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Índice

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,


CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO ESPÍRITO SANTO

IFES
Auxiliar em Administração
EDITAL Nº 01, DE 31 DE AGOSTO DE 2016

ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS

PORTUGUÊS

1. Ortografia..........................................................................................................................................................................01
2. Acentuação gráfica............................................................................................................................................................03
3. Pontuação...........................................................................................................................................................................07
4. Classes gramaticais. 5. Variações verbais: tempo, modo, número e pessoa.................................................................10
6. Termos da oração: período simples.................................................................................................................................45
7. Concordância verbal: regra geral. 8. Concordância nominal: regra geral.................................................................55
9. Elementos coesivos: preposições, conjunções e pronomes. 10. Coerência textual.......................................................60
11. Noções gerais sobre frase, oração e período. 12.Ordem direta e ordem indireta da frase.......................................70
13.Discurso direto e discurso indireto.................................................................................................................................70
14. Recursos das linguagens verbal e não verbal: metáfora, ironía e humor..................................................................73
15. Leitura e interpretação de textos...................................................................................................................................75

MATEMÁTICA

1. Conjuntos, Conjuntos Numéricos e Aplicações em Resolução de Problemas.............................................................01


2. Relação entre Grandezas (Grandezas Direta e Inversamente Proporcionais), Razão, Proporção, Regra de Três
Simples e Composta, Porcentagem, Juros, Divisão em Partes Proporcionais e Aplicações..................................................20
3. Geometria Plana, Semelhança de Triângulo, Teorema de Tales...................................................................................45
4. Função do Primeiro Grau, Função do Segundo Grau e Aplicações.............................................................................52
5. Equações de Primeiro e Segundo Graus e Aplicações...................................................................................................64
6. Sistema de Equações de Primeiro Grau e Aplicações....................................................................................................69
7. Aritmética: Fatoração de Números Naturais, Divisibilidade, Múltiplos e Aplicações................................................70

Didatismo e Conhecimento
Índice
8. Teorema de Pitágoras e Aplicações..................................................................................................................................73
9. Frações e Números Decimais. 10. Fatoração de Expressões Algébricas......................................................................77
11. Pano Cartesiano, Conceito de Funções e Aplicações....................................................................................................77
12. Estatística: Gráficos e Interpretações, Média Aritmética, Moda e Mediana, Noção Elementar de Probabilidade e
Princípio Multiplicativo...............................................................................................................................................................87

INFORMÁTICA

1. O COMPUTADOR. 1.1. História e Evolução da Computação. 1.2. Tipos de Computadores. 1.3. Principais
componentes de um computador. 1.4. Dispositivos de entrada e saída. 1.5. Dispositivos de processamento: a unidade
central. 1.6. Memória Principal. 1.7. Dispositivos de armazenamento. 1.8. Redes de Computadores................................01
2. SISTEMA OPERACIONAL. 2.1. MS Windows 7 e 8. 2.2. Linux................................................................................41
3. APLICATIVOS. 3.1. Pacote Microsoft Office 2007/2010 e Pacote LibreOffice 4. 3.2. Editor de Textos: MS-Word
2007 e 2010 e LibreOffice Writer 4. 3.3. Planilha Eletrônica: MS-Excel 2007 e 2010 e LibreOffice Calc 4. 3.4. Apresentação
de Slides: MS-PowerPoint 2007 e 2010 e LibreOffice Impress 4. 3.5. Clientes de E-mail: MS-Outlook 2007 e 2010. 3.6.
Navegadores de internet - Internet Explorer 9 e 10, Mozilla Firefox 38 e Google Chrome 32 ou superior........................69
4. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. 4.1. Conceitos de Proteção e Segurança da Informação. 4.2. Antivírus, Vírus e
Códigos Maliciosos (Malware). 4.3. Firewall. 4.4. Backup. 4.5. Criptografia......................................................................210
5. Serviços de Internet. 5.1. Conceitos. 5.2. Correio eletrônico. 5.3. Listas de e-mail. 5.4. Grupos de discussão. 5.5.
Navegação, busca e pesquisa.....................................................................................................................................................217

LEGISLAÇÃO

1. Constituição Federal de 1988: Da Administração Pública (artigos 37 ao 41).............................................................01


2. Lei nº 8.112/90 e alterações posteriores: Do Provimento, Vacância, Remoção, Redistribuição e Substituição (artigos
5º ao 39); Dos Direitos e Vantagens (artigos 40 ao 115); Do Regime Disciplinar (artigos 116 ao 142).................................08
3. Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal: Decreto nº 1.171/94, e suas
atualizações...................................................................................................................................................................................24
4. Lei nº 11.892/08 e suas alterações posteriores: Das Finalidades e Características dos Institutos Federais (artigo 6º);
Dos Objetivos dos Institutos Federais (artigos 7º e 8º) e Da Estrutura Organizacional dos Institutos Federais (artigos 9º
ao 13).............................................................................................................................................................................................30
5. Lei nº 9.394/96 e suas alterações posteriores: Da Educação (artigo 1º); Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
(artigos 2º e 3º); Do Direito à Educação e do Dever de Educar (artigos 4º a 7º); Da Organização da Educação Nacional
(artigos 13 a 15); Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino (artigos 21 a 28 e 32 a 67).....................................32

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

1. Administração Pública Federal: Disposições Gerais (Constituição Federal, Título III, Capítulo VII). 2. Agente
Público: função pública, atendimento ao cidadão....................................................................................................................01
2. Noções das Funções Administrativas: planejamento, organização, direção e controle..............................................09
3. Relacionamento Interpessoal e comportamento organizacional. Relações interpessoais e intergrupais. Trabalho em
equipe e conflitos. Qualidade no atendimento e gerenciamento do tempo.............................................................................10
4. Comunicação e comportamento no ambiente organizacional......................................................................................20
5. Gestão de competências e avaliação de desempenho. Cultura e clima organizacional..............................................36
6. Relações institucionais: Autoridade e Poder, Liderança...............................................................................................38
7. Qualidade de vida no trabalho: higiene, segurança e qualidade de vida.....................................................................41
8. Práticas de identificação e técnicas de arquivamento. Manualização na gestão de processos. Análise e desenho de
formulários e gestão de processos...............................................................................................................................................42

Didatismo e Conhecimento
Índice
9. Estudos dos processos e fluxogramas. 10.Organogramas: formulação, técnicas e análise estrutural.
Departamentalização...................................................................................................................................................................54
11. Conceitos fundamentais da arquivologia. Princípio Proveniência. Teoria das Três Idades de Arquivo. Gestão
de documentos. Protocolo. Instrumentos de Gestão de Documentos. Plano de Classificação. Tabelas de Temporalidade.
Arquivos Permanentes. Arranjo.................................................................................................................................................60
12.Gestão de materiais e logística: organização do setor de compras - recebimento e armazenagem; entrada;
conferência e objetivos da armazenagem..................................................................................................................................77

Didatismo e Conhecimento
SAC

Atenção
SAC
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Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da
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Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
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A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO

Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.

Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança),
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.

E então, você já teve estes problemas?


Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito,
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a
tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral,
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas).
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o
seu rendimento final no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem
seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em
tudo que fazemos.

*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.

Didatismo e Conhecimento
PORTUGUÊS
PORTUGUÊS
*os sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamorfose.
1. ORTOGRAFIA. *as formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
seste.
*nomes derivados de verbos com radicais terminados em “d”:
aludir - alusão / decidir - decisão / empreender - empresa / difun-
dir - difusão
A ortografia é a parte da língua responsável pela grafia correta *os diminutivos cujos radicais terminam com “s”: Luís - Luisi-
das palavras. Essa grafia baseia-se no padrão culto da língua. nho / Rosa - Rosinha / lápis - lapisinho
As palavras podem apresentar igualdade total ou parcial no *após ditongos: coisa, pausa, pouso
que se refere a sua grafia e pronúncia, mesmo tendo significados *em verbos derivados de nomes cujo radical termina com “s”:
diferentes. Essas palavras são chamadas de homônimas (canto, do
anális(e) + ar - analisar / pesquis(a) + ar - pesquisar
grego, significa ângulo / canto, do latim, significa música vocal).
As palavras homônimas dividem-se em homógrafas, quando têm
a mesma grafia (gosto, substantivo e gosto, 1ª pessoa do singular Escreve-se com Z e não com S:
do verbo gostar) e homófonas, quando têm o mesmo som (paço, *os sufixos “ez” e “eza” das palavras derivadas de adjetivo:
palácio ou passo, movimento durante o andar). macio - maciez / rico - riqueza
Quanto à grafia correta em língua portuguesa, devem-se obser- *os sufixos “izar” (desde que o radical da palavra de origem
var as seguintes regras: não termine com s): final - finalizar / concreto - concretizar
*como consoante de ligação se o radical não terminar com s:
O fonema s: pé + inho - pezinho / café + al - cafezal ≠ lápis + inho - lapisinho

Escreve-se com S e não com C/Ç as palavras substantivadas O fonema j:


derivadas de verbos com radicais em nd, rg, rt, pel, corr e sent:
pretender - pretensão / expandir - expansão / ascender - ascensão Escreve-se com G e não com J:
/ inverter - inversão / aspergir aspersão / submergir - submersão / *as palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, gesso.
divertir - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório / *estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim.
repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso / sentir *as terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com poucas ex-
- sensível / consentir - consensual ceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge.
Escreve-se com SS e não com C e Ç os nomes derivados dos
Observação: Exceção: pajem
verbos cujos radicais terminem em gred, ced, prim ou com verbos
terminados por tir ou meter: agredir - agressivo / imprimir - im- *as terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, litígio,
pressão / admitir - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso relógio, refúgio.
/ percutir - percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / *os verbos terminados em ger e gir: eleger, mugir.
comprometer - compromisso / submeter - submissão *depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, surgir.
*quando o prefixo termina com vogal que se junta com a pala- *depois da letra “a”, desde que não seja radical terminado com
vra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimétrico / re + j: ágil, agente.
surgir - ressurgir Escreve-se com J e não com G:
*no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exemplos: fi- *as palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje.
casse, falasse *as palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, man-
jerona.
Escreve-se com C ou Ç e não com S e SS os vocábulos de *as palavras terminada com aje: aje, ultraje.
origem árabe: cetim, açucena, açúcar
*os vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Juça- O fonema ch:
ra, caçula, cachaça, cacique
*os sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu, uço: Escreve-se com X e não com CH:
barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço, esperança, *as palavras de origem tupi, africana ou exótica: abacaxi, mu-
carapuça, dentuço xoxo, xucro.
*nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / deter - de-
*as palavras de origem inglesa (sh) e espanhola (J): xampu,
tenção / ater - atenção / reter - retenção
lagartixa.
*após ditongos: foice, coice, traição
*palavras derivadas de outras terminadas em te, to(r): marte - *depois de ditongo: frouxo, feixe.
marciano / infrator - infração / absorto - absorção *depois de “en”: enxurrada, enxoval.

O fonema z: Observação: Exceção: quando a palavra de origem não derive


de outra iniciada com ch - Cheio - (enchente)
Escreve-se com S e não com Z:
*os sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é substantivo, Escreve-se com CH e não com X:
ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês, freguesa, fregue- *as palavras de origem estrangeira: chave, chumbo, chassi,
sia, poetisa, baronesa, princesa, etc. mochila, espadachim, chope, sanduíche, salsicha.

Didatismo e Conhecimento 1
PORTUGUÊS
As letras e e i: (C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de des-
*os ditongos nasais são escritos com “e”: mãe, põem. Com “i”, cançar após o almoço sob a frondoza árvore do pátio.
só o ditongo interno cãibra. (D) Não sei se isso influe, mas a persistência dessa mágoa pode
*os verbos que apresentam infinitivo em -oar, -uar são escritos estar sendo o grande impecilho na superação dessa sua crise.
com “e”: caçoe, tumultue. Escrevemos com “i”, os verbos com (E) O diretor exitou ao aprovar a retenção dessa alta quantia,
infinitivo em -air, -oer e -uir: trai, dói, possui. mas não quiz ser taxado de conivente na concessão de privilégios
- atenção para as palavras que mudam de sentido quando subs- ilegítimos.
tituímos a grafia “e” pela grafia “i”: área (superfície), ária (me-
lodia) / delatar (denunciar), dilatar (expandir) / emergir (vir à 05.Em qual das alternativas a frase está corretamente escrita?
tona), imergir (mergulhar) / peão (de estância, que anda a pé),
A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa.
pião (brinquedo).
B) O mendigo não depositou na caderneta de poupança.
Fonte: http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/orto- C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa.
grafia D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.

Questões sobre Ortografia 06.(IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM] - CCI) – VU-


NESP/2011) Assinale a alternativa em que o trecho – Mas ela
01. (TRE/AP - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2011) Entre as cresceu ... – está corretamente reescrito no plural, com o verbo no
frases que seguem, a única correta é: tempo futuro.
a) Ele se esqueceu de que? (A) Mas elas cresceram...
b) Era tão ruím aquele texto, que não deu para distribui-lo (B) Mas elas cresciam...
entre os presentes. (C) Mas elas cresçam...
c) Embora devessemos, não fomos excessivos nas críticas. (D) Mas elas crescem...
d) O juíz nunca negou-se a atender às reivindicações dos fun- (E) Mas elas crescerão...
cionários.
e) Não sei por que ele mereceria minha consideração. 07. (IAMSPE/SP – ATENDENTE – [PAJEM – CCI] – VU-
NESP/2011 - ADAPTADA) Assinale a alternativa em que o trecho
02. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2013). Assinale a alternativa – O teste decisivo e derradeiro para ele, cidadão ansioso e sofre-
cujas palavras se apresentam flexionadas de acordo com a norma- dor...– está escrito corretamente no plural.
-padrão. (A) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadãos ansioso
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento.
e sofredores...
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis.
(B) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansio-
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local.
(D) Ao descer e subir escadas, segure-se nos corrimãos. so e sofredores...
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos! (C) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadãos ansio-
sos e sofredores...
03. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). (D) Os testes decisivo e derradeiros para eles, cidadões ansioso
Suponha-se que o cartaz a seguir seja utilizado para informar os e sofredores...
usuários sobre o festival Sounderground. (E) Os testes decisivos e derradeiros para eles, cidadães ansio-
Prezado Usuário sos e sofredores...
________ de oferecer lazer e cultura aos passageiros do me-
trô, ________ desta segunda-feira (25/02), ________ 17h30, 08. (MPE/RJ – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FUJB/2011)
começa o Sounderground, festival internacional que prestigia os Assinale a alternativa em que a frase NÃO contraria a norma culta:
músicos que tocam em estações do metrô. A) Entre eu e a vida sempre houve muitos infortúnios, por isso
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão e posso me queixar com razão.
divirta-se! B) Sempre houveram várias formas eficazes para ultrapas-
Para que o texto atenda à norma-padrão, devem-se preencher sarmos os infortúnios da vida.
as lacunas, correta e respectivamente, com as expressões C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver-
A) A fim ...a partir ... as B) A fim ...à partir ... às mos a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
C) A fim ...a partir ... às D) Afim ...a partir ... às
D) É difícil entender o por quê de tanto sofrimento, principal-
E) Afim ...à partir ... as
mente daqueles que procuram viver com dignidade e simplicidade.
04. (TRF - 1ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - E) As dificuldades por que passamos certamente nos fazem
FCC/2011) As palavras estão corretamente grafadas na seguinte mais fortes e preparados para os infortúnios da vida.
frase:
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a 09.Assinale a alternativa cuja frase esteja incorreta:
ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aero- A) Porque essa cara?
portos. B) Não vou porque não quero.
(B) Comete muitos deslises, talvez por sua espontaneidade, C) Mas por quê?
mas nada que ponha em cheque sua reputação de pessoa cortês. D) Você saiu por quê?

Didatismo e Conhecimento 2
PORTUGUÊS
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE ALAGOAS – TÉCNICO 5-)
FORENSE - CESPE/2013 - adaptada) Uma variante igualmente A) O mindingo não depositou na cardeneta de poupansa. =
correta do termo “autópsia” é autopsia. mendigo/caderneta/poupança
( ) Certo C) O mindigo não depozitou na cardeneta de poupanssa. =
( ) Errado mendigo/caderneta/poupança
D) O mendingo não depozitou na carderneta de poupansa.
=mendigo/depositou/caderneta/poupança
GABARITO
6-) Futuro do verbo “crescer”: crescerão. Teremos: mas elas
01.E 02. D 03. C 04. A 05. B crescerão...
06. E 07. C 08. E 09. A 10. C
7-) Como os itens apresentam o mesmo texto, a alternativa cor-
RESOLUÇÃO reta já indica onde estão as inadequações nos demais itens.

1-) 8-) Fiz as correções entre parênteses:


(A) Ele se esqueceu de que? = quê? A) Entre eu (mim) e a vida sempre houve muitos infortúnios,
(B) Era tão ruím (ruim) aquele texto, que não deu para distribui por isso posso me queixar com razão.
-lo (distribuí-lo) entre os presentes. B) Sempre houveram (houve) várias formas eficazes para ul-
(C) Embora devêssemos (devêssemos) , não fomos excessivos trapassarmos os infortúnios da vida.
nas críticas. C) Devemos controlar nossas emoções todas as vezes que ver-
(D) O juíz (juiz) nunca (se) negou a atender às reivindicações mos (virmos) a pobreza e a miséria fazerem parte de nossa vida.
D) É difícil entender o por quê (o porquê) de tanto sofrimen-
dos funcionários.
to, principalmente daqueles que procuram viver com dignidade e
(E) Não sei por que ele mereceria minha consideração. simplicidade.
E) As dificuldades por que (= pelas quais; correto) passamos
2-) certamente nos fazem mais fortes e preparados para os infortúnios
(A) Os tabeliãos devem preparar o documento. = tabeliães da vida.
(B) Esses cidadões tinham autorização para portar fuzis. = ci-
dadãos 9-) Por que essa cara? = é uma pergunta e o pronome está
(C) Para autenticar as certidãos, procure o cartório local. = longe do ponto de interrogação.
certidões
(E) Cuidado com os degrais, que são perigosos = degraus 10-) autopsia s.f., autópsia s.f.; cf. autopsia
(fonte: http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/
3-) Prezado Usuário start.htm?sid=23)
A fim de oferecer lazer e cultura aos passageiros do metrô, a RESPOSTA: “CERTO”.
partir desta segunda-feira (25/02), às 17h30, começa o Sounder-
ground, festival internacional que prestigia os músicos que tocam
em estações do metrô.
Confira o dia e a estação em que os artistas se apresentarão 2. ACENTUAÇÃO GRÁFICA.
e divirta-se!
A fim = indica finalidade; a partir: sempre separado; antes de
horas: há crase
A acentuação é um dos requisitos que perfazem as regras esta-
4-) Fiz a correção entre parênteses: belecidas pela Gramática Normativa. Esta se compõe de algumas
(A) Que eles viajem sempre é muito bom, mas não é boa a particularidades, às quais devemos estar atentos, procurando esta-
ansiedade com que enfrentam o excesso de passageiros nos aero- belecer uma relação de familiaridade e, consequentemente, colo-
portos. cando-as em prática na linguagem escrita.
(B) Comete muitos deslises (deslizes), talvez por sua esponta- À medida que desenvolvemos o hábito da leitura e a prática de
redigir, automaticamente aprimoramos essas competências, e logo
neidade, mas nada que ponha em cheque (xeque) sua reputação de
nos adequamos à forma padrão.
pessoa cortês.
(C) Ele era rabugento e tinha ojeriza ao hábito do sócio de Regras básicas – Acentuação tônica
descançar (descansar) após o almoço sob a frondoza (frondosa)
árvore do pátio. A acentuação tônica implica na intensidade com que são pro-
(D) Não sei se isso influe (influi), mas a persistência dessa má- nunciadas as sílabas das palavras. Aquela que se dá de forma mais
goa pode estar sendo o grande impecilho (empecilho) na superação acentuada, conceitua-se como sílaba tônica. As demais, como são
dessa sua crise. pronunciadas com menos intensidade, são denominadas de átonas.
(E) O diretor exitou (hesitou) ao aprovar a retenção dessa alta
quantia, mas não quiz (quis) ser taxado de conivente na concessão De acordo com a tonicidade, as palavras são classificadas
de privilégios ilegítimos. como:

Didatismo e Conhecimento 3
PORTUGUÊS
Oxítonas – São aquelas cuja sílaba tônica recai sobre a última - us, um, uns : vírus – álbuns – fórum
sílaba. Ex.: café – coração – cajá – atum – caju – papel - l, n, r, x, ps : automóvel – elétron - cadáver – tórax – fórceps
- ã, ãs, ão, ãos : ímã – ímãs – órfão – órgãos
Paroxítonas – São aquelas em que a sílaba tônica recai na pe- -- Dica da Zê!: Memorize a palavra LINURXÃO. Para quê?
núltima sílaba. Ex.: útil – tórax – táxi – leque – retrato – passível Repare que essa palavra apresenta as terminações das paroxítonas
que são acentuadas: L, I N, U (aqui inclua UM = fórum), R, X, Ã,
Proparoxítonas - São aquelas em que a sílaba tônica está na ÃO. Assim ficará mais fácil a memorização!
antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano – médi-
co – ônibus -ditongo oral, crescente ou decrescente, seguido ou não de “s”:
água – pônei – mágoa – jóquei
Como podemos observar, os vocábulos possuem mais de uma
sílaba, mas em nossa língua existem aqueles com uma sílaba so- Regras especiais:
mente: são os chamados monossílabos que, quando pronunciados,
apresentam certa diferenciação quanto à intensidade. Os ditongos de pronúncia aberta “ei”, “oi” (ditongos abertos),
Tal diferenciação só é percebida quando os pronunciamos em que antes eram acentuados, perderam o acento de acordo com a
uma dada sequência de palavras. Assim como podemos observar nova regra, mas desde que estejam em palavras paroxítonas.
no exemplo a seguir:
* Cuidado: Se os ditongos abertos estiverem em uma palavra
“Sei que não vai dar em nada, oxítona (herói) ou monossílaba (céu) ainda são acentuados. Ex.:
Seus segredos sei de cor”. herói, céu, dói, escarcéu.
Os monossílabos classificam-se como tônicos; os demais, Antes Agora
como átonos (que, em, de). assembléia assembleia
idéia ideia
Os acentos
geléia geleia
jibóia jiboia
acento agudo (´) – Colocado sobre as letras «a», «i», «u» e
apóia (verbo apoiar) apoia
sobre o «e» do grupo “em” - indica que estas letras representam as
paranóico paranoico
vogais tônicas de palavras como Amapá, caí, público, parabéns.
Sobre as letras “e” e “o” indica, além da tonicidade, timbre aberto.
Quando a vogal do hiato for “i” ou “u” tônicos, acompanhados
Ex.: herói – médico – céu (ditongos abertos)
ou não de “s”, haverá acento. Ex.: saída – faísca – baú – país –
Luís
acento circunflexo (^) – colocado sobre as letras “a”, “e” e “o”
indica, além da tonicidade, timbre fechado: Ex.: tâmara – Atlân-
tico – pêssego – supôs Observação importante:
acento grave (`) – indica a fusão da preposição “a” com artigos Não serão mais acentuados “i” e “u” tônicos, formando hiato
e pronomes. Ex.: à – às – àquelas – àqueles quando vierem depois de ditongo: Ex.:
trema ( ¨ ) – De acordo com a nova regra, foi totalmente abo- Antes Agora
lido das palavras. Há uma exceção: é utilizado em palavras deri- bocaiúva bocaiuva
vadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: mülleriano (de Müller) feiúra feiura
Sauípe Sauipe
til (~) – indica que as letras “a” e “o” representam vogais na-
sais. Ex.: coração – melão – órgão – ímã O acento pertencente aos encontros “oo” e “ee” foi abolido.
Ex.:
Regras fundamentais: Antes Agora
crêem creem
Palavras oxítonas: lêem leem
Acentuam-se todas as oxítonas terminadas em: “a”, “e”, “o”, vôo voo
“em”, seguidas ou não do plural(s): Pará – café(s) – cipó(s) – ar- enjôo enjoo
mazém(s)
Essa regra também é aplicada aos seguintes casos: - Agora memorize a palavra CREDELEVÊ. São os verbos que,
Monossílabos tônicos terminados em “a”, “e”, “o”, seguidos no plural, dobram o “e”, mas que não recebem mais acento como
ou não de “s”. Ex.: pá – pé – dó – há antes: CRER, DAR, LER e VER.
Formas verbais terminadas em “a”, “e”, “o” tônicos, seguidas
de lo, la, los, las. Ex. respeitá-lo – percebê-lo – compô-lo Repare:
1-) O menino crê em você
Paroxítonas: Os meninos creem em você.
Acentuam-se as palavras paroxítonas terminadas em: 2-) Elza lê bem!
- i, is : táxi – lápis – júri Todas leem bem!

Didatismo e Conhecimento 4
PORTUGUÊS
3-) Espero que ele dê o recado à sala. Questões sobre Acentuação Gráfica
Esperamos que os garotos deem o recado!
4-) Rubens vê tudo! 01. (TJ/SP – AGENTE DE FISCALIZAÇÃO JUDICIÁRIA
Eles veem tudo! – VUNESP/2010) Assinale a alternativa em que as palavras são
acentuadas graficamente pelos mesmos motivos que justificam,
* Cuidado! Há o verbo vir: respectivamente, as acentuações de: década, relógios, suíços.
Ele vem à tarde! (A) flexíveis, cartório, tênis.
Eles vêm à tarde! (B) inferência, provável, saída.
(C) óbvio, após, países.
Não se acentuam o “i” e o “u” que formam hiato quando segui- (D) islâmico, cenário, propôs.
dos, na mesma sílaba, de l, m, n, r ou z. Ra-ul, ru-im, con-tri-bu-in- (E) república, empresária, graúda.
te, sa-ir, ju-iz
02. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO
PAULO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VU-
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se estiverem
NESP/2013) Assinale a alternativa com as palavras acentuadas
seguidas do dígrafo nh. Ex: ra-i-nha, ven-to-i-nha.
segundo as regras de acentuação, respectivamente, de intercâmbio
e antropológico.
Não se acentuam as letras “i” e “u” dos hiatos se vierem prece-
(A) Distúrbio e acórdão.
didas de vogal idêntica: xi-i-ta, pa-ra-cu-u-ba
(B) Máquina e jiló.
(C) Alvará e Vândalo.
As formas verbais que possuíam o acento tônico na raiz, com (D) Consciência e características.
“u” tônico precedido de “g” ou “q” e seguido de “e” ou “i” não (E) Órgão e órfãs.
serão mais acentuadas. Ex.:
03. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ACRE –
Antes Depois TÉCNICO EM MICROINFORMÁTICA - CESPE/2012) As pa-
apazigúe (apaziguar) apazigue lavras “conteúdo”, “calúnia” e “injúria” são acentuadas de acordo
averigúe (averiguar) averigue com a mesma regra de acentuação gráfica.
argúi (arguir) argui ( ) CERTO ( ) ERRADO

Acentuam-se os verbos pertencentes à terceira pessoa do plural 04. (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE MINAS
de: ele tem – eles têm / ele vem – eles vêm (verbo vir) GERAIS – OFICIAL JUDICIÁRIO – FUNDEP/2010) Assinale a
afirmativa em que se aplica a mesma regra de acentuação.
A regra prevalece também para os verbos conter, obter, reter, A) tevê – pôde – vê
deter, abster. B) únicas – histórias – saudáveis
ele contém – eles contêm C) indivíduo – séria – noticiários
ele obtém – eles obtêm D) diário – máximo – satélite
ele retém – eles retêm
ele convém – eles convêm 05. (ANATEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
PE/2012) Nas palavras “análise” e “mínimos”, o emprego do acen-
Não se acentuam mais as palavras homógrafas que antes eram to gráfico tem justificativas gramaticais diferentes.
acentuadas para diferenciá-las de outras semelhantes (regra do (...) CERTO ( ) ERRADO
acento diferencial). Apenas em algumas exceções, como:
06. (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
A forma verbal pôde (terceira pessoa do singular do pretérito
PE/2012) Os vocábulos “indivíduo”, “diária” e “paciência” rece-
perfeito do modo indicativo) ainda continua sendo acentuada para
bem acento gráfico com base na mesma regra de acentuação grá-
diferenciar-se de pode (terceira pessoa do singular do presente do
fica.
indicativo). Ex: (...) CERTO ( ) ERRADO
Ela pode fazer isso agora.
Elvis não pôde participar porque sua mão não deixou... 07. (BACEN – TÉCNICO DO BANCO CENTRAL – CES-
GRANRIO/2010) As palavras que se acentuam pelas mesmas
O mesmo ocorreu com o verbo pôr para diferenciar da prepo- regras de “conferência”, “razoável”, “países” e “será”, respecti-
sição por. vamente, são
- Quando, na frase, der para substituir o “por” por “colocar”, a) trajetória, inútil, café e baú.
estaremos trabalhando com um verbo, portanto: “pôr”; nos outros b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
casos, “por” preposição. Ex: c) necessário, túnel, infindáveis e só.
Faço isso por você. d) médio, nível, raízes e você.
Posso pôr (colocar) meus livros aqui? e) éter, hífen, propôs e saída.

Didatismo e Conhecimento 5
PORTUGUÊS
08. (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011) São acentua- C) indivíduo – séria – noticiários
dos graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação grá- Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; séria = paro-
fica os vocábulos xítona terminada em ditongo; noticiários = paroxítona terminada
A) também e coincidência. em ditongo.
B) quilômetros e tivéssemos. D) diário – máximo – satélite
C) jogá-la e incrível. Diário = paroxítona terminada em ditongo; máximo = proparo-
D) Escócia e nós. xítona; satélite = proparoxítona.
E) correspondência e três. 5-) Análise = proparoxítona / mínimos = proparoxítona. Am-
09. (IBAMA – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- bas são acentuadas pela mesma regra (antepenúltima sílaba é tôni-
PE/2012) As palavras “pó”, “só” e “céu” são acentuadas de acordo ca, “mais forte”).
com a mesma regra de acentuação gráfica. RESPOSTA: “ERRADO”.
(...) CERTO ( ) ERRADO
6-) Indivíduo = paroxítona terminada em ditongo; diária = pa-
roxítona terminada em ditongo; paciência = paroxítona terminada
GABARITO em ditongo. Os três vocábulos são acentuados devido à mesma
01. E 02. D 03. E 04. C 05. E regra.
06. C 07. D 08. B 09. E RESPOSTA: “CERTO”.
RESOLUÇÃO 7-) Vamos classificar as palavras do enunciado:
1-) Conferência = paroxítona terminada em ditongo
1-) Década = proparoxítona / relógios = paroxítona terminada 2-) razoável = paroxítona terminada em “l’
em ditongo / suíços = regra do hiato 3-) países = regra do hiato
(A) flexíveis e cartório = paroxítonas terminadas em ditongo / 4-) será = oxítona terminada em “a”
tênis = paroxítona terminada em “i” (seguida de “s”)
(B) inferência = paroxítona terminada em ditongo / provável = a) trajetória, inútil, café e baú.
paroxítona terminada em “l” / saída = regra do hiato Trajetória = paroxítona terminada em ditongo; inútil = paroxí-
(C) óbvio = paroxítona terminada em ditongo / após = oxítona tona terminada em “l’; café = oxítona terminada em “e”
terminada em “o” + “s” / países = regra do hiato b) exercício, balaústre, níveis e sofá.
(D) islâmico = proparoxítona / cenário = paroxítona terminada Exercício = paroxítona terminada em ditongo; balaústre = re-
em ditongo / propôs = oxítona terminada em “o” + “s” gra do hiato; níveis = paroxítona terminada em “i + s”; sofá =
(E) república = proparoxítona / empresária = paroxítona termi- oxítona terminada em “a”.
nada em ditongo / graúda = regra do hiato c) necessário, túnel, infindáveis e só.
Necessário = paroxítona terminada em ditongo; túnel = paro-
2-) Para que saibamos qual alternativa assinalar, primeiro te- xítona terminada em “l’; infindáveis = paroxítona terminada em “i
mos que classificar as palavras do enunciado quanto à posição de + s”; só = monossílaba terminada em “o”.
sua sílaba tônica: d) médio, nível, raízes e você.
Intercâmbio = paroxítona terminada em ditongo; Antropológi- Médio = paroxítona terminada em ditongo; nível = paroxítona
terminada em “l’; raízes = regra do hiato; será = oxítona terminada
co = proparoxítona (todas são acentuadas). Agora, vamos à análise
em “a”.
dos itens apresentados: e) éter, hífen, propôs e saída.
(A) Distúrbio = paroxítona terminada em ditongo; acórdão = Éter = paroxítona terminada em “r”; hífen = paroxítona ter-
paroxítona terminada em “ão” minada em “n”; propôs = oxítona terminada em “o + s”; saída =
(B) Máquina = proparoxítona; jiló = oxítona terminada em “o” regra do hiato.
(C) Alvará = oxítona terminada em “a”; Vândalo = proparo-
xítona 8-)
(D) Consciência = paroxítona terminada em ditongo; caracte- A) também e coincidência.
rísticas = proparoxítona Também = oxítona terminada em “e + m”; coincidência = pa-
(E) Órgão e órfãs = ambas: paroxítona terminada em “ão” e roxítona terminada em ditongo
“ã”, respectivamente. B) quilômetros e tivéssemos.
Quilômetros = proparoxítona; tivéssemos = proparoxítona
3-) “Conteúdo” é acentuada seguindo a regra do hiato; calúnia C) jogá-la e incrível.
= paroxítona terminada em ditongo; injúria = paroxítona termina- Oxítona terminada em “a”; incrível = paroxítona terminada em
da em ditongo. “l’
RESPOSTA: “ERRADO”. D) Escócia e nós.
Escócia = paroxítona terminada em ditongo; nós = monossíla-
4-) ba terminada em “o + s”
A) tevê – pôde – vê E) correspondência e três.
Tevê = oxítona terminada em “e”; pôde (pretérito perfeito do Correspondência = paroxítona terminada em ditongo; três =
Indicativo) = acento diferencial (que ainda prevalece após o Novo monossílaba terminada em “e + s”
Acordo Ortográfico) para diferenciar de “pode” – presente do In-
dicativo; vê = monossílaba terminada em “e” 9-) Pó = monossílaba terminada em “o”; só = monossílaba ter-
B) únicas – histórias – saudáveis minada em “o”; céu = monossílaba terminada em ditongo aberto
Únicas = proparoxítona; história = paroxítona terminada em “éu”.
ditongo; saudáveis = paroxítona terminada em ditongo. RESPOSTA: “ERRADO”.

Didatismo e Conhecimento 6
PORTUGUÊS
Ponto de Interrogação
3. PONTUAÇÃO. Usa-se nas interrogações diretas e indiretas livres.
“- Então? Que é isso? Desertaram ambos?” (Artur Azevedo)

Reticências
Os sinais de pontuação são marcações gráficas que servem 1- Indica que palavras foram suprimidas.
para compor a coesão e a coerência textual, além de ressaltar es- - Comprei lápis, canetas, cadernos...
pecificidades semânticas e pragmáticas. Vejamos as principais
funções dos sinais de pontuação conhecidos pelo uso da língua 2- Indica interrupção violenta da frase.
portuguesa. “- Não... quero dizer... é verdad... Ah!”

Ponto 3- Indica interrupções de hesitação ou dúvida


1- Indica o término do discurso ou de parte dele. - Este mal... pega doutor?
- Façamos o que for preciso para tirá-la da situação em que
se encontra. 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito
- Gostaria de comprar pão, queijo, manteiga e leite. - Deixa, depois, o coração falar...
- Acordei. Olhei em volta. Não reconheci onde estava.
Vírgula
2- Usa-se nas abreviações - V. Exª. - Sr.
Não se usa vírgula
Ponto e Vírgula ( ; ) *separando termos que, do ponto de vista sintático, ligam-se
1- Separa várias partes do discurso, que têm a mesma impor- diretamente entre si:
tância. - entre sujeito e predicado.
- “Os pobres dão pelo pão o trabalho; os ricos dão pelo pão Todos os alunos da sala foram advertidos.
a fazenda; os de espíritos generosos dão pelo pão a vida; os de Sujeito predicado
nenhum espírito dão pelo pão a alma...” (VIEIRA)
- entre o verbo e seus objetos.
2- Separa partes de frases que já estão separadas por vírgulas. O trabalho custou sacrifício aos realizadores.
- Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, montanhas, V.T.D.I. O.D. O.I.
frio e cobertor.
Usa-se a vírgula:
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de motivos, de- - Para marcar intercalação:
creto de lei, etc. a) do adjunto adverbial: O café, em razão da sua abundância,
- Ir ao supermercado; vem caindo de preço.
- Pegar as crianças na escola; b) da conjunção: Os cerrados são secos e áridos. Estão produ-
- Caminhada na praia; zindo, todavia, altas quantidades de alimentos.
- Reunião com amigos. c) das expressões explicativas ou corretivas: As indústrias não
querem abrir mão de suas vantagens, isto é, não querem abrir mão
Dois pontos dos lucros altos.
1- Antes de uma citação
- Vejamos como Afrânio Coutinho trata este assunto: - Para marcar inversão:
a) do adjunto adverbial (colocado no início da oração): Depois
2- Antes de um aposto das sete horas, todo o comércio está de portas fechadas.
- Três coisas não me agradam: chuva pela manhã, frio à tarde b) dos objetos pleonásticos antepostos ao verbo: Aos pesquisa-
e calor à noite. dores, não lhes destinaram verba alguma.
c) do nome de lugar anteposto às datas: Recife, 15 de maio de
3- Antes de uma explicação ou esclarecimento 1982.
- Lá estava a deplorável família: triste, cabisbaixa, vivendo a
rotina de sempre. - Para separar entre si elementos coordenados (dispostos em
enumeração):
4- Em frases de estilo direto Era um garoto de 15 anos, alto, magro.
Maria perguntou: A ventania levou árvores, e telhados, e pontes, e animais.
- Por que você não toma uma decisão?
- Para marcar elipse (omissão) do verbo:
Ponto de Exclamação Nós queremos comer pizza; e vocês, churrasco.
1- Usa-se para indicar entonação de surpresa, cólera, susto, - Para isolar:
- o aposto: São Paulo, considerada a metrópole brasileira,
súplica, etc.
possui um trânsito caótico.
- Sim! Claro que eu quero me casar com você! - o vocativo: Ora, Thiago, não diga bobagem.
2- Depois de interjeições ou vocativos
- Ai! Que susto! Fontes: http://www.infoescola.com/portugues/pontuacao/
- João! Há quanto tempo! http://www.brasilescola.com/gramatica/uso-da-virgula.htm

Didatismo e Conhecimento 7
PORTUGUÊS
Questões sobre Pontuação 05. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013 – adap.). Assinale
a alternativa em que a frase mantém-se correta após o acréscimo
01. (Agente Policial – Vunesp – 2013). Assinale a alternativa das vírgulas.
em que a pontuação está corretamente empregada, de acordo com (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la, verá na pulseira
a norma-padrão da língua portuguesa. instruções para que envie, uma mensagem eletrônica ao grupo ou
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, acione o código na internet.
experimentasse, a sensação de violar uma intimidade, procurou a (B) Um geolocalizador também, avisará, os pais de onde o có-
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju- digo foi acionado.
dar a revelar quem era a sua dona. (C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados, re-
cebem automaticamente, uma mensagem dizendo que a criança
(B) Diante, da testemunha o homem abriu a bolsa e, embora
foi encontrada.
experimentasse a sensação, de violar uma intimidade, procurou a
(D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha, chega primeiro
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju-
às, areias do Guarujá.
dar a revelar quem era a sua dona. (E) O sistema permite, ainda, cadastrar o nome e o telefone de
(C) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora quem a encontrou e informar um ponto de referência
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a
esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que pudesse aju- 06. (DNIT – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – ESAF/2013)
dar a revelar quem era a sua dona. Para que o fragmento abaixo seja coerente e gramaticalmente cor-
(D) Diante da testemunha, o homem, abriu a bolsa e, embora reto, é necessário inserir sinais de pontuação. Assinale a posição
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a em que não deve ser usado o sinal de ponto, e sim a vírgula, para
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju- que sejam respeitadas as regras gramaticais. Desconsidere os ajus-
dar a revelar quem era a sua dona. tes nas letras iniciais minúsculas.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora, O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de
experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procurou a bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A) o pro-
esmo entre as coisinhas, tentando, encontrar algo que pudesse aju- grama desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utili-
dar a revelar quem era a sua dona. zarem a bicicleta de forma segura e correta(B) os alunos ajudam
a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania
02. (CNJ – TÉCNICO JUDICIÁRIO – CESPE/2013 - ADAP- e reciclagem(C) as escolas participantes se tornam também cen-
tros de descarte de garrafas PET(D) destinadas depois para reci-
TADA) Jogadores de futebol de diversos times entraram em cam-
clagem(E) o programa possibilitará o retorno das bicicletas pela
po em prol do programa “Pai Presente”, nos jogos do Campeo-
saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares
nato Nacional em apoio à campanha que visa 4 reduzir o número melhores para se viver.
de pessoas que não possuem o nome do pai em sua certidão de (Adaptado de Vida Simples, abril de 2012, edição 117)
nascimento. (...) a) A
A oração subordinada “que não possuem o nome do pai em sua b) B
certidão de nascimento” não é antecedida por vírgula porque tem c) C
natureza restritiva. d) D
( ) Certo ( ) Errado e) E

03.(BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – BN- 07. (DETRAN - OFICIAL ESTADUAL DE TRÂNSITO –


DES/2012) Em que período a vírgula pode ser retirada, mantendo- VUNESP/2013) Assinale a alternativa correta quanto ao uso da
se o sentido e a obediência à norma-padrão? pontuação.
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circuns-
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? tâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara (B) Dirigir pode aumentar, nosso nível de estresse, porque
para o evento. você está junto; com os outros motoristas cujos comportamentos,
são desconhecidos.
(D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramen-
(C) Os motoristas, devem saber, que os carros podem ser uma
to do desportista.
extensão de nossa personalidade.
(E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô, (D) A ira de trânsito pode ocasionar, acidentes e; aumentar os
natação e canoagem. níveis de estresse em alguns motoristas.
(E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua,
04. (BANPARÁ/PA – TÉCNICO BANCÁRIO – ESPP/2012) são as principais causas da ira de trânsito.
Assinale a alternativa em que a pontuação está correta.
a) Meu grande amigo Pedro, esteve aqui ontem! 08. (ACADEMIA DE POLÍCIA DO ESTADO DE MINAS
b) Foi solicitado, pelo diretor o comprovante da transação. GERAIS – TÉCNICO ASSISTENTE DA POLÍCIA CIVIL - FU-
c) Maria, você trouxe os documentos? MARC/2013) “Paciência, minha filha, este é apenas um ciclo eco-
d) O garoto de óculos leu, em voz alta o poema. nômico e a nossa geração foi escolhida para este vexame, você aí
e) Na noite de ontem o vigia percebeu, uma movimentação desse tamanho pedindo esmola e eu aqui sem nada para te dizer,
estranha. agora afasta que abriu o sinal.”

Didatismo e Conhecimento 8
PORTUGUÊS
No período acima, as vírgulas foram empregadas em “Paciên- (D) Atualmente, várias áreas contribuem para o aprimoramen-
cia, minha filha, este é [...]”, para separar to do desportista.
(A) aposto. = pode retirá-la (advérbio de tempo)
(B) vocativo. (E) Eis alguns esportes que a Ciência do Esporte ajuda: judô,
(C) adjunto adverbial.
natação e canoagem.
(D) expressão explicativa.
= mantê-la (enumeração)
09. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL 4-) Assinalei com (X) a pontuação inadequada ou faltante:
PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011) O período a) Meu grande amigo Pedro, (X) esteve aqui ontem!
corretamente pontuado é: b) Foi solicitado, (X) pelo diretor o comprovante da transação.
(A) Os filmes que, mostram a luta pela sobrevivência em con- c) Maria, você trouxe os documentos?
dições hostis nem sempre conseguem agradar, aos espectadores. d) O garoto de óculos leu, em voz alta (X) o poema.
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si, e) Na noite de ontem (X) o vigia percebeu, (X) uma movimen-
podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional. tação estranha.
(C) A história de heroísmo e de determinação que nem sempre,
é convincente, se passa em um cenário marcado, pelo frio.
(D) Caminhar por um extenso território gelado, é correr riscos 5-) Assinalei com (X) onde estão as pontuações inadequadas
iminentes que comprometem, a sobrevivência. (A) Se a criança se perder, quem encontrá-la , (X) verá na
(E) Para os fugitivos que se propunham, a alcançar a liberdade, pulseira instruções para que envie , (X) uma mensagem eletrônica
nada poderia parecer, realmente intransponível. ao grupo ou acione o código na internet.
(B) Um geolocalizador também , (X) avisará , (X) os pais de
GABARITO onde o código foi acionado.
(C) Assim que o código é digitado, familiares cadastrados ,
01. C 02. C 03. D 04. C 05. E (X) recebem ( , ) automaticamente, uma mensagem dizendo que a
06. D 07. A 08. B 09.B
criança foi encontrada.
RESOLUÇÃO (D) De fabricação chinesa, a nova pulseirinha , (X) chega pri-
meiro às , (X) areias do Guarujá.
1- Assinalei com um (X) as pontuações inadequadas
(A) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embo- 6-)
ra, (X) experimentasse , (X) a sensação de violar uma intimidade, O projeto Escola de Bicicleta está distribuindo bicicletas de
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que bambu para 4600 alunos da rede pública de São Paulo(A). O pro-
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. grama desenvolve ainda oficinas e cursos para as crianças utili-
(B) Diante , (X) da testemunha o homem abriu a bolsa e, em-
zarem a bicicleta de forma segura e correta(B). Os alunos ajudam
bora experimentasse a sensação , (X) de violar uma intimidade,
procurou a esmo entre as coisinhas, tentando encontrar algo que a traçar ciclorrotas e participam de atividades sobre cidadania e
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. reciclagem(C). As escolas participantes se tornam também centros
(D) Diante da testemunha, o homem , (X) abriu a bolsa e, em- de descarte de garrafas PET(D), destinadas depois para recicla-
bora experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procu- gem(E). O programa possibilitará o retorno das bicicletas pela
rou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que saúde das crianças e transformação das comunidades em lugares
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona. melhores para se viver.
(E) Diante da testemunha, o homem abriu a bolsa e, embora , A vírgula deve ser colocada após a palavra “PET”, posição
(X) experimentasse a sensação de violar uma intimidade, procu- (D), pois antecipa um termo explicativo.
rou a esmo entre as coisinhas, tentando , (X) encontrar algo que
pudesse ajudar a revelar quem era a sua dona.
7-) Fiz as indicações (X) das pontuações inadequadas:
2-) A oração restringe o grupo que participará da campanha (A) Segundo alguns psicólogos, é possível, em certas circuns-
(apenas os que não têm o nome do pai na certidão de nascimen- tâncias, ceder à frustração para que a raiva seja aliviada.
to). Se colocarmos uma vírgula, a oração tornar-se-á “explicativa”, (B) Dirigir pode aumentar, (X) nosso nível de estresse, porque
generalizando a informação, o que dará a entender que TODAS as você está junto; (X) com os outros motoristas cujos comportamen-
pessoa não têm o nome do pai na certidão. tos, (X) são desconhecidos.
RESPOSTA: “CERTO”. (C) Os motoristas, (X) devem saber, (X) que os carros podem
ser uma extensão de nossa personalidade.
3-)
(D) A ira de trânsito pode ocasionar, (X) acidentes e; (X) au-
(A) Quando o técnico chegou, a equipe começou o treino. =
mantê-la (termo deslocado) mentar os níveis de estresse em alguns motoristas.
(B) Antônio, quer saber as últimas novidades dos esportes? = (E) Os congestionamentos e o número de motoristas na rua,
mantê-la (vocativo) (X) são as principais causas da ira de trânsito.
(C) As Olimpíadas de 2016 ocorrerão no Rio, que se prepara
para o evento. 8-) Paciência, minha filha, este é... = é o termo usado para se
= mantê-la (explicação) dirigir ao interlocutor, ou seja, é um vocativo.

Didatismo e Conhecimento 9
PORTUGUÊS
9-) Fiz as marcações (X) onde as pontuações estão inadequa- Adjetivo Pátrio Composto
das ou faltantes:
(A) Os filmes que,(X) mostram a luta pela sobrevivência em Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento
condições hostis nem sempre conseguem agradar, (X) aos espec- aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita. Observe al-
tadores. guns exemplos:
(B) Várias experiências de prisioneiros, semelhantes entre si,
podem ser reunidas e fazer parte de uma mesma história ficcional. África afro- / Cultura afro-americana
Alemanha germano- ou teuto-/Competições teuto-inglesas
(C) A história de heroísmo e de determinação (X) que nem
América américo- / Companhia américo-africana
sempre, (X) é convincente, se passa em um cenário marcado, (X)
Bélgica belgo- / Acampamentos belgo-franceses
pelo frio. China sino- / Acordos sino-japoneses
(D) Caminhar por um extenso território gelado, (X) é correr Espanha hispano- / Mercado hispano-português
riscos iminentes (X) que comprometem, (X) a sobrevivência. Europa euro- / Negociações euro-americanas
(E) Para os fugitivos que se propunham, (X) a alcançar a liber- França franco- ou galo- / Reuniões franco-italianas
dade, nada poderia parecer, (X) realmente intransponível. Grécia greco- / Filmes greco-romanos
Inglaterra anglo- / Letras anglo-portuguesas
Itália ítalo- / Sociedade ítalo-portuguesa
Japão nipo- / Associações nipo-brasileiras
Portugal luso- / Acordos luso-brasileiros
4. CLASSES GRAMATICAIS.
5. VARIAÇÕES VERBAIS: TEMPO, Flexão dos adjetivos
MODO, NÚMERO E PESSOA.
O adjetivo varia em gênero, número e grau.

Gênero dos Adjetivos


Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou caracterís- Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem
tica do ser e se relaciona com o substantivo. (masculino e feminino). De forma semelhante aos substantivos,
Ao analisarmos a palavra bondoso, por exemplo, percebemos classificam-se em:
que, além de expressar uma qualidade, ela pode ser colocada ao
lado de um substantivo: homem bondoso, moça bondosa, pessoa Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e
bondosa. outra para o feminino. Por exemplo: ativo e ativa, mau e má, judeu
Já com a palavra bondade, embora expresse uma qualidade, e judia.
não acontece o mesmo; não faz sentido dizer: homem bondade, Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino
moça bondade, pessoa bondade. Bondade, portanto, não é adjeti- somente o último elemento. Por exemplo: o moço norte-america-
vo, mas substantivo. no, a moça norte-americana.
Exceção: surdo-mudo e surda-muda.
Morfossintaxe do Adjetivo:
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como
para o feminino. Por exemplo: homem feliz e mulher feliz.
O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função dentro de Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no femi-
uma oração) relativas aos substantivos, atuando como adjunto ad- nino. Por exemplo: conflito político-social e desavença político-
nominal ou como predicativo (do sujeito ou do objeto). social.

Adjetivo Pátrio (ou gentílico) Número dos Adjetivos

Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser. Observe Plural dos adjetivos simples
alguns deles: Os adjetivos simples flexionam-se no plural de acordo com as
regras estabelecidas para a flexão numérica dos substantivos sim-
Estados e cidades brasileiros: ples. Por exemplo: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins boa
e boas
Alagoas alagoano
Amapá amapaense
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função
Aracaju aracajuano ou aracajuense de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver
Amazonas amazonense ou baré qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela
Belo Horizonte belo-horizontino manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é origi-
Brasília brasiliense nalmente um substantivo; porém, se estiver qualificando um ele-
Cabo Frio cabo-friense mento, funcionará como adjetivo. Ficará, então, invariável. Logo:
Campinas campineiro ou campinense camisas cinza, ternos cinza.

Didatismo e Conhecimento 10
PORTUGUÊS
Veja outros exemplos: b) Bom, mau, grande e pequeno têm formas sintéticas (me-
Motos vinho (mas: motos verdes) lhor, pior, maior e menor), porém, em comparações feitas entre
Paredes musgo (mas: paredes brancas). duas qualidades de um mesmo elemento, deve-se usar as formas
Comícios monstro (mas: comícios grandiosos). analíticas mais bom, mais mau,mais grande e mais pequeno. Por
exemplo:
Adjetivo Composto Pedro é maior do que Paulo - Comparação de dois elemen-
tos.
É aquele formado por dois ou mais elementos. Normalmente,
Pedro é mais grande que pequeno - comparação de duas qua-
esses elementos são ligados por hífen. Apenas o último elemento
concorda com o substantivo a que se refere; os demais ficam na lidades de um mesmo elemento.
forma masculina, singular. Caso um dos elementos que formam
o adjetivo composto seja um substantivo adjetivado, todo o ad- Sou menos alto (do) que você. = Comparativo de Inferiori-
jetivo composto ficará invariável. Por exemplo: a palavra rosa é dade
originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um Sou menos passivo (do) que tolerante.
elemento, funcionará como adjetivo. Caso se ligue a outra palavra Superlativo
por hífen, formará um adjetivo composto; como é um substanti-
vo adjetivado, o adjetivo composto inteiro ficará invariável. Por O superlativo expressa qualidades num grau muito elevado ou
exemplo: em grau máximo. O grau superlativo pode ser absoluto ou relativo
Camisas rosa-claro. e apresenta as seguintes modalidades:
Ternos rosa-claro. Superlativo Absoluto: ocorre quando a qualidade de um ser
Olhos verde-claros. é intensificada, sem relação com outros seres. Apresenta-se nas
Calças azul-escuras e camisas verde-mar.
formas:
Telhados marrom-café e paredes verde-claras.
Analítica: a intensificação se faz com o auxílio de palavras que
Obs.: - Azul-marinho, azul-celeste, ultravioleta e qualquer ad-
jetivo composto iniciado por cor-de-... são sempre invariáveis. dão ideia de intensidade (advérbios). Por exemplo: O secretário é
- Os adjetivos compostos surdo-mudo e pele-vermelha têm os muito inteligente.
dois elementos flexionados. Sintética: a intensificação se faz por meio do acréscimo de su-
fixos. Por exemplo: O secretário é inteligentíssimo.
Grau do Adjetivo Observe alguns superlativos sintéticos:
benéfico beneficentíssimo
Os adjetivos flexionam-se em grau para indicar a intensidade bom boníssimo ou ótimo
da qualidade do ser. São dois os graus do adjetivo: o comparativo comum comuníssimo
e o superlativo. cruel crudelíssimo
difícil dificílimo
Comparativo doce dulcíssimo
fácil facílimo
Nesse grau, comparam-se a mesma característica atribuída a
fiel fidelíssimo
dois ou mais seres ou duas ou mais características atribuídas ao
mesmo ser. O comparativo pode ser de igualdade, de superioridade
ou de inferioridade. Observe os exemplos abaixo: Superlativo Relativo: ocorre quando a qualidade de um ser é
Sou tão alto como você. = Comparativo de Igualdade intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode
No comparativo de igualdade, o segundo termo da comparação ser:
é introduzido pelas palavras como, quanto ou quão. De Superioridade: Clara é a mais bela da sala.
De Inferioridade: Clara é a menos bela da sala.
Sou mais alto (do) que você. = Comparativo de Superioridade
Analítico Note bem:
No comparativo de superioridade analítico, entre os dois subs- 1) O superlativo absoluto analítico é expresso por meio dos
tantivos comparados, um tem qualidade superior. A forma é ana- advérbios muito, extremamente, excepcionalmente, etc., antepos-
lítica porque pedimos auxílio a “mais...do que” ou “mais...que”. tos ao adjetivo.
2) O superlativo absoluto sintético apresenta-se sob duas for-
O Sol é maior (do) que a Terra. = Comparativo de Superiori-
mas : uma erudita, de origem latina, outra popular, de origem
dade Sintético
vernácula. A forma erudita é constituída pelo radical do adjetivo
Alguns adjetivos possuem, para o comparativo de superiorida- latino + um dos sufixos -íssimo, -imo ou érrimo. Por exemplo:
de, formas sintéticas, herdadas do latim. São eles: bom /melhor, fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma popular é constituída
pequeno/menor, mau/pior, alto/superior, grande/maior, baixo/ do radical do adjetivo português + o sufixo -íssimo: pobríssimo,
inferior. agilíssimo.
Observe que: 3) Em vez dos superlativos normais seriíssimo, precariíssimo,
a) As formas menor e pior são comparativos de superioridade, necessariíssimo, preferem-se, na linguagem atual, as formas serís-
pois equivalem a mais pequeno e mais mau, respectivamente. simo, precaríssimo, necessaríssimo, sem o desagradável hiato i-í.

Didatismo e Conhecimento 11
PORTUGUÊS
O advérbio, assim como muitas outras palavras existentes na de exclusão: Apenas, exclusivamente, salvo, senão, somente,
Língua Portuguesa, advém de outras línguas. Assim sendo, tal qual simplesmente, só, unicamente
o adjetivo, o prefixo “ad-” indica a ideia de proximidade, conti-
guidade. Essa proximidade faz referência ao processo verbal, no de inclusão: Ainda, até, mesmo, inclusivamente, também
sentido de caracterizá-lo, ou seja, indicando as circunstâncias em
que esse processo se desenvolve. de ordem: Depois, primeiramente, ultimamente
O advérbio relaciona-se aos verbos da língua, no sentido de
caracterizar os processos expressos por ele. Contudo, ele não é de designação: Eis
modificador exclusivo desta classe (verbos), pois também modifi- de interrogação: onde? (lugar), como? (modo), quando?
ca o adjetivo e até outro advérbio. Seguem alguns exemplos: (tempo), por quê? (causa), quanto? (preço e intensidade), para
Para quem se diz distantemente alheio a esse assunto, você quê? (finalidade)
está até bem informado.
Temos o advérbio “distantemente” que modifica o adjetivo Locução adverbial
alheio, representando uma qualidade, característica.
É reunião de duas ou mais palavras com valor de advérbio.
O artista canta muito mal. Exemplo:
Nesse caso, o advérbio de intensidade “muito” modifica outro Carlos saiu às pressas. (indicando modo)
advérbio de modo – “mal”. Em ambos os exemplos pudemos ve- Maria saiu à tarde. (indicando tempo)
rificar que se tratava de somente uma palavra funcionando como
advérbio. No entanto, ele pode estar demarcado por mais de uma Há locuções adverbiais que possuem advérbios corresponden-
palavra, que mesmo assim não deixará de ocupar tal função. Te- tes. Exemplo: Carlos saiu às pressas. = Carlos saiu apressada-
mos aí o que chamamos de locução adverbial, representada por al- mente.
gumas expressões, tais como: às vezes, sem dúvida, frente a frente,
de modo algum, entre outras. Apenas os advérbios de intensidade, de lugar e de modo são
Dependendo das circunstâncias expressas pelos advérbios, eles flexionados, sendo que os demais são todos invariáveis. A única
se classificam em distintas categorias, uma vez expressas por: flexão propriamente dita que existe na categoria dos advérbios é
de modo: Bem, mal, assim, depressa, devagar, às pressas, às a de grau:
claras, às cegas, à toa, à vontade, às escondidas, aos poucos, des- Superlativo: aumenta a intensidade. Exemplos: longe - longís-
se jeito, desse modo, dessa maneira, em geral, frente a frente, lado simo, pouco - pouquíssimo, inconstitucionalmente - inconstitucio-
a lado, a pé, de cor, em vão, e a maior parte dos que terminam em nalissimamente, etc.;
-”mente”: calmamente, tristemente, propositadamente, paciente- Diminutivo: diminui a intensidade. Exemplos: perto - perti-
mente, amorosamente, docemente, escandalosamente, bondosa- nho, pouco - pouquinho, devagar - devagarinho.
mente, generosamente Artigo é a palavra que, vindo antes de um substantivo, indica
de intensidade: Muito, demais, pouco, tão, menos, em exces- se ele está sendo empregado de maneira definida ou indefinida.
so, bastante, pouco, mais, menos, demasiado, quanto, quão, tanto, Além disso, o artigo indica, ao mesmo tempo, o gênero e o número
que(equivale a quão), tudo, nada, todo, quase, de todo, de muito, dos substantivos.
por completo.
Classificação dos Artigos
de tempo: Hoje, logo, primeiro, ontem, tarde outrora, ama-
nhã, cedo, dantes, depois, ainda, antigamente, antes, doravante, Artigos Definidos: determinam os substantivos de maneira
nunca, então, ora, jamais, agora, sempre, já, enfim, afinal, breve, precisa: o, a, os, as. Por exemplo: Eu matei o animal.
constantemente, entrementes, imediatamente, primeiramente, pro- Artigos Indefinidos: determinam os substantivos de maneira
visoriamente, sucessivamente, às vezes, à tarde, à noite, de manhã, vaga: um, uma, uns, umas. Por exemplo: Eu matei um animal.
de repente, de vez em quando, de quando em quando, a qualquer
momento, de tempos em tempos, em breve, hoje em dia Combinação dos Artigos

de lugar: Aqui, antes, dentro, ali, adiante, fora, acolá, atrás, É muito presente a combinação dos artigos definidos e inde-
além, lá, detrás, aquém, cá, acima, onde, perto, aí, abaixo, aonde, finidos com preposições. Veja a forma assumida por essas com-
longe, debaixo, algures, defronte, nenhures, adentro, afora, alhu- binações:
res, nenhures, aquém, embaixo, externamente, a distância, à dis-
tancia de, de longe, de perto, em cima, à direita, à esquerda, ao Preposições Artigos
lado, em volta o, os
de negação : Não, nem, nunca, jamais, de modo algum, de a ao, aos
forma nenhuma, tampouco, de jeito nenhum de do, dos
em no, nos
de dúvida: Acaso, porventura, possivelmente, provavelmente, por (per) pelo, pelos
quiçá, talvez, casualmente, por certo, quem sabe a, as um, uns uma, umas
à, às - -
de afirmação: Sim, certamente, realmente, decerto, efetiva- da, das dum, duns duma, dumas
mente, certo, decididamente, realmente, deveras, indubitavelmen- na, nas num, nuns numa, numas
te (=sem dúvida). pela, pelas - -

Didatismo e Conhecimento 12
PORTUGUÊS
- As formas à e às indicam a fusão da preposição a com o Morfossintaxe
artigo definido a. Essa fusão de vogais idênticas é conhecida por
crase. Para definir o que é artigo é preciso mencionar suas relações
com o substantivo. Assim, nas orações da língua portuguesa, o ar-
Constatemos as circunstâncias em que os artigos se mani- tigo exerce a função de adjunto adnominal do substantivo a que se
festam: refere. Tal função independe da função exercida pelo substantivo:
A existência é uma poesia.
- Considera-se obrigatório o uso do artigo depois do numeral Uma existência é a poesia.
“ambos”: Ambos os garotos decidiram participar das olimpíadas.
Conjunção é a palavra invariável que liga duas orações ou dois
- Nomes próprios indicativos de lugar admitem o uso do artigo, termos semelhantes de uma mesma oração. Por exemplo:
outros não: São Paulo, O Rio de Janeiro, Veneza, A Bahia... A menina segurou a boneca e mostrou quando viu as amigui-
nhas.
- Quando indicado no singular, o artigo definido pode indicar
toda uma espécie: O trabalho dignifica o homem. Deste exemplo podem ser retiradas três informações:
1-) segurou a boneca 2-) a menina mostrou 3-) viu as ami-
- No caso de nomes próprios personativos, denotando a ideia guinhas
de familiaridade ou afetividade, é facultativo o uso do artigo: O
Pedro é o xodó da família. Cada informação está estruturada em torno de um verbo: segu-
rou, mostrou, viu. Assim, há nessa frase três orações:
- No caso de os nomes próprios personativos estarem no plu- 1ª oração: A menina segurou a boneca 2ª oração: e mostrou
ral, são determinados pelo uso do artigo: Os Maias, os Incas, Os 3ª oração: quando viu as amiguinhas.
Astecas... A segunda oração liga-se à primeira por meio do “e”, e a ter-
ceira oração liga-se à segunda por meio do “quando”. As palavras
- Usa-se o artigo depois do pronome indefinido todo(a) para “e” e “quando” ligam, portanto, orações.
conferir uma ideia de totalidade. Sem o uso dele (o artigo), o pro-
nome assume a noção de qualquer. Observe: Gosto de natação e de futebol.
Toda a classe parabenizou o professor. (a sala toda)
Nessa frase as expressões de natação, de futebol são partes ou
Toda classe possui alunos interessados e desinteressados.
termos de uma mesma oração. Logo, a palavra “e” está ligando
(qualquer classe)
termos de uma mesma oração.
- Antes de pronomes possessivos, o uso do artigo é facultativo:
Morfossintaxe da Conjunção
Adoro o meu vestido longo. Adoro meu vestido longo.

- A utilização do artigo indefinido pode indicar uma ideia de As conjunções, a exemplo das preposições, não exercem pro-
aproximação numérica: O máximo que ele deve ter é uns vinte priamente uma função sintática: são conectivos.
anos. Classificação
- O artigo também é usado para substantivar palavras oriundas - Conjunções Coordenativas
de outras classes gramaticais: Não sei o porquê de tudo isso. - Conjunções Subordinativas

- Nunca deve ser usado artigo depois do pronome relativo cujo Conjunções coordenativas
(e flexões).
Este é o homem cujo amigo desapareceu. Dividem-se em:
Este é o autor cuja obra conheço. - ADITIVAS: expressam a ideia de adição, soma. Ex. Gosto de
cantar e de dançar.
- Não se deve usar artigo antes das palavras casa ( no sentido Principais conjunções aditivas: e, nem, não só...mas também,
de lar, moradia) e terra ( no sentido de chão firme), a menos que não só...como também.
venham especificadas.
- ADVERSATIVAS: Expressam ideias contrárias, de oposição,
Eles estavam em casa. de compensação. Ex. Estudei, mas não entendi nada.
Eles estavam na casa dos amigos. Principais conjunções adversativas: mas, porém, contudo, to-
Os marinheiros permaneceram em terra. davia, no entanto, entretanto.
Os marinheiros permanecem na terra dos anões.
- ALTERNATIVAS: Expressam ideia de alternância.
- Não se emprega artigo antes dos pronomes de tratamento, Ou você sai do telefone ou eu vendo o aparelho.
com exceção de senhor(a), senhorita e dona: Vossa excelência re- Principais conjunções alternativas: Ou...ou, ora...ora, quer...
solverá os problemas de Sua Senhoria. quer, já...já.
- CONCLUSIVAS: Servem para dar conclusões às orações.
- Não se une com preposição o artigo que faz parte do nome Ex. Estudei muito, por isso mereço passar.
de revistas, jornais, obras literárias: Li a notícia em O Estado de Principais conjunções conclusivas: logo, por isso, pois (depois
S. Paulo. do verbo), portanto, por conseguinte, assim.

Didatismo e Conhecimento 13
PORTUGUÊS
- EXPLICATIVAS: Explicam, dão um motivo ou razão. Ex. É 1º) Na frase “Não atravesse a rua, porque você pode ser atro-
melhor colocar o casaco porque está fazendo muito frio lá fora. pelado”:
Principais conjunções explicativas: que, porque, pois (antes do a) Temos uma CS Explicativa, que indica uma justificativa ou
verbo), porquanto. uma explicação do fato expresso na oração anterior.
b) As orações são coordenadas e, por isso, independentes uma
Conjunções subordinativas da outra. Neste caso, há uma pausa entre as orações que vêm mar-
cadas por vírgula.
- CAUSAIS Não atravesse a rua. Você pode ser atropelado.
Principais conjunções causais: porque, visto que, já que, uma Outra dica é, quando a oração que antecede a OC (Oração
vez que, como (= porque). Coordenada) vier com verbo no modo imperativo, ela será expli-
Ele não fez o trabalho porque não tem livro. cativa.
Façam silêncio, que estou falando. (façam= verbo imperativo)
- COMPARATIVAS
Principais conjunções comparativas: que, do que, tão...como, 2º) Na frase “Precisavam enterrar os mortos em outra cidade
mais...do que, menos...do que.
porque não havia cemitério no local.”
Ela fala mais que um papagaio.
a) Temos uma OSA Causal, já que a oração subordinada (parte
destacada) mostra a causa da ação expressa pelo verbo da oração
- CONCESSIVAS
principal. Outra forma de reconhecê-la é colocá-la no início do
Principais conjunções concessivas: embora, ainda que, mesmo
que, apesar de, se bem que. período, introduzida pela conjunção como - o que não ocorre com
Indicam uma concessão, admitem uma contradição, um fato a CS Explicativa.
inesperado. Traz em si uma ideia de “apesar de”. Como não havia cemitério no local, precisavam enterrar os
Embora estivesse cansada, fui ao shopping. (= apesar de estar mortos em outra cidade.
cansada) b) As orações são subordinadas e, por isso, totalmente depen-
Apesar de ter chovido fui ao cinema. dentes uma da outra.

- CONFORMATIVAS Interjeição é a palavra invariável que exprime emoções, sensa-


Principais conjunções conformativas: como, segundo, confor- ções, estados de espírito, ou que procura agir sobre o interlocutor,
me, consoante levando-o a adotar certo comportamento sem que, para isso, seja
Cada um colhe conforme semeia. necessário fazer uso de estruturas linguísticas mais elaboradas.
Expressam uma ideia de acordo, concordância, conformidade. Observe o exemplo:
Droga! Preste atenção quando eu estou falando!
- CONSECUTIVAS
Expressam uma ideia de consequência. No exemplo acima, o interlocutor está muito bravo. Toda sua
Principais conjunções consecutivas: que (após “tal”, “tanto”, raiva se traduz numa palavra: Droga! Ele poderia ter dito: - Estou
“tão”, “tamanho”). com muita raiva de você! Mas usou simplesmente uma palavra.
Falou tanto que ficou rouco. Ele empregou a interjeição Droga!
As sentenças da língua costumam se organizar de forma ló-
- FINAIS gica: há uma sintaxe que estrutura seus elementos e os distribui
Expressam ideia de finalidade, objetivo. em posições adequadas a cada um deles. As interjeições, por outro
Todos trabalham para que possam sobreviver. lado, são uma espécie de “palavra-frase”, ou seja, há uma ideia
Principais conjunções finais: para que, a fim de que, porque expressa por uma palavra (ou um conjunto de palavras - locução
(=para que),
interjetiva) que poderia ser colocada em termos de uma sentença.
Veja os exemplos:
- PROPORCIONAIS
Bravo! Bis!
Principais conjunções proporcionais: à medida que, quanto
bravo e bis: interjeição = sentença (sugestão): “Foi muito
mais, ao passo que, à proporção que.
À medida que as horas passavam, mais sono ele tinha. bom! Repitam!”
Ai! Ai! Ai! Machuquei meu pé... ai: interjeição = sentença
- TEMPORAIS (sugestão): “Isso está doendo!” ou “Estou com dor!”

Principais conjunções temporais: quando, enquanto, logo que. A interjeição é um recurso da linguagem afetiva, em que não
Quando eu sair, vou passar na locadora. há uma ideia organizada de maneira lógica, como são as sentenças
da língua, mas sim a manifestação de um suspiro, um estado da
Diferença entre orações causais e explicativas alma decorrente de uma situação particular, um momento ou um
contexto específico. Exemplos:
Quando estudamos Orações Subordinadas Adverbiais (OSA) Ah, como eu queria voltar a ser criança!
e Coordenadas Sindéticas (CS), geralmente nos deparamos com a ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
dúvida de como distinguir uma oração causal de uma explicativa. Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
Veja os exemplos: hum: expressão de um pensamento súbito = interjeição

Didatismo e Conhecimento 14
PORTUGUÊS
O significado das interjeições está vinculado à maneira como - Impaciência ou Contrariedade: Hum!, Hem!, Irra!, Raios!,
elas são proferidas. Desse modo, o tom da fala é que dita o senti- Diabo!, Puxa!, Pô!, Ora!
do que a expressão vai adquirir em cada contexto de enunciação. - Pedido de Auxílio: Socorro!, Aqui!, Piedade!
Exemplos: - Saudação, Chamamento ou Invocação: Salve!, Viva!, Adeus!,
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão na Olá!, Alô!, Ei!, Tchau!, Ô, Ó, Psiu!, Socorro!, Valha-me, Deus!
rua; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando! Ei, - Silêncio: Psiu!, Bico!, Silêncio!
espere!” - Terror ou Medo: Credo!, Cruzes!, Uh!, Ui!, Oh!
Psiu! = contexto: alguém pronunciando essa expressão em
um hospital; significado da interjeição (sugestão): “Por favor, faça Saiba que: As interjeições são palavras invariáveis, isto é, não
silêncio!” sofrem variação em gênero, número e grau como os nomes, nem
Puxa! Ganhei o maior prêmio do sorteio! de número, pessoa, tempo, modo, aspecto e voz como os verbos.
puxa: interjeição; tom da fala: euforia No entanto, em uso específico, algumas interjeições sofrem varia-
Puxa! Hoje não foi meu dia de sorte! ção em grau. Deve-se ter claro, neste caso, que não se trata de um
puxa: interjeição; tom da fala: decepção
processo natural dessa classe de palavra, mas tão só uma variação
que a linguagem afetiva permite. Exemplos: oizinho, bravíssimo,
As interjeições cumprem, normalmente, duas funções:
até loguinho.
1) Sintetizar uma frase exclamativa, exprimindo alegria, tris-
teza, dor, etc.
Você faz o que no Brasil? Locução Interjetiva
Eu? Eu negocio com madeiras. Ocorre quando duas ou mais palavras formam uma expressão
Ah, deve ser muito interessante. com sentido de interjeição. Por exemplo : Ora bolas! Quem me
dera! Virgem Maria! Meu Deus! Ó de casa! Ai de mim!
2) Sintetizar uma frase apelativa Valha-me Deus! Graças a Deus! Alto lá! Muito bem!
Cuidado! Saia da minha frente.
Observações:
As interjeições podem ser formadas por: - As interjeições são como frases resumidas, sintéticas. Por
- simples sons vocálicos: Oh!, Ah!, Ó, Ô. exemplo: Ué! = Eu não esperava por essa!, Perdão! = Peço-lhe
- palavras: Oba!, Olá!, Claro! que me desculpe.
- grupos de palavras (locuções interjetivas): Meu Deus!, Ora
bolas! - Além do contexto, o que caracteriza a interjeição é o seu tom
exclamativo; por isso, palavras de outras classes gramaticais po-
A ideia expressa pela interjeição depende muitas vezes da en- dem aparecer como interjeições.
tonação com que é pronunciada; por isso, pode ocorrer que uma Viva! Basta! (Verbos)
interjeição tenha mais de um sentido. Por exemplo: Fora! Francamente! (Advérbios)
Oh! Que surpresa desagradável! (ideia de contrariedade)
Oh! Que bom te encontrar. (ideia de alegria) - A interjeição pode ser considerada uma “palavra-frase” por-
Classificação das Interjeições que sozinha pode constituir uma mensagem. Ex.: Socorro!, Aju-
dem-me!, Silêncio!, Fique quieto!
Comumente, as interjeições expressam sentido de:
- Advertência: Cuidado!, Devagar!, Calma!, Sentido!, Aten- - Há, também, as interjeições onomatopaicas ou imitativas, que
ção!, Olha!, Alerta! exprimem ruídos e vozes. Ex.: Pum! Miau! Bumba! Zás! Plaft!
- Afugentamento: Fora!, Passa!, Rua!, Xô! Pof! Catapimba! Tique-taque! Quá-quá-quá!, etc.
- Alegria ou Satisfação: Oh!, Ah!,Eh!, Oba!, Viva!
- Não se deve confundir a interjeição de apelo “ó” com a sua
- Alívio: Arre!, Uf!, Ufa! Ah!
homônima “oh!”, que exprime admiração, alegria, tristeza, etc.
- Animação ou Estímulo: Vamos!, Força!, Coragem!, Eia!,
Faz-se uma pausa depois do” oh!” exclamativo e não a fazemos
Ânimo!, Adiante!, Firme!, Toca!
depois do “ó” vocativo.
- Aplauso ou Aprovação: Bravo!, Bis!, Apoiado!, Viva!, Boa!
- Concordância: Claro!, Sim!, Pois não!, Tá!, Hã-hã! “Ó natureza! ó mãe piedosa e pura!” (Olavo Bilac)
- Repulsa ou Desaprovação: Credo!, Irra!, Ih!, Livra!, Safa!, Oh! a jornada negra!” (Olavo Bilac)
Fora!, Abaixo!, Francamente!, Xi!, Chega!, Basta!, Ora!
- Desejo ou Intenção: Oh!, Pudera!, Tomara!, Oxalá! - Na linguagem afetiva, certas interjeições, originadas de pala-
- Desculpa: Perdão! vras de outras classes, podem aparecer flexionadas no diminutivo
- Dor ou Tristeza: Ai!, Ui!, Ai de mim!, Que pena!, Ah!, Oh!, ou no superlativo: Calminha! Adeusinho! Obrigadinho!
Eh!
- Dúvida ou Incredulidade: Qual!, Qual o quê!, Hum!, Epa!, Interjeições, leitura e produção de textos
Ora!
- Espanto ou Admiração: Oh!, Ah!, Uai!, Puxa!, Céus!, Quê!, Usadas com muita frequência na língua falada informal, quan-
Caramba!, Opa!, Virgem!, Vixe!, Nossa!, Hem?!, Hein?, Cruz!, do empregadas na língua escrita, as interjeições costumam con-
Putz! ferir-lhe certo tom inconfundível de coloquialidade. Além disso,

Didatismo e Conhecimento 15
PORTUGUÊS
elas podem muitas vezes indicar traços pessoais do falante - como Flexão dos numerais
a escassez de vocabulário, o temperamento agressivo ou dócil, até
mesmo a origem geográfica. É nos textos narrativos - particular- Os numerais cardinais que variam em gênero são um/uma,
mente nos diálogos - que comumente se faz uso das interjeições dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/duzentas em
diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatrocentas, etc. Car-
com o objetivo de caracterizar personagens e, também, graças à
dinais como milhão, bilhão, trilhão, variam em número: milhões,
sua natureza sintética, agilizar as falas. Natureza sintética e con- bilhões, trilhões. Os demais cardinais são invariáveis.
teúdo mais emocional do que racional fazem das interjeições pre- Os numerais ordinais variam em gênero e número:
sença constante nos textos publicitários. primeiro segundo milésimo
primeira segunda milésima
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf89. primeiros segundos milésimos
php primeiras segundas milésimas

Os numerais multiplicativos são invariáveis quando atuam em


Numeral é a palavra que indica os seres em termos numéricos, funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço e conseguiram
isto é, que atribui quantidade aos seres ou os situa em determinada o triplo de produção.
sequência. Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais flexio-
Os quatro últimos ingressos foram vendidos há pouco. nam-se em gênero e número: Teve de tomar doses triplas do me-
dicamento.
[quatro: numeral = atributo numérico de “ingresso”]
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e número.
Eu quero café duplo, e você? Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/duas terças partes
...[duplo: numeral = atributo numérico de “café”] Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma dúzia,
A primeira pessoa da fila pode entrar, por favor! um milheiro, duas dúzias, dois milheiros.
...[primeira: numeral = situa o ser “pessoa” na sequência de É comum na linguagem coloquial a indicação de grau nos nu-
“fila”] merais, traduzindo afetividade ou especialização de sentido. É o
que ocorre em frases como:
Note bem: os numerais traduzem, em palavras, o que os nú- “Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade!
meros indicam em relação aos seres. Assim, quando a expressão
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= segunda
é colocada em números (1, 1°, 1/3, etc.) não se trata de numerais, divisão de futebol)
mas sim de algarismos.
Além dos numerais mais conhecidos, já que refletem a ideia Emprego dos Numerais
expressa pelos números, existem mais algumas palavras conside-
radas numerais porque denotam quantidade, proporção ou ordena- *Para designar papas, reis, imperadores, séculos e partes em
ção. São alguns exemplos: década, dúzia, par, ambos(as), novena. que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até décimo e a
partir daí os cardinais, desde que o numeral venha depois do subs-
tantivo:
Classificação dos Numerais
Ordinais Cardinais
Cardinais: indicam contagem, medida. É o número básico: João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
um, dois, cem mil, etc. D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
Ordinais: indicam a ordem ou lugar do ser numa série dada: Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
primeiro, segundo, centésimo, etc. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Fracionários: indicam parte de um inteiro, ou seja, a divisão Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
dos seres: meio, terço, dois quintos, etc.
*Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o ordinal até
Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação dos seres, nono e o cardinal de dez em diante:
indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada: dobro, tri- Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
plo, quíntuplo, etc. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)

Leitura dos Numerais *Ambos/ambas são considerados numerais. Significam “um e


Separando os números em centenas, de trás para frente, obtêm- outro”, “os dois” (ou “uma e outra”, “as duas”) e são largamente
se conjuntos numéricos, em forma de centenas e, no início, tam- empregados para retomar pares de seres aos quais já se fez refe-
rência.
bém de dezenas ou unidades. Entre esses conjuntos usa-se vírgula;
Pedro e João parecem ter finalmente percebido a importância
as unidades ligam-se pela conjunção “e”. da solidariedade. Ambos agora participam das atividades comu-
1.203.726 = um milhão, duzentos e três mil, setecentos e vinte nitárias de seu bairro.
e seis. Obs.: a forma “ambos os dois” é considerada enfática. Atual-
45.520 = quarenta e cinco mil, quinhentos e vinte. mente, seu uso indica afetação, artificialismo.

Didatismo e Conhecimento 16
PORTUGUÊS
Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários
um primeiro - -
dois segundo dobro, duplo meio
três terceiro triplo, tríplice terço
quatro quarto quádruplo quarto
cinco quinto quíntuplo quinto
seis sexto sêxtuplo sexto
sete sétimo sétuplo sétimo
oito oitavo óctuplo oitavo
nove nono nônuplo nono
dez décimo décuplo décimo
onze décimo primeiro - onze avos
doze décimo segundo - doze avos
treze décimo terceiro - treze avos
catorze décimo quarto - catorze avos
quinze décimo quinto - quinze avos
dezesseis décimo sexto - dezesseis avos
dezessete décimo sétimo - dezessete avos
dezoito décimo oitavo - dezoito avos
dezenove décimo nono - dezenove avos
vinte vigésimo - vinte avos
trinta trigésimo - trinta avos
quarenta quadragésimo - quarenta avos
cinqüenta quinquagésimo - cinquenta avos
sessenta sexagésimo - sessenta avos
setenta septuagésimo - setenta avos
oitenta octogésimo - oitenta avos
noventa nonagésimo - noventa avos
cem centésimo cêntuplo centésimo
duzentos ducentésimo - ducentésimo
trezentos trecentésimo - trecentésimo
quatrocentos quadringentésimo - quadringentésimo

Cardinais Ordinais Multiplicativos Fracionários


quinhentos quingentésimo - quingentésimo
seiscentos sexcentésimo - sexcentésimo
setecentos septingentésimo - septingentésimo
oitocentos octingentésimo - octingentésimo
novecentos nongentésimo ou noningentésimo - nongentésimo
mil milésimo - milésimo
milhão milionésimo - milionésimo
bilhão bilionésimo - bilionésimo

Preposição é uma palavra invariável que serve para ligar termos ou orações. Quando esta ligação acontece, normalmente há uma subor-
dinação do segundo termo em relação ao primeiro. As preposições são muito importantes na estrutura da língua, pois estabelecem a coesão
textual e possuem valores semânticos indispensáveis para a compreensão do texto.

Tipos de Preposição
1. Preposições essenciais: palavras que atuam exclusivamente como preposições: a, ante, perante, após, até, com, contra, de, desde, em,
entre, para, por, sem, sob, sobre, trás, atrás de, dentro de, para com.
2. Preposições acidentais: palavras de outras classes gramaticais que podem atuar como preposições: como, durante, exceto, fora, me-
diante, salvo, segundo, senão, visto.
3. Locuções prepositivas: duas ou mais palavras valendo como uma preposição, sendo que a última palavra é uma delas: abaixo de,
acerca de, acima de, ao lado de, a respeito de, de acordo com, em cima de, embaixo de, em frente a, ao redor de, graças a, junto a, com,
perto de, por causa de, por cima de, por trás de.
A preposição, como já foi dito, é invariável. No entanto pode unir-se a outras palavras e assim estabelecer concordância em gênero ou
em número. Ex: por + o = pelo por + a = pela.
Vale ressaltar que essa concordância não é característica da preposição, mas das palavras às quais ela se une.
Esse processo de junção de uma preposição com outra palavra pode se dar a partir de dois processos:
1. Combinação: A preposição não sofre alteração.
preposição a + artigos definidos o, os

Didatismo e Conhecimento 17
PORTUGUÊS
a + o = ao Cheguei a sua casa ontem pela manhã.
preposição a + advérbio onde Não queria, mas vou ter que ir à outra cidade para procurar
a + onde = aonde um tratamento adequado.
2. Contração: Quando a preposição sofre alteração. - Se for pronome pessoal oblíquo estará ocupando o lugar e/ou
a função de um substantivo.
Preposição + Artigos Temos Maria como parte da família. / Nós a temos como parte
De + o(s) = do(s) da família
De + a(s) = da(s) Creio que conhecemos nossa mãe melhor que ninguém. / Creio
De + um = dum que a conhecemos melhor que ninguém.
De + uns = duns
De + uma = duma 2. Algumas relações semânticas estabelecidas por meio das
De + umas = dumas preposições:
Em + o(s) = no(s) Destino = Irei para casa.
Em + a(s) = na(s) Modo = Chegou em casa aos gritos.
Em + um = num Lugar = Vou ficar em casa;
Em + uma = numa Assunto = Escrevi um artigo sobre adolescência.
Em + uns = nuns Tempo = A prova vai começar em dois minutos.
Em + umas = numas Causa = Ela faleceu de derrame cerebral.
A + à(s) = à(s) Fim ou finalidade = Vou ao médico para começar o tratamen-
Por + o = pelo(s) to.
Por + a = pela(s) Instrumento = Escreveu a lápis.
Posse = Não posso doar as roupas da mamãe.
Autoria = Esse livro de Machado de Assis é muito bom.
Preposição + Pronomes
Companhia = Estarei com ele amanhã.
De + ele(s) = dele(s)
Matéria = Farei um cartão de papel reciclado.
De + ela(s) = dela(s) Meio = Nós vamos fazer um passeio de barco.
De + este(s) = deste(s) Origem = Nós somos do Nordeste, e você?
De + esta(s) = desta(s) Conteúdo = Quebrei dois frascos de perfume.
De + esse(s) = desse(s) Oposição = Esse movimento é contra o que eu penso.
De + essa(s) = dessa(s) Preço = Essa roupa sai por R$ 50 à vista.
De + aquele(s) = daquele(s)
De + aquela(s) = daquela(s) Fonte:
De + isto = disto http://www.infoescola.com/portugues/preposicao/
De + isso = disso
De + aquilo = daquilo Pronome é a palavra que se usa em lugar do nome, ou a ele
De + aqui = daqui se refere, ou que acompanha o nome, qualificando-o de alguma
De + aí = daí forma.
De + ali = dali
De + outro = doutro(s) A moça era mesmo bonita. Ela morava nos meus sonhos!
De + outra = doutra(s) [substituição do nome]
Em + este(s) = neste(s) A moça que morava nos meus sonhos era mesmo bonita!
Em + esta(s) = nesta(s) [referência ao nome]
Em + esse(s) = nesse(s) Essa moça morava nos meus sonhos!
Em + aquele(s) = naquele(s) [qualificação do nome]
Em + aquela(s) = naquela(s)
Em + isto = nisto Grande parte dos pronomes não possuem significados fixos,
Em + isso = nisso isto é, essas palavras só adquirem significação dentro de um con-
Em + aquilo = naquilo texto, o qual nos permite recuperar a referência exata daquilo que
A + aquele(s) = àquele(s) está sendo colocado por meio dos pronomes no ato da comunica-
A + aquela(s) = àquela(s) ção. Com exceção dos pronomes interrogativos e indefinidos, os
A + aquilo = àquilo demais pronomes têm por função principal apontar para as pessoas
Dicas sobre preposição do discurso ou a elas se relacionar, indicando-lhes sua situação no
tempo ou no espaço. Em virtude dessa característica, os pronomes
1. O “a” pode funcionar como preposição, pronome pessoal apresentam uma forma específica para cada pessoa do discurso.
oblíquo e artigo. Como distingui-los? Caso o “a” seja um artigo, Minha carteira estava vazia quando eu fui assaltada.
virá precedendo um substantivo. Ele servirá para determiná-lo [minha/eu: pronomes de 1ª pessoa = aquele que fala]
como um substantivo singular e feminino. Tua carteira estava vazia quando tu foste assaltada?
A dona da casa não quis nos atender. [tua/tu: pronomes de 2ª pessoa = aquele a quem se fala]
Como posso fazer a Joana concordar comigo? A carteira dela estava vazia quando ela foi assaltada.
- Quando é preposição, além de ser invariável, liga dois termos [dela/ela: pronomes de 3ª pessoa = aquele de quem se fala]
e estabelece relação de subordinação entre eles. Em termos morfológicos, os pronomes são palavras variáveis

Didatismo e Conhecimento 18
PORTUGUÊS
em gênero (masculino ou feminino) e em número (singular ou plu- Obs.: em verdade, o pronome oblíquo é uma forma variante do
ral). Assim, espera-se que a referência através do pronome seja pronome pessoal do caso reto. Essa variação indica a função diver-
coerente em termos de gênero e número (fenômeno da concordân- sa que eles desempenham na oração: pronome reto marca o sujeito
cia) com o seu objeto, mesmo quando este se apresenta ausente no da oração; pronome oblíquo marca o complemento da oração.
enunciado. Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com a acen-
tuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou tônicos.
Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nossa
escola neste ano. Pronome Oblíquo Átono
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância ade-
quada] São chamados átonos os pronomes oblíquos que não são pre-
[neste: pronome que determina “ano” = concordância adequa- cedidos de preposição. Possuem acentuação tônica fraca: Ele me
da] deu um presente.
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concordância O quadro dos pronomes oblíquos átonos é assim configurado:
inadequada] - 1ª pessoa do singular (eu): me
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos, de- - 2ª pessoa do singular (tu): te
monstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos. - 3ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
- 1ª pessoa do plural (nós): nos
Pronomes Pessoais - 2ª pessoa do plural (vós): vos
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
São aqueles que substituem os substantivos, indicando dire-
tamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve assume os Observações:
pronomes “eu” ou “nós”, usa os pronomes “tu”, “vós”, “você” ou O “lhe” é o único pronome oblíquo átono que já se apresenta
“vocês” para designar a quem se dirige e “ele”, “ela”, “eles” ou
na forma contraída, ou seja, houve a união entre o pronome “o” ou
“elas” para fazer referência à pessoa ou às pessoas de quem fala.
“a” e preposição “a” ou “para”. Por acompanhar diretamente uma
Os pronomes pessoais variam de acordo com as funções que
exercem nas orações, podendo ser do caso reto ou do caso oblíquo. preposição, o pronome “lhe” exerce sempre a função de objeto
indireto na oração.
Pronome Reto Os pronomes me, te, nos e vos podem tanto ser objetos diretos
como objetos indiretos.
Pronome pessoal do caso reto é aquele que, na sentença, exerce Os pronomes o, a, os e as atuam exclusivamente como objetos
a função de sujeito ou predicativo do sujeito. diretos.
Nós lhe ofertamos flores. Os pronomes me, te, lhe, nos, vos e lhes podem combinar-se
com os pronomes o, os, a, as, dando origem a formas como mo,
Os pronomes retos apresentam flexão de número, gênero (ape- mos , ma, mas; to, tos, ta, tas; lho, lhos, lha, lhas; no-lo, no-los,
nas na 3ª pessoa) e pessoa, sendo essa última a principal flexão, no-la, no-las, vo-lo, vo-los, vo-la, vo-las. Observe o uso dessas
uma vez que marca a pessoa do discurso. Dessa forma, o quadro formas nos exemplos que seguem:
dos pronomes retos é assim configurado: - Trouxeste o pacote?
- Sim, entreguei-to ainda há pouco.
- 1ª pessoa do singular: eu - Não contaram a novidade a vocês?
- 2ª pessoa do singular: tu - Não, no-la contaram.
- 3ª pessoa do singular: ele, ela No português do Brasil, essas combinações não são usadas; até
- 1ª pessoa do plural: nós mesmo na língua literária atual, seu emprego é muito raro.
- 2ª pessoa do plural: vós
- 3ª pessoa do plural: eles, elas Atenção: Os pronomes o, os, a, as assumem formas especiais
depois de certas terminações verbais. Quando o verbo termina em
Atenção: esses pronomes não costumam ser usados como -z, -s ou -r, o pronome assume a forma lo, los, la ou las, ao mesmo
complementos verbais na língua-padrão. Frases como “Vi ele na tempo que a terminação verbal é suprimida. Por exemplo:
rua”, “Encontrei ela na praça”, “Trouxeram eu até aqui”, co- fiz + o = fi-lo
muns na língua oral cotidiana, devem ser evitadas na língua formal fazeis + o = fazei-lo
escrita ou falada. Na língua formal, devem ser usados os pronomes dizer + a = dizê-la
oblíquos correspondentes: “Vi-o na rua”, “Encontrei-a na pra- Quando o verbo termina em som nasal, o pronome assume as
ça”, “Trouxeram-me até aqui”. formas no, nos, na, nas. Por exemplo:
Obs.: frequentemente observamos a omissão do pronome reto viram + o: viram-no
em Língua Portuguesa. Isso se dá porque as próprias formas ver- repõe + os = repõe-nos
bais marcam, através de suas desinências, as pessoas do verbo in- retém + a: retém-na
dicadas pelo pronome reto: Fizemos boa viagem. (Nós) tem + as = tem-nas

Pronome Oblíquo Pronome Oblíquo Tônico

Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sentença, Os pronomes oblíquos tônicos são sempre precedidos por pre-
exerce a função de complemento verbal (objeto direto ou indireto) posições, em geral as preposições a, para, de e com. Por esse mo-
ou complemento nominal. tivo, os pronomes tônicos exercem a função de objeto indireto da
Ofertaram-nos flores. (objeto indireto) oração. Possuem acentuação tônica forte.

Didatismo e Conhecimento 19
PORTUGUÊS
O quadro dos pronomes oblíquos tônicos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): mim, comigo
- 2ª pessoa do singular (tu): ti, contigo
- 3ª pessoa do singular (ele, ela): ele, ela
- 1ª pessoa do plural (nós): nós, conosco
- 2ª pessoa do plural (vós): vós, convosco
- 3ª pessoa do plural (eles, elas): eles, elas

Observe que as únicas formas próprias do pronome tônico são a primeira pessoa (mim) e segunda pessoa (ti). As demais repetem a forma
do pronome pessoal do caso reto.
- As preposições essenciais introduzem sempre pronomes pessoais do caso oblíquo e nunca pronome do caso reto. Nos contextos inter-
locutivos que exigem o uso da língua formal, os pronomes costumam ser usados desta forma:
Não há mais nada entre mim e ti.
Não se comprovou qualquer ligação entre ti e ela.
Não há nenhuma acusação contra mim.
Não vá sem mim.

Atenção: Há construções em que a preposição, apesar de surgir anteposta a um pronome, serve para introduzir uma oração cujo verbo
está no infinitivo. Nesses casos, o verbo pode ter sujeito expresso; se esse sujeito for um pronome, deverá ser do caso reto.
Trouxeram vários vestidos para eu experimentar.
Não vá sem eu mandar.

- A combinação da preposição “com” e alguns pronomes originou as formas especiais comigo, contigo, consigo, conosco e convosco.
Tais pronomes oblíquos tônicos frequentemente exercem a função de adjunto adverbial de companhia.
Ele carregava o documento consigo.
- As formas “conosco” e “convosco” são substituídas por “com nós” e “com vós” quando os pronomes pessoais são reforçados por pa-
lavras como outros, mesmos, próprios, todos, ambos ou algum numeral.
Você terá de viajar com nós todos.
Estávamos com vós outros quando chegaram as más notícias.
Ele disse que iria com nós três.

Pronome Reflexivo

São pronomes pessoais oblíquos que, embora funcionem como objetos direto ou indireto, referem-se ao sujeito da oração. Indicam que
o sujeito pratica e recebe a ação expressa pelo verbo.
O quadro dos pronomes reflexivos é assim configurado:
- 1ª pessoa do singular (eu): me, mim.
Eu não me vanglorio disso.
Olhei para mim no espelho e não gostei do que vi.

- 2ª pessoa do singular (tu): te, ti.


Assim tu te prejudicas.
Conhece a ti mesmo.

- 3ª pessoa do singular (ele, ela): se, si, consigo.


Guilherme já se preparou.
Ela deu a si um presente.
Antônio conversou consigo mesmo.
- 1ª pessoa do plural (nós): nos.
Lavamo-nos no rio.

- 2ª pessoa do plural (vós): vos.


Vós vos beneficiastes com a esta conquista.

- 3ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo.


Eles se conheceram.
Elas deram a si um dia de folga.

Didatismo e Conhecimento 20
PORTUGUÊS
A Segunda Pessoa Indireta

A chamada segunda pessoa indireta manifesta-se quando utilizamos pronomes que, apesar de indicarem nosso interlocutor (portanto, a
segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pessoa. É o caso dos chamados pronomes de tratamento, que podem ser observados no quadro
seguinte:

Pronomes de Tratamento

Vossa Alteza V. A. príncipes, duques


Vossa Eminência V. Ema.(s) cardeais
Vossa Reverendíssima V. Revma.(s) acerdotes e bispos
Vossa Excelência V. Ex.ª (s) altas autoridades e oficiais-generais
Vossa Magnificência V. Mag.ª (s) reitores de universidades
Vossa Majestade V. M. reis e rainhas
Vossa Majestade Imperial V. M. I. Imperadores
Vossa Santidade V. S. Papa
Vossa Senhoria V. S.ª (s) tratamento cerimonioso
Vossa Onipotência V. O. Deus

Também são pronomes de tratamento o senhor, a senhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empregados no tratamento ceri-
monioso; “você” e “vocês”, no tratamento familiar. Você e vocês são largamente empregados no português do Brasil; em algumas regiões,
a forma tu é de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou literária.

Observações:
a) Vossa Excelência X Sua Excelência : os pronomes de tratamento que possuem “Vossa (s)” são empregados em relação à pessoa com
quem falamos: Espero que V. Ex.ª, Senhor Ministro, compareça a este encontro.

*Emprega-se “Sua (s)” quando se fala a respeito da pessoa.
Todos os membros da C.P.I. afirmaram que Sua Excelência, o Senhor Presidente da República, agiu com propriedade.

- Os pronomes de tratamento representam uma forma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao tratarmos um deputado
por Vossa Excelência, por exemplo, estamos nos endereçando à excelência que esse deputado supostamente tem para poder ocupar o cargo
que ocupa.

- 3ª pessoa: embora os pronomes de tratamento dirijam-se à 2ª pessoa, toda a concordância deve ser feita com a 3ª pessoa. Assim, os
verbos, os pronomes possessivos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles devem ficar na 3ª pessoa.
Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas promessas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.

- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo do texto, a pessoa do
tratamento escolhida inicialmente. Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de “você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O
uso correto exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (errado)
Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos seus cabelos. (correto)
Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos teus cabelos. (correto)

Pronomes Possessivos

São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo (coisa possuída).
Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do singular)

NÚMERO PESSOA PRONOME


singular primeira meu(s), minha(s)
singular segunda teu(s), tua(s)
singular terceira seu(s), sua(s)
plural primeira nosso(s), nossa(s)
plural segunda vosso(s), vossa(s)
plural terceira seu(s), sua(s)

Didatismo e Conhecimento 21
PORTUGUÊS
Note que: A forma do possessivo depende da pessoa gramati- Esse ano que passou foi razoável. O pronome esse se refere a
cal a que se refere; o gênero e o número concordam com o objeto um passado próximo.
possuído: Ele trouxe seu apoio e sua contribuição naquele mo- Aquele ano foi terrível para todos. O pronome aquele está se
mento difícil. referindo a um passado distante.

Observações: - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou inva-


riáveis, observe:
1 - A forma “seu” não é um possessivo quando resultar da alte- Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aquela(s).
ração fonética da palavra senhor: Muito obrigado, seu José. Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Também aparecem como pronomes demonstrativos:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e puderem
2 - Os pronomes possessivos nem sempre indicam posse. Po-
ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
dem ter outros empregos, como:
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
a) indicar afetividade: Não faça isso, minha filha. Essa rua não é a que te indiquei. (Esta rua não é aquela que
te indiquei.)
b) indicar cálculo aproximado: Ele já deve ter seus 40 anos.
- mesmo(s), mesma(s): Estas são as mesmas pessoas que o
c) atribuir valor indefinido ao substantivo: Marisa tem lá seus procuraram ontem.
defeitos, mas eu gosto muito dela.
- próprio(s), própria(s): Os próprios alunos resolveram o pro-
3- Em frases onde se usam pronomes de tratamento, o pro- blema.
nome possessivo fica na 3ª pessoa: Vossa Excelência trouxe sua
mensagem? - semelhante(s): Não compre semelhante livro.
- tal, tais: Tal era a solução para o problema.
4- Referindo-se a mais de um substantivo, o possessivo con-
corda com o mais próximo: Trouxe-me seus livros e anotações. Note que:
- Não raro os demonstrativos aparecem na frase, em constru-
5- Em algumas construções, os pronomes pessoais oblíquos ções redundantes, com finalidade expressiva, para salientar algum
átonos assumem valor de possessivo: Vou seguir-lhe os passos. (= termo anterior. Por exemplo: Manuela, essa é que dera em cheio
casando com o José Afonso. Desfrutar das belezas brasileiras,
Vou seguir seus passos.)
isso é que é sorte!
Pronomes Demonstrativos - O pronome demonstrativo neutro ou pode representar um ter-
mo ou o conteúdo de uma oração inteira, caso em que aparece, ge-
Os pronomes demonstrativos são utilizados para explicitar a ralmente, como objeto direto, predicativo ou aposto: O casamento
posição de uma certa palavra em relação a outras ou ao contexto. seria um desastre. Todos o pressentiam.
Essa relação pode ocorrer em termos de espaço, no tempo ou dis-
curso. - Para evitar a repetição de um verbo anteriormente expresso, é
No espaço: comum empregar-se, em tais casos, o verbo fazer, chamado, então,
Compro este carro (aqui). O pronome este indica que o carro verbo vicário (= que substitui, que faz as vezes de): Ninguém teve
está perto da pessoa que fala. coragem de falar antes que ela o fizesse.
Compro esse carro (aí). O pronome esse indica que o carro está
perto da pessoa com quem falo, ou afastado da pessoa que fala. - Em frases como a seguinte, este se refere à pessoa mencio-
Compro aquele carro (lá). O pronome aquele diz que o carro nada em último lugar; aquele, à mencionada em primeiro lugar: O
está afastado da pessoa que fala e daquela com quem falo. referido deputado e o Dr. Alcides eram amigos íntimos; aquele
casado, solteiro este. [ou então: este solteiro, aquele casado]
Atenção: em situações de fala direta (tanto ao vivo quanto por
meio de correspondência, que é uma modalidade escrita de fala), - O pronome demonstrativo tal pode ter conotação irônica: A
menina foi a tal que ameaçou o professor?
são particularmente importantes o este e o esse - o primeiro lo-
caliza os seres em relação ao emissor; o segundo, em relação ao
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em com pro-
destinatário. Trocá-los pode causar ambiguidade. nome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, disso, nisso, no,
Dirijo-me a essa universidade com o objetivo de solicitar in- etc: Não acreditei no que estava vendo. (no = naquilo)
formações sobre o concurso vestibular. (trata-se da universidade
destinatária). Pronomes Indefinidos
Reafirmamos a disposição desta universidade em participar
no próximo Encontro de Jovens. (trata-se da universidade que en- São palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dan-
via a mensagem). do-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quantidade inde-
No tempo: terminada.
Este ano está sendo bom para nós. O pronome este se refere Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém-planta-
ao ano presente. das.

Didatismo e Conhecimento 22
PORTUGUÊS
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa de Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado prá-
quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma imprecisa, tico.
vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser humano que segura- Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são pes-
mente existe, mas cuja identidade é desconhecida ou não se quer soas quaisquer.
revelar. Classificam-se em:
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lugar do Pronomes Relativos
ser ou da quantidade aproximada de seres na frase. São eles: algo,
alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, ninguém, outrem, quem, São aqueles que representam nomes já mencionados anterior-
tudo. mente e com os quais se relacionam. Introduzem as orações subor-
Algo o incomoda? dinadas adjetivas.
Quem avisa amigo é. O racismo é um sistema que afirma a superioridade de um
grupo racial sobre outros.
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser expres-
(afirma a superioridade de um grupo racial sobre outros = ora-
so na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade aproximada. São
ção subordinada adjetiva).
eles: cada, certo(s), certa(s).
O pronome relativo “que” refere-se à palavra “sistema” e in-
Cada povo tem seus costumes.
troduz uma oração subordinada. Diz-se que a palavra “sistema” é
Certas pessoas exercem várias profissões.
antecedente do pronome relativo que.
Note que: Ora são pronomes indefinidos substantivos, ora pro- O antecedente do pronome relativo pode ser o pronome de-
nomes indefinidos adjetivos: monstrativo o, a, os, as.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), de- Não sei o que você está querendo dizer.
mais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, nenhu- Às vezes, o antecedente do pronome relativo não vem expresso.
ma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer, quaisquer, Quem casa, quer casa.
qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), tanta(s), todo(s),
toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. Observe:
Menos palavras e mais ações. Pronomes relativos variáveis = o qual, cujo, quanto, os quais,
Alguns se contentam pouco. cujos, quantos, a qual, cuja, quanta, as quais, cujas, quantas.
Os pronomes indefinidos podem ser divididos em variáveis e Pronomes relativos invariáveis = quem, que, onde.
invariáveis. Observe: Note que:
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário, tanto, - O pronome “que” é o relativo de mais largo emprego, sendo
outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca, vária, tanta, por isso chamado relativo universal. Pode ser substituído por o
outra, quanta, qualquer, quaisquer, alguns, nenhuns, todos, mui- qual, a qual, os quais, as quais, quando seu antecedente for um
tos, poucos, vários, tantos, outros, quantos, algumas, nenhumas, substantivo.
todas, muitas, poucas, várias, tantas, outras, quantas. O trabalho que eu fiz refere-se à corrupção. (= o qual)
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada, algo, A cantora que acabou de se apresentar é péssima. (= a qual)
cada. Os trabalhos que eu fiz referem-se à corrupção. (= os quais)
As cantoras que se apresentaram eram péssimas. (= as quais)
São locuções pronominais indefinidas:
- O qual, os quais, a qual e as quais são exclusivamente prono-
cada qual, cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem mes relativos: por isso, são utilizados didaticamente para verificar
quer (que), seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual se palavras como “que”, “quem”, “onde” (que podem ter várias
(= certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
classificações) são pronomes relativos. Todos eles são usados com
Cada um escolheu o vinho desejado.
referência à pessoa ou coisa por motivo de clareza ou depois de de-
terminadas preposições: Regressando de São Paulo, visitei o sítio
Indefinidos Sistemáticos
de minha tia, o qual me deixou encantado. (O uso de “que”, neste
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos, percebe- caso, geraria ambiguidade.)
mos que existem alguns grupos que criam oposição de sentido. Essas são as conclusões sobre as quais pairam muitas dúvi-
É o caso de: algum/alguém/algo, que têm sentido afirmativo, e das? (Não se poderia usar “que” depois de sobre.)
nenhum/ninguém/nada, que têm sentido negativo; todo/tudo, que
indicam uma totalidade afirmativa, e nenhum/nada, que indicam - O relativo “que” às vezes equivale a o que, coisa que, e se
uma totalidade negativa; alguém/ninguém, que se referem à pes- refere a uma oração: Não chegou a ser padre, mas deixou de ser
soa, e algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza, e poeta, que era a sua vocação natural.
qualquer, que generaliza.
Essas oposições de sentido são muito importantes na constru- - O pronome “cujo” não concorda com o seu antecedente, mas
ção de frases e textos coerentes, pois delas muitas vezes dependem com o consequente. Equivale a do qual, da qual, dos quais, das
a solidez e a consistência dos argumentos expostos. Observe nas quais.
frases seguintes a força que os pronomes indefinidos destacados Este é o caderno cujas folhas estão rasgadas.
imprimem às afirmações de que fazem parte: (antecedente) (consequente)

Didatismo e Conhecimento 23
PORTUGUÊS
- “Quanto” é pronome relativo quando tem por antecedente um Os pronomes pessoais indicam as pessoas do discurso, o pro-
pronome indefinido: tanto (ou variações) e tudo: nome oblíquo “lhe”, da segunda oração, aponta para a segunda
Emprestei tantos quantos foram necessários. pessoa do singular (tu/você): Maria não sabia se devia ajudar....
(antecedente) Ajudar quem? Você (lhe).
Ele fez tudo quanto havia falado.
(antecedente) Importante: Em observação à segunda oração, o emprego do
pronome oblíquo “lhe” é justificado antes do verbo intransitivo
- O pronome “quem” se refere a pessoas e vem sempre prece- “ajudar” porque o pronome oblíquo pode estar antes, depois ou en-
dido de preposição. tre locução verbal, caso o verbo principal (no caso “ajudar”) esteja
É um professor a quem muito devemos. no infinitivo ou gerúndio.
(preposição) Eu desejo lhe perguntar algo.
Eu estou perguntando-lhe algo.
- “Onde”, como pronome relativo, sempre possui antecedente
e só pode ser utilizado na indicação de lugar: A casa onde morava Os pronomes pessoais oblíquos podem ser átonos ou tônicos:
foi assaltada. os primeiros não são precedidos de preposição, diferentemente dos
- Na indicação de tempo, deve-se empregar quando ou em que. segundos que são sempre precedidos de preposição.
Sinto saudades da época em que (quando) morávamos no ex- - Pronome oblíquo átono: Joana me perguntou o que eu estava
terior. fazendo.
- Pronome oblíquo tônico: Joana perguntou para mim o que
- Podem ser utilizadas como pronomes relativos as palavras: eu estava fazendo.
- como (= pelo qual): Não me parece correto o modo como
você agiu semana passada. A colocação pronominal é a posição que os pronomes pes-
- quando (= em que): Bons eram os tempos quando podíamos
soais oblíquos átonos ocupam na frase em relação ao verbo a que
jogar videogame.
se referem. São pronomes oblíquos átonos: me, te, se, o, os, a, as,
- Os pronomes relativos permitem reunir duas orações numa
lhe, lhes, nos e vos.
só frase.
O pronome oblíquo átono pode assumir três posições na oração
O futebol é um esporte.
em relação ao verbo:
O povo gosta muito deste esporte.
1. próclise: pronome antes do verbo
O futebol é um esporte de que o povo gosta muito.
2. ênclise: pronome depois do verbo
- Numa série de orações adjetivas coordenadas, pode ocorrer a 3. mesóclise: pronome no meio do verbo
elipse do relativo “que”: A sala estava cheia de gente que conver-
Próclise
sava, (que) ria, (que) fumava.
A próclise é aplicada antes do verbo quando temos:
Pronomes Interrogativos
- Palavras com sentido negativo:
São usados na formulação de perguntas, sejam elas diretas ou Nada me faz querer sair dessa cama.
indiretas. Assim como os pronomes indefinidos, referem- -se Não se trata de nenhuma novidade.
à 3ª pessoa do discurso de modo impreciso. São pronomes interro-
gativos: que, quem, qual (e variações), quanto (e variações). - Advérbios:
Quem fez o almoço?/ Diga-me quem fez o almoço. Nesta casa se fala alemão.
Qual das bonecas preferes? / Não sei qual das bonecas pre- Naquele dia me falaram que a professora não veio.
feres.
Quantos passageiros desembarcaram? / Pergunte quantos - Pronomes relativos:
passageiros desembarcaram. A aluna que me mostrou a tarefa não veio hoje.
Não vou deixar de estudar os conteúdos que me falaram.
Sobre os pronomes:
- Pronomes indefinidos:
O pronome pessoal é do caso reto quando tem função de sujei- Quem me disse isso?
to na frase. O pronome pessoal é do caso oblíquo quando desem- Todos se comoveram durante o discurso de despedida.
penha função de complemento. Vamos entender, primeiramente,
como o pronome pessoal surge na frase e que função exerce. Ob- - Pronomes demonstrativos:
serve as orações: Isso me deixa muito feliz!
1. Eu não sei essa matéria, mas ele irá me ajudar. Aquilo me incentivou a mudar de atitude!
2. Maria foi embora para casa, pois não sabia se devia lhe
ajudar. - Preposição seguida de gerúndio:
Em se tratando de qualidade, o Brasil Escola é o site mais
Na primeira oração os pronomes pessoais “eu” e “ele” exercem indicado à pesquisa escolar.
função de sujeito, logo, são pertencentes ao caso reto. Já na se-
gunda oração, observamos o pronome “lhe” exercendo função de - Conjunção subordinativa:
complemento, e, consequentemente, é do caso oblíquo. Vamos estabelecer critérios, conforme lhe avisaram.

Didatismo e Conhecimento 24
PORTUGUÊS
Ênclise 02. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013- adap.).
Fazendo-se as alterações necessárias, o trecho grifado está correta-
A ênclise é empregada depois do verbo. A norma culta não mente substituído por um pronome em:
aceita orações iniciadas com pronomes oblíquos átonos. A ênclise A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-lo
vai acontecer quando: B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-lhes de-
- O verbo estiver no imperativo afirmativo: salentado
Amem-se uns aos outros. C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhe-
Sigam-me e não terão derrotas. cê-lo?
D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia
ser-lhe
- O verbo iniciar a oração: E) incomodaram o general... − incomodaram-no
Diga-lhe que está tudo bem.
Chamaram-me para ser sócio. 03.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013-adap.). A
substituição do elemento grifado pelo pronome correspondente,
- O verbo estiver no infinitivo impessoal regido da preposição com os necessários ajustes, foi realizada de modo INCORRETO
“a”: em:
Naquele instante os dois passaram a odiar-se. A) mostrando o rio= mostrando-o.
Passaram a cumprimentar-se mutuamente. B) como escolher sítio= como escolhê-lo.
- O verbo estiver no gerúndio: C) transpor [...] as matas espessas= transpor-lhes.
Não quis saber o que aconteceu, fazendo-se de despreocupada. D) Às estreitas veredas[...] nada acrescentariam = nada lhes
Despediu-se, beijando-me a face. acrescentariam.
E) viu uma dessas marcas= viu uma delas.
- Houver vírgula ou pausa antes do verbo:
04. (Papiloscopista Policial – Vunesp – 2013). Assinale a al-
Se passar no concurso em outra cidade, mudo-me no mesmo ternativa em que o pronome destacado está posicionado de acordo
instante. com a norma-padrão da língua.
Se não tiver outro jeito, alisto-me nas forças armadas. (A) Ela não lembrava-se do caminho de volta.
(B) A menina tinha distanciado-se muito da família.
Mesóclise (C) A garota disse que perdeu-se dos pais.
(D) O pai alegrou-se ao encontrar a filha.
A mesóclise acontece quando o verbo está flexionado no futuro (E) Ninguém comprometeu-se a ajudar a criança.
do presente ou no futuro do pretérito:
A prova realizar-se-á neste domingo pela manhã. (= ela se 05. (Escrevente TJ SP – Vunesp 2011). Assinale a alternativa
realizará) cujo emprego do pronome está em conformidade com a norma
Far-lhe-ei uma proposta irrecusável. (= eu farei uma proposta padrão da língua.
a você) (A) Não autorizam-nos a ler os comentários sigilosos.
(B) Nos falaram que a diplomacia americana está abalada.
(C) Ninguém o informou sobre o caso WikiLeaks.
Questões sobre Pronome
(D) Conformado, se rendeu às punições.
(E) Todos querem que combata-se a corrupção.
01. (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012).
Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não está 06. (Papiloscopista Policial = Vunesp - 2013). Assinale a al-
claro até onde pode realmente chegar uma política baseada em ternativa correta quanto à colocação pronominal, de acordo com a
melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, a norma-padrão da língua portuguesa.
água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que mes- (A) Para que se evite perder objetos, recomenda-se que eles
mo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si sejam sempre trazidos junto ao corpo.
diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re- (B) O passageiro ao lado jamais imaginou-se na situação de ter
pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer de procurar a dona de uma bolsa perdida.
preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda (C) Nos sentimos impotentes quando não conseguimos resti-
assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar tuir um objeto à pessoa que o perdeu.
adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das po- (D) O homem se indignou quando propuseram-lhe que abrisse
a bolsa que encontrara.
líticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.
(E) Em tratando-se de objetos encontrados, há uma tendência
(Carta Capital, 27.06.2012. Adaptado) natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
Os pronomes “elas” e “eles”, em destaque no texto, referem-
-se, respectivamente, a 07. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013).
(A) dúvidas e preços. Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produ-
(B) dúvidas e insumos básicos. tos______ não necessitam e______ tendo de pagar tudo______
(C) companhias e insumos básicos. prazo.
(D) companhias e preços do carbono e da água. Assinale a alternativa que preenche as lacunas, correta e res-
(E) políticas de crescimento e preços adequados. pectivamente, considerando a norma culta da língua.

Didatismo e Conhecimento 25
PORTUGUÊS
A) a que … acaba … à pente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, sem qualquer
B) com que … acabam … à preparação. Portanto, elas começam a usar preços-sombra. Ainda
C) de que … acabam … a assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de quantificar
D) em que … acaba … a adequadamente os insumos básicos. E sem eles a maioria das po-
E) dos quais … acaba … à líticas de crescimento verde sempre será a segunda opção.

08. (Agente de Apoio Socioeducativo – VUNESP – 2013- 2-)


A) ...sei tratar tipos como o senhor. − sei tratá-los
adap.). Assinale a alternativa que substitui, correta e respectiva-
B) ...erguendo os braços desalentado... − erguendo-os desalen-
mente, as lacunas do trecho. tado
______alguns anos, num programa de televisão, uma jovem C) ...que tem de conhecer as leis do país? − que tem de conhe-
fazia referência______ violência______ o brasileiro estava sujei- cê-las ?
to de forma cômica. D) ...não parecia ser um importante industrial... − não parecia
A) Fazem... a ... de que sê-lo
B) Faz ...a ... que
C) Fazem ...à ... com que 3-) transpor [...] as matas espessas= transpô-las
D) Faz ...à ... que 4-)
E) Faz ...à ... a que (A) Ela não se lembrava do caminho de volta.
(B) A menina tinha se distanciado muito da família.
(C) A garota disse que se perdeu dos pais.
09. (TRF 3ª região- Técnico Judiciário - /2014)
(E) Ninguém se comprometeu a ajudar a criança
As sereias então devoravam impiedosamente os tripulantes.
... ele conseguiu impedir a tripulação de perder a cabeça... 5-)
... e fez de tudo para convencer os tripulantes... (A) Não nos autorizam a ler os comentários sigilosos.
Fazendo-se as alterações necessárias, os segmentos grifados (B) Falaram-nos que a diplomacia americana está abalada.
acima foram corretamente substituídos por um pronome, na ordem (D) Conformado, rendeu-se às punições.
dada, em: (E) Todos querem que se combata a corrupção.
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
(B) devoravam-lhe − impedi-las − convencer-lhes 6-)
(C) devoravam-no − impedi-las − convencer-lhes (B) O passageiro ao lado jamais se imaginou na situação de ter
de procurar a dona de uma bolsa perdida.
(D) devoravam-nos − impedir-lhe − convencê-los
(C) Sentimo-nos impotentes quando não conseguimos restituir
(E) devoravam-lhes − impedi-la − convencê-los
um objeto à pessoa que o perdeu.
(D) O homem indignou-se quando lhe propuseram que abrisse
10. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013- a bolsa que encontrara.
adap.). No trecho, – Em ambos os casos, as câmeras dos esta- (E) Em se tratando de objetos encontrados, há uma tendência
belecimentos felizmente comprovam os acontecimentos, e teste- natural das pessoas em devolvê-los a seus donos.
munhas vão ajudar a polícia na investigação. – de acordo com 7-) Há pessoas que, mesmo sem condições, compram produtos
a norma-padrão, os pronomes que substituem, corretamente, os de que não necessitam e acabam tendo de pagar tudo a
termos em destaque são: prazo.
A) os comprovam … ajudá-la.
B) os comprovam …ajudar-la. 8-) Faz alguns anos, num programa de televisão, uma jovem
fazia referência à violência a que o brasileiro estava sujeito
C) os comprovam … ajudar-lhe.
de forma cômica.
D) lhes comprovam … ajudar-lhe. Faz, no sentido de tempo passado = sempre no singular
E) lhes comprovam … ajudá-la.
9-)
GABARITO devoravam - verbo terminado em “m” = pronome oblíquo no/
01. C 02. E 03. C 04. D 05. C na (fizeram-na, colocaram-no)
06. A 07. C 08. E 09. A 10. A impedir - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe” é
para objeto indireto
RESOLUÇÃO convencer - verbo transitivo direto = pede objeto direto; “lhe”
é para objeto indireto
(A) devoravam-nos − impedi-la − convencê-los
1-) Restam dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada 10-) – Em ambos os casos, as câmeras dos estabelecimentos fe-
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbono, lizmente comprovam os acontecimentos, e testemunhas vão ajudar
a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade que a polícia na investigação.
mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água faça em si felizmente os comprovam ... ajudá-la
diferença, as companhias não podem suportar ter de pagar, de re- (advérbio)

Didatismo e Conhecimento 26
PORTUGUÊS
Tudo o que existe é ser e cada ser tem um nome. Substantivo Observe agora:
é a classe gramatical de palavras variáveis, as quais denominam Beleza exposta
os seres. Além de objetos, pessoas e fenômenos, os substantivos Jovens atrizes veteranas destacam-se pelo visual.
também nomeiam:
O substantivo beleza designa uma qualidade.
-lugares: Alemanha, Porto Alegre...
-sentimentos: raiva, amor... Substantivo Abstrato: é aquele que designa seres que depen-
-estados: alegria, tristeza... dem de outros para se manifestar ou existir.
-qualidades: honestidade, sinceridade... Pense bem: a beleza não existe por si só, não pode ser observa-
-ações: corrida, pescaria... da. Só podemos observar a beleza numa pessoa ou coisa que seja
bela. A beleza depende de outro ser para se manifestar. Portanto, a
Morfossintaxe do substantivo palavra beleza é um substantivo abstrato.
Os substantivos abstratos designam estados, qualidades, ações
Nas orações de língua portuguesa, o substantivo em geral e sentimentos dos seres, dos quais podem ser abstraídos, e sem os
exerce funções diretamente relacionadas com o verbo: atua como quais não podem existir: vida (estado), rapidez (qualidade), via-
núcleo do sujeito, dos complementos verbais (objeto direto ou in- gem (ação), saudade (sentimento).
direto) e do agente da passiva. Pode ainda funcionar como núcleo
do complemento nominal ou do aposto, como núcleo do predica- 3 - Substantivos Coletivos
tivo do sujeito, do objeto ou como núcleo do vocativo. Também
encontramos substantivos como núcleos de adjuntos adnominais e Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, outra abe-
de adjuntos adverbiais - quando essas funções são desempenhadas lha, mais outra abelha.
por grupos de palavras. Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas.
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
Classificação dos Substantivos
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi necessário
1- Substantivos Comuns e Próprios repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, mais outra abe-
Observe a definição: s.f. 1: Povoação maior que vila, com mui- lha...
tas casas e edifícios, dispostos em ruas e avenidas (no Brasil, toda No segundo caso, utilizaram-se duas palavras no plural.
a sede de município é cidade). 2. O centro de uma cidade (em No terceiro caso, empregou-se um substantivo no singular
oposição aos bairros). (enxame) para designar um conjunto de seres da mesma espécie
(abelhas).
Qualquer “povoação maior que vila, com muitas casas e edi-
fícios, dispostos em ruas e avenidas” será chamada cidade. Isso O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
significa que a palavra cidade é um substantivo comum.
Substantivo Comum é aquele que designa os seres de uma Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, mesmo es-
mesma espécie de forma genérica: cidade, menino, homem, mu- tando no singular, designa um conjunto de seres da mesma espécie.
lher, país, cachorro.
Estamos voando para Barcelona. Substantivo coletivo Conjunto de:
assembleia pessoas reunidas
O substantivo Barcelona designa apenas um ser da espécie ci- alcateia lobos
dade. Esse substantivo é próprio. Substantivo Próprio: é aquele acervo livros
que designa os seres de uma mesma espécie de forma particular: antologia trechos literários selecionados
Londres, Paulinho, Pedro, Tietê, Brasil. arquipélago ilhas
banda músicos
2 - Substantivos Concretos e Abstratos bando desordeiros ou malfeitores
banca examinadores
LÂMPADA MALA batalhão soldados
cardume peixes
Os substantivos lâmpada e mala designam seres com existên- caravana viajantes peregrinos
cia própria, que são independentes de outros seres. São substan- cacho frutas
tivos concretos. cáfila camelos
cancioneiro canções, poesias líricas
Substantivo Concreto: é aquele que designa o ser que existe, colmeia abelhas
independentemente de outros seres. chusma gente, pessoas
Obs.: os substantivos concretos designam seres do mundo real concílio bispos
e do mundo imaginário. congresso parlamentares, cientistas.
Seres do mundo real: homem, mulher, cadeira, cobra, Brasília, elenco atores de uma peça ou filme
etc. esquadra navios de guerra
Seres do mundo imaginário: saci, mãe-d’água, fantasma, etc. enxoval roupas

Didatismo e Conhecimento 27
PORTUGUÊS
falange soldados, anjos é derivado, pois se originou a partir da palavra limão.
fauna animais de uma região
feixe lenha, capim Substantivo Derivado: é aquele que se origina de outra pala-
flora vegetais de uma região vra.
frota navios mercantes, ônibus
girândola fogos de artifício Flexão dos substantivos
horda bandidos, invasores
junta médicos, bois, credores, examinado- O substantivo é uma classe variável. A palavra é variável quan-
res do sofre flexão (variação). A palavra menino, por exemplo, pode
júri jurados sofrer variações para indicar:
legião soldados, anjos, demônios Plural: meninos Feminino: menina
leva presos, recrutas Aumentativo: meninão Diminutivo: menininho
malta malfeitores ou desordeiros
manada búfalos, bois, elefantes,
Flexão de Gênero
matilha cães de raça
molho chaves, verduras
Gênero é a propriedade que as palavras têm de indicar sexo
multidão pessoas em geral
ninhada pintos real ou fictício dos seres. Na língua portuguesa, há dois gêneros:
nuvem insetos (gafanhotos, mosquitos, etc.) masculino e feminino. Pertencem ao gênero masculino os subs-
penca bananas, chaves tantivos que podem vir precedidos dos artigos o, os, um, uns. Veja
pinacoteca pinturas, quadros estes títulos de filmes:
quadrilha ladrões, bandidos O velho e o mar
ramalhete flores Um Natal inesquecível
rebanho ovelhas Os reis da praia
récua bestas de carga, cavalgadura
repertório peças teatrais, obras musicais Pertencem ao gênero feminino os substantivos que podem vir
réstia alhos ou cebolas precedidos dos artigos a, as, uma, umas:
romanceiro poesias narrativas A história sem fim
revoada pássaros Uma cidade sem passado
sínodo párocos As tartarugas ninjas
talha lenha Substantivos Biformes e Substantivos Uniformes
tropa muares, soldados
turma estudantes, trabalhadores Substantivos Biformes (= duas formas): ao indicar nomes de
vara porcos seres vivos, geralmente o gênero da palavra está relacionado ao
sexo do ser, havendo, portanto, duas formas, uma para o masculino
Formação dos Substantivos e outra para o feminino. Observe: gato – gata, homem – mulher,
poeta – poetisa, prefeito - prefeita
Substantivos Simples e Compostos
Chuva - subst. Fem. 1 - água caindo em gotas sobre a terra. Substantivos Uniformes: são aqueles que apresentam uma úni-
O substantivo chuva é formado por um único elemento ou ra- ca forma, que serve tanto para o masculino quanto para o femini-
dical. É um substantivo simples. no. Classificam-se em:
- Epicenos: têm um só gênero e nomeiam bichos: a cobra ma-
Substantivo Simples: é aquele formado por um único elemen-
cho e a cobra fêmea, o jacaré macho e o jacaré fêmea.
to.
- Sobrecomuns: têm um só gênero e nomeiam pessoas: a
Outros substantivos simples: tempo, sol, sofá, etc. Veja agora:
criança, a testemunha, a vítima, o cônjuge, o gênio, o ídolo, o
O substantivo guarda-chuva é formado por dois elementos (guarda
+ chuva). Esse substantivo é composto. indivíduo.
- Comuns de Dois Gêneros: indicam o sexo das pessoas por
Substantivo Composto: é aquele formado por dois ou mais ele- meio do artigo: o colega e a colega, o doente e a doente, o artista
mentos. Outros exemplos: beija-flor, passatempo. e a artista.

Substantivos Primitivos e Derivados Saiba que: Substantivos de origem grega terminados em ema
Meu limão meu limoeiro, ou oma, são masculinos: o fonema, o poema, o sistema, o sintoma,
meu pé de jacarandá... o teorema.
- Existem certos substantivos que, variando de gênero, variam
O substantivo limão é primitivo, pois não se originou de ne- em seu significado: o rádio (aparelho receptor) e a rádio (estação
nhum outro dentro de língua portuguesa. emissora) o capital (dinheiro) e a capital (cidade)
Substantivo Primitivo: é aquele que não deriva de nenhuma Formação do Feminino dos Substantivos Biformes
outra palavra da própria língua portuguesa. O substantivo limoeiro

Didatismo e Conhecimento 28
PORTUGUÊS
- Regra geral: troca-se a terminação -o por –a: aluno - aluna.
- Substantivos terminados em -ês: acrescenta-se -a ao masculi- Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher?
no: freguês - freguesa É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma vez que
- Substantivos terminados em -ão: fazem o feminino de três a palavra motorista é um substantivo uniforme.
formas: A distinção de gênero pode ser feita através da análise do arti-
- troca-se -ão por -oa. = patrão – patroa go ou adjetivo, quando acompanharem o substantivo: o colega - a
- troca-se -ão por -ã. = campeão - campeã colega; o imigrante - a imigrante; um jovem - uma jovem; artista
-troca-se -ão por ona. = solteirão - solteirona famoso - artista famosa; repórter francês - repórter francesa

Exceções: barão – baronesa ladrão- ladra sultão - sultana - A palavra personagem é usada indistintamente nos dois gê-
neros.
- Substantivos terminados em -or: a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada preferência
- acrescenta-se -a ao masculino = doutor – doutora pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens os personagens
- troca-se -or por -triz: = imperador - imperatriz dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o feminino: O
- Substantivos com feminino em -esa, -essa, -isa: cônsul - con- problema está nas mulheres de mais idade, que não aceitam a per-
sulesa / abade - abadessa / poeta - poetisa / duque - duquesa / sonagem.
conde - condessa / profeta - profetisa - Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo fotográ-
fico Ana Belmonte.
- Substantivos que formam o feminino trocando o -e final por Observe o gênero dos substantivos seguintes:
-a: elefante - elefanta
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó (pena), o
- Substantivos que têm radicais diferentes no masculino e no sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o maracajá, o clã,
feminino: bode – cabra / boi - vaca o hosana, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o proclama, o
pernoite, o púbis.
- Substantivos que formam o feminino de maneira especial,
isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores: czar – czari- Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a cata-
na réu - ré plasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido, a cal, a
faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes
Epicenos: - São geralmente masculinos os substantivos de origem grega
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros. terminados em -ma: o grama (peso), o quilograma, o plasma, o
apostema, o diagrama, o epigrama, o telefonema, o estratagema,
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso ocorre o dilema, o teorema, o trema, o eczema, o edema, o magma, o es-
porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma para indicar o tigma, o axioma, o tracoma, o hematoma.
masculino e o feminino.
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma para de- Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
signar os dois sexos. Esses substantivos são chamados de epice-
nos. No caso dos epicenos, quando houver a necessidade de espe- Gênero dos Nomes de Cidades:
cificar o sexo, utilizam-se palavras macho e fêmea.
A cobra macho picou o marinheiro. Com raras exceções, nomes de cidades são femininos.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças refere-se tanto a seres do sexo masculino, Uma Londres imensa e triste.
quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem o artigo nem um Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
possível adjetivo permitem identificar o sexo dos seres a que se
refere a palavra. Veja: Gênero e Significação:
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculino e ou-
tra no feminino. Observe: o baliza (soldado que, que à frente da
Outros substantivos sobrecomuns: tropa, indica os movimentos que se deve realizar em conjunto; o
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa cria- que vai à frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão),
tura. a baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibição
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de Marcela de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do corpo), o cisma
faleceu (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato de cismar, descon-
Comuns de Dois Gêneros: fiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza (resíduos de combustão),
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. o capital (dinheiro), a capital (cidade), o coma (perda dos senti-

Didatismo e Conhecimento 29
PORTUGUÊS
dos), a coma (cabeleira), o coral (pólipo, a cor vermelha, canto em - substituindo o -ão por -ãos: grão - grãos
coro), a coral (cobra venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na
administração da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sa- - Os substantivos terminados em “x” ficam invariáveis: o látex
cramento da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), - os látex.
o estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vegeta-
ção), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento, pena Plural dos Substantivos Compostos
grande das asas das aves), o grama (unidade de peso), a grama
(relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (recipiente, setor -A formação do plural dos substantivos compostos depende
de pagamentos), o lente (professor), a lente (vidro de aumento), da forma como são grafados, do tipo de palavras que formam o
o moral (ânimo), a moral (honestidade, bons costumes, ética), o composto e da relação que estabelecem entre si. Aqueles que são
nascente (lado onde nasce o Sol), a nascente (a fonte), o maria-fu- grafados sem hífen comportam-se como os substantivos simples:
maça (trem como locomotiva a vapor), maria-fumaça (locomotiva aguardente/aguardentes, girassol/girassóis, pontapé/pontapés,
movida a vapor), o pala (poncho), a pala (parte anterior do boné malmequer/malmequeres.
ou quepe, anteparo), o rádio (aparelho receptor), a rádio (estação O plural dos substantivos compostos cujos elementos são li-
emissora), o voga (remador), a voga (moda, popularidade). gados por hífen costuma provocar muitas dúvidas e discussões.
Algumas orientações são dadas a seguir:
Flexão de Número do Substantivo
- Flexionam-se os dois elementos, quando formados de:
Em português, há dois números gramaticais: o singular, que substantivo + substantivo = couve-flor e couves-flores
indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que indica mais de substantivo + adjetivo = amor-perfeito e amores-perfeitos
um ser ou grupo de seres. A característica do plural é o “s” final. adjetivo + substantivo = gentil-homem e gentis-homens
numeral + substantivo = quinta-feira e quintas-feiras
Plural dos Substantivos Simples
- Flexiona-se somente o segundo elemento, quando formados
de:
- Os substantivos terminados em vogal, ditongo oral e “n” fa-
verbo + substantivo = guarda-roupa e guarda-roupas
zem o plural pelo acréscimo de “s”: pai – pais; ímã – ímãs; hífen
palavra invariável + palavra variável = alto-falante e alto-
- hifens (sem acento, no plural). Exceção: cânon - cânones.
-falantes
palavras repetidas ou imitativas = reco-reco e reco-recos
- Os substantivos terminados em “m” fazem o plural em “ns”:
homem - homens.
- Flexiona-se somente o primeiro elemento, quando forma-
dos de:
- Os substantivos terminados em “r” e “z” fazem o plural pelo
substantivo + preposição clara + substantivo = água-de-colô-
acréscimo de “es”: revólver – revólveres; raiz - raízes. nia e águas-de-colônia
substantivo + preposição oculta + substantivo = cavalo-vapor
Atenção: O plural de caráter é caracteres. e cavalos-vapor
substantivo + substantivo que funciona como determinante do
- Os substantivos terminados em al, el, ol, ul flexionam-se no primeiro, ou seja, especifica a função ou o tipo do termo anterior:
plural, trocando o “l” por “is”: quintal - quintais; caracol – ca- palavra-chave - palavras-chave, bomba-relógio - bombas-re-
racóis; hotel - hotéis. Exceções: mal e males, cônsul e cônsules. lógio, notícia-bomba - notícias-bomba, homem-rã - homens-rã,
peixe- -espada - peixes-espada.
- Os substantivos terminados em “il” fazem o plural de duas
maneiras: - Permanecem invariáveis, quando formados de:
- Quando oxítonos, em “is”: canil - canis verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
- Quando paroxítonos, em “eis”: míssil - mísseis. verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os saca-rolhas
Obs.: a palavra réptil pode formar seu plural de duas maneiras: - Casos Especiais
répteis ou reptis (pouco usada). o louva-a-deus e os louva-a-deus
- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de duas o bem-te-vi e os bem-te-vis
maneiras: o bem-me-quer e os bem-me-queres
- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o acréscimo o joão-ninguém e os joões-ninguém.
de “es”: ás – ases / retrós - retroses
- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam invariáveis: o Plural das Palavras Substantivadas
lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus.
As palavras substantivadas, isto é, palavras de outras classes
- Os substantivos terminados em “ao” fazem o plural de três gramaticais usadas como substantivo, apresentam, no plural, as
maneiras. flexões próprias dos substantivos.
- substituindo o -ão por -ões: ação - ações Pese bem os prós e os contras.
- substituindo o -ão por -ães: cão - cães O aluno errou na prova dos noves.

Didatismo e Conhecimento 30
PORTUGUÊS
Ouça com a mesma serenidade os sins e os nãos. posto postos
tijolo tijolos
Obs.: numerais substantivados terminados em “s” ou “z” não
variam no plural: Nas provas mensais consegui muitos seis e al- Têm a vogal tônica fechada (ô): adornos, almoços, bolsos, es-
guns dez. posos, estojos, globos, gostos, polvos, rolos, soros, etc.
Obs.: distinga-se molho (ô) = caldo (molho de carne), de mo-
Plural dos Diminutivos lho (ó) = feixe (molho de lenha).
Flexiona-se o substantivo no plural, retira-se o “s” final e
Particularidades sobre o Número dos Substantivos
acrescenta-se o sufixo diminutivo.
pãe(s) + zinhos = pãezinhos
animai(s) + zinhos = animaizinhos - Há substantivos que só se usam no singular: o sul, o norte, o
botõe(s) + zinhos = botõezinhos leste, o oeste, a fé, etc.
chapéu(s) + zinhos = chapeuzinhos - Outros só no plural: as núpcias, os víveres, os pêsames, as
farói(s) + zinhos = faroizinhos espadas/os paus (naipes de baralho), as fezes.
tren(s) + zinhos = trenzinhos - Outros, enfim, têm, no plural, sentido diferente do singular:
colhere(s) + zinhas = colherezinhas bem (virtude) e bens (riquezas), honra (probidade, bom nome) e
flore(s) + zinhas = florezinhas honras (homenagem, títulos).
mão(s) + zinhas = mãozinhas - Usamos às vezes, os substantivos no singular, mas com sen-
papéi(s) + zinhos = papeizinhos tido de plural:
nuven(s) + zinhas = nuvenzinhas Aqui morreu muito negro.
funi(s) + zinhos = funizinhos Celebraram o sacrifício divino muitas vezes em capelas im-
túnei(s) + zinhos = tuneizinhos provisadas.
pai(s) + zinhos = paizinhos
pé(s) + zinhos = pezinhos Flexão de Grau do Substantivo
pé(s) + zitos = pezitos Grau é a propriedade que as palavras têm de exprimir as varia-
ções de tamanho dos seres. Classifica-se em:
Plural dos Nomes Próprios Personativos
- Grau Normal - Indica um ser de tamanho considerado nor-
Devem-se pluralizar os nomes próprios de pessoas sempre que mal. Por exemplo: casa
a terminação preste-se à flexão.
Os Napoleões também são derrotados. - Grau Aumentativo - Indica o aumento do tamanho do ser.
As Raquéis e Esteres. Classifica-se em:
Analítico = o substantivo é acompanhado de um adjetivo que
Plural dos Substantivos Estrangeiros indica grandeza. Por exemplo: casa grande.
Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Substantivos ainda não aportuguesados devem ser escritos aumento. Por exemplo: casarão.
como na língua original, acrescentando-se “s” (exceto quando ter-
minam em “s” ou “z”): os shows, os shorts, os jazz. - Grau Diminutivo - Indica a diminuição do tamanho do ser.
Pode ser:
Substantivos já aportuguesados flexionam-se de acordo com as Analítico = substantivo acompanhado de um adjetivo que in-
regras de nossa língua: os clubes, os chopes, os jipes, os esportes, dica pequenez. Por exemplo: casa pequena.
as toaletes, os bibelôs, os garçons, os réquiens. Sintético = é acrescido ao substantivo um sufixo indicador de
Observe o exemplo:
diminuição. Por exemplo: casinha.
Este jogador faz gols toda vez que joga.
O plural correto seria gois (ô), mas não se usa. Verbo é a classe de palavras que se flexiona em pessoa, núme-
Plural com Mudança de Timbre ro, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: ação
(correr); estado (ficar); fenômeno (chover); ocorrência (nascer);
Certos substantivos formam o plural com mudança de timbre desejo (querer).
da vogal tônica (o fechado / o aberto). É um fato fonético chamado O que caracteriza o verbo são as suas flexões, e não os seus
metafonia (plural metafônico). possíveis significados. Observe que palavras como corrida, chuva
e nascimento têm conteúdo muito próximo ao de alguns verbos
Singular Plural mencionados acima; não apresentam, porém, todas as possibilida-
corpo (ô) corpos (ó)
esforço esforços des de flexão que esses verbos possuem.
fogo fogos Estrutura das Formas Verbais
forno fornos Do ponto de vista estrutural, uma forma verbal pode apresentar
fosso fossos os seguintes elementos:
imposto impostos - Radical: é a parte invariável, que expressa o significado es-
olho olhos sencial do verbo. Por exemplo: fal-ei; fal-ava; fal-am. (radical fal-)
osso (ô) ossos (ó) - Tema: é o radical seguido da vogal temática que indica a con-
ovo ovos jugação a que pertence o verbo. Por exemplo: fala-r
poço poços São três as conjugações: 1ª - Vogal Temática - A - (falar), 2ª
porto portos - Vogal Temática - E - (vender), 3ª - Vogal Temática - I - (partir).

Didatismo e Conhecimento 31
PORTUGUÊS
- Desinência modo-temporal: é o elemento que designa o tem- 2. os verbos bastar e chegar, seguidos da preposição de, indi-
po e o modo do verbo. Por exemplo: cando suficiência: Basta de tolices. Chega de blasfêmias.
falávamos ( indica o pretérito imperfeito do indicativo.) 3. os verbos estar e ficar em orações tais como Está bem, Está
falasse ( indica o pretérito imperfeito do subjuntivo.) muito bem assim, Não fica bem, Fica mal, sem referência a sujeito
- Desinência número-pessoal: é o elemento que designa a pes- expresso anteriormente. Podemos, ainda, nesse caso, classificar o
soa do discurso ( 1ª, 2ª ou 3ª) e o número (singular ou plural): sujeito como hipotético, tornando-se, tais verbos, então, pessoais.
falamos (indica a 1ª pessoa do plural.) 4. o verbo deu + para da língua popular, equivalente de “ser
falavam (indica a 3ª pessoa do plural.) possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Observação: o verbo pôr, assim como seus derivados (com- Dá para me arrumar uns trocados?
por, repor, depor, etc.), pertencem à 2ª conjugação, pois a forma
arcaica do verbo pôr era poer. A vogal “e”, apesar de haver desa- * Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se
parecido do infinitivo, revela-se em algumas formas do verbo: põe, apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural.
pões, põem, etc. A fruta amadureceu.
As frutas amadureceram.
Formas Rizotônicas e Arrizotônicas
Obs.: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos
Ao combinarmos os conhecimentos sobre a estrutura dos ver-
pessoais na linguagem figurada: Teu irmão amadureceu bastante.
bos com o conceito de acentuação tônica, percebemos com facili-
dade que nas formas rizotônicas o acento tônico cai no radical do
verbo: opino, aprendam, nutro, por exemplo. Nas formas arrizo- Entre os unipessoais estão os verbos que significam vozes de
tônicas, o acento tônico não cai no radical, mas sim na terminação animais; eis alguns: bramar: tigre, bramir: crocodilo, cacarejar:
verbal: opinei, aprenderão, nutriríamos. galinha, coaxar: sapo, cricrilar: grilo

Classificação dos Verbos Os principais verbos unipessoais são:


Classificam-se em: 1. cumprir, importar, convir, doer, aprazer, parecer, ser (preci-
- Regulares: são aqueles que possuem as desinências normais so, necessário, etc.):
de sua conjugação e cuja flexão não provoca alterações no radical: Cumpre trabalharmos bastante. (Sujeito: trabalharmos bas-
canto cantei cantarei cantava cantasse. tante.)
- Irregulares: são aqueles cuja flexão provoca alterações no Parece que vai chover. (Sujeito: que vai chover.)
radical ou nas desinências: faço fiz farei fizesse. É preciso que chova. (Sujeito: que chova.)
- Defectivos: são aqueles que não apresentam conjugação com-
pleta. Classificam-se em impessoais, unipessoais e pessoais: 2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da
* Impessoais: são os verbos que não têm sujeito. Normalmen- conjunção que.
te, são usados na terceira pessoa do singular. Os principais verbos Faz dez anos que deixei de fumar. (Sujeito: que deixei de fu-
impessoais são: mar.)
** haver, quando sinônimo de existir, acontecer, realizar-se ou Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não vejo Cláudia.
fazer (em orações temporais). (Sujeito: que não vejo Cláudia)
Havia poucos ingressos à venda. (Havia = Existiam) Obs.: todos os sujeitos apontados são oracionais.
Houve duas guerras mundiais. (Houve = Aconteceram)
Haverá reuniões aqui. (Haverá = Realizar-se-ão) * Pessoais: não apresentam algumas flexões por motivos mor-
Deixei de fumar há muitos anos. (há = faz) fológicos ou eufônicos. Por exemplo:
- verbo falir. Este verbo teria como formas do presente do in-
** fazer, ser e estar (quando indicam tempo) dicativo falo, fales, fale, idênticas às do verbo falar - o que prova-
Faz invernos rigorosos no Sul do Brasil.
velmente causaria problemas de interpretação em certos contextos.
Era primavera quando a conheci.
Estava frio naquele dia.
- verbo computar. Este verbo teria como formas do presente
do indicativo computo, computas, computa - formas de sonoridade
** Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são
considerada ofensiva por alguns ouvidos gramaticais. Essas razões
impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer, escu-
muitas vezes não impedem o uso efetivo de formas verbais repu-
recer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci mal-humora-
do”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qualquer diadas por alguns gramáticos: exemplo disso é o próprio verbo
verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser im- computar, que, com o desenvolvimento e a popularização da infor-
pessoal para ser pessoal. mática, tem sido conjugado em todos os tempos, modos e pessoas.
Amanheci mal-humorado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos) - Abundantes: são aqueles que possuem mais de uma forma
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu) com o mesmo valor. Geralmente, esse fenômeno costuma ocorrer
** São impessoais, ainda: no particípio, em que, além das formas regulares terminadas em
1. o verbo passar (seguido de preposição), indicando tempo: -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irre-
Já passa das seis. gular). Observe:

Didatismo e Conhecimento 32
PORTUGUÊS
INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR
Anexar Anexado Anexo
Dispersar Dispersado Disperso
Eleger Elegido Eleito
Envolver Envolvido Envolto

INFINITIVO PARTICÍPIO REGULAR PARTICÍPIO IRREGULAR

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Matar Matado Morto
Morrer Morrido Morto
Pegar Pegado Pego
Soltar Soltado Solto

- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Por exemplo: Ir, Pôr, Ser, Saber (vou, vais, ides, fui, foste,
pus, pôs, punha, sou, és, fui, foste, seja).

- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal, quando acompa-
nhado de verbo auxiliar, é expresso numa das formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.

Vou espantar as moscas.


(verbo auxiliar) (verbo principal no infinitivo)

Está chegando a hora do debate.


(verbo auxiliar) (verbo principal no gerúndio)

Os noivos foram cumprimentados por todos os presentes.


(verbo auxiliar) (verbo principal no particípio)

Obs.: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.

Conjugação dos Verbos Auxiliares

SER - Modo Indicativo


Presente Pret.Perfeito Pretérito Imp. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.do Pres. Fut. Do Pretérito
sou fui era fora serei seria
és foste eras foras serás serias
é foi era fora será seria
somos fomos éramos fôramos seremos seríamos
sois fostes éreis fôreis sereis seríeis
são foram eram foram serão seriam

SER - Modo Subjuntivo

Presente Pretérito Imperfeito Futuro


que eu seja se eu fosse quando eu for
que tu sejas se tu fosses quando tu fores
que ele seja se ele fosse quando ele for
que nós sejamos se nós fôssemos quando nós formos
que vós sejais se vós fôsseis quando vós fordes
que eles sejam se eles fossem quando eles forem

SER - Modo Imperativo

Afirmativo Negativo
sê tu não sejas tu
seja você não seja você
sejamos nós não sejamos nós
sede vós não sejais vós
sejam vocês não sejam vocês

Didatismo e Conhecimento 33
PORTUGUÊS
SER - Formas Nominais

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ser eu sendo sido
seres tu

Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio


ser ele
sermos nós
serdes vós
serem eles

ESTAR - Modo Indicativo


Presente Pret. perf. Pret. Imperf. Pret.Mais-Que-Perf. Fut.doPres. Fut.do Preté.
estou estive estava estivera estarei estaria
estás estiveste estavas estiveras estarás estarias
está esteve estava estivera estará estaria
estamos estivemos estávamos estivéramos estaremos estaríamos
estais estivestes estáveis estivéreis estareis estaríeis
estão estiveram estavam estiveram estarão estariam

ESTAR - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
esteja estivesse estiver
estejas estivesses estiveres está estejas
esteja estivesse estiver esteja esteja
estejamos estivéssemos estivermos estejamos estejamos
estejais estivésseis estiverdes estai estejais
estejam estivessem estiverem estejam estejam

ESTAR - Formas Nominais


Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
estar estar estando estado
estares
estar
estarmos
estardes
estarem

HAVER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Pret.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
hei houve havia houvera haverei haveria
hás houveste havias houveras haverás haverias
há houve havia houvera haverá haveria
havemos houvemos havíamos houvéramos haveremos haveríamos
haveis houvestes havíeis houvéreis havereis haveríeis
hão houveram haviam houveram haverão haveriam

HAVER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
haja houvesse houver
hajas houvesses houveres há hajas
haja houvesse houver haja haja
hajamos houvéssemos houvermos hajamos hajamos
hajais houvésseis houverdes havei hajais
hajam houvessem houverem hajam hajam

Didatismo e Conhecimento 34
PORTUGUÊS
HAVER - Formas Nominais
Infinitivo Impessoal Infinitivo Pessoal Gerúndio Particípio
haver haver havendo havido
haveres
haver
havermos
haverdes
haverem

TER - Modo Indicativo


Presente Pret. Perf. Pret. Imper. Preté.Mais-Que-Perf. Fut. Do Pres. Fut. Do Preté.
Tenho tive tinha tivera terei teria
tens tiveste tinhas tiveras terás terias
tem teve tinha tivera terá teria
temos tivemos tínhamos tivéramos teremos teríamos
tendes tivestes tínheis tivéreis tereis teríeis
têm tiveram tinham tiveram terão teriam

TER - Modo Subjuntivo e Imperativo


Presente Pretérito Imperfeito Futuro Afirmativo Negativo
Tenha tivesse tiver
tenhas tivesses tiveres tem tenhas
tenha tivesse tiver tenha tenha
tenhamos tivéssemos tivermos tenhamos tenhamos
tenhais tivésseis tiverdes tende tenhais
tenham tivessem tiverem tenham tenham

- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na mesma pessoa do su-
jeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no próprio sentido do verbo (reflexivos
essenciais). Veja:

- 1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos: abster-se, ater-
-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já está implícita no radical do
verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mesma, pois não recebe
ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante do verbo, já que, pelo uso, sempre é
conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia reflexiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem

- 2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto representado por pronome
oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em geral, os verbos transitivos diretos ou
transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados, formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo:
Maria se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo:
Maria penteou-me.

Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente pronominais, são os verbos
reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do sujeito, exercem funções sintáticas. Por
exemplo:

Didatismo e Conhecimento 35
PORTUGUÊS
Eu me feri. = Eu(sujeito) - 1ª pessoa do singular me (objeto Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma
direto) - 1ª pessoa do singular relação temporal, assume verdadeiramente a função de adjetivo
(adjetivo verbal). Por exemplo: Ela foi a aluna escolhida para re-
Modos Verbais presentar a escola.

Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo Tempos Verbais
na expressão de um fato. Em Português, existem três modos:
Indicativo - indica uma certeza, uma realidade: Eu sempre es- Tomando-se como referência o momento em que se fala, a
tudo. ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos. Veja:
Subjuntivo - indica uma dúvida, uma possibilidade: Talvez eu 1. Tempos do Indicativo
estude amanhã. - Presente - Expressa um fato atual: Eu estudo neste colégio.
Imperativo - indica uma ordem, um pedido: Estuda agora, me- - Pretérito Imperfeito - Expressa um fato ocorrido num mo-
nino. mento anterior ao atual, mas que não foi completamente termina-
do: Ele estudava as lições quando foi interrompido.
Formas Nominais - Pretérito Perfeito - Expressa um fato ocorrido num momen-
to anterior ao atual e que foi totalmente terminado: Ele estudou as
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que lições ontem à noite.
podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo, advér- - Pretérito-Mais-Que-Perfeito - Expressa um fato ocorrido
bio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe: antes de outro fato já terminado: Ele já tinha estudado as lições
- Infinitivo Impessoal: exprime a significação do verbo de quando os amigos chegaram. (forma composta) Ele já estudara as
modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substanti- lições quando os amigos chegaram. (forma simples).
vo. Por exemplo: - Futuro do Presente - Enuncia um fato que deve ocorrer num
Viver é lutar. (= vida é luta) tempo vindouro com relação ao momento atual: Ele estudará as
É indispensável combater a corrupção. (= combate à) lições amanhã.
- Futuro do Pretérito - Enuncia um fato que pode ocorrer pos-
teriormente a um determinado fato passado: Se eu tivesse dinheiro,
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma
viajaria nas férias.
simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
2. Tempos do Subjuntivo
Era preciso ter lido este livro.
- Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer no momento
atual: É conveniente que estudes para o exame.
- Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas
- Pretérito Imperfeito - Expressa um fato passado, mas pos-
do discurso. Na 1ª e 3ª pessoas do singular, não apresenta desinên-
terior a outro já ocorrido: Eu esperava que ele vencesse o jogo.
cias, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexio-
na-se da seguinte maneira:
Obs.: o pretérito imperfeito é também usado nas construções
2ª pessoa do singular: Radical + ES Ex.: teres(tu)
em que se expressa a ideia de condição ou desejo. Por exemplo: Se
1ª pessoa do plural: Radical + MOS Ex.: termos (nós)
ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
2ª pessoa do plural: Radical + DES Ex.: terdes (vós)
3ª pessoa do plural: Radical + EM Ex.: terem (eles) - Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num
Por exemplo: Foste elogiado por teres alcançado uma boa co- momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier à loja, leva-
locação. rá as encomendas.

- Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou ad- Obs.: o futuro do presente é também usado em frases que in-
vérbio. Por exemplo: dicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se ele vier à loja,
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio) levará as encomendas.
Nas ruas, havia crianças vendendo doces. (função de adjetivo)
Na forma simples, o gerúndio expressa uma ação em curso; na
forma composta, uma ação concluída. Por exemplo:
Trabalhando, aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado, aprendeu o valor do dinheiro.

- Particípio: quando não é empregado na formação dos tem-


pos compostos, o particípio indica geralmente o resultado de uma
ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por
exemplo:
Terminados os exames, os candidatos saíram.

Didatismo e Conhecimento 36
PORTUGUÊS
Presente do Indicativo

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal


CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M

Pretérito Perfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
canteI vendI partI I
cantaSTE vendeSTE partISTE STE
cantoU vendeU partiU U
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaSTES vendeSTES partISTES STES
cantaRAM vendeRAM partiRAM RAM

Pretérito mais-que-perfeito
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal (1ª/2ª e 3ª conj.) Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M

Pretérito Imperfeito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantAVA vendIA partIA
cantAVAS vendIAS partAS
CantAVA vendIA partIA
cantÁVAMOS vendÍAMOS partÍAMOS
cantÁVEIS vendÍEIS partÍEIS
cantAVAM vendIAM partIAM

Futuro do Presente do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar ei vender ei partir ei
cantar ás vender ás partir ás
cantar á vender á partir á
cantar emos vender emos partir emos
cantar eis vender eis partir eis
cantar ão vender ão partir ão

Futuro do Pretérito do Indicativo


1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantarIA venderIA partirIA
cantarIAS venderIAS partirIAS
cantarIA venderIA partirIA
cantarÍAMOS venderÍAMOS partirÍAMOS
cantarÍEIS venderÍEIS partirÍEIS
cantarIAM venderIAM partirIAM

Didatismo e Conhecimento 37
PORTUGUÊS
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do indicativo pela desi-
nência -E (nos verbos de 1ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2ª e 3ª conjugação).

1ª conjug. 2ª conjug. 3ª conju. Des. temporal Des.temporal Desinên. pessoal


1ª conj. 2ª/3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M

Pretérito Imperfeito do Subjuntivo

Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim,
o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de número e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M

Futuro do Subjuntivo

Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2ª pessoa do singular do pretérito perfeito, obtendo-se, assim, o tema
desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e pessoa correspondente.

1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal


1ª /2ª e 3ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM PartiREM R EM

Modo Imperativo

Imperativo Afirmativo

Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2ª pessoa do singular (tu) e a segunda pessoa do plural (vós)
eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:

Presente do Indicativo Imperativo Afirmativo Presente do Subjuntivo

Eu canto --- Que eu cante


Tu cantas CantA tu Que tu cantes
Ele canta Cante você Que ele cante
Nós cantamos Cantemos nós Que nós cantemos
Vós cantais CantAI vós Que vós canteis
Eles cantam Cantem vocês Que eles cantem

Didatismo e Conhecimento 38
PORTUGUÊS
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.

Presente do Subjuntivo Imperativo Negativo

Que eu cante ---


Que tu cantes Não cantes tu
Que ele cante Não cante você
Que nós cantemos Não cantemos nós
Que vós canteis Não canteis vós
Que eles cantem Não cantem eles

Observações:

- No modo imperativo não faz sentido usar na 3ª pessoa (singular e plural) as formas ele/eles, pois uma ordem, pedido ou conselho só se
aplicam diretamente à pessoa com quem se fala. Por essa razão, utiliza-se você/vocês.
- O verbo SER, no imperativo, faz excepcionalmente: sê (tu), sede (vós).

Infinitivo Pessoal
1ª conjugação 2ª conjugação 3ª conjugação
CANTAR VENDER PARTIR
cantar vender partir
cantarES venderES partirES
cantar vender partir
cantarMOS venderMOS partirMOS
cantarDES venderDES partirDES
cantarEM venderEM partirEM

Questões sobre Verbo

01. (Agente Polícia Vunesp 2013) Considere o trecho a seguir.


É comum que objetos ___________ esquecidos em locais públicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas
_____________ a atenção voltada para seus pertences, conservando-os junto ao corpo.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do texto.
(A) sejam … mantesse (B) sejam … mantivessem (C) sejam … mantém (D) seja … mantivessem (E) seja … mantêm

02. (Escrevente TJ SP Vunesp 2012-adap.) Na frase –… os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando quedas sucessivas de
2005 para cá. –, a locução verbal em destaque expressa ação
(A) concluída. (B) atemporal. (C) contínua. (D) hipotética. (E) futura.

03. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013-adap.) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de um ser cujas interações sociais
terminam, 99% das vezes, diante da pergunta “débito ou crédito?”.
Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de
(A) considerar ao acaso, sem premeditação.
(B) aceitar uma ideia mesmo sem estar convencido dela.
(C) adotar como referência de qualidade.
(D) julgar de acordo com normas legais.
(E) classificar segundo ideias preconcebidas.

04. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa contendo a frase do texto na qual a expressão verbal destacada exprime
possibilidade.
(A) ... o cientista Theodor Nelson sonhava com um sistema capaz de disponibilizar um grande número de obras literárias...
(B) Funcionando como um imenso sistema de informação e arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual.
(C) Isso acarreta uma textualidade que funciona por associação, e não mais por sequências fixas previamente estabelecidas.
(D) Desde o surgimento da ideia de hipertexto, esse conceito está ligado a uma nova concepção de textualidade...
(E) Criou, então, o “Xanadu”, um projeto para disponibilizar toda a literatura do mundo...

Didatismo e Conhecimento 39
PORTUGUÊS
05.(POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO ACRE – ALUNO Substituindo-se o verbo Haver pelo verbo Existir e este pelo
SOLDADO COMBATENTE – FUNCAB/2012) No trecho: “O verbo Haver, nas frases, têm-se, respectivamente:
crescimento econômico, se associado à ampliação do emprego, A) Existia – Haviam – Existiam
PODE melhorar o quadro aqui sumariamente descrito.”, se pas- B) Existiam – Havia – Existiam
sarmos o verbo destacado para o futuro do pretérito do indicativo, C) Existiam – Haviam – Existiam
teremos a forma: D) Existiam – Havia – Existia
A) puder. E) Existia – Havia – Existia
B) poderia.
C) pôde. GABARITO
D) poderá.
E) pudesse.
01. B 02. C 03. E 04. B 05. B
06. A 07. C 08. B 09. C 10. D
06. (Escrevente TJ SP Vunesp 2013) Assinale a alternativa em
que todos os verbos estão empregados de acordo com a norma-pa-
drão. RESOLUÇÃO
(A) Enviaram o texto, para que o revíssemos antes da impres-
são definitiva. 1-) É comum que objetos sejam esquecidos em locais pú-
(B) Não haverá prova do crime se o réu se manter em silêncio. blicos. Mas muitos transtornos poderiam ser evitados se as pessoas
(C) Vão pagar horas-extras aos que se disporem a trabalhar no mantivessem a atenção voltada para seus pertences, conservando
feriado. -os junto ao corpo.
(D) Ficarão surpresos quando o verem com a toga...
(E) Se você quer a promoção, é necessário que a requera a seu 2-) os níveis de pessoas sem emprego estão apresentando que-
superior. das sucessivas de 2005 para cá. –, a locução verbal em destaque
expressa ação contínua (= não concluída)
07. (Papiloscopista Policial Vunesp 2013-adap.) Assinale a
alternativa que substitui, corretamente e sem alterar o sentido da 3-) Sem querer estereotipar, mas já estereotipando: trata-se de
frase, a expressão destacada em – Se a criança se perder, quem um ser cujas interações sociais terminam, 99% das vezes, diante da
encontrá-la verá na pulseira instruções para que envie uma mensa- pergunta “débito ou crédito?”.
gem eletrônica ao grupo ou acione o código na internet. Nesse contexto, o verbo estereotipar tem sentido de classificar
(A) Caso a criança se havia perdido…
segundo ideias preconcebidas.
(B) Caso a criança perdeu…
(C) Caso a criança se perca…
(D) Caso a criança estivera perdida… 4-) (B) Funcionando como um imenso sistema de informação e
(E) Caso a criança se perda… arquivamento, o hipertexto deveria ser um enorme arquivo virtual.
= verbo no futuro do pretérito
08. (Agente de Apoio Operacional – VUNESP – 2013-adap.).
Assinale a alternativa em que o verbo destacado está no tempo 5-) Conjugando o verbo “poder” no futuro do pretérito do
futuro. Indicativo: eu poderia, tu poderias, ele poderia, nós poderíamos,
A) Os consumidores são assediados pelo marketing … vós poderíeis, eles poderiam. O sujeito da oração é crescimento
B) … somente eles podem decidir se irão ou não comprar. econômico (singular), portanto, terceira pessoa do singular (ele)
C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”… = poderia.
D) … de onde vem o produto…?
E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… 6-)
09. (Papiloscopista Policial – VUNESP – 2013). Assinale a (B) Não haverá prova do crime se o réu se mantiver em silên-
alternativa em que a concordância das formas verbais destacadas cio.
se dá em conformidade com a norma-padrão da língua. (C) Vão pagar horas-extras aos que se dispuserem a trabalhar
(A) Chegou, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. no feriado.
(B) Haviam várias hipóteses acerca do que poderia ter aconte-
(D) Ficarão surpresos quando o virem com a toga...
cido com a criança.
(E) Se você quiser a promoção, é necessário que a requeira a
(C) Fazia horas que a criança tinha saído e os pais já estavam
preocupados. seu superior.
(D) Era duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada.
(E) Existia várias maneiras de voltar para casa, mas a criança 7-) Caso a criança se perca…(perda = substantivo: Houve
se perdeu mesmo assim. uma grande perda salarial...)

10. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP – 8-)


2013-adap.). Leia as frases a seguir. A) Os consumidores são assediados pelo marketing = presente
I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de madeira C) É como se abrissem em nós uma “caixa de necessidades”…
no animal. = pretérito do Subjuntivo
II. Existiam muitos ferimentos no boi. D) … de onde vem o produto…? = presente
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movi- E) Uma pesquisa mostrou que 55,4% das pessoas… = preté-
mentada. rito perfeito

Didatismo e Conhecimento 40
PORTUGUÊS
9-) Pretérito Imperfeito do Indicativo
(A) Chegaram, para ajudar a família, vários amigos e vizinhos. eu valia
(B) Havia várias hipóteses acerca do que poderia ter aconteci- tu valias
do com a criança. ele valia
(D) Eram duas horas da tarde, quando a criança foi encontrada. nós valíamos
(E) Existiam várias maneiras de voltar para casa, mas a criança vós valíeis
se perdeu mesmo assim. eles valiam

10-) I. Havia onze pessoas jogando pedras e pedaços de ma- Pretérito Mais-que-perfeito do Indicativo
deira no animal. eu valera
II. Existiam muitos ferimentos no boi. tu valeras
III. Havia muita gente assustando o boi numa avenida movi- ele valera
mentada. nós valêramos
Haver – sentido de existir= invariável, impessoal; vós valêreis
existir = variável. Portanto, temos: eles valeram
I – Existiam onze pessoas...
II – Havia muitos ferimentos... Futuro do Presente do Indicativo
III – Existia muita gente... eu valerei
tu valerás
Verbos irregulares são verbos que sofrem alterações em seu ele valerá
radical ou em suas desinências, afastando-se do modelo a que per- nós valeremos
tencem. vós valereis
No português, para verificar se um verbo sofre alterações, bas- eles valerão
ta conjugá-lo no presente e no pretérito perfeito do indicativo. Ex:
faço – fiz, trago – trouxe, posso - pude. Futuro do Pretérito do Indicativo
Não é considerada irregularidade a alteração gráfica do radi- eu valeria
cal de certos verbos para conservação da regularidade fônica. Ex: tu valerias
embarcar – embarco, fingir – finjo. ele valeria
nós valeríamos
Exemplo de conjugação do verbo “dar” no presente do indi- vós valeríeis
cativo: eles valeriam
Eu dou
Tu dás Mais-que-perfeito Composto do Indicativo
Ele dá eu tinha valido
Nós damos tu tinhas valido
Vós dais ele tinha valido
Eles dão nós tínhamos valido
vós tínheis valido
Percebe-se que há alteração do radical, afastando-se do origi- eles tinham valido
nal “dar” durante a conjugação, sendo considerado verbo irregular.
Exemplo: Conjugação do verbo valer: Gerúndio do verbo valer = valendo

Modo Indicativo Modo Subjuntivo


Presente Presente
eu valho que eu valha
tu vales que tu valhas
ele vale que ele valha
nós valemos que nós valhamos
vós valeis que vós valhais
eles valem que eles valham

Pretérito Perfeito do Indicativo Pretérito Imperfeito do Subjuntivo


eu vali se eu valesse
tu valeste se tu valesses
ele valeu se ele valesse
nós valemos se nós valêssemos
vós valestes se vós valêsseis
eles valeram se eles valessem

Didatismo e Conhecimento 41
PORTUGUÊS
Futuro do Subjuntivo Ir
quando eu valer Presente do indicativo: Vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
quando tu valeres
quando ele valer Pretérito perfeito do indicativo: Fui, foste, foi, fomos, fostes,
quando nós valermos foram.
quando vós valerdes
quando eles valerem Futuro do presente do indicativo: Irei, irás, irá, iremos,
ireis, irão.
Imperativo
Imperativo Afirmativo Futuro do subjuntivo: For, fores, for, formos, fordes, forem.
--
vale tu Querer
valha ele Presente do indicativo: Quero, queres, quer, queremos, que-
valhamos nós reis, querem.
valei vós
valham eles Pretérito perfeito do indicativo: Quis, quiseste, quis, quise-
mos, quisestes, quiseram.
Imperativo Negativo
-- Presente do subjuntivo: Queira, queiras, queira, queiramos,
não valhas tu queirais, queiram.
não valha ele
não valhamos nós Ver
não valhais vós Presente do indicativo: Vejo, vês, vê, vemos, vedes, veem.
não valham eles
Pretérito perfeito do indicativo: Vi, viste, viu, vimos, vistes,
viram.
Infinitivo
Infinitivo Pessoal
Futuro do presente do indicativo:Verei, verás, verá, vere-
por valer eu
mos, vereis, verão.
por valeres tu
por valer ele
Futuro do subjuntivo: Vir, vires, vir, virmos, virdes, virem.
por valermos nós
por valerdes vós
Vir
por valerem eles
Presente do indicativo: Venho, vens, vem, vimos, vindes, vêm.
Infinitivo Impessoal = valer Pretérito perfeito do indicativo: Vim, vieste, veio, viemos,
Particípio = Valido viestes, vieram.
Acompanhe abaixo uma lista com os principais verbos irre- Futuro do presente do indicativo: Virei, virás, virá, viremos,
gulares: vireis, virão.
Dizer
Presente do indicativo: Digo, dizes, diz, dizemos, dizeis, di- Futuro do subjuntivo: Vier, vieres, vier, viermos, vierdes,
zem. vierem.

Pretérito perfeito do indicativo: Disse, disseste, disse, disse- Vozes do Verbo


mos, dissestes, disseram.
Dá-se o nome de voz à forma assumida pelo verbo para indicar
Futuro do presente do indicativo: Direi, dirás, dirá, dire- se o sujeito gramatical é agente ou paciente da ação. São três as
mos, direis, dirão. vozes verbais:
- Ativa: quando o sujeito é agente, isto é, pratica a ação expres-
Fazer sa pelo verbo. Por exemplo:
Presente do indicativo: Faço, fazes, faz, fazemos, fazeis, fa- Ele fez o trabalho.
zem. sujeito agente ação objeto (paciente)

Pretérito perfeito do indicativo: Fiz, fizeste, fez, fizemos, fi- - Passiva: quando o sujeito é paciente, recebendo a ação ex-
zestes, fizeram. pressa pelo verbo. Por exemplo:
O trabalho foi feito por ele.
Futuro do presente do indicativo: Farei, farás, fará, fare- sujeito paciente ação agente
mos, fareis, farão. da passiva

Didatismo e Conhecimento 42
PORTUGUÊS
- Reflexiva: quando o sujeito é ao mesmo tempo agente e pa- passiva como sendo a voz que expressa a ação sofrida pelo sujeito.
ciente, isto é, pratica e recebe a ação. Por exemplo: Na voz passiva temos dois elementos que nem sempre aparecem:
O menino feriu-se. SUJEITO PACIENTE e AGENTE DA PASSIVA.

Obs.: não confundir o emprego reflexivo do verbo com a no- Conversão da Voz Ativa na Voz Passiva
ção de reciprocidade: Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar substancial-
Formação da Voz Passiva mente o sentido da frase.
Gutenberg inventou a imprensa (Voz Ativa)
A voz passiva pode ser formada por dois processos: analítico
Sujeito da Ativa objeto Direto
e sintético.
A imprensa foi inventada por Gutenberg (Voz Passiva)
1- Voz Passiva Analítica
Sujeito da Passiva Agente da Passiva
Constrói-se da seguinte maneira: Verbo SER + particípio do
verbo principal. Por exemplo:
Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva, o sujeito
A escola será pintada.
O trabalho é feito por ele. da ativa passará a agente da passiva e o verbo ativo assumirá a
forma passiva, conservando o mesmo tempo. Observe mais exem-
Obs.: o agente da passiva geralmente é acompanhado da pre- plos:
posição por, mas pode ocorrer a construção com a preposição de. - Os mestres têm constantemente aconselhado os alunos.
Por exemplo: A casa ficou cercada de soldados. Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos mes-
- Pode acontecer ainda que o agente da passiva não esteja ex- tres.
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. - Eu o acompanharei.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar (SER), Ele será acompanhado por mim.
pois o particípio é invariável. Observe a transformação das frases
seguintes: Obs.: quando o sujeito da voz ativa for indeterminado, não
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do indicativo) haverá complemento agente na passiva. Por exemplo: Prejudica-
O trabalho foi feito por ele. (pretérito perfeito do indicativo) ram-me. / Fui prejudicado.

b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) Saiba que:


O trabalho é feito por ele. (presente do indicativo) - Aos verbos que não são ativos nem passivos ou reflexivos,
são chamados neutros.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) O vinho é bom.
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) Aqui chove muito.

- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume o mes- - Há formas passivas com sentido ativo:
mo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. Observe a trans- É chegada a hora. (= Chegou a hora.)
formação da frase seguinte: Eu ainda não era nascido. (= Eu ainda não tinha nascido.)
O vento ia levando as folhas. (gerúndio) És um homem lido e viajado. (= que leu e viajou)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio)
- Inversamente, usamos formas ativas com sentido passivo:
Obs.: é menos frequente a construção da voz passiva analítica
Há coisas difíceis de entender. (= serem entendidas)
com outros verbos que podem eventualmente funcionar como au-
Mandou-o lançar na prisão. (= ser lançado)
xiliares. Por exemplo: A moça ficou marcada pela doença.
- Os verbos chamar-se, batizar-se, operar-se (no sentido ci-
2- Voz Passiva Sintética
A voz passiva sintética ou pronominal constrói-se com o verbo rúrgico) e vacinar-se são considerados passivos, logo o sujeito é
na 3ª pessoa, seguido do pronome apassivador SE. Por exemplo: paciente.
Abriram-se as inscrições para o concurso. Chamo-me Luís.
Destruiu-se o velho prédio da escola. Batizei-me na Igreja do Carmo.
Obs.: o agente não costuma vir expresso na voz passiva sin- Operou-se de hérnia.
tética. Vacinaram-se contra a gripe.

Curiosidade: A palavra passivo possui a mesma raiz latina de Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.


paixão (latim passio, passionis) e ambas se relacionam com o sig- php
nificado sofrimento, padecimento. Daí vem o significado de voz

Didatismo e Conhecimento 43
PORTUGUÊS
Questões sobre Vozes dos Verbos 07. (METRÔ/SP – TÉCNICO SISTEMAS METROVIÁRIOS
CIVIL – FCC/2014 - ADAPTADA) ...’sertanejo’ indicava indis-
01. (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI- tintamente as músicas produzidas no interior do país...
NISTRAÇÃO – AOCP/2010) Em “Os dados foram divulgados Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
ontem pelo Instituto Sou da Paz.”, a expressão destacada é resultante será:
(A) adjunto adnominal. (A) vinham indicadas.
(B) sujeito paciente. (B) era indicado.
(C) objeto indireto. (C) eram indicadas.
(D) complemento nominal.
(D) tinha indicado.
(E) agente da passiva.
(E) foi indicada.
02. (FCC-COPERGÁS – Auxiliar Técnico Administrativo -
2011) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. Transpondo- 08. (GOVERNO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO –
-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal resultante será: PROCON – AGENTE ADMINISTRATIVO – CEPERJ/2012 -
(A) era abatido. adaptada) Um exemplo de construção na voz passiva está em:
(B) fora abatido. (A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos”
(C) abatera-se. (B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro”
(D) foi abatido. (C) “enviar o brinquedo por sedex”
(E) tinha abatido
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa do
Consumidor”
03. (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(E) “A empresa fez campanha para recolher”
... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade
como tais.
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo passará a 09. (METRÔ/SP –SECRETÁRIA PLENO – FCC/2010)
ser, corretamente, Transpondo-se para a voz passiva a construção Mais tarde vim a
(A) perceba. entender a tradução completa, a forma verbal resultante será:
(B) foi percebido. (A) veio a ser entendida.
(C) tenham percebido. (B) teria entendido.
(D) devam perceber. (C) fora entendida.
(E) estava percebendo. (D) terá sido entendida.
(E) tê-la-ia entendido.
04. (TJ/RJ – TÉCNICO DE ATIVIDADE JUDICIÁRIA SEM
ESPECIALIDADE – FCC/2012) As ruas estavam ocupadas pela 10. (INFRAERO – CADASTRO RESERVA OPERACIONAL
multidão... PROFISSIONAL DE TRÁFEGO AÉREO – FCC/2011 - ADAP-
A forma verbal resultante da transposição da frase acima para
a voz ativa é: TADA)
(A) ocupava-se. ... ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mu-
(B) ocupavam. lheres.
(C) ocupou. Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
(D) ocupa. resultante será:
(E) ocupava. (A) foi empreendida.
(B) são empreendidos.
05. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) (C) foi empreendido.
A frase que NÃO admite transposição para a voz passiva está em:
(D) é empreendida.
(A) Quando Rodolfo surgiu...
(B) ... adquiriu as impressoras... (E) são empreendidas.
(C) ... e sustentar, às vezes, família numerosa.
(D) ... acolheu-o como patrono. GABARITO
(E) ... que montou [...] a primeira grande folhetaria do Recife ...
01. E 02. D 03. A 04. E 05. A
06. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 06. B 07. C 08. D 09. A 10. D
FCC/2010) O engajamento moral e político não chegou a consti-
tuir um deslocamento da atenção intelectual de Said ...
RESOLUÇÃO
Transpondo-se a frase acima para a voz passiva, a forma verbal
resultante é:
a) se constituiu. 1-) No enunciado temos uma oração com a voz passiva do ver-
b) chegou a ser constituído. bo. Transformando-a em ativa, teremos: “O Instituto Sou da Paz
c) teria chegado a constituir. divulgou dados”. Nessa, “Instituto Sou da Paz” funciona como
d) chega a se constituir. sujeito da oração, ou seja, na passiva sua função é a de agente da
e) chegaria a ser constituído. passiva. O sujeito paciente é “os dados”.

Didatismo e Conhecimento 44
PORTUGUÊS
2-) Um dia um tufão furibundo abateu-o pela raiz. = Ele foi qual o sujeito da oração, se há a indicação de qualidade, estado ou
abatido... modo de ser do sujeito, se ele pratica uma ação ou se a sofre, se há
complemento verbal, se há circunstância (adjunto adverbial), etc.
3-) ... valores e princípios que sejam percebidos pela sociedade Nem sempre o verbo se apresenta sozinho em uma oração.
como tais = dois verbos na voz passiva, então teremos um na ativa: Em muitos casos, surgem dois ou mais verbos juntos, para indicar
que a sociedade perceba os valores e princípios... que se pratica ou se sofre uma ação, ou que o sujeito possui uma
qualidade. A essa junção, dá-se o nome de locução verbal. Toda
4-) As ruas estavam ocupadas pela multidão = dois verbos na locução verbal é formada por um verbo auxiliar (ou mais de um) e
passiva, um verbo na ativa: um verbo principal (somente um).
A multidão ocupava as ruas. O verbo auxiliar é o que se relaciona com o sujeito, por isso
concorda com este, ou seja, se o sujeito estiver no singular, o verbo
5-) auxiliar também ficará no singular; se o sujeito estiver no plural,
B = as impressoras foram adquiridas... o verbo auxiliar também ficará no plural. Na Língua Portuguesa
C = família numerosa é sustentada... os verbos auxiliares são os seguintes: ser, estar, ter, haver, dever,
D – foi acolhido como patrono... poder, ir, dentre outros.
E – a primeira grande folhetaria do Recife foi montada... O verbo principal é o que indica se o sujeito possui uma
6-) O engajamento moral e político não chegou a constituir um qualidade, se ele pratica uma ação ou se a sofre. É o mais
deslocamento da atenção intelectual de Said = dois verbos na voz importante da locução. Na Língua Portuguesa, o verbo principal
ativa, mas com presença de preposição e, um deles, no infinitivo, surge sempre no infinitivo (terminado em –ar, -er, ou –ir), no
então o verbo auxiliar “ser” ficará no infinitivo (na voz passiva) e o gerúndio (terminado em –ndo) ou no particípio (terminado em –
verbo principal (constituir) ficará no particípio: Um deslocamento ado ou –ido, dentre outras terminações).
da atenção intelectual de Said não chegou a ser constituído pelo Veja alguns exemplos de locuções verbais:
engajamento...
Os funcionários FORAM CONVOCADOS pelo diretor. (aux.:
7-)’sertanejo’ indicava indistintamente as músicas produzidas SER; princ.: CONVOCAR)
no interior do país.
As músicas produzidas no país eram indicadas pelo sertanejo, Os estudantes ESTÃO RESPONDENDO às questões. (aux.:
indistintamente. ESTAR; princ.: RESPONDER)

8-) Os trabalhadores TÊM ENFRENTADO muitos problemas.


(A) “A Gulliver recolherá 6 mil brinquedos” = voz ativa (aux.: TER; princ.: ENFRENTAR)
(B) “o consumidor pode solicitar a devolução do dinheiro” =
voz ativa O vereador HAVIA DENUNCIADO seus companheiros.
(C) “enviar o brinquedo por sedex” = voz ativa (aux.: HAVER; princ.: DENUNCIAR)
(D) “A empresa também é obrigada pelo Código de Defesa do
Consumidor” = voz passiva Os alunos DEVEM ESTUDAR todos os dias. (aux.: DEVER;
(E) “A empresa fez campanha para recolher” = voz ativa princ.: ESTUDAR)

9-)Mais tarde vim a entender a tradução completa... Sujeito:


A tradução completa veio a ser entendida por mim.
10-) ele empreende, de maneira quase clandestina, a série Mu- Para se descobrir qual o sujeito do verbo (ou da locução
lheres. verbal), deve-se perguntar a ele (ou a ela) o seguinte: Que(m) é
A série de mulheres é empreendida por ele, de maneira quase que ..........? A resposta será o sujeito. Por exemplo, analisemos a
clandestina. primeira frase dentre as apresentadas acima:
Os funcionários foram convocados pelo diretor.

O princípio é o verbo. Procura-se, portanto, o verbo: é a


6. TERMOS DA ORAÇÃO: locução verbal foram convocados. - - Pergunta-se a ela: Que(m) é
PERÍODO SIMPLES. que foi convocado?
- Resposta: Os funcionários.
- O sujeito da oração, então, é o seguinte: os funcionários.
Encontrado o sujeito, parte-se para a análise do verbo:
O princípio é o verbo. Se ele indicar que o sujeito possui uma qualidade, um estado
ou um modo de ser, sem praticar ação alguma, será denominado de
Essa é a premissa fundamental da Sintaxe, que é a parte da VERBO DE LIGAÇÃO. Os verbos de ligação mais comuns são os
gramática que estuda as palavras enquanto elementos de uma seguintes: ser, estar, parecer, ficar, permanecer e continuar. Não
frase, as suas relações de concordância, de subordinação e de se esqueça, porém, de que só será verbo de ligação o que indicar
ordem. Significa que, ao se realizar a análise sintática de uma qualidade, estado ou modo de ser do sujeito, sem praticar ação
oração, sempre se inicia pelo verbo. É a partir dele que se descobre alguma. Observe as seguintes frases:

Didatismo e Conhecimento 45
PORTUGUÊS
O político continuou seu discurso mesmo com todas as vaias Questões sobre Análise Sintática
recebidas.
Continuar, nesta frase, não é de ligação já que não indica 01. (Agente de Apoio Administrativo – FCC – 2013). Os
qualidade do sujeito, e sim ação. trabalhadores passaram mais tempo na escola...
O segmento grifado acima possui a mesma função sintática
A professora estava na sala de aula. que o destacado em:
Estar, nesta frase, não é de ligação já que não indica qualidade A) ...o que reduz a média de ganho da categoria.
do sujeito, e sim fato. B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe.
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado...
A garota estava muito alegre.
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio...
Estar é verbo de ligação porque indica qualidade do sujeito.
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universidades...
Se o verbo indicar que o sujeito pratica uma ação, ou que
participa ativamente de um fato, será denominado de VERBO 02.(Agente de Defensoria Pública – FCC – 2013). Donos de
INTRANSITIVO ou VERBO TRANSITIVO, de acordo com o uma capacidade de orientação nas brenhas selvagens [...], sabiam
seguinte: os paulistas como...
O segmento em destaque na frase acima exerce a mesma
- Quem ............ , ................. : Todo verbo que se encaixar nessa função sintática que o elemento grifado em:
frase será INTRANSITIVO. Por exemplo, o verbo correr: Quem A) Nas expedições breves serviam de balizas ou mostradores
corre, corre. para a volta.
B) Às estreitas veredas e atalhos [...], nada acrescentariam
- Quem ............ , ................. algo/alguém: Todo verbo que se aqueles de considerável...
encaixar nessa frase será TRANSITIVO DIRETO. Por exemplo, C) Só a um olhar muito exercitado seria perceptível o sinal.
o verbo comer: Quem come, come algo; ou o verbo amar: Quem D) Uma sequência de tais galhos, em qualquer floresta, podia
ama, ama alguém. significar uma pista.
E) Alguns mapas e textos do século XVII apresentam-nos a
- Quem ............ , ................. + prep. + algo/alguém: Todo vila de São Paulo como centro...
verbo que se encaixar nessa frase será TRANSITIVO INDIRETO.
Por exemplo, o verbo gostar: Quem gosta, gosta de algo ou de
03. Há complemento nominal em:
alguém. As preposições mais comuns são as seguintes: a, de, em,
A)Você devia vir cá fora receber o beijo da madrugada.
por, para, sem e com.
B)... embora fosse quase certa a sua possibilidade de ganhar
- Quem ............ , ................. algo/alguém + prep. + a vida.
algo/alguém: Todo verbo que se encaixar nessa frase será C)Ela estava na janela do edifício.
TRANSITIVO DIRETO E INDIRETO - também denominado de D)... sem saber ao certo se gostávamos dele.
BITRANSITIVO. Por exemplo, o verbo mostrar: Quem mostra, E)Pouco depois começaram a brincar de bandido e mocinho
mostra algo a alguém; ou o verbo informar: Quem informa, de cinema.
informa alguém de algo ou Quem informa, informa algo a alguém.
04. (ESPM-SP) Em “esta lhe deu cem mil contos”, o termo
É importante salientar que um verbo só será TRANSITIVO se destacado é:
houver complemento (objeto direto ou objeto indireto). A análise A) pronome possessivo
de um verbo depende, portanto, do ambiente sintático em que ele B) complemento nominal
se encontra. Um verbo que aparentemente seja transitivo direto C) objeto indireto
pode ser, na realidade, intransitivo, caso não haja complemento. D) adjunto adnominal
Por exemplo, observe a seguinte frase: E) objeto direto
O pior cego é aquele que não quer ver.
O verbo “ver” é, aparentemente, transitivo direto, uma vez que
05. Assinale a alternativa correta e identifique o sujeito das
se encaixa na frase Quem vê, vê algo. Ocorre, porém, que não há o
“algo”. O pior cego é aquele que não quer ver o quê? Não aparece seguintes orações em relação aos verbos destacados:
na oração; não há, portanto, o objeto direto. Como não o há, o - Amanhã teremos uma palestra sobre qualidade de vida.
verbo não pode ser transitivo direto, e sim intransitivo. - Neste ano, quero prestar serviço voluntário.
Observe, agora, esta frase: Quem dá aos pobres, empresta a
Deus. A)Tu – vós B)Nós – eu C)Vós – nós D) Ele - tu
Os verbos “dar” e “emprestar” são, aparentemente, transitivos
diretos e indiretos, uma vez que se encaixam nas frases Quem 06. Classifique o sujeito das orações destacadas no texto
dá, dá algo a alguém e Quem empresta, empresta algo a alguém. seguinte e, a seguir, assinale a sequência correta.
Ocorre, porém, que não há o “algo”. Quem dá o que aos pobres É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
empresta o que a Deus? Não aparece na oração; não há, portanto, o É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo
objeto direto. Como não o há, os verbos não podem ser transitivos com o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam
diretos e indiretos, e sim somente transitivos indiretos. partido e interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou
FONTE: http://www.gramaticaonline.com.br/texto/1231 atrapalhando- -os.

Didatismo e Conhecimento 46
PORTUGUÊS
A)simples, composto 6-) É notável, nos textos épicos, a participação do sobrenatural.
B)indeterminado, composto É frequente a mistura de assuntos relativos ao nacionalismo com
C)simples, simples o caráter maravilhoso. Nas epopeias, os deuses tomam partido e
D) oculto, indeterminado interferem nas aventuras dos heróis, ajudando-os ou atrapalhando-
os.
07. (ESPM-SP) “Surgiram fotógrafos e repórteres”. Ambos os termos apresentam sujeito simples
Identifique a alternativa que classifica corretamente a função
sintática e a classe morfológica dos termos destacados: 7-) Surgiram fotógrafos e repórteres.
A) objeto indireto – substantivo O sujeito está deslocado, colocado na ordem indireta (final
B) objeto direto - substantivo da oração). Portanto: função sintática: sujeito (composto); classe
C) sujeito – adjetivo morfológica (classe de palavras): substantivos.
D) objeto direto – adjetivo
E) sujeito - substantivo Períodos Compostos

O período composto caracteriza-se por possuir mais de uma


GABARITO
oração em sua composição. Sendo Assim:
- Eu irei à praia. (Período Simples = um verbo, uma oração)
01. C 02. D 03. B 04. C 05. B 06. C 07. E - Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
(Período Composto =locução verbal, verbo, duas orações)
RESOLUÇÃO - Já me decidi: só irei à praia, se antes eu comprar um protetor
solar. (Período Composto = três verbos, três orações).
1-) Os trabalhadores passaram mais tempo na escola Cada verbo ou locução verbal sublinhada acima corresponde
= SUJEITO a uma oração. Isso implica que o primeiro exemplo é um período
A) ...o que reduz a média de ganho da categoria. = objeto direto simples, pois tem apenas uma oração, os dois outros exemplos são
B) ...houve mais ofertas de trabalhadores dessa classe. = objeto períodos compostos, pois têm mais de uma oração.
direto Há dois tipos de relações que podem se estabelecer entre as
C) O crescimento da escolaridade também foi impulsionado... orações de um período composto: uma relação de coordenação ou
= sujeito paciente uma relação de subordinação.
D) ...elevando a fatia dos brasileiros com ensino médio... = Duas orações são coordenadas quando estão juntas em um
objeto direto mesmo período (ou seja, em um mesmo bloco de informações,
E) ...impulsionado pelo aumento do número de universidades... marcado pela pontuação final), mas têm, ambas, estruturas
= agente da passiva individuais, como é o exemplo de:
- Estou comprando um protetor solar, depois irei à praia.
2-) Donos de uma capacidade de orientação nas brenhas (Período Composto)
selvagens [...], sabiam os paulistas como... = SUJEITO Podemos dizer:
A) Nas expedições breves = ADJUNTO ADVERBIAL 1. Estou comprando um protetor solar.
B) nada acrescentariam aqueles de considerável...= adjunto 2. Irei à praia.
adverbial Separando as duas, vemos que elas são independentes.
C) seria perceptível o sinal. = predicativo É esse tipo de período que veremos: o Período Composto por
Coordenação.
D) Uma sequência de tais galhos = sujeito
Quanto à classificação das orações coordenadas, temos dois
E) apresentam-nos a vila de São Paulo como = objeto direto
tipos: Coordenadas Assindéticas e Coordenadas Sindéticas.
3-)
Coordenadas Assindéticas
A) o beijo da madrugada. = adjunto adnominal
B)a sua possibilidade de ganhar a vida. = complemento São orações coordenadas entre si e que não são ligadas através
nominal (possibilidade de quê?) de nenhum conectivo. Estão apenas justapostas.
C)na janela do edifício. = adjunto adnominal
D)... sem saber ao certo se gostávamos dele. = objeto indireto Coordenadas Sindéticas
E) a brincar de bandido e mocinho de cinema = objeto indireto
4-) esta lhe deu cem mil contos = o verbo DAR é bitransitivo, Ao contrário da anterior, são orações coordenadas entre si,
ou seja, transitivo direto e indireto, portanto precisa de dois mas que são ligadas através de uma conjunção coordenativa. Esse
complementos – dois objetos: direto e indireto. caráter vai trazer para esse tipo de oração uma classificação. As
Deu o quê? = cem mil contos (direto) orações coordenadas sindéticas são classificadas em cinco tipos:
Deu a quem? lhe (=a ele, a ela) = indireto aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas e explicativas.

5-) - Amanhã ( nós ) teremos uma palestra sobre qualidade de Orações Coordenadas Sindéticas Aditivas: suas principais
vida. conjunções são: e, nem, não só... mas também, não só... como,
- Neste ano, ( eu ) quero prestar serviço voluntário. assim... como.

Didatismo e Conhecimento 47
PORTUGUÊS
- Não só cantei como também dancei. Sem que haja alteração de sentido, e de acordo com a norma-
- Nem comprei o protetor solar, nem fui à praia. -padrão da língua portuguesa, ao se substituir o termo em destaque,
- Comprei o protetor solar e fui à praia. o trecho estará corretamente reescrito em:
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase toda a
Orações Coordenadas Sindéticas Adversativas: suas cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
principais conjunções são: mas, contudo, todavia, entretanto, B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase
porém, no entanto, ainda, assim, senão. toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
- Fiquei muito cansada, contudo me diverti bastante. prática.
- Ainda que a noite acabasse, nós continuaríamos dançando. C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda a
- Não comprei o protetor solar, mas mesmo assim fui à praia. cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
D) Joyce e Mozart são ótimos, todavia eles, como quase toda a
Orações Coordenadas Sindéticas Alternativas: suas principais cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
conjunções são: ou... ou; ora...ora; quer...quer; seja...seja.
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda a
- Ou uso o protetor solar, ou uso o óleo bronzeador.
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
- Ora sei que carreira seguir, ora penso em várias carreiras
diferentes.
04. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013-adap.)
- Quer eu durma quer eu fique acordado, ficarei no quarto.
Em – ...fruto não só do novo acesso da população ao automóvel
Orações Coordenadas Sindéticas Conclusivas: suas principais mas também da necessidade de maior número de viagens... –, os
conjunções são: logo, portanto, por fim, por conseguinte, termos em destaque estabelecem relação de
consequentemente, pois (posposto ao verbo) A) explicação.
- Passei no vestibular, portanto irei comemorar. B) oposição.
- Conclui o meu projeto, logo posso descansar. C) alternância.
- Tomou muito sol, consequentemente ficou adoentada. D) conclusão.
- A situação é delicada; devemos, pois, agir E) adição.

Orações Coordenadas Sindéticas Explicativas: suas principais 05. Analise a oração destacada: Não se desespere, que
conjunções são: isto é, ou seja, a saber, na verdade, pois (anteposto estaremos a seu lado sempre.
ao verbo). Marque a opção correta quanto à sua classificação:
- Só passei na prova porque me esforcei por muito tempo. A) Coordenada sindética aditiva.
- Só fiquei triste por você não ter viajado comigo. B) Coordenada sindética alternativa.
- Não fui à praia, pois queria descansar durante o Domingo. C) Coordenada sindética conclusiva.
D) Coordenada sindética explicativa.
Fonte: http://www.infoescola.com/portugues/oracoes-
coordenadas-assindeticas-e-sindeticas/ 06. A frase abaixo em que o conectivo E tem valor adversativo
é:
Questões sobre Orações Coordenadas A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”.
B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”.
01. A oração “Não se verificou, todavia, uma transplantação C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de
integral de gosto e de estilo” tem valor: pedir esmola”.
A) conclusivo D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
B) adversativo
miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”.
C) concessivo
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
D) explicativo
moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
E) alternativo
E à educação”.
02. “Estudamos, logo deveremos passar nos exames”. A
oração em destaque é: 07. Assinale a alternativa em que o sentido da conjunção
a) coordenada explicativa sublinhada está corretamente indicado entre parênteses.
b) coordenada adversativa A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
c) coordenada aditiva trabalhar como advogado. (explicação)
d) coordenada conclusiva B) Não fui ao cinema nem assisti ao jogo. (adição)
e) coordenada assindética C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe.
(oposição)
03. (Agente Educacional – VUNESP – 2013-adap.) Releia o D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
seguinte trecho: (alternância)
Joyce e Mozart são ótimos, mas eles, como quase toda a cultura E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a
humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática. chuva. (conclusão)

Didatismo e Conhecimento 48
PORTUGUÊS
08. Analise sintaticamente as duas orações destacadas 5-) Não se desespere, que estaremos a seu lado sempre.
no texto “O assaltante pulou o muro, mas não penetrou na = conjunção explicativa (= porque) - coordenada sindética
casa, nem assustou seus habitantes.” A seguir, classifique-as, explicativa
respectivamente, como coordenadas:
A) adversativa e aditiva. 6-)
B) explicativa e aditiva. A) “O gesto é fácil E não ajuda em nada”. = mas não ajuda
C) adversativa e alternativa. (ideia contrária)
D) aditiva e alternativa. B )“O que vemos na esquina E nos sinais de trânsito...”. =
adição
09. Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as C) “..adultos submetem crianças E adolescentes à tarefa de
pessoas que não sabem cozinhar. A palavra “porque” pode ser pedir esmola”. = adição
substituída, sem alteração de sentido, por D) “Quem dá esmola nas ruas contribui para a manutenção da
A) entretanto.
miséria E prejudica o desenvolvimento da sociedade”. = adição
B) então.
E) “A vida dessas pessoas é marcada pela falta de dinheiro, de
C) assim.
moradia digna, emprego, segurança, lazer, cultura, acesso à saúde
D) pois.
E à educação”. = adição
E) porém.

10- Na oração “Pedro não joga E NEM ASSISTE”, temos a 7-)


presença de uma oração coordenada que pode ser classificada em: A) Meu primo formou-se em Direito, porém não pretende
A) Coordenada assindética; trabalhar como advogado. = adversativa
B) Coordenada assindética aditiva; C) Você está preparado para a prova; por isso, não se preocupe.
C) Coordenada sindética alternativa; = conclusão
D) Coordenada sindética aditiva. D) Vá dormir mais cedo, pois o vestibular será amanhã.
= explicativa
GABARITO E) Os meninos deviam correr para casa ou apanhariam toda a
chuva. = alternativa
01. B 02. E 03. D 04. E 05. D
06. A 07. B 08. A 09. D 10. D 8-) - mas não penetrou na casa = conjunção adversativa
- nem assustou seus habitantes = conjunção aditiva
RESOLUÇÃO
9-) Um livro de receita é um bom presente porque ajuda as
1-) “Não se verificou, todavia, uma transplantação integral pessoas que não sabem cozinhar.
de gosto e de estilo” = conjunção adversativa, portanto: oração = conjunção explicativa: pois
coordenada sindética adversativa
10-) E NEM ASSISTE= conjunção aditiva (ideia de adição,
2-) Estudamos, logo deveremos passar nos exames = a oração soma de fatos) = Coordenada sindética aditiva.
em destaque não é introduzida por conjunção, então: coordenada
assindética
3-) Joyce e Mozart são ótimos, mas eles... = conjunção (e Observe o exemplo abaixo de Vinícius de Moraes:
ideia) adversativa
A) Joyce e Mozart são ótimos, portanto eles, como quase
“Eu sinto que em meu gesto existe o teu gesto.”
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
Oração Principal Oração Subordinada
prática. = conclusiva
B) Joyce e Mozart são ótimos, conforme eles, como quase
Observe que na oração subordinada temos o verbo “existe”,
toda a cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida
prática. = conformativa que está conjugado na terceira pessoa do singular do presente
C) Joyce e Mozart são ótimos, assim eles, como quase toda a do indicativo. As orações subordinadas que apresentam verbo
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática. em qualquer dos tempos finitos (tempos do modo do indicativo,
= conclusiva subjuntivo e imperativo), são chamadas de orações desenvolvidas
E) Joyce e Mozart são ótimos, pois eles, como quase toda a ou explícitas. Podemos modificar o período acima. Veja:
cultura humanística, têm pouca relevância para nossa vida prática.
= explicativa Eu sinto existir em meu gesto o teu gesto.
Dica: conjunção pois como explicativa = dá para eu substituir Oração Principal Oração Subordinada
por porque; como conclusiva: substituo por portanto.
A análise das orações continua sendo a mesma: “Eu sinto”
4-) fruto não só do novo acesso da população ao automóvel é a oração principal, cujo objeto direto é a oração subordinada
mas também da necessidade de maior número de viagens... “existir em meu gesto o teu gesto”. Note que a oração subordinada
estabelecem relação de adição de ideias, de fatos apresenta agora verbo no infinitivo. Além disso, a conjunção

Didatismo e Conhecimento 49
PORTUGUÊS
“que”, conectivo que unia as duas orações, desapareceu. As 2- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se - Soube-se -
orações subordinadas cujo verbo surge numa das formas nominais Conta-se - Diz-se - Comenta-se - É sabido - Foi anunciado - Ficou
(infinitivo - flexionado ou não -, gerúndio ou particípio) chamamos provado
orações reduzidas ou implícitas. Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.

