual no combate aos crimes - Garantia do direito à educação e à aprendizagem ao longo da
contra a dignidade sexual de vulneráveis. A nova lei acrescentou ao vida.
ECA os artigos 190-A a 190-E e normatizou a investigação em meio
cibernético. Os deveres do Estado com a Educação
Para solidificar o entendimento do “espírito” da LDB, veja quais
Revogação do artigo 248 que versava sobre trabalho domésti- são os deveres do Estado com Educação:
co de adolescentes - Educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17
Foi revogado o artigo 248 do ECA que possibilitava a regu- (dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: a) pré-es-
larização da guarda de adolescentes para o serviço doméstico. A cola; b) ensino fundamental; c) ensino médio.
Constituição Brasileira proíbe o trabalho infantil, mas este artigo - Educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos de
estabelecia prazo de cinco dias para que o responsável, ou novo idade.
guardião, apresentasse à Vara de Justiça de sua cidade ou comarca - Atendimento educacional especializado gratuito aos educan-
o adolescente trazido de outra localidade para prestação de serviço dos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e al-
doméstico, o que, segundo os autores do projeto de lei que resul- tas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis, eta-
tou na revogação do artigo, abria espaço para a regularização do pas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensino.
trabalho infantil ilegal.
2 Fonte: www.equipeagoraeupasso.com.br/www.g1.globo.com

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
- Acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio para todos os que não os concluíram na idade própria.
- Acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a capacidade de cada um.
- Oferta de ensino noturno regular, adequado às condições do educando.
- Oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, com características e modalidades adequadas às suas necessidades e dis-
ponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as condições de acesso e permanência na escola.
- Atendimento ao educando, em todas as etapas da educação básica, por meio de programas suplementares de material didático-es-
colar, transporte, alimentação e assistência à saúde.
- Padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispensáveis
ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem.
- Vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir do dia
em que completar 4 (quatro) anos de idade.

Se você estudar e compreender essas obrigações do Estado e os princípios, certamente terá um bom desempenho nas questões da
sua prova.
Mesmo quando não souber exatamente o que pede a questão, ficará muito mais fácil respondê-la.

Infográfico com a LDB atualizada e resumida


Para ajudar a entender melhor a Lei de Diretrizes e Bases da Educação, veja o infográfico a seguir, com a LDB atualizada e resumida:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS

5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS

Como todo resumo, o infográfico traz apenas alguns insights para você relembrar e iniciar o aprofundamento na LDB.3
Acesse o link a seguir e veja na íntegra o conteúdo atualizado do dispositivo:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm

Vamos ver a seguir as alterações ocorridas na LDB nos últimos dois anos.

Ao total foram 4 leis que modificaram a LDB no ano de 2019


1. LEI Nº 13.796, DE 3 DE JANEIRO DE 2019
Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), para fixar, em virtude de escusa de
consciência, prestações alternativas à aplicação de provas e à frequência a aulas realizadas em dia de guarda religiosa.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º 1º A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), passa a vigorar acrescida do
seguinte art. 7º-A:
Acrescida, ou seja, não foi retirado nada neste artigo, apenas foi acrescentado esta novidade, fique atento:
“Art. 7º-A Ao aluno regularmente matriculado em instituição de ensino pública ou privada, de qualquer nível, é assegurado, no exer-
cício da liberdade de consciência e de crença, o direito de, mediante prévio e motivado requerimento, ausentar-se de prova ou de aula
marcada para dia em que, segundo os preceitos de sua religião, seja vedado o exercício de tais atividades, devendo-se-lhe atribuir, a cri-
tério da instituição e sem custos para o aluno, uma das seguintes prestações alternativas, nos termos do inciso VIII do caput do art. 5º da
Constituição Federal:
Então é assegurado ao aluno o direito de faltar a provas ou aulas marcadas para o dia em que segundo sua crença, seja vedado o
exercício de atividades. Importante ressaltar que isso será sem custos para o aluno.
I – prova ou aula de reposição, conforme o caso, a ser realizada em data alternativa, no turno de estudo do aluno ou em outro horário
agendado com sua anuência expressa;
II – trabalho escrito ou outra modalidade de atividade de pesquisa, com tema, objetivo e data de entrega definidos pela instituição
de ensino.
A lei trouxe os exemplos de atividades: prova, aula de reposição, trabalho escrito, pesquisa com tema, objetivo e data de entrega
definidos pela instituição de ensino.
- 1º A prestação alternativa deverá observar os parâmetros curriculares e o plano de aula do dia da ausência do aluno.
- 2º O cumprimento das formas de prestação alternativa de que trata este artigo substituirá a obrigação original para todos os efeitos,
inclusive regularização do registro de frequência.

3 Fonte: www.segredosdeconcurso.com.br

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
A realização das atividades de prestação alternativa substi- dos classificados, a respectiva ordem de classificação e o cronogra-
tuirá e regularizará também o registro de frequência. ma das chamadas para matrícula, de acordo com os critérios para
- 3º As instituições de ensino implementarão progressivamente, preenchimento das vagas constantes do edital, assegurado o direito
no prazo de 2 (dois) anos, as providências e adaptações necessárias do candidato, classificado ou não, a ter acesso a suas notas ou in-
à adequação de seu funcionamento às medidas previstas neste ar- dicadores de desempenho em provas, exames e demais atividades
tigo. (Vide Lei nº 13.796, de 2019) da seleção e a sua posição na ordem de classificação de todos os
- 4º O disposto neste artigo não se aplica ao ensino militar a candidatos.
que se refere o art. 83 desta Lei.” ………………………………………………………………………………………………
Atenção para essa importante informação: não se aplica ao ……………………” (NR)
ensino militar porque tem regulação própria. Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
LDB Art. 83. O ensino militar é regulado em lei específica, ad- Brasília, 13 de maio de 2019; 198o da Independência e 131o da
mitida a equivalência de estudos, de acordo com as normas fixa- República.
das pelos sistemas de ensino. JAIR MESSIAS BOLSONARO
Art. 2º Esta Lei entra em vigor após decorridos 60 (sessenta) Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub
dias de sua publicação oficial. Este texto não substitui o publicado no DOU de 14.5.2019
Parágrafo único. A contagem do prazo de que trata o § 3º do
art. 7º-A da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire- 4. LEI Nº 13.868, DE 3 DE SETEMBRO DE 2019
trizes e Bases da Educação Nacional), inicia-se na data de entrada No mês de setembro de 2019, os Artigos 16 e 19 da LDB rece-
em vigor desta Lei. beram acréscimos, já o Art. 20 foi revogado. Veja como ficou:
Brasília, 3 de janeiro de 2019; 198º da Independência e 131º da Altera as Leis nos 4.024, de 20 de dezembro de 1961, e 9.394,
República. de 20 de dezembro de 1996, para incluir disposições relativas às
JAIR MESSIAS BOLSONARO universidades comunitárias.
Sérgio Moro O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.1.2019 cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1o Esta Lei altera as Leis nos 4.024, de 20 de dezembro de
2. LEI Nº 13.803, DE 10 DE JANEIRO DE 2019 1961, e 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir disposições
Altera dispositivo da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, relativas às universidades comunitárias.
para obrigar a notificação de faltas escolares ao Conselho Tutelar Art. 2º O § 3º do art. 8º da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de
quando superiores a 30% (trinta por cento) do percentual permi- 1961, passa a vigorar com a seguinte redação:
tido em lei.
“Art. 8º ……………………………………………………………………………………
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na-
…………………
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
………………………………………………………………………………………………
Art. 1o O inciso VIII do art. 12 da Lei nº 9.394, de 20 de dezem-
…………………..
bro de 1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
• 3º Para a Câmara de Educação Superior a consulta en-
“Art. 12. …………………………………………………………………………………
volverá, necessariamente, indicações formuladas por entidades na-
…………
cionais, públicas e particulares, e pelas instituições comunitárias de
VIII – notificar ao Conselho Tutelar do Município a relação dos
alunos que apresentem quantidade de faltas acima de 30% (trinta educação superior, que congreguem os reitores de universidades,
por cento) do percentual permitido em lei; …………………….” (NR) os diretores de instituições isoladas, os docentes, os estudantes e
Interessante! Antes esse percentual era de 50% (cinquenta os segmentos representativos da comunidade científica.
por cento) do percentual permitido em lei. Com esta alteração, ………………………………………………………………………………………………
passa a vigorar o percentual de 30% (trinta por cento)! ……….” (NR)
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 3º Os arts. 16 e 19 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
Brasília, 10 de janeiro de 2019; 198º da Independência e 131º 1996, passam a vigorar com as seguintes alterações:
da República. “Art. 16. …………………………………………………………………………………
JAIR MESSIAS BOLSONARO ………………..
Sérgio Moro ………………………………………………………………………………………………
Ricardo Vélez Rodríguez ………………..
Este texto não substitui o publicado no DOU de 11.1.2019 II – as instituições de educação superior mantidas pela inicia-
tiva privada;
3. LEI Nº 13.826, DE 13 DE MAIO DE 2019 Foi retirada a palavra “criada”.
Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire- ………………………………………………………………………………………………
trizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre a divulgação …….” (NR)
de resultado de processo seletivo de acesso a cursos superiores de “Art. 19. …………………………………………………………………………………
graduação. ……………….
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- ………………………………………………………………………………………………
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: ……………….
Art. 1o O § 1º do art. 44 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro III – comunitárias, na forma da lei.
de 1996 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional), passa a Foi acrescentado esse tópico “comunitárias na forma da lei”!
vigorar com a seguinte redação: § 1º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e
“Art. 44. ………………………………………………………………………………… III do caput deste artigo podem qualificar-se como confessionais,
……………………. atendidas a orientação confessional e a ideologia específicas.
• 1º O resultado do processo seletivo referido no inciso II § 2º As instituições de ensino a que se referem os incisos II e III
do caput deste artigo será tornado público pela instituição de en- do caput deste artigo podem ser certificadas como filantrópicas, na
sino superior, sendo obrigatórios a divulgação da relação nominal forma da lei.” (NR)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Art. 4º Fica revogado o art. 20 da Lei nº 9.394, de 20 de dezem- mediar as aprendizagens e o desenvolvimento de crianças em es-
bro de 1996. paços coletivos. O debate mais intenso gira em torno de como ori-
Deixa de existir o Art. 20. entar o trabalho com meninas e meninos de até 3 anos em creches
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. e como assegurar práticas com crianças de 4 e 5 anos que garan-
Brasília, 3 de setembro de 2019; 198o da Independência e 131o tam a continuidade na aprendizagem e no desenvolvimento desse
da República. público, sem antecipar conteúdos que serão trabalhados no Ensino
JAIR MESSIAS BOLSONARO Fundamental.
Abraham Bragança de Vasconcellos Weintraub A fim de orientar essas concepções e práticas, o Ministério da
Este texto não substitui o publicado no DOU de 4.9.2019 Educação (MEC) lançou a Resolução nº 5, de 17 de dezembro de
2009, que fixa as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação
Vamos ver agora as alterações ocorridas no ano de 2018. Infantil. As Diretrizes apresentam a concepção de Educação Infantil
vigente e estabelecem os princípios éticos, políticos e estéticos que
1. LEI No 13.632, DE 6 DE MARÇO DE 2018. devem guiar as propostas pedagógicas desse ciclo. Essas propos-
Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire- tas devem ter como objetivo “garantir à criança acesso a proces-
trizes e Bases da Educação Nacional), para dispor sobre educação e sos de apropriação, renovação e articulação de conhecimentos e
aprendizagem ao longo da vida. aprendizagens de diferentes linguagens, assim como o direito à pro-
ALTERAÇÕES DADAS: teção, à saúde, à liberdade, à confiança, ao respeito, à dignidade, à
1 – Adiciona o inciso XIII ao art. 3o que trata sobre os princí- brincadeira, à convivência e à interação com outras crianças”.
pios do ensino: “Art. 3o, XIII - garantia do direito à educação e à A Resolução determina que as instituições de Educação Infan-
aprendizagem ao longo da vida.” til devem atender à função sociopolítica e pedagógica na educação
2 – Dá nova redação ao art. 37 da seção que trata sobre a Edu- e no cuidado das crianças, no compartilhamento desse papel com
cação de Jovens e Adultos: Art. 37. A educação de jovens e adultos as famílias, na promoção da igualdade entre crianças de diferentes
será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de classes sociais no acesso a bens culturais e na vivência da infân-
estudos nos ensinos fundamental e médio na idade própria e con- cia etc. Também apresenta orientações a propostas pedagógicas
stituirá instrumento para a educação e a aprendizagem ao longo para crianças indígenas e infâncias do campo (ribeirinhos, agricul-
da vida. tores familiares, pescadores artesanais, quilombolas, entre outros),
3 – Dá nova redação ao § 3o do art. 58 do capítulo V que trata reconhecendo e incorporando as peculiaridades culturais desses
sobre a Educação Especial: Art. 58, § 3o. A oferta de educação es- meninos e meninas. O documento estabelece ainda diretrizes para
pecial, nos termos do caput deste artigo, tem início na educação acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do de-
infantil e estende-se ao longo da vida, observados o inciso III do art. senvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou
4o e o parágrafo único do art. 60 desta Lei. classificação.
Por fim, incumbe o MEC de elaborar orientações curriculares
02. LEI No 13.663, DE 14 DE MAIO DE 2018. sobre alguns temas, entre eles: o currículo na Educação Infantil; as
Altera o art. 12 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, especificidades da ação pedagógica com os bebês; brinquedos e
para incluir a promoção de medidas de conscientização, de pre- brincadeiras; múltiplas linguagens no cotidiano da Educação Infan-
venção e de combate a todos os tipos de violência e a promoção til; e a linguagem escrita e o direito à educação na primeira infância.
da cultura de paz entre as incumbências dos estabelecimentos de Essas orientações estão em processo de elaboração, com base em
ensino. ALTERAÇÃO DADA: Adiciona os incisos IX e X ao art. 12 que debate democrático e com consultoria técnica especializada.5
trata sobre as incumbências dos estabelecimentos de ensino:
“Art. 12. [...] IX - promover medidas de conscientização, de pre- Para ver o documento na íntegra acesse o link a seguir:
venção e de combate a todos os tipos de violência, especialmente a http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/1998/pceb022_98.
intimidação sistemática (bullying), no âmbito das escolas; X - esta- pdf
belecer ações destinadas a promover a cultura de paz nas escolas.”

03. LEI No 13.666, DE 16 DE MAIO DE 2018. 3. ATRIBUIÇÃO DO INSPETOR.


Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996 (Lei de Dire-
trizes e Bases da Educação Nacional), para incluir o tema transversal O monitor - também chamado, em algumas instituições, de ins-
da educação alimentar e nutricional no currículo escolar. petor e bedel - é um dos profissionais mais atuantes na esfera edu-
ALTERAÇÃO DADA: Adiciona o parágrafo 9o-A ao artigo 26 que cacional. Ele transita por toda a escola, em geral conhece os alunos
trata sobre os currículos das escolas de educação infantil, ensino pelo nome e é um dos primeiros a serem procurados quando há al-
fundamental e ensino médio: “Art. 26. [...] § 9o-A. A educação al- gum problema que precisa ser solucionado rapidamente. Contudo,
imentar e nutricional será incluída entre os temas transversais de ele nem sempre é valorizado como deveria. Infelizmente, muitos
que trata o caput.”4 diretores entendem que quem atua nessa função deve apenas con-
Política Nacional da Educação Infantil – Diretrizes Curriculares trolar os espaços coletivos para impedir a ocorrência de agressões,
para a Educação Infantil depredações e furtos, vigiar grupos de alunos, observar comporta-
O reconhecimento da Educação Infantil como direito social mentos suspeitos e até mesmo revistar armários e mochilas. 
das crianças e dever do Estado, afirmado na Constituição Federal
de 1988, é fruto de uma longa batalha que envolveu diferentes Esse tipo de controle, além de perigoso - pois os conflitos aba-
setores da sociedade, como os movimentos das mulheres, de tra- fados por ações repressoras acabam se manifestando com mais vio-
balhadores, educadores e de redemocratização do país. lência -, contribui para reforçar a desconfiança entre a instituição
Com isso, vêm à baila intensas discussões sobre o que é Edu- e os estudantes. E uma relação fundada na insegurança fragiliza a
cação Infantil e que práticas pedagógicas devem ser adotadas para construção de valores democráticos, que deveria ser um dos objeti-
vos de todas as escolas. Como qualquer profissional do nosso meio,
4 Fonte: www.pedagogiaparaconcurso.com.br/www.editora2b.
com.br 5 Fonte: www.plataformadoletramento.org.br

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
os monitores também são educadores e cabe à equipe gestora realizar ações formativas para que eles saibam como interagir com as crian-
ças e os jovens nos diversos espaços (como o pátio, os corredores, as quadras, a cantina, o banheiro etc). Com uma boa formação, eles são
capazes de trazer informações importantes sobre a convivência entre os alunos que poderão ser objeto de análise para que o orientador
educacional, juntamente com o diretor e a equipe docente, planeje e execute intervenções. Algumas das atribuições dos monitores que
favorecem a análise da convivência são: 

- Acompanhar o processo de adaptação dos alunos novos na escola e dos que estão nas séries iniciais de um segmento, sobretudo no
início das aulas. 

- Analisar o grupo em diferentes contextos: como ele se organiza, os espaços que ocupa, as brincadeiras e os jogos que privilegia no
dia a dia. 

- Observar os valores que circulam longe do olhar dos professores. 

- Investigar as relações de poder existentes entre os alunos, reconhecendo as lideranças e os que se submetem a elas. 

Além de capacitá-los a examinar as relações interpessoais, é imprescindível que a formação contemple também o aprendizado sobre
como agir em momentos de conflito. Os monitores contribuem para evitar brigas quando atuam com ética e promovem ações educacio-
nais para ajudar as crianças a lidar com as divergências e os desentendimentos. Quanto mais os monitores souberem do projeto político-
-pedagógico da escola, mais eles se sentirão parceiros na Educação dos alunos e atuarão como tal. 

Para tanto, devem ser convidados a participar das reuniões de planejamento e das decisões que envolvem toda a equipe. Ao mesmo
tempo, os encontros deles com a equipe de direção podem entrar na rotina, pois assim se cria um canal de comunicação em que eles se
sintam seguros para expor as dúvidas, explicitar as incertezas e discutir os acontecimentos. Escolas que optam por formar monitores capa-
zes de favorecer a segurança dos alunos e atuar na prevenção e intervenção de situações delicadas estão no caminho certo para promover
a melhoria das relações de convivência.
Fonte: https://gestaoescolar.org.br/conteudo/523/o-papel-do-monitor-inspetor-ou-bedel-na-formacao-dos-alunos

4. ESTRUTURA FUNCIONAL DA ESCOLA.

Até o ano de 1960, o sistema educacional brasileiro era centralizado pelo Ministério da Educação (MEC) e seguia um mesmo modelo
para todos os estados e municípios. A partir de 1961, com a aprovação da primeira Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), os órgãos
estaduais e municipais ganharam autonomia. O Governo Federal, os Estados, o Distrito Federal e os municípios passaram a gerir seus
respectivos sistemas de ensino.
Hoje, a educação brasileira é dividida em dois níveis: educação básica e educação superior. O primeiro é composto pela Educação
Infantil, Ensino Fundamental (dividido em I e II) e Ensino Médio. Já a educação superior tem a Graduação e Pós-Graduação.
Cada unidade escolar possui um documento administrativo e normativo, baseado na legislação brasileira. Esse regimento escolar,
fundamentado em uma proposta pedagógica, norteia o funcionamento da instituição.

Estado e municípios
As secretarias de educação têm como missão desenvolver, implementar e administrar a política de Educação nos Estados e municípios.
No caso de São Paulo, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (SEE) tem a maior rede de ensino do Brasil. São 5,3 mil escolas, 230
mil professores, 59 mil servidores e mais de quatro milhões de alunos. A SEE conta com três órgãos vinculados: o Conselho Estadual de
Educação (CEE), o Conselho Estadual de Alimentação Escolar de São Paulo (CEAE-SP) e a Fundação para o Desenvolvimento da Educação
(FDE), além de seis Coordenadorias.
Já a Secretaria de Educação no Município de São Paulo (SME) é composta por Unidades e Centros Educacionais, Diretorias Regionais
de Educação, Órgãos Centrais e o Conselho Municipal de Educação. Há ainda uma rede de instituições de educação infantil conveniadas
para crianças de zero a três anos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Veja abaixo as principais funções existentes em uma escola:6

5. A ESCOLA E A COMUNIDADE.

Sendo a escola uma instituição organizada e integrada na comunidade, ela deve desempenhar uma função pró-ativa de súbita im-
portância na formação, transformação e desenvolvimento do capital social.
Pensar a escola de hoje é refletir a sociedade nas vertentes social, económico e pessoal.
A relação escola, família e comunidade carece de melhoria, pois constata-se quase que um divórcio entre elas. As escolas, muitas vez-
es, não fomentam nem facilitam o intercâmbio de experiências com outras escolas e com o meio em que estão inseridas, não promovem
a procura de soluções inovadoras, nem proporcionam uma participação efetiva dos pais e encarregados de educação na gestão escolar.
Escola é a principal instituição para a transmissão e aquisição de conhecimentos, valores e habilidades, por isso deve ser tida como o
bem mais importante de qualquer sociedade.
Escola – instituição social que tem o encargo de educar, segundo planos sistemáticos, os indivíduos nas diferentes idades da sua for-
mação, casa ou estabelecimento onde se ministra o ensino.
Escola é uma instituição educativa fundamental onde são organizadas, sistematicamente, atividades práticas de carácter pedagógico.
Para Gary Marx, (in Azevedo, 1994,p.147) a escola é verdadeiramente uma instituição de último recurso, após a família, comunidade
e a igreja terem fracassado.
Comunidade é um conjunto de pessoas que vive num determinado lugar e ligado por um ideal e objetivos comuns.
Participação – de acordo com a etimologia da palavra, participação origina-se do latim “participatio” (pars + in + actio) que ignifica ter
parte na ação. Para ter parte na ação é necessário ter acesso ao agir e às decisões que orientam o agir. “
Executar uma ação não significa ter parte, ou seja, responsabilidade sobre a ação. E só será sujeito da ação quem puder decidir sobre ela”
A participação é «um modo de vida» que permite resolver favoravelmente a tensão sempre existente entre o individual e o coletivo,
a pessoa e o grupo, na organização.
A participação deve ser vista como um processo permanente de estabelecer um equilíbrio dinâmico entre: a autoridade delegada
do poder central ou local na escola; as competências profissionais dos professores (enquanto especialistas do ensino) e de outros tra-
balhadores não docentes; os direitos dos alunos enquanto «autores» do seu próprio crescimento; e a responsabilidade dos pais na edu-
cação dos seus filhos.7
6 Fonte: www.fundacaotelefonica.org.br
7 http://www.portaldoconhecimento.gov.cv

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Considerando que toda criança faz parte de uma família e que Pensar em educação de qualidade hoje, é preciso ter em mente
toda família, além de possuir características próprias, está inserida que a família esteja presente na vida escolar de todos os alunos em
em uma comunidade, hoje, ambas, família e comunidade, estão in- todos os sentidos. Ou seja, é preciso uma interação entre escola e
cumbidas, juntamente com a escola, da formação de um mesmo família. Nesse sentido, escola e família possuem uma grande tare-
cidadão, portanto são peças fundamentais no processo educativo fa, pois nelas é que se formam os primeiros grupos sociais de uma
e, porque não, na elaboração do projeto pedagógico da escola e na criança.
gestão da mesma. Envolver os familiares na elaboração da proposta pedagógica
Quando a escola recebe os educandos, de onde eles vêm? pode ser a meta da escola que pretende ter um equilíbrio no que
Quem os encaminha? Eles vêm de uma sociedade, de uma família, diz respeito à disciplina de seus educandos. A sociedade moderna
e os pais e responsáveis realizam seu encaminhamento. vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes. Essa é
Não são os educandos seres viventes em um núcleo familiar uma constatação que norteia os arredores dos setores educacio-
e social, onde recebem orientação moral, vivenciam experiências nais, pois é na escola que essa crise pode aflorar mais, ficando em
e reforçam seus conhecimentos? Tudo isso é educação. Para esta- maior evidência.
belecer uma educação moral, crítica e comprometida com o meio Nesse sentido, A LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação
social, é primordial a integração entre escola, família e sociedade. ( lei 9394, de dezembro de 1996) formaliza e institui a gestão de-
Pois, o ser humano é um ser social por excelência. Podemos pen- mocrática nas escolas e vai além. Dentre algumas conquistas des-
sar na responsabilidade da escola na vida de uma pessoa. E ainda, tacam-se:
partindo desse princípio, é um equívoco desvincular a família no A concepção de educação, concepção ampla, estendendo a
processo da educação escolar. A escola vem reforçar os valores re- educação para além da educação escolar, ou seja, comprometimen-
cebidos em casa, além de transmitir conhecimentos. Age também to com a formação do caráter do educando.
na formação humana, salientando a autonomia, o equilíbrio e a Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como
liberdade - que está condicionada a limites e respeito mútuo. Por falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos
que não, a escola trabalhar com a família e a sociedade em prol de alunos. Nunca se observou tantos professores cansados e muitas
um bem comum? vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de im-
A parceria entre família, sociedade e escola só tem a contribuir potência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na
para o desenvolvimento do educando. Assim, a escola passa a ser vida escolar.
um espaço que se relaciona com a vida e não uma ilha, que se iso- Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram
la da sociedade. Com a participação da família no meio escolar, compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico,
cria-se espaços de escuta, voz e acesso às informações que dizem no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais fre-
respeito a seus filhos, responsáveis tanto pela materialidade da es- quentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas
cola, bem como pelo ambiente no qual seus filhos estão inseridos. dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em
É preciso que os pais se impliquem nos processos educativos de breve não se conseguirá mais ensinar e educar.
seus filhos no sentido de motivá-los afetivamente ao aprendizado. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões
O aprendizado formal ou a educação escolar, para ser bem sucedi- vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basica-
da não depende apenas de uma boa escola, de bons professores e mente envolvendo direções, coordenações e grupos de professo-
bons programas, mas principalmente de como o educando é trata- res. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo
do na sociedade e em casa e dos estímulos que recebe para apren- a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que
der. É preciso entender que o aprender é um processo contínuo nela são observadas.
que não cessa quando ele está em casa. Qualquer gesto, palavra Assim, procuram-se novas metodologias de trabalho, muitos
ou ação positiva de qualquer membro da sociedade ou da família projetos são lançados e inúmeros recursos também lançados pelo
pode motivá-la, porém, qualquer palavra ou ação que tenha uma governo no sentido de não deixar que o aluno deixe de estudar.
conotação negativa pode gerar um bloqueio no aprendizado. É cla- Porém, observa-se que se não houver um comprometimento maior
ro que, como qualquer ser humano, ele precisa de limites, e que dos responsáveis e das instituições escolares isso pouco adiantará.9
não pode fazer tudo que quiser, porém os limites devem ser dados
de maneira clara, sem o uso de palavras rudes, que agridam ou des-
qualifiquem-no. 6. VIOLÊNCIA.
Uma pessoa agredida, com palavras ou ações, além de apren-
der a agredir, perde uma boa parte da motivação para aprender, Casos de violência na escola estão ganhando cada vez mais as
pois seus sentimentos em relação a si mesma e aos outros ficam páginas de jornais. E eles se manifestam de diferentes formas. Ora
confusos, tornando-a insegura com relação às suas capacidades, e é aluno que violenta professor, ora professor que bate boca com
consequentemente gerando uma baixa autoestima. Outro aspecto aluno. É aluno brigando com aluno, funcionário discutindo com
que merece ser lembrado é o que se refere à comparação com out- pai… Uma pesquisa da Organização para a Cooperação e Desenvol-
ros irmãos que foram bem sucedidos; os pais ou responsáveis de- vimento Econômico (OCDE), divulgada no final de agosto, colocou
vem evitar a comparação, pois cada um é único e tem seu próprio o Brasil no topo do ranking de violência nas escolas, entre 34 paí-
ritmo de aprendizado e sua maneira singular de ver o mundo e a ses analisados. Por que será que ocupamos essa posição tão ruim?
sociedade em que esta inserido. Ainda seria possível promover uma cultura de paz nas escolas? As
É preciso ainda ressaltar que o conhecimento e o aprendizado respostas a essas perguntas são bastante complexas, assim como
não são adquiridos somente nos bancos escolares, mas é construí- o próprio fenômeno da violência. Mas tudo indica que existe um
do pelo contato com o social, dentro da família, e no mundo ao seu caminho a ser trilhado.
redor. Fazer do aprendizado um prazer é tarefa não só dos profes-
sores, mas também, de pais, da sociedade e de qualquer profission-
al interessado no bem-estar de quem aprende.8 9 Fonte:www.letrasunifacsead.blogspot.com.br/www.ia.ufrrj.br/Coordena-
ção de Ação Cultural MOVA-SP (Prefeitura Municipal de São Paulo) Movi-
8 Texto adaptado de Claudia Puget Ferreira / Fabiola Carmanhanes Ane- mento de Alfabetização de Jovens e Adultos
quim / Valéria Cristina P.Alves Bino

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
As manifestações da violência e da indisciplina
Para que seja possível se pensar em maneiras de amenizar os conflitos no ambiente escolar, é necessário conhecer as diferentes for-
mas pelas quais a violência se manifesta. Mais importante ainda é diferenciar a violência da indisciplina, que requer encaminhamentos um
pouco distintos. “Muitos professores acabam chamando de violência a indisciplina do aluno. A indisciplina seriam os comportamentos que
insurgem contra regras, mas que não implicam na agressão. Por exemplo, é regra da sala de aula que enquanto o professor fala, o aluno es-
cute. Se enquanto o professor fala, o aluno está brincando, jogando aviãozinho, isso não é violência. O professor pode até entender como
violência contra ele, mas não é, é uma indisciplina”, esclarece a coordenadora adjunta de pesquisas do Centro de Estudos e Pesquisas em
Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Vanda Mendes Ribeiro.
No caso das violências, elas também se manifestam de diferentes maneiras (ver quadro) e representam a quebra da possibilidade
de diálogo e de convivência. Nesses casos, é necessário tentar retomar o que foi interrompido, a partir do entendimento das causas e do
contexto da situação de violência que, muitas vezes, são complexos e fogem do simples âmbito escolar. “A violência é um fenômeno social
e a escola não está isolada do que está em seu entorno. Pelo contrário, ela reflete aquilo que acontece. A violência na escola é um reflexo
do que acontece na sociedade”, afirma o defensor público da Vara da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, Wellerson Corrêa.

Wellerson chama atenção ainda para o fato de a escola poder ser um dos únicos espaços de convivência de meninos e meninas. Muitas
vezes, eles têm como único trajeto ir da escola para a casa e da casa para a escola. É ali, no ambiente escolar, que eles vão manifestar as
contradições do seu cotidiano – uma é delas a violência, que pode vir da família, de suas relações interpessoais e do próprio Estado.
Além de refletir o cotidiano dos alunos, a escola também pode ser um reflexo do que se passa na comunidade na qual ela está inserida. “A
escola é um equipamento social. Então, tudo o que acontece numa comunidade, acontece no espaço escolar. Se a escola está numa região vulne-
rável, onde existe o tráfico e a violência doméstica, você percebe a manifestação dessa violência dentro da escola”, afirma Laura Caldeira, secre-
tária-geral da Escola de Formação e Desenvolvimento Profissional de Educadores (Magistra), da Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Relação com a comunidade
O diálogo entre a escola e a comunidade em que ela está inserida é de fundamental importância para a compreensão da violência e
para se pensar maneiras de se promover uma cultura de paz no ambiente escolar e em seu entorno. Ao contrário da indisciplina, a vio-
lência na escola pode não ser um caso pontual, que acontece de uma hora para outra, mas algo que é desencadeado por uma série de
fatores que devem ser levados em conta, entre eles, o contexto em que a escola e os próprios alunos estão inseridos. Escola e comunidade
precisam construir uma relação saudável e de cooperação mútua. Porém, esse diálogo tem sido raro e enfrenta uma série de desafios.
“Não temos uma escola que convide a comunidade para entrar e ver o que está acontecendo. A comunidade podia ser protetora da escola,
e muitas vezes ela não é porque a escola não consegue trazê-la para dentro”, conta a socióloga Miriam Abramovay, coordenadora da área
de juventude e políticas públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso).
Uma das alternativas para melhorar e estreitar essa relação é a escola se abrir mais para a comunidade. “É importante a comunidade
saber que aquele prédio pertence a ela também, que ela pode frequentá-lo durante o final de semana. Não temos equipamento de lazer
nos bairros e a escola pode ser esse equipamento”, sugere Vanda Ribeiro, do Cenpec. Laura Caldeira, da Secretaria de Educação, relata
exemplos de escolas que passaram a deixar a chave com a associação de moradores durante o final de semana para que fossem organiza-
das atividades da comunidade dentro da estrutura escolar. Há também escolas que fizeram parcerias com grafiteiros que fizeram interven-
ções nos muros e, assim, acabaram com o histórico de pichações.
Trazer os pais e responsáveis para vivenciar o ambiente escolar também é muito importante, inclusive, para conhecer a realidade dos
alunos. É comum a família ser acionada somente para entregar o boletim ou para a escola fazer alguma queixa sobre o aluno. Esse tipo de
coisa não é saudável e pode desgastar a relação entre família e escola. Miriam Abramovay conta que muitas vezes a escola faz demandas
que os pais não têm condições de atender, devido à própria rotina e trajetória de vida que possuem. Isso, avalia, aponta para um desco-
nhecimento da realidade do aluno por parte da escola. “A família permanece cada vez mais tempo fora de casa e, muitas vezes, tem a
escolaridade mais baixa do que seus próprios filhos. Elas não conseguem dar conta de algumas coisas que a escola está exigindo como, por
exemplo, o acompanhamento dos deveres escolares e dos hábitos do aluno”, relata. Ela acrescenta também que os casos de violência mais
significativos, geralmente, acontecem na pré-adolescência, não nos primeiros anos de escolaridade – fase em que existe um diálogo maior
entre família e escola e o acompanhamento da rotina do aluno. Quando chegam à pré-adolescência e à adolescência, a escola deveria
buscar compreender as vontades e expectativas dos alunos e não tolher os modos de vestir, falar e de se divertir.

