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Companhia de Desenvolvimento de Maricá S⁄A

CODEMAR - Analista em Licitações


Edital de Concurso Público – N° 001 ⁄2017
JH100-2017
DADOS DA OBRA

Título da obra: Companhia de Desenvolvimento de Maricá S⁄A - CODEMAR

Cargo: Analista em Licitações

(Baseado no Edital de Concurso Público – N° 001 ⁄2017)

• Português
• Raciocínio Lógico
• Noções de Informática
• Conhecimentos Específicos

Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza

Produção Editorial/Revisão
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Suelen Domenica Pereira

Capa
Natália Maio

Editoração Eletrônica
Marlene Moreno

Gerente de Projetos
Bruno Fernandes
APRESENTAÇÃO

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SUMÁRIO

Português

Domínio da Ortografia Oficial: Normas Técnicas de Redação Oficial; Compreensão, Interpretação e Organização Interna do
Texto; Elementos de Construção do Texto e Seu Sentido: Gênero do Texto (Literário E Não Literário; Narrativo, Descritivo,
Injuntivo e Argumentativo);............................................................................................................................................................................................01
Variação Linguística; Semântica: Sentido e Emprego dos Vocábulos, Campos Semânticos, Antonímia, Sinonímia, Paronímia,
Emprego de Tempos Modos e Aspecto dos Verbos em Português; ...........................................................................................................11
Fonética: Consoante, Vogais e Semivogais, Encontros Vocálicos e Consonantais, Acento, Paronímia e Homonímia Silaba-
ção (Número, Estrutura, Tonicidade); ........................................................................................................................................................................20
Morfologia: Reconhecimento, Emprego e Sentido das Classes Gramaticais, Processos de Formação de Palavras, Mecanis-
mos de Flexão dos Nomes e dos Verbos (Tempos, Modos); ..........................................................................................................................23
Sintaxe: Frase, Oração e Período, Termos da Oração, Processos de Coordenação e Subordinação, Concordância Nominal
e Verbal, Transitividade e Regência de Nomes e Verbos, Padrões Gerais de Colocação Pronominal no Português, Mecanis-
mos de Coesão e Coerência Textual; .........................................................................................................................................................................30
Estilística: Figuras de Linguagem, Ortografia e Pontuação...............................................................................................................................61

Raciocínio Lógico

Problemas Envolvendo Lógica E Raciocínio Lógico; Proposições Simples e Compostas, Argumentação Lógica, Estruturas
Lógicas e Diagramas Lógicos; Conceito De Proposição: Valores Lógicos Das Proposições, Conectivo; Estruturas Compostas:
Negação; Conjunção; Disjunção; Condicional e Bicondicional; Tabelas Verdade de Proposições Compostas; Tautologias,
Contradições E Contingências; Equivalências e Implicações Lógicas, Verdades e Mentiras;.............................................................01
Diagrama Venn (Conjuntos); .........................................................................................................................................................................................15
Análise Combinatória; ......................................................................................................................................................................................................21
Probabilidade; ......................................................................................................................................................................................................................22
Sequências Lógicas, Raciocínio Matemático, Matrizes, Determinantes E Sistemas Lineares;............................................................23
Geometria Básica E Trigonometria...............................................................................................................................................................................42

Noções de Informática

Noções de Hardware: Componentes De Um Computador, Dispositivos De Entrada E Saída, Mídias Para Armazenamento
De Dados, Instalação E Utilização De Periféricos; ................................................................................................................................................01
Noções Do Sistema Operacional Windows 10: Operações Sobre Arquivos E Pastas, Atalhos, Janelas, Instalação De Progra-
mas; ..........................................................................................................................................................................................................................................07
Editor De Texto (Ms Office 2010): Conceitos Básicos, Menus, Barras De Ferramentas, Comandos, Configurações, Formata-
ção, Proteção De Documentos (Ms Office 2010); ................................................................................................................................................16
Editor De Planilhas Eletrônicas (Ms Office 2010): Conceitos Básicos, Menus, Barras De Ferramentas, Comandos, Funções,
Configurações, Criação De Fórmulas, Referências Entre Planilhas, Gráficos (Ms Office 2010); .......................................................22
Softwares Para Apresentações (Ms Office 2010): Criação E Formatação De Slides, Criação E Formatação De Slide Mestre,
Criação De Apresentações; ............................................................................................................................................................................................32
Tecnologias, Ferramentas, Aplicativos E Procedimentos Associados À Internet: Conceitos, Navegadores, Hyperlinks, Fer-
ramentas De Busca, Transferências De Arquivos (Download E Upload), Correio Eletrônico, Noções De Mapeamento E
Pesquisa De Vírus, Spyware, Spam, Certificados De Segurança, Acesso A Sites Seguros, Ética Na Utilização Da Internet Em
Ambiente Corporativo, Cuidados E Prevenções, Noções De Backup...........................................................................................................37
SUMÁRIO

Conhecimentos Específicos

Direito Administrativo; Documentação; Certidão; Circular; Comunicado; Convite; Comunicado Geral; Edital;.......................01
Lei 8.666/93;...........................................................................................................................................................................................................................26
Lei Orgânica Municipal De Maricá De 05 De Abril De 1990;............................................................................................................................53
Noções De Ato Administrativo; Elemento/Requisitos;..................................................................................................................................... 107
Orçamento Público;......................................................................................................................................................................................................... 110
Direito Constitucional; Lei 10. 520 De 17 De Julho De 2002;........................................................................................................................ 113
Decreto 5.450 De 31 De Maio De 2005.................................................................................................................................................................. 115
Lei 13.303 De 30 De Julho De 2016;......................................................................................................................................................................... 120
Decreto Municipal De Maricá 47, De 06 De Fevereiro De 2017.................................................................................................................. 141
Lei Orgânica Municipal De Maricá De 05 De Abril De 1990.......................................................................................................................... 151
PORTUGUÊS

Domínio da Ortografia Oficial: Normas Técnicas de Redação Oficial; Compreensão, Interpretação e Organização Interna do
Texto; Elementos de Construção do Texto e Seu Sentido: Gênero do Texto (Literário E Não Literário; Narrativo, Descritivo,
Injuntivo e Argumentativo);............................................................................................................................................................................................01
Variação Linguística; Semântica: Sentido e Emprego dos Vocábulos, Campos Semânticos, Antonímia, Sinonímia, Paronímia,
Emprego de Tempos Modos e Aspecto dos Verbos em Português; ...........................................................................................................11
Fonética: Consoante, Vogais e Semivogais, Encontros Vocálicos e Consonantais, Acento, Paronímia e Homonímia Silabação
(Número, Estrutura, Tonicidade); .................................................................................................................................................................................20
Morfologia: Reconhecimento, Emprego e Sentido das Classes Gramaticais, Processos de Formação de Palavras, Mecanis-
mos de Flexão dos Nomes e dos Verbos (Tempos, Modos); ..........................................................................................................................23
Sintaxe: Frase, Oração e Período, Termos da Oração, Processos de Coordenação e Subordinação, Concordância Nominal e
Verbal, Transitividade e Regência de Nomes e Verbos, Padrões Gerais de Colocação Pronominal no Português, Mecanismos
de Coesão e Coerência Textual; ...................................................................................................................................................................................30
Estilística: Figuras de Linguagem, Ortografia e Pontuação...............................................................................................................................61
PORTUGUÊS

b) do Poder Legislativo:
DOMÍNIO DA ORTOGRAFIA OFICIAL: Presidente, Vice–Presidente e Membros da Câmara dos
NORMAS TÉCNICAS DE REDAÇÃO OFICIAL; Deputados e do Senado Federal, Presidente e Membros do
COMPREENSÃO, INTERPRETAÇÃO E Tribunal de Contas da União, Presidente e Membros dos
ORGANIZAÇÃO INTERNA DO TEXTO; Tribunais de Contas Estaduais, Presidente e Membros das
Assembleias Legislativas Estaduais, Presidente das Câmaras
ELEMENTOS DE CONSTRUÇÃO DO
Municipais.
TEXTO E SEU SENTIDO: GÊNERO DO
TEXTO (LITERÁRIO E NÃO LITERÁRIO; c) do Poder Judiciário:
NARRATIVO, DESCRITIVO, INJUNTIVO E Presidente e Membros do Supremo Tribunal Federal,
ARGUMENTATIVO); Presidente e Membros do Superior Tribunal de Justiça, Pre-
sidente e Membros do Superior Tribunal Militar, Presidente e
Membros do Tribunal Superior Eleitoral, Presidente e Mem-
bros do Tribunal Superior do Trabalho, Presidente e Membros
REDAÇÃO OFICIAL dos Tribunais de Justiça, Presidente e Membros dos Tribunais
Regionais Federais, Presidente e Membros dos Tribunais Re-
Pronomes de tratamento na redação oficial gionais Eleitorais, Presidente e Membros dos Tribunais Re-
gionais do Trabalho, Juízes e Desembargadores, Auditores
A redação oficial é a maneira utilizada pelo poder pú- da Justiça Militar.
blico para redigir atos normativos. Para redigi-los, muitas O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
regras fazem-se necessárias. Entre elas, escrever de forma das aos Chefes do Poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
clara, concisa, sem muito comprometimento, bem como do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
um uso adequado das formas de tratamento. Tais regras, República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
acompanhadas de uma boa redação, com um bom uso da Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo Tri-
linguagem, asseguram que os atos normativos sejam bem bunal Federal.
executados. E mais: As demais autoridades serão tratadas com o
vocativo Senhor, seguido do cargo respectivo: Senhor Sena-
No Poder Público, nós nos deparamos com situações
dor, Senhor Juiz, Senhor Ministro, Senhor Governador.
em que precisamos escrever – ou falar – com pessoas com
O Manual ainda preceitua que a forma de tratamento
as quais não temos familiaridade. Nestes casos, os prono-
“Digníssimo” fica abolida para as autoridades descritas aci-
mes de tratamento assumem uma condição e precisam es-
ma, afinal, a dignidade é condição primordial para que tais
tar adequados à categoria hierárquica da pessoa a quem cargos públicos sejam ocupados.
nos dirigimos. E mais, exige-se, em discurso falado ou es- Fica ainda dito que doutor não é forma de tratamento,
crito, uma homogeneidade na forma de tratamento, não só mas titulação acadêmica de quem defende tese de dou-
nos pronomes como também nos verbos. No entanto, as torado. Portanto, é aconselhável que não se use discrimi-
formas de tratamento não são do conhecimento de todos. nadamente tal termo.
Abaixo, seguem as discriminações de usos dos prono-
mes de tratamento, com base no Manual da Presidência da As Comunicações Oficiais
República.
1. Aspectos Gerais da Redação Oficial
São de uso consagrado:
O que é Redação Oficial
Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
Em uma frase, pode-se dizer que redação oficial é a
a) do Poder Executivo maneira pela qual o Poder Público redige atos norma-
Presidente da República, Vice-Presidente da República, tivos e comunicações. Interessa-nos tratá-la do ponto de
Ministro de Estado, Secretário-Geral da Presidência da Repú- vista do Poder Executivo.
blica, Consultor-Geral da República, Chefe do Estado-Maior A redação oficial deve caracterizar-se pela impessoa-
das Forças Armadas, Chefe do Gabinete Militar da Presidên- lidade, uso do padrão culto de linguagem, clareza, conci-
cia da República, Chefe do Gabinete Pessoal do Presidente são, formalidade e uniformidade. Fundamentalmente esses
da República, Secretários da Presidência da República, Pro- atributos decorrem da Constituição, que dispõe, no artigo
curador – Geral da República, Governadores e Vice-Gover- 37: “A administração pública direta, indireta ou fundacional,
nadores de Estado e do Distrito Federal, Chefes de Estado – de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
Maior das Três Armas, Oficiais Generais das Forças Armadas, Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de lega-
Embaixadores, Secretário Executivo e Secretário Nacional de lidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
(...)”. Sendo a publicidade e a impessoalidade princípios
Ministérios, Secretários de Estado dos Governos Estaduais,
fundamentais de toda administração pública, claro que de-
Prefeitos Municipais.
vem igualmente nortear a elaboração dos atos e comuni-
cações oficiais.

1
PORTUGUÊS

Não se concebe que um ato normativo de qualquer A concisão, a clareza, a objetividade e a formalidade
natureza seja redigido de forma obscura, que dificulte ou de que nos valemos para elaborar os expedientes oficiais
impossibilite sua compreensão. A transparência do sentido contribuem, ainda, para que seja alcançada a necessária im-
dos atos normativos, bem como sua inteligibilidade, são pessoalidade.
requisitos do próprio Estado de Direito: é inaceitável que
um texto legal não seja entendido pelos cidadãos. A publi- A Linguagem dos Atos e Comunicações Oficiais
cidade implica, pois, necessariamente, clareza e concisão.
Fica claro também que as comunicações oficiais são A necessidade de empregar determinado nível de lin-
necessariamente uniformes, pois há sempre um único co- guagem nos atos e expedientes oficiais decorre, de um lado,
municador (o Serviço Público) e o receptor dessas comu- do próprio caráter público desses atos e comunicações; de
nicações ou é o próprio Serviço Público (no caso de expe- outro, de sua finalidade. Os atos oficiais, aqui entendidos
dientes dirigidos por um órgão a outro) – ou o conjunto como atos de caráter normativo, ou estabelecem regras
dos cidadãos ou instituições tratados de forma homogê- para a conduta dos cidadãos, ou regulam o funcionamento
nea (o público). dos órgãos públicos, o que só é alcançado se em sua elabo-
A redação oficial não é necessariamente árida e infensa ração for empregada a linguagem adequada. O mesmo se
à evolução da língua. É que sua finalidade básica – comu- dá com os expedientes oficiais, cuja finalidade precípua é a
nicar com impessoalidade e máxima clareza – impõe certos de informar com clareza e objetividade.
parâmetros ao uso que se faz da língua, de maneira diversa As comunicações que partem dos órgãos públicos fe-
daquele da literatura, do texto jornalístico, da correspon- derais devem ser compreendidas por todo e qualquer cida-
dência particular, etc. dão brasileiro. Para atingir esse objetivo, há que evitar o uso
Apresentadas essas características fundamentais da re- de uma linguagem restrita a determinados grupos. Não há
dação oficial, passemos à análise pormenorizada de cada dúvida de que um texto marcado por expressões de circula-
uma delas. ção restrita, como a gíria, os regionalismos vocabulares ou o
jargão técnico, tem sua compreensão dificultada.
A Impessoalidade
Ressalte-se que há necessariamente uma distância en-
tre a língua falada e a escrita. Aquela é extremamente dinâ-
A finalidade da língua é comunicar, quer pela fala, quer
mica, reflete de forma imediata qualquer alteração de cos-
pela escrita. Para que haja comunicação, são necessários:
tumes, e pode eventualmente contar com outros elementos
a) alguém que comunique; b) algo a ser comunicado; c)
que auxiliem a sua compreensão, como os gestos, a entoa-
alguém que receba essa comunicação. No caso da redação
oficial, quem comunica é sempre o Serviço Público (este ou ção, etc., para mencionar apenas alguns dos fatores respon-
aquele Ministério, Secretaria, Departamento, Divisão, Ser- sáveis por essa distância. Já a língua escrita incorpora mais
viço, Seção); o que se comunica é sempre algum assunto lentamente as transformações, tem maior vocação para a
relativo às atribuições do órgão que comunica; o destinatá- permanência e vale-se apenas de si mesma para comunicar.
rio dessa comunicação ou é o público, o conjunto dos cida- Os textos oficiais, devido ao seu caráter impessoal e sua
dãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros finalidade de informar com o máximo de clareza e concisão,
Poderes da União. requerem o uso do padrão culto da língua. Há consenso de
Percebe-se, assim, que o tratamento impessoal que que o padrão culto é aquele em que se observam as regras
deve ser dado aos assuntos que constam das comunica- da gramática formal e se emprega um vocabulário comum
ções oficiais decorre: ao conjunto dos usuários do idioma. É importante ressaltar
a) da ausência de impressões individuais de quem co- que a obrigatoriedade do uso do padrão culto na redação
munica: embora se trate, por exemplo, de um expediente oficial decorre do fato de que ele está acima das diferenças
assinado por Chefe de determinada Seção, é sempre em lexicais, morfológicas ou sintáticas regionais, dos modismos
nome do Serviço Público que é feita a comunicação. Ob- vocabulares, das idiossincrasias linguísticas, permitindo, por
tém-se, assim, uma desejável padronização, que permite essa razão, que se atinja a pretendida compreensão por to-
que comunicações elaboradas em diferentes setores da dos os cidadãos.
Administração guardem entre si certa uniformidade; Lembre-se de que o padrão culto nada tem contra a
b) da impessoalidade de quem recebe a comunicação, simplicidade de expressão, desde que não seja confundi-
com duas possibilidades: ela pode ser dirigida a um cida- da com pobreza de expressão. De nenhuma forma o uso
dão, sempre concebido como público, ou a outro órgão do padrão culto implica emprego de linguagem rebuscada,
público. Nos dois casos, temos um destinatário concebido nem dos contorcionismos sintáticos e figuras de linguagem
de forma homogênea e impessoal; próprios da língua literária.
c) do caráter impessoal do próprio assunto tratado: se Pode-se concluir, então, que não existe propriamen-
o universo temático das comunicações oficiais restringe- te um “padrão oficial de linguagem”; o que há é o uso do
se a questões que dizem respeito ao interesse público, é padrão culto nos atos e comunicações oficiais. É claro que
natural que não caiba qualquer tom particular ou pessoal. haverá preferência pelo uso de determinadas expressões,
Desta forma, não há lugar na redação oficial para im- ou será obedecida certa tradição no emprego das formas
pressões pessoais, como as que, por exemplo, constam de sintáticas, mas isso não implica, necessariamente, que se
uma carta a um amigo, ou de um artigo assinado de jornal, consagre a utilização de uma forma de linguagem buro-
ou mesmo de um texto literário. A redação oficial deve ser crática. O jargão burocrático, como todo jargão, deve ser
isenta da interferência da individualidade que a elabora. evitado, pois terá sempre sua compreensão limitada.

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PORTUGUÊS

A linguagem técnica deve ser empregada apenas em - o uso do padrão culto de linguagem, em princípio, de
situações que a exijam, evitando o seu uso indiscriminado. entendimento geral e por definição avesso a vocábulos de
Certos rebuscamentos acadêmicos, e mesmo o vocabulá- circulação restrita, como a gíria e o jargão;
rio próprio à determinada área, são de difícil entendimento - a formalidade e a padronização, que possibilitam a
por quem não esteja com eles familiarizado. Deve-se ter o imprescindível uniformidade dos textos;
cuidado, portanto, de explicitá-los em comunicações en- - a concisão, que faz desaparecer do texto os excessos
caminhadas a outros órgãos da administração e em expe- linguísticos que nada lhe acrescentam.
dientes dirigidos aos cidadãos. É pela correta observação dessas características que se
redige com clareza. Contribuirá, ainda, a indispensável re-
Formalidade e Padronização leitura de todo texto redigido. A ocorrência, em textos ofi-
ciais, de trechos obscuros e de erros gramaticais provém,
As comunicações oficiais devem ser sempre formais, principalmente, da falta da releitura que torna possível sua
isto é, obedecem a certas regras de forma: além das já correção.
mencionadas exigências de impessoalidade e uso do pa- A revisão atenta exige, necessariamente, tempo. A
drão culto de linguagem, é imperativo, ainda, certa forma- pressa com que são elaboradas certas comunicações qua-
lidade de tratamento. Não se trata somente da eterna dúvi- se sempre compromete sua clareza. Não se deve proceder
da quanto ao correto emprego deste ou daquele pronome à redação de um texto que não seja seguida por sua re-
de tratamento para uma autoridade de certo nível; mais do visão. “Não há assuntos urgentes, há assuntos atrasados”,
que isso, a formalidade diz respeito à polidez, à civilidade diz a máxima. Evite-se, pois, o atraso, com sua indesejável
no próprio enfoque dado ao assunto do qual cuida a co- repercussão no redigir.
municação.
A formalidade de tratamento vincula-se, também, à Pronomes de Tratamento
necessária uniformidade das comunicações. Ora, se a ad- Concordância com os Pronomes de Tratamento
ministração federal é una, é natural que as comunicações
que expede sigam um mesmo padrão. O estabelecimento
Os pronomes de tratamento (ou de segunda pessoa
desse padrão exige que se atente para todas as caracterís-
indireta) apresentam certas peculiaridades quanto à con-
ticas da redação oficial e que se cuide, ainda, da apresen-
cordância verbal, nominal e pronominal. Embora se refiram
tação dos textos.
à segunda pessoa gramatical (à pessoa com quem se fala,
A clareza datilográfica, o uso de papéis uniformes para
ou a quem se dirige a comunicação), levam a concordância
o texto definitivo e a correta diagramação do texto são in-
dispensáveis para a padronização. para a terceira pessoa. É que o verbo concorda com o subs-
tantivo que integra a locução como seu núcleo sintático:
Concisão e Clareza “Vossa Senhoria nomeará o substituto”; “Vossa Excelência
conhece o assunto”.
A concisão é antes uma qualidade do que uma carac- Da mesma forma, os pronomes possessivos referidos
terística do texto oficial. Conciso é o texto que consegue a pronomes de tratamento são sempre os da terceira pes-
transmitir o máximo de informações com um mínimo de soa: “Vossa Senhoria nomeará seu substituto” (e não “Vos-
palavras. Para que se redija com essa qualidade, é funda- sa... vosso...”).
mental que se tenha, além de conhecimento do assunto Já quanto aos adjetivos referidos a esses pronomes, o
sobre o qual se escreve, o necessário tempo para revisar o gênero gramatical deve coincidir com o sexo da pessoa a
texto depois de pronto. É nessa releitura que muitas vezes que se refere, e não com o substantivo que compõe a lo-
se percebem eventuais redundâncias ou repetições desne- cução. Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto
cessárias de ideias. é “Vossa Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve
O esforço de sermos concisos atende, basicamente, ao estar satisfeito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atare-
princípio de economia linguística, à mencionada fórmula fada”, “Vossa Senhoria deve estar satisfeita”.
de empregar o mínimo de palavras para informar o má- No envelope, o endereçamento das comunicações di-
ximo. Não se deve, de forma alguma, entendê-la como rigidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a
economia de pensamento, isto é, não se devem eliminar seguinte forma:
passagens substanciais do texto no afã de reduzi-lo em ta-
manho. Trata-se exclusivamente de cortar palavras inúteis, A Sua Excelência o Senhor
redundâncias, passagens que nada acrescentem ao que já Fulano de Tal
foi dito. Ministro de Estado da Justiça
A clareza deve ser a qualidade básica de todo texto ofi- 70.064-900 – Brasília. DF
cial. Pode-se definir como claro aquele texto que possibilita
imediata compreensão pelo leitor. No entanto, a clareza A Sua Excelência o Senhor
não é algo que se atinja por si só: ela depende estritamente Senador Fulano de Tal
das demais características da redação oficial. Para ela con- Senado Federal
correm: 70.165-900 – Brasília. DF
- a impessoalidade, que evita a duplicidade de inter-
pretações que poderia decorrer de um tratamento perso- Senhor Ministro,
nalista dado ao texto; Submeto a Vossa Excelência projeto (...)

3
PORTUGUÊS

Fechos para Comunicações - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fi- de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
nalidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. em branco;
Os modelos para fecho que vinham sendo utilizados fo- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, subli-
ram regulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, nhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bordas
de 1937, que estabelecia quinze padrões. Com o fito de ou qualquer outra forma de formatação que afete a elegância
simplificá-los e uniformizá-los, este Manual estabelece o e a sobriedade do documento;
emprego de somente dois fechos diferentes para todas as - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
modalidades de comunicação oficial: papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas para
a) para autoridades superiores, inclusive o Presi- gráficos e ilustrações;
dente da República: Respeitosamente, - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício devem
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7 x 21,0
rarquia inferior: Atenciosamente, cm;
- deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de arqui-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigi- vo Rich Text nos documentos de texto;
das a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tra- - dentro do possível, todos os documentos elaborados de-
dição próprios, devidamente disciplinados no Manual de vem ter o arquivo de texto preservado para consulta posterior
Redação do Ministério das Relações Exteriores. ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
- para facilitar a localização, os nomes dos arquivos devem
Identificação do Signatário ser formados da seguinte maneira:
tipo do documento + número do documento + palavras-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente chaves do conteúdo
da República, todas as demais comunicações oficiais de- Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
vem trazer o nome e o cargo da autoridade que as expede,
abaixo do local de sua assinatura. A forma da identificação Aviso e Ofício
deve ser a seguinte:
(espaço para assinatura) Definição e Finalidade
Nome Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial pra-
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República ticamente idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso
é expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para auto-
(espaço para assinatura) ridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício é expedido
para e pelas demais autoridades. Ambos têm como finalidade o
Nome
tratamento de assuntos oficiais pelos órgãos da Administração
Ministro de Estado da Justiça
Pública entre si e, no caso do ofício, também com particulares.
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as-
Forma e Estrutura
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para
Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo do
essa página ao menos a última frase anterior ao fecho. padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o desti-
natário, seguido de vírgula.
Forma de diagramação
Exemplos:
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à
seguinte forma de apresentação: Excelentíssimo Senhor Presidente da República
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de Senhora Ministra
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas Senhor Chefe de Gabinete
de rodapé;
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro- Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as
man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings; seguintes informações do remetente:
- é obrigatório constar a partir da segunda página o – nome do órgão ou setor;
número da página; – endereço postal;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser – telefone e e-mail.
impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
gens esquerda e direta terão as distâncias invertidas nas Observação: Estas informações estão ausentes no me-
páginas pares (“margem espelho”); morando, pois se trata de comunicação interna - destinatário
- o campo destinado à margem lateral esquerda terá, e remetente possuem o mesmo endereço. Se o Aviso é de um
no mínimo, 3,0 cm de largura; Ministério para outro Ministério, também não precisa espe-
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de cificar o endereço. O Ofício é enviado para outras institui-
distância da margem esquerda; ções, logo, são necessárias as informações do remetente
- o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 e o endereço do destinatário para que o ofício possa ser
cm; entregue e o remetente possa receber resposta.

4
PORTUGUÊS

Memorando Mensagem

Definição e Finalidade Definição e Finalidade - É o instrumento de comunica-


O memorando é a modalidade de comunicação entre ção oficial entre os Chefes dos Poderes Públicos, notadamen-
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem te as mensagens enviadas pelo Chefe do Poder Executivo ao
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível dife- Poder Legislativo para informar sobre fato da Administração
rente. Trata-se, portanto, de uma forma de comunicação Pública, expor o plano de governo por ocasião da abertura
eminentemente interna. de sessão legislativa, submeter ao Congresso Nacional ma-
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em- térias que dependem de deliberação de suas Casas, apre-
sentar veto, enfim, fazer e agradecer comunicações de tudo
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes,
quanto seja de interesse dos poderes públicos e da Nação.
etc. a serem adotados por determinado setor do serviço
Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
público. Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação caberá a redação final.
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- - encaminhamento de projeto de lei ordinária, comple-
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados mentar ou financeira;
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em - encaminhamento de medida provisória;
folha de continuação. Este procedimento permite formar - indicação de autoridades;
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior - pedido de autorização para o Presidente ou o Vice
transparência à tomada de decisões e permitindo que se -Presidente da República ausentarem-se do País por mais
historie o andamento da matéria tratada no memorando. de 15 dias;
- encaminhamento de atos de concessão e renovação
de concessão de emissoras de rádio e TV;
Forma e Estrutura - encaminhamento das contas referentes ao exercício
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do anterior;
- mensagem de abertura da sessão legislativa;
padrão ofício, com a diferença de que o seu destinatário
- comunicação de sanção (com restituição de autógra-
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Ex:
fos);
- comunicação de veto;
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - outras mensagens.
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos
Forma e Estrutura - As mensagens contêm:
a) a indicação do tipo de expediente e de seu número,
Exposição de Motivos horizontalmente, no início da margem esquerda;
b) vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
Definição e Finalidade - Exposição de motivos é o ex- o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
pediente dirigido ao Presidente da República ou ao Vice-Pre- gem esquerda (Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado
sidente para: Federal);
a) informá-lo de determinado assunto; b) propor algu- c) o texto, iniciando a 2,0 cm do vocativo;
ma medida; ou c) submeter a sua consideração projeto de d) o local e a data, verticalmente a 2,0 cm do final do
ato normativo. texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi- margem direita.
dente da República por um Ministro de Estado.
Nos casos em que o assunto tratado envolva mais de A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre-
sidente da República, não traz identificação de seu signa-
um Ministério, a exposição de motivos deverá ser assinada
tário.
por todos os Ministros envolvidos, sendo, por essa razão,
Telegrama
chamada de interministerial.
Forma e Estrutura - Formalmente, a exposição de mo- Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a
tivos tem a apresentação do padrão ofício. A exposição de terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos,
motivos, de acordo com sua finalidade, apresenta duas for- passa a receber o título de telegrama toda comunicação ofi-
mas básicas de estrutura: uma para aquela que tenha cará- cial expedida por meio de telegrafia, telex, etc.
ter exclusivamente informativo e outra para a que propo- Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos
nha alguma medida ou submeta projeto de ato normativo. cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restrin-
No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim- gir-se o uso do telegrama apenas àquelas situações que
plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi- não seja possível o uso de correio eletrônico ou fax e que
dente da República, sua estrutura segue o modelo antes a urgência justifique sua utilização. Em razão de seu custo
referido para o padrão ofício. elevado, esta forma de comunicação deve pautar-se pela
concisão.

5
PORTUGUÊS

Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis vigor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. valor documental, e para que possa ser aceito como docu-
mento original, é necessário existir certificação digital que
Fax ateste a identidade do remetente, na forma estabelecida
em lei.
Definição e Finalidade - O fax (forma abreviada já
consagrada de fac-símile) é uma forma de comunicação Elementos de Ortografia e Gramática
que está sendo menos usada devido ao desenvolvimento
da Internet. É utilizado para a transmissão de mensagens Problemas de Construção de Frases
urgentes e para o envio antecipado de documentos, de
cujo conhecimento há premência, quando não há condi- A clareza e a concisão na forma escrita são alcançadas,
ções de envio do documento por meio eletrônico. Quando principalmente, pela construção adequada da frase, “a me-
necessário o original, ele segue posteriormente pela via e nor unidade autônoma da comunicação”, na definição de
na forma de praxe. Celso Pedro Luft.
Se necessário o arquivamento, deve-se fazê-lo com có- A função essencial da frase é desempenhada pelo pre-
pia do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em certos dicado, que, para Adriano da Gama Kury, pode ser entendi-
modelos, deteriora-se rapidamente. do como “a enunciação pura de um fato qualquer”. Sempre
que a frase possuir pelo menos um verbo, recebe o nome
Forma e Estrutura - Os documentos enviados por fax de período, que terá tantas orações quantos forem os ver-
mantêm a forma e a estrutura que lhes são inerentes. bos não auxiliares que o constituem.
É conveniente o envio, juntamente com o documento Outra função relevante é a do sujeito – mas não indis-
principal, de folha de rosto e de pequeno formulário com pensável, pois há orações sem sujeito, ditas impessoais –,
os dados de identificação da mensagem a ser enviada, con- de quem se diz algo, cujo núcleo é sempre um substantivo.
forme exemplo a seguir: Sempre que o verbo o exigir, teremos nas orações substan-
tivos (nomes ou pronomes) que desempenham a função
[Órgão Expedidor]
de complementos (objetos direto e indireto, predicativo e
[setor do órgão expedidor]
complemento adverbial). Função acessória desempenham
[endereço do órgão expedidor]
os adjuntos adverbiais, que vêm geralmente ao final da
Destinatário:____________________________________
oração, mas que podem ser ou intercalados aos elementos
No do fax de destino:_______________ Data:___/___/___
que desempenham as outras funções, ou deslocados para
Remetente: ____________________________________
Tel. p/ contato:____________ Fax/correio eletrônico:____ o início da oração.
No de páginas: ________No do documento:____________ Temos, assim, a seguinte ordem de colocação dos ele-
mentos que compõem uma oração (Observação: os parên-
Observações:___________________________________ teses indicam os elementos que podem não ocorrer):

Correio Eletrônico (sujeito) - verbo - (complementos) - (adjunto adverbial).

Definição e finalidade - O correio eletrônico (“e-mail”), Podem ser identificados seis padrões básicos para as
por seu baixo custo e celeridade, transformou-se na princi- orações pessoais (isto é, com sujeito) na língua portuguesa
pal forma de comunicação para transmissão de documen- (a função que vem entre parênteses é facultativa e pode
tos. ocorrer em ordem diversa):

Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunicação 1. Sujeito - verbo intransitivo - (Adjunto Adverbial)
por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não inte- O Presidente - regressou - (ontem).
ressa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma 2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad-
comunicação oficial. junto adverbial)
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni- O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a manhã de terça-feira).
organização documental tanto do destinatário quanto do
remetente. 3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili- (adjunto adverbial).
zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se-
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí- tores).
nimas sobre seu conteúdo. 4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con- to - obj. indireto - (adj. Adv.)
firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
na mensagem o pedido de confirmação de recebimento. ao Deputado - (no Congresso).

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PORTUGUÊS

5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
adverbial - (adjunto adverbial) Nacional. Depois de ser longamente debatido.
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
Aires - (na próxima semana). Nacional, depois de ser longamente debatido.
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa
recebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad-
verbial) Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente
O problema - será - resolvido - prontamente. submetido ao Presidente da República, que o aprovou. Con-
sultadas as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- metido ao Presidente da República, que o aprovou, consulta-
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or- das as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se.
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Erros de Paralelismo
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- Uma das convenções estabelecidas na linguagem es-
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou crita “consiste em apresentar ideias similares numa forma
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- gramatical idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim,
sicos (de que derivam). incorre-se em erro ao conferir forma não paralela a ele-
Os problemas mais frequentemente encontrados na mentos paralelos. Vejamos alguns exemplos:
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am-
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis- Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministé-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do desco- rios economizar energia e que elaborassem planos de redu-
nhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam- -se, ção de despesas.
a seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes
na construção de frases, registrados em documentos oficiais.
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que
completam o sentido da principal, duas estruturas diferen-
Sujeito
tes para ideias equivalentes: a primeira oração (economizar
energia) é reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe-
elaborassem planos de redução de despesas) é uma oração
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen-
desenvolvida introduzida pela conjunção integrante que.
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Há mais de uma possibilidade de escrevê-la com clareza e
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. correção; uma seria a de apresentar as duas orações subor-
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda. dinadas como desenvolvidas, introduzidas pela conjunção
integrante que:
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor-
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- rios que economizassem energia e (que) elaborassem planos
tadas, (...). para redução de despesas.

Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim. como reduzidas de infinitivo:
Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministé-
Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...). rios economizar energia e elaborar planos para redução de
Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...). despesas.

Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...). Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...). coordenação de orações subordinadas.
Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita
Frases Fragmentadas culta:

A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma ora- Errado: No discurso de posse, mostrou determinação,
ção subordinada ou uma simples locução como se fosse uma não ser inseguro, inteligência e ter ambição.
frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma frase O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs-
simples. Embora seja usada como recurso estilístico na lite- tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo).
ratura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos tex- Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por
tos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão. Ex.: transformá-la em frase simples, substituindo as orações re-
duzidas por substantivos:

7
PORTUGUÊS

Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, se- Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
gurança, inteligência e ambição.
Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- do que os Ministérios do Governo.
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, “demais”) acarretou imprecisão:
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
do que os outros Ministérios do Governo.
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
do que os demais Ministérios do Governo.
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades
(Paris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibili- Ambiguidade
dade de correção é transformá-la em duas frases simples,
com o cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
última capital, encontrou-se com o Papa. todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
possam gerar equívocos de compreensão.
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
que não contém nenhum “que” anterior. mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que com:
tem sólida formação acadêmica.
- pronomes pessoais:
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo:
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem só- Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
lida formação acadêmica.
ele seria exonerado.
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”:
Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
cretariado.
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o
Ou então, caso o entendimento seja outro:
programa.
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo ante-
neração deste.
rior, aqui podemos suprimir a conjunção:
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, que comprometam o andamento de todo o - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
programa. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
Erros de Comparação do, mas isso não o surpreendeu.
Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
A omissão de certos termos ao fazermos uma compa- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ração, omissão própria da língua falada, deve ser evitada Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
na língua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
sempre é possível identificar, pelo contexto, qual o termo federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
omitido. A ausência indevida de um termo pode impossi- da República.
bilitar o entendimento do sentido que se quer dar a uma
frase: - pronome relativo:
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que costumava trabalhar.
um médico. Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
A omissão de termos provocou uma comparação inde- ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
vida: “o salário de um professor” com “um médico”. dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o gênero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os
salário de um médico. quais, as quais, que marcam gênero e número.
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
de um médico. mava trabalhar.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria. Se o entendimento é outro, então:
Novamente, a não repetição dos termos comparados Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu-
confunde. Alternativas para correção: mava trabalhar.
Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da
Portaria. dúvida sobre a que se refere a oração reduzida:

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PORTUGUÊS

Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Para interpretar de forma adequada, dependendo do
funcionário. texto, fazem-se necessários:
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, a) Conhecimento Histórico – literário (escolas e gêneros
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. literários, estrutura do texto), leitura e prática;
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este
indisciplinado. b) Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
texto) e semântico;
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora c) Capacidade de observação e de síntese; 
chamou o médico.
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi d) Capacidade de raciocínio.
chamado por uma senhora.
Interpretar   X   Compreender  
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO
Interpretar Significa: Explicar, comentar, julgar, tirar
Para interpretar bem um texto é importante ter em conclusões, deduzir.
mente os seguintes conceitos: - Tipos De Enunciados

Texto – é um conjunto de idéias organizadas e • Através do texto, INFERE-SE que...


relacionadas entre si, formando um todo significativo capaz
de produzir INTERAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de • É possível DEDUZIR que...
CODIFICAR E DECODIFICAR).
• O autor permite CONCLUIR que...
Contexto – um texto é constituído por diversas
frases. Em cada uma delas, há uma certa informação • Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que...
que a faz ligar-se com a anterior e/ou com a posterior,
criando condições para a estruturação do conteúdo a ser Compreender Significa
transmitido. A essa interligação dá-se o nome de Contexto.
Intelecção, entendimento, atenção ao que realmente
Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão grande,
está escrito.
que, se uma frase for retirada de seu contexto original e
analisada separadamente, poderá ter um significado
- Tipos De Enunciados:
diferente daquele inicial.
• O texto DIZ
Intertexto -  comumente, os textos apresentam
que...
referências diretas ou indiretas a outros autores através de
• É SUGERIDO pelo autor
citações. Esse tipo de recurso denomina-se Intertexto. que...
•  De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a
Interpretação De Texto -  o primeiro objetivo de uma afirmação...
interpretação de um texto é a identificação de sua idéia • O narrador AFIRMA...
principal. A partir daí, localizam-se as idéias secundárias,
ou fundamentações, as argumentações, ou explicações, Erros De Interpretação
que levem ao esclarecimento das questões apresentadas a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai do
na prova. contexto, acrescentado idéias que não estão no texto, quer
por conhecimento prévio do tema quer pela imaginação.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1.  Identificar – é reconhecer os elementos b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção
fundamentais de uma argumentação, de um processo, apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um
de uma época (neste caso, procuram-se os verbos e os conjunto de idéias, o que pode ser insuficiente para o total
advérbios, os quais definem o tempo). do entendimento do tema desenvolvido.
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta  idéias
2. Comparar – é descobrir as relações de semelhança contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões
ou de diferenças entre as situações do texto. equivocadas  e, conseqüentemente, errando a questão.

3. Comentar - é relacionar  o conteúdo apresentado Dicas para interpretação de texto:


com uma realidade, opinando a respeito.   01. Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral
4.  Resumir – é concentrar as idéias centrais e/ou do assunto;
secundárias em um só parágrafo. 02. Se encontrar palavras desconhecidas, não
interrompa a leitura, vá até o fim, ininterruptamente; 
5.  Parafrasear – é reescrever o texto com outras (Procure, através do contexto, entender o sentido da
palavras, mantendo seu sentido original. palavra)

9
PORTUGUÊS

03. Ler com perspicácia, sutileza, malícia nas entrelinhas; 2) Para o autor-personagem, é menos comum:
a) começar um livro por seu nascimento.
04. Voltar ao texto tantas quantas vezes precisar; b) não começar um livro por seu nascimento, nem por
05. Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as sua morte.
do autor; c) começar um livro por sua morte.
d) não começar um livro por sua morte.
06. Partir o texto em pedaços (parágrafos, partes) para e) começar um livro ao mesmo tempo pelo nascimento
melhor compreensão; e pela morte.

07. Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, 3) Deduz-se do texto que o autor-personagem:
parte) do texto correspondente; a) está morrendo.
b) já morreu.
08. Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de c) não quer morrer.
cada questão; d) não vai morrer.
e) renasceu.
09. Cuidado com os vocábulos: destoa (=diferente de
...), não, correta, incorreta, certa, errada, falsa, verdadeira, 4) A semelhança entre o autor e Moisés é que ambos:
exceto, e outras; palavras que aparecem nas perguntas e a) escreveram livros.
que, às vezes, dificultam a entender o que se perguntou e b) se preocupam com a vida e a morte.
o que se pediu; c) não foram compreendidos.
d) valorizam a morte.
10. Quando duas alternativas lhe parecem corretas, e) falam sobre suas mortes.
procurar a mais exata ou a mais completa;
5) A diferença capital entre o autor e Moisés é que: 
11. Quando o autor apenas sugerir ideia, procurar um a) o autor fala da morte; Moisés, da vida.
fundamento de lógica objetiva; b) o livro do autor é de memórias; o de Moisés,
religioso.
12. Cuidado com as questões voltadas para dados c) o autor começa pelo nascimento; Moisés, pela morte.
superficiais; d) Moisés começa pelo nascimento; o autor, pela
morte.
13. Não se deve procurar a verdade exata dentro e) o livro do autor é mais novo e galante do que o de
daquela resposta, mas a opção que melhor se enquadre no Moisés.
sentido do texto;
6) Deduz-se pelo texto que o Pentateuco:
14. Às vezes a etimologia ou a semelhança das palavras a) não fala da morte de Moisés.
denuncia a resposta; b) foi lido pelo autor do texto.
c) foi escrito por Moisés.
15. Procure estabelecer quais foram as opiniões d) só fala da vida de Moisés.
expostas pelo autor, definindo o tema e a mensagem; e) serviu de modelo ao autor do texto.

Texto XX 7) Autor defunto está para campa, assim como defunto


autor para:
Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias a) intróito
pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro b) princípio
lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso c) cabo
vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações d) berço
me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu e) fim
não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto
autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que 8) Dizendo-se um defunto autor, o autor destaca seu
o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, (sua):
que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas a) conformismo diante da morte ;
no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco. b) tristeza por se sentir morto
(Machado de Assis, in Memórias Póstumas de Brás Cubas) c) resistência diante dos obstáculos trazidos pela nova
1) Pode-se afirmar, com base nas idéias do autor- situação
personagem, que se trata: d) otimismo quanto ao futuro literário
a) de um texto jornalístico e) atividade apesar de estar morto
b) de um texto religioso
c) de um texto científico Gabarito
d) de um texto autobiográfico
e) de um texto teatral 1-D, 2-C, 3B, 4-E, 5 –D 6-C, 7-D, 8- E

10
PORTUGUÊS

- o acréscimo de vogal no início de certas palavras: eu


me alembro, o pássaro avoa, formas comuns na linguagem
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA; SEMÂNTICA: clássica, hoje frequentes na fala caipira.
SENTIDO E EMPREGO DOS VOCÁBULOS, - a queda de sons no início de palavras: ocê, cê, ta, tava,
CAMPOS SEMÂNTICOS, ANTONÍMIA, marelo (amarelo), margoso (amargoso), características na
SINONÍMIA, PARONÍMIA, EMPREGO DE linguagem oral coloquial.
TEMPOS MODOS E ASPECTO DOS VERBOS - a redução de proparoxítonas a paroxítonas: Petrópis
(Petrópolis), fórfi (fósforo), porva (pólvora), todas elas for-
EM PORTUGUÊS;
mam típicas de pessoas de baixa extração social.
- A pronúncia do “l” final de sílaba como “u” (na maio-
ria das regiões do Brasil) ou como “l” (em certas regiões do
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA Rio Grande do Sul e Santa Catarina) ou ainda como “r” (na
linguagem caipira): quintau, quintar, quintal; pastéu, paster,
“Há uma grande diferença se fala um deus ou um herói; pastel; faróu, farór, farol.
se um velho amadurecido ou um jovem impetuoso na flor - deslocamento do “r” no interior da sílaba: largato,
da idade; se uma matrona autoritária ou uma dedicada; se preguntar, estrupo, cardeneta, típicos de pessoas de baixa
um mercador errante ou um lavrador de pequeno campo extração social.
fértil (...)”
Variações Morfológicas
Todas as pessoas que falam uma determinada língua
conhecem as estruturas gerais, básicas, de funcionamento São as que ocorrem nas formas constituintes da pa-
podem sofrer variações devido à influência de inúmeros lavra. Nesse domínio, as diferenças entre as variantes não
fatores. Tais variações, que às vezes são pouco perceptíveis são tão numerosas quanto as de natureza fônica, mas não
e outras vezes bastantes evidentes, recebem o nome gené- são desprezíveis. Como exemplos, podemos citar:
rico de variedades ou variações linguísticas. - o uso do prefixo hiper- em vez do sufixo -íssimo para
Nenhuma língua é usada de maneira uniforme por criar o superlativo de adjetivos, recurso muito característico
todos os seus falantes em todos os lugares e em qual- da linguagem jovem urbana: um cara hiper-humano (em
vez de humaníssimo), uma prova hiper difícil (em vez de
quer situação. Sabe-se que, numa mesma língua, há for-
dificílima), um carro hiper possante (em vez de possantís-
mas distintas para traduzir o mesmo significado dentro de
simo).
um mesmo contexto. Suponham-se, por exemplo, os dois
- a conjugação de verbos irregulares pelo modelo dos
enunciados a seguir:
regulares: ele interviu (interveio), se ele manter (mantiver),
se ele ver (vir) o recado, quando ele repor (repuser).
Veio me visitar um amigo que eu morei na casa dele
- a conjugação de verbos regulares pelo modelo de
faz tempo. irregulares: vareia (varia), negoceia (negocia).
Veio visitar-me um amigo em cuja casa eu morei há - uso de substantivos masculinos como femininos ou
anos. vice-versa: duzentas gramas de presunto (duzentos), a
Qualquer falante do português reconhecerá que os champanha (o champanha), tive muita dó dela (muito dó),
dois enunciados pertencem ao seu idioma e têm o mesmo mistura do cal (da cal).
sentido, mas também que há diferenças. Pode dizer, por - a omissão do “s” como marca de plural de substanti-
exemplo, que o segundo é de gente mais “estudada”. vos e adjetivos (típicos do falar paulistano): os amigo e as
Isso é prova de que, ainda que intuitivamente e sem amiga, os livro indicado, as noite fria, os caso mais comum.
saber dar grandes explicações, as pessoas têm noção de - o enfraquecimento do uso do modo subjuntivo: Es-
que existem muitas maneiras de falar a mesma língua. É o pero que o Brasil reflete (reflita) sobre o que aconteceu nas
que os teóricos chamam de variações linguísticas. últimas eleições; Se eu estava (estivesse) lá, não deixava
As variações que distinguem uma variante de outra acontecer; Não é possível que ele esforçou (tenha se esfor-
se manifestam em quatro planos distintos, a saber: fônico, çado) mais que eu.
morfológico, sintático e lexical.
Variações Sintáticas
Variações Fônicas
Dizem respeito às correlações entre as palavras da fra-
São as que ocorrem no modo de pronunciar os sons se. No domínio da sintaxe, como no da morfologia, não
constituintes da palavra. Os exemplos de variação fônica são tantas as diferenças entre uma variante e outra. Como
são abundantes e, ao lado do vocabulário, constituem os exemplo, podemos citar:
domínios em que se percebe com mais nitidez a diferen- - o uso de pronomes do caso reto com outra função
ça entre uma variante e outra. Entre esses casos, podemos que não a de sujeito: encontrei ele (em vez de encontrei-o)
citar: na rua; não irão sem você e eu (em vez de mim); nada houve
- a queda do “r” final dos verbos, muito comum na lin- entre tu (em vez de ti) e ele.
guagem oral no português: falá, vendê, curti (em vez de - o uso do pronome lhe como objeto direto: não lhe
curtir), compô. (em vez de “o”) convidei; eu lhe (em vez de “o”) vi ontem.

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PORTUGUÊS

- a ausência da preposição adequada antes do prono- - Estrangeirismo: trata-se do emprego de palavras


me relativo em função de complemento verbal: são pes- emprestadas de outra língua, que ainda não foram apor-
soas que (em vez de: de que) eu gosto muito; este é o me- tuguesadas, preservando a forma de origem. Nesse caso,
lhor filme que (em vez de a que) eu assisti; você é a pessoa há muitas expressões latinas, sobretudo da linguagem ju-
que (em vez de em que) eu mais confio. rídica, tais como: habeas-corpus (literalmente, “tenhas o
- a substituição do pronome relativo “cujo” pelo pro- corpo” ou, mais livremente, “estejas em liberdade”), ipso
nome “que” no início da frase mais a combinação da pre- facto (“pelo próprio fato de”, “por isso mesmo”), ipsis lit-
posição “de” com o pronome “ele” (=dele): É um amigo teris (textualmente, “com as mesmas letras”), grosso modo
que eu já conhecia a família dele (em vez de ...cuja família (“de modo grosseiro”, “impreciso”), sic (“assim, como está
eu já conhecia). escrito”), data venia (“com sua permissão”).
- a mistura de tratamento entre tu e você, sobretudo As palavras de origem inglesas são inúmeras: insight
quando se trata de verbos no imperativo: Entra, que eu (compreensão repentina de algo, uma percepção súbita),
quero falar com você (em vez de contigo); Fala baixo que a feeling (“sensibilidade”, capacidade de percepção), briefing
sua (em vez de tua) voz me irrita. (conjunto de informações básicas), jingle (mensagem pu-
- ausência de concordância do verbo com o sujeito: Eles blicitária em forma de música).
chegou tarde (em grupos de baixa extração social); Faltou Do francês, hoje são poucos os estrangeirismos que
ainda não se aportuguesaram, mas há ocorrências: hors-
naquela semana muitos alunos; Comentou-se os episódios.
concours (“fora de concurso”, sem concorrer a prêmios),
tête-à-tête (palestra particular entre duas pessoas), esprit
Variações Léxicas
de corps (“espírito de corpo”, corporativismo), menu (car-
dápio), à la carte (cardápio “à escolha do freguês”), phy-
É o conjunto de palavras de uma língua. As varian- sique du rôle (aparência adequada à caracterização de um
tes do plano do léxico, como as do plano fônico, são personagem).
muito numerosas e caracterizam com nitidez uma va-
riante em confronto com outra. Eis alguns, entre múlti- - Jargão: é o lexo típico de um campo profissional
plos exemplos possíveis de citar: como a medicina, a engenharia, a publicidade, o jorna-
- a escolha do adjetivo maior em vez do advérbio muito lismo. No jargão médico temos uso tópico (para remédios
para formar o grau superlativo dos adjetivos, características que não devem ser ingeridos), apneia (interrupção da res-
da linguagem jovem de alguns centros urbanos: maior le- piração), AVC ou acidente vascular cerebral (derrame cere-
gal; maior difícil; Esse amigo é um carinha maior esforçado. bral). No jargão jornalístico chama-se de gralha, pastel ou
- as diferenças lexicais entre Brasil e Portugal são tantas caco o erro tipográfico como a troca ou inversão de uma
e, às vezes, tão surpreendentes, que têm sido objeto de letra. A palavra lide é o nome que se dá à abertura de uma
piada de lado a lado do Oceano. Em Portugal chamam de notícia ou reportagem, onde se apresenta sucintamente o
cueca aquilo que no Brasil chamamos de calcinha; o que assunto ou se destaca o fato essencial. Quando o lide é
chamamos de fila no Brasil, em Portugal chamam de bicha; muito prolixo, é chamado de nariz-de-cera. Furo é notícia
café da manhã em Portugal se diz pequeno almoço; cami- dada em primeira mão. Quando o furo se revela falso, foi
sola em Portugal traduz o mesmo que chamamos de suéter, uma barriga. Entre os jornalistas é comum o uso do verbo
malha, camiseta. repercutir como transitivo direto: __ Vá lá repercutir a notícia
de renúncia! (esse uso é considerado errado pela gramática
Designações das Variantes Lexicais: normativa).
- Gíria: é o lexo especial de um grupo (originariamen-
- Arcaísmo: diz-se de palavras que já caíram de uso te de marginais) que não deseja ser entendido por outros
e, por isso, denunciam uma linguagem já ultrapassada e grupos ou que pretende marcar sua identidade por meio
envelhecida. É o caso de reclame, em vez de anúncio publi- da linguagem. Existe a gíria de grupos marginalizados, de
citário; na década de 60, o rapaz chamava a namorada de grupos jovens e de segmentos sociais de contestação, so-
bretudo quando falam de atividades proibidas. A lista de
broto (hoje se diz gatinha ou forma semelhante), e um ho-
gírias é numerosíssima em qualquer língua: ralado (no
mem bonito era um pão; na linguagem antiga, médico era
sentido de afetado por algum prejuízo ou má sorte), ir pro
designado pelo nome físico; um bobalhão era chamado de
brejo (ser malsucedido, fracassar, prejudicar-se irremedia-
coió ou bocó; em vez de refrigerante usava-se gasosa; algo
velmente), cara ou cabra (indivíduo, pessoa), bicha (homos-
muito bom, de qualidade excelente, era supimpa. sexual masculino), levar um lero (conversar).
- Neologismo: é o contrário do arcaísmo. Trata-se de - Preciosismo: diz-se que é preciosista um léxico ex-
palavras recém-criadas, muitas das quais mal ou nem es- cessivamente erudito, muito raro, afetado: Escoimar (em
traram para os dicionários. A moderna linguagem da com- vez de corrigir); procrastinar (em vez de adiar); discrepar
putação tem vários exemplos, como escanear, deletar, prin- (em vez de discordar); cinesíforo (em vez de motorista); ob-
tar; outros exemplos extraídos da tecnologia moderna são nubilar (em vez de obscurecer ou embaçar); conúbio (em
mixar (fazer a combinação de sons), robotizar, robotização. vez de casamento); chufa (em vez de caçoada, troça).

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PORTUGUÊS

- Vulgarismo: é o contrário do preciosismo, ou seja, - Geográfica: é, no Brasil, bastante grande e pode ser
o uso de um léxico vulgar, rasteiro, obsceno, grosseiro. É facilmente notada. Ela se caracteriza pelo acento linguís-
o caso de quem diz, por exemplo, de saco cheio (em vez tico, que é o conjunto das qualidades fisiológicas do som
de aborrecido), se ferrou (em vez de se deu mal, arruinou- (altura, timbre, intensidade), por isso é uma variante cujas
se), feder (em vez de cheirar mal), ranho (em vez de muco, marcas se notam principalmente na pronúncia. Ao conjun-
secreção do nariz). to das características da pronúncia de uma determinada
região dá-se o nome de sotaque: sotaque mineiro, sota-
Tipos de Variação que nordestino, sotaque gaúcho etc. A variação geográfica,
além de ocorrer na pronúncia, pode também ser percebida
Não tem sido fácil para os estudiosos encontrar para no vocabulário, em certas estruturas de frases e nos sen-
as variantes linguísticas um sistema de classificação que tidos diferentes que algumas palavras podem assumir em
seja simples e, ao mesmo tempo, capaz de dar conta de diferentes regiões do país.
todas as diferenças que caracterizam os múltiplos modos Leia, como exemplo de variação geográfica, o trecho
de falar dentro de uma comunidade linguística. O principal abaixo, em que Guimarães Rosa, no conto “São Marcos”, re-
problema é que os critérios adotados, muitas vezes, se su- cria a fala de um típico sertanejo do centro-norte de Minas:
perpõem, em vez de atuarem isoladamente.
“__ Mas você tem medo dele... [de um feiticeiro chamado
As variações mais importantes, para o interesse do
Mangolô!].
concurso público, são os seguintes:
__ Há-de-o!... Agora, abusar e arrastar mala, não faço.
Não faço, porque não paga a pena... De primeiro, quando eu
- Sócio-Cultural: Esse tipo de variação pode ser per- era moço, isso sim!... Já fui gente. Para ganhar aposta, já fui,
cebido com certa facilidade. Por exemplo, alguém diz a se- de noite, foras d’hora, em cemitério... (...). Quando a gente é
guinte frase: novo, gosta de fazer bonito, gosta de se comparecer. Hoje,
não, estou percurando é sossego...”
“Tá na cara que eles não teve peito de encará os ladrão.” - Histórica: as línguas não são estáticas, fixas, imutá-
(frase 1) veis. Elas se alteram com o passar do tempo e com o uso.
Muda a forma de falar, mudam as palavras, a grafia e o
Que tipo de pessoa comumente fala dessa maneira? sentido delas. Essas alterações recebem o nome de varia-
Vamos caracterizá-la, por exemplo, pela sua profissão: um ções históricas.
advogado? Um trabalhador braçal de construção civil? Um Os dois textos a seguir são de Carlos Drummond de
médico? Um garimpeiro? Um repórter de televisão? Andrade. Neles, o escritor, meio em tom de brincadeira,
E quem usaria a frase abaixo? mostra como a língua vai mudando com o tempo. No texto
I, ele fala das palavras de antigamente e, no texto II, fala das
“Obviamente faltou-lhe coragem para enfrentar os la- palavras de hoje.
drões.” (frase 2)
Texto I
Sem dúvida, associamos à frase 1 os falantes perten-
centes a grupos sociais economicamente mais pobres. Antigamente
Pessoas que, muitas vezes, não frequentaram nem a escola
primária, ou, quando muito, fizeram-no em condições não Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
adequadas. eram todas mimosas e prendadas. Não fazia anos; comple-
Por outro lado, a frase 2 é mais comum aos falantes tavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas, mesmo não
que tiveram possibilidades socioeconômicas melhores e sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arrastando a asa,
mas ficavam longos meses debaixo do balaio. E se levantam
puderam, por isso, ter um contato mais duradouro com
tábua, o remédio era tirar o cavalo da chuva e ir pregar em
a escola, com a leitura, com pessoas de um nível cultural
outra freguesia. (...) Os mais idosos, depois da janta, faziam o
mais elevado e, dessa forma, “aperfeiçoaram” o seu modo
quilo, saindo para tomar a fresca; e também tomava cautela
de utilização da língua. de não apanhar sereno. Os mais jovens, esses iam ao ani-
Convém ficar claro, no entanto, que a diferenciação fei- matógrafo, e mais tarde ao cinematógrafo, chupando balas
ta acima está bastante simplificada, uma vez que há diver- de alteia. Ou sonhavam em andar de aeroplano; os quais, de
sos outros fatores que interferem na maneira como o fa- pouco siso, se metiam em camisas de onze varas, e até em
lante escolhe as palavras e constrói as frases. Por exemplo, calças pardas; não admira que dessem com os burros n’agua.
a situação de uso da língua: um advogado, num tribunal (...) Embora sem saber da missa a metade, os presun-
de júri, jamais usaria a expressão “tá na cara”, mas isso não çosos queriam ensinar padre-nosso ao vigário, e com isso
significa que ele não possa usá-la numa situação informal punham a mão em cumbuca. Era natural que com eles se
(conversando com alguns amigos, por exemplo). perdesse a tramontana. A pessoa cheia de melindres ficava
Da comparação entre as frases 1 e 2, podemos concluir sentida com a desfeita que lhe faziam quando, por exemplo,
que as condições sociais influem no modo de falar dos in- insinuavam que seu filho era artioso. Verdade seja que às
divíduos, gerando, assim, certas variações na maneira de vezes os meninos eram mesmo encapetados; chegavam a pi-
usar uma mesma língua. A elas damos o nome de variações tar escondido, atrás da igreja. As meninas, não: verdadeiros
socioculturais. cromos, umas teteias.

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PORTUGUÊS

(...) Antigamente, os sobrados tinham assombrações, os - De Situação: aquelas que são provocadas pelas al-
meninos, lombrigas; asthma os gatos, os homens portavam terações das circunstâncias em que se desenrola o ato de
ceroulas, bortinas a capa de goma (...). Não havia fotógrafos, comunicação. Um modo de falar compatível com determi-
mas retratistas, e os cristãos não morriam: descansavam. nada situação é incompatível com outra:
Mas tudo isso era antigamente, isto é, doutora.
Ô mano, ta difícil de te entendê.
Texto II
Esse modo de dizer, que é adequado a um diálogo em
Entre Palavras situação informal, não tem cabimento se o interlocutor é o
professor em situação de aula.
Entre coisas e palavras – principalmente entre palavras Assim, um único indivíduo não fala de maneira unifor-
– circulamos. A maioria delas não figura nos dicionários de me em todas as circunstâncias, excetuados alguns falantes
há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo mo- da linguagem culta, que servem invariavelmente de uma
linguagem formal, sendo, por isso mesmo, considerados
mento impõe-se tornar conhecimento de novas palavras e
excessivamente formais ou afetados.
combinações de.
São muitos os fatores de situação que interferem na
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar ne-
fala de um indivíduo, tais como o tema sobre o qual ele
nhuma palavra ou locução atual, pelo seu ouvido, sem regis-
discorre (em princípio ninguém fala da morte ou de suas
trá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar crenças religiosas como falaria de um jogo de futebol ou
com seu avô; talvez ele não entenda o que você diz. de uma briga que tenha presenciado), o ambiente físico em
O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Ve- que se dá um diálogo (num templo não se usa a mesma
maguet, a chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o ditafone, linguagem que numa sauna), o grau de intimidade entre
a informática, a dublagem, o sinteco, o telex... Existiam em os falantes (com um superior, a linguagem é uma, com um
1940? colega de mesmo nível, é outra), o grau de comprometi-
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, mento que a fala implica para o falante (num depoimento
a motoneta, a Velo-Solex, o biquíni, o módulo lunar, o anti- para um juiz no fórum escolhem-se as palavras, num rela-
biótico, o enfarte, a acumputura, a biônica, o acrílico, o ta le- to de uma conquista amorosa para um colega fala-se com
gal, a apartheid, o som pop, as estruturas e a infraestrutura. menos preocupação).
Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro As variações de acordo com a situação costumam ser
Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o chamadas de níveis de fala ou, simplesmente, variações de
bandeirinha, o mass media, o Ibope, a renda per capita, a estilo e são classificadas em duas grandes divisões:
mixagem. - Estilo Formal: aquele em que é alto o grau de refle-
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o ser- xão sobre o que se diz, bem como o estado de atenção e
vomecanismo, as algias, a coca-cola, o superego, a Futurolo- vigilância. É na linguagem escrita, em geral, que o grau de
gia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o formalidade é mais tenso.
Incra, a Unesco, o Isop, a Oea, e a ONU. - Estilo Informal (ou coloquial): aquele em que se fala
Estão reclamando, porque não citei a conotação, o con- com despreocupação e espontaneidade, em que o grau de
glomerado, a diagramação, o ideologema, o idioleto, o ICM, reflexão sobre o que se diz é mínimo. É na linguagem oral
a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a gui- íntima e familiar que esse estilo melhor se manifesta.
tarra elétrica.
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra Como exemplo de estilo coloquial vem a seguir um pe-
tensora, vela de ignição, engarrafamento, Detran, poliéster, queno trecho da gravação de uma conversa telefônica en-
tre duas universitárias paulistanas de classe média, trans-
filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo,
crito do livro Tempos Linguísticos, de Fernando Tarallo. AS
carnet da girafa, poluição.
reticências indicam as pausas.
Fundos de investimento, e daí? Também os de incentivos
fiscais. Knon-how. Barbeador elétrico de noventa microrra- Eu não sei tem dia... depende do meu estado de espíri-
nhuras. Fenolite, Baquelite, LP e compacto. Alimentos super to, tem dia que minha voz... mais ta assim, sabe? taquara
congelados. Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV rachada? Fica assim aquela voz baixa. Outro dia eu fui lê
Rodoviária. Argh! Pow! Click! um artigo, lê?! Um menino lá que faiz pós-graduação na,
Não havia nada disso no Jornal do tempo de Vences- na GV, ele me, nóis ficamo até duas hora da manhã ele me
lau Brás, ou mesmo, de Washington Luís. Algumas coisas explicando toda a matéria de economia, das nove da noite.
começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na
esquina, para consumo geral. A enumeração caótica não é Como se pode notar, não há preocupação com a pro-
uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos núncia nem com a continuidade das ideias, nem com a es-
os dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e pa- colha das palavras. Para exemplificar o estilo formal, eis um
lavras somos, finalmente, mas com que significado? trecho da gravação de uma aula de português de uma pro-
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, fessora universitária do Rio de Janeiro, transcrito do livro
Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988) de Dinah Callou. A linguagem falada culta na cidade do Rio
de Janeiro. As pausas são marcadas com reticências.

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PORTUGUÊS

...o que está ocorrendo com nossos alunos é uma frag- A palavra “manga” é um caso de homonímia. Ela pode
mentação do ensino... ou seja... ele perde a noção do todo... significar uma fruta ou uma parte de uma camisa. Não é
e fica com uma série... de aspectos teóricos... isolados... que polissemia porque os diferentes significados para a palavra
ele não sabe vincular a realidade nenhuma de seu idioma... manga têm origens diferentes, e por isso alguns estudiosos
isto é válido também para a faculdade de letras... ou seja... mencionam que a palavra manga deveria ter mais do que
né? há uma série... de conceitos teóricos... que têm nomes uma entrada no dicionário.
bonitos e sofisticados... mas que... na hora de serem em- “Letra” é uma palavra polissêmica. Letra pode significar
pregados... deixam muito a desejar... o elemento básico do alfabeto, o texto de uma canção ou
a caligrafia de um determinado indivíduo. Neste caso, os
Nota-se que, por tratar-se de exposição oral, não há o diferentes significados estão interligados porque remetem
grau de formalidade e planejamento típico do texto escrito, para o mesmo conceito, o da escrita.
mas trata-se de um estilo bem mais formal e vigiado que o
da menina ao telefone. Polissemia e ambiguidade

SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Polissemia e ambiguidade têm um grande impacto na


interpretação. Na língua portuguesa, um enunciado pode
Consideremos as seguintes frases: ser ambíguo, ou seja, apresenta mais de uma interpreta-
Paula tem uma mão para cozinhar que dá inveja! ção. Essa ambiguidade pode ocorrer devido à colocação
Vamos! Coloque logo a mão na massa! específica de uma palavra (por exemplo, um advérbio) em
As crianças estão com as mãos sujas. uma frase. Vejamos a seguinte frase: Pessoas que têm uma
Passaram a mão na minha bolsa e nem percebi. alimentação equilibrada frequentemente são felizes. Neste
caso podem existir duas interpretações diferentes. As pes-
Chegamos à conclusão de que se trata de palavras soas têm alimentação equilibrada porque são felizes ou são
idênticas no que se refere à grafia, mas será que possuem felizes porque têm uma alimentação equilibrada.
o mesmo significado? De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela
Existe uma parte da gramática normativa denominada pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma inter-
Semântica. Ela trabalha a questão dos diferentes significa- pretação. Para fazer a interpretação correta é muito impor-
dos que uma mesma palavra apresenta de acordo com o tante saber qual o contexto em que a frase é proferida.
contexto em que se insere. Na língua portuguesa, uma PALAVRA (do latim parabo-
Tomando como exemplo as frases já mencionadas, la, que por sua vez deriva do grego parabolé) pode ser de-
analisaremos os vocábulos de mesma grafia, de acordo finida como sendo um conjunto de letras ou sons de uma
com seu sentido denotativo, isto é, aquele retratado pelo língua, juntamente com a ideia associada a este conjunto.
dicionário.
Na primeira, a palavra “mão” significa habilidade, efi- Sentido Próprio e Figurado das Palavras
ciência diante do ato praticado. Nas outras que seguem o
significado é de: participação, interação mediante a uma Pela própria definição acima destacada podemos per-
tarefa realizada; mão como parte do corpo humano e por ceber que a palavra é composta por duas partes, uma delas
último simboliza o roubo, visto de maneira pejorativa. relacionada a sua forma escrita e os seus sons (denominada
Reportando-nos ao conceito de Polissemia, logo per- significante) e a outra relacionada ao que ela (palavra) ex-
cebemos que o prefixo “poli” significa multiplicidade de pressa, ao conceito que ela traz (denominada significado).
algo. Possibilidades de várias interpretações levando-se em Em relação ao seu SIGNIFICADO as palavras subdivi-
consideração as situações de aplicabilidade. dem-se assim:
Há uma infinidade de outros exemplos em que pode-
mos verificar a ocorrência da polissemia, como por exem- - Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o senti-
plo: do comum que costumamos dar a uma palavra.
O rapaz é um tremendo gato. - Sentido Figurado - é o sentido “simbólico”, “figura-
O gato do vizinho é peralta. do”, que podemos dar a uma palavra.
Precisei fazer um gato para que a energia voltasse.
Pedro costuma fazer alguns “bicos” para garantir sua Vamos analisar a palavra cobra utilizada em diferentes
sobrevivência contextos:
O passarinho foi atingido no bico. 1. A cobra picou o menino. (cobra = réptil peçonhento)
2. A sogra dele é uma cobra. (cobra = pessoa desagra-
Polissemia e homonímia dável, que adota condutas pouco apreciáveis)
3. O cara é cobra em Física! (cobra = pessoa que co-
A confusão entre polissemia e homonímia é bastante nhece muito sobre alguma coisa, “expert”)
comum. Quando a mesma palavra apresenta vários signifi- No item 1 aplica-se o termo cobra em seu sentido co-
cados, estamos na presença da polissemia. Por outro lado, mum (ou literal); nos itens 2 e 3 o termo cobra é aplicado
quando duas ou mais palavras com origens e significados em sentido figurado.
distintos têm a mesma grafia e fonologia, temos uma ho- Podemos então concluir que um mesmo significante
monímia. (parte concreta) pode ter vários significados (conceitos).

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Denotação e Conotação 3-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-


LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 -
- Denotação: verifica-se quando utilizamos a palavra ADAPTADA) Para responder a esta questão, considere as
com o seu significado primitivo e original, com o sentido palavras destacadas nas seguintes passagens do texto:
do dicionário; usada de modo automatizado; linguagem Desde o surgimento da ideia de hipertexto...
comum. Veja este exemplo: Cortaram as asas da ave para ... informações ligadas especialmente à pesquisa aca-
que não voasse mais. dêmica,
Aqui a palavra em destaque é utilizada em seu sentido ... uma “máquina poética”, algo que funcionasse por
próprio, comum, usual, literal. analogia e associação...
Quando o cientista Vannevar Bush [...] concebeu a
MINHA DICA - Procure associar Denotação com Di- ideia de hipertexto...
cionário: trata-se de definição literal, quando o termo é uti- ... 20 anos depois de seu artigo fundador...
lizado em seu sentido dicionarístico.
As palavras destacadas que expressam ideia de tempo
- Conotação: verifica-se quando utilizamos a palavra são:
com o seu significado secundário, com o sentido amplo (ou (A) algo, especialmente e Quando.
simbólico); usada de modo criativo, figurado, numa lingua- (B) Desde, especialmente e algo.
gem rica e expressiva. Veja este exemplo: (C) especialmente, Quando e depois.
Seria aconselhável cortar as asas deste menino, antes (D) Desde, Quando e depois.
que seja tarde demais. (E) Desde, algo e depois.
Já neste caso o termo (asas) é empregado de forma
figurada, fazendo alusão à ideia de restrição e/ou controle 4-) (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
de ações; disciplina, limitação de conduta e comportamen- A importância de Rodolfo Coelho Cavalcante para o mo-
to. vimento cordelista pode ser comparada à de outros dois
grandes nomes...
Fonte:
Sem qualquer outra alteração da frase acima e sem
http://www.tecnolegis.com/estudo-dirigido/oficial-de-
prejuízo da correção, o elemento grifado pode ser subs-
justica-tjm-sp/lingua-portuguesa-sentido-proprio-e-figu-
tituído por:
rado-das-palavras.html
(A) contrastada.
Questões sobre Denotação e Conotação
(B) confrontada.
(C) ombreada.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU-
(D) rivalizada.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) O
(E) equiparada.
sentido de marmóreo (adjetivo) equivale ao da expressão
de mármore. Assinale a alternativa contendo as expressões 5-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
com sentidos equivalentes, respectivamente, aos das pala- NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) No verso – Não te
vras ígneo e pétreo. abras com teu amigo – o verbo em destaque foi emprega-
(A) De corda; de plástico. do em sentido figurado.
(B) De fogo; de madeira. Assinale a alternativa em que esse mesmo verbo “abrir”
(C) De madeira; de pedra. continua sendo empregado em sentido figurado.
(D) De fogo; de pedra. (A) Ao abrir a porta, não havia ninguém.
(E) De plástico; de cinza. (B) Ele não pôde abrir a lata porque não tinha um abri-
dor.
2-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (C) Para aprender, é preciso abrir a mente.
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013 (D) Pela manhã, quando abri os olhos, já estava em
- ADAPTADO) Para responder à questão, considere a se- casa.
guinte passagem: Sem querer estereotipar, mas já estereoti- (E) Os ladrões abriram o cofre com um maçarico.
pando: trata-se de um ser cujas interações sociais terminam,
99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”. 6-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –
FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à ques-
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de tão, considere o texto abaixo.
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido A marca da solidão
dela.
(C) adotar como referência de qualidade. Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de
(D) julgar de acordo com normas legais. paralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a
(E) classificar segundo ideias preconcebidas. testa pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de
penumbra na tarde quente.

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PORTUGUÊS

Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, den- (A) O menino leva o material adequado para a escola.
tro de cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com (B) João levou uma surra da mãe.
pedrinhas e tufos minúsculos de musgos, formando peque- (C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo.
nas plantas, ínfimos bonsais só visíveis aos olhos de quem é (D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso.
capaz de parar de viver para, apenas, ver. Quando se tem a (E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar
marca da solidão na alma, o mundo cabe numa fresta. a prova.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Ja-
neiro: Tinta negra bazar, 2010. p. 47)
RESOLUÇÃO
No primeiro parágrafo, a palavra utilizada em sentido
figurado é 1-)
(A) menino. Questão que pode ser resolvida usando a lógica ou as-
(B) chão. sociação de palavras! Veja: a ignição do carro lembra-nos
(C) testa. fogo, combustão... Pedra, petrificado. Encontrou a respos-
(D) penumbra. ta?
(E) tenda.
RESPOSTA: “D”.
7-) (UFTM/MG – AUXILIAR DE BIBLIOTECA – VU-
NESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder à 2-)
questão. Classificar conforme regras conhecidas, mas não con-
firmadas se verdadeiras.
RIO DE JANEIRO – A Prefeitura do Rio está lançando a
Operação Lixo Zero, que vai multar quem emporcalhar a ci-
dade. Em primeira instância, a campanha é educativa. Equi- RESPOSTA: “E”.
pes da Companhia Municipal de Limpeza Urbana estão per-
correndo as ruas para flagrar maus cidadãos jogando coisas 3-)
onde não devem e alertá-los para o que os espera. Em breve, As palavras que nos dão a noção, ideia de tempo são:
com guardas municipais, policiais militares e 600 fiscais em desde, quando e depois.
ação, as multas começarão a chegar para quem tratar a via
pública como a casa da sogra. RESPOSTA: “D”.
Imagina-se que, quando essa lei começar para valer, os
recordistas de multas serão os cerca de 300 jovens golpistas 4-)
que, nas últimas semanas, se habituaram a tomar as ruas, Ao participar de um concurso, não temos acesso a di-
pichar monumentos, vandalizar prédios públicos, quebrar cionários para que verifiquemos o significado das palavras,
orelhões, arrancar postes, apedrejar vitrines, depredar ban- por isso, caso não saibamos o que significam, devemos
cos, saquear lojas e, por uma estranha compulsão, destruir
analisá-las dentro do contexto em que se encontram. No
lixeiras, jogar o lixo no asfalto e armar barricadas de fogo
exercício acima, a que se “encaixa” é “equiparada”.
com ele.
É verdade que, no seu “bullying” político, eles não estão
nem aí para a cidade, que é de todos – e que, por algum RESPOSTA: “E”.
motivo, parecem querer levar ao colapso. 5-)
Pois, já que a lei não permite prendê-los por vandalis- Em todas as alternativas o verbo “abrir” está empre-
mo, saque, formação de quadrilha, desacato à autoridade, gado em seu sentido denotativo. No item C, conotativo
resistência à prisão e nem mesmo por ataque aos órgãos (“abrir a mente” = aberto a mudanças, novas ideias).
públicos, talvez seja possível enquadrá-los por sujar a rua.
(Ruy Castro, Por sujar a rua. Folha de S.Paulo, 21.08.2013. RESPOSTA: “C”.
Adaptado)
6-)
Na oração – ... parecem querer levar ao colapso. – (3.º Novamente, responderemos com frase do texto: seu
parágrafo), o termo em destaque é sinônimo de rosto formando uma tenda.
(A) progresso.
(B) descaso.
(C) vitória. RESPOSTA: “E”.
(D) tédio.
(E) ruína. 7-)
Pela leitura do texto, compreende-se que a intenção
8-) (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- do autor ao utilizar a expressão” levar ao colapso” refere-se
DES/2012) Considere o emprego do verbo levar no trecho: à queda, ao fim, à ruína da cidade.
“Uma competição não dura apenas alguns minutos. Leva
anos”. A frase em que esse verbo está usado com o mesmo RESPOSTA: “E”.
sentido é:

17
PORTUGUÊS

8-) No enunciado, o verbo “levar” está empregado Questões sobre Significação das Palavras
com o sentido de “duração/tempo”
(A) O menino leva o material adequado para a escola. 01. Assinale a alternativa que preenche corretamente
= carrega as lacunas da frase abaixo:
(B) João levou uma surra da mãe. = apanhou Da mesma forma que os italianos e japoneses _________
(C) A enchente leva todo o lixo rua abaixo. = arrasta para o Brasil no século passado, hoje os brasileiros ________
(D) O trabalho feito com empenho leva ao sucesso. = di- para a Europa e para o Japão, à busca de uma vida melhor;
reciona internamente, __________ para o Sul, pelo mesmo motivo.
(E) O atleta levou apenas dez segundos para terminar a a) imigraram - emigram - migram
prova = duração/tempo b) migraram - imigram - emigram
RESPOSTA: “E”. c) emigraram - migram - imigram.
d) emigraram - imigram - migram.
- Sinônimos
e) imigraram - migram – emigram
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto -
abecedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
Agente de Apoio – Microinformática – VUNESP – 2013
Observação: A contribuição greco-latina é responsável
pela existência de numerosos pares de sinônimos: adversário - Leia o texto para responder às questões de números 02
e antagonista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; e 03.
contraveneno e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo;
transformação e metamorfose; oposição e antítese. Alunos de colégio fazem robôs com sucata eletrônica

- Antônimos Você comprou um smartphone e acha que aquele seu


São palavras de significação oposta: ordem - anarquia; celular antigo é imprestável? Não se engane: o que é lixo
soberba - humildade; louvar - censurar; mal - bem. para alguns pode ser matéria-prima para outros. O CMID
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo – Centro Marista de Inclusão Digital –, que funciona junto
de sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático ao Colégio Marista de Santa Maria, no Rio Grande do Sul,
e antipático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e ensina os alunos do colégio a fazer robôs a partir de lixo
inativo; esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simé- eletrônico.
trico e assimétrico. Os alunos da turma avançada de robótica, por exemplo,
constroem carros com sensores de movimento que respon-
O que são Homônimos e Parônimos: dem à aproximação das pessoas. A fonte de energia vem de
- Homônimos baterias de celular. “Tirando alguns sensores, que precisa-
a) Homógrafos: são palavras iguais na escrita e diferentes mos comprar, é tudo reciclagem”, comentou o instrutor de
na pronúncia: robótica do CMID, Leandro Schneider. Esses alunos também
rego (subst.) e rego (verbo); aprendem a consertar computadores antigos. “O nosso pro-
colher (verbo) e colher (subst.); jeto só funciona por causa do lixo eletrônico. Se tivéssemos
jogo (subst.) e jogo (verbo); que comprar tudo, não seria viável”, completou.
denúncia (subst.) e denuncia (verbo); Em uma época em que celebridades do mundo digital
providência (subst.) e providencia (verbo). fazem campanha a favor do ensino de programação nas es-
b) Homófonos: são palavras iguais na pronúncia e dife- colas, é inspirador o relato de Dionatan Gabriel, aluno da
rentes na escrita:
turma avançada de robótica do CMID que, aos 16 anos, já
acender (atear) e ascender (subir);
sabe qual será sua profissão. “Quero ser programador. No
concertar (harmonizar) e consertar (reparar);
início das aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me
cela (compartimento) e sela (arreio);
censo (recenseamento) e senso (juízo); interessando”, disse.
paço (palácio) e passo (andar). (Giordano Tronco, www.techtudo.com.br, 07.07.2013.
Adaptado)
c) Homógrafos e homófonos simultaneamente: São pa-
lavras iguais na escrita e na pronúncia: 02. A palavra em destaque no trecho –“Tirando alguns
caminho (subst.) e caminho (verbo); sensores, que precisamos comprar, é tudo reciclagem”... –
cedo (verbo) e cedo (adv.); pode ser substituída, sem alteração do sentido da mensa-
livre (adj.) e livre (verbo). gem, pela seguinte expressão:
A) Pelo menos
- Parônimos B) A contar de
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia: coro e couro; C) Em substituição a
cesta e sesta; eminente e iminente; osso e ouço; sede e cede; compri- D) Com exceção de
mento e cumprimento; tetânico e titânico; autuar e atuar; degradar E) No que se refere a
e degredar; infligir e infringir; deferir e diferir; suar e soar.
03. Assinale a alternativa que apresenta um antônimo
http://www.coladaweb.com/portugues/sinonimos,-an- para o termo destacado em – …“No início das aulas, eu
tonimos,-homonimos-e-paronimos achava meio chato, mas depois fui me interessando”, disse.

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PORTUGUÊS

A) Estimulante. A) Estou aqui _______ de ajudar os flagelados das en-


B) Cansativo. chentes. (afim- a fim).
C) Irritante. B) A bandeira está ________. (arreada - arriada).
D) Confuso. C) Serão punidos os que ________ o regulamento. (in-
E) Improdutivo. flingirem - infringirem).
D) São sempre valiosos os ________ dos mais velhos.
04. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- (concelhos - conselhos).
NESP – 2013). Analise as afirmações a seguir. E) Moro ________ cem metros da praça principal. (a cer-
I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso ca de - acerca de).
por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. 08. Assinale a alternativa correta, considerando que à
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser direita de cada palavra há um sinônimo.
reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta- a) emergir = vir à tona; imergir = mergulhar
ção. b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país)
III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife- c) delatar = expandir; dilatar = denunciar
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. – d) deferir = diferenciar; diferir = conceder
pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação
do”, sem alterar o sentido do texto.
De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, GABARITO
está correto o que se afirma em
A) I, II e III. 01. A 02. D 03. A 04. A
B) III, apenas. 05. D 06. E 07. E 08. A
C) I e III, apenas.
D) I, apenas. RESOLUÇÃO
E) I e II, apenas.
1-) Da mesma forma que os italianos e japoneses
imigraram para o Brasil no século passado, hoje os bra-
05. Leia as frases abaixo:
sileiros emigram para a Europa e para o Japão, à busca
1 - Assisti ao ________ do balé Bolshoi;
de uma vida melhor; internamente, migram para o
2 - Daqui ______ pouco vão dizer que ______ vida em
Sul, pelo mesmo motivo.
Marte.
3 - As _________ da câmara são verdadeiros programas
2-) “Com exceção de alguns sensores, que precisamos
de humor.
comprar, é tudo reciclagem”...
4 - ___________ dias que não falo com Alfredo.
Escolha a alternativa que oferece a sequência correta 3-) antônimo para o termo destacado : “No início das
de vocábulos para as lacunas existentes: aulas, eu achava meio chato, mas depois fui me interes-
a) concerto – há – a – cessões – há; sando”
b) conserto – a – há – sessões – há; “No início das aulas, eu achava meio estimulante, mas
c) concerto – a – há – seções – a; depois fui me interessando”
d) concerto – a – há – sessões – há;
e) conserto – há – a – sessões – a . 4-)
06. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VU- I. Em – Há sete anos, Fransley Lapavani Silva está preso
NESP – 2013-adap.). Considere o seguinte trecho para res- por homicídio. – o termo em destaque pode ser substituí-
ponder à questão. do, sem alteração do sentido do texto, por “faz”. = correta
II. A frase – Todo preso deseja a libertação. – pode ser
Adolescentes vivendo em famílias que não lhes trans- reescrita da seguinte forma – Todo preso aspira à liberta-
mitiram valores sociais altruísticos, formação moral e não ção. = correta
lhes impuseram limites de disciplina. III. No trecho – ... estou sendo olhado de forma dife-
rente aqui no presídio devido ao bom comportamento. –
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse pode-se substituir a expressão em destaque por “em razão
trecho, é: do”, sem alterar o sentido do texto. = correta
A) de desprendimento.
B) de responsabilidade. 5-)
C) de abnegação. 1 - Assisti ao concerto do balé Bolshoi;
D) de amor. 2 - Daqui a pouco vão dizer que há (= existe)
E) de egoísmo. vida em Marte.
3 – As sessões da câmara são verdadeiros pro-
07. Assinale o único exemplo cuja lacuna deve ser gramas de humor.
preenchida com a primeira alternativa da série dada nos 4- Há dias que não falo com Alfredo. (=
parênteses: tempo passado)

19
PORTUGUÊS

6-) Adolescentes vivendo em famílias que não lhes Não confunda os fonemas com as letras. Fonema é um
transmitiram valores sociais altruísticos, formação moral e elemento acústico e a letra é um sinal gráfico que repre-
não lhes impuseram limites de disciplina. senta o fonema. Nem sempre o número de fonemas de
O sentido contrário (antônimo) de altruísticos, nesse uma palavra corresponde ao número de letras que usamos
trecho, é de egoísmo para escrevê-la. Na palavra chuva, por exemplo, temos
Altruísmo é um tipo de comportamento encontrado quatro fonemas, isto é, quatro unidades sonoras [xuva] e
nos seres humanos e outros seres vivos, em que as ações cinco letras.
de um indivíduo beneficiam outros. É sinônimo de filan- Certos fonemas podem ser representados por diferen-
tropia. No sentido comum do termo, é muitas vezes per- tes letras. É o caso do fonema /s/, que pode ser representa-
cebida, também, como sinônimo de solidariedade. Esse do por: s (pensar) – ss (passado) – x (trouxe) – ç (caçar) – sc
conceito opõe-se, portanto, ao egoísmo, que são as incli- (nascer) – xc (excelente) – c (cinto) – sç (desço)
nações específica e exclusivamente individuais (pessoais ou
coletivas). Às vezes, a letra “x” pode representar mais de um fone-
ma, como na palavra táxi. Nesse caso, o “x” representa dois
7-) sons, pois lemos “táksi”. Portanto, a palavra táxi tem quatro
A) Estou aqui a fim de de ajudar os flagelados das letras e cinco fonemas.
enchentes. (afim = O adjetivo “afim” é empregado para in- Em certas palavras, algumas letras não representam
dicar que uma coisa tem afinidade com a outra. Há pessoas nenhum fonema, como a letra h, por exemplo, em pala-
que têm temperamentos afins, ou seja, parecidos) vras como hora, hoje, etc., ou como as letras m e n quando
B) A bandeira está arriada . (arrear = colocar são usadas apenas para indicar a nasalização de uma vogal,
arreio no cavalo) como em canto, tinta, etc.
C) Serão punidos os que infringirem o regulamen-
to. (inflingirem = aplicarem a pena) Classificação dos Fonemas
D) São sempre valiosos os conselhos dos mais ve-
lhos; (concelhos= Porção territorial ou parte administrativa Os fonemas classificam-se em vogais, semivogais e
de um distrito). consoantes.
E) Moro a cerca de cem metros da praça principal.
Vogais: são fonemas resultantes das vibrações das
(acerca de = Acerca de é sinônimo de “a respeito de”.).
cordas vocais e em cuja produção a corrente de ar passa
livremente na cavidade bucal. As vogais podem ser orais
8-)
e nasais.
b) emigrar = entrar (no país); imigrar = sair (do país) =
Orais: quando a corrente de ar passa apenas pela cavi-
significados invertidos
dade bucal. São elas: a, é, ê, i, ó, ô, u. Exemplos: já, pé, vê,
c) delatar = expandir; dilatar = denunciar = signifi- ali, pó, dor, uva.
cados invertidos Nasais: quando a corrente de ar passa pela cavidade
d) deferir = diferenciar; diferir = conceder = signifi- bucal e nasal. A nasalidade pode ser indicada pelo til (~)
cados invertidos ou pelas letras n e m. Exemplos: mãe, venda, lindo, pomba,
e) dispensa = cômodo; despensa = desobrigação = nunca.
significados invertidos Observação: As vogais ainda podem ser tônicas ou áto-
nas, dependendo da intensidade com que são pronuncia-
das. A vogal tônica é pronunciada com maior intensidade:
café, bola, vidro. A vogal átona é pronunciada com menor
FONÉTICA: CONSOANTE, VOGAIS E intensidade: café, bola, vidro.
SEMIVOGAIS, ENCONTROS VOCÁLICOS E
CONSONANTAIS, ACENTO, PARONÍMIA Semivogais: são os fonemas /i/ e /u/ quando, juntos
E HOMONÍMIA SILABAÇÃO (NÚMERO, de uma vogal, formam com ela uma mesma sílaba. Obser-
ESTRUTURA, TONICIDADE); ve, por exemplo, a palavra papai. Ela é formada de duas
sílabas: pa-pai. Na sílaba pai, o fonema vocálico /i/ não é
tão forte quanto o fonema vocálico /a/; nesse caso, o /i/ é
semivogal.
LETRA E FONEMA
Consoantes: são os fonemas em que a corrente de ar,
Letra é o sinal gráfico da escrita. Exemplos: pipoca emitida para sua produção, teve de forçar passagem na
(tem 6 letras); hoje (tem 4 letras). boca, onde determinado movimento articulatório lhe criou
embaraço. Exemplos: gato, pena, lado.
Fonema é o menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre palavras. Veja, Encontro Vocálicos
nos exemplos, os fonemas que marcam a distinção entre - Ditongos: é o encontro de uma vogal e uma semi-
os pares de palavras: vogal (ou vice-versa) numa mesma sílaba. Exemplos: pai
(vogal + semivogal = ditongo decrescente); ginásio (semi-
bar – mar tela – vela sela – sala vogal + vogal = ditongo crescente).

20
PORTUGUÊS

- Tritongos: é o encontro de uma semivogal com uma EXERCÍCIOS


vogal e outra semivogal numa mesma sílaba. Exemplo: Pa- 01. A palavra que apresenta tantos fonemas quantas
raguai. são as letras que a compõem é:
- Hiatos: é a sequência de duas vogais numa mesma a) importância
palavra mas que pertencem a sílabas diferentes, pois nunca b) milhares
há mais de uma vogal numa sílaba. Exemplos: saída (sa-í- c) sequer
da), juiz (ju-iz) d) técnica
e) adolescente
Encontro Consonantais
02. Em qual das palavras abaixo a letra x apresenta não
um, mas dois fonemas?
Ocorre quando há um grupo de consoantes sem vogal a) exemplo
intermediária. Exemplos: flor, grade, digno. b) complexo
c) próximos
Dígrafos d) executivo
e) luxo
Grupo de duas letras que representa apenas um fone-
ma. Exemplos: passo (ss = fonema /s/), nascimento (sc = 03. Qual palavra possui dois dígrafos?
fonema /s/), queijo (qu = fonema /k/) a) fechar
b) sombra
Os dígrafos podem ser consonantais e vocálicos. c) ninharia
d) correndo
e) pêssego
- Consonantais: ch (chuva), sc (nascer), ss (osso), sç
(desça), lh (filho), xc (excelente), qu (quente), nh (vinho), rr 04. Indique a alternativa cuja sequência de vocábulos
(ferro), gu (guerra) apresenta, na mesma ordem, o seguinte: ditongo, hiato,
- Vocálicos: am, an (tampa, canto), em, en (tempo, ven- hiato, ditongo.
to), im, in (limpo, cinto), om, on (comprar, tonto), um, un a) jamais / Deus / luar / daí
(tumba, mundo) b) joias / fluir / jesuíta / fogaréu
c) ódio / saguão / leal / poeira
Atenção: nos dígrafos, as duas letras representam um d) quais / fugiu / caiu / história
só fonema; nos encontros consonantais, cada letra repre-
senta um fonema. 05. Os vocabulários passarinho e querida possuem:
a) 6 e 8 fonemas respectivamente;
Observe de acordo com os exemplos que o número b)10 e 7 fonemas respectivamente;
de letras e fonemas não precisam ter a mesma quantidade. c) 9 e 6 fonemas respectivamente;
d) 8 e 6 fonemas respectivamente;
- Chuva: tem 5 letras e 4 fonemas, já que o “ch” tem
e) 7 e 6 fonemas respectivamente.
um único som.
- Hipopótamo: tem 10 letras e 9 fonemas, já que o “h” 06. Quantos fonemas existem na palavra paralelepípe-
não tem som. do:
- Galinha: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “nh” tem a) 7
um único som. b) 12
- Pássaro: tem 7 letras e 6 fonemas, já que o “ss” só tem c) 11
um único som. d) 14
- Nascimento: 10 letras e 8 fonemas, já que não se pro- e) 15
nuncia o “s” e o “en” tem um único som.
- Exceção: 7 letras e 6 fonemas, já que não tem som o 07. Os vocábulos pequenino e drama apresentam, res-
“x”. pectivamente:
- Táxi: 4 letras e 5 fonemas, já que o “x” tem som de a) 4 e 2 fonemas
b) 9 e 5 fonemas
“ks”.
c) 8 e 5 fonemas
- Guitarra: 8 letras e 6 fonemas, já que o “gu” tem um
d) 7 e 7 fonemas
único som e o “rr” também tem um único som. e) 8 e 4 fonemas
- Queijo: 6 letras e 5 fonemas, já que o “qu” tem um
único som. 08. O “I” não é semivogal em:
a) Papai
Repare que através do exemplo a mudança de apenas b) Azuis
uma letra ou fonema gera novas palavras: C a v a l o / C a v c) Médio
a d o / C a l a d o / C o l a d o / S o l a d o. d) Rainha
e) Herói

21
PORTUGUÊS

09. Assinale a alternativa que apresenta apenas hiatos: - Não se separam os encontros consonantais que iniciam
a) muito, faísca, balaústre. sílaba. Exemplos: psi-có-lo-go, re-fres-co;
b) guerreiro, gratuito, intuito. - Separam-se as vogais dos hiatos. Exemplos: ca-a-tin-ga,
c) fluido, fortuito, Piauí. fi-el, sa-ú-de;
d) tua, lua, nua. - Separam-se as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç xc. Exem-
e) n.d.a. plos: car-ro, pas-sa-re-la, des-cer, nas-ço, ex-ce-len-te;
- Separam-se os encontros consonantais das sílabas in-
10. Em qual dos itens abaixo todas as palavras apresen- ternas, excetuando-se aqueles em que a segunda consoante
tam ditongo crescente: é l ou r. Exemplos: ap-to, bis-ne-to, con-vic-ção, a-brir, a-pli-
a) Lei, Foice, Roubo car.
b) Muito, Alemão, Viu
c) Linguiça, História, Área Acento Tônico
d) Herói, Jeito, Quilo Na emissão de uma palavra de duas ou mais sílabas, per-
e) Equestre, Tênue, Ribeirão cebe-se que há uma sílaba de maior intensidade sonora do
que as demais.
RESPOSTAS: calor - a sílaba lor é a de maior intensidade.
faceiro - a sílaba cei é a de maior intensidade.
01-D (Em d, a palavra possui 7 fonemas e 7 letras. Nas sólido - a sílaba só é a de maior intensidade.
demais alternativas, tem-se: a) 10 fonemas / 11 letras; b) 7
fonemas / 8 letras; c) 5 fonemas / 6 letras; e) 9 fonemas / Obs.: a presença da sílaba de maior intensidade nas pala-
11 letras). vras, em meio à sílabas de menor intensidade, é um dos ele-
02-B (a palavra complexo, o x equivale ao fonema /ks/). mentos que dão melodia à frase.
03-D (Em d, há o dígrafo “rr” e o dígrafo nasal “en”).
04-B (Observe os encontros: oi, u - i, u - í e eu). Classificação da sílaba quanto a intensidade
05-D / 06-D / 07-C / 08-D / 09-D / 10-C
-Tônica: é a sílaba pronunciada com maior intensidade.
SÍLABA - Átona: é a sílaba pronunciada com menor intensidade.
- Subtônica: é a sílaba de intensidade intermediária. Ocor-
A palavra amor está dividida em grupos de fonemas re, principalmente, nas palavras derivadas, correspondendo à
pronunciados separadamente: a - mor. A cada um des- tônica da palavra primitiva. 
ses grupos pronunciados numa só emissão de voz dá-se
o nome de sílaba. Em nossa língua, o núcleo da sílaba é Classificação das palavras quanto à posição da sílaba
sempre uma vogal: não existe sílaba sem vogal e nunca tônica
há mais do que uma vogal em  cada sílaba. Dessa forma,
para sabermos o número de sílabas de uma palavra, deve- De acordo com a posição da sílaba tônica, os vocábulos
mos perceber quantas vogais tem essa palavra. Atenção: da língua portuguesa que contêm  duas ou mais sílabas são
as letras i e u (mais raramente com as letras e e o) podem classificados em:
representar semivogais. - Oxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a última.
Classificação das palavras quanto ao número de sí- Exemplos: avó, urubu, parabéns
labas - Paroxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a penúlti-
ma. Exemplos: dócil, suavemente, banana
- Monossílabas: possuem apenas uma sílaba. Exemplos: - Proparoxítonos: são aqueles cuja sílaba tônica é a ante-
mãe, flor, lá, meu; penúltima. Exemplos: máximo, parábola, íntimo
- Dissílabas: possuem duas sílabas. Exemplos: ca-fé,
i-ra, a-í, trans-por; Saiba que:
- Trissílabas: possuem três sílabas. Exemplos: ci-ne-ma, - São palavras oxítonas, entre outras: cateter, mister,
pró-xi-mo, pers-pi-caz, O-da-ir; Nobel, novel, ruim, sutil, transistor, ureter.
- Polissílabas: possuem quatro ou mais sílabas. Exem- - São palavras paroxítonas, entre outras: avaro, aziago,
plos: a-ve-ni-da, li-te-ra-tu-ra, a-mi-ga-vel-men-te, o-tor boêmia, caracteres, cartomancia, celtibero, circuito, decano,
-ri-no-la-rin-go-lo-gis-ta. filantropo, fluido, fortuito, gratuito, Hungria, ibero, impudico,
inaudito, intuito, maquinaria, meteorito, misantropo, necropsia
Divisão Silábica (alguns dicionários admitem também necrópsia), Normandia,
pegada, policromo, pudico, quiromancia, rubrica, subido(a).
Na divisão silábica das palavras, cumpre observar as - São palavras proparoxítonas, entre outras: aerólito, bá-
seguintes normas: varo, bímano, crisântemo, ímprobo, ínterim, lêvedo, ômega,
pântano, trânsfuga.
- Não se separam os ditongos e tritongos. Exemplos: - As seguintes palavras, entre outras, admitem dupla
foi-ce, a-ve-ri-guou; tonicidade: acróbata/acrobata, hieróglifo/hieroglifo, Oceâ-
- Não se separam os dígrafos ch, lh, nh, gu, qu. Exem- nia/Oceania, ortoépia/ortoepia, projétil/projetil, réptil/reptil,
plos: cha-ve, ba-ra-lho, ba-nha, fre-guês, quei-xa; zângão/zangão.

22
PORTUGUÊS

EXERCÍCIOS 9- Na expressão “A icterícia nada tem a ver com hemo-


diálise ou disenteria”, as palavras grifadas apresentam-se cor-
1-Assinale o item em que a divisão silábica é incorreta: retamente divididas em sílabas na alternativa:
a) gra-tui-to; a) i-cte-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
b) ad-vo-ga-do; b) ic-te-rí-ci-a, he-mo-diá-li-se, dis-en-te-ria;
c) tran-si-tó-rio; c) i-c-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria;
d) psi-co-lo-gi-a; d) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ri-a;
e) in-ter-stí-cio. e) ic-te-rí-cia, he-mo-di-á-li-se, di-sen-te-ria.

2-Assinale o item em que a separação silábica é incorreta: 10- Assinale a única opção em que há, um vocábulo cuja
a) psi-có-ti-co; separação silábica não esta feita de acordo com a norma or-
b) per-mis-si-vi-da-de; tográfica vigente:
c) as-sem-ble-ia; a) es-cor-re-gou / in-crí-veis;
d) ob-ten-ção; b) in-fân-cia / cres-ci-a;
e) fa-mí-lia. c) i-dei-a / lé-guas;
d) des-o-be-de-ceu / cons-tru-í-da;
3-Assinale o item em que todos os vocábulos têm as síla- e) vo-ou / sor-ri-em.
bas corretamente separadas:
a) al-dei-a, caa-tin-ga , tran-si-ção; Respostas: 1-E / 2-C / 3-E / 4-D / 5-C / 6-D / 7-A / 8-E
b) pro-sse-gui-a, cus-tó-dia, trans-ver-sal; / 9-E / 10-D
c) a-bsur-do, pra-ia, in-cons-ci-ên-cia;
d) o-ccip-tal, gra-tui-to, ab-di-car;
e) mis-té-rio, ap-ti-dão, sus-ce-tí-vel. MORFOLOGIA: RECONHECIMENTO,
EMPREGO E SENTIDO DAS CLASSES
4-Assinale o item em que todas as sílabas estão correta- GRAMATICAIS, PROCESSOS DE FORMAÇÃO
mente separadas: DE PALAVRAS, MECANISMOS DE FLEXÃO
a) a-p-ti-dão;
b) so-li-tá-ri-o;
DOS NOMES E DOS VERBOS (TEMPOS,
c) col-me-ia; MODOS);
d) ar-mis-tí-cio;
e) trans-a-tlân-ti-co.

5- Assinale o item em que a divisão silábica está errada: SUBSTANTIVO


a) tran-sa-tlân-ti-co / de-sin-fe-tar; Substantivo é tudo o que nomeia as “coisas” em geral.
b) subs-ta-be-le-cer / de-su-ma-no; Substantivo é tudo o que pode ser visto, pego ou sentido.
c) cis-an-di-no / sub-es-ti-mar; Substantivo é tudo o que pode ser precedido de artigo
d) ab-di-ca-ção / a-bla-ti-vo;
e) fri-is-si-mo / ma-ci-is-si-mo. Classificação e Formação
Substantivo Comum: Substantivo comum é aquele
6- Existe erro de divisão silábica no item: que designa os seres de uma espécie de forma genérica. Por
a) mei-a / pa-ra-noi-a / ba-lai-o; exemplo: pedra, computador, cachorro, homem, caderno.
b) oc-ci-pi-tal / ex-ces-so / pneu-má-ti-co;
c) subs-tân-cia / pers-pec-ti-va / felds-pa-to; Substantivo Próprio: Substantivo próprio é aquele que
d) su-bli-nhar / su-blin-gual / a-brup-to; designa um ser específico, determinado, individualizando-o.
e) tran-sa-tlân-ti-co / trans-cen-der / tran-so-ce-â-ni-co. Por exemplo: Maxi, Londrina, Dílson, Ester. O substantivo
próprio sempre deve ser escrito com letra maiúscula.
7- A única alternativa correta quanto à divisão silábica é: Substantivo Concreto: Substantivo concreto é aquele
a) ma-qui-na-ri-a / for-tui-to; que designa seres que existem por si só ou apresentam-se
b) tun-gs-tê-nio / ri-tmo; ; em nossa imaginação como se existissem por si. Por exemplo:
c) an-do-rin-ha / sub-o-fi-ci-al; ar, som, Deus, computador, Ester.
d) bo-ê-mi-a / ab-scis-sa; Substantivo Abstrato: Substantivo abstrato é aquele
e) coe-são / si-len-cio-so. que designa prática de ações verbais, existência de quali-
8- Indique a alternativa em que as palavras “sussurro”, dades ou sentimentos humanos. Por exemplo: saída (práti-
”iguaizinhos” e “gnomo”, estão corretamente divididas em ca de sair), beleza (existência do belo), saudade.
sílabas:
a) sus - su - rro, igu - ai - zi - nhos, g - no - mo; Formação dos substantivos
b) su - ssu - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo;
c) sus - su - rro, i - guai - zi - nhos, gno - mo; Substantivo Primitivo: É primitivo o substantivo que
d) su - ssur - ro, i - gu - ai - zi - nhos, gn - omo; não se origina de outra palavra existente na língua portu-
e) sus - sur - ro, i - guai - zi - nhos, gno - mo. guesa. Por exemplo: pedra, jornal, gato, homem.

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PORTUGUÊS

Substantivo Derivado: É derivado o substantivo que Plural dos adjetivos compostos: Os adjetivos compostos
provém de outra palavra da língua portuguesa. Por exem- flexionam-se no plural de acordo com as seguintes regras:
plo: pedreiro, jornalista, gatarrão, homúnculo. - os adjetivos compostos formados de adjetivo + adjeti-
Substantivo Simples: É simples o substantivo forma- vo flexionam somente o último elemento. Por exemplo, luso
do por um único radical. Por exemplo: pedra, pedreiro, -brasileiro e luso-brasileiros. Exceções: surdo-mudo e surdos
jornal, jornalista. -mudos. E ficam invariáveis os seguintes adjetivos compostos:
azul-celeste e azul-marinho.
Substantivo Composto: É composto o substantivo - os adjetivos compostos formados de palavra invariá-
formado por dois ou mais radicais. Por exemplo: pedra- vel + adjetivo flexionam também só o último elemento. Por
sabão, homem-rã, passatempo. exemplo, mal-educado e mal-educados.
- os adjetivos compostos formados de adjetivo + subs-
Substantivo Coletivo: É coletivo o substantivo no sin- tantivo ficam invariáveis. Por exemplo, carro(s) verde-canário.
gular que indica diversos elementos de uma mesma espécie. - as expressões formadas de cor + de + substantivo tam-
- abelha - enxame, cortiço, colmeia bém ficam invariáveis. Por exemplo, cabelo(s) cor-de-ouro.
- acompanhante - comitiva, cortejo, séquito
- alho - (quando entrelaçados) réstia, enfiada, cambada Graus dos Adjetivos
- aluno - classe O adjetivo flexiona-se em grau para indicar a intensidade
- amigo - (quando em assembleia) tertúlia da qualidade do ser. Existem, para o adjetivo, dois graus:
Comparativo
ADJETIVO - de igualdade: tão (tanto, tal) bom como (quão, quanto).
É a classe gramatical de palavras que exprimem quali- - de superioridade: analítico (mais bom do que) e sintéti-
dade, defeito, origem, estado do ser. co (melhor que).
- de inferioridade: menos bom que (do que).
Classificação dos Adjetivos
Explicativo - exprime qualidade própria do se. Por Superlativo
exemplo, neve fria. - absoluto: analítico (muito bom) e sintético (ótimo,
Restritivo - exprime qualidade que não é própria do ser. erudito; ou boníssimo, popular).
Ex: fruta madura. - relativo: de superioridade (o mais bom de) e de infe-
Primitivo - não vem de outra palavra portuguesa. Por rioridade (o menos bom ).
exemplo, bom e mau.
Derivado - tem origem em outra palavra portuguesa. Por Somente seis adjetivos têm o grau comparativo de su-
exemplo, bondoso perioridade sintético. Veja-os: de bom - melhor, de mau
Simples - formado de um só radical. Por exemplo, brasileiro. - pior, de grande - maior, de pequeno - menor, de alto - su-
Composto - formado de mais de um radical. Por exemplo, perior, de baixo - inferior. Para estes seis adjetivos, usamos
franco-brasileiro. a forma analítica do grau comparativo de superioridade,
Pátrio - é o adjetivo que indica a naturalidade ou a na- quando se comparam duas qualidades do mesmo ser. Por
cionalidade do ser. Por exemplo, brasileiro, cambuiense, etc. exemplo, Ele é mais bom que inteligente. Usa-se a forma
sintética do grau comparativo de superioridade, quando
Locução Adjetiva se comparam dois seres através da mesma qualidade. Por
É toda expressão formada de uma preposição mais um exemplo: Ela é melhor que você.
substantivo, equivalente a um adjetivo. Por exemplo, homens
com aptidão (aptos), bandeira da Irlanda (irlandesa). PRONOME
A palavra que acompanha (determina) ou substitui
Gêneros dos Adjetivos um nome é denominada pronome. Ex.: Ana disse para sua
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e irmã: - Eu preciso do meu livro de matemática. Você não o
outra para o feminino. Por exemplo, mau e má, judeu e judia. Se encontrou? Ele estava aqui em cima da mesa. 
o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino so- - eu substitui “Ana”
mente o último elemento. Por exemplo, o motivo sócio-literário - meu acompanha “o livro de matemática”
e a causa sócio-literária. Exceção = surdo-mudo e surda-muda. - o substitui “o livro de matemática”
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino - ele substitui “o livro de matemática”
como para o feminino. Por exemplo, homem feliz ou cruel e
mulher feliz ou cruel. Se o adjetivo é composto e uniforme, Flexão: Quanto à forma, o pronome varia em gênero,
fica invariável no feminino. Por exemplo, conflito político-so- número e pessoa:
cial e desavença político-social. Gênero (masculino/feminino)
Ele saiu/Ela saiu
Número dos Adjetivos
Meu carro/Minha casa
Plural dos adjetivos simples: Os adjetivos simples flexio-
nam-se no plural de acordo com as regras estabelecidas para
Número (singular/plural)
a flexão numérica dos substantivos simples. Por exemplo,
Eu saí/Nós saímos
mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Minha casa/Minhas casas

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PORTUGUÊS

Pessoa (1ª/2ª/3ª)
Eu saí/Tu saíste/Ele saiu
Meu carro/Teu carro/Seu carro
Função: O pronome tem duas funções fundamentais:
Substituir o nome: Nesse caso, classifica-se como pronome substantivo e constitui o núcleo de um grupo nominal. Ex.:
Quando cheguei, ela se calou. (ela é o núcleo do sujeito da segunda oração e se trata de um pronome substantivo porque
está substituindo um nome)
Referir-se ao nome: Nesse caso, classifica-se como pronome adjetivo e constitui uma palavra dependente do grupo
nominal. Ex.: Nenhum aluno se calou. (o sujeito “nenhum aluno” tem como núcleo o substantivo “aluno” e como palavra
dependente o pronome adjetivo “nenhum”)

Pronomes Pessoais: São aqueles que substituem os nomes e representam as pessoas do discurso:
1ª pessoa - a pessoa que fala - eu/nós
2ª pessoa - a pessoa com que se fala - tu/vós
3ª pessoa - a pessoa de quem se fala - ele/ela/eles/elas

Pronomes pessoais retos: são os que têm por função principal representar o sujeito ou predicativo. 
Pronomes pessoais oblíquos: são os que podem exercer função de complemento.
Pronomes pessoais oblíquos
Pronomes pessoais retos
Pessoas do Discurso Átonos Tônicos
1ª pessoa eu me mim, comigo
2ª pessoa tu te ti, contigo
Singular
3ª pessoa ele/ela se, o, a, lhe si, ele, consigo
1ª pessoa nós nos nós, conosco
Plural 2ª pessoa vós vos vós convosco
3ª pessoa eles/elas se, os, as, lhes si, els, consigo

Pronomes Oblíquos
- Associação de pronomes a verbos: Os pronomes oblíquos o, a, os, as, quando associados a verbos terminados em -r,
-s, -z, assumem as formas lo, la, los, las, caindo as consoantes. Ex.: Carlos quer convencer seu amigo a fazer uma viagem;
Carlos quer convencê-lo a fazer uma viagem.
- Quando associados a verbos terminados em ditongo nasal (-am, -em, -ão, -õe), assumem as formas no, na, nos, nas.
Ex.: Fizeram um relatório; Fizeram-no.
- Os pronomes oblíquos podem ser reflexivos e quando isso ocorre se referem ao sujeito da oração. Ex.: Maria olhou-se
no espelho; Eu não consegui controlar-me diante do público.
- Antes do infinitivo precedido de preposição, o pronome usado deverá ser o reto, pois será sujeito do verbo no infini-
tivo. Ex.: O professor trouxe o livro para mim. (pronome oblíquo, pois é um complemento); O professor trouxe o livro para
eu ler. (pronome reto, pois é sujeito)
Pronomes de Tratamento: São aqueles que substituem a terceira pessoa gramatical. Alguns são usados em tratamento
cerimonioso e outros em situações de intimidade. Conheça alguns:
- você (v.): tratamento familiar
- senhor (Sr.), senhora (Srª.): tratamento de respeito
- senhorita (Srta.): moças solteiras
- Vossa Senhoria (V.Sª.): para pessoa de cerimônia
- Vossa Excelência (V.Exª.): para altas autoridades
- Vossa Reverendíssima (V. Revmª.): para sacerdotes
- Vossa Eminência (V.Emª.): para cardeais
- Vossa Santidade (V.S.): para o Papa
- Vossa Majestade (V.M.): para reis e rainhas
- Vossa Majestade Imperial (V.M.I.): para imperadores
- Vossa Alteza (V.A.): para príncipes, princesas e duques
1- Os pronomes e os verbos ligados aos pronomes de tratamento devem estar na 3ª pessoa. Ex.: Vossa Excelência já
terminou a audiência? (nesse fragmento se está dirigindo a pergunta à autoridade)
2- Quando apenas nos referimos a essas pessoas, sem que estejamos nos dirigindo a elas, o pronome “vossa” se trans-
forma no possessivo “sua”. Ex.: Sua Excelência já terminou a audiência? (nesse fragmento não se está dirigindo a pergunta
à autoridade, mas a uma terceira pessoa do discurso)

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PORTUGUÊS

Pronomes Possessivos: São aqueles que indicam ideia de posse. Além de indicar a coisa possuída, indicam a pessoa
gramatical possuidora.
Masculino Feminino
Singular Plural Singular Plural
meu meus minha minhas
teu teus tua tuas
seu seus sua suas
nosso nossos nossa nossas
vosso vossos vossa vossas
seu seus sua suas

Existem palavras que eventualmente funcionam como pronomes possessivos. Ex.: Ele afagou-lhe (seus) os cabelos.

Pronomes Demonstrativos: Os pronomes demonstrativos possibilitam localizar o substantivo em relação às pessoas,


ao tempo, e sua posição no interior de um discurso.

Pronomes Espaço Tempo Ao dito Enumeração

Perto de quem fala Referente aquilo que Referente ao último elemento


este, Presente
(1ª pessoa). ainda não foi dito. citado em uma enumeração.
esta, isto,
estes, Ex.: Neste ano, tenho Ex.: Esta afirmação Ex.: O homem e a mulher são
estas Ex.: Não gostei deste
realizado bons negó- me deixou surpresa: massacrados pela cultura atual,
livro aqui.
cios. gostava de química. mas esta é mais oprimida.
Perto de quem ouve Passado ou futuro Referente aquilo que
 
esse, (2ª pessoa). próximos já foi dito.
essa,
esses, Ex.: Não gostei desse Ex.: Gostava de quími-
Ex.: Nesse último ano,
essas livro que está em tuas ca. Essa afirmação me  
realizei bons negócios
mãos. deixou surpresa

Perto da 3ª pessoa,
Passado ou futuro Referente ao primeiro elemento
distante dos interlocu-  
aquele, remotos citado em uma enumeração.
tores.
aquela,
aquilo, Ex.: Tenho boas recor- Ex.: O homem e a mulher são
aqueles, Ex.: Não gostei da-
dações de 1960, pois massacrados pela cultura atual,
aquelas quele livro que a Ro-  
naquele ano realizei mas esta é mais oprimida que
berta trouxe.
bons negócios. aquele.
Pronomes Indefinidos: São pronomes que acompanham o substantivo, mas não o determinam de forma precisa: al-
gum, bastante, cada, certo, diferentes, diversos, demais, mais, menos, muito nenhum, outro, pouco, qual, qualquer, quanto,
tanto, todo, tudo, um, vários.

Algumas locuções pronominais indefinidas: cada qual, qualquer um, tal e qual, seja qual for, sejam quem for, todo
aquele, quem (que), quer uma ou outra, todo aquele (que), tais e tais, tal qual, seja qual for.

Uso de alguns pronomes indefinidos:

Algum:
- quando anteposto ao substantivo da ideia de afirmação. “Algum dinheiro terá sido deixado por ela.” 
- quando posposto ao substantivo dá ideia de negação. “Dinheiro algum terá sido deixado por ela.”
O uso desse pronome indefinido antes ou depois do verbo está ligado à intenção do enunciador.

Demais: Este pronome indefinido, muitas vezes, é confundido com o advérbio “demais” ou com a locução adverbial
“de mais”. Ex.:

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PORTUGUÊS

“Maria não criou nada de mais além de uma cópia do Pronomes Interrogativos: Os pronomes interroga-
quadro de outro artista.” (locução adverbial) tivos levam o verbo à 3ª pessoa e são usados em frases
“Maria esperou os demais.” (pronome indefinido = os interrogativas diretas ou indiretas. Não existem pronomes
outros) exclusivamente interrogativos e sim que desempenham
“Maria esperou demais.” (advérbio de intensidade)  função de pronomes interrogativos, como por exemplo:
que, quantos, quem, qual, etc. Ex.: “Quantos livros tere-
Todo: É usado como pronome indefinido e também mos que comprar?”; “Ele perguntou quantos livros teriam
como advérbio, no sentido de completamente, mas pos- que comprar.”; “Qual foi o motivo do seu atraso?”
suindo flexão de gênero e número, o que é raro em um
advérbio. Ex.: VERBO
“Percorri todo trajeto.” (pronome indefinido)
“Por causa da chuva, a roupa estava toda molhada.” Quando se pratica uma ação, a palavra que representa
(advérbio) essa ação e indica o momento em que ela ocorre é o verbo.
Exemplos:
Cada: Possui valor distributivo e significa todo, qual- - Aquele pedreiro trabalhou muito. (ação – pretérito)
quer dentre certo número de pessoas ou de coisas. Ex.: - Venta muito na primavera. (fenômeno – presente)
“Cada homem tem a mulher que merece”. Este pronome - Ana ficará feliz com a tua chegada. (estado - futuro)
indefinido não pode anteceder substantivo que esteja em - Maria enviuvou na semana passada. (mudança de es-
plural (cada férias), a não ser que o substantivo venha an- tado – pretérito)
tecedido de numeral (cada duas férias). Pode, às vezes, ter - A serra azula o horizonte. (qualidade – presente)
valor intensificador: “Mário diz cada coisa idiota!”
Conjugação Verbal: Existem 3 conjugações verbais:
Pronomes Relativos: São aqueles que representam - A 1ª que tem como vogal temática o ‘’a’’. Ex: cantar,
nomes que já foram citados e com os quais estão relacio- pular, sonhar etc...
nados. O nome citado denomina-se  antecedente do pro- - A 2ª que tem como vogal temática o ‘’e’’. Ex: vender,
nome relativo. Ex.: “A rua onde moro é muito escura à noi- comer, chover, sofrer etc....
te.”; onde: pronome relativo que representa “a rua”; a rua: - A 3ª que tem como vogal temática o ‘’i’’. Ex: partir,
antecedente do pronome “onde”. dividir, sorrir, abrir etc....

Alguns pronomes que podem funcionar como pro-


nomes relativos:  Masculino (o qual, os quais, quanto, 1º CONJUGAÇÃO 2º CONJUGAÇÃO 3º CONJUGAÇÃO
quantos, cujo, cujos). Feminino (a qual, as quais, quanta, verbos terminados verbos terminados verbos terminados
quantas, cuja, cujas). Invariável (quem, que, onde). em AR em ER em IR

O pronome relativo quem sempre possui como ante-


cantar vender partir
cedente uma pessoa ou coisas personificadas, vem sem-
amar chover sorrir
pre antecedido de preposição e possui o significado de “o
sonhar sofrer abrir
qual”. Ex.: “Aquela menina de quem lhe falei viajou para
Paris”. Antecedente: menina; Pronome relativo antecedido OBS: O verbo pôr, assim como seus derivados (com-
de preposição: de quem. por, repor, depor, etc.), pertence à 2º conjugação, porque
Os pronomes relativos cujo, cuja sempre precedem a na sua forma antiga a sua terminação era em er: poer. A
um substantivo sem artigo e possuem o significado “do vogal “e”, apesar de haver desaparecido do infinitivo, re-
qual”, “da qual”. Ex.: “O livro cujo autor não me recordo.” vela-se em algumas formas de verbo: põe, pões, põem etc.
Os pronomes relativos quanto(s) e quanta(s) apa-
recem geralmente precedidos dos pronomes indefinidos Pessoas: 1ª, 2ª e 3ª pessoa são abordadas em 2 situa-
tudo, tanto(s), tanta(s), todos, todas. Ex.: “Você é tudo ções: singular e plural.
quanto queria na vida.” Primeira pessoa do singular – eu; ex: eu canto
O pronome relativo onde tem sempre como antece- Segunda pessoa do singular – tu; ex: tu cantas
dente palavra que indica lugar. Ex.: “A casa onde moro é Terceira pessoa do singular – ele; ex ele: canta
muito espaçosa.” Primeira pessoa do plural – nós; ex: nós cantamos
O pronome relativo que admite diversos tipos de an- Segunda pessoa do plural – vós; ex: vós cantais
tecedentes: nome de uma coisa ou pessoa, o pronome de- Terceira pessoa do plural – eles; ex: eles cantam
monstrativo ou outro pronome. Ex.: “Quero agora aquilo
que ele me prometeu.” Tempos e Modo de Verbo
Os pronomes relativos, na maioria das vezes, funcio-
nam como conectivos, permitindo-nos unir duas orações - Presente. Fato ocorrido no momento em que se fala.
em um só período. Ex.: A mulher parece interessada. A Ex: Faz
mulher comprou o livro. (A mulher que parece interessada - Pretérito. Fato ocorrido antes. Ex: Fez
comprou o livro.) - Futuro. Fato ocorrido depois. Ex: Fará

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PORTUGUÊS

O pretérito subdivide-se em perfeito, imperfeito e Aspecto: Aspecto é a maneira de ser ação.


mais-que-perfeito. O Pretérito Perfeito Composto: indica um fato con-
- Perfeito. Ação acabada. Ex: Eu li o ultimo romance de cluído, revela de certa forma a ideia de continuidade. Ex: Eu
Rubens Fonseca. tenho estudado (eu estudei até o presente momento). Os
- Imperfeito. Ação inacabada no momento a que se verbos invocativos (terminados em “ecer” ou “escer”) indica
refere à narração. Ex: Ele olhava o mar durante horas e ho- uma continuidade gradual. Ex: embranquecer é começar a
ras. ficar grisalho e envelhecer é ir ficando velho.
- Mais-que-perfeito. Ação acabada, ocorrida antes de
outro fato passado. Ex:  para poder trabalhar melhor, ela O Presente do Indicativo pode:
dividira a turma em dois grupos.  - indicar frequência. Ex: O sol nasce para todos.
O futuro subdivide-se em futuro do presente e futuro - ser empregado no lugar do futuro. Ex: amanhã vou ao
do pretérito. teatro. (irei); Se continuam as indiretas, perco a paciência.
- futuro do Presente. Refere-se a um fato imediato e (continuarem; perderei)
certo. Ex: comprarei ingressos para o teatro. - ser empregado no lugar do pretérito (presente histó-
- futuro do Pretérito. Pode indicar condição, referin- rico). Ex: É 1939: alemães invadem o território polonês (era;
do-se a uma ação futura, vinculada a um momento já pas- invadiram)
sado. Ex: Aprenderia tocar violão, se tivesse ouvido para a
música (aqui indica condição); Eles gostariam de convidá-la O Pretérito Imperfeito do Indicativo pode:
para a festa. - Substituir o futuro do pretérito. Ex: se eu soubesse,
não dizia aquilo. (diria)
Modos Verbais - Expressar cortesia ou timidez. Ex: o senhor podia fazer
o favor de me emprestar uma caneta? (pode)
- Indicativo. Apresenta o fato de maneira real, certa,
positiva. Ex: Eu estudo geografia Iremos ao cinema; Voltou Futuro do Presente pode:
para casa. - Indicar probabilidade. Ex: Ele terá, no máximo, uns 70
- subjuntivo. Pode exprimir um desejo e apresenta o quilos.
fato como possível ou duvidoso, hipotético. Ex: Queria que - Substituir o imperativo. Ex: não matarás. (não mates)
me levasses ao teatro; Se eu tivesse dinheiro, compraria um
Tempos Simples e Tempos Compostos: Os tempos
carro; Quando o relógio despertar, acorda-me.
são simples quando formados apenas pelo verbo principal.
- Imperativo. Exprime ordem, conselho ou súplica. Ex:
Indicativo:
Limpa a cozinha, Maria; Descanse bastante nestas férias;
Presente - canto, vendo, parto, etc.
Senhor tende piedade de nós.
Pretérito perfeito - cantei,vendi,parti, etc.
Pretérito imperfeito - cantava, vendia, partia, etc.
As formas nominais do verbo são Três: infinitivo, ge- Pretérito mais-que-perfeito - cantara, vendera, partira, etc.
rúndio e particípio. Futuro do presente - cantarei, venderei, partirei, etc.
Futuro do pretérito - cantaria, venderia, partiria, etc.
Infinitivo:
Pessoal - cantar (eu), cantares (tu), vender (eu), vende- Subjuntivo:
res (tu),  partir (eu), partires (tu) Presente - cante,venda, parta, etc.
Impessoal - cantar, vender, partir. Pretérito imperfeito  - cantasse, vendesse, partisse, etc.
Gerúndio - cantando, vendendo, partindo. Futuro - cantar, vender, partir.
Particípio - cantado,vendido,partido.
Imperativo: Ao indicar ordem, conselho, pedido, o
Impessoal: Uma forma em que o verbo não se refere a fato verbal pode expressar negação ou afirmação. São,
nenhuma pessoa gramatical: é o infinitivo impessoal quan- portanto, duas as formas do imperativo:
do não se refere às pessoas do discurso. Exemplos: viver é - Imperativo Negativo: Não falem alto.
bom. (a vida é boa); É proibido fumar. (é proibido o fumo) - Imperativo Afirmativo: Falem mais alto.

Pessoal: Quando se refere às pessoas do discurso. Imperativo negativo: É formado do presente do sub-
Neste caso, não é flexionado nas 1ª e 3ª pessoas do singu- juntivo.
lar e flexionadas nas demais: 2º 3º
Falar (eu) – não flexionado 1º CONJUGAÇÃO
CONJUGAÇÃO CONJUGAÇÃO
Falares (tu) – flexionado CANT - AR
VEND - ER PART - IR
Falar (ele) – não flexionado 
Falarmos (nós) – flexionado Não cantes Não vendas Não partas
Falardes (voz) – flexionado Não cante Não venda Não parta
Falarem (eles) – flexionado Não cantemos Não vendamos Não partamos
Não canteis Não vendais Não partais
Ex: É conveniente estudares (é conveniente o estudo); É Não cantem Não vendam Não partam
útil pesquisarmos (é útil a nossa pesquisa)

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PORTUGUÊS

Imperativo afirmativo: Também é formado do pre- a) Voz passiva sintética: formada por verbo transitivo
sente do subjuntivo, com exceção da 2º pessoa do singular na terceira pessoa mais o pronome apassivador se.
e da 2º pessoa do plural, que são retiradas do presente do Ex.: Vende         -se          computador.
indicativo sem o “s”. Ex: Canta – Cante – Cantemos – Cantai      verbo na                          pronome            sujeito 

– Cantem
  terceira pessoa              apassivador

O imperativo não possui a 1º pessoa do singular, pois


não se prevê a ordem, o pedido ou o conselho a si mesmo. b) Voz passiva analítica: formada pelo verbo auxiliar
(ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo.
Tempos são compostos quando formados pelos auxi- Ex.: O menino   foi penteado   pelo pai.
          sujeito                                locução verbal     agente
liares ter ou haver.

Indicativo: - Voz reflexiva: quando o sujeito pratica e ao mesmo


tempo recebe a ação. A voz reflexiva apresenta a seguinte
Pretérito perfeito composto - tenho cantado, tenho
estrutura: verbo na voz ativa + pronome oblíquo exercendo
vendido, tenho partido, etc.
a função de objeto.
Pretérito mais-que-perfeito composto - tinha cantado,
Ex.: A menina    penteou    -se (a si mesma).
tinha vendido, tinha partido, etc.         sujeito                       verbo         pronome oblíquo o.d.
Futuro do presente composto - terei cantado, terei
vendido, terei partido, etc. ADVÉRBIO
Futuro do pretérito composto - teria cantado, teria
vendido, teria partido, etc. O advérbio, assim como muitas outras palavras exis-
tentes na Língua Portuguesa, advém de outras línguas.
Subjuntivo: Assim sendo, tal qual o adjetivo, o prefixo “ad-” indica
Pretérito perfeito composto - tenha cantado, tenha a ideia de proximidade, contiguidade. Essa proximidade
vendido, tenha partido, etc. faz referência ao processo verbal, no sentido de caracte-
Pretérito mais-que-perfeito composto - tivesse canta- rizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias em que esse
do, tivesse vendido, tivesse partido, etc. processo se desenvolve. 
Futuro composto - tiver cantado, tiver vendido,tiver O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sen-
partido, etc. tido de caracterizar os processos expressos por ele. Contu-
do, ele não é modificador exclusivo desta classe (verbos),
Infinitivo: pois também modifica o adjetivo e até outro advérbio. Se-
Pretérito impessoal composto - ter cantado, ter vendi- guem alguns exemplos:
do, ter partido, etc.
Pretérito pessoal composto - ter (teres) cantado, ter Para quem se diz  distantemente alheio  a esse as-
(teres) vendido, ter (teres) partido. sunto, você está até bem informado.
Gerúndio pretérito composto - tendo cantado, tendo
vendido, tendo partido. Temos o advérbio “distantemente” que modifica o ad-
jetivo alheio, representando uma qualidade, característica.
Regulares: Regulares são verbos que se conjugam de
acordo com o paradigma (modelo) de cada conjugação. O artista canta muito mal.
Cantar (1ª conjugação) vender (2ª conjugação) partir (3ª
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modi-
conjugação) todos que se conjugarem de acordo com es-
fica outro advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exem-
ses verbos serão regulares.
plos pudemos verificar que se tratava de somente uma pa-
lavra funcionando como advérbio. No entanto, ele pode
As vozes verbais indicam a relação entre o sujeito e estar demarcado por mais de uma palavra, que mesmo
a ação expressa pelo verbo. Em português, o verbo se assim não deixará de ocupar tal função. Temos aí o que
distribui em três vozes: chamamos de locução adverbial, representada por algu-
- Voz ativa: quando o sujeito pratica a ação,  é um mas expressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a
sujeito agente. frente, de modo algum, entre outras.
Ex.: A criança   alimentou   o animal. Mediante tais postulados, afirma-se que, dependendo
das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles se classi-
          Sujeito                               verbo ativo       objeto

No exemplo dado, a criança (sujeito) pratica a ação. ficam em distintas categorias, uma vez expressas por:    
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pres-
- Voz passiva: quando o sujeito sofre a ação verbal, é sas, às claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos
um sujeito paciente. poucos, desse jeito, desse modo, dessa maneira, em geral,
Ex.: O animal   foi alimentado   pela criança. frente a frente, lado a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior
         sujeito                                  verbo passivo         agente parte dos que terminam em -mente: calmamente, triste-
mente, propositadamente, pacientemente, amorosamente,
No exemplo dado, o animal (sujeito) recebe a ação. docemente, escandalosamente, bondosamente, generosa-
Há dois tipos de voz passiva: mente

29
PORTUGUÊS

de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em


excesso, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto,
quão, tanto, que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, SINTAXE: FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO,
de todo, de muito, por completo. TERMOS DA ORAÇÃO, PROCESSOS DE
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, COORDENAÇÃO E SUBORDINAÇÃO,
amanhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL,
doravante, nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, en- TRANSITIVIDADE E REGÊNCIA DE
fim, afinal, breve, constantemente, entrementes, imediata- NOMES E VERBOS, PADRÕES GERAIS DE
mente, primeiramente, provisoriamente, sucessivamente, COLOCAÇÃO PRONOMINAL NO PORTUGUÊS,
às vezes, à tarde, à noite, de manhã, de repente, de vez em MECANISMOS DE COESÃO E COERÊNCIA
quando, de quando em quando, a qualquer momento, de TEXTUAL;
tempos em tempos, em breve, hoje em dia
de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá,
atrás, além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí,
abaixo, aonde, longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, Frase: é todo enunciado capaz de transmitir, a quem
adentro, afora, alhures, nenhures, aquém, embaixo, exter- nos ouve ou lê, tudo o que pensamos, queremos ou senti-
namente, a distância, à distancia de, de longe, de perto, em mos. Pode revestir as mais variadas formas, desde a simples
cima, à direita, à esquerda, ao lado, em volta palavra até o período mais complexo, elaborado segundo
de negação  : Não, nem, nunca, jamais, de modo al- os padrões sintáticos do idioma. São exemplos de frases:
gum, de forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, prova- Socorro!
velmente, quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe Muito obrigado!
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, Que horror!
efetivamente, certo, decididamente, realmente, deveras, Sentinela, alerta!
indubitavelmente Cada um por si e Deus por todos.
de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, so- Grande nau, grande tormenta.
mente, simplesmente, só, unicamente Por que agridem a natureza?
de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, tam- “Tudo seco em redor.” (Graciliano Ramos)
bém “Boa tarde, mãe Margarida!” (Graciliano Ramos)
de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente “Fumaça nas chaminés, o céu tranquilo, limpo o terrei-
de designação: Eis ro.” (Adonias Filho)
de interrogação: onde?(lugar), como?(modo), quan- “As luzes da cidade estavam amortecidas.” (Érico Ve-
do?(tempo), por quê?(causa), quanto?(preço e intensida- ríssimo)
de), para quê?(finalidade) “Tropas do exército regular do Sul, ajustadas pelos seus
Locução adverbial  aliados brancos de além mar, tinham sido levadas em heli-
É reunião de duas ou mais palavras com valor de ad- cópteros para o lugar onde se presumia estivesse o inimigo,
vérbio. Exemplo: mas este se havia sumido por completo.” (Érico Veríssimo)
Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
Maria saiu à tarde. (indicando tempo) As frases são proferidas com entoação e pausas espe-
Há locuções adverbiais que possuem advérbios corres- ciais, indicadas na escrita pelos sinais de pontuação. Mui-
pondentes. Exemplo: tas frases, principalmente as que se desviam do esquema
Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressadamente. sujeito + predicado, só pode ser entendidas dentro do
Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de contexto (= o escrito em que figuram) e na situação (= o
modo são flexionados, sendo que os demais são todos in- ambiente, as circunstâncias) em que o falante se encontra.
variáveis. A única flexão propriamente dita que existe na Chamam-se frases nominais as que se apresentam sem o
categoria dos advérbios é a de grau: verbo. Exemplo: Tudo parado e morto.
Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe
- longíssimo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente Quanto ao sentido, as frases podem ser:
- inconstitucionalissimamente, etc;
Diminutivo: diminui a intensidade. Declarativas: aquela através da qual se enuncia algo,
Exemplos: perto - pertinho, pouco - pouquinho, deva- de forma afirmativa ou negativa. Encerram a declaração ou
gar - devagarinho,  enunciação de um juízo acerca de alguém ou de alguma
coisa:
Paulo parece inteligente. (afirmativa)
A retificação da velha estrada é uma obra inadiável.
(afirmativa)
Nunca te esquecerei. (negativa)
Neli não quis montar o cavalo velho, de pêlo ruço. (ne-
gativa)

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PORTUGUÊS

Interrogativas: aquela da qual se pergunta algo, direta A mesma frase pode assumir sentidos diferentes, con-
(com ponto de interrogação) ou indiretamente (sem ponto forme o tom com que a proferimos. Observe:
de interrogação). São uma pergunta, uma interrogação: Olavo esteve aqui.
Por que chegaste tão tarde? Olavo esteve aqui?
Gostaria de saber que horas são. Olavo esteve aqui?!
“Por que faço eu sempre o que não queria” (Fernando Olavo esteve aqui!
Pessoa)
“Não sabe, ao menos, o nome do pequeno?” (Machado Exercícios
de Assis)
01. Marque apenas as frases nominais:
Imperativas: aquela através da qual expressamos uma a) Que voz estranha!
ordem, pedido ou súplica, de forma afirmativa ou negativa. b) A lanterna produzia boa claridade.
Contêm uma ordem, proibição, exortação ou pedido: c) As risadas não eram normais.
“Cale-se! Respeite este templo.” (afirmativa) d) Luisinho, não!
Não cometa imprudências. (negativa)
“Vamos, meu filho, ande depressa!” (afirmativa)
02. Classifique as frases em declarativa, interrogativa,
“Segue teu rumo e canta em paz.” (afirmativa)
exclamativa, optativa ou imperativa.
“Não me leves para o mar.” (negativa)
a) Você está bem?
Exclamativas: aquela através da qual externamos uma b) Não olhe; não olhe, Luisinho!
admiração. Traduzem admiração, surpresa, arrependimento, c) Que alívio!
etc.: d) Tomara que Luisinho não fique impressionado!
Como eles são audaciosos! e) Você se machucou?
Não voltaram mais! f) A luz jorrou na caverna.
“Uma senhora instruída meter-se nestas bibocas!” (Gra- g) Agora suma, seu monstro!
ciliano Ramos) h) O túnel ficava cada vez mais escuro.

Optativas: É aquela através da qual se exprime um de- 03. Transforme a frase declarativa em imperativa. Siga
sejo: o modelo:
Bons ventos o levem! Luisinho ficou pra trás. (declarativa)
Oxalá não sejam vãos tantos sacrifícios! Lusinho, fique para trás. (imperativa)
“E queira Deus que te não enganes, menino!” (Carlos de  
Laet) a) Eugênio e Marcelo caminhavam juntos.
“Quem me dera ser como Casimiro Lopes!” (Graciliano b) Luisinho procurou os fósforos no bolso.
Ramos) c) Os meninos olharam à sua volta.

Imprecativas: Encerram uma imprecação (praga, mal- 04. Sabemos que frases verbais são aquelas que têm
dição): verbos. Assinale, pois, as frases verbais:
“Esta luz me falte, se eu minto, senhor!” (Camilo Castelo a) Deus te guarde!
Branco) b) As risadas não eram normais.
“Não encontres amor nas mulheres!” (Gonçalves Dias) c) Que ideia absurda!
“Maldito seja quem arme ciladas no seu caminho!” (Do- d) O fósforo quebrou – se em três pedacinhos.
mingos Carvalho da Silva) e) Tão preta como o túnel!
f) Quem bom!
Como se vê dos exemplos citados, os diversos tipos de
g) As ovelhas são mansas e pacientes.
frase podem encerrar uma afirmação ou uma negação. No
h) Que espírito irônico e livre!
primeiro caso, a frase é afirmativa, no segundo, negativa. O
que caracteriza e distingue esses diferentes tipos de frase é
a entoação, ora ascendente ora descendente. 05. Escreva para cada frase o tipo a que pertence: de-
Muitas vezes, as frases assumem sentidos que só podem clarativa, interrogativa, imperativa e exclamativa:
ser integralmente captados se atentarmos para o contexto a) Que flores tão aromáticas!
em que são empregadas. É o caso, por exemplo, das situa- b) Por que é que não vais ao teatro mais vezes?
ções em que se explora a ironia. Pense, por exemplo, na fra- c) Devemos manter a nossa escola limpa.
se “Que educação!”, usada quando se vê alguém invadindo, d) Respeitem os limites de velocidade.
com seu carro, a faixa de pedestres. Nesse caso, ela expressa e) Já alguma vez foste ao Museu da Ciência?
exatamente o contrário do que aparentemente diz. f) Atravessem a rua com cuidado.
A entoação é um elemento muito importante da frase g) Como é bom sentir a alegria de um dever cumprido!
falada, pois nos dá uma ampla possibilidade de expressão. h) Antes de tomar banho no mar, deve-se olhar para a
Dependendo de como é dita, uma frase simples como “É cor da bandeira.
ela.” pode indicar constatação, dúvida, surpresa, indigna- i) Não te quero ver mais aqui!
ção, decepção, etc. j) Hoje saímos mais cedo.

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PORTUGUÊS

Respostas Núcleo de um termo é a palavra principal (geralmente


1-“a” e “d” um substantivo, pronome ou verbo), que encerra a essên-
2- a) interrogativa; b) imperativa; c) exclamativa; d) op- cia de sua significação. Nos exemplos seguintes, as pala-
tativa; e) interrogativa; f) declarativa; g) imperativa; h) de- vras amigo e revestiu são o núcleo do sujeito e do predica-
clarativa do, respectivamente:
3- a) Eugênio e Marcelo, caminhem juntos!; b) Luisi- “O amigo retardatário do presidente prepara-se para
nho, procure os fósforos no bolso!; c) Meninos, olhem à desembarcar.” (Aníbal Machado)
sua volta! A avezinha revestiu o interior do ninho com macias plu-
4- a/b/d/g mas.
5- a) exclamativa; b) interrogativa; c) declarativa; d) im- Os termos da oração da língua portuguesa são classifi-
perativa; e) interrogativa; f) imperativa; g) exclamativa; h) cados em três grandes níveis:
declarativa; i) imperativa; j) declarativa - Termos Essenciais da Oração: Sujeito e Predicado.
- Termos Integrantes da Oração: Complemento No-
Oração: é todo enunciado linguístico dotado de sen- minal e Complementos Verbais (Objeto Direto, Objeto in-
tido, porém há, necessariamente, a presença do verbo. A direto e Agente da Passiva).
oração encerra uma frase (ou segmento de frase), várias - Termos Acessórios da Oração: Adjunto Adnominal,
frases ou um período, completando um pensamento e Adjunto Adverbial, Aposto e Vocativo.
concluindo o enunciado através de ponto final, interroga-
ção, exclamação e, em alguns casos, através de reticências. - Termos Essenciais da Oração: São dois os termos
Em toda oração há um verbo ou locução verbal (às ve- essenciais (ou fundamentais) da oração: sujeito e predicado.
zes elípticos). Não têm estrutura sintática, portanto não são Exemplos:
orações, não podem ser analisadas sintaticamente frases
como: Sujeito Predicado
Socorro!
Com licença! Pobreza não é vileza.
Que rapaz impertinente! Os sertanistas capturavam os índios.
Muito riso, pouco siso.
“A bênção, mãe Nácia!” (Raquel de Queirós) Um vento áspero sacudia as árvores.

Na oração as palavras estão relacionadas entre si, Sujeito: é equivocado dizer que o sujeito é aquele que
como partes de um conjunto harmônico: elas formam os pratica uma ação ou é aquele (ou aquilo) do qual se diz
termos ou as unidades sintáticas da oração. Cada termo alguma coisa. Ao fazer tal afirmação estamos considerando
da oração desempenha uma função sintática. Geralmen- o aspecto semântico do sujeito (agente de uma ação) ou
te apresentam dois grupos de palavras: um grupo sobre o o seu aspecto estilístico (o tópico da sentença). Já que o
qual se declara alguma coisa (o sujeito), e um grupo que sujeito é depreendido de uma análise sintática, vamos res-
apresenta uma declaração (o predicado), e, excepcional- tringir a definição apenas ao seu papel sintático na senten-
mente, só o predicado. Exemplo: ça: aquele que estabelece concordância com o núcleo do
predicado. Quando se trata de predicado verbal, o núcleo
A menina banhou-se na cachoeira. é sempre um verbo; sendo um predicado nominal, o núcleo
A menina – sujeito é sempre um nome. Então têm por características básicas:
banhou-se na cachoeira – predicado - estabelecer concordância com o núcleo do predica-
do;
Choveu durante a noite. (a oração toda predicado) - apresentar-se como elemento determinante em rela-
ção ao predicado;
O sujeito é o termo da frase que concorda com o ver- - constituir-se de um substantivo, ou pronome subs-
bo em número e pessoa. É normalmente o “ser de quem se tantivo ou, ainda, qualquer palavra substantivada.
declara algo”, “o tema do que se vai comunicar”.
O predicado é a parte da oração que contém “a infor- Exemplos:
mação nova para o ouvinte”. Normalmente, ele se refere
ao sujeito, constituindo a declaração do que se atribui ao A padaria está fechada hoje.
sujeito. está fechada hoje: predicado nominal
fechada: nome adjetivo = núcleo do predicado
Observe: O amor é eterno. O tema, o ser de quem se a padaria: sujeito
declara algo, o sujeito, é “O amor”. A declaração referente padaria: núcleo do sujeito - nome feminino singular
a “o amor”, ou seja, o predicado, é “é eterno”.
Nós mentimos sobre nossa idade para você.
Já na frase: Os rapazes jogam futebol. O sujeito é “Os mentimos sobre nossa idade para você: predicado
rapazes”, que identificamos por ser o termo que concorda verbal
em número e pessoa com o verbo “jogam”. O predicado é mentimos: verbo = núcleo do predicado
“jogam futebol”. nós: sujeito

32
PORTUGUÊS

No interior de uma sentença, o sujeito é o termo de- O núcleo (isto é, a palavra base) do sujeito é, pois, um
terminante, ao passo que o predicado é o termo determi- substantivo ou pronome. Em torno do núcleo podem apa-
nado. Essa posição de determinante do sujeito em relação recer palavras secundárias (artigos, adjetivos, locuções ad-
ao predicado adquire sentido com o fato de ser possível, na jetivas, etc.) Exemplo:
língua portuguesa, uma sentença sem sujeito, mas nunca “Todos os ligeiros rumores da mata tinham uma voz
uma sentença sem predicado. para a selvagem filha do sertão.” (José de Alencar)
Exemplos:
O sujeito pode ser:
As formigas invadiram minha casa.
as formigas: sujeito = termo determinante Simples: quando tem um só núcleo: As rosas têm es-
invadiram minha casa: predicado = termo determina- pinhos; “Um bando de galinhas-d’angola atravessa a rua
do em fila indiana.”
Composto: quando tem mais de um núcleo: “O burro
Há formigas na minha casa. e o cavalo nadavam ao lado da canoa.”
há formigas na minha casa: predicado = termo deter- Expresso: quando está explícito, enunciado: Eu viajarei
minado amanhã.
sujeito: inexistente Oculto (ou elíptico): quando está implícito, isto é,
quando não está expresso, mas se deduz do contexto: Via-
O sujeito sempre se manifesta em termos de sintagma jarei amanhã. (sujeito: eu, que se deduz da desinência do
nominal, isto é, seu núcleo é sempre um nome. Quando verbo); “Um soldado saltou para a calçada e aproximou-
esse nome se refere a objetos das primeira e segunda pes- se.” (o sujeito, soldado, está expresso na primeira oração e
soas, o sujeito é representado por um pronome pessoal elíptico na segunda: e (ele) aproximou-se.); Crianças, guar-
do caso reto (eu, tu, ele, etc.). Se o sujeito se refere a um dem os brinquedos. (sujeito: vocês)
objeto da terceira pessoa, sua representação pode ser feita Agente: se faz a ação expressa pelo verbo da voz ativa:
através de um substantivo, de um pronome substantivo ou O Nilo fertiliza o Egito.
de qualquer conjunto de palavras, cujo núcleo funcione, na Paciente: quando sofre ou recebe os efeitos da ação
sentença, como um substantivo. expressa pelo verbo passivo: O criminoso é atormenta-
Exemplos: do pelo remorso; Muitos sertanistas foram mortos pelos
índios; Construíram-se açudes. (= Açudes foram construí-
Eu acompanho você até o guichê. dos.)
eu: sujeito = pronome pessoal de primeira pessoa Agente e Paciente: quando o sujeito faz a ação ex-
Vocês disseram alguma coisa? pressa por um verbo reflexivo e ele mesmo sofre ou recebe
vocês: sujeito = pronome pessoal de segunda pessoa os efeitos dessa ação: O operário feriu-se durante o traba-
Marcos tem um fã-clube no seu bairro. lho; Regina trancou-se no quarto.
Marcos: sujeito = substantivo próprio Indeterminado: quando não se indica o agente da
Ninguém entra na sala agora. ação verbal: Atropelaram uma senhora na esquina. (Quem
ninguém: sujeito = pronome substantivo atropelou a senhora? Não se diz, não se sabe quem a atro-
O andar deve ser uma atividade diária. pelou.); Come-se bem naquele restaurante.
o andar: sujeito = núcleo: verbo substantivado nessa Observações:
oração - Não confundir sujeito indeterminado com sujeito
oculto.
Além dessas formas, o sujeito também pode se cons- - Sujeito formado por pronome indefinido não é inde-
tituir de uma oração inteira. Nesse caso, a oração recebe o terminado, mas expresso: Alguém me ensinará o caminho.
nome de oração substantiva subjetiva: Ninguém lhe telefonou.
- Assinala-se a indeterminação do sujeito usando-se o
É difícil optar por esse ou aquele doce... verbo na 3ª pessoa do plural, sem referência a qualquer
É difícil: oração principal agente já expresso nas orações anteriores: Na rua olha-
optar por esse ou aquele doce: oração substantiva vam-no com admiração; “Bateram palmas no portãozinho
subjetiva da frente.”; “De qualquer modo, foi uma judiação matarem
a moça.”
O sujeito é constituído por um substantivo ou pro- - Assinala-se a indeterminação do sujeito com um ver-
nome, ou por uma palavra ou expressão substantivada. bo ativo na 3ª pessoa do singular, acompanhado do pro-
Exemplos: nome se. O pronome se, neste caso, é índice de indetermi-
nação do sujeito. Pode ser omitido junto de infinitivos.
O sino era grande. Aqui vive-se bem.
Ela tem uma educação fina. Devagar se vai ao longe.
Vossa Excelência agiu como imparcialidade. Quando se é jovem, a memória é mais vivaz.
Isto não me agrada. Trata-se de fenômenos que nem a ciência sabe expli-
car.

33
PORTUGUÊS

- Assinala-se a indeterminação do sujeito deixando-se buto que se refere ao sujeito da oração, ou um verbo (ou
o verbo no infinitivo impessoal: Era penoso carregar aque- locução verbal). No primeiro caso, temos um predicado
les fardos enormes; É triste assistir a estas cenas repulsivas. nominal (seu núcleo significativo é um nome, substanti-
vo, adjetivo, pronome, ligado ao sujeito por um verbo de
Normalmente, o sujeito antecede o predicado; toda- ligação) e no segundo um predicado verbal (seu núcleo é
via, a posposição do sujeito ao verbo é fato corriqueiro em um verbo, seguido, ou não, de complemento(s) ou termos
nossa língua. Exemplos: acessórios). Quando, num mesmo segmento o nome e o
É fácil este problema! verbo são de igual importância, ambos constituem o nú-
Vão-se os anéis, fiquem os dedos. cleo do predicado e resultam no tipo de predicado verbo-
“Breve desapareceram os dois guerreiros entre as ár- nominal (tem dois núcleos significativos: um verbo e um
vores.” (José de Alencar) nome). Exemplos:
“Foi ouvida por Deus a súplica do condenado.” (Ra-
malho Ortigão) Minha empregada é desastrada.
“Mas terás tu paciência por duas horas?” (Camilo Cas- predicado: é desastrada
telo Branco) núcleo do predicado: desastrada = atributo do sujeito
tipo de predicado: nominal
Sem Sujeito: constituem a enunciação pura e absoluta
de um fato, através do predicado; o conteúdo verbal não O núcleo do predicado nominal chama-se predicativo
é atribuído a nenhum ser. São construídas com os verbos do sujeito, porque atribui ao sujeito uma qualidade ou ca-
impessoais, na 3ª pessoa do singular: Havia ratos no porão; racterística. Os verbos de ligação (ser, estar, parecer, etc.)
Choveu durante o jogo. funcionam como um elo entre o sujeito e o predicado.
Observação: São verbos impessoais: Haver (nos senti-
dos de existir, acontecer, realizar-se, decorrer), Fazer, pas- A empreiteira demoliu nosso antigo prédio.
sar, ser e estar, com referência ao tempo e Chover, ventar, predicado: demoliu nosso antigo prédio
nevar, gear, relampejar, amanhecer, anoitecer e outros que núcleo do predicado: demoliu = nova informação
exprimem fenômenos meteorológicos. sobre o sujeito
tipo de predicado: verbal
Predicado: assim como o sujeito, o predicado é um
segmento extraído da estrutura interna das orações ou das Os manifestantes desciam a rua desesperados.
frases, sendo, por isso, fruto de uma análise sintática. Nesse predicado: desciam a rua desesperados
sentido, o predicado é sintaticamente o segmento linguís- núcleos do predicado: desciam = nova informação
tico que estabelece concordância com outro termo essen- sobre o sujeito; desesperados = atributo do sujeito
cial da oração, o sujeito, sendo este o termo determinante tipo de predicado: verbo-nominal
(ou subordinado) e o predicado o termo determinado (ou
principal). Não se trata, portanto, de definir o predicado Nos predicados verbais e verbo-nominais o verbo é
como “aquilo que se diz do sujeito” como fazem certas gra- responsável também por definir os tipos de elementos que
máticas da língua portuguesa, mas sim estabelecer a im- aparecerão no segmento. Em alguns casos o verbo sozinho
portância do fenômeno da concordância entre esses dois basta para compor o predicado (verbo intransitivo). Em ou-
termos essenciais da oração. Então têm por características tros casos é necessário um complemento que, juntamente
básicas: apresentar-se como elemento determinado em re- com o verbo, constituem a nova informação sobre o sujei-
lação ao sujeito; apontar um atributo ou acrescentar nova to. De qualquer forma, esses complementos do verbo não
informação ao sujeito. Exemplos: interferem na tipologia do predicado.
Entretanto, é muito comum a elipse (ou omissão) do
Carolina conhece os índios da Amazônia. verbo, quando este puder ser facilmente subentendido, em
sujeito: Carolina = termo determinante geral por estar expresso ou implícito na oração anterior.
predicado: conhece os índios da Amazônia = termo Exemplos:
determinado
“A fraqueza de Pilatos é enorme, a ferocidade dos al-
Todos nós fazemos parte da quadrilha de São João. gozes inexcedível.” (Machado de Assis) (Está subentendido
sujeito: todos nós = termo determinante o verbo é depois de algozes)
predicado: fazemos parte da quadrilha de São João = “Mas o sal está no Norte, o peixe, no Sul” (Paulo Morei-
termo determinado ra da Silva) (Subentende-se o verbo está depois de peixe)
“A cidade parecia mais alegre; o povo, mais contente.”
Nesses exemplos podemos observar que a concordân- (Povina Cavalcante) (isto é: o povo parecia mais contente)
cia é estabelecida entre algumas poucas palavras dos dois
termos essenciais. No primeiro exemplo, entre “Carolina” e Chama-se predicação verbal o modo pelo qual o ver-
“conhece”; no segundo exemplo, entre “nós” e “fazemos”. bo forma o predicado.
Isso se dá porque a concordância é centrada nas palavras Há verbos que, por natureza, tem sentido completo,
que são núcleos, isto é, que são responsáveis pela princi- podendo, por si mesmos, constituir o predicado: são os
pal informação naquele segmento. No predicado o núcleo verbos de predicação completa denominados intransiti-
pode ser de dois tipos: um nome, quase sempre um atri- vos. Exemplo:

34
PORTUGUÊS

As flores murcharam. Transitivos Diretos: são os que pedem um objeto di-


Os animais correm. reto, isto é, um complemento sem preposição. Pertencem a
As folhas caem. esse grupo: julgar, chamar, nomear, eleger, proclamar, de-
“Os inimigos de Moreiras rejubilaram.” (Graciliano Ra- signar, considerar, declarar, adotar, ter, fazer, etc. Exemplos:
mos) Comprei um terreno e construí a casa.
“Trabalho honesto produz riqueza honrada.” (Marquês
Outros verbos há, pelo contrário, que para integrarem de Maricá)
o predicado necessitam de outros termos: são os verbos de “Então, solenemente Maria acendia a lâmpada de sá-
predicação incompleta, denominados transitivos. Exem- bado.” (Guedes de Amorim)
plos:
Dentre os verbos transitivos diretos merecem destaque
João puxou a rede. os que formam o predicado verbo nominal e se constrói
“Não invejo os ricos, nem aspiro à riqueza.” (Oto Lara com o complemento acompanhado de predicativo. Exem-
Resende) plos:
“Não simpatizava com as pessoas investidas no po- Consideramos o caso extraordinário.
der.” (Camilo Castelo Branco) Inês trazia as mãos sempre limpas.
O povo chamava-os de anarquistas.
Observe que, sem os seus complementos, os verbos Julgo Marcelo incapaz disso.
puxou, invejo, aspiro, etc., não transmitiriam informações
completas: puxou o quê? Não invejo a quem? Não aspiro Observações: Os verbos transitivos diretos, em geral,
a que? podem ser usados também na voz passiva; Outra caracte-
Os verbos de predicação completa denominam-se in- rísticas desses verbos é a de poderem receber como objeto
transitivos e os de predicação incompleta, transitivos. Os direto, os pronomes o, a, os, as: convido-o, encontro-os,
verbos transitivos subdividem-se em: transitivos diretos, incomodo-a, conheço-as; Os verbos transitivos diretos po-
transitivos indiretos e transitivos diretos e indiretos (bi- dem ser construídos acidentalmente, com preposição, a
transitivos). qual lhes acrescenta novo matiz semântico: arrancar da es-
Além dos verbos transitivos e intransitivos, quem en- pada; puxar da faca; pegar de uma ferramenta; tomar do lá-
cerram uma noção definida, um conteúdo significativo, pis; cumprir com o dever; Alguns verbos transitivos diretos:
existem os de ligação, verbos que entram na formação do abençoar, achar, colher, avisar, abraçar, comprar, castigar,
predicado nominal, relacionando o predicativo com o su- contrariar, convidar, desculpar, dizer, estimar, elogiar, en-
jeito. tristecer, encontrar, ferir, imitar, levar, perseguir, prejudicar,
Quanto à predicação classificam-se, pois os verbos em: receber, saldar, socorrer, ter, unir, ver, etc.

Intransitivos: são os que não precisam de comple- Transitivos Indiretos: são os que reclamam um com-
mento, pois têm sentido completo. plemento regido de preposição, chamado objeto indireto.
“Três contos bastavam, insistiu ele.” (Machado de As- Exemplos:
sis) “Ninguém perdoa ao quarentão que se apaixona por
“Os guerreiros Tabajaras dormem.” (José de Alencar) uma adolescente.” (Ciro dos Anjos)
“A pobreza e a preguiça andam sempre em compa- “Populares assistiam à cena aparentemente apáticos e
nhia.” (Marquês de Maricá) neutros.” (Érico Veríssimo)
“Lúcio não atinava com essa mudança instantânea.”
Observações: Os verbos intransitivos podem vir acom- (José Américo)
panhados de um adjunto adverbial e mesmo de um pre- “Do que eu mais gostava era do tempo do retiro espi-
dicativo (qualidade, características): Fui cedo; Passeamos ritual.” (José Geraldo Vieira)
pela cidade; Cheguei atrasado; Entrei em casa aborre-
cido. As orações formadas com verbos intransitivos não Observações: Entre os verbos transitivos indiretos im-
podem “transitar” (= passar) para a voz passiva. Verbos porta distinguir os que se constroem com os pronomes
intransitivos passam, ocasionalmente, a transitivos quando objetivos lhe, lhes. Em geral são verbos que exigem a pre-
construídos com o objeto direto ou indireto. posição a: agradar-lhe, agradeço-lhe, apraz lhe, bate-lhe,
- “Inutilmente a minha alma o chora!” (Cabral do Nas- desagrada-lhe, desobedecem-lhe, etc. Entre os verbos
cimento) transitivos indiretos importa distinguir os que não admitem
- “Depois me deitei e dormi um sono pesado.” (Luís para objeto indireto as formas oblíquas lhe, lhes, construin-
Jardim) do-se com os pronomes retos precedidos de preposição:
- “Morrerás morte vil da mão de um forte.” (Gonçalves aludir a ele, anuir a ele, assistir a ela, atentar nele, depender
Dias) dele, investir contra ele, não ligar para ele, etc.
- “Inútil tentativa de viajar o passado, penetrar no Em princípio, verbos transitivos indiretos não compor-
mundo que já morreu...” (Ciro dos Anjos) tam a forma passiva. Excetuam-se pagar, perdoar, obede-
cer, e pouco mais, usados também como transitivos dire-
Alguns verbos essencialmente intransitivos: anoitecer, tos: João paga (perdoa, obedece) o médico. O médico é
crescer, brilhar, ir, agir, sair, nascer, latir, rir, tremer, brincar, pago (perdoado, obedecido) por João. Há verbos transiti-
chegar, vir, mentir, suar, adoecer, etc. vos indiretos, como atirar, investir, contentar-se, etc., que

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PORTUGUÊS

admitem mais de uma preposição, sem mudança de senti- A bandeira é o símbolo da Pátria.
do. Outros mudam de sentido com a troca da preposição, A mesa era de mármore.
como nestes exemplos: Trate de sua vida. (tratar=cuidar). O mar estava agitado.
É desagradável tratar com gente grosseira. (tratar=lidar). A ilha parecia um monstro.
Verbos como aspirar, assistir, dispor, servir, etc., variam de
significação conforme sejam usados como transitivos dire- Além desse tipo de predicativo, outro existe que entra
tos ou indiretos. na constituição do predicado verbo-nominal. Exemplos:
O trem chegou atrasado. (=O trem chegou e estava
Transitivos Diretos e Indiretos: são os que se usam atrasado.)
com dois objetos: um direto, outro indireto, concomitan- O menino abriu a porta ansioso.
temente. Exemplos: Todos partiram alegres.
No inverso, Dona Cléia dava roupas aos pobres. Marta entrou séria.
A empresa fornece comida aos trabalhadores.
Oferecemos flores à noiva. Observações: O predicativo subjetivo às vezes está pre-
Ceda o lugar aos mais velhos. posicionado; Pode o predicativo preceder o sujeito e até
mesmo ao verbo: São horríveis essas coisas!; Que linda es-
De Ligação: Os que ligam ao sujeito uma palavra ou tava Amélia!; Completamente feliz ninguém é.; Raros são
expressão chamada predicativo. Esses verbos, entram na os verdadeiros líderes.; Quem são esses homens?; Lentos
formação do predicado nominal. Exemplos: e tristes, os retirantes iam passando.; Novo ainda, eu não
A Terra é móvel. entendia certas coisas.; Onde está a criança que fui?
A água está fria.
O moço anda (=está) triste. Predicativo do Objeto: é o termo que se refere ao ob-
Mário encontra-se doente. jeto de um verbo transitivo. Exemplos:
A Lua parecia um disco. O juiz declarou o réu inocente.
O povo elegeu-o deputado.
Observações: Os verbos de ligação não servem ape- As paixões tornam os homens cegos.
nas de anexo, mas exprimem ainda os diversos aspectos
Nós julgamos o fato milagroso.
sob os quais se considera a qualidade atribuída ao sujeito.
O verbo ser, por exemplo, traduz aspecto permanente e o
Observações: O predicativo objetivo, como vemos dos
verbo estar, aspecto transitório: Ele é doente. (aspecto per-
exemplos acima, às vezes vem regido de preposição. Esta,
manente); Ele está doente. (aspecto transitório). Muito des-
em certos casos, é facultativa; O predicativo objetivo geral-
ses verbos passam à categoria dos intransitivos em frases
mente se refere ao objeto direto. Excepcionalmente, pode
como: Era =existia) uma vez uma princesa.; Eu não estava
referir-se ao objeto indireto do verbo chamar. Chamavam-
em casa.; Fiquei à sombra.; Anda com dificuldades.; Parece
que vai chover. lhe poeta; Podemos antepor o predicativo a seu objeto: O
advogado considerava indiscutíveis os direitos da herdei-
Os verbos, relativamente à predicação, não têm classi- ra.; Julgo inoportuna essa viagem.; “E até embriagado o
ficação fixa, imutável. Conforme a regência e o sentido que vi muitas vezes.”; “Tinha estendida a seus pés uma planta
apresentam na frase, podem pertencer ora a um grupo, ora rústica da cidade.”; “Sentia ainda muito abertos os feri-
a outro. Exemplo: mentos que aquele choque com o mundo me causara.”
O homem anda. (intransitivo)
O homem anda triste. (de ligação) Termos Integrantes da Oração
Chamam-se termos integrantes da oração os que com-
O cego não vê. (intransitivo) pletam a significação transitiva dos verbos e nomes. Inte-
O cego não vê o obstáculo. (transitivo direto) gram (inteiram, completam) o sentido da oração, sendo
por isso indispensável à compreensão do enunciado. São
Deram 12 horas. (intransitivo) os seguintes:
A terra dá bons frutos. (transitivo direto) - Complemento Verbais (Objeto Direto e Objeto In-
direto);
Não dei com a chave do enigma. (transitivo indireto) - Complemento Nominal;
Os pais dão conselhos aos filhos. (transitivo direto e - Agente da Passiva.
indireto)
Objeto Direto: é o complemento dos verbos de pre-
Predicativo: Há o predicativo do sujeito e o predicati- dicação incompleta, não regido, normalmente, de prepo-
vo do objeto. sição. Exemplos:
As plantas purificaram o ar.
Predicativo do Sujeito: é o termo que exprime um “Nunca mais ele arpoara um peixe-boi.” (Ferreira Cas-
atributo, um estado ou modo de ser do sujeito, ao qual se tro)
prende por um verbo de ligação, no predicado nominal. Procurei o livro, mas não o encontrei.
Exemplos: Ninguém me visitou.

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PORTUGUÊS

O objeto direto tem as seguintes características: - Em expressões de reciprocidade, para garantir a cla-
- Completa a significação dos verbos transitivos dire- reza e a eufonia da frase: “Os tigres despedaçam-se uns
tos; aos outros.”; “As companheiras convidavam-se umas às
- Normalmente, não vem regido de preposição; outras.”; “Era o abraço de duas criaturas que só tinham uma
- Traduz o ser sobre o qual recai a ação expressa por à outra”.
um verbo ativo: Caim matou Abel. - Com nomes próprios ou comuns, referentes a pes-
- Torna-se sujeito da oração na voz passiva: Abel foi soas, principalmente na expressão dos sentimentos ou por
morto por Caim. amor da eufonia da frase: Judas traiu a Cristo.; Amemos a
Deus sobre todas as coisas. “Provavelmente, enganavam é
O objeto direto pode ser constituído: a Pedro.”; “O estrangeiro foi quem ofendeu a Tupã”.
- Por um substantivo ou expressão substantivada: O la- - Em construções enfáticas, nas quais antecipamos o
vrador cultiva a terra.; Unimos o útil ao agradável. objeto direto para dar-lhe realce: A você é que não enga-
- Pelos pronomes oblíquos o, a, os, as, me, te, se, nos, nam!; A médico, confessor e letrado nunca enganes.; “A
vos: Espero-o na estação.; Estimo-os muito.; Sílvia olhou-se este confrade conheço desde os seus mais tenros anos”.
ao espelho.; Não me convidas?; Ela nos chama.; Avisamo - Sendo objeto direto o numeral ambos(as): “O agua-
-lo a tempo.; Procuram-na em toda parte.; Meu Deus, eu ceiro caiu, molhou a ambos.”; “Se eu previsse que os ma-
vos amo.; “Marchei resolutamente para a maluca e intimei tava a ambos...”.
-a a ficar quieta.”; “Vós haveis de crescer, perder-vos-ei de - Com certos pronomes indefinidos, sobretudo refe-
vista.” rentes a pessoas: Se todos são teus irmãos, por que amas a
- Por qualquer pronome substantivo: Não vi ninguém uns e odeias a outros?; Aumente a sua felicidade, tornan-
na loja.; A árvore que plantei floresceu. (que: objeto direto do felizes também aos outros.; A quantos a vida ilude!.
de plantei); Onde foi que você achou isso? Quando vira as - Em certas construções enfáticas, como puxar (ou ar-
folhas do livro, ela o faz com cuidado.; “Que teria o homem rancar) da espada, pegar da pena, cumprir com o dever,
percebido nos meus escritos?” atirar com os livros sobre a mesa, etc.: “Arrancam das espa-
das de aço fino...”; “Chegou a costureira, pegou do pano,
Frequentemente transitivam-se verbos intransitivos, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha
dando-se lhes por objeto direto uma palavra cognata ou e entrou a coser.”; “Imagina-se a consternação de Itaguaí,
da mesma esfera semântica: quando soube do caso.”
“Viveu José Joaquim Alves vida tranquila e patriarcal.”
(Vivaldo Coaraci) Observações: Nos quatro primeiros casos estudados
“Pela primeira vez chorou o choro da tristeza.” (Aníbal a preposição é de rigor, nos cinco outros, facultativa; A
Machado) substituição do objeto direto preposicionado pelo prono-
“Nenhum de nós pelejou a batalha de Salamina.” (Ma- me oblíquo átono, quando possível, se faz com as formas
chado de Assis) o(s), a(s) e não lhe, lhes: amar a Deus (amá-lo); convencer
Em tais construções é de rigor que o objeto venha ao amigo (convencê-lo); O objeto direto preposicionado, é
acompanhado de um adjunto. obvio, só ocorre com verbo transitivo direto; Podem resu-
mir-se em três as razões ou finalidades do emprego do ob-
Objeto Direto Preposicionado: Há casos em que o jeto direto preposicionado: a clareza da frase; a harmonia
objeto direto, isto é, o complemento de verbos transitivos da frase; a ênfase ou a força da expressão.
diretos, vem precedido de preposição, geralmente a pre-
posição a. Isto ocorre principalmente: Objeto Direto Pleonástico: Quando queremos dar
- Quando o objeto direto é um pronome pessoal tôni- destaque ou ênfase à idéia contida no objeto direto, colo-
co: Deste modo, prejudicas a ti e a ela.; “Mas dona Carolina camo-lo no início da frase e depois o repetimos ou reforça-
amava mais a ele do que aos outros filhos.”; “Pareceu-me mos por meio do pronome oblíquo. A esse objeto repetido
que Roberto hostilizava antes a mim do que à ideia.”; “Ri- sob forma pronominal chama-se pleonástico, enfático ou
cardina lastimava o seu amigo como a si própria.”; “Amava redundante. Exemplos:
-a tanto como a nós”. O dinheiro, Jaime o trazia escondido nas mangas da
- Quando o objeto é o pronome relativo quem: “Pedro camisa.
Severiano tinha um filho a quem idolatrava.”; “Abraçou a O bem, muitos o louvam, mas poucos o seguem.
todos; deu um beijo em Adelaide, a quem felicitou pelo “Seus cavalos, ela os montava em pêlo.” (Jorge Ama-
desenvolvimento das suas graças.”; “Agora sabia que podia do)
manobrar com ele, com aquele homem a quem na realida-
de também temia, como todos ali”. Objeto Indireto: É o complemento verbal regido de
- Quando precisamos assegurar a clareza da frase, evi- preposição necessária e sem valor circunstancial. Repre-
tando que o objeto direto seja tomado como sujeito, im- senta, ordinariamente, o ser a que se destina ou se refere a
pedindo construções ambíguas: Convence, enfim, ao pai o ação verbal: “Nunca desobedeci a meu pai”. O objeto indi-
filho amado.; “Vence o mal ao remédio.”; “Tratava-me sem reto completa a significação dos verbos:
cerimônia, como a um irmão.”; A qual delas iria homena- - Transitivos Indiretos: Assisti ao jogo; Assistimos à
gear o cavaleiro? missa e à festa; Aludiu ao fato; Aspiro a uma vida calma.

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PORTUGUÊS

- Transitivos Diretos e Indiretos (na voz ativa ou usadas no objeto indireto. Difere deste apenas porque, em
passiva): Dou graças a Deus; Ceda o lugar aos mais ve- vez de complementar verbos, complementa nomes (subs-
lhos; Dedicou sua vida aos doentes e aos pobres; Disse- tantivos, adjetivos) e alguns advérbios em –mente. A no-
lhe a verdade. (Disse a verdade ao moço.) mes que requerem complemento nominal correspondem,
geralmente, verbos de mesmo radical: amor ao próximo,
O objeto indireto pode ainda acompanhar verbos de amar o próximo; perdão das injúrias, perdoar as injúrias;
outras categorias, os quais, no caso, são considerados aci- obediente aos pais, obedecer aos pais; regresso à pátria,
dentalmente transitivos indiretos: A bom entendedor meia regressar à pátria; etc.
palavra basta; Sobram-lhe qualidades e recursos. (lhe=a
ele); Isto não lhe convém; A proposta pareceu-lhe aceitá- Agente da Passiva: é o complemento de um verbo na
vel. voz passiva. Representa o ser que pratica a ação expressa
pelo verbo passivo. Vem regido comumente pela preposi-
Observações: Há verbos que podem construir-se com ção por, e menos frequentemente pela preposição de: Al-
dois objetos indiretos, regidos de preposições diferentes: fredo é estimado pelos colegas; A cidade estava cercada
Rogue a Deus por nós.; Ela queixou-se de mim a seu pai.; pelo exército romano; “Era conhecida de todo mundo a
Pedirei para ti a meu senhor um rico presente; Não con- fama de suas riquezas.”
fundir o objeto direto com o complemento nominal nem
com o adjunto adverbial; Em frases como “Para mim tudo O agente da passiva pode ser expresso pelos substan-
eram alegrias”, “Para ele nada é impossível”, os pronomes tivos ou pelos pronomes:
em destaque podem ser considerados adjuntos adverbiais. As flores são umedecidas pelo orvalho.
A carta foi cuidadosamente corrigida por mim.
O objeto indireto é sempre regido de preposição, ex- Muitos já estavam dominados por ele.
pressa ou implícita. A preposição está implícita nos prono-
mes objetivos indiretos (átonos) me, te, se, lhe, nos, vos, O agente da passiva corresponde ao sujeito da oração
lhes. Exemplos: Obedece-me. (=Obedece a mim.); Isto te na voz ativa:
pertence. (=Isto pertence a ti.); Rogo-lhe que fique. (=Rogo A rainha era chamada pela multidão. (voz passiva)
a você...); Peço-vos isto. (=Peço isto a vós.). Nos demais ca- A multidão aclamava a rainha. (voz ativa)
sos a preposição é expressa, como característica do objeto Ele será acompanhado por ti. (voz passiva)
Tu o acompanharás. (voz ativa)
indireto: Recorro a Deus.; Dê isto a (ou para) ele.; Conten-
ta-se com pouco.; Ele só pensa em si.; Esperei por ti.; Falou
Observações: Frase de forma passiva analítica sem
contra nós.; Conto com você.; Não preciso disto.; O filme
complemento agente expresso, ao passar para a ativa, terá
a que assisti agradou ao público.; Assisti ao desenrolar da
sujeito indeterminado e o verbo na 3ª pessoa do plural:
luta.; A coisa de que mais gosto é pescar.; A pessoa a quem
Ele foi expulso da cidade. (Expulsaram-no da cidade.); As
me refiro você a conhece.; Os obstáculos contra os quais
florestas são devastadas. (Devastam as florestas.); Na pas-
luto são muitos.; As pessoas com quem conto são poucas. siva pronominal não se declara o agente: Nas ruas assobia-
vam-se as canções dele pelos pedestres. (errado); Nas ruas
Como atestam os exemplos acima, o objeto indireto é eram assobiadas as canções dele pelos pedestres. (certo);
representado pelos substantivos (ou expressões substan- Assobiavam-se as canções dele nas ruas. (certo)
tivas) ou pelos pronomes. As preposições que o ligam ao
verbo são: a, com, contra, de, em, para e por. Termos Acessórios da Oração
Objeto Indireto Pleonástico: à semelhança do objeto Termos acessórios são os que desempenham na ora-
direto, o objeto indireto pode vir repetido ou reforçado, ção uma função secundária, qual seja a de caracterizar um
por ênfase. Exemplos: “A mim o que me deu foi pena.”; ser, determinar os substantivos, exprimir alguma circuns-
“Que me importa a mim o destino de uma mulher tísica...? tância. São três os termos acessórios da oração: adjunto
“E, aos brigões, incapazes de se moverem, basta-lhes xin- adnominal, adjunto adverbial e aposto.
garem-se a distância.”
Adjunto adnominal: É o termo que caracteriza ou de-
Complemento Nominal: é o termo complementar re- termina os substantivos. Exemplo: Meu irmão veste roupas
clamado pela significação transitiva, incompleta, de certos vistosas. (Meu determina o substantivo irmão: é um adjun-
substantivos, adjetivos e advérbios. Vem sempre regido de to adnominal – vistosas caracteriza o substantivo roupas: é
preposição. Exemplos: A defesa da pátria; Assistência às também adjunto adnominal).
aulas; “O ódio ao mal é amor do bem, e a ira contra o mal, O adjunto adnominal pode ser expresso: Pelos adjeti-
entusiasmo divino.”; “Ah, não fosse ele surdo à minha voz!” vos: água fresca, terras férteis, animal feroz; Pelos artigos:
o mundo, as ruas, um rapaz; Pelos pronomes adjetivos:
Observações: O complemento nominal representa o re- nosso tio, este lugar, pouco sal, muitas rãs, país cuja his-
cebedor, o paciente, o alvo da declaração expressa por um tória conheço, que rua?; Pelos numerais: dois pés, quinto
nome: amor a Deus, a condenação da violência, o medo ano, capítulo sexto; Pelas locuções ou expressões adjetivas
de assaltos, a remessa de cartas, útil ao homem, compo- que exprimem qualidade, posse, origem, fim ou outra es-
sitor de músicas, etc. É regido pelas mesmas preposições pecificação:

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PORTUGUÊS

- presente de rei (=régio): qualidade O núcleo do aposto é um substantivo ou um pronome


- livro do mestre, as mãos dele: posse, pertença substantivo:
- água da fonte, filho de fazendeiros: origem Foram os dois, ele e ela.
- fio de aço, casa de madeira: matéria Só não tenho um retrato: o de minha irmã.
- casa de ensino, aulas de inglês: fim, especialidade O dia amanheceu chuvoso, o que me obrigou a ficar
- homem sem escrúpulos (=inescrupuloso): qualidade em casa.
- criança com febre (=febril): característica
- aviso do diretor: agente O aposto não pode ser formado por adjetivos. Nas fra-
ses seguintes, por exemplo, não há aposto, mas predicativo
Observações: Não confundir o adjunto adnominal do sujeito:
formado por locução adjetiva com complemento nomi- Audaciosos, os dois surfistas atiraram-se às ondas.
nal. Este representa o alvo da ação expressa por um nome As borboletas, leves e graciosas, esvoaçavam num
transitivo: a eleição do presidente, aviso de perigo, decla- balé de cores.
ração de guerra, empréstimo de dinheiro, plantio de ár-
vores, colheita de trigo, destruidor de matas, descoberta Os apostos, em geral, destacam-se por pausas, indica-
de petróleo, amor ao próximo, etc. O adjunto adnomi- das, na escrita, por vírgulas, dois pontos ou travessões. Não
nal formado por locução adjetiva representa o agente da havendo pausa, não haverá vírgula, como nestes exemplos:
ação, ou a origem, pertença, qualidade de alguém ou de Minha irmã Beatriz; o escritor João Ribeiro; o roman-
alguma coisa: o discurso do presidente, aviso de amigo, ce Tóia; o rio Amazonas; a Rua Osvaldo Cruz; o Colégio
declaração do ministro, empréstimo do banco, a casa do Tiradentes, etc.
fazendeiro, folhas de árvores, farinha de trigo, beleza das “Onde estariam os descendentes de Amaro vaqueiro?”
matas, cheiro de petróleo, amor de mãe. (Graciliano Ramos)
Adjunto adverbial: É o termo que exprime uma cir- O aposto pode preceder o termo a que se refere, o
cunstância (de tempo, lugar, modo, etc.) ou, em outras pa- qual, às vezes, está elíptico. Exemplos:
lavras, que modifica o sentido de um verbo, adjetivo ou Rapaz impulsivo, Mário não se conteve.
advérbio. Exemplo: “Meninas numa tarde brincavam de
Mensageira da idéia, a palavra é a mais bela expres-
roda na praça”. O adjunto adverbial é expresso: Pelos ad-
são da alma humana.
vérbios: Cheguei cedo.; Ande devagar.; Maria é mais alta.;
“Irmão do mar, do espaço, amei as solidões sobre os
Não durma ao volante.; Moramos aqui.; Ele fala bem, fala
rochedos ásperos.” (Cabral do Nascimento)(refere-se ao
corretamente.; Volte bem depressa.; Talvez esteja enga-
sujeito oculto eu).
nado.; Pelas locuções ou expressões adverbiais: Às vezes
viajava de trem.; Compreendo sem esforço.; Saí com meu
O aposto, às vezes, refere-se a toda uma oração. Exem-
pai.; Júlio reside em Niterói.; Errei por distração.; Escure-
ceu de repente. plos:
Nuvens escuras borravam os espaços silenciosos, sinal
Observações: Pode ocorrer a elipse da preposição an- de tempestade iminente.
tes de adjuntos adverbiais de tempo e modo: Aquela noi- O espaço é incomensurável, fato que me deixa atônito.
te, não dormi. (=Naquela noite...); Domingo que vem não Simão era muito espirituoso, o que me levava a preferir
sairei. (=No domingo...); Ouvidos atentos, aproximei-me sua companhia.
da porta. (=De ouvidos atentos...); Os adjuntos adverbiais
classificam-se de acordo com as circunstâncias que ex- Um aposto pode referir-se a outro aposto:
primem: adjunto adverbial de lugar, modo, tempo, inten- “Serafim Gonçalves casou-se com Lígia Tavares, filha
sidade, causa, companhia, meio, assunto, negação, etc; É do velho coronel Tavares, senhor de engenho.” (Ledo
importante saber distinguir adjunto adverbial de adjunto Ivo)
adnominal, de objeto indireto e de complemento nominal:
sair do mar (ad.adv.); água do mar (adj.adn.); gosta do mar O aposto pode vir precedido das expressões explicati-
(obj.indir.); ter medo do mar (compl.nom.). vas isto é, a saber, ou da preposição acidental como:
Dois países sul-americanos, isto é, a Bolívia e o Para-
Aposto: É uma palavra ou expressão que explica ou guai, não são banhados pelo mar.
esclarece, desenvolve ou resume outro termo da oração. Este escritor, como romancista, nunca foi superado.
Exemplos:
D. Pedro II, imperador do Brasil, foi um monarca sá- O aposto que se refere a objeto indireto, complemento
bio. nominal ou adjunto adverbial vem precedido de preposi-
“Nicanor, ascensorista, expôs-me seu caso de cons- ção:
ciência.” (Carlos Drummond de Andrade) O rei perdoou aos dois: ao fidalgo e ao criado.
“No Brasil, região do ouro e dos escravos, encontra- “Acho que adoeci disso, de beleza, da intensidade
mos a felicidade.” (Camilo Castelo Branco) das coisas.” (Raquel Jardim)
“No fundo do mato virgem nasceu Macunaíma, herói De cobras, morcegos, bichos, de tudo ela tinha medo.
de nossa gente.” (Mário de Andrade)

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PORTUGUÊS

Vocativo: (do latim vocare = chamar) é o termo (nome, 05. Assinale a alternativa correta: “para todos os males,
título, apelido) usado para chamar ou interpelar a pessoa, o há dois remédios: o tempo e o silêncio”, os termos grifa-
animal ou a coisa personificada a que nos dirigimos: dos são respectivamente:
“Elesbão? Ó Elesbão! Venha ajudar-nos, por favor!” (Ma- a) sujeito – objeto direto;
ria de Lourdes Teixeira) b) sujeito – aposto;
“A ordem, meus amigos, é a base do governo.” (Macha- c) objeto direto – aposto;
do de Assis) d) objeto direto – objeto direto;
“Correi, correi, ó lágrimas saudosas!” (fagundes Varela) e) objeto direto – complemento nominal.
“Ei-lo, o teu defensor, ó Liberdade!” (Mendes Leal)
06. “Usando do direito que lhe confere a Constituição”,
Observação: Profere-se o vocativo com entoação excla- as palavras grifadas exercem a função respectivamente de:
mativa. Na escrita é separado por vírgula(s). No exemplo ini- a) objeto direto – objeto direto;
cial, os pontos interrogativo e exclamativo indicam um cha- b) sujeito – objeto direto;
mado alto e prolongado. O vocativo se refere sempre à 2ª c) objeto direto – sujeito;
pessoa do discurso, que pode ser uma pessoa, um animal, d) sujeito – sujeito;
uma coisa real ou entidade abstrata personificada. Podemos e) objeto direto – objeto indireto.
antepor-lhe uma interjeição de apelo (ó, olá, eh!):
“Tem compaixão de nós , ó Cristo!” (Alexandre Herculano) 07. “Recebeu o prêmio o jogador que fez o gol”. Nessa
“Ó Dr. Nogueira, mande-me cá o Padilha, amanhã!” (Gra- frase o sujeito de “fez”?
ciliano Ramos) a) o prêmio;
“Esconde-te, ó sol de maio, ó alegria do mundo!” (Camilo b) o jogador;
Castelo Branco) c) que;
O vocativo é um tempo à parte. Não pertence à estrutura d) o gol;
da oração, por isso não se anexa ao sujeito nem ao predicado. e) recebeu.
EXERCÍCIOS
08. Assinale a alternativa correspondente ao período
onde há predicativo do sujeito:
01. Considere a frase “Ele andava triste porque não en-
a) como o povo anda tristonho!
contrava a companheira” – os verbos grifados são respecti-
b) agradou ao chefe o novo funcionário;
vamente:
c) ele nos garantiu que viria;
a) transitivo direto – de ligação;
d) no Rio não faltam diversões;
b) de ligação – intransitivo;
e) o aluno ficou sabendo hoje cedo de sua aprovação.
c) de ligação – transitivo indireto;
d) transitivo direto – transitivo indireto;
e) de ligação – transitivo direto. 09. Em: “Cravei-lhe os dentes na carne, com toda a for-
ça que eu tinha”, a palavra “que” tem função morfossintá-
02. Indique a única alternativa que não apresenta agente tica de:
da passiva: a) pronome relativo – sujeito;
a) A casa foi construída por nós. b) conjunção subordinada – conectivo;
b) O presidente será eleito pelo povo. c) conjunção subordinada – complemento verbal;
c) Ela será coroada por ti. d) pronome relativo – objeto direto;
d) O avô era querido por todos. e) conjunção subordinada – objeto direto.
e) Ele foi eleito por acaso.
10. Assinale a alternativa em que a expressão grifada
03. Em: “A terra era povoada de selvagens”, o termo gri- tem a função de complemento nominal:
fado é: a) a curiosidade do homem incentiva-o a pesquisa;
a) objeto direto; b) a cidade de Londres merece ser conhecida por to-
b) objeto indireto; dos;
c) agente da passiva; c) o respeito ao próximo é dever de todos;
d) complemento nominal; d) o coitado do velho mendigava pela cidade;
e) adjunto adverbial. e) o receio de errar dificultava o aprendizado das lín-
guas.
04. Em: “Dulce considerou calada, por um momento,
aquele horrível delírio”, os termos grifados são respectiva- Respostas: 01-E / 02-E / 03-C / 04-C / 05-C / 06-E /
mente: 07-C / 08-A / 09-D / 10-C /
a) objeto direto – objeto direto;
b) predicativo do sujeito – adjunto adnominal;
c) adjunto adverbial – objeto direto;
d) adjunto adverbial – adjunto adnominal;
e) objeto indireto – objeto direto.