Obs.: as orações reduzidas não são introduzidas por conjunções 3- Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
nem pronomes relativos. Podem ser, eventualmente, introduzidas importar - ocorrer - acontecer
por preposição. Convém que não se atrase na entrevista.
Obs.: quando a oração subordinada substantiva é subjetiva, o
1) ORAÇÕES SUBORDINADAS SUBSTANTIVAS verbo da oração principal está sempre na 3ª. pessoa do singular.

A oração subordinada substantiva tem valor de substantivo e b) Objetiva Direta


vem introduzida, geralmente, por conjunção integrante (que, se). A oração subordinada substantiva objetiva direta exerce função
de objeto direto do verbo da oração principal.
Suponho que você foi à biblioteca hoje. Todos querem sua aprovação no concurso.
Oração Subordinada Substantiva Objeto Direto

Você sabe se o presidente já chegou? Todos querem que você seja aprovado. (= Todos querem
Oração Subordinada Substantiva isso)
Oração Principal oração Subordinada Substantiva Objetiva
Os pronomes interrogativos (que, quem, qual) também Direta
introduzem as orações subordinadas substantivas, bem como os As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
advérbios interrogativos (por que, quando, onde, como). Veja os desenvolvidas são iniciadas por:
- Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e “se”:
exemplos:
A professora verificou se todos alunos estavam presentes.
O garoto perguntou qual era o telefone da moça.
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às vezes
Oração Subordinada Substantiva
regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
O pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
Não sabemos por que a vizinha se mudou.
Oração Subordinada Substantiva
- Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às vezes
regidos de preposição), nas interrogações indiretas:
Classificação das Orações Subordinadas Substantivas Eu não sei por que ela fez isso.
De acordo com a função que exerce no período, a oração c) Objetiva Indireta
subordinada substantiva pode ser: A oração subordinada substantiva objetiva indireta atua como
objeto indireto do verbo da oração principal. Vem precedida de
a) Subjetiva preposição.
É subjetiva quando exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal. Observe: Meu pai insiste em meu estudo.
Objeto Indireto
É fundamental o seu comparecimento à reunião.
Sujeito Meu pai insiste em que eu estude. (= Meu pai insiste nisso)
Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
É fundamental que você compareça à reunião.
Oração Principal Oração Subordinada Substantiva Subjetiva Obs.: em alguns casos, a preposição pode estar elíptica na
oração.
Atenção: Observe que a oração subordinada substantiva pode Marta não gosta (de) que a chamem de senhora.
ser substituída pelo pronome “ isso”. Assim, temos um período Oração Subordinada Substantiva Objetiva Indireta
simples:
É fundamental isso. ou Isso é fundamental. d) Completiva Nominal
A oração subordinada substantiva completiva nominal
Dessa forma, a oração correspondente a “isso” exercerá a completa um nome que pertence à oração principal e também vem
função de sujeito marcada por preposição.
Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração Sentimos orgulho de seu comportamento.
principal: Complemento Nominal
1- Verbos de ligação + predicativo, em construções do tipo:
É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É claro - de que você se comportou. (= Sentimos
Está evidente - Está comprovado orgulho disso.)
É bom que você compareça à minha festa. Oração Subordinada Substantiva Completiva Nominal

Didatismo e Conhecimento 50
PORTUGUÊS
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas objetivas Atenção: Vale lembrar um recurso didático para reconhecer
indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto que orações o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser substituído por: o
subordinadas substantivas completivas nominais integram o qual - a qual - os quais - as quais
sentido de um nome. Para distinguir uma da outra, é necessário Refiro-me ao aluno que é estudioso.
levar em conta o termo complementado. Essa é, aliás, a diferença Essa oração é equivalente a:
entre o objeto indireto e o complemento nominal: o primeiro Refiro-me ao aluno o qual estuda.
complementa um verbo, o segundo, um nome.
Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
e) Predicativa
A oração subordinada substantiva predicativa exerce papel de Quando são introduzidas por um pronome relativo e
predicativo do sujeito do verbo da oração principal e vem sempre apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as orações
depois do verbo ser. subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvidas. Além delas,
Nosso desejo era sua desistência. existem as orações subordinadas adjetivas reduzidas, que não
Predicativo do Sujeito são introduzidas por pronome relativo (podem ser introduzidas
por preposição) e apresentam o verbo numa das formas nominais
Nosso desejo era que ele desistisse. (= Nosso desejo era (infinitivo, gerúndio ou particípio).
isso) Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Oração Subordinada Substantiva Predicativa Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.

Obs.: em certos casos, usa-se a preposição expletiva “de” para No primeiro período, há uma oração subordinada adjetiva
realce. Veja o exemplo: A impressão é de que não fui bem na prova. desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome relativo “que”
e apresenta verbo conjugado no pretérito perfeito do indicativo.
f) Apositiva No segundo, há uma oração subordinada adjetiva reduzida de
A oração subordinada substantiva apositiva exerce função de infinitivo: não há pronome relativo e seu verbo está no infinitivo.
aposto de algum termo da oração principal.
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas
Fernanda tinha um grande sonho: a chegada do dia de seu
casamento. Aposto
Na relação que estabelecem com o termo que caracterizam,
(Fernanda tinha um grande sonho: isso.)
as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras
diferentes. Há aquelas que restringem ou especificam o sentido do
Fernanda tinha um grande sonho: que o dia do seu casamento
termo a que se referem, individualizando-o. Nessas orações não
chegasse.
há marcação de pausa, sendo chamadas subordinadas adjetivas
Oração Subordinada Substantiva Apositiva
restritivas. Existem também orações que realçam um detalhe
ou amplificam dados sobre o antecedente, que já se encontra
2) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADJETIVAS suficientemente definido, as quais denominam-se subordinadas
adjetivas explicativas.
Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui valor Exemplo 1:
e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As orações vêm Jamais teria chegado aqui, não fosse a gentileza de um homem
introduzidas por pronome relativo e exercem a função de adjunto que passava naquele momento.
adnominal do antecedente. Observe o exemplo: Oração Subordinada Adjetiva Restritiva
Esta foi uma redação bem-sucedida. Nesse período, observe que a oração em destaque restringe e
Substantivo Adjetivo (Adjunto Adnominal) particulariza o sentido da palavra “homem”: trata-se de um homem
específico, único. A oração limita o universo de homens, isto é, não
Note que o substantivo redação foi caracterizado pelo adjetivo se refere a todos os homens, mas sim àquele que estava passando
bem-sucedida. Nesse caso, é possível formarmos outra construção, naquele momento.
a qual exerce exatamente o mesmo papel. Veja: Exemplo 2:
O homem, que se considera racional, muitas vezes age
Esta foi uma redação que fez sucesso. animalescamente.
Oração Principal Oração Subordinada Adjetiva Oração Subordinada Adjetiva Explicativa

Perceba que a conexão entre a oração subordinada adjetiva e Nesse período, a oração em destaque não tem sentido restritivo
o termo da oração principal que ela modifica é feita pelo pronome em relação à palavra “homem”; na verdade, essa oração apenas
relativo “que”. Além de conectar (ou relacionar) duas orações, explicita uma ideia que já sabemos estar contida no conceito de
o pronome relativo desempenha uma função sintática na oração “homem”.
subordinada: ocupa o papel que seria exercido pelo termo que o Saiba que:
antecede. A oração subordinada adjetiva explicativa é separada da
Obs.: para que dois períodos se unam num período composto, oração principal por uma pausa, que, na escrita, é representada
altera-se o modo verbal da segunda oração. pela vírgula. É comum, por isso, que a pontuação seja indicada

Didatismo e Conhecimento 51
PORTUGUÊS
como forma de diferenciar as orações explicativas das restritivas; As ruas ficaram alagadas porque a chuva foi muito forte.
de fato, as explicativas vêm sempre isoladas por vírgulas; as Como ninguém se interessou pelo projeto, não houve
restritivas, não. alternativa a não ser cancelá-lo.
Já que você não vai, eu também não vou.
3) ORAÇÕES SUBORDINADAS ADVERBIAIS
b) Consequência
Uma oração subordinada adverbial é aquela que exerce a As orações subordinadas adverbiais consecutivas exprimem
função de adjunto adverbial do verbo da oração principal. Dessa um fato que é consequência, que é efeito do que se declara na
forma, pode exprimir circunstância de tempo, modo, fim, causa, oração principal. São introduzidas pelas conjunções e locuções:
condição, hipótese, etc. Quando desenvolvida, vem introduzida que, de forma que, de sorte que, tanto que, etc., e pelas estruturas
por uma das conjunções subordinativas (com exclusão das tão...que, tanto...que, tamanho...que.
integrantes). Classifica-se de acordo com a conjunção ou locução Principal conjunção subordinativa consecutiva: QUE
conjuntiva que a introduz. (precedido de tal, tanto, tão, tamanho)
Durante a madrugada, eu olhei você dormindo. É feio que dói. (É tão feio que, em consequência, causa dor.)
Oração Subordinada Adverbial Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou
concretizando-os.
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzida de
Observe que a oração em destaque agrega uma circunstância Infinitivo)
de tempo. É, portanto, chamada de oração subordinada adverbial
temporal. Os adjuntos adverbiais são termos acessórios que c) Condição
indicam uma circunstância referente, via de regra, a um verbo. A Condição é aquilo que se impõe como necessário para a
classificação do adjunto adverbial depende da exata compreensão realização ou não de um fato. As orações subordinadas adverbiais
da circunstância que exprime. Observe os exemplos abaixo: condicionais exprimem o que deve ou não ocorrer para que se
Naquele momento, senti uma das maiores emoções de minha realize ou deixe de se realizar o fato expresso na oração principal.
vida. Principal conjunção subordinativa condicional: SE
Quando vi a estátua, senti uma das maiores emoções de minha Outras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde
vida. que, salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, uma
vez que (seguida de verbo no subjuntivo).
No primeiro período, “naquele momento” é um adjunto Se o regulamento do campeonato for bem elaborado,
adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “senti”. No certamente o melhor time será campeão.
segundo período, esse papel é exercido pela oração “Quando vi Uma vez que todos aceitem a proposta, assinaremos o contrato.
a estátua”, que é, portanto, uma oração subordinada adverbial Caso você se case, convide-me para a festa.
temporal. Essa oração é desenvolvida, pois é introduzida por uma
conjunção subordinativa (quando) e apresenta uma forma verbal d) Concessão
do modo indicativo (“vi”, do pretérito perfeito do indicativo). As orações subordinadas adverbiais concessivas indicam
Seria possível reduzi-la, obtendo-se: concessão às ações do verbo da oração principal, isto é, admitem
Ao ver a estátua, senti uma das maiores emoções de minha uma contradição ou um fato inesperado. A ideia de concessão está
vida. diretamente ligada ao contraste, à quebra de expectativa.
Principal conjunção subordinativa concessiva: EMBORA
A oração em destaque é reduzida, pois apresenta uma das Utiliza-se também a conjunção: conquanto e as locuções ainda
formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é introduzida que, ainda quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de
por conjunção subordinativa, mas sim por uma preposição (“a”, que.
combinada com o artigo “o”). Só irei se ele for.
Obs.: a classificação das orações subordinadas adverbiais é
feita do mesmo modo que a classificação dos adjuntos adverbiais. A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu” ir só se
Baseia-se na circunstância expressa pela oração. realizará caso essa condição seja satisfeita. Compare agora com:
Irei mesmo que ele não vá.
Circunstâncias Expressas
pelas Orações Subordinadas Adverbiais A distinção fica nítida; temos agora uma concessão: irei
a) Causa de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A oração
A ideia de causa está diretamente ligada àquilo que provoca um destacada é, portanto, subordinada adverbial concessiva. Observe
determinado fato, ao motivo do que se declara na oração principal. outros exemplos:
“É aquilo ou aquele que determina um acontecimento”. Embora fizesse calor, levei agasalho.
Principal conjunção subordinativa causal: PORQUE Conquanto a economia tenha crescido, pelo menos metade da
Outras conjunções e locuções causais: como (sempre população continua à margem do mercado de consumo.
introduzido na oração anteposta à oração principal), pois, pois Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / embora não
que, já que, uma vez que, visto que. estudasse). (reduzida de infinitivo)

Didatismo e Conhecimento 52
PORTUGUÊS
e) Comparação Quando você foi embora, chegaram outros convidados.
As orações subordinadas adverbiais comparativas estabelecem Sempre que ele vem, ocorrem problemas.
uma comparação com a ação indicada pelo verbo da oração Mal você saiu, ela chegou.
principal. Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando terminou a
Principal conjunção subordinativa comparativa: COMO festa) (Oração Reduzida de Particípio)
Ele dorme como um urso.
Fonte: http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint29.php
Saiba que: É comum a omissão do verbo nas orações
subordinadas adverbiais comparativas. Por exemplo: Questões sobre Orações Subordinadas
Agem como crianças. (agem)
Oração Subordinada Adverbial Comparativa
01. (Papiloscopista Policial – Vunesp/2013).
No entanto, quando se comparam ações diferentes, isso não
ocorre. Por exemplo: Ela fala mais do que faz. (comparação do Mais denso, menos trânsito
verbo falar e do verbo fazer).
As grandes cidades brasileiras estão congestionadas e em
f) Conformidade
processo de deterioração agudizado pelo crescimento econômico
As orações subordinadas adverbiais conformativas indicam
da última década. Existem deficiências evidentes em infraestrutura,
ideia de conformidade, ou seja, exprimem uma regra, um modelo
adotado para a execução do que se declara na oração principal. mas é importante também considerar o planejamento urbano.
Principal conjunção subordinativa conformativa: CONFORME Muitas grandes cidades adotaram uma abordagem de
Outras conjunções conformativas: como, consoante e segundo desconcentração, incentivando a criação de diversos centros
(todas com o mesmo valor de conforme). urbanos, na visão de que isso levaria a uma maior facilidade de
Fiz o bolo conforme ensina a receita. deslocamento.
Consoante reza a Constituição, todos os cidadãos têm direitos Mas o efeito tem sido o inverso. A criação de diversos centros
iguais. e o aumento das distâncias multiplicam o número de viagens,
dificultando o investimento em transporte coletivo e aumentando
g) Finalidade a necessidade do transporte individual.
As orações subordinadas adverbiais finais indicam a intenção, Se olharmos Los Angeles como a região que levou a
a finalidade daquilo que se declara na oração principal. desconcentração ao extremo, ficam claras as consequências. Numa
Principal conjunção subordinativa final: A FIM DE QUE região rica como a Califórnia, com enorme investimento viário,
Outras conjunções finais: que, porque (= para que) e a locução temos engarrafamentos gigantescos que viraram característica da
conjuntiva para que. cidade.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigos. Os modelos urbanos bem-sucedidos são aqueles com elevado
Felipe abriu a porta do carro para que sua namorada entrasse. adensamento e predominância do transporte coletivo, como
mostram Manhattan e Tóquio.
h) Proporção O centro histórico de São Paulo é a região da cidade mais
As orações subordinadas adverbiais proporcionais exprimem bem servida de transporte coletivo, com infraestrutura de
ideia de proporção, ou seja, um fato simultâneo ao expresso na telecomunicação, água, eletricidade etc. Como em outras grandes
oração principal. cidades, essa deveria ser a região mais adensada da metrópole.
Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: À Mas não é o caso. Temos, hoje, um esvaziamento gradual do
PROPORÇÃO QUE centro, com deslocamento das atividades para diversas regiões da
Outras locuções conjuntivas proporcionais: à medida que, ao cidade.
passo que. Há ainda as estruturas: quanto maior...(maior), quanto
A visão de adensamento com uso abundante de transporte
maior...(menor), quanto menor...(maior), quanto menor...(menor),
coletivo precisa ser recuperada. Desse modo, será possível
quanto mais...(mais), quanto mais...(menos), quanto menos...
reverter esse processo de uso cada vez mais intenso do transporte
(mais), quanto menos...(menos).
À proporção que estudávamos, acertávamos mais questões. individual, fruto não só do novo acesso da população ao
Visito meus amigos à medida que eles me convidam. automóvel, mas também da necessidade de maior número de
Quanto maior for a altura, maior será o tombo. viagens em função da distância cada vez maior entre os destinos
da população.
i) Tempo (Henrique Meirelles, Folha de S.Paulo, 13.01.2013. Adaptado)
As orações subordinadas adverbiais temporais acrescentam
uma ideia de tempo ao fato expresso na oração principal, As expressões mais denso e menos trânsito, no título, estabelecem
podendo exprimir noções de simultaneidade, anterioridade ou entre si uma relação de
posterioridade. (A) comparação e adição.
Principal conjunção subordinativa temporal: QUANDO (B) causa e consequência.
Outras conjunções subordinativas temporais: enquanto, mal (C) conformidade e negação.
e locuções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que, (D) hipótese e concessão.
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc. (E) alternância e explicação

Didatismo e Conhecimento 53
PORTUGUÊS
02. (Agente de Escolta e Vigilância Penitenciária – VUNESP 05. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em –
– 2013). No trecho – Tem surtido um efeito positivo por eles Apesar da desconcentração e do aumento da extensão urbana
se tornarem uma referência positiva dentro da unidade, já que verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar ainda
cumprem melhor as regras, respeitam o próximo e pensam melhor mais os diversos centros já existentes... –, sem que tenha seu
nas suas ações, refletem antes de tomar uma atitude. – o termo em sentido alterado, o trecho em destaque está corretamente reescrito
destaque estabelece entre as orações uma relação de em:
A) condição. B) causa. C) comparação. D) tempo. A) Mesmo com a desconcentração e o aumento da Extensão
E) concessão. urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
ainda mais os diversos centros já existentes...
03. (UFV-MG) As orações subordinadas substantivas que B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento
aparecem nos períodos abaixo são todas subjetivas, exceto: da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
A) Decidiu-se que o petróleo subiria de preço. ainda mais os diversos centros já existentes...
B) É muito bom que o homem, vez por outra, reflita sobre sua C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento
vida. da extensão urbana no Brasil, é importante desenvolver e adensar
C) Ignoras quanto custou meu relógio? ainda mais os diversos centros já existentes...
D) Perguntou-se ao diretor quando seríamos recebidos. D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão
E) Convinha-nos que você estivesse presente à reunião urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e adensar
ainda mais os diversos centros já existentes...
04. (Agente de Vigilância e Recepção – VUNESP – 2013). E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da
Considere a tirinha em que se vê Honi conversando com seu extensão urbana verificados no Brasil, é importante desenvolver e
Namorado Lute. adensar ainda mais os diversos centros já existentes...

06. (Analista Administrativo – VUNESP – 2013). Em – É


fundamental que essa visão de adensamento com uso abundante
de transporte coletivo seja recuperada para que possamos reverter
esse processo de uso… –, a expressão em destaque estabelece
entre as orações relação de
A) consequência.
B) condição.
C) finalidade.
D) causa.
E) concessão.

07. (Analista de Sistemas – VUNESP – 2013 – adap.).


Considere o trecho: “Como as músicas eram de protesto, naquele
mesmo ano foi enquadrado na lei de segurança nacional pela
ditadura militar e exilado.” O termo Como, em destaque na
primeira parte do enunciado, expressa ideia de
A) contraste e tem sentido equivalente a porém.
B) concessão e tem sentido equivalente a mesmo que.
(Dik Browne, Folha de S. C) conformidade e tem sentido equivalente a conforme.
Paulo, 26.01.2013) D) causa e tem sentido equivalente a visto que.
E) finalidade e tem sentido equivalente a para que.
É correto afirmar que a expressão contanto que estabelece
entre as orações relação de 08. (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças
A) causa, pois Honi quer ter filhos e não deseja trabalhar Públicas – VUNESP – 2013-adap.) No trecho – “Fio, disjuntor,
depois de casada. tomada, tudo!”, insiste o motorista, com tanto orgulho que chega
B) comparação, pois o namorado espera ter sucesso como a contaminar-me. –, a construção tanto ... que estabelece entre as
cantor romântico. construções [com tanto orgulho] e [que chega a contaminar-me]
C) tempo, pois ambos ainda são adolescentes, mas já pensam uma relação de
em casamento. A) condição e finalidade.
D) condição, pois Lute sabe que exercendo a profissão de B) conformidade e proporção.
músico provavelmente ganhará pouco. C) finalidade e concessão.
E) finalidade, pois Honi espera que seu futuro marido torne-se D) proporção e comparação.
um artista famoso. E) causa e consequência.

Didatismo e Conhecimento 54
PORTUGUÊS
09. “Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem 7-) “Como as músicas eram de protesto = expressa ideia de
mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número causa da consequência “foi enquadrado” = causa e tem sentido
de imigrantes que o Brasil em um ano.” A alternativa que substitui equivalente a visto que.
a expressão em negrito, sem prejuízo ao conteúdo, é:
A) já que. 8-) com tanto orgulho que chega a contaminar-me. – a
B) todavia. construção estabelece uma relação de causa e consequência. (a
C) ainda que. causa da “contaminação” – consequência)
D) entretanto.
9-) Os Estados Unidos são considerados hoje um país bem
E) talvez.
mais fechado – embora em doze dias recebam o mesmo número
de imigrantes que o Brasil em um ano.” = conjunção concessiva:
10. (Escrevente TJ SP – Vunesp – 2013) Assinale a alternativa ainda que
que substitui o trecho em destaque na frase – Assinarei o
documento, contanto que garantam sua autenticidade. – sem que 10-) contanto que garantam sua autenticidade. = conjunção
haja prejuízo de sentido. condicional = desde que
(A) desde que garantam sua autenticidade.
(B) no entanto garantam sua autenticidade.
(C) embora garantam sua autenticidade.
(D) portanto garantam sua autenticidade. 7. CONCORDÂNCIA VERBAL:
(E) a menos que garantam sua autenticidade. REGRA GERAL.
8. CONCORDÂNCIA NOMINAL:
REGRA GERAL.

GABARITO

01. B 02. B 03. C 04. D 05. A Ao falarmos sobre a concordância verbal, estamos nos re-
06. C 07. D 08. E 09. C 10. A ferindo à relação de dependência estabelecida entre um termo
e outro mediante um contexto oracional. Desta feita, os agentes
RESOLUÇÃO principais desse processo são representados pelo sujeito, que no
caso funciona como subordinante; e o verbo, o qual desempenha a
1-) mais denso e menos trânsito = mais denso, consequentemente, função de subordinado.
menos trânsito, então: causa e consequência Dessa forma, temos que a concordância verbal caracteriza-se
pela adaptação do verbo, tendo em vista os quesitos “número e
2-) já que cumprem melhor as regras = estabelece entre as pessoa” em relação ao sujeito. Exemplificando, temos: O aluno
orações uma relação de causa com a consequência de “tem um chegou atrasado. Temos que o verbo apresenta-se na terceira pes-
soa do singular, pois faz referência a um sujeito, assim também
efeito positivo”.
expresso (ele). Como poderíamos também dizer: os alunos chega-
3-) Ignoras quanto custou meu relógio? = oração subordinada ram atrasados.
substantiva objetiva direta
A oração não atende aos requisitos de tais orações, ou seja, não Casos referentes a sujeito simples
se inicia com verbo de ligação, tampouco pelos verbos “convir”,
“parecer”, “importar”, “constar” etc., e também não inicia com as 1) Em caso de sujeito simples, o verbo concorda com o núcleo
conjunções integrantes “que” e “se”. em número e pessoa: O aluno chegou atrasado.

4-) a expressão contanto que estabelece uma relação de 2) Nos casos referentes a sujeito representado por substantivo
condição (condicional) coletivo, o verbo permanece na terceira pessoa do singular: A
multidão, apavorada, saiu aos gritos.
5-) Apesar da desconcentração e do aumento da extensão Observação:
urbana verificados no Brasil = conjunção concessiva - No caso de o coletivo aparecer seguido de adjunto adnominal
no plural, o verbo permanecerá no singular ou poderá ir para o
B) Uma vez que se verifica a desconcentração e o aumento da
plural:
extensão urbana no Brasil, = causal
Uma multidão de pessoas saiu aos gritos.
C) Assim como são verificados a desconcentração e o aumento Uma multidão de pessoas saíram aos gritos.
da extensão urbana no Brasil = comparativa
D) Visto que com a desconcentração e o aumento da extensão 3) Quando o sujeito é representado por expressões partitivas,
urbana verificados no Brasil = causal representadas por “a maioria de, a maior parte de, a metade de,
E) De maneira que, com a desconcentração e o aumento da uma porção de” entre outras, o verbo tanto pode concordar com o
extensão urbana verificados no Brasil = consecutivas núcleo dessas expressões quanto com o substantivo que a segue:
A maioria dos alunos resolveu ficar. A maioria dos alunos resol-
6-) para que possamos = conjunção final (finalidade) veram ficar.

Didatismo e Conhecimento 55
PORTUGUÊS
4) No caso de o sujeito ser representado por expressões aproxi- 11) Nos casos em que o sujeito estiver representado por pro-
mativas, representadas por “cerca de, perto de”, o verbo concorda nomes de tratamento, o verbo deverá ser empregado na terceira
com o substantivo determinado por elas: Cerca de mil candidatos pessoa do singular ou do plural: Vossas Majestades gostaram das
se inscreveram no concurso. homenagens. Vossa Majestade agradeceu o convite.

5) Em casos em que o sujeito é representado pela expressão 12) Casos relativos a sujeito representado por substantivo pró-
“mais de um”, o verbo permanece no singular: Mais de um candi- prio no plural se encontram relacionados a alguns aspectos que os
dato se inscreveu no concurso de piadas. determinam:
Observação: - Diante de nomes de obras no plural, seguidos do verbo ser,
- No caso da referida expressão aparecer repetida ou associada este permanece no singular, contanto que o predicativo também
a um verbo que exprime reciprocidade, o verbo, necessariamente, esteja no singular: Memórias póstumas de Brás Cubas é uma cria-
deverá permanecer no plural: ção de Machado de Assis.
Mais de um aluno, mais de um professor contribuíram na cam- - Nos casos de artigo expresso no plural, o verbo também per-
panha de doação de alimentos.
manece no plural: Os Estados Unidos são uma potência mundial.
Mais de um formando se abraçaram durante as solenidades
- Casos em que o artigo figura no singular ou em que ele nem
de formatura.
aparece, o verbo permanece no singular: Estados Unidos é uma
potência mundial.
6) Quando o sujeito for composto da expressão “um dos que”,
o verbo permanecerá no plural: Esse jogador foi um dos que atua-
ram na Copa América. Casos referentes a sujeito composto

7) Em casos relativos à concordância com locuções pronomi- 1) Nos casos relativos a sujeito composto de pessoas gramati-
nais, representadas por “algum de nós, qual de vós, quais de vós, cais diferentes, o verbo deverá ir para o plural, estando relacionado
alguns de nós”, entre outras, faz-se necessário nos atermos a duas a dois pressupostos básicos:
questões básicas: - Quando houver a 1ª pessoa, esta prevalecerá sobre as demais:
- No caso de o primeiro pronome estar expresso no plural, o Eu, tu e ele faremos um lindo passeio.
verbo poderá com ele concordar, como poderá também concordar - Quando houver a 2ª pessoa, o verbo poderá flexionar na 2ª ou
com o pronome pessoal: Alguns de nós o receberemos. / Alguns de na 3ª pessoa: Tu e ele sois primos. Tu e ele são primos.
nós o receberão.
- Quando o primeiro pronome da locução estiver expresso no 2) Nos casos em que o sujeito composto aparecer anteposto ao
singular, o verbo permanecerá, também, no singular: Algum de verbo, este permanecerá no plural: O pai e seus dois filhos compa-
nós o receberá. receram ao evento.

8) No caso de o sujeito aparecer representado pelo pronome 3) No caso em que o sujeito aparecer posposto ao verbo, este
“quem”, o verbo permanecerá na terceira pessoa do singular ou poderá concordar com o núcleo mais próximo ou permanecer no
poderá concordar com o antecedente desse pronome: Fomos nós plural: Compareceram ao evento o pai e seus dois filhos. Compa-
quem contou toda a verdade para ela. / Fomos nós quem contamos receu ao evento o pai e seus dois filhos.
toda a verdade para ela.
4) Nos casos relacionados a sujeito simples, porém com mais
9) Em casos nos quais o sujeito aparece realçado pela palavra de um núcleo, o verbo deverá permanecer no singular: Meu esposo
“que”, o verbo deverá concordar com o termo que antecede essa e grande companheiro merece toda a felicidade do mundo.
palavra: Nesta empresa somos nós que tomamos as decisões. / Em
casa sou eu que decido tudo.
5) Casos relativos a sujeito composto de palavras sinônimas ou
ordenado por elementos em gradação, o verbo poderá permanecer
10) No caso de o sujeito aparecer representado por expressões
no singular ou ir para o plural: Minha vitória, minha conquista, mi-
que indicam porcentagens, o verbo concordará com o numeral ou
nha premiação são frutos de meu esforço. / Minha vitória, minha
com o substantivo a que se refere essa porcentagem: 50% dos
funcionários aprovaram a decisão da diretoria. / 50% do eleitora- conquista, minha premiação é fruto de meu esforço.
do apoiou a decisão.

Observações: Concordância nominal é o ajuste que fazemos aos demais ter-


- Caso o verbo apareça anteposto à expressão de porcentagem, mos da oração para que concordem em gênero e número com o
esse deverá concordar com o numeral: Aprovaram a decisão da substantivo. Teremos que alterar, portanto, o artigo, o adjetivo, o
diretoria 50% dos funcionários. numeral e o pronome. Além disso, temos também o verbo, que se
- Em casos relativos a 1%, o verbo permanecerá no singular: flexionará à sua maneira.
1% dos funcionários não aprovou a decisão da diretoria. Regra geral: O artigo, o adjetivo, o numeral e o pronome con-
- Em casos em que o numeral estiver acompanhado de deter- cordam em gênero e número com o substantivo.
minantes no plural, o verbo permanecerá no plural: Os 50% dos - A pequena criança é uma gracinha.
funcionários apoiaram a decisão da diretoria. - O garoto que encontrei era muito gentil e simpático.

Didatismo e Conhecimento 56
PORTUGUÊS
Casos especiais: Veremos alguns casos que fogem à regra ge- É proibido entrada de pessoas não autorizadas. / A entrada é
ral mostrada acima. proibida.
a) Um adjetivo após vários substantivos
- Substantivos de mesmo gênero: adjetivo vai para o plural ou h) Muito, pouco, caro
concorda com o substantivo mais próximo. - Como adjetivos: seguem a regra geral.
- Irmão e primo recém-chegado estiveram aqui. Comi muitas frutas durante a viagem.
- Irmão e primo recém-chegados estiveram aqui. Pouco arroz é suficiente para mim.
Os sapatos estavam caros.
- Substantivos de gêneros diferentes: vai para o plural masculi-
no ou concorda com o substantivo mais próximo. - Como advérbios: são invariáveis.
- Ela tem pai e mãe louros. Comi muito durante a viagem.
- Ela tem pai e mãe loura. Pouco lutei, por isso perdi a batalha.
- Adjetivo funciona como predicativo: vai obrigatoriamente Comprei caro os sapatos.
para o plural. i) Mesmo, bastante
- O homem e o menino estavam perdidos. - Como advérbios: invariáveis
- O homem e sua esposa estiveram hospedados aqui. Preciso mesmo da sua ajuda.
Fiquei bastante contente com a proposta de emprego.
b) Um adjetivo anteposto a vários substantivos
- Adjetivo anteposto normalmente concorda com o mais pró- - Como pronomes: seguem a regra geral.
ximo. Seus argumentos foram bastantes para me convencer.
Comi delicioso almoço e sobremesa. Os mesmos argumentos que eu usei, você copiou.
Provei deliciosa fruta e suco.
j) Menos, alerta
- Adjetivo anteposto funcionando como predicativo: concorda - Em todas as ocasiões são invariáveis.
com o mais próximo ou vai para o plural. Preciso de menos comida para perder peso.
Estavam feridos o pai e os filhos. Estamos alerta para com suas chamadas.
Estava ferido o pai e os filhos.
k) Tal Qual
- “Tal” concorda com o antecedente, “qual” concorda com o
c) Um substantivo e mais de um adjetivo
consequente.
- antecede todos os adjetivos com um artigo.
As garotas são vaidosas tais qual a tia.
Falava fluentemente a língua inglesa e a espanhola.
Os pais vieram fantasiados tais quais os filhos.
- coloca o substantivo no plural.
l) Possível
Falava fluentemente as línguas inglesa e espanhola.
- Quando vem acompanhado de “mais”, “menos”, “melhor” ou
“pior”, acompanha o artigo que precede as expressões.
d) Pronomes de tratamento A mais possível das alternativas é a que você expôs.
- sempre concordam com a 3ª pessoa. Os melhores cargos possíveis estão neste setor da empresa.
Vossa Santidade esteve no Brasil. As piores situações possíveis são encontradas nas favelas da
cidade.
e) Anexo, incluso, próprio, obrigado
- Concordam com o substantivo a que se referem. m) Meio
As cartas estão anexas. - Como advérbio: invariável.
A bebida está inclusa. Estou meio (um pouco) insegura.
Precisamos de nomes próprios.
Obrigado, disse o rapaz. - Como numeral: segue a regra geral.
Comi meia (metade) laranja pela manhã.
f) Um(a) e outro(a), num(a) e noutro(a)
- Após essas expressões o substantivo fica sempre no singular n) Só
e o adjetivo no plural. - apenas, somente (advérbio): invariável.
Renato advogou um e outro caso fáceis. Só consegui comprar uma passagem.
Pusemos numa e noutra bandeja rasas o peixe.
- sozinho (adjetivo): variável.
g) É bom, é necessário, é proibido Estiveram sós durante horas.
- Essas expressões não variam se o sujeito não vier precedido
de artigo ou outro determinante. Fonte:
Canja é bom. / A canja é boa. http://www.brasilescola.com/gramatica/concordancia-verbal.
É necessário sua presença. / É necessária a sua presença. htm

Didatismo e Conhecimento 57
PORTUGUÊS
Questões sobre Concordância Nominal e Verbal De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as la-
cunas do texto devem ser preenchidas, correta e respectivamente,
01.(TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A con- com:
cordância verbal e nominal está inteiramente correta na frase: (A) Restam… faça… será
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que (B) Resta… faz… será
determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida- (C) Restam… faz... serão (
de a suas decisões. D) Restam… façam… serão
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem ser (E) Resta… fazem… será
embasados na percepção dos valores e princípios que regem a prá-
tica política. 04 (Escrevente TJ SP – Vunesp/2012) Assinale a alternativa
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verdadeiro regi- em que o trecho
me democrático, em que se respeita tanto as liberdades individuais – Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira de
quanto as coletivas. quantificar adequadamente os insumos básicos.– está corretamen-
(D) As instituições fundamentais de um regime democrático te reescrito, de acordo com a norma-padrão da língua portuguesa.
não pode estar subordinado às ordens indiscriminadas de um único (A) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até
poder central. agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos.
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados para o (B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
momento eleitoral, que expõem as diferentes opiniões existentes agora uma maneira adequada de os insumos básicos ser quantifi-
na sociedade. cados.
(C) Ainda assim, temos certeza que ninguém encontrou até
02. (Agente Técnico – FCC – 2013). As normas de concordân- agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam
cia verbal e nominal estão inteiramente respeitadas em: quantificado.
A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura, (D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec-
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos seja
tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras,
quantificado.
sua matéria-prima.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até
B) Obras que se considera clássicas na literatura sempre de-
agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos bá-
lineia novos caminhos, pois é capaz de encantar o leitor ao ultra-
sicos.
passar os limites da época em que vivem seus autores, gênios no
domínio das palavras, sua matéria-prima.
05. (FUNDAÇÃO CASA/SP - AGENTE ADMINISTRATI-
C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhe per-
VO - VUNESP/2011 - ADAPTADA) Observe as frases do texto:
mitem criar todo um mundo de ficção, em que personagens se
I. Cerca de 75 por cento dos países obtêm nota negativa...
transformam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa ver-
dadeira interação com a realidade. II. ... à Venezuela, de Chávez, que obtém a pior classifica-
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so- ção do continente americano (2,0)...
mente se realiza plenamente caso haja afinidade de ideias entre Assim como ocorre com o verbo “obter” nas frases I e II, a
ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual concordância segue as mesmas regras, na ordem dos exemplos,
deste último e o prazer da leitura. em:
E) Consta, na literatura mundial, obras-primas que constitui (A) Todas as pessoas têm boas perspectivas para o próximo
leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo que ano. Será que alguém tem opinião diferente da maioria?
ultrapassa os limites de tempo e de época. (B) Vem muita gente prestigiar as nossas festas juninas. Vêm
pessoas de muito longe para brincar de quadrilha.
03. (Escrevente TJ-SP – Vunesp/2012) Leia o texto para res- (C) Pouca gente quis voltar mais cedo para casa. Quase todos
ponder à questão. quiseram ficar até o nascer do sol na praia.
_________dúvidas sobre o crescimento verde. Primeiro, não (D) Existem pessoas bem intencionadas por aqui, mas também
está claro até onde pode realmente chegar uma política baseada existem umas que não merecem nossa atenção.
em melhorar a eficiência sem preços adequados para o carbo- (E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam.
no, a água e (na maioria dos países pobres) a terra. É verdade
que mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si 06. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012)
___________diferença, as companhias não podem suportar ter de Os folheteiros vivem em feiras, mercados, praças e locais de pe-
pagar, de repente, digamos, 40 dólares por tonelada de carbono, regrinação.
sem qualquer preparação. Portanto, elas começam a usar preços- O verbo da frase acima NÃO pode ser mantido no plural caso
-sombra. Ainda assim, ninguém encontrou até agora uma maneira o segmento grifado seja substituído por:
de quantificar adequadamente os insumos básicos. E sem eles a (A) Há folheteiros que
maioria das políticas de crescimento verde sempre ___________ (B) A maior parte dos folheteiros
a segunda opção. (C) O folheteiro e sua família
(Carta Capital, 27.06.2012. (D) O grosso dos folheteiros
Adaptado) (E) Cada um dos folheteiros

Didatismo e Conhecimento 58
PORTUGUÊS
07. (TRF - 5ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos de
Todas as formas verbais estão corretamente flexionadas em: se contrair alguma doença.
(A) Enquanto não se disporem a considerar o cordel sem pre- (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da
conceitos, as pessoas não serão capazes de fruir dessas criações manhã, eu já estava fazendo meu serviço.
poéticas tão originais. (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à a adotar medidas mais rigorosas para a proteção de seus funcio-
arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores uni- nários.
versidades do país.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situa- GABARITO
ção dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requi-
zessem o respeito que faziam por merecer. 01. A 02. A 03. A 04. E 05. A
(D) Se não proveem do preconceito, a desvalorização e a pouca 06. E 07. |B 08. D 09. D 10. C
visibilidade dessa arte popular tão rica só pode ser resultado do
RESOLUÇÃO
puro e simples desconhecimento.
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu que os problemas dos
1-) Fiz os acertos entre parênteses:
cordelistas estavam diretamente ligados à falta de representativi-
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores que
dade. determinam as escolhas dos governantes, para conferir legitimida-
de a suas decisões.
08. (TRF - 4ª REGIÃO – TÉCNICO JUDICIÁRIO – (B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes devem (deve)
FCC/2010) Observam-se corretamente as regras de concordância ser embasados (embasada) na percepção dos valores e princípios
verbal e nominal em: que regem a prática política.
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os (C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um verdadeiro
mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às mais hu- regime democrático, em que se respeita (respeitam) tanto as liber-
mildes, são cada vez mais comuns nos dias de hoje. dades individuais quanto as coletivas.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony (D) As instituições fundamentais de um regime democrático
Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de não pode (podem) estar subordinado (subordinadas) às ordens in-
seu tempo, não estão apenas nos livros que escreveram. discriminadas de um único poder central.
c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) voltados (vol-
judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam tado) para o momento eleitoral, que expõem (expõe) as diferentes
próximos de serem resolvidos ou pelo menos de terem alguma tré- opiniões existentes na sociedade.
gua. 2-)
d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade, A) Alguns dos aspectos mais desejáveis de uma boa leitura,
ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costu- que satisfaça aos leitores e seja veículo de aprimoramento intelec-
mam encontrar muito mais detratores que admiradores. tual, estão na capacidade de criação do autor, mediante palavras,
e) No final do século XX já não se via muitos intelectuais e sua matéria-prima. = correta
escritores como Edward Said, que não apenas era notícia pelos B) Obras que se consideram clássicas na literatura sempre de-
livros que publicavam como pelas posições que corajosamente as- lineiam novos caminhos, pois são capazes de encantar o leitor ao
sumiam. ultrapassarem os limites da época em que vivem seus autores, gê-
nios no domínio das palavras, sua matéria-prima.
09. (TRF - 2ª REGIÃO - TÉCNICO JUDICIÁRIO - FCC/2012) C) A palavra, matéria-prima de poetas e romancistas, lhes per-
mite criar todo um mundo de ficção, em que personagens se trans-
O verbo que, dadas as alterações entre parênteses propostas para o
formam em seres vivos a acompanhar os leitores, numa verdadeira
segmento grifado, deverá ser colocado no plural, está em:
interação com a realidade.
(A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas)
D) As possibilidades de comunicação entre autor e leitor so-
(B) O que não se sabe... (ninguém nas regiões do planeta) mente se realizam plenamente caso haja afinidade de ideias entre
(C) O consumo mundial não dá sinal de trégua... (O consumo ambos, o que permite, ao mesmo tempo, o crescimento intelectual
mundial de barris de petróleo) deste último e o prazer da leitura.
(D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo E) Constam, na literatura mundial, obras-primas que consti-
da matéria-prima... (Constantes aumentos) tuem leitura obrigatória e se tornam referências por seu conteúdo
(E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços que ultrapassa os limites de tempo e de época.
mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas)
3-) _Restam___dúvidas
10. (CETESB/SP – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2013) Assi- mesmo que a ameaça dos preços do carbono e da água em si
nale a alternativa em que a concordância das formas verbais desta- __faça __diferença
cadas está de acordo com a norma-padrão da língua. a maioria das políticas de crescimento verde sempre ____
(A) Fazem dez anos que deixei de trabalhar em higienização será_____ a segunda opção.
subterrânea. Em “a maioria de”, a concordância pode ser dupla: tanto no
(B) Ainda existe muitas pessoas que discriminam os trabalha- plural quanto no singular. Nas alternativas não há “restam/faça/
dores da área de limpeza. serão”, portanto a A é que apresenta as opções adequadas.

Didatismo e Conhecimento 59
PORTUGUÊS
4-) c) Nada indica que o conflito no Oriente Médio entre árabes e
(A) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até judeus, responsável por tantas mortes e tanto sofrimento, estejam
agora uma maneira adequada de se quantificar os insumos básicos. (esteja) próximos (próximo) de serem (ser) resolvidos (resolvido)
(B) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até ou pelo menos de terem (ter) alguma trégua.
agora uma maneira adequada de os insumos básicos serem quan- d) Intelectuais que têm compromisso apenas com a verdade,
tificados. ainda que conscientes de que esta é até certo ponto relativa, costu-
(C) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até mam encontrar muito mais detratores que admiradores.
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam e) No final do século XX já não se via (viam) muitos intelec-
quantificados. tuais e escritores como Edward Said, que não apenas era (eram)
(D) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até notícia pelos livros que publicavam como pelas posições que co-
agora uma maneira adequada para que os insumos básicos sejam rajosamente assumiam.
quantificados.
(E) Ainda assim, temos certeza de que ninguém encontrou até 9-)
agora uma maneira adequada de se quantificarem os insumos bá- (A) Não há dúvida de que o estilo de vida... (dúvidas) = “há”
sicos. = correta
permaneceria no singular
(B) O que não se sabe ... (ninguém nas regiões do planeta) =
5-) Em I, obtêm está no plural; em II, no singular. Vamos aos
“sabe” permaneceria no singular
itens:
(A) Todas as pessoas têm (plural) ... Será que alguém tem (sin- (C) O consumo mundial não dá sinal de trégua ... (O consumo
gular) mundial de barris de petróleo) = “dá” permaneceria no singular
(B) Vem (singular) muita gente... Vêm pessoas (plural) (D) Um aumento elevado no preço do óleo reflete-se no custo
(C) Pouca gente quis (singular)... Quase todos quiseram (plu- da matéria-prima... Constantes aumentos) = “reflete” passaria para
ral) “refletem-se”
(D) Existem (plural) pessoas ... mas também existem umas (E) o tema das mudanças climáticas pressiona os esforços
(plural) mundiais... (a preocupação em torno das mudanças climáticas) =
(E) Aqueles que não atrapalham muito ajudam (ambas as for- “pressiona” permaneceria no singular
mas estão no plural)
10-) Fiz as correções:
6-) (A) Fazem dez anos = faz (sentido de tempo = singular)
A - Há folheteiros que vivem (concorda com o objeto “folhe- (B) Ainda existe muitas pessoas = existem
terios”) (C) No trabalho em meio a tanta sujeira, havia altos riscos
B – A maior parte dos folheteiros vivem/vive (opcional) (D) Eu passava a manhã no subterrâneo: quando era sete da
C – O folheteiro e sua família vivem (sujeito composto) manhã = eram
D – O grosso dos folheteiros vive/vivem (opcional) (E) As companhias de limpeza, apenas recentemente, começou
E – Cada um dos folheteiros vive = somente no singular = começaram

7-) Coloquei entre parênteses a forma verbal correta:


(A) Enquanto não se disporem (dispuserem) a considerar o
cordel sem preconceitos, as pessoas não serão capazes de fruir 9. ELEMENTOS COESIVOS:
dessas criações poéticas tão originais.
(B) Ainda que nem sempre detenha o mesmo status atribuído à
PREPOSIÇÕES, CONJUNÇÕES E
arte erudita, o cordel vem sendo estudado hoje nas melhores uni- PRONOMES.
versidades do país. 10. COERÊNCIA TEXTUAL.
(C) Rodolfo Coelho Cavalcante deve ter percebido que a situa-
ção dos cordelistas não mudaria a não ser que eles mesmos requi-
zessem (requeressem) o respeito que faziam por merecer.
Coesão
(D) Se não proveem (provêm) do preconceito, a desvaloriza-
ção e a pouca visibilidade dessa arte popular tão rica só pode (po-
dem) ser resultado do puro e simples desconhecimento. Uma das propriedades que distinguem um texto de um amon-
(E) Rodolfo Coelho Cavalcante entreveu (entreviu) que os toado de frases é a relação existente entre os elementos que os
problemas dos cordelistas estavam diretamente ligados à falta de constituem. A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre
representatividade. palavras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por ele-
mentos gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os
8-) Fiz as correções entre parênteses: componentes do texto. Observe:
a) O desenraizamento, não só entre intelectuais como entre os “O iraquiano leu sua declaração num bloquinho comum de
mais diversos tipos de pessoas, das mais sofisticadas às mais hu- anotações, que segurava na mão.”
mildes, são (é) cada vez mais comuns (comum) nos dias de hoje.
b) A importância de intelectuais como Edward Said e Tony Nesse período, o pronome relativo “que” estabelece conexão
Judt, que não se furtaram ao debate sobre questões polêmicas de entre as duas orações. O iraquiano leu sua declaração num blo-
seu tempo, não estão (está) apenas nos livros que escreveram. quinho comum de anotações e segurava na mão, retomando na

Didatismo e Conhecimento 60
PORTUGUÊS
segunda um dos termos da primeira: bloquinho. O pronome relati- “Ele era muito diferente de seu mestre, a quem sucedera na
vo é um elemento coesivo, e a conexão entre as duas orações, um cátedra de Sociologia na Universidade de São Paulo.”
fenômeno de coesão. Leia o texto que segue:
O pronome relativo “quem” retoma o substantivo mestre.
Arroz-doce da infância
“As pessoas simplificam Machado de Assis; elas o veem como
Ingredientes um pensador cín iço e descrente do amor e da amizade.”
1 litro de leite desnatado
150g de arroz cru lavado O pronome pessoal “elas” recupera o substantivo pessoas; o
1 pitada de sal pronome pessoal “o” retoma o nome Machado de Assis.
4 colheres (sopa) de açúcar
1 colher (sobremesa) de canela em pó “Os dois homens caminhavam pela calçada, ambos trajando
roupa escura.”
Preparo
O numeral “ambos” retoma a expressão os dois homens.
Em uma panela ferva o leite, acrescente o arroz, a pitada de
sal e mexa sem parar até cozinhar o arroz. Adicione o açúcar e
“Fui ao cinema domingo e, chegando lá, fiquei desanimado
deixe no fogo por mais 2 ou 3 minutos. Despeje em um recipiente,
com a fila.”
polvilhe a canela. Sirva.
Cozinha Clássica Baixo Colesterol, nº4. O advérbio “lá” recupera a expressão ao cinema.
São Paulo, InCor, agosto de 1999, p. 42.
“O governador vai pessoalmente inaugurar a creche dos fun-
Toda receita culinária tem duas partes: lista dos ingredientes cionários do palácio, e o fará para demonstrar seu apreço aos
e modo de preparar. As informações apresentadas na primeira são servidores.”
retomadas na segunda. Nesta, os nomes mencionados pela primei-
ra vez na lista de ingredientes vêm precedidos de artigo definido, A forma verbal “fará” retoma a perífrase verbal vai inaugu-
o qual exerce, entre outras funções, a de indicar que o termo deter- rar e seu complemento.
minado por ele se refere ao mesmo ser a que uma palavra idêntica
já fizera menção. - Em princípio, o termo a que o anafórico se refere deve estar
No nosso texto, por exemplo, quando se diz que se adiciona o presente no texto, senão a coesão fica comprometida, como neste
açúcar, o artigo citado na primeira parte. Se dissesse apenas adi- exemplo:
cione açúcar, deveria adicionar, pois se trataria de outro açúcar,
diverso daquele citado no rol dos ingredientes. “André é meu grande amigo. Começou a namorá-la há vários
Há dois tipos principais de mecanismos de coesão: retomada meses.”
ou antecipação de palavras, expressões ou frases e encadeamento
de segmentos. A rigor, não se pode dizer que o pronome “la” seja um anafó-
rico, pois não está retomando nenhuma das palavras citadas antes.
Retomada ou Antecipação por meio de uma palavra grama- Exatamente por isso, o sentido da frase fica totalmente prejudica-
tical do: não há possibilidade de se depreender o sentido desse prono-
(pronome, verbos ou advérbios) me.
Pode ocorrer, no entanto, que o anafórico não se refira a ne-
nhuma palavra citada anteriormente no interior do texto, mas que
“No mercado de trabalho brasileiro, ainda hoje não há total
possa ser inferida por certos pressupostos típicos da cultura em que
igualdade entre homens e mulheres: estas ainda ganham menos do
se inscreve o texto. É o caso de um exemplo como este:
que aqueles em cargos equivalentes.”
“O casamento teria sido às 20 horas. O noivo já estava de-
Nesse período, o pronome demonstrativo “estas” retoma o sesperado, porque eram 21 horas e ela não havia comparecido.”
termo mulheres, enquanto “aqueles” recupera a palavra homens.
Os termos que servem para retomar outros são denominados Por dados do contexto cultural, sabe-se que o pronome “ela”
anafóricos; os que servem para anunciar, para antecipar outros são é um anafórico que só pode estar-se referindo à palavra noiva.
chamados catafóricos. No exemplo a seguir, desta antecipa aban- Num casamento, estando presente o noivo, o desespero só pode ser
donar a faculdade no último ano: pelo atraso da noiva (representada por “ela” no exemplo citado).
- O artigo indefinido serve geralmente para introduzir infor-
“Já viu uma loucura desta, abandonar a faculdade no último mações novas ao texto. Quando elas forem retomadas, deverão ser
ano?” precedidas do artigo definido, pois este é que tem a função de indi-
São anafóricos ou catafóricos os pronomes demonstrativos, os car que o termo por ele determinado é idêntico, em termos de valor
pronomes relativos, certos advérbios ou locuções adverbiais (nes- referencial, a um termo já mencionado.
se momento, então, lá), o verbo fazer, o artigo definido, os prono- “O encarregado da limpeza encontrou uma carteira na sala
mes pessoais de 3ª pessoa (ele, o, a, os, as, lhe, lhes), os pronomes de espetáculos. Curiosamente, a carteira tinha muito dinheiro
indefinidos. Exemplos: dentro, mas nem um documento sequer.”

Didatismo e Conhecimento 61
PORTUGUÊS
- Quando, em dado contexto, o anafórico pode referir-se a dois cessita acompanhar tudo o que acontece no Brasil e no mundo.
termos distintos, há uma ruptura de coesão, porque ocorre uma Um presidente deve começar a trabalhar ao raiar do dia e termi-
ambiguidade insolúvel. É preciso que o texto seja escrito de tal nar sua jornada altas horas da noite.”
forma que o leitor possa determinar exatamente qual é a palavra A repetição do termo presidente estabelece a coesão entre o
retomada pelo anafórico. último período e o que vem antes dele.

“Durante o ensaio, o ator principal brigou com o diretor por “Observava as estrelas, os planetas, os satélites. Os astros
causa da sua arrogância.” sempre o atraíram.

O anafórico “sua” pode estar-se referindo tanto à palavra ator Os dois períodos estão relacionados pelo hiperônimo astros,
que recupera os hipônimos estrelas, planetas, satélites.
quanto a diretor.
“Eles (os alquimistas) acreditavam que o organismo do ho-
“André brigou com o ex-namorado de uma amiga, que traba- mem era regido por humores (fluidos orgânicos) que percorriam,
lha na mesma firma.” ou apenas existiam, em maior ou menor intensidade em nosso cor-
po. Eram quatro os humores: o sangue, a fleuma (secreção pulmo-
Não se sabe se o anafórico “que” está se referindo ao termo nar), a bile amarela e a bile negra. E eram também estes quatro
amiga ou a ex-namorado. Permutando o anafórico “que” por “o fluidos ligados aos quatro elementos fundamentais: ao Ar (seco),
qual” ou “a qual”, essa ambiguidade seria desfeita. à Água (úmido), ao Fogo (quente) e à Terra (frio), respectivamen-
te.”
Retomada por palavra lexical Ziraldo. In: Revista Vozes, nº3, abril de 1970, p.18.
(substantivo, adjetivo ou verbo)
Nesse texto, a ligação entre o segundo e o primeiro períodos
Uma palavra pode ser retomada, que por uma repetição, quer se faz pela repetição da palavra humores; entre o terceiro e o se-
por uma substituição por sinônimo, hiperônimo, hipônimo ou an- gundo se faz pela utilização do sinônimo fluidos.
tonomásia. É preciso manejar com muito cuidado a repetição de palavras,
Sinônimo é o nome que se dá a uma palavra que possui o pois, se ela não for usada para criar um efeito de sentido de inten-
mesmo sentido que outra, ou sentido bastante aproximado: injúria sificação, constituirá uma falha de estilo. No trecho transcrito a
e afronta, alegre e contente. seguir, por exemplo, fica claro o uso da repetição da palavra vice
e outras parecidas (vicissitudes, vicejam, viciem), com a evidente
Hiperônimo é um termo que mantém com outro uma relação
intenção de ridicularizar a condição secundária que um provável
do tipo contém/está contido;
flamenguista atribui ao Vasco e ao seu Vice-presidente:
Hipônimo é uma palavra que mantém com outra uma relação
do tipo está contido/contém. O significado do termo rosa está con- “Recebi por esses dias um e-mail com uma série de piadas
tido no de flor e o de flor contém o de rosa, pois toda rosa é uma sobre o pouco simpático Eurico Miranda. Faltam-me provas, mas
flor, mas nem toda flor é uma rosa. Flor é, pois, hiperônimo de tudo leva a crer que o remetente seja um flamenguista.”
rosa, e esta palavra é hipônimo daquela. Segundo o texto, Eurico nasceu para ser vice: é vice-presiden-
Antonomásia é a substituição de um nome próprio por um te do clube, vice-campeão carioca e bi vice-campeão mundial. E
nome comum ou de um comum por um próprio. Ela ocorre, prin- isso sem falar do vice no Carioca de futsal, no Carioca de basquete,
cipalmente, quando uma pessoa célebre é designada por uma ca- no Brasileiro de basquete e na Taça Guanabara. São vicissitudes
racterística notória ou quando o nome próprio de uma personagem que vicejam. Espero que não viciem.
famosa é usada para designar outras pessoas que possuam a mes- José Roberto Torero. In: Folha de S. Paulo, 08/03/2000, p.
ma característica que a distingue: 4-7.

“O rei do futebol (=Pelé) som podia ser um brasileiro.” A elipse é o apagamento de um segmento de frase que pode
ser facilmente recuperado pelo contexto. Também constitui um
“O herói de dois mundos (=Garibaldi) foi lembrado numa expediente de coesão, pois é o apagamento de um termo que seria
recente minissérie de tevê.” repetido, e o preenchimento do vazio deixado pelo termo apagado
(=elíptico) exige, necessariamente, que se faça correlação com ou-
tros termos presentes no contexto, ou referidos na situação em que
Referência ao fato notório de Giuseppe Garibaldi haver lutado
se desenrola a fala.
pela liberdade na Europa e na América. Vejamos estes versos do poema “Círculo vicioso”, de Macha-
“Ele é um hércules (=um homem muito forte). do de Assis:
Referência à força física que caracteriza o herói grego Hér- (...)
cules. Mas a lua, fitando o sol, com azedume:

“Um presidente da República tem uma agenda de trabalho “Mísera! Tivesse eu aquela enorme, aquela
extremamente carregada. Deve receber ministros, embaixadores, Claridade imorta, que toda a luz resume!”
visitantes estrangeiros, parlamentares; precisa a todo momento Obra completa. Rio de Janeiro, Nova Aguilar, 1979, v.III,
tomar graves decisões que afetam a vida de muitas pessoas; ne- p. 151.

Didatismo e Conhecimento 62
PORTUGUÊS
Nesse caso, o verbo dizer, que seria enunciado antes daquilo “Ele é um bom conferencista: tem uma voz bonita, é bem arti-
que disse a lua, isto é, antes das aspas, fica subentendido, é omitido culado, conhece bem o assunto de que fala e é até sedutor.”
por ser facilmente presumível.
Qualquer segmento da frase pode sofrer elipse. Veja que, no Toda a série de qualidades está orientada no sentido de com-
exemplo abaixo, é o sujeito meu pai que vem elidido (ou apagado) provar que ele é bom conferencista; dentro dessa série, ser sedutor
antes de sentiu e parou: é considerado o argumento mais forte.

“Meu pai começou a andar novamente, sentiu a pontada no “Ele é ambicioso e tem grande capacidade de trabalho. Che-
peito e parou.” gará a ser pelo menos diretor da empresa.”

Pode ocorrer também elipse por antecipação. No exemplo que Pelo menos introduz um argumento orientado no mesmo
segue, aquela promoção é complemento tanto de querer quanto de sentido de ser ambicioso e ter grande capacidade de trabalho; por
desejar, no entanto aparece apenas depois do segundo verbo: outro lado, subentende que há argumentos mais fortes para com-
provar que ele tem as qualidades requeridas dos que vão longe
“Ficou muito deprimido com o fato de ter sido preferido. Afi- (por exemplo, ser presidente da empresa) e que se está usando o
nal, queria muito, desejava ardentemente aquela promoção.” menos forte; ao menos, pelo menos e no mínimo ligam argumentos
de valor positivo.
Quando se faz essa elipse por antecipação com verbos que têm
regência diferente, a coesão é rompida. Por exemplo, não se deve “Ele não é bom aluno. No máximo vai terminar o segundo
dizer “Conheço e gosto deste livro”, pois o verbo conhecer rege grau.”
complemento não introduzido por preposição, e a elipse retoma
o complemento inteiro, portanto teríamos uma preposição inde- No máximo introduz um argumento orientado no mesmo sen-
vida: “Conheço (deste livro) e gosto deste livro”. Em “Implico tido de ter muita dificuldade de aprender; supõe que há uma escala
e dispenso sem dó os estranhos palpiteiros”, diferentemente, no argumentativa (por exemplo, fazer uma faculdade) e que se está
complemento em elipse faltaria a preposição “com” exigida pelo usando o argumento menos forte da escala no sentido de provar a
verbo implicar. afirmação anterior; no máximo e quando muito estabelecem liga-
Nesses casos, para assegurar a coesão, o recomendável é co- ção entre argumentos de valor depreciativo.
locar o complemento junto ao primeiro verbo, respeitando sua
regência, e retomá-lo após o segundo por um anafórico, acres- - Conjunção Argumentativa: há operadores que assinalam
centando a preposição devida (Conheço este livro e gosto dele)
uma conjunção argumentativa, ou seja, ligam um conjunto de ar-
ou eliminando a indevida (Implico com estranhos palpiteiros e os
gumentos orientados em favor de uma dada conclusão: e, também,
dispenso sem dó).
ainda, nem, não só... mas também, tanto... como, além de, a par
de.
Coesão por Conexão
“Se alguém pode tomar essa decisão é você. Você é o diretor
Há na língua uma série de palavras ou locuções que são res-
ponsáveis pela concatenação ou relação entre segmentos do texto. da escola, é muito respeitado pelos funcionários e também é muito
Esses elementos denominam-se conectores ou operadores discur- querido pelos alunos.”
sivos. Por exemplo: visto que, até, ora, no entanto, contudo, ou
seja. Arrolam-se três argumentos em favor da tese que é o interlo-
Note-se que eles fazem mais do que ligar partes do texto: es- cutor quem pode tomar uma dada decisão. O último deles é intro-
tabelecem entre elas relações semânticas de diversos tipos, como duzido por “e também”, que indica um argumento final na mesma
contrariedade, causa, consequência, condição, conclusão, etc. Es- direção argumentativa dos precedentes.
sas relações exercem função argumentativa no texto, por isso os Esses operadores introduzem novos argumentos; não signifi-
operadores discursivos não podem ser usados indiscriminadamen- cam, em hipótese nenhuma, a repetição do que já foi dito. Ou seja,
te. só podem ser ligados com conectores de conjunção segmentos que
Na frase “O time apresentou um bom futebol, mas não alcan- representam uma progressão discursiva. É possível dizer “Dis-
çou a vitória”, por exemplo, o conector “mas” está adequadamen- farçou as lágrimas que o assaltaram e continuou seu discurso”,
te usado, pois ele liga dois segmentos com orientação argumenta- porque o segundo segmento indica um desenvolvimento da expo-
tiva contrária. sição. Não teria cabimento usar operadores desse tipo para ligar
Se fosse utilizado, nesse caso, o conector “portanto”, o resul- dois segmentos como “Disfarçou as lágrimas que o assaltaram e
tado seria um paradoxo semântico, pois esse operador discursivo escondeu o choro que tomou conta dele”.
liga dois segmentos com a mesma orientação argumentativa, sen-
do o segmento introduzido por ele a conclusão do anterior. - Disjunção Argumentativa: há também operadores que in-
dicam uma disjunção argumentativa, ou seja, fazem uma conexão
- Gradação: há operadores que marcam uma gradação numa entre segmentos que levam a conclusões opostas, que têm orienta-
série de argumentos orientados para uma mesma conclusão. Divi- ção argumentativa diferente: ou, ou então, quer... quer, seja... seja,
dem-se eles, em dois subtipos: os que indicam o argumento mais caso contrário, ao contrário.
forte de uma série: até, mesmo, até mesmo, inclusive, e os que
subentendem uma escala com argumentos mais fortes: ao menos, “Não agredi esse imbecil. Ao contrário, ajudei a separar a
pelo menos, no mínimo, no máximo, quando muito. briga, para que ele não apanhasse.”

Didatismo e Conhecimento 63
PORTUGUÊS
O argumento introduzido por ao contrário é diametralmente “Já que os Estados Unidos invadiram o Iraque sem autori-
oposto àquele de que o falante teria agredido alguém. zação da ONU, devem arcar sozinhos com os custos da guerra.”

- Conclusão: existem operadores que marcam uma conclusão Já que inicia um argumento que dá uma justificativa para a
em relação ao que foi dito em dois ou mais enunciados anteriores tese de que os Estados Unidos devam arcar sozinhos com o custo
(geralmente, uma das afirmações de que decorre a conclusão fica da guerra contra o Iraque.
implícita, por manifestar uma voz geral, uma verdade universal-
mente aceita): logo, portanto, por conseguinte, pois (o pois é con- - Contrajunção: os operadores discursivos que assinalam
clusivo quando não encabeça a oração). uma relação de contrajunção, isto é, que ligam enunciados com
orientação argumentativa contrária, são as conjunções adversati-
“Essa guerra é uma guerra de conquista, pois visa ao contro- vas (mas, contudo, todavia, no entanto, entretanto, porém) e as
le dos fluxos mundiais de petróleo. Por conseguinte, não é moral- concessivas (embora, apesar de, apesar de que, conquanto, ainda
mente defensável.” que, posto que, se bem que).
Qual é a diferença entre as adversativas e as concessivas, se
Por conseguinte introduz uma conclusão em relação à afirma- tanto umas como outras ligam enunciados com orientação argu-
ção exposta no primeiro período. mentativa contrária?
Nas adversativas, prevalece a orientação do segmento intro-
- Comparação: outros importantes operadores discursivos são duzido pela conjunção.
os que estabelecem uma comparação de igualdade, superioridade
ou inferioridade entre dois elementos, com vistas a uma conclusão “O atleta pode cair por causa do impacto, mas se levanta
contrária ou favorável a certa ideia: tanto... quanto, tão... como, mais decidido a vencer.”
mais... (do) que.
Nesse caso, a primeira oração conduz a uma conclusão negati-
“Os problemas de fuga de presos serão tanto mais graves va sobre um processo ocorrido com o atleta, enquanto a começada
quanto maior for a corrupção entre os agentes penitenciários.” pela conjunção “mas” leva a uma conclusão positiva. Essa segun-
da orientação é a mais forte.
O comparativo de igualdade tem no texto uma função argu- Compare-se, por exemplo, “Ela é simpática, mas não é boni-
mentativa: mostrar que o problema da fuga de presos cresce à me- ta” com “Ela não é bonita, mas é simpática”. No primeiro caso, o
que se quer dizer é que a simpatia é suplantada pela falta de beleza;
dida que aumenta a corrupção entre os agentes penitenciários; por
no segundo, que a falta de beleza perde relevância diante da sim-
isso, os segmentos podem até ser permutáveis do ponto de vista
patia. Quando se usam as conjunções adversativas, introduz-se um
sintático, mas não o são do ponto de vista argumentativo, pois não
argumento com vistas a determinada conclusão, para, em seguida,
há igualdade argumentativa proposta, “Tanto maior será a cor-
apresentar um argumento decisivo para uma conclusão contrária.
rupção entre os agentes penitenciários quanto mais grave for o
Com as conjunções concessivas, a orientação argumentativa
problema da fuga de presos”. que predomina é a do segmento não introduzido pela conjunção.
Muitas vezes a permutação dos segmentos leva a conclusões
opostas: Imagine-se, por exemplo, o seguinte diálogo entre o dire- “Embora haja conexão entre saber escrever e saber gramáti-
tor de um clube esportivo e o técnico de futebol: ca, trata-se de capacidades diferentes.”
A oração iniciada por “embora” apresenta uma orientação ar-
“__Precisamos promover atletas das divisões de base para gumentativa no sentido de que saber escrever e saber gramática
reforçar nosso time. são duas coisas interligadas; a oração principal conduz à direção
__Qualquer atleta das divisões de base é tão bom quanto os argumentativa contrária.
do time principal.” Quando se utilizam conjunções concessivas, a estratégia ar-
Nesse caso, o argumento do técnico é a favor da promoção, gumentativa é a de introduzir no texto um argumento que, embo-
pois ele declara que qualquer atleta das divisões de base tem, pelo ra tido como verdadeiro, será anulado por outro mais forte com
menos, o mesmo nível dos do time principal, o que significa que orientação contrária.
estes não primam exatamente pela excelência em relação aos ou- A diferença entre as adversativas e as concessivas, portanto, é
tros. de estratégia argumentativa. Compare os seguintes períodos:
Suponhamos, agora, que o técnico tivesse invertido os seg-
mentos na sua fala: “Por mais que o exército tivesse planejado a operação (argu-
mento mais fraco), a realidade mostrou-se mais complexa (argu-
“__Qualquer atleta do time principal é tão bom quanto os das mento mais forte).”
divisões de base.” “O exército planejou minuciosamente a operação (argumen-
to mais fraco), mas a realidade mostrou-se mais complexa (argu-
Nesse caso, seu argumento seria contra a necessidade da pro- mento mais forte).”
moção, pois ele estaria declarando que os atletas do time principal
são tão bons quanto os das divisões de base. - Argumento Decisivo: há operadores discursivos que intro-
duzem um argumento decisivo para derrubar a argumentação con-
- Explicação ou Justificativa: há operadores que introduzem trária, mas apresentando-o como se fosse um acréscimo, como se
uma explicação ou uma justificativa em relação ao que foi dito fosse apenas algo mais numa série argumentativa: além do mais,
anteriormente: porque, já que, que, pois. além de tudo, além disso, ademais.

Didatismo e Conhecimento 64
PORTUGUÊS
“Ele está num período muito bom da vida: começou a namo- “Quando a atual oposição estava no comando do país, não
rar a mulher de seus sonhos, foi promovido na empresa, recebeu fez o que exige hoje que o governo faça. Ao contrário, suas políti-
um prêmio que ambicionava havia muito tempo e, além disso, ga- cas iam na direção contrária do que prega atualmente.
nhou uma bolada na loteria.”
O conector introduz um argumento que reforça o que foi dito
O operador discursivo introduz o que se considera a prova antes.
mais forte de que “Ele está num período muito bom da vida”; no
entanto, essa prova é apresentada como se fosse apenas mais uma. - Explicação: há operadores que desencadeiam uma explica-
ção, uma confirmação, uma ilustração do que foi afirmado antes:
- Generalização ou Amplificação: existem operadores que assim, desse modo, dessa maneira.
assinalam uma generalização ou uma amplificação do que foi dito
antes: de fato, realmente, como aliás, também, é verdade que. “O exército inimigo não desejava a paz. Assim, enquanto se
processavam as negociações, atacou de surpresa.”
“O problema da erradicação da pobreza passa pela geração
de empregos. De fato, só o crescimento econômico leva ao aumen- O operador introduz uma confirmação do que foi afirmado
to de renda da população.” antes.

O conector introduz uma amplificação do que foi dito antes. Coesão por Justaposição

“Ele é um técnico retranqueiro, como aliás o são todos os que É a coesão que se estabelece com base na sequência dos enun-
atualmente militam no nosso futebol. ciados, marcada ou não com sequenciadores. Examinemos os prin-
O conector introduz uma generalização ao que foi afirmado: cipais sequenciadores.
não “ele”, mas todos os técnicos do nosso futebol são retranquei-
ros. - Sequenciadores Temporais: são os indicadores de anterio-
ridade, concomitância ou posterioridade: dois meses depois, uma
- Especificação ou Exemplificação: também há operadores semana antes, um pouco mais tarde, etc. (são utilizados predomi-
que marcam uma especificação ou uma exemplificação do que foi nantemente nas narrações).
afirmado anteriormente: por exemplo, como.
“Uma semana antes de ser internado gravemente doente, ele
esteve conosco. Estava alegre e cheio de planos para o futuro.”
“A violência não é um fenômeno que está disseminado apenas
- Sequenciadores Espaciais: são os indicadores de posição
entre as camadas mais pobres da população. Por exemplo, é cres-
relativa no espaço: à esquerda, à direita, junto de, etc. (são usados
cente o número de jovens da classe média que estão envolvidos em
principalmente nas descrições).
toda sorte de delitos, dos menos aos mais graves.”
Por exemplo assinala que o que vem a seguir especifica, “A um lado, duas estatuetas de bronze dourado, represen-
exemplifica a afirmação de que a violência não é um fenômeno tando o amor e a castidade, sustentam uma cúpula oval de forma
adstrito aos membros das “camadas mais pobres da população”. ligeira, donde se desdobram até o pavimento bambolins de cassa
finíssima. (...) Do outro lado, há uma lareira, não de fogo, que o
- Retificação ou Correção: há ainda os que indicam uma re- dispensa nosso ameno clima fluminense, ainda na maior força do
tificação, uma correção do que foi afirmado antes: ou melhor, de inverno.”
fato, pelo contrário, ao contrário, isto é, quer dizer, ou seja, em José de Alencar. Senhora.
outras palavras. Exemplo: São Paulo, FTD, 1992, p. 77.
“Vou-me casar neste final de semana. Ou melhor, vou passar - Sequenciadores de Ordem: são os que assinalam a ordem
a viver junto com minha namorada.” dos assuntos numa exposição: primeiramente, em segunda, a se-
guir, finalmente, etc.
O conector inicia um segmento que retifica o que foi dito an-
tes. “Para mostrar os horrores da guerra, falarei, inicialmente,
Esses operadores servem também para marcar um esclareci- das agruras por que passam as populações civis; em seguida, dis-
mento, um desenvolvimento, uma redefinição do conteúdo enun- correrei sobre a vida dos soldados na frente de batalha; finalmen-
ciado anteriormente. Exemplo: te, exporei suas consequências para a economia mundial e, por-
tanto, para a vida cotidiana de todos os habitantes do planeta.”
“A última tentativa de proibir a propaganda de cigarros nas
corridas de Fórmula 1 não vingou. De fato, os interesses dos fabri- - Sequenciadores para Introdução: são os que, na conver-
cantes mais uma vez prevaleceram sobre os da saúde.” sação principalmente, servem para introduzir um tema ou mudar
de assunto: a propósito, por falar nisso, mas voltando ao assunto,
O conector introduz um esclarecimento sobre o que foi dito fazendo um parêntese, etc.
antes.
Servem ainda para assinalar uma atenuação ou um reforço do “Joaquim viveu sempre cercado do carinho de muitas pes-
conteúdo de verdade de um enunciado. Exemplo: soas. A propósito, era um homem que sabia agradar às mulheres.”

Didatismo e Conhecimento 65
PORTUGUÊS
- Operadores discursivos não explicitados: se o texto for Coerência
construído sem marcadores de sequenciação, o leitor deverá in-
ferir, a partir da ordem dos enunciados, os operadores discursivos Infância
não explicitados na superfície textual. Nesses casos, os lugares dos
diferentes conectores estarão indicados, na escrita, pelos sinais de O camisolão
pontuação: ponto-final, vírgula, ponto-e-vírgula, dois-pontos. O jarro
O passarinho
“A reforma política é indispensável. Sem a existência da fide- O oceano
lidade partidária, cada parlamentar vota segundo seus interesses A vista na casa que a gente sentava no sofá
e não de acordo com um programa partidário. Assim, não há ba-
ses governamentais sólidas.” Adolescência
Esse texto contém três períodos. O segundo indica a causa Aquele amor
de a reforma política ser indispensável. Portanto o ponto-final do
Nem me fale
primeiro período está no lugar de um porque.

A língua tem um grande número de conectores e sequencia- Maturidade


dores. Apresentamos os principais e explicamos sua função. É pre-
ciso ficar atento aos fenômenos de coesão. Mostramos que o uso O Sr. e a Sra. Amadeu
inadequado dos conectores e a utilização inapropriada dos anafó- Participam a V. Exa.
ricos ou catafóricos geram rupturas na coesão, o que leva o texto a O feliz nascimento
não ter sentido ou, pelo menos, a não ter o sentido desejado. Outra De sua filha
falha comum no que tange a coesão é a falta de partes indispensá- Gilberta
veis da oração ou do período. Analisemos este exemplo: Velhice

“As empresas que anunciaram que apoiariam a campanha de O netinho jogou os óculos
combate à fome que foi lançada pelo governo federal.” Na latrina
O período compõe-se de: Oswaldo de Andrade. Poesias reunidas.
- As empresas 4ª Ed. Rio de Janeiro
- que anunciaram (oração subordinada adjetiva restritiva da Civilização Brasileira, 1974, p. 160-161.
primeira oração)
- que apoiariam a campanha de combate à fome (oração su- Talvez o que mais chame a atenção nesse poema, ao menos à
bordinada substantiva objetiva direta da segunda oração) primeira vista, seja a ausência de elementos de coesão, quer reto-
- que foi lançada pelo governo federal (oração subordinada mando o que foi dito antes, quer encadeando segmentos textuais.
adjetiva restritiva da terceira oração). No entanto, percebemos nele um sentido unitário, sobretudo se
soubermos que o seu título é “As quatro gares”, ou seja, as quatro
Observe-se que falta o predicado da primeira oração. Quem estações.
escreveu o período começou a encadear orações subordinadas e Com essa informação, podemos imaginar que se trata de fla-
“esqueceu-se” de terminar a principal. shes de cada uma das quatro grandes fases da vida: a infância, a
Quebras de coesão desse tipo são mais comuns em períodos adolescência, a maturidade e a velhice. A primeira é caracterizada
longos. No entanto, mesmo quando se elaboram períodos curtos é
pelas descobertas (o oceano), por ações (o jarro, que certamente a
preciso cuidar para que sejam sintaticamente completos e para que
criança quebrara; o passarinho que ela caçara) e por experiências
suas partes estejam bem conectadas entre si.
marcantes (a visita que se percebia na sala apropriada e o cami-
Para que um conjunto de frases constitua um texto, não bas-
ta que elas estejam coesas: se não tiverem unidade de sentido, solão que se usava para dormir); a segunda é caracterizada por
mesmo que aparentemente organizadas, elas não passarão de um amores perdidos, de que não se quer mais falar; a terceira, pela
amontoado injustificado. Exemplo: formalidade e pela responsabilidade indicadas pela participação
formal do nascimento da filha; a última, pela condescendência
“Vivo há muitos anos em São Paulo. A cidade tem excelentes para com a traquinagem do neto (a quem cabe a vez de assumir
restaurantes. Ela tem bairros muito pobres. Também o Rio de Ja- a ação). A primeira parte é uma sucessão de palavras; a segunda,
neiro tem favelas.” uma frase em que falta um nexo sintático; a terceira, a participação
do nascimento de uma filha; e a quarta, uma oração completa, po-
Todas as frases são coesas. O hiperônimo cidade retoma o rém aparentemente desgarrada das demais.
substantivo São Paulo, estabelecendo uma relação entre o segun- Como se explica que sejamos capazes de entender esse poema
do e o primeiro períodos. O pronome “ela” recupera a palavra em seus múltiplos sentidos, apesar da falta de marcadores de coe-
cidade, vinculando o terceiro ao segundo período. O operador tam- são entre as partes?
bém realiza uma conjunção argumentativa, relacionando o quar- A explicação está no fato de que ele tem uma qualidade indis-
to período ao terceiro. No entanto, esse conjunto não é um texto, pensável para a existência de um texto: a coerência.
pois não apresenta unidade de sentido, isto é, não tem coerência. A Que é a unidade de sentido resultante da relação que se esta-
coesão, portanto, é condição necessária, mas não suficiente, para belece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreender a
produzir um texto. outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma das

Didatismo e Conhecimento 66
PORTUGUÊS
partes ganha sentido. No poema acima, os subtítulos “Infância”, “Pior fez o quarto-zagueiro Edinho Baiano, do Paraná Clu-
“Adolescência”, “Maturidade” e “Velhice” garantem essa unidade. be, entrevistado por um repórter da Rádio Cidade. O Paraná tinha
Colocar a participação formal do nascimento da filha, por exem- tomado um balaio de gols do Guarani de Campinas, alguns dias
plo, sob o título “Maturidade” dá a conotação da responsabilida- antes. O repórter queria saber o que tinha acontecido. Edinho não
de habitualmente associada ao indivíduo adulto e cria um sentido teve dúvida sobre os motivos:
unitário. __ Como a gente já esperava, fomos surpreendidos pelo ata-
Esse texto, como outros do mesmo tipo, comprova que um que do Guarani.”
conjunto de enunciados pode formar um todo coerente mesmo sem Ernâni Buchman. In: Folha de Londrina.
a presença de elementos coesivos, isto é, mesmo sem a presença
A surpresa implica o inesperado. Não se pode ser surpreendi-
explícita de marcadores de relação entre as diferentes unidades lin-
do com o que já se esperava que acontecesse.
guísticas. Em outros termos, a coesão funciona apenas como um
mecanismo auxiliar na produção da unidade de sentido, pois esta Coerência Argumentativa
depende, na verdade, das relações subjacentes ao texto, da não-
contradição entre as partes, da continuidade semântica, em síntese, A coerência argumentativa diz respeito às relações de im-
da coerência. plicação ou de adequação entre premissas e conclusões ou entre
A coerência é um fator de interpretabilidade do texto, pois afirmações e consequências. Não é possível alguém dizer que é a
possibilita que todas as suas partes sejam englobadas num único favor da pena de morte porque é contra tirar a vida de alguém. Da
significado que explique cada uma delas. Quando esse sentido não mesma forma, é incoerente defender o respeito à lei e à Constitui-
pode ser alcançado por faltar relação de sentido entre as partes, ção Brasileira e ser favorável à execução de assaltantes no interior
lemos um texto incoerente, como este: de prisões.
A todo ser humano foi dado o direito de opção entre a medio- Muitas vezes, as conclusões não são adequadas às premissas.
cridade de uma vida que se acomoda e a grandeza de uma vida Não há coerência, por exemplo, num raciocínio como este:
voltada para o aprimoramento intelectual.
A adolescência é uma fase tão difícil que todos enfrentam. De Há muitos servidores públicos no Brasil que são verdadeiros
repente vejo que não sou mais uma “criancinha” dependente do marajás.
“papai”. Chegou a hora de me decidir! Tenho que escolher uma O candidato a governador é funcionário público.
profissão para me realizar e ser independente financeiramente. Portanto o candidato é um marajá.
Segundo uma lei da lógica formal, não se pode concluir nada
No país em que vivemos, que predomina o capitalismo, o mais
com certeza baseado em duas premissas particulares. Dizer que
rico sempre é quem vence!
muitos servidores públicos são marajás não permite concluir que
Apud: J. A. Durigan, M. B. M. Abaurre e Y. F. Vieira qualquer um seja.
(orgs). A falta de relação entre o que se diz e o que foi dito anterior-
mente também constitui incoerência. É o que se vê neste diálogo:
A magia da mudança. Campinas, Unicamp, 1987, p. 53.
“__ Vereador, o senhor é a favor ou contra o pagamento de
Nesses parágrafos, vemos três temas (direito de opção; adoles- pedágio para circular no centro da cidade?
cência e escolha profissional; relações sociais sob o capitalismo) __ É preciso melhorar a vida dos habitantes das grandes ci-
que mantêm relações muito tênues entre si. Esse fato, prejudicando dades. A degradação urbana atinge a todos nós e, por conseguin-
a continuidade semântica entre as partes, impede a apreensão do te, é necessário reabilitar as áreas que contam com abundante
todo e, portanto, configura um texto incoerente. oferta de serviços públicos.”
Há no texto, vários tipos de relação entre as partes que o com-
põem, e, por isso, costuma-se falar em vários níveis de coerência. Coerência Figurativa

Coerência Narrativa A coerência figurativa refere-se à compatibilidade das figuras


que manifestam determinado tema. Para que o leitor possa per-
A coerência narrativa consiste no respeito às implicações ló- ceber o tema que está sendo veiculado por uma série de figuras
encadeadas, estas precisam ser compatíveis umas com as outras.
gicas entre as partes do relato. Por exemplo, para que um sujeito
Seria estranho (para dizer o mínimo) que alguém, ao descrever um
realize uma ação, é preciso que ele tenha competência para tanto,
jantar oferecido no palácio do Itamarati a um governador estran-
ou seja, que saiba e possa efetuá-la. Constitui, então, incoerên- geiro, depois de falar de baixela de prata, porcelana finíssima, flo-
cia narrativa o seguinte exemplo: o narrador conta que foi a uma res, candelabros, toalhas de renda, incluísse no percurso figurativo
festa onde todos fumavam e, por isso, a espessa fumaça impedia guardanapos de papel.
que se visse qualquer coisa; de repente, sem mencionar nenhuma
mudança dessa situação, ele diz que se encostou a uma coluna e Coerência Temporal
passou a observar as pessoas, que eram ruivas, loiras, morenas.
Se o narrador diz que não podia enxergar nada, é incoerente dizer Por coerência temporal entende-se aquela que concerne à su-
que via as pessoas com tanta nitidez. Em outros termos, se nega a cessão dos eventos e à compatibilidade dos enunciados do ponto
competência para a realização de um desempenho qualquer, esse de vista de sua localização no tempo. Não se poderia, por exemplo,
desempenho não pode ocorrer. Isso por respeito às leis da coerên- dizer: “O assassino foi executado na câmara de gás e, depois,
cia narrativa. Observe outro exemplo: condenado à morte”.

Didatismo e Conhecimento 67
PORTUGUÊS
Coerência Espacial - o conhecimento do mundo: o conjunto de dados referentes
ao mundo físico, à cultura de um povo, ao conteúdo das ciências,
A coerência espacial diz respeito à compatibilidade dos enun- etc. que constitui o repertório com que se produzem e se entendem
ciados do ponto de vista da localização no espaço. Seria incoeren- textos. O período “O homem olhou através das paredes e viu onde
te, por exemplo, o seguinte texto: “O filme ‘A Marvada Carne’ os bandidos escondiam a vítima que havia sido sequestrada” é
mostra a mudança sofrida por um homem que vivia lá no interior e incoerente, pois nosso conhecimento do mundo diz que homens
encanta-se com a agitação e a diversidade da vida na capital, pois não vêem através das paredes. Temos, então, uma incoerência fi-
aqui já não suportava mais a mesmice e o tédio”. Dizendo lá no gurativa extratextual.
interior, o enunciador dá a entender que seu pronunciamento está - os mecanismos semânticos e gramaticais da língua: o con-
sendo feito de algum lugar distante do interior; portanto ele não junto dos conhecimentos sobre o código linguístico necessário à
poderia usar o advérbio “aqui” para localizar “a mesmice” e “o codificação de mensagens decodificáveis por outros usuários da
tédio” que caracterizavam a vida interiorana da personagem. Em mesma língua. O texto seguinte, por exemplo, está absolutamente
síntese, não é coerente usar “lá” e “aqui” para indicar o mesmo sem sentido por inobservância de mecanismos desse tipo:
lugar. “Conscientizar alunos pré-sólidos ao ingresso de uma carrei-
Coerência do Nível de Linguagem Utilizado ra universitária informações críticas a respeito da realidade pro-
fissional a ser optada. Deve ser ciado novos métodos criativos nos
A coerência do nível de linguagem utilizado é aquela que con- ensinos de primeiro e segundo grau: estimulando o aluno a forma-
cerne à compatibilidade do léxico e das estruturas morfossintáti- ção crítica de suas ideias as quais, serão a praticidade cotidiana.
cas com a variante escolhida numa dada situação de comunicação. Aptidões pessoais serão associadas a testes vocacionais sérios de
Ocorre incoerência relacionada ao nível de linguagem quando, por maneira discursiva a analisar conceituações fundamentais.”
exemplo, o enunciador utiliza um termo chulo ou pertencente à
linguagem informal num texto caracterizado pela norma culta for- Apud: J. A. Durigan et alii. Op. cit., p. 58.
mal. Tanto sabemos que isso não é permitido que, quando o faze-
mos, acrescentamos uma ressalva: com perdão da palavra, se me
Fatores de Coerência
permitem dizer. Observe um exemplo de incoerência nesse nível:
- O contexto: para uma dada unidade linguística, funcio-
“Tendo recebido a notificação para pagamento da chama-
na como contexto a unidade linguística maior que ela: a sílaba é
da taxa do lixo, ouso dirigir-me a V. Exª, senhora prefeita, para
expor-lhe minha inconformidade diante dessa medida, porque o contexto para o fonema; a palavra, para a sílaba; a oração, para a
IPTU foi aumentado, no governo anterior, de 0,6% para 1% do palavra; o período, para a oração; o texto, para o período, e assim
valor venal do imóvel exatamente para cobrir as despesas da mu- por diante.
nicipalidade com os gastos de coleta e destinação dos resíduos só-
lidos produzidos pelos moradores de nossa cidade. Francamente, “Um chopps, dois pastel, o polpettone do Jardim de Napo-
achei uma sacanagem esta armação da Prefeitura: jogar mais um li, cruzar a Ipiranga com a avenida São João, o “Parmera”, o
gasto nas costas da gente.” “Curíntia”, todo mundo estar usando cinto de segurança.”

Como se vê, o léxico usado no último período do texto destoa À primeira vista, parece não haver nenhuma coerência na enu-
completamente do utilizado no período anterior. meração desses elementos. Quando ficamos sabendo, no entanto,
que eles fazem parte de um texto intitulado “100 motivos para
Ninguém há de negar a incoerência de um texto como este: gostar de São Paulo”, o que aparentemente era caótico torna-se
Saltou para a rua, abriu a janela do 5º andar e deixou um bilhe- coerente:
te no parapeito explicando a razão de seu suicídio, em que há
evidente violação da lei sucessivamente dos eventos. Entretanto 100 motivos para gostar de São Paulo
talvez nem todo mundo concorde que seja incoerente incluir guar-
danapos de papel no jantar do Itamarati descrito no item sobre 1. Um chopps
coerência figurativa, alguém poderia objetivar que é preconceito 2. E dois pastel
considerá-los inadequados. Então, justifica-se perguntar: o que, (...)
afinal, determina se um texto é ou não coerente? 5. O polpettone do Jardim de Napoli
A natureza da coerência está relacionada a dois conceitos bá- (...)
sicos de verdade: adequação à realidade e conformidade lógica 30. Cruzar a Ipiranga com a av. São João
entre os enunciados. (...)
Vimos que temos diferentes níveis de coerência: narrativa, ar- 43. O “Parmera”
gumentativa, figurativa, etc. Em cada nível, temos duas espécies (...)
diversas de coerência: 45. O “Curíntia”
- extratextual: aquela que diz respeito à adequação entre o (..)
texto e uma “realidade” exterior a ele. 59. Todo mundo estar usando cinto de segurança
- intratextual: aquela que diz respeito à compatibilidade, à (...)
adequação, à não-contradição entre os enunciados do texto.
O texto apresenta os traços culturais da cidade, e todos con-
A exterioridade a que o conteúdo do texto deve ajustar-se vergem para um único significado: a celebração da capital do esta-
pode ser: do de São Paulo no seu aniversário. Os dois primeiros itens de nos-

Didatismo e Conhecimento 68
PORTUGUÊS
so exemplo referem-se a marcas linguísticas do falar paulistano; o - O sentido não literal:
terceiro, a um prato que tornou conhecido o restaurante chamado
Jardim de Napoli; o quarto, a um verso da música “Sampa”, de “As verdes ideias incolores dormem, mas poderão explodir a
Caetano Veloso; o sexto e o sétimo, à maneira como os dois times qualquer momento.”
mais populares da cidade são denominados na variante linguística
popular; o último à obediência a uma lei que na época ainda não Tomando em seu sentido literal, esse texto é absurdo, pois,
vigorava no resto do país. nessa acepção, o termo ideias não pode ser qualificado por adjeti-
- A situação de comunicação: vos de cor; não se podem atribuir ao mesmo ser, ao mesmo tempo,
as qualidades verde e incolor; o verbo dormir deve ter como sujei-
to um substantivo animado.
__A telefônica.
No entanto, se entendermos ideias verdes em sentido não li-
__Era hoje? teral, como concepções ambientalistas, o período pode ser lido da
seguinte maneira: “As idéias ambientalistas sem atrativo estão la-
Esse diálogo não seria compreendido fora da situação de in- tentes, mas poderão manifestar-se a qualquer momento.”
terlocução, porque deixa implícitos certos enunciados que, dentro
dela, são perfeitamente compreendidos: - O intertexto:

__ O empregado da companhia telefônica que vinha conser- Falso diálogo entre Pessoa e Caeiro
tar o telefone está aí.
__ Era hoje que ele viria? __ a chuva me deixa triste...
__ a mim me deixa molhado.
- O conhecimento de mundo: José Paulo Paes. Op. Cit., p 79.

Muitos textos retomam outros, constroem-se com base em


31 de março / 1º de abril
outros e, por isso, só ganham coerência nessa relação com o texto
Dúvida Revolucionária sobre o qual foram construídos, ou seja, na relação de intertextua-
lidade. É o caso desse poema. Para compreendê-lo, é preciso saber
Ontem foi hoje? que Alberto Caeiro é um dos heterônimos do poeta Fernando Pes-
Ou hoje é que foi ontem? soa; que heterônimo não é pseudônimo, mas uma individualidade
lírica distinta da do autor (o ortônimo); que para Caeiro o real é a
Aparentemente, falta coerência temporal a esse poema: o que exterioridade e não devemos acrescentar-lhe impressões subjeti-
significa “ontem foi hoje” ou “hoje é que foi ontem?”. No entanto, vas; que sua posição é antimetafísica; que não devemos interpre-
as duas datas colocadas no início do poema e o título remetem a tar a realidade pela inteligência, pois essa interpretação conduz a
um episódio da História do Brasil, o golpe militar de 1964, chama- simples conceitos vazios, em síntese, é preciso ter lido textos de
do Revolução de 1964. Esse fato deve fazer parte de nosso conhe- Caeiro. Por outro lado, é preciso saber que o ortônimo (Fernando
cimento de mundo, assim como o detalhe de que ele ocorreu no dia Pessoa ele mesmo) exprime suas emoções, falando da solidão in-
1º de abril, mas sua comemoração foi mudada para 31 de março, terior, do tédio, etc.
para evitar relações entre o evento e o “dia da mentira”.
Incoerência Proposital
- As regras do gênero: Existem textos em que há uma quebra proposital da coerência,
com vistas a produzir determinado efeito de sentido, assim como
“O homem olhou através das paredes e viu onde os bandidos existem outros que fazem da não-coerência o próprio princípio
escondiam a vítima que havia sido sequestrada.” constitutivo da produção de sentido. Poderia alguém perguntar,
então, se realmente existe texto incoerente. Sem dúvida existe: é
Essa frase é incoerente no discurso cotidiano, mas é comple- aquele em que a incoerência é produzida involuntariamente, por
tamente coerente no mundo criado pelas histórias de super-heróis, inabilidade, descuido ou ignorância do enunciador, e não usada
em que o Super-Homem, por exemplo, tem força praticamente funcionalmente para construir certo sentido.
ilimitada; pode voar no espaço a uma velocidade igual à da luz; Quando se trata de incoerência proposital, o enunciador dis-
quando ultrapassa essa velocidade, vence a barreira do tempo e semina pistas no texto, para que o leitor perceba que ela faz parte
pode transferir-se para outras épocas; seus olhos de raios X permi- de um programa intencionalmente direcionado para veicular de-
terminado tema. Se, por exemplo, num texto que mostra uma festa
tem-lhe ver através de qualquer corpo, a distâncias infinitas, etc.
muito luxuosa, aparecem figuras como pessoas comendo de boca
Nosso conhecimento de mundo não é restrito ao que efetiva-
aberta, falando em voz muito alta e em linguagem chula, osten-
mente existe, ao que se pode ver, tocar, etc.: ele inclui também os tando sua últimas aquisições, o enunciador certamente não está
mundos criados pela linguagem nos diferentes gêneros de texto, querendo manifestar o tema do luxo, do requinte, mas o da vulga-
ficção científica, contos maravilhosos, mitos, discurso religioso, ridade dos novos-ricos. Para ficar no exemplo da festa: em filmes
etc., regidos por outras lógicas. Assim, o que é incoerente num como “Quero ser grande” (Big, dirigido por Penny Marshall em
determinado gênero não o é, necessariamente, em outro. 1988, com Tom Hanks) e “Um convidado bem trapalhão” (The

Didatismo e Conhecimento 69
PORTUGUÊS
party, Blake Edwards, 1968, com Peter Sellers), há cenas em que
os respectivos protagonistas exibem comportamento incompatível 11. NOÇÕES GERAIS SOBRE FRASE,
com a ocasião, mas não há incoerência nisso, pois todo o enredo ORAÇÃO E PERÍODO.
converge para que o espectador se solidarize com eles, por sua
12. ORDEM DIRETA E ORDEM
ingenuidade e falta de traquejo social. Mas, se aparece num texto
uma figura incoerente uma única vez, o leitor não pode ter certeza INDIRETA DA FRASE.
de que se trata de uma quebra de coerência proposital, com vistas
a criar determinado efeito de sentido, vai pensar que se trata de
contradição devida a inabilidade, descuido ou ignorância do enun-
ciador. “CARO CANDIDATO, O CONTEÚDO ACIMA FOI
Dissemos também que há outros textos que fazem da inversão ABORDADO EM: 6. TERMOS DA ORAÇÃO: PERÍODO
da realidade seu princípio constitutivo; da incoerência, um fator de SIMPLES.”
coerência. São exemplos as obras de Lewis Carrol “Alice no país
das maravilhas” e “Através do espelho”, que pretendem apre-
sentar paradoxos de sentido, subverter o princípio da realidade,
mostrar as aporias da lógica, confrontar a lógica do senso comum 13. DISCURSO DIRETO E
com outras. DISCURSO INDIRETO.
Reproduzimos um poema de Manuel Bandeira que contém
mais de um exemplo do que foi abordado:

Teresa Discurso Direto, Indireto e Indireto Livre

A primeira vez que vi Teresa Num texto, as personagens falam, conversam entre si, expõem
Achei que ela tinha pernas estúpidas ideias. Quando o narrador conta o que elas disseram, insere na
Achei também que a cara parecia uma perna narrativa uma fala que não é de sua autoria, cita o discurso alheio.
Há três maneiras principais de reproduzir a fala das personagens:
o discurso direto, o discurso indireto e o discurso indireto livre.
Quando vi Teresa de novo
Achei que seus olhos eram muito mais velhos
Discurso Direto
[que o resto do corpo
(Os olhos nasceram e ficaram dez anos esperando
“Longe do olhos...”
[que o resto do corpo nascesse)
- Meu pai! Disse João Aguiar com um tom de ressentimento
Da terceira vez não vi mais nada
que fez pasmar o comendador.
Os céus se misturaram com a terra - Que é? Perguntou este.
E o espírito de Deus voltou a se mover sobre a face João Aguiar não respondeu. O comendador arrugou a testa e
[das águas. interrogou o rosto mudo do filho. Não leu, mais adivinhou alguma
Poesias completas e prosa. Rio de Janeiro, coisa desastrosa; desastrosa, entenda-se, para os cálculos conjun-
Aguilar, 1986, p. 214. to-políticos ou políticos-conjugais, como melhor nome haja.
- Dar-se-á caso que... começou a dizer comendador.
Para percebermos a coerência desse texto, é preciso, no míni- - Que eu namore? Interrompeu galhofeiramente o filho.
mo, que nosso conhecimento de mundo inclua o poema: Machado de Assis. Contos. 26ª Ed. São Paulo, Ática, 2002,
p. 43.
O Adeus de Teresa
O narrador introduz a fala das personagens, um pai e um filho,
A primeira vez que fitei Teresa, e, em seguida, como quem passa a palavra a elas e as deixa fa-
Como as plantas que arrasta a correnteza, lar. Vemos que as partes introdutórias pertencem ao narrador (por
A valsa nos levou nos giros seus... exemplo, disse João Aguiar com um tom de ressentimento que faz
pasmar o comendador) e as falas, às personagens, (por exemplo,
Castro Alves Meu pai!).
O discurso direto é o expediente de citação do discurso alheio
Para identificarmos a relação de intertextualidade entre eles; pela qual o narrador introduz o discurso do outro e, depois, repro-
que tenhamos noção da crítica do Modernismo às escolas literárias duz literalmente a fala dele.
precedentes, no caso, ao Romantismo, em que nenhuma musa se- As marcas do discurso são:
ria tratada com tanta cerimônia e muito menos teria “cara”; que fa-
çamos uma leitura não literal; que percebamos sua lógica interna, - A fala das personagens é, de princípio, anunciada por um
criada pela disseminação proposital de elementos que pareceriam verbo (disse e interrompeu no caso do filho e perguntou e começou
absurdos em outro contexto. a dizer no caso do pai) denominado “verbo de dizer” (como re-

Didatismo e Conhecimento 70
PORTUGUÊS
crutar, retorquir, afirmar, obtem-perar declarar e outros do mesmo Ela me perguntou: quem está ai?
tipo), que pode vir antes, no meio ou depois da fala das persona- Ela me perguntou quem estava lá.
gens (no nosso caso, veio depois);
- A fala das personagens aparece nitidamente separada da fala As interjeições e os vocativos do discurso direto desaparecem
do narrador, por aspas, dois pontos, travessão ou vírgula; no discurso indireto ou tem seu valor semântico explicitado, isto é,
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras que traduz-se o significado que elas expressam.
indicam espaço e tempo (por exemplo, pronomes demonstrativos
e advérbios de lugar e de tempo) são usados em relação à pessoa O papagaio disse: Oh! Lá vem a raposa.
da personagem, ao momento em que ela fala diz “eu”, o espaço O papagaio disse admirado (explicitação do valor semântico
em que ela se encontra é o aqui e o tempo em que fala é o agora. da interjeição oh!) que ao longe vinha a raposa.
Discurso Indireto Se o discurso citado (fala da personagem) comporta um “eu”
ou um “tu” que não se encontram entre as pessoas do discurso
Observemos um fragmento do mesmo conto de Machado de
citante (fala do narrador), eles são convertidos num “ele”, se o dis-
Assis:
curso citado contém um “aqui” não corresponde ao lugar em que
“Um dia, Serafina recebeu uma carta de Tavares dizendo-lhe
que não voltaria mais à casa de seu pai, por este lhe haver mostra- foi proferido o discurso citante, ele é convertido num “lá”.
do má cara nas últimas vezes que ele lá estivera.”
Idem. Ibidem, p. 48. Pedro disse lá em Paris: - Aqui eu me sinto bem.

Nesse caso o narrador para citar que Tavares disse a Serafina, Eu (pessoa do discurso citado que não se encontra no discurso
usa o outro procedimento: não reproduz literalmente as palavras citante) converte-se em ele; aqui (espaço do discurso citado que é
de Tavares, mas comunica, com suas palavras, o que a personagem diferente do lugar em que foi proferido o discurso citante) trans-
diz. A fala de Tavares não chega ao leitor diretamente, mas por via forma-se em lá:
indireta, isto é, por meio das palavras do narrador. Por essa razão,
esse expediente é chamado discurso indireto. - Pedro disse que lá ele se sentia bem.
As principais marcas do discurso indireto são:
Se a pessoa do discurso citado, isto é, da fala da personagem
- As falas das personagens também vem introduzidas por um (eu, tu, ele) tem um correspondente no discurso citante, ela ocupa
verbo de dizer; o estatuto que tem nesse último.
- As falas das personagens constituem oração subordinada
substantiva objetiva direta do verbo de dizer e, portanto, são se- Maria declarou-me: - Eu te amo.
paradas da fala do narrador por uma partícula introdutória normal-
mente “que” ou “se”; O “te” do discurso citado corresponde ao “me” do citante. Por
- Os pronomes pessoais, os tempos verbais e as palavras que isso, “te” passa a “me”:
indicam espaço e tempo (como pronomes demonstrativos e ad-
vérbios de lugar e de tempo) são usados e relação a narrador, ao - Maria declarou-me que me amava.
momento em que ele fala e ao espaço em que está.
Passagem do Discurso Direto para o Discurso Indireto
No que se refere aos tempos, o mais comum é o que o verbo de
dizer esteja no presente ou no pretérito perfeito. Quando o verbo
Pedro disse:
de dizer estiver no presente e o da fala da personagem estiver no
- Eu estarei aqui amanhã.
presente, pretérito ou futuro do presente, os tempos mantêm-se na
No discurso direto, o personagem Pedro diz “eu”; o “aqui” é passagem do discurso direto para o indireto. Se o verbo de dizer
o lugar em que a personagem está; “amanhã” é o dia seguinte ao estiver no pretérito perfeito, as alterações que ocorrerão na fala da
que ele fala. Se passarmos essa frase para o discurso indireto ficará personagem são as seguintes:
assim:
Discurso Direto – Discurso Indireto
Pedro disse que estaria lá no dia seguinte. Presente – Pretérito Imperfeito
Pretérito Perfeito – Pretérito mais-que-perfeito
No discurso indireto, o “eu” passa a ele porque á alguém de Futuro do Presente – Futuro do Pretérito
quem o narrador fala; estaria é futuro do pretérito: é um tempo re-
lacionado ao pretérito da fala do narrador (disse), e não ao presente Joaquim disse: - Compro tudo isso.
da fala do personagem, como estarei; lá é o espaço em que a perso- - Joaquim disse que comprava tudo isso.
nagem (e não o narrador) havia de estar; no dia seguinte é o dia que
vem após o momento da fala da personagem designada por ele. Joaquim disse: - Comprei tudo isso.
Na passagem do discurso direto para o indireto, deve-se ob- - Joaquim disse que comprara tudo isso.
servar as frases que no discurso direto tem as formas interrogati-
vas, exclamativa ou imperativa convertem-se, no discurso indire- Joaquim disse: - Comprarei tudo isso.
to, em orações declarativas. - Joaquim disse que compraria tudo isso.

Didatismo e Conhecimento 71
PORTUGUÊS
Discurso Indireto Livre - O discurso indireto livre contém, como o discurso direto,
orações interrogativas, imperativas e exclamativas, bem como in-
“(...) No dia seguinte Fabiano voltou à cidade, mas ao fe- terjeições e outros elementos expressivos;
char o negócio notou que as operações de Sinhá Vitória, como de - Os pronomes pessoais e demonstrativos, as palavras indi-
costume, diferiam das do patrão. Reclamou e obteve a explicação cadoras de espaço e de tempo são usados da mesma forma que
habitual: a diferença era proveniente de juros. no discurso indireto. Por isso, o verbo estar, do exemplo acima,
Não se conformou: devia haver engano. Ele era bruto, sim ocorre no pretérito imperfeito, e não no presente (está), como no
senhor, via-se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha discurso direto. Da mesma forma o pronome demonstrativo ocorre
miolo. Com certeza havia um erro no papel do branco. Não se des- na forma aquilo, como no discurso indireto.
cobriu o erro, e Fabiano perdeu os estribos. Passar a vida inteira
assim no toco, entregando o que era dele de mão beijada! Estava Funções dos diferentes modos de citar o discurso do outro
direito aquilo? Trabalhar como negro e nunca arranjar carta de
alforria! O discurso direto cria um efeito de sentido de verdade. Isso
Graciliano Ramos. Vidas secas. porque o leitor ou ouvinte tem a impressão de que quem cita pre-
28ª Ed. São Paulo, Martins, 1971, p. 136. servou a integridade do discurso citado, ou seja, o que ele repro-
duziu é autêntico. É como se ouvisse a pessoa citada com suas
Nesse texto, duas vozes estão misturadas: a do narrador e a próprias palavras e, portanto, com a mesma carga de subjetividade.
de Fabiano. Não há indicadores que delimitem muito bem onde Essa modalidade de citação permite, por exemplo, que se use
começa a fala do narrador e onde se inicia a da personagem. Não variante linguística da personagem como forma de fornecer pis-
se tem dúvida de que o período inicial está traduzido a fala do tas para caracterizá-la. Sirva de exemplo o trecho que segue, um
narrador. A bem verdade, até não se conformou (início do segundo diálogo entre personagens do meio rural, um farmacêutico e um
parágrafo), é a voz do narrador que está comandando a narrativa. agricultor, cuja fala é transcrita em discurso direto pelo narrador:
Na oração devia haver engano, já começa haver uma mistura de
vozes: sob o ponto de vista das marcas gramaticais, não há nenhu- Um velho brônzeo apontou, em farrapos, à janela aberta o
ma pista para se concluir, que a voz de Fabiano é que esteja sendo azul.
citada; sob o ponto de vista do significado, porém, pode-se pensar - Como vai, Elesbão?
numa reclamação atribuída a ele. - Sua bênção...
Tomemos agora esse trecho: “Ele era bruto, sim senhor, via- - Cheio de doenças?
se perfeitamente que era bruto, mas a mulher tinha miolo. Com - Sim sinhô.
certeza havia um erro no papel do branco.” Pelo conteúdo de ver- - De dores, de dificuldades?
dade é pelo modo de dizer, tudo nos induz a vislumbrar aí a voz - Sim sinhô.
de Fabiano ecoando por meio do discurso do narrador. É como se - De desgraças...
o narrador, sem abandonar as marcas linguísticas próprias de sua O farmacêutico riu com um tímpano desmesurado. Você é o
fala, estivesse incorporando as reclamações e suspeitas da perso- Brasil. Depois Indagou:
nagem, a cuja linguagem pertencem expressões do tipo bruto, sim - O que você eu Elesbão?
senhor e a mulher tinha miolo. Até a repetição de palavras e uma - To precisando de uns dinheirinho e duns gênor. Meu arroi-
certa entonação presumivelmente exclamativa confirmam essa in- zinho tá bão, tá encanando bem. Preciso de uns mantimento pra
ferência. coiêta. O sinhô pode me arranjá com Nhô Salim. Depois eu vendo
Para perceber melhor o que é o discurso indireto livre, con- o arroiz pra ele mermo.
frontemos uma frase do texto com a correspondente em discurso - Você é sério, Elesbão?
direito e indireto: - Sô sim sinhô!
- Quanto é que você deve pro Nhô Salim?
- Discurso Indireto Livre - Um tiquinho.
Estava direito aquilo? Oswaldo de Andrade. Marco Zero.
2ª Ed. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1974, p. 7-8.
- Discurso Direto
Fabiano perguntou: - Esta direito isto? Quanto ao discurso indireto, pode ser de dois tipos, e cada um
deles cria um efeito de sentido diverso.
- Discurso Indireto - Discurso Indireto que analisa o conteúdo: elimina os ele-
Fabiano perguntou se aquilo estava direito mentos emocionais ou afetivos presentes no discurso direto, assim
como as interrogações, exclamações ou formas imperativas, por
Essa forma de citação do discurso alheio tem características isso produz um efeito de sentido de objetividade analítica. Com
próprias que são tanto do discurso direto quanto do indireto. As efeito, nele o narrador revela somente o conteúdo do discurso da
características do discurso indireto livre são: personagem, e não o modo como ela diz. Com isso estabelece uma
distância entre sua posição e a da personagem, abrindo caminho
- Não há verbos de dizer anunciando as falas das personagens; para a réplica e o comentário. Esse tipo de discurso indireto des-
- Estas não são introduzidas por partículas como “que” e “se” personaliza discurso citado em nome de uma objetividade analíti-
nem separadas por sinais de pontuação; ca. Cria, assim, a impressão de que o narrador analisa o discurso

Didatismo e Conhecimento 72
PORTUGUÊS
citado de maneira racional e isenta de envolvimento emocional. O
discurso indireto, nesse caso, não se interessa pela individualida- 14. RECURSOS DAS LINGUAGENS
de do falante no modo como ele diz as coisas. Por isso é a forma
VERBAL E NÃO VERBAL: METÁFORA,
preferida nos textos de natureza filosófica, científica, política, etc.,
quando se expõe as opiniões dos outros com finalidade de criticá
IRONÍA E HUMOR.
-las, rejeitá-las ou acolhê-las.
- Discurso Indireto que analisa a expressão: serve para des-
tacar mais o modo de dizer do que o que se diz; por exemplo, as
palavras típicas do vocabulário da personagem citada, a sua ma- Linguagem é a capacidade que possuímos de expressar nossos
neira de pronunciá-las, etc. Nesse caso, as palavras ou expressões pensamentos, ideias, opiniões e sentimentos. Está relacionada a
ressaltadas aparecem entre aspas. Veja-se este exemplo. De Eça fenômenos comunicativos; onde há comunicação, há linguagem.
de Queirós: Podemos usar inúmeros tipos de linguagens para estabelecermos
atos de comunicação, tais como: sinais, símbolos, sons, gestos e
...descobrira de repente, uma manhã, eu não devia trair Ama- regras com sinais convencionais (linguagem escrita e linguagem
ro, “porque era papá do seu Carlinhos”. E disse-o ao abade; fez mímica, por exemplo). Num sentido mais genérico, a linguagem
corar os sessenta e quatro anos do bom velho (...). pode ser classificada como qualquer sistema de sinais que se valem
O crime do Padre Amaro. os indivíduos para comunicar-se.
Porto, Lello e Irmão, s.d., vol. I, p. 314. A linguagem pode ser:

Imagine-se ainda que uma pessoa, querendo denunciar a for- - Verbal: aquela que faz uso das palavras para comunicar algo.
ma deselegante com que fora atendida por um representante de
uma empresa, tenha dito o seguinte:

A certa altura, ele me respondeu que, se eu não estivesse sa-


tisfeito, que fosse reclamar “para o bispo” e que ele já não estava
“nem aí” com “tipinhos” como eu.

Em ambos os casos, as aspas são utilizadas para dar desta-


As figuras acima nos comunicam sua mensagem através da
que a certas formas de dizer típicas das personagens citadas e para
linguagem verbal (usa palavras para transmitir a informação).
mostrar o modo como o narrador as interpreta. No exemplo de Eça
de Queirós, “porque era o papá de seu Carlinhos” contem uma
- Não Verbal: aquela que utiliza outros métodos de comuni-
expressão da personagem Amélia e mostra certa dose de ironia e
cação, que não são as palavras. Dentre elas estão a linguagem de
malícia do narrador. No segundo exemplo, as aspas destacam a
sinais, as placas e sinais de trânsito, a linguagem corporal, uma
insatisfação do narrador com a deselegância e o desprezo do fun-
figura, a expressão facial, um gesto, etc.
cionário para com os clientes.
O discurso indireto livre fica a meio caminho da subjetividade
e da objetividade. Tem muitas funções. Por exemplo, dá verossimi-
lhança a um texto que pretende manifestar pensamentos, desejos,
enfim, a vida interior de uma personagem.
Em síntese, demonstra um envolvimento tal do narrador com
a personagem, que as vozes de ambos se misturam como se eles
fossem um só ou, falando de outro modo, como se o narrador tives-
se vestido completamente a máscara da personagem, aproximando
-a do leitor sem a marca da sua intermediação. Essas figuras fazem uso apenas de imagens para comunicar o
Veja-se como, neste trecho: “O tímido José”, de Antônio de que representam.
Alcântara Machado, o narrador, valendo-se do discurso indireto
livre, leva o leitor a partilhar do constrangimento da personagem, A Língua é um instrumento de comunicação, sendo composta
simulando estar contaminado por ele: por regras gramaticais que possibilitam que determinado grupo de
falantes consiga produzir enunciados que lhes permitam comuni-
(...) Mais depressa não podia andar. Garoar, garoava sempre. car-se e compreender-se. Por exemplo: falantes da língua portu-
Mas ali o nevoeiro já não era tanto felizmente. Decidiu. Iria indo guesa.
no caminho da Lapa. Se encontrasse a mulher bem. Se não en- A língua possui um caráter social: pertence a todo um con-
contrasse paciência. Não iria procurar. Iria é para casa. Afinal de junto de pessoas, as quais podem agir sobre ela. Cada membro da
contas era mesmo um trouxa. Quando podia não quis. Agora que comunidade pode optar por esta ou aquela forma de expressão. Por
era difícil queria. outro lado, não é possível criar uma língua particular e exigir que
Laranja-da-china. In: Novelas Paulistanas. outros falantes a compreendam. Dessa forma, cada indivíduo pode
1ª Ed. Belo Horizonte, Itatiaia/ São Paulo, Edusp, 1998, p. usar de maneira particular a língua comunitária, originando a fala.
184. A fala está sempre condicionada pelas regras socialmente estabe-

Didatismo e Conhecimento 73
PORTUGUÊS
lecidas da língua, mas é suficientemente ampla para permitir um nalidade, o ambiente sociocultural em que vive, etc. Desse modo,
exercício criativo da comunicação. Um indivíduo pode pronunciar dentro da unidade da língua, há uma grande diversificação nos
um enunciado da seguinte maneira: mais variados níveis da fala. Cada indivíduo, além de  conhecer
o que fala, conhece também o que os outros falam; é por isso que
A família de Regina era paupérrima. somos capazes de dialogar com pessoas dos mais variados graus
de cultura, embora nem sempre a linguagem delas seja exatamente
Outro, no entanto, pode optar por: como a nossa. 
Devido ao caráter individual da fala, é possível observar al-
A família de Regina era muito pobre. guns níveis:
As diferenças e semelhanças constatadas devem-se às diver-
sas manifestações da fala de cada um. Note, além disso, que essas
- Nível Coloquial-Popular: é a fala que a maioria das pessoas
manifestações devem obedecer às regras gerais da língua portu-
guesa, para não correrem o risco de produzir enunciados incom- utiliza no seu dia a dia, principalmente em situações informais.
preensíveis como: Esse nível da fala é mais espontâneo, ao utilizá-lo, não nos preo-
cupamos em saber se falamos de acordo ou não com as regras for-
Família a paupérrima de era Regina. mais estabelecidas pela língua.

Não devemos confundir língua com escrita, pois são dois - Nível Formal-Culto: é o nível da fala normalmente utilizado
meios de comunicação distintos. A escrita representa um está- pelas pessoas em situações formais. Caracteriza-se por um cuidado
gio posterior de uma língua. A língua falada é mais espontânea, maior com o vocabulário e pela obediência às regras gramaticais
abrange a comunicação linguística em toda sua totalidade. Além estabelecidas pela língua.
disso, é acompanhada pelo tom de voz, algumas vezes por mí-
micas, incluindo-se fisionomias. A língua escrita não é apenas a Signo
representação da língua falada, mas sim um sistema mais discipli-
nado e rígido, uma vez que não conta com o jogo fisionômico, as
É um elemento representativo que apresenta dois aspectos: o
mímicas e o tom de voz do falante. No Brasil, por exemplo, todos
significado e o significante. Ao escutar a palavra “cachorro”, re-
falam a língua portuguesa, mas existem usos diferentes da língua
devido a diversos fatores. Dentre eles, destacam-se: conhecemos a sequência de sons que formam essa palavra. Esses
sons se identificam com a lembrança deles que está em nossa me-
- Fatores Regionais: é possível notar a diferença do portu- mória. Essa lembrança constitui uma real imagem sonora, armaze-
guês falado por um habitante da região nordeste e outro da região nada em nosso cérebro que é o significante do signo “cachorro”.
sudeste do Brasil. Dentro de uma mesma região, também há varia- Quando escutamos essa palavra, logo pensamos em um animal ir-
ções no uso da língua. No estado do Rio Grande do Sul, por exem- racional de quatro patas, com pelos, olhos, orelhas, etc. Esse con-
plo, há diferenças entre a língua utilizada por um cidadão que vive ceito que nos vem à mente é o significado do signo “cachorro” e
na capital e aquela utilizada por um cidadão do interior do estado. também se encontra armazenado em nossa memória.
- Fatores Culturais: o grau de escolarização e a formação cul- Ao empregar os signos que formam a nossa língua, devemos
tural de um indivíduo também são fatores que colaboram para os obedecer às regras gramaticais convencionadas pela própria lín-
diferentes usos da língua. Uma pessoa escolarizada utiliza a língua gua. Desse modo, por exemplo, é possível colocar o artigo inde-
de uma maneira diferente da pessoa que não teve acesso à escola. finido “um” diante do signo “cachorro”, formando a sequência
- Fatores Contextuais: nosso modo de falar varia de acor-
“um cachorro”, o mesmo não seria possível se quiséssemos co-
do com a situação em que nos encontramos: quando conversamos
com nossos amigos, não usamos os termos que usaríamos se esti- locar o artigo “uma” diante do signo “cachorro”. A sequência
véssemos discursando em uma solenidade de formatura. “uma cachorro” contraria uma regra de concordância da língua
- Fatores Profissionais: o exercício de algumas atividades portuguesa, o que faz com que essa sentença seja rejeitada. Os
requer o domínio de certas formas de língua chamadas línguas signos que constituem a língua obedecem a padrões determina-
técnicas. Abundantes em termos específicos, essas formas têm uso dos de organização. O conhecimento de uma língua engloba tanto
praticamente restrito ao intercâmbio técnico de engenheiros, quí- a identificação de seus signos, como também o uso adequado de
micos, profissionais da área de direito e da informática, biólogos, suas regras combinatórias.
médicos, linguistas e outros especialistas.
- Fatores Naturais: o uso da língua pelos falantes sofre in- Signo: elemento representativo que possui duas partes in-
fluência de fatores naturais, como idade e sexo. Uma criança não dissolúveis: significado e significante. Significado (é o conceito,
utiliza a língua da mesma maneira que um adulto, daí falar-se em a ideia transmitida pelo signo, a parte abstrata do signo) + Signifi-
linguagem infantil e linguagem adulta. cante (é a imagem sonora, a forma, a parte concreta do signo,
suas letras e seus fonemas).
Fala
Língua: conjunto de sinais baseado em palavras que obede-
É a utilização oral da língua pelo indivíduo. É um ato indivi- cem às regras gramaticais.
dual, pois cada indivíduo, para a manifestação da fala, pode esco-
lher os elementos da língua que lhe convém, conforme seu gosto e Fala: uso individual da língua, aberto à criatividade e ao de-
sua necessidade, de acordo com a situação, o contexto, sua perso- senvolvimento da liberdade de expressão e compreensão.

Didatismo e Conhecimento 74
PORTUGUÊS
Interpretar X compreender
15. LEITURA E INTERPRETAÇÃO
DE TEXTOS. Interpretar significa
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
É muito comum, entre os candidatos a um cargo público, a - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
preocupação com a interpretação de textos. Por isso, vão aqui al-
guns detalhes que poderão ajudar no momento de responder às Compreender significa
questões relacionadas a textos. - intelecção, entendimento, atenção ao que realmente está es-
crito.
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas en- - o texto diz que...
tre si, formando um todo significativo capaz de produzir interação - é sugerido pelo autor que...
comunicativa (capacidade de codificar e decodificar ). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirmação...
- o narrador afirma...
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. Em cada
uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se com a an- Erros de interpretação
terior e/ou com a posterior, criando condições para a estruturação
do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se o nome É muito comum, mais do que se imagina, a ocorrência de erros
de contexto. Nota-se que o relacionamento entre as frases é tão de interpretação. Os mais frequentes são:
grande que, se uma frase for retirada de seu contexto original e - Extrapolação (viagem): Ocorre quando se sai do contexto,
analisada separadamente, poderá ter um significado diferente da- acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento
quele inicial. prévio do tema quer pela imaginação.
Intertexto - comumente, os textos apresentam referências di- - Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas
retas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse tipo de a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias,
recurso denomina-se intertexto. o que pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema
desenvolvido.
Interpretação de texto - o primeiro objetivo de uma interpre-
tação de um texto é a identificação de sua ideia principal. A par-
- Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às
tir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou fundamentações, as
do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, conse-
argumentações, ou explicações, que levem ao esclarecimento das
quentemente, errando a questão.
questões apresentadas na prova.
Observação - Muitos pensam que há a ótica do escritor e a
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa prova de concurso,
- Identificar – é reconhecer os elementos fundamentais de o que deve ser levado em consideração é o que o autor diz e nada
uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, mais.
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
- Comparar – é descobrir as relações de semelhança ou de Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que relaciona
diferenças entre as situações do texto. palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. Em outras pa-
- Comentar - é relacionar o conteúdo apresentado com uma lavras, a coesão dá-se quando, através de um pronome relativo,
realidade, opinando a respeito. uma conjunção (NEXOS), ou um pronome oblíquo átono, há uma
- Resumir – é concentrar as ideias centrais e/ou secundárias relação correta entre o que se vai dizer e o que já foi dito.
em um só parágrafo.
- Parafrasear – é reescrever o texto com outras palavras. OBSERVAÇÃO – São muitos os erros de coesão no dia-a-dia
e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e do pronome
Condições básicas para interpretar oblíquo átono. Este depende da regência do verbo; aquele do seu
antecedente. Não se pode esquecer também de que os pronomes
Fazem-se necessários: relativos têm, cada um, valor semântico, por isso a necessidade de
- Conhecimento histórico–literário (escolas e gêneros literá- adequação ao antecedente.
rios, estrutura do texto), leitura e prática; Os pronomes relativos são muito importantes na interpretação
- Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do texto) e de texto, pois seu uso incorreto traz erros de coesão. Assim sen-
semântico; do, deve-se levar em consideração que existe um pronome relativo
Observação – na semântica (significado das palavras) incluem- adequado a cada circunstância, a saber:
-se: homônimos e parônimos, denotação e conotação, sinonímia e - que (neutro) - relaciona-se com qualquer antecedente, mas
antonímia, polissemia, figuras de linguagem, entre outros. depende das condições da frase.
- Capacidade de observação e de síntese e - qual (neutro) idem ao anterior.
- Capacidade de raciocínio. - quem (pessoa)

Didatismo e Conhecimento 75
PORTUGUÊS
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois o objeto 2-) (PREFEITURA DE SERTÃOZINHO – AGENTE COMU-
possuído. NITÁRIO DE SAÚDE – VUNESP/2012) De acordo com o poe-
- como (modo) ma, é correto afirmar que
- onde (lugar) (A) não se deve ter amigos, pois criar laços de amizade é algo
quando (tempo) ruim.
quanto (montante) (B) amigo que não guarda segredos não merece respeito.
(C) o melhor amigo é aquele que não possui outros amigos.
Exemplo: (D) revelar segredos para o amigo pode ser arriscado.
Falou tudo QUANTO queria (correto) (E) entre amigos, não devem existir segredos.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria apa-
recer o demonstrativo O ). 3-) (GOVERNO DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO – SE-
CRETARIA DE ESTADO DA JUSTIÇA – AGENTE PENITEN-
Dicas para melhorar a interpretação de textos CIÁRIO – VUNESP/2013) Leia o poema para responder à ques-
tão.
- Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto;
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a lei- Casamento
tura;
- Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo me- Há mulheres que dizem:
nos duas vezes; Meu marido, se quiser pescar, pesque,
- Inferir; mas que limpe os peixes.
- Voltar ao texto quantas vezes precisar; Eu não. A qualquer hora da noite me levanto,
- Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor; ajudo a escamar, abrir, retalhar e salgar.
- Fragmentar o texto (parágrafos, partes) para melhor com- É tão bom, só a gente sozinhos na cozinha,
preensão; de vez em quando os cotovelos se esbarram,
- Verificar, com atenção e cuidado, o enunciado de cada ques-
ele fala coisas como “este foi difícil”
tão;
“prateou no ar dando rabanadas”
- O autor defende ideias e você deve percebê-las.
e faz o gesto com a mão.
O silêncio de quando nos vimos a primeira vez
Fonte:
atravessa a cozinha como um rio profundo.
http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portugues/co-
Por fim, os peixes na travessa,
mo-interpretar-textos
vamos dormir.
Coisas prateadas espocam:
Questões
somos noivo e noiva.
1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAU- (Adélia Prado, Poesia Reunida)
LO - ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013)
O contexto em que se encontra a passagem – Se deixou de bajular A ideia central do poema de Adélia Prado é mostrar que
os príncipes e princesas do século 19, passou a servir reis e ra- (A) as mulheres que amam valorizam o cotidiano e não gostam
inhas do 20 (2.º parágrafo) – leva a concluir, corretamente, que a que os maridos frequentem pescarias, pois acham difícil limpar os
menção a peixes.
(A) príncipes e princesas constitui uma referência em sentido (B) o eu lírico do poema pertence ao grupo de mulheres que
não literal. não gostam de limpar os peixes, embora valorizem os esbarrões de
(B) reis e rainhas constitui uma referência em sentido não li- cotovelos na cozinha.
teral. (C) há mulheres casadas que não gostam de ficar sozinhas com
(C) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência seus maridos na cozinha, enquanto limpam os peixes.
em sentido não literal. (D) as mulheres que amam valorizam os momentos mais sim-
(D) príncipes, princesas, reis e rainhas constitui uma referência ples do cotidiano vividos com a pessoa amada.
em sentido literal. (E) o casamento exige levantar a qualquer hora da noite, para
(E) reis e rainhas constitui uma referência em sentido literal. limpar, abrir e salgar o peixe.

Texto para a questão 2: 4-) (SABESP/SP – ATENDENTE A CLIENTES 01 –


FCC/2014 - ADAPTADA) Atenção: Para responder à questão,
DA DISCRIÇÃO considere o texto abaixo.
Mário Quintana
Não te abras com teu amigo A marca da solidão
Que ele um outro amigo tem. Deitado de bruços, sobre as pedras quentes do chão de pa-
E o amigo do teu amigo ralelepípedos, o menino espia. Tem os braços dobrados e a testa
Possui amigos também... pousada sobre eles, seu rosto formando uma tenda de penumbra
(http://pensador.uol.com.br/poemas_de_amizade) na tarde quente.

Didatismo e Conhecimento 76
PORTUGUÊS
Observa as ranhuras entre uma pedra e outra. Há, dentro de Pela leitura do fragmento acima, é correto afirmar que, em sua
cada uma delas, um diminuto caminho de terra, com pedrinhas e estrutura sintática, houve supressão da expressão
tufos minúsculos de musgos, formando pequenas plantas, ínfimos a) vigilantes.
bonsais só visíveis aos olhos de quem é capaz de parar de viver b) carga.
para, apenas, ver. Quando se tem a marca da solidão na alma, o c) viatura.
mundo cabe numa fresta. d) foi.
e) desviada.
(SEIXAS, Heloísa. Contos mais que mínimos. Rio de Janeiro:
Tinta negra bazar, 2010. p. 47) 8-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
No texto, o substantivo usado para ressaltar o universo reduzi- Um carteiro chega ao portão do hospício e grita:
do no qual o menino detém sua atenção é — Carta para o 9.326!!!
(A) fresta. Um louco pega o envelope, abre-o e vê que a carta está em
(B) marca. branco, e um outro pergunta:
(C) alma. — Quem te mandou essa carta?
(D) solidão. — Minha irmã.
(E) penumbra. — Mas por que não está escrito nada?
— Ah, porque nós brigamos e não estamos nos falando!
5-) (ANCINE – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adapta-
PE/2012) ções).
O riso é tão universal como a seriedade; ele abarca a tota- O efeito surpresa e de humor que se extrai do texto acima
lidade do universo, toda a sociedade, a história, a concepção de decorre
mundo. É uma verdade que se diz sobre o mundo, que se estende A) da identificação numérica atribuída ao louco.
a todas as coisas e à qual nada escapa. É, de alguma maneira, B) da expressão utilizada pelo carteiro ao entregar a carta no
o aspecto festivo do mundo inteiro, em todos os seus níveis, uma hospício.
espécie de segunda revelação do mundo. C) do fato de outro louco querer saber quem enviou a carta.
D) da explicação dada pelo louco para a carta em branco.
Mikhail Bakhtin. A cultura popular na Idade Média e o Re- E) do fato de a irmã do louco ter brigado com ele.
nascimento: o contexto de François Rabelais. São Paulo: Hucitec,
1987, p. 73 (com adaptações). 9-) (CORREIOS – CARTEIRO – CESPE/2011)
Um homem se dirige à recepcionista de uma clínica:
Na linha 1, o elemento “ele” tem como referente textual “O — Por favor, quero falar com o dr. Pedro.
riso”. — O senhor tem hora?
(...) CERTO ( ) ERRADO O sujeito olha para o relógio e diz:
— Sim. São duas e meia.
6-) (ANEEL – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES- — Não, não... Eu quero saber se o senhor é paciente.
PE/2010) — O que a senhora acha? Faz seis meses que ele não me paga
Só agora, quase cinco meses depois do apagão que atingiu o aluguel do consultório...
pelo menos 1.800 cidades em 18 estados do país, surge uma expli- Internet: <www.humortadela.com.br/piada> (com adapta-
cação oficial satisfatória para o corte abrupto e generalizado de ções).
energia no final de 2009.
Segundo relatório da Agência Nacional de Energia Elétrica No texto acima, a recepcionista dirige-se duas vezes ao ho-
(ANEEL), a responsabilidade recai sobre a empresa estatal Fur- mem para saber se ele
nas, cujas linhas de transmissão cruzam os mais de 900 km que A) verificou o horário de chegada e está sob os cuidados do
separam Itaipu de São Paulo. dr. Pedro.
Equipamentos obsoletos, falta de manutenção e de investi- B) pode indicar-lhe as horas e decidiu esperar o pagamento
mentos e também erros operacionais conspiraram para produzir a do aluguel.
mais séria falha do sistema de geração e distribuição de energia C) tem relógio e sabe esperar.
do país desde o traumático racionamento de 2001. D) marcou consulta e está calmo.
Folha de S.Paulo, Editorial, 30/3/2010 (com adaptações). E) marcou consulta para aquele dia e está sob os cuidados do
dr. Pedro.
Considerando os sentidos e as estruturas linguísticas do texto
acima apresentado, julgue os próximos itens. (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNICO
A oração “que atingiu pelo menos 1.800 cidades em 18 esta- DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010 - ADAPTADA) Aten-
dos do país” tem, nesse contexto, valor restritivo. ção: As questões de números 10 a 13 referem-se ao texto abaixo.
(...) CERTO ( ) ERRADO Liderança é uma palavra frequentemente associada a feitos
e realizações de grandes personagens da história e da vida so-
7-) (COLÉGIO PEDRO II/RJ – ASSISTENTE EM ADMI- cial ou, então, a uma dimensão mágica, em que algumas poucas
NISTRAÇÃO – AOCP/2010) “A carga foi desviada e a viatura, pessoas teriam habilidades inatas ou o dom de transformar-se em
com os vigilantes, abandonada em Pirituba, na zona norte de São grandes líderes, capazes de influenciar outras e, assim, obter e
Paulo.” manter o poder.

Didatismo e Conhecimento 77
PORTUGUÊS
Os estudos sobre o tema, no entanto, mostram que a maioria (A) o respeito que os membros de uma equipe devem demons-
das pessoas pode tornar-se líder, ou pelo menos desenvolver con- trar ao acatar as decisões tomadas pelo líder, por resultarem em
sideravelmente as suas capacidades de liderança. benefício de todo o grupo.
Paulo Roberto Motta diz: “líderes são pessoas comuns que (B) a igualdade entre os valores dos integrantes de um grupo
aprendem habilidades comuns, mas que, no seu conjunto, formam devidamente orientado pelo líder e aqueles propostos pela organi-
uma pessoa incomum”. De fato, são necessárias algumas habili- zação a que prestam serviço.
dades, mas elas podem ser aprendidas tanto através das experiên- (C) o trabalho que deverá sempre ser realizado em equipe,
cias da vida, quanto da formação voltada para essa finalidade. de modo que os mais capacitados colaborem com os de menor
O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; envolve capacidade.
duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para serem (D) a criação de interesses mútuos entre membros de uma
atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem a equipe e de respeito às metas que devem ser alcançadas por todos.
interação cooperativa dos membros envolvidos. Não pressupõe
proximidade física ou temporal: pode-se ter a mente e/ou o com- 13-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC-
portamento influenciado por um escritor ou por um líder religioso NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) Não pressupõe
que nunca se viu ou que viveu noutra época. [...] proximidade física ou temporal ... (4º parágrafo)
Se a legitimidade da liderança se baseia na aceitação do po- A afirmativa acima quer dizer, com outras palavras, que
der de influência do líder, implica dizer que parte desse poder en- (A) a presença física de um líder natural é fundamental para
contra-se no próprio grupo. É nessa premissa que se fundamenta que seus ensinamentos possam ser divulgados e aceitos.
a maioria das teorias contemporâneas sobre liderança. (B) um líder verdadeiramente capaz é aquele que sempre se
Daí definirem liderança como a arte de usar o poder que exis- atualiza, adquirindo conhecimentos de fontes e de autores diver-
te nas pessoas ou a arte de liderar as pessoas para fazerem o que sos.
se requer delas, da maneira mais efetiva e humana possível. [...] (C) o aprendizado da liderança pode ser produtivo, mesmo se
(Augusta E.E.H. Barbosa do Amaral e Sandra Souza Pinto. houver distância no tempo e no espaço entre aquele que influencia
Gestão de pessoas, in Desenvolvimento gerencial na Administra- e aquele que é influenciado.
ção pública do Estado de São Paulo, org. Lais Macedo de Oliveira (D) as influências recebidas devem ser bem analisadas e pos-
e Maria Cristina Pinto Galvão, Secretaria de Gestão pública, São tas em prática em seu devido tempo e na ocasião mais propícia.
Paulo: Fundap, 2. ed., 2009, p. 290 e 292, com adaptações)
14-) (DETRAN/RN – VISTORIADOR/EMPLACADOR –
10-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉCNI- FGV PROJETOS/2010)
CO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) De acordo com o
texto, liderança Painel do leitor (Carta do leitor)
(A) é a habilidade de chefiar outras pessoas que não pode ser Resgate no Chile
desenvolvida por aqueles que somente executam tarefas em seu
ambiente de trabalho. Assisti ao maior espetáculo da Terra numa operação de sal-
(B) é típica de épocas passadas, como qualidades de heróis da vamento de vidas, após 69 dias de permanência no fundo de uma
história da humanidade, que realizaram grandes feitos e se torna- mina de cobre e ouro no Chile.
ram poderosos através deles. Um a um os mineiros soterrados foram içados com sucesso,
(C) vem a ser a capacidade, que pode ser inata ou até mesmo mostrando muita calma, saúde, sorrindo e cumprimentando seus
adquirida, de conseguir resultados desejáveis daqueles que cons- companheiros de trabalho. Não se pode esquecer a ajuda técnica
tituem a equipe de trabalho. e material que os Estados Unidos, Canadá e China ofereceram
(D) torna-se legítima se houver consenso em todos os grupos à equipe chilena de salvamento, num gesto humanitário que só
quanto à escolha do líder e ao modo como ele irá mobilizar esses enobrece esses países. E, também, dos dois médicos e dois “socor-
grupos em torno de seus objetivos pessoais. ristas” que, demonstrando coragem e desprendimento, desceram
na mina para ajudar no salvamento.
11-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- (Douglas Jorge; São Paulo, SP; www.folha.com.br – painel
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O texto deixa do leitor – 17/10/2010)
claro que
(A) a importância do líder baseia-se na valorização de todo o Considerando o tipo textual apresentado, algumas expressões
grupo em torno da realização de um objetivo comum. demonstram o posicionamento pessoal do leitor diante do fato por
(B) o líder é o elemento essencial dentro de uma organização, ele narrado. Tais marcas textuais podem ser encontradas nos tre-
pois sem ele não se poderá atingir qualquer meta ou objetivo. chos a seguir, EXCETO:
(C) pode não haver condições de liderança em algumas equi- A) “Assisti ao maior espetáculo da Terra...”
pes, caso não se estabeleçam atividades específicas para cada um B) “... após 69 dias de permanência no fundo de uma mina de
de seus membros. cobre e ouro no Chile.”
(D) a liderança é um dom que independe da participação dos C) “Não se pode esquecer a ajuda técnica e material...”
componentes de uma equipe em um ambiente de trabalho. D) “... gesto humanitário que só enobrece esses países.”
12-) (GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO – TÉC- E) “... demonstrando coragem e desprendimento, desceram na mina...”
NICO DA FAZENDA ESTADUAL – FCC/2010) O fenômeno da (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABALHO
liderança só ocorre na inter-relação ... (4º parágrafo) – VUNESP/2013 - ADAPTADA) Leia o texto para responder às
No contexto, inter-relação significa questões de números 15 a 17.

Didatismo e Conhecimento 78
PORTUGUÊS
Férias na Ilha do Nanja A charge anterior é de Luiz Carlos Coutinho, cartunista mi-
Meus amigos estão fazendo as malas, arrumando as malas neiro mais conhecido como Caulos. É correto afirmar que o tema
nos seus carros, olhando o céu para verem que tempo faz, pensan- apresentado é
do nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras* – sem fa- (A) a oposição entre o modo de pensar e agir.
lar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as pedras (B) a rapidez da comunicação na Era da Informática.
soltas e as barreiras... (C) a comunicação e sua importância na vida das pessoas.
Meus amigos partem para as suas férias, cansados de tanto (D) a massificação do pensamento na sociedade moderna.
trabalho; de tanta luta com os motoristas da contramão; enfim,
cansados, cansados de serem obrigados a viver numa grande ci- Resolução
dade, isto que já está sendo a negação da própria vida.
E eu vou para a Ilha do Nanja. 1-)
Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui. Passarei as Pela leitura do texto infere-se que os “reis e rainhas” do sécu-
férias lá, onde, à beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce
lo 20 são as personalidades da mídia, os “famosos” e “famosas”.
como um bosque. Nem preciso fechar os olhos: já estou vendo
Quanto a príncipes e princesas do século 19, esses eram da corte,
os pescadores com suas barcas de sardinha, e a moça à janela a
literalmente.
namorar um moço na outra janela de outra ilha.
(Cecília Meireles, O que se diz e o que se entende. Adaptado)
RESPOSTA: “B”.
*fissuras: fendas, rachaduras
2-)
15-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- Pela leitura do poema identifica-se, apenas, a informação con-
LHO – VUNESP/2013) No primeiro parágrafo, ao descrever a tida na alternativa: revelar segredos para o amigo pode ser arris-
maneira como se preparam para suas férias, a autora mostra que cado.
seus amigos estão
(A) serenos. RESPOSTA: “D”.
(B) descuidados.
(C) apreensivos. 3-)
(D) indiferentes. Pela leitura do texto percebe-se, claramente, que a autora narra
(E) relaxados. um momento simples, mas que é prazeroso ao casal.

16-) (DCTA – TÉCNICO 1 – SEGURANÇA DO TRABA- RESPOSTA: “D”.


LHO – VUNESP/2013) De acordo com o texto, pode-se afirmar 4-)
que, assim como seus amigos, a autora viaja para Com palavras do próprio texto responderemos: o mundo cabe
(A) visitar um lugar totalmente desconhecido. numa fresta.
(B) escapar do lugar em que está.
(C) reencontrar familiares queridos. RESPOSTA: “A”.
(D) praticar esportes radicais.
(E) dedicar-se ao trabalho. 5-)
Vamos ao texto: O riso é tão universal como a seriedade; ele
17-) Ao descrever a Ilha do Nanja como um lugar onde, “à abarca a totalidade do universo (...). Os termos relacionam-se. O
beira das lagoas verdes e azuis, o silêncio cresce como um bosque”
pronome “ele” retoma o sujeito “riso”.
(último parágrafo), a autora sugere que viajará para um lugar
(A) repulsivo e populoso.
RESPOSTA: “CERTO”.
(B) sombrio e desabitado.
(C) comercial e movimentado.
(D) bucólico e sossegado. 6-)
(E) opressivo e agitado. Voltemos ao texto: “depois do apagão que atingiu pelo menos
1.800 cidades”. O “que” pode ser substituído por “o qual”, portan-
18-) (POLÍCIA MILITAR/TO – SOLDADO – CONSUL- to, trata-se de um pronome relativo (oração subordinada adjetiva).
PLAN/2013 - ADAPTADA) Texto para responder à questão. Quando há presença de vírgula, temos uma adjetiva explicativa
(generaliza a informação da oração principal. A construção seria:
“do apagão, que atingiu pelo menos 1800 cidades em 18 estados
do país”); quando não há, temos uma adjetiva restritiva (restringe,
delimita a informação – como no caso do exercício).

RESPOSTA: “CERTO’.

7-)
“A carga foi desviada e a viatura, com os vigilantes, abando-
(Adail et al II. Antologia brasileira de humor. Volume 1. Porto nada em Pirituba, na zona norte de São Paulo.” Trata-se da figura
Alegre: L&PM, 1976. p. 95.) de linguagem (de construção ou sintaxe) “zeugma”, que consis-

Didatismo e Conhecimento 79
PORTUGUÊS
te na omissão de um termo já citado anteriormente (diferente da 15-)
elipse, que o termo não é citado, mas facilmente identificado). No “pensando nas suas estradas – barreiras, pedras soltas, fissuras
enunciado temos a narração de que a carga foi desviada e de que a – sem falar em bandidos, milhões de bandidos entre as fissuras, as
viatura foi abandonada. pedras soltas e as barreiras...” = pensar nessas coisas, certamente,
deixa-os apreensivos.
RESPOSTA: “D”.
8-) RESPOSTA: “C”.
Geralmente o efeito de humor desses gêneros textuais aparece 16-)
no desfecho da história, ao final, como nesse: “Ah, porque nós Eu vou para a Ilha do Nanja para sair daqui = resposta da
brigamos e não estamos nos falando”. própria autora!

RESPOSTA: “D”. RESPOSTA: “B”.

9-) 17-)
“O senhor tem hora? (...) Não, não... Eu quero saber se o se- Pela descrição realizada, o lugar não tem nada de ruim.
nhor é paciente” = a recepcionista quer saber se ele marcou horário
e se é paciente do Dr. Pedro. RESPOSTA: “D”.

RESPOSTA: “E”. 18-)


Questão que envolve interpretação “visual”! Fácil. Basta ob-
10-) servar o que as personagens “dizem” e o que “pensam”.
Utilizando trechos do próprio texto, podemos chegar à con-
clusão: O fenômeno da liderança só ocorre na inter-relação; en- RESPOSTA: “A”.
volve duas ou mais pessoas e a existência de necessidades para
serem atendidas ou objetivos para serem alcançados, que requerem
a interação cooperativa dos membros envolvidos = equipe

RESPOSTA: “C”.

11-)
O texto deixa claro que a importância do líder baseia-se na
valorização de todo o grupo em torno da realização de um objetivo
comum.

RESPOSTA: “A”.

12-)
Pela leitura do texto, dentre as alternativas apresentadas, a que
está coerente com o sentido dado à palavra “inter-relação” é: “a
criação de interesses mútuos entre membros de uma equipe e de
respeito às metas que devem ser alcançadas por todos”.

RESPOSTA: “D”.

13-)
Não pressupõe proximidade física ou temporal = o aprendi-
zado da liderança pode ser produtivo, mesmo se houver distância
no tempo e no espaço entre aquele que influencia e aquele que é
influenciado.

RESPOSTA: “C”.

14-)
Em todas as alternativas há expressões que representam a opi-
nião do autor: Assisti ao maior espetáculo da Terra / Não se pode
esquecer / gesto humanitário que só enobrece / demonstrando co-
ragem e desprendimento.

RESPOSTA: “B”.

Didatismo e Conhecimento 80
MATEMÁTICA
MATEMÁTICA
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
1. CONJUNTOS, CONJUNTOS a) O antecessor do número m é m-1.
NUMÉRICOS E APLICAÇÕES EM b) O antecessor de 2 é 1.
RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS. c) O antecessor de 56 é 55.
d) O antecessor de 10 é 9.
O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números
naturais pares. Embora uma sequência real seja outro objeto ma-
temático denominado função, algumas vezes utilizaremos a deno-
Números Naturais minação sequência dos números naturais pares para representar o
conjunto dos números naturais pares: P = { 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12, ...}
O conjunto dos números naturais é representado pela letra O conjunto abaixo é conhecido como o conjunto dos números
maiúscula N e estes números são construídos com os algarismos: naturais ímpares, às vezes também chamados, a sequência dos nú-
0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, que também são conhecidos como alga- meros ímpares. I = { 1, 3, 5, 7, 9, 11, 13, ...}
rismos indo-arábicos. No século VII, os árabes invadiram a Índia,
difundindo o seu sistema numérico. Embora o zero não seja um Operações com Números Naturais
número natural no sentido que tenha sido proveniente de objetos
de contagens naturais, iremos considerá-lo como um número na- Na sequência, estudaremos as duas principais operações pos-
tural uma vez que ele tem as mesmas propriedades algébricas que síveis no conjunto dos números naturais. Praticamente, toda a
os números naturais. Na verdade, o zero foi criado pelos hindus Matemática é construída a partir dessas duas operações: adição e
na montagem do sistema posicional de numeração para suprir a multiplicação.
deficiência de algo nulo.
Na sequência consideraremos que os naturais têm início com A adição de números naturais
o número zero e escreveremos este conjunto como: N = { 0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, ...} A primeira operação fundamental da Aritmética tem por fina-
Representaremos o conjunto dos números naturais com a letra lidade reunir em um só número, todas as unidades de dois ou mais
N. As reticências (três pontos) indicam que este conjunto não tem números. Antes de surgir os algarismos indo-arábicos, as adições
fim. N é um conjunto com infinitos números. podiam ser realizadas por meio de tábuas de calcular, com o auxí-
Excluindo o zero do conjunto dos números naturais, o con- lio de pedras ou por meio de ábacos.
junto será representado por: N* = {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10, ...}
Propriedades da Adição
A construção dos Números Naturais - Fechamento: A adição no conjunto dos números naturais é
fechada, pois a soma de dois números naturais é ainda um número
- Todo número natural dado tem um sucessor (número que natural. O fato que a operação de adição é fechada em N é conhe-
vem depois do número dado), considerando também o zero. cido na literatura do assunto como: A adição é uma lei de compo-
Exemplos: Seja m um número natural. sição interna no conjunto N.
a) O sucessor de m é m+1. - Associativa: A adição no conjunto dos números naturais é
b) O sucessor de 0 é 1. associativa, pois na adição de três ou mais parcelas de números
c) O sucessor de 1 é 2. naturais quaisquer é possível associar as parcelas de quaisquer mo-
d) O sucessor de 19 é 20. dos, ou seja, com três números naturais, somando o primeiro com
o segundo e ao resultado obtido somarmos um terceiro, obteremos
- Se um número natural é sucessor de outro, então os dois um resultado que é igual à soma do primeiro com a soma do segun-
números juntos são chamados números consecutivos. do e o terceiro. (A + B) + C = A + (B + C)
Exemplos: - Elemento neutro: No conjunto dos números naturais, existe
a) 1 e 2 são números consecutivos. o elemento neutro que é o zero, pois tomando um número natural
b) 5 e 6 são números consecutivos. qualquer e somando com o elemento neutro (zero), o resultado será
c) 50 e 51 são números consecutivos. o próprio número natural.
- Comutativa: No conjunto dos números naturais, a adição é
- Vários números formam uma coleção de números naturais comutativa, pois a ordem das parcelas não altera a soma, ou seja,
consecutivos se o segundo é sucessor do primeiro, o terceiro é su- somando a primeira parcela com a segunda parcela, teremos o
cessor do segundo, o quarto é sucessor do terceiro e assim suces- mesmo resultado que se somando a segunda parcela com a pri-
sivamente. meira parcela.
Exemplos:
a) 1, 2, 3, 4, 5, 6 e 7 são consecutivos. Multiplicação de Números Naturais
b) 5, 6 e 7 são consecutivos.
c) 50, 51, 52 e 53 são consecutivos. É a operação que tem por finalidade adicionar o primeiro nú-
mero denominado multiplicando ou parcela, tantas vezes quantas
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces- são as unidades do segundo número denominadas multiplicador.
sor (número que vem antes do número dado).

Didatismo e Conhecimento 1
MATEMÁTICA
Exemplo Potenciação de Números Naturais

4 vezes 9 é somar o número 9 quatro vezes: 4 x 9 = 9 + 9 + 9 Para dois números naturais m e n, a expressão mn é um produ-
+ 9 = 36 to de n fatores iguais ao número m, ou seja: mn = m . m . m ... m .
O resultado da multiplicação é denominado produto e os nú- m → m aparece n vezes
meros dados que geraram o produto, são chamados fatores. Usa- O número que se repete como fator é denominado base que
mos o sinal × ou · ou x, para representar a multiplicação. neste caso é m. O número de vezes que a base se repete é denomi-
Propriedades da multiplicação nado expoente que neste caso é n. O resultado é denominado po-
tência. Esta operação não passa de uma multiplicação com fatores
- Fechamento: A multiplicação é fechada no conjunto N dos iguais, como por exemplo: 23 = 2 × 2 × 2 = 8 → 43 = 4 × 4 × 4 = 64
números naturais, pois realizando o produto de dois ou mais nú-
meros naturais, o resultado estará em N. O fato que a operação de Propriedades da Potenciação
multiplicação é fechada em N é conhecido na literatura do assunto
como: A multiplicação é uma lei de composição interna no con- - Uma potência cuja base é igual a 1 e o expoente natural é n,
junto N. denotada por 1n, será sempre igual a 1.
- Associativa: Na multiplicação, podemos associar 3 ou mais Exemplos:
fatores de modos diferentes, pois se multiplicarmos o primeiro fa- a- 1n = 1×1×...×1 (n vezes) = 1
tor com o segundo e depois multiplicarmos por um terceiro núme- b- 13 = 1×1×1 = 1
ro natural, teremos o mesmo resultado que multiplicar o terceiro c- 17 = 1×1×1×1×1×1×1 = 1
pelo produto do primeiro pelo segundo. (m . n) . p = m .(n . p) →
(3 . 4) . 5 = 3 . (4 . 5) = 60 - Se n é um número natural não nulo, então temos que no=1.
- Elemento Neutro: No conjunto dos números naturais existe Por exemplo:
um elemento neutro para a multiplicação que é o 1. Qualquer que
seja o número natural n, tem-se que: 1 . n = n . 1 = n → 1 . 7 = 7 - (a) nº = 1
.1=7 - (b) 5º = 1
- Comutativa: Quando multiplicamos dois números naturais - (c) 49º = 1
quaisquer, a ordem dos fatores não altera o produto, ou seja, mul-
tiplicando o primeiro elemento pelo segundo elemento teremos o - A potência zero elevado a zero, denotada por 0o, é carente de
mesmo resultado que multiplicando o segundo elemento pelo pri- sentido no contexto do Ensino Fundamental.
meiro elemento. m . n = n . m → 3 . 4 = 4 . 3 = 12
- Qualquer que seja a potência em que a base é o número na-
Propriedade Distributiva tural n e o expoente é igual a 1, denotada por n1, é igual ao próprio
n. Por exemplo:
Multiplicando um número natural pela soma de dois números
naturais, é o mesmo que multiplicar o fator, por cada uma das par- - (a) n¹ = n
celas e a seguir adicionar os resultados obtidos. m . (p + q) = m . p - (b) 5¹ = 5
+ m . q → 6 x (5 + 3) = 6 x 5 + 6 x 3 = 30 + 18 = 48 - (c) 64¹ = 64

Divisão de Números Naturais - Toda potência 10n é o número formado pelo algarismo 1 se-
guido de n zeros.
Dados dois números naturais, às vezes necessitamos saber Exemplos:
quantas vezes o segundo está contido no primeiro. O primeiro nú- a- 103 = 1000
mero que é o maior é denominado dividendo e o outro número que b- 108 = 100.000.000
é menor é o divisor. O resultado da divisão é chamado quociente. c- 10o = 1
Se multiplicarmos o divisor pelo quociente obteremos o dividendo.
No conjunto dos números naturais, a divisão não é fechada, Questões
pois nem sempre é possível dividir um número natural por outro
número natural e na ocorrência disto a divisão não é exata. 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) A partir de 1º de
março, uma cantina escolar adotou um sistema de recebimento por
Relações essenciais numa divisão de números naturais cartão eletrônico. Esse cartão funciona como uma conta corrente:
- Em uma divisão exata de números naturais, o divisor deve coloca-se crédito e vão sendo debitados os gastos. É possível o sal-
ser menor do que o dividendo. 35 : 7 = 5 do negativo. Enzo toma lanche diariamente na cantina e sua mãe
- Em uma divisão exata de números naturais, o dividendo é o credita valores no cartão todas as semanas. Ao final de março, ele
produto do divisor pelo quociente. 35 = 5 x 7 anotou o seu consumo e os pagamentos na seguinte tabela:
- A divisão de um número natural n por zero não é possível
pois, se admitíssemos que o quociente fosse q, então poderíamos
escrever: n ÷ 0 = q e isto significaria que: n = 0 x q = 0 o que não
é correto! Assim, a divisão de n por 0 não tem sentido ou ainda é
dita impossível.

Didatismo e Conhecimento 2
MATEMÁTICA
6 – (Pref. Niterói) João e Maria disputaram a prefeitura de
uma determinada cidade que possui apenas duas zonas eleitorais.
Ao final da sua apuração o Tribunal Regional Eleitoral divulgou
a seguinte tabela com os resultados da eleição. A quantidade de
eleitores desta cidade é:
1ª Zona Eleitoral 2ª Zona Eleitoral
João 1750 2245
Maria 850 2320
Nulos 150 217
No final do mês, Enzo observou que tinha Brancos 18 25
A) crédito de R$ 7,00. Abstenções 183 175
B) débito de R$ 7,00.
C) crédito de R$ 5,00. A) 3995
D) débito de R$ 5,00. B) 7165
E) empatado suas despesas e seus créditos. C) 7532
D) 7575
2 - (PREF. IMARUI/SC – AUXILIAR DE SERVIÇOS GE- E) 7933
RAIS - PREF. IMARUI/2014) José, funcionário público, recebe
salário bruto de R$ 2.000,00. Em sua folha de pagamento vem o 7 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
desconto de R$ 200,00 de INSS e R$ 35,00 de sindicato. Qual o RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Durante um mutirão para
salário líquido de José? promover a limpeza de uma cidade, os 15.000 voluntários foram
A) R$ 1800,00 igualmente divididos entre as cinco regiões de tal cidade. Sendo
B) R$ 1765,00 assim, cada região contou com um número de voluntários igual a:
C) R$ 1675,00 A) 2500
D) R$ 1665,00 B) 3200
C) 1500
3 – (Professor/Pref.de Itaboraí) O quociente entre dois núme- D) 3000
ros naturais é 10. Multiplicando-se o dividendo por cinco e redu- E) 2000
zindo-se o divisor à metade, o quociente da nova divisão será:
A) 2 8 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE-
B) 5 RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Em determinada loja, o pa-
C) 25 gamento de um computador pode ser feito sem entrada, em 12
D) 50 parcelas de R$ 250,00. Sendo assim, um cliente que opte por essa
E) 100 forma de pagamento deverá pagar pelo computador um total de:
A) R$ 2500,00
4 - (PREF. ÁGUAS DE CHAPECÓ – OPERADOR DE MÁ- B) R$ 3000,00
QUINAS – ALTERNATIVE CONCURSOS) Em uma loja, as C) R$1900,00
compras feitas a prazo podem ser pagas em até 12 vezes sem juros. D) R$ 3300,00
Se João comprar uma geladeira no valor de R$ 2.100,00 em 12 E) R$ 2700,00
vezes, pagará uma prestação de:
A) R$ 150,00. 9 – (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) O su-
B) R$ 175,00. cessor do dobro de determinado número é 23. Esse mesmo deter-
C) R$ 200,00. minado número somado a 1 e, depois, dobrado será igual a
D) R$ 225,00. A) 24.
B) 22.
5 - PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPERA- C) 20.
CIONAIS – MAKIYAMA/2013) Ontem, eu tinha 345 bolinhas D) 18.
de gude em minha coleção. Porém, hoje, participei de um cam- E) 16.
peonato com meus amigos e perdi 67 bolinhas, mas ganhei outras
90. Sendo assim, qual a quantidade de bolinhas que tenho agora, 10 - (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILI-
depois de participar do campeonato? DADE – FCC/2012) Uma montadora de automóveis possui cinco
A) 368 unidades produtivas num mesmo país. No último ano, cada uma
B) 270 dessas unidades produziu 364.098 automóveis. Toda a produção
C) 365 foi igualmente distribuída entre os mercados consumidores de sete
D) 290 países. O número de automóveis que cada país recebeu foi
E) 376 A) 26.007
B) 26.070

Didatismo e Conhecimento 3
MATEMÁTICA
C) 206.070 Cada região terá 3000 voluntários.
D) 260.007 8 - RESPOSTA: “B”.
E) 260.070 250∙12=3000
Respostas O computador custa R$3000,00.

1 - RESPOSTA: “B”. 9 - RESPOSTA: “A”.


crédito: 40+30+35+15=120 Se o sucessor é 23, o dobro do número é 22, portanto o nú-
débito: 27+33+42+25=127 mero é 11.
120-127=-7 (11+1) → 2=24
Ele tem um débito de R$ 7,00.
10 - RESPOSTA: “E”.
2 - RESPOSTA: “B”. 364098 → 5=1820490 automóveis
2000-200=1800-35=1765
O salário líquido de José é R$1765,00.

3 - RESPOSTA: “E”.
D= dividendo
d= divisor
Q = quociente = 10 Conjunto dos Números Inteiros – Z
R= resto = 0 (divisão exata)
Equacionando: Definimos o conjunto dos números inteiros como a reunião do
D= d.Q + R conjunto dos números naturais (N = {0, 1, 2, 3, 4,..., n,...}, o con-
D= d.10 + 0 → D= 10d junto dos opostos dos números naturais e o zero. Este conjunto é
denotado pela letra Z (Zahlen=número em alemão). Este conjunto
Pela nova divisão temos: pode ser escrito por: Z = {..., -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3, 4, ...}
O conjunto dos números inteiros possui alguns subconjuntos
notáveis:

- O conjunto dos números inteiros não nulos:


Z* = {..., -4, -3, -2, -1, 1, 2, 3, 4,...};
Isolando Q temos: Z* = Z – {0}

- O conjunto dos números inteiros não negativos:


Z+ = {0, 1, 2, 3, 4,...}
Z+ é o próprio conjunto dos números naturais: Z+ = N

4 - RESPOSTA: “B”. - O conjunto dos números inteiros positivos:


Z*+ = {1, 2, 3, 4,...}

- O conjunto dos números inteiros não positivos:


Z_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1, 0}
Cada prestação será de R$175,00
- O conjunto dos números inteiros negativos:
5 - RESPOSTA: “A”. Z*_ = {..., -5, -4, -3, -2, -1}
345-67=278
Depois ganhou 90 Módulo: chama-se módulo de um número inteiro a distância
278+90=368 ou afastamento desse número até o zero, na reta numérica inteira.
Representa-se o módulo por | |.
6 - RESPOSTA: “E”. O módulo de 0 é 0 e indica-se |0| = 0
Vamos somar a 1ª Zona: 1750+850+150+18+183 = 2951 O módulo de +7 é 7 e indica-se |+7| = 7
2ª Zona : 2245+2320+217+25+175 = 4982 O módulo de –9 é 9 e indica-se |–9| = 9
Somando os dois: 2951+4982 = 7933 O módulo de qualquer número inteiro, diferente de zero, é
sempre positivo.
7 - RESPOSTA: “D”.
Números Opostos: Dois números inteiros são ditos opostos
um do outro quando apresentam soma zero; assim, os pontos que
os representam distam igualmente da origem.
Exemplo: O oposto do número 2 é -2, e o oposto de -2 é 2, pois
2 + (-2) = (-2) + 2 = 0

Didatismo e Conhecimento 4
MATEMÁTICA
No geral, dizemos que o oposto, ou simétrico, de a é – a, e 2- Na terça-feira, a temperatura de Monte Sião, durante o dia,
vice-versa; particularmente o oposto de zero é o próprio zero. era de +6 graus. À Noite, a temperatura baixou de 3 graus. Qual a
Adição de Números Inteiros temperatura registrada na noite de terça-feira?
Esse fato pode ser representado pela adição: (+6) + (–3) = +3
Para melhor entendimento desta operação, associaremos aos Se compararmos as duas igualdades, verificamos que (+6) –
números inteiros positivos a idéia de ganhar e aos números inteiros (+3) é o mesmo que (+6) + (–3).
negativos a idéia de perder.
Ganhar 5 + ganhar 3 = ganhar 8 (+5) + (+3) = (+8) Temos:
Perder 3 + perder 4 = perder 7 (-3) + (-4) = (-7) (+6) – (+3) = (+6) + (–3) = +3
Ganhar 8 + perder 5 = ganhar 3 (+8) + (-5) = (+3) (+3) – (+6) = (+3) + (–6) = –3
Perder 8 + ganhar 5 = perder 3 (-8) + (+5) = (-3) (–6) – (–3) = (–6) + (+3) = –3

O sinal (+) antes do número positivo pode ser dispensado, mas Daí podemos afirmar: Subtrair dois números inteiros é o mes-
o sinal (–) antes do número negativo nunca pode ser dispensado. mo que adicionar o primeiro com o oposto do segundo.
Propriedades da adição de números inteiros: O conjunto
Z é fechado para a adição, isto é, a soma de dois números inteiros Multiplicação de Números Inteiros
ainda é um número inteiro.
A multiplicação funciona como uma forma simplificada de
Associativa: Para todos a,b,c em Z: uma adição quando os números são repetidos. Poderíamos analisar
a + (b + c) = (a + b) + c tal situação como o fato de estarmos ganhando repetidamente al-
2 + (3 + 7) = (2 + 3) + 7 guma quantidade, como por exemplo, ganhar 1 objeto por 30 vezes
consecutivas, significa ganhar 30 objetos e esta repetição pode ser
Comutativa: Para todos a,b em Z: indicada por um x, isto é: 1 + 1 + 1 ... + 1 + 1 = 30 x 1 = 30
a+b=b+a Se trocarmos o número 1 pelo número 2, obteremos: 2 + 2 + 2
3+7=7+3 + ... + 2 + 2 = 30 x 2 = 60
Se trocarmos o número 2 pelo número -2, obteremos: (–2) +
Elemento Neutro: Existe 0 em Z, que adicionado a cada z em (–2) + ... + (–2) = 30 x (-2) = –60
Z, proporciona o próprio z, isto é: Observamos que a multiplicação é um caso particular da adi-
z+0=z ção onde os valores são repetidos.
7+0=7 Na multiplicação o produto dos números a e b, pode ser indi-
cado por a x b, a . b ou ainda ab sem nenhum sinal entre as letras.
Elemento Oposto: Para todo z em Z, existe (-z) em Z, tal que Para realizar a multiplicação de números inteiros, devemos
z + (–z) = 0 obedecer à seguinte regra de sinais:
9 + (–9) = 0 (+1) x (+1) = (+1)
(+1) x (-1) = (-1)
Subtração de Números Inteiros (-1) x (+1) = (-1)
(-1) x (-1) = (+1)
A subtração é empregada quando:
- Precisamos tirar uma quantidade de outra quantidade; Com o uso das regras acima, podemos concluir que:
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto uma delas
tem a mais que a outra; Sinais dos números Resultado do produto
- Temos duas quantidades e queremos saber quanto falta a
uma delas para atingir a outra. Iguais Positivo
Diferentes Negativo
A subtração é a operação inversa da adição.
Propriedades da multiplicação de números inteiros: O
Observe que: 9 – 5 = 4 4+5=9 conjunto Z é fechado para a multiplicação, isto é, a multiplicação
diferença de dois números inteiros ainda é um número inteiro.
subtraendo
minuendo Associativa: Para todos a,b,c em Z:
a x (b x c) = (a x b) x c
2 x (3 x 7) = (2 x 3) x 7
Considere as seguintes situações:
Comutativa: Para todos a,b em Z:
1- Na segunda-feira, a temperatura de Monte Sião passou de axb=bxa
+3 graus para +6 graus. Qual foi a variação da temperatura? 3x7=7x3
Esse fato pode ser representado pela subtração: (+6) – (+3)
= +3 Elemento neutro: Existe 1 em Z, que multiplicado por todo z
em Z, proporciona o próprio z, isto é:

Didatismo e Conhecimento 5
MATEMÁTICA
zx1=z - Toda potência de base positiva é um número inteiro posi-
7x1=7 tivo.
Elemento inverso: Para todo inteiro z diferente de zero, existe Exemplo: (+3)2 = (+3) . (+3) = +9
um inverso z–1=1/z em Z, tal que
z x z–1 = z x (1/z) = 1 - Toda potência de base negativa e expoente par é um núme-
9 x 9–1 = 9 x (1/9) = 1 ro inteiro positivo.
Exemplo: (– 8)2 = (–8) . (–8) = +64
Distributiva: Para todos a,b,c em Z:
a x (b + c) = (a x b) + (a x c) - Toda potência de base negativa e expoente ímpar é um
3 x (4+5) = (3 x 4) + (3 x 5) número inteiro negativo.
Exemplo: (–5)3 = (–5) . (–5) . (–5) = –125
Divisão de Números Inteiros
Propriedades da Potenciação:
Dividendo divisor dividendo:
Divisor = quociente 0 Produtos de Potências com bases iguais: Conserva-se a base
Quociente . divisor = dividendo e somam-se os expoentes. (–7)3 . (–7)6 = (–7)3+6 = (–7)9

Quocientes de Potências com bases iguais: Conserva-se


Sabemos que na divisão exata dos números naturais: a base e subtraem-se os expoentes. (+13)8 : (+13)6 = (+13)8 – 6 =
40 : 5 = 8, pois 5 . 8 = 40 (+13)2
36 : 9 = 4, pois 9 . 4 = 36
Potência de Potência: Conserva-se a base e multiplicam-se
Vamos aplicar esses conhecimentos para estudar a divisão os expoentes. [(+4)5]2 = (+4)5 . 2 = (+4)10
exata de números inteiros. Veja o cálculo:
(–20) : (+5) = q  (+5) . q = (–20)  q = (–4) Potência de expoente 1: É sempre igual à base. (+9)1 = +9
Logo: (–20) : (+5) = - 4 (–13)1 = –13

Considerando os exemplos dados, concluímos que, para efe- Potência de expoente zero e base diferente de zero: É igual
tuar a divisão exata de um número inteiro por outro número in- a 1. Exemplo: (+14)0 = 1 (–35)0 = 1
teiro, diferente de zero, dividimos o módulo do dividendo pelo
módulo do divisor. Daí: Radiciação de Números Inteiros
- Quando o dividendo e o divisor têm o mesmo sinal, o quo-
ciente é um número inteiro positivo. A raiz n-ésima (de ordem n) de um número inteiro a é a ope-
- Quando o dividendo e o divisor têm sinais diferentes, o quo- ração que resulta em outro número inteiro não negativo b que ele-
ciente é um número inteiro negativo. vado à potência n fornece o número a. O número n é o índice da
- A divisão nem sempre pode ser realizada no conjunto Z. Por raiz enquanto que o número a é o radicando (que fica sob o sinal
exemplo, (+7) : (–2) ou (–19) : (–5) são divisões que não podem do radical).
ser realizadas em Z, pois o resultado não é um número inteiro. A raiz quadrada (de ordem 2) de um número inteiro a é a ope-
- No conjunto Z, a divisão não é comutativa, não é associativa ração que resulta em outro número inteiro não negativo que eleva-
e não tem a propriedade da existência do elemento neutro. do ao quadrado coincide com o número a.
1- Não existe divisão por zero.
Exemplo: (–15) : 0 não tem significado, pois não existe um Observação: Não existe a raiz quadrada de um número intei-
número inteiro cujo produto por zero seja igual a –15. ro negativo no conjunto dos números inteiros.
2- Zero dividido por qualquer número inteiro, diferente de
zero, é zero, pois o produto de qualquer número inteiro por zero é Erro comum: Frequentemente lemos em materiais didáticos
igual a zero. e até mesmo ocorre em algumas aulas aparecimento de:
Exemplos: a) 0 : (–10) = 0 b) 0 : (+6) = 0 c) 0 : (–1) = 0 √9 = ±3
mas isto está errado. O certo é:
Potenciação de Números Inteiros √9 = +3
A potência an do número inteiro a, é definida como um produ-
to de n fatores iguais. O número a é denominado a base e o número Observamos que não existe um número inteiro não negativo
n é o expoente. que multiplicado por ele mesmo resulte em um número negativo.
an = a x a x a x a x ... x a A raiz cúbica (de ordem 3) de um número inteiro a é a ope-
a é multiplicado por a n vezes ração que resulta em outro número inteiro que elevado ao cubo
seja igual ao número a. Aqui não restringimos os nossos cálculos
Exemplos:33 = (3) x (3) x (3) = 27 somente aos números não negativos.
(-5)5 = (-5) x (-5) x (-5) x (-5) x (-5) = -3125 Exemplos
(-7)² = (-7) x (-7) = 49
(+9)² = (+9) x (+9) = 81

Didatismo e Conhecimento 6
MATEMÁTICA

(a)
3
8 = 2, pois 2³ = 8.

(b)
3
− 8 = –2, pois (–2)³ = -8.

(c)
3
27 = 3, pois 3³ = 27.

(d)
3
− 27 = –3, pois (–3)³ = -27.

Observação: Ao obedecer à regra dos sinais para o produto de números inteiros, concluímos que:
(a) Se o índice da raiz for par, não existe raiz de número inteiro negativo.
(b) Se o índice da raiz for ímpar, é possível extrair a raiz de qualquer número inteiro.

Questões

1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Uma operação λ é definida por:


wλ = 1 − 6w, para todo inteiro w.
Com base nessa definição, é correto afirmar que a soma 2λ + (1λ) λ é igual a
A) −20.
B) −15.
C) −12.
D) 15.
E) 20.

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) Ruth tem somente R$ 2.200,00 e deseja gastar a maior quantidade possí-
vel, sem ficar devendo na loja.
Verificou o preço de alguns produtos:
TV: R$ 562,00
DVD: R$ 399,00
Micro-ondas: R$ 429,00
Geladeira: R$ 1.213,00

Na aquisição dos produtos, conforme as condições mencionadas, e pagando a compra em dinheiro, o troco recebido será de:
A) R$ 84,00
B) R$ 74,00
C) R$ 36,00
D) R$ 26,00
E) R$ 16,00

3 - (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYAMA/2013) Analise as operações a seguir:

I abac=ax

II

III
De acordo com as propriedades da potenciação, temos que, respectivamente, nas operações I, II e III:
A) x=b-c, y=b+c e z=c/2.
B) x=b+c, y=b-c e z=2c.

Didatismo e Conhecimento 7
MATEMÁTICA
C) x=2bc, y=-2bc e z=2c.
D) x=c-b, y=b-c e z=c-2.
E) x=2b, y=2c e z=c+2.

4 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRANRIO/2013) Multiplicando-se o maior número inteiro menor do que 8 pelo
menor número inteiro maior do que - 8, o resultado encontrado será
A) - 72
B) - 63
C) - 56
D) - 49
E) – 42

5 - (SEPLAG - POLÍCIA MILITAR/MG - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO - FCC/2012) Em um jogo de tabuleiro, Carla e Mateus
obtiveram os seguintes resultados:

Ao término dessas quatro partidas,


A) Carla perdeu por uma diferença de 150 pontos.
B) Mateus perdeu por uma diferença de 175 pontos.
C) Mateus ganhou por uma diferença de 125 pontos.
D) Carla e Mateus empataram.

6 – (Operador de máq./Pref.Coronel Fabriciano/MG) Quantos são os valores inteiros e positivos de x para os quais é
um número inteiro?
A) 0
B) 1
C) 2
D) 3
E) 4

7- (CASA DA MOEDA) O quadro abaixo indica o número de passageiros num vôo entre Curitiba e Belém, com duas escalas, uma no
Rio de Janeiro e outra em Brasília. Os números indicam a quantidade de passageiros que subiram no avião e os negativos, a quantidade dos
que desceram em cada cidade.

Curtiba +240
-194
Rio de Janeiro
+158
-108
Brasília
+94

O número de passageiros que chegou a Belém foi:


A) 362
B) 280
C) 240
D) 190
E) 135

Didatismo e Conhecimento 8
MATEMÁTICA
Respostas 7 - RESPOSTA:“D”.
240- 194 +158 -108 +94 = 190
1 - RESPOSTA:“E”. Números Racionais – Q
Pela definição: m
Fazendo w=2 Um número racional é o que pode ser escrito na forma
n
, onde m e n são números inteiros, sendo que n deve ser diferente
de zero. Frequentemente usamos m/n para significar a divisão de
m por n.
Como podemos observar, números racionais podem ser obti-
dos através da razão entre dois números inteiros, razão pela qual, o
conjunto de todos os números racionais é denotado por Q. Assim,
é comum encontrarmos na literatura a notação:
m
Q={ : m e n em Z, n diferente de zero}
n
No conjunto Q destacamos os seguintes subconjuntos:
2 - RESPOSTA: “D”.
Geladeira + Microondas + DVD = 1213+429+399 = 2041 - Q* = conjunto dos racionais não nulos;
Geladeira + Microondas + TV = 1213+429+562 = 2204, ex- - Q+ = conjunto dos racionais não negativos;
trapola o orçamento - Q*+ = conjunto dos racionais positivos;
Geladeira +TV + DVD=1213+562+399=2174, é a maior - Q _ = conjunto dos racionais não positivos;
quantidade gasta possível dentro do orçamento. - Q*_ = conjunto dos racionais negativos.
Troco:2200-2174=26 reais
Representação Decimal das Frações
3 - RESPOSTA: “B”.
p
Tomemos um número racional q , tal que p não seja múltiplo
I da propriedade das potências, temos: de q. Para escrevê-lo na forma decimal, basta efetuar a divisão do
numerador pelo denominador.
Nessa divisão podem ocorrer dois casos:

II 1º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, um


número finito de algarismos. Decimais Exatos:
III 2 = 0,4
5
4 - RESPOSTA: “D”.
Maior inteiro menor que 8 é o 7 1 = 0,25
Menor inteiro maior que -8 é o -7. 4
Portanto: 7⋅(-7)=-49
35 = 8,75
5 - RESPOSTA: “C”. 4
Carla: 520-220-485+635=450 pontos
Mateus: -280+675+295-115=575 pontos 153 = 3,06
Diferença: 575-450=125 pontos 50
2º) O numeral decimal obtido possui, após a vírgula, infinitos
6 - RESPOSTA:“C”. algarismos (nem todos nulos), repetindo-se periodicamente.
Fazendo substituição dos valores de x, dentro dos conjuntos Decimais Periódicos ou Dízimas Periódicas:
do inteiros positivos temos:
1
x=0 ; x=1 = 0,333...
3

1 = 0,04545...
22

167 = 2,53030...
, logo os únicos números que satisfazem 66
a condição é x= 0 e x=5 , dois números apenas.

Didatismo e Conhecimento 9
MATEMÁTICA
Representação Fracionária dos Números Decimais Simplificando, obtemos x = 611 , a fração geratriz da dízima
1, 23434... 495
Trata-se do problema inverso: estando o número racional
escrito na forma decimal, procuremos escrevê-lo na forma de Módulo ou valor absoluto: É a distância do ponto que
fração. Temos dois casos: representa esse número ao ponto de abscissa zero.

1º) Transformamos o número em uma fração cujo numerador


é o número decimal sem a vírgula e o denominador é composto Exemplo: Módulo de - 3 é 3 . Indica-se - 3 = 3
pelo numeral 1, seguido de tantos zeros quantas forem as casas 2 2 2 2
decimais do número decimal dado:
3
Módulo de + 3 é 3 . Indica-se + 3 =
0,9 = 9 2 2 2 2
10
Números Opostos: Dizemos que – 32 e 32 são números
57
5,7 = racionais opostos ou simétricos e cada um deles é o oposto do
10
outro. As distâncias dos pontos – 3 e 3 ao ponto zero da reta são
2 2
iguais.
0,76 = 76 Soma (Adição) de Números Racionais
100
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito
3,48 = 348 na forma de uma fração, definimos a adição entre os números
100 a c
racionais e , da mesma forma que a soma de frações,
através de: b d
0,005 = 5 = 1
a ad + bc
1000 200 + c =
b d bd
2º) Devemos achar a fração geratriz da dízima dada; para tanto,
vamos apresentar o procedimento através de alguns exemplos: Propriedades da Adição de Números Racionais
Exemplo 1
O conjunto Q é fechado para a operação de adição, isto é, a
Seja a dízima 0, 333... . soma de dois números racionais ainda é um número racional.
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a + ( b + c ) = ( a +
Façamos x = 0,333... e multipliquemos ambos os membros b)+c
por 10: 10x = 0,333 - Comutativa: Para todos a, b em Q: a + b = b + a
Subtraindo, membro a membro, a primeira igualdade da - Elemento neutro: Existe 0 em Q, que adicionado a todo q em
segunda: Q, proporciona o próprio q, isto é: q + 0 = q
10x – x = 3,333... – 0,333... ⇒ 9x = 3 ⇒ x = 3/9 - Elemento oposto: Para todo q em Q, existe -q em Q, tal que
q + (–q) = 0
Assim, a geratriz de 0,333... é a fração 3 .
9 Subtração de Números Racionais
Exemplo 2
A subtração de dois números racionais p e q é a própria
Seja a dízima 5, 1717... operação de adição do número p com o oposto de q, isto é:
p – q = p + (–q)
Façamos x = 5,1717... e 100x = 517,1717... .
Subtraindo membro a membro, temos: Multiplicação (Produto) de Números Racionais
99x = 512 ⇒ x = 512/99
Como todo número racional é uma fração ou pode ser escrito
Assim, a geratriz de 5,1717... é a fração 512 . na forma de uma fração, definimos o produto de dois números
99 racionais a e c , da mesma forma que o produto de frações,
Exemplo 3 através de: b d

a c ac
Seja a dízima 1, 23434... x =
b d bd
Façamos x = 1,23434... 10x = 12,3434... 1000x = 1234,34... . O produto dos números racionais a e b também pode ser
Subtraindo membro a membro, temos: indicado por a × b, axb, a.b ou ainda ab sem nenhum sinal entre
990x = 1234,34... – 12,34... ⇒ 990x = 1222 ⇒ x= as letras.
1222/990 Para realizar a multiplicação de números racionais, devemos
obedecer à mesma regra de sinais que vale em toda a Matemática:

Didatismo e Conhecimento 10
MATEMÁTICA
(+1) × (+1) = (+1) - Toda potência com expoente negativo de um número racional
(+1) × (-1) = (-1) diferente de zero é igual a outra potência que tem a base igual ao
(-1) × (+1) = (-1) inverso da base anterior e o expoente igual ao oposto do expoente
(-1) × (-1) = (+1) anterior.
Podemos assim concluir que o produto de dois números com o
mesmo sinal é positivo, mas o produto de dois números com sinais −2 2
diferentes é negativo. ⎛ 3⎞ ⎛ 5 ⎞ 25
⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 3 9
Propriedades da Multiplicação de Números Racionais - Toda potência com expoente ímpar tem o mesmo sinal da
base.
O conjunto Q é fechado para a multiplicação, isto é, o produto
de dois números racionais ainda é um número racional. 3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
- Associativa: Para todos a, b, c em Q: a × ( b × c ) = ( a × ⎜⎝ ⎟⎠ = ⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ .⎜⎝ ⎟⎠ =
b)×c 3 3 3 3 27
- Comutativa: Para todos a, b em Q: a × b = b × a
- Elemento neutro: Existe 1 em Q, que multiplicado por todo - Toda potência com expoente par é um número positivo.
q em Q, proporciona o próprio q, isto é: q × 1 = q
- Elemento inverso: Para todo q = a em Q, q diferente de 2
zero, existe q-1 = b em Q: q × q-1 = 1 b a x b =1 ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ ⎛ 1⎞ 1
a b a ⎜⎝ − ⎟⎠ = ⎜⎝ − ⎟⎠ .⎜⎝ − ⎟⎠ =
5 5 5 25
- Distributiva: Para todos a, b, c em Q: a × ( b + c ) = ( a ×
b)+(a×c) - Produto de potências de mesma base. Para reduzir um produto
Divisão de Números Racionais de potências de mesma base a uma só potência, conservamos a
base e somamos os expoentes.
A divisão de dois números racionais p e q é a própria operação
de multiplicação do número p pelo inverso de q, isto é: p ÷ q = 2 3 2+3 5
p × q-1 ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2 2⎞ ⎛ 2 2 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞
⎜⎝ ⎟⎠ .⎜ ⎟ = ⎜ . ⎟ .⎜ . . ⎟ = ⎜ ⎟ =⎜ ⎟
Potenciação de Números Racionais 5 ⎝ 5⎠ ⎝ 5 5⎠ ⎝ 5 5 5⎠ ⎝ 5⎠ ⎝ 5⎠

A potência qn do número racional q é um produto de n fatores - Quociente de potências de mesma base. Para reduzir
iguais. O número q é denominado a base e o número n é o expoente. um quociente de potências de mesma base a uma só potência,
qn = q × q × q × q × ... × q, (q aparece n vezes) conservamos a base e subtraímos os expoentes.

Exemplos:
3
⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ ⎛ 2⎞ 8
a) ⎜ ⎟ = ⎜ ⎟ .⎜ ⎟ .⎜ ⎟ =
⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ ⎝ 5 ⎠ 125

- Potência de Potência. Para reduzir uma potência de potência


b) a uma potência de um só expoente, conservamos a base e
multiplicamos os expoentes

c) (–5)² = (–5) . ( –5) = 25

d) (+5)² = (+5) . (+5) = 25


Radiciação de Números Racionais
Propriedades da Potenciação: Toda potência com expoente Se um número representa um produto de dois ou mais fatores
0 é igual a 1. iguais, então cada fator é chamado raiz do número. Vejamos alguns
0 exemplos:
⎛ 2⎞ = 1
⎜⎝ + ⎟⎠
5 Exemplo 1

- Toda potência com expoente 1 é igual à própria base. 4 Representa o produto 2 . 2 ou 22. Logo, 2 é a raiz quadrada
de 4. Indica-se √4= 2.
⎛ 9⎞
1 Exemplo 2
9
⎜⎝ − ⎟⎠ = - 4
4

Didatismo e Conhecimento 11
MATEMÁTICA

1 1 1 ⎛ 1⎞
2 1 3 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
Representa o produto 3 . 3 ou ⎜⎝ ⎟⎠ . Logo, 3 é a raiz CIONAL – VUNESP/2013) De um total de 180 candidatos, 2/5
9 3
estudam inglês, 2/9 estudam francês, 1/3estuda espanhol e o res-
quadrada de 1 .Indica-se 1 = 1
9 9 3 tante estuda alemão. O número de candidatos que estuda alemão é:
A) 6.
Exemplo 3 B) 7.
C) 8.
0,216 Representa o produto 0,6 . 0,6 . 0,6 ou (0,6)3. Logo, 0,6 D) 9.
é a raiz cúbica de 0,216. Indica-se 3 0,216 = 0,6. E) 10.

Assim, podemos construir o diagrama: 4 - (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-


CIONAL – VUNESP/2013) Em um estado do Sudeste, um Agente
de Apoio Operacional tem um salário mensal de: salário­base R$
617,16 e uma gratificação de R$ 185,15. No mês passado, ele fez
N Z Q
8 horas extras a R$ 8,50 cada hora, mas precisou faltar um dia e
foi descontado em R$ 28,40. No mês passado, seu salário totalizou
A) R$ 810,81.
B) R$ 821,31.
Um número racional, quando elevado ao quadrado, dá o C) R$ 838,51.
número zero ou um número racional positivo. Logo, os números D) R$ 841,91.
racionais negativos não têm raiz quadrada em Q. E) R$ 870,31.

O número -100 não tem raiz quadrada em Q, pois tanto -10 5 - (Pref. Niterói) Simplificando a expressão abaixo
9 3
+10 100
como , quando elevados ao quadrado, dão .
3 9 Obtém-se :
Um número racional positivo só tem raiz quadrada no conjunto A) ½
B) 1
dos números racionais se ele for um quadrado perfeito.
C) 3/2
2 D) 2
O número não tem raiz quadrada em Q, pois não existe
3 E) 3
número racional que elevado ao quadrado dê 2 .
3 6 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em um jogo mate-
mático, cada jogador tem direito a 5 cartões marcados com um nú-
Questões mero, sendo que todos os jogadores recebem os mesmos números.
Após todos os jogadores receberem seus cartões, aleatoriamente,
1 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS OPE- realizam uma determinada tarefa que também é sorteada. Vence o
RACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Na escola onde estudo, ¼ dos jogo quem cumprir a tarefa corretamente. Em uma rodada em que
alunos tem a língua portuguesa como disciplina favorita, 9/20 têm a tarefa era colocar os números marcados nos cartões em ordem
a matemática como favorita e os demais têm ciências como favori- crescente, venceu o jogador que apresentou a sequência
ta. Sendo assim, qual fração representa os alunos que têm ciências
como disciplina favorita?
A) 1/4
B) 3/10
C) 2/9
D) 4/5
E) 3/2

2 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014)


Dirce comprou 7 lapiseiras e pagou R$ 8,30, em cada uma delas.
Pagou com uma nota de 100 reais e obteve um desconto de 10
centavos. Quantos reais ela recebeu de troco?
A) R$ 40,00
B) R$ 42,00 7 – (Prof./Prefeitura de Itaboraí) Se x = 0,181818..., então o
C) R$ 44,00 valor numérico da expressão:
D) R$ 46,00
E) R$ 48,00

Didatismo e Conhecimento 12
MATEMÁTICA
A) 34/39 3 - RESPOSTA: “C”.
B) 103/147
C) 104/147
D) 35/49
E) 106/147 Mmc(3,5,9)=45

8 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Mariana abriu seu


cofrinho com 120 moedas e separou-as:
− 1 real: ¼ das moedas O restante estuda alemão: 2/45
− 50 centavos: 1/3 das moedas
− 25 centavos: 2/5 das moedas
− 10 centavos: as restantes
Mariana totalizou a quantia contida no cofre em
A) R$ 62,20. 4 - RESPOSTA: “D”.
B) R$ 52,20.
C) R$ 50,20.
D) R$ 56,20.
E) R$ 66,20.

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Salário foi R$ 841,91.


Numa operação policial de rotina, que abordou 800 pessoas, ve-
rificou-se que 3/4 dessas pessoas eram homens e 1/5 deles foram 5 - RESPOSTA: “B”.
detidos. Já entre as mulheres abordadas, 1/8 foram detidas. 1,3333= 12/9 = 4/3
Qual o total de pessoas detidas nessa operação policial? 1,5 = 15/10 = 3/2
A) 145
B) 185
C) 220
D) 260
E) 120

10 - (PREF. JUNDIAI/SP – AGENTE DE SERVIÇOS 6 - RESPOSTA: “D”.


OPERACIONAIS – MAKIYAMA/2013) Quando perguntado so-
bre qual era a sua idade, o professor de matemática respondeu:
“O produto das frações 9/5 e 75/3 fornece a minha idade!”.
Sendo assim, podemos afirmar que o professor tem:
A) 40 anos.
B) 35 anos.
C) 45 anos.
D) 30 anos. A ordem crescente é :
E) 42 anos. 7 - RESPOSTA: “B”.
Respostas x=0,181818... temos então pela transformação na fração gera-
triz: 18/99 = 2/11, substituindo:
1 - RESPOSTA: “B”.
Somando português e matemática:

O que resta gosta de ciências:


8 - RESPOSTA: “A”.

2 - RESPOSTA: “B”.

Como recebeu um desconto de 10 centavos, Dirce pagou 58


reais
Troco:100-58=42 reais

Didatismo e Conhecimento 13
MATEMÁTICA
Observe que o número de zeros após o algarismo 1 aumenta
a cada passo. Existem infinitos números reais que não são dízimas
periódicas e dois números irracionais muito importantes, são:
Mariana totalizou R$ 62,20.
e = 2,718281828459045...,
9 - RESPOSTA: “A”. Pi () = 3,141592653589793238462643...

Que são utilizados nas mais diversas aplicações práticas


como: cálculos de áreas, volumes, centros de gravidade, previsão
populacional, etc.
Classificação dos Números Irracionais

Existem dois tipos de números irracionais:


Como 3/4 eram homens, 1/4 eram mulheres
- Números reais algébricos irracionais: são raízes de poli-
nômios com coeficientes inteiros. Todo número real que pode ser
ou 800-600=200 mulheres representado através de uma quantidade finita de somas, subtra-
ções, multiplicações, divisões e raízes de grau inteiro a partir dos
números inteiros é um número algébrico, por exemplo,

  .
Total de pessoas detidas: 120+25=145
A recíproca não é verdadeira: existem números algébricos que
10 - RESPOSTA: “C”. não podem ser expressos através de radicais, conforme o teorema
de Abel-Ruffini.

- Números reais transcendentes: não são raízes de polinô-


mios com coeficientes inteiros. Várias constantes matemáticas são
transcendentes, como  pi  ( ) e o  número de Euler  ( ). Pode-se
dizer que existem mais números transcendentes do que números
algébricos (a comparação entre conjuntos infinitos pode ser feita
na teoria dos conjuntos).
Números Irracionais A definição mais genérica de números algébricos e transcen-
dentes é feita usando-se números complexos.
Os números racionais, aqueles que podem ser escritos na for-
ma de uma fração  a/b onde a e b são dois números inteiros, com Identificação de números irracionais
a condição de que b seja diferente de zero, uma vez que sabemos
da impossibilidade matemática da divisão por zero. Fundamentado nas explanações anteriores, podemos afirmar
Vimos também, que todo número racional pode ser escrito na que:
forma de um número decimal periódico, também conhecido como - Todas as dízimas periódicas são números racionais.
dízima periódica. - Todos os números inteiros são racionais.
Vejam os exemplos de números racionais a seguir: - Todas as frações ordinárias são números racionais.
3 / 4 = 0,75 = 0, 750000... - Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
- 2 / 3 = - 0, 666666... - Todas as raízes inexatas são números irracionais.
1 / 3 = 0, 333333... - A soma de um número racional com um número irracional é
2 / 1 = 2 = 2, 0000... sempre um número irracional.
4 / 3 = 1, 333333... - A diferença de dois números irracionais, pode ser um núme-
- 3 / 2 = - 1,5 = - 1, 50000... ro racional.
0 = 0, 000...  
Exemplo:  -  = 0 e 0 é um número racional.
Existe, entretanto, outra classe de números que não podem - O quociente de dois números irracionais, pode ser um nú-
ser escritos na forma de fração a/b, conhecidos como números ir- mero racional.
racionais. 
Exemplo:  :  =  = 2  e 2 é um número racional.
Exemplo - O produto de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
O número real abaixo é um número irracional, embora pareça
uma dízima periódica: x = 0,10100100010000100000... Exemplo:  .  =  = 5 e 5 é um número racional.

Didatismo e Conhecimento 14
MATEMÁTICA
- A união do conjunto dos números irracionais com o conjunto Respostas
dos números racionais, resulta num conjunto denominado conjun- 1 - RESPOSTA: “B”.
to R  dos números reais.
- A interseção do conjunto dos números racionais com o con-
junto dos números irracionais, não possui elementos comuns e, I
portanto,  é igual ao conjunto vazio (  ).

Simbolicamente, teremos:
Q I=R
Q  I = 

Questões
1 - (TRF 2ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2012) Consi-
dere as seguintes afirmações:
I. Para todo número inteiro x, tem-se II

10x=4,4444...
-x=0,4444.....
9x=4
II. x=4/9

III. Efetuando-se obtém-se um


número maior que 5.

Relativamente a essas afirmações, é certo que III

A) I,II, e III são verdadeiras. Portanto, apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.


B) Apenas I e II são verdadeiras.
C) Apenas II e III são verdadeiras. 2 - RESPOSTA: “D”.
D) Apenas uma é verdadeira.
E) I,II e III são falsas.
2 – (DPE/RS – ANALISTA ADMINISTRAÇÃO – FCC/2013)
A soma S é dada por:

Dessa forma, S é igual a

3 - RESPOSTA: “D”.

3 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-


DEC/2013) O resultado do produto: é:
Números Reais
O conjunto dos números reais R é uma expansão do conjunto
B) 2 dos números racionais que engloba não só os inteiros e os
fracionários, positivos e negativos, mas também todos os números
irracionais.
Os números reais são números usados para representar uma
quantidade contínua (incluindo o zero e os negativos). Pode-se
pensar num número real como uma fração decimal possivelmente
infinita, como 3,141592(...). Os números reais têm uma
correspondência biunívoca com os pontos de uma reta.

Didatismo e Conhecimento 15
MATEMÁTICA
Denomina-se corpo dos números reais a coleção dos
elementos pertencentes à conclusão dos racionais, formado pelo
corpo de frações associado aos inteiros (números racionais) e a
norma associada ao infinito.
Existem também outras conclusões dos racionais, uma para
cada número primo p, chamadas números p-ádicos. O corpo dos
números p-ádicos é formado pelos racionais e a norma associada Ordenação dos números Reais
a p! A representação dos números Reais permite definir uma
relação de ordem entre eles. Os números Reais positivos são
Propriedade maiores que zero e os negativos, menores. Expressamos a relação
O conjunto dos números reais com as operações binárias de de ordem da seguinte maneira: Dados dois números Reais a e b, 
soma e produto e com a relação natural de ordem formam um a≤b↔b–a≥0
corpo ordenado. Além das propriedades de um corpo ordenado, R
tem a seguinte propriedade: Se R for dividido em dois conjuntos Exemplo: -15 ≤ ↔ 5 – (-15) ≥ 0
(uma partição) A e B, de modo que todo elemento de A é menor 5 + 15 ≥ 0
que todo elemento de B, então existe um elemento x que separa os
dois conjuntos, ou seja, x é maior ou igual a todo elemento de A e Propriedades da relação de ordem
menor ou igual a todo elemento de B. - Reflexiva: a ≤ a
- Transitiva: a ≤ b e b ≤ c → a ≤ c
- Anti-simétrica: a ≤ b e b ≤ a → a = b
- Ordem total: a < b ou b < a ou a = b 

Expressão aproximada dos números Reais

Ao conjunto formado pelos números Irracionais e pelos


números Racionais chamamos de conjunto dos números Reais. Ao
unirmos o conjunto dos números Irracionais com o conjunto dos
números Racionais, formando o conjunto dos números Reais, todas
as distâncias representadas por eles sobre uma reta preenchem-na
por completo; isto é, ocupam todos os seus pontos. Por isso, essa
reta é denominada reta Real.

Os números Irracionais possuem infinitos algarismos decimais


não-periódicos. As operações com esta classe de números sempre
produzem erros quando não se utilizam todos os algarismos
decimais. Por outro lado, é impossível utilizar todos eles nos
cálculos. Por isso, somos obrigados a usar aproximações, isto é,
cortamos o decimal em algum lugar e desprezamos os algarismos
restantes. Os algarismos escolhidos serão uma aproximação do
número Real. Observe como tomamos a aproximação de e do
número nas tabelas.

Aproximação por
Falta Excesso
Erro menor que π π
1 unidade 1 3 2 4
1 décimo 1,4 3,1 1,5 3,2
Podemos concluir que na representação dos números Reais
1 centésimo 1,41 3,14 1,42 3,15
sobre uma reta, dados uma origem e uma unidade, a cada ponto
da reta corresponde um número Real e a cada número Real 1 milésimo 1,414 3,141 1,415 3,142
corresponde um ponto na reta. 1 décimo de
1,4142 3,1415 1,4134 3,1416
milésimo

Didatismo e Conhecimento 16
MATEMÁTICA
Operações com números Reais

Operando com as aproximações, obtemos uma sucessão de


intervalos fixos que determinam um número Real. É assim que
vamos trabalhar as operações adição, subtração, multiplicação e
divisão. Relacionamos, em seguida, uma série de recomendações
úteis para operar com números Reais:
- Vamos tomar a aproximação por falta.
- Se quisermos ter uma ideia do erro cometido, escolhemos o
mesmo número de casas decimais em ambos os números.
- Se utilizamos uma calculadora, devemos usar a aproximação
máxima admitida pela máquina (o maior número de casas
decimais).
- Quando operamos com números Reais, devemos fazer
constar o erro de aproximação ou o número de casas decimais.
- É importante adquirirmos a idéia de aproximação em função
da necessidade. Por exemplo, para desenhar o projeto de uma casa,
basta tomar medidas com um erro de centésimo.
- Em geral, para obter uma aproximação de n casas decimais,
devemos trabalhar com números Reais aproximados, isto é, com n
+ 1 casas decimais.
Para colocar em prática o que foi exposto, vamos fazer as
quatro operações indicadas: adição, subtração, multiplicação e
divisão com dois números Irracionais. 