Diálogo com os alunos

“O professor tem que ter a consciência de que não é só aquele profissional que cumpre carga horária e passa conteúdo programáti-
co. O papel dele é muito maior, reconhecendo todas as dificuldades da carreira. A razão de ser da escola é o aluno, ele é o protagonista”,
afirma Wellerson Corrêa, da Defensoria Pública. Entender o aluno como protagonista do ambiente escolar pressupõe prestar atenção
nele e nos seus interesses e estar aberto para o diálogo para ouvir o que ele tem a dizer. “Se você não conhecer, não souber o que eles
[adolescentes] estão pensando, propondo, você não pode mudar as escolas. Não é só uma coisa de cima para baixo. Há que escutá-los. E
eles se sentem muito pouco escutados”, diz Miriam Abramovay.
Para Miriam, a escola muitas vezes não dá conta de perceber o que acontece no seu interior, devido, sobretudo, à falta de tempo dos
professores. “Os professores muitas vezes não têm acesso à vida dos alunos, porque eles não têm tempo, não conseguem conversar, não
conseguem saber quem é quem. Eles estão muitas vezes em vários lugares. É um controle difícil, são muitos alunos”, avalia.
Porém, apesar de todos os percalços da profissão (que também precisam ser discutidos), a escola não pode perder de vista seu papel
primordial, que é a formação de cidadania. Wellerson aponta que a escola tem o papel de instruir o aluno, de dar a eles a perspectiva de
um futuro, de escolha da profissão e de uma conduta social. Os professores teriam um importante papel nesse processo por poderem ser
uma figura na qual os adolescentes se espelhem. “Muitas vezes, esses adolescentes não têm uma figura na família em quem eles possam
se mirar e eles vão se mirar no exemplo de uma figura adulta que seja positiva. Tomara que seja o professor e não o bandido do bairro”,
alerta Wellerson.
Além de promover um diálogo e conhecer melhor os alunos, uma forma de a escola se aproximar dos adolescentes, chamá-los para
participar e fazê-los se sentirem importantes para a instituição, é tentar identificar suas potencialidades e sugerir maneiras de eles con-
tribuírem com as atividades. “Aproveitar o potencial de adolescentes e crianças é um caminho muito profícuo porque eles querem fazer
coisas, eles estão se colocando no mundo. Se eles estão violentando o mundo é porque o mundo está os violentando. Então, nas escolas
onde há mais participação, onde os jovens dão vazão a sua criatividade, a situação de violência pode até acontecer, mas ela é menor”,
garante Vanda Ribeiro, do Cenpec.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Na Escola Estadual Joel Mares, em Almenara, município do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, existe um trabalho que tenta
aproveitar o conhecimento que os adolescentes possuem sobre tecnologia e meios de comunicação: é a chamada TV Joel. Marcos Danilo
Ramos, professor de educação física da escola, conta que o projeto consiste em produzir vídeos sobre diversos temas do cotidiano dos
alunos, entre eles, a violência, que são transmitidos tanto no ambiente escolar quanto nas ruas do entorno. A ideia é que após as exibições
sejam feitas discussões em torno dos temas abordados pelos vídeos, que são produzidos pelos próprios alunos.
“O diálogo é uma forma de alcançar os jovens. Eles têm muito interesse em participar dos encontros, em produzir os vídeos e em
participar dos debates. Eu acho que é uma forma mais eficiente de envolvê-los do que pelos meios convencionais. Percebo um interesse
maior devido à tecnologia, à internet, que estão muito próximas da realidade deles”, relata Danilo. Ele conta também que as atividades da
TV Joel, além de contribuírem com reflexões sobre problemas que estão no cotidiano dos alunos, contribuíram para reduzir os índices de
violência no ambiente escolar e para tornar a Escola Estadual Joel Mares, que fica na periferia do município, uma referência em Almenara.
O papel do Estado
As escolas, os professores, os funcionários e a diretoria possuem um papel fundamental na prevenção e no enfrentamento da vio-
lência no ambiente escolar. Porém, são importantes também uma atuação em rede, políticas públicas e ações efetivas das secretarias de
educação, sobretudo no que se refere à formação e à capacitação de professores para lidar com as situações de violência e com a realidade
de crianças e adolescentes. “Não é que as escolas não façam esforço. Algo muito importante é a formação dos professores. Eles recebem
um tipo de formação que não é adequado para lidar com esses adolescentes que hoje estão dentro da escola. A punição e a repressão não
têm dado certo, é muito mais fácil você dizer que vai botar câmeras dentro das escolas, colocar catracas, do que você fazer um trabalho
preventivo dentro das escolas”, argumenta Miriam.
Em relação às capacitações, a Secretaria Estadual de Educação de Minas Gerais possui a Magistra. De acordo com a vice-diretora da
Magistra, Paula Cambraia, o Estado oferece diferentes capacitações para os professores com temáticas diversas, entre elas, a da violência
nas escolas. Há cursos que são ofertados na modalidade de Ensino a Distância e as temáticas variam de acordo com a demanda. O profes-
sor pode acessar a página da Magistra, ver os cursos que são ofertados e fazer solicitações por meio do “Fale Conosco”.
Há também o Fórum de Promoção da Paz Escolar (Forpaz), uma iniciativa da Defensoria Pública de Minas Gerais e que hoje foi incor-
porada à Secretaria de Educação de Minas. Uma das frentes do Forpaz é a realização de fóruns regionais para discutir formas de prevenção
e enfrentamento da violência, de acordo com a realidade de cada escola, e com a participação de parceiros locais para a formação e a
articulação de redes próprias.
Além da necessidade de capacitações, existe também as condições de trabalho dos professores. Com salários baixos, são obrigados a
trabalhar em mais de um local, muitas vezes não criando vínculos com seus alunos e com as escolas. Sem contar que o próprio ambiente
violento contribui para uma alta rotatividade de professores e também de alunos. “Fixar os professores nas escolas é muito importante,
eles tem que achar que podem fazer diferença. Não podem achar que é um lugar onde eles passam quatro horas e depois vão para outro,
mas, para isso, tem que melhorar as condições de trabalho”, defende Vanda Ribeiro.

E quando a violência já aconteceu?

É necessário discutir as variadas formas de se prevenir a violência no ambiente escolar, mas não menos importante é saber o que
fazer diante de uma situação de violência. É muito comum as escolas logo acionarem o conselho tutelar ou a polícia, mas será que essa é
sempre a melhor opção?
O conselho tutelar muitas vezes é chamado equivocadamente para resolver conflitos no interior da escola. O papel do conselho é
garantir a proteção de crianças e adolescentes, por isso, deve ser acionado quando há algum tipo de violação desses direitos, por exemplo,
violência sexual, violência familiar e abandono. E é dever do educador notificar o conselho caso perceba algum tipo de violação aos direitos
de crianças e adolescentes, mesmo que não seja no ambiente escolar. No caso de atos infracionais cometidos por crianças menores de 12
anos, o conselho tutelar também deve ser acionado, já nos cometidos por adolescentes maiores de 12 anos, a polícia pode ser acionada.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Segundo Wellerson, mesmo em casos de atos infracionais, A ética é o conjunto desses princípios de convivência. A moral
cabe à escola definir se prefere preservar o aluno e tentar resolver o é a prática. Não existe ética individual, existe ética de um grupo,
problema internamente ou se chama a polícia. Claro que em casos de uma sociedade, de uma nação. Porém, existe moral individual,
mais graves, que colocam a integridade física das pessoas em risco, porque moral é a prática. Ainda não temos uma ética universal, isto
a intervenção da polícia se torna necessária, mas em atos de menor é, que tenha validade para todos os seres humanos em qualquer
gravidade, talvez, o melhor caminho seja resolver internamente. tempo e em qualquer lugar. O que mais se aproximou disso foi a
“Às vezes é um ato infracional de dano ao patrimônio da escola. Declaração Universal dos Direitos Humanos em 1948.
Será que precisa mesmo chamar a polícia? Ou será que a escola, por
ela mesma, pode enfrentar? Será que isso não é a caracterização de As grandes questões éticas
um conflito muito maior que esse aluno está sofrendo e está exte- As grandes questões universais são: O que é certo e o que é
riorizando destruindo o patrimônio e a gente deveria trabalhar isso errado? O que é o bem e o que é o mal? Tenho um princípio pessoal
de outra maneira?”, questiona Wellerson. É também necessário fa- para julgar o que é bom e o que é ruim. Tudo o que eu fizer que aju-
zer a distinção entre o ato infracional e o ato de indisciplina, que de a mim ou outro ser humano a ter mais vitalidade e não diminua
é papel da escola tentar resolver, sem a intervenção do conselho sua dignidade e capacidade é bom. Tudo o que eu fizer que diminua
tutelar ou da polícia. sua dignidade, capacidade ou vitalidade não é bom.
Uma proposta de metodologia de mediação de conflitos tem As questões éticas podem mudar ao longo da história. O ad-
sido desenvolvida pela defensora pública Francis Rabelo, que é vento das plataformas digitais, por exemplo, trouxe novas questões
coordenadora do projeto Mediação de Conflito no Ambiente Esco- éticas relacionadas à ideia de privacidade. A ética é relativa ao seu
lar (Mesc). O Mesc é uma metodologia que pode ser utilizada tanto tempo. Ela só é compreendida quando se levam em consideração a
na resolução de conflitos vindos de atos indisciplinares quanto de sociedade em que surge, a época em que vem à tona e também a
atos infracionais de menor gravidade, e tem sido incorporada pelo cultura em que se situa.
Forpaz. Francis explica que o projeto de mediação é criado em con- Só se pode dizer que uma pessoa não tem ética se ela for inca-
junto com a escola e passa pelas fases de sensibilização, formação paz de decidir, julgar e avaliar. Por exemplo, uma criança pequena,
teórica e prática dos interessados e criação do espaço de mediação um adulto que tenha mal de Alzheimer ou esclerose senil, uma pes-
na escola. Na metodologia de Francis, a mediação é realizada sem- soa com distúrbios mentais. Estes, sim, não são capazes de esco-
pre por pares dos que estão envolvidos na situação de conflito. Por lher, decidir e julgar.
exemplo, se é um professor e um aluno que estão em conflito, a Um bandido tem ética? Claro. Na verdade, ele tem princípios
mediação é feita por outro professor e por outro aluno; se são dois e valores para julgar, decidir e agir. Eu chamo a ética do bandido
alunos, outros dois alunos são os mediadores. “A mediação de pa- de antiética. O político que frauda o orçamento, o professor que se
res é uma técnica interessante porque o envolvido aceita e sente-se vale de sua posição para exercer autoritarismo, o pai ou a mãe que
mais à vontade para participar do processo de mediação quando é leviano naquilo que faz, todos esses têm ética: eu chamo isso de
encontra em um dos mediadores uma pessoa que conhece seu uni- antiética.
verso e, dessa forma, pode escutá-lo e compreender melhor sua A antiética é o que colide com o que eu entendo como sau-
posição, suas questões e seus interesses”, explica Francis. dável. Nós somos capazes de escolher o que nos faz mal, mesmo
A metodologia do Mesc não impõe uma solução aos envolvidos sabendo das consequências. Por exemplo, comemos alimentos que
na situação de violência, como costuma acontecer na conciliação, nos fazem mal conscientemente. Essa capacidade de escolha e os
mas os coloca como protagonistas da mediação. “Vejo a escola princípios que a regulam é o que nós chamamos de ética.
como espaço de inclusão e de se trabalhar a diversidade, e o Posso, quero e devo?
principal fator que devemos levar em conta para resolver o A ética é uma questão de autonomia (aquilo que vem de den-
problema da violência é o empoderamento dos seus atores, o tro). É a regra interna que tem de ser internalizada, e não apenas
resgate das relações interpessoais”, afirma Francis. obedecida. Há coisas que quero, mas não posso. Há coisas que pos-
A Escola Estadual Deputado Renato Azeredo, em Vespasiano, so, mas não devo. E há coisas que devo, mas não quero. O equilíbrio
região metropolitana de Belo Horizonte, já passou pelo processo de na vida vem quando o que você quer é algo que você pode e algo
capacitação coordenado por Francis e hoje segue sozinha na media- que você deve.
ção de conflitos. O diretor da escola, Djalma Tomé, conta que antes Um grande pensador vindo do cristianismo, chamado Paulo, ou
do Mesc havia muitos conflitos, uso de drogas e falta de controle São Paulo, por alguns, tem uma frase clássica que é muito forte, em
das indisciplinas. Hoje a escola está mais bem conservada, tornou- sua segunda carta aos coríntios: “Tudo me é lícito, mas nem tudo
-se um ambiente agradável, com as drogas sob controle, e apenas me convém”. Posso fazer qualquer coisa porque sou livre, mas não
com conflitos normais entre adolescentes. devo fazer qualquer coisa. E o que não devo fazer? O que torna
Fonte: http://oficinadeimagens.org.br/caminhos-para-a-har- imunda a minha história, o que torna desonrosa a minha vitória,
monia-na-escola-violencia-dentro-das-instituicoes-de-ensino/ o que torna indecente o meu sucesso, o que torna nojento o meu
patrimônio… Isto é, tudo aquilo que fraturar, apodrecer a minha in-
tegridade.
7. ÉTICA.
O ensino de ética na escola
Compromisso Ético-Profissional É possível tratar a ética como tema. Ela não precisa ser uma
Ética é o conjunto de princípios e valores que usamos para deci- disciplina no Ensino Fundamental, mas pode aparecer como um
dir nossa conduta social. Se só existisse um ser humano no planeta, conteúdo no conjunto das disciplinas. No Ensino Médio, deve ser
não existiria a questão ética, porque ela é a regulação da conduta, abordada, normalmente, dentro da Filosofia, porque é uma parte
da vida coletiva. Esse ser único seria absolutamente soberano para da Filosofia. Não é exclusividade, mas uma parte. E, no Ensino Su-
fazer tudo sem se importar com nada. Como vivemos todos juntos, perior, tem, sim, que aparecer como uma matéria, uma disciplina.
temos que ter princípios e valores de convivência, de maneira que Mas não se ensina ética apenas falando ou pensando sobre ela.
tenhamos uma vida íntegra, do ponto de vista físico, material e es- A ética é, acima de tudo, exemplar. Uma professora, por exemplo,
piritual. precisa saber que na hora da entrada das crianças ou na volta do

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
intervalo, ela não deve fazer uma fila e dizer assim: “Meninos de um • se a criança tem pais agressivos, entende ela que isso é o
lado e meninas do outro”, porque não se separa por gênero. A fun- certo; se tem pais que a agridem, entende que é assim que deve
ção de uma fila é organizar, e não separar por gênero. Qual é a fina- tratar os demais;
lidade disso? A vida não é assim. Você não vai a um supermercado • se os pais são passivos, repetirá esse comportamento;
e há caixa para homem, caixa para mulher; você não vai ao banco e • se os pais lhe dão tudo à mão, entenderá que os outros de-
há caixa para homem, caixa para mulher. Onde há essa separação? vem fazer o mesmo;
Em escola, penitenciária e hospício. Portanto, cautela! • se os pais não lhe explicam o certo e errado, não saberá con-
Outro exemplo de natureza ética: é preciso respeitar o aluno. A duzir suas ações de forma pensada;
primeira coisa que se tem de fazer ao começar a dar aula para uma • se os pais não lhe dizem não, a criança espera de todos o
turma é aprender o nome dos alunos, porque isso é um sinal de mesmo;
respeito, é a capacidade exemplar do trabalho pedagógico. E não • enfim, se os pais não sabem conduzir suas próprias vidas,
adotar um material didático que seja antiético – por exemplo, que com certeza, seus filhos serão barcos à deriva.
não seja pluriétnico. Por outro lado, poderemos dizer que há famílias que são cui-
Fui alfabetizado com livros em que, quando se falava de corpo dadosas no sentido dessa orientação, porém, não praticam o que
humano, o desenho era de um sujeito alto, forte e loiro de olhos dizem. É como aquele exemplo conhecido em que os pais ensinam
azuis, um sueco. A criança brasileira, de maneira geral, olhava para a criança que ela não deve nunca mentir, que dizer a verdade é o
aquilo, olhava para ela, olhava em volta e não tinha identidade. certo. Contudo, se não querem atender um telefonema, pedem a
Cautela para não falar em meia cor da pele, não falar em xampu criança que mintam sobre sua presença.
para cabelos normais, nunca. Tudo isso tem a ver com o conteúdo É preciso compreender que a criança repete o que vê e o que
da vida, da escola, da mídia. ouve, na mesma medida dada pelos adultos e isso é comprovado
Tudo é convivência por exemplos comuns:
Até o século VI a.C., ethos (em grego arcaico) significava mora- • se os pais ensinam à criança que ela não deve falar palavrões,
da do humano, o lugar onde nós vivemos juntos. Depois, os gregos mas em casa os pais falam, ela os verbalizará na escola;
passaram a chamar de oikos, o que chamamos de ecologia. Se mo- • dizem aos filhos que violência não é uma boa coisa, mas se
ramos juntos, temos que conviver bem. Os latinos traduziram isso algum coleguinha o bater, revide.
por “moral” – morada, moradia – ou “hábito” – habitação. É onde Estas contradições na orientação dada pelos pais refletem
vivemos juntos. Portanto, ética tem a ver com a nossa convivên-
sobre a criança de maneira intensa, porque a criança passa a não
cia. Não existe ser humano que tenha só vivência, tudo para nós
acreditar no que lhe é dito. Dessa forma, a criança – agora insegura
é convivência. A educação também nos forma, eticamente, para a
e ansiosa – assume um comportamento desafiante frente a todos
convivência.
os outros adultos.
Então, se a professora insistir em que faça algo, a criança diz:
8. DISCIPLINA. “você não me manda”; “eu não vou fazer porque eu não quero”;
“você não é meu pai”, e assim por diante.
É importante estarmos atentos a esses pequenos discursos, a
Um dos grandes desafios atuais da escola é sem dúvida dar
conta dessas duas condições: disciplina e indisciplina. Lembran- fim de tratarmos as situações com as devidas soluções que são pedi-
do que disciplina é aqui tratada não como conteúdo escolar, mas das. Toda criança precisa ser ensinada, porque não nasce sabendo
como comportamento humano, sendo este caracterizado como o regras e limites, mas entende-se como alguém provida de natural
que corresponde ao necessário para a manutenção adequada das liberdade; ao descobrir que suas necessidades são atendidas, a cri-
relações. ança passa a requerer orientação para suas ações. Nessa perspec-
Segundo Parolin (2005, p.55), observa-se que “na convivência tiva, quando uma criança expressa seu comportamento desafiante
com os adultos, a criança necessita tanto encontrar barreiras que a com discursos de resistência e negação, entendemos que ela quer
impeçam de realizar alguns desejos, como apoios que facilitarão a ser disciplinada; ela está pedindo limites, porque está insegura di-
obtenção do desejado. Quando a criança compreende o “sim” como ante do certo e do errado. Nesse sentido, Parolin (2005, p.56), expli-
algo destinado a ela e o “não” como um impedimento à realização ca que: a criança sem limites não quer fazer os exercícios, não quer
de algo, ela se estrutura como pessoa e começa a compreender o ouvir, não quer ler, acredita que os outros devem ler para ela, fazer
sentido da liberdade como um trânsito entre o individual e o cole- para ela, ou ainda, o que é pior, considerar que os que propõem
tivo.” ações voltadas à sua aprendizagem estejam perturbando a sua paz
A fala da autora já nos indica que o “sim” e o “não” não são – “o professor fica me alugando, dando tarefa todo dia”.
opostos na educação das crianças, mas se complementam dando Lembrei-me de uma professora, numa instituição escolar que
direção e objetividade à formação de um valor de convivência so- atendi por uma assessoria psicopedagógica, quando se queixou de
cial. Ser uma criança disciplinada não é indicativo de criança quieta, um aluno que não a atendia nas atividades e tarefas de sala porque
silenciosa, atenta, centrada, sempre acessível; uma criança disci- estava sempre com sono, chegando a ponto de debruçar-se sobre
plinada brinca, corre, pula, grita, chora, briga, porque criança é cri- a carteira e dormir deliberadamente durante a aula. Toda vez que a
ança e é assim que se comporta – tem energia para suas vivências. criança era chamada à atenção, chorava e dizia que não conseguia
Mas, esta criança disciplinada sabe também respeitar as regras e se manter acordada. Primeiramente, pensamos na hipótese dessa
limites que se impõem ao ambiente; se sente segura para liberar criança estar com alguma disfunção orgânica, infecções comuns à
suas energias, sem atrapalhar ou comprometer-se a si mesma e aos infância (vermes), deficiência nutricional, fobia noturna, etc.
demais no seu entorno. Quando relatamos para mãe a situação, ela nos informou que
Mas, para saber os limites e as regras, a criança requer que o a criança dormia cedo e bem. Mas, os avós não deram a mesma
adulto lhe ensine e oriente o seu processo, e isto não reside apenas informação, pois a mãe saía muitas noites da semana, retornando a
na informação que possa o adulto passar, mas os modelos que ele altas horas; a criança ao perceber a ausência da mãe, não dormia;
expressa a partir de si. Já falamos sobre isso, mas vou relembrar -a os avós para suprirem a carência do neto, deixavam na frente da
família é o modelo que a criança tem, portanto: televisão ou do computador até que adormecesse e, isto algumas

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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vezes, foi com o dia amanhecendo. O que se passava na cabeça da defrontam com problemas bem mais amplos e que necessitam de
criança não é difícil de perceber, pois se a mãe lhe ensinava que olhares diferentes em cada caso. Por causa deste problema, desde
dormir cedo fazia bem, não dava o exemplo. alguns anos atrás, surgiu como verdade do senso comum em nossa
A criança pede autoridade, porque requer disciplina. Contudo, sociedade, principalmente nas instituições educacionais a visão de
aqui vai um alerta importante: professor que grita com o aluno a que os alunos estão cada vez mais indisciplinados, que não colabo-
fim de requerer seu comportamento; que ameaça com avaliações; ram para a harmonia do meio que estão causando a desordem e
que o expulsa da sala para a coordenação ou orientação; que dis- em alguns casos o surgimento da violência. Sendo assim torna-se
cute com aluno – perde toda e qualquer razão, não tendo poder de necessário e essencial que os agentes educacionais e todos os que
orientação sobre o aluno. Aliás, que diga-se de passagem – profes- lidam com crianças e principalmente adolescentes saber estipular
sor que chega a esses extremos, precisa de férias e de terapia -, pois limites, para que a disciplina seja valorizada, porém para que isso
a perda do autocontrole coloca em risco toda seriedade das ações ocorre de forma prazerosa e sem marcas negativas para a criança
pedagógicas e, distorce a imagem pessoal do professor. ou adolescente, é necessário a presença de alguém que exerça uma
Quando a criança é indisciplinada, faz-se preciso investigar por autoridade, mas para que esta seja respeitada e seguida é impres-
que e o que ela está querendo dizer através de seu comportamen- cindível o respeito e o diálogo permanentemente com a criança ou
to; seus discursos hostis sempre escondem a sua carência, a inse- adolescente.
gurança e o medo que sente. Isso pode parecer romântico diante
de uma situação que requer manejo. Todavia, jamais poderemos Relação entre sociedade, escola e disciplina
esquecer que criança não tem potenciais cognitivos e intelectivos Segundo Tuma (2001) e Foucault (2003), não se pode pensar
para solucionar os problemas que não nasceram com ela, mas fo- em disciplina e indisciplina sem discutir a relação destes compor-
ram exemplificados pelos adultos que estão à sua volta. Sendo as- tamentos dentro da sociedade, da família e da escola. Por este
sim, ela não precisa de adultos que lhe exigem a disciplina, mas de motivo, visando analisar a indisciplina em seus tramites, far-se-á
adultos que a orientem para a disciplina, de modo que ela possa, ao um breve relato sobre o que estes três grandes grupos sociais, nos
menos, fazer um comparativo entre o certo e o errado. apresentam sobre o tema a ser discutido.
Isso não é uma receita, não significa que dará sempre certo e O sistema disciplinar segundo Tuma (2001) surge dentro da
não há como garantir que a criança desenvolverá atitudes e com- sociedade, em meados do século XVIII, motivado com a queda do
portamentos adequados. Em contrapartida, o professor deve es- sistema feudal e o surgimento de uma nova forma de produção (co-
tar pronto para investigar e, achando a origem dos problemas da mércio) e uma nova classe social, formada por pessoas que abriam
indisciplina de seu aluno, deve elaborar estratégias que melhor se comércios nas cidades, esta classe é chamada de burguesia. Com o
adequam à sua realidade de sala. Todavia, há determinantes nesse surgimento desta nova classe social a Igreja perde poder e o capita-
segmento que jamais podem ser desconsiderados: lismo começa a surgir na sociedade como movimento econômico e
• a relação estabelecida com cada aluno: nível de respeito, de social dominante. Como afirma Tuma:
afetividade, de aproximações, etc. No bojo das mudanças propiciadas pelos mecanismos de ex-
• a relação interpessoal entre os alunos; pansão do comércio mercantilista, ou do precoce capitalismo indus-
• a relação social que cada aluno tem com seu entorno: va- trial, começa adquirir forma mais transparente a divisão do velho
lores, respeito e convivência; ofício, e as ciências, a direcionarem suas preocupações para as pes-
• a relação de autorrespeito que cada um tem e o professor quisas de produção. (TUMA. 2001, p. 35).
tem consigo; Sendo assim, a sociedade embalada pelo capitalismo tem um
• as relações de parcerias: alunos, escola, professores e, so- pensamento político e social tendo sua base segundo Hobsbawm:
bretudo, família. Na crença no progresso que professava o típico pensador do
iluminismo, visíveis no conhecimento e na técnica, na riqueza, no
Atualmente, educadores, familiares e sociedade vêm discutin- bem-estar e na civilização que podia ver em toda sua volta e que,
do muito sobre a indisciplina escolar, buscando explicações, tentan- com certa justiça, atribuía ao avanço crescente de suas ideias.
do descobrir o que realmente faz com que adolescentes e crianças (HOBSBAWM. 1989, p. 37).
cometam atos considerados de indisciplinares no interior das esco- Neste contexto social a burguesia começa a descobrir por meio
las. Porém as explicações que tanto buscamos pode estar bem mais de explorações espaciais, o preço do tempo, que por meio do tra-
perto do que imaginamos muitas vezes em nossa própria prática balho geram lucro e exige o repensar da temporalidade. Com esta
familiar, social e até mesmo pedagógica. A família pode ser em al- visão de que tempo é dinheiro, surge a necessidade da criação de
gum momento da vida de crianças e adolescentes motivadora da normas de condutas sociais, para controlar os trabalhadores, cha-
indisciplina, quando renega seus filhos, não os respeita enquanto mados na época de proletariado.
sujeitos e quando os apresenta a práticas fora dos padrões familia- Segundo Braverman: “o capitalista empenha-se, através da ge-
res, tais como: violência e autoritarismo. Já a escola contribui para rência (management), em controlar. E o controle é, de fato, o con-
isso quando não permite que estes sujeitos em desenvolvimento ceito fundamental de todos os sistemas gerenciais.” (BRAVERMAN.
coloquem ali seu ponto de vista, suas dúvidas e anseios. Somada 1977 p. 68).
a estas duas redes vêm à sociedade que em seu molde capitalista Surge então, a sociedade disciplinadora, com a característica
ajuda a separar os bons dos ruins conforme ela mesma sugere. E principal de: controlar o tempo, vigiar e registrar o indivíduo e sua
ao separarmos, estamos colocando a maioria de nossos estudantes conduta. Mais tarde essa sociedade dá lugar às chamadas ciências
à margem da indisciplina, pois quem não é aceito por um grupo humanas que começam a realizar exames para se chegar à verdade.
selecionador de atitudes e modos de vida, começa a fazer de tudo A partir da democratização da sociedade, ouve no campo das rela-
para ser aceito. ções sociais algumas transformações e o surgimento de uma nova
Trabalhar no campo educacional nunca foi uma tarefa simples, percepção de aluno, porém a escola continuou segundo Aquino
porém nunca foi tão difícil como atualmente. O surgimento e manu- pensando no aluno como se pensava no antigo sistema escolar.
tenção de atos indisciplinares no interior das escolas tornaram-se As escolas, com um caráter elitista e conservador, para clas-
um dos grandes problemas que diretores, pedagogos, professores ses mais abastadas, passaram a ser mais democráticas e o ensino
9307 familiares tentam resolver, porém na maioria das vezes se expandiu-se para outras camadas sociais. Entretanto, esta escola