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Período: Toda frase com uma ou mais orações consti- As orações coordenadas sindéticas são classificadas de
tui um período, que se encerra com ponto de exclamação, acordo com o sentido expresso pelas conjunções coorde-
ponto de interrogação ou com reticências. nativas que as introduzem. Pode ser:
O período é simples quando só traz uma oração, chama-
da absoluta; o período é composto quando traz mais de uma - Orações coordenadas sindéticas aditivas: e, nem,
oração. Exemplo: Pegou fogo no prédio. (Período simples, ora- não só... mas também, não só... mas ainda.
ção absoluta.); Quero que você aprenda. (Período composto.) Saí da escola / e fui à lanchonete.
OCA OCS Aditiva
Existe uma maneira prática de saber quantas orações há
num período: é contar os verbos ou locuções verbais. Num Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
período haverá tantas orações quantos forem os verbos ou as
conjunção que expressa idéia de acréscimo ou adição com
locuções verbais nele existentes. Exemplos:
referência à oração anterior, ou seja, por uma conjunção
Pegou fogo no prédio. (um verbo, uma oração)
Quero que você aprenda. (dois verbos, duas orações) coordenativa aditiva.
Está pegando fogo no prédio. (uma locução verbal, uma
oração) A doença vem a cavalo e volta a pé.
Deves estudar para poderes vencer na vida. (duas locu- As pessoas não se mexiam nem falavam.
ções verbais, duas orações) “Não só findaram as queixas contra o alienista, mas até
Há três tipos de período composto: por coordenação, por nenhum ressentimento ficou dos atos que ele praticara.”
subordinação e por coordenação e subordinação ao mesmo (Machado de Assis)
tempo (também chamada de misto).
- Orações coordenadas sindéticas adversativas: mas,
Período Composto por Coordenação. Orações Coorde- porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.
nadas Estudei bastante / mas não passei no teste.
OCA OCS Adversativa
Considere, por exemplo, este período composto: Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
conjunção que expressa idéia de oposição à oração ante-
Passeamos pela praia, / brincamos, / recordamos os tem- rior, ou seja, por uma conjunção coordenativa adversativa.
pos de infância.
1ª oração: Passeamos pela praia
A espada vence, mas não convence.
2ª oração: brincamos
“É dura a vida, mas aceitam-na.” (Cecília Meireles)
3ª oração: recordamos os tempos de infância
Tens razão, contudo não te exaltes.
As três orações que compõem esse período têm sentido Havia muito serviço, entretanto ninguém trabalhava.
próprio e não mantêm entre si nenhuma dependência sintáti-
ca: elas são independentes. Há entre elas, é claro, uma relação - Orações coordenadas sindéticas conclusivas: por-
de sentido, mas, como já dissemos, uma não depende da ou- tanto, por isso, pois, logo.
tra sintaticamente. Ele me ajudou muito, / portanto merece minha gra-
As orações independentes de um período são chamadas tidão.
de orações coordenadas (OC), e o período formado só de OCA OCS Conclusiva
orações coordenadas é chamado de período composto por
coordenação. Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
As orações coordenadas são classificadas em assindéticas conjunção que expressa idéia de conclusão de um fato
e sindéticas. enunciado na oração anterior, ou seja, por uma conjunção
coordenativa conclusiva.
- As orações coordenadas são assindéticas (OCA) quan-
do não vêm introduzidas por conjunção. Exemplo: Vives mentindo; logo, não mereces fé.
Os torcedores gritaram, / sofreram, / vibraram. Ele é teu pai: respeita-lhe, pois, a vontade.
OCA OCA OCA
Raimundo é homem são, portanto deve trabalhar.
“Inclinei-me, apanhei o embrulho e segui.” (Machado de
Assis) - Orações coordenadas sindéticas alternativas: ou-
“A noite avança, há uma paz profunda na casa deserta.” ,ou... ou, ora... ora, seja... seja, quer... quer.
(Antônio Olavo Pereira) Seja mais educado / ou retire-se da reunião!
“O ferro mata apenas; o ouro infama, avilta, desonra.” OCA OCS Alternativa
(Coelho Neto)
Observe que a 2ª oração vem introduzida por uma
- As orações coordenadas são sindéticas (OCS) quando conjunção que estabelece uma relação de alternância ou
vêm introduzidas por conjunção coordenativa. Exemplo: escolha com referência à oração anterior, ou seja, por uma
O homem saiu do carro / e entrou na casa. conjunção coordenativa alternativa.
OCA OCS

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Venha agora ou perderá a vez. 04. Assinale a sequência de conjunções que estabele-
“Jacinta não vinha à sala, ou retirava-se logo.” (Ma- cem, entre as orações de cada item, uma correta relação
chado de Assis) de sentido.
“Em aviação, tudo precisa ser bem feito ou custará
preço muito caro.” (Renato Inácio da Silva) 1. Correu demais, ... caiu.
“A louca ora o acariciava, ora o rasgava frenetica- 2. Dormiu mal, ... os sonhos não o deixaram em paz.
mente.” (Luís Jardim) 3. A matéria perece, ... a alma é imortal.
4. Leu o livro, ... é capaz de descrever as personagens
- Orações coordenadas sindéticas explicativas: que, com detalhes.
porque, pois, porquanto. 5. Guarde seus pertences, ... podem servir mais tarde.
Vamos andar depressa / que estamos atrasados. a) porque, todavia, portanto, logo, entretanto
OCA OCS Explicativa b) por isso, porque, mas, portanto, que
c) logo, porém, pois, porque, mas
Observe que a 2ª oração é introduzida por uma con- d) porém, pois, logo, todavia, porque
junção que expressa idéia de explicação, de justificativa em e) entretanto, que, porque, pois, portanto
relação à oração anterior, ou seja, por uma conjunção coor-
denativa explicativa. Resposta: B
Leve-lhe uma lembrança, que ela aniversaria amanhã. Por isso – conjunção conclusiva.
“A mim ninguém engana, que não nasci ontem.” (Éri- Porque – conjunção explicativa.
co Veríssimo) Mas – conjunção adversativa.
“Qualquer que seja a tua infância, conquista-a, que te Portanto – conjunção conclusiva.
abençôo.” (Fernando Sabino) Que – conjunção explicativa.
O cavalo estava cansado, pois arfava muito.
05. Reúna as três orações em um período composto
Exercícios por coordenação, usando conjunções adequadas.
01. Relacione as orações coordenadas por meio de Os dias já eram quentes.
conjunções: A água do mar ainda estava fria.
a) Ouviu-se o som da bateria. Os primeiros foliões sur- As praias permaneciam desertas.
giram.
b) Não durma sem cobertor. A noite está fria. Resposta: Os dias já eram quentes, mas a água do mar
c) Quero desculpar-me. Não consigo encontrá-los. ainda estava fria, por isso as praias permaneciam desertas.

Respostas: 06. No período “Penso, logo existo”, oração em des-


Ouviu-se o som da bateria e os primeiros foliões sur- taque é:
giram. a) coordenada sindética conclusiva
Não durma sem cobertor, pois a noite está fria. b) coordenada sindética aditiva
Quero desculpar-me, mais consigo encontrá-los. c) coordenada sindética alternativa
d) coordenada sindética adversativa
02. Em: “... ouviam-se amplos bocejos, fortes como o ma- e) n.d.a
rulhar das ondas...” a partícula como expressa uma ideia de:
a) causa Resposta: A
b) explicação
c) conclusão 07. Por definição, oração coordenada que seja despro-
d) proporção vida de conectivo é denominada assindética. Observando
e) comparação os períodos seguintes:
Resposta: E I- Não caía um galho, não balançava uma folha.
A conjunção como exercer a função comparativa. Os II- O filho chegou, a filha saiu, mas a mãe nem notou.
amplos bocejos ouvidos são comparados à força do maru- III- O fiscal deu o sinal, os candidatos entregaram a
lhar das ondas. prova. Acabara o exame.

Nota-se que existe coordenação assindética em:


03. “Entrando na faculdade, procurarei emprego”, ora- a) I apenas
ção sublinhada pode indicar uma ideia de: b) II apenas
a) concessão c) III apenas
b) oposição d) I e III
c) condição e) nenhum deles
d) lugar Resposta: D
e) consequência
Resposta: C 08. “Vivemos mais uma grave crise, repetitiva dentro
A condição necessária para procurar emprego é entrar do ciclo de graves crises que ocupa a energia desta nação.
na faculdade. A frustração cresce e a desesperança não cede. Empresá-

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rios empurrados à condição de liderança oficial se reúnem, outra (principal), ele é classificado como período compos-
em eventos como este, para lamentar o estado de coisas. to por subordinação. As orações subordinadas são classi-
O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica pun- ficadas de acordo com a função que exercem: adverbiais,
gente ou a autoabsorvição? substantivas e adjetivas.
É da história do mundo que as elites nunca introdu-
ziram mudanças que favorecessem a sociedade como um Orações Subordinadas Adverbiais
todo. Estaríamos nos enganando se achássemos que estas
lideranças empresariais aqui reunidas teriam motivação As orações subordinadas adverbiais (OSA) são aque-
para fazer a distribuição de poderes e rendas que uma na- las que exercem a função de adjunto adverbial da oração
ção equilibrada precisa ter. Aliás, é ingenuidade imaginar principal (OP). São classificadas de acordo com a conjunção
que a vontade de distribuir renda passe pelo empobreci- subordinativa que as introduz:
mento da elite. É também ocioso pensar que nós, de tal
elite, temos riqueza suficiente para distribuir. Faço sempre, - Causais: Expressam a causa do fato enunciado na
para meu desânimo, a soma do faturamento das nossas
oração principal. Conjunções: porque, que, como (= por-
mil maiores e melhores empresas, e chego a um número
que), pois que, visto que.
menor do que o faturamento de apenas duas empresas
Não fui à escola / porque fiquei doente.
japonesas. Digamos, a Mitsubishi e mais um pouquinho.
Sejamos francos. Em termos mundiais somos irrelevantes OP OSA Causal
como potência econômica, mas o mesmo tempo extrema-
mente representativos como população.” O tambor soa porque é oco.
(“Discurso de Semler aos empresários”, Folha de Como não me atendessem, repreendi-os severamen-
São Paulo) te.
Como ele estava armado, ninguém ousou reagir.
Dentre os períodos transcritos do texto acima, um é “Faltou à reunião, visto que esteve doente.” (Arlindo
composto por coordenação e contém uma oração coorde- de Sousa)
nada sindética adversativa. Assinalar a alternativa corres- - Condicionais: Expressam hipóteses ou condição para
pondente a este período: a ocorrência do que foi enunciado na principal. Conjun-
a) A frustração cresce e a desesperança não cede. ções: se, contanto que, a menos que, a não ser que, desde
b) O que dizer sem resvalar para o pessimismo, a crítica que.
pungente ou a autoabsorvição. Irei à sua casa / se não chover.
c) É também ocioso pensar que nós, da tal elite, temos OP OSA Condicional
riqueza suficiente para distribuir. Deus só nos perdoará se perdoarmos aos nossos
d) Sejamos francos. ofensores.
e) Em termos mundiais somos irrelevantes como po- Se o conhecesses, não o condenarias.
tência econômica, mas ao mesmo tempo extremamente “Que diria o pai se soubesse disso?” (Carlos Drum-
representativos como população. mond de Andrade)
Resposta E A cápsula do satélite será recuperada, caso a expe-
riência tenha êxito.
Período Composto por Subordinação
- Concessivas: Expressam ideia ou fato contrário ao da
Observe os termos destacados em cada uma destas oração principal, sem, no entanto, impedir sua realização.
orações:
Conjunções: embora, ainda que, apesar de, se bem que, por
Vi uma cena triste. (adjunto adnominal)
mais que, mesmo que.
Todos querem sua participação. (objeto direto)
Ela saiu à noite / embora estivesse doente.
Não pude sair por causa da chuva. (adjunto adverbial
de causa) OP OSA Concessiva

Veja, agora, como podemos transformar esses termos Admirava-o muito, embora (ou conquanto ou posto
em orações com a mesma função sintática: que ou se bem que) não o conhecesse pessoalmente.
Vi uma cena / que me entristeceu. (oração subordina- Embora não possuísse informações seguras, ainda
da com função de adjunto adnominal) assim arriscou uma opinião.
Todos querem / que você participe. (oração subordi- Cumpriremos nosso dever, ainda que (ou mesmo
nada com função de objeto direto) quando ou ainda quando ou mesmo que) todos nos cri-
Não pude sair / porque estava chovendo. (oração su- tiquem.
bordinada com função de adjunto adverbial de causa) Por mais que gritasse, não me ouviram.

Em todos esses períodos, a segunda oração exerce - Conformativas: Expressam a conformidade de um


uma certa função sintática em relação à primeira, sendo, fato com outro. Conjunções: conforme, como (=conforme),
portanto, subordinada a ela. Quando um período é cons- segundo.
tituído de pelo menos um conjunto de duas orações em O trabalho foi feito / conforme havíamos planejado.
que uma delas (a subordinada) depende sintaticamente da OP OSA Conformativa

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O homem age conforme pensa. Ela o atraía irresistivelmente, como o imã atrai o ferro.
Relatei os fatos como (ou conforme) os ouvi. Os retirantes deixaram a cidade tão pobres como vie-
Como diz o povo, tristezas não pagam dívidas. ram.
O jornal, como sabemos, é um grande veículo de in- Como a flor se abre ao Sol, assim minha alma se abriu
formação. à luz daquele olhar.

- Temporais: Acrescentam uma circunstância de tem- Obs.: As orações comparativas nem sempre apresen-
po ao que foi expresso na oração principal. Conjunções: tam claramente o verbo, como no exemplo acima, em que
quando, assim que, logo que, enquanto, sempre que, depois está subentendido o verbo ser (como a mãe é).
que, mal (=assim que).
Ele saiu da sala / assim que eu cheguei. - Proporcionais: Expressam uma ideia que se relacio-
OP OSA Temporal na proporcionalmente ao que foi enunciado na principal.
Conjunções: à medida que, à proporção que, ao passo que,
Formiga, quando quer se perder, cria asas. quanto mais, quanto menos.
“Lá pelas sete da noite, quando escurecia, as casas se Quanto mais reclamava / menos atenção recebia.
esvaziam.” (Carlos Povina Cavalcânti) OSA Proporcional OP
“Quando os tiranos caem, os povos se levantam.”
(Marquês de Maricá) À medida que se vive, mais se aprende.
Enquanto foi rico, todos o procuravam. À proporção que avançávamos, as casas iam rareando.
O valor do salário, ao passo que os preços sobem, vai
- Finais: Expressam a finalidade ou o objetivo do que diminuindo.
foi enunciado na oração principal. Conjunções: para que, a
fim de que, porque (=para que), que. Orações Subordinadas Substantivas
Abri a porta do salão / para que todos pudessem en-
trar. As orações subordinadas substantivas (OSS) são
OP OSA Final aquelas que, num período, exercem funções sintáticas pró-
prias de substantivos, geralmente são introduzidas pelas
“O futuro se nos oculta para que nós o imaginemos.” conjunções integrantes que e se. Elas podem ser:
(Marquês de Maricá)
Aproximei-me dele a fim de que me ouvisse melhor. - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Direta:
“Fiz-lhe sinal que se calasse.” (Machado de Assis) (que É aquela que exerce a função de objeto direto do verbo
= para que) da oração principal. Observe: O grupo quer a sua ajuda.
“Instara muito comigo não deixasse de freqüentar as (objeto direto)
recepções da mulher.” (Machado de Assis) (não deixasse = O grupo quer / que você ajude.
para que não deixasse) OP OSS Objetiva Direta
- Consecutivas: Expressam a consequência do que foi O mestre exigia que todos estivessem presentes. (=
enunciado na oração principal. Conjunções: porque, que, O mestre exigia a presença de todos.)
como (= porque), pois que, visto que. Mariana esperou que o marido voltasse.
A chuva foi tão forte / que inundou a cidade. Ninguém pode dizer: Desta água não beberei.
OP OSA Consecutiva O fiscal verificou se tudo estava em ordem.

Fazia tanto frio que meus dedos estavam endureci- - Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indire-
dos. ta: É aquela que exerce a função de objeto indireto do ver-
“A fumaça era tanta que eu mal podia abrir os olhos.” bo da oração principal. Observe: Necessito de sua ajuda.
(José J. Veiga) (objeto indireto)
De tal sorte a cidade crescera que não a reconhecia Necessito / de que você me ajude.
mais. OP OSS Objetiva Indireta
As notícias de casa eram boas, de maneira que pude Não me oponho a que você viaje. (= Não me oponho
prolongar minha viagem. à sua viagem.)
Aconselha-o a que trabalhe mais.
- Comparativas: Expressam ideia de comparação Daremos o prêmio a quem o merecer.
com referência à oração principal. Conjunções: como, as- Lembre-se de que a vida é breve.
sim como, tal como, (tão)... como, tanto como, tal qual, que
(combinado com menos ou mais). - Oração Subordinada Substantiva Subjetiva: É
Ela é bonita / como a mãe. aquela que exerce a função de sujeito do verbo da oração
OP OSA Comparativa principal. Observe: É importante sua colaboração. (sujeito)
É importante / que você colabore.
A preguiça gasta a vida como a ferrugem consome o OP OSS Subjetiva
ferro.” (Marquês de Maricá)

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A oração subjetiva geralmente vem: As orações apositivas vêm geralmente antecedidas de


- depois de um verbo de ligação + predicativo, em dois-pontos. Podem vir, também, entre vírgulas, intercala-
construções do tipo é bom, é útil, é certo, é conveniente, das à oração principal. Exemplo: Seu desejo, que o filho
etc. Ex.: É certo que ele voltará amanhã. recuperasse a saúde, tornou-se realidade.
- depois de expressões na voz passiva, como sabe-se,
conta-se, diz-se, etc. Ex.: Sabe-se que ele saiu da cidade. Observação: Além das conjunções integrantes que e se,
- depois de verbos como convir, cumprir, constar, urgir, as orações substantivas podem ser introduzidas por outros
ocorrer, quando empregados na 3ª pessoa do singular e conectivos, tais como quando, como, quanto, etc. Exemplos:
seguidos das conjunções que ou se. Ex.: Convém que todos Não sei quando ele chegou.
participem da reunião. Diga-me como resolver esse problema.

É necessário que você colabore. (= Sua colaboração Orações Subordinadas Adjetivas


é necessária.)
Parece que a situação melhorou. As orações subordinadas Adjetivas (OSA) exercem a
Aconteceu que não o encontrei em casa. função de adjunto adnominal de algum termo da oração
Importa que saibas isso bem. principal. Observe como podemos transformar um adjunto
adnominal em oração subordinada adjetiva:
- Oração Subordinada Substantiva Completiva No- Desejamos uma paz duradoura. (adjunto adnominal)
minal: É aquela que exerce a função de complemento Desejamos uma paz / que dure. (oração subordinada
nominal de um termo da oração principal. Observe: Estou adjetiva)
convencido de sua inocência. (complemento nominal)
Estou convencido / de que ele é inocente. As orações subordinadas adjetivas são sempre intro-
OP OSS Completiva Nominal duzidas por um pronome relativo (que , qual, cujo, quem,
etc.) e podem ser classificadas em:
Sou favorável a que o prendam. (= Sou favorável à
prisão dele.) - Subordinadas Adjetivas Restritivas: São restritivas
Estava ansioso por que voltasses. quando restringem ou especificam o sentido da palavra a
Sê grato a quem te ensina. que se referem. Exemplo:
“Fabiano tinha a certeza de que não se acabaria tão O público aplaudiu o cantor / que ganhou o 1º lugar.
cedo.” (Graciliano Ramos) OP OSA Restritiva

- Oração Subordinada Substantiva Predicativa: É Nesse exemplo, a oração que ganhou o 1º lugar es-
aquela que exerce a função de predicativo do sujeito da pecifica o sentido do substantivo cantor, indicando que o
oração principal, vindo sempre depois do verbo ser. Obser- público não aplaudiu qualquer cantor mas sim aquele que
ve: O importante é sua felicidade. (predicativo) ganhou o 1º lugar.
O importante é / que você seja feliz.
OP OSS Predicativa Pedra que rola não cria limo.
Os animais que se alimentam de carne chamam-se
Seu receio era que chovesse. (Seu receio era a chuva.) carnívoros.
Minha esperança era que ele desistisse. Rubem Braga é um dos cronistas que mais belas pá-
Meu maior desejo agora é que me deixem em paz. ginas escreveram.
Não sou quem você pensa. “Há saudades que a gente nunca esquece.” (Olegário
- Oração Subordinada Substantiva Apositiva: É Mariano)
aquela que exerce a função de aposto de um termo da
oração principal. Observe: Ele tinha um sonho: a união de - Subordinadas Adjetivas Explicativas: São explicati-
todos em benefício do país. (aposto) vas quando apenas acrescentam uma qualidade à palavra
Ele tinha um sonho / que todos se unissem em bene- a que se referem, esclarecendo um pouco mais seu sentido,
fício do país. mas sem restringi-lo ou especificá-lo. Exemplo:
OP OSS Apositiva O escritor Jorge Amado, / que mora na Bahia, / lançou
um novo livro.
Só desejo uma coisa: que vivam felizes. (Só desejo OP OSA Explicativa OP
uma coisa: a sua felicidade)
Só lhe peço isto: honre o nosso nome. Deus, que é nosso pai, nos salvará.
“Talvez o que eu houvesse sentido fosse o presságio Valério, que nasceu rico, acabou na miséria.
disto: de que virias a morrer...” (Osmã Lins) Ele tem amor às plantas, que cultiva com carinho.
“Mas diga-me uma cousa, essa proposta traz algum Alguém, que passe por ali à noite, poderá ser assal-
motivo oculto?” (Machado de Assis) tado.

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Orações Reduzidas O homem fechou a porta, saindo depressa de casa.


O homem fechou a porta e saiu depressa de casa.
Observe que as orações subordinadas eram sempre (oração coordenada sindética aditiva)
introduzidas por uma conjunção ou pronome relativo e Saindo depressa de casa: oração coordenada reduzida
apresentavam o verbo numa forma do indicativo ou do de gerúndio.
subjuntivo. Além desse tipo de orações subordinadas há
outras que se apresentam com o verbo numa das formas Qual é a diferença entre as orações coordenadas expli-
nominais (infinitivo, gerúndio e particípio). Exemplos: cativas e as orações subordinadas causais, já que ambas po-
dem ser iniciadas por que e porque? Às vezes não é fácil es-
- Ao entrar nas escola, encontrei o professor de in- tabelecer a diferença entre explicativas e causais, mas como
glês. (infinitivo) o próprio nome indica, as causais sempre trazem a causa
- Precisando de ajuda, telefone-me. (gerúndio) de algo que se revela na oração principal, que traz o efeito.
- Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiá- Note-se também que há pausa (vírgula, na escrita) en-
rio. (particípio) tre a oração explicativa e a precedente e que esta é, muitas
vezes, imperativa, o que não acontece com a oração adver-
As orações subordinadas que apresentam o verbo bial causal. Essa noção de causa e efeito não existe no pe-
numa das formas nominais são chamadas de reduzidas. ríodo composto por coordenação. Exemplo: Rosa chorou
Para classificar a oração que está sob a forma reduzida, porque levou uma surra. Está claro que a oração iniciada
devemos procurar desenvolvê-la do seguinte modo: colo- pela conjunção é causal, visto que a surra foi sem dúvida
camos a conjunção ou o pronome relativo adequado ao a causa do choro, que é efeito. Rosa chorou, porque seus
sentido e passamos o verbo para uma forma do indicativo olhos estão vermelhos.
ou subjuntivo, conforme o caso. A oração reduzida terá a O período agora é composto por coordenação, pois a
mesma classificação da oração desenvolvida. oração iniciada pela conjunção traz a explicação daquilo
que se revelou na coordena anterior. Não existe aí relação
Ao entrar na escola, encontrei o professor de inglês. de causa e efeito: o fato de os olhos de Elisa estarem ver-
Quando entrei na escola, / encontrei o professor de melhos não é causa de ela ter chorado.
inglês.
Ela fala / como falaria / se entendesse do assunto.
OSA Temporal
OP OSA Comparativa SA Condicional
Ao entrar na escola: oração subordinada adverbial
temporal, reduzida de infinitivo.
EXERCÍCIOS
Precisando de ajuda, telefone-me.
01. Na frase: “Maria do Carmo tinha a certeza de que
Se precisar de ajuda, / telefone-me. estava para ser mãe”, a oração destacada é:
OSA Condicional a) subordinada substantiva objetiva indireta
Precisando de ajuda: oração subordinada adverbial b) subordinada substantiva completiva nominal
condicional, reduzida de gerúndio. c) subordinada substantiva predicativa
d) coordenada sindética conclusiva
Acabado o treino, os jogadores foram para o vestiário. e) coordenada sindética explicativa
Assim que acabou o treino, / os jogadores foram para
o vestiário. 02. A segunda oração do período? “Não sei no que
OSA Temporal pensas” , é classificada como:
Acabado o treino: oração subordinada adverbial tem- a) substantiva objetiva direta
poral, reduzida de particípio. b) substantiva completiva nominal
c) adjetiva restritiva
Observações: d) coordenada explicativa
e) substantiva objetiva indireta
- Há orações reduzidas que permitem mais de um tipo
de desenvolvimento. Há casos também de orações reduzi- 03. “Na ‘Partida Monção’, não há uma atitude inven-
das fixas, isto é, orações reduzidas que não são passíveis de tada. Há reconstituição de uma cena como ela devia ter
desenvolvimento. Exemplo: Tenho vontade de visitar essa sido na realidade.” A oração sublinhada é:
cidade. a) adverbial conformativa
- O infinitivo, o gerúndio e o particípio não constituem b) adjetiva
orações reduzidas quando fazem parte de uma locução c) adverbial consecutiva
verbal. Exemplos: d) adverbial proporcional
Preciso terminar este exercício. e) adverbial causal
Ele está jantando na sala.
Essa casa foi construída por meu pai. 04. No seguinte grupo de orações destacadas:
1. É bom que você venha.
- Uma oração coordenada também pode vir sob a for- 2. Chegados que fomos, entramos na escola.
ma reduzida. Exemplo: 3. Não esqueças que é falível.

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Temos orações subordinadas, respectivamente: 10. Em - “Há enganos que nos deleitam”, a oração gri-
a) objetiva direta, adverbial temporal, subjetiva fada é:
b) subjetiva, objetiva direta, objetiva direta a) substantiva subjetiva
c) objetiva direta, subjetiva, adverbial temporal b) substantiva objetiva direta
d) subjetiva, adverbial temporal, objetiva direta c) substantiva completiva nominal
e) predicativa, objetiva direta, objetiva indireta d) substantiva apositiva
e) adjetiva restritiva
05. A palavra “se” é conjunção integrante (por introdu-
zir oração subordinada substantiva objetiva direta) em qual Respostas: (01-B) (02-E) (03-A) (04-D) (05-E) (06-B)
das orações seguintes? (07-C) (08-E) (09-C) (10-E)
a) Ele se mordia de ciúmes pelo patrão.
b) A Federação arroga-se o direito de cancelar o jogo.
c) O aluno fez-se passar por doutor. CONCORDÂNCIA
d) Precisa-se de operários.
e) Não sei se o vinho está bom. Concordância Nominal

06. “Lembro-me de que ele só usava camisas bran- A concordância nominal se baseia na relação entre
cas.” A oração sublinhada é: um substantivo (ou pronome, ou numeral substantivo) e
a) subordinada substantiva completiva nominal as palavras que a ele se ligam para caracterizá-lo (artigos,
b) subordinada substantiva objetiva indireta adjetivos,  pronomes adjetivos, numerais adjetivos e
c) subordinada substantiva predicativa particípios). Basicamente, ocupa-se  da relação entre
d) subordinada substantiva subjetiva nomes.
e) subordinada substantiva objetiva direta Lembre-se: normalmente, o substantivo funciona
como núcleo de um termo da oração, e o adjetivo, como
07. Na passagem: “O receio é substituído pelo pavor, adjunto adnominal.
pelo respeito, pela emoção que emudece e paralisa.” Os A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
termos sublinhados são: seguintes regras gerais:
a) complementos nominais; orações subordinadas ad-
verbiais concessivas, coordenadas entre si 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
b) adjuntos adnominais; orações subordinadas adver- se refere a um único substantivo.
biais comparativas
c) agentes da passiva; orações subordinadas adjetivas, Por Exemplo:
coordenadas entre si As mãos trêmulas denunciavam o que sentia.
d) objetos diretos; orações subordinadas adjetivas,
coordenadas entre si 2) Quando o adjetivo se refere a vários substantivos,
e) objetos indiretos; orações subordinadas adverbiais a concordância pode variar. Podemos sistematizar essa
comparativas flexão nos seguintes casos:
a) Adjetivo anteposto aos substantivos:
08. Neste período “não bate para cortar” , a oração - O adjetivo concorda em gênero e número com o
“para cortar” em relação a “não bate” , é: substantivo mais próximo.
a) a causa
b) o modo Por Exemplo:
c) a consequência Encontramos caídas as roupas e os prendedores.
d) a explicação
e) a finalidade Encontramos caída a roupa e os prendedores.

09. Em todos os períodos há orações subordinadas Encontramos caído o prendedor  e a roupa.


substantivas, exceto em:
a) O fato era que a escravatura do Santa Fé não andava - Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de
nas festas do Pilar, não vivia no coco como a do Santa Rosa. parentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural.
b) Não lhe tocara no assunto, mas teve vontade de to- Por Exemplo:
mar o trem e ir valer-se do presidente. As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar.
c) Um dia aquele Lula faria o mesmo com a sua filha,
faria o mesmo com o engenho que ele fundara com o suor Encontrei os divertidos primos e primas na festa.
de seu rosto. b) Adjetivo posposto aos substantivos:
d) O oficial perguntou de onde vinha, e se não sabia - O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo
notícias de Antônio Silvino. ou com todos eles (assumindo forma masculino plural se
e) Era difícil para o ladrão procurar os engenhos da vár- houver substantivo feminino e masculino).
zea, ou meter-se para os lados de Goiana

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PORTUGUÊS

Exemplos: Por Exemplo:


A indústria oferece localização e atendimento perfeito. Eles só desejam ganhar presentes.

A indústria oferece atendimento e localização perfeita. 7) Quando um único substantivo é modificado por
dois ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as
A indústria oferece localização e atendimento construções:
perfeitos.
a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece atendimento e localização artigo antes do último adjetivo.
perfeitos.
Obs.: os dois últimos exemplos apresentam maior Por Exemplo:
clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se refere Admiro a cultura espanhola e a portuguesa.
aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi flexionado
no plural masculino, que é o gênero predominante quando
b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
há substantivos de gêneros diferentes.
antes do adjetivo.
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o
adjetivo fica no singular ou plural.
Por Exemplo:
Exemplos: Admiro as culturas espanhola e portuguesa.

A beleza e a inteligência feminina(s). Obs.: veja esta construção:

O carro e o iate novo(s). Estudo a cultura espanhola e portuguesa.


Note que  ela  provoca incerteza: trata-se de duas
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: culturas distintas ou de uma única, espano-portuguesa?
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substantivo Procure evitar construções desse tipo.
não for acompanhado de nenhum modificador.
Casos Particulares
Por Exemplo:
Água é bom para saúde. É proibido -  É necessário - É bom - É preciso - É
permitido
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for a) Essas expressões, formadas por um verbo mais um
modificado por um artigo ou qualquer outro determinativo. adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
Por Exemplo:
Esta água é boa para saúde. Exemplos:
É proibido entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Em certos momentos, é necessário atenção.
pronomes pessoais a que se refere. No verão, melancia é bom.
É preciso cidadania.
Por Exemplo: Não é permitido saída pelas portas laterais.
Juliana as viu ontem muito felizes.
b) Quando o sujeito dessas expressões estiver
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido
determinado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE +
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino verbo como o adjetivo concordam com ele.
singular.
Exemplos:
Por Exemplo: É proibida a entrada de crianças.
Os jovens tinham algo de misterioso. Esta salada é ótima.
A educação é necessária.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem São precisas várias medidas na educação.
função adjetiva e concorda normalmente com o nome a
que se refere. Anexo -  Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso -
Quite
Por Exemplo: Essas palavras adjetivas concordam em gênero e
Cristina saiu só. número com o substantivo ou pronome a que se referem.
Cristina e Débora saíram sós. Observe:
Obs.: quando a palavra “só” equivale a “somente” Seguem anexas as documentações requeridas.
ou “apenas”, tem função adverbial, ficando, portanto, A menina agradeceu: - Muito obrigada.
invariável.

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PORTUGUÊS

Muito obrigadas, disseram as senhoras, nós mesmas 2- Colocar:  “C” quando correto, “E” quando errado
faremos isso. a) (  ) Amanhã se fará os últimos exames.
b) (  ) Restam-me alguns dias de férias.
Seguem inclusos os papéis solicitados. c) (  ) Os Estados Unidos intervieram nos conflitos sul-
africanos há alguns meses.
Já lhe paguei o que estava devendo: estamos quites. d) (  ) É necessária liberdade de expressão.
e) (  ) São crianças a cuja situação muita gente é
Bastante - Caro - Barato - Longe insensível.
Essas palavras são invariáveis quando funcionam como f)  (  ) Envie algum dinheiro daquela casa de caridade.
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quando g) (  ) Assisti e gostei muito daquele filme.
funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou numerais. h) (  ) Não me pouparam esforços para que o rio fosse
despoluído.
Exemplos:
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) 3- (PUCCAMP) A frase em que a concordância nominal
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. está correta é:
(pronome adjetivo) A ( ) A vasta plantação e a casa grande caiados há
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) pouco tempo era o melhor sinal de prosperidade da família.
As casas estão caras. (adjetivo) B ( )Eles, com ar entristecidos, dirigiram-se ao salão
Achei barato este casaco.(advérbio) onde se encontravam as vítimas do acidente.
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) C ( )Não lhe pareciam útil aquelas plantas esquisitas
“Vais ficando longe de mim como o sono, nas alvoradas.” que ele cultivava na sua pacata e linda chácara do interior.
(Cecília Meireles) (advérbio) D ( ) Quando foi encontrado, ele apresentava feridos
“Levai-me a esses longes verdes, cavalos de vento!” a perna e o braço direitos, mas estava totalmente lúcido.
(Cecília Meireles). (adjetivo) E ( ) Esses livro e caderno não são meus, mas poderão
ser importante para a pesquisa que estou fazendo.
Meio - Meia
4- (UNEB – BA) Assinale a alternativa em que,
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, pluralizando-se a frase, as palavras destacadas permanecem
concorda normalmente com o nome a que se refere. invariáveis:
A ( ) Este é o meio mais exato para você resolver o
Por Exemplo: problema: estude só.
Pedi meia cerveja e meia porção de polentas. B ( )Meia palavra, meio tom - índice de sua sensatez.
C ( ) Estava só naquela ocasião; acreditei, pois em sua
b) Quando empregada como advérbio (modificando um meia promessa.
adjetivo) permanece invariável. D ( )Passei muito inverno só.
E ( )Só estudei o elementar, o que me deixa meio
Por Exemplo: apreensivo.
A noiva está meio nervosa.
5- (MACKENZIE)
Alerta - Menos I. Os brasileiros somos todos eternos sonhadores.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem II. Muito obrigadas! - disseram as moças.
sempre invariáveis. III. Sr. Deputado, V. Exa. Está enganada.
IV. A pobre senhora ficou meio confusa.
Por Exemplo: V. São muito estudiosos os alunos e as alunas deste
Os escoteiros estão sempre alerta. curso.
Carolina tem menos bonecas que sua amiga.
Há uma concordância inaceitável de acordo com a
Exercícios gramática
A ( ) em I e II
1- Complete os espaços com um dos nomes colocados B ( ) em II, III e IV
nos parênteses. C ( )apenas em II
a) Será que é __________________ essa confusão toda? D ( ) apenas em III
(necessário/ necessária) E ( )apenas em IV
b) Quero que todos fiquem ________________. (alerta/ GABARITO
alertas)
c) Houve ____________ razões para eu não voltar lá. 1- a- necessária /b – alerta / c – bastantes / d- vazia
(bastante/ bastantes) / e – meio
d) Encontrei ____________ a sala e os quartos. (vazia/
vazios) 2- a – E / b – C / c – C / d – E/ e – C / f – E / g – E / h – C
e) A dona do imóvel ficou __________ desiludida com o
inquilino. (meio/ meia) 3- E / 4- E / 5 – D

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PORTUGUÊS

Concordância Verbal f) O sujeito é formado pelas expressões: alguns de


nós, poucos de vós, quais de..., quantos de..., etc. - o
Ocorre quando o verbo se flexiona para concordar verbo poderá concordar com o pronome interrogativo ou
com o seu sujeito. indefinido ou com o pronome pessoal (nós ou vós).
Ex.: Quais de vós me punirão?/ Quais de vós me
Exemplos: punireis?
Ele gostava daquele seu jeito carinhoso de ser.
Eles gostavam daquele seu jeito carinhoso de ser. Dicas:
Com os pronomes interrogativos ou indefinidos
Casos de concordância verbal: no singular, o verbo concorda com eles em pessoa e
número.
1) Sujeito simples
Regra geral: Ex.: Qual de vós me punirá.

O verbo concorda com o núcleo do sujeito em número g) O sujeito é formado de nomes que só aparecem
e pessoa. no plural - se o sujeito não vier precedido de artigo, o
verbo ficará no singular. Caso venha antecipado de artigo,
Ex.: Nós vamos ao cinema. o verbo concordará com o artigo.
O verbo (vamos) está na primeira pessoa do plural para
concordar com o sujeito (nós). Ex.: Estados Unidos é uma nação poderosa./ Os Estados
Unidos são a maior potência mundial.
Casos especiais:
h) O sujeito é formado pelas expressões: mais de
a) O sujeito é um coletivo - o verbo fica no singular. um, menos de dois, cerca de..., etc. – o verbo concorda
com o numeral.
Ex.: A multidão gritou pelo rádio.
Ex.: Mais de um aluno não compareceu à aula./ Mais de
cinco alunos não compareceram à aula.
Atenção:
Se o coletivo vier especificado, o verbo pode ficar
i) O sujeito é constituído pelas expressões: a
no singular ou ir para o plural.
maioria, a maior parte, grande parte, etc. - o verbo
poderá ser usado no singular (concordância lógica) ou no
Ex.: A multidão de fãs gritou./ A multidão de fãs
plural (concordância atrativa).
gritaram.
Ex.: A maioria dos candidatos desistiu./ A maioria dos
b) Coletivos partitivos (metade, a maior parte, candidatos desistiram.
maioria, etc.) – o verbo fica no singular ou vai para o plural.
j) O sujeito tiver por núcleo a palavra gente (sentido
Ex.: A maioria dos alunos foi à excursão./ A maioria dos coletivo) - o verbo poderá ser usado no singular ou plural,
alunos foram à excursão. se este vier afastado do substantivo.
c) O sujeito é um pronome de tratamento - o verbo Ex.: A gente da cidade, temendo a violência da rua,
fica sempre na 3ª pessoa (do singular ou do plural). permanece em casa./ A gente da cidade, temendo a
violência da rua, permanecem em casa.
Ex.: Vossa Alteza pediu silêncio./ Vossas Altezas pediram
silêncio. 2) Sujeito composto

d) O sujeito é o pronome relativo “que” – o verbo Regra geral


concorda com o antecedente do pronome.
Ex.: Fui eu que derramei o café./ Fomos nós que O verbo vai para o plural.
derramamos o café.
Ex.: João e Maria foram passear no bosque.
e) O sujeito é o pronome relativo “quem” - o verbo
pode ficar na 3ª pessoa do singular ou concordar com o Casos especiais:
antecedente do pronome.
a) Os núcleos do sujeito são constituídos de pessoas
Ex.: Fui eu quem derramou o café./ Fui eu quem gramaticais diferentes - o verbo ficará no plural seguindo-
derramei o café. se a ordem de prioridade: 1ª, 2ª e 3ª pessoa.

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PORTUGUÊS

Ex.: Eu (1ª pessoa) e ele (3ª pessoa) nos tornaremos (1ª f) Quando o sujeito for constituído pelas expressões:
pessoa plural) amigos. um e outro, nem um nem outro... - o verbo poderá ficar
no singular ou no plural.
O verbo ficou na 1ª pessoa porque esta tem prioridade
sob a 3ª. Ex.: Um e outro já veio./ Um e outro já vieram.

Ex: Tu (2ª pessoa) e ele (3ª pessoa) vos tornareis (2ª g) Quando os núcleos do sujeito estiverem ligados
pessoa do plural) amigos. por ou - o verbo irá para o singular quando a ideia for de
O verbo ficou na 2ª pessoa porque esta tem prioridade exclusão, e para o plural quando for de inclusão.
sob a 3ª.
Exemplos:
Atenção: Pedro ou Antônio ganhará o prêmio. (exclusão)
No caso acima, também é comum a concordância
do verbo com a terceira pessoa. A poluição sonora ou a poluição do ar são nocivas ao
Ex.: Tu e ele se tornarão amigos. (3ª pessoa do plural) homem. (adição, inclusão)

Se o sujeito estiver posposto, permite-se também a h) Quando os sujeitos estiverem ligados pelas séries
concordância por atração com o núcleo mais próximo do correlativas (tanto... como/ assim... como/ não só... mas
verbo. também, etc.) - o que comumente ocorre é o verbo ir para
o plural, embora o singular seja aceitável se os núcleos
Ex.: Irei eu e minhas amigas. estiverem no singular.
Exemplos:
b) Os núcleos do sujeito estão coordenados Tanto Erundina quanto Collor perderam as eleições
assindeticamente ou ligados por “e” - o verbo concordará municipais em São Paulo.
com os dois núcleos.
Tanto Erundina quanto Collor perdeu as eleições
Ex.: A jovem e a sua amiga seguiram a pé. municipais em São Paulo.

Atenção: Outros casos:


Se o sujeito estiver posposto, permite-se a
concordância por atração com o núcleo mais próximo 1) Partícula “SE”:
do verbo.
a - Partícula apassivadora: o verbo ( transitivo direto)
concordará com o sujeito passivo.
Ex.: Seguiria a pé a jovem e a sua amiga.
Ex.: Vende-se carro./ Vendem-se carros.
c) Os núcleos do sujeito são sinônimos (ou quase)
e estão no singular - o verbo poderá ficar no plural
b- Índice de indeterminação do sujeito: o verbo
(concordância lógica) ou no singular (concordância
(transitivo indireto) ficará, obrigatoriamente, no singular.
atrativa).
Exemplos:
Ex.: A angústia e ansiedade não o ajudavam a se Precisa-se de secretárias.
concentrar./ A angústia e ansiedade não o ajudava a se
concentrar. Confia-se em pessoas honestas.
d) Quando há gradação entre os núcleos - o verbo 2) Verbos impessoais
pode concordar com todos os núcleos (lógica) ou apenas
com o núcleo mais próximo. São aqueles que não possuem sujeito. Portanto, ficarão
sempre na 3ª pessoa do singular.
Ex.: Uma palavra, um gesto, um olhar bastavam./ Uma
palavra, um gesto, um olhar bastava. Exemplos:
Havia sérios problemas na cidade.
e) Quando os sujeitos forem resumidos por nada,
tudo, ninguém... - o verbo concordará com o aposto Fazia quinze anos que ele havia parado de estudar.
resumidor.
Deve haver sérios problemas na cidade.
Ex.: Os pedidos, as súplicas, o desespero, nada o
comoveu. Vai fazer quinze anos que ele parou de estudar.

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PORTUGUÊS

Dicas: Ex.: Passamos horas a comentar o filme. (comentando)


Os verbos auxiliares (deve, vai) acompanham os - é facultativa a flexão do infinitivo quando seu sujeito
verbos principais. for idêntico ao da oração principal.
O verbo existir não é impessoal. Veja:
Existem sérios problemas na cidade. - Ex.: Antes de (tu) responder, (tu) lerás o texto./Antes
de (tu) responderes, (tu) lerás o texto.
Devem existir sérios problemas na cidade.
- é facultativa a flexão do infinitivo que tem seu sujeito
3) Verbos dar, bater e soar diferente do sujeito da oração principal e está indicado por
algum termo do contexto.
Quando usados na indicação de horas, possuem Ex.: Ele nos deu o direito de contestar./Ele nos deu o
sujeito (relógio, hora, horas, badaladas...), e com ele devem direito de contestarmos.
concordar.
- é obrigatória a flexão do infinitivo que tem seu sujeito
Exemplos: diferente do sujeito da oração principal e não está indicado
por nenhum termo
O relógio deu duas horas.
Deram duas horas no relógio da estação.
- no contexto.
Deu uma hora no relógio da estação. Ex.: Não sei como saiu sem notarem o fato.
c) Quando o infinitivo pessoal está em uma locução
O sino da igreja bateu cinco badaladas. verbal
- não se flexiona o infinitivo, sendo este o verbo
Bateram cinco badaladas no sino da igreja. principal da locução verbal, quando em virtude da ordem
dos termos da oração, sua ligação com o verbo auxiliar for
Soaram dez badaladas no relógio da escola. nítida.

4) Sujeito oracional Ex.: Acabamos de fazer os exercícios.

Quando o sujeito é uma oração subordinada, o verbo - é facultativa a flexão do infinitivo, sendo este o verbo
da oração principal fica na 3ª pessoa do singular. principal da locução verbal, quando o verbo auxiliar estiver
afastado ou oculto.
Ex.: Ainda falta dar os últimos retoques na pintura. Exemplos:

5) Concordância com o infinitivo Não devemos, depois de tantas provas de honestidade,


duvidar e reclamar dela.
a) Infinitivo pessoal e sujeito expresso na oração: Não devemos, depois de tantas provas de honestidade,
- não se flexiona o infinitivo se o sujeito for representado duvidarmos e reclamarmos dela.
por pronome pessoal oblíquo átono.
6) Concordância com o verbo ser:
Ex.: Esperei-as chegar. a - Quando, em predicados nominais, o sujeito for
- é facultativa a flexão do infinitivo se o sujeito não for representado por um dos pronomes: tudo, nada, isto,
representado por pronome átono e se o verbo da oração isso, aquilo - o verbo “ser” ou “parecer” concordarão com
o predicativo.
determinada pelo infinitivo for causativo (mandar, deixar,
Exemplos:
fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir e sinônimos).
Tudo são flores.
Exemplos: Aquilo parecem ilusões.
Mandei sair os alunos. Dicas:
Poderá ser feita a concordância com o sujeito
Mandei saírem os alunos quando se quer enfatizá-lo.

- flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito Ex.: Aquilo é sonhos vãos.


for diferente de pronome átono e determinante de verbo
não causativo nem sensitivo. b - O verbo ser concordará com o predicativo
quando o sujeito for os pronomes interrogativos: que
Ex.: Esperei saírem todos. ou quem.

Infinitivo pessoal e sujeito oculto Exemplos:


- não se flexiona o infinitivo precedido de preposição Que são gametas?
com valor de gerúndio. Quem foram os escolhidos?

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PORTUGUÊS

c - Em indicações de horas, datas, tempo, distância Exercícios


-a
concordância será feita com a expressão numérica 1- Concordância verbal incorreta:
A ( ) V. Ex.ª é generoso.
Exemplos: B ( ) Mais de um jornal comentou o jogo.
C ( ) Elaborou-se ótimos planos.
São nove horas. D ( ) Eu e minha família fomos ao mercado.
É uma hora. E ( ) Os Estados Unidos situam-se na América do Norte.

Dicas: 2- (Fuvest - SP) Indique a alternativa correta:


Em indicações de datas, são aceitas as duas A ( ) Tratavam-se de questões fundamentais.
concordâncias, pois subentende-se a palavra dia. B ( ) Comprou-se terrenos no subúrbio.
C ( ) Precisam-se de datilógrafas.
Exemplos: D ( ) Reformam-se ternos.
Hoje são 24 de outubro. E ( ) Obedeceram-se aos severos regulamentos.
Hoje é (dia) 24 de outubro.
d - Quando o sujeito ou predicativo da oração 3- Assinale a opção em que há erro de conjugação
for pronome pessoal, a concordância se dará com o verbal em relação à norma culta da língua:
pronome. a) Se ele vir o nosso trabalho,ficará muito doente.
b) Não desanimes; continua batalhando.
Ex.: Aqui o presidente sou eu. c) Meu pai interveio na discussão.
Dicas: d) Se ele reouvesse o que havia perdido.
Se os dois termos (sujeito e predicativo) forem e) Quando eu requiser a segunda via do documento...
pronomes, a 4- A única frase em que as formas verbais estão
concordância será com o que aparece primeiro,
corretamente empregadas é:
considerando o
a) Especialistas temem que órgãos de outras espécies
sujeito da oração.
podem transmitir vírus perigosos.
b) Além disso, mesmo que for adotado algum tipo de
Ex.: Eu não sou tu
ajuste fiscal imediato, o Brasil ainda estará muito longe de
e - Se o sujeito for pessoa, a concordância nunca se
tornar-se um participante ativo do jogo mundial.
fará com o predicativo.
c) O primeiro-ministro e o presidente devem ser do
Ex.: O menino era as esperanças da família. mesmo partido, embora nenhum fará a sociedade em que
eu acredito.
f - Nas locuções: é pouco, é muito, é mais de, é menos d) A inteligência é como um tigre solto pela casa e só
de, junto a especificações de preço, peso, quantidade, não causará problema se o suprir de carne e o manter na
distância e etc., o verbo fica sempre no singular. jaula.
e) O nome secreto de Deus era o princípio ativo da
Exemplos: criação, mas dizê-lo por completo equivalia a um sacrilégio,
Cento e cinquenta é pouco. ao pecado de saber mais do que nos convinha.
Cem metros é muito.
5- Complete os espaços com um dos verbos colocados
g - Nas expressões do tipo: ser preciso, ser nos parênteses:
necessário, ser bom, o verbo e o adjetivo pode ficar a)  ________________os filhos e o pai...    (chegou/
invariável (verbo na 3ª pessoa do singular e adjetivo chegaram)
no masculino singular) ou concordar com o sujeito b) Fomos nós que _______________ na questão.    (tocou/
posposto. tocamos)
c) Não serei eu quem _________________ o dinheiro.     
Exemplos: (recolherei/ recolherá)
É necessário aqueles materiais. d) Mais de um torcedor _______________________
São necessários aqueles materiais. estupidamente.  (agrediu-se/agrediram-se)
e) O fazendeiro com os peões __________________ a cerca.   
h - Na expressão: é que, usada como expletivo, se o (levantou/ levantaram)
sujeito da oração não aparecer entre o verbo “ser” e o
“que”, ficará invariável. Se aparecer, o verbo concordará Gabarito
com o sujeito.
1-C 2 – D 3- E 4 – E 5- A) chegaram / B) tocamos
Exemplos: / C) recolherá
Eles é que sempre chegam atrasados. D) agrediram-se / E ) levantaram
São eles que sempre chegam atrasados.

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PORTUGUÊS

REGÊNCIA - no sentido de ser agradável, satisfazer (pede objeto


indireto - tem preposição “a”).
Regência Verbal As medidas econômicas do Presidente nunca agradam
ao povo.
Definição: Dá-se o nome de regência à relação de
subordinação que ocorre entre um verbo (ou um nome) Agradecer
e seus complementos. Ocupa-se em estabelecer relações - TD e I, com a preposição A. O objeto direto sempre
entre as palavras, criando frases não ambíguas, que será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa.
expressem efetivamente o sentido desejado, que sejam Agradecer-lhe-ei os presentes.
corretas e claras. Agradeceu o presente ao seu namorado.
Termo Regente: VERBO Aguardar (TD ou TI)
Eles aguardavam o espetáculo.
A regência verbal estuda a relação que se estabelece Eles aguardavam pelo espetáculo.
entre os verbos e os termos que os complementam (objetos
Aspirar
diretos e objetos indiretos) ou caracterizam (adjuntos
- No sentido sorver, absorver (pede objeto direto - não
adverbiais).
tem preposição).
O estudo da regência verbal permite-nos ampliar
nossa capacidade expressiva, pois oferece oportunidade Aspiro o ar fresco de Rio de Contas.
de conhecermos as diversas significações que um verbo - No sentido de almejar, objetivar (pede objeto indireto
pode assumir com a simples mudança ou retirada de uma - tem preposição “a”).
preposição. Observe: Ele aspira à carreira de jogador de futebol.

A mãe agrada o filho. agradar significa acariciar, Assistir


contentar. - No sentido de ver ou ter direito (TI - preposição A).
A mãe agrada ao filho. agradar significa “causar Assistimos a um bom filme.
agrado ou prazer”, satisfazer. Assiste ao trabalhador o descanso semanal remunerado.
Logo, conclui-se que “agradar alguém” é diferente de
“agradar a alguém”. - No sentido de prestar auxílio, ajudar (TD ou TI - com
Saiba que: a preposição A)
O conhecimento do uso adequado das preposições Minha família sempre assistiu o Lar dos Velhinhos.
é um dos aspectos fundamentais do estudo da regência Minha família sempre assistiu ao Lar dos Velhinhos.
verbal (e também nominal). As preposições são capazes de
modificar completamente o sentido do que se está sendo - No sentido de morar é intransitivo, mas exige
dito. Veja os exemplos: preposição EM.
Aspirando a um cargo público, ele vai assistir em
Cheguei ao metrô. Brasília.
Cheguei no metrô.
Atender
No primeiro caso, o metrô é o lugar a que vou; no - Atender pode ser TD ou TI, com a preposição a.
segundo caso, é o meio de transporte por mim utilizado. Atenderam o meu pedido prontamente.
A oração “Cheguei no metrô”, popularmente usada a fim Atenderam ao meu pedido prontamente.
de indicar o lugar a que se vai, possui, no padrão culto da
No sentido de deferir ou receber (em algum lugar)
língua, sentido diferente. Aliás, é muito comum existirem
pede objeto direto
divergências entre a regência coloquial, cotidiana de alguns
verbos, e a regência culta. No sentido de tomar em consideração, prestar atenção
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos pede objeto indireto com a preposição a.
de acordo com sua transitividade. A transitividade, porém, Se o complemento for um pronomes pessoal referente
não é um fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de a pessoa, só se emprega a forma objetiva direta (O diretor
diferentes formas em frases distintas. atendeu os interessados ou aos interessados / O diretor
- alguns verbos e seu comportamento: atendeu-os)

Aconselhar (TD e I) Certificar (TD e I)


Aconselho-o a tomar o ônibus cedo. - Admite duas construções: Quem certifica, certifica
Aconselho-lhe tomar o ônibus cedo. algo a alguém ou Quem certifica, certifica alguém de algo.
Observa-se a obrigatoriedade do uso de crase, quando
Agradar o OI for um substantivo feminino (que exija o artigo)
- no sentido de acariciar ou contentar (pede objeto Certifico-o de sua posse.
direto - não tem preposição). Certifico-lhe que seria empossado.
Agrado minhas filhas o dia inteiro. Certificamo-nos de seu êxito no concurso.
Para agradar o pai, ficou em casa naquele dia. Certificou o escrivão do desaparecimento dos autos.

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PORTUGUÊS

Chamar Comunicar (TD e I)


- TD, quando significar convocar. - Admite duas construções alternando algo e alguém
Chamei todos os sócios, para participarem da reunião. entre OD e OI.
- TI, com a preposição POR, quando significar invocar. Comunico-lhe meu sucesso.
Chamei por você insistentemente, mas não me ouviu. Comunico meu sucesso a todos.

- TD e I, com a preposição A, quando significar Custar


repreender. - No sentido de ser difícil será TI, com a preposição A.
Chamei o menino à atenção, pois estava conversando Nesse caso, terá como sujeito aquilo que é difícil, nunca a
durante a aula. pessoa, que será objeto indireto.
Chamei-o à atenção. Custou-me acreditar em Hipocárpio.
A expressão “chamar a atenção de alguém” não Custa a algumas pessoas permanecer em silêncio.
significa repreender, e sim fazer se notado (O cartaz
chamava a atenção de todos que por ali passavam) - no sentido de causar transtorno, dar trabalho será
intransitivo, com a preposição A.
- Pode ser TD ou TI, com a preposição A, quando Sua irresponsabilidade custou sofrimento a toda a
significar dar qualidade. A qualidade (predicativo do família.
objeto) pode vir precedida da preposição DE, ou não.
Chamaram-no irresponsável. - no sentido de ter preço será transitivo direto.
Chamaram-no de irresponsável. Estes sapatos custaram R$ 50,00.
Chamaram-lhe irresponsável.
Chamaram-lhe de irresponsável. Desfrutar E usufruir (TD)
Desfrutei os bens de meu pai.
Chegar, IR (Intransitivo) Pagam o preço do progresso aqueles que menos o
- Aparentemente eles têm complemento, pois quem desfrutam.
vai, vai a algum lugar e quem chega, chega de. Porém a
indicação de lugar é circunstância (adjunto adverbial de Ensinar ( TD e I)
lugar), e não complementação. Ensinei-o a falar português.
Esses verbos exigem a preposição A, na indicação de Ensinei-lhe o idioma inglês.
destino, e DE, na indicação de procedência.
Quando houver a necessidade da preposição A, Esquecer, Lembrar
seguida de um substantivo feminino (que exija o artigo a), - quando acompanhados de pronomes, são TI e
ocorrerá crase (Vou à Bahia) constroem-se com DE.
Ela se lembrou do namorado distante.
- no emprego mais frequente, usam a preposição A e Você se esqueceu da caneta no bolso do paletó.
não EM. - constroem-se sem preposição (TD), se
Cheguei tarde à escola. desacompanhados de pronome.
Foi ao escritório de mau humor. Você esqueceu a caneta no bolso do paletó. Ela
lembrou o namorado distante.
- se houver ideia de permanência, o verbo ir segue-se
da preposição PARA. Faltar, Restar E Bastar
Se for eleito, ele irá para Brasília. - Podem ser intransitivos ou TI, com a preposição A.
Muitos alunos faltaram hoje.
- quando indicam meio de transporte no qual se chega Três homens faltaram ao trabalho hoje.
ou se vai, então exigem EM. Resta aos vestibulandos estudar bastante.
Cheguei no ônibus da empresa.
A delegação irá no vôo 300. Implicar
- TD e I com a preposição EM, quando significar
Cogitar envolver alguém.
- Pode ser TD ou TI, com a preposição EM, ou com a Implicaram o advogado em negócios ilícitos.
preposição DE.
Começou a cogitar uma viagem pelo litoral. - TD, quando significar fazer supor, dar a entender;
Hei de cogitar no caso. produzir como consequência, acarretar.
O diretor cogitou de demitir-se. Os precedentes daquele juiz implicam grande
honestidade.
Comparecer (Intransitivo) Suas palavras implicam denúncia contra o deputado.
Compareceram na sessão de cinema.
Compareceram à sessão de cinema. - TI com a preposição COM, quando significar
antipatizar.

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PORTUGUÊS

Não sei por que o professor implica comigo. - TI, com a preposição DE, quando significar derivar-se,
Emprega-se preferentemente sem a preposição EM originar-se ou provir.
(Magistério implica sacrifícios) O mau-humor de Pedro procede da educação que
recebeu.
Informar (TD e I) Esta madeira procede do Paraná.
- Admite duas construções: Quem informa, informa
algo a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo. - Intransitivo, quando significar conduzir-se ou ter
Informei-o de que suas férias terminou. fundamento.
Informei-lhe que suas férias terminou. Suas palavras não procedem!
Aquele funcionário procedeu honestamente.

Morar, Residir, Situar-se (Intransitivo) Querer


- Seguidos da preposição EM e não com a preposição - No sentido de desejar, ter a intenção ou vontade de,
A, como muitas vezes acontece. tencionar (TD).
Moro em Londrina. Quero meu livro de volta.
Resido no Jardim Petrópolis. Sempre quis seu bem.
Minha casa situa-se na rua Cassiano.
- No sentido de querer bem, estimar (TI - preposição
Namorar (TD) A).
Ela namorava o filho do delegado. Maria quer demais a seu namorado.
O mendigo namorava a torta que estava sobre a mesa.
Queria-lhe mais do que à própria vida.
Obedecer, Desobedecer (TI)
Devemos obedecer às normas. Renunciar
Por que não obedeces aos teus pais? - Pode ser TD ou TI, com a preposição A.
Ele renunciou o encargo.
- Verbos TI que admitem formação de voz passiva: Ele renunciou ao encargo.

Pagar, Perdoar Responder


- São TD e I, com a preposição A. O objeto direto - TI, com a preposição A, quando possuir apenas um
sempre será a coisa, e o objeto indireto, a pessoa. complemento.
Paguei a conta ao Banco. Respondi ao bilhete imediatamente.
Perdoo os erros ao amigo. Respondeu ao professor com desdém.
As construções de voz passiva com esses verbos são
comuns na fala, mas agramaticais - Nesse caso, não aceita construção de voz passiva.

Pedir (TD e I) - TD com OD para expressar a resposta (respondeu o


- Quem pede, pede algo a alguém. Portanto é errado quê?)
dizer Pedir para que alguém faça algo. Ele apenas respondeu isso e saiu.
Pediram-lhe perdão.
Pediu perdão a Deus. Revidar (TI)
Ele revidou ao ataque instintivamente.
Precisar
- No sentido de tornar preciso (pede objeto direto). Simpatizar e Antipatizar (TI)
O mecânico precisou o motor do carro. - Com a preposição COM. Não são pronominais,
portanto não existe simpatizar-se, nem antipatizar-se.
- No sentido de ter necessidade (pede a preposição Sempre simpatizei com Eleodora, mas antipatizo com
de). o irmão dela.
Preciso de bom digitador.
Sobressair (TI)
Preferir (TD e I) - Com a preposição EM. Não é pronominal, portanto
- Não se deve usar mais, muito mais, antes, mil vezes, não existe sobressair-se.
nem que ou do que. Quando estava no colegial, sobressaía em todas as
Preferia um bom vinho a uma cerveja. matérias.

Proceder Visar
- TI, com a preposição A, quando significar dar início - no sentido de ter em vista, objetivar (TI - preposição
ou realizar. A)
Os fiscais procederam à prova com atraso. Não visamos a qualquer lucro.
Procedemos à feitura das provas. A educação visa ao progresso do povo.

56
PORTUGUÊS

- No sentido de apontar arma ou dar visto (TD) 3. Assinale a opção em que o verbo lembrar está
Ele visava a cabeça da cobra com cuidado. empregado de maneira inaceitável em relação à norma
Ele visava os contratos um a um. culta da língua:
- Se TI não admite a utilização do complemento lhe. No a) pediu-me que o lembrasse a meus familiares;
lugar, coloca-se a ele (a/s) b) é preciso lembrá-lo o compromisso que assumiu
conosco;
Obs: São estes os principais verbos que, quando TI, c) lembrou-se mais tarde que havia deixado as chaves
não aceitam LHE/LHES como complemento, estando em em casa;
seu lugar a ele (a/s) - aspirar, visar, assistir (ver), aludir, d) não me lembrava de ter marcado médico para hoje;
referir-se, anuir. e) na hora das promoções, lembre-se de mim.
Avisar, advertir, certificar, cientificar, comunicar, 4. O verbo chamar está com a regência INCORRETA em:
informar, lembrar, noticiar, notificar, prevenir são TD e I,
a) chamo-o de burguês, pois você legitima a submissão
admitindo duas construções: Quem informa, informa algo
das mulheres;
a alguém ou Quem informa, informa alguém de algo.
b) como ninguém assumia, chamei-lhes de
Os verbos transitivos indiretos na 3ª pessoa do singular,
discriminadores;
acompanhados do pronome se, não admitem plural. É que,
neste caso, o se indica sujeito indeterminado, obrigando o c) de repente, houve um nervosismo geral e chamaram-
verbo a ficar na terceira pessoa do singular. (Precisa-se de nas de feministas;
novas esperanças / Aqui, obedece-se às leis de ecologia) d) apesar de a hora ter chegado, o chefe não chamou
Verbos que podem ser usados como TD ou TI, sem às feministas a sua seção;
alteração de sentido: abdicar (de), acreditar (em), almejar e) as mulheres foram para o local do movimento, que
(por), ansiar (por), anteceder (a), atender (a), atentar (em, elas chamaram de maternidade.
para), cogitar (de, em), consentir (em), deparar (com),
desdenhar (de), gozar (de), necessitar (de), preceder (a), 5. Assinale o exemplo, em que está bem empregada a
precisar (de), presidir (a), renunciar (a), satisfazer (a), versar construção com o verbo preferir:
(sobre) - lista de Pasquale e Ulisses. a) preferia ir ao cinema do que ficar vendo televisão;
b) preferia sair a ficar em casa;
Exercícios c) preferia antes sair a ficar em casa;
d) preferia mais sair do que ficar em casa;
1. Assinale a única alternativa que está de acordo com e) antes preferia sair do que ficar em casa.
as normas de regência da língua culta.
a) avisei-o de que não desejava substituí-lo na Gabarito
presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, (1-A) (2-A) (3-B) (4-D) (5-B)
jamais aspirei a tal cargo;
b) avisei-lhe de que não desejava substituí-lo na Regência Nominal
presidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição,
jamais aspirei a tal cargo; Regência Nominal é o nome da relação existente
c) avisei-o de que não desejava substituir- lhe na entre um nome (substantivo, adjetivo ou advérbio) e os
presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição, termos regidos por esse nome. Essa relação é sempre
jamais aspirei tal cargo; intermediada por uma preposição. No estudo da regência
d) avisei-lhe de que não desejava substituir-lhe na
nominal, é preciso levar em conta que vários nomes
presidência, pois apesar de ter sempre servido à instituição,
apresentam exatamente o mesmo regime dos verbos de
jamais aspirei a tal cargo;
que derivam. Conhecer o regime de um verbo significa,
e) avisei-o de que não desejava substituí-lo na
nesses casos, conhecer o regime dos nomes cognatos.
presidência, pois apesar de ter sempre servido a instituição,
jamais aspirei tal cargo. Observe o exemplo:
Verbo obedecer e os nomes correspondentes: todos
2. Assinale a opção em que o verbo chamar é empregado regem complementos introduzidos pela preposição “a”.
com o mesmo sentido que apresenta em ________ “No Veja:
dia em que o chamaram de Ubirajara, Quaresma ficou Obedecer a algo/ a alguém.
reservado, taciturno e mudo”: Obediente a algo/ a alguém.
a) pelos seus feitos, chamaram-lhe o salvador da pátria;
b) bateram à porta, chamando Rodrigo; Apresentamos a seguir vários nomes acompanhados
c) naquele momento difícil, chamou por Deus e pelo da preposição ou preposições que os regem. Observe-
Diabo; os atentamente e procure, sempre que possível, associar
d) o chefe chamou-os para um diálogo franco; esses nomes entre si ou a algum verbo cuja regência você
e) mandou chamar o médico com urgência. conhece.

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PORTUGUÊS

Substantivos 2-(FTM-ARACAJU) As mulheres da noite ....... o poeta


faz alusão ajudam a colorir Aracaju, ....... coração bate de
Devoção a, noite, no silêncio.
Admiração a, por
para, com, por
Medo a, de A alternativa que completa corretamente as lacunas da
frase acima é:
Aversão a, para, a) as quais / de cujo o
Doutor em Obediência a
por b) a que / no qual
Atentado a, Dúvida acerca c) de que / o qual
Ojeriza a, por d) às quais / cujo
contra de, em, sobre
e) que / em cujo
Proeminência
Bacharel em Horror a
sobre
3- (EPCAR) O que devidamente empregado só não
Capacidade Impaciência
Respeito a, seria regido de preposição na opção:
de,para com
com,para a) O cargo ....... aspiro depende de concurso.
com, por b) Eis a razão ....... não compareci.
c) Rui é o orador ....... mais admiro.
Adjetivos d) O jovem ....... te referiste foi reprovado.
e) Ali está o abrigo ....... necessitamos.
Acessível a Diferente de Necessário a
4- (IBGE) Assinale a opção em que todos os adjetivos
Acostumado a, devem ser seguidos pela mesma preposição:
Entendido em Nocivo a
com a) ávido / bom / inconsequente
Afável com, b) indigno / odioso / perito
Equivalente a Paralelo a
para com c) leal / limpo / oneroso
Agradável a Escasso de Passível de d) orgulhoso / rico / sedento
e) oposto / pálido / sábio
Alheio a, de Fácil de Essencial a, para
Ansioso de, 5- Indique onde há erro de regência nominal:
Fanático por Preferível a a) Ele é muito apegado em bens materiais.
para, por
b) Estamos fartos de tantas promessas.
Apto a, para Favorável a Prejudicial a
c) Ela era suspeita de ter assaltado a loja.
Benéfico a Grato a, por Próximo a d) Ele era intransigente nesse ponto do regulamento.
Relacionado e) A confiança dos soldados no chefe era inabalável.
Capaz de, para Hábil em
com
Gabarito
Compatível 1-E 2-D 3- D 4- D 5 - A
Habituado a Relativo a
com
Contemporâ- Satisfeito COESÃO E COERÊNCIA
Idêntico a
neo a, de com,de,em,por Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
Contrário a Indeciso em Sensível a pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
Advérbios tamos as ações que interferem na realidade e organização
de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
Longe de mento transformado em texto.
Perto de Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
Obs.: os advérbios terminados em -mente tendem organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
paralela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a. dizer, por meio da comunicação.
Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
Exercícios dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
1- (UNIFIC) Os encargos ....... nos obrigaram são aqueles
....... o diretor se referia. Introdução
a) de que – que
b) a cujos – cujos Caracterizada pela entrada no assunto e a argumen-
c) por que – que tação inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa
d) cujos – cujo etapa. Entretanto, essa apresentação deve ser direta, sem
e) a que - a que rodeios. O seu tamanho raramente excede a 1/5 de todo o

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PORTUGUÊS

texto. Porém, em textos mais curtos, essa proporção não é → O problema aparece quando não ocorre uma ex-
equivalente. Neles, a introdução pode ser o próprio título. ploração devida do desenvolvimento. Logo, acontece uma
Já nos textos mais longos, em que o assunto é exposto invasão das ideias de desenvolvimento na conclusão.
em várias páginas, ela pode ter o tamanho de um capítulo → Outro fator consequente da insuficiência de funda-
ou de uma parte precedida por subtítulo. Nessa situação, mentação do desenvolvimento está na conclusão precisar
pode ter vários parágrafos. Em redações mais comuns, que de maiores explicações, ficando bastante vazia.
em média têm de 25 a 80 linhas, a introdução será o pri- → Enrolar e “encher linguiça” são muito comuns no
meiro parágrafo. texto em que o autor fica girando em torno de ideias re-
Desenvolvimento dundantes ou paralelas.
→ Uso de frases vazias que, por vezes, são perfeita-
A maior parte do texto está inserida no desenvolvi- mente dispensáveis.
mento. Ele é responsável por estabelecer uma ligação entre → Quando não tem clareza de qual é a melhor con-
a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são elabo- clusão, o autor acaba se perdendo na argumentação final.
radas as ideias, os dados e os argumentos que sustentam Em relação à abertura para novas discussões, a con-
e dão base às explicações e posições do autor. É carac- clusão não pode ter esse formato, exceto pelos seguintes
terizado por uma “ponte” formada pela organização das fatores:
ideias em uma sequência que permite formar uma relação
equilibrada entre os dois lados. → Para não influenciar a conclusão do leitor sobre te-
O autor do texto revela sua capacidade de discutir um mas polêmicos, o autor deixa a conclusão em aberto.
determinado tema no desenvolvimento. Nessa parte, ele → Para estimular o leitor a ler uma possível continuida-
se torna capaz de defender seus pontos de vista, além de de do texto, ou autor não fecha a discussão de propósito.
dirigir a atenção do leitor para a conclusão. As conclusões → Por apenas apresentar dados e informações sobre
são fundamentadas a partir daqui. o tema a ser desenvolvido, o autor não deseja concluir o
Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o assunto.
escritor já deve ter uma ideia clara de como vai ser a con- → Para que o leitor tire suas próprias conclusões, o au-
clusão. Por isso a importância do planejamento de texto. tor enumera algumas perguntas no final do texto.
Em média, ocupa 3/5 do texto, no mínimo. Já nos tex- A maioria dessas falhas pode ser evitada se antes o au-
tos mais longos, pode estar inserido em capítulos ou tre- tor fizer um esboço de todas as suas ideias. Essa técnica
chos destacados por subtítulos. Deverá se apresentar no é um roteiro, em que estão presentes os planejamentos.
formato de parágrafos medianos e curtos. Nele devem estar indicadas as melhores sequências a se-
Os principais erros cometidos no desenvolvimento são rem utilizadas na redação. O roteiro deve ser o mais enxuto
o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está possível.
relacionado ao autor tomar um argumento secundário que Fonte: http://producao-de-textos.info/mos/view/Carac-
se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra ter%C3%ADsticas_e_Estruturas_do_Texto/
em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
segundo caso acontece quando quem redige tem muitas Não basta conhecer o conteúdo das partes de um tra-
ideias ou informações sobre o que está sendo discutido, balho: introdução, desenvolvimento e conclusão. Além de
não conseguindo estruturá-las. Surge também a dificul- saber o que se deve (e o que não se deve) escrever em
dade de organizar seus pensamentos e definir uma linha cada parte constituinte do texto, é preciso saber escrever
lógica de raciocínio. obedecendo às normas de coerência e coesão. Antes de
mais nada, é necessário definir os termos: coerência diz res-
Conclusão peito à articulação do texto, à compatibilidade das ideias,
à lógica do raciocínio, a seu conteúdo. Coesão refere-se à
Considerada como a parte mais importante do texto, expressão linguística, ao nível gramatical, às estruturas fra-
é o ponto de chegada de todas as argumentações elabo- sais e ao emprego do vocabulário.
radas. As ideias e os dados utilizados convergem para essa
parte, em que a exposição ou discussão se fecha. Coerência e coesão relacionam-se com o processo de
Em uma estrutura normal, ela não deve deixar uma produção e compreensão do texto. A coesão contribui para
brecha para uma possível continuidade do assunto; ou a coerência, mas nem sempre um texto coerente apresenta
seja, possui atributos de síntese. A discussão não deve ser coesão. Pode ocorrer que o texto sem coerência apresente
encerrada com argumentos repetitivos, sendo evitados na coesão, ou que um texto tenha coesão sem coerência. Em
medida do possível. Alguns exemplos: “Portanto, como já outras palavras: um texto pode ser gramaticalmente bem
dissemos antes...”, “Concluindo...”, “Em conclusão...”. construído, com frases bem estruturadas, vocabulário cor-
Sua proporção em relação à totalidade do texto deve reto, mas apresentar ideias sem nexo, sem uma sequência
ser equivalente ao da introdução: de 1/5. Essa é uma das lógica: há coesão, mas não coerência. Por outro lado, um
características de textos bem redigidos. texto pode apresentar ideias coerentes e bem encadeadas,
Os seguintes erros aparecem quando as conclusões fi- sem que no plano da expressão as estruturas frasais sejam
cam muito longas: gramaticalmente aceitáveis: há coerência, mas não coesão.

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PORTUGUÊS

A coerência textual subjaz ao texto e é responsável “Estabelecer os limites as quais a programação deveria
pela hierarquização dos elementos textuais, ou seja, ela estar exposta.”
tem origem nas estruturas profundas, no conhecimento do Estabelecer os limites aos quais a programação deveria
mundo de cada pessoa, aliada à competência linguística. estar sujeita. = correta
Deduz-se que é difícil ensinar coerência textual, intima-
mente ligada à visão de mundo, à origem das ideias no “A censura deveria punir as notícias sensacionalistas.”
pensamento. A coesão, porém, refere-se à expressão lin- A censura deveria proibir (ou coibir) as notícias sensa-
guística, aos processos sintáticos e gramaticais do texto. cionalistas ou punir os meios de comunicação que veiculam
O seguinte resumo caracteriza coerência e coesão: tais notícias. = correta

Coerência: rede de sintonia entre as partes e o todo de “Retomada das rédeas da programação.”
um texto. Conjunto de unidades sistematizadas numa ade- Retomada das rédeas dos meios de comunicação, no
quada relação semântica, que se manifesta na compatibi- que diz respeito à programação. = correta
lidade entre as ideias. (Na linguagem popular: “dizer coisa O emprego de vocabulário inadequado prejudica mui-
com coisa” ou “uma coisa bate com outra”). tas vezes a compreensão das ideias. É importante, ao redi-
gir, empregar palavras cujo significado seja conhecido pelo
Coesão: conjunto de elementos posicionados ao longo enunciador, e cujo emprego faça parte de seus conheci-
do texto, numa linha de sequência e com os quais se es- mentos linguísticos. Muitas vezes, quem redige conhece o
tabelece um vínculo ou conexão sequencial. Se o vínculo significado de determinada palavra, mas não sabe empre-
coesivo faz-se via gramática, fala-se em coesão gramatical. gá-la adequadamente, isso ocorre frequentemente com o
Se se faz por meio do vocabulário, tem-se a coesão lexical. emprego dos conectivos (preposições e conjunções). Não
basta saber que as preposições ligam nomes ou sintagmas
Coerência nominais no interior das frases e que as conjunções ligam
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do frases dentro do período; é necessário empregar adequa-
texto; damente tanto umas como outras. É bem verdade que, na
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão maioria das vezes, o emprego inadequado dos conectivos
conceitual; remete aos problemas de regência verbal e nominal.
Exemplos:
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o
todo, com o aspecto global do texto;
“Estar inteirada com os fatos” significa participação, in-
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e fra-
teração.
ses.
“Estar inteirada dos fatos” significa ter conhecimento
dos fatos, estar informada.
Coesão
“Ir de encontro” significa divergir, não concordar.
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal;
“Ir ao encontro” quer dizer concordar.
- situa-se na superfície do texto, estabelece conexão
sequencial; “Ameaça de liberdade de expressão e transmissão de
- relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as ideias” significa a liberdade não é ameaça;
partes componentes do texto; “Ameaça à liberdade de expressão e transmissão de
- Estabelece relações entre os vocábulos no interior ideias”, isto é, a liberdade fica ameaçada.
das frases.
Quanto à regência verbal, convém sempre consul-
Coerência e coesão são responsáveis pela inteligibili- tar um dicionário de verbos, pois muitos deles admitem
dade ou compreensão do texto. Um texto bem redigido duas ou três regências diferentes; cada uma, porém, tem
tem parágrafos bem estruturados e articulados pelo enca- um significado específico. Lembre-se, a propósito, de que
deamento das ideias neles contidas. As estruturas frasais as dúvidas sobre o emprego da crase decorrem do fato
devem ser coerentes e gramaticalmente corretas, no que de considerar-se crase como sinal de acentuação apenas,
diz respeito à sintaxe. O vocabulário precisa ser adequado quando o problema refere-se à regência nominal e verbal.
e essa adequação só se consegue pelo conhecimento dos Exemplos:
significados possíveis de cada palavra. Talvez os erros mais
comuns de redação sejam devidos à impropriedade do vo- O verbo assistir admite duas regências:
cabulário e ao mau emprego dos conectivos (conjunções, assistir o/a (transitivo direto) significa dar ou prestar
que têm por função ligar uma frase ou período a outro). Eis assistência (O médico assiste o doente):
alguns exemplos de impropriedade do vocabulário, colhi- Assistir ao (transitivo indireto): ser espectador (Assisti
dos em redações sobre censura e os meios de comunica- ao jogo da seleção).
ção e outras.
Pedir o =n(transitivo direto) significa solicitar, pleitear
“Nosso direito é frisado na Constituição.” (Pedi o jornal do dia).
Nosso direito é assegurado pela Constituição. = correta Pedir que =,contém uma ordem (A professora pediu
que fizessem silêncio).

60
PORTUGUÊS

Pedir para = pedir permissão (Pediu para sair da clas- - Para introduzir esclarecimentos, retificações ou de-
se); significa também pedir em favor de alguém (A Diretora senvolvimento do que foi dito empregam-se os articu-
pediu ajuda para os alunos carentes) em favor dos alunos, ladores: isto é, quer dizer, ou seja, em outras palavras. A
pedir algo a alguém (para si): (Pediu ao colega para ajudá conjunção aditiva “e” anuncia não a repetição, mas o de-
-lo); pode significar ainda exigir, reclamar (Os professores senvolvimento do discurso, pois acrescenta uma informa-
pedem aumento de salário). ção nova, um dado novo, e se não acrescentar nada, é pura
repetição e deve ser evitada.
O mau emprego dos pronomes relativos também pode - Alguns articuladores servem para estabelecer uma
levar à falta de coesão gramatical. Frequentemente, em- gradação entre os correspondentes de determinada escala.
prega-se no qual ou ao qual em lugar do que, com prejuízo No alto dessa escala acham-se: mesmo, até, até mesmo; no
da clareza do texto; outras vezes, o emprego é desnecessá- plano mais baixo: ao menos, pelo menos, no mínimo.
rio ou inadequado.
“Pela manhã o carteiro chegou com um envelope para
mim no qual estava sem remetente”. (Chegou com um en-
velope que (o qual) estava sem remetente). ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM,
ORTOGRAFIA E PONTUAÇÃO.
“Encontrei apenas belas palavras o qual não duvido da
sensibilidade...”
Encontrei belas palavras e não duvido da sensibilidade FIGURAS DE LINGUAGEM
delas (palavras cheias de sensibilidade).
Segundo Mauro Ferreira, a importância em reconhecer
Para evitar a falta de coerência e coesão na articulação figuras de linguagem está no fato de que tal conhecimento,
das frases, aconselha-se levar em conta as seguintes suges- além de auxiliar a compreender melhor os textos literários,
tões para o emprego correto dos articuladores sintáticos
deixa-nos mais sensíveis à beleza da linguagem e ao
(conjunções, preposições, locuções prepositivas e locuções
significado simbólico das palavras e dos textos.
conjuntivas).
Definição: Figuras de linguagem são certos recursos
- Para dar ideia de oposição ou contradição, a articu-
não--convencionais que o falante ou escritor cria para dar
lação sintática faz-se por meio de conjunções adversativas:
maior expressividade à sua mensagem.
mas, porém, todavia, contudo, no entanto, entretanto. Po-
dem também ser empregadas as conjunções concessivas
e locuções prepositivas para introduzir a ideia de oposição Metáfora
aliada à concessão: embora, ou muito embora, apesar de, É o emprego de uma palavra com o significado de outra
ainda que, conquanto, posto que, a despeito de, não obs- em vista de uma relação de semelhanças entre ambas. É
tante. uma comparação subentendida.
- A articulação sintática de causa pode ser feita por Minha boca é um túmulo.
meio de conjunções e locuções conjuntivas: pois, porque, Essa rua é um verdadeiro deserto.
como, por isso que, visto que, uma vez que, já que. Também
podem ser empregadas as preposições e locuções preposi- Comparação
tivas: por, por causa de, em vista de, em virtude de, devido a, Consiste em atribuir características de um ser a outro,
em consequência de, por motivo de, por razões de. em virtude de uma determinada semelhança.
- O principal articulador sintático de condição é o “se”: O meu coração está igual a um céu cinzento.
Se o time ganhar esse jogo, será campeão. Pode-se também O carro dele é rápido como um avião.
expressar condição pelo emprego dos conectivos: caso,
contanto que, desde que, a menos que, a não ser que. Prosopopeia
- O emprego da preposição “para” é a maneira mais É uma figura de linguagem que atribui características
comum de expressar finalidade. “É necessário baixar as ta- humanas a seres inanimados. Também podemos chamá-la
xas de juros para que a economia se estabilize” ou para a de PERSONIFICAÇÃO.
economia estabilizar-se. “Teresa vai estudar bastante para O céu está mostrando sua face mais bela.
fazer boa prova.” Há outros articuladores que expressam O cão mostrou grande sisudez.
finalidade: a fim de, com o propósito de, na finalidade de,
com a intenção de, com o objetivo de, com o fito de, com o Sinestesia
intuito de. Consiste na fusão de impressões sensoriais diferentes
- A ideia de conclusão pode ser introduzida por meio (mistura dos cinco sentidos).
dos articuladores: assim, desse modo, então, logo, portanto, Raquel tem um olhar frio, desesperador.
pois, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso. Aquela criança tem um olhar tão doce.
Para introduzir mais um argumento a favor de determinada
conclusão emprega- Catacrese
-se ainda. Os articuladores aliás, além do mais, além É o emprego de uma palavra no sentido figurado por
disso, além de tudo, introduzem um argumento decisivo, falta de um termo próprio.
cabal, apresentado como um acréscimo, para justificar de O menino quebrou o braço da cadeira.
forma incontestável o argumento contrário. A manga da camisa rasgou.

61
PORTUGUÊS

Metonímia Aliteração
É a substituição de uma palavra por outra, quando Consiste na repetição de um determinado som
existe uma relação lógica, uma proximidade de sentidos consonantal no início ou interior das palavras.
que permite essa troca. Ocorre metonímia quando O rato roeu a roupa do rei de Roma.
empregamos:
Elipse
- O autor pela obra. Consiste na omissão de um termo que fica subentendido
Li Jô Soares dezenas de vezes. (a obra de Jô Soares) no contexto, identificado facilmente.
Após a queda, nenhuma fratura.
- o continente pelo conteúdo. Zeugma
O ginásio aplaudiu a seleção. (ginásio está substituindo Consiste na omissão de um termo já empregado
os torcedores) anteriormente.
- a parte pelo todo. Ele come carne, eu verduras.
Vários brasileiros vivem sem teto, ao relento. (teto
Pleonasmo
substitui casa)
Consiste na intensificação de um termo através da sua
repetição, reforçando seu significado.
- o efeito pela causa.
Nós cantamos um canto glorioso.
Suou muito para conseguir a casa própria. (suor substitui
o trabalho) Polissíndeto
É a repetição da conjunção entre as orações de um
Perífrase período ou entre os termos da oração.
É a designação de um ser através de alguma de suas Chegamos de viagem e tomamos banho e saímos para
características ou atributos, ou de um fato que o celebrizou. dançar.
A Veneza Brasileira também é palco de grandes
espetáculos. (Veneza Brasileira = Recife) Assíndeto
A Cidade Maravilhosa está tomada pela violência. Ocorre quando há a ausência da conjunção entre duas
(Cidade Maravilhosa = Rio de Janeiro) orações.
Chegamos de viagem, tomamos banho, depois saímos
Antítese para dançar.
Consiste no uso de palavras de sentidos opostos.
Nada com Deus é tudo. Anacoluto
Tudo sem Deus é nada. Consiste numa mudança repentina da construção
sintática da frase.
Eufemismo Ele, nada podia assustá-lo.
Consiste em suavizar palavras ou expressões que são - Nota: o anacoluto ocorre com frequência na linguagem
desagradáveis. falada, quando o falante interrompe a frase, abandonando
Ele foi repousar no céu, junto ao Pai. (repousar no céu o que havia dito para reconstruí-la novamente.
= morrer)
Os homens públicos envergonham o povo. (homens Anáfora
públicos = políticos) Consiste na repetição de uma palavra ou expressão
para reforçar o sentido, contribuindo para uma maior
expressividade.
Hipérbole
Cada alma é uma escada para Deus,
É um exagero intencional com a finalidade de tornar
Cada alma é um corredor-Universo para Deus,
mais expressiva a ideia.
Cada alma é um rio correndo por margens de Externo
Ela chorou rios de lágrimas. Para Deus e em Deus com um sussurro noturno.
Muitas pessoas morriam de medo da perna cabeluda. (Fernando Pessoa)
Ironia Silepse
Consiste na inversão dos sentidos, ou seja, afirmamos o Ocorre quando a concordância é realizada com a ideia
contrário do que pensamos. e não sua forma gramatical. Existem três tipos de silepse:
Que alunos inteligentes, não sabem nem somar. gênero, número e pessoa.
Se você gritar mais alto, eu agradeço. - De gênero: Vossa excelência está preocupado com as
notícias. (a palavra vossa excelência é feminina quanto à
Onomatopeia forma, mas nesse exemplo a concordância se deu com a
Consiste na reprodução ou imitação do som ou voz pessoa a que se refere o pronome de tratamento e não
natural dos seres. com o sujeito).
Com o au-au dos cachorros, os gatos desapareceram. - De número: A boiada ficou furiosa com o peão e
Miau-miau. – Eram os gatos miando no telhado a noite derrubaram a cerca. (nesse caso a concordância se deu com
toda. a ideia de plural da palavra boiada).

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PORTUGUÊS

- De pessoa: As mulheres decidimos não votar em “Faz umas dez horas que essa menina penteia esse
determinado partido até prestarem conta ao povo. (nesse cabelo”.
tipo de silepse, o falante se inclui mentalmente entre os Ele morreu de tanto rir.
participantes de um sujeito em 3ª pessoa).
7) Ironia
Fonte:http://juliobattisti.com.br/tutoriais/josebferraz/ Ocorre ironia quando, pelo contexto, pela entonação,
figuraslinguagem001.asp pela contradição de termos, pretende-se questionar
São conhecidas pelo nome de figuras de pensamento certo tipo de pensamento. A intenção é depreciativa ou
os recursos estilísticos utilizados para incrementar o sarcástica. Exemplos:
significado das palavras no seu aspecto semântico. Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
São oito as figuras de pensamento: “Moça linda, bem tratada, / três séculos de família, /
burra como uma porta: / um amor.” (Mário de Andrade).
1) Antítese
É a aproximação de palavras ou expressões de sentidos 8) Prosopopeia ou Personificação
opostos. O contraste que se estabelece serve para dar uma Consiste na atribuição de ações, qualidades ou
ênfase aos conceitos envolvidos, o que não ocorreria com características humanas a seres não humanos. Exemplos:
a exposição isolada dos mesmos. Exemplos: Chora, viola.
Viverei para sempre ou morrerei tentando. A morte mostrou sua face mais sinistra.
Do riso se fez o pranto. O morro dos ventos uivantes.
Hoje fez sol, ontem, porém, choveu muito.
Figuras de construção ou sintaxe integram as
2) Apóstrofe chamadas figuras de linguagem, representando um
É assim denominado o chamamento do receptor subgrupo destas. Dessa forma, tendo em vista o padrão não
da mensagem, seja ele de natureza imaginária ou não. É convencional que prevalece nas figuras de linguagem (ou
utilizada para dar ênfase à expressão e realiza-se por meio seja, a subjetividade, a sensibilidade por parte do emissor,
do vocativo. Exemplos: deixando às claras seus aspectos estilísticos), devemos
Deus! Ó Deus! Onde estás que não respondes? compreender sua denominação. Em outras palavras, por
Pai Nosso, que estais no céu; que “figuras de construção ou sintaxe”?
Ó meu querido Santo António; Podemos afirmar que assim se denominam em virtude
de apresentarem algum tipo de modificação na estrutura
3) Paradoxo da oração, tendo em vista os reais e já ressaltados objetivos
É uma proposição aparentemente absurda, resultante da enunciação (do discurso) – sendo o principal conferir
da união de ideias que se contradizem referindo-se ao ênfase a ela.
mesmo termo. Os paradoxos viciosos são denominados Assim sendo, comecemos entendendo que, em termos
Oxímoros (ou oximoron). Exemplos: convencionais, a estrutura sintática da nossa língua se
“Menino do Rio / Calor que provoca arrepio...” perfaz de uma sequência, demarcada pelos seguintes
“Amor é fogo que arde sem se ver; / É ferida que dói e elementos:
não se sente; / É um contentamento descontente; / É dor que
desatina sem doer;” (Camões) SUJEITO + PREDICADO + COMPLEMENTO

4) Eufemismo (Nós) CHEGAMOS ATRASADOS À REUNIÃO.


Consiste em empregar uma expressão mais suave,
mais nobre ou menos agressiva, para atenuar uma verdade Temos, assim, um sujeito oculto – nós; um predicado
tida como penosa, desagradável ou chocante. Exemplos: verbal – chegamos atrasados; e um complemento,
“E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir Deus representado por um adjunto adverbial de lugar – à reunião.
lhe pague”. (Chico Buarque). Quando há uma ruptura dessa sequência lógica,
paz derradeira = morte materializada pela inversão de termos, repetição ou até
mesmo omissão destes, é justamente aí que as figuras em
5) Gradação questão se manifestam. Desse modo, elas se encontram
Na gradação temos uma sequência de palavras que muito presentes na linguagem literária, na publicitária e
intensificam a mesma ideia. Exemplo: na linguagem cotidiana de forma geral. Vejamos cada uma
“Aqui... além... mais longe por onde eu movo o passo.” delas de modo particular:
(Castro Alves).
Elipse
6) Hipérbole Tal figura se caracteriza pela omissão de um termo na
É a expressão intencionalmente exagerada com o oração não expresso anteriormente, contudo, facilmente
intuito de realçar uma ideia, proporcionando uma imagem identificado pelo contexto. Vejamos um exemplo:
emocionante e de impacto. Exemplos:

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Rondó dos cavalinhos Anacoluto


[...] Trata-se de uma figura que se caracteriza pela
interrupção da sequência lógica do pensamento, ou seja,
Os cavalinhos correndo, em termos sintáticos, afirma-se que há uma mudança na
E nós, cavalões, comendo... construção do período, deixando algum termo desligado
O Brasil politicando, do restante dos elementos. Vejamos:
Nossa! A poesia morrendo... Essas crianças de hoje, elas estão muito evoluídas.
O sol tão claro lá fora, Notamos que o termo em destaque, que era para
O sol tão claro, Esmeralda, representar o sujeito da oração, encontra-se desligado dos
E em minhalma — anoitecendo! demais termos, não cumprindo, portanto, nenhuma função
Manuel Bandeira sintática.

Notamos que em todos os versos há a omissão do verbo Inversão (ou Hipérbato)


estar, sendo este facilmente identificado pelo contexto. Trata-se da inversão da ordem direta dos termos da
oração. Constatemos: Eufórico chegou o menino.
Zeugma Deduzimos que o predicativo do sujeito (pois se trata
Ao contrário da elipse, na zeugma ocorre a omissão de um predicado verbo-nominal) encontra-se no início da
de um termo já expresso no discurso. Constatemos: Maria oração, quando este deveria estar expresso no final, ou
gosta de Matemática, eu de Português. seja: O menino chegou eufórico.
Observamos que houve a omissão do verbo gostar. Pleonasmo
Figura que consiste na repetição enfática de uma ideia
Anáfora antes expressa, tanto do ponto de vista sintático quanto
semântico, no intuito de reforçar a mensagem. Exemplo:
Essa figura de linguagem se caracteriza pela repetição
Vivemos uma vida tranquila.
intencional de um termo no início de um período, frase ou
O termo em destaque reforça uma ideia antes
verso. Observemos um caso representativo:
ressaltada, uma vez que viver já diz respeito à vida. Temos
A Estrela
uma repetição de ordem semântica.
A ele nada lhe devo.
Vi uma estrela tão alta,
Vi uma estrela tão fria!
Percebemos que o pronome oblíquo (lhe) faz referência
Vi uma estrela luzindo
à terceira pessoa do singular, já expressa. Trata-se, portanto,
Na minha vida vazia.
de uma repetição de ordem sintática demarcada pelo que
chamamos de objeto direto pleonástico.
Era uma estrela tão alta!
Era uma estrela tão fria! Observação importante: O pleonasmo utilizado sem
Era uma estrela sozinha a intenção de conferir ênfase ao discurso, torna-se o que
Luzindo no fim do dia. denominamos de vício de linguagem – ocorrência que deve
[...] ser evitada. Como, por exemplo: subir para cima, descer
Manuel Bandeira para baixo, entrar para dentro, entre outras circunstâncias
linguísticas.
Notamos a utilização de termos que se repetem
sucessivamente em cada verso da criação de Manuel ORTOGRAFIA
Bandeira.
ORTOGRAFIA: é parte da gramática normativa que
Polissíndeto trata de como as palavras podem ser escritas.
Figura cuja principal característica se define pela Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou
repetição enfática do conectivo, geralmente representado de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Por-
pela conjunção coordenada “e”. Observemos um verso tuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como
extraído de uma criação de Olavo Bilac, intitulada “A um deveremos escrever a palavra derivada.
poeta”: “Trabalha e teima, e lima, e sofre, e sua!”
Ç
Assíndeto
Diferentemente do que ocorre no polissíndeto, 1. Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vo-
manifestado pela repetição da conjunção, no assíndeto cábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos
ocorre a omissão deste. Vejamos: Vim, vi, venci (Júlio César) formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo
Depreendemos que se trata de orações assindéticas, (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infi-
justamente pela omissão do conectivo “e”. nitivo - r - do verbo).

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Portanto deve-se procurar a origem da palavra ter- Exemplos:


minada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra - expelir = expulsão
conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, es- - impelir = impulso
crevemo-la com ç. - compelir = compulsório
- concorrer = concurso
Exemplos: - discorrer = discurso
- erudito = erudição - percorrer = percurso
- exceto = exceção
- setor = seção 4. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas
- intuitivo = intuição em -oso e -osa, com exceção de gozo.
- redator = redação
- ereto = ereção Exemplos:
- educar - r + ção = educação - gostosa
- exportar - r + ção = exportação - glamorosa
- repartir - r + ção = repartição - saboroso
- horroroso
2. Escreveremos com -tenção os substantivos corres-
5. Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas
pondentes aos verbos derivados do verbo ter.
em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.
Exemplos:
Exemplos:
- manter = manutenção
- reter = retenção - fase
- deter = detenção - crase
- conter = contenção - tese
- osmose
3. Escreveremos com -çar os verbos derivados de
substantivos terminados em -ce. 6. Escreveremos com -s- as palavras femininas termi-
Exemplos: nadas em -isa.
- alcance = alcançar
- lance = lançar Exemplos:
- poetisa
S - profetisa
- Heloísa
1. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de ver- - Marisa
bos terminados em -nder e –ndir
7. Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos
Exemplos: pôr, querer e usar.
- pretender = pretensão
- defender = defesa, defensivo Exemplos:
- despender = despesa - Eu pus
- compreender = compreensão - Ele quis
- fundir = fusão - Nós usamos
- expandir = expansão - Eles quiseram
- Quando nós quisermos
2. Escreveremos com -s- as palavras derivadas de ver- - Se eles usassem
bos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Ç ou S?
Exemplos:
- perverter = perversão
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver
- converter = conversão
- reverter = reversão som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de
- divertir = diversão z.
- aspergir = aspersão
- imergir = imersão Exemplos:
- eleição
3. Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de ver- - traição
bos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas - Neusa
de verbos terminados em -correr. - coisa

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S ou Z? SS
1.-a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e 1. Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de
-esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios. verbos terminados em -ceder.
Exemplos: Exemplos:
- portuguesa - anteceder = antecessor
- norueguesa - exceder = excesso
- marquesa - conceder = concessão
- duquesa
- Inês 2. Escreveremos com -press- as palavras derivadas de
- Teresa verbos terminados em -primir.
Exemplos:
1.-b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em - imprimir = impressão
-ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, - comprimir = compressa
ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade. - deprimir = depressivo
Exemplos:
- embriaguez 3. Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de
- limpeza verbos terminados em -gredir.
- lucidez Exemplos:
- nobreza - agredir = agressão
- acidez - progredir = progresso
- pobreza - transgredir = transgressor
2.-a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em
-isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-. 4. Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras de-
Exemplos: rivadas de verbos terminados em -meter.
- análise = analisar Exemplos:
- pesquisa = pesquisar - comprometer = compromisso
- paralisia = paralisar - intrometer = intromissão
- prometer = promessa
2.-b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em - remeter = remessa
-izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.
Exemplos: ÇS ou SS
- economia = economizar Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
- terror = aterrorizar 1. Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a de-
- frágil = fragilizar sinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.
Cuidado: Exemplo:
- catequese = catequizar - curtir - r + ção = curtição
- síntese = sintetizar
- hipnose = hipnotizar 2. Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda
- batismo = batizar a terminação -tir, a última letra for consoante.
Exemplo:
3.-a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados - divertir - tir + são = diversão
em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s-
no final do radical. 3. Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos
Exemplos: toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
- casinha Exemplo:
- asinha - discutir - tir + ssão = discussão
- portuguesinho
- camponesinha J
- Teresinha 1. Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos ver-
- Inesita bos terminados em -jar.
Exemplos:
3.-b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados - trajar = traje, eu trajei.
em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir - encorajar = que eles encorajem
-s- no final do radical. - viajar = que eles viajem
Exemplos:
- mulherzinha 3. Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocá-
- arvorezinha bulos terminados em -ja.
- alemãozinho Exemplos:
- aviãozinho - loja = lojista
- pincelzinho - gorja = gorjeta
- corzinha - canja = canjica

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4. Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, afri- UIR e OER


cana ou popular. Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pes-
Exemplos: soas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-.
- jeca Exemplos:
- jibóia - tu possuis
- jiló - ele possui
- pajé - tu constróis
- ele constrói
G - tu móis
1. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas - ele mói
em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio. - tu róis
Exemplos: - ele rói
- pedágio
- colégio UAR e OAR
- sacrilégio Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pes-
- prestígio soas do Presente do Subjuntivo escritas com -e-.
- relógio Exemplos:
- refúgio - Que eu efetue
- Que tu efetues
2. Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas - Que ele atenue
em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação - Que nós atenuemos
dos verbos terminados em -jar. - Que vós entoeis
Exemplos: - Que eles entoem
- a viagem
- a coragem
Emprego De Algumas Palavras E Expressões
- a personagem
Por que/ porque/ porquê/ por quê
- a vernissagem
Por que – escreve-se por que separado e sem acento em
- a ferrugem
perguntas. ( por é preposição e o que pronome) Ex: Por que
- a penugem
não veio ontem?
Porque – escreve-se porque junto em respostas. (conjun-
X
1. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, ção explicativa)Ex: Porque estava doente.
com exceção de mecha. Porquê – escreve-se porquê junto e com acento quando
Exemplos: indica motivo causa, ele vem precedido do atigo. Ex: Não sei
- mexilhão o porquê de sua demora.
- mexer Por quê – escreve-se por quê separado e com acento no
- mexerica final de frase interrogativa. Ex: Não veio por quê?
- México
- mexerico Onde /Aonde
- mexido Emprega-se aonde com verbos que dão ideia de movi-
2. Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exce- mento. Equivale sempre para onde.
ção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova. Ex: Aonde você vai?
Exemplos: Naturalmente, com os verbos que não dão ideia de mo-
- enxada vimento, emprega-se onde.
- enxerto Ex: Onde estão os livros?
- enxerido
- enxurrada Mau / Mal
mas: Mau é sempre um adjetivo refere-se, pois, a um substan-
- cheio = encher, enchente tivo. (seu antônimo é bom)
- charco = encharcar Ex: Era um mau aluno.
- chiqueiro = enchiqueirar
Mal pode ser:
3. Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de re- - Advérbio (antônimo é bem). Ex: Ele se comportou mal.
cauchutar e guache. - Conjunção temporal (equivale a assim que). Ex: Mal che-
Exemplos: gou, saiu.
- ameixa - Substantivo (quando precedido de artigo ou outro de-
- deixar terminante). O mal não tem remédio.
- queixa
- feixe Cessão/Sessão/ secção/ Seção
- peixe Cessão significa “ato de ceder”, “ato de dar”. Ex: Ele fez a
- gueixa cessão dos direitos autorais.

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Sessão é o intervalo de tempo que dura uma reunião, a) hélice


uma assembleia. Ex: Assistimos a uma sessão de cinema. b) halo
Seção (secção) significa parte de um todo, segmento,- c) haltere
subdivisão. Ex: Lemos a notícia na seção de esporte. d) herva
e) herdade
Há/ A
Na indicação de tempo, emprega-se: 5- (TTN) Assinale a alternativa em que todas as pala-
Há para indicar tempo passado ( equivale a faz) vras estão corretamente grafadas:
Há dois meses que ele não aprece. a) quiseram, essência, impecílio
A para indicar tempo futuro. b) pretencioso, aspectos, sossego
Daqui a dois meses ele aparecerá. c) assessores, exceção, incansável
d) excessivo, expontâneo, obseção
Mas / Mais e) obsecado, reinvidicação, repercussão
Mas é uma conjunção adversativa, indicando contrarie- Gabarito
dade. Ex: Estudou muito, mas não obteve bons resultados. 1-a) j b) g c) j d) g e) g
Mais é um advérbio de intensidade, indica ideia de adi- 2-a) 3-d) 4-d) 5-c)
ção. Ex: dois mais dois, às vezes, são cinco.
PONTUAÇÃO
Senão / Se não
Senão equivale a caso contrario. Ex: Faça o deposito até Pontuação é o conjunto de sinais gráficos que indica na
amanhã, senão o pedido será cancelado. escrita as pausas da linguagem oral.
Se não equivale a se por acaso não. Trata-se da conjun-
ção condicional se seguida do advérbio de negação não. Ex: PONTO
Se não chover, iremos acampar. O ponto é empregado em geral para indicar o final de
uma frase declarativa. Ao término de um texto, o ponto é
Ao encontro / de encontro conhecido como final. Nos casos comuns ele é chamado
Ao encontro (rege a preposição de ) significa a favor de: de simples.
Aquelas atitudes vão ao encontro do que eles pregavam. Também é usado nas abreviaturas: Sr. (Senhor),
De encontro (rege a preposição a) significa contra alguma d.C. (depois de Cristo), a.C. (antes de Cristo), E.V. (Érico
coisa, em direção oposta. Veríssimo).
Sua atitude veio de encontro ao que eu esperava.
PONTO DE INTERROGAÇÃO
EXERCÍCIOS É usado para indicar pergunta direta.
1- Complete as lacunas das palavras que seguem, utili- Onde está seu irmão?
zando “g” ou “j”: Às vezes, pode combinar-se com o ponto de
a ) vare---ista exclamação.
b ) via---em A mim ?! Que idéia!
c ) ma---estade
d ) fuli----em PONTO DE EXCLAMAÇÃO
e ) verti---em É usado depois das interjeições, locuções ou frases
exclamativas.
2- (FMU) Assinale a alternativa em que todas as palavras Céus! Que injustiça! Oh! Meus amores! Que bela vitória!
estão grafadas corretamente: Ó jovens! Lutemos!
a ) paralisar, pesquisar, ironizar, deslizar.
b ) alteza, empreza, francesa, miudeza. VÍRGULA
c ) cuscus, chimpanzé, encharcar, encher. A vírgula deve ser empregada toda vez que houver
d ) incenso, abcesso, obsessão, Luís. uma pequena pausa na fala. Emprega-se a vírgula:
e ) chineza, marquês, garrucha, meretriz. • Nas datas e nos endereços:
São Paulo, 17 de setembro de 1989.
3- (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter di- Largo do Paissandu, 128.
reito ao título de eleitor. • No vocativo e no aposto:
a) extrangeiro – naturalizar Meninos, prestem atenção!
b) estrangeiro – naturalisar Termópilas, o meu amigo, é escritor.
c) extranjeiro – naturalizar • Nos termos independentes entre si:
d) estrangeiro – naturalizar O cinema, o teatro, a praia e a música são as suas
e) estranjeiro – naturalisar diversões.
• Com certas expressões explicativas como: isto é,
4-(U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, por exemplo. Neste caso é usado o duplo emprego da
uma não se escreve com h inicial. Assinale-a: vírgula:

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Ontem teve início a maior festa da minha cidade, isto é, • Usa-se para separar orações do tipo:
a festa da padroeira. – Avante!- Gritou o general.
• Após alguns adjuntos adverbiais: – A lua foi alcançada, afinal - cantava o poeta.
No dia seguinte, viajamos para o litoral. Usa-se também para ligar palavras ou grupo de
• Com certas conjunções. Neste caso também é palavras que formam uma cadeia de frase:
usado o duplo emprego da vírgula: • A estrada de ferro Santos – Jundiaí.
Isso, entretanto, não foi suficiente para agradar o • A ponte Rio – Niterói.
diretor. • A linha aérea São Paulo – Porto Alegre.
• Após a primeira parte de um provérbio.
O que os olhos não vêem, o coração não sente. ASPAS
• Em alguns casos de termos oclusos: São usadas para:
Eu gostava de maçã, de pêra e de abacate. • Indicar citações textuais de outra autoria.
“A bomba não tem endereço certo.” (G. Meireles)
RETICÊNCIAS • Para indicar palavras ou expressões alheias ao
• São usadas para indicar suspensão ou interrupção idioma em que se expressa o autor: estrangeirismo, gírias,
do pensamento. arcaismo, formas populares:
Não me disseste que era teu pai que ... Há quem goste de “jazz-band”.
• Para realçar uma palavra ou expressão. Não achei nada “legal” aquela aula de inglês.
Hoje em dia, mulher casa com “pão” e passa fome... • Para enfatizar palavras ou expressões:
• Para indicar ironia, malícia ou qualquer outro Apesar de todo esforço, achei-a “irreconhecível”
sentimento. naquela noite.
Aqui jaz minha mulher. Agora ela repousa, e eu • Títulos de obras literárias ou artísticas, jornais,
também... revistas, etc.
“Fogo Morto” é uma obra-prima do regionalismo
PONTO E VÍRGULA brasileiro.
• Separar orações coordenadas de certa extensão • Em casos de ironia:
ou que mantém alguma simetria entre si. A “inteligência” dela me sensibiliza profundamente.
“Depois, lracema quebrou a flecha homicida; deu Veja como ele é “educado” - cuspiu no chão.
a haste ao desconhecido, guardando consigo a ponta
farpada. “ PARÊNTESES
• Para separar orações coordenadas já marcadas Empregamos os parênteses:
por vírgula ou no seu interior. • Nas indicações bibliográficas.
Eu, apressadamente, queria chamar Socorro; o “Sede assim qualquer coisa, serena, isenta, fiel”.
motorista, porém, mais calmo, resolveu o problema (Meireles, Cecília, “Flor de Poemas”).
sozinho. • Nas indicações cênicas dos textos teatrais:
“Mãos ao alto! (João automaticamente levanta as
DOIS PONTOS mãos, com os olhos fora das órbitas. Amália se volta)”. (G.
• Enunciar a fala dos personagens: Figueiredo)
Ele retrucou: Não vês por onde pisas? • Quando se intercala num texto uma idéia ou
• Para indicar uma citação alheia: indicação acessória:
Ouvia-se, no meio da confusão, a voz da central de “E a jovem (ela tem dezenove anos) poderia mordê-Io,
informações de passageiros do vôo das nove: “queiram morrendo de fome.” (C. Lispector)
dirigir-se ao portão de embarque”. • Para isolar orações intercaladas:
• Para explicar ou desenvolver melhor uma palavra “Estou certo que eu (se lhe ponho
ou expressão anterior: Minha mão na testa alçada)
Desastre em Roma: dois trens colidiram frontalmente. Sou eu para ela.” (M. Bandeira)
• Enumeração após os apostos:
Como três tipos de alimento: vegetais, carnes e amido. COLCHETES [ ]
Os colchetes são muito empregados na linguagem
TRAVESSÃO científica.
Marca, nos diálogos, a mudança de interlocutor, ou
serve para isolar palavras ou frases
– “Quais são os símbolos da pátria? ASTERISCO
– Que pátria? O asterisco é muito empregado para chamar a atenção
– Da nossa pátria, ora bolas!” (P. M Campos). do leitor para alguma nota (observação).
– “Mesmo com o tempo revoltoso - chovia, parava,
chovia, parava outra vez. BARRA
– a claridade devia ser suficiente p’ra mulher ter A barra é muito empregada nas abreviações das datas
avistado mais alguma coisa”. (M. Palmério). e em algumas abreviaturas.

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PORTUGUÊS

EXERCÍCIOS c. A estes, porém, o mais que pode acontecer é que


se riam deles os outros, sem que este riso os impeça de
1. (IBGE) Assinale a opção que apresenta erro de pontua- conservar as suas roupas e o seu calçado.
ção: Sem reforma, social, as desigualdades entre as cidades d. Na civilização e na fraqueza ia para onde me impe-
brasileiras, crescerão sempre... liam muito dócil muito leve, como os pedaços da carta de
a) No Brasil, a diferença social é motivo de constante ABC, triturados soltos no ar.
preocupação. e. Conduziram-me à rua da Conceição, mas só mais
b) O candidato que chegou atrasado fez um ótimo teste tarde notei, que me achava lá, numa sala pequena.
no IBGE.
c) Tenho esperanças, pois a situação econômica não de- 7. (TTN) Das redações abaixo, assinale a que não está
mora a mudar. pontuada corretamente:
d) Ainda não houve tempo, mas, em breve, as providên- a. Os candidatos, em fila, aguardavam ansiosos o re-
cias serão tomadas. sultado do concurso.
b. Em fila, os candidatos, aguardavam, ansiosos, o re-
2. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de pon- sultado do concurso.
tuação que devem ser usados nas lacunas da frase abaixo. c. Ansiosos, os candidatos aguardavam, em fila, o re-
Não cabendo qualquer sinal, O indicará essa inexistência: Aos sultado do concurso.
poucos .... a necessidade de mão-de-obra foi aumentando .... d. Os candidatos ansiosos aguardavam o resultado
tornando-se necessária a abertura dos portos .... para uma ou- do concurso, em fila.
tra população de trabalhadores ..... os imigrantes. e. Os candidatos, aguardavam ansiosos, em fila, o re-
a) O - ponto e vírgula - vírgula - vírgula sultado do concurso.
b) O - O - dois pontos - vírgula
c) vírgula, vírgula - O - dois pontos (CARLOS CHAGAS-BA) Instruções para as questões de
d) vírgula - ponto e vírgula - O - dois pontos números 8 e 9: Os períodos abaixo apresentam diferenças
e) vírgula - dois pontos - vírgula - vírgula de pontuação, assinale a letra que corresponde ao período
de pontuação correta:
3. (IBGE) Assinale a seqüência correta dos sinais de pon-
tuação que devem preencher as lacunas da frase abaixo. Não 8.
havendo sinal, O indicará essa inexistência. Na época da colo- a. Pouco depois, quando chegaram, outras pessoas a
nização ..... os negros e os indígenas escravizados pelos bran- reunião ficou mais animada.
cos ..... reagiram ..... indiscutivelmente ..... de forma diferente. b. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a
a) O - O - vírgula - vírgula reunião ficou mais animada.
b) O - dois pontos - O - vírgula c. Pouco depois, quando chegaram outras pessoas, a
c) O - dois pontos - vírgula - vírgula reunião ficou mais animada.
d) vírgula - vírgula - O - O d. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a
e) vírgula - O - vírgula – vírgula reunião, ficou mais animada.
e. Pouco depois quando chegaram outras pessoas a
4. (ABC-SP) Assinale a alternativa cuja frase está correta- reunião ficou, mais animada.
mente pontuada:
a) O sol que é uma estrela, é o centro do nosso sistema 9.
planetário. a) Precisando de mim procure-me; ou melhor telefone
b) Ele, modestamente se retirou. que eu venho.
c) Você pretende cursar Medicina; ela, Odontologia. b) Precisando de mim procure-me, ou, melhor telefone
d) Confessou-lhe tudo; ciúme, ódio, inveja. que eu venho.
c) Precisando, de mim, procure-me ou melhor, telefo-
Estas cidades se constituem, na maior parte de imigrantes ne, que eu venho.
alemães. d) Precisando de mim, procure-me; ou melhor, telefo-
ne, que eu venho.
5. (BB) “Os textos são bons e entre outras coisas demons- a) Precisando, de mim, procure-me ou, melhor tele-
tram que há criatividade”. Cabem no máximo: fone que eu venho.
a) 3 vírgulas
b) 4 vírgulas
c) 2 vírgulas RESPOSTAS
d) 1 vírgula
e) 5 vírgulas (1-A) (2-C) (3-E) (4-C) (5-C) (6-C) (7-E) (8-C) (9-D)

6. (CESGRANRIO) Assinale o texto de pontuação correta:


a. Não sei se disse, que, isto se passava, em casa de
uma comadre, minha avó.
b. Eu tinha, o juízo fraco, e em vão tentava emendar-
me: provocava risos, muxoxos, palavrões.

70
RACIOCÍNIO LÓGICO

Problemas Envolvendo Lógica E Raciocínio Lógico; Proposições Simples e Compostas, Argumentação Lógica, Estruturas
Lógicas e Diagramas Lógicos; Conceito De Proposição: Valores Lógicos Das Proposições, Conectivo; Estruturas Compostas:
Negação; Conjunção; Disjunção; Condicional e Bicondicional; Tabelas Verdade de Proposições Compostas; Tautologias,
Contradições E Contingências; Equivalências e Implicações Lógicas, Verdades e Mentiras;.............................................................01
Diagrama Venn (Conjuntos); .........................................................................................................................................................................................15
Análise Combinatória; ......................................................................................................................................................................................................21
Probabilidade; ......................................................................................................................................................................................................................22
Sequências Lógicas, Raciocínio Matemático, Matrizes, Determinantes E Sistemas Lineares;...........................................................23
Geometria Básica E Trigonometria...............................................................................................................................................................................42
RACIOCÍNIO LÓGICO

5. Proposições simples e compostas


PROBLEMAS ENVOLVENDO LÓGICA E As proposições simples são assim caracterizadas por
RACIOCÍNIO LÓGICO; PROPOSIÇÕES apresentarem apenas uma ideia. São indicadas pelas letras
SIMPLES E COMPOSTAS, ARGUMENTAÇÃO minúsculas: p, q, r, s, t...
As proposições compostas são assim caracterizadas
LÓGICA, ESTRUTURAS LÓGICAS E por apresentarem mais de uma proposição conectadas pe-
DIAGRAMAS LÓGICOS; CONCEITO los conectivos lógicos. São indicadas pelas letras maiúscu-
DE PROPOSIÇÃO: VALORES LÓGICOS las: P, Q, R, S, T...
DAS PROPOSIÇÕES, CONECTIVO; Obs: A notação Q(r, s, t), por exemplo, está indicando
ESTRUTURAS COMPOSTAS: NEGAÇÃO; que a proposição composta Q é formada pelas proposi-
CONJUNÇÃO; DISJUNÇÃO; CONDICIONAL ções simples r, s e t.
E BICONDICIONAL; TABELAS VERDADE DE
PROPOSIÇÕES COMPOSTAS; TAUTOLOGIAS, Exemplo:
CONTRADIÇÕES E CONTINGÊNCIAS;
Proposições simples:
EQUIVALÊNCIAS E IMPLICAÇÕES LÓGICAS, p: Meu nome é Raissa 
VERDADES E MENTIRAS; q: São Paulo é a maior cidade brasileira 
r: 2+2=5 
s: O número 9 é ímpar 
Estruturas lógicas t: O número 13 é primo

1. Proposição Proposições compostas 


Proposição ou sentença é um termo utilizado para ex- P: O número 12 é divisível por 3 e 6 é o dobro de 12. 
primir ideias, através de um conjunto de palavras ou sím- Q: A raiz quadrada de 9 é 3 e 24 é múltiplo de 3. 
bolos. Este conjunto descreve o conteúdo dessa ideia. R(s, t): O número 9 é ímpar e o número 13 é primo.
São exemplos de proposições:
6. Tabela-Verdade
p: Pedro é médico.
q: 5 > 8
A tabela-verdade é usada para determinar o valor lógi-
r: Luíza foi ao cinema ontem à noite.
co de uma proposição composta, sendo que os valores das
proposições simples já são conhecidos. Pois o valor lógico
2. Princípios fundamentais da lógica
da proposição composta depende do valor lógico da pro-
Princípio da Identidade: A é A. Uma coisa é o que é.
posição simples. 
O que é, é; e o que não é, não é. Esta formulação remonta A seguir vamos compreender como se constrói essas
a Parménides de Eleia. tabelas-verdade partindo da árvore das possibilidades dos
Principio da não contradição: Uma proposição não valores lógicos das preposições simples, e mais adiante ve-
pode ser verdadeira e falsa, ao mesmo tempo. remos como determinar o valor lógico de uma proposição
Principio do terceiro excluído: Uma alternativa só composta.
pode ser verdadeira ou falsa.
3. Valor lógico  Proposição composta do tipo P(p, q)
Considerando os princípios citados acima, uma propo-
sição é classificada como verdadeira ou falsa.
Sendo assim o valor lógico será:
- a verdade (V), quando se trata de uma proposição
verdadeira.
- a falsidade (F), quando se trata de uma proposição
falsa.
4. Conectivos lógicos 
Conectivos lógicos são palavras usadas para conectar
as proposições formando novas sentenças.
Os principais conectivos lógicos são:  Proposição composta do tipo P(p, q, r)

~ não
∧ e
V Ou
→  se…então
↔ se e somente se

1
RACIOCÍNIO LÓGICO

Proposição composta do tipo P(p, q, r, s)  p = 9 < 6 


A tabela-verdade possui 24  = 16 linhas e é formada q = 3 é par
igualmente as anteriores. p Λ q: 9 < 6 e 3 é par 
Proposição composta do tipo P(p1, p2, p3,..., pn)
A tabela-verdade possui 2n  linhas e é formada igual-
P q pΛq
mente as anteriores.
F F F
7. O conectivo não e a negação
O conectivo não e a negação de uma proposição p é
outra proposição que tem como valor lógico V se p for fal- 9. O conectivo ou e a disjunção
sa e F se p é verdadeira. O símbolo ~p (não p) representa a O conectivo ou  e a disjunção de duas proposi-
negação de p com a seguinte tabela-verdade:  ções p e q  é outra proposição que tem como valor lógi-
co  V se alguma das proposições for verdadeira e F se as
P ~P duas forem falsas. O símbolo p ∨ q (p ou q) representa a
disjunção, com a seguinte tabela-verdade: 
V F
F V
P q pVq
Exemplo: V V V
V F V
p = 7 é ímpar 
F V V
~p = 7 não é ímpar 
F F F
P ~P
Exemplo:
V F
p = 2 é par 
q = 24 é múltiplo de 5  q = o céu é rosa 
~q = 24 não é múltiplo de 5  p ν q = 2 é par ou o céu é rosa 

q ~q P q pVq
F V V F V
10. O conectivo se… então… e a condicional
8. O conectivo e e a conjunção
A condicional se p então q é outra proposição que tem
como valor lógico F se p é verdadeira e q é falsa. O símbo-
O conectivo e e a conjunção de duas proposi-
lo p → q representa a condicional, com a seguinte tabela-
ções  p  e q é outra proposição que tem como valor lógi-
verdade: 
co V se p e q forem verdadeiras, e F em outros casos. O
símbolo p Λ q (p e q) representa a conjunção, com a se-
guinte tabela-verdade:  P q p→q
V V V
P q pΛq V F F
V V V F V V
V F F F F V
F V F
F F F Exemplo:
P: 7 + 2 = 9 
Exemplo Q: 9 – 7 = 2 
p → q: Se 7 + 2 = 9 então 9 – 7 = 2 
p = 2 é par 
q = o céu é rosa P q p→q
p Λ q = 2 é par e o céu é rosa 
V V V

P q pΛq p = 7 + 5 < 4 
V F F q = 2 é um número primo 
p → q: Se 7 + 5 < 4 então 2 é um número primo. 

2
RACIOCÍNIO LÓGICO

P q p→q
F V V

p = 24 é múltiplo de 3 q = 3 é par 


p → q: Se 24 é múltiplo de 3 então 3 é par. 

P q p→q
V F F

p = 25 é múltiplo de 2 
q = 12 < 3 
p → q: Se 25 é múltiplo de 2 então 2 < 3. 

P q p→q
F F V

11. O conectivo se e somente se e a bicondicional


A bicondicional p se e somente se q é outra proposição que tem como valor lógico V se p e q forem ambas verdadeiras
ou ambas falsas, e F nos outros casos. 
O símbolo     representa a bicondicional, com a seguinte tabela-verdade: 

P q p↔q
V V V
V F F
F V F
F F V
Exemplo
p = 24 é múltiplo de 3 
q = 6 é ímpar  
= 24 é múltiplo de 3 se, e somente se, 6 é ímpar. 

P q p↔q
V F F

12. Tabela-Verdade de uma proposição composta

Exemplo
Veja como se procede a construção de uma tabela-verdade da proposição composta P(p, q) = ((p ⋁ q) → (~p)) → (p ⋀
q), onde p e q são duas proposições simples.

Resolução
Uma tabela-verdade de uma proposição do tipo P(p, q) possui 24 = 4 linhas, logo: 

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V          
V F          
F V          
F F          

3
RACIOCÍNIO LÓGICO

Agora veja passo a passo a determinação dos valores lógicos de P.


a) Valores lógicos de p ν q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V        
V F V        
F V V        
F F F        

b) Valores lógicos de ~P

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F      
V F V F      
F V V V      
F F F V      

c) Valores lógicos de (p V p)→(~p)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F    
V F V F F    
F V V V V    
F F F V V    

d) Valores lógicos de p Λ q

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V  
V F V F F F  
F V V V V F  
F F F V V F  

e) Valores lógicos de ((p V p)→(~p))→(p Λ q)

p q pVq ~p (p V p)→(~p) pΛq ((p V p)→(~p))→(p Λ q)


V V V F F V V
V F V F F F V
F V V V V F F
F F F V V F F

13. Tautologia
Uma proposição composta formada por duas ou mais proposições p, q, r, ... será dita uma Tautologia se ela for sempre
verdadeira, independentemente dos valores lógicos das proposições p, q, r, ... que a compõem.

Exemplos:
• Gabriela passou no concurso do INSS ou Gabriela não passou no concurso do INSS

4
RACIOCÍNIO LÓGICO

• Não é verdade que o professor Zambeli parece com dade. Que significa que uma proposição não pode ser falsa
o Zé gotinha ou o professor Zambeli parece com o Zé go- e verdadeira ao mesmo tempo, isto é, o princípio da não
tinha. contradição.
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos
uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos enten- p ~P q Λ (~q)
der isso melhor.
Exemplo: V F F
Grêmio cai para segunda divisão ou o Grêmio não cai F V F
para segunda divisão
15. Contingência
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda Quando uma proposição não é tautológica nem contra
de “~p” e o conetivo de “V” válida, a chamamos de contingência ou proposição contin-
Assim podemos representar a “frase” acima da seguin- gente ou proposição indeterminada.
te forma: p V ~p A contingência ocorre quando há tanto valores V como
F na última coluna da tabela-verdade de uma proposição.
Exemplo Exemplos: P∧Q , P∨Q , P→Q ...
A proposição p ∨ (~p) é uma tautologia, pois o seu
valor lógico é sempre V, conforme a tabela-verdade.  16. Implicação lógica
Definição
p ~P pVq A proposição P implica a proposição Q, quando a con-
dicional P → Q for uma tautologia.
V F V O símbolo P ⇒ Q (P implica Q) representa a implica-
F V V ção lógica. 
Diferenciação dos símbolos → e ⇒
Exemplo O símbolo  →  representa uma operação matemática
A proposição (p Λ q) → (p  q) é uma tautologia, pois a entre as proposições P e Q que tem como resultado a pro-
última coluna da tabela-verdade só possui V.  posição P → Q, com valor lógico V ou F.
O símbolo ⇒ representa a não ocorrência de VF na
tabela-verdade de P → Q, ou ainda que o valor lógico da
p q pΛq p↔q (p Λ q)→(p↔q)
condicional P → Q será sempre V, ou então que P → Q é
V V V V V uma tautologia. 
V F F F V
Exemplo
F V F F V A tabela-verdade da condicional (p Λ q) → (p ↔ q) será: 
F F F V V
p q pΛq P↔Q (p Λ q)→(P↔Q)
14. Contradição
Uma proposição composta formada por duas ou mais V V V V V
proposições p, q, r, ... será dita uma contradição se ela for
sempre falsa, independentemente dos valores lógicos das V F F F V
proposições p, q, r, ... que a compõem F V F F V
Exemplos:
• O Zorra total é uma porcaria e Zorra total não é uma F F F V V
porcaria
• Suelen mora em Petrópolis e Suelen não mora em Portanto,  (p Λ q)  → (p  ↔ q) é uma tautologia, por
Petrópolis isso (p Λ q) ⇒ (p ↔q)
Ao invés de duas proposições, nos exemplos temos
uma única proposição, afirmativa e negativa. Vamos en- 17. Equivalência lógica
tender isso melhor.
Exemplo: Definição
Lula é o presidente do Brasil e Lula não é o presidente Há equivalência entre as proposições P e Q somen-
do Brasil te quando a bicondicional P  ↔  Q for uma tautologia ou
Vamos chamar a primeira proposição de “p” a segunda quando P e Q tiverem a mesma tabela-verdade. P ⇔ Q (P
de “~p” e o conetivo de “^” é equivalente a Q) é o símbolo que representa a equiva-
Assim podemos representar a “frase” acima da seguin- lência lógica. 
te forma: p ^ ~p Diferenciação dos símbolos ↔ e ⇔
Exemplo O símbolo ↔ representa uma operação entre as propo-
A proposição  (p Λ q) Λ (p Λ q) é uma contradição, sições P e Q, que tem como resultado uma nova proposi-
pois o seu valor lógico é sempre F conforme a tabela-ver- ção P ↔ Q com valor lógico V ou F.

5
RACIOCÍNIO LÓGICO

O símbolo ⇔ representa a não ocorrência de VF e


de FV na tabela-verdade P ↔ Q, ou ainda que o valor lógi-
co de P ↔ Q é sempre V, ou então P ↔ Q é uma tautologia.

Exemplo
A tabela da bicondicional (p → q) ↔ (~q → ~p) será: 

p q ~q ~p p→q ~q→~p (p→q)↔(~q→~p)


V V F F V V V
V F V F F F V
F V F V V V V
Equivalências da Condicional
F F V V V V V As duas equivalências que se seguem são de funda-
mental importância. Estas equivalências podem ser veri-
Portanto,  p  →  q  é equivalente a  ~q  →  ~p, pois estas ficadas, ou seja, demonstradas, por meio da comparação
proposições possuem a mesma tabela-verdade ou a bicon- entre as tabelas-verdade. Fica como exercício para casa
dicional (p → q) ↔ (~q → ~p) é uma tautologia. estas demonstrações. As equivalências da condicional são
Veja a representação: as seguintes:
(p → q) ⇔ (~q → ~p) 1) Se p então q = Se não q então não p.
Ex: Se chove então me molho = Se não me molho en-
EQUIVALÊNCIAS LOGICAS NOTÁVEIS tão não chove
2) Se p então q = Não p ou q.
Dizemos que duas proposições são logicamente equi-
Ex: Se estudo então passo no concurso = Não estudo
valentes (ou simplesmente equivalentes) quando os resul-
ou passo no concurso
tados de suas tabelas-verdade são idênticos.
Colocando estes resultados em uma tabela, para aju-
Uma consequência prática da equivalência lógica é que
dar a memorização, teremos:
ao trocar uma dada proposição por qualquer outra que lhe
seja equivalente, estamos apenas mudando a maneira de
dizê-la.
A equivalência lógica entre duas proposições, p e q,
pode ser representada simbolicamente como: p q, ou sim-
plesmente por p = q.
Começaremos com a descrição de algumas equivalên-
cias lógicas básicas. Equivalências com o Símbolo da Negação
Este tipo de equivalência já foi estudado. Trata-se, tão
Equivalências Básicas somente, das negações das proposições compostas! Lem-
bremos:
1. p e p = p
Ex: André é inocente e inocente = André é inocente

2. p ou p = p
Ex: Ana foi ao cinema ou ao cinema = Ana foi ao cine-
ma

3. p e q = q e p
Ex: O cavalo é forte e veloz = O cavalo é veloz e forte

4. p ou q = q ou p É possível que surja alguma dúvida em relação a úl-


Ex: O carro é branco ou azul = O carro é azul ou branco tima linha da tabela acima. Porém, basta lembrarmos do
que foi aprendido:
5. p ↔ q = q ↔ p p↔q = (pq) e (qp)
Ex: Amo se e somente se vivo = Vivo se e somente se (Obs: a BICONDICIONAL tem esse nome: porque equi-
amo. vale a duas condicionais!)
6. p ↔ q = (pq) e (qp) Para negar a bicondicional, teremos na verdade que
Ex: Amo se e somente se vivo = Se amo então vivo, e negar a sua conjunção equivalente.
se vivo então amo E para negar uma conjunção, já sabemos, nega-se as
duas partes e troca-se o E por OU. Fica para casa a de-
Para facilitar a memorização, veja a tabela abaixo: monstração da negação da bicondicional. Ok?

6
RACIOCÍNIO LÓGICO

Outras equivalências 2. (PM-BA - Soldado da Polícia Militar - FCC /2012)


Algumas outras equivalências que podem ser relevan- A negação lógica da proposição: “Pedro é o mais velho
tes são as seguintes: da classe ou Jorge é o mais novo da classe” é
A) Pedro não è o mais novo da classe ou Jorge não é o
1) p e (p ou q) = p mais velho da classe.
Ex: Paulo é dentista, e Paulo é dentista ou Pedro é mé- B) Pedro é o mais velho da classe e Jorge não é o mais
dico = Paulo é dentista novo da classe.
C) Pedro não é o mais velho da classe e Jorge não é o
2) p ou (p e q) = p mais novo da classe.
Ex: Paulo é dentista, ou Paulo é dentista e Pedro é mé- D) Pedro não é o mais novo da classe e Jorge não é o
dico = Paulo é dentista mais velho da classe.
Por meio das tabelas-verdade estas equivalências po- E) Pedro é o mais novo da classe ou Jorge é o mais
dem ser facilmente demonstradas. novo da classe.
Para auxiliar nossa memorização, criaremos a tabela
seguinte: p v q= Pedro é o mais velho da classe ou Jorge é o mais
novo da classe.
~p=Pedro não é o mais velho da classe.
~q=Jorge não é o mais novo da classe.
~(p v q)=~p v ~q= Pedro não é o mais velho da classe
ou Jorge não é o mais novo da classe.
NEGAÇAO DE PROPOSIÇÕES COMPOSTAS
3. (PC-MA - Farmacêutico Legista - FGV/2012)
Em frente à casa onde moram João e Maria, a prefeitu-
ra está fazendo uma obra na rua. Se o operário liga a brita-
deira, João sai de casa e Maria não ouve a televisão. Certo
dia, depois do almoço, Maria ouve a televisão.
Pode-se concluir, logicamente, que
A) João saiu de casa.
B) João não saiu de casa.
C) O operário ligou a britadeira.
D) O operário não ligou a britadeira.
Questoes comentadas: E) O operário ligou a britadeira e João saiu de casa.
“Se o operário liga a britadeira, João sai de casa e Ma-
1. (PROCERGS - Técnico de Nível Médio - Técnico em ria não ouve a televisão”, logo se Maria ouve a televisão, a
Segurança do Trabalho - FUNDATEC/2012) A proposição britadeira não pode estar ligada.
“João comprou um carro novo ou não é verdade que João
comprou um carro novo e não fez a viagem de férias.” é: (TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CESPE/2012)
A) um paradoxo. Em decisão proferida acerca da prisão de um réu, de-
B) um silogismo. pois de constatado pagamento de pensão alimentícia, o
C) uma tautologia. magistrado determinou: “O réu deve ser imediatamente
D) uma contradição. solto, se por outro motivo não estiver preso”.
E) uma contingência. Considerando que a determinação judicial correspon-
Tautologia é uma proposição composta cujo resultado de a uma proposição e que a decisão judicial será conside-
é sempre verdadeiro para todas as atribuições que se têm, rada descumprida se, e somente se, a proposição corres-
independentemente dessas atribuições. pondente for falsa, julgue os itens seguintes.
Rodrigo, posso estar errada, mas ao construir a tabela-
verdade com a proposição que você propôs não vamos ter 4. Se o réu permanecer preso, mesmo não havendo
outro motivo para estar preso, então, a decisão judicial terá
uma tautologia, mas uma contingência.
sido descumprida.
A proposição a ser utilizada aqui seria a seguinte: P v
A) Certo
~(P ^ ~Q), que, ao construirmos a tabela-verdade ficaria
B) Errado
da seguinte forma: A decisão judicial é “O réu deve ser imediatamente sol-
to, se por outro motivo não estiver preso”, logo se o réu
PV continuar preso sem outro motivo para estar preso, será
P Q ~Q (P/\~Q) ~(P/\~Q) descumprida a decisão judicial.
~(P/\~Q)
V V F F V V
5. Se o réu for imediatamente solto, mesmo havendo
V F V V F V outro motivo para permanecer preso, então, a decisão ju-
F V F F V V dicial terá sido descumprida.
A) Certo
F F V F V V B) Errado

7
RACIOCÍNIO LÓGICO

P = se houver outro motivo A) Paulo não estuda e Marta não é atleta.


Q = será solto B) Paulo estuda e Marta não é atleta.
A decisão foi: Se não P então Q, logo VV = V C) Paulo estuda ou Marta não é atleta.
A questão afirma: Se P então Q, logo FV = V D) se Paulo não estuda, então Marta não é atleta.
Não contrariou, iria contrariar se a questão resultasse E) Paulo não estuda ou Marta não é atleta.
V+F=F A negação de uma condicional do tipo: “Se A, então B”
(AB) será da forma:
6. As proposições “Se o réu não estiver preso por outro ~(A B) A^ ~B
motivo, deve ser imediatamente solto” e “Se o réu não for Ou seja, para negarmos uma proposição composta re-
imediatamente solto, então, ele está preso por outro moti- presentada por uma condicional, devemos confirmar sua
vo” são logicamente equivalentes. primeira parte (“A”), trocar o conectivo condicional (“”) pelo
conectivo conjunção (“^”) e negarmos sua segunda parte
A) Certo (“~ B”). Assim, teremos:
B) Errado RESPOSTA: “B”.

O réu não estiver preso por outro motivo = ~P 10. (ANVISA - TÉCNICO ADMINISTRATIVO - CE-
Deve ser imediatamente solto = S TRO/2012) Se Viviane não dança, Márcia não canta. Logo,
Se o réu não estiver preso por outro motivo, deve ser A) Viviane dançar é condição suficiente para Márcia
imediatamente solto=P S cantar.
Se o réu não for imediatamente solto, então, ele está B) Viviane não dançar é condição necessária para Már-
preso por outro motivo = ~SP cia não cantar.
De acordo com a regra de equivalência (A B) = (~B ~A) C) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
a questão está correta. cantar.
D) Viviane não dançar é condição suficiente para Már-
7. A negação da proposição relativa à decisão judicial cia cantar.
estará corretamente representada por “O réu não deve ser E) Viviane dançar é condição necessária para Márcia
imediatamente solto, mesmo não estando preso por outro
não cantar.
motivo”.
A) Certo
Inicialmente, reescreveremos a condicional dada na
B) Errado
forma de condição suficiente e condição necessária:
“O réu deve ser imediatamente solto, se por outro
“Se Viviane não dança, Márcia não canta”
motivo não estiver preso” está no texto, assim:
P = “Por outro motivo não estiver preso”
Q = “O réu deve ser imediatamente solto” 1ª possibilidade: Viviane não dançar é condição su-
PQ, a negação ~(P Q) = P e ~Q ficiente para Márcia não cantar. Não há RESPOSTA: para
P e ~Q = Por outro motivo estiver preso o réu não deve essa possibilidade.
ser imediatamente solto”
2ª possibilidade: Márcia não cantar é condição neces-
8. (Polícia Civil/SP - Investigador – VUNESP/2014) Um sária para Viviane não dançar.. Não há RESPOSTA: para
antropólogo estadunidense chega ao Brasil para aperfei- essa possibilidade.
çoar seu conhecimento da língua portuguesa. Durante sua Não havendo RESPOSTA: , modificaremos a condicio-
estadia em nosso país, ele fica muito intrigado com a frase nal inicial, transformando-a em outra condicional equiva-
“não vou fazer coisa nenhuma”, bastante utilizada em nos- lente, nesse caso utilizaremos o conceito da contrapositiva
sa linguagem coloquial. A dúvida dele surge porque ou contra posição: pq ~q ~p
A) a conjunção presente na frase evidencia seu signi- “Se Viviane não dança, Márcia não canta” “Se Márcia
ficado. canta, Viviane dança”
B) o significado da frase não leva em conta a dupla Transformando, a condicional “Se Márcia canta, Viviane
negação. dança” na forma de condição suficiente e condição neces-
C) a implicação presente na frase altera seu significado. sária, obteremos as seguintes possibilidades:
D) o significado da frase não leva em conta a disjunção. 1ª possibilidade: Márcia cantar é condição suficiente
E) a negação presente na frase evidencia seu signifi- para Viviane dançar. Não há RESPOSTA: para essa possi-
cado. bilidade.
~(~p) é equivalente a p 2ª possibilidade: Viviane dançar é condição necessária
Logo, uma dupla negação é equivalente a afirmar. para Márcia cantar.
RESPOSTA: “B”. RESPOSTA: “C”.

9. (Receita Federal do Brasil – Analista Tributário - 11. (BRDE - ANALISTA DE SISTEMAS - AOCP/2012)
ESAF/2012) A negação da proposição “se Paulo estuda, en- Considere a sentença: “Se Ana é professora, então Camila é
tão Marta é atleta” é logicamente equivalente à proposição: médica.” A proposição equivalente a esta sentença é

8
RACIOCÍNIO LÓGICO

A) Ana não é professora ou Camila é médica. (p^~q)↔(~p


B) Se Ana é médica, então Camila é professora. P Q Pv Q (Pv Q)→Q
v q)
C) Se Camila é médica, então Ana é professora.
D) Se Ana é professora, então Camila não é médica. V V V V→V V
E) Se Ana não é professora, então Camila não é médica. V F V V→F F
F V V V→V V
Existem duas equivalências particulares em relação a
uma condicional do tipo “Se A, então B”. F F F F→F V

P(P;Q) = VFVV
1ª) Pela contrapositiva ou contraposição: “Se A, então
Portanto, essa proposição composta é uma contingência
B” é equivalente a “Se ~B, então ~A”
ou indeterminação lógica.
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será
Resposta: ERRADO.
equivalente a:
“Se Camila não é médica, então Ana não é professora.” 14. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Se P
for F e P v Q for V, então Q é V.
2ª) Pela Teoria da Involução ou Dupla Negação: “Se A, ( )Certo ( ) Errado
então B” é equivalente a “~A ou B”
“Se Ana é professora, então Camila é médica.” Será Lembramos que uma disjunção simples, na forma: “P
equivalente a: vQ”, será verdadeira (V) se, pelo menos, uma de suas partes
“Ana não é professora ou Camila é médica.” for verdadeira (V). Nesse caso, se “P” for falsa e “PvQ” for
Ficaremos, então, com a segunda equivalência, já que verdadeira, então “Q” será, necessariamente, verdadeira.
esta configura no gabarito. Resposta: CERTO.
RESPOSTA: “A”.
(PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013)
(PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) Consi- P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
derando que P e Q representem proposições conhecidas e P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz.
que V e F representem, respectivamente, os valores verda- P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
deiro e falso, julgue os próximos itens. (374 a 376) P4: Há criminosos livres.
C: Portanto a criminalidade é alta.
12. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) (PC/ Considerando o argumento apresentado acima, em
DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) As proposições que P1, P2, P3 e P4 são as premissas e C, a conclusão, jul-
Q e P (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente se, P gue os itens subsequentes. (377 e 378)
for F.
( )Certo ( ) Errado 15. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) O
argumento apresentado é um argumento válido.
Observando a tabela-verdade da proposição compos- ( )Certo ( ) Errado
Verificaremos se as verdades das premissas P1, P2, P3
ta “P (¬ Q)”, em função dos valores lógicos de “P” e “Q”,
e P4 sustentam a verdade da conclusão. Nesse caso, de-
temos:
vemos considerar que todas as premissas são, necessaria-
mente, verdadeiras.
P Q ¬Q P→(¬Q) P1: Se a impunidade é alta, então a criminalidade é alta.
V V F F (V)
P2: A impunidade é alta ou a justiça é eficaz. (V)
V F V V P3: Se a justiça é eficaz, então não há criminosos livres.
F V F V (V)
F F V V P4: Há criminosos livres. (V)

Observando-se a 3 linha da tabela-verdade acima, Portanto, se a premissa P4 – proposição simples – é ver-


dadeira (V), então a 2ª parte da condicional representada
―Q‖ e ―P ® (¬ Q) são, simultaneamente, V se, e somente
pela premissa P3 será considerada falsa (F). Então, veja:
se, ―P‖ for F.
Resposta: CERTO.
13. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A
proposição [PvQ]Q é uma tautologia.
( )Certo ( ) Errado

Construindo a tabela-verdade da proposição compos-


ta: [P Ú Q] ® Q, teremos como solução:

9
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sabendo-se que a condicional P3 é verdadeira e co- Seja P1 representada simbolicamente, por:


nhecendo-se o valor lógico de sua 2ª parte como falsa (F), A impunidade não é alta(p) então a criminalidade não
então o valor lógico de sua 1ª parte nunca poderá ser ver- é alta(q)
dadeiro (V). Assim, a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ A negação de uma condicional é dada por:
será considerada falsa (F). ~(pq)
Se a proposição simples ―a justiça é eficaz‖ é conside- Logo, sua negação será dada por: ~P1 a impunidade é
rada falsa (F), então a 2ª parte da disjunção simples repre- alta e a criminalidade não é alta.
sentada pela premissa P2, também, será falsa (F). Resposta:ERRADO.

LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO

ARGUMENTO

Argumento é uma relação que associa um conjunto de


proposições (p1, p2, p3,... pn), chamadas premissas ou hipó-
teses, e uma proposição C chamada conclusão. Esta relação
é tal que a estrutura lógica das premissas acarretam ou tem
como consequência a proposição C (conclusão).
O argumento pode ser representado da seguinte for-
ma:
Sendo verdadeira (V) a premissa P2 (disjunção simples)
e conhecendo-se o valor lógico de uma das partes como
falsa (F), então o valor lógico da outra parte deverá ser, ne-
cessariamente, verdadeira (V). Lembramos que, uma disjun-
ção simples será considerada verdadeira (V), quando, pelo
menos, uma de suas partes for verdadeira (V).

Sendo verdadeira (V) a proposição simples ―a impu-


nidade é alta‖, então, confirmaremos também como ver-
dadeira (V), a 1ª parte da condicional representada pela
premissa P1.

EXEMPLOS:
1. Todos os cariocas são alegres.
    Todas as pessoas alegres vão à praia
    Todos os cariocas vão à praia.
2. Todos os cientistas são loucos.
    Einstein é cientista.
    Einstein é louco!

Nestes exemplos temos o famoso silogismo categórico


de forma típica ou simplesmente silogismo. Os silogismos
são os argumentos que têm somente duas premissas e mais
Considerando-se como verdadeira (V) a 1ª parte da a conclusão, e utilizam os termos: todo, nenhum e algum,
condicional em P1, então, deveremos considerar também em sua estrutura.
como verdadeira (V), sua 2ª parte, pois uma verdade sem-
pre implica em outra verdade. ANALOGIAS
Considerando a proposição simples ―a criminalidade
é alta‖ como verdadeira (V), logo a conclusão desse argu- A analogia é uma das melhores formas para utilizar o
mento é, de fato, verdadeira (V), o que torna esse argumen- raciocínio. Nesse tipo de raciocínio usa-se a comparação
to válido. de uma situação conhecida com uma desconhecida. Uma
Resposta: CERTO. analogia depende de três situações:
• os fundamentos precisam ser verdadeiros e im-
16. (PC/DF – Agente de Polícia - CESPE/UnB/2013) A portantes;
negação da proposição P1 pode ser escrita como “Se a im- • a quantidade de elementos parecidos entre as
punidade não é alta, então a criminalidade não é alta”. situações deve ser significativo;
( )Certo ( ) Errado • não pode existir conflitos marcantes.

10
RACIOCÍNIO LÓGICO

INFERÊNCIAS SOLUÇÃO:
Representando as proposições na forma de conjuntos
A indução está relacionada a diversos casos pequenos (diagramas lógicos – ver artigo sobre diagramas lógicos)
que chegam a uma conclusão geral. Nesse sentido pode- teremos:
mos definir também a indução fraca e a indução forte. Essa “Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.”
indução forte ocorre quando não existe grandes chances “Existem crianças que são inteligentes.”
de que um caso discorde da premissa geral. Já a fraca re-
fere-se a falta de sustentabilidade de um conceito ou con-
clusão.
DEDUÇÕES

ARGUMENTOS DEDUTIVOS E INDUTIVOS


Os argumentos podem ser classificados em dois ti-
pos: Dedutivos e Indutivos.

1) O argumento será DEDUTIVO quando suas premis-


sas fornecerem informações suficientes para comprovar a
veracidade da conclusão, isto é, o argumento é dedutivo
quando a conclusão é completamente derivada das pre-
missas.
Pelo gráfico, observamos claramente que se todas as
crianças gostam de passear no metrô e existem crianças
EXEMPLO: inteligentes, então alguma criança que gosta de passear
Todo ser humano têm mãe. no Metrô de São Paulo é inteligente. Logo, a alternativa
Todos os homens são humanos. correta é a opção B.
Todos os homens têm mãe.
CONCLUSÕES
2) O argumento será INDUTIVO quando suas premis-
sas não fornecerem o “apoio completo” para ratificar as VALIDADE DE UM ARGUMENTO
conclusões. Portanto, nos argumentos indutivos, a conclu-
são possui informações que ultrapassam as fornecidas nas Uma proposição é verdadeira ou falsa. No caso de
premissas. Sendo assim, não se aplica, então, a definição um argumento dedutivo diremos que ele é válido ou in-
de argumentos válidos ou não válidos para argumentos válido. Atente-se para o fato que todos os argumentos
indutivos. indutivos são inválidos, portanto não há de se falar em
validade de argumentos indutivos.
EXEMPLO: A validade é uma propriedade dos argumentos que
O Flamengo é um bom time de futebol. depende apenas da forma (estrutura lógica) das suas pro-
O Palmeiras é um bom time de futebol. posições (premissas e conclusões) e não do seu conteúdo.
O Vasco é um bom time de futebol.
O Cruzeiro é um bom time de futebol. Argumento Válido
Todos os times brasileiros de futebol são bons. Um argumento será válido quando a sua conclusão é
Note que não podemos afirmar que todos os times uma consequência obrigatória de suas premissas. Em ou-
brasileiros são bons sabendo apenas que 4 deles são bons. tras palavras, podemos dizer que quando um argumento
é válido, a verdade de suas premissas deve garantir a ver-
Exemplo: (FCC)  Considere que as seguintes afirma- dade da conclusão do argumento. Isso significa que, se o
ções são verdadeiras: argumento é válido, jamais poderemos chegar a uma con-
“Toda criança gosta de passear no Metrô de São Paulo.” clusão falsa quando as premissas forem verdadeiras.
“Existem crianças que são inteligentes.” Exemplo: (CESPE) Suponha um argumento no qual as
Assim sendo, certamente é verdade que: premissas sejam as proposições I e II abaixo.
(A) Alguma criança inteligente não gosta de passear I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é in-
no Metrô de São Paulo. feliz.
(B) Alguma criança que gosta de passear no Metrô de II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco.
São Paulo é inteligente. Nesse caso, se a conclusão for a proposição “Mulhe-
(C) Alguma criança não inteligente não gosta de pas- res desempregadas vivem pouco”, tem-se um argumento
sear no Metrô de São Paulo. correto.
(D) Toda criança que gosta de passear no Metrô de SOLUÇÃO:
São Paulo é inteligente. Se representarmos na forma de diagramas lógicos (ver
(E) Toda criança inteligente não gosta de passear no artigo sobre diagramas lógicos), para facilitar a resolução,
Metrô de São Paulo. teremos:

11
RACIOCÍNIO LÓGICO

   I - Se uma mulher está desempregada, então, ela é O fato do enunciado ter falado apenas que “Ana não
infeliz. = Toda mulher desempregada é infeliz. cometeu um crime perfeito”, não nos diz se ela é suspeita
   II - Se uma mulher é infeliz, então, ela vive pouco. = ou não. Por isso temos duas possibilidades (ver bonecos).
Toda mulher infeliz vive pouco. Logo, a questão está errada, pois não podemos afirmar,
com certeza, que Ana é suspeita. Logo, o argumento é in-
válido.

EXERCICIOS:

(TJ-AC - Analista Judiciário - Conhecimentos Bási-


cos - Cargos 1 e 2 - CESPE/2012) (10 a 13)

Considerando que as proposições lógicas sejam re-


presentadas por letras maiúsculas, julgue os próximos
itens, relativos a lógica proposicional e de argumenta-
ção.

1. A expressão é uma tautologia.


Com isso, qualquer mulher que esteja no conjunto das A) Certo
desempregadas (ver boneco), automaticamente estará no B) Errado
conjunto das mulheres que vivem pouco. Portanto, se a
conclusão for a proposição “Mulheres desempregadas vi- Resposta: B.
vem pouco”, tem-se um argumento correto (correto = vá- Fazendo a tabela verdade:
lido!).

Argumento Inválido P Q P→Q (P→Q) V P [(P→Q) V P]→Q


Dizemos que um argumento é inválido, quando a ver- V V V V V
dade das premissas não é suficiente para garantir a verda-
de da conclusão, ou seja, quando a conclusão não é uma V F F V V
consequência obrigatória das premissas. F V V V V
F F F F F
Exemplo: (CESPE) É válido o seguinte argumento: Se
Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é suspeita,
mas (e) Ana não cometeu um crime perfeito, então Ana é Portanto não é uma tautologia.
suspeita.
SOLUÇÃO: 2. As proposições “Luiz joga basquete porque Luiz é
Representando as premissas do enunciado na forma alto” e “Luiz não é alto porque Luiz não joga basquete”
de diagramas lógicos (ver artigo sobre diagramas lógicos), são logicamente equivalentes.
obteremos: A) Certo
Premissas: B) Errado
“Se Ana cometeu um crime perfeito, então Ana não é Resposta: A.
suspeita” = “Toda pessoa que comete um crime perfeito São equivalentes por que “Luiz não é alto porque Luiz
não é suspeita”.  não joga basquete” nega as duas partes da proposição, a
“Ana não cometeu um crime perfeito”. deixando equivalente a primeira.
 Conclusão:
“Ana é suspeita”. (Não se “desenha” a conclusão, ape- 3. A sentença “A justiça e a lei nem sempre andam
nas as premissas!) pelos mesmos caminhos” pode ser representada sim-
bolicamente por PΛQ, em que as proposições P e Q são
convenientemente escolhidas.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.
Não, pois ^ representa o conectivo “e”, e o “e” é usado
para unir A justiça E a lei, e “A justiça” não pode ser con-
siderada uma proposição, pois não pode ser considerada
verdadeira ou falsa.

12
RACIOCÍNIO LÓGICO

4. Considere que a tabela abaixo representa as TJ-AC - Técnico Judiciário - Informática - CES-
primeiras colunas da tabela-verdade da proposição PE/2012)

Logo, a coluna abaixo representa a última coluna


dessa tabela-verdade.

Com base na situação descrita acima, julgue o item


a seguir.
A) Certo
B) Errado 5. O argumento cujas premissas correspondem às
quatro afirmações do jornalista e cuja conclusão é “Pe-
Resposta: A. dro não disputará a eleição presidencial da República”
Fazendo a tabela verdade: é um argumento válido.
A) Certo
B) Errado
P Q R (P→Q)^(~R)
V V V F Resposta: A.
V V F V Argumento válido é aquele que pode ser concluído a
V F V F partir das premissas, considerando que as premissas são
verdadeiras então tenho que:
V F F F
Se João for eleito prefeito ele disputará a presidência;
F V V F Se João disputar a presidência então Pedro não vai dis-
putar;
F V F V
Se João não for eleito prefeito se tornará presidente do
F F V F partido e não apoiará a candidatura de Pedro à presidência;
F F F V Se o presidente do partido não apoiar Pedro ele não
disputará a presidência.

13
RACIOCÍNIO LÓGICO

(PRF - Nível Superior - Conhecimentos Básicos - Todos os Cargos - CESPE/2012)


Um jovem, visando ganhar um novo smartphone no dia das crianças, apresentou à sua mãe a seguinte argu-
mentação: “Mãe, se tenho 25 anos, moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu
não ajo como um homem da minha idade. Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir
minhas responsabilidades, então não tenho um mínimo de maturidade. Se não ajo como um homem da minha
idade, sou tratado como criança. Se não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança. Logo, se sou
tratado como criança, mereço ganhar um novo smartphone no dia das crianças”.

Com base nessa argumentação, julgue os itens a seguir..

6. A proposição “Se estou há 7 anos na faculdade e não tenho capacidade para assumir minhas responsabilida-
des, então não tenho um mínimo de maturidade” é equivalente a “Se eu tenho um mínimo de maturidade, então
não estou há 7 anos na faculdade e tenho capacidade para assumir minhas responsabilidades”.
A) Certo
B) Errado

Resposta: B.

Equivalência de Condicional: P -> Q = ~ Q -> ~ P 


Negação de Proposição: ~ (P ^ Q)  =  ~ P v ~ Q 

P Q R ¬P ¬Q ¬R P^¬Q (P^¬Q) → ¬R ¬P^Q R→ (¬P^Q)


V V V F F F F V F F
V V F F F V F V F V
V F V F V F V F F F
V F F F V V V V F V
F V V V F F F V V V
F V F V F V F V V V
F F V V V F F V F F
F F F V V V F V F V

Portanto não são equivalentes.

7. Considere as seguintes proposições: “Tenho 25 anos”, “Moro com você e papai”, “Dou despesas a vocês” e
“Dependo de mesada”. Se alguma dessas proposições for falsa, também será falsa a proposição “Se tenho 25 anos,
moro com você e papai, dou despesas a vocês e dependo de mesada, então eu não ajo como um homem da minha
idade”.
A) Certo
B) Errado
Resposta: A.
(A^B^C^D) E

Ora, se A ou B ou C ou D estiver falsa como afirma o enunciado, logo torna a primeira parte da condicional falsa, (visto
que trata-se da conjunção) tornando- a primeira parte da condicional falsa, logo toda a proposição se torna verdadeira.

8. A proposição “Se não ajo como um homem da minha idade, sou tratado como criança, e se não tenho um
mínimo de maturidade, sou tratado como criança” é equivalente a “Se não ajo como um homem da minha idade ou
não tenho um mínimo de maturidade, sou tratado como criança”.
A) Certo
B) Errado
Resposta: A.
A = Se não ajo como um homem da minha idade,
B = sou tratado como criança,
C= se não tenho um mínimo de maturidade

14
RACIOCÍNIO LÓGICO

A B C ~A  ~C (~A → B) (~C → B) (~A v ~ C) (~A→ B) ^ (~ C→ B) (~A v ~ C)→ B


V V V F F V V F V V
V V F F V V V V V V
V F V F F V V F V V
V F F F V V F V F F
F V V V F V V V V V
F V F V V V V V V V
F F V V F F V V F F
F F F V V F F V F F

De acordo com a tabela verdade são equivalentes.

DIAGRAMA VENN (CONJUNTOS);

Conjuntos

É uma reunião, agrupamento de pessoas, seres ou objetos. Dá a ideia de coleção.

Conjuntos Primitivos
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primitivos, ou seja, não são definidos.
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção de livros são todos exemplos de conjuntos.
Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um
peixe ou um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser elemento de algum outro conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um feixe de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é também
conjunto (de pontos).
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c,
..., x, y, ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por letras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos)
por letras minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência que nos dá um relacionamento entre um elemento e um
conjunto.

Se x é um elemento de um conjunto A, escreveremos x ∈ A


Lê-se: x é elemento de A ou x pertence a A.

Se x não é um elemento de um conjunto A, escreveremos x ∉ A


Lê-se x não é elemento de A ou x não pertence a A.

Como representar um conjunto


Pela designação de seus elementos: Escrevemos os elementos entre chaves, separando os por vírgula.

Exemplos
- {3, 6, 7, 8} indica o conjunto formado pelos elementos 3, 6, 7 e 8.
{a; b; m} indica o conjunto constituído pelos elementos a, b e m.
{1; {2; 3}; {3}} indica o conjunto cujos elementos são 1, {2; 3} e {3}.

Pela propriedade de seus elementos: Conhecida uma propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A,
este fica bem determinado.
P termo “propriedade P que caracteriza os elementos de um conjunto A” significa que, dado um elemento x qualquer
temos:
Assim sendo, o conjunto dos elementos x que possuem a propriedade P é indicado por:
{x, tal que x tem a propriedade P}

15
RACIOCÍNIO LÓGICO

Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou |
Portanto, A ⊄ B significa que A não é um subconjunto
ou ainda :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
de B ou A não é parte de B ou, ainda, A não está contido em
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
B.
{x : x tem a propriedade P}
Por outro lado, A ⊄ B se, e somente se, existe, pelo
menos, um elemento de A que não é elemento de B.
Exemplos
Simbolicamente: A ⊄ B ⇔ ( ∃ x)(x ∈ A e x ∉ B)
- { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
Exemplos
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo
que {0, 1, 2, 3}
- {2 . 4} ⊂ {2, 3, 4}, pois 2 ∈ {2, 3, 4} e 4 ∈ {2, 3, 4}
- {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que
- {2, 3, 4} ⊄ {2, 4}, pois 3 ∉ {2, 4}
{0, 1}
- {5, 6} ⊂ {5, 6}, pois 5 ∈ {5, 6} e 6 ∈ {5, 6}
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-
Inclusão e pertinência
Euler consiste em representar o conjunto através de um
“círculo” de tal forma que seus elementos e somente eles
A definição de subconjunto estabelece um
estejam no “círculo”.
relacionamento entre dois conjuntos e recebe o nome de
relação de inclusão ( ⊂ ).
Exemplos
A relação de pertinência (∈ ) estabelece um
relacionamento entre um elemento e um conjunto e,
- Se A = {a, e, i, o, u} então
portanto, é diferente da relação de inclusão.
Simbolicamente
x ∈ A ⇔ {x} ⊂ A
x ∉ A ⇔ {x} ⊄ A

Igualdade

Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e


indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B
e B é também subconjunto de A.
- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então
Simbolicamente: A = B ⇔ A ⊂ B e B ⊂ A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale,
segundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e
somente se, possuem os mesmos elementos.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto
A ≠ B se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é
subconjunto de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔ A ⊄ B ou B ⊄ A
Conjunto Vazio
Exemplos
Conjunto vazio é aquele que não possui elementos.
- {2,4} = {4,2}, pois {2,4} ⊂ {4,2} e {4,2} ⊂ {2,4}. Isto nos
Representa-se pela letra do alfabeto norueguês 0/ ou,
mostra que a ordem dos elementos de um conjunto não deve
simplesmente { }.
ser levada em consideração. Em outras palavras, um conjunto
Simbolicamente: ∀ x, x ∉ 0/
fica determinado pelos elementos que o mesmo possui e
não pela ordem em que esses elementos são descritos.
Exemplos
- {2,2,2,4} = {2,4}, pois {2,2,2,4} ⊂ {2,4} e {2,4} ⊂ {2,2,2,4}.
Isto nos mostra que a repetição de elementos é desnecessária.
- 0/ = {x : x é um número inteiro e 3x = 1} - {a,a} = {a}
- 0/ = {x | x é um número natural e 3 – x = 4} - {a,b = {a} ⇔ a= b
- 0/ = {x | x ≠ x} - {1,2} = {x,y} ⇔ (x = 1 e y = 2) ou (x = 2 e y = 1)
Subconjunto
Conjunto das partes
Sejam A e B dois conjuntos. Se todo elemento de A é
Dado um conjunto A podemos construir um novo
também elemento de B, dizemos que A é um subconjunto
conjunto formado por todos os subconjuntos (partes) de A.
de B ou A é a parte de B ou, ainda, A está contido em B e
Esse novo conjunto chama-se conjunto dos subconjuntos
indicamos por A ⊂ B.
(ou das partes) de A e é indicado por P(A).
Simbolicamente: A ⊂ B ⇔ ( ∀ x)(x ∈ ∀ ⇒ x ∈ B)
Simbolicamente: P(A)={X | X ⊂ A} ou X ⊂ P(A) ⇔ X ⊂ A

16
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplos Exemplos
- {2,3,4} ∩ {3,5}={3}
a) = {2, 4, 6} - {1,2,3} ∩ {2,3,4}={2,3}
P(A) = { 0/ , {2}, {4}, {6}, {2,4}, {2,6}, {4,6}, A} - {2,3} ∩ {1,2,3,5}={2,3}
- {2,4} ∩ {3,5,7}= φ
b) = {3,5}
P(B) = { 0/ , {3}, {5}, B} Observação: Se A ∩ B= φ , dizemos que A e B são
c) = {8} conjuntos disjuntos.
P(C) = { 0/ , C}

d) = 0/
P(D) = { 0/ }

Propriedades

Seja A um conjunto qualquer e 0/ o conjunto vazio. Número de Elementos da União e da Intersecção de


Valem as seguintes propriedades Conjuntos

Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura


0/ ≠( 0/ ) 0/ ∉ 0/ 0/ ⊂ 0/ 0/ ∈ { 0/ } abaixo, podemos estabelecer uma relação entre os
0/ ⊂ A ⇔ 0/ ∈ P(A) A ⊂ A ⇔ A ∈ P(A) respectivos números de elementos.

Se A tem n elementos então A possui 2n subconjuntos


e, portanto, P(A) possui 2n elementos.

União de conjuntos

A união (ou reunião) dos conjuntos A e B é o conjunto


formado por todos os elementos que pertencem a A ou a
B. Representa-se por A ∪ B.
Simbolicamente: A 4 ∉BN = {X | X ∈ A ou X ∈ B}

Note que ao subtrairmos os elementos comuns


evitamos que eles sejam contados duas vezes.
Observações:
a) Se os conjuntos A e B forem disjuntos ou se mesmo
um deles estiver contido no outro, ainda assim a relação
dada será verdadeira.
Exemplos b) Podemos ampliar a relação do número de elementos
para três ou mais conjuntos com a mesma eficiência.
- {2,3} ∪ {4,5,6}={2,3,4,5,6}
- {2,3,4} ∪ {3,4,5}={2,3,4,5} Observe o diagrama e comprove.
- {2,3} ∪ {1,2,3,4}={1,2,3,4}
- {a,b} ∪ φ {a,b}

Intersecção de conjuntos
A intersecção dos conjuntos A e B é o conjunto formado
por todos os elementos que pertencem, simultaneamente,
a A e a B. Representa-se por A ∩ B. Simbolicamente: A ∩ B
= {X | X ∈ A ou X ∈ B}

17
RACIOCÍNIO LÓGICO

Subtração Resolução de Problemas


A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto
formado por todos os elementos que pertencem a A e não Exemplo:
pertencem a B. Representa-se por A – B. Simbolicamente: Numa escola mista existem 42 meninas, 24 crianças rui-
A – B = {X | X ∈ A e X ∉ B} vas, 13 meninos não ruivos e 9 meninas ruivas. Pergunta-se
a) quantas crianças existem na escola?
b) quantas crianças são meninas ou são ruivas

O conjunto A – B é também chamado de conjunto


complementar de B em relação a A, representado por CAB.
Simbolicamente: CAB = A - B{X | X ∈ A e X ∉ B}

Exemplos

- A = {0, 1, 2, 3} e B = {0, 2}
CAB = A – B = {1,3} e CBA = B – A = φ Sejam:
A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4} B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14} C o conjunto dos meninos não ruivos e n(C) = 13
D o conjunto das meninas não ruivas e n(D) = y
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5} De acordo com o enunciado temos:
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5}
n( B ∪ D) = n( B ) + n( D) = 9 + y = 42 ⇔ y = 33
Observações: Alguns autores preferem utilizar o 
conceito de completar de B em relação a A somente nos n( A ∪ D) = n( A) + n( B) = x + 9 = 24 ⇔ x = 15
casos em que B ⊂ A.
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto Assim sendo
complementar de B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A a) O número total de crianças da escola é:
⇔ B = A – B = CAB`
n( A ∪ B ∪ C ∪ D ) = n( A) + n( B ) + n(C ) + n( D ) = 15 + 9 + 13 + 33 = 70
b) O número de crianças que são meninas ou são
ruivas é:

n[( A ∪ B ) ∪ ( B ∪ D )] = n( A) + n( B ) + n( D ) = 15 + 9 + 33 = 57

Questões

Exemplos 1 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO AD-


Seja S = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}. Então: MINISTRATIVO – FCC/2014) Dos 43 vereadores de uma
a) A = {2, 3, 4} ⇒ A = {0, 1, 5, 6} cidade, 13 dele não se inscreveram nas comissões de Edu-
b) B = {3, 4, 5, 6 } ⇒ B = {0, 1, 2} cação, Saúde e Saneamento Básico. Sete dos vereadores
c) C = φ ⇒ C = S se inscreveram nas três comissões citadas. Doze deles se
inscreveram apenas nas comissões de Educação e Saúde e
Número de elementos de um conjunto oito deles se inscreveram apenas nas comissões de Saúde e
Saneamento Básico. Nenhum dos vereadores se inscreveu
Sendo X um conjunto com um número finito de em apenas uma dessas comissões. O número de vereado-
elementos, representa-se por n(X) o número de elementos res inscritos na comissão de Saneamento Básico é igual a
de X. Sendo, ainda, A e B dois conjuntos quaisquer, com A) 15.
número finito de elementos temos: B) 21.
n(A ∪ B)=n(A)+n(B)-n(A ∩ B) C) 18.
A ∩ B= φ ⇒ n(A ∪ B)=n(A)+n(B) D) 27.
n(A -B)=n(A)-n(A ∩ B) E) 16.
B ⊂ A ⇒ n(A-B)=n(A)-n(B)

18
RACIOCÍNIO LÓGICO

2 – (TJ-SC) Num grupo de motoristas, há 28 que diri- A) 9


gem automóvel, 12 que dirigem motocicleta e 8 que diri- B) 10
gem automóveis e motocicleta. Quantos motoristas há no C) 11
grupo? D) 12
A) 16 motoristas E) 13
B) 32 motoristas
C) 48 motoristas 6 - (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM
D) 36 motoristas SAÚDE NM – AOCP/2014) Considere dois conjuntos A e
B, sabendo que A ∩ B = {3}, A ∪ B = {0; 1; 2; 3; 5} e A – B
3 – (TRT 19ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) = {1 ; 2}, assinale a alternativa que apresenta o conjunto B.
Dos 46 técnicos que estão aptos para arquivar documentos A) {1; 2; 3}
15 deles também estão aptos para classificar processos e B) {0; 3}
os demais estão aptos para atender ao público. Há outros C) {0; 1; 2; 3; 5}
11 técnicos que estão aptos para atender ao público, mas
D) {3; 5}
não são capazes de arquivar documentos. Dentre esses úl-
E) {0; 3; 5}
timos técnicos mencionados, 4 deles também são capazes
de classificar processos. Sabe-se que aqueles que classi-
7 – (Agente Administrativo) Em uma cidade existem
ficam processos são, ao todo, 27 técnicos. Considerando
que todos os técnicos que executam essas três tarefas fo- duas empresas de transporte coletivo, A e B. Exatamente
ram citados anteriormente, eles somam um total de 70% dos estudantes desta cidade utilizam a Empresa A e
A) 58. 50% a Empresa B. Sabendo que todo estudante da cidade
B) 65. é usuário de pelo menos uma das empresas, qual o % deles
C) 76. que utilizam as duas empresas?
D) 53. A) 20%
E) 95. B) 25%
C) 27%
4 – (METRÔ/SP – OFICIAL LOGISTICA –ALMOXARI- D) 33%
FADO I – FCC/2014) O diagrama indica a distribuição de atletas E) 35%
da delegação de um país nos jogos universitários por medalha
conquistada. Sabe-se que esse país conquistou medalhas apenas 8 – (METRÔ/SP – ENGENHEIRO SEGURANÇA DO
em modalidades individuais. Sabe-se ainda que cada atleta da TRABALHO – FCC/2014) Uma pesquisa, com 200 pessoas,
delegação desse país que ganhou uma ou mais medalhas não ga- investigou como eram utilizadas as três linhas: A, B e C do
nhou mais de uma medalha do mesmo tipo (ouro, prata, bronze). Metrô de uma cidade. Verificou-se que 92 pessoas utili-
De acordo com o diagrama, por exemplo, 2 atletas da delegação zam a linha A; 94 pessoas utilizam a linha B e 110 pessoas
desse país ganharam, cada um, apenas uma medalha de ouro. utilizam a linha C. Utilizam as linhas A e B um total de 38
pessoas, as linhas A e C um total de 42 pessoas e as linhas B
e C um total de 60 pessoas; 26 pessoas que não se utilizam
dessas linhas. Desta maneira, conclui-se corretamente que
o número de entrevistados que utilizam as linhas A e B e
C é igual a
A) 50.
B) 26.
C) 56.
D) 10.
E) 18.

A análise adequada do diagrama permite concluir cor- 9 – TJ/RS – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA JUDICIÁ-
retamente que o número de medalhas conquistadas por RIA E ADMINISTRATIVA – FAURGS/2012) Observando-
esse país nessa edição dos jogos universitários foi de se, durante certo período, o trabalho de 24 desenhistas do
A) 15. Tribunal de Justiça, verificou-se que 16 executaram dese-
B) 29. nhos arquitetônicos, 15 prepararam croquis e 3 realizaram
C) 52. outras atividades. O número de desenhistas que executa-
D) 46. ram desenho arquitetônico e prepararam croquis, nesse
E) 40. período, é de
A) 10.
5 – (PREF. CAMAÇARI/BA – TÉC. VIGILÂNCIA EM B) 11.
SAÚDE NM – AOCP/2014) Qual é o número de elementos C) 12.
que formam o conjunto dos múltiplos estritamente positi- D) 13.
vos do número 3, menores que 31? E) 14.

19
RACIOCÍNIO LÓGICO

10 - (TJ/RS – OFICIAL DE TRANSPORTE – CE- Somando todos os valores obtidos no diagrama tere-
TRO/2013) Dados os conjuntos A = {x | x é vogal da pa- mos: 31+15+7+4+8 = 65 técnicos.
lavra CARRO} e B = {x | x é letra da palavra CAMINHO}, é
correto afirmar que A∩ B tem
A) 1 elemento.
B) 2 elementos.
C) 3 elementos.
D) 4 elementos.
E) 5 elementos.

Respostas

1 - RESPOSTA: “C”
De acordo com os dados temos: 4 - RESPOSTA: “D”.
7 vereadores se inscreveram nas 3. O diagrama mostra o número de atletas que ganharam
APENAS 12 se inscreveram em educação e saúde (o medalhas.
12 não deve ser tirado de 7 como costuma fazer nos con- No caso das intersecções, devemos multiplicar por 2
juntos, pois ele já desconsidera os que se inscreveram nos por ser 2 medalhas e na intersecção das três medalhas mul-
três) tiplica-se por 3.
APENAS 8 se inscreveram em saúde e saneamento bá-
sico. Intersecções:
São 30 vereadores que se inscreveram nessas 3 comis-
sões, pois 13 dos 43 não se inscreveram.
Portanto, 30-7-12-8=3
Se inscreveram em educação e saneamento 3 verea-
dores.

Somando as outras:
2+5+8+12+2+8+9=46

5 -RESPOSTA: “B”.
Se nos basearmos na tabuada do 3 , teremos o seguin-
te conjunto
A={3,6,9,12,15,18,21,24,27,30}
10 elementos.
Só em saneamento se inscreveram: 3+7+8=18
6 - RESPOSTA: “E”.
2 – RESPOSTA: “B” A intersecção dos dois conjuntos, mostra que 3 é ele-
mento de B.
A-B são os elementos que tem em A e não em B.
Então de A∪B, tiramos que B={0;3;5}.

7 - Resposta “A”.
Os que dirigem automóveis e motocicleta: 8
Os que dirigem apenas automóvel: 28-8 = 20
Os que dirigem apenas motocicleta: 12-8= 4
A quantidade de motoristas é o somatório: 20+8+4 =
32 motoristas.

3 - RESPOSTA: “B”.
Técnicos arquivam e classificam: 15
Arquivam e atendem: 46-15=31
classificam e atendem: 4
Classificam: 15+4=19 como são 27 faltam 8 70 – 50 = 20.
Dos 11 técnicos aptos a atender ao público 4 são capa- 20% utilizam as duas empresas.
zes de classificar processos, logo apenas 11-4 = 7 técnicos
são aptos a atender ao público.

20
RACIOCÍNIO LÓGICO

8 - RESPOSTA: “E”. Exemplo

O número de maneiras diferentes de se vestir é:2(cal-


ças). 3(blusas)=6 maneiras

92-[38-x+x+42-x]+94-[38-x+x+60-x]+110-[42-x+x+- Fatorial
60-x]+(38-x)+x+(42-x)+(60-x)+26=200 É comum nos problemas de contagem, calcularmos o
92-[80-x]+94-[98-x]+110-[102-x]+38+42-x+- produto de uma multiplicação cujos fatores são números
60-x+26=200 naturais consecutivos. Para facilitar adotamos o fatorial.
92-80+x+94-98+x+110-102+x+166-2x=200
x+462-180=200 ➜ x+182 = 200 ➜ x = 200-182 ➜ x
= 18
Arranjo Simples
Denomina-se arranjo simples dos n elementos de E, p a
9 - RESPOSTA: “A”. p, toda sequência de p elementos distintos de E.
Exemplo
Usando somente algarismos 5, 6 e 7. Quantos números
de 2 algarismos distintos podemos formar?

16-x+x+15-x+3=24 ➜ x+34 = 24 ➜ -x = 24-34 ➜ -x =


-10, como não existe variável negativa neste caso multipli-
ca-se por (-1) ambos os lados , logo x = 10.

10 - RESPOSTA: “B”.
Como o conjunto A é dado pelas vogais: A={A,O}, e
B é dado pelas letras : B={ C,A,M,I,N,H,O}, portanto A∩
B={A,O}

ANÁLISE COMBINATÓRIA;
Observe que os números obtidos diferem entre si:
Pela ordem dos elementos: 56 e 65
A Análise Combinatória é a área da Matemática que tra- Pelos elementos componentes:56 e 67
ta dos problemas de contagem. Cada número assim obtido é denominado arranjo sim-
ples dos 3 elementos tomados 2 a 2.
Princípio Fundamental da Contagem
Estabelece o número de maneiras distintas de ocorrên- Indica-se
cia de um evento composto de duas ou mais etapas.

Se uma decisão E1 pode ser tomada de n1 modos e, a


decisão E2 pode ser tomada de n2 modos, então o número
de maneiras de se tomarem as decisões E1 e E2 é n1.n2.

21
RACIOCÍNIO LÓGICO

Permutação Simples
Chama-se permutação simples dos n elementos, qual- PROBABILIDADE;
quer agrupamento(sequência) de n elementos distintos de E.
O número de permutações simples de n elementos é
indicado por Pn.

Experimento Aleatório

Qualquer experiência ou ensaio cujo resultado é impre-


Exemplo visível, por depender exclusivamente do acaso, por exem-
Quantos anagramas tem a palavra MITO? plo, o lançamento de um dado.
Solução
A palavra mito tem 4 letras, portanto: Espaço Amostral
Num experimento aleatório, o conjunto de todos os
resultados possíveis é chamado espaço amostral, que se
indica por E.
No lançamento de um dado, observando a face voltada
para cima, tem-se:
Permutação com elementos repetidos E={1,2,3,4,5,6}
De modo geral, o número de permutações de n objetos, No lançamento de uma moeda, observando a face vol-
dos quais n1 são iguais a A, n2 são iguais a B, n3 são iguais tada para cima:
a C etc. E={Ca,Co}

Evento
É qualquer subconjunto de um espaço amostral.
No lançamento de um dado, vimos que
E={1,2,3,4,5,6}
Exemplo Esperando ocorrer o número 5, tem-se o evento
{5}:Ocorrer um número par, tem-se {2,4,6}.
Quantos anagramas tem a palavra NATA?
Solução Exemplo
Se todos as letras fossem distintas, teríamos 4! Permu- Considere o seguinte experimento: registrar as faces
tações. Como temos uma letra repetida, esse número será voltadas para cima em três lançamentos de uma moeda.
menor. a) Quantos elementos tem o espaço amostral?
b) Descreva o espaço amostral.

Solução
a)O espaço amostral tem 8 elementos, pois cada lança-
mento, há duas possibilidades.
2x2x2=8
Combinação Simples b) E={(C,C,C), (C,C,R),(C,R,C),(R,C,C),(R,R,C),(R,C,R),(-
Dado o conjunto {a1, a2, ..., an} com n objetos distintos, C,R,R),(R,R,R)}
podemos formar subconjuntos com p elementos. Cada
subconjunto com i elementos é chamado combinação sim- Probabilidade
ples. Considere um experimento aleatório de espaço amos-
tral E com n(E) amostras equiprováveis. Seja A um evento
com n(A) amostras.

Exemplo
Calcule o número de comissões compostas de 3 alunos
que podemos formar a partir de um grupo de 5 alunos.
Eventos complementares
Solução Seja E um espaço amostral finito e não vazio, e seja A
um evento de E. Chama-se complementar de A, e indica-se
por , o evento formado por todos os elementos de E que
não pertencem a A.

22
RACIOCÍNIO LÓGICO

Probabilidade Condicional
É a probabilidade de ocorrer o evento A dado que ocor-
reu o evento B, definido por:

E={1,2,3,4,5,6}, n(E)=6
B={2,4,6} n(B)=3
A={2}
Note que

Exemplo

Uma bola é retirada de uma urna que contém bolas co-


loridas. Sabe-se que a probabilidade de ter sido retirada
uma bola vermelha é Calcular a probabilidade de ter
sido retirada uma bola que não seja vermelha.
Eventos Simultâneos
Solução
Os eventos A={bola vermelha} e A = {bola não verme- Considerando dois eventos, A e B, de um mesmo espa-
lha} são complementares. ço amostral, a probabilidade de ocorrer A e B é dada por:

são complementares.

SEQUÊNCIAS LÓGICAS, RACIOCÍNIO


Adição de probabilidades MATEMÁTICO, MATRIZES, DETERMINANTES
Sejam A e B dois eventos de um espaço amostral E, fini- E SISTEMAS LINEARES;
to e não vazio. Tem-se:

Raciocínio Lógico Matemático


Exemplo
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de Os estudos matemáticos ligados aos fundamentos ló-
se obter um número par ou menor que 5, na face superior? gicos contribuem no desenvolvimento cognitivo dos es-
Solução tudantes, induzindo a organização do pensamento e das
E={1,2,3,4,5,6} n(E)=6 ideias, na formação de conceitos básicos, assimilação de
Sejam os eventos regras matemáticas, construção de fórmulas e expressões
A={2,4,6} n(A)=3 aritméticas e algébricas. É de extrema importância que em
B={1,2,3,4} n(B)=4 matemática utilize-se atividades envolvendo lógica, no in-
tuito de despertar o raciocínio, fazendo com que se utilize
do potencial na busca por soluções dos problemas mate-
máticos desenvolvidos e baseados nos conceitos lógicos.
A lógica está presente em diversos ramos da matemá-
tica, como a probabilidade, os problemas de contagem,
as progressões aritméticas e geométricas, as sequências
numéricas, equações, funções, análise de gráficos entre
outros. Os fundamentos lógicos contribuem na resolução
ordenada de equações, na percepção do valor da razão de
uma sequência, na elucidação de problemas aritméticos e
algébricos e na fixação de conteúdos complexos.

23
RACIOCÍNIO LÓGICO

A utilização das atividades lógicas contribui na formação de indivíduos capazes de criar ferramentas e mecanismos
responsáveis pela obtenção de resultados em Matemática. O sucesso na Matemática está diretamente conectado à curiosi-
dade, pesquisa, deduções, experimentos, visão detalhada, senso crítico e organizacional e todas essas características estão
ligadas ao desenvolvimento lógico.

Raciocínio Lógico Dedutivo


A dedução é uma inferência que parte do universal para o mais particular. Assim considera-se que um raciocínio lógico
é dedutivo quando, de uma ou mais premissas, se conclui uma proposição que é conclusão lógica da(s) premissa(s). A de-
dução é um raciocínio de tipo mediato, sendo o silogismo uma das suas formas clássicas. Iniciaremos com a compreensão
das sequências lógicas, onde devemos deduzir, ou até induzir, qual a lei de formação das figuras, letras, símbolos ou nú-
meros, a partir da observação dos termos dados.

Humor Lógico

Orientações Espacial e Temporal


Orientação espacial e temporal verifica a capacidade de abstração no espaço e no tempo. Costuma ser cobrado em
questões sobre a disposições de dominós, dados, baralhos, amontoados de cubos com símbolos especificados em suas
faces, montagem de figuras com subfiguras, figuras fractais, dentre outras. Inclui também as famosas sequências de figuras
nas quais se pede a próxima. Serve para verificar a capacidade do candidato em resolver problemas com base em estímulos
visuais.