Valor Absoluto
Como vimos, o erro  pode ser:
- Por excesso: neste caso, consideramos o erro positivo.
- Por falta: neste caso, consideramos o erro negativo.
Quando o erro é dado sem sinal, diz-se que está dado em valor Questões
absoluto. O valor absoluto de um número a é designado por |a| e
coincide com o número positivo, se for positivo, e com seu oposto, 1 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Um comerciante
se for negativo.  tem 8 prateleiras em seu empório para organizar os produtos de
Exemplo: Um livro nos custou 8,50 reais. Pagamos com uma limpeza. Adquiriu 100 caixas desses produtos com 20 unidades
nota de 10 reais. Se nos devolve 1,60 real de troco, o vendedor cada uma, sendo que a quantidade total de unidades compradas
cometeu um erro de +10 centavos. Ao contrário, se nos devolve será distribuída igualmente entre essas prateleiras. Desse modo,
1,40 real, o erro cometido é de 10 centavos.  cada prateleira receberá um número de unidades, desses produtos,
igual a
A) 40
B) 50
C) 100
D) 160
E) 250
2 - (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA – IN-
DEC/2013) Em uma banca de revistas existem um total de 870
exemplares dos mais variados temas. Metade das revistas é da edi-
tora A, dentre as demais, um terço são publicações antigas. Qual o
número de exemplares que não são da Editora A e nem são antigas?
A) 320
B) 290
C) 435
D) 145

Didatismo e Conhecimento 17
MATEMÁTICA
3 - (TRT 6ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO- ADMINISTRATI- 7 - (UFOP/MG – ADMINISTRADOR DE EDIFICIOS –
VA – FCC/2012) Em uma praia chamava a atenção um catador de UFOP/2013) Uma pessoa caminha 5 minutos em ritmo normal e,
cocos (a água do coco já havia sido retirada). Ele só pegava cocos em seguida, 2 minutos em ritmo acelerado e, assim, sucessivamen-
inteiros e agia da seguinte maneira: o primeiro coco ele coloca te, sempre intercalando os ritmos da caminhada (5 minutos nor-
inteiro de um lado; o segundo ele dividia ao meio e colocava as mais e 2 minutos acelerados). A caminhada foi iniciada em ritmo
metades em outro lado; o terceiro coco ele dividia em três partes normal, e foi interrompida após 55 minutos do início.
iguais e colocava os terços de coco em um terceiro lugar, diferen- O tempo que essa pessoa caminhou aceleradamente foi:
te dos outros lugares; o quarto coco ele dividia em quatro partes A) 6 minutos
iguais e colocava os quartos de coco em um quarto lugar diferente B) 10 minutos
dos outros lugares. No quinto coco agia como se fosse o primeiro C) 15 minutos
coco e colocava inteiro de um lado, o seguinte dividia ao meio, o D) 20 minutos
seguinte em três partes iguais, o seguinte em quatro partes iguais e
seguia na sequência: inteiro, meios, três partes iguais, quatro par- 8 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.
tes iguais. Fez isso com exatamente 59 cocos quando alguém disse IMARUÍ/2014) Sobre o conjunto dos números reais é CORRETO
ao catador: eu quero três quintos dos seus terços de coco e metade dizer:
dos seus quartos de coco. O catador consentiu e deu para a pessoa A) O conjunto dos números reais reúne somente os números
A) 52 pedaços de coco. racionais.
B) 55 pedaços de coco. B) R* é o conjunto dos números reais não negativos.
C) 59 pedaços de coco. C) Sendo A = {-1,0}, os elementos do conjunto A não são
D) 98 pedaços de coco. números reais.
E) 101 pedaços de coco. D) As dízimas não periódicas são números reais.

4 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) 9 - (TJ/SP - AUXILIAR DE SAÚDE JUDICIÁRIO - AU-


A mãe do Vitor fez um bolo e repartiu em 24 pedaços, todos de XILIAR EM SAÚDE BUCAL – VUNESP/2013) Para numerar
mesmo tamanho. A mãe e o pai comeram juntos, ¼ do bolo. O as páginas de um livro, uma impressora gasta 0,001 mL por cada
Vitor e a sua irmã comeram, cada um deles, ¼ do bolo. Quantos algarismo impresso. Por exemplo, para numerar as páginas 7, 58 e
pedaços de bolo sobraram? 290 gasta-se, respectivamente, 0,001 mL, 0,002 mL e 0,003 mL de
A) 4 tinta. O total de tinta que será gasto para numerar da página 1 até a
B) 6 página 1 000 de um livro, em mL, será
C) 8 A) 1,111.
D) 10 B) 2,003.
E) 12 C) 2,893.
D) 1,003.
5 - (UEM/PR – AUXILIAR OPERACIONAL – UEM/2014) E) 2,561.
Paulo recebeu R$1.000,00 de salário. Ele gastou ¼ do salário com
aluguel da casa e 3/5 do salário com outras despesas. Do salário 10 - (BNDES – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CES-
que Paulo recebeu, quantos reais ainda restam? GRANRIO/2013) Gilberto levava no bolso três moedas de R$
A) R$ 120,00 0,50, cinco de R$ 0,10 e quatro de R$ 0,25. Gilberto retirou do
B) R$ 150,00 bolso oito dessas moedas, dando quatro para cada filho.
C) R$ 180,00 A diferença entre as quantias recebidas pelos dois filhos de
D) R$ 210,00 Gilberto é de, no máximo,
E) R$ 240,00 A) R$ 0,45
B) R$ 0,90
C) R$ 1,10
6 - (UFABC/SP – TECNÓLOGO-TECNOLOGIA DA IN- D) R$ 1,15
FORMAÇÃO – VUNESP/2013) Um jardineiro preencheu par- E) R$ 1,35
cialmente, com água, 3 baldes com capacidade de 15 litros cada
um. O primeiro balde foi preenchido com 2/3 de sua capacidade, o Respostas
segundo com 3/5 da capacidade, e o terceiro, com um volume cor-
respondente à média dos volumes dos outros dois baldes. A soma 1 - RESPOSTA: “E”.
dos volumes de água nos três baldes, em litros, é Total de unidades: 100⋅20=2000 unidades
A) 27.
B) 27,5. unidades em cada prateleira.
C) 28.
D) 28,5.
E) 29.

Didatismo e Conhecimento 18
MATEMÁTICA
2 - RESPOSTA: “B”. Terceiro balde:
editora A: 870/2=435 revistas
publicações antigas: 435/3=145 revistas

A soma dos volumes é : 10+9+9,5=28,5 litros

O número de exemplares que não são da Editora A e nem são 7 - RESPOSTA: “C”.
antigas são 290. A caminhada sempre vai ser 5 minutos e depois 2 minutos,
então 7 minutos ao total.
3 - RESPOSTA: “B”. Dividindo o total da caminhada pelo tempo, temos:

Assim, sabemos que a pessoa caminhou 7. (5 minutos +2 mi-


14 vezes iguais nutos) +6 minutos (5 minutos+1 minuto)
Coco inteiro: 14 Aceleradamente caminhou: (7.2)+1➜ 14+1=15 minutos
Metades:14.2=28
Terça parte:14.3=42 8 - RESPOSTA: “D”.
Quarta parte:14.4=56 A) errada - O conjunto dos números reais tem os conjuntos:
3 cocos: 1 coco inteiro, metade dos cocos, terça parte naturais, inteiros, racionais e irracionais.
Quantidade total B) errada – R* são os reais sem o zero.
Coco inteiro: 14+1=15 C) errada - -1 e 0 são números reais.
Metades: 28+2=30
Terça parte:42+3=45 9 - RESPOSTA: “C”.
Quarta parte :56 1 a 9 =9 algarismos=0,001⋅9=0,009 ml
De 10 a 99, temos que saber quantos números tem.
99-10+1=90.
OBS: soma 1, pois quanto subtraímos exclui-se o primeiro
número.
4 - RESPOSTA “B”. 90 números de 2 algarismos: 0,002⋅90=0,18ml

De 100 a 999
999-100+1=900 números
900⋅0,003=2,7ml
Sobrou 1/4 do bolo. 1000=0,004ml
Somando: 0,009+0,18+2,7+0,004=2,893

10 - RESPOSTA: “E”.
Supondo que as quatro primeiras moedas sejam as 3 de R$
5 - RESPOSTA: “B”. 0,50 e 1 de R$ 0,25(maiores valores).
Um filho receberia : 1,50+0,25=R$1,75
Aluguel: E as ouras quatro moedas sejam de menor valor: 4 de R$
0,10=R$ 0,40.
Outras despesas: A maior diferença seria de 1,75-0,40=1,35
Dica: sempre que fala a maior diferença tem que o maior valor
possível – o menor valor.
Restam :1000-850=R$150,00

6 - RESPOSTA: “D”.
Primeiro balde:

Segundo balde:

Didatismo e Conhecimento 19
MATEMÁTICA
Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões
sejam diretamente proporcionais:
2. RELAÇÃO ENTRE GRANDEZAS
(GRANDEZAS DIRETA E INVERSAMENTE 2 8 y
PROPORCIONAIS), RAZÃO, PROPORÇÃO, 3 x 21
REGRA DE TRÊS SIMPLES E COMPOSTA,
PORCENTAGEM, JUROS, Como as sucessões são diretamente proporcionais, as razões
DIVISÃO EM PARTES PROPORCIONAIS são iguais, isto é:
E APLICAÇÕES. 2 8 y
= =
3 x 21
2 8 2 y
= =
Números Diretamente Proporcionais 3 x 3 21
2x = 3 . 8 3y = 2 . 21
Considere a seguinte situação: 2x = 24 3y = 42
24 42
Joana gosta de queijadinha e por isso resolveu aprender x= y=
2 3
a fazê-las. Adquiriu a receita de uma amiga. Nessa receita, os
ingredientes necessários são: x=12 y=14

3 ovos Logo, x = 12 e y = 14
1 lata de leite condensado
1 xícara de leite Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio, César
2 colheres das de sopa de farinha de trigo e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$ 24.000,00,
1 colher das de sobremesa de fermento em pó César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00. Depois de 6
1 pacote de coco ralado meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi repartido entre eles
1 xícara de queijo ralado em partes diretamente proporcionais à quantia investida. Calcular
1 colher das de sopa de manteiga a parte que coube a cada um.

Veja que: Solução:

- Para se fazerem 2 receitas seriam usados 6 ovos para 4 Representando a parte de Júlio por x, a de César por y, e a de
colheres de farinha; Toni por z, podemos escrever:
- Para se fazerem 3 receitas seriam usados 9 ovos para 6
 x + y + z = 32400 
colheres de farinha;  
- Para se fazerem 4 receitas seriam usados 12 ovos para 8  x y z 
 24000 = 27000 = 30000 
colheres de farinha; 
32400

- Observe agora as duas sucessões de números: x y z x+ y+z
= = =
24000 27000 30000 24000
 +
27000
+ 30000

Sucessão do número de ovos: 6 9 12 81000

Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 8


Nessas sucessões as razões entre os termos correspondentes Resolvendo as proporções:
são iguais: x 32400 4
6 3 9 3 12 3 =
= = = 24000 8100010
4 2 6 2 8 2
10x = 96 000
x = 9 600
6 9 12 3
Assim: = = =
y 4
4 6 8 2
=
27000 10
Dizemos, então, que:
10y = 108 000
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente proporcio- y = 10 800
nais aos da sucessão
3 4, 6, 8; z 4
- o número 2 , que é a razão entre dois termos corresponden- =
tes, é chamado fator de proporcionalidade. 3000 10
Duas sucessões de números não-nulos são diretamente pro- 10z = 120 000
porcionais quando as razões entre cada termo da primeira sucessão z = 12 000
e o termo correspondente da segunda sucessão são iguais.

Didatismo e Conhecimento 20
MATEMÁTICA
Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$ 10.800,00 4 . 20 = 16 . x = 8 . y
e Toni, R$ 12.000,00.

Números Inversamente Proporcionais 16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20


16x = 80 8y = 80
Considere os seguintes dados, referentes à produção de sorvete x = 80/16 y = 80/8
por uma máquina da marca x-5: x=5 y = 10

1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min. Logo, x = 5 e y = 10.


2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60 min.
4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30 min. Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20 min. inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4.

Observe agora as duas sucessões de números: Representamos os números procurados por x, y e z. E como as
sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente proporcionais,
Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6 escrevemos:   104

Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20 x y z x y z x+ y+z
= = = = =
Nessas sucessões as razões entre cada termo da primeira 1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ +
sucessão e o inverso do termo correspondente da segunda são 2 3 4 2 3 4 2 3 4
iguais:
1 2 4 6 Como, vem
= = = = 120
1 1 1 1
120 60 30 20

Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.


Dizemos, então, que:
- os números da sucessão 1, 2, 4, 6 são inversamente propor- Grandezas Diretamente Proporcionais
cionais aos da sucessão 120, 60, 30, 20;
- o número 120, que é a razão entre cada termo da primeira Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos cinco
sucessão e o inverso do seu correspondente na segunda, é chamado primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte:
fator de proporcionalidade.
Dias Sacos de açúcar
Observando que
1 5 000
2 10 000
1 4 é mesmo que 4.30=120
é o mesmo que 1.120=120 3 15 000
1 1
20 30 4 20 000
5 25 000
2 é o mesmo que 2.60=120 6 é o mesmo que 6.20= 120 Com base na tabela apresentada observamos que:
1 1
60 20 - duplicando o número de dias, duplicou a produção de
açúcar;
Podemos dizer que: Duas sucessões de números não-nulos são - triplicando o número de dias, triplicou a produção de
inversamente proporcionais quando os produtos de cada termo da açúcar, e assim por diante.
primeira sucessão pelo termo correspondente da segunda sucessão
são iguais. Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e produção são
diretamente proporcionais.
Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões Observe também que, duas a duas, as razões entre o número de
sejam inversamente proporcionais: dias e o número de sacos de açúcar são iguais:

4 x 8
20 16 y

Para que as sucessões sejam inversamente proporcionais, os


produtos dos termos correspondentes deverão ser iguais. Então
devemos ter:

Didatismo e Conhecimento 21
MATEMÁTICA
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são diretamente Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas são
proporcionais quando a razão entre os valores da primeira é igual inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da
à razão entre os valores da segunda. primeira é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda.
Acompanhe o exemplo a seguir:
Tomemos agora outro exemplo.
Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz 70l de Cinco máquinas iguais realizam um trabalho em 36 dias. De
álcool. acordo com esses dados, podemos supor que:
De acordo com esses dados podemos supor que:
- o dobro do número de máquinas realiza o mesmo trabalho na
- com o dobro do número de toneladas de cana, a usina produza metade do tempo, isto é, 18 dias;
o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l; - o triplo do número de máquinas realiza o mesmo trabalho na
- com o triplo do número de toneladas de cana, a usina produza terça parte do tempo, isto é, 12 dias.
o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l. Então concluímos que as grandezas quantidade de máquinas
e tempo são inversamente proporcionais.
Então concluímos que as grandezas quantidade de cana-de-
açúcar e número de litros de álcool são diretamente proporcionais.
Questões
Grandezas Inversamente Proporcionais
1 - (PGE/BA – ASSISTENTE DE PROCURADORIA –
Considere uma moto cuja velocidade média e o tempo gasto FCC/2013) Uma faculdade irá inaugurar um novo espaço para sua
para percorrer determinada distância encontram-se na tabela: biblioteca, composto por três salões. Estima-se que, nesse espaço,
Velocidade Tempo poderão ser armazenados até 120.000 livros, sendo 60.000 no sa-
lão maior, 15.000 no menor e os demais no intermediário. Como
30 km/h 12 h a faculdade conta atualmente com apenas 44.000 livros, a biblio-
60 km/h 6h tecária decidiu colocar, em cada salão, uma quantidade de livros
90 km/h 4h diretamente proporcional à respectiva capacidade máxima de ar-
mazenamento. Considerando a estimativa feita, a quantidade de
120 km/h 3h livros que a bibliotecária colocará no salão intermediário é igual a
A) 17.000.
Com base na tabela apresentada observamos que: B) 17.500.
C) 16.500.
- duplicando a velocidade da moto, o número de horas fica D) 18.500.
reduzido à metade; E) 18.000.
- triplicando a velocidade, o número de horas fica reduzido à
terça parte, e assim por diante. 2 - (PREF. PAULISTANA/PI – PROFESSOR DE MATE-
MÁTICA – IMA/2014) Uma herança de R$ 750.000,00 deve ser
Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e tempo são repartida entre três herdeiros, em partes proporcionais a suas ida-
inversamente proporcionais. des que são de 5, 8 e 12 anos. O mais velho receberá o valor de:
A) R$ 420.000,00
Observe que, duas a duas, as razões entre os números que B) R$ 250.000,00
indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões que indicam C) R$ 360.000,00
o tempo: D) R$ 400.000,00
30 6 E) R$ 350.000,00
= inverso da razão 12
60 12 6
3 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS-
30 4 TRATIVO – FCC/2014) Uma empresa foi constituída por três só-
= inverso da razão 12 cios, que investiram, respectivamente, R$60.000,00, R$40.000,00
90 12 4
e R$20.000,00. No final do primeiro ano de funcionamento, a em-
30 3 12 presa obteve um lucro de R$18.600,00 para dividir entre os sócios
= inverso da razão em quantias diretamente proporcionais ao que foi investido. O só-
120 12 3
cio que menos investiu deverá receber
60 4 6 A) R$2.100,00.
= inverso da razão B) R$2.800,00.
90 6 4
C) R$3.400,00.
60 3 D) R$4.000,00.
= inverso da razão 6 E) R$3.100,00.
120 6 3

90 3 inverso da razão 4
=
120 6 3

Didatismo e Conhecimento 22
MATEMÁTICA
4 - (METRÔ/SP - AGENTE DE SEGURANÇA METRO- A) 112
VIÁRIA I - FCC/2013) Um mosaico foi construído com triângu- B) 126
los, quadrados e hexágonos. A quantidade de polígonos de cada C) 144
tipo é proporcional ao número de lados do próprio polígono. Sabe- D) 152
-se que a quantidade total de polígonos do mosaico é 351. A quan- E) 164
tidade de triângulos e quadrados somada supera a quantidade de
hexágonos em RESPOSTAS
A) 108.
B) 27. 1 - RESPOSTA: “C”.
C) 35. Como é diretamente proporcional, podemos analisar da se-
D) 162. guinte forma:
E) 81. No salão maior, percebe-se que é a metade dos livros, no salão
menor é 1/8 dos livros.
5 - (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- Então, como tem 44.000 livros, no salão maior ficará com
NESP/2014) Foram construídos dois reservatórios de água. A ra- 22.000 e no salão menor é 5.500 livros.
zão entre os volumes internos do primeiro e do segundo é de 2 para 22000+5500=27500
5, e a soma desses volumes é 14m³. Assim, o valor absoluto da Salão intermediário:44.000-27.500=16.500 livros.
diferença entre as capacidades desses dois reservatórios, em litros,
é igual a 2 - RESPOSTA: “C”.
A) 8000. 5x+8x+12x=750.000
B) 6000. 25x=750.000
C) 4000. X=30.000
D) 6500. O mais velho receberá:12⋅30000=360.000,00
E) 9000.
3 - RESPOSTA: “E”.
6 – (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI- 20000 :40000 :60000
NISTRATIVO – FCC/2014) Na tabela abaixo, a sequência de nú- 1: 2: 3
meros da coluna A é inversamente proporcional à sequência de k+2k+3k=18600
números da coluna B. 6k=18600
k=3100
O sócio que investiu R$20.000,00 receberá R$3.100,00.

4 - RESPOSTA: “B”.

A letra X representa o número

A) 90.
B) 80.
C) 96.
D) 84.
E) 72.

7 - (SAMU/SC – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO –


SPDM/2012) Carlos dividirá R$ 8.400,00 de forma inversamente 189-162= 27
proporcional à idade de seus dois filhos: Marcos, de12 anos, e Fá-
bio, de 9 anos. O valor que caberá a Fábio será de: 5 - RESPOSTA: “B”.
A) R$ 3.600,00 Primeiro:2k
B) R$ 4.800,00 Segundo:5k
C) R$ 7.000,00 2k+5k=14
D) R$ 5.600,00 7k=14
K=2
8 - (TRT – FCC) Três técnicos judiciários arquivaram um to- Primeiro=2.2=4
tal de 382 processos, em quantidades inversamente proporcionais Segundo=5.2=10
as suas respectivas idades: 28, 32 e 36 anos. Nessas condições, é Diferença=10-4=6m³
correto afirmar que o número de processos arquivados pelo mais
velho foi:

Didatismo e Conhecimento 23
MATEMÁTICA
1m³------1000L 3
6--------x a) A fração lê-se: “três quintos”.
X=6000 l 5
6 - RESPOSTA: “B”. 3
b) A razão lê-se: “3 para 5”.
5
Os termos da razão recebem nomes especiais.
O número 3 é numerador
3
a) Na fração
5
O número 5 é denominador
X=80
O número 3 é antecedente
7 - RESPOSTA: “B”.
Marcos: a a) Na razão 3
Fábio: b 5 O número 5 é consequente
a+b=8400
b=4800 Exemplo 1

A razão entre 20 e 50 é 20 = 2 ; já a razão entre 50 e 20 é


50 5 . 50 5
=
20 2
Exemplo 2

Numa classe de 42 alunos há 18 rapazes e 24 moças.


18 3A razão
entre o número de rapazes e o número de moças é = , o que
significa que para “cada 3 rapazes há 4 moças”. Por24 outro
4 lado,
a18
razão3 entre o número de rapazes e o total de alunos é dada por
= , o que equivale a dizer que “de cada 7 alunos na classe,
342 7
são rapazes”.

8 - RESPOSTA “A”. Razão entre grandezas de mesma espécie

A razão entre duas grandezas de mesma espécie é o quociente


dos números que expressam as medidas dessas grandezas numa
mesma unidade.
Exemplo

Uma sala tem 18 m2. Um tapete que ocupar o centro dessa


sala mede 384 dm2. Vamos calcular a razão entre a área do tapete
e a área da sala.
382 ➜Somamos os inversos dos números, ou seja: Primeiro, devemos transformar as duas grandezas em uma
mesma unidade:
. Dividindo-se os denominadores por 4, ficamos Área da sala: 18 m2 = 1 800 dm2
com: Área do tapete: 384 dm2
Estando as duas áreas na mesma unidade, podemos escrever
= . Eliminando-se os deno- a razão:
minadores, temos  191 que corresponde a uma soma. Dividindo-se
384dm 2 384 16
a soma pela soma: 2
= =
1800dm 1800 75
Razão
Razão entre grandezas de espécies diferentes
Sejam dois números reais a e b, com b ≠ 0. Chama-se razão
entre a e b (nessa ordem) o quociente a b, ou . Exemplo 1
A razão é representada por um número racional, mas é lida de
modo diferente. Considere um carro que às 9 horas passa pelo quilômetro 30
de uma estrada e, às 11 horas, pelo quilômetro 170.
Exemplos

Didatismo e Conhecimento 24
MATEMÁTICA
Distância percorrida: 170 km – 30 km = 140 km
Tempo gasto: 11h – 9h = 2h Proporção

Calculamos a razão entre a distância percorrida e o tempo A igualdade entre duas razões recebe o nome de proporção.
gasto para isso: 3 6
Na proporção 5 = 10 (lê-se: “3 está para 5 assim como 6
140km está para 10”), os números 3 e 10 são chamados extremos, e os
= 70km / h
2h números 5 e 6 são chamados meios.

A esse tipo de razão dá-se o nome de velocidade média. Observemos que o produto 3 x 10 = 30 é igual ao produto 5 x 6
= 30, o que caracteriza a propriedade fundamental das proporções:
Observe que:
- as grandezas “quilômetro e hora” são de naturezas diferen- “Em toda proporção, o produto dos meios é igual ao pro-
tes; duto dos extremos”.
- a notação km/h (lê-se: “quilômetros por hora”) deve acom- Exemplo 1
panhar a razão.
2 6
Exemplo 2 Na proporção = , temos 2 x 9 = 3 x 6 = 18;
3 9
A Região Sudeste (Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janei- e em 1 = 4 , temos 4 x 4 = 1 x 16 = 16.
ro e São Paulo) tem uma área aproximada de 927 286 km2 e uma 4 16
população de 66 288 000 habitantes, aproximadamente, segundo
estimativas projetadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Es- Exemplo 2
tatística (IBGE) para o ano de 1995.
Na bula de um remédio pediátrico recomenda-se a seguinte
Dividindo-se o número de habitantes pela área, obteremos o dosagem: 5 gotas para cada 2 kg do “peso” da criança.
número de habitantes por km2 (hab./km2): Se uma criança tem 12 kg, a dosagem correta x é dada por:

6628000 5gotas x
≅ 71,5hab. / km 2 = → x = 30gotas
927286 2kg 12kg

A esse tipo de razão dá-se o nome de densidade demográfica. Por outro lado, se soubermos que foram corretamente minis-
A notação hab./km2 (lê-se: ”habitantes por quilômetro quadra- tradas 20 gotas a uma criança, podemos concluir que seu “peso”
do”) deve acompanhar a razão. é 8 kg, pois:

Exemplo 3 5gotas
= 20gotas / p → p = 8kg
2kg
Um carro percorreu, na cidade, 83,76 km com 8 L de gasolina.
Dividindo-se o número de quilômetros percorridos pelo número de (nota: o procedimento utilizado nesse exemplo é comumente
litros de combustível consumidos, teremos o número de quilôme- chamado de regra de três simples.)
tros que esse carro percorre com um litro de gasolina:
Propriedades da Proporção
83, 76km
≅ 10, 47km / l
8l O produto dos extremos é igual ao produto dos meios: essa
propriedade possibilita reconhecer quando duas razões formam ou
A esse tipo de razão dá-se o nome de consumo médio. não uma proporção.
A notação km/l (lê-se: “quilômetro por litro”) deve acompa-
nhar a razão. 4 12
e
3 9 formam uma proporção, pois
Exemplo 4
Produtos dos extremos ← 4.9
 = 3.12
 → Produtos dos meios.
Uma sala tem 8 m de comprimento. Esse comprimento é re- 36 36

presentado num desenho por 20 cm. Qual é a escala do desenho? A soma dos dois primeiros termos está para o primeiro (ou
para o segundo termo) assim como a soma dos dois últimos está
comprimento i no i desenho 20cm 20cm 1 para o terceiro (ou para o quarto termo).
Escala = = = = ou1 : 40
comprimento i real 8m 800cm 40
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14
= ⇒⎨ = ⇒ =
A razão entre um comprimento no desenho e o correspondente 2 4 ⎩ 5 10 5 10
comprimento real, chama-se Escala.

Didatismo e Conhecimento 25
MATEMÁTICA
ou A) 72
B) 86
5 10 ⎧ 5 + 2 10 + 4 7 14 C) 94
= ⇒⎨ = ⇒ =
2 4 ⎩ 2 4 2 4 D) 105
E) 112
A diferença entre os dois primeiros termos está para o primei-
ro (ou para o segundo termo) assim como a diferença entre os dois 3 - (PREF. NEPOMUCENO/MG – TÉCNICO EM SEGU-
últimos está para o terceiro (ou para o quarto termo). RANÇA DO TRABALHO – CONSULPLAN/2013) Num zooló-
gico, a razão entre o número de aves e mamíferos é igual à razão
4 8 4 − 3 8 − 6 1 2 entre o número de anfíbios e répteis. Considerando que o número
= ⇒ = ⇒ =
3 6  4 8 4 8 de aves, mamíferos e anfíbios são, respectivamente, iguais a 39, 57
e 26, quantos répteis existem neste zoológico?
ou A) 31
4 8 B) 34
4 − 3 8 − 6 1 2
= ⇒ = ⇒ = C) 36
3 6  3 6 3 6 D) 38
A soma dos antecedentes está para a soma dos consequentes E) 43
assim como cada antecedente está para o seu consequente. 4 - (TRT - Técnico Judiciário) Na figura abaixo, os pontos E e
F dividem o lado AB do retângulo ABCD em segmentos de mesma
12 3 ⎧12 + 3 12 15 12 medida.
= ⇒⎨ = ⇒ =
8 2 ⎩ 8+2 8 10 8

ou
12 3 ⎧12 + 3 3 15 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
8 2 ⎩ 8 + 2 2 10 2

A diferença dos antecedentes está para a diferença dos conse-


quentes assim como cada antecedente está para o seu consequente.

3 1 ⎧ 3−1 3 2 3
= ⇒⎨ = ⇒ =
15 5 ⎩15 − 5 15 10 15 A razão entre a área do triângulo (CEF) e a área do retângulo é:
a) 1/8
ou b) 1/6
3 1 ⎧ 3−1 1 2 1 c) 1/2
= ⇒⎨ = ⇒ = d) 2/3
15 5 ⎩15 − 5 5 10 5 e) 3/4

Questões 5 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Na bi-


blioteca de uma faculdade, a relação entre a quantidade de livros
1 - (VUNESP - AgSegPenClasseI-V1 - 2012) – Em um con- e de revistas era de 1 para 4. Com a compra de novos exemplares,
curso participaram 3000 pessoas e foram aprovadas 1800. A razão essa relação passou a ser de 2 para 3.
do número de candidatos aprovados para o total de candidatos par- Assinale a única tabela que está associada corretamente a essa
ticipantes do concurso é: situação.
A) 2/3
B) 3/5 A)
C) 5/10 Nº de livros Nº de revistas
D) 2/7
E) 6/7 Antes da compra 50 200
Após a compra 200 300
2 – (VNSP1214/001-AssistenteAdministrativo-I – 2012)
– Em uma padaria, a razão entre o número de pessoas que tomam B)
café puro e o número de pessoas que tomam café com leite, de
Nº de livros Nº de revistas
manhã, é 2/3. Se durante uma semana, 180 pessoas tomarem café
de manhã nessa padaria, e supondo que essa razão permaneça a Antes da compra 50 200
mesma, pode-se concluir que o número de pessoas que tomarão Após a compra 300 200
café puro será:

Didatismo e Conhecimento 26
MATEMÁTICA
C)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 50
Após a compra 200 300

D)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 50
Após a compra 300 200

E)
Nº de livros Nº de revistas
Antes da compra 200 200
Após a compra 50 300

6 - (CREFITO/SP – ALMOXARIFE – VUNESP/2012) Uma rede varejista teve um faturamento anual de 4,2 bilhões de reais com
240 lojas em um estado. Considerando que esse faturamento é proporcional ao número de lojas, em outro estado em que há 180 lojas, o
faturamento anual, em bilhões de reais, foi de
A) 2,75
B) 2,95
C) 3,15
D) 3,35
E) 3,55

7 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF. IMARUÍ/2014) De cada dez alunos de uma sala de aula, seis são do sexo fe-
minino. Sabendo que nesta sala de aula há dezoito alunos do sexo feminino, quantos são do sexo masculino?
A) Doze alunos.
B) Quatorze alunos.
C) Dezesseis alunos.
D) Vinte alunos.

8 - (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO – VUNESP/2013) Em um dia de muita chuva e trânsito caótico, 2/5 dos alunos
de certa escola chegaram atrasados, sendo que 1/4 dos atrasados tiveram mais de 30 minutos de atraso. Sabendo que todos os demais alunos
chegaram no horário, pode-se afirmar que nesse dia, nessa escola, a razão entre o número de alunos que chegaram com mais de 30 minutos
de atraso e número de alunos que chegaram no horário, nessa ordem, foi de
A) 2:3
B) 1:3
C) 1:6
D) 3:4
E) 2:5

9 - (PMPP1101/001-Escriturário-I-manhã – 2012) – A razão entre as idades de um pai e de seu filho é hoje de 5/2. Quando o filho
nasceu, o pai tinha 21 anos. A idade do filho hoje é de
A) 10 anos
B) 12 anos
C) 14 anos
D) 16 anos
E) 18 anos

10 - (FAPESP – ANALISTA ADMINISTRATIVO – VUNESP/2012) Em uma fundação, verificou-se que a razão entre o número de
atendimentos a usuários internos e o número de atendimento total aos usuários (internos e externos), em um determinado dia, nessa ordem,
foi de 3/5. Sabendo que o número de usuários externos atendidos foi 140, pode-se concluir que, no total, o número de usuários atendidos foi
A) 84
B) 100
C) 217
D) 280
E) 350

Didatismo e Conhecimento 27
MATEMÁTICA
Respostas

1 – Resposta “B”

2 – Resposta “A”
Sejam CP e CL o número de pessoas que consumiram café puro e café com leite respectivamente. Como na semana o número total de
pessoas que consumiram café foi de 180, temos que:

CP+CL = 180

A relação encontrada entre eles é de ; assim aplicando a propriedade da proporção teremos:

  180.2 = CP.5  CP =  CP = 72

3 - RESPOSTA: “D”

Aplicando-se o produto dos meios pelos extremos temos:

4 - Resposta “B”

5 - RESPOSTA: “A”
Para cada 1 livro temos 4 revistas
Significa que o número de revistas é 4x o número de livros.
50 livros: 200 revistas

Depois da compra
2 livros :3 revistas
200 livros: 300 revistas

Didatismo e Conhecimento 28
MATEMÁTICA
6 - RESPOSTA: “C”

240.x = 4,2.180 → 240x = 756 → x = 3,15 bilhões

7 - RESPOSTA: “A”
Como 6 são do sexo feminino, 4 são do sexo masculino(10-6 = 4) .Então temos a seguinte razão:

 6x = 72  x = 12

8- RESPOSTA: “C”

Se 2/5 chegaram atrasados

chegaram no horário

tiveram mais de 30 minutos de atraso

9 – RESPOSTA: “C”

A razão entre a idade do pai e do filho é respectivamente , se quando o filho nasceu o pai tinha 21, significa que hoje o pai tem x
+ 21 , onde x é a idade do filho. Montando a proporção teremos:

10 - RESPOSTA: “E”
Usuários internos: I
Usuários externos : E

 5I = 3I+420 2I = 420 I = 210

I+E = 210+140 = 350

Didatismo e Conhecimento 29
MATEMÁTICA
Divisão proporcional

A divisão proporcional é muito usada em situações relacionadas à matemática financeira, contabilidade, administração, na divisão de
lucros e prejuízos proporcionais a valores investidos.
Ex: 1. Manuela, Jose e Alberto resolveram formar uma sociedade e abriram uma empresa que, ao fim de um ano deu lucro de R$
660 000,00. Para abrir a empresa Manuela investiu R$ 40 000,00, José R$ 50 000,00 e Alberto R$ 30 000,00. Como esse lucro deverá ser
dividido entre os sócios para que cada um receba uma quantia proporcional ao investimento inicial?
Resolução: M, J e A são as quantias que os sócios devem receber .

M J A M +J+A 660000
= = = = = 5,5
40000 50000 30000 40000 + 50000 + 30000 120000

M
= 5,5 , logo M=R$ 220 000,00
40000

J
= 5,5 logo J=R$ 275 000,00
50000
A
= 5,5 logo A=R$ 165 000,00
30000

Resposta: Manuela receberá R$ 220 000,00: Jose receberá R$ 275 000,00 e Alberto receberá R$ 165 000,00

Ex: 2. Um professor tem 171 figurinhas para distribuir aos quatro alunos que menos faltaram durante o semestre. Para ser justo, a di-
visão deverá ser feita de forma inversamente proporcional ao número de faltas de cada um. João faltou 4 vezes, Ana faltou 3, Marcos faltou
2 e Cintia faltou 2. Quanto deve receber cada aluno?

Resolução: Sejam J, A, M e C as quantias que cada um deve receber.

4J=3A=2M=2C=108
4J=108
J=27
3A=108
A=36 Resposta: João recebeu 27 figurinhas, Ana recebeu 36, Marcos recebeu
2M=108 54 e Cintia 54.
M=54
2C=108
C=54
Problemas

1. Decidi dividir R$ 247,00 entre meus dois filhos de modo proporcional às suas idades. O mais velho tem onze anos e o mais novo tem
oito. Quantos reais devo dar a cada um?

2. Três profissionais com a mesma capacidade de trabalho, devem executar uma tarefa por R$ 1800,00. O primeiro deles, porém, tra-
balhou apenas três dias, o segundo, quatro, e o terceiro trabalhou 5 dias. Para que o pagamento seja justo quanto deverá receber cada um?

3. Três trabalhadores devem dividir 1200 reais referentes ao pagamento de um serviço realizado. Eles trabalharam 2, 3 e 5 dias respec-
tivamente e devem receber uma quantia diretamente proporcional ao número de dias trabalhados. Quanto deverá receber cada um?

4. Dois ambulantes obtiveram R$ 1560,00 pela venda de certas mercadorias. Esta quantia deve ser dividida entre eles em partes direta-
mente proporcionais a 5 e 7 respectivamente. Quanto irá receber cada um?

Didatismo e Conhecimento 30
MATEMÁTICA
5. Os três jogadores mais disciplinados de um campeonato de futebol amador irão receber um prêmio de R$ 3340,00 rateados em partes
inversamente proporcionais ao número de faltas cometidas em todo o campeonato. Os jogadores cometeram 5, 7 e 11 faltas. Qual a premia-
ção referente a cada um deles respectivamente?
6. Para estimular a frequência às aulas, um professor resolveu distribuir a título de premio aos alunos, 60 CD’s para suas 3 classes,
repartidas em partes inversamente proporcionais ao número de faltas ocorridas durante o mês em cada uma das classe. Após esse período,
ele constatou que houve 8, 12 e 24 faltas totais respectivamente nas classes A, B e C. Quantos CD’s devem ser entregues para cada classe?

Respostas

1. 143 reais para o mais velho e 104 reais para o mais novo.

2. O primeiro receberá 450 reais, o segundo 600 reais e o terceiro 750 reais

3. O que trabalhou 2 dias recebeu 240 reais, 3 dias recebeu 360 reais e por 5 dias 600 reais

4. 910 proporcional a 7 e 650 proporcional a 5

5A=7B=11C=7700

5A=7700

A= ⇒ A = 1540

7B=7700
B= ⇒ B = 1100

11C=7700

C= ⇒ C = 700

5 faltas recebeu 1540 reais, 7 faltas recebeu 1100 reais e 11 faltas 700 reais.

6. Classe A 30 CD’s, classe B 20 CD’s e classe C 10 CD’s

Regra de Três Simples

Os problemas que envolvem duas grandezas diretamente ou inversamente proporcionais podem ser resolvidos através de um processo
prático, chamado regra de três simples.

Exemplo 1: Um carro faz 180 km com 15L de álcool. Quantos litros de álcool esse carro gastaria para percorrer 210 km?

Solução:
O problema envolve duas grandezas: distância e litros de álcool.
Indiquemos por x o número de litros de álcool a ser consumido.
Coloquemos as grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas de espécies diferentes que se correspondem em
uma mesma linha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15
210 x
Na coluna em que aparece a variável x (“litros de álcool”), vamos colocar uma flecha:
Distância (km) Litros de álcool
180 15  
210 x

Didatismo e Conhecimento 31
MATEMÁTICA
Observe que, se duplicarmos a distância, o consumo de álcool Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um
também duplica. Então, as grandezas distância e litros de álcool competidor, imprimindo velocidade média de 200 km/h, faz o
são diretamente proporcionais. No esquema que estamos mon- percurso em 18 segundos. Se sua velocidade fosse de 240 km/h,
tando, indicamos esse fato colocando uma flecha na coluna “dis- qual o tempo que ele teria gasto no percurso?
tância” no mesmo sentido da flecha da coluna “litros de álcool”: Vamos representar pela letra x o tempo procurado.
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade
(200 km/h e 240 km/h) com dois valores da grandeza tempo (18
Distância (km) Litros de álcool s e x s).
180 15 Queremos determinar um desses valores, conhecidos os
210 x outros três.

mesmo sentido Velocidade Tempo gasto para fazer o percurso


Armando a proporção pela orientação das flechas, temos: 200 km/h 18 s
240 km/h x
180 6 15
= 6x = 7 . 15 6x = 105 x = 105 x=
210 7 x 17,5 6 Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto
para fazer o percurso cairá para a metade; logo, as grandezas são
inversamente proporcionais. Assim, os números 200 e 240 são
Resposta: O carro gastaria 17,5 L de álcool. inversamente proporcionais aos números 18 e x.
Daí temos:
Exemplo 2: Viajando de automóvel, à velocidade de 60 km/h, 200 . 18 = 240 . x
eu gastaria 4 h para fazer certo percurso. Aumentando a velocidade 3 600 = 240x
para 80 km/h, em quanto tempo farei esse percurso? 240x = 3 600
Solução: Indicando por x o número de horas e colocando as x = 3600
grandezas de mesma espécie em uma mesma coluna e as grandezas 240
de espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha, x = 15
temos:
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em
Velocidade (km/h) Tempo (h) 200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o percurso.
60 4
80 x Regra de Três Composta

Na coluna em que aparece a variável x (“tempo”), vamos O processo usado para resolver problemas que envolvem mais
colocar uma flecha: de duas grandezas, diretamente ou inversamente proporcionais, é
chamado regra de três composta.
Velocidade (km/h) Tempo (h)
60 4 Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças.
80 x Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam 300
dessas peças?
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica Solução: Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade e grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas de
tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha.
fato é indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha Na coluna em que aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma
em sentido contrário ao da flecha da coluna “tempo”: flecha:

Velocidade (km/h) Tempo (h) Máquinas Peças Dias


60 4 8 160 4  
80 x 6 300 x
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No
sentidos contrários nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna “peças”
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:
flechas. Assim, temos: Máquinas Peças Dias
4 80 4 8 160 4
= 12
4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3 6 300 x
x 60 3 4
Resposta: Farei esse percurso em 3 h. Mesmo sentido

Didatismo e Conhecimento 32
MATEMÁTICA
As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais
(duplicando o número de máquinas, o número de dias fica reduzido
à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na
coluna (máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da
coluna “dias”:
Máquinas Peças Dias
8 160 4
6 300 x

Sentidos contrários
Como já haviam 210 pessoas trabalhando, logo 315 – 210 =
Agora vamos montar
4 a proporção, igualando a razão que 105 pessoas.
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
x
segundo a orientação das flechas  6 160  : Reposta: Devem ser contratados 105 pessoas.
 . 
4 6 2 160 8
1
 8 300 
= . Questões
x 81 30015 1 – (FUNDAÇÃO CASA – AGENTE DE APOIO OPERA-
5

4 2 CIONAL – VUNESP/2013) Um atleta está treinando para fazer


= 4 2.5
=> 2x = 4 . 5 a x = => x = 10 1 500 metros em 5 minutos. Como ele pretende manter um ritmo
x 5 21 sempre constante, deve fazer cada 100 metros em
A) 15 segundos.
Resposta: Em 10 dias. B) 20 segundos.
C) 22 segundos.
D) 25 segundos.
Exemplo 2: Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pa- E) 30 segundos.
vimentar uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de ser-
viço, apenas 75 km estavam pavimentados. Quantos empregados 2 – (SAP/SP – AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁ-
ainda devem ser contratados para que a obra seja concluída no RIA DE CLASSE I – VUNESP/2013) Uma máquina demora 1
tempo previsto? hora para fabricar 4 500 peças. Essa mesma máquina, mantendo o
mesmo funcionamento, para fabricar 3 375 dessas mesmas peças,
Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada. irá levar
A) 55 min.
Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x. B) 15 min.
C) 35 min.
D) 1h 15min.
E) 45 min.

3 - (PREF. IMARUÍ – AGENTE EDUCADOR – PREF.


IMARUÍ/2014) Manoel vendeu seu carro por R$27.000,00(vinte
Sentido contrário
e sete mil reais) e teve um prejuízo de 10%(dez por cento) sobre o
valor de custo do tal veículo, por quanto Manoel adquiriu o carro
em questão?
As grandezas “pessoas” e “tempo” são inversamente
A) R$24.300,00
proporcionais (duplicando o número de pessoas, o tempo fica re- B) R$29.700,00
duzido à metade). No nosso esquema isso será indicado colocan- C) R$30.000,00
do-se na coluna “tempo” uma flecha no sentido contrário ao da D)R$33.000,00
flecha da coluna “pessoas”: E) R$36.000,00
4 - (DNOCS -2010) Das 96 pessoas que participaram de uma
festa de Confraternização dos funcionários do Departamento Na-
cional de Obras Contra as Secas, sabe-se que 75% eram do sexo
masculino. Se, num dado momento antes do término da festa, foi
constatado que a porcentagem dos homens havia se reduzido a
60% do total das pessoas presentes, enquanto que o número de
mulheres permaneceu inalterado, até o final da festa, então a quan-
tidade de homens que haviam se retirado era?
A) 36.
As grandezas “pessoas” e “estrada” são diretamente propor- B) 38.
cionais. No nosso esquema isso será indicado colocando-se na co- C) 40.
luna “estrada” uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna D) 42.
“pessoas”: E) 44.

Didatismo e Conhecimento 33
MATEMÁTICA
5 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Em uma maquete, 10 – (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA-
uma janela de formato retangular mede 2,0 cm de largura por 3,5 MA/2013) Os 5 funcionários de uma padaria produzem, utilizando
cm de comprimento. No edifício, a largura real dessa janela será de três fornos, um total de 2500 pães ao longo das 10 horas de sua
1,2 m. O comprimento real correspondente será de: jornada de trabalho. No entanto, o dono de tal padaria pretende
A) 1,8 m contratar mais um funcionário, comprar mais um forno e reduzir a
B) 1,35 m jornada de trabalho de seus funcionários para 8 horas diárias. Con-
C) 1,5 m siderando que todos os fornos e funcionários produzem em igual
D) 2,1 m quantidade e ritmo, qual será, após as mudanças, o número de pães
E) 2,45 m produzidos por dia?
A) 2300 pães.
6 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINIS- B) 3000 pães.
TRATIVO – FCC/2014) O trabalho de varrição de 6.000 m² de C) 2600 pães.
calçada é feita em um dia de trabalho por 18 varredores traba- D) 3200 pães.
lhando 5 horas por dia. Mantendo-se as mesmas proporções, 15 E) 3600 pães.
varredores varrerão 7.500 m² de calçadas, em um dia, trabalhando
por dia, o tempo de Respostas
A) 8 horas e 15 minutos. 1- RESPOSTA: “B”
B) 9 horas. Como as alternativas estão em segundo, devemos trabalhar
C) 7 horas e 45 minutos. com o tempo em segundo.
D) 7 horas e 30 minutos. 1 minuto = 60 segundos ; logo 5minutos = 60.5 = 300 segun-
E) 5 horas e 30 minutos. dos

7 – (PREF. CORBÉLIA/PR – CONTADOR – FAUEL/2014) Metro Segundos


Uma equipe constituída por 20 operários, trabalhando 8 horas por 1500 ----- 300
dia durante 60 dias, realiza o calçamento de uma área igual a 4800 100 ----- x
m². Se essa equipe fosse constituída por 15 operários, trabalhando
10 horas por dia, durante 80 dias, faria o calçamento de uma área Como estamos trabalhando com duas grandezas diretamente
igual a: proporcionais temos:
A) 4500 m²
B) 5000 m²
C) 5200 m²
D) 6000 m²
E) 6200 m² 15.x = 300.1 ➜ 15x = 300 ➜ x = 20 segundos

8 – (PC/SP – OFICIAL ADMINISTRATIVO – VU- 2- RESPOSTA: “E”.


NESP/2014) Dez funcionários de uma repartição trabalham 8 ho- Peças Tempo
ras por dia, durante 27 dias, para atender certo número de pessoas. 4500 ----- 1 h
Se um funcionário doente foi afastado por tempo indeterminado e 3375 ----- x
outro se aposentou, o total de dias que os funcionários restantes le-
varão para atender o mesmo número de pessoas, trabalhando uma Como estamos trabalhando com duas grandezas diretamente
hora a mais por dia, no mesmo ritmo de trabalho, será: proporcionais temos:
A) 29.
B) 30.
C) 33.
D) 28.
E) 31. 4500.x = 3375.1 ➜ x = 0,75 h
9 - (TRF 3ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2014) Sabe- Como a resposta esta em minutos devemos achar o correspon-
-se que uma máquina copiadora imprime 80 cópias em 1 minuto dente em minutos
e 15 segundos. O tempo necessário para que 7 máquinas copiado- Hora Minutos
ras, de mesma capacidade que a primeira citada, possam imprimir 1 ------ 60
3360 cópias é de 0,75 ----- x
A) 15 minutos. 1.x = 0,75.60 ➜ x = 45 minutos.
B) 3 minutos e 45 segundos.
C) 7 minutos e 30 segundos. 3. RESPOSTA : “C”
D) 4 minutos e 50 segundos. Como ele teve um prejuízo de 10%, quer dizer 27000 é 90%
E) 7 minutos. do valor total.
Valor %
27000 ------ 90
X ------- 100

Didatismo e Conhecimento 34
MATEMÁTICA
Todas as grandezas são diretamente proporcionais, logo:
= 27000.10 ➜ 9x = 270000

➜ x = 30000.

4. RESPOSTA : “A”

75% Homens = 72
25% Mulheres = 24 Antes
8- RESPOSTA: “B”
40% Mulheres = 24 Temos 10 funcionários inicialmente, com os afastamento esse
60% Homens = x Depois número passou para 8. Se eles trabalham 8 horas por dia , passarão
a trabalhar uma hora a mais perfazendo um total de 9 horas, nesta
40% -------------- 24 condições temos:
60% -------------- x Funcionários↑ horas↑ dias↓
10---------------8--------------27
40x = 60 . 24 ➜ x = ➜ x = 36. 8----------------9-------------- x

Portanto: 72 – 36 = 36 Homens se retiraram. Quanto menos funcionários, mais dias devem ser trabalhados
(inversamente proporcionais).
Quanto mais horas por dia, menos dias devem ser trabalhados
5. RESPOTA: “D” (inversamente proporcionais).
Transformando de cm para metro temos : 1 metro = 100cm
➜ 2 cm = 0,02 m e 3,5 cm = 0,035 m Funcionários↓ horas↓ dias↓
Largura comprimento 8---------------9-------------- 27
0,02m ------------ 0,035m 10----------------8----------------x
1,2m ------------- x
➜ x.8.9 = 27.10.8 ➜ 72x = 2160 ➜ x = 30 dias.

9 - RESPOSTA: “C”.
Transformando o tempo para segundos: 1 min e 15 segundos
6. - RESPOSTA: “D”. = 75 segundos
Comparando- se cada grandeza com aquela onde esta o x. Quanto mais máquinas menor o tempo (flecha contrária) e
M²↑ varredores↓ horas↑ quanto mais cópias, mais tempo (flecha mesma posição)
6000--------------18-------------- 5
7500--------------15--------------- x Máquina↑ cópias↓ tempo↓
1----------------80-----------75 segundos
Quanto mais a área, mais horas(diretamente proporcionais) 7--------------3360-----------x
Quanto menos trabalhadores, mais horas(inversamente pro- Devemos deixar as 3 grandezas da mesma forma, invertendo
porcionais) os valores de” máquina”.

Máquina↓ cópias↓ tempo↓


7----------------80----------75 segundos
1--------------3360--------- x

➜ x.7.80 = 75.1.3360 ➜ 560x = 252000 ➜


x = 450 segundos

Como 0,5 h equivale a 30 minutos , logo o tempo será de 7 Transformando


horas e 30 minutos. 1minuto-----60segundos
x-------------450
7 - RESPOSTA: “D”. x=7,5 minutos=7 minutos e 30segundos.
Operários↑ horas↑ dias↑ área↑
20-----------------8-------------60-------4800 10 - RESPOSTA: “D”.
15----------------10------------80-------- x Funcionários↑ Fornos ↑ pães ↑ horas↑
5--------------------3-----------2500----------10
6--------------------4-------------x--------------8

Didatismo e Conhecimento 35
MATEMÁTICA
As flecham indicam se as grandezas são inversamente ou di- Podemos expressar o lucro na forma de porcentagem de duas
retamente proporcionais. formas:
Quanto mais funcionários mais pães são feitos(diretamente) Lucro sobre o custo = lucro/preço de custo. 100%
Lucro sobre a venda = lucro/preço de venda. 100%

Observação: A mesma análise pode ser feita para o caso de


prejuízo.

Exemplo

Uma mercadoria foi comprada por R$ 500,00 e vendida por


R$ 800,00.
Pede-se:
- o lucro obtido na transação;
Porcentagem - a porcentagem de lucro sobre o preço de custo;
- a porcentagem de lucro sobre o preço de venda.
É uma fração de denominador centesimal, ou seja, é uma
fração de denominador 100. Representamos porcentagem pelo Resposta:
símbolo % e lê-se: “por cento”. Lucro = 800 – 500 = R$ 300,00
50
Deste modo, a fração é uma porcentagem que podemos Lc = 300 = 0,60 = 60%
100 500
representar por 50%.
300
Lv = = 0,375 = 37,5%
800
Forma Decimal: É comum representarmos uma porcentagem
na forma decimal, por exemplo, 35% na forma decimal seriam Aumento
representados por 0,35.
Aumento Percentual: Consideremos um valor inicial V que
75
75% = = 0,75 deve sofrer um aumento de p% de seu valor. Chamemos de A o
100
valor do aumento e VA o valor após o aumento. Então, A = p% de
Cálculo de uma Porcentagem: Para calcularmos uma V= p .V
porcentagem p% de V, basta multiplicarmos a fração p por V. 100
100
p p
P% de V = .V VA = V + A = V + .V
100 100
p
Exemplo 1 VA = ( 1 + ).V
100
23 p
23% de 240 = . 240 = 55,2 Em que (1 + 100 ) é o fator de aumento.
100
Desconto
Exemplo 2
Desconto Percentual: Consideremos um valor inicial V que
Em uma pesquisa de mercado, constatou-se que 67% de uma
deve sofrer um desconto de p% de seu valor. Chamemos de D o
amostra assistem a um certo programa de TV. Se a população é de
valor do desconto e VD o valor após o desconto. Então, D = p% de
56.000 habitantes, quantas pessoas assistem ao tal programa?
V= p .V
67 100
Resolução: 67% de 56 000 = .56000 = 37520
100
p
VD = V – D = V – .V
Resposta: 37 520 pessoas. 100
p
VD = (1 – ).V
Porcentagem que o lucro representa em relação ao preço 100
de custo e em relação ao preço de venda p
Em que (1 – ) é o fator de desconto.
100
Chamamos de lucro em uma transação comercial de compra e
Exemplo
venda a diferença entre o preço de venda e o preço de custo.
Lucro = preço de venda – preço de custo
Uma empresa admite um funcionário no mês de janeiro
Caso essa diferença seja negativa, ela será chamada de
sabendo que, já em março, ele terá 40% de aumento. Se a empresa
prejuízo.
deseja que o salário desse funcionário, a partir de março, seja R$ 3
500,00, com que salário deve admiti-lo?
Assim, podemos escrever:
Resolução: VA = 1,4 . V
Preço de custo + lucro = preço de venda
3 500 = 1,4 . V
Preço de custo – prejuízos = preço de venda

Didatismo e Conhecimento 36
MATEMÁTICA

3500
V= = 2500
1,4

Resposta: R$ 2 500,00

Aumentos e Descontos Sucessivos: Consideremos um valor inicial V, e vamos considerar que ele irá sofrer dois aumentos sucessivos
de p1% e p2%. Sendo V1 o valor após o primeiro aumento, temos:
p
V1 = V . (1 + 1 )
100
Sendo V2 o valor após o segundo aumento, temos:
V2 = V1 . (1 + p2 )
100
p p
V2 = V . (1 + 1 ) . (1 + 2 )
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer dois descontos sucessivos de p1% e p2%.

Sendo V1 o valor após o primeiro desconto, temos:


V1 = V. (1 – p1 )
100
Sendo V2 o valor após o segundo desconto, temos:
p2
V2 = V1 . (1 – )
100
V2 = V . (1 – p1 ) . (1 – p2 )
100 100
Sendo V um valor inicial, vamos considerar que ele irá sofrer um aumento de p1% e, sucessivamente, um desconto de p2%.
Sendo V1 o valor após o aumento, temos:
p
V1 = V . (1+ 1 )
100

Sendo V2 o valor após o desconto, temos:


V2 = V1 . (1 – p2 )
100
V2 = V . (1 + p1 ) . (1 – p2 )
100 100
Exemplo

(VUNESP-SP) Uma instituição bancária oferece um rendimento de 15% ao ano para depósitos feitos numa certa modalidade de
aplicação financeira. Um cliente deste banco deposita 1 000 reais nessa aplicação. Ao final de n anos, o capital que esse cliente terá em reais,
relativo a esse depósito, são:
n
 p 
Resolução: VA = 1 +  .v
 100 
n
VA = 1. 15  .1000
 100 
VA = 1 000 . (1,15)n
VA = 1 000 . 1,15n
VA = 1 150,00n

Questões

1 - (PREF. AMPARO/SP – AGENTE ESCOLAR – CONRIO/2014) Se em um tanque de um carro for misturado 45 litros de etanol
em 28 litros de gasolina, qual será o percentual aproximado de gasolina nesse tanque?
A) 38,357%
B) 38,356%
C) 38,358%
D) 38,359%

2 - (CEF / Escriturário) Uma pessoa x pode realizar uma certa tarefa em 12 horas. Outra pessoa, y, é 50% mais eficiente que x. Nessas
condições, o número de horas necessárias para que y realize essa tarefa é :

Didatismo e Conhecimento 37
MATEMÁTICA
A) 4
B) 5
C) 6
D) 7
E) 8

3 - (SABESP – APRENDIZ – FCC/2012) Observe a tabela que indica o consumo mensal de uma mesma torneira da pia de uma co-
zinha, aberta meia volta por um minuto, uma vez ao dia.

Em relação ao cosumo mensal da torneira alimentada pela água da rua, o da torneira alimentada pela água da caixa representa, apro-
ximadamente,
A) 20%
B) 26%
C) 30%
D) 35%
E) 40%

4 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de uma mercadoria, na loja J, é de R$
50,00. O dono da loja J resolve reajustar o preço dessa mercadoria em 20%. A mesma mercadoria, na loja K, é vendida por R$ 40,00. O
dono da loja K resolve reajustar o preço dessa mercadoria de maneira a igualar o preço praticado na loja J após o reajuste de 20%. Dessa
maneira o dono da loja K deve reajustar o preço em
A) 20%.
B) 50%.
C) 10%.
D) 15%.
E) 60%.
5 - (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – FCC/2014) O preço de venda de um produto, descontado um
imposto de 16% que incide sobre esse mesmo preço, supera o preço de compra em 40%, os quais constituem o lucro líquido do vendedor.
Em quantos por cento, aproximadamente, o preço de venda é superior ao de compra?
A) 67%.
B) 61%.
C) 65%.
D) 63%.
E) 69%.

6 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Um comerciante comprou uma mercadoria por R$ 350,00. Para
estabelecer o preço de venda desse produto em sua loja, o comerciante decidiu que o valor deveria ser suficiente para dar 30% de desconto
sobre o preço de venda e ainda assim garantir lucro de 20% sobre o preço de compra. Nessas condições, o preço que o comerciante deve
vender essa mercadoria é igual a
A) R$ 620,00.
B) R$ 580,00.
C) R$ 600,00.
D) R$ 590,00.
E) R$ 610,00.

7 - (DPE/SP – AGENTE DE DEFENSORIA PÚBLICA – FCC/2013) Uma bolsa contém apenas 5 bolas brancas e 7 bolas pretas.
Sorteando ao acaso uma bola dessa bolsa, a probabilidade de que ela seja preta é
A) maior do que 55% e menor do que 60%.
B) menor do que 50%.
C) maior do que 65%.
D) maior do que 50% e menor do que 55%.
E) maior do que 60% e menor do que 65%.

Didatismo e Conhecimento 38
MATEMÁTICA
8 - PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- Respostas
MA/2013) Das 80 crianças que responderam a uma enquete refe-
rente a sua fruta favorita, 70% eram meninos. Dentre as meninas, 1 - RESPOSTA: “B”.
25% responderam que sua fruta favorita era a maçã. Sendo assim, Mistura:28+45=73
qual porcentagem representa, em relação a todas as crianças entre- 73------100%
vistadas, as meninas que têm a maçã como fruta preferida? 28------x
A) 10% X=38,356%
B) 1,5%
C) 25% 2 - RESPOSTA “C”.
D) 7,5% 12 horas → 100 %
E) 5% 50 % de 12 horas = = 6 horas

9 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) X = 12 horas → 100 % = total de horas trabalhado


Numa liquidação de bebidas, um atacadista fez a seguinte promoção: Y = 50 % mais rápido que X.
Então, se 50% de 12 horas equivalem a 6 horas, logo Y faz o
mesmo trabalho em 6 horas.

3 - RESPOSTA: “B”.

4 - RESPOSTA: “B”.

Alexandre comprou duas embalagens nessa promoção e re-


vendeu cada unidade por R$3,50. O lucro obtido por ele com a
revenda das latas de cerveja das duas embalagens completas foi:
A) R$33,60
B) R$28,60
C) R$26,40 O reajuste deve ser de 50%.
D) R$40,80
E) R$43,20 5 - RESPOSTA: “A”.
Preço de venda: PV
10 - (PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Preço de compra: PC
Leilão de veículos apreendidos do Detran aconteceu no dia 7 de
dezembro. Note que: 1,4 = 100%+40% ou 1+0,4.Como ele superou o
preço de venda (100%) em 40% , isso significa soma aos 100%
O Departamento Estadual de Trânsito de Sergipe – Detran/ mais 40%, logo 140%= 1,4.
SE – realizou, no dia 7 de dezembro, sábado, às 9 horas, no Espaço
Emes, um leilão de veículos apreendidos em fiscalizações de trân- PV - 0,16PV = 1,4PC
sito. Ao todo foram leiloados 195 veículos, sendo que 183 foram 0,84PV=1,4PC
comercializados como sucatas e 12 foram vendidos como aptos
para circulação.

Quem arrematou algum dos lotes disponíveis no leilão pagou


20% do lance mais 5% de comissão do leiloeiro no ato da arrema-
tação. Os 80% restantes foram pagos impreterivelmente até o dia O preço de venda é 67% superior ao preço de compra.
11 de dezembro.
Fonte: http://www.ssp.se.gov.br05/12/13 (modificada). 6 - RESPOSTA: “C”.
Preço de venda: PV
Vitor arrematou um lote, pagou o combinado no ato da arre- Preço de compra: 350
matação e os R$28.800,00 restantes no dia 10 de dezembro. Com 30% de desconto, deixa o produto com 70% do seu valor.
base nas informações contidas no texto, calcule o valor total gasto Como ele queria ter um lucro de 20% sobre o preço de com-
por Vitor nesse leilão. pra, devemos multiplicar por 1,2(350+0,2.350) ➜ 0,7PV = 1,2 .
350
A) R$34.600,00
B) R$36.000,00
C) R$35.400,00
D) R$32.000,00
E) R$37.800,00 O preço de venda deve ser R$600,00.

Didatismo e Conhecimento 39
MATEMÁTICA
7 - RESPOSTA: “A”. Devemos sempre relacionar taxa e tempo numa mesma
Ao todo tem 12 bolas, portanto a probabilidade de se tirar uma unidade:
preta é: Taxa anual --------------------- tempo em anos
Taxa mensal-------------------- tempo em meses
Taxa diária---------------------- tempo em dias

Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:


8 - RESPOSTA: “D”.
Tem que ser menina E gostar de maçã. Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de
Meninas:100-70=30% R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao mês. Quanto
deverá ser pago de juros?
, simplificando temos ➜P=
0,075 . 100% = 7,5%. Resolução:

9 - RESPOSTA: “A”. - Capital aplicado (C): R$ 3.000,00


- Tempo de aplicação (t): 4 meses
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)

Fazendo o cálculo, mês a mês:


- No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x R$
3.000,00 = R$ 60,00
- No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 60,00 +
R$ 60,00 = R$ 120,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 120,00
+ R$ 60,00 = R$ 180,00
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 180,00
O lucro de Alexandre foi de R$33,60. + R$ 60,00 = R$ 240,00
Desse modo, no final da aplicação, deverão ser pagos R$
10 - RESPOSTA: “E”. 240,00 de juros.
R$28.800-------80%
x------------------100% Fazendo o cálculo, período a período:
- No final do 1º período, os juros serão: i.C
- No final do 2º período, os juros serão: i.C + i.C
- No final do 3º período, os juros serão: i.C + i.C + i.C
-----------------------------------------------------------------------
- No final do período t, os juros serão: i.C + i.C + i.C + ... + i.C

Portanto, temos:
Valor total: R$36.000,00+R$1.800,00=R$37.800,00
J=C.i.t

Juros Simples Observações:

Toda vez que falamos em juros estamos nos referindo a uma 1) A taxa i e o tempo t devem ser expressos na mesma unidade.
quantia em dinheiro que deve ser paga por um devedor, pela 2) Nessa fórmula, a taxa i deve ser expressa na forma decimal.
utilização de dinheiro de um credor (aquele que empresta). 3) Chamamos de montante (M) a soma do capital com os
juros, ou seja: Na fórmula J= C . i . t, temos quatro variáveis. Se
- Os juros são representados pela letra j. três delas forem valores conhecidos, podemos calcular o 4º valor.
- O dinheiro que se deposita ou se empresta chamamos de
capital e é representado pela letra C. M=C+ j
- O tempo de depósito ou de empréstimo é representado pela
letra t. Exemplo
- A taxa de juros é a razão centesimal que incide sobre um A que taxa esteve empregado o capital de R$ 20.000,00 para
capital durante certo tempo. É representado pela letra i e utilizada render, em 3 anos, R$ 28.800,00 de juros? (Observação: Como o
para calcular juros. tempo está em anos devemos ter uma taxa anual.)
C = R$ 20.000,00
Chamamos de simples os juros que são somados ao capital t = 3 anos
inicial no final da aplicação. j = R$ 28.800,00
i = ? (ao ano)

Didatismo e Conhecimento 40
MATEMÁTICA
Após o 1º mês, teremos: M1 = 1000 x 1,1 = 1100 = 1000(1 + 0,1)
Após o 2º mês, teremos: M2 = 1100 x 1,1 = 1210 = 1000(1 + 0,1)2
j = C.i.t Após o 3º mês, teremos: M3 = 1210 x 1,1 = 1331 = 1000(1 + 0,1)3
100 .................................................................................................
28 800 = 20000..i.3 Após o nº (enésimo) mês, sendo S o montante, teremos
100 evidentemente: S = 1000(1 + 0,1)n
28 800 = 600 . i
De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado
i = 28.800 a uma taxa de juros compostos i durante o período n : S = P (1 + i)n
600 onde S = montante, P = principal, i = taxa de juros e n = número de
i = 48 períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado.
Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à
Resposta: 48% ao ano. taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser necessariamente iguais.
Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
Juros Compostos Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos,
deveremos considerar 2% ao mês durante 3x12=36 meses.
O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos,
devido aos juros, segundo duas modalidades, a saber: Exemplos
Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal rende 1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação, em
juros. função do montante S e da taxa de aplicação i por período.
Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados
ao principal e passam, por sua vez, a render juros. Também Solução:
conhecido como “juros sobre juros”. Temos S = P(1+i)n
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um Logo, S/P = (1+i)n
capital através juros simples e juros compostos, com um exemplo: Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos escrever:
Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.a. (ao n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal (base
ano) Teremos: 10), vem:
log(S / P) log S − log P
n= =
log(1+ i) log(1+ i)

Temos também da expressão acima que: n.log(1 + i) = logS


– logP

Observe que o crescimento do principal segundo juros simples Deste exemplo, dá para perceber que o estudo dos juros
é LINEAR enquanto que o crescimento segundo juros compostos compostos é uma aplicação prática do estudo dos logaritmos.
é EXPONENCIAL, e, portanto tem um crescimento muito mais 2 – Um capital é aplicado em regime de juros compostos a
“rápido”. Isto poderia ser ilustrado graficamente da seguinte forma: uma taxa mensal de 2% (2% a.m.). Depois de quanto tempo este
capital estará duplicado?

Solução: Sabemos que S = P (1 + i)n. Quando o capital inicial


estiver duplicado, teremos S = 2P.
Substituindo, vem: 2P = P(1+0,02)n [Obs: 0,02 = 2/100 = 2%]
Simplificando, fica:
2 = 1,02n , que é uma equação exponencial simples.
Teremos então: n = log1,022 = log2 /log1,02 = 0,30103 /
0,00860 = 35

Nota: log2 = 0,30103 e log1,02 = 0,00860; estes valores podem


Na prática, as empresas, órgãos governamentais e investidores ser obtidos rapidamente em máquinas calculadoras científicas.
particulares costumam reinvestir as quantias geradas pelas Caso uma questão assim caia no vestibular, o examinador teria de
aplicações financeiras, o que justifica o emprego mais comum de informar os valores dos logaritmos necessários, ou então permitir
juros compostos na Economia. Na verdade, o uso de juros simples o uso de calculadora na prova, o que não é comum no Brasil.
não se justifica em estudos econômicos. Portanto, o capital estaria duplicado após 35 meses (observe
que a taxa de juros do problema é mensal), o que equivale a 2 anos
Fórmula para o cálculo de Juros compostos e 11 meses.
Considere o capital inicial (principal P) $1000,00 aplicado a Resposta: 2 anos e 11 meses.
uma taxa mensal de juros compostos ( i ) de 10% (i = 10% a.m.).
Vamos calcular os montantes (principal + juros), mês a mês:

Didatismo e Conhecimento 41
MATEMÁTICA
Exercícios Investindo um capital inicial no valor total das quatros mulas
durante um período de dez meses, com juros de 5% ao mês, no
1. (SABESP – ANALISTA DE GESTÃO I -CONTABILI- sistema de juros simples, o total de juros obtidos será:
DADE – FCC/2012) Renato aplicou uma quantia no regime de A) R$2.768,15
capitalização de juros simples de 1,25% ao mês. Ao final de um B) R$1.595,27
ano, sacou todo o dinheiro da aplicação, gastou metade dele para C) R$3.821,08
comprar um imóvel e aplicou o restante, por quatro meses, em D) R$9.552,70
outro fundo, que rendia juros simples de 1,5% ao mês. Ao final E) R$1.910,54
desse período, ele encerrou a aplicação, sacando um total de R$
95.082,00. A quantia inicial, em reais, aplicada por Renato no pri- 6. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA
meiro investimento foi de – INDEC/2013) Uma aplicação financeira rende mensalmente
A) 154.000,00 0,72%. Após 3 meses, um capital investido de R$ 14.000,00 ren-
B) 156.000,00 derá: (Considere juros compostos)
C) 158.000,00 A) R$ 267,92
D) 160.000,00 B) R$ 285,49
E) 162.000,00 C) R$300,45
D) R$304,58
2. (CÂMARA DE SÃO PAULO/SP – TÉCNICO ADMI-
NISTRATIVO – FCC/2014) José Luiz aplicou R$60.000,00 num 7. (CÂMARA DE CANITAR/SP – RECEPCIONISTA –
fundo de investimento, em regime de juros compostos, com taxa INDEC/2013) Qual a porcentagem de rendimento mensal de um
de 2% ao mês. Após 3 meses, o montante que José Luiz poderá capital de R$ 5.000,00 que rende R$ 420,00 após 6 meses?
sacar é (Considere juros simples)
A) R$63.600,00. A) 2,2%
B) R$63.672,48. B) 1,6%
C) R$63.854,58.
C) 1,4%
D) R$62.425,00.
D) 0,7%
E) R$62.400,00.
8. (PM/SP – OFICIAL – VUNESP/2013) Pretendendo
3. CREA/PR – AGENTE ADMINISTRATIVO – FUNDA-
aplicar em um fundo que rende juros compostos, um investidor
TEC/2013) Um empréstimo de R$ 50.000,00 será pago no prazo
fez uma simulação. Na simulação feita, se ele aplicar hoje R$
de 5 meses, com juros simples de 2,5% a.m. (ao mês). Nesse senti-
10.000,00 e R$ 20.000,00 daqui a um ano, e não fizer nenhuma
do, o valor da dívida na data do seu vencimento será:
retirada, o saldo daqui a dois anos será de R$ 38.400,00. Desse
A) R$6.250,00.
B) R$16.250,00. modo, é correto afirmar que a taxa anual de juros considerada nes-
C) R$42.650,00. sa simulação foi de
D) R$56.250,00. A) 12%.
E) R$62.250,00. B) 15%.
C) 18%.
4. (PREF. JUNDIAI/SP – ELETRICISTA – MAKIYA- D) 20%.
MA/2013) Teresa pagou uma conta no valor de R$ 400,00 com E) 21%.
seis dias de atraso. Por isso, foi acrescido, sobre o valor da conta,
juro de 0,5% em regime simples, para cada dia de atraso. Com 9. (TRT 1ª – TÉCNICO JUDICIÁRIO – ÁREA ADMINIS-
isso, qual foi o valor total pago por Teresa? TRATIVA – FCC/2013) Juliano possui R$ 29.000,00 aplicados em
A) R$ 420,00. um regime de juros compostos e deseja comprar um carro cujo
B) R$ 412,00. preço à vista é R$30.000,00. Se nos próximos meses essa aplica-
C) R$ 410,00. ção render 1% ao mês e o preço do carro se mantiver, o número
D) R$ 415,00. mínimo de meses necessário para que Juliano tenha em sua aplica-
E) R$ 422,00. ção uma quantia suficiente para comprar o carro é
A) 7.
5. PM/SE – SOLDADO 3ªCLASSE – FUNCAB/2014) Po- B) 4.
lícia autua 16 condutores durante blitz da Lei Seca C) 5.
No dia 27 de novembro, uma equipe da Companhia de Polí- D) 6.
cia de Trânsito(CPTran) da Polícia Militar do Estado de Sergipe E) 3.
realizou blitz da Lei Seca na Avenida Beira Mar. Durante a ação, a
polícia autuou 16 condutores.
Segundo o capitão Fábio <achado, comandante da CPTran, 10. (BANCO DO BRASIL – ESCRITURÁRIO – CES-
12 pessoas foram notificadas por infrações diversas e quatro por GRANRIO/2012) João tomou um empréstimo de R$900,00 a ju-
desobediência à Lei Seca[...]. ros compostos de 10% ao mês. Dois meses depois, João pagou
O quarteto detido foi multado em R$1.910,54 cada e teve a R$600,00 e, um mês após esse pagamento, liquidou o empréstimo.
Carteira Nacional de Trânsito (CNH) suspensa por um ano. O valor desse último pagamento foi, em reais, aproximada-
(Fonte: PM/SE 28/11/13, modificada) mente,

Didatismo e Conhecimento 42
MATEMÁTICA
A) 240,00
B) 330,00
C) 429,00
D) 489,00
E) 538,00

Respostas

1 - RESPOSTA: “B”.
Quantia inicial: C= 25.000 ; i=1,25% a.m = 0,0125 ; t= 1 ano = 12 meses
M= J+C e J= C.i.t da junção dessas duas fórmulas temos : M=C.(1+i.t),aplicando

Como ele gastou metade e a outra metade ele aplicou a uma taxa i=1,5% a.m=0,015 e t=4m e sacou após esse período R$ 95.082,00

95.082 = 0,6095C ➜ ➜ C= 156.000

A quantia inicial foi de R$ 156.000,00.

2 - RESPOSTA: “B”.
C=60.000 ; i = 2% a.m = 0,02 ; t = 3m

O montante a ser sacado será de R$ 63.672,48.

3 - RESPOSTA: “D”.
J=C.i.t C = 50.000 ; i = 2,5% a.m = 0,025 ; t = 5m
J=50 000.0,025.5
J=6250
M=C+J
M=50 000+6 250=56250
O valor da dívida é R$56.250,00.

4 – RESPOSTA: “B”.

C = 400 ; t = 6 d ; i = 0,5% a.d = 0,005

O valor que ela deve pagar é R$412,00.

5 - RESPOSTA: “C”.

Didatismo e Conhecimento 43
MATEMÁTICA

O juros obtido será R$3.821,08.


6 - RESPOSTA: “D”.
i = 0,72%a.m = 0,0072 ; t = 3m ; C = 14.000

Como ele quer saber os juros:


M = C+J ➜ J = 14304,58-14000 = 304,58
A aplicação renderá R$ 304,58.

7 - RESPOSTA: “C”.
C = 5.000 ; J = 420 ; t = 6m
J=C.i.t ➜ 420=5000.i.6

A porcentagem será de 1,4%.

8 - RESPOSTA: “D”.

C1º ano = 10.000 ; C2º ano = 20.000

M1+M2 = 384000

Têm se uma equação do segundo grau, usa-seentão a fórmula de Bhaskara:

Didatismo e Conhecimento 44
MATEMÁTICA
É correto afirmar que a taxa é de 20% Definições.
9 - RESPOSTA: “B”.
a) Segmentos congruentes.
C=29.000 ; M=30.000 ; i=1%a.m = 0,01 Dois segmentos são congruentes se têm a mesma medida.

b) Ponto médio de um segmento.


Um ponto P é ponto médio do segmento AB se pertence ao
segmento e divide AB em dois segmentos congruentes.

c) Mediatriz de um segmento.
É a reta perpendicular ao segmento no seu ponto médio
Teremos que substituir os valores de t, portanto vamos come-
çar dos números mais baixos: Ângulo
1,013=1,0303, está próximo, mas ainda é menor
1,014=1,0406
Como t=4 passou o número que precisava(1,0344), então ele
tem que aplicar no mínimo por 4 meses.

10 - RESPOSTA: “E”.

C = 900 ; i = 10% a.m=0,10 ; t = 2m ; pagou 2 meses depois


R$ 600,00 e liquidou após 1 mês
Definições.

a) Ângulo é a região plana limitada por duas semirretas de


mesma origem.

b) Ângulos congruentes: Dois ângulos são ditos congruentes


Depois de dois meses João pagou R$ 600,00. se têm a mesma medida.

1089-600=489 c) Bissetriz de um ângulo: É a semirreta de origem no vértice


do ângulo que divide esse ângulo em dois ângulos congruentes.

Perímetro: entendendo o que é perímetro.

Imagine uma sala de aula de 5m de largura por 8m de


3. GEOMETRIA PLANA, SEMELHANÇA comprimento.
DE TRIÂNGULO, TEOREMA DE TALES. Quantos metros lineares serão necessários para colocar rodapé
nesta sala, sabendo que a porta mede 1m de largura e que nela não
se coloca rodapé?

GEOMETRIA PLANA

A Geometria é a parte da matemática que estuda as figuras e


suas propriedades. A geometria estuda figuras abstratas, de uma
perfeição não existente na realidade. Apesar disso, podemos ter
uma boa ideia das figuras geométricas, observando objetos reais,
como o aro da cesta de basquete que sugere uma circunferência,
as portas e janelas que sugerem retângulos e o dado que sugere
um cubo.

Reta, semirreta e segmento de reta A conta que faríamos seria somar todos os lados da sala,
menos 1m da largura da porta, ou seja:
P = (5 + 5 + 8 + 8) – 1
P = 26 – 1
P = 25

Didatismo e Conhecimento 45
MATEMÁTICA

No cálculo da área de qualquer retângulo podemos seguir o


raciocínio:

Colocaríamos 25m de rodapé.


A soma de todos os lados da planta baixa se chama Perímetro.
Portanto, Perímetro é a soma dos lados de uma figura plana.

Área
Área é a medida de uma superfície.
A área do campo de futebol é a medida de sua superfície
(gramado).
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha
malha quadriculada, a sua área será equivalente à quantidade de quadriculada onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. Se
quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área: contarmos, veremos que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões
no retângulo. Como sabemos que a área é a medida da superfície
de uma figuras podemos dizer que 24 quadrados de 1 cm de
dimensões é a área do retângulo.

Veremos que a área do campo de futebol é 70 unidades de O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro,
área. só que representado de forma diferente. O cálculo da área do
A unidade de medida da área é: m² (metros quadrados), cm² retângulo pode ficar também da seguinte forma:
(centímetros quadrados), e outros. A = 6 . 4 A = 24 cm²
Se tivermos uma figura do tipo: Podemos concluir que a área de qualquer retângulo é:

A=b.h

Quadrado
É o quadrilátero que tem os lados congruentes e todos os
Sua área será um valor aproximado. Cada é uma unidade, ângulos internos a congruentes (90º).
então a área aproximada dessa figura será de 4 unidades.
No estudo da matemática calculamos áreas de figuras planas e
para cada figura há uma fórmula pra calcular a sua área.
Retângulo
É o quadrilátero que tem todos os ângulos internos congruentes
e iguais a 90º.

Didatismo e Conhecimento 46
MATEMÁTICA
Sua área também é calculada com o produto da base pela Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso dividi-lo
altura. Mas podemos resumir essa fórmula: em dois triângulos, veja como:
Primeiro: completamos as alturas no trapézio:

Como todos os lados são iguais, podemos dizer que base é


igual a e a altura igual a , então, substituindo na fórmula A = b . Segundo: o dividimos em dois triângulos:
h, temos:
A= .
A= ²

Trapézio
É o quadrilátero que tem dois lados paralelos. A altura de um
trapézio é a distância entre as retas suporte de suas bases.

A área desse trapézio pode ser calculada somando as áreas dos


dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo
separadamente observamos que eles possuem bases diferentes e
alturas iguais.

Cálculo da área do ∆CEF:


Em todo trapézio, o segmento que une os pontos médios
dos dois lados não paralelos, é paralelo às bases e vale a média A∆1 = B . h
aritmética dessas bases.
2
Cálculo da área do ∆CFD:

A∆2 = b . h
2
Somando as duas áreas encontradas, teremos o cálculo da
área de um trapézio qualquer:

AT = A∆1 + A∆2

A área do trapézio está relacionada com a área do triângulo AT = B . h + b . h


que é calculada utilizando a seguinte fórmula: 2 2
A = b . h (b = base e h = altura).
2
Observe o desenho de um trapézio e os seus elementos mais AT = B . h + b . h → colocar a altura (h) em evi-
importantes (elementos utilizados no cálculo da sua área): 2
dência, pois é um termo comum aos dois fatores.

AT = h (B + b)
2

Portanto, no cálculo da área de um trapézio qualquer


utilizamos a seguinte fórmula:

Um trapézio é formado por uma base maior (B), por uma base
menor (b) e por uma altura (h).

Didatismo e Conhecimento 47
MATEMÁTICA
A = h (B + b) Propriedades dos triângulos
2
1) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângulos
h = altura internos é 180º.
B = base maior do trapézio
b = base menor do trapézio

Losango

É o quadrilátero que tem os lados congruentes.

2) Em todo triângulo, a medida de um ângulo externo é igual à


soma das medidas dos 2 ângulos internos não adjacentes.

Em todo losango as diagonais são:

a) perpendiculares entre si;

b) bissetrizes dos ângulos internos.

A área do losango é definida pela seguinte fórmula:


d .D Onde D é a diagonal maior e d é a menor.
S=
2
Triângulo 3) Em todo triângulo, a soma das medidas dos 3 ângulos
externos é 360º.
Figura geométrica plana com três lados.

4) Em todo triângulo isósceles, os ângulos da base são


congruentes. Observação - A base de um triângulo isósceles é o
seu lado diferente.
Ângulo externo. O ângulo externo de qualquer polígono
convexo é o ângulo formado entre um lado e o prolongamento do
outro lado.

Classificação dos triângulos.

a) quanto aos lados:


- triângulo equilátero.
- triângulo isósceles.
- triângulo escaleno.

b) quanto aos ângulos: Altura - É a distância entre o vértice e a reta suporte do lado
- triângulo retângulo. oposto.
- triângulo obtusângulo.
- triângulo acutângulo.

Didatismo e Conhecimento 48
MATEMÁTICA
Área do triangulo Exercícios

1. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da altura


respectivamente, indicadas por b e h. Se construirmos um outro
paralelogramo que tem o dobro da base e o dobro da altura do
outro paralelogramo, qual será relação entre as áreas dos parale-
logramos?

2. Os lados de um triângulo equilátero medem 5 mm. Qual é a


área deste triângulo equilátero?

3. Qual é a medida da área de um paralelogramo cujas medi-


Segmentos proporcionais das da altura e da base são respectivamente 10 cm e 2 dm?

Teorema de Tales. 4. As diagonais de um losango medem 10 cm e 15 cm. Qual é


a medida da sua superfície?
Em todo feixe de retas paralelas, cortado por uma reta
transversal, a razão entre dois segmento quaisquer de uma 5. Considerando as informações constantes no triangulo PQR,
transversal é igual à razão entre os segmentos correspondentes da pode-se concluir que a altura PR desse triângulo mede:
outra transversal.

Semelhança de triângulos

Definição.
Dois triângulos são semelhantes se têm os ângulos dois a dois a)5 b)6 c)7 d)8
congruentes e os lados correspondentes dois a dois proporcionais. 6. Num cartão retangular, cujo comprimento é igual ao dobro
de sua altura, foram feitos dois vincos AC e BF, que formam, entre
Definição mais “popular”. si, um ângulo reto (90°). Observe a figura:
Dois triângulos são semelhantes se um deles é a redução ou a
ampliação do outro.
Importante - Se dois triângulos são semelhantes, a
proporcionalidade se mantém constante para quaisquer dois
segmentos correspondentes, tais como: lados, medianas, alturas,
raios das circunferências inscritas, raios das circunferências
circunscritas, perímetros, etc.

Considerando AF=16cm e CB=9cm, determine:


a) as dimensões do cartão;
b) o comprimento do vinco AC

7. Na figura, os ângulos assinalados sao iguais, AC=2 e AB=6.


A medida de AE é:
a)6/5 b)7/4 c)9/5 d)3/2 e)5/4

Didatismo e Conhecimento 49
MATEMÁTICA
8. Na figura a seguir, as distâncias dos pontos A e B à reta va- 5. 4 6 36
= ⇒ PR = =6
lem 2 e 4. As projeções ortogonais de A e B sobre essa reta são os PR 9 6
pontos C e D. Se a medida de CD é 9, a que distância de C deverá
estar o ponto E, do segmento CD, para que CÊA=DÊB x 9
6.
= ⇒ x ² = 144 ⇒ x = 12
a)3 16 x
b)4
=a ) x 12(
= altura ); 2 x 24(comprimento)
c)5
d)6 b) AC = 9² + x ² = 81 + 144 = 15
e)7

7.
9. Para ladrilhar uma sala são necessários exatamente 400 pe-
ças iguais de cerâmica na forma de um quadrado. Sabendo-se que
a área da sala tem 36m², determine:
a) a área de cada peça, em m².
b) o perímetro de cada peça, em metros.

10. Na figura, os ângulos ABC, ACD, CÊD, são retos. Se


AB=2 3 m e CE= 3 m, a razão entre as áreas dos triângulos
ABC e CDE é:

a)6
b)4
c)3
d)2
e) 3
8.

Respostas

1. A2 = (2b)(2h) = 4bh = 4A1

2. Segundo o enunciado temos:


l=5mm

Substituindo na fórmula:
l² 3 5² 3 9.
S
= ⇒= S = 6, 25 3 ⇒ =
S 10,8
4 4
3. Sabemos que 2 dm equivalem a 20 cm, temos:
h=10
b=20

Substituindo na fórmula:
.h 20.10
S b=
= = 100cm
= ² 2dm² 10.

4. Para o cálculo da superfície utilizaremos a fórmula que en-


volve as diagonais, cujos valores temos abaixo:

d1=10
d2=15

Utilizando na fórmula temos:

d1.d 2 10.15
S= ⇒ = 75cm ²
2 2

Didatismo e Conhecimento 50
MATEMÁTICA
TEOREMA DE TALES. 01- Na figura abaixo, qual é o valor de x?
a) 3
- Feixe de paralelas: é todo conjunto de três ou mais retas e b) 4
paralelas entre si. c) 5
d) 6
- Transversal: é qualquer reta que intercepta todas as retas de e) 7
um feixe de paralelas.

- Teorema de Tales: Se duas retas são transversais de um fei-


xe de retas paralelas então a razão entre as medidas de dois seg-
mentos quaisquer de uma delas é igual à razão entre as medidas
dos segmentos correspondentes da outra.

Calcular o valor de x na figura abaixo.

r//s//t//u (//  símbolo de paralelas); a e b são retas trans-


versais. Então, temos que os segmentos correspondentes são pro-
porcionais.
Os valores de x e y, respectivamente, na figura seguinte é:
a) 30 e 8
b) 8 e 30
c) 20 e 10
d) 10 e 20
e) 5 e 25
Exercícios

Na figura abaixo, o valor de x é:


a) 1,2
b) 1,4
c) 1,6
d) 1,8
e) 2,0

Na figura abaixo, qual é o valor de x?


a) 3
b) 4
c) 5
d) 6
e) 7

Didatismo e Conhecimento 51
MATEMÁTICA

45y = 12.30
45y = 360
y = 360 : 45 = 8

05- Alternativa d
Solução:

Resoluções

01- Alternativa c (x – 3).((x + 2) = x.(x – 2)


Solução: x2 + 2x – 3x – 6 = x2 – 2x
- x – 6 = - 2x
- x + 2x = 6
x=6

5x = 2.4 4. FUNÇÃO DO PRIMEIRO GRAU,


5x = 8 FUNÇÃO DO SEGUNDO GRAU E
x = 8 : 5 = 1,6 APLICAÇÕES.
02- Alternativa b
Solução:

Função do 1˚ Grau

Dados dois conjuntos A e B, não-vazios, função é uma relação


binária de A em B de tal maneira que todo elemento x, pertencente
6.(2x – 3) = 5(x + 2) ao conjunto A, tem para si um único correspondente y, pertencente
12x – 18 = 5x + 10 ao conjunto B, que é chamado de imagem de x.
12x – 5x = 10 + 18
7x = 28
x = 28 : 7 = 4

03- Resposta: 6
Solução:

30x = 10.18 Notemos que, para uma relação binária dos conjuntos A e B,
30x = 180 nesta ordem, representarem uma função é preciso que:
x = 180 : 30 = 6
04- Alternativa a - Todo elemento do conjunto A tenha algum correspondente
Solução: (imagem) no conjunto B;
- Para cada elemento do conjunto A exista um único
correspondente (imagem) no conjunto B.

Assim como em relação, usamos para as funções, que são


relações especiais, a seguinte linguagem:
3x = 45.2
3x = 90 Domínio: Conjunto dos elementos que possuem imagem.
x = 90 : 3 = 30 Portanto, todo o conjunto A, ou seja, D = A.

Didatismo e Conhecimento 52
MATEMÁTICA
Contradomínio: Conjunto dos elementos que se colocam Sobrejetora: Quando todos os elementos do contradomínio
à disposição para serem ou não imagem dos elementos de A. forem imagens de pelo menos um elemento do domínio.
Portanto, todo conjunto B, ou seja, CD = B.

Conjunto Imagem: Subconjunto do conjunto B formado por


todos os elementos que são imagens dos elementos do conjunto A,
ou seja, no exemplo anterior: Im = {a, b, c}.

Exemplo

Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0, 1, 2,


3, 4, 5, 6, 7, 8}. Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o eixo
Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1. no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o
Tomamos um elemento do conjunto A, representado por gráfico da função.
x, substituímos este elemento na sentença f(x), efetuamos as
operações indicadas e o resultado será a imagem do elemento x,
representada por y.

f: A → B
f(x) é sobrejetora g(x) não é sobrejetora
y = f(x) = x + 1
(não interceptou o gráfico)
Tipos de Função
Bijetora: Quando apresentar as características de função
injetora e ao mesmo tempo, de sobrejetora, ou seja, elementos
Injetora: Quando para ela elementos distintos do domínio
distintos têm sempre imagens distintas e todos os elementos
apresentam imagens também distintas no contradomínio.
do contradomínio são imagens de pelo menos um elemento do
domínio.

Reconhecemos, graficamente, uma função injetora quando,


uma reta horizontal, qualquer que seja interceptar o gráfico da
Função crescente: A função f(x), num determinado intervalo,
função, uma única vez.
é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes a este intervalo,
com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2).

f(x) é injetora g(x) não é injetora


(interceptou o gráfico mais
de uma vez) x1<x2 → f(x1)<f(x2)

Didatismo e Conhecimento 53
MATEMÁTICA
Função decrescente: Função f(x), num determinado intervalo,
é decrescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencente a este intervalo,
com x1 < x2, tivermos f(x1)>f(x2).

x1<x2 → f(x1)>f(x2)

Função constante: A função f(x), num determinado intervalo,


é constante se, para quaisquer x1 < x2, tivermos f(x1) = f(x2).

Exemplo para a > 0


Consideremos f(x) = 2x – 1.

x f(x)
-1 -3
0 -1
1 1
2 3

Gráficos de uma Função


A apresentação de uma função por meio de seu gráfico é muito
importante, não só na Matemática como nos diversos ramos dos
estudos científicos.

Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos construir
uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da sentença f(x), Exemplo para a < 0
obteremos as imagens y correspondentes. Consideremos f(x) = –x + 1.

x f(x)
x y = 2x – 1 -1 2
–2 –5 0 1
–1 –3 1 0
0 –1 2 -1
1 1
2 3
3 5

Transportados os pares ordenados para o plano cartesiano,


vamos obter o gráfico correspondente à função f(x).

Consideremos a função f(x) = ax + b com a ≠ 0, em que x0 é a


raiz da função f(x).

Didatismo e Conhecimento 54
MATEMÁTICA

a>0 a<0 - A função se anule (y = 0);


- A função seja positiva (y > 0);
- A função seja negativa (y < 0).

Exemplo
Estudar o sinal da função y = 2x – 4 (a = 2 > 0).
a) Qual o valor de x que anula a função?
y=0
2x – 4 = 0
2x = 4
x>x0⇒f(x)>0 x>x0⇒f(x)<0 4
x=
x=x0⇒f(x)=0 x=x0⇒f(x)=0 x = 22
x<x0⇒f(x)<0 x<x0⇒f(x)>0
A função se anula para x = 2.
Conclusão: O gráfico de uma função do 1º grau é uma reta
b) Quais valores de x tornam positiva a função?
crescente para a > 0 e uma reta decrescente para a < 0.
y>0
Zeros da Função do 1º grau:
2x – 4 > 0
2x > 4
Chama-se zero ou raiz da função do 1º grau y = ax + b o valor
x> 4
de x que anula a função, isto é, o valor de x para que y seja igual 2
à zero.
x>2
Assim, para achar o zero da função y = ax + b, basta resolver
a equação ax + b = 0.
A função é positiva para todo x real maior que 2.
Exemplo
c) Quais valores de x tornam negativa a função?
Determinar o zero da função:
y<0
y = 2x – 4.
2x – 4 < 0
2x – 4 = 0
2x < 4
2x = 4 4
x<
x= 4 2
x = 22
x<2
O zero da função y = 2x – 4 é 2.
A função é negativa para todo x real menor que 2.
No plano cartesiano, o zero da função do 1º grau é representado
Podemos também estudar o sinal da função por meio de seu
pela abscissa do ponto onde a reta corta o eixo x.
gráfico:
x y (x,y)
1 -2 (1, -2)
3 2 (3,2)

Observe que a reta y = 2x – 4 intercepta o eixo x no ponto


(2,0), ou seja, no ponto de abscissa 2, que é o zero da função.
Conhecido o zero de uma função do 1º grau e lembrando
a inclinação que a reta pode ter, podemos esboçar o gráfico da - Para x = 2 temos y = 0;
função. - Para x > 2 temos y > 0;
- Para x < 2 temos y < 0.
Estudo do sinal da função do 1º grau:
Estudar o sinal da função do 1º grau y = ax + b é determinar os
valores reais de x para que:

Didatismo e Conhecimento 55
MATEMÁTICA
Relação Binária Observação: Considerando que para cada elemento do
conjunto A o número de pares ordenados obtidos é igual ao número
Par Ordenado de elementos do conjunto B, teremos: n(A x B) = n(A) x n(B).

Quando representamos o conjunto (a, b) ou (b, a) estamos, b) Diagrama de flechas


na verdade, representando o mesmo conjunto. Porém, em alguns Apresentamos o produto cartesiano por meio do diagrama
casos, é conveniente distinguir a ordem dos elementos. de flechas, quando representamos cada um dos conjuntos no
Para isso, usamos a idéia de par ordenado. A princípio, diagrama de Euler-Venn, e os pares ordenados por “flechas” que
trataremos o par ordenado como um conceito primitivo e vamos partem do 1º elemento do par ordenado (no 1º conjunto) e chegam
utilizar um exemplo para melhor entendê-lo. Consideremos ao 2º elemento do par ordenado (no 2º conjunto).
um campeonato de futebol e que desejamos apresentar, de cada Considerando os conjuntos A e B do nosso exemplo, o produto
equipe, o total de pontos ganhos e o saldo de gols. Assim, para uma cartesiano A x B fica assim representado no diagrama de flechas:
equipe com 12 pontos ganhos e saldo de gols igual a 18, podemos
fazer a indicação (12, 18), já tendo combinado, previamente, que
o primeiro número se refere ao número de pontos ganhos, e o
segundo número, ao saldo de gols.
Portanto, quando tivermos para outra equipe a informação de
que a sua situação é (2, -8) entenderemos, que esta equipe apresenta
2 pontos ganhos e saldo de gols -8. Note que é importante a ordem
em que se apresenta este par de números, pois a situação (3, 5)
é totalmente diferente da situação (5,3). Fica, assim, estabelecida
a idéia de par ordenado: um par de valores cuja ordem de
apresentação é importante.
Observações: (a, b) = (c, d) se, e somente se, a = c e b = d
(a, b) = (b, a) se, o somente se, a = b c) Plano cartesiano
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano,
Produto Cartesiano quando representamos o 1º conjunto num eixo horizontal, e o
Dados dois conjuntos A e B, chamamos de produto cartesiano 2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de
A x B ao conjunto de todos os possíveis pares ordenados, de tal pontos, marcamos os elementos desses conjuntos. Em cada um dos
maneira que o 1º elemento pertença ao 1º conjunto (A) e o 2º pontos que representam os elementos passamos retas (horizontais
elemento pertença ao 2º conjunto (B). ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que
estarão representando, no plano cartesiano, cada um dos pares
A x B= {(x,y) / x ∈ A e y ∈ B} ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A).

Quando o produto cartesiano for efetuado entre o conjunto


A e o conjunto A, podemos representar A x A = A2. Vejamos, por
meio de o exemplo a seguir, as formas de apresentação do produto
cartesiano.

Exemplo

Sejam A = {1, 4, 9} e B = {2, 3}. Podemos efetuar o produto


cartesiano A x B, também chamado A cartesiano B, e apresentá-lo
de várias formas.

a) Listagem dos elementos


Apresentamos o produto cartesiano por meio da listagem, Domínio de uma Função Real
quando escrevemos todos os pares ordenados que constituam o Para uma função de R em R, ou seja, com elementos no
conjunto. Assim, no exemplo dado, teremos: conjunto dos números reais e imagens também no conjunto dos
A e B = {(1, 2),(1, 3),(4, 2),(4, 3),(9, 2),(9, 3)} números reais, será necessária, apenas, a apresentação da sentença
que faz a “ligação” entre o elemento e a sua imagem.
Vamos aproveitar os mesmo conjuntos A e B e efetuar o Porém, para algumas sentenças, alguns valores reais não
produto B e A (B cartesiano A): B x A = {(2, 1),(2, 4),(2, 9),(3, apresentam imagem real.
1),(3, 4),(3, 9)}. Por exemplo, na função f(x) = √(x-1) , o número real 0 não
apresenta imagem real e, portanto, f(x) características de função,
Observando A x B e B x A, podemos notar que o produto precisamos limitar o conjunto de partida, eliminando do conjunto
cartesiano não tem o privilégio da propriedade comutativa, ou seja, dos números reais os elementos que, para essa sentença, não
A x B é diferente de B x A. Só teremos a igualdade A x B = B x A apresentam imagem. Nesse caso, bastaria estabelecermos como
quando A e B forem conjuntos iguais. domínio da função f(x) o conjunto D = {x∈R/x ≥ 1}.

Didatismo e Conhecimento 56
MATEMÁTICA
Para determinarmos o domínio de uma função, portanto, basta a) 0
garantirmos que as operações indicadas na sentença são possíveis b) 1
de serem executadas. Dessa forma, apenas algumas situações nos c) 2
causam preocupação e elas serão estudadas a seguir. d) 3
2n
e) 4
1ª y= √f(x) f(x)≥(n∈N*)
4. Sejam f e g funções definidas em R por f(x)=2x-1 e
2ª y= 1 ⇒ f(x)≠0 g(x)=x-3. O valor de g(f(3)) é:
f(x( a) -1
Vejamos alguns exemplos de determinação de domínio de b) 1
uma função real. c) 2
d) 3
Exemplos e) 4
Determine o domínio das seguintes funções reais. 5. Numa loja, o salário fixo mensal de um vendedor é 500
reais. Além disso, ele recebe de comissão 50 reais por produto
- f(x)=3x2 + 7x – 8 vendido.
D=R a) Escreva uma equação que expresse o ganho mensal y
desse vendedor, em função do número x de produto vendido.
- f(x)=√x+7 b) Quanto ele ganhará no final do mês se vendeu 4 pro-
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7 dutos?
D = {x∈R/x ≥ 7} c) Quantos produtos ele vendeu se no final do mês recebeu
1000 reais?
3
- f(x)= √x+1
D=R 6. Considere a função dada pela equação y = x + 1, deter-
mine a raiz desta função.
Observação: Devemos notar que, para raiz de índice impar,
o radicando pode assumir qualquer valor real, inclusive o valor 7. Determine a raiz da função y = - x + 1 e esboce o gráfico.
negativo.
8. Determine o intervalo das seguintes funções para que
3
- f(x)= f(x) > 0 e f(x) < 0.
√x+8 a) y = f(x) = x + 1
x + 8 > 0 → x > -8 b) y = f(x) = -x + 1
D = {x∈R/x > -8}
9. Determine o conjunto imagem da função:
- f(x)= √x+5 D(f) = {1, 2, 3}
x-8 y = f(x) = x + 1
x–5≥0→x≥5
x–8≥0→x≠8 10. Determine o conjunto imagem da função:
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8} D(f) = {1, 3, 5}
y = f(x) = x²
Exercícios
1. Determine o domínio das funções reais apresentadas Respostas
abaixo.
a) f(x) = 3x2 + 7x – 8 1) Solução:
a) D = R
3
b) f(x)=
3x-6
b) 3x – 6 ≠ 0
c) f(x)= √x+2 x≠2
D = R –{2}
3
d) f(x)= √2x+1
c) x + 2 ≥ 0
e) f(x)= 4x x ≥ -2
√7x+5 D = {x ∈ R/ x ≥ -2}

2. Um número mais a sua metade é igual a 150. Qual é esse d) D = R


número? Devemos observar que o radicando deve ser maior ou igual a
zero para raízes de índice par.
3. Considere a função f, de domínio N, definida por f(1) = 4
e f(x+1) = 3f(x)-2. O valor de f(0) é:

Didatismo e Conhecimento 57
MATEMÁTICA
e) Temos uma raiz de índice par no denominado, assim:
7x + 5 > 0
x > - 7/5
D = {x ∈ R/ x > -5/7}.

2) Resposta “100”.
Solução:
n + n/2 = 150
2n/2 + n/2 = 300/2
2n + n = 300
3n = 300
n = 300/3
n = 100.
Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará (cortará)
3. Resposta “C”. o eixo x em -1, que é a raiz da função.
Solução : Com a função dada f(x + 1) = 3f(x) – 2 substituímos
o valor de x por x = 0: 7) Solução: Fazendo y = 0, temos:
f(0 + 1) = 3f (0) – 2 0 = -x + 1
f(1) = 3f(0) - 2 x=1

É dito que f(1) = 4, portanto: Gráfico:


4 = 3f(0) - 2
Isolando f(0):
4+2 = 3f(0)
6 = 3f(0)
f(0) = 6/3 = 2.

4) Resposta “E”.
Solução: Começamos encontrando f(3):
f(3) = 2.(3) + 1, ou seja, f(3) = 7
Se está pedindo g[f(3)] então está pedindo g(7):
g(7) = 7 - 3 = 4

Logo, a resposta certa, letra “E”.


Note que o gráfico da função y = -x + 1, interceptará (cortará)
5) Solução o eixo x em 1, que é a raiz da função.
a) y = salário fixo + comissão
y = 500 + 50x 8) Solução:
a) y = f(x) = x + 1
b) y = 500 + 50x , onde x = 4 x+1>0
y = 500 + 50 . 4 = 500 + 200 = 700 x > -1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1
c) y = 500 + 50x , onde y = 1000 x+1<0
1000 = 500 + 50x   x < -1
50x = 1000 – 500 Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1
50x = 500
x = 10. b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
6) Solução: Basta determinar o valor de x para termos y = 0 -x > -1
x+1=0 x<1
x = -1 Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1

Dizemos que -1 é a raiz ou zero da função. -x + 1 < 0


-x < -1
x>1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigualdade).

Didatismo e Conhecimento 58
MATEMÁTICA
9) Solução: x y (x,y)
f(1) = 1 + 1 = 2
f(2) = 2 + 1 = 3 –2 5 (–2,5)
f(3) = 3 + 1 = 4 –1 0 (–1,0)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}. 0 –3 (0, –3)
10) Solução: 1 –4 (1, –4)
f(1) = 1² = 1 2 –3 (2, –3)
f(3) = 3² = 9 3 0 (3,0)
f(5) = 5² = 25
Logo: Im(f) = {1, 9, 25} 4 5 (4,5)

Função do 2º Grau O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta chamada


parábola.
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática toda função O ponto V indicado na figura chama-se vértice da parábola.
f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma f(x) =
ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com a, b e c reais e a ≠ 0. Concavidade da Parábola
No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua
Exemplo concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a
< 0).
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0

Representação gráfica da Função do 2º grau

Exemplo

Se a função f de R em R definida pela equação y = x2 – 2x


– 3. Atribuindo à variável x qualquer valor real, obteremos em a>0 a<0
correspondência os valores de y:
Podemos por meio do gráfico de uma função, reconhecer o
Para x = –2 temos y = (–2)2 – 2(–2) –3 = 4 + 4 – 3 = 5 seu domínio e o conjunto imagem.
Para x = –1 temos y = (–1)2 – 2(–1) –3 = 1 + 2 – 3 = 0
Para x = 0 temos y = (0)2 – 2(0) –3 = – 3 Consideremos a função f(x) definida por A = [a, b] em R.
Para x = 1 temos y = (1)2 – 2(1) –3 = 1 – 2 – 3 = –4
Para x = 2 temos y = (2)2 – 2(2) –3 = 4 – 4 – 3 = –3
Para x = 3 temos y = (3)2 – 2(3) –3 = 9 – 6 – 3 = 0
Para x = 4 temos y = (4)2 – 2(4) –3 = 16 – 8 – 3 = 5

Domínio: Projeção ortogonal do gráfico da função no eixo x.


Assim, D = [a, b] = A

Didatismo e Conhecimento 59
MATEMÁTICA
Coordenadas do vértice da parábola

A parábola que representa graficamente a função do 2º grau


apresenta como eixo de simetria uma reta vertical que intercepta o
gráfico num ponto chamado de vértice.

As coordenadas do vértice são:


-b -Δ
xv = e xv =
2a 4a
   

Vértice (V)
Conjunto Imagem: Projeção ortogonal do gráfico da função
no eixo y. Assim, Im = [c, d].

O Conjunto Imagem de uma função do 2º grau está associado


ao seu ponto extremo, ou seja, à ordenada do vértice (yv).

Zeros da Função do 2º grau

As raízes ou zeros da função quadrática f(x) = ax2 + bx + c são


os valores de x reais tais que f(x) = 0 e, portanto, as soluções da
equação do 2º grau.

ax2 + bx + c = 0 Exemplo

A resolução de uma equação do 2º grau é feita com o auxílio Vamos determinar as coordenadas do vértice da parábola da
da chamada “fórmula de Bhaskara”. seguinte função quadrática: y = x2 – 8x + 15.
-b + √
Δ
x= -
2.a Onde Δ = b2 – 4.a.c Cálculo da abscissa do vértice:

-(-8)
As raízes (quando são reais), o vértice e a intersecção com o xv= -b = = 8 =4
eixo y são fundamentais para traçarmos um esboço do gráfico de 2a 2(1) 2
uma função do 2º grau.
Cálculo da ordenada do vértice:
f(x) = ax + bx + c com a ≠ 0
2 Substituindo x por 4 na função dada:
Δ>0 Δ=0 Δ<0 yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1
a>0
Logo, o ponto V, vértice dessa parábola, é dado por V (4, –1).

Valor máximo e valor mínimo da função do 2º grau

- Se a > 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada


a<0 mínima. Nesse caso, o vértice é chamado ponto de mínimo e a
ordenada do vértice é chamada valor mínimo da função;
- Se a < 0, o vértice é o ponto da parábola que tem ordenada
máxima. Nesse caso, o vértice é ponto de máximo e a ordenada do
vértice é chamada valor máximo da função.

Didatismo e Conhecimento 60
MATEMÁTICA
Estudos do sinal da função do 2º grau
Estudar o sinal de uma função quadrática é determinar os
valores reais de x que tornam a função positiva, negativa ou nula.

Exemplo
y = x2 – 6x + 8

Zeros da função: Esboço do Gráfico


y = x2 – 6x + 8
Δ = (–6)2 – 4(1)(8)
Δ = 36 – 32 = 4
√Δ= √4 = 2
Construção do gráfico da função do 2º grau
- Determinamos as coordenadas do vértice; Estudo do Sinal:
- Atribuímos a x valores menores e maiores que xv e calculamos
os correspondentes valores de y;
6+2 8 Para x < 2 ou x > 4 temos y > 0
- Construímos assim uma tabela de valores; 6±2 = =4
- Marcamos os pontos obtidos no sistema cartesiano; x= 2 2 Para x = 2 ou x = 4 temos y = 0
2 6−2 4
- Traçamos a curva. = =2 Para 2 < x < 4 temos y < 0
2 2
Exemplo Exercícios
y = x2 – 4x + 3 1. O triplo do quadrado do número de filhos de Pedro é igual a
63 menos 12 vezes o número de filhos. Quantos filhos Pedro tem?
Coordenadas do vértice:
2. Uma tela retangular com área de 9600cm2  tem de largura
-(-4)
xv = -b = = 4 =2 V (2, –1) uma vez e meia a sua altura. Quais são as dimensões desta tela?
2a 2(1) 2
yV = (2)2 – 4(2) + 3 = 4 – 8 + 3 = –1 3. O quadrado da minha idade menos a idade que eu tinha 20
anos atrás e igual a 2000. Quantos anos eu tenho agora?
Tabela:
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3 4. Comprei 4 lanches a um certo valor unitário. De outro tipo
Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0 de lanche, com o mesmo preço unitário, a quantidade comprada
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0 foi igual ao valor unitário de cada lanche. Paguei com duas notas
Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3 de cem reais e recebi R$ 8,00 de troco. Qual o preço unitário de
cada produto?
x y (x,y)
5. O produto da idade de Pedro pela idade de Paulo é igual a
0 3 (0,3) 374. Pedro é 5 anos mais velho que Paulo. Quantos anos tem cada
1 0 (1,0) um deles?
2 –1 (2,–1)Vértice 6. Há dois números cujo triplo do quadrado é a igual 15 vezes
estes números. Quais números são estes?
3 0 (3,0)
4 3 (4,3) 7. Quais são as raízes da equação x2 - 14x + 48 = 0?

Gráfico: 8. O dobro do quadrado da nota final de Pedrinho é zero. Qual


é a sua nota final?

9. Solucione a equação biquadrada: -x4 + 113x2 - 3136 = 0.

10. Encontre as raízes da equação biquadrada: x4 - 20x2 - 576


= 0.
Respostas

1) Resposta “3”.
Solução: Sendo  x  o número de filhos de Pedro, temos que
3x2  equivale ao  triplo do quadrado do número de filhos e que
63 - 12x equivale a 63 menos 12 vezes o número de filhos. Mon-
tando a sentença matemática temos:
3x2 = 63 - 12x

Didatismo e Conhecimento 61
MATEMÁTICA
Que pode ser expressa como:
-(-1) ± √(-1)2 - 4 . 1 . (-1980)
3x2 + 12x - 63 = 0 x2 - x - 1980 = ⇒ x =
2.1
1 ± √7921
Temos agora uma sentença matemática reduzida à for- ⇒x=
2
ma ax2 + bx + c = 0, que é denominada equação do 2° grau. Vamos
então encontrar as raízes da equação, que será a solução do nosso 1 + 89
x1 = ⇒ x1 = 45
problema: 2
1 ± 89
Primeiramente calculemos o valor de Δ: ⇒x= ⇒ 1 - 89
2 x2 = ⇒ x2 = -44
Δ = b2 - 4.a.c = 122 - 4 . 3 .(-63) = 144 + 756 = 900 2
Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que a equação
possui duas raízes reais distintas. Vamos calculá-las: As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não posso
ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒ Logo, agora eu tenho 45 anos.
2.3 4) Resposta “12”.
Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lanche têm
-12 + √900 18 o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então de x.
x1 = ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x1 = ⇒ x1 = 3
6 6 6 Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu com-
prei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades.
-12 - √900 -42
x2 = ⇒x1 = -12 - 30 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7 Sabendo-se que recebi  R$  8,00  de troco ao pa-
6 6 6
gar R$ 200,00 pela mercadoria, temos as informações necessárias
A raízes encontradas são 3 e -7, mas como o número de filhos de para montarmos a seguinte equação:
uma pessoa não pode ser negativo, descartamos então a raiz -7. 4 . x + x . x + 8 = 200
Portanto, Pedro tem 3 filhos. Ou então:
4.x + x . x + 8 = 200 ⇒ 4x + x2 + 8 = 200 ⇒ x2 + 4x - 192=0
2) Resposta “80cm; 120 cm”.
Solução: Se chamarmos de x altura da tela, temos que 1,5x será Como x representa o valor unitário de cada lanche, vamos so-
a sua largura. Sabemos que a área de uma figura geométrica retan- lucionar a equação para descobrimos que valor é este:
gular -4 ± √42 - 4 . 1 . (-192)
é calculada multiplicando-se a medida da sua largura, pela x2 + 4x - 192 = 0 ⇒ x =
2.1
medida da sua altura. Escrevendo o enunciado na forma de uma
-4 ± √784
sentença matemática temos: ⇒x=
2 -4 + 28
x . 1,5x = 9600 x1 = ⇒ x1 = 12
Que pode ser expressa como: 2
-4 ± 28
1,5x2 - 9600 = 0 ⇒x= ⇒ -4 - 89
2 x2 = ⇒ x2 = -16
Note que temos uma equação do 2° grau incompleta, que 2
como já vimos terá duas raízes reais opostas, situação que ocorre
sempre que o coeficiente b é igual a zero. Vamos aos cálculos: As raízes reais da equação são -16 e 12. Como o preço não
pode ser negativo, a raiz igual -16 deve ser descartada.
9600
1,5x2 - 9600 = 0 ⇒ 1,5x2 = 9600 ⇒ x2 = Assim, o preço unitário de cada produto é de R$ 12,00.
1,5
⇒ x = ±√6400 ⇒ x = ±80 5) Resposta “22; 17”.
Solução: Se chamarmos de x a idade de Pedro, teremos que x
As raízes reais encontradas são -80 e 80, no entanto como uma - 5 será a idade de Paulo. Como o produto das idades é igual a 374,
tela não pode ter dimensões negativas, devemos desconsiderar a temos que x . (x - 5) = 374.
raiz -80. Esta sentença matemática também pode ser expressa como:
Como 1,5x representa a largura da tela, temos então que ela
será de 1,5 . 80 = 120. x.(x - 5) = 374 ⇒ x2 - 5x = 374 ⇒ x2 - 5x - 374 = 0
Portanto, esta tela tem as dimensões de 80cm de altura, por
120cm de largura. Primeiramente para obtermos a idade de Pedro, vamos solu-
3) Resposta “45”. cionar a equação:
Solução: Denominando x a minha idade atual, a partir do -(-5) ± √(-5)2 - 4 . 1 . (-374)
enunciado podemos montar a seguinte equação: x2 - 5x - 374 = 0 ⇒ 2.1
x2 - (x - 20) = 2000
5 ± √1521
Ou ainda: ⇒x=
x2 - (x - 20) = 2000 ⇒ x2 - x + 20 = 2000 ⇒ x2 - x - 1980 =0 2

A solução desta equação do 2° grau completa nós dará a res-


posta deste problema. Vejamos:

Didatismo e Conhecimento 62
MATEMÁTICA

5 + 39 14 + 2
x1 = ⇒ x1 = 22 x1 = ⇒ x1 = 8
2 2
5 ± 39 ⇒
⇒x= ⇒ 5 - 39 14 - 2
2 x2 = ⇒ x2 = -17 x2 = ⇒ x2 = 6
2 2

As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser negativa, a


raiz -17 deve ser descartada. 8) Resposta “0”.
Logo a idade de Pedro é de 22 anos. Solução: Sendo x a nota final, matematicamente temos:
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem en- 2x2 = 0
tão 17 anos.
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos. Podemos identificar esta sentença matemática como sen-
do uma equação do segundo grau incompleta, cujos coeficien-
6) Resposta “0; 5”. tes b e c são iguais a zero.
Solução: Em notação matemática, definindo a incógnita Conforme já estudamos este tipo de equação sempre terá
como x, podemos escrever esta sentença da seguinte forma: como raiz real o número zero. Apenas para verificação vejamos:
3x2 = 15x 0
Ou ainda como: 2x2 = 0 ⇒ x2 = ⇒ x2 = 0 ⇒ x ±√0 ⇒ x =0
2
3x2 - 15x = 0
A  fórmula geral de resolução  ou  fórmula de Bhaskara pode 9) Resposta “-8; -7; 7 e 8”.
ser utilizada na resolução desta equação, mas por se tratar de uma Solução: Substituindo na equação x4 por y2 e também x2 e y te-
equação incompleta, podemos solucioná-la de outra forma. mos:
Como apenas o coeficiente c é igual a zero, sabemos que esta -y2 + 113y - 3136 = 0
equação possui duas raízes reais. Uma é igual azero e a outra é Resolvendo teremos:
dada pelo oposto do coeficiente b dividido pelo coeficiente a. Re- −113 ± 1132 − 4.(−1).(−3136)
sumindo podemos dizer que: -y2 + 113y - 3136 = 0 ⇒ y =
2 + (−1)
x1 = 0 −113 + 225 -113 + 15
y1 = ⇒ y1 =
ax + bx = 0 ⇒
2
b −2 -2
x2 = - ⇒
a −113 − 225
y2 = ⇒ y2 = -113 - 15
−2 -2
Temos então:
b -15 -98
x=- ⇒x= ⇒x=5 y1 = ⇒ y1 = 49
a 3 -2

7) Resposta “6; 8”. y2 = -128 ⇒ y2 = 64
-2
Solução: Podemos resolver esta equação simplesmente res-
pondendo esta pergunta:
Quais são os dois números que somados totalizam 14 e que Substituindo os valores de y na expressão x2 = y temos:
multiplicados resultam em 48?
Sem qualquer esforço chegamos a 6 e 8, pois 6 + 8 = 14 e 6 Para y1 temos:
x1 = √49 ⇒ x1 = 7
. 8 = 48.
Segundo as relações de Albert Girard, que você encontra em x = 49 ⇒ x ±√49 ⇒
2
x2 = - √49 ⇒ x2 = -7
detalhes em outra página deste site, estas são as raízes da referida
equação.
Para simples conferência, vamos solucioná-la também através Para y2 temos:
da fórmula de Bhaskara: x3 = √64 ⇒ x3 = 8
-(-14) ± √(-14) - 4 . 1 . 48
2 x = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
2
x2 - 14x + 48 = 0 ⇒ x = x4 = - √64 ⇒ x4 = -8
2.1
⇒ x = 14 ± √4
2 Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4  + 113x2  -
14 ± 2 3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8.
⇒x =
2

Didatismo e Conhecimento 63
MATEMÁTICA
10) Resposta “-6; 6”. Registro

Solução: Iremos substituir x4 por y2 e x2 e y, obtendo uma equa- 3x – 2 = 16


ção do segundo grau: 3x = 16 + 2
y2 - 20y - 576 = 0 3x = 18
18
x=
Ao resolvermos a mesma temos: x = 63
−20 ± (−20)2 − 4.1.(−576)
y2 - 20y - 576 = 0 ⇒ Exemplo 2
2.3
2 1
20 + 2704 20 + 52 72 Resolução da equação 1 – 3x + =x+ , efetuando a
y1= ⇒y1= ⇒y1= ⇒y1=36 5 2
2 2 mesma operação nos dois lados da igualdade.
2
Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados
20 − 52 −32 da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são eliminados
20 − 2704
y2= ⇒y2= ⇒y2= 2 ⇒y2=-16 os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos
2 2 necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos
dois lados da igualdade. No registro, as operações feitas nos dois
Substituindo os valores de y na expressão x2  = y obtemos as lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.
raízes da equação biquadrada: Registro
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2
Para y1 temos: 10 – 30x + 4 = 10x + 5
-30x - 10x = 5 - 10 - 4
x1 = √36 ⇒ x1= 6 -40x = +9(-1)
x2 = 36 ⇒ x = ±√36 ⇒
40x = 9
x2 = -√36 ⇒ x2= -6 x = 9/40
Para y2, como não existe raiz quadrada real de um número x = 0,225
negativo, o valor de -16 não será considerado.
Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia
Desta forma, as raízes da equação biquadrada x4 - 20x2 - 576 = nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
0 são somente: -6 e 6. - Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.

Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado


5. EQUAÇÕES DE PRIMEIRO E esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado
SEGUNDO GRAUS E APLICAÇÕES. direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.
Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no
lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito
Equação do 1º Grau da igualdade.
Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita: O processo prático pode ser formulado assim:
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau) - Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com
incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro
2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau) lado.
- Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.
2
1 – 3x + =x+ 1 (equação de 1º grau)
5 2 Exemplo
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um dos Resolução da equação = - , usando o
2 3 3
lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos: processo prático.
- inverter operações;
- efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade. Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma habitual,
multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6. A seguir, passamos
Exemplo1 a efetuar os cálculos indicados. Neste ponto, passamos a usar o
Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações. processo prático, colocando termos com a incógnita à esquerda e
números à direita, invertendo operações.
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que
3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é igual a 18,
é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação
por 3).

Didatismo e Conhecimento 64
MATEMÁTICA
Registro Respostas
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2 -31
- = 1) Resposta “ x = ”
2 3 3 17
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x
2
Solução:
2 3 3
x-1 x+3 x-4
15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2 - = 2x -
2 4 3
15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2
15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
6(x - 1) - 3(x + 3) = 24x - 4(x - 4)
15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2
12
17x – 2x2 + 42 = – 2x2
17x – 2x2 + 2x2 = – 42 6x – 6 – 3x – 9 = 24x – 4x + 16
17x = – 42 6x – 3x – 24x + 4x = 16 + 9 + 6
42
x=- 10 x – 27x = 31
17
(-1) - 17x = 31
Note que, de início, essa última equação aparentava ser de x = -31
x2 17
2º grau por causa do termo - no seu lado direito. Entretanto,
3 que foi reduzida a uma equação
depois das simplificações, vimos
de 1º grau (17x = – 42). 2) Resposta “ ”

Solução:
Exercícios
x-1 x+3 x-4
1. Resolva a seguinte equação: - = 2x -
2 4 3

2. Resolva:

3. Calcule:
a) -3x – 5 = 25

b) 2x - 1 = 3
2
c) 3x + 24 = -5x
3) Solução:
4. Existem três números inteiros consecutivos com soma igual
a 393. Que números são esses? a) -3x – 5 = 25
-3x = 25 + 5
5. Determine um número real “a” para que as expressões (3a (-1) -3x = 30
+ 6)/ 8 e (2a + 10)/6 sejam iguais. 3x = -30
- 30
x= = -10
6. Determine o valor da incógnita x: 3
a) 2x – 8 = 10
b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9) b) 2x - 1 = 3
2
7. Verifique se três é raiz de 5x – 3 = 2x + 6. 2(2x) - 1 = 6
2
8. Verifique se -2 é raiz de x² – 3x = x – 6. 4x – 1 = 6
4x = 6 + 1
9. Quando o número x na equação ( k – 3 ).x + ( 2k – 5 ).4 + 4x = 7
4k = 0 vale 3, qual será o valor de K?
7
x=
10. Resolva as equações a seguir: 4
a)18x - 43 = 65
b) 23x - 16 = 14 - 17x c) 3x + 24 = -5x
c) 10y - 5 (1 + y) = 3 (2y - 2) - 20 3x + 5x = -24
8x = -24
- 24
x= = -3
8

Didatismo e Conhecimento 65
MATEMÁTICA
4) Resposta “130; 131 e 132”. c) 10y - 5 - 5y = 6y - 6 -20
Solução: 5y - 6y = -26 + 5
x + (x + 1) + (x + 2) = 393 -y = -21
3x + 3 = 393 y = 21
3x = 390
x = 130 Equação do 2º Grau
Então, os números procurados são: 130, 131 e 132.
Denomina-se equação do 2º grau na incógnita x toda equação
5) Resposta “22”. da forma ax2 + bx + c = 0, em que a, b, c são números reais e a ≠ 0.
Solução: Nas equações de 2º grau com uma incógnita, os números reais
(3a + 6) / 8 = (2a + 10) / 6 expressos por a, b, c são chamados coeficientes da equação:
6 (3a + 6) = 8 (2a + 10) - a é sempre o coeficiente do termo em x2.
18a + 36 = 16a + 80 - b é sempre o coeficiente do termo em x.
2a =  44
- c é sempre o coeficiente ou termo independente.
a = 44/2 = 22
Equação completa e incompleta:
6) Solução: - Quando b ≠ 0 e c ≠ 0, a equação do 2º grau se diz completa.
a) 2x – 8 = 10 Exemplos
2x = 10 + 8 5x2 – 8x + 3 = 0 é uma equação completa (a = 5, b = – 8, c = 3).
2x = 18 y2 + 12y + 20 = 0 é uma equação completa (a = 1, b = 12, c
x = 9  →  V = {9} = 20).
b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9) - Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
3 –7 + 14x = 5 – x – 9 diz incompleta.
14x + x = 5 – 9 – 3 + 7
15x= 0 Exemplos
x = 0  →  V= {0} x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).
10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
7) Resposta “Verdadeira”. 5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
Solução:
5x – 3 = 2x + 6 Todas essas equações estão escritas na forma ax2 + bx + c
5.3 – 3 = 2.3 + 6 = 0, que é denominada forma normal ou forma reduzida de uma
15 – 3 = 6 + 6 equação do 2º grau com uma incógnita.
12 = 12 → verdadeira Há, porém, algumas equações do 2º grau que não estão escritas
Então 3 é raiz de 5x – 3 = 2x + 6 na forma ax2 + bx + c = 0; por meio de transformações convenientes,
em que aplicamos o princípio aditivo e o multiplicativo, podemos
8) Resposta “Errada”. reduzi-las a essa forma.
Solução:
x2 – 3x = x – 6 Exemplo: Pelo princípio aditivo.
(-2)2 – 3. (-2) = - 2 - 6
4+6=-2–6 2x2 – 7x + 4 = 1 – x2
10 = -8
2x2 – 7x + 4 – 1 + x2 = 0
Então, -2 não é raiz de x2 – 3x = x – 6
2x2 + x2 – 7x + 4 – 1 = 0
29 3x2 – 7x + 3 = 0
9) Resposta “ k = ”
Solução: 15
(k – 3).3 + (2k – 5).4 + 4k = 0 Exemplo: Pelo princípio multiplicativo.
3k – 9 + 8k – 20 + 4k = 0 2 1 x
3k + 8k + 4k = 9 + 20 - =
x 2 x-4
15k = 29 4.(x - 4) - x(x - 4) 2x2
k = 29 2x(x - 4)
=
2x(x - 4)
15
10) Resposta 4(x – 4) – x(x – 4) = 2x2
a) 18x = 65 + 43 4x – 16 – x2 + 4x = 2x2
18x = 108 – x2 + 8x – 16 = 2x2
x = 108/18 – x2 – 2x2 + 8x – 16 = 0
x = 6 – 3x2 + 8x – 16 = 0

b) 23x = 14 - 17x + 16 Resolução das equações incompletas do 2º grau com uma


23x + 17x = 30 incógnita.
40x = 30
x = 30/40 = ¾

Didatismo e Conhecimento 66
MATEMÁTICA
- A equação é da forma ax2 + bx = 0. A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem duas
x2 + 9 = 0 ⇒ colocamos x em evidência ou uma única dependem, exclusivamente, do discriminante Δ=
x . (x – 9) = 0 b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.
x=0 ou x–9=0
x=9 Na equação ax2 + bx + c = 0
Logo, S = {0, 9} e os números 0 e 9 são as raízes da equação. - Δ = b2 – 4.a.c
- Quando Δ ≥ 0, a equação tem raízes reais.
- A equação é da forma ax2 + c = 0. - Quando Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
- Δ > 0 (duas raízes diferentes).
x2 – 16 = 0 ⇒ Fatoramos o primeiro membro, que é uma - Δ = 0 (uma única raiz).
diferença de dois quadrados.
(x + 4) . (x – 4) = 0 Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no conjunto R.
x+4=0 x–4=0 temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
x=–4 x=4 Δ= b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0
Logo, S = {–4, 4}.
Como Δ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes, dadas
Fórmula de Bhaskara por:
Usando o processo de Bhaskara e partindo da equação escrita + 36
Δ -(2) - √
-b +- √ -2 +
na sua forma normal, foi possível chegar a uma fórmula que vai x= = = -6
nos permitir determinar o conjunto solução de qualquer equação 2.a 2.(1) 2
-2 + 6 4 -2 - 6 -8
do 2º grau de maneira mais simples. x’ = = =2 x” = = = -4
2 2 2 2
Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Então: S = {-4, 2}.
Bhaskara.
Exercícios
-b + √
Δ
x= -
2.a 1. Se x2 = – 4x, então:
a) x = 2 ou x = 1
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender b) x = 3 ou x = – 1
do discriminante r; temos então, três casos a estudar. c) x = 0 ou x = 2
d) x = 0 ou x = – 4
1º caso: Δ é um número real positivo ( Δ > 0). e) x = 4 ou x = – 1
Neste caso, √ Δ é um número real, e existem dois valores reais
diferentes para a incógnita x, sendo costume representar esses 2. As raízes reais da equação 1,5x2 + 0,1x = 0,6 são:
valores por x’ e x”, que constituem as raízes da equação.
a) 2 e 1
-b + √
Δ -b + √Δ 5
x= - x’ =
2.a 2.a b) 3 e 2
-b - √Δ 5 3
x’’ =
2.a c) - 3 e - 2
5 5
2º caso: Δ é zero ( Δ = 0). d) - 2 e 2
5 3
Δ é igual a zero e ocorre:
Neste caso, √ e) 3 e - 2
5 3
Δ x = -b +- √
-b +- √ 0 -b
0 -b +- √
x= = = = 2a
2.a 2.a 2.a
3. As raízes da equação x3 – 2x2 – 3x = 0 são:
Observamos, então, a existência de um único valor real para a) –2, 0 e 1
a incógnita x, embora seja costume dizer que a equação tem duas b) –1, 2 e 3
raízes reais e iguais, ou seja: c) – 3, 0 e 1
d) – 1, 0 e 3
-b
x’ = x” = e) – 3, 0 e 2
2a
4. Verifique se o número 5 é raiz da equação x2 + 6x = 0.
3º caso: Δ é um número real negativo ( Δ < 0).
Neste caso, √ Δ não é um número real, pois não há no conjunto 5. Determine o valor de m na equação x2 + (m + 1)x – 12 = 0
dos números reais a raiz quadrada de um número negativo. para que as raízes sejam simétricas.
Dizemos então, que não há valores reais para a incógnita x, ou
seja, a equação não tem raízes reais.

Didatismo e Conhecimento 67
MATEMÁTICA
6. Determine o valor de p na equação x2 – (2p + 5)x – 1 = 0 3) Resposta “D”.
para que as raízes sejam simétricas.
Solução
7. (U. Caxias do Sul-RS) Se uma das raízes da equação 2x2 – x3 – 2x2 – 3x = 0
3px + 40 = 0 é 8, então o valor de p é: x (x2 – 2x – 3) = 0
a) 5 x=0 x2 – 2x – 3 = 0
13
b) Δ = b – 4.a.c
2

c) 73 Δ = -22 – 4 . 1 . – 3
d) –5 Δ = 4 + 12
e) –7 Δ = 16
-(-2) +- √16 2 +- 4 6 -2
8. O número de soluções reais da equação: -6x 2 + 4x = -4,
2 2
x= = = = 3 ou = -1
3 2x - 3x 2.1 2 2 2
com x ≠ 0 e x ≠ é:
a) 0 2
b) 1 4) Resposta “Não”.
c) -2
d) 3 Solução:
e) 4
-b -6 c 0
9. O(s) valor(es) de B na equação x2 – Bx + 4 = 0 para que o S= = = -6 P= = =0
a 1 a 1
discriminante seja igual a 65 é(são):
a) 0 Raízes: {-6,0}
b) 9 Ou x2 + 6x = 0
c) –9 x (x + 6) = 0
d) –9 ou 9 x=0 ou x+6=0
e) 16 x=-6

10. Um valor de b, para que a equação 2x2 + bx + 2 = 0 tenha 5) Resposta “-1”.


duas raízes reais e iguais é: Solução:
a) 2
-(m + 1) c -12
b) 3 S = -b = =-m-1 P= = = -12
a 1 a 1
c) 4
d) 5
e) 6 -m-1=0
Respostas m = -1

1. Resposta “D”. 6) Resposta “ -5/2”.


Solução: Solução:
x2 = – 4x x2 – (2p + 5)x – 1 = 0 (-1)
x2 + 4x = 0 -x2 +(2p + 5)x + 1 = 0
x (x + 4) = 0
x=0 x+4=0
-b -(2p + 5) c 1
x = -4 S= = = 2p + 5 P= = = -1
a -1 a -1
2) Resposta “E”. 2p + 5 = 0
Solução: 2p = -5
1,5x2 + 0,1x = 0,6 p = - 5/2
1,5x2 + 0,1x - 0,6 = 0 (x10)
15x2 +1x - 6 = 0 7) Resposta “C”
Δ = b2 – 4.a.c Solução:
Δ = 12 – 4 . 15 . – 6 2x2 – 3px + 40 = 0
Δ = 1 + 360 282 – 3p8 + 40 = 0
Δ = 361 2.64 – 24p + 40 = 0
-1 +- √ 128 – 24p + 40 = 0
361 -1 +- 19 18 3 -20 2
x= = = = ou =- -24p = - 168 (-1)
2.15 30 30 5 30 3 p = 168/24
p=7

Didatismo e Conhecimento 68
MATEMÁTICA
8) Resposta “C”. Um sistema de equação do primeiro grau com duas incógnitas
Solução: x e y, pode ser definido como um conjunto formado por duas
equações do primeiro grau. Lembrando que equação do primeiro
-6x2 + 4x3 x(-6x + 4x2)
= = -4 grau é aquela que em todas as incógnitas estão elevadas à potência
2x - 3x
2 x(2x - 3)
1.
-8x + 12 = -6x + 4x2
4x2 + 2x - 12 = 0 Observações gerais
Δ = b2 – 4.a.c
Δ = 22 – 4 . 4 . -12 Em tutoriais anteriores, já estudamos sobre equações do
Δ = 4 + 192 primeiro grau com duas incógnitas, como exemplo: X + y = 7 x – y
Δ = 196 = 30 x + 2y = 9 x – 3y = 15
-2 +- √196 -2 +- 14 Foi visto também que as equações do 1º grau com duas
12 3 -16
x= = = ou = -2 variáveis admitem infinitas soluções:
2.4 8 8 2 8
X+y=6x–y=7
9) Resposta “D”.
Solução:
x2 – Bx + 4 = 0
b2 – 4.a.c
b2 – 4 . 1 . 4
b2 – 16 = 65
b2= 65 + 16
b = √81
b=9 Vendo a tabela acima de soluções das duas equações, é
b = -B possível checar que o par (4;2), isto é, x = 4 e y = 2, é a solução
B = ±9 para as duas equações.
10) Resposta “C”.
Solução: Assim, é possível dizer que as equações
2x2 + Bx + 2 = 0 X+y=6
b2 – 4.a.c X–y=7
b2 – 4 . 2 . 2
b2 - 16 Formam um sistema de equações do 1º grau.
b2 = 16
b = √16 Exemplos de sistemas:
b=4

6. SISTEMA DE EQUAÇÕES DE
PRIMEIRO GRAU E APLICAÇÕES.

Sistema de Equação
Observe este símbolo. A matemática convencionou neste caso
Definição para indicar que duas ou mais equações formam um sistema.

Observe o raciocínio: João e José são colegas. Ao passarem Resolução de sistemas


por uma livraria, João resolveu comprar 2 cadernos e 3 livros e Resolver um sistema significa encontrar um par de valores das
pagou por eles R$ 15,40, no total dos produtos. José gastou R$ incógnitas X e Y que faça verdadeira as equações que fazem parte
9,20 na compra de 2 livros e 1 caderno. Os dois ficaram satisfeitos do sistema.
e foram para casa. Exemplos:
No dia seguinte, encontram um outro colega e falaram sobre a) O par (4,3 ) pode ser a solução do sistema
suas compras, porém não se lembrava do preço unitário de dos x–y=2
livros. Sabiam, apenas que todos os livros, como todos os cadernos, x+y=6
tinham o mesmo preço. Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
Bom, diante deste problema, será que existe algum modo de substituir os valores em ambas as equações:
descobrir o preço de cada livro ou caderno com as informações x-y=2x+y=6
que temos ? Será visto mais à frente. 4–3=14+3=7
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso)

Didatismo e Conhecimento 69
MATEMÁTICA
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores
sistema de equações acima. de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma incógnita ?
b) O par (5,3 ) pode ser a solução do sistema
x–y=2 Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de
x+y=8 multiplicação pelo valor excludente negativo.
Ex.:
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta 3x + 2y = 4
substituir os valores em ambas as equações: 2x + 3y = 1
x-y=2x+y=8
5–3=25+3=8 Ao somarmos os termos acima, temos:
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro) 5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor
de “y”, fazemos o seguinte:
A resposta então é verdadeira. O par (5,3) é a solução do » multiplica-se a 1ª equação por +2
sistema de equações acima. » multiplica-se a 2ª equação por – 3

Métodos para solução de sistemas do 1º grau. Vamos calcular então:


3x + 2y = 4 ( x +2)
- Método de substituição 2x + 3y = 1 ( x -3)
6x +4y = 8
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau estabelece -6x - 9y = -3 +
que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir esse valor na -5y = 5
outra equação. y = -1
Observe:
x–y=2 Substituindo:
x+y=4 2x + 3y = 1
2x + 3.(-1) = 1
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de 2x = 1 + 3
uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com a x=2
outra incógnita, desta forma:
x – y = 2 ---> x = 2 + y Verificando:
3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4
Agora iremos substituir o “X” encontrado acima, na “X” da 2x + 3y = 1 ---> 2.(2) + 3(-1) = 1 ------> 4 – 3 = 1
segunda equação do sistema:
x+y=4
(2 + y ) + y = 4 7. ARITMÉTICA: FATORAÇÃO DE
2 + 2y = 4 ----> 2y = 4 -2 -----> 2y = 2 ----> y = 1 NÚMEROS NATURAIS, DIVISIBILIDADE,
MÚLTIPLOS E APLICAÇÕES.
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3

Assim, o par (3,1) torna-se a solução verdadeira do sistema. Média Aritmética

- Método da adição Média aritmética de um conjunto de números é o valor que se


Este método de resolução de sistema do 1º grau consiste obtém dividindo a soma dos elementos pelo número de elementos
apenas em somas os termos das equações fornecidas. do conjunto.
Representemos a média aritmética por .
Observe: A média pode ser calculada apenas se a variável envolvida
x – y = -2 na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a média
3x + y = 5 aritmética para variáveis quantitativas.
Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas: Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
x – y = -2 diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará mais
3x + y = 5 + fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos e perceber
4x = 3 tendências.
x = 3/4 Considerando uma equipe de basquete, a soma das alturas dos
jogadores é:
Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações o
termo “Y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos achar
o valor de “X”.

Didatismo e Conhecimento 70
MATEMÁTICA
Moda (Mo)

Num conjunto de números: , chama-se moda


Se dividirmos esse valor pelo número total de jogadores,
aquele valor que ocorre com maior frequência.
obteremos a média aritmética das alturas:
Observação:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser única.

Exemplo 1:
A média aritmética das alturas dos jogadores é 2,02m.
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda igual a 8,
isto é, Mo=8.
Média Ponderada
Exemplo 2:
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é
chamada média aritmética ponderada.
Questões

01. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –


FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da prefeitura
foram submetidos a um teste de avaliação de conhecimentos de
computação e a pontuação deles, em uma escala de 0 a 100, está
Mediana (Md)
no quadro abaixo.
Sejam os valores escritos em rol:
50 55 55 55 55 60
62 63 65 90 90 100
1. Sendo n ímpar, chama-se mediana o termo tal que o
O número de funcionários com pontuação acima da média é:
número de termos da sequência que precedem é igual ao número
(A) 3;
de termos que o sucedem, isto é, é termo médio da sequência (
(B) 4;
) em rol.
(C) 5;
2. Sendo n par, chama-se mediana o valor obtido pela
(D) 6;
média aritmética entre os termos e , tais que o número de
(E) 7.
termos que precedem é igual ao número de termos que sucedem
, isto é, a mediana é a média aritmética entre os termos centrais
02. (PREF. DE NITERÓI – Fiscal de Posturas – FGV/2015)
da sequência ( ) em rol.
A média das idades dos cinco jogadores mais velhos de um time
de futebol é 34 anos. A média das idades dos seis jogadores mais
Exemplo 1:
velhos desse mesmo time é 33 anos.
Determinar a mediana do conjunto de dados:
A idade, em anos, do sexto jogador mais velho desse time é:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
(A) 33;
(B) 32;
Solução:
(C) 30;
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se: (3, 7,
(D) 28;
10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse rol. Logo:
(E) 26.
Md=12
Resposta: Md=12.
03. (TJ/RO – Técnico Judiciário – FGV/2015) A média do
número de páginas de cinco processos que estão sobre a mesa de
Exemplo 2:
Tânia é 90. Um desses processos, com 130 páginas, foi analisado
Determinar a mediana do conjunto de dados:
e retirado da mesa de Tânia.
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
A média do número de páginas dos quatro processos que
restaram é:
Solução:
(A) 70;
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(B) 75;
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média aritmética
(C) 80;
entre os dois termos centrais do rol.
(D) 85;
(E) 90.
Logo:
04. (TCE/RO – Analista de Tecnologia da Informação –
FGV/2015) A média de cinco números de uma lista é 19. A média
Resposta: Md=15
dos dois primeiros números da lista é 16.

Didatismo e Conhecimento 71
MATEMÁTICA
A média dos outros três números da lista é:
(A) 13;
(B) 15;
(C) 17;
(D) 19;
(E) 21.

05. . (CNMP – Analista do CNMP – FCC/2015) Analisando


a quantidade diária de processos autuados em uma repartição 170+x=198
pública, durante um período, obteve-se o seguinte gráfico em que X=28
as colunas representam o número de dias em que foram autuadas
as respectivas quantidades de processos constantes no eixo 03. Resposta: C.
horizontal.

S=450 páginas
450-130=320
Média =320/4=80

04. Resposta: E.
Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
Média dos dois primeiros

X1+x2=32

A soma dos valores respectivos da mediana e da moda supera


o valor da média aritmética (quantidade de processos autuados por
dia) em
(A) 1,85.
(B) 0,50.
(C) 1,00.
(D) 0,85.
(E) 1,35. X3+x4+x5+32=95
X3+x4+x5=63
Respostas
Média dos 3
01. Resposta: A.

05. Resposta: E.
Sendo os números: x1, x2, x3, x4, x5
M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média. Média dos dois primeiros

02. Resposta: D.
S=soma das idades dos 5 jogadores
X=idade do 6º jogador
X1+x2=32

S=34x5=170

Didatismo e Conhecimento 72
MATEMÁTICA
X3+x4+x5+32=95

X3+x4+x5=63

Média dos 3

Moda é 2, pois é o que tem maior quantidade de processos

Mediana: (2+3)/2=2,5
- Área do quadrado MNPQ = área do quadrado RSVT + (área
do triângulo RNS) . 4

- Área do quadrado DEFG = área do quadrado IELJ + área


Mediana+moda-média: 2+2,5-2,65=1,85 do quadrado GHJK + (área do retângulo DIJH).2

- Área do quadrado RSVT = a2


b.c
8. TEOREMA DE PITÁGORAS - Área do triângulo RNS =
2
E APLICAÇÕES.
- Área do quadrado IELJ = c2

- Área do quadrado GHJK = b2

TEOREMA DE PITÁGORAS - Área do retângulo DIJK = b.c

Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da hipote- Como os quadrados MNPQ e DEFG têm áreas iguais, pode-
nusa é igual à soma dos quadrados da medida dos catetos. mos escrever:

 bc  2 2 2
a2+  . 4 =c +b + (bc) . 2
 2/ 
a2 + 2bc = c2 + b2 + 2bc

Cancelando 2bc, temos:

Demonstrando o teorema de Pitágoras a2=b2+c2

Existem inúmeras maneiras de demonstrar o teorema de Pitá- A demonstração algébrica do teorema de Pitágoras será feita
goras. Veremos uma delas, baseada no cálculo de áreas de figuras mais adiante.
geométricas planas.
Consideremos o triângulo retângulo da figura. Pense & Descubra

Um terreno tem a forma de um triângulo retângulo e tem rente


para três ruas: Rua 1, Rua 2 e Rua 3, conforme nos mostra a figura.
Calcule, em metros, o comprimento a da frente do terreno voltada
para a rua 1.

a = medida da hipotenusa
b = medida de um cateto
c = medida do outro cateto

Observe, agora, os quadrados MNPQ e DEFG, que têm a


mesma área, pois o lado de cada quadrado mede (b+c).

Didatismo e Conhecimento 73
MATEMÁTICA

De acordo com os dados do problema, temos b = 96 m e c = 180 m.

Aplicando o teorema de Pitágoras:


a2 = b2 + c2 a2 = 41616
a2 = (96)2 + (180)2 a = 41616
a2 = 9216 + 32400 a = 204

Então, a frente do terreno para a rua 1 tem 204 m de comprimento.


Teorema de Pitágoras no quadrado

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a medida l do lado de
um quadrado.

d= medida da diagonal
l= medida do lado

Aplicando o teorema de Pitágoras no triângulo retângulo ABC, temos:

d2=l2+l2 d= 2l 2
d2=2 l2 d=l 2
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero

Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida h da altura e a medida l do lado de um
triângulo equilátero.

Didatismo e Conhecimento 74
MATEMÁTICA

l= medida do lado
h= medida da altura

No triângulo equilátero, a altura^ e a mediana coincidem. Logo, H é ponto médio do lado BC .


No triângulo retângulo AHC, H é ângulo reto. De acordo com o teorema de Pitágoras, podemos escrever:

Exercícios resolvidos

1. O valor de x, em cm, no triângulo retângulo abaixo é:

a) 10
b) 11
c) 12
d) 13
e) 14
    
2. Uma empresa de iluminação necessita esticar um cabo de energia provisório do topo de um edifício, cujo formato é um retângulo,
a um determinado ponto do solo distante a 6 m, como ilustra a figura a seguir. O comprimento desse cabo de energia, em metros, será de:
a) 28
b) 14
c) 12
d) 10
e) 8

Didatismo e Conhecimento 75
MATEMÁTICA
3. (Fuvest) Um trapézio retângulo tem bases medindo 5 e 2 e
altura 4. O perímetro desse trapézio é: 6. O valor do segmento desconhecido x no triângulo retângu-
a) 17 lo a seguir, é:
b) 16
c) 15
d) 14
e) 13

4. (UERJ) Millôr Fernandes, em uma bela homenagem à Ma-


temática, escreveu um poema do qual extraímos o fragmento abai-
xo:

Às folhas tantas de um livro de Matemática, um Quociente


apaixonou-se um dia doidamente por uma incógnita. a) 15
b) 14
Olhou-a com seu olhar inumerável e viu-a do ápice à base: c) 12
uma figura ímpar; olhos romboides, boca trapezoide, corpo retan- d) 10
gular, seios esferoides. e) 6
Fez da sua uma vida paralela à dela, até que se encontraram
no infinito. Resoluções
“Quem és tu” – indagou ele em ânsia radical.
“Sou a soma dos quadrados dos catetos. 1) Alternativa d
Mas pode me chamar de Hipotenusa.” Solução: x é hipotenusa, 12 e 5 são os catetos, então:
(Millôr Fernandes – Trinta Anos de Mim Mesmo) x2 = 122 + 52
x2 = 144 + 25
A Incógnita se enganou ao dizer quem era. Para atender ao x2 = 169
Teorema de Pitágoras, deveria dar a seguinte resposta: x=
a) “Sou a soma dos catetos. Mas pode me chamar de Hipote- x = 13 cm
nusa.”
b) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar 2) Alternativa d
de Hipotenusa.” Solução: como podemos observar na figura, temos um triân-
c) “Sou o quadrado da soma dos catetos. Mas pode me chamar gulo retângulo cujos catetos medem 8 m e 6 m, chamando o cabo
de quadrado da Hipotenusa.” de energia de x, pelo Teorema de Pitágoras:
d) “Sou a soma dos quadrados dos catetos. Mas pode me cha-
mar de quadrado da Hipotenusa.” x2 = 62 + 82
x2 = 36 + 64
5. (Fatec) O valor do raio da circunferência da figura é: x2 = 100
x=
x = 10 m

3) Alterntiva b
Solução: temos que fazer uma figura, um trapézio retângulo é
aquele que tem dois ângulos de 90°.

a) 7,5
b) 14,4
c) 12,5
d) 9,5
e) 10,0

Didatismo e Conhecimento 76
MATEMÁTICA
Perímetro é a soma dos quatro lados. Como podemos observar
na figura acima, temos um triângulo retângulo cujos catetos me- 11. PLANO CARTESIANO, CONCEITO DE
dem 3 e 4 e x é a hipotenusa: FUNÇÕES E APLICAÇÕES.
x2 = 32 + 44
x2 = 9 + 16
x2 = 25
x=
x= 5 Plano Cartesiano – Equações da Reta

Perímetro = 5 + 4 + 2 + 5 = 16 Eixo

4) Alternativa d Introdução
Solução: de acordo com o Teorema de Pitágoras: “O quadrado
da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos.” A Geometria Analítica é a parte da Matemática que trata de
resolver problemas cujo enunciado é geométrico, empregando
5) Alternativa c processos algébricos.
Solução: na figura dada podemos observar dois triângulos re- Criada por René Descartes (1596-1650), a Geometria Analíti-
tângulos iguais e com lados medindo: ca contribui para a visão moderna da Matemática como um todo,
substituindo assim a visão parcelada das chamadas “matemáticas”,
que colocava em compartilhamentos separados Geometria, Álge-
bra e Trigonometria.
Essa integração da Geometria com Álgebra é muito rica em
seus resultados, propriedades e interpretações. São inúmeras as
aplicações da Geometria Analítica nas Ciências e na Técnica.

1- Abscissa de um ponto
Considere-se uma reta r. Sobre ela, marque-se um ponto O
arbitrário, que chamaremos de origem, e seja adotada uma unidade
(u) de comprimento com a qual serão medidos os segmentos con-
tidos na reta r.
Sendo r a hipotenusa, 10 e r – 5 são catetos:
r2 = 102 + (r – 5)2
r2 = 100 + r2 – 2.5.r + 52
r2 = 100 + r2 – 10r + 25
r2 – r2 + 10r = 125
10r = 125
r = 125 : 10 Tome-se na reta r os pontos P à direita de O e P’ à esquerda de
r = 12,5 O, tais que, relativamente a (u), os segmentos e tenham a mesma
medida m.
6) Alternativa a
Solução: aplicação direta do Teorema de Pitágoras:
x2 = 122 + 92
x2 = 144 + 81
x2 = 225
x=
x = 15 O sentido de O para P será considerado positivo e indicado
por uma ponta de seta. Assim associa-se ao ponto P o número real
positivo m e ao ponto P’, o número –m.

9. FRAÇÕES E NÚMEROS DECIMAIS.


10. FATORAÇÃO DE EXPRESSÕES
ALGÉBRICAS.

“CARO CANDIDATO, O CONTEÚDO ACIMA FOI


ABORDADO NO DECORRER DA MATÉRIA”

Didatismo e Conhecimento 77
MATEMÁTICA
Dessa forma, associa-se a cada ponto da reta r um único número real, que será denominado abscissa (ou coordenada) do ponto; a abs-
cissa é positiva se, a partir da origem, o ponto for marcado no sentido positivo, e é negativa em caso contrário.

A(3): ponto A de abscissa 3


B (-2): ponto B de abscissa -2
O conjunto {reta, origem, unidade, sentido} será chamado eixo.

Notas
1) A abscissa da origem é o número real 0 (zero).
2) Cada ponto de um eixo possui uma única abscissa, e reciprocamente para cada abscissa existe um único ponto do eixo.
3) Costuma-se indicar pela letra x a abscissa de um ponto.

Exemplo 1
Marcar sobre o eixo x, representado abaixo, os pontos A(2), B(-3) e C .

Resolução

2- Segmento Orientado
Dado um segmento de reta AB, é possível associar a ele o sentido de A para B ou o sentido de B para A. adotando-se, por exemplo, o
sentido de A para B, tem-se o segmento orientado de origem A e extremidade B.

3- Medida Algébrica
Considere-se sobre um eixo r um segmento orientado .

A medida algébrica de , que será indicada por , é definida pelo número XB – XA, onde XB e XA são respectivamente as abscissas
de B e de A.

Assim:
= XB – XA

Didatismo e Conhecimento 78
MATEMÁTICA
Exemplo 2

Observações
1) Quando o sentido de é o mesmo do eixo, a medida algébrica é positiva; em caso contrário, é negativa. Nessas condições,
se tem medida algébrica positiva, então tem medida algébrica negativa.

2) O comprimento d de um segmento orientado , é o módulo (valor absoluto) da medida algébrica de , ou seja, .

Em símbolos:
d= = |XB - XA|

Exemplo 3

a) O comprimento do segmento orientado , dados A(2) e B(11) é


= |XB - XA| = |11 – 2| = |9| = 9

b) O comprimento do segmento orientado , dados A(3) e B(8) é


= |XB - XA| = |3 - 8| = |-5| = 5

Exemplo 4
Na figura abaixo, os pontos A, B e C estão sobre o eixo x de origem O.

Calcular:
a)
b)
c)

Resolução

Da figura, tem-se XA = -3, XB = 4 e XC = 2.


Assim,

= XC – XA = 2 – (-3) = 5

= XO – XB = 0 – 4 = -4

Didatismo e Conhecimento 79
MATEMÁTICA
Exemplo 5
Dados os pontos A(1) e B(9), determinar o ponto C tal que

Resolução
Seja XC a abscisssa do ponto C:

Substituindo-se as coordenadas dos pontos:


XC – 1 = 3(9 - XC) ∴ XC = 7

Resposta: C(7).

Exemplo 6

Dado o ponto A(3), determinar um ponto B que diste 5 unidades do ponto A.

Resolução
Seja XB a abscissa de B. Tem-se: , ou seja, |XB - XA| = 5

De fato, existem dois pontos B que distam 5 unidades de A:

Resposta: B(8) ou B(-2).

4- Ponto Médio

Considerem-se os pontos A(XA) e B(XB). Sendo M(XM) o ponto médio de (ou de ), tem-se:

De fato,

Didatismo e Conhecimento 80
MATEMÁTICA

Portanto, a abscissa do ponto médio M do segmento (ou Sendo R o ponto médio de , vem:
de ) é a média aritmética das abscissas de A e de B.

Exemplo 7

Determinar o ponto médio M do segmento , nos seguintes Resposta: R(6) e S(11).


casos:
Sistema Cartesiano
a) A(1) e B(7)
1- Coordenadas de um ponto
Resolução
Sejam x e y dois eixos perpendiculares entre si e com origem
O comum, conforme a figura abaixo. Nessas condições, diz-se que
x e y formam um sistema cartesiano retangular (ou ortogonal),
e o plano por eles determinado é chamado plano cartesiano.
Resposta: M(4). Eixo x (ou Ox): eixo das abscissas
Eixo y (ou Ou): eixo das ordenadas
b) A(-3) e B(15) O: origem do sistema y
Resolução

1 x
Resposta: M(6).
0 1
c) A(-1) e B(-12)

Resolução

A cada ponto P do plano corresponderão dois números: a (abs-


Resposta: M . cissa) e b (ordenada), associados às projeções ortogonais de P so-
bre o eixo x e sobre o eixo y, respectivamente.
Assim, o ponto P tem coordenadas a e b e será indicado anali-
Resposta: M. ticamente pelo par ordenado (a, b).
y
Exemplo 8
b • P
Dados os pontos A(1) e B(16), obter os pontos que dividem o
segmento em três partes congruentes.

Resolução x
• •

Considere-se a figura abaixo, onde R e S são os pontos pedi- 0 a


dos.

Como são iguais, pode-se escrevre Exemplo 1


, ou seja,
XS – XA = 2(XB – XS) Os pontos, no sistema cartesiano abaixo, têm suas coordena-
XS – 1 = 2(16 – XS) ∴ XS = 11 das escritas ao lado da figura.
A (3, 2)
B (0, 2)

Didatismo e Conhecimento 81
MATEMÁTICA
C (-3, 2) 2- Propriedades
D (-3, 0) 1) Todo ponto P(a, b) do 1º quadrante tem abscissa positiva (a
E (-3, -2) > 0) e ordenada positiva (b > 0) e reciprocamente.
F (0, -2)
G (3, -2) P(a, b) 1º Q a > 0 e b > 0
H (3, 0)
O (0, 0) y Assim P(3, 2) 1º Q

y
C B A
2
P
-3 -2 -1
1 1 2 3 x 2

x
D -1
0 H
0 3
-2
E F G
2) Todo ponto P(a, b) do 2º quadrante tem abscissa negativa (a
< 0) e ordenada positiva (B > 0) e reciprocamente.
Nota
Neste estudo, será utilizado somente o sistema cartesiano re- P(a, b) 2º Q a < 0 e b > 0
tangular, que se chamará simplesmente sistema cartesiano.
Assim P(-3, 2) 2º quadrante
Observações y
1) Os eixos x e y dividem o plano cartesiano em quatro regiões
ou quadrantes (Q), que são numeradas,
y como na figura abaixo.

2º Q 1º Q P 2
x
x -3 0

0
3) Todo ponto P(a, b) do 3º quadrante tem abscissa negativa (a
< 0) e ordenada negativa (b < 0) e reciprocamente.

3º Q 4º Q P(a, b) 3º Q a < 0 e b < 0


Assim P(-3, -2) 3º Q y

2) Neste curso, a reta suporte das bissetrizes do 1º e 3º qua-


drantes será chamada bissetriz dos quandrantes ímapares e indi-
ca-se por bi.a do 2º e 4º quadrantes será chamado bissetriz dos
quadrantes pares e indica-se por bp.
-3 x
0
P -2

4) Todo ponto P(a, b) do 4º quadrante tem abscissa positiva (a


> 0) e ordenada negativa (B < 0) e reciprocamente.

P(a, b) 4º Q a > 0 e b < 0

Didatismo e Conhecimento 82
MATEMÁTICA
Assim P(-2, -2) bi
Assim P(3, -2) 4º Q y
y

-2 0 x

3 x
0 P -2

-2
P
8) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes pares tem
abscissa e ordenada opostas (a = -b) e reciprocamente.
5) Todo eixo das abscissas tem ordenada nula e reciprocamen-
te. P(a, b) bp a = -b

P(a, b) Ox b = 0 Assim P(-2, 2) bp


y
Assim P(3, 0) Ox
y
P
2

x
-2 0
P x
0 3
Exemplo 2

Obter a, sabendo-se que o ponto A(4, 3ª -6) está no eixo das


abscissas.

6) Todo ponto do eixo das ordenadas tem abscissa nula e re- Resolução
ciprocamente.
A Ox 3a – 6 = 0 ∴ a = 2
P(a, b) Oy a = 0
Resposta: 2.
Assim P(0, 3) Oy
Exemplo 3
y
Obter m, sabendo-se que o ponto M(2m – 1, m + 3) está na
3 P bissetriz dos quadrantes ímpares.

Resolução

x M bi 2m – 1 = m + 3 ∴ m = 4
0
Resposta: 4.

7) Todo ponto P(a, b) da bissetriz dos quadrantes ímpares tem 3- Ponto Médio
abscissa e ordenada iguais (a = b) e reciprocamente.
Considerem-se os pontoa A(xA, yA) e B(xB, yB). Sendo M(xM,
P(a, b) bi a = b yM) o ponto médio de (ou ), tem-se:

Didatismo e Conhecimento 83
MATEMÁTICA
4 – Baricentro
e , ou seja,
Seja o triângulo ABC de vértices A(xA, yA), B(xB, yB) e C(xC,
o ponto médio é dado por: yC). sendo G(xG, yG) o baricentro (ponto de encontro das medianas)
do triângulo ABC, tem-se:

ou seja, o ponto G é dado por


y

B’’ (yB)

M’’ (yM)

A’’ (yA)

x
0 A’ (yA) M’ (yM) B’ (yB)

De fato:
Se M é o ponto médio de (ou ), pelo teorema de Tales,
para o eixo x pode-se escrever:

De fato, considerando a mediana AM, o baricentro G é tal que

Pelo Teorema de Tales, para o eixo x podemos escrever

Analogicamente, para o eixo y, tem-se

Portanto, as coordenadas do ponto médio M do segmento


(ou ) são respectivamente as médias das abscissas de A e B e e, como , vem
das ordenadas de A e B.

Exemplo 4
Obter o ponto médio M do segmento , sendo dados: A(-1,
3) e B(0, 1).
ou seja,
Resolução
Analogamente, para o eixo y, tem-se

Portanto, as coordenadas do baricentro de um triângulo ABC


são, respectivamente, as médias aritméticas das abscissas de A, B
e C e das ordenadas A, B e C.
Resposta:

Didatismo e Conhecimento 84
MATEMÁTICA
Exemplo 5 Exemplo 6

Sendo A(1, -1), B(0, 2) e C(11, 5) os vértices de um triângulo, Calcular a distância entre os pontos A e B, nos seguintes casos:
obter o baricentro G desse triângulo. a) A(1, 8) e B(4, 12)

Resolução Resolução

b) A(0, 2) e B(-1, -1)

Logo, G(4, 2). Resolução


5- Distância Entre Dois Pontos

Considerem-se dois pontos distintos A(xA, yA) e B(xB, yB), tais


que o segmento não seja paralelo a algum dos eixos coordenados.
Traçando-se por A e B as retas paralelas aos eixos coordena-
dos que se interceptam em C, tem-se o triângulo ACB, retângulo Exemplo 7
em C.
y Qual é o ponto da bissetriz dos quadrantes pares cuja distância
ao ponto A(2, 2) é 4?
B
Resolução

Seja P o ponto procurado.


d Como P pertence à bissetriz dos quadrantes pares (bp), pode-se
representá-lo por P(a, -a).

A Sendo 4 a distância entre A e P, tem-se



C

0 Quadrando

A distância entre os pontos A e B qie se indica por d é tal que

Assim se a = 2, tem-se o ponto (2, -2)


se a = -2, tem-se o ponto (-2, 2)

Portanto: De fato, existem dois pontos P da bissetriz dos quadrantes pa-


res (bp) cuja distância ao ponto A(2, 2) é 4. Observe-se a figura:

y
Observações
bp
P 2 A
1) Como (xB - xA)2 = (xA - xB)2, a ordem escolhida para a dife-
rença das abscissas não altera o cálculo de d. O mesmo ocorre com
a diferença das ordenadas.
2) A fórmula para o cálculo da distância continua válida se o
segmento é paralelo a um dos eixos, ou ainda se os pontos A 0 x
e B coincidem, caso em que d = 0. -2 2

-2
P

Didatismo e Conhecimento 85
MATEMÁTICA
Exercícios QUESTÃO 05

QUESTÃO 01 A distância entre dois pontos (2, -1) e (-1, 3) é igual a:


a) zero
Dar as coordenadas dos pontos A, B, C, D, E, F e G da figura b)
abaixo: c)
y d) 5
e) n.d.a.

B
C
QUESTÃO 06
Sendo A(3,1), B(4, -4) e C(-2, 2) os vértices de um triângulo,
A então esse triângulo é:
1
D x a) retângulo e não isósceles.
• b) retângulo e isósceles.
c) equilátero.
F d) isósceles e não retângulo.
e) escaleno.
G
E QUESTÃO 07
Achar o ponto T da bissetriz dos quadrantes ímpares que en-
xerga o segmento de extremindades A(2, 1) e B(5, 2) sob ângulo
QUESTÃO 02 reto.
Seja o ponto A(3p – 1, p – 3) um ponto pertencente à bissetriz
dos quadrantes ímpares, então a ordenada do ponto A é: QUESTÃO 08
O paralelogramo ABCD tem lados , , e . Sendo
A(0, 0), B(4, 2) e D(8, 0), determine as coordenadas do ponto C.
a) 0
Respostas
b) –1 01- Resposta: A(5, 1); B(0, 3); C(-3, 2); D(-2, 0); E(-1, -4);
F(0, -2); G(4, -3).
c) –2
02- Resposta: E.
Resolução
Como A pertence à bissetriz dos quadrantes ímapres xA = yA
⇒ 3p – 1 = p – 3 ⇒ p = 1.
Logo, o ponto A(-4, -4) tem ordenada igual a -4.
e) –4
03- Resposta: B’(5, 3).
QUESTÃO 03 Resolução
O ponto A(p – 2, 2p – 3) pertence ao eixo das ordenadas. Ob- Se A pertence ao eixo das ordenadas, temos que p – 2 = 0 ⇒
ter o ponto B’ simétrico de B(3p – 1, p – 5) em relação ao eixo das p = 2, logo, B(5, –3).
abscissas. Como B’ é o simétrico de B em relação ao eixo das abscissas,
temos a mesma abscissa e a ordenada oposta, logo, B’(5, 3) é o
QUESTÃO 04 ponto procurado.
Um triângulo equilátero de lado 6 tem um vértice no eixo das
abscissas. Determine as coordenadas do 3º vértice, sabendo que
ele está no 4º quadrante (faça a figura).

Didatismo e Conhecimento 86
MATEMÁTICA
04- Resposta: C(3, ).

Resolução

Lembrando que a altura do triângulo equilátero mede

, temos: .

x
y
A (0, 0) B (6, 0)

Assim:
[(x - 2)2 + (x - 1)2] + [(x – 5)2 (x – 2)2] = [(2 – 5)2 + (1 – 2)2]
X2 – 4x + 4 + x2 – 2x + 1 + x2 – 10x + 25 + x2 – 4x + 4 = 9 + 1
4x2 – 20x + 24 = 0
C (3, )
X2 – 5x + 6 = 0 ⇒ x = 2 ou x = 3.

08- Resposta: C(12, 2).

05- Resposta: D
Resolução
Δx = 2 – (–1) = 3 e Δy = –1 –3 = –4

d=5 Resolução
M é o ponto de encontro das diagonais, portanto ponto médio
dos segmentos e . Dados B e D, temos M(6, 1) e agora te-
06- Resposta: D mos A e M, logo:
Resolução

12. ESTATÍSTICA: GRÁFICOS E


Portanto, o Δ ABC é isósceles e não retângulo. INTERPRETAÇÕES, MÉDIA ARITMÉTICA,
MODA E MEDIANA, NOÇÃO ELEMENTAR
07- Resposta; T1(2, 2) e T2(3, 3). DE PROBABILIDADE E PRINCÍPIO
MULTIPLICATIVO.
Resolução
T∈ bissetriz dos quadrantes ímpares ⇒ T(x, x).
Se T enxerga sob ângulo reto, então o triângulo ATB é
retângulo em T. A estatística é, hoje em dia, um instrumento útil e, em alguns
casos, indispensável para tomadas de decisão em diversos campos:
científico, econômico, social, político…
Todavia, antes de chegarmos à parte de interpretação para to-
madas de decisão, há que proceder a um indispensável trabalho
de recolha e organização de dados, sendo a recolha feita através
de recenseamentos (ou censos ou levantamentos estatísticos) ou
sondagens.

Didatismo e Conhecimento 87
MATEMÁTICA
Existem indícios que há 300 mil anos a.C. já se faziam censos - Estatística Não-Paramétrica: Teste Binomial - Teste Qui-
na China, Babilônia e no Egito. Censos estes que se destinavam à quadrado (uma amostra, duas amostras independentes, k amostras
taxação de impostos. independentes) - Teste Kolmogorov-Smirnov (uma amostra, duas
Estatística pode ser pensada como a ciência de aprendizagem amostras independentes) - Teste de McNemar - Teste dos Sinais -
a partir de dados. No nosso quotidiano, precisamos tomar deci- Teste de Wilcoxon - Teste de Walsh - Teste Exata de Fisher - Teste
sões, muitas vezes decisões rápidas. Q de Cochran - Teste de Kruskal-Wallis - Teste de Friedman.
- Análise da Sobrevivência: Função de sobrevivência -
Kaplan-Meier - Teste log-rank - Taxa de falha - Proportional ha-
zards models.
- Amostragem: Amostragem aleatória simples (com reposi-
ção, sem reposição) - Amostragem estratificada - Amostragem por
conglomerados - Amostragem sistemática - estimador razão - es-
Em linhas gerais a Estatística fornece métodos que auxiliam timador regressão.
o processo de tomada de decisão através da análise dos dados que - Distribuição de Probabilidade: Normal - De Pareto - De
possuímos. Poisson - De Bernoulli - Hipergeométrica - Binomial - Binomial
Em Estatística, um resultado é significante, portanto, tem negativa - Gama - Beta - t de Student - F-Snedecor.
significância estatística, se for improvável que tenha ocorrido por - Correlação: Variável de confusão - Coeficiente de correla-
acaso (que em estatística e probabilidade é tratado pelo conceito de ção de Pearson - Coeficiente de correlação de postos de Spearman
chance), caso uma determinada hipótese nula seja verdadeira, mas - Coeficiente de correlação tau de Kendall).
não sendo improvável caso a hipótese base seja falsa. A expressão Regressão: Regressão linear - Regressão não-linear - Regres-
teste de significância foi cunhada por Ronald Fisher. são logística - Método dos mínimos quadrados - Modelos Lineares
Mais concretamente, no teste de hipóteses com base em fre- Generalizados - Modelos para Dados Longitudinais.
quência estatística, a significância de um teste é a probabilidade - Análise Multivariada: Distribuição normal multivariada -
máxima de rejeitar acidentalmente uma hipótese nula verdadeira Componentes principais - Análise fatorial - Análise discriminan-
(uma decisão conhecida como erro de tipo I). O nível de signi- te - Análise de “Cluster” (Análise de agrupamento) - Análise de
ficância de um resultado é também chamado de α e não deve ser Correspondência.
confundido com o valor p (p-value). - Séries Temporais: Modelos para séries temporais - Tendên-
Por exemplo, podemos escolher um nível de significância de, cia e sazonalidade - Modelos de suavização exponencial - ARIMA
digamos, 5%, e calcular um valor crítico de um parâmetro (por - Modelos sazonais.
exemplo a média) de modo que a probabilidade de ela exceder
esse valor, dada a verdade da hipótese nulo, ser 5%. Se o valor Panorama Geral:
estatístico calculado (ou seja, o nível de 5% de significância ante-
riormente escolhido) exceder o valor crítico, então é significante Variáveis: São características que são medidas, controladas
“ao nível de 5%”. ou manipuladas em uma pesquisa. Diferem em muitos aspectos,
Se o nível de significância (ex: 5% anteriormente dado) é me- principalmente no papel que a elas é dado em uma pesquisa e na
nor, o valor é menos provavelmente um extremo em relação ao va- forma como podem ser medidas.
lor crítico. Deste modo, um resultado que é “significante ao nível
de 1%” é mais significante do que um resultado que é significante Pesquisa “Correlacional” X Pesquisa “Experimental”: A
“ao nível de 5%”. No entanto, um teste ao nível de 1% é mais sus- maioria das pesquisas empíricas pertencem claramente a uma des-
ceptível de padecer do erro de tipo II do que um teste de 5% e por sas duas categorias gerais: em uma pesquisa correlacional (Levan-
isso terá menos poder estatístico. tamento) o pesquisador não influencia (ou tenta não influenciar)
Ao divisar um teste de hipóteses, o técnico deverá tentar ma- nenhuma variável, mas apenas as mede e procura por relações
ximizar o poder de uma dada significância, mas ultimamente tem (correlações) entre elas, como pressão sangüínea e nível de coles-
de reconhecer que o melhor resultado que se pode obter é um com- terol. Em uma pesquisa experimental (Experimento) o pesquisador
promisso entre significância e poder, em outras palavras, entre os manipula algumas variáveis e então mede os efeitos desta manipu-
erros de tipo I e tipo II. lação em outras variáveis; por exemplo, aumentar artificialmente
É importante ressaltar que os valores p Fisherianos são filoso- a pressão sangüínea e registrar o nível de colesterol. A análise dos
ficamente diferentes dos erros de tipo I de Neyman-Pearson. Esta dados em uma pesquisa experimental também calcula “correla-
confusão é infelizmente propagada por muitos livros de estatística. ções” entre variáveis, especificamente entre aquelas manipuladas
e as que foram afetadas pela manipulação. Entretanto, os dados ex-
Divisão da Estatística: perimentais podem demonstrar conclusivamente relações causais
(causa e efeito) entre variáveis. Por exemplo, se o pesquisador des-
- Estatística Descritiva: Média (Aritmética, Geométrica, Har- cobrir que sempre que muda a variável A então a variável B tam-
mônica, Ponderada) - Mediana - Moda - Variância - Desvio padrão bém muda, então ele poderá concluir que A “influencia” B. Dados
- Coeficiente de variação. de uma pesquisa correlacional podem ser apenas “interpretados”
- Inferência Estatística: Testes de hipóteses - Significância - em termos causais com base em outras teorias (não estatísticas)
Potência - Hipótese nula/Hipótese alternativa - Erro de tipo I - Erro que o pesquisador conheça, mas não podem ser conclusivamente
de tipo II - Teste T - Teste Z - Distribuição t de Student - Normali- provar causalidade.
zação - Valor p - Análise de variância.

Didatismo e Conhecimento 88
MATEMÁTICA
Variáveis dependentes e variáveis independentes: Variá- Relações entre variáveis: Duas ou mais variáveis quaisquer
veis independentes são aquelas que são manipuladas enquanto estão relacionadas se em uma amostra de observações os valores
que variáveis dependentes são apenas medidas ou registradas. Esta dessas variáveis são distribuídos de forma consistente. Em outras
distinção confunde muitas pessoas que dizem que “todas variáveis palavras, as variáveis estão relacionadas se seus valores corres-
dependem de alguma coisa”. Entretanto, uma vez que se esteja pondem sistematicamente uns aos outros para aquela amostra de
acostumado a esta distinção ela se torna indispensável. Os termos observações. Por exemplo, sexo e WCC seriam relacionados se a
variável dependente e independente aplicam-se principalmente à maioria dos homens tivesse alta WCC e a maioria das mulheres
pesquisa experimental, onde algumas variáveis são manipuladas, baixa WCC, ou vice-versa; altura é relacionada ao peso porque
e, neste sentido, são “independentes” dos padrões de reação ini- tipicamente indivíduos altos são mais pesados do que indivíduos
cial, intenções e características dos sujeitos da pesquisa (unidades baixos; Q.I. está relacionado ao número de erros em um teste se
experimentais).Espera-se que outras variáveis sejam “dependen- pessoas com Q.I.’s mais altos cometem menos erros.
tes” da manipulação ou das condições experimentais. Ou seja, elas
dependem “do que os sujeitos farão” em resposta. Contrariando Importância das relações entre variáveis: Geralmente o ob-
um pouco a natureza da distinção, esses termos também são usa- jetivo principal de toda pesquisa ou análise científica é encontrar
dos em estudos em que não se manipulam variáveis independen- relações entre variáveis. A filosofia da ciência ensina que não há
tes, literalmente falando, mas apenas se designam sujeitos a “gru- outro meio de representar “significado” exceto em termos de re-
pos experimentais” baseados em propriedades pré-existentes dos lações entre quantidades ou qualidades, e ambos os casos envol-
próprios sujeitos. Por exemplo, se em uma pesquisa compara-se a vem relações entre variáveis. Assim, o avanço da ciência sempre
contagem de células brancas (White Cell Count em inglês, WCC) tem que envolver a descoberta de novas relações entre variáveis.
de homens e mulheres, sexo pode ser chamada de variável inde- Em pesquisas correlacionais a medida destas relações é feita de
pendente e WCC de variável dependente. forma bastante direta, bem como nas pesquisas experimentais.
  Por exemplo, o experimento já mencionado de comparar WCC
Níveis de Mensuração: As variáveis diferem em “quão bem” em homens e mulheres pode ser descrito como procura de uma
elas podem ser medidas, isto é, em quanta informação seu nível correlação entre 2 variáveis: sexo e WCC. A Estatística nada
de mensuração pode prover. Há obviamente algum erro em cada mais faz do que auxiliar na avaliação de relações entre variáveis.
medida, o que determina o “montante de informação” que se pode  
obter, mas basicamente o fator que determina a quantidade de in- Aspectos básicos da relação entre variáveis: As duas pro-
formação que uma variável pode prover é o seu tipo de nível de priedades formais mais elementares de qualquer relação entre va-
mensuração. Sob este prisma as variáveis são classificadas como riáveis são a magnitude (“tamanho”) e a confiabilidade da relação.
nominais, ordinais e intervalares. - Magnitude é muito mais fácil de entender e medir do que a
- Variáveis nominais permitem apenas classificação qualita- confiabilidade. Por exemplo, se cada homem em nossa amostra
tiva. Ou seja, elas podem ser medidas apenas em termos de quais tem um WCC maior do que o de qualquer mulher da amostra, po-
itens pertencem a diferentes categorias, mas não se pode quantifi- deria-se dizer que a magnitude da relação entre as duas variáveis
car nem mesmo ordenar tais categorias. Por exemplo, pode-se di- (sexo e WCC) é muito alta em nossa amostra. Em outras palavras,
zer que 2 indivíduos são diferentes em termos da variável A (sexo, poderia-se prever uma baseada na outra (ao menos na amostra em
por exemplo), mas não se pode dizer qual deles “tem mais” da questão).
qualidade representada pela variável. Exemplos típicos de variá- - Confiabilidade é um conceito muito menos intuitivo, mas
veis nominais são sexo, raça, cidade, etc. extremamente importante. Relaciona-se à “representatividade” do
- Variáveis ordinais permitem ordenar os itens medidos em resultado encontrado em uma amostra específica de toda a popu-
termos de qual tem menos e qual tem mais da qualidade represen- lação. Em outras palavras, diz quão provável será encontrar uma
tada pela variável, mas ainda não permitem que se diga “o quanto relação similar se o experimento fosse feito com outras amostras
mais”. Um exemplo típico de uma variável ordinal é o status só- retiradas da mesma população, lembrando que o maior interesse
cio-econômico das famílias residentes em uma localidade: sabe-se está na população. O interesse na amostra reside na informação
que média-alta é mais “alta” do que média, mas não se pode dizer, que ela pode prover sobre a população. Se o estudo atender certos
por exemplo, que é 18% mais alta. A própria distinção entre men- critérios específicos (que serão mencionados posteriormente) en-
suração nominal, ordinal e intervalar representa um bom exemplo tão a confiabilidade de uma relação observada entre variáveis na
de uma variável ordinal: pode-se dizer que uma medida nominal amostra pode ser estimada quantitativamente e representada usan-
provê menos informação do que uma medida ordinal, mas não se do uma medida padrão (chamada tecnicamente de nível-p ou nível
pode dizer “quanto menos” ou como esta diferença se compara à de significância estatística).
diferença entre mensuração ordinal e intervalar.
- Variáveis intervalares permitem não apenas ordenar em pos- Significância Estatística (nível-p): A significância estatística
tos os itens que estão sendo medidos, mas também quantificar e de um resultado é uma medida estimada do grau em que este resul-
comparar o tamanho das diferenças entre eles. Por exemplo, tem- tado é “verdadeiro” (no sentido de que seja realmente o que ocorre
peratura, medida em graus Celsius constitui uma variável interva- na população, ou seja no sentido de “representatividade da popula-
lar. Pode-se dizer que a temperatura de 40C é maior do que 30C e ção”). Mais tecnicamente, o valor do nível-p representa um índice
que um aumento de 20C para 40C é duas vezes maior do que um decrescente da confiabilidade de um resultado. Quanto mais alto
aumento de 30C para 40C. o nível-p, menos se pode acreditar que a relação observada entre
  as variáveis na amostra é um indicador confiável da relação entre
as respectivas variáveis na população. Especificamente, o nível-p

Didatismo e Conhecimento 89
MATEMÁTICA
representa a probabilidade de erro envolvida em aceitar o resultado quanto mais forte a relação encontrada na amostra menos provável
observado como válido, isto é, como “representativo da popula- é a não existência da relação correspondente na população. En-
ção”. Por exemplo, um nível-p de 0,05 (1/20) indica que há 5% de tão a magnitude e a significância de uma relação aparentam estar
probabilidade de que a relação entre as variáveis, encontrada na fortemente relacionadas, e seria possível calcular a significância a
amostra, seja um “acaso feliz”. Em outras palavras, assumindo que partir da magnitude e vice-versa. Entretanto, isso é válido apenas
não haja relação entre aquelas variáveis na população, e o experi- se o tamanho da amostra é mantido constante, porque uma relação
mento de interesse seja repetido várias vezes, poderia-se esperar de certa força poderia ser tanto altamente significante ou não sig-
que em aproximadamente 20 realizações do experimento haveria nificante de todo dependendo do tamanho da amostra.
apenas uma em que a relação entre as variáveis em questão seria Por que a significância de uma relação entre variáveis de-
igual ou mais forte do que a que foi observada naquela amostra pende do tamanho da amostra: Se há muito poucas observações
anterior. Em muitas áreas de pesquisa, o nível-p de 0,05 é costu- então há também poucas possibilidades de combinação dos valo-
meiramente tratado como um “limite aceitável” de erro. res das variáveis, e então a probabilidade de obter por acaso uma
combinação desses valores que indique uma forte relação é relati-
Como determinar que um resultado é “realmente” signifi- vamente alta. Considere-se o seguinte exemplo:
cante: Não há meio de evitar arbitrariedade na decisão final de qual Há interesse em duas variáveis (sexo: homem, mulher; WCC:
nível de significância será tratado como realmente “significante”. alta, baixa) e há apenas quatro sujeitos na amostra (2 homens e 2
Ou seja, a seleção de um nível de significância acima do qual os mulheres). A probabilidade de se encontrar, puramente por aca-
resultados serão rejeitados como inválidos é arbitrária. Na prática, so, uma relação de 100% entre as duas variáveis pode ser tão alta
a decisão final depende usualmente de: se o resultado foi previsto a quanto 1/8. Explicando, há uma chance em oito de que os dois
priori ou apenas a posteriori no curso de muitas análises e compa- homens tenham alta WCC e que as duas mulheres tenham baixa
rações efetuadas no conjunto de dados; no total de evidências con- WCC, ou vice-versa, mesmo que tal relação não exista na popula-
sistentes do conjunto de dados; e nas “tradições” existentes na área ção. Agora considere-se a probabilidade de obter tal resultado por
particular de pesquisa. Tipicamente, em muitas ciências resultados acaso se a amostra consistisse de 100 sujeitos: a probabilidade de
que atingem nível-p 0,05 são considerados estatisticamente signi- obter aquele resultado por acaso seria praticamente zero.
ficantes, mas este nível ainda envolve uma probabilidade de erro Observando um exemplo mais geral. Imagine-se uma popu-
razoável (5%). Resultados com um nível-p 0,01 são comumente lação teórica em que a média de WCC em homens e mulheres é
considerados estatisticamente significantes, e com nível-p 0,005 exatamente a mesma. Supondo um experimento em que se reti-
ou nível-p 0,001 são freqüentemente chamados “altamente” signi- ram pares de amostras (homens e mulheres) de um certo tamanho
ficantes. Estas classificações, porém, são convenções arbitrárias e da população e calcula-se a diferença entre a média de WCC em
apenas informalmente baseadas em experiência geral de pesquisa. cada par de amostras (supor ainda que o experimento será repetido
Uma conseqüência óbvia é que um resultado considerado signifi- várias vezes). Na maioria dos experimento os resultados das dife-
cante a 0,05, por exemplo, pode não sê-lo a 0,01. renças serão próximos de zero. Contudo, de vez em quando, um
par de amostra apresentará uma diferença entre homens e mulhe-
Significância estatística e o número de análises realizadas: res consideravelmente diferente de zero. Com que freqüência isso
Desnecessário dizer quanto mais análises sejam realizadas em um acontece? Quanto menor a amostra em cada experimento maior a
conjunto de dados, mais os resultados atingirão “por acaso” o nível probabilidade de obter esses resultados errôneos, que, neste caso,
de significância convencionado. Por exemplo, ao calcular corre- indicariam a existência de uma relação entre sexo e WCC obtida
lações entre dez variáveis (45 diferentes coeficientes de correla- de uma população em que tal relação não existe. Observe-se mais
ção), seria razoável esperar encontrar por acaso que cerca de dois um exemplo (“razão meninos para meninas”, Nisbett et al., 1987):
(um em cada 20) coeficientes de correlação são significantes ao Há dois hospitais: no primeiro nascem 120 bebês a cada dia
nível-p 0,05, mesmo que os valores das variáveis sejam totalmente e no outro apenas 12. Em média a razão de meninos para meninas
aleatórios, e aquelas variáveis não se correlacionem na população. nascidos a cada dia em cada hospital é de 50/50. Contudo, certo
Alguns métodos estatísticos que envolvem muitas comparações, dia, em um dos hospitais nasceram duas vezes mais meninas do
e portanto uma boa chance para tais erros, incluem alguma “cor- que meninos. Em que hospital isso provavelmente aconteceu? A
reção” ou ajuste para o número total de comparações. Entretanto, resposta é óbvia para um estatístico, mas não tão óbvia para os
muitos métodos estatísticos (especialmente análises exploratórias leigos: é muito mais provável que tal fato tenha ocorrido no hos-
simples de dados) não oferecem nenhum remédio direto para este pital menor. A razão para isso é que a probabilidade de um desvio
problema. Cabe então ao pesquisador avaliar cuidadosamente a aleatório da média da população aumenta com a diminuição do
confiabilidade de descobertas não esperadas. tamanho da amostra (e diminui com o aumento do tamanho da
amostra).
Força X Confiabilidade de uma relação entre variáveis:
Foi dito anteriormente que força (magnitude) e confiabilidade são Por que pequenas relações podem ser provadas como
dois aspectos diferentes dos relacionamentos entre variáveis. Con- significantes apenas por grandes amostras: Os exemplos dos
tudo, eles não são totalmente independentes. Em geral, em uma parágrafos anteriores indicam que se um relacionamento entre as
amostra de um certo tamanho quanto maior a magnitude da relação variáveis em questão (na população) é pequeno, então não há meio
entre variáveis, mais confiável a relação. de identificar tal relação em um estudo a não ser que a amostra seja
Assumindo que não há relação entre as variáveis na popula- correspondentemente grande. Mesmo que a amostra seja de fato
ção, o resultado mais provável deveria ser também não encontrar “perfeitamente representativa” da população o efeito não será esta-
relação entre as mesmas variáveis na amostra da pesquisa. Assim, tisticamente significante se a amostra for pequena. Analogamente,

Didatismo e Conhecimento 90
MATEMÁTICA
se a relação em questão é muito grande na população então poderá Em uma amostra o índice médio de WCC é igual a 100 em
ser constatada como altamente significante mesmo em um estudo homens e 102 em mulheres. Assim, poderia-se dizer que, em mé-
baseado em uma pequena amostra. Mais um exemplo: dia, o desvio de cada valor da média de ambos (101) contém uma
Se uma moeda é ligeiramente viciada, de tal forma que quan- componente devida ao sexo do sujeito, e o tamanho desta com-
do lançada é ligeiramente mais provável que ocorram caras do que ponente é 1. Este valor, em certo sentido, representa uma medida
coroas (por exemplo uma proporção 60% para 40%). Então dez da relação entre sexo e WCC. Contudo, este valor é uma medida
lançamentos não seriam suficientes para convencer alguém de que muito pobre, porque não diz quão relativamente grande é aquela
a moeda é viciada, mesmo que o resultado obtido (6 caras e 4 co- componente em relação à “diferença global” dos valores de WCC.
roas) seja perfeitamente representativo do viesamento da moeda. Há duas possibilidades extremas: S
Entretanto, dez lançamentos não são suficientes para provar nada? - Se todos os valore de WCC de homens são exatamente iguais
Não, se o efeito em questão for grande o bastante, os dez lança- a 100 e os das mulheres iguais a 102 então todos os desvios da mé-
mentos serão suficientes. Por exemplo, imagine-se que a moeda dia conjunta na amostra seriam inteiramente causados pelo sexo.
seja tão viciada que não importe como venha a ser lançada o resul- Poderia-se dizer que nesta amostra sexo é perfeitamente correla-
tado será cara. Se tal moeda fosse lançada dez vezes, e cada lança- cionado a WCC, ou seja, 100% das diferenças observadas entre os
mento produzisse caras, muitas pessoas considerariam isso prova sujeitos relativas a suas WCC’s devem-se a seu sexo.
suficiente de que há “algo errado” com a moeda. Em outras pala- - Se todos os valores de WCC estão em um intervalo de 0 a
vras, seria considerada prova convincente de que a população teó- 1000, a mesma diferença (de 2) entre a WCC média de homens
rica de um número infinito de lançamentos desta moeda teria mais e mulheres encontrada no estudo seria uma parte tão pequena na
caras do que coroas. Assim, se a relação é grande, então poderá ser diferença global dos valores que muito provavelmente seria con-
considerada significante mesmo em uma pequena amostra. siderada desprezível. Por exemplo, um sujeito a mais que fosse
considerado poderia mudar, ou mesmo reverter, a direção da dife-
Pode uma “relação inexistente” ser um resultado signifi- rença. Portanto, toda boa medida das relações entre variáveis tem
cante: Quanto menor a relação entre as variáveis maior o tama- que levar em conta a diferenciação global dos valores individuais
nho de amostra necessário para prová-la significante. Por exem- na amostra e avaliar a relação em termos (relativos) de quanto des-
plo, imagine-se quantos lançamentos seriam necessários para ta diferenciação se deve à relação em questão.
provar que uma moeda é viciada se seu viesamento for de apenas
0,000001 %! Então, o tamanho mínimo de amostra necessário “Formato geral” de muitos testes estatísticos: Como o ob-
cresce na mesma proporção em que a magnitude do efeito a ser jetivo principal de muitos testes estatísticos é avaliar relações entre
demonstrado decresce. Quando a magnitude do efeito aproxima-se variáveis, muitos desses testes seguem o princípio exposto no item
de zero, o tamanho de amostra necessário para prová-lo aproxima- anterior. Tecnicamente, eles representam uma razão de alguma
se do infinito. Isso quer dizer que, se quase não há relação entre medida da diferenciação comum nas variáveis em análise (devido
duas variáveis o tamanho da amostra precisa quase ser igual ao à sua relação) pela diferenciação global daquelas variáveis. Por
tamanho da população, que teoricamente é considerado infinita- exemplo, teria-se uma razão da parte da diferenciação global dos
mente grande. A significância estatística representa a probabilida- valores de WCC que podem se dever ao sexo pela diferenciação
de de que um resultado similar seja obtido se toda a população global dos valores de WCC. Esta razão é usualmente chamada de
fosse testada. Assim, qualquer coisa que fosse encontrada após razão da variação explicada pela variação total. Em estatística o
testar toda a população seria, por definição, significante ao mais termo variação explicada não implica necessariamente que tal va-
alto nível possível, e isso também inclui todos os resultados de riação é “compreendida conceitualmente”. O termo é usado apenas
“relação inexistente”. para denotar a variação comum às variáveis em questão, ou seja, a
parte da variação de uma variável que é “explicada” pelos valores
Como medir a magnitude (força) das relações entre variá- específicos da outra variável e vice-versa.
veis: Há muitas medidas da magnitude do relacionamento entre
variáveis que foram desenvolvidas por estatísticos: a escolha de Como é calculado o nível de significância estatístico: As-
uma medida específica em dadas circunstâncias depende do núme- suma-se que já tenha sido calculada uma medida da relação en-
ro de variáveis envolvidas, níveis de mensuração usados, natureza tre duas variáveis (como explicado acima). A próxima questão é
das relações, etc. Quase todas, porém, seguem um princípio geral: “quão significante é esta relação”? Por exemplo, 40% da variação
elas procuram avaliar a relação comparando-a de alguma forma global ser explicada pela relação entre duas variáveis é suficiente
com a “máxima relação imaginável” entre aquelas variáveis espe- para considerar a relação significante? “Depende”. Especificamen-
cíficas. Tecnicamente, um modo comum de realizar tais avaliações te, a significância depende principalmente do tamanho da amos-
é observar quão diferenciados são os valores das variáveis, e então tra. Como já foi explicado, em amostras muito grandes mesmo
calcular qual parte desta “diferença global disponível” seria detec- relações muito pequenas entre variáveis serão significantes, en-
tada na ocasião se aquela diferença fosse “comum” (fosse apenas quanto que em amostras muito pequenas mesmo relações muito
devida à relação entre as variáveis) nas duas (ou mais) variáveis grandes não poderão ser consideradas confiáveis (significantes).
em questão. Falando menos tecnicamente, compara-se “o que é Assim, para determinar o nível de significância estatística torna-
comum naquelas variáveis” com “o que potencialmente poderia se necessária uma função que represente o relacionamento entre
haver em comum se as variáveis fossem perfeitamente relaciona- “magnitude” e “significância” das relações entre duas variáveis,
das”. Outro exemplo: dependendo do tamanho da amostra. Tal função diria exatamente
“quão provável é obter uma relação de dada magnitude (ou maior)
de uma amostra de dado tamanho, assumindo que não há tal re-

Didatismo e Conhecimento 91
MATEMÁTICA
lação entre aquelas variáveis na população”. Em outras palavras, Todos os testes estatísticos são normalmente distribuídos:
aquela função forneceria o nível de significância (nível-p), e isso Não todos, mas muitos são ou baseados na distribuição normal di-
permitiria conhecer a probabilidade de erro envolvida em rejei- retamente ou em distribuições a ela relacionadas, e que podem ser
tar a idéia de que a relação em questão não existe na população. derivadas da normal, como as distribuições t, F ou Chi-quadrado
Esta hipótese “alternativa” (de que não há relação na população) é (Qui-quadrado). Tipicamente, estes testes requerem que as variá-
usualmente chamada de hipótese nula. Seria ideal se a função de veis analisadas sejam normalmente distribuídas na população, ou
probabilidade fosse linear, e por exemplo, apenas tivesse diferen- seja, que elas atendam à “suposição de normalidade”. Muitas va-
tes inclinações para diferentes tamanhos de amostra. Infelizmente, riáveis observadas realmente são normalmente distribuídas, o que
a função é mais complexa, e não é sempre exatamente a mesma. é outra razão por que a distribuição normal representa uma “ca-
Entretanto, em muitos casos, sua forma é conhecida e isso pode ser racterística geral” da realidade empírica. O problema pode surgir
usado para determinar os níveis de significância para os resultados quando se tenta usar um teste baseado na distribuição normal para
obtidos em amostras de certo tamanho. Muitas daquelas funções analisar dados de variáveis que não são normalmente distribuídas.
são relacionadas a um tipo geral de função que é chamada de nor- Em tais casos há duas opções. Primeiramente, pode-se usar algum
mal (ou gaussiana). teste “não paramétrico” alternativo (ou teste “livre de distribui-
ção”); mas isso é freqüentemente inconveniente porque tais testes
Por que a distribuição normal é importante: A “distribui- são tipicamente menos poderosos e menos flexíveis em termos
ção normal” é importante porque em muitos casos ela se apro- dos tipos de conclusões que eles podem proporcionar. Alternati-
xima bem da função introduzida no item anterior. A distribuição vamente, em muitos casos ainda se pode usar um teste baseado na
de muitas estatísticas de teste é normal ou segue alguma forma distribuição normal se apenas houver certeza de que o tamanho
que pode ser derivada da distribuição normal. Neste sentido, fi- das amostras é suficientemente grande. Esta última opção é basea-
losoficamente, a distribuição normal representa uma das elemen- da em um princípio extremamente importante que é largamente
tares “verdades acerca da natureza geral da realidade”, verificada responsável pela popularidade dos testes baseados na distribuição
empiricamente, e seu status pode ser comparado a uma das leis normal. Nominalmente, quanto mais o tamanho da amostra au-
fundamentais das ciências naturais. A forma exata da distribuição mente, mais a forma da distribuição amostral (a distribuição de
normal (a característica “curva do sino”) é definida por uma fun- uma estatística da amostra) da média aproxima-se da forma da
ção que tem apenas dois parâmetros: média e desvio padrão. normal, mesmo que a distribuição da variável em questão não seja
Uma propriedade característica da distribuição normal é que normal. Este princípio é chamado de Teorema Central do Limite.
68% de todas as suas observações caem dentro de um intervalo de
1 desvio padrão da média, um intervalo de 2 desvios padrões inclui Como se conhece as consequências de violar a suposição
95% dos valores, e 99% das observações caem dentro de um inter- de normalidade: Embora muitas das declarações feitas anterior-
valo de 3 desvios padrões da média. Em outras palavras, em uma mente possam ser provadas matematicamente, algumas não têm
distribuição normal as observações que tem um valor padronizado provas teóricas e podem demonstradas apenas empiricamente via
de menos do que -2 ou mais do que +2 tem uma freqüência rela- experimentos Monte Carlo (simulações usando geração aleatória
tiva de 5% ou menos (valor padronizado significa que um valor é de números). Nestes experimentos grandes números de amostras
expresso em termos de sua diferença em relação à média, dividida são geradas por um computador seguindo especificações pré-de-
pelo desvio padrão). signadas e os resultados de tais amostras são analisados usando
Ilustração de como a distribuição normal é usada em ra- uma grande variedade de testes. Este é o modo empírico de avaliar
ciocínio estatístico (indução): Retomando o exemplo já discuti- o tipo e magnitude dos erros ou viesamentos a que se expõe o
do, onde pares de amostras de homens e mulheres foram retirados pesquisador quando certas suposições teóricas dos testes usados
de uma população em que o valor médio de WCC em homens e não são verificadas nos dados sob análise. Especificamente, os es-
mulheres era exatamente o mesmo. Embora o resultado mais pro- tudos de Monte Carlo foram usados extensivamente com testes
vável para tais experimentos (um par de amostras por experimen- baseados na distribuição normal para determinar quão sensíveis
to) é que a diferença entre a WCC média em homens e mulheres eles eram à violações da suposição de que as variáveis analisadas
em cada par seja próxima de zero, de vez em quando um par de tinham distribuição normal na população. A conclusão geral destes
amostras apresentará uma diferença substancialmente diferente de estudos é que as conseqüências de tais violações são menos seve-
zero. Quão freqüentemente isso ocorre? Se o tamanho da amostra ras do que se tinha pensado a princípio. Embora estas conclusões
é grande o bastante, os resultados de tais repetições são “normal- não devam desencorajar ninguém de se preocupar com a suposição
mente distribuídos”, e assim, conhecendo a forma da curva normal de normalidade, elas aumentaram a popularidade geral dos testes
pode-se calcular precisamente a probabilidade de obter “por aca- estatísticos dependentes da distribuição normal em todas as áreas
so” resultados representando vários níveis de desvio da hipotética de pesquisa.
média populacional 0 (zero). Se tal probabilidade calculada é tão
pequena que satisfaz ao critério previamente aceito de significân- Objeto da Estatística: Estatística é uma ciência exata que
cia estatística, então pode-se concluir que o resultado obtido pro- visa fornecer subsídios ao analista para coletar, organizar, resumir,
duz uma melhor aproximação do que está acontecendo na popula- analisar e apresentar dados. Trata de parâmetros extraídos da po-
ção do que a “hipótese nula”. Lembrando ainda que a hipótese nula pulação, tais como média ou desvio padrão. A estatística fornece-
foi considerada apenas por “razões técnicas” como uma referência nos as técnicas para extrair informação de dados, os quais são mui-
contra a qual o resultado empírico (dos experimentos) foi avaliado. tas vezes incompletos, na medida em que nos dão informação útil
sobre o problema em estudo, sendo assim, é objetivo da Estatística
extrair informação dos dados para obter uma melhor compreensão

Didatismo e Conhecimento 92
MATEMÁTICA
das situações que representam. Quando se aborda uma problemá- Resolução
tica envolvendo métodos estatísticos, estes devem ser utilizados
mesmo antes de se recolher a amostra, isto é, deve-se planejar a Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto (3, 4, 6,
experiência que nos vai permitir recolher os dados, de modo que, 9, 13), então x será a soma dos 5 elementos, dividida por 5. Assim:
posteriormente, se possa extrair o máximo de informação relevan-
3 + 4 + 6 + 9 + 13 35
te para o problema em estudo, ou seja, para a população de onde os x= ↔x= ↔x=7
dados provêm. Quando de posse dos dados, procura-se agrupá-los 15 5
e reduzi-los, sob forma de amostra, deixando de lado a aleatorie-
dade presente. Seguidamente o objetivo do estudo estatístico pode A média aritmética é 7.
ser o de estimar uma quantidade ou testar uma hipótese, utilizan-
do-se técnicas estatísticas convenientes, as quais realçam toda a Média Aritmética Ponderada
potencialidade da Estatística, na medida em que vão permitir tirar
conclusões acerca de uma população, baseando-se numa pequena Definição
amostra, dando-nos ainda uma medida do erro cometido.
Exemplo: Ao chegarmos a uma churrascaria, não precisamos A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à
comer todos os tipos de saladas, de sobremesas e de carnes dispo- adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é
níveis, para conseguirmos chegar a conclusão de que a comida é chamada média aritmética ponderada.
de boa qualidade. Basta que seja provado um tipo de cada opção
para concluirmos que estamos sendo bem servidos e que a comida Cálculo da média aritmética ponderada
está dentro dos padrões.
Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do
Noção Geral de Média conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3;
...; Pn, respectivamente, então, por definição:
Considere um conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} e
efetue uma certa operação com todos os elementos de A. P1 . x + P2 . x + P3 . x + ... + Pn . x =
Se for possível substituir cada um dos elementos do conjunto A = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn
por um número x de modo que o resultado da operação citada seja (P1 + P2 + P3 + ... + Pn) . x =
o mesmo diz-se, por definição, que x será a média dos elementos = P1 . x1 + P2 . x2 + P3 . x3 + ... + Pn . xn e, portanto,
de A relativa a essa operação.
P1 .x1; P2 .x2 ; P3 .x3;...Pn xn
Média Aritmética x=
P1 + P2 + P3 + ...+ Pn
Definição
Observe que se P1 = P2 = P3 = ... = Pn = 1, então:
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à x1; x2 ; x3;...; xn que é a média aritmética simples.
x=
adição é chamada média aritmética. n
Cálculo da média aritmética Conclusão

Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto
numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: numérico A é a soma dos produtos de cada elemento multiplicado
pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.