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
continuaria num velho sistema não adaptado a este novo sujeito intelectuais e morais que dele reclamam, por um lado, a sociedade
histórico. A indisciplina atual passaria a representar uma força política em seu conjunto, e por outro, o meio especifico ao qual está
de resistência e produção de novos sentidos à instituição escolar. destinado. (DURKHEIM. 1973, p.44)
(AQUINO. 2000, p. 56). O autor referendado ainda trata a educação como um fato so-
Sendo a escola um espaço social e integrante da sociedade em cial, pois permite uma integração entre o individuo e a sociedade,
geral, esta é vista como espaço de socialização, como afirma Perei- levando assim seus agentes a construírem uma forte identificação
ra: “possibilita o diálogo, a cooperação e a troca mútua, além de com o sistema social em que estão inseridos. Seguindo este pensa-
necessitar de normas e regras que facilitem e conduzam seu funcio- mento em que a educação é um fato social, pode-se entender que
namento” (PEREIRA. (2004, p. 51). os alunos só conhecerão o dever por meio de seus pais e professo-
Esta mesma escola que é vista como um espaço de socialização, res, ou seja, estes guias são a personificação do dever.
tende a estabelecer limites comportamentais e orientar de uma for- Durkheim (1973) entende que a educação é um processo de
ma mais severa do que a família e de uma forma mais suave que a socialização, tendo como artifícios a constituição da sociedade e a
sociedade. hegemonia da mesma, ou seja, sem o processo social não se há
Neste bojo quando pensa-se no papel social da escola frente hipótese de existência da ordem social e da conservação de limites.
aos atos de indisciplina e disciplina, Aquino afirma: A escola então nesta visão sociológica surge para internalizar
[...] devemos analisar a indisciplina sob um prisma histórico ba- nos indivíduos os valores e normas do sistema social vigente. Tra-
seado em condicionantes culturais ou sob um matiz psicológica, em zido para os dias de hoje, a educação é um meio que possibilita a
relação à influência das relações familiares. Assim ao analisarmos a existência e hegemonia do sistema dominante.
mesma sob o ponto de vista histórico, perceberemos que a discipli- Já para teóricos como Dewey (1971), a educação é um meio
na se desenvolvia basicamente na obediência e subordinação, e o que dinamiza a sociedade, pois pode por meio de seus agentes mo-
professor era hierarquicamente superior, detinha o respeito alheio dificar a própria sociedade. Para Dewey:
e como mais próximo da lei, tinha como prerrogativa a punição. Sua O processo educacional possibilita ao indivíduo atuar na socie-
função principal era modelar moralmente os alunos, assegurar o dade sem reproduzir experiências anteriores, acriticamente. Pelo
cumprimento das regras e normas mais amplas, inclusive os deve- contrario, elas serão avaliadas criticamente, com o objetivo de
modificar seu comportamento e desta maneira produzir mudanças
res escolares. (AQUINO. 2000, p. 45).
sociais. Educação é vida, é viver, é desenvolver, é crescer. (DEWEY.
Visto isto, pode-se afirmar que os alunos são frutos da histó-
1971, p.29).
ria, que conduz para a democracia, uma democracia “marcada pela
Neste viés a escola precisa saber do passado do aluno, para que
divergência e pela liberdade das ideias” (SARTÓRIO, 2006, p. 57).
saiba como trabalhar com o mesmo no tempo presente e projetar
Sendo assim a escola necessita de normas como condições
o futuro. Além disso, esta visão holística permite que professores
necessárias, a fim de internalizá-las em seus alunos para que estes
descubram o que leva seus alunos a terem alguns comportamentos.
consigam a autonomia e a liberdade, dentro de seu relacionamento
Ainda segundo Dewey (1971), a escola deve ser vista como
social. O professor então é conforme Aquino: “aquele que educa,
uma micro comunidade, onde ensinará seus agentes, sejam eles
oferece parâmetros e estabelece limites” (AQUINO. (2000, p. 46). professores, funcionários e alunos a viverem em uma democracia,
Pensando ainda em sociedade e disciplina, Sartório aponta visando a igualdade social, pois segundo este pensamento a escola
que: “a indisciplina é um reflexo da violência e pobreza social pro- precisa promover a socialização democrática, algo que percebe-se
movidas pela mídia” (SARTÓRIO. 2006, p.36). nos movimentos de gestão democrática, onde toda a comunidade
Portanto, por mais que os rumos históricos e culturais se trans- escolar participa das ações e decisões da escola.
formem o conceito que se construiu de disciplina é aquele que Seguindo esta teoria a educação e a democracia formam uma
segundo Foucault (2003) só surge quando se obedece a regras, se totalidade, que asseguram em suas teses a igualdade social, coisa
cumpre deveres e se subordina aos “chefes sociais” que para a sociologia Durkheiniana é algo praticamente impossível,
Parafraseando alguns autores, como Foucault (2003) e pois se a educação for algo que conduza para a igualdade, o siste-
Durkheim (1973), a disciplina surge como meio de controle social, ma social seria modificado constantemente, ou seja, não teríamos
resultando assim em atos indisciplinares tudo o que vai contra as classes e nem sistemas dominantes. Fato que não agradaria a elite
normas de controle sociais. Sendo assim, em nossa sociedade na dominante da sociedade, pois vivemos em uma sociedade capita-
maioria das vezes, o que vale é a disciplina desejada pelo adulto ou lista, que vê segundo o próprio Durkheim (1971) a educação como
ser dominante (professor, chefe, pais, governantes), sendo que o fonte de reprodução social.
papel dos seus subordinados (crianças, adolescentes, funcionários, Pode-se então, analisar que a educação pode seguir duas li-
filhos e governados) perante uma sociedade disciplinadora e auto- nhas, uma sociológica que mostra perante uma sociedade classifi-
ritária é obedecer sem questionar e sem gerar revoltas. catória e capitalista, a educação como reprodutora social e facilita-
dora das classes dominantes, e outra mais voltada para a psicologia
O Papel Social da Educação que defende a educação como dinamizadora da sociedade, a qual
A educação escolar tem dentro da sociedade no mínimo dois tem por objetivo modificar as estruturas sociais, por meio de uma
significados. O primeiro significado sociológico da educação encon- gestão e de relacionamentos democráticos.
tra-se na explicação de Durkheim (1973), que diz que a educação é
uma doutrina pedagógica que tem apoio na concepção do homem A relação entre escola e disciplina
e sociedade, pois a educação para ele surge por meio de alguns Segundo Tuma (2001) a escola é um dos lugares juntamente
meios sociais, como: a família, a igreja, a escola e a própria socieda- com a família e espaços sociais, que oferece aos sujeitos a busca
de. Sendo assim, o sujeito que atua na escola, estudando ou ensi- do conhecimento, de formação humana e de práticas que facilitem
nando, carrega em si traços de vários contextos, sendo um cidadão na medida do possível o relacionamento social. Logo perante a in-
formado pelo meio. A educação ainda segundo Durkheim é: formação acima citada, a escola em seus tramites teria que buscar
A ação exercida pelas gerações adultas sobre as que ainda trabalhar os valores morais, éticos, oferecendo uma educação de
não estão maduras para a vida social tem por objetivo suscitar e qualidade e igualdade, em que todos fossem inseridos na socieda-
desenvolver na criança determinados números de estados físicos, de, independente de sua cultura e de sua crença.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Porém, além de ofertar um ensino igualitário e de qualidade A citação acima descrita nos informa que, algumas escolas ado-
aos seus alunos, a escola também segundo Tuma (2001), tem o pa- tam certa rigidez com os alunos. E nesta rigidez esquecem de ouvir
pel de passar para os discentes as regras de convívio social e os o verdadeiro motivo que o levou a não cumprir o combinado ou re-
comportamentos que se enquadram na sociedade, conforme se vê gra. E assim acabam punindo aquele aluno que por algum incidente
na seguinte citação: “Percebe-se que, enquanto os pais vão para o cometeu a infração, da mesma forma do que aquele que sempre
trabalho, seus filhos ficam na escola para estudar, aprender regras e comete a mesma várias vezes.
comportamentos no seu cotidiano” (TUMA. 2001, p. 58). Por isso faz-se necessário refletir sobre algumas práticas desta
Portanto, na maioria das vezes a escola necessita formar o su- escola disciplinadora, para que os alunos sintam prazer e gostem de
jeito em seus aspectos cognitivos, psicológicos, emocionais, cultu- estar no ambiente escolar.
rais, morais e sociais, isto quando não é tratada como única fonte Será que nossas escolas estão tendo uma gestão e uma práti-
de alimentação saudável de seus alunos, fato que ocorre principal- ca democrática? Será que pais, professores e equipe pedagógica se
mente na rede pública de ensino, devido muitas vezes à falta de auxiliam e se vêm parte do processo educacional? Será que está se
condições da família. pensando em mudar o conceito que certos agentes possuem sobre
Sendo então a escola um espaço social, ela procura ofertar disciplina? Por que será que os alunos não querem mais ir a escola,
aos alunos regras e comportamentos exemplares, esta é um meio e quando querem só vão na maioria das vezes para fazer bagunça?
disciplinador, como também facilitador e motivador da aprendiza- Estas dúvidas e questionamentos só serão respondidos segun-
gem, que oferece constante busca pelo conhecimento. Além disso, do La Taylle (1999), frente a uma mudança da identidade escolar,
o estabelecimento de ensino funciona como um local onde possa docente, discente, familiar, social e mais que tudo humana. Pois só
ocorrer a transição do aluno do seu ambiente familiar, para a so- assim, a escola possuirá uma identidade, onde todos os agentes en-
ciedade em geral, onde se encontram outros grupos sociais que o volvidos neste processo saberão o que fazer perante a indisciplina e
aluno frequenta como: roda de amigos, igrejas, locais culturais e a ao comportamento humano.10
própria escola.
Nas linhas teóricas de Tuma (2001) e Aquino (1996) o aluno
precisa ter uma boa relação com a família, com a escola e com as 9. CONSCIÊNCIA E LIBERDADE.
pessoas que estão ao seu lado nos diferentes tempos e espaços,
para que este possa aprender em diferentes momentos de sua vida. A palavra consciência vem do latim conscientia: conhecimento
Conforme Reis afirma: de algo partilhado com alguém.
Tentamos a ultrapassagem do indivíduo e do evento, sem, no O termo “consciência” tem, em português, pelo menos dois
entanto, negar a realidade dos eventos e o papel dos indivíduos. Es- sentidos, descoberta ou reconhecimento de algo, quer de algo ex-
tes são integrados em uma realidade entrecruzada [...] Este tempo terior, como um objeto, uma realidade, uma situação etc., quer de
não possui um só e simples transcurso, mas velocidades diferencia- algo interior, como as modificações sofridas pelo próprio eu, conhe-
das, mais rápidas e mais lentas. Abaixo destas velocidades diversas cimento do bem e do mal.
[...] uma relação dialética entre continuidade e descontinuidade, O primeiro sentido de consciência pode desdobrar-se noutros
entre permanência e mudança, entre estrutura e evento. (REIS in sentidos: o psicológico, o epistemológico e o metafísico. Em sentido
TUMA, 2001, p. 74) psicológico, a consciência é a percepção do eu por si mesmo, este é
Ou seja, a escola precisa partir da realidade de cada indivíduo o conceito mais conhecido. Em sentido epistemológico, a consciên-
e de sua vivência nos diversos tempos e espaços. O ambiente esco- cia é primeiramente o sujeito do conhecimento. Em termos metafí-
lar então deveria na medida do possível considerar a maneira e o sicos, chamamos muitas vezes à consciência o Eu.
ritmo que cada aluno apresenta solucionar os conflitos, a violência A consciência é uma qualidade da mente, considerando abran-
e o desrespeito entre colegas, valorizando e incentivando a harmo- ger qualificações tais como subjetividade, autoconsciência e a capa-
nia escolar, para que assim o aluno tenha vontade de permanecer cidade de perceber a relação entre si e o outro.
neste ambiente. Alguns filósofos dividem consciência em:
Mas para que este processo idealizado aconteça, é necessá- 1. Consciência fenomenal, que é a experiência propriamente
rio segundo Sartório (2006), que a escola realize um trabalho com dita, é o estado de estar ciente, assim como dizemos “estou ciente”
uma gestão democrática, envolvendo diretor, equipe pedagógica, e consciente de algo, tal como quando dizemos “estou ciente destas
professores, familiares, sociedade e alunos, para que o trabalho palavras”, e
aconteça em conjunto, para assim saber o que fazer e qual atitude 2. consciência de acesso, que é o processamento das coisas
tomar, para que o ambiente escolar seja um ambiente de alegria, que vivenciamos durante a experiência.
conversas, diálogo, que os alunos saibam conviver em sociedade, Consciência é uma qualidade psíquica, isto é, que pertence à
um local que transmita paz e faça com que o aluno demonstre gosto esfera da psique humana, por isso diz-se também que ela é um atri-
e confiança pela escola e que seja um espaço onde os indivíduos buto do espírito, da mente ou do pensamento humano. Ser cons-
tenham interesse, vontade de aprender, respeitando as regras da ciente não é exatamente a mesma coisa que perceber-se no mun-
escola e sabendo quais são os seus limites. Só assim ter-se-á uma do, mas ser no mundo e do mundo, para isso, a intuição, a dedução
escola igualitária e de qualidade, onde a democracia impere e seus e a indução tomam parte.
agentes não fiquem jogando a culpa dos erros no colo do outro,
mas que se sintam corresponsáveis por tudo que acontece no am- Relação entre vontade e razão.
biente escolar. O conceito de liberdade e o problema do livre arbítrio (ou,
Porém segundo Tuma esta realidade está longe de acontecer. [...] como às vezes se prefere dizer hoje, a vontade livre, em analogia
A escola é muito severa em relação a isto. Ela está repercutindo com expressões de outras línguas, como o inglês, “free will”) são
basicamente o quê que é a sociedade. Tudo isso... Tudo o que é... temas clássicos da filosofia que estão com certeza entre os mais
Está retratando a sociedade. A escola nada mais faz que retratar complexos. Muitas da tentativas até hoje para responder a pergun-
esta sociedade. [...] se ela não fosse assim tão reprodutora, os alu- ta “Os seres humanos são capazes de agir livremente?” procuraram
nos adorariam estudar. Por que eles detestam estudar? Por quê? definir mais exatamente o que devemos entender por ação livre e
(TUMA. 2001, p.81).
10 Fonte: www.educere.bruc.com.br

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
por liberdade para encaminharem uma solução aceitável do proble- delo mais simples e tradicional apresenta a vontade como uma fa-
ma. A abordagem analítica de Davidson, já mencionada, procede culdade ou capacidade da mente humana de, sendo informada pela
também deste modo. razão (ou pelo entendimento) do curso de ação que representaria
Nessa linha de investigação, outros argumentos conhecidos a melhor relação custo-benefício, leva o agente a agir dessa forma,
alegam, por exemplo, que se entendermos por liberdade a possibi- isto é, a adotar tal curso de ação. Esse tipo de modelo da ação (e
lidade de escolher e agir independentemente de quaisquer deter- da mente) que pode ser encontrado em alguns filósofos modernos
minações ou constrangimentos, então nunca agimos livremente e (com certeza, o leitor poderia pensar, por exemplo, em Kant, entre
não somos livres de forma alguma. Pois toda ação humana se dá de outros), voltou a ter apelo no contexto da ciência cognitiva e nas
forma contextualizada, e qualquer contexto natural ou social impli- discussões informadas pela neurofisiologia das últimas décadas,
ca determinações ou constrangimentos sobre o agente. Os fatores não como uma faculdade no sentido mentalista tradicional, mas
mais notoriamente citados como condicionantes da ação humana como uma estrutura cortical particular.
são os de ordem psíquica (por exemplo, motivações inconscien- Outro elemento tem de ser analisado nesse tipo de modelo
tes do agente) e social (por exemplo, determinadas necessidades para que ação possa ser descrita dessa forma, a saber, a consciên-
econômicas). É claro que há uma estreita relação entre essas duas cia. Ela já apareceu acima no exemplo do empregado alienado — a
ordens de fatores condicionantes da ação, já que certas necessida- consciência de classe como uma modalidade daquela suposta sã
des econômicas podem, por exemplo, se impor na ação através de consciência. A consciência não é descrita como uma “faculdade”,
motivações inconscientes do agente. mas, de toda forma, como uma capacidade da mente humana, de-
Tomando outro tipo de exemplo bem comum, o mesmo vale- pendente de estruturas corticais. Para agir racional e livremente se-
ria para a ação motivada por determinadas crenças ou concepções gundo o referido modelo, é preciso que o agente tenha consciência
que o agente talvez preferisse não ter, digamos, em sã consciên- (esteja ciente) do que tem de fazer, do que o motiva e das consequ-
cia (ainda que seja difícil estabelecer o que seria isso). Esse pode ências de sua ação. O agente tem de fazer o que faz de propósito,
ser o caso do indivíduo alienado — segundo a concepção marxista, deliberadamente. E é claro que, mais uma vez, para o pensamento
por exemplo — que age não em seu benefício, mas naquele de seu mais crítico, esse parece ser um superagente que não corresponde
opressor. O empregado explorado por seu patrão e que defende à pessoa comum. Como já assinalamos de início, é claro que nossa
este último em determinada questão não o faria livremente, em consciência é limitada tanto em relação às motivações ou causas do
sã consciência, mas porque possui uma visão de mundo que não que fazemos, quanto em relação às consequências disso, sobretudo
a médio e longo prazo. Não estar ciente dos pressupostos e das con-
está de acordo com a realidade econômica na qual ele está inserido.
sequências das ações, contudo, é um aspecto mais cognitivo, en-
Fosse ele consciente de sua condição de explorado (a sã consciência
quanto que há outro que tem o caráter mais fenomênico, digamos,
aqui seria isso), esse empregado teria outras crenças ou opiniões
na falta de termo melhor. Isto é, tomando a noção de consciência
que, por sua vez, o levariam a agir de forma (mais) racional e, por-
reflexiva, trata-se de o agente acompanhar sua própria ação. Isso
tanto, possivelmente livre.
não deixa de ser também cognitivo, mas de uma forma diferente
Aqui entra em cena outra noção cara às discussões tradicio-
da primeira. De fato, como veremos adiante, a consciência reflexi-
nais sobre a possível liberdade da ação humana, a saber, aquela
va — como uma capacidade mental exclusivamente humana — é
de racionalidade. A ação livre é entendida como sendo aquela o centro das atenções neste tipo de discussão que desejamos em-
motivada por razões e não aquela determinada por quaisquer fa- preender aqui, mas, num sentido ainda preponderantemente cog-
tores condicionantes, como os acima citados, entre outros. Mais nitivo, podemos dizer que, quando agem, os agentes não possuem
uma vez, Davidson é um dos que segue esse caminho. Nesse caso, o mesmo grau de consciência a respeito de sua ação, ou seja, eles
agir livremente seria o mesmo que agir racionalmente. Contudo, não estão sempre igualmente cientes dos pressupostos de sua ação
essa via complica ainda mais o problema, pois agora a discussão nem de suas consequências, especialmente as mais remotas ou de
depende também de termos uma concepção clara e defensável de mais longo prazo.
racionalidade que, por sua vez, também deve ser compatível com Nesse aspecto cognitivo ainda, e relacionado com a racionali-
o mundo de múltiplas determinações no qual vivemos. Contudo, dade, tendo em conta justamente as limitações do agente em rela-
mesmo assim, argumentam alguns que haveria contextos nos quais ção a tais pressupostos e consequências da ação, vale lembrarmos
seria possível descrever claramente dois possíveis cursos de ação também as discussões que procuraram caracterizar a racionalidade
de um agente, um dos quais seria racional — e portanto livre —, de maneira alternativa em relação às concepções mais tradicionais.
sendo o outro determinado. Por exemplo, o neurótico comum às Entre elas é digna de menção aquela de racionalidade restrita (bou-
vezes age em seu benefício próprio, às vezes não. Na primeira alter- nded rationality), devida a Herbert Simon (1997). A ideia central de
nativa, parece que ele agiu livre e racionalmente, na segunda não, Simon é que o agente sempre age tendo um conhecimento limitado
pois em virtude de alguma determinação psíquica ele procura seu do contexto no qual se dá sua ação e de suas consequências. Assim,
próprio prejuízo. Outro exemplo do mesmo tipo seria o seguinte: mesmo agindo com informação limitada, o agente humano pode
ao se deixar levar por um impulso e comprar um bem do qual não ser encarado como racional.
tem necessidade, o consumidor comum deixou de agir racional e Contudo, o problema da liberdade tem relação não com o co-
livremente, não poupou dinheiro para ter no futuro um benefício nhecimento dos pressupostos e consequências da ação, mas com
maior do que o prazer momentâneo do consumo imediato. O mes- aquela parte dos pressupostos que teriam relação com a vontade
mo valeria para os alcoólicos e para os outros tipos de dependentes livre, para ainda utilizarmos a noção tradicional, isto é, excluindo-
de substâncias ou de determinados hábitos ou práticas que são no- -se toda forma de determinação, como inclinações naturais, hábi-
civas à saúde. Assim, o agente livre seria o mesmo agente racional tos, condicionamentos etc., sejam eles causados por limitações ou
idealizado por certas teorias econômicas. problemas de ordem psíquica diretamente, sejam eles oriundos de
Acreditamos que essas primeiras observações são sugestivas condições sociais. Em outras palavras, se a ação livre for possível em
para dar uma ideia mais ou menos clara do que está em questão, determinada situação, o agente pode agir livremente sem saber. E,
mas há um aspecto das discussões tradicionais que também deve de fato, esse é um dos pontos importantes das discussões filosófi-
ser mencionado. Trata-se da noção de uma faculdade da mente hu- cas tradicionais, especialmente na filosofia moral. Uma das grandes
mana — a vontade — que estaria na origem da ação livre. É, afinal, questões postas é não apenas se a ação livre é possível, mas se é
a vontade do agente que deve ser livre para guiá-lo na ação. O mo- possível sabermos quando agimos livremente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Esse problema também pode ser encarado do ponto de vista cionalmente. Embora, em tese, esse raciocínio pareça correto, volta
de Simon e sua noção de racionalidade restrita. Pois às vezes agi- a questão da concepção de racionalidade que estamos pressupon-
mos acreditando que nossa ação é livre, isto é, que fazemos o que do. E este ponto também será discutido adiante.
fazemos não por quaisquer determinações, mas porque determi-
nada opinião que temos e que julga- mos ser bem fundamentada Atualmente, vivemos em um mundo extremamente diferente
nos sugere tal curso de ação. Isso aparece muitas vezes nos famo- de anos atrás. Tempos em que nossos avós e pais não tinham os
sos dilemas éticos, desde os que envolvem questões de maior vulto mesmos direitos e oportunidades, encontradas facilmente pelos
até aquelas mais ordinárias. Alguém pode, por exemplo, ser a favor jovens de hoje.
ou contra a pena de morte (em geral ou em um caso específico) A liberdade deve ser exercida de maneira consciente. Todos te-
ou a eutanásia em virtude de suas inclinações (naturais ou adqui- mos plena liberdade para executar qualquer ação, a qualquer hora,
ridas) e não em virtude de uma reflexão racional, isto é, criteriosa. mas devemos saber que dependendo de nossas atitudes podemos
A experiência sugere que possivelmente a maioria das pessoas vai ser profundamente prejudicados, e trazer para si um castigo ampla-
acreditar estar livre de inclinações ou outras determinações e que mente doloroso: o arrependimento.
o pressuposto de sua ação, se ela ocorrer, será apenas racional, Uma pessoa qualquer pode usar substâncias químicas se
tornando sua ação livre. Mas, ao julgar as ações dos outros, essas almejar, mas deve saber que está agredindo unicamente a si
mesmas pessoas talvez tendam a apostar mais na determinação do própria, utilizando sua liberdade desta maneira. Ou seja, podemos
que na ação livre. E o mesmo indivíduo pode oscilar entre essas buscar o prazer de todas as formas, contudo ter a noção de que
diferentes avaliações em relação a seus próprios atos. Suponhamos estamos afetando apenas nossa vida, e não invadindo a de outro.
uma pessoa que sustente conscientemente a opinião de que não se É muito comum entre os adolescentes a vontade de ser livre.
deve dar esmolas aos pobres na rua, mas que, em determinada cir- Muitos não têm toda esta liberdade desejada, pois sofrem re-
cunstância, dê uma esmola. Ela pode apresentar para si mesma um pressões do sistema e dos próprios pais, que muitas vezes não com-
arrazoado para justificar aquela exceção, mas não terá certeza se preendem este desenfreado desejo de seus filhos.
seu ato específico naquele caso não foi causado apenas por alguma Quando se entra na puberdade, passamos por inúmeras trans-
inclinação, por exemplo, pela mera piedade diante do rosto sofrido formações, e é difícil largar as brincadeiras que nos acompanham
do pedinte e não por uma reflexão criteriosa que levou a abrir uma desde pequenos. E ir em busca do novo, pode fazer com que o fruto
exceção em relação a sua prática ordinária. recue e sinta medo de amadurecer.
Pelo que discutimos até aqui pode-se ver que, colocado dessa Nem sempre proibir é a solução, pelo contrário, com a proibição
forma, o problema da ação livre — ou se quisermos utilizar as ex- podemos aguçar ainda mais a curiosidade humana, provocando
pressões e noções correlatas mais tradicionais, do livre arbítrio ou seus instintos e aumentando a vontade de voar livremente até
da vontade livre — envolve além da concepção de racionalidade árvores belas, com bons frutos, ou cair sobre um jardim de flores
aquela de consciência. Até aqui enfatizamos quase que exclusiva- murchas e laranjas podres. Conhecer o certo e o errado, é essencial
mente o aspecto cognitivo dessa questão, mas aquele aspecto que para a vida e se não for assim, nunca saberemos os nossos limites.
acima mencionamos como fenomênico é por onde devemos come-
çar. Isso exige, por sua vez, que examinemos a noção de consciência
reflexiva, como uma forma superior de consciência que apenas os 10. SENSO COMUM E BOM SENSO.
humanos possuem, e a noção de consciência existencial (ou social),
cuja modalidade principal é aquela de consciência moral, embora Bom senso é uma qualidade que reúne as noções da razão e
sejam também de não menor relevância noções como as de consci- da sabedoria, caracterizando as ações que são tomadas de acordo
ência de classe, tal como ela tem sido pensada pela tradição marxis- com as regras e costumes adequados para determinado contexto.
ta, por exemplo, e, hoje, noções que têm ganho importância teórica
cada vez maior, como consciência ecológica, consciência de gênero, Quando se diz que um indivíduo age com bom senso, significa
consciência de raça etc. Todas essas modalidades da consciência que utiliza de argumentações e atitudes racionais para poder fazer
existencial resgatam muito daquela noção informal antes mencio- julgamentos e escolhas assertivas, de acordo com os padrões mo-
nada, aquela suposta sã consciência. rais de uma sociedade.
Antes de entrarmos neste tópico, contudo, consideremos um
último ponto relativo à concepção tradicional e à relação entre von- Bom senso também pode ser a forma “espontânea” de filo-
tade e razão. Se a vontade for livre, ela poderia levar o indivíduo a sofar dos indivíduos, ato este conhecido como “filosofia de vida”,
decidir contra a razão? Autores como Aristóteles e Kant nos diriam onde supõe-se certa capacidade de organização e independência
que não, isto é, que aquilo que a razão nos apresenta como bom de quem analisa a experiência de vida cotidiana e da vida alheia.
ou o Bem não vai ser recusado pela vontade. Podemos querer um
mal apenas quando este nos parece ser bom. E mesmo moralistas Para Aristóteles, o bom senso é “elemento central da conduta
naturalizados como Hume concordariam com este ponto de vista e, ética, uma capacidade virtuosa de achar o meio-termo e distinguir
mais recentemente, aqueles que procuram pensar a moralidade a a ação correta, o que é em termos simples, nada mais do que bom
partir das descobertas da neurofisiologia, como Patricia Churchland senso”.
(2011), que segue tanto Aristóteles quanto Hume em alguns aspec- No mundo, não existe verdade absoluta em qualquer con-
tos. Em suma, não poderia haver uma espécie de conflito entre a hecimento ou atividade humana, portanto é importante que os
vontade e a razão ou, dito de uma forma mais contemporânea, o indivíduos tenham bom senso para fazerem suas escolhas e em
agente só agiria contrariamente ao que a informação disponível lhe aprender o máximo possível sobre técnicas, ferramentas e metodo-
apresenta como a melhor relação custo-benefício ou então o bem logias importantes para a tomada das suas decisões.
maior ou se estiver agindo em virtude de alguma determinação,
caso em que ele não age livremente, ou se deixar de ser racional. E,
nesse último caso, do mesmo modo, pensamos em algum tipo de
determinação, pois é como se o agente deixasse de agir de forma
natural. Ou seja, o que é normal ou natural para nós é agirmos ra-

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Bom senso e Senso comum Responsabilidade civil
O bom senso é muitas vezes confundido com o senso comum. A responsabilidade civil consiste na obrigação (vínculo obriga-
O senso comum pode refletir muitas vezes uma opinião errônea e cional) que impende sobre aquele que causa um prejuízo a outrem,
preconceituosa sobre determinado assunto, enquanto o bom senso de o colocar na situação em que estaria se o fato danoso não tivesse
é ligado a ideia de sensatez, a intuição de distinguir a melhor con- ocorrido.
duta em situações específicas.
Distingue-se entre responsabilidade civil contratual (resultante
Bom Senso e Bom Gosto da falta de cumprimento das obrigações emergentes dos contratos,
Bom senso e bom gosto foi uma polêmica literária que ficou dos negócios unilaterais ou da lei) e responsabilidade civil extracon-
conhecida como “Questão Coimbrã” em meados do século XIX em tratual (dimanada da violação de direitos absolutos ou da prática de
Portugal, e que opôs defensores do realismo e naturalismo aos certos atos que, embora lícitos, causam prejuízos a outrem).
apoiantes do ultrarromantismo. fonte: https://www.significados.com.br/responsabilidade/
Duas das principais figuras deste conflito foram António Feli- A doutrina moral de Kant é independente de qualquer sentido
ciano de Castilho e Antero de Quental. Em 1865, Castilho, escritor religioso. Sua moral exclui a noção de intenção como elemento de
romântico, censurou e acusou um grupo de jovens de exibicionismo uma alma pura, e o dever não é uma obrigação a ser seguida em vir-
e de falta de bom senso e bom gosto. tude de um ente superior. Intenção e dever (em Kant) dependem do
sujeito epistemológico (eu transcendental) e não do eu psicológi-
Neste grupo estava incluído Antero de Quental, escritor e po- co (indivíduo). Para Kant, o sujeito transcendental trata-se de uma
eta português, que respondeu com uma carta que saiu em folheto, maquinaria (aparelho cognitivo) subjetiva, universal e necessária
cujo título foi “Bom Senso e Bom Gosto”. (presente em todos os homens, em todos os tempos e em todos os
lugares). Assim, todo ser saudável possui tal aparato, formado por
Na carta, Antero de Quental defendeu a independência dos três campos: a razão, o entendimento (categorias) e a sensibilidade
jovens escritores, salientou a importância da tarefa de um poeta em (formas puras da intuição-espaço e tempo).
tempos de grandes mudanças e ridicularizou a poesia de Castilho,
que considerava fútil e insignificante. Em Kant, a razão (faculdade das idéias) é que preserva os
Fonte: https://www.significados.com.br/bom-senso/ princípios que articulam intenção e dever conforme a autonomia
do sujeito. Desse modo segue-se que tais princípios não podem ser
11. RESPONSABILIDADE. DEVER E LIBERDADE negados sem autocontradição. Daí deriva a idéia de liberdade kanti-
ana, de um caráter sintético a priori, sendo que sem liberdade não
pode haver nenhum ato moral; para sermos livres, precisamos ser
O que é Responsabilidade: obrigados pelo dever de sermos livres.
Responsabilidade é um substantivo feminino com origem -O imperativo categórico
no latim e que demonstra a qualidade do que é responsável, ou
obrigação de responder por atos próprios ou alheios, ou por uma O comando moral que faz com que nossas ações sejam moral-
coisa confiada. mente boas, se expressa no imperativo categórico: “age só segundo
máxima tal que possas ao mesmo tempo querer que ela se torne
A palavra responsabilidade está relacionada com a palavra em lei universal” (FMC, 2004, p.51). Essa lei está atada à razão pura
latim respondere, que significa “responder, prometer em troca”. prática. Todo sujeito é racional (tem raciocínio lógico), por isso tem
Desta forma, uma pessoa que seja considerada responsável por condição de sujeito moral, dotado de normas. Exercer uma ação
uma situação ou por alguma coisa, terá que responder se alguma contrária levaria ao absurdo. O exemplo que Kant nos dá (FMC) a
coisa corre de forma desastrosa. respeito da mentira é o mais conhecido. Poderia alguém mentir
em benefício próprio, de um ente querido, ou mesmo em favor da
Na nossa sociedade a responsabilidade é uma característica humanidade? Kant, nos diz não, pois a mentira jamais poderia ser
muito apreciada e muito procurada, especialmente no mercado de universalizada sem autocontradição:
trabalho, onde um trabalhador responsável é devidamente recom- (...) pois, segundo essa lei, não poderia haver propriamente
pensado pela sua responsabilidade. Funcionários de empresas que promessa alguma, já que seria inútil afirmar a minha vontade quan-
demonstram responsabilidade muitas vezes são escolhidos para ex- to a minhas futuras ações, pois as pessoas não acreditariam em
ercerem cargos de liderança (como gerentes de lojas, etc.). meu fingimento, ou, se precipitadamente o fizessem, pagar-me-iam
Responsabilidade social na mesma moeda. Portanto, a minha máxima, uma vez arvorada
A responsabilidade social é uma característica cada vez mais em lei universal, destruir-se-ia a si mesma necessariamente (Kant,
importante no mundo empresarial. Os consumidores estão cada FMC, 2004, p.31).
vez mais conscientes em relação à influência que as empresas têm
na sociedade e cada vez mais dão preferência às empresas que Desse modo, cada sujeito, tem um alarme acionado na sua con-
demonstram ter uma consciência social. sciência moral (com a razão pura prática funcionando), que eviden-
cia essa contradição, alertando que essa ação deve ser refutada, vis-
A responsabilidade social empresarial está intimamente ligada to que essa ação não pode servir para todos. Assim, consultando a
a uma gestão ética e transparente que a organização deve ter com razão pura prática (como deveria alguém agir na minha situação?),
suas partes interessadas, para minimizar seus impactos negativos constataremos que se todos se utilizassem dessa ação, o mundo
no meio ambiente e na comunidade. seria um verdadeiro caos.

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
O imperativo categórico em Kant é uma forma a priori, pura, Dessa maneira o fato de razão é apresentado mediante nossa
independente do útil ou prejudicial. É uma escolha voluntária ra- reflexão (avaliação) de nossas máximas como princípio de vida. Os
cional, por finalidade e não causalidade. Superam-se os interesses princípios diversos da própria razão, baseados em motivos inverti-
e impõe-se o ser moral, o dever. O dever é o princípio supremo de dos constituem o que chamamos de mal (transgressão dos limites
toda a moralidade (moral deontológica). Dessa forma uma ação é da razão). E na maldade a avaliação que se faz dos pensamentos é
certa quando realizada por um sentimento de dever. A razão é a corrompida na origem.
condição a priori da vontade, por isso independe da experiência.
Como se vê, a razão pura é uma razão livre de motivos empíri-
-Diferenças entre os imperativos cos ou particulares, sem interesses do que se pode conseguir com
tal ato. E a razão empírica se reduz aos nossos interesses, com base
Todos os imperativos ordenam, e são fórmulas para exprimir as na experiência, em que criamos conceitos de como satisfazê-los.
relações entre as leis objetivas do querer em geral, e a discordância A liberdade consiste na decisão, que leva em consideração pa-
subjetiva da vontade humana. drões universais aplicáveis que estabeleçam a harmonia coletiva.
Imperativo é hipotético: no caso de a ação ser apenas boa Assim, o indivíduo encontra em si mesmo os padrões universais
como meio para qualquer outra coisa, ou seja, em vista de algum que ele consegue exteriorizar. A liberdade exige que a pessoa tome
propósito possível ou real. sua decisão baseada em si mesma, partindo de uma visão exterior,
que ela vislumbra do seu próprio interior, afirmando sua individu-
A habilidade na escolha dos meios para atingir o maior bem-es- alidade.
tar próprio pode-se chamar sagacidade. Por exemplo, a escolha dos
meios para alcançar a própria felicidade (não é um ideal da razão, A aplicabilidade de conceitos morais para nós, é conseqüência
mas da imaginação), continua sendo um imperativo hipotético de nossa liberdade. Ao tomarmos consciência de nossos impulsos,
(considerados mais como conselhos). desejos e suas motivações nos confrontamos se iremos atendê-los
ou não, e daí é que parte a nossa liberdade, no confronto de uma
Imperativo Categórico: não é limitado a nenhuma condição, questão; faremos as nossas escolhas através de uma avaliação. E,
é um mandamento absoluto (necessário), vale como princípio se do contrário, não fizermos o confronto (a análise), atendendo
apodíctico-prático (da razão). prontamente aos nossos instintos, ainda assim, teremos tomados
Segue-se que somente o imperativo categórico equivale a uma uma decisão, que foi conseqüência de nossa liberdade num posi-
lei prática, e os outros imperativos podem ser denominados de cionamento moral.
princípios da vontade, mas não leis. Pois, conforme nos diz Kant “o
mandamento incondicional não deixa à vontade nenhum arbítrio A liberdade humana é o fundamento de nossas ações e princí-
acerca do que ordena, só ele tendo, portanto, em si, aquela neces- pios de vida, fazendo parte essencial na prática moral.
sidade que exigimos na lei” (FMC, 2004, p. 50).
Não havendo determinação imediata da razão, no valor moral
-As fórmulas do Imperativo Categórico da ação, o próprio conceito de razão prática é questionável. Pois, se
ela não é imediata, não é pura, admitindo inclinações. Para que as
Além da fórmula da universalidade da lei, que vimos no que foi leis existam, a vontade deve estar fundada na razão, do contrário só
exposto anteriormente temos duas outras fórmulas: teremos princípios práticos baseados na subjetividade.
*baseada na humanidade como fim: Kant afirma que todo o ser
racional, existe como fim em si mesmo, e não apenas como meio Podemos verificar que o solipsismo vem a ser uma relação pa-
para uso arbitrário desta ou daquela vontade. Assim o imperativo tológica consigo mesmo. Trata-se de nosso sistema de inclinações
prático será o seguinte: “age de tal maneira que possas usar a hu- (desejos, impulsos) guiados pelo amor de si ou felicidade própria.
manidade, tanto em tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, E amor de si corresponde a arrogância (presunção), amor próprio.
sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como Portanto, a razão prática não pode ser solipsista, pois se baseia na
meio” (FMC, 2004, p. 59). moral prática entre os homens, nas ações livres segundo as máx-
*baseada na vontade legisladora universal: a vontade da ação imas, que se convertem em uma lei universal. O único amor que
deve ser vista como um dever, ou seja, a idéia da vontade de todo pode ser ordenado é o amor prático, que reside na vontade, não
ser racional concebida como vontade legisladora universal. Segun- patológico, sem inclinações, mas por dever (ama teu próximo, até
do esse princípio, Kant afirma: teus inimigos).