Raciocínio Verbal
O raciocínio é o conjunto de atividades mentais que consiste na associação de ideias de acordo com determinadas regras.
No caso do raciocínio verbal, trata-se da capacidade de raciocinar com conteúdos verbais, estabelecendo entre eles princípios
de classificação, ordenação, relação e significados. Ao contrário daquilo que se possa pensar, o raciocínio verbal é uma ca-
pacidade intelectual que tende a ser pouco desenvolvida pela maioria das pessoas. No nível escolar, por exemplo, disciplinas
como as línguas centram-se em objetivos como a ortografia ou a gramática, mas não estimulam/incentivam à aprendizagem
dos métodos de expressão necessários para que os alunos possam fazer um uso mais completo da linguagem.
Por outro lado, o auge dos computadores e das consolas de jogos de vídeo faz com que as crianças costumem jogar de
forma individual, isto é, sozinhas (ou com outras crianças que não se encontrem fisicamente com elas), pelo que não é feito
um uso intensivo da linguagem. Uma terceira causa que se pode aqui mencionar para explicar o fraco raciocínio verbal é o
fato de jantar em frente à televisão. Desta forma, perde-se o diálogo no seio da família e a arte de conversar.
Entre os exercícios recomendados pelos especialistas para desenvolver o raciocínio verbal, encontram-se as analogias
verbais, os exercícios para completar orações, a ordem de frases e os jogos onde se devem excluir certos conceitos de um
grupo. Outras propostas implicam que sigam/respeitem certas instruções, corrijam a palavra inadequada (o intruso) de uma
frase ou procurem/descubram antônimos e sinônimos de uma mesma palavra.

Lógica Sequencial

Lógica Sequencial

O Raciocínio é uma operação lógica, discursiva e mental. Neste, o intelecto humano utiliza uma ou mais proposições,
para concluir através de mecanismos de comparações e abstrações, quais são os dados que levam às respostas verdadeiras,
falsas ou prováveis. Foi pelo processo do raciocínio que ocorreu o desenvolvimento do método matemático, este considerado
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos. Logo, resumidamente o raciocínio pode ser
considerado também um dos integrantes dos mecanismos dos processos cognitivos superiores da formação de conceitos
e da solução de problemas, sendo parte do pensamento.

24
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sequências Lógicas Nesse caso, associou-se letras e números (potências de


2), alternando a ordem. As letras saltam 1, 3, 1, 3, 1, 3 e 1
As sequências podem ser formadas por números, posições.
letras, pessoas, figuras, etc. Existem várias formas de se ABCDEFGHIJKLMNOPQRST
estabelecer uma sequência, o importante é que existam
pelo menos três elementos que caracterize a lógica de sua Sequência de Pessoas
formação, entretanto algumas séries necessitam de mais
elementos para definir sua lógica. Algumas sequências Na série a seguir, temos sempre um homem seguido
são bastante conhecidas e todo aluno que estuda lógica de duas mulheres, ou seja, aqueles que estão em uma
deve conhecê-las, tais como as progressões aritméticas e posição múltipla de três (3º, 6º, 9º, 12º,...) serão mulheres e
geométricas, a série de Fibonacci, os números primos e os a posição dos braços sempre alterna, ficando para cima em
quadrados perfeitos. uma posição múltipla de dois (2º, 4º, 6º, 8º,...). Sendo assim,
a sequência se repete a cada seis termos, tornando possível
Sequência de Números determinar quem estará em qualquer posição.

Progressão Aritmética: Soma-se constantemente um


mesmo número.

Sequência de Figuras
Progressão Geométrica: Multiplica-se constantemente
um mesmo número. Esse tipo de sequência pode seguir o mesmo padrão
visto na sequência de pessoas ou simplesmente sofrer
rotações, como nos exemplos a seguir.

Incremento em Progressão: O valor somado é que está


em progressão.

Série de Fibonacci: Cada termo é igual a soma dos dois


anteriores.

1 1 2 3 5 8 13 Sequência de Fibonacci
Números Primos: Naturais que possuem apenas dois
divisores naturais. O matemático Leonardo Pisa, conhecido como
Fibonacci, propôs no século XIII, a sequência numérica:
2 3 5 7 11 13 17 (1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, …). Essa sequência tem
uma lei de formação simples: cada elemento, a partir do
Quadrados Perfeitos: Números naturais cujas raízes são terceiro, é obtido somando-se os dois anteriores. Veja: 1
naturais. + 1 = 2, 2 + 1 = 3, 3 + 2 = 5 e assim por diante. Desde o
século XIII, muitos matemáticos, além do próprio Fibonacci,
1 4 9 16 25 36 49 dedicaram-se ao estudo da sequência que foi proposta,
e foram encontradas inúmeras aplicações para ela no
Sequência de Letras desenvolvimento de modelos explicativos de fenômenos
naturais.
As sequências de letras podem estar associadas a uma
série de números ou não. Em geral, devemos escrever Veja alguns exemplos das aplicações da sequência de
todo o alfabeto (observando se deve, ou não, contar com Fibonacci e entenda porque ela é conhecida como uma
k, y e w) e circular as letras dadas para entender a lógica das maravilhas da Matemática. A partir de dois quadrados
proposta. de lado 1, podemos obter um retângulo de lados 2 e 1.
ACFJOU Se adicionarmos a esse retângulo um quadrado de lado
2, obtemos um novo retângulo 3 x 2. Se adicionarmos
Observe que foram saltadas 1, 2, 3, 4 e 5 letras e esses agora um quadrado de lado 3, obtemos um retângulo
números estão em progressão. 5 x 3. Observe a figura a seguir e veja que os lados dos
ABCDEFGHIJKLMNOPQRSTU quadrados que adicionamos para determinar os retângulos
B1 2F H4 8L N16 32R T64 formam a sequência de Fibonacci.

25
RACIOCÍNIO LÓGICO

Resolvendo a equação:

em que não convém.

Logo:

Esse número é conhecido como número de ouro e


pode ser representado por:
Se utilizarmos um compasso e traçarmos o quarto de
circunferência inscrito em cada quadrado, encontraremos
uma espiral formada pela concordância de arcos cujos
raios são os elementos da sequência de Fibonacci.

Todo retângulo e que a razão entre o maior e o menor


lado for igual a é chamado retângulo áureo como o caso
da fachada do Partenon.
As figuras a seguir possuem números que representam
uma sequência lógica. Veja os exemplos:

Exemplo 1

O Partenon que foi construído em Atenas pelo célebre


arquiteto grego Fidias. A fachada principal do edifício, hoje
em ruínas, era um retângulo que continha um quadrado
de lado igual à altura. Essa forma sempre foi considerada
satisfatória do ponto de vista estético por suas proporções
sendo chamada retângulo áureo ou retângulo de ouro.

A sequência numérica proposta envolve multiplicações


por 4.
6 x 4 = 24
24 x 4 = 96
96 x 4 = 384
384 x 4 = 1536

Exemplo 2

Como os dois retângulos indicados na figura são

semelhantes temos: (1).

Como: b = y – a (2).

Substituindo (2) em (1) temos: y2 – ay – a2 = 0.

26
RACIOCÍNIO LÓGICO

A diferença entre os números vai aumentando 1 unidade. QUESTÕES


13 – 10 = 3
17 – 13 = 4 01. Observe atentamente a disposição das cartas em
22 – 17 = 5 cada linha do esquema seguinte:
28 – 22 = 6
35 – 28 = 7

Exemplo 3

A carta que está oculta é:


Multiplicar os números sempre por 3.
1x3=3
(A) (B) (C)
3x3=9
9 x 3 = 27
27 x 3 = 81
81 x 3 = 243
243 x 3 = 729
729 x 3 = 2187
Exemplo 4 (D) (E)

02. Considere que a sequência de figuras foi construída


segundo um certo critério.

A diferença entre os números vai aumentando 2


unidades. Se tal critério for mantido, para obter as figuras
24 – 22 = 2 subsequentes, o total de pontos da figura de número 15
28 – 24 = 4 deverá ser:
34 – 28 = 6 (A) 69
42 – 34 = 8 (B) 67
52 – 42 = 10 (C) 65
64 – 52 = 12 (D) 63
78 – 64 = 14 (E) 61

27
RACIOCÍNIO LÓGICO

03. O próximo número dessa sequência lógica é: 1000, 07. As figuras da sequência dada são formadas por
990, 970, 940, 900, 850, ... partes iguais de um círculo.
(A) 800
(B) 790
(C) 780
(D) 770

04. Na sequência lógica de números representados nos Continuando essa sequência, obtém-se exatamente 16
hexágonos, da figura abaixo, observa-se a ausência de um círculos completos na:
deles que pode ser: (A) 36ª figura
(B) 48ª figura
(C) 72ª figura
(D) 80ª figura
(E) 96ª figura

08. Analise a sequência a seguir:

(A) 76 Admitindo-se que a regra de formação das figuras


(B) 10 seguintes permaneça a mesma, pode-se afirmar que a
(C) 20 figura que ocuparia a 277ª posição dessa sequência é:
(D) 78
05. Uma criança brincando com uma caixa de palitos (A) (B)
de fósforo constrói uma sequência de quadrados conforme
indicado abaixo:


............. (C) (D)
1° 2° 3°

Quantos palitos ele utilizou para construir a 7ª figura?


(A) 20 palitos
(B) 25 palitos (E)
(C) 28 palitos
(D) 22 palitos

06. Ana fez diversas planificações de um cubo e


escreveu em cada um, números de 1 a 6. Ao montar o cubo,
ela deseja que a soma dos números marcados nas faces 09. Observe a sequência: 2, 10, 12, 16, 17, 18, 19, ... Qual
opostas seja 7. A única alternativa cuja figura representa a é o próximo número?
planificação desse cubo tal como deseja Ana é: (A) 20
(B) 21
(A) (B) (C) 100
(D) 200

10. Observe a sequência: 3,13, 30, ... Qual é o próximo


número?
(C) (D) (A) 4
(B) 20
(C) 31
(D) 21

11. Os dois pares de palavras abaixo foram formados


(E) segundo determinado critério.
LACRAÇÃO → cal
AMOSTRA → soma
LAVRAR → ?

28
RACIOCÍNIO LÓGICO

Segundo o mesmo critério, a palavra que deverá 14. A figura abaixo representa algumas letras dispostas
ocupar o lugar do ponto de interrogação é: em forma de triângulo, segundo determinado critério.
(A) alar
(B) rala
(C) ralar
(D) larva
(E) arval

12. Observe que as figuras abaixo foram dispostas,


linha a linha, segundo determinado padrão.

Considerando que na ordem alfabética usada são


excluídas as letra “K”, “W” e “Y”, a letra que substitui
corretamente o ponto de interrogação é:
(A) P
(B) O
(C) N
(D) M
(E) L
Segundo o padrão estabelecido, a figura que substitui 15. Considere que a sequência seguinte é formada pela
corretamente o ponto de interrogação é: sucessão natural dos números inteiros e positivos, sem que
os algarismos sejam separados.

1234567891011121314151617181920...

O algarismo que deve aparecer na 276ª posição dessa


sequência é:
(A) (B) (C)
(A) 9
(B) 8
(C) 6
(D) 3
(D) (E) 1
(E)
16. Em cada linha abaixo, as três figuras foram
13. Observe que na sucessão seguinte os números desenhadas de acordo com determinado padrão.
foram colocados obedecendo a uma lei de formação.

Os números X e Y, obtidos segundo essa lei, são tais


que X + Y é igual a:
(A) 40
(B) 42
(C) 44
(D) 46
(E) 48

29
RACIOCÍNIO LÓGICO

Segundo esse mesmo padrão, a figura que deve 20. Considere a sequência abaixo:
substituir o ponto de interrogação é:
BBB BXB XXB
XBX XBX XBX
BBB BXB BXX
O padrão que completa a sequência é:
(A) (B)
(A) (B) (C)
XXX XXB XXX
XXX XBX XXX
XXX BXX XXB
(C) (D)
(D) (E)
XXX XXX
XBX XBX
XXX BXX
(E)
21. Na série de Fibonacci, cada termo a partir do
17. Observe que, na sucessão de figuras abaixo, os terceiro é igual à soma de seus dois termos precedentes.
números que foram colocados nos dois primeiros triângulos Sabendo-se que os dois primeiros termos, por definição,
obedecem a um mesmo critério são 0 e 1, o sexto termo da série é:
(A) 2
(B) 3
(C) 4
(D) 5
(E) 6

Para que o mesmo critério seja mantido no triângulo 22. Nosso código secreto usa o alfabeto A B C D E F G
da direita, o número que deverá substituir o ponto de H I J L M N O P Q R S T U V X Z. Do seguinte modo: cada
interrogação é: letra é substituída pela letra que ocupa a quarta posição
(A) 32 depois dela. Então, o “A” vira “E”, o “B” vira “F”, o “C” vira
(B) 36 “G” e assim por diante. O código é “circular”, de modo que
(C) 38 o “U” vira “A” e assim por diante. Recebi uma mensagem
(D) 42 em código que dizia: BSA HI EDAP. Decifrei o código e li:
(E) 46 (A) FAZ AS DUAS;
(B) DIA DO LOBO;
18. Considere a seguinte sequência infinita de (C) RIO ME QUER;
números: 3, 12, 27, __, 75, 108,... O número que preenche (D) VIM DA LOJA;
adequadamente a quarta posição dessa sequência é: (E) VOU DE AZUL.
(A) 36,
(B) 40, 23. A sentença “Social está para laicos assim como
(C) 42, 231678 está para...” é melhor completada por:
(D) 44, (A) 326187;
(E) 48 (B) 876132;
(C) 286731;
19. Observando a sequência (1, , , , , ...) o (D) 827361;
próximo numero será: (E) 218763.

(A) 24. A sentença “Salta está para Atlas assim como 25435
está para...” é melhor completada pelo seguinte número:
(A) 53452;
(B) (B) 23455;
(C) 34552;
(C) (D) 43525;
(E) 53542.
(D)
25. Repare que com um número de 5 algarismos,
respeitada a ordem dada, podem-se criar 4 números de
dois algarismos. Por exemplo: de 34.712, podem-se criar o

30
RACIOCÍNIO LÓGICO

34, o 47, o 71 e o 12. Procura-se um número de 5 algarismos


formado pelos algarismos 4, 5, 6, 7 e 8, sem repetição. Veja
abaixo alguns números desse tipo e, ao lado de cada um
deles, a quantidade de números de dois algarismos que
esse número tem em comum com o número procurado.

Número Quantidade de números de


dado 2 algarismos em comum
48.765 1 Excluídas do alfabeto as letras K, W e Y e fazendo cada
86.547 0 letra restante corresponder ordenadamente aos números
inteiros de 1 a 23 (ou seja, A = 1, B = 2, C = 3,..., Z = 23),
87.465 2
a soma dos números que correspondem às letras que
48.675 1 compõem o nome do animal é:
(A) 37
O número procurado é: (B) 39
(A) 87456 (C) 45
(B) 68745 (D) 49
(C) 56874 (E) 51
(D) 58746
(E) 46875 Nas questões 29 e 30, observe que há uma relação
entre o primeiro e o segundo grupos de letras. A mesma
26. Considere que os símbolos ♦ e ♣ que aparecem relação deverá existir entre o terceiro grupo e um dos cinco
no quadro seguinte, substituem as operações que devem grupos que aparecem nas alternativas, ou seja, aquele que
ser efetuadas em cada linha, a fim de se obter o resultado substitui corretamente o ponto de interrogação. Considere
correspondente, que se encontra na coluna da extrema que a ordem alfabética adotada é a oficial e exclui as letras
direita. K, W e Y.
36 ♦ 4 ♣ 5 = 14
29. CASA: LATA: LOBO: ?
48 ♦ 6 ♣ 9 = 17 (A) SOCO
54 ♦ 9 ♣ 7 = ? (B) TOCO
(C) TOMO
Para que o resultado da terceira linha seja o correto, o (D) VOLO
ponto de interrogação deverá ser substituído pelo número: (E) VOTO
(A) 16
(B) 15 30. ABCA: DEFD: HIJH: ?
(C) 14 (A) IJLI
(D) 13 (B) JLMJ
(E) 12 (C) LMNL
(D) FGHF
27. Segundo determinado critério, foi construída a (E) EFGE
sucessão seguinte, em que cada termo é composto de um
número seguido de uma letra: A1 – E2 – B3 – F4 – C5 – G6
– .... Considerando que no alfabeto usado são excluídas as 31. Os termos da sucessão seguinte foram obtidos
letras K, Y e W, então, de acordo com o critério estabelecido, considerando uma lei de formação (0, 1, 3, 4, 12, 123,...).
a letra que deverá anteceder o número 12 é: Segundo essa lei, o décimo terceiro termo dessa sequência
(A) J é um número:
(B) L (A) Menor que 200.
(C) M (B) Compreendido entre 200 e 400.
(D) N (C) Compreendido entre 500 e 700.
(E) O (D) Compreendido entre 700 e 1.000.
(E) Maior que 1.000.
28. Os nomes de quatro animais – MARÁ, PERU, TATU
e URSO – devem ser escritos nas linhas da tabela abaixo, Para responder às questões de números 32 e 33, você
de modo que cada uma das suas respectivas letras ocupe deve observar que, em cada um dos dois primeiros pares
um quadrinho e, na diagonal sombreada, possa ser lido o de palavras dadas, a palavra da direita foi obtida da palavra
nome de um novo animal. da esquerda segundo determinado critério. Você deve
descobrir esse critério e usá-lo para encontrar a palavra
que deve ser colocada no lugar do ponto de interrogação.

31
RACIOCÍNIO LÓGICO

32. Ardoroso → rodo 40. Reposicione dois palitos e obtenha uma figura com
Dinamizar → mina cinco quadrados iguais.
Maratona → ?

(A) mana
(B) toma
(C) tona
(D) tora
(E) rato
33. Arborizado → azar
Asteroide → dias
Articular → ? 41. Observe as multiplicações a seguir:
(A) luar 12.345.679 × 18 = 222.222.222
(B) arar 12.345.679 × 27 = 333.333.333
(C) lira ... ...
(D) luta 12.345.679 × 54 = 666.666.666
(E) rara
Para obter 999.999.999 devemos multiplicar 12.345.679
34. Preste atenção nesta sequência lógica e identifique por quanto?
quais os números que estão faltando: 1, 1, 2, __, 5, 8, __,21,
34, 55, __, 144, __... 42. Esta casinha está de frente para a estrada de terra.
Mova dois palitos e faça com que fique de frente para a
35. Uma lesma encontra-se no fundo de um poço seco estrada asfaltada.
de 10 metros de profundidade e quer sair de lá. Durante o
dia, ela consegue subir 2 metros pela parede; mas à noite,
enquanto dorme, escorrega 1 metro. Depois de quantos
dias ela consegue chegar à saída do poço?
36. Quantas vezes você usa o algarismo 9 para numerar
as páginas de um livro de 100 páginas?
37. Quantos quadrados existem na figura abaixo?
43. Remova dois palitos e deixe a figura com dois
quadrados.

38. Retire três palitos e obtenha apenas três quadrados.

44. As cartas de um baralho foram agrupadas em


pares, segundo uma relação lógica. Qual é a carta que está
faltando, sabendo que K vale 13, Q vale 12, J vale 11 e A
vale 1?

39. Qual será o próximo símbolo da sequência abaixo?

32
RACIOCÍNIO LÓGICO

45. Mova um palito e obtenha um quadrado perfeito. Respostas

01. Resposta: “A”.


A diferença entre os números estampados nas cartas
1 e 2, em cada linha, tem como resultado o valor da 3ª
carta e, além disso, o naipe não se repete. Assim, a 3ª carta,
dentro das opções dadas só pode ser a da opção (A).

02. Resposta “D”.


Observe que, tomando o eixo vertical como eixo de
46. Qual o valor da pedra que deve ser colocada em simetria, tem-se:
cima de todas estas para completar a sequência abaixo? Na figura 1: 01 ponto de cada lado  02 pontos no
total.
Na figura 2: 02 pontos de cada lado  04 pontos no
total.
Na figura 3: 03 pontos de cada lado  06 pontos no
total.
Na figura 4: 04 pontos de cada lado  08 pontos no
total.
Na figura n: n pontos de cada lado  2.n pontos no total.

Em particular:
Na figura 15: 15 pontos de cada lado  30 pontos no
47. Mova três palitos nesta figura para obter cinco total.
triângulos.
Agora, tomando o eixo horizontal como eixo de
simetria, tem-se:
Na figura 1: 02 pontos acima e abaixo  04 pontos no
total.
Na figura 2: 03 pontos acima e abaixo  06 pontos no
total.
Na figura 3: 04 pontos acima e abaixo  08 pontos no
48. Tente dispor 6 moedas em 3 fileiras de modo que
total.
em cada fileira fiquem apenas 3 moedas.
Na figura 4: 05 pontos acima e abaixo  10 pontos no
total.
Na figura n: (n+1) pontos acima e abaixo  2.(n+1)
49. Reposicione três palitos e obtenha cinco quadrados. pontos no total.
Em particular:
Na figura 15: 16 pontos acima e abaixo  32 pontos
no total. Incluindo o ponto central, que ainda não foi
considerado, temos para total de pontos da figura 15: Total
de pontos = 30 + 32 + 1 = 63 pontos.

03. Resposta “B”.


Nessa sequência, observamos que a diferença: entre
1000 e 990 é 10, entre 990 e 970 é 20, entre o 970 e 940 é 30,
50. Mude a posição de quatro palitos e obtenha cinco entre 940 e 900 é 40, entre 900 e 850 é 50, portanto entre
triângulos. 850 e o próximo número é 60, dessa forma concluímos que
o próximo número é 790, pois: 850 – 790 = 60.

04. Resposta “D”


Nessa sequência lógica, observamos que a diferença:
entre 24 e 22 é 2, entre 28 e 24 é 4, entre 34 e 28 é 6, entre
42 e 34 é 8, entre 52 e 42 é 10, entre 64 e 52 é 12, portanto
entre o próximo número e 64 é 14, dessa forma concluímos
que o próximo número é 78, pois: 76 – 64 = 14.

33
RACIOCÍNIO LÓGICO

05. Resposta “D”. 12. Resposta “C”.


Observe a tabela: Em cada linha apresentada, as cabeças são formadas
por quadrado, triângulo e círculo. Na 3ª linha já há cabeças
Figuras 1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª com círculo e com triângulo. Portanto, a cabeça da figura
que está faltando é um quadrado. As mãos das figuras estão
Nº de Palitos 4 7 10 13 16 19 22 levantadas, em linha reta ou abaixadas. Assim, a figura
que falta deve ter as mãos levantadas (é o que ocorre em
Temos de forma direta, pela contagem, a quantidade de
todas as alternativas). As figuras apresentam as 2 pernas
palitos das três primeiras figuras. Feito isto, basta perceber
ou abaixadas, ou 1 perna levantada para a esquerda ou
que cada figura a partir da segunda tem a quantidade
1 levantada para a direita. Nesse caso, a figura que está
de palitos da figura anterior acrescida de 3 palitos. Desta
faltando na 3ª linha deve ter 1 perna levantada para a
forma, fica fácil preencher o restante da tabela e determinar
a quantidade de palitos da 7ª figura. esquerda. Logo, a figura tem a cabeça quadrada, as mãos
levantadas e a perna erguida para a esquerda.
06. Resposta “A”.
Na figura apresentada na letra “B”, não é possível obter 13. Resposta “A”.
a planificação de um lado, pois o 4 estaria do lado oposto Existem duas leis distintas para a formação: uma para
ao 6, somando 10 unidades. Na figura apresentada na a parte superior e outra para a parte inferior. Na parte
letra “C”, da mesma forma, o 5 estaria em face oposta ao superior, tem-se que: do 1º termo para o 2º termo, ocorreu
3, somando 8, não formando um lado. Na figura da letra uma multiplicação por 2; já do 2º termo para o 3º, houve
“D”, o 2 estaria em face oposta ao 4, não determinando uma subtração de 3 unidades. Com isso, X é igual a 5
um lado. Já na figura apresentada na letra “E”, o 1 não multiplicado por 2, ou seja, X = 10. Na parte inferior, tem-
estaria em face oposta ao número 6, impossibilitando, se: do 1º termo para o 2º termo ocorreu uma multiplicação
portanto, a obtenção de um lado. Logo, podemos concluir por 3; já do 2º termo para o 3º, houve uma subtração de 2
que a planificação apresentada na letra “A” é a única para unidades. Assim, Y é igual a 10 multiplicado por 3, isto é, Y
representar um lado. = 30. Logo, X + Y = 10 + 30 = 40.

07. Resposta “B”. 14. Resposta “A”.


Como na 3ª figura completou-se um círculo, para A sequência do alfabeto inicia-se na extremidade
completar 16 círculos é suficiente multiplicar 3 por 16 : 3 . direita do triângulo, pela letra “A”; aumenta a direita para
16 = 48. Portanto, na 48ª figura existirão 16 círculos. a esquerda; continua pela 3ª e 5ª linhas; e volta para as
linhas pares na ordem inversa – pela 4ª linha até a 2ª linha.
08. Resposta “B”. Na 2ª linha, então, as letras são, da direita para a esquerda,
A sequência das figuras completa-se na 5ª figura. “M”, “N”, “O”, e a letra que substitui corretamente o ponto
Assim, continua-se a sequência de 5 em 5 elementos. A de interrogação é a letra “P”.
figura de número 277 ocupa, então, a mesma posição das
figuras que representam número 5n + 2, com n N. Ou seja,
15. Resposta “B”.
a 277ª figura corresponde à 2ª figura, que é representada
A sequência de números apresentada representa a
pela letra “B”.
lista dos números naturais. Mas essa lista contém todos
09. Resposta “D”. os algarismos dos números, sem ocorrer a separação. Por
A regularidade que obedece a sequência acima não se exemplo: 101112 representam os números 10, 11 e 12. Com
dá por padrões numéricos e sim pela letra que inicia cada isso, do número 1 até o número 9 existem 9 algarismos.
número. “Dois, Dez, Doze, Dezesseis, Dezessete, Dezoito, Do número 10 até o número 99 existem: 2 x 90 = 180
Dezenove, ... Enfim, o próximo só pode iniciar também com algarismos. Do número 100 até o número 124 existem: 3
“D”: Duzentos. x 25 = 75 algarismos. E do número 124 até o número 128
existem mais 12 algarismos. Somando todos os valores,
10. Resposta “C”. tem-se: 9 + 180 + 75 + 12 = 276 algarismos. Logo, conclui-
Esta sequência é regida pela inicial de cada número. se que o algarismo que ocupa a 276ª posição é o número
Três, Treze, Trinta,... O próximo só pode ser o número Trinta 8, que aparece no número 128.
e um, pois ele inicia com a letra “T”.
16. Resposta “D”.
11. Resposta “E”. Na 1ª linha, internamente, a 1ª figura possui 2
Na 1ª linha, a palavra CAL foi retirada das 3 primeiras “orelhas”, a 2ª figura possui 1 “orelha” no lado esquerdo
letras da palavra LACRAÇÃO, mas na ordem invertida. Da e a 3ª figura possui 1 “orelha” no lado direito. Esse fato
mesma forma, na 2ª linha, a palavra SOMA é retirada da acontece, também, na 2ª linha, mas na parte de cima e na
palavra AMOSTRA, pelas 4 primeira letras invertidas. Com parte de baixo, internamente em relação às figuras. Assim,
isso, da palavra LAVRAR, ao se retirarem as 5 primeiras na 3ª linha ocorrerá essa regra, mas em ordem inversa: é
letras, na ordem invertida, obtém-se ARVAL. a 3ª figura da 3ª linha que terá 2 “orelhas” internas, uma

34
RACIOCÍNIO LÓGICO

em cima e outra em baixo. Como as 2 primeiras figuras 22. Resposta “E”.


da 3ª linha não possuem “orelhas” externas, a 3ª figura A questão nos informa que ao se escrever alguma
também não terá orelhas externas. Portanto, a figura que mensagem, cada letra será substituída pela letra que ocupa
deve substituir o ponto de interrogação é a 4ª. a quarta posição, além disso, nos informa que o código é
“circular”, de modo que a letra “U” vira “A”. Para decifrarmos,
17. Resposta “B”. temos que perceber a posição do emissor e do receptor. O
No 1º triângulo, o número que está no interior do emissor ao escrever a mensagem conta quatro letras à frente
triângulo dividido pelo número que está abaixo é igual à para representar a letra que realmente deseja, enquanto
diferença entre o número que está à direita e o número que o receptor, deve fazer o contrário, contar quatro letras
que está à esquerda do triângulo: 40 5 21 13 8. atrás para decifrar cada letra do código. No caso, nos foi
A mesma regra acontece no 2º triângulo: 42 ÷ 7 = dada a frase para ser decifrada, vê-se, pois, que, na questão,
23 - 17 = 6. ocupamos a posição de receptores. Vejamos a mensagem:
Assim, a mesma regra deve existir no 3º triângulo: BSA HI EDAP. Cada letra da mensagem representa a quarta
? ÷ 3 = 19 - 7 letra anterior de modo que:
? ÷ 3 = 12 VxzaB: B na verdade é V;
OpqrS: S na verdade é O;
? = 12 x 3 = 36.
UvxzA: A na verdade é U;
DefgH: H na verdade é D;
18. Resposta “E”.
EfghI: I na verdade é E;
Verifique os intervalos entre os números que foram AbcdE: E na verdade é A;
fornecidos. Dado os números 3, 12, 27, __, 75, 108, obteve- ZabcD: D na verdade é Z;
se os seguintes 9, 15, __, __, 33 intervalos. Observe que 3x3, UvxaA: A na verdade é U;
3x5, 3x7, 3x9, 3x11. Logo 3x7 = 21 e 3x 9 = 27. Então: 21 LmnoP: P na verdade é L;
+ 27 = 48.
23. Resposta “B”.
19. Resposta “B”. A questão nos traz duas palavras que têm relação
Observe que o numerador é fixo, mas o denominador uma com a outra e, em seguida, nos traz uma sequência
é formado pela sequência: numérica. É perguntado qual sequência numérica tem a
mesma ralação com a sequência numérica fornecida, de
Primeiro Segundo Terceiro Quarto Quinto Sexto maneira que, a relação entre as palavras e a sequência
numérica é a mesma. Observando as duas palavras dadas,
2x3 3x4= 4x5= 5x6 podemos perceber facilmente que têm cada uma 6 letras
1 1x2=2
=6 12 20 = 30 e que as letras de uma se repete na outra em uma ordem
diferente. Tal ordem, nada mais é, do que a primeira palavra
20. Resposta “D”. de trás para frente, de maneira que SOCIAL vira LAICOS.
O que de início devemos observar nesta questão é a Fazendo o mesmo com a sequência numérica fornecida,
quantidade de B e de X em cada figura. Vejamos: temos: 231678 viram 876132, sendo esta a resposta.
BBB BXB XXB
XBX XBX XBX 24. Resposta “A”.
BBB BXB BXX A questão nos traz duas palavras que têm relação
7B e 2X 5B e 4X 3B e 6X uma com a outra, e em seguida, nos traz uma sequência
numérica. Foi perguntado qual a sequência numérica que
Vê-se, que os “B” estão diminuindo de 2 em 2 e que tem relação com a já dada de maneira que a relação entre
os “X” estão aumentando de 2 em 2; notem também que as palavras e a sequência numérica é a mesma. Observando
os “B” estão sendo retirados um na parte de cima e um as duas palavras dadas podemos perceber facilmente que
na parte de baixo e os “X” da mesma forma, só que não tem cada uma 6 letras e que as letras de uma se repete
estão sendo retirados, estão, sim, sendo colocados. Logo na outra em uma ordem diferente. Essa ordem diferente
a 4ª figura é: nada mais é, do que a primeira palavra de trás para frente,
XXX de maneira que SALTA vira ATLAS. Fazendo o mesmo com
XBX a sequência numérica fornecida temos: 25435 vira 53452,
XXX sendo esta a resposta.
1B e 8X
25. Resposta “E”.
Pelo número 86.547, tem-se que 86, 65, 54 e 47 não
21. Resposta “D”.
acontecem no número procurado. Do número 48.675, as
Montando a série de Fibonacci temos: 0, 1, 1, 2, 3, 5, 8,
opções 48, 86 e 67 não estão em nenhum dos números
13, 21, 34... A resposta da questão é a alternativa “D”, pois
apresentados nas alternativas. Portanto, nesse número a
como a questão nos diz, cada termo a partir do terceiro é coincidência se dá no número 75. Como o único número
igual à soma de seus dois termos precedentes. 2 + 3 = 5 apresentado nas alternativas que possui a sequência 75 é
46.875, tem-se, então, o número procurado.

35
RACIOCÍNIO LÓGICO

26. Resposta “D”. 31. Resposta “E”.


O primeiro símbolo representa a divisão e o 2º símbolo Do 1º termo para o 2º termo, ocorreu um acréscimo
representa a soma. Portanto, na 1ª linha, tem-se: 36 ÷ 4 de 1 unidade. Do 2º termo para o 3º termo, ocorreu a
+ 5 = 9 + 5 = 14. Na 2ª linha, tem-se: 48 ÷ 6 + 9 = 8 + multiplicação do termo anterior por 3. E assim por diante,
9 = 17. Com isso, na 3ª linha, ter-se-á: 54 ÷ 9 + 7 = 6 até que para o 7º termo temos 13 . 3 = 39. 8º termo = 39 +
+ 7 = 13. Logo, podemos concluir então que o ponto de 1 = 40. 9º termo = 40 . 3 = 120. 10º termo = 120 + 1 = 121.
interrogação deverá ser substituído pelo número 13. 11º termo = 121 . 3 = 363. 12º termo = 363 + 1 = 364. 13º
termo = 364 . 3 = 1.092. Portanto, podemos concluir que
27. Resposta “A”. o 13º termo da sequência é um número maior que 1.000.
As letras que acompanham os números ímpares
formam a sequência normal do alfabeto. Já a sequência 32. Resposta “D”.
que acompanha os números pares inicia-se pela letra “E”, Da palavra “ardoroso”, retiram-se as sílabas “do” e
e continua de acordo com a sequência normal do alfabeto: “ro” e inverteu-se a ordem, definindo-se a palavra “rodo”.
2ª letra: E, 4ª letra: F, 6ª letra: G, 8ª letra: H, 10ª letra: I e 12ª Da mesma forma, da palavra “dinamizar”, retiram-se as
letra: J. sílabas “na” e “mi”, definindo-se a palavra “mina”. Com
isso, podemos concluir que da palavra “maratona”. Deve-
28. Resposta “D”. se retirar as sílabas “ra” e “to”, criando-se a palavra “tora”.
Escrevendo os nomes dos animais apresentados na
lista – MARÁ, PERU, TATU e URSO, na seguinte ordem:
PERU, MARÁ, TATU e URSO, obtém-se na tabela: 33. Resposta “A”.
Na primeira sequência, a palavra “azar” é obtida pelas
letras “a” e “z” em sequência, mas em ordem invertida.
P E R U Já as letras “a” e “r” são as 2 primeiras letras da palavra
“arborizado”. A palavra “dias” foi obtida da mesma forma:
M A R A As letras “d” e “i” são obtidas em sequência, mas em ordem
invertida. As letras “a” e “s” são as 2 primeiras letras da
T A T U palavra “asteroides”. Com isso, para a palavras “articular”,
considerando as letras “i” e “u”, que estão na ordem
U R S O invertida, e as 2 primeiras letras, obtém-se a palavra “luar”.

O nome do animal é PATO. Considerando a ordem do 34. O nome da sequência é Sequência de Fibonacci.
alfabeto, tem-se: P = 15, A = 1, T = 19 e 0 = 14. Somando O número que vem é sempre a soma dos dois números
esses valores, obtém-se: 15 + 1 + 19 + 14 = 49. imediatamente atrás dele. A sequência correta é: 1, 1, 2, 3,
5, 8, 13, 21, 34, 55, 89, 144, 233...
29. Resposta “B”.
Na 1ª e na 2ª sequências, as vogais são as mesmas:
letra “A”. Portanto, as vogais da 4ª sequência de letras
deverão ser as mesmas da 3ª sequência de letras: “O”. 35.
A 3ª letra da 2ª sequência é a próxima letra do alfabeto
depois da 3ª letra da 1ª sequência de letras. Portanto, na 4ª Dia Subida Descida
sequência de letras, a 3ª letra é a próxima letra depois de 1º 2m 1m
“B”, ou seja, a letra “C”. Em relação à primeira letra, tem-se
uma diferença de 7 letras entre a 1ª letra da 1ª sequência 2º 3m 2m
e a 1ª letra da 2ª sequência. Portanto, entre a 1ª letra da
3ª sequência e a 1ª letra da 4ª sequência, deve ocorrer o 3º 4m 3m
mesmo fato. Com isso, a 1ª letra da 4ª sequência é a letra 4º 5m 4m
“T”. Logo, a 4ª sequência de letras é: T, O, C, O, ou seja,
TOCO. 5º 6m 5m

30. Resposta “C”. 6º 7m 6m


Na 1ª sequência de letras, ocorrem as 3 primeiras 7º 8m 7m
letras do alfabeto e, em seguida, volta-se para a 1ª letra
da sequência. Na 2ª sequência, continua-se da 3ª letra 8º 9m 8m
da sequência anterior, formando-se DEF, voltando-se
novamente, para a 1ª letra desta sequência: D. Com isto, 9º 10m ----
na 3ª sequência, têm-se as letras HIJ, voltando-se para a 1ª
letra desta sequência: H. Com isto, a 4ª sequência iniciará Portanto, depois de 9 dias ela chegará na saída do
pela letra L, continuando por M e N, voltando para a letra L. poço.
Logo, a 4ª sequência da letra é: LMNL.

36
RACIOCÍNIO LÓGICO

36. 09 – 19 – 29 – 39 – 49 – 59 – 69 – 79 – 89 – 90 – 42.
91 – 92 – 93 – 94 – 95 – 96 – 97 – 98 – 99. Portanto, são
necessários 20 algarismos.

37.

= 16

= 09 43.

= 04

44. Sendo A = 1, J = 11, Q = 12 e K = 13, a soma de


cada par de cartas é igual a 14 e o naipe de paus sempre
forma par com o naipe de espadas. Portanto, a carta que
está faltando é o 6 de espadas.

45. Quadrado perfeito em matemática, sobretudo na


=01 aritmética e na teoria dos números, é um número inteiro
não negativo que pode ser expresso como o quadrado de
Portanto, há 16 + 9 + 4 + 1 = 30 quadrados. um outro número inteiro. Ex: 1, 4, 9...
No exercício 2 elevado a 2 = 4
38.

39. Os símbolos são como números em frente ao


espelho. Assim, o próximo símbolo será 88. 46. Observe que:
40.

3 6 18 72 360 2160 15120

x2 x3 x4 x5 x6 x7

Portanto, a próxima pedra terá que ter o valor: 15.120


x 8 = 120.960

47.
41.
12.345.679 × (2×9) = 222.222.222
12.345.679 × (3×9) = 333.333.333
... ...
12.345.679 × (4×9) = 666.666.666
Portanto, para obter 999.999.999 devemos multiplicar
12.345.679 por (9x9) = 81

37
RACIOCÍNIO LÓGICO

48. Forma abreviada


A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.

A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j

49.

Portanto,

50.
Tipos de Matriz

Matriz linha
Chama-se matriz linha a toda matriz que possui uma
única linha.
Assim, [2 3 7] é uma matriz do tipo 1 x 3.

Matriz coluna
MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma
LINEARES. única coluna.

Chama-se matriz do tipo m x n, m ∈N* e n∈N*, a Assim, é uma matriz coluna do tipo 2 x 1.
toda tabela de m.n elementos dispostos em m linhas e n
colunas. Matriz quadrada
Indica-se a matriz por uma letra maiúscula e colocar Chama-se matriz quadrada a toda matriz que possui
seus elementos entre parênteses ou entre colchetes como, número de linhas igual ao número de colunas. Uma matriz
por exemplo, a matriz A de ordem 2x3. quadrada A do tipo n x n é dita matriz quadrada de ordem
n e indica-se por An. Exemplo:

Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela) Diagonais
A matriz A é representada indicando-se cada um de Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada (a11, a22, a33,..)
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in-
dicado por ij.

Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:

38
RACIOCÍNIO LÓGICO

Matriz diagonal Propriedades da adição


Comutativa: A + B = B + A
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
matriz diagonal se, e somente se, todos os elementos que Elemento neutro: A + O = O + A = A
não pertencem à diagonal principal são iguais a zero. Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt

Subtração de matrizes

Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo


Matriz identidade m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se,
C=A+(-B).
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de
matriz identidade se, e somente se, os elementos da diago-
nal principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.

Matriz nula

É chamada matriz nula se, e somente se, todos os ele-


mentos são iguais a zero.
Multiplicação de um número por uma matriz

Considere:

Matriz Transposta

Dada a matriz A=(aij) do tipo m x n, chama-se matriz


transposta de A a matriz do tipo n x m.

Multiplicação de matrizes

O produto (linha por coluna) de uma matriz A = (aij)


mxp
por uma matriz B = (bij)p x n é uma matriz C = (cij)m x n,
de modo que cada elemento cij é obtido multiplicando-se
ordenadamente os elementos da linha i de A pelos ele-
mentos da coluna j de B, e somando-se os produtos assim
obtidos.
Adição de Matrizes
Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo Dada as matrizes:
m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por
A+B.

Dada as matrizes:

, portanto

39
RACIOCÍNIO LÓGICO

Matriz Inversa Determinante de ordem 3

Seja A uma matriz quadrada de ordem n. Uma matriz B Regra 1:


é chamada inversa de A se, e somente se, Repete a primeira e a segunda coluna

Exemplo:

Determine a matriz inversa de A.

Regra 2
Solução

Seja

detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Temos que x=3; y=2; z=1; t=1 a21 a33 - a32 a23 a11

Logo,
Sistema de equações lineares
Um sistema de equações lineares mxn é um conjunto
de m equações lineares, cada uma delas com n incógnitas.
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.

Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1

Determinante de ordem 2 Em que:

Dada a matriz

O determinante é dado por: Sistema Linear 2 x 2

Chamamos de sistema linear 2 x 2 o con­junto de equa-


ções lineares a duas incógnitas, consideradas simultanea-
mente.
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:

a1 x + b1 y = c1

a2 + b2 y = c2

40
RACIOCÍNIO LÓGICO

Sistema Linear 3x3 2. Sistema Possível e Indeterminado

esse tipo de sistema possui infinitas soluções, os valores


de x e y assumem inúmeros valores. Observe o sistema a
Sistemas Lineares equivalentes seguir, x e y podem assumir mais de um valor, (0,4), (1,3),
(2,2), (3,1) e etc. 
Dois sistemas lineares que admitem o mesmo conjunto
solução são ditos equivalentes. Por exemplo: 3. Sistema Impossível

São equivalentes, pois ambos têm o mesmo conjunto Não existe um par real que satisfaça simultaneamente
solução S={(1,2)} as duas equações. Logo o sistema não tem solução, por-
Denominamos solução do sistema linear toda sequên- tanto é impossível.
cia ordenada de números reais que verifica, simultanea-
mente, todas as equações do sistema. Sistema Escalonado
Dessa forma, resolver um sistema significa encontrar Sistema Linear Escalonado é todo sistema no qual as
todas as sequências ordenadas de números reais que satis- incógnitas das equações lineares estão escritas em uma
façam as equações do sistema. mesma ordem e o 1º coeficiente não-nulo de cada equa-
ção está à direita do 1º coeficiente não-nulo da equação
Matriz Associada a um Sistema Linear anterior.

Dado o seguinte sistema:


Exemplo
Sistema 2x2 escalonado.

Matriz incompleta

Sistema 3x3
A primeira equação tem três coeficientes não-nulos, a
segunda tem dois e a terceira, apenas um.

Classificação

1. Sistema Possível e Determinado Sistema 2x3

O par ordenado (2, 1) é solução da equação, pois


Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento

Podemos transformar qualquer sistema linear em um


outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
Como não existe outro par que satisfaça simultanea- tares, realizadas com suas equações:
mente as duas equações, dizemos que esse sistema é SP- -trocas as posições de duas equações
D(Sistema Possível e Determinado), pois possui uma única -Multiplicar uma das equações por um número real di-
solução. ferente de 0.
-Multiplicar uma equação por um número real e adicio-
nar o resultado a outra equação.

41
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exemplo Para a ≠ 6, temos:

x + 3 y = 5
 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
 ← −2 0 x + 0 y = −9
Inicialmente, trocamos a posição das equações, pois é 
conveniente ter o coeficiente igual a 1 na primeira equação.
Que é um sistema impossível.
Assim, temos:
a ≠ 6 → SPD (Sistema possível e determinado)
a = 6 → SI (Sistema impossível)
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
Multiplicando a equação por -2:
GEOMETRIA BÁSICA E TRIGONOMETRIA

Somando as duas equações: A geometria plana, também chamada geometria ele-


mentar ou Euclidiana, teve início na Grécia antiga. Esse es-
tudo analisava as diferentes formas de objetos.
Na geometria plana as figuras geométricas mais co-
nhecidas são os triângulos, quadriláteros (quadrado, retân-
gulo, trapézio, paralelogramo), círculo e circunferência, e,
Sistemas com Número de Equações Igual ao Núme- alguns polígonos que recebem nomes especiais de acordo
ro de Incógnitas com o n° de lados.

Quando o sistema linear apresenta nº de equações Retas paralelas


igual ao nº de incógnitas, para discutirmos o sistema, ini-
cialmente calculamos o determinante D da matriz dos coe- Duas retas são paralela se e somente se a intersecção
ficientes (incompleta), e: entre elas é o conjunto vazio, ou seja não existe ponto co-
- Se D ≠ 0, o sistema é possível e determinado. mum entre elas. Por um ponto passa uma única reta para-
- Se D = 0, o sistema é possível e indeterminado ou lela a uma outra reta dada.
impossível.
Retas perpendiculares
Para identificarmos se o sistema é possível, indetermi-
nado ou impossível, devemos conseguir um sistema esca- Duas retas são perpendiculares se o ângulo formado
lonado equivalente pelo método de eliminação de Gauss. entre elas for de 90 graus (ângulo reto).
Ângulo
Exemplos Um ângulo é uma figura formada por duas semirretas
de mesma origem.
- Discutir, em função de a, o sistema:

x + 3 y = 5

2 x + ay = 1

Resolução

1 3
D= = a−6
2 a

D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6 Os lados são as semirretas OA e OB , ambas de origem


→ →

em O e infinitas. O ponto O é o vértice do ângulo AÔB.


Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado. O instrumento usado para medir ângulo é o transferi-
dor, que tem como unidade o grau.

42
RACIOCÍNIO LÓGICO

Um ângulo cuja medida é: Ângulos complementares e suplementares


- igual a 90º é um ângulo reto
- maior que 90º e menor que 180º é um ângulo ob- Dois ângulos são complementares quando a soma de
tuso suas medidas é 90 º.
- menor que 90º e maior que 0º é um ângulo agudo Sabendo que a medida de um ângulo agudo, em
- igual a 180º é um ângulo raso ou de meia volta graus, é x, a medida do complemento desse ângulo é dada
por ( 90 – x).

Os ângulos a e b são complementares (b é o comple-


mento de a, e a é o complemento de b.)
Dois ângulos são suplementares quando a soma de
suas medidas é 180º.
Sabendo que y é a medida de um ângulo, em graus,
Ângulos congruentes então a medida do suplemento desse ângulo é dada por
Dois ângulos cujas medidas são iguais são congruentes ( 180 – y).

Os ângulos a e b são suplementares. O ângulo a é agu-


do e o ângulo b é obtuso.
Os ângulos ABC e DÊF têm mesma medida, logo são
congruentes. Ângulos Opostos pelo vértice (OPV)
.
Bissetriz de um ângulo Dois ângulos são opv quando os lados de um deles
Bissetriz de um ângulo é a semirreta que divide o ân- são semirretas opostas aos lados do outro. Ângulos opv
gulo em dois ângulos de mesma medida, isto é, em dois são congruentes.
ângulos congruentes.

Os ângulos AÔB e CÔD são opv.

43
RACIOCÍNIO LÓGICO

Polígonos

Polígonos são figuras fechadas formadas por segmen-


tos de reta, sendo caracterizados pelos seguintes elemen-
tos: ângulos, vértices, diagonais e lados. De acordo com o
número de lados a figura é nomeada.

Classificação dos polígonos

Lados/Nomes
3: Triângulo
4: Quadrilátero
5: Pentágono
6: Hexágono Icoságono (20 lados): note a semelhança com a cir-
7: Heptágono cunferência.
8: Octógono
9: Eneágono Polígono regular e irregular
10: Decágono
11: Undecágono Todo polígono regular possui os lados e os ângulos com
12: Dodecágono medidas iguais. Alguns exemplos de polígonos regulares.

Polígonos convexos e não convexos

Se os ângulos do polígono forem menores que 180º


ele será convexo.

Caso tenha um ângulo com medida maior que 180º ele


será classificado como não convexo ou côncavo.

Polígonos regulares

Um polígono irregular é aquele que não possui os ân-


gulos com medidas iguais e os lados não possuem o mes-
mo tamanho.
Ângulos de um polígono

A soma dos ângulos internos de qualquer polígono


depende do número de lados (n), sendo usada a seguinte
expressão para o cálculo: S = (n – 2).180, onde n o número
de lados.

A soma dos ângulos externos de qualquer polígo-


no sempre será 360º, baseando-se no seguinte princípio:
quanto maior o número de lados do polígono mais ele Polígonos irregulares
se assemelha a uma circunferência (possui giro completo
igual a 360º).

44
RACIOCÍNIO LÓGICO

Diagonais de um polígono 2. Retângulo: Lados opostos congruentes, quatro ân-


gulos retos, duas diagonais congruentes
Diagonal de um polígono é o segmento de reta que
liga um vértice ao outro, passando pelo interior da figura.
O número de diagonais de um polígono depende do nú-
mero de lados (n) e pode ser calculado pela expressão:

Triângulos

Trângulo é um polígono de três lados. 3. Losango: Quatro lados congruentes, ângulos opos-
tos congruentes, duas diagonais perpendiculares.

Os pontos A, B, C são os vértices


CÂB, ACB e CBC são os ângulos internos do triângulo
Os segmentos AB , AC e BC são os lados do triângulo.
A soma dos ângulos internos de um triângulo é sempre 4. Paralelogramo: Lados opostos congruentes, ângu-
180º. los opostos congruentes.
Classificação dos triângulos

Quanto aos lados:


- Equilátero: Os três lados têm a mesma medida.
- Isósceles: Dois lados têm a mesma medida.
- Escaleno: Os três lados têm medidas diferentes.

Quanto aos ângulos:


- Acutângulo: Os três ângulos internos são agudos
- Retângulo: Um dos ângulos é reto.
- Obtusângulo: Um dos ângulos é obtuso.
Trapézios ( um par de lados paralelo) :
Quadriláteros
1. Trapézio retângulo: Um par de lados paralelos,
A soma dos ângulos internos de um quadrilátero é 360º. dois ângulos retos.
Os quadriláteros classificam-se em paralelogramos e 2. Trapézio isósceles: Um par de lados paralelos, lados
trapézios. transversos iguais, dois ângulos agudos iguais, dois ângu-
los obtusos iguais
Paralelogramos (dois pares de lados paralelos) : 3. Trapézio escaleno: Um par de lados paralelos, quatro
lados diferentes, quatro ângulos diferentes.
1. Quadrado: quatro lados congruentes, quatro ângu-
los retos, duas diagonais congruentes e perpendiculares.

45
RACIOCÍNIO LÓGICO

Área de Perímetro de figuras planas c) Triângulo qualquer em que sabemos as medidas dos três
lados e não conhecemos a altura: A = p( p − a)( p − b)( p − c) (p é
Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer fi- o semi perímetro, ou seja, a metade do perímetro; a, b c são as
gura plana. È o contorno da figura medidas dos lados do triângulo).

Área é a medida da superfície da figura plana. Para cal- a+b+c


cular a área de uma figura precisamos saber a sua fórmula. p=
As fórmulas das figuras planas mais usadas são: 2
1. Quadrado : A= l . l ou A = l ( l é a medida do
2

lado )

Trigonometria

2. Retângulo : A = b . h (b é a base e h é a altura) Considerando o triângulo retângulo ABC.

b.h
3. a) Triângulo : A = (b é a medida da base e
h é a altura) 2

b) Triângulo Equilátero

a2 3
A= ( a é a medida do lado)
4
Lembrar que o triângulo equilátero tem os três lados
de mesma medida.

46
RACIOCÍNIO LÓGICO

Temos: Inequações Trigonométricas

Resolva a equação cos x<1/2 para 0<x<2π.

Cos x< ½ em todo o resto da circunferência que não


está marcado de vermelho.

Funções Trigonométricas

Função seno
Equações Trigonométricas A função seno é uma função que a todo arco
de medida x∈R associa a ordenada y’ do ponto M.
Chamam-se equações trigonométricas igualdades que
podem ser escritas como, por exemplo, as indicadas abaixo: D=R e Im=[-1,1]

Exemplo

Resolva a equação cos x=1/2 para x∈R.

Exemplo
Sem construir o gráfico, determine o conjunto imagem
da função f(x)=2sen x.
Solução
-1≤sen x≤1
-2≤2sen x≤2
-2≤f(x)≤2

Im=[-2,2]

47
RACIOCÍNIO LÓGICO

Função Cosseno Consideremos a função f(x)=sen(x), com domínio no in-


tervalo [-π/2,π/2] e imagem no intervalo [-1,1]. A função
A função cosseno é uma função que a todo inversa de f, denominada arco cujo seno, definida por f-1:[-
arco de medida x∈R associa a abscissa x do ponto M. 1,1][-π/2,π/2] é denotada por

f-1(x) = arcsen(x)

D=R
Função arco-cosseno
Im=[-1,1]
Seja a função g(x)=cos(x), com domínio [0,pi] e imagem
Exemplo [-1,1]. A função inversa de f, denominada arco cujo cosseno
Determine o conjunto imagem da função f(x)=2+cos x. é definida por g-1:[-1,1][0,pi] e denotada por
g-1(x) = arc cos(x)
Solução

-1≤cos x≤1
-1+2≤2+cos x≤1+2
1≤f(x)≤3

Logo, Im=[1,3]

Função Tangente

A todo arco de medida x associa a ordenada yT do


pontoT. O ponto T é a interseção da reta com o eixo
das tangentes.
Função arco-tangente
Dada a função f(x)=tan(x), com domínio (-π/2,π/2) e
imagem em R, a função inversa de f, denominada arco-tan-
gente é definida por f-1:R(-π/2, π/2) e denotada por

f-1(x) = arc tan(x)

Im=R

Função Trigonométrica Inversa

Uma função f, de domínio D possui inversa somente se f Considerados dois arcos quaisquer de medidas a e b, as
for bijetora, por este motivo nem todas as funções trigono- operações da soma e da diferença entre esses arcos será
métricas possuem inversas em seus domínios de definição, dada pelas seguintes identidades: 
mas podemos tomar subconjuntos desses domínios para
gerar novas função que possuam inversas.

48
RACIOCÍNIO LÓGICO

Lei dos Cossenos


A lei dos cossenos é uma importante ferramenta mate-
mática para o cálculo de medidas dos lados e dos ângulos
de triângulos quaisquer.

Duplicação de arcos

Bissecção Lei dos Senos

49
RACIOCÍNIO LÓGICO

Exercícios Complementares 05. (TRF 3ª REGIÃO – Analista Judiciário – FCC/2016)


Uma herança de R$ 82.000,00 será repartida de modo in-
01. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas versamente proporcional às idades, em anos completos,
e Estatísticas – FGV/2016) A grandeza G é diretamente dos três herdeiros. As idades dos herdeiros são: 2, 3 e x
proporcional à grandeza A e inversamente proporcional à anos. Sabe-se que os números que correspondem às ida-
grandeza B. Sabe-se que quando o valor de A é o dobro do des dos herdeiros são números primos entre si (o maior
valor de B, o valor de G é 10. divisor comum dos três números é o número 1) e que foi
R$ 42.000,00 a parte da herança que o herdeiro com 2 anos
Quando A vale 144 e B vale 40, o valor de G é: recebeu. A partir dessas informações o valor de x é igual a
(A) 15; (A) 7.
(B) 16; (B) 5.
(C) 18; (C) 11.
(D) 20; (D) 1.
(E) 24. (E) 13.
02. (IBGE - Técnico em Informações Geográficas e 06. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho –
Estatísticas – FGV/2016) Uma pirâmide regular é construí- VUNESP/2016) Um produto é vendido a prazo da seguin-
da com um quadrado de 6 m de lado e quatro triângulos te forma: R$ 200,00 de entrada e 5 parcelas iguais de R$
iguais ao da figura abaixo. 120,00 cada uma. Sabe-se que o preço do produto a prazo
é 25% maior que o preço da tabela, mas, se o pagamento
for à vista, há um desconto de 5% sobre o preço da tabela.
Então, a diferença entre o preço a prazo e o preço à vista é
(A) R$ 160,00.
(B) R$ 175,00.
(C) R$ 186,00.
(D) R$ 192,00.
(E) R$ 203,00.

O volume dessa pirâmide em m3 é aproximadamente: 07. (UNIFESP - Técnico em Segurança do Trabalho –


(A) 84; VUNESP/2016) Um terreno retangular ABCD, com 8 m de
(B) 90; frente por 12 m de comprimento, foi dividido pelas cercas
(C) 96; AC e EM, conforme mostra a figura.
(D) 108;
(E) 144.

03. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016)


Três caminhões de lixo que trabalham durante doze horas
com a mesma produtividade recolhem o lixo de determina-
da cidade. Nesse caso, cinco desses caminhões, todos com
a mesma produtividade, recolherão o lixo dessa cidade tra-
balhando durante
(A) 6 horas.
(B) 7 horas e 12 minutos.
(C) 7 horas e 20 minutos.
(D) 8 horas.
(E) 4 horas e 48 minutos.
Sabendo-se que o ponto E pertence à cerca AC, o valor
da área AEMD destacada na figura, em m² , é
04. (CPRM – Técnico em Geociências – CESPE/2016)
Por 10 torneiras, todas de um mesmo tipo e com igual va- (A) 22.
zão, fluem 600 L de água em 40 minutos. Assim, por 12 (B) 24.
dessas torneiras, todas do mesmo tipo e com a mesma va- (C) 26.
zão, em 50 minutos fluirão (D) 28.
(A) 625 L de água. (E) 30.
(B) 576 L de água.
(C) 400 L de água. 08. (UFPB – Administrador – IDECAN/2016) Um gru-
(D) 900 L de água. po de alunos é formado por 11 meninos e 14 meninas. Sa-
(E) 750 L de água. be-se que metade das meninas são loiras, ao passo que
apenas três meninos são loiros. Dessa forma, ao selecio-
nar-se ao acaso um aluno, a probabilidade de que seja um
menino loiro é:

50
RACIOCÍNIO LÓGICO

(A) 0,12. O número de funcionários com pontuação acima da


(B) 0,15. média é:
(C) 0,22. (A) 3;
(D) 0,25. (B) 4;
(C) 5;
09. (CODEBA – Guarda Portuário – FGV/2016) No dia (D) 6;
1º de janeiro de 2016, na cidade de Salvador, o nascente (E) 7.
do Sol ocorreu às 5 horas e 41 minutos e o poente às 18
horas e 26 minutos. 14. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015) A
distribuição de salários de uma empresa com 30 funcioná-
O período de luminosidade desse dia foi rios é dada na tabela seguinte. 
(A) 12 horas e 25 minutos.
(B) 12 horas e 35 minutos. Salário (em salários
(C) 12 horas e 45 minutos. Funcionários
mínimos)
(D) 13 horas e 15 minutos. 1,8 10
(E) 13 horas e 25 minutos. 2,5 8
3,0 5
10. (TRT 14ª REGIÃO – Técnico Judiciário – FCC/2016) 5,0 4
Alberto fez uma dieta com nutricionista e perdeu 20% do 8,0 2
seu peso nos seis primeiros meses. Nos seis meses seguin- 15,0 1
tes Alberto abandonou o acompanhamento do nutricio-
nista e, com isso, engordou 20% em relação ao peso que Pode-se concluir que
havia atingido. Comparando o peso de Alberto quando ele (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
iniciou a dieta com seu peso ao final dos doze meses men- (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
cionados, o peso de Alberto salários.
(A) reduziu 4%. (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
(B) aumentou 2%. (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
(C) manteve-se igual. da total.
(D) reduziu 5%. (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
(E) aumentou 5%. renda total.
11. (BAHIAGAS – Analista de Processos Organizacio-
nais – CAIPIMES/2016) Uma aplicação de R$ 1.000.000,00
resultou em um montante de R$ 1.240.000,00 após 12 me-
ses. Dentro do regime de Juros Simples, a que taxa o capi-
tal foi aplicado?
(A) 1,5% ao mês.
(B) 4% ao trimestre.
(C) 20% ao ano.
(D) 2,5% ao bimestre.
(E) 12% ao semestre.

12. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA-

TEC/2015) A solução do sistema linear é:

(A) S={(4, ¼)}


(B) S={(3, 3/2 )}
(C) S={(3/2 ,3 )}
(D) S={(3,− 3/2 )}
(E) S={(1,3/2 )}

13. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –


FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.

50 55 55 55 55 60
62 63 65 90 90 100

51
RACIOCÍNIO LÓGICO

Respostas Vamos usar o triângulo retângulo


H é a altura da pirâmide
01. Resposta: C. h=altura do triângulo
Se a grandeza G é diretamente proporcional a A, então r=raio da base
G/A
h²=H²+r²
E se é inversamente proporcional a B
Para descobrimos a altura do triângulo, fazer teorema
de Pitágoras.

Quando A é o dobro de B:

10²=3²+h²
K=5 100=9+h²
91=h²

h²=H²+r²
91=H²+3²
H²=91-9
H²=82

Para √82≈9
02. Resposta: D.
V=12⋅9=108 m³
A Pirâmide é formada por uma base quadrada e os 4
triângulos de lateral
03. Resposta: B.
↑Caminhões horas↓
3------------------12
5-------------------x

Quanto mais caminhões, menos horas.


Invertendo as horas:
↑Caminhões horas↑
3------------------x
5-------------------12
5x=36
X=7,2h
Para descobrimos a altura da pirâmide, vamos precisar
da altura do triângulo 0,2⋅60=12 minutos
7 horas e 12 minutos

04. Resposta: D.
Todas as grandezas são diretamente proporcionais

↑Torneiras ↑vazão tempo↑


10---------------600----------40
12---------------x--------------50

400x=360000
X=900

52
RACIOCÍNIO LÓGICO

05. Resposta: A. Somando:20+6=26

08. Resposta: A.
total de crianças é de 11+14=25 crianças.
Se temos 11 meninos, a probabilidade é de 11/25
E entre os meninos 3 são loiros, 3/11, pois já deixa claro
que éestá entre os meninos e não mais entre as crianças.

Sabendo que A recebeu 42000

P=42000x2=84000 09. Resposta: C.


26 é um número maior que 41, então devemos empres-
tar do vizinho, mas como estamos falando de hora, tiramos
uma hora e como é minutos, 1 hora tem 60 minutos, deve-
mos somar os 60 minutos aos 26 minutos.

12000x=84000
X=7
10. Resposta: A.
06. Resposta: D. Como ele perdeu 20%
1-0,2=0,8
Preço a prazo
200+120x5=800 Depois engordou 20%
0,8x1,2=0,96
Preço tabela, sabendo que 800 é 25% a mais do que o
preço da tabela: Do peso inicial ele reduziu 1-0,96=0,04=4%
800=1,25x
11. Resposta: E.
X=640
M=1240000
Preço à vista tem 5% de desconto em relação a tabela:
C=1000000
N=12
640x0,95=608
I=?
Diferença: 800-608=192
M=C(1+in)
07. Resposta: C. 1240000=1000000(1+12i)
É um exercício simples, basta lembrar da fórmula da 1,24=1+12i
área do trapézio 0,24=12i
I=0,02am
AEMD é um trapézio 0,02x6=0,12 a.s
A altura do trapézio é 12-8=4 12%ao semestre

12. Resposta: A.

Caso não lembre da fórmula do trapézio, podemos di-


vidir a figura em triângulo e retângulo

área do triângulo
A=bxh/2=3x4/2=6

área do retângulo
A=bxh=5x4=20

53
RACIOCÍNIO LÓGICO

Somando as duas equações:


144y=36 ANOTAÇÕES

___________________________________________________

-x+28y=3 ___________________________________________________
-x+7=3
-x=3-7 ___________________________________________________
X=4 ___________________________________________________

___________________________________________________
13.Resposta: A.
___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

M=66,67 ___________________________________________________
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
___________________________________________________
14. Resposta: D.
___________________________________________________
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários ___________________________________________________
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12) ___________________________________________________
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha ___________________________________________________
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6 ___________________________________________________
20% de 30=0,2x30=6
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior. ___________________________________________________
(E) 60% de 30=0,6x30=18
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 ___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

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___________________________________________________

___________________________________________________

___________________________________________________

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Noções de Hardware: Componentes De Um Computador, Dispositivos De Entrada E Saída, Mídias Para Armazenamento
De Dados, Instalação E Utilização De Periféricos; ................................................................................................................................................01
Noções Do Sistema Operacional Windows 10: Operações Sobre Arquivos E Pastas, Atalhos, Janelas, Instalação De Progra-
mas; ..........................................................................................................................................................................................................................................07
Editor De Texto (Ms Office 2010): Conceitos Básicos, Menus, Barras De Ferramentas, Comandos, Configurações, Formata-
ção, Proteção De Documentos (Ms Office 2010); ................................................................................................................................................16
Editor De Planilhas Eletrônicas (Ms Office 2010): Conceitos Básicos, Menus, Barras De Ferramentas, Comandos, Funções,
Configurações, Criação De Fórmulas, Referências Entre Planilhas, Gráficos (Ms Office 2010); .......................................................22
Softwares Para Apresentações (Ms Office 2010): Criação E Formatação De Slides, Criação E Formatação De Slide Mestre,
Criação De Apresentações; ............................................................................................................................................................................................32
Tecnologias, Ferramentas, Aplicativos E Procedimentos Associados À Internet: Conceitos, Navegadores, Hyperlinks, Fer-
ramentas De Busca, Transferências De Arquivos (Download E Upload), Correio Eletrônico, Noções De Mapeamento E
Pesquisa De Vírus, Spyware, Spam, Certificados De Segurança, Acesso A Sites Seguros, Ética Na Utilização Da Internet Em
Ambiente Corporativo, Cuidados E Prevenções, Noções De Backup...........................................................................................................37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Placa mãe
NOÇÕES DE HARDWARE: COMPONENTES
DE UM COMPUTADOR, DISPOSITIVOS A placa mãe, ou motherboard, é a peça responsável por
DE ENTRADA E SAÍDA, MÍDIAS PARA interligar todos os outros dispositivos eletrônicos do com-
ARMAZENAMENTO DE DADOS, INSTALAÇÃO putador. Dotada de vários tipos de conectores (encaixes)
E UTILIZAÇÃO DE PERIFÉRICOS; para peças internas como memórias, fonte de alimentação
de energia, e externos como teclado e mouse.
Possui circuitos elétricos impressos, que funcionam
Conceitos de Hardware como trilhas por onde as informações vão percorrer os
Hardware é a parte física do computador, ou seja, são pontos de origem e destino, usando o hardware necessário
as peças que compõem o computador. para processar informações e resultar em saídas de dados
Vamos tomar como direcionador dos nossos estudos
para os usuários ou entradas de dados para o computador.
sobre hardware a montagem de um computador pessoal.
Nela são encaixadas peças de hardware e outras já vêm
Esse foco, nos manterá no caminho correto para conhe-
cermos todas as peças necessárias, suas características e nativamente instaladas como:
especificações.
Geralmente, ao se procurar lugares para comprarmos • O processador que é uma peça de computador
peças para montagem de um computador, encontramos que contém instruções para realizar tarefas lógicas e mate-
kits que incluem gabinete, placa mãe, processador e me- máticas. O processador é encaixado na placa mãe através
mória. Esses kits são assim organizados, pois cada gabinete do socket.
é especialmente desenvolvido para determinadas placas O processador é a peça do computador responsável
mãe, que são especialmente desenvolvidas para trabalhar pela execução lógica e aritmética das tarefas e operações
com determinados processadores e também com determi- de busca, leitura e gravação de dados do computador. A
nados tipos de memória. entrada e saída contínua de informações transformadas
Tomaremos os componentes desses kits para início dos em linguagem de máquina e os registradores presentes no
nossos estudos. processador são todos mantidos por pulsos elétricos e o
aquecimento é resultado da aceleração dos processadores.
Componentes do Computador Processadores mais velozes tendem a ser mais aquecidos.
Para concluir nosso objetivo, vamos conhecer alguns Por esse motivo os processadores são utilizados sob pastas
conceitos básicos de hardwares que compõem nosso com- térmicas e coolers, que são apropriados para cada tipo de
putador.
processador. O aquecimento do processador pode causar
travamentos e inclusive o desligamento inesperado da má-
Gabinete
Duas coisas são de fundamental importância na esco- quina.
lha de um gabinete: o tamanho e o espaço interno afinal,
todos os componentes que você desejar colocar no seu
computador devem caber dentro desse hardware, com ex-
ceção dos periféricos que, apesar de não serem colocados
dentro do gabinete, terão que ser conectados a ele, refor-
çando a necessidade de ser observada a presença de luga-
res apropriados para a acomodação de conectores.
Os gabinetes são dotados de fontes de alimentação de
energia elétrica, botão de ligar e desligar, botão de reset,
baias para encaixe de drives de DVD, CD, HD, disquete, saídas Processador
de ventilação e painel traseiro com recortes para encaixe de
placas como placa mãe, placa de som, vídeo, rede e outras. • Memória RAM - Randon Acess Memory, ou Me-
Geralmente, o tipo de fonte de alimentação de energia, mória de Acesso Randômico, ou memória principal, é a
dita o nome do gabinete, por exemplo: um gabinete AT ou peça capaz de armazenar temporariamente informações
um gabinete ATX. As fontes de alimentação têm a função de que aguardarão para serem usadas pelo processador. Essa
converter a corrente elétrica alternada, que sai da tomada,
peça é conectada na placa mãe através dos slots. São me-
para a corrente contínua, que é usada pelo computador. A
mórias voláteis, ou seja, perdem a informação quando o
fonte AT fornece energia aos circuitos do computador e era
usada em computadores antigos com placas mãe menores, computador é desligado ou há interrupção na alimentação
com poucos recursos on board (inseridos na própria placa de energia elétrica por algum outro motivo. São memó-
mãe) e que exigissem poucos cabos de distribuição de ener- rias de gravação e leitura, podendo ter dados armazenados
gia interna. Já as fontes ATX (Advanced Technology Extended) temporariamente (gravação) e usados pelo processador
, além de fornecer energia aos circuitos, possuem um co- (leitura).
nector especial que não pode ser conectado na placa mãe
de forma invertida, possui esquema de desligamento por
software e voltagens que não eram incluídas no padrão AT.

1
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A memória RAM é o hardware responsável pelo arma- • Gravador de DVD é um hardware que possibilita a
zenamento temporário das informações que serão usadas visualização do conteúdo de um DVD ou a gravação de in-
pelo computador. Essas informações também são mantidas formações no mesmo dispositivo. Ele é conectado na placa
por pulsos elétricos, o que faz com que se percam caso haja mãe da mesma forma que o HD. Se a placa mãe tiver apenas
a interrupção no fornecimento de energia.Vários erros no um slot, o cabo flat terá que ter três pontas conectoras.
sistema são causados por defeitos na memória RAM como
a “tela azul”, a reinicialização inesperada do sistema e tra-
vamentos aleatórios. Um dos motivos desses travamentos
ocorre quando o computador tenta gravar momentanea-
mente uma informação na RAM e não recebe permissão
para essa tarefa devido a um defeito no local de locação da
memória, ou quando a informação não consegue ser lida
pelo processador.

Cabo Flat

Memória RAM
• Memória ROM - Read Only Memory, ou Memória
de Somente Leitura, ou seja, seus dados não podem ser al-
terados pelo, mas sim lidos. É uma memória não volátil, ou
seja, que não perde seus dados se houver interrupção de
energia e está presente principalmente em um chip fixado
à placa mãe. Esse chip traz informações gravadas de fábrica
que não podem ser alteradas pelo usuário, chamado BIOS Gravador de DVD
que é a sigla do termo Basic Input/Output System, ou Siste- Outra particularidade, é que com o passar do tempo e
ma Básico de Entrada/Saída. a evolução tecnológica, diversos dispositivos começaram a
ser instalados diretamente na placa mãe através de chip-
• O disco rígido ou HD, é um hardware de gran- sets, que integravam funções de placas inteiras como pla-
de capacidade de armazenamento e é conectado na placa cas de vídeo e som, diretamente na placa mãe. Essa inte-
mãe através de um cabo que tem uma de suas pontas en- gração de componentes diretamente na placa deu origem
caixadas no HD e outra no conector da placa mãe. É uma as placas mãe on board, deixando as anteriores, ou seja,
memória não volátil, ou seja, mantém os dados armazena- as que tinham conectores para encaixe de placas de som,
dos mesmo com a interrupção da energia eltétrica. vídeo, rede, conhecidas como off board.
Os chipsets são nativamente instalados na placa mãe.
Consistem em placas, geralmente de silício, que já vem
soldadas, contendo informações sobre as placas de vídeo,
som e diversas outras.

HD

Chipsets

2
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A seguir, vamos conhecer um modelo de placa mãe Veja a seguir a imagem dos dois dispositivos de har-
para detalharmos seus conectores e funcionamento: dware:

Apresentação do drive de CD e DVD

Apesar da aparência dos dois drives ser quase idêntica,


a tecnologia aplicada é o que difere seu funcionamento.
O próximo objeto de nossos estudos é o Bly-ray. Se-
gundo Martins (2007):
Placa mãe Blu-ray: vem se consagrando como o formato de disco
óptico da nova geração para uso de vídeo de alta definição
Drives de CD, DVD e Blu-ray e grande volume de armazenamento de dados. O blu-ray
utiliza o laser azul para leitura e gravação o que permite ar-
CD é a sigla para Compact Disc, que pode ser um CD-R mazenar mais dados que um DVD ou um CD. Os discos para
(Compact Disc Recordable) e CD-RW (Compact Disc Recor- esse formato são de BD, existindo os modelos BD – ROM,
dable Rewritable),respectivamente gravado uma única vez disco de somente leitura, o BR – R, disco gravável e o BD –
e depois apenas lido e gravado e regravado. RW disco regravável. Os discos BDs suportam camadas úni-
Os drives de CD são conectados na placa mãe por ca- ca 23,3 / 25 /27 GB ou em camada dupla 46,6 / 50 / 54 GB.
bos flat, dependendo do padrão de controladora que sua
placa mãe seguir.
DVD é a sigla para Digital Versatile Disc, em português,
Disco Digital Versátil. Possui maior capacidade de armaze-
namento que o CD além de tecnologia que permite maior
compressão de dados.
Os DVDs também se dividem entre não regraváveis, ou
seja, que podem ser gravados uma única vez e depois ape-
nas lidos. Nesse caso são conhecidos como DVD – R. Exis-
tem também os DVD - R DL, que são DVDs não regraváveis
com a tecnologia dual-layer, que permite a gravação em
dupla camada o que aumenta a capacidade de armazena-
mento de informações. Disco Blu-ray camada simples, capacidade 25 GB.
Os DVDs regraváveis são conhecidos pela sigla DVD –
RW, que indicam que ele permite gravar, apagar e regravar.
Como os não regraváveis, ele também pode oferecer duas
camadas de gravação, o que duplica sua capacidade de ar-
mazenamento.
Esses dois dispositivos (CDs e DVDs) são utilizados
em drives apropriados para leitura e gravação. Os drives
de DVD geralmente são compatíveis com a leitura de CDs,
mas o inverso não ocorre.

Drive Blu Ray

3
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Dispositivos de entrada e saída

Os periféricos são todos os equipamentos eletrônicos


encaixados ou interligados ao gabinete do computador.
Além da conexão interna de hardwares diversos, a pla-
ca mãe também é responsável pela conexão de periféricos
como mouse, teclado, caixas de som, impressoras e outros.
A conexão física desses dispositivos é feita, hoje, como
se fosse montado um pequeno quebra cabeça, onde uma
peça só se encaixa em seu devido lugar, pois entrada e
conector são feitos de maneira que o encaixe equivocado
de dispositivos em entradas que não lhes pertençam seja
quase impossível.
Detalhes do conector USB

Detalhes do barramento da placa de circuitos.

• Conector de vídeo: usado para encaixar o monitor


Placa mãe, vista lateral – encaixes de periféricos do computador.
• Tomadas de entrada, saída e de microfone: onde é
Na figura, podemos observar os seguintes conectores: possível adicionarmos caixas de som, microfone ou outro
• Conector da porta serial 1: usado para conectar dispositivo de som.
mouses seriais. Existem periféricos de entrada, ou seja, que possibi-
• Conector da porta serial 2: pode ser usada para litam a inserção de dados no computador, como palavras
conectar outro dispositivo serial, ou configurada para o uso pelo teclado, som pelo microfone, imagem pela webcam; e
de um modem, por exemplo. periféricos de saída, pelos quais recebemos informações
• Conector da porta paralela: usado para conectar processadas pelo computador, como som pelas caixas de
impressoras com esse tipo de plug. som, impressão de documentos, imagens pelo monitor.
• Conector do mouse e conector do teclado: esses Conheceremos um pouco mais sobre alguns desses
conectores, na imagem, já estão no padrão PS/2, que ocu- periféricos:
pam menos espaço do que os conectores seriais ou DIM Monitores
e liberam conectores USB para serem usados por outros
equipamentos. Os monitores de computador são dispositivos de saída
• Adaptador de rede: encontrado em placas mãe que evoluíram muito com o passar dos anos e hoje existem
que já possuem placa de rede on board. Nesse conector é no mercado tipos variados de monitores.
possível conectar um cabo paralelo, com conector RJ 45,
para incluir seu computador em uma rede. Monitores CRT
• Conectores USB: esses conectores, por estarem
em expansão, merecem um pouco mais de nossa atenção. Os tradicionais são os CRT, onde as imagens são for-
Conector USB, ou Universal Serial BUS é um barramento madas através de sinais luminosos emitidos pelo tubo de
com uma entrada (porta-conector) única para diversos ti- raios catódicos, lançados na tela, sendo três raios coloridos:
pos de periféricos como teclados, mouses, impressoras e um azul, um vermelho e outro verde, que são as cores pri-
outros. Além de simplificar a vida do usuário na hora de co- márias necessárias para formar todas as outras cores.
nectar os periféricos, esse padrão utiliza a tecnologia plug Os raios passam por uma tela de filtragem (máscara)
and play, que oferece suporte rápido para a configuração e atingem a tela, que é formada por uma séria de pontos
do software necessário para o funcionamento do hardware de fósforo. Quanto menor a distância desses pontos (dot
conectado, com poucos ou nenhum clique do usuário. pitch) melhor a qualidade da imagem

4
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Monitores LCD Hoje, o avanço tecnológico do mouse, procura cada


vez mais uma anatomia que proporcione menores impac-
Monitores LCD são os de tela de cristal líquido, bem tos ao usuário que o utilize por muito tempo e também
mais leves e finos que os seus antecessores CRT. Segundo enquadrá-lo com qualidade aos dispositivos sem fio.
Antônio (2009):
Teclados
Eles constroem a imagem por meio de células retangu-
lares na tela que deixam a luz passar quando recebem sinais Como os mouses, uma das grandes evoluções dos te-
elétricos. Essas células são compostas de material líquido
clados, tem sido sua forma de conexão com o computador.
que se cristaliza quando recebe alimentação elétrica.
Antes conectado ao conector DIM, depois ao mini dim e
As células dispostas de três em três (nas cores primárias:
agora em USB. São dispositivos de entrada. Outras caracte-
vermelho, verde e azul) e juntas formam o que chamamos
de pixel (embora esse termo seja usado para definir também rísticas da evolução dessa peça foram as teclas de função,
cada quadradinho que forma a imagem no computador). como volume, favoritos e outras, a ergonomia, e a tecno-
Mouses logia do funcionamento das teclas que antes acionavam
molas que entravam em contato com a placa de circuito
Os mouses são dispositivos de entrada de dados. Com criando a passagem de microcorrentes elétricas que cor-
eles, entramos com comandos que interferem e executam respondiam aos comandos das teclas.
ações como a abertura de uma pasta (com um duplo cli- Há também o teclado de membrana, constituído por
que) ou a seleção de um ícone. Os mouses também evo- dois comandos de membranas e condutores que fazem
luíram com o passar do tempo. Antes seu conector era o gerar impulsos elétricos. Por último, temos dispositivos de
serial, depois passou para ser o PS/2 e agora, a maioria silicone ou borracha que recebem a pressão das teclas em
deles já usa conectores USB. peças de plástico e carvão funcionam sobre uma placa de
Outra grande mudança no mouse foi o seu mecanismo circuito impresso.
de funcionamento. Antes, existia em seu interior uma bo-
linha revestida de borracha que se movia quando o mouse
era arrastado no pad mouse. Ao se mover, ela girava duas
engrenagens dentro do aparelho, que coordenavam hori-
zontal e verticalmente. Essas informações eram gravadas
pelos codificadores do mouse que as transmitia pelo cabo
para o software do mouse. Como resultado aparecida na
tela os movimentos do ponteiro.
Hoje, os mouses ópticos estão emitem a luz infraver-
melha projetada no pad mouse substituindo o uso do me-
canismo da “bolinha”.
Outro mecanismo adicionado ao mouse, foi o scroll,
que consiste em uma roda localizada na parte superior do Teclado ergonômico
dispositivo que substitui os cliques nas barras de rolagem
dos softwares aplicativos.

Teclado de membrana aberto

Teclado de borracha

Mouse serial aberto e mouse óptico aberto, respectivamente.

5
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Estabilizadores e Nobreaks Impressoras matriciais: são as impressoras de impac-


to. Funcionam com a pressão exercida pelos dispositivos
Os estabilizadores são equipamentos responsáveis por responsáveis por formar os caracteres em uma fita de tin-
corrigir a tensão de energia elétrica que chega ao compu- ta similar a usada nas antigas máquinas de escrever. Con-
tador. Ele estabiliza a energia para que ela passe ao compu- sideradas lentas para os trabalhos atuais e barulhentas,
tador de forma contínua, evitando sobretensão e subten- são indicadas para impressão de exames, cupons fiscais
são. Além dessa função, ele agrega várias entradas para to- e outros documentos que utilizem formulário contínuo.
madas que são usadas pelo cabo de força do computador
e dos seus periféricos como monitor, impressora e outros.
Proporciona também, na maioria dos modelos, a opção de
converter a energia de 220v para 110v, que é mais segura
para os equipamentos eletrônicos.
Os nobreaks, além das funções descritas para os estabi-
lizadores, possuem a vantagem de servirem como bateria,
caso haja queda no fornecimento de energia, evitando o
desligamento incorreto do equipamento. Com um compu-
tador ligado a um nobreak, caso haja a interrupção do for-
necimento de energia, o usuário do computador pode sal- Impressora matricial
var seus arquivos e desligá-lo de maneira correta, evitando
perda de informações ou danos ao sistema operacional e Impressoras jato de tinta: funcionam com cartuchos
às peças da máquina. de tinta e borrifam a tinta no papel para colori-lo e criar
os caracteres e imagens. Esse tipo de impressora possui
uma boa qualidade de impressão, mas é indicada para
usuários que imprimem menos que mil folhas por mês,
pois o gasto de tinta por página impressa é grande, o que
torna sua impressão cara dependendo da quantidade de
páginas impressas.
Existem impressoras jato de tinta que possuem cabe-
ça de impressão somente para cartucho preto e outro com
as cores primárias que formam todas as outras cores. Exis-
tem outras, que possuem cabeça de impressão para car-
tucho preto, amarelo, magenta e ciano. Essa última é mais
indicada, pois caso apenas uma das cores estiver preci-
sando ser reposta, não é necessário desperdiçar as outras
e podemos trocar apenas o cartucho com a referida cor.

Estabilizador e nobreak, respectivamente

Impressoras

As impressoras já foram consideradas apenas disposi-


tivos de saída de dados, no entanto hoje, com as multifun-
cionais, o mesmo equipamento pode operar como disposi- Impressora jato de tinta
tivo de entrada e saída de dados.
Vamos abordar esse tópico pensando sempre nas ne-
cessidades do usuário, pois apesar de sua finalidade ser
a de passar para o papel o que está no computador em
forma de textos e imagens, no mercado existe tão gran-
de variedade de produtos que para fazermos uma compra
adequada temos que nos questionar: - Qual vai ser a minha
necessidade de impressão?

6
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Impressoras laser: trabalham com impressão a laser


e toners que possuem cores separadas: preto, amarelo,
NOÇÕES DO SISTEMA OPERACIONAL
magenta e ciano. As impressoras a laser carregam a ima-
WINDOWS 10: OPERAÇÕES SOBRE
gem a ser impressa em um dispositivo fotorreceptor. O
ARQUIVOS E PASTAS, ATALHOS, JANELAS,
laser descarrega a imagem no cilindro e depois os toners
jogam a tinta (que são em forma de pó de espessura fi- INSTALAÇÃO DE PROGRAMAS;
níssima). Depois o papel é puxado e passa por baixo do
cilindro para receber a impressão. As impressoras a laser
WINDOWS 10
trabalham com cargas negativas e positivas para fazer
todo o procedimento de impressão. Por último é utilizado O Microsoft Windows é um sistema operacional, isto é,
o fusor, que usa de alta temperatura para fixar a impres- um conjunto de programas (software) que permite admi-
são no papel. As impressoras a laser são caras para serem nistrar os recursos de um computador.
adquiridas e sua manutenção geralmente, também é su- É importante ter em conta que os sistemas operacionais
perior às das impressoras jato de tinta. São indicadas para funcionam tanto nos computadores como em outros dis-
usuários que imprimem mais de mil folhas por mês, pois positivos eletrônicos que usam microprocessadores (Smar-
nessa quantidade o custo da impressão será drasticamen- tphones, leitores de DVD, etc.). No caso do Windows, a sua
te reduzido. versão padrão funciona com computadores embora tam-
bém existam versões para smartphones (Windows Mobile).
A Microsoft domina comodamente o mercado dos sis-
temas operacionais, tendo em conta que o Windows está
instalado em mais de 90% dos computadores ligados à In-
ternet em todo o mundo.
Entre as suas principais aplicações (as quais podem ser de-
sinstaladas pelos usuários ou substituídas por outras semelhan-
tes sem que o sistema operacional deixe de funcionar), destaca-
remos o navegador Internet Explorer (a partir do Windows 10,
o novíssimo Edge), o leitor multimídia Windows Media Player,
o editor de imagens Paint e o processador de texto WordPad.
Impressora a laser A principal novidade que o Windows trouxe desde as
suas origens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de
Antes de adquirir uma impressora é importante ver- utilização. Aliás, o seu nome (traduzido da língua inglesa
mos algumas particularidades: como “janelas”) deve-se precisamente à forma sob a qual o
• Custo dos cartuchos sistema apresenta ao usuário os recursos do seu computa-
• Se necessitaremos apenas de cartucho preto ou dor, o que facilita as tarefas diárias.
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de
também dos coloridos
interface do usuário, exibindo a saída do sistema ou permi-
• Se a impressora tem a função duplex, que possi- tindo a entrada de dados. Uma interface gráfica do usuário
bilita imprimir a folha frente e verso. que use janelas como uma de suas principais metáforas é
• Qual o custo dos cartuchos. chamada sistema de janelas, como um gerenciador de janela.
• Qual o tipo de impressão que necessitaremos. As janelas são geralmente apresentadas como objetos
• Se a impressora possui dispositivos de rede sem bidimensionais e retangulares, organizados em uma área de
fio. trabalho. Normalmente um programa de computador assu-
• Se possui suporte para cartão MS/DUO e outros. me a forma de uma janela para facilitar a assimilação pelo
• Quantidade de páginas por minuto em impressão usuário. Entretanto, o programa pode ser apresentado em
preta e colorida. mais de uma janela, ou até mesmo sem uma respectiva janela.
Outra versão que vem ganhando cada vez mais adep- Sobre as diferentes versões
tos no mercado são as impressoras multifuncionais. Tanto O Windows apresenta diversas versões através dos
a laser quanto jato de tinta, além da função da impressão, anos e diferentes opções para o lar, empresa, dispositivos
móveis e de acordo com a variação no processador.
possuem scanner, fax e tiram xerox. Após analisar todos
esses requisitos, podemos fazer uma aquisição mais acer-
Windows 10 Home
tada para cada caso em particular. Edição do sistema operacional voltada para os consumi-
dores domésticos que utilizam PCs (desktop e notebook), ta-
blets e os dispositivos “2 em 1”. O Windows 10 Home vai con-
tar com a maioria das funcionalidades já apresentadas: Cor-
tana como assistente pessoal, navegador Microsoft Edge, o
recurso Continuum para os aparelhos compatíveis, Windows
Hello (reconhecimento facial, de íris e de digitais para auten-
ticação), stream de jogos do Xbox One e os apps universais,
como Photos, Maps, Mail, Calendar, Music e Video.

7
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Windows 10 Pro: Windows 10


Assim como a Home, essa versão também é destinada Windows 10 é a mais recente versão do sistema ope-
para os PCs, notebooks, tablets e dispositivos 2 em 1. A versão racional da Microsoft. Multiplataforma, o download do
Pro difere-se do Home em relação à certas funcionalidades software pode ser instalado em PCs (via ISO ou Windows
que não estão presentes na versão mais básica. Essa é a ver- Update) e dispositivos móveis (Windows 10 mobile) como
são recomendada para pequenas empresas, graças aos seus smartphones e tablets. A versão liberada para computado-
recursos para segurança digital, suporte remoto, produtivida- res (Windows 10 e Windows 10 Pro) une a interface clássica
de e uso de sistemas baseados na nuvem. Disponível gratui- do Windows 7 com o design renovado do Windows 8 e 8.1,
tamente para atualização (durante o primeiro ano de lança- criando um ambiente versátil capaz de se adaptar a telas
mento) para clientes licenciados do Windows 7 e do Windows de todos os tamanhos e perfeito para uso com teclado e
8.1. A versão para varejo ainda não teve seu preço revelado. mouse, como o tradicional desktop.
Podemos citar, dentre outras, as seguintes novidades:
Windows 10 Enterprise
Construído sobre o Windows 10 Pro, o Windows 10 En- Menu Iniciar
terprise é voltado para o mercado corporativo. Os alvos des- O Windows 8 introduziu uma tela inicial que ocupava
sa edição são as empresas de médio e grande porte, e o SO toda a área do monitor. Muitos usuários não conseguiram
apresenta capacidades que focam especialmente em tecnolo- se adaptar muito bem e isto fez com que a Microsoft trou-
gias desenvolvidas no campo da segurança digital e produti- xesse o menu Iniciar de volta no Windows 10.
vidade. A proteção dos dispositivos, aplicações e informações Nesta nova versão do menu Iniciar, os usuários podem
sensíveis às empresas é o foco dessa variante. fixar tanto os aplicativos tradicionais como os aplicativos
A edição vai estar disponível através do programa de Li- disponibilizados através da Windows Store.
cenciamento por Volume, facilitando a vida dos consumido- O menu também pode ser expandido automaticamen-
res que têm acesso a essa ferramenta. O Windows Update te no modo Tablet para se comportar como a tela inicial do
for Business também estará presente aqui, juntamente com o Windows 8 e 8.1.
Long Term Servicing Branch, como uma opção de distribuição
de updates de segurança para situações e ambientes críticos.

Windows 10 Education:
Construído sobre o Windows 10 Enterprise, a versão Edu-
cation é destinada a atender as necessidades do meio edu-
cacional. Os funcionários, administradores, professores e es-
tudantes poderão aproveitar os recursos desse sistema ope-
racional que terá seu método de distribuição baseado através
da versão acadêmica de licenciamento de volume.

Windows 10 Mobile
O Windows 10 Mobile é voltado para os dispositivos
de tela pequena cujo uso é centrado no touchscreen, como Cortana
smartphones e tablets. Essa edição vai contar com os mesmos A assistente pessoal Cortana foi introduzida pela Mi-
apps incluídos na versão Home, além de uma versão do Offi- crosoft no Windows Phone 8.1. Com o Windows 10, ela
ce otimizada para o toque. O Continuum também vai marcar também estará presente nos PCs.
presença nos dispositivos que forem compatíveis com a fun- A Cortana permitirá que os usuários façam chamadas
cionalidade. no Skype, verifiquem o calendário, agendem e verifiquem
compromissos agendados, definam lembretes, configurem
Windows 10 Mobile Enterprise: o alarme, tomem notas e muito mais.
Projetado para smartphones e tablets do setor corpora- Infelizmente, sua disponibilidade no lançamento do
tivo. Essa edição também estará disponível através do Licen- Windows 10 em 29 de julho de 2015 deve variar depen-
ciamento por Volume, oferecendo as mesmas vantagens do dendo da região.
Windows 10 Mobile com funcionalidades direcionadas para o
mercado corporativo.

Windows 10 IoT Core


Além dos “sabores” já mencionados, a Microsoft promete
que haverá edições para dispositivos como caixas eletrônicos,
terminais de autoatendimento, máquinas de atendimento
para o varejo e robôs industriais – todas baseadas no Windo-
ws 10 Enterprise e Windows 10 Mobile Enterprise. O Windows
10 IoT Core – que contém em seu nome a sigla em inglês
para Internet das Coisas – vai ser destinado para dispositivos
pequenos e de baixo custo.

8
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Microsoft Edge
A terceira das 10 novidades no Windows 10 listadas
neste artigo é o navegador Microsoft Edge. O navegador
substituirá o Internet Explorer como o navegador padrão
do Windows.
O novo navegador foi desenvolvido como um app
Universal e receberá novas atualizações através da Windo-
ws Store. Ele utiliza um novo mecanismo de renderização
de páginas conhecido também pelo nome Edge, inclui su-
porte para HTML5, Dolby Audio e sua interface se ajusta
melhor a diferentes tamanhos de tela.
Com ele os usuários também poderão fazer anotações
em sites da Web (imagem abaixo) e até mesmo usar a Cor-
tana. Basicamente a ideia é permitir que a Cortana nave- Quando o usuário usa um híbrido como o HP Pavillion
gue na Web com você e assim encontre informações úteis x360 ou o Lenovo YOGA, por exemplo, o Windows 10 pode
que podem te ajudar. ser configurado para que entre no modo Tablet automati-
camente. Com isso não é necessário perder tempo mexen-
do nas configurações quando for necessário usar o híbrido
como tablet ou como notebook.
O modo Continuum também estará presente no Win-
dows 10 Mobile, a versão do novo sistema operacional da
Microsoft para smartphones e tablets pequenos.
Durante uma demonstração em abril, a Microsoft co-
nectou um smartphone Lumia a um monitor e a um teclado
Bluetooth para usar o aparelho em um modo que oferece
mais produtividade. Com isso o smartphone basicamente
se transformou em um PC com área de trabalho e tudo.

Nova Windows Store


Além de oferecer aplicativos Universais e jogos, a nova
Por exemplo, se você visita o site de um restaurante, a Windows Store inclui a nova seção Filmes & TV. A Micro-
Cortana encontrará informações como horários de funcio- soft também já confirmou que ela também oferecerá apli-
namento, telefone, endereço e até mesmo reviews. cativos Win32 tradicionais.
Você também poderá fazer perguntas para a Cortana Outra novidade é a nova “Windows Store for Business”,
durante a navegação. que oferecerá aplicativos para usuários finais e aplicativos
Áreas de trabalho virtuais privados voltados para ambientes corporativos e organi-
O suporte para áreas de trabalho virtuais é uma das zações.
10 novidades no Windows 10 listadas neste artigo. Com Por exemplo, uma escola poderá definir um conjunto
este recurso, os usuários podem manter múltiplas áreas específico de aplicativos que serão instalados nos compu-
tadores disponíveis para os alunos.
de trabalho com programas específicos abertos em cada
08 – Central de Ações
uma delas. Por exemplo, você pode deixar uma janela do
A Central de Ações é a nova central de notificações
Internet Explorer visível em uma área de trabalho enquan-
do Windows 10. Ele funciona de forma similar à Central de
to trabalha no Word em outra.
Ações do Windows Phone 8.1 e também oferece acesso
Vale lembrar que este recurso já foi oferecido no Win-
rápido a recursos como modo Tablet, Bloqueio de Rotação
dows XP através de um Power Toy chamado Virtual Desk-
e VPN.
top Manager. Um detalhe é que este PowerToy suporta no
máximo de quatro áreas de trabalho virtuais, enquanto
que no Windows 10 é possível criar muitas (20+).

Continuum
O modo Continuum foi criado para uso em apare-
lhos híbridos que combinam tablet e notebook. Com este
modo o usuário pode alternar facilmente entre o uso do
híbrido como tablet e como notebook, basicamente com-
binando a simplicidade do tablet com a experiência de uso
tradicional.

9
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Novos aplicativos Email e Calendário O Explorador de Arquivos é um recurso do Windows


Os novos aplicativos Email e Calendário trazem uma que permite gerenciar arquivos e pastas. Nesse tutorial,
interface melhorada e oferecem mais recursos do que as você vai descobrir como usar esse recurso dentro do Win-
atuais versões para Windows 8.1. dows 10, a versão mais recente do sistema operacional,
No caso do aplicativo Email, ele conta com um editor vendo o que mudou e o que permaneceu o mesmo no
de texto mais rico baseado no app Universal do Word para mais novo sistema operacional da Microsoft.
Windows 10 e também permite que o usuário utilize um
plano de fundo personalizado para o app. File Explorer - Explorando Arquivos no Windows 10

Comece abrindo o Explorador de Arquivos através do


atalho na barra de tarefas. Ele é sinalizado por um ícone de
Já o app Calendário ganhou uma interface bem mais pastinha, próximo à ferramenta de Pesquisa do Windows
intuitiva que a da versão para Windows 8.1, permitindo que 10. A janela que vai se abrir é dividida em duas áreas. A área
o usuário crie compromissos e alterne entre modos dia/ da esquerda permite navegar entre várias pastas, como do-
semana/mês mais facilmente. wnloads, fotos ou músicas do seu sistema operacional. A
pasta Documentos é onde a maioria dos seus arquivos es-
tará gravado.

Novo Painel de Controle moderno


A última das 10 novidades no Windows 10 listadas nes- Para chegar lá, clique em “Este PC” - que é o novo
te artigo é o novo Painel de Controle moderno do sistema nome do Meu Computador. Então, uma lista de subpastas
operacional. Ele oferece bem mais opções que a versão vai se abrir. Selecione Documentos. Para selecionar qual-
moderna presente no Windows 8.1, o que é uma boa notí- quer pasta na área de navegação, basta clicar uma vez. Para
cia para os usuários. abrir pastas e arquivos na área principal, clique duas vezes.

10
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

No topo da janela do Explorador de Arquivos  há vá-


rios menus e controles úteis. Os controles avançar e voltar,
representados por uma seta para a frente ou para trás, po-
dem levá-lo de volta para a tela anterior ou seguinte.
Próximo a eles, logo antes da barra de endereço do
Explorador de Arquivos, há uma seta para cima. Essa opção
vai levá-lo um nível acima. Vamos supor que você esteja
na pasta de Trabalho, dentro da pasta Documentos. Clicar
nesse botão vai levá-lo à pasta Documentos, mesmo que
não estivesse nela antes.
Nessa mesma área há um campo de busca. Digite nele
para procurar arquivos em qualquer lugar do seu compu-
tador ou dentro das pastas que você estiver explorando.
A visualização em detalhes permite enxergar facilmen-
te diversas informações sobre os arquivos e partas – por
exemplo, data de modificação, tipo de arquivo, tamanho
e outros.
Quando estiver usando a visualização em detalhes,
você pode personalizar as informações que são exibidas.
Clique com o botão direito sobre uma coluna para exibir
um menu suspenso com diversas opções de dados; para
acrescentar ou retirar um, clique sobre ele. A opção “More”,
no final da lista, traz centenas de outros metadados. É claro
que alguns podem não estar disponíveis, dependendo do
tipo de conteúdo.
Quando uma pasta tiver muitos arquivos, você pode
organizar os dados para tornar mais fácil localizar algum
item específico. Uma maneira de fazer isso é escolhendo
Você irá notar que alguns comandos mudam, depen- qual vai ser o critério de organização; por exemplo, data
dendo do conteúdo da pasta. Por exemplo, quando você de criação. Então, clique sobre o título da coluna de dados
abre a pasta Música, o menu se adapta para trazer as op- correspondente, e todos os itens serão organizados. Ao
ções de reproduzir um arquivo ou reproduzir todos. lado do título da coluna surgirá uma seta: se ela apontar
Na barra de endereços também há atalhos para mudar para cima, a organização será crescente, e se apontar para
de uma pasta para outras. Na frente de cada “passo” do baixo, será decrescente.
endereço você poderá ver uma setinha. Clique nela para Ainda no menu Exibir. você tem duas opções de previ-
abrir um menu suspenso com outras pastas que você pode sualização. Elas permitem abrir uma área na lateral direita
abrir diretamente. do Explorador de Arquivos para ver prévias de arquivos an-
tes de abri-los. Essa opção funciona principalmente para
imagens ou arquivos em PDF.
A opção Painel de Visualização permite ver apenas
uma miniatura do arquivo. Enquanto isso, a opção Painel
de Detalhes inclui também muitas informações sobre os
arquivos. Clique em cima de alguns desses detalhes, como
autor ou artista, para editar as informações diretamente.

Você pode controlar a maneira como os ícones são


exibidos na área principal do Explorador de Arquivos. Essa
opção fica no menu Exibir. As  formas de visualização in-
cluem ícones extra-grandes, grandes, médios, pequenos,
lista, conteúdos e detalhes. Basta colocar o mouse sobre
cada uma para ver um preview.

11
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde ficam os documentos? DVD: Um DVD permite que você leia o conteúdo que
Qualquer coisa que exista no seu computador está armaze- está gravado nele. Há programas gravadores de DVD que
nada em algum lugar e de maneira hierárquica. Em cima de tudo, permitem criar DVDs de dados ou conteúdo multimídia.
estão os dispositivos que são, basicamente, qualquer peça física CD: Como um DVD, mas sem a possibilidade de gravar
passível de armazenar alguma coisa. Os principais dispositivos vídeos e com um espaço disponível menor.
são o disco rígido; CD; DVD; cartões de memória e pendrives. Pendrive: São portáteis e conectados ao PC por meio de en-
Tais dispositivos têm uma quantidade de espaço dispo- tradas USB. Têm como vantagem principal o tamanho reduzido
nível limitada, que pode ser dividida em pedaços chama- e, em alguns casos, a enorme capacidade de armazenamento.
dos partições. Assim, cada uma destas divisões é exibida Cartões de Memória: como o próprio nome diz, são pe-
como umaunidade diferente no sistema. Para que a ideia quenos cartões em que você grava dados e são praticamen-
fique clara, o HD é um armário e aspartições são as gave- te iguais aos Pendrives. São muito usados em notebooks, câ-
tas: não aumentam o tamanho do armário, mas permitem meras digitais, celulares, MP3 players e ebooks. Para acessar
guardar coisas de forma independente e/ou organizada. o seu conteúdo é preciso ter um leitor instalado na máquina.
Em cada unidade estão as pastas que, por sua vez, con- Os principais são os cartões SD, Memory Stick, CF ou XD.
tém arquivos ou outras pastas que, por sua vez, podem ter HD Externo ou Portátil:  são discos rígidos portáteis,
mais arquivos... e assim, sucessivamente. A organização de que se conectam ao PC por meio de entrada USB (geral-
tudo isso é assim: mente) e têm uma grande capacidade de armazenamento.
Disquete: se você ainda tem um deles, parabéns! O disquete
faz parte da “pré-história” no que diz respeito a armazenamento
de dados. Eram São pouco potentes e de curta durabilidade.

2. Unidades e Partições
Para acessar tudo o que armazenado nos dispositivos
acima, o Windows usa unidades que, no computador, são
identificadas por letras. Assim, o HD corresponde ao C:; o
leitor de CD ou DVD é D: e assim por diante. Tais letras po-
dem variar de um computador para outro.
Você acessa cada uma destas unidades em “Este Com-
putador”, como na figura abaixo:

1. Dispositivos

A conta não fecha? Aparecem mais unidades do que


você realmente tem? Então, provavelmente, o seu HD está
particionado: o armário e as gavetas, lembra? Uma parti-
ção são unidades criadas a partir de pedaços de espaço de
um disco. Para que você tenha uma ideia, o gráfico abaixo
mostra a divisão de espaço entre três partições diferentes:

São todos os meios físicos possíveis de gravar ou salvar


dados. Existem dezenas deles e os principais são:
HD ou Disco Rígido:  é o cérebro da máquina. Nele está
tudo: o sistema operacional, seus documentos, programas e etc.

12
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

3. Pastas Acessórios do Windows são aplicativos


As pastas - que, há “séculos” eram conhecidas por di- Como pôde ver, computadores necessitam de Sistema
retórios - não contém informação propriamente dita e sim Operacional para funcionar. Porém, sem softwares aplicati-
arquivos ou mais pastas. A função de uma pasta é organi- vos de nada serviriam. Se você adquirisse um computador
zar tudo o que está dentro de cada unidade. com Windows, mas não adquirisse nenhum software apli-
cativo (processador de textos, planilha eletrônica, ....), seu
computador seria totalmente inútil.
Assim, para que um consumidor não fique decepcio-
nado ao abrir seu novo computador, a Microsoft incluiu
alguns softwares aplicativos no pacote Windows. Eles não
4. Arquivos são “o Windows”, mas acompanham o Sistema Operacional
Os arquivos são o computador. Sem mais, nem menos. Windows e, a esse conjunto de aplicativos, foi dado o nome
Qualquer dado é salvo em seu arquivo correspondente. de Acessórios do Windows.
Existem arquivos que são fotos, vídeos, imagens, progra-
mas, músicas e etc. Como acessar os Acessórios do Windows
Também há arquivos que não nos dizem muito como, Através do botão Iniciar do Windows, clicando a se-
por exemplo, as bibliotecas DLL ou outros arquivos, mas quência:
que são muito importantes porque fazem com que o Win- Botão Iniciar > Todos os Programas > Acessórios (ver-
dows funcione. Neste caso, são como as peças do motor de sões anteriores ao Windows 10)
um carro: elas estão lá para que o carango funcione bem. No Windows 10, após clicar no Botão Iniciar você loca-
lizará na ordem alfabética (veja imagem).
O navegador Internet Explorer é um exemplo. Além
dele, a Microsoft vem mantendo e atualizando uma lista
de aplicativos.

5. Atalhos

O conceito é fácil de entender: uma maneira rápida de


abrir um arquivo, pasta ou programa. Mas, como assim?
Um atalho não tem conteúdo algum e sua única função
é “chamar o arquivo” que realmente queremos e que está
armazenado em outro lugar.
Podemos distinguir um atalho porque, além de estar na
área de trabalho, seu ícone tem uma flecha que indicativa se tra- Principais Acessórios do Windows 10
tar de um “caminho mais curto”. Para que você tenha uma ideia,
o menu “Iniciar” nada mais é do que um aglomerado de atalhos. Existem outros, outros poderão ser lançados e incremen-
Se você apagar um atalho, não se preocupe: o arquivo tados, mas os relacionados a seguir são os mais populares:
original fica intacto. - Assistência Rápida
- Bloco de Notas
6. Bibliotecas do Windows 7 - Calculadora
O Windows 7 trouxe um novo elemento para a lista bá- - Ferramenta de Captura
sica de arquivos e pastas: as bibliotecas. Elas servem ape- - Internet Explorer
nas para colocar no mesmo lugar arquivos de várias pastas. - Mapa de Caracteres
Por exemplo, se você tiver arquivos de músicas em “C:\ - Paint
Minha Música” e “D:\MP3”, poderá exibir todos eles na bi- - Windows Explorer
blioteca de música. - WordPad

Vantagens dos Acessórios do Windows


Algumas pessoas desprezam esses programas por
acharem que são muito simples. Na verdade, trata-se de
preconceito por falta de capacitação adequada.
São fáceis de aprender
Rápidos para carregar
De excelente qualidade

13
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Tão úteis quanto a calculadora, bloco de papel, postits É uma alternativa gratuita para criar e/ou editar docu-
e outros itens que você encontra numa mesa de escritório. mentos, como contratos, por exemplo, mesmo que tenha
São encontrados em quaisquer computadores com sido criado originalmente no Word.
Windows. Muitos concursos e exames de progressão exigem o
conhecimento do WordPad
Bloco de Notas
Ferramenta de Captura

Para você ter uma idéia, a Ferramenta de Captura (Snipping


Tool), é de uma simplicidade incrível, mas extremamente útil.
Com a Ferramenta de Captura você copia e salva qualquer
parte da sua tela, transformando num arquivo png ou jpg,
por exemplo.

O Bloco de Notas é um editor de textos simples, sem Área de transferência


formatação (significa que você não poderá sublinhar, inse- Área de transferência (conhecida popularmente como co-
rir imagens e outros recursos). piar e colar) é um recurso utilizado por um sistema operacional
Pela simplicidade, é rápido para carregar e usar, tor- para o armazenamento de pequenas quantidades de dados
nando-se ideal para tomar notas ou salvar conversas em para transferência entre documentos ou aplicativos, através
chats, usando Ctrl+C e Ctrl+V (a maioria dos chats não dis- das operações de cortar, copiar e colar bastando apenas clicar
ponibiliza um recurso para salvar). com o botão direito do mouse e selecionar uma das opções.
Também funciona para editar programas de computa- O uso mais comum é como parte de uma interface gráfica,
dor, como códigos emHTML, ASP, PHP, etc. e geralmente é implementado como blocos temporários de
memória que podem ser acessados pela maioria ou todos os
WordPad programas do ambiente. Implementações antigas armazena-
vam dados como texto plano, sem meta informações como
tipo de fonte, estilo ou cor. As mais recentes implementações
suportam múltiplos formatos de dados, que variam entre RTF
e HTML, passando por uma variedade de formatos de ima-
gens como bitmap e vetor até chegar a tipos mais complexos
como planilhas e registros de banco de dados.
Ctrl+C para copiar informação para a Área de Transferência
Ctrl+X para cortar informação para a Área de Transferência
Ctrl+V para colar informação da Área de Transferência

Integração do office 2016 com Windows 10


O Office 2016 é a primeira versão do programa desde
o lançamento do Windows 10, com alguns truques incor-
porados a ele como o Windows Hello que é um acumula-
Diferente do  Bloco de Notas, o  WordPad  (substituto do de identificadores biométricos que podem ou não estar
do Write) é um editor de textos mais sofisticado. Podemos presentes na máquina, como leitores digitais e íris. O outro
dizer, uma “miniatura do Word”, inclusive, com muitas com- é o assistente digital da Microsoft (Cortana), porem ainda
patibilidades. não está disponível no Brasil.

14
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as in-


formações estão contidas em arquivos de vários formatos,
que são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de
mídias removíveis do computador, organizados em:
(A) telas.
(B) pastas.
(C) janelas.
(D) imagens.
(E) programas.

Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma


bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada
O Office 2016 (que também é compatível com as ver- mais são do que compartimentos que ajudam a organizar
sões 7 e 8 do Windows), está completamente otimizado os arquivos em endereços específicos, como se fosse um
para extrair o máximo do Windows 10, criando uma solu- sistema de armário e gavetas.
ção ideal de produtividade. Uma das possibilidades está Resposta: Letra B
com o novo recurso Windows Hello, que facilita o proces-
so de login no computador por meio de reconhecimento 3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído
facial, da íris ou da impressão digital. Ele pode ser usado permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionan-
também para acessar o Office de forma segura e simples do-se simultaneamente as teclas
(mas exige uma câmera especial para isso). (A) Ctrl + Delete.
Graças ao Windows 10, os novos aplicativos do Office (B) Shift + End.
para mobile contam com uma interface ótima para telas de (C) Shift + Delete.
toque e são universais, o que os torna excelentes para o re- (D) Ctrl + End.
curso Continuum do sistema operacional. A função permite (E) Ctrl + X.
que novos smartphones com o sistema da Microsoft pos-
sam ser utilizados como PCs por meio de um dock especí- Comentário: Quando desejamos excluir permanente-
fico para conectá-lo a um monitor, permitindo a liberdade mente um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes
que o teclado e mouse proporcionam – mas ainda não foi para a lixeira, basta pressionarmos a tecla Shift em conjun-
oficialmente lançado. to com a tecla Delete. O Windows exibirá uma mensagem
do tipo “Você tem certeza que deseja excluir permanente-
Questões comentadas mente este arquivo?” ao invés de “Você tem certeza que
deseja enviar este arquivo para a lixeira?”.
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi- Resposta: C
nale a opção correta.
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Con- arquivos, sem que haja perda de informação?
trole, de modo a garantir a correta remoção dos arquivos (A) Compactação
relacionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema opera- (B) Deleção
cional. (C) Criptografia
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e (D) Minimização
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos (E) Encolhimento adaptativo
diretórios de programas instalados na máquina em uso.
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de Comentários: A compactação de arquivos é uma téc-
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha nica amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá- podem conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exem-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina. plos de programas compactadores são o WinZip, WinRar,
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios SolusZip, etc.
disponíveis por meio da instalação do pacote Office, entre Resposta: A
eles, calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do bo- 05- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta.
tão Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o (A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas-
Windows, dar saída no usuário correntemente em uso na tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o
máquina e, em seguida, desligar o computador. Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão
Iniciar do Windows.
Comentários: Para desinstalar um programa de forma (B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal-
segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de
remover programas modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de
Resposta – Letra A Modos de Exibição.

15
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede Área de transferência


oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para
acesso direto a elas.
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e
a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com
o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu-
ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus-
ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
máquinas ligadas à Internet.

Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui-


vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu-
Guia Página Inicial, Grupo Área de Transferência
ras e Detalhes.
Resposta: B
A área de transferência armazena temporariamente
Fonte: trechos de textos copiados ou recortados para facilitar seu
http://www.baboo.com.br/windows/10-novidades-no- gerenciamento. Ela está presente na Guia Início e é com-
windows-10/ posta pelos botões de comando Copiar, Recortar, Colar e
http://ziggi.uol.com.br/blog/windows-10-explorador- Pincel de Formatação.
de-arquivos-4671#ixzz4fZmKAUlx Se optarmos por Mostrar o Painel de Tarefas da Área
https://www.ciabyte.com.br/faq/acessorios-windows.asp de Transferência, poderemos verificar todo o conteúdo que
https://olhardigital.uol.com.br/noticia/o-que-ha-de- foi copiado ou recortado e escolher se desejamos colar ou
novo-no-office-2016/51582 excluir esse conteúdo.
Mas o que vem a ser copiar, recortar e colar?
Copiar: quando desejamos duplicar um texto ou objeto
EDITOR DE TEXTO (MS OFFICE 2010): (uma imagem, por exemplo) que já existe em um texto, po-
CONCEITOS BÁSICOS, MENUS, BARRAS demos selecioná-la e clicar em copiar, ou usar as teclas de
DE FERRAMENTAS, COMANDOS, atalho CTRL+C. Este procedimento armazena o que foi se-
CONFIGURAÇÕES, FORMATAÇÃO, PROTEÇÃO lecionado, temporariamente na memória do computador e
DE DOCUMENTOS (MS OFFICE 2010); mantém o que foi selecionado no texto original.
Recortar: permite retirar o texto ou objeto selecionado
de uma parte do texto e colocá-lo em outro lugar dou mes-
WORD 2010 mo arquivo ou em outro documento. Quando utilizamos o
recortar, o que foi recortado desaparece do texto original
O Microsoft Word é o programa utilizado para criar e e fica armazenado temporariamente na memória do com-
editar textos da Empresa Microsoft. Geralmente chamado putador.
apenas de Word, ditou padrões de layout e comandos para Colar: aplica no lugar selecionado o que foi copiado
diversos outros softwares utilizados para a mesma finalida- ou colado.
de. O Word faz parte do conjunto de programas chamado Para entendermos bem os procedimentos acima men-
Microsoft Office, que foi especialmente desenvolvido para
cionados, podemos imaginar uma revista cheia de figuras.
atender as necessidades de uso de um escritório, mas é
Quando desejamos copiar uma figura a transferimos para
largamente utilizado em empresas e por usuários domés-
um outro papel, mas mantemos a original. Quando dese-
ticos. O conjunto de programas que compõem o Office é
jamos retirar a figura da revista e colocá-la em outro local,
proprietário e comercializável.
Algumas informações básicas são necessárias para en- recortamos a figura fazendo sua remoção do local original.
tendermos e usarmos o Word 2010. Ele é composto por Pincel de Formatação: este botão de comando copia
Guias. Cada guia possui um grupo de elementos formado a formatação aplicada em uma fonte e a transfere para o
por uma série de botões de comandos. texto que será selecionado com o pincel. Os passos neces-
sários para realizar esse procedimento são:
a) Selecionar o texto do qual desejamos copiar a for-
Guia Página Inicial matação;
b) Clicar no botão de comando Formatar Pincel;
Grupo Área de Transferência c) O ponteiro do mouse irá se transformar no dese-
Botão de Comando Pincel de
nho de um pincel e com ele devemos selecionar o texto
Formatação onde desejamos aplicar a formatação copiada.

Edição e formatação de textos

16
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configuração de fonte ou diminuir a fonte, aplicar negrito, itálico, sublinhado, fazer com
que os caracteres selecionados fiquem sobrescritos ou subscri-
Configurar uma fonte é realizar alterações na estrutura tos, formatá-los para maiúsculas ou minúsculas, alterar a cor da
dessa fonte. Podemos realizar diversos tipos de formatação fonte e o estilo de sublinhado e aplicar outros efeitos como ta-
em uma fonte como: alterar o tipo da fonte, seu tamanho, chado, tachado duplo, sombra, contorno, relevo entre outros.
sua cor, entre outros.
No Word 2010, o caminho mais rápido para realizar a
formatação da fonte, é a Guia Página Inicial, Grupo Fonte.

Guia Página Inicial, Grupo Fonte

Neste grupo, encontramos os seguintes botões de comando:


1) Fonte (CTRL+Shift+F): Através dele, após selecionar
o texto desejados, alteramos o layout da fonte. Podemos
escolher, por exemplo, Arial, Bell MT, Alegrian, entre outras.
2) Tamanho da fonte (CTRL+Shift+P): Após selecionar a
fonte, podemos escolher um tamanho para esta fonte atra- Formatar fonte
vés deste comando.
3) Aumentar Fonte (CTRL+>) e Reduzir Fonte (CTRL+<): Configuração de parágrafo e estilo
Como os próprios nomes sugerem, com estes botões de
comando, é possível tornar a fonte maior ou menor em 1 2 3 4 5 6 7
relação ao seu tamanho atual.
4) Maiúsculas e Minúsculas: Altera o texto selecionado 8 9 10 11 12 13 14
para letras MAIÚSCULAS, minúsculas ou outros usos co-
muns de maiúsculas/minúsculas.
5) Limpar Formatação: Retira as formatações aplicadas em
um texto, voltando suas configurações para o estado inicial.
Guia Página Inicial, Grupo Parágrafo
6) Negrito (CTRL+N): Aplica um efeito no texto deixando-o
Os grupos Parágrafo e Estilo também são encontrados
com maior espessura. Exemplo: texto com negrito aplicado.
na Guia Página Inicial.
7) Itálico (CTRL+I): Aplica um efeito no texto selecio-
No grupo Parágrafo, encontramos os seguintes botões
nado, deixando-o com eixo um pouco inclinado. Exemplo:
texto com itálico aplicado. de comando:
8) Sublinhado (CTRL+S): É usado para sublinhar o tex- 1) Marcadores: permite a criação de uma lista com
to selecionado. Através desse comando também é possível marcadores. Para isto, basta selecionar uma lista de itens
escolher o estilo e cor para o sublinhado. Exemplos: subli- e clicar sobre este botão. Para implementar uma lista com
nhado simples, sublinhado com estilo. níveis distintos, após a aplicação dos marcadores, use o au-
9) Tachado: Desenha uma linha no meio do texto sele- mentar ou diminuir recuo, que veremos a seguir.
cionado. Exemplo: texto tachado. Exemplo de lista com marcadores e vários níveis:
10) Subscrito (CTRL+=): Faz com que a letra ou texto • Mauro e Cida
selecionado fique abaixo da linha de base do texto. Muito o Camila
usado para fórmulas de Química e equações matemáticas. o Isabela
Exemplo: H2O. • João e Elisabeti
11) Sobrescrito (CTRL+Shift++): Faz com que a letra ou o Jaqueline
texto selecionado fique acima da linha do texto. Exemplo: x2.  Beatriz
12) Efeitos de Texto: Aplica um efeito visual ao texto  Olívia
selecionado, como sombra, brilho, reflexo.
13) Cor do Realce do Texto: Faz com que o texto seja 2) Numeração: semelhante aos marcadores, cria listas
realçado, como se tivesse sido marcado com uma caneta numeradas.
marca texto. Exemplo: texto realçado. Exemplo de lista numerada:
14) Cor da fonte: Altera a cor do texto selecionado. Convidados:
Ainda podemos encontrar mais comandos para formatar 1. Marisa e Wilian
uma fonte na janela Fonte. Com os comandos disponíveis nesta a. Letícia
janela, é possível alterar o tipo de fonte, o tamanho, aumentar b. Lívia

17
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

2. Michele e Sérgio 13) Sombreamento: Permite colorir o plano de fundo


a. Giovana atrás do texto ou do parágrafo selecionado.
3. Simone e Alexandre 14) Bordas: Permite inserir bordas diferenciadas no tex-
a. Vinícius to ou palavra selecionada.
b. Manuela Também podemos aplicar formatações de parágrafo
4. Elaine e Nilton através da janela a seguir.
a. Linda
5. Cristiane e Ademir
a. Evandro
b. Andrew

3) Lista de vários níveis: facilita a criação de listas com


níveis diferenciados.

Formatar parágrafo
Guia Página Inicial, Grupo Estilo
No Grupo Estilo, encontramos botões que alteram, em
um único clique, as formatações de tamanho, cor e tipo de
Tipos de listas de vários níveis fonte, além de formatações de parágrafo do texto selecio-
4) Diminuir Recuo: Diminui o recuo do parágrafo. nado. Como vimos até agora, para aplicar uma formatação
5) Aumentar Recuo: Aumenta o recuo do parágrafo. em um texto, temos que selecioná-lo e clicar nos itens de
6) Classificar: Coloca o texto selecionado em ordem al- formatação desejados.
fabética ou classifica dados numéricos. Por exemplo: se desejamos que uma palavra tenha a
7) Mostrar Tudo (CTRL+*): Mostra marcas de parágrafo seguinte formatação “palavra a ser observada”, temos
e outros símbolos de formatação ocultos. Essas marcas não que selecioná-la e clicar uma vez no negrito, uma vez no
são imprimíveis. itálico e uma vez no sublinhado.
Se essa formatação tiver que ser usada em várias pa-
lavras de um documento, podemos criar um estilo conten-
do todas as formatações usadas e salvá-lo com um nome.
Auxilia na manutenção ou cópia de formatação de do- Dessa forma, da próxima vez que precisarmos usar este
cumentos específicos, identificando cada ação usada no grupo de formatações, podemos substituir os três cliques
teclado com um símbolo diferente. anteriores (negrito, itálico e sublinhado) por apenas um cli-
8) Alinhar Texto à Esquerda (CTRL + Q): Alinha o texto que no nome que demos ao nosso estilo.
selecionado à esquerda da tela. O Word já traz vários estilos prontos como o Normal, o
9) Centralizar (Ctrl + E): Alinha o texto selecionado de Sem Espaço, o Título 1, o Título 2, entre outros.
forma centralizada na página. Inserção e manipulação de tabelas
10) Alinhar Texto à Direita : Alinha o texto selecionado
à direita da tela.
11) Justificar (CTRL+J): Alinha o texto às margens es-
querda e direita, adicionando espaço extra entre as pala-
vras conforme necessário. Este recurso promove uma apa-
rência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
12) Espaçamento de Linha e Parágrafo: Altera o espa-
çamento entre linhas de texto. Também podemos perso-
nalizar a quantidade de espaço adicionado antes e depois
dos parágrafos.

18
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Guia Inserir, Grupo Tabelas

As tabelas são estruturas importantes para representar


dados e organizá-los de forma que facilite sua interpretação
e entendimento.
No Word, clicando no botão de comando Tabela, po- Guia Ferramentas de Tabela
demos utilizar as seguintes formas para inserir uma tabela
no documento: Com esta guia podemos mostrar/ocultar linha de ca-
beçalho, primeira coluna, linha de totais, última coluna,
1 linhas em tiras, colunas em tiras. Além disso, podemos es-
colher um estilo pré-definido de tabela ou formatar o som-
breamento e as bordas da mesma. Mesmo com a tabela
pronta, podemos desenhar colunas ou linhas adicionais,
formatar suas linhas ou apagar colunas, linhas e células.

Inserção e quebra de páginas e colunas

Uma quebra consiste na interrupção da formatação que


estava sendo utilizada no documento até o ponto da quebra
2 para iniciar uma nova formatação em outro ponto do docu-
3 mento. Podemos utilizar este recurso em páginas e colunas.
O recurso da quebra pode ser localizado na Guia Inse-
rir, Grupo Páginas.
4 Cabeçalho e rodapé
5

Formas de inserir tabela


1) Selecionando os quadradinhos na horizontal, indicamos
a quantidade de colunas que nossa tabela terá. Selecionando
os quadradinhos na vertical, indicamos a quantidade de linhas
da tabela. Ela será aplicada automaticamente ao documento.
2) Inserir Tabela:
Botões de Comando do Grupo Cabeçalho e Rodapé

Esta opção, presente na Guia Inserir, no Grupo Cabeçalho e


Rodapé, nos oferece meios de mostrar uma área da página de-
finida para o cabeçalho de um documento e para seu rodapé.
O cabeçalho é a parte superior da página, na qual po-
demos inserir itens como logotipo de empresas, símbolos,
número de página e outros elementos.
O rodapé é a parte inferior da página, onde podemos
inserir itens como os do cabeçalho ou informações de en-
dereço e contato de uma empresa, por exemplo.
As opções de cabeçalho e rodapé se encontram no
menu exibir nas versões do Word 2003, por exemplo. Na
versão do Word 2007, 2010 e no BrOffice.org Writer, ficam
no Inserir. Como exemplo, tomaremos a versão 2010 do
Inserir Tabela Microsoft Word, para mostrar os comandos encontrados
no Grupo cabeçalho e rodapé.
Pela janela da figura anterior, podemos digitar a quantida-
de de linhas e colunas que queremos em uma tabela. Podemos Cabeçalho
também, determinar a largura da coluna, a forma de ajuste da Na guia Inserir, encontraremos o grupo Cabeçalho e Ro-
tabela em relação ao conteúdo e à janela. Após realizar estas es- dapé. Neste grupo, teremos os comandos Cabeçalho, Roda-
colhas e clicar no botão “OK” a tabela será criada no documento. pé e Número de Página. Clicando no botão de comando Ca-
3) Desenhar Tabela: quando clicamos neste botão, o beçalho, podemos optar por deixar o cabeçalho da página:
ponteiro do mouse se transforma no desenho de um lápis. - Em branco: que limpa possíveis formatações ou inser-
Com ele criamos as bordas internas e externas da nossa ções anteriores.
tabela como se estivéssemos criando uma auto forma. Fica - Em três colunas: deixa o cabeçalho em branco, mas
à nossa disposição a Guia Ferramentas de Tabela que po- com formatação pré-definida para inserirmos dados nos ali-
demos usar para formatar nossa tabela. nhamentos direito, centralizado e esquerdo.

19
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Alfabeto: que dispõe o título do documento centraliza- Modos de Exibição de Documento: alteram a forma que
do sobre borda de linha dupla. o documento está sendo mostrado na tela, nos oferecendo as
- Animação: deixa o título do capítulo com número de opções Layout de Impressão, Leitura em Tela Inteira, Layout
página em caixa de ênfase. “Ideal para documento com layout da Web, Estrutura de Tópicos e Rascunho.
de livro”. Mostrar/Ocultar: permite mostrar ou ocultar régua, linhas
- Editar cabeçalho: mostra um local com borda tracejada, de grade, barra de mensagens, mapa do documento, miniatura.
destinado ao cabeçalho para que este possa ser alterado na Zoom: permite configurar a aparência de proximidade do
página. Destaca o local do cabeçalho para que o usuário pos- documento na tela, alterando a porcentagem dessa proximi-
sa trabalhar esta área do documento. dade, mostrando o documento página por página, duas pági-
- Remover cabeçalho: exclui os dados inseridos no cabe- nas ou com a largura da página ocupando a tela.
çalho de um documento.
No rodapé são encontrados os mesmos comandos, mas Ortografia e gramática
estes são aplicados na parte inferior da página de um docu-
mento.

Configuração da página e do parágrafo


Na Guia Layout da Página, temos, entre outros, o Grupo
Configurar Página.
Através dele é possível alterar o tamanho das margens Botão de Comando Ortografia e Gramática
esquerda, direita, inferior e superior. A orientação do papel, Faz a correção ortográfica e gramatical do documento. En-
para retrato ou paisagem também é um item que alteramos contramos este recurso na Guia Revisão, no Grupo Revisão de
através deste grupo bem como o tipo do papel e o layout da Texto. Assim que clicamos na opção “Ortografia e gramática”, a
página. seguinte tela será aberta:
Na mesma Guia, encontramos o Grupo Parágrafo que
traz as opções de recuar à esquerda ou à direita, aumentar
ou diminuir o espaçamento antes e depois do parágrafo e
também o acesso à janela Parágrafo:

Verificar ortografia e gramática

A verificação ortográfica e gramatical do Word, já busca


trechos do texto ou palavras que não se enquadrem no perfil
de seus dicionários ou regras gramaticais e ortográficas. Na
parte de cima da janela “Verificar ortografia e gramática”, apa-
recerá o trecho do texto ou palavra considerada inadequada.
Em baixo, aparecerão as sugestões. Caso esteja correto e a
sugestão do Word não se aplique, podemos clicar em “Igno-
rar uma vez”; caso a regra apresentada esteja incorreta ou não
se aplique ao trecho do texto selecionado, podemos clicar
em “Ignorar regra”; caso a sugestão do Word seja adequada,
Parágrafo clicamos em “Alterar” e podemos continuar a verificação de
A janela da figura acima nos permite configurar o alinha- ortografia e gramática clicando no botão “Próxima sentença”.
mento do parágrafo, os recuos, os espaçamentos e obter uma Se tivermos uma palavra sublinhada em vermelho, indi-
visualização prévia da formatação que estamos aplicando ao cando que o Word a considera incorreta, podemos apenas
parágrafo. clicar com o botão direito do mouse sobre ela e verificar se
uma das sugestões propostas se enquadra.
Modos de exibição de documento e zoom Por exemplo, a palavra informática. Se clicarmos com o
Os modos de exibição consistem na forma que o docu- botão direito do mouse sobre ela, um menu suspenso nos
mento será mostrado na tela. Suas opções de configuração será mostrado, nos dando a opção de escolher a palavra in-
estão disponíveis na Guia Exibição. Esta Guia possui os se- formática. Clicando sobre ela, a palavra do texto será substi-
guintes Grupos: tuída e o texto ficará correto.

20
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criação, gravação, abertura e impressão de documentos Para abrir um documento já existente, podemos clicar no
ícone da Guia Arquivo. Essa opção nos mostrará uma
janela onde podemos localizar o arquivo no local onde está
gravado e exibí-lo na tela.
Para imprimir um arquivo, após abri-lo, clicamos na Guia
Arquivo e na opção Imprimir. Será exibida na tela, entre ou-
tros, os itens a seguir:

Guia Arquivo
Para criar novos documentos, gravar alterações, abrir do-
cumentos existentes e imprimir, recorremos à Guia Arquivo e
ao seu menu, conforme mostrado na figura acima.
Quando clicamos no menu Novo, a seguinte tela será exibida:

Tela do menu Novo

Nesta tela, podemos escolher iniciar um documento em Imprimir Documentos


branco ou usar algum dos modelos disponíveis. Após selecio-
nar o modelo desejado, basta clicar no botão “Criar”. Podemos escolher a quantidade de cópias, a impresso-
Para gravar o documento alterado ou criado, podemos ra para qual enviaremos a impressão, imprimir o documento
usar o ícone Salvar, presente na Barra de Ferramentas de inteiro ou apenas algumas de suas páginas, imprimir apenas
Acesso Rápido, ou clicar na Guia Arquivo e no botão Salvar. um lado da página, como as páginas serão agrupadas na saí-
Vale esclarecer a diferença entre o botão Salvar e o botão da da impressora, a orientação do papel, o tipo do papel, a
Salvar como. configuração das margens e se desejamos 1 página por folha
O botão Salvar sobrepõe as alterações realizadas no mes- ou mais.
mo documento. Então, se alteramos um documento e salva-
mos, perdemos o documento anterior e ficamos apenas com Inserção e formatação de gráficos e figuras
o que alteramos. Se usarmos a opção Salvar como, podemos
escolher outro nome e outro lugar para gravar o arquivo, Na guia Inserir, temos o grupo de comandos Ilustrações.
mantendo, se desejarmos o documento original. Seus botões de comandos possibilitam a inserção ede gráfi-
Quando clicamos no botão Salvar a primeira vez, será cos e figuras, entre outros recursos.
aberta a mesma janela do Salvar como, onde podemos esco- Para inserir uma figuram em um documento, podemos
lher o nome, local e tipo de arquivo que gravaremos o nosso optar pelos botões de comando:
documento. Mas se após salvarmos a primeira vez, clicarmos - Imagens: insere imagens do computador ou de outros
no mesmo botão, ele só salvará as alterações em cima do computadores aos quais o primeiro está conectado.
mesmo documento e no mesmo local. - Imagens Online: encontra e insere imagens de várias
fontes online.

21
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Formas: insere formas prontas como círculos, quadra-


dos e retas. EDITOR DE PLANILHAS ELETRÔNICAS (MS
Para formatar as imagens e formas, quando estas estão OFFICE 2010): CONCEITOS BÁSICOS, MENUS,
selecionadas, usamos os diversos recursos que surgem na BARRAS DE FERRAMENTAS, COMANDOS,
guia Formatar ou clicamos sobre o objeto com o botão direito FUNÇÕES, CONFIGURAÇÕES, CRIAÇÃO
do mouse e depois com o esquerdo em Formatar Forma ou
DE FÓRMULAS, REFERÊNCIAS ENTRE
Imagem, conforme o caso.
Para inserir um gráfico, clicamos na guia Inserir, no gru- PLANILHAS, GRÁFICOS (MS OFFICE 2010);
po de comandos Ilustrações e no botão de comando Inserir
um gráfico. Com estes procedimentos será exibida a janela EXCEL 2010
Inserir Gráfico com todos os tipos de gráficos disponíveis.
Devemos escolher o tipo do gráfico ideal, clicar em OK e
1 2
3

entrar com os dados na janela que se abre com a planilha 5

do Microsoft Excel para edição.


A formatação o gráfico é possível pelos duplos cliques
em suas séries ou componentes e pela Guia Design, que fica
visível apenas quando há um gráfico ativo.
7 6
8
11

Teclas de Atalho:
Para complementar nossos estudos sobre o Word, vamos 9

ver uma lista com diversas teclas de atalho, que substituem


funções de cliques do mouse, agilizando nosso trabalho. A 12

lista que vamos estudar pode ser usada em vários outros pro-
gramas, mas vale a ressalva de que nem sempre as teclas de 4

atalho que desempenham uma função em um programa, fa-


10

zem o correspondente em outro.


CTRL+C: copia a palavra ou o texto selecionado.
CTRL+V: cola o que está na área de transferência, no local Janela inicial Excel
onde estiver o ponto de inserção. A figura a cima mostra a tela inicial do Microsoft Excel:
CTRL+X: recorta a palavra ou o texto selecionado. 1. Barra de Ferramenta de Acesso Rápido: permite a
CTRL+N: formata o texto selecionado para o negrito. inclusão de ícones que agiliza procedimentos usadas com
CTRL+I: formata o texto selecionado para o itálico. frequência, como salvar, refazer ou desfazer ações.
CTRL+S: sublinha o texto selecionado. 2. Barra de Título: mostra o nome do programa e do
CTRL+Z: desfaz a última ação. arquivo, além de trazer os botões minimizar, restaurar/ma-
CTRL+Y: refaz a última ação desfeita. ximizar e fechar. O nome padrão de um arquivo do Excel é
CTRL+=: deixa o texto selecionado em subscrito. “Pasta”.
CTRL+Shift++: deixa o texto selecionado em sobrescrito. 3. Guias: trazem todo o conteúdo (todos os coman-
CTRL+Shift+P: abre a janela para formatação de fonte, dos) a ser utilizado no Excel.
com o tamanho da fonte selecionado para alteração. 4. Barras de Rolagem: permite rolar a tela para ver
CTRL+Shift+F: abre a janela para formatação de fonte, toda a extensão do documento.
com o tipo de fonte selecionado para alteração. 5. Grupos: são conjuntos de botões de comando, se-
CTRL+Shifit+C: aciona a ferramenta “Formatar Pincel”. parados por finalidade.
CTRL+>: aumenta o tamanho da fonte. 6. Barra de fórmulas: mostra o conteúdo real da cé-
CTRL+<: diminui o tamanho da fonte. lula, mesmo que esteja aparecendo nela um número resul-
CTRL+Q: alinha o texto à esquerda. tante de uma fórmula.
CTRL+E: centraliza o alinhamento do texto.
CTRL+J: justifica o alinhamento do texto.
CTRL+*: aciona a função do botão “Mostrar tudo”.
CTRL+L: abre a janela do “Localizar”.
CTRL+U: abre a janela do “Substituir”.
CTRL+K: abre a janela “Inserir Hiperlink”.
F7: abre a janela do “Verificar Ortografia e Gramática”.
Alt+Clique: abre o painel de tarefas do “Pesquisar”. Exemplo barra de fórmula
Shift+F7: abre a janela do dicionário de sinônimos. Na figura a cima, vemos na célula ativa o número 30,
CTRL+A: abre a janela para abrir um documento existente. mas na barra de fórmula, vemos “=soma(C31:C32)”. Isso
CTRL+B: salva o documento em edição. significa que o número 30, na realidade, é o resultado des-
CTRL+P: imprime o documento. sa fórmula.
Para encerrar, vale ressaltar que muitas das informações que Além dessa função, a barra de fórmula tem o botão
vimos em nossos estudos sobre o Word, foram retiradas do pró-
prio programa, da sua ajuda ou dos popups que o próprio pro- “Inserir função” que abre um assistente para ajudar a
grama oferece quando pausamos o mouse sobre seus recursos. inserir uma série de funções.

22
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

7. Caixa de nome: mostra o nome da célula ativa. Atra- 12. Barra de Status: mostra em que modo a célula se en-
vés dela, também podemos dar nome para uma célula, evi- contra, as opções de exibição, que podem ser Normal, Layout
tando assim que tenhamos que nos recordar em qual posi- da Página ou Quebra da Página e o ponteiro de regulagem
ção da planilha ela se encontra. do Zoom.
Por exemplo:
Fórmulas/funções
A principal função do Excel é facilitar os cálculos com o
uso de suas fórmulas. A partir de agora, estudaremos várias
de suas fórmulas. Para iniciar, vamos ter em mente que, para
qualquer fórmula que será inserida em uma célula, temos
que ter sinal de “=” no seu início. Esse sinal, oferece uma en-
trada no Excel que o faz diferenciar textos ou números co-
Exemplo para ilustração muns de uma fórmula.
Na pequena amostra da planilha a cima, para somar os
elementos (10 e 20), temos que selecioná-los ou lembrar que SOMAR
estão nas células A1 e A2. Como a planilha tem poucos da- Se tivermos uma sequência de dados numéricos e quiser-
dos, isso fica fácil, mas vamos supor que seja uma planilha mos realizar a sua soma, temos as seguintes formas de fazê-lo:
com muitas células preenchidas.
Para não termos que nos recordar da localização des-
ses dados e podermos utilizá-los em qualquer outra parte da
planilha ou da pasta, podemos colocar nomes nas células e
usar esses nomes nas fórmulas.
Para nomear uma célula, basta selecioná-la, clicar na cai-
xa de nomes e digitar o nome desejado. Nesse caso, nomea-
mos a célula A1, como salário e a célula A2, como adicional.
Dessa forma, em qualquer lugar da planilha eu posso
fazer uma fórmula, usando os nomes das células, como de-
monstrado pela figura a seguir:
Soma simples
Usamos, nesse exemplo, a fórmula =B2+B3+B4.
Após o sinal de “=” (igual), clicar em uma das células,
digitar o sinal de “+” (mais) e continuar essa sequência até o
último valor.

Fórmula usando nomes


8. Cabeçalho das colunas: as letras, dispostas na hori-
zontal, representam as colunas. Elas iniciam na letra “A” e vão
até as letras IV. São, no total, 256 colunas.
9. Cabeçalho das linhas: o cabeçalho das linhas é re-
presentado pelos números que aparecem na vertical. Cada Soma
número representa uma linha, sendo, no total, 65536 linhas. Após a sequência de células a serem somadas, clicar no
10. Guia das planilhas: assim que abrimos o Excel, ele nos ícone soma, ou usar as teclas de atalho Alt+=.
traz três planilhas inicialmente iguais. Essas planilhas simulam A última forma que veremos é a função soma digitada.
folhas de cálculo. Quando alteramos uma planilha e salvamos Vale ressaltar que, para toda função, um início é fundamental:
o documento, mesmo sem alterar as outras, o documento será = nome da função (
salvo com todas as planilhas inseridas. Para inserir planilhas, po-
demos clicar com o botão direito do mouse em uma das plani-
lhas existentes e depois em “Inserir”, verificar se o item planilha 1 2
está selecionado e clicar em “OK”, ou clicar na guia “Inserir pla- 3

nilha”. Podemos ainda usar as teclas de atalho Shift+F11.Barra 1 - Sinal de igual.


de fórmulas: mostra o conteúdo real da célula, mesmo que es- 2 – Nome da função.
teja aparecendo nela um número resultante de uma fórmula. 3 – Abrir parênteses.
11. Célula: é o encontro entre uma coluna e uma linha. Após essa sequência, o Excel mostrará um pequeno
Quando está selecionada, chamamos de célula ativa. As célu- lembrete sobre a função que iremos usar, onde é possível
las podem ser nomeadas, como vimos no item 7, ou apenas clicar e obter ajuda, também. Usaremos, no exemplo a se-
serem chamadas e localizadas pela posição de linha e coluna, guir, a função = soma(B2:B4).
como por exemplo: A1, onde A é a coluna e o 1, a linha.

23
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

SUBTRAÇÃO
A subtração será feita sempre entre dois valores, por
isso não precisamos de uma função específica.
Tendo dois valores em células diferentes, podemos
apenas clicar na primeira, digitar o sinal de “-” (menos) e
depois clicar na segunda célula. Usamos na figura a seguir
a fórmula = B2-B3.

Lembrete mostrado pelo Excel.

No “lembrete” exibido na figura 191, vemos que após


a estrutura digitada, temos que clicar em um número, ou
seja, em uma célula que contém um número, depois digitar
“;” (ponto e vírgula) e seguir clicando nos outros números
ou células desejadas.
Aqui vale uma explicação: o “;” (ponto e vírgula) entre Exemplo de subtração
as sentenças usadas em uma função, indicam que usare-
mos uma célula e outra. Podem ser selecionada mantendo MULTIPLICAÇÃO
a tecla CTRL pressionada, por exemplo. Para realizarmos a multiplicação, procedemos de for-
Existem casos em que usaremos, no lugar do “;” (ponto ma semelhante à subtração. Clicamos no primeiro número,
e vírgula), os “:”, dois pontos, que significam que foi sele- digitamos o sinal de multiplicação que, para o Excel é o “*”
asterisco, e depois, clicamos no último valor. No próximo
cionada uma sequência de valores, ou seja, de um valor até
exemplo, usaremos a fórmula =B2*B3.
outro, ou de uma célula até outra.
Dando continuidade, se clicarmos sobre a palavra
“soma”, do nosso “lembrete”, será aberta uma janela de
ajuda no Excel, onde podemos obter todas as informações
sobre essa função. Apresenta informações sobre a sintaxe,
comentários e exemplos de uso da função. Esses procedi-
mentos são válidos para todas as funções, não sendo exclu-
sivos da função “Soma”.
Exemplo de multiplicação

Outra forma de realizar a multiplicação é através da


seguinte função:
=MULT(B2;C2) multiplica o valor da célula B2 pelo va-
lor da célula C2.

A B C E
1 PRODUTO VALOR QUANT. TOTAL
2 Feijão 1,50 50 =MULT(B2;C2)

DIVISÃO
Para realizarmos a divisão, procedemos de forma se-
melhante à subtração e multiplicação. Clicamos no primei-
ro número, digitamos o sinal de divisão que, para o Excel é
a “/” barra, e depois, clicamos no último valor. No próximo
exemplo, usaremos a fórmula =B3/B2.

Ajuda do Excel sobre a função soma

24
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Exemplo de divisão
PORCENTAGEM
Para aprender sobre porcentagem, vamos seguir um exemplo: um cliente de sua loja fez uma compra no valor de R$
1.500,00 e você deseja dar a ele um desconto de 5% em cima do valor da compra. Veja como ficaria a formula na célula C2.

Exemplo de porcentagem
Onde:
B2 – se refere ao endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação
5/100 – é o valor do desconto dividido por 100 (5%). Ou seja, você está multiplicando o endereço do valor da compra
por 5 e dividindo por 100, gerando assim o valor do desconto.
Se preferir pode fazer o seguinte exemplo:
=B2*5% Onde:
B2 – endereço do valor da compra
* - sinal de multiplicação
5% - o valor da porcentagem.
Depois para o saber o Valor a Pagar, basta subtrair o Valor da Compra – o Valor do Desconto, como mostra no exemplo.

MÁXIMO
Mostra o maior valor em um intervalo de células selecionadas.
Na figura a seguir, iremos calcular a maior idade digitada no intervalo de células de A2 até A5. A função digitada será
= máximo (A2:A5).

Exemplo da função máximo

Onde: “= máximo” – é o início da função; (A2:A5) – refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é o
maior valor. No caso a resposta seria 10.

MÍNIMO
Mostra o menor valor existente em um intervalo de células selecionadas.
Na figura a seguir, calcularemos o menor salário digitado no intervalo de A2 até A5. A função digitada será = mínimo
(A2:A5).

Exemplo da função mínimo

25
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde: “= mínimo” – é o início da função; (A2:A5) – refere-se ao endereço dos valores onde você deseja ver qual é o
maior valor. No caso a resposta seria R$ 622,00.

MÉDIA
A função da média soma os valores de uma sequência selecionada e divide pela quantidade de valores dessa sequência.
Na figura a seguir, foi calculada a média das alturas de quatro pessoas, usando a função = média (A2:A4):

Exemplo função média


Foi digitado “= média (”, depois, foram selecionados os valores das células de A2 até A5. Quando a tecla Enter for pres-
sionada, o resultado será automaticamente colocado na célula A6.
Todas as funções, quando um de seus itens for alterado, recalculam o valor final.

DATA
Esta fórmula insere a data automática em uma planilha.

Exemplo função hoje


Na célula C1 está sendo mostrado o resultado da função = hoje(), que aparece na barra de fórmulas.

INTEIRO
Com essa função podemos obter o valor inteiro de uma fração. A função a ser digitada é =int(A2). Lembramos que A2
é a célula escolhida e varia de acordo com a célula a ser selecionada na planilha trabalhada.

Exemplo função int

ARREDONDAR PARA CIMA


Com essa função, é possível arredondar um número com casas decimais para o número mais distante de zero.
Sua sintaxe é:
= ARREDONDAR.PARA.CIMA(núm;núm_dígitos)
Onde:
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.

26
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Início da função arredondar.para.cima


Veja na figura, que quando digitamos a parte inicial da função, o Excel nos mostra que temos que selecionar o num, ou seja, a
célula que desejamos arredondar e, depois do “;” (ponto e vírgula), digitar a quantidade de dígitos para a qual queremos arredondar.
Na próxima figura, para efeito de entendimento, deixaremos as funções aparentes, e os resultados dispostos na coluna C:

Função arredondar para cima e seus resultados

ARREDONDAR PARA BAIXO


Arredonda um número para baixo até zero.

ARREDONDAR.PARA.BAIXO(núm;núm_dígitos)
Núm: é qualquer número real que se deseja arredondar.
Núm_dígitos: é o número de dígitos para o qual se deseja arredondar núm.
Veja a mesma planilha que usamos para arredondar os valores para cima, com a função arredondar.para.baixo aplicada:

Função arredondar para baixo e seus resultados


RESTO
Com essa função podemos obter o resto de uma divisão. Sua sintaxe é a seguinte:
= mod (núm;divisor)
Onde:
Núm: é o número para o qual desejamos encontrar o resto.
Divisor: é o número pelo qual desejamos dividir o número.

Exemplo de digitação da função MOD


Os valores do exemplo a cima serão, respectivamente: 1,5 e 1.

VALOR ABSOLUTO
Com essa função podemos obter o valor absoluto de um número. O valor absoluto, é o número sem o sinal. A sintaxe
da função é a seguinte:
=abs(núm)
Onde:
ABS(núm)
Núm: é o número real cujo valor absoluto você deseja obter.

27
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vamos observar alguns exemplos da função SE:


Exemplos:
• Os alunos serão aprovado se a média final for
maior ou igual a 7.
A função digitada será, na célula C2, =SE(B2>=7; “Apro-
vado”; “Reprovado”).
Observe que, em cada célula, B2 é substituído pela cé-
Exemplo função abs lula correspondente à média que queremos testar:
DIAS 360
Retorna o número de dias entre duas datas com base em
um ano de 360 dias (doze meses de 30 dias). Sua sintaxe é:
= DIAS360(data_inicial;data_final)
Onde:
Data_inicial = a data de início de contagem.
Data_final = a data a qual quer se chegar.
No exemplo a seguir, vamos ver quantos dias fal- Exemplo 1 função SE
tam para chegar até a data de 20/12/2012, tendo como Onde:
data inicial o dia 02/06/2012. A função utilizada será = SE( → é o início da função.
=dias360(A2;B2): B2>=7 → é a comparação proposta (se a média é
maior ou igual a 7).
“Aprovado”→ é o valor_se_verdadeiro, pois é o que
desejamos que apareça na célula se a condição for verda-
deira, ou seja, se o valor da média for maior ou igual a 7.
“Reprovado” → é o valor_se_falso, pois é o que deseja-
mos que apareça na célula se a condição for falsa, ou seja,
se o valor da média não for maior ou igual a 7.

Exemplo função dias360 • Uma empresa vai fazer a aquisição de 10 cadeiras,


FUNÇÃO SE desde que sejam da cor branca.
A função se é uma função lógica e condicional, ou seja, A função usada será: =SE(C2= “Branca”; “Sim”; “Não”)
ela trabalha com condições para chegar ao seu resultado. Onde:
Sua sintaxe é: = SE( → é o início da função.
= se (teste_lógico; “valor_se_verdadeiro”; “valor_se_falso”) C2= “Branca” → é a comparação proposta (se a
Onde: cor da cadeira é branca).
= se( = início da função. “Sim”→ é o valor_se_verdadeiro, pois é o que deseja-
Teste_lógico = é a comparação que se deseja fazer. mos que apareça na célula se a condição for verdadeira, ou
Vale lembrar que podemos fazer vários tipos de com- seja, se a cor da cadeira for branca.
parações. Para fins didáticos, usaremos células A1 e A2, su- “Não” → é o valor_se_falso, pois é o que desejamos
pondo que estamos comparando valores digitados nessas que apareça na célula se a condição for falsa, ou seja, se a
duas células. Os tipos de comparação possíveis e seus res- cadeira não for branca.
pectivos sinais são:
A1=A2 → verifica se o valor de A1 é igual ao valor de A2 • Uma loja irá oferecer um desconto de 5% para
A1<>A2 → verifica se o valor de A1 é diferente do valor compras a cima de R$ 1.000,00.
de A2 A função usada será = SE(A2>1000;A2-(A2-5%); “Não
A1>=A2 → verifica se o valor de A1 é maior ou igual haverá desconto”)
ao valor de A2
A1<=A2 → verifica se o valor de A1 é menor ou igual
ao valor de A2
A1>A2 → verifica se o valor de A1 é maior do que o
valor de A2
A1<A2 → verifica se o valor de A1 é menor do que o Exemplo 3 função SE
valor de A2 Onde:
No lugar das células podem ser colocados valores e = SE( → é o início da função.
até textos. A2>1000 → é a comparação proposta (se a compra
Valor_se_verdadeiro = é o que queremos que apareça é maior que R$ 1,000,00).
na célula, caso a condição for verdadeira. Se desejarmos A2-(A2*5%)→ é o valor_se_verdadeiro, pois caso a
que apareça uma palavra ou frase, dentro da função, essa condição for verdadeira, ou seja, caso o valor da compra
deve estar entre “” (aspas). for maior que R$ 1.000,00, desejamos que seja descontado
Valor_se_falso= é o que desejemos que apareça na cé- 5% do valor da compra. Como se trata de um cálculo, não
lula, caso a condição proposta não for verdadeira. colocamos o valor_se_verdadeiro entre “” (aspas).

28
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

“Não haverá desconto” → é o valor_se_falso, pois é o que desejamos que apareça na célula se a condição for falsa, ou
seja, se a compra não for maior que R$ 1.000,00.

FUNÇÃO SE + E
Essa função é usada quando temos que satisfazer duas condições. Por exemplo, a empresa comprará a cadeira se a cor
for branca e o valor inferior a R$ 300,00.
A função usada será: = SE(E(C2= “Branca”; D2<300; “Sim”; “Não”)
Onde:
= SE(E( → é o início da função.
C2=“Branca” → é a primeira condição.
D2<300 → é a segunda condição.
“Sim” → é o valor_se_verdadeiro.
“Não” → é o valor_se_falso.
Nesse caso, não serão compradas nenhuma das duas cadeiras pois, apesar da primeira cadeira ser branca, ela não tem
o valor menor que R$ 300,00.
Para aparecer “Sim” na célula, as duas condições teriam que ser atendidas.

FUNÇÃO SE + OU
Essa função é usada quando temos que satisfazer uma, entre duas condições. Por exemplo, a empresa comprará a ca-
deira se a cor for branca OU o valor inferior a R$ 300,00.
A função usada será: = SE(OU(C2= “Branca”; D2<300; “Sim”; “Não”)
Onde:
= SE(OU( → é o início da função.
C2= “Branca” → é a primeira condição.
D2<300 → é a segunda condição.
“Sim” → é o valor_se_verdadeiro.
“Não” → é o valor_se_falso.
Nesse caso, apenas uma das condições têm que ser satisfeitas para que a cadeira seja comprada.

SE com várias condições


Podemos usar essa variação da função SE, quando várias condições forem ser comparadas.
Por exemplo: Se o aluno tiver média maior ou igual 9, sua menção será “Muito bom”; se sua média maior ou igual 8, sua
menção será “Bom”; se a média for maior ou igual 7, sua menção será “Regular”, se não atender esses critérios, a menção
será Insuficiente.
A fórmula usada será: =SE(A2>=9; “Muito Bom”;SE(A2>=8;”Bom”;SE(A2>=7;”Regular”;”Insuficiente”)))

Exemplo função SE com várias condições


Onde:
= SE( → é o início da função.
A2>=9 → é a primeira condição.
“Muito bom” → é o valor_se_verdadeiro, caso a primeira condição for verdadeira.
A2>=8 → é a segunda condição.
“Bom” → é o valor_se_verdadeiro, caso a segunda condição for verdadeira.
A2>=7 → é a terceira condição.
“Regular” → é o valor_se_verdadeiro, caso a terceira condição for verdadeira.
“Insuficiente” → é o valor_se_falso, caso nenhuma das condições forem atendidas.
CONT.SE

29
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

É uma função que conta os valores de uma sequência, des- Grupo Estilo:
de que seja atendida uma condição.
Por exemplo, vamos contar quantos alunos preferem maçã.
A função usada será: = cont.se(B2:B4; “maçã”)

Grupo estilo Excel

Formatação condicional: realça as células desejadas, enfa-


tizando valores que temos a intenção de ressaltar para o usuá-
rio, seja por representarem o resultado final de uma função ou
uma condição. Podemos usar, para essa formatação, estilo de
Exemplo função cont.se fonte, de preenchimento, entre outros recursos. Por exemplo,
Onde: se desejarmos que uma célula fique com a cor da fonte em
= CONT.SE( → é o início da função. vermelho, sempre que seu valor for negativo, podemos usar a
B2:B4 → indica que o intervalo formatação condicional.
que será observado será desde a célula B2 até a célula B4. Formatar como tabela: formata rapidamente um intervalo
“maçã” → é a palavra que servi- de células e convertê-lo em tabela, escolhendo um estila de
rá como parâmetro para a contagem. tabela predefinido.
Para encerrar esse tópico, vale lembrar que o Excel tem Estilo de célula: formata rapidamente uma célula esco-
várias outras funções que podem ser estudadas pelo botão lhendo um dos estilos predefinidos.
inserir função e a ajuda do próprio Excel, que foi usada para
Grupo Células:
obter várias das informações contidas nesse tópico da apostila.

Formatação de fonte, alinhamento, número e esti-


lo; formatação de células
A formatação de fonte no Excel não traz novidades
quanto a que vimos no Word, mas nas guias a seguir, en-
contraremos várias diferenças entre esses dois programas.

Guia Início: Grupo células


Grupo Número: Inserir: insere linhas, células, colunas e tabelas.
Excluir: exclui linhas, células, colunas e tabelas.
Formatar: altera a altura da linha ou a largura da coluna,
organizar planilhas ou proteger/ocultar células.

Grupo Edição:
1 2

5
Grupo número Excel 4
3
Escolhe como os valores de uma célula serão exibidos:
como percentual, moeda, data ou hora. Os botões exibidos
na imagem a cima, respectivamente, transformam os nú-
meros em: estilo da moeda, percentual, milhar, diminuem Grupo edição
as casas decimais e aumentam as casas decimais.
1 – Classificar e filtrar: organiza os dados para que sejam
mais facilmente analisados.
2 – Localizar e Selecionar: localiza e seleciona um texto es-
pecífico, uma formatação ou um tipo de informação na pasta
de trabalho.
3 – Limpar: exclui todos os elementos da células ou remo-
ve seletivamente a formatação, o conteúdo ou os comentários.

30
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

4 – Preencher: continua um padrão em uma ou mais Seleção das células para criação do gráfico
células adjacentes. 2º) Escolher um tipo de gráfico que represente adequa-
damente o que desejamos. Temos que tomar um cuidado
especial na hora de escolher o tipo de gráfico, pois nem
sempre ele consegue representar o que desejamos. Por isso,
devemos ler atentamente a breve explicação que aparece
sob os tipos de gráficos, para escolhermos o mais adequa-
do:

Exemplo preencher

5 – Soma: exibe a soma das células selecionadas dire-


tamente após essas células.

Manipulação e formatação de gráficos

A manipulação e formatação de gráficos no Excel 2010


é possível através da Guia Inserir, Grupo Gráficos, como ve- Aplicação do gráfico
remos a seguir:
Os gráficos podem ser:
- Colunas: usados para comparar valores em diversas
Guia Inserir:
categorias.
- Linhas: são usados para exibir tendências ao longo do
Grupo Gráficos:
tempo.
- Pizza: exibem a comparação de valores em relação a
um total.
- Barras: comparam múltiplos valores.
- Área: mostram as diferenças entre vários conjuntos de
dados ao longo de um período de tempo.
- Dispersão: compara pares de valores.
- Outros gráficos: possibilita a criação de gráficos como
Ações, Superfície, Rosca, Bolhas e outros.
Grupo gráficos Para formatar um gráfico, clicamos duas vezes sobre a
área desejada e escolhermos as formatações possíveis.
Após selecionar células, podemos escolher um dos ti-
pos de gráficos para serem criados na planilha referente Filtros
aos dados ou em uma nova planilha separadamente.
Grupo Classificar e Filtrar:
Para criarmos um gráfico:

1º) Selecionamos um grupo de células, que obriga-


toriamente, têm que envolver dados numéricos. Somente
com dados numéricos contidos nesta seleção será possível
criar um gráfico, pois os gráficos representam (expressam)
dados numéricos.

Grupo classificar e filtrar

- Classificar: permite colocar os dados selecionados em


ordem alfabética crescente ou decrescente.
- Filtro: insere setas nas colunas que permitem filtrar, ou
seja, selecionar de forma facilitada os dados de uma lista.
- Limpar: retira do documento os filtros inseridos.
- Reaplicar: reaplica o filtro colocado nas células.
- Avançado: especifica parâmetros para a filtragem de
dados.

31
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configuração de página e impressão Antes de prosseguirmos, alguns termos precisam ser es-
clarecidos:
- Slide: representa cada folha da nossa apresentação.
- Apresentação: é o conjunto de todos os slides de um
arquivo.

Janela inicial do PowerPoint

Na estrutura da janela, os itens particulares ao programa são:


Arquivo, Imprimir 1. Guia Slide: essa guia traz as miniaturas dos slides da
Na tela da figura acima, vemos as opções de impressão apresentação. Clicando com o botão direito do mouse sobre
do Excel 2010. Nesta tela, podemos determinar o número a miniatura de um slide, podemos realizar ações como recor-
de cópias, as propriedades da impressora, quais planilhas tar, copiar, duplicar e excluir o slide, entre outras ações que
serão impressas e como será o agrupamento das páginas veremos.
durante a impressão, se a orientação do papel será retrato 2. Guia Tópicos: exibe os tópicos digitados em um slide,
ou paisagem, se o papel será A4 ou outro, configuramos as ou seja, apresenta o texto do slide. O que for digitado ou al-
margens e o dimensionamento da planilha. terado na guia tópicos, será automaticamente atualizado na
área do slide. A recíproca também é verdadeira, ou seja, o que
digitarmos no slide ativo, será automaticamente disposto na
SOFTWARES PARA APRESENTAÇÕES (MS guia tópicos.
OFFICE 2010): CRIAÇÃO E FORMATAÇÃO DE
SLIDES, CRIAÇÃO E FORMATAÇÃO DE SLIDE
MESTRE, CRIAÇÃO DE APRESENTAÇÕES;

PowerPoint 2010

O acesso ao PowerPoint, assim como aos outros programas


do conjunto Office, se dá através do botão Iniciar →Todos os
Programas → Microsoft Office → Microsoft Office Power Point.
Além dessa forma de acesso ao programa, em alguns Ilustração guia tópicos
casos pode haver ícones na área de trabalho que dão aces-
so direto a sua janela, ou se usamos o PowerPoint, ele terá A guia tópicos também facilita a cópia do texto de uma
seu ícone colocado na lista de programas acessados recen- apresentação para outro programa, como o Word, por exem-
temente, no menu Iniciar do Windows. plo, pois nela podemos simplesmente selecionar o texto, co-
Vale lembrar que existem várias versões dos programas piar e colar em outro programa.
Office. Até agora, vimos a versão 2010 do pacote e seguire- Aqui, vale uma ressalva: todo texto dos slides são inseri-
mos com essa versão para o PowerPoint também. dos através de caixas de texto. Não há como digitarmos tex-
Veremos primeiro, a estrutura de sua janela, que traz tos nos slides sem que seja dentro delas. Existem caixas de
semelhanças em relação as janelas do Word e do Excel. texto que já vêm inseridas com o layout escolhido do slide. O
Procuraremos então, tratar especificamente das particula- texto que estiver dentro dessas caixas, será visualizado na guia
ridades do programa em questão e de itens não citados tópicos. Caso seja inserida uma caixa de texto pelo usuário, o
nos programas anteriores do pacote Office. texto digitado nessa caixa não ficará na estrutura de tópicos.

32
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Caixa de texto inserida pelo usuário


A frase “Para meus amigos” e “Tão especiais quanto vitais”, foram digitadas em caixas de texto predefinidas no slide por
isso, aparecem na guia tópicos. A palavra “teste”, foi digitada em uma caixa de texto inserida pelo usuário e não aparece na
estrutura de tópicos.
3. Slide atual: esse é o slide que está sendo observado, criado ou alterado no momento.
4. Anotações: nesse campo podemos inserir anotações que não serão exibidas na apresentação a não ser que o apre-
sentador recorra a comandos específicos. Em geral, serve como um lembrete das informações referentes ao respectivo slide.
5. Modos de exibição: determina como os slides serão apresentados na tela. São três modos de exibição
• Normal: modo padrão de exibição, é o que vimos nas figuras até o momento. Ele traz as miniaturas dos slides, a
guia de tópicos, o slide atual e o campo de anotações. É usado na fase de criação da apresentação.
• Classificação de slides: traz todos os slides dispostos em miniaturas, facilitando algumas ações como cópia, movi-
mentação, exclusão, teste de intervalo de tempo, entre outras.

Modo de exibição Classificação de slides

• Apresentação de slides: mostra o slide na sua forma final, ou seja, como será finalmente apresentado.

33
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Apresentação de slides Grupo plano de fundo

Quanto as Guias, vamos passar a conhecer as que tra- Estilos de plano de fundo: apresenta uma série de ti-
zem recursos específicos do PowerPoint: pos de planos de fundo que podem ser aplicados ao tema.
Formatação de slides, fonte e parágrafo; inserção de Além de aplicar um plano de fundo, podemos também for-
imagens, tabelas, ilustrações e cabeçalho e rodapé matar o plano de fundo, editando o preenchimento e as
Quanto a formatação de fonte, parágrafo, inserção de imagens.
imagens, tabelas e ilustrações e cabeçalho e rodapé, toma- Ocultar gráficos de plano de fundo: oculta/mostra os
mos como base os programas estudados anteriormente. elementos gráficos do tema aplicado.
Passemos às novidades do Power Point.
Guia Animações:
Guia Página Inicial: Grupo Visualizar:
Grupo Slides:

Grupo visualizar

Grupo slides Visualizar: executa a apresentação rapidamente, na


própria forma de exibição normal, oferecendo uma prévia
Novo slide: permite a criação de um novo slide, já es- de como serão executadas as animações.
colhendo o layout que será aplicado. Permite também du-
plicar o slide selecionado, criar slides a partir de uma estru- Grupo Animações:
tura de tópicos e reutilizar slides de outras apresentações.
Layout: permite alterar o layout utilizado no slide, ou
seja, a disposição das caixas de texto e objetos no slide.
Redefinir: retorna às formatações padrão do slide se-
lecionado.
Excluir: elimina da apresentação o slide selecionado.
Guia Design:
Grupo Temas:
Grupo animações
Animar: permite selecionar uma movimentação que
será aplicada em um objeto.
Animação personalizada: abre o painel de tarefas ani-
mação personalizada, onde encontramos diversos efeitos
que podem ser aplicados aos objetos.
Grupo temas
Grupo Transição para este slide:
Esse grupo apresenta imagens de temas que podem Apresenta vários efeitos que podem ser aplicados na
ser aplicados diretamente no(s) slide(s) selecionado(s), ou mudança de um slide para outro. Além dos efeitos de ani-
em toda a apresentação. mação, podemos aplicar sons que serão projetados duran-
Os temas são pacotes de configurações de plano de te a passagem de um slide para outro, configurar a veloci-
fundo, layout, fonte e elementos gráficos predefinidos pelo dade dos efeitos de transição, aplicar o efeito selecionado
PowerPoint, mas podemos editar as cores, as fontes e os a todos os slides da apresentação, configurar se os slides
efeitos do tema. serão alternados com cliques do mouse ou o Enter, no te-
clado, ou automaticamente após os segundos que confi-
Grupo Plano de Fundo: gurarmos.

34
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupo transição para este slide Ocultar slide: mostra/oculta o slide selecionado.
Gravar narração: permite a gravação de voz para ser
Guia Apresentação de Slides: incluída como narração dos slides.
Grupo Iniciar Apresentação de Slides: Testar intervalos: mostra um relógio na tela e o modo
de apresentação de slides para que possamos testar o tem-
po de duração de cada slides, caso desejemos aplicar inter-
valos de tempo.
Usar intervalos testados: habilita/desabilita o uso dos
intervalos de tempo que foram realizados durante os testes.

Grupo Monitores:
Iniciar apresentação de slides

Do começo: inicia a apresentação a partir do primeiro slide.


Do slide atual: inicia a apresentação a partir do slide
que estiver selecionado.
Apresentação de slides personalizada: permite selecio-
nar alguns slides da apresentação para serem mostrados.

Grupo Configurar: Grupo monitores

Resolução: permite configurar a resolução da imagem


na tela para que, durante a apresentação, fique: com a re-
solução que já estiver sendo usada pelo monitor; 640x480,
que deixa a apresentação mais rápida porém, com menor
qualidade e fidelidade às imagens; 800x600; 1024x768, que
torna a apresentação mais lenta, mas com maior qualidade
Grupo configurar das imagens.
Mostrar apresentação em: permite escolher o monitor
Configurar apresentação de slides: exibe a janela confi- em que a apresentação de slide de tela inteira será exibida.
gurar apresentação, onde podemos configurar: Usar modo de exibição do apresentador: mostra a
• Tipo de apresentação: a apresentação pode ser apresentação de duas formas: uma em tela inteira e outra
exibida por um orador (tela inteira); apresentada por uma com as anotações do apresentador em outro monitor.
pessoa ( janela); apresentada em um quiosque (tela inteira). Guia Exibição:
• Opções da apresentação: a apresentação pode Grupo Modos de Exibição de Apresentação:
ficar sendo repetia várias vezes, até que a tecla Esc seja
pressionada; podemos retirar/habilitar a narração da apre-
sentação e também retirar/habilitar as animações da apre-
sentação. Quando a apresentação estiver sendo executa-
da, o mouse, quando movimentado, pode se transformar
em uma caneta que ajuda a destacar pontos importantes
durante a apresentação. Nessa opção, podemos também
configurar a cor dessa caneta.
Modos de exibição de apresentação
• Mostrar slides: podemos escolher mostrar todos
os slides de uma apresentação, ou apenas determinar que
serão mostrados um intervalo deles. Sobre esse grupo, já vimos os botões de comando
• Avançar slides: nessa opção é possível escolher Normal, Classificação de Slides e Apresentação de slides.
como os slides serão alternados durante a apresentação. Po- Anotações: exibe o slide em uma folha, com as anota-
demos escolher entre avançar os slides manualmente ou usar ções realizadas no campo anotações, logo abaixo.
os intervalos de tempo, desde que tenham sido inseridos. Slide mestre: slide mestre é a estrutura padrão do slide.
• Vários monitores: permite que seja configurada a Esse botão de comando possibilita inserir slides mestre, in-
exibição do slide apenas no monitor principal ou em ou- serir layouts, excluir, renomear, inserir espaços reservados,
tros, desde que estejam conectados e o computador esteja título, rodapés, temas, cores, fontes, efeitos, estilos de pla-
configurado para essa função. no de fundo, ocultar gráficos de plano de fundo, configurar
• Desempenho: permite que seja usada a aceleração página e orientação do slide mestre. Essas alterações serão
de elementos gráficos do hardware e configurada a resolu- aplicadas como padrão nos slides que forem criados depois.
ção da apresentação do slide.

35
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

9) Selecione o último slide, digite um título e um


texto de encerramento, clique na Guia Design, escolha um
tema e formate as cores e as fontes.
10) No primeiro slide, clique sobre a figura. Vamos in-
serir uma animação. Para isso, clique na Guia Animações,
Animação personalizada. Aparecerá o Painel de Tarefas
“Personalizar Animação”, onde:
a. Adicionar Efeito: insere efeitos de entrada, saída,
ênfase e trajetória de animação. Insira um efeito de entra-
da, chamado Persianas.
b. Remover: remove o efeito inserido. Não vamos usá
-lo no nosso exemplo.
c. Início: determina se o efeito irá ocorrer ao clicar
do mouse, com algum efeito anterior ou após algum outro
efeito. Deixaremos selecionado “Ao clicar”.
d. Direção: dependendo do efeito essa opção pode
Slide mestre aparecer com outros itens para serem configurados. No nos-
so caso a direção das persianas, será alterada para vertical.
Folheto mestre: permite alterar a estrutura padrão do e. Velocidade: permite selecionar a velocidade do
folheto de slides. efeito, escolhendo entre muito rápida, lenta, média e rápi-
Anotações mestras: permite alterar a estrutura padrão da. Deixaremos “Muito rápida”.
das anotações de slides. f. Executar: mostra uma linha de tempo que permite
Com os conhecimentos adquiridos passaremos agora visualizar o efeito ocorrendo no modo normal de exibição.
para algumas instruções práticas que nos ajudarão a criar
uma apresentação:
1) Clique em Iniciar → Todos os programas → Micro-
soft Office → Microsoft Power Point.
2) Clique nos espaços reservados das caixas de texto
“Clique aqui para adicionar um título” e “Clique aqui para
adicionar um subtítulo”. Crie um título e um subtítulo e os
digite nesses espaços.
3) Vamos criar mais 5 slides, iniciando da seguinte forma:
a. Clique com o botão direito do mouse na miniatura
do slide atual, que aparece na guia slide, e depois com o
esquerdo em novo slide.
b. Clique em um dos slides, apenas para selecioná
-lo, e depois, na Guia Início, clique no botão de comando
“Novo Slide”.
Os dois procedimentos permitem a criação de slides no-
vos. Continue usando o procedimento que mais lhe agradar.
4) Clique novamente com o botão direito na miniatu-
ra do primeiro slide e depois, com o esquerdo em Layout.
Escolha o layout “somente título”; no segundo slide, deixe o
layout “em branco”; no terceiro slide, escolha o layout “títu-
lo e conteúdo”; no quarto slide, “duas partes de conteúdo”;
e no último slide, novamente “título e conteúdo”.
5) Volte a clicar no primeiro slide e, na Guia Inseri,
clique em Imagem e escolha uma imagem para ser inserida
logo após o título.
6) No segundo slide, vamos formatar o plano de fun-
do. Para isso, clique nele com o botão direito do mouse e
depois, em “Formatar Plano de Fundo”. Escolha “Preenchi-
mento com imagem ou textura” e a textura que desejar.
7) No terceiro slide, digite um título no campo apropria-
do e clique na opção “Inserir clipe de mídia”, que também pode
ser acessada pela Guia Inseri, Grupo Clipes de Mídia, botão de
comando Filme. Escolha um vídeo salvo em seu computador.
8) No quarto slide, adicione um título e na primeira parte
de conteúdo, escreva um pequeno texto sobre o vídeo que in-
seriu. Continue com outro texto na segunda parte de conteúdo.

36
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Painel de tarefas personalizar animação Era necessário criar um modelo padrão e universal
para que as máquinas continuassem trocando dados, sur-
11) Agora adicionaremos transição de slides. Na Guia giu então o Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portan-
Animações, no Grupo Transição para este slide, passe o to que mais outras máquinas fossem inseridas àquela rede.
mouse sobre as imagens de transição e clique naquela que Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrô-
desejar. Para que essa transição seja aplicada em todos os nico, o E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as
slides, clique no botão aplicar a todos. máquinas que compunham aquela rede de pesquisa, assim
12) Em “Som de transição”, após clicar no drop down, no ano seguinte a rede se torna internacional.
escolha um dos sons existentes. Esse som ocorrerá quando
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do
a transição para o próximo slide ocorrer.
Brasil conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aqui-
13) Em velocidade da transição, escolha a que preferir,
lo que conhecemos hoje como internet, auxiliando portan-
entre lenta, média e rápida.
14) Na Guia apresentação de slides, no Grupo configurar, to o processo de pesquisa em tecnologia e outras áreas a
clique em Testar intervalos. Aparecerá a apresentação na tela nível mundial, além de alimentar as forças armadas brasi-
e um relógio marcando o tempo que esse slide ficará sendo leiras de informação de todos os tipos, até que em 1990
exibido. Faça clique com o mouse apara determinar quando caísse no domínio público.
a imagem deve aparecer, o slide deve fazer a transição até o Com esta popularidade e o surgimento de softwares
término da apresentação. Quando finalizar, o PowerPoint per- de navegação de interface amigável, no fim da década de
guntará se deseja manter os tempos de slides. Clique em sim. 90, pessoas que não tinham conhecimentos profundos de
15) Para finalizar, na Guia apresentação de slides, no informática começaram a utilizar a rede internacional.
Grupo iniciar apresentação de slides, clique no botão de Acesso à Internet
ação “Do começo”. O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço
de Internet, oferece principalmente serviço de acesso à In-
ternet, adicionando serviços como e-mail, hospedagem de
TECNOLOGIAS, FERRAMENTAS, sites ou blogs, ou seja, são instituições que se conectam
APLICATIVOS E PROCEDIMENTOS à Internet com o objetivo de fornecer serviços à ela
ASSOCIADOS À INTERNET: CONCEITOS, relacionados, e em função do serviço classificam-se em:
NAVEGADORES, HYPERLINKS, • Provedores de Backbone: São instituições que cons-
FERRAMENTAS DE BUSCA, TRANSFERÊNCIAS troem e administram backbones de longo alcance, ou seja,
DE ARQUIVOS (DOWNLOAD E UPLOAD), estrutura física de conexão, com o objetivo de fornecer
CORREIO ELETRÔNICO, NOÇÕES DE acesso à Internet para redes locais;
MAPEAMENTO E PESQUISA DE VÍRUS, • Provedores de Acesso: São instituições que se conec-
SPYWARE, SPAM, CERTIFICADOS DE tam à Internet via um ou mais acessos dedicados e disponi-
SEGURANÇA, ACESSO A SITES SEGUROS, bilizam acesso à terceiros a partir de suas instalações;
ÉTICA NA UTILIZAÇÃO DA INTERNET EM • Provedores de Informação: São instituições que dis-
AMBIENTE CORPORATIVO, CUIDADOS E ponibilizam informação através da Internet.
PREVENÇÕES, NOÇÕES DE BACKUP.
Endereço Eletrônico ou URL
Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se
conhecer o seu endereço.
INTERNET Este endereço, que é único, também é considerado sua
URL (Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recur-
“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto sos Universal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim:
que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um mundo www.xxxx.com.br
novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria Onde:
capaz de esgotar; com tantas oportunidades que os empreen-
www = protocolo da World Wide Web
dedores seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo pe-
xxx = domínio
culiar de imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.”
com = comercial
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear fi- br = brasil
cassem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da dé- WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
cada de 60, ficou em poder exclusivo do governo conec-
tando bases militares, em quatro localidades. É um serviço disponível na Internet que possui um con-
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições junto de documentos espalhados por toda rede e disponi-
norte-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar bilizados a qualquer um.
a tecnologia, logo vinte e três computadores foram conecta- Estes documentos são escritos em hipertexto, que uti-
dos, porém o padrão de conversação entre as máquinas se liza uma linguagem especial, chamada HTML.
tornou impróprio pela quantidade de equipamentos.

37
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Domínio HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS


Designa o dono do endereço eletrônico em ques- Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das
tão, e onde os hipertextos deste empreendimento estão redes é organizada em camadas ou níveis, cada uma cons-
localizados. Quanto ao tipo do domínio, existem: truída sobre sua predecessora. O número de camadas, o
.com = Instituição comercial ou provedor de serviço nome, o conteúdo e a função de cada camada diferem de
.edu = Instituição acadêmica uma rede para outra. No entanto, em todas as redes, o pro-
.gov = Instituição governamental pósito de cada camada é oferecer certos serviços às cama-
.mil = Instituição militar norte-americana das superiores, protegendo essas camadas dos detalhes de
.net = Provedor de serviços em redes como os serviços oferecidos são de fato implementados.
.org = Organização sem fins lucrativos A camada n em uma máquina estabelece uma conversão
com a camada n em outra máquina. As regras e convenções
HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de utilizadas nesta conversação são chamadas coletivamente de
Trasferência em Hipertexto protocolo da camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo
É um protocolo ou língua específica da internet, res- para uma rede com sete camadas. As entidades que compõem
ponsável pela comunicação entre computadores. as camadas correspondentes em máquinas diferentes são cha-
Um hipertexto é um texto em formato digital, e madas de processos parceiros. Em outras palavras, são os pro-
pode levar a outros, fazendo o uso de elementos espe- cessos parceiros que se comunicam utilizando o protocolo.
ciais (palavras, frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente
Sensitivo o qual leva a outros conjuntos de informação na da camada n em uma máquina para a camada n em outra
forma de blocos de textos, imagens ou sons. máquina. Em vez disso, cada camada passa dados e infor-
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mações de controle para a camada imediatamente abaixo,
mouse, remete o usuário à outra parte do documento ou até que o nível mais baixo seja alcançado. Abaixo do nível
outro documento. 1 está o meio físico de comunicação, através do qual a co-
municação ocorre. Na Figura abaixo, a comunicação virtual
é mostrada através de linhas pontilhadas e a comunicação
Home Page
física através de linhas sólidas.
Sendo assim, home page designa a página inicial, prin-
cipal do site ou web page.
É muito comum os usuários confundirem um Blog ou
Perfil no Orkut com uma Home Page, porém são coisas dis-
tintas, aonde um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é
um Profile, ou seja um hipertexto que possui informações
de um usuário dentro de uma comunidade virtual.

HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de


Marcação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML de-
vem ter aparência semelhante nas diversas plataformas de
trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “cus-
tomizar” diversos elementos do documento, como o tama-
nho padrão da letra, as cores, etc); Entre cada par de camadas adjacentes há uma interfa-
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter ce. A interface define quais operações primitivas e serviços
um tamanho reduzido, a fim de economizar tempo na a camada inferior oferece à camada superior. Quando os
transmissão através da Internet, evitando longos perío- projetistas decidem quantas camadas incluir em uma rede e
dos de espera e congestionamento na rede). o que cada camada deve fazer, uma das considerações mais
importantes é definir interfaces limpas entre as camadas.
Browser ou Navegador Isso requer, por sua vez, que cada camada desempenhe um
É o programa específico para visualizar as páginas da web. conjunto específico de funções bem compreendidas. Além
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em de minimizar a quantidade de informações que deve ser
HTML, apresentando as páginas formatadas para os usuários. passada de camada em camada, interfaces bem definidas
também tornam fácil a troca da implementação de uma ca-
ARQUITETURAS DE REDES mada por outra implementação completamente diferente
As modernas redes de computadores são projetadas (por exemplo, trocar todas as linhas telefônicas por canais
de forma altamente estruturada. Nas seções seguintes exa- de satélite), pois tudo o que é exigido da nova implemen-
minaremos com algum detalhe a técnica de estruturação. tação é que ela ofereça à camada superior exatamente os
mesmos serviços que a implementação antiga oferecia.

38
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

O conjunto de camadas e protocolos é chamado de Classes de endereços IP


arquitetura de rede. A especificação de arquitetura deve Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem
conter informações suficientes para que um implementa- ser utilizados tanto para identificar o seu computador den-
dor possa escrever o programa ou construir o hardware de tro de uma rede, quanto para identificá-lo na internet.
cada camada de tal forma que obedeça corretamente ao Se na rede da empresa onde você trabalha o seu com-
protocolo apropriado. Nem os detalhes de implementação putador tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma má-
nem a especificação das interfaces são parte da arquitetura, quina em outra rede pode ter este mesmo número, afinal,
pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e ambas as redes são distintas e não se comunicam, sequer
não são visíveis externamente. Não é nem mesmo neces- sabem da existência da outra. Mas, como a internet é uma
sário que as interfaces em todas as máquinas em uma rede rede global, cada dispositivo conectado nela precisa ter um
sejam as mesmas, desde que cada máquina possa usar cor- endereço único. O mesmo vale para uma rede local: nesta,
retamente todos os protocolos. cada dispositivo conectado deve receber um endereço úni-
co. Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se
O endereço IP
então um problema chamado “conflito de IP”, que dificulta
Quando você quer enviar uma carta a alguém, você...
a comunicação destes dispositivos e pode inclusive atrapa-
Ok, você não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um
lhar toda a rede.
recado no Facebook. Vamos então melhorar este exemplo:
quando você quer enviar um presente a alguém, você ob- Para que seja possível termos tanto IPs para uso em re-
tém o endereço da pessoa e contrata os Correios ou uma des locais quanto para utilização na internet, contamos com
transportadora para entregar. É graças ao endereço que é um esquema de distribuição estabelecido pelas entidades
possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada. IANA (Internet Assigned Numbers Authority) e ICANN (In-
Também é graças ao seu endereço - único para cada resi- ternet Corporation for Assigned Names and Numbers) que,
dência ou estabelecimento - que você recebe suas contas basicamente, divide os endereços em três classes principais
de água, aquele produto que você comprou em uma loja e mais duas complementares. São elas:
on-line, enfim. Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu redes, cada uma com até 16.777.214 dispositivos conecta-
computador seja encontrado e possa fazer parte da rede dos;
mundial de computadores, necessita ter um endereço úni- Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até
co. O mesmo vale para websites: este fica em um servidor, 16.384 redes, cada uma com até 65.536 dispositivos;
que por sua vez precisa ter um endereço para ser localiza- Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até
do na internet. Isto é feito pelo endereço IP (IP Address), 2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos;
recurso que também é utilizado para redes locais, como a Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast;
existente na empresa que você trabalha, por exemplo. Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast re-
O endereço IP é uma sequência de números composta servado.
de 32 bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro As três primeiras classes são assim divididas para aten-
sequências de 8 bits. Cada uma destas é separada por um der às seguintes necessidades:
ponto e recebe o nome de octeto ou simplesmente byte, já
que um byte é formado por 8 bits. O número 172.31.110.10 - Os endereços IP da classe A são usados em locais
é um exemplo. Repare que cada octeto é formado por nú- onde são necessárias poucas redes, mas uma grande quan-
meros que podem ir de 0 a 255, não mais do que isso. tidade de máquinas nelas. Para isso, o primeiro byte é utili-
zado como identificador da rede e os demais servem como
identificador dos dispositivos conectados (PCs, impresso-
ras, etc);
- Os endereços IP da classe B são usados nos casos
onde a quantidade de redes é equivalente ou semelhante
à quantidade de dispositivos. Para isso, usam-se os dois
primeiros bytes do endereço IP para identificar a rede e os
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organi- restantes para identificar os dispositivos;
zação da rede, da mesma forma que a divisão do seu en- - Os endereços IP da classe C são usados em locais que
dereço em cidade, bairro, CEP, número, etc, torna possível requerem grande quantidade de redes, mas com poucos
a organização das casas da região onde você mora. Neste dispositivos em cada uma. Assim, os três primeiros bytes
sentido, os dois primeiros octetos de um endereço IP po- são usados para identificar a rede e o último é utilizado
dem ser utilizados para identificar a rede, por exemplo. Em para identificar as máquinas.
uma escola que tem, por exemplo, uma rede para alunos Quanto às classes D e E, elas existem por motivos es-
e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma peciais: a primeira é usada para a propagação de pacotes
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos especiais para a comunicação entre os computadores, en-
octetos são usados na identificação de computadores. quanto que a segunda está reservada para aplicações futu-
ras ou experimentais.