Exemplo
n parcelas
e, portanto, Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e
10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente.
x1; x2 ; x3;...; xn
x=
n Resolução

Conclusão Se x for a média aritmética ponderada, então:

A média aritmética dos n elementos do conjunto numérico A é 2.35 + 3.20 + 5.10 70 + 60 + 50 180
x= ↔x= ↔x= ↔ x = 18
a soma de todos os seus elementos, dividida por n. 2 + 3+ 5 10 10

Exemplo A média aritmética ponderada é 18.

Calcular a média aritmética entre os números 3, 4, 6, 9, e 13. Observação: A palavra média, sem especificar se é aritmética,
deve ser entendida como média aritmética.

Didatismo e Conhecimento 93
MATEMÁTICA
Exercícios
11+ 7 + 13 + 9 40
M .A = = = 10
1. Determine a média aritmética entre 2 e 8. 4 4

2. Determine a média aritmética entre 3, 5 e 10. Logo, a média aritmética é 10.

3. Qual é a média aritmética simples dos números 11, 7, 13


e 9? 4) Resposta “164”.
Solução: Quando falamos de média aritmética simples, ao di-
4. A média aritmética simples de 4 números pares distintos, minuirmos um dos valores que a compõe, precisamos aumentar
pertences ao conjunto dos números inteiros não nulos é igual a a mesma quantidade em outro valor, ou distribuí-la entre vários
44. Qual é o maior valor que um desses números pode ter? outros valores, de sorte que a soma total não se altere, se quisermos
obter a mesma média.
5. Calcule a média aritmética simples em cada um dos seguin- Neste exercício, três dos elementos devem ter o menor valor
tes casos: possível, de sorte que o quarto elemento tenha o maior valor dentre
a) 15; 48; 36 eles, tal que a média aritmética seja igual a 44. Este será o maior
b) 80; 71; 95; 100 valor que o quarto elemento poderá assumir.
c) 59; 84; 37; 62; 10 Em função do enunciado, os três menores valores inteiros, pa-
d) 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9 res, distintos e não nulos são:2, 4 e 6. Identificando como x este
quarto valor, vamos montar a seguinte equação:
6. Qual é a média aritmética ponderada dos números 10, 14,
2+4+6+x
18 e 30 sabendo-se que os seus pesos são respectivamente 1, 2, 3 = 44
e 5? 4
Solucionando-a temos:
7. Calcular a média ponderada entre 3, 6 e 8 para os respecti-
vos pesos 5 , 3 e 2. Logo, o maior valor que um desses números pode ter é 164.

8. Numa turma de 8ª série 10 alunos possuem 14 anos, 12 5) Solução:


alunos possuem 15 anos e oito deles 16 anos de idade. Qual será a) (15 + 48 + 36)/3 =
a idade média dessa turma? 99/3 = 33

9. Determine a média salarial de uma empresa, cuja folha de b) (80 + 71 + 95 + 100)/4=


pagamento é assim discriminada: 346/4 = 86,5
c) (59 + 84 + 37 + 62 + 10)/5=
Profissionais → Quantidade → Salário = 252/5
= 50,4
Serventes → 20 profissionais → R$ 320,00
Técnicos → 10 profissionais → R$ 840,00 d) (1 + 2 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9)/9=
Engenheiros → 5 profissionais → R$ 1.600,00 45/9 =
=5
10. Calcule a média ponderada entre 5, 10 e 15 para os respec-
tivos pesos 10, 5 e 20. 6) Resposta “22”.
Solução: Neste caso a solução consiste em multiplicarmos
Respostas cada número pelo seu respectivo peso e somarmos todos estes pro-
dutos. Este total deve ser então dividido pela soma total dos pesos:
1) Resposta “5”. 10.1+ 14.2 + 18.3 + 30.5 10 + 28 + 54 + 150 242
Solução: = = = 22
1+ 2 + 3 + 5 11 11
M.A. ( 2 e 8 ) = 2 + 8 / 2 = 10 / 2 = 5 → M.A. ( 2 e 8 ) = 5.

2) Resposta “6”. Logo, a média aritmética ponderada é 22.


Solução:
M.A. ( 3, 5 e 10 ) = 3 + 5 + 10 / 3 = 18 / 3 = 6 → M.A. ( 3, 5 7) Resposta “4,9”.
e 10 ) = 6. Solução:
3.5 + 6.3 + 8.2 15 + 18 + 16 49
3) Resposta “10”. MP = = = = 4,9
5 + 3+ 2 10 10
Solução: Para resolver esse exercício basta fazer a soma dos
números e dividi-los por quatro, que é a quantidade de números,
portanto: 8) Resposta “ ±14,93 ”
Solução:

Didatismo e Conhecimento 94
MATEMÁTICA
Exemplo
14.10 + 15.12 + 16.8 140 + 180 + 128 448
MP = = = = ±14,93
10 + 12 + 8 30 30 Digamos que uma categoria de operários tenha um aumento
salarial de  20%  após um mês,  12%  após dois meses e  7%  após
9) Resposta “ ≅ R$651, 43 ” três meses. Qual o percentual médio mensal de aumento desta ca-
Solução: Estamos diante de um problema de média aritmética tegoria?
ponderada, onde as quantidades de profissionais serão os pesos. E
com isso calcularemos a média ponderada entre R$ 320,00 , R$ Sabemos que para acumularmos um aumento
840,00 e R$ 1 600,00 e seus respectivos pesos 20 , 10 e 5. Portanto: de 20%, 12% e 7% sobre o valor de um salário, devemos
multiplicá-lo sucessivamente por 1,2, 1,12 e 1,07 que são os
320.20 + 840.10 + 1600.5 22.800
MP = = ≅ R$651, 43 fatores correspondentes a tais percentuais.
20 + 10 + 5 35 A partir dai podemos calcular a média geométrica destes
fatores:
10) Resposta “11,42”. 3
1,2.1,12.1,07 ⇒ 3 1, 43808 ⇒ 1,128741
Solução:
5.10 + 10.5 + 15.20 50 + 50 + 300 400
MP = = = = 11, 42 Como sabemos, um fator de  1, 128741  corresponde a  12,
10 + 5 + 20 35 35 8741% de aumento.
Este é o valor percentual médio mensal do aumento salarial,
Média Geométrica ou seja, se aplicarmos três vezes consecutivas o percentual  12,
8741%, no final teremos o mesmo resultado que se tivéssemos
Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos os valo- aplicado os percentuais 20%, 12% e 7%.
res e extraindo-se a raiz de índice n deste produto.
Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para obtermos o Digamos que o salário desta categoria de operários seja
valor médio geométrico deste conjunto, multiplicamos os elemen- de R$ 1.000,00, aplicando-se os sucessivos aumentos temos:
tos e obtemos o produto 216.
Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cúbica, Salário +% Salário Salário +% Salário
chegando ao valor médio 6. Inicial Informado final inicial médio final
Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de 3 ele-
R$ R$ R$ R$
mentos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de índice n. 20% 12, 8417
1.000,00 1.200,00 1.000,00 1.128,74

Neste exemplo teríamos a seguinte solução: R$ R$ R$ R$


12% 12, 8417
1.200,00 1.334,00 1.287,74 1.274,06
3
4.6.9 ⇒ 3 216 ⇒ 6 R$ R$ R$ R$
7% 12, 8417
1.334,00 1.438,00 1.274,06 1.438,08
Utilidades da Média Geométrica
Observe que o resultado final de R$ 1.438,08 é o mesmo nos
Progressão Geométrica dois casos. Se tivéssemos utilizado a média aritmética no lugar da
média geométrica, os valores finais seriam distintos, pois a média
Uma das utilizações deste tipo de média é na definição de uma aritmética de 13% resultaria em um salário final de R$ 1.442,90,
progressão geométrica que diz que em toda PG., qualquer termo ligeiramente maior como já era esperado, já que o percentual
é média geométrica entre o seu antecedente e o seu consequente: de 13% utilizado é ligeiramente maior que os 12, 8417% da média
geométrica.
an = an−1 .an+1
Tomemos como exemplo três termos consecutivos de uma Cálculo da Média Geométrica
PG.: 7, 21 e 63.
Temos então que o termo 21 é média geométrica dos termos Em uma fórmula: a média geométrica de a1, a2, ..., an é
7 e 63. ⎛ n ⎞
1/n

⎜⎝ ∏ ai ⎟⎠ = (a1 .a2 ...an )1/n = n a1 .a2 ...an


Vejamos: i=1

7.63 ⇒ 441 ⇒ 21 A média geométrica de um conjunto de números é sempre


menor ou igual à média aritmética dos membros desse conjunto
Variações Percentuais em Sequência (as duas médias são iguais se e somente se todos os membros do
conjunto são iguais). Isso permite a definição da média aritmética
Outra utilização para este tipo de média é quando estamos tra- geométrica, uma mistura das duas que sempre tem um valor inter-
balhando com variações percentuais em sequência. mediário às duas.
A média geométrica é também a média aritmética harmôni-
ca no sentido que, se duas sequências (an) e (hn) são definidas:

Didatismo e Conhecimento 95
MATEMÁTICA
Dessa junção aparecerá um novo segmento AC. Obtenha o
an + hn x+y
an+1 = ,a1 = ponto médio O deste segmento e com um compasso centrado em
2 2 O e raio OA, trace uma semi-circunferência começando em A e
terminando em C. O segmento vertical traçado para cima a partir
E de B encontrará o ponto D na semi-circunferência. A medida do
2 2 segmento BD corresponde à média geométrica das medidas dos
hn+1 = ,h = segmentos AB e BC.
1 1 1 1 1
+ +
an hn x y
Exercícios
então an e hn convergem para a média geométrica de x e y.
1. Determine a média proporcional ou geométrica entre 2 e 8.
Cálculo da Media Geométrica Triangular
2. Determine a média geométrica entre 1, 2 e 4.
Bom primeiro observamos o mapa e somamos as áreas dos
quadrados catetos e dividimos pela hipotenusa e no final pegamos 3. Determine a média geométrica entre dois números sabendo
a soma dos ângulos subtraindo o que esta entre os catetos e dividi- que a média aritmética e a média harmônica entre eles são, respec-
mos por PI(3,1415...) assim descobrimos a media geométrica dos tivamente, iguais a 4 e 9.
triângulos.
4. A média geométrica entre 3 números é 4. Quanto devo
Exemplo multiplicar um desses números para que a média aumente 2 uni-
dades ?
A média geométrica entre os números 12, 64, 126 e 345, é
dada por: 5. Qual é a média geométrica dos números 2, 4, 8, 16 e 32?

G = R4[12 ×64×126×345] = 76,013 6. Dados dois números quaisquer, a média aritmética simples
e a média geométrica deles são respectivamente 20 e 20,5. Quais
Aplicação Prática são estes dois números?

Dentre todos os retângulos com a área igual a 64 cm², qual 7. A média geométrica entre dois números é igual a 6. Se a eles
é o retângulo cujo perímetro é o menor possível, isto é, o mais juntarmos o número 48, qual será a média geométrica entre estes
econômico? A resposta a este tipo de questão é dada pela média três números?
geométrica entre as medidas do comprimento a e da largura b, uma
vez que a.b = 64. 8. Calcule a média geométrica entre 4 e 9.

A média geométrica G entre a e b fornece a medida desejada. 9. Calcule a média geométrica entre 3, 3, 9 e 81
G = R[a × b] = R[64] = 8
Resposta 10. Calcule a média geométrica entre 1, 1, 1, 32 e 234.
Respostas
É o retângulo cujo comprimento mede 8 cm e é lógico que
a altura também mede 8 cm, logo só pode ser um quadrado! O 1) Resposta “4”.
perímetro neste caso é p = 32 cm. Em qualquer outra situação em Solução:
que as medidas dos comprimentos forem diferentes das alturas,
teremos perímetros maiores do que 32 cm. M .G.(2e8) = 2 2 × 8 = 16 = 4 ⇒ M .G.(2e8) = 4

Interpretação gráfica 2) Resposta “2”.


Solução:
A média geométrica entre dois segmentos de reta pode ser
obtida geometricamente de uma forma bastante simples. M .G.(1,2e4) = 3 1× 2 × 4 = 3 8 = 2 ⇒ M .G.(1,2e4) = 2

Sejam AB e BC segmentos de reta. Trace um segmento de reta Observação: O termo média proporcional deve ser, apenas,
que contenha a junção dos segmentos AB e BC, de forma que eles utilizado para a média geométrica entre dois números.
formem segmentos consecutivos sobre a mesma reta.
3) Resposta “6”.
Solução: Aplicando a relação: g2 = a.h, teremos:

g2 = 4.9 → g2 = 36 → g = 6 → MG. (4, 9) = 6.


27
4) Resposta “ ”
8

Didatismo e Conhecimento 96
MATEMÁTICA
Solução: Se a média geométrica entre 3 números é 4, pode-
( ) = 20
2
mos escrever: a.b = 20 ⇒ (41− b).b = 20 ⇒ 41b − b 2 2

M .G. = 3 x.y.z ⇒ 4 = 3 x.y.z ⇒ x.y.z = 64 ⇒ 41b − b 2 = 400 ⇒ −b 2 + 41b − 400 = 0


Note que acabamos obtendo uma equação do segundo grau:
Se multiplicarmos um deles por m, a nova média será:
-b2 + 41b - 400 = 0
4 + 2 = 3 x.y.z.m ⇒ 6 = 3 x.y.z.m ⇒ x.y.z.m = 216
216 27
e como x . y . z = 64 → 64 . m = 216 → m = = Solucionando a mesma temos:
64 8
5) Resposta “8”. −41 ± 412 − 4.(−1).(−400)
−b 2 + 41b − 400 = 0 ⇒ b =
Solução: Se dispusermos de uma calculadora científica, este 2.(−1)
exercício pode ser solucionado multiplicando-se todos os números
e extraindo-se do produto final, a raiz de índice cinco, pois se tra- ⎧ −41+ 81 −41+ 9 −32
tam de cinco números:
⎪⎪b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = ⇒ b1 = 16
−2 −2 −2
⇒⎨
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 32768 ⇒ 8 ⎪b = −41− 81 ⇒ b = −41+ 9 ⇒ b = −50 ⇒ b = 25
⎪⎩ 2 −2
2
−2
2
−2
2

Se não dispusermos de uma calculadora científica esta solução


ficaria meio inviável, pois como iríamos extrair tal raiz, isto sem O número b pode assumir, portanto os valores 16 e 25. É de
contar na dificuldade em realizarmos as multiplicações? se esperar, portanto que quando b for igual a 16, que a seja igual
a 25 e quando b for igual a 25, que a seja igual a 16. Vamos con-
Repare que todos os números são potência de 2, podemos en- ferir.
tão escrever:
Sabemos que a = 41 - b, portanto atribuindo a b um de seus
5
2.4.8.16.32 ⇒ 5 2.2 2.2 3.2 4.2 5 possíveis valores, iremos encontrar o valor de a.

Como dentro do radical temos um produto de potências de Para b = 16 temos:


mesma base, somando-se os expoentes temos:
a = 41 - b ⇒ 41 - 16 ⇒ a = 25
5
2.2 2.2 3.2 4.2 5 ⇒ 5 215
Para b = 25 temos:
Finalmente dividindo-se o índice e o expoente por 5 e resol-
vendo a potência resultante: a = 41 - b ⇒ a = 41 - 25 ⇒ a = 16
5
215 ⇒ 1 2 3 ⇒ 2 3 ⇒ 8 Logo, os dois números são 16, 25.

Logo, a média geométrica deste conjunto é 8. 7) Resposta “12”.


6) Resposta “16, 25”. Solução: Se chamarmos de P o produto destes dois números,
Solução: Chamemos de  a e b estes dois números. A média a partir do que foi dito no enunciado podemos montar a seguinte
aritmética deles pode ser expressa como: equação:
a+b P =6
= 20,5
2
Elevando ambos os membros desta equação ao quadrado, ire-
Já média geométrica pode ser expressa como: mos obter o valor numérico do produto destes dois números:
2
a.b = 20 P = 6 ⇒ ( P) = 6 2 ⇒ P = 36

Vamos isolar a na primeira equação: Agora que sabemos que o produto de um número pelo outro
é igual 36, resta-nos multiplicá-lo por 48 e extraímos a raiz cúbica
a+b
= 20,5 ⇒ a + b = 20,5.2 ⇒ a = 41− b deste novo produto para encontrarmos a média desejada:
2
M = 3 36.48 ⇒ M = 3 (2 2.32 ).(2 4.3) ⇒ M = 3 2 6.33
Agora para que possamos solucionar a segunda equação, é ne-
cessário que fiquemos com apenas uma variável na mesma. Para ⇒ M = 2 2.3 ⇒ M = 4.3 ⇒ M = 12
conseguirmos isto iremos substituir a por 41 - b:

Didatismo e Conhecimento 97
MATEMÁTICA
Note que para facilitar a extração da raiz cúbica, realizamos
=10.75 e =11
a decomposição dos números 36 e 48 em fatores primos. Acesse
a página decomposição de um número natural em fatores primos
para maiores informações sobre este assunto.

Logo, ao juntarmos o número 48 aos dois números iniciais, a


média geométrica passará a ser 12.
Admitamos que uma das notas de 10 foi substituída por uma
8) Resposta “6”.
de 18. Neste caso a mediana continuaria a ser igual a 11, enquanto
Solução: G = 2 4.9 = 6
que a média subiria para 11.75.
9) Resposta “9”.
Solução: G = 4 3.3.9.81 = 9

10) Resposta “6”.


Média e Mediana: Se se representarmos os elementos da
Solução: G = 5 1.1.1.32.243 = 6
amostra ordenada com a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn: “n”
então uma expressão para o cálculo da mediana será:
Mediana: é o valor que tem tantos dados antes dele, como
Como medida de localização, a mediana é mais robusta do
depois dele. Para se medir a mediana, os valores devem estar por
que a média, pois não é tão sensível aos dados.
ordem crescente ou decrescente. No caso do número de dados ser
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coin-
ímpar, existe um e só um valor central que é a mediana. Se o nú-
cidem.
mero de dados é par, toma-se a média aritmética dos dois valores
- A mediana não é tão sensível, como a média, às observa-
centrais para a mediana.
ções que são muito maiores ou muito menores do que as restantes
É uma medida de localização do centro da distribuição dos da-
(outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as obser-
dos, definida do seguinte modo: Ordenados os elementos da amos-
vações.
tra, a mediana é o valor (pertencente ou não à amostra) que a divi-
A média ao contrário da mediana, é uma medida muito in-
de ao meio, isto é, 50% dos elementos da amostra são menores ou
fluenciada por valores “muito grandes” ou “muito pequenos”,
iguais à mediana e os outros 50% são maiores ou iguais à mediana. 
mesmo que estes valores surjam em pequeno número na amostra.
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de
Estes valores são os responsáveis pela má utilização da média em
ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar, a mediana é o
muitas situações em que teria mais significado utilizar a mediana.
elemento médio. Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois
A partir do exposto, deduzimos que se a distribuição dos da-
elementos médios.
dos:
A mediana, m, é uma medida de localização do centro da dis-
- for aproximadamente simétrica, a média aproxima-se da me-
tribuição dos dados, definida do seguinte modo:
diana.
Ordenados os elementos da amostra, a mediana é o valor
- for enviesada para a direita (alguns valores grandes como
(pertencente ou não à amostra) que a divide ao meio, isto é, 50%
“outliers”), a média tende a ser maior que a mediana.
dos elementos da amostra são menores ou iguais à mediana e os
- for enviesada para a esquerda (alguns valores pequenos
outros 50% são maiores ou iguais à mediana.
como “outliers”), a média tende a ser inferior à mediana.
Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de
ordenada a amostra de n elementos:
- Se n é ímpar, a mediana é o elemento médio.
- Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois elementos
médios.

Se se representarem os elementos da amostra ordenada com


a seguinte notação: X1:n, X2:n, ..., Xn:n; então uma expressão para o
cálculo da mediana será:

Dado um histograma é fácil obter a posição da mediana, pois


esta está na posição em que passando uma linha vertical por esse
ponto o histograma fica dividido em duas partes com áreas iguais.

Como medida de localização, a mediana é mais robusta do


que a média, pois não é tão sensível aos dados. Consideremos o
seguinte exemplo: um aluno do 10º ano obteve as seguintes notas:
10, 10, 10, 11, 11, 11, 11, 12. A média e a mediana da amostra
anterior são respectivamente.

Didatismo e Conhecimento 98
MATEMÁTICA
formação de um conjunto de dados qualitativos, apresentados sob
Como medida de localização, a mediana é mais resistente do a forma de nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular
que a média, pois não é tão sensível aos dados. a média e por vezes a mediana.
- Quando a distribuição é simétrica, a média e a mediana coin- Para um conjunto de dados, define-se moda como sendo: o
cidem. valor que surge com mais frequência  se os dados são discretos,
- A mediana não é tão sensível, como a média, às observa- ou, o intervalo de classe com maior frequência se os dados são
ções que são muito maiores ou muito menores do que as restantes contínuos. Assim, da representação gráfica dos dados, obtém-se
(outliers). Por outro lado a média reflete o valor de todas as obser- imediatamente o valor que representa a moda ou a classe modal.
vações.

Assim, não se pode dizer em termos absolutos qual destas me-


didas de localização é preferível, dependendo do contexto em que
estão a ser utilizadas.
Exemplo: Os salários dos 160 empregados de uma determi-
nada empresa, distribuem-se de acordo com a seguinte tabela de
frequências:

Salário (em euros) 75 100 145 200 400 1700 Esta medida é especialmente útil para reduzir a informação de
um conjunto de dados qualitativos, apresentados sob a forma de
Frequência absoluta 23 58 50 20 7 2 nomes ou categorias, para os quais não se pode calcular a média
Frequência acumulada 23 81 131 151 158 160 e por vezes a mediana (se não forem susceptíveis de ordenação).

Calcular a média e a mediana  e comentar os resultados ob-


tidos.
Resolução: = = (75.23+100.58+...+400.7+1700.2)/160 =
156,10
Resolução: euros. m = semi-soma dos elementos de ordem 80
e 81 = 100 euros.
Comentário: O fato de termos obtido uma média de 156,10 e
uma mediana de 100, é reflexo do fato de existirem alguns, embora
poucos, salários muito altos, relativamente aos restantes. Repare- Quartis: Generalizando a noção de mediana m, que como
se que, numa perspectiva social, a mediana é uma característica vimos anteriormente é a medida de localização, tal que 50% dos
mais importante do que a média. Na realidade 50% dos traba- elementos da amostra são menores ou iguais a m, e os outros 50%
lhadores têm salário menor ou igual a 100 €, embora a média de são maiores ou iguais a m, temos a noção de quartil de ordem p,
156,10 € não transmita essa ideia. com 0<p<1, como sendo o valor Qp tal que 100p% dos elementos
da amostra são menores ou iguais a Qp e os restantes 100 (1-p)%
Vejamos de uma outra forma: Sabes, quando a distribuição dos elementos da amostra são maiores ou iguais a Qp.
dos dados é simétrica ou aproximadamente simétrica, as medidas Tal como a mediana, é uma medida que se calcula a partir da
de localização do centro da amostra (média e mediana) coincidem amostra ordenada. Um processo de obter os quartis é utilizando a
ou são muito semelhantes. O mesmo não se passa quando a distri- Função Distribuição Empírica.
buição dos dados é assimétrica, fato que se prende com a pouca Generalizando ainda a expressão para o cálculo da mediana,
resistência da média. temos uma expressão análoga para o cálculo dos quartis:

Representando as distribuições dos dados (esta observação é


válida para as representações gráficas na forma de diagramas de
barras ou de histograma) na forma de uma mancha, temos, de um
modo geral: Qp =

onde representamos por [a], o maior inteiro contido em a.


Aos quartis de ordem 1/4 e 3/4 , damos respectivamente o
nome de 1º quartil e 3º quartil. Exemplo: Tendo-se decidido regis-
trar os pesos dos alunos de uma determinada turma prática do 10º
Moda: é o valor que ocorre mais vezes numa distribuição, ou ano, obtiveram-se os seguintes valores (em kg):
seja, é o de maior efetivo e, portanto, de maior frequência. Define-
se moda como sendo: o valor que surge com mais frequência se os 52 56 62 54 52 51 60 61 56 55 56 54 57 67 61 49
dados são discretos, ou, o intervalo de classe com maior frequên- a) Determine os quantis de ordem 1/7, 1/2 e os 1º e 3º quartis.
cia se os dados são contínuos. Assim, da representação gráfica dos b) Um aluno com o peso de 61 kg, pode ser considerado “nor-
dados, obtém-se imediatamente o valor que representa a moda ou mal”, isto é nem demasiado magro, nem demasiado gordo?
a classe modal. Esta medida é especialmente útil para reduzir a in-

Didatismo e Conhecimento 99
MATEMÁTICA
Resolução: Ordenando a amostra anterior, cuja dimensão é 16, Pictogramas
temos:
1ª (10)
49 51 52 52 54 54 55 56 56 56 57 60 61 61 62 67 2ª (8)
3ª (4)
a) 16 . 1/7 = 16/7, onde [16/7] = 2 e Q1/7 = x3 : 16 = 52 4ª (5)
16 . 1/4 = 4, onde Q1/2 = [x8 : 16 + x9 : 16]/2 = 56 5ª (4)
16 . 1/2 = 8, onde Q1/4 = [x4 : 16 + x5 : 16]/2 = 53 = 1 unidade
16 . 3/4 = 12, onde Q3/4 = [x12 : 16 + x13 : 16]/2 = 60.5
Tabela de Frequências: Como o nome indica, conterá os va-
b) Um aluno com 61 kg pode ser considerado um pouco “for- lores da variável e suas respectivas contagens, as quais são deno-
te”, pois naquela turma só 25% dos alunos é que têm peso maior minadas frequências absolutas ou simplesmente, frequências. No
ou igual a 60.5 kg. caso de variáveis qualitativas ou quantitativas discretas, a tabela
de freqüência consiste em listar os valores possíveis da variável,
Escalas – Tabelas – Gráficos numéricos ou não, e fazer a contagem na tabela de dados brutos
do número de suas ocorrências. A frequência do valor i será repre-
Tipos de gráficos: Os dados podem então ser representados sentada por ni, a frequência total por n e a freqüência relativa por
de várias formas: fi = ni/n.
Para variáveis cujos valores possuem ordenação natural (qua-
Diagramas de Barras litativas ordinais e quantitativas em geral), faz sentido incluirmos
também uma coluna contendo as frequências acumuladas f ac, ob-
tidas pela soma das frequências de todos os valores da variável,
menores ou iguais ao valor considerado.
No caso das variáveis quantitativas contínuas, que podem as-
sumir infinitos valores diferentes, é inviável construir a tabela de
frequência nos mesmos moldes do caso anterior, pois obteríamos
praticamente os valores originais da tabela de dados brutos. Para
resolver este problema, determinamos classes ou faixas de valores
e contamos o número de ocorrências em cada faixa. Por ex., no
caso da variável peso de adultos, poderíamos adotar as seguintes
faixas: 30 |— 40 kg, 40 |— 50 kg, 50 |— 60, 60 |— 70, e assim por
diante. Apesar de não adotarmos nenhuma regra formal para esta-
belecer as faixas, procuraremos utilizar, em geral, de 5 a 8 faixas
com mesma amplitude.
Eventualmente, faixas de tamanho desigual podem ser con-
Diagramas Circulares venientes para representar valores nas extremidades da tabela.
Exemplo:

Histogramas

Gráfico de Barras: Para construir um gráfico de barras, re-


presentamos os valores da variável no eixo das abscissas e suas
as frequências ou porcentagens no eixo das ordenadas. Para cada
valor da variável desenhamos uma barra com altura corresponden-
do à sua freqüência ou porcentagem. Este tipo de gráfico é interes-
sante para as variáveis qualitativas ordinais ou quantitativas dis-
cretas, pois permite investigar a presença de tendência nos dados.
Exemplo:

Didatismo e Conhecimento 100


MATEMÁTICA

Diagrama Circular: Para construir um diagrama circular ou


gráfico de pizza, repartimos um disco em setores circulares corres-
pondentes às porcentagens de cada valor (calculadas multiplican-
do-se a frequência relativa por 100). Este tipo de gráfico adapta-se Polígono de Frequência:
muito bem para as variáveis qualitativas nominais. Exemplo: Semelhante ao histograma, mas construído a partir dos pontos
médios das classes. Exemplo:

Gráfico de Ogiva:
Apresenta uma distribuição de frequências acumuladas, utili-
za uma poligonal ascendente utilizando os pontos extremos.
Histograma: O histograma consiste em retângulos contíguos
com base nas faixas de valores da variável e com área igual à fre-
quência relativa da respectiva faixa. Desta forma, a altura de cada
retângulo é denominada densidade de frequência ou simplesmente
densidade definida pelo quociente da área pela amplitude da faixa.
Alguns autores utilizam a frequência absoluta ou a porcentagem na
construção do histograma, o que pode ocasionar distorções (e, con-
sequentemente, más interpretações) quando amplitudes diferentes
são utilizadas nas faixas. Exemplo:

PROBABILIDADE

Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento

Em uma tentativa com um número limitado de resultados,


todos com chances iguais, devemos considerar:
Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos resultados
possíveis.
Gráfico de Linha ou Sequência: Adequados para apresentar Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos resultados
observações medidas ao longo do tempo, enfatizando sua tendên- possíveis; será representado por S e o número de elementos do
cia ou periodicidade. Exemplo: espaço amostra por n(S).

Didatismo e Conhecimento 101


MATEMÁTICA
Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do espaço União de Eventos
amostral; será representado por A e o número de elementos do
evento por n(A). Considere A e B como dois eventos de um espaço amostral S,
finito e não vazio, temos:
Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S, portanto
são eventos. A
Ø = evento impossível.
S = evento certo.
B
Conceito de Probabilidade S

As probabilidades têm a função de mostrar a chance


de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer um
determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de um espaço
amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre o número de elementos
A e o número de elemento S. Representando:

Logo: P(A B) = P(A) + P(B) - P(A B)

Exemplo: Ao lançar um dado de seis lados, numerados de 1 a Eventos Mutuamente Exclusivos


6, e observar o lado virado para cima, temos:
- um espaço amostral, que seria o conjunto S {1, 2, 3, 4, 5, 6}. A
- um evento número par, que seria o conjunto A1 = {2, 4, 6}
C S.
- o número de elementos do evento número par é n(A1) = 3.
B
- a probabilidade do evento número par é 1/2, pois S

Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não Vazio Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão denominados
mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B = 0, portanto: P(A
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a zero. Em B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S
um evento certo S a probabilidade é igual a 1. Simbolicamente: forem, de dois em dois, sempre mutuamente exclusivos, nesse
P(Ø) = 0 e P(S) = 1. caso temos, analogicamente:
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ P(A) ≤ 1.
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) = 1 - P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +
P(A). P(An)

Demonstração das Propriedades Eventos Exaustivos

Considerando S como um espaço finito e não vazio, temos: Quando os eventos A1, A2, A3, …, An de S forem, de dois em
dois, mutuamente exclusivos, estes serão denominados exaustivos
se A1 A2 A3 … An = S

Então, logo:

Portanto: P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... + P(An) = 1

Didatismo e Conhecimento 102


MATEMÁTICA
Probabilidade Condicionada Problema: Realizando-se a experiência descrita exatamente n
vezes, qual é a probabilidade de ocorrer o evento A só k vezes?
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito
e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é dada pela Resolução:
probabilidade de ocorrência de B sabendo que já ocorreu A. É - Se num total de n experiências, ocorrer somente k vezes
representada por P(B/A). o evento A, nesse caso será necessário ocorrer exatamente n – k
vezes o evento A.
Veja: - Se a probabilidade de ocorrer o evento A é p e do evento A é
1 – p, nesse caso a probabilidade de ocorrer k vezes o evento A e
n – k vezes o evento A, ordenadamente, é:

- As k vezes em que ocorre o evento A são quaisquer entre as


n vezes possíveis. O número de maneiras de escolher k vezes o
evento A é, portanto Cn,k.
Eventos Independentes - Sendo assim, há Cn,k eventos distintos, mas que possuem
a mesma probabilidade pk . (1 – p)n-k, e portanto a probabilidade
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S, finito desejada é: Cn,k . pk . (1 – p)n-k
e não vazio. Estes serão independentes somente quando:
QUESTÕES
P(A/N) = P(A) P(B/A) = P(B) 01. A probabilidade de uma bola branca aparecer ao se retirar
uma única bola de uma urna que contém, exatamente, 4 bolas
Intersecção de Eventos brancas, 3 vermelhas e 5 azuis é:

Considerando A e B como dois eventos de um espaço amostral (A) (B) (C) (D) (E)
S, finito e não vazio, logo:
02. As 23 ex-alunas de uma turma que completou o Ensino
Médio há 10 anos se encontraram em uma reunião comemorativa.
Várias delas haviam se casado e tido filhos. A distribuição das
mulheres, de acordo com a quantidade de filhos, é mostrada no
gráfico abaixo. Um prêmio foi sorteado entre todos os filhos dessas
ex-alunas. A probabilidade de que a criança premiada tenha sido
um(a) filho(a) único(a) é

Assim sendo:

P(A ∩ B) = P(A) . P(B/A)


P(A ∩ B) = P(B) . P(A/B)

Considerando A e B como eventos independentes, logo


P(B/A) = P(B), P(A/B) = P(A), sendo assim: P(A ∩ B) = P(A) .
P(B). Para saber se os eventos A e B são independentes, podemos
utilizar a definição ou calcular a probabilidade de A ∩ B. Veja a (A) (B) (C) (D) (E)
representação:
03. Retirando uma carta de um baralho comum de 52 cartas,
A e B independentes ↔ P(A/B) = P(A) ou qual a probabilidade de se obter um rei ou uma dama?
A e B independentes ↔ P(A ∩ B) = P(A) . P(B)
04. Jogam-se dois dados “honestos” de seis faces, numeradas
Lei Binominal de Probabilidade de 1 a 6, e lê-se o número de cada uma das duas faces voltadas para
cima. Calcular a probabilidade de serem obtidos dois números
Considere uma experiência sendo realizada diversas vezes, ímpares ou dois números iguais?
dentro das mesmas condições, de maneira que os resultados de cada
experiência sejam independentes. Sendo que, em cada tentativa 05. Uma urna contém 500 bolas, numeradas de 1 a 500. Uma
ocorre, obrigatoriamente, um evento A cuja probabilidade é p ou o bola dessa urna é escolhida ao acaso. A probabilidade de que seja
complemento A cuja probabilidade é 1 – p. escolhida uma bola com um número de três algarismos ou múltiplo
de 10 é

Didatismo e Conhecimento 103


MATEMÁTICA
(A) 10% 03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) =
(B) 12%
(C) 64% 04. No lançamento de dois dados de 6 faces, numeradas de 1 a
(D) 82% 6, são 36 casos possíveis. Considerando os eventos A (dois números
(E) 86% ímpares) e B (dois números iguais), a probabilidade pedida é:

06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 bolas


vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a probabilidade
de ela ser amarela ou branca? 05. Sendo Ω, o conjunto espaço amostral, temos n(Ω) = 500

07. Duas pessoas A e B atiram num alvo com probabilidade A: o número sorteado é formado por 3 algarismos;
40% e 30%, respectivamente, de acertar. Nestas condições, a A = {100, 101, 102, ..., 499, 500}, n(A) = 401 e p(A) = 401/500
probabilidade de apenas uma delas acertar o alvo é:
(A) 42% B: o número sorteado é múltiplo de 10;
(B) 45% B = {10, 20, ..., 500}.
(C) 46%
(D) 48% Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo geral
(E) 50% da P.A., em que
a1 = 10
08. Num espaço amostral, dois eventos independentes A e B an = 500
são tais que P(A U B) = 0,8 e P(A) = 0,3. Podemos concluir que o r = 10
valor de P(B) é: Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 → n = 50
(A) 0,5
(B) 5/7 Dessa forma, p(B) = 50/500.
(C) 0,6
(D) 7/15 A Ω B: o número tem 3 algarismos e é múltiplo de 10;
(E) 0,7 A Ω B = {100, 110, ..., 500}.
De an = a1 + (n – 1) . r, temos: 500 = 100 + (n – 1) . 10 → n =
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro pretas. 41 e p(A B) = 41/500
Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de cada bola antes
de retirar a seguinte. A probabilidade de só a primeira e a terceira Por fim, p(A.B) =
serem brancas é:
06.
(A) (B) (C) (D) (E) Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas e V1,
V2, V3 as vermelhas.
10. Uma lanchonete prepara sucos de 3 sabores: laranja, Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
abacaxi e limão. Para fazer um suco de laranja, são utilizadas 3 A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
laranjas e a probabilidade de um cliente pedir esse suco é de 1/3. B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
Se na lanchonete, há 25 laranjas, então a probabilidade de que,
para o décimo cliente, não haja mais laranjas suficientes para fazer
o suco dessa fruta é:

(A) 1 (B) (C) (D) (E)


Como A B = , A e B são eventos mutuamente exclusivos;
Respostas Logo: P(A B) = P(A) + P(B) =

01.

02. 07.
A partir da distribuição apresentada no gráfico: Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer os
08 mulheres sem filhos. seguintes eventos:
07 mulheres com 1 filho. (A) “A” acerta e “B” erra; ou
06 mulheres com 2 filhos. (B) “A” erra e “B” acerta.
02 mulheres com 3 filhos.
Assim, temos:
Comoas 23 mulheres têm um total de 25 filhos, a probabilidade P (A B) = P (A) + P (B)
de que a criança premiada tenha sido um(a) filho(a) único(a) é P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30%
igual a P = 7/25. P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30

Didatismo e Conhecimento 104


MATEMÁTICA
P (A B) = 0,28 + 0,18
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46%

08.
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . P(B) e
como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos:
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
0,7 . (PB) = 0,5
P(B) = 5/7.

09. Representando por a


probabilidade pedida, temos:
=
=

10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três tipos de


sucos e que os nove primeiros clientes foram servidos com apenas
um desses sucos, então:
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é
possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros clientes,
pois seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo
cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito tenham
pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido outro suco.
A probabilidade de isso ocorrer é:

Didatismo e Conhecimento 105


INFORMÁTICA BÁSICA
INFORMÁTICA BÁSICA
Esses equipamentos passaram por uma grande evolução, que
1. O COMPUTADOR. pode ser dividida em gerações.
Cada geração é caracterizada pelo desenvolvimento tecno-
1.1. HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA
lógico no modo como o computador opera, resultando em equi-
COMPUTAÇÃO. pamentos cada vez menores, mais poderosos, eficientes rápidos,e
1.2. TIPOS DE COMPUTADORES. baratos.
1.3. PRINCIPAIS COMPONENTES
DE UM COMPUTADOR. Primeira geração (em torno de 1940-1959)
1.4. DISPOSITIVOS DE ENTRADA - Os computadores eram lentos, enormes, ocupavam salas in-
E SAÍDA. teiras e tinham muitos metros de fios,
1.5. DISPOSITIVOS DE - Eram equipadas com válvulas eletrônicas e gastavam muita
PROCESSAMENTO: A UNIDADE energia,
CENTRAL. - Sua operação era muito cara e esquentavam muito, o que era,
1.6. MEMÓRIA PRINCIPAL. frequentemente, a causa de mau funcionamento,
- Usavam linguagem de máquina para executar operações, só
1.7. DISPOSITIVOS DE
podendo resolver um problema de cada vez,
ARMAZENAMENTO. - A memória baseava-se em cilindro magnético,
1.8. REDES DE COMPUTADORES. - A velocidade de processamento era da ordem de milissegun-
dos e a capacidade de memória era de 2 a 4 kbytes,
- A entrada de dados era feita por meio de cartões ou fita de
papel perfurados,
O que é a Informática? - A saída de dados era feita por impressoras,
Informática é o nome genérico do conjunto das Ciências da - Não existia sistema operacional. Os programadores eram
Informação que inclui: a teoria da informação, o processo de cál- operadores e controlavam o computador por meio de chaves, fios
culo, a análise numérica e os métodos teóricos da representação e luzes de aviso.
dos conhecimentos e de modelagem dos problemas. E a palavra Exemplos: ENIAC, UNIVAC
Informática refere-se, também, especificamente ao processo de
tratamento automático da informação por meio de máquinas ele-
trônicas, como computadores, laptops, netbook, tablets etc ...
De um modo geral, pode-se pensar em computador como um
equipamento capaz de armazenar e processar, lógica e matemati-
camente, quantidades numéricas.

O Computador
O computador é uma máquina programável capaz de realizar
processamentos sobre uma massa de dados, torna-los em informa-
ção útil e armazená-los.
- Dados: são fatos/descritores de coisas, pessoas, eventos não
processados;
- Informação: trata-se do conjunto de dados que foram proces-
sados e constituem informação útil. ENIAC
Concretamente, o computador é um equipamento, constituído
por componentes mecânicos e eletrônicos que, a partir de dados de Segunda geração (1959-1964)
entrada, realiza um processamento, gerando novos dados como saída. - Houve a substituição das válvulas eletrônicas por transis-
Basicamente um computador é composto de um processador tores e os fios de ligação por circuitos impressos, o que tornou os
central, capaz de efetuar operações lógicas e matemáticas de modo computadores mais rápidos, menores, e de custo mais baixo. Mas
extremamente rápido, e de salvar informações, que utiliza vários ainda esquentavam muito.
dispositivos como disco rígido, memória, placa mãe e, também, - Mudança da linguagem de máquina binária para as lingua-
vários dispositivos de entrada e saída de dados. gens simbólicas, como FORTRAN, que permitiram que os progra-
Atualmente é considerado quase como um eletrodoméstico e é madores especificassem instruções em palavras,
geralmente associado a um gabinete, a um monitor, um teclado, a - A memória passou de cilindro magnético para a tecnologia
um mouse, a uma impressora, sendo extremamente importante que do núcleo magnético,
haja conexão à Internet. - A velocidade de processamento era da ordem de milissegun-
dos a capacidade de memória era de 20 megabytes,
História dos computadores - Surgiram os primeiros armazenadores externos de informa-
Quando se pensa na história do computador e da Internet, ob- ções: fitas magnéticas e discos,
serva-se que, apesar de muitos equipamentos terem aparecido bem - A entrada de dados era feita por cartões ou fita de papel per-
antes, eles surgiram em torno dos anos 40 do século passado e furados,
eram enormes, ocupando vários metros quadrados. - A saída de dados era feita por impressoras,

Didatismo e Conhecimento 1
INFORMÁTICA BÁSICA
- Foram criados os sistemas em lote, “batch systems”, que - Iniciou-se a ligação dos computadores em redes o que con-
possibilitaram um melhor uso dos recursos computacionais. Havia duziu ao desenvolvimento da Internet,
um programa monitor, usado para “enfileirar” as tarefas. Cada pro- - Houve o desenvolvimento da interface gráfica - GUI, “Gra-
grama era escrito em cartões ou fita de papel perfurados, que eram phical User Interface” - baseada em símbolos visuais, como íco-
carregados por um operador, juntamente com seu compilador. O nes, menus e janelas que promoveram maior interação entre o sis-
operador em geral utilizava uma linguagem de controle chamada tema e o usuário,
JCL (job control language). - A velocidade de processamento era da ordem de nanosse-
Exemplos: TRADIC, IBM TX-0 gundos,
- Apareceram linguagens múltiplas de programação como Co-
bol, Pascal, Basic,
- Começou a transmissão de dados entre computadores atra-
vés de rede,
- Intensificou-se a produção de computadores objetivando o
usuário doméstico.
Exemplos: Lisa, MacIntosh, IBM 5150, 386.

TX-0

Terceira geração (1964-1970)


- Os computadores passaram a ter circuitos integrados, sendo
que os transistores foram miniaturizados. Estes aumentaram a ve-
locidade e a eficiência das máquinas, proporcionando redução dos
custos e aumento da velocidade de processamento. Sendo menores
e mais baratos tornaram-se acessíveis para um grande número de
pessoas,
- Teclados e monitores substituíram os cartões e papel perfu- Intel 386
rados,
- O sistema operacional passou a permitir que muitos progra- Quinta geração (época atual e futuro)
mas pudessem ser executados ao mesmo tempo (multitarefa), in- - O objetivo é desenvolver equipamentos que respondam à
clusive monitorando a memória, entrada de dados por voz e que sejam capazes de aprendizagem e
- A velocidade de processamento era da ordem de microsse- de organização,
gundos - Altíssima velocidade de processamento,
Exemplos: DCC 6600, Nova - Grande capacidade de armazenamento de dados dos discos
rígidos (de 40 e 80 GBs já eram comuns em lojas brasileiras no
início de 2007), o DVD pode acumular uma quantidade dez vezes
maior de dados do que o CDrom,
- Alto grau de interatividade, inclusive com reconhecimento
de voz por alguns aplicativos
- O uso de processamento paralelo e de supercondutores está
impelindo o surgimento da “inteligência artificial”.
O que é um sistema computacional?
Em poucas palavras, um sistema computacional é um conjun-
to de dispositivos eletrônicos que utilizamos para todo um proces-
samento de alguma informação, ou seja, união de hardware (parte
física) e software (parte lógica).
Muitos são os conceitos e exemplos de um sistema computa-
Quarta geração (de 1970 até a época atual) cional. É importante entender que existe um processo “eficaz” ou
- O microprocessador, com milhares de circuitos integrados não que envolve tecnologia computacional e seres humanos.
em um único “chip” de silicone, proporcionou maior grau de mi- Máquinas, programas e pessoas perfazem todo um complexo
niaturização, confiabilidade e velocidade, já da ordem de nanose- dinâmico de processos que se relacionam. Nos dias de hoje, todo
gundos (bilionésima parte do segundo), esse mecanismo de manipulação de dados e informações está se
- Outros equipamentos começaram a usar os microprocessa- tornando inteligente o suficiente para que o tempo de resposta seja
dores, muito mais rápido e eficiente.

Didatismo e Conhecimento 2
INFORMÁTICA BÁSICA
A sociedade não é um elemento estático, muito pelo contrário, Melhoria do processo de comunicação e agilidade no processo
está em constante mutação e, como tal, a sociedade contemporânea de transmissão;
está inserida em um processo de mudança em que as novas tecno- Geoprocessamento;
logias são as principais responsáveis. Processamento de imagem e voz;
Alguns autores identificam um novo paradigma de sociedade Suporte para desenvolvimento de projetos de engenharia(-
que se baseia num bem precioso, a informação, atribuindo-lhe vá- CAD);
rias designações, entre elas a Sociedade da Informação. Entretenimento através de jogos e ferramentas para auxiliar
Este novo modelo de organização das sociedades se assenta o ensino;
em um modo de desenvolvimento social e econômico em que a Realidade virtual que pode ser empregada como auxílio à
informação, como meio de criação de conhecimento, desempenha medicina, definição de ações, etc.;
um papel fundamental na produção de riqueza e na contribuição Tipos de computador
para o bem-estar e qualidade de vida dos cidadãos. Desktops ou computadores de mesa
Condição para a Sociedade da Informação avançar é a possi- Desktop, também conhecido como computador de mesa, é o
bilidade de todos poderem aceder às Tecnologias de Informação e tipo de computador mais usado no mundo, seja como computador
comunicação, presentes no nosso cotidiano, que constituem ins- pessoal ou para trabalho.
trumentos indispensáveis às comunicações pessoais, de trabalho
e de lazer.
Dito isso, Sistema computacional pode ser definido como algo
provindo da interação existente entre os diversos componentes de
hardware, software e peopleware que trabalham de forma conjunta
sobre uma determinada massa de dados de forma a produzir infor-
mações/resultados de interesse para outros sistemas/usuários.

Possui hardware flexível, o tornando compatível com diferen-


tes necessidades. Podem tanto possuir configurações mais simples,
com finalidade de acesso à internet e trabalhos de escritório, como
possuir configurações complexas e que exijam alto poder de pro-
cessamento e gráfico, como os destinados a executar jogos de úl-
tima geração e próprios para trabalhos de edição de foto e vídeo.
Pode ser comprado já com configuração fixa, montado de maneira
personalizada ou até mesmo pode ser turbinado para determinado
fim. Dentre os tipos de computadores de mesa, podemos destacar,
além do desktop propriamente dito:
- Servidor: Em resumo, um servidor é, basicamente, um com-
- Peopleware: são os agentes humanos (usuários e programa- putador mais potente do que seu desktop comum. Ele foi desen-
dores) que fazem uso e configuram as ações a serem executadas volvido especificamente para transmitir informações e fornecer
pelo hardware e software; produtos de software a outros computadores que estiverem co-
- Hardware: diz respeito a toda estrutura física que compõe nectados a ele por uma rede. Os servidores têm o hardware para
o sistema computacional que é responsável pelo processamento, gerenciar o funcionamento em rede wireless e por cabo Ethernet,
aquisição e armazenamento de informações, ou seja, o próprio normalmente através de um roteador.
computador em sí e seu periféricos, como teclado, mouse, impres- Eles foram desenvolvidos para lidar com cargas de trabalho
sora, etc; mais pesadas e com mais aplicativos, aproveitando a vantagem de
- Software: este elemento é composto de toda a lógica res- um hardware específico para aumentar a produtividade e reduzir o
ponsável por controlar os componentes de hardware através de tempo de inatividade.
comandos e pela manipulação das informações que são recebidas. Os servidores também oferecem ferramentas de gerencia-
Refere-se a toda mento remoto, o que significa que um membro da equipe de TI
pode verificar o uso e diagnosticar problemas de outro local. Isso
Principais usos da computação também significa que você pode executar manutenções de rotina,
- Armazenamento de grandes volumes de informação; como adicionar novos usuários ou alterar senhas.
- Realização de cálculos matemáticos complexos em curtos - Clientes: Cliente é um termo empregado em computação e
períodos de tempo; representa uma entidade que consome os serviços de uma outra
- Controle e supervisão de processos complexos que envol- entidade servidora, em geral através do uso de uma rede de com-
vam riscos à saúde; putadores numa arquitetura cliente-servidor

Didatismo e Conhecimento 3
INFORMÁTICA BÁSICA

Portáteis

Computador portátil é todo o computador que pode ser fa-


cilmente transportado. Por vezes usando uma bateria como carga
elétrica e possuindo rede Wi-Fi.
Antigamente, quando falávamos de computador nos refería-
- Workstation ou estação de trabalho: é o computador com mos a dois tipos de equipamento: os computadores de mesa (tam-
capacidade de processamento de cálculos e gráficos superior aos bém chamados de desktop) e os notebooks (também chamados de
comuns. Eles são destinados principalmente a usos profissionais laptops). Hoje em dia, o público está mais amplo, o consumidor
específicos, tais como arquitetura, desenho industrial, criação de mais exigente, e novas vertentes surgiram, principalmente no lado
filmes 3D ou em laboratórios de física. Não se trata simplesmen- dos portáteis.
te de um desktop “turbinado”, pois são feitos para atender a uma
finalidade específica. Entenda melhor a definição e veja se você Não é difícil ouvir a respeito de netbooks e ultrabooks. Os no-
precisa de uma workstation. tebooks continuam aí, firmes e fortes e, para somar um pouquinho
mais, apareceram também os tablets, que poderiam ser encaixados
- Nettops: são mini desktops, ou seja, minicomputadores, que fora desse artigo, mas decidimos manter tamanha a dúvida que
são vendidos por um preço mais em conta, gastam menos energia, geram.
ocupam menos espaço e são bastante modernos. São muito indica- Notebook e netbook: Por muito tempo, os computadores por-
dos para centrais de multimídia. Permitem uma enorme economia táteis foram chamados “laptop” (em tradução livre, algo que pode
de espaço em relação aos convencionais. ficar no seu colo); depois de um tempo, o termo “notebook” (como
Ele é capaz de realizar tarefas que não exigem muito de uma “caderno” em Inglês) ficou mais popular e, não mais que de repen-
máquina, como navegar pela internet, acessar aplicativos para te, mais um novo nome apareceu no mercado: “netbook”.
Web, processar documentos, ver fotos, vídeos, escutar músicas e
etc… Fazendo uma comparação, um nettop é para um desktop o
que um netbook é para um notebook.

All-in-one: Como o nome em Inglês diz, os PCs “All-In-one”


têm tudo em um, isto é, tudo é feito para transformar a instalação
dele em seu lar ou escritório em uma experiência muito mais fácil.
Você se lembra do gabinete que a grande maioria dos computado-
res tem? Esqueça!
Aqui temos monitor e gabinete numa única peça, ocupando
menos espaço. Podem ainda possuir tela sensível ao toque.
Tudo que você precisa está em um único bloco: drive de
DVD, entradas para os acessórios USB, leitores de cartão de me-
mória, ponto para o cabo de rede ou modem banda larga, entradas
para antena de rádio FM e televisão, com direito a controle remoto
para facilitar na hora de assistir filmes, programas de TV e rádio.
Alguns modelos mais poderosos, oferecem monitores de até 23 Os notebooks costumam ter muito do hardware oferecido
polegadas, HDs de 1 terabyte (quanta coisa, hein?) e contam com em computadores de mesa, como drive de DVD (e até mesmo
função touch: isto é, além do mouse, você pode encostar seu dedo na o formato Blu-ray, dependendo do modelo), além de acessórios
tela para escolher opções, arrastar ícones e assim por diante. vendidos separadamente por aí, como leitores de cartão de memó-
ria. Portanto, se você quer um computador mais flexível para uso
como os de casa, então você quer um notebook.

Didatismo e Conhecimento 4
INFORMÁTICA BÁSICA
Mas e o netbook, do que se trata? Idealizada em 2007, esta Mas, atenção: são tipos totalmente diferentes de aparelhos. A
linha de computadores superportáteis vendida a um preço mais começar pelo fato de que eles possuem tela sensível ao toque e a
camarada por uma variedade de razões. maior parte dos modelos não possui teclado físico, apenas virtual.
Como seu nome sugere, é um computador para uso mais cons- Sendo assim, a digitação neles é um pouco mais desconfortável, a
tante e facilitado com a Internet. Além do consumo de energia re- menos que você adquira, também, um teclado sobressalente espe-
duzido em comparação aos seus “irmãos maiores” pelo menos em cífico para usos com tablets.
sua maioria, as telas são menores e não há o drive de disco ótico. Outro ponto a ser destacado é que os tablets possuem sistemas
Além disso, os netbooks costumam ter telas menores (existem mo- operacionais portáteis, então rodam com programas diferentes dos
delos com 8 polegadas), e também por conta disto são mais leves computadores tradicionais. Ter um tablet não é suficiente: ele é
e fáceis de transportar. um aparelho complementar a um outro computador, seja este de
Ah, sim: muitos netbooks usam discos rígidos do tipo SSD mesa ou portátil. Mas é ótimo para ver emails, ler notícias e livros
(Solid State Disc, ou Disco de Estado Sólido), drasticamente au- digitais (e-books) e, é claro, navegar na internet!
mentando a velocidade do acesso aos dados e também reduzindo - PDA: os primeiros computadores portáteis podem ser tam-
as chances de falha de leitura por vibrações e balanços, pois não bém considerados como os pais dos smartphones. Palmtops são os
faz uso da mesma tecnologia do HD tradicional. principais representantes da categoria.

- Ultrabook: Não seria legal se uma máquina portátil como um


netbook pudesse ser poderosa como um notebook? Foi pensando
nisso que a Intel implantou um novo conceito de equipamentos
chamado de ultrabook.

Grandes máquinas
Computadores comuns não são o suficiente para cálculos que
exigem rapidez e precisão extrema. Por essa razão, grandes máquinas
Um ultrabook é uma máquina ultra portátil que não abre mão do com milhares de processadores e quantidades quase infinitas de me-
poder de processamento. São computadores leves, compactos, sem mória são montadas em ambientes restritos e com muita refrigeração.
unidade de mídia óptica na maioria dos casos (ou seja, leitor e gra- Supercomputador: responsáveis por cálculos supervelozes, são
vador de DVD e CD) que primam, também, pelo custo mais baixo. muito utilizados por universidades e centros de pesquisas. Basica-
mente, um supercomputador é um computador cujo desempenho
- Tablets: são mais portáteis do que netbooks. Apesar de al- é extremamente grande. A velocidade de processamento de uma
guns modelos oferecerem teclados físicos, são geralmente contro- máquina dessas supera em milhares (às vezes milhões) de vezes a
ladas por comandos na tela. de um computador doméstico. Ele também precisa ter uma capaci-
dade de memória absurdamente superior para dar conta da enorme
quantidade de dados apresentados na entrada e depois produzidos
na saída. Por fim, a maioria dos supercomputadores usa um tipo de
processamento de informação chamado de processamento paralelo,
o que quer dizer que pode calcular várias coisas ao mesmo tempo.
Embora essa capacidade de processamento possa parecer fútil,
os supercomputadores são bastante úteis. Cálculos e simulações
científicas que poderiam levar anos podem ser feitas em questão
de dias ou mesmo horas. Por conta disso, os supercomputadores
têm lugar cativo em centros de pesquisa, sejam elas aeroespaciais,
militares, de física, química e medicina.

Os tablets não são exatamente computadores, mas com a che-


gada do iPad e de uma avalanche de aparelhos Android, entre eles
o Xoom e o Galaxy Tab, caíram no gosto dos consumidores.

Didatismo e Conhecimento 5
INFORMÁTICA BÁSICA
- Componentes de entrada
- Componentes de saída
- Componentes de armazenamento
- Componentes de processamento

Arquitetura de Von Neumman

Componentes de Armazenamento
Por exemplo, já notou que as previsões de tempo hoje são Estes dispositivos são responsáveis pela guarda de todas as in-
muito mais precisas do que há trinta ou mesmo vinte anos? Isso formações que são geradas pelos dispositivos de entrada ou oriun-
ocorre porque os institutos de meteorologia e clima não mais ten- dos de um processamento.
tam “adivinhar” o que vai acontecer pela configuração prévia da Neste sentido, tais dispositivos são classificados quanto ao
atmosfera. Em vez disso, um supercomputador simula, baseado tipo de armazenamento que estes fornecem:
nas condições atuais e nas tendências anotadas, como o clima - Volátil;
realmente estará. A quantidade de cálculos para essa simulação é - Não-volátil;
assombrosa, e deve acontecer em poucas horas - caso contrário, - Programável;
não será possível emitir a tempo um alerta de furação ou de ma- - Não-programável.
remoto, por exemplo. Da mesma forma, apenas o imenso poder
dos supercomputadores tornam práticas as pesquisas científicas e Memória de Armazenamento Volátil
simulações de armas nucleares, modelagem química e molecular e Este tipo de dispositivo de armazenamento somente retém a
projeto de aeronaves e carros de corrida. informação enquanto está energizado. Como exemplo para este
Mainframe: processam muitas informações ao mesmo tempo, tipo de memória podemos citar a memória RAM (Random Access
mas não são tão poderosos quanto supercomputadores. São reco- Memory).
mendados para empresas e centrais de dados.
- Mainframe é um computador de grande porte capaz de rea- Memória de Armazenamento Não-volátil
lizar processamento de dados complexos. Mainframes são usa- Este tipo de dispositivo de armazenamento retém a informa-
dos ​​como sistemas centrais em grandes organizações (empresas, ção independentemente de estar, ou não, energizado. Como exem-
instituições, etc.). São caracterizadas por uma alta velocidade de plo para este tipo de memória podemos citar as memórias ROM
execução de tarefas individuais e uma arquitetura projetada para (Read Only Memory), Disco Rígido, CDs, DVDs, pen drive, etc...
permitir que o equilíbrio entre benefícios e um maior nível de se-
gurança. Usados, por exemplo, em bancos e órgãos de governo
Memória Programável
Este tipo de memória pode ser programada mais de uma vez,
ou seja, esta memória pode ser gravada, apagada e gravada no-
vamente. Exemplos destes tipos de memória são: Disco Rígido,
memória principal, CD-RW, pen drive, etc...

Memória Não-Programável
Alguns tipos de memória somente podem ser programadas
(gravadas) uma única vez. Estes tipos de memória são conhecidas
como memória ROM (Read Only Memory) ou PROM (Progra-
mable Read Only Memory). Exemplos destes tipos de memória
são:
CD-R, alguns chips e micro-processadores, etc...

Disco Rígido - HD
O Disco Rígido (Hard Disk), ou memória secundária, é uma
memória de massa não-volátil destinada ao arma-
Componentes de Hardware zenamento de grandes volumes de dados. Este tipo de memória
Os diversos componentes de hardware do computador são res- possui um tempo de acesso bem maior, ou seja, ela é bem mais
ponsáveis por prover os mecanismos de interação entre o usuário e lenta que outros tipos de memória (Memória Principal, Cache, Re-
o sistema, além armazenar informações. gistradores).

Didatismo e Conhecimento 6
INFORMÁTICA BÁSICA
- Armazena grandes volumes de dados;
- Não-volátil;
- Armazenamento magnético;
- Acesso lento aos dados;
- Barata.

Memória Principal - RAM


A Memória Principal é uma memória que é destinada ao armazenamento dos aplicativos e programas que estão sendo executados pelo
computador. Trata-se de uma memória volátil, ou seja, os dados são armazenados enquanto esta estiver energizada. Além disso, ela possui
um tempo de acesso menor comparativamente à Memória Secundária, ou seja ela é mais rápida. Para os computadores estas são chamadas
de Memória RAM.
- Armazena volumes de dados moderados;
- Volátil;
- Armazenamento eletrônico;
- Acesso rápido aos dados;
- Custo moderado.

Memória Cache
Trata-se de um tipo de memória de alto desempenho que serve para melhorar o desempenho de processamento do computador através
da diminuição do tempo de acesso aos dados da Memória Principal - MP.
Esta memória armazena os dados e instruções que comumente são mais acessados pelo processador visando diminuir o gargalo exis-
tente entre este e a MP.
- Armazena pequenos volumes de dados;
- Volátil;
- Armazenamento eletrônico;
- Acesso rápido aos dados;
- Alto custo.

Registradores
Trata-se de um tipo de memória que está inserida dentro dos processadores e é constituída por material que garante acesso ultrarrápido
aos dados.
Estes dados são retidos por um curto período de tempo, e em geral permite que os dados sejam armazenados apenas para a execução
de uma instrução.
- Armazena pequenos volumes de dados, normalmente uma única palavra de dados;
- Volátil;
- Armazenamento eletrônico;
- Acesso ultra-rápido aos dados;
- Altíssimo custo.

Comparativo

Didatismo e Conhecimento 7
INFORMÁTICA BÁSICA
Sistema Binário
Linguagem de computador
O computador trabalha com uma linguagem bastante simples. Como se trata de um sistema eletroeletrônico uma das formas mais
simples de comunicação é através de pulsos elétricos. Assim, o computador trabalha com duas variáveis, 1 e 0 que significam ligado (1) e
desligado (0).
Este sistema é conhecido como sistema binário, ou seja, são apenas dois dígitos que compõem os dados. O menor fragmento de dados
usado é o Bit, que vem do inglês Binary Digit. Logo, um Bit significa ou ligado ou desligado, 1 ou 0.
Entretanto 1 bit não constitui um dado, tampouco um arquivo. A menor unidade de dado armazenável é o byte. Um byte representa um
caractere armazenado no computador.
Então qual a diferença entre bit e byte?
Para representar um conjunto completo de caracteres e algumas teclas de comando, como o enter e esc, é necessário um conjunto de
256 caracteres. Ou seja, para representar todas as letras (a,b,c,d…), números (1,2,3,4…), símbolos (%,¨,*,$…) e teclas de comando (esc,
enter…) essenciais é necessário um espaço para 256 itens, caracteres.

Como representar através de 2 dígitos cada um dos 256 itens?


Para que com apenas 2 dígitos consigamos representar unicamente (cada item deve ter uma representação única) precisamos de no
mínimo 8 dígitos combinados (1 ou 0). Sendo assim, um byte possui 8 bits.

Medidas de Armazenamento
Em Informática é muito importante considerar a capacidade de armazenamento, já que quando se faz algo no computador, trabalha-se
com arquivos que podem ser guardados para uso posterior. Evidentemente, quando se armazena algo, isto ocupa um certo espaço de arma-
zenamento.
Assim como a água é medida em litros ou o açúcar é medido em quilos, os dados de um computador são medidos em bits e bytes. Cada
valor do código binário foi denominado “bit” (binary digit), que é a menor unidade de informação.
Cada conjunto de 8 bits forma o byte, o qual corresponde a um caractere, seguindo o código binário.

Por que 1 Kb equivale a 1024 bytes?


No caso do quilo e de outras medidas de nosso dia a dia, a estrutura numérica é construída sobre a base 10. O termo quilo representa a
milhar constituída de alguma coisa. Nossa base de trabalho numérica, sendo 10, faz com que, quando a base é elevada à terceira potência,
atinja a milhar exatamente com 1000 unidades.
Mas, quando falamos em bytes, grupos de bits, não estamos falando em base 10, mas sim em uma estrutura fundamentada no código
binário, ou seja, na base 2, nos 2 modos que o computador detecta, geralmente chamados de 0 e 1.
Assim, quando queremos um quilo de bytes, temos que elevar essa base a algum número inteiro, até conseguir atingir a milhar.
Mas não há número inteiro possível que atinja exatamente o valor 1.000. Então, ao elevarmos a base 2 à décima potência, teremos 1024.
Com esse raciocínio agora podemos entender a seguinte tabela:

Didatismo e Conhecimento 8
INFORMÁTICA BÁSICA
Bits: a menor parte de um dado Gigabytes: a alta definição
Para começar, vamos falar a respeito da origem do nome dos Em tempos remotos (mas não tão remotos assim, quando o
bits. “Bit”vem de BInary digiT,ou seja, dígitos binários. Isso por- Windows 95 era o sistema operacional mais utilizado em todo o
que cada bit é exatamente isto: um dígito binário que pode corres- mundo), discos rígidos não chegavam a possuir a capacidade de 1
ponder aos valores “0” ou “1”. O conjunto deles forma os dados na GB. Mas os sistemas foram evoluindo, outros softwares também e
forma que nós conseguimos compreender. a demanda exigiu melhorias nos componentes de hardware.
Quando ainda estão como bits, apenas programadores con- Hoje, dificilmente encontram-se computadores sendo vendi-
seguem decifrá-los, pois respondem a sequências binárias mais dos com discos rígidos inferiores aos 500 GB de capacidade. Até
complexas. Nos códigos de programação, você pode encontrar os mesmo HDs externos podem ser encontrados com capacidades
binários como ativação ou negação de certas tarefas. Por padrão, o maiores do que essas e sem serem vendidos por preços absurdos,
“0” desativa as opções, enquanto o “1” faz o contrário. como acontecia até pouco tempo atrás.
Podemos afirmar que, nos próximos anos, os gigabytes devem
Bytes: a informação tomando forma limitar-se às mídias de alta definição e aos pendrives, visto que
Um conjunto de oito bits representa um byte, que é a fração HDs devem ultrapassar a casa dos terabytes em larga escala. Quan-
dos dados que pode ser compreendida pelos usuários. Nesse caso, to às mídias: DVDs possuem 4,7 GB; Blu-rays, 25 GB e arquivos
em vez de duas combinações possíveis, existem 255. Um carac- digitais podem ir muito além disso.
tere, por exemplo, pode possuir o tamanho exato de um byte (de-
pendendo da codificação utilizada), por isso alguns arquivos no Terabytes: a nova necessidade
formato TXT podem ser encontrados com menos de 1 kB. Quem poderia imaginar, em 2005, que seria possível dispor
Quanto tem um byte? de um disco rígido com capacidade para armazenar um terabyte
Agora, uma curiosidade. Você pode estar se perguntando: “A de informações? Pois hoje a realidade é outra e os HDs permitem
imagem mostrada diz que o arquivo possui 23 bytes, mas ocupa exatamente isso. Você já parou para pensar em quantas músicas
4 kilobytes em disco. Como isso é possível?”. Apesar de possuir poderiam ser armazenadas em um disco desses?
poucas informações, o computador gasta os 4 kilobytes para arma- Cada dia mais frequentes
zená-lo, pois esse é o valor mínimo definido pela formatação do Vamos às contas. Uma música em MP3, com cerca de 3 mi-
computador utilizado na ocasião. nutos, ocupa 5 MB. Em 1 TB, poderiam ser armazenadas 200 mil
músicas. Caso fossem reproduzidas sequencialmente e sem inter-
Kilobytes: os dados tangíveis rupções, elas levariam 1 milhão de minutos para serem tocadas
Um kilobyte é composto por 1.024 bytes. Essa é a primeira sem repetições de arquivos. Isso representaria 17 mil horas ou 728
unidade (entre as citadas) que a grande maioria dos usuários deve dias. Exatamente, seriam quase dois anos sem parar de ouvir mú-
conhecer. Muitos arquivos de texto e até mesmo fotografias com sicas.
resoluções mais baixas possuem alguns kilobytes. Os antigos dis- Se o mesmo cálculo fosse feito para filmes em Blu-ray, com
quetes de 1,44 MB permitiam que os usuários carregassem vários cerca de 90 minutos e 25 GB, chegaríamos à conclusão de que 1
arquivos com essas dimensões. TB pode armazenar 40 filmes em alta definição. O que exigiria
Essa unidade é muito lembrada quando downloads são rea- dois dias e meio de “maratona” para que todos pudessem ser vistos
lizados. As taxas de transferência são medidas em kilobytes por sem pausas. Para DVDs o período seria de 13 dias.
segundo. E isso já funciona dessa forma há vários anos, desde a
época das conexões discadas. Se em 1999 as pessoas baixavam Petabyte: muito além do uso doméstico
músicas em velocidades de 3 kB/s, hoje há várias conexões que Um milhão de gigabytes. É exatamente isso que representa
permitem downloads de 200 kB/s ou mais. um petabyte, muito mais do que qualquer pessoa precisa para ar-
mazenar seus dados. Na verdade, é muito mais do que muitas em-
Megabytes: o mundo multimídia presas gigantes precisam. Petabytes só são tangíveis se somarmos
Se os kilobytes armazenam vários arquivos de texto, os me- uma grande quantidade de servidores.
gabytes permitem um mundo muito mais multimídia para os usuá- Segundo James S. Huggins (especialista em tecnologia da in-
rios. Em média, uma música em MP3 ocupa 5 MB no disco rígido formação), se fôssemos digitalizar livros, apenas 2 petabytes se-
e uma foto em alta resolução pode passar dos 2 MB facilmente, riam suficientes para armazenar toda a produção acadêmica dos
dependendo do formato de arquivo que for utilizado. Estados Unidos. Já o Google processa cerca de 24 petabytes de
CDs (de áudio ou dados) possuem cerca de 700 MB de capa- informações todos os dias, o que demanda muitos servidores dedi-
cidade. Isso garante que muitos arquivos sejam armazenados, ou cados à atividade.
cerca de 20 músicas. “Mas uma música não possui apenas 5 MB?”. Exabyte: o tráfego da internet mundial
Sim, uma música em MP3 ocupa isso, mas para os CDs de áudio Não seria possível ouvir 1 bilhão de canções em apenas uma
o formato dos arquivos é diferente e ocupa muito mais megabytes. vida (capacidade de armazenamento de um HD hipotético de 1
Discos e mais discos EB). Os exabytes ainda estão muito distantes dos computadores
Você pode perceber que todo tipo de mídia pode representar comuns, mas já são uma realidade na internet mundial.
alguns kBs ou muito MBs, tudo depende da qualidade com que são O Discovery Institute (uma instituição sem fins lucrativos)
codificados. Isso inclui fotografias e músicas, como já dissemos, e realizou alguns estudos e concluiu que, todos os meses, são trans-
também filmes. Um filme em qualidade baixa pode ocupar menos feridos cerca de 30 exabytes de informações na internet mundial.
de 500 MBs, enquanto o mesmo em qualidade 1080p pode chegar Isso representa 1 EB por dia, ou 1 bilhão de gigabytes de dados
aos 25 gigabytes. circulando a cada 24 horas.

Didatismo e Conhecimento 9
INFORMÁTICA BÁSICA
Zettabyte: todas as palavras do mundo
Você consegue imaginar o que são 1 bilhão de HDs de 1 terabyte? Agora imagine todos eles lotados de dados. Pois isso é o mesmo que
ocupar 1 zettabyte com informações. Essa unidade é muito maior do que conseguimos imaginar ao pensarmos em computadores comuns.
O estudo mais curioso que já foi realizado com base nos zettabytes é de Mark Liberman (linguista da Universidade da Pensilvânia, Es-
tados Unidos). Ele constatou que, se fossem gravadas todas as palavras do mundo (de todos os idiomas, digitalizadas em 16 bits e 16 kHz),
seriam necessários 42 zettabytes para armazenar toda a gravação.

Yottabyte: mais do que existe


Some todas as centrais de dados, discos rígidos, pendrives e servidores de todo o mundo. Pois saiba que essa soma não representa um
yottabyte. Um trilhão de terabytes ou um quadrilhão de gigabytes: não é possível (pelo menos por enquanto) atingir essa quantia.
Dividindo um yottabyte pela população mundial, teríamos 142 terabytes para cada pessoa. Levanto em conta que apenas 25% das pes-
soas possuem acesso a computadores, essa quantia seria aumentada para 568 terabytes (pouco mais do que a metade de um petabyte). Seriam
23 mil filmes em Blu-ray para cada um.

Discrepância entre a capacidade reportada e a capacidade real


Muitos clientes ficam confusos quando seus sistemas operacionais reportam, por exemplo, que seu novo disco rígido ST31000340AS
de 1000 GB estão reportando apenas 909 GB de capacidade útil. Diversos fatores podem estar em jogo quando você vê a capacidade reporta-
da de uma unidade de disco. Infelizmente, existem dois sistemas numéricos diferentes que são usados para expressar unidades da capacidade
de armazenamento: o binário, segundo o qual um kilobyte é igual a 1.024 bytes, e o decimal, segundo o qual um KB é igual a 1.000 bytes.
O padrão de armazenamento do mercado é exibir a capacidade em decimais. Embora no sistema binário você tenha mais bytes, a repre-
sentação decimal de um GB mostra capacidade maior. Para entender melhor a verdadeira capacidade de sua unidade de disco, é necessário
saber qual unidade básica de medida (binário ou decimal) está sendo usada para representar a capacidade. Outro fator que pode causar uma
representação incorreta do tamanho de uma unidade de disco são as limitações do BIOS. Muitos BIOS mais antigos têm um limite para o
número de cilindros que podem suportar.

Motivo para prefixos propostos para múltiplos binários


Há muito tempo, os profissionais de computador perceberam que 1.024 ou 2^10 (binário) era quase igual a 1.000 ou 10^3 (decimal) e
começaram a usar o prefixo “kilo” para significar 1.024. Isso funcionou bem o suficiente por uma década ou duas, pois todas as pessoas que
usavam o termo kilobytes sabiam que ele significava 1.024 bytes. Mas, de um dia para outro, um número muito grande de pessoas comprou
computadores e os profissionais que trabalham com computadores passaram a precisar conversar com físicos e engenheiros e até mesmo
com pessoas comuns, cuja grande maioria sabia que um quilômetro equivale a 1.000 metros e um quilograma equivale a 1.000 gramas.

Dois sistemas de medida diferentes

Hertz ou (Hz) ou MegaHertz (MHz)


A velocidade dum processador mede-se em função da velocidade do seu relógio, que se mede em frequência (Hertz (Hz) ou Mega Hertz
(MHz)). A frequência corresponde ao número de ciclos por segundo.
A frequência interna do relógio do processador varia de processador para processador, sendo comuns velocidades entre 2 MHz e 3200
MHz (3.2 GHz).

Instruções por segundo


Por vezes, erradamente, esta medida é confundida com o número de instruções que o processador realiza por segundo. Na realidade,
cada instrução é realizada num número específico de ciclos, o que torna impossível definir com exatidão o número de instruções realizadas
num segundo. Existem instruções que são realizadas num único ciclo de relógio (no limite é o que se deseja), enquanto outras demoram
várias dezenas. Consequentemente quanto mais ciclos por segundo mais rápido será seguida as instruções.

Didatismo e Conhecimento 10
INFORMÁTICA BÁSICA

Nota: Na tabela acima imagine uma instrução que precise de 80000 ciclos para se completar sendo executada em 2 computadores com
processadores de velocidades diferentes, observe a diferença de tempo para resolução

RPM – Rotações por minuto


Característica encontrada por exemplo no Hard Disk
HD de 500 GB / 7200 RPM
O RPM é a velocidade na qual o disco interno do disco rígido gira, sendo assim, quanto maior a velocidade menor será o tempo para
gravar ou ler informações no disco rígido deixando assim seu computador “mais rápido” ou “mais lento”.

GABINETE
O gabinete é uma caixa metálica (ou com elementos de plástico) horizontal ou vertical (nesse caso, também é chamado de torre), em
que ficam todos os componentes do computador (placas, HD, processador, etc).
O gabinete possui locais de encaixe para as placas e uma unidade de fonte elétrica, que converte a corrente elétrica alternada em cor-
rente contínua para alimentar todos os componentes - alguns, como os gabinetes voltados para jogos ou profissionais, por demandarem mais
alimentação de energia, vem sem fonte elétrica, ficando a critério da pessoa responsável pela montagem escolher aa adequada. Assim, a
fonte de alimentação elétrica deve ter uma potência adequada para a quantidade de periféricos que se pretende instalar no microcomputador.
Quanto mais componentes se deseja instalar mais potência será necessária.
Portanto, a placa mãe, os drives, o disco rígido (HD) e o cooler, devem ser ligados à fonte. As placas conectadas nos slots da placa-mãe
recebem energia por meio dela, de modo que dificilmente precisam de um alimentador exclusivo.

Para ajudar a dissipar o calor gerado pela fonte elétrica, o computador tem um ventilador acoplado, que joga o calor para fora pela parte
de trás e pelos orifícios existentes no gabinete.
Dentro do gabinete são instaladas as placas, que são grupos de circuitos eletrônicos que servem para comandar o microcomputador e
seus periféricos. As principais placas já vêm instaladas quando se compra o microcomputador, mas outras podem ser instaladas, para melho-
rar o desempenho, tais como placa aceleradora de vídeo ou placa de som.

Didatismo e Conhecimento 11
INFORMÁTICA BÁSICA
Atualmente, o modelo padrão de gabinete é o ATX, pois o AT PLACA MÃE
foi descontinuado. É importante lembrar que o gabinete, a fonte e É a placa principal, que possui um conjunto de circuitos inte-
a placa-mãe precisam ser de um mesmo padrão, pois, se assim não grados (“chip set”) o qual reconhece e gerencia o funcionamento
for, acaba ficando praticamente impossível conectá-los. de todo o equipamento.
Pode haver vários leds (“Light Emitting Diod” =diodo emis-
sor de luz) no gabinete. São pequenos semicondutores que tem a
capacidade de emitir luz visível, quando submetidos a uma corren-
te elétrica. São as “luzinhas” no gabinete do computador.
O número de baias, localizadas na parte frontal do gabinete,
pode variar. E é nesses espaços que os drives de CD, DVD e outros
são encaixados.
Externamente, na parte frontal, os gabinetes podem apresentar
os seguintes botões e leds:
- Botão Reset
- Botão ou chave para ligar o computador (“Power”)
- LED de “Power On”
- LED indicador de acesso ao disco rígido (indica que o disco
rígido está sendo acessado)

Em gabinetes antigos pode-se ver também:


- Display digital para indicação de clock
- Botão Turbo
- LED indicador de modo turbo Se tomarmos o processador o cérebro do computador, pode-se
dizer que a placa-mãe (ou motherboard) é sua a espinha dorsal,
Pode existir, tanto na parte frontal quanto na traseira do gabi- pois é por meio dela que o processador se comunica com os demais
nete uma ou mais portas USB. periféricos.
AT ou ATX Ou seja, a placa-mãe interliga todos os dispositivos do equi-
Os gabinetes AT são do padrão antigo. Receberam esse nome pamento, possuindo vários tipos de conectores. O processador é
devido ao tipo de fonte utilizada - Fonte AT* que resumidamente, instalado em seu socket, o disco rígido (HD) é ligado nas portas
não interrompia a energia para o sistema operacional ao ser des- IDE ou ATA, a placa de vídeo pode ser conectada nos slots AGP
ligado. Assim, quando o sistema operacional era desligado, ficava 8x ou PCI-Express 16x e as outras placas (placa de som, placa de
na tela uma mensagem informando: “ Seu computador já pode ser rede ...) podem ser encaixadas nos slots PCI. E ainda há o conector
desligado”. O usuário então tinha de apertar o botão On/Off do da fonte e os encaixes das memórias.
gabinete para conseguir desligar a maquina. Toda placa mãe possui o programa de controle BIOS (“Basic
Praticamente hoje em dia já não se acha mais esses tipos de Input Output System”), armazenado em memória ROM, que é o
gabinete, Seu Uso Foi Constante De 1983 Até 1996. Nas Placas- responsável pelo teste inicial do sistema (“POST - Power On Self
Mãe AT, O Conector Do Teclado Segue O Padrão DIN E O Mouse Test”) e que guarda as configurações do hardware e as informações
Utiliza Saída Serial. Já Os Conectores Das Portas Paralela E Serial referentes à data e hora.
Não São Encaixados Diretamente Na Placa. Eles Ficam Disponí- O BIOS faz o chamado “boot”, que consiste em carregar o
veis Num Adaptador, Que É Ligado Na Parte De Trás Do Gabinete programa do sistema operacional, que está arquivado no disco rí-
E Ligados À Placa-Mãe Através De Um Cabo. gido para a memória principal. Com o sistema operacional carre-
Outra característica principal para você saber se o gabinete e gado, o microcomputador está pronto para executar os comandos e
AT ou ATX e a quantidade de baias Gabinetes AT não passam de 3 executar outros programas.
Baias sendo assim acima de 3 baias são gabinetes ATX. Para manter as configurações de BIOS, ou seja, os dados gra-
vados no chip de memória, responsável pelo armazenamento das
Foi então que surgiu o gabinete ATX, que vinha com muitas informações sobre a configuração da máquina, incluindo a memó-
mudanças. ria RAM disponível, é usada uma bateria de níquel-cádmio ou lí-
Recebeu esse nome por usar o novo padrão de fonte - Fonte tio, normalmente de 3 volts. Portanto, mesmo com o computador
ATX. Umas das mudanças foi a forma de desligar o computador. desligado, o relógio e as configurações de hardware são mantidos
Quando o sistema operacional é desligado, automaticamente a fon- ativos. Assim, ao ligar o computador o BIOS executa o auto teste
te também já interrompe o fornecimento de energia para as demais inicial do sistema.
peças (Padrão que é utilizado atualmente). Essa mudança alterou
também o tipo do botão on do Gabinete, não mais ligado diferente-
mente na fonte de alimentação, mais sim na placa-mãe.
Dessa forma, foi extinto o botão Turbo, O led Turbo e o Visor
com a velocidade do processador.
Quanto à fonte de Alimentação, também houveram melhoras
significativas. A começar pelo conector de energia ligado à Placa-
Mãe. Ao contrário do padrão AT, nele não é possível encaixar o
plug de forma invertida. Cada “furo” do conector possui um for-
mato, impedindo o encaixe incorreto.

Didatismo e Conhecimento 12
INFORMÁTICA BÁSICA
Se a bateria ficar fraca aparecem as mensagens “Battery low” memória suportada  (confira  aqui  quais são os tipos de memória
e “Memory size wrong”. Então a bateria deve ser substituída por existentes), quantos e quais tipos de HDs serão suportados (por
outra com as mesmas características. Pode ser encontrada em lojas exemplo, HDs SATA), qual a velocidade máxima que o processa-
que vendem pilhas para relógios e telefones e tem uma vida útil dor que será ligado à placa-mãe poderá ter, dentre outros.
que varia de dois a quatro anos. A substituição é simples, já que
ela é apenas encaixada em um compartimento na placa-mãe. O Componentes Onboard
cabo de força da tomada deve ser desligado antes de realizar essa Além de definir tudo o que foi citado acima, o Chipset também
operação de remoção e recolocação da bateria. especifica quais componentes onboard farão parte da placa-mãe.
O relógio ajuda a perceber quando a bateria está ficando fraca. Componentes onboard nada mais são que dispositivos que vêm
Se, toda vez que se ligar o pc, aparecer a hora e a data com infor- junto com a placa-mãe – na maioria das vezes composto som, rede
mação errada, em muitos minutos ou horas e até dias, é o momento e vídeo (este último nem sempre está presente) – para que você não
para trocar a bateria. precise comprar placas separadas para poder ter as funcionalidades
As placas mãe se diferem uma da outra pelo formato, pela que eles possuem, barateando assim o custo do seu computador.
tecnologia suportada e pela velocidade de comunicação com os
periféricos. Slots
Um pouco sobre o que a placa mãe faz com cada peça conec- - Memórias
tada: Os slots de memória variam de acordo com o tipo de memória
Processador: A placa mãe transmite os “pedidos” de dados suportado. Por exemplo, uma memória do tipo DDR2 não encaixa
para a memória RAM e para o HD, e transfere estes dados para o em um slot para memórias DDR3, e vice-versa.
processador
Placa de vídeo: A placa mãe envia as informações e dados do -Conexão com HD/Drivers ópticos
Processador e HD para a placa de vídeo, e a placa de vídeo envia Os slots usados para a conexão entre a placa-mãe e HDs/dri-
estes para o monitor. vers de CD/DVD são os famosos IDE e SATA/SATA2.
Memória RAM: A memória RAM sempre precisa de dados do
Slots de Expansão
HD, estes dados passam pela placa mãe para chegarem à memória.
Os slots de expansão servem para que seja possível adicionar
HD: A placa mãe pega as informações e dados do HD quando
recursos à sua placa-mãe. Neles você conecta placas de rede, placa
a memória RAM precisa.
de som, modems, placa de captura, etc. Os mais usados atualmente
Leitor de CD/DVD: Quando o leitor interpreta os dados do
são os slots PCI (Peripheral Component Interconnect), PCI-Ex-
CD ou DVD, ele envia estes dados para a memória RAM, que por
press 1x, PCI-Express e AGP
sua vez manda para o processador. Estes dados são enviados para
a placa de vídeo, que os transmite pelo monitor.
Gravador de CD/DVD. Embora seja feito pelo mesmo equipa-
mento, o sistema de gravação age diferente. O processador manda
os dados a serem gravados para o gravador, que interpreta e grava
os dados.

As placas mãe estão presas a evolução de outros Hardwares.


Quando é lançado um novo processador, dificilmente este proces-
sador será compatível com uma placa anterior, mesmo se esta for
nova. Estes problemas de compatibilidade, juntado ao problema de Placas de Vídeo
algumas placas não aceitarem processadores de outras empresas, Os conectores de vídeo mais atuais são o PCI-Express, PCI
faz com que seja necessário trocar, algumas vezes, o computador -Express 2,0 e o AGP (este último já se encontra-se praticamente
inteiro. Ainda tem melhorias nos pentes de memória, HD’s leito- fora do mercado, mas ainda é muito utilizado). Assim como frisa-
res, gravadores e placa de vídeo. mos para os slots de memória, para estes slots também é impossível
Atualmente, na maioria dos computadores, o BIOS possui um conectar uma placa que possua slot AGP em uma que possua slot
sistema denominado plug-and-play (PnP), que detecta automatica- PCI-Express. Entretanto, é possível conectar placas PCI-Express
mente qualquer novo periférico, facilitando a sua instalação. 2.0 em slots PCI-Express, porém, haverá redução de desempenho.
Outro item relevante é a possibilidade de ligar duas ou mais
Chipset placas de vídeo no mesmo computador. Algumas placas-mãe pos-
Outro componente de grande importância nas placas-mãe é suem mais de um slot PCI-Express ou PCI-Express 2.0 e permitem
o Chipset. É ele quem controla os barramentos, acesso à memó- que você conecte as placas para assim conseguir um desempenho
ria, dentre outros. Hoje em dia, ele é divido em dois (na maio- superior. Para as placas Nvidia, a tecnologia chama-se SLI, e para
ria das vezes), que são a Ponte Norte (North Bridge) – que con- as placas ATI, Crossfire.
trola a memória, barramento de vídeo (slot AGP ou slot PCI
-Express), e transfere dados com a Ponte Norte – e a Ponte Sul Conectores de Alimentação
(South Bridge) – que controla componentes, periféricos, tais como O conector de alimentação é o local onde você deve conectar
HDs, portas USB, barramentos PCI, dispositivos de som e rede. a fonte (a qual distribui energia elétrica à placa e todos os demais
O Chipset é também uma espécie de delimitador de capacidade componentes) à placa-mãe. Existem dois modelos padrão: os AT e os
nas placas-mãe. É ele quem vai definir qual a quantidade e tipo de ATX. O primeiro é mais antigo, e praticamente já está fora de linha.

Didatismo e Conhecimento 13
INFORMÁTICA BÁSICA
O segundo é o mais atual, e é o mais usado. Há também co-
nectores auxiliares que servem para suprir a demanda de ener-
gia do processador, fazendo com que haja maior estabilidade no
funcionamento. Vale lembrar que a fonte é um item de extrema
importância para o bom funcionamento do computador. Confira
neste artigo informações detalhadas a respeito disso.

 
Bios e Bateria
Existem ainda jumpers que servem para a conexão de cabos
do gabinete. Estes cabos servem para que funcionem o botão ligar/
desligar, reset, os leds do gabinete, etc. Também existem jumpers
que servem para a conexão de saídas auxiliares, que são aquelas
portas USB e de áudio que se localizam na frente do gabinete, ou
ainda, outras saídas USB que são ligadas com placas auxiliares
atrás do gabinete. Para mais informações você deve ler o manual
da sua placa-mãe. Saiba mais sobre jumpers neste link.

Principais conectores das placas mãe (portas de entrada)


LAN (conector de rede)
É usada por cabos de rede para conectar o computador à in-
ternet. É importante não confundir essa entrada com a do Fax Mo-
dem, que é menor.

Muitas pessoas não sabem, mas o computador faz uso de uma


bateria. Essa bateria é responsável por manter o chip do BIOS
(Basic Input/Output System) configurado (o que também significa
manter as informações da data e hora do sistema), o qual é respon-
sável pelo controle básico do hardware.
É no BIOS que se localiza o software do Setup, local onde
você configura os dispositivos da placa-mãe. Lá é possível desati-
var dispositivos onboard (USB, som, rede, etc.), ajustar data/hora, USB
configurar velocidade do processador, dentre outros. Para acessá Usadas por diversos aparelhos, as entradas USB têm modelos
-lo, basta você pressionar a tecla DEL logo após seu computador diferentes, que apresentam variações de velocidade (vide USB 2.0
ligar (em alguns computadores a tecla de acesso pode ser outra).  e USB 3.0).

Jumpers
Jumpers são compostos de pequenos “quadradinhos” plásticos
revestidos de metal por dentro. Estas pecinhas servem para serem
colocadas em pequenos pinos que se encontram na placa-mãe. De
acordo com o modo como estes “quadradinhos” são colocados nos
pinos, diferentes configurações da placa-mãe podem ser mudadas.

VGA (D-Sub)
Conector mais comum para monitores e projetores.

Didatismo e Conhecimento 14
INFORMÁTICA BÁSICA
DVI
Usada por monitores, realiza a transmissão digital de imagem,
melhor que a exibida através do conector VGA.

PS/2
Usada para periféricos como teclados e mouses. É identifica-
do pelas cores verde (mouse) e roxa (teclado). Em algumas placas-
HDMI mãe, são encontrados conectores híbridos que podem ser usados
Usada para transmissão de imagem e áudio em alta definição. tanto por teclados quanto por mouses. Existem adaptadores com
entrada USB para conectores PS/2.

S/PDIF
Enquanto o HDMI envia imagem e áudio digitais, o conector
S/PDIF transmite apenas áudio de alta qualidade, através de cabos
TOSLINK. É encontrado em dois modelos: óptico e coaxial. PORTA SERIAL
Utilizada para conectar diversos equipamentos como mouses,
scanners, entre outros. Entrou em desuso devido ao surgimento de
alternativas melhores (como o USB).

eSATA
Abreviação de “External SATA”. É uma maneira de conectar PORTA PARALELA
HDs SATA sem precisar instalá-los dentro do seu gabinete. Tem Assim como o conector serial, era utilizada para conexão de
vantagem em cima dos discos rígidos externos conectados via equipamentos como impressoras e scanners, mas entrou em desuso
USB por ter uma taxa de transmissão de dados bem maior (até 300 com o surgimento de tecnologias melhores.
MB/s em comparação aos 60 MB/s da conexão USB).

JACK DE ÁUDIO (três conectores e 5.1) GAME PORT


São as saídas de áudio do computador. As configurações mais Comumente utilizado para conectar joysticks em computado-
comuns são as com três conectores e as com seis. As cores de cada res antigos.
conector têm funções diferentes: verde (caixas frontais/fone), azul
(entrada de linha), rosa (microfone), laranja (subwoofer e central)
e cinza (caixas laterais).

Didatismo e Conhecimento 15
INFORMÁTICA BÁSICA
- USB;
- Firewire;
- Thunderbolt;
- Serial;
- PS/2 – MiniDin;
- Serial Din;
- SuperVideo/VGA/

Existem vários tipos de barramentos:


FIREWIRE - Barramento do processador
Tecnologia criada pela Apple para entrada e saída de dados - Barramento de endereços
em alta velocidade. É comumente encontrada em computadores - Barramento de entrada/saída
da empresa da Maçã e câmeras da JVC, Panasonic, Canon e Sony. - Barramento de memória
No entanto, quando nos referimos ao “barramento“ de um
computador pretendemos quase sempre referir o Barramento de
entrada/saída, o qual também é designado por “slots de expansão”.
Este é o principal Barramento do sistema e é através do qual a
maior parte dos dados circula, tendo como origem ou como des-
BARRAMENTO tino, dispositivos como os drives, impressoras ou o sistema de ví-
Praticamente todos os componentes de um computador, como deo. Sendo este último o mais exigente em termos de recursos.
processadores, memórias, placas de vídeo e diversos outros, são
conectados à placa-mãe a partir do que chamamos de barramento. O Barramento do Processador
Sem entrar em termos técnicos, ele é o encaixe de que cada peça O Barramento do processador é o caminho através do qual o
precisa para funcionar corretamente. CPU comunica com o chip de suporte conhecido como “Chipset”
Há barramentos específicos para praticamente todos os com- nos sistemas mais recentes. Este barramento é usado para transfe-
ponentes conectados ao sistema, geralmente em siglas muito co- rir dados entre o CPU e a memória Cache, por exemplo.
nhecidas pelos usuários, mas que não são atreladas diretamente à O Barramento da Memória
função que realizam. O Barramento da Memória é usado para transferir informação
entre o CPU e a memória principal do sistema. Este barramento
Barramentos e funções pode ser parte integrante do processador ou na maioria dos casos
Há três funções distintas nos principais barramentos de um implementado separadamente com auxílio de um chipset dedica-
computador, que, em termos simples, conectam o processador, a do.
memória e os outros componentes conectados a ele pelo que cha- Um dos aspectos fundamentais quanto ao barramento, em es-
mamos de barramentos de entrada e saída. pecial quando tratamos de memória, é a quantidade de bits que ele
- Barramento de dados (data bus) – como o próprio nome já é capaz de levar por vez. Um ótimo exemplo para elucidar isso é
deixa a entender, é por este tipo de barramento que ocorre as trocas em relação à placas de vídeo.
de dados no computador, tanto enviados quanto recebidos. Diversos modelos de placas, em especial nas mais antigas,
- Barramento de endereços (address bus) – indica o local onde apresentavam versões com barramentos diferentes de memória de-
os processos devem ser extraídos e para onde devem ser enviados dicada. Embora elas tivessem a mesma aparência, clock de proces-
após o processamento. samento e quantidade de memória disponível, as diferenças finais
- Barramento de controle (control bus) – atua como um regu- eram assustadoras, graças ao barramento.
lador das outras funções, podendo limitá-las ou expandi-las em Como exemplo, existiam modelos de GeForce 4 com 32, 64 e
razão de sua demanda. até 128 bits de barramento, com os outros parâmetros praticamente
iguais entre elas. A diferença na velocidade dos jogos é realmente
Barramentos de entrada e saída muito alta.
Além da comunicação entre o computador e a memória, você
pode adicionar diversos outros dispositivos à sua placa-mãe, com Tipos de Barramentos
um barramento especial para cada um deles. Alguns dos formatos Basicamente existem dois:
mais conhecidos neste quesito são o PCI, o AGP, o PCI Express e - Barramento externo - interliga os diversos componentes de
até mesmo o USB, amplamente utilizado em pendrives, impresso- um sistema computacional tais como UCP, ou CPU, memória, uni-
res, teclados, mouses e outros periféricos. dades de entrada/saída etc.
- Barramento interno - interliga elementos no interior de um
Os barramentos podem ser chamados também de: componente (pastilha), como, por exemplo, os registradores, ou
- Interfaces; registros, de um microprocessador.
- Portas;
- Conectores; Quanto ao Fluxo de Informações:
- Slots; - Barramento unidirecional - só pode transferir dados em um
Segue abaixo os principais barramentos: sentido; sendo tipicamente utilizados para interligar dois dispositi-
vos um dos quais é sempre a origem e o outro é sempre o destino;

Didatismo e Conhecimento 16
INFORMÁTICA BÁSICA
- Barramento bidirecional - pode transferir dados nos dois PCI - Interconexão de Componentes Periféricos (Peripheral
sentidos, mas não em ambos simultaneamente; eles são tipicamen- Component Interconnect)
te utilizados quando qualquer um dos dispositivos pode ser a ori- O barramento PCI (Peripheral Component Interconnect) foi
gem e qualquer outro pode ser o destino. criado originalmente durante o desenvolvimento do microproces-
A comunicação da CPU, com o restante do sistema é feita sador Pentium, pela Intel, no inicio da década de 1990. O sucesso
através de um barramento de dados bidirecional e de um barra- da PCI encontra-se no fato que o sistema pode automaticamente
mento de endereços unidirecional (saída). reconhecer e configurar a placa, o PnP (Plug and Play) como é cha-
mado, também criado pela Intel. Existem duas versões deste barra-
Largura do Barramento mento: Versão 1.0: Utilizado a 33 MHz; Possui largura de 32 bits
em uma conexão de 124 pinos; Desempenho calculado = 32 (bits)
A largura, ou tamanho, de um barramento é uma unidade de x 33 (MHz) / 8 (bits) = 132 Mbits/s; Suporta muitos dispositivos
medida que caracteriza a quantidade de informações (bits de uma Versão 2.0: Projetado para ser independente do microprocessador;
forma geral) que pode fluir simultaneamente pelo barramento. No Sincronizado com o Clock do microprocessador de 20 a 33 MHz;
caso de fiação, conforme visto, consiste a priori, na quantidade Possui largura de 64 bits em uma conexão de 188 pinos; Desem-
de fios paralelos existentes no barramento ao passo que, em cir- penho calculado = 64 (bits) x 33 (MHz) / 8 (bits) = 264 Mbits/s;
cuitos impressos (placas), consiste nos traços impressos na placa Todos os pontos citados acima foram vantagens deste barramento
com material condutor (filetes de cobre) por onde flui a corrente em relação aos anteriores. Embora com muitas vantagens, a PCI
elétrica, em última estância, as informações. carrega com si o problema de compartilhar largura de banda entre
Esta largura, maior ou menor, também se constitui em um dos todos os periféricos conectados, tornando-se um gargalo para o
elementos que afetam a medida de desempenho de um sistema, aumento de velocidade deste barramento. As placas PCI têm 47
juntamente com a duração (largura) de cada bit ou sinal - a taxa de pinos (49 para uma placa com “bus mastering”, que controla o bar-
transferência, ‘velocidade’ do fluxo de informações, é geralmente ramento PCI sem intervenção do processador). O barramento PCI
especificada em bits (ou Kbits ou Mbits etc.) por segundo e de- consegue trabalhar com poucos pinos por causa da multiplexação
pende, fundamentalmente, da largura do barramento: quanto maior de hardware, que significa que o dispositivo enviar mais do que um
esta maior será a taxa. sinal por pino. Além disso, o PCI é compatível com dispositivos
que usam tanto 5 volts como 3,3 volts. Com o recurso Bus maste-
O intervalo de tempo requerido para mover um grupo de bits
ring, as placas poderiam ter acesso direto a memória, independente
(tantos quanto a quantidade de bits definida pela largura do barra-
do processador. A PCI tornou-se popular com a chegada do Win-
mento) ao longo do barramento, é denominado ciclo de tempodo
dows 95, em 1995. O súbito interesse no PCI deveu-se ao fato de o
barramento ou, simplesmente, ciclo de barramento(bus cycle), se-
Windows 95 ser compatível com uma característica chamada Plug
melhantemente ao que entendemos para o ciclo do processador e
and Play (PnP), já mencionado anteriormente. E foi largamente
para o ciclo de memória.
utilizada, com placas para praticamente tudo, desde placa de rede
até chegar a placa de som.
Barramentos Síncronos e Assíncronos
O barramento síncrono é simples de implementar e testar jus- Barramento PCI Express
tamente devido à sua natureza inflexível (periodicidade) quanto ao PCI Express (também conhecido como PCIe ou PCI - EX) é o
tempo; em consequência qualquer atividade entre mestre e escravo padrão de slots para placas de expansão utilizadas em PCs. criada
somente pode realizar-se em quantidades fixas de tempo, o que pela Intel. Introduzido pela Intel em 2004, o PCI Express foi con-
acaba tornando-se uma desvantagem porque o barramento pode cebido para substituir os padrões AGP e PCI. Sua velocidade vai
ter problemas como, por exemplo, ao trabalhar com dispositivos de 1x até 32x (sendo que atualmente só existe disponível até 16x).
que tenham tempos de transferências diferentes – nesta situação há Mesmo a versão 1x consegue ser seis vezes mais rápido que o PCI
necessidade da inserção de estados de espera (wait states) que nada tradicional. No caso das placas de vídeo, um slot PCI Express 16x
mais são do que ciclos de barramento extras. é duas vezes mais rápido que um AGP 8x. Isto é possível graças
Esse inconveniente não ocorre com o barramento assíncrono a sua tecnologia, que conta com um recurso que permite o uso de
que, por não depender de relógio com intervalos fixos de tempo, uma ou mais conexões seriais para transferência de dados.
pode conviver com dispositivos que velocidade baixa e alta que A tecnologia utilizada no PCI Express conta com um recurso
utilizam tecnologia antiga e avançada, tirando vantagens das me- que permite o uso de uma ou mais conexões seriais (“caminhos”,
lhorias na tecnologia. Em contrapartida requer sinais adicionais também chamados de lanes) para transferência de dados. Se um
para prover a devida sincronização dos eventos. determinado dispositivo usa apenas um caminho (conexão) a de-
mais que o PCI comum, então diz-se que este utiliza o barramento
Slots de Expansão PCI Express 1x, se utiliza 4 conexões, sua denominação é PCI
Os slots do Barramento de entrada/saída permitem ao CPU Express 4x e assim por consequentemente. Cada lane pode ser bi-
comunicar com os periféricos. O barramento e os respectivos slots direcional, ou seja, recebe e envia dados (250 MB/s em cada dire-
de expansão são necessários porque os sistemas têm de se adaptar ção simultaneamente). O PCI Express utiliza, nas suas conexões,
às necessidades de evolução. linhas LVDS (Low Voltage Differential Signalling).
Possibilitam assim que se adicionem dispositivos ao compu- Pelo fato de ser um barramento serial, sua arquitetura de baixa
tador para aumentar as suas capacidades. Como exemplos, temos voltagem, permite grande imunidade ao ruído e também permite
as placas de som ou vídeo e mesmo dispositivos mais específicos aumentar a largura de banda. Isso foi possível graças à redução de
como placas de rede ou placas SCSI. atrasos nas linhas de transmissão (timing skew).

Didatismo e Conhecimento 17
INFORMÁTICA BÁSICA
Cada conexão usada no PCI Express trabalha com 8 bits por Características do USB
vez, sendo 4 em cada direção. A frequência usada é de 2,5 GHz, São características do barramento serial universal: podem
mas esse valor pode variar. Assim sendo, o PCI Express 1x con- ser conectados ao computador até 127 dispositivos, diretamente
segue trabalhar com taxas de 250 MB por segundo, um valor bem ou através de hubs USB; cabos individuais USB podem ter até
maior que os 133 MB/s do padrão PCI de 32 bits. Existem algumas 5 metros, os dispositivos podem ficar até 30 m de distâncias do
placas-mãe que possuem um slot PCIe x16 (por exemplo) que na computador, o que equivale a 6 cabos; um cabo USB possui dois
verdade trabalha em x8 ou x4, fato que ocorre por depender da fios para energia(alimentação e aterramento), e um par trançado
quantidade de linhas disponíveis para uso no chipset e também por para condução de dados; Nos cabos de energia, o computador po-
ser possível o uso de slots maiores com menos caminhos de dados. derá fornecer até 500 mA de energia a 5 volts; Os dispositivos
O PCI Express é um barramento ponto a ponto, onde cada pe- de baixa potência(como mouse e teclado) são alimentados dire-
riférico possui um canal exclusivo de comunicação com o chipset. tamente pelo barramento, já os dispositivos de alta potência (por
Isto contrasta fortemente com o padrão PCI, que é um barramento demandarem uma maior quantidade de energia, como impresso-
em que todos os dispositivos compartilham a mesma comunica- ras) possuem fonte própria de alimentação e exigem uma energia
ção, de 32 bits (ou 64 bits), num caminho paralelo. mínima do barramento - os hubs podem ter suas próprias fontes
Há contradições quanto a forma de se referir ao PCI Express de energia para fornecer energia aos dispositivos conectados a ele;
como sendo um barramento, já que, no sentido estrito da palavra, os dispositivos USB são Plug and Play, podem ser conectados e
o termo “barramento” surgiu para descrever um canal de comuni- desconectados a qualquer momento, o drive é de fácil instalação,
cação compartilhado por vários dispositivos ou periféricos, no en- geralmente automática.
tanto, em toda a sua documentação é usado o termo “PCI Express
bus” para mencioná-lo. Diferenças entre as versões1
- USB 1.1 - Lançado em 1998, essa versão foi desenvolvida
USB para unificar o tipo de interface utilizada para conectar periféricos,
O USB, “Universal Serial Bus” é um tipo de conexão entre pois o padrão 1.0, lançado em 1996, definia as especificações téc-
computador e periféricos que surgiu em 1995, a partir de um con- nicas para todos os dispositivos USB, mas não dizia nada sobre
sórcio de empresas: a “USB Implementers Forum”, formada por um conector padrão para ser utilizado, de forma que existia uma
companhias como Intel, Microsoft e Philips, com o objetivo de mesma interface de implementação para todos os dispositivos, mas
desenvolver uma tecnologia que facilitasse a vida do usuário. Em com vários tipos de conectores. Essa especificação previa veloci-
pouco tempo surgia o barramento USB, que pode ser usado para dades de 1,5 Mbps até 12 Mbps, dependendo da configuração de
instalar qualquer dispositivo que use esse mesmo padrão. velocidade. Mesmo na época em que foi lançado, o USB 1.1 trazia
O periférico USB tem fornecimento de energia elétrica feito velocidades já consideradas lentas em relação a outros barramen-
pelo mesmo cabo usado para o tráfego de dados, isto é, dados e tos, como o fireware e o SCSI, mas já era um grande avanço em
energia chegam ao pc pela mesma porta USB à qual o equipamen- ralação às portas seriais e paralelas e na universalização de um
to é conectado no PC. conector padrão para periféricos.
A porta USB tem capacidade para detectar o dispositivo co-
nectado automaticamente, evitando o uso de um tipo específico - USB 2.0 A atualização do padrão USB para a versão 2.0
de conector para cada dispositivo. Assim, a instalação de mouse, em 2000 deu um grande passo em relação à sua popularização.
teclado, impressora, scanner, câmera digital, por exemplo, tornou- Com a velocidade máxima teórica de 480 Mbps de transferência,
se simples. ele começou a ser bastante utilizado por dispositivos que exigiam
A interface USB também possibilita conectar e desconectar mais largura banda, como pendrives e discos rígidos externos e
qualquer dispositivo USB com o computador ligado, sem que este até monitores. Com uma largura de banda 40 vezes maior que o
sofra danos, sem haver a necessidade de reiniciá-lo para que o apa- modelo anterior, a versão 2.0 é o padrão até hoje, pois preenche
relho instalado possa ser usado. (Antigamente, existia até o risco a necessidade da maioria dos dispositivos que utilizamos. Dispo-
de curtos-circuitos, se houvesse uma instalação com o equipamen- sitivos mais lentos, como teclados, mouses e pendrives, requerem
to ligado). uma largura de banda, consumo de energia e tempos de acesso
Uma característica importante do USB é que sua interface bastante baixos, de forma que o USB 2.0 possui especificações de
permite que o dispositivo conectado seja alimentado eletricamente sobra para dar conta desses produtos. Conector USB padrão, tanto
pelo cabo de dados, ou seja, não é preciso ter um outro cabo para para a versão 1.1 até a 2.0
ligar o aparelho à tomada elétrica. Mas, isso só é possível com
equipamentos que consomem pouca energia, já que a corrente não - USB 3.0 Ainda caminhando à popularização, o USB 3.0 for-
admite mais que 5 volts. nece uma taxa de transferência de dados (teórica) de até 4.8 Gbps, e
É importante frisar que os cabos USB devem ter até 5 metros um fornecimento de energia 80% maior em relação aos padrões an-
de comprimento pois, acima disso, o aparelho pode não funcionar teriores, o que o torna ideal para gadgets de alta performance como
corretamente. Caso seja necessário instalar dispositivos em dis- pendrives e discos rígidos mais velozes.  Como muitas vezes acon-
tâncias longas, é recomendável o uso de hubs USB a cada cinco tece na computação, uma especificação só se torna padrão devido à
metros. demanda pelo seu uso, e como o USB 2.0 ainda preenche a neces-
sidade da maioria dos dispositivos no mercado atualmente os fabri-
cantes ainda oferecem soluções híbridas em seus produtos, com uma
1 Fonte: http://canaltech.com.br/analise/hardware/quais-sao-as-dife-
rencas-entre-o-usb-11-20-e-30-639/

Didatismo e Conhecimento 18
INFORMÁTICA BÁSICA
ou duas portas USB 3.0 com outras USB 2.0 para baratear o preço locidade será a deste último. E é claro: se você quiser interconectar
final. Outra mudança implementada no USB 3.0 é a utilização de um dois dispositivos via USB 3.0 e aproveitar a sua alta velocidade, o
conector de 9 pinos em vez dos 4 pinos utilizados nas versões ante- cabo precisa estar nesse padrão.
riores para um melhor controle no fluxo de dados e gerenciamento
de energia. Ele pode ser diferenciado dos outros anteriores por seu - Conector USB 3.0 B
conector de cor azul. Conector USB 3.0 É importante lembrar que Tal como acontece na versão anterior, o USB 3.0 também con-
todos os conectores USB são retrocompatíveis, ou seja, um dispo- ta com conectores diferenciados para se adequar a determinados
sitivo USB 2.0 funciona em uma entrada USB 3.0 e vice-versa, e o dispositivos. Um deles é o conector do tipo B, utilizado em apare-
mesmo ocorre com o USB 1.1. lhos de porte maior, como impressoras ou scanners.
Em relação ao tipo B do padrão USB 2.0, a porta USB 3.0
Conectores USB 3.02 possui uma área de contatos adicional na parte superior. Isso sig-
Outro aspecto no qual o padrão USB 3.0 difere do 2.0 diz res- nifica que nela podem ser conectados tantos dispositivos USB 2.0
peito ao conector. Os conectores de ambos são bastante parecidos, (que aproveitam só a parte inferior) quanto USB 3.0. No entanto,
mas não iguais. dispositivos 3.0 não podem ser conectados em portas B 2.0:

- Conector USB 3.0 A


Como você verá mais adiante, os cabos da tecnologia USB 3.0
são compostos por nove fios, enquanto que os cabos USB 2.0 uti-
lizam apenas quatro. Isso acontece para que o padrão novo possa
suportar maiores taxas de transmissão de dados. Assim, os conec-
tores do USB 3.0 possuem contatos para esses fios adicionais na
parte do fundo. Caso um dispositivo USB 2.0 seja utilizado, este
usará apenas os contatos da parte frontal do conector. As imagens
a seguir mostram um conector USB 3.0 do tipo A:
Conector USB 3.0 B - imagem por USB.org

- Micro-USB 3.0
O conector micro-USB, muito utilizado em smartphones, por
exemplo, também sofreu modificações: no padrão USB 3.0 - com
nome de micro-USB B -, passou a contar com uma área de conta-
tos adicional que, de certa forma, diminui a sua praticidade, mas
foi a solução encontrada para dar conta dos contatos extras:

Estrutura interna de um conector USB 3.0 A - Baseado em


imagem da USB.org

Conector micro-USB 3.0 B - imagem por USB.org


Atenção: Para facilitar a diferenciação, fabricantes estão ado-
tando a cor azul na parte interna dos conectores USB 3.0 e, al-
gumas vezes, nos cabos destes. Note, no entanto, que é essa não
é uma regra obrigatória, portanto, é sempre conveniente prestar
atenção nas especificações do produto antes de adquiri-lo.

Conector USB 3.0 A - imagem por USB.org


Você deve ter percebido que é possível conectar dispositivos
USB 2.0 ou 1.1 em portas USB 3.0. Este último é compatível com
as versões anteriores. Fabricantes também podem fazer dispositi-
vos USB 3.0 compatíveis com o padrão 2.0, mas, nesse caso, a ve-
2 Fonte: http://www.infowester.com/usb30.php

Didatismo e Conhecimento 19
INFORMÁTICA BÁSICA
demandarem o USB Tipo-C pelos próximos 20 anos e onde de-
senvolvedores irão oferecer soluções com o USB Tipo-C duran-
te o futuro próximo (palavras de John Hyde da USB Design By
Example).

REVERSÍVEL, PEQUENO E ROBUSTO


Um conector reversível facilita a conexão já que você não tem
que descobrir qual o lado certo para encaixar, principalmente se
for difícil a visualização da porta USB.
Outra vantagem é que o conector Tipo-C é bem menor do que
o tipo A (e só um pouquinho maior que o tipo B Micro, presente
em quase todos os smartphones – que não sejam da Apple), o que
facilita a integração em equipamentos compactos e é robusto o
bastante para ser utilizado nos equipamentos maiores (como no-
Conector micro-USB 3.0 em um smartphone tebooks e tablets).

Usb 3.1 UM CONECTOR PARA TUDO


Independente do equipamento ou periférico suportar apenas o
padrão USB 2.0 ou o USB 3.0 / 3.1, todos podem fazer uso do USB
Tipo-C. Assim a vida fica mais fácil, pois é possível utilizar um mes-
mo cabo (sem se preocupar com sua orientação) em várias situações.
Outro ponto muito importante: o USB Tipo-C não oferece su-
porte apenas para a interface USB, mas também é capaz de trans-
mitir os protocolos relativos aos padrões DisplayPort, PCI-Ex-
press e e-SATA.
E não é só isso. O USB Tipo-C foi o escolhido pela Intel para
ser o meio físico pelo qual a interface Thunderbolt 3 será trans-
mitida.

A conexão USB 3.1 tipo C é um conector mais rápido do


que uma USB 3.0, sua velocidade é de 10Gbps e o USb 3.0 com
velocidade de 5Gbps. Sua entrada é menor e pode ser conectada
dos dois lados sem se preocupar com o lado certo. Afinal… quem
nunca conectou o USB do lado errado, não é?

O que é USB Tipo-C (USB-C ou USB Type-C)?


É um novo tipo de conexão para o padrão USB, que permite
que você conecte o cabo em qualquer posição, sem ter que se preo- - Quadro comparativo entre as versões de USB
cupar qual o lado correto do cabo. Mas o USB tipo C é muito mais
do que isso. Com o sucesso atingido pela interface USB, notou-se THUNDERBOLT
que era necessário remover algumas restrições existentes para fa- Criada em 2009 pela Intel, a tecnologia Thunderbolt chegou
cilitar a vida do usuário, oferecer uma integração maior e permi- ao mercado em 2011, em produtos da Apple.
tir o uso da interface em equipamentos cada vez mais compactos, Utiliza cabos de cobre (na versão atual) e fibra óptica (em
além de suportar tecnologias futuras. versões futuras) para transferir dados entre o computador e outros
O novo USB Tipo-C não é apenas um novo cabo e conector, dispositivos (como câmeras fotográficas) ou equipamentos peri-
apesar deste ser o foco da mídia e do marketing. féricos (como monitores de vídeo). Trata-se de um novo padrão
O USB Tipo-C vai além – sendo o cabo e o conector rever- sugerido pela Intel. Essa tecnologia usa portas e cabos próprios,
síveis apenas a pontinha do iceberg – com uma engenharia im- incompatíveis com outros padrões de transferência de arquivos no
pressionante e capacidades integradas que farão os consumidores mercado, como o USB.

Didatismo e Conhecimento 20
INFORMÁTICA BÁSICA
Thunderbolt 3
Fora a Apple, poucos fabricantes adotaram o padrão Thun-
derbolt. Mas a Intel continua apostando na ideia: a terceira versão
da tecnologia vem aí. O que há de novo? Conforme previsto,
velocidade de transferência de dados de até 40 Gb/s (gigabits por
segundo) e, acredite, conector USB tipo C (USB-C).
A compatibilidade do Thunderbolt 3 com o USB tipo C é,
com efeito, questão de conveniência e praticidade. Você pode ter
uma porta USB-C que suporta tanto conexões USB 3.1 quanto
Thunderbolt 3.
Essa integração propicia o uso de ambas as tecnologias em
dispositivos como o atual MacBook, que tem uma única porta
USB-C para dar conta de conexões HDMI, VGA, USB (obvia-
mente), entre outros.
Quem vai se beneficiar do Thunderbolt 3? Essencialmente,
quem precisa de muita velocidade na transferência de dados. O
USB 3.1, a versão mais atual (e ainda pouco usada), transfere A UCP com o barramento do sistema
dados à taxa máxima de 10 Gb/s. O novo Thunderbolt é quatro
vezes mais rápido, sendo útil, por exemplo, para profissionais Suas partes principais são as seguintes:
que trabalham com produção de vídeo e frequentemente precisam - A unidade aritmética e lógica (UAL): realiza o cálculo real
transferir dezenas de gigabytes entre dispositivos distintos. ou o processamento de dados (realiza as operações aritméticas e
lógicas).
- A unidade de controle (UC): controla o movimento de dados
e instruções dentro e fora da UCP e controla a operação da UAL,
de forma adequada e sincronizada.
- Os registradores: memória interna mínima e que consiste
num conjunto de localizações de armazenamento.
- Barramento interno da UCP: é o caminho necessário para
transferir dados entre os vários registradores e a UAL.

PROCESSADOR
Organização do Processador (UCP)
A UCP (Unidade central de processamento ou no inglês
Central process unit, a famosa CPU ) é a parte principal do com-
putador responsável pelo processamento e execução de progra-
mas armazenados na memória principal. Sua função consiste em
coordenar, controlar e realizar todas as operações (execução de Estrutura interna da UCP
instruções) do sistema.
Em resumo, as atividades realizadas pela UCP podem ser di-
vididas em duas grandes categorias funcionais:
- Função processamento - encarrega de realizar as atividades
relacionadas com a efetiva execução de uma operação, ou seja,
processar; e
- Função controle - exercida pelos componentes da UCP que
se encarregam das atividades de busca, interpretação e controle da
execução das instruções, bem como do controle da ação dos de-
mais componentes do sistema de computação (memória, entrada/
saída, etc).

Didatismo e Conhecimento 21
INFORMÁTICA BÁSICA
a) Organização dos Registradores
O registrador na UCP tem duas funções:
- Registradores visíveis ao usuário: Estes permitem ou habi-
litam a máquina ou programador de linguagem Assembly a mi-
nimizar referências de memória principal aperfeiçoando uso de
registradores.
Estes podem se caracterizar nas seguintes categorias: de apli-
cação geral, de dados, de endereço e de códigos de condição.
- Registradores de controle e de estado: Estes são usados pela
unidade de controle para controlar a operação da UCP e por pri-
vilégio, programas do sistema operacional para controlar a execu-
ção de programas. Quatro registradores são essenciais a execução
de instrução: contador de programa (CP), registrador de instrução Modelo da Unidade de Controle .
(RI), registrador de endereço de memória (REM) e o registrador de
dados da memória (RDM). d) Organização do barramento interno da UCP
É uma rede de linhas de comunicação que conecta os elemen-
b) Organização da Unidade Aritmética e Lógica tos internos de uma UCP e também direciona-se para os conectores
Em termos muito gerais, a UAL é interconectada com o resto da externos que ligam a UCP aos outros elementos de um sistema de
UCP. Os dados são apresentados a UAL através de registradores, e os computação. Os três tipos de barramentos da UCP são:
resultados de uma operação são armazenados também em registrado- - Um barramento de controle: que consiste numa linha que
res. A UAL também fixará flags como o resultado de uma operação. A sente sinais de entrada e outra linha que gera sinais de controle a
unidade de controle fornece sinais que controlam a operação da UAL partir da UCP (linha bidirecional);
e o movimento dos dados dentro e fora da UAL. - Um barramento de endereço: uma linha unidirecional da
UCP que controla a localização de dados em endereços de me-
mória;
- Um barramento de dados: uma linha de transferência bidire-
cional que tanto lê como escreve dados na memória.

Soquete
O soquete é o tipo de conexão fisica que o processador usa
para se conectar à placa-mãe. Esta é a característica mais impor-
Entradas e saídas da UAL. tante na hora de se escolher um processador, pois é com base no
soquete do chip que você escolherá o modelo da sua placa-mãe.
c) Organização da Unidade de Controle Os soquetes utilizados pelos processadores da AMD são os se-
A unidade de controle é aquela porção da UCP que, emite si- guintes: AM3; AM3+; FM1 e FM2. Já os utilizados pela Intel são
nais de controle externos à UCP para causar a troca de dados com o LGA1156; 1155; 1150; 1366 e 2011. Cada um desses soquetes é
a memória e os periféricos. A unidade de controle também emite compatível com gerações distintas de processadores e são compa-
sinais de controle internos à UCP para mover dados entre regis- tíveis com diferentes recursos e funcionalidades.
tradores, fazer com que a UAL execute uma função especificada e É importante também ressaltar que um processador não en-
para regular outras operações internas. caixa numa placa-mãe cujo soquete seja diferente. Por isso, fique
Entrada à unidade de controle consiste no registrador de ins- bem atento ao tipo de soquete utilizado pelo seu processador e pela
trução, flags e sinais de controle de fontes externas (por exemplo, placa-mãe, para não acabar comprando um modelo incompatível.
sinais de interrupção).
É visto que a responsabilidade básica da unidade de controle é Clock interno
causar uma sucessão de operações elementares, chamada microo- O clock interno, conhecido simplesmente como clock, é o
peração, a ocorrerem durante o curso de um ciclo de instrução. número de ciclos por segundo de um sinal de sincronismo usado
Há duas maneiras, utilizadas no projeto e funcionamento de dentro do processador. Esse ciclo é medido em Hertz (Hz). Atual-
uma UC, que caracterizam conceitos diferentes de controle: mente, os processadores já estão na casa dos GigaHertz (GHz).
- Controle programado diretamente no hardware (“hardwired Por muito tempo falou-se que o clock era um indicativo da ve-
control”); e - controle por microprogramação. locidade do chip. Quanto maior o clock, mais rápido ele é. Porém,
A diferença básica entre os dois tipos está no processo de con- isso não passa de um mito. Visto que os processadores de gerações
trole da realização do ciclo de instrução. No primeiro caso, cada e fabricantes diferentes usam arquiteturas diversas, é impossível
etapa é realizada segundo uma lógica préestabelecida, implemen- comparar a velocidade deles apenas com a frequência do clock.
tada fisicamente no hardware da área de controle. No caso de con- Devido a arquitetura, um processador com clock interno mais
trole microprogramado, a interpretação e as conseqüentes etapas baixo pode ser mais rápido que um outro chip que apresente o
do ciclo de instrução são realizadas passo a passo por um progra- clock mais alto. A frequência do clock só é parâmetro de compara-
ma, denominado microprograma. ção de velocidade se levarmos em conta processadores da mesma
linha.

Didatismo e Conhecimento 22
INFORMÁTICA BÁSICA
Overclock dinâmico APU
Tanto a Intel quanto a AMD possuem tecnologias que aumen- Como você pode imaginar, o trabalho de uma UCP nunca foi
tam o clock do processador automaticamente sempre que o chip fácil, eles sempre precisaram de uma certa ajuda. Chips auxiliares
está com uma grande carga de processamento. Cada uma delas dá facilitam o trabalho duro de lapidar os dados, como os coprocessa-
um nome diferente para esta prática, que ficou conhecida como dores aritméticos FPUs, se fosse preciso fazer contas mais elabora-
overclock dinâmico. das a CPU recorria aos FPUs. Esses cálculos eram particularmente
A Intel chamou isso de Turbo Boost e a AMD de Turbo importantes para jogos, que usam cálculos complexos para gerar
CORE. Na prática, ao comprar um processador, cheque se o mo- gráficos melhores.
delo que você está querendo comprar possui esta tecnologia, pois Como tudo evolui, os jogos e aplicações gráficas exigiam cada
assim você ganha um pouco mais de desempenho em momentos vez mais processamento. Então surgiram as GPUs, unidades de pro-
cruciais sem que você precise mexer em multiplicador de clock e cessamento gráfico, ou simplesmente placa de vídeo, verdadeiros
outros termos comuns à overclockers. processadores de imagem, com funções de manipulação de vértices.
As APUs, a grosso modo, são a junção da CPU com GPU, ou
Clock base seja, um processador com chip de processamento gráfico de uma
O clock base nada mais é do que um clock de menor frequên- placa de vídeo, isso mesmo, dois produtos em um só.
cia. O clock interno, falado no primeiro item, é obtido ao se mul- O termo APU foi apresentado pela primeira vez durante a
tiplicar este clock base. Computex 2010, o primeiro produto da união da AMD com a ATI.
Núcleos de processamento Uma APU da ADM roda gráficos DirectX 11, com processamento
O núcleo de processamento é, na verdade, o próprio proces- paralelo ativado, aceleração de vídeo UVD3, com constantes atua-
sador, o chip que na prática faz o processamento de todos os bits lizações de drive melhorando gráficos e desempenho. Apesar de
e bytes. Os processadores modernos trazem mais de um núcleo. tantos recursos, esse tipo de processador oferece baixo consumo
Assim, na prática, ao comprarmos um processador dual-core, por de energia e é menor do que você pensa.
exemplo, estamos adquirindo dois processadores, só que unidos Vale lembrar que APU é um termo amplamente utilizado pela
num mesmo encapsulamento. AMD, mas a Intel também possui chips com essa tecnologia, ape-
sar de evitar essa denominação. Veja abaixo os chips APU de am-
bos os fabricantes.
É possível encontrarmos à venda processadores com dois,
quatro, seis e oito núcleos de processamento, chamados de dual-
core, quad-core, hexa-core e octa-core. É importante frisar que
processadores com mais núcleos não necessariamente são mais
rápidos que os com menos.
Para usar toda a potência de quatro núcleos, por exemplo, é
importante que o programa que você use seja escrito para fazer
uso de quatro ou mais núcleos. Caso contrário, o chip será usado A grande vantagem desta junção é o custo mais barato para
da mesma forma que qualquer outro. o fabricante e consequentemente para o consumidor. Uma APU
hoje custa muito mais barato do que uma CPU e uma GPU se-
Hyper-Threading paradamente e a performance é equivalente. Além disso, temos
A Hyper-Threading é uma tecnologia da Intel que simula mais uma economia também no consumo de energia e simplicidade na
um núcleo de processamento para cada núcleo físico. Para exem- implementação. Já a desvantagem é que se este chip apresentar
plificar: um chip dual-core possui dois núcleos de processamento. problemas, você perde a CPU e o GPU.
Com a tecnologia Hyper-Threading, o sistema operacional entende A tendência do mercado é usar APUs tanto em computado-
que ele possui, na verdade, quatro núcleos. res, quanto em notebooks, tablets e smartphones. Até os princi-
Desta forma, esta tecnologia é sempre bem-vinda na hora de pais consoles de video game já usam APUs da AMD.
comprar um novo processador. No entanto, não se engane achando
que estes núcleos simulados são tão eficientes quanto os físicos. Memória cache
Eles existem apenas para complementar o processamento. A memória cache é um tipo de memória extremamente rápida
e que se localiza dentro do processador. Ela é dividida em três
Controlador de vídeo níveis: L1, L2 e L3. Quanto mais memória cache o chip tiver, mais
Os processadores modernos trazem um outro componente rápido ele será.
que é de grande ajuda para o desempenho geral da máquina: os Isso porque a memória cache armazena dados essenciais para
controladores de vídeo. Assim, quando o usuário precisa executar o processamento das tarefas mais recentes ou mais utilizadas. Isso
vídeos em HD ou Full HD, a máquina não fica travando ou supe- agiliza o trabalho do processador, que depende mais da memória
raquecendo. RAM que é um pouco mais lenta que a cache.
Desta forma, se você estiver montando um computador de
entrada, que não será usado para jogos, escolha sempre um pro- TDP (Thermal Design Power)
cessador que tenha um controlador de vídeo integrado, pois ele vai Este item indica a quantidade máxima de calor que o proces-
melhorar o processamento das animações do sistema, bem como sador pode dissipar. Ela é medida em watts (W). Ao comprar um
rodar com mais fluidez vídeos em alta resolução do YouTube ou novo processador, escolha o que tiver o menor TDP possível den-
do seu próprio HD. tro da categoria que você estiver analisando.

Didatismo e Conhecimento 23
INFORMÁTICA BÁSICA
Quanto menor o TDP, menos energia o chip consome e, con- Essa foi a primeira memória capaz de trabalhar sincronizada
sequentemente, mais barata virá a conta de luz. Além disso, quanto com os ciclos da placa-mãe, sem tempos de espera. Esse tipo de
menor o TDP, menos calor é gerado. Desta forma, as ventoinhas memória superava as antigas memórias EDO (Extended Data Out)
trabalharão menos e irão gerar menos ruído. e FPM (Fast Page Mode) por sua capacidade de dividir os módulos
de memória em vários bancos, alocando até oito bancos em um
MEMORIA PRINCIPAL módulo DIMM (Dual Inline Memory Module). Como o próprio
A memória principal (ou memória primária) tem por finalida- nome diz, elas são capazes de realizar apenas uma transferência
de o armazenamento de instruções e dados de programas que serão por ciclo, o que nos dias de hoje pode parecer pouco, mas na épo-
ou estão sendo executados pela UCP. É considerada como uma ca em que eram padrão todos se orgulhavam de ter pentes com a
memória de trabalho para a UCP, sendo organizada em células denominação “PC-100” instalados na máquina :) Mesmo presentes
com tamanho fixo e igual, cada uma identificada por um número em alguns computadores ainda hoje, são muito difíceis de serem
denominado endereço. A MP pode ser acessada através de duas encontradas à venda, pois não são mais produzidas. Aqui temos os
operações: modelos e velocidades desse padrão:
a ) leitura: ler da memória - significa requisitar à MP o con-
teúdo de uma determinada célula. O sentido de operação dá-se da
MP para a UCP.
b) escrita: escrever na memória - significa escrever uma in-
formação em uma célula da MP. O sentido da operação dá-se da
UCP para a MP.

Classificam-se em dois grupos:


. RAM (Memória de Acesso Aleatório) - dinâmica ou estática - DDR-SDRAM (Double Data Rate): As memórias DDR supe-
- esta memória volátil retém as instruções e dados de programas ravam as memórias SDR por sua capacidade de realizar duas trans-
que estão sendo executados, tornando o tempo de leitura e escrita ferências por ciclo, o que não necessariamente dobrava a velocidade
efetiva (devido ao mesmo tempo de acesso inicial), mas chegavam
extremamente rápidos.
quase lá. Essa característica é possível devido à inclusão de circuitos
. ROM ou ROM padrão - é a memória somente de leitura, pois
adicionais, responsáveis por ler/escrever dados duas vezes por ciclo.
as informações são gravadas no momento da fabricação e não mais
Com exceção dessa alteração, as trilhas tanto dos pentes de memó-
serão alteradas. Contém basicamente informações necessárias para
rias como da placa-mãe permaneceram inalteradas, assim como as
o funcionamento do computador, como rotinas que verificam se
demais características, o que contribuiu para o baixo preço e popu-
os meios físicos estão aptos para o funcionamento. Outras versões
larização desse padrão. Em programas de análise de hardware como
de ROMs são disponíveis - PROM, EPROM, EEPROM ou EA-
o CPU-Z, a velocidade efetiva aparece com metade do valor real
PROM e memória flash - as quais podem ser programadas, no mí-
devido à transferência dupla, então um modelo DDR-400 (PC-3200)
nimo, uma vez; são todas memórias não voláteis. vai ser mostrado como 200 MHz. Na imagem abaixo fizemos a aná-
A memória cache é uma memória (RAM estática) volátil de lise de uma máquina com pentes de memória DDR2, cuja leitura é
alta velocidade, localizada entre a UCP e a memória principal, usa- similar aos pentes DDR: Mesmo com fôlego para rodar os siste-
da com a finalidade de acelerar o processamento do subsistema mas operacionais mais atuais, as memórias DDR saíram de linha
UCP/MP, funcionando como um buffer da memória principal. em favor da geração DDR2. Ainda é possível encontrar modelos à
Toda vez que a UCP faz referência a um dado armazenado na venda em lojas especializadas, mas a um preço bastante salgado. A
memória principal, ela “olha” antes na memória cache. Se a UCP quantidade de modelos DDR com velo
encontrar o dado na cache, não há necessidade do acesso à memó-
ria principal (cache hit); do contrário o acesso é obrigatório (cache
miss ou cache fault).
Apesar de ser uma memória de acesso rápido (tempo de aces-
so é muito menor em relação à memória principal), seu uso é limi-
tado em função do alto custo.
A memória cache existe apenas nas placas de microcompu-
tadores com UCP’s mais rápidas, a partir do 386DX de 25 MHz.
As memórias secundárias (auxiliares ou de massa) são um tipo
de memória não volátil de grande capacidade de armazenamento,
usada para guardar informações (instruções e dados de programas)
que não serão imediatamente usadas pela UCP.
Como exemplos de memórias secundárias tem-se as fitas
magnéticas, discos (fixos e removíveis), disquetes, winchesters, cidades diferentes também cresceu:
tambores magnéticos, CD-ROM, e outros.

Dentre os principais tipos de memória RAM, destacamos: - DDR2: A taxa de transferência por ciclo de clock dobrou
- SDR-SDRAM (Single Data Rate Sincronous Dynamic Ran- novamente, e as memórias DDR2 são capazes de realizar quatro
dom Access Memory): transferências por ciclo, mas mantendo praticamente o mesmo

Didatismo e Conhecimento 24
INFORMÁTICA BÁSICA
tempo de acesso inicial, o que resultava em ótimos resultados em aplicativos que necessitavam de uma grande quantidade de leitura sequen-
cial, mas para aqueles que exigiam apenas alguns acessos aleatórios tiravam pouco proveito dessa velocidade em relação às memórias DDR.
No uso diário de um computador utilizamos vários tipos de aplicativos com necessidades de memória bastante distintas, o que torna difícil
de observar grandes diferenças de desempenho em tarefas cotidianas. Na verdade, vários usuários que adquiriram placas-mãe com soquete
DDR2 ficaram desapontados na época, pois em várias tarefas umas memória DDR2-533 leva mais tempo para responder do que uma DDR-
400. Ainda encontradas à venda, os módulos DDR2 são capazes de rodar os sistemas operacionais modernos sem gargalos e com bastante
fluidez. Elas também são consideradas SDRAM, assim como os modelos subsequentes, então se tornou comum chamar as memórias apenas
como “DDR2” ou “DDR3”.

DDR3: O modelo DDR2-1066 foi o último a ser reconhecido oficialmente pelo JEDEC (Joint Electron Device Enginnering Council -
Conselho Conjunto para Engenharia de Dispositivos de Elétrons), entidade certificadora de memórias, e já operava a frequências altíssimas
(266 MHz multiplicado por 4). A partir desse ponto, como acontece com os processadores, aumentar a clock base aumentava exponencial-
mente o consumo de energia e geração de calor, então a solução mais efetiva foi dobrar de novo a quantidade de transferências por ciclo.
Essa simples mudança nos circuitos de transferência torna possível a criação de memórias operando a 2133 MHz (266 MHz multiplicado por
8), o que é uma velocidade impressionante mesmo para os padrões atuais. Se o tempo de acesso continuasse o mesmo, as memórias DDR3
não ofereceriam grandes vantagens em relação às DDR2, mas esses novos módulos trouxeram também um sistema de calibração de sinal,
o que diminui a latência sem comprometer o desempenho. A união de uma velocidade de transferência maior e um tempo de acesso menor
ainda supre tanto o mercado de computadores domésticos quanto os de alto desempenho nos dias de hoje, e a grande quantidade de chipsets
e plataformas suportadas contribuiu para uma queda drástica nos preços. Veja os modelos e velocidades:

DDR4: A DDR4 oferece melhor desempenho, maiores capacidades DIMM, maior integridade de dados e menor consumo de energia.
Alcançando mais de 2Gbps por pino e consumindo menos energia do que a DDR3L (DDR3 Baixa Voltagem), a DDR4 proporciona até 50
por cento de aumento no desempenho e na largura de banda e, ao mesmo tempo, reduz o consumo de energia de todo o seu ambiente de
computação. Isso representa uma melhora significativa em relação às tecnologias de memória anteriores e uma economia de energia de até
40 por cento. Além do desempenho otimizado, computação de baixo custo e mais ecológica, a memória DDR4 também oferece verifica-
ções de redundâncias cíclicas (CRC) para maior confiabilidade dos dados, detecção de paridade no chip para verificação da integridade de
‘transferências de comando e de endereço a partir de um link, maior integridade do sinal e outros recursos RAS robustos. (Fonte: Kingston)

Didatismo e Conhecimento 25
INFORMÁTICA BÁSICA

Diferença no encaixe da chave


O encaixe da chave do módulo DDR4 está em um local diferente do encaixe da chave do módulo DDR3. Ambos os encaixes estão
localizados na borda de inserção, mas o local do encaixe no módulo DDR4 é ligeiramente diferente, para evitar que o módulo seja instalado
em uma placa ou plataforma incompatível.

Maior espessura
Os módulos DDR4 tem uma espessura ligeiramente maior do que os DDR3, para acomodar mais camadas de sinal.

Borda curva
Os módulos DDR4 apresentam uma borda curva para ajudar na inserção e aliviar o estresse no circuito impresso durante a instalação
da memória.

DISPOSITIVOS DE ARMAZENAMENTO
Dispositivo de armazenamento é um dispositivo capaz de gravar (armazenar) informação (dado). Essa gravação de dados pode ser feita
virtualmente, usando qualquer forma de energia. Um dispositivo de armazenamento retém informação, processa informação, ou ambos. Um
dispositivo que somente guarda informação é chamado mídia de armazenamento. Dispositivos que processam informações (equipamento
de armazenamento de dados) podem tanto acessar uma mídia de gravação portátil, ou podem ter um componente permanente que armazena
e obtém dados. Tipos de dispositivos de armazenamento:
- Por meios ópticos (CDs, DVDs, Blu-Ray etc).
- Por meios magnéticos (HDs, disquetes).
- Por meios eletrônicos (SSDs) - chip - Exemplos: cartão de memória e pen drive.
Observação: Memória RAM não é um dispositivo de armazenamento, pois armazena apenas temporariamente as informações.

DISCO RÍGIDO (HD - HARD DISK)


O disco rígido - ou HD (Hard Disk) - é o dispositivo de armazenamento não-volátil (permanente) de dados mais utilizado nos com-
putadores. Nele é armazenado qualquer tipo de informação, desde uma simples foto pessoal como dados usados pelo sistema operacional.
Basicamente, o papel principal do disco rígido é armazenar dados, mas não é só isso os sistemas operacionais conseguem utilizar o HD como
uma extensão da memória, na chamada Gestão de memória Virtual. Porém esta função é utilizada somente quando a memória principal
(memória RAM) está sobrecarregada.

Didatismo e Conhecimento 26
INFORMÁTICA BÁSICA
Para que você possa compreender o funcionamento básico As trilhas são círculos que começam no centro do disco e vão
dos discos rígidos, precisa conhecer seus principais componentes. até a sua borda, como se estivessem um dentro do outro. Estas tri-
Os tão mencionados discos (pratos), na verdade, ficam guardados lhas são numeradas da borda para o centro, isto é, a trilha que fica
dentro de uma espécie de “caixa de metal”. Estas caixas são sela- mais próxima da extremidade do disco é denominada trilha 0, a tri-
das para evitar a entrada de material externo, pois até uma partí- lha que vem em seguida é chamada trilha 1 e assim por diante, até
cula de poeira pode danificar os discos, já que estes são bastante chegar à trilha mais próxima do centro. Cada trilha é dividida em
sensíveis. Isso significa que se você abrir um HD em um ambiente trechos regulares chamados de setores. Cada setor possui uma ca-
despreparado e sem o uso dos equipamentos e das técnicas apro- pacidade determinada de armazenamento (geralmente, 512 bytes).
priadas, terá grandes chances de perdê-lo. E onde entra os cilindros? Eis uma questão interessante: você
já sabe que um HD pode conter vários pratos, sendo que há uma
cabeça de leitura e gravação para cada lado dos discos. Imagine
que é necessário ler a trilha 42 do lado superior do disco 1. O braço
movimentará a cabeça até esta trilha, mas fará com que as demais
se posicionem de forma igual. Isso ocorre porque normalmente
o braço se movimenta de uma só vez, isto é, ele não é capaz de
mover uma cabeça para uma trilha e uma segunda cabeça para
outra trilha.
Isso significa que, quando a cabeça é direcionada à trilha 42
do lado superior do disco 1, todas as demais cabeças ficam posi-
cionadas sobre a mesma trilha, só que em seus respectivos discos.
Quando isso ocorre, damos o nome de cilindro. Em outras pala-
vras, cilindro é a posição das cabeças sobre as mesmas trilhas de
seus respectivos discos.
Note que é necessário preparar os discos para receber dados.
Isso é feito por meio de um processo conhecido como formatação.
Há dois tipos de formatação: formatação física e formatação lógi-
ca. O primeiro tipo é justamente a “divisão” dos discos em trilhas
Os pratos de um HDD são onde os discos são armazenados,
e setores. Este procedimento é feito na fábrica. A formatação lógi-
normalmente são de alumínio cobertos por um material magnético
ca, por sua vez, consiste na aplicação de um sistema de arquivos
e por mais uma camada de material protetor.
apropriado a cada sistema operacional. Por exemplo, o Windows
Os discos ficam posicionados sob o motor (eixo), que é res-
é capaz de trabalhar com sistemas de arquivos FAT e NTFS. O
ponsável por fazê-los girar. Os HDs também possuem um dispo-
Linux pode trabalhar com vários sistemas de arquivos, entre eles,
sitivo chamado de cabeça de leitura e gravação (uma espécie de
ext3 e ReiserFS.
agulha). Os dados são lidos e gravados sem que a agulha encoste
no disco. Isso só acontece porque o HD é hermeticamente fechado Interfaces Principais
e em consequência à alta velocidade em que o disco é submetido, a Padrão IDE
cabeça de leitura acaba sendo expelida para cima. Nos últimos mo- O IDE, do inglês Integrated Drive Electronics, foi o primeiro
delos de HDD, a cabeça de gravação conta com dois componentes, padrão que integrou a controladora com o Disco Rígido. Os pri-
um tem a responsabilidade de gravar e outro dedicado à leitura. meiros HDs com interface IDE foram lançados por volta de 1986
e na época isto já foi uma grande inovação porque os cabos utili-
O atuador do HD é responsável por mover o braço acima da zados já eram menores e havia menos problema de sincronismo, o
superfície dos pratos e com isso permitir que as cabeças de leitura que deixava os processos mais rápidos.
executam o seu trabalho. O atuador funciona por atração/repulsão Inicialmente, não havia uma definição de padrão e os primei-
magnética. ros dispositivos IDE apresentavam problemas de compatibilidade
A parte responsável por todo o armazenamento de dados são entre os fabricantes. O ANSI (American National Standards Insti-
os discos magnéticos. tute), em 1990, aplicou as devidas correções para padronização e
A superfície de gravação dos pratos é composta por materiais foi criado o padrão ATA (Advanced Technology Attachment). Po-
sensíveis ao magnetismo (geralmente, óxido de ferro). O cabeçote rém com o nome IDE já estava mais conhecido, ele permaneceu,
de leitura e gravação manipula as moléculas deste material por embora algumas vezes fosse chamado de IDE/ATA.
meio de seus polos. Para isso, a polaridade das cabeças muda em
uma frequência muito alta: quando está positiva, atrai o polo nega-
tivo das moléculas e vice-versa. De acordo com esta polaridade é
que são gravados os bits (0 e 1). No processo de leitura de dados, o
cabeçote simplesmente “lê” o campo magnético gerado pelas mo-
léculas e gera uma corrente elétrica correspondente, cuja variação
é analisada pelo controlador do HD para determinar os bits.
Para a “ordenação” dos dados no HD, é utilizado um esquema
conhecido como geometria dos discos. Nele, o disco é “dividido”
em cilindros, trilhas e setores:

Didatismo e Conhecimento 27
INFORMÁTICA BÁSICA
As primeiras placas tinham apenas uma porta IDE e uma FDD Cache (buffer)
(do drive de disquete) e mais tarde passaram a ter ao menos duas Ao procurar por especificações de um disco rígido, você certa-
(primária e secundária). Cada uma delas permite a instalação de mente verá um item de nome cache ou buffer, já mencionado neste
dois drives, ou seja, que podemos instalar até quatro Discos Rí- texto. Trata-se de outro recurso criado para melhorar desempenho
gidos ou CD/DVD-ROMs na mesma placa. Para diferenciar os do dispositivo.
drives instalados na mesma porta, existe um “jumper” para confi- Os HDs, por si só, não são muito rápidos. Não adianta muito
gurá-los como master (mestre) ou slave. contar com processadores velozes se o acesso aos dados no HD
Inicialmente, as interfaces IDE suportavam apenas a conexão prejudica o desempenho. Uma maneira encontrada pelos fabri-
de Discos Rígidos e é por isso que há um tempo atrás os compu- cantes para amenizar este problema foi implementar uma pequena
tadores ofereciam como diferencial os famosos “kits multimídia”, quantidade de memória mais rápida no dispositivo. Este é o cache.
que eram compostos por uma placa de som, CD-ROM, caixinhas e Para esta memória vão, de forma temporária, sequências de
microfone. O protocolo ATAPI (AT Attachment Packet Interface) dados que estão relacionadas à informação que está sendo disponi-
foi criado para fazer a integração deste tipo de drive com o IDE, de bilizada no momento. Com estas sequências no cache, diminui-se
forma que se tornou rapidamente o padrão. a quantidade de procedimentos de leitura, já que muitas vezes os
Obs.: Também é conhecida como ATA (Advanced Technolo- dados encontrados já estão lá.
gy Attachment) ou, ainda, PATA (Parallel Advanced Technology
Attachment). O buffer também pode ser utilizado para processos de gra-
vação: se, por algum motivo, não for possível gravar um dado
SATA imediatamente após a solicitação, o controlador da unidade pode
O SATA ou Serial ATA, do inglês Serial Advanced Techno- “jogar” esta informação no cache para gravá-la logo em seguida.
logy Attachment, foi o sucessor do IDE. Os Discos Rígidos que Atualmente, é comum encontrar discos rígidos com até 64 MB
utilizam o padrão SATA transferem os dados em série e não em de cache. Ao contrário do que muita gente pensa, o cache não pre-
paralelo como o ATA. Como ele utiliza dois canais separados, um cisa ter grande capacidade para otimizar o desempenho da unidade
para enviar e outro para receber dados, isto reduz (ou quase elimi-
na) os problemas de sincronização e interferência, permitindo que
S.M.A.R.T.
frequências mais altas sejam usadas nas transferências.
O S.M.A.R.T (Self-Monitoring, Analysis and Reporting Tech-
nology - (Tecnologia de Auto-Monitoramento, Análise e Relatório
em português) é uma tecnologia implementada pelos fabricantes
desses equipamentos para que o usuário possa monitorar o des-
gaste dos componentes e planejar o backup, prevenindo a perda
de dados. Para acessar as informações coletadas pelo S.M.A.R.T é
necessário utilizar um programa especialista, como HDTune Pro,
HDD Health ou HDD Scan. O usuário terá acesso a parâmetros
como Taxa de Erros, Temperatura, Velocidade de Rotação dos Dis-
Os cabos possuem apenas sete fios, sendo um par para trans- cos e inúmeros outros parâmetros para, assim, verificar se os dis-
missão e outro para recepção de dados e três fios terra. Por eles cos estão em boas condições ou se está na hora de fazer um backup
serem mais finos, permitem inclusive uma melhor ventilação no de dados importantes.
gabinete. Um cabo SATA pode ter até um metro de comprimento É um sistema de monitoramento incluído em dispositivos de
e cada porta SATA suporta um único dispositivo (diferente do pa- discos rígidos (HDDs) e dispositivos de estado sólido (SSDs)
drão master/slave do IDE).
Tamanhos
Diferenças entre SATA I, SATA II e SATA III - Em relação a dimensões
- SATA I (revisão 2.x) conhecida como SATA 1.5Gb/s, uma Os tamanhos mais comuns são de 3,5 e 2,5 polegadas. Estas
segunda geração de interface SATA rodando a 1.5 Gb/s. O cau- medições se referem ao diâmetro dos discos. As unidades de 3,5
dal de largura de banda que é suportado pela interface é de até polegadas são comumente empregadas em desktops, workstations
150MB/s. e servidores, enquanto que HDs de 2,5 polegadas são comuns em
- SATA II (revisão 2.x), conhecida como SATA 3Gb/s, é uma notebooks e outros computadores com dimensões reduzidas.
segunda geração de interface SATA rodando a 3,0 Gb /s. O cau-
dal de largura de banda que é suportado pela interface é de até - Em relação à capacidade
300MB/s. Apesar de ainda encontrarmos hds de tamanhos menores, em
- SATA III (revisão 3.x), conhecida como SATA 6Gb/s, é uma relação aos hds de 3,5´ os modelos fabricados hoje em dia vão de
terceira geração de interface SATA rodando a 6.0Gb /s. O caudal 500GB até os novos hds de 8TB, voltados para pequenas e médias
de largura de banda que é suportado pela interface é de até 600 empresas, pequenos escritórios e para profissionais que trabalham
MB /s. Esta interface é compatível com interface SATA de 3 Gb/s. com grande volume de dados, como edição de vídeos em alta de-
As especificações SATA II são compatíveis com versões ante- finição.
riores para funcionar em portas SATA I. As especificações SATA No caso específico dos modelos de 2,5´, os modelos mais usa-
III são compatíveis com versões anteriores para funcionar em por- dos são os de 500GB e 1 TB.
tas SATA I e SATA II. No entanto, a velocidade máxima será mais
lenta devido às limitações de velocidade das portas SATA.

Didatismo e Conhecimento 28
INFORMÁTICA BÁSICA
Formatação Outra facilidade do HD externo é que ele é ultra portátil, po-
dendo ser levado a qualquer lugar e acoplado em praticamente
A formatação de um disco magnético é realizada para que qualquer computador, sendo assim, você pode levar seu compu-
o sistema operacional seja capaz de gravar e ler dados no disco, tador ali dentro, todos os dias, para onde quer que você vá. Dados
criando assim estruturas que permitam gravar os dados de maneira seguros num dispositivo que cabe na sua mochila, alguns até no
organizada e recuperá-los mais tarde. seu bolso.
Existem dois tipos de formatação, chamados de formatação O HD externo funciona com entrada USB, podendo vir acom-
física e formatação lógica. A formatação física é feita na fábrica panhado de um cabo USB ou não. Os cabos USB que acompanham
ao final do processo de fabricação, que consiste em dividir o disco o HD externo geralmente podem ser utilizados para acoplá-lo em
virgem em trilhas, setores, cilindros e isolar os bad blocks (danos outros dispositivos, como câmeras fotográficas e ipods.
no HD). Estas marcações funcionam como as faixas de uma estra- Atualmente existe uma infinidade de HDs externos, alguns
da, permitindo à cabeça de leitura saber em que parte do disco está, mais simples, funcionando apenas como um pen drive de maior
e onde ela deve gravar dados. A formatação física é feita apenas potência, e outros que já vêm com programas instalados e permi-
uma vez, e não pode ser desfeita ou refeita através de software. tem compartilhamento de dados na rede.
Porém, para que este disco possa ser reconhecido e utilizado pelo Embora existam alguns modelos do tamanho de uma carteira
sistema operacional, é necessária uma nova formatação, chamada masculina, sua portabilidade é um pouco menor do que a do Pen
de formatação lógica. Ao contrário da formatação física, a forma- Drive e em alguns casos necessitam de fonte de alimentação e pro-
tação lógica não altera a estrutura física do disco rígido, e pode ser teção como um estabilizador ou no-break.
desfeita e refeita quantas vezes for preciso, através do comando
Format do DOS, por exemplo. O processo de formatação é quase
automático; basta executar o programa formatador que é fornecido
junto com o sistema operacional.

Exemplos de sistema de arquivos


Os sistemas de arquivos mais conhecidos são os utilizados
pelo Microsoft Windows: NTFS, FAT32 e FAT 16. O FAT32 é uma
versão evoluída do FAT16 introduzida a partir do MS-DOS 4.0. A
partir do Windows NT foi introduzido o NTFS, que trouxe novos
recursos.
Qual é a importância da velocidade do disco rígido?
Quando você inicia o seu computador, abre um arquivo, ouve
Quando o micro é ligado, o BIOS (um pequeno programa gra-
uma música ou faz qualquer outra coisa, você usa a unidade de
vado em um chip na placa mãe, que tem a função de “dar a parti-
disco rígido. Os discos dentro da unidade giram. Quanto mais rá-
da no micro”), tentará inicializar o sistema operacional. Indepen- pido eles giram, mais rapidamente o computador pode encontrar o
dentemente de qual sistema de arquivos esteja usando, o primeiro arquivo que você deseja.
setor do disco rígido será reservado para armazenar informações Dessa forma, uma unidade de 7.200 RPM será mais rápida
sobre a localização do sistema operacional, que permitem ao BIOS do que uma de 5.400 RPM. O que isso significa para você no uso
“achá-lo” e iniciar seu carregamento. diário vai variar. Com discos externos, você dificilmente sentirá a
No setor de boot é registrado qual sistema operacional está diferença. Com discos internos, a diferença será pouca com arqui-
instalado, com qual sistema de arquivos o disco foi formatado e vos e aplicativos menores, mas será óbvia com arquivos e aplica-
quais arquivos devem ser lidos para inicializar o micro. Um setor tivos maiores.
é a menor divisão física do disco, e possui sempre 512 bytes. Um
cluster é a menor parte reconhecida pelo sistema operacional, e Você deve escolher um disco interno ou externo?
pode ser formado por vários setores. Um disco interno fornece armazenamento integrado a veloci-
Um único setor de 512 bytes pode parecer pouco, mas é sufi- dades máximas. Um disco externo oferece uma maior flexibilidade
ciente para armazenar o registro de boot devido ao seu pequeno ta- e armazenamento expandido sempre que você precisar.
manho. O setor de boot também é conhecido como “trilha MBR”, Cada opção tem suas vantagens e desvantagens.
“trilha 0”, etc. Os discos internos devem ser fisicamente instalados abrindo
o computador, algo que algumas pessoas hesitam em fazer. Entre-
HD Externo tanto, seus arquivos e programas são armazenados diretamente no
O HD ou Hard Disk é o dispositivo que armazena os dados do computador e sempre estarão lá quando você precisar.
seu computador. Todos os arquivos, fotos, programas, tudo, está Discos externos são conectados ao computador por meio de
guardado no HD. Todo HD possui um limite de memória, por isso, cabos de encaixe, como o Backup Plus portátil, ou acessados por
quando temos arquivos demais, é necessário liberar espaço, tiran- Wi-Fi, como o Wireless Plus. Isso possibilita que você leve os ar-
do os arquivos menos utilizados e colocando-os em outro lugar, quivos para qualquer lugar, transfira-os para outros computadores
no qual não haja risco de se perderem tais documentos, mas que ou adicione armazenamento instantaneamente ao computador ou
também tenhamos fácil acesso caso precisemos de algum deles. rede sem complicações técnicas.
Eis que entra o HD externo, que vai armazenar seus dados de ma-
neira segura para que você possa utilizá-los sempre que necessitar.

Didatismo e Conhecimento 29
INFORMÁTICA BÁSICA

SSD

SSD, em inglês, Solid State Disks3, ou mesmo Disco sólido, em português, é um tipo de HD que usa chips de memória Flash no lugar
dos discos magnéticos usados no HD normal, semelhantes aos cartões de memória e os pendrives. Ele é um tipo de HD mais moderno muito
usado em notebooks. Sua construção é baseada em um circuito integrado semicondutor, feito em um único bloco. Este tipo de HD é muito
mais resistente ao HD convencional pois não possui partes móveis, assim, são mais seguros a quedas e batidas, além de tudo, o consumo
de eletricidade é muito menor e os ruídos praticamente são inexistentes. Além de todas as vantagens mencionadas acima, os SSDs são con-
siderados mais seguros, pois não ficam expostos a ações mecânicas, diminuindo assim, o risco de erros ou falhas. Outra vantagem bastante
evidente é que, por possuir tempo de acesso relativamente baixo, o desempenho ao executar diversos aplicativos e iniciar o computador é
muito melhor. Há de se considerar também o peso menor em relação aos discos rígidos, mesmo os mais portáteis e possuir um consumo
reduzido de energia; conseguindo trabalhar em ambientes mais quentes do que os HDs (cerca de 70°C). Acima citamos várias vantagens do
uso do SSD, no entanto, há algumas desvantagens que podem ser cruciais na escolha do HD. No entanto, quem quer bastante espaço, não
deve escolher um SSD, já que, a capacidade de um HD convencional é muito maior. O “ciclo de vida” do SSD, isto é, o tempo médio de
duração do disco, é muito menor se comprado ao tradicional. Os discos de estado sólido não possuem o funcionamento igual aos HDs que,
podem ser sobrescritos muitas vezes. De acordo com especialistas e os próprios fabricantes, um mesmo setor de um SSD pode sofrer um
número limite de 10 milhões de escritas, isso na melhor hipótese. Abaixo veja a tabela comparativa entre o HD e o SSD:

Além disso, ainda custam muito caro, com valores muito superiores que o dos HDs. A capacidade de armazenamento também é uma
desvantagem, pois é menor em relação aos discos rígidos. De qualquer forma, eles são vistos como a tecnologia do futuro, pois esses dois
fatores negativos podem ser suprimidos com o tempo.
Atualmente, encontramos modelos de 60GB a 1TB de capacidade de armazenamento.

CD, DVD e Blu-ray


Apesar da evolução, as mídias CDs, DVDs e Blu-Ray ainda coexistem. Parecidos no formato e diferentes na capacidade, essas mídias
são usadas em muitas aplicações. Conheça mais um pouco sobre cada uma dessas tecnologias e descubra porque elas ainda sobrevivem a
era do stream multimídia e da mobilidade.

3 Fonte: https://www.oficinadanet.com.br/artigo/hardware/qual-a-diferenca-entre-hd-e-ssd

Didatismo e Conhecimento 30
INFORMÁTICA BÁSICA
CD pazes de salvar conteúdos infinitas vezes, como faz um pen drive,
Com um preço e uma capacidade menor (até 700 MB de da- por exemplo. Felizmente, essa variação normalmente é coberta por
dos), o CD sobreviveu à popularização do DVD e continua sendo unidades multiformato, que evitam o trabalho que o usuário teria
muito usado. Além de ser o mais barato e comum dos três, ele ain- para entender e lidar suas diferenças.
da é muito usado, especialmente por gravadoras. No uso pessoal, o
CD é a mídia mais versátil e pode ser usada para guardar gravações Diferenças de tecnologia e capacidade
de áudio de até 74 minutos, vídeos de até 20 minutos e arquivos CDs podem armazenar 700 MB de dados, DVDs 4.7 GB (e
diversos para fazer backup de pequenos dados do computador. alguns DVDs podem armazenar até 9 GB no caso dos Dual Layer)
e discos Blu-Ray, podem armazenar até 50 GB (usando duas ca-
DVD madas). O DL -dual layer ou dupla camada, dobra a capacidade da
Sucessor do CD, o DVD pode ser usado para as mesmas fun- mídia, possível graças à aplicação de duas camadas de dados em
ções do CD e um pouco mais, pois tem quase sete vezes a capa- um único lado da mídia. Para conseguir essa façanha, a primeira
cidade (4.7 GB) de seu antecessor (700 MB).  Ele pode ser usa- camada é feita de um material que a torna semitransparente. Isso
do para gravar arquivos da mesma forma que o CD e também no permite que o feixe de laser do aparelho consiga acessar a segunda
formato DVD, onde é possível guardar filmes de alta qualidade camada, atravessando a primeira.
com até quatro horas em vários idiomas, com suporte a menus e O modo como os dados são gravados em cada mídia, é o que
animações. Para completar, arquivos gravados nesse último for- determina essa diferença de capacidade, pois a distância entre as
mato podem ser reproduzidos por aparelhos de DVD, eliminando trilhas do Blu-Ray é bem menor que as do DVD, e também há uma
a necessidade de um computador. diferença nesse quesito entre o DVD e o CD.
Além disso, cada formato de mídia usa um tipo diferente de
laser: em CDs, é usado o laser infravermelho, nos DVDs usa-se luz
vermelha para a leitura dos dados e no Blu-Ray, a luz usada é viole-
ta. O tamanho das lentes de leitura também varia, sendo de 780 na-
nômetros no CD, 650 no DVD e 405 no Blu-Ray. Cada uma dessas
diferenças é responsável pela evolução de uma mídia sobre a outra.

O principal motivo da longevidade do DVD frente ao Blu-Ray


tem sido a popularização lenta deste último (que tem piorado com
a forte adoção de serviços de stream de vídeos). Além disso, o
DVD ainda é uma mídia bastante usada para gravação e distribui-
ção de filmes por grandes empresas do mercado de entretenimento,
tanto que muitas fornecem filmes nas duas mídias.

Blu-Ray
Mesmo tendo uma capacidade altamente superior, o Blu-Ray
ainda não está presente no cotidiano da maioria das pessoas. Ele é
mais usado como forma de distribuição de filmes e  jogos, sendo
pouco usado para gravação de dados. Isso em parte se deve ao
fato de poucos equipamentos virem com unidades do formato. Na Drives de CD, DVD e Blu-ray
prática, as três mídias ainda são usadas para jogos de videogame,
como os consoles Playstation 3 e Playstation 4 e XBox One.

Compatibilidade
Independente das diferenças, as unidades Blu-Ray podem gra-
var dados e realizar leituras também em DVDs e CDs. Já as uni-
dades de DVD, podem gravar e ler em DVDs e CDs, e por último,
unidades de CD gravam e lêem dados apenas em CDs. Tudo isso
garante compatibilidade e consequentemente, mais sobrevida às É um aparelho que reconhece as informações armazenadas
mídias antigas. nas mídias e transmite estas informações para o aparelho eletrô-
Dentro dos padrões do CD e DVD existem algumas varia- nico, que lê e interpreta os dados. Este aparelho pode ser um com-
ções da tecnologia (CD-R, CD-RW, DVD-R, DVD-RW, DVD+R putador, um aparelho de DVD, ou qualquer outro dispositivo que
e DVD+RW), que estão relacionadas à forma como os dados são tenha um leitor óptico compatível com o tipo de mídia.
gravados e quantas vezes o disco pode ser gravado. Mídias R são Esta unidade de disco óptico (ODD) ou o famoso leitor de
as “Rewritable”, ou seja, graváveis e podem ser usadas para sal- CD, DVD e do que vem se tornando popular, o Blu-Ray, é um dos
var arquivos apenas uma vez. Já as RW são as Rewritable, o que principais ou se não o principal Hardware para a leitura e gravação
significa que elas são regraváveis - ou em outras palavras, são ca- de mídias. As unidades antigas eram capazes apenas e ler, hoje as

Didatismo e Conhecimento 31
INFORMÁTICA BÁSICA
unidades mais recentes são capazes de ler e gravar. E para este pro- Pendrive
cesso essa unidade utiliza um lazer de luz ou ondas eletromagnéti- Pen Drive ou Memória USB Flash Drive é um dispositivo de
cas como processo de leitura ou gravação de dado para os discos. memória constituído por memória flash, com aspecto semelhante
a um isqueiro. Surgiu no ano de 2000, com o objetivo de substituir
Drive externo o disquete, resgatar dados de computadores estragados, realizar
Os gravadores externos são conectados ao computador por backup com mais facilidade, abrigar determinados sistemas e apli-
uma porta USB, como um pen drive ou MP3 players e similares. cativos mais utilizados.
Essa porta deve ser de preferência uma USB 2.0 ou superior, pela Possui diferentes capacidades de armazenamento que varia
rapidez com que esta versão trabalha, o que interfere na velocidade entre 64 megabytes e 80 gigabytes. A velocidade com que um pen
de gravação (queima) do DVD. drive armazena um material também é variável, depende do tipo da
entrada disponível no computador. Se este for bem cuidado, pode
Modelos desempenhar suas funções por até dez anos.
Slim: modelos externos, portáteis, leves, finos e práticos, e Quando os modelos de pen drives são encaixados na porta
podem ser levados para qualquer lugar com muita facilidade. Ideal USB do computador, aparecem como um disco removível ou po-
para quem trabalha fazendo backups de empresas ou usa vídeos dem aparecer automaticamente como dispositivos removíveis.
pesados em palestras. Para a utilização dos mesmos em sistemas antigos, deve-se instalar
Gravador doméstico: é um reprodutor e gravador de mídias, um pacote de software denominado device driver para permitir que
que lembra os antigos aparelhos de vídeo cassete. Um dos modelos o sistema o reconheça como disco removível.
mais completos é o Time Machine da LG.
Periféricos
Velocidade de gravação Os Periféricos
A velocidade de gravação varia de acordo com o aparelho e a Os dispositivos de entrada e saída (E/S) ou input/output (I /O)
mídia usada, quanto maior for a qualidade da mídia mais lenta será são também denominados periféricos. Eles permitem a interação
a gravação, a velocidade varia entre 5x e 24x. do processador com o homem, possibilitando a entrada e/ou a saí-
da de dados.
Vantagens O que todos os dispositivos de entrada têm em comum é que
Netbooks e ultrabooks - Os gravadores externos ou portáteis eles codificam a informação que entra em dados que possam ser
são muito úteis aos usuários de netbooks, que naturalmente, em processados pelo sistema digital do computador. Já os dispositivos
função do tamanho do PC, não possuem este dispositivo. Ele é de saída decodificam os dados em informação que pode ser enten-
vantajoso na instalação de programas, reprodução de filmes, séries dida pelo usuário.
e outros vídeos. Serve também para reproduzir e converter CDs Quando um hardware insere dados no computador, dizemos
para arquivos MP3. que ele é um dispositivo de entrada. Agora quando esses dados
Computadores e Notebooks - Também podem ser utilizados são colocados a mostra, ou quando saem para outros dispositivos,
em notebooks e computadores de mesa, os desktops que eventual- dizemos que estes hardwares são dispositivos de saída.
mente tenham problemas com o gravador interno. Este dispositivo Dispositivos de entrada
externo pode resolver o problema e você não precisará recorrer à Os componentes entrada são responsáveis por fazer a aquisi-
assistência técnica e ter gastos indesejados com a máquina. ção dados e receber os comandos originários pelo usuário ou por
outro sistema computacional.
Unidade de disquete Exemplos: teclado, mouse, scanner, leitor ótico, joystick, etc.
As unidades de disquete armazenam informações em discos,
também chamados  discos flexíveis  ou  disquetes. Comparado a Dispositivos de Saída
CDs e DVDs, os disquetes podem armazenar apenas uma pequena Os componentes de saída são responsáveis por apresentar ao
quantidade de dados. Eles também recuperam informações de for- usuário, ou outro sistema, as informações resultantes do processa-
ma mais lenta e são mais vulneráveis a danos. Por esses motivos, mento de uma determinada massa de dados.
as unidades de disquete são cada vez menos usadas, embora ainda Além disso, os dispositivos de saída podem atuar diretamente
sejam incluídas em alguns computadores. em um processo, como por exemplo, uma válvula que pode ser
aberta/fechada por um sistema para controlar o nível de combustí-
vel de um tanque de abastecimento.
Exemplos: Monitor, impressora, caixas de som

Dispositivos de Entrada e Saída


O avanço da tecnologia deu a possibilidade de se criar um
dispositivo com a capacidade de enviar e transmitir dados. Tais
periféricos são classificados como dispositivos de entrada e saída.
Disquete São eles:
Por que estes discos são chamados de “disquetes”? Apesar de Pen Drives – Tipo de memória portátil e removível com ca-
a parte externa ser composta de plástico rígido, isso é apenas a pacidade de transferir dados ou retirar dados de um computador.
capa. O interior do disco é feito de um material de vinil fino e Impressora Multifuncional - Como o próprio nome já diz este
flexível. tipo impressora poder servir tanto como copiadora ou scanner.

Didatismo e Conhecimento 32
INFORMÁTICA BÁSICA
Monitor Touchscreen – Tela de monitor sensível ao toque.
Através dela você recebe dados em forma de imagem e também
enviar dados e comandos ao computador através do toque. A tec-
nologia é mais usada na indústria telefônica e seu uso em monito-
res de computadores ainda está em fase de expansão.

Mouse
Mouse é um pequeno dispositivo usado para apontar e sele-
cionar itens na tela do computador. Embora existam mouses de vá-
rias formas, o modelo mais comum se assemelha a um rato (como
diz o nome em inglês). Ele é pequeno e alongado, sendo conectado
à unidade de sistema por um cabo comprido que faz lembrar uma
cauda. Alguns mouses mais novos são sem fio. Partes de um mouse

Pressionando e movendo o mouse


Coloque o mouse ao lado do teclado em uma superfície limpa
e macia, como um mouse pad. Pressione o mouse levemente com
o dedo indicador sobre o botão principal e descanse o polegar na
lateral. Para mover o mouse, deslize-o lentamente em qualquer di-
reção. Não o vire. Mantenha a frente do mouse na direção oposta
Mouse a você. À medida que você move o mouse, um ponteiro (veja a fi-
O mouse geralmente possui dois botões: um botão principal gura) na tela se move na mesma direção. Se você ficar sem espaço
(normalmente o da esquerda) e um botão secundário. Muitos mou- para mover o mouse na mesa ou no mouse pad, basta levantá-lo e
ses também têm uma roda entre os dois botões, que permite per- trazê-lo de volta para perto de você.
correr as telas de informações.

Ponteiros do mouse
À medida que você move o mouse com a mão, um ponteiro
na tela se move na mesma direção. (A aparência do ponteiro pode
mudar dependendo da sua posição na tela.) Quando quiser selecio-
nar um item, aponte para ele e clique no botão principal, ou seja,
pressione-o e solte-o. Apontar e clicar com o mouse é a principal
maneira de interagir com o computador.
Usando o Mouse Segure o mouse levemente, mantendo o pulso reto.
Assim como você usa as mãos para interagir com objetos no
mundo físico, pode usar o mouse para interagir com itens na tela Apontando, clicando e arrastando
do computador. É possível mover objetos, abri-los, alterá-los, jo- Apontar para um item na tela significa mover o mouse para
gá-los fora e executar outras ações, tudo apontando e clicando com que o ponteiro pareça estar tocando o item. Quando você aponta
o mouse. para algo, aparece uma pequena caixa que descreve o item. Por
Partes básicas exemplo, quando você aponta para a Lixeira na área de trabalho, é
Um mouse geralmente possui dois botões: um botão princi- exibida uma caixa com a seguinte informação: “Contém os arqui-
pal (normalmente o da esquerda) e um botão secundário(geral- vos e pastas que você excluiu”.
mente o da direita). Usaremos o botão principal com mais frequên-
cia. A maioria dos mouses possui uma roda de rolagementre os
botões para ajudar você a percorrer documentos e páginas da Web
com mais facilidade. Em alguns mouses, a roda de rolagem pode
ser pressionada para funcionar como um terceiro botão. Mouses
avançados podem ter botões adicionais que são capazes de execu-
tar outras funções.

A ação de apontar para um objeto normalmente revela uma


mensagem descritiva sobre ele.
A forma do ponteiro pode variar em função de para onde você
está apontado. Por exemplo, quando você aponta para um link no
navegador da Web, o ponteiro muda de uma seta   para uma mão
com um dedo apontando  .

Didatismo e Conhecimento 33
INFORMÁTICA BÁSICA
A maioria das ações do mouse são uma combinação de apon- Arrastar
tar com pressionar um dos botões. Existem quatro formas básicas Você pode mover itens pela tela arrastando-os. Para arrastar
de usar os botões do mouse: clicar, clicar duas vezes, clicar com o um objeto, aponte para ele na tela, mantenha pressionado o botão
botão direito e arrastar. principal, mova o objeto para outro local e solte o botão.
A ação de arrastar (às vezes chamada arrastar-e-soltar) é mais
Clicar (clique único) usada para mover arquivos e pastas para um local diferente e mo-
Para clicar em um item, aponte para ele na tela e pressione e ver janelas e ícones pela tela.
solte o botão principal (normalmente o da esquerda).
O clique costuma ser usado para selecionar (marcar) um item Usando a roda de rolagem
ou abrir um menu e às vezes é chamado clique único ou clique com Se o mouse tiver uma roda de rolagem, você poderá usá-la
o botão esquerdo. para percorrer documentos e páginas da Web. Para rolar para bai-
xo, role a roda para trás (em direção a você). Para rolar para cima,
Clicar duas vezes (clique duplo) role a roda para frente (em direção contrária a você).
Para clicar duas vezes em um item, aponte para ele na tela e
clique rapidamente duas vezes. Se os dois cliques forem espaça- Personalizando o mouse
dos, poderão ser interpretados como dois cliques individuais em Você pode alterar as configurações do mouse de acordo com
vez de um clique duplo. as suas preferências. Por exemplo, a aparência do ponteiro do
A ação de clicar duas vezes é mais usada para abrir itens na mouse ou a velocidade com que ele se move pela tela. Se você for
área de trabalho. Por exemplo, você pode iniciar um programa ou canhoto, poderá fazer com que o botão principal seja o da direita.
abrir uma pasta clicando duas vezes no ícone correspondente na
área de trabalho. Teclado
Dica: Se você tiver problemas para clicar duas vezes, poderá A finalidade principal do teclado é digitar texto no computa-
ajustar a velocidade do clique duplo (o intervalo de tempo aceitá- dor. Ele possui teclas para letras e números, exatamente como em
vel entre os cliques). Siga estas etapas: uma máquina de escrever. A diferença está nas teclas especiais:
As teclas de função, localizadas na linha superior, executam
Para abrir Propriedades do Mouse, clique no botão Iniciar  e
funções diferentes dependendo de onde são usadas.
em Painel de Controle. Na caixa de pesquisa, digite mouse e clique
O teclado numérico, localizado à direita na maioria dos tecla-
em Mouse.
dos, permite inserir números rapidamente.
Clique na guia Botões e, em Velocidade do clique duplo, mova
As teclas de navegação, como as teclas de seta, permitem mo-
o controle deslizante para aumentar ou diminuir a velocidade.
ver sua posição dentro de documentos ou páginas da Web.
Clicar com o botão direito
Para clicar com o botão direito em um item, aponte para ele
na tela e pressione e solte o botão secundário (normalmente o da
direita).
A ação de clicar com o botão direito em um item normalmente
exibe uma lista de coisas que você pode fazer com ele. Por exem-
plo, ao clicar com o botão direito na Lixeira na área de trabalho,
será exibido um menu permitindo que você a abra, esvazie, exclua
ou veja suas propriedades. Se você não tiver certeza do que fazer
com algo, clique com o botão direito nele. Teclado
Você também pode usar o teclado para executar muitas das
mesmas tarefas que executa com um mouse.
Esteja você escrevendo uma carta ou calculando dados nu-
méricos, o teclado é o principal meio de inserir informações no
computador. Mas você sabia que também pode usá-lo para con-
trolar o computador? Se você aprender alguns comando ssimples
(instruções para o computador) do teclado, poderá trabalhar com
mais eficiência. Este artigo aborda os conceitos básicos do uso do
teclado e apresenta seus comandos.

Como as teclas estão organizadas


Elas podem ser divididas em sete grupos, de acordo com a
função:
Teclas de digitação (alfanuméricas). Incluem as mesmas le-
tras, números, pontuação e símbolos encontrados em uma máquina
de escrever tradicional.
O clique com o botão direito na Lixeira abre um menu de co-
mandos relacionados.

Didatismo e Conhecimento 34
INFORMÁTICA BÁSICA
Teclas de controle. São usadas sozinhas ou em combinação
com outras teclas para executar determinadas ações. As teclas de
controle mais usadas são Ctrl, Alt, a tecla de logotipo do Windows
 e Esc.
Teclas de função. São usadas para executar tarefas específicas.
Elas foram rotuladas como F1, F2, F3 e assim por diante até F12.
A funcionalidade dessas teclas varia de programa para programa.
Teclas de navegação. Permitem editar texto e mover-se por
documentos ou páginas da Web. Elas incluem as teclas de direção,
Home, End, Page Up, Page Down, Delete e Insert.
Teclado numérico. É útil para digitar números rapidamente.
As teclas estão agrupadas em bloco na mesma disposição de uma
calculadora convencional.
Menores, econômicos e nem por isso de um custo eleva-
A ilustração a seguir mostra como essas teclas estão organi-
do, o monitor mais vendido é o LCD. Sua tela de cristal líqui-
zadas em um teclado típico. O layout de seu teclado pode ser di-
do gera imagens de qualidade que não oscilam nem emite ra-
ferente.
diações nocivas aos olhos humanos. Alguns modelos têm du-
pla função, atuando ao mesmo tempo como monitores e TVs.

Como as teclas estão organizadas em um teclado

Monitor
O monitor exibe informações em forma visual, usando texto e
elementos gráficos. A parte do monitor que exibe as informações é
chamada tela. Como a tela de uma televisão, a tela de um compu-
tador pode mostrar imagens paradas ou em movimento. Dividir suas funções entre o monitoramento e a TV é também
Existem dois tipos básicos de monitores: CRT (tubo de raios uma característica dos modelos de plasma. Geralmente utilizados
catódicos) e LCD (vídeo de cristal líquido). Ambos produzem ima- nos LCDs, o touch screen refere-se a um recurso adicional atribuí-
gens nítidas, mas os monitores LCD levam vantagem por serem do aos monitores. Consiste em uma tela sensível ao toque capaz
mais finos e mais leves. de substituir periféricos de apontamento de maneira intuitiva. Na
prática, basta tocar a tela para apontar suas ações, assim como em
terminais de atendimento e em modelos de celular.

Monitor LCD (à esquerda); monitor CRT (à direita)


O que é comum atualmente
Os anos passaram e a qualidade dos CRTs evoluiu bastante,
um bom exemplo disto é que mesmo perante a tecnologia LCD,
a definição de um monitor de tubo se mantém superior. Suas di- LED LCD: trata-se de uma nova maneira de iluminar os mo-
mensões e seu peso colocam o grandalhão em desvantagem, no nitores de cristal líquido, no lugar de uma única lâmpada fluores-
entanto, seu custo reduzido ainda o fazem presentes em vários cente central, utilizam-se várias lâmpadas de led. Desta maneira
computadores pessoais. obtém-se uma imagem mais rica em cores, contraste mais acen-

Didatismo e Conhecimento 35
INFORMÁTICA BÁSICA
tuado e com uma alta definição. Sua espessura média é apenas
3 centímetros e estes aparelhos consomem menos da metade da
eletricidade de um monitor de LCD comum.
OLED: baseado em um princípio similar ao plasma, o OLED
utiliza diodos orgânicos de carbono no lugar das células de plas-
ma. Além da iluminação, eles se encarregam de gerar as imagens,
dispensando o cristal líquido e resultando em uma imagem melhor
e gerada mais rapidamente. Como estas moléculas podem ser po-
sicionadas diretamente sobre a superfície da tela, apenas 3 mm de
espessura são necessários para produzir imagens com uma quali-
dade excelente.
Monitor 3D: enquanto os monitores comuns reproduzem grá- Impressora a jato de tinta (à esquerda); impressora a laser (à
ficos tridimensionais na superfície 2D da tela, os monitores 3D direita)
aumentam a noção de profundidade, textura e volume dos objetos Impressora Matricial
representados na tela. Exigem placas gráficas especializadas e, na A impressora matricial faz parte da categoria impressoras de
maior parte dos modelos, óculos específicos também são neces- impacto, ou seja, a impressão é feita por impacto, contra uma fita
sários. tintada que vai realizar a impressão no papel. Ela utiliza dois tipos
de tecnologia. Uma delas, chamada de margarida, “busca” a letra
que se quer imprimir, lembrando uma máquina de escrever. O ou-
tro padrão liga pontos por meio de agulhas e, desta forma, é até
possível obter pequenos gráficos e imagens.
Vantagens da impressora matricial, ainda nos dias de hoje:
- É possível imprimir vários papéis de uma vez só utilizando
papel carbono. Esta função pode parecer ultrapassada para as no-
vas gerações, mas tem utilidade em estabelecimentos comerciais,
por exemplo.
- Para quem vai imprimir grande quantidade, terá ainda uma
redução no custo final, já que a essa impressora tem a seu favor a
resistência e o baixo preço dos suprimentos, se você levar em con-
sideração que é uma impressora para uso empresarial.
- A impressora matricial é bem resistente, ideal para fazer par-
te de indústrias.

Impressora a jato de tinta


Monitor Holográfico:  ficção científica de um futuro distan- Trabalha com o gotejamento de tinta conforme a necessidade
te? Através de uma base posicionada sobre a mesa, hologramas da imagem a ser impressa.
são projetados em um fluido disperso no ar, exatamente como nos Possui apenas algumas cores, as mesmas são misturadas auto-
filmes futuristas. A imagem não necessita de nenhum meio sóli- maticamente pela impressora para obter uma cor desejada.
do para ser projetada e alguns modelos exploram a interação do O preço dos cartuchos é consideravelmente baixo, o que faci-
usuário com a imagem, ou seja, você utiliza sua mão como mouse lita o seu uso doméstico, além do que o preço de um aparelho do
diretamente sobre os objetos no ar. tipo sai mais em conta.

Impressora Impressora a laser


Uma impressora transfere dados de um computador para o pa- A impressora a laser utiliza um método que usa um laser,
pel. Você não precisa de impressora para usar o computador, mas, criando uma carga eletrostática no papel.
se tiver uma, poderá imprimir emails, cartões, convites, anúncios e Essa carga eletrostática atrai a tinta para a área carregada,
outros materiais. Muitas pessoas também preferem imprimir suas criando as imagens e palavras que são impressas.
fotos em casa. Isso permite a impressão com maior velocidade e quantidade,
Os dois principais tipos de impressora são a jato de tinta e a causando economia no tempo e na impressão de muitas unidades.
laser. As impressoras a jato de tinta são as mais populares para uso Possui como carga o toner, uma peça que armazena a tinta que
doméstico. Elas podem imprimir em preto e branco ou em cores é usada e, por ser cara, muitas empresas utilizam apenas a impres-
e produzem fotos de alta qualidade quando usadas com papel es- são em preto e branco nas referidas impressoras.
pecial. As impressoras a laser são mais rápidas e mais adequadas Pode imprimir com muita qualidade, dependendo da impres-
para uso intenso. sora, porém impressoras do tipo custam mais se comparadas com
as a jato de tinta.

Didatismo e Conhecimento 36
INFORMÁTICA BÁSICA
ESTABILIZADORES E NOBREAKS SOFTWARE
O conceito de software refere-se a todos os elementos de pro-
Estabilizadores gramação de um sistema de computação, isto é, todos os progra-
Sua principal função é proteger os aparelhos eletrônicos das mas, sejam de aplicação ou básicos do sistema, contrastando com
variações de tensão que recebem da rede elétrica. Por isso, espera- a parte física e visível do sistema - o hardware.
se que os estabilizadores sejam capazes de nivelar a tensão elétrica Podem ser classificados em softwares básicos ou softwares
e a voltagem da rede, de forma que os picos de energia não afetem aplicativos.
diretamente os aparelhos eletrônicos.
Quando ocorre aumento de tensão na rede, os estabilizadores Softwares básicos
agem como reguladores da voltagem de cada aparelho, evitando
que eles sejam queimados. E quando a rede sofre queda de tensão, São os programas que definem o padrão do equipamento, sen-
o estabilizador aumenta a sua tensão, impedindo que os aparelhos do necessários para o funcionamento do computador.
desliguem. Os tipos de software básico são: sistema operacional, ambien-
Porém, estes aparelhos possuem alguns fatores que abalam te operacional, linguagens de programação, tradutores e utilitários.
sua usabilidade, dos quais podemos destacar: a ausência de dispo-
sitivos capazes de purificar a energia elétrica distribuída, um alto a) Sistema operacional
tempo de resposta, além da ausência de energia reserva, o que tor- O sistema operacional (figura 1.16) é a interface básica entre
na o produto não utilizável em caso de quedas de energia. usuário e o computador, pois é um gerenciador de recursos, alo-
No-breaks cando o hardware, o software e os dados. Em resumo, é um siste-
Os no-breaks, além de terem a função de proteção dos equi- ma (programa de controle mestre) que controla e coordena todas
pamentos elétricos, também trabalham como estabilizadores da as operações básicas do sistema de computação.
tensão elétrica e servem como fonte de energia em casos de inter-
rupção no fornecimento.
Este equipamento funciona usando baterias para armazenar
energia, que é carregada enquanto está conectada a uma tomada.
No caso de haver um apagão, o no-break passa a fornecer energia,
que permite que os aparelhos continuem funcionando normalmen-
te por um certo período de tempo, que varia de acordo com a au-
tonomia da bateria.
O armazenamento de energia do no-break é uma de suas prin-
cipais vantagens em relação ao estabilizador, pois somente esta
reserva de energia permite que os dados sejam salvos e os equipa-
mentos sejam desligados adequadamente.
Outra vantagem importante do no-break sobre o estabiliza-
dor é o nível de proteção e confiabilidade do sistema, que pode
proteger até contra os 9 principais problemas elétricos existentes,
dependendo da tecnologia do no-break.

Alto-falantes
Os alto-falantes são usados para tocar som. Eles podem vir
embutidos na unidade de sistema ou ser conectados com cabos.
São eles que permitem ouvir música e efeitos de som no compu-
tador.

Alto-falantes do computador

Didatismo e Conhecimento 37
INFORMÁTICA BÁSICA

Funções do sistema operacional.

Existem diferentes sistemas operacionais. Os sistemas operacionais são compostos por duas (2) partes no que diz respeito a localização
física na memória do computador.
Uma parte está gravada em chip de memória ROM onde estão as rotinas mais fundamentais de coordenação e tradução de fluxos de
dados de fontes não similares (unidades de disco ou disk drives, os co-processadores que são chips de processamento que trabalha paralela-
mente à unidade central, mas com operações diferentes), como: acionar e ler a unidade de disco, colocar mensagens no monitor, verificar se
o teclado está funcionando, etc.; sendo que a quantidade de rotinas gravadas na memória ROM depende de cada fabricante.
A outra parte do sistema operacional será carregada na memória RAM do sistema normalmente em duas (2) etapas:
- A 1ª. é totalmente transferida para a RAM quando o sistema é ligado;
- A 2ª. é carregada na memória à medida que é solicitada.
Os sistemas operacionais são, às vezes, chamados de firmware, por serem programas que podem ser fornecidos pelo fabricante do
equipamento. No caso de PC´s, podem vir gravados na memória ROM ou na EEPROM. O padrão é virem em disquetes ou já gravados no
winchester.
Os programas que compõem o sistema operacional são, na maioria dos casos, escritos em linguagem de programação de baixo nível.
Os sistemas operacionais podem ser classificados de acordo com suas características de funcionamento em: sistema monousuário, sis-
tema multiusuário, sistema monotarefa e sistema multitarefa.
b) Ambiente operacional
São ambientes que adicionam recursos ao sistema operacional para permitir uma interface gráfica com o usuário, ou seja, é um sistema
operacional com recursos gráficos.
c) Linguagens de programação
É um conjunto de símbolos (vocabulário) e regras (gramática) que especificam como transmitir informações entre usuários e compu-
tador.
As linguagens de programação estão divididas em: linguagem de máquina, linguagem de baixo nível e linguagem de alto nível.
A linguagem de máquina é baseada em código binário, em 0s e 1s. É utilizada diretamente pelo computador.
Exemplo:

A linguagem de baixo nível é uma simplificação da linguagem de máquina. Faz uso de códigos mnemônicos para expressar as instru-
ções. Exemplo: Assembly

Didatismo e Conhecimento 38
INFORMÁTICA BÁSICA
A linguagem de alto nível utiliza a combinação de um conjunto de símbolos de acordo com certas regras de sintaxe para expressar uma
sequência de operações de máquina. É uma linguagem que não exige conhecimento do código de máquina.

Como exemplos de linguagens de alto nível tem-se: FORTRAN ( FORmula TRANslator), ALGOL (ALGOrithimic Language), CO-
BOL (Common Business Oriented Language), BASIC (Beginner’s All-purpose Symbolic Instruction Code), PASCAL, LOGO, C, LISP,
PROLOG, etc.

d) Tradutores
Mas, se os computadores trabalham internamente com a linguagem de máquina, como é que podemos fazer programas usando lingua-
gem de baixo ou de alto nível?
É que existem tradutores que lêem uma linguagem de programação e a transformam para linguagem de máquina. Existem 3 tipos de
tradutores:
- Montador: lê uma linguagem de baixo nível e transforma para linguagem de máquina.
- Interpretador: lê uma linguagem de alto nível e transforma para linguagem de máquina.
- Compilador: lê uma linguagem de alto nível e transforma para linguagem de máquina.
Mas qual a diferença entre interpretador e compilador?
Compilador
1) Lê e analisa todo o programa fonte (escrito em linguagem de alto nível) e traduz para linguagem de máquina.
2) Cria um programa objeto que corresponde às instruções em linguagem de máquina.
3) Executa-se direto o programa objeto.
4) Traduz tudo de uma vez. Se encontrar erro, é preciso voltar ao programa fonte, corrigir, recompilar e executar novamente o programa
objeto.

Interpretador
1) Interpreta cada comando e executa. Faz linha a linha. Não traduz todo o programa para depois executar.
2) Não gera programa objeto.
3) Executa-se o programa fonte e sempre é necessário interpretar antes.
4) Se encontrar erro avisa na hora. Então, se edita o programa fonte, corrige-se o erro e interpreta-se novamente.
e) Utilitários
São programas que ampliam os recursos do sistema facilitando o uso e auxiliando a manutenção de programas. Administram o ambiente
oferecendo ferramentas ao usuário para organizar os discos, verificar memória, corrigir falhar, etc.
- Formatadores;
- Programas de backup;
- Compactadores de disco
- Desfragmentadores: regravam de forma mais eficiente os arquivos que foram fragmentados pelo sistema operacional. Ou seja, faz com
que um arquivo que foi armazenado em “pedaços” seja armazenado de forma contígua;
- Antivírus: detectam a presença de algum vírus e tenta eliminá-lo.
Estes programas recebem o nome de utilitários por serem úteis ao sistema computacional.

Softwares aplicativos
São os programas voltados para a solução de problemas do usuário. Podem ser de:
- Uso geral: são programas que podem ser utilizados em vários tipos de aplicações. Exemplos: editores de texto, gráficos, planilhas,
gerenciadores de banco de dados, etc.
- Uso específico: se destinam exclusivamente a um único tipo de aplicação. Exemplos: folha de pagamento, crediário, imposto de renda,
cadastro, contas a pagar e receber, etc.

REDES DE COMPUTADORES

As redes de computadores são interconexões de sistemas de comunicação de dados que podem compartilhar recursos de hardware e de
software, assim, rede é um mecanismo através do qual computadores podem se comunicar e/ou compartilhar hardware e software;
A tecnologia hoje disponível permite que usuários se liguem a um computador central, a qualquer distância, através de sistemas de
comunicação de dados.

Didatismo e Conhecimento 39
INFORMÁTICA BÁSICA
Um sistema de comunicação de dados consiste em estações, • Fibra Óptica: Baseada na introdução do uso da fibra óptica,
canais, equipamentos de comunicação e programas específicos substituindo o par metálico;
que unem os vários elementos do sistema, basicamente estações, a • Par Metálico: Constituída pela rede de telefonia, porém tra-
um computador central. fegando dados, voz e imagem;
Estação é qualquer tipo de dispositivo capaz de se comunicar • Satélite: O equipamento funciona como receptor, repetidor
com outro, através de um meio de transmissão, incluindo e regenerador do sinal que se encontra no espaço, de modo que
computadores, terminais, dispositivos periféricos, telefones, reenvia à terra um sinal enviado de um ponto a outro que faz uso
transmissores e receptores de imagem, entre outros. do satélite para conexão;
• Rede Elétrica: Faz uso dos cabos de cobre da rede de energia
Os elementos básicos de uma rede são: para a transmissão de voz, dados e imagens.
• Host: Equipamento conectado na rede;
• Nó ou Processamento: Ponto de conexão e comunicação de Dispositivos
hosts;
• Transporte ou Transmissão: Faz interligação dos nós através • Modem
da transmissão em longas distâncias;
• Acesso: Elemento que faz a interligação do usuário ao nó;

Tipos de Rede

Quanto ao alcance:
• Rede Local (LAN – Local Area Network);
Rede de abrangência local e que geralmente não ultrapassa o
prédio onde a mesma se encontra, ou seja, rede formada por um
grupo de computadores conectados entre si dentro de certa área; Converte um sinal analógico em digital e vice-versa;
• Rede Metropolitana (MAN – Metropolitan Area Network);
Rede de abrangência maior e que geralmente não ultrapassa a • Hub
área de uma cidade;
• Rede de Longa Distância (WAN – Wide Area Network);

Rede de longa distância e que em sua maioria não ultrapassa


a área do país;
• Rede Global (GAN – Global Area Network) Denominadas
de redes globais pois abrangem máquinas em conexão em qualquer
área do globo. Equipamento de rede indicado para conexão de poucos ter-
minais;
Quanto à conexão:
• Internet: Rede internacional de computadores. • Switch
• Intranet: Rede interna de uma empresa.
• Extranet: Conexão de redes, que utilizam como meio a
internet.

Topologia
• Estrela: Um computador central controla a rede;
• Anel: Computadores conectados em forma circular;
• Barramento: Conecta todos os nós em uma linha e pode
preservar a rede se um computador falhar.

Equipamento de rede que divide uma rede de computadores


As estruturas formadas pelos meios de conexão entregam ao de modo a não torná-la lenta;
usuário o serviço de comunicação que ele necessita. Esta estrutura
pode ser formada por: • Bridge
• Cabo Coaxial: Utiliza cabos rígidos de cobre e na atualidade
é utilizada em parceria com a fibra óptica para distribuição de TV
a cabo;
• Onda de Rádio: Também conhecida por Wireless, substitui o
uso dos pares metálicos e das fibras, utilizando o ar como meio de
propagação dos dados;

Didatismo e Conhecimento 40
INFORMÁTICA BÁSICA
Dispositivo de rede que liga uma ou mais redes que se encon- Diferente do Windows Vista, que introduziu muitas novida-
tram com certa distância; des, o Windows 7 é uma atualização mais modesta e direcionada
para a linha Windows, tem a intenção de torná-lo totalmente com-
• Roteador patível com aplicações e hardwares com os quais o Windows Vista
já era compatível.
Apresentações dadas pela companhia no começo de 2008
mostraram que o Windows 7 apresenta algumas variações como
uma barra de tarefas diferente, um sistema de “network” chamada
de “HomeGroup”, e aumento na performance.
· Interface gráfica aprimorada, com nova barra de tarefas e
suporte para
Equipamento que permite a comunicação entre computadores telas touch screen e multi-táctil (multi-touch)
e redes que se encontram distantes; · Internet Explorer 8;
· Novo menu Iniciar;
· Nova barra de ferramentas totalmente reformulada;
· Comando de voz (inglês);
2. SISTEMA OPERACIONAL. · Gadgets sobre o desktop;
2.1. MS WINDOWS 7 E 8. · Novos papéis de parede, ícones, temas etc.;
2.2. LINUX. · Conceito de Bibliotecas (Libraries), como no Windows Me-
dia Player,
integrado ao Windows Explorer;
· Arquitetura modular, como no Windows Server 2008;
AMBIENTE WINDOWS · Faixas (ribbons) nos programas incluídos com o Windows
(Paint e
O Windows é o sistema operacional para computadores pes- WordPad, por exemplo), como no Office 2007;
soais mais usado no mundo. Com certeza, se você não o está usan- · Aceleradores no Internet Explorer 8;
do agora, já o usou em algum momento. Embora nos últimos anos, · Aperfeiçoamento no uso da placa de vídeo e memória RAM;
o Windows venha perdendo espaço para o Linux e para o Mac OS · Home Groups;
X, esse sistema operacional ainda possui grande fatia do mercado · Melhor desempenho;
de computadores no mundo. · Windows Media Player 12;
É um sistema operacional, isto é, um conjunto de programas · Nova versão do Windows Media Center;
(softwares) que permite administrar os recursos de um computa- · Gerenciador de Credenciais;
dor. · Instalação do sistema em VHDs;
A principal novidade que o Windows trouxe desde as suas ori- · Nova Calculadora, com interface aprimorada e com mais
gens foi o seu atrativo visual e a sua facilidade de utilização. Aliás, funções;
o seu nome (traduzido da língua inglesa como “janelas”) deve-se
precisamente à forma sob a qual o sistema apresenta ao utilizador · Reedição de antigos jogos, como Espadas Internet, Gamão
os recursos do seu computador, o que facilita as tarefas diárias. Internet e
Internet Damas;
· Windows XP Mode;
Uma janela é uma área visual contendo algum tipo de inter- · Aero Shake;
face do utilizador, exibindo a saída do sistema ou permitindo a Apesar do Windows 7 conter muitos novos recursos o número
entrada de dados. Uma interface gráfica do utilizador que use jane- de capacidades e certos programas que faziam parte do Windows
las como uma de suas principais metáforas é chamada sistema de Vista não estão mais presentes ou mudaram, resultando na remo-
janelas, como um gerenciador de janela. ção de certas funcionalidades. Mesmo assim, devido ao fato de
As janelas são geralmente apresentadas como objetos bidi- ainda ser um sistema operacional em desenvolvimento, nem todos
mensionais e retangulares, organizados em uma área de trabalho. os recursos podem ser definitivamente considerados excluídos.
Normalmente um programa de computador assume a forma de Fixar navegador de internet e cliente de e-mail padrão no
uma janela para facilitar a assimilação pelo utilizador. Entretanto, menu Iniciar e na área de trabalho (programas podem ser fixados
o programa pode ser apresentado em mais de uma janela, ou até manualmente).
mesmo sem uma respectiva janela. Windows Photo Gallery, Windows Movie Maker, Windows
O Windows apresenta diversas versões através dos anos e di- Mail e Windows
ferentes opções para o lar, empresa, dispositivos móveis e de acor- Calendar foram substituídos pelas suas respectivas contrapar-
do com a variação no processador. tes do Windows Live, com a perda de algumas funcionalidades.
O Windows 7, assim como o Windows Vista, estará disponível
Windows 7 em cinco diferentes edições, porém apenas o Home Premium, Pro-
O Windows 7 foi lançado para empresas no dia 22 de julho de fessional e Ultimate serão vendidos na maioria dos países, restando
2009, e começou a ser vendido livremente para usuários comuns outras duas edições que se concentram em outros mercados, como
dia 22 de outubro de 2009. mercados de empresas ou só para países em desenvolvimento.