A vontade não está, pois, simplesmente submetida à lei, mas o Considerações finais
está de tal maneira que possa ser também considerada legisladora Em Kant o dever é a necessidade de uma ação por respeito à lei.
ela mesma, e precisamente por isso então submetida à lei (de que E uma ação por dever elimina todas as inclinações (todo o objeto da
ela mesma pode ser considerada como autora - FMC, 2004, p. 62). vontade), e, portanto, só resta à vontade obedecer à lei prática (ba-
seada na máxima universal), pois trata-se de um princípio que está
-Uma Especificação de Fato de Razão e Liberdade nas ações ligado à vontade. O valor moral da ação não reside no efeito que
dela se espera, pois o fundamento da vontade é a representação da
O fato de razão se revela na decisão e não na contemplação. lei e não o efeito esperado (uma boa vontade não é boa pelo que
Contemplamos todas as características possíveis, nossas moti- promove ou realiza, mas pelo simples querer, em si mesma).
vações pessoais, as circunstâncias do momento, e nos perguntamos A ética kantiana é a ética do dever, autocoerção da razão, que
novamente: “o que eu deveria fazer?” Depois de ter a convicção de concilia dever e liberdade. O pensamento do dever derruba a arro-
ter levado tudo em conta, tomar uma decisão por mais difícil que gância e o amor próprio, e é tido como princípio supremo de toda
seja, isso corresponde ao fato de razão. a moralidade.
Fonte: https://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/filosofi-
a/a-moral-dever-kant.htm

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
A liberdade é um direito fundamental. Fazer escolhas. Não só
aquelas triviais do dia a dia. As fundamentais também, como o que 12 - PNE MUNICIPAL
penso, para onde vou, o que desejo manifestar em apoio ou repú-
dio a determinada ação, reação e ideia. Eu tenho o direito de me LEI Nº 2.644, DE 1º DE JULHO DE 2015
expressar. É meu direito ir e vir. Eu quero a liberdade de poder me
locomover. Aprova o Plano de Educação, no âmbito do Município de Cabo Frio
Mas onde fica o limite a esta liberdade? Onde se coloca um e dá outras providências.
freio na vontade particular que deseja tantas coisas e algumas signi-
ficativamente nocivas para os demais? Podemos considerar que há O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE CABO FRIO
um contrato estabelecido entre nós que tem o Estado como guar- Faço saber que a Câmara Municipal aprovou e eu sanciono a
dião. Leis elaboradas por representantes públicos diante das neces- seguinte Lei:
sidades de acordos onde há discordância. Assim temos garantias, Art. 1º Fica aprovado o Plano Municipal de Educação – PME,
mas limites também. que será aplicado no Município de Cabo Frio, com duração de 10
Contudo e antes de qualquer coisa, há o bonsenso. Aquele fun- (dez) anos.
damental princípio de valor que nos coloca diante da escolha entre Art. 2º O Plano Municipal de Educação foi revisado e adaptado
poder e dever, mesmo que estimulados por um querer. A capacida- à Lei Federal nº 13.005, de 25 de junho de 2014 - Plano Nacional
de racional e reflexiva de saber as consequências dos nossos atos. de Educação (PNE), sob a coordenação do Comitê de Acompanha-
Há envolvidos nos meus desejos. mento do Plano Municipal de Educação, instituído pelo Decreto nº
Esta condição para alguns é mais pesada que para outros. De- 4.359, de 18 de fevereiro de 2011, composto por representantes
pendendo do grau de responsabilidade social de sua função e inte- dos órgãos governamentais e da sociedade civil, mantido pela Se-
resse, as consequências dos atos são mais amplas. Por isso, temos cretaria Municipal de Educação – SEME;
que ter cautela com a liderança. Temos que ser cautelosos enquan- Art. 3º O Plano Municipal de Educação – PME será regido pelos
to líderes. Mesmo na nossa vida cotidiana há consequências de princípios da democracia e da autonomia, buscando atingir o que
nossos atos. preconiza o art. 214 da Constituição Federal, a Emenda Constitu-
Os bons seres humanos, com espírito elevado, agem inspirados cional nº 59, de 11 de novembro de 2009, a Lei Federal nº 9394,
no sendo de que entre querer e poder há o devo. Quando estes de 20 de dezembro de 1996 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação
três elementos estão incorporados a ação que chamamos de cons- Nacional – LDBEN, bem como a Lei Orgânica Municipal e a Lei Com-
ciência as leis são menos necessárias. O ato por si reproduz o valor plementar nº 12, de 27 de junho de 2012, que aprovou o Estatuto e
que todos preservam sem serem obrigados a preservar. Agimos e Plano de Cargos, Carreira e Remuneração dos Profissionais da Edu-
demonstramos com a ação o valor que preservamos. cação Básica do Município de Cabo Frio;
Estamos tendo a liberdade de voltar a algumas atividades de Art. 4º O Plano Municipal de Educação contém a proposta edu-
forma gradual. Há critérios para a conduta de empresas, institui- cacional do Município de Cabo Frio, com suas respectivas metas,
ções e pessoas. Comportamentos que demonstram até onde a li- objetivos, ações e prazos, conforme dispõem os Anexos desta Lei;
berdade é movida pelo posso, quero ou devo. O uso de máscaras, Art. 5º Os planos plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias
a manutenção do distanciamento social e evitar aglomeração são e os orçamentos anuais do Município de Cabo Frio deverão ser for-
alguns dos atos que colocam a prova o grau de consciência de cada mulados de modo a assegurar a consignação de dotações orçamen-
um e de todos em suas relações. tárias compatíveis com as diretrizes, metas e estratégias do Plano
É fácil perceber que muitas pessoas não estão preocupadas em Municipal de Educação 2015/2025;
valorizar se “devem”, se firmam mais no “querer” e “poder”. Estão Art. 6º Competirá ao Comitê de Acompanhamento do Plano
preocupadas com sua vontade imediata, com seus interesses pes- Municipal de Educação realizar o acompanhamento e a avaliação
soais que podem ser prejudicados e não com toda uma ordem onde da execução do Plano Municipal de Educação;
sua vida está inserida que pode ser alterada. Claro que não pode- Art. 7º Fica revogada a Lei nº 2.250, de 11 de dezembro de
mos negar que o que nos move são nossos interesses individuais. 2009.
Mas o grau elevado ou não de nossa consciência e valor se expressa Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
em nossas atitudes. E, em muitos casos, este nível de consciência
é muito baixo. LEI Nº 2.644, DE 1º DE JULHO DE 2015.
A educação desenvolve a consciência de que a liberdade de um ANEXO I
termina onde começa a liberdade do outro. Ter liberdade é diferen- METAS GERAIS
te de fazer o que quer, de agir sem regras, de ignorar o outro e o META 1
ambiente. Divulgar o Plano Municipal de Educação (PME) junto aos órgãos
representativos do Município e junto às Unidades Escolares de toda
Ter liberdade implica respeito. a Rede Pública e Privada de Ensino e entidades civis de Cabo Frio.
A educação desenvolve a consciência de que responsabilidade OBJETIVO
não é exclusiva de um grupo, não ocorre apenas em alguns momen- Tornar conhecido de forma ampla o PME.
tos determinados, não está ligada ao que quero ou valorizo. AÇÕES
1- Publicar o PME.
2- Encaminhar aos órgãos de divulgação e representativos do
Município, às entidades civis e às Unidades Escolares de toda a
Rede Pública e Privada de ensino de Cabo Frio.
3- Criar fóruns de divulgação e discussão nas comunidades es-
colares, anualmente, em polos regionais a serem organizados pelas
Unidades Escolares.
4- Criar o Dia Municipal de Divulgação do PME a ser realizado
anualmente.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
5- Disponibilizar em mídias o documento de forma a torná-lo o META 4
mais acessível possível. Encaminhar propostas de reestruturação à Secretaria Munici-
PRAZO: A partir da publicação. pal de Educação (SEME), adequando às novas metas de descentra-
META 2 lização.
Apoiar técnica e administrativamente as atividades do Comitê OBJETIVO
de Acompanhamento do Plano Municipal de Educação. Criar o Fó- Atender as novas exigências das articulações dos Planos (Na-
rum Anual de Avaliação e Acompanhamento do PME. cional, Estadual e Municipal) a necessidade de busca de novos re-
OBJETIVO cursos e a elaboração de projetos complementares ao PME, inclusi-
Verificar e acompanhar a execução do PME e alertar para os ve com as metas de descentralização.
possíveis desvios da execução. AÇÕES
AÇÕES 1 - Realizar diagnóstico para definir o novo desenho adminis-
1 - Compor o Comitê de Acompanhamento do Plano, com trativo.
membros titulares e suplentes, sendo: 2 - Editar ato do executivo implantando a nova estrutura.
a) 3 (três) integrantes da Secretaria Municipal de Educação;
b) 1 (um) representante de professor de cada segmento/moda- ANEXO II
lidade (Educação Infantil, Ensino Fundamental I e II, Ensino Médio, METAS E ESTRATÉGIAS
EJA, Educação Integral e Educação Inclusiva);
c) 2 (dois) representantes dos estudantes, com idade mínima META 1: universalizar até 2016 a oferta de vagas na pré-escola
de 16 (dezesseis) anos; e ampliar a oferta de vagas nas creches, admitindo a coexistência
d) 3 (três) representantes de Técnicos, sendo um orientador do setor privado, de forma a atender no mínimo 50% (cinquenta
educacional, um supervisor escolar e um inspetor escolar; por cento) das crianças de até 3 (três) anos até o final da vigência
e) 1 (um) representante dos Diretores; deste PME.
f) 1 (um) representante dos responsáveis de alunos; Estratégias:
g) 1 (um) representante dos Conselhos Escolares; 1.1) atender, prioritariamente, a demanda das crianças na pré-
h) 1 (um) representante de cada conselho ligado à educação: -escola e gradativamente a demanda dos alunos nas creches;
Conselho de Alimentação Escolar (CAE), Fundo de Manutenção e 1.2) admitir a coexistência de instituições públicas e privadas
Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profis- regularizadas de Educação Infantil, respeitando o pluralismo de
sionais da Educação (FUNDEB) e Conselho Municipal de Educação ideias e concepções pedagógicas;
(CME); 1.3) atender, na sua totalidade, a demanda de vagas na pré-es-
i) 6 (seis) representantes de setores e/ou órgãos representati- cola para todas as crianças de 4 (quatro) e 5 (cinco) anos, conside-
vos da comunidade; rando as instituições públicas e privadas;
j) número de representantes da sociedade civil organizada: 6 1.4) expandir o atendimento de crianças da creche da Rede
(seis) titulares e 6 (seis) suplentes. Municipal, iniciando com o aumento do acesso das crianças da faixa
2 - Nomear os integrantes do Comitê, eleitos em Assembleias etária de 3 (três) anos com progressão até atingir as de 4 (quatro)
dos respectivos segmentos. meses;
3 - Eleger representantes de cada polo para atuarem como mo- 1.5) garantir, junto ao Poder Público Municipal, o compromisso
bilizadores e divulgadores junto ao Comitê de Acompanhamento do de dotação de recursos materiais (inclusive lúdico e de estimulação
Plano Municipal de Educação. essencial) e humanos que possibilitem o crescimento, com qualida-
PRAZO: A partir da publicação da Lei. de, das unidades de educação infantil na Rede Municipal de Ensino;
META 3 1.6) fiscalizar e acompanhar, junto ao junto ao Poder Público
Implementar em cada polo projetos de ação e intervenção nas Municipal, a efetivação do compromisso de dotação de recursos
áreas de educação ambiental, participação cidadã, cultura, esporte materiais e humanos que possibilitem o crescimento, com qualida-
e lazer utilizando os espaços existentes na região. de, das unidades de Educação Infantil na Rede Municipal de Ensino;
OBJETIVOS 1.7) realizar periodicamente censo escolar ou procedimento
Promover atividades que despertem o interesse das comuni- similar que aponte a demanda reprimida de vagas na educação in-
dades e atender as aspirações das mesmas no que se refere ao seu fantil;
desenvolvimento, inclusão e acesso aos bens culturais, à prática es- 1.8) realizar periodicamente com a comunidade escolar proce-
portiva, à participação cidadã, à educação ambiental e às atividades dimento de avaliação qualitativa na educação infantil com base em
de lazer. indicadores oficiais;
AÇÕES 1.9) estabelecer padrões adequados para atender a demanda,
1 - Estudar a viabilidade e os pré-requisitos necessários para com infraestrutura para autorização e funcionamento das institui-
a inserção do Município nos órgãos representativos e integradores ções públicas e privadas de educação infantil;
das “CIDADES EDUCADORAS”. 1.10) atender as especificações legais de infraestrutura e aces-
2- Aplicar instrumento diagnóstico junto à comunidade, anali- sibilidade na construção de instituições de educação infantil;
sar resultados e definir prioridades para elaboração do cronograma 1.11) adequar os prédios de instituições públicas e privadas de
de implantação. educação infantil existentes aos
3 - Recuperar e manter espaços públicos e elaborar plano de padrões mínimos de infraestrutura normatizados:
conscientização, incentivo e divulgação das possibilidades de uso a) espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão
pela comunidade escolar. para o espaço externo, rede elétrica
4 - Criar espaços e estratégias para oferta de cultura, de lazer e e segurança, água potável, esgotamento sanitário;
uma biblioteca pública por polo, democratizando o acesso à cultu- b) instalações sanitárias e para a higiene pessoal compatíveis
ra, ao conhecimento e à informação através de parcerias e iniciati- com a faixa etária das crianças;
vas públicas e privadas. c) instalações adequadas para preparo e/ou serviço de alimen-
PRAZO: A partir da publicação da Lei. tação;

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
d) ambiente interno e externo para o desenvolvimento das 2.18) garantir a elaboração do plano de aquisição de materiais
atividades, conforme as diretrizes curriculares e a metodologia da didáticos diversos (mapas, jogos, dicionários, brinquedos, equipa-
educação infantil, incluindo o repouso, a expressão livre, o movi- mentos tecnológicos) para todas as escolas da rede;
mento e o brinquedo; 2.19) avaliar as ações implementadas com o objetivo de garan-
e) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos; tir sua eficácia;
f) adequação às características das crianças com deficiência, 2.20) garantir infraestrutura de qualidade para cada unidade
garantindo a acessibilidade; escolar do ensino fundamental;
1.12) garantir os padrões mínimos normatizados de infraestru- 2.21) estruturar as escolas do ponto de vista físico de forma a
tura e acessibilidade nas construções de escolas da rede pública e atender com dignidade e respeito às necessidades básicas de toda
privada; a comunidade escolar;
1.13) substituir progressivamente os prédios alugados, alocan- 2.22) construir, reorganizar e ampliar a infraestrutura predial,
do todas as unidades escolares da Rede Municipal em prédios pró- de forma a garantir a acessibilidade, também visando a preocupa-
prios. ção com a sustentabilidade socioambiental;
META 2: garantir o acesso de todas as crianças de 6 (seis) a 2.23) realizar levantamento das necessidades prediais da rede
14 (quatorze) anos ao ensino fundamental Municipal, evitando sua com base na atual demanda na projeção de crescimento das matrí-
exclusão social. culas e na perspectiva da educação integral, estabelecendo priori-
Estratégias: dades para a implantação do projeto;
2.1) universalizar o atendimento de toda a clientela do ensino 2.24) adequar os prédios já existentes à infraestrutura de quali-
fundamental; dade estabelecida pelas especificações legais, atendendo 10% (dez
2.2) identificar, mapear (utilizar dados inclusive das áreas de por cento) ao ano, em relação a:
assistência social e saúde) e divulgar amplamente para a população a) espaço interno, com iluminação, insolação, ventilação, visão
a demanda de matrícula por regiões geográficas da Rede de Ensino; para o espaço externo, rede elétrica e segurança, água potável, es-
2.3) ampliar a Rede Municipal, construindo escolas adequadas gotamento sanitário;
às necessidades das comunidades para atender com maior qualida- b) instalações sanitárias e para a higiene pessoal dos alunos;
c) dependências para preparo e/ou serviço de alimentação;
de os alunos da Rede Pública e as novas demandas do Município;
d) ambiente interno (salas de aula e salas para atividades es-
2.4) estabelecer parcerias com outras instâncias – estadual e
pecíficas) e externo (pátio livre, área coberta e quadras esportivas)
federal – para garantir a universalização do ensino fundamental;
para o desenvolvimento das atividades escolares;
2.5) assegurar a elevação progressiva dos níveis de desempe-
e) mobiliário, equipamentos e materiais pedagógicos;
nho dos alunos através da implantação de políticas para uma edu-
f) adequação às características das crianças com deficiência;
cação de efetiva qualidade e programas de formação continuada
2.25) substituir os prédios alugados, alocando todos os espaços
em serviço para todos;
utilizados pela Rede Municipal em prédios próprios;
2.6) garantir a qualidade de ensino no Município;
2.26) planejar e definir prioridades de acordo com a demanda
2.7) utilizar as informações da estratégia 2.2 e criar ações para por cada área geográfica do Município, obedecendo ao limite quan-
contribuir com a qualidade da educação do Município; titativo de alunos em sala, de acordo com a legislação vigente.
2.8) garantir a permanência de todas as crianças de 6 (seis) a META 3: promover a progressiva universalização do ensino mé-
14 (quatorze) anos no ensino fundamental, evitando sua exclusão dio gratuito, articulado ou não com o ensino profissional.
social; Estratégias:
2.9) reduzir a evasão e a repetência, promovendo aprendiza- 3.1) definir com o sistema estadual e federal formas de atendi-
gens significativas de forma a eliminar a fragmentação e a disso- mento, no ensino médio aos egressos do ensino fundamental;
ciação da realidade social e atendendo aos educandos através de 3.2) criar comissão para mapear necessidades, visando aumen-
programas suplementares de material didático, transporte, alimen- to da oferta de vagas e diversificação;
tação e assistência à saúde; 3.3) buscar articulação com os governos estadual e federal para
2.10) diagnosticar o quadro de evasão e repetência; implantação e manutenção de escolas de educação profissional téc-
2.11) assegurar parceria com outras áreas, inclusive a atuação nica de nível médio envolvendo as principais atividades econômicas
de outros profissionais nas escolas; do Município, considerando as aptidões distritais e expectativas dos
2.12) integrar, em até 3 (três) anos, ações de várias Secretarias jovens;
e Coordenadorias-Gerais: Assistência Social, Saúde, Esporte e Lazer, 3.4) buscar articulação com os governos estadual e federal para
Ciência e Tecnologia, Cultura e Meio Ambiente, a fim de atender as garantir a assistência aos estudantes matriculados na Rede Pública;
necessidades e interesses dos educandos, fortalecendo seu vínculo 3.5) exigir que o governo estadual apresente investimentos e
com a escola; políticas públicas eficientes que traduzam a qualidade socialmente
2.13) criar novos postos de saúde; referenciada ao ensino oferecido pela Rede Estadual;
2.14) garantir atendimento de assistência médica de qualidade 3.6) desenvolver uma prática educativa integrada, a fim de ga-
na Rede Pública de Saúde para os alunos de todos os segmentos; rantir a formação do ser humano em sua plenitude e uma escola
2.15) definir e implementar políticas para a correção de fluxo, que tenha como base a construção de conhecimento e o desenvol-
inclusive com acompanhamento individualizado com professores vimento da pesquisa científica;
habilitados; 3.7) promover reflexões sobre o mundo do trabalho e forma-
2.16) prover progressivamente de transporte escolar, especial- ção da cidadania;
mente as áreas de difícil acesso, com a colaboração financeira da 3.8) promover eventos que possibilitem vivências e reflexões
União, quando necessária, de forma a garantir a frequência e a es- de integração escola-comunidade, incluindo atividades conscien-
colarização do aluno; tizadoras sobre os direitos das classes historicamente oprimidas e
2.17) garantir, com a colaboração da União, o provimento da dentro do contexto de vulnerabilidade social;
alimentação escolar e o equilíbrio necessário, garantindo os níveis 3.9) implantar medidas pedagógicas e de infraestrutura que
calórico-proteicos, por faixa etária; consolidem a identidade e a qualidade do ensino médio;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
3.10) implantar atividades pedagógicas para elevar, em pelo 4.9) ampliar a oferta de Atendimento Educacional Especializa-
menos 5% (cinco por cento) ao ano, os índices de desempenho do do (AEE) na Rede Municipal de Ensino, utilizando-se das parcerias
ensino médio no Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), bem disponíveis e estabelecendo outras com as áreas de saúde, assis-
como facilitar o acesso dos alunos no ensino superior; tência social e trabalho;
3.11) apoiar e incentivar as organizações estudantis como es- 4.10) oferecer e promover cursos de formação continuada aos
paço de exercício da cidadania participativa; profissionais da educação na área da educação especial;
3.12) fomentar o desenvolvimento de pesquisa científica com 4.11) estabelecer parcerias com os entes federativos compe-
base em um referencial teórico-básico comum; tentes para o levantamento da demanda existente nas instituições
3.13) promover políticas de geração de trabalho, emprego e públicas regulares de ensino, localizadas no Município que não es-
renda, além da conscientização dos direitos do trabalhador para o tão sob a administração municipal com relação à educação especial,
ensino médio profissionalizante; visando garantir os cuidados necessários que não foram ofertados
3.14) oferecer cursos de qualificação profissional para jovens pela escola;
4.12) estabelecer redes de apoio e colaboração, preferencial-
e adultos do Município, com ênfase nas características econômicas
mente com as instituições públicas de educação superior, centros
da região que possibilitem a geração de renda;
de atendimento educacional especializado e outros, para promo-
3.15) implementar parcerias com instituições de ensino espe-
ver a formação de professores, o acesso a serviços e recursos de
cializadas (IFET, FAETEC, SENAC, SENAI e Universidades), visando à
acessibilidade, a inclusão profissional dos alunos, a produção de
oferta de cursos profissionalizantes; materiais didáticos acessíveis e o desenvolvimento de estratégias
3.16) promover ações em parceria com o Ministério do Traba- pedagógicas;
lho, sindicatos de classe e outros para conscientizar o trabalhador 4.13) oferecer o atendimento educacional em escolas ou servi-
de seus direitos e deveres; ços especializados, sempre que, em função das condições específi-
3.17) estabelecer convênios que possibilitem a inserção dos cas dos alunos, não for possível a sua inclusão nas classes de ensino
egressos dos cursos de qualificação profissional no mercado de tra- regular, conforme avaliação realizada por equipe multiprofissional;
balho; 4.14) prover as escolas especiais de equipe multiprofissional
3.18) planejar e definir prioridades de acordo com a demanda e professores preferencialmente especializados em atendimento
por cada área geográfica do Município. a alunos com deficiências, oferecendo-lhes oportunidades para o
META 4: garantir a escolarização adequada aos alunos com de- exercício da cidadania, a preservação da dignidade humana, a bus-
ficiência, oferecendo-lhes oportunidades para o exercício da cida- ca da identidade e a participação efetiva na sociedade;
dania, para a preservação da dignidade humana, para a busca da 4.15) prover transporte escolar adequado e gratuito para os
identidade e para a participação efetiva na sociedade. alunos com deficiência, inclusive promovendo parcerias com outras
Estratégias: instituições e entes federativos.
4.1) reestruturar os prédios já existentes na Rede Municipal META 5: alfabetizar todas as crianças, no máximo, até o final do
para melhor atender aos alunos dentro das normas de acessibilida- 3º ano do Ensino Fundamental.
de estabelecidas; Estratégias:
4.2) garantir a manutenção das escolas especiais já existentes 5.1) estruturar os processos pedagógicos de alfabetização, nos
no Município para atendimento aos alunos que necessitem de aten- anos iniciais do ensino fundamental, articulando-os com as estra-
ção individualizada, recursos e apoios intensos e contínuos; tégias desenvolvidas na educação infantil, com qualificação e va-
4.3) estabelecer infraestrutura de qualidade das escolas para lorização dos (as) professores (as) alfabetizadores (as) e com apoio
recebimento e permanência dos alunos com deficiência; pedagógico específico, a fim de garantir a alfabetização plena de
4.4) ampliar a aquisição de equipamentos e materiais necessá- todas as crianças;
5.2) utilizar instrumentos de avaliação nacional periódicos e es-
rios e específicos para apoio à aprendizagem dos alunos com defici-
pecíficos para aferir a alfabetização das crianças, aplicados a cada
ência, inclusive através de parcerias com organizações governamen-
ano, com vistas à implementação de medidas pedagógicas para al-
tais e da sociedade civil, voltadas para esse tipo de atendimento;
fabetizar todos os alunos e alunas até o final do terceiro ano do
4.5) fornecer às escolas especializadas equipamentos específi-
ensino fundamental;
cos e materiais indispensáveis e necessários a um funcionamento 5.3) aplicar tecnologias educacionais para a alfabetização de
de qualidade, inclusive através de parcerias com organizações go- crianças, assegurada a diversidade de métodos e propostas peda-
vernamentais e da sociedade civil voltada para esse tipo de aten- gógicas, bem como o acompanhamento dos resultados de forma
dimento; que favoreçam a melhoria do fluxo escolar e a aprendizagem dos
4.6) estabelecer infraestrutura de qualidade nas escolas espe- (as) alunos (as);
cializadas para recebimento e permanência dos alunos com defi- 5.4) promover a alfabetização de crianças do campo, indígenas,
ciências, oferecendo-lhes oportunidades para o exercício da cida- quilombolas e de populações itinerantes, porventura existentes,
dania, a preservação da dignidade humana, a busca da identidade com a produção de materiais didáticos específicos, desenvolvendo
e a participação efetiva na sociedade, reestruturando os prédios instrumentos de acompanhamento que considerem o uso da língua
existentes da Rede Municipal para melhor atender os alunos dentro materna pelas referidas comunidades e a identidade cultural das
das normas de acessibilidade estabelecidas; comunidades quilombolas;
4.7) promover políticas de inclusão, propiciando a permanên- 5.5) promover e estimular a formação inicial e continuada de
cia de alunos com deficiência nas turmas regulares e oferecer aten- professores(as) para a alfabetização de crianças, com o conheci-
dimento complementar por meio de serviço educacional especia- mento de novas tecnologias educacionais e práticas pedagógicas
lizado; inovadoras, estimulando a articulação entre programas de pós-gra-
4.8) esclarecer, conscientizar e mobilizar a comunidade quanto duação stricto sensu e ações de formação continuada de professo-
à necessidade de inclusão social dos alunos com deficiência, trans- res(as) para a alfabetização;
tornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdota- 5.6) promover a alfabetização das pessoas com deficiência,
ção inclusive através de campanhas, propagandas, projetos e outras considerando as suas especificidades, inclusive a alfabetização
ações; bilíngue de pessoas surdas.

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
META 6: oferecer educação em tempo integral em 50% (cin- 7.3) implementar processo contínuo de autoavaliação das es-
quenta por cento) das escolas públicas, de forma a atender, pelo colas de educação básica, por meio da constituição de instrumentos
menos, 25% (vinte e cinco por cento) dos alunos de educação bá- de avaliação que orientem as dimensões a serem fortalecidas, des-
sica. tacando-se a elaboração de planejamento estratégico, a melhoria
Estratégias: contínua da qualidade educacional, a formação continuada dos (as)
6.1) implantar, gradativamente, o horário integral nas escolas profissionais da educação e o aprimoramento da gestão democrá-
de educação infantil, de acordo com as necessidades da comuni- tica;
dade escolar; 7.4) executar o plano de ações articuladas dando cumprimento
6.2) iniciar a implementação pelas creches e nas escolas onde às metas de qualidade estabelecidas para a educação básica pública
há o Programa Mais Educação, visando atender 50% (cinquenta por e às estratégias de apoio técnico e financeiro voltadas à melhoria
cento) da meta até a metade do prazo de vigência do plano; da gestão educacional, à formação de professores e professoras e
6.3) adotar progressivamente o atendimento em tempo inte- profissionais de serviços e apoio escolares, à ampliação e ao desen-
gral para as crianças de educação infantil, após atendida em sua volvimento de recursos pedagógicos e à melhoria e expansão da
totalidade a demanda de matrícula em regime parcial; infraestrutura física da rede escolar;
6.4) ampliar o atendimento em horário integral das unidades 7.5) aplicar continuamente os instrumentos de avaliação da
de creches e pré-escolas, unificando o período regular com ativi- qualidade do ensino fundamental e médio;
dades complementares, conforme estrutura física e pedagógica de 7.6) avaliar sistematicamente o desempenho dos alunos, com
cada unidade escolar; instrumentos diagnósticos elaborados por cada escola e acompa-
6.5) adotar a matrícula do aluno em horário integral, condicio- nhados pelos órgãos competentes;
nando-a à necessidade e demanda; 7.7) utilizar indicadores específicos de avaliação da qualidade
6.6) expandir o tempo de permanência do aluno na escola para da educação especial, bem como da qualidade da educação bilín-
8 (oito) horas diárias, visando ao seu desenvolvimento integral, com gue para surdos;
profissionais efetivos habilitados e com dedicação exclusiva; 7.8) buscar atingir as metas do IDEB, diminuindo a diferença
6.7) planejar e definir prioridades de acordo com a demanda entre as escolas com os menores índices e a média nacional, garan-
tindo equidade da aprendizagem;
por cada área geográfica do Município, obedecendo ao limite quan-
7.9) utilizar tecnologias educacionais para a educação infantil,
titativo de alunos em sala, de acordo com a legislação vigente;
o ensino fundamental e o ensino médio e desenvolver práticas pe-
6.8) definir atividades complementares para as escolas de edu-
dagógicas inovadoras que assegurem a melhoria do fluxo escolar e
cação integral em tempo integral, desenvolvendo seus aspectos fí-
a aprendizagem, assegurada a diversidade de métodos e propostas
sico, psicológico e social;
pedagógicas, com preferência para softwares livres e recursos edu-
6.9) prover recursos humanos, físicos e materiais às escolas de
cacionais abertos;
educação integral em tempo integral de forma a atender suas ne-
7.10) garantir transporte gratuito para todos (as) os (as) estu-
cessidades para um bom funcionamento;
dantes da educação do campo na faixa etária da educação escolar
6.10) implantar o ensino médio em tempo integral; obrigatória, conforme especificações do Plano Nacional de Educa-
6.11) expandir o tempo de permanência do aluno na escola, ção (PNE);
visando ao seu desenvolvimento integral; 7.11) universalizar, até o quinto ano de vigência deste PME, o
6.12) definir atividades complementares para as escolas de acesso à rede mundial de computadores em banda larga de alta
tempo integral, desenvolvendo seus aspectos físico, psicológico, velocidade e triplicar, até o final da década, a relação computador/
intelectual e social; aluno (a) nas escolas da rede pública de educação básica, promo-
6.13) prover de recursos humanos, físicos e materiais as esco- vendo a utilização pedagógica das tecnologias da informação e da
las de tempo integral de forma a atender suas necessidades básicas comunicação;
para um bom funcionamento. 7.12) garantir a participação da comunidade escolar no plane-
META 7: fomentar a qualidade da educação básica em todas as jamento e na aplicação dos recursos financeiros recebidos direta-
etapas e modalidades, com melhoria do fluxo escolar e da apren- mente pela escola, visando à ampliação da transparência e ao efeti-
dizagem de modo a atingir as médias municipais projetadas pelo vo desenvolvimento da gestão democrática;
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. 7.13) aprimorar ações de atendimento ao (à) aluno (a), em to-
Estratégias: das as etapas da educação básica, por meio de programas suple-
7.1) implementar, mediante pactuação interfederativa, diretri- mentares de material didático-escolar, transporte, alimentação e
zes pedagógicas para a educação básica e a base nacional comum assistência à saúde;
dos currículos, com direitos e objetivos de aprendizagem e desen- 7.14) assegurar a todas as escolas públicas de educação básica
volvimento dos (as) alunos (as) para cada ano do ensino fundamen- elétrica, abastecimento de água tratada, esgotamento sanitário e
tal e médio, respeitada a diversidade regional e local; manejo dos resíduos sólidos, garantir o acesso dos alunos a espaços
7.2) assegurar que: para a prática esportiva, a bens culturais e artísticos e a equipamen-
a) no quinto ano de vigência deste PME, pelo menos 70% (se- tos e laboratórios de ciências e, em cada edifício escolar, garantir a
tenta por cento) dos (as) alunos (as) do ensino fundamental e do acessibilidade às pessoas com deficiência;
ensino médio tenham alcançado nível suficiente de aprendizado em 7.15) Adquirir equipamentos para escolas públicas e aderir a
relação aos direitos e objetivos de aprendizagem e desenvolvimen- programas nacionais de reestruturação existentes, visando à equa-
to de seu ano de estudo, e 50% (cinquenta por cento), pelo menos, lização das oportunidades educacionais;
o nível desejável; 7.16) prover equipamentos e recursos tecnológicos digitais
b) no último ano de vigência deste PME, todos os (as) estudan- para a utilização pedagógica no ambiente escolar a todas as escolas
tes do ensino fundamental e do ensino médio tenham alcançado públicas da educação básica, criando, inclusive, mecanismos para
nível suficiente de aprendizado em relação aos direitos e objetivos implementação das condições necessárias para a universalização
de aprendizagem e desenvolvimento de seu ano de estudo, e 80% das bibliotecas nas instituições educacionais, com acesso a redes
(oitenta por cento), pelo menos, o nível desejável; digitais de computadores, inclusive a internet;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
7.17) informatizar integralmente a gestão das escolas públicas, 7.31) universalizar, mediante articulação entre os órgãos res-
bem como promover formação inicial e continuada para os profis- ponsáveis pelas áreas da saúde e da educação, o atendimento aos
sionais que atuam na educação; (às) estudantes da rede escolar pública de educação básica por
7.18) garantir políticas de combate à violência na escola, inclu- meio de ações de prevenção, promoção e atenção à saúde;
sive pelo desenvolvimento de ações destinadas à capacitação de 7.32) promover, com especial ênfase, em consonância com as
educadores para detecção dos sinais de suas causas, como a vio- diretrizes do Plano Nacional do Livro e da Leitura, a formação de
lência doméstica e sexual, favorecendo a adoção das providências leitores e leitoras e a capacitação de professores e professoras e
adequadas para promover a construção da cultura de paz e um am- agentes da comunidade para atuar como mediadores e mediadoras
biente escolar dotado de segurança para a comunidade; da leitura, de acordo com a especificidade das diferentes etapas do
7.19) implementar políticas de inclusão e permanência na es- desenvolvimento e da aprendizagem;
7.33) promover a regulação da oferta da educação básica pela
cola para adolescentes e jovens que se encontram em regime de
iniciativa privada, de forma a garantir a qualidade e o cumprimento
liberdade assistida e em situação de rua, assegurando os princípios
da função social da educação;
da Lei Federal nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança 7.34) desenvolver a Educação Ambiental crítica como prática
e do Adolescente; educativa integrada, contínua e permanente, sendo tratada como
7.20) ampliar na Rede Municipal a política de reconhecimento tema transversal, em conformidade com a legislação em vigor para
e valorização da pluralidade étnicoracial formadora da cultura bra- despertar no educando as consequências das atividades humanas
sileira; e da operação do sistema econômico tal como se organiza, e que
7.21) valorizar, através de ações interdisciplinares, a contribui- contribuem para a degradação ambiental pela exploração irracio-
ção feita pela história, cultura, manifestações artísticas, influência nal dos recursos naturais, considerando o meio ambiente como um
social, econômica e política das sociedades afro-brasileiras e indíge- todo, incluindo as áreas da natureza, a humana, e as questões so-
nas para a formação do povo brasileiro; ciais;
7.22) promover ações para a aplicação das Leis Federais nº 7.35) articular os programas de Educação Ambiental com o es-
11.645, de 10 de março de 2008 e nº 10.639, de 9 de janeiro de tabelecido no Plano Diretor da Cidade e na Política Municipal de
2003 sobre o ensino da História e Cultura Afro-brasileira e Indígena; Meio Ambiente, trabalhando a consciência crítica dos educandos
7.23) promover ações de acompanhamento para aplicação das com relação ao desenvolvimento da sociedade, pautado no respeito
leis federais; aos recursos naturais e no seu uso racional, bem como reconhecer
7.24) divulgar e produzir nos estabelecimentos da Rede Muni- as questões apresentadas pela sustentação do sistema econômico e
cipal de diferentes níveis e modalidades, conhecimentos, posturas sua contribuição para a degradação ambiental, lembrando-se sem-
pre de ressaltar a educação ambiental crítica, levando os alunos a
e valores que eduquem cidadãos quanto ao respeito à pluralidade
questionar sobre a origem de determinado problema, e incidir para
étnico-racial e ao reconhecimento da importância das raízes africa-
a resolução do mesmo;
nas e indígenas na formação da identidade brasileira; 7.36) reconhecer as questões apresentadas pela sustentação
7.25) apoiar e incentivar a valorização e a difusão das manifes- do sistema econômico e sua contribuição para a degradação am-
tações étnico-raciais, tanto afrobrasileiras como as indígenas, bem biental;
como as de outros grupos participantes do processo de civilização 7.37) ressaltar a educação ambiental crítica, levando os alunos
nacional; a questionar sobre a origem de determinados problemas, buscando
7.26) prover, gradativamente, as escolas de material gráfico e soluções para os mesmos;
audiovisual, enfocando a cultura afrobrasileira e indígena, através 7.38) planejar eventos educativos, através de debates e ofici-
do estabelecimento de um programa de aquisição de livros paradi- nas, que favoreçam a sensibilização da comunidade escolar sobre
dáticos, de DVDs, CDs e recursos diversos para serem distribuídos a importância do uso sustentável dos recursos naturais tendo em
às unidades escolares; vista as questões ambientais atuais da cidade, segundo a legislação
7.27) capacitar os docentes de todos os níveis de ensino atra- ambiental em todos os níveis;
vés de cursos, seminários, palestras e oficinas que forneçam conhe- 7.39) estimular o desenvolvimento de projetos no Município
cimentos e subsídios que os tornem capazes de atingir as metas e voltados para a utilização de fontes alternativas de energia (vento,
as estratégias traçadas por este plano; sol e outros), debatendo o surgimento desses tipos de energia, bem
7.28) estabelecer parcerias com ONGs, associações civis, insti- como dos combustíveis fósseis;
tuições e outros que tratem da questão étnico-racial; 7.40) orientar e mobilizar a comunidade escolar para a identi-
ficação, análise e busca de soluções dos conflitos socioambientais;
7.29) consolidar a educação escolar no campo de populações
7.41) transformar o espaço escolar em modelo de preservação
tradicionais, de populações itinerantes e de comunidades indígenas
ambiental e conscientizar a comunidade da necessidade de manu-
e quilombolas, respeitando a articulação entre os ambientes esco- tenção do espaço escolar e da relação entre as pessoas como for-
lares e comunitários e garantindo: o desenvolvimento sustentável e mas de preservação do meio ambiente;
preservação da identidade cultural; a participação da comunidade 7.42) promover debates específicos voltados para a comunida-
na definição do modelo de organização pedagógica e de gestão das de escolar, de forma a enfocar a contribuição do sistema econômico
instituições, consideradas as práticas socioculturais e as formas par- mundial na degradação do ambiente e suas consequências na vida
ticulares de organização do tempo; a reestruturação e a aquisição social, tendo em vista a qualidade de vida e o convívio harmônico
de equipamentos; a oferta de programa para a formação inicial e entre o ser humano e o meio, ações que envolvem a educação am-
continuada de profissionais da educação; e o atendimento em edu- biental;
cação especial; 7.43) garantir uma educação inclusiva, não sexista, não racista
7.30) promover a articulação dos programas da área da educa- e sem discriminação à LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis e
ção com os de outras áreas, como saúde, trabalho e emprego, assis- transexuais);
tência social, esporte e cultura, possibilitando a criação de rede de 7.44) assegurar através de ações afirmativas e interdisciplina-
apoio integral às famílias, como condição para a melhoria da quali- res o combate à intolerância religiosa, ao racismo, orientação sexual
dade educacional; e discriminação nas escolas de ensino médio e profissionalizante;