39
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vale frisar que há vários blocos de endereços reserva- Identificador


dos para fins especiais. Por exemplo, quando o endereço Identificador Máscara
Classe Endereço IP do
começa com 127, geralmente indica uma rede “falsa”, isto da rede de sub-rede
computador
é, inexistente, utilizada para testes. No caso do endereço A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
127.0.0.1, este sempre se refere à própria máquina, ou seja, B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0
ao próprio host, razão esta que o leva a ser chamado de C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utilizado para
propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de Você percebe então que podemos ter redes com másca-
maneira simultânea. ra 255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indican-
do uma classe. Mas, como já informado, ainda pode haver
Endereços IP privados situações onde há desperdício. Por exemplo, suponha que
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são uma faculdade tenha que criar uma rede para cada um de
privados. Isto significa que eles não podem ser utilizados seus cinco cursos. Cada curso possui 20 computadores. A
na internet, sendo reservados para aplicações locais. São, solução seria então criar cinco redes classe C? Pode ser me-
essencialmente, estes: lhor do que utilizar classes B, mas ainda haverá desperdício.
-Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255; Uma forma de contornar este problema é criar uma rede
-Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255; classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as máscaras
-Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255. novamente entram em ação.
Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas
com cerca de 50 computadores. Você pode alocar para es- estes, na verdade, representam bytes (linguagem binária).
tas máquinas endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, 255 em binário é 11111111. O número zero, por sua vez,
por exemplo. Todas elas precisam de acesso à internet. O é 00000000. Assim, a máscara de um endereço classe C,
que fazer? Adicionar mais um IP para cada uma delas? Não. 255.255.255.0, é:
Na verdade, basta conectá-las a um servidor ou equipa- 11111111.11111111.11111111.00000000
mento de rede - como um roteador - que receba a cone- Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada
xão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos por 24 bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criar-
conectados a ele. Com isso, somente este equipamento mos as nossas sub-redes, temos que ter um esquema com
precisará de um endereço IP para acesso à rede mundial 25, 26 ou mais bits, conforme a necessidade e as possibilida-
de computadores. des. Em outras palavras, precisamos trocar alguns zeros do
último octeto por 1.
Máscara de sub-rede Suponha que trocamos os três primeiros bits do último
As classes IP ajudam na organização deste tipo de en- octeto (sempre trocamos da esquerda para a direita), resul-
dereçamento, mas podem também representar desperdí- tando em:
cio. Uma solução bastante interessante para isso atende 11111111.11111111.11111111.11100000
pelo nome de máscara de sub-rede, recurso onde parte Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits
dos números que um octeto destinado a identificar dis- “trocados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em
positivos conectados (hosts) é “trocado” para aumentar a nosso caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de
capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos en- criar até oito sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereça-
xergar as classes A, B e C da seguinte forma: mento dos host. Fazemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim,
- A: N.H.H.H; temos 32 dispositivos em cada sub-rede (estamos fazendo
- B: N.N.H.H; estes cálculos sem considerar limitações que possam impe-
- C: N.N.N.H. dir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante
N significa Network (rede) e H indica Host. Com o é 255.255.255.224.
uso de máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser em-
“transformar” em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras pregado também em endereços classes A e B, conforme a
necessidade. Vale ressaltar também que não é possível utili-
de sub-rede permitem determinar quantos octetos e bits
zar 0.0.0.0 ou 255.255.255.255 como máscara.
são destinados para a identificação da rede e quantos são
IP estático e IP dinâmico
utilizados para identificar os dispositivos.
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanen-
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema:
temente a um dispositivo, ou seja, seu número não muda,
se um octeto é usado para identificação da rede, este re-
exceto se tal ação for executada manualmente. Como exem-
ceberá a máscara de sub-rede 255. Mas, se um octeto é
plo, há casos de assinaturas de acesso à internet via ADSL
aplicado para os dispositivos, seu valor na máscara de sub onde o provedor atribui um IP estático aos seus assinantes.
-rede será 0 (zero). A tabela a seguir mostra um exemplo Assim, sempre que um cliente se conectar, usará o mesmo IP.
desta relação: O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado
a um computador quando este se conecta à rede, mas que
muda toda vez que há conexão. Por exemplo, suponha que
você conectou seu computador à internet hoje. Quando

40
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

você conectá-lo amanhã, lhe será dado outro IP. Para en- Finalizando
tender melhor, imagine a seguinte situação: uma empresa Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que a
tem 80 computadores ligados em rede. Usando IPs dinâ- especificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do mapa.
micos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para tais Isso até deve acontecer, mas vai demorar bastante. Durante
máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador rece- essa fase, que podemos considerar de transição, o que ve-
berá, quando se conectar, um endereço IP destes 90 que remos é a “convivência” entre ambos os padrões. Não por
não estiver sendo utilizado. É mais ou menos assim que os menos, praticamente todos os sistemas operacionais atuais
provedores de internet trabalham. e a maioria dos dispositivos de rede estão aptos a lidar tanto
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos com um quanto com o outro. Por isso, se você é ou pretende
é o protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol). ser um profissional que trabalha com redes ou simplesmen-
te quer conhecer mais o assunto, procure se aprofundar nas
IP nos sites duas especificações.
Você já sabe que os sites na Web também necessitam A esta altura, você também deve estar querendo desco-
de um IP. Mas, se você digitar em seu navegador www.in- brir qual o seu IP. Cada sistema operacional tem uma forma
fowester.com, por exemplo, como é que o seu computador de mostrar isso. Se você é usuário de Windows, por exem-
sabe qual o IP deste site ao ponto de conseguir encontrá-lo? plo, pode fazê-lo digitando cmd em um campo do Menu
Quando você digitar um endereço qualquer de um site, Iniciar e, na janela que surgir, informar ipconfig /all e apertar
um servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Enter. Em ambientes Linux, o comando é ifconfig.
Ele é quem informa qual IP está associado a cada site. O sis-
tema DNS possui uma hierarquia interessante, semelhante a
uma árvore (termo conhecido por programadores). Se, por
exemplo, o site www.infowester.com é requisitado, o sistema
envia a solicitação a um servidor responsável por termina-
ções “.com”. Esse servidor localizará qual o IP do endereço
e responderá à solicitação. Se o site solicitado termina com
“.br”, um servidor responsável por esta terminação é consul-
tado e assim por diante.

IPv6
O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um pas-
sado não muito distante, você conectava apenas o PC da sua
casa à internet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a
em um serviço de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por partir de uma rede local - tal como uma rede wireless - vi-
diante. Somando este aspecto ao fato de cada vez mais pes- sualizará o IP que esta disponibiliza à sua conexão. Para sa-
soas acessarem a internet no mundo inteiro, nos deparamos ber o endereço IP do acesso à internet em uso pela rede,
com um grande problema: o número de IPs disponíveis dei- você pode visitar sites como whatsmyip.org.
xa de ser suficiente para toda as (futuras) aplicações.
A solução para este grande problema (grande mesmo, Provedor
afinal, a internet não pode parar de crescer!) atende pelo O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
nome de IPv6, uma nova especificação capaz de suportar até oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
- respire fundo - 340.282.366.920.938.463.463.374.607.431.7 sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
68.211.456 de endereços, um número absurdamente alto! ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada
à Embratel, que por sua vez, está conectada com outros
computadores fora do Brasil. Esta conexão chama-se link,
que é a conexão física que interliga o provedor de acesso
com a Embratel. Neste caso, a Embratel é conhecida como
backbone, ou seja, é a “espinha dorsal” da Internet no Bra-
sil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse uma ave-
nida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade
de transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite
os dados. Esta velocidade é dada em bps (bits por segun-
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no au- do). Deve ser feito um contrato com o provedor de acesso,
mento da quantidade de octetos. Um endereço do tipo que fornecerá um nome de usuário, uma senha de acesso
pode ser, por exemplo: e um endereço eletrônico na Internet.
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF

41
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

URL - Uniform Resource Locator Home Page


Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma iden- Pela definição técnica temos que uma Home Page é
tificação de onde está localizado o computador e quais re- um arquivo ASCII (no formato HTML) acessado de compu-
cursos este computador oferece. Por exemplo, a URL: tadores rodando um Navegador (Browser), que permite o
http://www.novaconcursos.com.br acesso às informações em um ambiente gráfico e multimí-
Será mais bem explicado adiante. dia. Todo em hipertexto, facilitando a busca de informações
dentro das Home Pages.
Como descobrir um endereço na Internet? O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar. Por exemplo, a página principal da Pronag:
Você estuda em uma universidade e precisa fazer algu- http://www.pronag.com.br/index.html
mas pesquisas para um trabalho. Onde procurar as infor-
mações que preciso? PLUG-INS
Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de Os plug-ins são programas que expandem a capacida-
procura, que são sites que possuem um enorme banco de de do Browser em recursos específicos - permitindo, por
dados (que contém o cadastro de milhares de Home Pa- exemplo, que você toque arquivos de som ou veja filmes
ges), que permitem a procura por um determinado assun- em vídeo dentro de uma Home Page. As empresas de soft-
to. Caso a palavra ou o assunto que foi procurado exista ware vêm desenvolvendo plug-ins a uma velocidade im-
em alguma dessas páginas, será listado toda esta relação pressionante. Maiores informações e endereços sobre plu-
de páginas encontradas. g-ins são encontradas na página:
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, refe- http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Soft-
rente ao assunto desejado. Por exemplo, você quer pesqui- ware/Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/
sar sobre amortecedores, caso não encontre nada como Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo
amortecedores, procure como autopeças, e assim suces- temos uma relação de alguns deles:
sivamente. - 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.).
Barra de endereços - Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP,
PCX, etc.).
- Negócios e Utilitários
- Apresentações
A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar
em páginas da internet, bastando para isto digitar o ende- FTP - Transferência de Arquivos
reço da página. Permite copiar arquivos de um computador da Internet
Alguns sites interessantes: para o seu computador.
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular) Os programas disponíveis na Internet podem ser:
• www.ufpel.tche.br (Ufpel) • Freeware: Programa livre que pode ser distribuí-
• www.cefetrs.tche.br (Cefet) do e utilizado livremente, não requer nenhuma taxa para
• www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público) sua utilização, e não é considerado “pirataria” a cópia deste
• www.siapenet.gog.br (contracheque) programa.
• www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas) • Shareware: Programa demonstração que pode ser
• www.mec.gov.br (Ministério da Educação) utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns
limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra-
Identificação de endereços de um site ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa
Exemplo: http://www.pelotas.com.br mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas
http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando
comunicação que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm
WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de
pelotas -> empresa ou organização que mantém o site teste, é necessário que seja feito a compra deste programa.
.com -> tipo de organização
......br -> identifica o país Navegar nas páginas
Tipos de Organizações: Consiste percorrer as páginas na internet a partir de
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu um documento normal e de links das próprias páginas.
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov Como salvar documentos, arquivos e sites
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
.net -> computadores com funções de administrar re-
des. Exemplo: embratel.net Como copiar e colar para um editor de textos
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com
care.org o botão direito do mouse e escolha a opção Copiar.

42
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Como fazer a pesquisa

Digite na barra de endereço o endereço do site de pes-


quisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Abra o editor de texto clique em colar

Navegadores
O navegador de WWW é a ferramenta mais importante
para o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar
museus, ler revistas eletrônicas, fazer compras e até partici-
par de novelas interativas. As informações na Web são or-
ganizadas na forma de páginas de hipertexto, cada um com
seu endereço próprio, conhecido como URL. Para começar
a navegar, é preciso digitar um desses endereços no campo Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.
chamado Endereço no navegador. O software estabelece a
conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
O navegador não precisa de nenhuma configuração
especial para exibir uma página da Web, mas é necessário
ajustar alguns parâmetros para que ele seja capaz de enviar
e receber algumas mensagens de correio eletrônico e aces-
sar grupos de discussão (news).
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na
O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala-
Centro de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la
vras com ou sem acento.
Recherche Nucleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era
um meio para físicos da CERN trocar experiências sobre
Opções de pesquisa
suas pesquisas através da exibição de páginas de texto. Fi-
cou claro, desde o início, o imenso potencial que o WWW
possuía para diversos tipos de aplicações, inclusive não
científicas.
O WWW não dispunha de gráficos em seus primór- Web: pesquisa em todos os sites
dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas.
WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza- Exemplo do resultado se uma pesquisa.
dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Communications, criadora do browser Netscape.
Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o
Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos ou-
tros browsers.

Busca e pesquisa na web

Os sites de busca servem para procurar por um deter-


minado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/

43
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. INTRANET


Exemplo: A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- da empresa.
dos por assunto em categorias. Exemplo: O grande sucesso da Internet, é particularmente da
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
Como escolher palavra-chave informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
cluam a palavra digitada.
sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a
nante explosão na informação disponível na Internet, que
sequência de termos que foram digitadas.
segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
páginas que incluam todas
que tem interessado um número cada vez maior de em-
• as palavras aleatoriamente na página.
presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi-
sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
cam antes do sinal de
• menos são excluídas da pesquisa. advento e disseminação promete operar uma revolução
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um tão profunda para a vida organizacional quanto o apareci-
cálculo em um site de pesquisa. mento das primeiras redes locais de computadores, no final
da década de 80.
Por exemplo: 3+4
O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de
1995 por fornecedores de produtos de rede para se refe-
Irá retornar: rirem ao uso dentro das empresas privadas de tecnologias
projetadas para a comunicação por computador entre em-
O resultado da pesquisa presas. Em outras palavras, uma intranet consiste em uma
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma: rede privativa de computadores que se baseia nos padrões
de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na
tecnologia usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP,
etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as
razões para este sucesso, estão o custo de implantação re-
lativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos
programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é
uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente
para economizar tempo, diminuir as desvantagens da dis-
tância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-
funcionários com conhecimentos das operações e produ-
tos da empresa.

44
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Aplicações da Intranet Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação


Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comu- utilizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O pri-
nicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o meiro é o HTTP, responsável pela comunicação do browser
trabalho, pois estamos virtualmente todos na mesma sala. De com o servidor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de
qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet vai mensagens pelo e-mail, e o FTP usado na transferência de
ser mais efetiva para unir (no sentido operacional) os diversos arquivos. Independentemente das aplicações utilizadas na in-
profissionais de uma empresa. Mas em algumas áreas já se tranet, todas as máquinas nela ligadas devem falar um idioma
vislumbram benefícios, por exemplo: comum: o TCP/IP, protocolo da Internet.
• Marketing e Vendas - Informações sobre produtos,
listas de preços, promoções, planejamento de eventos; Identificação do Servidor e das Estações - Depois de de-
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação finidos os protocolos, o sistema já sabe onde achar as infor-
de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de mações e como requisitá-las. Falta apenas saber o nome de
membros das equipes, situações de projetos; quem pede e de quem solicita. Para isso existem dois progra-
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, siste- mas: o DNS que identifica o servidor e o DHCP (Dinamic Host
mas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais Configuration Protocol) que atribui nome às estações clientes.
de qualidade; Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, aposti- acessam as informações colocadas à sua disposição no ser-
las, políticas da companhia, organograma, oportunidades de vidor. Para isso usam o Web browser, software que permite
trabalho, programas de desenvolvimento pessoal, benefícios. folhear os documentos.
Para acessar as informações disponíveis na Web corpora-
tiva, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Afi- Comparando Intranet com Internet
nal, o esforço de operação desses programas se resume qua- Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Inter-
se somente em clicar nos links que remetem às novas páginas. net, é uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam
No entanto, a simplicidade de uma intranet termina aí. Proje- as mesmas técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de
tar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa complexa e rede e os mesmos produtos servidores. O conteúdo na Inter-
net, por definição, fica disponível em escala mundial e inclui
exige a presença de profissionais especializados. Essa dificul-
tudo, desde uma home-page de alguém com seis anos de
dade aumenta com o tamanho da intranet, sua diversidade
idade até as previsões do tempo. A maior parte dos dados
de funções e a quantidade de informações nela armazenadas.
de uma empresa não se destina ao consumo externo, na ver-
A intranet é baseada em quatro conceitos:
dade, alguns dados, tais como as cifras das vendas, clientes e
• Conectividade - A base de conexão dos computa-
correspondências legais, devem ser protegidos com cuidado.
dores ligados através de uma rede, e que podem transferir
E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma intra-
qualquer tipo de informação digital entre si; net está contida dentro de um pequeno grupo, departamen-
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computado- to ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet
res e sistemas operacionais podem ser conectados de forma global, mas ela ainda conserva a natureza privada de uma In-
transparente; ternet menor.
• Navegação - É possível passar de um documento a A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, por
outro através de referências ou vínculos de hipertexto, que serem uma mistura caótica de informações úteis e irrelevan-
facilitam o acesso não linear aos documentos; tes, o meteórico aumento da popularidade de sites da Web
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de dedicados a índices e mecanismos de busca é uma medida
acesso ou manipulação na intranet só podem ocorrer gra- da necessidade de uma abordagem organizada. Uma intra-
ças à execução de programas aplicativos, que podem estar net aproveita a utilidade da Internet e da Web num ambiente
no servidor, ou nos microcomputadores que acessam a rede controlado e seguro.
(também chamados de clientes, daí surgiu à expressão que
caracteriza a arquitetura da intranet: cliente-servidor). A van- Vantagens e Desvantagens da Intranet
tagem da intranet é que esses programas são ativados atra- Alguns dos benefícios são:
vés da WWW, permitindo grande flexibilidade. Determinadas • Redução de custos de impressão, papel, distribuição de
linguagens, como Java, assumiram grande importância no software, e-mail e processamento de pedidos;
desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam aos • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no
três conceitos anteriores. suporte telefônico;
• Maior facilidade e rapidez no acesso as informações téc-
Como montar uma Intranet nicas e de marketing;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em • Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações re-
usar as estruturas de redes locais existentes na maioria das motas;
empresas, e em instalar um servidor Web. • Incrementando o acesso a informações da concorrência;
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositó- • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
rio das informações contidas na intranet. É lá que os clientes • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parcei-
vão buscar as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qual- ros (revendas);
quer outro tipo de arquivo. • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à
informação;

45
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

• Uma única interface amigável e consistente para apren- de uma combinação de nome do usuário/senha, ou da ve-
der e usar; rificação do endereço IP do solicitante, ou de ambas. Os
• Informação e treinamento imediato (Just in Time); usuários autenticados têm o acesso autorizado ou negado
• As informações disponíveis são visualizadas com clareza; a recursos específicos de uma intranet, com base em uma
• Redução de tempo na pesquisa a informações; ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
• Compartilhamento e reutilização de ferramentas e in-
formação; Criptografia - É a conversão dos dados para um for-
• Redução no tempo de configuração e atualização dos mato que pode ser lido por alguém que tenha uma chave
sistemas; secreta de descriptografia. Um método de criptografia am-
• Simplificação e/ou redução das licenças de software e plamente utilizado para a segurança de transações Web é a
outros; tecnologia de chave pública, que constitui a base do HTTPS
• Redução de custos de documentação; - um protocolo Web seguro;
• Redução de custos de suporte;
• Redução de redundância na criação e manutenção de Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação
páginas; segura entre uma intranet e a Internet através de servi-
• Redução de custos de arquivamento; dores proxy, que são programas que residem no firewall
• Compartilhamento de recursos e habilidade. e permitem (ou não) a transmissão de pacotes com base
no serviço que está sendo solicitado. Um proxy HTTP, por
Alguns dos empecilhos são: exemplo, pode permitir que navegadores Webs internos
• Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de cola- da empresa acessem servidores Web externos, mas não o
boração, não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos contrário.
programas para grupos de trabalho tradicionais. É necessá- Dispositivos para realização de Cópias de Segurança
rio configurar e manter aplicativos separados, como e-mail e Os dispositivos para a realização de cópias de seguran-
servidores Web, em vez de usar um sistema unificado, como ça do(s) servidor(es) constituem uma das peças de especial
faria com um pacote de software para grupo de trabalho; importância. Por exemplo, unidades de disco amovíveis
• Número Limitado de Ferramentas - Há um número com grande capacidade de armazenamento, tapes...
limitado de ferramentas para conectar um servidor Web a Queremos ainda referir que para o funcionamento de
bancos de dados ou outros aplicativos back-end. As intra- uma rede existem outros conceitos como topologias/con-
nets exigem uma rede TCP/IP, ao contrário de outras solu- figurações (rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede
ções de software para grupo de trabalho que funcionam em árvore, rede em malha …), métodos de acesso, tipos
com os protocolos de transmissão de redes local existentes; de cabos, protocolos de comunicação, velocidade de trans-
• Ausência de Replicação Embutida – As intranets não missão …
apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen- EXTRANET
volver aplicativos cliente/servidor. A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
Como a Intranet é ligada à Internet computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de
computadores que faz uso da Internet para partilhar com
segurança parte do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o concei-
to confunde-se com Intranet. Uma Extranet também pode
ser vista como uma parte da empresa que é estendida a
usuários externos (“rede extra-empresa”), tais como repre-
sentantes e clientes. Outro uso comum do termo Extranet
ocorre na designação da “parte privada” de um site, onde
somente “usuários registrados” podem navegar, previa-
mente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um
Portal (internet) estabelecido na web de forma que pessoas
Segurança da Intranet e funcionários de uma empresa consigam ter acesso à in-
Três tecnologias fornecem segurança ao armazena- tranet através de redes externas ao ambiente da empresa.
mento e à troca de dados em uma rede: autenticação, con- Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via
trole de acesso e criptografia. Web por clientes ou outros usuários autorizados. Uma in-
Autenticação - É o processo que consiste em verificar tranet é uma rede restrita à empresa que utiliza as mesmas
se um usuário é realmente quem alega ser. Os documen- tecnologias presentes na Internet, como e-mail, webpages,
tos e dados podem ser protegidos através da solicitação servidor FTP etc.

46
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação en- Multitarefas com guias e janelas
tre os funcionários e parceiros além de acumular uma base Com as guias, você pode ter muitos sites abertos em
de conhecimento que possa ajudar os funcionários a criar uma só janela do navegador, para que seja mais fácil abrir,
novas soluções. fechar e alternar os sites. A barra de guias mostra todas as
Exemplificando uma rede de conexões privadas, basea- guias ou janelas que estão abertas no Internet Explorer. Para
da na Internet, utilizada entre departamentos de uma em- ver a barra de guias, passe o dedo de baixo para cima (ou
presa ou parceiros externos, na cadeia de abastecimento, clique) na tela.
trocando informações sobre compras, vendas, fabricação,
distribuição, contabilidade entre outros.

Internet Explorer1
O Internet Explorer facilita o acesso a sites e ajuda a ver
com o máximo de qualidade todo o conteúdo incrível que
você pode encontrar. Depois de aprender alguns gestos
e truques comuns, você poderá usar seu novo navegador
com todo o conforto e aproveitar ao máximo seus sites
favoritos.

Noções básicas sobre navegação


Mãos à obra. Para abrir o Internet Explorer, toque ou
clique no bloco Internet Explorer na tela Inicial.
Uma barra de endereços, três formas de usar
A barra de endereços é o seu ponto de partida para Abrindo e alternando as guias
navegar pela Internet. Ela combina barra de endereços e Abra uma nova guia tocando ou clicando no botão Nova
guia . Em seguida, insira uma URL ou um termo de pesqui-
caixa de pesquisa para que você possa navegar, pesquisar
sa ou selecione um de seus sites favoritos ou mais visitados.
ou receber sugestões em um só local. Ela permanece fora
Alterne várias guias abertas tocando ou clicando nelas na
do caminho quando não está em uso para dar mais espaço
barra de guias. Você pode ter até 100 guias abertas em uma
para os sites. Para que a barra de endereços apareça, passe
só janela. Feche as guias tocando ou clicando em Fechar
o dedo de baixo para cima na tela ou clique na barra na
no canto de cada guia.
parte inferior da tela se estiver usando um mouse. Há três
maneiras de utilizá-la:

Para navegar. Insira uma URL na barra de endereços


para ir diretamente para um site. Ou toque, ou clique, na
barra de endereços para ver os sites que mais visita (os
sites mais frequentes).
Para pesquisar. Insira um termo na barra de endereços
e toque ou clique em Ir para pesquisar a Internet com o
mecanismo de pesquisa padrão.
Para obter sugestões. Não sabe para onde deseja ir?
Digite uma palavra na barra de endereços para ver suges-
tões de sites, aplicativos e pesquisa enquanto digita. Basta
tocar ou clicar em uma das sugestões acima da barra de
endereços. Usando várias janelas de navegação
Também é possível abrir várias janelas no Internet Explo-
rer 11 e exibir duas delas lado a lado. Para abrir uma nova
janela, pressione e segure o bloco Internet Explorer (ou clique
nele com o botão direito do mouse) na tela Inicial e, em se-
guida, toque ou clique em Abrir nova janela.
Duas janelas podem ser exibidas lado a lado na tela. Abra
uma janela e arraste-a de cima para baixo, para o lado direito
ou esquerdo da tela. Em seguida, arraste a outra janela a par-
tir do lado esquerdo da tela.
Dica
Você pode manter a barra de endereços e as guias en-
caixadas na parte inferior da tela para abrir sites e fazer pes-
quisas rapidamente. Abra o botão Configurações, toque ou
clique em Opções e, em Aparência, altere Sempre mostrar a
1 Fonte: Ajuda do Internet Explorer barra de endereços e as guias para Ativado.

47
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Personalizando sua navegação Toque ou clique em Adicionar a favoritos e, em se-


Depois de ter aprendido as noções básicas sobre o uso guida, toque ou clique em Adicionar.
do navegador, você poderá alterar suas home pages, adi-
cionar sites favoritos e fixar sites à tela Inicial.
Para escolher suas home pages

Para fixar um site na tela Inicial


A fixação de um site cria um bloco na tela Inicial, o
que fornece acesso com touch ao site em questão. Alguns
sites fixados mostrarão notificações quando houver novo
conteúdo disponível. Você pode fixar quantos sites quiser e
organizá-los em grupos na tela Inicial.

As home pages são os sites que se abrem sempre que


você inicia uma nova sessão de navegação no Internet Ex-
plorer. Você pode escolher vários sites, como seus sites de
notícias ou blogs favoritos, a serem carregados na abertura
do navegador. Dessa maneira, os sites que você visita com
mais frequência estarão prontos e esperando por você.
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con-
figurações. Para exibir os comandos de aplicativos, passe o dedo
de baixo para cima (ou clique).
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- Toque ou clique no botão Favoritos , toque ou clique
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para no botão Fixar site  e, em seguida, toque ou clique em
cima e clique em Configurações.) Fixar na Tela Inicial.
Toque ou clique em Opções e, em Home pages, toque
ou clique em Gerenciar. Dica
Insira a URL de um site que gostaria de definir como Você pode alternar rapidamente os favoritos e as guias
home page ou toque ou clique em Adicionar site atual se es- tocando ou clicando no botão Favoritos ou no botão
tiver em um site que gostaria de transformar em home page. Guias nos comandos de aplicativos.

Para salvar seus sites favoritos Lendo, salvando e compartilhando conteúdo da In-
Salvar um site como favorito é uma forma simples de ternet
memorizar os sites de que você gosta e que deseja visitar Ao examinar seu conteúdo online favorito, procure
sempre. (Se você tiver feito a atualização para o Windo- pelo ícone Modo de exibição de leitura na barra de en-
ws 8.1 a partir do Windows 8 e entrado usando sua conta dereços. O Modo de exibição de leitura retira quaisquer
da Microsoft, todos os favoritos já existentes terão sido im- itens desnecessários, como anúncios, para que as matérias
portados automaticamente.) sejam destacadas. Toque ou clique no ícone para abrir a
Vá até um site que deseja adicionar. página no modo de exibição de leitura. Quando quiser re-
Passe o dedo de baixo para cima (ou clique) para exibir tornar à navegação, basta tocar ou clicar no ícone nova-
os comandos de aplicativos. Em seguida, toque ou clique mente.
no botão Favoritos  para mostrar a barra de favoritos.

48
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei-


tura desativado

Para salvar páginas na Lista de Leitura


Quando você tiver um artigo ou outro conteúdo que
deseje ler mais tarde, basta compartilhá-lo com sua Lista
de Leitura em vez de enviá-lo por email para você mesmo
ou de deixar mais guias de navegação abertas. A Lista de
Leitura é a sua biblioteca pessoal de conteúdo. Você pode
Um artigo da Internet com o modo de exibição de lei- adicionar artigos, vídeos ou outros tipos de conteúdo a ela
tura ativado diretamente do Internet  Explorer, sem sair da página em
que você está.
Para personalizar as configurações do modo de exibi- Passe o dedo desde a borda direita da tela e toque em
ção de leitura Compartilhar.
(Se usar um mouse, aponte para o canto superior direi-
Passe o dedo da borda direita da tela e toque em Con- to da tela, mova o ponteiro do mouse para baixo e clique
figurações. em Compartilhar.)
Toque ou clique em Lista de Leitura e, em seguida, em
(Se você estiver usando um mouse, aponte para o can- Adicionar. O link para o conteúdo será armazenado na Lista
to inferior direito da tela, mova o ponteiro do mouse para de Leitura.
cima e clique em Configurações.)
Toque ou clique em Opções e, em Modo de exibição de Ajudando a proteger sua privacidade
leitura, escolha um estilo de fonte e um tamanho de texto. Interagir em redes sociais, fazer compras, estudar,
Estas são algumas opções de estilo que você pode se- compartilhar e trabalhar: você provavelmente faz tudo isso
lecionar. diariamente na Internet, o que pode disponibilizar suas in-
formações pessoais para outras pessoas. O Internet Explo-
rer ajuda você a se proteger melhor com uma segurança
reforçada e mais controle sobre sua privacidade. Estas são
algumas das maneiras pela quais você pode proteger me-
lhor a sua privacidade durante a navegação:
Use a Navegação InPrivate. Os navegadores armaze-
nam informações como o seu histórico de pesquisa para
ajudar a melhorar sua experiência. Quando você usa uma
guia InPrivate, pode navegar normalmente, mas os dados
como senhas, o histórico de pesquisa e o histórico de pá-
ginas da Internet são excluídos quando o navegador é fe-
chado. Para abrir uma nova guia InPrivate, passe o dedo
de baixo para cima na tela (ou clique nela) para mostrar
os comandos de aplicativos, ou toque ou clique no botão
Ferramentas de guia e em Nova guia InPrivate.

49
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Use a Proteção contra Rastreamento e o recurso Do · Pesquisa inteligente;


Not Track para ajudar a proteger sua privacidade. O ras- · O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na
treamento refere-se à maneira como os sites, os provedo- barra de ferramentas e abre direto a página com os resul-
res de conteúdo terceiros, os anunciantes, etc. aprendem tados, poupando o tempo de acesso à página de pesquisa
a forma como você interage com eles. Isso pode incluir o antes de ter que digitar as palavras chaves. O novo localiza-
rastreamento das páginas que você visita, os links em que dor de palavras na página busca pelo texto na medida em
você clica e os produtos que você adquire ou analisa. No que você as digita, agilizando a busca;
Internet Explorer, você pode usar a Proteção contra Ras- · Favoritos RSS;
treamento e o recurso Do Not Track para ajudar a limitar · A integração do RSS nos favoritos permite que você
as informações que podem ser coletadas por terceiros so- fique sabendo das atualizações e últimas notícias dos seus
bre a sua navegação e para expressar suas preferências de sites preferidos cadastrados. Essa função é disponibilizada
privacidade para os sites que visita. a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
FIREFOX2
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na
Firefox é um navegador web de código aberto e mul-
área de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrup-
tiplataforma com versões para Windows, OS X (Mac), Linux
ções significam downloads mais rápidos. Claro, essa função
e Android, em variantes de 32 e 64 bits, dependendo da
plataforma. O Firefox possui suporte para extensões, nave- pode ser personalizada sem problemas;
gação por abas, alerta contra sites maliciosos, suporte para · Você decide como deve ser seu navegador;
sincronização de informações, gerenciador de senhas, blo- · O Firefox é o navegador mais personalizável que exis-
queador de janelas pop-up, pesquisa integrada, corretor te. Coloque novos botões nas barras de ferramentas, insta-
ortográfico, gerenciador de download, leitor de feeds RSS le extensões que adiciona novas funções, adicione temas
e outros recursos. que modificam o visual do Firefox e coloque mais mecanis-
Além de ser multiplataforma, o Firefox também supor- mos nos campos de pesquisa.
ta diferentes linguagens, incluindo o português do Brasil
(Pt Br). O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado
Surgido de um projeto criado por Dave Hyatt e Blake para a sua necessidade:
Ross em 2002, somente dois anos depois a plataforma de · Fácil utilização;
navegação pela internet se desmembrou de outras ferra- · Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox
mentas e se tornou um browser independente. No começo, tem todas as funções que você está acostumado - favo-
o Firefox se popularizou apenas entre o nicho de adeptos ritos, histórico, tela inteira, zoom de texto para tornar as
do “software livre”, e mesmo assim já alcançou dezenas de páginas mais fáceis de ler, e diversas outras funcionalidades
milhões de downloads. intuitivas;
Não demorou muito para que o navegador começasse · Compacto;
a receber melhorias relevantes e o seu potencial fosse ob- · A maioria das distribuições está em torno dos 5MB.
servado por outros perfis de internautas. E foi basicamente Você leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para
assim que o produto da Fundação Mozilla ganhou seu es- o seu computador em uma conexão discada e segunda em
paço e quase desbancou a hegemonia do Internet Explorer. uma conexão banda larga. A configuração é simples e in-
Seu sistema de abas permite que o usuário navegue tuitiva. Logo você estará navegando com essa ferramenta.
em diversos sites sem a necessidade de abrir várias instân-
cias do programa. A função de navegação privativa é muito Principais novidades
útil, pois com ela, o Mozilla Firefox não memoriza histórico,
Tudo começa pelo novo e intuitivo menu
dados fornecidos a páginas e ao campo de pesquisa, lista
- As opções que você mais acessa, todas no mesmo
de downloads, cookies e arquivos temporários. Serão pre-
lugar
servados apenas arquivos salvos por downloads e novos
- Pensado para facilitar o acesso
favoritos. Além dessas opções, o navegador continua com
as funções básicas de qualquer outro aplicativo semelhan- - Converse por vídeo com qualquer pessoa diretamen-
te: gerenciador de favoritos, suporte a complementos e te do Firefox
sincronização de dados na nuvem.

Principais características
· Navegação em abas;
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrin-
do os links em segundo plano
Eles já estarão carregados quando você for ler;
· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de
popups;
2 Fonte: Ajuda do Firefox

50
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Conheça o Firefox Hello Como funcionam as sugestões de sites?


- Converse por vídeo com qualquer pessoa, em qual- O Firefox exibe links de sites como miniaturas ou lo-
quer lugar gotipos na página Nova Aba. Quando usar o Firefox pela
- É grátis! Não é preciso ter conta ou baixar comple- primeira vez, verá links para sites da Mozilla. Esses sites
mentos. serão eventualmente substituídos por sites visitados com
- Escolha como você quer pesquisar mais frequência.

Uma nova maneira de pesquisar, ainda mais inteligente


- Sugestões de pesquisa aparecerão conforme você
digita Ocultar ou exibir Sugestões na Nova Aba
- Escolha o site certo para cada pesquisa
- Use a estrela para adicionar Favoritos Você pode determinar sua página Nova Aba para exibir
seus sites mais visitados ou até mesmo nada. Para acessar
estes controles clique no ícone da engrenagem no canto
superior direito da nova aba.

Exibir seus sites principais


Clique no ícone de engrenagem na página Nova Aba e
marque Exibir os sites mais visitados.

Mostrar uma Nova Aba em branco


Para remover todos os sites da página Nova Aba, sele-
cione Exibir página em branco.

Seus sites favoritos estão mais perto do que nunca


- Adicione e visualize seus Favoritos rapidamente
- Salve qualquer site com apenas um clique

51
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique no “X” no canto superior direito do site para ex-


cluí-lo da página.
Nota: Se acidentalmente remover um site, pode recu-
perá-lo clicando em Desfazer no topo da página. Se muitos
sites foram removidos clique em Restaurar tudo.

Reorganizar

Clique e arraste uma Sugestão para dentro da posição


que desejar. Ela será “fixada” nesse novo local.
Adicionar um dos seus favoritos
Desativar os controles da Nova Aba Você também pode abrir a biblioteca de favoritos e ar-
Para ocultar tudo na sua página Nova Aba, incluindo os rastá-los para a página Nova Aba.
controles da Nova Aba (ou para escolher a página que abre Antes de iniciar, configure o Firefox para lembrar o his-
em uma nova aba) você pode instalar o complemento New tórico.
Tab Override (browser.newtab.url replacement). Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Personalizar a página Nova aba Arraste um favorito para dentro da posição que você
O comportamento padrão do Firefox é exibir os sites quiser.
em destaque em uma nova aba. Aprenda como personali-
zar, fixar, remover e reorganizar esses sites.

Fixar

Clique no ícone no canto superior esquerdo da suges- Como faço para configurar o Sync no meu compu-
tão para fixá-la naquela posição na página. tador?
Dica: Configure o Firefox Sync para sincronizar suas Su- O Sync permite compartilhar seus dados e preferên-
gestões fixadas entre os seus outros computadores. cias (como favoritos, histórico, senhas, abas abertas, Lista
de Leitura e complementos instalados) com todos os seus
Remover dispositivos. Aprenda como configurar o Firefox Sync.
Importante:  O  Sync  requer a versão mais recente do
Firefox. Certifique-se de que você atualizou o Firefox em
quaisquer computadores ou dispositivos Android.
Configurar o Sync requer duas partes: A criação de
uma conta no seu dispositivo principal e entrar nesta conta
usando outros dispositivos. Aqui estão os passos em de-
talhes:

52
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Crie uma conta do Sync Crie favoritos para salvar suas páginas favoritas
Clique no botão de menu   e depois em Entrar no Os favoritos são atalhos para as páginas da web que
Sync. A página de acesso será aberta em uma nova aba. você mais gosta.
Como eu crio um favorito?
Fácil — é só clicar na estrela!
Para criar um favorito, clique no ícone da estrela na
Barra de ferramentas. A estrela ficará azul e seu favorito
será adicionado na pasta “Não organizados”. Pronto!

Nota:  Se não visualizar uma seção do Sync no menu,


você ainda está usando uma versão antiga do Sync. 
Clique no botão Começar.
Preencha o formulário para criar uma conta e clique
em Sign Up. Anote o endereço de e-mail e a senha usada,
você precisará disso mais tarde para entrar. Dica: Quer adicionar todas as abas de uma só vez?
Verifique nas suas mensagens se recebeu o link de Clique com o botão direito do mouse em qualquer aba e
verificação e clique nele para confirmar seu endereço de selecione Adicionar todas as abas.... Dê um nome a pasta
e-mail. Você já está pronto para começar a usar! e escolha onde quer guardá-la. Clique adicionar favoritos
para finalizar.
Conecte dispositivos adicionais ao Sync
Tudo que precisa fazer é entrar e deixar o Sync fazer o Como eu mudo o nome ou onde fica guardado um
resto. Para entrar você precisa do endereço de e-mail e a favorito?
senha que usou no começo da configuração do sync. Para editar os detalhes do seu favorito, clique nova-
Clique no botão de menu   , e, em seguida, clique mente na estrela e a caixa Propriedades do favorito apa-
em Entrar no Sync. recerá.
Clique no botão Começar para abrir a página Crie uma
conta Firefox.
Clique no link Already have an account? Sign in na par-
te inferior da página.

Na janela Propriedades do favorito você pode modifi-


Insira o e-mail e a senha que você usou para criar sua car qualquer um dos seguintes detalhes:
nova conta do Sync. Nome: O nome que o Firefox exibe para os favoritos
Depois que você tiver entrado, o Firefox Sync começará em menus.
a sincronização de suas informações através dos seus dis- Pasta: Escolha em que pasta guardar seu favorito sele-
positivos conectados. cionando uma do menu deslizante (por exemplo, o Menu
Favoritos ou a Barra dos favoritos). Nesse menu, você tam-
Remover um dispositivo do Sync bém pode clicar em Selecionar... para exibir uma lista de
Clique no botão   para expandir o Menu. todas as pastas de favoritos.
Clique no nome da sua conta no Sync (geralmente seu Tags: Você pode usar tags para ajudá-lo a pesquisar e
endereço de e-mail) para abrir as preferências do Sync. organizar seus favoritos. Quando você terminar suas modi-
Clique em Desconectar. Seu dispositivo não será mais ficações, clique em Concluir para fechar a caixa.
sincronizado.

53
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Onde posso encontrar meus favoritos?


A forma mais fácil de encontrar um site para o qual
você criou um favorito é digitar seu nome na Barra de En-
dereços. Enquanto você digita, uma lista de sites que já
você visitou, adicionou aos favoritos ou colocou tags apa-
recerá. Sites com favoritos terão uma estrela amarela ao
seu lado. Apenas clique em um deles e você será levado até
lá instantaneamente.

Como eu ativo a Barra de favoritos?


Se você gostaria de usar a Barra de Favoritos, faça o
seginte:
Clique no botão e escolhe Personalizar.
Clique na lista Exibir/ocultar barras e no final selecione
Como eu organizo os meus favoritos? Barra dos favoritos.
Na Biblioteca, você pode ver e organizar todos os seus Clique no botão verde Sair da personalização.
favoritos.
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Removendo apenas uma página dos Favoritos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Acesse a página que deseja remover nos Favoritos.
Clique no ícone da estrela à direita da sua barra de
pesquisa.
Na janela Editar este favorito, clique Remover Favorito.

Removendo mais de uma página ou pasta dos Favoritos


Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo da janela do gerenciador, clique na
pasta que deseja visualizar. Seu conteúdo será mostrado
no painel direito.
No painel direito, selecione os itens que deseja remover.
Por padrão, os favoritos que você cria estarão localiza-
Com os itens a serem removidos selecionado, clique no
dos na pasta “Não organizados”. Selecione-a na barra late-
botão Organizar e selecione Excluir.
ral da janela “Biblioteca” para exibir os favoritos que você
adicionou. Dê um clique duplo em um favorito para abri-lo.
Enquanto a janela da Biblioteca está aberta, você tam-
bém pode arrastar favoritos para outras pastas como a
“Menu Favoritos”, que exibe seus favoritos no menu aberto
pelo botão Favoritos. Se você adicionar favoritos à pasta
“Barra de favoritos”, eles aparecerão nela (embaixo da Barra
de navegação).

54
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Criando novas pastas Reorganizando manualmente

Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique com o botão direito do mouse na pasta que irá Clique na pasta que contém o favorito que você deseja
conter a nova pasta, então selecione Nova pasta.... mover para expandi-la.
Clique no favorito que você quer mover e arraste-o
para a posição desejada.

Na janela de nova pasta, digite o nome e (opcional-


mente) uma descrição para a pasta que você deseja criar.
Para mover um favorito para uma pasta diferente, ar-
Adicionando favoritos em pastas raste-o para cima da pasta.
As alterações efetuadas na janela Biblioteca serão re-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
fletidas na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
Clique na pasta que contém atualmente o favorito que
Ordenar visualizações na janela Biblioteca
você deseja mover.
Arraste o favorito sobre a pasta e solte o botão para Para ver os seus favoritos em várias ordens de classifi-
mover o favorito para a pasta. cação, use a janela Biblioteca:
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos
Ordenando por nome os favoritos para abrir a janela da Biblioteca.
No painel esquerdo, clique na pasta que deseja visuali-
Clique no botão favoritos e depois em Exibir todos zar. O conteúdo será exibido no painel da direita.
os favoritos para abrir a janela da Biblioteca. Clique no botão Exibir, selecione Ordenar e depois
Clique com o botão direito do mouse na pasta que de- escolha uma ordem de classificação.
seja ordenar e selecione Ordenar pelo nome. Os Favoritos A ordem de classificação na janela Biblioteca é apenas
serão colocados em ordem alfabética. para visualização, e não vai ser refletido na barra lateral, no
menu ou no botão de favoritos.
Definindo a Página Inicial
Veja como abrir automaticamente qualquer página
web na inicialização do Firefox ou clicando no botão Pági-
na inicial .
Abra a página web que deseja definir como sua página
inicial.
Clique e arraste a aba para cima do botão Página Inicial
.

As alterações efetuadas na janela Biblioteca será refletido


na barra lateral, no menu e no botão de favoritos.

55
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Clique em Sim para definir esta página como sua pá-


gina inicial.

Dica: Mais opções de configuração da página inicial es-


tão disponíveis na janela Opções .

Clique no botão menu e depois em Opções, na ja-


nela que foi aberta vá para o painel Geral. Como as sugestões de pesquisa funcionam
A partir do menu drop-down, selecione Abrir página Se você ver uma sugestão de pesquisa que correspon-
em branco na inicialização ou Restaurar janelas e abas an- de ao que você está procurando, clique nela para ver re-
teriores. sultados para aquele termo de pesquisa. Isso pode poupar
Clicando em Usar as páginas abertas, as páginas que tempo e ajudar você a encontrar o que está procurando
estiverem abertas serão configuradas como páginas ini- com menos digitação.
ciais, abrindo cada página em uma aba separada. Ativar as sugestões de pesquisa enviará as palavras-chave
que você digita num campo de busca para o mecanismo de
Para restaurar as configurações da página inicial, siga pesquisa padrão - a menos que pareça que você está digitan-
os seguintes passos: do uma URL ou hostname. Os campos de pesquisa incluem:
- a barra de pesquisa
Clique no botão , depois em Opções
- páginas iniciais (como mostrado na imagem acima)
Selecione o painel Geral.
- a barra de endereço (onde as Sugestões de Pesquisa
Clique no botão Restaurar o padrão localizado logo
podem ser desativadas separadamente)
abaixo do campo Página Inicial.
O mecanismo de pesquisa padrão pode coletar essas
informações de acordo com os termos da política de pri-
vacidade deles, e os usuários preocupados sobre essas in-
formações sendo coletadas podem desejar não ativar as
sugestões de pesquisa. As sugestões de pesquisa estão de-
sativadas por padrão no modo de Navegação Privada. Você
deve ativá-las explicitamente em uma janela de navegação
privativa para ativá-las nesse modo.

Ativando ou desativando as sugestões de pesquisa


As sugestões de pesquisa podem ser ativadas ou de-
sativadas a qualquer momento marcando ou desmarcando
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações a caixa Fornecer sugestões de pesquisa na seção Pesquisar
feitas serão salvas automaticamente. das opções do Firefox:

Sugestões de pesquisa no Firefox


Muitos mecanismos de pesquisa (incluindo Yahoo,
Google, Bing e outros) fornecem sugestões de pesquisa,
as quais são baseadas em pesquisas populares que outras
pessoas fazem e que estão relacionadas com uma palavra
ou palavras que você inserir. Quando as Sugestões de Pes-
quisa estão ativadas, o texto que você digita em um campo
de pesquisa é enviado para o mecanismo de busca, o qual
analisa as palavras e exibe uma lista de pesquisas relacio-
nadas.

Para ver sugestões de pesquisa na barra de endereços,


marque a opção Mostrar sugestões de pesquisa na barra
de localização.

56
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Usando a Barra de Pesquisa Gerenciador de Downloads


Basta digitar na barra de Pesquisa na sua barra de fer-
ramentas ou na página de Nova Aba. A Biblioteca e o painel de downloads controlam os ar-
quivos baixado pelo Firefox. Aprenda a gerenciar seus ar-
quivos e configurar as definições de download.
Como faço para acessar meus downloads?
Você pode acessar seus downloads facilmente clicando
no icone download (a seta para baixo na barra de ferra-
mentas). A seta vai aparecer azul para que você saiba
que existem arquivos baixados.
Durante um download, o icone de download muda para
um timer que mostra o progresso do seu download. O timer
volta a ser uma seta quando o download for concluído.

Enquanto você digita na busca da barra de ferramen-


tas, o seu mecanismo de pesquisa padrão mostra suges-
tões para ajudá-lo a procurar mais rápido. Essas sugestões
são baseadas em pesquisas populares ou em suas pesqui-
sas anteriores (se estiver ativado). Clique no icone download para abrir o painel de down-
loads. O painel Downloads exibe os últimos três arquivos
baixados, juntamente com o tempo, tamanho e fonte do
download:

Pressione Enter para pesquisar usando o seu mecanis-


mo de pesquisa padrão, ou selecione outro mecanismo de Para ver todos os seus downloads, acesse a Biblioteca
pesquisa clicando no logotipo. clicando em Exibir todos os downloads na parte inferior do
Mecanismos de pesquisa disponíveis painel de Downloads.
O Firefox vem com os seguintes mecanismos de pes-
quisa por padrão:
- Google para pesquisar na web através do Google
Nota: O padrão de busca do Google é criptografado
para evitar espionagem.
- Yahoo para pesquisar na web através do Yahoo
- Bing para pesquisar na web através do Microsoft Bing
- BuscaPé para procurar comparações de preços, pro-
dutos e serviços no site BuscaPé.
- DuckDuckGo como mecanismo de pesquisa para
para usuários que não querem ser rastreados.
- Mercado Livre para procurar por itens à venda ou em
leilão no Mercado Livre
- Twitter para procurar pessoas no Twitter
- Wikipédia (pt) para pesquisar na enciclopédia online
gratuita Wikipédia Portuguesa.

57
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A Biblioteca mostra essas informações para todos os Como deixar o Firefox em tela inteira
seus arquivos baixados, a menos que você tenha removido Tela inteira é um recurso do Firefox que permite que ele
eles do seu histórico. ocupe a tela toda, ótimo para aquelas telinhas apertadas
de netbooks, aproveitando o máximo da sua HDTV ou só
porque quer!
Ative o modo Tela inteira
Maior é melhor! Preencha sua tela com o Firefox.
Clique no botão menu no lado direito da barra de
ferramentas e selecione Tela inteira.

Como posso gerenciar meus arquivos baixados?


No painel Downloads e na sua Biblioteca, existe um
botão icone a direita de cada arquivo que muda de acordo
com o progresso atual do download.

Pausar: Você pode pausar qualquer download em


progresso clicando com o botão direito no arquivo e se-
lecionando Pausar. Isto pode ser útil, por exemplo, se você
precisa abrir um pequeno download que começou depois Desative o modo Tela inteira
de um download grande. A Pausa de downloads lhe dá a Traga o meu computador de volta! Encolha o Firefox
opção de decidir qual dos seus downloads são mais impor- para seu tamanho normal.
tantes.Quando você quiser continuar o download desses Mova o mouse para o topo da tela para fazer a barra de
arquivos, clique com o botão direito no arquivo e selecione ferramentas reaparecer
Continue. Clique no botão menu no lado direito da barra de
Cancelar : Se depois de iniciar o download você de- ferramentas e selecione Tela inteira.
cidir que não precisa mais do arquivo, cancelar o download Atalhos de teclado
é simples: apenas clique no botão X ao lado do arquivo.
Para aqueles de boa memória. Use a tela inteira através
Este botão se transformará em um símbolo de atualização,
do teclado.
clique novamente para reiniciar o download.
Abrir o arquivo: Quando o download acabar, você pode
Atalho para alternar o modo Tela inteira: Pressione a
dar um clique no arquivo para abrir-lo.
Abrir pasta : Uma vez que o arquivo tenha concluído tecla F11.
o download, o ícone à direita da entrada do arquivo torna- Nota: Em computadores com teclado compacto (como
se uma pasta. Clique no ícone da pasta para abrir a pasta netbooks e laptops), pode ser necessário usar a combina-
que contém esse arquivo. ção de teclas fn + F11.
Remover arquivo da lista: Se você não quiser manter o
registro de um determinado download, simplesmente cli- Histórico
que com o botão direito no arquivo, então selecione Excluir Toda vez que você navega na internet o Firefox guarda
da lista. Isto irá remover a arquivo da lista, mas não vai apa- várias informações suas, como por exemplo: sites que você
gar o arquivo em si. visitou, arquivos que você baixou, logins ativos, dados de
Repetir um download : Se por qualquer razão um formulários, entre outros. Toda essa informação é chamada
download não completar, clique no botão a direita do ar- de histórico. No entanto, se estiver usando um computador
quivo - um simbolo de atualizar - para reiniciar. público ou compartilha um computador com alguém, você
Limpar downloads: Clique no botão Limpar Downloads pode não querer que outras pessoas vejam esses dados.
no topo da janela da Biblioteca para limpar todo o histórico
de itens baixados.

58
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Que coisas estão incluídas no meu histórico? Como limpo meu histórico?
Clique no botão de menu , selecione Histórico e, em
seguida, Limpar dados de navegação….
Selecione o quanto do histórico você deseja limpar:
Clique no menu suspenso ao lado de Intervalo de tem-
po a limpar para escolher quanto de seu histórico o Firefox
limpará.

Em seguida, clique na seta ao lado de Detalhes para


selecionar exatamente quais informações você quer que
Histórico de navegação e downloads: Histórico de na- sejam limpas.
vegação é a lista de sites que você visitou que são exibidos
no menu Histórico, a lista do Histórico na janela Biblioteca
e a lista de endereços da função de completar automati-
camente da Barra de endereços. Histórico dos downloads
é a lista de arquivos que foram baixados por você e são
exibidos na janela Downloads.
Dados memorizados de formulários e Barra de Pesqui-
sa: O histórico de dados memorizados de formulários inclui
os itens que você preencheu em formulários de páginas
web para a funcionalidade de Preenchimento Automático
de Formulários. O histórico da Barra de Pesquisa inclui os
itens que você pesquisou na Barra de Pesquisa do Firefox.
Cookies: Cookies armazenam informações sobre os
websites que você visita, tais como o estado da sua auten-
ticação e preferências do site. Também incluem informa-
ções e preferências do site armazenadas por plugins como
o Adobe Flash. Cookies podem também ser usados por
terceiros para rastreá-lo entre páginas. Finalmente, clique no botão Limpar agora. A janela
Nota: Para poder limpar cookies criados pelo Flash será fechada e os itens selecionados serão limpos.
você precisa estar usando a versão mais recente do plugin. Como faço para o Firefox limpar meu histórico auto-
Cache: O cache armazena arquivos temporariamente, maticamente?
tais como páginas web e outras mídias online, que o Firefox Se você precisa limpar seu histórico sempre que usar o
baixou da Internet para tornar o carregamento das páginas Firefox, você pode configurá-lo para que isso seja feito au-
e sites que você já visitou mais rápido. tomaticamente assim que você sair, assim você não esquece.
Logins ativos: Caso você tenha se logado em um web- Clique no botão , depois em Opções
site que usa autenticação HTTP desde a vez mais recente Selecione o painel Privacidade.
que você abriu o Firefox, este site é considerado “ativo”. Ao Defina O Firefox irá: para Usar minhas configurações.
limpar estes registros você sai destes sites.
Dados offline de sites: Se você permitir, um website
pode guardar informações em seu computador para que
você possa continuar a utilizá-lo mesmo sem estar conec-
tado à Internet.
Preferências de sites: Preferências de sites, incluindo
o nível de zoom salvo para cada página específica, codi-
ficação de caracteres e as permissões de páginas (como
excessões para bloqueadores de anúncios) estão descritas
em janela de Propriedades da Página.

59
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Marque a opção Limpar histórico quando o Firefox fechar.

Para especificar que tipos de histórico devem ser lim-


pos, clique no botão Configurar..., ao lado de Limpar histó-
rico quando o Firefox fechar.
Na janela Configurações para a limpeza do histórico,
marque os itens que você quer que sejam limpos automa-
ticamente sempre que você sair do Firefox.
Finalmente, feche a janela Biblioteca.

O leitor de PDF
O visualizador de PDF integrado de maneira nativa ao
navegador. Isto significa que agora não é mais necessário
ter que instalar um plugin externo no Mozilla Firefox para
fazê-lo visualizar um documento neste formato. Este visua-
lizador, inclusive, funciona da mesma forma como ocorre
no Google Chrome, que também suporta a visualização de
arquivos PDF nativamente.
Agora, sempre que você clicar em um documento PDF
no navegador, ele será aberto diretamente na tela. Os con-
troles são exibidos na parte superior, com os quais você
pode salvar ou imprimir o documento, bem como usar re-
cursos como zoom, ou ir diretamente para uma página es-
pecífica. Também é possível alternar para o modo de apre-
sentação e exibir o PDF em tela cheia.
Após selecionar os itens a serem limpos, clique em OK Durante os testes realizados, conseguimos abrir vários
para fechar a janela Configurações para a limpeza do histórico. PDFs em diversas abas sem nenhum problema, já que não
Feche a janela about:preferences. Quaisquer alterações houve travamentos. O segredo por trás do leitor é que ele
feitas serão salvas automaticamente. converte os PDFs para o HTML 5.
Como faço para remover um único site do meu histórico?
Clique no botão , depois em Histórico, em seguida, Imprimindo uma página web
clique no link no final da lista Exibir todo o histórico, para
abrir a janela da Biblioteca. Clique no menu e depois em Imprimir.
Use o campo Localizar no histórico no canto superior
direito e pressione a tecla Enter para procurar pelo site que
você deseja remover do histórico.
Nos resultados da busca, clique com o botão direito no
site que você deseja remover, e selecione Limpar tudo so-
bre este site. Ou simplesmente selecione o site que deseja
excluir e pressione a tecla ‘Delete’.
Todos os dados de histórico (histórico de navegação e
downloads, cookies, cache, logins ativos, senhas, dados de
formulários, exceções para cookies, imagens, pop-ups) do
site serão removidos.

60
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Na janela de impressão que foi aberta, ajuste as con-


figurações do que você está prestes a imprimir, se for ne-
cessário.
Clique em OK para iniciar a impressão.
Janela de configurações de impressão

Como apresentado na tela irá imprimir da mesma for-


ma que você vê a página web no Firefox.
O campo selecionado irá imprimir somente o conteúdo
dentro da última borda que você clicou.
Cada campo separadamente irá imprimir o conteúdo
de todas as bordas, mas em páginas separadas.
Mudando a configuração da página
Para alterar a orientação da página, alterar se as cores
e imagens de fundo são impressas, as margens da página,
o que incluir no cabeçalho e rodapé das páginas impressas,
na parte superior da janela do Firefox, clique no botão Fi-
refox, veja mais em Imprimir... (menu Arquivo no Windows
Seção Impressoras: XP) e selecione Configurar página.... A janela de configura-
ção de página irá aparecer.
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre-
Clique no menu drop-down ao lado de Name para mu-
ferências do Firefox em uma base por impressora.
dar qual a impressora imprimirá a página que você está
vendo. Formato e Opções
Nota: A impressora padrão é a do Windows. Quando
uma página da web é impressa com a impressora selecio-
nada, ela se torna a impressora padrão do Firefox.
Cique em Propiedades... para mudar o tamanho do pa-
pel, qualidade de impressão e outras configurações espe-
cíficas da impressora.
Seção Intervalo de impressão - Especifique quais pági-
nas da página web atual será impressa:
Selecione Tudo para imprimir tudo.
Selecione Páginas e coloque o intervalo de páginas
que você quer imprimir. Por exemplo, selecionando “de 1 a
1” imprimirá somente a primeira página.
Selecione Seleção para imprimir somente a parte da
página que você selecionou.
Seção Cópias - Especifique quantas cópias você quer
imprimir.
Se colocar mais do que 1 no campo Número de cópias,
você também pode escolher se quer agrupá-las. Por exem-
plo, se você escolheu fazer 2 cópias e selecionou Juntar,
elas serão impressas na ordem 1, 2, 3, 1, 2, 3. Caso contrá- Na aba Formato e Opções você pode alterar:
rio, elas serão impressas na ordem 1, 1, 2, 2, 3, 3. Formato:
Nota: As seguintes configurações são salvas como pre- Selecione Retrato para a maioria dos documentos e
ferências do Firefox em uma base por impressora. páginas web.
SeçãoImprimir bordas - Se você está vendo uma pá- Selecione Paisagem para páginas e imagens largas.
gina web com bordas, poderá selecionar como as bordas Escala: Para tentar uma página web em menos folhas
serão impressas: impressas, você pode ajustar a escala. Reduzir para caber
ajusta automaticamente a escala.

61
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Opções: Selecione Imprimir cores e imagens de fundo


para que o Firefox imprima as páginas com cor e imagens
de fundo como elas são mostradas na tela, caso contrário,
Firefox imprimirá com o fundo branco. Clique em Fechar para sair da visualização da impressão.
Margens e Cabeçalho/ Rodapé Firefox Hello - conversas por vídeo e voz online
O Firefox Hello lhe deixa navergar e discutir páginas
web com seus amigos diretamente no navegador. Tudo
que você precisa é uma webcam (opcional), um microfone,
e a versão mais recente do Firefox para ligar para os amigos
que estão em navegadores suportados pelo WebRTC como
Firefox, Chrome, ou Opera.
Nota: O Firefox Hello não está disponível na Navegação
Privada.
Iniciar uma conversa
Clique no botão Hello .
Clique em Navegar nessa página com um amigo.

Na aba Margens e Cabeçalhos/Rodapé você pode alterar:


Margens: Você pode colocar a largura da margem se-
paradamente para cima, baixo, esquerda e direita.
Cabeçalho e Rodapé: Use os menus dropdown para
selecionar o que irá aparecer na página impressa. O valor
do dropdown superior esquerdo aparece no canto superior
esquerdo da página; o valor do dropdown superior central
aparece na parte superior central da página, e assim por
diante. Você pode escolher entre: Use as seguintes opções para convidar seus amigos:
--em branco--: Nada será impresso.
Título: Imprime o título das páginas web.
Endereço: Imprime o endereço das páginas web.
Data/Hora: Imprime a data e hora em que a página foi
impressa.
Página #: Imprime o número da página.
Página # de #: Imprime o número da página e o total
de páginas.
Personalizar...: Coloque seu próprio texto de cabeçalho
ou rodapé. Isso pode ser usado pra mostrar o nome da
empresa ou organização no alto ou na parte de baixo de
toda página impressa.
Clique em OK para concluir as alterações e fechar a ja-
nela de configuração de páginas.

Visualizar impressão
Para ver como a página web que você quer imprimir Copie e cole o link para a sua ferramenta de mensa-
ficará quando impressa, na parte superior da janela do Fire- gens preferida clicando em Copiar Link.
fox, clique no botão Firefox, veja mais em Imprimir...(menu Envie o link por e-mail para o seu amigo clicando no
Arquivo no Windows XP), e selecione Visualizar impressão. botão Enviar link por E-mail. Isso abrirá sua aplicação de
A janela de pré-visualização permite mudar algumas e-mail padrão.
das opções descritas acima. Acesse a janela de impressão
clicando em Imprimir..., ou a janela de configuração de pági- Compartilhar no Facebook.
na clicando em Configurar página.... Clique nas setas ao lado Quando seu amigo se juntar à conversa, você verá um
do campo Página: para trocar as páginas do documento. As alerta.
setas duplas mudam para a primeira ou última página, as Para encerrar a chamada, clique em .
setas únicas vão para a próxima página ou a anterior. Você Se juntar a uma conversa
também pode ajustar a escala e o formato (veja acima).

62
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Recebeu um convite? Se juntar a uma conversa é fácil! Abrir um link em nova janela privativa
Apenas clique no link do seu convite e clique no botão na Clique com o botão direito do mouse e escolha Abrir
página para entrar na conversa. link em uma nova janela privativa no menu contextual.

Controlar suas notificações


Você pode desligar as notificações no Firefox se você
preferir não ser notificado quando um amigo se juntar:

Clique no botão do Hello .


Clique na engrenagem na parte de baixo do painel e
escolha Desligar notificações.
Dica: Janelas de navegação privativas tem uma másca-
Navegação Privativa
ra roxa no topo.
Quando navega na web, o Firefox lembra de varias in-
formação para você - como os sites visitados. No entan-
to, pode haver momentos em que não deseja que outros
usuários tenham acesso a tais informações, como quando
estiver comprando um presente de aniversário. A navega-
ção privativa permite que navegue na internet sem salvar
informações sobre os sites e páginas visitadas.
A navegação privativa também inclui Proteção contra
rastreamento na navegação privada, a qual impede que
seja rastreado enquanto navega. O que a navegação privativa não salva?
Mostraremos a você como funciona. Páginas visitadas: Nenhuma página será adicionada à
Importante: A navegação privativa não o torna anôni- lista de sites no histórico, lista de história da janela da Bi-
mo na Internet. Seu provedor de acesso a internet ou os blioteca, ou na lista de endereços da Awesome Bar.
próprios sites ainda podem rastrear as páginas visitadas. Entradas em formulário e na barra de pesquisa: Nada
Além disso, a navegação privativa não o protege de key- digitado em caixas de texto em páginas web ou na barra de
loggers ou spywares que podem estar alojados em seu busca será salvo para o autocomplete.
computador Senhas: Nenhuma senha será salva.
Lista de arquivos baixados: os arquivos que você baixar
Como abrir uma nova janela privativa? não serão listados na Janela de Downloads depois de de-
Existem duas maneiras de se abrir uma nova Janela Pri- sativar a Navegação Privativa.
vativa. Cookies: Cookies armazenam informações sobre os si-
Abrir uma nova Janela Privativa vazia tes que você visita como preferências, status de login, e os
Clique no botão de menu e depois em Nova janela dados utilizados por plugins, como o Adobe Flash. Cookies
privativa. também podem ser utilizados por terceiros para rastreá-lo
através dos sites.
Conteúdo web em Cache e Conteúdo Web off-line e
de dados do usuário ‘: Nenhum arquivo temporário da In-
ternet (cache) ou arquivos armazenados para o uso off-line
serão salvo.
Nota:
Favoritos criados ao usar a Navegação Privativa serão
salvos.
Todos os arquivos que você baixar para o seu compu-
tador durante o uso de navegação privada serão salvos.
O Firefox Hello não está disponível na navegação pri-
vativa.
Posso definir o Firefox para sempre usar a navegação
privativa?
O Firefox está definido para lembrar o histórico por
padrão, mas você pode alterar essa configuração de pri-
vacidade no Firefox Opções (clique no menu Firefox ,
escolha Opções e selecione o painel Privacidade). Quando
alterar a configuração do histórico para nunca lembrar o
histórico, isto equivale a estar sempre no modo de nave-
gação privativa.

63
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Importante: Quando o firefox está definido para nun-


ca lembrar o histórico você não verá uma máscara roxa na
parte superior de cada janela, mesmo que esteja efetiva-
mente no modo de navegação privativa. Para restaurar a
navegação normal, vá para o painel privacidade Opções e Um cadeado verde mais o nome da empresa ou or-
defina o Firefox para lembrar o histórico. ganização, também em verde, significa que o website está
Outras formas de controlar as informações que o Fire- usando um Certificado de Validação Avançada. Um certi-
fox salva ficado de Validação Avançada é um tipo especial de cer-
Você sempre pode remover a navegação recente, as tificado do site que requer um processo de verificação de
pesquisas e histórico de download depois de visitar um site. identidade significativamente mais rigoroso do que outros
tipos de certificados.
Como saber se a minha conexão com um site é segura?
O botão de Identidade do Site (um cadeado) aparece
na sua barra de endereço quando você visita um site segu-
ro. Você pode descobrir rapidamente se a conexão para o
site que estar visualizando é criptografado. Isso deve lhe Para sites usando certificados VE, o botão de identida-
ajudar a evitar sites maliciosos que estão tentando obter de do site exibe tanto um cadeado verde e o nome legal
sua informação pessoal. da companhia ou organização do website, então você sabe
quem está operando ele. Por exemplo, isto mostra que o
mozilla.org é de propriedade da Fundação Mozilla.
Cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
Um cadeado verde com um triângulo cinza de alerta
indica que o site é seguro; no entanto, o firefox bloqueou
O botão de Identidade do Site estar na barra de ende- o conteúdo inseguro e, assim, o site pode não necessaria-
reço à esquerda do endereço web. Mais comumente, quan- mente exibir ou funcionar inteiramente correto.
do visualizando um site seguro, o botão de Identidade do
Site será um cadeado verde. Cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
Um cadeado cinza com um triângulo amarelo de alerta
indica que a conexão entre o Firefox e o website é apenas
parcialmente criptografada e não impede espionagem.
No entanto, em algumas circunstâncias raras, ele tam-
bém pode ser um cadeado verde com um triângulo de
alerta cinza, um cadeado cinza com um triângulo de alerta
amarelo, ou um cadeado cinza com uma linha vermelha.
Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
(informação bancária, dados de cartão de crédito, Números
de Seguridade Social, etc.) para sites onde o botão de iden-
Nota: Clicando no botão à esquerda da barra de en-
tidade do site tem o ícone de triângulo de alerta amarelo.
dereço nos traz o Centro de Controle, o qual lhe permite
Cadeado cinza com um traço vermelho
visualizar mais informações detalhadas sobre o estado de
segurança da conexão e alterar algumas configurações de Um cadeado cinza com um traço vermelho indica que a
segurança e privacidade. Aviso: Você nunca deve enviar conexão entre o Firefox e o website é apenas parcialmente
qualquer tipo de informação sensível (informação bancá- criptografada e não previne contra espionagem ou ataque
ria, dados de cartão de crédito, Números de Seguridade man-in-the-middle.
Social, etc.) para um site sem o ícone de cadeado na barra
de endereço - neste caso não é verificado que você está se
comunicando com o site pretendido nem que seus dados
estão seguros contra espionagem!
Esse ícone não aparecerá a menos que você manual-
Cadeado verde mente desativou o bloqueio de conteúdo misto.
Um cadeado verde (com ou sem um nome de organi- Nota: Não envie qualquer tipo de informação sensível
zação) indica que: (informação bancária, dados de cartão de crédito, números
Você está realmente conectado ao website cujjo en- de seguridade social, etc.) para sites onde o botão de iden-
dereço é exibido na barra de endereço; a conexão não foi tidade do site tem o ícone de um cadeado cinza com uma
interceptada. listra vermelha.
A conexão entre o Firefox e o website é criptografada
para evitar espionagem.

64
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configurações de segurança e senhas Encontrar e instalar complementos para adicionar


Este artigo explica as configurações disponíveis no pai- funcionalidades ao Firefox
nel Segurança da janela Opções do Firefox. Complementos são como os aplicativos que você ins-
O painel Segurança contém Opções relacionadas à sua tala para adicionar sinos e assobios para o Firefox. Você
segurança ao navegar na internet. pode obter complementos para comparar preços, verificar
o tempo, mudar o visual do Firefox, ouvir música, ou mes-
mo atualizar o seu perfil no Facebook. Este artigo aborda
os diferentes tipos de complementos disponíveis e como
encontrar e instalá-los.

Existem três tipos de complementos:

- Extensões
Extensões adicionam novas funcionalidades ao Firefox
ou modificam as já existentes. Existem extensões que per-
Configurações de Segurança mitem bloquear anúncios, baixar vídeos de sites, integrar
Alertar se sites tentarem instalar extensões ou temas o Firefox com sites, como o Facebook ou o Twitter, e até
O Firefox sempre pedirá a sua confirmação para a instala- mesmo adicionar recursos de outros navegadores.
ção de complementos. Para evitar que tentativas de instalação
não requisitadas resultem em instalações acidentais, o Firefox - Aparência
exibe um aviso quando um site tentar instalar um complemen- Existem dois tipos de complementos de aparência:
to e bloqueia a tentativa de instalação. Para permitir que sites temas completos, que mudam a aparência de botões e
específicos instalem complementos, você deve clicar em Exce- menus, e temas de fundo, que decoram a barra de menu e
ções…, digitar o endereço do site e clicar em Permitir. Desmar- faixa de abas com uma imagem de fundo
que essa opção para desativar esse aviso para todos os sites.
Bloquear sites avaliados como focos de ataques: Mar- - Plugins
que isso se você quer que o Firefox verifique se o site que
Plugins permitem adicionar suporte para todos os ti-
você está visitando pode ser uma tentativa de interfirir nas
pos de conteúdo da Internet. Estes geralmente incluem for-
funções normais do computador ou mandar dados pessoais
matos patenteados como o Flash, QuickTime e Silverlight
sobre você sem autorização através da Internet.
A ausência deste aviso não garante que o site seja confiável. que são usados para vídeo, áudio, jogos on-line, apresen-
Bloquear sites avaliados como falsos: Marque isso se tações e muito mais. Plugins são criados e distribuídos por
você quer que o Firefox verifique ativamente se o site que outras empresas.
você está visitando pode ser uma tentativa de enganar você
fazendo com que passe suas informações pessoais (isto é Para visualizar quais complementos estão instalados:
frequentemente chamado de “phishing”). Clique no botão escolha complementos. A aba com-
plementos irá abrir.
Logins Selecione o painel Extensões, Aparência ou Plugins.
Memorizar logins de sites: I Firefox pode salvar com se- Como faço para encontrar e instalar complementos?
gurança senhas que você digita em formulários web para faci- Aqui está um resumo para você começar:
litar seu acesso aos websites. Desmarque essa opção para im- Clique no botão de menu e selecione Complemen-
pedir o Firefox de memorizar suas senhas. No entanto, mesmo tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
com isso marcado, você ainda será questionado se deseja sal- No gerenciador de complementos, selecione o painel
var ou não as senhas para um site quando você visitá-lo pela Get Add-ons.
primeira vez. Se você selecionar Nunca para este site, aquele
site será adicionado à uma lista de exceções. Para acessar essa
Para ver mais informações sobre um complemento ou
lista ou para remover sites dela, clique no botão Exceções….
tema, clique nele. Você pode em seguida clicar no botão
Usar uma senha mestra: O Firefox pode proteger infor-
verde Adicionar ao Firefox para instalá-lo.
mações sensíveis, como senhas salvas e certificados, cripto-
grafando eles usando uma senha mestra. Se você criar uma Você também pode pesquisar por complementos es-
senha mestra, cada vez que você iniciar o Firefox, será solici- pecíficos usando a caixa de busca na parte superior. Poden-
tado que você digite a senha na primeira vez que for neces- do então instalar qualquer complemento que encontrar,
sário acessar um certificado ou uma senha salva. Você pode com o botão Instalar.
definir, alterar, ou remover a senha mestra marcando ou des-
marcando essa opção ou clicando no botão Modificar senha
mestra…. Se uma senha mestra já estiver definida, você pre-
cisará digitá-la para alterar ou remover a senha mestra.
Você pode gerenciar senhas salvas e excluir senhas in-
dividuais clicando no botão Logins salvos….

65
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Selecione o plugin que deseja desativar.


Selecione Nunca Ativar no menu de seleção.
Para reativar um plugin, encontre-o na sua lista de plu-
gins e clique em Sempre ativo no menu de seleção.

Como remover extensões e temas


Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que você deseja remover.
Clique no botão Excluir.
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei-
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao
reiniciar.
Como desinstalar plugins
Geralmente os plugins vem com seus próprios desins-
taladores. Se precisar de ajuda para desinstalar alguns dos
plugins mais populares, vá para lista de artigos de plugins e
selecione o artigo do respectivo plugin que você quer de-
sinstalar.

Configurações de Conteúdo

O Firefox irá fazer o download do complemento e pode


pedir que você confirme a sua instalação.
Clique em Reiniciar agora se ele aparecer. Seus abas
serão salvas e restauradas após a reinicialização.
Algumas extensões colocam um botão na barra de fer-
ramentas após a instalação..

Como desativar extensões e temas


Ao desativar um complemento ele deixará de funcionar
sem ser removido:
Clique no botão de menu   e selecione Complemen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos.
No gerenciador de complementos, selecione o pai-
nel Extensões ou Aparência.
Selecione o complemento que deseja desativar.
Clique no botão Desativar.
Se surgir uma mensagem em pop-up, clique em  Rei- DRM Content
niciar agora. As suas abas serão salvas e restauradas ao Reproduzir conteúdo DRM: Por padrão, o Firefox per-
reiniciar. mite a reprodução de conteúdo de áudio e vídeo protegido
Para reativar um complemento, encontre-o na lista de por Gerencimento de Direitos Digitais (DRM). Ao desmar-
complementos e clique em Ativar, será solicitado reiniciar car esta opção essa funcionalidade será desligada.
o Firefox.
Notificações
Como desativar plugins O Firefox lhe permite escolher quais websites tem
Ao desativar um plugin ele irá deixar de funcionar sem permissão para lhe enviar notificações. Clique em  Esco-
ser removido: lher para fazer alterações na lista de sites permitidos.
Clique no botão de menu   e selecione Complemen- Não me perturbe: Selecione esta opção para suspen-
tos para abrir a aba do gerenciador de complementos. der temporariamente todas as notificações até você fechar
No gerenciador de complementos, selecione o pai- e reiniciar o Firefox.
nel Plugins.

66
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Pop-ups Páginas podem usar outras cores: Por padrão, o Firefox


Bloquear janelas popup: Por padrão, o Firefox bloqueia exibe as cores especificadas pelo autor da página. Desa-
janelas popup inconvenientes em sites da web. Desmarque tive essa opção para forçar todos os sites a usar as cores
essa opção para desativar o Bloqueador de Popups. Alguns padrão.
sites utilizam popups com funções importantes. Para per-
mitir que sites específicos utilizem popups, clique em Exce- Idiomas
ções…, digite o domínio do site e clique em Permitir. Para Algumas páginas oferecem mais de um idioma para
excluir um site da lista de sites permitidos, selecione-o e exibição. Clique no botão  Selecionar…para especificar o
clique em Excluir o site. Para limpar a lista completamente, idioma ou idiomas de sua preferência.
clique em Excluir tudo. Idiomas: Para adicionar um idioma à lista de idiomas
clique emSelecione um idioma para adicionar…, clique so-
Fontes e cores bre o idioma escolhido e clique no botãoAdicionar. Exclua
Fonte padrão e Tamanho: Normalmente as páginas da um idioma da lista selecionando-o e clicando no botão Ex-
web são exibidas na fonte e tamanho especificados aqui. cluir. Você também pode reordenar os idiomas usando os
Entretanto, páginas da web podem definir fontes diferen- botões Para cima e Para baixo para determinar a ordem de
tes, que serão exibidos a não ser que você especifique o preferência no caso de haver mais de um idioma disponível.
contrário na janela Fontes. Clique no botãoAvançado… para
acessar mais opções de fontes. Use atalhos do mouse para executar tarefas comuns
Diálogo de fontes no Firefox
Na lista  Fontes padrão para, escolha um grupo de Esta é uma lista dos atalhos do mouse mais comuns no
caracteres/idioma. Por exemplo, para configurar o grupo Mozilla Firefox.
de fontes padrão dos idiomas ocidentais (latinos), clique
em Latin.. Para um grupo de caracteres/idioma que não es- Comando Atalho
teja na lista, clique em Outros Sistemas de Escrita.
Escolha se a fonte proporcional deverá ser com serifa Voltar Shift + Rolar para baixo
(como “Times New Roman”) ou sem serifa (como “Arial”), Avançar Shift + Rolar para cima
e então especifique o tamanho padrão da fonte propor-
Aumentar Zoom Ctrl + Rolar para cima
cional.
Especifique as fontes utilizadas para fontes com seri- Diminuir Zoom Ctrl + Rolar para baixo
fa, sem serifa e monoespaçada (largura fixa). Você também Clicar com botão do
pode especificar o tamanho para as fontes monoespaça- Fechar Aba
meio na Aba
das.
Você também pode especificar o tamanho mínimo de Clicar com botão do
Abrir link em uma nova Aba
fonte que pode ser exibido na tela. Isso pode ser útil em meio no link
sites que utilizam tamanhos de fonte muito pequenos e clicar com o botão do
Nova aba
pouco legíveis. meio na barra de abas
Páginas podem usar outras fontes: Por padrão, o Fi-
Ctrl + Clicar com botão
refox exibe as fontes especificadas pelo autor da página.
Abrir em nova Aba em se- esquerdo no link
Desative essa opção para forçar todos os sites a usar as
gundo plano* Clicar com botão do
fontes padrão.
meio no link
Codificação de texto para conteudo legado: A codifica-
ção de caracteres selecionada nessa caixa será a codifica- Ctrl + Shift + Botão es-
Abrir em nova Aba em pri-
ção padrão utilizada para exibir páginas que não especifi- querdo
meiro plano*
quem uma codificação. Shift + Botão do meio
Diálogo de cores Shift + Clicar com botão
Cores padrão: Aqui você pode modificar as cores pa- Abrir em uma Nova Janela
esquerdo no link
drão de texto e fundo que serão utilizadas nas páginas em
que essas cores não foram especificadas por seu autor. Cli- Duplicar Aba ou Favoritos Ctrl + Arrastar Aba
que nas amostras de cores para modificá-las.
Usar cores do sistema: Marque essa opção para usar as Recarregar (ignorar cache) Shift + Botão recarregar
cores de fonte e fundo definidas pelo seu Sistema Opera-
Salvar como... Alt + Botão esquerdo
cional em vez das cores definidas acima.
Aparência padrão dos links: Aqui você pode modificar
* Os atalhos para abrir Abas em primeiro e segun-
as cores padrão dos links das páginas. Clique nas amostras
do plano serão trocadas se a opção  Ao abrir um link em
de cores para modificá-las.
uma nova Aba, carregá-la em primeiro plano estiver ativa
Sublinhar: Por padrão, o Firefox sublinha os links das
no Painel de configurações geral..
páginas. Desmarque essa opção para modificar esse com-
portamento. Note que vários sites especificam seus próprios
estilos de links e nesses sites essa opção não tem efeito.

67
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Atalhos de teclado GOOGLE CHROME


Navegação O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e
já conquistou legiões de adeptos no mundo todo. O pro-
Comando Atalho grama apresenta excelente qualidade em seu desenvolvi-
mento, como quase tudo o que leva a marca Google. O
Alt + ← browser não deve nada para os gigantes Firefox e Internet
Voltar
Backspace Explorer e mostra que não está de brincadeira no mundo
Alt + → dos softwares.
Avançar
Shift + Backspace Confira nas linhas abaixo um pouco mais sobre o ótimo
Google Chrome.
Página inicial Alt + Home
Abrir arquivo Ctrl + O Funções visíveis
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complica-
F5
Atualizar a página dos do navegador, vamos conferir todas as funções dis-
Ctrl + R
poníveis logo em sua janela inicial. Observe a numeração
Atualizar a página (ignorar o ca- Ctrl + F5 na imagem abaixo e acompanhe sua explicação logo em
che) Ctrl + Shift + R seguida:
Parar o carregamento Esc

Página atual

Comando Atalho
Ir uma tela para baixo Page Down
Ir uma tela para cima Page Up 1.    As setas são ferramentas bem conhecidas por to-
dos que já utilizaram um navegador. Elas permitem avançar
Ir para o final da página End ou voltar nas páginas em exibição, sem maiores detalhes.
Ir para o início da página Home Ao manter o botão pressionado sobre elas, você fará com
Ir para o próximo frame F6 que o histórico inteiro apareça na janela.
2.    Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página.
Ir para o frame anterior Shift + F6 Todos são sinônimos desta função, ideal para conferir no-
Imprimir Ctrl + P vamente o link em que você se encontra, o que serve para
situações bem específicas – links de download perdidos,
Salvar página como Ctrl + S
imagens que não abriram, erros na diagramação da página.
Mais zoom Ctrl + + 3.   O ícone remete à palavra home (casa) e leva o na-
Menos zoom Ctrl + - vegador à página inicial do programa. Mais tarde ensinare-
mos você a modificar esta página para qualquer endereço
tamanho normal Ctrl + 0 de sua preferência.
4.   A estrela adiciona a página em exibição aos favo-
Editando ritos, que nada mais são do que sites que você quer ter a
disposição de um modo mais rápido e fácil de encontrar.
Comando Atalho 5.   Abre uma nova aba de navegação, o que permite
visitar outros sites sem precisar de duas janelas diferentes.
Copiar Ctrl + C
6.   A barra de endereços é o local em que se encontra
Recortar Ctrl + X o link da página visitada. A função adicional dessa parte no
Apagar Del Chrome é que ao digitar palavras-chave na lacuna, o me-
canismo de busca do Google é automaticamente ativado e
Colar Ctrl + V exibe os resultados em questão de poucos segundos.
Colar (como texto simples) Ctrl + Shift + V 7. Simplesmente ativa o link que você digitar na la-
cuna à esquerda.
Refazer Ctrl + Y
8. Abre as opções especiais para a página aberta no
Selecionar tudo Ctrl + A navegador. Falaremos um pouco mais sobre elas em se-
Desfazer Ctrl + Z guida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão me-
lhor detalhadas nos próximos parágrafos.

68
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Para Iniciantes

Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dú-


vidas básicas sobre essa categoria de programas, continue
lendo este parágrafo. Do contrário, pule para o próximo e
poupe seu tempo. Aqui falaremos um pouco mais sobre os
conceitos e ações mais básicas do programa.
Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma
forma que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao exe-
cutar o programa, tudo o que você precisa fazer é digitar
o endereço do local que quer visitar. Para acessar o portal
Baixaki, por exemplo, basta escrever baixaki.com.br (hoje é
possível dispensar o famoso “www”, inserido automatica- O botão direito abre o menu de contexto da aba, em
mente pelo programa.) que é possível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar
No entanto nem sempre sabemos exatamente o link a guia ou cancelar todas as outras. No teclado você pode
que queremos acessar. Para isso, digite o nome ou as pa- abrir uma nova aba com o comando Ctrl + T ou simples-
lavras-chave do que você procura na mesma lacuna. Desta mente apertando o F1.
forma o Chrome acessa o site de buscas do Google e exibe
os resultados rapidamente. No exemplo utilizamos apenas Fechei sem querer!
a palavra “Baixaki”.
Quem nunca fechou uma aba importante acidental-
mente em um momento de distração? Pensando nisso,
o Chrome conta com a função “Reabrir guia fechada” no
menu de contexto (botão direito do mouse). Basta selecio-
ná-la para que a última página retorne ao navegador.

Abas

A segunda tarefa importante para quem quer usar o


Chrome é lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito
úteis e facilitam a navegação. Como citado anteriormente,
basta clicar no botão com um “+” para abrir uma nova guia.
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao
pressionar a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda
mais rápido. Também é possível utilizar o botão direito so-
bre o novo endereço e escolher a opção “Abrir link em uma
nova guia”.

Liberdade

É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É


possível arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar
a aba da janela e desta forma abrir outra independente.
Basta segurar a aba com o botão esquerdo do mouse para
testar suas funções. Clicar nelas com a rodinha do mouse
faz com que fechem automaticamente.

69
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Configuração Dados de navegação: durante o uso do computador, o


Chrome salva os dados da sua navegação para encontrar
Antes de continuar com as outras funções do Google sites, links e conteúdos com mais facilidade. O botão “Lim-
Chrome é legal deixar o programa com a sua cara. Para par dados de navegação” apaga esse conteúdo, enquanto
isso, vamos às configurações. Vá até o canto direito da tela a função “Importar dados” coleta informações de outros
e procure o ícone com uma chave de boca. Clique nele e navegadores.
selecione “Opções”. Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do
navegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique
um de sua preferência. Para retornar ao normal, selecione
“Redefinir para o tema padrão”.

Configurações avançadas
Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado
para usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade,
que podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com
suas preferências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em
“Local de download” é possível escolher a pasta em que os
arquivos baixados serão salvos. Você também pode definir
Básicas que o navegador pergunte o local para cada novo download.
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do
navegador. Basta selecionar a melhor opção para você e Downloads
configurar as páginas que deseja abrir. Todos os navegadores mais famosos da atualidade
Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba contam com pequenos gerenciadores de download, o que
anterior, defina qual será a página inicial do Chrome. Tam- facilita a vida de quem baixa várias coisas ao mesmo tem-
bém é possível escolher se o atalho para a home (aquele po. Com o Google Chrome não é diferente. Ao clicar em
em formato de casinha) aparecerá na janela do navegador. um link de download, muitas vezes o programa pergunta-
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, rá se você deseja mesmo baixar o arquivo, como ilustrado
aqui você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar abaixo:
na lacuna do programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista
de mecanismos.
Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo
como seu navegador padrão. Se você optar por isso, sem-
pre que algum software ou link for executado, o Chrome
será automaticamente utilizado pelo sistema.
Coisas pessoais

Senhas: define basicamente se o programa salvará ou


não as senhas que você digitar durante a navegação. A op-
ção “Mostrar senhas salvas” exibe uma tabela com tudo o
que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os
formulários da internet (cadastros e aberturas de contas) se-
rão sugeridos automaticamente após a primeira digitação.

70
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embai-


xo da janela, mostrando o progresso do download. Você
pode clicar no canto dela e conferir algumas funções es-
peciais para a situação. Além disso, ao selecionar a função
“Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova aba é
exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que
você está baixando

Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela.


Ela controla todas as abas e funções executadas pelo na-
vegador. Caso uma das guias apresente problemas você
pode fechá-la individualmente, sem comprometer todo o
programa. A função é muito útil e evita diversas dores de
cabeça.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a pos-


sibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de al-
guns sites, como o próprio portal Baixaki. Depois de usar a
busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o
que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar o TAB para
que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do ORREIO ELETRÔNICO
Chrome. O correio eletrônico3 se parece muito com o correio tra-
dicional. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa
postal, o carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem,
diz pra quem quer mandar e a Internet cuida do resto. Mas
por que o e-mail se popularizou tão depressa? A primeira
coisa é pelo custo. Você não paga nada por uma comunica-
ção via e-mail, apenas os custos de conexão com a Internet.
Outro fator é a rapidez, enquanto o correio tradicional leva-
Navegação anônima ria dias para entregar uma mensagem, o eletrônico faz isso
quase que instantaneamente e não utiliza papel. Por último,
Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros a mensagem vai direto ao destinatário, não precisa passa de
ou históricos de navegação no computador, utilize a nave- mão-em-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na
gação anônima. Basta clicar no menu com o desenho da sua caixa postal onde somente o dono tem acesso e, apesar
chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, de cada pessoa ter seu endereço próprio, você pode acessar
que também pode ser aberta com o comando Ctrl + Shift seu e-mail de qualquer computador conectado à Internet.
+ N. Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do correio con-
vencional com a velocidade do telefone, se tornando um dos
melhores e mais utilizado meio de comunicação.
Estrutura e Funcionalidade do e-mail
Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos
os endereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão,
nome do usuário + @ + host, onde:
» Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo
usuário na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro.
» @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa o
Gerenciador de tarefas nome do usuário do seu provedor.
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o ende-
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno reço eletrônico. Exemplo: click21.com.br .
gerenciador de tarefas incluso no programa. Clique com o » Provedor – é o host, um computador dedicado ao ser-
botão direito no topo da página (como indicado na figura) viço 24 horas por dia.
e selecione a função “Gerenciador de tarefas”. 3 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronico-
ewebmail001.asp

71
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.com.br grátis, não era fácil. Lembro que, quando a Embratel ofere-
ceu o Click21 com 30 Mb, achei que era muito espaço, mas
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: logo o iBest ofereceu 120 Mb e não parou por ai, a “guer-
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as men- ra” continuo culminando com o anúncio de que o Google
sagens recebidas. iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha do GMail,
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal constante-
enviadas. mente, a última vez que acessei estava em 2663 Mb.
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails
que foram enviados. WebMail
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação
terminou de redigir. acessada diretamente na Internet, sem a necessidade de
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. usar programa de correio eletrônico. Praticamente todos os
e-mails possuem aplicações para acesso direto na Internet. É
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão pre- grande o número de provedores que oferecem correio ele-
sentes: trônico gratuitamente, logo abaixo segue uma lista dos mais
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do populares.
destinatário. » Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da » GMail – http://www.gmail.com
mesma mensagem, ao usar este campo os endereços apare- » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
cerão para todos os destinatários. » iG Mail – http://www.ig.com.br
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
no entanto os endereços só aparecerão para os respectivos Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e
donos. seguir as instruções do site. Outro importante fator a ser
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem. observado é o tamanho máximo permitido por anexo, este
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem foi outro fator que aumentou muito de tamanho, há pouco
(imagens, programas, música, arquivos de texto, etc.). tempo a maioria dos provedores permitiam em torno de 2
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a Mb, mas atualmente a maioria já oferecem em média 25 Mb.
mensagem. Além de caixa postal os provedores costumam oferecer ser-
viços de agenda e contatos.
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a critério
porém representando as mesmas funções. Além dos destes de cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, por
campos tem ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e exemplo, procuro aqueles que oferecem uma interface com
EXCLUIR as mensagens, este botões bem como suas funcio- o menor propaganda possível.
nalidades veremos em detalhes, mais à frente. » Criando seu e-mail
Para receber seus e-mails você não precisa estar co- Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente
nectado à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. simples, eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste
Mesmo você não estado com seu computador ligado, seus WebMail não tem propagandas e isso ajudar muito os en-
e-mail são recebidos e armazenados na sua caixa postal, tendimentos, no entanto você pode acessar qualquer dos
localizada no seu provedor. Quando você acessa sua caixa endereços informados acima ou ainda qualquer outro que
postal, pode ler seus e-mail on-line (diretamente na Internet, você conheça. O processo de cadastro é muito simples, bas-
pelo WebMail) ou baixar todos para seu computador através ta preencher um formulário e depois você terá sua conta de
de programas de correio eletrônico. Um programa muito co- e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
nhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais à frente. 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.br)
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de ou qualquer outro de sua preferência.
e-mail e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será
enviar mensagens para você. Também é possível enviar aberto um formulário, preencha-o observando todos os
mensagens para várias pessoas ao mesmo tempo, para isto campos. Os campos do formulário têm suas particularida-
basta usar os campos “Cc” e “Cco” descritos acima. des de provedor para provedor, no entanto todos trazem
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maio- a mesma ideia, colher informações do usuário. Este será a
ria das pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet primeira parte do seu e-mail e é igual a este em qualquer
através do navegador. Este tipo de correio é chamado de cadastro, no exemplo temos “@outlook.com”. A junção do
WebMail. O WebMail é responsável pela grande populariza- nome de usuário com o nome do provedor é que será seu
ção do e-mail, pois mesmo as pessoas que não tem compu- endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte: seuno-
tador, podem acessar sua caixa postal de qualquer lugar (um me@outlook.com.
cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um endereço eletrô- 3. Após preencher todo o formulário clique no botão
nico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe quase “Criar conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
que uma guerra por usuários. Os provedores, também, dis- Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum
putam quem oferece maior espaço em suas caixas postais. que muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros
Há pouco tempo encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, usuários, neste caso será exibida uma mensagem lhe infor-

72
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

mando do problema. Isso acontece porque dentro de um no botão “OK”. Veja que todos os comandos estão disponí-
mesmo provedor não pode ter dois nomes de usuários veis também na parte inferior, isto para facilitar o uso de sua
iguais. A solução é procurar outro nome que ainda esteja caixa postal.
livre, alguns provedores mostram sugestões como: seuno- 12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um
me2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o que correio eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas;
é bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões Rascunho e Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do
ou informe outro nome (não desista, você vai conseguir), fi- nome, quando está normal significa que todas as mensa-
nalize seu cadastro que seu e-mail vai está pronto para ser gens foram abertas, porém quando estão em negrito, acu-
usado. sam que há uma ou mais mensagens que não foram lidas,
» Entendendo a Interface do WebMail o número entre parêntese indica a quantidade. Este detalhe
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
nos liga do mundo externo aos comandos do programa. 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir
Estes conhecimentos vão lhe servir para qualquer WebMail as mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exi-
que você tiver e também para o Outlook, que é um progra- bido o conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe
ma de gerenciamento de e-mails, vamos ver este programa também as mensagens das diversas pastas existentes na sua
mais adiante. caixa postal. A observação feita no item anterior, sobre ne-
grito, também é válida para esta seção. Observe as caixas de
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua seleção localizadas do lado esquerdo de cada mensagem, é
caixa de entrar, verificando se há novas mensagens no ser- através delas que as mensagens são selecionadas. A seleção
vidor. de todos os itens ao mesmo tempo, também pode ser feito
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição de pela caixa de seleção do lado esquerdo do título da colu-
e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no qual na “Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las,
você vai redigir, responder e encaminhar mensagens. Seme- também serve para classificar as mensagens que por padrão
lhante à função novo e-mail do Outlook. estão classificadas através da coluna “Data”, para usar outra
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus coluna na classificação basta clicar sobre nome dela.
endereços de e-mail são previamente guardados para uti- 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adi-
lização futura, nesta seção também é possível criar grupos cionar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um
para facilitar o gerenciamento dos seus contatos. modo de organizar seu conteúdo, armazenando suas men-
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio sagens por temas. Quando seu e-mail é criado não existem
nome já diz) a janela de configurações. Nesta janela podem pastas nesta seção, isso deve ser feito pelo usuário de acor-
ser feitas diversas configurações, tais como: mudar senha, do com suas necessidades.
definir número de e-mail por página, assinatura, resposta 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a
automática, etc. seção onde pode ser feita uma configuração que permiti-
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma se- rá você acessar outras caixas postais diretamente da sua. O
ção com vários tópicos de ajuda.
próximo link, como o nome já diz, abre a janela de confi-
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através
guração dos e-mails bloqueados e mais abaixo o link para
dele que você vai fechar sua caixa postal, muito recomenda-
baixar um plug-in que lhe permite fazer uma configuração
do quando o uso de seu e-mail ocorrer em computadores
automática do Outlook Express. Estes dois primeiros links
de terceiros.
são os mesmos apresentados no item 10.
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu
endereço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta;
parte utilizada em porcentagem e um pequeno gráfico. CONCEITOS DE SEGURANÇA
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você
está, no exemplo a Caixa de Entrada. A Segurança da Informação refere-se à proteção exis-
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de men- tente sobre as informações de uma determinada empresa,
sagens que estão na tela e também o total da seção sele- instituição governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto
cionada. as informações corporativas quanto as pessoais.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo
todos os comandos relacionados com as mensagens exi- ou dado que tenha valor para alguma organização ou pes-
bidas. Para usar estes comandos, selecione uma ou mais soa. Ela pode estar guardada para uso restrito ou exposta ao
mensagens o comando desejado e clique no botão “OK”. O público para consulta ou aquisição.
botão “Bloquear”, bloqueia o endereço de e-mail da men- Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de
sagem, útil para bloquear e-mails indesejados. Já o botão ferramentas) para a definição do nível de segurança existen-
“Contas externas” abre uma seção para configurar outras te e, com isto, serem estabelecidas as bases para análise da
contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua caixa melhoria ou piora da situação de segurança existente.
postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso A segurança de uma determinada informação pode ser
que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP. afetada por fatores comportamentais e de uso de quem se
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista utiliza dela, pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou
de página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails por pessoas mal intencionadas que tem o objetivo de furtar,
na seção. Para acessar selecione a página desejada e clique destruir ou modificar a informação.

73
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Antes de proteger, devemos saber: simples fato de que quando uma nova vulnerabilidade é
• O que proteger. descoberta, um grande número de ataques é realizado com
• De quem proteger. sucesso. Por isso é extremamente importante que os admi-
• Pontos vulneráveis. nistradores de sistemas se mantenham atualizados sobre os
• Processos a serem seguidos. principais problemas encontrados nos aplicativos utilizados,
através dos sites dos desenvolvedores ou específicos sobre
MECANISMOS DE SEGURANÇA segurança da Informação. As principais empresas comerciais
O suporte para as recomendações de segurança pode desenvolvedoras de software e as principais distribuições Li-
ser encontrado em: nux possuem boletins periódicos informando sobre as últi-
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o mas vulnerabilidades encontradas e suas devidas correções.
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura Alguns sistemas chegam até a possuir o recurso de atualiza-
(que garante a existência da informação) que a suporta. ção automática, facilitando ainda mais o processo.
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas Firewalls
nem sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâmpa- Definimos o firewall como sendo uma barreira inteligen-
gos, alagamentos, problemas na rede elétrica, acesso inde- te entre duas redes, geralmente a rede local e a Internet,
vido de pessoas aos servidores ou equipamentos de rede, através da qual só passa tráfego autorizado. Este tráfego é
treinamento inadequado de funcionários, etc. examinado pelo firewall em tempo real e a seleção é feita
Medidas de proteção física, tais como serviços de guar- de acordo com um conjunto de regras de acesso Ele é tipi-
da, uso de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno camente um roteador (equipamento que liga as redes com
de televisão e sistemas de escuta são realmente uma parte a Internet), um computador rodando filtragens de pacotes,
da segurança da informação. As medidas de proteção física um software Proxy, um firewall-in-a-box (um hardware pro-
são frequentemente citadas como “segurança computacio- prietário específico para função de firewall), ou um conjunto
nal”, visto que têm um importante papel também na preven- desses sistemas.
ção dos itens citados no parágrafo acima. Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de um
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados produto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a rede.
por mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhuma Geralmente, essas regras são elaboradas considerando as
se a segurança física não for garantida. políticas de acesso da organização.
Podemos observar que o firewall é único ponto de en-
Instalação e Atualização trada da rede, quando isso acontece o firewall também pode
A maioria dos sistemas operacionais, principalmente as ser designado como check point.
distribuições Linux, vem acompanhada de muitos aplicativos De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos
que são instalados opcionalmente no processo de instalação firewalls podemos destacar três tipos principais:
do sistema. • Filtros de pacotes
Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos se- • Stateful Firewalls
jam observados para garantir a segurança desde a instala- • Firewalls em Nível de Aplicação
ção do sistema, dos quais podemos destacar:
• Seja minimalista: Instale somente os aplicativos neces- - Filtros de Pacotes
sários, aplicativos com problemas podem facilitar o acesso Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele
de um atacante; controla a origem e o destino dos pacotes de mensagens da
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema Internet. Quando uma informação é recebida, o firewall veri-
que não serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia auto- fica as informações sobre o endereço IP de origem e destino
maticamente diversos aplicativos que não são necessários, do pacote e compara com uma lista de regras de acesso
esses aplicativos também podem facilitar a vida de um ata- para determinar se pacote está autorizado ou não a ser re-
cante; passado através dele.
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na
de rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o maioria dos roteadores e é transparente aos usuários, porém
sistema vulnerável a ataques remotos que podem ser reali- pode ser facilmente contornada com IP Spoofers. Por isto, o
zados através da rede ou Internet; uso de roteadores como única defesa para uma rede corpo-
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de rativa não é aconselhável.
dados: a divisão física dos dados facilita a manutenção da Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita dire-
segurança; tamente no roteador, para uma maior performance e con-
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: trole, é necessária a utilização de um sistema específico de
Contas de usuários sem senha, ou com a senha original de firewall. Quando um grande número de regras é aplicado
instalação, podem ser facilmente exploradas para obter-se diretamente no roteador, ele acaba perdendo performance.
acesso ao sistema. Além disso, Firewall mais avançados podem defender a rede
Grande parte das invasões na Internet acontece devido contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
a falhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os ad-
ministradores de sistemas não foram capazes de corrigir a
tempo. Essa afirmação pode ser confirmada facilmente pelo

74
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

- Stateful Firewalls • CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem


Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Fire- ou limitam o acesso à informação, que está em ambiente
wall. Ele utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Inspec- controlado, geralmente eletrônico, e que, de outro modo,
tion, que é um tipo avançado de filtragem de pacotes. Esse ficaria exposta a alteração não autorizada por elemento mal
tipo de firewall examina todo o conteúdo de um pacote, não intencionado.
apenas seu cabeçalho, que contém apenas os endereços de Existem mecanismos de segurança que apoiam os con-
origem e destino da informação. Ele é chamado de ‘stateful’ troles lógicos:
porque examina os conteúdos dos pacotes para determinar
qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante que o computa- Mecanismos de encriptação
dor destino de uma informação tenha realmente solicitado A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas pa-
anteriormente a informação através da conexão atual. lavras gregas:
Além de serem mais rigorosos na inspeção dos pacotes, • CRIPTO = ocultar, esconder.
os stateful firewalls podem ainda manter as portas fechadas • GRAFIA = escrever
até que uma conexão para a porta específica seja requisi- Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou em
tada. Isso permite uma maior proteção contra a ameaça de códigos. É então um conjunto de técnicas que tornam uma
port scanning. mensagem incompreensível permitindo apenas que o desti-
natário que conheça a chave de encriptação possa decriptar
- Firewalls em Nível de Aplicação e ler a mensagem com clareza.
Nesse tipo de firewall o controle é executado por apli- Permitem a transformação reversível da informação de
cações específicas, denominadas proxies, para cada tipo de forma a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal,
serviço a ser controlado. Essas aplicações interceptam todo algoritmos determinados e uma chave secreta para, a partir
o tráfego de um conjunto de dados não encriptados, produzir uma
recebido e o envia para as aplicações correspondentes; sequência de dados encriptados. A operação inversa é a de-
assim, cada aplicação pode controlar o uso de um serviço. sencriptação.
Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de
performance, já que ele analisa toda a comunicação utilizan- Assinatura digital
do proxies, ele permite uma maior auditoria sobre o controle Um conjunto de dados encriptados, associados a um
no tráfego, já que as aplicações específicas podem detalhar documento do qual são função, garantindo a integridade do
melhor os eventos associados a um dado serviço. documento associado, mas não a sua confidencialidade.
A maior dificuldade na sua implementação é a necessi- A assinatura digital, portanto, busca resolver dois pro-
dade de instalação e configuração de um proxy para cada blemas não garantidos apenas com uso da criptografia para
aplicação, sendo que algumas aplicações não trabalham codificar as informações: a Integridade e a Procedência.
corretamente com esses mecanismos. Ela utiliza uma função chamada one-way hash function,
também conhecida como: compression function, cryptogra-
Considerações sobre o uso de Firewalls phic checksum, message digest ou fingerprint. Essa função
Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e gera uma string única sobre uma informação, se esse valor
são inestimáveis para segurança da informação, existem al- for o mesmo tanto no remetente quanto destinatário, signi-
guns ataques que os firewalls não podem proteger, como a fica que essa informação não foi alterada.
interceptação de tráfego não criptografado, ex: Intercepta- Mesmo assim isso ainda não garante total integridade,
ção de e-mail. Além disso, embora os firewalls possam pro- pois a informação pode ter sido alterada no seu envio e um
ver um único ponto de segurança e auditoria, eles também novo hash pode ter sido calculado.
podem se tornar um único ponto de falha – o que quer dizer Para solucionar esse problema, é utilizada a criptografia
que os firewalls são a última linha de defesa. Significa que se assimétrica com a função das chaves num sentido inverso,
um atacante conseguir quebrar a segurança de um firewall, onde o hash é criptografado usando a chave privada do re-
ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade de metente, sendo assim o destinatário de posse da chave pú-
roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls pro- blica do remetente poderá decriptar o hash. Dessa maneira
tegem a rede contra os ataques externos, mas não contra os garantimos a procedência, pois somente o remetente possui
ataques internos. No caso de funcionários mal intenciona- a chave privada para codificar o hash que será aberto pela
dos, os firewalls não garantem muita proteção. Finalmente, sua chave pública. Já o hash, gerado a partir da informação
como mencionado os firewalls de filtros de pacotes são fa- original, protegido pela criptografia, garantirá a integridade
lhos em alguns pontos. - As técnicas de Spoofing podem ser da informação.
um meio efetivo de anular a sua proteção.
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de segu- Mecanismos de garantia da integridade da informação
rança existentes, os firewalls devem ser usados em conjunto Usando funções de “Hashing” ou de checagem, consis-
com diversas outras medidas de segurança. tindo na adição.
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que
apoiam os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blin- Mecanismos de controle de acesso
dagem / guardas / etc. Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões
inteligentes.

75
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Mecanismos de certificação O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois


Atesta a validade de um documento. O Certificado Digi- permite que as mensagens de correio eletrônico trafeguem
tal, também conhecido como Certificado de Identidade Di- encriptadas e/ou assinadas digitalmente. Desta forma os
gital associa a identidade de um titular a um par de chaves e-mails não podem ser lidos ou adulterados por terceiros
eletrônicas (uma pública e outra privada) que, usadas em durante o seu trânsito entre a máquina do remetente e a
conjunto, fornecem a comprovação da identidade. É uma do destinatário. Além disso, o destinatário tem a garantia da
versão eletrônica (digital) de algo parecido a uma Cédula de identidade de quem enviou o e-mail.
Identidade - serve como prova de identidade, reconhecida O Form Signing é uma tecnologia que permite que os
diante de qualquer situação onde seja necessária a compro- usuários emitam recibos online com seus certificados digi-
vação de identidade. tais. Por exemplo: o usuário acessa o seu Internet Banking e
O Certificado Digital pode ser usado em uma grande va- solicita uma transferência de fundos. O sistema do banco,
riedade de aplicações, como comércio eletrônico, groupwa- antes de fazer a operação, pede que o usuário assine com
re (Intranets e Internet) e transferência eletrônica de fundos. seu certificado digital um recibo confirmando a operação.
Dessa forma, um cliente que compre em um shopping Esse recibo pode ser guardado pelo banco para servir como
virtual, utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certifi- prova, caso o cliente posteriormente negue ter efetuado a
cado de Identidade Digital deste Servidor para verificar: a transação.
identidade do vendedor e o conteúdo do Certificado por O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que
ele apresentado. Da mesma forma, o servidor poderá solici- permitem que um desenvolvedor de programas de compu-
tar ao comprador seu Certificado de Identidade Digital, para tador assine digitalmente seu software. Assim, ao baixar um
identificá-lo com segurança e precisão. software pela Internet, o usuário tem certeza da identida-
Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado de de do fabricante do programa e que o software se manteve
Identidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e a íntegro durante o processo de download. Os certificados
comunicação com segurança não será estabelecida. digitais se dividem em basicamente dois formatos: os certi-
O Certificado de Identidade Digital é emitido e assinado ficados de uso geral (que seriam equivalentes a uma carteira
por uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate Autho-
de identidade) e os de uso restrito (equivalentes a cartões de
rity). Para tanto, esta autoridade usa as mais avançadas téc-
banco, carteiras de clube etc.). Os certificados de uso geral
nicas de criptografia disponíveis e de padrões internacionais
são emitidos diretamente para o usuário final, enquanto que
(norma ISO X.509 para Certificados Digitais), para a emissão
os de uso restrito são voltados basicamente para empresas
e chancela digital dos Certificados de Identidade Digital.
ou governo.
Podemos destacar três elementos principais:
Integridade: Medida em que um serviço/informação é
- Informação de atributo: É a informação sobre o objeto
que é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode incluir genuino, isto é, esta protegido contra a personificação por
seu nome, nacionalidade e endereço e-mail, sua organiza- intrusos.
ção e o departamento da organização onde trabalha. Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é
- Chave de informação pública: É a chave pública da en- detectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spam-
tidade certificada. O certificado atua para associar a chave mer, ou de qualquer agente externo estranho ao sistema,
pública à informação de atributo, descrita acima. A chave enganando-o, fazendo-o pensar que esteja de fato explo-
pública pode ser qualquer chave assimétrica, mas usualmen- rando uma vulnerabilidade daquele sistema.
te é uma chave RSA.
- Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA AMEAÇAS À SEGURANÇA
assina os dois primeiros elementos e, então, adiciona credi- Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco
bilidade ao certificado. Quem recebe o certificado verifica a algum ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de
assinatura e acreditará na informação de atributo e chave pú- alguma vulnerabilidade do ambiente.
blica associadas se acreditar na Autoridade em Certificação. Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos
Existem diversos protocolos que usam os certificados de Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que
digitais para comunicações seguras na Internet: existem as prioridades; essas prioridades são os pontos que
• Secure Socket Layer ou SSL; podem comprometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o
• Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME; que é crucial para a sobrevivência da Empresa é crucial no
• Form Signing; seu projeto de Segurança.
• Authenticode / Objectsigning. Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os cer- FVRDNE:
tificados digitais e é usado em praticamente todos os sites Falsificação
que fazem comércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de CD,
bancos etc.). O SSL teve uma primeira fase de adoção onde Falsificação de Identidade é quando se usa nome de
apenas os servidores estavam identificados com certificados usuário e senha de outra pessoa para acessar recursos ou
digitais, e assim tínhamos garantido, além da identidade do executar tarefas. Seguem dois exemplos:
servidor, o sigilo na sessão. Entretanto, apenas com a chega- • Falsificar mensagem de e-mail;
da dos certificados para os browsers é que pudemos contar • Executar pacotes de autenticação.
também com a identificação na ponta cliente, eliminando Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt
assim a necessidade do uso de senhas e logins. com sua senha, grudado no seu monitor.

76
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Violação por vários motivos. Os principais motivos são: notoriedade,


A Violação ocorre quando os dados são alterados: autoestima, vingança e o dinheiro. É sabido que mais de 70%
• Alterar dados durante a transmissão; dos ataques partem de usuários legítimos de sistemas de
• Alterar dados em arquivos. informação (Insiders) -- o que motiva corporações a investir
largamente em controles de segurança para seus ambientes
Repudiação corporativos (intranet).
A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de um É necessário identificar quem pode atacar a minha rede,
ataque bem sucedido, pois é o ato de negar algo que foi e qual a capacidade e/ou objetivo desta pessoa.
feito. Isso pode ser feito apagando as entradas do Log após • Principiante – não tem nenhuma experiência em pro-
um acesso indevido. Exemplos: gramação e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não
• Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu; tem noção do que está fazendo ou das consequências da-
• Comprar um produto e mais tarde negar que comprou. quele ato.
• Intermediário – tem algum conhecimento de progra-
Divulgação mação e utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta pessoa
A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou pode querer algo além de testar um “Programinha Hacker”.
custar tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, • Avançado – Programadores experientes, possuem co-
pois informações que não podiam ser acessadas por tercei- nhecimento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar
ros, agora estão sendo divulgadas ou usadas para obter van- ataques estruturados. Certamente não estão só testando os
tagem em negócios. seus programas.
Dependendo da informação ela pode ser usada como Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários da
objeto de chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação: empresa, e provavelmente estão se aproveitando de alguma
• Expor informações em mensagens de erro; vulnerabilidade do seu ambiente.
• Expor código em sites.
VULNERABILIDADES
Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS) Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles
A forma mais conhecida de ataque que consiste na per- que exploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilidade
turbação de um serviço, devido a danos físicos ou lógicos do sistema operacional, aplicativos ou políticas internas.
causados no sistema que o suportam. Para provocar um Veja algumas vulnerabilidades:
DoS, os atacantes disseminam vírus, geram grandes volumes • Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas
de tráfego de forma artificial, ou muitos pedidos aos servi- previsíveis ou que não usam requisitos mínimos de comple-
dores que causam subcarga e estes últimos ficam impedidos xidade. Deixar um Postit com a sua senha grudada no moni-
de processar os pedidos normais. tor é uma vulnerabilidade.
O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exemplo: • Software sem Patches – Um gerenciamento de Service
• “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood); Packs e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum.
• “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados. Veja casos como os ataques do Slammer e do Blaster, sendo
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server que suas respectivas correções já estavam disponíveis bem
contendo o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o antes dos ataques serem realizados.
DHCP Server Local com solicitações de IP, fazendo com que • Configuração Incorreta – Aplicativos executados com
nenhuma estação com IP dinâmico obtenha endereço IP. contas de Sistema Local, e usuários que possuem permis-
sões acima do necessário.
Elevação de Privilégios • Engenharia Social – O Administrador pode alterar uma
Acontece quando o usuário mal-intencionado quer exe- senha sem verificar a identidade da chamada.
cutar uma ação da qual não possui privilégios administrati- • Segurança fraca no Perímetro – Serviços desnecessá-
vos suficientes: rios, portas não seguras. Firewall e Roteadores usados incor-
• Explorar saturações do buffer para obter privilégios do retamente.
sistema; • Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima. autenticação usando protocolos de texto simples, dados im-
Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador portantes enviados em texto simples pela Internet.
da Rede efetuou logon numa máquina e a deixou desblo- Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que
queada, e com isso adicionar a sua própria conta aos grupos não seja possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco de
Domain Admins, e Remote Desktop Users. Com isso ele faz suas vulnerabilidades.
o que quiser com a rede da empresa, mesmo que esteja em Nem todos os problemas de segurança possuem uma
casa. solução definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento
de Risco, analisando e balanceando todas as informações
Quem pode ser uma ameaça? sobre Ativos, Ameaças, Vulnerabilidades, probabilidade e
Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, impacto.
muitas vezes conhecidos como crackers, (hackers não são
agentes maliciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis fa-
lhas). Estas pessoas são motivadas para fazer esta ilegalidade

77
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

NÍVEL DE SEGURANÇA ws são vítimas quase que exclusivas de vírus, já que os sistemas
Depois de identificado o potencial de ataque, as orga- da Microsoft são largamente usados no mundo todo. Existem ví-
nizações têm que decidir o nível de segurança a estabelecer rus para sistemas operacionais Mac e os baseados em Unix, mas
para um rede ou sistema os recursos físicos e lógicos a ne- estes são extremamente raros e costumam ser bastante limita-
cessitar de proteção. No nível de segurança devem ser quan- dos. Esses “programas maliciosos” receberam o nome vírus por-
tificados os custos associados aos ataques e os associados à que possuem a característica de se multiplicar facilmente, assim
implementação de mecanismos de proteção para minimizar como ocorre com os vírus reais, ou seja, os vírus biológicos. Eles
a probabilidade de ocorrência de um ataque . se disseminam ou agem por meio de falhas ou limitações de de-
terminados programas, se espalhando como em uma infecção.
POLÍTICAS DE SEGURANÇA Para contaminarem os computadores, os vírus antiga-
De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Han- mente usavam disquetes ou arquivos infectados. Hoje, os
dbook), uma política de segurança consiste num conjunto vírus podem atingir em poucos minutos milhares de com-
formal de regras que devem ser seguidas pelos usuários dos putadores em todo mundo. Isso tudo graças à Internet. O
recursos de uma organização. método de propagação mais comum é o uso de e-mails,
As políticas de segurança devem ter implementação onde o vírus usa um texto que tenta convencer o internauta
realista, e definir claramente as áreas de responsabilidade a clicar no arquivo em anexo. É nesse anexo que se encontra
dos usuários, do pessoal de gestão de sistemas e redes e da o vírus. Os meios de convencimento são muitos e costumam
direção. Deve também adaptar-se a alterações na organiza- ser bastante criativos. O e-mail (e até o campo assunto da
ção. As políticas de segurança fornecem um enquadramento mensagem) costuma ter textos que despertam a curiosidade
para a implementação de mecanismos de segurança, defi- do internauta. Muitos exploram assuntos eróticos ou abor-
nem procedimentos de segurança adequados, processos de dam questões atuais. Alguns vírus podem até usar um reme-
auditoria à segurança e estabelecem uma base para proce- tente falso, fazendo o destinatário do e-mail acreditar que
dimentos legais na sequência de ataques. se trata de uma mensagem verdadeira. Muitos internautas
costumam identificar e-mails de vírus, mas os criadores des-
O documento que define a política de segurança deve
tas “pragas digitais” podem usar artifícios inéditos que não
deixar de fora todos os aspetos técnicos de implementação
poupam nem o usuário mais experiente.
dos mecanismos de segurança, pois essa implementação
O computador (ou, melhor dizendo, o sistema opera-
pode variar ao longo do tempo. Deve ser também um do-
cional), por si só, não tem como detectar a existência des-
cumento de fácil leitura e compreensão, além de resumido.
te programinha. Ele não é referenciado em nenhuma parte
Algumas normas definem aspectos que devem ser le- dos seus arquivos, ninguém sabe dele, e ele não costuma se
vados em consideração ao elaborar políticas de segurança. mostrar antes do ataque fatal.
Entre essas normas estão a BS 7799 (elaborada pela British Em linhas gerais, um vírus completo (entenda-se por
Standards Institution) e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão bra- completo o vírus que usa todas as formas possíveis de con-
sileira desta primeira). taminar e se ocultar) chega até a memória do computador
Existem duas filosofias por trás de qualquer política de de duas formas.
segurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente per- A primeira e a mais simples é a seguinte: em qualquer
mitido é proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido disco (tanto disquete quanto HD) existe um setor que é lido
é permitido). primeiro pelo sistema operacional quando o computador o
Enfim, implantar Segurança em um ambiente não de- acessa. Este setor identifica o disco e informa como o siste-
pende só da Tecnologia usada, mas também dos Processos ma operacional (SO) deve agir. O vírus se aloja exatamente
utilizados na sua implementação e da responsabilidade que neste setor, e espera que o computador o acesse.
as Pessoas têm neste conjunto. Estar atento ao surgimento A partir daí ele passa para a memória do computador e
de novas tecnologias não basta, é necessário entender as entra na segunda fase da infecção. Mas antes de falarmos da
necessidades do ambiente, e implantar políticas que cons- segunda fase, vamos analisar o segundo método de infecção: o
cientizem as pessoas a trabalhar de modo seguro. vírus se agrega a um arquivo executável (fica pendurado
Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que ins- mesmo nesse arquivo). Acessar o disco onde este arquivo
talando um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilida- está não é o suficiente para se contaminar.
des ou diminui a quantidade de ameaças. É extremamente ne- É preciso executar o arquivo contaminado. O vírus se
cessário conhecer o ambiente e fazer um estudo, para depois anexa, geralmente, em uma parte do arquivo onde não
poder implementar ferramentas e soluções de segurança. interfira no seu funcionamento (do arquivo), pois assim o
usuário não vai perceber nenhuma alteração e vai continuar
NOÇÕES BÁSICAS A RESPEITO DE VÍRUS DE COM- usando o programa infectado.
PUTADOR O vírus, após ter sido executado, fica escondido agora
DEFINIÇÃO E PROGRAMAS ANTIVÍRUS na memória do computador, e imediatamente infecta todos
O que são vírus de computador? os discos que estão ligados ao computador, colocando uma
Os vírus representam um dos maiores problemas para cópia de si mesmo no tal setor que é lido primeiro (chamado
usuários de computador. setor de boot), e quando o disco for transferido para outro
Consistem em pequenos programas criados para causar al- computador, este ao acessar o disco contaminado (lendo o
gum dano ao computador infectado, seja apagando dados, seja setor de boot), executará o vírus e o alocará na sua memória,
capturando informações, seja alterando o funcionamento nor- o que por sua vez irá infectar todos os discos utilizados neste
mal da máquina. Os usuários dos sistemas operacionais Windo- computador, e assim o vírus vai se alastrando.

78
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os vírus que se anexam a arquivos infectam também to- Spywares, keyloggers e hijackers
dos os arquivos que estão sendo ou e serão executados. Al- Apesar de não serem necessariamente vírus, estes três
guns às vezes re-contaminam o mesmo arquivo tantas vezes nomes também representam perigo. Spywares são progra-
e ele fica tão grande que passa a ocupar um espaço consi- mas que ficam “espionando” as atividades dos internautas
derável (que é sempre muito precioso) em seu disco. Outros, ou capturam informações sobre eles. Para contaminar um
mais inteligentes, se escondem entre os espaços do progra- computador, os spywares podem vir embutidos em soft-
ma original, para não dar a menor pista de sua existência. wares desconhecidos ou serem baixados automaticamente
Cada vírus possui um critério para começar o ataque quando o internauta visita sites de conteúdo duvidoso.
propriamente dito, onde os arquivos começam a ser apa- Os keyloggers são pequenos aplicativos que podem vir
gados, o micro começa a travar, documentos que não são embutidos em vírus, spywares ou softwares suspeitos, desti-
salvos e várias outras tragédias. Alguns apenas mostram nados a capturar tudo o que é digitado no teclado. O obje-
mensagens chatas, outros mais elaborados fazem estragos tivo principal, nestes casos, é capturar senhas.
muitos grandes. Hijackers são programas ou scripts que “sequestram”
navegadores de Internet, principalmente o Internet Explo-
TIPOS rer. Quando isso ocorre, o hijacker altera a página inicial do
Cavalo-de-Tróia browser e impede o usuário de mudá-la, exibe propagandas
A denominação “Cavalo de Tróia” (Trojan Horse) foi em pop-ups ou janelas novas, instala barras de ferramentas
atribuída aos programas que permitem a invasão de um no navegador e podem impedir acesso a determinados sites
computador alheio com espantosa facilidade. Nesse caso, o (como sites de software antivírus, por exemplo).
termo é análogo ao famoso artefato militar fabricado pelos Os spywares e os keyloggers podem ser identificados
gregos espartanos. Um “amigo” virtual presenteia o outro por programas anti-spywares. Porém, algumas destas pra-
com um “presente de grego”, que seria um aplicativo qual- gas são tão perigosas que alguns antivírus podem ser pre-
quer. Quando o leigo o executa, o programa atua de forma parados para identificá-las, como se fossem vírus. No caso
diferente do que era esperado. de hijackers, muitas vezes é necessário usar uma ferramenta
Ao contrário do que é erroneamente informado na mí- desenvolvida especialmente para combater aquela praga.
Isso porque os hijackers podem se infiltrar no sistema ope-
dia, que classifica o Cavalo de Tróia como um vírus, ele não
racional de uma forma que nem antivírus nem anti-spywares
se reproduz e não tem nenhuma comparação com vírus de
conseguem “pegar”.
computador, sendo que seu objetivo é totalmente diverso.
Deve-se levar em consideração, também, que a maioria dos
Hoaxes, o que são?
antivírus faz a sua detecção e os classificam como tal. A ex-
São boatos espalhados por mensagens de correio ele-
pressão “Trojan” deve ser usada, exclusivamente, como defi-
trônico, que servem para assustar o usuário de computador.
nição para programas que capturam dados sem o conheci- Uma mensagem no e-mail alerta para um novo vírus total-
mento do usuário. mente destrutivo que está circulando na rede e que infec-
O Cavalo de Tróia é um programa que se aloca como um tará o micro do destinatário enquanto a mensagem estiver
arquivo no computador da vítima. Ele tem o intuito de rou- sendo lida ou quando o usuário clicar em determinada tecla
bar informações como passwords, logins e quaisquer dados, ou link. Quem cria a mensagem hoax normalmente costu-
sigilosos ou não, mantidos no micro da vítima. Quando a ma dizer que a informação partiu de uma empresa confiável,
máquina contaminada por um Trojan conectar-se à Internet, como IBM e Microsoft, e que tal vírus poderá danificar a má-
poderá ter todas as informações contidas no HD visualizadas quina do usuário. Desconsidere a mensagem.
e capturadas por um intruso qualquer. Estas visitas são feitas
imperceptivelmente. Só quem já esteve dentro de um com- FIREWALL
putador alheio sabe as possibilidades oferecidas. Firewall é um programa que monitora as conexões fei-
tas pelo seu computador para garantir que nenhum recurso
Worm do seu computador esteja sendo usado indevidamente. São
Os worms (vermes) podem ser interpretados como um úteis para a prevenção de worms e trojans.
tipo de vírus mais inteligente que os demais. A principal di-
ferença entre eles está na forma de propagação: os worms ANTIVÍRUS
podem se propagar rapidamente para outros computado- Existe uma variedade enorme de softwares antivírus no
res, seja pela Internet, seja por meio de uma rede local. Ge- mercado. Independente de qual você usa, mantenha-o sem-
ralmente, a contaminação ocorre de maneira discreta e o pre atualizado. Isso porque surgem vírus novos todos os dias
usuário só nota o problema quando o computador apresen- e seu antivírus precisa saber da existência deles para prote-
ta alguma anormalidade. O que faz destes vírus inteligentes ger seu sistema operacional.
é a gama de possibilidades de propagação. O worm pode A maioria dos softwares antivírus possuem serviços de
capturar endereços de e-mail em arquivos do usuário, usar atualização automática. Abaixo há uma lista com os antivírus
serviços de SMTP (sistema de envio de e-mails) próprios ou mais conhecidos:
qualquer outro meio que permita a contaminação de com- Norton AntiVirus - Symantec - www.symantec.com.br -
putadores (normalmente milhares) em pouco tempo. Possui versão de teste.
McAfee - McAfee - http://www.mcafee.com.br - Possui
versão de teste.

79
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

AVG - Grisoft - www.grisoft.com - Possui versão paga e a) clicar o anexo com o botão direito do mouse e em
outra gratuita para uso não comercial (com menos funcio- seguida clicar em “Salvar como...”;
nalidades). b) sequência de comandos: Arquivo / Salvar anexos...
Panda Antivírus - Panda Software - www.pandasoftware. 3- Passe um antivírus atualizado no anexo salvo para se
com.br - Possui versão de teste. certificar de que este não está infectado.
É importante frisar que a maioria destes desenvolvedo- Riscos dos “downloads”- Simplesmente baixar o progra-
res possuem ferramentas gratuitas destinadas a remover ví- ma para o seu computador não causa infecção, seja por FTP,
rus específicos. Geralmente, tais softwares são criados para ICQ, ou o que for. Mas de modo algum execute o programa
combater vírus perigosos ou com alto grau de propagação. (de qualquer tipo, joguinhos, utilitários, protetores de tela,
etc.) sem antes submetê-lo a um bom antivírus.
PROTEÇÃO O que acontece se ocorrer uma infecção?
A melhor política com relação à proteção do seu com- Você ficará à mercê de pessoas inescrupulosas quando
putador contra vírus é possuir um bom software antivírus estiver conectado à Internet. Elas poderão invadir seu com-
original instalado e atualizá-lo com frequência, pois surgem putador e realizar atividades nocivas desde apenas ler seus
vírus novos a cada dia. Portanto, a regra básica com relação arquivos, até causar danos como apagar arquivos, e até mes-
a vírus (e outras infecções) é: Jamais execute programas que mo roubar suas senhas, causando todo o tipo de prejuízos.
não tenham sido obtidos de fontes absolutamente confiá-
veis. O tema dos vírus é muito extenso e não se pode preten- Como me proteger?
der abordá-lo aqui senão superficialmente, para dar orienta- Em primeiro lugar, voltemos a enfatizar a atitude básica
ções essenciais. Vamos a algumas recomendações. de evitar executar programas desconhecidos ou de origem
Os processos mais comuns de se receber arquivos são duvidosa. Portanto, mais uma vez, Jamais execute progra-
como anexos de mensagens de e-mail, através de progra- mas que não tenham sido obtidos de fontes absolutamente
mas de FTP, ou por meio de programas de comunicação, confiáveis.
como o ICQ, o NetMeeting, etc. Além disto, há a questão das senhas. Se o seu micro
Note que: estiver infectado outras pessoas poderiam acessar as suas
Não existem vírus de e-mail. O que existem são vírus senhas. E troca-las não seria uma solução definitiva, pois os
escondidos em programas anexados ao e-mail. Você não in- invasores poderiam entrar no seu micro outra vez e rouba-la
fecta seu computador só de ler uma mensagem de correio novamente. Portanto, como medida extrema de prevenção,
eletrônico escrita em formato texto (.txt). Mas evite ler o con- o melhor mesmo é NÃO DEIXAR AS SENHAS NO COMPU-
teúdo de arquivos anexados sem antes certificar-se de que TADOR. Isto quer dizer que você não deve usar, ou deve
eles estão livres de vírus. Salve-os em um diretório e passe desabilitar, se já usa, os recursos do tipo “lembrar senha”.
um programa antivírus atualizado. Só depois abra o arquivo. Eles gravam sua senha para evitar a necessidade de digitá
Cuidados que se deve tomar com mensagens de cor- -la novamente. Só que, se a sua senha está gravada no seu
reio eletrônico – Como já foi falado, simplesmente ler a computador, ela pode ser lida por um invasor. Atualmente,
mensagem não causa qualquer problema. No entanto, se a é altamente recomendável que você prefira digitar a senha
mensagem contém anexos (ou attachments, em Inglês), é a cada vez que faz uma conexão. Abra mão do conforto em
preciso cuidado. O anexo pode ser um arquivo executável favor da sua segurança.
(programa) e, portanto, pode estar contaminado. A não ser
que você tenha certeza absoluta da integridade do arquivo, CÓPIAS DE SEGURANÇA (BACKUP)
é melhor ser precavido e suspeitar. Não abra o arquivo sem Existem muitas maneiras de perder informações em um
antes passá-lo por uma análise do antivírus atualizado computador involuntariamente. Uma criança usando o te-
Mas se o anexo não for um programa, for um arquivo clado como se fosse um piano, uma queda de energia, um
apenas de texto, é possível relaxar os cuidados? relâmpago, inundações. E algumas vezes o equipamento
Não. Infelizmente, os criadores de vírus são muito ati- simplesmente falha. Em modos gerais o backup é uma tarefa
vos, e existem hoje, disseminando-se rapidamente, vírus que essencial para todos os que usam computadores e / ou ou-
contaminam arquivos do MS Word ou do MS Excel. São os tros dispositivos, tais como máquinas digitais de fotografia,
chamados vírus de macro, que infectam os macros (executá- leitores de MP3, etc.
veis) destes arquivos. Assim, não abra anexos deste tipo sem O termo backup também pode ser utilizado para hard-
prévia verificação. ware significando um equipamento para socorro (funciona
É possível clicar no indicador de anexo para ver do que como um pneu socorro do veículo) pode ser uma impres-
se trata? E como fazer em seguida? sora, cpu ou monitor etc.. que servirá para substituir tem-
Apenas clicar no indicador (que no MS Outlook Express porariamente um desses equipamentos que estejam com
é uma imagem de um clip), sim. Mas cuidado para não dar problemas.
um clique duplo, ou clicar no nome do arquivo, pois se o Atualmente os mais conhecidos meios de backups são:
anexo for um programa, será executado. Faça assim: CD-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e fitas mag-
1- Abra a janela da mensagem (em que o anexo aparece néticas. Na prática existem inúmeros softwares para criação
como um ícone no rodapé); de backups e a posterior reposição. Como por exemplo o
2- Salve o anexo em um diretório à sua escolha, o que Norton Ghost da Symantec.
pode ser feito de dois modos:

80
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Se você costuma fazer cópias de backup dos seus arqui- • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no
vos regularmente e os mantêm em um local separado, você lado esquerdo do “Windows Explorer”;
pode obter uma parte ou até todas as informações de volta • Clique com o botão direito do mouse no espaço em
caso algo aconteça aos originais no computador. branco do lado direito, e escolha “Colar”;
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é mui-
to pessoal. Tudo aquilo que não pode ser substituído facil- Selecionando Vários Arquivos
mente deve estar no topo da sua lista. Antes de começar, • Para selecionar vários arquivos ou pastas, após sele-
faça uma lista de verificação de todos os arquivos a serem cionar o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros
incluídos no backup. Isso o ajudará a determinar o que pre- arquivos ou pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pastas)
cisa de backup, além de servir de lista de referência para selecionados ficarão destacados.
recuperar um arquivo de backup.
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar: Fazendo Backup do seu Outlook
• Dados bancários e outras informações financeiras Todos sabem do risco que é não termos backup dos
• Fotografias digitais nossos dados, e dentre eles se inclui as informações que
• Software comprado e baixado através da Internet guardamos no OUTLOOK.
• Projetos pessoais Já imaginou ter que entrar com todos os contatos no-
• Seu catálogo de endereços de e-mail vamente? E seus compromissos no calendário? Pior, como
• Seu calendário do Microsoft Outlook é que vai recuperar as mensagens de e-mail que você tinha
• Seus favoritos do Internet Explorer guardado?
O detalhe mais importante antes de fazer um backup Como fazer o backup das informações do Outlook, não
é formatar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com o é uma atividade muito simples (pelo menos não há nele
botão direito do mouse sobre o ícone do dispositivo, dentro nada automatizado), listamos aqui algumas maneiras de
do ícone “Meu Computador” e selecionar a opção formatar. executar este backup e se garantir contra qualquer proble-
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado, ma! Exemplo para Outlook.
escolha a formatação completa, que verificará cada setor 1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separada
do disquete e mostrará para você se o disquete tem algum (com isso você terá feito o backup das mensagens)
dano. Sempre que um disquete tiver problemas, não copie 2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as
arquivos de backups para ele. contas que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, será salva com a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
conheça os dois erros mais banais que você pode cometer e 3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu ca-
tornar o seu backup inútil: tálogo de endereços do seu Outlook, então clique em Arqui-
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso não vo -> Exportar -> Catálogo de endereços (WAB). Com esse
é backup, pois se acontecer algum problema no disco você procedimento todos os seus contatos serão armazenados
vai perder os dois arquivos. num arquivo de extensão (WAB) com o nome que você qui-
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também não ser e na pasta que você quiser.
é backup, por motivos óbvios. 4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o conteú-
Procure utilizar arquivos compactados apenas como do de cada assinatura que você utiliza em arquivos de texto
backups secundários, como imagens que geralmente ocu- (TXT) separados. Depois você poderá utilizar as suas assina-
pam um espaço muito grande. turas a partir dos arquivos que criou.
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferra-
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para mentas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES ->
um Dispositivo (Fazendo Backup) Clicar em Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a ex-
• Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo); tensão RWZ. Fazer todos esses procedimentos é mais traba-
• Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha lhoso, porém muito mais seguro.
“Windows Explorer”. Outra solução, é utilizar programas específicos para
• O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do backup do Outlook.
lado esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado
direito o conteúdo das pastas; MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMAZE-
• Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez so- NAMENTO EXTERNO
bre a pasta desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido Entende-se por armazenamento externo qualquer me-
do lado direito. canismo que não se encontre dentro do seu PC. Existem
• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta den- várias opções, e apresentamos uma tabela com os mais co-
tro de outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta desejada muns, vantagens e desvantagens:
do lado direito do “Windows Explorer”; CD-RW
• Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se dese- É um CD em que pode guardar/gravar suas informações.
ja copiar no lado direito do “Windows Explorer”, selecione-os Arquivos realmente preciosos que precisam ser guardados
(clicando sobre o arquivo ou pasta, este ficará destacado); com 100% de certeza de que não sofrerão danos com o
• Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo passar do tempo devem ser becapeados em CDs. A maioria
“Copiar”; dos computadores atuais inclui uma unidade para gravar em

81
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

CD-RW. O CD-ROM é a forma mais segura de fazer grandes Para utilizar a ferramenta de backups no Windows
backups. Cada CD armazena até 700 Mb e, por ser uma mí- XP Home Edition
dia ótica, onde os dados são gravados de maneira física, é Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você pre-
muito mais confiável que mídias magnéticas sujeitas a inter- cisa adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD
ferências elétricas. original seguindo estes passos:
DVD-RW 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu
A capacidade de armazenamento é muito maior, nor- equipamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD. Se
malmente entre 4 e 5 gibabytes. a tela de apresentação não aparecer, dê um clique duplo so-
Pen Drive bre o ícone da unidade de CD dentro de “Meu Computador”.
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a 2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar
uma porta USB do seu equipamento. tarefas adicionais”.
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “cha- 3. Clique em “Explorar este CD”.
veiro”, ideais para backups rápidos e para mover arquivos 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta
entre máquinas. “ValueAdd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft
Você deve escolher um modelo que não seja muito frágil. e depois em NtBackup.
HD Externo 5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.
O HD externo funciona como um periférico, como se msi para instalar a ferramenta de backup.
fosse um Pen Drive, só que com uma capacidade infinita- Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja soli-
mente maior. citado que você reinicie seu equipamento.
Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
Backups utilizando o Windows 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”.
Fazer backups de sua informação não tem que ser um 2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas de
trabalho complicado. Você pode simplesmente recorrer ao Sistema”.
método Copiar e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas 3. Escolha a opção “backup”.
dependendo da versão do Sistema Operacional (Windows, Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta,
Linux, etc.) que você utiliza. aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um
Cópias Manuais guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode obtê
Você pode fazer backups da sua informação com estes -lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
passos simples: Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema ope-
1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta racional utiliza, dê um clique com o botão direito sobre o
de que seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar” ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. Dentro
no menu exibido. 2. Agora marque a unidade de backup, da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu sistema
clique com o botão direito sobre ela e escolha “Colar” no operacional.
menu exibido. Você pode marcar a unidade de backup ao
localizá-la no ícone “Meu Computador”, ou seja, como uma Recomendações para proteger seus backups
das unidades do Windows Explorer. Fazer backups é uma excelente prática de segurança
Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para básica. Agora lhe damos conselhos simples para que você
se certificar que ele coube na unidade de backup e o man- esteja a salvo no dia em que precisar deles:
tenha protegido. 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório,
e, se for possível, em algum recipiente à prova de incêndios,
Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP Pro- como os cofres onde você guarda seus documentos e valo-
fessional. res importantes.
Se você trabalha com o Windows XP Professional, você 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as man-
dispõe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de tenha em lugares separados.
fazer os backups que você marcar. Siga estes passos para 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é
utilizá-la: melhor comprimir os arquivos que já sejam muito antigos
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”. (quase todos os programas de backup contam com essa op-
2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas de Sis- ção), assim você não desperdiça espaço útil.
tema”. 3. Escolha a opção “Backup”. 4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira que
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, sua informação fique criptografada o suficiente para que nin-
aparecerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique guém mais possa acessá-la. Se sua informação é importante
em Avançar e siga as instruções na tela. Se você deseja um para seus entes queridos, implemente alguma forma para
guia passo a passo de como usar essa ferramenta, pode obtê que eles possam saber a senha se você não estiver presente.
-lo em Backup do Windows XP Facilitado (em inglês).
Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema ope- *texto adaptado do material disponivel em:
racional utiliza, dê um clique com o botão direito sobre o https://www.vivaolinux.com.br/linux/
ícone “Meu Computador” e escolha “Propriedades”. Dentro www.petropolis.rj.gov.br/intranet/images/intro_linux
da guia “Sistema” você encontrará a versão do seu sistema http://www.paulobarbosa.com.br/downloads/grupos.pdf
operacional.

82
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

QUESTÕES GERAIS 4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de ar-


quivos, sem que haja perda de informação?
1- Com relação ao sistema operacional Windows, assi- (A) Compactação
nale a opção correta. (B) Deleção
(A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve (C) Criptografia
ser feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, (D) Minimização
de modo a garantir a correta remoção dos arquivos rela- (E) Encolhimento adaptativo
cionados ao aplicativo, sem prejuízo ao sistema operacional.
(B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica
DELETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos amplamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem
diretórios de programas instalados na máquina em uso. conter extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de pro-
(C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de gramas compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc.
um computador, pois bastam o nome do usuário e a senha
Resposta: A
da máquina para se ter acesso às contas dos demais usuá-
rios possivelmente cadastrados nessa máquina.
5- A figura a seguir foi extraída do MS-Excel:
(D) O Windows oferece um conjunto de acessórios dis-
poníveis por meio da instalação do pacote Office, entre eles,
calculadora, bloco de notas, WordPad e Paint.
(E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão
Iniciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windo-
ws, dar saída no usuário correntemente em uso na máquina
e, em seguida, desligar o computador.

Comentários: Para desinstalar um programa de forma


segura deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou  Se o conteúdo da célula D1 for copiado (Ctrl+C) e colado
remover programas (Ctrl+V) na célula D3, seu valor será:
Resposta – Letra A (A) 7
(B) 56
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as infor- (C) 448
mações estão contidas em arquivos de vários formatos, que (D) 511
são armazenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias (E) uma mensagem de erro
removíveis do computador, organizados em:  
(A) telas. Comentários: temos que D1=SOMA(A1:C1). Quando co-
(B) pastas. piamos uma célula que contém uma fórmula e colamos em
(C) janelas. outra célula, a fórmula mudará ajustando-se à nova posição.
(D) imagens. Veja como saber como ficará a nova fórmula ao ser copiada
(E) programas. de D1 para D3:
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma
bem clara a organização por meio de PASTAS, que nada mais
são do que compartimentos que ajudam a organizar os ar-
quivos em endereços específicos, como se fosse um sistema
de armário e gavetas.
Resposta: Letra B

3- Um item selecionado do Windows XP pode ser ex-


cluído permanentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressio-
nando-se simultaneamente as teclas
(A) Ctrl + Delete.
(B) Shift + End.
(C) Shift + Delete. Agora é só substituir os valores: A fórmula diz para somar
(D) Ctrl + End. todas as células de A3 até C3(dois pontos significam ‘até’),
(E) Ctrl + X. sendo assim teremos que somar A3,  , B3, C3 obtendo-se o
resultado 448.
Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente Resposta: C.
um arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira,
basta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. 6- “O correio eletrônico é um método que permite com-
O Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza por, enviar e receber mensagens através de sistemas ele-
que deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de trônicos de comunicação”. São softwares gerenciadores de
“Você tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. email, EXCETO:
Resposta: C

83
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

A) Mozilla Thunderbird. Comentários: O URL é o endereço (único) de um recur-


B) Yahoo Messenger. so na Internet. A questão parece diferenciar um recurso de
C) Outlook Express. página, mas na verdade uma página é um recurso (o mais
D) IncrediMail. conhecido, creio) da Web. Item verdadeiro.
E) Microsoft Office Outlook 2003. É comum confundir os itens II e III, por isso memorize:
Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de down = baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e III
e-mail (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos são verdadeiros.
memorizar que os sistemas que trabalham o correio eletrôni-
co podem funcionar por meio de um software instalado em
nosso computador local ou por meio de um programa que
funciona dentro de um navegador, via acesso por Internet.
Este programa da Internet, que não precisa ser instalado, e é
chamado de WEBMAIL, enquanto o software local é o geren-
ciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
• Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está
desconectado da Internet;
• Permite armazenar as mensagens localmente (no
computador local); No item IV encontramos o item falso da questão, o que
• Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo; nos leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em men-
Maiores Desvantagens: sagem de e-mail significa copiar e não mover!
• Ocupam espaço em disco; Resposta: C.
• Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem
sempre são compatíveis). 8- A respeito dos modos de utilização de aplicativos do
A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negri- ambiente MS Office, assinale a opção correta.
to os mais conhecidos e utilizados atualmente): (A) Ao se clicar no nome de um documento gravado
Microsoft Office Outlook com a extensão .xls a partir do Meu Computador, o Windo-
Microsoft Outlook Express; ws ativa o MS Access para a abertura do documento em tela.
Mozilla Thunderbird; (B) As opções Copiar e Colar, que podem ser obtidas
IcrediMail ao se acionar simultaneamente as teclas CTRL + C e CTRL
Eudora + V,respectivamente, estão disponíveis no menu Editar de
Pegasus Mail todos os aplicativos da suíte MS Office.
Apple Mail (Apple) (C) A opção Salvar Como, disponível no menu das apli-
Kmail (Linux) cações do MS Office, permite que o usuário salve o docu-
Windows Mail mento correntemente aberto com outro nome. Nesse caso,
A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou a versão antiga do documento é apagada e só a nova versão
seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito permanece armazenada no computador.
da questão. (D) O menu Exibir permite a visualização do documen-
Resposta: B. to aberto correntemente, por exemplo, no formato do MS
Word para ser aberto no MS PowerPoint.
7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio (E) Uma das vantagens de se utilizar o MS Word é a ela-
eletrônico, analise: boração de apresentações de slides que utilizem conteúdo e
I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos na- imagens de maneira estruturada e organizada.
vegadores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google Chro-
me) para localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo: Comentários: O menu editar geralmente contém os co-
http://www.google.com.br). mandos universais dos programas da Microsoft como é o
II. Download significa descarregar ou baixar; é a transfe- caso dos atalhos CTRL + C, CTRL + V, CTRL + X, além do
rência de dados de um servidor ou computador remoto para localizar.
um computador local. Em relação às outras letras:
III. Upload é a transferência de dados de um computador Letra A – Incorreto – A extensão .xls abre o aplicativo
local para um servidor ou computador remoto. Excel e não o Access
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa Letra C – Incorreto – A opção salvar como, cria uma có-
movê-lo definitivamente da máquina local, para envio a um pia do arquivo corrente e não apaga a sua versão antiga.
destinatário, com endereço eletrônico. Letra D – Incorreto – O menu exibir mostra formas de
Estão corretas apenas as afirmativas: exibição do documento dentro do contexto de cada progra-
A) I, II, III, IV ma e não de um programa para o outro como é o caso da
B) I, II afirmativa.
C) I, II, III Letra E – Incorreto – O Ms Word não faz apresentação de
D) I, II, IV slides e sim o Ms Power Point.
E) I, III, IV Resposta: B

84
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assi- Comentários: Os itens apresentados nessa questão es-
nale a opção correta. tão relacionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os
(A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla protocolos mais comuns:
a entrada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre - HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car-
na Internet. regamento de páginas de Hipertexto –  HTML
(B) A intranet só pode ser acessada por usuários da In- - IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma má-
ternet que possuam uma conexão http, ao digitarem na bar- quina na rede
ra de endereços do navegador: http://intranet.com. - POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimento
(C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma de emails direto no PC via gerenciador de emails
rede local, pois sua função é conectar um computador à - SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa-
rede de telefonia fixa. drão de envio de emails
(D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina - IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhante
denominada cliente requisita serviços a outra, denominada ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa-
servidor, ainda é o atual paradigma de acesso à Internet.
gens de email direto no servidor.
(E) Um servidor de páginas web é a máquina que ar-
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transferên-
mazena os nomes dos usuários que possuem permissão de
cia de arquivos
acesso a uma quantidade restrita de páginas da Internet.
Resposta: D
Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado 11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor-
em termos de internet pois não é tão robusto quanto re- reta.
des P2P pois, enquanto no primeiro modelo uma queda do (A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas
servidor central impede o acesso aos usuários clientes, no e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o
segundo mesmo que um servidor “caia” outros servidores Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão
ainda darão acesso ao mesmo conteúdo permitindo que o Iniciar do Windows.
download continue. Ex: programas torrent, Emule, Limeware, (B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal-
etc. vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de
Em relação às outras letras: modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve para Modos de Exibição.
localizar e identificar conjuntos de computadores na Internet (C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede
e corresponde ao endereço que digitamos no navegador. oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma acesso direto a elas.
forma que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede (D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a
é restrito a uma rede local e não a internet como um todo. opção Renomear for acionada no Windows Explorer com o
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o compu- botão direito do mouse,será salva uma nova versão do ar-
tador a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma quivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
forma só que de maneira local, o acesso via ADSL pode sim (E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura
acessar redes locais. de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de com- Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de
putação que fornece serviços a uma rede de computadores. máquinas ligadas à Internet.
E não necessariamente armazena nomes de usuários e/ou
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos
restringe acessos.
são mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e
Resposta: D
Detalhes.
Resposta: B
10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
(A) A URL é o endereço físico de uma máquina na In- Atenção: Para responder às questões de números 12
ternet, pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde e 13, considere integralmente o texto abaixo:
está localizada tal máquina. Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
(B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do
se conectarem a uma mesma máquina simultaneamente, órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial
como no caso de salas de bate-papo. de computadores.
(C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebi- Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão
mento de arquivos na Internet. ser verificados para que não contenham erros. Alguns artigos
(D) Quando se digita o endereço de uma página web, digitados deverão conter a imagem dos resultados obtidos em
o termo http significa o protocolo de acesso a páginas em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais.
formato HTML, por exemplo. Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados
(E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de devem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
correio eletrônico envia uma mensagem com anexo para também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
outro destinatário de correio eletrônico. informações guardadas.

85
NOÇÕES DE INFORMÁTICA

Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na (A) Prompt de Comando


internet visando o atendimento do nível de qualidade da in- (B) Comandos de Sistema
formação prestada à sociedade, pelo órgão. (C) Agendador de Tarefas
O ambiente operacional de computação disponível para (D) Acesso Independente
realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do (E) Acesso Direto
MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio ele-
trônico, em português e em suas versões padrões mais utili- Comentários
zadas atualmente. Prompt de Comando é um recurso do Windows que ofe-
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, rece um ponto de entrada para a digitação de comandos
CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada do MSDOS (Microsoft Disk Operating System) e outros co-
em portas do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes. mandos do computador. O mais importante é o fato de que,
ao digitar comandos, você pode executar tarefas no compu-
12- As células que contêm cálculos feitos na planilha tador sem usar a interface gráfica do Windows. O Prompt
eletrônica, de Comando é normalmente usado apenas por usuários
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão avançados.
resultados diferentes do original. Resposta: “A”
(B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
(C) somente podem ser copiadas para o editor de textos
15. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas.
Novo - CESGRANRIO/2012) Seja o texto a seguir di-
(D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
a uma. gitado no aplicativo Word. Aplicativos para edição de
(E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “co- textos. Aplicando-se a esse texto o efeito de fonte Ta-
ladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela. chado, o resultado obtido será
 
Comentários: Sempre que se copia células de uma plani-
lha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como
uma tabela simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os
números são colados.
Resposta: E

13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do


correio eletrônico, deve considerar as operações de
(A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços Comentários:
eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”. Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d,
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende- e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa
(C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar ou-
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”. tras formatações foi o item c.
(D) de desanexação de arquivos e de inserção dos ende- Resposta: “C”
reços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere- 16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário
ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”. Novo - CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento
  de um arquivo de textos ou de imagens na internet,
Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo entre um servidor e um cliente, constituem, em relação
correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
ao cliente, respectivamente, um
seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos os
(A) download e um upload
endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no cam-
(B) downgrade e um upgrade
po “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sabendo
quem mais recebeu aquela mensagem, o que atende a se- (C) downfile e um upfile
gurança solicitada no enunciado. (D) upgrade e um downgrade
Resposta: A (E) upload e um download

14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Comentários:


Novo - CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio  Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
de arquivos em lotes, também denominados scripts, o Upload – Carregar para cima (enviar).
shell de comando é um programa que fornece comuni- Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)
cação entre o usuário e o sistema operacional de forma Resposta: “E”.
direta e independente. Nos sistemas operacionais Win-
dows XP, esse programa pode ser acessado por meio de
um comando da pasta Acessórios denominado

86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Direito Administrativo; Documentação; Certidão; Circular; Comunicado; Convite; Comunicado Geral; Edital;.......................01
Lei 8.666/93;...........................................................................................................................................................................................................................26
Lei Orgânica Municipal De Maricá De 05 De Abril De 1990;............................................................................................................................53
Noções De Ato Administrativo; Elemento/Requisitos;..................................................................................................................................... 107
Orçamento Público;......................................................................................................................................................................................................... 110
Direito Constitucional; Lei 10. 520 De 17 De Julho De 2002;........................................................................................................................ 113
Decreto 5.450 De 31 De Maio De 2005.................................................................................................................................................................. 115
Lei 13.303 De 30 De Julho De 2016;......................................................................................................................................................................... 120
Decreto Municipal De Maricá 47, De 06 De Fevereiro De 2017.................................................................................................................. 141
Lei Orgânica Municipal De Maricá De 05 De Abril De 1990.......................................................................................................................... 151
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Para solucionar a questão do relacionamento emprega-
do x empregador, Taylor propõe quatro “grandes princípios”:
DIREITO ADMINISTRATIVO; DOCUMENTAÇÃO;
1) O desenvolvimento de uma verdadeira ciência do trabalho,
CERTIDÃO; CIRCULAR;
em que seria necessária uma investigação científica para se
COMUNICADO; CONVITE; COMUNICADO
chegar a uma jornada de trabalho justa. Neste caso, o empre-
GERAL; EDITAL; gador saberia qual a quantidade de trabalho ideal a ser rea-
lizada pelo trabalhador, e este receberia uma alta taxa de pa-
gamento, já que este busca a “maximização de seus ganhos”;
O aprofundamento da Revolução Industrial a partir da se- 2) A seleção científica e o desenvolvimento progressivo do
gunda metade do século XIX gerou inúmeras consequências trabalhador. Aqui caberia à administração da organização
para a sociedade, principalmente no que diz respeito ao desen-
desenvolver os trabalhadores, buscando garantir que estes
volvimento e aumento da complexidade das organizações em-
se tornem altamente produtivos, ou seja, de “primeira linha”;
presariais. O aparecimento exponencial de novas tecnologias,
invenções, inovações técnicas e sociais, e a tendência de con- 3) A conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cienti-
centração do capital, ocasionou o surgimento de grandes fá- ficamente selecionados e treinados; 4) A constante e íntima
bricas responsáveis por empregar - em um só local – centenas cooperação de gestores e trabalhadores. Esta cooperação eli-
e às vezes milhares de seres humanos que só tinham a força minaria os conflitos, já que os gestores e operários estariam
de trabalho a oferecer aos detentores dos meios de produção. cientes de suas responsabilidades e funções.
Dentro desse contexto de grandes mudanças econômi- O trabalho de Taylor visou resolver a problemática da
cas, sociais e demográficas, muitos estudiosos e profissionais dependência do capital frente ao trabalho vivo. Para isso, a
começaram a perceber o quão difícil se tornava a organi- administração deveria entender, sistematizar e normatizar a
zação e o controle dessas grandes empresas, as quais pre- execução das tarefas dentro da organização, visando a má-
cisavam lidar com diversas variáveis, ao mesmo tempo em xima produtividade por meio das ferramentas adequadas.
que buscavam garantir o lucro necessário à manutenção do O Taylorismo, esclarecendo que este se caracteriza
empreendimento e a remuneração do capital investido. No como uma forma de controle do capital sobre os processos
início do século XX, grandes empresários, como Ford, Roc- de trabalho, através do controle de todos os tempos e mo-
kefeller dentre outros, estavam com bastantes problemas em vimentos do trabalhador, ou seja, do trabalho vivo.
seus conglomerados, principalmente no que tange à gestão A Teoria Clássica da Administração de Henri Fayol
dos empregados. Dessa forma, foram nas duas primeiras dé- surgia logo depois dos primeiros estudos e resultados de
cadas do século passado que apareceram os acadêmicos e
Taylor realizados nos Estados Unidos. Pode-se dizer que o
“peritos da indústria”, os quais apresentaram-se oferecendo
ponto de partida foi em 1916, com a primeira publicação
ajuda aos empresários americanos e europeus.
Como havia a necessidade de produção em massa, de- do trabalho de Fayol, intitulado Administration Industriel-
vido à demanda sempre crescente e a exploração de novos le et Générale – Prévoyance, Organisation, Comandement,
mercados, a relação empregado x empregador parecia ser Coordination, Controle. Assim como a Administração Cien-
a mais complexa. Os principais problemas podem ser assim tífica, a Teoria Clássica se caracterizava também pela busca
enumerados: 1) altíssimas taxas de rotatividade da mão-de da eficiência organizacional, porém com um foco diferen-
-obra; 2) pressão por produtividade por meio de atitudes ciado: a estrutura da organização e as funções gerenciais.
muitas vezes agressivas e injustas; 3) baixa qualificação dos Fayol estabeleceu a definição de gerência, como com-
empregados; 4) necessidade de adaptação às novas tecnolo- preendendo cinco elementos: 1) Planejar, diz respeito ao
gias, como a linha de montagem; 5) modelos de remunera- “olhar para o futuro”, preparando-se para ele. Sobre essa
ção capazes de gerar motivação e produtividade. função, a gerência deveria levar em conta os objetivos de
Surge, então, neste momento, no despontar do século XX, cada unidade e alinhamento aos objetivos organizacionais;
os primeiros trabalhos de cunho científico na administração. utilizar previsões de curto e longo prazo; ter flexibilidade
Os expoentes dessa fase científica foram dois engenheiros: para adaptações do plano; ser capaz de prognosticar os
Frederick Winslow Taylor, responsável pelo desenvolvimen- cursos das ações. 2) Organizar, referindo-se a elaboração
to da Escola da Administração Científica, e Henri Fayol, cria- de uma estrutura material e humana onde as atividades
dor da Teoria Clássica. Dessa forma, a chamada Abordagem poderão ser desenvolvidas de forma otimizada. 3) Coman-
Clássica da Administração é formada pelas duas abordagens
do, que significa manter as pessoas em atividade, buscan-
construídas por esses dois engenheiros pesquisadores.
do, através da liderança e relacionamento, o melhor de-
Os trabalhos de Taylor podem ser considerados como
a primeira tentativa de fundar uma “ciência da administra- sempenho dos colaboradores. 4) Coordenação, em que
ção”. O pesquisador era engenheiro, e teve a possibilidade de o gestor busca harmonizar e unificar todos os esforços e
atuar em vários cargos dentro uma fábrica, desde operário atividades, a fim de que os objetivos das unidades estejam
até engenheiro-chefe. Após alguns anos como empregado, alinhados com os objetivos estratégicos da organização. 5)
Taylor passou a trabalhar como consultor, aperfeiçoando suas Controle, responsável pela verificação do desempenho de
pesquisas e ideias sobre gestão. O aspecto fundamental de todos os elementos anteriores. O controle deve se certificar
sua teoria é a busca do aumento da eficiência da organiza- que as atividades estão sendo realizadas de acordo com o
ção, por meio da racionalização do trabalho e da obtenção plano estabelecido.
de métodos mais eficientes de controle dos trabalhadores.

1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Fayol também desenvolveu alguns princípios gerais da 3. baseada na “hipótese da gentalha” sobre a natu-
administração, os quais são a base de sua teoria. São alguns reza humana. (a competição leva a máxima eficiência, luta
deles: divisão do trabalho (a especialização torna o indiví- de cada um por si leva a servir aos melhores interesses do
duo mais produtivo); unidade de comando, em que Fayol grupo, homem unidade isolada que podem ser deslocadas
estabelece que o empregado deve ter somente um chefe, de um trabalho para o outro...) iguala o bem da organiza-
para evitar conflitos de comando; remuneração, como im- ção com o bem dos indivíduos que a compõem.
portante fator de motivação; cadeia escalar, em que se diz
que a hierarquia é necessária, porém a comunicação lateral Estrutura de trabalho
também é importante, desde que os superiores sejam infor- • Organização em linha.
mados a respeito daquilo que está sendo tratado; espírito Divisão básica na estrutura de trabalho – baseada na
de equipe, equidade e justiça na condução da empresa; or- autoridade – função definida (cada um tem um chefe e é
dem material, social e estabilidade de pessoal, para minimi- responsável por chefiar).
Quanto maior o nível de estrutura maior a distância social.
zação dos custos com desenvolvimento da equipe.
Apesar das criticas à visão minimalista do ser humano
• Organização funcional.
(homo economicus) ou talvez a uma “falta de humanidade”
Baseada no tipo de trabalho a ser feito. Na subdivisão
dos princípios tayloristas, que levariam o homem a com-
do trabalho.
portar-se como uma máquina, as contribuições de Taylor Status de função. Fonte de conflito. (mesma linha hie-
e Fayol foram de essencial importância para o desenvolvi- rárquica, importância do trabalho)
mento posterior da administração, servindo de base para
várias áreas, tais como a engenharia industrial, gestão de • Organização do estado-maior.
processos, qualidade, modelos de gestão e aperfeiçoa- Fundamentada na especialização.
mento das funções gerenciais. Posição de aconselhamento – não possuem autoridade
na organização.
ORGANIZAÇÃO FORMAL Podem ser integradas na organização em linha.

Hierarquia oficial como ela se apresenta no papel. Piramidal. FRAQUEZAS NA TEORIA DA ORGANIZAÇÃO FORMAL
• Problemas de coordenação - deficiências na comuni-
Status cação devido ao fator tempo, espaço e as divisões naturais
•Diferença entre operários e pessoal do escritório. da estrutura .
•Status medido pela opulência do escritório. Cada um • Tempo - pouco contato entre turnos e pessoas, pro-
em sua posição. blemas são deixados para o outro turno, vagas trocas de
•Pessoas do mesmo departamento, juntas. informações.
• Espaço - unidades podem estar amplamente separa-
Autoridade e Poder: das, quanto maior a separação maior dificuldade de coor-
• de cima para baixo denação. Distância espacial tende a levar distância social.
• Divisões da estrutura - funções diferentes, vários de-
Ordens para baixo e informações para cima. partamentos na mesma linha horizontal – difícil o membros
As informações sempre são relativas à produção e nun- de um nível apreciar o trabalho de outro nível.
ca em relação aos problemas humanos e ressentimentos. A organização formal não pode ser eliminada; é ine-
Informações relativas a assuntos pessoais circulam em vitável e essencial, pois nenhuma organização pode ser
compreendida sem o conhecimento da organização for-
forma de cochichos. (não oficiais)
mal, é quase impossível também compreendê-la apenas
Comitês – tratar assuntos emocionais, pessoais e técnicos.
nessa base.
Limitam-se a tratar de assuntos e queixas triviais e formais.
Vantagem da grande empresa - resolver os problemas
Ressentimentos se manifestam: greves, sabotagens,
humanos - solução de problemas, esquemas de participa-
absenteísmo, etc. ção, benéficos, etc, dando segurança aos trabalhadores.
Desvantagem – sua natureza impessoal, dificuldade de
Firma do tipo autoritário leva o trabalhador a um esta- comunicação.
do de civilidade e disciplina superficial. A estrutura de uma firma e sua organização influen-
Trabalham na presença do “chefe”. Atmosfera de medo. ciam o comportamento dos indivíduos e grupos. Assim
como os atos individuais só podem ser compreendidos em
Promoção relação ao grupo e o comportamento de grupo só pode ser
Gerentes promovem pessoas bem adaptadas ou que compreendido num contexto de um grupo maior ao qual
adotem seu ponto de vista. “Escolhidas” do gerente. pertencem.
Para se estudar pequenos grupos faz-se necessário o
Características das organizações formais conhecimento das estruturas maiores. O grupo sofre in-
1. deliberadamente impessoal; fluências de fatores vindos de fora do mesmo.
2. baseada em relações ideais;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE PRODUTO
É uma divisão do trabalho por especialização dentro da É feito de acordo com as atividades inerentes a cada
estrutura organizacional da empresa. um dos produtos ou serviços da empresa.
Ou Departamentalização é o agrupamento, de acordo Exemplos de Departamentalização de produto:
com um critério específico de homogeneidade, das ativi- 1- Lojas de departamentos
dades e correspondente recursos (humanos, financeiros, 2- A Ford Motor Company tem as suas divisões Ford,
materiais e equipamentos) em unidades organizacionais. Mercury e Lincoln Continental.
Existem diversas maneiras básicas pelas quais as orga- 3- Um hospital pode estar agrupado por serviços pres-
nizações decidem sobre a configuração organizacional que
tados, como cirurgia, obstetrícia, assistência coronariana.
será usada para agrupar as várias atividades. O processo
Vantagens: Algumas das vantagens da Departamenta-
organizacional de determinar como as atividades devem
ser agrupadas chama-se Departamentalização. lização de produtos são:
Formas de Departamentalizar: • Pode-se dirigir atenção para linhas especificas de
1- Função produtos ou serviços.
2- Produto ou serviço • A coordenação de funções ao nível da divisão de pro-
3- Território duto torna-se melhor.
4- Cliente • Pode-se atribuir melhor a responsabilidade quanto
5- Processo ao lucro.
6- Projeto • Facilita a coordenação de resultados.
7- Matricial • Propicia a alocação de capital especializado para cada
8- Mista grupo de produto.
Deve-se notar, no entanto, que a maioria das organizações • Propicia condições favoráveis para a inovação e cria-
usam uma abordagem da contingência à Departamentaliza- tividade.
ção: isto é, a maioria usará mais de uma destas abordagens
usadas em algumas das maiores organizações. A maioria usa a Desvantagens:
abordagem funcional na cúpula e outras nos níveis mais baixos. • Exige mais pessoal e recursos de material, podendo
daí resultar duplicação desnecessária de recursos e equi-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES
pamento.
A Departamentalização funcional agrupa funções co-
• Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicida-
muns ou atividades semelhantes para formar uma unidade
des de atividade nos vários grupos de produtos.
organizacional. Assim todos os indivíduos que executam
funções semelhantes ficam reunidos, todo o pessoal de • Pode criar uma situação em que os gerentes de pro-
vendas, todo o pessoal de contabilidade, todo o pessoal de dutos se tornam muito poderosos, o que pode desestabili-
secretaria, todas as enfermeiras, e assim por diante. zar a estrutura da empresa.
A Departamentalização funcional pode ocorrer em
qualquer nível e é normalmente encontrada muito próximo DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL
à cúpula. Algumas vezes mencionadas como regional, de área
Vantagens: As vantagens principais da abordagem fun- ou geográfica. É o agrupamento de atividades de acordo
cional são: com os lugares onde estão localizadas as operações. Uma
• Mantém o poder e o prestígio das funções principais empresa de grande porte pode agrupar suas atividades de
• Cria eficiência através dos princípios da especialização. vendas em áreas do Brasil como a região Nordeste, região
• Centraliza a perícia da organização. Sudeste, e região Sul. Muitas vezes as filiais de bancos são
• Permite maior rigor no controle das funções pela alta estabelecidas desta maneira.
administração. As vantagens e desvantagens da Departamentalização
• Segurança na execução de tarefas e relacionamento territorial são semelhantes às dadas para a Departamenta-
de colegas. lização de produto. Tal grupamento permite a uma divisão
• Aconselhada para empresas que tenham poucas li-
focalizar as necessidades singulares de sua área, mas exi-
nhas de produtos.
ge coordenação e controle da administração de cúpula em
cada região.
Desvantagens: Existem também muitas desvantagens
na abordagem funcional.
• Entre elas podemos dizer: DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE
• A responsabilidade pelo desempenho total está so- A Departamentalização de cliente consiste em agrupar
mente na cúpula. as atividades de tal modo que elas focalizem um determi-
• Cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita. nado uso do produto ou serviço. A Departamentalização
• O treinamento de gerentes para assumir a posição no de cliente é usada principalmente no grupamento de ativi-
topo é limitado. dade de vendas ou serviços.
• A coordenação entre as funções se torna complexa e
mais difícil quanto à organização em tamanho e amplitude.
• Muita especialização do trabalho.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
As lojas de departamentos, por exemplo, podem ter DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE MATRIZ
uma seção para o grupo dos catorze aos vinte anos, uma A Departamentalização de matriz é semelhante à de proje-
seção para gestantes ou uma seção de roupas masculinas to, com uma exceção principal. No caso da Departamentaliza-
sociais, sem mencionar os departamentos para bebês e ção de matriz, o administrador de projeto não tem autoridade
crianças. Em cada caso, o esforço de vendas pode concen- de linha sobre os membros da equipe. Em lugar disso, a orga-
trar-se nos atributos e necessidades especificas do cliente. nização do administrador de projeto é sobreposta aos vários
A principal vantagem da Departamentalização de clien- departamentos funcionais, dando a impressão de uma matriz.
te é a adaptabilidade uma determinada clientela. A organização de matriz proporciona uma hierarquia que
responde rapidamente às mudanças em tecnologia. Por isso,
As desvantagens são:
é tipicamente encontrada em organização de orientação téc-
• Dificuldade de coordenação.
nica, como a Boeing, General Dynamics, NASA e GE onde os
• Subutilização de recursos e concorrência entre os
cientistas, engenheiros, ou especialistas técnicos trabalham
gerentes para concessões especiais em benefício de seus em projetos ou programas sofisticados. Também é usada por
próprios clientes. empresas com projetos de construção complexos.
Vantagens: Permitem comunicação aberta e coorde-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO OU nação de atividades entre os especialistas funcionais rele-
EQUIPAMENTO vantes. Capacita a organização a responder rapidamente
É o agrupamento de atividades que se centralizam nos à mudança. São abordagens orientadas para a tecnologia.
processos de produção ou equipamento. É encontrada Desvantagens: Pode haver choques resultantes das
com mais frequência em produção. As atividades de uma prioridades.
fábrica podem ser grupadas em perfuração, esmerilamen-
to, soldagem, montagem e acabamento, cada qual em seu A MELHOR FORMA DE DEPARTAMENTALIZAR
departamento. Para evitar problemas na hora de decidir como depar-
Você perceberá uma modificação deste agrupamento tamentalizar, pode-se seguir certos princípios:
organizacional quando comprar um hamburguer em um res- • Princípio do maior uso – o departamento que faz
taurante de serviço rápido. Note que algumas pessoas estão maior uso de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição.
assando a carne, outras estão fritando as batatas, e outras • Principio do maior interesse – o departamento que
tem maior interesse pela atividade deve supervisioná-la.
preparando a bebida. Usualmente há um anotador de pedi-
• Principio da separação e do controle – As atividades do
dos que também recebe o pagamento e compõe o pedido.
controle devem estar separadas das atividades controladas.
Vantagens:
• Principio da supressão da concorrência – Eliminar a
• Maior especialização de recursos alocados. concorrência entre departamentos, agrupando atividades
• Possibilidade de comunicação mais rápida de infor- correlatas no mesmo departamento.
mações técnicas.
Outro critério básico para departamentalização está ba-
Desvantagens: seado na diferenciação e na integração, os princípios são:
• Possibilidade de perda da visão global do andamento • Diferenciação, cujo princípio estabelece que as ativi-
do processo. dades diferentes devem ficar em departamentos separa-
• Flexibilidade restrita para ajustes no processo. dos. A diferenciação ocorre quando:
• O fator humano é diferente,
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETO • A tecnologia e a natureza das atividades são diferentes,
Aqui as pessoas recebem atribuições temporárias, uma • Os ambientes externos são diferentes,
vez que o projeto tem data de inicio e término. Terminado • Os objetivos e as estratégias são diferentes.
o projeto as pessoas são deslocadas para outras atividades.
Por exemplo: uma firma contábil poderia designar um A integração – Quanto mais atividades trabalham inte-
sócio (como administrador de projeto), um contador sê- gradas, maior razão para ficarem no mesmo departamento.
nior, e três contadores juniores para uma auditoria que está Fatores de integração são:
• Necessidade de coordenação.
sendo feita para um cliente.
Uma empresa manufatureira, um especialista em pro-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA
dução, um engenheiro mecânico e um químico poderiam É o tipo mais frequente, cada parte da empresa deve ter a
ser indicados para, sob a chefia de um administrador de estrutura que mais se adapte à sua realidade organizacional.
projeto, completar o projeto de controle de poluição.
Em cada um destes casos, o administrador de projeto Conceito
seria designado para chefiar a equipe, com plena autori-
dade sobre seus membros para a atividade específica do Entende‑se por Redação Oficial o conjunto de normas
projeto. e práticas que devem reger a emissão dos atos normati-
vos e comunicações do poder público, entre seus diversos
organismos ou nas relações dos órgãos públicos com as
entidades e os cidadãos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
A Redação Oficial inscreve‑se na confluência de dois forma poética, sentenças e despachos escritos em versos
universos distintos: a forma rege‑se pelas ciências da lin- rimados pertencem ao “folclore” jurídico‑administrativo e
guagem (morfologia, sintaxe, semântica, estilística etc.); o são práticas inaceitáveis nos textos oficiais. São também
conteúdo submete‑se aos princípios jurídico‑administra- inaceitáveis nos textos oficiais os vícios de linguagem, pro-
tivos impostos à União, aos Estados e aos Municípios, nas vocados por descuido ou ignorância, que constituem des-
esferas dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. vios das normas da língua‑padrão. Enumeram‑se, a seguir,
Pertencente ao campo da linguagem escrita, a Redação alguns desses vícios:
Oficial deve ter as qualidades e características exigidas do
texto escrito destinado à comunicação impessoal, objetiva, - Barbarismos: São desvios:
clara, correta e eficaz. - da ortografia: “ advinhar” em vez de adivinhar; “exces-
Por ser “oficial”, expressão verbal dos atos do poder são” em vez de exceção.
público, essa modalidade de redação ou de texto subordi- - da pronúncia: “rúbrica” em vez de rubrica.
na‑se aos princípios constitucionais e administrativos apli- - da morfologia: “interviu” em vez de interveio.
cáveis a todos os atos da administração pública, conforme - da semântica: desapercebido (sem recursos) em vez
estabelece o artigo 37 da Constituição Federal: de despercebido (não percebido, sem ser notado).
- pela utilização de estrangeirismos: galicismo (do fran-
“A administração pública direta e indireta de qualquer cês): “mise‑en‑scène” em vez de encenação; anglicismo (do
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos inglês): “delivery” em vez de entrega em domicílio.
Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impes‑
soalidade, moralidade, publicidade e eficiência ( ... )”. - Arcaísmos: Utilização de palavras ou expressões
anacrônicas, fora de uso. Ex.: “asinha” em vez de ligeira,
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con- depressa.
vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela
qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. - Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma-
Indicam‑se, a seguir, alguns pressupostos de como devem das de acordo com o sistema morfológico da língua, ainda
ser redigidos os textos oficiais. não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez
de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente” em vez
Padrão culto do idioma de igualmente.
A redação oficial deve observar o padrão culto do idio-
ma quanto ao léxico (seleção vocabular), à sintaxe (estru- - Solecismos: São os erros de sintaxe e podem ser:
tura gramatical das orações) e à morfologia (ortografia, - de concordância: “sobrou” muitas vagas em vez de
acentuação gráfica etc.). sobraram.
Por padrão culto do idioma deve‑se entender a língua - de regência: os comerciantes visam apenas “o
referendada pelos bons gramáticos e pelo uso nas situa- lucro” em vez de ao lucro.
ções formais de comunicação. Devem‑se excluir da Reda- - de colocação: “não tratava‑se” de um problema sério
gão Oficial a erudição minuciosa e os preciosismos voca- em vez de não se tratava.
bulares que criam entraves inúteis à compreensão do sig-
nificado. Não faz sentido usar “perfunctório” em lugar de - Ambiguidade: Duplo sentido não intencional. Ex.: O
“superficial” ou “doesto” em vez de “acusação” ou “calúnia”. desconhecido falou‑me de sua mãe. (Mãe de quem? Do
São descabidos também as citações em língua estrangei- desconhecido? Do interlocutor?)
ra e os latinismos, tão ao gosto da linguagem forense. Os
manuais de Redação Oficial, que vários órgãos têm feito - Cacófato: Som desagradável, resultante da junção
publicar, são unânimes em desaconselhar a utilização de de duas ou mais palavras da cadeia da frase. Ex.: Darei um
certas formas sacramentais, protocolares e de anacronis- prêmio por cada eleitor que votar em mim (por cada e
mos que ainda se leem em documentos oficiais, como: “No porcada).
dia 20 de maio, do ano de 2011 do nascimento de Nosso
Senhor Jesus Cristo”, que permanecem nos registros carto- - Pleonasmo: Informação desnecessariamente redun-
rários antigos. dante. Exemplos: As pessoas pobres, que não têm dinheiro,
Não cabem também, nos textos oficiais, coloquialis- vivem na miséria; Os moralistas, que se preocupam com a
mos, neologismos, regionalismos, bordões da fala e da lin- moral, vivem vigiando as outras pessoas.
guagem oral, bem como as abreviações e imagens sígnicas
comuns na comunicação eletrônica. A Redação Oficial supõe, como receptor, um operador
Diferentemente dos textos escolares, epistolares, jor- linguístico dotado de um repertório vocabular e de uma
nalísticos ou artísticos, a Redação Oficial não visa ao efeito articulação verbal minimamente compatíveis com o regis-
estético nem à originalidade. Ao contrário, impõe unifor- tro médio da linguagem. Nesse sentido, deve ser um texto
midade, sobriedade, clareza, objetividade, no sentido de neutro, sem facilitações que intentem suprir as deficiências
se obter a maior compreensão possível com o mínimo de cognitivas de leitores precariamente alfabetizados.
recursos expressivos necessários. Portarias lavradas sob

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Como exceção, citam‑se as campanhas e comunicados Formalidade e Padronização
destinados a públicos específicos, que fazem uma aproxima- As comunicações oficiais impõem um tratamento poli-
ção com o registro linguístico do público‑alvo. Mas esse é um do e respeitoso. Na tradição ibero‑americana, afeita a títulos
campo que refoge aos objetivos deste material, para se inse- e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua
rir nos domínios e técnicas da propaganda e da persuasão. posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de
Se o texto oficial não pode e não deve baixar ao ní- tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”, “Me-
vel de compreensão de leitores precariamente equipados ritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em algumas
quanto à linguagem, fica evidente o falo de que a alfabe- instâncias do poder, tornaram‑se inevitáveis. Entenda­-se que
tização e a capacidade de apreensão de enunciados são essa solenidade tem por consideração o cargo, a função pú-
condições inerentes à cidadania. Ninguém é verdadeira- blica, e não a pessoa de seu exercente.
mente cidadão se não consegue ler e compreender o que Vale lembrar que os pronomes de tratamento são obriga-
leu. O domínio do idioma é equipamento indispensável à toriamente regidos pela terceira pessoa. São erros muito co-
vida em sociedade. muns construções como “Vossa Excelência sois bondoso(a)”;
o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”.
Impessoalidade e Objetividade A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com que
Ainda que possam ser subscritos por um ente público os textos oficiais procuravam revestir‑se de um tom solene e
(funcionário, servidor etc.), os textos oficiais são expressão cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrônica e pe-
do poder público e é em nome dele que o emissor se co- dante, salvo em algumas peças oratórias envolvendo tribunais
munica, sempre nos termos da lei e sobre atos nela funda- ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição retórica de Rui Bar-
mentados. bosa e seus seguidores.
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do Outro aspecto das formalidades requeridas na Redação
“eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimen- Oficial é a necessidade prática de padronização dos expe-
tos ou opiniões. Mesmo quando o agente público mani- dientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação, espa-
festa‑se em primeira pessoa, em formas verbais comuns çamento, caracteres tipográficos etc., os modelos inevitáveis
de ofício, requerimento, memorando, aviso e outros, além de
como: declaro, resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é
facilitar a legibilidade, servem para agilizar o andamento bu-
nos termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que
rocrático, os despachos e o arquivamento.
exerce que se identifica e se manifesta.
É também por essa razão que quase todos os órgãos pú-
O que interessa é aquilo que se comunica, é o con-
blicos editam manuais com os modelos dos expedientes que
teúdo, o objeto da informação. A impessoalidade contribui
integram sua rotina burocrática. A Presidência da República,
para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade
a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribunais Superiores,
da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria
enfim, os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário têm os
suscetível de inúmeras interpretações.
próprios ritos na elaboração dos textos e documentos que
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O
lhes são pertinentes.
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí-
zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a Concisão e Clareza
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou Houve um tempo em que escrever bem era escrever “difí-
o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como cil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocábulos ra-
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo ros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enumerações,
que está escrevendo. gradações, repetições enfáticas já foram considerados virtu-
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o des estilísticas. Atualmente, a velocidade que se impõe a tudo
estilo individual é estimulado e serve como diferencial das o que se faz, inclusive ao escrever e ao ler, tornou esses re-
qualidades autorais, a função pública impõe a despersona- cursos quase sempre obsoletos. Hoje, a concisão, a economia
lização do sujeito, do agente público que emite a comuni- vocabular, a precisão lexical, ou seja, a eficácia do discurso,
cação. São inadmissíveis, portanto, as marcas individualiza- são pressupostos não só da Redação Oficial, mas da própria
doras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a literatura. Basta observar o estilo “enxuto” de Graciliano Ra-
elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela denotação, mos, de Carios Drummond de Andrade, de João Cabral de
pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda que Melo Neto, de Dalton Trevisan, mestres da linguagem alta-
essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática” mente concentrada.
ao discurso. Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
Reafirma‑se que a intermediação entre o emissor e o “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos oficiais,
receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, den- como o exemplo risível e caricato que segue:
tro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”, “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se faz
referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em que nos valhamos do ensejo para congratularmo‑nos com Vos‑
situações formais, acima das diferenças individuais, regio- sa Excelência pela oportunidade da medida proposta à aprecia‑
nais, de classes sociais e de níveis de escolaridade. ção de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde servidor
público, para abordar questões de tamanha complexidade, a
respeito das quais divergem os hermeneutas e exegetas.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das Emprego dos Pronomes de Tratamento
causas primeiras, que fundamentaram a proposição tempes‑ As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação
tivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispensável da Presidência da República.
se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes imedia‑
tos, posto que estes antecedentes necessariamente antece‑ Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as
dem os consequentes”. seguintes autoridades:
Observe que absolutamente nada foi dito ou informado.
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vi-
As Comunicações Oficiais ce-presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
A redação das comunicações oficiais obedece a pre- dores e vice‑governadores de Estado e do Distrito Fede-
ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade, ral; Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores;
formalidade, padronização e correção gramatical. Secretários‑executivos de Ministérios e demais ocupantes
Além dessas, há outras características comuns à comu- de cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos
nicação oficial, como o emprego de pronomes de trata- Governos Estaduais; Prefeitos Municipais.
mento, o tipo de fecho (encerramento) de uma correspon- - Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Sena-
dência e a forma de identificação do signatário, conforme dores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados
define o Manual de Redação da Presidência da República. Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
Outros órgãos e instituições do poder público também Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
possuem manual de redação próprio, como a Câmara dos - Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe-
Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciá- Militar.
rio etc.
Vocativos
Pronomes de Tratamento O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
A regra diz que toda comunicação oficial deve ser for- das aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
mal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gra- do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
maticais, como também às normas de educação e corte- República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
sia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes de Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo
tratamento, que devem ser utilizados de forma correta, de Tribunal Federal.
acordo com o destinatário e as regras gramaticais. As demais autoridades devem ser tratadas com o vo-
Embora os pronomes de tratamento se refiram à se- cativo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo:
gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concor- Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora
dância é feita em terceira pessoa. Juiza; Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governa-
dor / Senhora Governadora.
Concordância verbal:
Vossa Senhoria falou muito bem. Endereçamento
Vossa Excelência vai esclarecer o tema. De acordo com o Manual de Redação da Presidência,
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião. no envelope, o endereçamento das comunicações dirigi-
das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter
Concordância pronominal: a seguinte forma:
Pronomes de tratamento concordam com pronomes
possessivos na terceira pessoa. A Sua Excelência o Senhor
Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vosso...”). Fulano de Tal
Ministro de Estado da Justiça
Concordância nominal: 70064‑900 ‑ Brasília. DF
Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a
que se refere o pronome de tratamento. A Sua Excelência o Senhor
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem) Senador Fulano de Tal
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher) Senado Federal
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem) 70165‑900 ‑ Brasília. DF
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher)
A Sua Excelência o Senhor
Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela). Fulano de Tal
Vossa Excelência - com quem se fala (você) Juiz de Direito da l0ª Vara Cível
Rua ABC, nº 123
01010‑000 ‑ São Paulo. SP

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em Respeitosamente: para autoridades superiores, inclu-
comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento sive o presidente da República.
digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignida- Atenciosamente: para autoridades de mesma hierar-
de é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo públi- quia ou de hierarquia inferior.
co, sendo desnecessária sua repetida evocação”.
“Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações diri-
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento empregado gidas a autoridades estrangeiras, que atenderem a rito e
para as demais autoridades e para particulares. O vocativo tradição próprios, devidamente disciplinados no Manual de
adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana de Tal. Redação do Ministério das Relações Exteriores”, diz o Ma‑
nual de Redação da Presidência da República.
No envelope, deve constar do endereçamento: A utilização dos fechos “Respeitosamente” e “Atencio-
Ao Senhor samente” é recomendada para os mesmos casos pelo Ma‑
Fulano de Tal nual de Redação da Câmara dos Deputados e por outros
Rua ABC, nº 123 manuais oficiais. Já os fechos para as cartas particulares ou
70123-000 – Curitiba.PR informais ficam a critério do remetente, com preferência
para a expressão “Cordialmente”, para encerrar a corres-
Conforme o Manual de Redação da Presidência, em co- pondência de forma polida e sucinta.
municações oficiais “fica dispensado o emprego do super-
lativo Ilustríssimo para as autoridades que recebem o trata- Identificação do Signatário
mento de Vossa Senhoria e para particulares. É suficiente o Conforme o Manual de Redação da Presidência do Repú‑
uso do pronome de tratamento Senhor. O Manual também blica, com exceção das comunicações assinadas pelo presi-
esclarece que “doutor não é forma de tratamento, e sim dente da República, em todas as comunicações oficiais devem
título acadêmico”. Por isso, recomenda-se empregá-lo ape- constar o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo
nas em comunicações dirigidas a pessoas que tenham con- de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
cluído curso de doutorado. No entanto, ressalva-se que “é
(espaço para assinatura)
costume designar por doutor os bacharéis, especialmente
Nome
os bacharéis em Direito e em Medicina”.
Chefe da Secretaria‑Geral da Presidência da República
Vossa Magnificência: É o pronome de tratamento dirigi-
do a reitores de universidade. Corresponde‑lhe o vocativo:
(espaço para assinatura)
Magnífico Reitor.
Nome
Vossa Santidade: É o pronome de tratamento emprega-
Ministro de Estado da Justiça
do em comunicações dirigidas ao Papa. O vocativo corres-
pondente é: Santíssimo Padre. “Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a as-
sinatura em página isolada do expediente. Transfira para
Vossa Eminência ou Vossa Eminência Reverendíssima: essa página ao menos a última frase anterior ao fecho”,
São os pronomes empregados em comunicações dirigidas alerta o Manual.
a cardeais. Os vocativos correspondentes são: Eminentís-
simo Senhor Cardeal, ou Eminentíssimo e Reverendíssimo Padrões e Modelos
Senhor Cardeal.
O Padrão Ofício
Nas comunicações oficiais para as demais autoridades O Manual de Redação da Presidência da República lista
eclesiásticas são usados: Vossa Excelência Reverendíssima três tipos de expediente que, embora tenham finalidades
(para arcebispos e bispos); Vossa Reverendíssima ou Vos‑ diferentes, possuem formas semelhantes: Ofício, Aviso e
sa Senhoria Reverendíssima (para monsenhores, cônegos Memorando. A diagramação proposta para esses expe-
e superiores religiosos); Vossa Reverência (para sacerdotes, dientes é denominada padrão ofício.
clérigos e demais religiosos). O Ofício, o Aviso e o Memorando devem conter as se-
guintes partes:
Fechos para Comunicações
De acordo com o Manual da Presidência, o fecho das - Tipo e número do expediente, seguido da sigla do
comunicações oficiais “possui, além da finalidade óbvia de órgão que o expede. Exemplos:
arrematar o texto, a de saudar o destinatário”, ou seja, o
fecho é a maneira de quem expede a comunicação despe- Of. 123/2002-MME
dir‑se de seu destinatário. Aviso 123/2002-SG
Até 1991, quando foi publicada a primeira edição do Mem. 123/2002-MF
atual Manual de Redação da Presidência da República, havia
15 padrões de fechos para comunicações oficiais. O Manual - Local e data. Devem vir por extenso com alinhamen-
simplificou a lista e reduziu­-os a apenas dois para todas as to à direita. Exemplo:
modalidades de comunicação oficial. São eles:
Brasília, 20 de maio de 2011

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
- Assunto. Resumo do teor do documento. Exemplos: Forma de Diagramação

Assunto: Produtividade do órgão em 2010. Os documentos do padrão ofício devem obedecer à se-
Assunto: Necessidade de aquisição de novos computadores. guinte forma de apresentação:

- Destinatário. O nome e o cargo da pessoa a quem é - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
dirigida a comunicação. No caso do ofício, deve ser incluí- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
do também o endereço. de rodapé;
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro‑
- Texto. Nos casos em que não for de mero encami- man, poder‑se‑ão utilizar as fontes symbol e Wíngdings;
nhamento de documentos, o expediente deve conter a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte estrutura: número da página;
Introdução: que se confunde com o parágrafo de - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
“Tenho o prazer de”, “Cumpre‑me informar que”,empregue páginas pares (“margem espelho”);
a forma direta; - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se distância da margem esquerda;
o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere no mínimo 3,0 cm de largura;
maior clareza à exposição; - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5 cm;
Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente rea- - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
presentada a posição recomendada sobre o assunto. nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto em branco;
nos casos em que estes estejam organizados em itens ou - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
títulos e subtítulos. linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
Quando se tratar de mero encaminhamento de docu- elegância e a sobriedade do documento;
mentos, a estrutura deve ser a seguinte: - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
Introdução: deve iniciar com referência ao expedien- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
te que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do do- para gráficos e ilustrações;
cumento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a in- - todos os tipos de documento do padrão ofício devem
formação do motivo da comunicação, que é encaminhar, ser impressos em papel de tamanho A‑4, ou seja, 29,7 x
indicando a seguir os dados completos do documento en- 21,0 cm;
caminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
segundo a seguinte fórmula: - dentro do possível, todos os documentos elaborados
devem ter o arquivo de texto preservado para consulta pos-
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de terior ou aproveitamento de trechos para casos análogos;
2011, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
de 2010, do Departamento Geral de Administração, que tra‑ vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
ta da requisição do servidor Fulano de Tal.” + número do documento + palavras‑chave do conteúdo.
Exemplo:
ou
“Of. 123 ‑ relatório produtividade ano 2010”
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa
cópia do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do Aviso e Ofício (Comunicação Externa)
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a res‑
peito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na São modalidades de comunicação oficial praticamen-
região Nordeste.” te idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
Desenvolvimento: se o autor da comunicação dese- autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
jar fazer algum comentário a respeito do documento que é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvi- como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
mento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvol- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
vimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. também com particulares.
- Fecho. Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo
- Assinatura. do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
- Identificação do Signatário destinatário, seguido de vírgula. Exemplos:

9
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Excelentíssimo Senhor Presidente da República, No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
Senhora Ministra, plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi-
Senhor Chefe de Gabinete, dente da República, sua estrutura segue o modelo antes
referido para o padrão ofício.
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as Já a exposição de motivos que submeta à consideração
seguintes informações do remetente: do Presidente da República a sugestão de alguma medida
- nome do órgão ou setor; a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato nor-
- endereço postal; mativo, embora sigam também a estrutura do padrão ofí-
- telefone e endereço de correio eletrônico. cio, além de outros comentários julgados pertinentes por
seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
Obs: Modelo no final da matéria. - na introdução: o problema que está a reclamar a
adoção da medida ou do ato normativo proposto;
Memorando ou Comunicação Interna - no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me-
dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar
O Memorando é a modalidade de comunicação entre o problema, e eventuais alternativas existentes para equa-
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem cioná‑lo;
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível diferen- - na conclusão, novamente, qual medida deve ser to-
te. Trata‑se, portanto, de uma forma de comunicação emi- mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu-
nentemente interna. cionar o problema.
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex-
a serem adotados por determinado setor do serviço público. posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação do com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº
memorando em qualquer órgão deve pautar-­se pela rapi- 4.1760, de 28 de março de 2010.
dez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. Para
Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do
evitar desnecessário aumento do número de comunicações,
Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de
os despachos ao memorando devem ser dados no próprio
______________ de 201_.
documento e, no caso de falta de espaço, em folha de con-
tinuação. Esse procedimento permite formar uma espécie
- Síntese do problema ou da situação que reclama pro-
de processo simplificado, assegurando maior transparência
vidências;
a tomada de decisões, e permitindo que se historie o anda-
- Soluções e providências contidas no ato normativo
mento da matéria tratada no memorando.
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo do ou na medida proposta;
padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário deve - Alternativas existentes às medidas propostas. Men-
ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: cionar:
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração - se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos. - outras possibilidades de resolução do problema.
- Custos. Mencionar:
Obs: Modelo no final da matéria. - se a despesa decorrente da medida está prevista na
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
Exposição de Motivos custeá‑la;
- se a despesa decorrente da medida está prevista na
É o expediente dirigido ao presidente da República ou ao lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
vice-presidente para: custeá‑la;
- informá-lo de determinado assunto; - valor a ser despendido em moeda corrente;
- propor alguma medida; ou - Razões que justificam a urgência (a ser preenchi-
- submeter a sua consideração projeto de ato normativo. do somente se o ato proposto for medida provisória ou
projeto de lei que deva tramitar em regime de urgência).
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presidente Mencionar:
da República por um Ministro de Estado. Nos casos em que o - se o problema configura calamidade pública;
assunto tratado envolva mais de um Ministério, a exposição - por que é indispensável a vigência imediata;
de motivos deverá ser assinada por todos os Ministros en- - se se trata de problema cuja causa ou agravamento
volvidos, sendo, por essa razão, chamada de interministerial. não tenham sido previstos;
Formalmente a exposição de motivos tem a apresenta- - se se trata de desenvolvimento extraordinário de si-
ção do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apre- tuação já prevista.
senta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela que - Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato
tenha caráter exclusivamente informativo e outra para a que ou medida proposta possa vir a tê-lo)
proponha alguma medida ou submeta projeto de ato nor- - Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto;
mativo. - Síntese do parecer do órgão jurídico.