Didatismo e Conhecimento 41
INFORMÁTICA BÁSICA
Cada edição inclui recursos e limitações, sendo que só o Ultimate
não tem limitações de uso. Segundo a Microsoft, os recursos para
todas as edições do Windows 7 são armazenadas no computador.
Um dos principais objetivos da Microsoft com este novo Win-
dows é proporcionar uma melhor interação e integração do siste-
ma com o usuário, tendo uma maior otimização dos recursos do
Windows 7, como maior autonomia e menor consumo de energia,
voltado a profissionais ou usuários de internet que precisam in-
teragir com clientes e familiares com facilidade, sincronizando e
compartilhando facilmente arquivos e diretórios.
Recursos
Segundo o site da própria Microsoft, os recursos encontrados
no Windows 7 são fruto das novas necessidades encontradas pe-
los usuários. Muitos vêm de seu antecessor, Windows Vista, mas
existem novas funcionalidades exclusivas, feitas para facilitar a Microsoft Surface Collage,
utilização e melhorar o desempenho do SO (Sistema Operacional) desenvolvido para usar tela sensível ao toque.
no computador.
Vale notar que, se você tem conhecimentos em outras versões Lista de Atalhos
do Windows, não terá que jogar todo o conhecimento fora. Ape- Novidade desta nova versão, agora você pode abrir diretamen-
nas vai se adaptar aos novos caminhos e aprender “novos truques” te um arquivo recente, sem nem ao menos abrir o programa que
enquanto isso. você utilizou. Digamos que você estava editando um relatório em
seu editor de texto e precisou fechá-lo por algum motivo. Quando
Tarefas Cotidianas quiser voltar a trabalhar nele, basta clicar com o botão direito sob
Já faz tempo que utilizar um computador no dia a dia se tornou o ícone do editor e o arquivo estará entre os recentes.
comum. Não precisamos mais estar em alguma empresa enorme Ao invés de ter que abrir o editor e somente depois se preocu-
para precisar sempre de um computador perto de nós. O Windows par em procurar o arquivo, você pula uma etapa e vai diretamente
7 vem com ferramentas e funções para te ajudar em tarefas comuns para a informação, ganhando tempo.
do cotidiano.

Grupo Doméstico
Ao invés de um, digamos que você tenha dois ou mais compu-
tadores em sua casa. Permitir a comunicação entre várias estações
vai te poupar de ter que ir fisicamente aonde a outra máquina está
para recuperar uma foto digital armazenada apenas nele.
Com o Grupo Doméstico, a troca de arquivos fica simplificada
e segura. Você decide o que compartilhar e qual os privilégios que
os outros terão ao acessar a informação, se é apenas de visualiza-
ção, de edição e etc.
Tela sensível ao toque
O Windows 7 está preparado para a tecnologia sensível ao
toque com opção a multitoque, recurso difundido pelo iPhone.
O recurso multitoque percebe o toque em diversos pontos da
tela ao mesmo tempo, assim tornando possível dimensionar uma
imagem arrastando simultaneamente duas pontas da imagem na
tela.
O Touch Pack para Windows 7 é um conjunto de aplicativos e
jogos para telas sensíveis ao toque. O Surface Collage é um aplica-
tivo para organizar e redimensionar fotos. Nele é possível montar
slide show de fotos e criar papeis de parede personalizados. Essas Exemplo de arquivos recentes no Paint.
funções não são novidades, mas por serem feitas para usar uma
tela sensível a múltiplos toques as tornam novidades. Pode, inclusive, fixar conteúdo que você considere importan-
te. Se a edição de um determinado documento é constante, vale a
pena deixá-lo entre os “favoritos”, visto que a lista de recentes se
modifica conforme você abre e fecha novos documentos.

Didatismo e Conhecimento 42
INFORMÁTICA BÁSICA
Snap Windows Explorer
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum ver vá- O que você encontra pelo menu iniciar é uma pequena parte
rias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recurso de Snap, você do total disponível.
pode posicioná-las de um jeito prático e divertido. Basta apenas Fazendo a busca pelo Windows Explorer – que é acionado
clicar e arrastá-las pelas bordas da tela para obter diferentes posi- automaticamente quando você navega pelas pastas do seu compu-
cionamentos. tador – você encontrará uma busca mais abrangente.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a compara- Em versões anteriores, como no Windows XP, antes de se
ção de janelas. Por exemplo, jogue uma para a esquerda e a outra fazer uma busca é necessário abrir a ferramenta de busca. No 7,
na direita. Ambas ficaram abertas e dividindo igualmente o espaço precisamos apenas digitar os termos na caixa de busca, que fica no
pela tela, permitindo que você as veja ao mesmo tempo. canto superior direito.

Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e estendido.
Podemos fazer buscas mais simples e específicas diretamente do
menu iniciar, mas foi mantida e melhorada a busca enquanto você
navega pelas pastas.

Menu iniciar
As pesquisas agora podem ser feitas diretamente do menu
iniciar. É útil quando você necessita procurar, por exemplo, pelo
atalho de inicialização de algum programa ou arquivo de modo
rápido.
“Diferente de buscas com as tecnologias anteriores do Windo- Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; Windows 7
ws Search, a pesquisa do menu início não olha apenas aos nomes Bible, pg 774).
de pastas e arquivos.
Considera-se o conteúdo do arquivo, tags e propriedades tam-
bém” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 770). A busca não se limita a digitação de palavras. Você pode apli-
Os resultados são mostrados enquanto você digita e são divi- car filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas, todas as can-
didos em categorias, para facilitar sua visualização. ções do gênero Rock. Existem outros, como data, tamanho e tipo.
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua busca pode Dependendo do arquivo que você procura, podem existir outras
ser dividido. classificações disponíveis.
· Programas Imagine que todo arquivo de texto sem seu computador possui
· Painel de Controle um autor. Se você está buscando por arquivos de texto, pode ter a
· Documentos opção de filtrar por autores.
· Música
· Arquivos Controle dos pais
Não é uma tarefa fácil proteger os mais novos do que visuali-
zam por meio do computador. O Windows 7 ajuda a limitar o que
pode ser visualizado ou não. Para que essa funcionalidade fique
disponível, é importante que o computador tenha uma conta de ad-
ministrador, protegida por senha, registrada. Além disso, o usuário
que se deseja restringir deve ter sua própria conta.
As restrições básicas que o 7 disponibiliza:
· Limite de Tempo: Permite especificar quais horas do dia que
o PC pode ser utilizado.
· Jogos: Bloqueia ou permite jogar, se baseando pelo horário
e também pela classificação do jogo. Vale notar que a classificação
já vem com o próprio game.
· Bloquear programas: É possível selecionar quais aplicativos
estão autorizados a serem executados.
Fazendo download de add-on’s é possível aumentar a quanti-
dade de restrições, como controlar as páginas que são acessadas, e
até mesmo manter um histórico das atividades online do usuário.

Central de ações
A central de ações consolida todas as mensagens de segurança
e manutenção do Windows. Elas são classificadas em vermelho
Ao digitar “pai” temos os itens que (importante – deve ser resolvido rapidamente) e amarelas (tarefas
contêm essas letras em seu nome. recomendadas).

Didatismo e Conhecimento 43
INFORMÁTICA BÁSICA
O painel também é útil caso você sinta algo de estranho no O próprio sistema já vem com algumas, mas se sentir necessi-
computador. Basta checar o painel e ver se o Windows detectou dade, pode baixar ainda mais opções da internet.
algo de errado.

Gadgets de calendário e relógio.


A central de ações e suas opções.
Temas
Como nem sempre há tempo de modificar e deixar todas as
- Do seu jeito
configurações exatamente do seu gosto, o Windows 7 disponibiliza
O ambiente que nos cerca faz diferença, tanto para nossa qua-
temas, que mudam consideravelmente os aspectos gráficos, como
lidade de vida quanto para o desempenho no trabalho. O compu-
em papéis de parede e cores.
tador é uma extensão desse ambiente. O Windows 7 permite uma
alta personalização de ícones, cores e muitas outras opções, dei-
ClearType
xando um ambiente mais confortável, não importa se utilizado no
“Clear Type é uma tecnologia que faz as fontes parecerem
ambiente profissional ou no doméstico.
mais claras e suaves no monitor. É particularmente efetivo para
Muitas opções para personalizar o Windows 7 estão na página monitores LCD, mas também tem algum efeito nos antigos mode-
de Personalização1, que pode ser acessada por um clique com o los CRT(monitores de tubo). O Windows 7 dá suporte a esta tec-
botão direito na área de trabalho e em seguida um clique em Per- nologia” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 163, tradução nossa).
sonalizar.
É importante notar que algumas configurações podem deixar Novas possibilidades
seu computador mais lento, especialmente efeitos de transparên- Os novos recursos do Windows 7 abrem, por si só, novas pos-
cia. Abaixo estão algumas das opções de personalização mais in- sibilidades de configuração, maior facilidade na navega, dentre
teressantes. outros pontos. Por enquanto, essas novidades foram diretamente
aplicadas no computador em uso, mas no 7 podemos também inte-
Papéis de Parede ragir com outros dispositivos.
Os papéis de parede não são tamanha novidade, virou prati-
camente uma rotina entre as pessoas colocarem fotos de ídolos, Reproduzir em
paisagens ou qualquer outra figura que as agrade. Uma das novi- Permitindo acessando de outros equipamentos a um computa-
dades fica por conta das fotos que você encontra no próprio SO. dor com o Windows 7, é possível que eles se comuniquem e seja
Variam de uma foto focando uma única folha numa floresta até possível tocar, por exemplo, num aparelho de som as músicas que
uma montanha. você tem no HD de seu computador.
A outra é a possibilidade de criar um slide show com várias É apenas necessário que o aparelho seja compatível com o
fotos. Elas ficaram mudando em sequência, dando a impressão que Windows 7 – geralmente indicado com um logotipo “Compatível
sua área de trabalho está mais viva. com o Windows 7».

Gadgets Streaming de mídia remoto


As “bugigangas” já são conhecidas do Windows Vista, mas Com o Reproduzir em é possível levar o conteúdo do compu-
eram travadas no canto direito. Agora elas podem ficar em qual- tador para outros lugares da casa. Se quiser levar para fora dela,
quer local do desktop. uma opção é o Streaming de mídia remoto.
Servem para deixar sua área de trabalho com elementos sor- Com este novo recurso, dois computadores rodando Windows
tidos, desde coisas úteis – como uma pequena agenda – até as de 7 podem compartilhar músicas através do Windows Media Player
gosto mais duvidosas – como uma que mostra o símbolo do Corin- 12. É necessário que ambos estejam associados com um ID online,
thians. Fica a critério do usuário o que e como utilizar. como a do Windows Live.

Didatismo e Conhecimento 44
INFORMÁTICA BÁSICA
Personalização O print screen agora tem um aplicativo que permite capturar
Você pode adicionar recursos ao seu computador alterando o de formas diferentes a tela, como por exemplo, a tela inteira, partes
tema, a cor, os sons, o plano de fundo da área de trabalho, a pro- ou áreas desenhadas da tela com o mouse.
teção de tela, o tamanho da fonte e a imagem da conta de usuário.
Você pode também selecionar “gadgets” específicos para sua área
de trabalho.
Ao alterar o tema você inclui um plano de fundo na área de
trabalho, uma proteção de tela, a cor da borda da janela sons e, às
vezes, ícones e ponteiros de mouse.
Você pode escolher entre vários temas do Aero, que é um vi-
sual premium dessa versão do Windows, apresentando um design
como o vidro transparente com animações de janela, um novo
menu Iniciar, uma nova barra de tarefas e novas cores de borda
de janela.
Use o tema inteiro ou crie seu próprio tema personalizado al-
terando as imagens, cores e sons individualmente. Você também
pode localizar mais temas online no site do Windows. Você tam-
bém pode alterar os sons emitidos pelo computador quando, por
exemplo, você recebe um e-mail, inicia o Windows ou desliga o
computador.

O plano de fundo da área de trabalho, chamado de papel de Aplicativo de copiar tela (botão print screen).
parede, é uma imagem, cor ou design na área de trabalho que cria O Paint foi reformulado, agora conta com novas ferramentas
um fundo para as janelas abertas. Você pode escolher uma imagem e design melhorado, ganhou menus e ferramentas que parecem do
para ser seu plano de fundo de área de trabalho ou pode exibir uma Office 2007.
apresentação de slides de imagens. Também pode ser usada uma
proteção de tela onde uma imagem ou animação aparece em sua
tela quando você não utiliza o mouse ou o teclado por determinado
período de tempo. Você pode escolher uma variedade de proteções
de tela do Windows.
Aumentando o tamanho da fonte você pode tornar o texto, os
ícones e outros itens da tela mais fáceis de ver. Também é possível
reduzir a escala DPI, escala de pontos por polegada, para diminuir
o tamanho do texto e outros itens na tela para que caibam mais
informações na tela.
Outro recurso de personalização é colocar imagem de conta
de usuário que ajuda a identificar a sua conta em um computador.
A imagem é exibida na tela de boas vindas e no menu Iniciar. Você
pode alterar a imagem da sua conta de usuário para uma das ima-
gens incluídas no Windows ou usar sua própria imagem.
E para finalizar você pode adicionar “gadgets” de área de tra-
balho, que são miniprogramas personalizáveis que podem exibir
continuamente informações atualizadas como a apresentação de
slides de imagens ou contatos, sem a necessidade de abrir uma Paint com novos recursos.
nova janela.
O WordPad também foi reformulado, recebeu novo visual
Aplicativos novos mais próximo ao Word 2007, também ganhou novas ferramentas,
Uma das principais características do mundo Linux é suas assim se tornando um bom editor para quem não tem o Word 2007.
versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário não precisa A calculadora também sofreu mudanças, agora conta com 2
ficar baixando arquivos após instalar o sistema, o que não ocorre novos modos, programador e estatístico. No modo programador
com as versões Windows. ela faz cálculos binários e tem opção de álgebra booleana. A esta-
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora existe uma tística tem funções de cálculos básicos.
serie de aplicativos juntos com o Windows 7, para que o usuário Também foi adicionado recurso de conversão de unidades
não precisa baixar programas para atividades básicas. como de pés para metros.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desktop e
também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque, equa-
ções matemáticas escritas na tela são convertidas em texto, para
poder adicioná-la em um processador de texto.

Didatismo e Conhecimento 45
INFORMÁTICA BÁSICA
· Unidade de DVD-R/W
· Conexão com a Internet (para obter atualizações)

Atualizar de um SO antigo
O melhor cenário possível para a instalação do Windows 7 é
com uma máquina nova, com os requisitos apropriados. Entretan-
to, é possível utilizá-lo num computador antigo, desde que atenda
as especificações mínimas.
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista instala-
do, você terá a opção de atualizar o sistema operacional. Caso sua
máquina utilize Windows XP, você deverá fazer a re-instalação do
sistema operacional.
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito provavelmen-
te seu computador não atende aos requisitos mínimos. Entretanto,
nada impede que você tente fazer a reinstalação.

Calculadora: 2 novos modos. Atualização


“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows 7 em
seu computador, pois mantém os arquivos, as configurações e os
programas do Windows Vista no lugar” (Site da Microsoft, http://
windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-win-
dows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui conheci-
mento ou tempo para fazer uma instalação do método tradicional.
Optando por essa opção, ainda devesse tomar cuidado com a com-
patibilidade dos programas, o que funciona no Vista nem sempre
funcionará no 7.

Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser efetuada,
a instalação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se deseja
utilizar, como drivers e documentos de texto, pois todas as infor-
WordPad remodelado mações no computador serão perdidas. Quando iniciar o Windows
7, ele vai estar sem os programas que você havia instalado e com
Requisitos as configurações padrão.
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve em
relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de hardware Desempenho
(peças) relativamente boa, para que seja utilizado sem problemas De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7 se ele
de desempenho. mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida por seu anteces-
Esta é a configuração mínima: sor. Testes indicam que a nova versão tem ganhou alguns pontos
· Processador de 1 GHz (32-bit) na velocidade.
· Memória (RAM) de 1 GB O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho: “Seu sis-
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de tema operacional toma conta do gerenciamento do processador e
memória (sem memória para você” (Jim Boyce; Windows 7 Bible, pg 1041, tra-
Windows Aero) dução nossa).
· Espaço requerido de 16GB Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de não
· DVD-ROM ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prioriza o que o
· Saída de Áudio usuário está interagindo (tarefas “foreground”).
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de lentidão Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois são
e ainda usufruir de recursos como o Aero, o recomendado é a se- naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da visão” do
guinte configuração. usuário, dando a impressão que o computador não está lento.
Configuração Recomendada: Essa característica permite que o usuário não sinta uma lenti-
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) dão desnecessária no computador.
· Memória (RAM) de 2 GB Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada vez mais
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o sistema operacio-
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos DirectX 9 nal se torne um forte consumidor de memória e processamento. O
com 256 MB 7 disponibiliza vários recursos de ponta e mantêm uma performan-
de memória (para habilitar o tema do Windows Aero) ce satisfatória.

Didatismo e Conhecimento 46
INFORMÁTICA BÁSICA
Monitor de desempenho Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e tam-
Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma ferramenta bém poderá ser encontrada em computadores novos.
poderosa para verificar como o sistema está se portando. Podem-
se adicionar contadores (além do que já existe) para colher ainda Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas
mais informações e gerar relatórios. Mais voltada para as pequenas empresas, a versão Professio-
nal do Windows 7 possuirá diversos recursos que visam facilitar
Monitor de recursos a comunicação entre computadores e até mesmo impressoras de
Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra infor- uma rede corporativa.
mações sobre o uso do processador, da memória, disco e conexão Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o Domain
à rede. Join, que ajuda os computadores de uma rede a “se enxergarem”
e conseguirem se comunicar. O Location Aware Printing, por sua
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES vez, tem como objetivo tornar muito mais fácil o compartilhamen-
to de impressoras.
Windows 7 Starter Como empresas sempre estão procurando maneiras para se
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Windows proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz o Encrypting
é a mais simples e básica de todas. A Barra de Tarefas foi comple- File System, que dificulta a violação de dados. Esta versão também
tamente redesenhada e não possui suporte ao famoso Aero Glass. será encontrada em lojas de varejo ou computadores novos.
Uma limitação da versão é que o usuário não pode abrir mais do
que três aplicativos ao mesmo tempo. Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Esta versão será instalada em computadores novo apenas nos Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma versão
países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e Brasil. Disponí- mais voltada para empresas de médio e grande porte, só poderá
vel apenas na versão de 32 bits. ser adquirida com licenciamento para diversas máquinas. Acumula
todas as funcionalidades citadas na edição Professional e possui
Windows 7 Home Basic recursos mais sofisticados de segurança.
Esta é uma versão intermediária entre as edições Starter e Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável pela crip-
Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá também a tografia de dados e o AppLocker, que impede a execução de progra-
versão de 64 bits e permitirá a execução de mais de três aplicativos mas não-autorizados. Além disso, há ainda o BrachCache, para tur-
ao mesmo tempo. binar transferência de arquivos grandes e também o DirectAccess,
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass que dá uma super ajuda com a configuração de redes corporativas.
nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um pouco
da principal novidade do Windows 7. Computadores novos pode- Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
rão contar também com a instalação desta edição, mas sua venda Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas, pois con-
será proibida nos Estados Unidos. tém todas as funcionalidades já citadas neste artigo e mais algumas.
Apesar de sua venda não ser restrita às empresas, o Microsoft dispo-
Windows 7 Home Premium nibilizará uma quantidade limitada desta versão do sistema.
Edição que os usuários domésticos podem chamar de “com- Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos presentes
pleta”, a Home Premium acumula todas as funcionalidades das na Ultimate são dedicados às corporações, não interessando muito
edições citadas anteriormente e soma mais algumas ao pacote. aos usuários comuns.
Dentre as funções adicionadas, as principais são o suporte à
interface Aero Glass e também aos recursos Touch Windows (tela
sensível ao toque) e Aero Background, que troca seu papel de pa-
rede automaticamente no intervalo de tempo determinado. Haverá
ainda um aplicativo nativo para auxiliar no gerenciamento de redes
wireless, conhecido como Mobility Center.

Usando a Ajuda e Suporte do Windows


A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda in-
terno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas a dú-
vidas comuns, sugestões para solução de problemas e instruções
sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de ajuda com relação

Didatismo e Conhecimento 47
INFORMÁTICA BÁSICA
a um programa que não faz parte do Windows, consulte a Ajuda
desse programa (consulte “Obtendo ajuda sobre um programa”, a
seguir).
Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no botão Ini-
ciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.
Obter o conteúdo mais recente da Ajuda
Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de
Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Ajuda Onli-
ne. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais
recentes dos tópicos existentes.
Clique no botão Iniciar  e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique
em Opções e em Configurações.
Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção Me-
lhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online (recomen-
dado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as pala-
vras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior direito da janela
Ajuda e Suporte.
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas
palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter informa-
ções sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será
exibida uma lista de resultados, com os mais úteis na parte supe-
rior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.
Navegando em tópicos da Ajuda por assunto

WINDOWS 8
O Windows 8 veio com uma nova característica para Desk-
tops e Tablets, o Windows Style, que já é conhecido por muitos
com o nome de Windows Metro, presente no Windows Phone 7.
O que significa que uma aplicação feita com Windows Style vai
A caixa de pesquisa na Ajuda e Suporte do Windows poder ser executada no seu Desktop, Tablet ou smarthphone que
utiliza o Windows 8 que traz um visual diferenciado possibilitando
Pesquisar Ajuda maior interação do usuário com os aplicativos.
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no Apesar de trazer esta grande novidade, o Windows 8 não per-
botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um item na lista deu a compatibilidade e nem a forma de trabalhar com aplicativos
de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter na versão x86, feitos em versões mais antigas deste Sistema Opera-
tópicos da Ajuda ou outros títulos de assuntos. Clique em um tópi- cional. Isso porque o Windows 8 para Desktop usa duas interfaces,
co da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar a interface Style também chamada de Windows RT e a Interface
mais a fundo a lista de assuntos. Win32. Isso significa que os aplicativos desenvolvidos para Win-
dows Win32 não serão executados em tablets ou smarthphones.
Além das características citadas acima, outra novidade inte-
ressante do Windows 8 é a interface Win32 que foi modificada,
além de trazer novas funções até então (até então porque até o
lançamento oficial pode acontecer alguma mudança), ele não trás
o botão iniciar (Figura 1).

Didatismo e Conhecimento 48
INFORMÁTICA BÁSICA
É nessa barra lateral, na opção configurações onde vamos en-
contrar a configuração das conexões com redes a cabo ou sem fio
(wireless), configuração de volume, configuração de brilho, confi-
guração do idioma teclado, configuração das notificações, a opção
de desligar que inclui, desligar, reiniciar, hibernar ou suspender a
máquina, além das outras configurações que são: Área de traba-
lho, Painel de controle, Personalização Informações do PC e ajuda
(Figura 4).

Figura 1: Interface do Windows Win32

Ao invés disso temos um painel onde todos os programas são


listados com seus ícones no modo paisagem e que pode ser movido
com a barra de rolagem horizontal que se encontra no rodapé da
página. Então qualquer programa instalado tanto para a interface
Style quanto para a interface Win32 pode ser acessado (Figura 2).

Figura 4: Barra Lateral Configuração

A interface Style está muito voltada para o conteúdo, onde te-


mos ícones dinâmicos também conhecidos como tiles que podem
mostrar informações em tempo real, de acordo com a característica
de cada aplicativo e obviamente quando houver uma conexão com
a internet.(Figura 5)

Figura 2: Painel contendo todos os aplicativos do Windows 8

Muitos que já tiveram contato com o Windows 8 acharam es-


tranho, porque se não tem o botão iniciar, como desligar o compu-
tador? Bom, aí está mais uma mudança, pensando no uso comum
para todos os dispositivos foi criada uma Barra Lateral (lado di-
reito), onde temos as opções de Pesquisa, Compartilhar, Iniciar,
Dispositivos, Configurações (Figura 3).
Figura 5: Interface Windows Style

O uso da memória na interface Style foi otimizado para obter


o máximo de desempenho para o aplicativo construído para a essa
interface, que está sendo executado naquele momento. E como o
Windows faz isso? O Windows 8 automaticamente suspende o apli-
cativo anterior para então executar o aplicativo atual, liberando mais
memória para ele. Isso significa que o usuário pode iniciar a quan-
tidade de aplicativos que quiser, porque isso não vai comprometer
a memória ou a bateria do dispositivo. O Windows pode eventual-
mente encerrar um aplicativo que está em segundo plano para liberar
memória para outro aplicativo que está sendo executado.
Essa característica requer que os desenvolvedores de aplica-
tivos Windows Style sejam muito cuidadosos ao construírem suas
Figura 3: Barra Lateral aplicações, para que o usuário não perceba o que está acontecen-
do “por trás” no sistema operacional. Então o desenvolvedor deve

Didatismo e Conhecimento 49
INFORMÁTICA BÁSICA
gravar o estado em que a aplicação foi suspensa ou encerrada, para Uma busca mais completa e um acesso mais fácil às con-
que o usuário não perceba a alteração ao alternar entre um aplica- figurações
tivo e outro. A ferramenta de busca foi redesenhada, mas continua simples.
É bom frisar que esta característica é apenas para o Windows Agora esta função está mais eficiente e abrangente, pois pesquisa
8 RT ou Style e estão direcionados para melhorar o desempenho na web, em arquivos locais e contas do SkyDrive. Houve, também,
de aplicativos móveis. uma mudança em seu comportamento. Ao ser chamada no desk-
O Windows Win32 não tem essa característica e consequen- top, a busca não redireciona mais o usuário para a tela inicial e sim,
temente os aplicativos já existentes e construídos para Windows para uma tela que se sobrepõe ao desktop com novos resultados.
Win32 vão trabalhar da mesma forma, estarão sendo executados Com a busca se tornando mais abrangente e integrada ao sis-
em segundo plano, consumindo memória e processamento, dei- tema, a Microsoft trabalha para que seus usuário usem o seu bus-
xando a cargo do usuário encerrar o aplicativo que mais estiver cador, o Bing. Assim, a empresa de Bill Gates tenta afastá-los do
consumindo recursos do computador. serviço do Google. Para facilitar ainda mais a customização do
Espero que com estas breves explanações, estejam prontos dispositivo, a busca também localiza as configurações do sistema.
para instalar o Windows 8 e as ferramentas de desenvolvimento Falando em configuração, o sistema de edição de configura-
para esta plataforma, pois a intenção neste deste tópico é apenas ções foi melhorado. No Windows 8, era preciso abrir a tela inicial
dar uma ideia básica das novidades do Windows 8. e, em seguida, o Painel de Controle para fazer modificações. Po-
Então para desenvolver alguma aplicação para dispositivos mó- rém, no Windows 8.1 elas estão disponíveis já na tela inicial, sem
veis que utilizam Windows 8, devemos ter instalados o Windows 8 a necessidade de um passo intermediário.
e também o Visual Studio 2012, que conta também com a versão
Express que é gratuita. Apesar de não ter sido lançado oficialmente Uma tela inicial mais personalizável
já podemos iniciar o desenvolvimento de aplicativos para Windows A tela inicial recebeu algumas novas opções que permitem
8 baixando a versão de avaliação do Windows 8 Release Preview, personalizá-la. Agora, é possível customizar a tela inicial com
que será válida até 15 de fevereiro de 2013, o que é suficiente para mais cores e imagens de fundo. Há a possibilidade, inclusive, de
testar e desenvolver alguns aplicativos. Para baixar a versão de ava- usar imagens animadas. Além disso, o fundo do desktop e da tela
inicial podem ficar com os seus blocos dinâmicos iguais.
liação acesse o endereço http://windows.microsoft.com/pt-BR/win-
Para evitar que os usuários reorganizem a tela por acidente
dows-8/download. Após acessar este endereço escolha o idioma e
ao passar o mouse ou os dedos sobre os blocos dinâmicos, a tela
a versão para máquinas 32 ou 64 bits, não se esqueça de anotar a
inicial possui novos tamanhos de ícones. Eles podem ser ordena-
chave do produto, depois baixe a imagem no formato ISO, grave
dos facilmente ao clicar com o botão direito ou, então, ao tocá-lo
em um DVD e pronto, agora é só instalar. Se você já tiver uma outra
e segurá-lo.
versão do Windows instalada na máquina, pode criar uma partição e
instalar o Windows 8, assim será criado um Dual Boot, ou seja você É possível, também, agrupar muitos ícones ao mesmo tempo
poderá escolher qual sistema operacional vai utilizar. para redimensionar, desinstalar ou arranjá-los. Para completar, a
edição de grupos de apps está mais simples. Para não encher a
8.1 tela inicial ao instalar um aplicativo da Windows Store, ele não é
O Windows 8.1 é a primeira grande atualização do Windows adicionado automaticamente à tela inicial.
8 e traz diversas mudanças que, em alguns aspectos – principal-
mente nas opções de personalização –, se aproximam da versão Tela de bloqueio estilo Windows Phone
desktop do Windows Phone. Com a possível unificação das lojas Muito da convergência entre o Windows 8 e Windows Phone
de ambos os sistemas, esta tendência aumentará. Mas isso é só o está na tela de bloqueio. Isso fica perceptível na configuração, que
começo, não perca tempo para baixar o Windows 8.1 e conhecer as permite colocar papéis de parede, slidshows, escolher quais aplica-
novidades desta atualização. tivos serão executados em segundo plano, além de exibir informa-
ções na tela de bloqueio. Com a atualização, é possível transformar
Iniciando o sistema pela interface desktop um computador ou tablet em uma moldura que mostra fotos do
Boa parte das mudanças estão relacionadas à questão da per- HD, ou direto do SkyDrive.
sonalização e dão ao usuário mais controle sobre o sistema. Uma
das principais é a possibilidade de iniciá-lo diretamente na inter- Aplicativos redimensionáveis
face tradicional do Windows. Essa, com certeza, é a alteração que No Windows 8, quando o usuário ocupava a tela com duas
muitos usuários estavam esperando. aplicações, os apps ficavam com proporções desiguais. Ou seja,
a divisão da tela não era feita em partes iguais, ficando assim: um
A volta do botão Iniciar ou quase isso dos aplicativos ocupava um tamanho maior e o outro ocupa uma
Outra modificação bastante aguardada é a volta do botão pequena parte. Contudo, a Microsoft eliminou esta restrição e, ago-
“Iniciar”. No entanto, ele não retornou como todos esperavam. A ra, permite que usuário possa dividir a tela em qualquer proporção.
função do botão é a mesma da tecla “Windows”. Ele é apenas um Com isso, o espaço é usado de acordo com cada necessidade.
atalho para levar o usuário da interface tradicional para a nova,
chamada Modern e voltada para dispositivos com tela touch. Integração com o SkyDrive
O SkyDrive foi completamente integrado ao novo sistema
operacional. Dessa maneira, o 8.1 permite salvar arquivos direto
no serviço, acessar arquivos offline e enviar as edições ao ficar
online.

Didatismo e Conhecimento 50
INFORMÁTICA BÁSICA
Internet Explorer 11
Esta nova versão do Windows disponibiliza o Internet Explo-
rer 11 com diversas melhorias. Entre elas, estão: a capacidade de
abrir até 100 abas simultaneamente por janela, um processo de tro-
ca de abas mais fácil, melhoria do uso de memória, melhor reco-
nhecimento de toque, uma barra de endereços melhorada, uma tela
de leitura para mostrar o texto da web de uma forma mais elegante
e em tela cheia para facilitar a leitura dentro do navegador, e mui-
tas outras funcionalidades.

Windows Explorer
O Windows Explorer também foi englobado nas mudanças e
a sua interface ganhou uma nova roupagem. Tanto as telas do ge-
renciador de pastas e de arquivos quanto as janelas abertas quando
alguma operação está sendo realizada – como a cópia ou exclusão
de itens – receberam uma aparência renovada. Os detalhes sobre Além disso, o novo Ribbon possibilitou a apresentação de uma
essas novidades você confere neste artigo. gama maior de funcionalidades. Algumas dessas funções já esta-
vam presentes nas versões anteriores, mas, por elas não estarem
Ribbon: uma revolução no Explorer tão acessíveis quanto agora, a maior parte das pessoas nem sequer
A mudança mais sentida nesta nova versão do Windows Ex- faz ideia da existência delas.
plorer é a alteração da aparência do menu superior da tela, nas
quais todas as funcionalidades e opções de interação podem ser Melhorias no espaço útil das telas
acessadas. Esta seção do gerenciador é mais comumente chamada Algumas abas ficam escondidas e só aparecem quando é se-
de Ribbon. lecionado ou aberto algum arquivo que tenha a ver com a funcio-
nalidade que ela representa. Um exemplo disso é a opção de busca
conceitual, que fica oculta e apenas se torna ativa quando você
inicia a pesquisa por algum item. Dessa forma, a tela do Windows
Explorer não fica tomada por botões e categorias que são pouco
utilizadas por você.
Para dar mais espaço para a tela do Windows Explorer, mes-
mo com a adição do Ribbon, os desenvolvedores responsáveis
pelo projeto reavaliaram a localização de outras funções e seções
que diminuem o espaço útil da janela.

A reformulação da estrutura do menu do Windows Explorer


tem a pretensão de centralizar as principais funcionalidades do ge-
renciador de pastas em um lugar de fácil acesso, sendo que você
pode personalizar a localização e o tamanho dos botões.
A aparência do novo Ribbon lembra bastante as telas do Of-
fice, principalmente porque todas as funções estão categorizadas
de acordo com a sua finalidade. Ou seja, se você quer copiar, colar As duas telas mostram 35 arquivos, mas o novo Explorer apro-
ou excluir um arquivo, você encontra todas essas funções – de veita melhor o espaço útil da interface. (Fonte da imagem: MSDN/
gerenciamento de itens – reunidas na mesma aba, o que facilita a Microsoft)
realização de tarefas semelhantes de forma repetida. Exemplos disso são a eliminação do cabeçalho e a remoção
das propriedades dos arquivos, que antes apareciam na parte in-
ferior da tela e agora são mostradas do lado direito. Entretanto, a
barra de status que fica localizada na parte inferior da janela foi
mantida, para que o sistema possa mostrar informações importan-
tes sobre as atividades realizadas.

Didatismo e Conhecimento 51
INFORMÁTICA BÁSICA
Com essa mudança a barra que exibe as propriedades dos ar-
quivos ficou muito mais fácil de ser visualizada, já que as informa-
ções não ficam espremidas em um espaço muito pequeno e podem
ocupar um tamanho maior da tela para mostrar outros dados sobre
os itens.
Acesso facilitado aos botões mais utilizados
Todas as funcionalidades presentes no Ribbon possuem ata-
lhos que podem ser acessados por meio do teclado. As letras, os
números ou as combinações que permitem utilizar cada função
são mostrados juntamente com os botões, para tornar mais fácil a
aprendizagem dos “corta-caminhos”.

(Fonte da imagem: MSDN/Microsoft)

O novo Windows Explorer também traz uma barra de ferra-


mentas de acesso rápido, que permite adicionar os botões mais
utilizados em uma espécie de lista de favoritos e que está presente
nos programas do Office. A nova versão do gerenciador de pastas
possibilita que você escolha onde essa seção será mostrada.
*Fonte: http://equipe.nce.ufrj.br/antonio/windows
Ajuda e Suporte
Voce pode acessar a ajuda e suporte do Windows através do OS SEGUINTES ATALHOS PODEM SER USADOS
menu Arquivo/Ajuda ou clicar no botão Windows e digitar “ajuda” COM O WINDOWS

Teclas Gerais do Windows

Para

•Consultar a Ajuda sobre o item selecionado na caixa de diá-


logo
Pressione......F1
•Fechar um programa.
Pressione......ALT+F4
•Exibir o menu de atalhos para o item selecionado
Pressione......ESHIFT+F10
•Exibir o menu Iniciar
Pressione......CTRL+ESC
•Alternar para a janela anterior. Ou alternar para a próxima
janela mantendo pressionada a
tecla ALT enquanto pressiona TAB repetidamente
Pressione......ALT+TAB
•Recortar.
Pressione......CTRL+X
•Copiar
Pressione......CTRL+C
•Colar
Pressione......CTRL+V
•Excluir
Pressione......DEL
•Desfazer
Pressione......CTRL+Z
•Ignorar a auto - execução ao inserir um CD
Pressione......SHIFT enquanto insere o CD-ROM

Didatismo e Conhecimento 52
INFORMÁTICA BÁSICA
Para a área de trabalho, Meu Computador e Windows Ex- •Mover-se entre as guias, para trás
plorer Pressione......CTRL+SHIFT+TAB
Para caixas de diálogo Abrir e Salvar Como
Quando um item está selecionado, você pode usar as seguintes Para
teclas de atalho. •Abrir a lista “Salvar em” ou “Procurar em”
Pressione......F4
Para •Atualizar
•Renomear um item. Pressione......F5
Pressione......F2 •Abrir a pasta um nível acima, se houver uma pasta selecio-
•Localizar uma pasta ou arquivo nada
Pressione......F3 Pressione......BACKSPACE
•Excluir imediatamente sem colocar o item na Lixeira
Pressione......SHIFT+DEL Teclas de Atalho para Opções de Acessibilidade
•Exibir as propriedades do item
Pressione......ALT+ENTER OU ALT+clique duplo Para usar teclas de atalho para Opções Acessibilidade, as
•Copiar um arquivo teclas de atalho devem estar ativadas. Para maiores informações
Pressione......CTRL enquanto arrasta o arquivo consulte “Acessibilidade, teclas de atalho” no Índice da Ajuda.
•Criar atalho
Pressione......CTRL+SHIFT enquanto arrasta um arquivo Para
Meu Computador •Ativar e desativar as Teclas de Aderência
Para Pressione......SHIFT 5 vezes
•Selecionar tudo •Ativar e desativar as Teclas de Filtragem
Pressione......CTRL+A Pressione......SHIFT DIREITA Durante 8 segundos
•Atualizar uma janela. •Ativar e desativar as Teclas de Alternação
Pressione......F5 Pressione......NUMLOCK Durante 5 segundos
•Exibir a pasta um nível •Ativar e desativar as Teclas do Mouse
Pressione......BACKSPACE Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA
•Fechar a pasta selecionada e todas as pastas pai +NUMLOCK
Pressione......SHIFT enquanto clica no botão “Fechar” •Ativar e desativar o Alto Contraste
Somente para o Windows Explorer Pressione......ALT ESQUERDA+ SHIFT ESQUERDA +
•Ir Para PRINTSCREEN
Pressione......CTRL+G
•Alternar entre os painéis esquerdo e direito AMBIENTE LINUX
Pressione......F6
•Expandir todas as subpastas sob a pasta selecionada O que é GNU/Linux
Pressione......NUMLOCK+ ASTERISCO (* no teclado nu- Linux é o núcleo do sistema operacional, programa respon-
mérico) sável pelo funcionamento do computador, que faz a comunicação
•Expandir a pasta selecionada entre hardware (impressora, monitor, mouse, teclado) e software
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE ADIÇÃO (+ no tecla- (aplicativos em geral). O conjunto do kernel e demais programas
do numérico) responsáveis por interagir com este é o que denominamos sistema
•Ocultar a pasta selecionada. operacional. O kernel é o coração do sistema.
Pressione......NUMLOCK+SINAL DE SUBTRAÇÃO no te- Os principais programas responsáveis por interagir com o ker-
clado numérico) nel foram criados pela fundação GNU. Por este motivo é mais cor-
•Expandir a seleção atual se estiver oculta; caso contrário, se- reto nos referenciarmos ao sistema operacional como GNU/Linux
lecionar a primeira subpasta ao invés de apenas Linux.
Pressione......SETA À DIREITA Uma distribuição nada mais é que o conjunto de kernel, pro-
•Expandir a seleção atual se estiver expandida; caso contrário, gramas de sistema e aplicativos reunidos num único CD-ROM (ou
selecionar a pasta pai qualquer outro tipo de mídia). Hoje em dia temos milhares de aplica-
Pressione......SETA À ESQUERDA tivos para a plataforma GNU/Linux, onde cada empresa responsável
por uma distro escolhe os aplicativos que nela deverão ser inclusos.
Para caixas de diálogo de propriedades
O KERNEL
Para Você já deve ter encontrado diversas vezes a palavra kernel
•Mover-se entre as opções, para frente quando lê sobre Linux. O que vem a ser isso? O kernel é o núcleo
Pressione......TAB do sistema operacional e dá aos softwares a capacidade de acessar
•Mover-se entre as opções, para trás o hardware.
Pressione......SHIFT+TAB Por isso o kernel do Linux é atualizado constantemente, acres-
•Mover-se entre as guias, para frente centando suporte a novas tecnologias. Usa módulos para adicionar
Pressione......CTRL+TAB suporte ou para melhorar no suporte a itens já existentes.

Didatismo e Conhecimento 53
INFORMÁTICA BÁSICA
Os módulos são muito úteis, pois desobrigam o administrador DISTRIBUIÇÕES GNU/LINUX
da mudança do kernel inteiro, sendo necessário apenas a instalação O Linux possui vários sabores e estes são denominados dis-
do novo módulo. Mas às vezes você pode sentir a necessidade de tribuições. Uma distribuição nada mais é que um kernel acresci-
recompilar o kernel inteiro, talvez para ganhar mais estabilidade, do de programas escolhidos a dedo pela equipe que a desenvolve.
performance ou aumentar o suporte ao seu hardware como um Cada distribuição possui suas particularidades, tais como forma
todo. Por usar um sistema de numeração simples, os usuários do de se instalar um pacote (ou software), interface de instalação do
Linux podem identificar sua versão em uso. sistema operacional em si, interface gráfica, suporte a hardware.
Então resta ao usuário definir que distribuição atende melhor suas
VERSÕES DO KERNEL - SISTEMA DE NUMERAÇÃO necessidades.
O sistema de numeração é bastante simples e você terá facili-
dade de aprendê-lo. Veja abaixo o significado de cada item: GNU/LINUX E SUA INTERFACE GRÁFICA
Número principal: é o ‘primeiro’ número, o número mais à O sistema X-Window (sim! sem o “s”), também chamado de
esquerda, indica as mudanças realmente principais no kernel. X, fornece o ambiente gráfico do sistema operacional. Diferente-
Número secundário: é o número ‘do meio’, indica a estabili- mente do OSX (Macintosh) e Windows, o X torna o gerenciador
dade de um kernel particular. Números pares indicam uma versão de janelas (a interface visual em si) um processo separado. Na ver-
estável e números ímpares indicam uma versão em desenvolvi- dade, a vantagem de separar o gerenciador de janelas é que você
mento. pode escolher entre uma variedade de gerenciadores existentes
Número ‘de revisão’: é o ‘último’ número, indica a versão. para Linux o que melhor lhe convém, tais como Gnome, KDE,
XFCE dentre outros.
Por exemplo, o kernel 2.6.2 é a segunda versão do kernel
2.6.0. A HISTÓRIA DO GNU/LINUX
O sistema Linux tem sua origem no Unix, um sistema opera-
A numeração da versão do kernel é bastante usada, porém cional multitarefa e multiusuário que tem a vantagem de rodar em
você não precisa lembrar de cada detalhe exposto. Mas certamente uma grande variedade de computadores.
é útil entender o número de revisão e a necessidade de possíveis O Linux surgiu de forma muito interessante. Tudo começou
atualizações. em 1991, quando um programador finlandês de 21 anos, Linus Be-
nedict Torvalds, enviou a seguinte mensagem para uma lista de
O PROJETO GNU discussão na Internet: “Olá para todos que estão usando Minix. Es-
GNU is Not Unix! Muitos conhecem e divulgam o sistema tou fazendo um sistema operacional free (como passatempo) para
operacional do pinguim apenas como Linux, porém o termo cor- 386, 486, AT e clones”. Minix era um limitado sistema operacional
reto é GNU/Linux. Em palavras simplificadas, Linux é apenas o baseado em Unix que rodava em microcomputadores maquiavéli-
kernel do sistema operacional, ele depende de uma série de ferra- cos como o AT. Linus pretendia desenvolver uma versão melhora-
mentas para funcionar, a começar pelo programa usado para com- da do Minix e mal sabia que seu suposto “passatempo” acabaria
pilar seu código-fonte. Essas ferramentas são providas pelo projeto num sistema engenhosamente magnífico. Muitos acadêmicos con-
GNU, criado por Richard Stallman. ceituados ficaram interessados na idéia do Linus e, a partir daí,
Em outras palavras, o sistema operacional tratado neste do- programadores das mais variadas partes do mundo passaram a
cumento é a união do Linux com as ferramentas GNU, por isso o trabalhar em prol desse projeto. Cada melhoria desenvolvida por
termo GNU/Linux. um programador era distribuída pela Internet e, imediatamente, in-
tegrada ao núcleo do Linux.
GNU/LINUX X WINDOWS No decorrer dos anos, este trabalho árduo e voluntário de
A diferença mais marcante entre Linux e Windows é o fato do centenas de sonhadores tornou-se num sistema operacional bem
primeiro ser um sistema de código aberto, desenvolvido por pro- amadurecido e que hoje está explodindo no mercado de servido-
gramadores voluntários espalhados por toda internet e distribuído res corporativos e PCs. Linus, que hoje coordena uma equipe de
sob a licença pública GPL. Enquanto o Windows é software pro- desenvolvedores do núcleo de seu sistema, foi eleito em pesquisa
prietário, não possui código-fonte disponível e você ainda precisa pública a personalidade do ano de 1998 do mundo da informática.
comprar uma licença pra ter o direito de usá-lo.
Você não precisa pagar nada para usar o Linux! Não é crime COMO OBTER O GNU/LINUX
fazer cópias para instalá-lo em outros computadores. A vantagem Uma vez escolhida a distribuição que você utilizará, o próximo
de um sistema de código aberto é que ele se torna flexível às neces- passo é fazer o download de uma imagem ISO para gravação e ins-
sidades do usuário, tornando assim suas adaptações e “correções” talação em seu computador. É extremamente recomendável optar
muito mais rápidas. Lembre-se que ao nosso favor temos milhares por uma distribuição popular, bem testada e na qual você encontrará
de programadores espalhados pelo mundo pensando apenas em fa- documentação abundante na internet caso precise de ajuda.
zer do Linux um sistema cada vez melhor.
UBUNTU
O código-fonte aberto do sistema permite que qualquer pessoa Ubuntu é uma das distribuições Linux mais populares da atua-
veja como ele funciona, corrija algum problema ou faça alguma lidade e isso se deve ao fato dela se preocupar muito com o usuário
sugestão sobre sua melhoria, esse é um dos motivos de seu rápido final (desktop). Originalmente baseada no Debian, diferencia-se
crescimento, assim como da compatibilidade com novos hardwa- além do foco no desktop, em sua forma de publicação de novas
res, sem falar de sua alta performance e de sua estabilidade. versões, que são lançadas semestralmente.

Didatismo e Conhecimento 54
INFORMÁTICA BÁSICA
OPENSUSE É a distribuição mais antiga e ainda ativa. Até 1995 era con-
openSUSE é a versão livre do belíssimo sistema operacional siderado como o «Linux padrão», mas sua popularidade diminuiu
Novell SuSE. Além de se comportar de forma muito estável e ro- muito depois do surgimento de distribuições mais amigáveis.
busta como servidor, também é muito poderoso quando o assunto Mesmo assim o Slackware continua sendo uma distribuição muito
é desktop. apreciada e respeitada, pois não mudou sua filosofia, continua fiel
Seu diferencial é o famoso YaST (Yeah Another Setup Tool), aos padrões UNIX e é composta apenas por aplicações estáveis.
um software que centraliza todo o processo de instalação, configu- Em 1999 a versão do Slackware pulou de 4.0 para 7.0. Uma
ração e personalização do sistema Linux. Podemos dizer que esta jogada de marketing para mostrar que o Slackware estava tão atua-
é uma das cartas-mestre do SuSE, pois pode se comparar ao painel lizado como as outras distribuições. Acontece que muitas distri-
de controle do Windows. buições tinham versões bem elevadas, e isso podia causar a im-
pressão de que o Slackware estava desatualizado. A demora para
Sobre o YaST: lançamento de novas versões do Slackware também contribuiu
YaST talvez seja a mais poderosa ferramenta de gestão do am-
para isso.
biente Linux. É um projeto open source patrocinado pela Novell e
Em 2004 Patrick Volkerding esteve seriamente doente - com
ativamente em desenvolvimento.
um tipo de infecção, e o desenvolvimento do Slackware tornou-se
O desenvolvimento do YaST começou em janeiro de 1995.
Ele foi escrito em C++ com um ncurses GUI por Thoamas Fehr incerto.
(um dos fundadores SuSE) e Michael Andres. Muitos acharam que ele iria morrer. Mas ele melhorou e reto-
YaST é a ferramenta de instalação e configuração para open- mou o desenvolvimento do Slackware, embora não esteja comple-
SUSE, SUSE Linux Enterprise e o antigo SuSE Linux. Possui uma tamente curado até hoje.
atraente interface gráfica capaz de personalizar o seu sistema rapi- Em 2005 o ambiente gráfico GNOME foi removido do projeto
damente durante e após a instalação, podendo também ser utiliza- Slackware, o que desagradou muitos usuários. A justificativa de
da em modo texto. Patrick foi de que leva-se muito tempo para empacotar os biná-
YaST pode ser usado para configurar o sistema inteiro, como rios. Porém, muitas comunidades desenvolvem projetos de GNO-
por exemplo configurar periféricos como: placa de vídeo, placas ME para o Slackware. Alguns exemplos de projetos são: Gnome
de som, rede, configurar serviços do sistema, firewall, usuários, Slackbuild, Gnome Slacky e Dropline Gnome. Por isso, Gnome de
boot, repositórios, idiomas, instalar e remover softwares etc. alta qualidade é o que não falta para o Slackware, apesar de não
ser um ambiente nativo.
DEBIAN Em 2007 foi lançada a versão 12.0 do Slackware, uma ver-
Debian é uma das distribuições mais antigas e populares. Ela são inovadora e que de certa forma causou algumas controvérsias.
serviu de base para a criação de diversas outras distribuições po- Foi a primeira versão do Slackware que foi um pouco contra a
pulares, tais como Ubuntu e Kurumin. Como suas características sua própria filosofia. Primeiro, porque passou a montar dispositi-
de maior destaque podemos citar: vos automaticamente, segundo porque alguns pacotes antigos não
• Sistema de empacotamento .deb; eram mais compatíveis coma a nova versão devido ao novo GCC
• Apt-get, que é um sistema de gerenciamento de pacotes 4.1.2. e por último, porque foi a primeira versão a vir com a última
instalados mais práticos dentre os existentes (se não o mais!); versão do Kernel (na época).
• Sua versão estável é exaustivamente testada, o que o tor- Vale destacar também que a versão 12.0 vem com Compiz
na ideal para servidor (segurança e estabilidade); instalado, mas que por falta de ferramentas gráficas para configu-
• Possui um dos maiores repositórios de pacotes dentre as ração, muitos usuários não sabiam como usar.
distros (programas pré-compilados disponíveis para se instalar).
KURUMIN
SLACKWARE
Idealizada por Carlos Morimoto, Kurumin foi uma das distri-
Slackware, ao lado de Debian e Red Hat, é uma das distribui-
ções “pai” de todas as outras. Idealizada por Patrick Volkerding, buições mais usadas em território nacional. Originalmente baseada
Slack - apelido adotado por sua comunidade de usuários - tem no Knoppix, que veio do Debian, esse sistema operacional se des-
como características principais leveza, simplicidade, estabilidade tacou por ser um desktop fácil de se instalar e agradável de se usar.
e segurança. Sua característica mais marcante são os ícones mágicos, que
Embora seja considerada por muitos uma distribuição difícil transformam tarefas relativamente complexas (hoje nem tanto)
de se usar, voltada para usuário expert ou hacker, possui um sis- como configurar um modem ou instalar um codec de vídeo numa
tema de gerenciamento de pacotes simples, assim como sua inter- experiência NNF (next, next, finish), como no Windows.
face de instalação, que é uma das poucas que continua em modo-
texto, mas nem por isso se faz complicada. FEDORA
Se você procura por uma distribuição voltada para servidor, “Fedora é uma das mais populares e estáveis distribuições que
deseja aprofundar seus conhecimentos no Linux ou procura um existem atualmente. Ele era, no começo, um fork para a comu-
desktop sem frescuras, Slack é pra você! nidade, liberado e mantido pela gigante Red Hat que, na época,
estava fechando seu sistema e concentrando-se no mercado cor-
História do Slackware: porativo. Isso significa que, desde o princípio, o Fedora já contava
Slackware foi criado por Patrick Volkerding em 1993 (algu- com o que há de mais moderno em tecnologia de software, assim
mas fontes dizem 1992). Foi baseada na distribuição SLS (Softlan- como também contava com uma das mais competentes e dedicadas
ding Linux System) e era fornecida em forma de imagens para equipes em seu desenvolvimento. Se o que você procura é uma
disquetes de 3.5 polegadas. distribuição com poderes de ser um servidor estável, mas com as

Didatismo e Conhecimento 55
INFORMÁTICA BÁSICA
facilidades das ferramentas de configuração gráficas, ou se, sim- Por ser derivada do Debian conta com toda a base sólida de
plesmente, deseja um desktop mais robusto, o Fedora será a sua pacotes e do gerenciador de pacotes do Debian;
melhor escolha. É compatível com os repositórios do Ubuntu;
Ele conta com um ciclo de desenvolvimento rápido. A cada Tem um desktop preparado para o usuário comum sentir-se
seis meses, em média, um novo Fedora é liberado pelo Fedora confortável;
Project para a comunidade. A própria comunidade em si é uma Se esforça para que os recursos, tais como suporte multimídia,
das mais ativas da internet e o Fedora conta com uma farta ajuda resolução de vídeo, placas e cartões Wifi e outros, funcionem bem.
online, mesmo sem oferecer o suporte técnico direto da Red Hat. À exceção do Mandrake, e depois do Kurumin, esta foi a pri-
O manuseio de pacotes é feito de forma inteligente e automáti- meira distro a fazer sucesso com os usuários pelos seguintes mo-
ca com a ajuda do YUM que cuida das atualizações e resolve as de- tivos: facilidade em instalar programas, instalação e configuração
pendências de todos os pacotes, baixando o que for necessário ao automática de dispositivos e afins.
sistema dos repositórios e gerenciando a instalação. Encontra-se O Mint agregou essas facilidades e incorporou outras, sendo
para o fedora todo o tipo de aplicações, desde suites de escritório considerado um Ubuntu mais polido, com excelente seleção de
poderosas como o OpenOffice.org até players de vídeo e de áudio softwares, belo desempenho e design.
(MPlayer e Amarok) com execução de quase todos os formatos co-
nhecidos e também uma generosa coleção de jogos, todos instalá- APLICATIVOS PARA GNU/LINUX
veis com alguns simples cliques ou uma única linha de comando. “ O GNU/Linux possui uma riqueza incomparável de aplica-
CENTOS tivos, oferecendo mais de uma solução à certas necessidades. A
“CentOS é uma distribuição de classe Enterprise derivada de maior dificuldade está em encontrar um aplicativo que sirva às
códigos fonte gratuitamente distribuídos pela Red Hat Enterprise suas necessidades. Como há inúmeros aplicativos para as mesmas
Linux e mantida pelo CentOS Project. funções, eles apresentam certas características, estas que se adap-
A numeração das versões é baseada na numeração do Red Hat tam ou não ao gosto do usuário, por isto temos tanta variedade de
Enterprise Linux. Por exemplo, o CentOS 4 é baseado no RHEL aplicativos disponíveis hoje em dia.
4. A diferença básica entre um e outro é o fornecimento de suporte O fato de quase 100% dos aplicativos serem Open-Source ajuda
pago na aquisição de um RHEL. Funcionalmente, pode-se consi- para que esta lista cada vez mais venha crescer. Dentre outras coisas,
derar os sistemas clones. os aplicativos permitem ser alterados conforme as necessidades dos
CentOS proporciona um grande acesso aos softwares padrão usuários, por termos acesso liberado ao código-fonte deles.
da indústria, incluindo total compatibilidade com os pacotes de
softwares preparados especificamente para os sistemas da RHEL. COMANDOS DO TERMINAL
Isso lhe dá o mesmo nível de segurança e suporte, através de upda- A linha de comando é o método mais usado por administrado-
tes, que outras soluções Linux Enterprise, porém sem custo. res de sistemas Linux, pois é o que oferece o maior número de pos-
Suporta tanto ambientes de servidores para aplicações de mis- sibilidades, além de ser o método mais rápido de fazer as coisas.
são crítica quanto ambientes de estações de trabalho e ainda possui
uma versão Live CD. Usuário
CentOS possui numerosas vantagens, incluindo: uma comu- Como o Linux foi concebido para que várias pessoas pudes-
nidade ativa e crescente, um rápido desenvolvimento e teste de sem utilizar os mesmos recursos presentes em uma única máquina,
pacotes, uma extensa rede para downloads, desenvolvedores aces- surgiu o conceito de usuário para diferenciar o que cada pessoa es-
síveis, múltiplos canais de suporte incluindo suporte em português tivesse fazendo e quais recursos ela estivesse ocupando. O usuário
e suporte comercial através de parceiros.” é a identificação da pessoa que irá utilizar o sistema.
A identificação do usuário é feita por um “número de identi-
LINUXMINT ficação” ou id, que é atribuído ao usuário durante a criação de sua
A proposta do Linux Mint é ser uma distribuição de desktop conta no sistema.
com visual elegante, amigável, confortável de usar e bem atuali- Com a finalidade de garantir a integridade do trabalho de cada
zada. usuário, impedindo que um usuário altere o trabalho de outro, no
A distribuição foi lançada inicialmente como uma variante momento de entrada no sistema, você deve informar a senha do
do Ubuntu que contava com os codecs de mídia já na instalação. seu usuário. O nome de usuário associado à senha é a sua “chave
A evolução foi rápida e hoje é uma distribuição completa e bem de entrada” no sistema, portanto deve ser guardada com cuidado.
resolvida, com ferramentas próprias de configuração, aplicativo
de instalação de pacotes baseado na web, menus personalizados, Grupos
entre outras características únicas e sempre com um visual bem O Linux também possui o conceito de “grupo”. Um grupo é,
clean e elegante. como o próprio nome diz, um agrupamento de vários usuários que
O fundador, líder e principal desenvolvedor da distribuição devem compartilhar algumas características em comum como, por
se chama Clement Lefebvre, ele iniciou usando Linux em 1996 exemplo, permissões de acessos a arquivos e dispositivos.
(Slackware) e vive na Irlanda.
Algumas razões do sucesso do Linux Mint listados na página Superusuário
do projeto são: O superusuário é aquele que tem plenos poderes dentro do
A velocidade com que a comunidade responde às demandas, Linux. É o superusuário quem pode criar novos usuários, alterar
uma solicitação postada no fórum do site pode estar já implemen- direitos, configurar e fazer a atualização do sistema. Somente ele
tada no current em menos de uma semana; tem direito de executar essas atividades.

Didatismo e Conhecimento 56
INFORMÁTICA BÁSICA
É recomendado utilizar a conta de superusuário somente quando for necessário configurar algo no sistema. Ainda assim é recomendado
utilizá-la o mínimo possível para evitar que algum erro danifique o sistema.

Entrando e Saindo do Sistema


Ao iniciar o Linux, um prompt semelhante ao ilustrado a seguir será mostrado:
Mandrake Linux (tty1) ldalcero login:
Informe o seu login/nome de usuário. A seguir será solicitada a senha (Password) do usuário. Digite a senha do seu usuário.
Após informar o nome de usuário e a senha corretamente, você será levado ao prompt do sistema:
[aluno@ldalcero aluno] $
OBS.: O linux tem terminais virtuais. Você pode alterar entre eles utilizando as teclas Alt-Fn, onde n pode variar de 1 até 6 na configu-
ração padrão.
Pode-se utilizar o comando logout na linha de comando para se desconectar do sistema:
[aluno@ldalcero aluno]$ logout
Desligando o Sistema
A fim de evitar danos ao sistema de arquivos, é necessário que o superusuário pare o sistema antes de desligar o computador. Um dos
comandos que podem ser utilizados é o comando shutdown. Este comando permite tanto desligar quanto reiniciar o computador.
[aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h now
O comando acima permite desligar o computador imediatamente, enviando uma mensagem a todos os usuários que estão utilizando o
sistema.
[aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -h -t 30 “Atenção: O sistema será desligado dentro de 30 segundos”
O comando acima finaliza todos os processos e desliga o computador dentro de 30 segundos, enviando a mensagem de aviso a todos os
usuários logados no sistema.
O comando halt diz ao sistema que ele deverá desligar imediatamente.
[aluno@ldalcero aluno]$ halt
Para reinicializar o sistema, pode-se utilizar, além do comando shutdown, o comando reboot:
[aluno@ldalcero aluno]$ shutdown -r -t 30 “Atenção: O sistema será reiniciado dentro de 30 segundos”
Esta opção finaliza todos os processos e reinicia o computador após 30 segundos.
[aluno@ldalcero aluno]$ reboot
O comando reboot chama o comando shutdown e ao final deste reinicia o sistema. Após executar os comandos deve-se aguardar até
que o sistema esteja parado (com a mensagem o sistema está parado ou Power down) para então poder desligar seu computador ou esperar
que ele reinicie.

Gerenciamento de Arquivos e Diretórios


Listando Arquivos
O comando ls mostra o conteúdo de um diretório.
O formato do comando é o seguinte:
ls [ - l ] [ - a ] [ - F ] [dir]
Onde [-l] é o formato longo, e [-a] serve para mostrar todos os arquivos, incluindo arquivos ocultos (os quais têm seu nome indicado
por um ponto). Existem várias outras opções, embora estas sejam mais usadas. Finalmente, [-F] coloca no final dos nomes de arquivo um
símbolo indicando o seu tipo.
Um exemplo do uso do ls é mostrado a seguir:
[aluno@ldalcero X11]$ ls
LessTif bin doc etc fonts include lib man share
[aluno@ldalcero X11]$
Um exemplo do uso do ls usando parâmetros:
[aluno@ldalcero X11]$ ls -laF

drwxr-xr-x 11 root root 4096 Ago 27 2002 ./


drwxr-xr-x 22 root root 4096 Mar 22 2003 ../
drwxr-xr-x 3 root root 4096 Mar 22 2003 LessTif/
drwxr-xr-x 2 root root 8192 Jul 24 08:45 bin/
drwxr-xr-x 2 root root 4096 Jul 24 2003 doc/
drwxr-xr-x 4 root root 4096 Ago 27 2002 etc/
drwxr-xr-x 2 root root 4096 Mar 22 2003 fonts/
drwxr-xr-x 4 root root 4096 Mar 22 2003 include/
drwxr-xr-x 9 root root 4096 Jul 24 2003 lib/
drwxr-xr-x 7 root root 4096 Jul 24 2003 man/
drwxr-xr-x 15 root root 4096 Jul 24 08:45 share/
[aluno@ldalcero X11] $

Didatismo e Conhecimento 57
INFORMÁTICA BÁSICA
No exemplo acima, como são nomes de diretórios; o parâme- /dev
tro [-F] adiciona uma barra indicando nome de diretório. O parâ- Contém arquivos usados para acessar dispositivos (periféri-
metro [-l] coloca várias informações sobre o arquivo (permissões, cos) existentes no computador.
links, dono, grupo, tamanho, data, hora, nome do arquivo). /etc
Arquivos de configuração de seu computador local.
Metacaracteres /floppy
Existem sinais, chamados metacaracteres, usados para facili- Ponto de montagem de unidade de disquetes.
tar a utilização de comandos no Linux. /home
Quando se trabalha com os comandos de manipulação de ar- Diretórios contendo os arquivos dos usuários.
quivos, frequentemente é útil empregarmos metacaracteres. Estes /lib
símbolos – como *, ?, [], {} - são úteis para se referenciar arquivos Bibliotecas compartilhadas pelos programas do sistema e mó-
que possuam características em comum. dulos do kernel.
Para os exemplos dados nesta seção, será usada a seguinte /mnt
lista de arquivos: Ponto de montagem temporário.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls /usr
12arquivo 1arquivo 2arquivo arquivo arquivo3 arqui- Contém maior parte de seus programas. Normalmente acessí-
vo34 arquivo5arquivo vel somente como leitura.
• O asterisco “*”: /var
O asterisco é usado para representar “qualquer quantidade de Contém maior parte dos arquivos que são gravados com fre-
qualquer caractere”. Por exemplo, arquivo* retornaria todos os ar- qüência pelos programas do sistema, e-mails, spool de impressora,
quivos em que o nome iniciasse com “arquivo”. Veja o efeito da cache, etc.
utilização prática deste metacaractere. /sbin
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo* arquivo arquivo3 ar- Diretório de programas usados pelo superusuário (root) para
quivo34 arquivo5arquivo administração e controle do funcionamento do sistema.
• O Ponto de Interrogação “?”:
Criando e Removendo Diretórios
O ponto de interrogação é utilizado para representar “um úni-
Criando Diretórios
co e qualquer caractere”. Ao digitar ls arquivo?, o usuário estará
O comando mkdir é usado para criar diretórios. A sintaxe do
pedindo a lista de arquivos cujos nomes são indicados por “arqui-
comando será mostrado a seguir:
vo” e terminal com um único caractere qualquer. Como no exem-
mkdir [parâmetros] nome_dir
plo que segue:
A linha de comando a seguir cria um diretório:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo?
[aluno@ldalcero aluno]$ mkdir meu_diretorio
arquivo3 O comando também pode ser usado para criar uma árvore de
Agora digitando ls ??arquivo o resultado seria: diretórios, como será mostrado a seguir:
12arquivo [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir -p meu_dir/meu_sub_dir/
Os colchetes “[]”: sub_sub_dir
Os colchetes são utilizados para indicar uma lista de caracte- O comando anterior cria um diretório chamado meu_dir, e
res. Para entender melhor; verifique os exemplos. dentro dele cria um subdiretório chamado meu_sub_dir e dentro
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo[123] arquivo3 deste, um subdiretório chamado sub_sub_dir.
[aluno@ldalcero aluno]$ ls [123]arquivo Também é possível criar vários diretórios em simultâneo;
1arquivo 2arquivo simplesmente colocando vários nomes de diretórios junto com o
comando, como será mostrado a seguir:
As chaves “{}”: [aluno@ldalcero aluno]$ mkdir dir_1 dir_2 dir_3
As chaves têm sua utilização muito assemelhada a dos colche- O comando anterior criará os diretórios dir_1, dir_2 e dir_3
tes. A diferença está na possibilidade de referenciar seqüências de dentro do diretório atual.
caracteres separadas por vírgulas, conforme o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,34} arquivo34 Removendo Diretórios
[aluno@ldalcero aluno]$ ls arquivo{1,2,3,34} arquivo3 ar- O comando rmdir é usado para remover diretórios. Por exem-
quivo34 plo; para remover o diretório meu_dir basta digitar o seguinte co-
mando:
Estrutura de Diretórios [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir meu_dir
O sistema Linux possui a seguinte estrutura básica de diretó- O comando também pode remover árvores de diretórios. Para
rios: tal, utiliza-se o parâmetro [-p ], como será mostrado a seguir:
/bin [aluno@ldalcero aluno]$ rmdir -p temp/sub_dir/sub_dir_2
Contém arquivos, programas do sistema que são usados com O comando anterior apagou o subdiretório sub_dir_2, depois
freqüência pelos usuários. apagou o subdiretório sub_dir e finalmente apagou o temp.
/boot Porém, o comando remove diretórios e não arquivos; se existir
Contém arquivos necessários para a inicialização do sistema. algum arquivo dentro do diretório este não será removido.
/cdrom Para conseguir remover diretórios com arquivos deve-se utili-
Ponto de montagem da unidade de CD-ROM. zar em conjunto o comando rm, que será visto mais adiante.

Didatismo e Conhecimento 58
INFORMÁTICA BÁSICA
Copiando Arquivos mv arquivo destino
O comando cp é utilizado para efetuar a cópia de arquivos no O comando mv é basicamente usado pra mover um arquivo
Linux, Sua sintaxe é mostrada a seguir: dentro do sistema de arquivos do Linux.
cp [parametros] arquivo_original [destino] [aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp
Observações importantes relativas à cópia de arquivos: O comando anterior move o arquivo documento.txt para o di-
Copiar um arquivo para outro diretório onde já existe outro retório /tmp. É possível também usar o comando para renomear
arquivo com mesmo nome: o arquivo será sobrescrito. arquivos, como mostrado no exemplo a seguir:
Copiar um arquivo para outro diretório que, por sua vez, pos- [aluno@ldalcero aluno]$ mv doc.txt documento.txt
sui um diretório com mesmo nome do arquivo a ser copiado: não é Para não sobrescrever arquivos deve-se utilizar o parâmetro
permitido, pois no Linux um diretório também é um arquivo. -i, como mostrado a seguir:
Copiar um arquivo, especificando como arquivo_destino ou- [aluno@ldalcero aluno]$ mv -i doc.txt documento.txt mv: so-
tro nome: o arquivo será renomeado durante a cópia. brescrever `documento.txt`? y
[aluno@ldalcero aluno]$ ls documento* documento.txt do-
cumento.txt~
Opção Descrição
Também é possível renomear um arquivo durante a movimen-
Preserva as permissões do arquivo_original quando tação do mesmo:
-a
possível. [aluno@ldalcero aluno]$ mv documento.txt /tmp/documen-
-b Faz backup de arquivos que serão sobrescritos. to-2.txt
No exemplo a seguir será movido um diretório:
-i Solicita confirmação antes de sobrescrever arquivos. [aluno@ldalcero aluno]$ mv dir_1 dir_2
O comando acima move toda a árvore do dir_1 para dentro do
Copia diretórios recursivamente, ou seja, toda a árvore dir_2. Caso o dir_2 não exista, o dir_1 será renomeado para dir_2.
-R abaixo do diretório de origem. O destino sempre será
um diretório. Removendo Arquivos
O comando rm (remove) é usado para remover arquivos e
Iniciando pela forma mais simples do comando, ou seja, co-
diretórios. É possível remover vários arquivos simultaneamente,
piar um arquivo para um novo arquivo. O comando pode ser visto
bastando para tal colocar o nome dos arquivos a remover, logo
a seguir:
depois do comando. O formato básico do comando é mostrado a
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt documento.txt
seguir:
Neste caso ocorre a criação do arquivo documento.txt a par-
rm [parametros] arquivo
tir do arquivo doc.txt. Também é possível copiar para outro local
Como primeiro exemplo será emitido um comando para apa-
como será mostrado a seguir:
gar o arquivo documento.txt.
[aluno@ldalcero aluno]$ cp doc.txt /tmp
[aluno@ldalcero aluno]$ rm documento.txt
Como não foi mencionado o nome do arquivo de destino, será
É também possível remover vários arquivos listados logo após
criado um arquivo com o mesmo nome do atual, É sempre bom ter
o comando. Por exemplo: [aluno@ldalcero aluno]$ rm documen-
um pouco de cuidado no uso do comando cp; para tal será usado o
to.txt doc.txt documento-2.txt
parâmetro -i. A menos que se utilize essa opção, o comando cp irá
A maneira mais segura de se usar o comando rm é com o parâ-
sobrescrever os arquivos existentes, como pode ser visto a seguir:
metro -i, ou seja, é solicitada uma confirmação para cada arquivo
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -i doc.txt /tmp cp: sobrescrever `/
a apagar.
tmp/doc/txt`? y
[aluno@ldalcero aluno]$ rm -ri /tmp
Um método mais seguro seria usar o parâmetro -b (backup);
No comando anterior, além de se usar o parâmetro -i foi tam-
então, quando o cp encontra um arquivo com o mesmo nome cria
bém usado o parâmetro - r (recursivo), isto remove todos os ar-
uma cópia acrescentando um “~” ao nome do arquivo. Como po-
quivos do diretório /tmp de forma recursiva. Já o parâmetro -i irá
de-se observar a seguir:
pedir uma confirmação para cada arquivo a apagar.
[aluno@ldalcero aluno]$ cp -b doc.txt /tmp [aluno@ldalcero
Caso não seja necessária uma confirmação, pode-se forçar a
aluno]$ ls /tmp/doc.txt* doc.txt doc.txt~
remoção de toda a árvore de diretórios; para tal utiliza-se o parâ-
Também é possível copiar vários arquivos simultaneamente;
metro -f.
para tal, basta colocar os nomes dos arquivos a copiar logo depois
[aluno@ldalcero aluno]$ rm -rf /tmp
do comando, como mostrado a seguir:
O que ocorre é a remoção total do diretório e de todos os seus
[aluno@ldalcero aluno]$ cp arq_1 arq_2 arq_3 arq_4 dir_1
subdiretórios.
Vale lembrar que o último nome na cadeia é o destino, ou
Lembre-se de evitar o uso do comando rm desnecessariamen-
seja, os arquivos arq_1, arq_2, arq_3 e arq_4 são copiados para o
te quando estiver trabalhando como root, ou seja, superusuário,
diretório dir_1.
para prevenir que arquivos necessários ao sistema sejam apagados
acidentalmentes.
Mover ou Renomear
É possível utilizar o comando com metacaracteres, conforme
As habilidades para mover e renomear arquivos no Linux são
mostrado a seguir:
básicas para organizar informações no sistema. A seguir, será apre-
[aluno@ldalcero aluno]$ rm *.txt *.doc
sentado como fazê-lo utilizando o comando mv.
O formato básico do comando é mostrado a seguir:

Didatismo e Conhecimento 59
INFORMÁTICA BÁSICA
Links
Links, são referências, atalhos ou conexões lógicas entre arquivos ou diretórios. Estas referências podem ser de dois tipos: Hard Links
(diretas) ou Symbolic Links (simbólicas).

Hard Links
Ocupam apenas um inode na área de inodes. E são usados quando estas referências estiverem no mesmo sistema de arquivos.
A quantidade de links fazendo referência ao mesmo arquivo pode ser vista usando o comando ls -l. O valor que aparece após as per-
missões é o número de conexões lógicas.
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls – l doc*
-rwxr-xr-x 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Nesse caso, o arquivo documento.txt possui 4 links associados a ele. Quando qualquer um dos links é alterado, o original também é
modificado; visto que são o mesmo arquivo, apenas com nomes diferentes. O original só será eliminado quando todos os seus links também
forem. O formato do comando para criar um hard link é mostrado a seguir:
ln arquivo link
OBS.: Não é possível criar hard links para diretórios, e também é impossível criar links diretos entre sistemas de arquivos.

Links Simbólicos
O link simbólico é como um “atalho” para um arquivo. O ato de se apagar um link simbólico não faz com que o arquivo original desa-
pareça do sistema, somente o vínculo será apagado.
Existem vários motivos para se criar um link simbólico, dentre eles pode-se destacar:
Quando se deseja criar nomes mais significativos para chamadas a comandos. Existe um exemplo prático na chamada dos shells tais
como csh e sh, que na realidade são links simbólicos para os shells tsch, bash.
Um outro exemplo bastante significativo é com relação aos comandos mtools, tais como o mformat e vários outros, que nada mais são
do que links simbólicos para o comando mtools.
Um outro uso para o comando é como atalho para diretórios com nomes complicados; o que não pode ser feito com hard links.
O formato do comando para criação de links simbólicos é:
ln -s arquivo link
Observe o exemplo a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ln -s /usr/X11R6/ /usr/X11
O comando anterior cria um link /usr/X11 que aponta para o diretório real /usr/X11R6. Desta forma, é possível acessar este diretório
por qualquer caminho.
Como se pode observar, a única diferença nos comandos entre a ligação simbólica e a ligação direta é o parâmetro -s.

Permissões de Arquivos
Este tópico trata do sistema de direitos de acesso a arquivos do Linux, incluindo também informações de como alterar estes direitos.

Conceitos
O sistema de arquivos do Linux possibilita que sejam atribuídos direitos de acesso diferenciados para os usuários do sistema. A cada
arquivo ou diretório do sistema é associado um proprietário, um grupo e seus respectivos direitos de acesso, ou permissões. O método mais
simples e comum de verificar estes atributos de um arquivo é através do comando ls, como exemplificado a seguir:
[aluno@ldalcero aluno]$ ls -l documento.txt
-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
O dono do arquivo no exemplo citado é o usuário aluno, e o grupo a que está relacionado o arquivo é o grupo01. A primeira informação
retornada por esta listagem é um conjunto de caracteres, o qual indica o tipo do arquivo e as permissões de acesso ao mesmo. O caractere
inicial indica o tipo de arquivo, e a tabela abaixo mostra os tipos de arquivos existentes:

Caractere Tipo de arquivo

- Arquivo regular

d Diretório

l Link simbólico
Dispositivos
b orientados a blocos
(HD)

Didatismo e Conhecimento 60
INFORMÁTICA BÁSICA

Dispositivos
c orientados a caracteres
(modem, porta serial)
Socket (comunicação
s
entre processos)
Pipe (comunicação
p
entre processos)

Os demais nove caracteres, divididos em três grupos de três caracteres cada, definem as permissões do dono do arquivo, dos membros
do grupo a que está relacionado o arquivo e de outros usuários, respectivamente. As permissões de acesso aos arquivos são representadas
pela letras r, w e x, conforme detalhado na tabela abaixo:

Modo de acesso Arquivo regular/especial Diretório

Leitura (r) Examinar conteúdo de arquivo Listar arquivos do diretório

Escrita (w) Modificar o conteúdo de arquivo Alterar diretório

Execução (x) Executar arquivo Pesquisar no diretório

Observe novamente os atributos do arquivo anteriormente citado:


-rw-r--r-- 4 aluno grupo01 36720 Jun 2 14:25 documento.txt
Para este arquivo, o usuário aluno possui permissões de leitura e escrita, os membros do grupo grupo01, assim como os demais usuários
possuem apenas permissões de leitura.

Utilizando o chmod
O comando chmod permite que se altere as permissões de um ou mais arquivos. Existem duas notações para se aplicar o comando: o
modo simbólico e o octal. Somente o superusuário ou o dono do arquivo podem executar esta operação. Veja a sintaxe do comando abaixo:
chmod [opções] arquivos
Uma das opções mais usadas no chmod é a opção -R que permite que se altere recursivamente as permissões de arquivos e diretórios.
No modo simbólico, deve ser indicado quem será afetado (u, g, o, a) e qual, ou quais, permissões serão concedidas ou suprimidas con-
forme tabelas abaixo.
Notação simbólica do chmod

Símbolo Descrição

u Usuário, ou dono do arquivo

g Grupo do arquivo
Outros usuários que não
são os donos, nem estão
o
cadastrados no grupo
especificado
Afeta todos os anteriores (u,
a
g, o)

Operadores

Operador Descrição

+ Concede permissão(ões) especificada(s)

- Remove permissão(ões)

Atribui somente estas permissão(ões) ao arquivo, retirando


=
as que não se encontram explicitas

Didatismo e Conhecimento 61
INFORMÁTICA BÁSICA
A segunda forma de alterar permissões consiste em definir uma seqüência de três algarismos octais. Ela é mais utilizada quando se
deseja alterar permissões. Cada algarismo se refere a um grupo de permissões (u, g, o).
Para facilitar o seu entendimento, associamos um valor decimal com cada permissão, conforme tabela abaixo: Permissões octais

Decimal Associado Permissão

4 Leitura (read)

2 Escrita (write)

1 Execução (execute)

Para se obter o octal referente às permissões selecionadas, se deve executar uma operação de soma entre elas. Veja abaixo um exemplo
de definição simbólica de permissões:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod u+rw, g+x documento.txt
Neste caso, são concedidas permissões de leitura e gravação ao dono, e execução ao grupo para o arquivo documento.txt. Exemplo de
definição octal de permissões:
[aluno@ldalcero aluno]$ chmod 651 documento.txt
Neste exemplo, será concedida permissão de leitura e gravação ao dono (rw- =4+2 conforme tabela de octais), leitura e execução para
o grupo (r-x = 4+1), e execução para qualquer outro (--x = 1).

Permissões Padrão (umask)


O comando umask é o comando que define as permissões padrão dos arquivos quando são criados pelo usuário. Veja a sintaxe abaixo:
umask [opções] modo
O parâmetro modo informa as permissões que serão dadas ao usuário/grupo/outros. Ele pode ser informado de duas maneiras:
Como um número octal (022)
Como uma máscara semelhante à utilizada pelo comando chmod (u=rwx, g=rx, o=rx)
Desta maneira é possível controlar automaticamente as permissões dos arquivos que são criados pelo usuário.

Utilizando chown
Veja a sintaxe do comando abaixo:
chown [novo_proprietário][:novo_grupo] arquivos
O comando chown permite ao root a alteração do dono e do grupo relacionado ao arquivo, ou arquivos, selecionados. Em casos espe-
ciais o usuário pode alterar o grupo caso ele pertença tanto ao grupo de origem como ao grupo de destino. Exemplos:
[aluno@ldalcero aluno]$ chown :grupo02 documento.txt
Altera o grupo do arquivo documento.txt para grupo02.
[aluno@ldalcero aluno]$ chown aluno:grupo02 documento.txt
Altera o dono do arquivo documento.txt para aluno e o grupo do mesmo para grupo02.

Gerenciamento de Contas de Usuários


Um bom gerenciamento do sistema, com o uso das ferramentas administrativas adequadas, torna-o estável e seguro, mantendo-o dentro
dos padrões esperados em qualquer área de atuação.

Contas de Usuário
O Linux é um sistema operacional multiusuário, portanto é necessário que todos os usuários sejam cadastrados e tenham permissões de
acesso diferenciados, É possível também cadastrá-los em grupos para facilitar o gerenciamento. Neste tópico serão abordados justamente
estes aspectos do Linux e os comandos necessários para a administração do sistema.
Primeiramente será visto como é possível criar os usuários.

O comando useradd ou adduser


O comando useradd ou adduser permite que se crie usuários especificados em opções. Somente o superusuário poderá utilizar este
comando. Veja abaixo a sua sintaxe:
useradd [opções] [usuário]
Este comando altera os seguintes arquivos:
/etc/passwd – informações de contas de usuários
/etc/shadow – informações de contas de usuários e senhas criptografadas
/etc/group – informações de grupos
O comando useradd

Didatismo e Conhecimento 62
INFORMÁTICA BÁSICA

Opção Descrição

Define em “dir” qual será o diretório pessoal do usuário. Este será, também, o
-d dir
diretório inicial daquele usuário.

Grupo ou número do grupo inicial, ao qual pertencerá. Na maioria das


-g grupo distribuições Linux é criado por padrão um grupo como mesmo nome do
usuário.

-s shell Informa qual o shell a ser usado no login.

Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ useradd -d /home/aluno01 aluno1
Cria o usuário aluno1 e designa o diretório /home/aluno01 como diretório pessoal deste.
[aluno@ldalcero aluno]$ useradd -g turma -d /home/aluno02 aluno2
Cria o usuário aluno 2, pertecendo ao grupo turma e designa /home/aluno 02 como diretório pessoal.

O comando passwd
O comando passwd permite que se troque a senha de determinado usuário. O superusuário pode trocar a senha de qualquer outro. O
usuário comum, porém, pode trocar somente a sua senha. As senhas são armazenadas no arquivo /etc/shadow, e as demais informações dos
usuários são armazenadas no arquivo /etc/passwd.
Após a criação do usuário será necessário criar uma senha para este, caso contrário, não será permitido que este usuário faça login no
sistema. Para tal, deve-se utilizar o comando passwd. Veja abaixo a sua sintaxe:
passwd [usuário]
Exemplos:
[root@ldalcero root]$ passwd aluno1
O superusuário irá alterar a senha do usuário aluno1.
[aluno@ldalcero aluno]$ passwd
O usuário aluno1 irá alterar a sua senha.

O comando userdel
O comando userdel permite que se elimine usuários do sistema. Somente o superusuário poderá utilizar este comando. Veja abaixo sua
sintaxe:
userdel [opções] [usuário]
Exemplo:
[aluno@ldalcero aluno]$ userdel aluno1
Elimina a conta do usuário aluno1.

O comando groupadd ou addgroup


Para facilitar a administração do sistema, pode-se usar o conceito de grupos de usuários com perfis semelhantes. Por exemplo, definir
grupos conforme os departamentos de uma empresa. Para isto, precisa-se criar estes grupos através do comando groupadd ou addgroup.
Sintaxe:
groupadd [opções] grupo
Exemplos:
[root@ldalcero root]$ groupadd alunos
Cria o grupo alunos.

O comando gpasswd
O gpasswd é utilizado para administrar o arquivo /etc/group (e o arquivo /etc/gshadow, caso seja compilado com SHADOWGRP).
Todos os grupos podem ter administradores, membros e uma senha. O administrador do sistema pode usar a opção -A para definir o admi-
nistrador do grupo e -M para definir os membros e todos os seus direitos, assim como os do administrador. Veja a sintaxe abaixo:
gpasswd grupo gpasswd -a usuário grupo gpasswd -d usuário grupo gpasswd -R grupo gpasswd -r grupo gpasswd [-A usuário,...] [-M
usuário,...] grupo
Administradores de grupos podem adicionar e excluir usuários utilizando as opções -a e -d respectivamente. Administradores podem
usar a opção -r para remover a senha de um grupo. Quando não há senhas definidas para um grupo, somente os membros do grupo podem
usar o comando newgrp para adicionar novos usuários ao grupo. A opção -R desabilita o acesso ao grupo através do comando newgrp.
O gpasswd executado pelo administrador do grupo, seguido pelo nome, solicitará a senha do grupo. Caso o comando newgrp esteja
habilitado pera outros usuários do grupo sem o uso de senha, não-membros do grupo podem também executar o comando, informando,
entretanto, a senha do grupo.

Didatismo e Conhecimento 63
INFORMÁTICA BÁSICA
Verificando informações do usuário O comando kill
Uma vez criados os usuários e grupos no sistema utilizamos o O comando kill permite que o superusuário ou os donos dos
comando id para verificar informações sobre os usuários do siste- processos possam eliminar processos ativos. A sintaxe desse co-
ma. Ele nos fornece dados como a identificação do usuário no sis- mando é apresentada a seguir:
tema (UID) e os grupos aos quais o usuário está associado (GID). kill [opções] [-sinal] [processo] Exemplos:
Veja a sintaxe abaixo: [aluno@ldalcero aluno]$ kill -l
id [opções] [nome] Este comando mostra os sinais que se pode enviar para um
Utilizado sem nenhuma opção o comando id retorna os dados processo.
do usuário corrente. [aluno@ldalcero aluno]$ kill -9 907
[aluno@ldalcero aluno]$ id uid = 790(aluno) gid = 790(alu- Este comando acima elimina o processo (PID) 907 enviando
no) grupos = 790(aluno) um sinal 9.
Quando informamos o nome de um usuário como opção, ele Todos os sinais passam pelo kernel. Quando é enviado qual-
nos retorna as informações do usuário indicado. quer sinal para um processo este sinal vai para o kernel que o envia
[aluno@ldalcero aluno]$ id root ao processo de destino.
uid = 0(root) gid = 0(root) grupos = 0(root), 1(bin), 2(dae-
mon), 3(sys), 4 (adm), 6(disk), 10(wheel) O sinal 9(SIGKILL), quando enviado para um processo, ter-
mina a sua execução. Na realidade, o que acontece é que o kernel,
Gerenciamento de Processos quando recebe o sinal, não o repassa para o processo, e sim, remo-
O Linux, por ser um sistema operacional multitarefa, executa ve o processo diretamente.
diversos processos simultaneamente. De um modo geral, um pro- O sinal 20(SIGTSTP) suspende a execução de um programa.
cesso é um programa em execução, embora possa se apenas parte Quando existe um programa em execução em foreground e deseja-
de um programa mais complexo. se suspender o seu processamento basta enviar esse sinal; pode-se
usar as teclas Ctrl-z.
Criar, Monitorar e Eliminar Processos Se for utilizado o comando sem o parâmetro -sinal, será en-
Para cada processo, o sistema fornece um código (PID) que o
viado ao processo o sinal SIGTERM ou terminate possivelmente
identificará. Há também uma hierarquia de processos, ou seja, um
terminando sua execução.
processo pode chamar outro, que por sua vez chama um terceiro,
e assim por diante.
O comando top
O processo que executa um segundo processo, é chamado de
O comando top mostra uma lista (atualizada periodicamente)
processo “pai”, e o novo processo, chamado de “filho”.
dos processos ativos no sistema. Esta lista é ordenada por consumo
Como já foi dito, o Linux é um sistema multitarefa, o que
de recursos de CPU, veja a sintaxe abaixo:
lhe permite executar mais de um processo ou sistema. Portanto, é
possível ter processos em primeiro plano (foreground), bem como top [opções]
em segundo plano (background). Exemplos:
Os comandos para se trabalhar com processos serão vistos a [aluno@ldalcero aluno]$ top -d1 -i
seguir. Este comando exibe a lista dos processos, por ordem de con-
sumo de recursos de CPU, exceto os ociosos ou “zombies”, e atua-
O comando ps liza a lista a cada segundo.
O comando ps mostra os processos ativos no sistema. Veja
abaixo a sintaxe do comando: O comando jobs
ps [opções] O comando jobs exibe os processos parados ou em execução
que se encontram em segundo plano. Veja abaixo a sintaxe:
jobs [opções]
Opção Descrição Exemplos:
[aluno@ldalcero aluno]$ jobs - l
-a Mostra todos os processos.
O comando acima exibe os trabalhos em segundo plano, com
seus respectivos PIDs.
Mostra os processos em formato de “árvore”, ou
-f
seja, com seus caminhos completos.
O comando bg
Inclui na lista os usuários e hora do ínicio do Veja a sintaxe do comando:
-u
processo. bg [jobId]
Como foi visto anteriormente é possível parar um processo
-x Inclui processos não associados a um terminal.
digitando CTRL-Z. Para reativar este processo e o colocar em se-
gundo plano use o comando bg %JobId. Exemplos:
Exemplos: [aluno@ldalcero aluno]$ bg %3
[aluno@ldalcero aluno]$ ps O comando acima coloca em segundo plano o terceiro job.
Exibe os processos ativos daquele usuário.
[aluno@ldalcero aluno]$ ps -xf O comando fg
Mostra todos os processos do usuário, incluindo processos Ao contrário do comando bg, o fg (foreground) coloca o job
sem controle do terminal, no formato “árvore”. em primeiro plano. Sintaxe:

Didatismo e Conhecimento 64
INFORMÁTICA BÁSICA
fg [jobId] ZIP
Exemplos: O comando zip é usado para a compactação e empacotamento
[aluno@ldalcero aluno]$ fg %2 de arquivos. Ele é compatível com o pkzip e similares.
Coloca em primeiro plano o job número 2. O programa é útil para empacotamento de uma série de arqui-
vos para distribuição, para arquivamento e para economizar espa-
Compactação e Empacotamento de Arquivos ço em disco temporariamente, compactando arquivos e diretórios
Este tópico irá apresentar os comandos para compactação de sem uso. Veja a seguir a sintaxe do comando:
arquivos mais utilizados, assim como o comando tar, o qual pode zip [opções] arquivo_zip arquivos
ser utilizado para efetuar backup do sistema. Como primeiro exemplo, os arquivos do diretório corrente se-
Compactadores de Arquivos rão compactados e empacotados e colocados no arquivo:
O Linux tem diversos aplicativos para compressão de arqui- [aluno@ldalcero aluno]$ zip arquivo *
vos, sendo que cada um deles utiliza um algoritmo de compressão No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado e desem-
diferente. Serão abordados, neste tópico, os mais usados. pacotado:
[aluno@ldalcero aluno]$ unzip arquivo
O comando tar
GZIP
Permite copiar arquivos e depois restaurá-los, para efeito de
O comando gzip é usado para a compactação/descompactação backup de segurança e/ou transporte de dados através de um meio
de arquivos. físico. Pode ser utilizado em máquinas diferentes, pois é padrão
O arquivo original é substituído por um arquivo compactado no ambiente UNIX. Também permite realizar cópias multivolume.
com a extensão .gz, mantendo o dono, permissões e datas de mo- Veja a sintaxe:
dificação. tar [opções] arquivos
Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar- O comando tar permite que se crie, atualize ou recupere
quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O backups do sistema segundo as opções.
gzip somente tentará compactar arquivos normais; em particular, A tabela a seguir mostra as principais opções do comando tar.
ele ignorará links simbólicos.
O formato básico deste comando é mostrado a seguir: gzip
[opções] arquivos gunzip [opções] arquivos Opção Descrição
Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado: -c Cria um arquivo tar.
[aluno@ldalcero aluno]$ gzip arquivo
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado: -r Acrescenta novos arquivos no arquivo tar.
[aluno@ldalcero aluno]$ gunzip arquivo.gz
-x Extrai conteúdo de um arquivo tar.
BZIP2
O comando bzip2 é usado para a compactação/descompacta- -t Gera uma lista dos arquivos.
ção de arquivos. Restarua os arquivos no seu modo de permissão
O arquivo original é substituído por um arquivo compactado -p
original.
com a extensão .bz2, mantendo o dono, permissões e datas de mo- Usa a hora de extração do arquivo como a hora da
dificação. -m
última alteração.
Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar-
quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O -v Modo detalhado.
formato básico deste comando é indicado a seguir:
bzip2 [opções] arquivos bunzip2 [opções] arquivos.bz2 Obtém o nome dos arquivos a incluir ou extrair a
-T
Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado: partir de “arquivolista”.
[aluno@ldalcero aluno]$ bzip2 arquivo Especifica o arquivo a ser usado como entrada ou
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado: -f
saída.
[aluno@ldalcero aluno]$ bunzip2 arquivo.bz2
-C Extrai os arquivos para o diretório especificado.
Compress Compacta/descompacta os arquivos através do
O comando compress é usado para a compactação/descom- -z
programa gzip.
pactação de arquivos. O arquivo original é substituído por um ar- Compacta/descompacta os arquivos através do
quivo compactado com a extensão .Z, mantendo o dono, permis- -j
programa bzip.
sões e datas de modificação.
Caso nenhum arquivo seja especificado, ou se o nome do ar- Essas opções podem ser usadas conjuntamente, alguns exem-
quivo for “-”, a entrada padrão será compactada na saída padrão. O plos são mostrados a seguir.
formato básico deste comando é indicado a seguir: Exemplos:
compress [opções] arquivos uncompress [opções] arquivos.Z [aluno@ldalcero aluno]$ tar -cvf /dev/fd0 /home
Como primeiro exemplo, o arquivo será compactado: Grava os arquivos do diretório /home para um disquete.
[aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo [aluno@ldalcero aluno]$ tar -xvpf arquivo.tar
No exemplo a seguir, o arquivo será descompactado: Extrai todos os arquivos do arquivo arquivo.tar, mantendo as
[aluno@ldalcero aluno]$ compress arquivo.Z permissões originais.

Didatismo e Conhecimento 65
INFORMÁTICA BÁSICA
Instalação de Aplicativos Como se pode observar, o RPM apresenta o nome do pacote
Neste tópico serão mostrados meios de atualizar o sistema, (o qual não tem necessariamente o mesmo nome do programa) e
instalar novos pacotes e gerenciar os pacotes que já estão instala- apresenta uma sucessão de caracteres # atuando como uma barra
dos no sistema. de status no processo de instalação.
Para atualizar um pacote utilize o comando:
Gerenciamento de Pacotes RPM [root@ldalcero root]$ rpm -Uvh foo-1.0-1.i386.rpm
Esta seção aborda o RPM, que é um poderoso gerenciador de Preparing... #######################################
pacotes. Após sua conclusão, o aluno estará apto a instalar, verifi- ###### [100%]
car, atualizar e desinstalar pacotes de softwares. 1: foo #####################################
######## [100%]
Conceitos Básicos Qualquer versão anterior do pacote será desinstalada e será
O RPM disponibiliza uma série de implementações que fa- feita uma nova instalação guardando as configurações anteriores
cilitam a manutenção do sistema. A instalação, desinstalação e do programa para um possível uso caso o formato dos arquivos de
atualização de um programa que esteja no formato de um pacote configuração não tenha sido alterado.
RPM podem ser feitas através de um único comando, sendo que o
gerenciador cuidará de todos os detalhes necessários ao processo. Desinstalando
Para desenvolvedores, o RPM permite manter fontes e biná- Para desinstalar um pacote utilize o comando:
rios e suas atualizações separadamente, empacotando-os de forma [root@ldalcero root]$ rpm -e foo
configurável para os usuários. Onde foo é o nome do pacote e não do arquivo utilizado na
O gerenciador mantém uma base de dados com os pacotes ins- instalação.
talados e seus arquivos, o que permite executar pesquisas comple-
xas e verificações de maneira ágil e segura. Durante atualizações Consultando / Verificando
de programas, ele administra, por exemplo, arquivos de configura- Para consultar a base de dados de pacotes instalados utilize o
ção, mantendo as configurações já realizadas no sistema. comando:
[root@ldalcero root]$ rpm -q nome_do_pacote
Vantagens da utilização do RPM
Com a sua utilização são apresentados o nome do pacote, ver-
Atualização de Softwares
são e release.
Com o gerenciador de pacotes é possível atualizar componen-
Em vez de especificar o nome do pacote, pode-se utilizar as
tes individuais do sistema, sem a necessidade de reinstalação total.
seguintes opções após o parâmetro q, mostrados na tabela abaixo:
Os arquivos de configuração são mantidos durante o processo, não
se perdendo assim uma personalização já efetuada.
Pesquisas Opção Descrição
O RPM faz pesquisas sobre os pacotes já instalados e seus
arquivos, É possível pesquisar a que pacote pertence determinado a Consulta todos os pacotes instalados.
arquivo e qual a sua origem.
f Consulta o pacote do qual o arquivo faz parte
Verificação do sistema
Caso algum arquivo importante de algum pacote tenha sido i Apresenta as informações do pacote.
removido, pode-se inicialmente verificar se o pacote apresenta al-
guma anormalidade. l Apresenta a lista de arquivos pertencentes ao pacote.
Código fonte
O RPM possibilita a distribuição dos arquivos fonte, idênti- s Apresenta o status dos arquivos do pacote.
cos aos distribuídos pelos autores dos programas e as alterações
d Apresenta um lista dos arquivos de documentação.
separadamente.
c Apresenta uma lista dos arquivos de configuração.
Instalando / Atualizando
Os pacotes RPM têm nomes de arquivos com o seguinte for-
A opção de verificação pode ser útil caso haja alguma suspeita
mato:
de que a base de dados RPM esteja corrompida.
foo-1.0-1.i386.rpm
Onde:
Instalação de Aplicativos em código binário
foo : nome do arquivo
1.0 : versão 1 : Release i386 : plataforma Na maioria das vezes os aplicativos em código binário são
A instalação é feita através de uma única linha de comando, empacotados pelo comando tar e dentro dele é necessário fazer três
como por exemplo: tipos de comando, para que o aplicativo seja instalado no sistema,
[root@ldalcero root]$ rpm -ivh foo-1.0-1.i386.rpm a seguir vamos ver detalhadamente esses comandos.
Preparing... #######################################
###### [100%] O comando configure
1: foo ##################################### Esse comando é utilizado para que seja feita uma verificação
######## [100%] no sistema e nas dependências dos pacotes necessários para o apli-

Didatismo e Conhecimento 66
INFORMÁTICA BÁSICA
cativo ser instalado, se o comando obtiver algum erro de checagem Na parte superior está a Barra de Título, a qual mostra o título do
do sistema ele retorna uma mensagem de erro e para a verificação. programa em execução e o documento no qual você está trabalhan-
Exemplo: do. Logo abaixo da Barra de Título está a Barra de Menu, onde se
[root@ldalcero foo]$ ./configure encontra as guias: Arquivo, Editar e assim sucessivamente, clican-
do em cada um delas aparecerá vários elementos de acesso com
O comando make e make install diversas funções diferentes. Logo abaixo da Barra de Título está a
Esses dois comandos são responsáveis pela criação das con- Barra de Ferramentas, que consiste de um ou mais ícones, cada um
figurações necessárias ao aplicativo no sistema, bem como sua equivalente a um elemento de menu, pode-se dizer que são atalhos
instalação, eles só podem ser utilizados sem problemas, caso o para os elementos de menu mais usados no programa. A Barra de
comando configure tenha sido executado com sucesso. Exemplos: Status se encontra na parte inferior e mostra informações do arqui-
[root@ldalcero foo]$ make vo que está sendo acessado no momento.
[root@ldalcero foo]$ make install
Adicionando Ícones na Área de Trabalho
Uso e Configuração do Ambiente Gráfico Para adicionar ícones na sua Área de Trabalho você pode fazer
Neste tópico será mostrado como você interagir com o am- de duas maneiras:
biente gráfico do Linux e também como fazer a sua configuração Escolhendo qual programa que deseja fazer o atalho, e arrastá
de acordo com sua necessidade e facilidade. Como padrão vamos -lo até a Área de Trabalho e soltar, será perguntando se deseja criar
utilizar o ambiente gráfico GNOME. um atalho para o arquivo ali.
Clicando com o botão direito do mouse na Área de Trabalho
Gerenciadores de Janelas e escolher a opção criar novo lançador, e adicionar as informações
A principal função de um gerenciador de janelas é, como o necessárias para o referente atalho do programa.
próprio nome diz, gerenciar a apresentação das janelas e fornecer
métodos para controlar aplicações, criar e acessar menus. Além de Usando a Lixeira
fornecer meios para que o usuário possa personalizar o seu am- Em circunstâncias normais, apagar um arquivo no UNIX é
biente. Mas, como é feito o relacionamento com o sistema? uma operação sem retorno. No entanto, com o gerenciador de ar-
No Linux, este relacionamento é feito pelo Servidor de Jane- quivos do GNOME, você pode escolher Mover para a Lixeira ao
las X. Seu objetivo é fornecer acesso aos dispositivos existentes invés de Apagar. Isto irá mover o arquivo para a Pasta Lixeira, que
em seu computador (mouse, teclado) e fornecer um ambiente agra- por padrão é acessível via ícone em sua Área de Trabalho. Nesta
dável para a manipulação de aplicações, através de componentes pasta, sempre é possível recuperar arquivos apagados. Lembre-se
chamados Janelas. de esvaziá-la regularmente clicando nela com o botão direito do
Mas, não confunda estes dois conceitos: o servidor de jane- mouse, e então escolhendo Esvaziar Lixeira, sob pena de ficar sem
las possui recursos para implementar as aplicações em forma de espaço em disco, pois os arquivos que estão na Lixeira continuam
janelas e formar um ambiente agradável para o usuário; já o ge- ocupando espaço. Note que, uma vez esvaziada a Lixeira, os arqui-
renciador de janelas vai fornecer métodos para que o usuário possa vos que estavam lá estarão perdidos para sempre.
modificar o tamanho das janelas, o papel de parede, enfim, o layout
da interface gráfica. Configurando a Área de Trabalho
Existem várias maneiras de configurarmos a Área de Traba-
Usando a Área de Trabalho lho, essas configurações incluem:
Usar a Área de Trabalho é tão simples como arrastar itens que Tela de Fundo;
se queira utilizar rotineiramente. A Área padrão inclui uma pasta Proteção de Tela;
do diretório pessoal (/home/nome_do_usuario). Tema da Área de Trabalho;
Todos os itens armazenados na Área de Trabalho estão locali- Entre outras.
zados no diretório: Podemos configurar nossa Área de Trabalho, através do Menu
/home/nome_do_usuario/.gnome-desktop/ Preferências -> Centro de Controle, abrirá uma janela com várias
Isto pode ser útil para relembrar quando se desejar que um ícones, correspondentes cada um a uma configuração de sua Área
item que apareça na Área de Trabalho, porém com as quais não de Trabalho.
se pode utilizar as funções de arrastar e soltar. No painel inferior Trocando a Configuração do seu Teclado
da Área de Trabalho, você encontra ícones, que na verdade são Vista a grande quantidade de layouts (idiomas) de teclados
atalhos para acessar alguns aplicativos e para acessar o menu de que existe hoje no mercado de informática, iremos abordar neste
programas. tópico, como você pode configurar o layout do seu teclado.
Existem duas maneiras de configurar o seu teclado, pode ser
Gerenciador de Arquivos via modo texto ou via modo gráfico.
Se você der um clique no ícone que se encontra na Área de Modo Texto
Trabalho com o nome de Pessoal ou Pasta de Início ou algo se- Digite no terminal o seguinte comando:
melhante, irá abrir um programa que nada mais é do que o seu kbdconfig
gerenciador de arquivos, no qual abrirá uma janela mostrando o Observe que o comando pode variar de uma distribuição para
conteúdo do seu diretório pessoal. Este é o diretório onde estão outra, as outras variâncias do comando são: keybconfig ou ainda
armazenados todos os seus documentos, e é permitido ser aces- keyboardconfig.
sado somente por você. Uma janela se compõe de várias partes. Modo Gráfico

Didatismo e Conhecimento 67
INFORMÁTICA BÁSICA
Vá até o Menu de Configurações do Sistema, e em seguida na opção Teclado, na janela que será mostrada escolha o idioma do seu
teclado.

Impressão de Arquivos
Vamos abordar neste tópico a impressão de arquivos, levando-se em conta que a impressora já tenha sido configurada no computador
pelo administrador do sistema e esta esteja funcionando corretamente.

Imprimindo Arquivos
O método mais usado pelos aplicativos do Linux para a impressão é o Ghost Script. O Ghost Script (chamado de gs) é um interpretador
do formato Pos Script (arquivos .ps) e pode enviar o resultado de processamento tanto para a tela como impressora. Ele está disponível para
diversas plataformas e sistemas operacionais além do Linux, inclusive o DOS, Windows, OS/2, etc. O formato .ps esta se tornando uma
padronização para a impressão de gráficos em Linux devido a boa qualidade da impressão, liberdade de configuração, gerenciamento de
impressão feito pelo gs e por ser um formato universal, compatíveis com outros sistemas operacionais.
A maioria das distribuições Linux já vem com o pacote do Ghost Script instalado e configurado, e quando você manda o comando de
impressão para a sua impressora, através de qualquer software, desde editores de textos até editores de imagens, o Linux já faz todo o tra-
balho de chamar o Ghost Script e comandar para que sua impressão saia correta na impressora, por isso o único trabalho que você tem ao
imprimir seus arquivos é clicar no botão “Imprimir” do software que você estiver utilizando.

Filas de Impressão
Impressoras são acessadas pelo Linux através de um mecanismo de armazenamento temporário, como é comum ocorrer em sistemas
multitarefas, ou sejam, as tarefas de impressão ficam armazenadas temporariamente em um arquivo e são processadas posteriormente por
um segundo programa de controle denominado servidor de impressão. Esta sistemática garante que muitos usuários podem enviar tarefas
de impressão simultaneamente para uma única impressora sem o risco de conflitos. Após enviar a tarefa para impressão, o usuário pode
continuar com as suas atividades normais, enquanto a tarefa ficará na fila ou será impressa.
Uma fila de impressão consiste em:
uma entrada no arquivo /etc/printcap, onde a fila será criada;
um diretório, normalmente sob /var/spool/lpd, onde ficarão armazenados arquivos de tarefas de impressão, arquivos de dados, arquivos
de controle de configuração de impressoras e filas.
Cada fila é processada por somente uma impressora, porém é possível haver diversas filas para a mesma impressora.
O processamento de uma tarefa de impressão, enviada por uma estação remota ou local, é realizado em três passos:
1. Os arquivos de dados são copiados no diretório da fila de impressão e associado com um arquivo de controle que é criado naquele
momento;
2. Os arquivos de dados passam por um programa de filtros que os converte para um formato específico de impressão (por exemplo
Ghost Script). Esta conversão pode ser feita em diversos passos individuais;
3. O arquivo específico para a impressora conectada àquela fila é impresso.

Didatismo e Conhecimento 68
INFORMÁTICA BÁSICA

3. APLICATIVOS.
3.1. PACOTE MICROSOFT OFFICE
2007/2010 E PACOTE LIBREOFFICE 4.
3.2. EDITOR DE TEXTOS: MS-WORD 2007
E 2010 E LIBREOFFICE WRITER 4.
3.3. PLANILHA ELETRÔNICA: MS-EXCEL
2007 E 2010 E LIBREOFFICE CALC 4.
3.4. APRESENTAÇÃO DE SLIDES:
MS-POWERPOINT 2007 E 2010 E
LIBREOFFICE IMPRESS 4.
3.5. CLIENTES DE E-MAIL: MS-OUTLOOK
2007 E 2010.
3.6. NAVEGADORES DE INTERNET -
INTERNET EXPLORER 9 E 10,
MOZILLA FIREFOX
38 E GOOGLE CHROME 32
OU SUPERIOR.

WORD 2007/2010

O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte que domina o
mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e Open Office.

Interface
No cabeçalho de nosso programa temos a barra de títulos do documento ,
que como é um novo documento apresenta como título “Documento1”. Na esquerda temos a Barra de acesso rápido, que
permite acessar alguns comandos mais rapidamente como salvar, desfazer. Você pode personalizar essa barra, clicando no menu de contexto
(flecha para baixo) à direita dela.
Mais a esquerda tem a ABA Arquivo.
Através dessa ABA, podemos criar novos documentos, abrir arquivos existentes, salvar documentos, imprimir, preparar o documento
(permite adicionar propriedades ao documento, criptografar, adicionar assinaturas digitais, etc.). Vamos utilizar alguns destes recursos no
andamento de nosso curso.

ABAS

Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos os grupos de ferra-
mentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os usuários os principais comandos,
para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos possuem pequenas marcações na sua direita inferior.

Didatismo e Conhecimento 69
INFORMÁTICA BÁSICA

O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por exemplo, ao sele-
cionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemento selecionado.

Trabalhando com documentos


Ao iniciarmos o Word temos um documento em branco que é sua área de edição de texto. Vamos digitar um pequeno texto conforme
abaixo:

Didatismo e Conhecimento 70
INFORMÁTICA BÁSICA
Salvando Arquivos Observe que o nome de seu arquivo agora aparece na barra
É importante ao terminar um documento, ou durante a digita- de títulos.
ção do mesmo, quando o documento a ser criado é longo, salvar
seu trabalho. Salvar consiste em armazenar se documento em for- Abrindo um arquivo do Word
ma de arquivo em seu computador, pendrive, ou outro dispositivo
de armazenamento. Para salvar seu documento, clique no botão Para abrir um arquivo, você precisa clicar na ABA Arquivo.
salvar no topo da tela. Será aberta uma tela onde você poderá defi-
nir o nome, local e formato de seu arquivo.

Na esquerda da janela, o botão abrir é o segundo abaixo de


novo, observe também que ele mostra uma relação de documen-
tos recentes, nessa área serão mostrados os últimos documentos
abertos pelo Word facilitando a abertura. Ao clicar em abrir, será
necessário localizar o arquivo no local onde o mesmo foi salvo.

Observe na janela de salvar que o Word procura salvar seus


arquivos na pasta Documents do usuário, você pode mudar o local
do arquivo a ser salvo, pela parte esquerda da janela. No campo
nome do arquivo, o Word normalmente preenche com o título do
documento, como o documento não possui um título, ele pega os
primeiros 255 caracteres e atribui como nome, é aconselhável co-
locar um nome menor e que se aproxime do conteúdo de seu texto.
“Em Tipo a maior mudança, até versão 2003, os documentos eram
salvos no formato”. DOC”, a partir da versão 2010, os documentos
são salvos na versão”. DOCX”, que não são compatíveis com as
versões anteriores. Para poder salvar seu documento e manter ele
compatível com versões anteriores do Word, clique na direita des-
sa opção e mude para Documento do Word 97-2003.

Caso necessite salvar seu arquivo em outro formato, outro lo-


cal ou outro nome, clique no botão Office e escolha Salvar Como.

Visualização do Documento

Podemos alterar a forma de visualização de nosso documento.


No rodapé a direta da tela temos o controle de Zoom.·. Anterior a
este controle de zoom temos os botões de forma de visualização
de seu documento, que podem também ser acessados
pela Aba Exibição.

Didatismo e Conhecimento 71
INFORMÁTICA BÁSICA
para documentações, então é comum escutar “o documento tem
que estar dentro das normas”, não vou me atentar a nenhuma das
normas especificas, porém vou ensinar como e onde estão as op-
ções de configuração de um documento.
Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos em mi- No Word 2010 a ABA que permite configurar sua página é a
niaturas no rodapé. ABA Layout da Página.
• Layout de Impressão: Formato atual de seu documento é
o formato de como seu documento ficará na folha impressa.
• Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de seu do-
cumento, facilitando a leitura em tela, observe que no rodapé do
documento à direita, ele possui uma flecha apontado para a próxi-
ma página. Para sair desse modo de visualização, clique no botão
fechar no topo à direita da tela.
• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visualização
na Internet, esse formato existe, pois muitos usuários postam tex-
tos produzidos no Word em sites e blogs na Internet.
• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu documento
em tópicos, o formato terá melhor compreensão quando trabalhar-
mos com marcadores.
• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar diversos
recursos de produção de texto, porém não visualiza como impres-
são nem outro tipo de meio.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição permite tra-
balhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão Zoom o Word
apresenta a seguinte janela:
O grupo “Configurar Página”, permite definir as margens de
seu documento, ele possui alguns tamanhos pré-definidos, como
também personalizá-las.
Ao personalizar as margens, é possível alterar as margens su-
perior, esquerda, inferior e direita, definir a orientação da página,
se retrato ou paisagem, configurar a fora de várias páginas, como
normal, livro, espelho. Ainda nessa mesma janela temos a guia
Papel.

Onde podemos utilizar um valor de zoom predefinido, ou co-


locarmos a porcentagem desejada, podemos visualizar o documen-
to em várias páginas. E finalizando essa aba temos as formas de
exibir os documentos aberto em uma mesma seção do Word.

Nesta guia podemos definir o tipo de papel, e fonte de alimen-


tação do papel.

Configuração de Documentos
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus docu-
mentos é em relação à configuração da página. A ABNT (Associa-
ção Brasileira de Normas Técnicas) possui um manual de regras

Didatismo e Conhecimento 72
INFORMÁTICA BÁSICA
Ao clicar em mais Colunas, é possível personalizar as suas
colunas, o Word disponibiliza algumas opções pré-definidas, mas
você pode colocar em um número maior de colunas, adicionar li-
nha entre as colunas, definir a largura e o espaçamento entre as
colunas. Observe que se você pretende utilizar larguras de colunas
diferentes é preciso desmarcar a opção “Colunas de mesma largu-
ra”. Atente também que se preciso adicionar colunas a somente
uma parte do texto, eu preciso primeiro selecionar esse texto.

A terceira guia dessa janela chama-se Layout. A primeira


opção dessa guia chama-se seção. Aqui se define como será uma
nova seção do documento, vamos aprender mais frente como tra-
balhar com seções. Números de Linha
Em cabeçalhos e rodapés podemos definir se vamos utilizar
cabeçalhos e rodapés diferentes nas páginas pares e ímpares, e se É bastante comum em documentos acrescentar numeração nas
quero ocultar as informações de cabeçalho e rodapé da primeira páginas dos documentos, o Word permite que você possa fazer fa-
página. Em Página, pode-se definir o alinhamento do conteúdo do cilmente, clicando no botão “Números de Linhas”.
texto na página. O padrão é o alinhamento superior, mesmo que
fique um bom espaço em branco abaixo do que está editado. Ao es-
colher a opção centralizada, ele centraliza o conteúdo na vertical.
A opção números de linha permite adicionar numeração as linhas
do documento.

Ao clicar em “Opções de Numeração de Linhas...”, abre-se a


janela que vimos em Layout.

Plano de Fundo da Página

Colunas

Podemos adicionar as páginas do documento, marcas d’água,


cores e bordas. O grupo Plano de Fundo da Página possui três bo-
tões para modificar o documento.
Clique no botão Marca d’água.

Didatismo e Conhecimento 73
INFORMÁTICA BÁSICA

O botão Bordas da Página, já estudamos seu funcionamento


ao clicar nas opções de Margens.

Selecionando Textos

Embora seja um processo simples, a seleção de textos é indis-


pensável para ganho de tempo na edição de seu texto. Através da
seleção de texto podemos mudar a cor, tamanho e tipo de fonte,
etc.

Selecionando pelo Mouse

Ao posicionar o mouse mais a esquerda do texto, o cursor


aponta para a direita.
• Ao dar um clique ele seleciona toda a linha
• Ao dar um duplo clique ele seleciona todo o parágrafo.
• Ao dar um triplo clique seleciona todo o texto
Com o cursor no meio de uma palavra:
• Ao dar um clique o cursor se posiciona onde foi clicado
• Ao dar um duplo clique, ele seleciona toda a palavra.
O Word apresenta alguns modelos, mais abaixo temos o item • Ao dar um triplo clique ele seleciona todo o parágrafo
Personalizar Marca D’água. Clique nessa opção. Podemos também clicar, manter o mouse pressionado e arras-
tar até onde se deseja selecionar. O problema é que se o mouse for
solto antes do desejado, é preciso reiniciar o processo, ou pressio-
nar a tecla SHIFT no teclado e clicar ao final da seleção desejada.
Podemos também clicar onde começa a seleção, pressionar a tecla
SHIFT e clicar onde termina a seleção. É possível selecionar pala-
vras alternadas. Selecione a primeira palavra, pressione CTRL e vá
selecionando as partes do texto que deseja modificar.

Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma que qual-
quer outro programa, pode-se utilizar as teclas de atalho CTRL+C
(copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Colar), ou o primeiro
grupo na ABA Inicio.

Nesta janela podemos definir uma imagem como marca


d’água, basta clicar em Selecionar Imagem, escolher a imagem Este é um processo comum, porém um cuidado importante é
e depois definir a dimensão e se a imagem ficará mais fraca (des- quando se copia texto de outro tipo de meio como, por exemplo,
botar) e clicar em OK. Como também é possível definir um texto da Internet. Textos na Internet possuem formatações e padrões de-
como marca d’água. O segundo botão permite colocar uma cor de ferentes dos editores de texto. Ao copiar um texto da Internet, se
fundo em seu texto, um recurso interessante é que o Word verifica você precisa adequá-lo ao seu documento, não basta apenas clicar
a cor aplicada e automaticamente ele muda a cor do texto. em colar, é necessário clicar na setinha apontando para baixo no
botão Colar, escolher Colar Especial.

Didatismo e Conhecimento 74
INFORMÁTICA BÁSICA
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa localizar.
A caixa de seleção usar caracteres curinga.

Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a possibi-
lidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA responsável
pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte, Parágrafo e Estilo.

Formatação de Fonte
A formatação de fonte diz respeito ao tipo de letra, tamanho
de letra, cor, espaçamento entre caracteres, etc., para formatar uma
palavra, basta apenas clicar sobre ela, para duas ou mais é neces-
sário selecionar o texto, se quiser formatar somente uma letra tam-
Observe na imagem que ele traz o texto no formato HTML. bém é necessário selecionar a letra. No grupo Fonte, temos visível
Precisa-se do texto limpo para que você possa manipulá-lo, mar- o tipo de letra, tamanho, botões de aumentar fonte e diminuir fon-
que a opção Texto não formatado e clique em OK. te, limpar formatação, negrito, itálico, sublinhado, observe que ao
lado de sublinhado temos uma seta apontando para baixo, ao clicar
Localizar e Substituir nessa seta, é possível escolher tipo e cor de linha.
Ao final da ABA Inicio temos o grupo edição, dentro dela te-
mos a opção Localizar e a opção Substituir. Clique na opção Subs-
tituir.

A janela que se abre possui três guias, localizar, Substituir e


Ir para. A guia substituir que estamos vendo, permite substituir em Ao lado do botão de sublinhado temos o botão Tachado – que
seu documento uma palavra por outra. A substituição pode ser feita coloca um risco no meio da palavra, botão subscrito e sobrescrito
uma a uma, clicando em substituir, ou pode ser todas de uma única e o botão Maiúsculas e Minúsculas.
vez clicando-se no botão Substituir Tudo.
Algumas vezes posso precisar substituir uma palavra por ela
mesma, porém com outra cor, ou então somente quando escrita em
maiúscula, etc., nestes casos clique no botão Mais. As opções são:
• Pesquisar: Use esta opção para indicar a direção da pes-
quisa;
• Diferenciar maiúsculas de minúsculas: Será localizada
exatamente a palavra como foi digitada na caixa localizar.
• Palavras Inteiras: Localiza uma palavra inteira e não par-
te de uma palavra. Ex: Atenciosamente.
• Usar caracteres curinga: Procura somente as palavras que
você especificou com o caractere coringa. Ex. Se você digitou *ão Este botão permite alterar a colocação de letras maiúsculas e
o Word vai localizar todas as palavras terminadas em ão. minúsculas em seu texto. Após esse botão temos o de realce – que
• Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma sonori- permite colocar uma cor de fundo para realçar o texto e o botão de
dade, mas escrita diferente. Disponível somente para palavras em cor do texto.
inglês.
• Todas as formas de palavra: Localiza todas as formas da
palavra, não será permitida se as opções usar caractere coringa e
semelhantes estiverem marcadas.
• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o especifi-
cado como formatação.

Didatismo e Conhecimento 75
INFORMÁTICA BÁSICA
Podemos definir a escala da fonte, o espaçamento entre os
caracteres que pode ser condensado ou comprimido, a posição é
referente ao sobrescrito e subscrito, permitindo que se faça algo
como: .

Kerning: é o acerto entre o espaço dentro das palavras, pois al-


gumas vezes acontece de as letras ficaram com espaçamento entre
elas de forma diferente. Uma ferramenta interessante do Word é a
ferramenta pincel, pois com ela você pode copiar toda a formata-
ção de um texto e aplicar em outro.

Formatação de parágrafos

A principal regra da formatação de parágrafos é que indepen-


dente de onde estiver o cursor a formatação será aplicada em todo
o parágrafo, tendo ele uma linha ou mais. Quando se trata de dois
ou mais parágrafos será necessárioselecionar os parágrafos a se-
rem formatados. A formatação de parágrafos pode ser localizada
na ABA Inicio, e os recuos também na ABA Layout da Página.
Podemos também clicar na Faixa no grupo Fonte.

No grupo da Guia Inicio, temos as opções de marcadores (bul-


lets e numeração e listas de vários níveis), diminuir e aumentar
recuo, classificação e botão Mostrar Tudo, na segunda linha temos
os botões de alinhamentos: esquerda, centralizado, direita e justifi-
cado, espaçamento entre linhas, observe que o espaçamento entre
linhas possui uma seta para baixo, permitindo que se possa definir
qual o espaçamento a ser utilizado.

A janela fonte contém os principais comandos de formatação


e permite que você possa observar as alterações antes de aplica.
Ainda nessa janela temos a opção Avançado.

Cor do Preenchimento do Parágrafo.

Didatismo e Conhecimento 76
INFORMÁTICA BÁSICA
Bordas no parágrafo.

Na guia parágrafo da ABA Layout de Página temos apenas


os recuos e os espaçamentos entre parágrafos. Ao clicar na Faixa
do grupo Parágrafos, será aberta a janela de Formatação de Pará-
grafos. As opções disponíveis são praticamente as mesmas disponí-
veis pelo grupo.

Podemos trabalhar os recuos de texto também pelas réguas


superiores.

Marcadores e Numeração

Os marcadores e numeração fazem parte do grupo parágrafos,


mas devido a sua importância, merecem um destaque. Existem
dois tipos de marcadores: Símbolos e Numeração.

Didatismo e Conhecimento 77
INFORMÁTICA BÁSICA

Onde você poderá escolher a Fonte (No caso aconselha-se a


utilizar fontes de símbolos como a Winddings, Webdings), e de-
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto tenha pois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você poderá utilizar uma
níveis de marcação como, por exemplo, contratos e petições. Os imagem do Office, e ao clicar no botão importar, poderá utilizar
marcadores do tipo Símbolos como o nome já diz permite adicio- uma imagem externa.
nar símbolos a frente de seus parágrafos.
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar antes Bordas e Sombreamento
do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressionar a tecla TAB
no teclado. Podemos colocar bordas e sombreamentos em nosso texto.
Podem ser bordas simples aplicadas a textos e parágrafos. Bordas
na página como vimos quando estudamos a ABA Layout da Página
e sombreamentos. Selecione o texto ou o parágrafo a ser aplicado
à borda e ao clicar no botão de bordas do grupo Parágrafo, você
pode escolher uma borda pré-definida ou então clicar na última
opção Bordas e Sombreamento.

Você pode observar que o Word automaticamente adicionou


outros símbolos ao marcador, você pode alterar os símbolos dos
marcadores, clicando na seta ao lado do botão Marcadores e esco-
lhendo a opção Definir Novo Marcador.

Ao clicar em Símbolo, será mostrada a seguinte janela:

Didatismo e Conhecimento 78
INFORMÁTICA BÁSICA

Podemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada uma das bordas na di-
reita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da borda. A Guia Sombreamento permite atribuir
um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e depois aplicar uma textura junto dessa cor.

Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e rodapé, clique na ABA
Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.

Ele é composto de três opções Cabeçalho, Rodapé e Número de Página.

Didatismo e Conhecimento 79
INFORMÁTICA BÁSICA
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar em Editar Ca-
beçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeçalho.

A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo o que for inserido no
cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas páginas.

Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome o cuidado de
escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos também aplicar cabeçalhos e ro-
dapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho
ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.

Data e Hora

O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo Texto, temos o
botão Data e Hora.

Didatismo e Conhecimento 80
INFORMÁTICA BÁSICA

Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a opção Atualizar
automaticamente.

Inserindo Elementos Gráficos


O Word permite que se insira em seus documentos arquivos gráficos como Imagem, Clip-art, Formas, etc., as opções de inserção estão
disponíveis na ABA Inserir.

Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo nome no grupo
Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.

A imagem será inserida no local onde estava seu cursor.


O que será ensinado agora é praticamente igual para todo os elementos gráficos, que é a manipulação dos elementos gráficos. Ao inserir
a imagem é possível observar que a mesma enquanto selecionada possui uma caixa pontilhadas em sua volta, para mover a imagem de local,
basta clicar sobre ela e arrastar para o local desejado, se precisar redimensionar a imagem, basta clicar em um dos pequenos quadrados em
suas extremidades, que são chamados por Alças de redimensionamento. Para sair da seleção da imagem, basta apenas clicar em qualquer
outra parte do texto. Ao clicar sobre a imagem, a barra superior mostra as configurações de manipulação da imagem.

Didatismo e Conhecimento 81
INFORMÁTICA BÁSICA
O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e
Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e adicionar
ou remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.

O primeiro dos botões é a Posição, ela permite definir em qual


posição a imagem deverá ficar em relação ao texto.

Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem


em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e remover
uma cor da imagem. Este recurso permite definir uma imagem
com fundo transparente. A opção Compactar Imagens permite dei-
xar sua imagem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta
opção o Word mostra a seguinte janela:

Ao clicar na opção Mais Opções de Layout abre-se a jane-


la Layout Avançado que permite trabalhar a disposição da ima-
gem em relação ao bloco de texto no qual ela esta inserida. Essas
mesmas opções estão disponíveis na opção Quebra Automática
de Texto nesse mesmo grupo. Ao colocar a sua imagem em uma
disposição com o texto, é habilitado alguns recursos da barra de
imagens. Como bordas

Através deste grupo é possível acrescentar bordas a sua ima-


Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a gem E no grupo Organizar ele habilita as opções de Trazer para
todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução da ima- Frente, Enviar para Trás e Alinhar. Ao clicar no botão Trazer para
gem. A opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado Frente, ele abre três opções: Trazer para Frente e Avançar, são uti-
inicial, abandonando todas as alterações feitas. O próximo grupo lizadas quando houver duas ou mais imagens e você precisa mu-
chama-se Sombra, como o próprio nome diz, permite adicionar dar o empilhamento delas. A opção Trazer para Frente do Texto
uma sombra a imagem que foi inserida. faz com que a imagem flutue sobre o Texto. Ao ter mais de uma
imagem e ao selecionar as imagens (Utilize a tecla SHIFT), você
poderá alinhar as suas imagens.

No botão Efeitos de Sombra, você poderá escolher algumas


posições de sombra (Projetada, Perspectiva) e cor da sombra. Ao
lado deste botão é possível definir a posição da sombra e no meio a
opção de ativar e desativar a sombra. No grupo Organizar é possí-
vel definir a posição da imagem em relação ao texto.

Didatismo e Conhecimento 82
INFORMÁTICA BÁSICA

O último grupo é referente às dimensões da imagem.

Clip Art

Clip-Art são imagens, porém são imagens que fazem parte


Neste grupo você pode cortar a sua imagem, ou redimensionar do pacote Office. Para inserir um clipart, basta pela ABA Inserir,
a imagem definindo Largura e Altura. clicar na opção Clip-Art. Na direita da tela abre-se a opção de con-
sulta aos clip-Art.
Os comandos vistos até o momento estavam disponíveis da
seguinte forma, pois nosso documento esta salvo em.DOC – ver-
são compatível com Office XP e 2003. Ao salvar o documento em
.DOCX compatível somente com a versão 2010, acontecem algu-
mas alterações na barra de imagens.

No grupo Ajustar já temos algumas alterações, ao clicar no


item Cor. Em estilos de imagem podemos definir bordas e som-
breamentos para a imagem.

Clique sobre a imagem a ser adicionada ao seu texto com o


botão direito e escolha Copiar (CTRL+C). Clique em seu texto
onde o Clip-Art deve ser adicionado e clique em Colar (CTRL+V)
As configurações de manipulação do clip-art são as mesmas das
Podemos aplicar também os Efeitos de Imagem imagens.

Didatismo e Conhecimento 83
INFORMÁTICA BÁSICA
Formas

Podemos também adicionar formas ao nosso conteúdo do texto

Ainda nesse grupo temos a opção de trabalharmos as cores,


contorno e alterar a forma.

Para desenhar uma forma, o processo é simples, basta clicar


na forma desejada e arrastar o mouse na tela para definir as suas
dimensões. Ao desenhar a sua forma a barra passa a ter as proprie-
dade para modificar a forma.

O primeiro grupo chama-se Inserir Forma, ele possui a fer-


ramenta de Inserir uma forma. Ao lado temos a ferramenta Editar
Forma essa ferramenta permite trabalhar os nós da forma – Algu-
mas formas bloqueiam a utilização dessa ferramenta. Abaixo dela
temos a ferramenta de caixa de texto, que permite adicionar uma
caixa de texto ao seu documento. Estando com uma forma fecha-
da, podemos transformar essa forma em uma caixa de texto. Ao
lado temos o Grupo Estilos de Forma.

Os primeiros botões permitem aplicar um estilo a sua forma. A opção Imagem preenche sua forma com alguma imagem. A
opção Gradação permite aplicar tons de gradiente em sua forma.

Didatismo e Conhecimento 84
INFORMÁTICA BÁSICA
Na guia gradiente, temos as opções de Uma cor, Duas cores e
Pré-definidas.
Ao escolher uma cor você pode escolher a cor a ser aplicada,
se quer ela mais para o claro ou escuro, pode definir a transparên-
cia do gradiente e como será o sombreamento.

Ao clicar na opção Duas Cores, você pode definir a cor 1 e cor


2, o nível de transparência e o sombreamento.

Ao clicar em Mais Gradações, será possível personalizar a


forma como será o preenchimento do gradiente.

Ao clicar em Pré-definidas, o Office possui algumas cores de


preenchimento prontas.

Didatismo e Conhecimento 85
INFORMÁTICA BÁSICA
A Guia Textura permite aplicar imagens como texturas ao
preenchimento, a guia Padrão permite aplicar padrões de preenchi-
mento e imagem permite aplicar uma imagem Após o grupo Esti-
los de Forma temos o grupo sombra e após ele o grupo Efeitos 3D.

Em hierarquia, escolha o primeiro da segunda linha e clique


em OK.

Podemos aplicar efeitos tridimensionais em nossas formas.


Além de aplicar o efeitos podemos mudar a cor do 3D, alterar a
profundidade, a direção, luminosidade e superfície. As demais op-
ções da Forma são idênticas as das imagens.

SmartArt

O SmartArt permite ao você adicionar Organogramas ao seu


documento. Se você estiver usando o Office 2003 ou seu docu-
mento estiver salvo em DOC, ao clicar nesse botão, ele habilita a
seguinte janela:

Altere os textos conforme a sua necessidade. Ao clicar no topo


em Ferramentas SmartArt, serão mostradas as opções de alteração
do objeto.

O primeiro botão é o de Adicionar uma forma. Basta clicar em


um botão do mesmo nível do que será criado e clicar neste botão.
Outra forma de se criar novas caixas dentro de um mesmo nível é
ao terminar de digitar o texto pressionar ENTER. Ainda no grupo
Criar Gráfico temos os botões de Elevar / Rebaixar que permite
mudar o nível hierárquico de nosso organograma.
Basta selecionar o tipo de organograma a ser trabalhado e cli-
que em OK. Porém se o formato de seu documento for DOCX, a No grupo Layout podemos mudar a disposição de nosso or-
janela a ser mostrada será: ganograma.

Didatismo e Conhecimento 86
INFORMÁTICA BÁSICA

O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite mudar


as cores e o estilo do organograma.
O primeiro grupo é o Texto, nesse grupo podemos editar o
texto digitado e definir seu espaçamento e alinhamentos. No grupo
Estilos de WordArt pode-se mudar a forma do WordArt, depois
temos os grupos de Sombra, Efeitos 3D, Organizar e Tamanho.
Tabelas
As tabelas são com certeza um dos elementos mais importan-
tes para colocar dados em seu documento.
Use tabelas para organizar informações e criar formas de pá-
ginas interessantes e disponibilizar seus dados.

Para inserir uma tabela, na ABA Inserir clique no botão Ta-


bela.

WordArt

Para finalizarmos o trabalho com elementos gráficos temo


os WordArt que já um velho conhecido da suíte Office, ele ainda
mantém a mesma interface desde a versão do Office 97 No grupo
Texto da ABA Inserir temos o botão de WorArt Selecione um for-
mato de WordArt e clique sobre ele.
Ao clicar no botão de Tabela, você pode definir a quantidade
de linhas e colunas, pode clicar no item Inserir Tabela ou Desenhar
a Tabela, Inserir uma planilha do Excel ou usar uma Tabela Rápida
que nada mais são do que tabelas prontas onde será somente neces-
sário alterar o conteúdo.

Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite seu


texto e clique em OK. Será mostrada a barra do WordArt

Didatismo e Conhecimento 87
INFORMÁTICA BÁSICA

Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um número variável
de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.

Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo

Ferramentas de Tabela.

Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite aplicar uma
formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão Desenhar Tabela transforma
seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as linhas da tabela.

Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA ao final, chamada
Layout, clique sobre essa ABA.

O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.

Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma janela com as propriedades da janela.

Didatismo e Conhecimento 88
INFORMÁTICA BÁSICA

A opção Mesclar Células, somente estará disponível se você


selecionar duas ou mais células. Esse comando permite fazer com
que as células selecionadas tornem-se uma só.

A opção dividir células permite dividir uma célula. Ao clicar


nessa opção será mostrada uma janela onde você deve definir em
quantas linhas e colunas a célula será dividida.
Nesta janela existem quatro Guias.
A primeira é relativa à tabela, pode-se definir a largura da ta-
bela, o alinhamento e a quebra do texto na tabela. Ao clicar no
botão Bordas e Sombreamento abre-se a janela de bordas e som-
breamento estudada anteriormente. Ao clicar em Opções é possí-
vel definir as margens das células e o espaçamento entre as células.

A opção dividir tabela insere um parágrafo acima da célula


que o cursor está, dividindo a tabela. O grupo Tamanho da Célula
permite definir a largura e altura da célula. A opção AutoAjuste
tem a função de ajustar sua célula de acordo com o conteúdo den-
tro dela.

O grupo Alinhamento permite definir o alinhamento do con-


teúdo da tabela. O botão Direção do Texto permite mudar a direção
de seu texto. A opção Margens da Célula, permite alterar as mar-
O segundo grupo é o Linhas e Colunas permite adicionar e gens das células como vimos anteriormente.
remover linhas e colunas de sua tabela.

O grupo Dados permite classificar, criar cálculos, etc., em sua


tabela.
Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde é
possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O terceiro grupo
é referente à divisão e mesclagem de células.

Didatismo e Conhecimento 89
INFORMÁTICA BÁSICA

A opção classificar como o próprio nome diz permite classificar os dados de sua tabela.

Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas como critérios de
classificação.

O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos na tabela.

ABA Revisão

A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.

O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.

O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu documento em busca de erros.

Didatismo e Conhecimento 90
INFORMÁTICA BÁSICA
Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gramática em
verde. É importante lembrar que o fato dele marcar com cores para
verificação na impressão sairá com as cores normais. Ao encontrar
uma palavra considerada pelo Word como errada você pode:

• Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa parte


do texto.
• Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Título2
• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela aparecer em em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado somente no
qualquer parte do texto. texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na linha de baixo o texto
• foi selecionado, então a aplicação do estilo foi somente no que
• Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao dicioná- estava selecionado. Ao clicar no botão Alterar Estilos é possível
rio do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em outro texto ela acessar a diversas definições de estilos através da opção Conjunto
não será grafada como errada. Esta opção deve ser utilizada quan- de Estilos.
do palavras que existam, mas que ainda não façam parte do Word.

• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por uma
palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou se você a
corrigiu no quadro superior.

• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras que
estejam da mesma forma no texto.

Impressão

Para imprimir seu documento o processo é muito simples. Cli-


que no botão

Office e ao posicionar o mouse em Imprimir ele abre algumas


opções. Podemos também se necessário criarmos nossos próprios esti-
los. Clique na Faixa do grupo Estilo.

Estilos
Os estilos podem ser considerados formatações prontas a se-
rem aplicadas em textos e parágrafos. O Word disponibiliza uma
grande quantidade de estilos através do grupo estilos.

Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você clicar em


seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um estilo existente, ele
aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém se algum texto estiver
selecionado o estilo será aplicado somente ao que foi selecionado.

Didatismo e Conhecimento 91
INFORMÁTICA BÁSICA
Será mostrado todos os estilos presentes no documento em
uma caixa à direita. Na parte de baixo da janela existem três bo-
tões, o primeiro deles chama-se Novo Estilo, clique sobre ele.

No exemplo dei o nome de Citações ao meu estilo, defini que


ele será aplicado a parágrafos, que a base de criação dele foi o
estilo corpo e que ao finalizar ele e iniciar um novo parágrafo o
próximo será também corpo.
Abaixo definir a formatação a ser aplicada no mesmo. Na par-
te de baixo mantive a opção dele aparecer nos estilos rápidos e que
o mesmo está disponível somente a este documento. Ao finalizar
clique em OK. Veja um exemplo do estilo aplicado:

Será mostrada uma janela de configuração de seu índice. Cli-


Índices que no botão Opções.

Sumário
O Sumário ou Índice Analítico é o mais utilizado, ele normal-
mente aparece no inicio de documentos. A principal regra é que
todo parágrafo que faça parte de seu índice precisa estar atrelado a
um estilo. Clique no local onde você precisa que fique seu índice
e clique no botão Sumário. Serão mostrados alguns modelos de
sumário, clique em Inserir Sumário.

Didatismo e Conhecimento 92
INFORMÁTICA BÁSICA
Será aberta outra janela, nesta janela aparecem todos os estilos É importante notar que versões mais antigas do OpenOffice
presentes no documento, então é nela que você define quais estilos já abriam e gravavam arquivos com a terminação doc. Entretanto,
farão parte de seu índice. não havia compatibilidade de 100% e os documentos perdiam al-
gumas formatações.
No exemplo apliquei o nível 1 do índice ao estilo Título 1, o A proposta da Sun, da IBM e de outras empresas foi normalizar
nível 2 ao Título 2 e o nível 3 ao Título 3. Após definir quais serão os tipos de documento, num formato conhecido por todos, o odt.
suas entradas de índice clique em OK.
Layout
Retorna-se a janela anterior, onde você pode definir qual será
o preenchimento entre as chamadas de índice e seu respectivo nú-
mero de página e na parte mais abaixo, você pode definir o Forma-
to de seu índice e quantos níveis farão parte do índice.

Ao clicar em Ok, seu índice será criado.

O Writer aparece sob a forma de uma janela genérica de do-


Quando houver necessidade de atualizar o índice, basta clicar cumento em branco, a tela de edição, que é composta por vários
com o botão direito do mouse em qualquer parte do índice e esco- elementos:
lher Atualizar Campo. Barra de Título: Apresenta o nome do arquivo e o nome do
programa que está sendo usado nesse momento. Usando-se os 3
botões no canto superior direito pode-se minimizar, maximizar /
restaurar ou fechar a janela do programa.
Barra de Menus: Apresenta os menus suspensos onde estão as
listas de todos os comandos e funções disponíveis do programa.
Barra de Formatação: Apresenta os atalhos que dão forma e
cor aos textos e objetos.
Área para trabalho: Local para digitação de texto e inserção
de imagens e sons.
Barra de Status: Apresenta o número de páginas / total de pá-
ginas, o valor percentual do Zoom
e a função inserir / sobrescrever está na parte inferior e central
Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro. da tela.
Réguas: Permite efetuar medições e configurar tabulações e
WRITER recuos.

O Writer é um aplicativo de processamento de texto que lhe


permite criar documentos, como cartas, currículos, livros ou for-
mulários online. Alternativa gratuita e open source ao tradicional
pacote Microsoft Office. Surgido a partir de um fork do OpenOf-
fice, o LibreOffice traz soluções completas para edição de texto,
criação de planilhas, apresentações de slides, desenhos, base de
dados e ainda fórmulas matemáticas.
O Writer do LibreOffice suporta os seguintes formatos: ODT,
OTT, SXW, STW, DOC (Word), DOCX (Word 2007), RTF, SDW,
VOR, TXT, HTML, PDB, XML, PSW e UOT.

Formato Open Document


No Writer o formato padrão dos arquivos passou de sdw (for-
mato do antigo StarWriter) para odt (Open document text), que
dota os arquivos de uma estrutura XML, permitindo uma maior
interoperabilidade entre as várias aplicações.
Aliás, este foi um dos principais motivos pelos quais a Mi-
crosoft tem mantido o monopólio nas aplicações de escritório: a
compatibilidade ou a falta dela.

Didatismo e Conhecimento 93
INFORMÁTICA BÁSICA
Barra de menus
Cria um novo documento de
Arquivo apresentação (LibreOffice
Esses comandos se aplicam ao documento atual, abre um Impress). Se ativado,
Apresentação
novo documento ou fecha o aplicativo. será exibida a caixa de
diálogo Assistente de
apresentações.

Cria um novo documento de


Desenho
desenho (LibreOffice Draw).

Abre o Assistente de Bancos de


Banco de dados dados para criar um arquivo de
banco de dados.

Cria um novo documento


Documento HTML
HTML.

Documento de Cria um novo


formulário XML documento XForms.

Cria um novo documento
Documento mestre
mestre.

Cria um novo documento de


Fórmula
-Novo: fórmula (LibreOffice Math).
Cria um novo documento do LibreOffice.
Escolha Arquivo - Novo Abre a caixa de
Ícone Novo na Barra de ferramentas (o ícone mostra o tipo do diálogo Etiquetas, para definir
novo documento) as opções para suas etiquetas
Etiquetas
e, em seguida, cria um novo
Novo documento de texto para as
etiquetas (LibreOffice Writer).
Tecla Ctrl+N
Abre a caixa de
Para criar um documento a partir de um modelo, escolha Novo diálogo Cartões de visita para
- Modelos. definir as opções para os
Um modelo é um arquivo que contém os elementos de design Cartões de visita
cartões de visita e, em seguida,
para um documento, incluindo estilos de formatação, planos de criar um novo documento de
fundo, quadros, figuras, campos, layout de página e texto. texto (LibreOffice Writer).
Ícone Nome Função

Cria um novo documento de


Documento de texto Criar um novo documento a
texto (LibreOffice Writer). Modelos
partir de um modelo.

Cria um novo documento de - Abrir


Planilha
planilha (LibreOffice Calc). Abre ou importa um arquivo.
Escolha Arquivo - Abrir
Ctrl+O
Na Barra de ferramentas, clique em
Abrir arquivo
Locais: Mostra os locais favoritos. Por exemplo, os atalhos
das pastas locais ou remotas.

Didatismo e Conhecimento 94
INFORMÁTICA BÁSICA
Área de exibição: Mostra os arquivos e pastas existentes em Ao utilizar Arquivo - Salvar como e selecionar um filtro de
que você está. Para abrir um arquivo, selecione-o e clique em Abrir. modelo para salvar um modelo em qualquer outra pasta que não
Para abrir mais de um documento ao mesmo tempo, cada um esteja na lista, então os documentos baseados nesse modelo não
em sua própria janela, pressione a tecla Ctrl ao clicar nos arquivos serão verificados.
e, em seguida, clique em Abrir. Ao abrir um documento criado a partir de um “modelo vin-
Para classificar os arquivos, clique em um cabeçalho de colu- culado” (definido acima), O LibreOffice verifica se o modelo foi
na. Para inverter a ordem de classificação, clique novamente. modificado desde a última vez que foi aberto. Se o modelo tiver
Para excluir um arquivo, clique com o botão direito do mouse sido alterado, uma caixa de diálogo aparecerá para você poder se-
sobre ele e, em seguida, escolha Excluir. lecionar os estilos que devem ser aplicados ao documento.
Para renomear um arquivo, dê um clique com o botão direito Para aplicar os novos estilos do modelo ao documento, clique
do mouse sobre ele e, em seguida, escolha Renomear. em Sim.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho Para manter os estilos que estão sendo usados no documento,
para o arquivo. Você também pode inserir um URL que começa clique em Não.
com o nome de protocolo ftp, http, ou https. Se um documento tiver sido criado por meio de um modelo
Caso deseje, utilize caracteres curinga na caixa Nome do ar- que não possa ser encontrado, será mostrada uma caixa de diálogo
quivo para filtrar a lista de arquivos exibida. perguntando como proceder na próxima vez em que o documento
Por exemplo, para listar todos os arquivos de texto em uma for aberto.
pasta, insira o caractere asterisco (*) com a extensão de arquivo Para quebrar o vínculo entre o documento e o modelo que está
de texto (*.txt) e, em seguida, clique em Abrir. Utilize o caractere faltando, clique em Não; caso contrário, o LibreOffice procurará o
curinga ponto de interrogação (?) para representar qualquer carac- modelo na próxima vez que você abrir o documento.
tere, como em (??3*.txt), o que só exibe arquivos de texto com um
‘3’ como terceiro caractere no nome do arquivo. - Documentos recentes
O LibreOffice possui uma função autocompletar que se ativa Lista os arquivos abertos mais recentemente. Para abrir um
sozinha em alguns textos e caixas de listagem. Por exemplo, entre arquivo da lista, clique no nome dele.
~/a no campo da URL e a função autocompletar exibe o primei-
- Assistentes
ro arquivo ou o primeiro diretório encontrado no seu diretório de
Guia você na criação de cartas comerciais e pessoais, fax,
usuário que começa com a letra “a”.
agendas, apresentações, etc.
Utilize a seta para baixo para rolar para outros arquivos e dire-
tórios. Utilize a seta para a direita para exibir também um subdire-
- Fechar
tório existente no campo da URL. A função autocompletar rápida
Fecha o documento atual sem sair do programa.
está disponível se você pressionar a tecla End após inserir parte
Escolha Arquivo - Fechar
da URL. Uma vez encontrado o documento ou diretório desejado,
O comando Fechar fecha todas as janelas abertas do docu-
pressione Enter. mento atual.
Versão: Se houver várias versões do arquivo selecionado, se- Se foram efetuadas alterações no documento atual, você será
lecione a versão que deseja abrir. Você pode salvar e organizar vá- perguntado se deseja salvar as lterações.
rias versões de um documento, escolhendo Arquivo - Versões. As Ao fechar a última janela de documento aberta, aparecerá a
versões de um documento são abertas em modo somente leitura. Tela inicial.
Tipo de arquivo: Selecione o tipo de arquivo que deseja abrir
ou selecione Todos os arquivos(*) para exibir uma lista de todos - Salvar
os arquivos na pasta. Salva o documento atual.
Abrir: Abre o(s) documento(s) selecionado(s). Escolha Arquivo - Salvar
Inserir: Se você tiver aberto a caixa de diálogo escolhendo Ctrl+S
Inserir - Arquivo, o botão Abrir será rotulado Inserir. Insere no Na Barra de ferramentas ou de tabela de dados, clique em
documento atual, na posição do cursor, o arquivo selecionado.
Somente leitura: Abre o arquivo no modo somente leitura.
Abrir documentos com modelos: O LibreOffice reconhece Salvar
modelos localizados em qualquer uma das seguintes pastas:
• Pasta de modelos compartilhados Salvar como: Salva o documento atual em outro local ou com
• Pasta de modelos do usuário em Documents and Set- um nome de arquivo ou tipo de arquivo diferente. Escolha Arquivo
tingsno diretório inicial do usuário - Salvar como
• Todas as pastas de modelos definidas em Ferramentas -
Opções - LibreOffice - Caminhos
Ao utilizar Arquivo - Modelo - Salvar como modelo para sal-
var um modelo, o modelo será armazenado na sua pasta de mode-
los do usuário. Ao abrir um documento baseado neste modelo, o
documento será verificado para detectar uma mudança do modelo,
como descrito abaixo. O modelo é associado com o documento e
pode ser chamado de “modelo vinculado”.

Didatismo e Conhecimento 95
INFORMÁTICA BÁSICA
- Exportar
Salva o documento atual com outro nome e formato em um
local a especificar.
Escolha Arquivo – Exportar
- Exportar como PDF
Salva o arquivo atual no formato Portable Document Format
(PDF) versão 1.4. Um arquivo PDF pode ser visto e impresso em
qualquer plataforma com a formatação original intacta, desde que
haja um software compatível instalado.
Escolha Arquivo - Exportar como PDF

- Visualizar impressão
Exibe uma visualização da página impressa ou fecha a visua-
lização.
Menu Arquivo - Visualizar impressão
Utilize os ícones na barra Visualização de impressão para fo-
lhear as páginas do documento ou para imprimir o documento.
Você também pode pressionar as teclas Page Up e Page Down
para folhear as páginas.
Nome do arquivo: Insira um nome de arquivo ou um caminho Obs: Não é possível editar seu documento enquanto estiver na
para o arquivo. Você também pode inserir um URL visualização de impressão.
• Tipo de arquivo: Selecione o formato de arquivo para o
documento que você está salvando. Na área de exibição, serão exi- - Imprimir
bidos somente os documentos com esse tipo de arquivo. Imprime o documento atual, a seleção ou as páginas que você
• Salvar com senha: Protege o arquivo com uma senha que
especificar. Você também pode definir as opções de impressão para
deve ser digitada para que o usuário possa abrir o arquivo.
o documento atual. Tais opções variam de acordo com a impresso-
ra e com o sistema operacional utilizado.
Salvar tudo: Salva todos os documentos do LibreOffice que
Escolha Arquivo - Imprimir
foram modificados.
Ctrl+P
Na Barra de ferramentas, clique em
- Recarregar
Substitui o documento atual pela última versão salva.
- Configuração da impressora
Todos as alterações efetuadas após o último salvamento serão
perdidas. Selecione a impressora padrão para o documento atual.
Escolha Arquivo - Recarregar Escolha Arquivo - Imprimir - Configurações da impressora
Fecha todos os programas do LibreOffice e pede para salvar
- Versões as modificações.
Salva e organiza várias versões do documento atual no mes- - Sair
mo arquivo. Você também pode abrir, excluir e comparar versões Escolha Arquivo - Sair
anteriores. Ctrl+Q
Escolha Arquivo - Versões
Novas versões - Define as opções para salvar uma nova versão Editar
do documento.
Salvar nova versão - Salva o estado atual do documento como Este menu contém comandos para editar o conteúdo do docu-
nova versão. Caso deseje, antes de salvar a nova versão, insira mento atual.
também comentários na caixa de diálogo Inserir comentário da
versão. - Desfazer
Inserir comentário da versão - Insira um comentário aqui Desfaz o último comando ou a última entrada digitada. Para
quando estiver salvando uma nova versão. Se você tiver clicado selecionar o comando que deseja desfazer, clique na seta ao lado
em Mostrar para abrir esta caixa de diálogo, não poderá editar o do ícone Desfazer na barra de ferramentas Padrão.
comentário.
Salvar sempre uma versão ao fechar - Se você tiver feito alte- - Refazer
rações no documento, o LibreOffice salvará automaticamente uma Reverte a ação do último comando Desfazer. Para selecionar a
nova versão quando você o fechar. etapa Desfazer que deseja reverter, clique na seta ao lado do ícone
Se salvar o documento manualmente, e não alterar o docu- Refazer na barra de ferramentas Padrão.
mento após salvar, não será criada uma nova versão.
Versões existentes - Lista as versões existentes do documento - Repetir
atual, a data e a hora em que elas foram criadas, o autor e os co- Repete o último comando. Esse comando está disponível no
mentários associados. Writer e no Calc.

Didatismo e Conhecimento 96
INFORMÁTICA BÁSICA
- Recortar - Trocar banco de dados
Remove e copia a seleção para a área de transferência. Altera a fonte de dados do documento atual. Para exibir cor-
retamente o conteúdo dos campos inseridos, o banco de dados que
- Copiar foi substituído deve conter nomes de campos idênticos.
Copia a seleção para a área de transferência.
Escolha Editar - Copiar - Campos
Ctrl+C Abre um caixa de diálogo na qual você pode editar as proprie-
dades de um campo. Clique antes de um campo e selecione este
- Colar comando. Na caixa de diálogo, você pode usar as setas para ir para
Insere o conteúdo da área de transferência no local do cursor, o próximo campo ou voltar para o anterior.
e substitui qualquer texto ou objeto selecionado.
Escolha Editar - Colar - Notas de rodapé
Ctrl+V Edita a âncora de nota de rodapé ou de nota de fim selecio-
nada. Clique na frente da nota de rodapé ou da nota de fim e, em
- Colar especial seguida, escolha este comando.
Insere o conteúdo da área de transferência no arquivo atual em
um formato que você pode especificar. - Entrada de índice
Escolha Editar - Colar especial Edita a entrada de índice selecionada. Clique antes da entrada
de índice ou na própria entrada e, em seguida, escolha este co-
- Selecionar texto mando.
Você pode ativar um cursor de seleção em um texto somente
leitura ou na Ajuda. Escolha Editar - Selecionar texto ou abra o - Entrada bibliográfica
menu de contexto de um documento somente leitura e escolha Se- Edita a entrada bibliográfica selecionada.
lecionar texto. O cursor de seleção não fica intermitente.
Use o ícone Editar arquivo para ativar ou desativar o modo - Hiperlink
de edição. Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e edite
hiperlinks.
- Modo de seleção
Escolha o modo de seleção do submenu: modo de seleção nor- - Vínculos
mal, ou modo de seleção por bloco. Permite a edição das propriedades de cada vínculo no docu-
mento atual, incluindo o caminho para o arquivo de origem. Este
- Selecionar tudo comando não estará disponível se o documento atual não contiver
Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou objeto de vínculos para outros arquivos.
texto atual.
Escolha Editar - Selecionar tudo - Plug-in
Ctrl+A Permite a edição de plug-ins no seu arquivo. Escolha este
comando para ativar ou desativar este recurso. Quando ativado,
- Alterações aparecerá uma marca de seleção ao lado do comando, e você verá
Lista os comandos que estão disponíveis para rastrear as alte- comandos para editar o plug-in em seu menu de contexto. Quando
rações em seu arquivo. desativado, você verá comandos para controlar o plug-in no menu
de contexto.
- Comparar documento - Mapa de imagem
Compara o documento atual com um documento que você Permite que você anexe URLs a áreas específicas, denomi-
seleciona. nadas pontos de acesso, em uma figura ou em um grupo de figu-
ras. Um Mapa de imagem é um grupo com um ou mais pontos de
- Localizar e substituir acesso.
Procura ou substitui textos ou formatos no documento atual.
Escolha Editar - Localizar e substituir - Objeto
Ctrl+H Permite editar um objeto selecionado no arquivo, inserido
Na Barra de ferramentas, clique em com o comando Inserir - Objeto.

- Autotexto Exibir
Cria, edita ou insere Autotexto. Você pode armazenar texto Este menu contém comandos para controlar a exibição do do-
formatado, texto com figuras, tabelas e campos como Autotexto. cumento na tela.
Para inserir Autotexto rapidamente, digite o atalho do Autotexto
no documento e pressione F3.
Escolha Editar – Autotexto
Ctrl+F3

Didatismo e Conhecimento 97
INFORMÁTICA BÁSICA
- Caracteres não-imprimíveis
Mostra os caracteres não imprimíveis no texto, como marcas
de parágrafo, quebras de linha, paradas de tabulação e espaços.

- Parágrafos ocultos
Mostra ou oculta parágrafos ocultos. Esta opção afeta somen-
te a exibição de parágrafos ocultos. Ela não afeta a impressão des-
ses parágrafos.

- Fontes de dados
Lista os bancos de dados registrados para o LibreOffice e per-
mite que você gerencie o conteúdo deles.

- Navegador
Mostra ou oculta o Navegador. Você pode usá-lo para aces-
sar rapidamente diferentes partes do documento e para inserir ele-
mentos do documento atual ou de outros documentos abertos, bem
como para organizar documentos mestre. Para editar um item do
Navegador, clique com o botão direito do mouse no item e, em
- Layout de impressão seguida, escolha um comando do menu de contexto. Se preferir,
Exibe a forma que terá o documento quando este for impresso. você pode encaixar o Navegador na borda do espaço de trabalho.

- Layout da Web - Tela inteira


Exibe o documento como seria visualizado em um navegador Exibe ou oculta os menus e as barras de ferramentas no Writer
ou no Calc. Para sair do modo de tela inteira, clique no botão Ati-
da Web. Esse recurso é útil ao criar documentos HTML.
var/Desativar tela inteira.
- Código-fonte HTML
- Zoom
Exibe o código fonte do documento HTML atual. Para exi-
Reduz ou amplia a exibição de tela do LibreOffice.
bir o código fonte HTML de um novo documento, é necessário
primeiro salvar o novo documento como um documento HTML.
Inserir
O menu Inserir contém os comandos necessários para inserir
- Barra de status novos elementos no seu documento. Isso inclui seções, notas de
Mostra ou oculta a barra de status na borda inferior da janela. rodapé, anotações, caracteres especiais, figuras e objetos de outros
aplicativos.
- Status do método de entrada
Mostra ou oculta a janela de status do IME (Input Method
Engine).

- Régua
Mostra ou oculta a régua horizontal, que é utilizada para ajus-
tar as margens da página, paradas de tabulação, recuos, bordas,
células de tabela e para dispor objetos na página. Para mostrar a
régua vertical, escolha Ferramentas - Opções - LibreOffice Writer
- Exibir, e selecione a caixa Régua vertical na área Réguas.
- Limites do texto - Quebra manual
Mostra ou oculta os limites da área imprimível da página. As Insere uma quebra manual de linha, de coluna ou de página na
linhas de limite não são impressas. posição atual em que se encontra o cursor.

- Sombreamentos de campos - Campos


Mostra ou oculta os sombreamentos de campos no documen- Insere um campo na posição atual do cursor. O submenu lista
to, incluindo espaços incondicionais, hifens personalizados, índi- os tipos de campos mais comuns. Para exibir todos os campos dis-
ces e notas de rodapé. poníveis, escolha Outro.

- Nomes de campos - Caractere especial


Alterna a exibição entre o nome e o conteúdo do campo. A Insere caracteres especiais a partir das fontes instaladas.
presença de uma marca de seleção indica que os nomes dos cam-
pos são exibidos e a ausência dessa marca indica que o conteúdo é - Marca de formatação
exibido. O conteúdo de alguns campos não pode ser exibido. Abe um submenu para inserir marcas especiais de formatação.
Ative o CTL para mais comandos.

Didatismo e Conhecimento 98
INFORMÁTICA BÁSICA
- Seção - Envelope
Insere uma seção de texto no mesmo local em que o cursor está Cria um envelope. Nas três guias, você pode especificar o des-
posicionado no documento. Também é possível selecionar um bloco tinatário e o remetente, a posição e o formato de ambos os endere-
de texto e, em seguida, escolher esse comando para criar uma seção. ços, o tamanho e a orientação do envelope.
Use as seções para inserir blocos de texto de outros documentos,
para aplicar layouts de colunas personalizados ou para proteger ou - Quadro
ocultar os blocos de texto quando uma condição for atendida. Insere um quadro que você pode usar para criar um layout
com uma ou mais colunas de texto e objetos.
- Hiperlink
Abre uma caixa de diálogo que permite que você crie e edite - Tabela
hiperlinks. Insere uma tabela no documento. Você também pode clicar na
seta, arrastar o mouse para selecionar o número de linhas e colunas
- Cabeçalho a serem incluídas na tabela e, em seguida, clicar na última célula.
Adiciona ou remove um cabeçalho do estilo de página que
você selecionar no submenu. O cabeçalho é adicionado a todas as - Figura
páginas que usam o mesmo estilo de página. Em um novo docu- Selecione a origem da figura que deseja inserir.
mento, é listado apenas o estilo de página “Padrão”. Outros estilos
de páginas serão adicionados à lista depois que você aplicá-los ao - Objeto de desenho
documento. Insere um objeto no documento. Para vídeo e áudio utilize
- Rodapé Inserir - Multimídia - Áudio ou vídeo.
Adiciona ou remove um rodapé do estilo de página selecio-
nado no submenu. O rodapé é adicionado a todas as páginas que - Quadro flutuante
usam o mesmo estilo. Em um novo documento, somente o estilo Insere um quadro flutuante no documento atual. Quadros flu-
de página “Padrão” é listado. Outros estilos serão adicionados à tuantes são utilizados em documentos HTML para exibir conteúdo
lista depois que forem aplicados ao documento. de outro arquivo.

- Nota de rodapé / Nota de fim - Áudio ou vídeo


Insere uma nota de rodapé ou uma nota de fim no documen- Insere um arquivo de vídeo ou áudio no documento.
to. A âncora para a nota será inserida na posição atual do cursor.
Você pode escolher entre numeração automática ou um símbolo - Arquivo
personalizado. Insere um arquivo de texto na posição atual do cursor.

- Legenda Formatar
Adiciona uma legenda numerada à figura, tabela, quadro, qua- Contém comandos para formatar o layout e o conteúdo de seu
dro de texto ou objeto de desenho selecionado. Você também pode documento.
acessar este comando clicando com o botão direito do mouse no
item ao qual deseja adicionar a legenda.

- Marcador
Insere um indicador na posição do cursor. Use o Navegador
para saltar rapidamente para a posição indicada em outra hora. em
um documento HTML, os indicadores são convertidos em âncoras
para você navegar através de hyperlinks.
- Referência
Esta é a posição em que você insere as referências ou os cam-
pos referidos no documento atual. As referências são os campos
referidos no mesmo documento ou em subdocumentos de um do-
cumento mestre.

- Anotação
Insere uma anotação.

- Script
Insere um script na posição atual do cursor em um documento
HTML ou de texto.

- Índices e índices gerais - Limpar formatação direta


Abre um menu para inserir entradas de índice e inserir índices Remove a formatação direta e a formatação por estilos de ca-
e tabelas. racteres da seleção.

Didatismo e Conhecimento 99
INFORMÁTICA BÁSICA
- Caractere - Inverter
Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres selecio- Inverte o objeto selecionado, horizontalmente ou verticalmente.
nados.
- Agrupar
- Parágrafo Agrupa os objetos selecionados de forma que possam ser mo-
Modifica o formato do parágrafo atual, por exemplo, alinha- vidos ou formatados como um único objeto.
mento e recuo.
- Objeto
- Marcadores e numeração Abre um submenu para editar propriedades do objeto sele-
Adiciona marcadores ou numeração ao parágrafo atual e per- cionado.
mite que você edite o formato da numeração ou dos marcadores.
- Quadro
- Página
Insere um quadro que você pode usar para criar um layout
Especifique os estilos de formatação e o layout do estilo de
com uma ou mais colunas de texto e objetos.
página atual, incluindo margens da página, cabeçalhos, rodapés e
o plano de fundo da página.
- Imagem
- Alterar caixa Formata o tamanho, a posição e outras propriedades da figura
Altera a caixa dos caracteres selecionados. Se o cursor estiver selecionada.
no meio de uma palavra e não houver texto selecionado, então a Tabela
palavra será a seleção.

- Guia fonético asiático


Permite que você adicione comentários sobre caracteres asiá-
ticos para serem usados como manual de pronúncia.

- Colunas
Especifica o número de colunas e o layout de coluna para um
estilo de página, quadro ou seção.

- Seções
Altera as propriedades das seções definidas no documento.
Para inserir uma seção, selecione o texto ou clique no documento
e, em seguida, escolha Inserir - Seção.

- Estilos e formatação
Use a janela Estilos e formatação para aplicar, criar, editar, - Inserir
adicionar e remover estilos de formatação. Clique duas vezes para Tabela
aplicar o estilo. Insere uma nova tabela.
- Autocorreção Colunas
Formata automaticamente o arquivo de acordo com as opções
Insere colunas.
definidas em Ferramentas - Opções da autocorreção.
Linhas
- Ancorar
Define as opções de ancoramento para o objeto selecionado. Insere linhas.

- Quebra Automática - Excluir


Define as opções de quebra automática de texto para figuras, Tabela
objetos e quadros. Exclui a tabela atual.

- Alinhar (objetos) Colunas


Alinha os objetos selecionados em relação a outro. Exclui as colunas selecionadas.

- Alinhamento (objetos de texto) Linhas


Define as opções de alinhamento para a seleção atual. Exclui as linhas selecionadas.

- Dispor Selecionar
Altera a ordem de empilhamento do(s) objeto(s) seleciona- Tabela
do(s). Seleciona a tabela atual.

Didatismo e Conhecimento 100


INFORMÁTICA BÁSICA
Coluna Permitir quebra de linha em páginas e colunas
Seleciona a coluna atual. Permite uma quebra de página na linha atual.

Linha Repetir linhas de cabeçalho


Seleciona a linha atual. Repete os cabeçalhos das tabelas nas páginas subsequentes
quando a tabela se estende por uma ou mais páginas.
Célula
Seleciona a célula atual. Converter
Texto em tabela
- Mesclar células Abre uma caixa de diálogo para poder converter em tabela o
Combina o conteúdo das células selecionadas da tabela em texto selecionado.
uma única célula.
Tabela para texto
- Dividir células Abre uma caixa de diálogo para converter a tabela atual em
Divide a célula ou grupo de células horizontalmente ou verti- texto.
calmente em um número especificado de células.
Classificar
- Mesclar tabela Classifica alfabeticamente ou numericamente os parágrafos
Combina duas tabelas consecutivas em uma única tabela. As ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir até três cha-
tabelas devem estar lado a lado, e não separadas por um parágrafo ves de classificação bem como combinar chaves alfabéticas com
vazio. numéricas.

- Dividir tabela Fórmula


Divide a tabela atual em duas tabelas separadas na posição do Abre a Barra de fórmulas para inserir ou editar uma fórmula.
cursor. Você também pode clicar com o botão direito do mouse em
Formato numérico
uma célula da tabela para acessar este comando.
Abre uma caixa de diálogo para especificar o formato de nú-
meros na tabela.
- Autoformatação de tabela
Aplica automaticamente formatos à tabela atual, incluindo
Limites da tabela
fontes, sombreamento e bordas.
Mostra ou oculta os limites em torno das células da tabela. Os
limites só são visíveis na tela e não são impressos.
Autoajustar
Propriedades da tabela
Largura da coluna Especifica as propriedades da tabela selecionada, como, por
Abre a caixa de diálogo Largura da coluna para alterar a lar- exemplo, nome, alinhamento, espaçamento, largura da coluna,
gura de uma coluna. bordas e plano de fundo.
- Largura de coluna ideal
Ajusta automaticamente a largura das colunas para coincidir Ferramentas
com o conteúdo das células. A alteração da largura de uma coluna Contém ferramentas de verificação ortográfica, uma galeria de
não afeta a largura das outras colunas na tabela. A largura da tabela objetos artísticos que podem ser adicionados ao documento, bem
não pode exceder a largura da página. como ferramentas para configurar menus e definir preferências do
programa.
- Distribuir colunas uniformemente
Ajusta a largura das colunas selecionadas para a largura da
coluna mais larga da seleção. A largura total da tabela não pode
exceder a largura da página.

Altura da linha
Abre a caixa de diálogo Altura da linha para alterar a altura
de uma linha.

- Altura de linha ideal


Ajusta automaticamente a altura das linhas para que corres-
ponda ao conteúdo das células. Esta é a definição padrão para no-
vas tabelas.

- Distribuir linhas uniformemente


Ajusta a altura das linhas selecionadas para a altura da linha
mais alta na seleção.

Didatismo e Conhecimento 101


INFORMÁTICA BÁSICA
- Verificação ortográfica - Gerenciador de extensão
Verifica a ortografia manualmente. O Gerenciador de extensão adiciona, remove, desativa, ativa e
atualiza extensões do LibreOffice.
- Idioma
Abre um submenu para escolher comandos específicos do - Filtros XML
idioma. Abre a caixa de diálogo Configurações do filtro XML, onde
você pode criar, editar, excluir e testar filtros para importar e ex-
- Contagem de palavras portar arquivos XML.
Conta as palavras e caracteres, com ou sem espaços, na sele-
ção atual, e em todo o documento. A contagem é mantida atualiza- - Opções da Autocorreção
da enquanto digita, ou altera a seleção. Configura as opções para substituir texto automaticamente ao
digitar.
- Numeração da estrutura de tópicos
Especifica o formato de número e a hierarquia para a numera- - Personalizar
ção de capítulos no documento atual. Personaliza menus, teclas de atalho, barras de ferramentas e
atribuições de macros do LibreOffice para eventos.
- Numeração de linhas
Adiciona ou remove e formata números de linha no documen- - Opções
to atual. Para desativar a numeração de linhas em um parágrafo, Este comando abre uma caixa de diálogo para configuração
clique no parágrafo, escolha Formatar - Parágrafo, clique na guia personalizada do programa.
Numeração e, em seguida, desmarque a caixa de seleção Incluir Janela
este parágrafo na numeração de linhas

- Notas de rodapé
Especifica as configurações de exibição de notas de rodapé e
notas de fim.

- Galeria Contém comandos para manipulação e exibição de janelas de


Abre a Galeria, onde você poderá selecionar figuras e sons documentos.
para inserir em seu documento. - Nova janela
- Banco de dados bibliográfico Abre uma nova janela que exibe os conteúdos da janela atual.
Insira, exclua, edite e organize arquivos no banco de dados Você pode agora ver diferentes partes do mesmo documento ao
bibliográfico. mesmo tempo.

- Assistente de Mala Direta - Fechar a janela


Inicia o Assistente de Mala Direta para criar cartas-modelo ou Fecha a janela atual. Escolha Janela - Fechar janela, ou pres-
enviar mensagens de e-mail a vários destinatários. sione Ctrl+F4. Na visualização de impressão do LibreOffice Wri-
ter e Calc, você pode fechar a janela ao clicar no botão Fechar
- Classificar visualização.
Classifica alfabeticamente ou numericamente os parágrafos
ou linhas de tabela selecionados. Você pode definir até três cha- - Lista de documentos
ves de classificação bem como combinar chaves alfabéticas com Lista os documentos abertos no momento atual. Selecione o
numéricas. nome de um documento na lista para alternar para esse documento.

- Calcular Ajuda
Calcula a fórmula selecionada e copia o resultado para a área O menu da Ajuda permite iniciar e controlar o sistema de Aju-
de transferência. da do LibreOffice.

- Atualizar
Atualiza os itens do documento atual com conteúdo dinâmico,
como campos e índices.

- Player de mídia
Abre a janela do Player de mídia, para poder visualizar arqui-
vos de vídeo e áudio e inseri-los no documento atual.

- Macros
Permite gravar, organizar e editar macros.

Didatismo e Conhecimento 102


INFORMÁTICA BÁSICA
Barras de ferramentas
Barra de objetos de texto Justificado
Contém comandos de formatação para o texto de um objeto - Suporte a idiomas asiáticos
de desenho. A barra Objetos de texto aparece quando você faz um Esses comandos só podem ser acessados após ativar o suporte
duplo clique dentro de um objeto de desenho. para idiomas asiáticos em Ferramentas - Opções - Configurações
- Nome da fonte de idioma - Idiomas.
Permite que você selecione um nome de fonte na lista ou digi-
te um nome de fonte diretamente. - Texto escrito da esquerda para a direita
Você pode inserir várias fontes, separadas por ponto-e-vírgu- Especifica a direção horizontal do texto.
las. O LibreOffice usará cada fonte nomeada em sucessão se as Direção do texto da esquerda para a direita
fontes anteriores não estiverem disponíveis. - Texto escrito de cima para baixo
Especifica a direção vertical do texto.
Nome da fonte
- Tamanho da fonte Texto escrito de cima para baixo
Permite que você escolha entre diferentes tamanhos de fonte - Selecionar tudo
na lista ou que digite um tamanho manualmente. Seleciona todo o conteúdo do arquivo, quadro ou objeto de
- Negrito texto atual.
Aplica o formato negrito ao texto selecionado. Se o cursor
Selecionar tudo
estiver sobre uma palavra, ela ficará toda em negrito. Se a seleção
- Caractere
ou a palavra já estiver em negrito, a formatação será removida.
Muda a fonte e a formatação de fonte dos caracteres selecio-
Negrito nados.
- Itálico
Caractere
Aplica o formato itálico ao texto selecionado. Se o cursor es-
tiver sobre uma palavra, ela ficará toda em itálico. Se a seleção ou
- Parágrafo
palavra já estiver em itálico, a formatação será removida.
Aqui você pode definir recuos, espaçamento, alinhamento e
Itálico espaçamento de linha para o parágrafo selecionado.
- Sublinhado
Parágrafo
Sublinha o texto selecionado ou remove o sublinhado do texto
selecionado.
Adicionando e editando texto
Sublinhado
- Sobrescrito Você pode adicionar texto ao documento das seguintes ma-
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e levanta o neiras:
texto acima da linha de base. • Digitando texto com o teclado
• Copiando e colando texto de outro documento
Sobrescrito • Importando texto de outro arquivo
- Subscrito
Reduz o tamanho da fonte do texto selecionado e posiciona o Digitando texto
texto abaixo da linha de base.
Subscrito
- Esquerda
Alinha o parágrafo selecionado em relação à margem esquer-
da da página.
Alinhar à esquerda
- Centralizar
Centraliza na página os parágrafos selecionados.

- Direita
Alinha os parágrafos selecionados em relação à margem di-
reita da página.
A maneira mais fácil de inserir texto no documento é digitar
Alinhar à direita o texto. Ao digitá-lo, a ferramenta AutoCorreção corrige automa-
- Justificar ticamente possíveis erros de ortografia comuns, como “catra” em
Alinha os parágrafos selecionados às margens esquerda e di- vez de “carta”.
reita da página. Se preferir, você pode especificar as opções de Por padrão, a ferramenta Completar palavras coleta palavras
alinhamento para a última linha de um parágrafo, escolhendo For- longas enquanto você digita. Ao começar a digitar novamente a
matar - Parágrafo - Alinhamento. mesma palavra, o

Didatismo e Conhecimento 103


INFORMÁTICA BÁSICA
LibreOffice.org completa automaticamente a palavra. Para • Clique com o botão direito do mouse no texto selecionado e
aceitar a palavra, pressione Enter ou continue digitando. escolha Copiar.
Dica – Para desativar as ferramentas de completar e substituir O texto continua na área de transferência até você copiar outra
automaticamente procure na ajuda on-line os seguintes termos: seleção de texto ou item.
• Função de AutoCorreção 2. Clique ou mova o cursor para onde deseja colar o texto.
• Função de AutoEntrada Siga um destes procedimentos:
• Completar palavras • Escolha Editar – Colar.
• Reconhecimento de números • Pressione Ctrl+V.
• Função de AutoFormatação • Clique no ícone Colar na barra Padrão.
• Clique com o botão direito do mouse onde deseja colar o
Selecionando texto texto e escolha Colar.
- Para excluir texto
Etapas
1. Selecione o texto que deseja excluir.
2. Siga um destes procedimentos:
Você pode selecionar texto com o mouse ou com o teclado. • Escolha Editar - Recortar ou pressione Ctrl+X.
O texto é excluído do documento e adicionado à área de trans-
Selecionando texto com o mouse ferência, para você colar o texto onde pretender.
• Para selecionar um trecho de texto, clique no início do tre- • Pressione a tecla Delete ou Backspace.
cho, mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste o Observação – Você pode usar essas teclas para também ex-
mouse até o fim do texto. cluir caracteres individuais.
Pode também clicar na frente do trecho, mover o mouse até o Se desejar desfazer uma exclusão, escolha Editar - Desfazer
fim do texto, manter pressionada a tecla Shift e clicar novamente. ou pressione Ctrl+Z.
• Para selecionar uma frase inteira, clique três vezes em qual-
quer lugar na frase. -Para inserir um documento de texto
• Para selecionar uma única palavra, clique duas vezes em Você pode inserir o conteúdo de qualquer documento de texto
qualquer lugar na palavra. no documento do Writer, desde que o formato do arquivo seja co-
• Para acrescentar mais de um trecho a uma seleção, selecione nhecido pelo LibreOffice.org.
o trecho, mantenha pressionada a tecla Ctrl e selecione outro tre- Etapas
cho de texto. 1. Clique no documento do Writer onde deseja inserir o texto.
Selecionando texto com o teclado 2. Escolha Inserir – Arquivo.
• Para selecionar o documento inteiro, pressione Ctrl+A. 3. Localize o arquivo que deseja inserir e clique em Inserir.
• Para selecionar uma única palavra em um dos lados do cur- Localizando e substituindo texto
sor, mantenha pressionadas as teclas Ctrl+Shift e pressione a seta Você pode usar o recurso Localizar e substituir no LibreOffi-
para a esquerda <- ou a seta para a direita ->. ce.org Writer para procurar e substituir palavras em um documento
• Para selecionar um único caractere em um dos lados do cur- de texto.
sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a seta para a
esquerda <- ou a seta para a direita ->. Para selecionar mais de um - Para localizar e substituir texto
caractere, mantenha pressionada a tecla Shift enquanto pressiona
a tecla de direção.
• Para selecionar o texto restante na linha à esquerda do cur-
sor, mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla Home.
• Para selecionar o texto restante na linha à direita do cursor,
mantenha pressionada a tecla Shift e pressione a tecla End.

Copiando, colando e excluindo texto


Você pode copiar texto de um lugar para outro no mesmo do-
cumento ou de um documento para outro.

- Para copiar e colar texto


Etapas
1. Selecione o texto que deseja copiar e siga um destes pro- Etapas
cedimentos: 1. Escolha Editar – Localizar e substituir.
• Escolha Editar – Copiar. Abre-se a caixa de diálogo Localizar e substituir.
• Pressione Ctrl+C. 2. Na caixa Pesquisar por, digite o texto que você deseja loca-
• Clique no ícone Copiar na barra Padrão. lizar no documento.

Didatismo e Conhecimento 104


INFORMÁTICA BÁSICA
Pode selecionar também a palavra ou a frase que deseja procu- Observação – O número de entradas em um dicionário defini-
rar no documento de texto e escolher Editar - Localizar e substituir. do pelo usuário é limitado, mas você pode criar quantos dicioná-
O texto selecionado é inserido automaticamente na caixa Procurar. rios definidos pelo usuário forem necessários.
3. Na caixa Substituir por, insira a palavra ou a frase de subs-
tituição. - Para verificar a ortografia em um documento inteiro
4. Clique em Localizar para iniciar a procura. Se não deseja verificar a ortografia enquanto digita, você pode
5. Quando o Writer localizar a primeira ocorrência da palavra usar a ferramenta Ortografia e gramatica para corrigir erros ma-
ou frase, siga um destes procedimentos: nualmente. A ferramenta Ortografia e gramatica começa a partir da
• Para substituir a ocorrência do texto encontrada pela que posição atual do cursor ou a partir do início do texto selecionado.
você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir. Etapas
• Para substituir todas as ocorrências do texto encontradas pela 1. Clique no documento ou selecione o texto que deseja cor-
que você inseriu na caixa Substituir por, clique em Substituir tudo. rigir.
• Para ignorar o texto encontrado e continuar a procura, clique em 2. Escolha Ferramentas - Ortografia e gramatica.
Localizar próxima. 3. Quando um possível erro de ortografia é localizado, a caixa
6. Clique em Fechar quando concluir a procura. de diálogo Ortografia e gramatica sugere uma correção.

Verificando ortografia

O Writer pode verificar possíveis erros ortográficos enquanto


você digita ou em um documento inteiro.

- Para verificar ortografia enquanto digita


O Writer pode avisar sobre possíveis erros de ortografia en-
quanto você digita.
Para ativar e desativar esse recurso, clique no ícone AutoOr-
tografia e gramatica na barra de Ferramentas. Quando esse recurso
está ativado, uma linha vermelha ondulada marca possíveis erros
ortográficos.

4. Siga um destes procedimentos:


• Para aceitar uma correção, clique em Corrigir.
• Substitua a palavra incorreta na caixa no alto pela palavra
correta e clique em Alterar.
• Para ignorar a palavra atual uma vez e continuar a Ortografia
e gramatica, clique em Ignorar uma vez.
• Para ignorar a palavra atual no documento inteiro e conti-
nuar a Ortografia e gramatica, clique em Ignorar sempre.

Formatando texto
O Writer permite-lhe formatar o texto manualmente ou ao usar
1. Clique com o botão direito do mouse em uma palavra com estilos. Com os dois métodos, você controla tamanho, tipo de fon-
um sublinhado ondulado em vermelho. te, cor, alinhamento e espaçamento do texto. A principal diferença
2. Siga um destes procedimentos: é que a formatação manual aplica-se apenas ao texto selecionado,
• Escolha uma das palavras de substituição sugeridas no alto enquanto a formatação de estilo aplica-se toda vez que o estilo é
do menu de contexto. usado no documento.
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você esco-
lher. Formatando texto manualmente
• Escolha uma das palavras de substituição no submenu Au-
toCorreção. Para uma formatação simples, como alterar o tamanho e a cor
A palavra incorreta é substituída pela palavra que você esco- do texto, use os ícones na barra Formatação. Se desejar, pode tam-
lher. bém usar os comandos de menu no menu Formato, assim como
As duas palavras são acrescentadas automaticamente à lista teclas de atalho.
de substituição da ferramenta AutoCorreção. Na próxima vez que
cometer o mesmo erro ortográfico, o Writer fará a correção orto-
gráfica automaticamente.
• Escolha Ortografia e gramatica para abrir a caixa de diálogo
Ortografia e gramatica.
• Para adicionar a palavra a um dos dicionários, escolha Adi-
cionar e clique no nome do dicionário.

Didatismo e Conhecimento 105


INFORMÁTICA BÁSICA
Selecione o texto que deseja alterar e siga um destes proce-
dimentos:
• Para alterar o tipo de fonte usado, selecione uma fonte dife-
rente na caixa Nome da fonte.
• Para alterar o tamanho do texto, selecione um tamanho na
caixa Tamanho da fonte.
• Para alterar o tipo de letra do texto, clique no ícone Negrito,
Itálico ou Sublinhado.
Pode também usar as seguintes teclas de atalho: Ctrl+B para
negrito, Ctrl+I para itálico ou Ctrl+U para sublinhado. Para restau-
rar o tipo de letra padrão, selecione o texto novamente e clique no
mesmo ícone, ou pressione as mesmas teclas de atalho.
• Para alterar o alinhamento do texto, clique no ícone Alinhar
à esquerda, Centralizar, Alinhar à direita ou Justificado.
• Para adicionar ou remover marcadores ou números de uma
lista, clique no ícone Ativar/desativar numeração ou Ativar/desa-
Usando o navegador
tivar marcadores.
• Para alterar um recuo do texto, use os ícones de recuo.
O Navegador exibe as seguintes categorias de objetos no do-
• Para alterar a cor do texto, clique no ícone Cor da fonte.
cumento:
• Para alterar a cor do plano de fundo do texto, clique no ícone
• Títulos
Cor do plano de fundo ou no ícone Realce.
• Folhas
Dica – Consulte a ajuda on-line para obter informação sobre a
• Tabelas
diferença desses dois ícones.
• Quadros de texto
• Gráficos
Formatando texto com estilos
• Objetos OLE
No Writer, a formatação padrão de caracteres, parágrafos, pá-
• Seções
ginas, quadros e listas é feita com estilos. Um estilo é um conjunto
• Hyperlinks
de opções de formatação, como tipo e tamanho da fonte. Um estilo
• Referências
define o aspecto geral do texto, assim como o layout de um docu-
• Índices
mento.
• Notas
Você pode selecionar alguns estilos comuns, e todos os esti-
los aplicados, a partir da lista drop-down Aplicar estilo na barra
Formatar.

• Para visualizar o conteúdo de uma categoria, clique no sinal


de mais na frente do nome da categoria.
Uma maneira fácil de aplicar um estilo de formatação é com
• Para exibir o conteúdo de uma única categoria no Navega-
a janela Estilos e formatação. Para abrir a janela Estilos e formata-
dor, selecione a categoria e clique no ícone Exibição do conteúdo.
ção, escolha Formatar – Estilos e formatação.
Observação – Para exibir todo o conteúdo, clique novamente
no ícone Exibição do conteúdo.
• Para saltar rapidamente para o local no documento, clique
duas vezes em qualquer entrada na lista do Navegador.
• Para editar propriedades de um objeto, clique no objeto com
o botão direito do mouse.
Você pode encaixar o Navegador na borda de qualquer janela
do documento.

Didatismo e Conhecimento 106


INFORMÁTICA BÁSICA
Para desanexar o Navegador da borda de uma janela, clique 2. Clique no ícone Excluir coluna ou Excluir linha na barra
duas vezes na área cinza do Navegador encaixado. Para redimen- Tabela.
sionar o Navegador, arraste as bordas do Navegador.
Dica – Em um documento de texto, você pode usar o modo Cabeçalho e rodapé
Exibição do conteúdo para títulos para arrastar e soltar capítulos Cabeçalhos e rodapés são áreas nas margens superior e in-
inteiros em outras posições dentro do documento. Para obter mais ferior das páginas para adiciona textos ou figuras. Os cabeçalhos
informações, consulte a ajuda on-line sobre o Navegador. e rodapés são adicionados ao estilo de página atual. Todas as pá-
ginas que usarem o mesmo estilo receberão automaticamente o
Usando tabelas em documentos do Writer cabeçalho ou rodapé adicionado. É possível inserir Campos, tais
Você pode usar tabelas para apresentar e organizar informa- como números de páginas e títulos de capítulos, nos cabeçalhos e
ções importantes em linhas e colunas, para as informações serem rodapés de um documento de texto.
lidas com facilidade. A interseção de uma linha e uma coluna é Obs.: O estilo de página para a página atual será exibido na
chamada de célula. Barra de status.
- Para adicionar uma tabela a um documento do Writer Para adicionar um cabeçalho a uma página, escolha Inserir -
Etapas Cabeçalho e, em seguida, no submenu, selecione o estilo de página
1. Escolha Tabela - Inserir – Tabela. para a página atual.
2. Na área Tamanho, digite o número de linhas e colunas para Para adicionar um rodapé a uma página, escolha Inserir - Ro-
a tabela. dapé e, em seguida, selecione o estilo de página para a página atual
no submenu.
Você também pode escolher Formatar - Página, clicar na guia
Cabeçalho ou Rodapé, e selecionar Ativar cabeçalho ou Ativar ro-
dapé. Desmarque a caixa de seleção Mesmo conteúdo esquerda/
direita se desejar definir cabeçalhos e rodapés diferentes para pá-
ginas pares e ímpares.
Para utilizar diferentes cabeçalhos e rodapés documento, adi-
cione-os a diferentes estilos de páginas e, em seguida, aplique os
estilos às páginas nas deseja exibir os cabeçalhos ou rodapés.

Marcadores e numeração
Para adicionar marcadores
3. (Opcional) Para usar um layout de tabela predefinido, cli- Selecione o(s) parágrafo(s) ao(s) qual(is) deseja adicionar
que em AutoFormatar, selecione o formato desejado e clique em marcadores.
OK. Na barra de Formatação, clique no ícone Ativar/desativar
marcadores.

Para remover marcadores, selecione os parágrafos com mar-


cadores e, em seguida, clique no ícone Ativar/Desativar marcado-
res na barra Formatação.
Para formatar marcadores
Para alterar a formatação da lista com marcadores, escolha
Formatar - Marcadores e numeração.

4. Na caixa de diálogo Inserir tabela, especifique opções adi-


cionais, como o nome da tabela, e clique em OK.

- Para adicionar uma linha ou coluna a uma tabela


Etapas
1. Clique em qualquer linha ou coluna da tabela.
2. Clique no ícone Inserir coluna ou Inserir linha na barra Ta-
bela.

- Para excluir uma linha ou coluna de uma tabela


Etapas
1. Clique na linha ou coluna que deseja excluir.

Didatismo e Conhecimento 107


INFORMÁTICA BÁSICA
Por exemplo, para mudar o símbolo do marcador, clique na No Writer, serão necessários vários estilos de página. O pri-
guia Opções , clique no botão de seleção (...) perto de Caractere, meiro estilo de página apresenta um rodapé com um campo de
e selecione um caractere especial. Pode-se também clicar na guia número de página formatado em numerais romanos. O estilo de
Figura, e clicar num estilo de símbolo na área Seleção. página seguinte apresenta um rodapé com um campo de número
de página formatado em outro estilo.
Números de página Ambos estilos de página devem estar separados por uma que-
No Writer, o número da página é um campo que pode ser in- bra de página. No Writer, é possível inserir quebras de página au-
serido no texto. tomática ou manualmente.
Uma quebra de página automática aparece no final de uma
Para inserir números de página página quando o estilo de página possui um “próximo estilo” di-
Escolha Inserir - Campos - Número da página para inserir um ferente.
número de página na posição atual do cursor. Por exemplo, o estilo de página da “Primeira página” apre-
Obs.: Se, em vez do número, aparecer o texto “Número da senta “Padrão” como próximo estilo. Para comprovar essa pos-
página”, escolha Exibir - Nome de campos. sibilidade, pressione F11 para abrir a janela Estilos e formatação,
No entanto, esses campos mudarão de posição quando um tex- clique no ícone Estilos de página e clique com o botão direito do
to for adicionado ou removido. Assim, é melhor inserir o campo de mouse na entrada Primeira página. Escolha Modificar no menu de
número da página em um cabeçalho ou rodapé que se encontram contexto. Na guia Organizador, pode ser visto o “próximo estilo”.
na mesma posição e se repetem em todas as páginas. A quebra de página manual pode ser aplicada com ou sem
Escolha Inserir - Cabeçalho - (nome do estilo de página) ou alterações dos estilos de página.
Inserir - Rodapé - (nome do estilo de rodapé) para adicionar um Se pressionar Ctrl+Enter, será aplicada a quebra de página
cabeçalho ou um rodapé em todas as páginas com o estilo de pá- sem alterações nos estilos de página.
gina atual. Se escolher Inserir - Quebra manual, a quebra de página pode
ser inserida com ou sem alterações no estilo ou com alterações no
Para iniciar com um número de página definido número da página.
Agora você que ter um pouco mais de controle sobre o núme- Dependendo do documento, é melhor: utilizar a quebra de pá-
ro da página. Você está editando um documento de texto que deve gina inserida manualmente entre os estilos de página, ou utilizar
começar com o número de página 12. uma mudança automática. Se for necessária apenas uma página de
título com estilo diferente, o método automático pode ser utilizado:
Clique no primeiro parágrafo do documento.
Escolha Formatar - Parágrafo - Fluxo de texto. Para aplicar um estilo de página diferente na primeira página
Em Quebras, ative Inserir. Ative Com estilo de página para Clique na primeira página do documento.
poder definir o novo Número da página. Clique em OK. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
Na janela Estilos e formatação, clique no ícone Estilos de pá-
gina.
Clique duas vezes no estilo “Primeira página”.
A página de título apresentará o estilo “Primeira página” e as
páginas seguintes apresentarão automaticamente o estilo “Padrão”.
Você pode agora por exemplo, inserir um rodapé somente para
o estilo de página “Padrão”, ou inserir rodapés em ambos estilos
de página, mas com os campos de número de página formatados
de modo diferente.

Para aplicar uma alteração de estilo de página inserida ma-


nualmente
Clique no início do primeiro parágrafo da página onde será
aplicado um estilo de página diferente.
Escolha Inserir - Quebra manual. A caixa de diálogo Editar
O novo número da página é um atributo do primeiro parágrafo quebra se abrirá.
da página. Na caixa de listagem Estilo, selecione um estilo de página.
Você pode definir um novo número de página também. Clique em
Para formatar o estilo dos números de página OK.
Você deseja que os números da página sejam em numerais O estilo de página selecionado será usado a partir do parágrafo
romanos: i, ii, iii, iv e assim por diante. atual até a próxima quebra de página com estilo. Você pode preci-
Clique duas vezes imediatamente na frente do campo de nú- sar criar primeiro um novo estilo de página.
mero da página. A caixa de diálogo Editar campos se abrirá.
Selecione um formato de número e clique em OK. Gráfico em um documento de texto do Writer
Utilizar diferentes estilos de número de página Em um documento do Writer, você pode inserir um gráfico
Você precisa que algumas páginas apresentem o estilo em nu- com valores provenientes de uma tabela do Writer.#Clique dentro
merais romanos e o restante das páginas, outro estilo. da tabela do Writer.

Didatismo e Conhecimento 108


INFORMÁTICA BÁSICA
Selecione Inserir – Objeto – Gráfico. Teclas de atalho para o LibreOffice Writer
Teclas de atalho - Efeito
Ctrl+A - Selecionar tudo
Ctrl+J - Justificar
Ctrl+D - Sublinhado duplo
Ctrl+E - Centralizado
Ctrl+H - Localizar e substituir
Ctrl+Shift+P - Sobrescrito
Ctrl+L - Alinhar à esquerda
Ctrl+R - Alinhar à direita
Ctrl+Shift+B - Subscrito
Ctrl+Y - Refaz a última ação
Ctrl+0 (zero) - Aplica o estilo de parágrafo Padrão
Ctrl+1 - Aplica o estilo de parágrafo Título 1
Ctrl+2 - Aplica o estilo de parágrafo Título 2
Ctrl+3 - Aplica o estilo de parágrafo Título 3
Ctrl+4 - Aplica o estilo de parágrafo Título 4
Ctrl+5 - Aplica o estilo de parágrafo Título 5
Ctrl + tecla mais - Calcula o texto selecionado e copia o resul-
Você verá uma visualização do gráfico e o Assistente de grá- tado para a área de transferência.
fico. Ctrl+Hífen(-) - Hifens personalizados; hifenização definida
Siga as instruções no Assistente de gráfico para criar um grá- pelo usuário.
fico. Ctrl+Shift+sinal de menos (-) - Traço incondicional (não uti-
lizado na hifenização)
Teclas de atalho do LibreOffice Writer Ctrl+sinal de multiplicação * (somente no teclado numérico)
Você pode utilizar teclas de atalho para executar rapidamente - Executar campo de macro
tarefas comuns no LibreOffice. Esta seção relaciona as teclas de Ctrl+Shift+Espaço - Espaços incondicionais. Esses espa-
atalho padrão do LibreOffice Writer. ços não serão usados para hifenização nem serão expandidos se o
texto estiver justificado.
Teclas de função para o LibreOffice Writer Shift+Enter - Quebra de linha sem mudança de parágrafo
Teclas de atalho - Efeito Ctrl+Enter - Quebra manual de página
F2 - Barra de fórmulas Ctrl+Shift+Enter - Quebra de coluna em textos com várias
Ctrl+F2 - Insere campos colunas
F3 - Completa o autotexto Alt+Enter - Insere um novo parágrafo sem numeração numa
Ctrl+F3 - Edita o autotexto lista. Não funciona se o cursor estiver no fim da lista.
F4 - Abre a exibição da fonte de dados Alt+Enter - Insere um novo parágrafo antes ou depois de uma
Shift+F4 - Seleciona o próximo quadro seção ou antes de uma tabela.
F5 - Ativar/Desativar o Navegador Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
Ctrl+Shift+F5 - Ativar Navegador, vai para número da página Shift+Seta para a esquerda - Move o cursor para a esquerda
F7 - Verificação ortográfica com seleção
Ctrl+F7 - Dicionário de sinônimos Ctrl+Seta para a esquerda - Vai para o início da palavra
F8 - Modo de extensão Ctrl+Shift+Seta para a esquerda - Seleciona à esquerda, uma
Ctrl+F8 - Ativar/Desativar sombreamentos de campos palavra de cada vez
Shift+F8 - Modo de seleção adicional Seta para a direita - Move o cursor para a direita
Ctrl+Shift+F8 - Modo de seleção por bloco Shift+Seta para a direita - Move o cursor para a direita com
F9 - Atualiza os campos seleção
Ctrl+F9 - Mostra os campos Ctrl+Seta para a direita - Vá para o início da próxima palavra
Shift+F9 - Calcula a tabela Ctrl+Shift+Seta para a direita - Seleciona à direita, uma pala-
Ctrl+Shift+F9 - Atualiza os campos e as listas de entrada vra de cada vez
Ctrl+F10 - Ativar/Desativar caracteres não imprimíveis Seta para cima - Move o cursor uma linha acima
F11 - Ativar/Desativar janela Estilos e formatação Shift+Seta para cima - Seleciona linhas de baixo para cima
Shift+F11 - Cria um estilo Ctrl+Seta para cima - Move o cursor para o começo do pará-
Ctrl+F11 - Define o foco para a caixa Aplicar estilos grafo anterior
Ctrl+Shift+F11 - Atualiza o estilo CtrlShift+Seta para cima - Seleciona até o começo do parágra-
F12 - Ativar numeração fo. Ao repetir, estende a seleção até o início do parágrafo anterior
Ctrl+F12 - Insere ou edita a tabela Seta para baixo - Move o cursor uma linha para baixo
Shift+F12 - Ativa marcadores Shift+Seta para baixo - Seleciona linhas de cima para baixo
Ctrl+Shift+F12 - Desativa Numeração / Marcadores Ctrl+Seta para baixo - Move o cursor para o final do parágra-
fo.