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
7.45) fomentar e apoiar cursos de formação continuada de pro- 9.7) ampliar a oferta de classes concentradas por área geográ-
fessores no campo da orientação sexual, diversidades étnico-racial fica em escolas-polo de acordo com a demanda;
e religiosa; 9.8) estabelecer parcerias com órgãos públicos federais e esta-
7.46) formar equipes multidisciplinares para avaliação dos li- duais para o oferecimento de exames de ensino médio;
vros didáticos, de modo a eliminar aqueles que apresentem aspec- 9.9) fiscalizar e acompanhar a aplicação de recursos financeiros
tos discriminatórios mencionados na estratégia 7.45; para a manutenção da oferta de educação de jovens, considerando
7.47) promover a divulgação de informações científicas sobre a obrigatoriedade de oferta por cada ente federado;
a orientação sexual, diversidades étnico-racial e religiosa para a co- 9.10) conscientizar os alunos da educação de jovens e adultos
munidade escolar; quanto à importância da educação para inserção no mundo do tra-
7.48) estimular a pesquisa e a difusão de conhecimentos que balho;
contribuam para o combate à violência e à discriminação por into- 9.11) oferecer recursos complementares que garantam a qua-
lerância religiosa, racial e orientação sexual; lidade na educação aos jovens matriculados na Rede Municipal de
7.49) orientar a comunidade escolar para a identificação e re- Ensino;
solução dos conflitos resultantes das práticas discriminatórias elen- 9.12) assegurar a oferta de transporte gratuito e merenda
cadas acima. escolar de qualidade, além de materiais de apoio aos alunos que
META 8: elevar a escolaridade média da população de 18 (de- frequentam os cursos de jovens e adultos na Rede Municipal de
zoito) a 29 (vinte e nove) anos, de modo a alcançar, no mínimo, 12 Ensino;
(doze) anos de estudo no último ano de vigência deste Plano, para 9.13) avaliar periodicamente a qualidade do serviço de trans-
as populações do campo. porte prestado à comunidade escolar, especialmente no que se re-
Estratégias: fere à adequação dos horários dos ônibus aos das aulas;
8.1) promover programas e desenvolver tecnologias para cor- 9.14) manter programas de merenda escolar, sob a supervisão
reção de fluxo, para acompanhamento pedagógico individualizado de pessoal tecnicamente qualificado, garantindo o seu controle de
e para recuperação e progressão parcial (de acordo com o sistema qualidade;
de ensino), bem como priorizar estudantes com rendimento escolar 9.15) manter o fornecimento de materiais pedagógicos, inclusi-
defasado, considerando as especificidades dos segmentos popula-
ve livros didáticos com qualidade e em quantidade suficiente a uma
cionais considerados;
educação de qualidade.
8.2) implementar programas de educação de jovens e adultos
META 10 : oferecer, no mínimo, 25% (vinte e cinco por cento)
para os segmentos populacionais considerados, que estejam fora
das matrículas de educação de jovens e adultos, nos ensinos funda-
da escola e com defasagem idade-série, associados a outras estra-
mental e médio, na forma integrada à educação profissional.
tégias que garantam a continuidade da escolarização, após a alfa-
Estratégias:
betização inicial;
10.1) implementar cursos de educação de jovens e adultos vol-
8.3) garantir acesso gratuito a exames de certificação da con-
tados à conclusão do ensino fundamental e à formação profissional
clusão dos ensinos fundamental e médio;
8.4) promover, em parceria com as áreas de saúde e assistência inicial, de forma a estimular a conclusão da educação básica;
social, o acompanhamento e o monitoramento do acesso à escola 10.2) expandir as matrículas na educação de jovens e adultos,
para a garantia de frequência e apoio à aprendizagem, de maneira de modo a articular a formação inicial e continuada de trabalhado-
a estimular a ampliação do atendimento desses (as) estudantes na res com a educação profissional, objetivando a elevação do nível de
rede pública regular de ensino; escolaridade do trabalhador e da trabalhadora;
8.5) promover busca ativa de jovens fora da escola pertencen- 10.3) fomentar a integração da educação de jovens e adultos
tes aos segmentos populacionais considerados, em parceria com as com a educação profissional, em cursos planejados, de acordo com
áreas de assistência social, saúde e proteção à juventude. as características do público da educação de jovens e adultos e con-
META 9: erradicar o analfabetismo no Município e reintegrar siderando as especificidades das populações itinerantes e do cam-
jovens e adultos na sociedade, permitindo-lhes acesso à vida cultu- po e das comunidades indígenas e quilombolas, inclusive na moda-
ral e profissional. lidade de educação a distância;
Estratégias: 10.4) ampliar as oportunidades profissionais dos jovens e
9.1) realizar periodicamente mapeamento, por meio de censo adultos com deficiência e baixo nível de escolaridade, por meio do
educacional da população analfabeta, por regiões educacionais ge- acesso à educação de jovens e adultos articulada à educação pro-
ográficas do Município, visando localizar a demanda; fissional;
9.2) desenvolver parcerias com órgãos públicos e privados para 10.5) adquirir equipamentos para escolas públicas e aderir a
o aproveitamento de espaços ociosos e financiamento de recursos programas nacionais de reestruturação existentes, visando à ex-
materiais e humanos, a fim de atingir a meta estabelecida; pansão e à melhoria da rede física de escolas públicas que atuam
9.3) ampliar e manter a educação de jovens e adultos conforme na educação de jovens e adultos integrada à educação profissional,
a demanda; garantindo acessibilidade à pessoa com deficiência;
9.4) garantir a oferta de educação de jovens e adultos a todos 10.6) estimular a diversificação curricular da educação de jo-
aqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no en- vens e adultos, articulando a formação básica e a preparação para
sino fundamental e médio, por meio de parcerias com empresas e o mundo do trabalho e estabelecendo inter-relações entre teoria e
instituições; prática, nos eixos da ciência, do trabalho, da tecnologia e da cultura
9.5) assegurar gratuitamente aos jovens e adultos, oportuni- e cidadania, de forma a organizar o tempo e o espaço pedagógicos
dades educacionais apropriadas, consideradas as características do adequados às características desses alunos e alunas;
alunado, seus interesses, condições de vida e de trabalho mediante 10.7) fomentar a produção de material didático, o desenvolvi-
cursos e exames; mento de currículos e metodologias específicas, os instrumentos
9.6) ampliar de forma progressiva a oferta de ensino funda- de avaliação, o acesso a equipamentos e laboratórios e a formação
mental na rede municipal através de cursos presenciais, regulares, continuada de docentes das redes públicas que atuam na educação
supletivos e semipresenciais (Centros de Estudos Supletivos); de jovens e adultos articulada à educação profissional;

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
10.8) fomentar a oferta pública de formação inicial e continu- Estratégias:
ada para trabalhadores e trabalhadoras articulada à educação de 13.1) acompanhar os resultados do Exame Nacional de Desem-
jovens e adultos, em regime de colaboração e com apoio de entida- penho de Estudantes – ENADE, tendo como referência as institui-
des privadas de formação profissional vinculadas ao sistema sindi- ções de ensino superior estabelecidas no Município visando o apro-
cal e de entidades sem fins lucrativos de atendimento à pessoa com veitamento dos habilitados no mercado de trabalho;
deficiência, com atuação exclusiva na modalidade; 13.2) firmar parceria, através de estágio, com as instituições de
10.9) implementar mecanismos de reconhecimento de saberes ensino superior estabelecidas no Município para melhoria da qua-
dos jovens e adultos trabalhadores, a serem considerados na arti- lidade dos cursos de pedagogia e licenciaturas, integrando-os às
culação curricular dos cursos de formação inicial e continuada e dos demandas e necessidades das redes de educação básica, de modo
cursos técnicos de nível médio. a permitir aos graduandos a combinação entre formação geral e
META 11 : ampliar as matrículas da educação profissional técni- específica com a prática didática, incluindo a educação para as re-
ca de nível médio, assegurando a qualidade da oferta e a expansão lações étnico-raciais, a diversidade e as necessidades das pessoas
no segmento público. com deficiência;
Estratégias: 13.3) possibilitar atividades de pesquisa de pós-graduação
11.1) buscar a expansão da oferta de educação profissional téc- stricto sensu articulada à prática docente;
nica de nível médio na rede pública estadual de ensino; 13.4) acompanhar gradualmente a taxa de conclusão média
11.2) estimular a expansão do estágio na educação profissional dos cursos de graduação presenciais de ensino superior público e
técnica de nível médio e do ensino médio regular, preservando-se divulgar os cursos existentes de modo a estimular o ingresso dos
seu caráter pedagógico integrado ao itinerário formativo do aluno, concluintes do ensino médio.
visando à formação de qualificações próprias da atividade profis- META 14: Incentivar a matrícula em cursos de pós-graduação
sional, à contextualização curricular e ao desenvolvimento da ju- stricto sensu, de modo a elevar o número de docentes com titula-
ventude; ção de mestres e doutores no Município.
11.3) estimular a oferta de matrículas gratuitas de educação Estratégias:
profissional técnica de nível médio pelas entidades privadas de for- 14.1) apoiar e incentivar a especialização de docentes através
mação profissional vinculadas ao sistema sindical e entidades sem de cursos de pós graduação stricto sensu, mediante parcerias;
fins lucrativos de atendimento à pessoa com deficiência, com atua- 14.2) autorizar licenças remuneradas para o desenvolvimento
ção exclusiva na modalidade; de estudos stricto sensu (mestrado e doutorado), mediante apro-
11.4) expandir o atendimento do ensino médio gratuito inte- vação de projeto vinculado à área de atuação, sendo renovada se-
grado à formação profissional para as populações do campo e para mestralmente, na proporção estabelecida na legislação vigente em
as comunidades indígenas e quilombolas, de acordo com os seus cada sistema;
interesses e necessidades; 14.3) autorizar redução de carga horária de trabalho docente
11.5) reduzir as desigualdades étnico-raciais e regionais no em até 50% (cinquenta por cento) da carga horária semanal para
acesso e permanência na educação profissional técnica de nível docentes que cursarem pós-graduação stricto sensu em educação à
médio, inclusive mediante a adoção de políticas afirmativas, na for- distância, mediante aprovação de projeto vinculado à área de atu-
ma da lei. ação, sendo renovada semestralmente, na proporção estabelecida
META 12: articular ações que visem à expansão do ensino supe- na legislação vigente em cada sistema;
rior, buscando a implantação de cursos de graduação e de pós-gra- 14.4) incentivar a participação dos docentes em congressos,
duação, preferencialmente em instituições públicas. seminários, encontros e colóquios nacionais e internacionais com
12.1) ampliar a oferta de graduação e pós-graduação com cur- apoio financeiro, mediante apresentação prévia de documentos
sos que atendam aos interesses da população local, garantindo seu que comprovem uma linha de pesquisa, com o firme compromisso
acesso de forma igualitária através de ações afirmativas e políticas de replicar o conhecimento adquirido com os seus pares.
públicas de permanência; META 15: compor o quadro do magistério municipal com 100%
12.2) firmar convênios com instituições de ensino superior, (cem por cento) de professores formados em nível superior, apro-
para criação de novos cursos de graduação e pós-graduação, na for- vados em concurso público, tanto os estatutários quanto os tem-
ma presencial e semipresencial; porários.
12.3) articular ações com os governos estadual e federal para Estratégias:
implantação, manutenção e permanência de campus universitários 15.1) definir programa de apoio e incentivo ao pessoal docente
públicos no Município; para sua habilitação em nível superior;
12.4) garantir transporte público gratuito aos alunos regular- 15.2) realizar concursos públicos para o magistério, preferen-
mente matriculados em instituições de ensino superior situadas na cialmente com exigência de curso superior para todos os níveis de
cidade; ensino, inclusive para professores bilíngues, tradutores e intérpre-
12.5) viabilizar e/ou buscar parcerias e/ou convênios para aju- tes de Libras e professores “brailistas”;
da de custo para alunos de graduação que estudam em outros mu- 15.3) criar programas de apoio e incentivo ao pessoal docente
nicípios ou em universidades na própria cidade; para sua efetiva valorização profissional, inclusive através de convê-
12.6) realizar campanhas de incentivo ao ingresso ao ensino nios com universidades públicas;
superior e divulgação dos cursos de ensino superior público exis- 15.4) garantir subsídios teóricos e práticos a todos os profissio-
tentes. nais envolvidos no processo de ensino, de forma a assegurar qua-
META 13: acompanhar a qualidade da educação superior e ve- lidade pedagógica, contribuindo para a efetiva aprendizagem dos
rificar o aumento da proporcionalidade de mestres e doutores do alunos.
corpo docente em efetivo exercício nas instituições localizadas no META 16: definir programa de apoio e incentivo ao pessoal do-
Município. cente para formação em nível de pós-graduação e garantir “Progra-
ma de Formação Continuada” para os profissionais da educação,
atendendo às necessidades e autonomia de cada escola.

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Estratégias: 17.2) avaliar bienalmente o Plano de Carreira para os (as) pro-
16.1) definir programa de apoio e incentivo ao pessoal docente fissionais do magistério das redes públicas de educação básica,
para sua habilitação em nível de pós-graduação; observados os critérios estabelecidos na Lei Federal nº 11.738, de
16.2) organizar e dinamizar programas permanentes de forma- 16 de julho de 2008, com implantação gradual do cumprimento da
ção para os profissionais de educação, adotando métodos e instru- jornada de trabalho em um único estabelecimento escolar;
mentos apropriados às necessidades específicas detectadas; 17.3) buscar assistência financeira específica junto à União
16.3) definir programas de formação continuada, estabelecen- para implementação de políticas de valorização dos (as) profissio-
do prioridades quanto à execução e participação dos profissionais nais do magistério.
da educação, garantindo a produção e reprodução de material de META 18: revisar e implementar modificações no Plano de Car-
apoio; gos e Salários do Magistério Municipal.
16.4) estabelecer parcerias ou convênios com instituições pú- Estratégias:
blicas, privadas ou não governamentais para o desenvolvimento de 18.1) valorizar o profissional da educação com vistas à melhoria
projetos de formação continuada; da qualidade de ensino;
16.5) oferecer cursos de Libras e Braille à comunidade escolar, 18.2) recompor as perdas salariais dos profissionais da educa-
visando à inclusão de alunos com deficiência auditiva e visual; ção, anualmente, segundo estudos realizados por instituições de
16.6) apoiar e incentivar a capacitação dos profissionais de pesquisas de questões salariais;
educação em cursos de graduação e pósgraduação lato sensu e 18.3) criar comissão paritária, com representantes do gover-
stricto sensu gratuitos através de parcerias e aceitá-los como carga no, dos profissionais da educação e representantes do “SEPE Lagos”
horária de formação continuada; para revisão do Plano de Cargos e Salários, eleitos pelos respectivos
16.7) ofertar cursos e palestras que ajudem os profissionais da pares;
educação na ação pedagógica, nos casos de alunos inclusos; 18.4) assegurar a saúde dos profissionais da educação, segun-
16.8) favorecer o crescimento profissional e cultural dos profis- do estudos da Organização Mundial de Saúde e da Secretaria Mu-
sionais da educação; nicipal de Saúde, levando em conta as orientações dos Conselhos
da Educação;
16.9) criar oportunidades e incentivos diversos para propor-
18.5) garantir atendimento médico e profissional especializado
cionar ao profissional acesso a conhecimentos educacionais e ao
(fonoaudiologia, oftalmologia, neurologia, psiquiatria, psicologia,
patrimônio cultural da humanidade, assegurando-lhe cultura geral;
otorrinolaringologia, nutrição, fisioterapia), acesso à cultura, ao
16.10) construir espaço físico destinado a atualização, estudo
lazer, qualidade de vida, financiamento habitacional e assessoria
e pesquisa dos profissionais do Sistema Municipal de Ensino com:
jurídica;
a) dotação de recursos audiovisuais (TVs, DVDs, data-show,
18.6) promover valorização dos profissionais da educação na
aparelho de som e outros) e universalização da internet;
comunidade escolar através de:
b) dotação de recursos financeiros para a manutenção e para
a) criação da semana da escola promotora de saúde, preferen-
realização de projetos;
cialmente na semana do Dia Mundial de Saúde;
c) aquisição e implantação de recursos tecnológicos e huma- b) criação de um centro de referência de saúde dos profissio-
nos que favoreçam o acesso à pesquisa de caráter pedagógico e nais da educação, para atendimento e prevenção de doenças relati-
educacional; vas à atuação profissional;
d) criação dos acervos bibliográfico e virtual relativo à área pe- c) criação de um departamento jurídico na Secretaria Munici-
dagógica e educacional para empréstimos e consultas aos profis- pal de Educação para apoio aos profissionais da educação da Rede
sionais; Municipal.
e) dotação de recursos humanos para dinamização das ações META 19: promover a melhoria do trabalho pedagógico, da ro-
discriminadas, através de grupos de trabalho e pesquisa; tina administrativa, da qualidade do ensino, da aprendizagem e do
16.11) incentivar a participação dos profissionais da educação atendimento a toda comunidade escolar.
em congressos, seminários, encontros e colóquios nacionais e inter- Estratégias:
nacionais com apoio financeiro, mediante apresentação prévia de 19.1) adequar as equipes técnico-pedagógicas e técnico-admi-
documentos que comprovem uma linha de pesquisa, com o firme nistrativas das unidades escolares, de acordo com suas necessida-
compromisso de replicar o conhecimento adquirido com os seus des específicas;
pares; 19.2) realizar concurso público para todos os cargos e funções
16.12) criar um programa de incentivo à cultura com apoio fi- da Rede Municipal, incluindo nutricionista, Tecnologia da Informa-
nanceiro, na aquisição de livros, equipamentos ou na participação ção, procuradoria, dentre outros, e ampliar o número de técnicos
em eventos culturais; existentes levando em consideração o número real de vagas, bem
16.13) autorizar licenças remuneradas para desenvolver estu- como a nomeação de candidatos aprovados, caso surjam novas va-
dos stricto sensu (mestrado e doutorado), mediante edital, de acor- gas no período de vigência do concurso;
do com o Plano de Cargos e Salários, além de cursos de capacitação 19.3) oferecer apoio técnico e capacitações permanentes para
e atualização. garantir a qualidade do trabalho realizado pelas equipes adminis-
META 17: valorizar os (as) profissionais do magistério das redes trativas e pedagógicas;
públicas de educação básica de forma a equiparar seu rendimento 19.4) vincular o exercício da gestão escolar da rede municipal
médio ao dos (as) demais profissionais com escolaridade equivalen- aos programas de capacitação ou aperfeiçoamento reconhecidos e/
te, até o final da vigência do PME. ou promovidos pela Secretaria Municipal de Educação;
Estratégias: 19.5) ampliar a autonomia administrativa e pedagógica das es-
17.1) participar do fórum permanente, a ser constituído por colas, assegurando a gestão financeira de recursos, a implantação e
iniciativa do Ministério da Educação, para acompanhamento da manutenção dos Conselhos Escolares e Conselhos diretamente liga-
atualização progressiva do valor do piso salarial nacional para os dos à educação, bem como o processo de consulta para indicação
profissionais do magistério público da educação básica; das direções das escolas;

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
19.6) garantir a integração escola-comunidade, possibilitando a contribuição social do salário-educação, e a parcela da participação
gestão democrática e o atendimento às peculiaridades locais, esta- no resultado ou da compensação financeira pela exploração do pe-
belecendo normas e diretrizes gerais desburocratizantes e flexíveis, tróleo e gás natural;
que estimulem a iniciativa inovadora das instituições escolares; 20.3) implantar mecanismos de acompanhamento da aplica-
19.7) estabelecer critérios para a composição e o funciona- ção da contribuição social do salárioeducação;
mento dos Conselhos Escolares, em consonância com as diretrizes 20.4) fortalecer os mecanismos e os instrumentos que assegu-
educacionais; rem, nos termos do parágrafo único do art. 48 da Lei Complementar
19.8) implantar, qualificar, fortalecer e atualizar os Conselhos Federal nº 101, de 4 de maio de 2000, a transparência e o controle
Escolares e Conselhos diretamente ligados à educação e conscienti- social na utilização dos recursos públicos aplicados em educação,
zar os Conselheiros de suas funções e responsabilidades na gestão especialmente a realização de audiências públicas, a criação de
escolar, incentivando-os à capacitação permanente; portais eletrônicos de transparência e a capacitação dos membros
19.9) assegurar a consulta à comunidade escolar para escolha de conselhos de acompanhamento e controle social do FUNDEB,
das direções das escolas da Rede Municipal, conforme previsto na com a colaboração entre o Ministério da Educação, as Secretarias
legislação em vigor; de Educação dos Estados e dos Municípios e os Tribunais de Contas
19.10) incentivar a participação da comunidade na gestão, ma- da União, dos Estados e dos Municípios;
nutenção e melhoria das condições de funcionamento das escolas 20.5) adequar-se ao Custo Aluno-Qualidade Inicial – CAQi, a
através dos Conselhos Escolares; partir de sua implantação, referenciado no conjunto de padrões mí-
19.11) assegurar a autonomia financeira, por meio de repasses nimos estabelecidos na legislação educacional e cujo inanciamento
de verbas diretamente às escolas públicas para gestão das despesas será calculado com base nos respectivos insumos indispensáveis ao
necessárias à execução do seu Projeto Político Pedagógico; processo de ensinoaprendizagem e será progressivamente reajus-
19.12) estabelecer estratégias para garantir o acesso público às tado até a implementação plena do Custo Aluno Qualidade - CAQ;
informações pertinentes a todos os recursos financeiros recebidos 20.6) utilizar o Custo Aluno Qualidade – CAQ, definido no PNE,
e da sua utilização pelas unidades escolares, prioritariamente em como parâmetro para o financiamento da educação de todas etapas
ambiente virtual, de forma a facilitar a consulta rápida de toda a e modalidades da educação básica, a partir do cálculo e do acom-
comunidade escolar; panhamento regular dos indicadores de gastos educacionais com
19.13) informatizar todo o Sistema Municipal de Ensino, inter- investimentos em qualificação e remuneração do pessoal docente e
ligando em rede a SEME, as Unidades Escolares e os Conselhos Mu- dos demais profissionais da educação pública, em aquisição, manu-
nicipais que atuam na área de Educação, por meio da utilização de tenção, construção e conservação de instalações e equipamentos
instrumento ágil e universalizado; necessários ao ensino e em aquisição de material didático-escolar,
19.14) aperfeiçoar a informatização, visando o compartilha- alimentação e transporte escolar;
mento de dados entre todos os componentes do sistema municipal 20.7) acompanhar a regulamentação do parágrafo único do art.
de ensino, garantindo a transparência e o acesso às informações 23 e o art. 211 da Constituição Federal, no prazo de 2 (dois) anos,
pela comunidade escolar; por lei complementar, de forma a estabelecer as normas de coope-
19.15) dotar todos os órgãos municipais de educação e uni- ração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
dades escolares do sistema municipal de ensino de infraestrutura em matéria educacional, e a articulação do sistema nacional de
necessária para a implantação de uma rede informatizada de co- educação em regime de colaboração, com equilíbrio na repartição
municação; das responsabilidades e dos recursos e efetivo cumprimento das
19.16) desenvolver sistemas informatizados que atendam aos funções redistributiva e supletiva da União no combate às desigual-
setores administrativos e pedagógicos, com a finalidade de possibi- dades educacionais regionais;
litar o controle, acompanhamento e padronização de procedimen- 20.8) requerer à União, na forma da lei, a complementação de
tos; recursos financeiros caso o Município não consiga atingir o valor do
19.17) implantar sistema integrado de gestão educacional para Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) e, posteriormente, do Custo
informatizar tarefas administrativas e pedagógicas, permitindo a vi- Aluno Qualidade Inicial (CAQ);
sualização dos dados das escolas que compõem a Rede Municipal 20.9) adequar-se à Lei de Responsabilidade Educacional (com
de Ensino; criação prevista no PNE), a partir de sua vigência, assegurando pa-
19.18) ampliar o processo de capacitação dos profissionais da drão de qualidade na educação básica, em cada sistema e rede de
educação da Rede Municipal em tecnologia da informação, cons- ensino, aferida pelo processo de metas de qualidade aferidas por
cientizando-os da importância dessa formação. institutos oficiais de avaliação educacionais;
META 20: ampliar o investimento público em educação pública 20.10) adequar-se aos critérios para distribuição dos recursos
visando alcançar o índice de 30% (trinta por cento), com recursos adicionais dirigidos à educação ao longo do decênio, que conside-
oriundos do Produto Interno Bruto – PIB. Estratégias: rem a equalização das oportunidades educacionais, a vulnerabilida-
20.1) aplicar os recursos oriundos de fontes de financiamen- de socioeconômica e o compromisso técnico e de gestão do sistema
to permanentes e sustentáveis para todos os níveis, etapas e mo- de ensino, a serem pactuados na instância prevista no § 5º do art.
dalidades da educação básica, observando-se as políticas de cola- 7º da Lei Federal nº 13.005, de 2014 - PNE.
boração entre os entes federados, em especial as decorrentes do
art. 60 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias e do §
1º do art. 75 da Lei nº 9.394, de 1996, que tratam a capacidade de
atendimento e do esforço fiscal de cada ente federado, com vistas
a atender as demandas educacionais à luz do padrão de qualidade
nacional;
20.2) garantir o cumprimento das diretrizes de aplicação dos
recursos públicos vinculados constitucionalmente (arts. 212 e 214,
caput e inciso VI da Constituição Federal) à manutenção e desen-
volvimento do ensino municipal, assim como do repasse federal da

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobili-
13 – LBI. dade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade
de vida e inclusão social;
LEI Nº 13.146, DE 6 DE JULHO DE 2015. IV - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor-
tamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem
Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Es- como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibili-
tatuto da Pessoa com Deficiência). dade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao
acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança,
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Na- entre outros, classificadas em:
cional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços
públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo;
LIVRO I b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos
PARTE GERAL e privados;
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios
TÍTULO I de transportes;
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer en-
trave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou im-
CAPÍTULO I possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de infor-
DISPOSIÇÕES GERAIS mações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnolo-
gia da informação;
Art. 1º É instituída a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com e) barreiras atitudinais: atitudes ou comportamentos que im-
Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência), destinada a as- peçam ou prejudiquem a participação social da pessoa com defi-
segurar e a promover, em condições de igualdade, o exercício dos ciência em igualdade de condições e oportunidades com as demais
direitos e das liberdades fundamentais por pessoa com deficiência, pessoas;
visando à sua inclusão social e cidadania. f) barreiras tecnológicas: as que dificultam ou impedem o aces-
Parágrafo único. Esta Lei tem como base a Convenção sobre os so da pessoa com deficiência às tecnologias;
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo, V - comunicação: forma de interação dos cidadãos que abrange,
ratificados pelo Congresso Nacional por meio do Decreto Legislativo entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasileira de Sinais
nº 186, de 9 de julho de 2008 , em conformidade com o procedi- (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema de sinalização
ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os dispositivos
mento previsto no § 3º do art. 5º da Constituição da República Fed-
multimídia, assim como a linguagem simples, escrita e oral, os sis-
erativa do Brasil , em vigor para o Brasil, no plano jurídico externo,
temas auditivos e os meios de voz digitalizados e os modos, meios e
desde 31 de agosto de 2008, e promulgados pelo Decreto nº 6.949,
formatos aumentativos e alternativos de comunicação, incluindo as
de 25 de agosto de 2009 , data de início de sua vigência no plano
tecnologias da informação e das comunicações;
interno.
VI - adaptações razoáveis: adaptações, modificações e ajustes
Art. 2º Considera-se pessoa com deficiência aquela que tem
necessários e adequados que não acarretem ônus desproporcional
impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual
e indevido, quando requeridos em cada caso, a fim de assegurar
ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode
que a pessoa com deficiência possa gozar ou exercer, em igualdade
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições e oportunidades com as demais pessoas, todos os di-
de condições com as demais pessoas. reitos e liberdades fundamentais;
§ 1º A avaliação da deficiência, quando necessária, será biopsi- VII - elemento de urbanização: quaisquer componentes de
cossocial, realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar e obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação,
considerará: (Vigência) saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia
I - os impedimentos nas funções e nas estruturas do corpo; elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação,
II - os fatores socioambientais, psicológicos e pessoais; abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materi-
III - a limitação no desempenho de atividades; e alizam as indicações do planejamento urbanístico;
IV - a restrição de participação. VIII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas
§ 2º O Poder Executivo criará instrumentos para avaliação da vias e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos ele-
deficiência. (Vide Lei nº 13.846, de 2019) mentos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modifi-
Art. 3º Para fins de aplicação desta Lei, consideram-se: cação ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para uti- elementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares,
lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi- terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes
pamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comuni- de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer
cação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros outros de natureza análoga;
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou priva- IX - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por
dos de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou
com deficiência ou com mobilidade reduzida; temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibil-
II - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, pro- idade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso,
gramas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem neces- gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso;
sidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos X - residências inclusivas: unidades de oferta do Serviço de
de tecnologia assistiva; Acolhimento do Sistema Único de Assistência Social (Suas) localiza-
III - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipa- das em áreas residenciais da comunidade, com estruturas adequa-
mentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas das, que possam contar com apoio psicossocial para o atendimento
e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à das necessidades da pessoa acolhida, destinadas a jovens e adultos

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
com deficiência, em situação de dependência, que não dispõem de Art. 8º É dever do Estado, da sociedade e da família assegurar
condições de autossustentabilidade e com vínculos familiares fra- à pessoa com deficiência, com prioridade, a efetivação dos direitos
gilizados ou rompidos; referentes à vida, à saúde, à sexualidade, à paternidade e à materni-
XI - moradia para a vida independente da pessoa com deficiên- dade, à alimentação, à habitação, à educação, à profissionalização,
cia: moradia com estruturas adequadas capazes de proporcionar ao trabalho, à previdência social, à habilitação e à reabilitação, ao
serviços de apoio coletivos e individualizados que respeitem e am- transporte, à acessibilidade, à cultura, ao desporto, ao turismo, ao
pliem o grau de autonomia de jovens e adultos com deficiência; lazer, à informação, à comunicação, aos avanços científicos e tec-
XII - atendente pessoal: pessoa, membro ou não da família, nológicos, à dignidade, ao respeito, à liberdade, à convivência famil-
que, com ou sem remuneração, assiste ou presta cuidados básicos e iar e comunitária, entre outros decorrentes da Constituição Federal,
essenciais à pessoa com deficiência no exercício de suas atividades da Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e seu
diárias, excluídas as técnicas ou os procedimentos identificados Protocolo Facultativo e das leis e de outras normas que garantam
com profissões legalmente estabelecidas; seu bem-estar pessoal, social e econômico.
XIII - profissional de apoio escolar: pessoa que exerce ativi-
dades de alimentação, higiene e locomoção do estudante com de- SEÇÃO ÚNICA
ficiência e atua em todas as atividades escolares nas quais se fizer DO ATENDIMENTO PRIORITÁRIO
necessária, em todos os níveis e modalidades de ensino, em institu-
ições públicas e privadas, excluídas as técnicas ou os procedimentos Art. 9º A pessoa com deficiência tem direito a receber atendi-
identificados com profissões legalmente estabelecidas; mento prioritário, sobretudo com a finalidade de:
XIV - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com de- I - proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
ficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente II - atendimento em todas as instituições e serviços de atendi-
pessoal. mento ao público;
III - disponibilização de recursos, tanto humanos quanto tec-
CAPÍTULO II nológicos, que garantam atendimento em igualdade de condições
DA IGUALDADE E DA NÃO DISCRIMINAÇÃO com as demais pessoas;
IV - disponibilização de pontos de parada, estações e terminais
Art. 4º Toda pessoa com deficiência tem direito à igualdade de acessíveis de transporte coletivo de passageiros e garantia de segu-
oportunidades com as demais pessoas e não sofrerá nenhuma es- rança no embarque e no desembarque;
pécie de discriminação. V - acesso a informações e disponibilização de recursos de co-
§ 1º Considera-se discriminação em razão da deficiência toda municação acessíveis;
forma de distinção, restrição ou exclusão, por ação ou omissão, VI - recebimento de restituição de imposto de renda;
que tenha o propósito ou o efeito de prejudicar, impedir ou anu- VII - tramitação processual e procedimentos judiciais e admin-
lar o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das liberdades istrativos em que for parte ou interessada, em todos os atos e dil-
fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de ad- igências.
aptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas. § 1º Os direitos previstos neste artigo são extensivos ao acom-
§ 2º A pessoa com deficiência não está obrigada à fruição de panhante da pessoa com deficiência ou ao seu atendente pessoal,
benefícios decorrentes de ação afirmativa. exceto quanto ao disposto nos incisos VI e VII deste artigo.
Art. 5º A pessoa com deficiência será protegida de toda forma § 2º Nos serviços de emergência públicos e privados, a priori-
de negligência, discriminação, exploração, violência, tortura, cruel- dade conferida por esta Lei é condicionada aos protocolos de aten-
dade, opressão e tratamento desumano ou degradante. dimento médico.
Parágrafo único. Para os fins da proteção mencionada no caput
deste artigo, são considerados especialmente vulneráveis a criança, TÍTULO II
o adolescente, a mulher e o idoso, com deficiência. DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS
Art. 6º A deficiência não afeta a plena capacidade civil da pes-
soa, inclusive para: CAPÍTULO I
I - casar-se e constituir união estável; DO DIREITO À VIDA
II - exercer direitos sexuais e reprodutivos;
III - exercer o direito de decidir sobre o número de filhos e de Art. 10. Compete ao poder público garantir a dignidade da pes-
ter acesso a informações adequadas sobre reprodução e planeja- soa com deficiência ao longo de toda a vida.
mento familiar; Parágrafo único. Em situações de risco, emergência ou estado
IV - conservar sua fertilidade, sendo vedada a esterilização de calamidade pública, a pessoa com deficiência será considerada
compulsória; vulnerável, devendo o poder público adotar medidas para sua pro-
V - exercer o direito à família e à convivência familiar e comu- teção e segurança.
nitária; e Art. 11. A pessoa com deficiência não poderá ser obrigada a
VI - exercer o direito à guarda, à tutela, à curatela e à adoção, se submeter a intervenção clínica ou cirúrgica, a tratamento ou a
como adotante ou adotando, em igualdade de oportunidades com institucionalização forçada.
as demais pessoas. Parágrafo único. O consentimento da pessoa com deficiência
Art. 7º É dever de todos comunicar à autoridade competente em situação de curatela poderá ser suprido, na forma da lei.
qualquer forma de ameaça ou de violação aos direitos da pessoa Art. 12. O consentimento prévio, livre e esclarecido da pessoa
com deficiência. com deficiência é indispensável para a realização de tratamento,
Parágrafo único. Se, no exercício de suas funções, os juízes e procedimento, hospitalização e pesquisa científica.
os tribunais tiverem conhecimento de fatos que caracterizem as § 1º Em caso de pessoa com deficiência em situação de curate-
violações previstas nesta Lei, devem remeter peças ao Ministério la, deve ser assegurada sua participação, no maior grau possível,
Público para as providências cabíveis. para a obtenção de consentimento.