10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Com base em avaliação do ato normativo ou da medida de deliberação de suas Casas; apresentar veto; enfim, fazer
proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3. e agradecer comunicações de tudo quanto seja de interesse
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode dos poderes públicos e da Nação.
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos Mi-
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para que nistérios à Presidência da República, a cujas assessorias caberá
se complete o exame ou se reformule a proposta. a redação final.
O preenchimento obrigatório do anexo para as exposi- As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
ções de motivos que proponham a adoção de alguma medi- gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
da ou a edição de ato normativo tem como finalidade:
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que se - Encaminhamento de projeto de lei ordinária, com-
busca resolver; plementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas do complementar são enviados em regime normal (Constituição,
problema e dos defeitos que pode ter a adoção da medida ou art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a 4º). Cabe
a edição do ato, em consonância com as questões que devem lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob o regime
ser analisadas na elaboração de proposições normativas no normal e mais tarde ser objeto de nova mensagem, com soli-
âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) citação de urgência.
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Membros
do Congresso Nacional, mas é encaminhada com aviso do
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser ana- Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao Primeiro
lisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do Poder Secretário da Câmara dos Deputados, para que tenha início
Executivo, o texto da exposição de motivos e seu anexo com- sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
plementam-se e formam um todo coeso: no anexo, encontra- Quanto aos projetos de lei financeira (que compreendem
mos uma avaliação profunda e direta de toda a situação que plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos anuais
está a reclamar a adoção de certa providência ou a edição de e créditos adicionais), as mensagens de encaminhamento di-
um ato normativo; o problema a ser enfrentado e suas cau- rigem‑se aos membros do Congresso Nacional, e os respecti-
sas; a solução que se propõe, seus efeitos e seus custos; e as vos avisos são endereçados ao Primeiro Secretário do Senado
alternativas existentes. O texto da exposição de motivos fica, Federal. A razão é que o art. 166 da Constituição impõe a de-
assim, reservado à demonstração da necessidade da provi- liberação congressual sobre as leis financeiras em sessão con‑
dência proposta: por que deve ser adotada e como resolverá junta, mais precisamente, “na forma do regimento comum”. E
o problema. à frente da Mesa do Congresso Nacional está o Presidente do
Nos casos em que o ato proposto for questão de pes- Senado Federal (Constituição, art. 57, § 5º), que comanda as
soal (nomeação, promoção, ascenção, transferência, readap- sessões conjuntas.
tação, reversão, aproveitamento, reintegração, recondução, As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen-
remoção, exoneração, demissão, dispensa, disponibilidade, volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange minucio-
aposentadoria), não é necessário o encaminhamento do for- so exame técnico, jurídico e econômico‑financeiro das maté-
mulário de anexo à exposição de motivos. Ressalte-se que: rias objeto das proposições por elas encaminhadas.
- a síntese do parecer do órgão de assessoramento jurí- Tais exames materializam‑se em pareceres dos diversos
dico não dispensa o encaminhamento do parecer completo; órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles o
- o tamanho dos campos do anexo à exposição de moti- da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das propostas,
vos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor ex- as análises necessárias constam da exposição de motivos do
tensão dos comentários a serem alí incluídos. órgão onde se geraram, exposição que acompanhará, por có-
pia, a mensagem de encaminhamento ao Congresso.
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presente
que a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial (cla- - Encaminhamento de medida provisória: Para dar
reza, concisão, impessoalidade, formalidade, padronização e cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Presi-
uso do padrão culto de linguagem) deve ser redobrada. A dente da República encaminha mensagem ao Congresso, diri-
exposição de motivos é a principal modalidade de comuni- gida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secretário do
cação dirigida ao Presidente da República pelos Ministros. Senado Federal, juntando cópia da medida provisória, auten-
Além disso, pode, em certos casos, ser encaminhada cópia ticada pela Coordenação de Documentação da Presidência da
ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário ou, ainda, ser República.
publicada no Diário Oficial da União, no todo ou em parte.
- Indicação de autoridades: As mensagens que subme-
Mensagem tem ao Senado Federal a indicação de pessoas para ocuparem
determinados cargos (magistrados dos Tribunais Superiores,
É o instrumento de comunicação oficial entre os Chefes Ministros do TCU, Presidentes e diretores do Banco Central,
dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens enviadas Procurador‑Geral da República, Chefes de Missão Diplomática
pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo para in- etc.) têm em vista que a Constituição, no seu art. 52, incisos III
formar sobre fato da Administração Pública; expor o plano e IV, atribui àquela Casa do Congresso Nacional competência
de governo por ocasião da abertura de sessão legislativa; privativa para aprovar a indicação. O currículum vitae do indi-
submeter ao Congresso Nacional matérias que dependem cado, devidamente assinado, acompanha a mensagem.

11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
- Pedido de autorização para o presidente ou o vi- - Outras mensagens: Também são remetidas ao Legis-
ce‑presidente da República se ausentarem do País por lativo com regular frequência mensagens com:
mais de 15 dias: Trata‑se de exigência constitucional - encaminhamento de atos internacionais que acarre-
(Constituição, art. 49, III, e 83), e a autorização é da compe- tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição,
tência privativa do Congresso Nacional. art. 49, I);
O presidente da República, tradicionalmente, por cor- - pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis
tesia, quando a ausência é por prazo inferior a 15 dias, às operações e prestações interestaduais e de exportação
faz uma comunicação a cada Casa do Congresso, envian- (Constituição, art. 155, § 2º, IV);
do‑lhes mensagens idênticas. - proposta de fixação de limites globais para o montan-
te da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
- Encaminhamento de atos de concessão e renova- - pedido de autorização para operações financeiras ex-
ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri- ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.
gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição.
- convocação extraordinária do Congresso Nacional
Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação
(Constituição, art. 57, § 6º);
da concessão após deliberação do Congresso Nacional
- pedido de autorização para exonerar o Procura-
(Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a dor‑Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § - pedido de autorização para declarar guerra e decretar
1º do art. 223 já define o prazo da tramitação. mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a - pedido de autorização ou referendo para celebrara
mensagem o correspondente processo administrativo. paz (Constituição, art. 84, XX);
- justificativa para decretação do estado de defesa ou
de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
- Encaminhamento das contas referentes ao exer- - pedido de autorização para decretar o estado de sítio
cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de (Constituição, art. 137);
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para en- - relato das medidas praticadas na vigência do esta-
viar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exer- do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
cício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e único);
parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. - proposta de modificação de projetas de leis financei-
166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar ras (Constituição, art. 166, § 5º);
a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedi- - pedido de autorização para utilizar recursos que fi-
mento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno. carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
deve conter o plano de governo, exposição sobre a situa- anual (Constituição, art. 166, § 8º);
ção do País e solicitação de providências que julgar neces- - pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
sárias (Constituição, art. 84, XI). ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art.
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da 188, § 1º); etc.
Presidência da República. Esta mensagem difere das de- As mensagens contêm:
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
congressistas em forma de livro. horizontalmente, no início da margem esquerda:

Mensagem nº
- Comunicação de sanção (com restituição de au-
tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do
- vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro
o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
­Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela gem esquerda:
se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Pre- Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
sidente da República terá aposto o despacho de sanção.
- o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do - o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais margem direita. A mensagem, como os demais atos assi-
as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai nados pelo Presidente da República, não traz identificação
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrá- de seu signatário.
rio das demais mensagens, cuja publicação se restringe à Obs: Modelo no final da matéria.
notícia do seu envio ao Poder Legislativo.

12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Telegrama Apostila

Com o fito de uniformizar a terminologia e simplificar É o aditamento que se faz a um documento com o ob-
os procedimentos burocráticos, passa a receber o título de jetivo de retificação, atualização, esclarecimento ou fixar
telegrama toda comunicação oficial expedida por meio de vantagens, evitando‑se assim a expedição de um novo títu-
telegrafia, telex etc. Por se tratar de forma de comunicação lo ou documento. Estrutura:
dispendiosa aos cofres públicos e tecnologicamente supe- - Título: APOSTILA, centralizado.
rada, deve restringir‑se o uso do telegrama apenas àquelas - Texto: exposição sucinta da retificação, esclarecimen-
situações que não seja possível o uso de correio eletrônico to, atualização ou fixação da vantagem, com a menção, se
ou fax e que a urgência justifique sua utilização e, também for o caso, onde o documento foi publicado.
em razão de seu custo elevado, esta forma de comunicação - Local e data.
deve pautar‑se pela concisão. - Assinatura: nome e função ou cargo da autoridade
Não há padrão rígido, devendo‑se seguir a forma e que constatou a necessidade de efetuar a apostila.
a estrutura dos formulários disponíveis nas agências dos
Correios e em seu sítio na Internet. Não deve receber numeração, sendo que, em caso de
Obs: Modelo no final da matéria. documento arquivado, a apostila deve ser feita abaixo dos
textos ou no verso do documento.
Fax Em caso de publicação do ato administrativo originário,
a apostila deve ser publicada com a menção expressa do
O fax (forma abreviada já consagrada de fac‑símile) é ato, número, dia, página e no mesmo meio de comunicaçao
uma forma de comunicação que está sendo menos usada oficial no qual o ato administrativo foi originalmente publi-
devido ao desenvolvimento da Internet. É utilizado para a cado, a fim de que se preserve a data de validade.
transmissão de mensagens urgentes e para o envio ante- Obs: Modelo no final da matéria.
cipado de documentos, de cujo conhecimento há premên-
cia, quando não há condições de envio do documento por
ATA
meio eletrônico. Quando necessário o original, ele segue
posteriormente pela via e na forma de praxe.
É o instrumento utilizado para o registro expositivo dos
Se necessário o arquivamento, deve‑se fazê‑lo com có-
fatos e deliberações ocorridos em uma reunião, sessão ou
pia xerox do fax e não com o próprio fax, cujo papel, em
assembleia. Estrutura:
certos modelos, se deteriora rapidamente.
- Título ‑ ATA. Em se tratando de atas elaboradas se-
Os documentos enviados por fax mantêm a forma e
quencialmente, indicar o respectivo número da reunião ou
a estrutura que lhes são inerentes. É conveniente o envio,
juntamente com o documento principal, de folha de rosto, sessão, em caixa‑alta.
isto é, de pequeno formulário com os dados de identifica- - Texto, incluindo: Preâmbulo ‑ registro da situação
ção da mensagem a ser enviada. espacial e temporal e participantes; Registro dos assuntos
abordados e de suas decisões, com indicação das persona-
Correio Eletrônico lidades envolvidas, se for o caso; Fecho ‑ termo de encerra-
mento com indicação, se necessário, do redator, do horário
O correio eletrônico (“e‑mail”), por seu baixo custo e de encerramento, de convocação de nova reunião etc.
celeridade, transformou‑se na principal forma de comuni- A ATA será assinada e/ou rubricada portodos os pre-
cação para transmissão de documentos. sentes à reunião ou apenas pelo presidente e relator, de-
Um dos atrativos de comunicação por correio eletrô- pendendo das exigências regimentais do órgão.
nico é sua flexibilidade. Assim, não interessa definir forma A fim de se evitarem rasuras nas atas manuscritas, de-
rígida para sua estrutura. Entretanto, deve‑se evitar o uso ve‑se, em caso de erro, utilizar o termo “digo”, seguido da
de linguagem incompatível com uma comunicação oficial. informação correta a ser registrada. No caso de omissão
O campo assunto do formulário de correio eletrônico de informações ou de erros constatados após a redação,
mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a organi- usa‑se a expressão “Em tempo” ao final da ATA, com o re-
zação documental tanto do destinatário quanto do remetente. gistro das informações corretas.
Para os arquivos anexados à mensagem deve ser utili- Obs: Modelo no final da matéria.
zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí- Carta
nimas sobre seu conteúdo.
Sempre que disponível, deve‑se utilizar recurso de con- É a forma de correspondência emitida por particular,
firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar ou autoridade com objetivo particular, não se confundindo
da mensagem pedido de confirmação de recebimento. com o memorando (correspondência interna) ou o ofício
Nos termos da legislação em vigor, para que a mensa- (correspondência externa), nos quais a autoridade que as-
gem de correio eletrônico tenha valor documental, isto é, sina expressa uma opinião ou dá uma informação não sua,
para que possa ser aceita como documento original, é ne- mas, sim, do órgão pelo qual responde. Em grande parte
cessário existir certificação digital que ateste a identidade dos casos da correspondência enviada por deputados, de-
do remetente, na forma estabelecida em lei. ve‑se usar a carta, não o memorando ou ofício, por estar

13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
o parlamentar emitindo parecer, opinião ou informação de Ordem de Serviço
sua responsabilidade, e não especificamente da Câmara dos
Deputados. O parlamentar deverá assinar memorando ou É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/
ofício apenas como titular de função oficial específica (pre- ou pontuais para a execução de serviços por órgãos subor-
sidente de comissão ou membro da Mesa, por exemplo). dinados da Administração. Estrutura:
Estrutura: - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.
- Local e data. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da au-
- Endereçamento, com forma de tratamento, destinatá- toridade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da
rio, cargo e endereço. legislação pertinente ou por força das prerrogativas do car-
- Vocativo. go, seguida da palavra “resolve”.
- Texto. - Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
- Fecho. vidido em itens, incisos, alíneas etc.
- Assinatura: nome e, quando necessário, função ou - Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
cargo. cação da função.

Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nu- A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém
merá‑las. Nesse caso, a numeração poderá apoiar­-se no possui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essen-
padrão básico de diagramação. cialmente, a otimização e a racionalização de serviços.
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corres- Obs: Modelo no final da matéria.
pondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, a
exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar rela- Parecer
ção de proximidade ou igualdade de posição entre os cor-
respondentes. É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal
Obs: Modelo no final da matéria. ou de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido
submetido para análise e competente pronunciamento.
Declaração
Visa fornecer subsídios para tomada de decisão. Estrutura:
- Número de ordem (quando necessário).
É o documento em que se informa, sob responsabilida-
- Número do processo de origem.
de, algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura:
- Ementa (resumo do assunto).
- Título: DECLARAÇÃO, centralizado.
- Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (intro-
- Texto: exposição do fato ou situação declarada, com
dução); Parecer (desenvolvimento com razões e justificati-
finalidade, nome do interessado em destaque (em maiús-
culas) e sua relação com a Câmara nos casos mais formais. vas); Fecho opinativo (conclusão).
- Local e data. - Local e data.
- Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de - Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
autoridade, função ou cargo.
Além do Parecer Administrativo, acima conceituado,
A declaração documenta uma informação prestada por existe o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como
autoridade ou particular. No caso de autoridade, a compro- tal, definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara
vação do fato ou o conhecimento da situação declarada deve dos Deputados.
serem razão do cargo que ocupa ou da função que exerce. O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em
Declarações que possuam características específicas tantos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao pare-
podem receber uma qualificação, a exemplo da “declara- cerista para o fim de melhor organizar o assunto, imprimin-
ção funcional”. do‑lhe clareza e didatismo.
Obs: Modelo no final da matéria. Obs: Modelo no final da matéria.
Despacho Portaria

É o pronunciamento de autoridade administrativa em É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabe-


petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento lece regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata
do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expe- da organização e do funcionamento de serviços dentro de
diente. Estrutura: sua esfera de competência. Estrutura:
- Nome do órgão principal e secundário. - Título: PORTARIA, numeração e data.
- Número do processo. - Ementa: síntese do assunto.
- Data. - Preâmbulo e fundamentação: denominação da auto-
- Texto. ridade que expede o ato e citação da legislação pertinente,
- Assinatura e função ou cargo da autoridade. seguida da palavra “resolve”.
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser di-
O despacho pode constituir‑se de uma palavra, de uma vidido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens.
expressão ou de um texto mais longo. - Assinatura: nome da autoridade competente e indi-
Obs: Modelo no final da matéria. cação do cargo.

14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Certas portarias contêm considerandos, com as razões - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do re-
que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem querente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qua-
depois deles. lificação: nacionalidade, estado civil, profissão, documen-
A ementa justifica‑se em portarias de natureza normativa. to de identidade, idade (se maior de 60 anos, para fins
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de de preferência na tramitação do processo, segundo a Lei
nomeação e exoneração, por exemplo, suprime­-se a ementa. 10.741/03), e domicílio (caso o requerente seja servidor
Obs: Modelo no final da matéria. da Câmara dos Deputados, precedendo à qualificação ci-
vil deve ser colocado o número do registro funcional e a
Relatório lotação); Exposição do pedido, de preferência indicando os
fundamentos legais do requerimento e os elementos pro-
É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funciona- batórios de natureza fática.
mento de uma instituição, do exercício de atividades ou - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
acerca do desenvolvimento de serviços específicos num - Local e data.
determinado período. Estrutura: - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
- Título ‑ RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE...
- Texto ‑ registro em tópicos das principais atividades Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, rei-
desenvolvidas, podendo ser indicados os resultados parciais vindicação ou manifestação, o documento utilizado será
e totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos po- um abaixo‑assinado, com estrutura semelhante à do re-
sitivos e negativos do período abrangido. O cronograma de querimento, devendo haver identificação das assinaturas.
trabalho a ser desenvolvido, os quadros, os dados estatís- A Constituição Federal assegura a todos, independen-
ticos e as tabelas poderão ser apresentados como anexos. temente do pagamento de taxas, o direito de petição aos
- Local e data. Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegali-
- Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) re- dade ou abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que
lator(es). o exercício desse direito se instrumentaliza por meio de
requerimento. No que concerne especificamente aos servi-
dores públicos, a lei que institui o Regime único estabelece
No caso de Relatório de Viagem, aconselha‑se regis-
que o requerimento deve ser dirigido à autoridade compe-
trar uma descrição sucinta da participação do servidor no
tente para decidi‑lo e encaminhado por intermédio daque-
evento (seminário, curso, missão oficial e outras), indicando
la a que estiver imediatamente subordinado o requerente
o período e o trecho compreendido. Sempre que possível,
(Lei nº 8.112/90, art. 105).
o Relatório de Viagem deverá ser elaborado com vistas ao
Obs: Modelo no final da matéria.
aproveitamento efetivo das informações tratadas no even-
to para os trabalhos legislativos e administrativos da Casa.
Protocolo
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, de-
ve‑se atentar para os seguintes procedimentos: O registro de protocolo (ou simplesmente “o protoco-
- abster‑se de transcrever a competência formal das lo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático)
unidades administrativas já descritas nas normas internas; em que são transcritos progressivamente os documentos e
- relatar apenas as principais atividades do órgão; os atos em entrada e em saída de um sujeito ou entidade
- evitar o detalhamento excessivo das tarefas execu- (público ou privado). Este registro, se obedecerem a nor-
tadas pelas unidades administrativas que lhe são subordi- mas legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em
nadas; casos de controvérsia jurídica.
- priorizar a apresentação de dados agregados, gran- O termo protocolo tem um significado bastante amplo,
des metas realizadas e problemas abrangentes que foram identificando-se diretamente com o próprio procedimen-
solucionados; to. Por extensão de sentido, “protocolo” significa também
- destacar propostas que não puderam ser concreti- um trâmite a ser seguido para alcançar determinado obje-
zadas, identificando as causas e indicando as prioridades tivo (“seguir o protocolo”).
para os próximos anos; A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma
- gerar um relatório final consolidado, limitado, se pos- repartição determinada, que recebe o material documen-
sível, ao máximo de dez páginas para o conjunto da Direto- tário do sujeito que o produz em saída e em entrada e os
ria, Departamento ou unidade equivalente. anota num registro (atualmente em programas informáti-
Obs: Modelo no final da matéria. cos), atruibuindo-lhes um número e também uma posição
de arquivo de acordo com suas características.
Requerimento (Petição) O registro tem quatro elementos necessários e obri-
gatórios:
É o instrumento por meio do qual o interessado requer - Número progressivo.
a uma autoridade administrativa um direito do qual se jul- - Data de recebimento ou de saída.
ga detentor. Estrutura: - Remetente ou destinatário.
- Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), - Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da cor-
ou seja, da autoridade competente. respondência

15
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Ofício

(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)

Ofício nº 524/1991/SG-PR

Brasília, 20 de maio de 2011

A Sua Excelência o Senhor


Deputado (Nome)
Câmara dos Deputados
70160-900 – Brasília – DF
3 cm 297 mm
1,5 cm
Assunto: Demarcação de terras indígenas

Senhor Deputado,

1. Em complemento às observações transmitidas pelo telegrama nº 154, de


24 de abril último, informo Vossa Excelência de que as medidas mencionadas em
sua carta nº 6708, dirigida ao Senhor Presidente da República, estão amparadas
pelo procedimento administrativo de demarcação de terras indígenas instituído
pelo Decreto nº 22, de 4 de fevereiro de 1991 (cópia anexa).
2. Em sua comunicação, Vossa Excelência ressalva a necessidade de que –
na definição e demarcação das terras indígenas – fossem levadas em consideração
as características sócio-econômicas regionais.
3. Nos termos do Decreto nº 22, a demarcação de terras indígenas
deverá ser precedida de estudos e levantamentos técnicos que atendam ao disposto
no art. 231, § 1º, da Constituição Federal. Os estudos deverão incluir os aspectos
etno-históricos, sociológicos, cartográficos e fundiários. O exame deste último
aspecto deverá ser feito conjuntamente com o órgão federal ou estadual
competente.
4. Os órgãos públicos federais, estaduais e municipais deverão
encaminhas as informações que julgarem pertinentes sobre a área em estudo. É
igualmente assegurada a manifestação de entidades representativas da sociedade
civil.
5. Os estudos técnicos elaborados pelo órgão federal de proteção ao índio
serão publicados juntamente com as informações recebidas dos órgãos públicos e
das entidades civis acima mencionadas.
6. Como Vossa Excelência pode verificar, o procedimento estabelecido
assegura que a decisão a ser baixada pelo Ministro de Estado da Justiça sobre os
limites e a demarcação de terras indígenas seja informada de todos os elementos
necessários, inclusive daqueles assinalados em sua carta, com a necessária
transparência e agilidade.

Atenciosamente,

(Nome)
(cargo)

210 mm

16
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Aviso

Aviso nº 45/SCT-PR

Brasília, 27 de fevereiro de 2011

A Sua Excelência o Senhor


(Nome e cargo)
297 mm

3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público

Senhor Ministro,

Convido Vossa Excelência a participar da sessão de abertura do Primeiro


Seminário Regional sobre o Uso Eficiente de Energia no Setor Público, a ser
realizado em 5 de março próximo, às 9 horas, no auditório da Escola Nacional de
Administração Pública – ENAP, localizada no Setor de Áreas Isoladas, nesta
capital.
O Seminário mencionado inclui-se nas atividades do Programa Nacional das
Comissões Internas de Conservação de Energia em Órgãos Públicos, instituído
pelo Decreto nº 99.656, de 26 de outubro de 1990.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)
(cargo do signatário)

210 mm

17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Memorando

Mem. 118/DJ

Em 12 de abril de 2011

Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração

297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm

1. Nos termos do Plano Geral de Informatização, solicito a Vossa


Senhoria verificar a possibilidade de que sejam instalados três microcomputadores
neste Departamento.
2. Sem descer a maiores detalhes técnicos, acrescento, apenas, que o ideal
seria que o equipamento fosse dotado de disco rígido e de monitor padrão EGA.
Quanto a programas, haveria necessidade de dois tipos: um processador de textos
e outro gerenciador de banco de dados.
3. O treinamento de pessoal para operação dos micros poderia ficar a cargo
da Seção de Treinamento do Departamento de Modernização, cuja chefia já
manifestou seu acordo a respeito.
4. Devo mencionar, por fim, que a informatização dos trabalhos deste
Departa-mento ensejará racional distribuição de tarefas entre os servidores e,
sobretudo, uma melhoria na qualidade dos serviços prestados.

Atenciosamente,

(Nome do signatário)

210 mm

19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Mensagem

5 cm

Mensagem nº 118

4 cm

297 mm

Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,

2 cm 1,5 cm

3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.

Brasília, 28 de março de 2011

210 mm

20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Telegrama

[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]

Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
_____________________________________________________________________


Exemplo de Apostila

APOSTILA

A Diretora da Coordenação de Secretariado Parlamentar do Departamento de Pessoal declara que


o servidor José da Silva, nomeado pela Portaria CDCC-RQ001/2004, publicada no Suplemento ao Boletim
Administrativo de 30 de março de 2004, teve sua situação funcional alterada, de Secretário Parlamentar
Requisitado, ponto n. 123, para Secretário Parlamentar sem vínculo efetivo com o serviço público, ponto n.
105.123, a partir de 11 de abril de 2004, em face de decisão contida no Processo n. 25.001/2004.

Brasília, em 26/5/2011

Maria da Silva
Diretora

Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações

ATA

As 10h15min, do dia 24 de maio de 2011, na Sala de Reunião do Cedi, a Sra. Maria da Silva, Diretora
da Coordenação, deu início aos trabalhos com a leitura da ala da reunião anterior, que foi aprovada, sem
alterações. Em prosseguimento, apresentou a pauta da reunião, com a inclusão do item “Projetos Concluídos”,
sendo aprovada sem o acréscimo de novos itens. Tomou a palavra o Sr. José da Silva, Chefe da Seção de
Marketing, que apresentou um breve relato das atividades desenvolvidas no trimestre, incluindo o lançamento
dos novos produtos. Em seguida, o Sr. Mário dos Santos, Chefe da Tipografia, ressaltou que nos últimos
meses os trabalhos enviados para publicação estavam de acordo com as normas estabelecidas, parabenizando
a todos pelos resultados alcançados. Com relação aos projeXos concluídos, a Diretora esclareceu que todos
mantiveram-se dentro do cronograma de trabalho preestabelecido e que serao encaminhados à gráfica na
próxima semana. Às 11h45min a Diretora encerrou os trabalhos, antes convocando reunião para o dia 2 de
junho, quarta-feira, às 10 horas, no mesmo local. Nada mais havendo a tratar, a reunião foi encerrada, e eu,
Ana de Souza, lavrei a presente ata que vai assinada por mim e pela Diretora.

Diretora

Secretária

21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Despacho

CÂMARA DOS DEPUTADOS


PRIMEIRASECRETARIA

Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...

Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70 do Regimento
do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos das informações e
manifestações dos órgãos técnicos da Casa.

Deputado José da Silva


PrimeiroSecretário

Exemplo de Ordem de Serviço

CÂMARA DOS DEPUTADOS


CONSULTORIA TÉCNICA

ORDEM DE SERVIÇO N. 3, DE 6/6/2010

O DIRETOR DA CONSULTORIA TÉCNICA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso de suas


atribuições, resolve:
1. As salas 3 e 4 da Consultoria Técnica ficam destinadas a reuniões de trabalho com deputados,
consultores e servidores dos setores de apoio da Consultoria Técnica.
2. As reuniões de trabalho serão agendadas previamente pela Diretoria da Coordenação de Serviços
Gerais.
................................................................................................................................
6. Havendo mais de uma solicitação de uso para o mesmo horário, será adotada a seguinte ordem de
preferência:
1 reuniões de trabalho com a participação de deputados;
11 reuniões de trabalho da diretoria;
111 reuniões de trabalho dos consultores;
IV . ..................................................................................................................................
V . ....................................................................................................................................
7. O cancelamento de reunião deverá ser imediatamente comunicado à Diretoría da Coordenação de
Serviços Gerais.

José da Silva
Diretor

22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Parecer

PARECER JURÍDICO

De: Departamento Jurídico


Para: Gerente Administrativo

Senhor Gerente,

Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de Tal, passamos
a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja, basta
comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade provisória no
emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou seja, proteger a gestante e o
nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado gestacional
da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste sentido tem sido as
reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do
contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº
244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de
experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou
sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao contrário,
diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial, o que foi feito, não
tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe foi apresentado o resultado negativo
do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio indenizado
garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão de aviso
prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este entendimento
exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade. Contudo, na
hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado, certo é que a empregada
já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A conclusão da ultrossonografia obstétrica
afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do
afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante, considerando
que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando que o desconhecimento do
estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a gravidez
ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada diante da
estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.

(localidade), (dia) de (mês) de (ano).


(assinatura)
(nome)
(cargo)

23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Exemplo de Portaría

CÂMARA DOS DEPUTADOS


DIRETORIAGERAL

PORTARIA N. 1, de 13/1/2010

Disciplina a utilização da chancela eletrônica nas requisições de


passagens aéreas e diárias de viagens, autorizadasem processos
administrativos no âmbito da Câmara dos Deputados e assinadas
pelo DiretorGeral.

O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e diárias de
viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas pelo DiretorGeral, para
parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código de segurança
e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida


DiretorGeral

Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário

RELATÓRIO

Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.

Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................

Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
.................................................................................. ....

Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................

3. Considerações finais
.........................................................................................................................

Brasília, ............................ de de 201...

Nome
Função ou Cargo

24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Modelo de Requerimento

CÂMARA DOS DEPUTADOS


ÓRGÃO PRINCIPAL
Órgão Secundário

(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)

.................................... (nome do requerente, em maiúsculas) ..........................


.......................................................... (demais dados de qualificação), requer .................
............................................................................................................................................

Nestes termos,
Pede deferimento.

Brasília, ....... de .................. ���������������������������������������������������������� de 201.....

Nome
Cargo ou Função

Questões

01. Analise:

1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.

A redação do documento acima indica tratar-se


(A) do encaminhamento de uma ata.
(B) do início de um requerimento.
(C) de trecho do corpo de um ofício.
(D) da introdução de um relatório.
(E) do fecho de um memorando.

25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
02. A redação inteiramente apropriada e correta de um 05. Haveria coerência com as ideias do texto e respei-
documento oficial é: taria as normas de redação de documentos oficiais se o
(A) Estamos encaminhando à Vossa Senhoria algumas texto apresentado fosse incluído como parágrafo inicial em
reivindicações, e esperamos poder estar sendo recebidos um ofício complementado pelo parágrafo final e os fechos
em vosso gabinete para discutir nossos problemas salariais. apresentados a seguir.
(B) O texto ora aprovado em sessão extraordinária pre-
vê a redistribuição de pessoal especializado em serviços Solicita-se, portanto, a divulgação desses dados junto
gerais para os departamentos que foram recentemente aos órgãos competentes.
criados.
(C) Estou encaminhando a presença de V. Sª. este jo- Atenciosamente,
vem, muito inteligente e esperto, que lhe vai resolver os Pedro Santos
problemas do sistema de informatização de seu gabinete.
(D) Quando se procurou resolver os problemas de pes- Pedro Santos
soal aqui neste departamento, faltaram um número grande Secretário do Conselho
de servidores para os andamentos do serviço.
(E) Do nosso ponto de vista pessoal, fica difícil vos in- Resposta 01-C / 02-B / 03-C / 04-E / 05-C (correta)
formar de quais providências vão ser tomadas para resolver
essa confusão que foi criado pelos manifestantes.

03. A frase cuja redação está inteiramente correta e LEI 8.666/93


apropriada para uma correspondência oficial é:
(A) É com muito prazer que encaminho à V. Exª. Os con-
vites para a reunião de gala deste Conselho, em que se fará
homenagens a todos os ilustres membros dessa diretoria, LEI Nº 8.666, DE 21 DE JUNHO DE 1993
importantíssima na execução dos nossos serviços.
(B) Por determinação hoje de nosso Excelentíssimo Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal,
Chefe do Setor, nos dirigimos a todos os de vosso gabinete, institui normas para licitações e contratos da Administração
para informar de que as medidas de austeridade recomen- Pública e dá outras providências
dadas por V. Sa. já está sendo tomadas, para evitar-se os
atrasos dos prazos. O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
(C) Estamos encaminhando a V. Sa. os resultados a que gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
chegaram nossos analistas sobre as condições de funcio-
namento deste setor, bem como as providências a serem Capítulo I
tomadas para a consecução dos serviços e o cumprimento DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
dos prazos estipulados. Seção I
(D) As ordens expressas a todos os funcionários é de Dos Princípios
que se possa estar tomando as medidas mais do que im-
portantes para tornar nosso departamento mais eficiente, Art. 1o Esta Lei estabelece normas gerais sobre licita-
na agilização dos trâmites legais dos documentos que pas- ções e contratos administrativos pertinentes a obras, ser-
sam por aqui. viços, inclusive de publicidade, compras, alienações e lo-
(E) Peço com todo o respeito a V. Exª., que tomeis pro- cações no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, do
vidências cabíveis para vir novos funcionários para esse Distrito Federal e dos Municípios.
nosso setor, que se encontra em condições difíceis de agili- Parágrafo único. Subordinam-se ao regime desta Lei,
zar todos os documentos que precisamos enviar. além dos órgãos da administração direta, os fundos es-
peciais, as autarquias, as fundações públicas, as empresas
04. A respeito dos padrões de redação de um ofício, é públicas, as sociedades de economia mista e demais enti-
INCORRETO afirmar que: dades controladas direta ou indiretamente pela União, Es-
(A) Deve conter o número do expediente, seguido da tados, Distrito Federal e Municípios.
sigla do órgão que o expede. Art. 2o As obras, serviços, inclusive de publicidade,
(B) Deve conter, no início, com alinhamento à direita, compras, alienações, concessões, permissões e locações da
o local de onde é expedido e a data em que foi assinado. Administração Pública, quando contratadas com terceiros,
(C) Deverá constar, resumidamente, o teor do assunto serão necessariamente precedidas de licitação, ressalvadas
do documento. as hipóteses previstas nesta Lei.
(D) O texto deve ser redigido em linguagem clara e Parágrafo  único. Para os fins desta Lei, considera-se
direta, respeitando-se a formalidade que deve haver nos contrato todo e qualquer ajuste entre órgãos ou entida-
expedientes oficiais. des da Administração Pública e particulares, em que haja
(E) O fecho deverá caracterizar-se pela polidez, como um acordo de vontades para a formação de vínculo e a
por exemplo: Agradeço a V. Sª. a atenção dispensada. estipulação de obrigações recíprocas, seja qual for a deno-
minação utilizada.

26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 3o A licitação destina-se a garantir a observância § 6o A margem de preferência de que trata o § 5o será
do princípio constitucional da isonomia, a seleção da pro- estabelecida com base em estudos revistos periodicamente,
posta mais vantajosa para a administração e a promoção em prazo não superior a 5 (cinco) anos, que levem em consi-
do desenvolvimento nacional sustentável e será processa- deração: (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto
da e julgada em estrita conformidade com os princípios nº 7.546, de 2011) (Vide Decreto nº 7.709, de 2012) (Vide
básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, Decreto nº 7.713, de 2012) (Vide Decreto nº 7.756, de 2012)
da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, I - geração de emprego e renda; (Incluído pela Lei nº
da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 12.349, de 2010)
objetivo e dos que lhes são correlatos. (Redação dada pela II - efeito na arrecadação de tributos federais, estaduais
Lei nº 12.349, de 2010) (Regulamento) (Regulamento) (Re- e municipais; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
gulamento) III - desenvolvimento e inovação tecnológica realizados
§ 1o É vedado aos agentes públicos: no País; (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
I - admitir, prever, incluir ou tolerar, nos atos de convo- IV - custo adicional dos produtos e serviços; e (Incluído
cação, cláusulas ou condições que comprometam, restrin- pela Lei nº 12.349, de 2010)
jam ou frustrem o seu caráter competitivo, inclusive nos V - em suas revisões, análise retrospectiva de resultados.
casos de sociedades cooperativas, e estabeleçam preferên- (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
cias ou distinções em razão da naturalidade, da sede ou § 7o Para os produtos manufaturados e serviços nacio-
domicílio dos licitantes ou de qualquer outra circunstân- nais resultantes de desenvolvimento e inovação tecnológica
cia impertinente ou irrelevante para o específico objeto do realizados no País, poderá ser estabelecido margem de pre-
contrato, ressalvado o disposto nos §§ 5o a 12 deste artigo ferência adicional àquela prevista no § 5o. (Incluído pela Lei
e no art. 3o da Lei no8.248, de 23 de outubro de 1991; (Re- nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
dação dada pela Lei nº 12.349, de 2010) § 8o As margens de preferência por produto, serviço,
II - estabelecer tratamento diferenciado de natureza grupo de produtos ou grupo de serviços, a que se referem
comercial, legal, trabalhista, previdenciária ou qualquer ou- os §§ 5o e 7o, serão definidas pelo Poder Executivo federal,
tra, entre empresas brasileiras e estrangeiras, inclusive no não podendo a soma delas ultrapassar o montante de 25%
que se refere a moeda, modalidade e local de pagamentos, (vinte e cinco por cento) sobre o preço dos produtos ma-
mesmo quando envolvidos financiamentos de agências in- nufaturados e serviços estrangeiros. (Incluído pela Lei nº
ternacionais, ressalvado o disposto no parágrafo seguinte e 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
no art. 3o da Lei no 8.248, de 23 de outubro de 1991. § 9o As disposições contidas nos §§ 5o e 7o deste artigo
§ 2o Em igualdade de condições, como critério de de- não se aplicam aos bens e aos serviços cuja capacidade de
sempate, será assegurada preferência, sucessivamente, aos produção ou prestação no País seja inferior: (Incluído pela
bens e serviços: Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
I - (Revogado pela Lei nº 12.349, de 2010) I - à quantidade a ser adquirida ou contratada; ou (In-
II - produzidos no País; cluído pela Lei nº 12.349, de 2010)
III - produzidos ou prestados por empresas brasileiras. II - ao quantitativo fixado com fundamento no § 7o do
IV - produzidos ou prestados por empresas que invis- art. 23 desta Lei, quando for o caso. (Incluído pela Lei nº
tam em pesquisa e no desenvolvimento de tecnologia no 12.349, de 2010)
País. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 10. A margem de preferência a que se refere o § 5o po-
V - produzidos ou prestados por empresas que com- derá ser estendida, total ou parcialmente, aos bens e servi-
provem cumprimento de reserva de cargos prevista em lei ços originários dos Estados Partes do Mercado Comum do
para pessoa com deficiência ou para reabilitado da Previ- Sul - Mercosul. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide
dência Social e que atendam às regras de acessibilidade Decreto nº 7.546, de 2011)
previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº 13.146, de § 11. Os editais de licitação para a contratação de bens,
2015) (Vigência) serviços e obras poderão, mediante prévia justificativa da
§ 3o A licitação não será sigilosa, sendo públicos e aces- autoridade competente, exigir que o contratado promova,
síveis ao público os atos de seu procedimento, salvo quan- em favor de órgão ou entidade integrante da administração
to ao conteúdo das propostas, até a respectiva abertura. pública ou daqueles por ela indicados a partir de processo
§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) isonômico, medidas de compensação comercial, industrial,
§ 5o Nos processos de licitação, poderá ser estabeleci- tecnológica ou acesso a condições vantajosas de financia-
da margem de preferência para: (Redação dada pela Lei nº mento, cumulativamente ou não, na forma estabelecida
13.146, de 2015) (Vigência) pelo Poder Executivo federal. (Incluído pela Lei nº 12.349, de
I - produtos manufaturados e para serviços nacionais 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)
que atendam a normas técnicas brasileiras; e (Incluído pela § 12. Nas contratações destinadas à implantação, manu-
Lei nº 13.146, de 2015) tenção e ao aperfeiçoamento dos sistemas de tecnologia de
II - bens e serviços produzidos ou prestados por em- informação e comunicação, considerados estratégicos em
presas que comprovem cumprimento de reserva de cargos ato do Poder Executivo federal, a licitação poderá ser restri-
prevista em lei para pessoa com deficiência ou para rea- ta a bens e serviços com tecnologia desenvolvida no País e
bilitado da Previdência Social e que atendam às regras de produzidos de acordo com o processo produtivo básico de
acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº que trata a Lei no 10.176, de 11 de janeiro de 2001. (Incluído
13.146, de 2015) pela Lei nº 12.349, de 2010) (Vide Decreto nº 7.546, de 2011)

27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 13. Será divulgada na internet, a cada exercício finan- Seção II
ceiro, a relação de empresas favorecidas em decorrência do Das Definições
disposto nos §§ 5o, 7o, 10, 11 e 12 deste artigo, com indica-
ção do volume de recursos destinados a cada uma delas. Art. 6o Para os fins desta Lei, considera-se:
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) I - Obra - toda construção, reforma, fabricação, recu-
§ 14. As preferências definidas neste artigo e nas de- peração ou ampliação, realizada por execução direta ou
mais normas de licitação e contratos devem privilegiar o indireta;
tratamento diferenciado e favorecido às microempresas e II - Serviço - toda atividade destinada a obter deter-
empresas de pequeno porte na forma da lei. (Incluído pela minada utilidade de interesse para a Administração, tais
Lei Complementar nº 147, de 2014) como: demolição, conserto, instalação, montagem, ope-
§ 15. As preferências dispostas neste artigo prevalecem ração, conservação, reparação, adaptação, manutenção,
sobre as demais preferências previstas na legislação quando transporte, locação de bens, publicidade, seguro ou traba-
lhos técnico-profissionais;
estas forem aplicadas sobre produtos ou serviços estrangei-
III - Compra - toda aquisição remunerada de bens para
ros. (Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014)
fornecimento de uma só vez ou parceladamente;
Art. 4o Todos quantos participem de licitação promovi-
IV - Alienação - toda transferência de domínio de bens
da pelos órgãos ou entidades a que se refere o art. 1º têm
a terceiros;
direito público subjetivo à fiel observância do pertinente V - Obras, serviços e compras de grande vulto - aque-
procedimento estabelecido nesta lei, podendo qualquer ci- las cujo valor estimado seja superior a 25 (vinte e cinco) ve-
dadão acompanhar o seu desenvolvimento, desde que não zes o limite estabelecido na alínea “c” do inciso I do art. 23
interfira de modo a perturbar ou impedir a realização dos desta Lei;
trabalhos. VI - Seguro-Garantia - o seguro que garante o fiel cum-
Parágrafo único. O procedimento licitatório previsto primento das obrigações assumidas por empresas em lici-
nesta lei caracteriza ato administrativo formal, seja ele pra- tações e contratos;
ticado em qualquer esfera da Administração Pública. VII - Execução direta - a que é feita pelos órgãos e en-
Art. 5o Todos os valores, preços e custos utilizados nas tidades da Administração, pelos próprios meios;
licitações terão como expressão monetária a moeda cor- VIII - Execução indireta - a que o órgão ou entidade
rente nacional, ressalvado o disposto no art. 42 desta Lei, contrata com terceiros sob qualquer dos seguintes regi-
devendo cada unidade da Administração, no pagamento mes: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
das obrigações relativas ao fornecimento de bens, loca- a) empreitada por preço global - quando se contrata
ções, realização de obras e prestação de serviços, obe- a execução da obra ou do serviço por preço certo e total;
decer, para cada fonte diferenciada de recursos, a estrita b) empreitada por preço unitário - quando se contrata
ordem cronológica das datas de suas exigibilidades, salvo a execução da obra ou do serviço por preço certo de uni-
quando presentes relevantes razões de interesse público dades determinadas;
e mediante prévia justificativa da autoridade competente, c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
devidamente publicada. d) tarefa - quando se ajusta mão-de-obra para peque-
§ 1o Os créditos a que se refere este artigo terão seus nos trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento
valores corrigidos por critérios previstos no ato convocató- de materiais;
rio e que lhes preservem o valor. e) empreitada integral - quando se contrata um em-
§ 2o A correção de que trata o parágrafo anterior cujo preendimento em sua integralidade, compreendendo to-
pagamento será feito junto com o principal, correrá à conta das as etapas das obras, serviços e instalações necessárias,
sob inteira responsabilidade da contratada até a sua entre-
das mesmas dotações orçamentárias que atenderam aos
ga ao contratante em condições de entrada em operação,
créditos a que se referem. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
atendidos os requisitos técnicos e legais para sua utiliza-
de 1994)
ção em condições de segurança estrutural e operacional e
§ 3o Observados o disposto no caput, os pagamentos
com as características adequadas às finalidades para que
decorrentes de despesas cujos valores não ultrapassem o foi contratada;
limite de que trata o inciso II do art. 24, sem prejuízo do IX - Projeto Básico - conjunto de elementos necessários
que dispõe seu parágrafo único, deverão ser efetuados no e suficientes, com nível de precisão adequado, para carac-
prazo de até 5 (cinco) dias úteis, contados da apresentação terizar a obra ou serviço, ou complexo de obras ou serviços
da fatura. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos
Art. 5o-A. As normas de licitações e contratos devem estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade
privilegiar o tratamento diferenciado e favorecido às mi- técnica e o adequado tratamento do impacto ambiental do
croempresas e empresas de pequeno porte na forma da lei. empreendimento, e que possibilite a avaliação do custo da
(Incluído pela Lei Complementar nº 147, de 2014) obra e a definição dos métodos e do prazo de execução,
devendo conter os seguintes elementos:
a) desenvolvimento da solução escolhida de forma a
fornecer visão global da obra e identificar todos os seus
elementos constitutivos com clareza;

28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
b)  soluções técnicas globais e localizadas, suficiente- XX - produtos para pesquisa e desenvolvimento - bens,
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de insumos, serviços e obras necessários para atividade de pes-
reformulação ou de variantes durante as fases de elaboração quisa científica e tecnológica, desenvolvimento de tecnologia
do projeto executivo e de realização das obras e montagem; ou inovação tecnológica, discriminados em projeto de pes-
c)  identificação dos tipos de serviços a executar e de quisa aprovado pela instituição contratante. (Incluído pela Lei
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como nº 13.243, de 2016)
suas especificações que assegurem os melhores resultados
para o empreendimento, sem frustrar o caráter competitivo Seção III
para a sua execução; Das Obras e Serviços
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução
de métodos construtivos, instalações provisórias e condi- Art. 7o As licitações para a execução de obras e para a
ções organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter prestação de serviços obedecerão ao disposto neste artigo e,
competitivo para a sua execução; em particular, à seguinte sequência:
e) subsídios para montagem do plano de licitação e I - projeto básico;
gestão da obra, compreendendo a sua programação, a es- II - projeto executivo;
tratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros III - execução das obras e serviços.
dados necessários em cada caso; § 1o A execução de cada etapa será obrigatoriamente
f) orçamento detalhado do custo global da obra, fun- precedida da conclusão e aprovação, pela autoridade com-
damentado em quantitativos de serviços e fornecimentos petente, dos trabalhos relativos às etapas anteriores, à ex-
propriamente avaliados; ceção do projeto executivo, o qual poderá ser desenvolvido
X - Projeto Executivo - o conjunto dos elementos ne- concomitantemente com a execução das obras e serviços,
cessários e suficientes à execução completa da obra, de desde que também autorizado pela Administração.
acordo com as normas pertinentes da Associação Brasileira § 2o As obras e os serviços somente poderão ser licitados
de Normas Técnicas - ABNT; quando:
XI - Administração Pública - a administração direta e I - houver projeto básico aprovado pela autoridade com-
indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos petente e disponível para exame dos interessados em partici-
Municípios, abrangendo inclusive as entidades com perso- par do processo licitatório;
nalidade jurídica de direito privado sob controle do poder II - existir orçamento detalhado em planilhas que expres-
público e das fundações por ele instituídas ou mantidas; sem a composição de todos os seus custos unitários;
XII - Administração - órgão, entidade ou unidade ad- III - houver previsão de recursos orçamentários que asse-
ministrativa pela qual a Administração Pública opera e atua gurem o pagamento das obrigações decorrentes de obras ou
concretamente; serviços a serem executadas no exercício financeiro em curso,
XIII - Imprensa Oficial - veículo oficial de divulgação da de acordo com o respectivo cronograma;
Administração Pública, sendo para a União o Diário Oficial IV - o produto dela esperado estiver contemplado nas
da União, e, para os Estados, o Distrito Federal e os Municí- metas estabelecidas no Plano Plurianual de que trata o art.
pios, o que for definido nas respectivas leis; (Redação dada 165 da Constituição Federal, quando for o caso.
pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o É vedado incluir no objeto da licitação a obtenção de
XIV - Contratante - é o órgão ou entidade signatária do recursos financeiros para sua execução, qualquer que seja a
instrumento contratual; sua origem, exceto nos casos de empreendimentos executa-
XV - Contratado - a pessoa física ou jurídica signatária dos e explorados sob o regime de concessão, nos termos da
de contrato com a Administração Pública; legislação específica.
XVI - Comissão - comissão, permanente ou especial, § 4o É vedada, ainda, a inclusão, no objeto da licitação, de
criada pela Administração com a função de receber, exami- fornecimento de materiais e serviços sem previsão de quanti-
nar e julgar todos os documentos e procedimentos relati- dades ou cujos quantitativos não correspondam às previsões
vos às licitações e ao cadastramento de licitantes. reais do projeto básico ou executivo.
XVII - produtos manufaturados nacionais - produtos § 5o É vedada a realização de licitação cujo objeto inclua
manufaturados, produzidos no território nacional de acor- bens e serviços sem similaridade ou de marcas, características
do com o processo produtivo básico ou com as regras de e especificações exclusivas, salvo nos casos em que for tecni-
origem estabelecidas pelo Poder Executivo federal; (Incluí- camente justificável, ou ainda quando o fornecimento de tais
do pela Lei nº 12.349, de 2010) materiais e serviços for feito sob o regime de administração
XVIII - serviços nacionais - serviços prestados no País, contratada, previsto e discriminado no ato convocatório.
nas condições estabelecidas pelo Poder Executivo federal; § 6o A infringência do disposto neste artigo implica a nu-
(Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) lidade dos atos ou contratos realizados e a responsabilidade
XIX - sistemas de tecnologia de informação e comuni- de quem lhes tenha dado causa.
cação estratégicos - bens e serviços de tecnologia da in- § 7o Não será ainda computado como valor da obra ou
formação e comunicação cuja descontinuidade provoque serviço, para fins de julgamento das propostas de preços, a
dano significativo à administração pública e que envolvam atualização monetária das obrigações de pagamento, desde
pelo menos um dos seguintes requisitos relacionados às in- a data final de cada período de aferição até a do respectivo
formações críticas: disponibilidade, confiabilidade, seguran- pagamento, que será calculada pelos mesmos critérios esta-
ça e confidencialidade. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) belecidos obrigatoriamente no ato convocatório.

29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 8o Qualquer cidadão poderá requerer à Administra- Art. 11. As obras e serviços destinados aos mesmos
ção Pública os quantitativos das obras e preços unitários de fins terão projetos padronizados por tipos, categorias ou
determinada obra executada. classes, exceto quando o projeto-padrão não atender às
§ 9o O disposto neste artigo aplica-se também, no condições peculiares do local ou às exigências específicas
que couber, aos casos de dispensa e de inexigibilidade do empreendimento.
de licitação. Art. 12. Nos projetos básicos e projetos executivos de
Art. 8o A execução das obras e dos serviços deve pro- obras e serviços serão considerados principalmente os se-
gramar-se, sempre, em sua totalidade, previstos seus cus- guintes requisitos: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
tos atual e final e considerados os prazos de sua execução.
I - segurança;
Parágrafo único. É proibido o retardamento imotivado
II - funcionalidade e adequação ao interesse público;
da execução de obra ou serviço, ou de suas parcelas, se
III - economia na execução, conservação e operação;
existente previsão orçamentária para sua execução total,
salvo insuficiência financeira ou comprovado motivo de IV - possibilidade de emprego de mão-de-obra, mate-
ordem técnica, justificados em despacho circunstanciado riais, tecnologia e matérias-primas existentes no local para
da autoridade a que se refere o art. 26 desta Lei. (Redação execução, conservação e operação;
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) V - facilidade na execução, conservação e operação,
Art. 9o Não poderá participar, direta ou indiretamente, sem prejuízo da durabilidade da obra ou do serviço;
da licitação ou da execução de obra ou serviço e do forne- VI - adoção das normas técnicas, de saúde e de segu-
cimento de bens a eles necessários: rança do trabalho adequadas; (Redação dada pela Lei nº
I - o autor do projeto, básico ou executivo, pessoa física 8.883, de 1994)
ou jurídica; VII - impacto ambiental.
II - empresa, isoladamente ou em consórcio, responsá-
vel pela elaboração do projeto básico ou executivo ou da Seção IV
qual o autor do projeto seja dirigente, gerente, acionista Dos Serviços Técnicos Profissionais Especializados
ou detentor de mais de 5% (cinco por cento) do capital
com direito a voto ou controlador, responsável técnico ou Art.  13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços
subcontratado; técnicos profissionais especializados os trabalhos relativos a:
III - servidor ou dirigente de órgão ou entidade contra-
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos
tante ou responsável pela licitação.
ou executivos;
§ 1o É permitida a participação do autor do projeto ou
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
da empresa a que se refere o inciso II deste artigo, na lici-
tação de obra ou serviço, ou na execução, como consul- III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias fi-
tor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou nanceiras ou tributárias; (Redação dada pela Lei nº 8.883,
gerenciamento, exclusivamente a serviço da Administração de 1994)
interessada. IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras
§ 2o O disposto neste artigo não impede a licitação ou ou serviços;
contratação de obra ou serviço que inclua a elaboração de V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou admi-
projeto executivo como encargo do contratado ou pelo nistrativas;
preço previamente fixado pela Administração. VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
§ 3o Considera-se participação indireta, para fins do VII - restauração de obras de arte e bens de valor
disposto neste artigo, a existência de qualquer vínculo de histórico.
natureza técnica, comercial, econômica, financeira ou tra- VIII - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
balhista entre o autor do projeto, pessoa física ou jurídica, § 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de lici-
e o licitante ou responsável pelos serviços, fornecimentos tação, os contratos para a prestação de serviços técnicos
e obras, incluindo-se os fornecimentos de bens e serviços profissionais especializados deverão, preferencialmente,
a estes necessários. ser celebrados mediante a realização de concurso, com es-
§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se aos
tipulação prévia de prêmio ou remuneração.
membros da comissão de licitação.
§ 2o Aos serviços técnicos previstos neste artigo aplica-
Art. 10. As obras e serviços poderão ser executados nas
se, no que couber, o disposto no art. 111 desta Lei.
seguintes formas: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - execução direta; § 3o A empresa de prestação de serviços técnicos espe-
II - execução indireta, nos seguintes regimes: (Redação cializados que apresente relação de integrantes de seu cor-
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) po técnico em procedimento licitatório ou como elemento
a) empreitada por preço global; de justificação de dispensa ou inexigibilidade de licitação,
b) empreitada por preço unitário; ficará obrigada a garantir que os referidos integrantes rea-
c) (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) lizem pessoal e diretamente os serviços objeto do contrato.
d) tarefa;
e) empreitada integral.
Parágrafo único. (Vetado).  (Redação dada pela Lei nº
8.883, de 1994)

30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção V Art. 16. Será dada publicidade, mensalmente, em ór-
Das Compras gão de divulgação oficial ou em quadro de avisos de am-
plo acesso público, à relação de todas as compras feitas
Art. 14. Nenhuma compra será feita sem a adequada pela Administração Direta ou Indireta, de maneira a cla-
caracterização de seu objeto e indicação dos recursos or- rificar a identificação do bem comprado, seu preço unitá-
çamentários para seu pagamento, sob pena de nulidade do rio, a quantidade adquirida, o nome do vendedor e o valor
ato e responsabilidade de quem lhe tiver dado causa. total da operação, podendo ser aglutinadas por itens as
Art. 15. As compras, sempre que possível, deverão: (Re- compras feitas com dispensa e inexigibilidade de licitação.
gulamento) (Regulamento) (Regulamento) (Vigência) (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
I - atender ao princípio da padronização, que imponha Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica
compatibilidade de especificações técnicas e de desempe- aos casos de dispensa de licitação previstos no inciso IX do
nho, observadas, quando for o caso, as condições de ma- art. 24. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
nutenção, assistência técnica e garantia oferecidas;
II - ser processadas através de sistema de registro de Seção VI
preços; Das Alienações
III - submeter-se às condições de aquisição e paga-
mento semelhantes às do setor privado; Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública,
IV - ser subdivididas em tantas parcelas quantas neces- subordinada à existência de interesse público devidamente
sárias para aproveitar as peculiaridades do mercado, visan- justificado, será precedida de avaliação e obedecerá às se-
do economicidade; guintes normas:
V - balizar-se pelos preços praticados no âmbito dos I - quando imóveis, dependerá de autorização legisla-
órgãos e entidades da Administração Pública. tiva para órgãos da administração direta e entidades autár-
§ 1o O registro de preços será precedido de ampla pes- quicas e fundacionais, e, para todos, inclusive as entidades
quisa de mercado. paraestatais, dependerá de avaliação prévia e de licitação
§ 2o Os preços registrados serão publicados trimes-
na modalidade de concorrência, dispensada esta nos se-
tralmente para orientação da Administração, na imprensa
guintes casos:
oficial.
a) dação em pagamento;
§ 3o O sistema de registro de preços será regulamenta-
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão
do por decreto, atendidas as peculiaridades regionais, ob-
ou entidade da administração pública, de qualquer esfera
servadas as seguintes condições:
de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; (Re-
I - seleção feita mediante concorrência;
dação dada pela Lei nº 11.952, de 2009)
II - estipulação prévia do sistema de controle e atuali-
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos
zação dos preços registrados;
constantes do inciso X do art. 24 desta Lei;
III - validade do registro não superior a um ano.
§ 4o A existência de preços registrados não obriga a d) investidura;
Administração a firmar as contratações que deles poderão e) venda a outro órgão ou entidade da administração
advir, ficando-lhe facultada a utilização de outros meios, pública, de qualquer esfera de governo; (Incluída pela Lei
respeitada a legislação relativa às licitações, sendo assegu- nº 8.883, de 1994)
rado ao beneficiário do registro preferência em igualdade f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, conces-
de condições. são de direito real de uso, locação ou permissão de uso de
§ 5o O sistema de controle originado no quadro geral bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efeti-
de preços, quando possível, deverá ser informatizado. vamente utilizados no âmbito de programas habitacionais
§ 6o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar ou de regularização fundiária de interesse social desenvol-
preço constante do quadro geral em razão de incompatibi- vidos por órgãos ou entidades da administração pública;
lidade desse com o preço vigente no mercado. (Redação dada pela Lei nº 11.481, de 2007)
§ 7o Nas compras deverão ser observadas, ainda: g) procedimentos de legitimação de posse de que trata
I  -  a especificação completa do bem a ser adquirido o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de dezembro de 1976, me-
sem indicação de marca; diante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração
II - a definição das unidades e das quantidades a serem Pública em cuja competência legal inclua-se tal atribuição;
adquiridas em função do consumo e utilização prováveis, (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
cuja estimativa será obtida, sempre que possível, mediante h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, conces-
adequadas técnicas quantitativas de estimação; são de direito real de uso, locação ou permissão de uso de
III - as condições de guarda e armazenamento que não bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de
permitam a deterioração do material. até 250 m² (duzentos e cinquenta metros quadrados) e in-
§ 8o O recebimento de material de valor superior ao seridos no âmbito de programas de regularização fundiária
limite estabelecido no art. 23 desta Lei, para a modalidade de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades
de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mí- da administração pública; (Incluído pela Lei nº 11.481, de
nimo, 3 (três) membros. 2007)

31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita IV - previsão de rescisão automática da concessão, dis-
ou onerosa, de terras públicas rurais da União e do Incra, pensada notificação, em caso de declaração de utilidade,
onde incidam ocupações até o limite de quinze módulos ou necessidade pública ou interesse social. (Incluído pela
fiscais e não superiores a 1.500ha (mil e quinhentos hecta- Lei nº 11.196, de 2005)
res), para fins de regularização fundiária, atendidos os re- § 2o-B. A hipótese do inciso II do § 2o deste artigo: (In-
quisitos legais; e (Redação dada pela Medida Provisória nº cluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
759, de 2016) I - só se aplica a imóvel situado em zona rural, não
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e de sujeito a vedação, impedimento ou inconveniente a sua ex-
licitação, dispensada esta nos seguintes casos: ploração mediante atividades agropecuárias; (Incluído pela
a)  doação, permitida exclusivamente para fins e uso Lei nº 11.196, de 2005)
de interesse social, após avaliação de sua oportunidade e II – fica limitada a áreas de até quinze módulos fiscais,
conveniência sócio-econômica, relativamente à escolha de desde que não exceda mil e quinhentos hectares, vedada
a dispensa de licitação para áreas superiores a esse limite;
outra forma de alienação;
(Redação dada pela Lei nº 11.763, de 2008)
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou
III - pode ser cumulada com o quantitativo de área de-
entidades da Administração Pública;
corrente da figura prevista na alínea g do inciso I do caput
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em
deste artigo, até o limite previsto no inciso II deste parágra-
bolsa, observada a legislação específica; fo. (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005)
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente; IV – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 11.763, de 2008)
e) venda de bens produzidos ou comercializados por § 3o Entende-se por investidura, para os fins desta lei:
órgãos ou entidades da Administração Pública, em virtude (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
de suas finalidades; I - a alienação aos proprietários de imóveis lindeiros de
f) venda de materiais e equipamentos para outros ór- área remanescente ou resultante de obra pública, área esta
gãos ou entidades da Administração Pública, sem utiliza- que se tornar inaproveitável isoladamente, por preço nunca
ção previsível por quem deles dispõe. inferior ao da avaliação e desde que esse não ultrapasse a
§ 1o Os imóveis doados com base na alínea “b” do in- 50% (cinquenta por cento) do valor constante da alínea “a”
ciso I deste artigo, cessadas as razões que justificaram a do inciso II do art. 23 desta lei; (Incluído pela Lei nº 9.648,
sua doação, reverterão ao patrimônio da pessoa jurídica de 1998)
doadora, vedada a sua alienação pelo beneficiário. II - a alienação, aos legítimos possuidores diretos ou,
§ 2o A Administração também poderá conceder títu- na falta destes, ao Poder Público, de imóveis para fins resi-
lo de propriedade ou de direito real de uso de imóveis, denciais construídos em núcleos urbanos anexos a usinas
dispensada licitação, quando o uso destinar-se: (Redação hidrelétricas, desde que considerados dispensáveis na fase
dada pela Lei nº 11.196, de 2005) de operação dessas unidades e não integrem a categoria
I - a outro órgão ou entidade da Administração Pública, de bens reversíveis ao final da concessão. (Incluído pela Lei
qualquer que seja a localização do imóvel; (Incluído pela nº 9.648, de 1998)
Lei nº 11.196, de 2005) § 4o A doação com encargo será licitada e de seu ins-
II - a pessoa natural que, nos termos da lei, de regu- trumento constarão, obrigatoriamente os encargos, o pra-
lamento ou de ato normativo do órgão competente, haja zo de seu cumprimento e cláusula de reversão, sob pena de
implementado os requisitos mínimos de cultura, ocupa- nulidade do ato, sendo dispensada a licitação no caso de
ção mansa e pacífica e exploração direta sobre área rural interesse público devidamente justificado; (Redação dada
pela Lei nº 8.883, de 1994)
limitada a quinze módulos fiscais, desde que não exceda
§ 5o Na hipótese do parágrafo anterior, caso o dona-
a 1.500ha (mil e quinhentos hectares); (Redação dada pela
tário necessite oferecer o imóvel em garantia de financia-
Medida Provisória nº 759, de 2016)
mento, a cláusula de reversão e demais obrigações serão
§ 2º-A. As hipóteses do inciso II do § 2o ficam dispen-
garantidas por hipoteca em segundo grau em favor do
sadas de autorização legislativa, porém submetem-se aos doador. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
seguintes condicionamentos: (Redação dada pela Lei nº § 6o Para a venda de bens móveis avaliados, isolada ou
11.952, de 2009) globalmente, em quantia não superior ao limite previsto no
I - aplicação exclusivamente às áreas em que a deten- art. 23, inciso II, alínea “b” desta Lei, a Administração po-
ção por particular seja comprovadamente anterior a 1o de derá permitir o leilão. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
dezembro de 2004; (Incluído pela Lei nº 11.196, de 2005) § 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 11.481, de 2007)
II - submissão aos demais requisitos e impedimentos Art. 18. Na concorrência para a venda de bens imó-
do regime legal e administrativo da destinação e da regu- veis, a fase de habilitação limitar-se-á à comprovação do
larização fundiária de terras públicas; (Incluído pela Lei n] recolhimento de quantia correspondente a 5% (cinco por
11.196, de 2005) cento) da avaliação.
III - vedação de concessões para hipóteses de explora- Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção não-contempladas na lei agrária, nas leis de destinação Art. 19. Os bens imóveis da Administração Pública, cuja
de terras públicas, ou nas normas legais ou administrativas aquisição haja derivado de procedimentos judiciais ou de
de zoneamento ecológico-econômico; e (Incluído pela Lei dação em pagamento, poderão ser alienados por ato da
nº 11.196, de 2005) autoridade competente, observadas as seguintes regras:

32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
I - avaliação dos bens alienáveis; III - quinze dias para a tomada de preços, nos casos
II - comprovação da necessidade ou utilidade da alie- não especificados na alínea “b” do inciso anterior, ou lei-
nação; lão; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
III - adoção do procedimento licitatório, sob a modali- IV - cinco dias úteis para convite. (Redação dada pela
dade de concorrência ou leilão. (Redação dada pela Lei nº Lei nº 8.883, de 1994)
8.883, de 1994) § 3o Os prazos estabelecidos no parágrafo anterior se-
rão contados a partir da última publicação do edital resu-
Capítulo II mido ou da expedição do convite, ou ainda da efetiva dis-
Da Licitação ponibilidade do edital ou do convite e respectivos anexos,
Seção I prevalecendo a data que ocorrer mais tarde. (Redação dada
Das Modalidades, Limites e Dispensa pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 4o Qualquer modificação no edital exige divulgação
Art. 20. As licitações serão efetuadas no local onde se pela mesma forma que se deu o texto original, reabrindo-
situar a repartição interessada, salvo por motivo de interes- se o prazo inicialmente estabelecido, exceto quando, in-
se público, devidamente justificado. questionavelmente, a alteração não afetar a formulação
Parágrafo único. O disposto neste artigo não impedirá das propostas.
a habilitação de interessados residentes ou sediados em Art. 22. São modalidades de licitação:
outros locais. I - concorrência;
Art. 21. Os avisos contendo os resumos dos editais das II - tomada de preços;
concorrências, das tomadas de preços, dos concursos e dos III - convite;
leilões, embora realizados no local da repartição interessa- IV - concurso;
da, deverão ser publicados com antecedência, no mínimo, V - leilão.
por uma vez: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre
I - no Diário Oficial da União, quando se tratar de licita- quaisquer interessados que, na fase inicial de habilitação
preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de
ção feita por órgão ou entidade da Administração Pública
qualificação exigidos no edital para execução de seu ob-
Federal e, ainda, quando se tratar de obras financiadas parcial
jeto.
ou totalmente com recursos federais ou garantidas por ins-
§ 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação en-
tituições federais; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
tre interessados devidamente cadastrados ou que atende-
II  -  no Diário Oficial do Estado, ou do Distrito Fede-
rem a todas as condições exigidas para cadastramento até
ral quando se tratar, respectivamente, de licitação feita por
o terceiro dia anterior à data do recebimento das propos-
órgão ou entidade da Administração Pública Estadual ou
tas, observada a necessária qualificação.
Municipal, ou do Distrito Federal; (Redação dada pela Lei § 3o Convite é a modalidade de licitação entre inte-
nº 8.883, de 1994) ressados do ramo pertinente ao seu objeto, cadastrados
III - em jornal diário de grande circulação no Estado e ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3
também, se houver, em jornal de circulação no Município (três) pela unidade administrativa, a qual afixará, em local
ou na região onde será realizada a obra, prestado o serviço, apropriado, cópia do instrumento convocatório e o esten-
fornecido, alienado ou alugado o bem, podendo ainda a derá aos demais cadastrados na correspondente especia-
Administração, conforme o vulto da licitação, utilizar-se de lidade que manifestarem seu interesse com antecedência
outros meios de divulgação para ampliar a área de compe- de até 24 (vinte e quatro) horas da apresentação das pro-
tição. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) postas.
§ 1o O aviso publicado conterá a indicação do local em § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quais-
que os interessados poderão ler e obter o texto integral do quer interessados para escolha de trabalho técnico, cientí-
edital e todas as informações sobre a licitação. fico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou re-
§ 2o O prazo mínimo até o recebimento das propostas muneração aos vencedores, conforme critérios constantes
ou da realização do evento será: de edital publicado na imprensa oficial com antecedência
I - quarenta e cinco dias para: (Redação dada pela Lei mínima de 45 (quarenta e cinco) dias.
nº 8.883, de 1994) § 5o Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer
a) concurso; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) interessados para a venda de bens móveis inservíveis para
b) concorrência, quando o contrato a ser celebrado a administração ou de produtos legalmente apreendidos
contemplar o regime de empreitada integral ou quando ou penhorados, ou para a alienação de bens imóveis pre-
a licitação for do tipo “melhor técnica” ou “técnica e pre- vista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou
ço”; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) superior ao valor da avaliação. (Redação dada pela Lei nº
II - trinta dias para: (Redação dada pela Lei nº 8.883, 8.883, de 1994)
de 1994) § 6o Na hipótese do § 3o deste artigo, existindo na praça
a) concorrência, nos casos não especificados na alínea mais de 3 (três) possíveis interessados, a cada novo convite,
“b” do inciso anterior; (Incluída pela Lei nº 8.883, de 1994) realizado para objeto idêntico ou assemelhado, é obrigató-
b) tomada de preços, quando a licitação for do tipo rio o convite a, no mínimo, mais um interessado, enquanto
“melhor técnica” ou “técnica e preço”; (Incluída pela Lei nº existirem cadastrados não convidados nas últimas licita-
8.883, de 1994) ções. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 7o Quando, por limitações do mercado ou manifesto § 5o É vedada a utilização da modalidade “convite” ou
desinteresse dos convidados, for impossível a obtenção do “tomada de preços”, conforme o caso, para parcelas de
número mínimo de licitantes exigidos no § 3o deste artigo, uma mesma obra ou serviço, ou ainda para obras e servi-
essas circunstâncias deverão ser devidamente justificadas ços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
no processo, sob pena de repetição do convite. realizadas conjunta e concomitantemente, sempre que o
§ 8o É vedada a criação de outras modalidades de licita- somatório de seus valores caracterizar o caso de “tomada
ção ou a combinação das referidas neste artigo. de preços” ou “concorrência”, respectivamente, nos termos
§ 9o Na hipótese do parágrafo 2o deste artigo, a admi- deste artigo, exceto para as parcelas de natureza específica
nistração somente poderá exigir do licitante não cadastra- que possam ser executadas por pessoas ou empresas de
do os documentos previstos nos arts. 27 a 31, que compro- especialidade diversa daquela do executor da obra ou ser-
vem habilitação compatível com o objeto da licitação, nos viço. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
termos do edital. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 6o As organizações industriais da Administração Fe-
Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem
deral direta, em face de suas peculiaridades, obedecerão
os incisos I a III do artigo anterior serão determinadas em
aos limites estabelecidos no inciso I deste artigo também
função dos seguintes limites, tendo em vista o valor esti-
para suas compras e serviços em geral, desde que para a
mado da contratação:
aquisição de materiais aplicados exclusivamente na manu-
I - para obras e serviços de engenharia: Redação dada
pela Lei nº 9.648, de 1998) tenção, reparo ou fabricação de meios operacionais bélicos
a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil pertencentes à União. (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) § 7o Na compra de bens de natureza divisível e desde
b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo, é per-
e quinhentos mil reais); ( Redação dada pela Lei nº 9.648, mitida a cotação de quantidade inferior à demandada na
de 1998) licitação, com vistas a ampliação da competitividade, po-
c) concorrência: acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão dendo o edital fixar quantitativo mínimo para preservar a
e quinhentos mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, economia de escala. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
de 1998) § 8o No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o do-
II - para compras e serviços não referidos no inciso an- bro dos valores mencionados no caput deste artigo quan-
terior: (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) do formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo,
a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); (Reda- quando formado por maior número. (Incluído pela Lei nº
ção dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 11.107, de 2005)
b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e Art. 24. É dispensável a licitação: (Vide Lei nº 12.188, de
cinquenta mil reais); (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 2.010) Vigência
c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e I - para obras e serviços de engenharia de valor até
cinquenta mil reais). (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998) 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inci-
§ 1o As obras, serviços e compras efetuadas pela Ad- so I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas
ministração serão divididas em tantas parcelas quantas se de uma mesma obra ou serviço ou ainda para obras e ser-
comprovarem técnica e economicamente viáveis, proce- viços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser
dendo-se à licitação com vistas ao melhor aproveitamen- realizadas conjunta e concomitantemente; (Redação dada
to dos recursos disponíveis no mercado e à ampliação da pela Lei nº 9.648, de 1998)
competitividade sem perda da economia de escala. (Reda- II - para outros serviços e compras de valor até 10%
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
(dez por cento) do limite previsto na alínea “a”, do inciso
§ 2o Na execução de obras e serviços e nas compras de
II do artigo anterior e para alienações, nos casos previs-
bens, parceladas nos termos do parágrafo anterior, a cada
tos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas de um
etapa ou conjunto de etapas da obra, serviço ou compra,
mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que
há de corresponder licitação distinta, preservada a moda-
lidade pertinente para a execução do objeto em licitação. possa ser realizada de uma só vez; (Redação dada pela Lei
(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) nº 9.648, de 1998)
§ 3o A concorrência é a modalidade de licitação cabível, III - nos casos de guerra ou grave perturbação da or-
qualquer que seja o valor de seu objeto, tanto na compra dem;
ou alienação de bens imóveis, ressalvado o disposto no IV - nos casos de emergência ou de calamidade pú-
art. 19, como nas concessões de direito real de uso e nas blica, quando caracterizada urgência de atendimento de
licitações internacionais, admitindo-se neste último caso, situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer
observados os limites deste artigo, a tomada de preços, a segurança de pessoas, obras, serviços, equipamentos e
quando o órgão ou entidade dispuser de cadastro interna- outros bens, públicos ou particulares, e somente para os
cional de fornecedores ou o convite, quando não houver bens necessários ao atendimento da situação emergencial
fornecedor do bem ou serviço no País. (Redação dada pela ou calamitosa e para as parcelas de obras e serviços que
Lei nº 8.883, de 1994) possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento
§ 4o Nos casos em que couber convite, a Administração e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da
poderá utilizar a tomada de preços e, em qualquer caso, a ocorrência da emergência ou calamidade, vedada a prorro-
concorrência. gação dos respectivos contratos;

34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
V - quando não acudirem interessados à licitação an- XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulá-
terior e esta, justificadamente, não puder ser repetida sem rios padronizados de uso da administração, e de edições
prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de
as condições preestabelecidas; informática a pessoa jurídica de direito público interno,
VI - quando a União tiver que intervir no domínio eco- por órgãos ou entidades que integrem a Administração
nômico para regular preços ou normalizar o abastecimento; Pública, criados para esse fim específico; (Incluído pela Lei
VII - quando as propostas apresentadas consigna- nº 8.883, de 1994)
rem preços manifestamente superiores aos praticados no XVII - para a aquisição de componentes ou peças de
mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados origem nacional ou estrangeira, necessários à manutenção
pelos órgãos oficiais competentes, casos em que, obser- de equipamentos durante o período de garantia técnica,
vado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, persistindo junto ao fornecedor original desses equipamentos, quan-
a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou do tal condição de exclusividade for indispensável para a
serviços, por valor não superior ao constante do registro de vigência da garantia; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
preços, ou dos serviços; (Vide § 3º do art. 48) XVIII - nas compras ou contratações de serviços para
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito o abastecimento de navios, embarcações, unidades aéreas
público interno, de bens produzidos ou serviços prestados ou tropas e seus meios de deslocamento quando em es-
por órgão ou entidade que integre a Administração Pública tada eventual de curta duração em portos, aeroportos ou
e que tenha sido criado para esse fim específico em data localidades diferentes de suas sedes, por motivo de mo-
anterior à vigência desta Lei, desde que o preço contrata- vimentação operacional ou de adestramento, quando a
do seja compatível com o praticado no mercado; (Redação exiguidade dos prazos legais puder comprometer a nor-
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) malidade e os propósitos das operações e desde que seu
IX - quando houver possibilidade de comprometimen- valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso
to da segurança nacional, nos casos estabelecidos em de- II do art. 23 desta Lei: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
creto do Presidente da República, ouvido o Conselho de XIX - para as compras de material de uso pelas For-
Defesa Nacional; (Regulamento) ças Armadas, com exceção de materiais de uso pessoal e
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao administrativo, quando houver necessidade de manter a
atendimento das finalidades precípuas da administração, padronização requerida pela estrutura de apoio logístico
cujas necessidades de instalação e localização condicio- dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante parecer de
nem a sua escolha, desde que o preço seja compatível com comissão instituída por decreto; (Incluído pela Lei nº 8.883,
o valor de mercado, segundo avaliação prévia; (Redação de 1994)
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) XX - na contratação de associação de portadores de
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço deficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada ido-
ou fornecimento, em consequência de rescisão contratual, neidade, por órgãos ou entidades da Administração Públi-
desde que atendida a ordem de classificação da licitação ca, para a prestação de serviços ou fornecimento de mão-
anterior e aceitas as mesmas condições oferecidas pelo li- de-obra, desde que o preço contratado seja compatível
citante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 8.883,
corrigido; de 1994)
XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros XXI - para a aquisição ou contratação de produto para
gêneros perecíveis, no tempo necessário para a realização pesquisa e desenvolvimento, limitada, no caso de obras e
dos processos licitatórios correspondentes, realizadas dire- serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor
tamente com base no preço do dia; (Redação dada pela Lei de que trata a alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
nº 8.883, de 1994) (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou de energia elétrica e gás natural com concessionário, per-
do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedica- missionário ou autorizado, segundo as normas da legisla-
da à recuperação social do preso, desde que a contratada ção específica; (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não XXIII - na contratação realizada por empresa pública
tenha fins lucrativos; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de ou sociedade de economia mista com suas subsidiárias e
1994) controladas, para a aquisição ou alienação de bens, pres-
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos tação ou obtenção de serviços, desde que o preço contra-
de acordo internacional específico aprovado pelo Congres- tado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluí-
so Nacional, quando as condições ofertadas forem ma- do pela Lei nº 9.648, de 1998)
nifestamente vantajosas para o Poder Público; (Redação XXIV - para a celebração de contratos de prestação
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) de serviços com as organizações sociais, qualificadas no
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades
objetos históricos, de autenticidade certificada, desde que contempladas no contrato de gestão. (Incluído pela Lei nº
compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou enti- 9.648, de 1998)
dade.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XXV - na contratação realizada por Instituição Cientí- XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito
fica e Tecnológica - ICT ou por agência de fomento para público interno de insumos estratégicos para a saúde pro-
a transferência de tecnologia e para o licenciamento de duzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou
direito de uso ou de exploração de criação protegida. (In- estatutariamente, tenha por finalidade apoiar órgão da ad-
cluído pela Lei nº 10.973, de 2004) ministração pública direta, sua autarquia ou fundação em
XXVI – na celebração de contrato de programa com projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimento
ente da Federação ou com entidade de sua administração institucional, científico e tecnológico e estímulo à inova-
indireta, para a prestação de serviços públicos de forma ção, inclusive na gestão administrativa e financeira ne-
associada nos termos do autorizado em contrato de con- cessária à execução desses projetos, ou em parcerias que
sórcio público ou em convênio de cooperação. (Incluído envolvam transferência de tecnologia de produtos estraté-
pela Lei nº 11.107, de 2005) gicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do
XXVII - na contratação da coleta, processamento e co- inciso XXXII deste artigo, e que tenha sido criada para esse
fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde
mercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
que o preço contratado seja compatível com o praticado
reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de
no mercado. (Incluído pela Lei nº 13.204, de 2015)
lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
§ 1o Os percentuais referidos nos incisos I e II
exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda reco-
do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para
nhecidas pelo poder público como catadores de materiais compras, obras e serviços contratados por consórcios pú-
recicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com blicos, sociedade de economia mista, empresa pública e por
as normas técnicas, ambientais e de saúde pública. (Reda- autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como
ção dada pela Lei nº 11.445, de 2007). (Vigência) Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, pro- § 2o O limite temporal de criação do órgão ou entidade
duzidos ou prestados no País, que envolvam, cumulativa- que integre a administração pública estabelecido no inciso
mente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou en-
mediante parecer de comissão especialmente designada tidades que produzem produtos estratégicos para o SUS,
pela autoridade máxima do órgão. (Incluído pela Lei nº no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990,
11.484, de 2007). conforme elencados em ato da direção nacional do SUS.
XXIX – na aquisição de bens e contratação de servi- (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012)
ços para atender aos contingentes militares das Forças § 3o A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI
Singulares brasileiras empregadas em operações de paz do caput, quando aplicada a obras e serviços de engenha-
no exterior, necessariamente justificadas quanto ao pre- ria, seguirá procedimentos especiais instituídos em regula-
ço e à escolha do fornecedor ou executante e ratificadas mentação específica. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
pelo Comandante da Força. (Incluído pela Lei nº 11.783, § 4o Não se aplica a vedação prevista no inciso I
de 2008). do  caput  do art. 9o à hipótese prevista no inciso XXI
XXX - na contratação de instituição ou organização, do caput. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
pública ou privada, com ou sem fins lucrativos, para a pres- Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabi-
tação de serviços de assistência técnica e extensão rural no lidade de competição, em especial:
âmbito do Programa Nacional de Assistência Técnica e Ex- I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gê-
tensão Rural na Agricultura Familiar e na Reforma Agrária, neros que só possam ser fornecidos por produtor, empresa
instituído por lei federal. (Incluído pela Lei nº 12.188, de ou representante comercial exclusivo, vedada a preferên-
cia de marca, devendo a comprovação de exclusividade ser
2.010) Vigência
feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do
do comércio do local em que se realizaria a licitação ou
disposto nos arts. 3o, 4o, 5o e 20 da Lei no 10.973, de 2
a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou Confe-
de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
deração Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
contratação dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, II - para a contratação de serviços técnicos enumera-
de 2010) dos no art. 13 desta Lei, de natureza singular, com profis-
XXXII - na contratação em que houver transferência de sionais ou empresas de notória especialização, vedada a
tecnologia de produtos estratégicos para o Sistema Único inexigibilidade para serviços de publicidade e divulgação;
de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de se- III - para contratação de profissional de qualquer setor
tembro de 1990, conforme elencados em ato da direção artístico, diretamente ou através de empresário exclusivo,
nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição destes desde que consagrado pela crítica especializada ou pela
produtos durante as etapas de absorção tecnológica. (In- opinião pública.
cluído pela Lei nº 12.715, de 2012) § 1o Considera-se de notória especialização o profissional
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins ou empresa cujo conceito no campo de sua especialidade,
lucrativos, para a implementação de cisternas ou outras decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências,
tecnologias sociais de acesso à água para consumo hu- publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou
mano e produção de alimentos, para beneficiar as famílias de outros requisitos relacionados com suas atividades, per-
rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta regular mita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente
de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013) o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.

36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos III - prova de regularidade para com a Fazenda Federal,
de dispensa, se comprovado superfaturamento, respondem Estadual e Municipal do domicílio ou sede do licitante, ou
solidariamente pelo dano causado à Fazenda Pública o for- outra equivalente, na forma da lei;
necedor ou o prestador de serviços e o agente público res- IV - prova de regularidade relativa à Seguridade Social
ponsável, sem prejuízo de outras sanções legais cabíveis. e ao Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), de-
Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17 monstrando situação regular no cumprimento dos encar-
e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexi- gos sociais instituídos por lei. (Redação dada pela Lei nº
gibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas, 8.883, de 1994)
e o retardamento previsto no final do parágrafo único do V – prova de inexistência de débitos inadimplidos pe-
art. 8odesta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três) rante a Justiça do Trabalho, mediante a apresentação de
dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na certidão negativa, nos termos do Título VII-A da Conso-
imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição lidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei
para a eficácia dos atos. (Redação dada pela Lei nº 11.107, no 5.452, de 1ode maio de 1943. (Incluído pela Lei nº 12.440,
de 2005) de 2011) (Vigência)
Parágrafo único. O processo de dispensa, de inexigibi- Art. 30. A documentação relativa à qualificação técnica
lidade ou de retardamento, previsto neste artigo, será ins- limitar-se-á a:
truído, no que couber, com os seguintes elementos: I - registro ou inscrição na entidade profissional com-
I - caracterização da situação emergencial ou calamito- petente;
sa que justifique a dispensa, quando for o caso; II - comprovação de aptidão para desempenho de ati-
II - razão da escolha do fornecedor ou executante; vidade pertinente e compatível em características, quanti-
III - justificativa do preço. dades e prazos com o objeto da licitação, e indicação das
IV - documento de aprovação dos projetos de pesqui- instalações e do aparelhamento e do pessoal técnico ade-
sa aos quais os bens serão alocados. (Incluído pela Lei nº quados e disponíveis para a realização do objeto da licita-
9.648, de 1998) ção, bem como da qualificação de cada um dos membros
da equipe técnica que se responsabilizará pelos trabalhos;
Seção II III - comprovação, fornecida pelo órgão licitante, de
Da Habilitação que recebeu os documentos, e, quando exigido, de que
tomou conhecimento de todas as informações e das con-
Art. 27. Para a habilitação nas licitações exigir-se-á dos dições locais para o cumprimento das obrigações objeto
interessados, exclusivamente, documentação relativa a: da licitação;
I - habilitação jurídica; IV - prova de atendimento de requisitos previstos em
II - qualificação técnica; lei especial, quando for o caso.
III - qualificação econômico-financeira; § 1o A comprovação de aptidão referida no inciso II do
IV – regularidade fiscal e trabalhista; (Redação dada “caput” deste artigo, no caso das licitações pertinentes a
pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência) obras e serviços, será feita por atestados fornecidos por
V – cumprimento do disposto no inciso XXXIII do art. 7o da pessoas jurídicas de direito público ou privado, devida-
Constituição Federal. (Incluído pela Lei nº 9.854, de 1999) mente registrados nas entidades profissionais competen-
Art. 28. A documentação relativa à habilitação jurídica, tes, limitadas as exigências a: (Redação dada pela Lei nº
conforme o caso, consistirá em: 8.883, de 1994)
I - cédula de identidade; I  -  capacitação técnico-profissional: comprovação do
II - registro comercial, no caso de empresa individual; licitante de possuir em seu quadro permanente, na data
III - ato constitutivo, estatuto ou contrato social em vi- prevista para entrega da proposta, profissional de nível
gor, devidamente registrado, em se tratando de sociedades superior ou outro devidamente reconhecido pela entida-
comerciais, e, no caso de sociedades por ações, acompa- de competente, detentor de atestado de responsabilidade
nhado de documentos de eleição de seus administradores; técnica por execução de obra ou serviço de características
IV - inscrição do ato constitutivo, no caso de socieda- semelhantes, limitadas estas exclusivamente às parcelas de
des civis, acompanhada de prova de diretoria em exercício; maior relevância e valor significativo do objeto da licitação,
V - decreto de autorização, em se tratando de empresa vedadas as exigências de quantidades mínimas ou prazos
ou sociedade estrangeira em funcionamento no País, e ato máximos; (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
de registro ou autorização para funcionamento expedido II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
pelo órgão competente, quando a atividade assim o exigir. a) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 29. A documentação relativa à regularidade fiscal e b) (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
trabalhista, conforme o caso, consistirá em: (Redação dada § 2o As parcelas de maior relevância técnica e de valor
pela Lei nº 12.440, de 2011) (Vigência) significativo, mencionadas no parágrafo anterior, serão de-
I - prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas finidas no instrumento convocatório.  (Redação dada pela
(CPF) ou no Cadastro Geral de Contribuintes (CGC); Lei nº 8.883, de 1994)
II - prova de inscrição no cadastro de contribuintes § 3o Será sempre admitida a comprovação de aptidão
estadual ou municipal, se houver, relativo ao domicílio ou através de certidões ou atestados de obras ou serviços si-
sede do licitante, pertinente ao seu ramo de atividade e milares de complexidade tecnológica e operacional equi-
compatível com o objeto contratual; valente ou superior.

37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 4o Nas licitações para fornecimento de bens, a com- § 2o A Administração, nas compras para entrega futura
provação de aptidão, quando for o caso, será feita através e na execução de obras e serviços, poderá estabelecer, no
de atestados fornecidos por pessoa jurídica de direito pú- instrumento convocatório da licitação, a exigência de ca-
blico ou privado. pital mínimo ou de patrimônio líquido mínimo, ou ainda
§ 5o É vedada a exigência de comprovação de ativida- as garantias previstas no § 1o do art. 56 desta Lei, como
de ou de aptidão com limitações de tempo ou de época dado objetivo de comprovação da qualificação econômi-
ou ainda em locais específicos, ou quaisquer outras não co-financeira dos licitantes e para efeito de garantia ao
previstas nesta Lei, que inibam a participação na licitação. adimplemento do contrato a ser ulteriormente celebrado.
§ 6o As exigências mínimas relativas a instalações de § 3o O capital mínimo ou o valor do patrimônio líquido
canteiros, máquinas, equipamentos e pessoal técnico espe- a que se refere o parágrafo anterior não poderá exceder
cializado, considerados essenciais para o cumprimento do a 10% (dez por cento) do valor estimado da contratação,
objeto da licitação, serão atendidas mediante a apresenta- devendo a comprovação ser feita relativamente à data
ção de relação explícita e da declaração formal da sua dis- da apresentação da proposta, na forma da lei, admitida a
ponibilidade, sob as penas cabíveis, vedada as exigências atualização para esta data através de índices oficiais.
de propriedade e de localização prévia. § 4o Poderá ser exigida, ainda, a relação dos compro-
§ 7º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) missos assumidos pelo licitante que importem diminuição
I - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) da capacidade operativa ou absorção de disponibilidade
II - (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) financeira, calculada esta em função do patrimônio líquido
§ 8o No caso de obras, serviços e compras de grande atualizado e sua capacidade de rotação.
vulto, de alta complexidade técnica, poderá a Administra- § 5o A comprovação de boa situação financeira da em-
ção exigir dos licitantes a metodologia de execução, cuja presa será feita de forma objetiva, através do cálculo de
avaliação, para efeito de sua aceitação ou não, antecederá índices contábeis previstos no edital e devidamente justi-
sempre à análise dos preços e será efetuada exclusivamen- ficados no processo administrativo da licitação que tenha
te por critérios objetivos. dado início ao certame licitatório, vedada a exigência de
§ 9o Entende-se por licitação de alta complexidade téc-
índices e valores não usualmente adotados para correta
nica aquela que envolva alta especialização, como fator de
avaliação de situação financeira suficiente ao cumprimen-
extrema relevância para garantir a execução do objeto a ser
to das obrigações decorrentes da licitação. (Redação dada
contratado, ou que possa comprometer a continuidade da
pela Lei nº 8.883, de 1994)
prestação de serviços públicos essenciais.
§ 6º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 10. Os profissionais indicados pelo licitante para fins
Art. 32. Os documentos necessários à habilitação po-
de comprovação da capacitação técnico-profissional de
derão ser apresentados em original, por qualquer processo
que trata o inciso I do § 1o deste artigo deverão partici-
de cópia autenticada por cartório competente ou por servi-
par da obra ou serviço objeto da licitação, admitindo-se
a substituição por profissionais de experiência equivalente dor da administração ou publicação em órgão da imprensa
ou superior, desde que aprovada pela administração. (In- oficial. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
cluído pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31
§ 11. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) desta Lei poderá ser dispensada, no todo ou em parte, nos
§ 12. (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) casos de convite, concurso, fornecimento de bens para
Art. 31. A documentação relativa à qualificação econô- pronta entrega e leilão.
mico-financeira limitar-se-á a: § 2o O certificado de registro cadastral a que se refe-
I - balanço patrimonial e demonstrações contábeis do re o § 1o do art. 36 substitui os documentos enumerados
último exercício social, já exigíveis e apresentados na forma nos arts. 28 a 31, quanto às informações disponibilizadas
da lei, que comprovem a boa situação financeira da empre- em sistema informatizado de consulta direta indicado no
sa, vedada a sua substituição por balancetes ou balanços edital, obrigando-se a parte a declarar, sob as penalidades
provisórios, podendo ser atualizados por índices oficiais legais, a superveniência de fato impeditivo da habilitação.
quando encerrado há mais de 3 (três) meses da data de (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
apresentação da proposta; § 3o A documentação referida neste artigo poderá ser
II - certidão negativa de falência ou concordata expedi- substituída por registro cadastral emitido por órgão ou en-
da pelo distribuidor da sede da pessoa jurídica, ou de exe- tidade pública, desde que previsto no edital e o registro
cução patrimonial, expedida no domicílio da pessoa física; tenha sido feito em obediência ao disposto nesta Lei.
III - garantia, nas mesmas modalidades e critérios pre- § 4o As empresas estrangeiras que não funcionem no
vistos no “caput” e § 1o do art. 56 desta Lei, limitada a 1% País, tanto quanto possível, atenderão, nas licitações inter-
(um por cento) do valor estimado do objeto da contratação. nacionais, às exigências dos parágrafos anteriores median-
§ 1o A exigência de índices limitar-se-á à demonstração te documentos equivalentes, autenticados pelos respec-
da capacidade financeira do licitante com vistas aos com- tivos consulados e traduzidos por tradutor juramentado,
promissos que terá que assumir caso lhe seja adjudicado o devendo ter representação legal no Brasil com poderes
contrato, vedada a exigência de valores mínimos de fatu- expressos para receber citação e responder administrativa
ramento anterior, índices de rentabilidade ou lucrativida- ou judicialmente.
de. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o Não se exigirá, para a habilitação de que trata este Seção III
artigo, prévio recolhimento de taxas ou emolumentos, sal- Dos Registros Cadastrais
vo os referentes a fornecimento do edital, quando solicita-
do, com os seus elementos constitutivos, limitados ao valor Art. 34. Para os fins desta Lei, os órgãos e entidades da
do custo efetivo de reprodução gráfica da documentação Administração Pública que realizem frequentemente licita-
fornecida. ções manterão registros cadastrais para efeito de habilita-
§ 6o O disposto no § 4o deste artigo, no § 1o do art. 33 e ção, na forma regulamentar, válidos por, no máximo, um
no § 2o do art. 55, não se aplica às licitações internacionais ano. (Regulamento)
para a aquisição de bens e serviços cujo pagamento seja § 1o O registro cadastral deverá ser amplamente divul-
feito com o produto de financiamento concedido por or- gado e deverá estar permanentemente aberto aos interes-
ganismo financeiro internacional de que o Brasil faça parte, sados, obrigando-se a unidade por ele responsável a pro-
ou por agência estrangeira de cooperação, nem nos casos ceder, no mínimo anualmente, através da imprensa oficial e
de contratação com empresa estrangeira, para a compra de jornal diário, a chamamento público para a atualização
de equipamentos fabricados e entregues no exterior, des- dos registros existentes e para o ingresso de novos inte-
de que para este caso tenha havido prévia autorização do ressados.
Chefe do Poder Executivo, nem nos casos de aquisição de § 2o É facultado às unidades administrativas utilizarem-
bens e serviços realizada por unidades administrativas com se de registros cadastrais de outros órgãos ou entidades da
sede no exterior. Administração Pública.
Art. 35. Ao requerer inscrição no cadastro, ou atuali-
§ 7o A documentação de que tratam os arts. 28 a 31 e
zação deste, a qualquer tempo, o interessado fornecerá os
este artigo poderá ser dispensada, nos termos de regula-
elementos necessários à satisfação das exigências do art.
mento, no todo ou em parte, para a contratação de produ-
27 desta Lei.
to para pesquisa e desenvolvimento, desde que para pron-
Art. 36. Os inscritos serão classificados por categorias,
ta entrega ou até o valor previsto na alínea “a” do inciso II
tendo-se em vista sua especialização, subdivididas em gru-
do caput do art. 23. (Incluído pela Lei nº 13.243, de 2016)
pos, segundo a qualificação técnica e econômica avaliada
Art. 33. Quando permitida na licitação a participação
pelos elementos constantes da documentação relacionada
de empresas em consórcio, observar-se-ão as seguintes
nos arts. 30 e 31 desta Lei.
normas: § 1o Aos inscritos será fornecido certificado, renovável
I - comprovação do compromisso público ou particular sempre que atualizarem o registro.
de constituição de consórcio, subscrito pelos consorciados; § 2o A atuação do licitante no cumprimento de obri-
II - indicação da empresa responsável pelo consórcio gações assumidas será anotada no respectivo registro ca-
que deverá atender às condições de liderança, obrigatoria- dastral.
mente fixadas no edital; Art. 37. A qualquer tempo poderá ser alterado, suspen-
III - apresentação dos documentos exigidos nos arts. so ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satis-
28 a 31 desta Lei por parte de cada consorciado, admi- fazer as exigências do art. 27 desta Lei, ou as estabelecidas
tindo-se, para efeito de qualificação técnica, o somatório para classificação cadastral.
dos quantitativos de cada consorciado, e, para efeito de
qualificação econômico-financeira, o somatório dos valo- Seção IV
res de cada consorciado, na proporção de sua respectiva Do Procedimento e Julgamento
participação, podendo a Administração estabelecer, para o
consórcio, um acréscimo de até 30% (trinta por cento) dos Art. 38. O procedimento da licitação será iniciado com
valores exigidos para licitante individual, inexigível este a abertura de processo administrativo, devidamente au-
acréscimo para os consórcios compostos, em sua totalida- tuado, protocolado e numerado, contendo a autorização
de, por micro e pequenas empresas assim definidas em lei; respectiva, a indicação sucinta de seu objeto e do recurso
IV - impedimento de participação de empresa consor- próprio para a despesa, e ao qual serão juntados oportu-
ciada, na mesma licitação, através de mais de um consórcio namente:
ou isoladamente; I - edital ou convite e respectivos anexos, quando for
V - responsabilidade solidária dos integrantes pelos o caso;
atos praticados em consórcio, tanto na fase de licitação II - comprovante das publicações do edital resumido,
quanto na de execução do contrato. na forma do art. 21 desta Lei, ou da entrega do convite;
§ 1o No consórcio de empresas brasileiras e estrangei- III - ato de designação da comissão de licitação, do
ras a liderança caberá, obrigatoriamente, à empresa brasi- leiloeiro administrativo ou oficial, ou do responsável pelo
leira, observado o disposto no inciso II deste artigo. convite;
§ 2o O licitante vencedor fica obrigado a promover, an- IV - original das propostas e dos documentos que as
tes da celebração do contrato, a constituição e o registro instruírem;
do consórcio, nos termos do compromisso referido no in- V - atas, relatórios e deliberações da Comissão Julga-
ciso I deste artigo. dora;
VI - pareceres técnicos ou jurídicos emitidos sobre a
licitação, dispensa ou inexigibilidade;

39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações

VII - atos de adjudicação do objeto da licitação e da VIII - locais, horários e códigos de acesso dos meios de
sua homologação; comunicação à distância em que serão fornecidos elemen-
VIII - recursos eventualmente apresentados pelos lici- tos, informações e esclarecimentos relativos à licitação e às
tantes e respectivas manifestações e decisões; condições para atendimento das obrigações necessárias ao
IX - despacho de anulação ou de revogação da licita- cumprimento de seu objeto;
ção, quando for o caso, fundamentado circunstanciada- IX - condições equivalentes de pagamento entre em-
mente; presas brasileiras e estrangeiras, no caso de licitações in-
X - termo de contrato ou instrumento equivalente, ternacionais;
conforme o caso; X - o critério de aceitabilidade dos preços unitário e
XI - outros comprovantes de publicações; global, conforme o caso, permitida a fixação de preços
XII - demais documentos relativos à licitação. máximos e vedados a fixação de preços mínimos, critérios
Parágrafo único. As minutas de editais de licitação, estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de
bem como as dos contratos, acordos, convênios ou ajustes referência, ressalvado o disposto nos parágrafos 1º e 2º do
devem ser previamente examinadas e aprovadas por asses- art. 48; (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
soria jurídica da Administração. (Redação dada pela Lei nº XI - critério de reajuste, que deverá retratar a variação
8.883, de 1994) efetiva do custo de produção, admitida a adoção de ín-
Art. 39. Sempre que o valor estimado para uma lici- dices específicos ou setoriais, desde a data prevista para
tação ou para um conjunto de licitações simultâneas ou apresentação da proposta, ou do orçamento a que essa
sucessivas for superior a 100 (cem) vezes o limite previsto proposta se referir, até a data do adimplemento de cada
no art. 23, inciso I, alínea “c” desta Lei, o processo licitatório parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
será iniciado, obrigatoriamente, com uma audiência públi- XII - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ca concedida pela autoridade responsável com antecedên- XIII - limites para pagamento de instalação e mobili-
cia mínima de 15 (quinze) dias úteis da data prevista para zação para execução de obras ou serviços que serão obri-
a publicação do edital, e divulgada, com a antecedência gatoriamente previstos em separado das demais parcelas,
mínima de 10 (dez) dias úteis de sua realização, pelos mes- etapas ou tarefas;
mos meios previstos para a publicidade da licitação, à qual XIV - condições de pagamento, prevendo:
terão acesso e direito a todas as informações pertinentes e a) prazo de pagamento não superior a trinta dias, con-
a se manifestar todos os interessados. tado a partir da data final do período de adimplemento de
Parágrafo único. Para os fins deste artigo, consideram- cada parcela; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
se licitações simultâneas aquelas com objetos similares e b) cronograma de desembolso máximo por período,
com realização prevista para intervalos não superiores a em conformidade com a disponibilidade de recursos finan-
trinta dias e licitações sucessivas aquelas em que, também ceiros;
com objetos similares, o edital subsequente tenha uma c) critério de atualização financeira dos valores a serem
data anterior a cento e vinte dias após o término do contra- pagos, desde a data final do período de adimplemento de
to resultante da licitação antecedente. (Redação dada pela cada parcela até a data do efetivo pagamento; (Redação
Lei nº 8.883, de 1994) dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
Art. 40. O edital conterá no preâmbulo o número de d) compensações financeiras e penalizações, por even-
ordem em série anual, o nome da repartição interessada tuais atrasos, e descontos, por eventuais antecipações de
e de seu setor, a modalidade, o regime de execução e o pagamentos;
tipo da licitação, a menção de que será regida por esta Lei, e) exigência de seguros, quando for o caso;
o local, dia e hora para recebimento da documentação e XV - instruções e normas para os recursos previstos
proposta, bem como para início da abertura dos envelopes, nesta Lei;
e indicará, obrigatoriamente, o seguinte: XVI - condições de recebimento do objeto da licitação;
I - objeto da licitação, em descrição sucinta e clara; XVII  -  outras indicações específicas ou peculiares da
II - prazo e condições para assinatura do contrato ou licitação.
retirada dos instrumentos, como previsto no art. 64 desta § 1o O original do edital deverá ser datado, rubricado
Lei, para execução do contrato e para entrega do objeto em todas as folhas e assinado pela autoridade que o expe-
da licitação; dir, permanecendo no processo de licitação, e dele extrain-
III - sanções para o caso de inadimplemento; do-se cópias integrais ou resumidas, para sua divulgação e
IV - local onde poderá ser examinado e adquirido o fornecimento aos interessados.
projeto básico; § 2o Constituem anexos do edital, dele fazendo parte
V - se há projeto executivo disponível na data da publi- integrante:
cação do edital de licitação e o local onde possa ser exami- I - o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas
nado e adquirido; partes, desenhos, especificações e outros complementos;
VI - condições para participação na licitação, em con- II - orçamento estimado em planilhas de quantitati-
formidade com os arts. 27 a 31 desta Lei, e forma de apre- vos e preços unitários; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de
sentação das propostas; 1994)
VII - critério para julgamento, com disposições claras e III - a minuta do contrato a ser firmado entre a Admi-
parâmetros objetivos; nistração e o licitante vencedor;

40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
IV - as especificações complementares e as normas de § 4o Para fins de julgamento da licitação, as propos-
execução pertinentes à licitação. tas apresentadas por licitantes estrangeiros serão acresci-
§ 3o Para efeito do disposto nesta Lei, considera-se das dos gravames consequentes dos mesmos tributos que
como adimplemento da obrigação contratual a prestação oneram exclusivamente os licitantes brasileiros quanto à
do serviço, a realização da obra, a entrega do bem ou de operação final de venda.
parcela destes, bem como qualquer outro evento contra- § 5o Para a realização de obras, prestação de serviços
tual a cuja ocorrência esteja vinculada a emissão de docu- ou aquisição de bens com recursos provenientes de finan-
mento de cobrança. ciamento ou doação oriundos de agência oficial de coo-
§ 4o Nas compras para entrega imediata, assim enten- peração estrangeira ou organismo financeiro multilateral
didas aquelas com prazo de entrega até trinta dias da data de que o Brasil seja parte, poderão ser admitidas, na res-
prevista para apresentação da proposta, poderão ser dis- pectiva licitação, as condições decorrentes de acordos, pro-
pensadas: (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) tocolos, convenções ou tratados internacionais aprovados
pelo Congresso Nacional, bem como as normas e procedi-
I - o disposto no inciso XI deste artigo; (Incluído pela
mentos daquelas entidades, inclusive quanto ao critério de
Lei nº 8.883, de 1994)
seleção da proposta mais vantajosa para a administração, o
II  -  a atualização financeira a que se refere a alínea
qual poderá contemplar, além do preço, outros fatores de
“c” do inciso XIV deste artigo, correspondente ao período avaliação, desde que por elas exigidos para a obtenção do
compreendido entre as datas do adimplemento e a pre- financiamento ou da doação, e que também não conflitem
vista para o pagamento, desde que não superior a quinze com o princípio do julgamento objetivo e sejam objeto de
dias.(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) despacho motivado do órgão executor do contrato, despa-
Art. 41. A Administração não pode descumprir as nor- cho esse ratificado pela autoridade imediatamente supe-
mas e condições do edital, ao qual se acha estritamente rior. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
vinculada. § 6o As cotações de todos os licitantes serão para entre-
§ 1o Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar ga no mesmo local de destino.
edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, Art. 43. A licitação será processada e julgada com ob-
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes servância dos seguintes procedimentos:
da data fixada para a abertura dos envelopes de habilita- I - abertura dos envelopes contendo a documentação
ção, devendo a Administração julgar e responder à impug- relativa à habilitação dos concorrentes, e sua apreciação;
nação em até 3 (três) dias úteis, sem prejuízo da faculdade II - devolução dos envelopes fechados aos concorren-
prevista no § 1o do art. 113. tes inabilitados, contendo as respectivas propostas, desde
§ 2o Decairá do direito de impugnar os termos do edital que não tenha havido recurso ou após sua denegação;
de licitação perante a administração o licitante que não o III - abertura dos envelopes contendo as propostas dos
fizer até o segundo dia útil que anteceder a abertura dos concorrentes habilitados, desde que transcorrido o prazo
envelopes de habilitação em concorrência, a abertura dos sem interposição de recurso, ou tenha havido desistência
envelopes com as propostas em convite, tomada de preços expressa, ou após o julgamento dos recursos interpostos;
ou concurso, ou a realização de leilão, as falhas ou irregu- IV - verificação da conformidade de cada proposta com
laridades que viciariam esse edital, hipótese em que tal co- os requisitos do edital e, conforme o caso, com os preços
municação não terá efeito de recurso. (Redação dada pela correntes no mercado ou fixados por órgão oficial compe-
Lei nº 8.883, de 1994) tente, ou ainda com os constantes do sistema de registro
§ 3o A impugnação feita tempestivamente pelo licitante de preços, os quais deverão ser devidamente registrados
na ata de julgamento, promovendo-se a desclassificação
não o impedirá de participar do processo licitatório até o
das propostas desconformes ou incompatíveis;
trânsito em julgado da decisão a ela pertinente.
V - julgamento e classificação das propostas de acordo
§ 4o A inabilitação do licitante importa preclusão do
com os critérios de avaliação constantes do edital;
seu direito de participar das fases subsequentes. VI - deliberação da autoridade competente quanto à
Art. 42. Nas concorrências de âmbito internacional, o homologação e adjudicação do objeto da licitação.
edital deverá ajustar-se às diretrizes da política monetária § 1o A abertura dos envelopes contendo a documenta-
e do comércio exterior e atender às exigências dos órgãos ção para habilitação e as propostas será realizada sempre
competentes. em ato público previamente designado, do qual se lavrará
§ 1o Quando for permitido ao licitante estrangeiro cotar ata circunstanciada, assinada pelos licitantes presentes e
preço em moeda estrangeira, igualmente o poderá fazer o pela Comissão.
licitante brasileiro. § 2o Todos os documentos e propostas serão rubrica-
§ 2o O pagamento feito ao licitante brasileiro eventual- dos pelos licitantes presentes e pela Comissão.
mente contratado em virtude da licitação de que trata o § 3o É facultada à Comissão ou autoridade superior, em
parágrafo anterior será efetuado em moeda brasileira, à qualquer fase da licitação, a promoção de diligência desti-
taxa de câmbio vigente no dia útil imediatamente anterior nada a esclarecer ou a complementar a instrução do pro-
à data do efetivo pagamento. (Redação dada pela Lei nº cesso, vedada a inclusão posterior de documento ou infor-
8.883, de 1994) mação que deveria constar originariamente da proposta.
§ 3o As garantias de pagamento ao licitante brasileiro se- § 4o O disposto neste artigo aplica-se à concorrência e,
rão equivalentes àquelas oferecidas ao licitante estrangeiro. no que couber, ao concurso, ao leilão, à tomada de preços
e ao convite. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)

41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o Ultrapassada a fase de habilitação dos concorren- § 3o No caso da licitação do tipo “menor preço”, en-
tes (incisos I e II) e abertas as propostas (inciso III), não cabe tre os licitantes considerados qualificados a classificação
desclassificá-los por motivo relacionado com a habilitação, se dará pela ordem crescente dos preços propostos, pre-
salvo em razão de fatos supervenientes ou só conhecidos valecendo, no caso de empate, exclusivamente o critério
após o julgamento. previsto no parágrafo anterior. (Redação dada pela Lei nº
§ 6o Após a fase de habilitação, não cabe desistência de 8.883, de 1994)
proposta, salvo por motivo justo decorrente de fato super- § 4o Para contratação de bens e serviços de informáti-
veniente e aceito pela Comissão. ca, a administração observará o disposto no art. 3o da Lei
Art. 44. No julgamento das propostas, a Comissão le- no 8.248, de 23 de outubro de 1991, levando em conta os
vará em consideração os critérios objetivos definidos no fatores especificados em seu parágrafo 2o e adotando obri-
edital ou convite, os quais não devem contrariar as normas gatoriamente o tipo de licitação «técnica e preço», permi-
e princípios estabelecidos por esta Lei. tido o emprego de outro tipo de licitação nos casos indi-
cados em decreto do Poder Executivo. (Redação dada pela
§ 1o É vedada a utilização de qualquer elemento, cri-
Lei nº 8.883, de 1994)
tério ou fator sigiloso, secreto, subjetivo ou reservado que
§ 5o É vedada a utilização de outros tipos de licitação
possa ainda que indiretamente elidir o princípio da igual-
não previstos neste artigo.
dade entre os licitantes.
§ 6o Na hipótese prevista no art. 23, § 7º, serão sele-
§ 2o Não se considerará qualquer oferta de vantagem cionadas tantas propostas quantas necessárias até que se
não prevista no edital ou no convite, inclusive financiamen- atinja a quantidade demandada na licitação. (Incluído pela
tos subsidiados ou a fundo perdido, nem preço ou vanta- Lei nº 9.648, de 1998)
gem baseada nas ofertas dos demais licitantes. Art. 46. Os tipos de licitação “melhor técnica” ou “téc-
§ 3o Não se admitirá proposta que apresente preços nica e preço” serão utilizados exclusivamente para serviços
global ou unitários simbólicos, irrisórios ou de valor zero, de natureza predominantemente intelectual, em especial
incompatíveis com os preços dos insumos e salários de na elaboração de projetos, cálculos, fiscalização, supervi-
mercado, acrescidos dos respectivos encargos, ainda que o são e gerenciamento e de engenharia consultiva em ge-
ato convocatório da licitação não tenha estabelecido limi- ral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos
tes mínimos, exceto quando se referirem a materiais e ins- preliminares e projetos básicos e executivos, ressalvado o
talações de propriedade do próprio licitante, para os quais disposto no § 4o do artigo anterior. (Redação dada pela Lei
ele renuncie a parcela ou à totalidade da remuneração. (Re- nº 8.883, de 1994)
dação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o Nas licitações do tipo “melhor técnica” será ado-
§ 4o O disposto no parágrafo anterior aplica-se tam- tado o seguinte procedimento claramente explicitado no
bém às propostas que incluam mão-de-obra estrangeira instrumento convocatório, o qual fixará o preço máximo
ou importações de qualquer natureza.(Redação dada pela que a Administração se propõe a pagar:
Lei nº 8.883, de 1994) I - serão abertos os envelopes contendo as propostas
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, de- técnicas exclusivamente dos licitantes previamente qualifica-
vendo a Comissão de licitação ou o responsável pelo convi- dos e feita então a avaliação e classificação destas propostas
te realizá-lo em conformidade com os tipos de licitação, os de acordo com os critérios pertinentes e adequados ao objeto
critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e licitado, definidos com clareza e objetividade no instrumento
de acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de convocatório e que considerem a capacitação e a experiência
maneira a possibilitar sua aferição pelos licitantes e pelos do proponente, a qualidade técnica da proposta, compreen-
dendo metodologia, organização, tecnologias e recursos ma-
órgãos de controle.
teriais a serem utilizados nos trabalhos, e a qualificação das
§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de
equipes técnicas a serem mobilizadas para a sua execução;
licitação, exceto na modalidade concurso: (Redação dada
II - uma vez classificadas as propostas técnicas, proce-
pela Lei nº 8.883, de 1994)
der-se-á à abertura das propostas de preço dos licitantes
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da que tenham atingido a valorização mínima estabelecida no
proposta mais vantajosa para a Administração determinar instrumento convocatório e à negociação das condições
que será vencedor o licitante que apresentar a proposta de propostas, com a proponente melhor classificada, com
acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar base nos orçamentos detalhados apresentados e respec-
o menor preço; tivos preços unitários e tendo como referência o limite re-
II - a de melhor técnica; presentado pela proposta de menor preço entre os licitan-
III - a de técnica e preço. tes que obtiveram a valorização mínima;
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de aliena- III - no caso de impasse na negociação anterior, pro-
ção de bens ou concessão de direito real de uso. (Incluído cedimento idêntico será adotado, sucessivamente, com
pela Lei nº 8.883, de 1994) os demais proponentes, pela ordem de classificação, até a
§ 2o No caso de empate entre duas ou mais propostas, consecução de acordo para a contratação;
e após obedecido o disposto no § 2o do art. 3o desta Lei, a IV - as propostas de preços serão devolvidas intactas
classificação se fará, obrigatoriamente, por sorteio, em ato aos licitantes que não forem preliminarmente habilitados
público, para o qual todos os licitantes serão convocados, ou que não obtiverem a valorização mínima estabelecida
vedado qualquer outro processo. para a proposta técnica.

42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o Nas licitações do tipo “técnica e preço” será ado- neas «a» e «b», será exigida, para a assinatura do contra-
tado, adicionalmente ao inciso I do parágrafo anterior, o to, prestação de garantia adicional, dentre as modalidades
seguinte procedimento claramente explicitado no instru- previstas no § 1º do art. 56, igual a diferença entre o valor
mento convocatório: resultante do parágrafo anterior e o valor da correspon-
I - será feita a avaliação e a valorização das propostas dente proposta. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
de preços, de acordo com critérios objetivos preestabeleci- § 3º Quando todos os licitantes forem inabilitados ou
dos no instrumento convocatório; todas as propostas forem desclassificadas, a administração
II - a classificação dos proponentes far-se-á de acordo poderá fixar aos licitantes o prazo de oito dias úteis para a
com a média ponderada das valorizações das propostas apresentação de nova documentação ou de outras propos-
técnicas e de preço, de acordo com os pesos preestabele- tas escoimadas das causas referidas neste artigo, facultada,
cidos no instrumento convocatório. no caso de convite, a redução deste prazo para três dias
§ 3o Excepcionalmente, os tipos de licitação previstos úteis. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
neste artigo poderão ser adotados, por autorização expres- Art. 49. A autoridade competente para a aprovação do
sa e mediante justificativa circunstanciada da maior auto- procedimento somente poderá revogar a licitação por ra-
ridade da Administração promotora constante do ato con- zões de interesse público decorrente de fato supervenien-
vocatório, para fornecimento de bens e execução de obras te devidamente comprovado, pertinente e suficiente para
ou prestação de serviços de grande vulto majoritariamen- justificar tal conduta, devendo anulá-la por ilegalidade, de
te dependentes de tecnologia nitidamente sofisticada e ofício ou por provocação de terceiros, mediante parecer es-
de domínio restrito, atestado por autoridades técnicas de crito e devidamente fundamentado.
reconhecida qualificação, nos casos em que o objeto pre- § 1o A anulação do procedimento licitatório por motivo
tendido admitir soluções alternativas e variações de execu- de ilegalidade não gera obrigação de indenizar, ressalvado
ção, com repercussões significativas sobre sua qualidade, o disposto no parágrafo único do art. 59 desta Lei.
produtividade, rendimento e durabilidade concretamente § 2o A nulidade do procedimento licitatório induz à do
mensuráveis, e estas puderem ser adotadas à livre escolha contrato, ressalvado o disposto no parágrafo único do art.
dos licitantes, na conformidade dos critérios objetivamente 59 desta Lei.
fixados no ato convocatório. § 3o No caso de desfazimento do processo licitatório,
§ 4º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994) fica assegurado o contraditório e a ampla defesa.
Art. 47. Nas licitações para a execução de obras e servi- § 4o O disposto neste artigo e seus parágrafos aplica-se
ços, quando for adotada a modalidade de execução de em- aos atos do procedimento de dispensa e de inexigibilidade
preitada por preço global, a Administração deverá fornecer de licitação.
obrigatoriamente, junto com o edital, todos os elementos Art. 50. A Administração não poderá celebrar o contra-
e informações necessários para que os licitantes possam to com preterição da ordem de classificação das propostas
elaborar suas propostas de preços com total e completo ou com terceiros estranhos ao procedimento licitatório,
conhecimento do objeto da licitação. sob pena de nulidade.
Art. 48. Serão desclassificadas: Art. 51. A habilitação preliminar, a inscrição em registro
I - as propostas que não atendam às exigências do ato cadastral, a sua alteração ou cancelamento, e as propostas
convocatório da licitação; serão processadas e julgadas por comissão permanente
II - propostas com valor global superior ao limite es- ou especial de, no mínimo, 3 (três) membros, sendo pelo
tabelecido ou com preços manifestamente inexequíveis, menos 2 (dois) deles servidores qualificados pertencentes
assim considerados aqueles que não venham a ter de- aos quadros permanentes dos órgãos da Administração
monstrada sua viabilidade através de documentação que responsáveis pela licitação.
comprove que os custos dos insumos são coerentes com § 1o No caso de convite, a Comissão de licitação, ex-
os de mercado e que os coeficientes de produtividade são cepcionalmente, nas pequenas unidades administrativas e
compatíveis com a execução do objeto do contrato, condi- em face da exiguidade de pessoal disponível, poderá ser
ções estas necessariamente especificadas no ato convoca- substituída por servidor formalmente designado pela au-
tório da licitação. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) toridade competente.
§ 1º Para os efeitos do disposto no inciso II deste ar- § 2o A Comissão para julgamento dos pedidos de ins-
tigo consideram-se manifestamente inexequíveis, no caso crição em registro cadastral, sua alteração ou cancelamen-
de licitações de menor preço para obras e serviços de en- to, será integrada por profissionais legalmente habilitados
genharia, as propostas cujos valores sejam inferiores a 70% no caso de obras, serviços ou aquisição de equipamentos.
(setenta por cento) do menor dos seguintes valores: (Incluí- § 3o Os membros das Comissões de licitação respon-
do pela Lei nº 9.648, de 1998) derão solidariamente por todos os atos praticados pela
a) média aritmética dos valores das propostas supe- Comissão, salvo se posição individual divergente estiver
riores a 50% (cinquenta por cento) do valor orçado pela devidamente fundamentada e registrada em ata lavrada na
administração, ou (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998) reunião em que tiver sido tomada a decisão.
b) valor orçado pela administração. (Incluído pela Lei § 4o A investidura dos membros das Comissões perma-
nº 9.648, de 1998) nentes não excederá a 1 (um) ano, vedada a recondução
§ 2º Dos licitantes classificados na forma do parágrafo da totalidade de seus membros para a mesma comissão no
anterior cujo valor global da proposta for inferior a 80% período subsequente.
(oitenta por cento) do menor valor a que se referem as alí-

43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o No caso de concurso, o julgamento será feito por IV - os prazos de início de etapas de execução, de con-
uma comissão especial integrada por pessoas de reputação clusão, de entrega, de observação e de recebimento defini-
ilibada e reconhecido conhecimento da matéria em exame, tivo, conforme o caso;
servidores públicos ou não. V - o crédito pelo qual correrá a despesa, com a indica-
Art. 52. O concurso a que se refere o § 4o do art. 22 ção da classificação funcional programática e da categoria
desta Lei deve ser precedido de regulamento próprio, a ser econômica;
obtido pelos interessados no local indicado no edital. VI - as garantias oferecidas para assegurar sua plena
§ 1o O regulamento deverá indicar: execução, quando exigidas;
I - a qualificação exigida dos participantes; VII - os direitos e as responsabilidades das partes, as
II - as diretrizes e a forma de apresentação do trabalho; penalidades cabíveis e os valores das multas;
III - as condições de realização do concurso e os prê- VIII - os casos de rescisão;
mios a serem concedidos. IX - o reconhecimento dos direitos da Administração,
§ 2o Em se tratando de projeto, o vencedor deverá autori- em caso de rescisão administrativa prevista no art. 77 desta
zar a Administração a executá-lo quando julgar conveniente. Lei;
Art. 53. O leilão pode ser cometido a leiloeiro oficial ou X - as condições de importação, a data e a taxa de
a servidor designado pela Administração, procedendo-se câmbio para conversão, quando for o caso;
na forma da legislação pertinente. XI - a vinculação ao edital de licitação ou ao termo que
§ 1o Todo bem a ser leiloado será previamente avaliado a dispensou ou a inexigiu, ao convite e à proposta do lici-
pela Administração para fixação do preço mínimo de arre- tante vencedor;
matação. XII - a legislação aplicável à execução do contrato e
§ 2o Os bens arrematados serão pagos à vista ou no especialmente aos casos omissos;
percentual estabelecido no edital, não inferior a 5% (cinco XIII - a obrigação do contratado de manter, durante
por cento) e, após a assinatura da respectiva ata lavrada no toda a execução do contrato, em compatibilidade com as
local do leilão, imediatamente entregues ao arrematante, obrigações por ele assumidas, todas as condições de habi-
o qual se obrigará ao pagamento do restante no prazo es- litação e qualificação exigidas na licitação.
tipulado no edital de convocação, sob pena de perder em § 1º (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
favor da Administração o valor já recolhido. § 2o Nos contratos celebrados pela Administração Pú-
§ 3o Nos leilões internacionais, o pagamento da parcela blica com pessoas físicas ou jurídicas, inclusive aquelas do-
à vista poderá ser feito em até vinte e quatro horas. (Reda- miciliadas no estrangeiro, deverá constar necessariamente
ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994) cláusula que declare competente o foro da sede da Admi-
§ 4o O edital de leilão deve ser amplamente divulgado, nistração para dirimir qualquer questão contratual, salvo o
principalmente no município em que se realizará. (Incluído disposto no § 6o do art. 32 desta Lei.
pela Lei nº 8.883, de 1994) § 3o No ato da liquidação da despesa, os serviços de
contabilidade comunicarão, aos órgãos incumbidos da ar-
Capítulo III recadação e fiscalização de tributos da União, Estado ou
DOS CONTRATOS Município, as características e os valores pagos, segundo o
Seção I disposto no art. 63 da Lei no 4.320, de 17 de março de 1964.
Disposições Preliminares Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada
caso, e desde que prevista no instrumento convocatório,
Art. 54. Os contratos administrativos de que trata esta poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações
Lei regulam-se pelas suas cláusulas e pelos preceitos de de obras, serviços e compras.
direito público, aplicando-se-lhes, supletivamente, os prin- § 1o Caberá ao contratado optar por uma das seguintes
cípios da teoria geral dos contratos e as disposições de di- modalidades de garantia: (Redação dada pela Lei nº 8.883,
reito privado. de 1994)
§ 1o Os contratos devem estabelecer com clareza e I - caução em dinheiro ou em títulos da dívida públi-
precisão as condições para sua execução, expressas em ca, devendo estes ter sido emitidos sob a forma escritural,
cláusulas que definam os direitos, obrigações e responsa- mediante registro em sistema centralizado de liquidação
bilidades das partes, em conformidade com os termos da e de custódia autorizado pelo Banco Central do Brasil e
licitação e da proposta a que se vinculam. avaliados pelos seus valores econômicos, conforme defini-
§ 2o Os contratos decorrentes de dispensa ou de ine- do pelo Ministério da Fazenda; (Redação dada pela Lei nº
xigibilidade de licitação devem atender aos termos do ato 11.079, de 2004)
que os autorizou e da respectiva proposta. II - seguro-garantia; (Redação dada pela Lei nº 8.883,
Art. 55. São cláusulas necessárias em todo contrato as de 1994)
que estabeleçam: III - fiança bancária. (Redação dada pela Lei nº 8.883,
I - o objeto e seus elementos característicos; de 8.6.94)
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento; § 2o A garantia a que se refere o caput deste artigo não
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios, excederá a cinco por cento do valor do contrato e terá seu
data-base e periodicidade do reajustamento de preços, os valor atualizado nas mesmas condições daquele, ressalva-
critérios de atualização monetária entre a data do adimple- do o previsto no parágrafo 3o deste artigo. (Redação dada
mento das obrigações e a do efetivo pagamento; pela Lei nº 8.883, de 1994)

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 3o Para obras, serviços e fornecimentos de grande § 2o Toda prorrogação de prazo deverá ser justificada
vulto envolvendo alta complexidade técnica e riscos finan- por escrito e previamente autorizada pela autoridade com-
ceiros consideráveis, demonstrados através de parecer tec- petente para celebrar o contrato.
nicamente aprovado pela autoridade competente, o limite § 3o É vedado o contrato com prazo de vigência inde-
de garantia previsto no parágrafo anterior poderá ser ele- terminado.
vado para até dez por cento do valor do contrato. (Redação § 4o Em caráter excepcional, devidamente justificado e
dada pela Lei nº 8.883, de 1994) mediante autorização da autoridade superior, o prazo de
§ 4o A garantia prestada pelo contratado será liberada que trata o inciso II do caput deste artigo poderá ser pror-
ou restituída após a execução do contrato e, quando em rogado por até doze meses. (Incluído pela Lei nº 9.648, de
dinheiro, atualizada monetariamente. 1998)
§ 5o Nos casos de contratos que importem na entrega Art. 58. O regime jurídico dos contratos administrativos
de bens pela Administração, dos quais o contratado ficará instituído por esta Lei confere à Administração, em relação
depositário, ao valor da garantia deverá ser acrescido o va- a eles, a prerrogativa de:
lor desses bens. I - modificá-los, unilateralmente, para melhor adequa-
Art. 57. A duração dos contratos regidos por esta Lei ção às finalidades de interesse público, respeitados os di-
ficará adstrita à vigência dos respectivos créditos orçamen- reitos do contratado;
tários, exceto quanto aos relativos: II - rescindi-los, unilateralmente, nos casos especifica-
I - aos projetos cujos produtos estejam contemplados dos no inciso I do art. 79 desta Lei;
nas metas estabelecidas no Plano Plurianual, os quais pode- III - fiscalizar-lhes a execução;
rão ser prorrogados se houver interesse da Administração IV - aplicar sanções motivadas pela inexecução total ou
e desde que isso tenha sido previsto no ato convocatório; parcial do ajuste;
II - à prestação de serviços a serem executados de for- V - nos casos de serviços essenciais, ocupar proviso-
ma contínua, que poderão ter a sua duração prorrogada riamente bens móveis, imóveis, pessoal e serviços vincu-
por iguais e sucessivos períodos com vistas à obtenção de lados ao objeto do contrato, na hipótese da necessidade
preços e condições mais vantajosas para a administração, de acautelar apuração administrativa de faltas contratuais
limitada a sessenta meses; (Redação dada pela Lei nº 9.648, pelo contratado, bem como na hipótese de rescisão do
de 1998) contrato administrativo.
III - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) § 1o As cláusulas econômico-financeiras e monetárias
IV - ao aluguel de equipamentos e à utilização de pro- dos contratos administrativos não poderão ser alteradas
gramas de informática, podendo a duração estender-se sem prévia concordância do contratado.
pelo prazo de até 48 (quarenta e oito) meses após o início § 2o Na hipótese do inciso I deste artigo, as cláusu-
da vigência do contrato. las econômico-financeiras do contrato deverão ser revistas
V - às hipóteses previstas nos incisos IX, XIX, XXVIII e para que se mantenha o equilíbrio contratual.
XXXI do art. 24, cujos contratos poderão ter vigência por Art. 59. A declaração de nulidade do contrato admi-
até 120 (cento e vinte) meses, caso haja interesse da admi- nistrativo opera retroativamente impedindo os efeitos ju-
nistração. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010) rídicos que ele, ordinariamente, deveria produzir, além de
§ 1o Os prazos de início de etapas de execução, de desconstituir os já produzidos.
conclusão e de entrega admitem prorrogação, mantidas as Parágrafo único. A nulidade não exonera a Adminis-
demais cláusulas do contrato e assegurada a manutenção tração do dever de indenizar o contratado pelo que este
de seu equilíbrio econômico-financeiro, desde que ocorra houver executado até a data em que ela for declarada e por
algum dos seguintes motivos, devidamente autuados em outros prejuízos regularmente comprovados, contanto que
processo: não lhe seja imputável, promovendo-se a responsabilidade
I - alteração do projeto ou especificações, pela Admi- de quem lhe deu causa.
nistração;
II - superveniência de fato excepcional ou imprevisível, Seção II
estranho à vontade das partes, que altere fundamental- Da Formalização dos Contratos
mente as condições de execução do contrato;
III - interrupção da execução do contrato ou diminui- Art. 60. Os contratos e seus aditamentos serão lavrados
ção do ritmo de trabalho por ordem e no interesse da Ad- nas repartições interessadas, as quais manterão arquivo cro-
ministração; nológico dos seus autógrafos e registro sistemático do seu
IV - aumento das quantidades inicialmente previstas extrato, salvo os relativos a direitos reais sobre imóveis, que
no contrato, nos limites permitidos por esta Lei; se formalizam por instrumento lavrado em cartório de notas,
V - impedimento de execução do contrato por fato ou de tudo juntando-se cópia no processo que lhe deu origem.
ato de terceiro reconhecido pela Administração em docu- Parágrafo único. É nulo e de nenhum efeito o contrato
mento contemporâneo à sua ocorrência; verbal com a Administração, salvo o de pequenas compras
VI - omissão ou atraso de providências a cargo da Ad- de pronto pagamento, assim entendidas aquelas de valor
ministração, inclusive quanto aos pagamentos previstos de não superior a 5% (cinco por cento) do limite estabelecido
que resulte, diretamente, impedimento ou retardamento no art. 23, inciso II, alínea “a” desta Lei, feitas em regime de
na execução do contrato, sem prejuízo das sanções legais adiantamento.
aplicáveis aos responsáveis.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 61. Todo contrato deve mencionar os nomes das par- atualizados de conformidade com o ato convocatório, ou re-
tes e os de seus representantes, a finalidade, o ato que auto- vogar a licitação independentemente da cominação prevista
rizou a sua lavratura, o número do processo da licitação, da no art. 81 desta Lei.
dispensa ou da inexigibilidade, a sujeição dos contratantes às § 3o Decorridos 60 (sessenta) dias da data da entrega das
normas desta Lei e às cláusulas contratuais. propostas, sem convocação para a contratação, ficam os lici-
Parágrafo único. A publicação resumida do instrumento tantes liberados dos compromissos assumidos.
de contrato ou de seus aditamentos na imprensa oficial, que
é condição indispensável para sua eficácia, será providenciada Seção III
pela Administração até o quinto dia útil do mês seguinte ao Da Alteração dos Contratos
de sua assinatura, para ocorrer no prazo de vinte dias daquela
data, qualquer que seja o seu valor, ainda que sem ônus, res- Art. 65. Os contratos regidos por esta Lei poderão ser al-
salvado o disposto no art. 26 desta Lei. (Redação dada pela Lei terados, com as devidas justificativas, nos seguintes casos:
nº 8.883, de 1994)
I - unilateralmente pela Administração:
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos ca-
a) quando houver modificação do projeto ou das especi-
sos de concorrência e de tomada de preços, bem como nas
ficações, para melhor adequação técnica aos seus objetivos;
dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreen-
b) quando necessária a modificação do valor contratual
didos nos limites destas duas modalidades de licitação, e fa-
cultativo nos demais em que a Administração puder substituí em decorrência de acréscimo ou diminuição quantitativa de
-lo por outros instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
nota de empenho de despesa, autorização de compra ou or- II - por acordo das partes:
dem de execução de serviço. a) quando conveniente a substituição da garantia de exe-
§ 1o A minuta do futuro contrato integrará sempre o edital cução;
ou ato convocatório da licitação. b) quando necessária a modificação do regime de execu-
§ 2o Em “carta contrato”, “nota de empenho de despesa”, ção da obra ou serviço, bem como do modo de fornecimento,
“autorização de compra”, “ordem de execução de serviço” ou em face de verificação técnica da inaplicabilidade dos termos
outros instrumentos hábeis aplica-se, no que couber, o dis- contratuais originários;
posto no art. 55 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 8.883, c) quando necessária a modificação da forma de paga-
de 1994) mento, por imposição de circunstâncias supervenientes, man-
§ 3o Aplica-se o disposto nos arts. 55 e 58 a 61 desta Lei e tido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do paga-
demais normas gerais, no que couber: mento, com relação ao cronograma financeiro fixado, sem a
I - aos contratos de seguro, de financiamento, de locação correspondente contraprestação de fornecimento de bens ou
em que o Poder Público seja locatário, e aos demais cujo con- execução de obra ou serviço;
teúdo seja regido, predominantemente, por norma de direito d) para restabelecer a relação que as partes pactuaram
privado; inicialmente entre os encargos do contratado e a retribuição
II - aos contratos em que a Administração for parte como da administração para a justa remuneração da obra, serviço
usuária de serviço público. ou fornecimento, objetivando a manutenção do equilíbrio
§ 4o É dispensável o “termo de contrato” e facultada a econômico-financeiro inicial do contrato, na hipótese de so-
substituição prevista neste artigo, a critério da Administração brevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis porém de conse-
e independentemente de seu valor, nos casos de compra com quências incalculáveis, retardadores ou impeditivos da exe-
entrega imediata e integral dos bens adquiridos, dos quais cução do ajustado, ou, ainda, em caso de força maior, caso
não resultem obrigações futuras, inclusive assistência técnica.
fortuito ou fato do príncipe, configurando álea econômica
Art. 63. É permitido a qualquer licitante o conhecimento
extraordinária e extracontratual. (Redação dada pela Lei nº
dos termos do contrato e do respectivo processo licitatório
8.883, de 1994)
e, a qualquer interessado, a obtenção de cópia autenticada,
§ 1o O contratado fica obrigado a aceitar, nas mesmas
mediante o pagamento dos emolumentos devidos.
Art. 64. A Administração convocará regularmente o inte- condições contratuais, os acréscimos ou supressões que se
ressado para assinar o termo de contrato, aceitar ou retirar fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e cinco
o instrumento equivalente, dentro do prazo e condições es- por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e, no caso
tabelecidos, sob pena de decair o direito à contratação, sem particular de reforma de edifício ou de equipamento, até o
prejuízo das sanções previstas no art. 81 desta Lei. limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus acréscimos.
§ 1o O prazo de convocação poderá ser prorrogado uma § 2o Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder os
vez, por igual período, quando solicitado pela parte durante limites estabelecidos no parágrafo anterior, salvo: (Redação
o seu transcurso e desde que ocorra motivo justificado aceito dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
pela Administração. I - (VETADO) (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
§ 2o É facultado à Administração, quando o convocado II - as supressões resultantes de acordo celebrado entre
não assinar o termo de contrato ou não aceitar ou retirar o os contratantes. (Incluído pela Lei nº 9.648, de 1998)
instrumento equivalente no prazo e condições estabelecidos, § 3o Se no contrato não houverem sido contemplados
convocar os licitantes remanescentes, na ordem de classifica- preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
ção, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas condições pro- mediante acordo entre as partes, respeitados os limites esta-
postas pelo primeiro classificado, inclusive quanto aos preços belecidos no § 1o deste artigo.

46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 4o No caso de supressão de obras, bens ou serviços, Art. 69. O contratado é obrigado a reparar, corrigir, re-
se o contratado já houver adquirido os materiais e posto no mover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total
local dos trabalhos, estes deverão ser pagos pela Administra- ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem
ção pelos custos de aquisição regularmente comprovados e vícios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou
monetariamente corrigidos, podendo caber indenização por de materiais empregados.
outros danos eventualmente decorrentes da supressão, desde Art. 70. O contratado é responsável pelos danos causa-
que regularmente comprovados. dos diretamente à Administração ou a terceiros, decorren-
§ 5o Quaisquer tributos ou encargos legais criados, altera- tes de sua culpa ou dolo na execução do contrato, não ex-
dos ou extintos, bem como a superveniência de disposições
cluindo ou reduzindo essa responsabilidade a fiscalização
legais, quando ocorridas após a data da apresentação da pro-
ou o acompanhamento pelo órgão interessado.
posta, de comprovada repercussão nos preços contratados,
Art. 71. O contratado é responsável pelos encargos tra-
implicarão a revisão destes para mais ou para menos, confor-
me o caso. balhistas, previdenciários, fiscais e comerciais resultantes
§ 6o Em havendo alteração unilateral do contrato que au- da execução do contrato.
mente os encargos do contratado, a Administração deverá § 1o A inadimplência do contratado, com referência aos
restabelecer, por aditamento, o equilíbrio econômico-finan- encargos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à
ceiro inicial. Administração Pública a responsabilidade por seu paga-
§ 7o (VETADO) mento, nem poderá onerar o objeto do contrato ou restrin-
§ 8o A variação do valor contratual para fazer face ao rea- gir a regularização e o uso das obras e edificações, inclusive
juste de preços previsto no próprio contrato, as atualizações, perante o Registro de Imóveis. (Redação dada pela Lei nº
compensações ou penalizações financeiras decorrentes das 9.032, de 1995)
condições de pagamento nele previstas, bem como o empe- § 2o A Administração Pública responde solidariamente
nho de dotações orçamentárias suplementares até o limite com o contratado pelos encargos previdenciários resultan-
do seu valor corrigido, não caracterizam alteração do mesmo, tes da execução do contrato, nos termos do art. 31 da Lei
podendo ser registrados por simples apostila, dispensando a nº 8.212, de 24 de julho de 1991. (Redação dada pela Lei
celebração de aditamento. nº 9.032, de 1995)
§ 3º (Vetado). (Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)
Seção IV 
Art. 72. O contratado, na execução do contrato, sem
Da Execução dos Contratos
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até o
Art. 66. O contrato deverá ser executado fielmente pelas
partes, de acordo com as cláusulas avençadas e as normas limite admitido, em cada caso, pela Administração.
desta Lei, respondendo cada uma pelas consequências de sua Art. 73. Executado o contrato, o seu objeto será rece-
inexecução total ou parcial. bido:
Art. 66-A. As empresas enquadradas no inciso V do § I - em se tratando de obras e serviços:
2o e no inciso II do § 5o do art. 3o desta Lei deverão cumprir, a) provisoriamente, pelo responsável por seu acompa-
durante todo o período de execução do contrato, a reserva nhamento e fiscalização, mediante termo circunstanciado,
de cargos prevista em lei para pessoa com deficiência ou assinado pelas partes em até 15 (quinze) dias da comuni-
para reabilitado da Previdência Social, bem como as regras cação escrita do contratado;
de acessibilidade previstas na legislação. (Incluído pela Lei nº b) definitivamente, por servidor ou comissão designa-
13.146, de 2015) (Vigência) da pela autoridade competente, mediante termo circuns-
Parágrafo único. Cabe à administração fiscalizar o cum- tanciado, assinado pelas partes, após o decurso do prazo
primento dos requisitos de acessibilidade nos serviços e nos de observação, ou vistoria que comprove a adequação do
ambientes de trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.146, de 2015) objeto aos termos contratuais, observado o disposto no
Art. 67. A execução do contrato deverá ser acompanha- art. 69 desta Lei;
da e fiscalizada por um representante da Administração es- II - em se tratando de compras ou de locação de equi-
pecialmente designado, permitida a contratação de terceiros
pamentos:
para assisti-lo e subsidiá-lo de informações pertinentes a essa
a) provisoriamente, para efeito de posterior verificação
atribuição.
da conformidade do material com a especificação;
§ 1o O representante da Administração anotará em regis-
tro próprio todas as ocorrências relacionadas com a execução b)  definitivamente, após a verificação da qualidade e
do contrato, determinando o que for necessário à regulariza- quantidade do material e consequente aceitação.
ção das faltas ou defeitos observados. § 1o Nos casos de aquisição de equipamentos de gran-
§ 2o As decisões e providências que ultrapassarem a de vulto, o recebimento far-se-á mediante termo circuns-
competência do representante deverão ser solicitadas a tanciado e, nos demais, mediante recibo.
seus superiores em tempo hábil para a adoção das medi- § 2o O recebimento provisório ou definitivo não exclui a
das convenientes. responsabilidade civil pela solidez e segurança da obra ou
Art. 68. O contratado deverá manter preposto, aceito do serviço, nem ético-profissional pela perfeita execução
pela Administração, no local da obra ou serviço, para repre- do contrato, dentro dos limites estabelecidos pela lei ou
sentá-lo na execução do contrato. pelo contrato.

47
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 3o O prazo a que se refere a alínea “b” do inciso I X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do con-
deste artigo não poderá ser superior a 90 (noventa) dias, tratado;
salvo em casos excepcionais, devidamente justificados e XI - a alteração social ou a modificação da finalidade
previstos no edital. ou da estrutura da empresa, que prejudique a execução do
§ 4o Na hipótese de o termo circunstanciado ou a ve- contrato;
rificação a que se refere este artigo não serem, respecti- XII - razões de interesse público, de alta relevância e
vamente, lavrado ou procedida dentro dos prazos fixados, amplo conhecimento, justificadas e determinadas pela má-
reputar-se-ão como realizados, desde que comunicados à xima autoridade da esfera administrativa a que está subor-
Administração nos 15 (quinze) dias anteriores à exaustão dinado o contratante e exaradas no processo administrati-
dos mesmos. vo a que se refere o contrato;
Art. 74. Poderá ser dispensado o recebimento provisó- XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras,
rio nos seguintes casos: serviços ou compras, acarretando modificação do valor ini-
I - gêneros perecíveis e alimentação preparada; cial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65
II - serviços profissionais; desta Lei;
III - obras e serviços de valor até o previsto no art. 23, XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita
inciso II, alínea “a”, desta Lei, desde que não se compo- da Administração, por prazo superior a 120 (cento e vin-
nham de aparelhos, equipamentos e instalações sujeitos à te) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave per-
verificação de funcionamento e produtividade. turbação da ordem interna ou guerra, ou ainda por repe-
Parágrafo único. Nos casos deste artigo, o recebimento tidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, indepen-
será feito mediante recibo. dentemente do pagamento obrigatório de indenizações
Art. 75. Salvo disposições em contrário constantes do pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobi-
edital, do convite ou de ato normativo, os ensaios, testes e lizações e mobilizações e outras previstas, assegurado ao
demais provas exigidos por normas técnicas oficiais para a contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão
boa execução do objeto do contrato correm por conta do do cumprimento das obrigações assumidas até que seja
contratado.
normalizada a situação;
Art. 76. A Administração rejeitará, no todo ou em par-
XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos paga-
te, obra, serviço ou fornecimento executado em desacordo
mentos devidos pela Administração decorrentes de obras,
com o contrato.
serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos
ou executados, salvo em caso de calamidade pública, gra-
Seção V
ve perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado
Da Inexecução e da Rescisão dos Contratos
ao contratado o direito de optar pela suspensão do cum-
primento de suas obrigações até que seja normalizada a
Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato en-
seja a sua rescisão, com as consequências contratuais e as situação;
previstas em lei ou regulamento. XVI - a não liberação, por parte da Administração, de
Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: área, local ou objeto para execução de obra, serviço ou for-
I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especi- necimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes
ficações, projetos ou prazos; de materiais naturais especificadas no projeto;
II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior,
especificações, projetos e prazos; regularmente comprovada, impeditiva da execução do
III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Admi- contrato.
nistração a comprovar a impossibilidade da conclusão da Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão
obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipu- formalmente motivados nos autos do processo, assegura-
lados; do o contraditório e a ampla defesa.
IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art.
fornecimento; 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. (Incluído pela
V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimen- Lei nº 9.854, de 1999)
to, sem justa causa e prévia comunicação à Administração; Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser:
VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a I - determinada por ato unilateral e escrito da Adminis-
associação do contratado com outrem, a cessão ou trans- tração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e XVII do
ferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incor- artigo anterior;
poração, não admitidas no edital e no contrato; II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a ter-
VII - o desatendimento das determinações regulares da mo no processo da licitação, desde que haja conveniência
autoridade designada para acompanhar e fiscalizar a sua para a Administração;
execução, assim como as de seus superiores; III - judicial, nos termos da legislação;
VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execu- IV - (Vetado). (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
ção, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; § 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser
IX - a decretação de falência ou a instauração de insol- precedida de autorização escrita e fundamentada da auto-
vência civil; ridade competente.

48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII Art. 82. Os agentes administrativos que praticarem atos
a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do contratado, em desacordo com os preceitos desta Lei ou visando a frus-
será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprova- trar os objetivos da licitação sujeitam-se às sanções previs-
dos que houver sofrido, tendo ainda direito a: tas nesta Lei e nos regulamentos próprios, sem prejuízo das
I - devolução de garantia; responsabilidades civil e criminal que seu ato ensejar.
II - pagamentos devidos pela execução do contrato até Art. 83. Os crimes definidos nesta Lei, ainda que sim-
a data da rescisão; plesmente tentados, sujeitam os seus autores, quando
III - pagamento do custo da desmobilização. servidores públicos, além das sanções penais, à perda do
§ 3º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) cargo, emprego, função ou mandato eletivo.
§ 4º (Vetado).(Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) Art. 84. Considera-se servidor público, para os fins des-
§ 5o Ocorrendo impedimento, paralisação ou sustação ta Lei, aquele que exerce, mesmo que transitoriamente ou
do contrato, o cronograma de execução será prorrogado sem remuneração, cargo, função ou emprego público.
automaticamente por igual tempo. § 1o Equipara-se a servidor público, para os fins desta
Art. 80. A rescisão de que trata o inciso I do artigo ante- Lei, quem exerce cargo, emprego ou função em entidade
rior acarreta as seguintes consequências, sem prejuízo das paraestatal, assim consideradas, além das fundações, em-
sanções previstas nesta Lei: presas públicas e sociedades de economia mista, as demais
I - assunção imediata do objeto do contrato, no estado entidades sob controle, direto ou indireto, do Poder Públi-
e local em que se encontrar, por ato próprio da Adminis- co.
tração; § 2o A pena imposta será acrescida da terça parte,
II - ocupação e utilização do local, instalações, equi- quando os autores dos crimes previstos nesta Lei forem
pamentos, material e pessoal empregados na execução do ocupantes de cargo em comissão ou de função de confian-
contrato, necessários à sua continuidade, na forma do inci- ça em órgão da Administração direta, autarquia, empresa
so V do art. 58 desta Lei; pública, sociedade de economia mista, fundação pública,
III - execução da garantia contratual, para ressarcimen- ou outra entidade controlada direta ou indiretamente pelo
to da Administração, e dos valores das multas e indeniza-
Poder Público.
ções a ela devidos;
Art. 85. As infrações penais previstas nesta Lei perti-
IV - retenção dos créditos decorrentes do contrato até
nem às licitações e aos contratos celebrados pela União,
o limite dos prejuízos causados à Administração.
Estados, Distrito Federal, Municípios, e respectivas autar-
§ 1o A aplicação das medidas previstas nos incisos I e
quias, empresas públicas, sociedades de economia mista,
II deste artigo fica a critério da Administração, que poderá
fundações públicas, e quaisquer outras entidades sob seu
dar continuidade à obra ou ao serviço por execução direta
controle direto ou indireto.
ou indireta.
§ 2o É permitido à Administração, no caso de concor-
data do contratado, manter o contrato, podendo assumir o Seção II
controle de determinadas atividades de serviços essenciais. Das Sanções Administrativas
§ 3o Na hipótese do inciso II deste artigo, o ato deve-
rá ser precedido de autorização expressa do Ministro de Art. 86. O atraso injustificado na execução do contrato
Estado competente, ou Secretário Estadual ou Municipal, sujeitará o contratado à multa de mora, na forma prevista
conforme o caso. no instrumento convocatório ou no contrato.
§ 4o A rescisão de que trata o inciso IV do artigo ante- § 1o A multa a que alude este artigo não impede que a
rior permite à Administração, a seu critério, aplicar a medi- Administração rescinda unilateralmente o contrato e apli-
da prevista no inciso I deste artigo. que as outras sanções previstas nesta Lei.
§ 2o A multa, aplicada após regular processo adminis-
Capítulo IV trativo, será descontada da garantia do respectivo contra-
DAS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS E DA TUTELA tado.
JUDICIAL § 3o Se a multa for de valor superior ao valor da garan-
Seção I tia prestada, além da perda desta, responderá o contratado
Disposições Gerais pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamen-
tos eventualmente devidos pela Administração ou ainda,
Art. 81. A recusa injustificada do adjudicatário em assi- quando for o caso, cobrada judicialmente.
nar o contrato, aceitar ou retirar o instrumento equivalente, Art. 87. Pela inexecução total ou parcial do contrato a
dentro do prazo estabelecido pela Administração, caracte- Administração poderá, garantida a prévia defesa, aplicar ao
riza o descumprimento total da obrigação assumida, sujei- contratado as seguintes sanções:
tando-o às penalidades legalmente estabelecidas. I - advertência;
Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica II - multa, na forma prevista no instrumento convoca-
aos licitantes convocados nos termos do art. 64, § 2o desta tório ou no contrato;
Lei, que não aceitarem a contratação, nas mesmas condi- III - suspensão temporária de participação em licitação
ções propostas pelo primeiro adjudicatário, inclusive quan- e impedimento de contratar com a Administração, por pra-
to ao prazo e preço. zo não superior a 2 (dois) anos;

49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
IV - declaração de inidoneidade para licitar ou contratar Art. 92. Admitir, possibilitar ou dar causa a qualquer mo-
com a Administração Pública enquanto perdurarem os mo- dificação ou vantagem, inclusive prorrogação contratual, em
tivos determinantes da punição ou até que seja promovida favor do adjudicatário, durante a execução dos contratos ce-
a reabilitação perante a própria autoridade que aplicou a lebrados com o Poder Público, sem autorização em lei, no ato
penalidade, que será concedida sempre que o contratado convocatório da licitação ou nos respectivos instrumentos
ressarcir a Administração pelos prejuízos resultantes e após contratuais, ou, ainda, pagar fatura com preterição da ordem
decorrido o prazo da sanção aplicada com base no inciso cronológica de sua exigibilidade, observado o disposto no
anterior. art. 121 desta Lei: (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
§ 1o Se a multa aplicada for superior ao valor da garan- Pena - detenção, de dois a quatro anos, e multa. (Reda-
tia prestada, além da perda desta, responderá o contratado ção dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos Parágrafo único. Incide na mesma pena o contratado
eventualmente devidos pela Administração ou cobrada ju- que, tendo comprovadamente concorrido para a consuma-
dicialmente. ção da ilegalidade, obtém vantagem indevida ou se beneficia,
§ 2o As sanções previstas nos incisos I, III e IV deste injustamente, das modificações ou prorrogações contratuais.
artigo poderão ser aplicadas juntamente com a do inciso Art. 93. Impedir, perturbar ou fraudar a realização de
II, facultada a defesa prévia do interessado, no respectivo qualquer ato de procedimento licitatório:
processo, no prazo de 5 (cinco) dias úteis. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
§ 3o A sanção estabelecida no inciso IV deste artigo é Art. 94. Devassar o sigilo de proposta apresentada em
de competência exclusiva do Ministro de Estado, do Secre- procedimento licitatório, ou proporcionar a terceiro o ensejo
tário Estadual ou Municipal, conforme o caso, facultada a de devassá-lo:
defesa do interessado no respectivo processo, no prazo de Pena - detenção, de 2 (dois) a 3 (três) anos, e multa.
10 (dez) dias da abertura de vista, podendo a reabilitação Art. 95. Afastar ou procura afastar licitante, por meio de
ser requerida após 2 (dois) anos de sua aplicação. (Vide art violência, grave ameaça, fraude ou oferecimento de vanta-
109 inciso III) gem de qualquer tipo:
Art. 88. As sanções previstas nos incisos III e IV do ar- Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa,
tigo anterior poderão também ser aplicadas às empresas além da pena correspondente à violência.
ou aos profissionais que, em razão dos contratos regidos Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem se abs-
por esta Lei: tém ou desiste de licitar, em razão da vantagem oferecida.
I  -  tenham sofrido condenação definitiva por pratica- Art. 96. Fraudar, em prejuízo da Fazenda Pública, licitação
rem, por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de instaurada para aquisição ou venda de bens ou mercadorias,
quaisquer tributos; ou contrato dela decorrente:
II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os I - elevando arbitrariamente os preços;
objetivos da licitação; II - vendendo, como verdadeira ou perfeita, mercadoria
III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar falsificada ou deteriorada;
com a Administração em virtude de atos ilícitos praticados. III - entregando uma mercadoria por outra;
IV - alterando substância, qualidade ou quantidade da
Seção III mercadoria fornecida;
Dos Crimes e das Penas V - tornando, por qualquer modo, injustamente, mais
onerosa a proposta ou a execução do contrato:
Art. 89. Dispensar ou inexigir licitação fora das hipóte- Pena - detenção, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
ses previstas em lei, ou deixar de observar as formalidades Art. 97. Admitir à licitação ou celebrar contrato com em-
pertinentes à dispensa ou à inexigibilidade: presa ou profissional declarado inidôneo:
Pena - detenção, de 3 (três) a 5 (cinco) anos, e multa. Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
Parágrafo único. Na mesma pena incorre aquele que, Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que, de-
tendo comprovadamente concorrido para a consumação clarado inidôneo, venha a licitar ou a contratar com a Admi-
da ilegalidade, beneficiou-se da dispensa ou inexigibilida- nistração.
de ilegal, para celebrar contrato com o Poder Público. Art. 98. Obstar, impedir ou dificultar, injustamente, a ins-
Art. 90. Frustrar ou fraudar, mediante ajuste, combina- crição de qualquer interessado nos registros cadastrais ou
ção ou qualquer outro expediente, o caráter competitivo promover indevidamente a alteração, suspensão ou cancela-
do procedimento licitatório, com o intuito de obter, para si mento de registro do inscrito:
ou para outrem, vantagem decorrente da adjudicação do Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.
objeto da licitação: Art. 99. A pena de multa cominada nos arts. 89 a 98 desta
Pena - detenção, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. Lei consiste no pagamento de quantia fixada na sentença e
Art. 91. Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse calculada em índices percentuais, cuja base corresponderá ao
privado perante a Administração, dando causa à instaura- valor da vantagem efetivamente obtida ou potencialmente
ção de licitação ou à celebração de contrato, cuja invalida- auferível pelo agente.
ção vier a ser decretada pelo Poder Judiciário:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos, e multa.

50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1o Os índices a que se refere este artigo não poderão ser Capítulo V
inferiores a 2% (dois por cento), nem superiores a 5% (cinco DOS RECURSOS ADMINISTRATIVOS
por cento) do valor do contrato licitado ou celebrado com
dispensa ou inexigibilidade de licitação. Art. 109. Dos atos da Administração decorrentes da apli-
§ 2o O produto da arrecadação da multa reverterá, confor- cação desta Lei cabem:
me o caso, à Fazenda Federal, Distrital, Estadual ou Municipal. I - recurso, no prazo de 5 (cinco) dias úteis a contar da
intimação do ato ou da lavratura da ata, nos casos de:
Seção IV a) habilitação ou inabilitação do licitante;
Do Processo e do Procedimento Judicial b) julgamento das propostas;
c) anulação ou revogação da licitação;
Art. 100. Os crimes definidos nesta Lei são de ação penal d) indeferimento do pedido de inscrição em registro ca-
pública incondicionada, cabendo ao Ministério Público pro- dastral, sua alteração ou cancelamento;
movê-la. e) rescisão do contrato, a que se refere o inciso I do art.
Art. 101. Qualquer pessoa poderá provocar, para os efei- 79 desta Lei; (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
tos desta Lei, a iniciativa do Ministério Público, fornecendo- f) aplicação das penas de advertência, suspensão tem-
lhe, por escrito, informações sobre o fato e sua autoria, bem porária ou de multa;
como as circunstâncias em que se deu a ocorrência. II - representação, no prazo de 5 (cinco) dias úteis da
Parágrafo único. Quando a comunicação for verbal, man- intimação da decisão relacionada com o objeto da licitação
dará a autoridade reduzi-la a termo, assinado pelo apresen- ou do contrato, de que não caiba recurso hierárquico;
tante e por duas testemunhas. III - pedido de reconsideração, de decisão de Ministro
Art. 102. Quando em autos ou documentos de que co- de Estado, ou Secretário Estadual ou Municipal, conforme o
nhecerem, os magistrados, os membros dos Tribunais ou caso, na hipótese do § 4o do art. 87 desta Lei, no prazo de 10
Conselhos de Contas ou os titulares dos órgãos integrantes (dez) dias úteis da intimação do ato.
do sistema de controle interno de qualquer dos Poderes veri- § 1o A intimação dos atos referidos no inciso I, alíneas
ficarem a existência dos crimes definidos nesta Lei, remeterão “a”, “b”, “c” e “e”, deste artigo, excluídos os relativos a adver-
ao Ministério Público as cópias e os documentos necessários tência e multa de mora, e no inciso III, será feita mediante
ao oferecimento da denúncia. publicação na imprensa oficial, salvo para os casos previstos
Art. 103. Será admitida ação penal privada subsidiária nas alíneas “a” e “b”, se presentes os prepostos dos licitantes
da pública, se esta não for ajuizada no prazo legal, apli- no ato em que foi adotada a decisão, quando poderá ser fei-
cando-se, no que couber, o disposto nos arts. 29 e 30 do ta por comunicação direta aos interessados e lavrada em ata.
Código de Processo Penal. § 2o O recurso previsto nas alíneas “a” e “b” do inciso I
Art. 104. Recebida a denúncia e citado o réu, terá este o pra- deste artigo terá efeito suspensivo, podendo a autoridade
zo de 10 (dez) dias para apresentação de defesa escrita, conta- competente, motivadamente e presentes razões de interes-
do da data do seu interrogatório, podendo juntar documentos, se público, atribuir ao recurso interposto eficácia suspensiva
arrolar as testemunhas que tiver, em número não superior a 5 aos demais recursos.
(cinco), e indicar as demais provas que pretenda produzir. § 3o Interposto, o recurso será comunicado aos demais
Art. 105. Ouvidas as testemunhas da acusação e da defesa licitantes, que poderão impugná-lo no prazo de 5 (cin-
e praticadas as diligências instrutórias deferidas ou ordenadas co) dias úteis.
pelo juiz, abrir-se-á, sucessivamente, o prazo de 5 (cinco) dias § 4o O recurso será dirigido à autoridade superior, por
a cada parte para alegações finais. intermédio da que praticou o ato recorrido, a qual poderá
Art. 106. Decorrido esse prazo, e conclusos os autos den- reconsiderar sua decisão, no prazo de 5 (cinco) dias úteis, ou,
tro de 24 (vinte e quatro) horas, terá o juiz 10 (dez) dias para nesse mesmo prazo, fazê-lo subir, devidamente informado,
proferir a sentença. devendo, neste caso, a decisão ser proferida dentro do prazo
Art. 107. Da sentença cabe apelação, interponível no pra- de 5 (cinco) dias úteis, contado do recebimento do recurso,
zo de 5 (cinco) dias. sob pena de responsabilidade.
Art. 108. No processamento e julgamento das infrações § 5o Nenhum prazo de recurso, representação ou pedido
penais definidas nesta Lei, assim como nos recursos e nas de reconsideração se inicia ou corre sem que os autos do
execuções que lhes digam respeito, aplicar-se-ão, subsidiaria- processo estejam com vista franqueada ao interessado.
mente, o Código de Processo Penal e a Lei de Execução Penal. § 6o Em se tratando de licitações efetuadas na modali-
dade de “carta convite” os prazos estabelecidos nos incisos
I e II e no parágrafo 3o deste artigo serão de dois dias úteis.
(Incluído pela Lei nº 8.883, de 1994)

51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Capítulo VI § 2o Na pré-qualificação serão observadas as exigências
DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS desta Lei relativas à concorrência, à convocação dos interessa-
dos, ao procedimento e à analise da documentação.
Art. 110. Na contagem dos prazos estabelecidos nesta Art. 115. Os órgãos da Administração poderão expedir
Lei, excluir-se-á o dia do início e incluir-se-á o do vencimento, normas relativas aos procedimentos operacionais a serem ob-
e considerar-se-ão os dias consecutivos, exceto quando for servados na execução das licitações, no âmbito de sua compe-
explicitamente disposto em contrário. tência, observadas as disposições desta Lei.
Parágrafo único. Só se iniciam e vencem os prazos refe- Parágrafo único. As normas a que se refere este artigo,
ridos neste artigo em dia de expediente no órgão ou na en- após aprovação da autoridade competente, deverão ser publi-
tidade. cadas na imprensa oficial.
Art. 111. A Administração só poderá contratar, pagar, pre- Art. 116. Aplicam-se as disposições desta Lei, no que cou-
miar ou receber projeto ou serviço técnico especializado des- ber, aos convênios, acordos, ajustes e outros instrumentos con-
de que o autor ceda os direitos patrimoniais a ele relativos e gêneres celebrados por órgãos e entidades da Administração.
a Administração possa utilizá-lo de acordo com o previsto no § 1o A celebração de convênio, acordo ou ajuste pelos ór-
regulamento de concurso ou no ajuste para sua elaboração. gãos ou entidades da Administração Pública depende de pré-
Parágrafo único. Quando o projeto referir-se a obra ima- via aprovação de competente plano de trabalho proposto pela
terial de caráter tecnológico, insuscetível de privilégio, a ces- organização interessada, o qual deverá conter, no mínimo, as
são dos direitos incluirá o fornecimento de todos os dados, seguintes informações:
documentos e elementos de informação pertinentes à tec- I - identificação do objeto a ser executado;
nologia de concepção, desenvolvimento, fixação em suporte II - metas a serem atingidas;
físico de qualquer natureza e aplicação da obra. III - etapas ou fases de execução;
Art. 112. Quando o objeto do contrato interessar a mais IV - plano de aplicação dos recursos financeiros;
de uma entidade pública, caberá ao órgão contratante, peran- V - cronograma de desembolso;
te a entidade interessada, responder pela sua boa execução, VI - previsão de início e fim da execução do objeto, bem
assim da conclusão das etapas ou fases programadas;
fiscalização e pagamento.
VII - se o ajuste compreender obra ou serviço de enge-
§ 1o Os consórcios públicos poderão realizar licitação da
nharia, comprovação de que os recursos próprios para com-
qual, nos termos do edital, decorram contratos administrati-
plementar a execução do objeto estão devidamente assegura-
vos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da Federa-
dos, salvo se o custo total do empreendimento recair sobre a
ção consorciados. (Incluído pela Lei nº 11.107, de 2005)
entidade ou órgão descentralizador.
§ 2o É facultado à entidade interessada o acompanha-
§ 2o Assinado o convênio, a entidade ou órgão repassador
mento da licitação e da execução do contrato. (Incluído pela
dará ciência do mesmo à Assembleia Legislativa ou à Câmara
Lei nº 11.107, de 2005) Municipal respectiva.
Art. 113. O controle das despesas decorrentes dos con- § 3o As parcelas do convênio serão liberadas em estrita
tratos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito conformidade com o plano de aplicação aprovado, exceto nos
pelo Tribunal de Contas competente, na forma da legislação casos a seguir, em que as mesmas ficarão retidas até o sanea-
pertinente, ficando os órgãos interessados da Administração mento das impropriedades ocorrentes:
responsáveis pela demonstração da legalidade e regularidade I - quando não tiver havido comprovação da boa e re-
da despesa e execução, nos termos da Constituição e sem gular aplicação da parcela anteriormente recebida, na forma
prejuízo do sistema de controle interno nela previsto. da legislação aplicável, inclusive mediante procedimentos de
§ 1o Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou ju- fiscalização local, realizados periodicamente pela entidade ou
rídica poderá representar ao Tribunal de Contas ou aos órgãos órgão descentralizador dos recursos ou pelo órgão competen-
integrantes do sistema de controle interno contra irregulari- te do sistema de controle interno da Administração Pública;
dades na aplicação desta Lei, para os fins do disposto neste II  -  quando verificado desvio de finalidade na aplicação
artigo. dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento das
§ 2o Os Tribunais de Contas e os órgãos integrantes do etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos prin-
sistema de controle interno poderão solicitar para exame, até cípios fundamentais de Administração Pública nas contrata-
o dia útil imediatamente anterior à data de recebimento das ções e demais atos praticados na execução do convênio, ou o
propostas, cópia de edital de licitação já publicado, obrigan- inadimplemento do executor com relação a outras cláusulas
do-se os órgãos ou entidades da Administração interessada conveniais básicas;
à adoção de medidas corretivas pertinentes que, em função III - quando o executor deixar de adotar as medidas sa-
desse exame, lhes forem determinadas. (Redação dada pela neadoras apontadas pelo partícipe repassador dos recursos ou
Lei nº 8.883, de 1994) por integrantes do respectivo sistema de controle interno.
Art. 114. O sistema instituído nesta Lei não impede a pré- § 4o Os saldos de convênio, enquanto não utilizados, se-
qualificação de licitantes nas concorrências, a ser procedida rão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de poupança
sempre que o objeto da licitação recomende análise mais de- de instituição financeira oficial se a previsão de seu uso for
tida da qualificação técnica dos interessados. igual ou superior a um mês, ou em fundo de aplicação finan-
§ 1o A adoção do procedimento de pré-qualificação será ceira de curto prazo ou operação de mercado aberto lastreada
feita mediante proposta da autoridade competente, aprovada em títulos da dívida pública, quando a utilização dos mesmos
pela imediatamente superior. verificar-se em prazos menores que um mês.

52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o As receitas financeiras auferidas na forma do pará- Art. 124. Aplicam-se às licitações e aos contratos para
grafo anterior serão obrigatoriamente computadas a crédi- permissão ou concessão de serviços públicos os dispositi-
to do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto de vos desta Lei que não conflitem com a legislação específica
sua finalidade, devendo constar de demonstrativo específi- sobre o assunto. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994)
co que integrará as prestações de contas do ajuste. Parágrafo único. As exigências contidas nos incisos II a
§ 6o Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou ex- IV do § 2o do art. 7o serão dispensadas nas licitações para
tinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros concessão de serviços com execução prévia de obras em
remanescentes, inclusive os provenientes das receitas ob- que não foram previstos desembolso por parte da Admi-
tidas das aplicações financeiras realizadas, serão devolvi-
nistração Pública concedente. (Incluído pela Lei nº 8.883,
dos à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo
de 1994)
improrrogável de 30 (trinta) dias do evento, sob pena da
Art. 125. Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
imediata instauração de tomada de contas especial do res-
ponsável, providenciada pela autoridade competente do cação. (Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei
órgão ou entidade titular dos recursos. nº 8.883, de 1994)
Art. 117. As obras, serviços, compras e alienações rea- Art. 126. Revogam-se as disposições em contrário, es-
lizados pelos órgãos dos Poderes Legislativo e Judiciário e pecialmente os Decretos-leis nos 2.300, de 21 de novembro
do Tribunal de Contas regem-se pelas normas desta Lei, no de 1986, 2.348, de 24 de julho de 1987, 2.360, de 16 de se-
que couber, nas três esferas administrativas. tembro de 1987, a Lei no 8.220, de 4 de setembro de 1991,
Art. 118. Os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e e o art. 83 da Lei no 5.194, de 24 de dezembro de 1966.
as entidades da administração indireta deverão adaptar suas (Renumerado por força do disposto no art. 3º da Lei nº
normas sobre licitações e contratos ao disposto nesta Lei. 8.883, de 1994)
Art. 119. As sociedades de economia mista, empresas Brasília, 21 de junho de 1993, 172o da Independência e
e fundações públicas e demais entidades controladas dire- 105o da República.
ta ou indiretamente pela União e pelas entidades referidas ITAMAR FRANCO
no artigo anterior editarão regulamentos próprios devida- Rubens Ricupero
mente publicados, ficando sujeitas às disposições desta Lei. Romildo Canhim
Parágrafo único. Os regulamentos a que se refere este Este texto não substitui o publicado no D.O.U. de
artigo, no âmbito da Administração Pública, após apro-
22.6.1993 e republicado em 6.7.1994 e retificado em de
vados pela autoridade de nível superior a que estiverem
6.7.1994
vinculados os respectivos órgãos, sociedades e entidades,
deverão ser publicados na imprensa oficial.
Art.  120. Os valores fixados por esta Lei poderão ser
anualmente revistos pelo Poder Executivo Federal, que os LEI ORGÂNICA MUNICIPAL DE MARICÁ
fará publicar no Diário Oficial da União, observando como DE 05 DE ABRIL DE 1990;
limite superior a variação geral dos preços do mercado, no
período. (Redação dada pela Lei nº 9.648, de 1998)
Art. 121. O disposto nesta Lei não se aplica às licitações
instauradas e aos contratos assinados anteriormente à sua LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE MARICÁ/RJ.
vigência, ressalvado o disposto no art. 57, nos parágrafos 1o, PREÂMBULO
2o e 8o do art. 65, no inciso XV do art. 78, bem assim o dis-
posto no «caput» do art. 5o, com relação ao pagamento das Nós, Vereadores Constituintes, legítimos representan-
obrigações na ordem cronológica, podendo esta ser obser- tes do povo deste Município e em seu nome, no exercício
vada, no prazo de noventa dias contados da vigência desta dos poderes conferidos pela Constituição Federativa do
Lei, separadamente para as obrigações relativas aos contra- Brasil, promulgada a 5 de outubro de 1988, em Assembleia
tos regidos por legislação anterior à Lei no 8.666, de 21 de reunidos, com a participação do povo, a fim de instituir,
junho de 1993. (Redação dada pela Lei nº 8.883, de 1994) organizar e promover uma ordem jurídica democrática
Parágrafo único. Os contratos relativos a imóveis do
destinada a assegurar a garantia e o exercício dos direitos
patrimônio da União continuam a reger-se pelas disposi-
sociais e individuais, a liberdade, a segurança, o desenvol-
ções do Decreto-lei no 9.760, de 5 de setembro de 1946,
vimento, a defesa permanente na preservação da natureza,
com suas alterações, e os relativos a operações de crédito
interno ou externo celebrados pela União ou a concessão da vida e sua qualidade ambiental, a igualdade com justiça,
de garantia do Tesouro Nacional continuam regidos pela como valores imutáveis de uma sociedade fraterna, com
legislação pertinente, aplicando-se esta Lei, no que couber. observância dos princípios constitucionais que regem a Fe-
Art. 122. Nas concessões de linhas aéreas, observar- deração Brasileira e sob a proteção de Deus, PROMULGA-
se-á procedimento licitatório específico, a ser estabelecido MOS a presente Lei Orgânica, sob a título de Constituição
no Código Brasileiro de Aeronáutica. do Município de Maricá.
Art. 123. Em suas licitações e contratações adminis-
trativas, as repartições sediadas no exterior observarão as
peculiaridades locais e os princípios básicos desta Lei, na
forma de regulamentação específica.

53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
TÍTULO I TÍTULO II
DOS PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS
Capítulo I
Art. 1º Município de Maricá integra a união indissolúvel DOS DIREITOS INDIVIDUAIS E COLETIVOS
da República Federativa do Brasil e tem como fundamen-
tos: Art. 7º Os direitos e deveres individuais e coletivos, na
I - a autonomia; forma prevista na Constituição Federal e na Constituição do
II - a cidadania; Estado do Rio de Janeiro, integram esta Lei Orgânica e de-
vem ser afixados em todas as repartições públicas do Mu-
III - a dignidade da pessoa humana;
nicípio, nas escolas, nos hospitais ou em qualquer local de
IV - os valores sociais, do trabalho e da livre iniciativa;
acesso público, para que todos possam, permanentemente
V - o pluralismo político.
tomar ciência, exigir o seu cumprimento por parte das auto-
Art. 2º Todo poder emana do povo, que o exerce por ridades e cumprir, por sua parte, o que cabe a cada cidadão
meio de representantes eleitos ou diretamente, nos ter- habitante deste Município ou que em seu território transite.
mos da Constituição Federal, da Constituição Estadual e Art. 8º Todos têm o direito de viver com dignidade.
desta Lei Orgânica. Parágrafo Único - É dever do Município garantir a todos
Art. 3º A soberania popular, que se manifesta quando uma qualidade de vida compatível com a dignidade da pes-
a todos são asseguradas condições dignas de existência, soa humana, assegurando a educação de sua competência,
será exercida: os serviços de saúde, a alimentação, transporte, o sanea-
I - pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto mento básico, o trabalho remunerado, o lazer e as ativida-
com valor igual para todos; des econômicas, devendo as dotações orçamentárias con-
II - pelo plebiscito; templar prioritariamente tais atividades, segundo planos e
III - pelo referendo; programas de governo.
IV - pela iniciativa popular do processo legislativo. Art. 9º Ninguém será discriminado, prejudicado ou pri-
Art. 4º São objetivos fundamentais dos cidadãos deste vilegiado em razão de nascimento, idade, etnia, raça, cor,
Município e de seus representantes: sexo, estado civil, trabalho rural ou urbano, religião, convic-
I - assegurar a construção de uma sociedade livre, jus- ção política ou filosófica, deficiência física ou mental, por
ter cumprido pena nem por qualquer particularidade ou
ta e solidária;
convicção.
II - garantir o desenvolvimento local e regional;
§ 1º o Município estabelecerá sanções de natureza ad-
III - contribuir para o desenvolvimento estadual e na-
ministrativa econômica e financeira a quem incorrer em
cional; qualquer tipo de discriminação independentemente das
IV - erradicar a pobreza e a marginalidade e reduzir as sanções criminais previstas em lei.
desigualdades sociais na área urbana e na área rural; § 2º serão proibidas as diferenças salariais para trabalho
V - promover o bem comum, sem preconceitos de ori- igual, assim como critérios de admissão e estabilidade pro-
gem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de fissional discriminatórias por quaisquer dos motivos previs-
discriminação. tos no caput deste artigo e atendidas as qualificações das
Art. 5º O Município de Maricá, pessoa jurídica de direi- profissões estabelecidas em lei.
to público interno, no pleno uso de sua autonomia política, Art. 10 As omissões do Poder Público, na esfera ad-
administrativa e financeira, rege-se por esta Lei Orgânica, ministrativa que tornem inviável o exercício dos direitos
votada e aprovada pela Câmara Municipal, e pelas leis que constitucionais, serão supridas, no prazo fixado em lei, sob
adotar, respeitados os princípios constitucionais do Estado pena de responsabilidade da autoridade competente, após
do Rio de Janeiro e da República Federativa do Brasil. requerimento do interessado sem prejuízo da utilização do
Parágrafo Único - O Município de Maricá buscará a mandado de injunção da ação da inconstitucionalidade e
integração econômica, política, social e cultural da Região demais medidas judiciais.
dos Lagos, objetivando a união com os demais municípios Art. 11 Qualquer cidadão é parte legítima para propor
no desenvolvimento e na solução dos problemas regio- ação popular que vise a anular ato lesivo ao patrimônio
público ou entidade na qual o Município participe, à mo-
nais.
ralidade administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio
Art. 6º São poderes do Município, independentes e
histórico e cultural, ficando o autor, salvo comprovada má
harmônicos entre si: fé, isento de custas judiciais e do ônus da sucumbência.
I - o Poder Legislativo, representado pela Câmara Mu- Art. 12 São assegurados a todos, independentemente
nicipal, composta de Vereadores; do pagamento de taxas, emolumentos ou de garantia de
II - o Poder Executivo, representado pelo Prefeito. instância, os seguintes direitos:
I - de petição e representação, aos Poderes Públicos. em
defesa de seus direitos ou para coibir ilegalidade ou abuso
de poder;
II - de obtenção de certidões em repartições públicas
para a defesa de direitos e esclarecimentos de situações de
interesse pessoal.