Didatismo e Conhecimento 109


INFORMÁTICA BÁSICA
CtrlShift+Seta para baixo - Seleciona até o fim do parágrafo.
Ao repetir, estende a seleção até o fim do próximo parágrafo
Home - Vai até o início da linha
Home+Shift - Vai e seleciona até o início de uma linha
End - Vai até o fim da linha
End+Shift - Vai e seleciona até o fim da linha
Ctrl+Home - Vai para o início do documento
Ctrl+Home+Shift - Vai e seleciona o texto até o início do do-
cumento
Ctrl+End - Vai para o fim do documento
Ctrl+End+Shift - Vai e seleciona o texto até o fim do docu-
mento
Ctrl+PageUp - Alterna o cursor entre o texto e o cabeçalho
Ctrl+PageDown - Alterna o cursor entre o texto e o rodapé
Insert - Ativa / Desativa modo de inserção
PageUp - Move uma página da tela para cima Guias de Planilha
Shift+PageUp - Move uma página da tela para cima com se-
leção
PageDown - Move uma página da tela para baixo
Shift+PageDown - Move uma página da tela para baixo com
seleção
Ctrl+Del - Exclui o texto até o fim da palavra Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de planilha,
Ctrl+Backspace - Exclui o texto até o início da palavra estas guias permite que se possa em um único arquivo armazenar
Em uma lista: exclui um parágrafo vazio na frente do pará- mais de uma planilha, inicialmente o Excel possui três planilhas,
grafo atual e ao final da Plan3 temos o ícone de inserir planilha que cria uma
Ctrl+Del+Shift - Exclui o texto até o fim da frase nova planilha. Você pode clicar com o botão direito do mouse em
Ctrl+Shift+Backspace - Exclui o texto até o início da frase uma planilha existente para manipular as planilhas.
Ctrl+Tab - Próxima sugestão com Completar palavra automa-
ticamente
Ctrl+Shift+Tab - Utiliza a sugestão anterior com Completar
palavra automaticamente
Ctrl+Alt+Shift+V - Cola o conteúdo da área de transferência
como texto sem formatação.
Ctrl + clique duplo ou Ctrl + Shift + F10 - Utilize esta combi-
nação para encaixar ou desencaixar rapidamente a janela do Nave-
gador, a janela Estilos e Formatação ou outras janelas

EXCEL 2007/2010

O Excel é uma das melhores planilhas existentes no mercado.


As planilhas eletrônicas são programas que se assemelham a uma
folha de trabalho, na qual podemos colocar dados ou valores em Na janela que é mostrada é possível inserir uma nova planilha,
forma de tabela e aproveitar a grande capacidade de cálculo e excluir uma planilha existente, renomear uma planilha, mover ou
armazenamento do computador para conseguir efetuar trabalhos copiar essa planilha, etc...
que, normalmente, seriam resolvidos com uma calculadora, lápis
e papel. A tela do computador se transforma numa folha onde Movimentação na planilha
podemos observar uma série de linhas (números) e colunas Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movimen-
(letras). A cada encontro de uma linha com uma coluna temos uma tar o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada. A mo-
célula onde podemos armazenar um texto, um valor, funções ou vimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.
fórmula para os cálculos. O Excel oferece, inicialmente, em uma Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um clique
única pasta de trabalho três planilhas, mas é claro que você poderá em cima dela e observe que a célula na qual você clicou é mostrada
inserir mais planilhas conforma sua necessidade. como referência na barra de fórmulas.

Interface
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos Office,
com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direita. O que
muda são alguns grupos e botões exclusivos do Excel e as guias de
planilha no rodapé à esquerda:

Didatismo e Conhecimento 110


INFORMÁTICA BÁSICA

Se você precisar selecionar mais de uma célula, basta manter Entrada de textos e números
pressionado o mouse e arrastar selecionando as células em sequên-
cia. Na área de trabalho do Excel podem ser digitados caracteres,
números e fórmulas. Ao finalizar a digitação de seus dados, você
pode pressionar a tecla ENTER, ou com as setas mudar de célula,
esse recurso somente não será válido quando estiver efetuando um
cálculo. Caso precise alterar o conteúdo de uma célula sem preci-
sar redigitar tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça
sua alteração e pressione ENTER em seu teclado.

Salvando e Abrindo Arquivos

Para salvar uma planilha o processo é igual ao feito no Word,


clique no botão Office e clique me Salvar.

Se precisar selecionar células alternadamente, clique sobre a


primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e vá clicando
nas que você quer selecionar.

Dê um nome ao seu arquivo, defina o local onde ele deverá ser


salvo e clique em Salvar, o formato padrão das planilhas do Excel
2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls para manter compatibilida-
de com as versões anteriores é preciso em tipo definir como Pasta
de Trabalho do Excel 97 – 2003.
Para abrir um arquivo existente, clique no botão Office e de-
Podemos também nos movimentar com o teclado, neste caso pois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre ele e depois
usamos a combinação das setas do teclado com a tecla SHIFT. em abrir.

Didatismo e Conhecimento 111


INFORMÁTICA BÁSICA

Observe que o conteúdo de algumas células é maior que a sua


Operadores e Funções largura, podemos acertar isso da seguinte forma.
Se precisar trabalhar a largura de uma coluna, posiciono o
A função é um método utilizado para tornar mais fácil e rápido mouse entre as colunas, o mouse fica com o formato de uma flecha
a montagem de fórmulas que envolvem cálculos mais complexos de duas pontas, posso arrastar para definir a nova largura, ou posso
e vários valores. dar um duplo clique que fará com que a largura da coluna acerte-
Existem funções para os cálculos matemáticos, financeiros e se com o conteúdo. Posso também clicar com o botão direito do
estatísticos. Por exemplo, na função: =SOMA (A1:A10) seria o mouse e escolher Largura da Coluna.
mesmo que (A1+A2+A3+A4+A5+A6+A7+A8+A9+A10), só que
com a função o processo passa a ser mais fácil. Ainda conforme
o exemplo pode-se observar que é necessário sempre iniciar um
cálculo com sinal de igual (=) e usa-se nos cálculos a referência de
células (A1) e não somente valores.

A quantidade de argumentos empregados em uma função de-


pende do tipo de função a ser utilizada. Os argumentos podem ser
números, textos, valores lógicos, referências, etc...

Operadores

Operadores são símbolos matemáticos que permitem fazer


cálculos e comparações entre as células. Os operadores são:

Vamos montar uma planilha simples.


O objetivo desta planilha é calcularmos o valor total de cada
produto (quantidade multiplicado por valor unitário) e depois o
total de todos os produtos.
Para o total de cada produto precisamos utilizar o operador de
multiplicação (*), no caso do Mouse temos que a quantidade está
na célula A4 e o valor unitário está na célula C4, o nosso caçulo
será feito na célula D4.

Didatismo e Conhecimento 112


INFORMÁTICA BÁSICA
Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me traria o re- No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a sua es-
sultado, porém bastaria alterar o valor da quantidade ou o V. unitá- trutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se com o sinal de
rio que eu precisaria fazer novamente o cálculo. O correto é então igual (=), escreve-se o nome da função, abrem-se parênteses, cli-
é fazer =A4*C4 com isso eu multiplico referenciando as células, ca-se na célula inicial da soma e arrasta-se até a última célula a
independente do conteúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que ser somada, este intervalo é representado pelo sinal de dois pontos
ali se tenha um número. (:), e fecham-se os parênteses.

Embora você possa fazer manualmente na célula o Excel pos-


sui um assistente de função que facilita e muito a utilização das
mesmas em sua planilha. Na ABA Inicio do Excel dentro do grupo
Edição existe o botão de função.

Observe que ao fazer o cálculo é colocado também na barra


de fórmulas, e mesmo após pressionar ENTER, ao clicar sobre a
célula onde está o resultado, você poderá ver como se chegou ao
resultado pela barra de fórmulas. A primeira função é justamente Soma, então clique na célula e
clique no botão de função.

Observe conforme a imagem que o Excel acrescenta a soma


Para o cálculo do teclado é necessário então fazer o cálculo da e o intervalo de células pressione ENTER e você terá seu cálculo.
segunda linha A5*C5 e assim sucessivamente. Observamos então
que a coluna representada pela letra não muda, muda-se somente Formatação de células
o número que representa a linha, e se nossa planilha tivesse uma A formatação de células é muito semelhante a que vimos para
grande quantidade de produtos, repetir o cálculo seria cansativo e formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula onde será
com certeza sujeita a erros. Quando temos uma sequência de cál- aplicada a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar
culos como a nossa planilha o Excel permite que se faça um único mais de uma célula, basta selecioná-las.
cálculo e ao posicionar o cursor do mouse no canto inferior direito As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.
da célula o cursor se transforma em uma cruz (não confundir com
a seta branca que permite mover o conteúdo da célula e ao pres-
sionar o mouse e arrastar ele copia a fórmula poupando tempo).
Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte cálculo
D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada pratico em plani-
lhas maiores. Quando tenho sequências de cálculos o Excel per-
mite a utilização de funções.

Didatismo e Conhecimento 113


INFORMÁTICA BÁSICA

Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas de grade, cor de
preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.

A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o tipo da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que existem menos recursos
de formatação do que no Word.
A guia Número permite que se formatem os números de suas células. Ele dividido em categorias e dentro de cada categoria ele possui
exemplos de utilização e algumas personalizações como, por exemplo, na categoria Moeda em que é possível definir o símbolo a ser usado
e o número de casas decimais.

Didatismo e Conhecimento 114


INFORMÁTICA BÁSICA
A guia Preenchimento permite adicionar cores de preenchi-
mento às suas células.

Vamos então formatar nossa planilha, inicialmente selecione


A guia Alinhamento permite definir o alinhamento do conteú- todas as células de valores em moeda. Você pode utilizar a janela
do da célula na horizontal e vertical, além do controle do texto. de formatação como vimos antes, como pode também no grupo
Número clicar sobre o botão moeda.

A guia Bordas permite adicionar bordas a sua planilha, em- Vamos colocar também a linha onde estão Quant, Produto
bora a planilha já possua as linhas de grade que facilitam a identi- etc... em negrito e centralizado.
ficação de suas células, você pode adicionar bordas para dar mais
destaque.
O título Relação de Produtos ficará melhor visualmente se es-
tiver centralizado entra a largura da planilha, então selecione desde
a célula A1 até a célula D1 depois clique no botão Mesclar e Cen-
tralizar centralize e aumente um pouco o tamanho da fonte.

Para finalizar selecione toda a sua planilha e no botão de bor-


das, selecione uma borda externa.

Didatismo e Conhecimento 115


INFORMÁTICA BÁSICA

Ele acrescenta uma coluna superior com indicações de colu-


Estilos nas e abre uma nova ABA chamada Design
Esta opção é utilizada par aplicar, automaticamente um for-
mato pré-definido a uma planilha selecionada.

No grupo Opções de Estilo de Tabela desmarque a opção Li-


nhas de Cabeçalho.
Para poder manipular também os dados de sua planilha é ne-
cessário selecionar as células que pretende manipular como pla-
nilha e no grupo Ferramentas clique no botão Converter em In-
tervalo.

O botão estilo de Célula permite que se utilize um estilo de


cor para sua planilha.

Auto Preenchimento das Células


Vimos no exemplo anterior que é possível copiar uma fórmula
que o Excel entende que ali temos uma fórmula e faz a cópia. Po-
demos usar este recurso em outras situações, se eu tiver um texto
comum ou um número único, e aplicar este recurso, ele copia sem
alterar o que será copiado, mas posso utilizar este recurso para
ganhar tempo.
Se eu criar uma sequência numérica, por exemplo, na célula
A1 o número 1 e na célula A2 o número 2, ao selecionar ambos, o
A segunda opção Formatar como Tabela permite também apli- Excel entende que preciso copiar uma sequência.
car uma formatação a sua planilha, porém ele já começa a trabalhar Se eu colocar na célula A1 o número 1 e na célula A2 o núme-
com Dados. ro 3, ele entende que agora a sequência é de dois em dois.

Esta mesma sequência pode ser aplicada a dias da semana,


horas, etc...

Didatismo e Conhecimento 116


INFORMÁTICA BÁSICA
Inserção de linhas e colunas
Para adicionar ou remover linhas e colunas no Excel é simples. Para adicionar, basta clicar com o botão direito do mouse em uma linha
e depois clicar em Inserir, a linha será adicionada acima da selecionada, no caso a coluna será adicionada à esquerda. Para excluir uma linha
ou uma coluna, basta clicar com o botão direito na linha ou coluna a ser excluída.

Este processo pode ser feito também pelo grupo Células que está na ABA inicio.

Através da opção Formatar podemos também definir a largura das linhas e colunas.

Congelar Painéis

Algumas planilhas quando muito longas necessitam que sejam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se assim a digita-
ção de valores em locais errados. Esse recurso chama-se congelar painéis e está disponível na ABA exibição.

No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na opção congelar primeira linha e mesmo que você role a tela a primeira linha
ficará estática.

Didatismo e Conhecimento 117


INFORMÁTICA BÁSICA
Trabalhando com Referências
Percebemos que ao copiar uma fórmula, automaticamente são
alteradas as referências, isso ocorre, pois trabalhamos até o mo-
mento com valores relativos.
Porém, vamos adicionar em nossa planilha mais uma
coluna onde pretendo calcular qual a porcentagem cada produto
representa no valor total

Ainda dentro desta ABA podemos criar uma nova janela da


planilha Ativa clicando no botão Nova Janela, podemos organizar
as janelas abertas clicando no botão Organizar Tudo,
O cálculo ficaria para o primeiro produto =D4/D9 e depois
bastaria aplicar a formatação de porcentagem e acrescentar duas
casas decimais.

Pelo grupo Mostrar / Ocultar podemos retirar as linhas de gra-


de, as linhas de cabeçalho de coluna e linha e a barra de formulas.

Didatismo e Conhecimento 118


INFORMÁTICA BÁSICA
Porém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar a célula No exemplo acima foi possível travar toda a células, existem
E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à fórmula fica- casos em que será necessário travar somente a linha e casos onde
rá =D5/D10, porém se observarmos o correto seria ficar =D5/D9, será necessário travar somente a coluna.
pois a célula D9 é a célula com o valor total, ou seja, esta é a célula As combinações então ficariam (tomando como base a célula
comum a todos os cálculos a serem feitos, com isso não posso D9)
copiar a fórmula, pelo menos não como está. D9 - Relativa, não fixa linha nem coluna
Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de uma pla- $D9 - Mista, fixa apenas a coluna, permitindo a variação da
nilha é ganhar-se tempo. linha.
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é tam- D$9 - Mista, fixa apenas a linha, permitindo a variação da
bém chamado de valor constante. coluna.
A solução é então travar a célula dentro da formula, para isso $D$9 - Absoluta, fixa a linha e a coluna.
usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fizemos o cálculo
E4 de clique sobre ela, depois clique na barra de fórmulas sobre a Algumas outras funções
referência da célula D9. Vamos inicialmente montar a seguinte planilha

Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adicionado


o símbolo de cifrão antes da letra D e antes do número 9. $D$9. Em nosso controle de atletas vamos através de algumas outras
funções saber algumas outras informações de nossa planilha.
O Excel possui muitas funções, você pode conhecer mais so-
bre elas através do assistente de função.

Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua célula.

Didatismo e Conhecimento 119


INFORMÁTICA BÁSICA

Vamos repetir o processo para os valores máximos do peso e


Ao clicar na opção Mais Funções abre-se a tela de Inserir da altura.
Função, você pode digitar uma descrição do que gostaria de saber
calcular, pode buscar por categoria, como Financeira,m Data Hora MIN
etc..., ao escolher uma categoria, na caixa central serão mostradas Mostra o valor mínimo de uma seleção de células.
todas as funções relativas a essa categoria. Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os
Ao selecionar, por exemplo, a categoria Estatística e dentro valores mínimos nas características de nossos atletas.
do conjunto de funções desta categoria a função Máximo abaixo é Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de ida-
apresentado uma breve explicação da utilização desta função. Se de na linha de valores máximos E16 e monte a seguinte função
precisar de mais detalhes da utilização da função clique sobre o =MIN(E4:E13). Com essa função está buscando no intervalo das
link Ajuda sobre esta função. células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Para calcular os valores mínimos para o peso e a altura o pro-


cesso é o mesmo.

Média

Máximo Calcula a média aritmética de uma seleção de valores.


Vamos utilizar essa função em nossa planilha para saber os
Mostra o valor MAIOR de uma seleção de células. valores médios nas características de nossos atletas.
Em nossa planilha vamos utilizar essa função para saber é a Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade
maior idade, maior peso e a maior altura. na linha de valores máximos E17 e monte a seguinte função =ME-
Em nossa planilha clique na célula abaixo da coluna de idade DIA(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo
na linha de valores máximos E15 e monte a seguinte função =MA- das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.
XIMO(E4:E13). Com essa função estamos buscando no intervalo
das células E4 à E13 qual é valor máximo encontrado.

Didatismo e Conhecimento 120


INFORMÁTICA BÁSICA
VALOR FALSO - Valor a ser apresentado na célula quando o
teste lógico for falso, pode ser outra célula, um caçulo, um número
ou um texto, apenas lembrando que se for um texto deverá estar
entre aspas.
Para exemplificar o funcionamento da função vamos acres-
centar em nossa planilha de controle de atletas uma coluna cha-
mada categoria.

Para o peso e a altura basta apenas repetir o processo


Vamos utilizar essa função em nossa planilha de controle de
atletas. Vamos utilizar a função nos valores médios da planilha,
deixaremos com duas casas decimais.

Vamos aproveitar também o exemplo para utilizarmos um re-


curso muito interessante do Excel que é o aninhamento de funções,
ou seja, uma função fazendo parte de outra.
A função para o cálculo da média da Idade é =MÉDIA(E4:E13) Vamos atribuir inicialmente que atletas com idade menor que
clique na célula onde está o cálculo e depois clique na barra de 18 anos serão da categoria Juvenil e acima disso categoria Profis-
fórmulas. sional. Então a lógica da função será que quando a Idade do atleta
Altere a função para =ARRED(MÉDIA(E4:E13);1) com isso for menor que 18 ele será Juvenil e quando ela for igual ou maior
fizemos com que caso exista números após a vírgula o mesmo que 18 ele será Profissional.
será arredonda a somente uma casa decimal. Caso você não queira Convertendo isso para a função e baseando-se que a idade do
casas decimais coloque após o ponto e vírgula o número zero. primeiro atleta está na célula E4 à função ficará:
=SE(E4<18;”Juvenil”;”Profissional”.)
Nesta situação deve-se ter uma atenção grande em relação aos
parênteses, observe que foi aberto uma após a função ARRED e
um a pós a função MÉDIA então se deve ter o cuidado de fechá-los
corretamente. O que auxilia no fechamento correto dos parênte-
ses é que o Excel vai colorindo os mesmos enquanto você faz o
cálculo.

Função SE Explicando a função.


Esta é com certeza uma das funções mais importantes do Ex- =SE(E4<18: inicio da função e teste lógico, aqui é verificado
cel e provavelmente uma das mais complexas para quem está ini- se o conteúdo da célula E4 é menor que 18.
ciando. “Juvenil”: Valor a ser apresentado como verdadeiro.
“Profissional”: Valor a ser apresentado como falso.
Esta função retorna um valor de teste_lógico que permite ava- )
liar uma célula ou um cálculo e retornar um valor verdadeiro ou Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, vamos
um valor falso. criar uma tabela em separado com a seguinte definição. Até 18
anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será considerado profis-
Sua sintaxe é =SE (TESTELÓGICO;VALOR sional e acima dos 30 anos será considerado Master.
VERDADEIRO;VALOR FALSO).
=SE - Atribuição de inicio da função; Nossa planilha ficará da seguinte forma.

TESTELÓGICO - Teste a ser feito par validar a célula;


VALOR VERDADEIRO - Valor a ser apresentado na célula
quando o teste lógico for verdadeiro, pode ser outra célula, um
caçulo, um número ou um texto, apenas lembrando que se for um
texto deverá estar entre aspas.

Didatismo e Conhecimento 121


INFORMÁTICA BÁSICA

Temos então agora na coluna J a referência de idade, e na


coluna K a categoria. A função ficou da seguinte forma =CONT.SE(H4:H13;K4)
onde se faz a contagem em um intervalo de H3:H13 que é o
Então agora preciso verificar a idade de acordo com o valor na resultado calculado pela função
coluna J e retornar com valores verdadeiros e falsos o conteúdo da SE e retorna a célula K4 onde está a categoria juvenil de atle-
coluna K. A função então ficará da seguinte forma: tas. Para as demais categorias basta repetir o cálculo mudando-se
somente a categoria que está sendo buscada.

Funções de Data e Hora


Podemos trabalhar com diversas funções que se baseiam na
data e hora de seu computador. As principais funções de data e
hora são:
=HOJE( ) Retorna a data atual.
=MÊS(HOJE()) Retorna o mês atual
=SE(E4<J4;K4;SE(E4<J5;K5;K6)) =ANO(HOJE()) Retorna o ano atual
Temos então: =HORA(AGORA()) Retorna à hora atual
=SE(E4<J4: Aqui temos nosso primeiro teste lógico, onde =MINUTO(AGORA()) Retorna o minuto atual
verificamos se a idade que consta na célula E4 é menor que o =SEGUNDO(AGORA()) Retorna o segundo atual
valor que consta na célula J4. =AGORA( ) Retorna a data e à hora
K4: Célula definida a ser retornada como verdadeiro deste tes- =DIA.DA.SEMANA(HOJE()) Retorna o dia da semana em
te lógico, no caso o texto “Juvenil”. número
SE(E4<J5: segundo teste lógico, onde verificamos se valor =DIAS360( ) Calcula o número de dias que há entre uma
da célula E4 é menor que 30, se for real retorna o segundo valor data inicial e uma data final.
verdadeiro, é importante ressaltar que este teste lógico somente Para exemplificar monte a seguinte planilha.
será utilizado se o primeiro teste der como falso.
K5: Segundo valor verdadeiro, será retornado se o segundo
teste lógico estiver correto.
K6: Valor falso, será retornado se todos os testes lógicos de-
rem como falso.
Permite contar em um intervalo de valores quantas vezes se
repete determinado item. Vamos aplicar a função em nossa plani-
lha de controle de atletas

Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha

Em V.Diário, vamos calcular quantas horas foram trabalhadas


durante cada dia.
=B3-B2+B5-B4, pegamos a data de saída e subtraímos pela
data de entrada de manhã, com isso sabemos quantas horas foram
trabalhadas pela manhã na mesma função faço a subtração da saída
no período da tarde pela entrada do período da tarde e somo os dois
períodos.

Então vamos utilizar a função CONT.SE para buscar em nossa


planilha quantos atletas temos em cada categoria.

Didatismo e Conhecimento 122


INFORMÁTICA BÁSICA

Repita o processo para todos os demais dias da semana, so-


mente no sábado é preciso apenas calcular a parte da manhã, ou
seja, não precisa ser feito o cálculo do período da tarde. Ao observar atentamente o valor calculado ele mostra 20:40,
porém nessa semana o funcionário trabalhou mais de 40 horas,
isso ocorre pois o cálculo de horas zera ao chegar em 23:59:59,
então preciso fazer com que o Excel entenda que ele precisa con-
tinuar a contagem. Clique na faixa do grupo número na ABA
Inicio, na janela que se abre clique na categoria Hora e escolha o
formato 37:30:55 esse formato faz com que a contagem continue.

Para calcular o V. da hora que o funcionário recebe coloque


um valor, no caso adicione 15 e coloquei no formato Moeda. Va-
mos agora então calcular quanto ele ganhou por dia, pois temos
quantas horas ele trabalhou durante o dia e sabemos o valor da
hora. Como temos dois formatos de números precisamos durante
o cálculo fazer a conversão.
Para a segunda-feira o cálculo fica da seguinte forma:
=HORA(B6)*B7+MINUTO(B6)*B7/60.
Inicialmente utilizamos a função HORA e pegamos como re-
ferência de hora o valor da célula B6, multiplicamos pelo valor que
está em B7, essa parte calcula somente à hora cheia então precisa- Crie um novo campo abaixo da Tabela e coloque V. a receber
mos somar os minutos que pega a função MINUTO e multiplica a e faça a soma dos valores totais.
quantidade de horas pelo valor da hora, como o valor é para a hora
o dividimos então por 60
Após isso coloque o valor em formato Moeda.

Planilhas 3D
Para os demais cálculos o V.Hora será igual há todos os dias
então ele precisa ser fixo para que o cálculo possa ser copiado, o O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel na versão
número 60 por ser um número não é muda. 5 do programa, ele é chamado dessa forma pois permite que se
façam referências de uma planilha em outra.
=HORA(B6)*$B$7+MINUTO(B6)*$B$7/60
Para sabermos quantas horas o funcionário trabalhou na sema- Posso por exemplo fazer uma soma de valores que estejam em
na, faça a soma de todos os dias trabalhados. outra planilha, ou seja quando na planilha matriz algum valor seja
alterado na planilha que possui referência com ela também muda.

Vamos a um exemplo

Didatismo e Conhecimento 123


INFORMÁTICA BÁSICA

Clique agora no campo onde será colocado o valor de compra


Faremos uma planilha para conversão de valores, então na do dólar na célula B4 e clique na célula onde está o valor que aca-
planilha 1 vamos ter um campo para que se coloque o valore em bou de digitar célula B2, adicione o sinal de divisão (/) e depois cli-
real e automaticamente ele fará a conversão para outras moedas, que na planilha valores ele vai colocar o nome da planilha seguido
monte a seguinte planilha. de um ponto de exclamação (!) e clique onde está o valor de com-
pra do dólar. A função ficará da seguinte forma =B2/valores!B2.
Vamos renomear a planilha para resultado.

Para isso dê um duplo clique no nome de sua planilha Plan1 e


digite o novo nome.

Salve seu arquivo e clique na guia Plan2 e digite a seguinte


planilha
Com isso toda vez que eu alterar na planilha valores o valor do
dólar, ele atualiza na planilha resultado.
Faça o cálculo para o valor do dólar para venda, a função fica-
rá da seguinte forma: =B2/valores!C2.

Para poder copiar a fórmula para as demais células, bloqueie a


célula B2 que é referente ao valor em real.
O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usuário pos-
sa manipular seja a célula onde será digitado valor em real para a
conversão, então vamos bloquear a planilha deixando essa célula
desprotegia.
Clique na célula onde será digitado o valor em real depois na
ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na janela que se abre
clique na guia Proteção.
Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois esta
Renomeie essa planilha para valores célula é a única que poderá receber dados.

Retorne a planilha resultado e coloque um valor qualquer no


campo onde será digitado valor.

Didatismo e Conhecimento 124


INFORMÁTICA BÁSICA

Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações clique no botão Proteger Planilha.

Será mostrada mais uma janela coloque uma senha (recomendável)

Ao tentar alterar uma célula protegida será mostrado o seguinte aviso

Didatismo e Conhecimento 125


INFORMÁTICA BÁSICA

Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.

Inserção de Objetos

A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos estão na ABA Inserir.

Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.

Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.

Gráficos

A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de mostrar resultados.
As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel

Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas para criarmos
nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.

Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.

Didatismo e Conhecimento 126


INFORMÁTICA BÁSICA

Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no exemplo cliquei
no estilo de gráfico de colunas.

Escolha no subgrupo coluna 2D a primeira opção e seu gráfico será criado.

Didatismo e Conhecimento 127


INFORMÁTICA BÁSICA
Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o mouse pressionado
e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráfico).

Se você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar no botão Alterar Tipo de Gráfico.

Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no botão Alterar Linha/Coluna.

Ainda em Layout do Gráfico podemos modificar a distribuição dos elementos do Gráfico.

Didatismo e Conhecimento 128


INFORMÁTICA BÁSICA

Podemos também modificar o estilo de nosso gráfico através


do grupo Estilos de Gráfico
Dados
O Excel possui uma ABA chamada Dados que permite impor-
tar dados de outras fontes, ou trabalhar os dados de uma planilha
do Excel

Classificação

Vamos agora trabalhar com o gerenciamento de dados criados


no Excel.
Vamos utilizar para isso a planilha de Atletas.
Classificar uma lista de dados é muito fácil, e este recurso
pode ser obtido pelo botão Classificar e Filtrar na ABA Inicio, ou
pelo grupo Classificar e Filtrar na ABA Dados.

Vamos então selecionar os dados de nossa planilha que serão


classificados.

Podemos também deixar nosso gráfico isolado em uma nova


planilha, basta clicar no botão Mover Gráfico.

Didatismo e Conhecimento 129


INFORMÁTICA BÁSICA

Clique no botão Classificar.

Você precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.

Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha de títulos em nossa
planilha e clique em OK.

Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.

Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com seus dados sele-
cionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha uma seta.

Didatismo e Conhecimento 130


INFORMÁTICA BÁSICA

Estas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação de atletas do sexo
feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados da planilha ficarão ocultos.

Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na categoria Profissional,
eu faço um novo filtro na coluna Categoria.

Didatismo e Conhecimento 131


INFORMÁTICA BÁSICA

Observe que as colunas que estão com filtro possuem um ícone em forma de funil no lugar da seta.

Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos com filtro e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus filtros através da opção Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da célula for um
número).

Subtotais
Podemos agrupar nossos dados através de seus valores, vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo dos atletas relacionado
com a idade.

Depois clique no botão Subtotal.

Didatismo e Conhecimento 132


INFORMÁTICA BÁSICA
Em A cada alteração em: coloque sexo e em Adicionar subto-
tal a deixe marcado apenas Peso, depois clique em OK.

No caso escolhi a planilha atletas, podemos observar que a


mesma não cabe em uma única página. Clique no botão Configurar
Página.

Observe na esquerda que são mostrados os níveis de visuali- Marque a opção Paisagem e clique em OK.
zação dos subtotais e que ele faz um total a cada sequência do sexo
dos atletas.
Para remover os subtotais, basta clicar no botão Subtotal e na
janela que aparece clique em Remover Todos.

Impressão
O processo de impressão no Excel é muito parecido com o que
fizemos no Word.
Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha Visua-
lizar Impressão.

Teclas de atalho do Excel

CTRL + !: quando se está trabalhando com planilhas grandes,


quando os dados precisam ser apresentados a um gerente, ou mes-
mo só para facilitar sua vida, a melhor maneira de destacar certas
informações é formatar a célula, de modo que a fonte, a cor do tex-
to, as bordas e várias outras configurações de formatação. Mas ter

Didatismo e Conhecimento 133


INFORMÁTICA BÁSICA
que usar o mouse para encontrar as opções de formatação faz você CTRL + R: funciona da mesma forma que o comando acima,
perder muito tempo. Portanto, pressionando CTRL + !, você fará mas para preenchimento de colunas. Exemplo: selecione da célula
com que a janela de opções de formatação da célula seja exibida. A1 até a E1 e pressione CTRL + R. Todas as células selecionadas
Lembre-se que você pode selecionar várias células para aplicar a terão o mesmo valor da A1.
formatação de uma só vez.
CTRL + ALT + V: você já deve ter cometido o erro de copiar
CTRL + (: muitas vezes você precisa visualizar dados que não uma célula e colar em outro local, acabando com a formatação que
estão próximos uns dos outros. Para isso o Excel fornece a opção tinha definido anteriormente, pois as células de origem eram azuis
de ocultar células e colunas. Pressionando CTRL + (, você fará e as de destino eram verdes. Ou seja, você agora tem células azuis
com que as linhas correspondentes à seleção sejam ocultadas. Se onde tudo deveria ser verde. Para que isso não aconteça, você pode
houver somente uma célula ativa, só será ocultada a linha corres- utilizar o comando “colar valores”, que fará com que somente os
pondente. Por exemplo: se você selecionar células que estão nas valores das células copiadas apareçam, sem qualquer formatação.
linhas 1, 2, 3 e 4 e pressionar as teclas mencionadas, essas quatro Para não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na
linhas serão ocultadas. hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V.
Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma célula
da linha anterior e uma da próxima, depois utilize as teclas CTRL CTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizando
+ SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a linha 14 e precisa o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo arquivo.
reexibi-la, selecione uma célula da linha 13, uma da linha 15 e Utilize esse comando para mudar para a próxima planilha da sua
pressione as teclas de atalho. pasta de trabalho.

CTRL + ): esse atalho funciona exatamente como o anterior, CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém, exe-
porém, ele não oculta linhas, mas sim COLUNAS. Para reexibir as cutando-o você muda para a planilha anterior.
colunas que você ocultou, utilize as teclas CTRL + SHIFT + ). Por *É possível selecionar as planilhas que estão antes ou depois
exemplo: você ocultou a coluna C e quer reexibi-la. Selecione uma da atual, pressionando também o SHIFT nos dois comando acima.
Teclas de função
célula da coluna B e uma da célula D, depois pressione as teclas
Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas que fi-
mencionadas.
cam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL, as teclas de
função podem ser utilizadas em combinação com outras, para pro-
CTRL + SHIFT + $: quando estiver trabalhando com valores
duzir comandos diferentes do padrão atribuído a elas. Veja alguns
monetários, você pode aplicar o formato de moeda utilizando esse
deles abaixo.
atalho. Ele coloca o símbolo R$ no número e duas casas decimais.
Valores negativos são colocados entre parênteses.
F2: se você cometer algum erro enquanto está inserindo fór-
mulas em uma célula, pressione o F2 para poder mover o cursor do
CTRL + SHIFT + Asterisco (*): esse comando é extremamen- teclado dentro da célula, usando as setas para a direita e esquerda.
te útil quando você precisa selecionar os dados que estão envolta Caso você pressione uma da setas sem usar o F2, o cursor será
da célula atualmente ativa. Caso existam células vazias no meio movido para outra célula.
dos dados, elas também serão selecionadas. Veja na imagem abai-
xo um exemplo. A célula selecionada era a D6. ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um ar-
quivo do Excel também exige vários cliques com o mouse, mas
CTRL + Sinal de adição (+): quando você precisar inserir cé- você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para ganhar algum
lulas, linhas ou colunas no meio dos dados, ao invés de clicar com tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o mesmo efeito.
o mouse no número da linha ou na letra da coluna, basta pressionar F8: use essa tecla para ligar ou desligar o modo de seleção
esse comando. estendida. Esse pode ser usado da mesma forma que o SHIFT. Po-
rém, ele só será desativado quando for pressionado novamente,
*Utilize o sinal de adição do teclado numérico ou a combina- diferente do SHIFT, que precisa ser mantido pressionado para que
ção CTRL + SHIFT + Sinal de adição que fica à esquerda da tecla você possa selecionar várias células da planilha.
backspace, pois ela tem o mesmo efeito.
Veja abaixo outros comandos úteis:
CTRL + Sinal de subtração (-): para excluir células, linhas
ou colunas inteiras, pressione essas teclas. Esse comando funciona CTRL + Setas de direção: move o cursor para a última célula
tanto no teclado normal quanto no teclado numérico. preenchida. Se houve alguma célula vazia no meio, o cursor será
movido para a última célula preenchida que estiver antes da vazia.
CTRL + D: você pode precisar que todas as células de deter- END: pressione essa tecla uma vez para ativar ou desativar o
minada coluna tenham o mesmo valor. Apertando CTRL + D, você “Modo de Término”. Sua função é parecida com o comando ante-
fará com que a célula ativa seja preenchida com o mesmo valor da rior. Pressiona uma vez para ativar e depois pressione uma tecla de
célula que está acima dela. Por exemplo: você digitou o número direção para mover o cursor para a última célula preenchida.
5432 na célula A1 e quer que ele se repita até a linha 30. Selecione *Se a tecla Scroll Lock estiver ativada, pressionar END fará
da célula A1 até a A30 e pressione o comando. Veja que todas as com que o cursor seja movido para a célula que estiver visível no
células serão preenchidas com o valor 5432. canto inferior direito da janela.

Didatismo e Conhecimento 134


INFORMÁTICA BÁSICA
CTRL + BARRA DE ESPAÇO: utilize essa atalho se você Célula Ativa: É a célula onde os dados serão digitados, ou
quiser selecionar a coluna inteira onde está o cursor. seja, onde está o cursor no instante da entrada de dados.
SHIFT + BARRA DE ESPAÇOS: semelhante ao comando Dá-se o nome Endereço ou Referência ao conjunto das coor-
acima, porém, seleciona a linha inteira onde está o cursor. denadas que uma célula ocupa em uma planilha. Por exemplo, a
intersecção entre a coluna B e a linha 3 é exclusiva da casela B3,
CALC portanto é a sua referência ou endereço.
A figura abaixo mostra a célula B3 ativa (ou atual, ou sele-
O LibreOffice Calc é um programa de planilha que você pode cionada), ou seja, o cursor está na intersecção da linha 3 com a
usar para organizar e manipular dados que contêm texto, números, coluna B. (Notar que tanto a linha 3 como a coluna B destacam-se
valores de data e tempo, e mais, por exemplo para o orçamento em alto relevo).
doméstico.
O Calc nos permite:
• Aplicar fórmulas e funções a dados numéricos e efetuar
cálculos
• Aplicação de uma muitas formatações, como tipo, tama-
nho e coloração das fontes, impressão em colunas, alinhamento
automático etc ...,
• Utilização de figuras, gráficos e símbolos,
• Movimentação e duplicação dos dados e fórmulas dentro
das planilhas ou para outras planilhas,
• Armazenamento de textos em arquivos, o que permite
usá-los ou modificá-los no futuro. A célula ativa ou célula atual é a que está clicada, ou seja, é aquela
na qual serão digitadas os dados nesse momento.
Fundamentos da planilha Apenas uma célula pode ficar ativa de cada vez e a seleção é
Uma planilha (“sheet”) é uma grande tabela, já preparada
representada pelas bordas da célula que ficam negritadas.
para efetuar cálculos, operações matemáticas, projeções, análise
Para mudar a posição da célula ativa pode-se usar o mouse ou
de tendências, gráficos ou qualquer tipo de operação que envolva
as teclas de seta do teclado.
números.
Observação - Você pode também incluir o nome do arquivo
Cada planilha se compõe de colunas e linhas, cuja intersecção
e o nome da folha em uma referência a uma célula ou a um inter-
delimita as células:
valo de células. Pode atribuir um nome a uma célula ou intervalo
Colunas: Estão dispostas na posição vertical e são identifica-
de células, para usar o nome em vez de uma referência à coluna/
das da esquerda para a direita, começando com A até Z. Depois de
número. Para obter detalhes, pesquise o termo eferências na ajuda
Z, são utilizadas 2 letras: AA até AZ, que são seguidas por BA até
BZ, e assim por diante, até a última (IV), num total de 256 colunas. on-line.
Linhas: Estão dispostas na posição horizontal e são numera-
das. Portanto, a intersecção entre linhas e colunas gera milhões de Layout
células disponíveis.
Cada planilha possui 1.048.576 linhas e as colunas vão até
AMJ.
Valores: Um valor pode representar um dado numérico ou tex-
tual entrado pelo usuário ou pode ser resultado de uma fórmula ou
função.
Fórmulas: A fórmula é uma expressão matemática dada ao
computador (o usuário tem que montar a fórmula) para calcular
um resultado, é a parte inteligente da planilha; sem as fórmulas a
planilha seria um amontoado de textos e números.
Funções: São fórmulas pré-definidas para pouparem tempo e
trabalho na criação de uma equação.
Uma célula é identificada por uma referência que consiste na
letra da coluna a célula seguida do número da linha da célula. Por Barra de título
exemplo, a referência de uma célula na interseção da coluna A e da A barra de título, localizada no alto da tela, mostra o nome
linha 2 é A2. Além disso, a referência do intervalo de células nas da planilha atual. Quando a planilha for recém criada, seu nome
colunas de A a C e linhas 1 a 5 é A1:C5. é Sem título X, onde X é um número. Quando a planilha é salva
Endereço ou Referência: Cada planilha é formada por linhas pela primeira vez, você é solicitado a dar um nome a sua escolha.
numeradas e por colunas ordenadas alfabeticamente, que se cru-
zam delimitando as células. Quando se clica sobre uma delas, se- Barra de Menus
leciona-se a célula. A Barra de Menus é composta por 9 menus, que são: Arqui-
Célula: corresponde à unidade básica da planilha, ou seja, vo, Editar, Exibir, Inserir, Formatar, Tabela, Ferramentas, Janela e
cada retângulo da área de edição. Ajuda. Onde encontra-se todos os comandos do Calc.

Didatismo e Conhecimento 135


INFORMÁTICA BÁSICA
Menu Arquivo: Este menu contém os comandos para Criar Clicando no botão Função insere-se um sinal de igual (=) na
uma planilha, salva-la, abrir os documentos já salvos e os mais célula selecionada e na Linha de Entrada de dados, ativando a cé-
recentes e por fim fechar a planilha. lula para aceitar fórmulas.
Menu Editar: Responsável pelos comando de copiar, mover e Quando você digita novos dados numa célula, os botões de
excluir os dados, desfazer e refazer uma ação além de localizar e Soma e de Função mudam para os botões Cancelar e Aceitar.
substituir dados. O conteúdo da célula selecionada (dados, fórmula, ou função)
Menu Exibir: Esse menu é utilizado para estruturar a área de são exibidos na Linha de Entrada de Dados, que é um lembrete da
trabalho. A partir de suas opções, podem ser exibidas ou ocultadas Barra de Fórmulas. Você pode editar o seu conteúdo na própria
as barras do LibreOffice.Calc. Ainda podem ser trabalhadas a apa- Linha de Entrada de Dados. Para editá-la, clique na Linha de En-
rência e o tamanho da tela de trabalho. trada de Dados e digite suas alterações. Para editar dentro da célula
Menu Inserir: É responsável pela inserção de elementos como selecionada, clique duas vezes nela.
linhas, colunas, comentários nas células, figuras, gráficos, fórmu-
las músicas, vídeos entre outros.
Células individuais
Menu Formatar: É responsável pela formatação de fontes e
A seção principal da tela exibe as células na forma de uma
números, alinhamento dados nas células inserção de bordas nas cé-
tabela, onde cada célula fica na interseção de uma coluna com uma
lulas e alteração de cores tanto de fonte quanto de plano de fundo.
Menu Ferramentas: Possui comandos para proteger o documento linha. É nela que colocaremos valores, referências e formatos.
impedindo que alterações sejam feitas, personaliza menus e as teclas No alto de cada coluna, e à esquerda de cada linha, há uma
de atalho, além de possuir recurso Galeria, onde podemos selecionar célula cinza, contendo letras (colunas) e números (linhas). Esses
figuras e sons do próprio LibreOffice para inserir no documento. são os cabeçalhos das colunas e linhas. As colunas começam em
Menu Dados: Seleciona um intervalo e Classifica as linhas A e seguem para a direita, e as linhas começam em 1 e seguem
selecionadas de acordo com as condições especificas além de ou- para baixo.
tras funções. Os cabeçalhos das colunas e linhas formam a referência da
Menu Janela: É utilizado para Abrir uma nova janela, Fecha célula que aparece na Caixa de Nome na Barra de Fórmulas. Você
a janela atual, Dividir a janela atual e listar todas as janelas do pode desligar esses cabeçalhos em Exibir → Cabeçalhos de Linhas
documento. e Colunas.
Menu Ajuda: Abre a página principal da Ajuda de OpenOffice. Abas de folhas
org.br para o aplicativo atual. Você pode percorrer as páginas da Abaixo da tabela com as células estão as abas das folhas. Es-
Ajuda e procurar pelos termos do índice ou outro texto. sas abas permitem que você acesse cada folha da planilha indivi-
Você pode personalizar a Barra de menu conforme as suas dualmente, com a folha visível (ativa) estando na cor branca. Você
necessidades, para isso, vá em Ferramentas → Personalizar... e vá pode escolher cores diferentes para cada folha.
na guia Menu. Clicando em outra aba de folha exibe-se outra folha e sua aba
fica branca. Você também pode selecionar várias folhas de uma só
Barra de ferramentas vez, pressionando a tecla Ctrl ao mesmo tempo que clica nas abas.
Três barras de ferramentas estão localizadas abaixo da Barra
de menus, por padrão: A Barra de ferramentas padrão, a Barra de Barra de estado
ferramentas de formatação, e a Barra de fórmulas. Na parte inferior da janela do Calc está a barra de estado, que
Na Barra de ferramentas padrão estão várias opções tais mostra informações sobre a planilha e maneiras convenientes de
como, gráficos, impressão, ajuda, salvar, outros. alterar algumas das suas funcionalidades. A maioria dos campos é
Na Barra de ferramentas de formatação existem opções para semelhante aos outros componentes do LibreOffice.
alinhamento, numeração, recuo, cor da fonte e o outros. Partes esquerda e direita da barra de estado, respectivamente:
Barra de fórmulas

Apresentando a barra de fórmulas. Criando uma planilha


À direita da Caixa de nome estão os botões do Assistente de Para criar uma nova planilha a partir de qualquer programa do
Funções, de Soma, e de Função. Libreoffice, escolha Arquivo - Novo – Planilha.
Clicando no botão do Assistente de Funções abre-se uma Movendo-se em uma folha
caixa de diálogo onde pode-se pesquisar em uma lista de funções Você pode usar o mouse ou o teclado para mover-se em uma
disponíveis em várias categorias como data e hora, matemática, folha do Calc ou para selecionar itens na folha. Se selecionou um
financeira, dados, texto e outras. Isso pode ser muito útil porque intervalo de células, o cursor permanece no intervalo ao mover o
também mostra como as funções são formatadas. cursor.
Clicando no botão Soma insere-se uma fórmula na célula sele- - Para mover-se em uma folha com o mouse
cionada que soma os valores numéricos das células acima dela. Se Etapa
não houver números acima da célula selecionada, a soma será feita Use a barra de rolagem horizontal ou vertical para mover para
pelos valores das células à esquerda. os lados ou para cima e para baixo em uma folha.

Didatismo e Conhecimento 136


INFORMÁTICA BÁSICA
• Clique na seta na barra de rolagem horizontal ou vertical. O Calc oferece um recurso de preenchimento para você inse-
• Clique no espaço vazio na barra de rolagem. rir rapidamente uma série sucessiva de dados, como datas, dias,
• Arraste a barra na barra de rolagem. meses e números. O conteúdo de cada célula sucessiva na série
Dica – Para mover o cursor para uma célula específica, clique é incrementado por um. 1 é incrementado para 2, segunda-feira é
na célula. incrementada para terceira-feira, e assim por diante.
- Para mover-se em uma folha com o teclado Etapas
Etapa 1. Clique em uma célula e digite o primeiro item da série, por
Use as seguintes teclas e combinações de teclas para mover-se exemplo, segunda-feira. Pressione Return.
em uma folha: 2. Clique na célula novamente para ver a alça de preenchi-
• Para mover uma célula para baixo em uma coluna, pressione mento — a caixa preta pequena no canto direito inferior da célula.
a tecla de seta para baixo ou Enter. 3. Arraste a alça de preenchimento até realçar o intervalo de
• Para mover uma célula para cima em uma coluna, pressione células no qual deseja inserir a série.
a tecla de seta para cima. 4. Solte o botão do mouse.
• Para mover uma célula para a direita, pressione a tecla de Os itens consecutivos na série são adicionados automatica-
seta para a direita ou Tab. mente às células realçadas.
• Para mover uma célula para a esquerda, pressione a tecla de
seta para a esquerda.
Dica – Para mover para a última célula que contém dados em
uma coluna ou linha, mantenha pressionada a tecla Ctrl enquanto
pressiona uma tecla de direção.

Selecionando células em uma folha


Você pode usar o mouse ou o teclado para selecionar células
em uma folha do Calc.
• Para selecionar um intervalo de células com o mouse, clique
em uma célula e arraste o mouse para outra célula.
• Para selecionar um intervalo de células com o teclado, certi-
fique-se de que o cursor esteja em uma célula, mantenha pressio-
Dica – Para copiar sem alterar os valores em uma série, pres-
nada a tecla Shift e pressione uma tecla de direção.
sione a tecla Ctrl enquanto arrasta.

Editando e excluindo o conteúdo de células


Você pode editar o conteúdo de uma célula ou intervalo de
células em uma folha.
- Para editar o conteúdo de células em uma folha
Etapas
1. Clique em uma célula ou selecione um intervalo de células.
Dica – Para selecionar um intervalo de células, clique em uma
célula. Em seguida arraste o mouse até cobrir o intervalo que de-
seja selecionar.
Para selecionar uma linha ou coluna inteira, clique no rótulo
da linha ou coluna.
2. Para editar o conteúdo de uma única célula, clique duas
Digitando ou colando dados vezes na célula, faça as alterações necessárias e pressione Return.
A maneira mais simples de adicionar dados a uma folha é di- Observação – Pode também clicar na célula, digitar as alte-
gitar, ou copiar e colar dados de outra folha do Calc ou de outro rações na caixa de Linha de entrada da barra Fórmula e clicar no
programa. ícone verde da marca de seleção.
- Para digitar ou colar dados em uma planilha No entanto, não pode inserir quebras de linha na caixa de Li-
Etapas nha de entrada.
1. Clique na célula à qual deseja adicionar dados. 3. Para excluir o conteúdo da célula ou do intervalo de células,
2. Digite os dados. pressione a tecla Backspace ou Delete.
Se desejar colar dados da área de transferência na célula, es- a. Na caixa de diálogo Excluir conteúdo, selecione as opções
colha Editar - Colar. que deseja.
3. Pressione Enter. b. Clique em OK.
Você pode também pressionar uma tecla de direção para inse-
rir os dados e mover a próxima célula na direção da seta. Formatando planilhas
Dica – Para digitar texto em mais de uma linha em uma célula, O Calc permite-lhe formatar a folha manualmente ou ao usar
pressione Ctrl+Return no fim de cada linha e, quando concluir, estilos. A diferença principal é que a formatação manual aplica-se
pressione Return. apenas às células selecionadas. A formatação de estilo aplica-se
- Para inserir rapidamente datas e números consecutivos toda vez que o estilo é usado no documento de planilha.

Didatismo e Conhecimento 137


INFORMÁTICA BÁSICA
Usando AutoFormatação
A maneira mais fácil de formatar um intervalo de células é
usar o recurso AutoFormatação do Calc.

Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for-
- Para aplicar formatação automática a um intervalo de células
matar e escolha Formatar - Células.
Etapas
Abre-se a caixa de diálogo Formatar células.
1. Selecione o intervalo de células que deseja formatar.
2. Clique em uma das guias e escolha as opções de formata-
Selecione ao menos um intervalo de células 3 x 3.
ção.
2. Escolha Formatar - AutoFormatar.
Abre-se a caixa de diálogo AutoFormatação.
Guia Números
3. Na lista de formatos, clique no formato que deseja usar e
Altera a formatação de números nas células, como a alteração
clique em OK.
do número de casas decimais exibidas
Formatando células manualmente
Guia Fonte
Para aplicar formatação simples ao conteúdo de uma célula,
Altera a fonte, o tamanho da fonte e o tipo de letra usado na
como alterar o tamanho do texto, use os ícones na barra Formatar
célula
objeto.
- Para formatar células com a barra Formatar objeto
Guia Efeitos de fonte
A barra Formatar objetos permite-lhe aplicar formatos rapida-
Altera a cor da fonte e os efeitos de sublinhado, tachado ou
mente a células individuais ou intervalos de células.
alto-relevo do texto
Etapas
1. Selecione a célula ou o intervalo de células que deseja for-
Guia Alinhamento
matar.
Altera o alinhamento do texto e a orientação do texto no inte-
2. Na barra Formatar objeto, clique no ícone que corresponde
rior das células
à formatação que deseja aplicar.
Observação – Pode também selecionar uma opção das caixas
Guia Bordas
Nome da fonte ou Tamanho da fonte.
Altera as opções de bordas das células

Guia Plano de fundo


- Para aplicar formatação manual com a caixa de diálogo For-
Altera o preenchimento do plano de fundo das células
matar células
Se precisar de mais opções de formatação do que a barra Ob-
Guia Proteção de célula
jeto fornece, use a caixa de diálogo Formatar células.
Protege o conteúdo das células no interior de folhas protegi-
das.

3. Clique em OK.

Formatando células e folhas com estilos


No Calc, a formatação padrão de células e folhas faz-se com
estilos. Um estilo é um conjunto de opções de formatação que de-
fine o aspecto do conteúdo da célula, assim como o layout de uma
folha. Quando você altera a formatação de um estilo, as alterações
são aplicadas toda vez que o estilo é usado na planilha.

Didatismo e Conhecimento 138


INFORMÁTICA BÁSICA
Usando operadores
Você pode usar os seguintes operadores nas fórmulas:

- Para aplicar formatação com a janela Estilos e formatação


Etapas
1. Escolha Formatar - Estilos e formatação.
2. Para alterar a formatação de células, clique em uma célula Exemplo de Fórmulas do Calc
ou selecione um intervalo de células. =A1+15
a. Clique no ícone Estilos de célula na parte superior da janela Exibe o resultado de adicionar 15 ao conteúdo da células A1
Estilos e formatação. =A1*20%
b. Clique duas vezes em um estilo na lista. Exibe 20 por cento do conteúdo da célula A1
3. Para alterar o layout de uma folha, clique em qualquer lugar =A1*A2
na folha. Exibe o resultado da multiplicação do conteúdo das células
a. Clique no ícone Estilos de página na parte superior da janela A1 e A2
Estilos e formatação.
b. Clique duas vezes em um estilo na lista. Usando parênteses

Usando fórmulas e funções O Calc segue a ordem de operações ao calcular uma fórmula.
Você pode inserir fórmulas em uma planilha para efetuar cál- Multiplicação e divisão são feitas antes de adição e subtração, in-
culos. dependentemente de onde esses operadores aparecem na fórmula.
Se a fórmula contiver referências a células, o resultado será Por exemplo, para a fórmula =2+5+5*2, o Calc retorna o valor de
atualizado automaticamente toda vez que você alterar o conteúdo 17 e não de 24.
das células. Você pode também usar uma das várias fórmulas ou
funções pré-definidas que o Calc oferece para efetuar cálculos. Editando uma fórmula
Uma célula que contém uma fórmula exibe apenas o resultado
Criando fórmulas da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada.
Uma fórmula começa com um sinal de igual (=) e pode conter
valores, referências a células, operadores, funções e constantes. - Para editar uma fórmula
- Para criar uma fórmula Etapas
Etapas 1. Clique em uma célula que contém uma fórmula.
1. Clique na célula à qual deseja exibir o resultado da fórmula. A fórmula é exibida na caixa de Linha de entrada da barra
2. Digite = e, a seguir, digite a fórmula. Fórmula.
Por exemplo, se desejar adicionar o conteúdo da célula A1 ao
conteúdo da célula A2, digite =A1+A2 em outra célula.
3. Pressione Return.
* Você também pode editar uma célula pressionado F2 ou
dando um clique duplo na célula
2. Clique na caixa de Linha de entrada e efetue as alterações.
Para excluir parte da fórmula, pressione a tecla Delete ou
Backspace.
3. Pressione Return ou clique no ícone na barra Fórmula para
confirmar as alterações.
Para rejeitar as alterações feitas, pressione Esc ou clique no
ícone na barra Fórmula.

Didatismo e Conhecimento 139


INFORMÁTICA BÁSICA
Usando funções Abre-se a caixa de diálogo Assistente de Graficos. O intervalo
O Calc é fornecido com várias fórmulas e funções predefini- de célula selecionado é exibido na caixa Intervalo.
das. Por exemplo, em vez de digitar =A2+A3+A4+A5, você pode Observação – Se desejar especificar um intervalo de célula
digitar =SUM(A2:A5) . diferente para os dados, clique no botão Encolher ao lado da caixa
de texto Intervalo e selecione as células. Clique no botão Encolher
novamente quando concluir.
3. Clique em Próximo.
4. Na caixa Escolher tipo de gráfico, clique no tipo de gráfico
que deseja criar.
5. Clique em Próximo.
6. Na caixa Escolher variante, clique na variante que deseja
usar.
7. Clique em Próximo.
8. Na caixa Título do gráfico, digite o nome do gráfico.
9. Clique em Concluir.

- Para usar uma função


Etapas
1. Clique na célula à qual deseja adicionar uma função.
2. Escolha Inserir – Função.
Abre-se a caixa de diálogo Assistente de função.
3. Na caixa Categoria, selecione a categoria que contém o tipo
de função que você deseja usar.
4. Na lista Funções, clique na função que deseja usar.
5. Clique em Próximo.
6. Insira os valores necessários ou clique nas células que con-
têm os valores que você deseja.
Editando gráficos
7. Clique em OK.
Depois de criar um gráfico, poderá voltar e alterar, mover, re-
dimensionar ou excluir o gráfico.
Usando gráficos
Gráficos podem ajudar a visualizar padrões e tendências nos - Para redimensionar, mover ou excluir um gráfico
dados numéricos. Etapa
O LibreOffice fornece vários estilos de gráfico que você pode Clique no gráfico e siga um destes procedimentos:
usar para representar os números. • Para redimensionar o gráfico, mova o ponteiro do mouse so-
Observação – Gráficos não se restringem a planilhas. Você bre uma das alças, pressione o botão do mouse e arraste o mouse.
pode também inserir um gráfico ao escolher Inserir - Objeto - Grá- O Calc exibe uma linha pontilhada do novo tamanho do gráfi-
fico nos outros programas do LibreOffice. co enquanto você arrasta.
• Para mover o gráfico, mova o ponteiro do mouse para dentro
do gráfico, pressione o botão do mouse e arraste o mouse para um
novo lugar.
• Para excluir o gráfico, pressione a tecla Delete.

- Para alterar a aparência de um gráfico


Você pode usar os ícones na barra de ferramentas Padrão do
gráfico para alterar a aparência do gráfico.
Etapas
1. Clique duas vezes em um gráfico para exibir a barra de
ferramentas Padrão do gráfico.
A barra de ferramentas aparece ao lado da barra padrão do
- Para criar um gráfico Calc ou Writer.
Etapas
1. Selecione as células, inclusive os títulos, que contêm dados
para o gráfico. 2. Use os ícones na barra de ferramentas para alterar as pro-
2. Escolha Inserir – Gráfico. priedades do gráfico.

Didatismo e Conhecimento 140


INFORMÁTICA BÁSICA
3. Para modificar outras opções do gráfico você pode dar um Utilizando o mouse: para mover o foco utilizando o mouse, sim-
clique duplo sobre o respectivo elemento ou acessar as opções plesmente coloque o ponteiro dele sobre a célula que deseja e clique
através do menu Inserir e Formatar. com o botão esquerdo. Isso muda o foco para a nova célula. Esse
método é mais útil quando duas células estão distantes uma da outra.
Navegando dentro das planilhas Utilizando as teclas de Tabulação e Enter
O Calc oferece várias maneiras para navegar dentro de uma Pressionando Enter ou Shift+Enter move-se o foco para baixo
planilha de uma célula para outra, e de uma folha para outra. Você ou para cima, respectivamente.
pode utilizar a maneira que preferir. Pressionando Tab ou Shift+Tab move-se o foco para a esquer-
Indo para uma célula específica da ou para a direita, respectivamente.
Utilizando o mouse: posicione o ponteiro do mouse sobre a Utilizando as teclas de seta
célula e clique. Pressionando as teclas de seta do teclado move-se o foco na
Utilizando uma referência de célula: clique no pequeno triân- direção das teclas.
gulo preto invertido na Caixa de nome. A referência da célula sele- Utilizando as teclas Home, End, Page Up e Page Down
cionada ficará destacada. Digite a referência da célula que desejar A tecla Home move o foco para o início de uma linha.
e pressione a tecla Enter. Ou, clique na Caixa de nome, pressione A tecla End move o foco para a ultima célula à direita que
a tecla backspace para apagar a referência da célula selecionada. contenha dados.
Digite a referência de célula que desejar e pressione Enter. A tecla Page Down move uma tela completa para baixo e a
Utilizando o Navegador: para abrir o Navegador, clique nesse tecla Page Up move uma tela completa para cima.
ícone na Barra de ferramentas padrão, ou pressione a tecla F5, Combinações da tecla Ctrl e da tecla Alt com as teclas Home,
ou clique em Exibir → Navegador na Barra de menu, ou clique End, Page Down, Page Up, e as teclas de seta movem o foco da
duas vezes no Número Sequencial das Folhas na Barra de estado. célula selecionada de outras maneiras.
Digite a referência da célula nos dois campos na parte superior,
identificados como Coluna e Linha, e pressione Enter. Localização e substituição de dados
Você pode embutir o Navegador em qualquer lado da janela Este recurso é muito útil quando há a necessidade de serem
localizados e substituídos dados em planilhas.
principal do Calc, ou deixá-lo flutuando. (Para embutir ou fazer
Para localizar e substituir escolha o menu Editar→Localizar e
flutuar o navegador, pressione e segure a tecla Ctrl e clique duas
substituir ou pressione Ctrl + H; Você pode somente localizar, ou
vezes em uma área vazia perto dos ícones dentro da caixa de diá-
localizar e substituir;
logo do Navegador.)

Figura 5: Apresentando o navegador. Trabalhando com colunas e linhas


O Navegador exibe listas de todos os objetos em um docu- Inserindo colunas e linhas
mento, agrupados em categorias. Se um indicador (sinal de mais Você pode inserir colunas e linhas individualmente ou em gru-
(+) ou seta) aparece próximo a uma categoria, pelo menos um ob- pos.
jeto daquele tipo existe. Para abrir uma categoria e visualizar a Coluna ou linha única
lista de itens, clique no indicador. Utilizando o menu Inserir:
Para esconder a lista de categorias e exibir apenas os ícones, Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer inserir a
clique no ícone de Conteúdo. Clique neste ícone de novo para nova coluna ou linha.
exibir a lista. Clique em Inserir → Colunas ou Inserir → Linhas.
Movendo-se de uma célula para outra Utilizando o mouse:
Em uma planilha, normalmente, uma célula possui uma borda Selecione a célula, coluna ou linha onde você quer inserir a
preta. Essa borda preta indica onde o foco está. Se um grupo de nova coluna ou linha.
células estiver selecionado, elas são destacadas com a cor azul, Clique com o botão direito do mouse no cabeçalho da coluna
enquanto a célula que possui o foco terá uma borda preta. ou da linha.

Didatismo e Conhecimento 141


INFORMÁTICA BÁSICA
Clique em Inserir Linhas ou Inserir Colunas. Inserindo novas folhas
Múltiplas colunas ou linhas Há várias maneiras de inserir uma folha. A mais rápida, é cli-
Você pode inserir várias colunas ou linhas de uma só vez, ao car com o botão Adicionar folha. Isso insere uma nova folha na-
invés de inseri-las uma por uma. quele ponto, sem abrir a caixa de diálogo de Inserir planilha. Utili-
Selecione o número de colunas ou de linhas pressionando e ze um dos outros métodos para inserir mais de uma planilha, para
segurando o botão esquerdo do mouse na primeira e arraste o nú- renomeá-las de uma só vez, ou para inserir a folha em outro lugar
mero necessário de identificadores. da sequência. O primeiro passo para esses métodos é selecionar a
Proceda da mesma forma, como fosse inserir uma única linha folha, próxima da qual, a nova folha será inserida. Depois, utilize
ou coluna, descrito acima. as seguintes opções.
Clique em Inserir → Planilha na Barra de menu.
Clique com o botão direito do mouse e escolha a opção Inserir
Planilha no menu de contexto.
Clique em um espaço vazio no final da fila de abas de folhas.

Criando uma nova planilha.


Veja na imagem a seguir, a caixa de diálogo Inserir Planilha.
Inserindo 3 linhas abaixo da linha 1. Nela você pode escolher se as novas folhas serão inseridas antes ou
Apagando colunas e linhas depois da folha selecionada, e quantas folhas quer inserir. Se você
Colunas e linhas podem ser apagadas individualmente ou em for inserir apenas uma folha, existe a opção de dar-lhe um nome.
grupos.
Coluna ou linha única
Uma única coluna ou linha pode ser apagada utilizando-se o
mouse:
Selecione a coluna ou linha a ser apagada.
Clique com o botão direito do mouse no identificador da co-
luna ou linha.
Selecione Excluir Colunas ou Excluir Linhas no menu de con-
texto.

Apagando folhas
As folhas podem ser apagadas individualmente ou em grupos.
Folha única: clique com o botão direito na aba da folha que
quer apagar e clique em Excluir Planilha no menu de contexto, ou
clique em Editar → Planilha → Excluir na barra de menu.
Múltiplas folhas: selecione-as como descrito anteriormente, e
clique com o botão direito do mouse sobre uma das abas e escolha
Múltiplas colunas e linhas a opção Excluir Planilha no menu de contexto, ou clique em Edi-
Você pode apagar várias colunas ou linhas de uma vez ao in- tar → Planilha → Excluir na barra de menu.
vés de apagá-las uma por uma.
Selecione as colunas que deseja apagar, pressionando o botão Renomeando folhas
esquerdo do mouse na primeira e arraste o número necessário de O nome padrão para uma folha nova é PlanilhaX, onde X é um
identificadores. número. Apesar disso funcionar para pequenas planilhas com pou-
Proceda como fosse apagar uma única coluna ou linha acima. cas folhas, pode tornar-se complicado quando temos muitas folhas.
Para colocar um nome mais conveniente a uma folha, você
Excluir 3 linhas abaixo da linha 1. pode:
• Digitar o nome na caixa Nome, quando você criar a folha, ou
Trabalhando com folhas • Clicar com o botão direito do mouse e escolher a opção Re-
Como qualquer outro elemento do Calc, as folhas podem ser nomear Planilha no menu de contexto e trocar o nome atual por
inseridas, apagadas ou renomeadas. um de sua escolha.

Didatismo e Conhecimento 142


INFORMÁTICA BÁSICA
• Clicar duas vezes na aba da folha para abrir a caixa de diálo- Para visualizar a anotação, basta posicionar o ponteiro do
go Renomear Planilha. mouse em cima do triângulo vermelho. Você pode ainda clicar
com o botão direito sobre a célula que possui a anotação e clicar
Mesclando várias células em Mostrar anotação para deixá-la sempre a amostra ou clicar em
Um recurso útil do Calc é a possibilidade de mesclar várias cé- Excluir anotação para excluí-la.
lulas contíguas para formar um título de uma folha de planilha, por
exemplo. Para isso selecione as células contíguas a serem mescladas Formatando várias linhas de texto
e vá em Formatar → Mesclar células → Mesclar ou Formatar → Múltiplas linhas de texto podem ser inseridas em uma única
Mesclar células → Mesclar e centralizar células, para centralizar e célula utilizando a quebra automática de texto, ou quebras manuais
mesclar ou ainda botão diretito do mouse/mesclar células. de linha. Cada um desses métodos é útil em diferentes situações.

Utilizando a quebra automática de texto


Para configurar a quebra automática no final da célula, clique
com o botão direito nela e selecione a opção Formatar Células (ou
clique em Formatar → Células na barra de menu, ou pressione
Ctrl+1). Na aba Alinhamento embaixo de Propriedades, selecione
Quebra automática de texto e clique em OK. O resultado é mostra-
do na figura abaixo.

Ferramenta pincel de estilo


Serve para copiar a formatação para outras células da mesma
planilha ou para outras planilhas.
Para copiar o estilo de uma célula clique uma ou duas vezes no
ícone . E clique na célula a ser formatada em seguida.

Dividir células
Posicione o cursor na célula a ser dividida.
Escolha Formatar - Mesclar células - Dividir células.
Botão direito do mouse/dividir células. Utilizando quebras manuais de linha
Para inserir uma quebra manual de linha enquanto digita den-
tro de uma célula, pressione Ctrl+Enter. Quando for editar o texto,
primeiro clique duas vezes na célula, depois um clique na posição
onde você quer quebrar a linha. Quando uma quebra manual de
linha é inserida, a largura da célula não é alterada.

Encolhendo o texto para caber na célula


O tamanho da fonte pode ser ajustado automaticamente para
caber na célula. Para isso, clique com o botão direito na célula a ser
formatada e clique em Formatar Células → na aba Alinhamento
marque o campo Reduzir para caber na célula.
Formatando a largura ideal da coluna para exibir todo o con-
teúdo da célula
A largura da coluna pode ser ajustada automaticamente para
Inserir uma que consigamos visualizar todo o conteúdo da célula. Para isso,
anotação (comentário) clique com o botão direito na coluna a ser formatada e clique em
As células podem conter observações de outros usuários ou Largura ideal da coluna e aceite clicando em OK.
lembretes que ficam ocultos, isto é, não são impressos. Uma célula
contendo uma anotação apresenta um pequeno triângulo vermelho
no canto superior direito.
Para inserir uma anotação clique com o botão direito do mou-
se na célula que conterá a anotação e selecione a opção Inserir
anotação ou pressione Ctrl + Alt + C. Em seguida digite o texto e
clique fora da caixa de texto quando tiver terminado.

Didatismo e Conhecimento 143


INFORMÁTICA BÁSICA
Largura ideal de coluna. Dividindo células.

Dividindo a tela horizontalmente


Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem
vertical, na lateral direita da tela, e posicione-o sobre o pequeno
Resultado da figura anterior. botão no alto com um triângulo preto. Imediatamente acima deste
botão aparecerá uma linha grossa preta.
Congelando linhas e colunas
O congelamento trava um certo número de linhas no alto, ou
de colunas à esquerda de uma planilha, ou ambos. Assim, quando
se mover pela planilha, qualquer linha ou coluna congelada per-
manecerá à vista.
A Figura abaixo mostra algumas linhas e colunas congeladas.
A linha horizontal mais forte entre as linhas 1 e 3 e entre as colunas
A e E, denotam áreas congeladas. As linhas de 4 a 6 foram roladas
para fora da página. As três primeiras linhas e colunas permanece- Barra de divisão de tela na barra de rolagem vertical.
ram porque estão congeladas. Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará
em uma linha com duas.
Pressione e segure o botão esquerdo do mouse. Uma linha
cinza aparece cruzando a página na horizontal. Arraste o mouse
para baixo, e essa linha seguirá o movimento.
Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes,
cada uma com sua própria barra de rolagem vertical. Você pode
rolar as partes inferior e superior independentemente.
Congelando células.
Congelando uma única coluna ou linha Dividindo a tela verticalmente
Clique no cabeçalho da linha abaixo, ou da coluna à esquerda Mova o ponteiro do mouse para dentro da barra de rolagem
da qual quer congelar. horizontal, na parte de baixo da tela, e posicione-o sobre o pe-
Clique em Janela → Congelar. queno botão à direita, com um triângulo preto. Imediatamente, à
Uma linha escura aparece, indicando onde o ponto de conge- direita desse botão aparece uma linha preta grossa.
lamento foi colocado.
Congelando uma coluna ou linha
Clique em uma célula que esteja imediatamente abaixo da
linha, ou na coluna imediatamente à direita da coluna que quer
congelar.
Clique em Janela → Congelar.
Duas linhas aparecem na tela, uma horizontal sobre essa célu-
la e outra vertical à esquerda dela. Agora, quando você rolar a tela,
tudo o que estiver acima, ou à esquerda dessas linhas, permanecerá Barra de divisão de tela na barra de rolagem horizontal.
à vista. Mova o ponteiro do mouse sobre essa linha, e se transformará
Descongelando em uma linha com duas setas.
Para descongelar as linhas ou colunas, clique em Janela → Pressione e segure o botão esquerdo do mouse, e uma linha
Congelar. A marca de verificação da opção Congelar desaparecerá. cinza aparece cruzando a página na vertical. Arraste o mouse para
a esquerda, e essa linha seguirá o movimento.
Dividindo a tela Solte o botão do mouse e a tela será dividida em duas partes,
Outra maneira de alterar a visualização é dividir a janela, ou cada uma com sua barra de rolagem horizontal. Você pode rolar as
dividir a tela. A tela pode ser dividida, tanto na horizontal, quanto partes direita e esquerda independentemente.
na vertical, ou nas duas direções. É possível, além disso, ter até
quatro porções da tela da planilha à vista, ao mesmo tempo. Removendo as divisões
Por que fazer isso? Imagine que você tenha uma planilha Para remover as divisões, siga uma das seguintes instruções:
grande, e uma das células tem um número que é utilizado em ou- Clique duas vezes na linha divisória.
tras células. Utilizando a técnica de divisão da tela, você pode al- Clique na linha divisória e arraste-a de volta ao seu lugar no
terar o valor da célula que contém o número e verificar nas outras final das barras de rolagem.
células as alterações sem perder tempo rolando a barra. Clique em Janela → Dividir para remover todas as linhas di-
visórias de uma só vez.

Sintaxe Universal de uma Planilha


Observe a seguinte fórmula para efeito de exemplos de sin-
taxe:

Didatismo e Conhecimento 144


INFORMÁTICA BÁSICA
=B2*(SE(SOMA(C2:C6)>=3;$H$1;SOMA(A3^A5)*5));
repare que há parenteses, sinais de Operadores de Comparação
(>, = <, etc.), além de ponto e vírgula e dois pontos. Mesmo sendo
possível o uso de fórmulas sofisticadas em planilhas, virtualmente
qualquer tipo de planilha pode ser implementada utilizando-se das
quatro operações básicas, por exemplo, seu orçamento mensal (re-
ceitas x despesas). As quatro operações básicas são:
Somar ( + ), Subtrair ( - ); Multiplicar ( * ), Dividir ( / ).
Índice de Referenciação Absoluto ( $ )
Para exponenciação utiliza-se o circunflexo (^).
As tabelas abaixo representam de forma sucinta, a função de
cada letra / símbolo / instrução para uma compreensão básica do
significado destes.
Operadores Aritméticos

Imprimindo
Imprimir no Calc é bem parecido com imprimir nos outros
componentes do LibreOffice, mas alguns detalhes são diferentes,
especialmente quanto a preparação do documento para a impres-
são.
Operadores de Comparação Utilizando intervalos de impressão
Intervalos de impressão possuem várias utilidades, incluindo
imprimir apenas uma parte específica dos dados, ou imprimir li-
nhas ou colunas selecionadas de cada página.

Definindo um intervalo de impressão


Para definir um intervalo de impressão, ou alterar um interva-
lo de impressão existente:
Comandos / Instruções Selecione o conjunto de células que correspondam ao interva-
lo de impressão.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Definir.
As linhas de quebra de página são exibidas na tela.
Você pode verificar o intervalo de impressão utilizando Arqui-
vo → Visualizar página. O LibreOffice exibirá apenas as células
no intervalo de impressão.

Aumentando o intervalo de impressão


Comportamento das teclas Convencionais / Especiais Depois de definir um intervalo de impressão, é possível incluir
As teclas TAB, Enter e Setas de Cursor, quando utilizadas em mais células a ele. Isso permite a impressão de múltiplas áreas
edição de dados, apresentam comportamento um pouco diferen- separadas na mesma folha da planilha. Depois de definir um inter-
te do convencional. TAB, por exemplo, confirma a edição atual valo de impressão:
e avança lateralmente para a próxima célula. Neste caso, pode-se Selecione um conjunto de células a ser incluído ao intervalo
pensar na próxima célula como o próximo campo, que e o compor- de impressão.
tamento natural de TAB, além da possibilidade de utilizá-la como Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Adicionar.
tabuladora, claro. Isso adicionará as células extras ao intervalo de impressão.
Vemos abaixo uma pequena compilação do comportamento As linhas de quebra de página não serão mais exibidas na tela.
destas teclas: O intervalo de impressão será impresso em uma página se-
parada, mesmo que ambos os intervalos estejam na mesma folha.

Removendo um intervalo de impressão


Pode ser necessário remover um intervalo de impressão de-
finido anteriormente, por exemplo, se for necessário imprimir a
página inteira mais tarde.
Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Remover.
Isso removera todos os intervalos de impressão definidos na folha.
Feito isso, as quebras de página padrão aparecerão na tela.

Didatismo e Conhecimento 145


INFORMÁTICA BÁSICA
Editando um intervalo de impressão Fórmulas—imprime as fórmulas contidas nas células, ao in-
A qualquer tempo, é possível editar diretamente um interva- vés dos resultados
lo de impressão, por exemplo, removê-lo ou redimensionar parte Valores zero—imprime as células com valor zero
dele. Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar. Lembre-se que, uma vez que as opções de impressão dos deta-
Selecionando a ordem das páginas, detalhes e a escala lhes são partes das propriedades da página, elas também serão par-
Para selecionar a ordem das páginas, detalhes e a escala da te das propriedades do estilo da página. Portanto, diferentes estilos
impressão: de páginas podem ser configurados para alterar as propriedades
Clique em Formatar → Pagina no menu principal das folhas na planilha.
Selecione a aba Planilha Escala
Faça as seleções necessárias e clique em OK. Utilize as opções de escala para controlar o número de páginas
que serão impressas. Isso pode ser útil se uma grande quantidade
de dados precisa ser impressa de maneira compacta, ou se você
desejar que o texto seja aumentado para facilitar a leitura.
Reduzir/Aumentar a impressão—redimensiona os dados na
impressão tanto para mais, quanto para menos. Por exemplo, se
uma folha for impressa, normalmente em quatro páginas (duas de
altura e duas de largura), um redimensionamento de 50% imprime
-a em uma só página (tanto a altura, quanto a largura, são divididas
na metade).
Ajustar intervalo(s) de impressão ao número de páginas—de-
fine, exatamente, quantas páginas, a impressão terá. Essa opção
apenas reduzirá o tamanho da impressão, mas não o aumentará.
Para aumentar uma impressão, a opção Reduzir/Aumentar deve
ser utilizada.
Ajustar intervalo(s) de impressão para a largura/altura—de-
fine o tamanho da altura e da largura da impressão, em páginas.
Selecionando a ordem das páginas
Imprimindo linhas ou colunas em todas as páginas
Ordem das páginas Se uma folha for impressa em várias páginas é possível confi-
Quando uma folha será impressa em mais de uma página, é gurá-la para que certas linhas ou colunas sejam repetidas em cada
possível ajustar a ordem na qual as páginas serão impressas. Isso é página impressa. Por exemplo, se as duas linhas superiores de uma
especialmente útil em documentos grandes; por exemplo, contro- folha, assim como a coluna A, precisam ser impressas em todas as
lar a ordem de impressão pode economizar tempo de organizar o páginas, faça o seguinte:
documento de uma maneira determinada. As duas opções disponí- Clique em Formatar → Intervalo de impressão → Editar. Na
veis são mostradas abaixo. caixa de diálogo Editar Intervalo de Impressão, digite as linhas na
caixa de texto abaixo de Linhas a serem repetidas. Por exemplo,
para repetir as linhas de 1 a 4, digite $1:$4. Isso altera automatica-
mente as Linhas a serem repetidas de, - nenhum - para – definido
pelo usuário-.

Ordem das páginas 2

Detalhes
Você pode especificar os detalhes que serão impressos. Os de- Imprimindo linhas ou colunas
talhes incluem: Para repetir, digite as colunas na caixa de texto abaixo de Co-
Cabeçalhos das linhas e colunas lunas a serem repetidas. Por exemplo, para repetir a coluna A, di-
Grade da folha—imprime as bordas das células como uma gite $A. Na lista de Colunas a serem repetidas, a palavra - nenhum
grade - muda para - definido pelo usuário-.
Comentários—imprime os comentários definidos na sua pla- Clique em OK.
nilha, em uma página separada, junto com a referência de célula Não é necessário selecionar todo o intervalo de linhas a serem
correspondente repetidas; selecionar uma célula de cada linha também funciona.
Objetos e imagens
Gráficos
Objetos de desenho

Didatismo e Conhecimento 146


INFORMÁTICA BÁSICA
Assistente de Funções
Na criação de fórmulas podemos contar com o recurso de as-
sistente de funções, situado na barra de fórmulas do Calc, onde
encontramos todas as funções disponíveis do programa e selecio-
namos as células que pertencerá determinada função selecionada.
Para acionar o assistente de funções execute os seguintes procedi-
mentos:
Primeiramente deve-se selecione a célula a qual deverá conter
a fórmula matemática e que posteriormente exibirá o seu resulta-
do, por exemplo, neste caso selecionaremos a célula F5.
Clique sobre o assistente de funções situado na barra de fór- Figura 35: Exemplo de tabela Controle de Estoque 3
mulas. Veja a figura abaixo. Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas:

Nome da fórmula Operação Aritmética

SOMA Adição e Subtração

MULT Multiplicação

QUOCIENTE Divisão

POTÊNCIA Potenciação
Em seguida surgira a guia Assistente de funções nesta guia
encontra-se todas a fórmulas matemáticas disponíveis do LibreOf- RAIZ Raiz Quadrada
fice.org Calc. Para nosso exemplo criaremos uma função de multi-
plicação, para isso clique na aba Funções e selecione MULT para Retorna a Média de uma
a multiplicação e clique em Próximo. Veja na figura a seguir. MÉDIA sequência de valores
Fórmulas mais utilizadas do Assistente de Fórmulas
Obs: a fórmula Quociente retorna apenas a parte inteira de
uma divisão, ou seja o resultado de 9 dividido por 2 segundo essa
função é 4 e não 4,5. Neste caso é recomendado fazer a função
usando os operadores aritméticos conforme o exemplo abaixo.

Nome da fórmula Operação Aritmética

Adição = D5+E 5

Subtração = D5-E 5

Multiplicação = D5*E 5

Assistente de Funções 2 Divisão = D5/E 5


Selecione as células farão parte da multiplicação, neste caso
as células D5 e E5. Para selecionar a célula volte para a planilha, Potenciação = D5^E 5
se preferir clique em cima da opção Encolher figura 34, para dimi-
Raiz Quadrada Não há simbolo que represente
nuir o tamanho da caixa e em seguida selecione a célula de D5 e
essa operação aritmética
depois clique no campo abaixo, ou então apenas digite o endereço
usamos =RAIZ( o
da célula correspondente e clique em OK e coloque o valor em
endereço da célula desejada)
formato Moeda.
Fórmulas mais utilizadas da forma livre

Funções
As funções agregam muitos recursos ao software de plani-
Opção Encolher. lhas. Um software como o LibreOffice – Calc contém muitas fun-
Repita esse procedimento com as células D6 e E6, D7 e E7, ções nativas e o usuário é livre para implementar as suas próprias
D8 e E8. Ao final a tabela estará conforme a figura abaixo. funções, há de se imaginar como sendo quase ilimitado o poder
do usuário em estender a funcionalidade da planilha eletrônica.
Exemplo de função nativa é a função SE, que contém a seguinte
sintaxe: =SE(“Condição a Ser Testada”;Valor_Então;Valor_Se-

Didatismo e Conhecimento 147


INFORMÁTICA BÁSICA
não). Decodificando, se a “Condição a Ser Testada” for verdadeira,
aloque na célula atual o primeiro valor (Valor_Então); caso contra-
rio, aloque o segundo valor da função (Valor_Senão).

Funções I
Funções são na verdade uma maneira mais rápida de obter
resultados em células. Imagine você ter que somar todos os valores
das peças de um veículo dispostos um abaixo do outro...
A1+B1+C1+D1+E1+F1...
Existem vários tipos de funções, que vão desde as mais sim-
ples até mais complexas. Iremos mostrar as mais comuns. Basica- Tabela de Preços 2
mente, todas elas oferecem o mesmo “molde”: Funções III
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última Usaremos agora a função SE. Como o nome já diz, a fun-
célula a ser calculada ) Veja a figura a seguir e depois explicaremos ção SE será usada quando se deseja checar algo em uma célula.
o que está sendo feito: Acompanhe o molde desta função: =SE (Testar; Valor_então; De
outraforma_valor; ou se outra forma: = se (eu for de carro; então
vou; se não... não vou )
Na célula E3 é para descontar R$ 2,00 para produtos com a
Quantidade maior que 20. Vamos juntar as informações para resol-
ver esta função:
Nome da função: SE
Condição: Quantidade > 20
Valor Verdadeiro: Se a condição for verdadeira, o que deverá
ser descontado R$ 2, 00 Valor Falso: Se a condição for falsa, não
deverá receber desconto.
Então a nossa função deverá ficar assim:
Tabela de Preços 1 = se (b3>20;d3-2;d 3)
Primeiro foi digitado =soma(), depois foi pressionado e ar- Ou seja: Se a Quantidade for maior que 20, então desconte R$
rastado sobre as células que farão parte da soma (B3:B7). Não há 2,00, senão mostre o valor sem desconto.
a necessidade de fechar o parêntese, pois o Calc fará automati-
camente este procedimento, mas é aconselhável que você sempre
faça isto, pois haverá funções que se não fechar dará erro.
Após selecionar as células, basta pressionar a tecla Enter.
Agora vá para a célula D3. Digite =B3*C3. Pressione a tecla
Enter, que no caso você já sabe que irá calcular as células.
Selecione novamente a célula e observe que no canto inferior
esquerdo da célula há um pequeno quadrado preto. Este é a Alça Figura 59: Tabela Demonstrativa
de Preenchimento. Coloque o cursor sobre o mesmo, o cursor irá
mudar para uma pequena cruz. Pressione e arraste para baixo até a Classificação e filtragem de dados
célula D7. Veja a figura mais adiante. Por mais que a nossa planilha seja bem organizada, geralmen-
Para checar se as fórmulas calcularam corretamente, basta se- te nos deparamos com algum problema em relação a ordem e a
lecionar uma célula que contenha o resultado e pressionar a tecla busca dos dados na tabela. Pensando nisso veremos agora algumas
F2. Isto é bastante útil quando se quer conhecer as células que funções que o LibreOffice.org Calc oferece afim de resolver esses
originaram o resultado. e outros problemas de classificação e filtragem de dados.
Funções II
Vamos ver agora mais funções, bastando usar o molde abaixo Classificação de dados
e não esquecendo de colocar os acentos nos nomes das funções. Classificar dados numa planilha nada mais é do que ordená
= Nome da Função (primeira célula a ser calculada: última -los de acordo com os nossos critérios. Para que os dados possam
célula a ser calculada ) Média ser classificados, é necessário que estejam dispostos em uma tabe-
Máxima la e que tenha sido desenvolvida na forma de banco de dados, ou
Mínima seja que cada coluna tenha informações referentes há uma classe
ou tipo, que deverá estar descrita no rotulo de cada coluna.

Didatismo e Conhecimento 148


INFORMÁTICA BÁSICA
realizamos anteriormente e se caso apareça produtos com o mes-
mo nome o critério de classificação é valor total ou qualquer ou-
tro campo. Para exemplificar esta função vamos utilizar a tabela
abaixo.

Exemplo de tabela desenvolvida na forma de banco de dados

Classificando
A classificação pode ser feita através dos critérios de ordem
crescente ou decrescente , lembro que isto vale tanto para os nu-
mero quanto para letras deixando-as em ordem alfabética. Agora
a partir da figura 64 que esta logo acima, iremos realiza o proce-
dimento de classificação de dados na ordem alfabética na coluna
“Produto”.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecio- Tabela exemplo para classificação por três critérios
nar corretamente toda a área de dados que será classificada. Agora iremos classificar a tabela nos seguintes critérios: Mar-
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que ca, Modelo e Valor. Para realizar esta classificação devemos seguir
será exibida a caixa Classificar. os procedimentos abaixo.
Para classificar os dados é necessário, antes de tudo, selecio-
nar corretamente toda a área de dados que será classificada.
Abra o menu Dados e clique no comando Classificar, note que
será exibida a caixa Classificar.

Caixa classificar
No menu desdobrável Classificar por, selecionamos o rotulo
da coluna que queremos efetuar a classificação, neste caso selecio-
ne o rotulo “Produto”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classifi-
cação na ordem crescente das letras, mais conhecida como ordem Classificação por três critérios.
alfabética. 5- Por fim clique em OK. No menu desdobrável Classificar por, selecione o rotulo
“Marca”.
Em seguida clique na opção Crescente, para efetuar o classifi-
cação na ordem crescente.
Logo abaixo temos o campo Em seguida por, selecione o ro-
tulo “Modelo”.
Em seguida clique na opção Crescente.
Logo abaixo temos outro campo Em seguida por, selecione o
rotulo “Valor total”.
Em seguida clique na opção Crescente. 9- Por fim clique em
Tabela classificada em ordem alfabética OK.
O resultado final deverá estar semelhante ao da figura abaixo.
Classificação por até três Critérios
Podemos também classificar os dados de uma tabela utilizan-
do-se até de três campos, onde cada campo representa uma infor-
mação diferente, um exemplo bem básico dessa função é quando
queremos classificar os produtos em ordem alfabética, esta que

Didatismo e Conhecimento 149


INFORMÁTICA BÁSICA
Autofiltro: Uma das utilizações para a função Auto-filtro é
a de rapidamente restringir a exibição de registros com entradas
idênticas em um campo de dados.
Filtro padrão: Na caixa de diálogo Filtro, você também pode
definir intervalos que contenham os valores em determinados cam-
pos de dados. É possível utilizar o filtro padrão para conectar até
três condições com um operador lógico E ou OU.
Filtro avançado: excede a restrição de três condições e permi-
te um total de até oito condições de filtro. Com os filtros avança-
dos, você insere as condições diretamente na planilha.
Aplicando o Autofiltro
O Autofiltro é o tipo de filtragem mais simples e rápida de ser
Tabela após classificação por três critérios. aplicada. Para uma maior compreensão desta função aplicar o au-
Opções de Classificação tofiltro na tabela da figura 67 página 44 deste modulo. Nesta tabela
A partir da caixa classificar figura abaixo, podemos definir al- execute os seguintes procedimentos:
gumas opções de classificação dos dados. Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da
linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro.
Clique sobre o comando Autofiltro.
Note que foram inseridos botões de seta, que ao clica-los abra-
se uma lista dos dados pertencentes a coluna, cuja a filtragem pode
ser aplicada.

Opções de classificação
Distinção entre maiúsculas e minúsculas: esta opção consi-
dera diferentes as palavras que contenha as mesmas letras porém
com a forma maiúsculas e minúsculas diferentes. Para filtrar os dados, basta clicar sobre a seta da coluna que
O intervalo contém rótulos de coluna/linh a: Omite da clas- contenha os dados que servirá base para a filtragem. Por exemplo
sificação a primeira linha ou a primeira coluna da seleção. A opção agora faremos a seguinte filtragem, para que só os carros Volkswa-
Direção na parte inferior da caixa de diálogo define o nome e a gen sejam exibidos. Então clique sobre a seta do cabeçalho “Mar-
função dessa caixa de seleção. ca” e na lista de dados que aparece, selecione a marca Volkswagen.
Incluir formatos: Preserva a formatação da célula atual.
Copiar resultados de classificação em: Copia a lista classifi-
cada no intervalo de células que você especificar. Ao ativar esta
opção
Ordem de classificação personalizada: Clique aqui e, em se-
guida, selecione a ordem de classificação personalizada que deseja.
Idioma: Selecione o idioma para as regras de classificação.
Opções: Selecione uma opção de classificação para o idioma.
Por exemplo, selecione a opção de “lista telefônica” para o alemão
a fim de incluir um caractere especial “trema” na classificação. Lista de dados
Direção: De cima para baixo (Classificação de linhas), Classi-
fica as linhas por valores nas colunas ativas do intervalo seleciona-
do. Esquerda à direita (Classificar colunas), Classifica as colunas
por valores nas linhas ativas do intervalo selecionado.

Filtragem de dados
A filtragem de dados nada mais é do que visualizar apenas os
dados desejados de uma tabela. Existem três métodos de filtragem: Tabela após filtragem de dados
o Autofiltro, Fitro padrão e o Filtro avançado. Suas principais di- Note que ao final desse procedimento a tabela ocultará a li-
ferenças são: nhas que não pertence a filtragem e destacará a seta do cabeçalho

Didatismo e Conhecimento 150


INFORMÁTICA BÁSICA
utilizada como base da filtragem. Caso queira realizar outra filtra- Copie os cabeçalhos de coluna dos intervalos de planilha a se-
gem basta desfazer a filtragem anterior e repetir este procedimento rem filtrados para uma área vazia da planilha e, em seguida, insira
em outro cabeçalho. os critérios para o filtro em uma linha abaixo dos cabeçalhos. Os
dados dispostos horizontalmente em uma linha serão sempre co-
Filtro padrão nectados logicamente com E e dados dispostos verticalmente em
O filtro padrão é uma especialização do autofiltro, ele possui uma coluna serão sempre conectados logicamente com OU.
algumas funcionalidades a mais, é muito utilizado quando é neces-
sário obedecer um critério de filtragem muito especifico.
Para melhor exemplificar este procedimento iremos realizar a
seguinte filtragem na tabela da figura 67, onde só deverão conter
os carros da Marca: “Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor
inferior a 29.000 mil reais.
Para criar um filtro padrão basta executar os procedimentos
a seguir:
Selecione qualquer célula da tabela desde que seja abaixo da
linha do cabeçalhos.
Abra o menu Dados e posicione o mouse sobre Filtro. Cópia dos cabeçalhos da planilha
Clique sobre o comando Filtro padrão. Uma vez que você criou uma matriz de filtro, selecione os
Na caixa Nome do campo é onde define qual critério deverá intervalos de planilha a serem filtrados. Abra a caixa de diálogo
ser comparado. Em nosso exemplo estamos comparando a “Mar- Filtro avançado escolhendo Dados - Filtro - Filtro avançado e de-
ca”, portanto devemo seleciona-la. fina as condições do filtro.
Na caixa seguinte definimos a condição ( maior, menor, igual
e etc), neste caso selecione o operador “ = ” (igual).
A caixa Valor serve como valor de comparação, ou seja todas
as células do campo
“Marca” por exemplo vão ser comparados segundo a condição
estabelecida com esse “Valor” que precisa ser necessariamente nu-
mérico e conforme for o resultado este campo será ou não exibido.
A caixa Operador serve para adicionar mais condições na fil-
tragem, através dos operadores ( “E” e “OU”), podendo conter no
máximo três condicionais.
Preencha a Caixa Filtro padrão conforme a figura 74 logo
abaixo para ver este exemplo na pratica.
Intervalo de critérios de filtragem
Em seguida, clique em OK e você verá que somente as linhas
da planilha original nas quais o conteúdo satisfez os critérios da
pesquisa estarão visíveis. Todas as outras linhas estarão tempora-
riamente ocultas e poderão reaparecer através do comando Forma-
tar - Linha – Mostrar ou então desfaça a filtragem.

Se a tabela e a filtragem estiver conforme citadas acima o re-


sultado será igual ao da figura 75 logo abaixo.

Resultado da filtragem Resultado da filtragem avançada


Para Desfazer a filtragem, selecione a tabela, clique em Da-
dos, vá em filtros e clique sobre Remover filtro. Teclas de atalho para planilhas
Filtro Avançado Navegar em planilhas
A filtragem avançada nada mais é do que definir os critérios Teclas de atalho/Efeito
em um determinado campo da planilha. Para uma boa compreen- Ctrl+Home / Move o cursor para a primeira célula na plani-
são dessa função Iremos repetir a filtragem utilizada no filtro pa- lha (A1).
drão que era a seguinte: de acordo com a tabela da figura 67, Ctrl+End / Move o cursor para a última célula que contém
realizar uma filtragem onde só deverão conter os carros da Marca: dados na planilha.
“Fiat”, acima do Ano: 2005 e com o valor inferior a 29.000 mil Home / Move o cursor para a primeira célula da linha atual.
reais, para realizaremos os seguintes passos: End / Move o cursor para a última célula da linha atual.

Didatismo e Conhecimento 151


INFORMÁTICA BÁSICA
Shift+Home / Seleciona todas as células desde a atual até a Enter ( num intervalo selecionado) / Move o cursor uma célula
primeira célula da linha. para baixo no intervalo selecionado. Para especificar a direção do
Shift+End / Seleciona todas as células desde a atual até a úl- movimento do cursor, selecione Ferramentas - Opções - LibreOf-
tima célula da linha. fice Calc - Geral.
Shift+Page Up / Seleciona as células desde a atual até uma Ctrl+ ` / Exibe ou oculta as fórmulas em vez dos valores em
página acima na coluna ou extende a seleção existente uma página todas as células.
para cima. A tecla ` está ao lado da tecla “1” na maioria dos teclados em
Shift+Page Down / Seleciona as células desde a atual até uma Inglês. Se seu teclado não possui essa tecla, você pode atribuir uma
página abaixo na coluna ou estende a seleção existente uma página outra tecla: Selecione Ferramentas - Personalizar, clique na guia Te-
para baixo. clado. Selecione a categoria “Exibir” e a função “Exibir fórmula”.
Ctrl+Seta para a esquerda / Move o cursor para o canto es-
querdo do intervalo de dados atual. Se a coluna à esquerda da cé- Teclas de função utilizadas em planilhas
lula que contém o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a Teclas de atalho / Efeito
esquerda da próxima coluna que contenha dados. Ctrl+F1 / Exibe a anotação anexada na célula atual
Ctrl+Seta para a direita / Move o cursor para o canto direito do F2 / Troca para o modo de edição e coloca o cursor no final do
intervalo de dados atual. Se a coluna à direita da célula que contém conteúdo da célula atual. Pressione novamente para sair do modo
o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para a direita da próxima de edição.
coluna que contenha dados. Se o cursor estiver em uma caixa de entrada de uma caixa
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto superior do de diálogo que possui o botão Encolher, a caixa de diálogo ficará
intervalo de dados atual. Se a linha acima da célula que contém oculta e a caixa de entrada permanecerá visível. Pressione F2 no-
o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para cima da próxima vamente para mostrar a caixa de diálogo inteira.
linha que contenha dados.
Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o canto inferior do Ctrl+F2 / Abre o Assistente de funções.
intervalo de dados atual. Se a linha abaixo da célula que contém Shift+Ctrl+F2 / Move o cursor para a Linha de entrada onde
o cursor estiver vazia, o cursor se moverá para baixo da próxima você pode inserir uma fórmula para a célula atual.
linha que contenha dados. Ctrl+F3 / Abre a caixa de diálogo Definir nomes.
Ctrl+Shift+Seta / Seleciona todas as células contendo dados F4 / Mostra ou oculta o Explorador de Banco de dados.
da célula atual até o fim do intervalo contínuo das células de dados, Shift+F4 / Reorganiza as referências relativas ou absolutas
na direção da seta pressionada. Um intervalo de células retangular (por exemplo, A1, $A$1, $A1, A$1) no campo de entrada.
será selecionado se esse grupo de teclas for usado para selecionar F5 / Mostra ou oculta o Navegador.
linhas e colunas ao mesmo tempo. Shift+F5 / Rastreia dependentes.
Ctrl+Page Up / Move uma planilha para a esquerda. Shift+F7 / Rastreia precedentes.
Na visualização de impressão: Move para a página de impres- Shift+Ctrl+F5 / Move o cursor da Linha de entrada para a
são anterior. caixa Área da planilha.
Ctrl+Page Down / Move uma planilha para a direita. F7 / Verifica a ortografia na planilha atual.
Na visualização de impressão: Move para a página de impres- Ctrl+F7 / Abre o Dicionário de sinônimos se a célula atual
são seguinte. contiver texto.
Alt+Page Up / Move uma tela para a esquerda. F8 / Ativa ou desativa o modo de seleção adicional. Nesse
Alt+Page Down / Move uma página de tela para a direita. modo, você pode usar as teclas de seta para estender a seleção.
Shift+Ctrl+Page Up / Adiciona a planilha anterior à seleção de Você também pode clicar em outra célula para estender a seleção.
planilhas atual. Se todas as planilhas de um documento de planilha Ctrl+F8 / Realça células que contém valores.
forem selecionadas, esta combinação de teclas de atalho somente F9 / Recalcula as fórmulas modificadas na planilha atual.
selecionará a planilha anterior. Torna atual a planilha anterior. Ctrl+Shift+F9 / Recalcula todas as fórmulas em todas as pla-
Shift+Ctrl+Page Down / Adiciona a próxima planilha à sele- nilhas.
ção de planilhas atual. Se todas as planilhas de um documento de Ctrl+F9 / Atualiza o gráfico selecionado.
planilha forem selecionadas, esta combinação de teclas de atalho F11 Abre a janela Estilos e formatação para você aplicar um
somente selecionará a próxima planilha. Torna atual a próxima estilo de formatação ao conteúdo da célula ou à planilha atual.
planilha. Shift+F11 / Cria um modelo de documento.
Ctrl+ * onde (*) é o sinal de multiplicação no teclado numé- Shift+Ctrl+F11 / Atualiza os modelos.
rico F12 / Agrupa o intervalo de dados selecionado.
Seleciona o intervalo de dados que contém o cursor. Um in- Ctrl+F12 / Desagrupa o intervalo de dados selecionado.
tervalo é um intervalo de células contíguas que contém dados e é Alt+Seta para baixo / Aumenta a altura da linha atual (somen-
delimitado por linhas e colunas vazias. te no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.org).
Ctrl+ / onde (/) é o sinal de divisão no teclado numérico Alt+Seta para cima / Diminui a altura da linha atual (somente
Seleciona o intervalo de fórmulas de matriz que contém o cursor. no Modo de compatibilidade legada do OpenOffice.org).
Ctrl+tecla de adição / Insere células (como no menu Inserir Alt+Seta para a direita / Aumenta a largura da coluna atual.
- Células) Alt+Seta para a esquerda / Diminui a largura da coluna atual.
Ctrl+tecla de subtração / Exclui células (tal como no menu Alt+Shift+Tecla de seta / Otimiza a largura da coluna ou o
Editar - Excluir células) tamanho da linha com base na célula atual.

Didatismo e Conhecimento 152


INFORMÁTICA BÁSICA
Formatar células com as teclas de atalho Localiza-se no canto superior esquerdo ao lado do Botão do
Os formatos de célula a seguir podem ser aplicados com o Microsoft Office (local padrão), é personalizável e contém um con-
teclado: junto de comandos independentes da guia exibida no momento.
Teclas de atalho / Efeito É possível adicionar botões que representam comandos à bar-
Ctrl+1 (não use o teclado numérico) / Abre a caixa de diálogo ra e mover a barra de um dos dois locais possíveis.
Formatar células
Ctrl+Shift+1 (não use o teclado numérico) / Duas casas deci- 3 – Barra de Título
mais, separador de milhar Exibe o nome do programa ( Microsoft PowerPoint) e, tam-
Ctrl+Shift+2 (não use o teclado numérico) / Formato expo- bém exibe o nome do documento ativo.
nencial padrão
Ctrl+Shift+3 (não use o teclado numérico) / Formato de data 4 – Botões de Comando da Janela
padrão
Acionando esses botões, é possível minimizar, maximizar e
Ctrl+Shift+4 (não use o teclado numérico) / Formato mone-
restaurar a janela do programa PowerPoint.
tário padrão
Ctrl+Shift+5 (não use o teclado numérico) / Formato de por-
centagem padrão (duas casas decimais)
Ctrl+Shift+6 (não use o teclado numérico) / Formato padrão

POWERPOINT 2007

Programa utilizado para criação e apresentações de Slides.


Para iniciá-lo basta clicar no botão Iniciar da barra de tarefas do
Windows, apontar para Todos os Programas, selecionar Microsoft
Office e clicar em Microsoft Office PowerPoint 2007.

TELA DO POWERPOINT 5 – Faixa de Opções


A Faixa de Opções é usada para localizar rapidamente os co-
mandos necessários para executar uma tarefa. Os comandos são
organizados em grupos lógicos, reunidos em guias. Cada guia está
relacionada a um tipo de atividade como gravação ou disposição
de uma página. Para diminuir a desorganização, algumas guias são
exibidas somente quando necessário. Por exemplo, a guia Ferra-
mentas de Imagem somente é exibida quando uma imagem é se-
lecionada.

ELEMENTOS DA TELA DO POWERPOINT


1 – Botão do Microsoft Office 1) Guias
Ele substitui o menu Arquivo (versões anteriores) e está loca- 2) Os grupos em cada guia dividem a tarefa em subtarefas.
lizado no canto superior esquerdo do programa. 3) Os botões de comando em cada grupo executam um co-
mando ou exibem um menu de comandos.
Ao clicar no Botão do Microsoft Office , serão exibidos
comandos básicos: 6 – Painel de Anotações
Novo, Abrir, Salvar, Salvar Como, Imprimir, Preparar, Enviar, Nele é possível digitar as anotações que se deseja incluir em
Publicar e Fechar. um slide.

2 – Barra de Ferramentas de Acesso Rápido 7 – Barra de Status


Exibe várias informações úteis na confecção dos slides, entre
elas: o número de slides; tema e idioma.

Didatismo e Conhecimento 153


INFORMÁTICA BÁSICA
8 – Nível de Zoom LAYOUT
Clicar para ajustar o nível de zoom. Para alterar o Layout do slide selecionado, basta clicar na
Guia Início e depois no botão Layout, escolha o layout desejado
clicando sobre ele.

CRIAR APRESENTAÇÕES

Criar uma apresentação no Microsoft PowerPoint 2007 en-


globa: iniciar com um design básico; adicionar novos slides e con-
teúdo; escolher layouts; modificar o design do slide, se desejar,
alterando o esquema de cores ou aplicando diferentes modelos de
estrutura e criar efeitos, como transições de slides animados.
Para iniciar uma nova apresentação basta clicar no Botão do
Microsoft Office, e em seguida clicar em Novo .

Então escolher um modelo para a apresentação (Em Branco,


Modelos Instalados, Meus modelos, Novo com base em documen-
to existente ou Modelos do Microsoft Office Online).

Depois de escolhido o modelo clicar em Criar.

INSERIR TEXTO
Antes de inserir o primeiro texto é necessário conhecer a apli-
cação de algumas teclas:

Para fazer a acentuação, deve-se digitar a tecla de acento e


SELECIONAR SLIDE depois a letra a ser acentuada. Quando a tecla correspondente ao
Para selecionar um slide, basta clicar na guia Slide no painel acento for pressionada, não sairá nada na tela; só depois que for
à esquerda. digitada a letra é que ela aparecerá acentuada.

Didatismo e Conhecimento 154


INFORMÁTICA BÁSICA
Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do
mouse no retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar
o ponto de inserção (cursor será exibido).

Com o texto selecionado, basta clicar nos botões para fazer as


alterações desejadas:

Então basta começar a digitar.

1 – Fonte
Altera o tipo de fonte
2 – Tamanho da fonte
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
FORMATAR TEXTO Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acio-
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para se- nado através do comando Ctrl+N.
lecionar um texto ou palavra, basta clicar com o botão esquerdo sobre 4 – Itálico
o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão pressio- Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser aciona-
nado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão esquerdo. do através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para desta-
cá-lo no slide.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres.
9 – Maiúsculas e Minúsculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minús-
culas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.

Didatismo e Conhecimento 155


INFORMÁTICA BÁSICA
11 – Alinhar Texto à Esquerda 4. Selecionar o símbolo.
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do co-
mando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+G.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando es-
paço extra entre as palavras conforme o necessário, promovendo
uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.

INSERIR SÍMBOLOS ESPECIAIS


Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inse-
rir no slide vários caracteres e símbolos especiais.
1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o sím- 5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar.
bolo.
MARCADORES E NUMERÇÃO
Com a guia Início acionada, clicar no botão , para criar
parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador cli-
car na seta.

2. Acionar a guia Inserir.

Com a guia Início acionada, clicar no botão , para iniciar uma


3. Clicar no botão Símbolo. lista numerada. Para escolher diferentes formatos de numeração
clicar na seta.

Didatismo e Conhecimento 156


INFORMÁTICA BÁSICA
SALVAR ARQUIVO
Após criar uma apresentação, é necessário efetuar a gravação
do arquivo, essa operação é chamada de “Salvar”. Se o arquivo
não for salvo, corre-se o risco de perdê-lo por uma eventual falta
de energia, ou por outro motivo que cause a saída brusca do pro-
grama.
Para salvar o arquivo, acionar o Botão do Microsoft Office
e clicar em Salvar, ou clicar no botão .

SAIR DO POWERPOINT
Para sair do Microsoft Office PowerPoint, utilizar as seguintes
opções:
• Acionar o Botão do Microsoft Office e clicar em Sair do
PowerPoint.
• Clicar no Botão Fechar .
• Pressionar as teclas ALT+F4.
Se o arquivo não foi salvo ainda, ou se as últimas alterações
não foram gravadas, o PowerPoint emitirá uma mensagem, aler-
tando- o do fato.
INSERIR NOVO SLIDE
Para inserir um novo slide acionar a guia Início e clicar no
botão .
Depois clicar no layout desejado.

ABRIR ARQUIVO
Para colocar um arquivo na tela do PowerPoint, deve-se acio-
nar o Botão do Microsoft Office , e clicar em Abrir.
Na caixa de diálogo do comando Abrir, existem vários botões
que auxiliam na localização do arquivo desejado. Depois de en-
contrar o arquivo clicar em Abrir.

INSERIR FIGURAS
Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar
em um desses botões:

• Imagem do Arquivo : inseri uma imagem de um arquivo.

• Clip-art : é possível escolher entre várias figuras que


acompanham o Microsoft Office.

• Formas : inseri formas prontas, como retângulos e cír-


culos, setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.

• SmartArt : inseri um elemento gráfico SmartArt para


comunicar informações visualmente. Esses elementos gráficos va-
riam desde listas gráficas e diagramas de processos até gráficos
EXCLUIR SLIDE mais complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
Para excluir um slide basta selecioná-lo e depois clicar no
botão , localizado na guia Início.
• Gráfico : inseri um gráfico para ilustrar e comparar da-
LIMPAR FORMATAÇÃO dos.
Para limpar toda a formatação de um texto basta selecioná-lo
e clicar no botão , localizado na guia Início.

Didatismo e Conhecimento 157


INFORMÁTICA BÁSICA
• WordArt : inseri um texto com efeitos especiais. • Mantê-lo pressionado e arrastá-lo até a posição desejada.

CABEÇALHO E RODAPÉ

Para editar o cabeçalho ou rodapé do slide, basta clicar no

botão , na guia Inserir. As informações serão exibidas na par-

te superior ou inferior de cada página impressa.

INSERIR TABELA
Para inserir ou traçar uma tabela, basta clicar no botão ,
localizado na guia Inserir.

ALTERAR A ORDEM DOS SLIDES


Para alterar a ordem dos slides:
• Selecionar a guia Slides (no painel à esquerda),
ALTERAR PLANO DE FUNDO
Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o
botão direito do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar
Plano de Fundo.

• Clicar com o botão esquerdo do mouse sobre o slide,

Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para


aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar apenas o slide
atual clicar em fechar.

Didatismo e Conhecimento 158


INFORMÁTICA BÁSICA
1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo
de Formas e, em seguida, clique no botão Mais .
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicionar.
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a
forma para o botão.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes procedimentos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o
Mouse.
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move
o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos:
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar
o destino para o hiperlink.
• Para executar um programa, clicar em Executar programa
e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o programa que você
deseja executar.
• Para executar uma macro (uma ação ou um conjunto de
ações que você pode usar para automatizar tarefas. As macros são
gravadas na linguagem de programação Visual Basic for Applica-
ANIMAR TEXTOS E OBJETOS tions), clicar em Executar macro e selecionar a macro que você
Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto, deseja executar.
clicar na guia Animações, e depois em Animações Personaliza- As configurações de Executar macro estarão disponíveis so-
das, abrirá um painel à direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se mente se a sua apresentação contiver uma macro.
encontram várias opções de animação de entrada, ênfase, saída e • Se você deseja que a forma escolhida como um botão de
trajetórias de animação. ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a
ação que você deseja que ele execute.
As configurações de Ação do objeto estarão disponíveis so-
mente se a sua apresentação contiver um objeto OLE (uma tecno-
logia de integração de programa que pode ser usada para comparti-
lhamento de informações entre programas. Todos os programas do
Office oferecem suporte para OLE; por isso, você pode comparti-
lhar informações por meio de objetos vinculados e incorporados).
• Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e
selecionar o som desejado.

CRIAR APRESENTAÇÃO PERSONALIZADA


Existem dois tipos de apresentações personalizadas: básica e
com hiperlinks.
Uma apresentação personalizada básica é uma apresentação
separada ou uma apresentação que inclui alguns slides originais.
Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma forma
rápida de navegar para uma ou mais apresentações separadas.
1 – Apresentação Personalizada Básica
INSERIR BOTÃO DE AÇÃO Utilizar uma apresentação personalizada básica para fornecer
Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode apresentações separadas para diferentes grupos da sua organiza-
ser inserido na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks. ção. Por exemplo, se sua apresentação contém um total de cinco
Os botões de ação contêm formas, como setas para direita e para slides, é possível criar uma apresentação personalizada chamada
esquerda e símbolos de fácil compreensão referentes às ações de ir “Site 1” que inclui apenas os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma
para o próximo, anterior, primeiro e último slide, além de execu- segunda apresentação personalizada chamada “Site 2” que inclui
tarem filmes ou sons. Eles são mais comumente usados para apre- os slides 1, 2, 4 e 5. Quando você criar uma apresentação perso-
sentações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que são nalizada a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na
exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um computador íntegra, em sua sequência original.
e monitor, geralmente localizados em uma área frequentada por
muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som ou ví-
deo. Os quiosques podem ser configurados para executar apresen-
tações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).

Didatismo e Conhecimento 159


INFORMÁTICA BÁSICA

1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresentação de


Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personali-
zada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas.
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar
em Novo.
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de-
seja incluir na apresentação personalizada principal e, em seguida,
clicar em Adicionar.
Para selecionar diversos slides seqüenciais, clicar no primeiro
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver-
sos slides não seqüenciais, manter pressionada a tecla CTRL en-
quanto clica em cada slide que queira selecionar.
1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar Apresen- 4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Sli-
tação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides des na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em segui-
Personalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personali- da, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para
zadas. baixo na lista.
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar 5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides
em Novo. e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você dese- com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1
ja incluir na apresentação personalizada e, em seguida, clicar em a 5.
Adicionar. 6. Para criar um hiperlink da apresentação principal para uma
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro apresentação de suporte, selecionar o texto ou objeto que você de-
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto seja para representar o hiperlink.
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver- 7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta abaixo de
sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en- Hiperlink.
quanto clica em cada slide que queira selecionar. 8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Documento.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em Sli- 9. Seguir um destes procedimentos:
des na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em segui- • Para se vincular a uma apresentação personalizada, na lista
da, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou para Selecionar um local neste documento, selecionar a apresentação
baixo na lista. personalizada para a qual deseja ir e marcar a caixa de seleção
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides Mostrar e retornar.
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais • Para se vincular a um local na apresentação atual, na lista
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 Selecione um local neste documento, selecionar o slide para o qual
a 5. você deseja ir.
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no
nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona- nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona-
lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar. lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink
Utilizar uma apresentação personalizada com hiperlinks para TRANSIÇÃO DE SLIDES
organizar o conteúdo de uma apresentação. Por exemplo, se você As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação
cria uma apresentação personalizada principal sobre a nova orga- que ocorrem no modo de exibição Apresentação de Slides quando
nização geral da sua empresa, é possível criar uma apresentação você move de um slide para o próximo. É possível controlar a ve-
personalizada para cada departamento da sua organização e vincu- locidade de cada efeito de transição de slides e também adicionar
lá-los a essas exibições da apresentação principal. som.
O Microsoft Office PowerPoint 2007 inclui vários tipos dife-
rentes de transições de slides, incluindo (mas não se limitando) as
seguintes:

Didatismo e Conhecimento 160


INFORMÁTICA BÁSICA
• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar
Outro Som, localizar o arquivo de som que você deseja adicionar
e, em seguida, clicar em OK.
4. Para adicionar som a uma transição de slides diferente, re-
petir as etapas 2 e 3.

1. Sem transição CONFIGURAR APRESENTAÇÃO DE SLIDES


2. Persiana Horizontal
3. Persiana Vertical • Tipo de apresentação
4. Quadro Fechar Usar as opções na seção Tipo de apresentação para especificar
5. Quadro Abrir como você deseja mostrar a apresentação para sua audiência.
6. Quadriculado na Horizontal o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência ao
7. Quadriculado na Vertical vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira).
8. Pente Horizontal o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação a
9. Pente Vertical partir de um disco rígido ou CD em um computador ou na Internet,
Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá- clicar em Apresentada por uma pessoa (janela).
pidos, clicar no botão Mais , conforme mostrado no diagrama o Para permitir que a audiência role por sua apresentação
acima. de auto execução a partir de um computador autônomo, marcar a
caixa de seleção Mostrar barra de rolagem.
• Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides o Para entregar uma apresentação de auto execução exe-
em sua apresentação: cutada em um quiosque (um computador e monitor, geralmente
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na localizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode
guia Slides. incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo. Os quiosques podem
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. ser configurados para executar apresentações do PowerPoint de
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, forma automática, contínua ou ambas), clicar em Apresentada em
clicar em um efeito de transição de slides. um quiosque (tela inteira).
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá-
pidos, clicar no botão Mais . • Mostrar slides
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Usar as opções na seção Mostrar slides para especificar quais
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da slides estão disponíveis em uma apresentação ou para criar uma
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada. apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma
6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar a apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação
Tudo. existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um
público em particular).
• Adicionar diferentes transições de slides aos slides em o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, clicar
sua apresentação em Tudo.
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na o Para mostrar um grupo específico de slides de sua apre-
guia Slides. sentação, digitar o número do primeiro slide que você deseja mos-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. trar na caixa De e digitar o número do último slide que você deseja
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, mostrar na caixa Até.
clicar no efeito de transição de slides que você deseja para esse o Para iniciar uma apresentação de slides personalizada
slide. que seja derivada de outra apresentação do PowerPoint, clicar em
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rá- Apresentação personalizada e, em seguida, clicar na apresenta-
pidos, clicar no botão Mais . ção que você deseja exibir como uma apresentação personalizada
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo (uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agru-
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da pa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada. seção da apresentação para um público em particular).
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro sli-
de em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4. • Opções da apresentação
Usar as opções na seção Opções da apresentação para especi-
• Adicionar som a transições de slides ficar como você deseja que arquivos de som, narrações ou anima-
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na ções sejam executados em sua apresentação.
guia Slides. o Para executar um arquivo de som ou animação continua-
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. mente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser pressionada.
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, o Para mostrar uma apresentação sem executar uma narração
clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem narração.
um destes procedimentos: o Para mostrar uma apresentação sem executar uma ani-
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som mação incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem
desejado. animação.

Didatismo e Conhecimento 161


INFORMÁTICA BÁSICA
o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao • Imprimir slides
vivo, é possível escrever nos slides. Para especificar uma cor de 1. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado
tinta, na lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta. de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão.
A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibida por 2. No grupo Configurar página, da lista Imprimir, selecionar
um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresentação) estiver Slides.
selecionada. 3. Clicar em Opções, apontar para Cor/escala de cinza e, em
seguida, clicar em uma das opções:
• Avançar slides o Cor: Se estiver usando uma impressora colorida, essa op-
Usar as opções na seção Avançar slides para especificar como ção realizará a impressão em cores.
mover de um slide para outro. o Cor (em impressora preto-e-branco): Se estiver usando
o Para avançar para cada slide manualmente durante a uma impressora preto-e-branco, essa opção realizará a impressão
apresentação, clicar em Manualmente. em escala de cinza.
o Para usar intervalos de slide para avançar para cada slide o Escala de cinza: Essa opção imprime imagens em tons de
automaticamente durante a apresentação, clicar em Usar interva- cinza que variam entre o preto e o branco. Os preenchimentos de
los, se houver. plano de fundo são impressos como branco para que o texto fique
• Vários Monitores mais legível. (Às vezes a escala de cinza é bastante semelhante à
É possível executar sua apresentação do Microsoft Office Po- Preto-e-branco puro).
werPoint 2007 de um monitor (por exemplo, em um pódio) en- o Preto-e-branco puro: Essa opção imprime o folheto sem
quanto o público a vê em um segundo monitor. preenchimentos em cinza.
Usando dois monitores, é possível executar outros programas 4. Clicar em Imprimir.
que não são vistos pelo público e acessar o modo de exibição Apre- Para alterar as opções de impressão, siga estas etapas:
sentador. Este modo de exibição oferece as seguintes ferramentas 1. Na guia Estrutura, no grupo Configurar página, clicar em
para facilitar a apresentação de informação: Configurar página.
o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides 2. Na lista Slides dimensionados para, clicar no tamanho de
de uma seqüência e criar uma apresentação personalizada para o papel desejado para impressão.
seu público. o Se clicar em Personalizado, digitar ou selecionar as di-
o A visualização de texto mostra aquilo que o seu próximo mensões do papel nas caixas Largura e Altura.
clique adicionará à tela, como um slide novo ou o próximo marca- o Para imprimir em transparências, clicar em Transparên-
dor de uma lista. cia.
o As anotações do orador são mostradas em letras grandes 3. Para definir a orientação da página para os slides, em Orien-
e claras, para que você possa utilizá-las como um script para a sua tação, na caixa Slides, clicar em Paisagem ou Retrato.
apresentação.
o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e, • Criar e imprimir folhetos
depois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exemplo, tal- Você pode imprimir as apresentações na forma de folhetos,
vez você não queira exibir o conteúdo do slide durante um interva- com até nove slides em uma página, que podem ser utilizados pelo
lo ou uma seção de perguntas e respostas. público para acompanhar a apresentação ou para referência futura.
No modo de exibição do Apresentador, os ícones e botões são
grandes o suficiente para uma fácil navegação, mesmo quando
você está usando um teclado ou mouse desconhecido.

EXIBIR APRESENTAÇÃO
Para exibir uma apresentação clicar na guia Apresentação de
Slides, e seguir um destes procedimentos:

• Clicar no botão , ou pressionar a tecla F5, para iniciar


a apresentação a partir do primeiro slide.

• Clicar no botão , ou pressionar simultaneamente as te-


clas SHIFT e F5, para iniciar a apresentação a partir do slide atual.

IMPRESSÃO
No Microsoft Office PowerPoint 2007, é possível criar e im- (1) O folheto com três slides por página possui espaços entre
primir slides, folhetos e anotações. É possível imprimir sua apre- as linhas para anotações.
sentação no modo de exibição de Estrutura de Tópicos, de maneira Você pode selecionar um layout para os folhetos em visuali-
colorida, em preto e branco ou em escala de cinza. zação de impressão (um modo de exibição de um documento da
maneira como ele aparecerá ao ser impresso).

Didatismo e Conhecimento 162


INFORMÁTICA BÁSICA
Organizar conteúdo em um folheto:
Na visualização de impressão é possível organizar o conteúdo
no folheto e visualizá-lo para saber como ele será impresso. Você
pode especificar a orientação da página como paisagem ou retrato
e o número de slides que deseja exibir por página.
Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e rodapés,
como os números das páginas. No layout com um slide por página,
você só poderá aplicar cabeçalhos e rodapés ao folheto e não aos
slides, se não desejar exibir texto, data ou numeração no cabeçalho
ou no rodapé dos slides.

Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos: Você pode digitar e formatar suas anotações enquanto trabalha
Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho da nu- na exibição Normal, mas para ver como as anotações serão impres-
meração, da data ou do texto do cabeçalho e do rodapé em todos sas e o efeito geral da formatação de qualquer texto, como as cores
os folhetos, faça as alterações no folheto mestre. Para incluir um da fonte, alterne para o Modo de anotações. Também é possível
nome ou logotipo em todas as páginas do folheto, basta adicioná verificar e alterar os cabeçalhos e rodapés de suas anotações no
-lo ao mestre. As alterações feitas no folheto mestre também são Modo de anotações.
exibidas na impressão da estrutura de tópicos. Cada anotação mostra uma imagem de slide, junto com as
anotações correspondentes a um slide. No Modo anotações, você
Imprimir folhetos: pode ornamentar suasanotações com gráficos, imagens (um arqui-
1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os folhetos. vo (como um metarquivo) que pode ser desagrupado e manipulado
2. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado de como dois ou mais objetos, ou um arquivo quepermanece como
Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão. um único objeto (como bitmaps), tabelas ou outras ilustrações).
3. No grupo Configurar página, clicar na seta em Imprimir e
selecionar a opção desejada de layout do folheto na lista.
O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas para
anotações do público.
4. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.
5. Clicar em Imprimir.
Se desejar imprimir folhetos em cores, selecionar uma im-
pressora colorida.
Clicar no Botão Microsoft Office, clicar na seta ao lado de
Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão. Em Im-
primir, clicar em Opções, apontar para Cor/Escala de Cinza e se-
lecionar Cor.
Uma imagem ou um objeto (uma tabela, um gráfico, uma
• Criar e imprimir anotações equação ou outra forma de informação. Os objetos criados em um
Você pode criar anotações (páginas impressas que exibem aplicativo, como planilhas, e vinculados ou incorporados em ou-
anotações do autor abaixo do slide que contém as anotações.) tro aplicativo são objetos OLE) adicionado ao Modo de anotações
como notas para si mesmo, enquanto realiza a apresentação, ou será exibido nas anotações, mas não na tela da exibição Normal.
para o público. Se salvar suas apresentações como uma página da Web, a ima-
gem ou o objeto não será exibido quando abrir a apresentação no
Criar anotações: navegador Web, embora suas anotações sejam exibidas.
Use o painel de anotações (o painel no modo de exibição nor- As alterações, adições e exclusões realizadas nas anotações
mal no qual você digita as anotações que deseja incluir em um aplicam-se apenas às anotações e ao texto das mesmas no modo
slide. Você imprime essas anotações como páginas de anotações de exibição Normal.
ou as exibe ao salvar uma apresentação como página da Web.) na Se desejar aumentar, reposicionar ou formatar a área de ima-
exibição Normal para gravar anotações sobre os slides. gem do slide ou a área das anotações, vá para o Modo de anotações
e faça as alterações.
Você não pode desenhar imagens no painel de anotações no
modo de exibição Normal. Alterne para o Modo de anotações e
desenhe ou adicione a imagem.

Aplicar conteúdo e formatação a todas as anotações:


Para aplicar conteúdo ou formatação a todas as anotações em
uma apresentação, altere as Anotações mestras (um modo de exi-
bição ou página de slide em que você define a formatação de todos
os slides ou páginas de sua apresentação.

Didatismo e Conhecimento 163


INFORMÁTICA BÁSICA
Cada apresentação tem um mestre para cada componente prin- tura de Tópicos, o PowerPoint mostra a sua apresentação como
cipal: slides, slides de títulos, anotações do orador e folhetos para uma estrutura de tópicos com os títulos e o texto principal de cada
o público). Por exemplo, para inserir o logotipo de uma empresa slide. Os títulos são exibidos no lado esquerdo do painel, que con-
ou outra arte em todas as páginas de anotações, adicione a arte a tém a guia Estrutura de Tópicos, junto com o ícone e o número do
Anotação mestra. Ou, se desejar alterar o estilo da fonte usado para slide. O texto principal está recuado abaixo do título do slide. Os
todas as anotações, altere o estilo na Anotação mestra. Você pode objetos gráficos são exibidos como pequenas notações no ícone do
alterar a aparência e a posição da área do slide, das anotações, dos slide no Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos.
cabeçalhos, dos rodapés, dos números de página e da data.
Trabalhar no Modo de Exibição de Estrutura de Tópicos é
Exibir anotações em uma página da Web: especialmente prático se você quiser fazer edições globais, obter
Se você salvar sua apresentação como uma página da Web, uma visão geral da apresentação, alterar a seqüência dos marcado-
suas anotações serão exibidas automaticamente, a menos que se- res ou slides ou realizar alterações na formatação.
jam ocultadas. Os títulos transformam-se em um sumário da apre- Quando você salva a apresentação como uma página da Web,
sentação e as anotações do slide aparecem abaixo de cada slide. o texto da guia Estrutura de Tópicos se transforma em um índice,
Suas anotações podem fazer o papel de orador, fornecendo ao pú- para que você possa navegar pelos slides.
blico os elementos básicos e os detalhes que um orador forneceria As guias Estrutura de Tópicos e Slides são alteradas para exi-
durante uma apresentação ao vivo. bir um ícone quando o painel ficar estreito. Se a guia Estrutura de
Tópicos estiver oculta, basta ampliar o painel, arrastando a borda
Ocultar os tópicos em uma apresentação da Web direita.
Se você salvar sua apresentação como uma página da Web, os
tópicos associados à sua apresentação serão exibidos automatica-
mente pelo seu navegador da Web. Os títulos do slide se tornam um
sumário na apresentação. Caso não deseje que o tópico seja exibido,
oculte-o antes de salvar o arquivo como uma página da Web.
1. Clicar no Botão Microsoft Office e, em seguida, clicar em
Salvar Como.
2. Na caixa Nome do arquivo, digitar um nome de arquivo ou
não fazer nada paraaceitar o nome sugerido. Aumentar o tamanho do painel que contém as guias Estrutura
3. Na lista Salvar como tipo, selecionar Página da Web e, em de Tópicos e Slides.
seguida, clicar em Publicar.
4. Na caixa de diálogo Publicar como página da Web, clicar Criar uma apresentação no Modo de Exibição de Estrutu-
em Opções da Web. ra de Tópicos:
5. Na guia Geral, desmarcar a caixa de seleção Adicionar con- 1. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta-
troles de navegação de slide e clicar em OK. ção, clicar em Normal.
6. Na caixa de diálogo Publicar como página da Web, clicar 2. No painel contendo as guias Estrutura de Tópicos e Slides,
em Publicar. clicar na guia Estrutura de Tópicos.
3. Na guia Estrutura de Tópicos, posicionar o ponteiro e colar
Imprimir as anotações: o conteúdo ou começar a digitar o texto.
1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir as anotações.
2. Clicar no Botão Microsoft Office , clicar na seta ao lado de Exibir uma apresentação no Modo de Estrutura de Tópi-
Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar impressão. cos:
3. Na guia Configurar Página, clicar na seta da caixa Imprimir, 1. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta-
e clicar em Anotações. ção, clicar em Normal.
4. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em 2. No painel que contém as guias Estrutura de Tópicos e Sli-
Orientação e, em seguida, clicar em Retrato ou Paisagem. des, clicar na guia Estrutura de Tópicos.
5. Clicar em Imprimir.
6. Para configurar cabeçalhos e rodapés, clicar em Opções e Imprimir uma apresentação no Modo de Exibição de Es-
em Cabeçalho e Rodapé. trutura de Tópicos:
Se desejar imprimir suas anotações em cores, selecionar uma 1. Abrir a apresentação que deseja imprimir.
impressora colorida. Clicar no Botão Microsoft Office, clicar na 2. Na guia Exibir, no grupo Modos de Exibição de Apresenta-
seta ao lado de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar im- ção, clicar em Normal.
pressão. Em Imprimir, clicar em Opções, apontar para Cor/Escala 3. No painel que contém as guias Estrutura de Tópicos e Sli-
de Cinza e selecionar Cor. des, clicar na guia Estrutura de Tópicos.
4. Clicar no Botão do Microsoft Office, apontar para a seta ao
• Criar e imprimir uma apresentação no Modo de Exibi- lado de Imprimir e, em seguida, clicar em Visualizar Impressão.
ção de Estrutura de Tópicos 5. No grupo Configurar página, clicar na seta em Imprimir e,
Existem várias maneiras de exibir uma apresentação no Mi- em seguida, clicar em Modo de estrutura de tópicos.
crosoft Office PowerPoint 2007 e cada exibição é criada com uma 6. Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
finalidade diferente. Por exemplo, no Modo de Exibição de Estru- Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.

Didatismo e Conhecimento 164


INFORMÁTICA BÁSICA
7. Clicar em Imprimir. Etapa 2: Começar com uma apresentação em branco
Atalho do teclado: Para exibir a caixa de diálogo Imprimir, Por padrão, o PowerPoint 2010 aplica o modelo Apresentação
pressionar CTRL+P. em Branco, mostrado na ilustração anterior, às novas apresenta-
2. Clicar em Localizar Impressora. ções. Apresentação em Branco é o mais simples e o mais genérico
3. Na lista Nome, selecionar a impressora que você deseja dos modelos no PowerPoint 2010 e será um bom modelo a ser
usar. usado quando você começar a trabalhar com o PowerPoint.
Para criar uma nova apresentação baseada no modelo Apre-
POWERPOINT 2010 sentação em Branco, faça o seguinte:
1. Clique na guia Arquivo.
O PowerPoint 2010 é um aplicativo visual e gráfico, usado 2. Aponte para Novo e, em Modelos e Temas Disponíveis,
principalmente para criar apresentações. Com ele, você pode criar, selecione Apresentação em Branco.
visualizar e mostrar apresentações de slides que combinam tex- 3. Clique em Criar.
to, formas, imagens, gráficos, animações, tabelas, vídeos e muito
mais. Etapa 3: Ajustar o tamanho do painel de anotações
Depois que você abre o modelo Apresentação em Branco, so-
Familiarizar-se com o espaço de trabalho do PowerPoint mente uma pequena parte do painel Anotações fica visível. Para
O espaço de trabalho, ou modo de exibição Normal, foi desen- ver uma parte maior desse painel e ter mais espaço para digitar,
volvido para ajudá-lo a encontrar e usar facilmente os recursos do faça o seguinte:
Microsoft PowerPoint 2010. 1. Aponte para a borda superior do painel Anotações.
Este artigo contém instruções passo a passo para ajudá-lo a se 2. Quando o ponteiro se transformar em uma , arraste a
preparar para criar apresentações com o PowerPoint 2010 borda para cima a fim de criar mais espaço para as anotações do
apresentador, como mostrado na ilustração a seguir.
Etapa 1: Abrir o PowerPoint
Quando você inicia o PowerPoint, ele é aberto no modo de
exibição chamado Normal, onde você cria e trabalha em slides.

Observe que o slide no painel Slide se redimensiona automa-


ticamente para se ajustar ao espaço disponível.

Etapa 4: Criar a apresentação


Agora que preparou o espaço de trabalho para ser usado, você
está pronto para começar a adicionar texto, formas, imagens, ani-
mações (e outros slides também) à apresentação. Próximo à parte
superior da tela, há três botões que podem ser úteis quando você
iniciar o trabalho:
• Desfazer , que desfaz sua última alteração (para
Uma imagem do PowerPoint 2010 no modo Normal que pos- ver uma dica de tela sobre qual ação será desfeita, coloque o pon-
sui vários elementos rotulados. teiro sobre o botão. Para ver um menu de outras alterações recentes
1 No painel Slide, você pode trabalhar em slides individuais. que também podem ser desfeitas, clique na seta à direita de Des-
2 As bordas pontilhadas identificam os espaços reservados, fazer ).
onde você pode digitar texto ou inserir imagens, gráficos e outros • Você também pode desfazer uma alteração pressionando
objetos. CTRL+Z.
3 A guia Slides mostra uma versão em miniatura de cada slide • Refazer ou Repetir , que repete ou refaz sua úl-
inteiro mostrado no painel Slide. Depois de adicionar outros slides, tima alteração, dependendo da ação feita anteriormente (para ver
você poderá clicar em uma miniatura na guia Slides para fazer com uma dica de tela sobre qual ação será repetida ou refeita, coloque o
que o slide apareça no painel Slide ou poderá arrastar miniaturas ponteiro sobre o botão). Você também pode repetir ou refazer uma
para reorganizar os slides na apresentação. Também é possível adi- alteração pressionando CTRL+Y.
cionar ou excluir slides na guia Slides. • A Ajuda do Microsoft Office PowerPoint , que abre
4 No painel Anotações, você pode digitar observações sobre o o painel Ajuda do PowerPoint. Você também pode abrir a Ajuda
slide atual. Também pode distribuir suas anotações para a audiên- pressionando F1.
cia ou consultá-las no Modo de Exibição do Apresentador durante
a apresentação.

Didatismo e Conhecimento 165


INFORMÁTICA BÁSICA
Familiarizar-se com a Faixa de Opções do PowerPoint 2010
Ao iniciar o Microsoft PowerPoint 2010 pela primeira vez, você perceberá que os menus e as barras de ferramentas do PowerPoint 2003
e das versões anteriores foram substituídos pela Faixa de Opções.

O que é a Faixa de Opções?


A Faixa de Opções contém os comandos e os outros itens de menu presentes nos menus e barras de ferramentas do PowerPoint 2003 e de
versões anteriores. A Faixa de Opções foi projetada para ajudá-lo a localizar rapidamente os comandos necessários para concluir uma tarefa.

Principais recursos da Faixa de Opções

A Faixa de Opções exibida no lado esquerdo da guia Página Inicial do PowerPoint 2010.
1 Uma guia da Faixa de Opções, neste caso a guia Página Inicial. Cada guia está relacionada a um tipo de atividade, como inserir mídia
ou aplicar animações a objetos.
2 Um grupo na guia Página Inicial, neste caso o grupo Fonte. Os comandos são organizados em grupos lógicos e reunidos nas guias.
3 Um botão ou comando individual no grupo Slides, neste caso o botão Novo Slide.

Outros recursos da Faixa de Opções

Outros elementos que podem ser exibidos na Faixa de Opções são as guias contextuais, as galerias e os iniciadores de caixa de diálogo.

 Uma galeria, neste caso a galeria de formas no grupo Desenho. As galerias são janelas ou menus retangulares que apresentam uma
gama de opções visuais relacionadas.
 Uma guia contextual, neste caso a guia Ferramentas de Imagem. Para diminuir a poluição visual, algumas guias são mostradas so-
mente quando necessárias. Por exemplo, a guia Ferramentas de Imagem será mostrada somente se você inserir uma imagem a um slide e a
selecionar.
 Um Iniciador da Caixa de Diálogo, neste caso, um que inicia a caixa de diálogo Formatar Forma.

Localização dos comandos conhecidos na Faixa de Opções


Para encontrar a localização de comandos específicos em guias e grupos, consulte os diagramas a seguir.

Didatismo e Conhecimento 166


INFORMÁTICA BÁSICA
A guia Arquivo

A guia Arquivo é o local onde é possível criar um novo arquivo, abrir ou salvar um existente e imprimir sua apresentação.
1 Salvar como
2 Abrir
3 Novo
4 Imprimir

A guia Página Inicial

A guia Página Inicial é o local onde é possível inserir novos slides, agrupar objetos e formatar texto no slide.

1 Se você clicar na seta ao lado de Novo Slide, poderá escolher entre vários layouts de slide.
2 O grupo Fonte inclui os botões Fonte, Negrito, Itálico e Tamanho da Fonte.
3 O grupo Parágrafo inclui Alinhar Texto à Direita, Alinhar Texto à Esquerda, Justificar e Centralizar.
4 Para localizar o comando Agrupar, clique em Organizar e, em Agrupar Objetos, selecione Agrupar.

Guia Inserir

A guia Inserir é o local onde é possível inserir tabelas, formas, gráficos, cabeçalhos ou rodapés em sua apresentação.

1 Tabela
2 Formas
3 Gráfico

Didatismo e Conhecimento 167


INFORMÁTICA BÁSICA
4 Cabeçalho e Rodapé
Guia Design

A guia Design é o local onde é possível personalizar o plano de fundo, o design e as cores do tema ou a configuração de página na
apresentação.
1 Clique em Configurar Página para iniciar a caixa de diálogo Configurar Página.
2 No grupo Temas, clique em um tema para aplicá-lo à sua apresentação.
3 Clique em Estilos de Plano de Fundo para selecionar uma cor e design de plano de fundo para sua apresentação.

Guia Transições

A guia Transições é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover transições no slide atual.
1 No grupo Transições para este Slide, clique em uma transição para aplicá-la ao slide atual.
2 Na lista Som, você pode selecionar entre vários sons que serão executados durante a transição.
3 Em Avançar Slide, você pode selecionar Ao Clicar com o Mouse para fazer com que a transição ocorra ao clicar.

Guia Animações

A guia Animações é o local onde é possível aplicar, alterar ou remover animações em objetos do slide.
1 Clique em Adicionar Animação e selecione uma animação que será aplicada ao objeto selecionado.
2 Clique em Painel de Animação para iniciar o painel de tarefas Painel de Animação.
3 O grupo Intervalo inclui áreas para definir o Página Inicial e a Duração.

Guia Apresentação de Slides

A guia Apresentação de Slides é o local onde é possível iniciar uma apresentação de slides, personalizar as configurações da apresenta-
ção de slides e ocultar slides individuais.
1 O grupo Iniciar Apresentação de Slides, que inclui Do Começo e Do Slide Atual.
2 Clique em Configurar Apresentação de Slides para iniciar a caixa de diálogo Configurar Apresentação.
3 Ocultar Slide

Didatismo e Conhecimento 168


INFORMÁTICA BÁSICA
Guia Revisão

A guia Revisão é o local onde é possível verificar a ortografia, alterar o idioma da apresentação ou comparar alterações na apresentação
atual com outra.
1 Ortografia, para iniciar o verificador ortográfico.
2 O grupo Idioma, que inclui Editando Idiomas, onde é possível selecionar o idioma.
3 Comparar, onde é possível comparar as alterações na apresentação atual com outra.

Guia Exibir

A guia Exibir é o local onde é possível exibir o slide mestre, as anotações mestras, a classificação de slides. Você também pode ativar
ou desativar a régua, as linhas de grade e as guias de desenho.
1 Classificação de Slides
2 Slide Mestre
3 O grupo Mostrar, que inclui Régua e Linhas de Grade.

Eu não vejo o comando de que preciso!    


Alguns comandos, como Recortar ou Compactar, são guias contextuais.
Para exibir uma guia contextual, primeiramente selecione o objeto que será trabalhado e verifique se uma guia contextual é exibida na
Faixa de Opções.

Localizar e aplicar um modelo


O PowerPoint 2010 permite aplicar modelos internos ou os seus próprios modelos personalizados e pesquisar vários modelos dispo-
níveis no Office.com. O Office.com fornece uma ampla seleção de modelos do PowerPoint populares, incluindo apresentações e slides de
design.
Para localizar um modelo no PowerPoint 2010, siga este procedimento:
Na guia Arquivo, clique em Novo.
Em Modelos e Temas Disponíveis, siga um destes procedimentos:
• Para reutilizar um modelo usado recentemente, clique em Modelos Recentes, clique no modelo desejado e depois em Criar.
• Para utilizar um modelo já instalado, clique em Meus Modelos, selecione o modelo desejado e clique em OK.
• Para utilizar um dos modelos internos instalados com o PowerPoint, clique em Modelos de Exemplo, clique no modelo desejado
e depois em Criar.
• Para localizar um modelo no Office.com, em Modelos do Office.com, clique em uma categoria de modelo, selecione o modelo
desejado e clique em Baixar para baixar o modelo do Office.com para o computador.

Didatismo e Conhecimento 169


INFORMÁTICA BÁSICA
Salvar uma apresentação

Como com qualquer programa de software, é uma boa ideia


Observação- Você também pode pesquisar modelos no Office. nomear e salvar a apresentação imediatamente e salvar suas altera-
com de dentro do PowerPoint. Na caixa Pesquisar modelos no Of- ções com frequência enquanto você trabalha:
fice.com, digite um ou mais termos de pesquisa e clique no botão 1. Clique na guia Arquivo.
de seta para pesquisar. 2. Clique em Salvar como e siga um destes procedimentos:
• Para que uma apresentação só possa ser aberta no Po-
werPoint 2010 ou no PowerPoint 2007, na lista Salvar como tipo,
Criar uma apresentação
selecione Apresentação do PowerPoint (*.pptx).
1. Clique na guia Arquivo e clique em Novo.
• Para uma apresentação que possa ser aberta no Power-
2. Siga um destes procedimentos:
Point 2010 ou em versões anteriores do PowerPoint, selecione
• Clique em Apresentação em Branco e em Criar.
Apresentação do PowerPoint 97-2003 (*.ppt).
• Aplique um modelo ou tema, seja interno fornecido com
3. No painel esquerdo da caixa de diálogo Salvar como, cli-
o PowerPoint 2010 ou baixado do Office.com.
que na pasta ou em outro local onde você queira salvar sua apre-
sentação.
Abrir uma apresentação 4. Na caixa Nome de arquivo, digite um nome para a apre-
sentação ou aceite o nome padrão e clique em Salvar.
1. Clique na guia Arquivo e em Abrir. De agora em diante, você pode pressionar CTRL+S ou pode
2. No painel esquerdo da caixa de diálogo Abrir, clique na clicar em Salvar, próximo à parte superior da tela, para salvar rapi-
unidade ou pasta que contém a apresentação desejada. damente a apresentação, a qualquer momento.
3. No painel direito da caixa de diálogo Abrir, abra a pasta Observação: Para salvar a apresentação em um formato di-
que contém a apresentação. ferente de .pptx, clique na lista Salvar como tipo e selecione o
4. Clique na apresentação e clique em Abrir. formato de arquivo desejado.
 Observação   Por padrão, o PowerPoint 2010 mostra somente O Microsoft PowerPoint 2010 oferece uma série de tipos
apresentações do PowerPoint na caixa de diálogo Abrir. Para exi- de arquivo que você pode usar para salvar; por exemplo, JPEGs
bir outros tipos de arquivos, clique em Todas as Apresentações do (.jpg), arquivos Portable Document Format (.pdf), páginas da Web
PowerPoint e selecione o tipo de arquivo que deseja exibir. (.html), Apresentação OpenDocument (.odp), inclusive como ví-
deo ou filme etc.
Também é possível abrir vários formatos de arquivo diferen-
tes com o PowerPoint 2010, como Apresentações OpenDocument,
páginas da Web e outros tipos de arquivos.

Adicionar, reorganizar e excluir slides


O único slide que é exibido automaticamente ao abrir o Po-
werPoint tem dois espaços reservados, sendo um formatado para
um título e o outro formatado para um subtítulo. A organização dos
espaços reservados em um slide é chamada layout. O Microsoft
PowerPoint 2010 também oferece outros tipos de espaços reserva-
dos, como aqueles de imagens e elementos gráficos de SmartArt.
Ao adicionar um slide à sua apresentação, siga este procedi-
mento para escolher um layout para o novo slide ao mesmo tempo:
1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as
guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique abaixo do
único slide exibido automaticamente ao abrir o PowerPoint.

Didatismo e Conhecimento 170


INFORMÁTICA BÁSICA
2. Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique na seta • Um slide de resumo que repete a lista de pontos ou áreas
ao lado de Novo Slide. Ou então, para que o novo slide tenha o principais da sua apresentação
mesmo layout do slide anterior, basta clicar em Novo Slide em vez Usando essa estrutura básica, se você possui três pontos ou
de clicar na seta ao lado dele. áreas principais para apresentar, planeje ter um mínimo de seis: um
slide de título, um slide introdutório, um slide para cada um dos
três pontos ou áreas principais e um slide de resumo.

Será exibida uma galeria que mostra as miniaturas dos vários


layouts de slide disponíveis.
• O nome identifica o conteúdo para o qual cada slide foi
criado.
• Os espaços reservados que exibem ícones coloridos po-
dem conter texto, mas você também pode clicar nos ícones para
inserir objetos automaticamente, incluindo elementos gráficos
SmartArt e clip-art.
3. Clique no layout desejado para o novo slide.

Se houver uma grande quantidade de material para apresen-


tar sobre qualquer um dos pontos ou áreas principais, talvez você
queira criar um subagrupamento de slides para esse material, usan-
do a mesma estrutura de tópicos básica.
Dica: Pense em quanto tempo cada slide deve ficar visível na
tela durante a sua apresentação. Uma boa estimativa padrão é de
dois a cinco minutos por slide.
Aplicar um novo layout a um slide
Para alterar o layout de um slide existente, faça o seguinte:
• No modo de exibição Normal, no painel que contém as
guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides e clique no slide ao
qual deseja aplicar um novo layout.
• Na guia Página Inicial, no grupo Slides, clique em La-
yout e, em seguida, clique no novo layout desejado.
 Observação   Se você aplicar um layout que não possua tipos
de espaços reservados suficientes para o conteúdo que já existe no
slide, serão criados espaços reservados adicionais automaticamen-
O novo slide agora aparece na guia Slides, onde está realçado te para armazenar esse conteúdo.
como o slide atual, e também como o grande slide à direita no
painel Slide. Repita esse procedimento para cada novo slide que Copiar um slide
você deseja adicionar. Se você deseja criar dois ou mais slides que tenham conteúdo
e layout semelhantes, salve o seu trabalho criando um slide que
Determinar quantos slides são necessários tenha toda a formatação e o conteúdo que será compartilhado por
Para calcular o número de slides necessários, faça um rascu- ambos os slides, fazendo uma cópia desse slide antes dos retoques
nho do material que você planeja abordar e, em seguida, divida finais em cada um deles.
o material em slides individuais. Você provavelmente deseja pelo 1. No modo de exibição Normal, no painel que contém as
menos: guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão
• Um slide de título principal direito do mouse no slide que deseja copiar e clique em Copiar.
• Um slide introdutório que lista os pontos principais ou 2. Na guia Slides, clique com o botão direito do mouse onde
áreas da sua apresentação você deseja adicionar a nova cópia do slide e clique em Colar.
• Um slide para cada ponto ou área que esteja listada no Você também pode usar esse procedimento para inserir uma
slide introdutório cópia de um slide de uma apresentação para outra.

Didatismo e Conhecimento 171


INFORMÁTICA BÁSICA
Reorganizar a ordem dos slides
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique no slide que deseja mover
e arraste-o para o local desejado.
Para selecionar vários slides, clique em um slide que deseja mover, pressione e mantenha pressionada a tecla CTRL enquanto clica em
cada um dos outros slides que deseja mover.

Excluir um slide
No modo de exibição Normal, no painel que contém as guias Tópicos e Slides, clique na guia Slides, clique com o botão direito do
mouse no slide que deseja excluir e clique em Excluir Slide.

Adicionar formas ao slide


1. Na guia Início, no grupo Desenho, clique em Formas.

2. Clique na forma desejada, clique em qualquer parte do slide e arraste para colocar a forma.
Para criar um quadrado ou círculo perfeito (ou restringir as dimensões de outras formas), pressione e mantenha a tecla SHIFT pressio-
nada ao arrastar.

Exibir uma apresentação de slides

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do primeiro slide, siga este procedimento:

Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Começo (ou pressione F5).

Para exibir a apresentação no modo de exibição Apresentação de Slides a partir do slide atual, siga este procedimento(ou pressione
Shift+F5):
Na guia Apresentação de Slides, no grupo Iniciar Apresentação de Slides, clique em Do Slide Atual.

Imprimir uma apresentação


1. Clique na guia Arquivo e clique em Imprimir.
2. Em Imprimir, siga um destes procedimentos:
• Para imprimir todos os slides, clique em Tudo.
• Para imprimir somente o slide exibido no momento, clique em Slide Atual.
• Para imprimir slides específicos por número, clique em Intervalo Personalizado de Slides e digite uma lista de slides individuais,
um intervalo, ou ambos.

Didatismo e Conhecimento 172


INFORMÁTICA BÁSICA
Observação   Use vírgulas para separar os números, sem espa-
ços. Por exemplo: 1,3,5-12.
3. Em Outras Configurações, clique na lista Cor e selecione
a configuração desejada.
4. Ao concluir as seleções, clique em Imprimir.

• Criar e imprimir folhetos


Você pode imprimir as apresentações na forma de folhetos,
com até nove slides em uma página, que podem ser utilizados pelo
público para acompanhar a apresentação ou para referência futura.
O folheto com três slides por página possui espaços entre as
linhas para anotações.
Você pode selecionar um layout para os folhetos em visuali-
zação de impressão (um modo de exibição de um documento da
maneira como ele aparecerá ao ser impresso).
Organizar conteúdo em um folheto:
Na visualização de impressão é possível organizar o conteúdo
no folheto e visualizá-lo para saber como ele será impresso. Você
pode especificar a orientação da página como paisagem ou retrato
e o número de slides que deseja exibir por página.
Você pode adicionar visualizar e editar cabeçalhos e rodapés,
como os números das páginas. No layout com um slide por pági-
na, você só poderá aplicar cabeçalhos e rodapés ao folheto e não
aos slides, se não desejar exibir texto, data ou numeração no cabe-
çalho ou no rodapé dos slides.

Aplicar conteúdo e formatação em todos os folhetos:


Se desejar alterar a aparência, a posição e o tamanho da nu-
meração, da data ou do texto do cabeçalho e do rodapé em todos
os folhetos, faça as alterações no folheto mestre. Para incluir um
nome ou logotipo em todas as páginas do folheto, basta adicioná
-lo ao mestre. As alterações feitas no folheto mestre também são
exibidas na impressão da estrutura de tópicos. O formato Folhetos (3 Slides por Página) possui linhas para
Imprimir folhetos: anotações do público.
1. Abrir a apresentação em que deseja imprimir os folhetos.
2. Clicar na aba Arquivo, clicar na seleção de layout de slides Para especificar a orientação da página, clicar na seta em
para impressão na seção ‘Configurações’ e escolher o modo de im- Orientação e, em seguida, clicar em Paisagem ou Retrato.
pressão(aqui também podemos selecionar os modos ‘Anotações’ e Clicar em Imprimir.
‘Estrutura de tópicos’)
Inserir texto

Para inserir um texto no slide clicar com o botão esquerdo do


mouse no retângulo (Clique para adicionar um título), após clicar
o ponto de inserção (cursor será exibido).

Didatismo e Conhecimento 173


INFORMÁTICA BÁSICA
Então basta começar a digitar. Aplica Itálico ao texto selecionado. Também pode ser aciona-
do através do comando Ctrl+I.
5 – Sublinhado
Sublinha o texto selecionado. Também pode ser acionado
através do comando Ctrl+S.
6 – Tachado
Desenha uma linha no meio do texto selecionado.
7 – Sombra de Texto
Adiciona uma sombra atrás do texto selecionado para desta-
cá-lo no slide.
8 – Espaçamento entre Caracteres
Ajusta o espaçamento entre caracteres.
9 – Maiúsculas e Minúsculas
Altera todo o texto selecionado para MAIÚSCULAS, minús-
culas, ou outros usos comuns de maiúsculas/minúsculas.
10 – Cor da Fonte
Altera a cor da fonte.
11 – Alinhar Texto à Esquerda
Alinha o texto à esquerda. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+Q.
12 – Centralizar
Centraliza o texto. Também pode ser acionado através do co-
mando Ctrl+E.
13 – Alinhar Texto à Direita
Alinha o texto à direita. Também pode ser acionado através
do comando Ctrl+G.
14 – Justificar
Alinha o texto às margens esquerda e direita, adicionando es-
paço extra entre as palavras conforme o necessário, promovendo
uma aparência organizada nas laterais esquerda e direita da página.
15 – Colunas
Divide o texto em duas ou mais colunas.
Formatar texto
Para alterar um texto, é necessário primeiro selecioná-lo. Para Limpar formatação
selecionar um texto ou palavra, basta clicar com o boto esquerdo Para limpar toda a formatação de um texto basta selecioná-lo
sobre o ponto em que se deseja iniciar a seleção e manter o botão e clicar no botão , localizado na guia Início.
pressionado, arrastar o mouse até o ponto desejado e soltar o botão
esquerdo. Inserir símbolos especiais
Além dos caracteres que aparecem no teclado, é possível inse-
rir no slide vários caracteres e símbolos especiais.
1. Posicionar o cursor no local que se deseja inserir o símbolo.
2. Acionar a guia Inserir.

3. Clicar no botão Símbolo.


4. Selecionar o símbolo.

1 – Fonte
Altera o tipo de fonte
2 – Tamanho da fonte
Altera o tamanho da fonte
3 – Negrito
Aplica negrito ao texto selecionado. Também pode ser acio-
nado através do comando Ctrl+N.
4 – Itálico

Didatismo e Conhecimento 174


INFORMÁTICA BÁSICA
Inserir figuras

Para inserir uma figura no slide clicar na guia Inserir, e clicar


em um desses botões:
• Imagem do Arquivo: insere uma imagem de um arquivo.
• Clip-art: é possível escolher entre várias figuras que acompa-
nham o Microsoft Office.
• Formas: insere formas prontas, como retângulos e círculos,
5. Clicar em Inserir e em seguida Fechar. setas, linhas, símbolos de fluxograma e textos explicativos.
• SmartArt: insere um elemento gráfico SmartArt para comu-
Marcadores e numeração nicar informações visualmente. Esses elementos gráficos variam
Com a guia Início acionada, clicar no botão , para criar desde listas gráficas e diagramas de processos até gráficos mais
parágrafos com marcadores. Para escolher o tipo de marcador cli- complexos, como diagramas de Venn e organogramas.
car na seta. • Gráfico: insere um gráfico para ilustrar e comparar dados.
• WordArt: insere um texto com efeitos especiais.

Alterar plano de fundo


Para alterar o plano de fundo de um slide, basta clicar com o
botão direito do mouse sobre ele, e em seguida clicar em Formatar
Plano de Fundo.

Com a guia Início acionada, clicar no botão , para iniciar uma


lista numerada. Para escolher diferentes formatos de numeração
clicar na seta.

Depois escolher entre as opções clicar Aplicar a tudo para


aplicar a mudança a todos os slides, se for alterar apenas o slide
atual clicar em fechar.

Didatismo e Conhecimento 175


INFORMÁTICA BÁSICA
• Para executar um programa, clicar em Executar programa
e, em seguida, clicar em Procurar e localizar o programa que você
deseja executar.
• Para executar um macro (uma ação ou um conjunto de ações
que você pode usar para automatizar tarefas. Os macros são grava-
dos na linguagem de programação Visual Basic for Applications),
clicar em Executar macro e selecionar a macro que você deseja
executar.
As configurações de Executar macro estarão disponíveis so-
mente se a sua apresentação contiver um macro.
• Se você deseja que a forma escolhida como um botão de
ação execute uma ação, clicar em Ação do objeto e selecionar a
ação que você deseja que ele execute.
As configurações de Ação do objeto estarão disponíveis so-
mente se a sua apresentação contiver um objeto OLE (uma tecno-
logia de integração de programa que pode ser usada para compar-
tilhamento de informações entre programas. Todos os programas
do Office oferecem suporte para OLE; por isso, você pode compar-
tilhar informações por meio de objetos vinculados e incorporados).
Animar textos e objetos • Para tocar um som, marcar a caixa de seleção Tocar som e
Para animar um texto ou objeto, selecionar o texto ou objeto, selecionar o som desejado.
clicar na guia Animações, e depois em Animações Personalizadas,
abrirá um painel à direita, clicar em Adicionar efeito. Nele se en- Criar apresentação personalizada
contram várias opções de animação de entrada, ênfase, saída e tra- Existem dois tipos de apresentações personalizadas: básica e
jetórias de animação. com hiperlinks.
Uma apresentação personalizada básica é uma apresentação
Inserir botão de ação separada ou uma apresentação que inclui alguns slides originais.
Um botão de ação consiste em um botão já existente que pode Uma apresentação personalizada com hiperlinks é uma forma
ser inserido na apresentação e para o qual pode definir hiperlinks. rápida de navegar para uma ou mais apresentações separadas.
Os botões de ação contêm formas, como setas para direita e para 1 – Apresentação Personalizada Básica
esquerda e símbolos de fácil compreensão referentes às ações de Utilizar uma apresentação personalizada básica para fornecer
ir para o próximo, anterior, primeiro e último slide, além de exe- apresentações separadas para diferentes grupos da sua organiza-
cutarem filmes ou sons. Eles são mais comumente usados para ção. Por exemplo, se sua apresentação contém um total de cinco
apresentações autoexecutáveis — por exemplo, apresentações que slides, é possível criar uma apresentação personalizada chamada
são exibidas várias vezes em uma cabine ou quiosque (um compu- “Site 1” que inclui apenas os slides 1, 3 e 5. É possível criar uma
tador e monitor, geralmente localizados em uma área frequentada segunda apresentação personalizada chamada “Site 2” que inclui
por muitas pessoas, que pode incluir tela sensível ao toque, som os slides 1, 2, 4 e 5. Quando você criar uma apresentação perso-
ou vídeo. nalizada a partir de outra apresentação, é possível executá-la, na
Os quiosques podem ser configurados para executar apresen- íntegra, em sua sequência original.
tações do PowerPoint de forma automática, contínua ou ambas).

1. Na guia Inserir, no grupo Ilustrações, clicar na seta abaixo


de Formas e, em seguida, clique no botão Mais .
2. Em Botões de Ação, clicar no botão que se deseja adicio-
nar.
3. Clicar sobre um local do slide e arrastar para desenhar a
forma para o botão.
4. Na caixa Configurar Ação, seguir um destes procedimen-
tos:
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você clicar nele, clicar na guia Selecionar com o Mouse.
• Para escolher o comportamento do botão de ação quando
você mover o ponteiro sobre ele, clicar na guia Selecionar sem o
Mouse. 1. Na guia Apresentações de Slides, no grupo Iniciar Apre-
5. Para escolher o que acontece quando você clica ou move sentação de Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides
o ponteiro sobre o botão de ação, siga um destes procedimentos: Personalizada e, em seguida, clicar em Apresentações Personali-
• Se você não quiser que nada aconteça, clicar em Nenhuma. zadas.
• Para criar um hiperlink, clicar em Hiperlink para e selecionar 2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar
o destino para o hiperlink. em Novo.

Didatismo e Conhecimento 176


INFORMÁTICA BÁSICA
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de- 7. Na guia Inserir, no grupo Vínculos, clicar na seta abaixo
seja incluir na apresentação personalizada e, em seguida, clicar em de Hiperlink.
Adicionar. 8. Em Vincular para, clicar em Colocar Neste Documento.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro 9. Seguir um destes procedimentos:
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto • Para se vincular a uma apresentação personalizada, na lista
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver- Selecionar um local neste documento, selecionar a apresentação
sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en- personalizada para a qual deseja ir e marcar a caixa de seleção
quanto clica em cada slide que queira selecionar. Mostrar e retornar.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em • Para se vincular a um local na apresentação atual, na lista
Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em Selecione um local neste documento, selecionar o slide para o qual
seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou você deseja ir.
para baixo na lista. Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona-
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar.
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1
a 5. Transição de slides
Para visualizar uma apresentação personalizada, clicar no As transições de slide são os efeitos semelhantes à animação
nome da apresentação na caixa de diálogo Apresentações Persona- que ocorrem no modo de exibição Apresentação de Slides quando
lizadas e, em seguida, clicar em Mostrar. você move de um slide para o próximo.
2 – Apresentação Personalizada com Hiperlink É possível controlar a velocidade de cada efeito de transição
Utilizar uma apresentação personalizada com hiperlinks para de slides e também adicionar som.
organizar o conteúdo de uma apresentação. Por exemplo, se você O Microsoft Office PowerPoint 2010 inclui vários tipos dife-
cria uma apresentação personalizada principal sobre a nova orga- rentes de transições de slides, incluindo (mas não se limitando) as
nização geral da sua empresa, é possível criar uma apresentação seguintes:
personalizada para cada departamento da sua organização e vincu-
lá-los a essas exibições da apresentação principal.

1. Sem transição
2. Persiana Horizontal
3. Persiana Vertical
4. Quadro Fechar
1. Na guia Apresentações, no grupo Iniciar Apresentação de 5. Quadro Abrir
Slides, clicar na seta ao lado de Apresentação de Slides Personali- 6. Quadriculado na Horizontal
zada e, em seguida, clicar em Apresentações Personalizadas. 7. Quadriculado na Vertical
2. Na caixa de diálogo Apresentações Personalizadas, clicar 8. Pente Horizontal
em Novo. 9. Pente Vertical
3. Em Slides na apresentação, clicar nos slides que você de-
seja incluir na apresentação personalizada principal e, em seguida, Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos Rápi-
clicar em Adicionar. dos, clicar no botão Mais, conforme mostrado no diagrama acima.
Para selecionar diversos slides sequenciais, clicar no primeiro • Adicionar a mesma transição de slides a todos os slides em
slide e, em seguida, manter pressionada a tecla SHIFT enquanto sua apresentação:
clica no último slide que deseja selecionar. Para selecionar diver- 1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na
sos slides não sequenciais, manter pressionada a tecla CTRL en- guia Slides.
quanto clica em cada slide que queira selecionar. 2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide.
4. Para alterar a ordem em que os slides são exibidos, em 3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide,
Slides na apresentação personalizada, clicar em um slide e, em clicar em um efeito de transição de slides.
seguida, clicar em uma das setas para mover o slide para cima ou 4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos
para baixo na lista. Rápidos, clicar no botão Mais.
5. Digitar um nome na caixa Nome da apresentação de slides 5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo
e clicar em OK. Para criar apresentações personalizadas adicionais Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da
com quaisquer slides da sua apresentação, repetir as etapas de 1 Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada.
a 5. 6. No grupo Transição para Este Slide, clicar em Aplicar a
6. Para criar um hiperlink da apresentação principal para uma Tudo.
apresentação de suporte, selecionar o texto ou objeto que você de- • Adicionar diferentes transições de slides aos slides em sua
seja para representar o hiperlink. apresentação

Didatismo e Conhecimento 177


INFORMÁTICA BÁSICA
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na o Para iniciar uma apresentação de slides personalizada que
guia Slides. seja derivada de outra apresentação do PowerPoint, clicar em
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. Apresentação personalizada e, em seguida, clicar na apresenta-
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, ção que você deseja exibir como uma apresentação personalizada
clicar no efeito de transição de slides que você deseja para esse (uma apresentação dentro de uma apresentação na qual você agru-
slide. pa slides em uma apresentação existente para poder mostrar essa
4. Para consultar mais efeitos de transição, na lista Estilos seção da apresentação para um público em particular).
Rápidos, clicar no botão Mais. • Opções da apresentação
5. Para definir a velocidade de transição de slides, no grupo Usar as opções na seção Opções da apresentação para especi-
Transição para Este Slide, clicar na seta ao lado de Velocidade da ficar como você deseja que arquivos de som, narrações ou anima-
Transição e, em seguida, selecionar a velocidade desejada. ções sejam executados em sua apresentação.
6. Para adicionar uma transição de slides diferente a outro o Para executar um arquivo de som ou animação continua-
slide em sua apresentação, repetir as etapas 2 a 4. mente, marcar a caixa de opções Repetir até ‘Esc’ ser pressionada.
• Adicionar som a transições de slides o Para mostrar uma apresentação sem executar uma narração
1. No painel que contém as guias Tópicos e Slides, clicar na incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem narra-
guia Slides. ção.
2. Na guia Início, clicar na miniatura de um slide. o Para mostrar uma apresentação sem executar uma animação
3. Na guia Animações, no grupo Transição para Este Slide, incorporada, marcar a caixa de seleção Apresentação sem anima-
clicar na seta ao lado de Som de Transição e, em seguida, seguir ção.
um destes procedimentos: o Ao fazer sua apresentação diante de uma audiência ao vivo,
• Para adicionar um som a partir da lista, selecionar o som é possível escrever nos slides. Para especificar uma cor de tinta, na
desejado. lista Cor da caneta, selecionar uma cor de tinta.
• Para adicionar um som não encontrado na lista, selecionar
Outro Som, localizar o arquivo de som que você deseja adicionar A lista Cor da caneta estará disponível apenas se Exibida por
e, em seguida, clicar em OK.
um orador (tela inteira) (na seção Tipo de apresentação) estiver
4. Para adicionar som a uma transição de slides diferente,
selecionada.
repetir as etapas 2 e 3.
• Avançar slides
Usar as opções na seção Avançar slides para especificar como
Configurar apresentação de slides
mover de um slide para outro.
• Tipo de apresentação
o Para avançar para cada slide manualmente durante a apre-
Usar as opções na seção Tipo de apresentação para especificar
como você deseja mostrar a apresentação para sua audiência. sentação, clicar em Manualmente.
o Para fazer sua apresentação diante de uma audiência ao o Para usar intervalos de slide para avançar para cada slide
vivo, clicar em Exibida por um orador (tela inteira). automaticamente durante a apresentação, clicar em Usar interva-
o Para permitir que a audiência exiba sua apresentação a partir los, se houver.
de um disco rígido ou CD em um computador ou na Internet, clicar • Vários Monitores
em Apresentada por uma pessoa (janela).
o Para permitir que a audiência role por sua apresentação de É possível executar sua apresentação do Microsoft Office Po-
auto execução a partir de um computador autônomo, marcar a cai- werPoint 2010 de um monitor (por exemplo, em um pódio) en-
xa de seleção Mostrar barra de rolagem. quanto o público a vê em um segundo monitor.
o Para entregar uma apresentação de auto execução execu- Usando dois monitores, é possível executar outros programas
tada em um quiosque (um computador e monitor, geralmente lo- que não são vistos pelo público e acessar o modo de exibição Apre-
calizados em uma área frequentada por muitas pessoas, que pode sentador. Este modo de exibição oferece as seguintes ferramentas
incluir tela sensível ao toque, som ou vídeo. Os quiosques podem para facilitar a apresentação de informação:
ser configurados para executar apresentações do PowerPoint de o É possível utilizar miniaturas para selecionar os slides de
forma automática, contínua ou ambas), clicar em Apresentada em uma sequência e criar uma apresentação personalizada para o seu
um quiosque (tela inteira). público.
• Mostrar slides o A visualização de texto mostra aquilo que o seu próximo cli-
Usar as opções na seção Mostrar slides para especificar quais que adicionará à tela, como um slide novo ou o próximo marcador
slides estão disponíveis em uma apresentação ou para criar uma de uma lista.
apresentação personalizada (uma apresentação dentro de uma o As anotações do orador são mostradas em letras grandes e
apresentação na qual você agrupa slides em uma apresentação claras, para que você possa utilizá-las como um script para a sua
existente para poder mostrar essa seção da apresentação para um apresentação.
público em particular). o É possível escurecer a tela durante sua apresentação e, de-
o Para mostrar todos os slides em sua apresentação, clicar em pois, prosseguir do ponto em que você parou. Por exemplo, talvez
Tudo. você não queira exibir o conteúdo do slide durante um intervalo ou
o Para mostrar um grupo específico de slides de sua apresen- uma seção de perguntas e respostas.
tação, digitar o número do primeiro slide que você deseja mostrar
na caixa De e digitar o número do último slide que você deseja
mostrar na caixa Até.

Didatismo e Conhecimento 178


INFORMÁTICA BÁSICA
o Ativar o suporte a vários monitores
o Ativar o modo de exibição Apresentador.

Ativar o suporte a vários monitores:


Embora os computadores possam oferecer suporte a mais de
dois monitores, o PowerPoint oferece suporte para o uso de até
dois monitores para uma apresentação. Para desativar o suporte
a vários monitores, selecionar o segundo monitor e desmarcar a
caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows a este
monitor.

1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Monitores, clicar


em Mostrar Modo de Exibição do Apresentador.
No modo de exibição do Apresentador, os ícones e botões são 2. Na caixa de diálogo Propriedades de Vídeo, na guia Con-
grandes o suficiente para uma fácil navegação, mesmo quando figurações, clicar no ícone do monitor para o monitor do apresen-
você está usando um teclado ou mouse desconhecido. A seguin- tador e desmarcar a caixa de seleção Usar este dispositivo como
te ilustração mostra as várias ferramentas disponibilizadas pelo monitor primário.
modo de exibição Apresentador. Se a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor pri-
mário estiver marcada e não disponível, o monitor foi designado
como o monitor primário. Somente é possível selecionar um mo-
nitor primário por vez. Se você clicar em um ícone de monitor
diferente, a caixa de seleção Usar este dispositivo como monitor
primário é desmarcada e torna-se disponível novamente.
É possível mostrar o modo de exibição Apresentador e execu-
tar a apresentação de apenas um monitor — geralmente, o monitor
1.
3. Clicar no ícone do monitor para o monitor do público e
marcar a caixa de seleção Estender a área de trabalho do Windows
a este monitor.
Executar uma apresentação em dois monitores usando o
modo de exibição do Apresentador:
Após configurar seus monitores, abrir a apresentação que de-
seja executar e fazer o seguinte:
1. Na guia Apresentação de Slides, no grupo Configuração,
clicar em Configurar a Apresentação de Slides.
2. Na caixa de diálogo Configurar Apresentação, escolher as
opções desejadas e clicar em OK.
1. Miniaturas dos slides que você pode clicar para pular um 3. Para começar a entrega da apresentação, na guia Exibir, no
slide ou retornar para um slide já apresentado. grupo Modos de Exibição de Apresentação, clicar em Apresenta-
2. O slide que você está exibindo no momento para o pú- ção de Slides.
blico. • Desempenho
3. O botão Finalizar Apresentação, que você pode clicar a Usar as opções na seção Desempenho para especificar o nível
qualquer momento para finalizar a sua apresentação. de clareza visual da apresentação.
4. O botão Escurecer, que você pode clicar para escurecer a o Para acelerar o desenho de elementos gráficos na apresen-
tela do público temporariamente e, em seguida, clicar de novo para tação, selecionar Usar aceleração de elementos gráficos do hard-
exibir o slide atual. ware.
5. Avançar para cima, que indica o slide que o seu público o Na lista Resolução da apresentação de slides, clicar na reso-
verá em seguida. lução, ou número de pixels por polegada, que você deseja. Quanto
6. Botões que você pode selecionar para mover para frente mais pixels, mais nítida será a imagem, contudo mais lento será o
ou para trás na sua apresentação. desempenho do computador. Por exemplo, uma tela de 640 x 480
7. O Número do slide (por exemplo, Slide 7 de 12) pixels é capaz de exibir 640 pontos distintos em cada uma das 480
8. O tempo decorrido, em horas e minutos, desde o início linhas, ou aproximadamente 300.000 pixels. Essa é a resolução
da sua apresentação. com desempenho mais rápido, contudo fornece a menor qualidade.
9. As anotações do orador, que você pode usar como um Em contraste, uma tela com 1280 x 1024 pixels fornece as imagens
script para a sua apresentação. mais nítidas, mas com desempenho mais lento.
Requisitos para o uso do modo de exibição Apresentador:
Para utilizar o modo de exibição Apresentador, faça o seguinte:
o Certifique-se que o computador usado para a apresentação
tem capacidade para vários monitores.

Didatismo e Conhecimento 179


INFORMÁTICA BÁSICA
IMPRESS que se mude a ordem de apresentação dos slides). Clicando em um
slide deste painel, isto o selecione e o coloca na Área de Trabalho.
O LibreOffice Impress é o editor de apresentações da família Quando um slide está na Área de Trabalho, pode-se aplicar nele as
LibreOffice.org e apresenta soluções atuais para esta finalidade. alterações desejadas.
O Impress permite criar apresentações de slides profissionais Várias operações adicionais podem ser aplicadas em um ou
que podem conter gráficos, objetos de desenho, texto, multimídia mais slides simultaneamente no Painel de slides:
e vários outros itens. Se desejar, você poderá importar e modificar • Adicionar novos slides para a apresentação.
apresentações do Microsoft PowerPoint. • Marcar um slide como oculto para que ele não seja mos-
O usuário poderá criar slides com complexidades variadas, trado como parte da apresentação.
indo de uma simples apresentação escolar até as mais complexas • Excluir um slide da apresentação, se ele não é mais ne-
apresentações profissionais. De uma forma geral, poderá ser criado cessário.
e editado com o LibreOffice.org Impress: • Renomear um slide.
a) Apresentações: Conjunto de slides, folhetos, anotações do • Duplicar um slide (copiar e colar) ou movê-lo para uma
apresentador e estruturas de tópicos, agrupados em um arquivo; posição diferente na apresentação (cortar e colar).
b) Slides: É a página individual da apresentação. Pode conter Também é possível realizar as seguintes operações, apesar de
títulos, textos, elementos gráficos, desenhos (clipart), etc; existirem métodos mais eficientes do que usando o Painel de Sli-
c) Folhetos: É uma pequena versão impressa dos slides, para des:
distribuir entre os ouvintes. • Alterar a transição de slides para o slide seguinte ou após
d) Anotações do Apresentador: Anotações que o apresentador cada slide em um grupo de slides.
queira adicionar ao slide sem que sejam visualizadas na apresentação. • Alterar a sequência de slides na apresentação.
e) Estrutura de Tópicos: É o sumário da apresentação. Apare- • Alterar o modelo do slide.
cem apenas os títulos e os textos principais de cada slide. • Alterar a disposição do slide ou para um grupo de slides
simultaneamente.
Layout
Painel de tarefas
]
O Painel de Tarefas tem cinco seções. Para expandir a seção

que se deseja, clique no triângulo apontando para a esquer-

da da legenda. Somente uma seção por vez pode ser expandida.

Páginas mestre
Aqui é definido o estilo de página para sua apresentação. O Im-
press contém Páginas Mestre pré-preparadas (slides mestres). Um
deles, o padrão, é branco, e os restantes possuem um plano fundo.

Antes de iniciar a utilização do Impress, é interessante ter Layout


alguns conceitos básicos de informática bem fixados, como por Os layouts pré-preparados são mostrados aqui. Você pode es-
exemplo: colher aquele que se deseja, usálo como está ou modificá-lo con-
– Cursor de Ponto de Inserção: barra que indica posição den- forme suas próprias necessidades. Atualmente não é possível criar
tro do documento; layouts personalizados.
– Menu: conjunto de opções (comandos) utilizados durante
a tarefa, que podem dividir-se em sub-menus. As opções podem Modelos de tabela
ser acessadas pela barra de menu, barra de ferramentas e teclas de Os estilos de tabela padrão são fornecidos neste painel. Pode-
atalho; – Janela: espaço onde fica um conjunto de configurações se ainda modificar a aparência de uma tabela com as seleções para
de um comando. mostrar ou ocultar linhas e colunas específicas, ou aplicar uma
– Barra de Menu: dá acesso a menus suspensos, onde estão aparência única às linhas ou colunas.
todas as opções (comandos) do programa;
– Barra de Ferramentas: dá acesso a um conjunto de botões Animação personalizada
com as mesmas funcionalidades da barra de menu; Uma variedade de animações/efeitos para elementos selecio-
– Barra de Rolagem Horizontal e Vertical: facilita a navegação nados de um slide são listadas. A animação pode ser adicionada a
na página quando o zoom de visualização excede o tamanho da tela; um slide, e também pode ser alterada ou removida posteriormente.
– Barra de Status: exibe na parte inferior da janela do docu-
mento alguns status de comportamento e edição do texto no pro- Transição de slide
grama. Muitas transições estão disponíveis, incluindo Sem transição.
Pode-se selecionar a velocidade de transição (lenta, média, rápi-
Painel de slides da), escolher entre uma transição automática ou manual, e escolher
O Painel de Slides contém imagens em miniaturas dos slides por quanto tempo o slide selecionado será mostrado.
de sua apresentação, na ordem em que serão mostrados (a menos

Didatismo e Conhecimento 180


INFORMÁTICA BÁSICA
Área de trabalho Clicando duas vezes sobre o Zoom e proporção, aparece a cai-
A Área de Trabalho tem cinco guias: Normal, Estrutura de xa de diálogo Zoom & Visualização do Layout.
tópicos, Notas, Folheto e Classificador de slide. Estas cinco guias
são chamadas botões de Visualização. A Área de Trabalho abaixo Navegador
dos botões muda dependendo da visualização escolhida. O Navegador exibe todos os objetos contidos em um docu-
mento. Ele fornece outra forma conveniente de se mover em um
documento e encontrar itens neste. Para exibir o Navegador, clique
no ícone na barra de ferramentas Padrão, ou escolha Exibir →
Navegador na barra de menu, ou pressione Ctrl+Shift+F5. O Na-
vegador é mais útil se se der aos slides e objetos (figuras, planilhas,
e assim por diante) nomes significativos, ao invés de deixá- los
como o padrão “Slide 1” e “Slide 2” mostrado na Figura abaixo.

Barra de status
A Barra de status, localizada na parte inferior da janela do
Impress, contém informações que podem ser úteis quando traba-
lhamos com uma apresentação. Ela mostra algumas informações
sobre o documento e maneiras convenientes de alterar algumas
funcionalidades. Ela é parecida, tanto no Writer, como no Calc,
Impress e Draw, mas cada componente inclui alguns itens espe-
cíficos.

Exibições da área de trabalho


Cada uma das exibições da área de trabalho é projetada para
Canto esquerdo da barra de status no Impress
facilitar a realização de determinadas tarefas; portanto, é útil se fa-
miliarizar com elas, a fim de se realizar rapidamente estas tarefas.
A exibição Normal é a principal exibição para trabalharmos
com slides individuais. Use esta exibição para projetar e formatar
Canto direito da barra de status do Impress e adicionar texto, gráficos, e efeitos de animação.
Os itens da barra de status estão descritos abaixo. Para colocar um slide na área de projeto (Exibição normal),
Número do slide clique na miniatura do slide no Painel de slides ou clique duas
Mostra o número do slide e o número total deles no documen- vezes no Navegador.
to. Clique duas vezes nesse campo para abrir o Navegador.
Estilo do slide Exibição estrutura de tópicos
Mostra o estilo atual do slide. Para editá-lo, clique duas vezes A visualização Estrutura de tópicos contém todos os slides
nesse campo. da apresentação em sua sequência numerada. Mostra tópico dos
títulos, lista de marcadores e lista de numeração para cada slide
Alterações não salvas no formato estrutura de tópicos. Apenas o texto contido na caixa
Um ícone aparece aqui se alterações feitas no documento de texto padrão em cada slide é mostrado, portanto se o seu slide
não foram salvas. inclui outras caixas de texto ou objetos de desenho, o texto nesses
objetos não é exibido. Nome de slides também não são incluídos.
Assinatura digital
Se o documento foi assinado digitalmente, um ícone é
mostrado aqui. Você pode clicar duas vezes sobre ele para ver o
certificado.
Informação do objeto
Mostra informações importantes relativas à posição do cursor
ou do elemento selecionado no documento. Clicar duas vezes nes-
sa área normalmente abre uma caixa de diálogo.
Zoom e proporção Use a exibição Estrutura de tópicos para as seguintes finali-
Para alterar a visualização para mais perto ou mais longe, ar- dades:
raste o botão de Zoom, ou clique nos botões + e –, ou clique com o Fazer alterações no texto de um slide :
botão direito do mouse no marcador de nível de zoom para mostrar Adicione e exclua o texto em um slide assim como no modo
uma lista de valores que se podem escolher para a exibição. de exibição Normal.

Didatismo e Conhecimento 181


INFORMÁTICA BÁSICA
Mova os parágrafos do texto no slide selecionado para cima Exibição Folheto
A exibição Folheto é para configurar o layout de seu slide para
ou para baixo usando as teclas de seta para cima e para baixo (Mo- uma impressão em folheto. Clique na guia Folheto na Área de tra-
balho, então escolha Layouts no painel de Tarefas. Pode-se então
ver para cima ou Mover para baixo) na barra de ferramenta Forma- optar por imprimir 1,2,3,4,6 ou 9 slides por página

tação de Texto.
Altere o nível da Estrutura de tópicos para qualquer um dos
parágrafos em um slide usando as teclas seta esquerda e direita
(Promover ou Rebaixar).
Move um parágrafo e altera o seu nível de estrutura de tópicos
usando a combinação destas quatro teclas de seta.
Comparar os slides com sua estrutura (se tiver preparado uma
antecipadamente). Observe a partir do seu esquema que outros sli-
des são necessários, pode-se criá-los diretamente na exibição Es-
trutura de tópicos ou pode-se voltar ao modo de exibição normal Use esta exibição também para personalizar as informações
para criá-lo. impressas no folheto.
Exibição Notas Selecione a partir do menu Inserir → Número da pagina ou
Use a exibição Notas para adicionar notas para um slide. Inserir → Data e hora e na caixa de diálogo que abre, e clique na
Clique na guia Notas na Área de trabalho. guia Notas e Folheto. Use esta caixa de diálogo para selecionar os
Selecione o slide ao qual se deseja adicionar notas. elementos que se deseja para aparecer em cada página do folheto
Clique o slide no painel Slides, ou Duplo clique no nome do e seus conteúdos.
slide no Navegador.
Na caixa de texto abaixo do slide, clique sobre as palavras
Clique para adicionar notas e comece a digitar.
Pode-se redimensionar a caixa de texto de Notas utilizando as
alças de redimensionamento verdes que aparecem quando se clica
na borda da caixa. Pode-se também mover a caixa colocando o
cursor na borda, então clicando e arrastando. Para fazer alterações
no estilo de texto, pressione a tecla F11 para abrir a janela Estilos
e formatação.

Exibição classificador de slides


A exibição Classificador de slides contém todas as miniaturas
dos slides. Use esta exibição para trabalhar com um grupo de sli-
des ou com apenas um slide.

Personalizando a exibição classificador de slides


Para alterar o número de slides por linha:
Escolha Exibir → Barra de ferramentas → Exibição de slides
para fazer a barra de ferramenta Exibição de slide visível.

Ajuste o número de slides (até um máximo de 15).


Movendo um slide usando o Classificador de slide
Para mover um slide em um apresentação no Classificador de
slides:

Didatismo e Conhecimento 182


INFORMÁTICA BÁSICA
1) Clique no slide. Uma borda grossa e preta é desenhada em
torno dele. 2) Arraste-o e solte-o no local desejado.
Conforme o slide se move, uma linha vertical preta aparece
para um lado do slide.
Arraste o slide até que esta linha vertical preta esteja localiza-
da onde deseja-se que o slide seja movido.
Selecionando e movendo grupos de slides
Para selecionar um grupo de slides, use um destes métodos:
Use a tecla Ctrl: Clique no primeiro slide e, mantendo a tecla
Ctrl pressionada, selecione os outros slides desejados.
Use a tecla Shift: Clique no primeiro slide e, enquanto pres-
siona a tecla Shift, clique no slide final do grupo. Isto seleciona
todos os slides entre o primeiro e o último.
Use o mouse: Clique ligeiramente à esquerda do primeiro sli- Deixe a opção Visualizar selecionada para que modelos, apre-
de a ser selecionado. sentação de slides e transições de slides apareçam na caixa de vi-
Mantenha pressionado o botão esquerdo do mouse e arraste sualização ao selecioná-los.
o ponteiro do mouse para o ponto um pouco à direita do último • Selecione Apresentação vazia em Tipo. Ele cria uma
slide a ser incluído. (Pode-se também fazer isto da direita para apresentação a partir do zero.
a esquerda) Um contorno tracejado retangular se forma enquanto • A partir do modelo usa um modelo já criado como base
arrasta-se o cursor através das miniaturas dos slides e uma borda para uma nova apresentação. O Assistente muda para mostrar uma
é desenhada em torno de cada slide selecionado. Certifique-se de lista de modelos disponíveis. Escolha o modelo que se deseja.
que o retângulo incluiu todos os slides desejados para a seleção. • Abrir uma apresentação existente continua trabalhando
Para mover um grupo de slides: em uma apresentação criada anteriormente. O Assistente muda
Selecione o grupo. para mostrar uma lista de apresentações existentes. Escolha a apre-
Arraste e solte o grupo para sua nova localização. Um linha sentação que se deseja.
vertical preta aparece para mostrar para onde o grupo de slides Clique em Próximo. A Figura seguinte mostra o passo 2 do
será movido. Assistente de Apresentação como aparece ao selecionar Apresen-
Trabalhando na exibição Classificador de slides tação vazia no passo 1. Se selecionar A partir do modelo, um slide
Pode-se trabalhar com slides na exibição Classificador de sli- de exemplo é mostrado na caixa de visualização.
des assim como se trabalha no Painel de slides.
Para fazer alterações, clique com o botão direito do mouse em
um slide e escolha qualquer uma das seguintes opções do menu
suspenso:
Adicionar um novo slide após o slide selecionado.
Renomear ou excluir o slide selecionado.
Alterar o layout do slide.
Alterar a transição do slide.
– Para um slide, clique no slide para selecioná-lo e então adi-
cione a transição desejada.
– Para mais de um slide, selecione o grupo de slides e adicione
a transição desejada.
Marcar um slide como oculto. Slides ocultos não serão mos-
trados na exibição de slides. Escolha um modelo em Selecione um modelo de slide. A se-
Copiar ou cortar e colar um slide. ção modelo de slide oferece duas escolhas principais: Planos de
fundo para apresentação e Apresentações.
Renomeando slides Cada uma tem uma lista de escolhas para modelos de slide. Se
Clique com o botão direito do mouse em uma miniatura no quiser usar um desses que não seja < Original>, clique nele para
Painel de slides ou o Classificador de slides e escolha Renomear selecioná-lo.
slide no menu suspenso. No campo Nome, apague o nome antigo • Os tipos de Planos de fundo para apresentação são mos-
do slide e digite o novo nome. Clique OK. trados na Figura acima. Clicando em um item, teremos uma visua-
lização do modelo de slide na janela Visualização.
Criando uma nova apresentação através do assistente • < Original> é para um projeto em branco na apresentação
Para acessar o assistente devemos ir até o menu Arquivo / As- de slides.
sistentes / Apresentação, que ira exibir a seguinte tela: Selecione como a apresentação será usada em Selecione uma
mídia de saída. Na maioria das vezes, as apresentações são criadas
para exibição na tela do computador. Selecione Tela. Pode-se alte-
rar o formato da página a qualquer momento.

Didatismo e Conhecimento 183


INFORMÁTICA BÁSICA
Obs.: A página de Tela é otimizada para uma exibição de 4:3 Selecionando um layout
(28 cm x 21 cm) por isso não é apropriado para os modernos mo-
nitores widescreen. Pode-se alterar o tamanho do slide a qualquer
momento, mudando para visão Normal e selecionando Formatar
→ Página.
Clique em Próximo e o passo 3 do Assistente de apresentação
é aberto.

No painel de Tarefas, selecione a aba Layouts para exibir os


layouts disponíveis. O Layout difere no número de elementos que
um slide irá conter, que vai desde o slide vazio (slide branco) ao
• Escolha a transição de slides no menu suspenso Efeito. slide com 6 caixas de conteúdo e um título (Título, 6 conteúdos).
• Selecione a velocidade desejada para a transição entre os O Slide de título (que também contém uma seção para um
diferentes slides na apresentação no menu suspenso. Velocidade. subtítulo) ou Somente título são layouts adequados para o primeiro
Média e uma boa escolha no momento. slide, enquanto que para a maioria dos slides se usará provavel-
mente o layout Título, conteúdo.
Clique Criar. Uma nova apresentação é criada.
Vários layouts contém uma ou mais caixas de conteúdo. Cada
uma dessas caixas pode ser configurada para conter um dos se-
Formatando uma apresentação
guintes elementos: Texto, Filme, Imagem, Gráfico ou Tabela.
A nova apresentação contém somente um slide em branco.
Pode-se escolher o tipo de conteúdo clicando no ícone corres-
Nesta seção vamos iniciar a adição de novos slides e prepará-los
pondente que é exibido no meio da caixa de conteúdo, como mos-
para o conteúdo pretendido.
trado na Figura abaixo. Para texto, basta clicar no local indicado na
caixa para se obter o cursor.
Inserindo slides
Isto pode ser feito de várias maneiras, faça a sua escolha:
• Inserir → Slide.
• Botão direito do mouse no slide atual e selecione Slide
→ Novo slide no menu suspenso.
• Clique no ícone Slide na barra de ferramenta Apresen-
tação.
Às vezes, ao invés de partir de um novo slide se deseja du-
plicar um slide que já está inserido. Para fazer isso, selecione o
slide que se deseja duplicar no painel de Slides e escolha Inserir
→ Duplicar slide.

Para selecionar ou alterar o layout, coloque o slide na Área


de trabalho e selecione o layout desejado da gaveta de layout no
Painel de tarefas.
Se tivermos selecionado um layout com uma ou mais caixas
de conteúdo, este é um bom momento para decidir qual tipo de
conteúdo se deseja inserir.

Modificando os elementos de slide


Atualmente cada slide irá conter os elementos que estão pre-
sentes no slide mestre que se está usando, como imagens de fundo,
logos, cabeçalho, rodapé, e assim por diante. No entanto, é impro-
vável que o layout pré-definido irá atender todas as suas necessida-
des. Embora o Impress não tenha a funcionalidade para criar novos
layouts, ele nos permite redimensionar e mover os elementos do
layout. Também é possível adicionar elementos de slides sem ser
limitado ao tamanho e posição das caixas de layout.

Didatismo e Conhecimento 184


INFORMÁTICA BÁSICA
Para redimensionar uma caixa de conteúdo, clique sobre o Usando caixas de texto criadas a partir do painel Layouts
quadro externo para que as 8 alças de redimensionamento sejam Na exibição Normal:
mostradas. Para movê-la coloque o cursor do mouse no quadro Clique na caixa de texto que se lê Clique para adicionar texto,
para que o cursor mude de forma. Pode-se agora clicar com o bo- Clique para adicionar o título, ou uma notação similar.
tão esquerdo do mouse e arrastar a caixa de conteúdos para uma Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
nova posição no slide.
Nesta etapa pode-se também querer remover quadros indese- Usando caixa de texto criadas a partir da ferramenta caixa
jados. Para fazer isto: de texto Na exibição Normal:
Clique no elemento para realçá-lo. (As alças de redimensiona- Clique no ícone na barra de ferramenta Desenho. Se a barra
mento verdes mostram o que é realçado). de ferramenta com o ícone texto não é visível, escolha Exibir →
Pressione a tecla Delete para removê-lo. Barra de ferramentas → Desenho.
Clique e arraste para desenhar uma caixa para o texto no slide.
Adicionando texto a um slide Não se preocupe com o tamanho e posição vertical; a caixa de
Se o slide contém texto, clique em Clique aqui para adicionar texto irá expandir se necessário enquanto se digita.
um texto no quadro de texto e então digite o texto. O estilo Estru- Solte o botão do mouse quando terminar. O cursor aparece na
tura de esboço 1:10 é automaticamente aplicado ao texto conforme caixa de texto, que agora está no modo de edição.
o que insere. Pode-se alterar o nível da Estrutura de cada parágrafo Digite ou cole seu texto na caixa de texto.
assim como sua posição dentro do texto usando os botões de seta Clique fora da caixa de texto para desmarcá-la.
na barra de ferramenta Formatação de texto. Pode-se mover, redimensionar e excluir caixas de texto.

Modificando a aparência de todos os slides Adicionando imagens, tabelas, gráficos e filme


Para alterar o fundo e outras características de todos os slides Como foi visto, além de texto uma caixa pode conter também
em uma apresentação, é melhor modificar o slide mestre ou esco- imagens, tabelas, gráficos ou filme. Esta seção fornece uma visão
lher um slide mestre diferente como explicado na seção Trabalhan- rápida de como trabalhar estes objetos.
do com slide mestre e estilos na página 28.
Se tudo que se necessita fazer é alterar o fundo, pode-se tomar
um atalho:
1. Selecione Formatar → Página e vá para a aba Plano de
fundo.
2. Selecione o plano de fundo desejado entre cor sólida,
gradiente, hachura e bitmap.
3. Clique OK para aplicá-lo.
Uma caixa de diálogo se abrirá perguntando se o fundo deve
ser aplicado para todos os slides. Se clicar em sim, o Impress irá Adicionando imagens
modificar automaticamente o slide mestre. Para adicionar uma imagem a uma caixa de conteúdo:
Clique no ícone Inserir imagem.
Modificando a apresentação de slides Use o navegador de arquivos para selecionar o arquivo de
Por padrão a apresentação de slides irá mostrar todos os slides imagem que se quer incluir. Para ver uma pré-visualização da
na mesma ordem em que aparecem na apresentação, sem qualquer imagem, selecione Visualizar na parte inferior da caixa de diálogo
transição entre os slides, e precisa-se do teclado ou da interação Inserir imagem.
com o mouse para mover de um slide para o próximo. Clique Abrir.
Pode-se usar o menu apresentação de slides para alterar a or- A imagem será redimensionada para preencher a área da caixa
dem dos slides, escolher quais serão mostrados, automaticamente de conteúdo. Siga as instruções da nota abaixo e cuidado quando
mover de um slide para outro e outras configurações. Para alterar a redimensioná-la a mão.
transição, animação de slides, adicionar uma trilha sonora na apre-
sentação e fazer outras melhorias, necessita-se o uso de funções do Adicionando tabelas
Painel de tarefas. Para a exibição de dados tabulares, pode-se inserir tabelas bá-
sicas diretamente nos slides escolhendo o tipo de conteúdos na
Adicionando e formatando texto Tabela. Também é possível adicionar uma tabela fora da caixa de
Muitos dos slides podem conter algum texto. Esta seção lhe dá conteúdo de uma série de formas:
algumas orientações de como adicionar texto e alterar sua aparên- Escolha Inserir → Tabela na barra de menu.
cia. O texto em um slide está contido em caixas de texto. Com o botão Tabela na barra de ferramenta Principal
Há dois tipos de caixas de texto que pode-se adicionar a um Com o botão Modelos de tabela na barra de ferramenta tabela.
slide: Selecione uma opção de estilo na seção Modelos de tabela do
Escolha de um layout pré-definido na seção Layouts no Painel painel de Tarefas.
de tarefas e não selecionar qualquer tipo de conteúdo especial. Es- Cada método abre a caixa de diálogo Inserir tabela. Alterna-
tas caixas de texto são chamadas texto Layout automático . tivamente, clicando na seta preta ao lado do botão Tabela mostra
Criar uma caixa de texto usando a ferramenta texto na barra um gráfico que pode-se arrastar e selecionar o número de linhas e
de ferramenta Desenho. colunas para a tabela.

Didatismo e Conhecimento 185


INFORMÁTICA BÁSICA
Com a tabela selecionada, a barra de ferramentas Tabela deve O Impress oferece a capacidade de inserir em um slide vários
aparecer. Se não, pode-se acessá-la selecionando Exibir → Barra outros tipos de objetos como documentos Writer, Fórmulas mate-
de ferramentas → Tabela. A barra de ferramentas Tabela oferece máticas, ou mesmo uma outra apresentação.
muito dos mesmos botões como a barra de ferramentas Tabela no
Writer, com a exceção de funções como Classificar e Soma para Trabalhando com slide mestre e estilos
realização de cálculos. Para estas funções, é preciso usar uma pla- Um slide mestre é um slide que é usado como ponto de par-
nilha do Calc inserida (discutido abaixo). tida para outros slides. É semelhante a página de estilos no Wri-
Depois que a tabela é criada, pode-se modificá-la de forma ter: controla a formatação básica de todos os slides baseados nele.
semelhante ao que se faria em uma tabela no Writer: adicionando e Uma apresentação de slides pode ter mais de um slide mestre. O
excluindo linhas e colunas, ajustando largura e espaçamento, adi- slide mestre também pode ser chamado de slide principal ou pá-
cionando bordas, cores de fundo, etc... gina mestre.
Modificando o estilo da tabela a partir da seção Modelos de ta- Um slide mestre tem um conjunto definido de características,
bela no painel de Tarefas, pode-se alterar rapidamente a aparência incluindo a cor de fundo, gráfico, ou gradiente; objetos (como lo-
da tabela ou quaisquer tabelas recém-criadas com base nas opções gotipos, linhas decorativas e outros gráficos) no fundo; cabeçalhos
de estilo que se selecionou. Pode-se escolher optar por dar enfase e rodapés; localização e tamanho dos quadros de texto; e a forma-
ao cabeçalho e as linhas de totais, bem como a primeira e a ulti- tação do texto.
ma colunas da tabela, e aplicar uma faixa aparecendo nas linhas e
colunas. Estilos
Tendo concluído o modelo da tabela, inserir dados dentro das Todas as características de slide mestre são controladas por
células é semelhante a trabalhar com objetos caixa de texto. Clique estilos. Os estilos de qualquer novo slide que se crie são herdados
na célula que se deseja adicionar dados, e comece a digitar. Para do slide mestre do qual ele foi criado. Em outras palavras, o estilo
se deslocar rapidamente nas células, use as seguintes opções de do slide mestre estão disponíveis e aplicados a todos os slides cria-
teclas: dos a partir desse slide mestre. Alterando um estilo em um slide
As teclas Seta move o cursor para a próxima célula da tabela mestre resulta em mudança para todos os slides com base nesse
se a célula está vazia, caso contrário, elas movem o cursor para o slide mestre, mas pode-se modificar slides individualmente sem
próximo caractere na célula. afetar o slide mestre.
A tecla Tab move para a próxima célula, pulando sobre o con- O slide mestre tem dois tipos de estilos associados a ele: es-
teúdo da célula; Shift+Tab move para trás pulando para o início do tilos de apresentação e estilos gráficos. Os estilos de apresentação
conteúdo se houver. pré-configurados não podem ser modificados mas novos estilos de
Adicionando gráficos apresentação podem ser criados. No caso de estilos gráficos, pode-
Para inserir um gráfico em um slide pode-se usar o recurso In- se modificar os préconfigurados e também criar novos.
serir gráfico ou selecionar gráfico como tipo de uma caixa de con- Estilos de apresentação afetam três elementos de um slide mes-
teúdo. Em ambos os casos o Impress irá inserir um gráfico padrão. tre: o plano de fundo, fundo dos objetos (como ícones, linhas de-
Adicionando clips de mídia corativas e quadro de texto) e o texto colocado no slide. Estilos de
Pode-se inserir vários tipos de músicas e clips de filme em seu texto são subdivididos em Notas, Alinhamento 1 ate Alinhamento
slide selecionando o botão Inserir filme em uma caixa de conteúdo 9, Subtítulo, e Título. Os estilos de alinhamento são usados para os
vazia. Um reprodutor de mídia será aberto na parte inferior da tela, diferentes níveis de alinhamento a que pertencem. Por exemplo, Ali-
o filme será aberto no fundo da tela e pode-se ter uma visualização nhamento 2 é usado para os subpontos do Alinhamento 1, e Alinha-
da mídia. No caso de um arquivo de áudio, a caixa de conteúdo mento 3 e usado para os subpontos do Alinhamento 2.
será preenchida com uma imagem de alto falante. Estilos gráficos afetam muitos dos elementos de um slide.
Repare que estilos de texto existem tanto na seleção do estilo de
Adicionando gráficos, planilhas, e outros objetos apresentação como no estilo gráfico.
Gráficos tais como formas, textos explicativos, setas, etc... são
muitas vezes úteis para complementar o texto em um slide. Estes Slides mestres
objetos são tratados da mesma forma como um gráfico no Draw. O Impress vem com vários slides mestres pré-configurados.
Planilhas embutidas no Impress incluem a maioria das fun- Eles são mostrados na seção
cionalidades de planilhas no Calc e, portanto, capaz de realizar Páginas mestre no painel de Tarefas. Esta seção tem três sub-
cálculos extremamente complexos e análise de dados. Se houver seções: Utilizadas nesta apresentação, Recém utilizadas e Dispo-
necessidade de analisar seus próprios dados ou aplicar fórmulas, nível para utilização. Clique no sinal + ao lado do nome de uma
essas operações podem ser melhor executadas em uma planilha subseção para expandi-la para mostrar miniaturas dos slides, ou
Calc e os resultados mostrados em uma planilha incorporada no clique o sinal – para esconder as miniaturas.
Impress ou ainda melhor em uma tabela Impress nativa. Cada um dos slides mestres mostrados na lista Disponível
Alternativamente, escolha Inserir → Objeto → Objeto OLE para utilização é de um modelo de mesmo nome. Se tivermos
na barra de menu. Isso abre uma planilha no meio do slide e o criado nossos próprios modelos, ou adicionado modelos de outras
menu e as barras de ferramentas mudam para os utilizados no Calc fontes, os slides mestres a partir destes modelos também aparecem
para que se possa começar a adicionar os dados, embora talvez seja nesta lista.
necessário redimensionar a área visível no slide. Pode-se também
inserir uma planilha já existente e usar o visor para selecionar os
dados que se deseja exibir no slide.