35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
§ 2º A pesquisa científica envolvendo pessoa com deficiência CAPÍTULO III
em situação de tutela ou de curatela deve ser realizada, em caráter DO DIREITO À SAÚDE
excepcional, apenas quando houver indícios de benefício direto
para sua saúde ou para a saúde de outras pessoas com deficiência e Art. 18. É assegurada atenção integral à saúde da pessoa com
desde que não haja outra opção de pesquisa de eficácia comparável deficiência em todos os níveis de complexidade, por intermédio do
com participantes não tutelados ou curatelados. SUS, garantido acesso universal e igualitário.
Art. 13. A pessoa com deficiência somente será atendida sem § 1º É assegurada a participação da pessoa com deficiência na
seu consentimento prévio, livre e esclarecido em casos de risco de elaboração das políticas de saúde a ela destinadas.
morte e de emergência em saúde, resguardado seu superior inter- § 2º É assegurado atendimento segundo normas éticas e téc-
esse e adotadas as salvaguardas legais cabíveis. nicas, que regulamentarão a atuação dos profissionais de saúde e
contemplarão aspectos relacionados aos direitos e às especifici-
CAPÍTULO II dades da pessoa com deficiência, incluindo temas como sua digni-
DO DIREITO À HABILITAÇÃO E À REABILITAÇÃO dade e autonomia.
§ 3º Aos profissionais que prestam assistência à pessoa com
Art. 14. O processo de habilitação e de reabilitação é um direito deficiência, especialmente em serviços de habilitação e de reabili-
da pessoa com deficiência. tação, deve ser garantida capacitação inicial e continuada.
Parágrafo único. O processo de habilitação e de reabilitação § 4º As ações e os serviços de saúde pública destinados à pes-
tem por objetivo o desenvolvimento de potencialidades, talentos, soa com deficiência devem assegurar:
habilidades e aptidões físicas, cognitivas, sensoriais, psicossociais, I - diagnóstico e intervenção precoces, realizados por equipe
atitudinais, profissionais e artísticas que contribuam para a conquis- multidisciplinar;
ta da autonomia da pessoa com deficiência e de sua participação II - serviços de habilitação e de reabilitação sempre que
social em igualdade de condições e oportunidades com as demais necessários, para qualquer tipo de deficiência, inclusive para a ma-
pessoas. nutenção da melhor condição de saúde e qualidade de vida;
Art. 15. O processo mencionado no art. 14 desta Lei baseia-se III - atendimento domiciliar multidisciplinar, tratamento ambu-
em avaliação multidisciplinar das necessidades, habilidades e po- latorial e internação;
tencialidades de cada pessoa, observadas as seguintes diretrizes: IV - campanhas de vacinação;
I - diagnóstico e intervenção precoces; V - atendimento psicológico, inclusive para seus familiares e at-
II - adoção de medidas para compensar perda ou limitação fun- endentes pessoais;
cional, buscando o desenvolvimento de aptidões; VI - respeito à especificidade, à identidade de gênero e à orien-
III - atuação permanente, integrada e articulada de políticas tação sexual da pessoa com deficiência;
públicas que possibilitem a plena participação social da pessoa com VII - atenção sexual e reprodutiva, incluindo o direito à ferti-
deficiência; lização assistida;
IV - oferta de rede de serviços articulados, com atuação inter- VIII - informação adequada e acessível à pessoa com deficiência
setorial, nos diferentes níveis de complexidade, para atender às ne- e a seus familiares sobre sua condição de saúde;
cessidades específicas da pessoa com deficiência; IX - serviços projetados para prevenir a ocorrência e o desen-
V - prestação de serviços próximo ao domicílio da pessoa com volvimento de deficiências e agravos adicionais;
deficiência, inclusive na zona rural, respeitadas a organização das X - promoção de estratégias de capacitação permanente das
equipes que atuam no SUS, em todos os níveis de atenção, no at-
Redes de Atenção à Saúde (RAS) nos territórios locais e as normas
endimento à pessoa com deficiência, bem como orientação a seus
do Sistema Único de Saúde (SUS).
atendentes pessoais;
Art. 16. Nos programas e serviços de habilitação e de reabili-
XI - oferta de órteses, próteses, meios auxiliares de locomoção,
tação para a pessoa com deficiência, são garantidos:
medicamentos, insumos e fórmulas nutricionais, conforme as nor-
I - organização, serviços, métodos, técnicas e recursos para at-
mas vigentes do Ministério da Saúde.
ender às características de cada pessoa com deficiência;
§ 5º As diretrizes deste artigo aplicam-se também às institu-
II - acessibilidade em todos os ambientes e serviços;
ições privadas que participem de forma complementar do SUS ou
III - tecnologia assistiva, tecnologia de reabilitação, materiais e que recebam recursos públicos para sua manutenção.
equipamentos adequados e apoio técnico profissional, de acordo Art. 19. Compete ao SUS desenvolver ações destinadas à pre-
com as especificidades de cada pessoa com deficiência; venção de deficiências por causas evitáveis, inclusive por meio de:
IV - capacitação continuada de todos os profissionais que par- I - acompanhamento da gravidez, do parto e do puerpério, com
ticipem dos programas e serviços. garantia de parto humanizado e seguro;
Art. 17. Os serviços do SUS e do Suas deverão promover ações II - promoção de práticas alimentares adequadas e saudáveis,
articuladas para garantir à pessoa com deficiência e sua família a vigilância alimentar e nutricional, prevenção e cuidado integral dos
aquisição de informações, orientações e formas de acesso às políti- agravos relacionados à alimentação e nutrição da mulher e da cri-
cas públicas disponíveis, com a finalidade de propiciar sua plena ança;
participação social. III - aprimoramento e expansão dos programas de imunização
Parágrafo único. Os serviços de que trata o caput deste artigo e de triagem neonatal;
podem fornecer informações e orientações nas áreas de saúde, de IV - identificação e controle da gestante de alto risco.
educação, de cultura, de esporte, de lazer, de transporte, de prev- Art. 20. As operadoras de planos e seguros privados de saúde
idência social, de assistência social, de habitação, de trabalho, de são obrigadas a garantir à pessoa com deficiência, no mínimo, todos
empreendedorismo, de acesso ao crédito, de promoção, proteção os serviços e produtos ofertados aos demais clientes.
e defesa de direitos e nas demais áreas que possibilitem à pessoa Art. 21. Quando esgotados os meios de atenção à saúde da
com deficiência exercer sua cidadania. pessoa com deficiência no local de residência, será prestado atendi-
mento fora de domicílio, para fins de diagnóstico e de tratamento,
garantidos o transporte e a acomodação da pessoa com deficiência
e de seu acompanhante.

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Art. 22. À pessoa com deficiência internada ou em observação IV - oferta de educação bilíngue, em Libras como primeira lín-
é assegurado o direito a acompanhante ou a atendente pessoal, de- gua e na modalidade escrita da língua portuguesa como segunda
vendo o órgão ou a instituição de saúde proporcionar condições língua, em escolas e classes bilíngues e em escolas inclusivas;
adequadas para sua permanência em tempo integral. V - adoção de medidas individualizadas e coletivas em ambi-
§ 1º Na impossibilidade de permanência do acompanhante entes que maximizem o desenvolvimento acadêmico e social dos
ou do atendente pessoal junto à pessoa com deficiência, cabe ao estudantes com deficiência, favorecendo o acesso, a permanência,
profissional de saúde responsável pelo tratamento justificá-la por a participação e a aprendizagem em instituições de ensino;
escrito. VI - pesquisas voltadas para o desenvolvimento de novos méto-
§ 2º Na ocorrência da impossibilidade prevista no § 1º deste ar- dos e técnicas pedagógicas, de materiais didáticos, de equipamen-
tigo, o órgão ou a instituição de saúde deve adotar as providências tos e de recursos de tecnologia assistiva;
cabíveis para suprir a ausência do acompanhante ou do atendente VII - planejamento de estudo de caso, de elaboração de plano
pessoal. de atendimento educacional especializado, de organização de re-
Art. 23. São vedadas todas as formas de discriminação contra a cursos e serviços de acessibilidade e de disponibilização e usabili-
pessoa com deficiência, inclusive por meio de cobrança de valores dade pedagógica de recursos de tecnologia assistiva;
diferenciados por planos e seguros privados de saúde, em razão de VIII - participação dos estudantes com deficiência e de suas
sua condição. famílias nas diversas instâncias de atuação da comunidade escolar;
Art. 24. É assegurado à pessoa com deficiência o acesso aos IX - adoção de medidas de apoio que favoreçam o desenvolvi-
serviços de saúde, tanto públicos como privados, e às informações mento dos aspectos linguísticos, culturais, vocacionais e profission-
prestadas e recebidas, por meio de recursos de tecnologia assistiva ais, levando-se em conta o talento, a criatividade, as habilidades e
e de todas as formas de comunicação previstas no inciso V do art. os interesses do estudante com deficiência;
3º desta Lei. X - adoção de práticas pedagógicas inclusivas pelos programas
Art. 25. Os espaços dos serviços de saúde, tanto públicos quan- de formação inicial e continuada de professores e oferta de for-
to privados, devem assegurar o acesso da pessoa com deficiência, mação continuada para o atendimento educacional especializado;
em conformidade com a legislação em vigor, mediante a remoção XI - formação e disponibilização de professores para o atendi-
mento educacional especializado, de tradutores e intérpretes da
de barreiras, por meio de projetos arquitetônico, de ambientação
Libras, de guias intérpretes e de profissionais de apoio;
de interior e de comunicação que atendam às especificidades das
XII - oferta de ensino da Libras, do Sistema Braille e de uso de
pessoas com deficiência física, sensorial, intelectual e mental.
recursos de tecnologia assistiva, de forma a ampliar habilidades
Art. 26. Os casos de suspeita ou de confirmação de violência
funcionais dos estudantes, promovendo sua autonomia e partici-
praticada contra a pessoa com deficiência serão objeto de notifi-
pação;
cação compulsória pelos serviços de saúde públicos e privados à
XIII - acesso à educação superior e à educação profissional e
autoridade policial e ao Ministério Público, além dos Conselhos dos
tecnológica em igualdade de oportunidades e condições com as de-
Direitos da Pessoa com Deficiência.
mais pessoas;
Parágrafo único. Para os efeitos desta Lei, considera-se violên- XIV - inclusão em conteúdos curriculares, em cursos de nível
cia contra a pessoa com deficiência qualquer ação ou omissão, prat- superior e de educação profissional técnica e tecnológica, de temas
icada em local público ou privado, que lhe cause morte ou dano ou relacionados à pessoa com deficiência nos respectivos campos de
sofrimento físico ou psicológico. conhecimento;
XV - acesso da pessoa com deficiência, em igualdade de
CAPÍTULO IV condições, a jogos e a atividades recreativas, esportivas e de lazer,
DO DIREITO À EDUCAÇÃO no sistema escolar;
XVI - acessibilidade para todos os estudantes, trabalhadores
Art. 27. A educação constitui direito da pessoa com deficiên- da educação e demais integrantes da comunidade escolar às ed-
cia, assegurados sistema educacional inclusivo em todos os níveis ificações, aos ambientes e às atividades concernentes a todas as
e aprendizado ao longo de toda a vida, de forma a alcançar o máxi- modalidades, etapas e níveis de ensino;
mo desenvolvimento possível de seus talentos e habilidades físicas, XVII - oferta de profissionais de apoio escolar;
sensoriais, intelectuais e sociais, segundo suas características, inter- XVIII - articulação intersetorial na implementação de políticas
esses e necessidades de aprendizagem. públicas.
Parágrafo único. É dever do Estado, da família, da comunidade § 1º Às instituições privadas, de qualquer nível e modalidade
escolar e da sociedade assegurar educação de qualidade à pessoa de ensino, aplica-se obrigatoriamente o disposto nos incisos I, II, III,
com deficiência, colocando-a a salvo de toda forma de violência, V, VII, VIII, IX, X, XI, XII, XIII, XIV, XV, XVI, XVII e XVIII do caput deste
negligência e discriminação. artigo, sendo vedada a cobrança de valores adicionais de qualquer
Art. 28. Incumbe ao poder público assegurar, criar, desenvolver, natureza em suas mensalidades, anuidades e matrículas no cumpri-
implementar, incentivar, acompanhar e avaliar: mento dessas determinações.
I - sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modali- § 2º Na disponibilização de tradutores e intérpretes da Libras
dades, bem como o aprendizado ao longo de toda a vida; a que se refere o inciso XI do caput deste artigo, deve-se observar
II - aprimoramento dos sistemas educacionais, visando a garan- o seguinte:
tir condições de acesso, permanência, participação e aprendizagem, I - os tradutores e intérpretes da Libras atuantes na educação
por meio da oferta de serviços e de recursos de acessibilidade que básica devem, no mínimo, possuir ensino médio completo e certifi-
eliminem as barreiras e promovam a inclusão plena; cado de proficiência na Libras; (Vigência)
III - projeto pedagógico que institucionalize o atendimento edu- II - os tradutores e intérpretes da Libras, quando direcionados
cacional especializado, assim como os demais serviços e adaptações à tarefa de interpretar nas salas de aula dos cursos de graduação e
razoáveis, para atender às características dos estudantes com defi- pós-graduação, devem possuir nível superior, com habilitação, pri-
ciência e garantir o seu pleno acesso ao currículo em condições de oritariamente, em Tradução e Interpretação em Libras. (Vigência)
igualdade, promovendo a conquista e o exercício de sua autonomia; Art. 29. (VETADO).

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Art. 30. Nos processos seletivos para ingresso e permanência Art. 33. Ao poder público compete:
nos cursos oferecidos pelas instituições de ensino superior e de ed- I - adotar as providências necessárias para o cumprimento do
ucação profissional e tecnológica, públicas e privadas, devem ser disposto nos arts. 31 e 32 desta Lei; e
adotadas as seguintes medidas: II - divulgar, para os agentes interessados e beneficiários, a
I - atendimento preferencial à pessoa com deficiência nas de- política habitacional prevista nas legislações federal, estaduais,
pendências das Instituições de Ensino Superior (IES) e nos serviços; distrital e municipais, com ênfase nos dispositivos sobre acessibi-
II - disponibilização de formulário de inscrição de exames com lidade.
campos específicos para que o candidato com deficiência informe
os recursos de acessibilidade e de tecnologia assistiva necessários CAPÍTULO VI
para sua participação; DO DIREITO AO TRABALHO
III - disponibilização de provas em formatos acessíveis para at-
endimento às necessidades específicas do candidato com deficiên- SEÇÃO I
cia; DISPOSIÇÕES GERAIS
IV - disponibilização de recursos de acessibilidade e de tecnolo-
gia assistiva adequados, previamente solicitados e escolhidos pelo Art. 34. A pessoa com deficiência tem direito ao trabalho de
candidato com deficiência; sua livre escolha e aceitação, em ambiente acessível e inclusivo, em
V - dilação de tempo, conforme demanda apresentada pelo igualdade de oportunidades com as demais pessoas.
candidato com deficiência, tanto na realização de exame para se- § 1º As pessoas jurídicas de direito público, privado ou de
leção quanto nas atividades acadêmicas, mediante prévia solic- qualquer natureza são obrigadas a garantir ambientes de trabalho
itação e comprovação da necessidade; acessíveis e inclusivos.
VI - adoção de critérios de avaliação das provas escritas, dis- § 2º A pessoa com deficiência tem direito, em igualdade de
cursivas ou de redação que considerem a singularidade linguística oportunidades com as demais pessoas, a condições justas e fa-
da pessoa com deficiência, no domínio da modalidade escrita da voráveis de trabalho, incluindo igual remuneração por trabalho de
língua portuguesa; igual valor.
VII - tradução completa do edital e de suas retificações em Li- § 3º É vedada restrição ao trabalho da pessoa com deficiên-
bras. cia e qualquer discriminação em razão de sua condição, inclusive
nas etapas de recrutamento, seleção, contratação, admissão, ex-
CAPÍTULO V
ames admissional e periódico, permanência no emprego, ascensão
DO DIREITO À MORADIA
profissional e reabilitação profissional, bem como exigência de ap-
tidão plena.
Art. 31. A pessoa com deficiência tem direito à moradia digna,
§ 4º A pessoa com deficiência tem direito à participação e ao
no seio da família natural ou substituta, com seu cônjuge ou com-
acesso a cursos, treinamentos, educação continuada, planos de car-
panheiro ou desacompanhada, ou em moradia para a vida indepen-
reira, promoções, bonificações e incentivos profissionais oferecidos
dente da pessoa com deficiência, ou, ainda, em residência inclusiva.
pelo empregador, em igualdade de oportunidades com os demais
§ 1º O poder público adotará programas e ações estratégicas
para apoiar a criação e a manutenção de moradia para a vida inde- empregados.
pendente da pessoa com deficiência. § 5º É garantida aos trabalhadores com deficiência acessibili-
§ 2º A proteção integral na modalidade de residência inclusi- dade em cursos de formação e de capacitação.
va será prestada no âmbito do Suas à pessoa com deficiência em Art. 35. É finalidade primordial das políticas públicas de tra-
situação de dependência que não disponha de condições de autos- balho e emprego promover e garantir condições de acesso e de
sustentabilidade, com vínculos familiares fragilizados ou rompidos. permanência da pessoa com deficiência no campo de trabalho.
Art. 32. Nos programas habitacionais, públicos ou subsidia- Parágrafo único. Os programas de estímulo ao empreende-
dos com recursos públicos, a pessoa com deficiência ou o seu re- dorismo e ao trabalho autônomo, incluídos o cooperativismo e o as-
sponsável goza de prioridade na aquisição de imóvel para moradia sociativismo, devem prever a participação da pessoa com deficiên-
própria, observado o seguinte: cia e a disponibilização de linhas de crédito, quando necessárias.
I - reserva de, no mínimo, 3% (três por cento) das unidades
habitacionais para pessoa com deficiência; SEÇÃO II
II - (VETADO); DA HABILITAÇÃO PROFISSIONAL
III - em caso de edificação multifamiliar, garantia de acessib- E REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
ilidade nas áreas de uso comum e nas unidades habitacionais no
piso térreo e de acessibilidade ou de adaptação razoável nos de- Art. 36. O poder público deve implementar serviços e progra-
mais pisos; mas completos de habilitação profissional e de reabilitação profis-
IV - disponibilização de equipamentos urbanos comunitários sional para que a pessoa com deficiência possa ingressar, continuar
acessíveis; ou retornar ao campo do trabalho, respeitados sua livre escolha,
V - elaboração de especificações técnicas no projeto que per- sua vocação e seu interesse.
mitam a instalação de elevadores. § 1º Equipe multidisciplinar indicará, com base em critérios
§ 1º O direito à prioridade, previsto no caput deste artigo, será previstos no § 1º do art. 2º desta Lei, programa de habilitação ou de
reconhecido à pessoa com deficiência beneficiária apenas uma vez. reabilitação que possibilite à pessoa com deficiência restaurar sua
§ 2º Nos programas habitacionais públicos, os critérios de fi- capacidade e habilidade profissional ou adquirir novas capacidades
nanciamento devem ser compatíveis com os rendimentos da pes- e habilidades de trabalho.
soa com deficiência ou de sua família. § 2º A habilitação profissional corresponde ao processo des-
§ 3º Caso não haja pessoa com deficiência interessada nas uni- tinado a propiciar à pessoa com deficiência aquisição de conhec-
dades habitacionais reservadas por força do disposto no inciso I do imentos, habilidades e aptidões para exercício de profissão ou de
caput deste artigo, as unidades não utilizadas serão disponibilizadas ocupação, permitindo nível suficiente de desenvolvimento profis-
às demais pessoas. sional para ingresso no campo de trabalho.

38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
§ 3º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação § 1º A assistência social à pessoa com deficiência, nos termos
profissional e de educação profissional devem ser dotados de re- do caput deste artigo, deve envolver conjunto articulado de serviços
cursos necessários para atender a toda pessoa com deficiência, do âmbito da Proteção Social Básica e da Proteção Social Especial,
independentemente de sua característica específica, a fim de que ofertados pelo Suas, para a garantia de seguranças fundamentais
ela possa ser capacitada para trabalho que lhe seja adequado e ter no enfrentamento de situações de vulnerabilidade e de risco, por
perspectivas de obtê-lo, de conservá-lo e de nele progredir. fragilização de vínculos e ameaça ou violação de direitos.
§ 4º Os serviços de habilitação profissional, de reabilitação § 2º Os serviços socioassistenciais destinados à pessoa com
profissional e de educação profissional deverão ser oferecidos em deficiência em situação de dependência deverão contar com cui-
ambientes acessíveis e inclusivos. dadores sociais para prestar-lhe cuidados básicos e instrumentais.
§ 5º A habilitação profissional e a reabilitação profissional de- Art. 40. É assegurado à pessoa com deficiência que não possua
vem ocorrer articuladas com as redes públicas e privadas, espe- meios para prover sua subsistência nem de tê-la provida por sua
cialmente de saúde, de ensino e de assistência social, em todos os família o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da
níveis e modalidades, em entidades de formação profissional ou Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 .
diretamente com o empregador.
§ 6º A habilitação profissional pode ocorrer em empresas por CAPÍTULO VIII
meio de prévia formalização do contrato de emprego da pessoa DO DIREITO À PREVIDÊNCIA SOCIAL
com deficiência, que será considerada para o cumprimento da res-
erva de vagas prevista em lei, desde que por tempo determinado e Art. 41. A pessoa com deficiência segurada do Regime Geral de
concomitante com a inclusão profissional na empresa, observado o Previdência Social (RGPS) tem direito à aposentadoria nos termos
disposto em regulamento. da Lei Complementar nº 142, de 8 de maio de 2013 .
§ 7º A habilitação profissional e a reabilitação profissional at-
enderão à pessoa com deficiência. CAPÍTULO IX
DO DIREITO À CULTURA, AO ESPORTE,
SEÇÃO III AO TURISMO E AO LAZER
DA INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA NO TRABALHO
Art. 42. A pessoa com deficiência tem direito à cultura, ao es-
porte, ao turismo e ao lazer em igualdade de oportunidades com as
Art. 37. Constitui modo de inclusão da pessoa com deficiência
demais pessoas, sendo-lhe garantido o acesso:
no trabalho a colocação competitiva, em igualdade de oportuni-
I - a bens culturais em formato acessível;
dades com as demais pessoas, nos termos da legislação trabalhista
II - a programas de televisão, cinema, teatro e outras atividades
e previdenciária, na qual devem ser atendidas as regras de aces-
culturais e desportivas em formato acessível; e
sibilidade, o fornecimento de recursos de tecnologia assistiva e a
III - a monumentos e locais de importância cultural e a espaços
adaptação razoável no ambiente de trabalho. que ofereçam serviços ou eventos culturais e esportivos.
Parágrafo único. A colocação competitiva da pessoa com defi- § 1º É vedada a recusa de oferta de obra intelectual em form-
ciência pode ocorrer por meio de trabalho com apoio, observadas ato acessível à pessoa com deficiência, sob qualquer argumento,
as seguintes diretrizes: inclusive sob a alegação de proteção dos direitos de propriedade
I - prioridade no atendimento à pessoa com deficiência com intelectual.
maior dificuldade de inserção no campo de trabalho; § 2º O poder público deve adotar soluções destinadas à elimi-
II - provisão de suportes individualizados que atendam a neces- nação, à redução ou à superação de barreiras para a promoção do
sidades específicas da pessoa com deficiência, inclusive a disponi- acesso a todo patrimônio cultural, observadas as normas de acessi-
bilização de recursos de tecnologia assistiva, de agente facilitador e bilidade, ambientais e de proteção do patrimônio histórico e artísti-
de apoio no ambiente de trabalho; co nacional.
III - respeito ao perfil vocacional e ao interesse da pessoa com Art. 43. O poder público deve promover a participação da pes-
deficiência apoiada; soa com deficiência em atividades artísticas, intelectuais, culturais,
IV - oferta de aconselhamento e de apoio aos empregadores, esportivas e recreativas, com vistas ao seu protagonismo, devendo:
com vistas à definição de estratégias de inclusão e de superação de I - incentivar a provisão de instrução, de treinamento e de re-
barreiras, inclusive atitudinais; cursos adequados, em igualdade de oportunidades com as demais
V - realização de avaliações periódicas; pessoas;
VI - articulação intersetorial das políticas públicas; II - assegurar acessibilidade nos locais de eventos e nos serviços
VII - possibilidade de participação de organizações da socie- prestados por pessoa ou entidade envolvida na organização das
dade civil. atividades de que trata este artigo; e
Art. 38. A entidade contratada para a realização de processo III - assegurar a participação da pessoa com deficiência em jog-
seletivo público ou privado para cargo, função ou emprego está os e atividades recreativas, esportivas, de lazer, culturais e artísti-
obrigada à observância do disposto nesta Lei e em outras normas cas, inclusive no sistema escolar, em igualdade de condições com
de acessibilidade vigentes. as demais pessoas.
Art. 44. Nos teatros, cinemas, auditórios, estádios, ginásios de
CAPÍTULO VII esporte, locais de espetáculos e de conferências e similares, serão
DO DIREITO À ASSISTÊNCIA SOCIAL reservados espaços livres e assentos para a pessoa com deficiência,
de acordo com a capacidade de lotação da edificação, observado o
Art. 39. Os serviços, os programas, os projetos e os benefícios disposto em regulamento.
no âmbito da política pública de assistência social à pessoa com de- § 1º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem
ficiência e sua família têm como objetivo a garantia da segurança ser distribuídos pelo recinto em locais diversos, de boa visibilidade,
de renda, da acolhida, da habilitação e da reabilitação, do desen- em todos os setores, próximos aos corredores, devidamente si-
volvimento da autonomia e da convivência familiar e comunitária, nalizados, evitando-se áreas segregadas de público e obstrução das
para a promoção do acesso a direitos e da plena participação social. saídas, em conformidade com as normas de acessibilidade.