54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 13 São gratuitos para os que percebem até 1 (um) Art. 22 Não poderão ser objetos de registros os dados
salário mínimo, os desempregados e para os reconhecida- referentes a convicção filosófica, política e religiosa, a filia-
mente pobres, na forma da lei, o sepultamento os procedi- ção partidária e sindical, nem os que digam respeito à vida
mentos a ele necessários, inclusive o fornecimento de es- privada e à intimidade pessoal, salvo quando se tratar de
quife pelo concessionário de serviço funerário. processamento estatístico, não individualizado.
Art. 14 Os procedimentos administrativos respeitarão a Art. 23 Todos podem reunir-se pacificamente sem ar-
igualdade entre os administrados e o devido processo legal, mas, em locais abertos independentemente de autorização,
especialmente quando à existência de publicidade, do con- desde que não frustem outra reunião anteriormente convo-
traditório, da ampla defesa, da moralidade e da motivação cada para o mesmo local, sendo exigido apenas aviso pré-
suficiente. vio à autoridade.
Art. 15 Ao jurisdicionado é assegurada a preferência no Parágrafo Único - A força policial só intervirá para ga-
julgamento da ação de inconstitucionalidade, do “habeas rantir o exercício do direito de reunião e demais liberdades
data”, do mandato de injunção, da ação popular, da ação constitucionais, bem como para a defesa da segurança pes-
indenizatória por erro judiciário e da ação de alimentos. soal e do patrimônio público e privado, cabendo responsa-
Art. 16 Ninguém será discriminado, ou de qualquer for- bilidade pelos excessos que cometer.
ma, prejudicado pelo fato de haver litigado ou estar litigan- Art. 24 A tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
do com os órgãos municipais na esfera administrativa ou drogas afins. bem como sua fabricação, desde a sua origem,
judicial. o terrorismo e os crimes definidos corno hediondos, serão
Art. 17 Todos têm o direito de receber, no prazo fixado objeto de prioritária prevenção e repressão pelos órgãos
em lei, informações objetivas, de interesse particular, cole- municipais competentes, sem prejuízo da responsabilidade
tivo ou geral, acerca de fatos e projetos do Município, bem penal e cível, nos termos do art. 5º, XLIII da Constituição
como dos respectivos órgãos da administração pública di- Federal.
reta ou indireta. Art. 25 Aos litigantes e aos acusados em processo ad-
Art. 18 Toda sociedade civil organizada, de âmbito mu- ministrativo, o Poder Público garantirá o contraditório e
nicipal, e que possua mais de duzentos filiados, poderá re- ampla defesa, com os meios e recursos a ela inerentes.
querer ao Poder Publico Municipal a realização de audiência Art. 26 O Município garantirá o livre acesso de todos
pública para esclarecimento de determinados atos ou pro- os cidadãos às praias, proibindo, nos limites de suma com-
jetos da administração. petência, quaisquer edificações particulares sobre as areias.
§ 1º A audiência será concedida no prazo máximo de Art. 27 Será instituído sistema municipal de creches e
trinta dias, ficando a disposição da entidade, cinco dias pré-escolas.
após o requerimento, a documentação atinente ao tema; Parágrafo Único - Creche e pré-escola são entidades de
§ 2º Cada entidade poderá requerer, no máximo, duas prestação de serviços às crianças, para o atendimento das
audiências anuais sobre temas diferentes; necessidades biopsicosociais, na faixa de 0 a 6.
§ 3º Na audiência pública poderão participar além da Art. 28 A concessão de uso do solo, nas áreas urbanas
entidade requerente, cidadãos e entidades interessadas que ou rurais, será conferida ao homem à mulher, ou a ambos,
terão direito a voz. independentemente do estado civil.
Art. 19 Só será motivo de audiências públicas: Art. 29 O Município garantirá a todo o cidadão, na for-
I - projeto de licenciamento que envolva impacto am- ma da Lei Municipal nº 58 de 09.06.78, o direito de receber
biental; da Prefeitura Municipal de Maricá, sem pagamento de qual-
II - atos que envolvam conservação ou modificação do quer taxa ou emolumentos, planta aprovada do tipo prole-
patrimônio arquitetônico, histórico, artístico ou cultural do tário, que servirá de orientação na construção de sua casa
município; própria.
III - realização de obras que comprometam mais de
10% (dez por cento) da receita corrente anual do Município. Capítulo II
Art. 20 A audiência prevista no artigo anterior deverá DOS DIREITOS SOCIAIS
ser divulgada por órgão da imprensa de circulação local.
Art. 21 Todos têm o direito de tomar conhecimento gra- Art. 30 O Município assegurará o pleno exercício dos
tuitamente do que constar a seu respeito nos registros ou direitos sociais contemplados na Constituição Federal, in-
bancos de dados públicos municipais, bem como do fim a clusive concernentes aos trabalhadores urbanos e rurais.
que se destinam essas informações, podendo exigir, a qual- Art. 31 A liberdade de associação profissional ou sindi-
quer tempo, a retificação e a atualização das mesmas. cal será assegurada pelos agentes municipais, respeitados
§ 1º O «habeas data» poderá ser impetrado em face de os princípios estabelecidos na Constituição Federal.
registro ou banco de dados ou cadastro de entidades públi- Art. 32 É assegurado o direito de greve consagrado
cas ou de caráter público; pela Constituição Federal, competindo aos trabalhadores
§ 2º Os bancos de dados, no âmbito do Município, ficam decidir sobre a oportunidade de exercê-la e sobre os inte-
obrigados, sob pena de responsabilidade, a averbar gratui- resses que devem por meio dele defender.
tamente as baixas das anotações em seus registros, compila- § 1º Os serviços ou as atividades essenciais e o atendi-
dos das mesmas fontes que originaram as anotações. mento das necessidades inadiáveis da comunidade serão
definidos pela lei federal.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2º Os abusos cometidos sujeitarão os responsáveis Art. 37 São símbolos do Município sua Bandeira, seu
às penas da lei. Hino e seu Brasão.
Art. 33 Os empregados serão representados, na propor- Parágrafo Único - A Lei poderá estabelecer outros sím-
ção de 1/3 (um terço), nos conselhos de administração e fis- bolos, dispondo sobre seu uso no território do Município.
cal das empresas públicas e sociedades de economia mista. Art. 38 Constituem patrimônio do Município os seus
§ 1º O Município garantirá a institucionalização de co- direitos, os bens móveis e imóveis de seu domínio pleno,
missões paritárias de trabalho nos órgãos da administração direto ou útil, e a renda proveniente do exercício das ativi-
pública direta, indireta ou fundacional. dades de sua competência e prestação de serviços.
§ 2º Os representantes dos trabalhadores serão eleitos § 1º O Município, com prévia autorização legislativa e
para um mandato de dois anos, por votação secreta entre mediante a concessão de direito real de uso, poderá trans-
todos os empregados, vedada a eleição daqueles que exer- ferir áreas do seu patrimônio para implantação de indústria
çam cargo ou função de confiança e a reeleição. ou formação de distritos industriais.
§ 3º É assegurada a participação de trabalhadores e § 2º Aos bens do Município aplica-se, no que couber, o
empregadores no colegiado dos órgãos públicos em que disposto no art. 68 da Constituição Estadual.
seus interesses profissionais ou previdenciários sejam ob- Art. 39 No exercício de sua autonomia, o Município
jeto de discussão e deliberação. editará leis, expedirá decretos, praticará atos e adotará me-
§ 4º Os representantes dos trabalhadores, a partir do didas pertinentes aos seus interesses, às necessidades da
registro de sua candidatura e até um ano após o término administração e ao bem-estar do povo.
do mandato, têm assegurado a estabilidade no emprego, § 1º O Município poderá celebrar convênios para exe-
nos termos da legislação trabalhista. cução de suas leis, de seus serviços ou de suas decisões por
§ 5º Nas entidades de que trata o «caput» deste artigo outros órgãos ou servidores públicos federais, estaduais ou
serão estabelecidas comissões permanentes de acidentes de outros municípios.
de trabalho, compostas equitativamente de representantes § 2º O Município poderá, também, através de convênio
da empresa e dos trabalhadores, para prevenção dos mes- prévio e devidamente autorizado por lei municipal, criar
mo e assistência de toda espécie de acidentes.
entidades intermunicipais de administração indireta para a
Art. 34 O Município garantirá, no âmbito de sua com-
realização de obras, atividades e serviços específicos de in-
petência, a educação não diferenciada a alunos de ambos
teresse comum, dotadas de personalidade jurídica própria,
os sexos, eliminando práticas discriminatórias, não só nos
com autonomia financeira e administrativa sediada em um
currículos escolares, como no material didático.
dos municípios conveniados.
Art. 35 O horário de funcionamento dos estabeleci-
Art. 40 As ações de sociedades de economia mista per-
mentos comerciais, industriais, sociais e de serviços, serão
estabelecidos e fixados pelo Município através do Código tencentes ao Município, não poderão ser alienadas a qual-
de Posturas, tendo o fim precípuo de proteger os direitos quer título, sem expressa autorização legislativa.
constitucionais dos trabalhadores. Parágrafo Único - Sem prejuízo do disposto neste ar-
§ 1º Será permitido o funcionamento dos estabeleci- tigo, as ações com direito a voto nas sociedades de eco-
mentos previstos no presente artigo, em horários especiais, nomia mista poderão ser alienadas desde que mantido o
inclusive aos domingos e feriados, desde que sejam garan- controle acionário, representado por 51% (cinquenta e um
tidos aos trabalhadores o repouso semanal remunerado, por cento) das referidas ações.
mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho. Art. 41 A participação do Município em uma região
§ 2º O Poder Executivo poderá. mediante solicitação metropolitana, aglomeração urbana ou microrregião de-
das classes interessadas, prorrogar os horários de funcio- penderá de prévia aprovação da Câmara Municipal.
namento dos estabelecimentos, assegurado aos trabalha- Parágrafo Único - Ressalva-se do disposto neste artigo
dores o disposto no artigo 7º, XVI da Constituição Federal. a conceituação do Município para fins geográficos, carto-
gráficos, estatísticos e censitários pela União.
TÍTULO III
DA ORGANIZAÇÃO MUNICIPAL SEÇÃO II
Capítulo I DA DIVISÃO ADMINISTRATIVA DO MUNICÍPIO
DO MUNICÍPIO
SEÇÃO I Art. 42 O Município divide-se, para fins administrati-
DISPOSIÇÕES PRELIMINARES vos, em Distritos, podendo ser criados, organizados outros
Distritos, ou ainda, suprimidos ou fundidos, por Lei, após
Art. 36 O território do Município de Maricá tem corno consulta plesbicitária à população diretamente interessada
limites geográficos os existentes e demarcados na data da e o atendimento aos requisitos estabelecidos no artigo 43
promulgação desta Lei Orgânica. desta Lei.
Parágrafo Único - A cidade de Maricá é a capital do § 1º A criação de Distritos poderá efetuar-se mediante
Município, onde serão mantidos os atuais centros admi- fusão de dois ou mais Distritos, que serão suprimidos, sen-
nistrativos dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, do dispensada, nesta hipótese, a verificação dos requisitos
formando a Sede dos Poderes a figura geométrica de um do art. 43, desta Lei Orgânica.
triângulo, tendo ao centro do triângulo Igreja Matriz da Pa- § 2º A extinção de Distritos somente se efetuará me-
droeira do Município Nossa Senhora do Amparo. diante consulta plesbicitária à população interessada.

56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 3º O Distrito terá o nome da respectiva sede, cuja § 1º Lei Complementar disporá sobre:
categoria será a de vila. I - a estrutura e competência das Regiões Administrativas;
Art. 43 São requisitos para a criação de Distritos: II - a definição dos princípios, objetivos. serviços a se-
I - população, eleitorado e arrecadação não inferiores rem implantados;
aos de qualquer outro Distrito do município; III - os equipamentos, máquinas e materiais que serão
II - existência na população-sede, de pelo menos, cinquen- lotados no órgão distrital.
ta moradias, escola pública, posto de saúde e posto policial. § 2º Na implementação do disposto no caput des-
Parágrafo Único - A comprovação do atendimento às te artigo, o Município poderá conceder incentivos fiscais
exigências enumeradas neste artigo, far-se-á mediante: a pessoas jurídicas que pretendam se estabelecer em seu
a) declaração emitida por órgão federal competente, território, com observância do previsto no plano de desen-
de estimativa da população; volvimento integrado municipal.
b) certidão emitida pelo Tribunal Regional Eleitoral,
certificando o número de eleitores; Capítulo II
c) certidão, emitida pelo agente municipal de estatís- DA COMPETÊNCIA DO MUNICÍPIO
tica ou pela repartição fiscal do Município, certificando o SEÇÃO I
número de moradias; DA COMPETÊNCIA PRIVATIVA
d) certidão de órgão fazendário estadual e do munici-
pal, certificando a arrecadação na respectiva área territorial; Art. 49 Ao Município compete prover a tudo quanto
e) certidão, emitida pela Prefeitura ou pelas Secretarias diga respeito ao seu peculiar interesse e ao bem-estar de
de Educação, de Saúde e de Segurança Pública rio Esta- sua população, cabendo-lhe privativamente, dentre outras,
do, certificando a existência de escola pública, de posto de as seguintes atribuições:
Saúde e Policial na povoação-sede I - legislar sobre assuntos de interesse local;
Art. 44 Na fixação das divisas distritais serão observa- II - suplementar a legislação federal e a estadual, no
das as seguintes normas: que couber;
I - evitar-se-ão, tanto quanto possível, formas assimé- III - elaborar o Plano Diretor de Desenvolvimento In-
tricas, estrangulamentos exagerados; tegrado;
II - dar-se-á preferência. para delimitação, às linhas na- IV - criar, organizar e suprimir Distrito, observada a le-
turais, facilmente identificáveis; gislação estadual;
III - na existência de linhas naturais, utilizar-se-á linha V - manter, com a cooperação técnica e financeira da
reta, cujos extremos, pontos naturais ou não, sejam facil- União e do Estado, programas de educação pré-escolar, de
mente identificáveis e tenham condições de fixidez; ensino fundamental e de segundo grau;
IV - é vedada a interrupção de continuidade territorial VI - elaborar o orçamento anual e plurianual de inves-
do Município ou Distrito de origem. timentos;
Parágrafo Único - As divisas distritais serão descritas VII - instituir e arrecadar os tributos de sua competên-
trecho a trecho, salvo para evitar duplicidade, nos trechos cia, bem como aplicar as suas rendas;
que coincidirem com os limites municipais. VIII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços públicos;
Art. 45 A alteração de divisão administrativa do Muni- IX - dispor sobre a organização, administração e execu-
cípio somente poderá ser feita quadrienalmente, no ano ção dos serviços locais;
anterior ao das eleições municipais. X - dispor sobre administração utilização. alienação
Art. 46 A instalação de Distrito far-se-á perante o Juiz dos bens públicos;
de Direito da Comarca, na sede do Distrito. XI - organizar o quadro e estabelecer o regime jurídico
único estatutário dos serviços públicos;
SEÇÃO III XII - organizar e prestar, diretamente, ou sob regime de
DA INDIVISIBILIDADE DO MUNICÍPIO concessão ou permissão, os serviços públicos locais;
XIII - planejar o uso e a ocupação do solo em seu terri-
Art. 47 Município não será objeto de desmembramento tório, especialmente em sua zona urbana;
de seu território, não se incorporará e nem se fundirá com XIV - estabelecer normas de edificações, de loteamen-
outro município, dada a existência de continuidade e de to de arruamento e de zoneamento urbano e rural, bem
unidade histórico-cultural em seu ambiente urbano, con- como as limitações urbanísticas convenientes à ordenação
forme o disposto no artigo 354 da Constituição do Estado. do seu território, observada a lei federal;
XV - conceder licença para localização e funcionamen-
SEÇÃO IV to de estabelecimentos industriais, comerciais, prestadores
DAS REGIÕES ADMINISTRATIVAS de serviços e quaisquer outros;
XVI - cassar a licença que houver concedido ao esta-
Art. 48 O Município de Maricá descentralizará a ad- belecimento que se tornar prejudicial à saúde, a higiene,
ministração através da criação de Regiões Administrativas ao sossego, à segurança ou aos bons costumes, fazendo
distritais que balizarão as suas ações articuladas no mesmo cessar a atividade ou determinar o fechamento do estabe-
complexo geo-econômico e social, visando ao seu desen- lecimento;
volvimento harmônico e integrado e eliminado-se as desi- XVII - estabelecer servidões administrativas necessárias
gualdades distritais. à realização de seus serviços, inclusive à dos concessionários;

57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XVIII - adquirir bens, inclusive mediante desapropriação; XL - manter contato com as entidades representativas
XIX - regular a disposição, o traçado e as demais con- das comunidades situadas na Região dos Lagos, autorida-
dições dos bens públicos de uso comum; des das três esferas do governo e quaisquer outras enti-
XX - regulamentar a utilização dos logradouros públi- dades nacionais ou estrangeiras cuja atuação e objetivos
cos e, especialmente no perímetro urbano, determinar o sejam úteis à integração e desenvolvimento, estimulando o
itinerário e os pontos de parada dos transportes coletivos; associativismo e dando cumprimento ao disposto no pará-
XXI - fixar os locais de estacionamento de táxis e de- grafo único do artigo 5º.
mais veículos; Parágrafo Único - As normas de loteamento a que se
XXII - conceder, permitir ou autorizar os serviços de refere o inciso XIV deste artigo, deverão exigir reserva de
transporte coletivo e de táxis, fixando as respectivas tarifas; áreas destinadas a:
XXIII - fixar e sinalizar as zonas de silêncio e de trânsito a) zonas verdes e demais logradouros públicos;
e tráfego em condições especiais; b) vias de tráfego e de passagem de canalizações pú-
XXIV - disciplinar os serviços de cargas e descargas e
blicas, de esgotos e de águas pluviais nos fundos dos vales;
fixar a tonelagem máxima permitida a veículo que circule
c) passagem de canalizações públicas de esgotos e
em vias municipais;
de águas pluviais, com largura mínima de dois metros nos
XXV - tornar obrigatória a utilização da estação rodo-
fundos de lotes, cujo desnível seja superior a um metro da
viária, quando houver;
XXVI - sinalizar as vias urbanas e as estradas munici- frente ao fundo.
pais, bem como regulamentar e fiscalizar sua utilização;
XXVII - prover sobre a limpeza das vias e logradouros SEÇÃO II
públicos, remoção e destino do lixo domiciliar e de outros DA COMPETÊNCIA COMUM
resíduos de qualquer natureza;
XXVIII - ordenar as atividades urbanas, fixando condi- Art. 50 É da competência administrativa comum ao
ções e horários para funcionamento de estabelecimentos município, da União e do Estado, observada a lei comple-
industriais, comerciais e de serviços, observadas as normas mentar federal, o exercício das seguintes medidas:
federais pertinentes; I - zelar pela guarda da Constituição das leis e das ins-
XXIX - dispor sobre os serviços funerários e de cemitérios; tituições democráticas e conservar o patrimônio público;
XXX - regular, licenciar, permitir, autorizar e fiscalizar a II - cuidar da saúde e assistência pública, da proteção e
afixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de garantia das pessoas portadoras de deficiência;
quaisquer outros meios de publicidade e propaganda, nos III - proteger os documentos, as obras e outros bens
locais sujeitos ao poder de polícia municipal; de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as
XXXI - prestar assistência nas emergências médico paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos;
-hospitalares de prontosocorro, por seus próprios serviços IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracteriza-
ou mediante convênio com instituição especializada; ção de obras de arte e de outros bens de valor histórico,
XXXII - organizar a manter os serviços de fiscalização artístico ou cultural;
necessários ao exercício de seu poder de polícia adminis- V - proporcionar os meios de acesso à cultura, à edu-
trativa; cação e à ciência;
XXXIII - fiscalizar, nos locais de vendas, peso, medidas e VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição
condições sanitárias dos gêneros alimentícios; de qualquer de suas formas;
XXXIV - dispor sobre o depósito e venda de animais e VII - preservar as florestas, a fauna e a flora;
mercadorias apreendidas em decorrência de transgressão VIII - fomentar a produção agropecuária e organizar o
da legislação municipal;
abastecimento alimentar;
XXXV - dispor sobre o registro, vacinação e captura de
IX - promover programas de construção de moradias
animais, com a finalidade precípua de erradicar as molés-
e a melhoria das condições habitacionais de saneamento
tias de que possam ser portadores ou transmissores;
básico;
XXXVI - estabelecer e impor penalidades por infração
de suas leis e regulamentos; X - combater as causas da pobreza e os fatores de mar-
XXXVII - promover os seguintes serviços: ginalização, promovendo a integração social dos setores
a) mercados, feiras e matadouros; desfavorecidos;
b) construção e conservação de estradas e caminhos XI - registrar, acompanhar e fiscalizar as concessões de
municipais; direitos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e
c) transporte coletivos estritamente municipais; minerais em seus territórios;
d) iluminação pública.
XXXVIII - regulamentar ou serviço de carros de aluguel, XII - estabelecer e implantar política de educação para
inclusive o uso de taxímetro; a segurança do trânsito;
XXXIX - assegurar a expedição de certidões requeridas
às repartições administrativas municipais, para defesa de
direitos e esclarecimento de situações, estabelecendo os
prazos de atendimento;

58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO III c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos,
DA COMPETÊNCIA SUPLEMENTAR inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos traba-
lhadores, das instituições de educação e de assistência social,
Art. 51 Ao Município compete suplementar a legislação sem fins lucrativos atendidos os requisitos da lei federal;
federal e estadual no que couber e naquilo que disser res- d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua
peito ao seu peculiar interesse. impressão.
Parágrafo Único - A competência prevista neste artigo § 1º A vedação do inciso XIII, «a», é extensiva às au-
será exercida em relação às legislações federal e estadual tarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder
no que digam respeito ao peculiar interesse municipal, vi- Público, no que se refere ao patrimônio público, à renda, e
sando adaptá-las à realidade local. aos serviços, vinculados às suas finalidades essenciais ou às
delas decorrentes.
Capítulo III § 2º As vedações do inciso XIII, «a», e do parágrafo an-
DAS VEDAÇÕES terior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços
relacionados com exploração de atividades econômicas re-
Art. 52 Ao Município é vedado: gidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados,
I - estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná ou que haja contraprestação ou pagamentos de preços ou
-los, tratá-los em desigualdade, privilegiando alguns, em- tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador
baraçar-lhe o funcionamento ou manter com eles, ou seus da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imó-
representantes relações de dependência ou aliança, ressal- vel.
vada, na forma da lei, a colaboração de interesse público; § 3º As vedações expressas no inciso XIII, alínea «b» e
II - recusar fé aos documentos públicos; «c», compreendem somente o patrimônio, a renda e os ser-
III - criar distinções entre brasileiros ou preferência entre si; viços relacionados com as finalidades essenciais das entida-
IV - subvencionar ou auxiliar, de qualquer modo, com des nelas mencionadas.
recursos pertencentes aos cofres públicos, quer de impren- § 4º As vedações expressas nos incisos VII a XIII serão
sa, rádio, televisão, serviços de altofalantes ou qualquer regulamentadas em lei complementar federal.
outro meio de comunicação, propaganda políticopartidária
Capítulo IV
ou fins estranhos a administração;
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
V - manter a publicidade de atos, programas, obras,
SEÇÃO I
serviços e campanhas de órgãos públicos que não tenham
DISPOSIÇÕES GERAIS
caráter educativo, informativo ou de orientação social, as-
sim como a publicidade da qual constem nomes, símbolos
Art. 53 A administração pública direta, indireta ou fun-
ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autori- dacional de qualquer dos poderes do Município, obedecerá
dades ou servidores público; aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade,
VI - outorgar isenções e anistias fiscais, ou permitir a publicidade, interesse coletivo e, também ao seguinte:
remissão de dívidas, sem interesse público justificado, sob I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis
pena de nulidade do ato; aos brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos
VII - exigir ou aumentar tributos sem a lei que os es- em lei;
tabeleçam; II - a investidura em cargo ou emprego público da admi-
VIII - instituir tratamento desigual entre contribuintes nistração direta, indireta ou fundacional depende de apro-
que se encontrem em situação equivalente, proibida qual- vação prévia em concurso de provas ou de provas e títulos,
quer distinção em razão de ocupação profissional ou fun- ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declara-
ção por eles exercidas independentemente da denomina- do em lei de livre nomeação e exoneração;
ção jurídica dos rendimentos, títulos ou direitos; III - não haverá limite máximo de idade para inscrição no
IX - estabelecer diferenças tributária entre bens e ser- concurso público, constituindo-se, entretanto, em requisito
viços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência de acessibilidade ao cargo ou emprego a possibilidade de
ou destino; permanência por cinco anos em seu efetivo exercício;
X - cobrar tributos: IV - o prazo de validade do concurso público será de
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início dois anos, prorrogável uma vez por igual período;
da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado; V - tanto no prazo de validade quanto no de sua pror-
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido pu- rogação previsto no edital de convocação, o aprovado em
blicada a lei que os instituiu os aumentou. concurso público de provas ou de provas e títulos, será ob-
XI - utilizar tributos com efeito de confisco; servada a classificação, convocado com prioridade sobre no-
XII - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou vos concursados para assumir cargo ou emprego na carreira;
bens, por meio de tributos, ressalvada a cobrança de pedá- VI - a convocação do aprovado em concurso far-se-á
gio pela utilização de vias consertadas pelo poder público; mediante publicação oficial, e por correspondência pessoal;
XIII - instituir impostos sobre: VII - a classificação em concurso público, dentro do núme-
a) patrimônio, rendas ou serviços da União; do Estado ro de vagas obrigatoriamente fixado no respectivo edital, asse-
e dos outros Municípios; gura o provimento no cargo no prazo máximo de 180 (cento e
b) templos de qualquer culto; oitenta) dias, contados da homologação do resultado;

59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
VIII - os cargos em comissão e as funções de confiança XXIII - ressalvada a legislação aplicável, ao funcionário
serão exercidos, preferencialmente por servidores ocupan- público é proibido substituir, sob qualquer pretexto, traba-
tes de cargo de carreira técnica profissional, nos casos e lhadores de empresas privadas em greve;
condições previstos em lei; XXIV - aos funcionários públicos do Município é veda-
IX - os cargos de natureza técnica só poderão ser ocu- do serem proprietários, controlarem direta ou indiretamen-
pados por profissionais legalmente habilitados e de com- te ou fazerem parte da administração de empresas privadas
provada atuação na área; fornecedoras de suas instituições ou que delas dependam
X - a administração fazendária e seus servidores fiscais para controle ou credenciamento e, na forma da lei:
terão, em suas áreas de competência e jurisdição, prece- a) as vedações deste inciso estender-se-ão aos paren-
dência sobre os demais setores administrativos, na forma tes diretos, consanguíneos ou afins, assim como aos seus
da lei; prepostos;
XI - a lei estabelecerá os casos de contratação por tem- b) as punições específicas aos transgressores desta
po determinado, para atender à necessidade temporária de norma serão impostas sem prejuízo das sanções genéricas
excepcional interesse público; que lhes sejam aplicáveis;
XII - a revisão geral da remuneração dos funcionários XXV - ressalvados os casos específicos na legislação,
públicos, far-se-á sempre na mesma data e com os mes- as obras, serviços, compra e alienações serão contratados
mos índices, para todas as carreiras do serviço público; mediante processo de licitação pública que assegure igual-
XIII - a lei fixará o limite máximo e a relação de valores dade de condições e de pagamento a todos os concorren-
entre a maior e a menor remuneração dos funcionários pú- tes, com previsão de atualização monetária para os paga-
blicos, observados, como limite máximo e no âmbito dos mentos em atraso, penalidades para os descumprimento
respectivos poderes, os valores percebidos como remune- contratuais, permitindo-se no ato convocatório, somente
ração, em espécie, pelo Prefeito; as exigências de qualificação técnica, jurídica e econômico-
XIV - os vencimentos do cargos do Poder Legislativo financeira indispensáveis à garantia do cumprimento das
não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder Executivo; obrigações;
XV - é vedada a vinculação ou equiparação de venci- XXVI os funcionários públicos só poderão ser coloca-
mento, para o efeito de remuneração de pessoal do serviço dos à disposição de outros setores da administração públi-
público, ressalvado o disposto no inciso anterior e no art. ca da União, dos Estados e dos outros Municípios, depois
59,§ 1º, desta Lei Orgânica; de completarem dois anos de efetivo exercício funcional no
XVI - os acréscimos pecuniários percebidos pelo fun- órgão de origem, hipótese na qual não receberão remune-
cionário público não serão computados nem acumulados, ração do município;
para fins de concessão de acréscimos ulteriores, sob o mes- XXVII - os funcionários da administração pública direta,
mo título ou idêntico fundamento; colocados à disposição da administração pública indireta
XVII - o funcionário público poderá gozar licença es- ou fundacional, quando da transferência para a inatividade,
pecial e férias na forma da Lei ou de ambas dispor, sob a incorporação aos proventos a complementação de venci-
forma de direito de contagem em dobro, para efeito de mento que venham percebendo, desde que caracterizada
aposentadoria; * essa situação há, no mínimo, oito anos consecutivos.
* Nova redação dada pela Emenda nº 013, de 26.09.97. § 1º Compreende-se na administração direta os servi-
XVIII - os vencimentos dos funcionários públicos são ços sem personalidade jurídica própria integrados na es-
irredutíveis e a remuneração observará o que dispõe os in- trutura administrativa de qualquer dos Poderes do Muni-
cisos XIII e XIV deste artigo; cípio; na administração indireta constituída de entidades
XIX - é vedada a acumulação remunerada de cargos pú- dotadas de personalidade jurídica própria, as autarquias,
blicos, exceto quando houver compatibilidade de horário; as empresas públicas e as sociedades de economia mista,
a) a de dois cargos de professor, assim considerado o bem como as subsidiárias dessas entidades, incluindo as
de especialista de educação; fundações instituídas ou mantidas pelo Poder Público.
b) a de um cargo de professor por um outro técnico § 2º A não observância dos dispostos nos incisos II e
ou científico; V deste artigo implicará anulidade do ato e a punição da
c) a de dois cargos privativos de médicos; autoridade responsável, nos termos da lei.
XX - a proibição de acumular não se aplica a proven- § 3º As reclamações relativas à prestação de serviços
tos de aposentadoria, mas se estende a empresas públicas, públicos serão disciplinada em lei.
sociedades de economia mista e fundações mantidas pelo § 4º Os atos de improbidade administrativa importarão
Poder Público; a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e
XXI - somente por leis específicas poderão ser criadas o ressarcimento na forma e gradação prevista em lei, sem
empresas públicas, sociedades de economia mista, autar- prejuízo da ação penal cabível
quia ou fundação pública; § 5º As pessoas jurídicas de direito público e as de di-
XXII - depende de autorização legislativa, em cada reito privado prestadoras de serviços públicos responderão
caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem
no inciso anterior, assim como a participação de qualquer a terceiros, assegurado o direito de regresso contra o res-
delas em empresa privada; ponsável nos casos de dolo ou culpa.

60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 6º A subsecção de Maricá da ordem dos Advogados SEÇÃO III
do Brasil e os representantes municipais de entidades, de- DOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS
vidamente constituídas, de trabalhadores especializados
na atividade objeto de concurso serão, obrigatoriamente, Art. 59 O Município instituirá regime jurídico único esta-
chamados a participar de todas as fases de processo de tutário e planos de carreira para os funcionários da adminis-
concurso público, desde a elaboração dos editais até a ho- tração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.
mologação e publicação dos resultados, sempre que nos § 1º A lei assegurará aos funcionários da administração
referidos concursos sejam exigidos conhecimentos técni- direta, isonomia de vencimentos para cargos de atribuições
iguais ou assemelhados do mesmo Poder ou entre os fun-
cos dessas categorias.
cionários dos Poderes Executivo e Legislativo, ressalvadas
§ 7º O Município não subvencionará nem beneficia-
as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza
rá, com isenção ou redução de tributos, taxas, tarifas, ou
ou ao local de trabalho.
quaisquer outras vantagens, as entidades dedicadas a ati- § 2º O benefício de pensão por morte corresponderá
vidades educacionais, culturais, hospitalares, sanitárias, es- a totalidade dos vencimentos ou proventos de funcionário
portivas ou recreativas, cujos atos constitutivos e estatutos falecido, até o limite estabelecido em lei, observado o dis-
não disponham expressamente esses fins exclusivamente posto no art. 65, § 5º desta Lei Orgânica.
filantrópicos e não lucrativos, ou que, de forma direta ou § 3º O Pagamento dos funcionários do Município será fei-
indireta, remunerem seus instituidores, diretores, sócios ou to, impreterivelmente, até o 5º (quinto) dia útil de cada mês.
mantenedores. § 4º O prazo do parágrafo anterior será, obrigatoria-
§ 8º É vedada ao poder Público, direta ou indiretamen- mente, inserido no Calendário Anual de Pagamento dos
te, a publicidade de qualquer natureza, fora do território do Funcionários do Município.
Município, para fins de propaganda governamental.
Art. 54 A nomeação para cargo de Provimento em Co- § 5º Em caso de atraso no pagamento a que se refere o
missão, assim criados por Lei, dar-se-á nos termos do arti- parágrafo anterior, a remuneração será corrigida de acordo
go 37, II, “in fine” da Constituição Federal e a Constituição com o índice de inflação oficial.
Estadual, artigo 77 inciso VIII. * § 6º Fica assegurado aos funcionários públicos Muni-
* Nova redação dada pela Emenda nº 010, de 31.01.97. cipais, em forma de adiantamento a partir do dia 20 do
mês, o percentual de 40% (quarenta por cento) dos seus
Art. 55 Qualquer que seja a “causa mortis” do funcioná-
vencimentos.
rio público, será de 100% (cem por cento) da remuneração
Art. 60 Aos funcionários públicos civis ficam assegu-
total o valor mínimo da pensão devida a seus dependentes,
rados, além de outros que a lei estabelecer, os seguintes
na forma da lei. direitos:
I - salário mínimo;
SEÇÃO II II - irredutibilidade do salário;
DO CONTROLE ADMINISTRATIVO III - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para
os que percebem remuneração variável;
Art. 56 O controle dos atos administrativos do muni- IV - décimo terceiro salário com base na remuneração
cípio será exercido pelo Poder Legislativo, pelo Ministério integral ou no valor da aposentadoria;
Público, pela sociedade, pela própria administração e, no V - remuneração do trabalho noturno superior à do
que couber, pelo Tribunal de Contas e pelo Conselho Esta- diurno;
dual de Contas dos Municípios. VI - remuneração do serviço extraordinário superior, no
§ 1º Haverá uma instância colegiada administrativa mínimo, em cinquenta por cento à do normal;
para dirimir controvérsias entre o Município e seus funcio- VII - salário-família para os seus dependentes;
nários públicos. VIII - duração do trabalho normal não superior a oito
§ 2º Fica garantida a participação do Sindicato da As- horas diárias a quarenta semanais, facultada a compensa-
sociação dos Servidores Municipais no órgão colegiado de ção de horários;
que trata o artigo anterior. IX - incidência de Gratificação Adicional por tempo de
serviço sobre o valor do vencimento; *
Art. 57 A administração pública tem o dever de anular
* Nova redação dada pela Emenda nº 011, de 31.01.97
os próprios atos, quando eivados de vícios que os tornem
X - repouso semanal remunerado, preferencialmente
ilegais, bem como a faculdade de revogá-los. por motivo aos domingos;
de conveniência ou oportunidade, respeitados. nesse caso, XI - gozo de férias anuais remuneradas, com, pelo me-
os direitos adquiridos além de observado, em qualquer cir- nos, um terço a mais do que o salário normal;
cunstância, o devido processo legal. XII - licença à gestante, sem prejuízo de emprego e do
Art. 58 A autoridade que, ciente de vício invalidador do salário, com a duração de cento e vinte dias;
ato administrativo, deixar de saná-lo, incorrerá nas penali- XIII - licença paternidade, nos termos fixados em lei;
dades da lei pela omissão, sem prejuízo das sanções pre- XIV - licença especial para os adotantes, nos termos
vistas no art. 37, § 4º, da Constituição Federal, se for o caso. fixados em lei;
XV - proteção de mercado de trabalho da mulher, me-
diante incentivos específicos, nos termos da lei;

61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XVI - redução dos riscos inerentes ao trabalho, por Art. 62 O desconto em folha de pagamento, pelos ór-
meio de normas de saúde, higiene e segurança; gãos competentes da Administração Pública, é obrigatório
XVII - indenização em caso de acidentes de trabalho, em favor de entidade de classe, sem fins lucrativos, devida-
na forma da lei; mente constituída e registrada, desde que regular e expres-
XVIII - redução de carga horária e adicional de remune- samente autorizado pelo associado.
ração para as atividades penosas, insalubres ou perigosas, Art. 63 O direito de greve será exercido nos termos e
na forma da lei; nos limites definidos em lei complementar federal.
XIX - proibição de diferença de salários, de exercício Art. 64 Ao funcionário público em exercício do manda-
de funções e de critérios de admissão por motivo de sexo, to eletivo aplicam-se às seguintes disposições:
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou
idade, etnia ou estado civil;
municipal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
XX - seguridade social, através da contribuição do Te- II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do
souro Municipal contribuição dos funcionários, visando a cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela
dar cobertura aos riscos a que está sujeito o funcionário e remuneração;
a sua família, garantindo: III - investido no mandato de Vereador ou Juiz de Paz,
a) meios de subsistência nos eventos de doença, invali- havendo compatibilidade de horário, perceberá as vanta-
dez, velhice, acidentes em serviço, inatividade, falecimento gens de seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da
e reclusão; remuneração do cargo eletivo, e não havendo compatibili-
b) proteção à maternidade, à adoção, à paternidade e dade, aplicar-se-á a norma do inciso anterior;
assistência à saúde; IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o
XXI - redução de cinquenta por cento da carga horária exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será
de trabalho do funcionário municipal, responsável legal por contato para todos os efeitos legais, exceto para promo-
portador de necessidades especiais que requeira atenção ção, por merecimento;
permanente; V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de
XXII - o de relotação aos membros do magistério pú- afastamento, os valores serão determinados como se no
blico, no caso de mudança de residência, observados os exercício estivesse.
critérios de instância estabelecidos em lei; Parágrafo Único - Não se considera acumulação rece-
ber o aposentado, os proventos da aposentadoria e a re-
XXIII - aos membros do magistério é assegurado as
muneração pelo exercício do cargo eletivo.
gratificações de regência de classe e de difícil acesso, na
Art. 65 O funcionário será aposentado:
forma da lei; I - por invalidez permanente, com os proventos inte-
XXIV - garantia de vencimentos proporcionais à exten- grais, quando decorrentes de acidentes em serviços, mo-
são e a complexidade do trabalho, nunca inferior ao venci- léstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurá-
mento mínimo profissional, na forma do Plano de Carreira; vel, especificadas em lei, e proporcionais nos demais casos;
XXV - gratificação especial de nível superior ou técnico II - compulsoriamente aos setenta anos de idade, com
aos funcionários ocupantes de cargos para cujo provimen- proventos proporcionais ao tempo de serviço;
to e desempenho seja exigido diploma de curso superior III - voluntariamente:
técnico, equiparando a esses últimos os motoristas, trato- a) aos trinta e cinco anos de serviço, se homem, e aos
ristas, operadores de máquinas pesadas e artífices especia- trinta, se mulher, com proventos integrais;
lizados, na forma da lei complementar; b) aos trinta anos de efetivo exercício em funções de
XXVI - participação na composição dos órgãos de di- magistério se professor, assim considerado especialista em
reção e deliberação das instituições de previdência e assis- educação, e vinte e cinco, se professora, nas mesmas con-
tência social do Município; dições, com proventos integrais;`
XXVII - ao Grupo Fisco, será conferida a gratificação de c) aos trinta anos de serviço, se homem, e aos vinte e
produtividade fiscal, na forma da lei; cinco, se mulher, com proventos proporcionais a esse tempo;
XXVIII - Vale transporte, na forma da lei; d) aos sessenta e cinco anos de idade, se homem e
aos sessenta, se mulher, com proventos proporcionais ao
XIX - fornecimento, de lanche, contendo, café, leite,
tempo de serviço.
pão e manteiga aos trabalhadores dos serviços essenciais
§ 1º Serão observadas as exceções ao disposto no in-
de Educação, Saúde e Limpeza Urbana que chegarem ao
ciso III, «a» e «c», no caso de exercício de atividades con-
local de trabalho até 15 (quinze) minutos antes do início sideradas penosas, insalubres ou perigosas, bem como as
de sua jornada. disposições sobre a aposentadoria em cargos ou empregos
Art. 61 É garantido ao funcionário público o direito a temporários, na forma prevista na legislação federal.
livre associação sindical, observado, no que couber, o dis- § 2º o tempo de serviço público federal, estadual ou
posto no artigo 8º da Constituição Federal. municipal será computado integralmente para efeitos de
Parágrafo Único - É facultativo ao funcionário públi- aposentadoria e de disponibilidade.
co eleito para diretoria de federação ou sindicatos de fun- § 3º É assegurada, para efeito de aposentadoria, a conta-
cionários, o afastamento de seu cargo ou função pública gem recíproca do tempo de serviço nas atividades públicas e
durante o exercício do mandato, resguardados os direitos privadas, inclusive do tempo de trabalho comprovadamente
e vantagens inerentes à carreira de cada um, que será con- exercido na qualidade de autônomo, fazendo-se a compen-
cedido na forma em que a lei dispuser. sação financeira, segundo os critérios estabelecidos em lei.

62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 4º Na incorporação de vantagens aos vencimento ou § 4º O retorno à atividade do funcionário em disponi-
provento do funcionário, decorrentes do exercício de car- bilidade far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em
go em comissão ou função gratificada, será computado o cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o já
tempo de serviço prestado ao Município nessa condição, ocupado.
considerados, na forma da lei, exclusivamente os valores § 5º As disponibilidades e o reaproveitamento serão
que lhes correspondam na administração municipal. aprovados pelo plenário da Câmara, por maioria absoluta
§ 5º Os proventos da aposentadoria serão revistos na de seus membros.
mesma proporção e na mesma data, sempre que se modi-
ficar remuneração e na mesma data, sempre que se mo- TÍTULO IV
dificar remuneração dos funcionários em atividade, sendo DAS ORGANIZAÇÃO DOS PODERES
também estendidos aos inativos quaisquer benefícios ou Capítulo I
vantagens posteriormente concedidos aos funcionários em DO PODER LEGISLATIVO
atividade, inclusive quando decorrentes de transformação SEÇÃO I
ou reclassificação do cargo ou função em que se deu a DA CÂMARA MUNICIPAL
aposentadoria.
§ 6º O valor incorporado a qualquer título pelo servi- Art. 67 O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Mu-
dor ativo ou inativo, como direito pessoal pelo exercício de nicipal.
funções de confiança ou de mandato, será revisto na mes- Parágrafo Único - Cada legislatura tem a duração de
ma proporção na mesma data, sempre que se modificar a quatro anos, correspondendo cada ano a uma sessão legis-
remuneração do cargo que lhe deu causa. lativa, divididos em dois períodos de reuniões ordinárias.
§ 7º Na hipótese de extinção do cargo que deu origem Art. 68 São condições de elegibilidade para o exercício
a incorporação de que trata o parágrafo anterior, o valor do mandato de Vereador, na forma da Lei federal:
incorporado pelo funcionário será fixado de acordo com a I - a nacionalidade brasileira;
remuneração de cargo correspondente. II - o pleno exercício dos direitos públicos;
III - o domicílio eleitoral na circunscrição;
§ 8º O Município providenciará para que os processos
IV - a filiação partidária;
de aposentadoria sejam solucionados, definitivamente, den-
V - o alistamento eleitoral;
tro de 90 (noventa) dias, contados da data do protocolo.
VI - a idade mínima de 18 (dezoito) anos;
§ 9º Com base em «dossier” com documentação com-
VII - ser alfabetizado.
pleta de todos os inativos, os benefícios de paridade serão
§ 1º Observados os limites estabelecidos no artigo 29,
concedidos independente de requerimento e apostila, res-
IV da Constituição Federal e guardada proporção com a
ponsabilizando-se o funcionário que der causa a atraso ou
população do município, o número de Vereadores para
retardamento superior a 90 (noventa) dias.
cada legislatura, será o seguinte:
§ 10 A aposentadoria por invalidez poderá, a requeri-
a) nove Vereadores até dez mil habitantes;
mento do funcionário, ser transformada em seguro reabili- b) onze Vereadores de dez mil e um a quinze mil ha-
tação, custeado pelo Município, visando a reintegrá-lo em bitantes;
novas funções compatíveis com suas aptidões. c) treze Vereadores de quinze mil e um a vinte e cinco
§ 11 Ao funcionário referido no parágrafo anterior, é mil habitantes;
garantida a irredutibilidade de seus proventos, ainda que, d) quinze vereadores de vinte e cinco mil e um a qua-
na nova função em que venha a ser aproveitado, a remune- renta mil habitantes;
ração seja inferior à recebida à título de seguroreabilitação. e) dezessete Vereadores de quarenta mil e um a oitenta
§ 12 Considera-se como proventos de aposentadoria mil habitantes;
o valor resultante da soma de todas as parcelas e a elas f) dezenove vereadores de oitenta mil e um a cento e
incorporadas pelo Poder Público. trinta mil habitantes;
Art. 66 São estáveis após dois anos de efetivo exercício, g) vinte e um Vereadores de cento e trinta mil e um a
os funcionários nomeados em virtude de concurso público. hum milhão de habitantes.
§ 1º O funcionário público estável só perderá o cargo § 2º A população do Município, para fins a que se re-
em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou fere o parágrafo anterior, será aquela existente a 31 de
mediante processo administrativo em que seja assegurada dezembro do ano anterior ao das eleições, apurada pelo
ampla defesa. órgão federal competente.
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do Art. 69 A Câmara Municipal reunir-se-á, anual e ordina-
funcionário será ele reintegrado e o eventual ocupante da riamente, na sede do Município, de 15 de fevereiro a 30 de
vaga reconduzido ao cargo ou posto em disponibilidade. junho e de 1º de agosto a 15 de dezembro.
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessida- § 1º As reuniões inaugurais de cada sessão legislativa,
de, o funcionário público estável ficará em disponibilidade marcada para as datas que lhes correspondem, previstas
remunerada, até seu adequado aproveitamento em outro no presente artigo serão transferidas para o primeiro dia
cargo, com vencimentos proporcionais ao seu tempo de útil subsequente, quando coincidirem com sábados, do-
serviço. mingos e feriados.

63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2º A convocação da Câmara é feita no período e nos VII - alienação de bens públicos;
termos estabelecidos no «caput» deste artigo, correspon- VIII - aquisição de bens imóveis, salvo quando se tratar
dendo à sessão legislativa ordinária. de adoção sem encargos;
§ 3º A convocação extraordinária da Câmara far-se-á: IX - organização administrativa municipal, criação,
I - pelo Prefeito, quando este a entender necessária; transformação e extinção de cargos, empregos ou funções
II - pelo Presidente da Câmara para o compromisso e a públicas, bem como a fixação dos respectivos vencimentos;
posse do prefeito, do Vice-Prefeito e Vereadores; X - criação e estruturação de Secretarias Municipais e
III - pelo Presidente da Câmara ou a requerimento da entidades da administração pública indireta, bem assim a
maioria dos membros desta, em caso de urgência ou inte- definição das respectivas atribuições;
resse público relevante; XI - aprovação do plano diretor e demais planos e pro-
IV - pela Comissão Representativa da Câmara, confor- gramas de governo;
me previsto no art. 79, V desta Lei Orgânica XII - delimitação do perímetro urbano;
§ 4º Na sessão legislativa extraordinária, a Câmara Mu- XIII - transferência temporária da sede do governo mu-
nicipal somente deliberará sobre a matéria para a qual foi nicipal;
convocada. XIV - autorização para mudança de denominação de
Art. 70 As deliberações da Câmara serão tomadas por próprios, vias e logradouros públicos;
maioria de voto, presente a maioria de seus membros, sal- XV - normas urbanísticas, particularmente as relativas a
vo disposição em contrário prevista na Constituição Fede- zoneamento e loteamento;
ral e nesta Lei Orgânica. XVI - normas gerais sobre a exploração, mediante con-
Art. 71 A sessão legislativa ordinária não será interrom- cessão, permissão ou autorização, de serviços públicos, bem
pida sem a deliberação sobre o projeto de lei orçamentária. como encampação e reversão destes, ou a expropriação
Art. 72 As sessões da Câmara realizar-se-ão em recinto dos bens de empresas concessionárias ou permissionárias,
destinado ao seu funcionamento, observado o disposto no autorizar cada um dos atos de retomada ou intervenção;
art. 75, XII desta Lei Orgânica. XVII - autorização para assinatura de qualquer nature-
§ 1º O horário das sessões ordinárias e extraordinárias da
za com outros municípios ou com entidades públicas ou
Câmara Municipal é o estabelecido em Regimento Interno.
privadas;
§ 2º Poderão ser realizadas sessões solenes fora do re-
Art. 75 É da competência exclusiva da Câmara Municipal:
cinto da Câmara.
I - eleger os membros de sua Mesa Diretora:
§ 3º As sessões serão públicas salvo deliberação em
II - elaborar o Regimento Interno;
contrário, de 2/3 (dois terços) dos Vereadores, adotada em
III - organizar os serviços administrativos internos e
razão de motivos relevantes.
prover os cargos respectivos;
§ 4º As sessões somente serão abertas com a presença
IV - propor a criação ou extinção dos cargos dos ser-
de o mínimo 1/5 (um quinto) dos membros da Câmara.
§ 5º Considerar-se-á presente à sessão o Vereador que viços administrativos internos e a fixação dos respectivos
assinar o Livro de Presença até o início da Ordem do Dia, vencimentos, observados os parâmetros estabelecidos na
participar dos trabalhos do Plenário e das votações. lei de diretrizes orçamentárias e no artigo 53, XIII desta Lei
§ 6º O Regimento Interno disciplinará a palavra de repre- Orgânica;
sentantes populares na tribuna da Câmara durante as sessões. V - conceder licença ao Prefeito e ao Vice-Prefeito a
Art. 73 Suprimido. ausentarem-se do Município, quando a ausência exceder
Parágrafo Único - Suprimido. a quinze dias;
*Suprimido pela Emenda nº 021, de 15.12.99. VI - conceder licença ao Prefeito, ao Vice-Prefeito e aos
Vereadores;
SEÇÃO II VII - exceder a fiscalização contábil, financeira e orça-
DAS ATRIBUIÇÕES DA CÂMARA MUNICIPAL mentária do Município, mediante controle externo;
VIII - tomar e julgar as contas do Prefeito, deliberando
Art. 74 Cabe a Câmara Municipal, com a sanção do Pre- sobre o parecer do Tribunal de Contas do Estado no prazo
feito, não exigida esta para o especificado no art. 75, dispor máximo de sessenta dias de seu recebimento;
sobre todas as matérias de competência do Município, es- IX - decretar a perda do mandato do Prefeito e dos
pecialmente sobre: Vereadores, nos casos indicados na Constituição Federal,
I - tributos municipais, arrecadação, distribuição e apli- nesta Lei Orgânica e na Legislação Federal aplicável;
cação de rendas; X - autorizar a realização de empréstimos ou de crédito
II - isenção e anistia em matéria tributária, bem como interno ou externo de qualquer natureza, de interesse do
remissão de dívidas; Município;
III - orçamento anual, plano plurianual e autorização XI - proceder à tomada de contas do Prefeito, através
para abertura de créditos suplementares especiais; de comissão especial, quando não apresentadas à Câmara,
IV - operações de créditos, auxílio e subvenções; dentro de 60 (sessenta) dias, após a abertura da sessão le-
V - concessão, permissão e autorização de serviços gislativa seguinte;
públicos; XII - estabelecer e mudar temporariamente o local de
VI - concessão administrativa de uso dos bens municipais; suas reuniões;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XIII - ouvir Secretários do Município ou autoridades XXXIII - aprovar, por iniciativa de 1/3 (um terço) e, pelo
equivalentes, quando, por sua iniciativa e mediante enten- voto favorável de 3/5 (três quintos) dos seus membros,
dimento prévio com a Mesa, comparecer à Câmara Muni- moção de desaprovação a atos dos Secretários Municipais,
cipal para expor assunto de relevância da Secretaria ou dos sobre cujo processo de discussão e votação disporá o Re-
órgãos da administração de que forem titulares; gimento Interno da Câmara Municipal, assegurando-lhes o
XIV - deliberar sobre o adiamento e a suspensão de direito de defesa no Plenário;
suas reuniões; XXXIV - autorizar, previamente, por maioria absoluta
XV - criar comissões parlamentares de inquérito sobre de seus membros, proposta de empréstimo externo a ser
fato determinado e com prazo certo, mediante requeri- apresentada pelo Prefeito ao Senado Federal;
mento de um terço de seus membros; XXXV - autorizar a criação, fusão ou extinção de em-
XVI - conceder título de cidadão honorário ou confe- presas públicas ou de economia mista, bem como o con-
rir homenagens a pessoas que, reconhecidamente, tenham trole acionário de empresas particulares do Município;
prestado relevantes serviços ao Município ou nele se te- XXXVI - fixar o número de Vereadores, para cada legis-
nham destacado pela atuação exemplar na vida pública e latura, guardando proporção com a população do muni-
particular, mediante proposta pelo voto de 2/3 (dois terços) cípio existente até 31 de dezembro do ano anterior ao da
dos membros da Câmara; eleição, apurada pelo órgão federal competente;
XVII - solicitar a intervenção do Estado no Município; XXXVII - referendar as desapropriações e as permissões
XVIII - processar e julgar o Prefeito nas infrações políti- ou autorizações para uso de bens municipais por terceiros;
co-administrativas, bem como pronunciar-se nos crimes de XXXVIII - dispor sobre a criação, organização e funcio-
responsabilidade; namento de conselhos municipais;
XIX - fiscalizar e controlar os atos do Poder Executivo, XXXIX - autorizar a concessão de serviços públicos, na
incluídos os da Administração indireta; forma da lei.
XX - fixar, observado o que dispõe o artigo 55, XXIII Art. 76 Os Vereadores poderão exercer o Poder de Po-
e 126 desta Lei Orgânica, para cada exercício financeiro, lícia e vigilância em todos os setores de atividade pública
a remuneração do Prefeito, Vice-Prefeito, dos Secretários municipal, bem assim como nas atividades privadas licen-
Municipais e dos Vereadores; ciadas no Município ou que dependem de licenciamento.
XXI - autorizar cada um dos atos de retomada, inter- Art. 77 A Câmara Municipal, por maioria simples ou por
venção ou expropriação de bens de empresas que explo- iniciativa de qualquer de suas Comissões, poderá convocar
rem serviços públicos, sempre condicionada a justa e pré- Secretários e Procuradores Municipais, para prestar, pes-
via indenização em dinheiro, consoante o princípio inserido soalmente, informações sobre assuntos pertinentes à sua
no art. 5º, XXIV da Constituição Federal; pasta, previamente determinados, importando a ausência,
XXII - dar posse ao Prefeito e ao Vice-Prefeito, bem sem justificação adequada, em infração político-adminis-
como os respectivos compromissos ou renúncias; trativas.
XXIII - sustar os atos normativos do Poder Executivo Parágrafo Único - O Secretário Municipal poderá com-
que exorbitarem do poder regulamentar ou dos limites de parecer à Câmara Municipal e a qualquer de suas Comis-
delegação legislativa; sões, por sua iniciativa e mediante entendimento prévio
XXIV - suspender a execução, no todo ou em parte, de com a Mesa Diretora, para fazer exposição sobre assunto
lei ou de ato normativo ou municipal declarado inconstitu- relevante de sua pasta.
cional por decisão definitiva do Tribunal de Justiça; Art. 78 A qualquer Vereador ou Comissão de Câmara
XXV - zelar pela preservação de sua competência le- Municipal é permitido formular requerimentos de informa-
gislativa, em face de atribuições normativas de outros Po- ção sobre atos do Poder Executivo e de suas entidades de
deres; administração indireta, constituindo infração político-ad-
XXVI - autorizar o Executivo assinar convênios, con- ministrativas, nos termos da lei, o não atendimento no pra-
sórcios, contratos e outros acordos de qualquer natureza zo de trinta dias ou a prestação de informações falsas.
com entidades de direito público ou privado, nacionais ou Parágrafo Único - Recebidos pela Mesa Diretora os
estrangeiras em que haja emprego de recursos financeiros, pedidos de convocação dos Secretários ou procuradores
materiais ou humanos da Municipalidade; Municipais ou os requerimentos de informação deverão ser
XXVII - autorizar referendo e convocar plebiscito; encaminhadas aos respectivos destinatários dentro de, no
XXVIII - autorizar, previamente, alienação a título one- mínimo, dez dias.
roso de bens do Município, na conformidade desta lei; Art. 79 Ao término da cada sessão legislativa, a Câmara
XXIX - emendar a Lei Orgânica, promulgar leis no caso elegerá, dentre os seus membros, em votação secreta, uma
do silêncio do Prefeito, expedir decretos legislativos e re- comissão Representativa, cuja composição reproduzirá,
soluções; tanto quanto possível, a proporcionalidade da representa-
XXX - declarar a perda de mandato de Vereador na for- ção partidária ou dos blocos parlamentares da Casa, que
ma do artigo 83, § 2º, da Lei acima mencionada. * funcionará nos interregnos da sessões legislativas ordiná-
* Nova redação dada pela Emenda nº 002, de 02.04.91. rias, com as seguintes atribuições:
XXXI - ordenar a sustação de contrato impugnado pelo I - reunir-se ordinariamente uma vez por semana e, ex-
Tribunal de Contas; traordinariamente, sempre que convocada pelo Presidente;
XXXII - apreciar vetos; II - zelar pelas prerrogativas do Poder Legislativo;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - zelar pela observância da Lei Orgânica e dos direitos Art. 82 É vedado ao Vereador:
e garantias individuais; I - desde a expedição do diploma:
IV - autorizar o prefeito a se ausentar do Município por a) firmar ou manter contrato com pessoa jurídica de
mais de quinze dias, em consonância com o exposto no in- direito público, autarquia, fundação, empresa pública, so-
ciso V do art. 75; ciedade de economia mista ou empresa concessionária de
V - convocar extraordinariamente a Câmara em caso de serviço público, salvo quando o contrato obedecer a cláu-
urgência ou interesse público relevante; sulas uniformes;
§ 1º a Comissão Representativa é constituída por núme- b) aceitar ou exercer cargo, função ou emprego remu-
ro ímpar de Vereadores. nerado, inclusive os de confiança nas entidades constantes
§ 2º A Comissão Representativa deve apresentar relató- da alínea anterior;
rio dos trabalhos por ele realizados, quando do reinicio do II - desde a posse;
período de funcionamento ordinária da Câmara. a) ocupar cargo, função ou emprego, na Administração
Pública Direta ou Indireta do município, de que seja exone-
SUB rável “ad nutum” salvo o cargo de Secretário Municipal ou
SEÇÃO ÚNICA Diretor equivalente;
DO PLEBISCITO b) exercer outro cargo eletivo federal, estadual ou mu-
nicipal;
Art. 80 Mediante proposição fundamentada de, no mí- c) ser proprietário, controlador ou diretor de empre-
nimo, 2/5 (dois quintos) dos Vereadores ou de 5% (cinco sa que goze de favor decorrente de contrato com pessoa
por cento) dos eleitores inscritos no Município, aprovada jurídica de direito público do Município, ou nela exercer
por maioria qualificada dos membros da Câmara Municipal, função remunerada;
será submetida a plebiscito questão de relevante interesse d) patrocinar causa junto ao Município em que seja in-
local. teressada qualquer das entidades a que se refere a alínea
§ 1º A Câmara Municipal. no prazo de três meses de “a” do inciso I.
aprovação da proposta, convocará e fará realizar o plebisci-
Art. 83 Perderá o mandato o Vereador:
to, nos termos em que dispuser a lei.
I - que infringir qualquer das proibições estabelecidas
§ 2º Cada consulta plebiscitaria admitirá até quatro pro-
no artigo anterior;
posições, sendo vedada a sua realização nos seis meses que
II - cujo procedimento for declarado incompatível com
antecederem eleição nacional, estadual ou do Município.
o decoro parlamentar ou atentatório às instituições vigentes;
§ 3º A proposição que já tenha sido objeto de plebiscito
III - que utilizar do mandato para a prática de atos de
somente poderá ser apresentada com intervalo mínimo de
dois anos. corrupção ou de improbidade administrativa;
§ 4º O resultado do plebiscito, proclamado pela Câmara IV - que deixar de comparecer, em dada sessão legisla-
Municipal, vinculará o Poder Público. tiva anual, à terça parte das sessões ordinárias da Câmara,
§ 5º O Município assegurará à Câmara Municipal os re- salvo doença comprovada, licença ou missão autorizada
cursos necessários à realização das consultas plebiscitarias. pela edilidade;
V - Revogado.*
SEÇÃO III *Revogado pela Emenda nº 019, de 24.11.99.
DOS VEREADORES VI - que reincidir na prestação de declarações públicas
e em atitudes que afetem a respeitabilidade pública da Câ-
Art. 81 Os Vereadores são invioláveis, no exercício do mara Municipal;
mandato e na circunscrição do Município, por suas opi- § 1º Além de outros casos definidos no Regimento In-
niões, palavras e votos. terno da Câmara Municipal, considerar-se-á incompatível
com o decoro parlamentar o abuso das prerrogativas asse-
§ 1º Desde a expedição do diploma, os membros da Câ- guradas ao Vereador ou a percepção de vantagens ilícitas
mara Municipal não poderão ser presos, salvo em flagrante ou imorais.
de crime inafiançável, nem processados criminalmente, sem § 2º A perda do mandato será declarada pela Câmara
prévia licença da Casa, observado o disposto no § 2º do art. por voto secreto e maioria de 2/3 (dois terços) dos seus
53 da Constituição Federal. membros, mediante provocação da Mesa ou partido políti-
§ 2º No caso de flagrante de crime inafiançável, os au- co representado na Câmara Municipal, assegurado o devi-
tos serão remetidos, dentro de vinte e quatro horas à Câ- do processo legal e garantido ao acusado, ampla defesa.*
mara Municipal, para que, pelo voto secreto da maioria de * Nova redação dada pela Emenda nº 002, de 02.04.91.
seus membros, resolva sobre a prisão e, autorize ou não, a Art. 84 O processo de cassação de mandato de Verea-
formação de culpa. dor e no que couber o estabelecido no art. 132 desta Lei
§ 3º Os Vereadores serão submetidos a julgamento pe- Orgânica, que trata do procedimento processual por infra-
rante o Tribunal de Justiça. ção político-administrativa do Prefeito.
§ 4º Os Vereadores não serão obrigados a testemu- Art. 85 São casos de extinção de mandato de Vereador,
nhar sobre informações recebidas ou prestadas em razão declarado pela Mesa da Câmara:
do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que lhes I - morte;
confiaram ou deles receberam informações. II - renúncia;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - condenação definitiva por crime funcional ou elei- § 1º Não perderá o mandato, considerando-se auto-
toral, ou por outros crimes em que haja sido cominada maticamente licenciado, o Vereador investido no cargo de
pena de prisão de 2 (dois) anos ou mais: Secretário Municipal ou Diretor de órgão da Administração
IV - decretação judicial por interdição; Pública direta ou indireta do Município, conforme o pre-
V - o decurso de prazo para a posse; visto do artigo 82 inciso II, alínea «a», desta Lei Orgânica.
VI - a perda ou suspensão dos direitos políticos. § 2º Ao Vereador licenciado nos termos do inciso I, a
Parágrafo Único - Ocorrido ou comprovado o ato ou Câmara poderá determinar o pagamento, no valor que es-
o fato extintivo de mandato, o Presidente Câmara, na pri- tabelecer e na forma que especificar, de auxílio-doença.
meira reunião, comunicá-lo-á ao Plenário e fará constar da § 3º O auxílio de que trata o parágrafo anterior poderá
ata da declaração de vacância, convocando o seu suplente. ser fixado no curso da Legislatura e não será computado
Art. 86 A renúncia do mandato de Vereador far-se-á para efeito de cálculo de remuneração dos Vereadores.
requerimento de seu próprio punho e dirigida ao Presiden- § 4º A licença para tratar de interesse particular não
te da câmara que, após a sua leitura em reunião Plenária será inferior e trinta dias e o Vereador não poderá reassu-
da Câmara, expedirá Resolução de extinção de mandato e mir o exercício do mandato antes do término da licença.
convocação do Suplente. § 5º Independentemente de requerimento, considerar-
Parágrafo Único - Nos períodos de recesso da Câma- se-á como licença o não comparecimento às reuniões de
ra o Presidente convocará, extraordinariamente, para as Vereador, privado temporariamente, de sua liberdade, em
providências de extinção de mandato e convocação de virtude de processo criminal em curso.
Suplente. § 6º Na hipótese do § 1º, o Vereador poderá optar pela
Art. 87 Sempre que houver vaga de Vereador, o Presi- remuneração do mandato.
dente convocará o seu Suplente dentro de 24 (vinte e qua- Art. 91 Dar-se-á a convocação do Suplente de Verea-
tro) horas. dores nos casos de vaga ou de licença.
§ 1º O prazo para convocação do Suplente contar-se-á: § 1º O Suplente convocado deverá tomar posse no prazo
a) da data em que o Presidente tiver notícia do faleci- de quinze dias, contados da data da convocação, salvo justo
mento do Vereador; motivo aceito pela Câmara, caso em que se prorrogará o prazo.
§ 2º Enquanto a vaga a que se refere o parágrafo ante-
b) da data da leitura da renúncia, no Plenário da Câ-
rior não for preenchida, calcular-se-á o «quorum” em fun-
mara, permitida a reconsideração do renunciante no prazo
ção dos Vereadores remanescentes.
máximo previsto no “caput” deste artigo;
c) na data em que for declarada a cassação do man-
SEÇÃO IV
dato de Vereador, nos termos da legislação federal e desta
DO FUNCIONAMENTO DA CÂMARA
Lei Orgânica.
Art. 88 Suspende-se o exercício do mandato de Vereador: Art. 92 A Câmara reunir-se-á em sessões preparatórias,
I - pela declaração de prisão preventiva e condenação a partir de 1º de janeiro do primeiro ano da legislatura,
de sentença transitada em julgado, desde que seja aprova- para a posse de seus membros e eleição da mesa.
da pela maioria absoluta dos Vereadores; § 1º A posse ocorrerá em sessão solene, que se rea-
II - pela denúncia de infração de infração político-ad- lizará independentemente de número, sob a Presidência
ministrativa aprovada pela maioria absoluta dos membros do Vereador mais idoso dentre os presentes, e os eleitos
da Câmara Municipal. prestarão compromisso de posse mios seguintes termos:
Art. 89 A remuneração dos Vereadores será fixado em «PROMETO CUMPRIR DIGNAMENTE O MANDATO A MIM
cada legislatura, para a subsequente, pela Câmara Munici- CONFIADO, GUARDAR A CONSTITUIÇÃO FEDERAL, A
pal, de acordo com a Constituição Federal.* CONSTITUIÇÃO ESTADUAL E A LEI ORGÂNICA DO MUNI-
*Alterado pela Emenda nº 008, de 10.11.96. CÍPIO, BEM COMO AS DEMAIS LEIS, TRABALHANDO PELO
Nova redação dada pela Emenda nº 009, de 17.12.96. ENGRANDECIMENTO DO MUNICÍPIO DE MARICÁ».
§ 1º Não se inclui na proibição contida neste artigo o § 2º O Vereador que não tomar posse na sessão pre-
pagamento de diárias ou a indenização de despesas de vista no parágrafo anterior, deverá fazê-lo dentro do prazo
viagens para desempenhar missões temporárias de caráter de quinze dias do início do funcionamento ordinário da Câ-
cultural ou de interesse do Município, sempre com autori- mara, sob pena de perda de mandato, salvo motivo justo,
zação da Câmara. aceito pela maioria absoluta dos membros da Câmara.
§ 2º O Presidente da Câmara Municipal perceberá, § 3º No ato da posse, o Vereador desincompatibilizar-
como verba de representação, o equivalente a 90% (noven- se-á, se for o caso, na mesma ocasião, e, ao término do
ta por cento) do valor da verba de representação percebida mandato, deverá fazer declaração de seus bens e de seus
pelo Prefeito Municipal. dependentes, constando em ata o seu resumo.
Art. 90 O Vereador poderá licenciar-se: § 4º Imediatamente após a posse, os Vereadores reunir-
I - por motivo de doença; se-ão sob a Presidência do mais idoso dentre os presentes
II - para tratar, sem remuneração, de interesse particu- e, havendo maioria absoluta dos membros da Câmara, ele-
lar, desde que o afastamento não ultrapasse cento e vinte gerão os componentes da Mesa, por escrutínio secreto e
dias por sessão legislativa; maioria simples de voto, considerando-se automaticamen-
III - para desempenhar missões temporárias de caráter te empossados os eleitos, sendo que no caso de empate
cultural ou de interesse do Município. será eleito o mais votado na eleição popular.

67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5º Inexistindo número legal, o Vereador mais idoso Art. 97 Dentre outras atribuições, compete ao Presi-
dentre os presentes permanecerá na presidência e convo- dente da Câmara:
cará sessões diárias, até que seja eleita a Mesa. I - representar a Câmara em Juízo ou fora dele;
§ 6º A eleição da Mesa, para o segundo biênio de cada II - dirigir, executar e disciplinar os trabalhos legislati-
legislatura far-se-á na última sessão do primeiro biênio, e os vos e administrativos da Câmara;
eleitos tomarão posse no primeiro dia útil do biênio seguinte. III - interpretar e fazer cumprir o Regimento Interno;
Art. 93 O mandato da Mesa será de dois anos, facul- IV - promulgar as resoluções e os decretos legislativos;
tada a recondução por mais um período, para o mesmo V - promulgar as leis com sanção tácita ou cujo veto
cargo, na eleição imediatamente subsequente.* tenha sido rejeitado pelo Plenário, desde que não aceita
Parágrafo Único - A recondução de que trata o caput esta decisão, em tempo hábil, pelo Prefeito;
deste artigo independe da Legislatura, não podendo ultra- VI - autorizar as despesas da Câmara;
passar a dois períodos consecutivos.* VII - fazer publicar os atos da Mesa, as resoluções, de-
* Nova redação dada pela Emenda nº 014, de 02.07.98. cretos legislativos e as leis de que vier a promulgar;
Art. 94 A Mesa da Câmara se compõe do Presidente, VIII - representar, por decisão da Câmara, sobre a in-
Primeiro Secretário e Segundo Secretário, os quais se subs- constitucionalidade de lei ou ato municipal;
tituirão nessa ordem. IX - solicitar, por decisão da maioria absoluta da Câma-
§ 1º Na constituição da Mesa é assegurada, tanto quan- ra, a intervenção no Município nos casos admitidos pela
to possível, a representação proporcional dos partidos ou Constituição Federal e pela Constituição Estadual;
dos blocos parlamentares que participam da Casa. X - encaminhar, para parecer prévio a prestação de
§ 2º Na ausência dos membros da Mesa, o Vereador contas do Município ao Tribunal do Estado ou órgão a que
mais idoso assumirá a Presidência. for atribuída tal competência;
§ 3º Qualquer componente da Mesa poderá ser desti- XI - manter a ordem no recinto da Câmara, podendo
tuído da mesma, pelo voto de 2/3 (dois terços) dos mem- solicitar a força necessária para esse fim;
bros da Câmara, quando faltoso, omisso ou ineficiente no XII - decretar a prisão administrativa do servidor da Câ-
desempenho de suas atribuições regimentais, elegendo-se mara omisso ou remisso na prestação de contas do dinhei-
outro Vereador para a complementação do mandato. ro público ou bens sujeitos à sua guarda;
§ 4º No caso de vacância de qualquer membro da XIII - declarar extinto o mandato do Prefeito, do Vice
Mesa, será realizada eleição para o seu preenchimento, no -Prefeito e dos Vereadores, nos casos previstos em lei;
prazo de 5 (cinco) dias. XIV - requisitar o numerário destinado às despesas da
Art. 95 À Mesa, dentre outras atribuições compete: Câmara, bem como prestar contas dos prazos estabeleci-
I - tomar todas as medidas necessárias à regularidade dos em lei.
dos trabalhos legislativos; Art. 98 O Presidente da Câmara ou sem substituto,
II - propor projetos que criem ou extinguem cargos nos quando em exercício, não poderá apresentar nem discutir
serviços da Câmara de Vereadores e fixem os respectivos projetos, indicações, requerimentos, emendas ou propos-
vencimentos; tas de qualquer espécie e só poderá votar:
III - apresentar projetos de lei dispondo sobre abertura de I - nas eleições da Mesa da Câmara;
créditos suplementares ou especiais, através do aproveitamen- II - quando a matéria exigir, para a sua aprovação, o
to total ou parcial das consignações orçamentárias da Câmara; voto favorável da maioria absoluta ou 2/3 (dois terços) dos
IV - promulgar a Lei Orgânica e suas emendas; membros da Câmara.
V - representar, junto ao Executivo, sobre necessidades III - quando houver empate em qualquer votação no
de economia interna; Plenário;
VI - contratar, na forma da lei, por tempo determinado, IV - nos casos de escrutínio secreto.
para atender a necessidade temporária de excepcional in- Art. 99 O processo de votação será determinado no
teresse público: Regimento Interno.
VII - autorizar a aplicação dos recursos públicos dispo- Parágrafo único - O voto secreto:
níveis, na forma do artigo 128 e seus parágrafos 1º e 2º; a) nas eleições para Mesa Diretora;
VIII - o resultado das aplicações referidas no inciso VII b) na apuração das contas do Prefeito;
será levada à conta da Câmara Municipal. c) nas deliberações sobre a perda ou suspensão de
Art. 96 À Câmara Municipal, observado o disposto nes- mandato de Vereadores, Prefeito, Vice-Prefeito ou seu
ta Lei Orgânica, compete elaborar seu Regimento Interno, afastamento das funções.
dispondo sobre sua organização, política e provimento de Art. 100 A maioria e a minoria, as Representações Parti-
cargos de seus serviços e, especialmente, sobre: dárias, mesmo com apenas um membro, e os blocos parla-
I - sua instalação e funcionamento; mentares terão líder e, quando for o caso, Vice-Líder.
II - posse de seus membros; § 1º A indicação dos Líderes será feita em documento
III - eleição da Mesa, sua composição e suas atribuições; subscrito pelos membros ou Partidos Políticos, dirigido à
IV - periodicidade das reuniões; Mesa, nas vinte e quatro horas que se seguirem à instala-
V - comissões; ção do primeiro período Legislativo anual.
VI - sessões; § 2º Os Líderes indicarão os respectivos Vice-Líderes, se
VII - deliberações; for o caso, dando conhecimento à Mesa da Câmara dessa
VIII - todo e qualquer assunto de administração interna. designação.

68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 101 Além de outras atribuições previstas no Regi- § 1º A proposta será votada em dois turnos com inters-
mento Interno, os Líderes indicarão os representantes par- tício mínimo de dez dias, e aprovada por 2/3 (dois terços)
tidários nas comissões da Câmara. dos membros da Câmara Municipal.
Parágrafo Único - Ausente ou impedido o Líder, suas § 2º A emenda à Lei Orgânica Municipal será promul-
atribuições serão exercidas pelo Vice-Líder. gada pela Mesa da Câmara com o respectivo número de
Art. 102 A Câmara terá comissões permanentes, em ra- ordem.
zão da matéria de sua competência, cabe: § 3º A Lei Orgânica não poderá ser emendada na vi-
I - discutir e votar projetos de lei que dispensar, na for- gência de estado de sítio ou de intervenção do Município.
ma do Regimento Interno, a competência do Plenário, salvo § 4º A matéria constante de proposta de emenda à lei
se houver recurso de 1/3 (um terço) dos membros da Casa; Orgânica rejeitada ou havida não pode ser objeto de nova
II - realizar audiência públicas com entidades da socie- proposta na mesma sessão legislativa.
dade civil; Art. 105 A iniciativa das leis complementares e ordiná-
III - convocar Secretários Municipais, ou Diretores equi- rias cabe a qualquer Vereador, Comissão Permanente da
valentes, para prestarem informações sobre assuntos ine- Câmara, ao Prefeito e ao cidadãos, que a exercerão sob a
rentes às sua atribuições; forma de moção articulada, subscrita, no mínimo, por 5%
IV - receber petições, reclamações, representações ou (cinco por cento) do total de número de eleitores do Mu-
queixas de qualquer pessoa contra atos ou omissões das nicípio.
autoridades ou entidades públicas; Parágrafo Único - Os Projetos de Lei (ordinária ou com-
V - solicitar depoimento de qualquer autoridade ou ci- plementar) serão discutidos e votados, em dois turnos, com
dadão; interstício mínimo de vinte e quatro horas, considerando-
VI - exercer, no âmbito de sua competência, a fiscali- se aprovados se obtiverem, em ambos, o quorum exigido.*
zação dos atos do Executivo e da Administração Indireta. *Acrescido pela Emenda nº 020, de 24.11.99.
§ 2º As comissões especiais, criadas por deliberação do Art. 106 As leis complementares somente serão apro-
plenário, serão destinadas ao estudo de assuntos específi- vadas se obtiverem maioria absoluta dos votos dos mem-
cos e a representação da Câmara em congressos, solenida- bros da Câmara Municipal, observados os demais termos
des ou outros atos públicos. de votação das leis ordinárias.
Parágrafo Único - Serão leis complementares dentre
§ 3º Na formação das comissões, assegurar-se-á, tanto
outras previstas nesta Lei Orgânica:
quanto possível, a representação proporcional dos Partidos
I - Código Tributário do Município;
ou dos blocos parlamentares que participam da Câmara.
II - Código de obras;
§ 4º As comissões parlamentares, que terão poderes
III - código de Posturas;
de investigação próprios das autoridades judiciais além
IV - Código Municipal de Transportes;
de outros previstos no Regimento Interno da Casa, serão
V - Lei instituidora do regime jurídico único estatutário
criadas pela Câmara Municipal, mediante requerimento de dos funcionários municipais;
1/3 (um terço) de seus membros, para a apuração de fato VI - Estatuto das carreiras do Magistério;
determinado e por prazo certo, sendo suas conclusões, se VII - Lei da Guarda Municipal;
for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que VIII - Lei da Procuradoria Geral do Município;
promova a responsabilidade civil ou criminal dos infratores. IX - Lei dos Serviços Municipais de Saúde;
X - Lei da criação de cargos, funções ou empregos pú-
SEÇÃO V blicos;
DO PROCESSO LEGISLATIVO XI - Plano Diretor do Município.
Art. 107 São de iniciativa exclusiva do Prefeito, as leis
Art. 103 O processo legislativo municipal compreende que disponham sobre:
a elaboração de: I - Criação, transformação ou extinção de cargos, fun-
I - emendas à Lei Orgânica Municipal; ções ou empregos públicos na Administração Direta e au-
II - leis complementares; tárquica ou aumento de sua remuneração;
III - leis ordinárias; II - funcionários públicos do Poder Executivo, da Admi-
IV - revogado* nistração Indireta e Autarquias, seu regime jurídico, provi-
IV - resoluções mento de cargos, estabilidade e aposentadoria;
V - decretos legislativos. III - criação, estruturação e atribuições das Secretárias,
*Revogado e incisos renumerados pela Emenda nº 017, Departamento ou Diretorias equivalentes e órgãos da Ad-
de 15.10.99. ministração Pública;
Parágrafo Único - Lei Complementar disporá sobre ela- IV - matéria orçamentária e a que autoriza a abertura
boração, redação, alteração e consolidação de leis.* de créditos ou conceda auxílios e subvenções.
* Acrescido pela Emenda nº 012, de 22.05.97. Parágrafo Único - Não será admitido aumento de des-
Art. 104 A Lei Orgânica Municipal será emendada me- pesa nos projetos de iniciativa exclusiva do Prefeito Mu-
diante proposta: nicipal, ressalvado o disposto no inciso IV, primeira parte,
I - de 1/3 (um terço), no mínimo, dos membros da Câ- deste artigo.
mara Municipal; Art. 108 É de competência exclusiva da Mesa da Câma-
II - do Prefeito Municipal. ra a iniciativa das leis que disponham sobre:

69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
I - autorização para abertura de créditos suplementares Art. 112 Os projetos de resolução disporão sobre matérias
ou especiais, através do aproveitamento total ou parcial das de interesse interno da Câmara e os projetos de decreto le-
consignações orçamentárias da Câmara; gislativo sobre os demais casos de sua competência privativa.
II - organização dos serviços administrativos da Câmara, Parágrafo Único - Nos casos de projeto de resolução, de
criação, transformação ou extinção de seus cargos, empregos projeto de decreto legislativo, considerar-se-á concluída a de-
e funções e fixação de respectiva remuneração. liberação com a votação final e a elaboração da norma jurídi-
Parágrafo Único - Nos projetos de competência exclusiva ca, que será promulgada pelo Presidente da Câmara.
da Mesa da Câmara não serão admitidas emendas que au- Art. 113 A matéria constante de projeto de lei rejeitado
mentem a despesa prevista, ressalvado o disposto na parte somente poderá ser objeto de novo projeto, na mesma ses-
final do inciso II deste artigo, se assinada pela metade dos são legislativa, mediante proposta da maioria absoluta dos
Vereadores. membros da Câmara.
Art. 109 O Prefeito poderá solicitar urgência para aprecia-
ção de projetos de sua iniciativa. SEÇÃO VI
§ 1º Solicitada a urgência, a Câmara deverá se manifestar DA FISCALIZAÇÃO CONTÁBIL, FINANCEIRA E ORÇA-
em até 30 (trinta ) dias sobre a proposição, contados da data MENTÁRIA
em que for feita a solicitação.
§ 2º Esgotado o prazo previsto no parágrafo anterior sem Art. 114 A fiscalização contábil financeira, orçamentária,
deliberação pela Câmara, será a proposição incluída na Or- operacional e patrimonial do Município será exercida pela Câ-
dem do Dia, sobrestando-se as demais proposições, para que mara Municipal, mediante controle externo e pelos sistemas
se ultime a votação. de controle interno do Executivo, instituídos em lei.
§ 3º O prazo do § 1º não corre no período de recesso da § 1º O controle externo da Câmara será exercido com o
Câmara nem se aplica aos projetos de lei complementar. auxílio do Tribunal de Contas do Estado ou órgão estadual a
Art. 110 A Câmara, concluída a votação, enviará, no prazo que for atribuída essa incumbência, e compreenderá a apre-
máximo de cinco dias úteis, o Projeto de Lei aprovado ao Pre- ciação das Contas do Prefeito e da Mesa da Câmara, o acom-
feito Municipal, que, aquiescendo, o sancionará.* panhamento das atividades financeiras e orçamentárias, bem
§ 1º Se o Prefeito considerar o projeto, no todo ou em par- como o julgamento das contas dos administradores e demais
te, inconstitucional ou contrário ao interesse público, vetá-lo-á responsáveis por bens e valores públicos.
total ou parcialmente, no prazo de quinze dias úteis, contados § 2º As contas do Prefeito e da Câmara Municipal presta-
na data do recebimento, e comunicará, dentro de quarenta e das anualmente, serão julgadas pela Câmara dentro de ses-
oito horas, ao Presidente da Câmara os motivos do veto.* senta dias após o recebimento do parecer prévio do Tribunal
§ 2º O veto parcial somente abrangerá texto integral do de Contas ou órgão estadual a que for atribuída essa incum-
artigo, de parágrafo, de inciso ou de alínea. * bência, considerando-se julgadas nos termos das conclusões
§ 3º Decorrido o prazo de quinze dias úteis, o silêncio do desse parecer, se não houver deliberação dentro desse prazo.
Prefeito importará em sanção.* § 3º Somente por decisão de 2/3 (dois terços) dos mem-
§ 4º O veto será apreciado dentro de trinta dias a contar bros da Câmara Municipal, deixará de prevalecer o parecer
de seu recebimento pela Câmara, só podendo ser rejeitado emitido pelo Tribunal de Contas do Estado ou órgão estadual
pelo voto da maioria absoluta dos Vereadores em votação incumbido dessa missão.
secreta.* § 4º As contas do Município ficarão, no decurso do prazo
§ 5º Se o veto não for mantido, será a lei enviada, para previsto no § 2º deste artigo, à disposição de qualquer con-
promulgação, ao Prefeito Municipal.* tribuinte, para exame e apreciação, o qual poderá questionar-
§ 6º Esgotado sem deliberação o prazo estabelecido no lhes a legitimidade, nos termos da lei.
§ 4º deste artigo, o veto será colocado na ordem do dia da § 5º As contas relativas a aplicação dos recursos transferi-
sessão imediata, sobrestadas as demais proposições, até sua dos pela União e pelo Estado, serão apresentadas da forma da
votação final.* legislação federal e estadual em vigor, podendo o Município
§ 7º Se a Lei não for promulgada dentro de quarenta e suplementá-las, sem prejuízo de sua inclusão na prestação fi-
oito horas pelo Prefeito Municipal, nos casos dos §§ 3º e 5º nal de contas.
deste artigo, o Presidente da Câmara a promulgará, e, se este Art. 115 Prestará contas qualquer pessoa física ou entida-
não o fizer em igual prazo, caberá ao vice-presidente fazê-lo.* de pública que utilize, arrecade, guarde, gerencie e administre
* Nova redação dada pela Emenda nº 016, de 15. 10.99. dinheiro, bens e valores públicos, ou pelos quais o Município
Art. 111 As leis delegadas serão elaboradas pelo Prefeito, responda, ou que, em nome deste, assuma obrigações de na-
que deverá solicitar a delegação da Câmara Municipal. tureza pecuniária.
§ 1º Os atos de competência privativa da Câmara, a ma- Art. 116 O Executivo manterá sistemas de controle inter-
téria reservada a lei complementar, os planos plurianuais e no, a fim de:
orçamentos não serão objeto de delegação. I - criar condições indispensáveis para assegurar eficácia
§ 2º A delegação ao Prefeito será efetuada sob a forma ao controle externo e regularidade à realização da receita e
de decreto legislativo, que especificará o seu conteúdo e os despesa;
termos de seu exercício. II - acompanhar as execuções de programas de trabalho
§ 3º O decreto legislativo poderá determinar a apreciação e de orçamento;
do projeto pela Câmara que a fará em votação única, vedada III - avaliar os resultados alcançados pelos administradores;
a apresentação de emenda. IV - verificar a execução dos contratos.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Capítulo II III - a serviço ou em missão de representação do Município.
DO PODER EXECUTIVO Art. 125 O Prefeito gozará férias anuais de 30 (trinta) dias,
SEÇÃO I sem prejuízo da remuneração, ficando a seu critério a época
DO PREFEITO E DO VICE-PREFEITO para usufruir o descanso.
Art. 126 A remuneração do Prefeito e sua verba de repre-
Art. 117 O Poder Executivo Municipal é exercido pelo Pre- sentação, assim como a verba de representação do Vice-Pre-
feito, auxiliado pelos Secretários Municipais ou Diretores com feito, serão fixadas em cada Legislatura, para a subsequente,
atribuições equivalentes ou assemelhadas. pela Câmara Municipal, através de Decreto Legislativo.*
Parágrafo Único - Aplica-se à elegibilidade para Prefeito * Nova redação dada pela Emenda nº 009, de 17.12.96.
e Vice-Prefeito o disposto no artigo 68 desta Lei orgânica, no I - Revogado;*
que couber, e a idade mínima de vinte e um anos. II - Revogado;*
Art. 118 A eleição do Prefeito e do Vice-Prefeito, reali- Parágrafo Único - Revogado.*
zar-se-á simultaneamente com a de vereadores, nos termos * Revogados pela Emenda nº 009, de 17.12.96.
estabelecidos no art. 29, inciso I e II da Constituição Federal.
Art. 119 O Prefeito e o Vice-Prefeito tomarão posse no dia SEÇÃO II
1º de janeiro do ano subsequente ao da eleição, em sessão da DAS ATRIBUIÇÕES DO PREFEITO
Câmara Municipal, prestando o compromisso de manter, de-
fender e cumprir a Lei Orgânica, observar as leis da União, do Art. 127 Compete ao Prefeito, entre outras atribuições:
Estado e do Município, promover o bem geral do Município e I - iniciar o processo legislativo, na forma e casos previstos
exercer o cargo sob a inspiração da democracia, da legitimi- nesta Lei Orgânica;
dade e da legalidade. II - representar o Município em Juízo e fora dele;
Parágrafo Único - Decorridos dez dias da data fixada para III - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis aprova-
a posse, se o Prefeito ou o Vice-Prefeito, salvo motivo de força das pela Câmara e expedir os regulamentos para a sua fiel
maior, não tiver assumido o cargo, este será declarado vago. execução;
Art. 120 Substituirá o Prefeito, no caso de impedimento e IV - vetar, no todo ou em parte, os projetos de lei aprova-
suceder-lhe-á, na vaga, o Vice-Prefeito. dos pela Câmara;
§ 1º O Vice-Prefeito não poderá recusar-se a substituir o V - nomear e exonerar os Secretários Municipais e os Di-
Prefeito, sob pena de extinção do mandato. retores dos órgãos da administração direta ou indireta e os
§ 2º O Vice-Prefeito, além de outras atribuições que lhe administradores distritais;
forem conferidas por lei, auxiliará o prefeito, sempre que for VI - decretar, nos termos da lei, a desapropriação por ne-
convocado para missões especiais. cessidade ou utilidade pública, ou por interesse social, com o
§ 3º É permitido o exercício de cargo de Secretário Mu- “referendum” da Câmara;
nicipal pelo VicePrefeito, hipótese na qual fará opção pela re- VII - expedir decretos, portarias e outros atos adminis-
muneração de um dos cargos. trativos;
Art. 121 Em caso de impedimento do Prefeito e do Vi- VIII - permitir ou autorizar o uso de bens municipais por
ce-Prefeito, ou vacância do cargo, assumirá a administração terceiros, com o “referendum” da Câmara;
municipal o Presidente da Câmara. IX - prover os cargos públicos e expedir os demais atos
Parágrafo Único - a recusa do Presidente da Câmara, por referentes à situação funcional dos servidores;
qualquer motivo, a assumir o cargo do Prefeito, importará em X - enviar à Câmara, projetos de lei relativos ao orçamento
automática renúncia anual e ao plano plurianual do Município e das suas autarquias;
Art. 122 Verificando-se a vacância dos cargos de Prefeito XI - encaminhar à Câmara, até 15 de abril, a prestação de
e Vice-Prefeito, observar-se-á o seguinte: contas, bem como os balanço do exercício findo;
I - ocorrendo a vacância nos dois primeiros anos de man- XII - encaminhar, aos órgãos competentes, os planos de
dato, far-se-á a eleição em 90 (noventa) dias após a abertura aplicação e as prestações de contas exigidas em lei;
da última vaga, cabendo aos eleitos completar o período de XIII - fazer publicar os atos oficiais;
seus antecessores. XIV - prestar à Câmara, dentro de quinze dias, as in-
II - ocorrendo a vacância nos últimos dois anos de man- formações pela mesma solicitada, salvo prorrogação, a seu
dato, assumirá o Presidente da Câmara, que completará o pedido e por prazo determinado, em face da complexidade
período. da matéria ou da dificuldade de obtenção nas respectivas
Art. 123 O mandato do Prefeito é de quatro anos, vedada fontes, de dados necessários ao atendimento do pedido;
a reeleição para o período subsequente. XV - prover os serviços e obras da administração pública;
Art. 124 O Prefeito e o Vice-Prefeito, quando no exercí- XVI - superintender a arrecadação dos tributos, bem
cio do cargo, não poderão, sem licença da Câmara Municipal, como a guarda e aplicação da receita, autorizando as des-
ausentar-se do Município por período superior a quinze dias, pesas e pagamento dentro das disponibilidades orçamen-
sob pena de perda do cargo ou do mandato. tárias ou dos créditos votados pela Câmara;
Parágrafo Único - O Prefeito regularmente licenciado terá XVII - colocar à disposição da Câmara, dentro de dez
direito a perceber remuneração, quando: dias de sua requisição, as quantias que devem ser despendi-
I - impossibilitado de exercer o cargo, por motivo de das de uma só vez e, até o dia vinte de cada mês corrente, os
doença devidamente comprovada; recursos correspondentes às suas dotações orçamentárias,
II - em gozo de férias; compreendendo os créditos suplementares e especiais;*

71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
* Nova redação dada pela Emenda nº 018, de 05.11.99. § 1º As aplicações que trata este artigo far-se-ão, obri-
XVIII - aplicar multas previstas em lei e contratos, bem gatoriamente, sempre por intermédio de instituições finan-
como revê-las quando impostas irregularmente; ceiras oficiais.
XIX - resolver sobre os requerimentos, reclamações ou § 2º As aplicações referidas no parágrafo anterior não
representação que lhe forem dirigidas; poderão ser realizadas em detrimento da execução orça-
XX - oficializar, obedecidas as normas urbanísticas apli- mentária programada e do andamento de obras ou do
cáveis, as vias e logradouros públicos, mediante denomina- funcionamento de serviços públicos, nem causar atraso no
ção aprovada pela Câmara; processo de pagamento de despesa pública, à conta dos
XXI - convocar extraordinariamente a Câmara quando mesmos recursos.
o interesse da administração o exigir; § 3º O resultado das aplicações efetuadas na forma
XXII - aprovar projetos de edificação e planos de lo- deste artigo será levado à conta do Tesouro Municipal.
teamento, arruamento e zoneamento urbano ou para fins
urbanos; SEÇÃO III
XXIII - apresentar, anualmente, à Câmara, relatório cir- DA PERDA E EXTINÇÃO DO MANDATO
cunstanciado sobre os estados das obras e dos serviços
municipais, bem assim o programa da administração para Art. 129 É vedado ao Prefeito assumir outro cargo ou
o ano seguinte; função na administração pública direta ou indireta, ressal-
XXIV - organizar os serviços internos das repartições vada a posse em virtude de concurso público e observado
criadas por lei, com observância do limite das dotações a o disposto no artigo 64, II, IV e V desta Lei Orgânica.
elas destinadas; Parágrafo Único - A não observância ao disposto neste
XXV - contrair empréstimos e realizar operações de artigo implicará perda do mandato.
crédito, mediante prévia autorização da Câmara; Art. 130 As incompatibilidades, declaradas nesta Lei
XXVI - providenciar sobre a administração dos bens do Orgânica, para Vereadores, estender-se-ão ao Prefeito e ao
Município e sua alienação, na forma da lei; Vice-Prefeito e aos Secretários Municipais ou autoridades
XXVII - organizar e dirigir, nos termos da lei, os serviços equivalentes.
relativos às terras do Município; Art. 131 São crimes de responsabilidade do Prefeito os
XXVIII - desenvolver o sistema viário do Município;
previstos em lei federal.
XXIX - conceder auxílios, prêmios e subvenções, nos
Parágrafo Único - O Prefeito será julgado, pela prática
limites das respectivas verbas orçamentárias e do plano de
de crime de responsabilidade, perante o Tribunal de Justiça
distribuição prévia e anualmente aprovado pela Câmara;
do Estado.
XXX - providenciar sobre o incremento do ensino;
Art. 132 As infrações político-administrativas do Prefei-
XXXI - estabelecer a divisão administrativa do Municí-
to, de julgamento pela Câmara Municipal, são as especifi-
pio, de acordo com a lei;
cadas na lei federal.
XXXII - solicitar o auxílio das autoridades policiais do
§ 1º A denúncia de infração político-administrativas,
Estado e da Guarda Municipal, conforme o caso, para ga-
rantia do cumprimento de seus atos; exposta de forma circunstanciada com indicação de pro-
XXXIII - solicitar, obrigatoriamente, autorização à Câ- vas, será apresentada ao Presidente da Câmara Municipal:
mara, para ausentar-se do Município por tempo superior I - por qualquer Vereador, que ficará neste caso, impe-
a quinze dias; dido de votar sobre a denúncia e de integrar a comissão
XXXIV - adotar providências para a conservação e sal- processante, podendo, todavia, praticar todos os atos de
vaguarda do patrimônio municipal; acusação;
XXXV - publicar, até trinta dias após o encerramento de II -por partido político;
cada bimestre, relatório resumido da execução orçamen- III - por qualquer eleitor inscrito no Município;
tária; § 2º De posse da denúncia, o Presidente da Câmara
XXXVI - estimular a participação popular na formulação Municipal, na primeira reunião, determinará sua leitura,
das políticas e de sua ação governamental, estabelecendo consultando o plenário sobre o seu recebimento, pelo voto
programas de incentivos e projetos de organização comu- de maioria dos presentes.
nitária nos campos social e econômico, cooperativas de § 3º O processo de julgamento obedecerá as normas
produção e mutirões; seguintes:
XXXVII - enviar à Câmara toda a documentação relativa I - recebida a denúncia, na mesma reunião, será cons-
à celebração daquilo a que se refere o inciso XXVI do artigo tituída Comissão Especial de três Vereadores, sorteados
75, à qual será anexada uma exposição dos motivos consi- entre os desimpedidos, que, desde logo, elegerão o Presi-
derados pela Prefeitura para a sua realização. dente e o Relator da Comissão;
Parágrafo Único - O Prefeito poderá delegar, por de- II - no prazo de cinco dias, o Presidente da Comissão
creto, aos seus auxiliares, as funções administrativas previs- iniciará os trabalhos, notificando o denunciado, com re-
tas nos incisos IX, XV e XXIV. messa de cópia da denúncia e dos documentos que a intuí-
Art. 128 Compete ao Prefeito autorizar aplicações, no rem para que no prazo de dez dias, o denunciado ofereça
mercado aberto, de recursos públicos disponíveis no âmbi- defesa prévia, por escrito, indicando as provas que preten-
to do Poder Executivo. da produzir e arrole testemunhas, até o máximo de dez;

72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - decorrido o prazo de defesa prévia, a Comissão IV - incorrer em crime de responsabilidade e infração
processante emitirá parecer dentro de cinco dias, opinando político-administrativa, previstos nos artigos 131 e 132;
pelo prosseguimento da denúncia, o qual, neste caso, será V - perder ou tiver suspenso os direitos políticos.
submetido à apreciação da Câmara Municipal, que conhe-
cerá ou não da denúncia pelo voto da maioria absoluta dos SEÇÃO IV
seus membros; DOS AUXILIARES DIREITOS DO PREFEITO
IV - rejeitada a denúncia, a mesma será arquivada;
V - conhecida a denúncia, poderá a Câmara Municipal, Art. 134 São auxiliares diretos do Prefeito.
pelo voto de dois terços dos seus membros, afastar o Pre- I - os Secretários municipais;
feito de suas funções; II - os Diretores de órgãos da administração pública
VI - afastado ou não o Prefeito, o Presidente da Comis- direta;
são designará desde logo, o início da instrução e determi- Parágrafo Único - Os cargos são de livre nomeação e
nará, no prazo de setenta e duas horas, os atos, diligências exoneração do Prefeito.
e audiências que se fizerem necessárias, para o depoimen- Art. 135 Lei Municipal estabelecerá as atribuições dos
to do denunciado e inquirição das testemunhas; auxiliares diretos do Prefeito, definindo-lhes a competên-
VII - o denunciado deverá ser intimado de todos os cia, deveres e responsabilidade.
atos do processo, pessoalmente, ou na pessoa de seu pro- Art. 136 São condições essenciais para a investidura no
curador, com antecedência, pelo menos, de vinte e quatro cargo de Secretário ou Diretor:
horas, sendo-lhe permitido assistir às diligências e audiên- I - ser brasileiro;
cias, bem como inquirir as testemunhas e requerer o que II - estar no exercício dos direitos políticos;
for de interesse da defesa; III - ser maior de vinte e um anos.
VIII - concluída a instrução, será aberta vista do proces- Art. 137 Além das atribuições fixadas em lei, compete
so do denunciado, para razões finais escritas, no prazo de aos Secretários ou Diretores:
cinco dias e, após, a Comissão processante emitir parecer I - subscrever atos ou regulamentos referentes aos seus
final, pela procedência ou improcedência da acusação, so- órgãos;
II - expedir instruções para a boa execução das leis, de-
licitará ao Presidente da Câmara Municipal convocação da
cretos e regulamentos;
sessão para julgamento;
III - apresentar ao Prefeito relatório anual dos serviços
IX - na sessão de julgamento o processo será lido in-
realizados por sua Secretaria ou órgão;
tegralmente e, a seguir, os Vereadores que o desejarem
IV - comparecer à Câmara Municipal, sempre que convo-
poderão manifestar-se verbalmente, pelo tempo máximo
cados, pela Mesa, para prestação de esclarecimentos oficiais.
de quinze minutos cada um e, ao final o denunciado, ou o
§ 1º Os decretos, atos e regulamentos referentes aos
seu procurador, terá o prazo máximo de duas horas para serviços autônomos serão referendados pelo Secretário ou
produzir sua defesa oral; Diretor da administração.
X - concluída a defesa, proceder-se-á a tantas votações, § 2º A transgressão ao inciso IV deste artigo, sem justi-
nominais e secretas, quantas forem as infrações articuladas ficação, importa em infração político-administrativa.
da denúncia; Art. 138 Os Secretários ou Diretores são solidariamente
XI - declarado o denunciado, pelo voto de 2/3 (dois responsáveis com o Prefeito pelo ato que assinarem, orde-
terços), pelo menos, dos membros da Câmara Municipal, narem ou praticarem.
incurso em qualquer das infrações especificadas da denún- Art. 139 Lei Municipal de iniciativa do Prefeito, poderá
cia, o Presidente da Câmara expedirá o competente decre- criar administrações distritais e subdistritais.
to legislativo da cassação de mandato; § 1º Aos administradores distritais, como delegados do
XII - se resultado da votação for absolutório, o Presi- Poder Executivo, compete:
dente da Câmara Municipal determinará o arquivamento I - cumprir e fazer cumprir as leis, resoluções, regula-
do processo; mentos e, mediante instruções expedidas pelo Prefeito, os
XIII - em qualquer dos casos, o Presidente da Câmara atos baixados pela Câmara e por ele aprovados;
Municipal comunicará à Justiça Eleitoral o resultado do jul- II - atender às reclamações das partes e encaminhá-las
gamento; ao Prefeito, quando se tratar de matéria estranha às suas
XIV - se o julgamento não estiver concluído no prazo atribuições ou quando for o caso;
de noventa dias, a contar da data da notificação do acusa- III - indicar ao Prefeito as providências necessárias ao
do, para produção de sua defesa, o processo será arqui- Distrito ou Subdistritos;
vado sem prejuízo de nova denúncia, ainda que sobre os IV - fiscalizar os serviços que lhes são afetos;
mesmos fatos. V - prestar contas ao Prefeito mensalmente ou quando
Art. 133 Será declarado vago, pela Câmara Municipal, o lhe forem solicitadas.
cargo de Prefeito, quando: Art. 140 O administrador distrital, em casos de licença
I - ocorrer falecimento, renúncia ou condenação por ou impedimento, será substituído por pessoa de livre esco-
crime funcional e eleitoral; lha do Prefeito.
II - deixar de tomar posse, sem motivo justo aceito pela Art. 141 Os auxiliares diretos do Prefeito apresentarão
Câmara dentro do prazo de dez dias; declaração de bens no ato da posse e no término do exer-
III - infringir as normas do art. 129; cício do cargo, que constará dos arquivos da Prefeitura.

73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO V III - Sociedade de Economia Mista - a entidade de per-
DA PROCURADORIA GERAL DO MUNICÍPIO sonalidade jurídica de direito privado, criada por lei, para
exploração de atividades econômicas, sob a forma de so-
Art. 142 A representação Judicial, extrajudicial e a Con- ciedade anônima, cujas ações com direito a voto perten-
sultoria Jurídica do Município, ressalvada a representação çam, em sua maioria, ao Município ou a entidade de Admi-
da Câmara Municipal, são exercidas pelo Procurador Ge- nistração direta;
ral, pelo subprocurador e pelos Procuradores Municipais, IV - Fundação Pública - a entidade dotada de perso-
membros da Procuradoria Geral, instituição essencial à for- nalidade jurídica de direito privado, criada em virtude de
malização dos atos da justiça administrativa, diretamente autorização legislativa, para o desenvolvimento de ativida-
vinculada ao Prefeito Municipal, com funções de supervi- des que não exijam execução por órgão ou entidade de
são dos serviços jurídicos da administração direta e indireta direito público, com autonomia administrativa, patrimônio
no âmbito do Poder Executivo.* próprio gerido pelos respectivos órgãos de direção, e fun-
*Nova redação dada pela Emenda nº 007, de 04.08.95. cionamento custeado por recursos do Município e de ou-
§ 1º O Procurador Geral do Município, nomeado pelo tras fontes.
Prefeito, dentre cidadãos maiores de trinta e cinco anos, de § 3º A entidade de que trata o inciso IV do § 2º adquire
notável saber jurídico e reputação ilibada, após o referendo personalidade jurídica com a inscrição da escritura pública
da maioria absoluta dos Vereadores. de sua constituição no registro Civil de Pessoas Jurídicas,
§ 2º O ingresso nas classes iniciais das carreiras da ins- não se lhe aplicando as demais disposições do Código Civil
tituição de que trata este artigo far-se-á mediante concur- pertinentes a fundações.
so público de provas e títulos.
§ 3º Na execução da dívida ativa de natureza tributária, Capítulo II
a P.G.M fará a cobrança judicial e extrajudicial através dos DOS ATOS MUNICIPAIS
seus Procuradores, também podendo o Prefeito Munici- SEÇÃO I
pal credenciar Advogados, fora do Quadro dos Servidores DA PUBLICIDADE DOS ATOS MUNICIPAIS
da Municipalidade, para promoverem as cobranças acima
mencionadas.* Art. 144 A publicação das leis e atos municipais far-se-á
*Nova redação dada pela Emenda nº 007, de 04.08.95. em órgão da imprensa local ou regional ou por afixação
§ 4º Fica garantida a participação dos Procuradores na sede da Prefeitura ou da Câmara Municipal, conforme
Municipais nos órgãos de instâncias colegiadas adminis- o caso.
trativas e fiscais, na forma da lei. § 1º A escolha dos órgãos de imprensa para a divulga-
ção das leis e ato administrativos far-se-á, obrigatoriamen-
TÍTULO V te, por licitação, havendo mais de um jornal no Município,
DA ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA MUNICIPAL de circulação regular, em que se levarão em conta não só as
Capítulo I condições de preço, como as circunstâncias de frequência,
DA ESTRUTURA ADMINISTRATIVA horário, tiragem e distribuição.
§ 2º Nenhum ato produzirá efeito antes de sua publi-
Art. 143 A administração municipal é constituída pelos cação
órgãos integrados na estrutura administrativa da Prefeitura § 3º A publicação dos atos não normativos, pela im-
e por entidades dotadas de personalidade jurídica própria. prensa poderá ser resumida.
§ 1º Os órgãos da administração direta que compõem Art. 145 O Prefeito fará publicar:
a estrutura administrativa da Prefeitura se organizam e se I - diariamente, por edital, o movimento de caixa do
coordenam atendendo aos princípios técnicos recomen- dia anterior;
dáveis ao bom desempenho de suas atribuições, utilizan- II - mensalmente, no órgão oficial, o balancete resumi-
do sempre a racionalização dos métodos e sistemas com do da receita e da despesa;
vistas a alcançar-se o máximo rendimento do trabalho e o III - mensalmente, os montantes de cada um dos tribu-
menor custo possível por unidade de serviço. tos arrecadados e os recursos recebidos;
§ 2º As entidades dotadas de personalidade jurídica IV - anualmente, até 15 de março, pelo órgão oficial
própria que compõem a administração indireta do Muni- do Estado, quando não houver jornal oficial do Município,
cípio se classificam em: indicado por licitação, as contas da administração, consti-
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com tuídas do balanço financeiro, do patrimonial, do balanço
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para orçamentário e demonstração das variações patrimoniais,
executar atividades típicas da administração pública, que em forma sintética.
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi- § 1º Será responsabilizado, civil e criminalmente, quem
nistrativa e financeira descentralizada; efetuar o pagamento de qualquer remuneração a funcio-
II - Empresa Pública - a entidade dotada de personali- nário ou servidor, de que não tenha sido publicado o res-
dade jurídica de direito privado, com patrimônio e capital pectivo ato de nomeação, admissão, contratação ou de-
do Município, criada por lei, para exploração de atividades signação.
econômicas que o Município seja levado a exercer, por for- § 2º A Câmara Municipal e a Prefeitura manterão arqui-
ça de contingência ou conveniência administrativa, poden- vo dos órgãos oficiais, facultando-lhes o acesso a qualquer
do revestir-se de qualquer das formas admitidas em direito; pessoa.

74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO III III - Contrato, nos seguintes casos:
DOS LIVROS a) admissão de servidores, para serviços de caráter
temporário, nos termos dos artigos 53, XI e 438 desta Lei
Art. 146 O Município manterá os livros que forem ne- Orgânica;
cessários ao registro de seus serviços e obrigatoriamente b) execução de obras e serviços municipais, nos termos da lei.
os seguintes: Parágrafo Único - Os atos constantes dos itens II e III
I - Termo de Compromisso e Posse; deste artigo poderão ser delegados.
II - de registro de leis, resoluções, decretos, regulamen-
tos, regimentos, instruções e portarias; SEÇÃO IV
III - de atas e sessões da Câmara; DAS PROIBIÇÕES
IV - de cópias de correspondências oficiais;
V - de contratos; Art. 148 O Prefeito e Vice-Prefeito, os Vereadores Mu-
VI - de permissão, concessão e autorização de serviços nicipais, bem como as pessoas ligadas a qualquer deles por
públicos; matrimônio ou parentesco, afim ou consanguíneo, até o
VII - de protocolo de indicação de arquivamento de segundo grau ou por doação, não poderão contratar com
livros e documentos; o Município, subsistindo a proibição até três meses após
VIII - de contabilidade e finanças; findas as respectivas funções.
IX - de registro da dívida ativa; Parágrafo Único - Não se incluem nesta proibição os
X - de registro de auto de infração; contratos cujas cláusulas e condições sejam uniformes para
XI - do patrimônio público móvel e imóvel. todos os interessados.
§ 1º Os livros serão abertos, rubricados e encerrados
pelo Prefeito ou Presidente da Câmara, conforme o caso, SEÇÃO V
ou por funcionário designado para tal fim. DAS CERTIDÕES E INFORMAÇÕES
§ 2º Os livros referidos neste artigo poderão ser substituí-
dos por fichas ou outro sistema, devidamente autenticados. Art. 149 A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a forne-
cer a qualquer interessado, no prazo máximo de quinze dias,
SEÇÃO III certidões e informações de atos, contratos e decisões, desde
DOS ATOS ADMINISTRATIVOS que requeridas para fim de direito determinado, sob pena
de responsabilidade da autoridade ou funcionário que negar
Art. 147 Os atos administrativos de competência do ou retardar sua expedição. No mesmo prazo deverão aten-
Prefeito devem ser expedidos com obediência às seguintes der às requisições judiciais se outro não for fixado pelo Juiz.
normas: § 1º As certidões relativas ao Poder Executivo serão
I - Decreto, numerado em ordem cronológica, nos se- fornecidas pelo secretário ou Diretor da Administração da
guintes casos: Prefeitura, exceto as declaratórias de efetivo exercício do
a) regulamentação de lei; Prefeito, que serão fornecidas pelo Presidente da Câmara.
b) instituição, modificação ou extinção de atribuições § 2º As informações poderão ser prestadas verbalmen-
não constantes de lei; te, por escrito ou certificadas, conforme as solicitar o re-
c) regulamentação interna dos órgãos que forem cria- querente.
dos na administração municipal; § 3º As informações por escrito serão firmadas pelo
d) abertura de créditos especiais e suplementares, até agente público que as prestar.
o limite autorizado por lei, assim como de créditos extraor- § 4º As certidões poderão ser extraídas, de acordo com
dinários; a solicitação do requerente, sob forma resumida ou de in-
e) declaração de utilidade pública ou necessidade so- teiro teor, de assentamentos constantes de documentos ou
cial, para fins de desapropriação ou de servidão adminis- de processo administrativo: na segunda hipótese poderá
trativa; constituir-se de cópias reprográficas das peças indicadas
f) aprovação de regulamento ou de regimento das en- pelo requerente.
tidades que compõem a administração municipal; § 5º O requerente ou seu procurador, terá vista de docu-
g) permissão de uso dos bens municipais; mentos ou processo na própria repartição em que se encontre.
h) medidas executórias de plano diretor de desenvol- § 6º Os processos administrativos somente poderão
vimento integrado; ser retirados da repartição nos casos previstos em lei e por
i) normas de efeitos externos, não privativos da lei; prazo não superior a quinze dias.
j) fixação e alteração de preços. § 7º Os agentes públicos observarão o prazo de:
II - Portaria, nos seguintes casos: a) 10 (dez) dias, para informações verbais de documen-
a) provimento e vacância dos cargos públicos e demais to ou autos de processo, quando impossível sua prestação
atos de efeitos individuais; imediata;
b) lotação e relotação dos quadros de pessoal; b) 15 (quinze) dias, para informações escritas;
c) abertura de sindicância e processo administrativo, c) 15 (quinze) dias, para expedição de certidões.
aplicação de penalidade e demais atos individuais de efei- Art. 150 Lei Municipal fixará prazo para o pronunciamento
tos internos; do despacho do Prefeito e do Presidente da Câmara e de outras
d) outros casos determinados em lei ou decreto. autoridades administrativas, nos processos de sua competência.

75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Capítulo III § 1º A concessão de uso dos bens públicos de uso es-
DOS BENS MUNICIPAIS pecial e dominais dependerá de lei e concorrência e será
feita mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, res-
Art. 151 Cabe ao Prefeito a administração dos bens salvada a hipótese do artigo 155, § 1º., desta Lei Orgânica.
municipais, respeitada a competência da Câmara quanto § 2º A concessão administrativa de bens públicos de
àqueles utilizados em seus serviços. uso comum somente poderá ser outorgada para finalida-
Art. 152 Todos os bens municipais deverão ser cadas- des escolares, de assistência social ou turística, mediante
trados, com a identificação respectiva, numerando-se os autorização legislativa.
móveis segundo o que for estabelecido em regulamento,
§ 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre qual-
os quais ficarão sob a responsabilidade do chefe da Secre-
quer bem público, será feita a título precário por ato unila-
taria ou Diretoria a que forem distribuídos.
Art. 153 Os bens patrimoniais do Município deverão se teral do Prefeito, através de decreto.
classificados: Art. 159 A utilização e administração dos bens públicos
I - pela natureza; de uso especial, como mercados, matadouros, estações, re-
II - em relação a cada serviço. cinto de espetáculos e campo de esporte, serão feitas na
Parágrafo Único - Deverá ser feita, anualmente a confe- forma da lei e regulamentos respectivos.
rência da estruturação patrimonial com os bens existentes Art. 160 É vedado ao Município a constituição de en-
e, na prestação de contas de cada exercício, será incluído o fiteuses ou subenfiteuses, subordinando-se as existentes,
inventário de todos os bens municipais. até sua extinção, às disposições do Código Civil e leis pos-
Art. 154 A alienação de bens municipais, subordinada teriores adotados em sua conformidade.
à existência de interesse público devidamente justificado,
será sempre procedidas de avaliação e obedecerá as se- Capítulo IV
guintes normas: SEÇÃO I
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislati- DOS TRIBUTOS MUNICIPAIS
va e de concorrência pública, dispensada esta nos casos de Art. 161 São tributos municipais, os impostos, as taxas
doação e permuta; e as contribuições de melhoria, decorrentes de obras pú-
II - quando móveis, dependerá apenas de concorrên- blicas, instituídos por lei municipal, atendidos os princípios
cia pública, dispensada esta nos casos de doação, que será
estabelecidos na Constituição Federal e as normas gerais
permitida exclusivamente para fins assistenciais ou quando
de direito tributário.
houver interesse público relevante, justificado pelo Executivo.
Art. 162 São de competência do Município, os impos-
Art. 155 O Município, preferentemente a venda ou
doações de seus bens imóveis, outorgará concessão de di- tos sobre:
reito real de uso, mediante prévia autorização legislativa e I - propriedade predial e territorial urbana;
concorrência pública. II - transmissão “inter vivos” a qualquer título, por ato
§ 1º A concorrência poderá ser dispensada, por lei, oneroso, de bens imóveis, por natureza ou cessão física e
quando o uso se destinar a concessionária de serviço pú- de direitos reais sobre imóveis, exceto os de garantia, bem
blico, a entidades assistenciais, ou quando houver relevan- como cessão de direitos à sua aquisição;
te interesse público, devidamente justificado. III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gaso-
§ 2º A venda aos proprietários de imóveis indiretos de sos, exceto óleo diesel;
áreas urbanas remanescentes e inaproveitáveis para edifi- IV - serviços de qualquer natureza, não compreendidos
cações, resultantes de obras públicas, dependerá apenas na competência do Estado, definidos na lei complementar
de prévia avaliação e autorização legislativa, dispensada a prevista no artigo 146 da Constituição Federal.
licitação. As áreas resultantes de modificações de alinha- § 1º O imposto previsto no inciso I poderá ser progres-
mento serão alienadas nas mesmas condições, quer sejam sivo, nos termos da lei municipal, de forma a assegurar o
aproveitáveis ou não. cumprimento da função social.
Art. 156 A aquisição de bens imóveis, por compra ou § 2º O imposto previsto no inciso II não incide:
permuta, dependerá de prévia avaliação e autorização le-
a) na desapropriação de imóveis, nem no seu retorno
gislativa.
ao antigo proprietário por não mais atenderem à finalidade
Art. 157 É proibida a doação, venda ou concessão de
de desapropriação;
uso de qualquer fração de parques, praças, jardins ou lagos
públicos. b) sobre a transmissão de bens ou direitos incorpo-
Parágrafo Único - O Poder Executivo poderá autorizar, rados ao patrimônio de pessoa jurídica em realização de
a título precário, a utilização de pequenos espaços, nas capital, nem sobre a transmissão de bens ou direitos decor-
áreas a que se refere o “caput” deste artigo, para a venda ridos de fusão, incorporação, cisão ou extinção de pessoa
de jornais, revistas, bem como para o comércio ou amostra jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade preponderante
de obra artesanal. do adquirente for a compra e venda desses bens ou direi-
Art. 158 O uso de bens municipais, por terceiros, só tos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil.
poderá ser feito mediante concessão, ou permissão a título § 3º A lei determinará medidas para que os consumi-
precário e por tempo determinado, conforme o interesse dores sejam esclarecidos acerca dos impostos previstos
público o exigir. nos incisos III e IV.

76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 163 As taxas só poderão ser instituídas por lei, em SEÇÃO III
razão do exercício do Poder de polícia ou pela utilização DA RECEITA E DA DESPESA
efetiva ou potencial de serviços públicos, específicos e di-
visíveis, prestados ao contribuinte ou postos à disposição Art. 173 A receita municipal constituir-se-á da arreca-
pelo Município. dação dos tributos municipais, da participação em tributos
Art. 164 Só lei específica poderá conceder anistia ou da União e do Estado, dos recursos resultantes do Fundo
remissão fiscal. de Participação dos Municípios e da utilização de seus
Art. 165 A devolução de tributos indevidamente pagos, bens, serviços atividades e outros ingressos.
ou pagos a maior, será feita pelo seu valor corrigido até sua
Art. 174 Pertencem ao Município:
efetivação.
I - o produto da arrecadação do imposto da União so-
Art. 166 Lei Municipal poderá instituir unidade fiscal
municipal para efeito de atualização monetária dos crédi- bre rendas e proventos de qualquer natureza, incidente na
tos fiscais do Município. fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, pela ad-
Art. 167 Qualquer interrupção na prestação de serviços ministração direta, autarquias e fundações municipais;
públicos municipais, salvo relevante motivo de interesse II - cinquenta por cento do produto da arrecadação do
público, desobrigará o contribuinte de pagar as taxas ou imposto da União sobre a propriedade territorial rural, re-
tarifas correspondentes ao período da interrupção, cujo va- lativamente aos imóveis situados no Município;
lor será deduzido diretamente da conta que lhe apresentar III - cinquenta por cento do produto da arrecadação do
o órgão ou entidade prestadora do serviço. imposto do Estado sobre a propriedade de veículos auto-
Art. 168 A contribuição de melhoria poderá ser cobra- motores licenciados no território municipal;
da dos proprietários de imóveis valorizados por obras pú- IV - vinte e cinco por cento do produto da arrecada-
blicas municipais, tendo como limite total a despesa reali- ção do imposto do Estado sobre operações relativas à cir-
zada e como limite individual o acréscimo de valor que da culação de mercadorias e sobre prestações de serviços de
obra resultar para cada imóvel beneficiado. transporte interestadual e intermunicipal de comunicação;
Art. 169 Sempre que possível os impostos terão caráter V - setenta por cento do produto da arrecadação do
pessoal e serão graduados segundo a capacidade econô- imposto da União sobre operações de crédito, câmbio e se-
mica do contribuinte, facultado à administração municipal, guro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários, incidente
especialmente para conferir efetividade a esses objetivos,
sobre o ouro, observado o disposto no artigo 153, § 5º da
identificar respeitados os direitos individuais e nos termos
Constituição Federal.
da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econô-
Parágrafo Único - As parcelas de receitas pertencentes
micas do contribuinte.
§ 1º As taxas não poderão ter base de cálculo nem fato ao Município, mencionadas no inciso IV, serão creditadas
gerador próprio de impostos. conforme os créditos previstos no artigo 158, parágrafo I e
§ 2º Nenhuma taxa, à exceção das decorrentes do po- II da Constituição Federal.
der de polícia, poderá ser aplicada em despesas estranhas Art. 175 A fixação dos preços públicos, devidos pela
aos serviços para os quais foi criada. utilização de bens, serviços e atividades municipais, será
Art. 170 O Código Tributário Municipal será regulado feita pelo Prefeito, mediante edição de decreto.
no disposto na Constituição Federal, em leis complemen- Parágrafo Único - As tarifas dos serviços públicos de-
tares federais, nesta Lei Orgânica e em leis municipais com- verão cobrir os seus custos, sendo reajustáveis quando se
plementares e ordinárias. tornarem deficientes ou excedentes.
Art. 171 O Município balizará a sua ação no campo da Art. 176 A despesa pública atenderá aos princípios es-
tributação pelo princípio da justiça fiscal e pela utilização de tabelecidos na Constituição Federal e as normas de direito
mecanismo tributário, prioritariamente, como instrumento de financeiro.
realização social, através do fomento da atividade econômica Art. 177 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfei-
e coibição de práticas especulativas e distorções de mercado. ta sem que exista recurso disponível e crédito votado pela
Câmara, salvo a que correr por conta de crédito extraordi-
SEÇÃO II
nário.
DOS RECURSOS E DAS CONSULTAS JURÍDICO-TRI-
Art. 178 Nenhuma lei que crie ou aumente despesa
BUTÁRIAS
será executada sem que dela conste a indicação do recurso
Art. 172 O poder Executivo terá, obrigatoriamente, no para atendimento do correspondente cargo.
âmbito tributário, setores de consultas Jurídico-Tributárias Art. 179 As disponibilidades de caixa do Município, de
e de recursos. suas autarquias e fundações e das empresas por ele con-
§ 1º Ao setor de consultas jurídico-tributário competirá, troladas, serão depositadas em instituições financeiras ofi-
entre outras atribuições, e examinar e decidir os processos ciais, salvo os casos previsto em lei.
de consultas sobre questões decorrentes de interpretação
da legislação tributária.
§ 2º Aos setores de recursos competirá julgar os litígios
tributários em primeira e segunda instâncias, nos termos
da legislação aplicável.

77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO IV Art. 183 O Prefeito enviará à Câmara, no prazo consig-
DO ORÇAMENTO nado na lei complementar federal, a proposta de orçamen-
to anual do Município para o exercício seguinte.
Art. 180 A elaboração e a execução da lei orçamentá- § 1º O não cumprimento do disposto no «caput» deste
ria anual e plurianual de investimento, obedecerá às regras artigo implicará a elaboração pela Câmara, independente-
estabelecidas na Constituição Federal, na Constituição do mente do envio da proposta, da competente Lei de Meios,
estado, nas normas de Direito Financeiro e nos preceitos tomando por base a lei orçamentária em vigor.
desta Lei Orgânica. § 2º O Prefeito poderá enviar mensagens à Câmara
para propor a modificação do projeto de lei orçamentá-
§ 1º Além da peça orçamentária padrão, o Poder Exe-
ria, enquanto não iniciada a votação da parte que deseja
cutivo implantará o Sistema de Controle e Previsão Finan-
alterar.
ceira - Fluxo de Caixa tendo em vista assegurar-se um ins-
Art. 184 A Câmara não enviando, no prazo consignado
trumento eficaz e moderno de administração financeira, na lei complementar federal, o projeto de lei orçamentária
parte integrante do orçamento. à sanção, será promulgado como lei, pelo Prefeito, o proje-
§ 2º O Poder Executivo publicará, até trinta dias após to originário do Executivo.
o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da Art. 185 Rejeitado pela Câmara o projeto de lei orça-
execução orçamentária. mentária anual, prevalecerá, para o ano seguinte, o orça-
Art. 181 os projetos de lei relativos ao plano plurianual mento do exercício em curso, aplicando-lhe a atualização
e ao orçamento anual e os créditos adicionais, serão apre- dos valores.
ciados pela Comissão Permanente de Orçamento e Finan- Art. 186 Aplicam-se ao proposto de lei orçamentária,
ças à qual caberá. no que não contrariar o disposto nesta Seção, as regras do
I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e as con- processo legislativo.
tas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal. Art. 187 O Município, para execução de projetos, pro-
II - examinar e emitir parecer sobre os planos e pro- gramas, obras, serviços ou despesas cuja execução se pro-
gramas de investimentos e exercer o acompanhamento e longue além de um exercício financeiro, deverá elaborar
a fiscalização orçamentária, sem prejuízo de atuação das orçamentos plurianuais de investimentos.
demais Comissões da Câmara. Parágrafo Único - As dotações anuais dos orçamentos
plurianuais deverão ser incluídas no orçamento de cada
§ 1º As emendas serão apresentadas na Comissão, que
exercício, para utilização do respectivo crédito.
sobre elas emitirá parecer, e apreciadas na forma regimental.
Art. 188 O orçamento será uno, incorporando-se, obri-
§ 2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual
gatoriamente, na receita todos os tributos, rendas e supri-
ou aos projetos que o modifiquem somente podem ser mentos de fundos, e, incluindo-se, discriminadamente, na
aprovadas caso: despesa, as dotações necessárias ao custeio de todos os
I - sejam compatíveis com plano plurianual e com a lei serviços municipais.
de diretrizes orçamentárias; Art. 189 O orçamento não conterá dispositivo estranho
II - indiquem os recursos necessários, admitidos os à previsão da receita, nem a fixação da despesa anterior-
provimentos de anulação de despesa, excluídas as que in- mente autorizada.
cidam sobre: Parágrafo Único - Não se incluem na proibição prevista
dotações para pessoal e seus encargos; neste artigo:
b) serviço de dívida: ou I - a autorização para abertura de créditos suplemen-
III - sejam relacionadas: tares;
a) com a correção de erros ou emissões: ou II - a contratação de operações de crédito, ainda que
b) com os dispositivos do texto do projeto de lei. por antecipação da receita, nos termos da lei.
§ 3 Os recursos que, em decorrência de veto, emenda Art. 190 São vedados:
ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem I - o início de programas ou projetos não incluídos na
sem despesas correspondentes, poderão ser utilizados, lei orçamentária anual;
conforme o caso, mediante créditos especiais ou suple- II - a realização de despesas ou a assunção de obri-
gações diretas que excedam os créditos orçamentários ou
mentares, com prévia e específica autorização legislativa.
adicionais;
Art. 182 A lei orçamentária anual compreenderá:
III - a realização de operações de créditos que exce-
I - orçamento fiscal referente aos poderes do Muni- dam o montante das despesas de capital, ressalvadas as
cípio, seus fundos, órgãos e entidades da administração autorizadas mediante créditos suplementares ou especiais
direta e indireta; com finalidade precisa, aprovadas pela Câmara por maioria
II - o orçamento de investimento das empresas em que absoluta;
o Município, direta ou indiretamente, detenha a maioria do IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fundo
capital social com direito a voto; ou despesa, ressalvadas a repartição do produto de arre-
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo to- cadação dos impostos a que se referem os artigos 158 e
das as entidades e órgãos a ela vinculados, da administra- 159 da Constituição Federal, a destinação de recursos para
ção direta e indireta, bem como os fundos instituídos pelo a manutenção e desenvolvimento do ensino, como deter-
Poder Público. minado pelo

78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 396 desta Lei Orgânica e a prestação de garantia às § 3º Nas concorrências haverá, obrigatoriamente, uma
operações de crédito por antecipação de receita, previstas fase inicial de habitação preliminar, destinada a comprovar a
no art. 189 desta Lei Orgânica; plena qualificação dos interessados na realização dos forneci-
V - a abertura de crédito suplementar ou especial sem mentos ou na execução da obra ou dos serviços programados.
prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos § 4º Tomada de preços é a modalidade de licitação en-
correspondentes; tre os interessados previamente registrados, observada a
VI - a transposição, o remanejamento ou a transferência necessária habilitação.
de recursos de uma categoria de programação para outra § 5º Convite é a modalidade de licitação entre interes-
de um órgão para outro, sem prévia autorização legislativa; sados no ramo pertinente ao objeto de licitação, em nú-
VII - a concessão ou utilização de créditos ilimitados; mero mínimo de 3 (três), escolhidos pela unidade adminis-
VIII - a utilização, sem autorização, sem autorização le- trativa, registrados ou não, e convocados por escrito, com
gislativa específica, de recursos dos orçamentos fiscal e da antecedência de 3 (três) dias úteis.
seguridade social para suprir necessidades ou cobrir déficit § 6º Nos casos em que couber tomada de preços, a
de empresas, fundações e fundos, inclusive dos menciona- autoridade administrativa poderá preferir a concorrência
dos no art. 182. sempre que julgar conveniente.
IX - a instituição de fundos de qualquer natureza, sem § 7º Para a realização da tomada de preços, as unida-
prévia autorização legislativa. des administrativas manterão registros cadastrados de ha-
§ 1º Nenhum investimento cuja ultrapasse um exercício bitação de firmas periodicamente autorizadas e consoan-
financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão no plano tes as qualificações específicas estabelecidas em função da
plurianual, o sem lei que autorize a inclusão, sob pena de natureza e do vulto dos fornecimentos, obras ou serviços.
crime de responsabilidade. § 8º Serão fornecidos certificados de registro aos inte-
§ 2º Os créditos especiais e extraordinárias terão vigên- ressados inscritos.
cia no exercício financeiro em que forem autorizados, salvo § 9º Quando cabíveis, serão admitidas, como modali-
se o ato de autorização for promulgado nos últimos quatro dade de licitação, o leilão e o concurso, observadas as exi-
meses daquele exercício, caso em que, reabertos nos limi- gências de publicidade de que trata o artigo 196.
tes de seus saldos, serão incorporados ao orçamento do § 10 Sempre que razões técnicas determinem o fracio-
exercício financeiro subsequente. namento da obra ou do serviço em duas ou mais partes,
§ 3º A abertura de crédito extraordinário somente será será escolhida a modalidade de licitação que regeria a to-
admitida para atender a despesas imprevisíveis e urgentes talidade da obra ou do serviço.
como as decorrentes de calamidade pública. § 11 A dispensa de licitação com fundamento na alínea
Art. 191 A despesa com pessoal ativo e inativo do Mu- «b» do § 1º do art. 197, poderá ser solicitada para os itens
nicípio não poderá exceder os limites estabelecidos em lei não cotados pelos licitantes, mantidas as condições prees-
complementar. tabelecidas.
Art. 192 A despesa pública atenderá aos princípios es- Art. 196 A publicação das licitações será assegurada:
tabelecidos na Constituição Federal e às normas de direito I - no caso de concorrência, mediante publicação, no
financeiro. órgão oficial e na imprensa diária local, com antecedên-
Art. 193 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfei- cia mínima de 15 (quinze) dias, de notícia resumida de sua
ta sem que exista recurso disponível e crédito votado pela abertura, indicando-se o local em que os interessados po-
Câmara, salvo a que ocorrer por conta de crédito extraordi- derão obter o edital e informações necessárias;
nário, na forma da lei. II - no caso de tomada de preços, mediante afixação de
Art. 194 Os recursos correspondentes às dotações or- edital com antecedência mínima de 10 (dez) dias, em local
çamentárias, compreendidos os créditos suplementares e acessível aos interessados, e comunicação às respectivas
especiais, destinados à Câmara Municipal, ser-lhe-ão entre- entidades de classe, facultada a publicação.
gues até o dia 20 (vinte) de cada mês corrente * § 1º Em qualquer caso, se prevista a celebração de con-
* Nova redação dada pela Emenda nº 018, de 05.11.99. trato escrito, será, desde logo, assegurado aos interessados
a obtenção da respectiva minuta.
SEÇÃO V § 2º Atendendo a natureza do objeto e ao vulto da con-
DAS LICITAÇÕES corrência a administração poderá ampliar os prazos indi-
cados neste artigo e utilizar outras formas de publicidade.
Art. 195 As licitações realizadas pelo Município para Art. 197 A licitação só será dispensável nos casos pre-
compras, obras e serviços, serão precedidas com estrita vistos nesta lei.
observância da legislação estadual e federal pertinente. § 1º É dispensável a licitação:
§ 1º São modalidades de licitação: a) nos casos de calamidade pública;
a) concorrência de licitação, b) quando não acudirem interessados à licitação, man-
b) tomada de preços; tidas neste caso as condições preestabelecidas;
c) convite; c) na aquisição de material, equipamentos ou gêneros que
§ 2º Concorrência é a modalidade de licitação que deve- só podem ser fornecidos por produtor, empresa ou represen-
rá recorrer a administração nos casos de compras, obras ou tante comercial exclusivos, bem como na contratação de servi-
serviços de vulto, em que se admita a participação de qual- ços com profissionais ou firmas de notória especialização, uma
quer licitantes através de convenção da maior amplitude. vez que rigorosamente comprovada essa peculidade;

79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
d) na aquisição de obras de arte e objetos históricos; SEÇÃO VI
e) quando a operação envolver concessionário de ser- DOS CONTRATOS ADMINISTRATIVOS
viço público ou, exclusivamente, pessoas de direito público SUBSEÇÃO I
interno, ou entidades sujeitas ao seu controle majoritário; DAS DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
f) na aquisição ou arrendamento de imóveis destina-
dos ao serviço público; Art. 201 Os contratos da Administração direta e au-
g) nos casos de emergência, caracterizada a urgência tarquias do Município regulam-se, no que couber, pelos
ao atendimento de situações que possam ocasionar pre- princípios e disposições gerais que regem os contratos de
juízos ou comprometer a segurança de pessoas, obras ou direito civil, no que concerne ao acordo de vontades e ao
equipamentos; objeto, observadas em tudo o mais e especialmente no que
h) nas compras ou na execução de obras e de serviços diz respeito à correspondente atividade administrativa pre-
de pequeno vulto, entendidos como tais os que envolve- paratória e de controle, as normas previstas em lei.
rem importância inferior a cinco vezes, no caso de compras § 1º Os contratos estabelecerão, com clareza e preci-
e de serviços e a cinquenta vezes, no caso de obras, o valor são, os direitos obrigações e responsabilidade das partes e
de salário mínimo mensal. as condições de seu cumprimento e execução, em confor-
§ 2º A utilização da faculdade contida na alínea «g» midade com os termos da licitação a que se vinculem.
do parágrafo anterior deverá ser imediatamente objeto de § 2º Os contratos celebrados com dispensa de licitação
justificação perante a autoridade superior, que julgará do devem atender aos termos do ato que os autorizou e da
acerto da medida e, se for caso, promoverá a responsabili- respectiva proposta, quando for o caso.
dade do funcionário que a determinou. § 3º São componentes para a prática de todos os atos
Art. 198 Constarão, obrigatoriamente, do edital de lici- contratuais, as autoridades competentes para o procedi-
tação, sob pena de invalidade: mento licitário.
I - indicação da modalidade de licitação; Art. 202 Os contratos não poderão ter vigência inde-
II - dia, hora e local; terminada admitida porém sua prorrogação observadas as
III - quem receberá as propostas;
formalidades previstas para celebração dos mesmos.
IV - condições de apresentação de propostas e de par-
§ 1º Os contratos, convênios, acordos ou ajustes com
ticipação na licitação, com indicação do preço estimado;
a União, Estados Distrito Federal, Territórios e outras Muni-
V - critério de julgamento;
cípios, poderão ser celebrados com prazo de vigência in-
VI - descrição sucinta e precisa do objeto de licitação;
determinado.
VII - local e horário em que serão prestadas informa-
§ 2º Quando se tratar de fornecimento de gêneros ali-
ções e fornecidas plantas, instruções e especificações, mi-
mentícios a ser efetuado por órgão da administração indi-
nuta de contrato e outros elementos relativos à licitação;
reta da União, do Estado ou do Município, de locação de
VIII - prazo e condições de execução e de entrega do
objeto da licitação; serviço ou de imóvel de fornecimento de medicamentos,
IX - modalidade de garantia se exigida; nos casos de matrícula ou internamento em estabeleci-
X - outras indicações específicas relativas à licitação, mento escolar ou hospitalar, bem como, em outros casos
inclusive se convier à administração a limitação das varia- análogos, a critério do Prefeito a Administração poderá re-
ções até 10% (dez por cento) para mais ou menos admissí- conhecer a decorrência dos efeitos contratuais, num prazo
veis nas propostas em relação ao orçamento previamente máximo de 180 (cento e oitenta) dias a partir da data ante-
calculado sujeita a indicação da limitação à aprovação da rior à emissão da nota de empenho e desde que tais efeitos
autoridade que determinou a licitação. não ultrapassem o exercício financeiro.
§ 1º O edital deverá ser datado e assinado pela au- § 3º Os prazos de início de etapas de execução de con-
toridade que o expedir e permanecerá no processo da li- clusão e de entrega, admitem prorrogação a critério da
citação, extraindo-se cópias integrais ou resumidas para Administração mantidos os demais direitos obrigações e
divulgação. responsabilidades desde que ocorra algum dos seguintes
§ 2º A licitação mediante convite deverá atender, no motivos:
que couber ao disposto neste artigo. I - alterações relevante do projeto ou especificação
Art. 199 Na habilitação para as licitações se exigirá pela administração;
comprovação relativa a: II - superveniência de fato excepcional e imprevisível
I - personalidade jurídica; estranho a vontade das partes, que altere fundamental-
II - capacidade técnica; mente as condições de execução;
III - idoneidade financeira; III - interrupção da execução ou diminuição do ritmo
IV - quitações fiscais, referentes à atividade em cujo de trabalho por ordem e no interesse da Administração;
exercício se licita ou contrata. IV - aumento das quantidades inicialmente previstas
Art. 200 As firmas estabelecidas no Município de Mari- no contrato nos limites previstos em lei;
cá terão preferência nas licitações, sempre que se verifique V - impedimento total ou parcial de execução do
perfeita igualdade com outras firmas, no preço estimado contrato pela superveniência de caso fortuito ou de for-
no prazo e nas condições de execução do objeto da licita- ça maior, reconhecido pela administração, em documento
ção, bem como na sua qualidade. contemporâneo à sua ocorrência;

80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
VI - emissão ou atraso de providências a cargo da Ad- Parágrafo Único - Nos demais casos, ainda que dispen-
ministração de que resulte, direta ou indiretamente, impe- sável a licitação os atos de que possam decorrer obriga-
dimento total ou parcial da execução. ções de natureza convencional, só serão válidos se cons-
§ 4º A prorrogação de prazo para o pagamento de tarem de documentos emitidos na forma regulamentar,
obrigação assumida em virtude de contrato formal ou ou- assim considerados, entre outros, a carta-contrato, a nota
tro documento convencional previsto no parágrafo único de empenho, a autorização de compra ou a ordem de exe-
do art. 207, competirá à autoridade que tenha firmado o cução de serviço.
termo contratual, ou, quando não houver contrato ao ti- Art. 208 Em qualquer caso, no contrato ou documento
tular da unidade orçamentária diretamente interessada na que a corresponder não poderão ser dispensadas condições
aquisição do material na prestação do serviço ou na reali- exigidas na licitação nem exigidas as que nela não figurem.
zação da obra. Art. 209 É nulo, e de nenhum efeito, o contrato verbal
§ 5º O prazo de que trata o parágrafo anterior somente com a Administração.
poderá ser objeto de prorrogação, se o adjudicatário a re- Art. 210 A Administração convocará o interessado para
querer antes da respectiva extinção e desde que não cause dentro do prazo de 30 (trinta) dias a contar da publicação
prejuízo à Administração. do despacho que aprovar a licitação, assim o contrato acei-
Art. 203 Nos contratos para arrendamento de prédios ta ou retirar o instrumento equivalente.
ou execução de obras ou de serviços de grande vulto, se- § 1º O prazo para assinatura do contrato poderá ser
rão empenhadas somente as prestações que, presumivel- prorrogado uma vez por 15 (quinze) dias quando solicita-
mente, serão pagas dentro de cada exercício. do durante seu transcurso pelo interessado e desde que
Art. 204 As normas contidas nesta lei se aplicam a todo comprovadamente ocorra motivo justo, aceito pela Admi-
ato de natureza convencional entre outros os acordos, con- nistração.
vênios, convenções, ajustes, compromissos, prorrogação, § 2º Sem prejuízo das penalidades aplicáveis é faculta-
aditamentos, revisões e distritos em que for parte a admi- do a Administração quando o convocado deixar de assinar
nistração direta do Município ou entidade de sua adminis- o termo de contrato ou não aceitar ou não retirar o ins-
tração autárquica. trumento equivalente, convocar o segundo colocado para
Art. 205 As despesas relativas a celebração de qualquer fazêlo em igual prazo ou, convindo a interesse público re-
contrato inclusive as de sua publicação, cabem ao contra- vogar o ato que instaurou a licitação.
tante, salvo os casos especiais em que, no interesse exclu- § 3º Decorridos os prazos previstos neste artigo, sem
sivo da Administração, e por convenção expressa, sejam que ocorra convocação, ficam os licitantes classificados em
assumidas pelo Município. primeiro e segundo lugares liberados das obrigações e res-
ponsabilidades assumidas desde que solicitem liberação
SUBSEÇÃO II por escrito.
DA FORMALIZAÇÃO DOS CONTRATOS
SEÇÃO VII
Art. 206 Os contratos e seus aditamentos serão lavra- DA CONTABILIDADE MUNICIPAL
das nas repartições interessadas:
I - em instrumento avulso, ficando o original no pro- Art. 211 A contabilidade do Município compreende to-
cesso respectivo; dos os atos relativos às contas de gestão do patrimônio
II - em termo com força de escritura pública lavrado municipal a inspeção e registro da receita e despesa sob a
em livro próprio; imediata direção da contabilidade da Prefeitura Municipal,
III - mediante escritura pública, quando a lei o exigir. fiscalização do Prefeito e da Câmara Municipal e orientação
§ 1º As minutas dos termos de contrato da adminis- técnica do órgão estadual competente quando solicitado.
tração direta serão, obrigatoriamente submetidas ao exa- Art. 212 A contabilidade do Município será feita por
me do Procuradoria do Município salvo quando o contra- exercício financeiro de acordo com as disposições contidas
to obedecer a cláusulas uniformes constantes de padrão nesta lei, e com as que, pormenorizadamente, forem esta-
aprovado: belecidas por códigos de Contabilidade do Município ou
I - pela citada Procuradoria; por lei estadual.
II - pelo órgão competente da União Estado em se tra- Art. 213 Os rendimentos, impostos, taxas e contribui-
tando de contrato a ser com estes celebrado. ções municipais serão arrecadadas de acordo com o regi-
§ 2º O contrato será publicado no órgão oficial do Mu- me tributário respectivo devendo na escrituração da receita
nicípio dentro do prazo de 20 (vinte) dias de sua assinatura e da despesa, serem observados rigorosamente, os dispo-
em extrato que deverá conter identificação do instrumento sitivos e regras do Código de Contabilidade.
partes, objeto, prazo, valor, número de empenho, reajusta- Art. 214 As despesas do Município passam por três estados:
mento e fundamento do ato. I - empenho;
§ 3º Cópia do contrato será encaminhada ao Tribunal II - liquidação;
de Contas, para conhecimento no prazo de 30 (trinta) dias. III - pagamento;
Art. 207 Nos casos em que a concorrência é exigida Art. 215 A despesa variável é sujeita a empenho prévio
ainda que esta nos termos do artigo 197 haja sido dispen- emitido por quem a ordenar. Para a despesa variável de
sada o contrato escrito é obrigatório sob pena de nulidade pessoal, é admitido o regime de distribuição de crédito e
do ato que não revestir essa formalidade. de registro, correspondente ao empenho prévio.

81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1º A nota de empenho deve indicar o nome de di- § 1º O ativo financeiro compreenderá os valores, nu-
versos outros credores, referir-se a folhas de pagamentos e merários e os créditos movimentos, independentemente de
outros documentos que os individualizem. autorização legislativa especial tais como dinheiro em cofre
§ 2º A nota de empenho conterá, além de indicação depósitos, depósitos bancários, títulos e valores alienáveis
complementares, os seguintes requisitos essenciais: por meio de endosso ou simples tradição manual e outros
I - a indicação da repartição a que se referir a despesa; § 2º O passivo financeiro abrangerá os compromissos
II - o nome da autoridade que houver autorizada a despesa; exigíveis provenientes de operações que devem ser pagas
III - a designação da dotação orçamentária; independentemente de autorização orçamentária ou crédi-
IV - o saldo anterior a dotação da importância a empe- to tais como restos a pagar depósito de diversas origens,
nhar e o saldo resultante; fundos para serviço da dívida, e outros.
V - a especificação do material ou serviço, preço unitá- § 3º O ativo permanente compreenderá os bens ou
rio parcelas e importância total a empenha; crédito não incluídos no ativo financeiro, tais como:
VI - a assinatura do funcionário autorizado a emitir a I - valores móveis ou imóveis que se integram no patri-
nota de empenho. mônio como elementos instrumentais da administração e
§ 3º As despesas, contratuais ou não, sujeitas a parcela- bens de natureza industrial;
mento poderão ser empenhadas englobadamente. II - os que para serem alienados, dependem da autori-
§ 4º O empenho será feito por estimativa quando im- zação legislativa especial;
possível determinação exata da importância da despesa. III - todos aqueles que, por sua natureza formem gru-
§ 5º O empenho da despesa referente a cada exercício pos especiais de contas que, movimentadas determinem
cessa no dia 31 de dezembro. compensações perfeitas dentro do próprio sistema do pa-
§ 6º Em cada repartição ordenadora haverá registro trimônio permanente ou produzem a variação no patrimô-
dos empenhos, de acordo com os modelos uniformes. nio financeiro e no saldo econômico.
§ 7º Os serviços de contabilidade levantarão balancetes IV - a dívida ativa, originada de tributos e créditos es-
mensais demonstrativos do estado das dotações com a in- tranhos ao ativo financeiro.
dicação expressa da despesa empenhada. Esses balancetes § 4º O passivo permanente abrangerá os débitos não
serão encaminhados ao Prefeito. incluídos no passivo financeiro, tais como:
Art. 216 Consideram-se “restos” as despesas orça- I - as responsabilidades que, para serem pagas, depen-
mentárias ou decorrentes de créditos especiais, quando dem de consignação orçamentária, ou de autorização le-
regulamente empenhadas, mas não pagas até a data do gislativa especial;
encerramento do exercício financeiro, distinguindo-se na II - todas aquelas que, por sua natureza forem grupos
contabilidade, as processadas das não processadas. especiais de contas, cujos movimentos determinem com-
Art. 217 No caso de faltas de empenho, ou quando os pensações perfeitas dentro do próprio sistema do patri-
compromissos normais do Município forem apurados de- mônio permanente ou produzam a variação no patrimônio
pois do encerramento do exercício respectivo, a despesa financeiro e no saldo econômico.
após cabal justificativa da comprovação deverá correr à § 5º As contas de compensação do ativo e passivo
conta de crédito especial. compreenderão as parcelas referentes ao registro de ga-
Art. 218 Os serviços de contabilidade registrarão a re- rantias dados se recebidas em virtude de contratos aos va-
ceita arrecadada, de conformidade com as especificações lores nominais emitidos e outros.
das leis orçamentárias abrindo contas para os encarrega- § 6º Não se incluem entre os valores patrimoniais, para
dos da arrecadação, de forma que seja fixada a respectiva efeito do balanço geral.
responsabilidade pelo movimento do numerário. I - os bens de uso comum ou de domínio público, por
Parágrafo Único - No registro da receita lançada haverá não possuírem valor de permuta;
sempre a relação nominal dos devedores, cumprindo aos II - o valor do domínio direto, nos casos de enfiteuse;
responsáveis por esses servidores acompanhar a liquida- III - as reservas técnicas para aposentadorias e pensões
ção das contas e providenciar para que sejam competidos de funcionários, salvo as que forem recolhidas pelos res-
os que se acharem em mora. pectivos interessados mediante contribuições previamen-
Art. 219 Os serviços de contabilidade registrarão as te estabelecidas ou que constituem fundos pertencentes
operações da despesa nas fases do empenho, liquidação e a instituições para-estatais de previdência aposentadoria e
pagamento de acordo com as especificações das leis orça- pensões.
mentárias e tabelas explicativas. Art. 222 A Prefeitura organizará mensalmente um ba-
Art. 220 Os resultados gerais do exercício serão de- lancete da receita e da despesa no qual constarão:
monstrados no balanço financeiro no balanço patrimonial I - receita orçada;
e na demonstração da conta patrimonial. II - a arrecadação do mês;
Art. 221 O balanço patrimonial compreenderá: III - a arrecadação até o mês anterior;
I - o ativo financeiro; IV - o total arrecadado até o mês;
II - o ativo permanente; V - a despesa fixada;
III - o ativo compensado; VI - a paga do mês;
IV - o passivo financeiro; VII - a pagar até o mês anterior;
V - o passivo permanente; VIII - a empenhada e por pagar;
VI - o passivo compensado. IX - o total pago até o mês.

82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1º Nos balancetes mensais a receita e a despesa se- Art. 231 O Município intervirá no domínio econômi-
rão rigorosamente classificadas de acordo com os orça- co, respeitando a liberdade de iniciativa, com o objetivo
mentos anuais. de defender os interesses do povo e promover a justiça e
§ 2º Dos balancetes mensais será extraída cópia para a solidariedade.
ser fixada na Prefeitura Municipal e outra para remessa a Art. 232 O Município considerará o capital não ape-
Câmara municipal. nas como instrumento produtor de lucros mas também
Art. 223 O registro das operações financeiras e patri- como meio de expansão econômica e fomento ao bem
moniais far-se-á pelo método das partidas dobradas, de estar coletivo.
acordo com a formalidade e modelos que acompanharão Art. 233 O Município garantirá a função social da pro-
as instruções para execução do Código de Contabilidade priedade urbana e rural.
do Município. § 1º A função social é cumprida quando a propriedade
Art. 224 O ano financeiro do Município coincide com rural atende simultaneamente, segundo critérios e graus de
ano civil. exigência estabelecidos em lei, aos seguintes requisitos:
Parágrafo Único - O exercício financeiro abrange o pe- I - aproveitamento racional e adequado;
ríodo de 1 de janeiro a 31 de dezembro do mesmo ano. II - utilização adequada dos recursos naturais disponí-
Art. 225 A contabilidade municipal abrangerá a escri- veis e preservação do meio ambiente;
turação da receita geral do Município da despesa, e, em III - observância das disposições que regulam as rela-
geral de todos os atos e fatos administrativos praticados, ções de trabalho;
que interessem ao patrimônio, e, bem assim aos bens de IV - exploração que favoreça o bem-estar dos proprie-
terceiros. tários e dos trabalhadores;
Art. 226 A despesa da Municipalidade será efetuada de § 2º Em caso de perigo público iminente, a autoridade
acordo com as proposições municipais, dentro dos recur- competente poderá usar de propriedade particular, assegu-
sos orçamentários existentes. rada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano.
Art. 227 Nenhuma despesa poderá ser ordenada e Art. 234 A lei limitará o exercício dos atributos da pro-
paga sem que esteja autorizada no orçamento ou em outra priedade privada em favor do interesse público, especial-
mente em relação ao direito de construir, à segurança pú-
lei da Câmara Municipal devendo a ordem de pagamento
blica, aos costumes, à saúde pública, à proteção ambiental
levar a indicação de verba respectiva ou da lei a que referir.
e à estética urbana.
Art. 228 Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita
Parágrafo Único - As limitações terão caráter gratuito
sem que exista saldo de verba ou crédito votado pela Câmara.
e sujeitarão o proprietário ao poder público da autoridade
municipal competente, cujos atos será providos de autoe-
TÍTULO VI
xecutoriedade, exceto quando sua efetivação depender de
DA ORDEM ECONÔMICA, FINANCEIRA E DO MEIO constrição somente exercitável por via judicial.
AMBIENTE Art. 235 O Município registrará, acompanhará e fiscali-
Capítulo I zará as concessões de direitos de pesquisa e exploração de
DOS PRINCÍPIOS GERAIS DA ATIVIDADE ECONÔ- recursos hídricos e minerais em seu território, impedindo o
MICA monopólio da extração e exploração.
Art. 236 Na aquisição de bens e serviços o Poder Públi-
Art. 229 O Município, observados os preceitos estabe- co por seus órgãos de administração direta, dará tratamen-
lecidos na Constituição Federal, atuará no sentido da rea- to preferencial a empresa brasileira, de capital nacional,
lização do desenvolvimento econômico e da justiça social, sediada em seu território.
prestigiando o primado do trabalho e as atividades produ- Art. 237 O Município adotará política integrada de fo-
tivas e distributivas das riquezas com a finalidade de asse- mento à indústria, ao comércio e aos serviços em especial
gurar a elevação do nível e qualidade de vida e o bem estar ao turismo, à produção agrícola e à agropecuária, à pro-
do população. dução avícola e pesqueira, à produção mineral, através de
Art. 230 O Município exercerá, na forma da lei as fun- assistência tecnológica e crédito específico, bem como es-
ções de fiscalização incentivo e planejamento, sendo este timulará o abastecimento mediante a instalação de rede de
determinante para o setor público e indicativo para o setor mercados de armazéns, silos e frigoríficos, da construção e
privado, cuja iniciativa é livre desde que não contrarie o conservação de vias de transportes para o escoamento e
interesse público. circulação de planejamento de irrigação delimitando as zo-
§ 1º A lei estabelecerá as diretrizes as bases do plane- nas industriais e rurais que receberão incentivo prioritário
jamento do desenvolvimento equilibrado, consideradas as do Poder Público.
características e as necessidades do Município, bem como Parágrafo Único - Os poderes Públicos estimularão a
a sua integração. empresa pública ou privada que gerar produto novo e sem
§ 2º A lei apoiará e estimulará o cooperativismo e ou- similar, destinado ao consumo da população de baixa ren-
tras formas de associativismo. da, a realizar novos investimentos, em seu território, úteis
§ 3º A pessoa jurídica em débito com o fisco, com obri- aos seus interesses econômicos e sociais, e especialmente,
gações trabalhistas ou com o sistema de seguridade social, às atividades relacionadas ao desenvolvimento de pesquisa
não poderá contratar com o Poder Público nem dele rece- e produção de material ou equipamento especializado para
ber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios. pessoas portadoras de deficiência.

83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 238 O Município dará prioridade ao desenvolvi- § 3º Será estimulada a realização de programações tu-
mento das regiões onde a pobreza e as desigualdades so- rísticas para os alunos das escolas públicas, para os traba-
ciais sejam maiores. lhadores sindicalizados e para os idosos, dentro do territó-
Art. 239 Não haverá limites para localização de estabe- rio do Município e do Estado.
lecimentos que exerçam atividades congêneres, respeita- Art. 245 O Município concederá especial proteção às
das as limitações da legislação federal. microempresas e empresas de pequeno porte, assim de-
Art. 240 O Município assistirá os trabalhadores rurais e finidas em lei, que receberão tratamento jurídico diferen-
suas organizações legais, proporcionando-lhes, entre ou- ciado, visando ao incentivo da sua criação, preservação e
tros benefícios, meios de produção e de trabalho, crédito desenvolvimento, através da eliminação, redução ou sim-
fácil, preços justos, saúde e bem estar social. plificação, conforme o caso de suas obrigações adminis-
Parágrafo Único - São isentos de impostos as respecti- trativas, tributárias, creditícias e previdenciárias, nos termos
vas cooperativas. da lei, assegurando-lhes, entre outros direito a:
I - redução de tributos e obrigações acessórias muni-
Capítulo II cipais com dispensa do pagamento de multas por infração
DA POLÍTICA INDUSTRIAL, COMERCIAL E DE SER- formais, das quais não resulte de pagamento de tributos;
VIÇOS II - notificação prévia para início de ação ou procedi-
mento administrativo ou tributário fiscal de qualquer natu-
Art. 241 Na elaboração e execução da política indus- reza ou espécie;
trial, comercial e de serviços, o Município garantirá a efe- III - habitação sumária e procedimentos simplificados
tiva participação dos diversos setores produtivos, especial- para participação em licitações públicas, bem como prefe-
mente as representações empresariais e sindicais. rências na aquisição de bens e serviços de valor compatível
Art. 242 As políticas industrial, comercial e de serviços com o porte das micro e pequenas empresas;
a serem implantadas pelo Município, priorizarão as ações IV - criação de mecanismos descentralizados para o
que, tendo impacto social relevante, estejam voltadas para oferecimento de pedidos e requerimento de qualquer es-
a geração de empregos, elevação dos níveis de renda e da pécie, junto a órgão de registros públicos, civis e comer-
qualidade de vida e redução das desigualdades regionais, ciais, bem como perante a quaisquer órgão administrativos
possibilitando o acesso da população ao conjunto de bens tributários ou fiscais;
socialmente prioritários. V - obtenção de incentivos especiais, vinculados à ab-
Art. 243 O Município elaborará uma política específica sorção de mão-de-obra portadora de deficiência ou cons-
para o setor industrial, privilegiando os projetos que pro- tituída de menores carentes.
movam a desconcentração especial da indústria e o melhor Parágrafo Único - As entidades representantes das mi-
aproveitamento das suas potencialidades locais. croempresas e das empresas de pequeno porte, participa-
Art. 244 O Município promoverá e incentivará o turis- rão na elaboração de políticas governamentais voltadas para
mo, como fator de desenvolvimento econômico e integra- esse segmento e no colegiado dos órgãos públicos em que
ção social, bem como de divulgação, valorização e preser- seus interesses sejam objeto de discussão e deliberação.
vação do patrimônio cultural e natural cuidando para que
sejam respeitadas as peculiaridades locais, não permitindo Capítulo III
efeitos desagregradores sobre a vida das comunidades en- DA POLÍTICA URBANA
volvidas assegurando sempre o respeito ao meio ambiente
e à cultura das localidades onde vier a ser explorado. Art. 246 A política urbana a ser formulada pelo Municí-
§ 1º O Município elaborará plano diretor de turismo pio e, onde couber pelo Estado, atenderá ao pleno desen-
que deverá estabelecer, com base no inventário do seu volvimento das funções sociais da cidade com vistas à ga-
potencial turístico as ações de planejamento, promoção e rantia e melhoria na qualidade de vida de seus habitantes.
execução da política de que trata este artigo. § 1º As funções sociais da cidade são compreendidas
§ 2º Para cumprimento do disposto no parágrafo ante- como direito de todo cidadão de acesso a moradia, trans-
rior, caberá ao Município promover especialmente: porte público, saneamento básico, energia elétrica, gás ca-
I - o inventário e a regulamentação do uso, ocupados e nalizado, abastecimento, iluminação pública, saúde, edu-
funções dos bens naturais e culturais de interesse público; cação, cultura, creche, lazer, água potável, coleta de lixo,
II - a infra estrutura básica necessária a prática do tu- drenagem das vias de circulação contenção de encostas, se-
rismo apoiando e realizando investimento na produção, gurança e preservação do patrimônio ambiental e cultural.
criação e qualificação dos empreendimentos, equipamen- § 2º O exercício do direito de propriedade atenderá a
tos e instalação ou serviços turísticos, através de linhas de função social quando condicionado às funções sociais da
créditos especiais; cidade e às exigências do plano diretor.
III - o fomento ao intercâmbio permanente com muni- § 3º Ao Município, através do plano diretor e do código
cípios e unidades da federação, visando ao fortalecimento de obras caberá submeter o direito de construir aos princí-
do espírito de fraternidade e aumento do fluxo turístico pios previstos neste artigo.
nos dois sentidos, bem como a elevação da média de per- Art. 247 Para assegurar as funções sociais da cidade e
manência do turismo em território do Município; da propriedade, o Município nos limites de sua competên-
IV - adoção de medidas específicas para o desenvolvi- cia, poderá utilizar os seguintes instrumentos:
mento dos recursos humanos para o setor. I - tributários e financeiros;

84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
a) imposto predial e territorial urbano progressivo e IV - restrição à utilização de área que apresente riscos
diferenciado por zonas e outros critérios de ocupações e geológicos;
uso do solo; V - respeito ao patrimônio paisagístico, cultural e am-
b) taxas e tarifas diferenciadas por zonas, segundo os biental.
serviços públicos oferecidos; Art. 249 Toda edificação, em locais desprovidos de rede
c) contribuição de melhoria; coletora de esgotos, terá fossa séptica, construída segundo
d) incentivos e benefícios fiscais e financeiros nos limi- normas técnicas que assegurem o seu bom desempenho.
tes das legislações próprias; Art. 250 O abuso de direito pelo proprietário urbano,
e) fundos destinados ao desenvolvimento urbano; acarretara, além das civis e criminais, sanções administrati-
II - institutos jurídicos: vas na forma da lei.
a) discriminação de terras públicas; Art. 251 É vedado, a qualquer pretexto, impedir ou difi-
b) desapropriação; cultar o livre escoamento de águas pelos canos, valas, sar-
c) parcelamento ou edificação compulsórios; jetas ou canais das vias públicas bem como danificar tais
d) servidão administrativa; servidões.
e) limitação administrativa; Art. 252 As terras públicas municipais não utilizadas,
f) tombamento de imóveis; subtilizadas e as discriminadas serão prioritariamente des-
g) declaração de área de preservação ou proteção am- tinadas a assentamentos de população de baixa renda e a
biental; instalação de equipamentos coletivos, respeitados o plano
h) cessão ou permissão; diretor, ou as diretrizes gerais de ocupação do território.
i) concessão real de uso ou domínio; § 1º O Município constituirá loteamentos populares
j) poder de polícia; para atender as populações de baixa renda, priorizando e
l) outras medidas previstas em lei. ordenando o assentamento das famílias carentes de forma
Art. 248 O plano diretor, aprovado pela Câmara Muni- a atender a função social da cidade e da propriedade, na
cipal é o instrumento básico da política de desenvolvimen- forma do plano diretor.
to e expansão urbana. § 2º A Procuradoria Geral do Município adjudicará o
§ 1º O plano diretor é parte integrante de um processo direito de propriedade para o Município dos lotes aban-
contínuo de planejamento a ser conduzido pelo Municí- donados em débito com a fazenda pública, na forma, nos
pio, abrangendo a totalidade dos respectivos territórios e termos e nas condições que a lei dispuser os quais serão
contendo diretrizes de uso e ocupação do solo, vocação utilizados, prioritariamente, para cumprir as funções sociais
das áreas rurais, defesa dos mananciais e demais recursos da cidades e da propriedade.
naturais, vias de circulação integradas, índices urbanísticos, § 3º É obrigação do Município manter os respectivos
áreas de interesses especial e social, diretrizes econômica cadastros imobiliários e de terras públicas atualizados e
financeiras e administrativas. abertos a consultas dos cidadãos.
§ 2º É atribuição exclusiva do Município a elaboração § 4º No assentamento de terras públicas ocupadas por
de plano diretor e a condução de sua posterior implemen- populações de baixa renda, ou em terras não utilizadas ou
tação. subtilizadas, o domínio ou a concessão real de uso serão
§ 3º As intervenções de órgãos federais, estaduais e concedidos ao homem ou à mulher ou a ambos, nos ter-
municipais deverão estar de acordo com as diretrizes defi- mos do artigo 28 desta Lei Orgânica.
nidas pelo plano diretor. Art. 253 No estabelecimento de diretrizes e normas re-
§ 4º É garantida a participação popular, através de lativas ao desenvolvimento urbano, o Município assegurará:
entidades representativas, nas fases de elaboração e im- I - urbanização, regularização fundiária e titulação das
plementação do plano diretor, em conselhos municipais a áreas faveladas e de baixa renda, sem remoção dos mora-
serem definidos em lei. dores, salvo quando as condições físicas da área imponham
§ 5º O projeto de plano diretor e a lei de diretrizes risco à vida de seus habitantes;
gerais previstos neste artigo regulamentarão, segundo as II - regularização dos loteamentos clandestinos, aban-
peculiaridades locais, as seguintes normas básicas dentre donados ou não titulados;
outras: III - participação ativa das entidades representativas no
I - proibição de construções e edificações sobre dutos, estudo, encaminhamento e solução dos problemas, planos,
canais, valões e vias similares de esgotamento ou passa- programas e projetos que lhes sejam concernentes;
gens de cursos d`água; IV - preservação das áreas de exploração agrícola e pe-
II - proibição na faixa compreendida entre a zona “non cuária e estímulo a essas atividades primárias;
-aedificandi” ao longo do mar e a primeira rua ou avenida V - preservação, proteção e recuperação do meio am-
de uso público, de edificações de mais de um pavimento, biente urbano e cultural;
condomínios, conjuntos residenciais e similares bem como VI - criação de área de especial interesse urbanístico,
a ocupação de mais de 40% (quarenta por cento) do lote social, ambiental, turístico e de utilização pública;
do terreno; VII - especialmente às pessoas portadoras de deficiên-
III - condicionamento da desafetação de bens de uso cias, livre acesso e edifícios públicos e a logradouros pú-
comum do povo à prévia aprovação das populações cir- blicos, mediante eliminação de barreiras arquitetônicas e
cunvizinhas ou diretamente interessadas; ambientais;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
VIII - utilização racional do território e dos recursos na- I - parcelamento ou edificações compulsórias;
turais, mediante controle da implantação e do funcionamen- II - imposto sobre a propriedade predial e territorial
to de atividades industriais, comerciais, residenciais e viárias; urbana progressivo no tempo;
IX - zona de proteção de aeródromo, visando a preser- III - desapropriação com pagamento mediante títulos
vá-lo do crescimento urbano desordenado. da dívida pública de emissão previamente aprovada pelo
Parágrafo Único - O Município poderá solicitar assis- Senado Federal, com prazo de resgate de até dez anos, em
tência do Estado para consecução dos objetivos estabele- parcelas anuais, iguais e sucessivas, assegurados o valor da
cidos neste artigo. indenização e os juros legais.
Art. 254 Terão obrigatoriamente de atender a normas Art. 261 O Município exercerá prioritariamente os servi-
vigentes e ser aprovadas pelo Poder Público Municipal ços de arruamento, alinhamento e nivelamento dos bairros,
quaisquer projetos, obras e serviços a serem iniciados em de modo a assegurar ao cidadão, o direito de locomoção
territórios do Município, independentemente da origem da e manter a funcionalidade e a estética das zonas urbanas.
solicitação. Art. 262 É isento do imposto sobre a propriedade
Parágrafo Único - A Municipalidade promoverá a asso- predial e territorial urbana a casa destinada à moradia de
ciação entre os Municípios situados na Região dos Lagos, proprietário de pequenos recursos, que não possua outro
a fim de discutir e executar projetos, atividades e soluções imóvel, nos termos e nos limites que a lei fixar.
comuns à questão urbana, inclusive para a edição de nor- Art. 263 Fica proibido o “camping” nas zonas praieiras
mas legais redibitórias e de parcelamento, uso e ocupação e residenciais, bem como nas áreas consideradas de desen-
do solo em padrões semelhantes. volvimento turístico e de interesse para proteção ambiental.
Art. 255 Lei municipal, na elaboração de cujo projeto, Art. 264 É considerado zona de desenvolvimento turís-
as entidades representativas locais participarão, disporá tico subdistrito de São Bento da Lagoa, que será objeto de
sobre o zoneamento, o parcelamento do solo, seu uso e pólo turístico.
sua ocupação, as construções e edificações, a proteção ao Parágrafo Único - A Câmara Municipal regulamentará,
meio ambiente, o licenciamento, a fiscalização e os parâ- por lei complementar, o disposto neste artigo.
metros urbanísticos básicos objetos do plano diretor. Art. 265 Ficam assegurados à população as informa-
ções sobre cadastro atualizado das terras públicas e planos
Parágrafo Único - Só poderão ser concedidos parce-
de desenvolvimento urbanos e regionais.
lamentos do solo urbano para loteamento ou desmem-
bramentos, quando houver, por parte do proprietário, o
Capítulo IV
compromisso e expresso de calçamento das vias principais,
DAS OBRAS E DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
projetos e execução com os custos caucionados para exe-
SEÇÃO I
cução de obras de extensão de rede elétrica e escoamento
DISPOSIÇÕES GERAIS
das águas pluviais.
Art. 256 Os direitos decorrentes da concessão de licen- Art. 266 Compete ao Município organizar e prestar di-
ça manterão sua validade nos prazos e limites estabeleci- retamente ou sob o regime de concessão ou permissão, os
dos na legislação municipal. serviços públicos de interesse local, incluindo o de trans-
Parágrafo Único - Os projetos aprovadas pelo Muni- porte coletivo, considerado de caráter essencial, como de-
cípio só poderão ser modificados com a concordância de fine o inciso V do artigo 30 da Constituição Federal.
todos os interessados ou por decisão judicial, observados Parágrafo Único - O regime de concessão ou permis-
os preceitos legais regedores de cada espécie. são, a que se refere o “caput” deste artigo, não é aplicável
Art. 257 A prestação de serviços públicos às comuni- aos serviços da Guarda Municipal.
dades de baixa renda, independerá do reconhecimento de Art. 267 A lei disporá sobre:
logradouros e da regularização urbanística ou registrária I - o regime das empresas concessionárias e permis-
das áreas em que se situem e de suas edificações ou cons- sionárias de serviços públicos, o caráter especial do seu
truções. contrato e de sua prorrogação, bem como as condições de
Art. 258 Incumbe ao Município promover e executar caducidade, fiscalização e rescisão da concessão ou per-
programas de construção de moradias populares e garan- missão;
tir condições habitacionais e infraestrutura urbana, em es- II - os direitos dos usuários;
pecial as de saneamento básico, escola pública, posto de III - a política tarifária;
saúde e transporte. IV - obrigação de manter serviço adequado.
Art. 259 O Poder Público estimulará a criação de coo- Art. 268 Nenhum empreendimento de obras e serviço
perativa de moradores, destinados à construção de casa do Município poderá ter início sem prévia elaboração do
própria e auxiliará o esforço das populações de baixa renda plano respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
na edificação de suas habitações. I - a viabilidade de empreendimento, sua conveniência
Art. 260 É facultativo ao Poder Público Municipal, me- e oportunidade para o interesse comum;
diante lei específica para área incluída no plano diretor, II - os pormenores para sua execução;
exigir, nos termos da lei federal, do proprietário do solo III - os recursos para o atendimento das respectivas
urbano não edificado, subtilizado ou não utilizado, que despesas;
promova seu adequado aproveitamento, sob pena suces- IV - os prazos para o seu início e conclusão, acompa-
sivamente de: nhados das respectivas justificações.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo § 2º Não estão sujeitos ao previsto nesta lei os veículos
caso de extrema urgência, será executado sem prévio orça- particulares assim como os de hotéis, motéis, colégios e
mento de seu custo. de outros usos especiais, não compreendidos no parágrafo
§ 2º As públicas poderão ser executadas pela Prefeitu- anterior.
ra, por suas autarquias e demais entidades da administra- Art. 274 A exploração dos serviços de transporte cole-
ção indireta, e, por terceiros, mediante licitação. tivo far-se-á por concessão a empresas particulares, devi-
Art. 269 A permissão de serviço a título precário será ou- damente registradas no órgãos competentes do Município.
torgada por decreto do Prefeito, após edital de chamamento § 1º O prazo de validade da concessão é de 5 (cinco)
de interessados para escolha do melhor pretendente, sendo anos, sucessivamente renovável por igual período de tempo.
que a concessão só será feita com autorização legislativa, § 2º As concessões de que trata este artigo terão que
mediante contrato, precedido de concorrência pública. ter aprovação da maioria absoluta dos Vereadores.
§ 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, às con- Art. 275 A concessão a que se refere o artigo anterior
cessões, bem como quaisquer outros ajustes feitos em de- far-se-á através de concorrência pública, com base nos se-
sacordo com o estabelecido neste artigo. guintes critérios, entre outros:
§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sem- I - experiência, devidamente comprovada e julgada su-
pre sujeitos a regulamentação legislativa e fiscalização do ficiente, em serviços de transporte coletivo;
Município, incumbindo aos que os executem, sua permanen- II qualidade, capacidade e quantidade de veículos, con-
te atualização e adequação às necessidades dos usuários. forme as linhas ou grupo de linhas a que se destinem;
§ 3º O Município manterá órgão especializados incum- III - aparelhamento técnico das oficinas, capacidade
bidos de fiscalizar os serviços públicos por ele concedidos das instalações e pessoal especializado;
ou permitidos e revisar suas tarifas. IV - prazo para complementação da frota se for o caso.
§ 4º A fiscalização de que trata o parágrafo anterior Art. 276 A concessão ou permissão a que se refere esta
compreende o exame contábil e as perícias necessárias à Seção é intransferível.
apuração das inversões de capital e dos lucros auferidos Parágrafo Único - Os atos de encampação ou de inter-
pelas empresas concessionárias ou permissionárias.
dição nas concessionárias de serviços de transportes co-
§ 5º O Município poderá retomar, sem indenização, os
letivos de âmbito municipal, dependerão do voto de 2/3
serviços permitidos ou concedidos, desde que executados
(dois terços) dos Vereadores.
em desconformidade com o ato ou contrato, bem como
Art. 277 É vedado às empresas concessionárias de ser-
aqueles que se revelarem insuficientes para o atendimento
viços de transporte coletivo, sob pena de rescisão do con-
dos usuários.
§ 6º As concorrências para a concessão de serviço pú- trato de concessão:
blico deverão ser precedidas de ampla publicidade, em jor- I - interromper o serviço de qualquer de suas linhas,
nais e rádios locais, inclusive em órgãos da imprensa da ca- sem autorização do Poder Público por período de tempo
pital do Estado, mediante edital ou comunicado resumido. superior a duas horas;
Art. 270 As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixa- II - aumentar ou diminuir a sua frota sem prévia autori-
das pelo Executivo, tendo-se em vista a justa remuneração. zação do Poder Público;
Art. 271 Nos serviços, obras e concessões do Municí- III - desviar veículos de sua frota para realizar transpor-
pio, bem como nas compras e alienações, será adotada a tes não constantes do contrato de concessão.
licitação nos termos da lei. Art. 278 As empresas concessionárias colocarão à dis-
Art. 272 O Município poderá realizar obras e serviços posição do Poder Público, veículos em número proporcio-
de interesse comum, mediante convênio com o Estado, nal à sua frota, para atender a situações de emergência ou
a União ou entidades particulares, bem assim, através de calamidade pública, em qualquer área do Município.
consórcios com outros municípios. Art. 279 Só poderão ser utilizados para transporte co-
letivo veículos especialmente construídos para esse fim.
SEÇÃO II § 1º Os veículos só poderão ser utilizados após aprova-
DO TRANSPORTE COLETIVO ção prévia pelo Poder Público.
§ 2º Os veículos obedecerão às exigências previstas na
Art. 273 Considera-se transporte coletivo, para os efei- legislação federal específica e às contidas em lei comple-
tos desta lei, o serviço regular e contínuo de condução de mentar do Município.
pessoas, mediante o pagamento de passagens individuais Art. 280 Não poderão ser utilizados nos serviços de trans-
ou coletivas, efetuado por veículos automotores, com itine- porte coletivo veículos com mais de 10 (dez) anos de uso.
rários e horários previamente estabelecidos. Parágrafo Único - O Poder Público poderá autorizar a
§ 1º São considerados serviços de transporte coletivo, utilização dos veículos a que se refere este artigo, desde
também sujeitos às disposições desta lei. que tenham sido mantidos em condições adequadas de
a) o transporte de pessoas de qualquer ponto a esta- segurança e conforto
ções terrestres, marítimas ou aéreas e, vice-versa, dentro Art. 281 A adaptação desta lei, a fim de garantir acesso
do território do Município, mediante pagamento de passa- aos idosos e portadores de deficiências, será regulada por lei.
gens individuais ou coletivas; Art. 282 Aos maiores de sessenta e cinco anos é ga-
b) o transporte de pessoas em passeios ou excursões rantida a gratuidade nos transportes coletivos municipais.
turísticas, dentro do território do Município, mediante pa- Parágrafo Único - O Passe Escolar será implantado na
gamento de passagens individuais coletivas ou de frete. forma da Lei Mundial nº 787, de 19 de junho de 1989.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 283 O terminal rodoviário será construído, manti- Art. 289 O Município poderá firmar convênios ou con-
do e explorado, se for o caso, segundo normas legislativas. sórcios com a União, o Estado ou outros municípios, visan-
Art. 284 Os terminais de linhas serão previamente de- do a uma ação regionalizada.
terminados ou autorizados pelo Poder Público, vedados Art. 290 Os serviços de limpeza pública serão executa-
quaisquer critérios discriminatórios entre as concessioná- dos em consonância com um sistema único integrado de
rios ou permissionárias. coleta, transporte, tratamento e disposição de lixo.
Parágrafo Único - Não serão permitidos terminais de Art. 291 É obrigação da Prefeitura fazer a coleta domi-
linhas ou o estacionamento de veículos de transporte co- ciliar do lixo residencial, comercial, industrial e de serviços:
letivo, inclusive de taxis, ao longo de praças, jardins, largos, I - transportando-o à sua destinação final por veículos
áreas de lazer, praia, em frente a colégios, hospitais, casas construídos para esse fim;
de saúde ou de repouso, à Câmara Municipal, à sede da II - dando-lhe tratamento adequado, segundo padrões
Prefeitura e outros locais que a lei especificar. especificados em lei;
Art. 285 É criado o Código Municipal de transportes III - fazendo a sua disposição final de modo a que ele
Coletivos, como lei complementar a esta Lei Orgânica. se torne inócuo à saúde e atendendo às normas básicas de
Parágrafo Único - O Código a que se refere este artigo higiene.
regulamentará, além das normas constantes desta lei, as Art. 292 É vedado:
seguintes normas básicas, dentre outras. I - despejar ou queimar o lixo a céu aberto;
I - conciliação e compatibilização de linhas, horários e II - despejar o lixo em lagoas, rios, cursos d`água, no
itinerários entre as zonas urbanas, suburbanas, especiais e mar, bem como nos locais de proteção ambiental e de água
rurais; potável e destinada ao consumo da população.
II - proibição de alteração de linhas, horários e itinerá- Parágrafo Único - Em todos os casos, a disposição de
rios, sem prévia autorização do Poder Público; lixo far-se-á de maneira a evitar o assoreamento de rios,
III - número de linhas e horários compatíveis com a canais, cursos d`água a contaminação de lençóis d`água a
necessidade de locomoção da população em toda a área poluição da atmosfera e proliferação de insetos e animais
do Município, especialmente a urbana; transmissores de doenças.
IV - obrigatoriedade de horários durante o período; Art. 293 O lixo hospitalar e farmacêutico será incinerado.
V - horários, em cada linha, em frequência suficiente a Art. 294 É proibida a criação de animais, especialmente
assegurar ao passageiro o menor tempo de espera possível; os suínos nos locais de destinação final do lixo.
VI - o aumento ou diminuição da frota de veículos nas
diversas linhas, quando assim o exigir o interesse público SEÇÃO IV
ou administrativo, proporcional ao número de veículos in- DOS SERVIÇOS FUNERÁRIOS
tegrantes da frota das empresas envolvidas;
VII - proibição de permanência de mais de 15% (quinze Art. 295 Os serviços funerários são de exclusiva compe-
por cento) dos veículos de cada empresa concessionária tência municipal e administração de cemitérios do Municí-
em qualquer ponto terminal; pio não pode ser delegada .
VIII - padronização da cor dos veículos para cada em- Parágrafo Único - Os serviços de confecção de caixões,
presa, aprovada pelo Poder Público. organizações de velórios, embalsamento e transporte de
Art. 286 Fica criado o Fundo Municipal de Transportes cadáveres poderão ser delegados à iniciativa privada, com
Coletivos parte integrante do Código Municipal de Trans- ou sem exclusividade, mediante concessão ou permissão.
portes Coletivos, que regulamentará a sua organização e Art. 296 Os serviços funerários, quando delegados a
constituição de recursos. particulares serão executados sob fiscalização e controle
do Poder Público para garantir o bom atendimento ao pú-
SEÇÃO III blico e a modicidade das tarifas.
DA LIMPEZA PÚBLICA Art. 297 O poder de regulamentação dos serviços fu-
nerários é irrenunciável e deverá ser exercido ainda que
Art. 287 Considera-se limpeza pública para efeito des- omitido na delegação.
ta lei, o serviço regular, contínuo, adequado e permanente Art. 298 Os terrenos dos cemitérios são bens do do-
que a administração pública executa com a finalidade de mínio público de uso especial, não podendo ser alienados
manter o asseio da cidade em padrões de saúde pública ou cedidos.
compatíveis e recomendáveis para os seus munícipes e vi-
sitantes, e compreende os seguintes serviços essenciais: SEÇÃO V
I - remoção de lixo; DA GUARDA MUNICIPAL
II - varredura, lavagem, capinação e conservação das
vias públicas, logradouros e parques, jardins e demais equi- Art. 299 A Guarda Municipal é força auxiliar destinada
pamentos urbanos de domínio público; a prestar serviços permanentes de segurança e prevenção
III - desentupimento de bueiros e “boca de lobo”; urbana e rural destinados à proteção pública e segurança
IV - limpeza de rios, riachos, córregos, valões e galerias, dos municípios na área de polícia administrativa de sua es-
canais perenes ou periódicos e as praias de mar e lagoas. trita competência.
Art. 288 Os serviços de limpeza pública serão prestados Parágrafo Único - A Guarda Municipal será subordina-
diretamente pelo Município ou sob regime de concessão. da ao Prefeito .