Didatismo e Conhecimento 186


INFORMÁTICA BÁSICA
No modo de exibição Normal, escolha Inserir → Anotação da
barra de menu. Uma pequena caixa contendo suas iniciais aparece
no canto superior esquerdo do slide, com uma caixa de texto maior
ao lado. O Impress adiciona automaticamente seu nome (se preen-
chido em Dados do usuário conforme dica acima) e a data atual na
parte inferior da caixa de texto.

Digite ou cole o seu comentário na caixa de texto. Opcional-


mente, pode-se aplicar alguma formatação básica para partes do
texto selecionando-o, botão direito do mouse, e escolhendo no
menu suspenso. (A partir deste menu, pode-se também excluir a
anotação atual, todas as anotações do mesmo autor, ou todas as
anotações no documento).
Pode-se mover os marcadores pequenos dos comentários para
Criando um slide mestre qualquer lugar que se deseje na página. Normalmente, pode-se co-
Criar um novo slide mestre é semelhante ao modificar o slide locá-lo em ou perto de um objeto a que se refere no comentário.
mestre padrão. Para começar, permita a edição de slides mestres Para mostrar ou ocultar os marcadores de anotação, escolha
em Exibir → Mestre → Slide mestre. Exibir → Anotações.
Selecione Ferramentas → Opções → LibreOffice → Dados
do usuário para configurar o nome que se deseja para aparecer no
campo Autor da anotação, ou mudá-lo.
Se mais de uma pessoa edita o documento, a cada autor é au-
tomaticamente atribuída uma cor de fundo diferente.
Na barra de ferramenta Exibição mestre, clique no ícone Novo
mestre. Configurando a apresentação de slide
Um segundo slide mestre aparece no Painel de slides. Modifi- Impress aloca configurações padrão para apresentação de sli-
que este slide mestre para atender suas necessidades. Também é re- de, enquanto ao mesmo tempo permite a personalização de vários
comendável renomear este novo slide mestre: clique com o botão aspectos da experiência para apresentação de slide.
direito do mouse no slide no Painel de slides e selecione Renomear A maioria das tarefas são melhor realizadas tendo em exibição
mestre no menu suspenso. classificador de slide onde pode-se ver a maioria dos slides simul-
Quando terminar, feche a barra de ferramenta Exibição mestre taneamente. Escolha Exibir → Classificador de slide na barra de
para retornar para o modo de edição de slide normal. menu ou clique na guia Classificador de slide na parte superior da
área de trabalho.
Aplicando um slide mestre
No Painel de tarefas, certifique-se de que a seção Páginas Um conjunto de slides – várias apresentações
mestre é mostrada. Em muitas situações, pode-se achar que se tenha slides mais
Para aplicar um dos slides mestre para todos os slides de sua do que o tempo disponível para apresentá-los ou pode-se querer
apresentação, clique sobre ele na lista. dar uma visão rápida sem se deter em detalhes. Ao invés de ter
Para aplicar um slide mestre diferente para um ou mais slides que criar uma nova apresentação; pode-se usar duas ferramentas
selecionados: que o Impress oferece: slides escondidos e apresentação de slide
No Painel de slides, selecione o slide que se deseja alterar. personalizada.
No Painel de tarefas, com o botão direito do mouse no slide Para ocultar um slide, clique com o botão direito do mouse
mestre que se deseja aplicar aos slides selecionados, e clique Apli- sobre a miniatura do slide senão na área de trabalho se se estiver
car aos slides selecionados no menu suspenso. usando a exibição classificador de slide e escolha Ocultar slide no
menu suspenso. Slides ocultos são marcados por hachuras no slide.
Adicionando comentários a uma apresentação Se deseja reordenar a apresentação, escolha Apresentação de
O Impress suporta comentários semelhantes ao do Writer e slides → Apresentação de slides personalizada. Clique no botão
Calc. Nova para criar uma nova sequência de slides e salvá-lo.

Didatismo e Conhecimento 187


INFORMÁTICA BÁSICA
Pode-se ter muitas apresentações de slides como se quer a par- Clique em Aplicar para todos os slides.
tir de um conjunto de slides. Você pode aplicar um tempo diferente para cada slide para
Transições de slide avançar para o próximo. A função de ensaio cronometrado poderá
Transição de slide é a animação que é reproduzida quando auxiliá-lo no sincronismo correto.
um slide for alterado. Pode-se configurar a transição de slide a Para avançar para o primeiro slide, após todos os slides terem
partir da aba Transição de slides no painel de Tarefas. Selecione sido exibidos, você deverá configurar a apresentação de slides com
a transição desejada, a velocidade da animação, e se a transição repetição automática.
deve acontecer quando se clica com o mouse (de preferência) ou
automaticamente depois de um determinado número de segundos. Escolha Apresentação de slides - Configurações da apresen-
Clique Aplicar a todos os slides, a menos que prefira ter diferentes tação de slides.
transições na apresentação. Na área Tipo, clique em Automático e selecione o tempo de
espera entre as apresentações.
Avançar slides automaticamente Quando criar uma nova apresentação de slides utilizando o
Pode-se configurar a apresentação para avançar automati- Assistente de apresentação, você poderá selecionar a duração e o
camente para o próximo slide após um determinado período de tempo de espera de cada slide, na terceira página do assistente.
tempo (por exemplo na forma de quiosque ou carrocel) a partir
do menu Apresentação de slide → Configurações da apresenta- Para aplicar um efeito de transição a um slide
ção de slides ou para avançar automaticamente após um período Na exibição Normal, selecione o slide ao qual você deseja
preestabelecido de tempo diferente para cada slide. Para configurar adicionar efeito de transição.
este último, escolha Apresentação de slide → Cronometrar. Quan- No painel de Tarefas, clique em Transição de slides.
do usamos esta ferramenta, um temporizador de pequeno porte é Selecione uma transição de slides na lista.
exibido no canto inferior esquerdo. Quando estiver pronto para Você pode visualizar o efeito de transição na janela do docu-
avançar para o próximo slide, clique no temporizador. O Impress mento.
vai memorizar os intervalos e na próxima apresentação dos slides,
estes irão avançar automaticamente após o tempo expirar.

Executando a apresentação de slides


Para executar a apresentação de slides, execute um dos se-
guintes comandos:
Clique Apresentação de slides → Apresentação de slides.
Clique no botão Apresentação de slides na barra de ferramenta
Apresentação.

Pressione F5 ou F9 no teclado.
Se a transição de slides é Automaticamente após x segundos.
Deixe a apresentação de slides executar por si só. No painel de slides, um Fade effect indicator.png ícone apare-
Se a transição de slides é Ao clique do mouse, escolha uma ce perto da visualização dos slides, indicando que há uma transição
das seguintes opções para se mover de um slide para o outro: de slide. Ao passar a apresentação com a console do apresentador,
Use as teclas setas do teclado para ir para o próximo slide ou um Presenterscreen-Transition.png ícone indicará que o próximo
voltar ao anterior. slide possui uma transição.
Clique com o mouse para mover para o próximo slide. Para aplicar o mesmo efeito de transição a mais de um slide
Pressione a barra de espaço para avançar para o próximo slide. Na exibição Classificador de slides, selecione os slides os
Use o botão direito do mouse em qualquer lugar na tela para quais você deseja adicionar efeitos.
abrir um menu a partir do qual se pode navegar os slides e definir Se desejar, você pode utilizar a barra de ferramentas Zoom
outras opções. Ícone para alterar a ampliação da exibição dos slides.
Para sair da apresentação de slide a qualquer momento, inclu- No painel Tarefas, clique em Transição de slides.
sive no final, pressione a tecla Esc. Selecione uma transição de slides na lista.
Para visualizar o efeito de transição de um slide, clique no
Mostrar uma apresentação de slides automática (modo quiosque) ícone pequeno abaixo do slide no Painel de slides.
Para uma mudança automática para o próximo slide, você
deve atribuir uma transição de slides para cada slide. Para remover um efeito de transição
No painel de Tarefas, clique em Transição de slides para abri-la. Na exibição Classificador de slides, selecione os slides os
Na área Avançar slide, clique em Automaticamente após, e se- quais você deseja remover os efeitos de transição.
lecione o tempo de duração. Escolha Sem transição na caixa de listagem no painel Tarefas.

Didatismo e Conhecimento 188


INFORMÁTICA BÁSICA
Teclas de atalho no LibreOffice Impress Shift+Ctrl + tecla mais /Trazer para frente.
Ctrl + tecla menos Enviar para trás.
Teclas de função para o LibreOffice Impress Shift+Ctrl + tecla menos / Enviar para o fundo.
Teclas de atalho/Efeito
F2 / Editar o texto. Teclas de atalho ao editar texto
F3 / Entrar no grupo Teclas de atalho / Efeito
Ctrl+F3 / Sair do grupo Ctrl+Hífen(-) / Hifens personalizados; hifenização definida
Shift+F3 / Duplicar pelo usuário.
F4 / Posição e tamanho Ctrl+Shift+Sinal de menos (-) / Traço incondicional (não uti-
F5 / Exibir apresentação de slides. lizado na hifenização)
Ctrl+Shift+F5 / Navegador Ctrl+Shift+Barra de espaços / Espaços incondicionais. Os es-
F7 / Verificação ortográfica paços incondicionais não são utilizados na hifenização e não se
Ctrl+F7 / Dicionário de sinônimos expandem se o texto estiver justificado.
F8 / Editar pontos. Shift+Enter / Quebra de linha sem mudança de parágrafo
Ctrl+Shift+F8 / Ajustar o texto ao quadro. Seta para a esquerda / Move o cursor para a esquerda
F11 / Estilos e formatação Shift+Seta para esquerda / Mover cursor com seleção para a
esquerda
Teclas de atalho em apresentações de slides Ctrl+Seta para a esquerda / Ir para o início da palavra
Teclas de atalho / Efeito Ctrl+Shift+Seta para a esquerda / Selecionar palavra a palavra
Esc / Finalizar a apresentação. para a esquerda
Barra de espaço ou seta para direita ou seta para baixo ou Page Seta para a direita / Move o cursor para a direita
Down ou Enter ou Return ou N / Reproduzir o próximo efeito (se Shift+Seta para a direita / Move o cursor com seleção para a
houver, caso contrário ir para o próximo slide). direita
Alt+Page Down / Ir para o próximo slide sem reproduzir os Ctrl+Seta para a direita / Ir para o início da palavra seguinte
efeitos. Ctrl+Shift+Seta para a direita / Seleciona palavra a palavra
[número] + Enter / Digite o número de um slide e pressione para a direita
Enter para ir para o slide. Seta para cima / Move o cursor para cima uma linha
Seta para a esquerda ou seta para cima ou Page Up ou Backs- Shift+Seta para cima / Seleciona linhas para cima
pace ou P / Reproduz o efeito anterior novamente. Se não houver Ctrl+Seta para cima / Move o cursor para o início do parágra-
efeito anterior nesse slide, exibir slide anterior. fo anterior
Alt+Page Up / Ir para o slide anterior sem reproduzir os efei- Ctrl+Shift+Seta para cima / Seleciona até ao inicio do parágra-
tos. fo. Ao repetir, estende a seleção até o início do parágrafo anterior
Home / Saltar para o último slide da apresentação. Seta para baixo / Move o cursor para baixo uma linha
End / Saltar para o último slide da apresentação. Shift+Seta para baixo / Seleciona linhas para baixo
Ctrl+ Page Up / Ir para o slide anterior. Ctrl+Seta para baixo / Move o cursor para o final do parágra-
Ctrl+ Page Down / Ir para o próximo slide. fo. Ao repetir, move o cursor até ao final do parágrafo seguinte.
B ou . / Exibir tela em preto até o próximo evento de tecla ou CtrlShift+Seta para baixo / Seleciona até ao final do parágra-
da roda do mouse. fo. Ao repetir, estende a seleção até ao final do parágrafo seguinte
W ou , / Exibir tela em branco até o próximo evento de tecla Home / Ir para o início da linha
ou da roda do mouse. Shift+Home / Ir e selecionar até o início de uma linha
End / Ir para o fim da linha
Teclas de atalho na exibição normal Shift+End / Ir e selecionar até ao final da linha
Teclas de atalho / Efeito Ctrl+Home / Ir para o inicio do bloco de texto do slide
Tecla de adição (+) / Mais zoom. Ctrl+Shift+Home / Ir e selecionar até ao inicio do bloco de
Tecla de subtração (-) / Menos zoom. texto do slide
Tecla de multiplicação (×) (teclado numérico) / Ajustar a pá- Ctrl+End / Ir para o final do bloco de texto do slide
gina à janela. Ctrl+Shift+End / Ir e selecionar até ao final do bloco de texto
Tecla de divisão(÷) (teclado numérico) / Aplicar mais zoom do slide
na seleção atual. Ctrl+Del / Exclui o texto até ao final da palavra
Shift+Ctrl+G / Agrupar os objetos selecionados. Ctrl+Backspace / Exclui o texto até o início da palavra
Shift+Ctrl+Alt+A / Desagrupar o grupo selecionado. Numa lista: exclui um parágrafo vazio na frente do parágrafo
Ctrl+ clique / Entre em um grupo para que você possa editar atual
os objetos individuais do grupo. Clique fora do grupo para retornar Ctrl+Shift+Del / Exclui o texto até ao final da frase
à exibição normal. Ctrl+Shift+Backspace / Exclui o texto até o início da frase
Shift+Ctrl+ K / Combinar os objetos selecionados.
Shift+Ctrl+ K / Dividir o objeto selecionado. Essa combina- Teclas de atalho no LibreOffice Impress
ção funcionará apenas em um objeto que tenha sido criado pela Teclas de atalho / Efeito
combinação de dois ou mais objetos. Tecla de seta / Move o objeto selecionado ou a exibição da
Ctrl+ tecla de adição /Trazer para a frente. página na direção da seta.

Didatismo e Conhecimento 189


INFORMÁTICA BÁSICA
Ctrl+ tecla Seta / Mover pela exibição da página. Se você não tem experiência com o Outlook ou se estiver ins-
Shift + arrastar / Limita o movimento do objeto selecionado talando o Outlook 2010 em um computador novo, o recurso Con-
no sentido horizontal ou vertical. figuração Automática de Conta será iniciado automaticamente e
Ctrl+ arrastar (com a opção Copiar ao mover ativa) / Mante- o ajudará a configurar as definições de suas contas de email. Essa
nha pressionada a tecla Ctrl e arraste um objeto para criar um cópia configuração exige somente seu nome, endereço de email e senha.
desse objeto. Se não for possível configurar sua conta de email automaticamen-
Tecla Alt / Mantenha pressionada a tecla Alt para desenhar ou te, será necessário digitar as informações adicionais obrigatórias
redimensionar objetos arrastando do centro do objeto para fora. manualmente.
Tecla Alt+clique / Selecionar o objeto que está atrás do objeto 1. Clique na guia Arquivo.
atualmente selecionado. 2. Em Dados da Conta e clique em Adicionar Conta.
Alt+Shift+clique / Selecionar o objeto que está na frente do
objeto atualmente selecionado.
Shift+clique / Seleciona os itens adjacentes ou um trecho de
texto. Clique no início de uma seleção, vá para o fim da seleção e
mantenha pressionada a tecla Shift enquanto clica.
Shift+arrastar (ao redimensionar) / Mantenha pressionada a
tecla Shift enquanto arrasta um objeto para redimensioná-lo man-
tendo suas proporções.
Tecla Tab / Selecionar os objetos na ordem em que foram criados.
Shift+Tab / Selecionar objetos na ordem inversa em que fo-
ram criados. Sobre contas de email
Escape / Sair do modo atual. O Outlook dá suporte a contas do Microsoft Exchange, POP3
Enter / Ativa um objeto de espaço reservado em uma nova e IMAP. Seu ISP (provedor de serviços de Internet) ou administra-
apresentação (somente se o quadro estiver selecionado). dor de emails pode lhe fornecer as informações necessárias para a
Ctrl+Enter / Move para o próximo objeto de texto no slide. configuração da sua conta de email no Outlook.
Se não houver objetos de texto no slide, ou se você chegou Contas de email estão contidas em um perfil. Um perfil é com-
ao último objeto de texto, um novo slide será inserido após o slide posto de contas, arquivos de dados e configurações que especifi-
atual. O novo slide usará o mesmo layout do atual. cam onde as suas mensagens de email são salvas. Um novo perfil
PageUp / Alternar para o slide anterior. Sem função no pri- é criado automaticamente quando o Outlook é executando pela
meiro slide. primeira vez.
PageDown / Alternar para o próximo slide. Sem função no Adicionar uma conta de email ao iniciar o Outlook 2010 pela
último slide. primeira vez
Se você ainda não tem experiência com o Outlook ou se esti-
Navegar com o teclado no classificador de slides ver instalando o Outlook 2010 em um computador novo, o recurso
Teclas de atalho / Efeito Configuração Automática de Conta será iniciado automaticamente
Home/End / Define o foco para o primeiro/último slide. e o ajudará a definir as configurações das suas contas de email.
Seta para a direita/esquerda ou Page Up/Page Down / Define Esse processo exige somente seu nome, endereço de email e senha.
o foco para o slide anterior/seguinte. Se não for possível configurar a sua conta de email automatica-
Enter / Mudar para o modo normal com o slide ativo. mente, você precisará inserir as informações adicionais obrigató-
rias manualmente.
OUTLOOK 1. Inicie o Outlook.
2. Quando solicitado a configurar uma conta de email, cli-
O Microsoft Outlook 2010 oferece excelentes ferramentas de que em Avançar.
gerenciamento de emails profissionais e pessoais para mais de 500
milhões de usuários do Microsoft Office no mundo todo. Com o
lançamento do Outlook 2010, você terá uma série de experiências
mais ricas para atender às suas necessidades de comunicação no
trabalho, em casa e na escola.
Do visual redesenhado aos avançados recursos de organização
de emails, pesquisa, comunicação e redes sociais, o Outlook 2010
proporciona uma experiência fantástica para você se manter pro-
dutivo e em contato com suas redes pessoais e profissionais.

Adicionar uma conta de email


Antes de poder enviar e receber emails no Outlook 2010, você
precisa adicionar e configurar uma conta de email. Se tiver usado
uma versão anterior do Microsoft Outlook no mesmo computador
em que instalou o Outlook 2010, suas configurações de conta serão
importadas automaticamente.

Didatismo e Conhecimento 190


INFORMÁTICA BÁSICA
3. Para adicionar uma conta de email, clique em Sim e de-
pois em Avançar.
4. Insira seu nome, endereço de email e senha e clique em
Avançar.

Clique em Repetir ou marque a caixa de seleção Configurar


servidor manualmente.
Depois que a conta for adicionada com êxito, você poderá adi-
cionar mais contas clicando em Adicionar outra conta.

Observação: Quando o seu computador está conectado a um


domínio de rede de uma organização que usa o Microsoft Exchange
Server, suas informações de email são automaticamente inseridas. A
senha não aparece porque a sua senha de rede é usada. Um indicador
de progresso é exibido à medida que a sua conta está sendo configu-
rada. O processo de configuração pode levar vários minutos.

5. Para sair da caixa de diálogo Adicionar Nova Conta, cli-


que em Concluir.
Se você tiver adicionado uma conta do Exchange Server, de-
verá sair e reiniciar o Outlook para que essa conta apareça e possa
ser usada no Outlook.
  Observação: Se o seu perfil já tiver uma conta do Micro-
soft Exchange Server e você quiser adicionar outra, será neces-
sário usar a Configuração Automática de Conta. Para configurar
Se a tentativa inicial de configurar a conta falhar, uma segunda manualmente uma conta adicional do Exchange Server, você deve
tentativa poderá ser feita com o uso de uma conexão não crip- sair do Outlook e depois usar o módulo Email no Painel de Con-
tografada com o servidor de email. Se você vir essa mensagem, trole.
clique em Avançar para continuar. Se a conexão não criptografada
também falhar, não será possível configurar a sua conta de email Adicionar uma conta de email manualmente
automaticamente. Existem três maneiras de adicionar manualmente sua conta de
email. A maioria das pessoas só possui um perfil e deverá usar a
seção Adicionar ao perfil em execução.
 Observação   A configuração manual de contas do Microsoft
Exchange não pode ser feita enquanto o Outlook estiver em exe-
cução. Use as etapas das seções Adicionar a um perfil existente ou
Adicionar a um novo perfil.

Adicionar ao perfil em execução


1. Clique na guia Arquivo.

Didatismo e Conhecimento 191


INFORMÁTICA BÁSICA
2. Na guia Info, em Informações da Conta, clique em Con- • Na caixa Servidor de saída de emails (SMTP), digite o
figurações de Conta. nome completo do servidor fornecido pelo provedor de serviços
3. Clique em Configurações de Conta. de Internet ou pelo administrador de email. Geralmente, é mail.
4. Clique em Adicionar Conta. seguido do nome do domínio, por exemplo, mail.contoso.com.
5. Em Informações de Logon, faça o seguinte:
Adicionar a um perfil existente • Na caixa Nome de Usuário, digite o nome do usuário
1. Feche o Outlook. fornecido pelo provedor ou pelo administrador de email. Ele pode
2. No Painel de Controle, clique ou clique duas vezes em fazer parte do seu endereço de email antes do símbolo @, como
Email. pat, ou pode ser o seu endereço de email completo, como pat@
A barra de título da caixa de diálogo Configurar Email contém contoso.com.
o nome do perfil atual. Para selecionar um perfil diferente já exis- • Na caixa Senha, digite a senha fornecida pelo provedor
tente, clique em Mostrar Perfis, selecione o nome do perfil e, em ou pelo administrador de email ou uma senha que tenha sido criada
seguida, clique em Propriedades. por você.
3. Clique em Contas de Email. • Marque a caixa de seleção Lembrar senha.
 Observação: Você tem a opção de salvar sua senha digitando
Adicionar a um novo perfil -a na caixa Senha e marcando a caixa de seleção Lembrar senha.
1. Feche o Outlook. Se você escolheu essa opção, não precisará digitar a senha sempre
2. No Painel de Controle, clique ou clique duas vezes no que acessar a conta. No entanto, isso também torna a conta vulne-
módulo Email. rável a qualquer pessoa que tenha acesso ao seu computador.
3. Em Perfis, clique em Mostrar Perfis. Opcionalmente, você poderá denominar sua conta de email
4. Clique em Adicionar. como ela aparece no Outlook. Isso será útil caso você esteja usan-
5. Na caixa de diálogo Novo Perfil, digite um nome para o do mais de uma conta de email. Clique em Mais Configurações.
perfil e, em seguida, clique em OK. Na guia Geral, em Conta de Email, digite um nome que ajudará a
Trata-se do nome que você vê ao iniciar o Outlook caso confi- identificar a conta, por exemplo, Meu Email de Provedor de Servi-
ços de Internet Residencial.
gure o Outlook para solicitar o perfil a ser usado.
A sua conta de email pode exigir uma ou mais das configura-
6. Clique em Contas de Email.
ções adicionais a seguir. Entre em contato com o seu ISP se tiver
dúvidas sobre quais configurações usar para sua conta de email.
Configurar manualmente uma conta POP3 ou IMAP
• Autenticação de SMTP     Clique em Mais Configura-
Uma conta POP3 é o tipo mais comum de conta de email.
ções. Na guia Saída, marque a caixa de seleção Meu servidor de
Uma conta IMAP é um tipo avançado de conta de email que
saída de emails requer autenticação, caso isso seja exigido pela
oferece várias pastas de email em um servidor de emails. As contas
conta.
do Google GMail e da AOL podem ser usadas no Outlook 2010
• Criptografia de POP3     Para contas POP3, clique em
como contas IMAP. Mais Configurações. Na guia Avançada, em Números das portas
Se não souber ao certo qual é o tipo da sua conta, entre em do servidor, em Servidor de entrada (POP3), marque a caixa de
contato com o seu provedor de serviços de Internet (ISP) ou admi- seleção O servidor requer uma conexão criptografada (SSL), caso
nistrador de email. o provedor de serviços de Internet instrua você a usar essa confi-
1. Clique em Definir manualmente as configurações do ser- guração.
vidor ou tipos de servidor adicionais e em Avançar. • Criptografia de IMAP     Para contas IMAP, clique em
2. Clique em Email da Internet e em Avançar. Mais Configurações. Na guia Avançada, em Números das portas
3. Em Informações do Usuário, faça o seguinte: do servidor, em Servidor de entrada (IMAP), para a opção Usar o
• Na caixa Nome, digite seu nome da forma que aparecerá seguinte tipo de conexão criptografada, clique em Nenhuma, SSL,
para as outras pessoas. TLS ou Automática, caso o provedor de serviços de Internet ins-
• Na caixa Endereço de Email, digite o endereço de email trua você a usar uma dessas configurações.
completo atribuído por seu administrador de email ou ISP. Não se • Criptografia de SMTP    Clique em Mais Configurações.
esqueça de incluir o nome de usuário, o símbolo @ e o nome do Na guia Avançada, em Números das portas do servidor, em Servi-
domínio como, por exemplo, pat@contoso.com. dor de saída (SMTP), para a opção Usar o seguinte tipo de conexão
• Nas caixas Senha e Confirmar Senha, digite a senha atri- criptografada, clique em Nenhuma, SSL, TLS ou Automática, caso
buída ou criada por você. o provedor de serviços de internet instrua você a usar uma dessas
 Dica: A senha poderá diferenciar maiúsculas de minúsculas. configurações.
Verifique se a tecla CAPS LOCK foi pressionada durante a inser- Opcionalmente, clique em Testar Configurações da Conta
ção da sua senha. para verificar se a conta está funcionando. Se houver informações
4. Em Informações do Servidor, faça o seguinte: ausentes ou incorretas, como a senha, será solicitado que sejam
• Na caixa de listagem Tipo de Conta, escolha POP3 ou fornecidas ou corrigidas. Verifique se o computador está conectado
IMAP. com a Internet.
• Na caixa Servidor de entrada de emails, digite o nome Clique em Avançar.
completo do servidor fornecido pelo provedor de serviços de In- Clique em Concluir.
ternet ou pelo administrador de email. Geralmente, é mail. seguido
do nome de domínio, por exemplo, mail.contoso.com.

Didatismo e Conhecimento 192


INFORMÁTICA BÁSICA
Configurar manualmente uma conta do Microsoft Ex- 3. Selecione a conta de email que você deseja remover e
change clique em Remover.
As contas do Microsoft Exchange são usadas por organizações 4. Para confirmar a remoção da conta, clique em Sim.
como parte de um pacote de ferramentas de colaboração incluindo Para remover uma conta de email de um perfil diferente, en-
mensagens de email, calendário e agendamento de reuniões e con- cerre e reinicie o Outlook com o outro perfil e siga as etapas an-
trole de tarefas. Alguns provedores de serviços de Internet (ISPs) teriores. Você também pode remover contas de outros perfis da
também oferecem contas do Exchange hospedadas. Se não estiver seguinte forma:
certo sobre o tipo de conta que utiliza, entre em contato com o seu 1. Saia do Outlook.
ISP ou administrador de email. 2. No Painel de Controle, clique ou clique duas vezes em
A configuração manual de contas do Microsoft Exchange não Email.
pode ser feita enquanto o Outlook estiver em execução. Para adi-
cionar uma conta do Microsoft Exchange, siga as etapas de Adi- A barra de título da caixa de diálogo Configurar Email contém
cionar a um perfil existente ou Adicionar a um novo perfil e siga o nome do perfil atual. Para selecionar um perfil diferente já exis-
um destes procedimentos: tente, clique em Mostrar Perfis, selecione o nome do perfil e, em
1. Clique em Definir manualmente as configurações do ser- seguida, clique em Propriedades.
vidor ou tipos de servidor adicionais e em Avançar. 3. Clique em Contas de Email.
2. Clique em Microsoft Exchange e, em seguida, clique em 4. Selecione a conta e clique em Remover.
Avançar. 5. Para confirmar a remoção da conta, clique em Sim.
3. Digite o nome atribuído pelo administrador de email para
o servidor executando o Exchange. Observações 
4. Para usar as Configurações do Modo Cache do Exchan- • A remoção de uma conta de email POP3 ou IMAP não
ge, marque a caixa de seleção Usar o Modo Cache do Exchange. exclui os itens enviados e recebidos com o uso dessa conta. Se
5. Na caixa Nome de Usuário, digite o nome do usuário você estiver usando uma conta POP3, ainda poderá usar o Arquivo
atribuído ao administrador de email. Ele não costuma ser seu nome de Dados do Outlook (.pst) para trabalhar com os seus itens.
completo. • Se estiver usando uma conta do Exchange, seus dados
6. Opcionalmente, siga um destes procedimentos: permanecerão no servidor de email, a não ser que eles sejam mo-
• Clique em Mais Configurações. Na guia Geral em Con- vidos para um Arquivo de Dados do Outlook (.pst).
ta de Email, digite o nome que ajudará a identificar a conta, por
exemplo, Meu Email de Trabalho. Criar uma mensagem de email
• Clique em Mais Configurações. Em qualquer uma das 1. Na guia Página Inicial, no grupo Novo, clique em Novo
guias, configure as opções desejadas. Email.
• Clique em Verificar Nomes para confirmar se o servidor
reconhece o seu nome e se o computador está conectado com a
rede. Os nomes de conta e de servidor especificados nas etapas 3
e 5 devem se tornar sublinhados. Se isso não acontecer, entre em
contato com o administrador do Exchange.
7. Se você clicou em Mais Configurações e abriu a caixa de
diálogo Microsoft Exchange Server, clique em OK.
8. Clique em Avançar.
9. Clique em Concluir.
Atalho do teclado  Para criar uma mensagem de email a partir
Remover uma conta de email de qualquer pasta do Outlook, pressione CTRL+SHIFT+M
1. Clique na guia Arquivo. 2. Na caixa Assunto, digite o assunto da mensagem.
2. Em Informações da Conta, clique em Configurações de 3. Insira os endereços de email ou os nomes dos destina-
Conta e depois em Configurações de Conta. tários na caixa Para, Cc ou Cco. Separe vários destinatários por
ponto-e-vírgula.
Para selecionar os nomes dos destinatários em uma lista no
Catálogo de Endereços, clique em Para, Cc ou Cco e clique nos
nomes desejados.
4. Depois de redigir a mensagem, clique em Enviar.

Responder ou encaminhar uma mensagem de email


Quando você responde a uma mensagem de email, o reme-
tente da mensagem original é automaticamente adicionado à caixa
Para. De modo semelhante, quando você usa Responder a Todos,
uma mensagem é criada e endereçada ao remetente e a todos os
destinatários adicionais da mensagem original. Seja qual for sua
escolha, você poderá alterar os destinatários nas caixas Para, Cc
e Cco.

Didatismo e Conhecimento 193


INFORMÁTICA BÁSICA
Ao encaminhar uma mensagem, as caixas Para, Cc e Cco fi- Abrir e salvar anexos
cam vazias e é preciso fornecer pelo menos um destinatário. Anexos são arquivos ou itens que podem ser incluídos em uma
mensagem de email. As mensagens com anexos são identificadas
Responder ao remetente ou a outros destinatários por um ícone de clipe de papel   na lista de mensagens. Depen-
Você poder responder apenas ao remetente de uma mensagem dendo do formato da mensagem recebida, os anexos são exibidos
ou a qualquer combinação de pessoas existente nas linhas Para e em um de dois locais na mensagem.
Cc. Pode também adicionar novos destinatários. • Se o formato da mensagem for HTML ou texto sem for-
1. Na guia Página Inicial ou na guia Mensagem, no grupo matação, os anexos serão exibidos na caixa de anexo, sob a linha
Responder, clique em Responder ou em Responder a Todos. Assunto.
 Observação: O nome da guia depende da condição da men- • Se o formato da mensagem for o formato menos comum
sagem, se está selecionada na lista de mensagens ou se está aberta RTF (Rich Text Format), os anexos serão exibidos no corpo da
na respectiva janela. mensagem. Mesmo que o arquivo apareça no corpo da mensagem,
Para remover o nome das linhas Para e Cc, clique no nome ele continua sendo um anexo separado.
e pressione DELETE. Para adicionar um destinatário, clique na Observação   O formato utilizado na criação da mensagem é
caixa Para, Cc ou Cco e especifique o destinatário. indicado na barra de título, na parte superior da mensagem.
2. Escreva sua mensagem.
3. Clique em Enviar. Abrir um anexo
 Dica   Seja cuidadoso ao clicar em Responder a Todos, prin- Um anexo pode ser aberto no Painel de Leitura ou em uma
cipalmente quando houver listas de distribuição ou um grande nú- mensagem aberta. Em qualquer um dos casos, clique duas vezes
mero de destinatários em sua resposta. Geralmente, o melhor é no anexo para abri-lo.
usar Responder e adicionar somente os destinatários necessários, Para abrir um anexo na lista de mensagens, clique com o botão
ou então usar Responder a Todos, mas remover os destinatários direito do mouse na mensagem que contém o anexo, clique em
desnecessários e as listas de distribuição. Exibir Anexos e clique no nome do anexo.
 Observações 
Encaminhar uma mensagem • Você pode visualizar anexos de mensagens HTML ou
Ao encaminhar uma mensagem, ela incluirá todos os anexos com texto sem formatação no Painel de Leitura e em mensagens
que estavam incluídos na mensagem original. Para incluir mais abertas. Clique no anexo a ser visualizado e ele será exibido no
anexos, consulte Anexar um arquivo ou outro item a uma mensa- corpo da mensagem. Para voltar à mensagem, na guia Ferramentas
gem de email. de Anexo, no grupo Mensagem, clique em Mostrar Mensagem. O
1. Na guia Página Inicial ou Mensagem, no grupo Respon- recurso de visualização não está disponível para mensagens RTF.
der, clique em Encaminhar. • Por padrão, o Microsoft Outlook bloqueia arquivos de
Observação: O nome da guia depende da condição da mensa- anexo potencialmente perigosos (inclusive os arquivos .bat, .exe,
gem, se está selecionada na lista de mensagens ou se está aberta na .vbs e .js), os quais possam conter vírus. Se o Outlook bloquear
respectiva janela. algum arquivo de anexo em uma mensagem, uma lista dos tipos
2. Especifique destinatários nas caixas Para, Cc ou Cco. de arquivos bloqueados será exibida na Barra de Informações, na
3. Escreva sua mensagem. parte superior da mensagem.
4. Clique em Enviar.
Dica: Se quiser encaminhar duas ou mais mensagens para os
mesmos destinatários, como se fossem uma só, em Email, clique
em uma das mensagens, pressione CTRL e clique em cada mensa-
gem adicional. Na guia Página Inicial, no grupo Responder, clique
em Encaminhar. Cada mensagem será encaminhada como anexo
de uma nova mensagem.

Adicionar um anexo a uma mensagem de email Salvar um anexo


Arquivos podem ser anexados a uma mensagem de email. Após abrir e exibir um anexo, você pode preferir salvá-lo em
Além disso, outros itens do Outlook, como mensagens, contatos uma unidade de disco. Se a mensagem tiver mais de um anexo,
ou tarefas, podem ser incluídos com as mensagens enviadas. você poderá salvar os vários anexos como um grupo ou um de
1. Crie uma mensagem ou, para uma mensagem existente, cada vez.
clique em Responder, Responder a Todos ou Encaminhar. Salvar um único anexo de mensagem
2. Na janela da mensagem, na guia Mensagem, no grupo Execute um dos seguintes procedimentos:
Incluir, clique em Anexar Arquivo. • Se a mensagem estiver no formato HTML ou de texto
sem formatação     Clique no anexo, no Painel de Leitura, ou abra
a mensagem. Na guia Anexos, no grupo Ações, clique em Salvar
como. É possível clicar com o botão direito do mouse no anexo e
então clicar em Salvar como.
• Se a mensagem estiver no formato RTF     No Painel
de Leitura ou na mensagem aberta, clique com o botão direito do
mouse no anexo e clique em Salvar como.

Didatismo e Conhecimento 194


INFORMÁTICA BÁSICA
Escolha uma local de pasta e clique em Salvar. Criar um compromisso de calendário
Compromissos são atividades que você agenda no seu calen-
Salvar vários anexos de uma mensagem dário e que não envolvem convites a outras pessoas nem reserva
1. No Painel de Leitura ou na mensagem aberta, selecione de recursos.
os anexos a serem salvos. Para selecionar vários anexos, clique • Em Calendário, na guia Página Inicial, no grupo Novo,
neles mantendo pressionada a tecla CTRL. clique em Novo Compromisso. Como alternativa, você pode clicar
2. Execute um dos seguintes procedimentos: com o botão direito do mouse em um bloco de tempo em sua grade
• Se a mensagem estiver no formato HTML ou de texto de calendário e clicar em Novo Compromisso.
sem formatação     Na guia Anexos, no grupo Ações, clique em
Salvar como.
• Se a mensagem estiver no formato RTF     Clique com
o botão direito do mouse em uma das mensagens selecionadas e
depois clique em Salvar como.
3. Clique em uma local de pasta e clique em OK.
Salvar todos os anexos de uma mensagem
1. No Painel de Leitura ou na mensagem aberta, clique em
um anexo. Atalho do teclado: Para criar um compromisso, pressione
2. Siga um destes procedimentos: CTRL+SHIFT+A.
• Se a mensagem estiver no formato HTML ou de texto Agendar uma reunião com outras pessoas
sem formatação     Na guia Anexos, no grupo Ações, clique em Uma reunião é um compromisso que inclui outras pessoas e
Salvar Todos os Anexos. pode incluir recursos como salas de conferência. As respostas às
• Se a mensagem estiver no formato RTF     Clique na guia suas solicitações de reunião são exibidas na Caixa de Entrada.
Arquivo para abrir o modo de exibição Backstage. Em seguida, • Em Calendário, na guia Página Inicial, no grupo Novo,
clique em Salvar anexos e depois em OK. clique em Nova Reunião.
3. Clique em uma local de pasta e clique em OK.

Adicionar uma assinatura de email às mensagens


Você pode criar assinaturas personalizadas para suas mensa-
gens de email que incluem texto, imagens, seu Cartão de Visita
Eletrônico, um logotipo ou até mesmo uma imagem da sua assina-
tura manuscrita.

Criar uma assinatura Atalho do teclado: Para criar uma nova solicitação de reunião
• Abra uma nova mensagem. Na guia Mensagem, no gru- de qualquer pasta no Outlook, pressione CTRL+SHIFT+Q.
po Incluir, clique em Assinatura e em Assinaturas.
Definir um lembrete
Você pode definir ou remover lembretes para vários itens, in-
cluindo mensagens de email, compromissos e contatos.

Para compromissos ou reuniões


Em um item aberto, na guia Compromisso ou Reunião, no
grupo Opções, na lista suspensa Lembrete, selecione o período de
tempo antes do compromisso ou da reunião para que o lembrete
apareça. Para desativar um lembrete, selecione Nenhum.
• Na guia Assinatura de Email, clique em Novo.
Adicionar uma assinatura Para mensagens de email, contatos e tarefas
• Em uma nova mensagem, na guia Mensagem, no grupo • Na guia Página Inicial, no grupo Marcas, clique em
Incluir, clique em Assinatura e clique na assinatura desejada. Acompanhar e em Adicionar Lembrete.

Didatismo e Conhecimento 195


INFORMÁTICA BÁSICA
Criar uma anotação
Anotações são o equivalente eletrônico de notas adesivas em
papel. Use-as para rascunhar dúvidas, ideias, lembretes e qualquer
coisa que você escreveria em papel.
• Em Anotações, no grupo Novo, clique em Nova Anotação.

Atalho do teclado: Para criar uma anotação, pressione CTR-


L+SHIFT+N.

 Dica: Você pode sinalizar rapidamente mensagens de email


como itens de tarefas pendentes usando lembretes. Clique com o
botão direito do mouse na coluna Status do Sinalizador na lista de INTERNET EXPLORER
mensagens. Ou, se a mensagem estiver aberta, na guia Mensagem,
no grupo Controle, clique em Acompanhamento e, em seguida, O Windows Internet Explorer possui uma aparência simplifi-
clique em Adicionar Lembrete. cada e muitos recursos novos que aceleram a sua experiência de
navegação na Web.
Criar um contato Os novos recursos gráficos e o melhor desempenho do Internet
Contatos podem ser tão simples quanto um nome e endereço Explorer possibilitam experiências ricas e intensas. Texto, vídeo e
de email ou incluir outras informações detalhadas, como endereço elementos gráficos acelerados por hardware significam que seus
físico, vários telefones, uma imagem, datas de aniversário e quais- sites têm um desempenho semelhante ao dos programas instalados
quer outras informações que se relacionem ao contato. no seu computador. Os vídeos de alta definição são perfeitos, os
• Em Contatos, na guia Página Inicial, no grupo Novo, cli- elementos gráficos são nítidos e respondem positivamente, as co-
que em Novo Contato. res são fieis e os sites são interativos como jamais foram. Com os
aperfeiçoamentos como Chakra, o novo mecanismo JavaScript, os
sites e aplicativos são carregados mais rapidamente e respondem
melhor. Combine o Internet Explorer com os eficientes recursos
gráficos que o Windows  7 tem a oferecer, e você terá a melhor
experiência da Web no Windows até o momento.
A instalação mais curta e simplificada do Internet Explorer é
mais rápida do que nas versões anteriores. Ela requer menos deci-
sões de sua parte, leva menos tempo para carregar páginas e não
exige que você instale atualizações separadamente. Uma vez con-
Atalho do teclado: Para criar um contato de qualquer pasta no cluída a instalação, você já pode começar a navegar.
Outlook, pressione CTRL+SHIFT+C.
Interface
Criar uma tarefa A primeira alteração que vemos no I.E 9 é a altura do seu
 Muitas pessoas mantêm uma lista de coisas a fazer  — em cabeçalho (55px), pequeno e elegante, o internet Explorer 9 se
papel, em uma planilha ou com uma combinação de papel e méto- comparado com suas versões anteriores, melhorou muito e sem
dos eletrônicos. No Microsoft Outlook, você pode combinar várias sombra de dúvida começa a tomar A primeira alteração que vemos
listas em uma só, receber lembretes e controlar o andamento das no I.E 9 é a altura do seu cabeçalho (55px), pequeno e elegante,
tarefas. o internet Explorer 9 se comparado com suas versões anteriores,
• Em Tarefas, na guia Página Inicial, no grupo Novo, cli- melhorou muito e sem sombra de dúvida começa a tomar uma for-
que em Nova Tarefa. ma competitiva.





Atalho do teclado: Para criar uma nova tarefa, pressione CTR-


L+SHIFT+K.

Didatismo e Conhecimento 196


INFORMÁTICA BÁSICA

1-Ícones de Voltar/ Avançar página


2-Ícones de manipulação da URL
3-Abas de conteúdo
4-Ícones de funcionalidades gerais, favoritos e página inicial
5-Ícone para inserir novas aplicações
6-Ícone de aplicação instalada.

1-Ícones de Voltar/ Avançar página


Uma das mudanças vistas em mais de um navegador, é o destaque dado ao botão de “Voltar Página”, muito mais utilizado que o “Avan-
çar, o destaque dado, foi merecido, assim evita-se possíveis erros e distrações”. Depois de ter feito alguma transição de página, o botão voltar
assume uma cor azul marinho, ganhando ainda mais destaque.

2-Ícones de manipulação da URL


Os ícones de manipulação, são aqueles que permitem o usuário “Favoritos”, “Cancelar” ou “Atualizar” uma página. No caso do I.E 9,
eles foram separados, o “Favoritos” está junto dos ícones de funcionalidade geral (página inicial e opções) enquanto o “Atualizar” e “Fe-
char” foram posicionados dentro da barra de URL, o que pode dificultar o seu uso, o “Atualizar” especialmente é bastante utilizado (apesar
da tecla de atalho F5) e nesta nova versão ele perdeu seu destaque e sua facilidade de clique, ficando posicionado entre dois ícones.
Foi inserido nessa mesma área, o ícone de “Compatibilidade”, permitindo que determinadas páginas sejam visualizadas com a tecno-
logia das versões anteriores do I.E.

3-Abas de conteúdo
O posicionamento das abas de conteúdo dentro do cabeçalho do I.E 9 foi mal escolhido, as abas tem que disputar espaço com o campo
de URL. Consegui manter aberto no máximo 4 abas sem que prejudique demais a leitura dos títulos das abas, depois disso a visualização e
a navegação entre as abas fica difícil e desanimador.

4 abas.

Múltiplas abas.

4-Ícones de funcionalidades gerais, favoritos e página inicial

“Pagina Inicial”, “Favoritos” e “Opções” foram agrupados no canto direito da tela, mas sem um objetivo claro, pois os dois primeiros
itens citados são elementos que quando utilizados interagem ou alteram os dados inseridos no campo de URL. “Opções” por sua vez, se
refere a opções de internet, privacidade e etc.…

Didatismo e Conhecimento 197


INFORMÁTICA BÁSICA

5-Ícone para inserir novas aplicações

Uma das novidades mais bacanas dos novos navegadores é possibilidade de adquirir aplicativos e plug-ins, permitindo ao usuário a
customizar o seu navegador e criar um fluxo de utilização diferenciado de navegador para navegador.
Porém, esta nova possibilidade foi mal comunicada, ela é representada por símbolo de mais, muito semelhante ao utilizado em navega-
dores como Firefox, para adicionar novas abas. Fica claro no I.E 9, que o símbolo de “+” serve para adicionar algo ao navegador, mas o que?
Existe espaço suficiente na área para trabalhar com uma ancora textual, ao menos até os usuários criarem um hábito.

6-Ícone de aplicação/plug-in instalado


As aplicações depois de instaladas são alinhadas de forma horizontal no espaço que em versões anteriores pertencia às abas.

Usar os novos controles do navegador

A primeira coisa que você notará ao abrir o Internet Explorer 9 será seu design simplificado.

A maioria das funções da barra de comandos, como Imprimir ou Zoom, pode ser encontrada ao clicar no botão Ferramentas , e os
seus favoritos e os feeds são exibidos ao clicar no botão Centro de Favoritos .

As guias são exibidas automaticamente à direita da Barra de endereços, mas é possível movê-las para que sejam exibidas abaixo da
Barra de endereço, da mesma maneira que em versões anteriores do Internet Explorer. Você pode exibir as Barras de Favoritos, Comandos,
Status e Menus clicando com o botão direito do mouse no botão Ferramentas e selecionando-as em um menu.

Mostrar ou ocultar as Barras de Favoritos, Comandos e Status


Clique com o botão direito do mouse em um espaço livre à direita do botão Nova Guia e selecione uma barra:
• Barra de Favoritos
• Barra de Comandos
• Barra de Status

Didatismo e Conhecimento 198


INFORMÁTICA BÁSICA
Fixar um site da web na barra de tarefas Usar o Gerenciador de Download
Para ter um acesso rápido, você pode fixar um site visitado O Gerenciador de Download mantém uma lista dos arquivos
com frequência à barra de tarefas, na área de trabalho do Windo- baixados por você e o notifica quando um arquivo pode ser um
ws 7, da mesma maneira que você faria com um programa. malware (software mal-intencionado). Ele também permite que
você pause e reinicie um download, além de lhe mostrar onde en-
contrar os arquivos baixados em seu computador.

Para fixar um site da web


• Clique na guia da página da Web e arraste-a até a barra
de tarefas.
Ao lado do endereço da página, há um pequeno ícone com o
símbolo do site. Ao arrastá-lo, ele automaticamente se transforma
em uma espécie de botão. Então só é preciso que você o envie para
a Barra de tarefas do Windows 7 para que ele vire um rápido atalho. Abrir o Gerenciador de Downloads
Para remover um site fixo da barra de tarefas 1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
• Clique com o botão direito do mouse no ícone do site, . Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
na barra de tarefas, e clique em Desafixar esse programa da barra tados, clique em Internet Explorer.
de tarefas. 2. Clique no botão Ferramentas e em Exibir downloads.

Pesquisar na Barra de endereços Trabalhar com guias


Agora, você pode fazer buscas diretamente na Barra de ende-
reços. Se você inserir o endereço de um site, você irá diretamente Você pode abrir uma guia clicando no botão Nova Guia à di-
a um site da web. Se você inserir um termo de pesquisa ou um reita da guia aberta mais recentemente.
endereço incompleto, aparecerá uma pesquisa, usando o mecanis- Use a navegação com guias para abrir várias páginas da Web
mo de pesquisa selecionado. Clique na barra de endereços para em uma única janela.
selecionar o mecanismo de pesquisa a partir dos ícones listados ou Para visualizar duas páginas com guias ao mesmo tempo, cli-
para adicionar novos mecanismos. que em um guia e, em seguida, arraste-a para fora da janela do Inter-
net Explorer para abrir a página da Web da guia em uma nova janela.

Ao abrir uma nova guia no Windows Internet Explorer 9, você


Ao fazer pesquisas na Barra de endereços, você tem a opção pode:
de abrir uma página de resultados da pesquisa ou o principal re- • Para abrir uma nova página da Web, digite ou cole um
sultado da pesquisa (se o provedor de pesquisa selecionado ofere- endereço na Barra de endereços.
cer suporte a esse recurso). Você também pode ativar sugestões de • Para ir para um dos dez sites mais utilizados por você,
pesquisa opcionais na Barra de endereços. clique em um link na página.

Didatismo e Conhecimento 199


INFORMÁTICA BÁSICA
• Para ocultar informações sobre os dez sites mais utiliza- Guias codificadas por cores
dos por você, clique Ocultar sites. Para restaurar as informações,
clique em Mostrar sites.
• Para ativar a Navegação InPrivate, clique em Navegação
InPrivate.
• Para abrir novamente as guias que acabou de fechar, cli-
que em Reabrir guias fechadas.
• Para reabrir as guias de sua última sessão de navegação,
clique em Reabrir última sessão.
• Para abrir Sites Sugeridos em uma página da Web, clique
em Descobrir outros sites dos quais você pode gostar.

Guias avançadas

Por padrão, as guias são mostradas à direita da Barra de ende-


reços. Para fazer com que as guias sejam mostradas em sua própria Ter várias guias abertas ao mesmo tempo pode ser um pro-
linha abaixo da Barra de endereços, clique com o botão direito do cesso complicado e demorado, principalmente quando você tenta
mouse na área aberta à direita do botão Nova guia e clique em voltar e localizar os sites que abriu. Com o Internet Explorer 9,
Mostrar guias abaixo da Barra de endereços. as guias relacionadas são codificadas por cores, o que facilita sua
organização ao navegar por várias páginas da Web.
Guias destacáveis Você consegue ver as guias relacionadas instantaneamente.
Quando você abre uma nova guia a partir de outra, a nova guia
é posicionada ao lado da primeira guia e é codificada com a cor
correspondente. E quando uma guia que faz parte de um grupo é
fechada, outra guia desse grupo é exibida, para que você não fique
olhando para uma guia não relacionada.
Se quiser fechar uma guia ou o grupo inteiro de guias, ou re-
mover uma guia de um grupo, clique com o botão direito do mouse
na guia ou no grupo de guias e escolha o que deseja fazer. Nesse
local também é possível atualizar uma ou todas as guias, criar uma
guia duplicada, abrir uma nova guia, reabrir a última guia fechada
ou ver uma lista de todas as guias fechadas recentemente e reabrir
As guias destacáveis tornam a interação com vários sites rá- qualquer uma ou todas elas.
pida e intuitiva. É possível reorganizar as guias no Internet Ex- Como usar os Sites Sugeridos no Internet Explorer 9
plorer 9 — da mesma forma que você reorganiza ícones na barra O recurso Sites Sugeridos é um serviço online usado pelo
de tarefas no Windows 7 — ou abrir qualquer guia em uma nova Windows Internet Explorer 9 que recomenda sites que você talvez
janela do navegador arrastando a guia para a área de trabalho. Se goste com base nos sites que você visita com frequência.
precisar exibir mais de uma página da Web ao mesmo tempo para Para ativar os Sites Sugeridos e exibi-los em uma página da Web
realizar uma tarefa, use as guias destacáveis junto com o Ajuste. 1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
É uma ótima forma de mostrar várias páginas da Web lado a lado . Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
na tela. tados, clique em Internet Explorer.
2. Clique no botão Favoritos e, na parte inferior do Centro
Facilite o acesso aos seus sites favoritos. Arraste uma guia e de Favoritos, clique em Ativar Sites Sugeridos.
fixe-a diretamente na barra de tarefas ou no menu Iniciar. Ou ar- 3. Na caixa de diálogo Sites Sugeridos, clique em Sim.
raste uma guia para a barra Favoritos. Independentemente do que Observação: Para desativar os Sites Sugeridos, clique no bo-
escolher, seus sites favoritos estarão ao seu alcance. tão Ferramentas , aponte para Arquivo e desmarque a opção Si-
tes Sugeridos.

Para adicionar o Web Slice de Sites Sugeridos


Depois de ativar os Sites Sugeridos, você pode clicar no Web
Slice de Sites Sugeridos na Barra de favoritos para verificar suges-
tões de sites com base na página da Web na guia atual.
1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
tados, clique em Internet Explorer.
2. Clique no botão Favoritos e, na parte inferior do Cen-
tro de Favoritos, clique em Exibir Sites Sugeridos.
Observação: Se não tiver ativado os Sites Sugeridos, você de-
verá clicar em Ativar Sites Sugeridos e em Sim.

Didatismo e Conhecimento 200


INFORMÁTICA BÁSICA
1. Na página da Web Sites Sugeridos, role até a parte inferior 1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
e clique em Adicionar Sites Sugeridos à sua Barra de Favoritos. . Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
2. Na caixa de diálogo do Internet Explorer, clique em Adi- tados, clique em Internet Explorer.
cionar à Barra de Favoritos. 2. Clique no botão Ferramentas , aponte para Segurança
Observação: Quando você habilita o recurso Sites Sugeridos, e clique em Navegação InPrivate.
o seu histórico de navegação na Web é enviado à Microsoft, onde
ele é salvo e comparado com uma lista de sites relacionados atua- O que faz a Navegação InPrivate:
lizada com frequência. Você pode optar por interromper o envio Quando você inicia a Navegação InPrivate, o Internet Ex-
de seu histórico de navegação na Web pelo Internet Explorer para plorer abre uma nova janela do navegador. A proteção oferecida
a Microsoft a qualquer momento. Também é possível excluir en- pela Navegação InPrivate tem efeito apenas durante o tempo que
tradas individuais do seu histórico a qualquer momento. As entra- você usar essa janela. Você pode abrir quantas guias desejar nessa
das excluídas não serão usadas para fornecer sugestões de outros janela e todas elas estarão protegidas pela Navegação InPrivate.
sites, embora elas sejam mantidas pela Microsoft por um período Entretanto, se você abrir uma segunda janela do navegador, ela não
para ajudar a melhorar nossos produtos e serviços, incluindo este estará protegida pela Navegação InPrivate. Para finalizar a sessão
recurso. de Navegação InPrivate, feche a janela do navegador.
Quando você navega usando a Navegação InPrivate, o Inter-
Recursos de segurança e privacidade no Internet Explo- net Explorer armazena algumas informações, como cookies e ar-
rer 9 quivos de Internet temporários, de forma que as páginas da Web
O Internet Explorer 9 inclui os seguintes recursos de seguran- visitadas funcionem corretamente. Entretanto, no final de sua ses-
ça e privacidade: são de Navegação InPrivate, essas informações são descartadas.
• Filtragem ActiveX, que bloqueia os controles ActiveX de O que a Navegação InPrivate não faz:
todos os sites e permite que você posteriormente os ative nova- • Ela não impede que alguém em sua rede, como um admi-
mente apenas para os sites nos quais confia. nistrador de rede ou um hacker, veja as páginas que você visitou.
• Realce de domínio, que mostra claramente a você o ver- • Ela não necessariamente proporciona anonimato na In-
dadeiro endereço Web do site que está visitando. Isso ajuda você a ternet. Os sites talvez sejam capazes de identificá-lo por meio de
evitar sites que usam endereços Web falsos para enganá-lo, como seu endereço Web e qualquer coisa que você fizer ou inserir em um
sites de phishing. O verdadeiro domínio que você está visitando é site poderá ser gravado por ele.
realçado na barra de endereços. • Ela não remove nenhum favorito ou feed adicionado por
• Filtro SmartScreen, que pode ajudar a protegê-lo contra você quando a sessão de Navegação InPrivate é fechada. As alte-
ataques de phishing online, fraudes e sites falsos ou mal-intencio- rações nas configurações do Internet Explorer, como a adição de
uma nova home page, também são mantidas após o encerramento
nados. Ele também pode verificar downloads e alertá-lo sobre pos-
da sessão de Navegação InPrivate.
sível malware (software mal-intencionado).

• Filtro Cross site scripting (XSS), que pode ajudar a evitar
Como usar a Proteção contra Rastreamento e a Filtragem
ataques de sites fraudulentos que podem tentar roubar suas infor-
ActiveX no Internet Explorer 9
mações pessoais e financeiras.
Você pode ativar a Proteção contra Rastreamento no Windows
• Uma conexão SSL (Secure Sockets Layer) de 128 bits
Internet Explorer 9 para ajudar a evitar que sites coletem infor-
para usar sites seguros. Isso ajuda o Internet Explorer a criar uma mações sobre sua navegação na Web. Você também pode ativar a
conexão criptografada com sites de bancos, lojas online, sites mé- Filtragem ActiveX para ajudar a evitar que programas acessem o
dicos ou outras organizações que lidam com as suas informações seu computador sem o seu consentimento.
pessoais. Depois de ativar qualquer um desses recursos, você pode de-
• Notificações que o avisam se as configurações de segu- sativá-lo apenas para sites específicos.
rança estiverem abaixo dos níveis recomendados.
• Proteção contra Rastreamento, que limita a comunicação Usar a Proteção contra Rastreamento para bloquear conteú-
do navegador com determinados sites - definidos por uma Lista do de sites desconhecidos
de Proteção contra Rastreamento - a fim de ajudar a manter suas Quando você visita um site, alguns conteúdos podem ser for-
informações confidenciais. necidos por um site diferente. Esse conteúdo pode ser usado para
• Navegação InPrivate, que você pode usar para navegar coletar informações sobre as páginas que você visita na Internet.
na Web sem salvar dados relacionados, como cookies e arquivos A Proteção contra Rastreamento bloqueia esse conteúdo de
de Internet temporários. sites que estão em Listas de Proteção contra Rastreamento. Existe
• Configurações de privacidade que especificam como o uma Lista de Proteção contra Rastreamento Personalizada incluída
computador lida com cookies. no Internet Explorer que é gerada automaticamente com base nos
sites visitados por você. Também é possível baixar Listas de Pro-
Navegação InPrivate teção contra Rastreamento e, dessa maneira, o Internet Explorer
A Navegação InPrivate impede que o Windows Internet Explo- verificará periodicamente se há atualizações para as listas.
rer 9 armazene dados de sua sessão de navegação, além de ajudar a
impedir que qualquer pessoa que utilize o seu computador veja as Para ativar a Proteção contra Rastreamento
páginas da Web que você visitou e o conteúdo que visualizou. 1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
Para ativar a Navegação InPrivate: tados, clique em Internet Explorer.

Didatismo e Conhecimento 201


INFORMÁTICA BÁSICA
2. Clique no botão Ferramentas , aponte para Segurança ter feito isso — na próxima vez que você visitar o site, o Inter-
e clique em Proteção contra Rastreamento. net Explorer 9 automaticamente o mostrará no Modo de Exibição
3. Na caixa de diálogo Gerenciar Complemento, clique em de Compatibilidade. (Se você um dia quiser voltar a navegar nesse
uma Lista de Proteção contra Rastreamento e clique em Habilitar. site usando o Internet Explorer 9, basta clicar no botão Modo de
Exibição de Compatibilidade novamente.)
Usar a Filtragem ActiveX para bloquear controles ActiveX
Controles ActiveX e complementos do navegador da Web são Menu Favoritos
pequenos programas que permitem que os sites forneçam con-
teúdos como vídeos. Eles também podem ser usados para cole- Adicionar endereços no Menu Favoritos
tar informações, danificar informações e instalar software em seu
computador sem o seu consentimento ou permitir que outra pessoa Clique no menu Favoritos e em Adicionar Favoritos(CTR-
controle o computador remotamente. L+D).
A Filtragem ActiveX impede que sites instalem e utilizem es-
ses programas.

Ativar a Filtragem ActiveX


1. Para abrir o Internet Explorer, clique no botão Iniciar
. Na caixa de pesquisa, digite Internet Explorer e, na lista de resul-
tados, clique em Internet Explorer.
2. Clique no botão Ferramentas , aponte para Segurança
e clique em Filtragem ActiveX.

Definir exceções para sites confiáveis


Você pode desativar a Proteção contra Rastreamento ou a Fil-
tragem ActiveX para exibir o conteúdo de sites específicos em que
você confia. Menu Ferramentas

Informações que não causam lentidão Opções da Internet


A nova Barra de notificação exibida na parte inferior do In-
ternet Explorer fornece importantes informações de status quando No menu Ferramentas, na opção opções da internet, na aba
você precisa delas, mas ela não o força a clicar em uma série de geral podemos excluir os arquivos temporários e o histórico. Além
mensagens para continuar navegando. disso, podemos definir a página inicial.

Modo de Exibição de Compatibilidade

Há ocasiões em que o site que você está visitando não tem a


aparência correta. Ele é mostrado como um emaranhado de menus,
imagens e caixas de texto fora de ordem. Por que isso acontece?
Uma explicação possível: o site pode ter sido desenvolvido para
uma versão anterior do Internet Explorer. O que fazer? Experimen-
te clicar no botão Modo de Exibição de Compatibilidade.

O botão do Modo de Exibição de Compatibilidade

No Modo de Exibição de Compatibilidade, os sites aparece-


rão como se fossem exibidos em uma versão anterior do Inter-
net Explorer, o que geralmente corrige os problemas de exibição.
Você não precisa clicar no botão para exibir um site depois de já

Didatismo e Conhecimento 202


INFORMÁTICA BÁSICA
· Favoritos RSS;
· A integração do RSS nos favoritos permite que você fique sa-
bendo das atualizações e últimas notícias dos seus sites preferidos
cadastrados. Essa função é disponibilizada a partir do Firefox 2;
· Downloads sem perturbação;
· Os arquivos recebidos são salvos automaticamente na área
de trabalho, onde são fáceis de achar. Menos interrupções signifi-
cam downloads mais rápidos. Claro, essa função pode ser persona-
lizada sem problemas;
· Você decide como deve ser seu navegador;
· O Firefox é o navegador mais personalizável que existe.
Coloque novos botões nas barras de ferramentas, instale exten-
sões que adiciona novas funções, adicione temas que modificam
o visual do Firefox e coloque mais mecanismos nos campos de
pesquisa.

O Firefox pode se tornar o navegador mais adequado para a


sua necessidade:

· Fácil utilização;

· Simples e intuitivo, mas repleto de recursos. O Firefox tem


todas as funções que você está acostumado - favoritos, histórico,
tela inteira, zoom de texto para tornar as páginas mais fáceis de ler,
O QUE É O FIREFOX?
e diversas outras funcionalidades intuitivas;
Firefox (inicialmente conhecido como Phoenix e, posterior-
· Compacto;
mente, como Mozilla Firebird) é um navegador de código aberto
· A maioria das distribuições está em torno dos 5MB. Você
rápido, seguro e eficiente. Desenvolvido pela Mozilla Foundation
leva apenas alguns minutos para copiar o Firefox para o seu com-
com ajuda de centenas de colaboradores, está sendo usado em di-
putador em uma conexão discada e segunda em uma conexão ban-
versas plataformas.
Como não é software completamente livre (é distribuído pela da larga. A configuração é simples e intuitiva. Logo você estará
licença Mozilla), alguns dos seus componentes (como ícones e o navegando com essa ferramenta.
próprio nome, que é marca registrada) são propriedades protegidas.
O nome “Firefox”, em inglês, refere-se ao Panda vermelho. Abas
Foi escolhido por ser parecido com “Firebird” e também por ser Para abrir uma nova aba, clique no menu ‘Arquivo’ e depois
único na indústria da computação. A fim de evitar uma futura mu- em ‘Nova Aba’, ou simplesmente <Ctrl + T> (segure a tecla Con-
dança de nome, a Mozilla Foundation deu início ao processo de re- trol e tecle T). Você verá que agora você tem duas abas na parte de
gistro do nome Firefox como marca registrada no Gabinete Ame- cima do seu Firefox, como na figura abaixo:
ricano de Marcas e Patentes. Apesar de “Firefox” não se referir a
uma raposa, a identidade visual do Firefox é uma raposa estilizada.
O objetivo do Firefox é ser um navegador que inclua as op-
ções mais usadas pela maioria dos usuários.
Outras funções não incluídas originalmente encontram-se dis- Digite o endereço que você quiser no campo de endereço,
poníveis através de extensões e plug-ins. pressione Enter, e assim a sua nova aba mostrará essa nova página.
Para visualizar páginas que estão abertas em outras abas, ape-
Principais características nas clique na aba desejada, que a mesma ficará ativa.
· Navegação em abas; Clicando com o botão direito do mouse nas abas, aparece um
· A mesma janela pode conter diversas páginas. Abrindo os pequeno menu com várias opções de gerenciamento das abas:
links em segundo plano

Eles já estarão carregados quando você for ler;


· Bloqueador de popups:
· O Firefox já vem com um bloqueador embutido de popups;
· Pesquisa inteligente;
· O campo de pesquisa pelo Google fica na direita na barra de
ferramentas e abre direto a página com os resultados, poupando o Se você quiser abrir um link, mas quer que ele apareça em
tempo de acesso à página de pesquisa antes de ter que digitar as uma nova aba, clique no link com o botão direito do mouse e es-
palavras chaves. O novo localizador de palavras na página busca colha a opção ‘Abrir em uma nova aba’, ou simplesmente segure a
pelo texto na medida em que você as digita, agilizando a busca; tecla ‘Ctrl’ enquanto clica no link.

Didatismo e Conhecimento 203


INFORMÁTICA BÁSICA

Para salvar o arquivo no seu computador, marque a caixa ‘Sal-


Gerenciador de Downloads var’ e clique no botão ‘OK’. O download iniciará e a tela do geren-
Um gerenciador de Download é uma ferramenta que contro- ciador de downloads mostrará o progresso informando o tamanho
la e lista os downloads solicitados pelo usuário. O Firefox conta do arquivo, quanto já foi baixado, a velocidade do download e o
com um exclusivo gerenciador de downloads, uma ferramenta útil tempo restante estimado.
e com uma interface amigável. Clique no menu ‘Ferramentas’ e Por padrão, o Firefox vem configurado para armazenar os do-
depois em ‘Downloads’, ou <Ctrl + Y> para abrir a lista atual de wnloads na área de trabalho quando solicitado para salvar o arqui-
downloads. vo. Isso pode ser alterado na configuração de “Downloads” em
“Editar >> Preferências”.
Você pode fazer vários downloads ao mesmo tempo, se clicar
em vários links de download. Assim, o gerenciador de download
irá mostrar o progresso individual de cada download, e no título do
gerenciador ficará a porcentagem total do que já foi concluído de
todos os downloads.
Quando você tiver terminado algum download, os mesmos
serão listados:

Quando clicamos em um link de download de um arquivo,


aparecerá uma tela perguntando se queremos salvar o arquivo ou
simplesmente abri-lo. No último caso, devemos também informar
com qual programa queremos abrir o arquivo:

Podemos ver algumas das funções que esse gerenciador ofere-


ce. Se clicarmos na pasta que aparece depois de ‘Baixar arquivos
em: ‘, a mesma será aberta. Se clicarmos em ‘Limpar Lista’, toda
a lista dos downloads será apagada (perceba que só a lista será
apagada, os arquivos continuarão existindo). Para excluir apenas

Didatismo e Conhecimento 204


INFORMÁTICA BÁSICA
certo arquivo da lista, clique no link ‘Excluir da lista’ correspon-
dente ao arquivo que se deseja excluir. Para abrir um arquivo cujo
download já foi concluído, clique no link ‘Abrir’.
Tome cuidado ao sair do Firefox. Por padrão, os downloads
não terminados serão cancelados.

Histórico

O Histórico nos permite ver quais páginas acessamos nos úl-


timos dias. É uma ferramenta que facilita muito a vida do usuário.
Para abrir o Histórico, clique no menu ‘Ir’ e depois em ‘His-
tórico’, ou tecle <Ctrl + H>. Uma janela semelhante a essa irá
aparece do lado esquerdo do seu Firefox: Adicione uma página aos Favoritos para ver o que acontece.
Primeiramente, entre numa página que você acessa com muita
frequência. Clique no menu ‘Favoritos’ e depois em ‘Adicionar
página’, ou simplesmente <Ctrl + D>. A seguinte tela lhe será mos-
trada:

Digite um nome que define essa página, escolha uma pasta


para essa página (a pasta ‘Favoritos do Firefox’ é a pasta padrão)
e clique em ‘Adicionar’. Agora clique novamente no menu ‘Fa-
voritos’ para ver o que mudou. Agora aparece a página que você
acabou de adicionar aparecerá na área de Favoritos!
Para organizar melhor os Favoritos, podemos usar pastas. Di-
gamos que você possua os seguintes favoritos:
· http://cursos.cdtc.org.br
· http://comunidade.cdtc.org.br
· http://www.google.com
Todas as páginas que acessamos desde a última vez que lim- · http://www.mozilla.org
pamos o Histórico estão divididas de acordo com o dia em que
foram acessadas. Para ver as páginas que acessamos em certo dia, Clique no menu ‘Favoritos’ e depois em ‘Organizar...’. A se-
clique na caixa com um sinal de ‘+’ do lado esquerdo desse dia. guinte tela de gerenciamento de Favoritos aparecerá:

Por padrão, as páginas ficam ordenadas pela data. Se você qui-


ser ordená-las de outro jeito, clique em ‘Ordenar’, e escolha uma
das opções que aparecem.

Para procurar por certa página, digite uma palavra no cam-


po ‘Localizar’, e somente serão mostradas as páginas que contém
essa palavra no seu título.

Favoritos
O Favoritos é uma funcionalidade que nos ajuda a entrar em pá-
ginas que acessamos com muita frequência, economizando tempo.
Clique no menu ‘Favoritos’ e uma lista com as nossas páginas
favoritas será mostrada. Se você não tiver adicionado nenhuma
página aos Favoritos, você verá algo como:
Clique no botão ‘Nova pasta...’, escolha um nome e uma des-
crição para essa pasta e clique em ‘OK’.

Didatismo e Conhecimento 205


INFORMÁTICA BÁSICA
Agora a nova pasta também aparece, junto dos Favoritos e Na aba ‘Margens’, pode-se modificar o tamanho das margens
das outras pastas. Mova as páginas cursos.cdtc.org.br e www.cdtc. e colocar cabeçalhos ou rodapés (podemos configurar para que no
org.br para essa pasta. Para isso, clique nessas páginas, depois no cabeçalho apareça o número da página e no rodapé apareça a data
botão ‘Mover’, e escolha a pasta que você criou. Opcionalmente, e a hora, por exemplo).
você pode simplesmente arrastar as páginas para as respectivas Quando você clica em ‘Visualizar impressão’, verá como vai
pastas na tela de gerenciamento de Favoritos. ficar a nossa impressão. Na parte de cima, podemos ver uma barra
Assim, quando você clicar no menu ‘Favoritos’, e colocar o de navegação pelas páginas.
cursor do mouse em cima da pasta criada, aparecem as duas pá-
ginas que você moveu para lá. Se você clicar em ‘Abrir tudo em Clicando em ‘Imprimir..’, uma tela semelhante a seguinte apa-
abas’, cada página será aberta em uma aba. rece:

Localizar

Usamos a ferramenta Localizar para achar todas as vezes que


um determinado texto aparece na tela.

É uma ferramenta que nos ajuda muito em várias tarefas,


como fazer pesquisas na Internet.

Clique no menu ‘Editar’, e depois em ‘Localizar nessa pági-


na’. O atalho do teclado para isso é <Ctrl + F>.

Note a barra que apareceu na parte inferior do Firefox:

Imprimindo páginas

Muitas vezes, queremos imprimir uma página web. Para isso, Temas
o Firefox conta as opções ‘Configurar página’, ‘Visualizar Impres-
são’ e ‘Imprimir...’. Temas são conjuntos de padrões, como ícones, cores e fon-
tes. Eles controlam o visual do seu navegador. Você pode mudar o
Clique em ‘Configurar página’. A seguinte tela irá aparecer tema do Firefox ajustando-o ao seu gosto.
para você.
Temas são considerados como Add-ons, que são funcionali-
dades extras que podem ser adicionadas ao Firefox. Mais informa-
ções sobre Add-ons serão tratadas mais adiante.

Clique no menu ‘Ferramentas’ e depois em ‘Temas’. Uma tela


semelhante a seguir irá aparecer:

Pode-se ver que somente o tema padrão (que vem com o Fi-
Na aba ‘Geral’, é possível alterar algumas opções de impres- refox) está instalado. Clicando no link ‘Baixar mais temas’, uma
são, como a orientação (retrato ou paisagem), a porcentagem que a nova aba será criada com a seção de downloads de temas do site
página vai ocupar no papel e se deseja imprimir o plano de fundo. https://addons.mozilla.org/firefox/

Didatismo e Conhecimento 206


INFORMÁTICA BÁSICA
Para Iniciantes
GOOGLE CHROME
O Chrome é o mais novo dos grandes navegadores e já con- Se você nunca utilizou um navegador ou ainda tem dúvidas
quistou legiões de adeptos no mundo todo. O programa apresenta básicas sobre essa categoria de programas, continue lendo este pa-
excelente qualidade em seu desenvolvimento, como quase tudo o rágrafo. Do contrário, pule para o próximo e poupe seu tempo.
que leva a marca Google. O browser não deve nada para os gigan- Aqui falaremos um pouco mais sobre os conceitos e ações mais
tes Firefox e Internet Explorer e mostra que não está de brincadeira básicas do programa.
no mundo dos softwares. Confira nas linhas abaixo um pouco mais Com o Google Chrome, você acessa os sites da mesma forma
sobre o ótimo Google Chrome. que seus semelhantes – IE, Firefox, Opera. Ao executar o progra-
ma, tudo o que você precisa fazer é digitar o endereço do local que
Funções visíveis quer visitar. Para acessar o portal Baixaki, por exemplo, basta es-
crever baixaki.com.br (hoje é possível dispensar o famoso “www”,
Antes de detalhar melhor os aspectos mais complicados do inserido automaticamente pelo programa.)
navegador, vamos conferir todas as funções disponíveis logo em No entanto nem sempre sabemos exatamente o link que que-
sua janela inicial. Observe a numeração na imagem abaixo e acom- remos acessar. Para isso, digite o nome ou as palavras-chave do
panhe sua explicação logo em seguida: que você procura na mesma lacuna. Desta forma o Chrome acessa
o site de buscas do Google e exibe os resultados rapidamente. No
exemplo utilizamos apenas a palavra “Baixaki”.

1. As setas são ferramentas bem conhecidas por todos que já


utilizaram um navegador. Elas permitem avançar ou voltar nas pá-
ginas em exibição, sem maiores detalhes. Ao manter o botão pres-
sionado sobre elas, você fará com que o histórico inteiro apareça
na janela.
Abas
2. Reenviar dados, atualizar ou recarregar a página. Todos são
sinônimos desta função, ideal para conferir novamente o link em A segunda tarefa importante para quem quer usar o Chrome é
que você se encontra, o que serve para situações bem específicas lidar com suas abas. Elas são ferramentas muito úteis e facilitam a
– links de download perdidos, imagens que não abriram, erros na navegação. Como citado anteriormente, basta clicar no botão com
diagramação da página. um “+” para abrir uma nova guia.
Outra forma de abri-las é clicar em qualquer link ao pressionar
3. O ícone remete à palavra home (casa) e leva o navegador à a rodinha do mouse, o que torna tudo ainda mais rápido. Também
página inicial do programa. Mais tarde ensinaremos você a modifi- é possível utilizar o botão direito sobre o novo endereço e escolher
car esta página para qualquer endereço de sua preferência. a opção “Abrir link em uma nova guia”.
4. A estrela adiciona a página em exibição aos favoritos, que
nada mais são do que sites que você quer ter a disposição de um Liberdade
modo mais rápido e fácil de encontrar.
É muito fácil manipular as abas no Google Chrome. É possí-
5. Abre uma nova aba de navegação, o que permite visitar vel arrastá-las e mudar sua ordem, além de arrancar a aba da janela
outros sites sem precisar de duas janelas diferentes. e desta forma abrir outra independente. Basta segurar a aba com
o botão esquerdo do mouse para testar suas funções. Clicar nelas
6. A barra de endereços é o local em que se encontra o link com a rodinha do mouse faz com que fechem automaticamente.
da página visitada. A função adicional dessa parte no Chrome é
que ao digitar palavras-chave na lacuna, o mecanismo de busca
do Google é automaticamente ativado e exibe os resultados em
questão de poucos segundos.

7. Simplesmente ativa o link que você digitar na lacuna à es-


querda.

8. Abre as opções especiais para a página aberta no navegador.


Falaremos um pouco mais sobre elas em seguida.
9. Abre as funções gerais do navegador, que serão melhor de-
talhadas nos próximos parágrafos.

Didatismo e Conhecimento 207


INFORMÁTICA BÁSICA
O botão direito abre o menu de contexto da aba, em que é pos- Página inicial: caso esta tenha sido a sua escolha na aba an-
sível abrir uma nova, recarregar a atual, fechar a guia ou cancelar terior, defina qual será a página inicial do Chrome. Também é
todas as outras. No teclado você pode abrir uma nova aba com o possível escolher se o atalho para a home (aquele em formato de
comando Ctrl + T ou simplesmente apertando o F1. casinha) aparecerá na janela do navegador.
Pesquisa padrão: como o próprio nome já deixa claro, aqui
Fechei sem querer! você escolhe o site de pesquisas utilizado ao digitar na lacuna do
programa. O botão “Gerenciar” mostra a lista de mecanismos.
Quem nunca fechou uma aba importante acidentalmente em Navegador padrão: aqui você pode definir o aplicativo como
um momento de distração? Pensando nisso, o Chrome conta com a seu navegador padrão. Se você optar por isso, sempre que algum
função “Reabrir guia fechada” no menu de contexto (botão direito software ou link for executado, o Chrome será automaticamente
do mouse). Basta selecioná-la para que a última página retorne ao utilizado pelo sistema.
navegador.
Coisas pessoais
Senhas: define basicamente se o programa salvará ou não as se-
nhas que você digitar durante a navegação. A opção “Mostrar senhas
salvas” exibe uma tabela com tudo o que já foi inserido por você.
Preenchimento automático de formulário: define se os formu-
lários da internet (cadastros e aberturas de contas) serão sugeridos
automaticamente após a primeira digitação.
Dados de navegação: durante o uso do computador, o Chro-
me salva os dados da sua navegação para encontrar sites, links e
conteúdos com mais facilidade. O botão “Limpar dados de nave-
gação” apaga esse conteúdo, enquanto a função “Importar dados”
coleta informações de outros navegadores.
Configuração Temas: é possível modificar as cores e todo o visual do na-
vegador. Para isso, clique em “Obter temas” e aplique um de sua
Antes de continuar com as outras funções do Google Chrome preferência. Para retornar ao normal, selecione “Redefinir para o
é legal deixar o programa com a sua cara. Para isso, vamos às tema padrão”.
configurações. Vá até o canto direito da tela e procure o ícone com
uma chave de boca. Clique nele e selecione “Opções”.

Configurações avançadas

Rede: configura um Proxy para a sua rede. (Indicado para


usuários avançados)
Privacidade: aqui há diversas funções de privacidade, que
podem ser marcadas ou desmarcadas de acordo com suas prefe-
rências.
Downloads: esta é a opção mais importante da aba. Em “Lo-
cal de download” é possível escolher a pasta em que os arquivos
baixados serão salvos. Você também pode definir que o navegador
pergunte o local para cada novo download.

Downloads

Todos os navegadores mais famosos da atualidade contam


com pequenos gerenciadores de download, o que facilita a vida de
Básicas quem baixa várias coisas ao mesmo tempo. Com o Google Chro-
Inicialização: aqui é possível definir a página inicial do nave- me não é diferente. Ao clicar em um link de download, muitas ve-
gador. Basta selecionar a melhor opção para você e configurar as zes o programa perguntará se você deseja mesmo baixar o arquivo,
páginas que deseja abrir. como ilustrado abaixo:

Didatismo e Conhecimento 208


INFORMÁTICA BÁSICA

Logo em seguida uma pequena aba aparecerá embaixo da janela, mostrando o progresso do download. Você pode clicar no canto dela e
conferir algumas funções especiais para a situação. Além disso, ao selecionar a função “Mostrar todos os downloads” (Ctrl + J), uma nova
aba é exibida com ainda mais detalhes sobre os arquivos que você está baixando.

Pesquise dentro dos sites

Outra ferramenta muito prática do navegador é a possibilidade de realizar pesquisas diretamente dentro de alguns sites, como o próprio
portal Baixaki. Depois de usar a busca normalmente no nosso site pela primeira vez, tudo o que você precisa fazer é digitar baixaki e teclar
o TAB para que a busca desejada seja feita diretamente na lacuna do Chrome.

Navegação anônima

Se você quer entrar em alguns sites sem deixar rastros ou históricos de navegação no computador, utilize a navegação anônima. Basta
clicar no menu com o desenho da chave de boca e escolher a função “Nova janela anônima”, que também pode ser aberta com o comando
Ctrl + Shift + N.

Didatismo e Conhecimento 209


INFORMÁTICA BÁSICA
Gerenciador de tarefas CONCEITOS DE SEGURANÇA
Uma das funções mais úteis do Chrome é o pequeno geren-
ciador de tarefas incluso no programa. Clique com o botão direito A Segurança da Informação refere-se à proteção existente
no topo da página (como indicado na figura) e selecione a função sobre as informações de uma determinada empresa, instituição
“Gerenciador de tarefas”. governamental ou pessoa, isto é, aplica-se tanto as informações
corporativas quanto as pessoais.
Entende-se por informação todo e qualquer conteúdo ou dado
que tenha valor para alguma organização ou pessoa. Ela pode estar
guardada para uso restrito ou exposta ao público para consulta ou
aquisição.
Podem ser estabelecidas métricas (com o uso ou não de fer-
ramentas) para a definição do nível de segurança existente e, com
isto, serem estabelecidas as bases para análise da melhoria ou piora
da situação de segurança existente.
A segurança de uma determinada informação pode ser afeta-
Desta forma, uma nova janela aparecerá em sua tela. Ela con- da por fatores comportamentais e de uso de quem se utiliza dela,
trola todas as abas e funções executadas pelo navegador. Caso uma pelo ambiente ou infraestrutura que a cerca ou por pessoas mal
das guias apresente problemas você pode fechá-la individualmen- intencionadas que tem o objetivo de furtar, destruir ou modificar
te, sem comprometer todo o programa. A função é muito útil e a informação.
evita diversas dores de cabeça. Antes de proteger, devemos saber:
• O que proteger.
• De quem proteger.
• Pontos vulneráveis.
• Processos a serem seguidos.

MECANISMOS DE SEGURANÇA

O suporte para as recomendações de segurança pode ser en-


contrado em:
• CONTROLES FÍSICOS: são barreiras que limitam o
contato ou acesso direto a informação ou a infraestrutura (que ga-
rante a existência da informação) que a suporta.
Devemos atentar para ameaças sempre presentes, mas nem
4. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO. sempre lembradas; incêndios, desabamentos, relâmpagos, alaga-
mentos, problemas na rede elétrica, acesso indevido de pessoas
4.1. CONCEITOS DE PROTEÇÃO E
aos servidores ou equipamentos de rede, treinamento inadequado
SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO.
de funcionários, etc.
4.2. ANTIVÍRUS, VÍRUS E CÓDIGOS Medidas de proteção física, tais como serviços de guarda, uso
MALICIOSOS (MALWARE). de nobreaks, alarmes e fechaduras, circuito interno de televisão e
4.3. FIREWALL. sistemas de escuta são realmente uma parte da segurança da infor-
4.4. BACKUP. mação. As medidas de proteção física são frequentemente citadas
4.5. CRIPTOGRAFIA. como “segurança computacional”, visto que têm um importante
papel também na prevenção dos itens citados no parágrafo acima.
O ponto-chave é que as técnicas de proteção de dados por
mais sofisticadas que sejam, não têm serventia nenhuma se a segu-
Segurança de Informação está relacionada com a proteção rança física não for garantida.
existente ou necessária sobre dados que possuem valor para al-
guém ou uma organização. Possui aspectos básicos como confi- Instalação e Atualização
dencialidade, integridade e disponibilidade da informação que nos
ajuda a entender as necessidades de sua proteção e que não se apli- A maioria dos sistemas operacionais, principalmente as distri-
ca ou está restrita a sistemas computacionais, nem a informações buições Linux, vem acompanhada de muitos aplicativos que são
eletrônicas ou qualquer outra forma mecânica de armazenamento. instalados opcionalmente no processo de instalação do sistema.
Ela se aplica a todos os aspectos de proteção e armazenamento de Sendo assim, torna-se necessário que vários pontos sejam ob-
informações e dados, em qualquer forma. O nível de segurança de servados para garantir a segurança desde a instalação do sistema,
um sistema operacional de computador pode ser tipificado pela dos quais podemos destacar:
configuração de seus componentes. • Seja minimalista: Instale somente os aplicativos necessários,
aplicativos com problemas podem facilitar o acesso de um ata-
cante;

Didatismo e Conhecimento 210


INFORMÁTICA BÁSICA
• Devem ser desativados todos os serviços de sistema que não Atualmente, a filtragem de pacotes é implementada na maio-
serão utilizados: Muitas vezes o sistema inicia automaticamente ria dos roteadores e é transparente aos usuários, porém pode ser fa-
diversos aplicativos que não são necessários, esses aplicativos cilmente contornada com IP Spoofers. Por isto, o uso de roteadores
também podem facilitar a vida de um atacante; como única defesa para uma rede corporativa não é aconselhável.
• Deve-se tomar um grande cuidado com as aplicações de Mesmo que filtragem de pacotes possa ser feita diretamente
rede: problemas nesse tipo de aplicação podem deixar o sistema no roteador, para uma maior performance e controle, é necessária a
vulnerável a ataques remotos que podem ser realizados através da utilização de um sistema específico de firewall. Quando um grande
rede ou Internet; número de regras é aplicado diretamente no roteador, ele acaba
• Use partições diferentes para os diferentes tipos de dados: a perdendo performance. Além disso, Firewall mais avançados po-
divisão física dos dados facilita a manutenção da segurança; dem defender a rede contra spoofing e ataques do tipo DoS/DDoS.
• Remova todas as contas de usuários não utilizadas: Contas
de usuários sem senha, ou com a senha original de instalação, po- - Stateful Firewalls
dem ser facilmente exploradas para obter-se acesso ao sistema.
Grande parte das invasões na Internet acontece devido a fa- Outro tipo de firewall é conhecido como Stateful Firewall. Ele
lhas conhecidas em aplicações de rede, as quais os administradores utiliza uma técnica chamada Stateful Packet Inspection, que é um
de sistemas não foram capazes de corrigir a tempo. Essa afirmação tipo avançado de filtragem de pacotes. Esse tipo de firewall exami-
pode ser confirmada facilmente pelo simples fato de que quando na todo o conteúdo de um pacote, não apenas seu cabeçalho, que
uma nova vulnerabilidade é descoberta, um grande número de ata- contém apenas os endereços de origem e destino da informação.
ques é realizado com sucesso. Por isso é extremamente importante Ele é chamado de ‘stateful’ porque examina os conteúdos dos pa-
que os administradores de sistemas se mantenham atualizados so- cotes para determinar qual é o estado da conexão, Ex: Ele garante
bre os principais problemas encontrados nos aplicativos utilizados, que o computador destino de uma informação tenha realmente so-
através dos sites dos desenvolvedores ou específicos sobre segu- licitado anteriormente a informação através da conexão atual.
rança da Informação. As principais empresas comerciais desenvol- Além de serem mais rigorosos na inspeção dos pacotes, os
vedoras de software e as principais distribuições Linux possuem stateful firewalls podem ainda manter as portas fechadas até que
boletins periódicos informando sobre as últimas vulnerabilidades uma conexão para a porta específica seja requisitada. Isso permite
encontradas e suas devidas correções. Alguns sistemas chegam até uma maior proteção contra a ameaça de port scanning.
a possuir o recurso de atualização automática, facilitando ainda
mais o processo. - Firewalls em Nível de Aplicação
Nesse tipo de firewall o controle é executado por aplicações
Firewalls específicas, denominadas proxies, para cada tipo de serviço a ser
controlado. Essas aplicações interceptam todo o tráfego
Definimos o firewall como sendo uma barreira inteligente en- recebido e o envia para as aplicações correspondentes; assim,
tre duas redes, geralmente a rede local e a Internet, através da qual cada aplicação pode controlar o uso de um serviço.
só passa tráfego autorizado. Este tráfego é examinado pelo firewall Apesar desse tipo de firewall ter uma perda maior de perfor-
em tempo real e a seleção é feita de acordo com um conjunto de mance, já que ele analisa toda a comunicação utilizando proxies,
regras de acesso Ele é tipicamente um roteador (equipamento que ele permite uma maior auditoria sobre o controle no tráfego, já
liga as redes com a Internet), um computador rodando filtragens de que as aplicações específicas podem detalhar melhor os eventos
pacotes, um software Proxy, um firewall-in-a-box (um hardware associados a um dado serviço.
proprietário específico para função de firewall), ou um conjunto A maior dificuldade na sua implementação é a necessidade de
desses sistemas. instalação e configuração de um proxy para cada aplicação, sen-
Pode-se dizer que firewall é um conceito ao invés de um pro- do que algumas aplicações não trabalham corretamente com esses
duto. Ele é a soma de todas as regras aplicadas a rede. Geralmente, mecanismos.
essas regras são elaboradas considerando as políticas de acesso da
organização. Considerações sobre o uso de Firewalls
Podemos observar que o firewall é único ponto de entrada da
rede, quando isso acontece o firewall também pode ser designado Embora os firewalls garantam uma maior proteção, e são ines-
como check point. timáveis para segurança da informação, existem alguns ataques
De acordo com os mecanismos de funcionamentos dos fire- que os firewalls não podem proteger, como a interceptação de trá-
walls podemos destacar três tipos principais: fego não criptografado, ex: Interceptação de e-mail. Além disso,
• Filtros de pacotes embora os firewalls possam prover um único ponto de segurança
• Stateful Firewalls e auditoria, eles também podem se tornar um único ponto de falha
• Firewalls em Nível de Aplicação – o que quer dizer que os firewalls são a última linha de defesa.
Significa que se um atacante conseguir quebrar a segurança de um
- Filtros de Pacotes firewall, ele vai ter acesso ao sistema, e pode ter a oportunidade
de roubar ou destruir informações. Além disso, os firewalls prote-
Esse é o tipo de firewall mais conhecido e utilizado. Ele con- gem a rede contra os ataques externos, mas não contra os ataques
trola a origem e o destino dos pacotes de mensagens da Internet. internos. No caso de funcionários mal intencionados, os firewalls
Quando uma informação é recebida, o firewall verifica as informa- não garantem muita proteção. Finalmente, como mencionado os
ções sobre o endereço IP de origem e destino do pacote e compara firewalls de filtros de pacotes são falhos em alguns pontos. - As
com uma lista de regras de acesso para determinar se pacote está técnicas de Spoofing podem ser um meio efetivo de anular a sua
autorizado ou não a ser repassado através dele. proteção.

Didatismo e Conhecimento 211


INFORMÁTICA BÁSICA
Para uma proteção eficiente contra as ameaças de segurança Mecanismos de garantia da integridade da informação
existentes, os firewalls devem ser usados em conjunto com diver-
sas outras medidas de segurança. Usando funções de “Hashing” ou de checagem, consistindo
Existem, claro, outros mecanismos de segurança que apoiam na adição.
os controles físicos: Portas / trancas / paredes / blindagem / guar-
das / etc. Mecanismos de controle de acesso

• CONTROLES LÓGICOS: são barreiras que impedem ou Palavras-chave, sistemas biométricos, firewalls, cartões in-
limitam o acesso à informação, que está em ambiente controlado, teligentes.
geralmente eletrônico, e que, de outro modo, ficaria exposta a alte-
ração não autorizada por elemento mal intencionado. Mecanismos de certificação
Existem mecanismos de segurança que apoiam os controles
lógicos: Atesta a validade de um documento. O Certificado Digital,
também conhecido como Certificado de Identidade Digital associa
Mecanismos de encriptação a identidade de um titular a um par de chaves eletrônicas (uma
pública e outra privada) que, usadas em conjunto, fornecem a com-
A criptografia vem, na sua origem, da fusão de duas palavras provação da identidade. É uma versão eletrônica (digital) de algo
gregas: parecido a uma Cédula de Identidade - serve como prova de identi-
• CRIPTO = ocultar, esconder. dade, reconhecida diante de qualquer situação onde seja necessária
• GRAFIA = escrever a comprovação de identidade.
Criptografia é arte ou ciência de escrever em cifra ou em códi- O Certificado Digital pode ser usado em uma grande varieda-
gos. É então um conjunto de técnicas que tornam uma mensagem de de aplicações, como comércio eletrônico, groupware (Intranets
incompreensível permitindo apenas que o destinatário que conhe- e Internet) e transferência eletrônica de fundos.
ça a chave de encriptação possa decriptar e ler a mensagem com Dessa forma, um cliente que compre em um shopping virtual,
clareza. utilizando um Servidor Seguro, solicitará o Certificado de Identi-
Permitem a transformação reversível da informação de forma
dade Digital deste Servidor para verificar: a identidade do vende-
a torná-la ininteligível a terceiros. Utiliza-se para tal, algoritmos
dor e o conteúdo do Certificado por ele apresentado. Da mesma
determinados e uma chave secreta para, a partir de um conjunto de
forma, o servidor poderá solicitar ao comprador seu Certificado
dados não encriptados, produzir uma sequência de dados encripta-
de Identidade Digital, para identificá-lo com segurança e precisão.
dos. A operação inversa é a desencriptação.
Caso qualquer um dos dois apresente um Certificado de Iden-
tidade Digital adulterado, ele será avisado do fato, e a comunica-
Assinatura digital
ção com segurança não será estabelecida.
Um conjunto de dados encriptados, associados a um docu- O Certificado de Identidade Digital é emitido e assinado por
mento do qual são função, garantindo a integridade do documento uma Autoridade Certificadora Digital (Certificate Authority). Para
associado, mas não a sua confidencialidade. tanto, esta autoridade usa as mais avançadas técnicas de cripto-
A assinatura digital, portanto, busca resolver dois problemas grafia disponíveis e de padrões internacionais (norma ISO X.509
não garantidos apenas com uso da criptografia para codificar as para Certificados Digitais), para a emissão e chancela digital dos
informações: a Integridade e a Procedência. Certificados de Identidade Digital.
Ela utiliza uma função chamada one-way hash function, tam- Podemos destacar três elementos principais:
bém conhecida como: compression function, cryptographic check- - Informação de atributo: É a informação sobre o objeto que
sum, message digest ou fingerprint. Essa função gera uma string é certificado. No caso de uma pessoa, isto pode incluir seu nome,
única sobre uma informação, se esse valor for o mesmo tanto no nacionalidade e endereço e-mail, sua organização e o departamen-
remetente quanto destinatário, significa que essa informação não to da organização onde trabalha.
foi alterada. - Chave de informação pública: É a chave pública da entida-
Mesmo assim isso ainda não garante total integridade, pois de certificada. O certificado atua para associar a chave pública à
a informação pode ter sido alterada no seu envio e um novo hash informação de atributo, descrita acima. A chave pública pode ser
pode ter sido calculado. qualquer chave assimétrica, mas usualmente é uma chave RSA.
Para solucionar esse problema, é utilizada a criptografia as- - Assinatura da Autoridade em Certificação (CA): A CA as-
simétrica com a função das chaves num sentido inverso, onde o sina os dois primeiros elementos e, então, adiciona credibilidade
hash é criptografado usando a chave privada do remetente, sendo ao certificado. Quem recebe o certificado verifica a assinatura e
assim o destinatário de posse da chave pública do remetente po- acreditará na informação de atributo e chave pública associadas se
derá decriptar o hash. Dessa maneira garantimos a procedência, acreditar na Autoridade em Certificação.
pois somente o remetente possui a chave privada para codificar o Existem diversos protocolos que usam os certificados digitais
hash que será aberto pela sua chave pública. Já o hash, gerado a para comunicações seguras na Internet:
partir da informação original, protegido pela criptografia, garantirá • Secure Socket Layer ou SSL;
a integridade da informação. • Secured Multipurpose Mail Extensions - S/MIME;
• Form Signing;
• Authenticode / Objectsigning.

Didatismo e Conhecimento 212


INFORMÁTICA BÁSICA
O SSL é talvez a mais difundida aplicação para os certificados • Falsificar mensagem de e-mail;
digitais e é usado em praticamente todos os sites que fazem co- • Executar pacotes de autenticação.
mércio eletrônico na rede (livrarias, lojas de CD, bancos etc.). O Um ataque de Falsificação pode ter início em um PostIt com
SSL teve uma primeira fase de adoção onde apenas os servidores sua senha, grudado no seu monitor.
estavam identificados com certificados digitais, e assim tínhamos
garantido, além da identidade do servidor, o sigilo na sessão. En- Violação
tretanto, apenas com a chegada dos certificados para os browsers é
que pudemos contar também com a identificação na ponta cliente, A Violação ocorre quando os dados são alterados:
eliminando assim a necessidade do uso de senhas e logins. • Alterar dados durante a transmissão;
O S/Mime é também um protocolo muito popular, pois permi- • Alterar dados em arquivos.
te que as mensagens de correio eletrônico trafeguem encriptadas e/
ou assinadas digitalmente. Desta forma os e-mails não podem ser Repudiação
lidos ou adulterados por terceiros durante o seu trânsito entre a má- A Repudiação talvez seja uma das últimas etapas de um ata-
quina do remetente e a do destinatário. Além disso, o destinatário que bem sucedido, pois é o ato de negar algo que foi feito. Isso
tem a garantia da identidade de quem enviou o e-mail. pode ser feito apagando as entradas do Log após um acesso inde-
O Form Signing é uma tecnologia que permite que os usuários vido. Exemplos:
emitam recibos online com seus certificados digitais. Por exemplo: • Excluir um arquivo crítico e negar que excluiu;
o usuário acessa o seu Internet Banking e solicita uma transferên- • Comprar um produto e mais tarde negar que comprou.
cia de fundos. O sistema do banco, antes de fazer a operação, pede
que o usuário assine com seu certificado digital um recibo con- Divulgação
firmando a operação. Esse recibo pode ser guardado pelo banco
para servir como prova, caso o cliente posteriormente negue ter A Divulgação das Informações pode ser tão grave e/ou custar
efetuado a transação. tão caro quanto um ataque de “Negação de Serviço”, pois informa-
O Authenticode e o Object Signing são tecnologias que per- ções que não podiam ser acessadas por terceiros, agora estão sendo
mitem que um desenvolvedor de programas de computador assine divulgadas ou usadas para obter vantagem em negócios.
digitalmente seu software. Assim, ao baixar um software pela In- Dependendo da informação ela pode ser usada como objeto de
ternet, o usuário tem certeza da identidade do fabricante do pro- chantagem. Abaixo exemplos de Divulgação:
grama e que o software se manteve íntegro durante o processo de • Expor informações em mensagens de erro;
download. Os certificados digitais se dividem em basicamente dois • Expor código em sites.
formatos: os certificados de uso geral (que seriam equivalentes a
uma carteira de identidade) e os de uso restrito (equivalentes a car- Negação de Serviço (DoS) (Denial of Service, DoS)
tões de banco, carteiras de clube etc.). Os certificados de uso geral
são emitidos diretamente para o usuário final, enquanto que os de A forma mais conhecida de ataque que consiste na perturba-
uso restrito são voltados basicamente para empresas ou governo. ção de um serviço, devido a danos físicos ou lógicos causados no
Integridade: Medida em que um serviço/informação é genui- sistema que o suportam. Para provocar um DoS, os atacantes dis-
no, isto é, esta protegido contra a personificação por intrusos. seminam vírus, geram grandes volumes de tráfego de forma artifi-
Honeypot: É o nome dado a um software, cuja função é de- cial, ou muitos pedidos aos servidores que causam subcarga e estes
tectar ou de impedir a ação de um cracker, de um spammer, ou últimos ficam impedidos de processar os pedidos normais.
de qualquer agente externo estranho ao sistema, enganando-o, fa- O objetivo deste ataque é parar algum serviço. Exemplo:
zendo-o pensar que esteja de fato explorando uma vulnerabilidade • “Inundar” uma rede com pacotes SYN (Syn-Flood);
daquele sistema. • “Inundar” uma rede com pacotes ICPM forçados.
O alvo deste tipo de ataque pode ser um Web Server contendo
AMEAÇAS À SEGURANÇA o site da empresa, ou até mesmo “inundar” o DHCP Server Local
com solicitações de IP, fazendo com que nenhuma estação com IP
Ameaça é algo que oferece um risco e tem como foco algum dinâmico obtenha endereço IP.
ativo. Uma ameaça também pode aproveitar-se de alguma vulne-
rabilidade do ambiente. Elevação de Privilégios
Identificar Ameaças de Segurança – Identificar os Tipos de
Ataques é a base para chegar aos Riscos. Lembre-se que existem Acontece quando o usuário mal-intencionado quer executar
as prioridades; essas prioridades são os pontos que podem com- uma ação da qual não possui privilégios administrativos suficien-
prometer o “Negócio da Empresa”, ou seja, o que é crucial para a tes:
sobrevivência da Empresa é crucial no seu projeto de Segurança. • Explorar saturações do buffer para obter privilégios do sis-
Abaixo temos um conjunto de ameaças, chamado de FVRDNE: tema;
• Obter privilégios de administrador de forma ilegítima.
Falsificação Este usuário pode aproveitar-se que o Administrador da Rede
efetuou logon numa máquina e a deixou desbloqueada, e com isso
Falsificação de Identidade é quando se usa nome de usuário adicionar a sua própria conta aos grupos Domain Admins, e Re-
e senha de outra pessoa para acessar recursos ou executar tarefas. mote Desktop Users. Com isso ele faz o que quiser com a rede da
Seguem dois exemplos: empresa, mesmo que esteja em casa.

Didatismo e Conhecimento 213


INFORMÁTICA BÁSICA
Quem pode ser uma ameaça? NÍVEL DE SEGURANÇA

Quem ataca a rede/sistema são agentes maliciosos, muitas Depois de identificado o potencial de ataque, as organizações
vezes conhecidos como crackers, (hackers não são agentes mali- têm que decidir o nível de segurança a estabelecer para um rede ou
ciosos, tentam ajudar a encontrar possíveis falhas). Estas pessoas sistema os recursos físicos e lógicos a necessitar de proteção. No
são motivadas para fazer esta ilegalidade por vários motivos. Os nível de segurança devem ser quantificados os custos associados aos
principais motivos são: notoriedade, autoestima, vingança e o di- ataques e os associados à implementação de mecanismos de prote-
nheiro. É sabido que mais de 70% dos ataques partem de usuários ção para minimizar a probabilidade de ocorrência de um ataque .
legítimos de sistemas de informação (Insiders) -- o que motiva
corporações a investir largamente em controles de segurança para POLÍTICAS DE SEGURANÇA
seus ambientes corporativos (intranet).
É necessário identificar quem pode atacar a minha rede, e qual De acordo com o RFC 2196 (The Site Security Handbook), uma
a capacidade e/ou objetivo desta pessoa. política de segurança consiste num conjunto formal de regras que de-
• Principiante – não tem nenhuma experiência em programa- vem ser seguidas pelos usuários dos recursos de uma organização.
ção e usa ferramentas de terceiros. Geralmente não tem noção do As políticas de segurança devem ter implementação realista,
que está fazendo ou das consequências daquele ato. e definir claramente as áreas de responsabilidade dos usuários, do
• Intermediário – tem algum conhecimento de programação e pessoal de gestão de sistemas e redes e da direção. Deve também
utiliza ferramentas usadas por terceiros. Esta pessoa pode querer adaptar-se a alterações na organização. As políticas de segurança
algo além de testar um “Programinha Hacker”. fornecem um enquadramento para a implementação de mecanis-
• Avançado – Programadores experientes, possuem conheci- mos de segurança, definem procedimentos de segurança adequa-
mento de Infraestrutura e Protocolos. Podem realizar ataques es- dos, processos de auditoria à segurança e estabelecem uma base
truturados. Certamente não estão só testando os seus programas. para procedimentos legais na sequência de ataques.
Estas duas primeiras pessoas podem ser funcionários da em- O documento que define a política de segurança deve deixar
presa, e provavelmente estão se aproveitando de alguma vulnera- de fora todos os aspetos técnicos de implementação dos mecanis-
bilidade do seu ambiente. mos de segurança, pois essa implementação pode variar ao longo
do tempo. Deve ser também um documento de fácil leitura e com-
preensão, além de resumido.
VULNERABILIDADES
Algumas normas definem aspectos que devem ser levados em
consideração ao elaborar políticas de segurança. Entre essas nor-
Os ataques com mais chances de dar certo são aqueles que ex-
mas estão a BS 7799 (elaborada pela British Standards Institution)
ploram vulnerabilidades, seja ela uma vulnerabilidade do sistema
e a NBR ISO/IEC 17799 (a versão brasileira desta primeira).
operacional, aplicativos ou políticas internas.
Existem duas filosofias por trás de qualquer política de se-
Veja algumas vulnerabilidades: gurança: a proibitiva (tudo que não é expressamente permitido é
• Roubo de senhas – Uso de senhas em branco, senhas pre- proibido) e a permissiva (tudo que não é proibido é permitido).
visíveis ou que não usam requisitos mínimos de complexidade. Enfim, implantar Segurança em um ambiente não depende
Deixar um Postit com a sua senha grudada no monitor é uma vul- só da Tecnologia usada, mas também dos Processos utilizados
nerabilidade. na sua implementação e da responsabilidade que as Pessoas têm
• Software sem Patches – Um gerenciamento de Service Packs neste conjunto. Estar atento ao surgimento de novas tecnologias
e HotFixes mal feito é uma vulnerabilidade comum. Veja casos não basta, é necessário entender as necessidades do ambiente, e
como os ataques do Slammer e do Blaster, sendo que suas res- implantar políticas que conscientizem as pessoas a trabalhar de
pectivas correções já estavam disponíveis bem antes dos ataques modo seguro.
serem realizados. Seu ambiente nunca estará seguro, não imagine que instalando
• Configuração Incorreta – Aplicativos executados com contas um bom Antivírus você elimina as suas vulnerabilidades ou dimi-
de Sistema Local, e usuários que possuem permissões acima do nui a quantidade de ameaças. É extremamente necessário conhecer
necessário. o ambiente e fazer um estudo, para depois poder implementar fer-
• Engenharia Social – O Administrador pode alterar uma se- ramentas e soluções de segurança.
nha sem verificar a identidade da chamada.
• Segurança fraca no Perímetro – Serviços desnecessários, PROCEDIMENTOS DE BACKUP
portas não seguras. Firewall e Roteadores usados incorretamente. Existem muitas maneiras de perder informações em um com-
• Transporte de Dados sem Criptografia – Pacotes de autenti- putador involuntariamente. Uma criança usando o teclado como se
cação usando protocolos de texto simples, dados importantes en- fosse um piano, uma queda de energia, um relâmpago, inundações.
viados em texto simples pela Internet. E algumas vezes o equipamento simplesmente falha. Em modos
Identifique, entenda como explorá-las e mesmo que não seja gerais o backup é uma tarefa essencial para todos os que usam
possível eliminá-las, monitore e gerencie o risco de suas vulnera- computadores e / ou outros dispositivos, tais como máquinas digi-
bilidades. tais de fotografia, leitores de MP3, etc.
Nem todos os problemas de segurança possuem uma solução O termo backup também pode ser utilizado para hardware sig-
definitiva, a partir disso inicia-se o Gerenciamento de Risco, anali- nificando um equipamento para socorro (funciona como um pneu
sando e balanceando todas as informações sobre Ativos, Ameaças, socorro do veículo) pode ser uma impressora, cpu ou monitor etc..
Vulnerabilidades, probabilidade e impacto. que servirá para substituir temporariamente um desses equipamen-
tos que estejam com problemas.

Didatismo e Conhecimento 214


INFORMÁTICA BÁSICA
Atualmente os mais conhecidos meios de backups são: CD • Depois de visualizar os arquivos ou pastas que se deseja co-
-ROM, DVD e Disco Rígido Externo, pendrives e fitas magnéticas. piar no lado direito do “Windows Explorer”, selecione-os (clican-
Na prática existem inúmeros softwares para criação de backups do sobre o arquivo ou pasta, este ficará destacado);
e a posterior reposição. Como por exemplo o Norton Ghost da • Clique com o botão direito do mouse sobre o arquivo “Co-
Symantec. piar”;
Se você costuma fazer cópias de backup dos seus arquivos • Clique na unidade correspondente ao dispositivo no lado
regularmente e os mantêm em um local separado, você pode obter esquerdo do “Windows Explorer”;
uma parte ou até todas as informações de volta caso algo aconteça • Clique com o botão direito do mouse no espaço em branco
aos originais no computador. do lado direito, e escolha “Colar”;
A decisão sobre quais arquivos incluir no backup é muito pes-
soal. Tudo aquilo que não pode ser substituído facilmente deve Selecionando Vários Arquivos
estar no topo da sua lista. Antes de começar, faça uma lista de
verificação de todos os arquivos a serem incluídos no backup. Isso • Para selecionar vários arquivos ou pastas, após selecionar
o ajudará a determinar o que precisa de backup, além de servir de o primeiro segure a tecla “Ctrl” e clique nos outros arquivos ou
lista de referência para recuperar um arquivo de backup. pastas desejadas. Todos os arquivos (ou pastas) selecionados fica-
rão destacados.
Eis algumas sugestões para ajudá-lo a começar:
• Dados bancários e outras informações financeiras Fazendo Backup do seu Outlook
• Fotografias digitais
• Software comprado e baixado através da Internet Todos sabem do risco que é não termos backup dos nossos
• Projetos pessoais dados, e dentre eles se inclui as informações que guardamos no
• Seu catálogo de endereços de e-mail OUTLOOK.
• Seu calendário do Microsoft Outlook Já imaginou ter que entrar com todos os contatos novamente?
• Seus favoritos do Internet Explorer E seus compromissos no calendário? Pior, como é que vai recupe-
rar as mensagens de e-mail que você tinha guardado?
O detalhe mais importante antes de fazer um backup é forma-
Como fazer o backup das informações do Outlook, não é uma
tar o dispositivo. Isso pode ser feito clicando com o botão direi-
atividade muito simples (pelo menos não há nele nada automati-
to do mouse sobre o ícone do dispositivo, dentro do ícone “Meu
zado), listamos aqui algumas maneiras de executar este backup
Computador” e selecionar a opção formatar.
e se garantir contra qualquer problema! Exemplo para Outlook.
Para ter certeza que o dispositivo não está danificado, esco-
1 - Copie todas as mensagens para uma pasta separada (com
lha a formatação completa, que verificará cada setor do disquete e
isso você terá feito o backup das mensagens)
mostrará para você se o disquete tem algum dano. Sempre que um
2 - Vá em Ferramentas -> Contas lá selecione todas as contas
disquete tiver problemas, não copie arquivos de backups para ele.
Bem, agora que você já sabe fazer cópias de segurança, co- que deseja salvar e selecione Exportar. Cada conta será salva com
nheça os dois erros mais banais que você pode cometer e tornar o a extensão (IAF) na pasta que você quiser.
seu backup inútil: 3 - Para exportar todos os seus contatos, abra o seu catálogo
1- Fazer uma cópia do arquivo no mesmo disco. Isso não é de endereços do seu Outlook, então clique em Arquivo -> Expor-
backup, pois se acontecer algum problema no disco você vai per- tar -> Catálogo de endereços (WAB). Com esse procedimento to-
der os dois arquivos. dos os seus contatos serão armazenados num arquivo de extensão
2- Fazer uma cópia e apagar o original. Isso também não é (WAB) com o nome que você quiser e na pasta que você quiser.
backup, por motivos óbvios. 4 - Para as assinaturas é simples, basta copiar o conteúdo de
Procure utilizar arquivos compactados apenas como backups cada assinatura que você utiliza em arquivos de texto (TXT) se-
secundários, como imagens que geralmente ocupam um espaço parados. Depois você poderá utilizar as suas assinaturas a partir
muito grande. dos arquivos que criou.
5 - Para as regras (ou filtros), você deverá ir em Ferramen-
Copiando Arquivos de um Disco Rígido (H.D.) para um tas -> Assistente de Regras -> Clicar em OPÇÕES -> Clicar em
Dispositivo (Fazendo Backup) Exportar Regras. Será salvo um arquivo com a extensão RWZ.
Fazer todos esses procedimentos é mais trabalhoso, porém muito
• Clique no botão “Iniciar” (canto inferior esquerdo); mais seguro.
• Escolha “Programas”; e no menu que abre escolha “Windo- Outra solução, é utilizar programas específicos para backup
ws Explorer”. do Outlook.
• O Windows Explorer é dividido em duas partes. Do lado
esquerdo são exibidas as pastas (diretórios) e do lado direito o con- MEIOS DISPONÍVEIS PARA BACKUPS EM ARMA-
teúdo das pastas; ZENAMENTO EXTERNO
• Para ver o conteúdo de uma pasta clique uma vez sobre a pasta
desejada (no lado esquerdo), e ele será exibido do lado direito. Entende-se por armazenamento externo qualquer mecanismo
• Para ver o conteúdo de uma subpasta (uma pasta dentro de que não se encontre dentro do seu PC. Existem várias opções, e
outra pasta) clique duas vezes sobre a pasta desejada do lado direi- apresentamos uma tabela com os mais comuns, vantagens e des-
to do “Windows Explorer”; vantagens:

Didatismo e Conhecimento 215


INFORMÁTICA BÁSICA
CD-RW Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema operacio-
É um CD em que pode guardar/gravar suas informações. Ar- nal utiliza, dê um clique com o botão direito sobre o ícone “Meu
quivos realmente preciosos que precisam ser guardados com 100% Computador” e escolha “Propriedades”. Dentro da guia “Sistema”
de certeza de que não sofrerão danos com o passar do tempo de- você encontrará a versão do seu sistema operacional.
vem ser becapeados em CDs. A maioria dos computadores atuais
inclui uma unidade para gravar em CD-RW. O CD-ROM é a forma Para utilizar a ferramenta de backups no Windows XP
mais segura de fazer grandes backups. Cada CD armazena até 700 Home Edition
Mb e, por ser uma mídia ótica, onde os dados são gravados de ma-
neira física, é muito mais confiável que mídias magnéticas sujeitas Se seu PC tem o Windows XP Home Edition, você precisa
a interferências elétricas. adicionar a ferramenta de backups que vem no seu CD original
seguindo estes passos:
DVD-RW 1. Insira o CD do Windows XP (ou o que veio com seu equi-
A capacidade de armazenamento é muito maior, normalmente pamento se ele foi pré-carregado) na unidade de CD. Se a tela de
entre 4 e 5 gibabytes. apresentação não aparecer, dê um clique duplo sobre o ícone da
unidade de CD dentro de “Meu Computador”.
Pen Drive 2. Na tela de apresentação, escolha a opção “Executar tarefas
São dispositivos bastante pequenos que se conectam a uma adicionais”.
porta USB do seu equipamento. 3. Clique em “Explorar este CD”.
São muito portáteis, frequentemente são do tipo “chaveiro”, 4. O Windows Explorer se abrirá. Localize a pasta “ValueA-
ideais para backups rápidos e para mover arquivos entre máquinas. dd” e dê um clique duplo sobre ela, depois em Msft e depois em
Você deve escolher um modelo que não seja muito frágil. NtBackup.
5. Agora, dê um clique duplo sobre o arquivo NtBackup.msi
HD Externo para instalar a ferramenta de backup.
O HD externo funciona como um periférico, como se fosse Nota: Ao terminar a instalação, é provável que seja solicitado
um Pen Drive, só que com uma capacidade infinitamente maior. que você reinicie seu equipamento.
Para utilizar a ferramenta, siga estes passos:
Backups utilizando o Windows 1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”.
2. Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas de Sis-
Fazer backups de sua informação não tem que ser um trabalho tema”.
complicado. Você pode simplesmente recorrer ao método Copiar 3. Escolha a opção “backup”.
e Colar, ou seja, aproveitar as ferramentas dependendo da versão Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, apare-
do Sistema Operacional (Windows, Linux, etc.) que você utiliza. cerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique em Avançar e
Cópias Manuais siga as instruções na tela. Se você deseja um guia passo a passo de
como usar essa ferramenta, pode obtê-lo em Backup do Windows
Você pode fazer backups da sua informação com estes passos XP Facilitado (em inglês).
simples: Sugestão: Se você não sabe qual versão de sistema operacio-
1. Clique com o botão direito sobre o arquivo ou pasta de que nal utiliza, dê um clique com o botão direito sobre o ícone “Meu
seja fazer backup e depois clique na opção “Copiar” no menu exi- Computador” e escolha “Propriedades”. Dentro da guia “Sistema”
bido. 2. Agora marque a unidade de backup, clique com o botão você encontrará a versão do seu sistema operacional.
direito sobre ela e escolha “Colar” no menu exibido. Você pode
marcar a unidade de backup ao localizá-la no ícone “Meu Com- Recomendações para proteger seus backups
putador”, ou seja, como uma das unidades do Windows Explorer.
Isso é tudo. Não se esqueça de verificar o backup para se certi- Fazer backups é uma excelente prática de segurança básica.
ficar que ele coube na unidade de backup e o mantenha protegido. Agora lhe damos conselhos simples para que você esteja a salvo
no dia em que precisar deles:
Utilizando a ferramenta inclusa no Windows XP Profes- 1. Tenha seus backups fora do PC, em outro escritório, e, se
sional. for possível, em algum recipiente à prova de incêndios, como os
cofres onde você guarda seus documentos e valores importantes.
Se você trabalha com o Windows XP Professional, você dis- 2. Faça mais de uma cópia da sua informação e as mantenha
põe de uma ferramenta muito útil que se encarrega de fazer os em lugares separados.
backups que você marcar. Siga estes passos para utilizá-la: 3. Estabeleça uma idade máxima para seus backups, é melhor
1. Clique em “Iniciar” e depois em “Todos os Programas”. 2. comprimir os arquivos que já sejam muito antigos (quase todos
Dentro de “Acessórios”, aponte para “Ferramentas de Sistema”. 3. os programas de backup contam com essa opção), assim você não
Escolha a opção “Backup”. desperdiça espaço útil.
Se for a primeira vez que você utiliza essa ferramenta, apare- 4. Proteja seus backups com uma senha, de maneira que sua
cerá o “Assistente de backup ou restauração”. Clique em Avançar e informação fique criptografada o suficiente para que ninguém mais
siga as instruções na tela. Se você deseja um guia passo a passo de possa acessá-la. Se sua informação é importante para seus entes
como usar essa ferramenta, pode obtê-lo em Backup do Windows queridos, implemente alguma forma para que eles possam saber a
XP Facilitado (em inglês). senha se você não estiver presente.

Didatismo e Conhecimento 216


INFORMÁTICA BÁSICA
• Provedores de Acesso: São instituições que se conectam à
5. SERVIÇOS DE INTERNET. Internet via um ou mais acessos dedicados e disponibilizam acesso
à terceiros a partir de suas instalações;
5.1. CONCEITOS.
• Provedores de Informação: São instituições que disponibili-
5.2. CORREIO ELETRÔNICO. zam informação através da Internet.
5.3. LISTAS DE E-MAIL.
5.4. GRUPOS DE DISCUSSÃO. Endereço Eletrônico ou URL
5.5. NAVEGAÇÃO, BUSCA E PESQUISA. Para se localizar um recurso na rede mundial, deve-se conhe-
cer o seu endereço.
Este endereço, que é único, também é considerado sua URL
(Uniform Resource Locator), ou Localizador de Recursos Univer-
INTERNET sal. Boa parte dos endereços apresenta-se assim: www.xxxx.com.
“Imagine que fosse descoberto um continente tão vasto br
que suas dimensões não tivessem fim. Imagine um mundo Onde:
novo, com tantos recursos que a ganância do futuro não seria ca- www = protocolo da World Wide Web
paz de esgotar; com tantas oportunidades que os empreendedores xxx = domínio
seriam poucos para aproveitá-las; e com um tipo peculiar de com = comercial
imóvel que se expandiria com o desenvolvimento.” br = brasil
John P. Barlow
Os Estados Unidos temiam que em um ataque nuclear ficas- WWW = World Wide Web ou Grande Teia Mundial
sem sem comunicação entre a Casa Branca e o Pentágono.
Este meio de comunicação “infalível”, até o fim da década de É um serviço disponível na Internet que possui um conjun-
60, ficou em poder exclusivo do governo conectando bases milita- to de documentos espalhados por toda rede e disponibilizados a
res, em quatro localidades. qualquer um.
Nos anos 70, seu uso foi liberado para instituições norte Estes documentos são escritos em hipertexto, que utiliza uma
-americanas de pesquisa que desejassem aprimorar a tecnologia, linguagem especial, chamada HTML.
logo vinte e três computadores foram conectados, porém o padrão
de conversação entre as máquinas se tornou impróprio pela quan- Domínio
tidade de equipamentos. Designa o dono do endereço eletrônico em questão, e
Era necessário criar um modelo padrão e universal para onde os hipertextos deste empreendimento estão localizados.
que as máquinas continuassem trocando dados, surgiu então o Quanto ao tipo do domínio, existem:
Protocolo Padrão TCP/IP, que permitiria portanto que mais outras .com = Instituição comercial ou provedor de serviço
máquinas fossem inseridas àquela rede. .edu = Instituição acadêmica
Com esses avanços, em 1972 é criado o correio eletrônico, o .gov = Instituição governamental
E-mail, permitindo a troca de mensagens entre as máquinas que .mil = Instituição militar norte-americana
compunham aquela rede de pesquisa, assim no ano seguinte a rede .net = Provedor de serviços em redes
se torna internacional. .org = Organização sem fins lucrativos
Na década de 80, a Fundação Nacional de Ciência do Brasil
conectou sua grande rede à ARPANET, gerando aquilo que co- HTTP, Hyper Texto Transfer Protocol ou Protocolo de Trasfe-
nhecemos hoje como internet, auxiliando portanto o processo de rência em Hipertexto
pesquisa em tecnologia e outras áreas a nível mundial, além de É um protocolo ou língua específica da internet, responsável
alimentar as forças armadas brasileiras de informação de todos os pela comunicação entre computadores.
tipos, até que em 1990 caísse no domínio público. Um hipertexto é um texto em formato digital, e pode le-
Com esta popularidade e o surgimento de softwares de nave- var a outros, fazendo o uso de elementos especiais (palavras,
gação de interface amigável, no fim da década de 90, pessoas que frases, ícones, gráficos) ou ainda um Mapa Sensitivo o qual leva
não tinham conhecimentos profundos de informática começaram a a outros conjuntos de informação na forma de blocos de textos,
utilizar a rede internacional.
imagens ou sons.
Assim, um link ou hiperlink, quando acionado com o mouse,
Acesso à Internet
remete o usuário à outra parte do documento ou outro documento.
O ISP, Internet Service Provider, ou Provedor de Serviço de
Internet, oferece principalmente serviço de acesso à Internet, adi-
Home Page
cionando serviços como e-mail, hospedagem de sites ou blogs, ou
Sendo assim, home page designa a página inicial, principal do
seja, são instituições que se conectam à Internet com o ob-
jetivo de fornecer serviços à ela relacionados, e em função do site ou web page.
serviço classificam-se em: É muito comum os usuários confundirem um Blog ou Perfil
• Provedores de Backbone: São instituições que constroem e no Orkut com uma Home Page, porém são coisas distintas, aonde
administram backbones de longo alcance, ou seja, estrutura física um Blog é um diário e um Perfil no Orkut é um Profile, ou seja um
de conexão, com o objetivo de fornecer acesso à Internet para re- hipertexto que possui informações de um usuário dentro de uma
des locais; comunidade virtual.

Didatismo e Conhecimento 217


INFORMÁTICA BÁSICA
HTML, Hyper Text Markut language ou Linguagem de Mar-
cação de Hipertexto
É a linguagem com a qual se cria as páginas para a web.
Suas principais características são:
• Portabilidade (Os documentos escritos em HTML devem ter
aparência semelhante nas diversas plataformas de trabalho);
• Flexibilidade (O usuário deve ter a liberdade de “customi-
zar” diversos elementos do documento, como o tamanho padrão
da letra, as cores, etc);
• Tamanho Reduzido (Os documentos devem ter um ta-
manho reduzido, a fim de economizar tempo na transmissão
através da Internet, evitando longos períodos de espera e
congestionamento na rede).

Browser ou Navegador
É o programa específico para visualizar as páginas da web.
O Browser lê e interpreta os documentos escritos em HTML,
apresentando as páginas formatadas para os usuários. Entre cada par de camadas adjacentes há uma interface. A inter-
face define quais operações primitivas e serviços a camada inferior
ARQUITETURAS DE REDES oferece à camada superior. Quando os projetistas decidem quantas
As modernas redes de computadores são projetadas de forma camadas incluir em uma rede e o que cada camada deve fazer, uma
altamente estruturada. Nas seções seguintes examinaremos com das considerações mais importantes é definir interfaces limpas entre
algum detalhe a técnica de estruturação. as camadas. Isso requer, por sua vez, que cada camada desempe-
nhe um conjunto específico de funções bem compreendidas. Além
HIERARQUIAS DE PROTOCOLOS de minimizar a quantidade de informações que deve ser passada de
Para reduzir a complexidade de projeto, a maioria das redes é camada em camada, interfaces bem definidas também tornam fácil
organizada em camadas ou níveis, cada uma construída sobre sua a troca da implementação de uma camada por outra implementação
predecessora. O número de camadas, o nome, o conteúdo e a fun- completamente diferente (por exemplo, trocar todas as linhas tele-
ção de cada camada diferem de uma rede para outra. No entanto, fônicas por canais de satélite), pois tudo o que é exigido da nova
em todas as redes, o propósito de cada camada é oferecer certos implementação é que ela ofereça à camada superior exatamente os
serviços às camadas superiores, protegendo essas camadas dos de- mesmos serviços que a implementação antiga oferecia.
talhes de como os serviços oferecidos são de fato implementados. O conjunto de camadas e protocolos é chamado de arquitetura
A camada n em uma máquina estabelece uma conversão com de rede. A especificação de arquitetura deve conter informações
a camada n em outra máquina. As regras e convenções utilizadas suficientes para que um implementador possa escrever o programa
nesta conversação são chamadas coletivamente de protocolo da ou construir o hardware de cada camada de tal forma que obedeça
camada n, conforme ilustrado na Figura abaixo para uma rede corretamente ao protocolo apropriado. Nem os detalhes de imple-
com sete camadas. As entidades que compõem as camadas cor- mentação nem a especificação das interfaces são parte da arquite-
respondentes em máquinas diferentes são chamadas de processos tura, pois esses detalhes estão escondidos dentro da máquina e não
parceiros. Em outras palavras, são os processos parceiros que se são visíveis externamente. Não é nem mesmo necessário que as in-
comunicam utilizando o protocolo. terfaces em todas as máquinas em uma rede sejam as mesmas, des-
Na verdade, nenhum dado é transferido diretamente da cama- de que cada máquina possa usar corretamente todos os protocolos.
da n em uma máquina para a camada n em outra máquina. Em vez
disso, cada camada passa dados e informações de controle para O endereço IP
a camada imediatamente abaixo, até que o nível mais baixo seja Quando você quer enviar uma carta a alguém, você... Ok, você
alcançado. Abaixo do nível 1 está o meio físico de comunicação, não envia mais cartas; prefere e-mail ou deixar um recado no Face-
através do qual a comunicação ocorre. Na Figura abaixo, a comu- book. Vamos então melhorar este exemplo: quando você quer enviar
nicação virtual é mostrada através de linhas pontilhadas e a comu- um presente a alguém, você obtém o endereço da pessoa e contrata
nicação física através de linhas sólidas. os Correios ou uma transportadora para entregar. É graças ao ende-
reço que é possível encontrar exatamente a pessoa a ser presenteada.
Também é graças ao seu endereço - único para cada residência ou
estabelecimento - que você recebe suas contas de água, aquele pro-
duto que você comprou em uma loja on-line, enfim.
Na internet, o princípio é o mesmo. Para que o seu computa-
dor seja encontrado e possa fazer parte da rede mundial de com-
putadores, necessita ter um endereço único. O mesmo vale para
websites: este fica em um servidor, que por sua vez precisa ter um
endereço para ser localizado na internet. Isto é feito pelo endereço
IP (IP Address), recurso que também é utilizado para redes locais,
como a existente na empresa que você trabalha, por exemplo.

Didatismo e Conhecimento 218


INFORMÁTICA BÁSICA
O endereço IP é uma sequência de números composta de 32 - Os endereços IP da classe A são usados em locais onde são
bits. Esse valor consiste em um conjunto de quatro sequências de necessárias poucas redes, mas uma grande quantidade de máqui-
8 bits. Cada uma destas é separada por um ponto e recebe o nome nas nelas. Para isso, o primeiro byte é utilizado como identificador
de octeto ou simplesmente byte, já que um byte é formado por da rede e os demais servem como identificador dos dispositivos
8 bits. O número 172.31.110.10 é um exemplo. Repare que cada conectados (PCs, impressoras, etc);
octeto é formado por números que podem ir de 0 a 255, não mais - Os endereços IP da classe B são usados nos casos onde a
do que isso. quantidade de redes é equivalente ou semelhante à quantidade de
dispositivos. Para isso, usam-se os dois primeiros bytes do ende-
reço IP para identificar a rede e os restantes para identificar os
dispositivos;
- Os endereços IP da classe C são usados em locais que reque-
rem grande quantidade de redes, mas com poucos dispositivos em
cada uma. Assim, os três primeiros bytes são usados para identifi-
car a rede e o último é utilizado para identificar as máquinas.
Quanto às classes D e E, elas existem por motivos especiais:
a primeira é usada para a propagação de pacotes especiais para a
comunicação entre os computadores, enquanto que a segunda está
A divisão de um IP em quatro partes facilita a organização da reservada para aplicações futuras ou experimentais.
rede, da mesma forma que a divisão do seu endereço em cidade, Vale frisar que há vários blocos de endereços reservados para
bairro, CEP, número, etc, torna possível a organização das casas fins especiais. Por exemplo, quando o endereço começa com 127,
da região onde você mora. Neste sentido, os dois primeiros octetos geralmente indica uma rede “falsa”, isto é, inexistente, utilizada
de um endereço IP podem ser utilizados para identificar a rede, por para testes. No caso do endereço 127.0.0.1, este sempre se refere à
exemplo. Em uma escola que tem, por exemplo, uma rede para própria máquina, ou seja, ao próprio host, razão esta que o leva a
alunos e outra para professores, pode-se ter 172.31.x.x para uma ser chamado de localhost. Já o endereço 255.255.255.255 é utili-
rede e 172.32.x.x para a outra, sendo que os dois últimos octetos zado para propagar mensagens para todos os hosts de uma rede de
são usados na identificação de computadores. maneira simultânea.

Endereços IP privados
Classes de endereços IP
Há conjuntos de endereços das classes A, B e C que são pri-
Neste ponto, você já sabe que os endereços IP podem ser utili-
vados. Isto significa que eles não podem ser utilizados na internet,
zados tanto para identificar o seu computador dentro de uma rede, sendo reservados para aplicações locais. São, essencialmente, estes:
quanto para identificá-lo na internet. -Classe A: 10.0.0.0 à 10.255.255.255;
Se na rede da empresa onde você trabalha o seu computador -Classe B: 172.16.0.0 à 172.31.255.255;
tem, como exemplo, IP 172.31.100.10, uma máquina em outra rede -Classe C: 192.168.0.0 à 192.168.255.255.
pode ter este mesmo número, afinal, ambas as redes são distintas Suponha então que você tenha que gerenciar uma rede com
e não se comunicam, sequer sabem da existência da outra. Mas, cerca de 50 computadores. Você pode alocar para estas máquinas
como a internet é uma rede global, cada dispositivo conectado nela endereços de 192.168.0.1 até 192.168.0.50, por exemplo. Todas
precisa ter um endereço único. O mesmo vale para uma rede local: elas precisam de acesso à internet. O que fazer? Adicionar mais um
nesta, cada dispositivo conectado deve receber um endereço único. IP para cada uma delas? Não. Na verdade, basta conectá-las a um
Se duas ou mais máquinas tiverem o mesmo IP, tem-se então um servidor ou equipamento de rede - como um roteador - que receba
problema chamado “conflito de IP”, que dificulta a comunicação a conexão à internet e a compartilhe com todos os dispositivos
destes dispositivos e pode inclusive atrapalhar toda a rede. conectados a ele. Com isso, somente este equipamento precisará
Para que seja possível termos tanto IPs para uso em redes de um endereço IP para acesso à rede mundial de computadores.
locais quanto para utilização na internet, contamos com um es-
quema de distribuição estabelecido pelas entidades IANA (Inter- Máscara de sub-rede
net Assigned Numbers Authority) e ICANN (Internet Corporation As classes IP ajudam na organização deste tipo de endereça-
mento, mas podem também representar desperdício. Uma solução
for Assigned Names and Numbers) que, basicamente, divide os
bastante interessante para isso atende pelo nome de máscara de
endereços em três classes principais e mais duas complementares.
sub-rede, recurso onde parte dos números que um octeto destina-
São elas: do a identificar dispositivos conectados (hosts) é “trocado” para
Classe A: 0.0.0.0 até 127.255.255.255 - permite até 128 redes, aumentar a capacidade da rede. Para compreender melhor, vamos
cada uma com até 16.777.214 dispositivos conectados; enxergar as classes A, B e C da seguinte forma:
Classe B: 128.0.0.0 até 191.255.255.255 - permite até 16.384 - A: N.H.H.H;
redes, cada uma com até 65.536 dispositivos; - B: N.N.H.H;
Classe C: 192.0.0.0 até 223.255.255.255 - permite até - C: N.N.N.H.
2.097.152 redes, cada uma com até 254 dispositivos; N significa Network (rede) e H indica Host. Com o uso de
Classe D: 224.0.0.0 até 239.255.255.255 - multicast; máscaras, podemos fazer uma rede do N.N.H.H se “transformar”
Classe E: 240.0.0.0 até 255.255.255.255 - multicast reserva- em N.N.N.H. Em outras palavras, as máscaras de sub-rede per-
do. mitem determinar quantos octetos e bits são destinados para a
As três primeiras classes são assim divididas para atender às identificação da rede e quantos são utilizados para identificar os
seguintes necessidades: dispositivos.

Didatismo e Conhecimento 219


INFORMÁTICA BÁSICA
Para isso, utiliza-se, basicamente, o seguinte esquema: se um O IP dinâmico, por sua vez, é um endereço que é dado a um
octeto é usado para identificação da rede, este receberá a máscara computador quando este se conecta à rede, mas que muda toda
de sub-rede 255. Mas, se um octeto é aplicado para os dispositivos, vez que há conexão. Por exemplo, suponha que você conectou seu
seu valor na máscara de sub-rede será 0 (zero). A tabela a seguir computador à internet hoje. Quando você conectá-lo amanhã, lhe
mostra um exemplo desta relação: será dado outro IP. Para entender melhor, imagine a seguinte situa-
ção: uma empresa tem 80 computadores ligados em rede. Usan-
do IPs dinâmicos, a empresa disponibiliza 90 endereços IP para
Identifica- tais máquinas. Como nenhum IP é fixo, um computador receberá,
Identifica- Máscara de sub-
Classe Endereço IP dor do com- quando se conectar, um endereço IP destes 90 que não estiver sen-
dor da rede -rede
putador do utilizado. É mais ou menos assim que os provedores de internet
trabalham.
A 10.2.68.12 10 2.68.12 255.0.0.0
O método mais utilizado na distribuição de IPs dinâmicos é o
B 172.31.101.25 172.31 101.25 255.255.0.0 protocolo DHCP (Dynamic Host Configuration Protocol).
C 192.168.0.10 192.168.0 10 255.255.255.0
IP nos sites
Você percebe então que podemos ter redes com máscara Você já sabe que os sites na Web também necessitam de um IP.
255.0.0.0, 255.255.0.0 e 255.255.255.0, cada uma indicando uma Mas, se você digitar em seu navegador www.infowester.com, por
classe. Mas, como já informado, ainda pode haver situações onde exemplo, como é que o seu computador sabe qual o IP deste site ao
há desperdício. Por exemplo, suponha que uma faculdade tenha ponto de conseguir encontrá-lo?
que criar uma rede para cada um de seus cinco cursos. Cada curso Quando você digitar um endereço qualquer de um site, um
possui 20 computadores. A solução seria então criar cinco redes servidor de DNS (Domain Name System) é consultado. Ele é
classe C? Pode ser melhor do que utilizar classes B, mas ainda quem informa qual IP está associado a cada site. O sistema DNS
haverá desperdício. Uma forma de contornar este problema é criar possui uma hierarquia interessante, semelhante a uma árvore (ter-
uma rede classe C dividida em cinco sub-redes. Para isso, as más- mo conhecido por programadores). Se, por exemplo, o site www.
caras novamente entram em ação. infowester.com é requisitado, o sistema envia a solicitação a um
Nós utilizamos números de 0 a 255 nos octetos, mas estes, na servidor responsável por terminações “.com”. Esse servidor loca-
verdade, representam bytes (linguagem binária). 255 em binário lizará qual o IP do endereço e responderá à solicitação. Se o site
é 11111111. O número zero, por sua vez, é 00000000. Assim, a solicitado termina com “.br”, um servidor responsável por esta ter-
máscara de um endereço classe C, 255.255.255.0, é: minação é consultado e assim por diante.
11111111.11111111.11111111.00000000
Perceba então que, aqui, temos uma máscara formada por 24 IPv6
bits 1: 11111111 + 11111111 + 11111111. Para criarmos as nossas O mundo está cada vez mais conectado. Se, em um passado
não muito distante, você conectava apenas o PC da sua casa à in-
sub-redes, temos que ter um esquema com 25, 26 ou mais bits,
ternet, hoje o faz com o celular, com o seu notebook em um serviço
conforme a necessidade e as possibilidades. Em outras palavras,
de acesso Wi-Fi no aeroporto e assim por diante. Somando este
precisamos trocar alguns zeros do último octeto por 1.
aspecto ao fato de cada vez mais pessoas acessarem a internet no
Suponha que trocamos os três primeiros bits do último octeto
mundo inteiro, nos deparamos com um grande problema: o núme-
(sempre trocamos da esquerda para a direita), resultando em:
ro de IPs disponíveis deixa de ser suficiente para toda as (futuras)
11111111.11111111.11111111.11100000
aplicações.
Se fizermos o número 2 elevado pela quantidade de bits “tro-
A solução para este grande problema (grande mesmo, afinal,
cados”, teremos a quantidade possível de sub-redes. Em nosso a internet não pode parar de crescer!) atende pelo nome de IPv6,
caso, temos 2^3 = 8. Temos então a possibilidade de criar até oito uma nova especificação capaz de suportar até - respire fundo - 340.
sub-redes. Sobrou cinco bits para o endereçamento dos host. Fa- 282.366.920.938.463.463.374.607.431.768.211.456 de endereços,
zemos a mesma conta: 2^5 = 32. Assim, temos 32 dispositivos em um número absurdamente alto!
cada sub-rede (estamos fazendo estes cálculos sem considerar li-
mitações que possam impedir o uso de todos os hosts e sub-redes).
11100000 corresponde a 224, logo, a máscara resultante é
255.255.255.224.
Perceba que esse esquema de “trocar” bits pode ser empre-
gado também em endereços classes A e B, conforme a necessi-
dade. Vale ressaltar também que não é possível utilizar 0.0.0.0 ou
255.255.255.255 como máscara.
IP estático e IP dinâmico
IP estático (ou fixo) é um endereço IP dado permanentemente
a um dispositivo, ou seja, seu número não muda, exceto se tal ação
for executada manualmente. Como exemplo, há casos de assina-
turas de acesso à internet via ADSL onde o provedor atribui um
IP estático aos seus assinantes. Assim, sempre que um cliente se
conectar, usará o mesmo IP.

Didatismo e Conhecimento 220


INFORMÁTICA BÁSICA
No Brasil, a maioria dos provedores está conectada à Embra-
tel, que por sua vez, está conectada com outros computadores fora
do Brasil. Esta conexão chama-se link, que é a conexão física que
interliga o provedor de acesso com a Embratel. Neste caso, a Em-
bratel é conhecida como backbone, ou seja, é a “espinha dorsal”
da Internet no Brasil. Pode-se imaginar o backbone como se fosse
uma avenida de três pistas e os links como se fossem as ruas que
estão interligadas nesta avenida.
Tanto o link como o backbone possui uma velocidade de
transmissão, ou seja, com qual velocidade ele transmite os dados.
Esta velocidade é dada em bps (bits por segundo). Deve ser feito
um contrato com o provedor de acesso, que fornecerá um nome de
O IPv6 não consiste, necessariamente, apenas no aumento da usuário, uma senha de acesso e um endereço eletrônico na Internet.
quantidade de octetos. Um endereço do tipo pode ser, por exemplo:
FEDC:2D9D:DC28:7654:3210:FC57:D4C8:1FFF URL - Uniform Resource Locator
Tudo na Internet tem um endereço, ou seja, uma identificação
Finalizando de onde está localizado o computador e quais recursos este com-
Com o surgimento do IPv6, tem-se a impressão de que a es- putador oferece. Por exemplo, a URL:
pecificação tratada neste texto, o IPv4, vai sumir do mapa. Isso até http://www.novaconcursos.com.br
deve acontecer, mas vai demorar bastante. Durante essa fase, que Será mais bem explicado adiante.
podemos considerar de transição, o que veremos é a “convivência”
entre ambos os padrões. Não por menos, praticamente todos os Como descobrir um endereço na Internet?
sistemas operacionais atuais e a maioria dos dispositivos de rede
estão aptos a lidar tanto com um quanto com o outro. Por isso, se Para que possamos entender melhor, vamos exemplificar.
você é ou pretende ser um profissional que trabalha com redes ou Você estuda em uma universidade e precisa fazer algumas
simplesmente quer conhecer mais o assunto, procure se aprofundar pesquisas para um trabalho. Onde procurar as informações que
nas duas especificações. preciso?
A esta altura, você também deve estar querendo descobrir qual Para isso, existem na Internet os “famosos” sites de procura,
o seu IP. Cada sistema operacional tem uma forma de mostrar isso. que são sites que possuem um enorme banco de dados (que contém
Se você é usuário de Windows, por exemplo, pode fazê-lo digi- o cadastro de milhares de Home Pages), que permitem a procura
tando cmd em um campo do Menu Iniciar e, na janela que surgir, por um determinado assunto. Caso a palavra ou o assunto que foi
procurado exista em alguma dessas páginas, será listado toda esta
informar ipconfig /all e apertar Enter. Em ambientes Linux, o co-
relação de páginas encontradas.
mando é ifconfig.
A pesquisa pode ser realizada com uma palavra, referente ao
assunto desejado. Por exemplo, você quer pesquisar sobre amor-
tecedores, caso não encontre nada como amortecedores, procure
como autopeças, e assim sucessivamente.

Barra de endereços

A Barra de Endereços possibilita que se possa navegar em pá-


ginas da internet, bastando para isto digitar o endereço da página.
Alguns sites interessantes:
• www.diariopopular.com.br (Jornal Diário Popular)
• www.ufpel.tche.br (Ufpel)
Perceba, no entanto, que se você estiver conectado a partir • www.cefetrs.tche.br (Cefet)
de uma rede local - tal como uma rede wireless - visualizará o IP • www.servidor.gov.br (Informações sobre servidor público)
que esta disponibiliza à sua conexão. Para saber o endereço IP do • www.siapenet.gog.br (contracheque)
acesso à internet em uso pela rede, você pode visitar sites como • www.pelotas.com.br (Site Oficial de Pelotas)
whatsmyip.org. • www.mec.gov.br (Ministério da Educação)

Provedor Identificação de endereços de um site


O provedor é uma empresa prestadora de serviços que oferece Exemplo: http://www.pelotas.com.br
acesso à Internet. Para acessar a Internet, é necessário conectar-se http:// -> (Hiper Text Tranfer Protocol) protocolo de comu-
com um computador que já esteja na Internet (no caso, o prove- nicação
dor) e esse computador deve permitir que seus usuários também WWW -> (World Wide Web) Grande rede mundial
tenham acesso a Internet. pelotas -> empresa ou organização que mantém o site

Didatismo e Conhecimento 221


INFORMÁTICA BÁSICA
.com -> tipo de organização Navegar nas páginas
......br -> identifica o país Consiste percorrer as páginas na internet a partir de um docu-
mento normal e de links das próprias páginas.
Tipos de Organizações:
.edu -> instituições educacionais. Exemplo: michigam.edu Como salvar documentos, arquivos e sites
.com -> instituções comerciais. Exemplo: microsoft.com Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
.gov -> governamental. Exemplo: fazenda.gov
.mil -> instalação militar. Exemplo: af.mil Como copiar e colar para um editor de textos
.net -> computadores com funções de administrar redes. Selecionar o conteúdo ou figura da página. Clicar com o botão
Exemplo: embratel.net direito do mouse e escolha a opção Copiar.
.org -> organizações não governamentais. Exemplo: care.org

Home Page
Pela definição técnica temos que uma Home Page é um arqui-
vo ASCII (no formato HTML) acessado de computadores rodando
um Navegador (Browser), que permite o acesso às informações em
um ambiente gráfico e multimídia. Todo em hipertexto, facilitando
a busca de informações dentro das Home Pages.
O endereço de Home Pages tem o seguinte formato:
http://www.endereço.com/página.html
Por exemplo, a página principal da Pronag: Abra o editor de texto clique em colar
http://www.pronag.com.br/index.html
Navegadores
PLUG-INS O navegador de WWW é a ferramenta mais importante para
Os plug-ins são programas que expandem a capacidade do o usuário de Internet. É com ele que se podem visitar museus, ler
Browser em recursos específicos - permitindo, por exemplo, que revistas eletrônicas, fazer compras e até participar de novelas inte-
você toque arquivos de som ou veja filmes em vídeo dentro de rativas. As informações na Web são organizadas na forma de pági-
uma Home Page. As empresas de software vêm desenvolvendo nas de hipertexto, cada um com seu endereço próprio, conhecido
plug-ins a uma velocidade impressionante. Maiores informações e como URL. Para começar a navegar, é preciso digitar um desses
endereços sobre plug-ins são encontradas na página: endereços no campo chamado Endereço no navegador. O software
http://www.yahoo.com/Computers_and_Internet/Software/ estabelece a conexão e traz, para a tela, a página correspondente.
Internet/World_Wide_Web/Browsers/Plug_Ins/Indices/ O navegador não precisa de nenhuma configuração especial
Atualmente existem vários tipos de plug-ins. Abaixo temos para exibir uma página da Web, mas é necessário ajustar alguns pa-
uma relação de alguns deles: râmetros para que ele seja capaz de enviar e receber algumas men-
- 3D e Animação (Arquivos VRML, MPEG, QuickTime, etc.). sagens de correio eletrônico e acessar grupos de discussão (news).
- Áudio/Vídeo (Arquivos WAV, MID, AVI, etc.). O World Wide Web foi inicialmente desenvolvido no Centro
- Visualizadores de Imagens (Arquivos JPG, GIF, BMP, PCX, de Pesquisas da CERN (Conseil Europeen pour la Recherche Nu-
etc.). cleaire), Suíça. Originalmente, o WWW era um meio para físicos
- Negócios e Utilitários da CERN trocar experiências sobre suas pesquisas através da exi-
- Apresentações bição de páginas de texto. Ficou claro, desde o início, o imenso
potencial que o WWW possuía para diversos tipos de aplicações,
FTP - Transferência de Arquivos inclusive não científicas.
Permite copiar arquivos de um computador da Internet para o O WWW não dispunha de gráficos em seus primórdios, ape-
seu computador. nas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto WWW ganhou
Os programas disponíveis na Internet podem ser: força extra com a inserção de um visualizador (também conhecido
• Freeware: Programa livre que pode ser distribuído e uti- como browser) de páginas capaz não apenas de formatar texto, mas
lizado livremente, não requer nenhuma taxa para sua utilização, e também de exibir gráficos, som e vídeo. Este browser chamava-se
não é considerado “pirataria” a cópia deste programa. Mosaic e foi desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado
• Shareware: Programa demonstração que pode ser uti- por Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
lizado por um determinado prazo ou que contém alguns limites, Depois disto, várias outras companhias passaram a produzir
para ser utilizado apenas como um teste do programa. Se o usuário browsers que deveriam fazer concorrência ao Mosaic. Mark An-
gostar ele compra, caso contrário, não usa mais o programa. Na dreesen partiu para a criação da Netscape Communications, cria-
maioria das vezes, esses programas exibem, de tempos em tem- dora do browser Netscape.
pos, uma mensagem avisando que ele deve ser registrado. Outros Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic, o
tipos de shareware têm tempo de uso limitado. Depois de expirado Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos outros
este tempo de teste, é necessário que seja feito a compra deste browsers.
programa.

Didatismo e Conhecimento 222


INFORMÁTICA BÁSICA
Busca e pesquisa na web
Os sites de busca servem para procurar por um determinado assunto ou informação na internet.
Alguns sites interessantes:
• www.google.com.br
• http://br.altavista.com
• http://cade.search.yahoo.com
• http://br.bing.com/
Como fazer a pesquisa
Digite na barra de endereço o endereço do site de pesquisa. Por exemplo:
www.google.com.br

Em pesquisar pode-se escolher onde será feita a pesquisa.

Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem palavras com ou sem acento.

Opções de pesquisa

Web: pesquisa em todos os sites


Imagens: pesquisa por imagens anexadas nas páginas. Exemplo do resultado se uma pesquisa.

Didatismo e Conhecimento 223


INFORMÁTICA BÁSICA

Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. Exemplo:

Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organizados por assunto em categorias. Exemplo:

Como escolher palavra-chave


• Busca com uma palavra: retorna páginas que incluam a palavra digitada.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a sequência de termos
que foram digitadas.
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna páginas que incluam todas as palavras aleatoriamente na página.
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que ficam antes do sinal de menos são excluídas da pesquisa.
• Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um cálculo em um site de pesquisa.

Por exemplo: 3+4


Irá retornar:

O resultado da pesquisa
O resultado da pesquisa é visualizado da seguinte forma:

Didatismo e Conhecimento 224


INFORMÁTICA BÁSICA

INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma empresa. As intranets ou
Webs corporativas, são redes de comunicação internas baseadas na tecnologia usada na Internet. Como um jornal editado internamente, e
que pode ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e departamentos, mesclando (com segurança) as suas informações particulares
dentro da estrutura de comunicações da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na evolução da informática
nos últimos anos.
Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos interligados através de vínculos, ou links) e a enorme facilidade de se criar, inter-
ligar e disponibilizar documentos multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratizaram o acesso à informação através de redes de
computadores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de informática e
de navegação na Internet. Finalmente, surgiram muitas ferramentas de software de custo zero ou pequeno, que permitem a qualquer organi-
zação ou empresa, sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e colocar informação. O resultado inevitável foi a impressionante
explosão na informação disponível na Internet, que segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito, que tem interessado um número cada vez maior de empresas, hospitais, faculda-
des e outras organizações interessadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu advento e disseminação promete operar uma revo-
lução tão profunda para a vida organizacional quanto o aparecimento das primeiras redes locais de computadores, no final da década de 80.

O que é Intranet?
O termo “intranet” começou a ser usado em meados de 1995 por fornecedores de produtos de rede para se referirem ao uso dentro das
empresas privadas de tecnologias projetadas para a comunicação por computador entre empresas. Em outras palavras, uma intranet consiste
em uma rede privativa de computadores que se baseia nos padrões de comunicação de dados da Internet pública, baseadas na tecnologia
usada na Internet (páginas HTML, e-mail, FTP, etc.) que vêm, atualmente fazendo muito sucesso. Entre as razões para este sucesso, estão o
custo de implantação relativamente baixo e a facilidade de uso propiciada pelos programas de navegação na Web, os browsers.

Objetivo de construir uma Intranet


Organizações constroem uma intranet porque ela é uma ferramenta ágil e competitiva. Poderosa o suficiente para economizar tempo,
diminuir as desvantagens da distância e alavancar sobre o seu maior patrimônio de capital-funcionários com conhecimentos das operações
e produtos da empresa.

Aplicações da Intranet
Já é ponto pacífico que apoiarmos a estrutura de comunicações corporativas em uma intranet dá para simplificar o trabalho, pois esta-
mos virtualmente todos na mesma sala. De qualquer modo, é cedo para se afirmar onde a intranet vai ser mais efetiva para unir (no sentido
operacional) os diversos profissionais de uma empresa. Mas em algumas áreas já se vislumbram benefícios, por exemplo:
• Marketing e Vendas - Informações sobre produtos, listas de preços, promoções, planejamento de eventos;
• Desenvolvimento de Produtos - OT (Orientação de Trabalho), planejamentos, listas de responsabilidades de membros das equipes,
situações de projetos;
• Apoio ao Funcionário - Perguntas e respostas, sistemas de melhoria contínua (Sistema de Sugestões), manuais de qualidade;
• Recursos Humanos - Treinamentos, cursos, apostilas, políticas da companhia, organograma, oportunidades de trabalho, programas
de desenvolvimento pessoal, benefícios.
Para acessar as informações disponíveis na Web corporativa, o funcionário praticamente não precisa ser treinado. Afinal, o esforço de
operação desses programas se resume quase somente em clicar nos links que remetem às novas páginas. No entanto, a simplicidade de uma
intranet termina aí. Projetar e implantar uma rede desse tipo é uma tarefa complexa e exige a presença de profissionais especializados. Essa
dificuldade aumenta com o tamanho da intranet, sua diversidade de funções e a quantidade de informações nela armazenadas.

Didatismo e Conhecimento 225


INFORMÁTICA BÁSICA
A intranet é baseada em quatro conceitos: cuidado. E, do ponto de vista da escala, a Internet é global, uma
• Conectividade - A base de conexão dos computadores li- intranet está contida dentro de um pequeno grupo, departamento
gados através de uma rede, e que podem transferir qualquer tipo de ou organização corporativa. No extremo, há uma intranet global,
informação digital entre si; mas ela ainda conserva a natureza privada de uma Internet menor.
• Heterogeneidade - Diferentes tipos de computadores e A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, por
sistemas operacionais podem ser conectados de forma transparente; serem uma mistura caótica de informações úteis e irrelevantes, o
• Navegação - É possível passar de um documento a outro meteórico aumento da popularidade de sites da Web dedicados a
através de referências ou vínculos de hipertexto, que facilitam o índices e mecanismos de busca é uma medida da necessidade de
acesso não linear aos documentos; uma abordagem organizada. Uma intranet aproveita a utilidade da
• Execução Distribuída - Determinadas tarefas de acesso Internet e da Web num ambiente controlado e seguro.
ou manipulação na intranet só podem ocorrer graças à execução de
programas aplicativos, que podem estar no servidor, ou nos micro- Vantagens e Desvantagens da Intranet
computadores que acessam a rede (também chamados de clientes, Alguns dos benefícios são:
daí surgiu à expressão que caracteriza a arquitetura da intranet: • Redução de custos de impressão, papel, distribuição de soft-
cliente-servidor). A vantagem da intranet é que esses programas ware, e-mail e processamento de pedidos;
são ativados através da WWW, permitindo grande flexibilidade. • Redução de despesas com telefonemas e pessoal no suporte
Determinadas linguagens, como Java, assumiram grande impor- telefônico;
tância no desenvolvimento de softwares aplicativos que obedeçam • Maior facilidade e rapidez no acesso as informações técnicas
aos três conceitos anteriores. e de marketing;
• Maior rapidez e facilidade no acesso a localizações remotas;
Como montar uma Intranet • Incrementando o acesso a informações da concorrência;
Basicamente a montagem de uma intranet consiste em usar as • Uma base de pesquisa mais compreensiva;
estruturas de redes locais existentes na maioria das empresas, e em • Facilidade de acesso a consumidores (clientes) e parceiros
instalar um servidor Web. (revendas);
Servidor Web - É a máquina que faz o papel de repositório das • Aumento da precisão e redução de tempo no acesso à infor-
informações contidas na intranet. É lá que os clientes vão buscar mação;
as páginas HTML, mensagens de e-mail ou qualquer outro tipo de • Uma única interface amigável e consistente para aprender
arquivo. e usar;
• Informação e treinamento imediato (Just in Time);
Protocolos - São os diferentes idiomas de comunicação uti- • As informações disponíveis são visualizadas com clareza;
lizados. O servidor deve abrigar quatro protocolos. O primeiro é • Redução de tempo na pesquisa a informações;
o HTTP, responsável pela comunicação do browser com o servi- • Compartilhamento e reutilização de ferramentas e informação;
dor, em seguida vem o SMTP ligado ao envio de mensagens pelo • Redução no tempo de configuração e atualização dos sistemas;
e-mail, e o FTP usado na transferência de arquivos. Independen- • Simplificação e/ou redução das licenças de software e outros;
temente das aplicações utilizadas na intranet, todas as máquinas • Redução de custos de documentação;
nela ligadas devem falar um idioma comum: o TCP/IP, protocolo • Redução de custos de suporte;
da Internet. • Redução de redundância na criação e manutenção de pági-
nas;
Identificação do Servidor e das Estações - Depois de definidos • Redução de custos de arquivamento;
os protocolos, o sistema já sabe onde achar as informações e como • Compartilhamento de recursos e habilidade.
requisitá-las. Falta apenas saber o nome de quem pede e de quem
solicita. Para isso existem dois programas: o DNS que identifica
o servidor e o DHCP (Dinamic Host Configuration Protocol) que Alguns dos empecilhos são:
atribui nome às estações clientes. • Aplicativos de Colaboração - Os aplicativos de colaboração,
Estações da Rede - Nas estações da rede, os funcionários aces- não são tão poderosos quanto os oferecidos pelos programas para
sam as informações colocadas à sua disposição no servidor. Para grupos de trabalho tradicionais. É necessário configurar e manter
isso usam o Web browser, software que permite folhear os docu- aplicativos separados, como e-mail e servidores Web, em vez de
mentos. usar um sistema unificado, como faria com um pacote de software
para grupo de trabalho;
Comparando Intranet com Internet • Número Limitado de Ferramentas - Há um número limitado
Na verdade as diferenças entre uma intranet e a Internet, é de ferramentas para conectar um servidor Web a bancos de da-
uma questão de semântica e de escala. Ambas utilizam as mesmas dos ou outros aplicativos back-end. As intranets exigem uma rede
técnicas e ferramentas, os mesmos protocolos de rede e os mesmos TCP/IP, ao contrário de outras soluções de software para grupo de
produtos servidores. O conteúdo na Internet, por definição, fica trabalho que funcionam com os protocolos de transmissão de redes
disponível em escala mundial e inclui tudo, desde uma home-page local existentes;
de alguém com seis anos de idade até as previsões do tempo. A • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não apre-
maior parte dos dados de uma empresa não se destina ao consumo sentam nenhuma replicação embutida para usuários remotos. A
externo, na verdade, alguns dados, tais como as cifras das ven- HMTL não é poderosa o suficiente para desenvolver aplicativos
das, clientes e correspondências legais, devem ser protegidos com cliente/servidor.

Didatismo e Conhecimento 226


INFORMÁTICA BÁSICA
Como a Intranet é ligada à Internet A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de compu-
tadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte
do seu sistema de informação.
Tomado o termo em seu sentido mais amplo, o conceito con-
funde-se com Intranet. Uma Extranet também pode ser vista como
uma parte da empresa que é estendida a usuários externos (“rede
extra-empresa”), tais como representantes e clientes. Outro uso co-
mum do termo Extranet ocorre na designação da “parte privada”
de um site, onde somente “usuários registrados” podem navegar,
previamente autenticados por sua senha (login).

Empresa estendida
O acesso à intranet de uma empresa através de um Portal (in-
ternet) estabelecido na web de forma que pessoas e funcionários
de uma empresa consigam ter acesso à intranet através de redes
externas ao ambiente da empresa.
Uma extranet é uma intranet que pode ser acessada via Web
por clientes ou outros usuários autorizados. Uma intranet é uma
rede restrita à empresa que utiliza as mesmas tecnologias presentes
Segurança da Intranet na Internet, como e-mail, webpages, servidor FTP etc.
Três tecnologias fornecem segurança ao armazenamento e à A ideia de uma extranet é melhorar a comunicação entre os
troca de dados em uma rede: autenticação, controle de acesso e funcionários e parceiros além de acumular uma base de conhe-
criptografia. cimento que possa ajudar os funcionários a criar novas soluções.
Autenticação - É o processo que consiste em verificar se um Exemplificando uma rede de conexões privadas, baseada na In-
usuário é realmente quem alega ser. Os documentos e dados podem ternet, utilizada entre departamentos de uma empresa ou parceiros
ser protegidos através da solicitação de uma combinação de nome externos, na cadeia de abastecimento, trocando informações sobre
do usuário/senha, ou da verificação do endereço IP do solicitante, compras, vendas, fabricação, distribuição, contabilidade entre outros.
ou de ambas. Os usuários autenticados têm o acesso autorizado ou
negado a recursos específicos de uma intranet, com base em uma CORREIO ELETRÔNICO
ACL (Access Control List) mantida no servidor Web;
O correio eletrônico4 se parece muito com o correio tradicio-
Criptografia - É a conversão dos dados para um formato que nal. Todo usuário tem um endereço próprio e uma caixa postal, o
pode ser lido por alguém que tenha uma chave secreta de descrip- carteiro é a Internet. Você escreve sua mensagem, diz pra quem
tografia. Um método de criptografia amplamente utilizado para a quer mandar e a Internet cuida do resto. Mas por que o e-mail se
segurança de transações Web é a tecnologia de chave pública, que popularizou tão depressa? A primeira coisa é pelo custo. Você não
constitui a base do HTTPS - um protocolo Web seguro; paga nada por uma comunicação via e-mail, apenas os custos de
conexão com a Internet. Outro fator é a rapidez, enquanto o correio
Firewall - Você pode proporcionar uma comunicação segura tradicional levaria dias para entregar uma mensagem, o eletrônico
entre uma intranet e a Internet através de servidores proxy, que são faz isso quase que instantaneamente e não utiliza papel. Por últi-
programas que residem no firewall e permitem (ou não) a trans- mo, a mensagem vai direto ao destinatário, não precisa passa de
missão de pacotes com base no serviço que está sendo solicitado. mão-em-mão (funcionário do correio, carteiro, etc.), fica na sua
Um proxy HTTP, por exemplo, pode permitir que navegadores caixa postal onde somente o dono tem acesso e, apesar de cada
Webs internos da empresa acessem servidores Web externos, mas pessoa ter seu endereço próprio, você pode acessar seu e-mail de
não o contrário. qualquer computador conectado à Internet.
Dispositivos para realização de Cópias de Segurança Bem, o e-mail mesclou a facilidade de uso do correio conven-
Os dispositivos para a realização de cópias de segurança do(s) cional com a velocidade do telefone, se tornando um dos melhores
servidor(es) constituem uma das peças de especial importância. e mais utilizado meio de comunicação.
Por exemplo, unidades de disco amovíveis com grande capacidade
de armazenamento, tapes... Estrutura e Funcionalidade do e-mail
Queremos ainda referir que para o funcionamento de uma
rede existem outros conceitos como topologias/configurações Como no primeiro e-mail criado por Tomlinson, todos os en-
(rede linear, rede em estrela, rede em anel, rede em árvore, rede dereços eletrônicos seguem uma estrutura padrão, nome do usuá-
em malha …), métodos de acesso, tipos de cabos, protocolos de rio + @ + host, onde:
comunicação, velocidade de transmissão … » Nome do Usuário – é o nome de login escolhido pelo usuá-
rio na hora de fazer seu e-mail. Exemplo: sergiodecastro.
EXTRANET » @ - é o símbolo, definido por Tomlinson, que separa o nome
A Extranet de uma empresa é a porção de sua rede de compu- do usuário do seu provedor.
tadores que faz uso da Internet para partilhar com segurança parte 4 Fonte: http://juliobattisti.com.br/tutoriais/sergiocastro/correioeletronicoewe-
do seu sistema de informação. bmail001.asp

Didatismo e Conhecimento 227


INFORMÁTICA BÁSICA
» Host – é o nome do provedor onde foi criado o endereço tam quem oferece maior espaço em suas caixas postais. Há pouco
eletrônico. Exemplo: click21.com.br . tempo encontrar um e-mail com mais de 10 Mb, grátis, não era fácil.
» Provedor – é o host, um computador dedicado ao serviço 24 Lembro que, quando a Embratel ofereceu o Click21 com 30 Mb,
horas por dia. achei que era muito espaço, mas logo o iBest ofereceu 120 Mb e
não parou por ai, a “guerra” continuo culminando com o anúncio de
Vejamos um exemplo real: sergiodecastro@click21.com.br que o Google iria oferecer 1 Gb (1024 Mb). A última campanha do
GMail, e-mail do Google, é de aumentar sua caixa postal constante-
A caixa postal é composta pelos seguintes itens: mente, a última vez que acessei estava em 2663 Mb.
» Caixa de Entrada – Onde ficam armazenadas as mensagens
recebidas. WebMail
» Caixa de Saída – Armazena as mensagens ainda não envia-
das. O WebMail, como descrito acima, é uma aplicação acessada
» E-mails Enviados – Como o nome diz, ficam os e-mails que diretamente na Internet, sem a necessidade de usar programa de
foram enviados. correio eletrônico. Praticamente todos os e-mails possuem aplica-
» Rascunho – Guarda as mensagens que você ainda não ter- ções para acesso direto na Internet. É grande o número de prove-
minou de redigir. dores que oferecem correio eletrônico gratuitamente, logo abaixo
» Lixeira – Armazena as mensagens excluídas. segue uma lista dos mais populares.
» Outlook (antigo Hotmail) – http://www.outlook.com
Ao redigir mensagem, os seguintes campos estão presentes: » GMail – http://www.gmail.com
» Para – é o campo onde será inserido o endereço do destina- » Bol (Brasil on line) – http://www.bol.com.br
tário. » iG Mail – http://www.ig.com.br
» Cc – este campo é utilizado para mandar cópias da mesma » Yahoo – http://www.yahoo.com.br
mensagem, ao usar este campo os endereços aparecerão para todos
os destinatários. Para criar seu e-mail basta visitar o endereço acima e seguir
» Cco – sua funcionalidade é igual ao campo anterior, no en- as instruções do site. Outro importante fator a ser observado é o
tanto os endereços só aparecerão para os respectivos donos. tamanho máximo permitido por anexo, este foi outro fator que au-
» Assunto – campo destinado ao assunto da mensagem. mentou muito de tamanho, há pouco tempo a maioria dos prove-
» Anexos – são dados que são anexados à mensagem (ima- dores permitiam em torno de 2 Mb, mas atualmente a maioria já
gens, programas, música, arquivos de texto, etc.). oferecem em média 25 Mb. Além de caixa postal os provedores
» Corpo da Mensagem – espaço onde será redigida a mensa- costumam oferecer serviços de agenda e contatos.
gem. Todos os WebMail acima são ótimos, então fica a critério de
cada um escolher o seu, ou até mesmo os seus, eu, por exemplo,
Alguns nomes podem mudar de servidor para servidor, porém procuro aqueles que oferecem uma interface com o menor propa-
representando as mesmas funções. Além dos destes campos tem ganda possível.
ainda os botões para EVIAR, ENCAMINHAR e EXCLUIR as
mensagens, este botões bem como suas funcionalidades veremos » Criando seu e-mail
em detalhes, mais à frente. Fazer sua conta de e-mail é uma tarefa extremamente simples,
Para receber seus e-mails você não precisa estar conectado eu escolhi o Outlook.com, pois a interface deste WebMail não tem
à Internet, pois o e-mail funciona com provedores. Mesmo você propagandas e isso ajudar muito os entendimentos, no entanto
não estado com seu computador ligado, seus e-mail são recebidos você pode acessar qualquer dos endereços informados acima ou
e armazenados na sua caixa postal, localizada no seu provedor. ainda qualquer outro que você conheça. O processo de cadastro é
Quando você acessa sua caixa postal, pode ler seus e-mail on-line muito simples, basta preencher um formulário e depois você terá
(diretamente na Internet, pelo WebMail) ou baixar todos para seu sua conta de e-mail pronta para ser usada. Vamos aos passos:
computador através de programas de correio eletrônico. Um pro- 1. Acesse a página do provedor (www.ibestmail.com.br) ou
grama muito conhecido é o Outlook Express, o qual detalhar mais qualquer outro de sua preferência.
à frente. 2. Clique no link “Não tem uma conta? Crie uma!”, será aber-
A sua caixa postal é identificada pelo seu endereço de e-mail to um formulário, preencha-o observando todos os campos. Os
e qualquer pessoa que souber esse endereço, pode enviar mensa- campos do formulário têm suas particularidades de provedor para
gens para você. Também é possível enviar mensagens para várias provedor, no entanto todos trazem a mesma ideia, colher infor-
pessoas ao mesmo tempo, para isto basta usar os campos “Cc” e mações do usuário. Este será a primeira parte do seu e-mail e é
“Cco” descritos acima. igual a este em qualquer cadastro, no exemplo temos “@outlook.
Atualmente, devido à grande facilidade de uso, a maioria das com”. A junção do nome de usuário com o nome do provedor é
pessoas acessa seu e-mail diretamente na Internet através do nave- que será seu endereço eletrônico. No exemplo ficaria o seguinte:
gador. Este tipo de correio é chamado de WebMail. O WebMail é seunome@outlook.com.
responsável pela grande popularização do e-mail, pois mesmo as 3. Após preencher todo o formulário clique no botão “Criar
pessoas que não tem computador, podem acessar sua caixa postal conta”, pronto seu cadastro estará efetivado.
de qualquer lugar (um cyber, casa de um amigo, etc.). Para ter um Pelo fato de ser gratuito e ter muitos usuários é comum que
endereço eletrônico basta querer e acessar a Internet, é claro. Existe muitos nomes já tenham sido cadastrados por outros usuários,
quase que uma guerra por usuários. Os provedores, também, dispu- neste caso será exibida uma mensagem lhe informando do pro-

Didatismo e Conhecimento 228


INFORMÁTICA BÁSICA
blema. Isso acontece porque dentro de um mesmo provedor não quando estão em negrito, acusam que há uma ou mais mensagens
pode ter dois nomes de usuários iguais. A solução é procurar outro que não foram lidas, o número entre parêntese indica a quantidade.
nome que ainda esteja livre, alguns provedores mostram sugestões Este detalhe funciona para todas as pastas e mensagens do correio.
como: seunome2005; seunome28, etc. Se ocorrer isso com você (o 13. Painel de Visualização – Espaço destinado a exibir as
que é bem provável que acontecerá) escolha uma das sugestões ou mensagens. Por padrão, ao abrir sua caixa postal, é exibido o
informe outro nome (não desista, você vai conseguir), finalize seu conteúdo da Caixa de Entrada, mas este painel exibe também as
cadastro que seu e-mail vai está pronto para ser usado. mensagens das diversas pastas existentes na sua caixa postal. A
observação feita no item anterior, sobre negrito, também é válida
» Entendendo a Interface do WebMail para esta seção. Observe as caixas de seleção localizadas do lado
A interface é a parte gráfica do aplicativo de e-mail que nos esquerdo de cada mensagem, é através delas que as mensagens são
liga do mundo externo aos comandos do programa. Estes conhe- selecionadas. A seleção de todos os itens ao mesmo tempo, tam-
cimentos vão lhe servir para qualquer WebMail que você tiver e bém pode ser feito pela caixa de seleção do lado esquerdo do título
também para o Outlook, que é um programa de gerenciamento de da coluna “Remetente”. O título das colunas, além de nomeá-las,
e-mails, vamos ver este programa mais adiante. também serve para classificar as mensagens que por padrão estão
1. Chegou e-mail? – Este botão serve para atualizar sua caixa classificadas através da coluna “Data”, para usar outra coluna na
de entrar, verificando se há novas mensagens no servidor. classificação basta clicar sobre nome dela.
2. Escrever – Ao clicar neste botão a janela de edição de 14. Gerenciador de Pastas – Nesta seção é possível adicio-
e-mail será aberta. A janela de edição é o espaço no qual você vai nar, renomear e apagar as suas pastas. As pastas são um modo de
redigir, responder e encaminhar mensagens. Semelhante à função organizar seu conteúdo, armazenando suas mensagens por temas.
novo e-mail do Outlook. Quando seu e-mail é criado não existem pastas nesta seção, isso
3. Contatos – Abre a seção de contatos. Aqui os seus endere- deve ser feito pelo usuário de acordo com suas necessidades.
ços de e-mail são previamente guardados para utilização futura, 15. Contas Externas – Este item é um link que abrirá a seção
nesta seção também é possível criar grupos para facilitar o geren- onde pode ser feita uma configuração que permitirá você acessar
ciamento dos seus contatos. outras caixas postais diretamente da sua. O próximo link, como o
4. Configurações – Este botão abre (como o próprio nome já nome já diz, abre a janela de configuração dos e-mails bloqueados
diz) a janela de configurações. Nesta janela podem ser feitas di- e mais abaixo o link para baixar um plug-in que lhe permite fazer
versas configurações, tais como: mudar senha, definir número de uma configuração automática do Outlook Express. Estes dois pri-
e-mail por página, assinatura, resposta automática, etc. meiros links são os mesmos apresentados no item 10.
5. Ajuda – Abre, em outra janela do navegador, uma seção
com vários tópicos de ajuda. Questões Comentadas
6. Sair – Este botão é muito importante, pois é através dele que
você vai fechar sua caixa postal, muito recomendado quando o uso 1- Com relação ao sistema operacional Windows, assinale a
de seu e-mail ocorrer em computadores de terceiros. opção correta.
7. Espaço – Esta seção é apenas informativa, exibe seu ende- (A) A desinstalação de um aplicativo no Windows deve ser
reço de e-mail; quantidade total de sua caixa posta; parte utilizada feita a partir de opção equivalente do Painel de Controle, de modo
em porcentagem e um pequeno gráfico. a garantir a correta remoção dos arquivos relacionados ao aplicati-
8. Seção atual – Mostra o nome da seção na qual você está, no vo, sem prejuízo ao sistema operacional.
exemplo a Caixa de Entrada. (B) O acionamento simultâneo das teclas CTRL, ALT e DE-
9. Número de Mensagens – Exibe o intervalo de mensagens LETE constitui ferramenta poderosa de acesso direto aos diretó-
que estão na tela e também o total da seção selecionada. rios de programas instalados na máquina em uso.
10. Caixa de Comandos – Neste menu suspenso estão todos (C) O Windows oferece acesso facilitado a usuários de um
os comandos relacionados com as mensagens exibidas. Para usar computador, pois bastam o nome do usuário e a senha da máquina
estes comandos, selecione uma ou mais mensagens o comando para se ter acesso às contas dos demais usuários possivelmente
desejado e clique no botão “OK”. O botão “Bloquear”, bloqueia cadastrados nessa máquina.
o endereço de e-mail da mensagem, útil para bloquear e-mails in- (D) O Windows oferece um conjunto de acessórios disponí-
desejados. Já o botão “Contas externas” abre uma seção para con- veis por meio da instalação do pacote Office, entre eles, calculado-
figurar outras contas de e-mails que enviarão as mensagens a sua ra, bloco de notas, WordPad e Paint.
caixa postal. Para o correto funcionamento desta opção é preciso (E) O comando Fazer Logoff, disponível a partir do botão Ini-
que a conta a ser acessada tenha serviço POP3 e SMTP. ciar do Windows, oferece a opção de se encerrar o Windows, dar
11. Lista de Páginas – Este menu suspenso exibe a lista de saída no usuário correntemente em uso na máquina e, em seguida,
página, que aumenta conforme a quantidade de e-mails na seção. desligar o computador.
Para acessar selecione a página desejada e clique no botão “OK”.
Veja que todos os comandos estão disponíveis também na parte Comentários: Para desinstalar um programa de forma segura
inferior, isto para facilitar o uso de sua caixa postal. deve-se acessar Painel de Controle / Adicionar ou remover pro-
12. Pastas do Sistema – Exibe as pastas padrões de um correio gramas
eletrônico. Caixa de Entrada; Mensagens Enviadas; Rascunho e Resposta – Letra A
Lixeira. Um detalhe importante é o estilo do nome, quando está
normal significa que todas as mensagens foram abertas, porém

Didatismo e Conhecimento 229


INFORMÁTICA BÁSICA
2- Nos sistemas operacionais como o Windows, as informa- O LibreOffice Impress é um programa de apresentação de
ções estão contidas em arquivos de vários formatos, que são arma- slides similar ao Keynote, presente no iWork, e ao PowerPoint,
zenados no disco fixo ou em outros tipos de mídias removíveis do encontrado na suíte da Microsoft, e destina-se a criar e a apresentar
computador, organizados em: slides, sendo possível inserir plano de fundo, títulos, marcadores,
(A) telas. imagens, vídeos, efeitos de transição de slides, dentre outras op-
(B) pastas. ções.
(C) janelas.
(D) imagens. 6- “O correio eletrônico é um método que permite compor,
(E) programas. enviar e receber mensagens através de sistemas eletrônicos de co-
municação”. São softwares gerenciadores de email, EXCETO:
Comentários: O Windows Explorer, mostra de forma bem cla- A) Mozilla Thunderbird.
ra a organização por meio de PASTAS, que nada mais são do que B) Yahoo Messenger.
compartimentos que ajudam a organizar os arquivos em endereços C) Outlook Express.
específicos, como se fosse um sistema de armário e gavetas. D) IncrediMail.
Resposta: Letra B E) Microsoft Office Outlook 2003.

3- Um item selecionado do Windows pode ser excluído per- Comentários: Podemos citar vários gerenciadores de e-mail
manentemente, sem colocá-Lo na Lixeira, pressionando-se simul- (eletronic mail ou correio eletrônico), mas devemos memorizar
taneamente as teclas que os sistemas que trabalham o correio eletrônico podem fun-
(A) Ctrl + Delete. cionar por meio de um software instalado em nosso computador
(B) Shift + End. local ou por meio de um programa que funciona dentro de um
(C) Shift + Delete. navegador, via acesso por Internet. Este programa da Internet, que
(D) Ctrl + End. não precisa ser instalado, e é chamado de WEBMAIL, enquanto o
(E) Ctrl + X. software local é o gerenciador de e-mail citado pela questão.
Principais Vantagens do Gerenciador de e-mail:
Comentário: Quando desejamos excluir permanentemente um • Pode ler e escrever mensagens mesmo quando está des-
arquivo ou pasta no Windows sem enviar antes para a lixeira, bas- conectado da Internet;
ta pressionarmos a tecla Shift em conjunto com a tecla Delete. O • Permite armazenar as mensagens localmente (no com-
Windows exibirá uma mensagem do tipo “Você tem certeza que putador local);
deseja excluir permanentemente este arquivo?” ao invés de “Você • Permite utilizar várias caixas de e-mail ao mesmo tempo;
tem certeza que deseja enviar este arquivo para a lixeira?”. Maiores Desvantagens:
Resposta: C • Ocupam espaço em disco;
• Compatibilidade com os servidores de e-mail (nem sem-
4- Qual a técnica que permite reduzir o tamanho de arquivos, pre são compatíveis).
sem que haja perda de informação? A seguir, uma lista de gerenciadores de e-mail (em negrito os
(A) Compactação mais conhecidos e utilizados atualmente):
(B) Deleção Microsoft Office Outlook
(C) Criptografia Microsoft Outlook Express;
(D) Minimização Mozilla Thunderbird;
(E) Encolhimento adaptativo IcrediMail
Eudora
Comentários: A compactação de arquivos é uma técnica am- Pegasus Mail
plamente utilizada. Alguns arquivos compactados podem conter Apple Mail (Apple)
extensões ZIP, TAR, GZ, RAR e alguns exemplos de programas Kmail (Linux)
compactadores são o WinZip, WinRar, SolusZip, etc. Windows Mail
Resposta: A A questão cita o Yahoo Mail, mas este é um WEBMAIL, ou
seja, não é instalado no computador local. Logo, é o gabarito da
questão.
05. (TJ/BA – Técnico Judiciário - Tecnologia da Informa- Resposta: B.
ção – FGV/2015) Na suite LibreOffice, o componente Impress
destina-se: 7- Sobre os conceitos de utilização da Internet e correio ele-
a) à edição de fórmulas matemáticas para documentos; trônico, analise:
b) ao gerenciamento de uma ou mais impressoras; I. A URL digitada na barra de Endereço é usada pelos navega-
c) à edição de imagens e arquivos congêneres; dores da Web (Internet Explorer, Mozilla e Google Chrome) para
d) à utilização de algoritmos de programação linear em pla- localizar recursos e páginas da Internet (Exemplo: http://www.
nilhas; google.com.br).
e) à edição de apresentações de slides. II. Download significa descarregar ou baixar; é a transferência
de dados de um servidor ou computador remoto para um compu-
05. Resposta: E tador local.

Didatismo e Conhecimento 230


INFORMÁTICA BÁSICA
III. Upload é a transferência de dados de um computador local (A) Domínio é o nome dado a um servidor que controla a en-
para um servidor ou computador remoto. trada e a saída de conteúdo em uma rede, como ocorre na Internet.
IV. Anexar um arquivo em mensagem de e-mail significa mo- (B) A intranet só pode ser acessada por usuários da Internet
vê-lo definitivamente da máquina local, para envio a um destinatá- que possuam uma conexão http, ao digitarem na barra de endere-
rio, com endereço eletrônico. ços do navegador: http://intranet.com.
Estão corretas apenas as afirmativas: (C) Um modem ADSL não pode ser utilizado em uma rede
A) I, II, III, IV local, pois sua função é conectar um computador à rede de tele-
B) I, II fonia fixa.
C) I, II, III (D) O modelo cliente/servidor, em que uma máquina denomi-
D) I, II, IV nada cliente requisita serviços a outra, denominada servidor, ainda
E) I, III, IV é o atual paradigma de acesso à Internet.
Comentários: O URL é o endereço (único) de um recurso na (E) Um servidor de páginas web é a máquina que armazena
Internet. A questão parece diferenciar um recurso de página, mas os nomes dos usuários que possuem permissão de acesso a uma
na verdade uma página é um recurso (o mais conhecido, creio) da quantidade restrita de páginas da Internet.
Web. Item verdadeiro. Comentários: O modelo cliente/servidor é questionado em ter-
É comum confundir os itens II e III, por isso memorize: down mos de internet pois não é tão robusto quanto redes P2P pois, en-
= baixo = baixar para sua máquina, descarregar. II e III são ver- quanto no primeiro modelo uma queda do servidor central impede
dadeiros. o acesso aos usuários clientes, no segundo mesmo que um servidor
“caia” outros servidores ainda darão acesso ao mesmo conteúdo
permitindo que o download continue. Ex: programas torrent, Emu-
le, Limeware, etc.
Em relação às outras letras:
letra A – Incorreto – Domínio é um nome que serve para loca-
lizar e identificar conjuntos de computadores na Internet e corres-
ponde ao endereço que digitamos no navegador.
letra B – Incorreto – A intranet é acessada da mesma forma
que a internet, contudo, o ambiente de acesso a rede é restrito a
uma rede local e não a internet como um todo.
letra C – Incorreto – O modem ADSL conecta o computador
a internet, como o acesso a intranet se faz da mesma forma só que
No item IV encontramos o item falso da questão, o que nos
de maneira local, o acesso via ADSL pode sim acessar redes locais.
leva ao gabarito – letra C. Anexar um arquivo em mensagem de
letra E – Incorreto – Um servidor é um sistema de computação
e-mail significa copiar e não mover!
Resposta: C. que fornece serviços a uma rede de computadores. E não necessa-
riamente armazena nomes de usuários e/ou restringe acessos.
08. (EMBASA – Assistente de Saneamento - Técnico em Resposta: D
Segurança do Trabalho – IBF/2015) Ao receber, por e-mail, um
arquivo com o nome “resumo.xlsx” pode-se abrir esse arquivo, por 10- Com relação à Internet, assinale a opção correta.
padrão, com os aplicativos: (A) A URL é o endereço físico de uma máquina na Internet,
a) Microsoft Office Excel e também com o LibreOffice Calc. pois, por esse endereço, determina-se a cidade onde está localizada
b) Microsoft Office Access e também com o LibreOffice tal máquina.
Calc. (B) O SMTP é um serviço que permite a vários usuários se co-
c) Microsoft Office Excel e também com o LibreOffice Math. nectarem a uma mesma máquina simultaneamente, como no caso
d) Microsoft Office PowerPoint e também com o LibreOffice de salas de bate-papo.
Math. (C) O servidor Pop é o responsável pelo envio e recebimento
de arquivos na Internet.
08. Resposta: A (D) Quando se digita o endereço de uma página web, o termo
No Libreoffice Calc: http significa o protocolo de acesso a páginas em formato HTML,
Abrir um arquivo do Microsoft Office por exemplo.
Escolha Arquivo - Abrir. Selecione um arquivo do Microsoft (E) O protocolo FTP é utilizado quando um usuário de correio
Office na caixa de diálogo do LibreOffice. eletrônico envia uma mensagem com anexo para outro destinatário
O arquivo do MS Office... ...será aberto no módulo do de correio eletrônico.
LibreOffice Comentários: Os itens apresentados nessa questão estão rela-
MS Word, *.doc, *.docx = LibreOffice Writer cionados a protocolos de acesso. Segue abaixo os protocolos mais
MS Excel, *.xls, *.xlsx = LibreOffice Calc comuns:
MS PowerPoint, *.ppt, *.pps, *.pptx = LibreOffice Impress - HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de carrega-
mento de páginas de Hipertexto –  HTML
9- Com relação a conceitos de Internet e intranet, assinale a - IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma máquina
opção correta. na rede

Didatismo e Conhecimento 231


INFORMÁTICA BÁSICA
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimento de 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha eletrô-
emails direto no PC via gerenciador de emails nica,
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo padrão (A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão resul-
de envio de emails tados diferentes do original.
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhante ao (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário a possibili- (C) somente podem ser copiadas para o editor de textos dentro
dade de armazenamento e acesso a suas mensagens de email direto de um limite máximo de dez linhas e cinco colunas.
no servidor. (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma a uma.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transferência (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e “coladas”
de arquivos no editor de textos, serão exibidas na forma de tabela.
Resposta: D  
Comentários: Sempre que se copia células de uma planilha
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção correta. eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam como uma tabe-
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pastas e la simples, onde as fórmulas são esquecidas e só os números são
arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o Painel de colados.
Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão Iniciar do Win- Resposta: E
dows.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos salvos em 13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio do cor-
um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de modificação, de- reio eletrônico, deve considerar as operações de
ve-se selecionar Detalhes nas opções de Modos de Exibição. (A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços eletrô-
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede ofere- nicos dos destinatários no campo “Cco”.
ce um histórico de páginas visitadas na Internet para acesso direto (B) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços
a elas. eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e a opção (C) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços ele-
Renomear for acionada no Windows Explorer com o botão direito trônicos dos destinatários no campo “Cc”.
do mouse,será salva uma nova versão do arquivo e a anterior con- (D) de desanexação de arquivos e de inserção dos endereços
tinuará aberta com o nome antigo. eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutura de (E) de anexação de arquivos e de inserção dos endereços ele-
diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de busca Google, trônicos dos destinatários no campo “Para”.
pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de máquinas ligadas  
à Internet. Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo correio
eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou seja, anexar o
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arquivos são arquivo à mensagem. Quando colocamos os endereços dos desti-
mostrados de várias formas como Listas, Miniaturas e Detalhes. natários no campo Cco, ou seja, no campo “com cópia oculta”, um
Resposta: B destinatário não ficará sabendo quem mais recebeu aquela mensa-
gem, o que atende a segurança solicitada no enunciado.
Atenção: Para responder às questões de números 12 e 13, Resposta: A
considere integralmente o texto abaixo:
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão deverão 14. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo -
ser publicados em rede interna de uso exclusivo do órgão, com CESGRANRIO/2012) Usado para o manuseio de arquivos em
tecnologia semelhante à usada na rede mundial de computadores. lotes, também denominados scripts, o shell de comando é um
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deverão ser programa que fornece comunicação entre o usuário e o sistema
verificados para que não contenham erros. Alguns artigos digita- operacional de forma direta e independente. Nos sistemas ope-
dos deverão conter a imagem dos resultados obtidos em planilhas racionais Windows XP, esse programa pode ser acessado por
eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, valores e totais. meio de um comando da pasta Acessórios denominado
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados devem (A) Prompt de Comando
ser tomados para a recuperação em caso de perda e também para (B) Comandos de Sistema
evitar o acesso por pessoas não autorizadas às informações guar- (C) Agendador de Tarefas
dadas. (D) Acesso Independente
Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas na in- (E) Acesso Direto
ternet visando o atendimento do nível de qualidade da informação Resposta: “A”
prestada à sociedade, pelo órgão. Comentários
O ambiente operacional de computação disponível para rea- Prompt de Comando é um recurso do Windows que oferece
lizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do MS-Offi- um ponto de entrada para a digitação de comandos do MSDOS
ce, das ferramentas Internet Explorer e de correio eletrônico, em (Microsoft Disk Operating System) e outros comandos do com-
português e em suas versões padrões mais utilizadas atualmente. putador. O mais importante é o fato de que, ao digitar comandos,
Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes, CD’s você pode executar tarefas no computador sem usar a interface
e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acoplada em por- gráfica do Windows. O Prompt de Comando é normalmente usado
tas do tipo USB) e outras funcionalmente semelhantes. apenas por usuários avançados.

Didatismo e Conhecimento 232


INFORMÁTICA BÁSICA
15. (MF – Todos os Cargos – ESAF/2013) As suítes de es- 18. Resposta: B
critório oferecem funções de editoração de textos, planilha eletrô- São os caracteres não imprimíveis e marcas de formatação,
nica, apresentação, editoração de desenhos e banco de dados. Um como espaço em branco, mudança de linha manual, quebras de
exemplo de suíte de escritório baseada em software livre é o: seção, entre muitos.
a) LibreOffice
b) Microsoft Office 19. (EMBASA – Assistente de Saneamento - Técnico em
c) LinuxOffice Segurança do Trabalho – IBFC/2015)
d) UBUNTU Office Ao receber, por e-mail, um arquivo com o nome “resumo.
e) BROfficex xlsx” pode-se abrir esse arquivo, por padrão, com os aplicativos:
a) Microsoft Office Excel e também com o LibreOffice Calc.
15. Resposta: A b) Microsoft Office Access e também com o LibreOffice
LibreOffice: é uma suíte de aplicativos livre multiplataforma Calc.
para escritório disponível para Windows, Unix, Solaris, Linux e c) Microsoft Office Excel e também com o LibreOffice Math.
Mac OS X. A suíte utiliza o formato OpenDocument (ODF) — for- d) Microsoft Office PowerPoint e também com o LibreOffice
mato homologado como ISO/IEC 26300 e NBR ISO/IEC 26300 Math.
— e é também compatível com os formatos do Microsoft Office,
além de outros formatos legados. Resposta: A
16. (Caixa Econômica Federal - Técnico Bancário Novo - A compatibilidade é total, ou seja, um documento criado no
CESGRANRIO/2012) O envio e o recebimento de um arquivo Excel pode ser aberto no Calc e vice-versa.
de textos ou de imagens na internet, entre um servidor e um
cliente, constituem, em relação ao cliente, respectivamente, um 20. (TRE-RO – Técnico Judiciário - Área Administrativa
(A) download e um upload – FCC/2013)
(B) downgrade e um upgrade
(C) downfile e um upfile
(D) upgrade e um downgrade
(E) upload e um download
Resposta: “E”.
Comentários:
 Up – Cima / Down – baixo  / Load – Carregar;
Upload – Carregar para cima (enviar).
Download – Carregar para baixo (receber ou “baixar”)

17. (CLIN – Auxiliar de Enfermagem do Trabalho – CO-


SEAC/2015) São componentes do pacote LibreOffice:
a) Base, Calc, Draw, Impress, Math e Writer.
b) Draw, Math, Writer, Eudora, Impress e Calc.
c) Publisher, Base, Impress, Writer, Calc e Draw.
d) Paint, Writer, Impress, Math, Draw e Calc.

17. Resposta: A
O LibreOffice é uma potente suite office; sua interface limpa e
suas poderosas ferramentas libertam sua criatividade e melhoram
sua produtividade.O LibreOffice incorpora várias aplicações que
a tornam a mais avançada suite office livre e de código aberto do
mercado. O processador de textos Writer, a planilha Calc, o editor
de apresentações Impress, a aplicação de desenho e fluxogramas
Draw, o banco de dados Base e o editor de equações Math são os
componentes do LibreOffice.
Para realizar a tarefa 3, Paulo utilizou, respectivamente, os
18. (UFMT – Auxiliar em Administração – UFMT/2014) softwares
No LibreOffice Writer, ao clicar-se no botão ¶ , quando se está a) Impress e Calc.
editando um texto, b) Writer e Math.
a) exporta-se diretamente o arquivo editado para o formato c) Impress e Lotus.
pdf. d) Writer e Calc.
b) apresentam-se na tela os caracteres não imprimíveis do e) Libre Word e Libre Excel.
texto que está sendo editado.
c) alinha-se à direita o texto todo ou o trecho selecionado. Resposta: D
d) apresenta-se na tela o texto no formato em que será im- writer e calc , são correspondentes ao word e Excel do Win-
presso. dows.

Didatismo e Conhecimento 233


INFORMÁTICA BÁSICA
21- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No âmbito Resposta: E
das URLs, considere o exemplo: protocolo://xxx.yyy.zzz.br. O Tanto o Calc quanto o excel, em suas versões mais recentes
domínio de topo (ou TLD, conforme sigla em inglês) utilizado possuem o recurso de conversão para PDF
para classificar o tipo de instituição, no exemplo dado acima,
éo Considere a figura que mostra o Windows Explorer do Mi-
a) protocolo. crosoft Windows, em sua configuração original, e responda às
b) xxx. questões de números 24 e 25.
c) zzz.
d) yyy.
e) br.
Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
d) yyy. subdomínios
e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio

22. (TCE-SP – Agente da Fiscalização Financeira - Siste-


mas, Gestão de Projetos e Governança de TI – Vunesp/2015)
O LibreOffice possui alguns aplicativos que apresentam fun-
cionalidades semelhantes às apresentadas pelos aplicativos do MS
-Office. O Writer do LibreOffice gera documentos com a extensão
a) .odb
b) .odp 24. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) O arqui-
c) .odt vo zaSetup_en se encontra
d) .ots (A) no disquete.
e) .ppt (B) no DVD.
(C) em Meus documentos.
Resposta: C (D) no Desktop.
Open Document Text (.odt) (E) na raiz do disco rígido.
Resposta: E
23. (DATAPREV – Médico do Trabalho – Quadrix/2012) Comentário:
Nas questões que avaliam os conhecimentos de noções de No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas
informática, a menos que seja explicitamente informado o con- em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em
trário, considere que todos os programas mencionados estão em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e
configuração padrão, em português, que o mouse está configurado mover arquivos.
para pessoas destras, que expressões como clicar, clique simples e Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: O pai-
clique duplo referem-se a cliques com o botão esquerdo do mou- nel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra
se e que teclar corresponde à operação de pressionar uma tecla todas as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desk-
e, rapidamente, liberá-la, acionando-a apenas uma vez. Considere top (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe
também que não há restrições de proteção, de funcionamento e o conteúdo do item selecionado à esquerda e funciona de maneira
de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador,
equipamentos mencionados. como padrão ele traz a janela sem divisão, as é possível dividi-la
Considere os pacotes de escritório LibreOffice e o MS Office, também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
ambos em português do Brasil e em suas instalações padrões. As-
sinale a alternativa correta. 25. (TJ/SP – Escrevente Téc. Jud. – Vunesp/2012) Ao se
a) As apresentações criadas originalmente no MS Power-
Point precisam ser convertidas para o formato ODF para poderem clicar em , localizado abaixo do menu Favoritos, será
ser editadas no LibreOffice Impress. fechado
b) Documentos criados no LibreOffice Writer para Linux (A) o Meu computador.
só podem ser salvos no formato ODF e, por isso, não podem ser (B) o Disco Local (C:).
abertos do ambiente Windows. (C) o painel Pastas.
c) No MS Word para Linux, o atalho de teclado para se exe- (D) Meus documentos.
cutar a verificação ortográfica e gramatical do texto é F7. (E) o painel de arquivos.
d) O recurso de Tabela Dinâmica só existe no MS Excel, não Resposta: C
tem similar no LibreOffice Calc.
e) Planilhas criadas tanto no LibreOffice Calc quanto no MS
Excel podem ser gravadas/exportadas como arquivos PDF.

Didatismo e Conhecimento 234


INFORMÁTICA BÁSICA
Comentário:

Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/ oculta o


painel PASTAS.