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
§ 2º No caso de não haver comprovada procura pelos assen- § 2º Os veículos estacionados nas vagas reservadas devem ex-
tos reservados, esses podem, excepcionalmente, ser ocupados por ibir, em local de ampla visibilidade, a credencial de beneficiário, a
pessoas sem deficiência ou que não tenham mobilidade reduzida, ser confeccionada e fornecida pelos órgãos de trânsito, que discipli-
observado o disposto em regulamento. narão suas características e condições de uso.
§ 3º Os espaços e assentos a que se refere este artigo devem § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo
situar-se em locais que garantam a acomodação de, no mínimo, 1 sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XVII do art. 181
(um) acompanhante da pessoa com deficiência ou com mobilidade da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
reduzida, resguardado o direito de se acomodar proximamente a Brasileiro) .
grupo familiar e comunitário. § 3º A utilização indevida das vagas de que trata este artigo
§ 4º Nos locais referidos no caput deste artigo, deve haver, sujeita os infratores às sanções previstas no inciso XX do art. 181
obrigatoriamente, rotas de fuga e saídas de emergência acessíveis, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código de Trânsito
conforme padrões das normas de acessibilidade, a fim de permitir a Brasileiro) . (Redação dada pela Lei nº 13.281, de 2016) (Vigência)
saída segura da pessoa com deficiência ou com mobilidade reduzi- § 4º A credencial a que se refere o § 2º deste artigo é vinculada
da, em caso de emergência. à pessoa com deficiência que possui comprometimento de mobili-
§ 5º Todos os espaços das edificações previstas no caput deste dade e é válida em todo o território nacional.
artigo devem atender às normas de acessibilidade em vigor. Art. 48. Os veículos de transporte coletivo terrestre, aquaviário
§ 6º As salas de cinema devem oferecer, em todas as sessões, e aéreo, as instalações, as estações, os portos e os terminais em
recursos de acessibilidade para a pessoa com deficiência. (Vigência) operação no País devem ser acessíveis, de forma a garantir o seu
§ 7º O valor do ingresso da pessoa com deficiência não poderá uso por todas as pessoas.
ser superior ao valor cobrado das demais pessoas. § 1º Os veículos e as estruturas de que trata o caput deste arti-
Art. 45. Os hotéis, pousadas e similares devem ser construídos go devem dispor de sistema de comunicação acessível que disponi-
observando-se os princípios do desenho universal, além de adotar bilize informações sobre todos os pontos do itinerário.
todos os meios de acessibilidade, conforme legislação em vigor. § 2º São asseguradas à pessoa com deficiência prioridade e se-
(Vigência) (Reglamento) gurança nos procedimentos de embarque e de desembarque nos
§ 1º Os estabelecimentos já existentes deverão disponibilizar, veículos de transporte coletivo, de acordo com as normas técnicas.
pelo menos, 10% (dez por cento) de seus dormitórios acessíveis, § 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
garantida, no mínimo, 1 (uma) unidade acessível. veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-
§ 2º Os dormitórios mencionados no § 1º deste artigo deverão dem da certificação de acessibilidade emitida pelo gestor público
ser localizados em rotas acessíveis. responsável pela prestação do serviço.
Art. 49. As empresas de transporte de fretamento e de turismo,
CAPÍTULO X na renovação de suas frotas, são obrigadas ao cumprimento do dis-
DO DIREITO AO TRANSPORTE E À MOBILIDADE posto nos arts. 46 e 48 desta Lei. (Vigência)
Art. 50. O poder público incentivará a fabricação de veículos
Art. 46. O direito ao transporte e à mobilidade da pessoa com acessíveis e a sua utilização como táxis e vans , de forma a garantir
deficiência ou com mobilidade reduzida será assegurado em igual- o seu uso por todas as pessoas.
dade de oportunidades com as demais pessoas, por meio de iden- Art. 51. As frotas de empresas de táxi devem reservar 10% (dez
tificação e de eliminação de todos os obstáculos e barreiras ao seu por cento) de seus veículos acessíveis à pessoa com deficiência.
acesso. (Vide Decreto nº 9.762, de 2019) (Vigência)
§ 1º Para fins de acessibilidade aos serviços de transporte co- § 1º É proibida a cobrança diferenciada de tarifas ou de valores
letivo terrestre, aquaviário e aéreo, em todas as jurisdições, consid- adicionais pelo serviço de táxi prestado à pessoa com deficiência.
§ 2º O poder público é autorizado a instituir incentivos fiscais
eram-se como integrantes desses serviços os veículos, os terminais,
com vistas a possibilitar a acessibilidade dos veículos a que se refere
as estações, os pontos de parada, o sistema viário e a prestação do
o caput deste artigo.
serviço.
Art. 52. As locadoras de veículos são obrigadas a oferecer 1
§ 2º São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei,
(um) veículo adaptado para uso de pessoa com deficiência, a cada
sempre que houver interação com a matéria nela regulada, a ou-
conjunto de 20 (vinte) veículos de sua frota. (Vide Decreto nº 9.762,
torga, a concessão, a permissão, a autorização, a renovação ou a
de 2019) (Vigência)
habilitação de linhas e de serviços de transporte coletivo.
Parágrafo único. O veículo adaptado deverá ter, no mínimo,
§ 3º Para colocação do símbolo internacional de acesso nos
câmbio automático, direção hidráulica, vidros elétricos e comandos
veículos, as empresas de transporte coletivo de passageiros depen-
manuais de freio e de embreagem.
dem da certificação de acessibilidade emitida pelo gestor público
responsável pela prestação do serviço. TÍTULO III
Art. 47. Em todas as áreas de estacionamento aberto ao pú- DA ACESSIBILIDADE
blico, de uso público ou privado de uso coletivo e em vias públicas,
devem ser reservadas vagas próximas aos acessos de circulação de CAPÍTULO I
pedestres, devidamente sinalizadas, para veículos que transportem DISPOSIÇÕES GERAIS
pessoa com deficiência com comprometimento de mobilidade, des-
de que devidamente identificados. Art. 53. A acessibilidade é direito que garante à pessoa com de-
§ 1º As vagas a que se refere o caput deste artigo devem equiv- ficiência ou com mobilidade reduzida viver de forma independente
aler a 2% (dois por cento) do total, garantida, no mínimo, 1 (uma) e exercer seus direitos de cidadania e de participação social.
vaga devidamente sinalizada e com as especificações de desenho Art. 54. São sujeitas ao cumprimento das disposições desta Lei
e traçado de acordo com as normas técnicas vigentes de acessib- e de outras normas relativas à acessibilidade, sempre que houver
ilidade. interação com a matéria nela regulada:

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
I - a aprovação de projeto arquitetônico e urbanístico ou de co- Art. 59. Em qualquer intervenção nas vias e nos espaços públi-
municação e informação, a fabricação de veículos de transporte co- cos, o poder público e as empresas concessionárias responsáveis
letivo, a prestação do respectivo serviço e a execução de qualquer pela execução das obras e dos serviços devem garantir, de forma
tipo de obra, quando tenham destinação pública ou coletiva; segura, a fluidez do trânsito e a livre circulação e acessibilidade das
II - a outorga ou a renovação de concessão, permissão, autor- pessoas, durante e após sua execução.
ização ou habilitação de qualquer natureza; Art. 60. Orientam-se, no que couber, pelas regras de acessibi-
III - a aprovação de financiamento de projeto com utilização lidade previstas em legislação e em normas técnicas, observado o
de recursos públicos, por meio de renúncia ou de incentivo fiscal, disposto na Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , nº 10.257,
contrato, convênio ou instrumento congênere; e de 10 de julho de 2001 , e nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 :
IV - a concessão de aval da União para obtenção de empréstimo I - os planos diretores municipais, os planos diretores de trans-
e de financiamento internacionais por entes públicos ou privados. porte e trânsito, os planos de mobilidade urbana e os planos de
Art. 55. A concepção e a implantação de projetos que tratem preservação de sítios históricos elaborados ou atualizados a partir
do meio físico, de transporte, de informação e comunicação, inclu- da publicação desta Lei;
sive de sistemas e tecnologias da informação e comunicação, e de II - os códigos de obras, os códigos de postura, as leis de uso e
outros serviços, equipamentos e instalações abertos ao público, de ocupação do solo e as leis do sistema viário;
uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como III - os estudos prévios de impacto de vizinhança;
na rural, devem atender aos princípios do desenho universal, tendo IV - as atividades de fiscalização e a imposição de sanções; e
como referência as normas de acessibilidade. V - a legislação referente à prevenção contra incêndio e pânico.
§ 1º O desenho universal será sempre tomado como regra de § 1º A concessão e a renovação de alvará de funcionamento
caráter geral. para qualquer atividade são condicionadas à observação e à certifi-
§ 2º Nas hipóteses em que comprovadamente o desenho uni- cação das regras de acessibilidade.
versal não possa ser empreendido, deve ser adotada adaptação ra- § 2º A emissão de carta de habite-se ou de habilitação equiv-
zoável. alente e sua renovação, quando esta tiver sido emitida anterior-
§ 3º Caberá ao poder público promover a inclusão de conteú- mente às exigências de acessibilidade, é condicionada à observação
dos temáticos referentes ao desenho universal nas diretrizes curric- e à certificação das regras de acessibilidade.
ulares da educação profissional e tecnológica e do ensino superior Art. 61. A formulação, a implementação e a manutenção das
e na formação das carreiras de Estado. ações de acessibilidade atenderão às seguintes premissas básicas:
§ 4º Os programas, os projetos e as linhas de pesquisa a ser- I - eleição de prioridades, elaboração de cronograma e reserva
em desenvolvidos com o apoio de organismos públicos de auxílio à de recursos para implementação das ações; e
pesquisa e de agências de fomento deverão incluir temas voltados II - planejamento contínuo e articulado entre os setores envolv-
para o desenho universal. idos.
§ 5º Desde a etapa de concepção, as políticas públicas deverão Art. 62. É assegurado à pessoa com deficiência, mediante so-
considerar a adoção do desenho universal. licitação, o recebimento de contas, boletos, recibos, extratos e co-
Art. 56. A construção, a reforma, a ampliação ou a mudança de branças de tributos em formato acessível.
uso de edificações abertas ao público, de uso público ou privadas
de uso coletivo deverão ser executadas de modo a serem acessíveis. CAPÍTULO II
§ 1º As entidades de fiscalização profissional das atividades de DO ACESSO À INFORMAÇÃO E À COMUNICAÇÃO
Engenharia, de Arquitetura e correlatas, ao anotarem a responsab-
ilidade técnica de projetos, devem exigir a responsabilidade profis- Art. 63. É obrigatória a acessibilidade nos sítios da internet
sional declarada de atendimento às regras de acessibilidade previs- mantidos por empresas com sede ou representação comercial no
tas em legislação e em normas técnicas pertinentes. País ou por órgãos de governo, para uso da pessoa com deficiên-
§ 2º Para a aprovação, o licenciamento ou a emissão de certi-
cia, garantindo-lhe acesso às informações disponíveis, conforme as
ficado de projeto executivo arquitetônico, urbanístico e de insta-
melhores práticas e diretrizes de acessibilidade adotadas internac-
lações e equipamentos temporários ou permanentes e para o li-
ionalmente.
cenciamento ou a emissão de certificado de conclusão de obra ou
§ 1º Os sítios devem conter símbolo de acessibilidade em
de serviço, deve ser atestado o atendimento às regras de acessib-
destaque.
ilidade.
§ 2º Telecentros comunitários que receberem recursos públi-
§ 3º O poder público, após certificar a acessibilidade de edifi-
cos federais para seu custeio ou sua instalação e lan houses devem
cação ou de serviço, determinará a colocação, em espaços ou em
locais de ampla visibilidade, do símbolo internacional de acesso, na possuir equipamentos e instalações acessíveis.
forma prevista em legislação e em normas técnicas correlatas. § 3º Os telecentros e as lan houses de que trata o § 2º deste
Art. 57. As edificações públicas e privadas de uso coletivo já artigo devem garantir, no mínimo, 10% (dez por cento) de seus
existentes devem garantir acessibilidade à pessoa com deficiência computadores com recursos de acessibilidade para pessoa com de-
em todas as suas dependências e serviços, tendo como referência ficiência visual, sendo assegurado pelo menos 1 (um) equipamento,
as normas de acessibilidade vigentes. quando o resultado percentual for inferior a 1 (um).
Art. 58. O projeto e a construção de edificação de uso privado Art. 64. A acessibilidade nos sítios da internet de que trata o
multifamiliar devem atender aos preceitos de acessibilidade, na for- art. 63 desta Lei deve ser observada para obtenção do financiamen-
ma regulamentar. (Regulamento) to de que trata o inciso III do art. 54 desta Lei.
§ 1º As construtoras e incorporadoras responsáveis pelo proje- Art. 65. As empresas prestadoras de serviços de telecomuni-
to e pela construção das edificações a que se refere o caput deste cações deverão garantir pleno acesso à pessoa com deficiência,
artigo devem assegurar percentual mínimo de suas unidades inter- conforme regulamentação específica.
namente acessíveis, na forma regulamentar. Art. 66. Cabe ao poder público incentivar a oferta de aparel-
§ 2º É vedada a cobrança de valores adicionais para a aquisição hos de telefonia fixa e móvel celular com acessibilidade que, entre
de unidades internamente acessíveis a que se refere o § 1º deste outras tecnologias assistivas, possuam possibilidade de indicação e
artigo. de ampliação sonoras de todas as operações e funções disponíveis.

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Art. 67. Os serviços de radiodifusão de sons e imagens devem CAPÍTULO III
permitir o uso dos seguintes recursos, entre outros: DA TECNOLOGIA ASSISTIVA
I - subtitulação por meio de legenda oculta;
II - janela com intérprete da Libras; Art. 74. É garantido à pessoa com deficiência acesso a produ-
III - audiodescrição. tos, recursos, estratégias, práticas, processos, métodos e serviços
Art. 68. O poder público deve adotar mecanismos de incentivo de tecnologia assistiva que maximizem sua autonomia, mobilidade
à produção, à edição, à difusão, à distribuição e à comercialização pessoal e qualidade de vida.
de livros em formatos acessíveis, inclusive em publicações da ad- Art. 75. O poder público desenvolverá plano específico de me-
ministração pública ou financiadas com recursos públicos, com vis- didas, a ser renovado em cada período de 4 (quatro) anos, com a
tas a garantir à pessoa com deficiência o direito de acesso à leitura, finalidade de:
à informação e à comunicação. I - facilitar o acesso a crédito especializado, inclusive com oferta
§ 1º Nos editais de compras de livros, inclusive para o abas- de linhas de crédito subsidiadas, específicas para aquisição de tec-
tecimento ou a atualização de acervos de bibliotecas em todos os nologia assistiva;
níveis e modalidades de educação e de bibliotecas públicas, o pod- II - agilizar, simplificar e priorizar procedimentos de importação
er público deverá adotar cláusulas de impedimento à participação de tecnologia assistiva, especialmente as questões atinentes a pro-
de editoras que não ofertem sua produção também em formatos cedimentos alfandegários e sanitários;
acessíveis. III - criar mecanismos de fomento à pesquisa e à produção
§ 2º Consideram-se formatos acessíveis os arquivos digitais nacional de tecnologia assistiva, inclusive por meio de concessão
que possam ser reconhecidos e acessados por softwares leitores de linhas de crédito subsidiado e de parcerias com institutos de
de telas ou outras tecnologias assistivas que vierem a substituí-los, pesquisa oficiais;
permitindo leitura com voz sintetizada, ampliação de caracteres, IV - eliminar ou reduzir a tributação da cadeia produtiva e de
diferentes contrastes e impressão em Braille. importação de tecnologia assistiva;
§ 3º O poder público deve estimular e apoiar a adaptação e a V - facilitar e agilizar o processo de inclusão de novos recursos
produção de artigos científicos em formato acessível, inclusive em de tecnologia assistiva no rol de produtos distribuídos no âmbito do
Libras. SUS e por outros órgãos governamentais.
Art. 69. O poder público deve assegurar a disponibilidade de in- Parágrafo único. Para fazer cumprir o disposto neste artigo, os
formações corretas e claras sobre os diferentes produtos e serviços procedimentos constantes do plano específico de medidas deverão
ofertados, por quaisquer meios de comunicação empregados, in- ser avaliados, pelo menos, a cada 2 (dois) anos.
clusive em ambiente virtual, contendo a especificação correta de
quantidade, qualidade, características, composição e preço, bem CAPÍTULO IV
como sobre os eventuais riscos à saúde e à segurança do consumi- DO DIREITO À PARTICIPAÇÃO NA VIDA PÚBLICA E POLÍTICA
dor com deficiência, em caso de sua utilização, aplicando-se, no que
couber, os arts. 30 a 41 da Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 . Art. 76. O poder público deve garantir à pessoa com deficiência
§ 1º Os canais de comercialização virtual e os anúncios pub- todos os direitos políticos e a oportunidade de exercê-los em igual-
licitários veiculados na imprensa escrita, na internet, no rádio, na dade de condições com as demais pessoas.
televisão e nos demais veículos de comunicação abertos ou por as- § 1º À pessoa com deficiência será assegurado o direito de vo-
sinatura devem disponibilizar, conforme a compatibilidade do meio, tar e de ser votada, inclusive por meio das seguintes ações:
os recursos de acessibilidade de que trata o art. 67 desta Lei, a ex- I - garantia de que os procedimentos, as instalações, os materi-
pensas do fornecedor do produto ou do serviço, sem prejuízo da ais e os equipamentos para votação sejam apropriados, acessíveis a
observância do disposto nos arts. 36 a 38 da Lei nº 8.078, de 11 de todas as pessoas e de fácil compreensão e uso, sendo vedada a insta-
setembro de 1990 . lação de seções eleitorais exclusivas para a pessoa com deficiência;
§ 2º Os fornecedores devem disponibilizar, mediante solic- II - incentivo à pessoa com deficiência a candidatar-se e a de-
itação, exemplares de bulas, prospectos, textos ou qualquer outro sempenhar quaisquer funções públicas em todos os níveis de gov-
tipo de material de divulgação em formato acessível. erno, inclusive por meio do uso de novas tecnologias assistivas,
Art. 70. As instituições promotoras de congressos, seminários, quando apropriado;
oficinas e demais eventos de natureza científico-cultural devem III - garantia de que os pronunciamentos oficiais, a propaganda
oferecer à pessoa com deficiência, no mínimo, os recursos de tecn- eleitoral obrigatória e os debates transmitidos pelas emissoras de
ologia assistiva previstos no art. 67 desta Lei. televisão possuam, pelo menos, os recursos elencados no art. 67
Art. 71. Os congressos, os seminários, as oficinas e os demais desta Lei;
eventos de natureza científico-cultural promovidos ou financiados IV - garantia do livre exercício do direito ao voto e, para tan-
pelo poder público devem garantir as condições de acessibilidade e to, sempre que necessário e a seu pedido, permissão para que a
os recursos de tecnologia assistiva. pessoa com deficiência seja auxiliada na votação por pessoa de sua
Art. 72. Os programas, as linhas de pesquisa e os projetos a escolha.
serem desenvolvidos com o apoio de agências de financiamento § 2º O poder público promoverá a participação da pessoa com
e de órgãos e entidades integrantes da administração pública que deficiência, inclusive quando institucionalizada, na condução das
atuem no auxílio à pesquisa devem contemplar temas voltados à questões públicas, sem discriminação e em igualdade de oportuni-
tecnologia assistiva. dades, observado o seguinte:
Art. 73. Caberá ao poder público, diretamente ou em parceria I - participação em organizações não governamentais relacion-
com organizações da sociedade civil, promover a capacitação de adas à vida pública e à política do País e em atividades e adminis-
tradutores e intérpretes da Libras, de guias intérpretes e de profis- tração de partidos políticos;
sionais habilitados em Braille, audiodescrição, estenotipia e legend- II - formação de organizações para representar a pessoa com
agem. deficiência em todos os níveis;
III - participação da pessoa com deficiência em organizações
que a representem.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
TÍTULO IV Parágrafo único. A pessoa com deficiência tem garantido o
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA acesso ao conteúdo de todos os atos processuais de seu interesse,
inclusive no exercício da advocacia.
Art. 77. O poder público deve fomentar o desenvolvimento Art. 81. Os direitos da pessoa com deficiência serão garantidos
científico, a pesquisa e a inovação e a capacitação tecnológicas, por ocasião da aplicação de sanções penais.
voltados à melhoria da qualidade de vida e ao trabalho da pessoa Art. 82. (VETADO).
com deficiência e sua inclusão social. Art. 83. Os serviços notariais e de registro não podem negar ou
§ 1º O fomento pelo poder público deve priorizar a geração de criar óbices ou condições diferenciadas à prestação de seus serviços
conhecimentos e técnicas que visem à prevenção e ao tratamento de em razão de deficiência do solicitante, devendo reconhecer sua ca-
deficiências e ao desenvolvimento de tecnologias assistiva e social. pacidade legal plena, garantida a acessibilidade.
§ 2º A acessibilidade e as tecnologias assistiva e social devem Parágrafo único. O descumprimento do disposto no caput
ser fomentadas mediante a criação de cursos de pós-graduação, a deste artigo constitui discriminação em razão de deficiência.
formação de recursos humanos e a inclusão do tema nas diretrizes
de áreas do conhecimento. CAPÍTULO II
§ 3º Deve ser fomentada a capacitação tecnológica de institu- DO RECONHECIMENTO IGUAL PERANTE A LEI
ições públicas e privadas para o desenvolvimento de tecnologias as-
sistiva e social que sejam voltadas para melhoria da funcionalidade Art. 84. A pessoa com deficiência tem assegurado o direito ao
e da participação social da pessoa com deficiência. exercício de sua capacidade legal em igualdade de condições com
§ 4º As medidas previstas neste artigo devem ser reavaliadas as demais pessoas.
periodicamente pelo poder público, com vistas ao seu aperfeiçoa- § 1º Quando necessário, a pessoa com deficiência será subme-
mento. tida à curatela, conforme a lei.
Art. 78. Devem ser estimulados a pesquisa, o desenvolvimen- § 2º É facultado à pessoa com deficiência a adoção de processo
to, a inovação e a difusão de tecnologias voltadas para ampliar o de tomada de decisão apoiada.
acesso da pessoa com deficiência às tecnologias da informação e § 3º A definição de curatela de pessoa com deficiência constitui
comunicação e às tecnologias sociais. medida protetiva extraordinária, proporcional às necessidades e às
Parágrafo único. Serão estimulados, em especial: circunstâncias de cada caso, e durará o menor tempo possível.
I - o emprego de tecnologias da informação e comunicação § 4º Os curadores são obrigados a prestar, anualmente, contas
como instrumento de superação de limitações funcionais e de bar- de sua administração ao juiz, apresentando o balanço do respectivo
reiras à comunicação, à informação, à educação e ao entretenimen- ano.
to da pessoa com deficiência; Art. 85. A curatela afetará tão somente os atos relacionados
II - a adoção de soluções e a difusão de normas que visem a am- aos direitos de natureza patrimonial e negocial.
pliar a acessibilidade da pessoa com deficiência à computação e aos § 1º A definição da curatela não alcança o direito ao próprio
sítios da internet, em especial aos serviços de governo eletrônico. corpo, à sexualidade, ao matrimônio, à privacidade, à educação, à
saúde, ao trabalho e ao voto.
LIVRO II § 2º A curatela constitui medida extraordinária, devendo con-
PARTE ESPECIAL star da sentença as razões e motivações de sua definição, preserva-
dos os interesses do curatelado.
TÍTULO I § 3º No caso de pessoa em situação de institucionalização, ao
DO ACESSO À JUSTIÇA nomear curador, o juiz deve dar preferência a pessoa que tenha vín-
culo de natureza familiar, afetiva ou comunitária com o curatelado.
CAPÍTULO I Art. 86. Para emissão de documentos oficiais, não será exigida
DISPOSIÇÕES GERAIS a situação de curatela da pessoa com deficiência.
Art. 87. Em casos de relevância e urgência e a fim de proteger
Art. 79. O poder público deve assegurar o acesso da pessoa os interesses da pessoa com deficiência em situação de curatela,
com deficiência à justiça, em igualdade de oportunidades com as será lícito ao juiz, ouvido o Ministério Público, de oficio ou a req-
demais pessoas, garantindo, sempre que requeridos, adaptações e uerimento do interessado, nomear, desde logo, curador provisório,
recursos de tecnologia assistiva. o qual estará sujeito, no que couber, às disposições do Código de
§ 1º A fim de garantir a atuação da pessoa com deficiência em Processo Civil .
todo o processo judicial, o poder público deve capacitar os mem-
bros e os servidores que atuam no Poder Judiciário, no Ministério TÍTULO II
Público, na Defensoria Pública, nos órgãos de segurança pública e DOS CRIMES E DAS INFRAÇÕES ADMINISTRATIVAS
no sistema penitenciário quanto aos direitos da pessoa com defi-
ciência. Art. 88. Praticar, induzir ou incitar discriminação de pessoa em
§ 2º Devem ser assegurados à pessoa com deficiência subme- razão de sua deficiência:
tida a medida restritiva de liberdade todos os direitos e garantias a Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa.
que fazem jus os apenados sem deficiência, garantida a acessibili- § 1º Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se a vítima encon-
dade. trar-se sob cuidado e responsabilidade do agente.
§ 3º A Defensoria Pública e o Ministério Público tomarão as § 2º Se qualquer dos crimes previstos no caput deste artigo é
medidas necessárias à garantia dos direitos previstos nesta Lei. cometido por intermédio de meios de comunicação social ou de
Art. 80. Devem ser oferecidos todos os recursos de tecnologia publicação de qualquer natureza:
assistiva disponíveis para que a pessoa com deficiência tenha garan- Pena - reclusão, de 2 (dois) a 5 (cinco) anos, e multa.
tido o acesso à justiça, sempre que figure em um dos polos da ação § 3º Na hipótese do § 2º deste artigo, o juiz poderá determinar,
ou atue como testemunha, partícipe da lide posta em juízo, advoga- ouvido o Ministério Público ou a pedido deste, ainda antes do in-
do, defensor público, magistrado ou membro do Ministério Público. quérito policial, sob pena de desobediência:

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
I - recolhimento ou busca e apreensão dos exemplares do ma- II - realização de estudos e pesquisas.
terial discriminatório; § 6º As informações a que se refere este artigo devem ser dis-
II - interdição das respectivas mensagens ou páginas de infor- seminadas em formatos acessíveis.
mação na internet. Art. 93. Na realização de inspeções e de auditorias pelos órgãos
§ 4º Na hipótese do § 2º deste artigo, constitui efeito da conde- de controle interno e externo, deve ser observado o cumprimen-
nação, após o trânsito em julgado da decisão, a destruição do ma- to da legislação relativa à pessoa com deficiência e das normas de
terial apreendido. acessibilidade vigentes.
Art. 89. Apropriar-se de ou desviar bens, proventos, pensão, Art. 94. Terá direito a auxílio-inclusão, nos termos da lei, a pes-
benefícios, remuneração ou qualquer outro rendimento de pessoa soa com deficiência moderada ou grave que:
com deficiência: I - receba o benefício de prestação continuada previsto no
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa. art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 , e que passe
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o a exercer atividade remunerada que a enquadre como segurado
crime é cometido: obrigatório do RGPS;
I - por tutor, curador, síndico, liquidatário, inventariante, testa- II - tenha recebido, nos últimos 5 (cinco) anos, o benefício de
menteiro ou depositário judicial; ou prestação continuada previsto no art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de
II - por aquele que se apropriou em razão de ofício ou de dezembro de 1993 , e que exerça atividade remunerada que a en-
profissão. quadre como segurado obrigatório do RGPS.
Art. 90. Abandonar pessoa com deficiência em hospitais, casas Art. 95. É vedado exigir o comparecimento de pessoa com de-
de saúde, entidades de abrigamento ou congêneres: ficiência perante os órgãos públicos quando seu deslocamento, em
Pena - reclusão, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, e multa. razão de sua limitação funcional e de condições de acessibilidade,
Parágrafo único. Na mesma pena incorre quem não prover as imponha-lhe ônus desproporcional e indevido, hipótese na qual
necessidades básicas de pessoa com deficiência quando obrigado serão observados os seguintes procedimentos:
por lei ou mandado. I - quando for de interesse do poder público, o agente pro-
Art. 91. Reter ou utilizar cartão magnético, qualquer meio moverá o contato necessário com a pessoa com deficiência em sua
eletrônico ou documento de pessoa com deficiência destinados ao residência;
recebimento de benefícios, proventos, pensões ou remuneração ou II - quando for de interesse da pessoa com deficiência, ela
à realização de operações financeiras, com o fim de obter vantagem apresentará solicitação de atendimento domiciliar ou fará repre-
indevida para si ou para outrem: sentar-se por procurador constituído para essa finalidade.
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. É assegurado à pessoa com deficiência atendi-
Parágrafo único. Aumenta-se a pena em 1/3 (um terço) se o
mento domiciliar pela perícia médica e social do Instituto Nacion-
crime é cometido por tutor ou curador.
al do Seguro Social (INSS), pelo serviço público de saúde ou pelo
serviço privado de saúde, contratado ou conveniado, que integre o
TÍTULO III
SUS e pelas entidades da rede socioassistencial integrantes do Suas,
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
quando seu deslocamento, em razão de sua limitação funcional e
de condições de acessibilidade, imponha-lhe ônus desproporcional
Art. 92. É criado o Cadastro Nacional de Inclusão da Pessoa
e indevido.
com Deficiência (Cadastro-Inclusão), registro público eletrônico
com a finalidade de coletar, processar, sistematizar e disseminar in- Art. 96. O § 6º -A do art. 135 da Lei nº 4.737, de 15 de julho de
formações georreferenciadas que permitam a identificação e a car- 1965 (Código Eleitoral) , passa a vigorar com a seguinte redação:
acterização socioeconômica da pessoa com deficiência, bem como “Art. 135. .................................................................
das barreiras que impedem a realização de seus direitos. ........................................................................................
§ 1º O Cadastro-Inclusão será administrado pelo Poder Executi- § 6º -A. Os Tribunais Regionais Eleitorais deverão, a cada eleição,
vo federal e constituído por base de dados, instrumentos, procedi- expedir instruções aos Juízes Eleitorais para orientá-los na escolha
mentos e sistemas eletrônicos. dos locais de votação, de maneira a garantir acessibilidade para o
§ 2º Os dados constituintes do Cadastro-Inclusão serão obti- eleitor com deficiência ou com mobilidade reduzida, inclusive em
dos pela integração dos sistemas de informação e da base de dados seu entorno e nos sistemas de transporte que lhe dão acesso.
de todas as políticas públicas relacionadas aos direitos da pessoa ....................................................................................” (NR)
com deficiência, bem como por informações coletadas, inclusive Art. 97. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
em censos nacionais e nas demais pesquisas realizadas no País, de pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 , passa a vigorar
acordo com os parâmetros estabelecidos pela Convenção sobre os com as seguintes alterações:
Direitos das Pessoas com Deficiência e seu Protocolo Facultativo. “Art. 428. ..................................................................
§ 3º Para coleta, transmissão e sistematização de dados, é fac- ...........................................................................................
ultada a celebração de convênios, acordos, termos de parceria ou § 6º Para os fins do contrato de aprendizagem, a comprovação
contratos com instituições públicas e privadas, observados os requi- da escolaridade de aprendiz com deficiência deve considerar, so-
sitos e procedimentos previstos em legislação específica. bretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profis-
§ 4º Para assegurar a confidencialidade, a privacidade e as sionalização.
liberdades fundamentais da pessoa com deficiência e os princípi- ...........................................................................................
os éticos que regem a utilização de informações, devem ser obser- § 8º Para o aprendiz com deficiência com 18 (dezoito) anos ou
vadas as salvaguardas estabelecidas em lei. mais, a validade do contrato de aprendizagem pressupõe anotação
§ 5º Os dados do Cadastro-Inclusão somente poderão ser uti- na CTPS e matrícula e frequência em programa de aprendizagem
lizados para as seguintes finalidades: desenvolvido sob orientação de entidade qualificada em formação
I - formulação, gestão, monitoramento e avaliação das políticas técnico-profissional metódica.” (NR)
públicas para a pessoa com deficiência e para identificar as barrei- “Art. 433. ..................................................................
ras que impedem a realização de seus direitos; ...........................................................................................