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 300 O comandante da Guarda Municipal será no- Art. 307 A taxa de iluminação pública será arrecadada
meada pelo Prefeito, após o referendo da maioria absoluta juntamente com a tarifa de energia elétrica dos consumi-
da Câmara Municipal será nomeado pelo Prefeito, após o dores da concessionárias não podendo esta cobrar ao Mu-
referendo da maioria absoluta da Câmara Municipal, den- nicípio por este serviço prestado.
tre cidadãos residentes no Município, de reputação. Art. 308 O convênio disporá sobre a aplicação de taxa
Parágrafo Único - O Comandante é sujeito a voto de de iluminação pública, arrecadação e fiscalização a ser exer-
desconfiança da Câmara Municipal, por decisão de 2/3 cida pelo Poder Público do Município, na execução e presta-
(dois terços) de seus membros . ção dos serviços e sua respectiva manutenção, preservando
Art. 301 A investidura nos quadros da Guarda Municipal sanções pela inobservância de suas respectivas cláusulas.
far-se-á por recurso público de provas e títulos, e os apro- Art. 309 A receita proveniente da cobrança da taxa de
vados serão submetidos a cursos de formação profissional. iluminação pública poderá excepcionalmente, e com auto-
Art. 302 Serão, entre outras, as atribuições da Guarda rização legislativa, ser utilizada na extensão de rede pública
Municipal: de energia elétrica para, comunidades carentes.
I - proteger os bens públicos, serviços e instalações do
Município; SEÇÃO VII
II - fazer o salvamento nas praias do Município; DOS MERCADOS, MATADOUROS E FEIRAS-LIVRES
III - proteger o patrimônio histórico, cultural e paisagís-
tico, bem como defender e proteger as áreas de proteção Art. 310 Os mercados, matadouros e feiras-livres ficam
ambiental e o meio ambiente, no que couber; sob a administração e controle do Poder Público, que po-
IV - prevenção e primeiros combates a incêndios e ca- derá dar autorização a terceiros, para exploração e utiliza-
lamidades públicas; ção, através de regimes especiais de fiscalização e controle.
V - prevenção e combate aos animais nocivos, bem Art. 311 Os mercados públicos são equipamentos ur-
como a apreensão de animais nas vias públicas; banos a cargo do Poder Público, que deverá localizá-los e
VI - prevenção e proteção ao patrimônio particular, na construí-los de modo a facilitar a aquisição dos gêneros de
forma da lei. primeira necessidade pela população.
§ 1º O Poder Público regulamentará a utilização dos
Parágrafo Único - A atribuição a que se refere o in-
mercados, visando a evitar que se tornem simples fonte de
ciso IV deste artigo ficará sujeita aos padrões, normas e
renda para os especuladores e atravessadores do comércio.
fiscalização do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de
§ 2º A forma de concessão, permissão ou autorização
Janeiro, condicionando-se a Guarda Municipal à celebração
de uso dos mercados municipais será revestida pelas nor-
de convênios entre o Município e a mencionada corpora-
mas do direito administrativo.
ção para garantia de padronização de estrutura, instrução
§ 3º A Municipalidade será ressarcida pela utilização
e equipamentos operacionais. do mercados municipais por preços fixados pelo poder
Art. 303 Lei Complementar estabelecerá a organização e Executivo.
competência da Guarda Municipal e disporá sobre a formação § 4º O Município poderá, autorizado pelo Poder Legis-
profissional de seu grupamento, acesso, deveres, vantagens e lativo, construir mercados em condomínio com empresas
regime de trabalho, com base na hierarquia e disciplina. privadas.
Art. 312 Os supermercados ou hipermercados particu-
SEÇÃO VI lares ficam sujeitos a regulamentação e controle específico
DA ILUMINAÇÃO PÚBLICA do Município.
Art. 313 As feiras livres realizar-se-ão nos locais e na
Art. 304 Energia é um direito de todos e dever do Po- forma do regulamento elaborado pelo Poder Público, su-
der Público e o Município na implantação de sua política jeitas a sua fiscalização.
urbana, implantará sistema de integração de serviços de Art. 314 Os matadouros localizados na área do Municí-
iluminação pública em todo o seu território e sua execução pio serão fiscalizados pelos órgãos públicos competentes,
será permanente e contínua, visando ao embelezamento tendo em vista o interesse público desses estabelecimentos.
da cidade e a segurança do cidadão. Parágrafo Único - Os licenciamentos e autorização dos
Art. 305 O Município poderá firmar convênio com a matadouros e estabelecimentos congêneres dependerão
concessionária de energia elétrica do Estado do Rio de de autorização do Poder Público, na forma da lei.
Janeiro, empresas prestadoras do mesmo serviço ou criar
empresas que executem os mesmos serviços da CERJ.* Capítulo V
* Nova redação dada pela Emenda nº 006, de 06.04.94. DA DEFESA DO CONSUMIDOR
Art. 306 Os serviços de iluminação pública serão exe-
cutados em consonância com o plano municipal de ilumi- Art. 315 O consumidor tem direito à proteção do Mu-
nação pública, instrumento de planejamento, coordenação nicípio.
e controle da execução da política de energia elétrica. Parágrafo Único - A proteção far-se-á, entre outras me-
Parágrafo Único - O plano municipal de energia elétri- didas criadas em lei, através de:
ca será anual e o Poder Executivo o encaminhará à Câmara I - criação de organismo de defesa do consumidor;
até 15 (quinze) de fevereiro do ano respectivo, contendo os II - desestímulo à propaganda enganosa, ao atraso na
projetos a serem executados no respectivo período. entrega de mercadorias e ao abuso na fixação de preços;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - responsabilidade das empresas comerciais, indus- VII - convênios com entidades públicas federais, esta-
triais e de prestação de serviços pela garantia dos produtos duais e municipais e entidades privadas para implemen-
que comercializem, pela segurança e higiene das embala- tação dos planos e projetos especiais de reforma agrária;
gens, pelo prazo de validade e pela troca de produtos de- VIII - viabilizar a utilização de recursos humanos, técni-
feituosos; cos e financeiros destinados à implementação dos planos e
IV - obrigatoriedade de informação na embalagem, em projetos de assentamento em áreas agrícolas;
linguagem compreensível pelo consumidor, sobre a com- IX - encaminhar para órgão federal competente, solici-
posição do produto a data de fabricação e o prazo de sua tação de desapropriação de áreas rurais para assentamento
validade; e implementação de fazendas experimentais;
V - determinação para que os consumidores sejam es- X - administração dos imóveis rurais de propriedade
clarecidos acerca do preço máximo de venda e do montan- do Município;
te do imposto a que estão sujeitas as mercadorias comer- XI - obras de infraestrutura econômica e social para
cializadas; consolidação dos assentamentos rurais e projetos espe-
VI - assistência jurídica integral e gratuita ao consu-
ciais de reforma agrária, em conformidade com o Governo
midor, curadorias de proteção no âmbito da Procuradoria
Federal.
Geral do Município;
XII - obras de infraestrutura econômica e social para
VII - estudos sócio-econômicos de mercado, a fim de
estabelecer sistemas de planejamento, acompanhamento e consolidação dos assentamentos rurais e projetos especiais
orientação de consumo capazes de corrigir as distorções e de reforma agrária, em conformidade com o Governo Fe-
promover o seu crescimento; deral.
VIII - atuação do Município como regulador do abaste- Parágrafo Único - Incumbe à Procuradoria realizar, jun-
cimento, impeditiva da retenção de estoques; tamente com órgão técnico competente e as entidades re-
IX - criação do Conselho de Defesa do Consumidor sob presentativas das comunidades urbanas e rurais, o trabalho
a presidência do Vereador, indicado pela maioria absoluta de identificação de terras devolutas e promover nas ins-
da Câmara, com funções específicas para promover a defe- tâncias administrativas e judicial, a sua discriminação para
sa do consumidor. assentamentos humanos e rurais conforme seja a vocação
das terras discriminadas, excluídas as comprovadamente
Capítulo VI necessárias à formação e preservação de reservas bioló-
DA POLÍTICA AGRÁRIA gicas, florestais e ecológicas de terras públicas municipais.
Art. 318 As áreas públicas situadas fora da área urbana
Art. 316 A política agrária do Município será orientada serão destinadas preferencialmente ao assentamento de
no sentido de promover o desenvolvimento econômico e famílias de origem rural, projetos de proteção ambiental
a preservação da natureza, mediante práticas científicas e ou pesquisa e experimentação agropecuária.
tecnológicas, propiciando a justiça social e a manutenção § 1º Entende-se por família de origem rural as de pro-
do homem no campo, pela garantia às comunidades, do prietários de minifúndios, parceiros subparceiros, arren-
acesso à formação profissional, educação, cultura, lazer e datários, subarrendatários, posseiros, assalariados perma-
infraestrutura. nentes ou temporários, agregados, demais trabalhadores
Art. 317 O Município promoverá: rurais e migrantes de origem rural.
I - através de sua Procuradoria, ações discriminatórias § 2º Os órgãos municipais da administração direta e
objetivando a identificação, delimitação e arrecadação de indireta, incumbidos das políticas e agrícola, destinarão
áreas devolutas, incorporando-as ao patrimônio imobiliário parte dos respectivos orçamentos ao desenvolvimento dos
do Município e divulgando amplamente os seus resultados;
assentamentos de que trata este artigo.
II - levantamento das terras ociosas e inadequadamen-
§ 3º As terras devolutas incorporadas através de ação
te aproveitadas;
discriminatória, desde que não localizadas em área de pro-
III - cadastramento das áreas de conflito pela posse da
terra e adoção de providência que garantam solução dos teção ambiental obrigatória, serão destinadas ao assenta-
impasses; mento de famílias.
IV - levantamento de terras agrícolas ocupadas por Art. 319 A regularização de ocupação, referente a imó-
posseiros, apoiando-os, nos caso de indivíduos ou famílias vel rural incorporado ao patrimônio público municipal, far-
que trabalham diretamente a gleba, encaminhando-os à se-á através do direito real de uso, inegociável durante o
Justiça estadual gratuita para que ela se incumba da ações período de dez anos.
de proteção, legitimação e reconhecimento da posse e da Parágrafo Único - A concessão do direito real de uso de
propriedade da terra, inclusive das ações de usucapião es- terras públicas subordinar-se-á, obrigatoriamente, além de
pecial; a outras que forem estabelecidas pelas partes, sob pena de
V - realização de cadastro geral das propriedades rurais reversão ao outorgante, às cláusulas definidoras:
do Município, com indicação do uso do solo, da produção I - da exploração da terra, direta, pessoal ou familiar,
da cultura agrícola e do desenvolvimento científico e tec- para cultivo ou qualquer outro tipo de exploração que
nológico das unidades de produção; atenda aos objetivos da política agrária;
VI - regularização fundiária dos projetos de assenta- II - da residência permanente dos beneficiários na área
mento de lavradores em áreas de domínio público; objeto do contrato;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - da individualidade e intransferência das terras pe- III - preservação da diversidade genética tanto animal
los outorgados e seus herdeiros, a qualquer título, sem au- quanto vegetal;
torização expressa e prévia do outorgante; IV - manter barreiras sanitárias a fim de controlar e im-
IV - da manutenção das reservas florestais obrigatórias pedir o ingresso em seu território, de animais e vegetais
e observância das restrições de uso de imóvel, nos termos contaminados por pragas, doenças ou substâncias quími-
da lei. cas nocivas a saúde.
Art. 320 As terras devolutas do Município não serão Art. 325 A conservação do solo é de interesse público
adquiridas por usuários. em todo território do Município, impondo-se a coletividade
e ao Poder Público o dever de preservá-lo e cabendo a este:
Capítulo VII I - estabelecer regimes de conservação e elaborar nor-
DA POLÍTICA AGRÍCOLA mas de preservação dos recursos do solo e da água, asse-
gurando o uso múltiplo desta;
Art. 321 Na elaboração e execução da política agrícola, o II - orientar os produtores rurais sobre técnicas de manejo
Município garantirá a efetiva participação dos diversos seto- e recuperação de solo, através de serviços de extensão rural;
res da produção, especialmente dos produtores trabalhado- III - desenvolver e estimular pesquisa de tecnologia de
res rurais, através de suas representações sindicais e organiza- conservação do solo;
ções similares, inclusive na elaboração de planos plurianuais IV - desenvolver infraestrutura física e social que ga-
de desenvolvimento agrícola, de safras e operativos anuais. ranta a produção agrícola e crie condições de permanência
Art. 322 As ações de apoio à produção dos órgãos ofi- do homem no campo;
ciais somente atenderão aos estabelecimentos agrícolas V - proceder ao zoneamento agrícola, considerando
que cumpram a função social da propriedade segundo se os objetivos e as ações de política agrícola previstas neste
define no artigo 233 desta Lei Orgânica. capítulo.
Art. 323 A política agrícola a ser implementada pelo Municí-
pio dará prioridade a pequena produção e aos estabelecimento Capítulo VIII
elementar através de sistemas de comercialização direta entre DA POLÍTICA PESQUEIRA
produtores e consumidores, competindo ao Poder Público:
Art. 326 O Município elaborará política específica para
I - incentivar e manter pesquisa agropecuária que ga-
o setor pesqueiro, enfatizando sua função de abastecimen-
ranta o desenvolvimento da produção de alimentos, com
to alimentar, promovendo o seu desenvolvimento e orde-
progresso tecnológico voltado aos pequenos e médios
namento, incentivando a pesca artesanal e a aquicultura
produtores, às características regionais e aos ecossistemas;
através de programas específicos de crédito rede pública
II - planejar e implementar a política agrária e com a pre-
de entrepostos, pesquisa, assistência técnicas e extensão
servação do meio ambiente e conservação do solo, estimu- pesqueira e estimulando a comercialização direta aos con-
lado os sistemas de produção integrados a policultura orgâ- sumidores.
nica e a integração entre agricultura, pecuária e aquicultura; § 1º Na elaboração da política pesqueira, o Município
III - fiscalizar e controlar o armazenamento, o abaste- garantirá a efetiva participação dos pequenos piscicultores
cimento de produtos agropecuários e a comercialização e pescadores artesanais ou profissionais, através de suas
de insumos agrícolas em todo território do Município, es- representações sindicais, cooperativas e organizações simi-
timulando a adubação orgânica e o controle integrado das lares.
pragas e doenças; § 2º Entende-se por pesca artesanal a exercida por pes-
IV - desenvolver programas de irrigação e drenagem, cadores que tirem da pesca o seu sustento, segundo a clas-
eletrificação rural, produção e distribuição de mudas e se- sificação dos órgãos competentes.
mentes, de reflorestamento, bem como do aprimoramento § 3º Incumbe ao Município criar mecanismos de prote-
dos rebanhos; ção e preservação das áreas ocupadas pelas comunidades
V - instituir programas de ensino agrícola associado ao de pescadores.
ensino não formal e à educação para preservação do meio Art. 327 O disposto aos artigos 322 e 323 desta lei é
ambiente; aplicável, no que couber, à atividade pesqueira, estenden-
VI - utilizar seus equipamentos mediante convênio do-se à zona costeira e à pesca artesanal, as regras ali esta-
com cooperativas agrícolas ou entidades similares, para o belecidas para proteção prioritária dos solos e da pequena
desenvolvimento das atividades agrícolas dos pequenos produção rural.
produtores e dos trabalhadores rurais; Art. 328 É criado o Conselho Municipal da Pesca, consti-
VII - estabelecer convênios com outros município, para tuído de representantes dos poderes Executivo e Legislativo
a conservação permanente das estradas vicinais. do Município, de instituições ligadas à pesca e ao meio am-
Art. 324 Incumbe ao Município garantir: biente e de membros das comunidades pesqueiras locais.
I - execução da política agrícola, especialmente em fa- § 1º Compete ao Conselho Municipal da Pesca:
vor de pequenos produtores, proprietários ou não; I - coordenar e normatizar os assuntos relacionados à
II - controle e fiscalização da produção, comercializa- pesca, em coerência com a legislação específica;
ção, armazenamento, transporte interno e uso de agrotóxi- II - apoiar e fiscalizar a pesca;
co e biocidas em geral, exigindo o cumprimento de recei- III - mediar, com poder decisório, em conflitos e litígios
tuários agronômicos; concernentes à pesca.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2º A fiscalização da pesca será exercida, por delega- V - estimular e promover reflorestamento ecológico
ção do Conselho, por membros do Conselho Municipal da em áreas degradadas, objetivando especialmente a prote-
Pesca e por cidadãos indicados pelas comunidades pes- ção de encostas e dos recursos hídricos, a consecução de
queiras organizadas do Município. índices mínimos de cobertura vegetal, o reflorestamento
Art. 329 É vedada e será reprimida, na forma da lei, econômico em áreas ecologicamente adequadas, visando
pelos órgãos públicos, com atribuição para fiscalizar e suprir a demanda de matéria-prima de origem florestal e
controlar as atividades pesqueiras, a pesca predatória sob preservação das florestas nativas;
qualquer das suas formas, tais como: VI - apoiar o reflorestamento integrado, com essências
I - práticas que causem riscos às bacias hidrográficas e diversificadas, em áreas ecologicamente adequadas, visan-
zonas costeiras de território do Município; do suprir a demanda de matéria-prima de origem vegetal;
II - emprego de técnicas e equipamentos que causem VII - promover, respeitada a competência da União, o
danos à capacidade de renovação do recurso pesqueiro; gerenciamento integrado dos recursos hídricos, na forma
III - nos lugares e épocas interditadas pelos órgãos
da lei, com base rios seguintes princípios:
competentes.
a) adoção das áreas das bacias e sub-bacias hidrográfi-
§ 1º Serão coibidas práticas que contrariem as normas
cas como unidades de planejamento e execução de planos,
vigentes relacionadas às atividades pesqueiras que causem
riscos aos ecossistemas aquáticos interiores e na zona cos- programas e projetos;
teira do mar territorial adjacente ao Município no limite de b) unidade na administração da qualidade e da quan-
120 milhas aquáticas. tidade das águas;
§ 2º Reverterão aos setores de pesquisa e extensão c) compatibilização entre os usos múltiplos efetivos e
pesqueira e educacional, os recursos captados na fiscali- potenciais;
zação e controle sobre atividades que comportem riscos d) participação dos usuários no gerenciamento e obri-
para as espécies aquáticas, bacias hidrográficas e para zona gatoriedade de contribuição para recuperação e manuten-
costeira a que se refere o parágrafo anterior. ção da qualidade em função do tipo e da intensidade do
Art. 330 A assistência técnica e a extensão pesqueira uso;
compreenderão: e) ênfase no desenvolvimento e no emprego de mé-
I - difusão da tecnologia adequada à conservação de todos e critérios biológicos de avaliação da qualidade das
recursos naturais e à melhoria das condições de vida do águas;
pequeno produtor pesqueiro e do pescador artesanal; f) proibição do despejo nas águas de caldos ou vinho-
II - estímulo à associação e organização dos pequenos tos, bem como de resíduos ou dejetos capazes de torná-las
produtores pesqueiros e dos pescadores artesanais ou pro- impróprias, ainda que temporariamente, para o consumo
fissionais; e a utilização normal ou para a sobrevivência das espécies;
III - integração da pesquisa pesqueira com as reais ne- VIII - promover os meios defensivos necessários para
cessidades do setor produtivo. evitar a pesca predatória;
IX - controlar e fiscalizar a produção, a estocagem, o
Capítulo IX transporte, a comercialização e a utilização de técnicas,
DO MEIO AMBIENTE métodos e instalações que comportem risco efetivo ou po-
SEÇÃO I tencial para qualidade de vida e o meio ambiente, incluin-
DAS DISPOSIÇÕES GERAIS do forma geneticamente alterada pela ação humana;
X - condicionar, na forma da lei, a implantação de ins-
Art. 331 Todos tem direito ao meio ambiente ecologica-
talações ou atividades efetiva ou potencialmente causado-
mente saudável e equilibrado, bem de uso comum ao povo e
ras de alterações significativas do meio ambiente, à prévia
essencial à qualidade de vida, impondo-se à todos, e em espe-
elaboração de estudo de impacto ambiental, a que se dará
cial ao Poder Público, o dever de defendê-lo, zelar por sua recu-
publicidade;
peração e proteção em benefício das gerações atuais e futuras.
§ 1º Para assegurar a efetividade desse direito, incum- XI - determinar a realização periódica, preferencial-
be ao Poder Público: mente por instalações científicas e sem fins lucrativos, de
I - fiscalizar e zelar pela utilização racional e sustentada auditorias nos sistemas de controle de poluição e preven-
dos recursos naturais; ção de riscos de acidentes das instalações e atividades de
II - proteger e restaurar a diversidade e a integridade significativo potencial poluidor, incluindo a avaliação deta-
do patrimônio genético, biológico e paisagístico, histórico lhada dos efeitos de sua operação sobre a qualidade física,
e arquitetônico; química e biológica dos recursos ambientais;
III - implantar sistema de unidades de conservação re- XII - estabelecer, controlar e fiscalizar padrões de qua-
presentativo dos ecossistemas originais do espaço territo- lidade ambiental, considerando os efeitos sinérgicos e
rial do Município, vedada qualquer utilização ou atividade cumulativos da exposição a fontes de poluição, incluída a
que comprometa seus atributos essenciais; absorção de substâncias químicas através de dieta alimen-
IV - proteger e preservar a flora e a fauna, as espécies tar, com especial atenção para aquelas efetiva ou potencial-
ameaçadas de extinção, as vulneráveis e raras, vedadas as mente cancerígenas, mutagenicas e teratogênicas;
práticas que submetam os animais a crueldades por ação XIII - garantir o acesso dos interessados às informações
direta do homem sobre os mesmos. sobre as fontes e causas da degradação ambiental;

92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XIV - informar sistematicamente à população sobre os Art. 333 A utilização dos recursos naturais com fins
níveis de poluição, a qualidade do meio ambiente, as situa- econômicos deverá atender criteriosamente à legislação,
ções de risco de acidentes e a presença de substâncias poten- cabendo ao Município fiscalizar rigorosamente a manuten-
cialmente danosas à saúde na água potável e nos alimentos; ção dos padrões de qualidade ambiental, obrigando os res-
XV - promover medidas judiciais e administrativas de ponsáveis na forma da lei, a recuperar as áreas degradas.
responsabilidade dos causadores de poluição ou de degra- Art. 334 Fica autorizado a criação, na forma da lei, do
dação ambiental, e dos que praticarem pesca predatória; fundo Municipal de Conservação Ambiental, destinado à
XVI - buscar a integração dos centros de pesquisa, as- implementação de programas e projetos de recuperação e
sociações civis, organizações sindicais para garantir e apri- preservação do meio ambiente, vedada sua utilização para
morar o controle da poluição; pagamento de pessoal da administração pública direta e in-
XVII - estabelecer política tributária visando à efeti- direta ou de despesa de custeio, diversas de sua finalidade.
vação do princípio poluidor pegador e o estímulo ao de- § 1º Constituição recursos para o fundo de que trata o
senvolvimento e implantação de tecnologias de controle «caput» deste artigo, entre outros:
e recuperação ambiental mais aperfeiçoadas, vedada a I - 20% (vinte por cento) da compensação financeira a
concessão de financiamentos governamentais e incentivos que se refere o art. 20, § 1º da Constituição da República;
fiscais às atividades que desrespeitem padrões e normas de II - o produto das multas administrativas e de condena-
proteção ao meio ambiente; ção judiciais por atos lesivos ao meio ambiente;
XVIII - acompanhar e fiscalizar as concessões de direi- III - dotações e créditos adicionais que lhe forem atri-
tos de pesquisa e exploração de recursos hídricos e mine- buídos;
rais efetuadas pela União no território do Município; IV - empréstimos, repasse, doações, subvenções, auxí-
XIX - promover a conscientização da população e a lios, contribuições legados ou quaisquer transferências de
adequação do ensino de forma a incorporar os princípios e recursos;
objetivos de proteção ambiental; V - rendimentos provenientes de suas operações ou
XX - implementar política setorial visando a coleta se- aplicações financeiras.
letiva, transporte, tratamento e disposição final de resíduos § 2º A administração do Fundo de que trata este artigo,
urbanos, hospitalares e industriais, com ênfase nos proces- caberá a um Conselho em que participarão necessariamen-
sos que envolvam sua reciclagem; te o Ministério Público e representantes da comunidade, na
XXI - instituir órgãos próprios para estudar, planejar e forma a ser estabelecida em lei.
controlar a utilização racional do meio ambiente; Art. 335 O Município, promoverá com a participação das
XXII - aprimorar a atuação na preservação, apuração e comunidades o zoneamento ambiental de seu território.
combate nos crimes ambientais, inclusive através da espe- § 1º A implantação de áreas ou polos industriais, bem
cialização de órgãos; como as transformações de uso do solo dependerão de
XXIII - fiscalizar e controlar, na forma da lei, a utilização estudo de impacto ambiental e do correspondente licen-
da áreas biologicamente ricas de manguezais, estuários e ciamento.
outros espaços de reprodução e crescimento de espécie § 2º O registro dos projetos de loteamento dependerá
aquáticas, em todas as atividades humanas capazes de do prévio licenciamento na forma da legislação de prote-
comprometer esses ecossistemas; ção ambiental.
§ 2º As condutas e atividades comprovadamente lesi- § 3º Os proprietários rurais ficam obrigados, na forma
vas ao meio ambiente, sujeitarão os infratores a sanções da lei, a preservar e a recuperar, com espécies nativas, suas
administrativas com a aplicação de multas diárias e pro- propriedades.
gressivas nos casos de continuidade da infração ou reinci- Art. 336 A extinção ou alteração das finalidades das
dência, incluídas a redução do nível de atividade e a inter- áreas das unidades de conservação dependerá de lei es-
dição, além da obrigação ou restaurar os danos causados. pecífica.
§ 3º Aquele que utilizar recursos ambientais fica obri- Art. 337 São áreas de preservação permanente:
gado na forma da lei, a realizar programas de monitoragem I - os manguezais, lagos, lagoas e lagunas e as áreas
a serem estabelecidos pelos órgãos competentes. estuarinas;
§ 4º A captação em cursos d`água para fins industriais II - as praias, vegetação de restingas quando fixadoras
será feita a jusante do ponto de lançamento dos efluentes de dunas, as dunas, os castões rochosos e as cavidades na-
líquidos da própria indústria, na forma da lei. turais subterrâneas-cavernas;
Art. 332 Fica criado o Conselho Municipal do Meio III - as nascentes e as faixas marginais de proteção de
Ambiente, de composição paritária, no qual participarão os água superficiais;
Poderes Executivo e Legislativo, comunidades científicas, IV - as áreas que abriguem exemplares ameaçados de
associações civis e especialistas na matéria, na forma da lei. extinção, raros, vulneráveis ou menos conhecidos, na fauna
Parágrafo Único - Os funcionários públicos encarrega- e flora, bem como aquelas que sirvam como local de pou-
dos da execução da política municipal do meio ambiente, so, alimentação ou reprodução.
que tiverem conhecimento de infrações intencionais ou por V - as áreas de interesse arqueológico, histórico, cientí-
omissão dos padrões e normas ambientais, deverão ime- fico, paisagístico e cultural;
diatamente comunicar o fato ao Ministério Público, indi- VI - as florestas e demais formas de vegetação natural,
cando os elementos de convicção, sob pena de responsa- conforme consta dos artigos 2º e 3º da Lei 4761/65;
bilidade administrativa, na forma da lei. VII - aquelas assim detalhadas por lei.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 338 São áreas de relevante interesse ecológico, Art. 346 Fica proibida a introdução no meio ambiente
cuja utilização dependerá de prévia autorização legislativa de substâncias cancerígenas, mutagênicas e teratogênicas,
preservados seus tributos essenciais: além dos limites e das condições permitidas pelos regula-
I - as coberturas florestais; mentos dos órgãos do controle ambiental.
II - o sistema lagunar do Município, integrado pelas Art. 347 A implantação e a operação de atividades efe-
Lagoas de Guarapina, Padre, Barra, Maricá, Brava e pelos tiva ou potencialmente poluidoras dependerão de adoção
canais de São Bento, Cordeirinho e Ponta Negra; das melhores tecnologias de controle para proteção do
III - a bacia hidrográfica do Município. meio ambiente, na forma da lei.
§ 1º Na faixa de proteção do sistema lagunar do Muni- Parágrafo Único - O Município manterá permanente
cípio são proibidas as seguintes atividades: fiscalização e controle sobre os veículos, que só poderão
I - o parcelamento da terra, para fins urbanos; trafegar com equipamentos antipoluentes que eliminem
II - o desmatamento, a extração de madeira e vegeta- ou diminuam ao máximo o impacto nocivo da gaseificação
ção característica e a retirada de espécimes vegetais; de seus combustíveis.
III - a caça, ainda que amadorística, e o aprisionamento Art. 348 Os lançamentos finais dos sistemas públicos
de animais; e particulares de coleta de esgotos sanitários deverão ser
IV - a alteração do perfil natural do terreno; precedidos, no mínimo, de tratamento primário completo,
V - a abertura de logradouros; na forma da lei.
VI - a construção de edificações ou edículas. § 1º Fica vedada a implantação de sistema de coleta con-
§ 2º É vedado o uso de embarcações a motor no siste- junta de águas pluviais e esgotos doméstico ou industriais.
ma lagunar do Município, exceto: § 2º As atividades poluidoras deverão dispor de bacias
a) por embarcação de caráter coletivo que vise à ex- de contenção para as águas de drenagem, na forma da lei.
ploração turística, com concessão pelo Poder Público e que § 3º Fica vedado o lançamento dos sistemas públicos e
atenda aos requisitos antipoluentes e de preservação am- particulares de coleta de esgotos e resíduos industriais nos
biental previstos em lei; rios, cursos d`água, lagoas, e no mar sem cumprimento das
b) no Canal de Ponta Negra, por pescadores creden- normas técnicas que evitem a poluição das águas.
ciados; Art. 349 É vedada a criação de aterros sanitários à mar-
c) em caso de emergência definida pelo Poder Público; gem dos rios, lagos, lagoas, manguezais e mananciais.
d) barcos de pequeno porte. Art. 350 O Município exercerá o controle de utilização
Art. 339 São áreas de proteção ambiental a Ilha da Car- de insumos químicos na agricultura e na criação de animais
dosa, a Ponta do Fundão e a Serra da Tiririca. para alimentação humana de forma a assegurar a proteção
Art. 340 Nas áreas de proteção ambiental são proibidas do meio ambiente e a saúde pública.
as atividades previstas no § 1º do artigo 338. Parágrafo Único - O controle a que se refere este arti-
Art. 341 As terras públicas ou devolutas, consideradas go será exercido, tanto na esfera da produção, quanto na
de interesse para a proteção ambiental, não poderão ser de consumo, com a participação do órgão encarregado da
transferidas a particulares a qualquer título. execução da política de proteção ambiental.
Parágrafo Único - É proibida a utilização das áreas de Art. 351 A lei instituirá normas para coibir a poluição
proteção ambiental e outras declaradas por lei, para cria- sonora.
ção de animais que depreendem o meio ambiente, os quais Art. 352 Nenhum padrão ambiental do Município po-
estarão sujeitos a apreensão e seus donos penalizados. derá ser menos restrito do que os padrões fixados pela Or-
Art. 342 A iniciativa do Poder Público de criação de ganização Mundial de Saúde.
unidades de conservação com a finalidade de preservar a Art. 353 As empresas concessionárias do serviço de
integridade de exemplares de ecossistemas, será imediata- abastecimento público de águas deverão divulgar semes-
mente seguida dos procedimentos necessários à regulari- tralmente, relatório de monitoragem de água distribuída à
zação fundiária, demarcação e implantação da estrutura de população, a ser elaborado por instituição de reconhecida
fiscalização adequada. capacidade técnica científica.
Art. 343 O Poder Público poderá estabelecer restrições Parágrafo Único - A monitoragem deverá incluir a ava-
administrativas de uso de áreas privadas para fins de pro- liação dos parâmetros a ser definidos pelos órgãos esta-
teção de ecossistemas. duais de saúde e meio ambiente.
Parágrafo Único - As restrições administrativas de uso a Art. 354 A Municipalidade promoverá a associação en-
que se refere este artigo, deverão ser averbadas no registro tre os municípios situados na Região dos Lagos, a fim de
imobiliário no prazo máximo de um ano a contar de seu discutir e executar projetos, atividades e soluções comuns,
estabelecimento. à questão ambiental, inclusive a edição de normas legais
Art. 344 As coberturas florestais nativas existentes no em padrões semelhantes.
Município, serão consideradas indispensáveis ao processo Art. 355 O Poder Público delimitará e regular a utiliza-
de desenvolvimento equilibrado e à sadia qualidade de vida ção de bens de uso comum integrantes do seu patrimô-
de seus habitantes e não poderão ter suas áreas reduzidas. nio, não passíveis de concessão ou permissão de uso, com
Art. 345 As empresas concessionárias ou permissioná- vistas à preservação do interesse turístico, paisagístico e
rias de serviços públicos deverão atender aos dispositivos ecológico.
de proteção ambiental em vigor.

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO II Art. 357 Consideram-se de preservação permanente,
DAS FISCALIZAÇÃO DO MEIO AMBIENTE sujeitas a fiscalização do Município, proibida a sua extra-
ção, as areias:
Art. 356 O Município suplementará a legislação e a I - da orla marítima, numa faixa de 100 (cem) metros
ação fiscalizadora federal e estadual no que tange à preser- da preamar;
vação e à proteção do seu meio ambiente, a boa qualidade II - das dunas e restingas;
de vida, e o seu patrimônio histórico cultural, inclusive com III - das margens dos rios;
imposição de sanções previstas em lei. IV - dos terrenos públicos;
§ 1º O Poder Público, sem prejuízo das sanções a serem V - do leito dos rios, mesmo daqueles situados em pro-
especificadas em lei, fará a apreensão de armas e do mate- priedade privada, com exceção para os que obtiverem e
rial porventura em poder daqueles que se encontrarem na forem portadores de licença especial fornecida pela Prefei-
prática da pesca predatória, de agressões contra a fauna e tura Municipal.
o meio ambiente.
Parágrafo Único - Será apreendido o veículo utilizado no
§ 2º Aquele que atear fogo às florestas e às demais for-
transporte das areias a que se refere este artigo, condicio-
mas de vegetação natural do Município, ou concorrer para
nada sua liberação ao pagamento da multa prevista em lei.
que tal aconteça, direta ou indiretamente, será denuncia-
do pelo poder público por crime previsto no Código Penal,
além de sujeitar-se às sanções da lei municipal. TÍTULO VII
§ 3º Será também denunciado pelo poder público por DA ORDEM SOCIAL
crime previsto no Código Penal e sujeito às sanções da lei Capítulo I
municipal, aquele que não preservar as formas de vegeta- DISPOSIÇÕES GERAIS
ção natural situados:
a) ao longo dos rios ou de outro qualquer curso d`á- Art. 358 A ordem social tem como base o primado do
gua, em faixa marginal cuja largura mínima será: trabalho e como objetivo o bem-estar e a justiça social.
1) de 5 (cinco) metros para os rios de menos de 10
(dez) metros de largura; Capítulo II
2) de 50 (cinquenta) metros para os cursos d`água que DA SEGURIDADE SOCIAL
tenham de 10 (dez) a 50 (cinquenta) metros de largura; SEÇÃO I
3) de 100 (cem) metros para os cursos d`água que te- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
nham de 50 (cinquenta) a 200 (duzentos) metros de largura;
4) nas nascentes ainda que intermitentes e nos cha- Art. 359 O Município e o Estado, com a União, integram
mados “Olhos d`água”, qualquer que seja a sua situação um conjunto de ações e iniciativas è iniciativas dos Poderes
topográfica, num raio mínimo de 50 (cinquenta) metros de Públicos e da sociedade destinado a assegurar os direitos
largura; relativos à saúde, à previdência e assistência social, de con-
5) no topo dos morros, montes, montanhas e serras; formidade com as disposições da Constituição Federal e
6) nas encostas ou partes destas com declive superior a das leis.
45º, equivalente a 100% na linha de maior declive; § 1º As receitas do Município, destinados à seguridade
7) na Mata Atlântica, definida no § 4º do artigo 225, da social, constarão dos respectivos orçamentos.
Constituição Federal, toda a faixa litorânea do Município § 2º Para efeito de aposentadoria, é assegurada a con-
de Maricá. tagem recíproca do tempo de contribuição pública e na
§ 4º Consideram-se propriedade do Estado, conse-
atividade privada, rural e urbana, inclusive na condição de
quentemente, do Município de Maricá, nos termos do ar-
autônomo, hipótese em que os diversos sistemas de pre-
tigo 1º da Lei nº 5.197, de 03 de janeiro de 1967, e sob
vidência social se compensarão financeiramente segundo
a especial proteção do poder público, nos termos como
critérios estabelecidos em lei.
dispõe o artigo 23, inciso VI e VII artigo 225 da Constituição
Federal o artigo 258 da Constituição Estadual e artigo 331 Art. 360 Será garantida pensão por morte do servidor,
desta Lei, os animais de quaisquer espécies em qualquer homem ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e depen-
fase do seu desenvolvimento e que vivem naturalmente dentes.
fora do cativeiro, constituindo a fauna silvestre, bem como Parágrafo Único - A pensão mínima a ser paga aos
seus ninhos, abrigos e criadouros naturais, sendo proibida pensionistas de institutos de previdência não poderá ser
a sua utilização, perseguição, destruição, caça ou apanha. de valor inferior ao de 1 (um) salário mínimo.
a) se peculiaridade municipal comportar o exercício da Art. 361 É facultado ao funcionário público que não te-
caca a permissão será estabelecida em ato regulamentador nha cônjuge, companheiro ou dependente, legar a pensão
do poder público federal ratificado por licença fornecida por morte a beneficiários de sua indicação, respeitadas as
pela Prefeitura municipal. condições e a faixa etária previstas em lei para a concessão
§ 5º As autoridades e funcionários municipais que per- de benefícios e dependentes.
mitirem ou se omitirem na apuração de agressões contra o Art. 362 Compete ao Município suplementar se for o
meio ambiente, a boa qualidade da vida, a fauna e o patri- caso os planos de previdência social e estabelecidas na lei
mônio histórico-cultural do Município serão responsabiliza- federal.
dos administrativamente como co-autores, na forma da lei.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO II § 3º É vedada a participação direta ou indireta de em-
DA SAÚDE presas estrangeiras ou de empresas brasileiras de capital
estrangeiro na assistência à saúde no Município, salvo nos
Art. 363 A saúde é direito de todos e dever do Mu- casos previstos em lei.
nicípio, assegurada mediante políticas sociais, econômicas § 4º É vedada a destinação de recursos públicos para
e ambientais que visem à prevenção de doenças físicas e auxílios ou subvenções às instituições privadas com fins lu-
mentais e outros agravos, ao acesso universal e igualitário crativos.
às ações de saúde e à soberana liberdade de escolha dos Art. 368 O sistema único de saúde será financiado com
serviços quando esses constituírem ou complementarem recursos do orçamento do Estado, da seguridade social, da
o sistema único de saúde, guardada a regionalização para União e do Município além de outras fontes.
sua promoção, proteção e recuperação. Parágrafo Único - Os recursos financeiros do sistema
Art. 364 As ações e serviços de saúde são de relevância de saúde serão administrados, na esfera municipal, por
pública, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da fundos de natureza contábil criados na forma da lei.
lei sobre sua regulamentação fiscalização e controle deven- Art. 369 Ao sistema único de saúde compete, além de
do sua execução ser feita com prioridade, diretamente ou outras atribuições estabelecidas na Lei Orgânica da Saúde:
através de terceiros preferencialmente por entidades filan- I - ordenar a formação de recursos humanos na área
trópicas e também por pessoa física ou jurídica de direito de saúde bem como a capacitação técnica e a reciclagem
privado. permanente;
Art. 365 As ações e serviços públicos de saúde inte- II - garantir aos profissionais da área de saúde um pla-
gram uma rede regionalizada e hierarquizada e constituem no de cargos e salários único, o estímulo ao regime integral
um sistema único de saúde, de acordo com as seguintes e condições adequadas de trabalho em todos os níveis;
diretrizes: III - criar e implantar sistema municipal público de san-
I - integração das ações e serviços de saúde do Muni- gue, componentes e derivados, para garantir a auto-sufi-
cípio ao sistema único de saúde; ciência do Município no setor, assegurando a preservação
II - descentralização político-administrativa, com dire- da saúde do doador e do receptor de sangue, bem como a
ção única em cada nível, respeitada a autonomia municipal, manutenção de laboratórios e hemocentros regionais;
garantindo-se os recursos necessários; IV - dispor sobre a fiscalização e normalização da re-
III - atendimento integral, universal e igualitário, com moção de órgãos tecidos e substâncias, para fins de trans-
acesso a todos os níveis dos serviços de saúde da popula- plantes, pesquisa e especialmente sobre a reprodução hu-
ção urbana e rural, contemplando as ações de promoção, mana e tratamento, vedada a sua comercialização;
proteção, recuperação de saúde individual e coletiva, com V - participar na elaboração e atualização de plano mu-
prioridade para as atividades preventivas e de atendimento nicipal de alimentação e nutrição;
de emergência, sem prejuízo dos demais serviços assisten- VI - controlar, fiscalizar e inspecionar procedimentos,
ciais; produtos e substâncias que compõem os medicamentos,
IV - municipalização dos recursos tendo como parâme- contraceptivos, imunobiológicos, alimentos, compreendi-
tros o perfil epidemiológico e demográfico, e a necessida- do o controle de seu teor nutricional, bem como bebidas
de de implantação, expansão e manutenção dos serviços e águas para consumo humano, cosméticos, perfumes,
de saúde do Município; produtos de higiene, saneantes, domissanitários, agrotóxi-
V - elaboração e atualização periódica do plano muni- cos, biocidas, produtos agrícolas, drogas veterinárias, san-
cipal de saúde em termos de prioridade e estratégia distri- gue, hemoderivados, equipamentos médico-hospitalares e
tais, em consonância com o Plano Nacional de Saúde e de odontológicos, insumos e outros de interesse para a saúde;
acordo com as diretrizes do Conselho Municipal. VII - manter laboratórios de referência de controle de
VI - outras que venham a ser adotadas em legislação qualidade;
complementar. VIII - participar na fiscalização das operações de pro-
Art. 366 É assegurada, na área de saúde a liberdade de dução, transporte, guarda e utilização executados com
exercício profissional e de organização de serviços privados substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radiativos;
na forma da lei, de acordo com os princípios da política IX - desenvolver ações visando a segurança e a saúde
nacional de saúde e das normas federais estabelecidas pelo do trabalhador, integrando sindicato e associações técni-
Conselho Municipal de Saúde. cas, compreendendo a fiscalização normatização e coorde-
Art. 367 As instituições privadas poderão participar de nação geral na prevenção, prestação de serviços e recupe-
forma complementar do sistema único de saúde, mediante ração mediante:
o contrato de direito público ou convênio, tendo preferên- a) mediadas que visem à eliminação de riscos de aci-
cia as entidades filantrópicas e as sem fins lucrativos. dentes, doenças profissionais e do trabalho e que ordenem
§ 1º A decisão sobre a contratação de serviços priva- o processo produtivo para esse fim;
dos será precedida de audiência do Conselho Municipal de b) informações aos trabalhadores a respeito de ativida-
Saúde. des que comportem riscos à saúde e dos métodos para o
§ 2º Aos serviços de saúde de natureza privada, que seu controle;
descumpram as diretrizes do sistema único de saúde ou c) controle e fiscalização dos ambientes e processos de
os termos previstos nos contratos firmados com o Poder trabalhos nos órgãos ou empresas públicas e privadas, in-
Público, aplicar-se-ão as sanções previstas em lei. cluindo os departamentos médicos;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
d) direito de recusa ao trabalho em ambiente sem con- XVIII - gerir, executar, controlar e avaliar as ações refe-
trole de riscos, assegurados a permanência no emprego; rentes às condições e aos ambientes de trabalho no que
e) promoção regular e prioritária de estudos e pesqui- respeita aos problemas de saúde;
sas em saúde do trabalho; XIX - fornecer alimentação e orientação nutricional
f) proibição do uso de atestados de esterilização e de nas unidades de pacientes internos do Poder Público e das
teste de gravidez, como condição para admissão ou per- ações integradas de saúde;
manência no trabalho; XX - divulgar assuntos pertinentes à promoção, prote-
g) notificação compulsória, pelos ambulatórios mé- ção prevenção e recuperação da saúde de interesse coletivo;
dicos dos órgãos ou empresas públicas ou privadas das XXI - participação direta do usuário a nível das unida-
doenças profissionais e dos acidentes do trabalho; des prestadoras de serviços de saúde, no controle de sua
h) intervenção interrompendo as atividades em local ações e serviços.
de trabalho em que haja risco iminente em que tenham Parágrafo Único - O Município, na forma da lei con-
cederá estímulos especiais às pessoas que doarem órgãos
ocorrido graves danos a saúde do trabalho.
possíveis de serem transplantados quando de sua morte,
X - coordenar e estabelecer diretrizes e estratégias das
com o propósito de restabelecerem funções vitais à saúde.
ações de vigilância sanitárias e epidemiológica e colaborar
Art. 370 O Município garantirá assistência integral a
no controle do meio ambiente e saneamento;
saúde da mulher em todas as fases de sua vida, através da
XI - determinar que todo estabelecimento público ou implantação de política adequada, assegurando:
privado, sob a fiscalização de órgãos do sistema único de I - assistência à gestação, ao parto e ao aleitamento;
saúde, seja obrigado a utilizar coletor seletivo de lixo hos- II - direito à auto-regulação da fertilidade como livre
pitalar; decisão da mulher, do homem ou do casal, tanto para exer-
XII - formular e implantar política de atendimento à cer a procriação quanto para evitá-la;
saúde portadores de deficiência, bem como coordenar e III - fornecimento de recursos educacionais, científicos
fiscalizar os serviços e ações específicas de modo a garantir e assistenciais, bem como acesso gratuito aos métodos an-
a prevenção de doenças ou condições que favoreçam o seu ticoncepcionais, esclarecendo os resultados, indicações e
surgimento, assegurando o direito a habitação, reabilitação contra-indicações, vedada qualquer forma coercitiva ou de
e integração social com todos os recursos necessários, in- indução por parte de instituições públicas ou privadas;
clusive o acesso aos materiais e equipamentos de reabilita- IV - assistência à mulher, em caso de aborto, provoca-
ção, dando prioridade a implantação do teste de Guthrie, do ou não como também em caso de violência sexual, as-
como medida preventiva para detectar, através de diagnós- seguradas dependências especiais nos serviços garantidos
tico precoce, os indivíduos portadores de deficiência; direta ou indiretamente pelo Poder Público;
XIII - implantar política de atendimento à saúde das V - adoção de novas práticas de atendimento relativas
pessoas consideradas doentes mentais, devendo ser ob- ao direito da reprodução mediante consideração da expe-
servados os seguintes princípios: riência dos grupos ou instituições de defesa da saúde da
a) rigoroso respeito aos direitos humanos dos doentes; mulher.
b) integração dos serviços de emergência psiquiátricos Art. 371 O Município através dos órgãos competentes
e psicológicos aos serviços de emergência geral; determinará a fluoretização do cloreto de sódio, na propor-
c) prioridade e atenção extra-hospitalar, incluindo ção fixada pela autoridade responsável.
atendimento ao grupo familiar, bem como ênfase na abor- Art. 372 O Município regulamentará em relação ao
dagem interdisciplinar; sangue, coleta processamento, estocagem, tipagem soro-
d) ampla informação aos doentes, familiares e à socie- lógica, distribuição, transporte, descarte, indicação e trans-
fusão, bem como sua procedência e qualidade ou com-
dade organizada sobre os métodos de tratamento a serem
ponente destinado à industrialização, seu processamento,
utilizados;
guarda, distribuição e aplicação.
e) garantia da destinação de recursos naturais e hu-
Art. 373 O Município assegurará a todo cidadão o
manos para proteção e tratamento adequado ao doente fornecimento de sangue, componentes e derivados, bem
mental, aos níveis ambulatorial e hospitalar. como a obtenção de informações sobre o produto do san-
XIV - garantir a destinação de recursos materiais e hu- gue humano que lhe tenha sido aplicado.
manos na assistência de doenças crônicas e à terceira ida- Art. 374 A assistência farmacêutica faz parte da as-
de, na forma da lei; sistência global à saúde e as ações a ela correspondentes
XV - estabelecer cooperação com a rede pública de en- devem ser integrados ao sistema único de saúde, garan-
sino, de modo a promover acompanhamento constante às tindo-se o direito de toda a população aos medicamentos
crianças em fase escolar, prioritariamente aos estudantes básicos, que constem de lista padronizada dos que sejam
do primeiro grau; considerados essenciais.
XVI - incentivar, através de campanhas promocionais Art. 375 O Município poderá adquirir medicamentos
educativas e outras iniciativas, a doação de órgãos; e soros imunobiológicos produzidos pela rede privada,
XVII - prover a criação de programa suplementar que quando a rede pública, prioritariamente a estadual, não es-
garanta fornecimento de medicação às portadoras de ne- tiver capacitada a fornecê-lo.
cessidades especiais, no caso em que seu uso seja impres- Art. 376 O Poder Público participará da formulação da
cindível à vida; política das ações de saneamento básico.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 377 O Município prestará assistência odontológica SEÇÃO III
à população de baixa renda. DA ASSISTÊNCIA SOCIAL
Art. 378 O Poder Público, mediante ação conjunta de
suas áreas da educação e saúde, garantirá aos alunos da Art. 386 O Município prestará assistência social a quem
rede pública de ensino acompanhamento médico-odonto- dela necessitar, obedecendo os princípios e normas da
lógico e às crianças que ingressam no préescolar exames e Constituição Federal.
tratamentos oftalmológico e fonoaudiológico. Parágrafo Único - Será assegurada, nos termos da lei,
Art. 379 O Município deverá, no âmbito de sua com- a participação da população, por meio de organizações re-
petência, estabelecer medidas de proteção a saúde dos ci- presentativas, na formulação das políticas e no controle das
dadãos não fumantes em escolas, restaurantes, hospitais, ações de assistência social.
transportes coletivos, repartições públicas, cinemas, teatros Art. 387 Caberá ao Município promover e executar as
e demais estabelecimentos de grande afluência de público. obras que, por sua extensão e natureza, não possam ser
Art. 380 O Município instituirá mecanismos de controle atendidas pelas instituições de caráter privado.
e fiscalização adequados para coibir a imperícia, a negli- Art. 388 O plano da assistência social do Município, nos
gência, a imprudência e a omissão de socorro nos estabe- termos que a lei estabelecer, terá por objetivo a correção
lecimentos hospitalares oficiais e particulares, cominando dos desequilíbrios do sistema social, visando a um desen-
penalidades severas para os culpados. volvimento social harmônico, consoante o previsto no arti-
Parágrafo Único - Quando se tratar de estabelecimento go 203 da Constituição Federal.
particular, as penalidades poderão variar da imposição de
multas pecuniárias à cassação da licença de funcionamento. Capítulo III
Art. 381 o Poder Executivo fiscalizará a higiene dos pro- DA EDUCAÇÃO, DA CULTURA E DO DESPORTO
dutos alimentícios expostos ou destinados à venda, bem SEÇÃO I
como exercerá rigoroso controle das condições sanitárias DA EDUCAÇÃO
nos estabelecimentos industriais e comerciais, aplicando,
se for o caso, sanções na forma da lei.
Art. 389 A educação, direito de todos e dever do Mu-
Art. 382 As empresas prestadoras de serviços de assis-
nicípio, da família e da sociedade, promovida e incentivada
tência médica, administradoras de plano de saúde, deverão
com a colaboração da sociedade, visa ao plano desenvol-
ressarcir o Município das despesas com o atendimento de
vimento da pessoa e à formação do cidadão, ao aprimora-
pacientes em unidades de saúde pertencentes ao Poder
mento da democracia e dos direitos humanos; à eliminação
Público Municipal.
de todas as formas de racismo e de discriminação; ao res-
Art. 383 O Poder Executivo realizará, no primeiro qua-
peito dos valores e do primado do trabalho; à afirmação
drimestre de cada ano, Conferência Municipal de Saúde,
do pluralismo cultural, à convivência solidária a serviço de
com a participação de entidades representativas da co-
uma sociedade justa, fraterna, livre e soberana.
munidade, médicos, trabalhadores da área de saúde e dos
Art. 390 O Município atuará prioritariamente no ensino
poderes constituídos, para avaliar a situação do Município
quando à saúde. fundamental e préescolar.
Parágrafo Único - Na conferência a que se refere este Art. 391 o ensino fundamental regular será ministrado
artigo, o Prefeito prestará contas à comunidade das apli- em língua portuguesa.
cações de recursos destinados à saúde e dos projetos e Art. 392 O ensino será ministrado com base nos se-
normas adotadas ou a serem adotadas. guintes princípios:
Art. 384 É criado o Conselho Municipal de Saúde, in- I - igualdade de condições para o acesso e a perma-
cumbido de orientar e assistir o Poder Público nas questões nência na escola;
relativas à saúde, bem como propor medidas e ações. II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o
Parágrafo Único - A organização, composição, funcio- pensamento, a arte e o saber, vedada qualquer discriminação;
namento e atribuições do Conselho Municipal de Saúde III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas,
serão estabelecidos em lei. e coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
Art. 385 o Município aplicará, anualmente, nunca me- IV - ensino público, gratuito para todos, em estabeleci-
nos de 13% (treze por cento) da receita de impostos, com- mentos oficiais, observado o critério da alínea abaixo:
preendido o proveniente de transferência, na manutenção a) na eventualidade de, em unidade escolar oficial de
e desenvolvimento do sistema único de saúde. pré-escolar, 1º grau ou de ensino supletivo, haver necessi-
dade de opção para ocupação de vaga em decorrência de
a demanda de matrículas ser superior à oferta de vagas,
dar-se-á preferência aos candidatos
V - valorização dos profissionais do ensino, garantidos,
na forma da lei, planos de carreira para o magistério público;
VI - gestão democrática do ensino público, na forma da
lei, atendendo às seguintes diretrizes:

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
a) participação da sociedade na formulação da política § 3º O Município poderá solicitar assistência técnica e
educacional e no acompanhamento de sua execução; material ao Estado, para o desenvolvimento do ensino funda-
b) criação de mecanismos para prestação de contas à so- mental e pré-escolar conforme § 3º do artigo 305 da Consti-
ciedade da utilização dos recursos destinados a educação; tuição do Estado do Rio de Janeiro.
c) participação de estudantes, professores, pais e funcio- § 4º Ao educando portador de deficiência física, mental
nários, através de funcionamento de conselhos comunitários ou sensorial assegura-se o direito de matrícula na escola pú-
em todas as unidades escolares, com o objetivo de acompa- blica mais próxima de sua residência.
nhar o nível pedagógico da escola; Art. 394 O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as
VII - garantia de padrão de qualidade; seguintes condições:
VIII - educação não diferenciada entre sexos, seja no com- I - cumprimento das normas gerais da educação nacional;
portamento pedagógico ou no conteúdo do material didático; II - autorização e avaliação de qualidade pelo Poder Públi-
IX - regionalização, inclusive para o ensino profissionali- co, segundo normas do Conselho Federal de Educação;
zante, segundo características sócio-econômicas e culturais. III - garantia pelo Poder Público de mecanismos de con-
Art. 393 O dever do Município com a educação será efe- trole indispensáveis à necessária autorização para cobrança
tivado mediante garantia de: de taxas, mensalmente e quaisquer pagamentos.
I - ensino público fundamental, obrigatório e gratuito, Parágrafo Único - O não atendimento às normas legais
com o estabelecimento progressivo do turno único; relativas ao ensino e a seus profissionais acarretará sanções
II - oferta obrigatória do ensino fundamental e gratuito administrativas e financeiras.
aos que a eles não tiverem acesso na idade própria; Art. 395 O ensino religioso, de matrícula facultativa, cons-
III - progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuida- tituirá disciplina dos horários normais das escolas públicas de
de do ensino médio; ensino fundamental.
IV - atendimento educacional especializado aos portado- Art. 396 O Município aplicará, anualmente, nunca menos
res de deficiência e ensino profissionalizante na rede regular de 30% (trinta por cento) da receita de impostos, compreen-
de ensino, quando necessário, por professores da educação dida e proveniente de transferências, na manutenção e de-
especial;
senvolvimento da rede de ensino.
V - atendimento especializado aos alunos superdotados,
§ 1º A distribuição dos recursos públicos assegurará prio-
a ser implantado por legislação específica;
ridade ao ensino obrigatório, nos termos dos planos nacional
VI - atendimento obrigatório e gratuito em creches e pré
e estadual de educação e, garantirá um percentual mínimo de
-escolas a crianças de zero a seis anos de idade, mediante
1% (um por cento) para educação especial.
atendimento de suas necessidades biopsicosociais, adequado
§ 2º Os programas suplementares de alimentação e assis-
aos seus diferentes níveis de desenvolvimento, com preferên-
cia à população de baixa renda; tência ao educando, no ensino fundamental, serão financia-
VII - acesso ao ensino obrigatório e gratuito, que constitui dos com recursos provenientes de contribuições sociais e de
direito público subjetivo; outras dotações orçamentárias.
VIII - oferta de ensino noturno regular, adequado às con- § 3º O ensino fundamental público terá como fonte adi-
dições do educando; cional de financiamento a contribuição social do salário-edu-
IX - atendimento ao educando, no ensino fundamental, cação, recolhido, na forma da lei, pelas empresas que delas
através de programas suplementares de material didático-es- poderão deduzir a aplicação realizada no ensino fundamental
colar, transporte, alimentação e assistência à saúde; para seus empregados e dependentes.
X - liberdade de organização dos alunos, professores, Art. 397 Os recursos públicos municipais destinados à
funcionários e pais de alunos, sendo facultada a utilização das educação serão dirigidos exclusivamente à Rede de Ensino no
instalações do estabelecimento do ensino para as atividades Município.*
das associações; Parágrafo Único - Às Escolas Filantrópicas ou Comunitá-
XI - submissão, quando necessário, dos alunos matricu- rias, comprovadamente sem fins lucrativos, as entidades es-
lados na rede regular de ensino a testes de acuidade visual portivas e as finalidades específicas constantes das seções II
e auditiva, a fim de detectar possíveis desvios de desenvol- e III deste Capítulo, será destinado um percentual máximo de
vimento; 2% (dois por cento) da receita de impostos, compreendida e
XII - eleições diretas, na forma da lei, para direção das proveniente de transferências, conforme dispuser a Lei Mu-
instituições de ensino mantida pelo Poder Público, com a par- nicipal. *
ticipação da comunidade escolar, a partir da quinta série; * Nova redação dada pela Emenda 003, de 20.04.92.
XIII - assistência à saúde no que respeita ao tratamento Art. 398 O Município, na elaboração de seus planos de
médico-odontológico e atendimento aos portadores de pro- educação, considerará o Plano Nacional de Educação pluria-
blemas psicológicos ou deste decorrentes. nual, visando à articulação e ao desenvolvimento de ensino,
§ 1º A não oferta, ou a oferta insuficiente do ensino obri- em seus diversos níveis e à integração das ações do Poder
gatório e gratuito, pelo Poder Público, importará responsabi- Público, que conduzem à:
lidade da autoridade competente, nos termos da lei. I - erradicação do analfabetismo;
§ 2º Compete ao Poder Público recensear, periodicamen- II - universalização do atendimento escolar;
te, as crianças em idade escolar, com a finalidade de orientar a III - melhoria da qualidade de ensino;
política de expansão da rede pública e a elaboração do plano IV - formação para o trabalho;
municipal de educação. V - promoção humanística, científica e tecnológica do país.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 399 Serão fixados conteúdos mínimos para o ensi- III - estímulo à criação de bibliotecas na sede dos distri-
no de 1º e 2º graus, em complementação regional àqueles tos e do Município, assim como atenção especial à aquisi-
a serem fixados pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação ção de bibliotecas, obras de arte e outros bens particulares
Nacional, de modo a assegurar formação básica comum e de valor cultural;
respeito aos valores culturais e artísticos nacionais e latino IV - incentivo ao intercâmbio cultural com outros muni-
-americanos. cípios fluminenses, o Estado e outras unidades da Federação;
§ 1º As comunidades indígenas serão também assegu- V - promoção do aperfeiçoamento e valorização dos
radas a utilização de suas línguas maternas e processos pró- profissionais da cultura, da criação artística, inclusive a ci-
prios de aprendizagem. nematográfica;
§ 2º Os programas a serem elaborados observarão, obri- VI - proteção das expressões culturais, incluindo a indí-
gatoriamente, as especificidades regionais. gena, afro-brasileira, e de outros participantes do processo
Art. 400 Fica criada, como disciplinas complementares, cultural, bem como o artesanato;
as cadeiras de História do Município e Geografia do Muni- VII - proteção dos documentos, das obras e outros
cípio. bens de valor histórico, artístico, cultural e científico, os
Art. 401 A lei disporá sobre a instalação de creche e es- monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios ar-
colas oficiais na construção de conjuntos habitacionais. queológicos, espeleológicos, paleontológicos e ecológicos;
Art. 402 O Município proverá a sua rede de ensino de VIII - manutenção de suas instituições culturais devi-
condições plenas de abrigar tantos quantos busquem ma- damente dotadas de recursos humanos, materiais e finan-
trículas nas séries do 1º grau, na faixa etária dos sete aos ceiros, promovendo pesquisa, preservação, veiculação e
quatorzes anos sendo proibida a sua negativa. ampliação dos seus acervos;
§ 1º O remanejamento e a criação de complexos escola- IX - preservação, conservação e recuperação de bens
res serão admitidos, conforme disposições legais específicas. nas cidades e sítios considerados instrumentos históricos
§ 2º Na rede municipal de ensino, nas escolas de 2º seg- e arquitetônicos.
mento do 1º grau, farse-á obrigatória a inclusão de ativida- Art. 406 Fica criado o Conselho Municipal de Cultura,
des de iniciação e práticas profissionais, objetivando promo- incumbido de regulamentar, orientar e acompanhar a polí-
ver o respeito dos valores e do primado do trabalho, tendo tica cultural do Município, que terá suas atribuições e com-
em vista as características sócio-econômicas e culturais re- posição definidas em lei, observando-se a representação
gionais e a carga curricular oficial. das áreas de trabalhadores e empresários da cultura.
Art. 403 Os membros do magistério público não pode- Parágrafo Único - A indicação dos membros do Con-
rão ser afastados do exercício de regência de turmas, salvo selho Municipal de Cultura, de iniciativa do Prefeito, será
para ocupar funções diretivas ou chefias onde sejam abso- submetida à aprovação da Câmara Municipal.
lutamente indispensáveis e exclusivamente na estrutura do Art. 407 O Poder Público protegerá e promoverá a Aca-
Município. demia de Ciências e Letras de Maricá, inclusive através de
Art. 404 É criado o Conselho Municipal de Educação, doação de bens públicos para a sua permanente instalação,
incumbido de normalizar, orientar e acompanhar o ensino na forma prevista em lei.
nas redes pública e privada, com organização, atribuições e Art. 408 O Poder Público, com a colaboração da co-
composição a serem definidas em lei. munidade, promoverá e protegerá o patrimônio cultural
§ 1º Os membros do Conselho Municipal de educação do Município por meio de inventário, registros, vigilância,
serão indicados pelo Prefeito, dentre pessoas de comprova- tombamento, desapropriação e outras formas de acautela-
do saber, com representantes das entidades mantenedoras mento e preservação.
de ensino, dos trabalhadores de ensino e dos usuários. § 1º Os documentos de valor histórico-cultural terão
§ 2º A indicação a que se refere o parágrafo anterior será sua preservação assegurada, inclusive mediante recolhi-
referendada pela Câmara de Vereadores. mento ao arquivo público municipal.
§ 2º Os danos e ameaças ao patrimônio cultural serão
SEÇÃO II punidos na forma da lei.
DA CULTURA
SEÇÃO III
Art. 405 O Município garantirá a todos o pleno exercício DO DESPORTO
dos direitos culturais e o acesso às fontes de cultura nacio-
nal, estadual e municipal, e apoiará e incentivará a valoriza- Art. 409 É dever do Município fomentar práticas des-
ção das manifestações culturais, através de: portivas formais e não formais, inclusive para pessoas por-
I - articulações das ações governamentais no âmbito da tadoras de deficiências, como direito de cada um, obser-
cultura, da educação, dos desportos, do lazer e das comu- vados:
nicações; I - a autonomia das entidades desportivas dirigentes
II - criação e manutenção de espaços públicos devida- e associações, quando a sua organização e ao seu funcio-
mente equipados e acessíveis à população para as diversas namento;
manifestações culturais, inclusive através do uso de próprios II - a destinação de recursos públicos à promoção prio-
municipais, vedada a extinção de qualquer espaço cultural ritária do desporto educacional e, em casos específicos,
público ou privado sem criação, na mesma área, de espaço para a do desporto amador;
equivalente; III - a proteção e o incentivo a manifestações esportivas.

100
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1º O Município assegurará o direito ao lazer e à utili- lada do salário, participação nos ganhos econômicos resul-
zação criativa do tempo destinado ao descanso, mediante tantes de produtividade de seu trabalho e que se voltem
oferta de área pública para fins de recreação e execução especialmente às atividades relacionadas ao desenvolvi-
de programas culturais e de projetos turísticos municipais. mento de pesquisa e produção de material ou equipamen-
§ 2º O Poder Público ao formular a política de espor- to especializado para pessoas portadoras de deficiência.
te e lazer, considerará as características socioculturais das Art. 416 As políticas científicas e tecnológicas toma-
comunidades. rão como princípios o respeito à vida e à saúde humana,
Art. 410 O Poder Público incentivará as práticas des- o aproveitamento racional e não predatório dos recursos
portivas através de: naturais, a preservação e a recuperação do meio ambiente,
I - criação e manutenção de espaços adequados para a bem como o respeito aos valores culturais do povo.
prática de esportes nas escolas e praças públicas; § 1º As instituições de pesquisa sediadas no Município
II - ações governamentais com vistas a garantir aos devem participar no processo de formulação e acompa-
bairros a possibilidade de construírem e manterem espaços nhamento da política científica e tecnológica.
próprios para a prática de esportes; § 2º O Município garantirá, na forma da lei, o acesso às
III - promoção, em conjunto com o Estado, outros mu- informações que permitam aos indivíduos, às entidades e à
nicípios e entidades desportivas, de jogos e competições sociedade o acompanhamento das atividades de impacto
esportivas amadoras, regionais e estaduais, inclusive de social, tecnológico, econômico e ambiental.
alunos da rede pública. § 3º No interesse das investigações por institutos de
Art. 411 A Educação física é disciplinada curricular, re- pesquisas ou por pesquisadores isolados, fica assegura-
gular e obrigatória nos ensinos fundamental e médio. do o amplo acesso às informações coletadas por órgãos
Parágrafo Único - Nos estabelecimentos de ensino oficiais, sobretudo no campo de dados estatísticos de uso
público e privado deverão ser reservados espaços para a técnico e científico.
prática de atividades físicas, equipamentos materialmente § 4º A implantação o e expansão de sistemas tecnoló-
e com recursos humanos qualificados. gicos de grande impacto social, econômico ou ambiental,
Art. 412 O atleta selecionado para representar o Muni- devem ser objeto de consulta à sociedade, na forma da lei.
cípio ou o País em competições terá, quando servidor pú-
blico, no período de duração das competições, seus venci- SEÇÃO VI
mentos, direitos e vantagens garantidos, de forma integral, DA COMUNICAÇÃO SOCIAL
sem prejuízo de sua ascensão funcional.
Art. 413 Os estabelecimentos especialmente especiali- Art. 417 A manifestação do pensamento, a criação a
zados em atividades de educação física, esportes e recrea- expressão e a informação, sob qualquer forma, processo
ção ficam sujeitos a registro, supervisão e orientação nor- ou veículo não sofrerão qualquer restrição, observados os
mativa do Poder Público, na forma da lei. princípios da Constituição Federal e da legislação própria.
Art. 418 São vedadas a propaganda, as divulgações e
SEÇÃO IV as manifestações, sob qualquer forma, que atentem contra
DOS ÍNDIOS minorias raciais, étnicas ou religiosas, bem assim a consti-
tuição e funcionamento de empresas ou organizações que
Art. 414 o Município contribuirá, no âmbito de sua com- visem ou exerçam aquelas práticas.
petência, para reconhecimento aos índios de sua organiza- Art. 419 Os órgãos de comunicação social pertencen-
ção social, costumes, línguas, crenças e tradições e os direi- tes ao Município, as fundações instituídas pelo Poder Públi-
tos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, co ou quaisquer entidades sujeitas, direta ou indiretamen-
sua demarcação, proteção e o respeito a todos os seus bens, te, ao seu controle econômico, serão utilizados de modo
obedecendo-se ao que dispõe a Constituição Federal. a assegurar a possibilidade de expressão e confronto das
diversas correntes de opinião.
SEÇÃO V § 1º Não será permitida veiculação pelos órgãos de
DA CIÊNCIA E TECNOLOGIA comunicação social de propaganda discriminatória de raça
etnia, credo ou condição social.
Art. 415 O Poder Público promoverá e incentivará a § 2º Nos meios de radiodifusão sonora do Município, o
pesquisa e a capacitação científica e tecnológica, bem Poder Legislativo terá direito a um espaço mínimo de trinta
como a difusão de conhecimento, visando ao progresso da minutos nos dias em que se realizarem sessões para infor-
ciência e ao bem-estar da população. mar a sociedade fluminense sobre suas atividades.
§ 1º A pesquisa e a capacitação tecnológica voltar-se Art. 420 Os partidos políticos e as organizações sindi-
-ão preponderantemente para o desenvolvimento econô- cais, profissionais, comunitárias, ambientais ou dedicadas à
mico e social do Município. defesa de direitos humanos, de âmbito municipal, terão di-
§ 2º O Poder Público, nos termos da lei, apoiará e esti- reito a tempos de antena nos órgãos de comunicação social
mulará as empresas que invistam em pesquisa, criação de do Município, segundo critérios a serem definidos por lei.
tecnologia adequada ao Município, formação e aperfeiçoa- Art. 421 O Município poderá solicitar ao órgão federal
mento de seus recursos humanos, que pratiquem sistemas competente a concessão de serviços de rádio e telecomu-
de remuneração que assegurem ao empregado, desvincu- nicação.

101
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
SEÇÃO VII VII - instituir organismo deliberativo sobre a política
DA FAMÍLIA, DA CRIANÇA, DO ADOLESCENTE E DO de apoio à pessoa portadora de deficiência, assegurada a
IDOSO participação das entidades representativas das diferentes
áreas de deficiência;
Art. 422 É dever da família, da sociedade e do Município VIII - assegurar a formação de recursos humanos, em
assegurar à criança, ao adolescente e ao idoso, com absoluta todos os níveis especializados no tratamento, na assistên-
prioridade, direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, cia e na educação dos portadores de deficiência;
à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar IX - garantir o direito à informação e à comunicação,
e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de considerando-se as adaptações necessárias às pessoas
negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e portadoras de deficiência;
opressão. X - conceder gratuidade nos transportes coletivos de
Art. 423 É reconhecida como entidade familiar a união empresas do Município para pessoas portadoras de defi-
estável entre homem e mulher e a comunidade formada por ciência, com reconhecida dificuldade de locomoção e seu
pai, mãe ou qualquer dos ascendentes ou descendentes. acompanhante; *
Art. 424 A administração municipal coibirá o abuso, a * Nova redação dada pela Emenda nº 001, de 10.10.90.
violência e a exploração, especialmente sexual, da criança, do XI - regulamentar e organizar o trabalho das oficinas
adolescente, do idoso e também do desvalido. abrigadas para as pessoas portadoras de deficiência, en-
Parágrafo Único - A lei disporá sobre a criação e o funcio- quanto estas não possam integrar-se no mercado de tra-
namento de centros de recebimento e encaminhamento de balho competitivo;
denúncias referentes a violências praticadas contra crianças XII - estabelecer obrigatoriedade de utilização de tec-
e adolescentes, inclusive no âmbito familiar, e sobre as provi- nologias e normas de segurança destinadas à prevenção
dências cabíveis. de doenças ou condições que levem a deficiências.
Art. 425 A criança desfrutará em Maricá, de todos os direi- Art. 427 O Município promoverá, diretamente ou atra-
tos enunciados na Delegação Universal dos Direitos da Crian- vés de convênios, censos periódicos de sua população por-
ça aprovada por unanimidade na Assembléia Geral da ONU,
tadora de deficiência.
em 20 de novembro de 1959.
Art. 428 O Município implantará sistemas de aprendi-
zagem e comunicação para o deficiente visual e auditivo,
SEÇÃO VIII
de forma a atender às suas necessidades educacionais e
DOS DIREITOS DAS PESSOAS PORTADORAS DE DEFI-
sociais.
CIÊNCIAS
Art. 429 Lei municipal instituirá organismos deliberati-
Art. 426 É dever do Município assegurar às pessoas por- vos sobre a política municipal de apoio à pessoa portadora
tadoras de qualquer deficiência, a plena inserção na vida eco- de deficiência, assegurando a participação de suas entida-
nômica e social e total desenvolvimento de suas potencialida- des representativas onde houver.
des, obedecendo os seguintes princípios:
I - proibir a adoção de critérios diferentes para a admis- TÍTULO VIII
são, a promoção, a remuneração e a dispensa no serviço DAS ASSOCIAÇÕES E DAS COOPERATIVAS
público municipal, garantindo-se a adaptação de provas, na SEÇÃO I
forma da lei; DAS ASSOCIAÇÕES
II - assegurar as às pessoas portadoras de deficiência, o
direito à assistência desde o nascimento, incluindo a estimula- Art. 430 A população do Município poderá organizar-
ção precoce, a educação de 1º grau e profissionalizante, obri- se em associações, observadas as disposições da Consti-
gatória e gratuita, sem limite de idade; tuição Federal, do Estado e desta Lei Orgânica, da legisla-
III - garantir às pessoas portadoras de deficiências, o di- ção aplicável e de estatuto próprio, o qual, além de fixar o
reito à habilitação e reabilitação com todos os equipamentos objetivo da atividade associativa, estabeleça, entre outras
necessários; vedações:
IV - com a participação estimulada de entidades não go- a) atividades político-partidárias;
vernamentais, prover a criação de programas de prevenção de b) discriminação a qualquer título.
doenças ou condições de deficiência física, sensorial ou men- § 1º Nos termos deste artigo, poderão ser criadas asso-
tal; e de integração social do adolescente portador de defi- ciações com os seguintes objetivos, entre outros:
ciência, mediante treinamento para o trabalho e a convivência; I - proteção e assistência à criança, ao adolescente, aos
V - elaborar lei que disponha sobre normas de constru- desempregados, aos idosos, aos pobres, à mulher, à gesta-
ção dos logradouros e dos edifícios de uso público e de fa- ção, aos doentes e aos portadores de deficiência;
bricação de veículos de transporte coletivo, a fim de garantir II - representação dos interesses dos moradores de
acesso adequado às pessoas portadoras de deficiência; bairros e distritos, de consumidores, de dona-de-casa, de
VI - garantir às pessoas portadoras de deficiência física, pais de alunos, de professores e de contribuintes;
pela forma que a lei estabelecer, a adoção de mecanismos III - cooperação no planejamento municipal, especial-
capazes de assegurar o livre acesso aos veículos de transporte mente nas áreas da educação e da saúde;
coletivo, aos cinemas, teatros e demais casas de espetáculo IV - proteção e desenvolvimento da cultura, das artes,
público; do esporte e do lazer.

102
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2º o poder Público incentivará a organização das as- § 2º O contrato a que se refere este artigo considerar-
sociações com objetivos diversos dos previstos no parágra- se-á rescindido logo que cessado o motivo que lhe deu
fo anterior, sempre que o interesse e o da administração origem, constituindo a sua renovação, neste caso, infração
convergirem para a colaboração comunitária e a participa- político-administrativa.
ção popular na formação e execução de políticas públicas. Art. 439 O Município poderá firmar convênio com a
União e o Estado, para a:
SEÇÃO II I - adoção de sistema único de cadastro imobiliário,
DAS COOPERATIVAS econômico e fiscal;
II - utilização do mesmo sistema de processamento de
Art. 431 O Município incentivará a criação de coopera- dados para o controle e fiscalização de tributos;
tivas para o fomento de atividades nos seguintes setores: III - organização e treinamento do seu pessoal fazen-
I - agricultura, pecuária e pesca; dário;
II - construção de moradias populares; IV - fiscalização conjunta dos tributos de suas respec-
III - abastecimento urbano e rural; tivas competências.
IV - créditos; Art. 440 O Colégio Joana Benedicta Rangel é próprio
V - assistência jurídica. permanente municipal, não podendo, a qualquer título, ser
Art. 432 O Poder Público estabelecerá programas es- alienado, doado ou cedido, e atuará sempre nos ensinos
peciais de apoio à iniciativa popular e, em especial, para a do 1º e 2º graus.
constituição da cooperativa de consumo para os funcioná- Art. 441 O Município observará apenas dois feriados
rios municipais. municipais anuais.
I - 26 de maio, data comemorativa de emancipação po-
TÍTULO IX lítico-administrativa do Município;
DISPOSIÇÕES GERAIS II - 15 de agosto, data comemorativa de sua Padroeira.
Art. 442 O Município não concederá autorização para o
Art. 433 Os funcionários da administração autárquica
funcionamento de indústrias que fabriquem armas de fogo.
e fundamental ficam sujeitos ao mesmo regime jurídico de
Parágrafo Único - O Poder Público estabelecerá restri-
deveres, proibições, impedimentos, vencimentos, direitos,
ções à atividade comercial que explore a venda de armas
vantagens e prerrogativas que vigorar para cargos, funções
de fogo e munições.
ou empregos de atribuições iguais ou assemelhadas da ad-
Art. 443 Na aplicação, integração e aplicação das leis,
ministração direta.
decretos e outros atos municipais, ressalvada a existência
Art. 434 Os Procuradores Municipais, assim doravante
de norma municipal específica, observarse-ão os princípios
denominados os Assistentes Jurídicos do Quadro da Pro-
vigentes quanto às da Constituição e das leis federais.
curadoria Geral do Município, oficiarão nos atos e procedi-
Art. 444 São mantidos os atuais símbolos, brasão, hino
mentos administrativos do Poder Executivo e promoverão
a defesa dos interesses legítimos do Município. e a bandeira do Município de Maricá.
Art. 435 A carreira de Procurador Municipal, a organi- Maricá, 05 de abril de 1990.
zação e funcionamento da instituição serão disciplinados Atos das Disposições Transitórias
em lei complementar, observadas as diretrizes e sistemas Art. 1º O Prefeito do Município e os membros do Poder
da presente lei. Legislativo prestarão compromisso de manter, defender e
Art. 436 Os serviços de assessoramento jurídico dos cumprir esta Lei Orgânica no ato e na data de sua promul-
órgãos municipais, setoriais, distritais ou locais do sistema gação.
jurídico do Município poderão ser exercidos, sob a supervi- Art. 2º É criado o Distrito de Itaipuaçú pelo desmem-
são da Procuradoria Geral, por estagiários em direito, sem bramento do atual 3º Distrito, ficando suas divisas a serem
representação judicial, organizados em quadro especial fixadas por lei, observadas as normas contidas no artigo 44
disciplinado por lei e com a participação e fiscalização da desta Lei Orgânica, dando-se sua instalação no prazo má-
Ordem dos Advogados do Brasil. ximo de três meses, contados da data de sua promulgação.
Art. 437 A lei não prejudicará o direito adquirido, o ato Art. 3º O Subdistrito de São José de Imbassaí passa a
jurídico e a coisa julgada. integrar o atual 1º Distrito, aplicando-se, para a fixação dos
Art. 438 Somente poderão ser contratados, por tempo seus novos limites, o contido no artigo 2º deste ato.
determinado o pessoal que atenderá às necessidades tem- Art. 4º A sede do atual 2º Distrito passa a ser o logra-
porárias de excepcional interesse público, através de con- douro de Ponta Negra.
tratos administrativos. A Lei Municipal definirá as situações Parágrafo Único - O atual Cartório de Registro do 2º
que serão consideradas de necessidade temporária de ex- Distrito, em Manoel Ribeiro, será transferido para a nova
cepcional interesse público, bem como os prazos máximos sede do Distrito, em Ponta Negra.
e suas prorrogações, admissíveis e cada caso específico * Art. 5º Face ao disposto nos artigos 2º, 3º, 4º deste
* Nova redação dada pela Emenda nº 004 de 30.09.93. Ato, o Município de Maricá passa a ter a seguinte divisão
§ 1º Em nenhuma hipótese será contratado pessoal distrital, com seus respectivos subdistritos:
para ocupar cargos criados por lei.

103
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
I - 1º Distrito - Sede: Cidade de Maricá Art. 8º Os vencimentos, a remuneração, as vantagens e
a) subdistrito Cidade de Maricá; os adicionais, bem como os proventos de aposentadoria que
b) subdistrito de Araçatiba; estejam sendo percebidos em desacordo com a Constitui-
c) subdistrito de Jacaroá; ção Federal, serão imediatamente reduzidos aos limites dela
d) subdistrito de Ubatiba; decorrentes, não se admitindo, neste caso, invocação de di-
e) subdistrito do Condado de Maricá; reito adquirido ou percepção de excesso a qualquer título.
f) subdistrito do Silvado; Art. 9º Os funcionários públicos do Município, da ad-
g) subdistrito do Pilar; ministração direta, autarquia e das fundações públicas, em
h) subdistrito do Caxito; exercício na data da promulgação da Constituição da Re-
i) subdistrito do Camburi; pública, há pelo menos cinco anos continuados, e que te-
j) subdistrito de Retiro; nham sido admitido na forma prevista no artigo 37 daquela
l) subdistrito de Itapeba; Constituição, são considerados estáveis no serviço público.
§ 1º o tempo de serviço dos servidores referidos neste
m) subdistrito de São José de Imbassaí;
artigo será contado como título quando se submeterem a
n) subdistrito de São Bento da Lagoa;
concursos para fins de efetivação na forma da lei.
o) subdistrito de Barra de Maricá;
§ 2º O disposto neste artigo não se aplica aos ocupan-
p) subdistrito de Caju;
tes de cargos, funções e empregos de confiança ou em co-
q) subdistrito de Zacarias. missão, nem aos que a lei declare de livre exoneração, cujo
II - 2º Distrito - Sede: Vila de Ponta Negra tempo de serviço não será computado para fins do «caput»
a) subdistrito de Vila de Ponta Negra; deste artigo, exceto se tratar de servidor.
b) subdistrito de Bananal; § 3º O disposto neste artigo não se aplica aos profes-
c) subdistrito de Manoel Ribeiro; sores de nível superior, nos termos da lei.
d) subdistrito de Engenho Velho; Art. 10 Ficam extintos os efeitos jurídicos de qualquer
e) subdistrito de Espraiado; ato legislativo ou administrativo, lavrado a partir da insta-
f) subdistrito de Pindobal; lação da Assembléia Nacional Constituinte, que tenha por
g) subdistrito de Interlagos; objeto a concessão de estabilidade a servidor da adminis-
h) subdistrito de Bambuí; tração direta ou indireta, inclusive das fundações instituí-
i) subdistrito de Lagoa do Padre; das e mantidas pelo Poder Público, admitido sem concurso
j) subdistrito de Jaconé; público.
l) subdistrito de Lagoa de Guarapina; Art. 11 Os valores dos proventos de aposentadoria dos
m) subdistrito de Cordeirinho. servidores municipais oriundos de cargos extintos serão
III - 3º Sede: Vila de Inoã revistos como determinado pela Constituição Federal, em
a) subdistrito Vila de Inoã; seus artigos 3º, § 1º e 40, § 4º obedecendo, ainda, ao dis-
b) subdistrito de Bambu; posto nos artigos 2º, parágrafo único e 6º da Lei Estadual
c) subdistrito de Pedra de Inoã; nº 576, de 18 de outubro de 1982.
d) subdistrito de Cassorotiba; Art. 12 O Município editará leis estabelecendo crité-
e) subdistrito de Nossa Senhora de Conceição; rios para a compatibilização de seus quadros de pessoal ao
f) subdistrito de Itaitindiba. disposto no artigo 39 da Constituição Federal e à reforma
IV - 4º Distrito - Sede: Vila de Itaipuaçú administrativa dela decorrente, no prazo de dezoito meses,
a) subdistrito de Jardim Atlântico; contados da sua promulgação.
b) subdistrito de Itaocaia; Parágrafo Único - Entre os critérios a que se refere este
artigo, será estabelecido sempre o da garantia da estabi-
c) subdistrito de Lagoa Brava;
lidade que o servidor municipal já tenha adquirido, ainda
d) subdistrito de Cajueiros;
que venha a ser transferido, compulsoriamente ou median-
Art. 6º Nos cinco primeiros anos da promulgação desta
te opção, da administração direta para a indireta ou tenha
Lei Orgânica, o poder público desenvolverá esforços, com
modificado o seu regime jurídico.
a mobilização de todos os setores organizados da socieda- Art. 13 Até a promulgação da lei complementar referi-
de, para eliminar o analfabetismo e universalizar o ensino da no artigo 169 da Constituição Federal, o Município não
fundamental em seu território, a partir da data da promul- poderá despender com pessoal ativo e inativo mais do que
gação desta Lei Orgânica. 65% (sessenta e cinco por cento) das respectivas receitas
Art. 7º O Município providenciará imediatamente a correntes.
derrubada de todas as edificações que impeçam o exer- Parágrafo Único - A não observância do disposto neste
cício do direito previsto no artigo 36 desta Lei Orgânica, artigo constituirá crime de responsabilidade.
promovendo junto a Justiça Estadual ou Federal a nulidade Art. 14 A Mesa da Câmara Municipal, no prazo de 30
dos atos que venham a autorizar construções em desacor- (trinta) dias a contar da promulgação desta Lei Orgâni-
do com a legislação. ca, submeterá ao plenário, para votação e aprovação por
Parágrafo Único - O Município providenciará idêntica maioria absoluta, o Quadro permanente dos servidores da
medida com relação às construções e edificações previstas Câmara, e o Quadro de cargos de confiança, que trata o
no art. 248, § 5º, I e II. Artigo 73 desta Lei Orgânica.

104
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 15 Revogado. Art. 25 Nenhum funcionário municipal será colocado à
*Revogado pela Emenda nº 015, de 29.09.99. disposição de órgãos de outros municípios ou do Estado,
Art. 16 As empresas públicas e sociedades de economia percebendo remuneração do Município.
mista do Município, promoverão a adequação dos seus es- § 1º Excetuam-se da norma deste artigo, os funcioná-
tatutos às disposições desta Lei Orgânica no prazo de 120 rios municipais necessários à execução de convênios assi-
(cento e vinte) dias, a contar da data da sua promulgação. nados pelo Poder Executivo e aprovado pela Câmara Muni-
Art. 17 Será permitida a circulação de veículos coletivos cipal, de interesse do Município.
intermunicipais pelo centro da cidade de Maricá, conforme § 2º Autorizar de remuneração a funcionário que não
disciplinado pelo Poder Executivo e aprovado pela Câmara trabalhe ou que não comprove, através da assinatura da
Municipal. folha de frequência, o exercício do trabalho, constituirá cri-
Art. 18 Os Poderes Executivo e Legislativo manterão, me de responsabilidade ou infração políticoadministrativa,
permanentemente, serviço para aferir a opinião pública so- respectivamente.
bre assuntos de interesse comunitário imediato, inclusive, § 3º São dispensados da assinatura diária da folha de
divulgando, com a devida antecedência, os projetos de lei, frequência, conforme critério dos superiores hierárquicos,
para o recebimento de sugestões por parte das comuni- os funcionários que exerçam função de chefia ou direção e
dades. os ocupantes de cargos em comissão.
Art. 19 O Poder Executivo adotará medidas para asse- Art. 26 É assegurada a isenção de pagamento de ta-
gurar a celeridade na tramitação e solução dos expedientes xas de inscrição para todos os postulantes e investidura em
administrativos, punindo, disciplinarmente, nos termos da cargo ou emprego público, desde que comprovem insufi-
lei, os servidores faltosos. ciência de recursos, na forma da lei.
Art. 20 o Poder Executivo tomará as providências ca- Art. 27 Os servidores municipais que, á época da pro-
bíveis junto aos órgãos do Estado, para, no prazo de 60 mulgação da Constituição Federal, contavam cinco anos
(sessenta dias, regularizar e legalizar o atual empreendi- de serviço efetivo, serão transformados ou transferidos de
mento planejado para o subdistrito de São Bento da Lagoa, cargos ou categorias funcionais, submetendose a provas
atendendo as normas e princípios da defesa e preservação de títulos e concursos internos.
do meio ambiente, e atendendo as características do plano Art. 28 Ficam incluídos no quadro suplementar da Se-
de Turismo e Urbanismo programados para a região pelo cretaria Municipal de Educação, todos os professores que
Governo Estadual. já trabalham em regime de subvenção pelo período míni-
Art. 21 o direito assegurado pelo artigo 426, V, desta mo de 10 (dez) anos letivos.
Lei Orgânica efetivar-seá através da adaptação de edifícios Parágrafo Único - Os professores subvencionados, que
e logradouros, num prazo de dezoito meses a contar da atenderem o requisito deste artigo, passarão a perceber
sua promulgação. vencimentos e vantagens iguais aos professores dos qua-
Art. 22 Ao ex-combatente que tenha participado efe- dros de pessoal da Secretaria Municipal de Educação, de
tivamente de operações bélicas durante a Segunda Guerra acordo com o tempo de efetivo trabalho comprovado.
Mundial, nos termos da Lei nº 5.315, de 12 de setembro de Art. 29 Caberá aos hospitais da rede oficial, após o
1967, serão assegurados os seguintes direitos: parto, expedição de registro do nascimento, cabendo aos
I - aproveitamento no serviço público sem a exigência cartórios a sua autentificação e, nos demais casos, em con-
de concurso, com estabilidade; formidade com a Lei.
II - assistência médica, hospitalar e educacional gratui- Art. 30 O vale-transporte será emitido, comercializado
ta, extensiva aos dependentes; e distribuído pelas empresas operadoras de transporte co-
III - aposentadoria com proventos integrais, aos vinte e letivo de passageiros, custeado pelos empregadores, sen-
cinco anos de serviço efetivo, em qualquer regime jurídico; do vedado o repasse tarifário e admitida a delegação.
IV - prioridade na aquisição de casa própria para os Art. 31 O Poder Executivo, consultado previamente o
que não a possuam ou para suas viúvas ou companheira; plano Diretor de Desenvolvimento Urbano, poderá delimi-
Art. 23 É assegurado o exercício cumulativo de dois car- tar áreas para “camping”, devidamente estruturadas para
gos ou empregos privativos de médico que estejam sendo tal fim.
exercidos na administração pública, direta ou indireta. Art. 32 Os jogos tidos de azar poderão ser explorados,
§ 1º É assegurado o exercício cumulativo de dois car- mediante concessão do Município, como fim de incentivo
gos ou emprego privativo de profissionais de saúde que ao turismo e como forma de lazer social, nos termos em
estiverem sendo exercidos na administração pública, di- que dispuser a Lei Federal.
reta ou indireta, na data da promulgação da Constituição Parágrafo Único - A definição das zonas turísticas para
Federal. o funcionamento de cassinos dependerá de lei.
§ 2º Servidores da Administração direta, indireta e au- Art. 33 Durante os próximos 30 (trinta) anos, uma dota-
tárquica que estejam acumulado dois cargos remunerados, ção orçamentária anual, no mínimo equivalente a cinquen-
comprovarão, a partir da promulgação desta Lei Orgânica, ta por cento dos recursos do Fundo Municipal de Conser-
a efetiva compatibilidade da horário entre os dois. vação Ambiental, criado no artigo 334 desta Lei Orgânica,
Art. 24 O décimo-terceiro salário devido aos servidores será destinado a investimento na recuperação e na defesa
do Município será pago em duas parcelas, simultaneamen- dos ecossistemas das lagoas do Município e dos seus cur-
te, com o pagamento dos meses de julho e dezembro. sos d`água.

105
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 34 O Turno único de atividades educacionais, pre- § 2º A Revogação não prejudicará os direitos que já ti-
visto no artigo 393, I, desta Lei Orgânica, com oito horas verem sido adquiridos, àquela data, em relação a incentivos
de duração, será progressivamente implantado, no prazo concedidos sob condição e com prazo certo.
de cinco anos, a partir da promulgação desta Lei Orgânica. Art. 42 Até que sejam fixadas em lei complementar fe-
Art. 35 A implantação da medida a que se refere o ar- deral, as alíquotas máximas do imposto municipal sobre
tigo 33 se dará no prazo máximo de um ano, a contar da vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, não
data da promulgação desta Lei Orgânica. excederão a três por cento.
Art. 36 No prazo de doze meses a contar da promul- Art. 43 No prazo de doze meses, contados da promul-
gação da Lei Orgânica, implantarse-á o sistema Braille em gação desta Lei Orgânica, o Poder Público dará execução
pelo menos um estabelecimento da rede oficial de ensino,
plena aos planos diretores das áreas de proteção ambien-
de forma a atender às necessidades educacionais e sociais
tal e dos parques municipais, assegurada a participação do
das pessoas portadoras de deficiência visual.
Parágrafo Único - O Município criará a carreira de in- Poder Público Municipal e de representantes das associa-
térpretes para deficientes auditivos. ções civis locais que tenham por objetivo precípuo a pro-
Art. 37 É criado o Conselho Municipal de Defesa dos teção ambiental.
Direitos Humanos para conhecer de qualquer violação de Art. 44 A contar da promulgação desta Lei Orgânica, o
Direitos Humanos, providenciar sua reparação, encaminhá Município promoverá, no prazo máximo de um ano:
-los aos órgãos públicos competentes, para a abertura de I - a implantação de estruturas de fiscalização adequa-
inquéritos e processos. das e a averbação no registro imobiliário das restrições ad-
Parágrafo Único - Lei Complementar definirá sua or- ministrativas de uso das áreas de relevante interesse ecoló-
ganização, estrutura, composição e autonomia financeira. gico e das unidades de conservação;
Art. 38 Fica criado o Conselho Municipal de Defesa do II - o levantamento das áreas devolutas para promo-
Adolescente, como órgão normativo, consultivo, delibera- ver ação discriminatória através da Procuradoria-Geral do
tivo e controlador da política integrada da assistência à in- Município.
fância e à juventude. Art. 45 Serão revistas pelo Poder Legislativo, através de
Parágrafo Único - A lei disporá sobre a organização, Comissão Mista, no prazo de um ano a contar da promul-
composição e funcionamento do Conselho a que de refe- gação desta Lei Orgânica, todas as aprovações pelo Poder
re este artigo, garantindo a participação de representantes Executivo de edificações em desacordo com a lei então vi-
do Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Públi-
gente, ocorridas num período de 1º de janeiro de 1980 à
ca, Ordem dos Advogados do Brasil, assim como, em igual
data da promulgação desta Lei Orgânica.
número, de representantes de organizações populares de
§ 1º A revisão será feita exclusivamente no critério de
defesa dos direitos da criança e adolescente, legalmente
constituídas e em funcionamento há pelo menos um ano. legalidade da obras.
Art. 39 A Câmara Municipal, dentro de 120 (cento e § 2º Comprovada a ilegalidade, o Município providen-
vinte) dias da promulgação desta Lei orgânica, elaborará ciará a respectiva desapropriação e a derrubada das edifi-
as leis que disciplinarão o funcionamento dos seguintes cações, bem como punirá administrativamente o funcioná-
órgãos: rio responsável pela irregularidade.
I - Conselho Municipal de Educação; Art. 46 Serão revistas pelo Poder Legislativo, através da
II - Conselho Municipal de Cultura; Comissão Mista, nos dois anos a contar da data da promul-
III Conselho Municipal de Saúde; gação desta Lei Orgânica, todas as vendas, concessões e
IV - Conselho Municipal de Meio Ambiente; doações de terras públicas, realizadas no período de 1º de
V - Conselho Municipal de Transportes; janeiro de 1980 à data da promulgação desta Lei.
VI - Conselho Municipal de Turismo; § 1º No tocante às vendas, a revisão será feita com base
VII - Conselho Municipal de Urbanismo e Obras Públicas; exclusivamente no critério de legalidade da operação.
VIII - Conselho Municipal de Segurança; § 2º No caso de concessões e doações, a revisão obe-
IX - Conselho Municipal de Pesca; decerá aos critérios de legalidade e de conveniência do in-
X - Conselho Municipal de Defesa do Consumidor; teresse público.
XI - Conselho Municipal de Entorpecentes; § 3º Nas hipóteses previstas aos parágrafos anteriores,
XII - Conselho Municipal de Defesa da Criança e Ado-
comprovada a ilegalidade ou não havendo interesse públi-
lescentes;
co, as terras reverterão ao patrimônio do Município.
XIII - Conselho Municipal de Direitos Humanos.
Parágrafo Único - Os membros dos Conselhos não per- Art. 47 Serão revistas pelo Poder Legislativo, através
ceberão remuneração dos cofres públicos. de Comissão Mista, no prazo de seis meses a contar da
Art. 40 Suprimido pela emenda 021 de 15.12.99. promulgação desta Lei Orgânica, todas as concessões de
Art. 41 o Poder Executivo do Município reavaliará todos serviços públicos em existência.
os incentivos fiscais de natureza setorial ora em vigor, pro- Parágrafo Único - Serão imediatamente cassadas as
pondo ao Poder Legislativo as medidas cabíveis. concessões realizadas em desacordo com as normas vi-
§ 1º Considerar-se-ão revogados, após dois anos a par- gentes à época ou com aquelas estabelecidas nesta Lei
tir da data da promulgação desta Lei Orgânica, os incenti- Orgânica.
vos que não foram confirmados em lei.

106
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 48 É assegurado o prazo máximo de seis meses, Por seu turno, “a expressão atos da Administração
a contar da promulgação desta Lei Orgânica, para que os traduz sentido amplo e indica todo e qualquer ato que
poderes do Município assumam, mediante iniciativa em se origine dos inúmeros órgãos que compõem o sistema
matéria de sua competência, o processo legislativo das leis administrativo em qualquer dos Poderes. [...] Na verdade,
complementares a esta Lei Orgânica, a fim de que possam entre os atos da Administração se enquadram atos que
ser discutidas e aprovadas no prazo, também máximo, de não se caracterizam propriamente como atos adminis-
12 (doze) meses da mencionada promulgação. trativos, como é o caso dos atos privados da Administra-
Parágrafo Único - As comissões permanentes da Câma- ção. Exemplo: os contratos regidos pelo direito privado,
ra Municipal elaboração, no prazo deste artigo, os projetos como a compra e venda, a locação etc. No mesmo plano
do Legislativo, de forma a serem discutidos e convertidos estão os atos materiais, que correspondem aos fatos ad-
em lei nos termos fixados. ministrativos, noção vista acima: são eles atos da Adminis-
Art. 49 O Poder Executivo providenciará a criação de tração, mas não configuram atos administrativos típicos.
um Instituto Médico Legal Municipal. Alguns autores aludem também aos atos políticos ou de
Art. 50 O Poder Executivo, observados os prazos cons- governo”2.
tantes, tomará as providências para o cumprimento ime- Com efeito, a expressão atos da Administração é mais
diato das disposições contidas nos textos desta Lei Orgâni- ampla. Envolve, também, os atos privados da Administra-
ca, revogando-se as disposições em contrário. ção, referentes às ações da Administração no atendimento
Art. 51 O Poder Executivo promoverá uma edição po- de seus interesses e necessidades operacionais e instru-
pular do texto integral desta Lei Orgânica, que será posta mentais agindo no mesmo plano de direitos e obrigações
à disposição da entidades representativas da comunidade, que os particulares. O regime jurídico será o de direito pri-
gratuitamente, de modo a que cada cidadão do Município vado. Ex.: contrato de aluguel de imóveis, compra de bens
possa receber um exemplar da Constituição Municipal de de consumo, contratação de água/luz/internet. Basicamen-
Maricá. te, envolve os interesses particulares da Administração, que
Art. 52 A revisão desta Lei Orgânica será realizada após são secundários, para que ela possa atender aos interesses
a da Constituição da República, pelo voto da maioria abso- primários – no âmbito destes interesses primários (inte-
luta dos membros da Câmara Municipal. resses públicos, difusos e coletivos) é que surgem os atos
administrativos, que são atos públicos da Administração,
sujeitos a regime jurídico de direito público.
NOÇÕES DE ATO ADMINISTRATIVO;
ELEMENTO/REQUISITOS Atos da Administração ≠ Atos administrativos.
Atos privados da Administração = atos da Adminis-
tração → regime jurídico de direito privado.
Atos públicos da Administração = atos administra-
Ato administrativo: conceito; requisitos; atributos; clas- tivos → regime jurídico de direito público.
sificação; espécies; anulação; revogação; convalidação; dis- Os atos administrativos se situam num plano superior
cricionariedade e vinculação de direitos e obrigações, eis que visam atender aos interes-
O ato administrativo é uma espécie de fato administra- ses públicos primários, denominados difusos e coletivos.
tivo e é em torno dele que se estrutura a base teórica do Logo, são atos de regime público, sujeitos a pressupostos
direito administrativo. de existência e validade diversos dos estabelecidos para
Fato administrativo é a “atividade material no exercí- os atos jurídicos no Código Civil, e sim previstos na Lei de
cio da função administrativa, que visa a efeitos de ordem Ação Popular e na Lei de Processo Administrativo Federal.
prática para a Administração. [...] Os fatos administrativos Ao invés de autonomia da vontade, haverá a obrigatorie-
podem ser voluntários e naturais. Os fatos administrativos dade do cumprimento da lei e, portanto, a administração
voluntários se materializam de duas maneiras: 1ª) por atos só poderá agir nestas hipóteses desde que esteja expressa
administrativos, que formalizam a providência dese- e previamente autorizada por lei3.
jada pelo administrador através da manifestação da
vontade; 2ª) por condutas administrativas, que refletem Atributos do ato administrativo
os comportamentos e as ações administrativas, sejam ou 1) Imperatividade: em regra, a Administração decreta
não precedidas de ato administrativo formal. Já os fatos e executa unilateralmente seus atos, não dependendo da
administrativos naturais são aqueles que se originam de participação e nem da concordância do particular. Do po-
fenômenos da natureza, cujos efeitos se refletem na órbita der de império ou extroverso, que regula a forma unilateral
administrativa. Assim, quando se fizer referência a fato ad- e coercitiva de agir da Administração, se extrai a imperati-
ministrativo, deverá estar presente unicamente a noção de vidade dos atos administrativos.
que ocorreu um evento dinâmico da Administração”1.
2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
direito administrativo. 28. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju-
1 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de ris, 2015.
direito administrativo. 28. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju- 3 BALDACCI, Roberto Geists. Direito administra-
ris, 2015. tivo. São Paulo: Prima Cursos Preparatórios, 2004.

107
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
2) Auto executoriedade: em regra, a Administração 5) Objeto (conteúdo): é o que o ato afirma ou declara,
pode concretamente executar seus atos independente da manifestando a vontade do Estado. A lei não fixa qual deve
manifestação do Poder Judiciário, mesmo quando estes ser o conteúdo ou objeto de um ato administrativo, restando
afetam diretamente a esfera jurídica de particulares. ao administrador preencher o vazio nestas situações. O ato
3) Presunção de veracidade: todo ato editado ou pu- é branco/indefinido. No entanto, deve se demonstrar que a
blicado pela Administração é presumivelmente verdadeiro, prática do ato é oportuna e conveniente.
seja na forma, seja no conteúdo, o que se denomina “fé pú- Obs.: Quando se diz que a escolha do motivo e do obje-
blica”. Evidente que tal presunção é relativa (juris tantum), to do ato é discricionária não significa que seja arbitrária, pois
mas é muito difícil de ser ilidida. Só pode ser quebrada deve se demonstrar a oportunidade e a conveniência.
mediante ação declaratória de falsidade, que irá argumen- Mérito = oportunidade + conveniência
tar que houve uma falsidade material (violação física do
documento que traz o ato) ou uma falsidade ideológica Perfeição e validade
Destaca-se esquemática trazida por Baldacci4:
(documento que expressa uma inverdade).
- Quando todos os pressupostos especiais exigidos por
4) Presunção de legitimidade: Sempre que a Ad-
lei estiverem presentes, falamos que o ato é perfeito (P).
ministração agir se presume que o fez conforme a lei. Tal
- Quanto estes pressupostos preenchidos respeitarem o
presunção é relativa (juris tantum), podendo contudo ser
que a lei exige, falamos que é válido (V).
ilidida por qualquer meio de prova. - Quanto está apto a surtir seus efeitos próprios falamos
Obs.: Todo ato administrativo tem presunção de vera- que é eficaz (E).
cidade e de legitimidade, mas nem todo ato administrativo 1) P + V = E. Os atos perfeitos e válidos são eficazes em
é imperativo (pode precisar da concordância do particular, regra.
a exemplo dos atos negociais). 2) P + V = ineficaz. Os atos perfeitos e válidos podem
não ser eficazes se estiver pendente o implemento de con-
Elementos dição.
1) Competência: é o poder-dever atribuído a determi- 3) P + inválido = ineficaz. O ato perfeito e inválido é,
nado agente público para praticar certo ato administrativo. em regra, ineficaz.
A pessoa jurídica, o órgão e o agente público devem estar 4) P + inválido = eficaz. O ato perfeito e inválido pode
revestidos de competência. A competência é sempre fixada ser eficaz se já tiver gerado efeitos próprios e for relevante
por lei. para a segurança jurídica manter tais efeitos.
2) Finalidade: é a razão jurídica pela qual um ato ad- 5) Imperfeito = inválido + ineficaz. O ato imperfeito
ministrativo foi abstratamente criado pela ordem jurídica. não é válido e nem eficaz.
A lei estabelece que os atos administrativos devem ser 6) Imperfeito = inválido + eficaz. O ato imperfeito
praticados visando a um fim, notadamente, a satisfação do pode gerar efeitos impróprios, que não dependem da execu-
interesse público. Contudo, embora os atos administrativos ção do ato, como o efeito impróprio reflexo (repercussão em
sempre tenham por objeto a satisfação do interesse públi- outros atos ou situações jurídicas) e o efeito impróprio pro-
co, esse interesse é variável de acordo com a situação. Se drômico (efeito de natureza procedimental que implica numa
a autoridade administrativa praticar um ato fora da finali- providência ou etapa necessária para aperfeiçoamento do
dade genérica ou fora da finalidade específica, estará prati- ato, como a manifestação de um segundo agente ou órgão).
cando um ato viciado que é chamado “desvio de poder ou 7) Imperfeito = válido + ineficaz. O ato imperfeito
desvio de finalidade”. pode preencher os requisitos de validade, mas se lhe faltar
um pressuposto especial será imperfeito e, logo, ineficaz.
3) Forma: é a maneira pela qual o ato se revela no
mundo jurídico. Usualmente, adota-se a forma escrita.
Espécies5
Eventualmente, pode ser praticado por sinais ou gestos (ex:
a) Atos normativos: são atos gerais e abstratos visando a
trânsito). A forma é sempre fixada por lei.
correta aplicação da lei. É o caso dos decretos, regulamentos,
4) Motivo (vontade): vontade é o querer do ato admi- regimentos, resoluções, deliberações.
nistrativo e dela se extrai o motivo, que é o acontecimento b) Atos ordinatórios: disciplinam o funcionamento da
real que autoriza/determina a prática do ato administrati- Administração e a conduta de seus agentes. É o caso de ins-
vo. É o ato baseado em fatos e circunstâncias, que o ad- truções, circulares, avisos, portarias, ofícios, despachos admi-
ministrador por escolher, mas deve respeitar os limites e nistrativos, decisões administrativas.
intenções da lei. Nem sempre os atos administrativos pos- c) Atos negociais: são aqueles estabelecidos entre Admi-
suem motivo legal. Nos casos em que o motivo legal não nistração e administrado em consenso. É o caso de licenças,
está descrito na norma, a lei deu competência discricio- autorizações, permissões, aprovações, vistos, dispensa, ho-
nária para que o sujeito escolha o motivo legal (o motivo mologação, renúncia.
deve ser oportuno e conveniente). A teoria dos Motivos
Determinantes afirma que os motivos alegados para a prá- 4 BALDACCI, Roberto Geists. Direito administra-
tica de um ato administrativo ficam a ele vinculados de tal tivo. São Paulo: Prima Cursos Preparatórios, 2004.
modo que a prática de um ato administrativo mediante a 5 BARBOSA, Carlos. Atos administrativos. Dis-
alegação de motivos falsos ou inexistentes determina a sua ponível em: <http://www.stf.jus.br/>. Acesso em: 06 mar.
invalidade. 2016.

108
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
d) Atos enunciativos: são aqueles em que a Administra- 3) Ato composto: nasce da manifestação de vontade
ção certifica ou atesta um fato sem vincular ao seu conteú- de um órgão ou agente, mas depende de outra vontade
do. É o caso de atestados, certidões, pareceres. que o ratifique para produzir efeitos e tornar-se exequível.
e) Atos punitivos: são aqueles que emanam punições
aos particulares e servidores. Extinção
Pode se dar nas seguintes situações:
Classificação6 1) Cumprimento dos seus Efeitos: Cumprindo todos
a) Quanto ao seu regramento: os seus efeitos, não terá mais razão de existir sob o ponto
1) Atos vinculados: são os que possuem todos os de vista jurídico.
pressupostos e elementos necessários para sua prática e 2) Desaparecimento do Sujeito ou do Objeto do
perfeição previamente estabelecidos em lei que autoriza a Ato: Se o sujeito ou o objeto perecer, o ato será conside-
prática daquele ato. O administrador é um “mero cumpri- rado extinto.
dor de leis”. Também se denomina ato de exercício obri- 3) Retirada: Ocorre a edição de outro ato jurídico que
gatório. elimina o ato. Pode se dar por anulação, que é a retirada
2) Atos discricionários: são os atos que possuem par- do ato administrativo em decorrência de sua invalidade,
te de seus pressupostos e elementos previamente fixados reconhecida judicial ou administrativamente, preservando-
pela lei autorizadora. No mínimo, a competência, a finali- se os direitos dos terceiros de boa-fé; por revogação, que
dade e a forma estão previamente fixados na lei – são os é a retirada do ato administrativo em decorrência da sua
pressupostos vinculados. Aquilo que está em branco ou inconveniência ou inoportunidade em face dos interesses
indefinido na lei será preenchido pelo administrador. Tal públicos, sendo o ato válido e praticado dentro da Lei, efe-
preenchimento deve ser feito motivadamente com base tuando-se a revogação na via administrativa; cassação, que
em fatos e circunstâncias que somente o administrador é a retirada do ato administrativo em decorrência do bene-
pode escolher. Contudo, tal escolha não é livre, os fatos e ficiário ter descumprido condição tida como indispensável
circunstâncias devem ser adequados (razoáveis e propor- para a manutenção do ato; contraposição ou derrubada,
que é a retirada do ato administrativo em decorrência de
cionais) aos limites e intenções da lei.
ser expedido outro ato fundado em competência diversa
b) Quanto ao destinatário:
da do primeiro, mas que projeta efeitos antagônicos ao
1) Atos gerais: dirigidos à coletividade em geral, com
daquele, de modo a inibir a continuidade da sua eficácia;
finalidade normativa, atingindo uma gama de pessoas que
caducidade, que é a retirada do ato administrativo em
estejam na mesma situação jurídica nele estabelecida. O par-
decorrência de ter sobrevindo norma superior que torna
ticular não pode impugnar, pois os efeitos são para todos.
incompatível a manutenção do ato com a nova realidade
2) Atos individuais: dirigidos a pessoa certa e deter-
jurídica instaurada.
minada, criando situações jurídicas individuais. O particular 4) Renúncia: É a extinção do ato administrativo efi-
atingido pode impugnar. caz em virtude de seu beneficiário não mais desejar a sua
c) Quanto ao seu alcance: continuidade. A renúncia só tem cabimento em atos que
1) Atos internos: praticados no âmbito interno da Ad- concedem privilégios e prerrogativas.
ministração, incidindo sobre órgãos e agentes administra- 5) Recusa: É a extinção do ato administrativo ineficaz em
tivos. decorrência do seu futuro beneficiário não manifestar con-
2) Atos externos: praticados no âmbito externo da cordância, tida como indispensável para que o ato pudesse
Administração, atingindo administrados e contratados. São projetar regularmente seus efeitos. Se o futuro beneficiário
obrigatórios a partir da publicação. recusa a possibilidade da eficácia do ato, esse será extinto.
d) Quanto ao seu objeto:
1) Atos de império: praticados com supremacia em Convalidação do Ato Administrativo
relação ao particular e servidor, impondo o seu obrigatório É o ato administrativo que, com efeitos retroativos,
cumprimento. sana vício de ato antecedente, de modo a torná-lo válido
2) Atos de gestão: praticados em igualdade de condi- desde o seu nascimento, ou seja, é um ato posterior que
ção com o particular, ou seja, sem usar de suas prerrogati- sana um vício de um ato anterior, transformando-o em vá-
vas sobre o destinatário. lido desde o momento em que foi praticado.
3) Atos de expediente: praticados para dar andamen- Há alguns autores que não aceitam a convalidação dos
to a processos e papéis que tramitam internamente na ad- atos, sustentando que os atos administrativos somente po-
ministração pública. São atos de rotina administrativa. dem ser nulos. Os únicos atos que se ajustariam à convali-
e) Quanto a formação (processo de elaboração): dação seriam os atos anuláveis.
1) Ato simples: nasce por meio da manifestação de Existem três formas de convalidação:
vontade de um órgão (unipessoal ou colegiado) ou agente - Ratificação: é a convalidação feita pela própria autori-
da Administração. dade que praticou o ato;
2) Ato complexo: nasce da manifestação de vontade - Confirmação: é a convalidação feita por autoridade
de mais de um órgão ou agente administrativo. superior àquela que praticou o ato;
6 BARBOSA, Carlos. Atos administrativos. Dis- - Saneamento: é a convalidação feita por ato de tercei-
ponível em: <http://www.stf.jus.br/>. Acesso em: 06 mar. ro, ou seja, não é feita nem por quem praticou o ato nem
2016. por autoridade superior.

109
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Não se deve confundir a convalidação com a conversão somente devendo efetuar investimentos em programas
do ato administrativo. Há um ato viciado e, para regulari- estratégicos previstos na redação do PPA para o período
zar a situação, ele é transformado em outro, de diferente vigente. A Constituição, também, sugere que a iniciativa
tipologia. O ato nulo, embora não possa ser convalidado, privada volte suas ações de desenvolvimento para as áreas
poderá ser convertido, transformando-se em ato válido. abordadas pelo plano vigente.
O PPA é dividido em planos de ações, e cada plano
deverá conter: (i) objetivo, órgão do Governo responsável
pela execução do projeto, (ii) o valor, (iii) o prazo de con-
ORÇAMENTO PÚBLICO;
clusão, (iv) as fontes de financiamento, (v) o indicador que
represente a situação que o plano visa alterar, (vi) a ne-
cessidade de bens e serviços para a correta efetivação do
O orçamento público brasileiro compreende a elaboração previsto, (vii) a regionalização do plano, etc.
e a execução de três leis básicas: (i) o Plano Plurianual (“PPA”), Cada um desses planos (ou programas) será designa-
(ii) a Lei de Diretrizes Orçamentárias (“LDO”) e a Lei de Orça- do a uma unidade responsável competente, mesmo que
mento Anual (“LOA”), que em conjunto materializam o pla- durante a execução dos trabalhos várias unidades da esfe-
nejamento e a execução das políticas públicas de cada ente ra pública sejam envolvidas. Também será designado um
da Federação (União, Estados, Municípios e Distrito Federal). gerente específico para cada ação prevista no Plano Plu-
Nesse capítulo, analisaremos cada uma das leis, buscando de- rianual, por determinação direta da Administração Pública.
monstrar a sua função no sistema orçamentário brasileiro, e O Decreto nº 2.829, 29.10.1998, que regulamentou o
de que forma respeitam os orçamentários pátrios. PPA prevê que sempre se deve buscar a integração das vá-
rias esferas do poder público (federal, estadual e munici-
PLANO PLURIANUAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. pal), e também destas com o setor privado.
A cada ano, deverá ser realizada uma avaliação do pro-
O Plano plurianual está previsto na constituição no ar- cesso de andamento das medidas a serem desenvolvidas
tigo a seguir: durante o período quadrienal – não só apresentando a si-
Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabe- tuação atual dos programas, mas também sugerindo for-
lecerão: mas de evitar o desperdício de dinheiro público em ações
I - o plano plurianual; não significativas. Com base nesta avaliação é que serão
traçadas as bases para a elaboração do orçamento anual.
II - as diretrizes orçamentárias;
A avaliação anual poderá se utilizar de vários recursos
III - os orçamentos anuais.
para sua efetivação, inclusive de pesquisas de satisfação
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá,
pública, quando viáveis.
de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da
Embora teoricamente todos os projetos do PPA sejam
administração pública federal para as despesas de capital e
importantes e necessários para o desenvolvimento socioeco-
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas
nômico do ente, dentro do mesmo devem ser estabelecidos
de duração continuada. projetos que detêm de maior prioridade na sua realização.
§ 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e
setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS NA CONSTITUIÇÃO FE-
em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo DERAL.
Congresso Nacional. A Lei das Diretrizes Orçamentárias está prevista na
constituição no artigo a seguir:
O Plano Plurianual (“PPA”), no Brasil, previsto no arti- Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabe-
go 165 da Constituição Federal de 1988, e regulamentado lecerão:
pelo Decreto nº 2.829, de 29.10.1998, em plena compati- I - o plano plurianual;
bilidade com o princípio do orçamento investimento, es- II - as diretrizes orçamentárias;
tabelece as medidas, gastos e objetivos a serem seguidos III - os orçamentos anuais.
pela Administração ao longo de um período (exercício) de § 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá
quatro anos. as metas e prioridades da administração pública federal,
É aprovado por lei quadrienal, sujeita a prazos e ritos incluindo as despesas de capital para o exercício financei-
diferenciados de tramitação e tem vigência do segundo ro subsequente, orientará a elaboração da lei orçamentária
ano de um mandato do Poder Executivo até o final do pri- anual, disporá sobre as alterações na legislação tributária e
meiro ano do mandato seguinte. estabelecerá a política de aplicação das agências financei-
Nele se prevê a atuação do Governo, durante o perío- ras oficiais de fomento.
do mencionado, em programas de duração continuada já § 3º - O Poder Executivo publicará, até trinta dias após
instituídos ou a instituir no médio prazo, buscando o cum- o encerramento de cada bimestre, relatório resumido da
primento do princípio da continuidade da prestação do execução orçamentária.
serviço público, em prol do interesse público. § 4º - Os planos e programas nacionais, regionais e
Com a obrigatoriedade do PPA, tornou-se obrigatório setoriais previstos nesta Constituição serão elaborados
o Governo planejar todas as suas ações e também seu or- em consonância com o plano plurianual e apreciados pelo
çamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, Congresso Nacional.

110
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
A LEI DE DIRETRIZES ORÇAMENTÁRIAS aplicação dos recursos obtidos com a alienação de ativos; (v)
A Lei de Diretrizes Orçamentárias (“LDO”) tem a finalida- a avaliação financeira e atuarial de todos os fundos e pro-
de precípua de orientar a elaboração dos orçamentos fiscal gramas de natureza atuarial; (vi) o demonstrativo da estima-
e da seguridade social e de investimento das empresas esta- tiva e compensação da renúncia de receita e da margem de
tais. Busca sincronizar a Lei Orçamentária Anual (“LOA”) com expansão das despesas obrigatórias de caráter continuado;
as diretrizes, objetivos e metas da administração pública, es- (vii) a avaliação dos passivos contingentes e outros riscos ca-
tabelecidas no PPA, em estrita observância aos princípios do pazes de afetar as contas, informando as providências, caso
orçamento investimento e da unidade orçamentária. se concretizem, como por exemplo, é importante verificar os
De acordo com o parágrafo 2º, do art. 165, da Consti- processos judiciais de devolução de tributos questionáveis,
tuição Federal de 1988, a LDO (i) deverá trazer as metas e ou demanda de reivindicações salariais não concedidas.
prioridades da administração pública, incluindo as despesas Enfim, o Anexo de Metas Fiscais compreenderá: (i) a previ-
de capital para o exercício financeiro subsequente, (ii) orien- são trienal da receita, da despesa, estimando, assim, os resulta-
tará a elaboração da LOA, (iii) disporá sobre as alterações na dos nominal e primário; (ii) a previsão trienal do estoque da dí-
legislação tributária e (iv) estabelecerá a política de aplicação vida pública, considerando os passivos financeiro e permanen-
das agências financeiras oficiais de fomento. te; (iii) a avaliação do cumprimento das metas do ano anterior;
Em observância do princípio da anualidade orçamentá- (iv) a evolução do patrimônio líquido ou passivo real descober-
ria, a LDO será elaborada, anualmente, pela Administração to (resultado patrimonial negativo); (v) a avaliação financeira e
e aprovada pelo Poder Legislativo que, após aprovação, de- atuarial dos fundos de previdência dos servidores públicos; (vi)
volverá ao Executivo para sanção. É importante destacar que a Estimativa de compensação da renúncia de receitas (anistias,
a Constituição de 1988 não prevê a possibilidade de rejei- remissões, isenções, subsídios etc.) e da margem de expansão
ção do projeto de lei de diretrizes orçamentárias, uma vez das despesas obrigatórias de caráter continuado.
que prescreve, em seu art. 57, §2º, que a sessão legislativa
não será interrompida sem a aprovação do projeto, logo, o A LEI ORÇAMENTÁRIA ANUAL
projeto após entregue pelo Executivo deverá ser analisado e A Lei Orçamentária Anual (“LOA”) ou orçamento anual visa
encaminhado para aprovação. concretizar os objetivos e metas propostas no PPA, segundo
A Lei de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar as diretrizes estabelecidas pela LDO, em conformidade com o
nº 101, de 04.05.2000) ampliou a importância da LDO, de- princípio da unidade do orçamento público. É uma lei, em sen-
terminando a previsão de várias outras situações, além das tido formal, elaborada pelo Poder Executivo e aprovada pelo
previstas na Constituição. São elas (i) estabelecer os critérios Poder Legislativo, que estabelece as despesas e as receitas que
para o congelamento de dotações, quando as receitas não serão realizadas em determinado ano (princípio da anualidade
evoluírem de acordo com a estimativa orçamentária; (ii) esta- do orçamento). A Constituição determina que o Orçamento
belecer controles operacionais e suas regras de atuação para deve ser votado e aprovado até o final de cada Legislatura,
avaliação das ações desenvolvidas ou em desenvolvimento; sendo competência do Chefe do Poder Executivo de cada ente
(iii) estabelecer as condições de ajudar ou subvencionar fi- público enviar ao órgão legislativo a proposta do orçamento.
nanceiramente instituições privadas, fornecendo o nome da A proposta da LOA compreende os três tipos distintos de
instituição, valor a ser concedido, objetivo etc., sendo impor- orçamentos, a saber: (i) o Orçamento Fiscal, que compreen-
tante ressaltar que serão nulas as subvenções não previstas de os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e
na LDO, excluindo casos de emergência; (iv) estabelecer con- dos Municípios, os Fundos, Órgãos, Autarquias, inclusive as
dições para autorizar os entes a auxiliar o custeio de despesas especiais, e Fundações instituídas e mantidas pelo ente pú-
próprias de outros entes, como por exemplo, gastos de quar- blico; abrange, também, as empresas públicas e sociedades
tel da Polícia Militar, de Cartório Eleitoral, Recrutamento Mili- de economia mista em que o Poder Público, direta ou indi-
tar, de atividades da Justiça etc.; (v) estabelecer critérios para retamente, detenha a maioria do capital social com direito a
o início de novos projetos, após o adequado atendimento voto e que recebam desta quaisquer recursos que não sejam
dos que estão em andamento; (vi) estabelecer critérios de provenientes de participação acionária, pagamentos de servi-
programação financeira mensal; (vii) estabelecer o percentual ços prestados, transferências para aplicação em programas de
da receita corrente líquida a ser retido na peça orçamentária, financiamento atendendo ao disposto na alínea “c” do inciso
como Reserva de Contingência. I do art. 159 da CF e refinanciamento da dívida externa; (ii) o
Além do estabelecimento e definição dos itens acima, a Orçamento de Seguridade Social, que compreende todos os
LDO deverá ser acompanhada dos chamados Anexos de Me- órgãos e entidades a quem compete executar ações nas áreas
tas Fiscais. Esses Anexos deverão conter: (i) metas anuais para de saúde, previdência e assistência social, quer sejam da Admi-
receitas, despesas, resultados nominal e primário e montante nistração Direta ou Indireta, bem como os fundos e fundações
da dívida para o exercício a que se referirem e para os dois instituídas e mantidas pelo Poder Público; compreende, ainda,
exercícios seguintes; (ii) a avaliação do cumprimento das me- os demais subprojetos ou subatividades, não integrantes do
tas relativas ao ano anterior; (iii) o demonstrativo das metas Programa de Trabalho dos Órgãos e Entidades mencionados,
anuais, instruído com memória e metodologia de cálculo que mas que se relacionem com as referidas ações, tendo em vista
justifiquem os resultados pretendidos, comparando-as com o disposto no art. 194 da CF; e (iii) o Orçamento de Investimen-
as fixadas nos três últimos exercícios, evidenciando a con- to das Empresas Estatais: previsto no inciso II, parágrafo 5º do
sistência delas com as premissas e os objetivos da política art. 165 da CF, que abrange as empresas públicas e sociedades
vigente; (iv) o demonstrativo da evolução do patrimônio lí- de economia mista em que o Estado, direta ou indiretamente,
quido nos últimos três exercícios, destacando a origem e a detenha a maioria do capital social com direito a voto.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Execução Orçamentária Várias são as razões pelas quais deve existir um bom sis-
A execução orçamentária ocorre concomitantemente tema de classificação no orçamento. Podemos citar algumas:
com a financeira. Esta afirmativa tem como sustentação o 1) facilitar a formulação de programas;
fato de que a execução tanto orçamentária como financeira 2) proporcionar uma contribuição efetiva para o acom-
estão atreladas uma a outra. Havendo orçamento e não exis- panhamento da execução do orçamento;
tindo o financeiro, não poderá ocorrer a despesa. Por outro 3) determinar a fixação de responsabilidades e
lado, havendo recurso financeiro, mas não se podendo gas- 4) possibilitar a análise dos efeitos econômicos das ações
tá-lo, não há que se falar em disponibilidade orçamentária. governamentais.
Em consequência, pode-se definir execução orçamentá- Dependendo do critério de classificação, alguns aspec-
ria como sendo a utilização dos créditos na LOA. Já a exe- tos das contas poderão ser evidenciados. A Lei estabelece
cução financeira, por sua vez, representa a utilização de re- a obrigatoriedade de classificação segundo vários critérios,
cursos financeiros, visando atender à realização dos projetos encontrados na Classificação por Categoria Econômica.
e/ou atividades atribuídas às Unidades Orçamentárias pelo
Orçamento. Classificação por Categoria Econômica
Na técnica orçamentária, inclusive, é habitual se fazer A classificação por categoria econômica é importante
a distinção entre as palavras crédito e recursos. O primeiro para o conhecimento do impacto das ações de governo na
termo designa o lado orçamentário e o segundo, o lado fi- conjuntura econômica do país. Ela possibilita que o orçamen-
nanceiro. Crédito e Recurso são duas faces de uma mesma to constitua um instrumento de importância para a análise
moeda. O crédito é a dotação ou autorização de gasto ou e ação de política econômica, de maneira a ser utilizado no
sua descentralização, e o recurso é o dinheiro ou saldo de fomento ao desenvolvimento nacional, no controle do déficit
disponibilidade bancária. público, etc. Por esse critério, o orçamento se divide em dois
Uma vez publicada a LOA, observadas as normas de grandes grupos: as Contas Correntes e Contas de Capital.
execução orçamentária e de programação financeira para o
exercício, e lançadas as informações orçamentárias, cria-se o Classificação Funcional
crédito orçamentário e, a partir daí, tem-se o início da execu- A classificação funcional-programática representou um
ção orçamentária propriamente dita. grande avanço na técnica de apresentação orçamentária. Ela
Executar o orçamento é, portanto, realizar as despesas permitiu a vinculação das dotações orçamentárias a objetivos de
públicas nele previstas, ressaltando que para que qualquer governo, que por sua vez eram viabilizados pelos programas de
utilização de recursos públicos seja efetuada, a primeira con- governo. Esse enfoque permitiu uma visão de ‘o que o governo
dição é que esse gasto tenha sido legal e oficialmente previs- fazia’, o que tinha significado bastante diferenciado do enfoque
to e autorizado pelo Poder Legislativo e que sejam seguidos tradicional, que visualizava ‘o que o governo comprava’.
à risca os três estágios da execução das despesas previstos Para o orçamento do ano 2000, diversas modificações
na Lei nº 4.320/64, isto é, (i) o empenho, (ii) a liquidação e (iii) foram estabelecidas na classificação vigente, procurando-se
o pagamento – atualmente se encontra em aplicação a siste- privilegiar o aspecto gerencial do orçamento, com adoção de
mática do pré-empenho antecedendo esses estágios, já que, práticas simplificadoras e descentralizadoras.
após o recebimento do crédito orçamentário e antes do seu O eixo principal dessas modificações foi a interligação en-
comprometimento para a realização da despesa, existe uma tre o planejamento (PPA) e o orçamento (LOA), por intermé-
fase geralmente demorada de licitação obrigatória junto a dio de programas que são gerenciados por um responsável e
fornecedores de bens e serviços que impõe a necessidade de orientados para a consecução dos objetivos estratégicos defini-
se assegurar o crédito até o término do processo licitatório. dos pelo governo. Esses objetivos são viabilizados por meio de
Todo esse processo ocorre observando, estritamente, os projetos e atividades que têm produto (bem/serviço) específi-
princípios constitucionais orçamentários, bem como aqueles co. Assim, uma vez definido o programa, com suas respectivas
que regem a Administração Pública, dentre eles a moralida- ações, classifica-se a despesa de acordo com a especificidade
de, a publicidade e a eficiência, de modo que o interesse pú- de seu conteúdo e produto, em uma sub função, independen-
blico seja sempre garantido. te de sua relação institucional. Em seguida será feita a asso-
ciação com a função, voltada à área de atuação característica
ESTRUTURA PROGRAMÁTICA. do órgão/unidade em que as despesas estão sendo efetuadas.
Dessa forma, a classificação orçamentária para 2000 apresenta:
Identificação dos produtos finais de uma organização, re- 1) Um rol de funções, que representa o maior nível de
presentados pelos seus programas e subprogramas, fixados a agregação das diversas áreas da despesa que competem ao
partir dos objetivos constantes dos planos de governo, além setor público. Dentre elas existe a função “Encargos Espe-
da determinação dos recursos reais e financeiros exigidos e ciais”, que engloba despesas não associadas a um bem ou
das medidas de coordenação e compatibilização requeridas. serviço gerado no processo produtivo, como: dívida, ressar-
De grande importância para a compreensão do orçamen- cimento, indenização, entre outros.
to são os critérios de classificação das contas públicas. As clas- 2) Um rol de sub funções, que representa uma partição da
sificações são utilizadas para facilitar e padronizar as informa- função, agregando um determinado subconjunto de despesas
ções que se deseja obter. Pela classificação é possível visualizar do setor público. Cabe ressaltar que a classificação funcional
o orçamento por Poder, por Instituição, por Função de Gover- ora introduzida preservou a matricialidade da funcional-pro-
no, por Subfunção, por Programa, por Projeto, Atividade e/ou gramática, ou seja, as sub funções poderão ser combinadas
Operação Especial, ou, ainda, por categoria econômica. com funções diferentes daquelas a que estejam vinculadas.

112
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
3) Um rol de programas, que representa um conjunto de O Decreto nº 2.829, 29.10.1998, que regulamentou o
ações que concorrem para um objetivo preestabelecido. Os PPA prevê que sempre se deve buscar a integração das vá-
programas são definidos de acordo com a estrutura de cada rias esferas do poder público (federal, estadual e munici-
nível de governo, de maneira a adequar a solução de proble- pal), e também destas com o setor privado.
mas identificados. O programa é entendido como módulo A cada ano, deverá ser realizada uma avaliação do pro-
integrador entre planejamento e orçamento, solucionando cesso de andamento das medidas a serem desenvolvidas
assim a difícil compatibilização dessas duas estruturas. durante o período quadrienal – não só apresentando a si-
4) Um rol de projetos, que são os instrumentos de pro- tuação atual dos programas, mas também sugerindo for-
gramação para alcançar os objetivos de um programa, envol- mas de evitar o desperdício de dinheiro público em ações
vendo um conjunto de operações, limitadas no tempo, das não significativas. Com base nesta avaliação é que serão
quais resulta um produto que concorre para a expansão ou o traçadas as bases para a elaboração do orçamento anual.
aperfeiçoamento da ação do governo. A avaliação anual poderá se utilizar de vários recursos
5) Um rol de atividades, que são os instrumentos de
para sua efetivação, inclusive de pesquisas de satisfação
programação para alcançar os objetivos de um programa,
pública, quando viáveis.
envolvendo um conjunto de operações, que se realizam de
Embora teoricamente todos os projetos do PPA sejam
modo contínuo e permanente, das quais resulta um produto
importantes e necessários para o desenvolvimento socioe-
necessário à manutenção da ação do governo. 6) Um rol de
operações especiais, que representam ações que não contri- conômico do ente, dentro do mesmo devem ser estabe-
buem para a manutenção das ações de governo, das quais lecidos projetos que detêm de maior prioridade na sua
não resulta um produto e não geram contraprestação direta realização.
sob a forma de bens e serviços.
O PLANO PLURIANUAL
O Plano Plurianual (“PPA”), no Brasil, previsto no arti- DIREITO CONSTITUCIONAL; LEI 10.520 DE 17
go 165 da Constituição Federal de 1988, e regulamentado DE JULHO DE 2002
pelo Decreto nº 2.829, de 29.10.1998, em plena compati-
bilidade com o princípio do orçamento investimento, es-
tabelece as medidas, gastos e objetivos a serem seguidos
pela Administração ao longo de um período (exercício) de LEI No 10.520, DE 17 DE JULHO DE 2002.
quatro anos.
É aprovado por lei quadrienal, sujeita a prazos e ritos Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal
diferenciados de tramitação e tem vigência do segundo e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Consti-
ano de um mandato do Poder Executivo até o final do pri- tuição Federal, modalidade de licitação denominada pre-
meiro ano do mandato seguinte. gão, para aquisição de bens e serviços comuns, e dá outras
Nele se prevê a atuação do Governo, durante o perío- providências.
do mencionado, em programas de duração continuada já
instituídos ou a instituir no médio prazo, buscando o cum- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
primento do princípio da continuidade da prestação do gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
serviço público, em prol do interesse público. Art. 1º Para aquisição de bens e serviços comuns, po-
Com a obrigatoriedade do PPA, tornou-se obrigatório derá ser adotada a licitação na modalidade de pregão, que
o Governo planejar todas as suas ações e também seu or- será regida por esta Lei.
çamento de modo a não ferir as diretrizes nele contidas, Parágrafo único. Consideram-se bens e serviços co-
somente devendo efetuar investimentos em programas muns, para os fins e efeitos deste artigo, aqueles cujos
estratégicos previstos na redação do PPA para o período padrões de desempenho e qualidade possam ser objeti-
vigente. A Constituição, também, sugere que a iniciativa vamente definidos pelo edital, por meio de especificações
privada volte suas ações de desenvolvimento para as áreas usuais no mercado.
abordadas pelo plano vigente. Art. 2º (VETADO)
O PPA é dividido em planos de ações, e cada plano § 1º Poderá ser realizado o pregão por meio da utiliza-
deverá conter: (i) objetivo, órgão do Governo responsável ção de recursos de tecnologia da informação, nos termos
pela execução do projeto, (ii) o valor, (iii) o prazo de con- de regulamentação específica.
clusão, (iv) as fontes de financiamento, (v) o indicador que § 2º Será facultado, nos termos de regulamentos pró-
represente a situação que o plano visa alterar, (vi) a ne- prios da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, a
cessidade de bens e serviços para a correta efetivação do participação de bolsas de mercadorias no apoio técnico e
previsto, (vii) a regionalização do plano, etc. operacional aos órgãos e entidades promotores da moda-
Cada um desses planos (ou programas), será designa- lidade de pregão, utilizando-se de recursos de tecnologia
do a uma unidade responsável competente, mesmo que da informação.
durante a execução dos trabalhos várias unidades da esfe- § 3º As bolsas a que se referem o § 2o deverão estar
ra pública sejam envolvidas. Também será designado um organizadas sob a forma de sociedades civis sem fins lucra-
gerente específico para cada ação prevista no Plano Plu- tivos e com a participação plural de corretoras que operem
rianual, por determinação direta da Administração Pública. sistemas eletrônicos unificados de pregões.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 3º A fase preparatória do pregão observará o seguinte: VII - aberta a sessão, os interessados ou seus repre-
I - a autoridade competente justificará a necessidade sentantes, apresentarão declaração dando ciência de que
de contratação e definirá o objeto do certame, as exigên- cumprem plenamente os requisitos de habilitação e entre-
cias de habilitação, os critérios de aceitação das propostas, garão os envelopes contendo a indicação do objeto e do
as sanções por inadimplemento e as cláusulas do contrato, preço oferecidos, procedendo-se à sua imediata abertura e
inclusive com fixação dos prazos para fornecimento; à verificação da conformidade das propostas com os requi-
II - a definição do objeto deverá ser precisa, suficiente e sitos estabelecidos no instrumento convocatório;
clara, vedadas especificações que, por excessivas, irrelevan- VIII - no curso da sessão, o autor da oferta de valor
mais baixo e os das ofertas com preços até 10% (dez por
tes ou desnecessárias, limitem a competição;
cento) superiores àquela poderão fazer novos lances ver-
III - dos autos do procedimento constarão a justificati-
bais e sucessivos, até a proclamação do vencedor;
va das definições referidas no inciso I deste artigo e os in-
IX - não havendo pelo menos 3 (três) ofertas nas con-
dispensáveis elementos técnicos sobre os quais estiverem dições definidas no inciso anterior, poderão os autores das
apoiados, bem como o orçamento, elaborado pelo órgão melhores propostas, até o máximo de 3 (três), oferecer
ou entidade promotora da licitação, dos bens ou serviços novos lances verbais e sucessivos, quaisquer que sejam os
a serem licitados; e preços oferecidos;
IV - a autoridade competente designará, dentre os X - para julgamento e classificação das propostas, será
servidores do órgão ou entidade promotora da licitação, adotado o critério de menor preço, observados os prazos
o pregoeiro e respectiva equipe de apoio, cuja atribuição máximos para fornecimento, as especificações técnicas e
inclui, dentre outras, o recebimento das propostas e lan- parâmetros mínimos de desempenho e qualidade defini-
ces, a análise de sua aceitabilidade e sua classificação, bem dos no edital;
como a habilitação e a adjudicação do objeto do certame XI - examinada a proposta classificada em primeiro lu-
ao licitante vencedor. gar, quanto ao objeto e valor, caberá ao pregoeiro decidir
§ 1º A equipe de apoio deverá ser integrada em sua motivadamente a respeito da sua aceitabilidade;
maioria por servidores ocupantes de cargo efetivo ou em- XII - encerrada a etapa competitiva e ordenadas as
prego da administração, preferencialmente pertencentes ofertas, o pregoeiro procederá à abertura do invólucro
ao quadro permanente do órgão ou entidade promotora contendo os documentos de habilitação do licitante que
apresentou a melhor proposta, para verificação do atendi-
do evento.
mento das condições fixadas no edital;
§ 2º No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de
XIII - a habilitação far-se-á com a verificação de que o
pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser
licitante está em situação regular perante a Fazenda Nacio-
desempenhadas por militares nal, a Seguridade Social e o Fundo de Garantia do Tempo
Art. 4º A fase externa do pregão será iniciada com a con- de Serviço - FGTS, e as Fazendas Estaduais e Municipais,
vocação dos interessados e observará as seguintes regras: quando for o caso, com a comprovação de que atende às
I - a convocação dos interessados será efetuada por exigências do edital quanto à habilitação jurídica e qualifi-
meio de publicação de aviso em diário oficial do respectivo cações técnica e econômico-financeira;
ente federado ou, não existindo, em jornal de circulação XIV - os licitantes poderão deixar de apresentar os
local, e facultativamente, por meios eletrônicos e conforme documentos de habilitação que já constem do Sistema de
o vulto da licitação, em jornal de grande circulação, nos Cadastramento Unificado de Fornecedores – Sicaf e siste-
termos do regulamento de que trata o art. 2º; mas semelhantes mantidos por Estados, Distrito Federal ou
II - do aviso constarão a definição do objeto da licita- Municípios, assegurado aos demais licitantes o direito de
ção, a indicação do local, dias e horários em que poderá ser acesso aos dados nele constantes;
lida ou obtida a íntegra do edital; XV - verificado o atendimento das exigências fixadas
III - do edital constarão todos os elementos definidos no edital, o licitante será declarado vencedor;
na forma do inciso I do art. 3º, as normas que disciplinarem XVI - se a oferta não for aceitável ou se o licitante de-
o procedimento e a minuta do contrato, quando for o caso; satender às exigências habilitatórias, o pregoeiro examina-
IV - cópias do edital e do respectivo aviso serão co- rá as ofertas subsequentes e a qualificação dos licitantes,
na ordem de classificação, e assim sucessivamente, até a
locadas à disposição de qualquer pessoa para consulta e
apuração de uma que atenda ao edital, sendo o respectivo
divulgadas na forma da Lei no 9.755, de 16 de dezembro
licitante declarado vencedor;
de 1998; XVII - nas situações previstas nos incisos XI e XVI, o
V - o prazo fixado para a apresentação das propostas, pregoeiro poderá negociar diretamente com o proponente
contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a para que seja obtido preço melhor;
8 (oito) dias úteis; XVIII - declarado o vencedor, qualquer licitante poderá
VI - no dia, hora e local designados, será realizada ses- manifestar imediata e motivadamente a intenção de recorrer,
são pública para recebimento das propostas, devendo o quando lhe será concedido o prazo de 3 (três) dias para apre-
interessado, ou seu representante, identificar-se e, se for o sentação das razões do recurso, ficando os demais licitantes
caso, comprovar a existência dos necessários poderes para desde logo intimados para apresentar contrarrazões em igual
formulação de propostas e para a prática de todos os de- número de dias, que começarão a correr do término do prazo
mais atos inerentes ao certame; do recorrente, sendo-lhes assegurada vista imediata dos autos;

114
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
XIX - o acolhimento de recurso importará a invalidação I - são considerados bens e serviços comuns da área da
apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento; saúde, aqueles necessários ao atendimento dos órgãos que
XX - a falta de manifestação imediata e motivada do li- integram o Sistema Único de Saúde, cujos padrões de de-
citante importará a decadência do direito de recurso e a ad- sempenho e qualidade possam ser objetivamente definidos
judicação do objeto da licitação pelo pregoeiro ao vencedor; no edital, por meio de especificações usuais do mercado.
XXI - decididos os recursos, a autoridade competente II - quando o quantitativo total estimado para a contra-
fará a adjudicação do objeto da licitação ao licitante ven- tação ou fornecimento não puder ser atendido pelo licitan-
cedor; te vencedor, admitir-se-á a convocação de tantos licitantes
XXII - homologada a licitação pela autoridade compe- quantos forem necessários para o atingimento da totali-
tente, o adjudicatário será convocado para assinar o con- dade do quantitativo, respeitada a ordem de classificação,
trato no prazo definido em edital; e desde que os referidos licitantes aceitem praticar o mesmo
XXIII - se o licitante vencedor, convocado dentro do preço da proposta vencedora.
prazo de validade da sua proposta, não celebrar o contrato, III - na impossibilidade do atendimento ao disposto no
aplicar-se-á o disposto no inciso XVI. inciso II, excepcionalmente, poderão ser registrados outros
Art. 5º É vedada a exigência de: preços diferentes da proposta vencedora, desde que se tra-
I - garantia de proposta; te de objetos de qualidade ou desempenho superior, de-
II - aquisição do edital pelos licitantes, como condição vidamente justificada e comprovada a vantagem, e que as
para participação no certame; e ofertas sejam em valor inferior ao limite máximo admitido.”
III - pagamento de taxas e emolumentos, salvo os refe- Art. 13. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
rentes a fornecimento do edital, que não serão superiores ao Brasília, 17 de julho de 2002; 181º da Independência e
custo de sua reprodução gráfica, e aos custos de utilização 114º da República.
de recursos de tecnologia da informação, quando for o caso. FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
Art. 6º O prazo de validade das propostas será de 60 Pedro Malan
(sessenta) dias, se outro não estiver fixado no edital. Guilherme Gomes Dias
Art. 7º Quem, convocado dentro do prazo de validade Este texto não substitui o publicado no DOU de
da sua proposta, não celebrar o contrato, deixar de entregar 18.7.2002 e retificado em 30.7.2002
ou apresentar documentação falsa exigida para o certame,
ensejar o retardamento da execução de seu objeto, não
mantiver a proposta, falhar ou fraudar na execução do con-
DECRETO 5.450 DE 31 DE MAIO DE 2005;
trato, comportar-se de modo inidôneo ou cometer fraude
fiscal, ficará impedido de licitar e contratar com a União, Es-
tados, Distrito Federal ou Municípios e, será descredenciado
no Sicaf, ou nos sistemas de cadastramento de fornecedo- DECRETO Nº 5.450, DE 31 DE MAIO DE 2005.
res a que se refere o inciso XIV do art. 4o desta Lei, pelo pra-
zo de até 5 (cinco) anos, sem prejuízo das multas previstas Regulamenta o pregão, na forma eletrônica, para aqui-
em edital e no contrato e das demais cominações legais. sição de bens e serviços comuns, e dá outras providências
Art. 8º Os atos essenciais do pregão, inclusive os de-
correntes de meios eletrônicos, serão documentados no O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição
processo respectivo, com vistas à aferição de sua regulari- que lhe confere o art. 84, inciso IV, da Constituição, e tendo
dade pelos agentes de controle, nos termos do regulamen- em vista o disposto na Lei no 10.520, de 17 de julho de 2002,
to previsto no art. 2º. DECRETA:
Art. 9º Aplicam-se subsidiariamente, para a modalida- Art. 1o A modalidade de licitação pregão, na forma ele-
de de pregão, as normas da Lei nº 8.666, de 21 de junho trônica, de acordo com o disposto no § 1o do art. 2o da Lei
de 1993. no 10.520, de 17 de julho de 2002, destina-se à aquisição de
Art. 10. Ficam convalidados os atos praticados com bens e serviços comuns, no âmbito da União, e submete-se
base na Medida Provisória nº 2.182-18, de 23 de agosto ao regulamento estabelecido neste Decreto.
de 2001. Parágrafo único. Subordinam-se ao disposto neste Decre-
Art. 11. As compras e contratações de bens e serviços to, além dos órgãos da administração pública federal direta, os
comuns, no âmbito da União, dos Estados, do Distrito Fe- fundos especiais, as autarquias, as fundações públicas, as em-
deral e dos Municípios, quando efetuadas pelo sistema de presas públicas, as sociedades de economia mista e as demais
registro de preços previsto no art. 15 da Lei nº 8.666, de 21 entidades controladas direta ou indiretamente pela União.
de junho de 1993, poderão adotar a modalidade de pre- Art. 2o O pregão, na forma eletrônica, como modalida-
gão, conforme regulamento específico. de de licitação do tipo menor preço, realizar-se-á quando
Art. 12. A Lei nº 10.191, de 14 de fevereiro de 2001, a disputa pelo fornecimento de bens ou serviços comuns
passa a vigorar acrescida do seguinte artigo: for feita à distância em sessão pública, por meio de sistema
“Art. 2-A. A União, os Estados, o Distrito Federal e os que promova a comunicação pela internet.
Municípios poderão adotar, nas licitações de registro de § 1o Consideram-se bens e serviços comuns, aqueles
preços destinadas à aquisição de bens e serviços comuns cujos padrões de desempenho e qualidade possam ser ob-
da área da saúde, a modalidade do pregão, inclusive por jetivamente definidos pelo edital, por meio de especifica-
meio eletrônico, observando-se o seguinte: ções usuais do mercado.

115
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o Para o julgamento das propostas, serão fixados Art. 5o A licitação na modalidade de pregão é condicio-
critérios objetivos que permitam aferir o menor preço, nada aos princípios básicos da legalidade, impessoalidade,
devendo ser considerados os prazos para a execução do moralidade, igualdade, publicidade, eficiência, probidade
contrato e do fornecimento, as especificações técnicas, os administrativa, vinculação ao instrumento convocatório e
parâmetros mínimos de desempenho e de qualidade e as do julgamento objetivo, bem como aos princípios correla-
demais condições definidas no edital. tos da razoabilidade, competitividade e proporcionalidade.
§ 3o O sistema referido no caput será dotado de recur- Parágrafo único. As normas disciplinadoras da licita-
sos de criptografia e de autenticação que garantam condi- ção serão sempre interpretadas em favor da ampliação da
ções de segurança em todas as etapas do certame. disputa entre os interessados, desde que não comprome-
§ 4o O pregão, na forma eletrônica ,será conduzido tam o interesse da administração, o princípio da isonomia,
pelo órgão ou entidade promotora da licitação, com apoio a finalidade e a segurança da contratação.
técnico e operacional da Secretaria de Logística e Tecno- Art. 6o A licitação na modalidade de pregão, na forma
logia da Informação do Ministério do Planejamento, Or- eletrônica, não se aplica às contratações de obras de en-
çamento e Gestão, que atuará como provedor do sistema genharia, bem como às locações imobiliárias e alienações
eletrônico para os órgãos integrantes do Sistema de Servi- em geral.
ços Gerais - SISG. Art. 7o Os participantes de licitação na modalidade de
§ 5o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informa- pregão, na forma eletrônica, têm direito público subjetivo
ção poderá ceder o uso do seu sistema eletrônico a órgão à fiel observância do procedimento estabelecido neste De-
ou entidade dos Poderes da União, Estados, Distrito Fede- creto, podendo qualquer interessado acompanhar o seu
ral e Municípios, mediante celebração de termo de adesão. desenvolvimento em tempo real, por meio da internet.
Art. 3o Deverão ser previamente credenciados perante Art. 8o À autoridade competente, de acordo com as
o provedor do sistema eletrônico a autoridade competente atribuições previstas no regimento ou estatuto do órgão
do órgão promotor da licitação, o pregoeiro, os membros ou da entidade, cabe:
da equipe de apoio e os licitantes que participam do pre- I - designar e solicitar, junto ao provedor do sistema, o
gão na forma eletrônica.
credenciamento do pregoeiro e dos componentes da equi-
§ 1o O credenciamento dar-se-á pela atribuição de
pe de apoio;
chave de identificação e de senha, pessoal e intransferível,
II - indicar o provedor do sistema;
para acesso ao sistema eletrônico.
III - determinar a abertura do processo licitatório;
§ 2o No caso de pregão promovido por órgão integran-
IV - decidir os recursos contra atos do pregoeiro quan-
te do SISG, o credenciamento do licitante, bem assim a sua
do este mantiver sua decisão;
manutenção, dependerá de registro atualizado no Sistema
V - adjudicar o objeto da licitação, quando houver re-
de Cadastramento Unificado de Fornecedores - SICAF.
§ 3o A chave de identificação e a senha poderão ser curso;
utilizadas em qualquer pregão na forma eletrônica, salvo VI - homologar o resultado da licitação; e
quando cancelada por solicitação do credenciado ou em VII - celebrar o contrato.
virtude de seu descadastramento perante o SICAF. Art. 9o Na fase preparatória do pregão, na forma ele-
§ 4o A perda da senha ou a quebra de sigilo deverá ser trônica, será observado o seguinte:
comunicada imediatamente ao provedor do sistema, para I - elaboração de termo de referência pelo órgão re-
imediato bloqueio de acesso. quisitante, com indicação do objeto de forma precisa, sufi-
§ 5o O uso da senha de acesso pelo licitante é de sua ciente e clara, vedadas especificações que, por excessivas,
responsabilidade exclusiva, incluindo qualquer transação irrelevantes ou desnecessárias, limitem ou frustrem a com-
efetuada diretamente ou por seu representante, não ca- petição ou sua realização;
bendo ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da II - aprovação do termo de referência pela autoridade
licitação responsabilidade por eventuais danos decorrentes competente;
de uso indevido da senha, ainda que por terceiros. III  -  apresentação de justificativa da necessidade da
§ 6o O credenciamento junto ao provedor do sistema contratação;
implica a responsabilidade legal do licitante e a presunção IV - elaboração do edital, estabelecendo critérios de
de sua capacidade técnica para realização das transações aceitação das propostas;
inerentes ao pregão na forma eletrônica. V  - definição das exigências de habilitação, das san-
Art. 4o Nas licitações para aquisição de bens e serviços ções aplicáveis, inclusive no que se refere aos prazos e às
comuns será obrigatória a modalidade pregão, sendo pre- condições que, pelas suas particularidades, sejam conside-
ferencial a utilização da sua forma eletrônica. radas relevantes para a celebração e execução do contrato
§ 1o O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, e o atendimento das necessidades da administração; e
salvo nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justifi- VI - designação do pregoeiro e de sua equipe de apoio.
cada pela autoridade competente. § 1o A autoridade competente motivará os atos especi-
§ 2o Na hipótese de aquisições por dispensa de licita- ficados nos incisos II e III, indicando os elementos técnicos
ção, fundamentadas no inciso II do art. 24 da Lei no 8.666, de fundamentais que o apóiam, bem como quanto aos ele-
21 de junho de 1993, as unidades gestoras integrantes do mentos contidos no orçamento estimativo e no cronogra-
SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de co- ma físico-financeiro de desembolso, se for o caso, elabora-
tação eletrônica, conforme disposto na legislação vigente. dos pela administração.

116
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o O termo de referência é o documento que de- III - responsabilizar-se formalmente pelas transações
verá conter elementos capazes de propiciar avaliação do efetuadas em seu nome, assumindo como firmes e verda-
custo pela administração diante de orçamento detalhado, deiras suas propostas e lances, inclusive os atos pratica-
definição dos métodos, estratégia de suprimento, valor es- dos diretamente ou por seu representante, não cabendo
timado em planilhas de acordo com o preço de mercado, ao provedor do sistema ou ao órgão promotor da licitação
cronograma físico-financeiro, se for o caso, critério de acei- responsabilidade por eventuais danos decorrentes de uso
tação do objeto, deveres do contratado e do contratante, indevido da senha, ainda que por terceiros;
procedimentos de fiscalização e gerenciamento do contra- IV - acompanhar as operações no sistema eletrônico
to, prazo de execução e sanções, de forma clara, concisa e durante o processo licitatório, responsabilizando-se pelo
objetiva. ônus decorrente da perda de negócios diante da inobser-
Art. 10. As designações do pregoeiro e da equipe de vância de quaisquer mensagens emitidas pelo sistema ou
apoio devem recair nos servidores do órgão ou entidade de sua desconexão;
promotora da licitação, ou de órgão ou entidade integran- V - comunicar imediatamente ao provedor do sistema
te do SISG. qualquer acontecimento que possa comprometer o sigilo
§ 1o A equipe de apoio deverá ser integrada, em sua ou a inviabilidade do uso da senha, para imediato bloqueio
maioria, por servidores ocupantes de cargo efetivo ou em- de acesso;
prego da administração pública, pertencentes, preferen- VI  -  utilizar-se da chave de identificação e da senha
cialmente, ao quadro permanente do órgão ou entidade de acesso para participar do pregão na forma eletrônica; e
promotora da licitação. VII - solicitar o cancelamento da chave de identificação
§ 2o No âmbito do Ministério da Defesa, as funções de ou da senha de acesso por interesse próprio.
pregoeiro e de membro da equipe de apoio poderão ser Parágrafo único. O fornecedor descredenciado no SI-
desempenhadas por militares. CAF terá sua chave de identificação e senha suspensas au-
§ 3o A designação do pregoeiro, a critério da autorida- tomaticamente.
de competente, poderá ocorrer para período de um ano, Art. 14. Para habilitação dos licitantes, será exigida, ex-
clusivamente, a documentação relativa:
admitindo-se reconduções, ou para licitação específica.
I - à habilitação jurídica;
§ 4o Somente poderá exercer a função de pregoeiro
II - à qualificação técnica;
o servidor ou o militar que reúna qualificação profissional
III - à qualificação econômico-financeira;
e perfil adequados, aferidos pela autoridade competente.
IV  -  à regularidade fiscal com a Fazenda Nacional, o
Art. 11. Caberá ao pregoeiro, em especial:
sistema da seguridade social e o Fundo de Garantia do
I - coordenar o processo licitatório;
Tempo de Serviço - FGTS;
II - receber, examinar e decidir as impugnações e con-
V - à regularidade fiscal perante as Fazendas Estaduais
sultas ao edital, apoiado pelo setor responsável pela sua e Municipais, quando for o caso; e
elaboração; VI - ao cumprimento do disposto no inciso XXXIII do
III - conduzir a sessão pública na internet; art. 7o da Constituição e no inciso XVIII do art. 78 da Lei
IV - verificar a conformidade da proposta com os re- no 8.666, de 1993.
quisitos estabelecidos no instrumento convocatório; Parágrafo único. A documentação exigida para aten-
V - dirigir a etapa de lances; der ao disposto nos incisos I, III, IV e V deste artigo poderá
VI - verificar e julgar as condições de habilitação; ser substituída pelo registro cadastral no SICAF ou, em se
VII - receber, examinar e decidir os recursos, encami- tratando de órgão ou entidade não abrangida pelo referido
nhando à autoridade competente quando mantiver sua Sistema, por certificado de registro cadastral que atenda
decisão; aos requisitos previstos na legislação geral.
VIII - indicar o vencedor do certame; Art. 15. Quando permitida a participação de empresas
IX - adjudicar o objeto, quando não houver recurso; estrangeiras na licitação, as exigências de habilitação serão
X - conduzir os trabalhos da equipe de apoio; e atendidas mediante documentos equivalentes, autentica-
XI - encaminhar o processo devidamente instruído à dos pelos respectivos consulados ou embaixadas e traduzi-
autoridade superior e propor a homologação. dos por tradutor juramentado no Brasil.
Art. 12. Caberá à equipe de apoio, dentre outras atri- Art. 16. Quando permitida a participação de consórcio
buições, auxiliar o pregoeiro em todas as fases do processo de empresas, serão exigidos:
licitatório. I - comprovação da existência de compromisso públi-
Art. 13. Caberá ao licitante interessado em participar co ou particular de constituição de consórcio, com indica-
do pregão, na forma eletrônica: ção da empresa-líder, que deverá atender às condições de
I - credenciar-se no SICAF para certames promovidos liderança estipuladas no edital e será a representante das
por órgãos da administração pública federal direta, autár- consorciadas perante a União;
quica e fundacional, e de órgão ou entidade dos demais II - apresentação da documentação de habilitação es-
Poderes, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e pecificada no instrumento convocatório por empresa con-
Municípios, que tenham celebrado termo de adesão; sorciada;
II - remeter, no prazo estabelecido, exclusivamente por III - comprovação da capacidade técnica do consórcio
meio eletrônico, via internet, a proposta e, quando for o pelo somatório dos quantitativos de cada consorciado, na
caso, seus anexos; forma estabelecida no edital;

117
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
IV - demonstração, por empresa consorciada, do aten- Art. 18. Até dois dias úteis antes da data fixada para
dimento aos índices contábeis definidos no edital, para fins abertura da sessão pública, qualquer pessoa poderá im-
de qualificação econômico-financeira; pugnar o ato convocatório do pregão, na forma eletrônica.
V - responsabilidade solidária das empresas consorcia- § 1o Caberá ao pregoeiro, auxiliado pelo setor respon-
das pelas obrigações do consórcio, nas fases de licitação e sável pela elaboração do edital, decidir sobre a impugna-
durante a vigência do contrato; ção no prazo de até vinte e quatro horas.
VI - obrigatoriedade de liderança por empresa brasi- § 2o Acolhida a impugnação contra o ato convocató-
leira no consórcio formado por empresas brasileiras e es- rio, será definida e publicada nova data para realização do
trangeiras, observado o disposto no inciso I; e certame.
VII - constituição e registro do consórcio antes da ce- Art. 19. Os pedidos de esclarecimentos referentes ao
lebração do contrato. processo licitatório deverão ser enviados ao pregoeiro, até
Parágrafo único. Fica impedida a participação de em- três dias úteis anteriores à data fixada para abertura da ses-
presa consorciada, na mesma licitação, por intermédio de são pública, exclusivamente por meio eletrônico via inter-
mais de um consórcio ou isoladamente. net, no endereço indicado no edital.
Art. 17. A fase externa do pregão, na forma eletrônica, Art. 20. Qualquer modificação no edital exige divulga-
será iniciada com a convocação dos interessados por meio de ção pelo mesmo instrumento de publicação em que se deu
publicação de aviso, observados os valores estimados para o texto original, reabrindo-se o prazo inicialmente estabe-
contratação e os meios de divulgação a seguir indicados: lecido, exceto quando, inquestionavelmente, a alteração
I - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais): não afetar a formulação das propostas.
a) Diário Oficial da União; e Art. 21. Após a divulgação do edital no endereço ele-
b) meio eletrônico, na internet; trônico, os licitantes deverão encaminhar proposta com a
II - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil descrição do objeto ofertado e o preço e, se for o caso, o
reais) até R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezentos mil reais): respectivo anexo, até a data e hora marcadas para abertura
a) Diário Oficial da União; da sessão, exclusivamente por meio do sistema eletrônico,
b) meio eletrônico, na internet; e quando, então, encerrar-se-á, automaticamente, a fase de
recebimento de propostas.
c) jornal de grande circulação local;
§ 1o A participação no pregão eletrônico dar-se-á pela
III - superiores a R$ 1.300.000,00 (um milhão e trezen-
utilização da senha privativa do licitante.
tos mil reais):
§ 2o Para participação no pregão eletrônico, o licitante
a) Diário Oficial da União;
deverá manifestar, em campo próprio do sistema eletrôni-
b) meio eletrônico, na internet; e
co, que cumpre plenamente os requisitos de habilitação e
c) jornal de grande circulação regional ou nacional.
que sua proposta está em conformidade com as exigências
§ 1o Os órgãos ou entidades integrantes do SISG e os
do instrumento convocatório.
que aderirem ao sistema do Governo Federal disponibili- § 3o A declaração falsa relativa ao cumprimento dos
zarão a íntegra do edital, em meio eletrônico, no Portal de requisitos de habilitação e proposta sujeitará o licitante às
Compras do Governo Federal - COMPRASNET, sítio www. sanções previstas neste Decreto.
comprasnet.gov.br. § 4o Até a abertura da sessão, os licitantes poderão
§ 2o O aviso do edital conterá a definição precisa, su- retirar ou substituir a proposta anteriormente apresentada.
ficiente e clara do objeto, a indicação dos locais, dias e ho- Art. 22. A partir do horário previsto no edital, a sessão
rários em que poderá ser lida ou obtida a íntegra do edital, pública na internet será aberta por comando do pregoeiro
bem como o endereço eletrônico onde ocorrerá a sessão com a utilização de sua chave de acesso e senha.
pública, a data e hora de sua realização e a indicação de § 1o Os licitantes poderão participar da sessão pública
que o pregão, na forma eletrônica, será realizado por meio na internet, devendo utilizar sua chave de acesso e senha.
da internet. § 2o O pregoeiro verificará as propostas apresentadas,
§ 3o A publicação referida neste artigo poderá ser fei- desclassificando aquelas que não estejam em conformida-
ta em sítios oficiais da administração pública, na internet, de com os requisitos estabelecidos no edital.
desde que certificado digitalmente por autoridade certifi- § 3o A desclassificação de proposta será sempre funda-
cadora credenciada no âmbito da Infraestrutura de Chaves mentada e registrada no sistema, com acompanhamento
Públicas Brasileira - ICP-Brasil. em tempo real por todos os participantes.
§ 4o O prazo fixado para a apresentação das propostas, § 4o As propostas contendo a descrição do objeto, va-
contado a partir da publicação do aviso, não será inferior a lor e eventuais anexos estarão disponíveis na internet.
oito dias úteis. § 5o O sistema disponibilizará campo próprio para tro-
§ 5o Todos os horários estabelecidos no edital, no avi- ca de mensagens entre o pregoeiro e os licitantes.
so e durante a sessão pública observarão, para todos os Art. 23. O sistema ordenará, automaticamente, as pro-
efeitos, o horário de Brasília, Distrito Federal, inclusive para postas classificadas pelo pregoeiro, sendo que somente
contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na estas participarão da fase de lance.
documentação relativa ao certame. Art.  24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará
§ 6o Na divulgação de pregão realizado para o sistema início à fase competitiva, quando então os licitantes pode-
de registro de preços, independentemente do valor esti- rão encaminhar lances exclusivamente por meio do sistema
mado, será adotado o disposto no inciso III. eletrônico.

118
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 1o No que se refere aos lances, o licitante será ime- § 5o Se a proposta não for aceitável ou se o licitante
diatamente informado do seu recebimento e do valor con- não atender às exigências habilitatórias, o pregoeiro exa-
signado no registro. minará a proposta subsequente e, assim sucessivamente,
§ 2o Os licitantes poderão oferecer lances sucessivos, na ordem de classificação, até a apuração de uma proposta
observados o horário fixado para abertura da sessão e as que atenda ao edital.
regras estabelecidas no edital. § 6o No caso de contratação de serviços comuns em
§ 3o O licitante somente poderá oferecer lance inferior que a legislação ou o edital exija apresentação de planilha
ao último por ele ofertado e registrado pelo sistema. de composição de preços, esta deverá ser encaminhada de
§ 4o Não serão aceitos dois ou mais lances iguais, pre- imediato por meio eletrônico, com os respectivos valores
valecendo aquele que for recebido e registrado primeiro. readequados ao lance vencedor.
§ 5o Durante a sessão pública, os licitantes serão infor- § 7o No pregão, na forma eletrônica, realizado para o
mados, em tempo real, do valor do menor lance registrado, sistema de registro de preços, quando a proposta do lici-
vedada a identificação do licitante. tante vencedor não atender ao quantitativo total estimado
§ 6o A etapa de lances da sessão pública será encerra- para a contratação, respeitada a ordem de classificação, po-
da por decisão do pregoeiro. derão ser convocados tantos licitantes quantos forem ne-
§ 7o O sistema eletrônico encaminhará aviso de fecha- cessários para alcançar o total estimado, observado o preço
mento iminente dos lances, após o que transcorrerá perío- da proposta vencedora.
do de tempo de até trinta minutos, aleatoriamente deter- § 8o Os demais procedimentos referentes ao sistema de
minado, findo o qual será automaticamente encerrada a registro de preços ficam submetidos à norma específica que
recepção de lances. regulamenta o art. 15 da Lei no 8.666, de 1993.
§ 8o Após o encerramento da etapa de lances da sessão § 9o Constatado o atendimento às exigências fixadas no
pública, o pregoeiro poderá encaminhar, pelo sistema ele- edital, o licitante será declarado vencedor.
trônico, contraproposta ao licitante que tenha apresentado Art. 26. Declarado o vencedor, qualquer licitante pode-
lance mais vantajoso, para que seja obtida melhor propos- rá, durante a sessão pública, de forma imediata e motivada,
ta, observado o critério de julgamento, não se admitindo em campo próprio do sistema, manifestar sua intenção de
negociar condições diferentes daquelas previstas no edital. recorrer, quando lhe será concedido o prazo de três dias
§ 9o A negociação será realizada por meio do sistema,
para apresentar as razões de recurso, ficando os demais li-
podendo ser acompanhada pelos demais licitantes.
citantes, desde logo, intimados para, querendo, apresenta-
§ 10. No caso de desconexão do pregoeiro, no decor-
rem contrarrazões em igual prazo, que começará a contar
rer da etapa de lances, se o sistema eletrônico permanecer
do término do prazo do recorrente, sendo-lhes assegurada
acessível aos licitantes, os lances continuarão sendo rece-
vista imediata dos elementos indispensáveis à defesa dos
bidos, sem prejuízo dos atos realizados.
seus interesses.
§ 11. Quando a desconexão do pregoeiro persistir
§ 1o A falta de manifestação imediata e motivada do
por tempo superior a dez minutos, a sessão do pregão na
licitante quanto à intenção de recorrer, nos termos do caput,
forma eletrônica será suspensa e reiniciada somente após
importará na decadência desse direito, ficando o pregoeiro
comunicação aos participantes, no endereço eletrônico uti-
lizado para divulgação. autorizado a adjudicar o objeto ao licitante declarado ven-
Art. 25. Encerrada a etapa de lances, o pregoeiro exa- cedor.
minará a proposta classificada em primeiro lugar quanto § 2o O acolhimento de recurso importará na invalidação
à compatibilidade do preço em relação ao estimado para apenas dos atos insuscetíveis de aproveitamento.
contratação e verificará a habilitação do licitante conforme § 3o No julgamento da habilitação e das propostas, o
disposições do edital. pregoeiro poderá sanar erros ou falhas que não alterem a
§ 1o A habilitação dos licitantes será verificada por substância das propostas, dos documentos e sua validade
meio do SICAF, nos documentos por ele abrangidos, quan- jurídica, mediante despacho fundamentado, registrado em
do dos procedimentos licitatórios realizados por órgãos ata e acessível a todos, atribuindo-lhes validade e eficácia
integrantes do SISG ou por órgãos ou entidades que ade- para fins de habilitação e classificação.
rirem ao SICAF. Art. 27. Decididos os recursos e constatada a regulari-
§ 2o Os documentos exigidos para habilitação que não dade dos atos praticados, a autoridade competente adjudi-
estejam contemplados no SICAF, inclusive quando houver cará o objeto e homologará o procedimento licitatório.
necessidade de envio de anexos, deverão ser apresentados § 1o Após a homologação referida no caput, o adjudi-
inclusive via fax, no prazo definido no edital, após solicita- catário será convocado para assinar o contrato ou a ata de
ção do pregoeiro no sistema eletrônico. registro de preços no prazo definido no edital.
§ 3o Os documentos e anexos exigidos, quando reme- § 2o Na assinatura do contrato ou da ata de registro de
tidos via fax, deverão ser apresentados em original ou por preços, será exigida a comprovação das condições de habi-
cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital. litação consignadas no edital, as quais deverão ser mantidas
§ 4o Para fins de habilitação, a verificação pelo órgão pelo licitante durante a vigência do contrato ou da ata de
promotor do certame nos sítios oficiais de órgãos e entida- registro de preços.
des emissores de certidões constitui meio legal de prova.

119
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 3o O vencedor da licitação que não fizer a comprova- f) recursos interpostos, respectivas análises e decisões;
ção referida no § 2o ou quando, injustificadamente, recusar- XII - comprovantes das publicações:
se a assinar o contrato ou a ata de registro de preços, pode- a) do aviso do edital;
rá ser convocado outro licitante, desde que respeitada a or- b) do resultado da licitação;
dem de classificação, para, após comprovados os requisitos c) do extrato do contrato; e
habilitatórios e feita a negociação, assinar o contrato ou a d) dos demais atos em que seja exigida a publicidade,
ata de registro de preços, sem prejuízo das multas previstas conforme o caso.
em edital e no contrato e das demais cominações legais. § 1o O processo licitatório poderá ser realizado por meio
§ 4o O prazo de validade das propostas será de sessen- de sistema eletrônico, sendo que os atos e documentos refe-
ta dias, salvo disposição específica do edital. ridos neste artigo constantes dos arquivos e registros digitais
Art. 28. Aquele que, convocado dentro do prazo de serão válidos para todos os efeitos legais, inclusive para com-
validade de sua proposta, não assinar o contrato ou ata provação e prestação de contas.
§ 2o Os arquivos e registros digitais, relativos ao proces-
de registro de preços, deixar de entregar documentação
so licitatório, deverão permanecer à disposição das auditorias
exigida no edital, apresentar documentação falsa, ensejar
internas e externas.
o retardamento da execução de seu objeto, não mantiver
§ 3o A ata será disponibilizada na internet para acesso
a proposta, falhar ou fraudar na execução do contrato, livre, imediatamente após o encerramento da sessão pública.
comportar-se de modo inidôneo, fizer declaração falsa ou Art. 31. O Ministério do Planejamento, Orçamento e Ges-
cometer fraude fiscal, garantido o direito à ampla defesa, tão estabelecerá instruções complementares ao disposto nes-
ficará impedido de licitar e de contratar com a União, e será te Decreto.
descredenciado no SICAF, pelo prazo de até cinco anos, Art. 32. Este Decreto entra em vigor em 1o de julho de 2005.
sem prejuízo das multas previstas em edital e no contrato e Art. 33. Fica revogado o Decreto no 3.697, de 21 de de-
das demais cominações legais. zembro de 2000.
Parágrafo único. As penalidades serão obrigatoria- Brasília, de de 2005; 184o da Independência e 117o da
mente registradas no SICAF. República.
Art. 29. A autoridade competente para aprovação do
procedimento licitatório somente poderá revogá-lo em
face de razões de interesse público, por motivo de fato su-
LEI 13.303 DE 30 DE JULHO DE 2016;
perveniente devidamente comprovado, pertinente e sufi-
ciente para justificar tal conduta, devendo anulá-lo por ile-
galidade, de ofício ou por provocação de qualquer pessoa,
mediante ato escrito e fundamentado. LEI Nº 13.303, DE 30 DE JUNHO DE 2016.
§ 1o A anulação do procedimento licitatório induz à do
contrato ou da ata de registro de preços. Dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa pública, da
§ 2o Os licitantes não terão direito à indenização em sociedade de economia mista e de suas subsidiárias, no âmbi-
decorrência da anulação do procedimento licitatório, res- to da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios
salvado o direito do contratado de boa-fé de ser ressarcido
pelos encargos que tiver suportado no cumprimento do O VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no  exercício  do 
contrato. cargo  de  PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o
Art. 30. O processo licitatório será instruído com os Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei: 
seguintes documentos:
TÍTULO I
I - justificativa da contratação;
DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS PÚBLICAS E
II - termo de referência;
ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
III - planilhas de custo, quando for o caso; CAPÍTULO I
IV - previsão de recursos orçamentários, com a indica- DISPOSIÇÕES PRELIMINARES
ção das respectivas rubricas;
V - autorização de abertura da licitação; Art. 1o  Esta Lei dispõe sobre o estatuto jurídico da empresa
VI - designação do pregoeiro e equipe de apoio; pública, da sociedade de economia mista e de suas subsidiá-
VII - edital e respectivos anexos, quando for o caso; rias, abrangendo toda e qualquer empresa pública e sociedade
VIII - minuta do termo do contrato ou instrumento de economia mista da União, dos Estados, do Distrito Federal e
equivalente, ou minuta da ata de registro de preços, con- dos Municípios que explore atividade econômica de produção
forme o caso; ou comercialização de bens ou de prestação de serviços, ainda
IX - parecer jurídico; que a atividade econômica esteja sujeita ao regime de mono-
X - documentação exigida para a habilitação; pólio da União ou seja de prestação de serviços públicos. 
XI - ata contendo os seguintes registros: § 1o  O Título I desta Lei, exceto o disposto nos arts. 2o, 3o,
a) licitantes participantes; 4 , 5o, 6o, 7o, 8o, 11, 12 e 27, não se aplica à empresa pública e
o

b) propostas apresentadas; à sociedade de economia mista que tiver, em conjunto com


c) lances ofertados na ordem de classificação; suas respectivas subsidiárias, no exercício social anterior, re-
d) aceitabilidade da proposta de preço; ceita operacional bruta inferior a R$ 90.000.000,00 (noventa
e) habilitação; e milhões de reais). 

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o  O disposto nos Capítulos I e II do Título II desta IX - avaliação das necessidades de novos aportes na
Lei aplica-se inclusive à empresa pública dependente, defi- sociedade e dos possíveis riscos de redução da rentabilida-
nida nos termos do inciso III do art. 2o da Lei Complemen- de esperada do negócio; 
tar no 101, de 4 de maio de 2000, que explore atividade X - qualquer outro relatório, documento ou informação
econômica, ainda que a atividade econômica esteja sujeita produzido pela sociedade empresarial investida considera-
ao regime de monopólio da União ou seja de prestação de do relevante para o cumprimento do comando constante
serviços públicos.  do caput. 
§ 3o  Os Poderes Executivos poderão editar atos que Art. 2o  A exploração de atividade econômica pelo Esta-
estabeleçam regras de governança destinadas às suas res- do será exercida por meio de empresa pública, de socieda-
pectivas empresas públicas e sociedades de economia mis- de de economia mista e de suas subsidiárias. 
ta que se enquadrem na hipótese do § 1o, observadas as § 1o  A constituição de empresa pública ou de socie-
diretrizes gerais desta Lei.  dade de economia mista dependerá de prévia autoriza-
§ 4o  A não edição dos atos de que trata o § 3o no prazo ção legal que indique, de forma clara, relevante interesse
de 180 (cento e oitenta) dias a partir da publicação desta coletivo ou imperativo de segurança nacional, nos termos
Lei submete as respectivas empresas públicas e sociedades do caput do art. 173 da Constituição Federal. 
de economia mista às regras de governança previstas no § 2o  Depende de autorização legislativa a criação de
Título I desta Lei.  subsidiárias de empresa pública e de sociedade de econo-
§ 5o  Submetem-se ao regime previsto nesta Lei a em- mia mista, assim como a participação de qualquer delas em
presa pública e a sociedade de economia mista que par- empresa privada, cujo objeto social deve estar relacionado
ticipem de consórcio, conforme  disposto no art. 279 da ao da investidora, nos termos do inciso XX do art. 37 da
Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, na condição de Constituição Federal. 
operadora.  § 3o  A autorização para participação em empresa pri-
§ 6o  Submete-se ao regime previsto nesta Lei a socie- vada prevista no § 2o não se aplica a operações de tesou-
dade, inclusive a de propósito específico, que seja contro- raria, adjudicação de ações em garantia e participações
lada por empresa pública ou sociedade de economia mista autorizadas pelo Conselho de Administração em linha com
abrangidas no caput.  o plano de negócios da empresa pública, da sociedade de
§ 7o  Na participação em sociedade empresarial em que economia mista e de suas respectivas subsidiárias. 
a empresa pública, a sociedade de economia mista e suas Art. 3o  Empresa pública é a entidade dotada de perso-
subsidiárias não detenham o controle acionário, essas de- nalidade jurídica de direito privado, com criação autorizada
verão adotar, no dever de fiscalizar, práticas de governança por lei e com patrimônio próprio, cujo capital social é in-
e controle proporcionais à relevância, à materialidade e aos tegralmente detido pela União, pelos Estados, pelo Distrito
riscos do negócio do qual são partícipes, considerando, Federal ou pelos Municípios. 
para esse fim:  Parágrafo único.  Desde que a maioria do capital vo-
I - documentos e informações estratégicos do negócio tante permaneça em propriedade da União, do Estado, do
e demais relatórios e informações produzidos por força de Distrito Federal ou do Município, será admitida, no capital
acordo de acionistas e de Lei considerados essenciais para da empresa pública, a participação de outras pessoas jurí-
a defesa de seus interesses na sociedade empresarial in- dicas de direito público interno, bem como de entidades da
vestida;  administração indireta da União, dos Estados, do Distrito
II - relatório de execução do orçamento e de realização Federal e dos Municípios. 
de investimentos programados pela sociedade, inclusive Art. 4o Sociedade de economia mista é a entidade do-
quanto ao alinhamento dos custos orçados e dos realiza- tada de personalidade jurídica de direito privado, com cria-
dos com os custos de mercado;  ção autorizada por lei, sob a forma de sociedade anônima,
III - informe sobre execução da política de transações cujas ações com direito a voto pertençam em sua maioria à
com partes relacionadas;  União, aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios ou a
IV - análise das condições de alavancagem financeira entidade da administração indireta. 
da sociedade;  § 1o  A pessoa jurídica que controla a sociedade de
V - avaliação de inversões financeiras e de processos economia mista tem os deveres e as responsabilidades do
relevantes de alienação de bens móveis e imóveis da so- acionista controlador, estabelecidos na Lei nº 6.404, de 15
ciedade;  de dezembro de 1976, e deverá exercer o poder de contro-
VI - relatório de risco das contratações para execução le no interesse da companhia, respeitado o interesse públi-
de obras, fornecimento de bens e prestação de serviços co que justificou sua criação. 
relevantes para os interesses da investidora;  § 2o  Além das normas previstas nesta Lei, a sociedade
VII - informe sobre execução de projetos relevantes de economia mista com registro na Comissão de Valores
para os interesses da investidora;  Mobiliários sujeita-se às disposições da Lei no 6.385, de 7
VIII - relatório de cumprimento, nos negócios da so- de dezembro de 1976. 
ciedade, de condicionantes socioambientais estabelecidas
pelos órgãos ambientais; 

121
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
CAPÍTULO II VII - elaboração e divulgação da política de transações
DO REGIME SOCIETÁRIO DA EMPRESA PÚBLICA E com partes relacionadas, em conformidade com os requisi-
DA SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA tos de competitividade, conformidade, transparência, equi-
Seção I dade e comutatividade, que deverá ser revista, no mínimo,
Das Normas Gerais anualmente e aprovada pelo Conselho de Administração; 
VIII - ampla divulgação, ao público em geral, de car-
Art. 5o  A sociedade de economia mista será constituída ta anual de governança corporativa, que consolide em um
sob a forma de sociedade anônima e, ressalvado o disposto único documento escrito, em linguagem clara e direta, as
nesta Lei, estará sujeita ao regime previsto na Lei nº 6.404, informações de que trata o inciso III; 
de 15 de dezembro de 1976.  IX - divulgação anual de relatório integrado ou de sus-
Art. 6o  O estatuto da empresa pública, da sociedade tentabilidade. 
de economia mista e de suas subsidiárias deverá observar § 1o  O interesse público da empresa pública e da so-
ciedade de economia mista, respeitadas as razões que mo-
regras de governança corporativa, de transparência e de
tivaram a autorização legislativa, manifesta-se por meio do
estruturas, práticas de gestão de riscos e de controle in-
alinhamento entre seus objetivos e aqueles de políticas pú-
terno, composição da administração e, havendo acionistas, blicas, na forma explicitada na carta anual a que se refere o
mecanismos para sua proteção, todos constantes desta Lei.  inciso I do caput. 
Art. 7o  Aplicam-se a todas as empresas públicas, as § 2o  Quaisquer obrigações e responsabilidades que a
sociedades de economia mista de capital fechado e as suas empresa pública e a sociedade de economia mista que ex-
subsidiárias as disposições da Lei no 6.404, de 15 de de- plorem atividade econômica assumam em condições distin-
zembro de 1976, e as normas da Comissão de Valores Mo- tas às de qualquer outra empresa do setor privado em que
biliários sobre escrituração e elaboração de demonstrações atuam deverão: 
financeiras, inclusive a obrigatoriedade de auditoria inde- I - estar claramente definidas em lei ou regulamento,
pendente por auditor registrado nesse órgão.  bem como previstas em contrato, convênio ou ajuste cele-
Art. 8o  As empresas públicas e as sociedades de eco- brado com o ente público competente para estabelecê-las,
nomia mista deverão observar, no mínimo, os seguintes re- observada a ampla publicidade desses instrumentos; 
quisitos de transparência:  II - ter seu custo e suas receitas discriminados e divul-
I - elaboração de carta anual, subscrita pelos mem- gados de forma transparente, inclusive no plano contábil. 
bros do Conselho de Administração, com a explicitação § 3o  Além das obrigações contidas neste artigo, as so-
dos compromissos de consecução de objetivos de políti- ciedades de economia mista com registro na Comissão de
cas públicas pela empresa pública, pela sociedade de eco- Valores Mobiliários sujeitam-se ao regime informacional es-
tabelecido por essa autarquia e devem divulgar as informa-
nomia mista e por suas subsidiárias, em atendimento ao
ções previstas neste artigo na forma fixada em suas normas. 
interesse coletivo ou ao imperativo de segurança nacional
§ 4o  Os documentos resultantes do cumprimento dos
que justificou a autorização para suas respectivas criações, requisitos de transparência constantes dos incisos I a IX
com definição clara dos recursos a serem empregados para do caput deverão ser publicamente divulgados na internet
esse fim, bem como dos impactos econômico-financeiros de forma permanente e cumulativa. 
da consecução desses objetivos, mensuráveis por meio de Art. 9o  A empresa pública e a sociedade de economia
indicadores objetivos;  mista adotarão regras de estruturas e práticas de gestão de
II - adequação de seu estatuto social à autorização le- riscos e controle interno que abranjam: 
gislativa de sua criação;  I - ação dos administradores e empregados, por meio
III - divulgação tempestiva e atualizada de informa- da implementação cotidiana de práticas de controle interno; 
ções relevantes, em especial as relativas a atividades de- II - área responsável pela verificação de cumprimento
senvolvidas, estrutura de controle, fatores de risco, dados de obrigações e de gestão de riscos; 
econômico-financeiros, comentários dos administradores III - auditoria interna e Comitê de Auditoria Estatutário. 
sobre o desempenho, políticas e práticas de governança § 1o  Deverá ser elaborado e divulgado Código de Con-
corporativa e descrição da composição e da remuneração duta e Integridade, que disponha sobre: 
da administração;  I - princípios, valores e missão da empresa pública e da
IV - elaboração e divulgação de política de divulgação sociedade de economia mista, bem como orientações sobre
de informações, em conformidade com a legislação em vi- a prevenção de conflito de interesses e vedação de atos de
corrupção e fraude; 
gor e com as melhores práticas; 
II - instâncias internas responsáveis pela atualização e
V - elaboração de política de distribuição de dividen-
aplicação do Código de Conduta e Integridade; 
dos, à luz do interesse público que justificou a criação da III - canal de denúncias que possibilite o recebimento
empresa pública ou da sociedade de economia mista;  de denúncias internas e externas relativas ao descumpri-
VI - divulgação, em nota explicativa às demonstrações mento do Código de Conduta e Integridade e das demais
financeiras, dos dados operacionais e financeiros das ativi- normas internas de ética e obrigacionais; 
dades relacionadas à consecução dos fins de interesse co- IV - mecanismos de proteção que impeçam qualquer
letivo ou de segurança nacional;  espécie de retaliação a pessoa que utilize o canal de de-
núncias; 

122
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
V - sanções aplicáveis em caso de violação às regras do I - constituição e funcionamento do Conselho de Ad-
Código de Conduta e Integridade;  ministração, observados o número mínimo de 7 (sete) e o
VI - previsão de treinamento periódico, no mínimo número máximo de 11 (onze) membros; 
anual, sobre Código de Conduta e Integridade, a empre- II - requisitos específicos para o exercício do cargo de
gados e administradores, e sobre a política de gestão de diretor, observado o número mínimo de 3 (três) diretores; 
riscos, a administradores.  III - avaliação de desempenho, individual e coletiva, de
§ 2o   A área responsável pela verificação de cumpri- periodicidade anual, dos administradores e dos membros
mento de obrigações e de gestão de riscos deverá ser vin- de comitês, observados os seguintes quesitos mínimos: 
culada ao diretor-presidente e liderada por diretor estatu-
a) exposição dos atos de gestão praticados, quanto à
tário, devendo o estatuto social prever as atribuições da
licitude e à eficácia da ação administrativa; 
área, bem como estabelecer mecanismos que assegurem
b) contribuição para o resultado do exercício; 
atuação independente. 
§ 3o  A auditoria interna deverá:  c) consecução dos objetivos estabelecidos no plano de
I - ser vinculada ao Conselho de Administração, dire- negócios e atendimento à estratégia de longo prazo; 
tamente ou por meio do Comitê de Auditoria Estatutário;  IV - constituição e funcionamento do Conselho Fiscal,
II - ser responsável por aferir a adequação do controle que exercerá suas atribuições de modo permanente; 
interno, a efetividade do gerenciamento dos riscos e dos V - constituição e funcionamento do Comitê de Audi-
processos de governança e a confiabilidade do processo toria Estatutário; 
de coleta, mensuração, classificação, acumulação, registro VI - prazo de gestão dos membros do Conselho de Ad-
e divulgação de eventos e transações, visando ao preparo ministração e dos indicados para o cargo de diretor, que
de demonstrações financeiras.  será unificado e não superior a 2 (dois) anos, sendo permi-
§ 4o  O estatuto social deverá prever, ainda, a possibi- tidas, no máximo, 3 (três) reconduções consecutivas; 
lidade de que a área de compliance se reporte diretamen- VII – (VETADO); 
te ao Conselho de Administração em situações em que se VIII - prazo de gestão dos membros do Conselho Fiscal
suspeite do envolvimento do diretor-presidente em irregu- não superior a 2 (dois) anos, permitidas 2 (duas) recondu-
laridades ou quando este se furtar à obrigação de adotar ções consecutivas. 
medidas necessárias em relação à situação a ele relatada. 
Art. 10.  A empresa pública e a sociedade de econo-
Seção II
mia mista deverão criar comitê estatutário para verificar
Do Acionista Controlador
a conformidade do processo de indicação e de avaliação
de membros para o Conselho de Administração e para o
Conselho Fiscal, com competência para auxiliar o acionista Art. 14.  O acionista controlador da empresa pública e
controlador na indicação desses membros.  da sociedade de economia mista deverá: 
Parágrafo único.  Devem ser divulgadas as atas das re- I - fazer constar do Código de Conduta e Integridade,
uniões do comitê estatutário referido no caput realizadas aplicável à alta administração, a vedação à divulgação, sem
com o fim de verificar o cumprimento, pelos membros in- autorização do órgão competente da empresa pública ou
dicados, dos requisitos definidos na política de indicação, da sociedade de economia mista, de informação que possa
devendo ser registradas as eventuais manifestações diver- causar impacto na cotação dos títulos da empresa pública
gentes de conselheiros.  ou da sociedade de economia mista e em suas relações
Art. 11.  A empresa pública não poderá:  com o mercado ou com consumidores e fornecedores; 
I - lançar debêntures ou outros títulos ou valores mobi- II - preservar a independência do Conselho de Admi-
liários, conversíveis em ações;  nistração no exercício de suas funções; 
II - emitir partes beneficiárias.  III - observar a política de indicação na escolha dos ad-
Art. 12.  A empresa pública e a sociedade de economia ministradores e membros do Conselho Fiscal. 
mista deverão:  Art. 15.  O acionista controlador da empresa pública
I - divulgar toda e qualquer forma de remuneração dos e da sociedade de economia mista responderá pelos atos
administradores; 
praticados com abuso de poder, nos termos da Lei nº 6.404,
II - adequar constantemente suas práticas ao Código
de 15 de dezembro de 1976. 
de Conduta e Integridade e a outras regras de boa prática
§ 1o  A ação de reparação poderá ser proposta pela
de governança corporativa, na forma estabelecida na regu-
lamentação desta Lei.  sociedade, nos termos do art. 246 da Lei no 6.404, de 15
Parágrafo único.  A sociedade de economia mista po- de dezembro de 1976, pelo terceiro prejudicado ou pelos
derá solucionar, mediante arbitragem, as divergências en- demais sócios, independentemente de autorização da as-
tre acionistas e a sociedade, ou entre acionistas controla- sembleia-geral de acionistas. 
dores e acionistas minoritários, nos termos previstos em § 2o  Prescreve em 6 (seis) anos, contados da data da
seu estatuto social.  prática do ato abusivo, a ação a que se refere o § 1o. 
Art. 13.  A lei que autorizar a criação da empresa públi-
ca e da sociedade de economia mista deverá dispor sobre
as diretrizes e restrições a serem consideradas na elabora-
ção do estatuto da companhia, em especial sobre: 

123
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção III II - de pessoa que atuou, nos últimos 36 (trinta e seis)
Do Administrador meses, como participante de estrutura decisória de partido
político ou em trabalho vinculado a organização, estrutura-
Art. 16.  Sem prejuízo do disposto nesta Lei, o admi- ção e realização de campanha eleitoral; 
nistrador de empresa pública e de sociedade de economia III - de pessoa que exerça cargo em organização sindical; 
mista é submetido às normas previstas na Lei nº 6.404, de IV - de pessoa que tenha firmado contrato ou parceria,
15 de dezembro de 1976.  como fornecedor ou comprador, demandante ou ofertante,
Parágrafo único.  Consideram-se administradores da de bens ou serviços de qualquer natureza, com a pessoa
empresa pública e da sociedade de economia mista os político-administrativa controladora da empresa pública
membros do Conselho de Administração e da diretoria.  ou da sociedade de economia mista ou com a própria em-
Art. 17.  Os membros do Conselho de Administração e presa ou sociedade em período inferior a 3 (três) anos an-
os indicados para os cargos de diretor, inclusive presidente, tes da data de nomeação; 
diretor-geral e diretor-presidente, serão escolhidos entre V - de pessoa que tenha ou possa ter qualquer forma
cidadãos de reputação ilibada e de notório conhecimento, de conflito de interesse com a pessoa político-administra-
devendo ser atendidos, alternativamente, um dos requisi- tiva controladora da empresa pública ou da sociedade de
tos das alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e, cumulativamente, economia mista ou com a própria empresa ou sociedade. 
os requisitos dos incisos II e III:  § 3o  A vedação prevista no inciso I do § 2o estende-se
I - ter experiência profissional de, no mínimo:  também aos parentes consanguíneos ou afins até o tercei-
a) 10 (dez) anos, no setor público ou privado, na área ro grau das pessoas nele mencionadas. 
de atuação da empresa pública ou da sociedade de eco- § 4o  Os administradores eleitos devem participar, na
nomia mista ou em área conexa àquela para a qual forem posse e anualmente, de treinamentos específicos sobre
indicados em função de direção superior; ou  legislação societária e de mercado de capitais, divulgação
b) 4 (quatro) anos ocupando pelo menos um dos se- de informações, controle interno, código de conduta, a Lei
guintes cargos:  no12.846, de 1o de agosto de 2013 (Lei Anticorrupção), e
1. cargo de direção ou de chefia superior em empresa demais temas relacionados às atividades da empresa pú-
de porte ou objeto social semelhante ao da empresa pú- blica ou da sociedade de economia mista. 
blica ou da sociedade de economia mista, entendendo-se § 5o  Os requisitos previstos no inciso I do caput pode-
como cargo de chefia superior aquele situado nos 2 (dois) rão ser dispensados no caso de indicação de empregado
níveis hierárquicos não estatutários mais altos da empresa;  da empresa pública ou da sociedade de economia mista
2. cargo em comissão ou função de confiança equiva- para cargo de administrador ou como membro de comitê,
lente a DAS-4 ou superior, no setor público;  desde que atendidos os seguintes quesitos mínimos: 
3. cargo de docente ou de pesquisador em áreas de I - o empregado tenha ingressado na empresa pública
atuação da empresa pública ou da sociedade de economia ou na sociedade de economia mista por meio de concurso
mista;  público de provas ou de provas e títulos; 
c) 4 (quatro) anos de experiência como profissional li- II - o empregado tenha mais de 10 (dez) anos de tra-
beral em atividade direta ou indiretamente vinculada à área balho efetivo na empresa pública ou na sociedade de eco-
de atuação da empresa pública ou sociedade de economia nomia mista; 
mista;  III - o empregado tenha ocupado cargo na gestão su-
II - ter formação acadêmica compatível com o cargo perior da empresa pública ou da sociedade de economia
para o qual foi indicado; e  mista, comprovando sua capacidade para assumir as res-
III - não se enquadrar nas hipóteses de inelegibilidade ponsabilidades dos cargos de que trata o caput. 
previstas nas alíneas do inciso I do caput do art. 1o da Lei
Complementar no 64, de 18 de maio de 1990, com as alte- Seção IV
rações introduzidas pela Lei Complementar no 135, de 4 de Do Conselho de Administração
junho de 2010. 
§ 1o  O estatuto da empresa pública, da sociedade de Art. 18.  Sem prejuízo das competências previstas
economia mista e de suas subsidiárias poderá dispor sobre no art. 142 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976,
a contratação de seguro de responsabilidade civil pelos ad- e das demais atribuições previstas nesta Lei, compete ao
ministradores.  Conselho de Administração: 
§ 2o  É vedada a indicação, para o Conselho de Admi- I - discutir, aprovar e monitorar decisões envolvendo
nistração e para a diretoria:  práticas de governança corporativa, relacionamento com
I - de representante do órgão regulador ao qual a em- partes interessadas, política de gestão de pessoas e código
presa pública ou a sociedade de economia mista está su- de conduta dos agentes; 
jeita, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado, de II - implementar e supervisionar os sistemas de gestão
Secretário Municipal, de titular de cargo, sem vínculo per- de riscos e de controle interno estabelecidos para a pre-
manente com o serviço público, de natureza especial ou venção e mitigação dos principais riscos a que está exposta
de direção e assessoramento superior na administração a empresa pública ou a sociedade de economia mista, in-
pública, de dirigente estatutário de partido político e de clusive os riscos relacionados à integridade das informa-
titular de mandato no Poder Legislativo de qualquer ente ções contábeis e financeiras e os relacionados à ocorrência
da federação, ainda que licenciados do cargo;  de corrupção e fraude; 

124
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - estabelecer política de porta-vozes visando a eli- V - não ser fornecedor ou comprador, direto ou indi-
minar risco de contradição entre informações de diversas reto, de serviços ou produtos da empresa pública ou da
áreas e as dos executivos da empresa pública ou da socie- sociedade de economia mista, de modo a implicar perda
dade de economia mista;  de independência; 
IV - avaliar os diretores da empresa pública ou da so- VI - não ser funcionário ou administrador de sociedade
ciedade de economia mista, nos termos do inciso III do art. ou entidade que esteja oferecendo ou demandando servi-
13, podendo contar com apoio metodológico e procedi- ços ou produtos à empresa pública ou à sociedade de eco-
mental do comitê estatutário referido no art. 10.  nomia mista, de modo a implicar perda de independência; 
Art. 19.  É garantida a participação, no Conselho de Ad- VII - não receber outra remuneração da empresa pú-
ministração, de representante dos empregados e dos acio- blica ou da sociedade de economia mista além daquela re-
nistas minoritários.  lativa ao cargo de conselheiro, à exceção de proventos em
§ 1o  As normas previstas na Lei no 12.353, de 28 de dinheiro oriundos de participação no capital. 
dezembro de 2010, aplicam-se à participação de empre- § 2o  Quando, em decorrência da observância do per-
gados no Conselho de Administração da empresa pública, centual mencionado no caput, resultar número fracionário
da sociedade de economia mista e de suas subsidiárias e de conselheiros, proceder-se-á ao arredondamento para o
controladas e das demais empresas em que a União, direta número inteiro: 
ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com I - imediatamente superior, quando a fração for igual
direito a voto.  ou superior a 0,5 (cinco décimos); 
§ 2o  É assegurado aos acionistas minoritários o di- II - imediatamente inferior, quando a fração for inferior
reito de eleger 1 (um) conselheiro, se maior número não a 0,5 (cinco décimos). 
lhes couber pelo processo de voto múltiplo previsto na Lei § 3o  Não serão consideradas, para o cômputo das va-
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.  gas destinadas a membros independentes, aquelas ocupa-
Art. 20.  É vedada a participação remunerada de mem- das pelos conselheiros eleitos por empregados, nos termos
bros da administração pública, direta ou indireta, em mais do § 1o do art. 19. 
de 2 (dois) conselhos, de administração ou fiscal, de em- § 4o  Serão consideradas, para o cômputo das vagas
presa pública, de sociedade de economia mista ou de suas destinadas a membros independentes, aquelas ocupadas
subsidiárias.  pelos conselheiros eleitos por acionistas minoritários, nos
Art. 21.  (VETADO).  termos do § 2o do art. 19. 
Parágrafo único.  (VETADO).  § 5o  (VETADO). 