44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
I - desempenho insuficiente ou inadaptação do aprendiz, salvo “Art. 43. ......................................................................
para o aprendiz com deficiência quando desprovido de recursos de ............................................................................................
acessibilidade, de tecnologias assistivas e de apoio necessário ao § 6º Todas as informações de que trata o caput deste artigo
desempenho de suas atividades; devem ser disponibilizadas em formatos acessíveis, inclusive para a
..................................................................................” (NR) pessoa com deficiência, mediante solicitação do consumidor.” (NR)
Art. 98. A Lei nº 7.853, de 24 de outubro de 1989 , passa a vig- Art. 101. A Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991 , passa a vigorar
orar com as seguintes alterações: com as seguintes alterações:
“Art. 3º As medidas judiciais destinadas à proteção de inter- “Art. 16. ......................................................................
esses coletivos, difusos, individuais homogêneos e individuais in- I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não
disponíveis da pessoa com deficiência poderão ser propostas pelo emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos
Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Es- ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou defi-
tados, pelos Municípios, pelo Distrito Federal, por associação con- ciência grave;
stituída há mais de 1 (um) ano, nos termos da lei civil, por autarquia, ............................................................................................
por empresa pública e por fundação ou sociedade de economia III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de
mista que inclua, entre suas finalidades institucionais, a proteção 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectu-
dos interesses e a promoção de direitos da pessoa com deficiência. al ou mental ou deficiência grave;
.................................................................................” (NR) .................................................................................” (NR)
“Art. 8º Constitui crime punível com reclusão de 2 (dois) a 5 “Art. 77. .....................................................................
(cinco) anos e multa: ............................................................................................
I - recusar, cobrar valores adicionais, suspender, procrastinar, § 2º ..............................................................................
cancelar ou fazer cessar inscrição de aluno em estabelecimento de ............................................................................................
ensino de qualquer curso ou grau, público ou privado, em razão de II - para o filho, a pessoa a ele equiparada ou o irmão, de am-
sua deficiência; bos os sexos, pela emancipação ou ao completar 21 (vinte e um)
II - obstar inscrição em concurso público ou acesso de alguém anos de idade, salvo se for inválido ou tiver deficiência intelectual
a qualquer cargo ou emprego público, em razão de sua deficiência; ou mental ou deficiência grave;
III - negar ou obstar emprego, trabalho ou promoção à pessoa ...................................................................................
em razão de sua deficiência; § 4º (VETADO).
IV - recusar, retardar ou dificultar internação ou deixar de pre- ...................................................................................” (NR)
star assistência médico-hospitalar e ambulatorial à pessoa com de- “Art. 93. (VETADO):
ficiência; I - (VETADO);
V - deixar de cumprir, retardar ou frustrar execução de ordem II - (VETADO);
judicial expedida na ação civil a que alude esta Lei; III - (VETADO);
VI - recusar, retardar ou omitir dados técnicos indispensáveis IV - (VETADO);
à propositura da ação civil pública objeto desta Lei, quando requi- V - (VETADO).
sitados. § 1º A dispensa de pessoa com deficiência ou de beneficiário
§ 1º Se o crime for praticado contra pessoa com deficiência reabilitado da Previdência Social ao final de contrato por prazo de-
menor de 18 (dezoito) anos, a pena é agravada em 1/3 (um terço). terminado de mais de 90 (noventa) dias e a dispensa imotivada em
§ 2º A pena pela adoção deliberada de critérios subjetivos para contrato por prazo indeterminado somente poderão ocorrer após
indeferimento de inscrição, de aprovação e de cumprimento de a contratação de outro trabalhador com deficiência ou beneficiário
estágio probatório em concursos públicos não exclui a responsab- reabilitado da Previdência Social.
ilidade patrimonial pessoal do administrador público pelos danos § 2º Ao Ministério do Trabalho e Emprego incumbe estabelecer
causados. a sistemática de fiscalização, bem como gerar dados e estatísticas
§ 3º Incorre nas mesmas penas quem impede ou dificulta o in- sobre o total de empregados e as vagas preenchidas por pessoas
gresso de pessoa com deficiência em planos privados de assistência com deficiência e por beneficiários reabilitados da Previdência So-
à saúde, inclusive com cobrança de valores diferenciados. cial, fornecendo-os, quando solicitados, aos sindicatos, às entidades
§ 4º Se o crime for praticado em atendimento de urgência e representativas dos empregados ou aos cidadãos interessados.
emergência, a pena é agravada em 1/3 (um terço).” (NR) § 3º Para a reserva de cargos será considerada somente a con-
Art. 99. O art. 20 da Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990 , passa tratação direta de pessoa com deficiência, excluído o aprendiz com
a vigorar acrescido do seguinte inciso XVIII: deficiência de que trata a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT),
“Art. 20. ...................................................................... aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943.
.............................................................................................. § 4º (VETADO).” (NR)
XVIII - quando o trabalhador com deficiência, por prescrição, “Art. 110-A. No ato de requerimento de benefícios operacion-
necessite adquirir órtese ou prótese para promoção de acessibili- alizados pelo INSS, não será exigida apresentação de termo de cu-
dade e de inclusão social. ratela de titular ou de beneficiário com deficiência, observados os
..................................................................................” (NR) procedimentos a serem estabelecidos em regulamento.”
Art. 100. A Lei nº 8.078, de 11 de setembro de 1990 (Código Art. 102. O art. 2º da Lei nº 8.313, de 23 de dezembro de 1991
de Defesa do Consumidor) , passa a vigorar com as seguintes alter- , passa a vigorar acrescido do seguinte § 3º :
ações: “Art. 2º .........................................................................
“Art. 6º ....................................................................... .............................................................................................
............................................................................................ § 3º Os incentivos criados por esta Lei somente serão conce-
Parágrafo único. A informação de que trata o inciso III do caput didos a projetos culturais que forem disponibilizados, sempre que
deste artigo deve ser acessível à pessoa com deficiência, observado tecnicamente possível, também em formato acessível à pessoa com
o disposto em regulamento.” (NR) deficiência, observado o disposto em regulamento.” (NR)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Art. 103. O art. 11 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992 , passa “Art. 3º Sem prejuízo do prescrito no art. 2º desta Lei e nos dis-
a vigorar acrescido do seguinte inciso IX: positivos legais que tipificam os crimes resultantes de preconceito
“Art. 11. ..................................................................... de etnia, raça, cor ou deficiência, as infrações ao disposto nesta Lei
............................................................................................ são passíveis das seguintes cominações:
IX - deixar de cumprir a exigência de requisitos de acessibili- ..................................................................................” (NR)
dade previstos na legislação.” (NR) “Art. 4º ........................................................................
Art. 104. A Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 , passa a vigor- I - a reintegração com ressarcimento integral de todo o período
ar com as seguintes alterações: de afastamento, mediante pagamento das remunerações devidas,
“Art. 3º ..................................................................... corrigidas monetariamente e acrescidas de juros legais;
.......................................................................................... ....................................................................................” (NR)
§ 2º ........................................................................... Art. 108. O art. 35 da Lei nº 9.250, de 26 de dezembro de 1995
.......................................................................................... , passa a vigorar acrescido do seguinte § 5º :
V - produzidos ou prestados por empresas que comprovem “Art. 35. ......................................................................
cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para pessoa com .............................................................................................
deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e que atendam § 5º Sem prejuízo do disposto no inciso IX do parágrafo único
às regras de acessibilidade previstas na legislação. do art. 3º da Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003 , a pessoa
........................................................................................... com deficiência, ou o contribuinte que tenha dependente nessa
§ 5º Nos processos de licitação, poderá ser estabelecida mar- condição, tem preferência na restituição referida no inciso III do art.
gem de preferência para: 4º e na alínea “c” do inciso II do art. 8º .” (NR)
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais que aten- Art. 109. A Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 (Código
dam a normas técnicas brasileiras; e de Trânsito Brasileiro) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
II - bens e serviços produzidos ou prestados por empresas que “Art. 2º ...........................................................
comprovem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei para Parágrafo único. Para os efeitos deste Código, são consideradas
pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência Social e vias terrestres as praias abertas à circulação pública, as vias internas
que atendam às regras de acessibilidade previstas na legislação. pertencentes aos condomínios constituídos por unidades autôno-
mas e as vias e áreas de estacionamento de estabelecimentos priva-
...................................................................................” (NR)
dos de uso coletivo.” (NR)
“Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § 2º e no
“Art. 86-A. As vagas de estacionamento regulamentado de que
inciso II do § 5º do art. 3º desta Lei deverão cumprir, durante todo
trata o inciso XVII do art. 181 desta Lei deverão ser sinalizadas com
o período de execução do contrato, a reserva de cargos prevista em
as respectivas placas indicativas de destinação e com placas infor-
lei para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previdência
mando os dados sobre a infração por estacionamento indevido.”
Social, bem como as regras de acessibilidade previstas na legislação.
“Art. 147-A. Ao candidato com deficiência auditiva é assegura-
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o cumprimen-
da acessibilidade de comunicação, mediante emprego de tecnolo-
to dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos ambientes de
gias assistivas ou de ajudas técnicas em todas as etapas do processo
trabalho.” de habilitação.
Art. 105. O art. 20 da Lei nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993 , § 1º O material didático audiovisual utilizado em aulas teóricas
passa a vigorar com as seguintes alterações: dos cursos que precedem os exames previstos no art. 147 desta Lei
“Art. 20. ...................................................................... deve ser acessível, por meio de subtitulação com legenda oculta
............................................................................................. associada à tradução simultânea em Libras.
§ 2º Para efeito de concessão do benefício de prestação con- § 2º É assegurado também ao candidato com deficiência audi-
tinuada, considera-se pessoa com deficiência aquela que tem im- tiva requerer, no ato de sua inscrição, os serviços de intérprete da
pedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou Libras, para acompanhamento em aulas práticas e teóricas.”
sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode “Art. 154. (VETADO).”
obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade “Art. 181. ...................................................................
de condições com as demais pessoas. ..........................................................................................
............................................................................................ XVII - .........................................................................
§ 9º Os rendimentos decorrentes de estágio supervisionado e Infração - grave;
de aprendizagem não serão computados para os fins de cálculo da .................................................................................” (NR)
renda familiar per capita a que se refere o § 3º deste artigo. Art. 110. O inciso VI e o § 1º do art. 56 da Lei nº 9.615, de 24 de
............................................................................................. março de 1998 , passam a vigorar com a seguinte redação:
§ 11. Para concessão do benefício de que trata o caput deste “Art. 56. ....................................................................
artigo, poderão ser utilizados outros elementos probatórios da ...........................................................................................
condição de miserabilidade do grupo familiar e da situação de vul- VI - 2,7% (dois inteiros e sete décimos por cento) da arrec-
nerabilidade, conforme regulamento.” (NR) adação bruta dos concursos de prognósticos e loterias federais e
Art. 106. (VETADO). similares cuja realização estiver sujeita a autorização federal, de-
Art. 107. A Lei nº 9.029, de 13 de abril de 1995 , passa a vigorar duzindo-se esse valor do montante destinado aos prêmios;
com as seguintes alterações: .............................................................................................
“Art. 1º É proibida a adoção de qualquer prática discriminatória § 1º Do total de recursos financeiros resultantes do percentual
e limitativa para efeito de acesso à relação de trabalho, ou de sua de que trata o inciso VI do caput , 62,96% (sessenta e dois inteiros
manutenção, por motivo de sexo, origem, raça, cor, estado civil, e noventa e seis centésimos por cento) serão destinados ao Comitê
situação familiar, deficiência, reabilitação profissional, idade, entre Olímpico Brasileiro (COB) e 37,04% (trinta e sete inteiros e quatro
outros, ressalvadas, nesse caso, as hipóteses de proteção à criança centésimos por cento) ao Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB), de-
e ao adolescente previstas no inciso XXXIII do art. 7º da Constituição vendo ser observado, em ambos os casos, o conjunto de normas
Federal. ” (NR) aplicáveis à celebração de convênios pela União.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
..................................................................................” (NR) atividade e à participação da pessoa com deficiência ou com mobili-
Art. 111. O art. 1º da Lei nº 10.048, de 8 de novembro de 2000 dade reduzida, visando à sua autonomia, independência, qualidade
, passa a vigorar com a seguinte redação: de vida e inclusão social;
“Art. 1º As pessoas com deficiência, os idosos com idade igual IX - comunicação: forma de interação dos cidadãos que
ou superior a 60 (sessenta) anos, as gestantes, as lactantes, as pes- abrange, entre outras opções, as línguas, inclusive a Língua Brasilei-
soas com crianças de colo e os obesos terão atendimento prior- ra de Sinais (Libras), a visualização de textos, o Braille, o sistema
itário, nos termos desta Lei.” (NR) de sinalização ou de comunicação tátil, os caracteres ampliados, os
Art. 112. A Lei nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 , passa a dispositivos multimídia, assim como a linguagem simples, escrita
vigorar com as seguintes alterações: e oral, os sistemas auditivos e os meios de voz digitalizados e os
“Art. 2º ....................................................................... modos, meios e formatos aumentativos e alternativos de comuni-
I - acessibilidade: possibilidade e condição de alcance para uti- cação, incluindo as tecnologias da informação e das comunicações;
lização, com segurança e autonomia, de espaços, mobiliários, equi- X - desenho universal: concepção de produtos, ambientes, pro-
pamentos urbanos, edificações, transportes, informação e comuni- gramas e serviços a serem usados por todas as pessoas, sem neces-
cação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como de outros sidade de adaptação ou de projeto específico, incluindo os recursos
serviços e instalações abertos ao público, de uso público ou priva- de tecnologia assistiva.” (NR)
dos de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa “Art. 3º O planejamento e a urbanização das vias públicas, dos
com deficiência ou com mobilidade reduzida; parques e dos demais espaços de uso público deverão ser conce-
II - barreiras: qualquer entrave, obstáculo, atitude ou compor- bidos e executados de forma a torná-los acessíveis para todas as
tamento que limite ou impeça a participação social da pessoa, bem pessoas, inclusive para aquelas com deficiência ou com mobilidade
como o gozo, a fruição e o exercício de seus direitos à acessibili- reduzida.
dade, à liberdade de movimento e de expressão, à comunicação, ao Parágrafo único. O passeio público, elemento obrigatório de
acesso à informação, à compreensão, à circulação com segurança, urbanização e parte da via pública, normalmente segregado e em
entre outros, classificadas em: nível diferente, destina-se somente à circulação de pedestres e,
a) barreiras urbanísticas: as existentes nas vias e nos espaços quando possível, à implantação de mobiliário urbano e de vege-
públicos e privados abertos ao público ou de uso coletivo; tação.” (NR)
b) barreiras arquitetônicas: as existentes nos edifícios públicos “Art. 9º ........................................................................
e privados; Parágrafo único. Os semáforos para pedestres instalados em
c) barreiras nos transportes: as existentes nos sistemas e meios vias públicas de grande circulação, ou que deem acesso aos serviços
de transportes; de reabilitação, devem obrigatoriamente estar equipados com me-
d) barreiras nas comunicações e na informação: qualquer en- canismo que emita sinal sonoro suave para orientação do pedes-
trave, obstáculo, atitude ou comportamento que dificulte ou im- tre.” (NR)
possibilite a expressão ou o recebimento de mensagens e de infor- “Art. 10-A. A instalação de qualquer mobiliário urbano em área
mações por intermédio de sistemas de comunicação e de tecnolo- de circulação comum para pedestre que ofereça risco de acidente
gia da informação; à pessoa com deficiência deverá ser indicada mediante sinalização
III - pessoa com deficiência: aquela que tem impedimento tátil de alerta no piso, de acordo com as normas técnicas perti-
de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensori- nentes.”
al, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstru- “Art. 12-A. Os centros comerciais e os estabelecimentos congê-
ir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de neres devem fornecer carros e cadeiras de rodas, motorizados ou
condições com as demais pessoas; não, para o atendimento da pessoa com deficiência ou com mobil-
IV - pessoa com mobilidade reduzida: aquela que tenha, por idade reduzida.”
qualquer motivo, dificuldade de movimentação, permanente ou Art. 113. A Lei nº 10.257, de 10 de julho de 2001 (Estatuto da
temporária, gerando redução efetiva da mobilidade, da flexibil- Cidade) , passa a vigorar com as seguintes alterações:
idade, da coordenação motora ou da percepção, incluindo idoso, “Art. 3º ......................................................................
gestante, lactante, pessoa com criança de colo e obeso; ............................................................................................
V - acompanhante: aquele que acompanha a pessoa com de- III - promover, por iniciativa própria e em conjunto com os Esta-
ficiência, podendo ou não desempenhar as funções de atendente dos, o Distrito Federal e os Municípios, programas de construção de
pessoal; moradias e melhoria das condições habitacionais, de saneamento
VI - elemento de urbanização: quaisquer componentes de básico, das calçadas, dos passeios públicos, do mobiliário urbano e
obras de urbanização, tais como os referentes a pavimentação, dos demais espaços de uso público;
saneamento, encanamento para esgotos, distribuição de energia IV - instituir diretrizes para desenvolvimento urbano, inclusive
elétrica e de gás, iluminação pública, serviços de comunicação, habitação, saneamento básico, transporte e mobilidade urbana,
abastecimento e distribuição de água, paisagismo e os que materi- que incluam regras de acessibilidade aos locais de uso público;
alizam as indicações do planejamento urbanístico; .................................................................................” (NR)
VII - mobiliário urbano: conjunto de objetos existentes nas vias “Art. 41. ....................................................................
e nos espaços públicos, superpostos ou adicionados aos elemen- ...........................................................................................
tos de urbanização ou de edificação, de forma que sua modificação § 3º As cidades de que trata o caput deste artigo devem elab-
ou seu traslado não provoque alterações substanciais nesses el- orar plano de rotas acessíveis, compatível com o plano diretor no
ementos, tais como semáforos, postes de sinalização e similares, qual está inserido, que disponha sobre os passeios públicos a serem
terminais e pontos de acesso coletivo às telecomunicações, fontes implantados ou reformados pelo poder público, com vistas a ga-
de água, lixeiras, toldos, marquises, bancos, quiosques e quaisquer rantir acessibilidade da pessoa com deficiência ou com mobilidade
outros de natureza análoga; reduzida a todas as rotas e vias existentes, inclusive as que concen-
VIII - tecnologia assistiva ou ajuda técnica: produtos, equipa- trem os focos geradores de maior circulação de pedestres, como
mentos, dispositivos, recursos, metodologias, estratégias, práticas os órgãos públicos e os locais de prestação de serviços públicos e
e serviços que objetivem promover a funcionalidade, relacionada à privados de saúde, educação, assistência social, esporte, cultura,

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
correios e telégrafos, bancos, entre outros, sempre que possível de “Art. 1.771. Antes de se pronunciar acerca dos termos da cu-
maneira integrada com os sistemas de transporte coletivo de pas- ratela, o juiz, que deverá ser assistido por equipe multidisciplinar,
sageiros.” (NR) entrevistará pessoalmente o interditando.” (NR)
Art. 114. A Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código “Art. 1.772. O juiz determinará, segundo as potencialidades da
Civil) , passa a vigorar com as seguintes alterações: pessoa, os limites da curatela, circunscritos às restrições constantes
“Art. 3º São absolutamente incapazes de exercer pessoalmente do art. 1.782, e indicará curador.
os atos da vida civil os menores de 16 (dezesseis) anos. Parágrafo único. Para a escolha do curador, o juiz levará em
I - (Revogado); conta a vontade e as preferências do interditando, a ausência de
II - (Revogado); conflito de interesses e de influência indevida, a proporcionalidade
III - (Revogado).” (NR) e a adequação às circunstâncias da pessoa.” (NR)
“Art. 4º São incapazes, relativamente a certos atos ou à manei- “Art. 1.775-A . Na nomeação de curador para a pessoa com de-
ra de os exercer: ficiência, o juiz poderá estabelecer curatela compartilhada a mais
..................................................................................... de uma pessoa.”
II - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; “Art. 1.777. As pessoas referidas no inciso I do art. 1.767 rece-
III - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu- berão todo o apoio necessário para ter preservado o direito à con-
derem exprimir sua vontade; vivência familiar e comunitária, sendo evitado o seu recolhimento
............................................................................................. em estabelecimento que os afaste desse convívio.” (NR)
Parágrafo único . A capacidade dos indígenas será regulada por Art. 115. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº
legislação especial.” (NR) 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a vigorar com
“Art. 228. ..................................................................... a seguinte redação:
.............................................................................................
II - (Revogado); “TÍTULO IV
III - (Revogado); DA TUTELA, DA CURATELA E DA
............................................................................................. TOMADA DE DECISÃO APOIADA”
§ 1º ..............................................................................
§ 2º A pessoa com deficiência poderá testemunhar em igual-
Art. 116. O Título IV do Livro IV da Parte Especial da Lei nº
dade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe assegurados
10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil) , passa a vigorar
todos os recursos de tecnologia assistiva.” (NR)
acrescido do seguinte Capítulo III:
“Art. 1.518 . Até a celebração do casamento podem os pais ou
tutores revogar a autorização.” (NR)
“CAPÍTULO III
“Art. 1.548. ...................................................................
DA TOMADA DE DECISÃO APOIADA
I - (Revogado);
....................................................................................” (NR)
Art. 1.783-A. A tomada de decisão apoiada é o processo pelo
“Art. 1.550. ..................................................................
............................................................................................. qual a pessoa com deficiência elege pelo menos 2 (duas) pessoas
§ 1º .............................................................................. idôneas, com as quais mantenha vínculos e que gozem de sua con-
§ 2º A pessoa com deficiência mental ou intelectual em idade fiança, para prestar-lhe apoio na tomada de decisão sobre atos da
núbia poderá contrair matrimônio, expressando sua vontade diret- vida civil, fornecendo-lhes os elementos e informações necessários
amente ou por meio de seu responsável ou curador.” (NR) para que possa exercer sua capacidade.
“Art. 1.557. ................................................................ § 1º Para formular pedido de tomada de decisão apoiada, a
............................................................................................ pessoa com deficiência e os apoiadores devem apresentar termo
III - a ignorância, anterior ao casamento, de defeito físico ir- em que constem os limites do apoio a ser oferecido e os compro-
remediável que não caracterize deficiência ou de moléstia grave e missos dos apoiadores, inclusive o prazo de vigência do acordo e
transmissível, por contágio ou por herança, capaz de pôr em risco a o respeito à vontade, aos direitos e aos interesses da pessoa que
saúde do outro cônjuge ou de sua descendência; devem apoiar.
IV - (Revogado).” (NR) § 2º O pedido de tomada de decisão apoiada será requerido
“Art. 1.767. .................................................................. pela pessoa a ser apoiada, com indicação expressa das pessoas ap-
I - aqueles que, por causa transitória ou permanente, não pu- tas a prestarem o apoio previsto no caput deste artigo.
derem exprimir sua vontade; § 3º Antes de se pronunciar sobre o pedido de tomada de de-
II - (Revogado); cisão apoiada, o juiz, assistido por equipe multidisciplinar, após oiti-
III - os ébrios habituais e os viciados em tóxico; va do Ministério Público, ouvirá pessoalmente o requerente e as
IV - (Revogado); pessoas que lhe prestarão apoio.
....................................................................................” (NR) § 4º A decisão tomada por pessoa apoiada terá validade e efei-
“Art. 1.768. O processo que define os termos da curatela deve tos sobre terceiros, sem restrições, desde que esteja inserida nos
ser promovido: limites do apoio acordado.
............................................................................................. § 5º Terceiro com quem a pessoa apoiada mantenha relação
IV - pela própria pessoa.” (NR) negocial pode solicitar que os apoiadores contra-assinem o contra-
“Art. 1.769 . O Ministério Público somente promoverá o proces- to ou acordo, especificando, por escrito, sua função em relação ao
so que define os termos da curatela: apoiado.
I - nos casos de deficiência mental ou intelectual; § 6º Em caso de negócio jurídico que possa trazer risco ou pre-
............................................................................................ juízo relevante, havendo divergência de opiniões entre a pessoa
III - se, existindo, forem menores ou incapazes as pessoas men- apoiada e um dos apoiadores, deverá o juiz, ouvido o Ministério
cionadas no inciso II.” (NR) Público, decidir sobre a questão.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
§ 7º Se o apoiador agir com negligência, exercer pressão in- Parágrafo único. Prevalecerá a norma mais benéfica à pessoa
devida ou não adimplir as obrigações assumidas, poderá a pessoa com deficiência.
apoiada ou qualquer pessoa apresentar denúncia ao Ministério Pú- Art. 122. Regulamento disporá sobre a adequação do disposto
blico ou ao juiz. nesta Lei ao tratamento diferenciado, simplificado e favorecido a
§ 8º Se procedente a denúncia, o juiz destituirá o apoiador e ser dispensado às microempresas e às empresas de pequeno porte,
nomeará, ouvida a pessoa apoiada e se for de seu interesse, outra previsto no § 3º do art. 1º da Lei Complementar nº 123, de 14 de
pessoa para prestação de apoio. dezembro de 2006 .
§ 9º A pessoa apoiada pode, a qualquer tempo, solicitar o Art. 123. Revogam-se os seguintes dispositivos: (Vigência)
término de acordo firmado em processo de tomada de decisão I - o inciso II do § 2º do art. 1º da Lei nº 9.008, de 21 de março
apoiada. de 1995 ;
§ 10. O apoiador pode solicitar ao juiz a exclusão de sua par- II - os incisos I, II e III do art. 3º da Lei nº 10.406, de 10 de janei-
ticipação do processo de tomada de decisão apoiada, sendo seu ro de 2002 (Código Civil);
desligamento condicionado à manifestação do juiz sobre a matéria. III - os incisos II e III do art. 228 da Lei nº 10.406, de 10 de janei-
§ 11. Aplicam-se à tomada de decisão apoiada, no que couber, ro de 2002 (Código Civil);
as disposições referentes à prestação de contas na curatela.” IV - o inciso I do art. 1.548 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
Art. 117. O art. 1º da Lei nº 11.126, de 27 de junho de 2005 , 2002 (Código Civil);
passa a vigorar com a seguinte redação: V - o inciso IV do art. 1.557 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro
“Art. 1º É assegurado à pessoa com deficiência visual acom- de 2002 (Código Civil);
panhada de cão-guia o direito de ingressar e de permanecer com VI - os incisos II e IV do art. 1.767 da Lei nº 10.406, de 10 de
o animal em todos os meios de transporte e em estabelecimentos janeiro de 2002 (Código Civil);
abertos ao público, de uso público e privados de uso coletivo, desde VII - os arts. 1.776 e 1.780 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de
que observadas as condições impostas por esta Lei. 2002 (Código Civil).
............................................................................................. Art. 124. O § 1º do art. 2º desta Lei deverá entrar em vigor em
§ 2º O disposto no caput deste artigo aplica-se a todas as até 2 (dois) anos, contados da entrada em vigor desta Lei.
modalidades e jurisdições do serviço de transporte coletivo de pas- Art. 125. Devem ser observados os prazos a seguir discrimina-
sageiros, inclusive em esfera internacional com origem no território dos, a partir da entrada em vigor desta Lei, para o cumprimento dos
brasileiro.” (NR) seguintes dispositivos:
Art. 118. O inciso IV do art. 46 da Lei nº 11.904, de 14 de janeiro I - incisos I e II do § 2º do art. 28 , 48 (quarenta e oito) meses;
de 2009 , passa a vigorar acrescido da seguinte alínea “k”: II - § 6º do art. 44, 60 (sessenta) meses;(Redação dada pela Lei
“Art. 46. ...................................................................... nº 14.009, de 2020)
........................................................................................... III - art. 45 , 24 (vinte e quatro) meses;
IV - .............................................................................. IV - art. 49 , 48 (quarenta e oito) meses.
........................................................................................... Art. 126. Prorroga-se até 31 de dezembro de 2021 a vigência da
k) de acessibilidade a todas as pessoas. Lei nº 8.989, de 24 de fevereiro de 1995 .
.................................................................................” (NR) Art. 127. Esta Lei entra em vigor após decorridos 180 (cento e
Art. 119. A Lei nº 12.587, de 3 de janeiro de 2012 , passa a vig- oitenta) dias de sua publicação oficial .
orar acrescida do seguinte art. 12-B:
“Art. 12-B. Na outorga de exploração de serviço de táxi, res- EXERCÍCIOS
ervar-se-ão 10% (dez por cento) das vagas para condutores com
deficiência.
§ 1º Para concorrer às vagas reservadas na forma do caput 01. Os programas de educação para a resolução de conflitos
deste artigo, o condutor com deficiência deverá observar os seguin- mostram aos alunos a dinâmica do poder e providenciam uma com-
tes requisitos quanto ao veículo utilizado: preensão básica acerca da natureza do conflito e do papel da cultu-
I - ser de sua propriedade e por ele conduzido; e ra na forma de resolvê-los. No que diz respeito a esse tema, assinale
II - estar adaptado às suas necessidades, nos termos da legis- a alternativa correta.
lação vigente. A. A criação de ambientes de aprendizagem seguros implica no
§ 2º No caso de não preenchimento das vagas na forma estabe- aumento do número de suspensões e acarreta maior evasão escolar.
lecida no caput deste artigo, as remanescentes devem ser disponi- B. O desenvolvimento pessoal e social dos alunos inclui a apren-
bilizadas para os demais concorrentes.” dizagem de competências de resolução de problemas, o treino das
Art. 120. Cabe aos órgãos competentes, em cada esfera de gov- aptidões para reconhecer e lidar com as emoções, a identificação
erno, a elaboração de relatórios circunstanciados sobre o cumpri- e a redução das orientações agressivas e das atribuições hostis e a
mento dos prazos estabelecidos por força das Leis nº 10.048, de 8 utilização de estratégias construtivas em casos de conflito nas esco-
de novembro de 2000 , e nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000 las e no contexto familiar e comunitário.
, bem como o seu encaminhamento ao Ministério Público e aos C. A promoção de ambientes de aprendizagem construtivos
órgãos de regulação para adoção das providências cabíveis. consiste no aumento do rendimento dos alunos, sem preocupação
Parágrafo único. Os relatórios a que se refere o caput deste ar- com a disciplina.
tigo deverão ser apresentados no prazo de 1 (um) ano a contar da D. É de responsabilidade exclusiva do professor o trabalho de
entrada em vigor desta Lei. implementação da mediação escolar, de modo a desenvolver um
Art. 121. Os direitos, os prazos e as obrigações previstos nesta conjunto de ações que permitam solucionar os conflitos entre os
Lei não excluem os já estabelecidos em outras legislações, inclu- alunos pacificamente.
sive em pactos, tratados, convenções e declarações internacionais E. O processo de mediação de conflitos escolares deve ser
aprovados e promulgados pelo Congresso Nacional, e devem ser público para que os demais alunos possam aprender por meio do
aplicados em conformidade com as demais normas internas e acor- exemplo, cabendo ao docente apresentar as soluções para cada
dos internacionais vinculantes sobre a matéria. caso.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
02. No texto “Gestão do conflito escolar: da classificação dos 05. Em relação aos estágios de desenvolvimento, assinale a al-
conflitos aos modelos de mediação” (2007), Álvaro Chrispino de- ternativa incorreta.
fende a tese de que a causa primordial da violência escolar tem A.Consistem em fases cujas mudanças evolutivas são essencial-
relação com mente quantitativas.
A.as mudanças sociais que afetam as relações de poder na es- B.São cumulativos, sendo que a resolução das situações no es-
cola, uma vez que os dispositivos utilizados na cultura escolar que tágio posterior é superior à que o antecede.
garantiam a autoridade pedagógica e a manutenção da ordem não C.São etapas invariáveis (ordem constante) e universais (pre-
são mais adequados para assegurar a autoridade pedagógica. sente em todos).
B.a formação dos professores, especialmente a inicial, que não D.A universalidade dos estágios implica que todas as pessoas
prepara o docente para compreender as manifestações e causas passem pelos estágios, não necessariamente na mesma idade.
dos conflitos, bem como não fornece ferramentas para a resolução E.Representam saltos qualitativos no desenvolvimento.
de conflitos no contexto da sala de aula e da escola.
C.a ausência de uma gestão democrática, quando a direção não 06. Quanto à adolescência, assinale a alternativa incorreta.
desenvolve um trabalho cooperativo e a equipe escolar não vê o A.É uma fase evolutiva em que se identificam mudanças signifi-
conflito como algo que deva ser investigado, compreendido e me- cativas do ponto de vista biológico, social e psicológico.
diado. B.Dura dos doze aos dezoito anos de idade em todas as culturas.
D.as famílias dos alunos, que não têm cumprido com o seu pa- C.É uma fase essencial para o desenvolvimento humano, cuja
pel de garantir a formação moral, os bons costumes, os bons modos manifestação sofre influ¨ºncia da cultura, mas apresenta aspectos
de crianças e jovens tidos como essenciais ao convívio social e ao psicodinâmicos importantes.
processo de ensino-aprendizagem. D.As transformações corporais características da adolescência
E.a massificação da educação, pois a escola passou a reunir no exigem uma reformulação do esquema corporal e a elaboração da
mesmo espaço alunos com diferentes vivências, expectativas, valo- perda do corpo infantil.
res, culturas e hábitos que são causadores de conflito que, quando E.Segundo a abordagem psicanalítica, identifica-se, nesse perí-
não trabalhados, provocam manifestação de violência. odo, a fase genital.

03. Para seu primeiro dia de aula, na turma do 4º ano do Ensino 07. A Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, que contém o Esta-
Fundamental de uma escola pública, em sua primeira experiência tuto da Criança e do Adolescente, dispõe, no Art. 53, que “a criança
enquanto docente, Mariana preparou uma atividade de integração e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desen-
que exigiria movimentação dos alunos na sala de aula. Ao receber volvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e
os alunos, a professora teve conhecimento de que um deles apre- qualificação para o trabalho [...]” (BRASIL, 1990).
sentava paralisia nos membros inferiores e fazia uso de cadeira de São direitos da criança e adolescente previstos no referido ar-
rodas. Surpresa com a situação e baseada na Política Nacional de tigo, exceto:
Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, a profes- A. Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola.
sora: B. Acesso à escola onde houver vaga disponível, mesmo que
A.manteve a atividade com o restante da turma e solicitou que não seja próxima de sua residência.
a família levasse o aluno usuário de cadeira de rodas de volta para C. Direito de ser respeitado por seus educadores.
casa, evitando-lhe constrangimento e exposição, o que é proibido, D. Direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer
segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente; às instâncias escolares superiores.
B.manteve a atividade, fazendo uma adaptação para que o
aluno usuário de cadeira de rodas fosse incluído, possibilitando a 08. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente - Lei
interação com o restante do grupo, já que sua deficiência apenas o n°8.069/1990 - a criança e o adolescente têm direito à educação, vi-
impedia de se locomover sem a cadeira de rodas; sando o pleno desenvolvimento de sua pessoa. Neste sentido, esta
C.manteve a atividade, mas retirou o aluno usuário de cadeira lei deve assegurar o (a) (s):
de rodas de sala, deixando-o sob a supervisão da secretária escolar; A. assistência integral e consonância com a Política Nacional de
D.manteve a atividade com o restante do grupo e ofereceu Assistência Social.
papel colorido, lápis de cor e giz de cera para o aluno usuário de B. igualdade de condições para o acesso e permanência na es-
cadeira de rodas, orientando-o a fazer um desenho sobre as férias; cola.
E.suspendeu a atividade com todo o grupo e solicitou ao coor- C. acesso à escola particular próxima de sua residência.
denador pedagógico que o aluno usuário de cadeira de rodas fosse D. trabalho para menores de quatorze anos.
transferido para outra turma. E. direitos trabalhistas e previdenciários ao adolescente infrator.

04. A respeito dos princípios de ética e cidadania, assinale a 09. Com relação ao direito fundamental das crianças à educa-
alternativa correta. ção, julgue os itens a seguir à luz do Estatuto da Criança e do Ado-
A.A cidadania é uma ligação que o indivíduo tem com o Univer- lescente (ECA) e do entendimento dos tribunais superiores.
so, garantindo‐lhe direitos e isentando‐lhe de obrigações. I Direito social fundamental, a educação infantil constitui nor-
B.Conservar os bens públicos não pode ser considerado como ma de natureza constitucional programática que orienta os gestores
um exercício de cidadania. públicos dos entes federativos.
C.O profissional que exerce seu trabalho em uma organização II Em se tratando de questões que envolvam a educação infan-
não desempenha seu papel como cidadão. til, poderá o juiz, ao julgá-las, sensibilizar-se diante da limitação da
D.A preservação do meio ambiente pode ser considerada como reserva do possível do Estado, especialmente da previsão orçamen-
uma atitude relacionada à cidadania. tária e da disponibilidade financeira.
E.Apesar de ser considerada como uma conduta antiética, a III O Poder Judiciário não pode impor à administração pública o
corrupção pode ser justificada, considerando‐se o princípio da in- fornecimento de vaga em creche para menor, sob pena de contami-
fluência do meio sobre o indivíduo. nação da separação das funções do Estado moderno.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
Assinale a opção correta.
A. Nenhum item está certo. GABARITO
B. Apenas o item I está certo.
C. Apenas o item II está certo.
D. Apenas os itens I e III estão certos. 01 B
E. Apenas os itens II e III estão certos. 02 E

10. De acordo com a legislação que estabelece as diretrizes e 03 B


bases da educação nacional, o dever do Estado com a educação es- 04 D
colar pública será efetivado mediante a garantia de 05 A
A.educação básica, obrigatória e gratuita, em creches, para
crianças de zero a seis anos de idade. 06 B
B.acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e da 07 B
criação artística, de acordo com a capacidade de cada um.
08 B
C.atendimento educacional gratuito aos educandos com de-
ficiência, de preferência em escolas exclusivamente destinadas à 09 A
educação especial. 10 B
D.atendimento ao educando por meio de programas suple-
mentares de material didático-escolar, garantidos somente aos alu- 11 A
nos da pré-escola e do ensino fundamental. 12 C
E.acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e médio
exclusivamente àqueles educandos que estejam na idade apropria- ANOTAÇÕES
da para tais níveis.

11. Um dos elementos que constituem a gestão democrática na ______________________________________________________


escola está relacionado à construção do projeto político pedagógi-
co, que a partir da Lei nº 9394/96 (LDB) passou a ser obrigatório em ______________________________________________________
todos os estabelecimentos de ensino. Sobre o projeto político-pe-
______________________________________________________
dagógico (PPP), analise as afirmativas a seguir.
I. O PPP é um produto do processo de planejamento escolar, ______________________________________________________
dando visibilidade ao planejamento participativo.
II. O PPP deve ser elaborado com a participação dos profissio- ______________________________________________________
nais da educação e representantes da comunidade escolar.
III. O PPP definirá as normas de gestão democrática da escola ______________________________________________________
graças à participação do conselho escolar ou seu equivalente.
______________________________________________________
Está correto o que se afirma em
______________________________________________________
A.II, apenas.
B.III, apenas. ______________________________________________________
C.I e III, apenas.
D.II e III, apenas. ______________________________________________________
E.I, II e III.
______________________________________________________
12. A Educação Especial, na Lei de Diretrizes e Bases da Educa-
ção Nacional (Lei nº 9.394/1996), ______________________________________________________
A.é determinada como ensino obrigatório a toda pessoa com
deficiência dos 4 (quatro) aos 17 (dezessete) anos de idade, dever do ______________________________________________________
Estado e obrigação de acompanhamento médico realizado pela família.
______________________________________________________
B.estabelece a garantia de acesso e benefícios igualitários a
todos alunos com deficiência ou transtornos globais do desenvol- ______________________________________________________
vimento, matriculados nas redes públicas e privadas do ensino de
responsabilidade municipal. ______________________________________________________
C.é definida como modalidade de educação escolar oferecida
preferencialmente na rede regular de ensino, para educandos com ______________________________________________________
deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habili-
dades ou superdotação. ______________________________________________________
D.organiza seu ensino em classes do ensino regular e supletivo,
______________________________________________________
escolas de atendimento especializados por deficiência, após avalia-
ção médica e testes psicológicos de inteligência emocional. ______________________________________________________
E.assegura a todos alunos portadores de necessidades especiais
acompanhamento médico e/ou psicológico em Unidade Básica de ______________________________________________________
Saúde mais próxima da escola em que o aluno estiver matriculado.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
INSPETOR DE ALUNOS
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