Seção V Seção VI
Do Membro Independente do Conselho de Admi- Da Diretoria
nistração
Art. 23.  É condição para investidura em cargo de di-
Art. 22.  O Conselho de Administração deve ser com- retoria da empresa pública e da sociedade de economia
posto, no mínimo, por 25% (vinte e cinco por cento) de mista a assunção de compromisso com metas e resultados
membros independentes ou por pelo menos 1 (um), caso específicos a serem alcançados, que deverá ser aprovado
haja decisão pelo exercício da faculdade do voto múltiplo pelo Conselho de Administração, a quem incumbe fiscali-
pelos acionistas minoritários, nos termos do art. 141 da Lei zar seu cumprimento. 
no 6.404, de 15 de dezembro de 1976.  § 1o  Sem prejuízo do disposto no caput, a diretoria
§ 1o  O conselheiro independente caracteriza-se por:  deverá apresentar, até a última reunião ordinária do Con-
I - não ter qualquer vínculo com a empresa pública ou selho de Administração do ano anterior, a quem compete
a sociedade de economia mista, exceto participação de ca- sua aprovação: 
pital;  I - plano de negócios para o exercício anual seguinte; 
II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim, II - estratégia de longo prazo atualizada com análise
até o terceiro grau ou por adoção, de chefe do Poder Exe- de riscos e oportunidades para, no mínimo, os próximos 5
cutivo, de Ministro de Estado, de Secretário de Estado ou (cinco) anos. 
Município ou de administrador da empresa pública ou da § 2o  Compete ao Conselho de Administração, sob pena
sociedade de economia mista;  de seus integrantes responderem por omissão, promover
III - não ter mantido, nos últimos 3 (três) anos, vínculo anualmente análise de atendimento das metas e resultados
de qualquer natureza com a empresa pública, a sociedade na execução do plano de negócios e da estratégia de longo
de economia mista ou seus controladores, que possa vir a prazo, devendo publicar suas conclusões e informá-las ao
comprometer sua independência;  Congresso Nacional, às Assembleias Legislativas, à Câmara
IV - não ser ou não ter sido, nos últimos 3 (três) anos, Legislativa do Distrito Federal ou às Câmaras Municipais e
empregado ou diretor da empresa pública, da sociedade aos respectivos tribunais de contas, quando houver. 
de economia mista ou de sociedade controlada, coligada § 3o  Excluem-se da obrigação de publicação a que se
ou subsidiária da empresa pública ou da sociedade de eco- refere o § 2o as informações de natureza estratégica cuja di-
nomia mista, exceto se o vínculo for exclusivamente com vulgação possa ser comprovadamente prejudicial ao interes-
instituições públicas de ensino ou pesquisa;  se da empresa pública ou da sociedade de economia mista. 

125
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção VII § 4o  A empresa pública e a sociedade de economia
Do Comitê de Auditoria Estatutário mista deverão divulgar as atas das reuniões do Comitê de
Auditoria Estatutário. 
Art. 24.  A empresa pública e a sociedade de economia § 5o  Caso o Conselho de Administração considere que
mista deverão possuir em sua estrutura societária Comitê a divulgação da ata possa pôr em risco interesse legítimo
de Auditoria Estatutário como órgão auxiliar do Conselho da empresa pública ou da sociedade de economia mista, a
de Administração, ao qual se reportará diretamente.  empresa pública ou a sociedade de economia mista divul-
§ 1o  Competirá ao Comitê de Auditoria Estatutário, gará apenas o extrato das atas. 
sem prejuízo de outras competências previstas no estatuto § 6o  A restrição prevista no § 5o não será oponível aos
da empresa pública ou da sociedade de economia mista:  órgãos de controle, que terão total e irrestrito acesso ao
I - opinar sobre a contratação e destituição de auditor conteúdo das atas do Comitê de Auditoria Estatutário, ob-
independente;  servada a transferência de sigilo. 
II - supervisionar as atividades dos auditores indepen- § 7o  O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir
dentes, avaliando sua independência, a qualidade dos ser- autonomia operacional e dotação orçamentária, anual ou
viços prestados e a adequação de tais serviços às necessi- por projeto, dentro de limites aprovados pelo Conselho de
dades da empresa pública ou da sociedade de economia Administração, para conduzir ou determinar a realização de
mista;  consultas, avaliações e investigações dentro do escopo de
III - supervisionar as atividades desenvolvidas nas áreas suas atividades, inclusive com a contratação e utilização de
de controle interno, de auditoria interna e de elaboração especialistas externos independentes. 
das demonstrações financeiras da empresa pública ou da Art. 25.  O Comitê de Auditoria Estatutário será integra-
sociedade de economia mista;  do por, no mínimo, 3 (três) e, no máximo, 5 (cinco) mem-
IV - monitorar a qualidade e a integridade dos meca- bros, em sua maioria independentes. 
nismos de controle interno, das demonstrações financeiras § 1o  São condições mínimas para integrar o Comitê de
e das informações e medições divulgadas pela empresa Auditoria Estatutário: 
I - não ser ou ter sido, nos 12 (doze) meses anteriores à
pública ou pela sociedade de economia mista; 
nomeação para o Comitê: 
V - avaliar e monitorar exposições de risco da empresa
a) diretor, empregado ou membro do conselho fiscal
pública ou da sociedade de economia mista, podendo re-
da empresa pública ou sociedade de economia mista ou
querer, entre outras, informações detalhadas sobre políti-
de sua controladora, controlada, coligada ou sociedade em
cas e procedimentos referentes a: 
controle comum, direta ou indireta; 
a) remuneração da administração; 
b) responsável técnico, diretor, gerente, supervisor
b) utilização de ativos da empresa pública ou da socie-
ou qualquer outro integrante com função de gerência de
dade de economia mista; 
equipe envolvida nos trabalhos de auditoria na empresa
c) gastos incorridos em nome da empresa pública ou pública ou sociedade de economia mista; 
da sociedade de economia mista;  II - não ser cônjuge ou parente consanguíneo ou afim,
VI - avaliar e monitorar, em conjunto com a administra- até o segundo grau ou por adoção, das pessoas referidas
ção e a área de auditoria interna, a adequação das transa- no inciso I; 
ções com partes relacionadas;  III - não receber qualquer outro tipo de remuneração
VII - elaborar relatório anual com informações sobre da empresa pública ou sociedade de economia mista ou
as atividades, os resultados, as conclusões e as recomen- de sua controladora, controlada, coligada ou sociedade em
dações do Comitê de Auditoria Estatutário, registrando, se controle comum, direta ou indireta, que não seja aquela
houver, as divergências significativas entre administração, relativa à função de integrante do Comitê de Auditoria Es-
auditoria independente e Comitê de Auditoria Estatutário tatutário; 
em relação às demonstrações financeiras;  IV - não ser ou ter sido ocupante de cargo público efe-
VIII - avaliar a razoabilidade dos parâmetros em que se tivo, ainda que licenciado, ou de cargo em comissão da
fundamentam os cálculos atuariais, bem como o resulta- pessoa jurídica de direito público que exerça o controle
do atuarial dos planos de benefícios mantidos pelo fundo acionário da empresa pública ou sociedade de economia
de pensão, quando a empresa pública ou a sociedade de mista, nos 12 (doze) meses anteriores à nomeação para o
economia mista for patrocinadora de entidade fechada de Comitê de Auditoria Estatutário. 
previdência complementar.  § 2o  Ao menos 1 (um) dos membros do Comitê de
§ 2o  O Comitê de Auditoria Estatutário deverá possuir Auditoria Estatutário deve ter reconhecida experiência em
meios para receber denúncias, inclusive sigilosas, internas assuntos de contabilidade societária. 
e externas à empresa pública ou à sociedade de economia § 3o  O atendimento às previsões deste artigo deve ser
mista, em matérias relacionadas ao escopo de suas ativi- comprovado por meio de documentação mantida na sede
dades.  da empresa pública ou sociedade de economia mista pelo
§ 3o  O Comitê de Auditoria Estatutário deverá se reunir prazo mínimo de 5 (cinco) anos, contado a partir do último
quando necessário, no mínimo bimestralmente, de modo dia de mandato do membro do Comitê de Auditoria Esta-
que as informações contábeis sejam sempre apreciadas an- tutário. 
tes de sua divulgação. 

126
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção VIII TÍTULO II
Do Conselho Fiscal DISPOSIÇÕES APLICÁVEIS ÀS EMPRESAS
PÚBLICAS, ÀS SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
Art. 26.  Além das normas previstas nesta Lei, aplicam- E ÀS SUAS SUBSIDIÁRIAS QUE EXPLOREM ATIVIDADE
se aos membros do Conselho Fiscal da empresa pública e ECONÔMICA DE PRODUÇÃO OU COMERCIALIZAÇÃO
da sociedade de economia mista as disposições previstas DE BENS OU DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS, AINDA
na  Lei no 6.404, de 15 de dezembro de 1976, relativas a QUE A ATIVIDADE ECONÔMICA ESTEJA SUJEITA AO
seus poderes, deveres e responsabilidades, a requisitos e REGIME DE MONOPÓLIO DA UNIÃO OU SEJA DE
impedimentos para investidura e a remuneração, além de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PÚBLICOS.
outras disposições estabelecidas na referida Lei.  CAPÍTULO I
§ 1o  Podem ser membros do Conselho Fiscal pessoas DAS LICITAÇÕES
naturais, residentes no País, com formação acadêmica Seção I
compatível com o exercício da função e que tenham exer- Da Exigência de Licitação e dos Casos de Dispensa
cido, por prazo mínimo de 3 (três) anos, cargo de direção e de Inexigibilidade
ou assessoramento na administração pública ou cargo de
conselheiro fiscal ou administrador em empresa.  Art. 28.  Os contratos com terceiros destinados à pres-
§ 2o  O Conselho Fiscal contará com pelo menos 1 tação de serviços às empresas públicas e às sociedades de
(um) membro indicado pelo ente controlador, que deverá economia mista, inclusive de engenharia e de publicidade,
ser servidor público com vínculo permanente com a ad- à aquisição e à locação de bens, à alienação de bens e ati-
ministração pública.  vos integrantes do respectivo patrimônio ou à execução
de obras a serem integradas a esse patrimônio, bem como
CAPÍTULO III à implementação de ônus real sobre tais bens, serão pre-
DA FUNÇÃO SOCIAL DA EMPRESA PÚBLICA E DA cedidos de licitação nos termos desta Lei, ressalvadas as
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA hipóteses previstas nos arts. 29 e 30. 
§ 1o  Aplicam-se às licitações das empresas públicas e
Art. 27.  A empresa pública e a sociedade de econo- das sociedades de economia mista as disposições cons-
tantes dos arts. 42 a 49 da Lei Complementar no 123, de
mia mista terão a função social de realização do interesse
14 de dezembro de 2006. 
coletivo ou de atendimento a imperativo da segurança
§ 2o  O convênio ou contrato de patrocínio celebrado
nacional expressa no instrumento de autorização legal
com pessoas físicas ou jurídicas de que trata o § 3o do
para a sua criação. 
art. 27 observará, no que couber, as normas de licitação e
§ 1o  A realização do interesse coletivo de que trata
contratos desta Lei. 
este artigo deverá ser orientada para o alcance do bem
§ 3o  São as empresas públicas e as sociedades de
-estar econômico e para a alocação socialmente eficiente
economia mista dispensadas da observância dos disposi-
dos recursos geridos pela empresa pública e pela socie-
tivos deste Capítulo nas seguintes situações: 
dade de economia mista, bem como para o seguinte: 
I - comercialização, prestação ou execução, de forma
I - ampliação economicamente sustentada do acesso direta, pelas empresas mencionadas no caput, de produ-
de consumidores aos produtos e serviços da empresa pú- tos, serviços ou obras especificamente relacionados com
blica ou da sociedade de economia mista;  seus respectivos objetos sociais; 
II - desenvolvimento ou emprego de tecnologia bra- II - nos casos em que a escolha do parceiro esteja
sileira para produção e oferta de produtos e serviços da associada a suas características particulares, vinculada a
empresa pública ou da sociedade de economia mista, oportunidades de negócio definidas e específicas, justifi-
sempre de maneira economicamente justificada.  cada a inviabilidade de procedimento competitivo. 
§ 2o  A empresa pública e a sociedade de economia § 4o  Consideram-se oportunidades de negócio a que
mista deverão, nos termos da lei, adotar práticas de sus- se refere o inciso II do § 3o a formação e a extinção de
tentabilidade ambiental e de responsabilidade social cor- parcerias e outras formas associativas, societárias ou con-
porativa compatíveis com o mercado em que atuam.  tratuais, a aquisição e a alienação de participação em so-
§ 3o  A empresa pública e a sociedade de economia ciedades e outras formas associativas, societárias ou con-
mista poderão celebrar convênio ou contrato de patro- tratuais e as operações realizadas no âmbito do mercado
cínio com pessoa física ou com pessoa jurídica para pro- de capitais, respeitada a regulação pelo respectivo órgão
moção de atividades culturais, sociais, esportivas, educa- competente. 
cionais e de inovação tecnológica, desde que compro- Art. 29.  É dispensável a realização de licitação por em-
vadamente vinculadas ao fortalecimento de sua marca, presas públicas e sociedades de economia mista: 
observando-se, no que couber, as normas de licitação e I - para obras e serviços de engenharia de valor até
contratos desta Lei.  R$ 100.000,00 (cem mil reais), desde que não se refiram a
parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda a obras e
serviços de mesma natureza e no mesmo local que possam
ser realizadas conjunta e concomitantemente; 

127
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
II - para outros serviços e compras de valor até R$ XII - na contratação de coleta, processamento e co-
50.000,00 (cinquenta mil reais) e para alienações, nos ca- mercialização de resíduos sólidos urbanos recicláveis ou
sos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a parcelas reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de
de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vul- lixo, efetuados por associações ou cooperativas formadas
to que possa ser realizado de uma só vez;  exclusivamente por pessoas físicas de baixa renda que te-
III - quando não acudirem interessados à licitação an- nham como ocupação econômica a coleta de materiais re-
terior e essa, justificadamente, não puder ser repetida sem cicláveis, com o uso de equipamentos compatíveis com as
prejuízo para a empresa pública ou a sociedade de econo- normas técnicas, ambientais e de saúde pública; 
mia mista, bem como para suas respectivas subsidiárias, XIII - para o fornecimento de bens e serviços, produzi-
desde que mantidas as condições preestabelecidas;  dos ou prestados no País, que envolvam, cumulativamen-
IV - quando as propostas apresentadas consignarem te, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, me-
preços manifestamente superiores aos praticados no mer- diante parecer de comissão especialmente designada pelo
cado nacional ou incompatíveis com os fixados pelos ór- dirigente máximo da empresa pública ou da sociedade de
gãos oficiais competentes;  economia mista; 
V - para a compra ou locação de imóvel destinado XIV - nas contratações visando ao cumprimento do
ao atendimento de suas finalidades precípuas, quando as disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da Lei no 10.973, de 2
necessidades de instalação e localização condicionarem a de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de
escolha do imóvel, desde que o preço seja compatível com contratação dela constantes; 
o valor de mercado, segundo avaliação prévia;  XV - em situações de emergência, quando caracteri-
VI - na contratação de remanescente de obra, de servi- zada urgência de atendimento de situação que possa oca-
ço ou de fornecimento, em consequência de rescisão con- sionar prejuízo ou comprometer a segurança de pessoas,
tratual, desde que atendida a ordem de classificação da obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos
licitação anterior e aceitas as mesmas condições do con- ou particulares, e somente para os bens necessários ao
trato encerrado por rescisão ou distrato, inclusive quanto atendimento da situação emergencial e para as parcelas
ao preço, devidamente corrigido;  de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo
VII - na contratação de instituição brasileira incumbida máximo de 180 (cento e oitenta) dias consecutivos e inin-
regimental ou estatutariamente da pesquisa, do ensino ou terruptos, contado da ocorrência da emergência, vedada a
do desenvolvimento institucional ou de instituição dedica- prorrogação dos respectivos contratos, observado o dis-
da à recuperação social do preso, desde que a contratada posto no § 2o; 
detenha inquestionável reputação ético-profissional e não XVI - na transferência de bens a órgãos e entidades
tenha fins lucrativos;  da administração pública, inclusive quando efetivada me-
VIII - para a aquisição de componentes ou peças de diante permuta; 
origem nacional ou estrangeira necessários à manutenção XVII - na doação de bens móveis para fins e usos de
de equipamentos durante o período de garantia técnica, interesse social, após avaliação de sua oportunidade e
junto ao fornecedor original desses equipamentos, quan- conveniência socioeconômica relativamente à escolha de
do tal condição de exclusividade for indispensável para a outra forma de alienação; 
vigência da garantia;  XVIII - na compra e venda de ações, de títulos de crédi-
IX - na contratação de associação de pessoas com de- to e de dívida e de bens que produzam ou comercializem. 
ficiência física, sem fins lucrativos e de comprovada ido- § 1o  Na hipótese de nenhum dos licitantes aceitar a
neidade, para a prestação de serviços ou fornecimento de contratação nos termos do inciso VI do caput, a empresa
mão de obra, desde que o preço contratado seja compatí- pública e a sociedade de economia mista poderão convo-
vel com o praticado no mercado;  car os licitantes remanescentes, na ordem de classificação,
X - na contratação de concessionário, permissionário para a celebração do contrato nas condições ofertadas por
ou autorizado para fornecimento ou suprimento de ener- estes, desde que o respectivo valor seja igual ou inferior ao
gia elétrica ou gás natural e de outras prestadoras de ser- orçamento estimado para a contratação, inclusive quanto
viço público, segundo as normas da legislação específica, aos preços atualizados nos termos do instrumento convo-
desde que o objeto do contrato tenha pertinência com o catório. 
serviço público.  § 2o  A contratação direta com base no inciso XV
XI - nas contratações entre empresas públicas ou so- do caput não dispensará a responsabilização de quem, por
ciedades de economia mista e suas respectivas subsidiá- ação ou omissão, tenha dado causa ao motivo ali descrito,
rias, para aquisição ou alienação de bens e prestação ou inclusive no tocante ao disposto na Lei no 8.429, de 2 de
obtenção de serviços, desde que os preços sejam compa- junho de 1992. 
tíveis com os praticados no mercado e que o objeto do § 3o  Os valores estabelecidos nos incisos I e II
contrato tenha relação com a atividade da contratada pre- do  caput  podem ser alterados, para refletir a variação de
vista em seu estatuto social;  custos, por deliberação do Conselho de Administração da
empresa pública ou sociedade de economia mista, admi-
tindo-se valores diferenciados para cada sociedade. 

128
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 30.  A contratação direta será feita quando houver II - superfaturamento quando houver dano ao patri-
inviabilidade de competição, em especial na hipótese de:  mônio da empresa pública ou da sociedade de economia
I - aquisição de materiais, equipamentos ou gêneros mista caracterizado, por exemplo: 
que só possam ser fornecidos por produtor, empresa ou a) pela medição de quantidades superiores às efetiva-
representante comercial exclusivo;  mente executadas ou fornecidas; 
II - contratação dos seguintes serviços técnicos espe- b) pela deficiência na execução de obras e serviços de
cializados, com profissionais ou empresas de notória espe- engenharia que resulte em diminuição da qualidade, da
cialização, vedada a inexigibilidade para serviços de publi- vida útil ou da segurança; 
cidade e divulgação:  c) por alterações no orçamento de obras e de serviços
a) estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos de engenharia que causem o desequilíbrio econômico-fi-
ou executivos;  nanceiro do contrato em favor do contratado; 
b) pareceres, perícias e avaliações em geral;  d) por outras alterações de cláusulas financeiras que
c) assessorias ou consultorias técnicas e auditorias fi- gerem recebimentos contratuais antecipados, distorção do
nanceiras ou tributárias; 
cronograma físico-financeiro, prorrogação injustificada do
d) fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras
prazo contratual com custos adicionais para a empresa pú-
ou serviços; 
blica ou a sociedade de economia mista ou reajuste irregu-
e) patrocínio ou defesa de causas judiciais ou adminis-
lar de preços. 
trativas; 
f) treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;  § 2o  O orçamento de referência do custo global de
g) restauração de obras de arte e bens de valor histórico.  obras e serviços de engenharia deverá ser obtido a par-
§ 1o  Considera-se de notória especialização o profissio- tir de custos unitários de insumos ou serviços menores
nal ou a empresa cujo conceito no campo de sua especialida- ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema
de, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiên- Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção
cia, publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica Civil (Sinapi), no caso de construção civil em geral, ou no
ou outros requisitos relacionados com suas atividades, per- Sistema de Custos Referenciais de Obras (Sicro), no caso
mita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente de obras e serviços rodoviários, devendo ser observadas as
o mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.  peculiaridades geográficas. 
§ 2o  Na hipótese do caput e em qualquer dos casos de § 3o  No caso de inviabilidade da definição dos custos
dispensa, se comprovado, pelo órgão de controle externo, consoante o disposto no § 2o, a estimativa de custo global
sobrepreço ou superfaturamento, respondem solidaria- poderá ser apurada por meio da utilização de dados con-
mente pelo dano causado quem houver decidido pela con- tidos em tabela de referência formalmente aprovada por
tratação direta e o fornecedor ou o prestador de serviços.  órgãos ou entidades da administração pública federal, em
§ 3o  O processo de contratação direta será instruído, publicações técnicas especializadas, em banco de dados e
no que couber, com os seguintes elementos:  sistema específico instituído para o setor ou em pesquisa
I - caracterização da situação emergencial ou calamito- de mercado. 
sa que justifique a dispensa, quando for o caso;  § 4o  A empresa pública e a sociedade de economia
II - razão da escolha do fornecedor ou do executante;  mista poderão adotar procedimento de manifestação de
III - justificativa do preço.  interesse privado para o recebimento de propostas e pro-
jetos de empreendimentos com vistas a atender necessida-
Seção II des previamente identificadas, cabendo a regulamento a
Disposições de Caráter Geral sobre Licitações e definição de suas regras específicas. 
Contratos
§ 5o  Na hipótese a que se refere o § 4o, o autor ou
financiador do projeto poderá participar da licitação para
Art. 31.  As licitações realizadas e os contratos celebrados
a execução do empreendimento, podendo ser ressarcido
por empresas públicas e sociedades de economia mista desti-
pelos custos aprovados pela empresa pública ou sociedade
nam-se a assegurar a seleção da proposta mais vantajosa, in-
clusive no que se refere ao ciclo de vida do objeto, e a evitar de economia mista caso não vença o certame, desde que
operações em que se caracterize sobrepreço ou superfatura- seja promovida a cessão de direitos de que trata o art. 80. 
mento, devendo observar os princípios da impessoalidade, da Art. 32.  Nas licitações e contratos de que trata esta Lei
moralidade, da igualdade, da publicidade, da eficiência, da pro- serão observadas as seguintes diretrizes: 
bidade administrativa, da economicidade, do desenvolvimento I - padronização do objeto da contratação, dos instru-
nacional sustentável, da vinculação ao instrumento convocató- mentos convocatórios e das minutas de contratos, de acor-
rio, da obtenção de competitividade e do julgamento objetivo.  do com normas internas específicas; 
§ 1o  Para os fins do disposto no caput, considera-se que há:  II - busca da maior vantagem competitiva para a em-
I - sobrepreço quando os preços orçados para a licitação presa pública ou sociedade de economia mista, conside-
ou os preços contratados são expressivamente superiores aos rando custos e benefícios, diretos e indiretos, de natureza
preços referenciais de mercado, podendo referir-se ao valor econômica, social ou ambiental, inclusive os relativos à ma-
unitário de um item, se a licitação ou a contratação for por pre- nutenção, ao desfazimento de bens e resíduos, ao índice
ços unitários de serviço, ou ao valor global do objeto, se a lici- de depreciação econômica e a outros fatores de igual re-
tação ou a contratação for por preço global ou por empreitada;  levância; 

129
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
III - parcelamento do objeto, visando a ampliar a parti- § 1o  Na hipótese em que for adotado o critério de jul-
cipação de licitantes, sem perda de economia de escala, e gamento por maior desconto, a informação de que trata
desde que não atinja valores inferiores aos limites estabe- o caput deste artigo constará do instrumento convocatório. 
lecidos no art. 29, incisos I e II;  § 2o  No caso de julgamento por melhor técnica, o valor
IV - adoção preferencial da modalidade de licitação do prêmio ou da remuneração será incluído no instrumen-
denominada pregão, instituída pela Lei no 10.520, de 17 de to convocatório. 
julho de 2002, para a aquisição de bens e serviços comuns, § 3o  A informação relativa ao valor estimado do objeto
assim considerados aqueles cujos padrões de desempenho da licitação, ainda que tenha caráter sigiloso, será disponi-
e qualidade possam ser objetivamente definidos pelo edi- bilizada a órgãos de controle externo e interno, devendo a
tal, por meio de especificações usuais no mercado;  empresa pública ou a sociedade de economia mista regis-
V - observação da política de integridade nas transa- trar em documento formal sua disponibilização aos órgãos
ções com partes interessadas.  de controle, sempre que solicitado. 
§ 1o As licitações e os contratos disciplinados por esta § 4o  (VETADO). 
Lei devem respeitar, especialmente, as normas relativas à:  Art. 35.  Observado o disposto no art. 34, o conteúdo
I - disposição final ambientalmente adequada dos resí- da proposta, quando adotado o modo de disputa fechado
duos sólidos gerados pelas obras contratadas;  e até sua abertura, os atos e os procedimentos praticados
II - mitigação dos danos ambientais por meio de me- em decorrência desta Lei submetem-se à legislação que
didas condicionantes e de compensação ambiental, que regula o acesso dos cidadãos às informações detidas pela
serão definidas no procedimento de licenciamento am- administração  pública,  particularmente aos termos da Lei
biental;  no 12.527, de 18 de novembro de 2011. 
III - utilização de produtos, equipamentos e serviços Art. 36. A empresa pública e a sociedade de economia
que, comprovadamente, reduzam o consumo de energia e mista poderão promover a pré-qualificação de seus forne-
de recursos naturais;  cedores ou produtos, nos termos do art. 64. 
IV - avaliação de impactos de vizinhança, na forma da Art. 37.  A empresa pública e a sociedade de econo-
mia mista deverão informar os dados relativos às sanções
legislação urbanística; 
por elas aplicadas aos contratados, nos termos definidos
V - proteção do patrimônio cultural, histórico, arqueo-
no art. 83, de forma a manter atualizado o cadastro de em-
lógico e imaterial, inclusive por meio da avaliação do im-
presas inidôneas de que trata o art. 23 da Lei no 12.846, de
pacto direto ou indireto causado por investimentos reali-
1o de agosto de 2013. 
zados por empresas públicas e sociedades de economia
§ 1o  O fornecedor incluído no cadastro referido
mista; 
no caput não poderá disputar licitação ou participar, direta
VI - acessibilidade para pessoas com deficiência ou
ou indiretamente, da execução de contrato. 
com mobilidade reduzida. 
§ 2o  Serão excluídos do cadastro referido no caput, a
§ 2o  A contratação a ser celebrada por empresa pública qualquer tempo, fornecedores que demonstrarem a supe-
ou sociedade de economia mista da qual decorra impacto ração dos motivos que deram causa à restrição contra eles
negativo sobre bens do patrimônio cultural, histórico, ar- promovida. 
queológico e imaterial tombados dependerá de autoriza- Art. 38.  Estará impedida de participar de licitações e
ção da esfera de governo encarregada da proteção do res- de ser contratada pela empresa pública ou sociedade de
pectivo patrimônio, devendo o impacto ser compensado economia mista a empresa: 
por meio de medidas determinadas pelo dirigente máximo I - cujo administrador ou sócio detentor de mais de 5%
da empresa pública ou sociedade de economia mista, na (cinco por cento) do capital social seja diretor ou empre-
forma da legislação aplicável.  gado da empresa pública ou sociedade de economia mista
§ 3o  As licitações na modalidade de pregão, na forma contratante; 
eletrônica, deverão ser realizadas exclusivamente em por- II - suspensa pela empresa pública ou sociedade de
tais de compras de acesso público na internet.  economia mista; 
§ 4o  Nas licitações com etapa de lances, a empresa pú- III - declarada inidônea pela União, por Estado, pelo
blica ou sociedade de economia mista disponibilizará fer- Distrito Federal ou pela unidade federativa a que está vin-
ramentas eletrônicas para envio de lances pelos licitantes.  culada a empresa pública ou sociedade de economia mista,
Art. 33.  O objeto da licitação e do contrato dela decor- enquanto perdurarem os efeitos da sanção; 
rente será definido de forma sucinta e clara no instrumento IV - constituída por sócio de empresa que estiver sus-
convocatório.  pensa, impedida ou declarada inidônea; 
Art. 34.  O valor estimado do contrato a ser celebra- V - cujo administrador seja sócio de empresa suspensa,
do pela empresa pública ou pela sociedade de economia impedida ou declarada inidônea; 
mista será sigiloso, facultando-se à contratante, mediante VI - constituída por sócio que tenha sido sócio ou ad-
justificação na fase de preparação prevista no inciso I do ministrador de empresa suspensa, impedida ou declarada
art. 51 desta Lei, conferir publicidade ao valor estimado do inidônea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção; 
objeto da licitação, sem prejuízo da divulgação do detalha- VII - cujo administrador tenha sido sócio ou adminis-
mento dos quantitativos e das demais informações neces- trador de empresa suspensa, impedida ou declarada inidô-
sárias para a elaboração das propostas.  nea, no período dos fatos que deram ensejo à sanção; 

130
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
VIII - que tiver, nos seus quadros de diretoria, pessoa Art. 41.  Aplicam-se às licitações e contratos regidos
que participou, em razão de vínculo de mesma natureza, por esta Lei as normas de direito penal contidas nos arts.
de empresa declarada inidônea.  89 a 99 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993. 
Parágrafo único.  Aplica-se a vedação prevista no caput: 
I - à contratação do próprio empregado ou dirigente, Seção III
como pessoa física, bem como à participação dele em pro- Das Normas Específicas para Obras e Serviços
cedimentos licitatórios, na condição de licitante; 
II - a quem tenha relação de parentesco, até o terceiro Art. 42.  Na licitação e na contratação de obras e servi-
grau civil, com:  ços por empresas públicas e sociedades de economia mis-
a) dirigente de empresa pública ou sociedade de eco- ta, serão observadas as seguintes definições:  
nomia mista;  I - empreitada por preço unitário: contratação por pre-
b) empregado de empresa pública ou sociedade de ço certo de unidades determinadas; 
economia mista cujas atribuições envolvam a atuação na II - empreitada por preço global: contratação por preço
área responsável pela licitação ou contratação;  certo e total; 
c) autoridade do ente público a que a empresa pública III - tarefa: contratação de mão de obra para pequenos
ou sociedade de economia mista esteja vinculada.  trabalhos por preço certo, com ou sem fornecimento de
III - cujo proprietário, mesmo na condição de sócio, material; 
tenha terminado seu prazo de gestão ou rompido seu vín- IV - empreitada integral: contratação de empreendi-
culo com a respectiva empresa pública ou sociedade de mento em sua integralidade, com todas as etapas de obras,
economia mista promotora da licitação ou contratante há serviços e instalações necessárias, sob inteira responsabi-
menos de 6 (seis) meses.  lidade da contratada até a sua entrega ao contratante em
Art. 39.  Os procedimentos licitatórios, a pré-qualifica- condições de entrada em operação, atendidos os requisitos
ção e os contratos disciplinados por esta Lei serão divul- técnicos e legais para sua utilização em condições de se-
gados em portal específico mantido pela empresa pública gurança estrutural e operacional e com as características
adequadas às finalidades para as quais foi contratada; 
ou sociedade de economia mista na internet, devendo ser
V - contratação semi-integrada: contratação que en-
adotados os seguintes prazos mínimos para apresentação
volve a elaboração e o desenvolvimento do projeto execu-
de propostas ou lances, contados a partir da divulgação do
tivo, a execução de obras e serviços de engenharia, a mon-
instrumento convocatório: 
tagem, a realização de testes, a pré-operação e as demais
I - para aquisição de bens: 
operações necessárias e suficientes para a entrega final do
a) 5 (cinco) dias úteis, quando adotado como critério
objeto, de acordo com o estabelecido nos §§ 1o e 3o deste
de julgamento o menor preço ou o maior desconto; 
artigo;  
b) 10 (dez) dias úteis, nas demais hipóteses;  VI - contratação integrada: contratação que envolve
II - para contratação de obras e serviços:  a elaboração e o desenvolvimento dos projetos básico e
a) 15 (quinze) dias úteis, quando adotado como critério executivo, a execução de obras e serviços de engenharia,
de julgamento o menor preço ou o maior desconto;  a montagem, a realização de testes, a pré-operação e as
b) 30 (trinta) dias úteis, nas demais hipóteses;  demais operações necessárias e suficientes para a entrega
III - no mínimo 45 (quarenta e cinco) dias úteis para final do objeto, de acordo com o estabelecido nos §§ 1o,
licitação em que se adote como critério de julgamento a 2o e 3o deste artigo; 
melhor técnica ou a melhor combinação de técnica e preço, VII - anteprojeto de engenharia: peça técnica com to-
bem como para licitação em que haja contratação semi-in- dos os elementos de contornos necessários e fundamen-
tegrada ou integrada.  tais à elaboração do projeto básico, devendo conter mini-
Parágrafo único.  As modificações promovidas no ins- mamente os seguintes elementos: 
trumento convocatório serão objeto de divulgação nos a) demonstração e justificativa do programa de neces-
mesmos termos e prazos dos atos e procedimentos ori- sidades, visão global dos investimentos e definições rela-
ginais, exceto quando a alteração não afetar a preparação cionadas ao nível de serviço desejado; 
das propostas.  b) condições de solidez, segurança e durabilidade e
Art. 40.  As empresas públicas e as sociedades de eco- prazo de entrega; 
nomia mista deverão publicar e manter atualizado regula- c) estética do projeto arquitetônico; 
mento interno de licitações e contratos, compatível com o d) parâmetros de adequação ao interesse público, à
disposto nesta Lei, especialmente quanto a:  economia na utilização, à facilidade na execução, aos im-
I - glossário de expressões técnicas;  pactos ambientais e à acessibilidade; 
II - cadastro de fornecedores;  e) concepção da obra ou do serviço de engenharia; 
III - minutas-padrão de editais e contratos;  f) projetos anteriores ou estudos preliminares que em-
IV - procedimentos de licitação e contratação direta;  basaram a concepção adotada; 
V - tramitação de recursos;  g) levantamento topográfico e cadastral; 
VI - formalização de contratos;  h) pareceres de sondagem; 
VII - gestão e fiscalização de contratos;  i) memorial descritivo dos elementos da edificação, dos
VIII - aplicação de penalidades;  componentes construtivos e dos materiais de construção, de
IX - recebimento do objeto do contrato.  forma a estabelecer padrões mínimos para a contratação; 

131
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
VIII - projeto básico: conjunto de elementos necessá- § 1o  As contratações semi-integradas e integradas re-
rios e suficientes, com nível de precisão adequado, para, feridas, respectivamente, nos incisos V e VI do caput deste
observado o disposto no § 3o, caracterizar a obra ou o ser- artigo restringir-se-ão a obras e serviços de engenharia e
viço, ou o complexo de obras ou de serviços objeto da lici- observarão os seguintes requisitos: 
tação, elaborado com base nas indicações dos estudos téc- I - o instrumento convocatório deverá conter:  
nicos preliminares, que assegure a viabilidade técnica e o a) anteprojeto de engenharia, no caso de contratação
adequado tratamento do impacto ambiental do empreen- integrada, com elementos técnicos que permitam a carac-
dimento e que possibilite a avaliação do custo da obra e a terização da obra ou do serviço e a elaboração e compara-
definição dos métodos e do prazo de execução, devendo ção, de forma isonômica, das propostas a serem ofertadas
conter os seguintes elementos:  pelos particulares; 
a) desenvolvimento da solução escolhida, de forma a b) projeto básico, nos casos de empreitada por preço
fornecer visão global da obra e a identificar todos os seus unitário, de empreitada por preço global, de empreitada
integral e de contratação semi-integrada, nos termos defi-
elementos constitutivos com clareza;  
nidos neste artigo; 
b) soluções técnicas globais e localizadas, suficiente-
c) documento técnico, com definição precisa das fra-
mente detalhadas, de forma a minimizar a necessidade de
ções do empreendimento em que haverá liberdade de as
reformulação ou de variantes durante as fases de elabora-
contratadas inovarem em soluções metodológicas ou tec-
ção do projeto executivo e de realização das obras e mon- nológicas, seja em termos de modificação das soluções
tagem;  previamente delineadas no anteprojeto ou no projeto bá-
c) identificação dos tipos de serviços a executar e de sico da licitação, seja em termos de detalhamento dos sis-
materiais e equipamentos a incorporar à obra, bem como temas e procedimentos construtivos previstos nessas peças
suas especificações, de modo a assegurar os melhores re- técnicas; 
sultados para o empreendimento, sem frustrar o caráter d) matriz de riscos; 
competitivo para a sua execução;  II - o valor estimado do objeto a ser licitado será calcu-
d) informações que possibilitem o estudo e a dedução lado com base em valores de mercado, em valores pagos
de métodos construtivos, instalações provisórias e condi- pela administração pública em serviços e obras similares
ções organizacionais para a obra, sem frustrar o caráter ou em avaliação do custo global da obra, aferido mediante
competitivo para a sua execução;   orçamento sintético ou metodologia expedita ou paramé-
e) subsídios para montagem do plano de licitação e trica; 
gestão da obra, compreendendo a sua programação, a es- III - o critério de julgamento a ser adotado será o de
tratégia de suprimentos, as normas de fiscalização e outros menor preço ou de melhor combinação de técnica e pre-
dados necessários em cada caso;  ço, pontuando-se na avaliação técnica as vantagens e os
f) (VETADO);  benefícios que eventualmente forem oferecidos para cada
IX - projeto executivo: conjunto dos elementos neces- produto ou solução; 
sários e suficientes à execução completa da obra, de acor- IV - na contratação semi-integrada, o projeto básico
do com as normas técnicas pertinentes;  poderá ser alterado, desde que demonstrada a superiori-
X - matriz de riscos: cláusula contratual definidora de dade das inovações em termos de redução de custos, de
riscos e responsabilidades entre as partes e caracterizadora aumento da qualidade, de redução do prazo de execução e
do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, em de facilidade de manutenção ou operação.  
termos de ônus financeiro decorrente de eventos superve- § 2o  No caso dos orçamentos das contratações inte-
nientes à contratação, contendo, no mínimo, as seguintes gradas: 
I - sempre que o anteprojeto da licitação, por seus ele-
informações: 
mentos mínimos, assim o permitir, as estimativas de pre-
a) listagem de possíveis eventos supervenientes à assi-
ço devem se basear em orçamento tão detalhado quanto
natura do contrato, impactantes no equilíbrio econômico-
possível, devendo a utilização de estimativas paramétricas
financeiro da avença, e previsão de eventual necessidade
e a avaliação aproximada baseada em outras obras simila-
de prolação de termo aditivo quando de sua ocorrência;  res ser realizadas somente nas frações do empreendimento
b) estabelecimento preciso das frações do objeto em não suficientemente detalhadas no anteprojeto da licita-
que haverá liberdade das contratadas para inovar em so- ção, exigindo-se das contratadas, no mínimo, o mesmo ní-
luções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações de vel de detalhamento em seus demonstrativos de formação
resultado, em termos de modificação das soluções previa- de preços;  
mente delineadas no anteprojeto ou no projeto básico da II - quando utilizada metodologia expedita ou paramé-
licitação;  trica para abalizar o valor do empreendimento ou de fração
c) estabelecimento preciso das frações do objeto em dele, consideradas as disposições do inciso I, entre 2 (duas)
que não haverá liberdade das contratadas para inovar em ou mais técnicas estimativas possíveis, deve ser utilizada
soluções metodológicas ou tecnológicas, em obrigações nas estimativas de preço-base a que viabilize a maior pre-
de meio, devendo haver obrigação de identidade entre a cisão orçamentária, exigindo-se das licitantes, no mínimo,
execução e a solução pré-definida no anteprojeto ou no o mesmo nível de detalhamento na motivação dos respec-
projeto básico da licitação.  tivos preços ofertados. 

132
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 3o  Nas contratações integradas ou semi-integradas, III - de pessoa jurídica da qual o autor do anteprojeto ou
os riscos decorrentes de fatos supervenientes à contrata- do projeto básico da licitação seja administrador, controlador,
ção associados à escolha da solução de projeto básico pela gerente, responsável técnico, subcontratado ou sócio, nes-
contratante deverão ser alocados como de sua responsabi- te último caso quando a participação superar 5% (cinco por
lidade na matriz de riscos.  cento) do capital votante. 
§ 4o  No caso de licitação de obras e serviços de enge- § 1o  A elaboração do projeto executivo constituirá encar-
nharia, as empresas públicas e as sociedades de economia go do contratado, consoante preço previamente fixado pela
mista abrangidas por esta Lei deverão utilizar a contrata- empresa pública ou pela sociedade de economia mista.  
ção semi-integrada, prevista no inciso V do caput, caben- § 2o  É permitida a participação das pessoas jurídicas e da
do a elas a elaboração ou a contratação do projeto básico pessoa física de que tratam os incisos II e III do caput deste
antes da licitação de que trata este parágrafo, podendo artigo em licitação ou em execução de contrato, como con-
ser utilizadas outras modalidades previstas nos incisos sultor ou técnico, nas funções de fiscalização, supervisão ou
do caput deste artigo, desde que essa opção seja devida- gerenciamento, exclusivamente a serviço da empresa pública
mente justificada.   e da sociedade de economia mista interessadas. 
§ 5o  Para fins do previsto na parte final do § 4o, não será § 3o  Para fins do disposto no caput, considera-se parti-
admitida, por parte da empresa pública ou da sociedade de cipação indireta a existência de vínculos de natureza técnica,
economia mista, como justificativa para a adoção da mo- comercial, econômica, financeira ou trabalhista entre o autor
dalidade de contratação integrada, a ausência de projeto do projeto básico, pessoa física ou jurídica, e o licitante ou
básico.  responsável pelos serviços, fornecimentos e obras, incluindo-
Art. 43.  Os contratos destinados à execução de obras se os fornecimentos de bens e serviços a estes necessários.  
e serviços de engenharia admitirão os seguintes regimes:   § 4o  O disposto no § 3o deste artigo aplica-se a emprega-
I - empreitada por preço unitário, nos casos em que os dos incumbidos de levar a efeito atos e procedimentos rea-
objetos, por sua natureza, possuam imprecisão inerente de lizados pela empresa pública e pela sociedade de economia
quantitativos em seus itens orçamentários;   mista no curso da licitação. 
II - empreitada por preço global, quando for possível Art. 45.  Na contratação de obras e serviços, inclusive de
definir previamente no projeto básico, com boa margem engenharia, poderá ser estabelecida remuneração variável
de precisão, as quantidades dos serviços a serem posterior- vinculada ao desempenho do contratado, com base em me-
mente executados na fase contratual;   tas, padrões de qualidade, critérios de sustentabilidade am-
III - contratação por tarefa, em contratações de profis- biental e prazos de entrega definidos no instrumento convo-
sionais autônomos ou de pequenas empresas para realiza- catório e no contrato. 
ção de serviços técnicos comuns e de curta duração;   Parágrafo único.  A utilização da remuneração variável
IV - empreitada integral, nos casos em que o contra- respeitará o limite orçamentário fixado pela empresa pública
tante necessite receber o empreendimento, normalmente ou pela sociedade de economia mista para a respectiva con-
de alta complexidade, em condição de operação imediata;   tratação. 
V - contratação semi-integrada, quando for possível Art. 46.  Mediante justificativa expressa e desde que não
definir previamente no projeto básico as quantidades dos implique perda de economia de escala, poderá ser celebrado
serviços a serem posteriormente executados na fase con- mais de um contrato para executar serviço de mesma natu-
tratual, em obra ou serviço de engenharia que possa ser reza quando o objeto da contratação puder ser executado de
executado com diferentes metodologias ou tecnologias;  forma concorrente e simultânea por mais de um contratado. 
VI - contratação integrada, quando a obra ou o ser- § 1o  Na hipótese prevista no caput deste artigo, será
viço de engenharia for de natureza predominantemente mantido controle individualizado da execução do objeto
intelectual e de inovação tecnológica do objeto licitado ou contratual relativamente a cada um dos contratados.  
puder ser executado com diferentes metodologias ou tec- § 2o  (VETADO).  
nologias de domínio restrito no mercado. 
§ 1o  Serão obrigatoriamente precedidas pela elabora- Seção IV
ção de projeto básico, disponível para exame de qualquer Das Normas Específicas para Aquisição de Bens
interessado, as licitações para a contratação de obras e ser-
viços, com exceção daquelas em que for adotado o regime Art. 47.  A empresa pública e a sociedade de economia
previsto no inciso VI do caput deste artigo.   mista, na licitação para aquisição de bens, poderão:  
§ 2o  É vedada a execução, sem projeto executivo, de I - indicar marca ou modelo, nas seguintes hipóteses:  
obras e serviços de engenharia.  a) em decorrência da necessidade de padronização do
Art. 44. É vedada a participação direta ou indireta nas objeto;  
licitações para obras e serviços de engenharia de que trata b) quando determinada marca ou modelo comercializa-
esta Lei:  do por mais de um fornecedor constituir o único capaz de
I - de pessoa física ou jurídica que tenha elaborado o atender o objeto do contrato;  
anteprojeto ou o projeto básico da licitação;  c) quando for necessária, para compreensão do objeto, a
II - de pessoa jurídica que participar de consórcio res- identificação de determinada marca ou modelo apto a servir
ponsável pela elaboração do anteprojeto ou do projeto bá- como referência, situação em que será obrigatório o acrésci-
sico da licitação;  mo da expressão “ou similar ou de melhor qualidade”;

133
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
II - exigir amostra do bem no procedimento de pré- § 2o  Os atos e procedimentos decorrentes das fases
qualificação e na fase de julgamento das propostas ou de enumeradas no caput praticados por empresas públicas, por
lances, desde que justificada a necessidade de sua apre- sociedades de economia mista e por licitantes serão efeti-
sentação;   vados preferencialmente por meio eletrônico, nos termos
III - solicitar a certificação da qualidade do produto ou definidos pelo instrumento convocatório, devendo os avisos
do processo de fabricação, inclusive sob o aspecto ambien- contendo os resumos dos editais das licitações e contratos
tal, por instituição previamente credenciada.  abrangidos por esta Lei ser previamente publicados no Diá-
Parágrafo único. O edital poderá exigir, como condição rio Oficial da União, do Estado ou do Município e na internet. 
de aceitabilidade da proposta, a adequação às normas da Art. 52. Poderão ser adotados os modos de disputa
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ou a cer- aberto ou fechado, ou, quando o objeto da licitação puder
tificação da qualidade do produto por instituição creden- ser parcelado, a combinação de ambos, observado o dis-
ciada pelo Sistema Nacional de Metrologia, Normalização posto no inciso III do art. 32 desta Lei.
§ 1o  No modo de disputa aberto, os licitantes apresen-
e Qualidade Industrial (Sinmetro). 
tarão lances públicos e sucessivos, crescentes ou decres-
Art. 48.  Será dada publicidade, com periodicidade mí-
centes, conforme o critério de julgamento adotado.
nima semestral, em sítio eletrônico oficial na internet de
§ 2o  No modo de disputa fechado, as propostas apre-
acesso irrestrito, à relação das aquisições de bens efetiva-
sentadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e a hora
das pelas empresas públicas e pelas sociedades de econo- designadas para que sejam divulgadas.
mia mista, compreendidas as seguintes informações:   Art. 53.  Quando for adotado o modo de disputa aber-
I - identificação do bem comprado, de seu preço unitá- to, poderão ser admitidos:
rio e da quantidade adquirida;   I - a apresentação de lances intermediários;
II - nome do fornecedor;   II - o reinício da disputa aberta, após a definição do
III - valor total de cada aquisição.  melhor lance, para definição das demais colocações, quan-
do existir diferença de pelo menos 10% (dez por cento)
Seção V entre o melhor lance e o subsequente.
Das Normas Específicas para Alienação de Bens Parágrafo único.  Consideram-se intermediários os lances:
I - iguais ou inferiores ao maior já ofertado, quando
Art. 49.  A alienação de bens por empresas públicas e adotado o julgamento pelo critério da maior oferta;
por sociedades de economia mista será precedida de:  II - iguais ou superiores ao menor já ofertado, quando
I - avaliação formal do bem contemplado, ressalvadas adotados os demais critérios de julgamento.
as hipóteses previstas nos incisos XVI a XVIII do art. 29;  Art. 54.  Poderão ser utilizados os seguintes critérios de
II - licitação, ressalvado o previsto no § 3o do art. 28.  julgamento:
Art. 50.  Estendem-se à atribuição de ônus real a bens I - menor preço;
integrantes do acervo patrimonial de empresas públicas e II - maior desconto;
de sociedades de economia mista as normas desta Lei apli- III - melhor combinação de técnica e preço;
cáveis à sua alienação, inclusive em relação às hipóteses de IV - melhor técnica;
dispensa e de inexigibilidade de licitação.  V - melhor conteúdo artístico;
VI - maior oferta de preço;
Seção VI VII - maior retorno econômico;
Do Procedimento de Licitação VIII - melhor destinação de bens alienados.
§ 1o  Os critérios de julgamento serão expressamente
identificados no instrumento convocatório e poderão ser
Art. 51.  As licitações de que trata esta Lei observarão a
combinados na hipótese de parcelamento do objeto, ob-
seguinte sequência de fases: 
servado o disposto no inciso III do art. 32.
I - preparação; 
§ 2o  Na hipótese de adoção dos critérios referidos nos
II - divulgação;  incisos III, IV, V e VII do caput deste artigo, o julgamento
III - apresentação de lances ou propostas, conforme o das propostas será efetivado mediante o emprego de parâ-
modo de disputa adotado;  metros específicos, definidos no instrumento convocatório,
IV - julgamento;  destinados a limitar a subjetividade do julgamento.
V - verificação de efetividade dos lances ou propostas;  § 3o  Para efeito de julgamento, não serão consideradas
VI - negociação;  vantagens não previstas no instrumento convocatório.
VII - habilitação;  § 4o  O critério previsto no inciso II do caput:
VIII - interposição de recursos;  I - terá como referência o preço global fixado no ins-
IX - adjudicação do objeto;  trumento convocatório, estendendo-se o desconto ofereci-
X - homologação do resultado ou revogação do pro- do nas propostas ou lances vencedores a eventuais termos
cedimento.  aditivos;
§ 1o  A fase de que trata o inciso VII do caput poderá, II - no caso de obras e serviços de engenharia, o des-
excepcionalmente, anteceder as referidas nos incisos III a conto incidirá de forma linear sobre a totalidade dos itens
VI do caput, desde que expressamente previsto no instru- constantes do orçamento estimado, que deverá obrigato-
mento convocatório.  riamente integrar o instrumento convocatório.

134
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o  Quando for utilizado o critério referido no inciso § 3o  Nas licitações de obras e serviços de engenha-
III do caput, a avaliação das propostas técnicas e de preço ria, consideram-se inexequíveis as propostas com valores
considerará o percentual de ponderação mais relevante, li- globais inferiores a 70% (setenta por cento) do menor dos
mitado a 70% (setenta por cento). seguintes valores:
§ 6o  Quando for utilizado o critério referido no inciso I - média aritmética dos valores das propostas supe-
VII do caput, os lances ou propostas terão o objetivo de riores a 50% (cinquenta por cento) do valor do orçamento
proporcionar economia à empresa pública ou à sociedade estimado pela empresa pública ou sociedade de economia
de economia mista, por meio da redução de suas despesas mista; ou
correntes, remunerando-se o licitante vencedor com base II - valor do orçamento estimado pela empresa pública
em percentual da economia de recursos gerada. ou sociedade de economia mista.
§ 7o  Na implementação do critério previsto no inciso § 4o  Para os demais objetos, para efeito de avaliação
VIII do caput deste artigo, será obrigatoriamente conside- da exequibilidade ou de sobrepreço, deverão ser estabele-
rada, nos termos do respectivo instrumento convocatório, cidos critérios de aceitabilidade de preços que considerem
o preço global, os quantitativos e os preços unitários, assim
a repercussão, no meio social, da finalidade para cujo aten-
definidos no instrumento convocatório.
dimento o bem será utilizado pelo adquirente.
Art. 57.  Confirmada a efetividade do lance ou proposta
§ 8o  O descumprimento da finalidade a que se refere o
que obteve a primeira colocação na etapa de julgamen-
§ 7o deste artigo resultará na imediata restituição do bem to, ou que passe a ocupar essa posição em decorrência da
alcançado ao acervo patrimonial da empresa pública ou da desclassificação de outra que tenha obtido colocação su-
sociedade de economia mista, vedado, nessa hipótese, o perior, a empresa pública e a sociedade de economia mista
pagamento de indenização em favor do adquirente. deverão negociar condições mais vantajosas com quem o
Art. 55.  Em caso de empate entre 2 (duas) propostas, apresentou.
serão utilizados, na ordem em que se encontram enumera- § 1o  A negociação deverá ser feita com os demais lici-
dos, os seguintes critérios de desempate: tantes, segundo a ordem inicialmente estabelecida, quan-
I - disputa final, em que os licitantes empatados pode- do o preço do primeiro colocado, mesmo após a negocia-
rão apresentar nova proposta fechada, em ato contínuo ao ção, permanecer acima do orçamento estimado.
encerramento da etapa de julgamento; § 2o  (VETADO).
II - avaliação do desempenho contratual prévio dos § 3o  Se depois de adotada a providência referida no
licitantes, desde que exista sistema objetivo de avaliação § 1  deste artigo não for obtido valor igual ou inferior ao
o

instituído; orçamento estimado para a contratação, será revogada a


III - os critérios estabelecidos no art. 3o da Lei no 8.248, licitação.
de 23 de outubro de 1991, e no § 2o do art. 3o da Lei Art. 58.  A habilitação será apreciada exclusivamente a
no 8.666, de 21 de junho de 1993; partir dos seguintes parâmetros:
IV - sorteio. I - exigência da apresentação de documentos aptos
Art. 56.  Efetuado o julgamento dos lances ou propos- a comprovar a possibilidade da aquisição de direitos e da
tas, será promovida a verificação de sua efetividade, pro- contração de obrigações por parte do licitante;
movendo-se a desclassificação daqueles que: II - qualificação técnica, restrita a parcelas do objeto
I - contenham vícios insanáveis; técnica ou economicamente relevantes, de acordo com pa-
II - descumpram especificações técnicas constantes do râmetros estabelecidos de forma expressa no instrumento
instrumento convocatório; convocatório;
III - apresentem preços manifestamente inexequíveis; III - capacidade econômica e financeira;
IV - recolhimento de quantia a título de adiantamento,
IV - se encontrem acima do orçamento estimado para
tratando-se de licitações em que se utilize como critério de
a contratação de que trata o § 1o do art. 57, ressalvada a
julgamento a maior oferta de preço.
hipótese prevista no caput do art. 34 desta Lei;
§ 1o  Quando o critério de julgamento utilizado for a
V - não tenham sua exequibilidade demonstrada, maior oferta de preço, os requisitos de qualificação técnica
quando exigido pela empresa pública ou pela sociedade e de capacidade econômica e financeira poderão ser dis-
de economia mista; pensados.
VI - apresentem desconformidade com outras exigên- § 2o  Na hipótese do § 1o, reverterá a favor da empre-
cias do instrumento convocatório, salvo se for possível a sa pública ou da sociedade de economia mista o valor de
acomodação a seus termos antes da adjudicação do objeto quantia eventualmente exigida no instrumento convocató-
e sem que se prejudique a atribuição de tratamento isonô- rio a título de adiantamento, caso o licitante não efetue o
mico entre os licitantes. restante do pagamento devido no prazo para tanto esti-
§ 1o  A verificação da efetividade dos lances ou propos- pulado.
tas poderá ser feita exclusivamente em relação aos lances e Art. 59.  Salvo no caso de inversão de fases, o procedi-
propostas mais bem classificados. mento licitatório terá fase recursal única.
§ 2o  A empresa pública e a sociedade de economia § 1o  Os recursos serão apresentados no prazo de 5 (cinco)
mista poderão realizar diligências para aferir a exequibi- dias úteis após a habilitação e contemplarão, além dos atos
lidade das propostas ou exigir dos licitantes que ela seja praticados nessa fase, aqueles praticados em decorrência do
demonstrada, na forma do inciso V do caput. disposto nos incisos IV e V do caput do art. 51 desta Lei.

135
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 2o  Na hipótese de inversão de fases, o prazo referido § 2o  A empresa pública e a sociedade de economia
no § 1o será aberto após a habilitação e após o encerra- mista poderão restringir a participação em suas licitações a
mento da fase prevista no inciso V do caput do art. 51, fornecedores ou produtos pré-qualificados, nas condições
abrangendo o segundo prazo também atos decorrentes da estabelecidas em regulamento.
fase referida no inciso IV do caput do art. 51 desta Lei. § 3o  A pré-qualificação poderá ser efetuada nos grupos
Art. 60.  A homologação do resultado implica a consti- ou segmentos, segundo as especialidades dos fornecedores.
tuição de direito relativo à celebração do contrato em favor § 4o  A pré-qualificação poderá ser parcial ou total, con-
do licitante vencedor. tendo alguns ou todos os requisitos de habilitação ou téc-
Art. 61.  A empresa pública e a sociedade de econo- nicos necessários à contratação, assegurada, em qualquer
mia mista não poderão celebrar contrato com preterição hipótese, a igualdade de condições entre os concorrentes.
da ordem de classificação das propostas ou com terceiros § 5o  A pré-qualificação terá validade de 1 (um) ano, no
estranhos à licitação. máximo, podendo ser atualizada a qualquer tempo.
Art. 62.  Além das hipóteses previstas no § 3o do art. 57 § 6o   Na pré-qualificação aberta de produtos, poderá
desta Lei e no inciso II do § 2o do art. 75 desta Lei, quem ser exigida a comprovação de qualidade.
dispuser de competência para homologação do resultado § 7o  É obrigatória a divulgação dos produtos e dos
poderá revogar a licitação por razões de interesse público interessados que forem pré-qualificados.
decorrentes de fato superveniente que constitua óbice ma- Art. 65.  Os registros cadastrais poderão ser mantidos
nifesto e incontornável, ou anulá-la por ilegalidade, de ofí- para efeito de habilitação dos inscritos em procedimentos
cio ou por provocação de terceiros, salvo quando for viável licitatórios e serão válidos por 1 (um) ano, no máximo, po-
a convalidação do ato ou do procedimento viciado. dendo ser atualizados a qualquer tempo.
§ 1o  A anulação da licitação por motivo de ilegalidade § 1o  Os registros cadastrais serão amplamente divul-
não gera obrigação de indenizar, observado o disposto no gados e ficarão permanentemente abertos para a inscrição
§ 2o deste artigo. de interessados.
§ 2o  A nulidade da licitação induz à do contrato. § 2o  Os inscritos serão admitidos segundo requisitos
§ 3o  Depois de iniciada a fase de apresentação de lan-
previstos em regulamento.
ces ou propostas, referida no inciso III do caput do art. 51
§ 3o  A atuação do licitante no cumprimento de obri-
desta Lei, a revogação ou a anulação da licitação somen-
gações assumidas será anotada no respectivo registro ca-
te será efetivada depois de se conceder aos licitantes que
dastral.
manifestem interesse em contestar o respectivo ato prazo
§ 4o  A qualquer tempo poderá ser alterado, suspenso
apto a lhes assegurar o exercício do direito ao contraditório
ou cancelado o registro do inscrito que deixar de satisfazer
e à ampla defesa.
as exigências estabelecidas para habilitação ou para admis-
§ 4o  O disposto no caput e nos §§ 1o e 2o deste artigo
são cadastral.
aplica-se, no que couber, aos atos por meio dos quais se
Art. 66.   O Sistema de Registro de Preços especifica-
determine a contratação direta.
mente destinado às licitações de que trata esta Lei reger-
Seção VII se-á pelo disposto em decreto do Poder Executivo e pelas
Dos Procedimentos Auxiliares das Licitações seguintes disposições:
§ 1o  Poderá aderir ao sistema referido no caput qual-
Art. 63.  São procedimentos auxiliares das licitações re- quer órgão ou entidade responsável pela execução das ati-
gidas por esta Lei: vidades contempladas no art. 1o desta Lei.
I - pré-qualificação permanente; § 2o  O registro de preços observará, entre outras, as
II - cadastramento; seguintes condições:
III - sistema de registro de preços; I - efetivação prévia de ampla pesquisa de mercado;
IV - catálogo eletrônico de padronização. II - seleção de acordo com os procedimentos previstos
Parágrafo único. Os procedimentos de que trata em regulamento;
o caput deste artigo obedecerão a critérios claros e objeti- III - desenvolvimento obrigatório de rotina de controle
vos definidos em regulamento. e atualização periódicos dos preços registrados;
Art. 64.   Considera-se pré-qualificação permanente o IV - definição da validade do registro;
procedimento anterior à licitação destinado a identificar: V - inclusão, na respectiva ata, do registro dos licitantes
I - fornecedores que reúnam condições de habilitação que aceitarem cotar os bens ou serviços com preços iguais
exigidas para o fornecimento de bem ou a execução de ao do licitante vencedor na sequência da classificação do
serviço ou obra nos prazos, locais e condições previamente certame, assim como dos licitantes que mantiverem suas
estabelecidos; propostas originais.
II - bens que atendam às exigências técnicas e de qua- § 3o  A existência de preços registrados não obriga a
lidade da administração pública. administração pública a firmar os contratos que deles po-
§ 1o  O procedimento de pré-qualificação será público derão advir, sendo facultada a realização de licitação es-
e permanentemente aberto à inscrição de qualquer inte- pecífica, assegurada ao licitante registrado preferência em
ressado. igualdade de condições.

136
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 67.  O catálogo eletrônico de padronização de Art. 70.  Poderá ser exigida prestação de garantia nas
compras, serviços e obras consiste em sistema informati- contratações de obras, serviços e compras.
zado, de gerenciamento centralizado, destinado a permitir § 1o  Caberá ao contratado optar por uma das seguin-
a padronização dos itens a serem adquiridos pela empresa tes modalidades de garantia:
pública ou sociedade de economia mista que estarão dis- I - caução em dinheiro;
poníveis para a realização de licitação. II - seguro-garantia;
Parágrafo único.  O catálogo referido no caput pode- III - fiança bancária.
rá ser utilizado em licitações cujo critério de julgamento § 2o  A garantia a que se refere o caput não excederá a
seja o menor preço ou o maior desconto e conterá toda a 5% (cinco por cento) do valor do contrato e terá seu valor
documentação e todos os procedimentos da fase interna atualizado nas mesmas condições nele estabelecidas, res-
da licitação, assim como as especificações dos respectivos salvado o previsto no § 3o deste artigo.
objetos, conforme disposto em regulamento. § 3o  Para obras, serviços e fornecimentos de grande
vulto envolvendo complexidade técnica e riscos financeiros
CAPÍTULO II elevados, o limite de garantia previsto no § 2o poderá ser
DOS CONTRATOS elevado para até 10% (dez por cento) do valor do contrato.
Seção I § 4o  A garantia prestada pelo contratado será libera-
Da Formalização dos Contratos da ou restituída após a execução do contrato, devendo ser
atualizada monetariamente na hipótese do inciso I do §
Art. 68.  Os contratos de que trata esta Lei regulam-se 1o deste artigo.
pelas suas cláusulas, pelo disposto nesta Lei e pelos precei- Art. 71. A duração dos contratos regidos por esta Lei
tos de direito privado. não excederá a 5 (cinco) anos, contados a partir de sua
Art. 69.  São cláusulas necessárias nos contratos disci- celebração, exceto:
plinados por esta Lei: I - para projetos contemplados no plano de negócios
I - o objeto e seus elementos característicos; e investimentos da empresa pública ou da sociedade de
II - o regime de execução ou a forma de fornecimento;
economia mista;
III - o preço e as condições de pagamento, os critérios,
II - nos casos em que a pactuação por prazo superior
a data-base e a periodicidade do reajustamento de pre-
a 5 (cinco) anos seja prática rotineira de mercado e a im-
ços e os critérios de atualização monetária entre a data do
posição desse prazo inviabilize ou onere excessivamente a
adimplemento das obrigações e a do efetivo pagamento;
realização do negócio.
IV - os prazos de início de cada etapa de execução, de
Parágrafo único.  É vedado o contrato por prazo inde-
conclusão, de entrega, de observação, quando for o caso,
terminado.
e de recebimento;
Art. 72.  Os contratos regidos por esta Lei somente po-
V - as garantias oferecidas para assegurar a plena exe-
cução do objeto contratual, quando exigidas, observado o derão ser alterados por acordo entre as partes, vedando-se
disposto no art. 68; ajuste que resulte em violação da obrigação de licitar.
VI - os direitos e as responsabilidades das partes, as Art. 73. A redução a termo do contrato poderá ser dis-
tipificações das infrações e as respectivas penalidades e va- pensada no caso de pequenas despesas de pronta entrega
lores das multas; e pagamento das quais não resultem obrigações futuras
VII - os casos de rescisão do contrato e os mecanismos por parte da empresa pública ou da sociedade de econo-
para alteração de seus termos; mia mista.
VIII - a vinculação ao instrumento convocatório da res- Parágrafo único.  O disposto no caput não prejudicará
pectiva licitação ou ao termo que a dispensou ou a inexigiu, o registro contábil exaustivo dos valores despendidos e a
bem como ao lance ou proposta do licitante vencedor; exigência de recibo por parte dos respectivos destinatários.
IX - a obrigação do contratado de manter, durante a Art. 74.  É permitido a qualquer interessado o conheci-
execução do contrato, em compatibilidade com as obri- mento dos termos do contrato e a obtenção de cópia au-
gações por ele assumidas, as condições de habilitação e tenticada de seu inteiro teor ou de qualquer de suas partes,
qualificação exigidas no curso do procedimento licitatório; admitida a exigência de ressarcimento dos custos, nos ter-
X - matriz de riscos. mos previstos na Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011.
§ 1o  (VETADO). Art. 75.  A empresa pública e a sociedade de economia
§ 2o  Nos contratos decorrentes de licitações de obras mista convocarão o licitante vencedor ou o destinatário de
ou serviços de engenharia em que tenha sido adotado o contratação com dispensa ou inexigibilidade de licitação
modo de disputa aberto, o contratado deverá reelaborar e para assinar o termo de contrato, observados o prazo e as
apresentar à empresa pública ou à sociedade de economia condições estabelecidos, sob pena de decadência do direi-
mista e às suas respectivas subsidiárias, por meio eletrôni- to à contratação.
co, as planilhas com indicação dos quantitativos e dos cus- § 1o  O prazo de convocação poderá ser prorrogado 1
tos unitários, bem como do detalhamento das Bonificações (uma) vez, por igual período.
e Despesas Indiretas (BDI) e dos Encargos Sociais (ES), com § 2o  É facultado à empresa pública ou à sociedade de
os respectivos valores adequados ao lance vencedor, para economia mista, quando o convocado não assinar o termo
fins do disposto no inciso III do caput deste artigo. de contrato no prazo e nas condições estabelecidos:

137
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
I - convocar os licitantes remanescentes, na ordem de Seção II
classificação, para fazê-lo em igual prazo e nas mesmas Da Alteração dos Contratos
condições propostas pelo primeiro classificado, inclusive
quanto aos preços atualizados em conformidade com o Art. 81.  Os contratos celebrados  nos  regimes  previs-
instrumento convocatório; tos  nos  incisos I a V do art. 43 contarão com cláusula que
II - revogar a licitação. estabeleça a possibilidade de alteração, por acordo entre
Art. 76.  O contratado é obrigado a reparar, corrigir, re- as partes, nos seguintes casos:
mover, reconstruir ou substituir, às suas expensas, no total I - quando houver modificação do projeto ou das es-
ou em parte, o objeto do contrato em que se verificarem ví-
pecificações, para melhor adequação técnica aos seus ob-
cios, defeitos ou incorreções resultantes da execução ou de
jetivos;
materiais empregados, e responderá por danos causados
II - quando necessária a modificação do valor contra-
diretamente a terceiros ou à empresa pública ou sociedade
de economia mista, independentemente da comprovação tual em decorrência de acréscimo ou diminuição quantita-
de sua culpa ou dolo na execução do contrato. tiva de seu objeto, nos limites permitidos por esta Lei;
Art. 77.  O contratado é responsável pelos encargos III - quando conveniente a substituição da garantia de
trabalhistas, fiscais e comerciais resultantes da execução do execução;
contrato. IV - quando necessária a modificação do regime de
§ 1o  A inadimplência do contratado quanto aos encar- execução da obra ou serviço, bem como do modo de for-
gos trabalhistas, fiscais e comerciais não transfere à empre- necimento, em face de verificação técnica da inaplicabilida-
sa pública ou à sociedade de economia mista a responsa- de dos termos contratuais originários;
bilidade por seu pagamento, nem poderá onerar o objeto V - quando necessária a modificação da forma de pa-
do contrato ou restringir a regularização e o uso das obras gamento, por imposição de circunstâncias supervenientes,
e edificações, inclusive perante o Registro de Imóveis. mantido o valor inicial atualizado, vedada a antecipação do
§ 2o  (VETADO). pagamento, com relação ao cronograma financeiro fixado,
Art. 78. O contratado, na execução do contrato, sem sem a correspondente contraprestação de fornecimento de
prejuízo das responsabilidades contratuais e legais, poderá bens ou execução de obra ou serviço;
subcontratar partes da obra, serviço ou fornecimento, até VI - para restabelecer a relação que as partes pactua-
o limite admitido, em cada caso, pela empresa pública ou
ram inicialmente entre os encargos do contratado e a re-
pela sociedade de economia mista, conforme previsto no
tribuição da administração para a justa remuneração da
edital do certame.
obra, serviço ou fornecimento, objetivando a manutenção
§ 1o  A empresa subcontratada deverá atender, em re-
lação ao objeto da subcontratação, as exigências de quali- do equilíbrio econômico-financeiro inicial do contrato, na
ficação técnica impostas ao licitante vencedor. hipótese de sobrevirem fatos imprevisíveis, ou previsíveis
§ 2o  É vedada a subcontratação de empresa ou consór- porém de consequências incalculáveis, retardadores ou im-
cio que tenha participado: peditivos da execução do ajustado, ou, ainda, em caso de
I - do procedimento licitatório do qual se originou a força maior, caso fortuito ou fato do príncipe, configurando
contratação; álea econômica extraordinária e extracontratual.
II - direta ou indiretamente, da elaboração de projeto § 1o  O contratado poderá aceitar, nas mesmas con-
básico ou executivo. dições contratuais, os acréscimos ou supressões que se
§ 3o  As empresas de prestação de serviços técnicos fizerem nas obras, serviços ou compras, até 25% (vinte e
especializados deverão garantir que os integrantes de seu cinco por cento) do valor inicial atualizado do contrato, e,
corpo técnico executem pessoal e diretamente as obri- no caso particular de reforma de edifício ou de equipamen-
gações a eles imputadas, quando a respectiva relação for to, até o limite de 50% (cinquenta por cento) para os seus
apresentada em procedimento licitatório ou em contrata- acréscimos.
ção direta. § 2o  Nenhum acréscimo ou supressão poderá exceder
Art. 79.  Na hipótese do § 6o do art. 54, quando não for os limites estabelecidos no § 1o, salvo as supressões resul-
gerada a economia prevista no lance ou proposta, a dife-
tantes de acordo celebrado entre os contratantes.
rença entre a economia contratada e a efetivamente obtida
§ 3o  Se no contrato não houverem sido contemplados
será descontada da remuneração do contratado.
preços unitários para obras ou serviços, esses serão fixados
Parágrafo único.  Se a diferença entre a economia con-
tratada e a efetivamente obtida for superior à remuneração mediante acordo entre as partes, respeitados os limites es-
do contratado, será aplicada a sanção prevista no contrato, tabelecidos no § 1o.
nos termos do inciso VI do caput do art. 69 desta Lei. § 4o  No caso de supressão de obras, bens ou serviços,
Art. 80.  Os direitos patrimoniais e autorais de proje- se o contratado já houver adquirido os materiais e posto
tos ou serviços técnicos especializados desenvolvidos por no local dos trabalhos, esses materiais deverão ser pagos
profissionais autônomos ou por empresas contratadas pas- pela empresa pública ou sociedade de economia mista pe-
sam a ser propriedade da empresa pública ou sociedade de los custos de aquisição regularmente comprovados e mo-
economia mista que os tenha contratado, sem prejuízo da netariamente corrigidos, podendo caber indenização por
preservação da identificação dos respectivos autores e da outros danos eventualmente decorrentes da supressão,
responsabilidade técnica a eles atribuída. desde que regularmente comprovados.

138
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o  A criação, a alteração ou a extinção de quaisquer Art. 84.  As sanções previstas no inciso III do art. 83 po-
tributos ou encargos legais, bem como a superveniência de derão também ser aplicadas às empresas ou aos profissionais
disposições legais, quando ocorridas após a data da apre- que, em razão dos contratos regidos por esta Lei:
sentação da proposta, com comprovada repercussão nos I - tenham sofrido condenação definitiva por praticarem,
preços contratados, implicarão a revisão destes para mais por meios dolosos, fraude fiscal no recolhimento de quais-
ou para menos, conforme o caso. quer tributos;
§ 6o  Em havendo alteração do contrato que aumente II - tenham praticado atos ilícitos visando a frustrar os
os encargos do contratado, a empresa pública ou a socie- objetivos da licitação;
dade de economia mista deverá restabelecer, por adita- III - demonstrem não possuir idoneidade para contratar
mento, o equilíbrio econômico-financeiro inicial. com a empresa pública ou a sociedade de economia mista
§ 7o  A variação do valor contratual para fazer face ao em virtude de atos ilícitos praticados.
reajuste de preços previsto no próprio contrato e as atuali-
zações, compensações ou penalizações financeiras decor- CAPÍTULO III
rentes das condições de pagamento nele previstas, bem DA FISCALIZAÇÃO PELO ESTADO E PELA SOCIEDADE
como o empenho de dotações orçamentárias suplemen-
tares até o limite do seu valor corrigido, não caracterizam Art. 85.  Os órgãos de controle externo e interno das 3
alteração do contrato e podem ser registrados por simples (três) esferas de governo fiscalizarão as empresas públicas e
apostila, dispensada a celebração de aditamento. as sociedades de economia mista a elas relacionadas, inclusive
§ 8o  É vedada a celebração de aditivos decorrentes aquelas domiciliadas no exterior, quanto à legitimidade, à eco-
de eventos supervenientes alocados, na matriz de riscos, nomicidade e à eficácia da aplicação de seus recursos, sob o
como de responsabilidade da contratada. ponto de vista contábil, financeiro, operacional e patrimonial.
§ 1o  Para a realização da atividade fiscalizatória de que
Seção III trata o caput, os órgãos de controle deverão ter acesso irrestri-
Das Sanções Administrativas to aos documentos e às informações necessários à realização
dos trabalhos, inclusive aqueles classificados como sigilosos
pela empresa pública ou pela sociedade de economia mista,
Art. 82.  Os contratos devem conter cláusulas com san-
nos termos da Lei no 12.527, de 18 de novembro de 2011.
ções administrativas a serem aplicadas em decorrência de
§ 2o   O grau de confidencialidade será atribuído pelas
atraso injustificado na execução do contrato, sujeitando o
empresas públicas e sociedades de economia mista no ato de
contratado a multa de mora, na forma prevista no instru-
entrega dos documentos e informações solicitados, tornando-
mento convocatório ou no contrato.
se o órgão de controle com o qual foi compartilhada a infor-
§ 1o  A multa a que alude este artigo não impede que a mação sigilosa corresponsável pela manutenção do seu sigilo.
empresa pública ou a sociedade de economia mista rescinda § 3o   Os atos de fiscalização e controle dispostos nes-
o contrato e aplique as outras sanções previstas nesta Lei. te Capítulo aplicar-se-ão, também, às empresas públicas e
§ 2o  A multa, aplicada após regular processo administra- às sociedades de economia mista de caráter e constituição
tivo, será descontada da garantia do respectivo contratado. transnacional no que se refere aos atos de gestão e aplicação
§ 3o  Se a multa for de valor superior ao valor da garan- do capital nacional, independentemente de estarem incluí-
tia prestada, além da perda desta, responderá o contratado dos ou não em seus respectivos atos e acordos constitutivos.
pela sua diferença, a qual será descontada dos pagamentos Art. 86.  As informações das empresas públicas e das so-
eventualmente devidos pela empresa pública ou pela so- ciedades de economia mista relativas a licitações e contratos,
ciedade de economia mista ou, ainda, quando for o caso, inclusive aqueles referentes a bases de preços, constarão de
cobrada judicialmente. bancos de dados eletrônicos atualizados e com acesso em
Art. 83.  Pela inexecução total ou parcial do contrato tempo real aos órgãos de controle competentes.
a empresa pública ou a sociedade de economia mista po- § 1o  As demonstrações contábeis auditadas da empresa
derá, garantida a prévia defesa, aplicar ao contratado as pública e da sociedade de economia mista serão disponibi-
seguintes sanções: lizadas no sítio eletrônico da empresa ou da sociedade na
I - advertência; internet, inclusive em formato eletrônico editável.
II - multa, na forma prevista no instrumento convoca- § 2o  As atas e demais expedientes oriundos de reuniões,
tório ou no contrato; ordinárias ou extraordinárias, dos conselhos de administra-
III - suspensão temporária de participação em licitação ção ou fiscal das empresas públicas e das sociedades de eco-
e impedimento de contratar com a entidade sancionadora, nomia mista, inclusive gravações e filmagens, quando houver,
por prazo não superior a 2 (dois) anos. deverão ser disponibilizados para os órgãos de controle sem-
§ 1o  Se a multa aplicada for superior ao valor da garan- pre que solicitados, no âmbito dos trabalhos de auditoria.
tia prestada, além da perda desta, responderá o contratado § 3o  O acesso dos órgãos de controle às informações
pela sua diferença, que será descontada dos pagamentos referidas no caput e no § 2o será restrito e individualizado.
eventualmente devidos pela empresa pública ou pela so- § 4o  As informações que sejam revestidas de sigilo
ciedade de economia mista ou cobrada judicialmente. bancário, estratégico, comercial ou industrial serão assim
§ 2o  As sanções previstas nos incisos I e III do caput po- identificadas, respondendo o servidor administrativa, civil e
derão ser aplicadas juntamente com a do inciso II, devendo penalmente pelos danos causados à empresa pública ou à
a defesa prévia do interessado, no respectivo processo, ser sociedade de economia mista e a seus acionistas em razão
apresentada no prazo de 10 (dez) dias úteis. de eventual divulgação indevida.

139
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
§ 5o  Os critérios para a definição do que deve ser consi- TÍTULO III
derado sigilo estratégico, comercial ou industrial serão esta- DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS
belecidos em regulamento.
Art. 87.  O controle das despesas decorrentes dos contra- Art. 91.  A empresa pública e a sociedade de economia
tos e demais instrumentos regidos por esta Lei será feito pe- mista constituídas anteriormente à vigência desta Lei de-
los órgãos do sistema de controle interno e pelo tribunal de verão, no prazo de 24 (vinte e quatro) meses, promover as
contas competente, na forma da legislação pertinente, fican- adaptações necessárias à adequação ao disposto nesta Lei.
do as empresas públicas e as sociedades de economia mista § 1o  A sociedade de economia mista que tiver capital
fechado na data de entrada em vigor desta Lei poderá, ob-
responsáveis pela demonstração da legalidade e da regulari-
servado o prazo estabelecido no caput, ser transformada
dade da despesa e da execução, nos termos da Constituição.
em empresa pública, mediante resgate, pela empresa, da
§ 1o  Qualquer cidadão é parte legítima para impugnar
totalidade das ações de titularidade de acionistas privados,
edital de licitação por irregularidade na aplicação desta Lei, com base no valor de patrimônio líquido constante do últi-
devendo protocolar o pedido até 5 (cinco) dias úteis antes mo balanço aprovado pela assembleia-geral.
da data fixada para a ocorrência do certame, devendo a § 2o  (VETADO).
entidade julgar e responder à impugnação em até 3 (três) § 3o  Permanecem regidos pela legislação anterior pro-
dias úteis, sem prejuízo da faculdade prevista no § 2o. cedimentos licitatórios e contratos iniciados ou celebrados
§ 2o  Qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou até o final do prazo previsto no caput.
jurídica poderá representar ao tribunal de contas ou aos Art. 92.  O Registro Público de Empresas Mercantis e
órgãos integrantes do sistema de controle interno contra Atividades Afins manterá banco de dados público e gra-
irregularidades na aplicação desta Lei, para os fins do dis- tuito, disponível na internet, contendo a relação de todas
posto neste artigo. as empresas públicas e as sociedades de economia mista.
§ 3o Os tribunais de contas e os órgãos integrantes do Parágrafo único.  É a União proibida de realizar transfe-
sistema de controle interno poderão solicitar para exame, a rência voluntária de recursos a Estados, ao Distrito Federal
qualquer tempo, documentos de natureza contábil, finan- e a Municípios que não fornecerem ao Registro Público de
ceira, orçamentária, patrimonial e operacional das empre- Empresas Mercantis e Atividades Afins as informações re-
sas públicas, das sociedades de economia mista e de suas lativas às empresas públicas e às sociedades de economia
mista a eles vinculadas.
subsidiárias no Brasil e no exterior, obrigando-se, os juris-
Art. 93.  As despesas com publicidade e patrocínio da em-
dicionados, à adoção das medidas corretivas pertinentes
presa pública e da sociedade de economia mista não ultra-
que, em função desse exame, lhes forem determinadas.
passarão, em cada exercício, o limite de 0,5% (cinco décimos
Art. 88.  As empresas públicas e as sociedades de eco- por cento) da receita operacional bruta do exercício anterior.
nomia mista deverão disponibilizar para conhecimento pú- § 1o  O limite disposto no caput poderá ser ampliado,
blico, por meio eletrônico, informação completa mensal- até o limite de 2% (dois por cento) da receita bruta do exer-
mente atualizada sobre a execução de seus contratos e de cício anterior, por proposta da diretoria da empresa pública
seu orçamento, admitindo-se retardo de até 2 (dois) meses ou da sociedade de economia mista justificada com base
na divulgação das informações. em parâmetros de mercado do setor específico de atuação
§ 1o  A disponibilização de informações contratuais re- da empresa ou da sociedade e aprovada pelo respectivo
ferentes a operações de perfil estratégico ou que tenham Conselho de Administração.
por objeto segredo industrial receberá proteção mínima § 2o  É vedado à empresa pública e à sociedade de
necessária para lhes garantir confidencialidade. economia mista realizar, em ano de eleição para cargos do
§ 2o  O disposto no § 1o não será oponível à fiscaliza- ente federativo a que sejam vinculadas, despesas com pu-
ção dos órgãos de controle interno e do tribunal de con- blicidade e patrocínio que excedam a média dos gastos nos
tas, sem prejuízo da responsabilização administrativa, civil 3 (três) últimos anos que antecedem o pleito ou no último
e penal do servidor que der causa à eventual divulgação ano imediatamente anterior à eleição.
dessas informações. Art. 94.  Aplicam-se à empresa pública, à sociedade de
economia mista e às suas subsidiárias as sanções previstas
Art. 89.  O exercício da supervisão por vinculação da
na Lei no 12.846, de 1o de agosto de 2013, salvo as previstas
empresa pública ou da sociedade de economia mista, pelo
nos incisos II, III e IV do caput do art. 19 da referida Lei.
órgão a que se vincula, não pode ensejar a redução ou a
Art. 95.  A estratégia de longo prazo prevista no art.
supressão da autonomia conferida pela lei específica que 23 deverá ser aprovada em até 180 (cento e oitenta) dias
autorizou a criação da entidade supervisionada ou da auto- da data de publicação da presente Lei.
nomia inerente a sua natureza, nem autoriza a ingerência do Art. 96.  Revogam-se:
supervisor em sua administração e funcionamento, devendo I - o § 2o do art. 15 da Lei no 3.890-A, de 25 de abril de
a supervisão ser exercida nos limites da legislação aplicável. 1961, com a redação dada pelo art. 19 da Lei no 11.943, de 28
Art. 90.  As ações e deliberações do órgão ou ente de de maio de 2009;
controle não podem implicar interferência na gestão das II - os arts. 67 e 68 da Lei no 9.478, de 6 de agosto de 1997.
empresas públicas e das sociedades de economia mista a Art. 97.  Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
ele submetidas nem ingerência no exercício de suas com- Brasília, 30 de  junho  de 2016; 195o da Independência e
petências ou na definição de políticas públicas. 128  da República.
o

140
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
a) Solicitação de compras com o deferimento da abertura
do procedimento, devidamente assinada pelo Responsável do
DECRETO MUNICIPAL DE MARICÁ 47 Órgão solicitante, e Projeto Básico aprovado pelo Titular do
DE 06 DE FEVEREIRO DE 2017; Órgão interessado e engenheiro responsável, acompanhado
da respectiva Anotação de Responsabilidade Técnica (A.R.T.)
ou Registo de Responsabilidade Técnica (R.R.T.), conforme o
Prezado Candidato, o referido Decreto, pertence ao caso, em que sejam indicados os elementos necessários e su-
ano de 2013, e não 2017 conforme expressa o Edital, ficientes, com nível de precisão adequado, para caracterizar a
abaixo segue o Decreto correto. obra ou o serviço, contendo necessariamente:
1. Memória de Cálculo;
ESTABELECE PROCEDIMENTOS PARA REALIZAÇÃO DE 2. O prazo de execução e o Cronograma Físico-Financeiro
DESPESA previsto;
E DISPÕE SOBRE OS PROCESSOS DE PAGAMENTO. 3. Orçamento estimado detalhado em planilha de quanti-
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE MARICÁ, usando das atri- tativos e preços unitários, contendo data- base, composições
buições que lhe confere a legislação em vigor, e; analíticas de formação de preços unitários que exponha
CONSIDERANDO a necessidade de dispor de re- as descrições, quantificações e preços dos insumos e justifi-
gulamento único para os procedimentos de contratação, cativa dos preços, preferencialmente, mediante a relação ou
de celebração de convênios e de pagamento no âmbito da pesquisa dos preços de mercado e respectiva metodologia de
administração municipal. pesquisa e/ou referência a sistema
CONSIDERANDO os compromissos desta adminis- de custos utilizado;
tração com os princípios constitucionais da legalidade, 4. Regime de execução;
isonomia, transparência, publicidade e eficiência, 5. Previsão do produto da obra ou dos serviços nas metas
DECRETA: estabelecidas no Plano Plurianual, quando for o caso;
6. Prazo para substituição de serviço/material eivado de vício;
7. Indicação de documentos que devam ser solicitados a
Capítulo I - Das Disposições Preliminares
título de qualificação técnica no Edital;
8. Local e Prazo de Entrega;
Art. 1º. Os processos de licitação, de contratação direta,
9. Informações complementares e peculiares ao objeto
de celebração de convênios e de pagamento, no âmbito da
solicitado que devam constar no Edital;
Administração Municipal Direta e Indireta controladas pelo
10. Memorial Descritivo, quando for o caso;
Município, observadas as normas gerais federais, obedecerão
11. Prazo de Recebimento Provisório e Definitivo do objeto;
ao disposto no presente Decreto. 12. Apresentar planilha que expresse os custos ne-
Parágrafo único. Nos processos de celebração de con- cessários para a manutenção de despesas obrigatórias de
tratos ou convênios com recursos dos Fundos Municipais caráter continuado, no exercício de início das atividades e nos
criados por legislação própria e que possuam estrutura de dois subsequentes, a fim de fornecer parâmetros para a ela-
Controle Interno e/ou de Comissão de Licitações e/ou de As- boração do relatório de impacto orçamentário;
sessoria Jurídica, as atribuições previstas neste Decreto serão 13. Projeto Executivo ou prazo para que o Contratado
exercidas no âmbito do respectivo Fundo pelos órgãos a eles apresente o referido documento;
pertencentes, ressalvadas as atribuições relativas à prestação 14. Índice ou fórmula aplicáveis nos casos de eventuais
de informações ao Tribunal de Contas do Estado que perma- reajustes;
necerá a cargo da Controladoria Geral. 15. Fundamentos que caracterizem, se for o caso, o ser-
viço como contínuo para fins de previsão da possibilidade de
Capítulo II - Do procedimento Ordinário de Contra- prorrogação com fulcro no art. 57, II, da Lei n.º 8.666/93;
tação 16. No caso de execução de obras e serviços de engenha-
Seção I - Da Fase Interna do Procedimento Licitató- ria a Secretaria Requisitante verificará, se o bem imóvel per-
rio tence ao patrimônio público municipal e juntará aos autos
os documentos de titularidade.
Art. 2º. Todo o procedimento de licitação, dispensa ou II) para a efetivação de compras e serviços comuns:
inexigibilidade será iniciado com a Solicitação de Compra. b) Solicitação de Compras com o deferimento da abertu-
Art. 3º. A Secretaria Requisitante irá gerar o número de ra do procedimento, devidamente assinada pelo Responsável
processo, no sistema de Protocolo, gerando a capa e anexan- do órgão solicitante, e Termo de Referência aprovado pelo
do ao mesmo a Solicitação de Compras, sendo o expedien- Titular do órgão interessado, em que indique os elementos
te autuado como processo administrativo e subscrito pelo necessários e suficientes, para caracterizar o objeto solicitado,
Secretário ou Procurador Geral, que deverá, ainda, ser devi- contendo necessariamente:
damente autorizado pelo Exmo. Sr. Prefeito, quanto ao seu 1. Memória de Cálculo - definição das unidades e das
preenchimento e os procedimentos a seguir. quantidades a serem adquiridas por meio de técnicas quanti-
§1º As Secretarias deverão acompanhar o trâmite virtual tativas em função do consumo e utilização prováveis - inclusi-
de suas solicitações de compras. ve nos casos de Registro de Preços;
§2º A Secretaria Requisitante deverá anexar ao processo 2. Adequada caracterização de seu objeto com a especi-
os seguintes documentos: I) para a execução de obras e ser- ficação completa do bem a ser adquirido, sem indicação de
viços de engenharia: marca, salvo nas hipóteses admitidas na legislação;

141
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
3. No caso de fornecimento parcelado ou de serviços a a) Caso não haja similitude do objeto solicitado, serão
serem prestados a longo prazo, apresentar Cronograma de lançadas as propostas de orçamento coletadas no merca-
Desembolso Físico-Financeiro. do (exceto no caso de obras e serviços de engenharia
4. Regime de execução; que o orçamento será lançado pela Secretaria Requisitante
5. Prazo para substituição de serviço/material eivado de vício; mediante coleta de preços junto a Sistema de Custos Oficial)
6. Indicação de documentos que devam ser solicitados a e aberto o processo de compras no sistema. O processo será
título de qualificação técnica no Edital; enviado para o Gabinete da Secretaria Executiva para Autori-
7. Local e Prazo de Entrega; zação da Despesa;
8. Informações complementares e peculiares ao objeto b) Caso o processo seja enquadrado como despesa já
solicitado que devam constar no Edital; realizada será sugerida a modalidade de licitação imediata-
9. Prazo de Recebimento Provisório e Definitivo do objeto; mente mais rígida, na escala da Lei n.º 8.666/93, para fins de
10. Apresentar planilha que expresse os custos ne- evitar fracionamento, ou, se for aplicável, será sugerida a mo-
cessários para a manutenção de despesas obrigatórias de dalidade Pregão, observando-se nos demais procedimentos
caráter continuado, no exercício de início das atividades e nos o estipulado na alínea anterior.
§ 8º Caso a autorização seja feita pelo Setor de Compras
dois subsequentes, a fim de fornecer parâmetros para a ela-
será emitido o relatório de autorização automática e o pro-
boração do relatório de impacto orçamentário;
cesso será tramitado para a Subsecretaria Municipal de Plane-
11. Índice aplicável nos casos de eventuais reajustes;
jamento. Caso a despesa não seja autorizada o procedimento
12. Fundamentos que caracterizem, se for o caso, o ser- receberá o “status” no sistema de não autorizado e retornará
viço como contínuo para fins de previsão da possibilidade de para a Secretaria Requisitante.
prorrogação com fulcro no art. 57, II, da Lei n.º 8.666/93.; § 9º Caso a autorização deva ser feita pelo Secretário Exe-
§3º O Setor de Compras ao receber o processo verificará cutivo, o processo será remetido fisicamente para anexação
a conformidade da documentação de acordo com o estipula- aos autos do despacho de Autorização da despesa e, após,
do neste artigo. Havendo irregularidades remeterá o processo será remetido para a Subsecretaria Municipal de Planejamen-
para a Secretaria Requisitante para correção das mesmas. to. Caso a despesa não seja autorizada o procedimento re-
§ 4º O Setor de Compras deverá juntar declaração acer- ceberá no sistema o “status” de Não Autorizada.
ca da similitude sobre a existência (total ou parcial) dos itens § 10. O trâmite dos processos que não se enquadrem na
requeridos no Setor de Almoxarifado Central ou de processo descrição contida no caput deste artigo deverão observar os
em curso para aquisição, assim como a justificativa do preço, procedimentos definidos no Capítulo de Procedimentos Es-
que será obtida, sempre que possível, mediante pesquisa de peciais.
mercado realizada pelo Setor de Compras com a apresentação § 11. A pesquisa de preços a ser realizada pelo Setor de
de três orçamentos, exceto no caso de ser utilizada Tabela de Compras poderá ser feita:
Preços obtida em Órgão Oficial através de consulta ao mer- I - mediante consulta presencial aos fornecedores, que
cado, caso em que bastará a juntada do referido documento. deverão fornecer neste caso orçamento com assinatura de
representante do fornecedor e carimbo do CNPJ;
§ 5º Para efetivação de compras de bens será utilizado,
II – mediante consulta a rede mundial de computado-
sempre que possível, o Sistema de Registro de Preços, ficando
res (internet), devendo neste caso, ser anexada impressão
vedada a adesão dos órgãos municipais a Atas de Registro
da página da internet com o endereço eletrônico na barra
de Preços decorrentes de processos licitatórios realizados por
indicando data e hora da consulta; ou
outros entes federativos. III – mediante consulta a endereço eletrônico de forne-
§ 6º A Secretaria Municipal de Administração centrali- cedor, devendo neste caso, ser anexada resposta do e-mail
zará os processos de aquisição de bens necessários para os com identificação do fornecedor, contendo Razão Social e
diversos órgãos da Prefeitura, com o intuito de obter a redu- CNPJ do mesmo, com data e hora da impressão.
ção dos valores das propostas. Art. 4º. O Setor de Compras ou o Gabinete da Se-
§7º Caso a solicitação esteja regular o Setor de Compras cretaria Executiva, observadas as disposições anteriores,
procederá à pesquisa de preços junto ao mercado, para esta- encaminhará o processo à Subsecretaria Municipal de Pla-
belecimento do valor estimado para aquisição/contratação, nejamento.
e efetuará a verificação de similitude, com o intuito de evitar §1º. A Subsecretaria Municipal de Planejamento
fracionamento de despesas, e indicará a modalidade de licita- analisará e confirmará a existência de disponibilidade
ção adequada procedendo da seguinte forma: orçamentária e, quando cabível, a compatibilidade da
I - Em caso de solicitação com fornecedor sugerido com despesa com o Plano Plurianual e com a Lei de Diretrizes
características de despesas correntes, será aberto o processo Orçamentárias, providenciando a reserva orçamentária.
de compras e a despesa será autorizada pelo Setor de Com- §2º. Em sua análise, a Subsecretaria Municipal de Pla-
pras, sem que seja necessária a tramitação para o Gabinete da nejamento verificará ainda:
Secretaria Municipal Executiva. I – se a contratação pretendida acarreta aumento da
II - Em caso de Solicitações em que não se configurem despesa para os próximos exercícios, hipótese na qual ins-
como despesas correntes observar-se-á o seguinte trâmite: truirá o processo com a estimativa do impacto orçamentá-
rio-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e
nos dois subsequentes;

142
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
II – o cumprimento dos demais requisitos previstos na § 2º As cópias dos documentos apresentados pelos li-
Lei Complementar Federal n° 101, de 4 de maio de 2000 citantes deverão ser autenticadas por cartório ou por servi-
(Lei de Responsabilidade Fiscal); dor do Município de Maricá, devidamente identificado com
III – Juntada da especificação da previsão de recursos nome, cargo e matrícula.
orçamentários que assegurem o pagamento das obriga- § 3º Após a elaboração do relatório final e do julga-
ções decorrentes das obras a serem executadas no exercí- mento pela CPL, nos casos de licitação, esta encaminhará o
cio financeiro em curso, de acordo com o respectivo cro- processo para análise da Controladoria Geral.
nograma, mediante apresentação de requisição de reserva
de dotação; Capítulo III - Do Procedimento para Contratação
§3º. Deve ser observado o disposto no art. 42, da Lei Direta
Complementar 101/00. Seção I - Dispensa de Licitação (incisos III em dian-
§4º. A Subsecretaria Municipal de Planejamento re- te do art. 24 da Lei 8.666/93) e
meterá, semanalmente, para a Secretaria Executiva rela- Inexigibilidade de Licitação.
tório gerencial acerca da disponibilidade orçamentária.
Art. 5º. Após efetuada a reserva orçamentária/bloqueio Art. 7º. Todo o procedimento de contratação direta,
da despesa, a Subsecretaria Municipal de Planejamento en- seja por dispensa, seja por inexigibilidade, será iniciado na
caminhará o processo à Comissão Permanente de Licitação forma estabelecida nos arts. 1º ao 3º deste Decreto.
- CPL, quando for o caso, que, se atendidos os requisitos § 1º. Serão observados, ainda, os seguintes procedi-
fixados no artigo 3º, elaborará a minuta do edital de lici- mentos:
tação. I – em qualquer procedimento de contratação direta
§ 1º É vedada a inclusão, no objeto da licitação, de for- (dispensa ou inexigibilidade), inclusive aqueles previstos
necimento de materiais e serviços sem previsão de quanti- nos incisos seguintes:
dades ou cujos quantitativos não correspondam às previ- a) razão da escolha do fornecedor ou executante;
sões reais do projeto básico ou executivo. b) em se tratando de pessoas jurídicas, ato cons-
titutivo (com as alterações existentes ou consolidadas),
§ 2º O edital mencionará a vinculação do procedimen-
devidamente registrado no órgão próprio e em se tra-
to ao presente Decreto.
tando de pessoa física documento de identidade;
§ 3º As referências deste Decreto à Comissão Perma-
c) prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
nente de Licitação – CPL aplicam-se, no que couber, às
(CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas
Comissões Especiais de Licitação instituídas no âmbito do
Jurídicas (CNPJ);
Poder Público Municipal, ao Pregoeiro e Equipe.
d) em se tratando de pessoas jurídicas ou físicas (no
§4º Caso seja hipótese de Dispensa ou Inexigibilidade
que couber), prova de regularidade relativa à Fazenda Fe-
de Licitação a Comissão Permanente de deral, Estadual e Municipal, assim como regularidade para
Licitação encaminhará o processo para a Procuradoria com a Seguridade Social e para com o Fundo de Garantia
Geral do Município para análise da legalidade do pedido, por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação
observados os procedimentos estabelecidos nos capítulos regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos
próprios. por lei;
§5º Após a aprovação da Dispensa ou Inexigibilidade e) memória de cálculo;
de Licitação pela Procuradoria, se for o caso, a CPL provi- f) justificativa de preço;
denciará a juntada aos autos da documentação necessária g) Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas.
para efetivação da contratação e após encaminhará para a II – nos procedimentos de dispensa por emergência,
Controladoria Geral. além dos requisitos citados no inciso anterior:
§6º Caso haja exigências estipuladas pela Procuradoria a) caracterização da situação emergencial ou calamito-
Geral do Município passíveis de serem saneadas, o pro- sa que justifique a dispensa;
cesso de dispensa ou inexigibilidade retornará à Secre- b) descrição do prejuízo ou do risco à segurança de
taria Requisitante para atendimento, somente tendo seu pessoas, obras, serviços e outros bens, públicos e particu-
procedimento regular após atendidas as referidas exigên- lares, que podem ocorrer caso a contratação não se efetive;
cias. Caso não seja possível o atendimento das exigências c) informação acerca do início da licitação destinada
o procedimento deverá ser arquivado ou convertido em a substituir a contratação emergencial, quando for o caso;
procedimento de despesa ordinária. III – nos procedimentos de dispensa para celebração
Art. 6º. Elaborada a minuta do Edital e seus ane- de contratos de locação ou aquisição de imóveis, além dos
xos, a Comissão Permanente de Licitação encaminhará requisitos citados no inciso I:
o processo à Procuradoria Geral do Município para análise a) declaração de que o imóvel será destinado às fina-
da legalidade da minuta editalícia e elaboração de minuta lidades precípuas da administração, informando precisa-
do contrato, se for o caso, que, após análise, remeterá o mente quais as finalidades em questão;
mesmo à Comissão Permanente de Licitação para o pro- b) comprovação de que as necessidades de instalação
cessamento da fase externa da licitação. e a localização do imóvel condicionam a sua escolha;
§ 1º Os avisos contendo os resumos dos editais das c) declaração do setor de bens imóveis quanto à ine-
licitações deverão ser publicados na forma e prazos esta- xistência de imóvel publico que possa atender a solicitação
belecidos na legislação em vigor que regulamenta o tema. do requisitante;

143
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
d) laudo de avaliação do imóvel a ser elaborado por Art. 9º. Após a publicação o Setor de Imprensa en-
técnico da Prefeitura, de acordo com as normas brasileiras caminhará o processo para a Subsecretaria Municipal de
de avaliação vigentes (NBR – 14653 da ABNT); Planejamento para empenhamento da despesa seguindo o
e) relatório fotográfico e planta baixa do imóvel; processo o rito processual previsto neste decreto.
f) especificação detalhada do imóvel;
g) cópia autenticada, por repartição pública ou Seção II - Da contratação direta nos casos de dis-
por servidor plenamente identificado, da documentação pensa em razão do valor Incisos I e II do art.24 da Lei
de identificação do locador (identidade, CPF, comprovan- 8.666/93.
te de residência e certidão de regularidade com a fazenda
federal), bem como de seu procurador legal, devidamente
Art. 10. A Secretaria Requisitante formalizará uma so-
comprovada por meio de procuração, se for o caso;
licitação conforme procedimentos descritos nos artigos 1º
IV – nos procedimentos de inexigibilidade fundamen-
tados no caput do art. 25 da Lei n. 8.666/93, a explicitação ao 3º deste Decreto.
das características que, por serem encontradas apenas no Art. 11. O Setor de Compras juntará ao processo os
objeto pretendido, justificam a contratação; seguintes documentos:
V – nos procedimentos de inexigibilidade pela exclusi- a) justificativa do preço; que será obtida, sempre que
vidade do fornecedor (art. 25, I, da Lei n. 8.666/93): possível, mediante pesquisa de mercado com a apresen-
a) a explicitação de que trata o inciso anterior; tação de três orçamentos, exceto nos casos de juntada de
b) atestado fornecido por órgão de registro do comér- Tabela de Preços obtidos em Órgão Oficial, caso em que
cio, sindicato, federação ou confederação patronal, Instituto bastará apenas a juntada deste documento;
Nacional de Propriedade Industrial ou entidades equivalentes; b) razão da escolha do fornecedor ou executante;
c) justificativa de preço; c) em se tratando de pessoas jurídicas, ato cons-
VI – nos procedimentos de inexigibilidade para a con- titutivo (com as alterações existentes ou consolidadas),
tratação de serviços técnicos por notória especialização devidamente registrado no órgão próprio, acompanhado
(art. 25, II, da Lei n. 8.666/93), documentos ou informações de documentos de eleição de seus administradores;
que demonstrem a notória especialização e que o trabalho d) prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas
é singular em face da alta complexidade, tais como: (CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas
a) ao menos dois exemplares ou referências a desem-
Jurídicas (CNPJ);
penho anterior, estudos, experiências ou publicações, ou
e) prova de regularidade fiscal municipal;
b) informações sobre a organização, aparelhamento ou
f) em se tratando de pessoas jurídicas, prova de regu-
equipe técnica do possível contratado;
c) razão da escolha do fornecedor ou executante; laridade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garan-
d) fundamentação legal e justificativa da inexigibilidade; tia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação
e) justificativa de preço; regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos
§ 2º Enquanto não forem apresentados os documentos por lei;
de que trata o § 1º deste artigo, nenhum pagamento pode- Art. 12. O Setor de Compras encaminhará o processo à
rá ser efetuado ao Fornecedor. Subsecretaria Municipal de Planejamento, a qual analisará
Art. 8º. Após sua manifestação, a Controladoria Geral a disponibilidade orçamentária e efetuará o bloqueio/
remeterá o processo à Secretaria Requisitante para que se reserva orçamentária da despesa, encaminhando o pro-
proceda à Ratificação da dispensa ou da inexigibilidade li- cesso à Controladoria Geral para análise do procedimento.
citação. para que se proceda à Ratificação da dispensa ou Parágrafo único. Fica dispensada a análise da Procura-
da inexigibilidade licitação. doria Geral do Município, a qual somente será consultada
§ 1º A Secretaria encaminhará Memorando ao Gabi- quando da necessidade de aprovação de minuta de con-
nete do Prefeito solicitando Autorizo da publicação da trato, a qual se faz necessária no caso de obra ou com-
ratificação do ato de dispensa ou inexigibilidade de licita- pras e serviços dos quais resultem assistência técnica ou
ção, na Imprensa Oficial do obrigações futuras. Aprovada a despesa pela Controladoria
Município, na forma e prazo estabelecidos no Art. 26
Geral, o processo retornará a Subsecretaria Municipal de
da Lei 8.666/93.
Planejamento para emissão da Nota de Empenho.
§ 2º Autorizada a publicação a Secretaria Requisi-
tante remeterá o processo para o Setor de Imprensa para
que seja feita a conferência jurídica do conteúdo da publi- Capítulo IV - Da Homologação e Assinatura do
cação com o teor do processo. Contrato
§ 3º Caso haja exigências estipuladas pela Controlado- Seção I – Procedimentos Gerais
ria Geral passíveis de serem saneadas, o processo retornará
à Secretaria Requisitante para atendimento, somente tendo Art. 13. A análise da Controladoria Geral será conclusi-
seu procedimento regular após atendidas as referidas exi- va quanto à possibilidade de homologação, emitindo um
gências. Caso não seja possível o atendimento das exigên- dos seguintes pareceres:
cias, o procedimento deverá ser arquivado ou convertido I – Despesa Aprovada – quando atendidas todas as exi-
em procedimento de despesa ordinária, providenciando- gências estabelecidas em Lei, neste Decreto e pela Procura-
se o processo licitatório para a contratação. doria Geral do Município e pela Controladoria Geral;

144
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
II – Despesa Aprovada com Ressalvas - quando ape- II - Convocará o vencedor do processo licitatório para
sar de atendidas todas as exigências estabelecidas em Lei assinatura do contrato, o qual terá sua redação final ela-
e neste Decreto, persistirem exigências estabelecidas pela borada pela referida Coordenadoria, nos termos da minuta
Procuradoria Geral do Município e pela Controladoria Ge- fornecida pela Procuradoria Geral do Município, entregando
ral, que configurem formalidades passíveis de saneamento, neste momento ao contratado a nota de empenho da des-
desde que as ressalvas sejam atendidas antes da homolo- pesa e a ordem de início do fornecimento, obras ou serviços.
gação, condição sine qua nom para a liquidação; §1º Após a assinatura do contrato a Coordenadoria
III – Despesa Irregular – quando identificadas ilegalida- de Contratos e Convênios deverá encaminhar, através de
des ou irregularidades insanáveis, devendo ser o processo memorando cópia do Contrato assinado para Procurado-
encaminhado para a Autoridade Competente para apura- ria Geral do Município para verificação da conformidade
ção de responsabilidade. e arquivamento do Termo de Contrato. Ficará a cargo da
Parágrafo Único – A liquidação das despesas está con- Procuradoria Geral do Município o registro de todos os
contratos celebrados no âmbito da Administração Direta.
dicionada as hipóteses previstas nos incisos I e
§ 2º Sem prejuízo do registro na Procuradoria Geral do
II, sob pena de responsabilidade.
Município, todos os órgãos da administração direta e indire-
Art. 14. A Controladoria Geral encaminhará o processo
ta manterão arquivo cronológico dos respectivos contratos
à Secretaria Requisitante para conhecimento e providên-
e aditamentos, bem como registro dos respectivos extratos.
cias cabíveis ao saneamento das recomendações porven- §3º Após a formalização do contrato, a Coordenadoria
tura existentes, na forma do artigo anterior, e homologa- de Contratos e Convênios publicará Portaria nomeando a
ção da licitação, da dispensa ou inexigibilidade de licitação, comissão ou responsável pela fiscalização da execução do
conforme o caso. contrato, mediante designação do Secretário Requisitante.
§1º No caso de haver restrições que impeçam a §4º Nas aquisições em que o Termo de Contrato for
homologação do procedimento, a Secretaria substituído pelos instrumentos permitidos pela Lei de Lici-
Requisitante sanará as impropriedades existentes, con- tações o Setor de Imprensa encaminhará o processo para
forme disposições da Controladoria Geral. Secretaria Requisitante para convocação do fornecedor/
§2º Quando houver sido exigida justificativa no Parecer prestador de serviços para retirada da Nota de Empenho.
da Procuradoria Geral do Município, que implique em uma Art. 17. Assinado o contrato, ou o instrumento que o
análise de subjetividade, passível de ser atendida até a fase substituir, a Coordenadoria de Contratos e Convênios en-
de homologação, deve ser o processo remetido para o re- caminhará Memorando ao Gabinete do Prefeito solicitando
ferido Órgão para o fim de verificação do atendimento da Autorizo da publicação do Extrato do mesmo, na Imprensa
citada exigência. Em caso de não atendimento, a Procu- Oficial do Município, na forma e prazo estabelecidos no
radoria deverá se manifestar acerca dos procedimentos Art. 26 da Lei 8.666/93.
cabíveis. No caso de atendimento satisfatório proceder-se §1º Autorizada a publicação a Secretaria Requisitante
-á na forma do caput deste artigo. remeterá o processo para o Setor de Imprensa para que
§3º Quando houver sido exigidos documentos e/ou seja feita a conferência jurídica do conteúdo da publicação
autorizações no Parecer da Procuradoria Geral do Municí- com o teor do processo.
pio, não haverá necessidade de remessa do processo para §2º Após a publicação o Setor de Imprensa conduzirá o
o referido Órgão, cabendo à Controladoria Geral a verifica- processo para Coordenadoria de Contratos e Convênios, que
ção do atendimento das exigências desta natureza. efetuará o cadastramento no SIGFIS/TCE, e remeterá o pro-
§4º Quando da aquisição de bens moveis ou imóveis, a cesso para a Controladoria Geral que efetuará a cópia da do-
cumentação necessária do processo para envio ao Tribunal de
Secretaria requisitante deverá encaminhar cópia do termo
Contas do Estado do Rio de Janeiro – TCE/RJ, na forma e pra-
ao setor de patrimônio para cadastro e arrolamento;
zos estabelecidos nas deliberações daquela Corte de Contas.
Art. 15. Assinado o ato de homologação, a Secreta-
§3º Após remessa o TCE/RJ a Controladoria remeterá o
ria Requisitante encaminhará Memorando ao Gabinete do
processo à Secretaria Requisitante para acompanhamento
Prefeito solicitando Autorizo da publicação da Homologa- da execução contratual.
ção, na Imprensa Oficial do Município, na forma e prazo
estabelecidos no Art. 26 da Lei 8.666/93. Seção II - Da Duração, Prorrogação e Alteração
Parágrafo Único. Autorizada a publicação a Secretaria dos Contratos Administrativos
Requisitante remeterá o processo para o Setor de Imprensa
para que seja feita a conferência jurídica do conteúdo da Art. 18. O pedido de alteração de contratos deverá ser
publicação com o teor do processo. iniciado com solicitação do órgão interessado, formulado
Art. 16. Após a publicação o Setor de Imprensa en- com antecedência razoável, que será juntado aos autos da
caminhará o processo para a Subsecretaria Municipal de contratação primária, devendo o referido pedido estar subs-
Planejamento para empenhamento da despesa e crito pelo Titular do órgão e submetido à autorização do
sequencialmente para a Coordenadoria de Contratos e Exmo. Sr. Prefeito, acompanhado dos seguintes documentos:
Convênios que: I – especificação da previsão de recursos orçamentários
I – Convocará o Secretário responsável pela Pasta (Or- que assegurem o pagamento das obrigações decorrentes
denador de Despesa), para assinar a Nota de Empenho e, da alteração, mediante apresentação de requisição de re-
quando for o caso, assinar o Termo de Contrato; serva de dotação;

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
II – fundamentação legal e justificativa circunstanciada §1º Autorizada a publicação a Secretaria Requisitante
para a alteração; remeterá o processo para o Setor de Imprensa para que
III – carta do contratado manifestando interesse na seja feita a conferência jurídica do conteúdo da publicação
alteração, quando não se tratar de alteração unilateral do com o teor do processo.
contrato, nos termos da Lei n.º 8666/93; §2º Após a publicação o Setor de Imprensa conduzirá
IV - no caso de modificação dos itens constantes do o processo para Coordenadoria de Contratos e Convênios,
contrato original: planilha de modificação de itens conten- que efetuará o cadastramento no SIGFIS/TCE, e remeterá o
do itens acrescentados e excluídos, composições analíticas processo para a Controladoria Geral que efetuará a cópia
de formação de preços unitários que exponha as descri- da documentação necessária do processo para envio ao
ções, quantificações e preços dos insumos e justificativa Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro – TCE/RJ,
dos preços, na forma e prazos estabelecidos nas deliberações daquela
preferencialmente, mediante a relação ou pesquisa dos Corte de Contas.
preços de mercado e respectiva metodologia de pesquisa §3º Após a remessa para o TCE/RJ a Controladoria re-
e/ou referência a sistema de custos utilizado; meterá o processo à Secretaria Requisitante para acompa-
V – Comprovação de vantajosidade da prorrogação, na nhamento da execução contratual.
forma estipulada no §4º, do art.3º deste Decreto. Art. 26. Nas aquisições em que o Termo de Contrato for
Art. 19. A variação do valor contratual para fazer face substituído pelos instrumentos permitidos pela Lei de Lici-
ao reajuste de preços cujo índice esteja previsto no próprio tações o cadastramento no SIGFIS/TCE-RJ, será efetuado
contrato, as atualizações, compensações ou penalizações pela Controladoria Geral.
financeiras decorrentes das condições de pagamento nele
previstas, bem como o empenho de dotações orçamen- Capítulo V- Dos Convênios
tárias suplementares até o limite do seu valor corrigido, Seção I – Procedimentos Gerais
não caracterizam alteração do contrato, podendo ser re-
gistrados por simples apostila, dispensando a celebração Art. 27. As disposições deste Capítulo aplicam-se aos
convênios e outros instrumentos congêneres celebrados
de aditamento, bem como a análise da Procuradoria Geral
entre a administração municipal e entidades privadas.
do Município, devendo constar no processo:
§1º. A celebração de convênios com outros entes pú-
a) metodologia de cálculo do reajustamento e exposi-
blicos ou instituições internacionais obedecerá à legislação
ção dos índices setoriais aplicáveis;
própria, aplicando-se subsidiariamente o disposto no pre-
b) memória de cálculo dos valores liquidados e a liquidar.
sente Decreto.
Art. 20. Autorizado o prosseguimento do processo pelo
§2º. Aplicam-se, no que cabíveis, as disposições do art.
Exmo. Sr. Prefeito, será o mesmo remetido para a Procura-
1º ao 3º do presente Decreto.
doria Geral do Município, para que seja avaliada a viabili- Art. 28. A celebração de convênio e outros instrumen-
dade jurídica da alteração do contrato e para elaboração e tos congêneres depende de prévia aprovação pelo titular
aprovação da minuta da alteração contratual pretendida. do órgão do plano de trabalho proposto pela organização
Art. 21. A Procuradoria Geral do Município encami- interessada ou em conjunto com esta.
nhará o processo, quando for o caso de verificação da Parágrafo Único. O Plano de Trabalho deverá conter,
economicidade dos preços praticados no contrato, à no mínimo, as seguintes informações:
Controladoria Geral para análise da vantajosidade da I – identificação do objeto a ser executado;
prorrogação ou alteração em detrimento a realização de II – metas a serem atingidas;
nova licitação. III – etapas ou fases de execução;
Art. 22. Os processos relativos a termos aditivos que IV – plano de aplicação dos recursos financeiros, quan-
não exijam avaliação da economicidade serão encaminha- do for o caso;
dos pela Procuradoria Geral do Município diretamente a V – cronograma de desembolso, quando for o caso;
Subsecretaria Municipal de Planejamento, dispensada a VI – previsão de início e fim da execução do objeto,
manifestação da Controladoria Geral. bem como da conclusão das etapas ou fases programadas;
Art. 23. A Controladoria Geral encaminhará o processo VII – se o ajuste compreender obra ou serviço de en-
à Subsecretaria Municipal de Planejamento, que procederá genharia, comprovação de que os recursos próprios para
em conformidade com o disposto no art. 5º deste decreto. complementar a execução do objeto estão devidamente
Art. 24. Em seguida o processo será encaminhado para assegurados, salvo se o custo total do empreendimento
a Subsecretaria Municipal de Planejamento para a emissão recair sobre a administração.
de nota de empenho, que encaminhará o mesmo à Coor- Art. 29. O processo de conveniamento será, sempre
denadoria de Contratos e Convênios para confecção do que possível, antecedido de processo público de seleção,
termo aditivo do contrato e a convocação do contratado por meio do qual a secretaria interessada possa avaliar os
para sua assinatura. possíveis parceiros interessados com fito de selecioná-los
Art. 25. Assinado o termo, a Coordenadoria de Con- para celebração do convênio.
tratos e Convênios encaminhará Memorando ao Gabinete Art. 30. A Secretaria requisitante encaminhará o pro-
do Prefeito solicitando Autorizo da publicação do Extrato cesso à submissão do Exmo. Sr. Prefeito, no caso de trans-
do mesmo, na Imprensa Oficial do Município, na forma e ferência de recursos, com os seguintes documentos, con-
prazo estabelecidos no Art. 26 da Lei 8.666/93. forme o caso:

146
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
I – cédula de identidade dos representantes legais da Parágrafo único. Quando o convenente não puder
pessoa jurídica; cumprir a determinação contida no caput o órgão muni-
II – em se tratando de pessoas jurídicas, ato cons- cipal responsável justificará o fato no processo e estabele-
titutivo (com as alterações existentes ou consolidadas) cerá os procedimentos específicos de prestação de contas.
devidamente registrado no órgão próprio, acompanhado Art. 34. A Controladoria Geral encaminhará o processo
de documentos de eleição de seus administradores; à Subsecretaria Municipal de Planejamento para empenha-
III – prova de inscrição no Cadastro de Pessoas Físicas mento da despesa, caso não haja restrições eventualmente
(CPF) ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ); formuladas que por sua vez encaminhará à Coordenadoria
IV – prova de regularidade para com a fazenda munici- de Contratos e Convênios para a assinatura do convênio.
pal do domicílio ou sede do partícipe, ou outra equivalente, §1º Antes da assinatura do contrato a Coordenadoria
na forma da lei; de Contratos e Convênios deverá encaminhar, através de
V – em se tratando de pessoas jurídicas, prova de regu- memorando cópia do Convênio assinado para Procurado-
laridade relativa à Seguridade Social e ao Fundo de Garan- ria Geral do Município para verificação da conformidade do
tia por Tempo de Serviço (FGTS), demonstrando situação Termo de com a minuta aprovada, que deverá manifestar-
regular no cumprimento dos encargos sociais instituídos se no prazo de 5 (cinco) dias, contados do recebimento
por lei; da referida cópia, acerca da regularidade do Termo assina-
VI – indicação dos recursos orçamentários para a efe- do. Ficará a cargo da Procuradoria Geral do Município o
tivação dos repasses previstos, mediante apresentação de registro de todos os contratos e convênios celebrados no
requisição de reserva de dotação; âmbito da Administração Direta.
VII – justificativa dos valores a serem despendidos, com §2º Após a formalização do Termo, a Coordenadoria
a demonstração da adequação da despesa aos fins preten- de Contratos e Convênios publicará Portaria nomeando a
didos; comissão ou responsável pela fiscalização da execução do
VIII – quando se tratar de convênio cujo objeto inclua contrato, mediante designação do Secretário Requisitante.
o atendimento a crianças e adolescentes: comprovante de § 3º O termo de convênio será assinado em pelo me-
registro no Conselho Municipal dos Direitos da Criança e nos 3 (três) vias originais, devendo uma ficar no processo,
do Adolescente.
uma ser entregue ao partícipe privado e outra à Secretaria
§ 1º Os convênios relacionados a ações de educação,
requisitante, devendo todas as folhas do convênio ser ru-
saúde e assistência social, de extrema urgência e relevância,
bricadas.
assim declarados pelo respectivo titular do órgão, pode-
§ 4º Em se tratando de convênio que importe na aqui-
rão ser celebrados mediante compromisso, subscrito pelo
sição de bens moveis ou imóveis, a Secretaria requisitante
dirigente máximo do partícipe privado, de apresen-
deverá encaminhar cópia do termo ao setor de patrimônio
tar parte da documentação relacionada neste artigo até
para cadastro e arrolamento. requisitante deverá encami-
120 (cento e vinte) dias após a celebração do convênio,
nhar cópia do termo ao setor de patrimônio para cadastro
sob pena de rescisão do mesmo e devolução das quan-
tias eventualmente adiantadas, além de outras penalidades e arrolamento.
previstas em lei ou no próprio instrumento. § 5º Sem prejuízo do registro na Procuradoria Geral do
§ 2º No prazo previsto no § 1o. o partícipe privado não Município, todos os órgãos da administração direta e in-
poderá receber recursos superiores a 25% (vinte e cinco direta manterão arquivo cronológico dos respectivos con-
por cento) do valor total do convênio. tratos e aditamentos, bem como registro dos respectivos
Art. 31. Autorizado o prosseguimento do processo, a extratos.
Secretaria Requisitante encaminhará o processo à Subse- Art. 35. Assinado o instrumento, a Coordenadoria
cretaria Municipal de Planejamento que adotará os seguin- de Contratos e Convênios encaminhará Memorando ao
tes procedimentos: Gabinete do Prefeito solicitando Autorizo da publicação do
I – verificação da adequação orçamentária e finan- Extrato do mesmo, na Imprensa Oficial do Município, na
ceira da despesa que se pretende realizar, promovendo, forma e prazo estabelecidos no Art. 26 da Lei 8.666/93.
se for o caso, a reserva dos recursos; §1º Autorizada à publicação a Secretaria Requisitante
II – encaminhamento do processo à Procuradoria Geral remeterá o processo para o Setor de Imprensa para que
do Município para manifestação acerca da legalidade da seja feita a conferência jurídica do conteúdo da publicação
celebração do convênio e para elaboração da minuta do com o teor do processo.
instrumento do convênio. Art.36. Publicado o extrato o Setor de Imprensa re-
Art. 32. A Procuradoria Geral do Município encaminha- meterá o processo para Coordenadoria de Contratos e
rá o processo para a Controladoria Geral para emissão de Convênios, que efetuará o cadastramento no SIGFIS/TCE, e
parecer conclusivo do órgão de controle geral sobre a pos- remeterá o processo para a Controladoria Geral que efetua-
sibilidade de assinatura do convênio. rá a cópia da documentação necessária do processo para
Art. 33. Do instrumento de convênio constará a obri- envio ao Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro –
gação, por parte da entidade que receber recursos finan- TCE/RJ, na forma e prazos estabelecidos nas deliberações
ceiros do Município, de abrir conta corrente des- daquela Corte de Contas.
tinada especificamente à movimentação dos recursos Parágrafo Único. Após remessa o TCE/RJ a Contro-
recebidos. ladoria remeterá o processo à Secretaria

147
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Requisitante para acompanhamento da execução do §1º O Setor de Compras ao receber o processo verific�
Convênio. cará quanto a conformidade da documentação com o es-
Art. 37. Assinado o convênio, a Coordenadoria de Con- tipulado neste artigo. Havendo irregularidades remeterá o
tratos e Convênios responsável dará ciência do mesmo à processo para a Secretaria Requisitante para correçãto das
Câmara Municipal de Maricá. desconformidades.
Art. 38. Os processos de alteração de convênios obe- § 2º O Órgão Gerenciador, que funcionará como uma
decerão, no que couber, o fluxo previsto nesta Divisão do Setor de Compras deverá juntar ao processo
Seção. administrativo cópia da Publicação da Ata de Registro de
Capítulo VI - Dos Processos de Registro de Preços Preços, em vigor, que contenha os objetos solicitados pela
Secretaria Requisitante e debitar o quantitativo consumido
Art. 39. A Secretaria Requisitante deverá encaminhar do saldo da referida Ata.
ofício informando suas necessidades para o Órgão Geren- § 3º O Processo será remetido para o Gabinete da Se-
ciador que efetuará o Cadastro da Solicitação de Compra cretaria Executiva para juntada aos autos do despacho de
e gerará o processo fisicamente no sistema de Protocolo Autorização da despesa e, após, será remetido para a Sub-
anexando: secretaria Municipal de Planejamento para fins de Bloqueio
I - Solicitação de Compras e Termo de Referência apro- e empenhamento da despesa. Caso a despesa não seja au-
vado pelo Titular do órgão, em que indique os elementos torizada o procedimento receberá no sistema o status de
necessários e suficientes, para caracterizar o objeto solici- “Não Autorizado”
tado, contendo necessariamente o disposto no art. 1º e 3º § 4º Empenhada a despesa o processo será encami-
do presente Decreto e ainda: nhado para a Secretaria Requisitante para assinatura do
a) Memória de Cálculo - definição das unidades e Contrato ou Termo que o substitua e sequencialmente
das quantidades a serem adquiridas por meio de técnicas seguirá o rito ordinário estabelecido neste Decreto.
quantitativas em função do consumo e utilização prováveis;
b) No caso de fornecimento parcelado ou de serviços a Capítulo IX- Dos Processos de Pagamento Ordi-
nários
serem prestados a longo prazo, apresentar Cronograma de
Seção I – Disposições Gerais
Desembolso Físico-Financeiro.
c) Prazo para substituição de serviço/material eivado
Art. 41 Os processos de pagamento serão iniciados
de vício;
com requisição de pagamento dirigida à
d) Local e Prazo de Entrega;
Secretaria de origem, que será responsável pela ins-
e) Prazo de Recebimento Provisório e Definitivo do objeto.
trução do processo a fim de possibilitar a liquidação da
§1º Antes de gerar o processo fisicamente o Órgão Ge-
despesa.
renciador consultará todas as Secretarias e Órgãos simila- § 1º A liquidação da despesa consiste na verificação do
res acerca do interesse em participar do Registro. direito adquirido pelo credor, tendo por base os títulos e
§2º Caso tenham interesse em participar as Secretarias documentos comprobatórios do respectivo crédito.
ou Órgãos Similares deverão encaminhar Memorando ao § 2º Essa verificação tem por fim apurar:
Órgão Gerenciador informando e encaminhando sua Me- I – a origem e o objeto do que se deve pagar;
mória de Cálculo e Projeto Básico ou Termo de Referência II – a importância exata a pagar;
conforme o caso. III – a quem se deve pagar a importância, para extinguir
§3º Após esta fase inicial o processo seguirá o trâmite a obrigação.
de despesa ordinária até a Homologação. § 3º A liquidação da despesa por fornecimentos feitos
§4º Após a homologação o processo será enviado para ou serviços prestados terá por base:
o órgão Gerenciador que elaborará a Ata de Registro de I – o contrato, ajuste ou acordo respectivo;
Preços, em 3 (três) vias, no formato da Minuta aprovada, II – a nota de empenho;
convocará o fornecedor para Assinar a Ata de Registro de III – os comprovantes da entrega de material ou da
Preços e providenciará sua publicação na integra no Jornal prestação efetiva do serviço.
Oficial do Maricá - JOM. § 4º Deve constar da requisição de pagamento declara-
§5º O Órgão Gerenciador manterá arquivo de todas as ção do contratado informando que mantêm, durante toda
Ata de Registro de Preços. a execução do contrato, em compatibilidade com as obri-
gações por ele assumidas, todas as condições de habilita-
Capítulo VII - Da Aquisição/Contratação Através ção e qualificação exigidas na licitação ou procedimento de
de Ata de Registro de Preços contratação direta.
§ 5º Será aberto um único processo administrativo
Art. 40 A Secretaria Requisitante, que tem que obriga- para todos os pagamentos das obrigações decorrentes da
toriamente ter participado da Ata de Registro de Preços, ira execução do contrato, que deverá conter cópia autentica-
gerar um processo administrativo de Aquisição/contrata- da, por servidor municipal, do parecer Conclusivo da Con-
ção e o instruirá com: troladoria Geral com o status de DESPESA APROVADA.
I – Solicitação de Compras, indicando que ira adquirir/ § 6º Caso a despesa tenha sido APROVADA COM
contratar de acordo com a Ata de Registro de Preços; RESSALVAS, deverá obrigatoriamente ser comprovado o
II – Memória de Cálculo. atendimento das ressalvas para fins de pagamento.

148
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Art. 42 A Secretaria Requisitante remeterá o processo Seção II - Dos Processos de Pagamento Especiais
para a Controladoria Geral para análise, instruído com as
informações ou documentos constantes dos incisos abai- Art. 44 Seguirá procedimento especial, previsto nesta Se-
xo, que, caso não haja restrições, encaminhará à Secretaria ção o pagamento de despesas:
Municipal de Fazenda para liquidação da despesa: I – referentes a juros, encargos e amortização da dívida
I – via original da nota de empenho ou cópia autenti- flutuante e consolidada do Município;
cada (na qual conste razão social e endereço do requerente II – cuja inadimplência possa acarretar a inscrição do Mu-
compatível com os descritos no documento comprobatório nicípio no Cadastro Único de Exigências para Transferências
da realização da despesa) cujos campos estejam correta- Voluntárias para Estados e Municípios – CAUC, no Sis-
mente preenchidos; tema Integrado de Administração Financeira do Governo
II – cópia autenticada do contrato ou convênio acom- Federal – SIAFI ou em outros cadastros que restrinjam
panhada da publicação do extrato na imprensa oficial do transferências voluntárias ou obrigatórias;
município; III – despesas judiciais, incluindo pagamento de perícias
III – documento comprobatório da realização da des- judiciais, bem como requisições de pequeno valor ou decor-
pesa (nota fiscal ou documento equivalente), emitido na rentes de determinação judicial, sob pena de multa pelo des-
mesma data ou posteriormente à nota de empenho e que cumprimento;
atenda aos seguintes requisitos: IV – referentes a consignações;
a) esteja no prazo; V – referentes a serviços prestados por concessionárias
b) contenha, em seu verso, data e assinaturas de dois de serviços públicos;
servidores (caso a modalidade de licitação seja concor- VI – para a obtenção de certidões, para a apresentação
rência ou tomada de preços para a aquisição de materiais de requerimentos perante órgãos públicos e para o paga-
deverá constar três assinaturas), plenamente identificados, mento de taxas e preços públicos.
atestando o recebimento dos bens ou serviços; VII – com o pagamento de publicações e assinaturas do
c) não contenha rasuras, emendas ou borrões; diário oficial da União ou do diário oficial do Estado;
VIII – com o ressarcimento de valores pagos por órgão
d) contenha especificação dos itens e respectivos pre-
público que tenha cedido servidores ao
ços constantes no documento comprobatório da despesa
Município de Maricá com ônus para o Município;
correspondente àqueles previstos na nota de empenho;
IX – A.R.T e R.R.T;
IV – correto enquadramento da despesa quanto à fun-
X – I.N.E.A;
ção programática e elemento de despesa;
XI –G.R.E.J;
V – certidões de regularidade para com as Fazendas
XII - Processos de depósito de Contrapartida e Devolu-
Federal, Estadual e Municipal e para com o INSS e FGTS;
ção de saldo de Convênios.
VI – nos casos de contrato de prestação de serviços: § 1º Os processos referentes às despesas descritas
informação acerca do período de execução no corpo da neste artigo serão iniciados na Secretaria Requisitante e
nota fiscal; remetidos à Subsecretaria Municipal de Planejamento
VII - mapa de controle da execução contratual; para Reserva Orçamentária/bloqueio e empenhamento da
VIII - Relatório de Fiscalização do Contrato emitido pe- despesa. Após, será remetido para a Secretaria de Fazenda
los membros da respectiva Comissão de Fiscalização; para liquidação da despesa e pagamento.
IX) Cópia do memorando de encaminhamento da Nota § 2º Após o pagamento, a Secretaria Municipal de
Fiscal ao Setor de Patrimônio solicitando a incorporação do Fazenda encaminhará o processo para a Controladoria
bem permanente adquirido ao patrimônio municipal. Geral para realização do controle a posteriori, sob pena de
§ 1º A requisição será autuada como processo adminis- responsabilidade dos agentes envolvidos que não observa-
trativo, no qual todas as folhas deverão estar numeradas, rem as disposições deste Decreto.
rubricadas e constar indicação do número do processo. § 3º Os processos referentes às despesas descritas no
§ 2º As cópias dos documentos inseridos por terceiros, inciso IV serão iniciados na Subsecretaria de Gestão de Pes-
no processo, deverão ser autenticadas por cartório ou por soas e Recursos Humanos e remetidos à Secretaria Muni-
servidor devidamente identificado. cipal de Fazenda para pagamento, com posterior remessa à
§ 3º As contratadas/fornecedores, para fins de pa- Controladoria Geral para realização do controle a posteriori.
gamento, devém manter as condições de habilitação § 4º Os processos referentes às despesas descritas no in-
exigidas no Edital e na Legislação aplicável. ciso VII serão encaminhados pelo Setor de Compras à Sub-
Art. 43 Após liquidação da despesa, o Setor de Conta- secretaria Municipal Planejamento para Reserva Orça-
bilidade da Secretaria Municipal de Fazenda encaminhará o mentária/bloqueio e empenhamento, após para a Secretaria
processo à Subsecretaria Municipal de Tesouro para paga- de Fazenda para liquidação da despesa e pagamento.
mento da despesa. § 5º Os processos referentes às despesas descritas no in-
Parágrafo único. Nos processos de pagamento rela- ciso VIII serão encaminhados pela Secretaria de Fazenda,
cionados à prestação de serviços, o Setor de Contabilidade anualmente, para a Subsecretaria Municipal Plane-
providenciará, após consulta ao Setor de Fiscalização jamento para Reserva Orçamentária/bloqueio e empe-
Tributária, a retenção do Imposto Sobre Serviços – ISS nhamento, após para a Secretaria de Fazenda para liquidação
devido ao Município, que será realizado por auditor fiscal da despesa e pagamento, mediante requisição mensal dos
do Tesouro Municipal designado pelo Secretário. Órgãos a serem ressarcidos.

149
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção III - Dos Processos de Pagamento Referen- Capítulo X - Das Delegações
tes a Convênios
Art. 49 Desde que respeitados os procedimentos e con-
Art. 45 Os processos de pagamento referentes a con- dições estabelecidos neste Decreto e as demais normas apli-
vênios obedecerão ao disposto neste Capítulo, aplicando- cáveis, ficam delegadas as seguintes competências:
se subsidiariamente o disposto na Seção IX deste Decreto, I – ao (s) Secretário (s) e ao Procurador-Geral do Municí-
desde que compatível com o disposto a seguir. pio, para, no âmbito de seus órgãos:
Art. 46 As parcelas referentes a convênios serão libe- a) assinar contratos, convênios e seus aditivos;
radas em estrita conformidade com o plano de aplicação b) homologar licitações, bem como dispensas de licita-
aprovado, exceto nos casos a seguir, em que as mesmas ções e adjudicar o respectivo objeto;
ficarão retidas até o saneamento das impropriedades ocor- II – ao Secretário Municipal Executivo para ratificar os
rentes: casos de dispensa de licitação (inciso III em diante do art.24
I – quando não tiver havido comprovação da boa e re- da Lei 8.666;93) e inexigibilidade de licitação previstos no art.
gular aplicação da parcela anteriormente recebida, na for- 25 da Lei 8.666;93).
ma da legislação aplicável e do respectivo instrumento de
convênio; Capítulo XI - Da Fiscalização e Aplicação de San-
II – quando verificado desvio de finalidade na aplica- ções
ção dos recursos, atrasos não justificados no cumprimento
das etapas ou fases programadas, práticas atentatórias aos Art. 50 Para cada contrato, convênio ou instrumento
princípios fundamentais de Administração Pública nas con- congênere celebrado pelo Município, o Titular do órgão no-
tratações e demais atos praticados na execução do convê- meará, conforme previsto neste decreto, por ato publicado
nio, ou o inadimplemento do executor com relação a outras em conjunto com o extrato do respectivo ajuste no órgão de
cláusulas conveniais básicas; divulgação dos atos oficiais da Prefeitura, comissão ou res-
III – quando o executor deixar de adotar as medidas ponsável pela fiscalização, com a atribuição de acompanhar
saneadoras apontadas pelo órgão repassador dos recursos. e fiscalizar a execução do contrato ou convênio, receber o
§ 1º Os saldos de convênio, enquanto não utiliza- objeto contratual, bem como aplicar sanções de advertência.
dos, serão obrigatoriamente aplicados em cadernetas de § 1º Quando a execução do instrumento envolver mais
poupança de instituição financeira oficial se a previsão de de um órgão a comissão ou responsável de que trata o
seu uso for igual ou superior a um mês, ou em fundo de caput deste artigo será instituída por ato conjunto, com pelo
aplicação financeira de curto prazo ou operação de merca- menos um representante de cada órgão.
do aberto lastreada em títulos da dívida pública, quando a § 2º A aplicação de multa até o valor equivalente a 51
utilização dos mesmos verificar-se em prazos menores que (cinquenta e uma) UFIMA, quando prevista no respectivo
um mês. instrumento, será de competência da Comissão de Fiscaliza-
§ 2º As receitas financeiras auferidas na forma do ção ou do Secretário Municipal e do Procurador-Geral.
parágrafo anterior serão obrigatoriamente computadas a § 3º A aplicação das demais sanções será de competên-
crédito do convênio e aplicadas, exclusivamente, no objeto cia do Secretário Municipal e do Procurador- Geral.
de sua finalidade, devendo constar de demonstrativo es- Art. 51 Todo material adquirido pela Administração
pecífico que integrará as prestações de contas do ajuste. Direta, com exceção daqueles adquiridos com recursos do
§ 3º Quando da conclusão, denúncia, rescisão ou ex- Fundo Municipal de Saúde, do Fundo Municipal de Assistên-
tinção do convênio, acordo ou ajuste, os saldos financeiros cia Social e com recursos destinados a Secretaria Municipal
remanescentes, inclusive os provenientes das receitas obti- de Educação, deverá ser entregue no almoxarifado central
das das aplicações financeiras realizadas, serão devolvidos da Secretaria Municipal de Administração.
à entidade ou órgão repassador dos recursos, no prazo im- Parágrafo único. Nos processos de compra cujo valor
prorrogável de supere aquele previsto na Lei n. 8.666/93 para a modalidade
30 (trinta) dias do evento, sob pena da imediata instau- de convite, o recebimento de material deverá ser confiado a
ração de tomada de contas especial do responsável, provi- uma comissão de no mínimo 3 (três) membros.
denciada pela Controladoria Geral. Art. 52 Para a aplicação de sanção, o contratado ou par-
§ 4º O disposto no parágrafo anterior deve ser provo- tícipe será notificado, pela comissão de fiscalização ou pelo
cado pela Secretaria que atuar na fiscalização do Convênio. respectivo Secretário, para apresentar defesa, por meio de
Art. 47 As prestações de contas dos convênios se- ofício que descreverá as infrações contratuais que lhe são
rão apresentadas pela Secretaria Municipal requisitante. imputadas.
Art. 48 As prestações de contas de convênios firmados § 1º O prazo de defesa será de 5 (cinco) dias úteis conta-
pelo Município com a União e o Estado serão de integral dos a partir do recebimento do ofício, podendo ser reduzi-
responsabilidade do órgão municipal incumbido da execu- do para 72 (setenta e duas) horas em situações urgentes
ção do convênio. devidamente justificadas, ou ampliado para até 15 (quinze)
Parágrafo único. Caso a execução do convênio seja dias quando a complexidade dos fatos assim o justificar.
de responsabilidade de mais de um órgão municipal, fica § 2º Para a declaração de inidoneidade para contratar
facultada a criação de comissão mista para efetuar as com a administração pública o prazo de defesa não será in-
prestações de contas necessárias. ferior a 10 (dez) dias corridos.

150
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Seção XIV - Disposições Finais
LEI ORGÂNICA MUNICIPAL DE MARICÁ
Art. 53 Os órgãos envolvidos na análise de proces- DE 05 DE ABRIL DE 1990
sos de celebração de contratos e convênios só formularão
exigências adicionais àquelas previstas no presente De-
creto quando: Prezado Candidato, o tema acima supracitado, já foi
I – especificamente previstas em lei, ato normativo, abordado no decorrer da matéria.
contrato ou convênio;
II – quando absolutamente indispensáveis ao resguar- Exercícios
do do interesse público em cada caso concreto. 01) Os documentos denominados boletins, certidões,
§ 1º Das consultas remetidas à Procuradoria Geral do declarações e relatórios são classificados segundo a dispo-
Município, fora dos casos previstos no presente Decreto, sição e a natureza das informações neles contidas. Consi-
constará especificamente qual a questão sobre a qual o derando tais características, os documentos mencionados
órgão requisitante deseja o parecer jurídico. podem ser classificados quanto:
§ 2º Nos termos do art. 62 da Lei nº 8.666/93, o pre- a) ao formato.
b) ao gênero.
sente edital e seus anexos e a proposta do adjudicatário
c) à espécie.
serão partes integrantes da nota de empenho de
d) à forma.
despesa, a qual substituirá o instrumento de contrato.
02) A redação oficial é a maneira pela qual o Poder Pú-
Art. 54 Nenhum empenho será processado sem
blico redige atos normativos e comunicações, devendo ca-
autorização formal no processo do Exmo. Sr. Prefeito, racterizar-se pela impessoalidade, uso do padrão culto de
sob pena de os agentes envolvidos sujeitarem-se a linguagem, clareza, concisão, formalidade e uniformidade.
sanções previstas em lei e em regulamentos próprios, A modalidade de documento oficial interna que se realiza
sem prejuízo das responsabilidades administrativas, civil e entre unidades administrativas de um órgão é denominada:
criminal que seu a) aviso.
ato ensejar. b) ofício.
Art. 55. Na excepcional hipótese do sistema estar ina- c) mensagem.
cessível os procedimentos estabelecidos neste Decreto d) memorando.
observarão a tramitação física aqui disciplinada e após
reestabelecido o sistema as informações serão lançadas Gabarito
no mesmo.
Art.56. Os processos que importem em despesa se- 01. C
rão, após concluídos, arquivados pela Controladoria Ge- 02. D
ral, que manterá arquivo geral dos processos de despesas.
Art. 57. Ficam os Secretários, Procurador Geral e Con-
trolador Geral autorizados a expedir Instruções Normati-
vas, dentro de suas áreas de competências, com o
objetivo de organização interna, otimização de rotinas e
de tornar público procedimentos administrativos a serem
observados no âmbito dos referidos órgãos para celerida-
de, eficácia e eficiência nos trâmites processuais.
Art. 58. Este Decreto entra em vigor na data de sua
publicação, ficando revogado o Decreto Municipal n.º
005/2010 e demais disposições em contrário.

151
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES 02 - (TER/PE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011Parte
superior do formulário) “Um dos princípios da Adminis-
01 - (TJ/DF - TITULAR DE SERVIÇOS DE NOTAS E DE tração Pública exige que a atividade administrativa seja
REGISTROS – CESPE/2014) Em relação ao regime jurídi- exercida com presteza, perfeição e rendimento funcional.
co-administrativo e aos princípios aplicáveis à adminis- A função administrativa já não se contenta em ser de-
tração pública, assinale a opção correta sempenhada apenas com legalidade, exigindo resultados
A) É obrigatória a observância do princípio da pu- positivos para o serviço público e satisfatório atendimen-
blicidade nos processos administrativos, mediante a di- to das necessidades da comunidade e de seus membros”
vulgação oficial dos atos administrativos, inclusive os (Hely Lopes Meirelles. Direito Administrativo Brasileiro).
relacionados ao direito à intimidade. O conceito refere-se ao princípio da
B) A presunção de legitimidade dos atos adminis- A) impessoalidade.
trativos, que impõe aos particulares o ônus de provar B) eficiência.
eventuais vícios existentes em tais atos, decorre do re- C) legalidade.
gime jurídico- administrativo aplicável à administração D) moralidade.
pública E) publicidade.
C) É obrigatória a observância do princípio da pu-
blicidade nos processos administrativos, mediante a di- Diante do enunciado podemos destacar algumas ex-
vulgação oficial dos atos administrativos, inclusive os pressões que nos ajudarão a resolver o problema proposto,
relacionados ao direito à intimidade. quais sejam: “atividade administrativa exercida com presteza,
D) A violação do princípio da moralidade adminis- perfeição e rendimento funcional” e ainda “exigindo resultados
trativa não pode ser fundamento exclusivo para o con- positivos para o serviço público e satisfatório...”
trole judicial realizado por meio de ação popular. Pois bem, estamos diante das características do Princí-
E) Para que determinada conduta seja caracterizada pio da Eficiência, que em seu conceito temos a imposição
como ato de improbidade administrativa violadora do exigível à Administração Pública de manter ou ampliar a qua-
lidade dos serviços que presta ou põe a disposição dos ad-
princípio da impessoalidade, é necessária a comprova-
ministrados, evitando desperdícios e buscando a excelência
ção do respectivo dano ao erário.
na prestação dos serviços.
Pelo Princípio da Eficiência, a Administração Pública tem
O regime jurídico-administrativo aplicável à Adminis-
o objetivo principal de atingir as metas, buscando boa pres-
tração Pública é um regramento de direito público, sendo
tação de serviço, da maneira mais simples, mais célere e mais
aplicável aos órgãos e entidades vinculadas e que compõe
econômica, melhorando o custo-benefício da atividade da
a administração pública e ainda à atuação dos agentes ad-
administração pública, devendo ser prestada com perfeição
ministrativos em geral. e satisfação dos usuários.
Tem seu embasamento na concepção de existência de
poderes especiais passíveis de ser exercidos pela admi- RESPOSTA “B”.
nistração pública, por meio de seus órgãos e entidades, e
exteriorizados pode meio de seus agentes, que por sua vez 03 - (TRT – 19ª REGIÃO/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO
é controlado ou limitado por imposições também especiais – FCC/2014) Determinada empresa do ramo farmacêuti-
à atuação da administração pública, não existentes nas re- co, responsável pela importação de importante fármaco
lações de direito privado. necessário ao tratamento de grave doença, formulou pe-
Justamente pela aplicabilidade do regime jurídico-ad- dido de retificação de sua declaração de importação, não
ministrativo com cláusulas e prerrogativas especiais confe- obtendo resposta da Administração pública. Em razão
ridas à Administração Pública decorre a presunção de legi- disso, ingressou com ação na Justiça, obtendo ganho de
timidade dos atos administrativos, assim entendido como causa. Em síntese, considerou o Judiciário que a Admi-
ou atributo ou característica do ato em si. nistração pública não pode se esquivar de dar um pronto
Assim, uma vez praticado o ato administrativo, ele se retorno ao particular, sob pena inclusive de danos irre-
presume legítimo e, em princípio, apto para produzir os versíveis à própria população. O caso narrado evidencia
efeitos que lhe são inerentes, cabendo então ao adminis- violação ao princípio da:
trado a prova de eventual vício do ato, caso pretenda ver A) publicidade.
afastada a sua aplicação, dessa maneira verificamos que o B) eficiência. 
Estado, diante da presunção de legitimidade, não precisa C) impessoalidade. 
comprovar a regularidade dos seus atos. D) motivação. 
Dessa maneira, mesmo quando revestido de vícios, o E) proporcionalidade.
ato administrativo, até sua futura revogação ou anulação,
tem eficácia plena desde o momento de sua edição, pro- Pelas disposições prevista na Constituição Federal acerca
duzindo regularmente seus efeitos, podendo inclusive ser do principio da eficiência, temos a imposição exigível à Ad-
executado compulsoriamente, em virtude das consequên- ministração Pública de manter ou ampliar a qualidade dos
cias do regime jurídico-administrativo. serviços que presta ou põe a disposição dos administrados,
evitando desperdícios e buscando a excelência na prestação
RESPOSTA: “B”. dos serviços.

152
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
O administrador deve procurar a solução que melhor D) tanto a Constituição Federal como a lei em sen-
atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao máxi- tido estrito constituem fontes primárias do Direito Ad-
mo os recursos públicos, evitando dessa forma desperdícios. ministrativo.
Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando E) tendo em vista a relevância jurídica da jurispru-
boa prestação de serviço, da maneira mais simples, mais dência, ela sempre obriga a Administração Pública.
célere e mais econômica, melhorando o custo-benefício da
atividade da administração pública. Para a resolução de tal questão, é importante ter o co-
Dessa forma, caso ocorra omissão do Poder Público em nhecimento das fontes do Direito Administrativo, ou seja,
atender de forma eficiente os anseios da coletividade, po- o embasamento de sua origem, e assim, encontramos no
derá, desde que provocado, ocorrer a intervenção do Poder ordenamento jurídico brasileiro as seguintes fontes:
Judiciário, com fundamento de descumprimento de norma - Lei
constitucional, com a conseqüente imposição de responsa- - Doutrina
bilidade do Estado por sua omissão. - Jurisprudência
- Costumes
RESPOSTA: “B”. - Regulamentos Administrativos.
A lei é norma imposta pelo Estado, é a fonte primordial
04 - (UNICAMP – PROCURADOR – VUNESP/2014) e primária do direito administrativo brasileiro, tem em vista
Princípio constitucional de direito administrativo, rela- a rigidez de nosso ordenamento jurídico, e a necessidade da
cionado à finalidade pública que deve nortear toda a codificação de maneira expressa. Importante esclarecer que o
atividade administrativa, fazendo com que a Adminis- direito administrativo brasileiro não se encontra codificado em
tração Pública não possa atuar com vistas a prejudicar somente um corpo de lei, como ocorre em outras facetas do
ou beneficiar pessoas determinadas, é o princípio da direito brasileiro, como o Código Civil, Código Tributário, entre
A) legalidade. outros, o que temos sobre regras administrativas estão arti-
B) impessoalidade. culadas, em regra gerais, na Constituição Federal de 1988,
C) moralidade. e ainda em uma infinidade de leis esparsas, constituindo-
D) publicidade. se como fontes primárias do Direito Administrativo, o que,
E) eficiência. por consequência, resulta em certa dificuldade de uma siste-
matização deste importante ramo do direito brasileiro.
A Administração Pública tem que manter uma posição A doutrina é a lição dos mestres e estudiosos do di-
de neutralidade em relação aos seus administrados, não reito, podendo ser entendida como um conjunto de teses,
podendo prejudicar nem mesmo privilegiar quem quer construções teóricas, opiniões dos doutores e dos estudio-
que seja. Dessa forma a Administração pública deve servir sos do Direito Administrativo, resultante de atividade inte-
a todos, sem distinção ou aversões pessoais ou partidárias, lectual, formulando princípios norteadores para a continui-
buscando sempre atender ao interesse público. dade e aprofundamento dos estudos e teorias do Direito
Impede o princípio da impessoalidade que o ato adminis- Administrativo, constituindo-se como fonte secundária,
trativo seja emanado com o objetivo de atender a interesses com a atribuição de influenciar a elaboração de novas leis e
pessoais do agente público ou de terceiros, devendo ter a fi- também o julgamento das lides de natureza administrativa.
nalidade exclusivamente ao que dispõe a lei, de maneira efi- A Jurisprudência é a interpretação da legislação vigen-
ciente e impessoal, com tratamento igualitário a todos os ad- te dada pelos Tribunais, verificadas a partir de reiteradas
ministrados, nos termos que define a Lei e o interesse público. decisões judiciais em um mesmo sentido, solidificando o
Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade entendimento majoritário dos tribunais superiores.
possui estreita relação com o também principio constitu- Os costumes são o conjunto de regras e comportamen-
cional da isonomia, ou igualdade, sendo dessa forma veda- tos sociais não escritas, observadas e obedecidas de modo
das perseguições ou benesses pessoais. semelhante e uniforme pela sociedade, são as praticas ha-
bituais consideradas obrigatórias, que o juiz pode aplicar
RESPOSTA: “B”. na falta de lei regulamentando determinado assunto, e os
Princípios Gerais do Direito são critérios maiores, às vezes
05 - (TER/PE - ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011) até não escritos percebidos pela lógica ou pela indução.
No que concerne às fontes do Direito Administrati- Regulamentos são atos normativos do Poder Executivo,
vo, é correto afirmar que: dotados de generalidade, impessoalidade, imperatividade
A) o costume não é considerado fonte do Direito e inovação. Produzidos mediante exercício do poder regu-
Administrativo. lamentar (ou função estatal regulamentar), as formas mais
B) uma das características da jurisprudência é o comuns de regulamentos são os decretos regulamentares,
seu universalismo, ou seja, enquanto a doutrina tende mas também podem tomar forma de resolução e outras
a nacionalizar-se, a jurisprudência tende a universali- modalidades, podendo desdobrar preceitos constitucionais
zar-se. de eficácia plena e de eficácia contida e atos legislativos pri-
C) embora não influa na elaboração das leis, a mários (leis complementares, leis ordinárias, leis delegadas,
doutrina exerce papel fundamental apenas nas deci- medidas provisórias, decretos legislativos e resoluções).
sões contenciosas, ordenando, assim, o próprio Direito
Administrativo. RESPOSTA “D”.

153
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
06 - (TER/SC – ANALISTA JUDICIÁRIO – PON- Impede o princípio da impessoalidade que o ato admi-
TUA/2011) nistrativo seja emanado com o objetivo de atender a inte-
Os Princípios básicos da Administração Pública e do resses pessoais do agente público ou de terceiros, devendo
Direito Administrativo constituem regras de observân- ter a finalidade exclusivamente ao que dispõe a lei, de ma-
cia permanente e obrigatória ao Administrador. Pode- neira eficiente e impessoal.
mos afirmar: Por tal princípio temos que a Administração Pública
I. É dever do Administrador Público atuar segundo tem que manter uma posição de neutralidade em relação
a lei, proibida sua atuação contra-legem e extralegem – aos seus administrados, não podendo prejudicar nem mes-
princípio da legalidade ou legalidade estrita. mo privilegiar quem quer que seja. Dessa forma a Adminis-
tração pública deve servir a todos, sem distinção ou aver-
II. A Administração Pública está obrigada a policiar,
sões pessoais ou partidárias, buscando sempre atender ao
em relação ao mérito e à legalidade, os atos adminis-
interesse público.
trativos que pratica, em atendimento ao princípio da Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade
autotutela. possui estreita relação com o também principio constitu-
III. A Administração Pública direta e indireta dos cional da isonomia, ou igualdade, sendo dessa forma veda-
Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e das perseguições ou benesses pessoais.
dos Municípios obedecerá apenas aos princípios de ob- Parte inferior do formulári
servância obrigatória: legalidade, impessoalidade, mo-
ral idade, publicidade e eficiência. RESPOSTA: “E”.
IV. Segundo o princípio da finalidade, o administra-
dor público não pode praticar nenhum ato que se des- 08 - (PM/RO – SARGENTO – PM/2014) Segundo o
vie da finalidade de satisfazer o interesse público em Direito Administrativo Brasileiro, julgue os itens sub-
detrimento de interesses privados. sequentes. 
A administração pública direta e indireta de qual-
Está(ão) CORRETO(S): quer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito
A) Apenas o item I. Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de
B) Apenas o item III. legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e
C) Apenas os itens I, II e III. eficiência.
( ) CERTO
D) Apenas os itens I, II e IV.
( ) ERRADO
Conforme podemos verificar, somente a afirmativa III A Administração Pública é a atividade do Estado exer-
está incorreta, pois, não existe o Princípio Administrativo cida pelos seus órgãos encarregados do desempenho das
da “moral idade” como sugestiona o elaborador da ques- atribuições públicas. Em outras palavras é o conjunto de
tão, e, em uma tentativa de ludibriar o candidato menos órgãos e funções instituídos e necessários para a obtenção
atento, inseriu juntamente com os demais princípios admi- dos objetivos do governo, ou seja, o atendimento dos an-
nistrativos básicos e obrigatórios na atividade administra- seios sociais.
tiva, tal invenção, tentando confundir com o principio da A atividade administrativa, em qualquer dos poderes
moralidade. ou esferas, obedece aos princípios da legalidade, impessoa‑
O correto é que são os princípios básicos da Adminis- lidade, moralidade, publicidade e eficiência, como impõe a
tração Pública: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, norma fundamental do artigo 37 da Constituição da Re-
Publicidade e Eficiência. pública Federativa do Brasil de 1988, que assim dispõe em
seu caput:
RESPOSTA “D”.
“Art. 37. A administração pública direta e indireta de
07 - (TRT - 16ª REGIÃO/MA – ANALISTA JUDICIÁ- qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Fe‑
RIO – FCC/2014) O Diretor Jurídico de uma autarquia deral e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalida‑
de, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e,
estadual nomeou sua companheira, Cláudia, para o
também, ao seguinte”.
exercício de cargo em comissão na mesma entidade. O
Presidente da autarquia, ao descobrir o episódio, de- RESPOSTA: “CERTO”.
terminou a imediata demissão de Cláudia, sob pena de
caracterizar grave violação a um dos princípios básicos 09 - (PG/DF - ANALISTA JURÍDICO – IADES/2011)
da Administração pública. Trata-se do princípio da Prescreve o caput do artigo 37 da Constituição Fe-
A) presunção de legitimidade. deral que a Administração Pública Direta e Indireta de
B) publicidade. qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distri-
C) motivação. to Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios
D) supremacia do interesse privado sobre o público. da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicida-
E) impessoalidade. de e eficiência. A respeito dos princípios da Administra-
ção Pública, assinale a alternativa incorreta.

154
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
A) O princípio da legalidade significa estar a Ad- - Princípio da Autotutela: A Administração Pública
ministração Pública, em toda a sua atividade, adstrita pode corrigir de oficio seus próprios atos, revogando os
aos mandamentos da lei, deles não podendo se afastar, irregulares e inoportunos e anulando os manifestamente
sob pena de invalidade do ato. Assim, se a lei nada dis- ilegais, respeitado o direito adquirido e indenizando os
puser, não poderá a Administração agir, salvo em situa- prejudicados, cuja atuação tem a característica de autocon-
ções excepcionais. Ainda que se trate de ato discricio- trole de seus atos, verificando o mérito do ato administra-
nário, há de se observar o referido princípio. tivo e ainda sua legalidade; entre outros mais existentes na
B) Segundo a doutrina majoritária e decisão ho- prática da atividade administrativa.
dierna do STF, o rol de princípios previstos no artigo
37, caput, do texto constitucional é taxativo, ou seja,
RESPOSTA: “B”.
a Administração Pública, em razão da legalidade e ta-
xatividade não poderá nortear-se por outros princípios
que não os previamente estabelecidos no referido dis- 10 - (DPE/RJ - TÉCNICO MÉDIO DE DEFENSORIA
positivo. PÚBLICA – FGV/2014) Os princípios administrativos são
C) A Constituição Federal de 1988 no artigo 37, § os postulados fundamentais que inspiram o modo de
1º, dispõe sobre a forma de como deve ser feita a pu- agir da Administração Pública. Entre os princípios da
blicidade dos atos estatais estabelecendo que a publici- Administração Pública, destaca-se:
dade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas A) impessoalidade, que diz que a pena não pas-
dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor- sará da pessoa do condenado e que os sucessores res-
mativo ou de orientação social, dela não podendo cons- ponderão pelos débitos do falecido apenas nos limites
tar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem pro- da herança.
moção pessoal de autoridades ou servidores públicos. B) moralidade, segundo o qual, no caso de apa-
D) O princípio da eficiência foi inserido positiva- rente colisão, se deve analisar no caso concreto qual
mente na Constituição Federal via emenda constitucional. direito fundamental deve prevalecer, através da técnica
E) O STF reiteradamente tem proclamado o dever da ponderação de interesses.
de submissão da Administração Pública ao princípio da C) autotutela, segundo o qual qualquer lesão ou
moralidade. Como exemplo, cita-se o julgado em que o ameaça de lesão a direito não será excluída da aprecia-
Pretório Excelso entendeu pela vedação ao nepotismo
ção do Poder Judiciário, razão pela qual os atos da Ad-
na Administração, não se exigindo edição de lei formal
ministração Pública também estão sujeitos ao controle
a esse respeito, por decorrer diretamente de princípios
judicial.
constitucionais estabelecidos, sobretudo o da morali-
dade da Administração. D) publicidade, que prevê que a ampla publicida-
de dos atos, programas, obras, serviços e campanhas
Sempre com atenção ao que exige o enunciado da dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, infor-
questão, diante das alternativas apresentadas, o elaborador mativo ou eleitoral.
da questão exige que seja marcada a alternativa incorreta. E) continuidade dos serviços públicos, excetuado
A alternativa “b” está errada, pois o artigo 37 “caput” quando se permite a paralisação temporária da ativida-
da Constituição Federal nos apresenta os Princípios Básicos de, como no caso de necessidade de reparos técnicos.
da Administração Pública, sendo considerados princípios
explícitos na Constituição Federal, e isso não significa que O serviço público deve ser prestado de maneira continua
serão os únicos exigidos durante a atividade administrativa. o que significa dizer que não é passível de interrupção. Isto
A atividade administrativa deve ser sempre pauta- ocorre justamente pela própria importância de que o serviço
da pelos princípios básicos constantes expressamente no público se reveste diante dos anseios da coletividade.
“caput” do artigo 37 da Constituição Federal, e ainda deve É o principio que orienta sobre a impossibilidade de
obediência aos demais princípios decorrentes deste, como paralisação, ou interrupção dos serviços públicos, e o pleno
exemplo: direito dos administrados a que não seja suspenso ou in-
- Princípio da Supremacia do Interesse Público: Tal
terrompido, pois se entende que a continuidade dos servi-
Princípio, muito embora não se encontre expresso no
ços públicos é essencial a comunidade, não podendo assim
enunciado do texto constitucional é de suma importância
sofrer interrupções.
para a atividade administrativa, tendo em vista que, em de-
corrência do regime democrático adotado pelo Brasil, bem Entretanto, objetivando o atendimento ao Princípio
como o seu sistema representativo, temos que toda a atua- Constitucional da Eficiência, é lícito à Administração Pú-
ção do Poder Público seja consubstanciada pelo interesse blica efetuar a paralisação temporária de suas atividades
público e coletivo. públicas, mediante prévio aviso aos usuários dos serviços
- Princípio da Indisponibilidade do Interesse Público: públicos, para que sejam efetuadas melhorias no atendi-
Em decorrência do princípio da indisponibilidade do inte- mento mediante reparos técnicos.
resse público são vedados ao administrador da coisa pú-
blica qualquer ato que implique em renúncia a direitos da RESPOSTA: “E”.
administração, ou que de maneira injustificada e excessiva
onerem a sociedade.

155
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
11 - (DPE/AM – DEFENSOR PÚBLICO – INSTITUTO 13 - (TJ/RR – TÉCNICO JUDICIÁRIO - CESPE/2012)
CIDADES/2011) Julgue os itens a seguir, que versam sobre organização
Afirma-se, a respeito do princípio da eficiência da administrativa.
Administração Pública, que ele foi inserido na atual Administração pública, em sentido objetivo ou ma-
Constituição Federal com o intuito de: terial, consiste no conjunto de órgãos, agentes e pes-
A) estabelecer um modelo gerencial de Adminis- soas jurídicas instituídas para a consecução dos objeti-
tração
vos do governo.
B) fazer prevalecer o modelo burocrático de Ad-
( ) CERTO
ministração
C) valorizar a organização hierárquica. ( ) ERRADO
D) fazer prevalecer a valorização da rigidez da forma.
E) restringir a participação popular de gestão. A Administração Pública sob o aspecto material ou ob-
jetivo representa nada mais do que o conjunto de ativi-
A intenção do legislador constitucional de inserir o dades que costumam ser consideradas próprias da função
Princípio da Eficiência dentre os demais princípios básicos administrativa.
da Administração Pública, expressos na Constituição Fede- Assim, temos que o conceito adota como referência a
ral em seu artigo 37 “caput”, foi justamente de implantar atividade propriamente dita, o que é de fato realizado, e
um modelo de gerencia dos recursos públicos, tornando não quem as realizou.
a atividade administrativa mais eficiente, mais célere, mais A afirmativa da questão dispõe sobre o conceito de
econômica, com melhor gestão do dinheiro público, fazen- Administração Pública em seu aspecto formal e subjetivo,
do prevalecer a forma mais simples e eficaz da execução no qual leva em conta o conjunto de órgãos, pessoas jurídi-
dos serviços públicos, estabelecendo de fato um modelo
cas e agentes que o nosso ordenamento jurídico identifica
gerencial de Administração Pública.
como administração pública, não importando a atividade
RESPOSTA: “A”. que exerça.

12 - (TJ/CE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2014) RESPOSTA: “ERRADO”.


Com relação aos princípios que fundamentam a admi-
nistração pública, assinale a opção correta. 14 - (UFAL – ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO –
A) A publicidade marca o início da produção dos COPEVE-UFAL/2011)
efeitos do ato administrativo e, em determinados ca- Acerca dos princípios do Direito Administrativo, as-
sos, obriga ao administrado seu cumprimento. sinale a opção correta.
B) Pelo princípio da autotutela, a administração A) O princípio da eficiência preconiza que a ati-
pode, a qualquer tempo, anular os atos eivados de vício vidade administrativa deve ser exercida com presteza,
de ilegalidade. qualidade e rendimento funcional.
C) O regime jurídico-administrativo compreende
B) O princípio da publicidade impõe a presença
o conjunto de regras e princípios que norteia a atuação
do poder público e o coloca numa posição privilegiada. do nome do gestor público nos atos e obras do Poder
D) A necessidade da continuidade do serviço pú- Público.
blico é demonstrada, no texto constitucional, quando C) O princípio da autotutela é relacionado ao con-
assegura ao servidor público o exercício irrestrito do trole que a administração pública exerce sobre seus
direito de greve. próprios atos, por meio do qual ela anula os atos ile-
E) O princípio da motivação dos atos administra- gais, inconvenientes e inoportunos.
tivos, que impõe ao administrador o dever de indicar D) O princípio da segurança jurídica possibilita,
os pressupostos de fato e de direito que determinam a nos processos administrativos, a aplicação retroativa
prática do ato, não possui fundamento constitucional. por parte da Administração Pública de nova interpre-
tação.
O regime jurídico-administrativo é o conjunto de nor- E) O princípio da moralidade administrativa é ex-
mas, regras e princípios de direito público, que norteiam a traído dos critérios pessoais do administrador público.
atuação administrativa do Estado executada por órgãos e
entidades vinculadas e que compõe o Poder Público, e ain-
Dentre as alternativas apresentadas na questão, a que
da norteia à atuação dos agentes administrativos em geral.
Tem seu embasamento na concepção de existência de está perfeitamente de acordo com o real significado é a
poderes especiais passíveis de ser exercidos pela Admi- alternativa “A”, pois estamos diante dos atributos conferi-
nistração Pública, por meio de seus órgãos e entidades, e dos ao Princípio da Eficiência, que preza pela imposição
exteriorizados pode meio de seus agentes, que por sua vez exigível à Administração Pública de manter ou ampliar a
é controlado ou limitado por imposições também especiais qualidade dos serviços que presta ou põe a disposição dos
à atuação da Administração Pública, não existentes nas re- administrados, evitando desperdícios e buscando a exce-
lações de direito privado. lência na prestação dos serviços, além da execução dos
serviços públicos com presteza, qualidade e rendimento
RESPOSTA: “C”. funcional satisfatório.

156
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Pelo Princípio da Eficiência, a Administração Pública Infere-se que o princípio da eficiência 
tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando boa A) passou a se sobrepor aos demais princípios que
prestação de serviço, da maneira mais simples, mais célere regem a administração pública, após ter sua previsão
e mais econômica, melhorando o custo-benefício da ativi- inserida em nível constitucional.
dade da administração pública, devendo ser prestada com B) deve ser aplicado apenas quanto ao modo de
perfeição e satisfação dos usuários. atuação do agente público, não podendo incidir quan-
do se trata de organizar e estruturar a administração
RESPOSTA “A”. pública.
C) deve nortear a atuação da administração pú-
15 - (TRE/AP – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2011) blica e a organização de sua estrutura, somando-se aos
A conduta do agente público que se vale da publici- demais princípios impostos àquela e não se sobrepon-
dade oficial para realizar promoção pessoal atenta con- do aos mesmos, especialmente ao da legalidade.
tra os seguintes princípios da Administração Pública: D) autoriza a atuação da administração pública
A) razoabilidade e legalidade. dissonante de previsão legal quando for possível com-
B) eficiência e publicidade. provar que assim serão alcançados melhores resultados
C) publicidade e proporcionalidade. na prestação do serviço público.
D) motivação e eficiência. E) traduz valor material absoluto, de modo que
E) impessoalidade e moralidade. alcançou status jurídico supra constitucional, autori-
zando a preterição dos demais princípios que norteiam
O agente público ao utilizar-se de maneira incorreta dos a administração pública, a fim de alcançar os melhores
meios oficias de publicação para realizar promoção pessoal resultados.
atenta claramente contra os princípios da Impessoalidade e
Moralidade. Diante do Princípio Constitucional da Eficiência, temos
Pelo Princípio da Impessoalidade impede que o ato admi- a imposição exigível à Administração Pública de manter ou
nistrativo seja emanado com o objetivo de atender a interes-
ampliar a qualidade dos serviços que presta ou põe a dis-
ses pessoais, seja do próprio agente público, ou de terceiros,
posição dos administrados, evitando desperdícios e bus-
devendo ter a finalidade exclusivamente ao que dispõe a lei,
cando a excelência na prestação dos serviços, com modelo
de maneira eficiente e impessoal, não sendo lícito ao agente
atual de administração gerencial.
público utilizar-se da máquina pública para se autopromover.
Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando
Ademais, pelo Princípio da Moralidade, trata especifi-
boa prestação de serviço, da maneira mais simples, mais
camente da moral administrativa, onde se refere à ideia de
probidade e boa-fé, sendo que a falta da moral comum célere e mais econômica, melhorando o custo-benefício da
impõe, nos atos administrativos a presença coercitiva e atividade da Administração Pública.
obrigatória da moral administrativa, que se constitui de um O administrador deve procurar a solução que melhor
conjunto de regras e normas de conduta impostas ao ad- atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao má-
ministrador da coisa pública. ximo os recursos públicos, evitando dessa forma desperdí-
Assim o legislador constituinte utilizando-se dos con- cios, cuja atuação administrativa será considerada perfeita
ceitos da Moral e dos Costumes uma fonte subsidiária do quando estiver em conformidade com os demais princípios
Direito positivo, como forma de impor à Administração Pú- constitucionais, não se sobrepondo a nenhum deles, mas
blica, por meio de juízo de valor, um comportamento obri- principalmente ao Princípio da Legalidade, diante das nor-
gatoriamente ético e moral no exercício de suas atribuições mas positivas em que se fundamenta nosso ordenamento
administrativas, através do pressuposto da moralidade. jurídico.
Assim, no caso hipotético descrito no enunciado da
questão, o administrador público ao subutilizar os meios de RESPOSTA: “C”.
publicidade oficiais para realizar promoção pessoal, além de
atentar contra o princípio da impessoalidade, ataca a boa-fé 17 - (Polícia Federal – AGENTE ADMINISTRATIVO
administrativa e a probidade, sendo assim um ato imoral, – CESPE/2014) Considerando que o DPF é órgão res-
caracterizando ofensa ao princípio da Moralidade. ponsável por exercer as funções de polícia judiciária da
União, julgue os itens a seguir.
RESPOSTA: “E”. O DPF, em razão do exercício das atribuições de po-
lícia judiciária, não se submete ao princípio da publici-
16 - (TRE/PR – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) A dade, sendo garantido sigilo aos atos praticados pelo
eficiência, na lição de Hely Lopes Meirelles, é um dever órgão.
que se impõe a todo agente público de realizar suas atri- ( ) CERTO
buições com presteza, perfeição e rendimento funcional. ( ) ERRADO
É o mais moderno princípio da função administrativa,
que já não se contenta em ser desempenhada apenas Pelo Princípio expresso constitucionalmente da Publi-
com legalidade, exigindo resultados positivos para o ser- cidade, temos que a administração pública tem o dever de
viço público e satisfatório atendimento das necessidades oferecer transparência de todos os atos que praticar, e de
da comunidade e de seus membros. (Direito Administra- todas as informações que estejam armazenadas em seus
tivo Brasileiro. São Paulo, Malheiros, 2003. p. 102).  bancos de dados referentes aos administrados.

157
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Analista em Licitações
Portanto, se a Administração Pública tem atuação na 20 - (TJ/CE – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2014)
defesa e busca aos interesses coletivos, todas as informa- Assinale a opção que explicita o princípio da adminis-
ções e atos praticados devem ser acessíveis aos cidadãos. tração pública na situação em que um administrador
Por tal razão, os atos públicos devem ter divulgação público pratica ato administrativo com finalidade pú-
oficial como requisito de sua eficácia, salvo as exceções pre- blica, de modo que tal finalidade é unicamente aquela
vistas em lei, onde o sigilo deve ser mantido e preservado. que a norma de direito indica como objetivo do ato.
Dessa forma, o Departamento da Polícia Federal, mes- A) impessoalidade
mo sendo órgão com atribuições de polícia judiciária deve- B) segurança jurídica
rá publicar todos os atos administrativos que praticar, ex- C) eficiência
cetuando as informações e investigações que a Lei garantir D) moralidade
o sigilo. E) razoabilidade

RESPOSTA: “ERRADO”. A Administração Pública tem que manter uma posição


de neutralidade em relação aos seus administrados, não
18 - (CESPE/MS – ANALISTA TÉCNICO – CES- podendo prejudicar nem mesmo privilegiar quem quer que
PE/2013) Acerca de Estado, governo e administração, seja.
julgue os itens a seguir. Dessa forma a Administração Pública deve servir a
A administração é o aparelhamento do Estado todos, sem distinção ou aversões pessoais ou partidárias,
preordenado à realização dos seus serviços, com vistas buscando sempre atender ao interesse público.
à satisfação das necessidades coletivas. Nos termos do que prescreve o princípio constitucional
( ) CERTO da impessoalidade, a Administração Pública, na edição de
( ) ERRADO ato administrativo, possui o dever legal atuar de acordo
com a finalidade pública e anseios sociais, de modo que
A Administração Pública é o aparelhamento estatal tal finalidade é unicamente aquela que a norma de direito
destinado ao desenvolvimento das atividades do Estado,
indica como o próprio objetivo do ato.
devidamente organizada para a execução de atividades
Impede o princípio da impessoalidade que o ato admi-
públicas que objetivem a satisfação das necessidades cole-
nistrativo seja emanado com o objetivo de atender a inte-
tivas, exercida pelos seus órgãos encarregados do desem-
resses pessoais do agente público ou de terceiros, deven-
penho das atribuições públicas.
do ter a finalidade exclusivamente ao que dispõe a lei, de
Em outras palavras é o conjunto de órgãos e funções
maneira eficiente, impessoal e atendendo as necessidades
instituídos e necessários para a obtenção dos objetivos do
públicas.
governo, ou seja, o atendimento dos anseios sociais.
Ressalta-se ainda que o princípio da impessoalidade
RESPOSTA: “CERTO”. possui estreita relação com o também principio constitu-
cional da isonomia, ou igualdade, sendo dessa forma veda-
19 - (PC/TO – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL – AROEI- das perseguições ou benesses pessoais.
RA/2014) A Administração Pública deve sempre buscar
o resultado que melhor atenda ao interesse público RESPOSTA: “A”.
com o menor dispêndio possível de tempo e recursos.
Essa afirmação enuncia qual princípio da Administra-
ção Pública?
A) Legalidade
B) Moralidade
C) Eficiência
D) Publicidade

Por meio do Principio da Eficiência, temos a imposição


legal exigível à Administração Pública de manter ou am-
pliar a qualidade dos serviços que presta ou põe a disposi-
ção dos administrados, evitando desperdícios e buscando
a excelência na prestação dos serviços.
Tem o objetivo principal de atingir as metas, buscando
boa prestação de serviço, da maneira mais simples, mais
célere e mais econômica, melhorando o custo-benefício da
atividade da administração pública.
O administrador deve procurar a solução que melhor
atenda aos interesses da coletividade, aproveitando ao máxi-
mo os recursos públicos, evitando dessa forma desperdícios.

RESPOSTA: “C”.

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