Didatismo e Conhecimento 235


LEGISLAÇÃO
LEGISLAÇÃO
É de direito público porque administra interesses que perten-
1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL DE 1988: cem a toda sociedade e a ela respondem por desvios na conduta ad-
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ministrativa, de modo que se sujeita a um regime jurídico próprio,
que é objeto de estudo do direito administrativo.
(ARTIGOS 37 AO 41). Em face da organização do Estado, e pelo fato deste assumir
funções primordiais à coletividade, no interesse desta, fez-se ne-
cessário criar e aperfeiçoar um sistema jurídico que fosse capaz de
Administração pública: princípios básicos regrar e viabilizar a execução de tais funções, buscando atingir da
“O conceito de Estado varia segundo o ângulo em que é con- melhor maneira possível o interesse público visado. A execução
siderado. Do ponto de vista sociológico, é corporação territorial de funções exclusivamente administrativas constitui, assim, o ob-
dotada de um poder de mando originário; sob o aspecto político, é jeto do Direito Administrativo, ramo do Direito Público. A função
comunidade de homens, fixada sobre um território, com potestade administrativa é toda atividade desenvolvida pela Administração
superior de ação, de mando e de coerção; sob o prisma constitu- (Estado) representando os interesses de terceiros, ou seja, os inte-
cional, é pessoa jurídica territorial soberana; na conceituação do resses da coletividade.
nosso Código Civil, é pessoa jurídica de Direito Público Interno Devido à natureza desses interesses, são conferidos à Admi-
(art. 14, I). Como ente personalizado, o Estado tanto pode atuar no nistração direitos e obrigações que não se estendem aos particula-
campo do Direito Público como no do Direito Privado, mantendo res. Logo, a Administração encontra-se numa posição de superio-
sempre sua única personalidade de Direito Público, pois a teoria da ridade em relação a estes.
dupla personalidade do Estado acha-se definitivamente superada. Se, por um lado, o Estado é uno, até mesmo por se legiti-
O Estado é constituído de três elementos originários e indissociá- mar na soberania popular; por outro lado, é necessária a divisão
veis: Povo, Território e Governo soberano. Povo é o componente de funções das atividades estatais de maneira equilibrada, o que
humano do Estado; Território, a sua base física; Governo sobera- se faz pela divisão de Poderes, a qual resta assegurada no artigo
no, o elemento condutor do Estado, que detém e exerce o poder ab- 2º da Constituição Federal. A função típica de administrar – gerir
soluto de autodeterminação e auto-organização emanado do Povo. a coisa pública e aplicar a lei – é do Poder Executivo; cabendo ao
Não há nem pode haver Estado independente sem Soberania, isto Poder Legislativo a função típica de legislar e ao Poder Judiciário
é, sem esse poder absoluto, indivisível e incontrastável de organi- a função típica de julgar. Em situações específicas, será possível
zar-se e de conduzir-se segundo a vontade livre de seu Povo e de que no exercício de funções atípicas o Legislativo e o Judiciário
fazer cumprir as suas decisões inclusive pela força, se necessário. exerçam administração.
A vontade estatal apresenta-se e se manifesta através dos denomi- Destaca-se o artigo 41 do Código Civil:
nados Poderes de Estado. Os Poderes de Estado, na clássica tri- Art. 41. São pessoas jurídicas de direito público interno:
partição de Montesquieu, até hoje adotada nos Estados de Direito, I - a União;
são o Legislativo, o Executivo e o judiciário, independentes e har- II - os Estados, o Distrito Federal e os Territórios;
mônicos entre si e com suas funções reciprocamente indelegáveis III - os Municípios;
(CF, art. 2º). A organização do Estado é matéria constitucional no IV - as autarquias;
que concerne à divisão política do território nacional, a estrutu- V - as demais entidades de caráter público criadas por lei.
ração dos Poderes, à forma de Governo, ao modo de investidura Parágrafo único. Salvo disposição em contrário, as pessoas
dos governantes, aos direitos e garantias dos governados. Após as jurídicas de direito público, a que se tenha dado estrutura de direi-
disposições constitucionais que moldam a organização política do to privado, regem-se, no que couber, quanto ao seu funcionamen-
Estado soberano, surgem, através da legislação complementar e to, pelas normas deste Código.
ordinária, e organização administrativa das entidades estatais, de Nestes moldes, o Estado é pessoa jurídica de direito público
suas autarquias e entidades paraestatais instituídas para a execução interno. Mas há características peculiares distintivas que fazem
desconcentrada e descentralizada de serviços públicos e outras ati- com que afirmá-lo apenas como pessoa jurídica de direito públi-
vidades de interesse coletivo, objeto do Direito Administrativo e co interno seja correto, mas não suficiente. Pela peculiaridade da
das modernas técnicas de administração”1. função que desempenha, o Estado é verdadeira pessoa adminis-
Com efeito, o Estado é uma organização dotada de persona- trativa, eis que concentra para si o exercício das atividades de
lidade jurídica que é composta por povo, território e soberania. administração pública.
Logo, possui homens situados em determinada localização e so- A expressão pessoa administrativa também pode ser colocada
bre eles e em nome deles exerce poder. É dotado de personalidade em sentido estrito, segundo o qual seriam pessoas administrativas
jurídica, isto é, possui a aptidão genérica para adquirir direitos e aquelas pessoas jurídicas que integram a administração pública
contrair deveres. Nestes moldes, o Estado tem natureza de pessoa sem dispor de autonomia política (capacidade de auto-organiza-
jurídica de direito público. ção). Em contraponto, pessoas políticas seriam as pessoas jurídi-
Trata-se de pessoa jurídica, e não física, porque o Estado não cas de direito público interno – União, Estados, Distrito Federal e
é uma pessoa natural determinada, mas uma estrutura organizada e Municípios.
administrada por pessoas que ocupam cargos, empregos e funções
em seu quadro. Logo, pode-se dizer que o Estado é uma ficção, Princípios
eis que não existe em si, mas sim como uma estrutura organizada Os princípios da Administração Pública são regras que sur-
pelos próprios homens. gem como parâmetros para a interpretação das demais normas
1 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro. jurídicas, sendo a base da disciplina do direito administrativo.
São Paulo: Malheiros, 1993. Têm a função de oferecer coerência e harmonia para o ordenamen-

Didatismo e Conhecimento 1
LEGISLAÇÃO
to jurídico. Quando houver mais de uma norma, deve-se seguir d) Princípio da publicidade: A administração pública é obri-
aquela que mais se compatibiliza com os princípios elencados na gada a manter transparência em relação a todos seus atos e a todas
Constituição Federal, ou seja, interpreta-se, sempre, consoante os informações armazenadas nos seus bancos de dados. Daí a publi-
ditames da Constituição. cação em órgãos da imprensa e a afixação de portarias. Por exem-
plo, a própria expressão concurso público (art. 37, II, CF) remonta
Princípios constitucionais expressos ao ideário de que todos devem tomar conhecimento do processo
São princípios da administração pública, nesta ordem: seletivo de servidores do Estado. Diante disso, como será visto,
Legalidade se negar indevidamente a fornecer informações ao administrado
Impessoalidade caracteriza ato de improbidade administrativa.
Moralidade No mais, prevê o §1º do artigo 37, CF, evitando que o prin-
Publicidade cípio da publicidade seja deturpado em propaganda político-elei-
Eficiência toral:
Para memorizar: veja que as iniciais das palavras formam o Artigo 37, §1º, CF. A publicidade dos atos, programas, obras,
vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da Administra- serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter edu-
ção Pública. É de fundamental importância um olhar atento ao sig- cativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo
nificado de cada um destes princípios, posto que eles estruturam constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção
todas as regras éticas prescritas no Código de Ética e na Lei de pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Improbidade Administrativa, tomando como base os ensinamentos Somente pela publicidade os indivíduos controlarão a legali-
de Carvalho Filho2 e Spitzcovsky3: dade e a eficiência dos atos administrativos. Os instrumentos para
a) Princípio da legalidade: Para o particular, legalidade sig- proteção são o direito de petição e as certidões (art. 5°, XXXIV,
nifica a permissão de fazer tudo o que a lei não proíbe. Contudo, CF), além do habeas data e - residualmente - do mandado de segu-
como a administração pública representa os interesses da coleti- rança. Neste viés, ainda, prevê o artigo 37, CF em seu §3º: 
vidade, ela se sujeita a uma relação de subordinação, pela qual só Artigo 37, §3º, CF. A lei disciplinará as formas de participa-
poderá fazer o que a lei expressamente determina (assim, na esfera ção do usuário na administração pública direta e indireta, regu-
estatal, é preciso lei anterior editando a matéria para que seja pre-
lando especialmente:
servado o princípio da legalidade). A origem deste princípio está
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
na criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio Esta-
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento
do deve respeitar as leis que dita.
ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualida-
b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interesses que
de dos serviços;
representa, a administração pública está proibida de promover dis-
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a in-
criminações gratuitas. Discriminar é tratar alguém de forma di-
formações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º,
ferente dos demais, privilegiando ou prejudicando. Segundo este
princípio, a administração pública deve tratar igualmente todos X e XXXIII;
aqueles que se encontrem na mesma situação jurídica (princípio III - a disciplina da representação contra o exercício negli-
da isonomia ou igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a im- gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
pessoalidade no que tange à contratação de serviços. O princípio pública.
da impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade, pelo e) Princípio da eficiência: A administração pública deve
qual o alvo a ser alcançado pela administração pública é somente manter o ampliar a qualidade de seus serviços com controle de
o interesse público. Com efeito, o interesse particular não pode in- gastos. Isso envolve eficiência ao contratar pessoas (o concurso
fluenciar no tratamento das pessoas, já que deve-se buscar somente público seleciona os mais qualificados ao exercício do cargo), ao
a preservação do interesse coletivo. manter tais pessoas em seus cargos (pois é possível exonerar um
c) Princípio da moralidade: A posição deste princípio no servidor público por ineficiência) e ao controlar gastos (limitando
artigo 37 da CF representa o reconhecimento de uma espécie de o teto de remuneração), por exemplo. O núcleo deste princípio é
moralidade administrativa, intimamente relacionada ao poder pú- a procura por produtividade e economicidade. Alcança os serviços
blico. A administração pública não atua como um particular, de públicos e os serviços administrativos internos, se referindo dire-
modo que enquanto o descumprimento dos preceitos morais por tamente à conduta dos agentes.
parte deste particular não é punido pelo Direito (a priori), o or-
denamento jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento Outros princípios administrativos
imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio da mo- Além destes cinco princípios administrativo-constitucionais
ralidade deve se fazer presente não só para com os administrados, diretamente selecionados pelo constituinte, podem ser apontados
mas também no âmbito interno. Está indissociavelmente ligado à como princípios de natureza ética relacionados à função pública a
noção de bom administrador, que não somente deve ser conhece- probidade e a motivação:
dor da lei, mas também dos princípios éticos regentes da função a) Princípio da probidade: um princípio constitucional in-
administrativa. TODO ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE cluído dentro dos princípios específicos da licitação, é o dever de
ILEGAL OU AO MENOS IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação todo o administrador público, o dever de honestidade e fidelidade
com os dois princípios anteriores. com o Estado, com a população, no desempenho de suas funções.
Possui contornos mais definidos do que a moralidade. Diógenes
2 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi-
nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
Gasparini4 alerta que alguns autores tratam veem como distintos
3 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São 4 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Paulo:
Paulo: Método, 2011. Saraiva, 2004.

Didatismo e Conhecimento 2
LEGISLAÇÃO
os princípios da moralidade e da probidade administrativa, mas Parágrafo único. Nos casos de descumprimento, total ou par-
não há características que permitam tratar os mesmos como pro- cial, das obrigações referidas neste artigo, serão as pessoas jurí-
cedimentos distintos, sendo no máximo possível afirmar que a dicas compelidas a cumpri-las e a reparar os danos causados, na
probidade administrativa é um aspecto particular da moralidade forma prevista neste código.
administrativa. d) Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o
b) Princípio da motivação: É a obrigação conferida ao ad- Particular e Princípio da Indisponibilidade: Na maioria das ve-
ministrador de motivar todos os atos que edita, gerais ou de efei- zes, a Administração, para buscar de maneira eficaz tais interesses,
tos concretos. É considerado, entre os demais princípios, um dos necessita ainda de se colocar em um patamar de superioridade em
mais importantes, uma vez que sem a motivação não há o devido relação aos particulares, numa relação de verticalidade, e para isto
processo legal, uma vez que a fundamentação surge como meio se utiliza do princípio da supremacia, conjugado ao princípio da
interpretativo da decisão que levou à prática do ato impugnado, indisponibilidade, pois, tecnicamente, tal prerrogativa é irrenun-
sendo verdadeiro meio de viabilização do controle da legalidade ciável, por não haver faculdade de atuação ou não do Poder Públi-
dos atos da Administração. co, mas sim “dever” de atuação.
Motivar significa mencionar o dispositivo legal aplicável ao Sempre que houver conflito entre um interesse individual e
caso concreto e relacionar os fatos que concretamente levaram à um interesse público coletivo, deve prevalecer o interesse público.
aplicação daquele dispositivo legal. Todos os atos administrativos São as prerrogativas conferidas à Administração Pública, porque
devem ser motivados para que o Judiciário possa controlar o méri- esta atua por conta de tal interesse. Com efeito, o exame do prin-
to do ato administrativo quanto à sua legalidade. Para efetuar esse cípio é predominantemente feito no caso concreto, analisando a
controle, devem ser observados os motivos dos atos administrati- situação de conflito entre o particular e o interesse público e men-
vos. surando qual deve prevalecer.
Em relação à necessidade de motivação dos atos administra- e) Princípios da Tutela e da Autotutela da Administração
tivos vinculados (aqueles em que a lei aponta um único comporta- Pública: a Administração possui a faculdade de rever os seus atos,
mento possível) e dos atos discricionários (aqueles que a lei, den- de forma a possibilitar a adequação destes à realidade fática em
tro dos limites nela previstos, aponta um ou mais comportamentos que atua, e declarar nulos os efeitos dos atos eivados de vícios
possíveis, de acordo com um juízo de conveniência e oportuni- quanto à legalidade. O sistema de controle dos atos da Administra-
dade), a doutrina é uníssona na determinação da obrigatoriedade ção adotado no Brasil é o jurisdicional. Esse sistema possibilita, de
de motivação com relação aos atos administrativos vinculados; forma inexorável, ao Judiciário, a revisão das decisões tomadas no
todavia, diverge quanto à referida necessidade quanto aos atos dis- âmbito da Administração, no tocante à sua legalidade. É, portanto,
cricionários. denominado controle finalístico, ou de legalidade.
Meirelles5 entende que o ato discricionário, editado sob os li- À Administração, por conseguinte, cabe tanto a anulação dos
mites da Lei, confere ao administrador uma margem de liberdade atos ilegais como a revogação de atos válidos e eficazes, quan-
para fazer um juízo de conveniência e oportunidade, não sendo do considerados inconvenientes ou inoportunos aos fins buscados
necessária a motivação. No entanto, se houver tal fundamentação, pela Administração. Essa forma de controle endógeno da Admi-
o ato deverá condicionar-se a esta, em razão da necessidade de ob- nistração denomina-se princípio da autotutela. Ao Poder Judiciário
servância da Teoria dos Motivos Determinantes. O entendimento cabe somente a anulação de atos reputados ilegais. O embasamen-
majoritário da doutrina, porém, é de que, mesmo no ato discricio- to de tais condutas é pautado nas Súmulas 346 e 473 do Supremo
nário, é necessária a motivação para que se saiba qual o caminho Tribunal Federal.
adotado pelo administrador. Gasparini6, com respaldo no art. 50 Súmula 346. A administração pública pode declarar a nulida-
da Lei n. 9.784/98, aponta inclusive a superação de tais discussões de dos seus próprios atos.
doutrinárias, pois o referido artigo exige a motivação para todos Súmula 473. A administração pode anular seus próprios atos,
os atos nele elencados, compreendendo entre estes, tanto os atos quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não
discricionários quanto os vinculados. se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência
c) Princípio da Continuidade dos Serviços Públicos: O Es- ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada,
tado assumiu a prestação de determinados serviços, por considerar em todos os casos, a apreciação judicial.
que estes são fundamentais à coletividade. Apesar de os prestar de Os atos administrativos podem ser extintos por revogação
forma descentralizada ou mesmo delegada, deve a Administração, ou anulação. A Administração tem o poder de rever seus próprios
até por uma questão de coerência, oferecê-los de forma contínua e atos, não apenas pela via da anulação, mas também pela da revo-
ininterrupta. Pelo princípio da continuidade dos serviços públicos, gação. Aliás, não é possível revogar atos vinculados, mas apenas
o Estado é obrigado a não interromper a prestação dos serviços que discricionários. A revogação se aplica nas situações de conveniên-
disponibiliza. A respeito, tem-se o artigo 22 do Código de Defesa cia e oportunidade, quanto que a anulação serve para as situações
do Consumidor: de vício de legalidade.
Art. 22. Os órgãos públicos, por si ou suas empresas, con- f) Princípios da Razoabilidade e Proporcionalidade: Ra-
cessionárias, permissionárias ou sob qualquer outra forma de zoabilidade e proporcionalidade são fundamentos de caráter ins-
empreendimento, são obrigados a fornecer serviços adequados, trumental na solução de conflitos que se estabeleçam entre direi-
eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. tos, notadamente quando não há legislação infraconstitucional
específica abordando a temática objeto de conflito. Neste sentido,
5 MEIRELLES, Hely Lopes. Direito administrativo brasileiro.
São Paulo: Malheiros, 1993.
quando o poder público toma determinada decisão administrativa
6 GASPARINI, Diógenes. Direito Administrativo. 9ª ed. São Paulo: deve se utilizar destes vetores para determinar se o ato é correto ou
Saraiva, 2004. não, se está atingindo indevidamente uma esfera de direitos ou se é

Didatismo e Conhecimento 3
LEGISLAÇÃO
regular. Tanto a razoabilidade quanto a proporcionalidade servem VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as-
para evitar interpretações esdrúxulas manifestamente contrárias às sociação sindical;
finalidades do texto declaratório. VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites
Razoabilidade e proporcionalidade guardam, assim, a mesma definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitu-
finalidade, mas se distinguem em alguns pontos. Historicamente, a cional nº 19, de 1998)
razoabilidade se desenvolveu no direito anglo-saxônico, ao passo VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi-
que a proporcionalidade origina-se do direito germânico (muito cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
mais metódico, objetivo e organizado), muito embora uma tenha de sua admissão;
buscado inspiração na outra certas vezes. Por conta de sua origem, IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
a proporcionalidade tem parâmetros mais claros nos quais pode terminado para atender a necessidade temporária de excepcional
ser trabalhada, enquanto a razoabilidade permite um processo in- interesse público;
terpretativo mais livre. Evidencia-se o maior sentido jurídico e o X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que
evidente caráter delimitado da proporcionalidade pela adoção em trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por
doutrina de sua divisão clássica em 3 sentidos: lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse-
- adequação, pertinência ou idoneidade: significa que o meio gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção
escolhido é de fato capaz de atingir o objetivo pretendido; de índices; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de
- necessidade ou exigibilidade: a adoção da medida restriti- 1998) (Regulamento)
va de um direito humano ou fundamental somente é legítima se XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
indispensável na situação em concreto e se não for possível outra funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
solução menos gravosa; e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
- proporcionalidade em sentido estrito: tem o sentido de má- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
xima efetividade e mínima restrição a ser guardado com relação de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
a cada ato jurídico que recaia sobre um direito humano ou funda- pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-
mental, notadamente verificando se há uma proporção adequada mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-
entre os meios utilizados e os fins desejados. tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
Texto da Constituição:
Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
CAPÍTULO VII
Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores
Seção I
do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
DISPOSIÇÕES GERAIS
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Minis-
tros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro-
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- curadores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda
nicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, Constitucional nº 41, 19.12.2003)
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Re- XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos Executivo;
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as- XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) serviço público; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de de 1998)
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú-
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou blico não serão computados nem acumulados para fins de conces-
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para são de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Consti-
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone- tucional nº 19, de 1998)
ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
anos, prorrogável uma vez, por igual período; incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III,
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de con- e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de de 1998)
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con- XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira; exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emen-
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a da Constitucional nº 19, de 1998)
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri- Constitucional nº 19, de 1998)
buições de direção, chefia e assessoramento; (Redação dada pela b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Didatismo e Conhecimento 4
LEGISLAÇÃO
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de § 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos
saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emen- praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre-
da Constitucional nº 34, de 2001) juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento.
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun- § 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito
ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda- privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos
des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controla- que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu-
das, direta ou indiretamente, pelo poder público; (Redação dada rado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ou culpa.
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais § 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocu-
terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedên- pante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que
cia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; possibilite o acesso a informações privilegiadas. (Incluído pela
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de § 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser
último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria- de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor so-
ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, bre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; I - o prazo de duração do contrato;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi-
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições III - a remuneração do pessoal.”
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obriga- § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas
ções de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que rece-
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de quali- berem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio
ficação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri-
em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
mento das obrigações. (Regulamento)
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de apo-
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remu-
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio-
neração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os car-
namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi-
gos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos
cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades
e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento
exoneração. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convê- § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remune-
nio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) ratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e de caráter indenizatório previstas em lei. (Incluído pela Emenda
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, in- Constitucional nº 47, de 2005)
formativo ou de orientação social, dela não podendo constar no-  § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste ar-
mes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de tigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em seu
autoridades ou servidores públicos. âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgâ-
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III impli- nica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do
cará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e
termos da lei. cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Su-
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário premo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo
na administração pública direta e indireta, regulando especialmen- aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereado-
te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) res. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárqui-
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos ca e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor- nº 19, de 1998)
mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-
e XXXIII; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) tal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
III - a disciplina da representação contra o exercício negli- II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-
pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ração;
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibi-
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a in- lidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;

Didatismo e Conhecimento 5
LEGISLAÇÃO
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer- § 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
cício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para nicípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários prove-
todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; nientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autar-
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afas- quia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas
tamento, os valores serão determinados como se no exercício es- de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento,
tivesse. modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço públi-
co, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtivida-
Seção II de. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
DOS SERVIDORES PÚBLICOS § 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998) carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emen-
da Constitucional nº 19, de 1998)
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
cípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União,
único e planos de carreira para os servidores da administração pú- dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas
blica direta, das autarquias e das fundações públicas. (Vide ADIN autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de ca-
nº 2.135-4) ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atua-
pios instituirão conselho de política de administração e remunera- rial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Consti-
ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec- tucional nº 41, 19.12.2003)
tivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proven-
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais com- tos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação
ponentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcio-
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
nais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade
em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda
incurável, na forma da lei; (Redação dada pela Emenda Constitu-
Constitucional nº 19, de 1998)
cional nº 41, 19.12.2003)
II - os requisitos para a investidura; (Incluído pela Emenda
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo
Constitucional nº 19, de 1998)
de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta
III - as peculiaridades dos cargos. (Incluído pela Emenda
e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; (Redação
Constitucional nº 19, de 1998) dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no
públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requi- cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as se-
sitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração guintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
de convênios ou contratos entre os entes federados.(Redação dada 20, de 15/12/98)
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se ho-
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o mem, e cinquenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição, se mu-
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, lher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisi- b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos
tos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exi- de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
gir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) contribuição.  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os de 15/12/98)
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela úni- de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respecti-
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, vo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, serviu de referência para a concessão da pensão. (Redação dada
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (In- pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por oca-
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- sião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utili-
nicípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor re- zadas como base para as contribuições do servidor aos regimes
muneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da
o disposto no art. 37, XI. (Incluído pela Emenda Constitucional nº lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
19, de 1998) § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferencia-
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão dos para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regi-
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e me de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em
empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela
de 1998) Emenda Constitucional nº 47, de 2005)

Didatismo e Conhecimento 6
LEGISLAÇÃO
I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitu- § 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em
cional nº 47, de 2005) comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem
II que exerçam atividades de risco;  (Incluído pela Emenda como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se
Constitucional nº 47, de 2005) o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Cons-
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais titucional nº 20, de 15/12/98)
que prejudiquem a saúde ou a integridade física. (Incluído pela § 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios,
Emenda Constitucional nº 47, de 2005) desde que instituam regime de previdência complementar para os
§ 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar,
reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no § 1º, III, «a», para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido para
exercício das funções de magistério na educação infantil e no en- os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o
sino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitu- art. 201. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
cional nº 20, de 15/12/98) § 15. O regime de previdência complementar de que trata o
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Exe-
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção cutivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no
de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
previsto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Constitucional complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respecti-
nº 20, de 15/12/98) vos participantes planos de benefícios somente na modalidade de
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional
morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
nº 41, 19.12.2003) § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o dis-
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci- posto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver
do, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de instituição do correspondente regime de previdência complemen-
tar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposen-
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
tado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº
cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualiza-
41, 19.12.2003)
dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no car-
19.12.2003)
go efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo esta-
§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposenta-
belecido para os benefícios do regime geral de previdência social
dorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo
de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela
que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito.(Incluí-
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com per-
do pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) centual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preser- efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
var-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado
estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º,
nº 41, 19.12.2003) III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previden-
será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor- ciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória
respondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 19.12.2003)
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de con- § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio
tagem de tempo de contribuição fictício.  (Incluído pela Emenda de previdência social para os servidores titulares de cargos efeti-
Constitucional nº 20, de 15/12/98) vos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluí-
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da do pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de ou- § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá ape-
tras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de pre- nas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão
vidência social, e ao montante resultante da adição de proventos que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os be-
de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma nefícios do regime geral de previdência social de que trata o art.
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Consti-
Constitucional nº 20, de 15/12/98) tucional nº 47, de 2005)
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdên-
cia dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
previdência social.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional
de 15/12/98) nº 19, de 1998)

Didatismo e Conhecimento 7
LEGISLAÇÃO
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação § 2º - Os incentivos regionais compreenderão, além de outros,
dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) na forma da lei:
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (In- I - igualdade de tarifas, fretes, seguros e outros itens de custos
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) e preços de responsabilidade do Poder Público;
II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu- II - juros favorecidos para financiamento de atividades prio-
rada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, ritárias;
de 1998) III - isenções, reduções ou diferimento temporário de tributos
III - mediante procedimento de avaliação periódica de de- federais devidos por pessoas físicas ou jurídicas;
sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defe- IV - prioridade para o aproveitamento econômico e social dos
sa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) rios e das massas de água represadas ou represáveis nas regiões de
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor baixa renda, sujeitas a secas periódicas.
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se es- § 3º - Nas áreas a que se refere o § 2º, IV, a União incentivará
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, a recuperação de terras áridas e cooperará com os pequenos e mé-
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re- dios proprietários rurais para o estabelecimento, em suas glebas,
muneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela de fontes de água e de pequena irrigação.
Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servi-
dor estável ficará em disponibilidade, com remuneração proporcio- 2. LEI Nº 8.112/90 E ALTERAÇÕES
nal ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro
cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) POSTERIORES: DO PROVIMENTO,
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigató- VACÂNCIA, REMOÇÃO,
ria a avaliação especial de desempenho por comissão instituída para REDISTRIBUIÇÃO E SUBSTITUIÇÃO
essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (ARTIGOS 5º AO 39); DOS DIREITOS E
VANTAGENS (ARTIGOS 40 AO 115);
Seção III
DOS MILITARES DOS ESTADOS, DO REGIME DISCIPLINAR
DO DISTRITO FEDERAL E DOS TERRITÓRIOS  (ARTIGOS 116 AO 142).
(Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)

Art. 42 Os membros das Polícias Militares e Corpos de Bom- LEI Nº 8.112, DE 11 DE DEZEMBRO DE 1990
beiros Militares, instituições organizadas com base na hierarquia Dispõe sobre o regime jurídico dos servidores públicos civis
e disciplina, são militares dos Estados, do Distrito Federal e dos da União, das autarquias e das fundações públicas federais.
Territórios. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de
1998) Título II
§ 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal Do Provimento, Vacância, Remoção,
e dos Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as dispo- Redistribuição e Substituição
sições do art. 14, § 8º; do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º,
cabendo a lei estadual específica dispor sobre as matérias do art. Capítulo I
142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais conferidas pelos Do Provimento
respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda Constitu-
cional nº 20, de 15/12/98) Seção I
§ 2º Aos pensionistas dos militares dos Estados, do Distrito Disposições Gerais
Federal e dos Territórios aplica-se o que for fixado em lei específi-
ca do respectivo ente estatal. (Redação dada pela Emenda Consti- Art. 5o São requisitos básicos para investidura em cargo pú-
tucional nº 41, 19.12.2003) blico:
I - a nacionalidade brasileira;
Seção IV II - o gozo dos direitos políticos;
DAS REGIÕES III - a quitação com as obrigações militares e eleitorais;
IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo;
Art. 43. Para efeitos administrativos, a União poderá articular V - a idade mínima de dezoito anos;
sua ação em um mesmo complexo geoeconômico e social, visando VI - aptidão física e mental.
a seu desenvolvimento e à redução das desigualdades regionais. § 1o As atribuições do cargo podem justificar a exigência de
§ 1º - Lei complementar disporá sobre: outros requisitos estabelecidos em lei.
I - as condições para integração de regiões em desenvolvi- § 2o Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o di-
mento; reito de se inscrever em concurso público para provimento de car-
II - a composição dos organismos regionais que executarão, go cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que
na forma da lei, os planos regionais, integrantes dos planos nacio- são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte
nais de desenvolvimento econômico e social, aprovados juntamen- por cento) das vagas oferecidas no concurso.
te com estes.

Didatismo e Conhecimento 8
LEGISLAÇÃO
§ 3o As universidades e instituições de pesquisa científica e § 1o O prazo de validade do concurso e as condições de sua
tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, realização serão fixados em edital, que será publicado no Diário
técnicos e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os Oficial da União e em jornal diário de grande circulação.
procedimentos desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.515, de 20.11.97) § 2o Não se abrirá novo concurso enquanto houver candidato
aprovado em concurso anterior com prazo de validade não expirado.
Art. 6o O provimento dos cargos públicos far-se-á mediante
ato da autoridade competente de cada Poder. Seção IV
Da Posse e do Exercício
Art. 7o A investidura em cargo público ocorrerá com a posse.
Art. 13. A posse dar-se-á pela assinatura do respectivo termo,
Art. 8o São formas de provimento de cargo público: no qual deverão constar as atribuições, os deveres, as responsabi-
I - nomeação; lidades e os direitos inerentes ao cargo ocupado, que não poderão
II - promoção; ser alterados unilateralmente, por qualquer das partes, ressalvados
III - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) os atos de ofício previstos em lei.
IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 1o A posse ocorrerá no prazo de trinta dias contados da pu-
V - readaptação; blicação do ato de provimento. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
VI - reversão; de 10.12.97)
VII - aproveitamento; § 2o Em se tratando de servidor, que esteja na data de publi-
VIII - reintegração; cação do ato de provimento, em licença prevista nos incisos I, III e
IX - recondução. V do art. 81, ou afastado nas hipóteses dos incisos I, IV, VI, VIII,
alíneas “a”, “b”, “d”, “e” e “f”, IX e X do art. 102, o prazo será
Seção II contado do término do impedimento. (Redação dada pela Lei nº
Da Nomeação 9.527, de 10.12.97)
§ 3o A posse poderá dar-se mediante procuração específica.
Art. 9o A nomeação far-se-á:
§ 4o Só haverá posse nos casos de provimento de cargo por
I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de
nomeação. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
provimento efetivo ou de carreira;
§ 5o No ato da posse, o servidor apresentará declaração de
II - em comissão, inclusive na condição de interino, para
bens e valores que constituem seu patrimônio e declaração quanto
cargos de confiança vagos.  (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
ao exercício ou não de outro cargo, emprego ou função pública.
10.12.97)
§ 6o Será tornado sem efeito o ato de provimento se a posse
Parágrafo único. O servidor ocupante de cargo em comissão
não ocorrer no prazo previsto no § 1o deste artigo.
ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter exercício, in-
terinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atri-
buições do que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar Art. 14. A posse em cargo público dependerá de prévia inspe-
pela remuneração de um deles durante o período da interinida- ção médica oficial.
de. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Parágrafo único. Só poderá ser empossado aquele que for jul-
gado apto física e mentalmente para o exercício do cargo.
Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado
de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso Art. 15. Exercício é o efetivo desempenho das atribuições do
público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de cargo público ou da função de confiança. (Redação dada pela Lei
classificação e o prazo de sua validade. nº 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o de- § 1o É de quinze dias o prazo para o servidor empossado em
senvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão cargo público entrar em exercício, contados da data da posse. (Re-
estabelecidos pela lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
na Administração Pública Federal e seus regulamentos. (Redação § 2o O servidor será exonerado do cargo ou será tornado sem
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) efeito o ato de sua designação para função de confiança, se não
entrar em exercício nos prazos previstos neste artigo, observado o
Seção III disposto no art. 18. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Do Concurso Público § 3o À autoridade competente do órgão ou entidade para onde
for nomeado ou designado o servidor compete dar-lhe exercí-
Art. 11. O concurso será de provas ou de provas e títulos, po- cio. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
dendo ser realizado em duas etapas, conforme dispuserem a lei § 4o O início do exercício de função de confiança coincidirá
e o regulamento do respectivo plano de carreira, condicionada a com a data de publicação do ato de designação, salvo quando o
inscrição do candidato ao pagamento do valor fixado no edital, servidor estiver em licença ou afastado por qualquer outro motivo
quando indispensável ao seu custeio, e ressalvadas as hipóteses de legal, hipótese em que recairá no primeiro dia útil após o término
isenção nele expressamente previstas.(Redação dada pela Lei nº do impedimento, que não poderá exceder a trinta dias da publica-
9.527, de 10.12.97) (Regulamento) ção. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Art. 12. O concurso público terá validade de até 2 (dois ) anos, Art. 16. O início, a suspensão, a interrupção e o reinício do
podendo ser prorrogado uma única vez, por igual período. exercício serão registrados no assentamento individual do servidor.

Didatismo e Conhecimento 9
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Ao entrar em exercício, o servidor apresen- § 3o O servidor em estágio probatório poderá exercer quais-
tará ao órgão competente os elementos necessários ao seu assen- quer cargos de provimento em comissão ou funções de direção,
tamento individual. chefia ou assessoramento no órgão ou entidade de lotação, e so-
mente poderá ser cedido a outro órgão ou entidade para ocupar
Art.  17. A promoção não interrompe o tempo de exercício, cargos de Natureza Especial, cargos de provimento em comissão
que é contado no novo posicionamento na carreira a partir da data do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, de níveis
de publicação do ato que promover o servidor. (Redação dada pela 6, 5 e 4, ou equivalentes. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 4o Ao servidor em estágio probatório somente poderão ser
concedidas as licenças e os afastamentos previstos nos arts. 81,
Art. 18. O servidor que deva ter exercício em outro município incisos I a IV, 94, 95 e 96, bem assim afastamento para participar
em razão de ter sido removido, redistribuído, requisitado, cedido de curso de formação decorrente de aprovação em concurso para
ou posto em exercício provisório terá, no mínimo, dez e, no máxi- outro cargo na Administração Pública Federal. (Incluído pela Lei
mo, trinta dias de prazo, contados da publicação do ato, para a re- nº 9.527, de 10.12.97)
tomada do efetivo desempenho das atribuições do cargo, incluído § 5o O estágio probatório ficará suspenso durante as licenças e
nesse prazo o tempo necessário para o deslocamento para a nova os afastamentos previstos nos arts. 83, 84, § 1o, 86 e 96, bem assim
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) na hipótese de participação em curso de formação, e será retomado
§ 1o Na hipótese de o servidor encontrar-se em licença ou a partir do término do impedimento. (Incluído pela Lei nº 9.527,
afastado legalmente, o prazo a que se refere este artigo será conta- de 10.12.97)
do a partir do término do impedimento. (Parágrafo renumerado e
alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Seção V
§ 2o É facultado ao servidor declinar dos prazos estabelecidos Da Estabilidade
no caput. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 21. O servidor habilitado em concurso público e empos-
Art. 19. Os servidores cumprirão jornada de trabalho fixada sado em cargo de provimento efetivo adquirirá estabilidade no ser-
em razão das atribuições pertinentes aos respectivos cargos, res- viço público ao completar 2 (dois) anos de efetivo exercício. (pra-
peitada a duração máxima do trabalho semanal de quarenta horas zo 3 anos - vide EMC nº 19)
e observados os limites mínimo e máximo de seis horas e oito ho-
ras diárias, respectivamente. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de Art. 22. O servidor estável só perderá o cargo em virtude de
17.12.91) sentença judicial transitada em julgado ou de processo administra-
§ 1o O ocupante de cargo em comissão ou função de confiança tivo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
submete-se a regime de integral dedicação ao serviço, observado
o disposto no art. 120, podendo ser convocado sempre que houver Seção VI
interesse da Administração. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de Da Transferência
10.12.97)
§ 2o O disposto neste artigo não se aplica a duração de traba- Art. 23. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
lho estabelecida em leis especiais. (Incluído pela Lei nº 8.270, de
17.12.91) Seção VII
Da Readaptação
Art. 20. Ao entrar em exercício, o servidor nomeado para car-
go de provimento efetivo ficará sujeito a estágio probatório por Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de
período de 24 (vinte e quatro) meses, durante o qual a sua aptidão e atribuições e responsabilidades compatíveis com a limitação que
capacidade serão objeto de avaliação para o desempenho do cargo, tenha sofrido em sua capacidade física ou mental verificada em
observados os seguinte fatores: (vide EMC nº 19) inspeção médica.
I - assiduidade; § 1o Se julgado incapaz para o serviço público, o readaptando
II - disciplina; será aposentado.
III - capacidade de iniciativa; § 2o A readaptação será efetivada em cargo de atribuições
IV - produtividade; afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equi-
V- responsabilidade. valência de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo
§ 1o 4 (quatro) meses antes de findo o período do estágio pro- vago, o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a
batório, será submetida à homologação da autoridade competente ocorrência de vaga.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
a avaliação do desempenho do servidor, realizada por comissão
constituída para essa finalidade, de acordo com o que dispuser a lei Seção VIII
ou o regulamento da respectiva carreira ou cargo, sem prejuízo da Da Reversão
continuidade de apuração dos fatores enumerados nos incisos I a (Regulamento Dec. nº 3.644, de 30.11.2000)
V do caput deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 11.784, de 2008
§ 2o O servidor não aprovado no estágio probatório será exo- Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor apo-
nerado ou, se estável, reconduzido ao cargo anteriormente ocupa- sentado:  (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
do, observado o disposto no parágrafo único do art. 29. 4.9.2001)

Didatismo e Conhecimento 10
LEGISLAÇÃO
I - por invalidez, quando junta médica oficial declarar insub- Seção X
sistentes os motivos da aposentadoria; ou (Incluído pela Medida Da Recondução
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
II - no interesse da administração, desde que: (Incluído pela Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo
Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) anteriormente ocupado e decorrerá de:
a) tenha solicitado a reversão; (Incluído pela Medida Provisó- I - inabilitação em estágio probatório relativo a outro cargo;
ria nº 2.225-45, de 4.9.2001) II - reintegração do anterior ocupante.
b) a aposentadoria tenha sido voluntária; (Incluído pela Me- Parágrafo único. Encontrando-se provido o cargo de origem,
dida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto no art.
c) estável quando na atividade; (Incluído pela Medida Provi- 30.
sória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
d) a aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores Seção XI
à solicitação; (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de Da Disponibilidade e do Aproveitamento
4.9.2001)
e) haja cargo vago. (Incluído pela Medida Provisória nº Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade
2.225-45, de 4.9.2001) far-se-á mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribui-
§ 1o A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resul- ções e vencimentos compatíveis com o anteriormente ocupado.
tante de sua transformação. (Incluído pela Medida Provisória nº
2.225-45, de 4.9.2001) Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determi-
§ 2o O tempo em que o servidor estiver em exercício será con- nará o imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em
siderado para concessão da aposentadoria. (Incluído pela Medida vaga que vier a ocorrer nos órgãos ou entidades da Administração
Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) Pública Federal.
§ 3o No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, Parágrafo único. Na hipótese prevista no § 3o  do art. 37, o
o servidor exercerá suas atribuições como excedente, até a ocor- servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob respon-
rência de vaga. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de sabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Admi-
4.9.2001) nistração Federal - SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em
§ 4o O servidor que retornar à atividade por interesse da ad- outro órgão ou entidade. (Parágrafo incluído pela Lei nº 9.527, de
ministração perceberá, em substituição aos proventos da aposen- 10.12.97)
tadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive
com as vantagens de natureza pessoal que percebia anteriormente Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada
à aposentadoria. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de a disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo
4.9.2001) legal, salvo doença comprovada por junta médica oficial.
§ 5o O servidor de que trata o inciso II somente terá os pro-
ventos calculados com base nas regras atuais se permanecer pelo Capítulo II
menos cinco anos no cargo. (Incluído pela Medida Provisória nº Da Vacância
2.225-45, de 4.9.2001)
§ 6o O Poder Executivo regulamentará o disposto neste ar- Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de:
tigo. (Incluído pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) I - exoneração;
II - demissão;
Art. 26. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de III - promoção;
4.9.2001) IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
V - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver comple- VI - readaptação;
tado 70 (setenta) anos de idade. VII - aposentadoria;
VIII - posse em outro cargo inacumulável;
Seção IX IX - falecimento.
Da Reintegração
Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do
Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável servidor, ou de ofício.
no cargo anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á:
transformação, quando invalidada a sua demissão por decisão ad- I - quando não satisfeitas as condições do estágio probatório;
ministrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as vantagens. II - quando, tendo tomado posse, o servidor não entrar em
§ 1o Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará exercício no prazo estabelecido.
em disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31.
§ 2o Encontrando-se provido o cargo, o seu eventual ocupante Art. 35. A exoneração de cargo em comissão e a dispensa de
será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à indenização ou função de confiança dar-se-á: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de
aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. 10.12.97)

Didatismo e Conhecimento 11
LEGISLAÇÃO
I - a juízo da autoridade competente; § 1o A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de
II - a pedido do próprio servidor. lotação e da força de trabalho às necessidades dos serviços, inclu-
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) sive nos casos de reorganização, extinção ou criação de órgão ou
entidade. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Capítulo III § 2o A redistribuição de cargos efetivos vagos se dará me-
Da Remoção e da Redistribuição diante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e
entidades da Administração Pública Federal envolvidos. (Incluído
Seção I pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Da Remoção § 3o Nos casos de reorganização ou extinção de órgão ou en-
tidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no órgão
Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido ou ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será co-
de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de locado em disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos
sede. arts. 30 e 31. (Parágrafo renumerado e alterado pela Lei nº 9.527,
Parágrafo único. Para fins do disposto neste artigo, entende- de 10.12.97)
se por modalidades de remoção: (Redação dada pela Lei nº 9.527, § 4o O servidor que não for redistribuído ou colocado em
de 10.12.97) disponibilidade poderá ser mantido sob responsabilidade do órgão
I - de ofício, no interesse da Administração;  (Incluído pela central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão ou
Lei nº 9.527, de 10.12.97) entidade, até seu adequado aproveitamento. (Incluído pela Lei nº
II - a pedido, a critério da Administração; (Incluído pela Lei 9.527, de 10.12.97)
nº 9.527, de 10.12.97)
III - a pedido, para outra localidade, independentemente do in- Capítulo IV
teresse da Administração: (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Da Substituição
a) para acompanhar cônjuge ou companheiro, também ser-
vidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, Art. 38. Os servidores investidos em cargo ou função de dire-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslo- ção ou chefia e os ocupantes de cargo de Natureza Especial terão
cado no interesse da Administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, substitutos indicados no regimento interno ou, no caso de omissão,
de 10.12.97) previamente designados pelo dirigente máximo do órgão ou enti-
b) por motivo de saúde do servidor, cônjuge, companheiro dade. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu assenta- § 1o O substituto assumirá automática e cumulativamente,
mento funcional, condicionada à comprovação por junta médica sem prejuízo do cargo que ocupa, o exercício do cargo ou função
oficial; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de direção ou chefia e os de Natureza Especial, nos afastamentos,
c) em virtude de processo seletivo promovido, na hipótese impedimentos legais ou regulamentares do titular e na vacância do
em que o número de interessados for superior ao número de vagas, cargo, hipóteses em que deverá optar pela remuneração de um de-
de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão ou entidade les durante o respectivo período. (Redação dada pela Lei nº 9.527,
em que aqueles estejam lotados.(Incluído pela Lei nº 9.527, de de 10.12.97)
10.12.97) § 2o O substituto fará jus à retribuição pelo exercício do cargo
ou função de direção ou chefia ou de cargo de Natureza Especial,
Seção II nos casos dos afastamentos ou impedimentos legais do titular, su-
Da Redistribuição periores a trinta dias consecutivos, paga na proporção dos dias de
efetiva substituição, que excederem o referido período.(Redação
Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo de provi- dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
mento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pes-
soal, para outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia Art. 39. O disposto no artigo anterior aplica-se aos titulares
apreciação do órgão central do SIPEC, observados os seguintes de unidades administrativas organizadas em nível de assessoria.
preceitos: (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
I - interesse da administração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de Título III
10.12.97) Dos Direitos e Vantagens
II - equivalência de vencimentos; (Incluído pela Lei nº 9.527,
de 10.12.97) Capítulo I
III - manutenção da essência das atribuições do cargo; (In- Do Vencimento e da Remuneração
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - vinculação entre os graus de responsabilidade e comple- Art. 40. Vencimento é a retribuição pecuniária pelo exercício
xidade das atividades; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de cargo público, com valor fixado em lei.
V - mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilita- Parágrafo único. (Revogado pela Medida Provisória nº 431,
ção profissional; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de 2008). (Revogado pela Lei nº 11.784, de 2008)
VI - compatibilidade entre as atribuições do cargo e as fina-
lidades institucionais do órgão ou entidade. (Incluído pela Lei nº Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acres-
9.527, de 10.12.97) cido das vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei.

Didatismo e Conhecimento 12
LEGISLAÇÃO
§ 1o A remuneração do servidor investido em função ou cargo § 1o O valor de cada parcela não poderá ser inferior ao cor-
em comissão será paga na forma prevista no art. 62. respondente a dez por cento da remuneração, provento ou pen-
§ 2o O servidor investido em cargo em comissão de órgão são. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
ou entidade diversa da de sua lotação receberá a remuneração de 4.9.2001)
acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. § 2o Quando o pagamento indevido houver ocorrido no mês
§ 3o O vencimento do cargo efetivo, acrescido das vantagens anterior ao do processamento da folha, a reposição será feita ime-
de caráter permanente, é irredutível. diatamente, em uma única parcela. (Redação dada pela Medida
§ 4o É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
de atribuições iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre § 3o Na hipótese de valores recebidos em decorrência de cum-
servidores dos três Poderes, ressalvadas as vantagens de caráter primento a decisão liminar, a tutela antecipada ou a sentença que
individual e as relativas à natureza ou ao local de trabalho. venha a ser revogada ou rescindida, serão eles atualizados até a
§ 5o Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salá- data da reposição. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-
rio mínimo. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 45, de 4.9.2001)

Art. 42. Nenhum servidor poderá perceber, mensalmente, a Art. 47. O servidor em débito com o erário, que for demitido,
título de remuneração, importância superior à soma dos valores exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cas-
percebidos como remuneração, em espécie, a qualquer título, no sada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. (Redação
âmbito dos respectivos Poderes, pelos Ministros de Estado, por dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
membros do Congresso Nacional e Ministros do Supremo Tribu- Parágrafo único. A não quitação do débito no prazo previsto
nal Federal. implicará sua inscrição em dívida ativa. (Redação dada pela Medi-
Parágrafo único. Excluem-se do teto de remuneração as van- da Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)
tagens previstas nos incisos II a VII do art. 61.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e o provento não serão
Art. 43. (Revogado pela Lei nº 9.624, de 2.4.98) (Vide Lei nº objeto de arresto, sequestro ou penhora, exceto nos casos de pres-
9.624, de 2.4.98) tação de alimentos resultante de decisão judicial.

Art. 44. O servidor perderá: Capítulo II


I - a remuneração do dia em que faltar ao serviço, sem motivo Das Vantagens
justificado; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - a parcela de remuneração diária, proporcional aos atrasos, Art. 49. Além do vencimento, poderão ser pagas ao servidor
ausências justificadas, ressalvadas as concessões de que trata o art. as seguintes vantagens:
97, e saídas antecipadas, salvo na hipótese de compensação de horá- I - indenizações;
rio, até o mês subsequente ao da ocorrência, a ser estabelecida pela II - gratificações;
chefia imediata. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) III - adicionais.
Parágrafo  único. As faltas justificadas decorrentes de caso § 1o As indenizações não se incorporam ao vencimento ou
fortuito ou de força maior poderão ser compensadas a critério da provento para qualquer efeito.
chefia imediata, sendo assim consideradas como efetivo exercí- § 2o As gratificações e os adicionais incorporam-se ao venci-
cio. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) mento ou provento, nos casos e condições indicados em lei.

Art. 45. Salvo por imposição legal, ou mandado judicial, ne- Art. 50. As vantagens pecuniárias não serão computadas, nem
nhum desconto incidirá sobre a remuneração ou provento. (Vide acumuladas, para efeito de concessão de quaisquer outros acrés-
Decreto nº 1.502, de 1995) (Vide Decreto nº 1.903, de 1996) (Vide cimos pecuniários ulteriores, sob o mesmo título ou idêntico fun-
Decreto nº 2.065, de 1996) (Regulamento) damento.
§ 1o Mediante autorização do servidor, poderá haver consig-
nação em folha de pagamento em favor de terceiros, a critério da Seção I
administração e com reposição de custos, na forma definida em Das Indenizações
regulamento. (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015)
§ 2o O total de consignações facultativas de que trata o § Art. 51. Constituem indenizações ao servidor:
1  não excederá a 35% (trinta e cinco por cento) da remuneração
o
I - ajuda de custo;
mensal, sendo 5% (cinco por cento) reservados exclusivamente II - diárias;
para: (Redação dada pela Lei nº 13.172, de 2015) III - transporte.
I - a amortização de despesas contraídas por meio de cartão de IV - auxílio-moradia.(Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
crédito; ou (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015)
II - a utilização com a finalidade de saque por meio do cartão Art. 52. Os valores das indenizações estabelecidas nos incisos
de crédito. (Incluído pela Lei nº 13.172, de 2015) I a III do art. 51, assim como as condições para a sua concessão,
serão estabelecidos em regulamento. (Redação dada pela Lei nº
Art. 46. As reposições e indenizações ao erário, atualizadas até 11.355, de 2006)
30 de junho de 1994, serão previamente comunicadas ao servidor
ativo, aposentado ou ao pensionista, para pagamento, no prazo má-
ximo de trinta dias, podendo ser parceladas, a pedido do interessa-
do. (Redação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001)

Didatismo e Conhecimento 13
LEGISLAÇÃO
Subseção I entidades e servidores brasileiros considera-se estendida, salvo se
Da Ajuda de Custo houver pernoite fora da sede, hipóteses em que as diárias pagas
serão sempre as fixadas para os afastamentos dentro do território
Art. 53. A ajuda de custo destina-se a compensar as despesas nacional. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
de instalação do servidor que, no interesse do serviço, passar a
ter exercício em nova sede, com mudança de domicílio em ca- Art. 59. O servidor que receber diárias e não se afastar da sede,
ráter permanente, vedado o duplo pagamento de indenização, a por qualquer motivo, fica obrigado a restituí-las integralmente, no
qualquer tempo, no caso de o cônjuge ou companheiro que dete- prazo de 5 (cinco) dias.
nha também a condição de servidor, vier a ter exercício na mesma Parágrafo único. Na hipótese de o servidor retornar à sede em
sede. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) prazo menor do que o previsto para o seu afastamento, restituirá as
§ 1o Correm por conta da administração as despesas de trans- diárias recebidas em excesso, no prazo previsto no caput.
porte do servidor e de sua família, compreendendo passagem, ba-
gagem e bens pessoais. Subseção III
§ 2o À família do servidor que falecer na nova sede são asse- Da Indenização de Transporte
gurados ajuda de custo e transporte para a localidade de origem,
dentro do prazo de 1 (um) ano, contado do óbito. Art. 60. Conceder-se-á indenização de transporte ao servidor
§ 3o Não será concedida ajuda de custo nas hipóteses de que realizar despesas com a utilização de meio próprio de locomo-
remoção previstas nos incisos II e III do parágrafo único do art. ção para a execução de serviços externos, por força das atribuições
36. (Incluído pela Lei nº 12.998, de 2014) próprias do cargo, conforme se dispuser em regulamento.

Art. 54. A ajuda de custo é calculada sobre a remuneração Subseção IV


do servidor, conforme se dispuser em regulamento, não podendo Do Auxílio-Moradia
exceder a importância correspondente a 3 (três) meses. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)

Art. 55. Não será concedida ajuda de custo ao servidor que se Art.  60-A. O auxílio-moradia consiste no ressarcimento das
afastar do cargo, ou reassumi-lo, em virtude de mandato eletivo. despesas comprovadamente realizadas pelo servidor com aluguel
de moradia ou com meio de hospedagem administrado por empre-
Art. 56. Será concedida ajuda de custo àquele que, não sendo sa hoteleira, no prazo de um mês após a comprovação da despesa
servidor da União, for nomeado para cargo em comissão, com mu- pelo servidor. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
dança de domicílio.
Parágrafo único. No afastamento previsto no inciso I do art. Art.  60-B. Conceder-se-á auxílio-moradia ao servidor se
93, a ajuda de custo será paga pelo órgão cessionário, quando ca- atendidos os seguintes requisitos: (Incluído pela Lei nº 11.355, de
bível. 2006)
I - não exista imóvel funcional disponível para uso pelo ser-
Art. 57. O servidor ficará obrigado a restituir a ajuda de custo vidor; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
quando, injustificadamente, não se apresentar na nova sede no pra- II - o cônjuge ou companheiro do servidor não ocupe imóvel
zo de 30 (trinta) dias. funcional; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
III - o servidor ou seu cônjuge ou companheiro não seja ou
Subseção II tenha sido proprietário, promitente comprador, cessionário ou pro-
Das Diárias mitente cessionário de imóvel no Município aonde for exercer o
cargo, incluída a hipótese de lote edificado sem averbação de cons-
Art. 58. O servidor que, a serviço, afastar-se da sede em ca- trução, nos doze meses que antecederem a sua nomeação;(Incluído
ráter eventual ou transitório para outro ponto do território nacio- pela Lei nº 11.355, de 2006)
nal ou para o exterior, fará jus a passagens e diárias destinadas IV - nenhuma outra pessoa que resida com o servidor receba
a indenizar as parcelas de despesas extraordinária com pousada, auxílio-moradia; (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
alimentação e locomoção urbana, conforme dispuser em regula- V - o servidor tenha se mudado do local de residência para
mento. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ocupar cargo em comissão ou função de confiança do Grupo-Di-
§ 1o A diária será concedida por dia de afastamento, sendo reção e Assessoramento Superiores - DAS, níveis 4, 5 e 6, de Na-
devida pela metade quando o deslocamento não exigir pernoite tureza Especial, de Ministro de Estado ou equivalentes; (Incluído
fora da sede, ou quando a União custear, por meio diverso, as des- pela Lei nº 11.355, de 2006)
pesas extraordinárias cobertas por diárias.(Redação dada pela Lei VI - o Município no qual assuma o cargo em comissão ou
nº 9.527, de 10.12.97) função de confiança não se enquadre nas hipóteses do art. 58, § 3o,
§ 2o Nos casos em que o deslocamento da sede constituir em relação ao local de residência ou domicílio do servidor; (In-
exigência permanente do cargo, o servidor não fará jus a diárias. cluído pela Lei nº 11.355, de 2006)
§ 3o Também não fará jus a diárias o servidor que se deslo- VII - o servidor não tenha sido domiciliado ou tenha residido
car dentro da mesma região metropolitana, aglomeração urbana no Município, nos últimos doze meses, aonde for exercer o cargo
ou microrregião, constituídas por municípios limítrofes e regu- em comissão ou função de confiança, desconsiderando-se prazo
larmente instituídas, ou em áreas de controle integrado mantidas inferior a sessenta dias dentro desse período; e (Incluído pela Lei
com países limítrofes, cuja jurisdição e competência dos órgãos, nº 11.355, de 2006)

Didatismo e Conhecimento 14
LEGISLAÇÃO
VIII - o deslocamento não tenha sido por força de alteração Parágrafo único. Lei específica estabelecerá a remuneração
de lotação ou nomeação para cargo efetivo. (Incluído pela Lei nº dos cargos em comissão de que trata o inciso II do art. 9o. (Reda-
11.355, de 2006) ção dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IX - o deslocamento tenha ocorrido após 30 de junho de
2006. (Incluído pela Lei nº 11.490, de 2007) Art. 62-A.  Fica transformada em Vantagem Pessoal Nomi-
Parágrafo único. Para fins do inciso VII, não será considerado nalmente Identificada - VPNI a incorporação da retribuição pelo
o prazo no qual o servidor estava ocupando outro cargo em comis- exercício de função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de
são relacionado no inciso V. (Incluído pela Lei nº 11.355, de 2006) provimento em comissão ou de Natureza Especial a que se referem
os arts. 3o e 10 da Lei no 8.911, de 11 de julho de 1994, e o art. 3o da
Art. 60-C. (Revogado pela Lei nº 12.998, de 2014) Lei no 9.624, de 2 de abril de 1998. (Incluído pela Medida Provisó-
ria nº 2.225-45, de 4.9.2001)
Art. 60-D. O valor mensal do auxílio-moradia é limitado a Parágrafo único. A VPNI de que trata o caput deste artigo
25% (vinte e cinco por cento) do valor do cargo em comissão, fun- somente estará sujeita às revisões gerais de remuneração dos ser-
ção comissionada ou cargo de Ministro de Estado ocupado. (In- vidores públicos federais. (Incluído pela Medida Provisória nº
cluído pela Lei nº 11.784, de 2008 2.225-45, de 4.9.2001)
§ 1o O valor do auxílio-moradia não poderá superar 25% (vin-
te e cinco por cento) da remuneração de Ministro de Estado. (In- Subseção II
cluído pela Lei nº 11.784, de 2008 Da Gratificação Natalina
§ 2o Independentemente do valor do cargo em comissão ou
função comissionada, fica garantido a todos os que preencherem Art. 63. A gratificação natalina corresponde a 1/12 (um doze
os requisitos o ressarcimento até o valor de R$ 1.800,00 (mil e avos) da remuneração a que o servidor fizer jus no mês de dezem-
oitocentos reais). (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 bro, por mês de exercício no respectivo ano.
Parágrafo único. A fração igual ou superior a 15 (quinze) dias
Art. 60-E. No caso de falecimento, exoneração, colocação de será considerada como mês integral.
imóvel funcional à disposição do servidor ou aquisição de imóvel,
Art. 64. A gratificação será paga até o dia 20 (vinte) do mês de
o auxílio-moradia continuará sendo pago por um mês.  (Incluído
dezembro de cada ano.
pela Lei nº 11.355, de 2006)
Parágrafo único. (VETADO).
Seção II
Art. 65. O servidor exonerado perceberá sua gratificação nata-
Das Gratificações e Adicionais
lina, proporcionalmente aos meses de exercício, calculada sobre a
remuneração do mês da exoneração.
Art. 61. Além do vencimento e das vantagens previstas nes-
ta Lei, serão deferidos aos servidores as seguintes retribuições, Art. 66. A gratificação natalina não será considerada para cál-
gratificações e adicionais:  (Redação dada pela Lei nº 9.527, de culo de qualquer vantagem pecuniária.
10.12.97)
I - retribuição pelo exercício de função de direção, chefia e Subseção III
assessoramento; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Do Adicional por Tempo de Serviço
II - gratificação natalina;
III - (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de Art. 67. (Revogado pela Medida Provisória nº 2.225-45, de
4.9.2001) 2001, respeitadas as situações constituídas até 8.3.1999)
IV - adicional pelo exercício de atividades insalubres, peri-
gosas ou penosas; Subseção IV
V - adicional pela prestação de serviço extraordinário; Dos Adicionais de Insalubridade,
VI - adicional noturno; Periculosidade ou Atividades Penosas
VII - adicional de férias;
VIII - outros, relativos ao local ou à natureza do trabalho. Art. 68. Os servidores que trabalhem com habitualidade em
IX - gratificação por encargo de curso ou concurso. (Incluído locais insalubres ou em contato permanente com substâncias tó-
pela Lei nº 11.314 de 2006) xicas, radioativas ou com risco de vida, fazem jus a um adicional
sobre o vencimento do cargo efetivo.
Subseção I § 1o O servidor que fizer jus aos adicionais de insalubridade e
Da Retribuição pelo Exercício de Função de Direção, de periculosidade deverá optar por um deles.
Chefia e Assessoramento  § 2o O direito ao adicional de insalubridade ou periculosidade
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) cessa com a eliminação das condições ou dos riscos que deram
causa a sua concessão.
Art. 62. Ao servidor ocupante de cargo efetivo investido em
função de direção, chefia ou assessoramento, cargo de provimento Art. 69. Haverá permanente controle da atividade de servido-
em comissão ou de Natureza Especial é devida retribuição pelo seu res em operações ou locais considerados penosos, insalubres ou
exercício.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) perigosos.

Didatismo e Conhecimento 15
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. A servidora gestante ou lactante será afasta- Subseção VIII
da, enquanto durar a gestação e a lactação, das operações e locais Da Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
previstos neste artigo, exercendo suas atividades em local salubre (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
e em serviço não penoso e não perigoso.
Art. 76-A. A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso
Art. 70. Na concessão dos adicionais de atividades penosas, é devida ao servidor que, em caráter eventual: (Incluído pela Lei nº
de insalubridade e de periculosidade, serão observadas as situa- 11.314 de 2006) (Regulamento)
ções estabelecidas em legislação específica. I - atuar como instrutor em curso de formação, de desenvolvi-
mento ou de treinamento regularmente instituído no âmbito da ad-
Art. 71. O adicional de atividade penosa será devido aos servi- ministração pública federal; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
dores em exercício em zonas de fronteira ou em localidades cujas II - participar de banca examinadora ou de comissão para exa-
condições de vida o justifiquem, nos termos, condições e limites mes orais, para análise curricular, para correção de provas discur-
fixados em regulamento. sivas, para elaboração de questões de provas ou para julgamento
de recursos intentados por candidatos; (Incluído pela Lei nº 11.314
Art. 72. Os locais de trabalho e os servidores que operam com de 2006)
Raios X ou substâncias radioativas serão mantidos sob controle III - participar da logística de preparação e de realização de
permanente, de modo que as doses de radiação ionizante não ultra- concurso público envolvendo atividades de planejamento, coor-
passem o nível máximo previsto na legislação própria. denação, supervisão, execução e avaliação de resultado, quando
Parágrafo único. Os servidores a que se refere este artigo se- tais atividades não estiverem incluídas entre as suas atribuições
rão submetidos a exames médicos a cada 6 (seis) meses. permanentes; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
IV - participar da aplicação, fiscalizar ou avaliar provas de
Subseção V exame vestibular ou de concurso público ou supervisionar essas
Do Adicional por Serviço Extraordinário atividades. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
§ 1o Os critérios de concessão e os limites da gratificação de
Art. 73. O serviço extraordinário será remunerado com acrés- que trata este artigo serão fixados em regulamento, observados os
cimo de 50% (cinquenta por cento) em relação à hora normal de
seguintes parâmetros: (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
trabalho.
I - o valor da gratificação será calculado em horas, observadas
a natureza e a complexidade da atividade exercida; (Incluído pela
Art.  74. Somente será permitido serviço extraordinário para
Lei nº 11.314 de 2006)
atender a situações excepcionais e temporárias, respeitado o limite
II - a retribuição não poderá ser superior ao equivalente a 120
máximo de 2 (duas) horas por jornada.
(cento e vinte) horas de trabalho anuais, ressalvada situação de
excepcionalidade, devidamente justificada e previamente apro-
Subseção VI
vada pela autoridade máxima do órgão ou entidade, que poderá
Do Adicional Noturno
autorizar o acréscimo de até 120 (cento e vinte) horas de trabalho
Art. 75. O serviço noturno, prestado em horário compreen- anuais; (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)
dido entre 22 (vinte e duas) horas de um dia e 5 (cinco) horas do III - o valor máximo da hora trabalhada corresponderá aos
dia seguinte, terá o valor-hora acrescido de 25% (vinte e cinco por seguintes percentuais, incidentes sobre o maior vencimento básico
cento), computando-se cada hora como cinquenta e dois minutos da administração pública federal: (Incluído pela Lei nº 11.314 de
e trinta segundos. 2006)
Parágrafo  único. Em se tratando de serviço extraordinário, a) 2,2% (dois inteiros e dois décimos por cento), em se tra-
o acréscimo de que trata este artigo incidirá sobre a remuneração tando de atividades previstas nos incisos I e II do caput deste arti-
prevista no art. 73. go; (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
b) 1,2% (um inteiro e dois décimos por cento), em se tratan-
Subseção VII do de atividade prevista nos incisos III e IV do caput deste arti-
Do Adicional de Férias go. (Redação dada pela Lei nº 11.501, de 2007)
§ 2o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso somen-
Art. 76. Independentemente de solicitação, será pago ao servi- te será paga se as atividades referidas nos incisos do caput deste
dor, por ocasião das férias, um adicional correspondente a 1/3 (um artigo forem exercidas sem prejuízo das atribuições do cargo de
terço) da remuneração do período das férias. que o servidor for titular, devendo ser objeto de compensação de
Parágrafo  único. No caso de o servidor exercer função de carga horária quando desempenhadas durante a jornada de traba-
direção, chefia ou assessoramento, ou ocupar cargo em comissão, lho, na forma do § 4o do art. 98 desta Lei. (Incluído pela Lei nº
a respectiva vantagem será considerada no cálculo do adicional de 11.314 de 2006)
que trata este artigo. § 3o A Gratificação por Encargo de Curso ou Concurso não se
incorpora ao vencimento ou salário do servidor para qualquer efei-
to e não poderá ser utilizada como base de cálculo para quaisquer
outras vantagens, inclusive para fins de cálculo dos proventos da
aposentadoria e das pensões. (Incluído pela Lei nº 11.314 de 2006)

Didatismo e Conhecimento 16
LEGISLAÇÃO
Capítulo III VI - para tratar de interesses particulares;
Das Férias VII - para desempenho de mandato classista.
§ 1o A licença prevista no inciso I do caput deste artigo bem
Art. 77. O servidor fará jus a trinta dias de férias, que podem como cada uma de suas prorrogações serão precedidas de exame
ser acumuladas, até o máximo de dois períodos, no caso de neces- por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta
sidade do serviço, ressalvadas as hipóteses em que haja legislação Lei. (Redação dada pela Lei nº 11.907, de 2009)
específica.  (Redação dada pela Lei nº 9.525, de 10.12.97) (Vide § 2o (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Lei nº 9.525, de 1997) § 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o
§ 1o Para o primeiro período aquisitivo de férias serão exigi- período da licença prevista no inciso I deste artigo.
dos 12 (doze) meses de exercício.
§ 2o É vedado levar à conta de férias qualquer falta ao serviço. Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do
§ 3o As férias poderão ser parceladas em até três etapas, desde término de outra da mesma espécie será considerada como pror-
que assim requeridas pelo servidor, e no interesse da administração rogação.
pública. (Incluído pela Lei nº 9.525, de 10.12.97)
Seção II
Art. 78. O pagamento da remuneração das férias será efetuado Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família
até 2 (dois) dias antes do início do respectivo período, observan-
do-se o disposto no § 1o deste artigo. (Vide Lei nº 9.525, de 1997) Art. 83. Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo
§ 1° e § 2° (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de doença do cônjuge ou companheiro, dos pais, dos filhos, do
§ 3o O servidor exonerado do cargo efetivo, ou em comissão, padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas
perceberá indenização relativa ao período das férias a que tiver expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante com-
direito e ao incompleto, na proporção de um doze avos por mês de provação por perícia médica oficial.  (Redação dada pela Lei nº
efetivo exercício, ou fração superior a quatorze dias. (Incluído pela 11.907, de 2009)
Lei nº 8.216, de 13.8.91) § 1o A licença somente será deferida se a assistência direta
§ 4o A indenização será calculada com base na remuneração do servidor for indispensável e não puder ser prestada simulta-
do mês em que for publicado o ato exoneratório. (Incluído pela Lei neamente com o exercício do cargo ou mediante compensação de
nº 8.216, de 13.8.91) horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44.  (Redação
§ 5o Em caso de parcelamento, o servidor receberá o valor dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
adicional previsto no inciso XVII do art. 7o da Constituição Fede- § 2o A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações,
ral quando da utilização do primeiro período. (Incluído pela Lei nº poderá ser concedida a cada período de doze meses nas seguintes
9.525, de 10.12.97) condições: (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
I - por até 60 (sessenta) dias, consecutivos ou não, mantida a
Art. 79. O servidor que opera direta e permanentemente com remuneração do servidor; e (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Raios X ou substâncias radioativas gozará 20 (vinte) dias consecu- II - por até 90 (noventa) dias, consecutivos ou não, sem remu-
tivos de férias, por semestre de atividade profissional, proibida em neração. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
qualquer hipótese a acumulação. § 3o O início do interstício de 12 (doze) meses será contado a
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) partir da data do deferimento da primeira licença concedida. (In-
cluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Art. 80. As férias somente poderão ser interrompidas por mo- § 4o A soma das licenças remuneradas e das licenças não re-
tivo de calamidade pública, comoção interna, convocação para muneradas, incluídas as respectivas prorrogações, concedidas em
júri, serviço militar ou eleitoral, ou por necessidade do serviço um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o disposto no §
declarada pela autoridade máxima do órgão ou entidade.(Redação 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) (Vide Lei nº 9.525, de 1997) II do § 2o. (Incluído pela Lei nº 12.269, de 2010)
Parágrafo único. O restante do período interrompido será go-
zado de uma só vez, observado o disposto no art. 77. (Incluído pela Seção III
Lei nº 9.527, de 10.12.97) Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge

Capítulo IV Art. 84. Poderá ser concedida licença ao servidor para acom-


Das Licenças panhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para outro pon-
to do território nacional, para o exterior ou para o exercício de
Seção I mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.
Disposições Gerais § 1o A licença será por prazo indeterminado e sem remune-
ração.
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou compa-
I - por motivo de doença em pessoa da família; nheiro também seja servidor público, civil ou militar, de qualquer
II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
III - para o serviço militar; nicípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou entidade
IV - para atividade política; da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, des-
V - para capacitação; (Redação dada pela Lei nº 9.527, de de que para o exercício de atividade compatível com o seu car-
10.12.97) go. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Didatismo e Conhecimento 17
LEGISLAÇÃO
Seção IV Seção VIII
Da Licença para o Serviço Militar Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista

Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço militar será Art. 92. É assegurado ao servidor o direito à licença sem remu-
concedida licença, na forma e condições previstas na legislação neração para o desempenho de mandato em confederação, federação,
específica. associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para parti-
até 30 (trinta) dias sem remuneração para reassumir o exercício cipar de gerência ou administração em sociedade cooperativa consti-
do cargo. tuída por servidores públicos para prestar serviços a seus membros,
observado o disposto na alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei,
Seção V conforme disposto em regulamento e observados os seguintes limi-
Da Licença para Atividade Política tes: (Redação dada pela Lei nº 11.094, de 2005) (Regulamento)
I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 2
(dois) servidores; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem remuneração,
II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta
durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção
mil) associados, 4 (quatro) servidores; (Redação dada pela Lei nº
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
12.998, de 2014)
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral. III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) associados,
§ 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde 8 (oito) servidores. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, § 1o Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos
assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades,
partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a desde que cadastradas no órgão competente. (Redação dada pela
Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito.(Redação Lei nº 12.998, de 2014)
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) § 2o A licença terá duração igual à do mandato, podendo ser reno-
§ 2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia vada, no caso de reeleição. (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014)
seguinte ao da eleição, o servidor fará jus à licença, assegurados
os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três me- Capítulo V
ses. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Dos Afastamentos

Seção VI Seção I
Da Licença para Capacitação Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade
(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art.  93.  O servidor poderá ser cedido para ter exercício em
Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o servi- outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, ou do
dor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: (Re-
do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até três me- dação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91) (Regulamento) (Vide
ses, para participar de curso de capacitação profissional. (Redação Decreto nº 4.493, de 3.12.2002) (Regulamento)
dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) I - para exercício de cargo em comissão ou função de confian-
Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata ça; (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
o caput não são acumuláveis.(Redação dada pela Lei nº 9.527, de II - em casos previstos em leis específicas.(Redação dada pela
Lei nº 8.270, de 17.12.91)
10.12.97)
§ 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou en-
tidades dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus
Art. 88. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
da remuneração será do órgão ou entidade cessionária, mantido o
ônus para o cedente nos demais casos. (Redação dada pela Lei nº
Art. 89. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) 8.270, de 17.12.91)
§ 2º Na hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou
Art. 90. (VETADO). sociedade de economia mista, nos termos das respectivas normas,
optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela remuneração do
Seção VII cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despe-
sas realizadas pelo órgão ou entidade de origem. (Redação dada
Art. 91. A critério da Administração, poderão ser concedidas pela Lei nº 11.355, de 2006)
ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde que não esteja em es- § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no Diário
tágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo Oficial da União. (Redação dada pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)
prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. (Redação § 4o Mediante autorização expressa do Presidente da Repú-
dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) blica, o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro
Parágrafo único. A licença poderá ser interrompida, a qual- órgão da Administração Federal direta que não tenha quadro pró-
quer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do serviço. (Re- prio de pessoal, para fim determinado e a prazo certo. (Incluído
dação dada pela Medida Provisória nº 2.225-45, de 4.9.2001) pela Lei nº 8.270, de 17.12.91)

Didatismo e Conhecimento 18
LEGISLAÇÃO
§ 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou ser- Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo
vidor por ela requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste arti- internacional de que o Brasil participe ou com o qual coopere dar-
go. (Redação dada pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) se-á com perda total da remuneração. (Vide Decreto nº 3.456, de
§ 6º As cessões de empregados de empresa pública ou de 2000)
sociedade de economia mista, que receba recursos de Tesouro Na-
cional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento Seção IV
de pessoal, independem das disposições contidas nos incisos I e (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando o exercício do empregado ce- Do Afastamento para Participação em
dido condicionado a autorização específica do Ministério do Pla- Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu no País
nejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação
de cargo em comissão ou função gratificada. (Incluído pela Lei nº Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e
10.470, de 25.6.2002) desde que a participação não possa ocorrer simultaneamente com o
§ 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, exercício do cargo ou mediante compensação de horário, afastar-se
com a finalidade de promover a composição da força de trabalho do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, para
dos órgãos e entidades da Administração Pública Federal, pode- participar em programa de pós-graduação stricto sensu em instituição
rá determinar a lotação ou o exercício de empregado ou servidor, de ensino superior no País. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
independentemente da observância do constante no inciso I e nos § 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade definirá,
§§ 1º e 2º deste artigo. (Incluído pela Lei nº 10.470, de 25.6.2002) em conformidade com a legislação vigente, os programas de ca-
(Vide Decreto nº 5.375, de 2005) pacitação e os critérios para participação em programas de pós-
graduação no País, com ou sem afastamento do servidor, que serão
Seção II avaliados por um comitê constituído para este fim. (Incluído pela
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo Lei nº 11.907, de 2009)
§ 2o Os afastamentos para realização de programas de mestra-
Art. 94. Ao servidor investido em mandato eletivo aplicam-se do e doutorado somente serão concedidos aos servidores titulares
as seguintes disposições: de cargos efetivos no respectivo órgão ou entidade há pelo menos
I - tratando-se de mandato federal, estadual ou distrital, ficará
3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, in-
afastado do cargo;
cluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
por licença para tratar de assuntos particulares para gozo de licen-
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração;
ça capacitação ou com fundamento neste artigo nos 2 (dois) anos
III - investido no mandato de vereador:
anteriores à data da solicitação de afastamento. (Incluído pela Lei
a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as vanta-
nº 11.907, de 2009)
gens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo;
§ 3o Os afastamentos para realização de programas de pós-dou-
b) não havendo compatibilidade de horário, será afastado do
cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração. torado somente serão concedidos aos servidores titulares de cargos
§ 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá efetivo no respectivo órgão ou entidade há pelo menos quatro anos,
para a seguridade social como se em exercício estivesse. incluído o período de estágio probatório, e que não tenham se afas-
§ 2o O servidor investido em mandato eletivo ou classista tado por licença para tratar de assuntos particulares ou com funda-
não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para localidade mento neste artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação
diversa daquela onde exerce o mandato. de afastamento. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de 2010)
§ 4o Os servidores beneficiados pelos afastamentos previstos
Seção III nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo terão que permanecer no exercício de
Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior suas funções após o seu retorno por um período igual ao do afasta-
mento concedido. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
Art. 95. O servidor não poderá ausentar-se do País para estu- § 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração do cargo
do ou missão oficial, sem autorização do Presidente da República, ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência
Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supre- previsto no § 4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade,
mo Tribunal Federal. na forma do art. 47 da Lei no 8.112, de 11 de dezembro de 1990,
§ 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a dos gastos com seu aperfeiçoamento. (Incluído pela Lei nº 11.907,
missão ou estudo, somente decorrido igual período, será permitida de 2009)
nova ausência. § 6o Caso o servidor não obtenha o título ou grau que justifi-
§ 2o Ao servidor beneficiado pelo disposto neste artigo não será cou seu afastamento no período previsto, aplica-se o disposto no
concedida exoneração ou licença para tratar de interesse particular § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou
antes de decorrido período igual ao do afastamento, ressalvada a de caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou enti-
hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. dade. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
§ 3o O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da § 7o Aplica-se à participação em programa de pós-graduação
carreira diplomática. no Exterior, autorizado nos termos do art. 95 desta Lei, o disposto
§ 4o As hipóteses, condições e formas para a autorização de nos §§ 1o a 6o deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.907, de 2009)
que trata este artigo, inclusive no que se refere à remuneração do
servidor, serão disciplinadas em regulamento.  (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)

Didatismo e Conhecimento 19
LEGISLAÇÃO
Capítulo VI I - férias;
Das Concessões II - exercício de cargo em comissão ou equivalente, em ór-
gão ou entidade dos Poderes da União, dos Estados, Municípios e
Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar- Distrito Federal;
se do serviço: (Redação dada pela Medida provisória nº 632, de III - exercício de cargo ou função de governo ou administra-
2013) ção, em qualquer parte do território nacional, por nomeação do
I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; Presidente da República;
II - pelo período comprovadamente necessário para alista- IV - participação em programa de treinamento regularmen-
mento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a te instituído ou em programa de pós-graduação stricto sensu no
2 (dois) dias; (Redação dada pela Lei nº 12.998, de 2014) País, conforme dispuser o regulamento; (Redação dada pela Lei nº
III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de : 11.907, de 2009)
a) casamento; V - desempenho de mandato eletivo federal, estadual, mu-
b) falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou nicipal ou do Distrito Federal, exceto para promoção por mereci-
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos. mento;
VI - júri e outros serviços obrigatórios por lei;
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudan- VII - missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afas-
te, quando comprovada a incompatibilidade entre o horário escolar tamento, conforme dispuser o regulamento;  (Redação dada pela
e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo. Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a com- VIII - licença:
pensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, res- a) à gestante, à adotante e à paternidade;
peitada a duração semanal do trabalho. (Parágrafo renumerado e b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e
alterado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) quatro meses, cumulativo ao longo do tempo de serviço público
§ 2o Também será concedido horário especial ao servidor prestado à União, em cargo de provimento efetivo; (Redação dada
portador de deficiência, quando comprovada a necessidade por
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
junta médica oficial, independentemente de compensação de ho-
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de
rário. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída
§ 3o As disposições do parágrafo anterior são extensivas ao
por servidores para prestar serviços a seus membros, exceto para
servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente portador de de-
efeito de promoção por merecimento; (Redação dada pela Lei nº
ficiência física, exigindo-se, porém, neste caso, compensação de
11.094, de 2005)
horário na forma do inciso II do art. 44. (Incluído pela Lei nº 9.527,
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
de 10.12.97)
§ 4o Será igualmente concedido horário especial, vinculado e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento; (Re-
à compensação de horário a ser efetivada no prazo de até 1 (um) dação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos f) por convocação para o serviço militar;
I e II do caput do art. 76-A desta Lei. (Redação dada pela Lei nº IX - deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
11.501, de 2007) X - participação em competição desportiva nacional ou con-
vocação para integrar representação desportiva nacional, no País
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse ou no exterior, conforme disposto em lei específica;
da administração é assegurada, na localidade da nova residência XI - afastamento para servir em organismo internacional de
ou na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, que o Brasil participe ou com o qual coopere. (Incluído pela Lei nº
em qualquer época, independentemente de vaga. 9.527, de 10.12.97)
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônju-
ge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do servidor que vivam Art. 103. Contar-se-á apenas para efeito de aposentadoria e
na sua companhia, bem como aos menores sob sua guarda, com disponibilidade:
autorização judicial. I - o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municí-
pios e Distrito Federal;
Capítulo VII II - a licença para tratamento de saúde de pessoal da família
Do Tempo de Serviço do servidor, com remuneração, que exceder a 30 (trinta) dias em
período de 12 (doze) meses. (Redação dada pela Lei nº 12.269, de
Art. 100. É contado para todos os efeitos o tempo de serviço 2010)
público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas. III - a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;
IV - o tempo correspondente ao desempenho de mandato ele-
Art. 101. A apuração do tempo de serviço será feita em dias, tivo federal, estadual, municipal ou distrital, anterior ao ingresso
que serão convertidos em anos, considerado o ano como de trezen- no serviço público federal;
tos e sessenta e cinco dias. V - o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à
Parágrafo único. (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Previdência Social;
VI - o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;
Art. 102. Além das ausências ao serviço previstas no art. 97, VII - o tempo de licença para tratamento da própria saúde que
são considerados como de efetivo exercício os afastamentos em exceder o prazo a que se refere a alínea “b” do inciso VIII do art.
virtude de: 102. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)

Didatismo e Conhecimento 20
LEGISLAÇÃO
§ 1o O tempo em que o servidor esteve aposentado será con- Art. 112. A prescrição é de ordem pública, não podendo ser
tado apenas para nova aposentadoria. relevada pela administração.
§ 2o Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às
Forças Armadas em operações de guerra. Art. 113. Para o exercício do direito de petição, é assegurada
§ 3o É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço vista do processo ou documento, na repartição, ao servidor ou a
prestado concomitantemente em mais de um cargo ou função de procurador por ele constituído.
órgão ou entidades dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal
e Município, autarquia, fundação pública, sociedade de economia Art. 114. A administração deverá rever seus atos, a qualquer
mista e empresa pública. tempo, quando eivados de ilegalidade.

Capítulo VIII Art. 115. São fatais e improrrogáveis os prazos estabelecidos


Do Direito de Petição neste
Capítulo, salvo motivo de força maior.
Art. 104. É assegurado ao servidor o direito de requerer aos
Poderes Públicos, em defesa de direito ou interesse legítimo. Título IV
Do Regime Disciplinar
Art. 105. O requerimento será dirigido à autoridade compe-
tente para decidi-lo e encaminhado por intermédio daquela a que Capítulo I
estiver imediatamente subordinado o requerente. Dos Deveres

Art. 106. Cabe pedido de reconsideração à autoridade que Art. 116. São deveres do servidor:
houver expedido o ato ou proferido a primeira decisão, não poden- I - exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo;
do ser renovado. (Vide Lei nº 12.300, de 2010) II - ser leal às instituições a que servir;
Parágrafo único. O requerimento e o pedido de reconsidera- III - observar as normas legais e regulamentares;
ção de que tratam os artigos anteriores deverão ser despachados no IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifesta-
prazo de 5 (cinco) dias e decididos dentro de 30 (trinta) dias. mente ilegais;
V - atender com presteza:
Art. 107. Caberá recurso: (Vide Lei nº 12.300, de 2010) a) ao público em geral, prestando as informações requeridas,
I - do indeferimento do pedido de reconsideração; ressalvadas as protegidas por sigilo;
II - das decisões sobre os recursos sucessivamente interpos- b) à expedição de certidões requeridas para defesa de direito
tos. ou esclarecimento de situações de interesse pessoal;
§ 1o O recurso será dirigido à autoridade imediatamente supe- c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública.
rior à que tiver expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessiva- VI - levar as irregularidades de que tiver ciência em razão do
mente, em escala ascendente, às demais autoridades. cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, quando houver
§ 2o O recurso será encaminhado por intermédio da autorida- suspeita de envolvimento desta, ao conhecimento de outra autori-
de a que estiver imediatamente subordinado o requerente. dade competente para apuração; (Redação dada pela Lei nº 12.527,
de 2011)
Art. 108. O prazo para interposição de pedido de reconside- VII - zelar pela economia do material e a conservação do
ração ou de recurso é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação patrimônio público;
ou da ciência, pelo interessado, da decisão recorrida. (Vide Lei nº VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição;
12.300, de 2010) IX - manter conduta compatível com a moralidade adminis-
trativa;
Art. 109. O recurso poderá ser recebido com efeito suspensi- X - ser assíduo e pontual ao serviço;
vo, a juízo da autoridade competente. XI - tratar com urbanidade as pessoas;
Parágrafo único. Em caso de provimento do pedido de recon- XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de po-
sideração ou do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do der.
ato impugnado. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII
será encaminhada pela via hierárquica e apreciada pela autoridade
Art. 110. O direito de requerer prescreve: superior àquela contra a qual é formulada, assegurando-se ao re-
I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de demissão e de cassa- presentando ampla defesa.
ção de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse
patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; Capítulo II
II - em 120 (cento e vinte) dias, nos demais casos, salvo quan- Das Proibições
do outro prazo for fixado em lei.
Parágrafo único. O prazo de prescrição será contado da data Art. 117. Ao servidor é proibido: (Vide Medida Provisória nº
da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo interes- 2.225-45, de 4.9.2001)
sado, quando o ato não for publicado. I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia
autorização do chefe imediato;
Art. 111. O pedido de reconsideração e o recurso, quando ca- II - retirar, sem prévia anuência da autoridade competente,
bíveis, interrompem a prescrição. qualquer documento ou objeto da repartição;

Didatismo e Conhecimento 21
LEGISLAÇÃO
III - recusar fé a documentos públicos; § 3o Considera-se acumulação proibida a percepção de ven-
IV - opor resistência injustificada ao andamento de documen- cimento de cargo ou emprego público efetivo com proventos da
to e processo ou execução de serviço; inatividade, salvo quando os cargos de que decorram essas remu-
V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto nerações forem acumuláveis na atividade. (Incluído pela Lei nº
da repartição; 9.527, de 10.12.97)
VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua res- Art. 119. O servidor não poderá exercer mais de um cargo em
ponsabilidade ou de seu subordinado; comissão, exceto no caso previsto no parágrafo único do art. 9o,
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se nem ser remunerado pela participação em órgão de deliberação
a associação profissional ou sindical, ou a partido político; coletiva. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à remu-
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau neração devida pela participação em conselhos de administração
civil; e fiscal das empresas públicas e sociedades de economia mista,
IX - valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de ou-
suas subsidiárias e controladas, bem como quaisquer empresas ou
trem, em detrimento da dignidade da função pública;
entidades em que a União, direta ou indiretamente, detenha par-
X - participar de gerência ou administração de sociedade pri-
ticipação no capital social, observado o que, a respeito, dispuser
vada, personificada ou não personificada, exercer o comércio, ex-
ceto na qualidade de acionista, cotista ou comanditário; (Redação legislação específica.  (Redação dada pela Medida Provisória nº
dada pela Lei nº 11.784, de 2008 2.225-45, de 4.9.2001)
XI - atuar, como procurador ou intermediário, junto a reparti-
ções públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários Art. 120. O servidor vinculado ao regime desta Lei, que acu-
ou assistenciais de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou mular licitamente dois cargos efetivos, quando investido em cargo
companheiro; de provimento em comissão, ficará afastado de ambos os cargos
XII - receber propina, comissão, presente ou vantagem de efetivos, salvo na hipótese em que houver compatibilidade de ho-
qualquer espécie, em razão de suas atribuições; rário e local com o exercício de um deles, declarada pelas autori-
XIII - aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estran- dades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.(Redação dada
geiro; pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
XIV - praticar usura sob qualquer de suas formas;
XV - proceder de forma desidiosa; Capítulo IV
XVI - utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em Das Responsabilidades
serviços ou atividades particulares;
XVII - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao car- Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativa-
go que ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias; mente pelo exercício irregular de suas atribuições.
XVIII - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis
com o exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho; Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou
XIX - recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando so- comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário
licitado. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) ou a terceiros.
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário
caput deste artigo não se aplica nos seguintes casos: (Incluído pela somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de
Lei nº 11.784, de 2008 outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial.
I - participação nos conselhos de administração e fiscal de § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o
empresas ou entidades em que a União detenha, direta ou indireta-
servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva.
mente, participação no capital social ou em sociedade cooperativa
§ 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores
constituída para prestar serviços a seus membros; e (Incluído pela
e contra eles será executada, até o limite do valor da herança re-
Lei nº 11.784, de 2008
II - gozo de licença para o trato de interesses particulares, na cebida.
forma do art. 91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de
interesses. (Incluído pela Lei nº 11.784, de 2008 Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e con-
travenções imputadas ao servidor, nessa qualidade.
Capítulo III
Da Acumulação Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de
ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou
Art. 118. Ressalvados os casos previstos na Constituição, é função.
vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.
§ 1o A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão
e funções em autarquias, fundações públicas, empresas públicas, cumular-se, sendo independentes entre si.
sociedades de economia mista da União, do Distrito Federal, dos
Estados, dos Territórios e dos Municípios. Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será
§ 2o A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicio- afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do
nada à comprovação da compatibilidade de horários. fato ou sua autoria.

Didatismo e Conhecimento 22
LEGISLAÇÃO
Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado ci- VI - insubordinação grave em serviço;
vil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade su- VII - ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular,
perior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra salvo em legítima defesa própria ou de outrem;
autoridade competente para apuração de informação concernente à VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos;
prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ain- IX - revelação de segredo do qual se apropriou em razão do
da que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função cargo;
pública. (Incluído pela Lei nº 12.527, de 2011) X - lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio
nacional;
Capítulo V XI - corrupção;
Das Penalidades XII - acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções pú-
blicas;
Art. 127. São penalidades disciplinares: XIII - transgressão dos incisos IX a XVI do art. 117.
I - advertência;
II - suspensão; Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de
III - demissão; cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere
IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia ime-
V - destituição de cargo em comissão; diata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias,
VI - destituição de função comissionada. contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará pro-
cedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata,
Art. 128. Na aplicação das penalidades serão consideradas a cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas se-
natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela guintes fases:(Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou I - instauração, com a publicação do ato que constituir a co-
atenuantes e os antecedentes funcionais. missão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultanea-
Parágrafo único. O ato de imposição da penalidade men- mente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da
cionará sempre o fundamento legal e a causa da sanção discipli-
apuração; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
nar. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
II - instrução sumária, que compreende indiciação, defesa e
relatório; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de
III - julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX,
§ 1o A indicação da autoria de que trata o inciso I dar-se-á pelo
e de inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamen-
nome e matrícula do servidor, e a materialidade pela descrição dos
tação ou norma interna, que não justifique imposição de penalida-
cargos, empregos ou funções públicas em situação de acumula-
de mais grave. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
ção ilegal, dos órgãos ou entidades de vinculação, das datas de
Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência ingresso, do horário de trabalho e do correspondente regime jurí-
das faltas punidas com advertência e de violação das demais proi- dico. (Redação dada pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
bições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demis- § 2o A comissão lavrará, até três dias após a publicação do
são, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. ato que a constituiu, termo de indiciação em que serão transcritas
§ 1o Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o as informações de que trata o parágrafo anterior, bem como pro-
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a ins- moverá a citação pessoal do servidor indiciado, ou por intermédio
peção médica determinada pela autoridade competente, cessando de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco dias, apresentar
os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação. defesa escrita, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição,
§ 2o Quando houver conveniência para o serviço, a penali- observado o disposto nos arts. 163 e 164. (Redação dada pela Lei
dade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de nº 9.527, de 10.12.97)
50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, § 3o Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório con-
ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço. clusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em
que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude
Art. 131. As penalidades de advertência e de suspensão te- da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal
rão seus registros cancelados, após o decurso de 3 (três) e 5 (cin- e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamen-
co) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o servidor não to. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar. § 4o No prazo de cinco dias, contados do recebimento do pro-
Parágrafo único. O cancelamento da penalidade não surtirá cesso, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se,
efeitos retroativos. quando for o caso, o disposto no § 3o do art. 167. (Incluído pela Lei
nº 9.527, de 10.12.97)
Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: § 5o A opção pelo servidor até o último dia de prazo para
I - crime contra a administração pública; defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá au-
II - abandono de cargo; tomaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. (Incluído
III - inassiduidade habitual; pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
IV - improbidade administrativa; § 6o Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé,
V - incontinência pública e conduta escandalosa, na reparti- aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de apo-
ção; sentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou

Didatismo e Conhecimento 23
LEGISLAÇÃO
funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em II - após a apresentação da defesa a comissão elaborará re-
que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. (In- latório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do
cluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, indicará
§ 7o O prazo para a conclusão do processo administrativo o respectivo dispositivo legal, opinará, na hipótese de abandono
disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, de cargo, sobre a intencionalidade da ausência ao serviço superior
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, a trinta dias e remeterá o processo à autoridade instauradora para
admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circuns- julgamento. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
tâncias o exigirem. (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97)
§ 8o O procedimento sumário rege-se pelas disposições deste Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas:
artigo, observando-se, no que lhe for aplicável, subsidiariamente, I - pelo Presidente da República, pelos Presidentes das Casas
as disposições dos do Poder Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-
Títulos IV e V desta Lei. (Incluído pela Lei nº 9.527, de Geral da República, quando se tratar de demissão e cassação de
10.12.97) aposentadoria ou disponibilidade de servidor vinculado ao respec-
tivo Poder, órgão, ou entidade;
Art. 134. Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade II - pelas autoridades administrativas de hierarquia imediata-
do inativo que houver praticado, na atividade, falta punível com mente inferior àquelas mencionadas no inciso anterior quando se
a demissão. tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias;
III - pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma
Art.  135. A destituição de cargo em comissão exercido por dos respectivos regimentos ou regulamentos, nos casos de adver-
não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos de infração tência ou de suspensão de até 30 (trinta) dias;
sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se
Parágrafo único. Constatada a hipótese de que trata este arti- tratar de destituição de cargo em comissão.
go, a exoneração efetuada nos termos do art. 35 será convertida em
destituição de cargo em comissão. Art. 142. A ação disciplinar prescreverá:
I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis com de-
missão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição
Art. 136. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
de cargo em comissão;
nos casos dos incisos IV, VIII, X e XI do art. 132, implica a indis-
II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão;
ponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, sem prejuízo da
III - em 180 (cento e oitenta) dias, quanto à advertência.
ação penal cabível.
§ 1o O prazo de prescrição começa a correr da data em que o
fato se tornou conhecido.
Art. 137. A demissão ou a destituição de cargo em comissão,
§ 2o Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se
por infringência do art. 117, incisos IX e XI, incompatibiliza o
às infrações disciplinares capituladas também como crime.
ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo § 3o A abertura de sindicância ou a instauração de processo
prazo de 5 (cinco) anos. disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida
Parágrafo único. Não poderá retornar ao serviço público fede- por autoridade competente.
ral o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão § 4o Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a
por infringência do art. 132, incisos I, IV, VIII, X e XI. correr a partir do dia em que cessar a interrupção.
Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional
do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos.
3. CÓDIGO DE ÉTICA PROFISSIONAL DO
Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao ser-
SERVIDOR PÚBLICO CIVIL DO PODER
viço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente,
durante o período de doze meses. EXECUTIVO FEDERAL: DECRETO Nº
1.171/94, E SUAS ATUALIZAÇÕES.
Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade
habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se
refere o art. 133, observando-se especialmente que: (Redação dada
pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) Quando se fala em ética na função pública, não se trata do
I - a indicação da materialidade dar-se-á: (Incluído pela Lei simples respeito à moral social: a obrigação ética no setor público
nº 9.527, de 10.12.97) vai além e encontra-se disciplinada em detalhes na legislação, tan-
a) na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa to na esfera constitucional (notadamente no artigo 37) quanto na
do período de ausência intencional do servidor ao serviço superior ordinária (em que se destaca a Lei n° 8.429/92 - Lei de Improbida-
a trinta dias; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) de Administrativa, a qual traz um amplo conceito de funcionário
b) no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias público no qual podem ser incluídos os servidores do Banco do
de falta ao serviço sem causa justificada, por período igual ou su- Brasil). Ocorre que o funcionário de uma instituição financeira da
perior a sessenta dias interpoladamente, durante o período de doze qual o Estado participe de certo modo exterioriza os valores esta-
meses; (Incluído pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) tais, sendo que o Estado é o ente que possui a maior necessidade

Didatismo e Conhecimento 24
LEGISLAÇÃO
de respeito à ética. Por isso, o servidor além de poder incidir em serviço público, pois se os homens que compõe a estrutura do Es-
ato de improbidade administrativa (cível), poderá praticar crime tado tomam uma atitude correta perante os ditames éticos há uma
contra a Administração Pública (penal). Então, a ética profissio- ampliação e uma consolidação do valor ético do Estado.
nal daquele que serve algum interesse estatal deve ser ainda mais Alguns cidadãos recebem poderes e funções específicas den-
consolidada. tro da administração pública, passando a desempenhar um papel
Se a Ética, num sentido amplo, é composta por ao menos dois de fundamental interesse para o Estado. Quando estiver nesta con-
elementos - a Moral e o Direito (justo); no caso da disciplina da dição, mais ainda, será exigido o respeito à ética. Afinal, o Estado
Ética no Setor Público a expressão é adotada num sentido estrito - é responsável pela manutenção da sociedade, que espera dele uma
ética corresponde ao valor do justo, previsto no Direito vigente, o conduta ilibada e transparente.
qual é estabelecido com um olhar atento às prescrições da Moral Quando uma pessoa é nomeada como servidor público, passa
para a vida social. Em outras palavras, quando se fala em ética a ser uma extensão daquilo que o Estado representa na sociedade,
no âmbito dos interesses do Estado não se deve pensar apenas na devendo, por isso, respeitar ao máximo todos os consagrados pre-
ceitos éticos.
Moral, mas sim em efetivas normas jurídicas que a regulamentam,
Todas as profissões reclamam um agir ético dos que a exer-
o que permite a aplicação de sanções. Veja o organograma:
cem, o qual geralmente se encontra consubstanciado em Códigos
de Ética diversos atribuídos a cada categoria profissional. No caso
das profissões na esfera pública, esta exigência se amplia.
Não se trata do simples respeito à moral social: a obrigação
ética no setor público vai além e encontra-se disciplinada em de-
talhes na legislação, tanto na esfera constitucional (notadamente
no artigo 37) quanto na ordinária (em que se destacam o Decreto
n° 1.171/94 - Código de Ética - a Lei n° 8.429/92 - Lei de Impro-
bidade Administrativa - e a Lei n° 8.112/90 - regime jurídico dos
servidores públicos civis na esfera federal).
Em verdade, “[...] a profissão, como exercício habitual de
uma tarefa, a serviço de outras pessoas, insere-se no complexo
da sociedade como uma atividade específica. Trazendo tal prática
benefícios recíprocos a quem a pratica e a quem recebe o fruto
do trabalho, também exige, nessas relações, a preservação de uma
As regras éticas do setor público são mais do que regulamen- conduta condizente com os princípios éticos específicos. O grupa-
tos morais, são normas jurídicas e, como tais, passíveis de coação. mento de profissionais que exercem o mesmo ofício termina por
A desobediência ao princípio da moralidade caracteriza ato de im- criar as distintas classes profissionais e também a conduta perti-
probidade administrativa, sujeitando o servidor às penas previstas nente. Existem aspectos claros de observação do comportamento,
em lei. Da mesma forma, o seu comportamento em relação ao Có- nas diversas esferas em que ele se processa: perante o conhecimen-
digo de Ética pode gerar benefícios, como promoções, e prejuízos, to, perante o cliente, perante o colega, perante a classe, perante a
como censura e outras penas administrativas. A disciplina consti- sociedade, perante a pátria, perante a própria humanidade como
tucional é expressa no sentido de prescrever a moralidade como conceito global”8. Todos estes aspectos serão considerados em ter-
um dos princípios fundadores da atuação da administração pública mos de conduta ética esperada.
direta e indireta, bem como outros princípios correlatos. Logo, o Em geral, as diretivas a respeito do comportamento profissio-
Estado brasileiro deve se conduzir moralmente por vontade ex- nal ético podem ser bem resumidas em alguns princípios basilares.
Segundo Nalini9, o princípio fundamental seria o de agir de
pressa do constituinte, sendo que à imoralidade administrativa
acordo com a ciência, se mantendo sempre atualizado, e de acordo
aplicam-se sanções.
com a consciência, sabendo de seu dever ético; tomando-se como
Assim, tem-se que a obediência à ética não deve se dar somen-
princípios específicos:
te no âmbito da vida particular, mas também na atuação profissio-
- Princípio da conduta ilibada - conduta irrepreensível na
nal, principalmente se tal atuação se der no âmbito estatal, caso em vida pública e na vida particular.
que haverá coação. O Estado é a forma social mais abrangente, a - Princípio da dignidade e do decoro profissional - agir da me-
sociedade de fins gerais que permite o desenvolvimento, em seu lhor maneira esperada em sua profissão e fora dela, com técnica,
seio, das individualidades e das demais sociedades, chamadas de justiça e discrição.
fins particulares. O Estado, como pessoa, é uma ficção, é um ar- - Princípio da incompatibilidade - não se deve acumular fun-
ranjo formulado pelos homens para organizar a sociedade de disci- ções incompatíveis.
plinar o poder visando que todos possam se realizar em plenitude, - Princípio da correção profissional - atuação com transparên-
atingindo suas finalidades particulares.7 cia e em prol da justiça.
O Estado tem um valor ético, de modo que sua atuação deve - Princípio do coleguismo - ciência de que você e todos os
se guiar pela moral idônea. Mas não é propriamente o Estado que demais operadores do Direito querem a mesma coisa, realizar a
é aético, porque ele é composto por homens. Assim, falta ética ou justiça.
não aos homens que o compõe. Ou seja, o bom comportamento
8 SÁ, Antônio Lopes de. Ética profissional. 9. ed. São Paulo: Atlas,
profissional do funcionário público é uma questão ligada à ética no 2010.
7 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São 9 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed. São Paulo:
Paulo: Método, 2011. Revista dos Tribunais, 2011.

Didatismo e Conhecimento 25
LEGISLAÇÃO
- Princípio da diligência - agir com zelo e escrúpulo em todas TERCEIRO: “Ser justo e imparcial no julgamento dos atos e
funções. na apreciação do mérito dos subordinados”.
- Princípio do desinteresse - relegar a ambição pessoal para Retoma-se a questão dos planos de carreira, que exteriorizam
buscar o interesse da justiça. a imparcialidade e a impessoalidade na escolha dos que deverão
- Princípio da confiança - cada profissional de Direito é dota- ser promovidos, a qual se fará exclusivamente com base no mé-
do de atributos personalíssimos e intransferíveis, sendo escolhido rito. Não se pode tomar questões pessoais, como desavenças ou
por causa deles, de forma que a relação estabelecida entre aquele afinidades, quando o julgamento se faz sobre a ação de um funcio-
que busca o serviço e o profissional é de confiança. nário - se agiu bem, merece ser recompensado; se agiu mal, deve
- Princípio da fidelidade - Fidelidade à causa da justiça, aos ser punido.
valores constitucionais, à verdade, à transparência.
- Princípio da independência profissional - a maior autonomia QUARTO: “Zelar pelo preparo próprio, moral, intelectual e,
no exercício da profissão do operador do Direito não deve impedir também, pelo dos subordinados, tendo em vista o cumprimento da
o caráter ético. missão institucional”.
- Princípio da reserva - deve-se guardar segredo sobre as in- A missão institucional envolve a obtenção de lucros, em regra,
formações que acessa no exercício da profissão. mas sempre aliada à promoção da ética. Na missão institucional
- Princípio da lealdade e da verdade - agir com boa-fé e de serão estabelecidas determinadas metas para a empresa, que deve-
forma correta, com lealdade processual. rão ser buscadas pelos funcionários. Para tanto, cada um deve se
- Princípio da discricionariedade - geralmente, o profissional preocupar com o aperfeiçoamento de suas capacidades, tornando-
do Direito é liberal, exercendo com boa autonomia sua profissão. se paulatinamente um melhor funcionário, por exemplo, buscando
- Outros princípios éticos, como informação, solidariedade, cursos e estudando técnicas.
cidadania, residência, localização, continuidade da profissão, li-
berdade profissional, função social da profissão, severidade consi- QUINTO: “Acatar as ordens legais, não ser negligente e
go mesmo, defesa das prerrogativas, moderação e tolerância. trabalhar em harmonia com a estrutura do órgão, respeitando a
O rol acima é apenas um pequeno exemplo de atitudes que hierarquia, seus colegas e cada concidadão, colaborando e acei-
podem ser esperadas do profissional, mas assim como é difícil de- tando colaboração”.
limitar um conceito de ética, é complicado estabelecer exatamente Existe uma hierarquia para que as funções sejam desempenha-
quais as condutas esperadas de um servidor: melhor mesmo é ob- das da melhor maneira possível, pois a desordem não permite que
servar o caso concreto e ponderar com razoabilidade. as atividades se encadeiem e se enlacem, gerando perda de tempo
Em suma, respeitar a ética profissional é ter em mente os prin- e desperdício de recursos. Não significa que ordens contrárias à
cípios éticos consagrados em sociedade, fazendo com que cada ética devam ser obedecidas, caso em que a medida cabível é levar
atividade desempenhada no exercício da profissão exteriorize tais a questão para as autoridades responsáveis pelo controle da ética
postulados, inclusive direcionando os rumos da ética empresarial da instituição. Cada atividade deve ser desempenhada da melhor
na escolha de diretrizes e políticas institucionais. maneira possível, isto é, não se pode deixar de praticá-la correta-
O funcionário que busca efetuar uma gestão ética se guia por mente por ser mais trabalhoso (por negligência entende-se uma
determinados mandamentos de ação, os quais valem tanto para a omissão perigosa). No tratamento dos demais colegas e do públi-
esfera pública quanto para a privada, embora a punição dos que co, o funcionário deve ser cordial e ético, embora somente assim
violam ditames éticos no âmbito do interesse estatal seja mais ri- estará contribuindo para a gestão ética da empresa.
gorosa.
Neste sentido, destacam-se os dez mandamentos da gestão éti- SEXTO: “Agir, na vida pessoal e funcional, com dignidade,
ca nas empresas públicas: decoro, zelo, eficácia e moralidade”.
O bom comportamento não deve se fazer presente somente no
PRIMEIRO: “Amar a verdade, a lealdade, a probidade e a exercício das funções. Cabe ao funcionário se portar bem quando
responsabilidade como fundamentos de dignidade pessoal”. estiver em sua vida privada, na convivência com seus amigos e
Significa desempenhar suas funções com transparência, de familiares, bem como nos momentos de lazer. Por melhor que seja
forma honesta e responsável, sendo leal à instituição. O funcio- como funcionário, não será aceito aquele que, por exemplo, for
nário deve se portar de forma digna, exteriorizando virtudes em visto frequentemente embriagado ou for sempre denunciado por
suas ações. violência doméstica.

SEGUNDO: “Respeitar a dignidade da pessoa humana”. Dignidade é a característica que incorpora todas as demais,
A expressão “dignidade da pessoa humana” está estabelecida significando o bom comportamento enquanto pessoa humana, tra-
na Constituição Federal Brasileira, em seu art. 3º, III, como um tando os outros como gosta de ser tratado. Decoro significa discri-
dos fundamentos da República Federativa do Brasil. Ao adotar um ção, aparecer o mínimo possível, não se vangloriar com base em
significado mínimo apreendido no discurso antropocentrista do feitos institucionais. Zelo quer dizer cuidado, cautela, para que as
humanismo, a expressão valoriza o ser humano, considerando este atividades sempre sejam desempenhadas do melhor modo. Eficá-
o centro da criação, o ser mais elevado que habita o planeta, o que cia remete ao dever de fazer com que suas atividades atinjam o
justifica a grande consideração pelo Estado e pelos outros seres hu- fim para o qual foram praticadas, isto é, que não sejam abandona-
manos na sua generalidade em relação a ele. Respeitar a dignidade das pela metade. Moralidade significa respeitar os ditames morais,
da pessoa humana significa tomar o homem como valor-fonte para mais que jurídicos, que exteriorizam os valores tradicionais conso-
todas as ações e escolhas, inclusive na atuação empresarial. lidados na sociedade através dos tempos.

Didatismo e Conhecimento 26
LEGISLAÇÃO
SÉTIMO: “Jamais tratar mal ou deixar à espera de solução Assim, ética pública seria a moral incorporada ao Direito,
uma pessoa que busca perante a Administração Pública satisfazer consolidando o valor do justo. Diante da relevância social de que
um direito que acredita ser legítimo”. a Ética se faça presente no exercício das atividades públicas, as
O bom atendimento do público é necessário para que uma ges- regras éticas para a vida pública são mais do que regras morais,
tão possa ser considerada ética. Aquele que tem um direito merece são regras jurídicas estabelecidas em diversos diplomas do orde-
ser ouvido, não pode ser deixado de lado pelo funcionário, espe- namento, possibilitando a coação em caso de infração por parte
rando por horas uma solução. Mesmo que a pessoa esteja errada, daqueles que desempenham a função pública.
isto deve ser esclarecido, de forma que a confiabilidade na institui- Os valores éticos inerentes ao Estado, os quais permitem que
ção não fique abalada. ele consolide o bem comum e garanta a preservação dos interes-
ses da coletividade, se encontram exteriorizados em princípios e
OITAVO: “Cumprir e fazer cumprir as leis, os regulamentos, regras. Estes, por sua vez, são estabelecidos na Constituição Fede-
as instruções e as ordens das autoridades a que estiver subordi- ral e em legislações infraconstitucionais, a exemplo das que serão
nado”. estudadas neste tópico, quais sejam: Decreto n° 1.171/94, Lei n°
O Direito é uma das facetas mais relevantes da Ética porque 8.112/90 e Lei n° 8.429/92.
exterioriza o valor do justo e o seu cumprimento é essencial para Todas as diretivas de leis específicas sobre a ética no setor
que a gestão ética seja efetiva. público partem da Constituição Federal, que estabelece alguns
princípios fundamentais para a ética no setor público. Em outras
NONO: “Agir dentro da lei e da sua competência, atento à palavras, é o texto constitucional do artigo 37, especialmente o
finalidade do serviço público”. caput, que permite a compreensão de boa parte do conteúdo das
Não basta cumprir o Direito, é preciso respeitar a divisão de leis específicas, porque possui um caráter amplo ao preconizar os
funções feitas com o objetivo de otimizar as atividades desempe- princípios fundamentais da administração pública. Estabelece a
nhadas. Constituição Federal:

DÉCIMO: “Buscar o bem-comum, extraído do equilíbrio en- Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer
tre a legalidade e finalidade do ato administrativo a ser pratica- dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu-
do”. nicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade,
Bem comum é o bem de toda a coletividade e não de um só moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: [...]
indivíduo. Este conceito exterioriza a dimensão coletiva da ética. São princípios da administração pública, nesta ordem:
Maritain10 apontou as características essenciais do bem comum: Legalidade
redistribuição, pela qual o bem comum deve ser redistribuído às Impessoalidade
pessoas e colaborar para o desenvolvimento delas; respeito à auto- Moralidade
ridade na sociedade, pois a autoridade é necessária para conduzir a Publicidade
comunidade de pessoas humanas para o bem comum; moralidade, Eficiência
que constitui a retidão de vida, sendo a justiça e a retidão moral Para memorizar: veja que as iniciais das palavras formam o
elementos essenciais do bem comum. vocábulo LIMPE, que remete à limpeza esperada da Administra-
ção Pública. É de fundamental importância um olhar atento ao sig-
O paradigma da Ética Pública parte da noção de liberdade so- nificado de cada um destes princípios, posto que eles estruturam
cial, envolta nos valores da segurança, igualdade e solidariedade. todas as regras éticas prescritas no Código de Ética e na Lei de
Neste sentido, cada pessoa deve ter espaço para exercer indivi- Improbidade Administrativa, tomando como base os ensinamentos
dualmente sua liberdade moral, cabendo à ética pública garantir de Carvalho Filho12 e Spitzcovsky13:
que os indivíduos que vivem em sociedade realizem projetos mo- a) Princípio da legalidade: Para o particular, legalidade sig-
rais individuais. nifica a permissão de fazer tudo o que a lei não proíbe. Contudo,
A Ética Pública pode ser vista sob o aspecto da moralidade como a administração pública representa os interesses da coleti-
crítica e sob o aspecto da moralidade legalizada: quando estuda-se vidade, ela se sujeita a uma relação de subordinação, pela qual só
a lei posta ou a ausência de lei e questiona-se a falta de justiça, poderá fazer o que a lei expressamente determina (assim, na esfera
há uma moralidade crítica; quando a regra justa é incorporada ao estatal, é preciso lei anterior editando a matéria para que seja pre-
Direito, há moralidade legalizada ou positivada. servado o princípio da legalidade). A origem deste princípio está
Sobre a Ética Pública, explica Nalini11: “Ética é sempre ética, na criação do Estado de Direito, no sentido de que o próprio Esta-
poder-se-ia afirmar. Ser ético é obrigação de todos. Seja no exercí- do deve respeitar as leis que dita.
cio de alguma atividade estatal, seja no comportamento individual. b) Princípio da impessoalidade: Por força dos interesses que
Mas pode-se falar em ética realçada quando se atua num universo representa, a administração pública está proibida de promover dis-
mais amplo, de interesse de todos. Existe, pois, uma Ética Pública, criminações gratuitas. Discriminar é tratar alguém de forma di-
e apura-se o seu sentido em contraposição com o de Ética Privada. ferente dos demais, privilegiando ou prejudicando. Segundo este
Um nome pelo qual a Ética Pública tem sido conhecida é o da princípio, a administração pública deve tratar igualmente todos
justiça”. aqueles que se encontrem na mesma situação jurídica (princípio
10 MARITAIN, Jacques. Os direitos do homem e a lei natural. 3. ed. 12 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de direito admi-
Rio de Janeiro: Livraria José Olympio Editora, 1967. nistrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen juris, 2010.
11 NALINI, José Renato. Ética geral e profissional. 8. ed. São Paulo: 13 SPITZCOVSKY, Celso. Direito Administrativo. 13. ed. São
Revista dos Tribunais, 2011. Paulo: Método, 2011.

Didatismo e Conhecimento 27
LEGISLAÇÃO
da isonomia ou igualdade). Por exemplo, a licitação reflete a im- Art. 2° Os órgãos e entidades da Administração Pública Fe-
pessoalidade no que tange à contratação de serviços. O princípio deral direta e indireta implementarão, em sessenta dias, as provi-
da impessoalidade correlaciona-se ao princípio da finalidade, pelo dências necessárias à plena vigência do Código de Ética, inclusive
qual o alvo a ser alcançado pela administração pública é somente mediante a Constituição da respectiva Comissão de Ética, integra-
o interesse público. Com efeito, o interesse particular não pode in- da por três servidores ou empregados titulares de cargo efetivo ou
fluenciar no tratamento das pessoas, já que deve-se buscar somente emprego permanente.
a preservação do interesse coletivo. Parágrafo único. A constituição da Comissão de Ética será co-
c) Princípio da moralidade: A posição deste princípio no municada à Secretaria da Administração Federal da Presidência
artigo 37 da CF representa o reconhecimento de uma espécie de da República, com a indicação dos respectivos membros titulares
moralidade administrativa, intimamente relacionada ao poder pú- e suplentes.
blico. A administração pública não atua como um particular, de
modo que enquanto o descumprimento dos preceitos morais por Art. 3° Este decreto entra em vigor na data de sua publicação.
parte deste particular não é punido pelo Direito (a priori), o or- Brasília, 22 de junho de 1994, 173° da Independência e 106°
denamento jurídico adota tratamento rigoroso do comportamento da República.
imoral por parte dos representantes do Estado. O princípio da mo-
ralidade deve se fazer presente não só para com os administrados, ANEXO
mas também no âmbito interno. Está indissociavelmente ligado à Código de Ética Profissional do Servidor
noção de bom administrador, que não somente deve ser conhece- Público Civil do Poder Executivo Federal
dor da lei, mas também dos princípios éticos regentes da função
administrativa. TODO ATO IMORAL SERÁ DIRETAMENTE CAPÍTULO I
ILEGAL OU AO MENOS IMPESSOAL, daí a intrínseca ligação
com os dois princípios anteriores. Seção I
d) Princípio da publicidade: A administração pública é obri- Das Regras Deontológicas
gada a manter transparência em relação a todos seus atos e a todas
informações armazenadas nos seus bancos de dados. Daí a publi- I - A dignidade, o decoro, o zelo, a eficácia e a consciência dos
cação em órgãos da imprensa e a afixação de portarias. Por exem-
princípios morais são primados maiores que devem nortear o ser-
plo, a própria expressão concurso público (art. 37, II, CF) remonta
vidor público, seja no exercício do cargo ou função, ou fora dele, já
ao ideário de que todos devem tomar conhecimento do processo
que refletirá o exercício da vocação do próprio poder estatal. Seus
seletivo de servidores do Estado. Diante disso, como será visto,
atos, comportamentos e atitudes serão direcionados para a preser-
se negar indevidamente a fornecer informações ao administrado
vação da honra e da tradição dos serviços públicos.
caracteriza ato de improbidade administrativa. Somente pela pu-
II - O servidor público não poderá jamais desprezar o elemen-
blicidade os indivíduos controlarão a legalidade e a eficiência dos
to ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre
atos administrativos. Os instrumentos para proteção são o direito
de petição e as certidões (art. 5°, XXXIV, CF), além do habeas o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o incon-
data e - residualmente - do mandado de segurança. veniente, o oportuno e o inoportuno, mas principalmente entre o
e) Princípio da eficiência: A administração pública deve honesto e o desonesto, consoante as regras contidas no art. 37,
manter o ampliar a qualidade de seus serviços com controle de caput, e § 4°, da Constituição Federal.
gastos. Isso envolve eficiência ao contratar pessoas (o concurso III - A moralidade da Administração Pública não se limita à
público seleciona os mais qualificados ao exercício do cargo), ao distinção entre o bem e o mal, devendo ser acrescida da ideia de
manter tais pessoas em seus cargos (pois é possível exonerar um que o fim é sempre o bem comum. O equilíbrio entre a legalidade
servidor público por ineficiência) e ao controlar gastos (limitando e a finalidade, na conduta do servidor público, é que poderá conso-
o teto de remuneração), por exemplo. O núcleo deste princípio é lidar a moralidade do ato administrativo.
a procura por produtividade e economicidade. Alcança os serviços IV- A remuneração do servidor público é custeada pelos tribu-
públicos e os serviços administrativos internos, se referindo dire- tos pagos direta ou indiretamente por todos, até por ele próprio, e
tamente à conduta dos agentes. por isso se exige, como contrapartida, que a moralidade adminis-
trativa se integre no Direito, como elemento indissociável de sua
Segue Decreto Nº 1.171/1994: aplicação e de sua finalidade, erigindo-se, como consequência, em
fator de legalidade.
DECRETO Nº 1.171, DE 22 DE JUNHO DE 1994 V - O trabalho desenvolvido pelo servidor público perante a
Aprova o Código de Ética Profissional do Servidor Público comunidade deve ser entendido como acréscimo ao seu próprio
Civil do Poder Executivo Federal. bem-estar, já que, como cidadão, integrante da sociedade, o êxito
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso das atribuições desse trabalho pode ser considerado como seu maior patrimônio.
que lhe confere o art. 84, incisos IV e VI, e ainda tendo em vista o VI - A função pública deve ser tida como exercício profissio-
disposto no art. 37 da Constituição, bem como nos arts. 116 e 117 nal e, portanto, se integra na vida particular de cada servidor públi-
da Lei n° 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e nos arts. 10, 11 e 12 co. Assim, os fatos e atos verificados na conduta do dia-a-dia em
da Lei n° 8.429, de 2 de junho de 1992, sua vida privada poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito
DECRETA: na vida funcional.
VII - Salvo os casos de segurança nacional, investigações po-
Art. 1° Fica aprovado o Código de Ética Profissional do Servi- liciais ou interesse superior do Estado e da Administração Pública,
dor Público Civil do Poder Executivo Federal, que com este baixa. a serem preservados em processo previamente declarado sigiloso,

Didatismo e Conhecimento 28
LEGISLAÇÃO
nos termos da lei, a publicidade de qualquer ato administrativo f) ter consciência de que seu trabalho é regido por princípios
constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua omissão éticos que se materializam na adequada prestação dos serviços pú-
comprometimento ético contra o bem comum, imputável a quem blicos;
a negar. g) ser cortês, ter urbanidade, disponibilidade e atenção, res-
VIII - Toda pessoa tem direito à verdade. O servidor não pode peitando a capacidade e as limitações individuais de todos os usuá-
omiti-la ou falseá-la, ainda que contrária aos interesses da própria rios do serviço público, sem qualquer espécie de preconceito ou
pessoa interessada ou da Administração Pública. Nenhum Estado distinção de raça, sexo, nacionalidade, cor, idade, religião, cunho
pode crescer ou estabilizar-se sobre o poder corruptivo do hábito político e posição social, abstendo-se, dessa forma, de causar-lhes
do erro, da opressão ou da mentira, que sempre aniquilam até mes- dano moral;
mo a dignidade humana quanto mais a de uma Nação. h) ter respeito à hierarquia, porém sem nenhum temor de re-
IX - A cortesia, a boa vontade, o cuidado e o tempo dedicados presentar contra qualquer comprometimento indevido da estrutura
ao serviço público caracterizam o esforço pela disciplina. Tratar em que se funda o Poder Estatal;
mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou indiretamente i) resistir a todas as pressões de superiores hierárquicos, de
significa causar-lhe dano moral. Da mesma forma, causar dano a contratantes, interessados e outros que visem obter quaisquer fa-
qualquer bem pertencente ao patrimônio público, deteriorando-o, vores, benesses ou vantagens indevidas em decorrência de ações
por descuido ou má vontade, não constitui apenas uma ofensa ao imorais, ilegais ou aéticas e denunciá-las;
equipamento e às instalações ou ao Estado, mas a todos os homens j) zelar, no exercício do direito de greve, pelas exigências es-
de boa vontade que dedicaram sua inteligência, seu tempo, suas pecíficas da defesa da vida e da segurança coletiva;
esperanças e seus esforços para construí-los. l) ser assíduo e frequente ao serviço, na certeza de que sua
X - Deixar o servidor público qualquer pessoa à espera de ausência provoca danos ao trabalho ordenado, refletindo negativa-
solução que compete ao setor em que exerça suas funções, per- mente em todo o sistema;
mitindo a formação de longas filas, ou qualquer outra espécie de m) comunicar imediatamente a seus superiores todo e qual-
atraso na prestação do serviço, não caracteriza apenas atitude con- quer ato ou fato contrário ao interesse público, exigindo as provi-
tra a ética ou ato de desumanidade, mas principalmente grave dano dências cabíveis;
moral aos usuários dos serviços públicos. n) manter limpo e em perfeita ordem o local de trabalho, se-
guindo os métodos mais adequados à sua organização e distribuição;
XI - O servidor deve prestar toda a sua atenção às ordens le-
o) participar dos movimentos e estudos que se relacionem
gais de seus superiores, velando atentamente por seu cumprimen-
com a melhoria do exercício de suas funções, tendo por escopo a
to, e, assim, evitando a conduta negligente. Os repetidos erros, o
realização do bem comum;
descaso e o acúmulo de desvios tornam-se, às vezes, difíceis de
p) apresentar-se ao trabalho com vestimentas adequadas ao
corrigir e caracterizam até mesmo imprudência no desempenho da
exercício da função;
função pública.
q) manter-se atualizado com as instruções, as normas de ser-
XII - Toda ausência injustificada do servidor de seu local de viço e a legislação pertinentes ao órgão onde exerce suas funções;
trabalho é fator de desmoralização do serviço público, o que quase r) cumprir, de acordo com as normas do serviço e as instru-
sempre conduz à desordem nas relações humanas. ções superiores, as tarefas de seu cargo ou função, tanto quanto
XIII - O servidor que trabalha em harmonia com a estrutura possível, com critério, segurança e rapidez, mantendo tudo sempre
organizacional, respeitando seus colegas e cada concidadão, co- em boa ordem.
labora e de todos pode receber colaboração, pois sua atividade s) facilitar a fiscalização de todos atos ou serviços por quem
pública é a grande oportunidade para o crescimento e o engrande- de direito;
cimento da Nação. t) exercer com estrita moderação as prerrogativas funcionais
que lhe sejam atribuídas, abstendo-se de fazê-lo contrariamente
Seção II aos legítimos interesses dos usuários do serviço público e dos ju-
Dos Principais Deveres do Servidor Público risdicionados administrativos;
u) abster-se, de forma absoluta, de exercer sua função, poder
XIV - São deveres fundamentais do servidor público: ou autoridade com finalidade estranha ao interesse público, mesmo
a) desempenhar, a tempo, as atribuições do cargo, função ou que observando as formalidades legais e não cometendo qualquer
emprego público de que seja titular; violação expressa à lei;
b) exercer suas atribuições com rapidez, perfeição e rendimen- v) divulgar e informar a todos os integrantes da sua classe so-
to, pondo fim ou procurando prioritariamente resolver situações bre a existência deste Código de Ética, estimulando o seu integral
procrastinatórias, principalmente diante de filas ou de qualquer cumprimento.
outra espécie de atraso na prestação dos serviços pelo setor em que
exerça suas atribuições, com o fim de evitar dano moral ao usuário; Seção III
c) ser probo, reto, leal e justo, demonstrando toda a integri- Das Vedações ao Servidor Público
dade do seu caráter, escolhendo sempre, quando estiver diante de
duas opções, a melhor e a mais vantajosa para o bem comum; XV - E vedado ao servidor público;
d) jamais retardar qualquer prestação de contas, condição es- a) o uso do cargo ou função, facilidades, amizades, tempo,
sencial da gestão dos bens, direitos e serviços da coletividade a posição e influências, para obter qualquer favorecimento, para si
seu cargo; ou para outrem;
e) tratar cuidadosamente os usuários dos serviços aperfeiçoan- b) prejudicar deliberadamente a reputação de outros servido-
do o processo de comunicação e contato com o público; res ou de cidadãos que deles dependam;

Didatismo e Conhecimento 29
LEGISLAÇÃO
c) ser, em função de seu espírito de solidariedade, conivente XXIII - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
com erro ou infração a este Código de Ética ou ao Código de Ética XXIV - Para fins de apuração do comprometimento ético, en-
de sua profissão; tende-se por servidor público todo aquele que, por força de lei,
d) usar de artifícios para procrastinar ou dificultar o exercício contrato ou de qualquer ato jurídico, preste serviços de natureza
regular de direito por qualquer pessoa, causando-lhe dano moral permanente, temporária ou excepcional, ainda que sem retribuição
ou material; financeira, desde que ligado direta ou indiretamente a qualquer ór-
e) deixar de utilizar os avanços técnicos e científicos ao seu gão do poder estatal, como as autarquias, as fundações públicas,
alcance ou do seu conhecimento para atendimento do seu mister; as entidades paraestatais, as empresas públicas e as sociedades de
f) permitir que perseguições, simpatias, antipatias, caprichos, economia mista, ou em qualquer setor onde prevaleça o interesse
paixões ou interesses de ordem pessoal interfiram no trato com o do Estado.
público, com os jurisdicionados administrativos ou com colegas XXV - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007)
hierarquicamente superiores ou inferiores;
g) pleitear, solicitar, provocar, sugerir ou receber qualquer
tipo de ajuda financeira, gratificação, prêmio, comissão, doação ou
vantagem de qualquer espécie, para si, familiares ou qualquer pes- 4. LEI Nº 11.892/08 E SUAS ALTERAÇÕES
soa, para o cumprimento da sua missão ou para influenciar outro POSTERIORES: DAS FINALIDADES E
servidor para o mesmo fim;
h) alterar ou deturpar o teor de documentos que deva encami-
CARACTERÍSTICAS DOS INSTITUTOS
nhar para providências; FEDERAIS (ARTIGO 6º); DOS OBJETIVOS
i) iludir ou tentar iludir qualquer pessoa que necessite do aten- DOS INSTITUTOS FEDERAIS
dimento em serviços públicos; (ARTIGOS 7º E 8º) E DA ESTRUTURA
j) desviar servidor público para atendimento a interesse par- ORGANIZACIONAL DOS INSTITUTOS
ticular;
l) retirar da repartição pública, sem estar legalmente autoriza- FEDERAIS (ARTIGOS 9º AO 13).
do, qualquer documento, livro ou bem pertencente ao patrimônio
público;
m) fazer uso de informações privilegiadas obtidas no âmbito
interno de seu serviço, em benefício próprio, de parentes, de ami- LEI Nº 11.892, DE 29 DE DEZEMBRO DE 2008.
gos ou de terceiros; Institui a Rede Federal de Educação Profissional, Científica
n) apresentar-se embriagado no serviço ou fora dele habitual- e Tecnológica, cria os Institutos Federais de Educação, Ciência e
mente; Tecnologia, e dá outras providências.
o) dar o seu concurso a qualquer instituição que atente contra
a moral, a honestidade ou a dignidade da pessoa humana; CAPÍTULO II
p) exercer atividade profissional aética ou ligar o seu nome a DOS INSTITUTOS FEDERAIS DE EDUCAÇÃO,
empreendimentos de cunho duvidoso. CIÊNCIA E TECNOLOGIA
CAPÍTULO II
Seção II
DAS COMISSÕES DE ÉTICA
Das Finalidades e Características dos Institutos Federais
XVI - Em todos os órgãos e entidades da Administração Pú-
blica Federal direta, indireta autárquica e fundacional, ou em qual- Art. 6o  Os Institutos Federais têm por finalidades e caracte-
quer órgão ou entidade que exerça atribuições delegadas pelo po- rísticas:
der público, deverá ser criada uma Comissão de Ética, encarregada I - ofertar educação profissional e tecnológica, em todos os
de orientar e aconselhar sobre a ética profissional do servidor, no seus níveis e modalidades, formando e qualificando cidadãos com
tratamento com as pessoas e com o patrimônio público, competin- vistas na atuação profissional nos diversos setores da economia,
do-lhe conhecer concretamente de imputação ou de procedimento com ênfase no desenvolvimento socioeconômico local, regional
susceptível de censura. e nacional;
XVII -- (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) II - desenvolver a educação profissional e tecnológica como
XVIII - À Comissão de Ética incumbe fornecer, aos organis- processo educativo e investigativo de geração e adaptação de solu-
mos encarregados da execução do quadro de carreira dos servido- ções técnicas e tecnológicas às demandas sociais e peculiaridades
res, os registros sobre sua conduta ética, para o efeito de instruir regionais;
e fundamentar promoções e para todos os demais procedimentos III - promover a integração e a verticalização da educação
próprios da carreira do servidor público. básica à educação profissional e educação superior, otimizando a
XIX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) infraestrutura física, os quadros de pessoal e os recursos de gestão;
XX - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) IV - orientar sua oferta formativa em benefício da consolida-
XXI - (Revogado pelo Decreto nº 6.029, de 2007) ção e fortalecimento dos arranjos produtivos, sociais e culturais
XXII - A pena aplicável ao servidor público pela Comissão de locais, identificados com base no mapeamento das potencialidades
Ética é a de censura e sua fundamentação constará do respectivo de desenvolvimento socioeconômico e cultural no âmbito de atua-
parecer, assinado por todos os seus integrantes, com ciência do ção do Instituto Federal;
faltoso.

Didatismo e Conhecimento 30
LEGISLAÇÃO
V - constituir-se em centro de excelência na oferta do ensino Art. 8o  No desenvolvimento da sua ação acadêmica, o Insti-
de ciências, em geral, e de ciências aplicadas, em particular, esti- tuto Federal, em cada exercício, deverá garantir o mínimo de 50%
mulando o desenvolvimento de espírito crítico, voltado à investi- (cinquenta por cento) de suas vagas para atender aos objetivos de-
gação empírica; finidos no inciso I do  caput  do art. 7o  desta Lei, e o mínimo de
VI - qualificar-se como centro de referência no apoio à oferta 20% (vinte por cento) de suas vagas para atender ao previsto na
do ensino de ciências nas instituições públicas de ensino, oferecen- alínea b do inciso VI do caput do citado art. 7o.
do capacitação técnica e atualização pedagógica aos docentes das § 1o  O cumprimento dos percentuais referidos no caput deve-
redes públicas de ensino; rá observar o conceito de aluno-equivalente, conforme regulamen-
VII - desenvolver programas de extensão e de divulgação tação a ser expedida pelo Ministério da Educação.
científica e tecnológica; § 2o  Nas regiões em que as demandas sociais pela formação
VIII - realizar e estimular a pesquisa aplicada, a produção cul- em nível superior justificarem, o Conselho Superior do Instituto
tural, o empreendedorismo, o cooperativismo e o desenvolvimento Federal poderá, com anuência do Ministério da Educação, autori-
científico e tecnológico; zar o ajuste da oferta desse nível de ensino, sem prejuízo do índice
IX - promover a produção, o desenvolvimento e a transferên- definido no caput deste artigo, para atender aos objetivos definidos
cia de tecnologias sociais, notadamente as voltadas à preservação no inciso I do caput do art. 7o desta Lei.
do meio ambiente.
Seção IV
Seção III Da Estrutura Organizacional dos Institutos Federais
Dos Objetivos dos Institutos Federais
Art. 9o  Cada Instituto Federal é organizado em estrutu-
Art. 7   Observadas as finalidades e características definidas
o ra multicampi, com proposta orçamentária anual identificada para
no art. 6o desta Lei, são objetivos dos Institutos Federais: cada campus e a reitoria, exceto no que diz respeito a pessoal, en-
I - ministrar educação profissional técnica de nível médio, cargos sociais e benefícios aos servidores.
prioritariamente na forma de cursos integrados, para os concluin-
Art. 10.  A administração dos Institutos Federais terá como
tes do ensino fundamental e para o público da educação de jovens
órgãos superiores o Colégio de Dirigentes e o Conselho Superior.
e adultos;
§ 1o  As presidências do Colégio de Dirigentes e do Conselho
II - ministrar cursos de formação inicial e continuada de tra-
Superior serão exercidas pelo Reitor do Instituto Federal.
balhadores, objetivando a capacitação, o aperfeiçoamento, a es-
§ 2o  O Colégio de Dirigentes, de caráter consultivo, será com-
pecialização e a atualização de profissionais, em todos os níveis
posto pelo Reitor, pelos Pró-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada
de escolaridade, nas áreas da educação profissional e tecnológica;
um dos campi que integram o Instituto Federal.
III - realizar pesquisas aplicadas, estimulando o desenvolvi-
§ 3o  O Conselho Superior, de caráter consultivo e deliberati-
mento de soluções técnicas e tecnológicas, estendendo seus bene-
vo, será composto por representantes dos docentes, dos estudantes,
fícios à comunidade; dos servidores técnico-administrativos, dos egressos da institui-
IV - desenvolver atividades de extensão de acordo com os ção, da sociedade civil, do Ministério da Educação e do Colégio
princípios e finalidades da educação profissional e tecnológica, em de Dirigentes do Instituto Federal, assegurando-se a representação
articulação com o mundo do trabalho e os segmentos sociais, e paritária dos segmentos que compõem a comunidade acadêmica.
com ênfase na produção, desenvolvimento e difusão de conheci- § 4o  O estatuto do Instituto Federal disporá sobre a estrutura-
mentos científicos e tecnológicos; ção, as competências e as normas de funcionamento do Colégio de
V - estimular e apoiar processos educativos que levem à gera- Dirigentes e do Conselho Superior.
ção de trabalho e renda e à emancipação do cidadão na perspectiva
do desenvolvimento socioeconômico local e regional; e Art. 11.  Os Institutos Federais terão como órgão executi-
VI - ministrar em nível de educação superior: vo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pró-Reito-
a) cursos superiores de tecnologia visando à formação de pro- res.    (Regulamento)
fissionais para os diferentes setores da economia; § 1o   Poderão ser nomeados Pró-Reitores os servidores ocu-
b) cursos de licenciatura, bem como programas especiais de pantes de cargo efetivo da Carreira docente ou de cargo efetivo
formação pedagógica, com vistas na formação de professores para com nível superior da Carreira dos técnico-administrativos do Pla-
a educação básica, sobretudo nas áreas de ciências e matemática, e no de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos em Educação,
para a educação profissional; desde que possuam o mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exer-
c) cursos de bacharelado e engenharia, visando à formação cício em instituição federal de educação profissional e tecnológi-
de profissionais para os diferentes setores da economia e áreas do ca. (Redação dada pela Lei nº 12.772, de 2012)
conhecimento; § 2o  A reitoria, como órgão de administração central, poderá
d) cursos de pós-graduação lato sensu de aperfeiçoamento e ser instalada em espaço físico distinto de qualquer dos campi que
especialização, visando à formação de especialistas nas diferentes integram o Instituto Federal, desde que previsto em seu estatuto e
áreas do conhecimento; e aprovado pelo Ministério da Educação.
e) cursos de pós-graduação stricto sensu de mestrado e dou-
torado, que contribuam para promover o estabelecimento de bases Art. 12.  Os Reitores serão nomeados pelo Presidente da Re-
sólidas em educação, ciência e tecnologia, com vistas no processo pública, para mandato de 4 (quatro) anos, permitida uma recondu-
de geração e inovação tecnológica. ção, após processo de consulta à comunidade escolar do respectivo

Didatismo e Conhecimento 31
LEGISLAÇÃO
Instituto Federal, atribuindo-se o peso de 1/3 (um terço) para a ma- Parágrafo único.  A criação de novos campi fica condiciona-
nifestação do corpo docente, de 1/3 (um terço) para a manifestação da à expedição de autorização específica do Ministério da Educa-
dos servidores técnico-administrativos e de 1/3 (um terço) para a ção. (Incluído pela Lei nº 12.677, de 2012)
manifestação do corpo discente.    (Regulamento)
§ 1o  Poderão candidatar-se ao cargo de Reitor os docentes
pertencentes ao Quadro de Pessoal Ativo Permanente de qualquer
dos campi que integram o Instituto Federal, desde que possuam o
5. LEI Nº 9.394/96 E SUAS ALTERAÇÕES
mínimo de 5 (cinco) anos de efetivo exercício em instituição fede-
ral de educação profissional e tecnológica e que atendam a, pelo POSTERIORES: DA EDUCAÇÃO
menos, um dos seguintes requisitos: (ARTIGO 1º); DOS PRINCÍPIOS E FINS
I - possuir o título de doutor; ou DA EDUCAÇÃO NACIONAL (ARTIGOS
II - estar posicionado nas Classes DIV ou DV da Carreira do 2º E 3º); DO DIREITO À EDUCAÇÃO E
Magistério do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico, ou na Classe
DO DEVER DE EDUCAR (ARTIGOS 4º A
de Professor Associado da Carreira do Magistério Superior.
§ 2o  O mandato de Reitor extingue-se pelo decurso do prazo 7º); DA ORGANIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO
ou, antes desse prazo, pela aposentadoria, voluntária ou compulsó- NACIONAL (ARTIGOS 13 A 15); DOS
ria, pela renúncia e pela destituição ou vacância do cargo. NÍVEIS E DAS MODALIDADES DE
§ 3o  Os Pró-Reitores são nomeados pelo Reitor do Instituto EDUCAÇÃO E ENSINO (ARTIGOS 21
Federal, nos termos da legislação aplicável à nomeação de cargos
A 28 E 32 A 67)
de direção.

Art. 13.  Os campi serão dirigidos por Diretores-Gerais, no-


meados pelo Reitor para mandato de 4 (quatro) anos, permitida LEI Nº 9.394, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1996.
uma recondução, após processo de consulta à comunidade do res- Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional.
pectivo campus, atribuindo-se o peso de 1/3 (um terço) para a ma- O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
nifestação do corpo docente, de 1/3 (um terço) para a manifestação gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
dos servidores técnico-administrativos e de 1/3 (um terço) para a
manifestação do corpo discente.    (Regulamento) TÍTULO I
§ 1o  Poderão candidatar-se ao cargo de Diretor-Geral do cam- Da Educação
pus os servidores ocupantes de cargo efetivo da carreira docente ou
de cargo efetivo de nível superior da carreira dos técnico-adminis- Art. 1º A educação abrange os processos formativos que se
trativos do Plano de Carreira dos Cargos Técnico-Administrativos desenvolvem na vida familiar, na convivência humana, no traba-
em Educação, desde que possuam o mínimo de 5 (cinco) anos de lho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais
efetivo exercício em instituição federal de educação profissional e e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais.
tecnológica e que se enquadrem em pelo menos uma das seguintes § 1º Esta Lei disciplina a educação escolar, que se desenvolve,
situações: predominantemente, por meio do ensino, em instituições próprias.
I - preencher os requisitos exigidos para a candidatura ao car- § 2º A educação escolar deverá vincular-se ao mundo do tra-
go de Reitor do Instituto Federal; balho e à prática social.
II - possuir o mínimo de 2 (dois) anos de exercício em cargo
ou função de gestão na instituição; ou TÍTULO II
III - ter concluído, com aproveitamento, curso de formação Dos Princípios e Fins da Educação Nacional
para o exercício de cargo ou função de gestão em instituições da
administração pública. Art. 2º A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos
§ 2o  O Ministério da Educação expedirá normas complemen- princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem
tares dispondo sobre o reconhecimento, a validação e a oferta re- por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo
gular dos cursos de que trata o inciso III do § 1o deste artigo. para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho.

CAPÍTULO II-A  Art. 3º O ensino será ministrado com base nos seguintes prin-
(Incluído pela Lei nº 12.677, de 2012) cípios:
DO COLÉGIO PEDRO II I - igualdade de condições para o acesso e permanência na
escola;
Art. 13-A.  O Colégio Pedro II terá a mesma estrutura e orga- II - liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cul-
nização dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnolo- tura, o pensamento, a arte e o saber;
gia. (Incluído pela Lei nº 12.677, de 2012) III - pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas;
IV - respeito à liberdade e apreço à tolerância;
Art. 13-B.  As unidades escolares que atualmente compõem V - coexistência de instituições públicas e privadas de ensino;
a estrutura organizacional do Colégio Pedro II passam de forma VI - gratuidade do ensino público em estabelecimentos ofi-
automática, independentemente de qualquer formalidade, à condi- ciais;
ção de campi da instituição. (Incluído pela Lei nº 12.677, de 2012)

Didatismo e Conhecimento 32
LEGISLAÇÃO
VII - valorização do profissional da educação escolar; I - recensear anualmente as crianças e adolescentes em idade
VIII - gestão democrática do ensino público, na forma desta escolar, bem como os jovens e adultos que não concluíram a edu-
Lei e da legislação dos sistemas de ensino; cação básica;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
IX - garantia de padrão de qualidade; II - fazer-lhes a chamada pública;
X - valorização da experiência extraescolar; III - zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à
XI - vinculação entre a educação escolar, o trabalho e as prá- escola.
ticas sociais. § 2º Em todas as esferas administrativas, o Poder Público as-
XII - consideração com a diversidade étnico-racial.  (Incluído segurará em primeiro lugar o acesso ao ensino obrigatório, nos
pela Lei nº 12.796, de 2013) termos deste artigo, contemplando em seguida os demais níveis e
modalidades de ensino, conforme as prioridades constitucionais e
TÍTULO III legais.
Do Direito à Educação e do Dever de Educar § 3º Qualquer das partes mencionadas no caput deste artigo
tem legitimidade para peticionar no Poder Judiciário, na hipótese
Art. 4º O dever do Estado com educação escolar pública será do § 2º do art. 208 da Constituição Federal, sendo gratuita e de rito
efetivado mediante a garantia de: sumário a ação judicial correspondente.
I - educação básica obrigatória e gratuita dos 4 (quatro) aos 17 § 4º Comprovada a negligência da autoridade competente
(dezessete) anos de idade, organizada da seguinte forma: (Redação para garantir o oferecimento do ensino obrigatório, poderá ela ser
dada pela Lei nº 12.796, de 2013) imputada por crime de responsabilidade.
a) pré-escola; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) § 5º Para garantir o cumprimento da obrigatoriedade de en-
b) ensino fundamental; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) sino, o Poder Público criará formas alternativas de acesso aos
c) ensino médio; (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização
II - educação infantil gratuita às crianças de até 5 (cinco) anos anterior.
de idade;  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
III - atendimento educacional especializado gratuito aos edu- Art. 6o   É dever dos pais ou responsáveis efetuar a matrícula
das crianças na educação básica a partir dos 4 (quatro) anos de
candos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento
idade.  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
e altas habilidades ou superdotação, transversal a todos os níveis,
etapas e modalidades, preferencialmente na rede regular de ensi-
Art. 7º O ensino é livre à iniciativa privada, atendidas as se-
no; (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
guintes condições:
IV - acesso público e gratuito aos ensinos fundamental e mé-
I - cumprimento das normas gerais da educação nacional e do
dio para todos os que não os concluíram na idade própria;  (Reda-
respectivo sistema de ensino;
ção dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
II - autorização de funcionamento e avaliação de qualidade
V - acesso aos níveis mais elevados do ensino, da pesquisa e pelo Poder Público;
da criação artística, segundo a capacidade de cada um; III - capacidade de autofinanciamento, ressalvado o previsto
VI - oferta de ensino noturno regular, adequado às condições no art. 213 da Constituição Federal.
do educando;
VII - oferta de educação escolar regular para jovens e adultos, TÍTULO IV
com características e modalidades adequadas às suas necessidades Da Organização da Educação Nacional
e disponibilidades, garantindo-se aos que forem trabalhadores as
condições de acesso e permanência na escola; Art. 13. Os docentes incumbir-se-ão de:
VIII - atendimento ao educando, em todas as etapas da educa- I - participar da elaboração da proposta pedagógica do estabe-
ção básica, por meio de programas suplementares de material di- lecimento de ensino;
dático-escolar, transporte, alimentação e assistência à saúde; (Re- II - elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta
dação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) pedagógica do estabelecimento de ensino;
IX - padrões mínimos de qualidade de ensino, definidos como III - zelar pela aprendizagem dos alunos;
a variedade e quantidade mínimas, por aluno, de insumos indispen- IV - estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
sáveis ao desenvolvimento do processo de ensino-aprendizagem. menor rendimento;
X – vaga na escola pública de educação infantil ou de ensino V - ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além
fundamental mais próxima de sua residência a toda criança a partir de participar integralmente dos períodos dedicados ao planejamen-
do dia em que completar 4 (quatro) anos de idade. (Incluído pela to, à avaliação e ao desenvolvimento profissional;
Lei nº 11.700, de 2008). VI - colaborar com as atividades de articulação da escola com
as famílias e a comunidade.
Art. 5o   O acesso à educação básica obrigatória é direito pú-
blico subjetivo, podendo qualquer cidadão, grupo de cidadãos, Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão
associação comunitária, organização sindical, entidade de classe democrática do ensino público na educação básica, de acordo com
ou outra legalmente constituída e, ainda, o Ministério Público, as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios:
acionar o poder público para exigi-lo.   (Redação dada pela Lei nº I - participação dos profissionais da educação na elaboração
12.796, de 2013) do projeto pedagógico da escola;
§ 1o  O poder público, na esfera de sua competência federativa, II - participação das comunidades escolar e local em conse-
deverá:  (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) lhos escolares ou equivalentes.

Didatismo e Conhecimento 33
LEGISLAÇÃO
Art. 15. Os sistemas de ensino assegurarão às unidades esco- IV - poderão organizar-se classes, ou turmas, com alunos de
lares públicas de educação básica que os integram progressivos séries distintas, com níveis equivalentes de adiantamento na maté-
graus de autonomia pedagógica e administrativa e de gestão finan- ria, para o ensino de línguas estrangeiras, artes, ou outros compo-
ceira, observadas as normas gerais de direito financeiro público. nentes curriculares;
V - a verificação do rendimento escolar observará os seguintes
TÍTULO V critérios:
Dos Níveis e das Modalidades de Educação e Ensino a) avaliação contínua e cumulativa do desempenho do aluno,
com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e
CAPÍTULO I dos resultados ao longo do período sobre os de eventuais provas
Da Composição dos Níveis Escolares finais;
b) possibilidade de aceleração de estudos para alunos com
Art. 21. A educação escolar compõe-se de: atraso escolar;
I - educação básica, formada pela educação infantil, ensino c) possibilidade de avanço nos cursos e nas séries mediante
fundamental e ensino médio; verificação do aprendizado;
II - educação superior. d) aproveitamento de estudos concluídos com êxito;
e) obrigatoriedade de estudos de recuperação, de preferência
CAPÍTULO II paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento es-
DA EDUCAÇÃO BÁSICA colar, a serem disciplinados pelas instituições de ensino em seus
regimentos;
Seção I VI - o controle de frequência fica a cargo da escola, conforme
Das Disposições Gerais o disposto no seu regimento e nas normas do respectivo sistema de
ensino, exigida a frequência mínima de setenta e cinco por cento
Art. 22. A educação básica tem por finalidades desenvolver do total de horas letivas para aprovação;
o educando, assegurar-lhe a formação comum indispensável para VII - cabe a cada instituição de ensino expedir históricos esco-
o exercício da cidadania e fornecer-lhe meios para progredir no lares, declarações de conclusão de série e diplomas ou certificados
trabalho e em estudos posteriores. de conclusão de cursos, com as especificações cabíveis.
 Parágrafo único.  A carga horária mínima anual de que trata o
Art. 23. A educação básica poderá organizar-se em séries inciso I do caput deverá ser progressivamente ampliada, no ensino
anuais, períodos semestrais, ciclos, alternância regular de períodos médio, para mil e quatrocentas horas, observadas as normas do
de estudos, grupos não-seriados, com base na idade, na competência respectivo sistema de ensino e de acordo com as diretrizes, os ob-
e em outros critérios, ou por forma diversa de organização, sempre jetivos, as metas e as estratégias de implementação estabelecidos
que o interesse do processo de aprendizagem assim o recomendar. no Plano Nacional de Educação. (Incluído pela Medida Provisória
§ 1º A escola poderá reclassificar os alunos, inclusive quando nº 746, de 2016)
se tratar de transferências entre estabelecimentos situados no País
e no exterior, tendo como base as normas curriculares gerais. Art. 25. Será objetivo permanente das autoridades responsá-
§ 2º O calendário escolar deverá adequar-se às peculiaridades veis alcançar relação adequada entre o número de alunos e o pro-
locais, inclusive climáticas e econômicas, a critério do respectivo fessor, a carga horária e as condições materiais do estabelecimento.
sistema de ensino, sem com isso reduzir o número de horas letivas Parágrafo único. Cabe ao respectivo sistema de ensino, à vista
previsto nesta Lei. das condições disponíveis e das características regionais e locais,
estabelecer parâmetro para atendimento do disposto neste artigo.
Art. 24. A educação básica, nos níveis fundamental e médio,
será organizada de acordo com as seguintes regras comuns: Art. 26.  Os currículos da educação infantil, do ensino funda-
I - a carga horária mínima anual será de oitocentas horas, dis- mental e do ensino médio devem ter base nacional comum, a ser
tribuídas por um mínimo de duzentos dias de efetivo trabalho esco- complementada, em cada sistema de ensino e em cada estabeleci-
lar, excluído o tempo reservado aos exames finais, quando houver; mento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas caracte-
II - a classificação em qualquer série ou etapa, exceto a pri- rísticas regionais e locais da sociedade, da cultura, da economia e
meira do ensino fundamental, pode ser feita: dos educandos. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
a) por promoção, para alunos que cursaram, com aproveita-  § 1º Os currículos a que se refere o caput devem abranger,
mento, a série ou fase anterior, na própria escola; obrigatoriamente, o estudo da língua portuguesa e da matemática,
b) por transferência, para candidatos procedentes de outras o conhecimento do mundo físico e natural e da realidade social e
escolas; política, especialmente da República Federativa do Brasil, obser-
c) independentemente de escolarização anterior, mediante ava- vado, na educação infantil, o disposto no art. 31, no ensino funda-
liação feita pela escola, que defina o grau de desenvolvimento e ex- mental, o disposto no art. 32, e no ensino médio, o disposto no art.
periência do candidato e permita sua inscrição na série ou etapa ade- 36. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
quada, conforme regulamentação do respectivo sistema de ensino;  § 2º O ensino da arte, especialmente em suas expressões
III - nos estabelecimentos que adotam a progressão regular regionais, constituirá componente curricular obrigatório da edu-
por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão cação infantil e do ensino fundamental, de forma a promover o
parcial, desde que preservada a sequência do currículo, observadas desenvolvimento cultural dos alunos. (Redação dada pela Medida
as normas do respectivo sistema de ensino; Provisória nº 746, de 2016)

Didatismo e Conhecimento 34
LEGISLAÇÃO
 § 3º A educação física, integrada à proposta pedagógica da nicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a
escola, é componente curricular obrigatório da educação infantil luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e
e do ensino fundamental, sendo sua prática facultativa ao aluno: indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade
(Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016) nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, eco-
I – que cumpra jornada de trabalho igual ou superior a seis nômica e política, pertinentes à história do Brasil. (Redação dada
horas; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) pela Lei nº 11.645, de 2008).
II – maior de trinta anos de idade;  (Incluído pela Lei nº § 2o  Os conteúdos referentes à história e cultura afro-brasilei-
10.793, de 1º.12.2003) ra e dos povos indígenas brasileiros serão ministrados no âmbito
III – que estiver prestando serviço militar inicial ou que, em de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de educação ar-
situação similar, estiver obrigado à prática da educação física;  (In- tística e de literatura e história brasileiras.  (Redação dada pela Lei
cluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) nº 11.645, de 2008).
IV – amparado pelo Decreto-Lei no 1.044, de 21 de outubro de
1969; (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) Art. 27. Os conteúdos curriculares da educação básica obser-
V – (VETADO) (Incluído pela Lei nº 10.793, de 1º.12.2003) varão, ainda, as seguintes diretrizes:
VI – que tenha prole. (Incluído pela Lei nº 10.793, de I - a difusão de valores fundamentais ao interesse social, aos
1º.12.2003) direitos e deveres dos cidadãos, de respeito ao bem comum e à
§ 4º O ensino da História do Brasil levará em conta as contri- ordem democrática;
buições das diferentes culturas e etnias para a formação do povo II - consideração das condições de escolaridade dos alunos em
brasileiro, especialmente das matrizes indígena, africana e euro- cada estabelecimento;
peia. III - orientação para o trabalho;
 § 5º No currículo do ensino fundamental, será ofertada a lín- IV - promoção do desporto educacional e apoio às práticas
gua inglesa a partir do sexto ano. (Redação dada pela Medida Pro- desportivas não-formais.
visória nº 746, de 2016)
§ 6o  A música deverá ser conteúdo obrigatório, mas não ex- Art. 28. Na oferta de educação básica para a população rural,
clusivo, do componente curricular de que trata o § 2o deste artigo.
os sistemas de ensino promoverão as adaptações necessárias à sua
(Incluído pela Lei nº 11.769, de 2008)
adequação às peculiaridades da vida rural e de cada região, espe-
§ 6o  As artes visuais, a dança, a música e o teatro são as lin-
cialmente:
guagens que constituirão o componente curricular de que trata o §
I - conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais
2o deste artigo. (Redação dada pela Lei nº 13.278, de 2016)
necessidades e interesses dos alunos da zona rural;
 § 7º  A Base Nacional Comum Curricular disporá sobre os
II - organização escolar própria, incluindo adequação do ca-
temas transversais que poderão ser incluídos nos currículos de que
lendário escolar às fases do ciclo agrícola e às condições climáti-
trata o caput. (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de
cas;
2016)
§ 8º A exibição de filmes de produção nacional constituirá III - adequação à natureza do trabalho na zona rural.
componente curricular complementar integrado à proposta peda- Parágrafo único.  O fechamento de escolas do campo, indí-
gógica da escola, sendo a sua exibição obrigatória por, no mínimo, genas e quilombolas será precedido de manifestação do órgão
2 (duas) horas mensais. (Incluído pela Lei nº 13.006, de 2014) normativo do respectivo sistema de ensino, que considerará a jus-
§ 9o Conteúdos relativos aos direitos humanos e à prevenção tificativa apresentada pela Secretaria de Educação, a análise do
de todas as formas de violência contra a criança e o adolescente se- diagnóstico do impacto da ação e a manifestação da comunidade
rão incluídos, como temas transversais, nos currículos escolares de escolar. (Incluído pela Lei nº 12.960, de 2014)
que trata o caput deste artigo, tendo como diretriz a Lei no 8.069,
de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), ob- Seção III
servada a produção e distribuição de material didático adequado. Do Ensino Fundamental
(Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014)
 § 10.  A inclusão de novos componentes curriculares de cará- Art. 32. O ensino fundamental obrigatório, com duração de 9
ter obrigatório na Base Nacional Comum Curricular dependerá de (nove) anos, gratuito na escola pública, iniciando-se aos 6 (seis)
aprovação do Conselho Nacional de Educação e de homologação anos de idade, terá por objetivo a formação básica do cidadão, me-
pelo Ministro de Estado da Educação, ouvidos o Conselho Nacio- diante: (Redação dada pela Lei nº 11.274, de 2006)
nal de Secretários de Educação - Consed e a União Nacional de I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como
Dirigentes de Educação - Undime. (Incluído pela Medida Provisó- meios básicos o pleno domínio da leitura, da escrita e do cálculo;
ria nº 746, de 2016) II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema
político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se funda-
Art. 26-A.  Nos estabelecimentos de ensino fundamental e de menta a sociedade;
ensino médio, públicos e privados, torna-se obrigatório o estudo III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, ten-
da história e cultura afro-brasileira e indígena. (Redação dada pela do em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a forma-
Lei nº 11.645, de 2008). ção de atitudes e valores;
§ 1o  O conteúdo programático a que se refere este artigo in- IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de
cluirá diversos aspectos da história e da cultura que caracterizam solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta
a formação da população brasileira, a partir desses dois grupos ét- a vida social.

Didatismo e Conhecimento 35
LEGISLAÇÃO
§ 1º É facultado aos sistemas de ensino desdobrar o ensino III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, in-
fundamental em ciclos. cluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia inte-
§ 2º Os estabelecimentos que utilizam progressão regular por lectual e do pensamento crítico;
série podem adotar no ensino fundamental o regime de progres- IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos
são continuada, sem prejuízo da avaliação do processo de ensi- dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática, no
no-aprendizagem, observadas as normas do respectivo sistema de ensino de cada disciplina.
ensino.  
§ 3º O ensino fundamental regular será ministrado em língua Art. 36.  O currículo do ensino médio será composto pela
portuguesa, assegurada às comunidades indígenas a utilização de Base Nacional Comum Curricular e por itinerários formativos es-
suas línguas maternas e processos próprios de aprendizagem. pecíficos, a serem definidos pelos sistemas de ensino, com ênfase
§ 4º O ensino fundamental será presencial, sendo o ensino a nas seguintes áreas de conhecimento ou de atuação profissional:
distância utilizado como complementação da aprendizagem ou em (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
situações emergenciais. I - linguagens; (Redação dada pela Medida Provisória nº 746,
de 2016)
§ 5o  O currículo do ensino fundamental incluirá, obrigatoria-
II - matemática; (Redação dada pela Medida Provisória nº
mente, conteúdo que trate dos direitos das crianças e dos adoles-
746, de 2016)
centes, tendo como diretriz a Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990,
III - ciências da natureza; (Redação dada pela Medida Provi-
que institui o Estatuto da Criança e do Adolescente, observada a sória nº 746, de 2016)
produção e distribuição de material didático adequado. (Incluído IV - ciências humanas; e (Redação dada pela Medida Provi-
pela Lei nº 11.525, de 2007). sória nº 746, de 2016)
§ 6º O estudo sobre os símbolos nacionais será incluído como V - formação técnica e profissional. (Incluído pela Medida
tema transversal nos currículos do ensino fundamental. (Incluído Provisória nº 746, de 2016)
pela Lei nº 12.472, de 2011).  § 1º Os sistemas de ensino poderão compor os seus currículos
com base em mais de uma área prevista nos incisos I a V do caput.
Art. 33. O ensino religioso, de matrícula facultativa, é par- (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
te integrante da formação básica do cidadão e constitui disciplina § 2º (Revogado pela Lei nº 11.741, de 2008)
dos horários normais das escolas públicas de ensino fundamental, § 3º  A organização das áreas de que trata o caput e das res-
assegurado o respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil, pectivas competências, habilidades e expectativas de aprendiza-
vedadas quaisquer formas de proselitismo. (Redação dada pela Lei gem, definidas na Base Nacional Comum Curricular, será feita
nº 9.475, de 22.7.1997) de acordo com critérios estabelecidos em cada sistema de ensino.
§ 1º Os sistemas de ensino regulamentarão os procedimentos (Redação dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
para a definição dos conteúdos do ensino religioso e estabelecerão § 5º  Os currículos do ensino médio deverão considerar a for-
as normas para a habilitação e admissão dos professores. (Incluído mação integral do aluno, de maneira a adotar um trabalho voltado
pela Lei nº 9.475, de 22.7.1997) para a construção de seu projeto de vida e para a sua formação
§ 2º Os sistemas de ensino ouvirão entidade civil, consti- nos aspectos cognitivos e sócio emocionais, conforme diretrizes
tuída pelas diferentes denominações religiosas, para a definição definidas pelo Ministério da Educação. (Incluído pela Medida Pro-
dos conteúdos do ensino religioso. (Incluído pela Lei nº 9.475, de visória nº 746, de 2016)
22.7.1997) § 6º  A carga horária destinada ao cumprimento da Base Na-
cional Comum Curricular não poderá ser superior a mil e duzentas
Art. 34. A jornada escolar no ensino fundamental incluirá pelo horas da carga horária total do ensino médio, de acordo com a
menos quatro horas de trabalho efetivo em sala de aula, sendo pro- definição dos sistemas de ensino. (Incluído pela Medida Provisória
nº 746, de 2016)
gressivamente ampliado o período de permanência na escola.
§ 7º  A parte diversificada dos currículos de que trata
§ 1º São ressalvados os casos do ensino noturno e das formas
o  caput  do art. 26, definida em cada sistema de ensino, deverá
alternativas de organização autorizadas nesta Lei.
estar integrada à Base Nacional Comum Curricular e ser articulada
§ 2º O ensino fundamental será ministrado progressivamente a partir do contexto histórico, econômico, social, ambiental e cul-
em tempo integral, a critério dos sistemas de ensino. tural. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
 § 8º  Os currículos de ensino médio incluirão, obrigatoriamente,
Seção IV o estudo da língua inglesa e poderão ofertar outras línguas estrangei-
Do Ensino Médio ras, em caráter optativo, preferencialmente o espanhol, de acordo com
a disponibilidade de oferta, locais e horários definidos pelos sistemas
Art. 35. O ensino médio, etapa final da educação básica, com de ensino. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
duração mínima de três anos, terá como finalidades:  § 9º  O ensino de língua portuguesa e matemática será obri-
I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos ad- gatório nos três anos do ensino médio. (Incluído pela Medida Pro-
quiridos no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento visória nº 746, de 2016)
de estudos;  § 10.  Os sistemas de ensino, mediante disponibilidade de
II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do edu- vagas na rede, possibilitarão ao aluno concluinte do ensino médio
cando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adap- cursar, no ano letivo subsequente ao da conclusão, outro itinerário
tar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfei- formativo de que trata o caput. (Incluído pela Medida Provisória
çoamento posteriores; nº 746, de 2016)

Didatismo e Conhecimento 36
LEGISLAÇÃO
 § 11.  A critério dos sistemas de ensino, a oferta de formação Seção IV-A
a que se refere o inciso V do caput considerará: (Incluído pela Da Educação Profissional Técnica de Nível Médio
Medida Provisória nº 746, de 2016) (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I - a inclusão de experiência prática de trabalho no setor pro-
dutivo ou em ambientes de simulação, estabelecendo parcerias e Art. 36-A.  Sem prejuízo do disposto na
fazendo uso, quando aplicável, de instrumentos estabelecidos pela Seção IV deste Capítulo, o ensino médio, atendida a formação
legislação sobre aprendizagem profissional; e (Incluído pela Me- geral do educando, poderá prepará-lo para o exercício de profis-
dida Provisória nº 746, de 2016) sões técnicas. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
II - a possibilidade de concessão de certificados intermediá- Parágrafo único.  A preparação geral para o trabalho e, facul-
rios de qualificação para o trabalho, quando a formação for estru- tativamente, a habilitação profissional poderão ser desenvolvidas
turada e organizada em etapas com terminalidade. (Incluído pela nos próprios estabelecimentos de ensino médio ou em cooperação
Medida Provisória nº 746, de 2016) com instituições especializadas em educação profissional. (Incluí-
 § 12.  A oferta de formações experimentais em áreas que não do pela Lei nº 11.741, de 2008)
constem do Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos dependerá,
para sua continuidade, do reconhecimento pelo respectivo Conse- Art. 36-B.  A educação profissional técnica de nível médio
lho Estadual de Educação, no prazo de três anos, e da inserção no será desenvolvida nas seguintes formas:  (Incluído pela Lei nº
Catálogo Nacional dos Cursos Técnicos, no prazo de cinco anos, 11.741, de 2008)
contados da data de oferta inicial da formação. (Incluído pela Me- I - articulada com o ensino médio; (Incluído pela Lei nº
dida Provisória nº 746, de 2016) 11.741, de 2008)
 § 13.  Ao concluir o ensino médio, as instituições de ensino II - subsequente, em cursos destinados a quem já tenha con-
emitirão diploma com validade nacional que habilitará o diplo- cluído o ensino médio. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
mado ao prosseguimento dos estudos em nível superior e demais Parágrafo único.  A educação profissional técnica de nível mé-
cursos ou formações para os quais a conclusão do ensino médio dio deverá observar: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
I - os objetivos e definições contidos nas diretrizes curricula-
seja obrigatória. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
res nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educação;
 § 14.  A União, em colaboração com os Estados e o Distrito
(Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Federal, estabelecerá os padrões de desempenho esperados para
II - as normas complementares dos respectivos sistemas de
o ensino médio, que serão referência nos processos nacionais de
ensino; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
avaliação, considerada a Base Nacional Comum Curricular. (In-
III - as exigências de cada instituição de ensino, nos termos
cluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
de seu projeto pedagógico. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
 § 15.  Além das formas de organização previstas no art. 23,
o ensino médio poderá ser organizado em módulos e adotar o sis- Art. 36-C.  A educação profissional técnica de nível médio ar-
tema de créditos ou disciplinas com terminalidade específica, ob- ticulada, prevista no inciso I do caput do art. 36-B desta Lei, será
servada a Base Nacional Comum Curricular, a fim de estimular o desenvolvida de forma:  (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
prosseguimento dos estudos. (Incluído pela Medida Provisória nº I - integrada, oferecida somente a quem já tenha concluído o
746, de 2016) ensino fundamental, sendo o curso planejado de modo a conduzir
 § 16.  Os conteúdos cursados durante o ensino médio pode- o aluno à habilitação profissional técnica de nível médio, na mes-
rão ser convalidados para aproveitamento de créditos no ensino ma instituição de ensino, efetuando-se matrícula única para cada
superior, após normatização do Conselho Nacional de Educação e aluno;  (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
homologação pelo Ministro de Estado da Educação. (Incluído pela II - concomitante, oferecida a quem ingresse no ensino médio
Medida Provisória nº 746, de 2016) ou já o esteja cursando, efetuando-se matrículas distintas para cada
 § 17.  Para efeito de cumprimento de exigências curriculares curso, e podendo ocorrer:  (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
do ensino médio, os sistemas de ensino poderão reconhecer, me- a) na mesma instituição de ensino, aproveitando-se as opor-
diante regulamentação própria, conhecimentos, saberes, habilida- tunidades educacionais disponíveis;  (Incluído pela Lei nº 11.741,
des e competências, mediante diferentes formas de comprovação, de 2008)
como: (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016) b) em instituições de ensino distintas, aproveitando-se as
I - demonstração prática; (Incluído pela Medida Provisória nº oportunidades educacionais disponíveis; (Incluído pela Lei nº
746, de 2016) 11.741, de 2008)
II - experiência de trabalho supervisionado ou outra experiên- c) em instituições de ensino distintas, mediante convênios de
cia adquirida fora do ambiente escolar; (Incluído pela Medida Pro- intercomplementaridade, visando ao planejamento e ao desenvol-
visória nº 746, de 2016) vimento de projeto pedagógico unificado.   (Incluído pela Lei nº
III - atividades de educação técnica oferecidas em outras ins- 11.741, de 2008)
tituições de ensino; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de
2016) Art. 36-D.  Os diplomas de cursos de educação profissional
IV - cursos oferecidos por centros ou programas ocupacio- técnica de nível médio, quando registrados, terão validade nacio-
nais; (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016) nal e habilitarão ao prosseguimento de estudos na educação supe-
V - estudos realizados em instituições de ensino nacionais ou rior. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
estrangeiras; e (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016) Parágrafo único.  Os cursos de educação profissional técnica
VI - educação a distância ou educação presencial mediada por de nível médio, nas formas articulada concomitante e subsequente,
tecnologias. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016) quando estruturados e organizados em etapas com terminalidade,

Didatismo e Conhecimento 37
LEGISLAÇÃO
possibilitarão a obtenção de certificados de qualificação para o tra- § 3o  Os cursos de educação profissional tecnológica de gra-
balho após a conclusão, com aproveitamento, de cada etapa que duação e pós-graduação organizar-se-ão, no que concerne a obje-
caracterize uma qualificação para o trabalho. (Incluído pela Lei tivos, características e duração, de acordo com as diretrizes curri-
nº 11.741, de 2008) culares nacionais estabelecidas pelo Conselho Nacional de Educa-
ção. (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008)
Seção V
Da Educação de Jovens e Adultos Art. 40. A educação profissional será desenvolvida em articu-
lação com o ensino regular ou por diferentes estratégias de educa-
Art. 37. A educação de jovens e adultos será destinada àqueles ção continuada, em instituições especializadas ou no ambiente de
que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fun- trabalho. (Regulamento)
damental e médio na idade própria.
§ 1º Os sistemas de ensino assegurarão gratuitamente aos jo- Art. 41.  O conhecimento adquirido na educação profissional e
tecnológica, inclusive no trabalho, poderá ser objeto de avaliação,
vens e aos adultos, que não puderam efetuar os estudos na idade
reconhecimento e certificação para prosseguimento ou conclusão
regular, oportunidades educacionais apropriadas, consideradas as
de estudos. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)
características do alunado, seus interesses, condições de vida e de
trabalho, mediante cursos e exames.
Art. 42.  As instituições de educação profissional e tecnoló-
§ 2º O Poder Público viabilizará e estimulará o acesso e a gica, além dos seus cursos regulares, oferecerão cursos especiais,
permanência do trabalhador na escola, mediante ações integradas abertos à comunidade, condicionada a matrícula à capacidade de
e complementares entre si. aproveitamento e não necessariamente ao nível de escolaridade.
§ 3o  A educação de jovens e adultos deverá articular-se, pre- (Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008)
ferencialmente, com a educação profissional, na forma do regula-
mento.  (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) CAPÍTULO IV
DA EDUCAÇÃO SUPERIOR
Art. 38. Os sistemas de ensino manterão cursos e exames su-
pletivos, que compreenderão a base nacional comum do currículo, Art. 43. A educação superior tem por finalidade:
habilitando ao prosseguimento de estudos em caráter regular. I - estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito
§ 1º Os exames a que se refere este artigo realizar-se-ão: científico e do pensamento reflexivo;
I - no nível de conclusão do ensino fundamental, para os maio- II - formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento,
res de quinze anos; aptos para a inserção em setores profissionais e para a participa-
II - no nível de conclusão do ensino médio, para os maiores ção no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua
de dezoito anos. formação contínua;
§ 2º Os conhecimentos e habilidades adquiridos pelos educan- III - incentivar o trabalho de pesquisa e investigação cientí-
dos por meios informais serão aferidos e reconhecidos mediante fica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia e da
exames. criação e difusão da cultura, e, desse modo, desenvolver o entendi-
mento do homem e do meio em que vive;
CAPÍTULO III IV - promover a divulgação de conhecimentos culturais, cien-
DA EDUCAÇÃO PROFISSIONAL tíficos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e co-
Da Educação Profissional e Tecnológica municar o saber através do ensino, de publicações ou de outras
(Redação dada pela Lei nº 11.741, de 2008) formas de comunicação;
V - suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural
e profissional e possibilitar a correspondente concretização, inte-
Art. 39.  A educação profissional e tecnológica, no cumpri-
grando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutu-
mento dos objetivos da educação nacional, integra-se aos diferen-
ra intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração;
tes níveis e modalidades de educação e às dimensões do trabalho,
VI - estimular o conhecimento dos problemas do mundo pre-
da ciência e da tecnologia. (Redação dada pela Lei nº 11.741, de sente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços es-
2008) pecializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de
§ 1o  Os cursos de educação profissional e tecnológica poderão reciprocidade;
ser organizados por eixos tecnológicos, possibilitando a constru- VII - promover a extensão, aberta à participação da popula-
ção de diferentes itinerários formativos, observadas as normas do ção, visando à difusão das conquistas e benefícios resultantes da
respectivo sistema e nível de ensino.  (Incluído pela Lei nº 11.741, criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas na
de 2008) instituição.
§ 2o  A educação profissional e tecnológica abrangerá os se- VIII - atuar em favor da universalização e do aprimoramen-
guintes cursos: (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) to da educação básica, mediante a formação e a capacitação de
I – de formação inicial e continuada ou qualificação profissio- profissionais, a realização de pesquisas pedagógicas e o desenvol-
nal; (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) vimento de atividades de extensão que aproximem os dois níveis
II – de educação profissional técnica de nível médio;  (Incluí- escolares. (Incluído pela Lei nº 13.174, de 2015)
do pela Lei nº 11.741, de 2008)
III – de educação profissional tecnológica de graduação e pós- Art. 44. A educação superior abrangerá os seguintes cursos e
graduação.  (Incluído pela Lei nº 11.741, de 2008) programas: (Regulamento)

Didatismo e Conhecimento 38
LEGISLAÇÃO
I - cursos sequenciais por campo de saber, de diferentes níveis recursos disponíveis e critérios de avaliação, obrigando-se a cum-
de abrangência, abertos a candidatos que atendam aos requisitos prir as respectivas condições, e a publicação deve ser feita, sendo
estabelecidos pelas instituições de ensino, desde que tenham con- as 3 (três) primeiras formas concomitantemente:  (Redação dada
cluído o ensino médio ou equivalente; (Redação dada pela Lei nº pela lei nº 13.168, de 2015)
11.632, de 2007). I - em página específica na internet no sítio eletrônico oficial
II - de graduação, abertos a candidatos que tenham concluí- da instituição de ensino superior, obedecido o seguinte: (Incluído
do o ensino médio ou equivalente e tenham sido classificados em pela lei nº 13.168, de 2015)
processo seletivo; a) toda publicação a que se refere esta Lei deve ter como título
III - de pós-graduação, compreendendo programas de mes- “Grade e Corpo Docente”; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
trado e doutorado, cursos de especialização, aperfeiçoamento e b) a página principal da instituição de ensino superior, bem
outros, abertos a candidatos diplomados em cursos de graduação e como a página da oferta de seus cursos aos ingressantes sob a for-
que atendam às exigências das instituições de ensino; ma de vestibulares, processo seletivo e outras com a mesma finali-
IV - de extensão, abertos a candidatos que atendam aos requi- dade, deve conter a ligação desta com a página específica prevista
sitos estabelecidos em cada caso pelas instituições de ensino. neste inciso; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
§ 1º. Os resultados do processo seletivo referido no inciso II c) caso a instituição de ensino superior não possua sítio eletrô-
do caput deste artigo serão tornados públicos pelas instituições de nico, deve criar página específica para divulgação das informações
ensino superior, sendo obrigatória a divulgação da relação nominal de que trata esta Lei; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
dos classificados, a respectiva ordem de classificação, bem como d) a página específica deve conter a data completa de sua últi-
do cronograma das chamadas para matrícula, de acordo com os ma atualização; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
critérios para preenchimento das vagas constantes do respectivo II - em toda propaganda eletrônica da instituição de ensino
edital. (Incluído pela Lei nº 11.331, de 2006) (Renumerado do superior, por meio de ligação para a página referida no inciso I;
parágrafo único para § 1º pela Lei nº 13.184, de 2015) (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
§ 2º No caso de empate no processo seletivo, as instituições III - em local visível da instituição de ensino superior e de
públicas de ensino superior darão prioridade de matrícula ao can- fácil acesso ao público; (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
didato que comprove ter renda familiar inferior a dez salários míni- IV - deve ser atualizada semestralmente ou anualmente, de
mos, ou ao de menor renda familiar, quando mais de um candidato
acordo com a duração das disciplinas de cada curso oferecido, ob-
preencher o critério inicial. (Incluído pela Lei nº 13.184, de 2015)
servando o seguinte: (Incluído pela lei nº 13.168, de 2015)
 § 3º O processo seletivo referido no inciso II do caput con-
a) caso o curso mantenha disciplinas com duração diferencia-
siderará exclusivamente as competências, as habilidades e as ex-
da, a publicação deve ser semestral; (Incluída pela lei nº 13.168,
pectativas de aprendizagem das áreas de conhecimento definidas
de 2015)
na Base Nacional Comum Curricular, observado o disposto nos
b) a publicação deve ser feita até 1 (um) mês antes do início
incisos I a IV do caput do art. 36. (Incluído pela Medida Provisó-
das aulas; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
ria nº 746, de 2016)
c) caso haja mudança na grade do curso ou no corpo docente
Art. 45. A educação superior será ministrada em instituições até o início das aulas, os alunos devem ser comunicados sobre as
de ensino superior, públicas ou privadas, com variados graus de alterações; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
abrangência ou especialização. (Regulamento) V - deve conter as seguintes informações: (Incluído pela lei
nº 13.168, de 2015)
Art. 46. A autorização e o reconhecimento de cursos, bem a) a lista de todos os cursos oferecidos pela instituição de en-
como o credenciamento de instituições de educação superior, terão sino superior; (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
prazos limitados, sendo renovados, periodicamente, após processo b) a lista das disciplinas que compõem a grade curricular de
regular de avaliação. (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) cada curso e as respectivas cargas horárias;   (Incluída pela lei nº
§ 1º Após um prazo para saneamento de deficiências even- 13.168, de 2015)
tualmente identificadas pela avaliação a que se refere este artigo, c) a identificação dos docentes que ministrarão as aulas em
haverá reavaliação, que poderá resultar, conforme o caso, em desa- cada curso, as disciplinas que efetivamente ministrará naquele cur-
tivação de cursos e habilitações, em intervenção na instituição, em so ou cursos, sua titulação, abrangendo a qualificação profissional
suspensão temporária de prerrogativas da autonomia, ou em des- do docente e o tempo de casa do docente, de forma total, contínua
credenciamento. (Regulamento) (Vide Lei nº 10.870, de 2004) ou intermitente. (Incluída pela lei nº 13.168, de 2015)
§ 2º No caso de instituição pública, o Poder Executivo respon- § 2º Os alunos que tenham extraordinário aproveitamento nos
sável por sua manutenção acompanhará o processo de saneamento estudos, demonstrado por meio de provas e outros instrumentos de
e fornecerá recursos adicionais, se necessários, para a superação avaliação específicos, aplicados por banca examinadora especial,
das deficiências. poderão ter abreviada a duração dos seus cursos, de acordo com as
normas dos sistemas de ensino.
Art. 47. Na educação superior, o ano letivo regular, indepen- § 3º É obrigatória a frequência de alunos e professores, salvo
dente do ano civil, tem, no mínimo, duzentos dias de trabalho nos programas de educação a distância.
acadêmico efetivo, excluído o tempo reservado aos exames finais, § 4º As instituições de educação superior oferecerão, no perío-
quando houver. do noturno, cursos de graduação nos mesmos padrões de qualidade
§ 1o As instituições informarão aos interessados, antes de cada mantidos no período diurno, sendo obrigatória a oferta noturna nas
período letivo, os programas dos cursos e demais componentes instituições públicas, garantida a necessária previsão orçamentá-
curriculares, sua duração, requisitos, qualificação dos professores, ria.

Didatismo e Conhecimento 39
LEGISLAÇÃO
Art. 48. Os diplomas de cursos superiores reconhecidos, V - elaborar e reformar os seus estatutos e regimentos em con-
quando registrados, terão validade nacional como prova da forma- sonância com as normas gerais atinentes;
ção recebida por seu titular. VI - conferir graus, diplomas e outros títulos;
§ 1º Os diplomas expedidos pelas universidades serão por elas VII - firmar contratos, acordos e convênios;
próprias registrados, e aqueles conferidos por instituições não-uni- VIII - aprovar e executar planos, programas e projetos de
versitárias serão registrados em universidades indicadas pelo Con- investimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral,
selho Nacional de Educação. bem como administrar rendimentos conforme dispositivos insti-
§ 2º Os diplomas de graduação expedidos por universidades tucionais;
estrangeiras serão revalidados por universidades públicas que te- IX - administrar os rendimentos e deles dispor na forma pre-
nham curso do mesmo nível e área ou equivalente, respeitando-se vista no ato de constituição, nas leis e nos respectivos estatutos;
os acordos internacionais de reciprocidade ou equiparação. X - receber subvenções, doações, heranças, legados e coope-
§ 3º Os diplomas de Mestrado e de Doutorado expedidos por ração financeira resultante de convênios com entidades públicas e
universidades estrangeiras só poderão ser reconhecidos por uni- privadas.
versidades que possuam cursos de pós-graduação reconhecidos e Parágrafo único. Para garantir a autonomia didático-científica
avaliados, na mesma área de conhecimento e em nível equivalente das universidades, caberá aos seus colegiados de ensino e pesquisa
ou superior. decidir, dentro dos recursos orçamentários disponíveis, sobre:
I - criação, expansão, modificação e extinção de cursos;
Art. 49. As instituições de educação superior aceitarão a trans- II - ampliação e diminuição de vagas;
ferência de alunos regulares, para cursos afins, na hipótese de exis- III - elaboração da programação dos cursos;
tência de vagas, e mediante processo seletivo. IV - programação das pesquisas e das atividades de extensão;
Parágrafo único. As transferências ex officio dar-se-ão na for- V - contratação e dispensa de professores;
ma da lei. (Regulamento) VI - planos de carreira docente.

Art. 50. As instituições de educação superior, quando da ocor- Art. 54. As universidades mantidas pelo Poder Público goza-
rência de vagas, abrirão matrícula nas disciplinas de seus cursos a rão, na forma da lei, de estatuto jurídico especial para atender às
peculiaridades de sua estrutura, organização e financiamento pelo
alunos não regulares que demonstrarem capacidade de cursá-las
Poder Público, assim como dos seus planos de carreira e do regime
com proveito, mediante processo seletivo prévio.
jurídico do seu pessoal. (Regulamento)
§ 1º No exercício da sua autonomia, além das atribuições as-
Art. 51. As instituições de educação superior credenciadas
seguradas pelo artigo anterior, as universidades públicas poderão:
como universidades, ao deliberar sobre critérios e normas de sele-
I - propor o seu quadro de pessoal docente, técnico e admi-
ção e admissão de estudantes, levarão em conta os efeitos desses
nistrativo, assim como um plano de cargos e salários, atendidas as
critérios sobre a orientação do ensino médio, articulando-se com normas gerais pertinentes e os recursos disponíveis;
os órgãos normativos dos sistemas de ensino. II - elaborar o regulamento de seu pessoal em conformidade
com as normas gerais concernentes;
Art. 52. As universidades são instituições pluridisciplinares de III - aprovar e executar planos, programas e projetos de in-
formação dos quadros profissionais de nível superior, de pesquisa, vestimentos referentes a obras, serviços e aquisições em geral, de
de extensão e de domínio e cultivo do saber humano, que se carac- acordo com os recursos alocados pelo respectivo Poder mantene-
terizam por:  (Regulamento) dor;
I - produção intelectual institucionalizada mediante o estudo IV - elaborar seus orçamentos anuais e plurianuais;
sistemático dos temas e problemas mais relevantes, tanto do ponto V - adotar regime financeiro e contábil que atenda às suas pe-
de vista científico e cultural, quanto regional e nacional; culiaridades de organização e funcionamento;
II - um terço do corpo docente, pelo menos, com titulação VI - realizar operações de crédito ou de financiamento, com
acadêmica de mestrado ou doutorado; aprovação do Poder competente, para aquisição de bens imóveis,
III - um terço do corpo docente em regime de tempo integral. instalações e equipamentos;
Parágrafo único. É facultada a criação de universidades espe- VII - efetuar transferências, quitações e tomar outras provi-
cializadas por campo do saber. (Regulamento) dências de ordem orçamentária, financeira e patrimonial necessá-
rias ao seu bom desempenho.
Art. 53. No exercício de sua autonomia, são asseguradas às § 2º Atribuições de autonomia universitária poderão ser estendi-
universidades, sem prejuízo de outras, as seguintes atribuições: das a instituições que comprovem alta qualificação para o ensino ou
I - criar, organizar e extinguir, em sua sede, cursos e progra- para a pesquisa, com base em avaliação realizada pelo Poder Público.
mas de educação superior previstos nesta Lei, obedecendo às nor-
mas gerais da União e, quando for o caso, do respectivo sistema de Art. 55. Caberá à União assegurar, anualmente, em seu Orça-
ensino; (Regulamento) mento Geral, recursos suficientes para manutenção e desenvolvi-
II - fixar os currículos dos seus cursos e programas, observa- mento das instituições de educação superior por ela mantidas.
das as diretrizes gerais pertinentes;
III - estabelecer planos, programas e projetos de pesquisa Art. 56. As instituições públicas de educação superior obede-
científica, produção artística e atividades de extensão; cerão ao princípio da gestão democrática, assegurada a existência
IV - fixar o número de vagas de acordo com a capacidade de órgãos colegiados deliberativos, de que participarão os segmen-
institucional e as exigências do seu meio; tos da comunidade institucional, local e regional.

Didatismo e Conhecimento 40
LEGISLAÇÃO
Parágrafo único. Em qualquer caso, os docentes ocuparão se- ponsáveis pelo cadastramento, os mecanismos de acesso aos dados
tenta por cento dos assentos em cada órgão colegiado e comissão, do cadastro e as políticas de desenvolvimento das potencialidades
inclusive nos que tratarem da elaboração e modificações estatutá- do alunado de que trata o caput serão definidos em regulamento.
rias e regimentais, bem como da escolha de dirigentes.
Art. 60. Os órgãos normativos dos sistemas de ensino estabe-
Art. 57. Nas instituições públicas de educação superior, o pro- lecerão critérios de caracterização das instituições privadas sem fins
fessor ficará obrigado ao mínimo de oito horas semanais de aulas. lucrativos, especializadas e com atuação exclusiva em educação es-
(Regulamento) pecial, para fins de apoio técnico e financeiro pelo Poder Público.
Parágrafo único.  O poder público adotará, como alternativa
CAPÍTULO V preferencial, a ampliação do atendimento aos educandos com de-
DA EDUCAÇÃO ESPECIAL ficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habili-
dades ou superdotação na própria rede pública regular de ensino,
Art. 58.  Entende-se por educação especial, para os efeitos independentemente do apoio às instituições previstas neste artigo.
desta Lei, a modalidade de educação escolar oferecida preferen- (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)
cialmente na rede regular de ensino, para educandos com deficiên-
cia, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou TÍTULO VI
superdotação. (Redação dada pela Lei nº 12.796, de 2013) Dos Profissionais da Educação
§ 1º Haverá, quando necessário, serviços de apoio especiali-
zado, na escola regular, para atender às peculiaridades da clientela Art. 61.  Consideram-se profissionais da educação escolar
de educação especial. básica os que, nela estando em efetivo exercício e tendo sido for-
§ 2º O atendimento educacional será feito em classes, escolas mados em cursos reconhecidos, são: (Redação dada pela Lei nº
ou serviços especializados, sempre que, em função das condições 12.014, de 2009)
específicas dos alunos, não for possível a sua integração nas clas- I – professores habilitados em nível médio ou superior para a
ses comuns de ensino regular. docência na educação infantil e nos ensinos fundamental e médio;
§ 3º A oferta de educação especial, dever constitucional do (Redação dada pela Lei nº 12.014, de 2009)
Estado, tem início na faixa etária de zero a seis anos, durante a II – trabalhadores em educação portadores de diploma de pe-
educação infantil. dagogia, com habilitação em administração, planejamento, super-
visão, inspeção e orientação educacional, bem como com títulos
Art. 59.  Os sistemas de ensino assegurarão aos educandos de mestrado ou doutorado nas mesmas áreas; (Redação dada pela
com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas Lei nº 12.014, de 2009)
habilidades ou superdotação: (Redação dada pela Lei nº 12.796,  III - trabalhadores em educação, portadores de diploma de
de 2013) curso técnico ou superior em área pedagógica ou afim; e (Redação
I - currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organi- dada pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
zação específicos, para atender às suas necessidades; IV - profissionais com notório saber reconhecido pelos res-
II - terminalidade específica para aqueles que não puderem pectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins
atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental, em à sua formação para atender o disposto no inciso V do caput do
virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor art. 36. (Incluído pela Medida Provisória nº 746, de 2016)
tempo o programa escolar para os superdotados; Parágrafo único.  A formação dos profissionais da educação,
III - professores com especialização adequada em nível médio de modo a atender às especificidades do exercício de suas ativida-
ou superior, para atendimento especializado, bem como professo- des, bem como aos objetivos das diferentes etapas e modalidades
res do ensino regular capacitados para a integração desses educan- da educação básica, terá como fundamentos:  (Incluído pela Lei nº
dos nas classes comuns; 12.014, de 2009)
IV - educação especial para o trabalho, visando a sua efetiva I – a presença de sólida formação básica, que propicie o co-
integração na vida em sociedade, inclusive condições adequadas nhecimento dos fundamentos científicos e sociais de suas compe-
para os que não revelarem capacidade de inserção no trabalho tências de trabalho; (Incluído pela Lei nº 12.014, de 2009)
competitivo, mediante articulação com os órgãos oficiais afins, II – a associação entre teorias e práticas, mediante estágios
bem como para aqueles que apresentam uma habilidade superior supervisionados e capacitação em serviço; (Incluído pela Lei nº
nas áreas artística, intelectual ou psicomotora; 12.014, de 2009)
V - acesso igualitário aos benefícios dos programas sociais su- III – o aproveitamento da formação e experiências anteriores,
plementares disponíveis para o respectivo nível do ensino regular. em instituições de ensino e em outras atividades.  (Incluído pela
Lei nº 12.014, de 2009)
Art. 59-A. O poder público deverá instituir cadastro nacional de
alunos com altas habilidades ou superdotação matriculados na edu- Art. 62.  A formação de docentes para atuar na educação bási-
cação básica e na educação superior, a fim de fomentar a execução ca far-se-á em nível superior, em curso de licenciatura, de gradua-
de políticas públicas destinadas ao desenvolvimento pleno das po- ção plena, em universidades e institutos superiores de educação,
tencialidades desse alunado.  (Incluído pela Lei nº 13.234, de 2015) admitida, como formação mínima para o exercício do magistério
Parágrafo único. A identificação precoce de alunos com altas na educação infantil e nos 5 (cinco) primeiros anos do ensino fun-
habilidades ou superdotação, os critérios e procedimentos para in- damental, a oferecida em nível médio na modalidade normal. (Re-
clusão no cadastro referido no caput deste artigo, as entidades res- dação dada pela Lei nº 12.796, de 2013)

Didatismo e Conhecimento 41
LEGISLAÇÃO
§ 1º  A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios, Art. 65. A formação docente, exceto para a educação superior,
em regime de colaboração, deverão promover a formação inicial, incluirá prática de ensino de, no mínimo, trezentas horas.
a continuada e a capacitação dos profissionais de magistério. (In-
cluído pela Lei nº 12.056, de 2009). Art. 66. A preparação para o exercício do magistério superior
§ 2º  A formação continuada e a capacitação dos profissionais far-se-á em nível de pós-graduação, prioritariamente em progra-
de magistério poderão utilizar recursos e tecnologias de educação mas de mestrado e doutorado.
a distância.  (Incluído pela Lei nº 12.056, de 2009). Parágrafo único. O notório saber, reconhecido por universida-
§ 3º  A formação inicial de profissionais de magistério dará de com curso de doutorado em área afim, poderá suprir a exigência
preferência ao ensino presencial, subsidiariamente fazendo uso de de título acadêmico.
recursos e tecnologias de educação a distância. (Incluído pela Lei
nº 12.056, de 2009). Art. 67. Os sistemas de ensino promoverão a valorização dos
§ 4o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios profissionais da educação, assegurando-lhes, inclusive nos termos
adotarão mecanismos facilitadores de acesso e permanência em dos estatutos e dos planos de carreira do magistério público:
cursos de formação de docentes em nível superior para atuar na I - ingresso exclusivamente por concurso público de provas
educação básica pública. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) e títulos;
§ 5o A União, o Distrito Federal, os Estados e os Municípios II - aperfeiçoamento profissional continuado, inclusive com
incentivarão a formação de profissionais do magistério para atuar licenciamento periódico remunerado para esse fim;
na educação básica pública mediante programa institucional de III - piso salarial profissional;
bolsa de iniciação à docência a estudantes matriculados em cursos IV - progressão funcional baseada na titulação ou habilitação,
de licenciatura, de graduação plena, nas instituições de educação e na avaliação do desempenho;
superior. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) V - período reservado a estudos, planejamento e avaliação,
§ 6o O Ministério da Educação poderá estabelecer nota míni- incluído na carga de trabalho;
ma em exame nacional aplicado aos concluintes do ensino médio VI - condições adequadas de trabalho.
como pré-requisito para o ingresso em cursos de graduação para § 1o A experiência docente é pré-requisito para o exercício
formação de docentes, ouvido o Conselho Nacional de Educação - profissional de quaisquer outras funções de magistério, nos termos
CNE. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) das normas de cada sistema de ensino.  (Renumerado pela Lei nº
§ 7o (VETADO). (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) 11.301, de 2006)
 § 8º Os currículos dos cursos de formação de docentes terão § 2o  Para os efeitos do disposto no § 5º do art. 40 e no §
por referência a Base Nacional Comum Curricular. (Incluído pela 8o do art. 201 da Constituição Federal, são consideradas funções
Medida Provisória nº 746, de 2016) (Vide Medida Provisória nº de magistério as exercidas por professores e especialistas em edu-
746, de 2016) cação no desempenho de atividades educativas, quando exercidas
em estabelecimento de educação básica em seus diversos níveis e
Art. 62-A.  A formação dos profissionais a que se refere o in- modalidades, incluídas, além do exercício da docência, as de di-
ciso III do art. 61 far-se-á por meio de cursos de conteúdo técni- reção de unidade escolar e as de coordenação e assessoramento
co-pedagógico, em nível médio ou superior, incluindo habilitações pedagógico.  (Incluído pela Lei nº 11.301, de 2006)
tecnológicas. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) § 3o A União prestará assistência técnica aos Estados, ao Dis-
Parágrafo único.  Garantir-se-á formação continuada para os trito Federal e aos Municípios na elaboração de concursos públicos
profissionais a que se refere o caput, no local de trabalho ou em insti- para provimento de cargos dos profissionais da educação.  (Incluí-
tuições de educação básica e superior, incluindo cursos de educação do pela Lei nº 12.796, de 2013)
profissional, cursos superiores de graduação plena ou tecnológicos e
de pós-graduação. (Incluído pela Lei nº 12.796, de 2013) QUESTÕES

Art. 63. Os institutos superiores de educação manterão: (Re- 1) São regras morais que devem ser seguidas pelos servidores
gulamento) públicos, segundo o Decreto nº 1.171, de 22 de junho de 1994,
I - cursos formadores de profissionais para a educação básica, EXCETO:
inclusive o curso normal superior, destinado à formação de docen- A. O servidor não pode omitir ou falsear a verdade, que é um
tes para a educação infantil e para as primeiras séries do ensino direito de toda pessoa, mesmo contrariando interesses da própria
fundamental; pessoa interessada ou da Administração Pública.
II - programas de formação pedagógica para portadores de di- B. Devido à função pública de sua atividade profissional, os
plomas de educação superior que queiram se dedicar à educação fatos e atos verificados na conduta do servidor em sua vida privada
básica; poderão acrescer ou diminuir o seu bom conceito na vida funcional.
III - programas de educação continuada para os profissionais C. De forma irrestrita, a publicidade de todos os atos adminis-
de educação dos diversos níveis. trativos constitui requisito de eficácia e moralidade, ensejando sua
omissão e comprometimento ético contra o bem comum, imputá-
Art. 64. A formação de profissionais de educação para admi- vel a quem a negar.
nistração, planejamento, inspeção, supervisão e orientação educa- D. Tratar mal uma pessoa que paga seus tributos direta ou
cional para a educação básica, será feita em cursos de graduação indiretamente significa causar-lhe dano moral, assim como se
em pedagogia ou em nível de pós-graduação, a critério da institui- constitui em ofensa ao Estado e as pessoas deixar um bem público
ção de ensino, garantida, nesta formação, a base comum nacional. deteriorar por descuido ou má vontade.

Didatismo e Conhecimento 42
LEGISLAÇÃO
E. Além de atitude contra a ética ou ato de desumanidade, ca- GABARITO
racteriza-se grave dano moral aos usuários dos serviços públicos, o 1) C
servidor deixar de oferecer solução a uma situação que compete a 2) C
ele ou seu setor, permitindo a formação de longas filas ou qualquer 3) A
outra espécie de atraso na prestação do serviço. 4) B
5) A
2) De acordo com as regras deontológicas constantes do Có- 6) C
digo de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Exe-
cutivo Federal, toda ausência injustificada do servidor de seu local
de trabalho é fator de
A. atitude individual sem ressonância coletiva
B. desconforto momentâneo para o administrado
C. desmoralização do serviço público
D. reparação justa por parte do cidadão
E. desinformação do servidor faltoso

3) De acordo com o Previsto no Art. 37, II, da Constituição


Federal, a investidura em cargo ou emprego público:
I. Depende de aprovação prévia em concurso público de pro-
vas,
II. O concurso público pode ser de provas e títulos,
III. O concurso e as provas devem ser de acordo com a natu-
reza e a complexidade do cargo ou emprego,
IV. A natureza e a complexidade de cada cargo ou emprego
podem ser previstas apenas no edital de concurso público.
A. Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III.
B. Estão corretas apenas as afirmativas I, III e IV.
C. Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV.
D. Todas as afirmativas estão corretas.

4) Conforme previsto no Art. 37 da Constituição Federal, as


funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem
preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e per-
centuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribui-
ções de:
I. assessoramento.
II. chefia.
III. coordenação.
IV. direção.
A. Estão corretas apenas as afirmativas I, II e III.
B. Estão corretas apenas as afirmativas I, II e IV.
C. Estão corretas apenas as afirmativas II, III e IV.
D. Todas as afirmativas estão corretas.

5) Conforme o disposto na Lei n.º 8.112/1990, ao servidor em


estágio probatório é vedada a concessão de licença
A. para capacitação.
B. para o serviço militar.
C. por motivo de afastamento do cônjuge.
D. por motivo de doença em pessoa da família.
E. para atividade política.

6) Nos termos da Lei n. 8.112/90, são formas de provimento


de cargo público, exceto:
A. readaptação
B. reversão
C. progressão
D. aproveitamento
E. recondução

Didatismo e Conhecimento 43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos,
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA FEDERAL: funções e empregos públicos da administração direta, autárquica
DISPOSIÇÕES GERAIS (CONSTITUIÇÃO e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União,
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos detentores
FEDERAL, TÍTULO III, CAPÍTULO VII).
de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos,
2. AGENTE PÚBLICO: FUNÇÃO pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativa-
PÚBLICA, ATENDIMENTO AO CIDADÃO. mente ou não, incluídas as vantagens pessoais ou de qualquer ou-
tra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie,
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no
CAPÍTULO VII Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do
DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Poder Executivo, o subsídio dos Deputados Estaduais e Distritais
no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos Desembargadores
Seção I do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco
DISPOSIÇÕES GERAIS centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Minis-
tros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário,
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer aplicável este limite aos membros do Ministério Público, aos Pro-
dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- curadores e aos Defensores Públicos; (Redação dada pela Emenda
nicípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, Constitucional nº 41, 19.12.2003)
moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:  (Re- XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do
dação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Poder Judiciário não poderão ser superiores aos pagos pelo Poder
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos Executivo;
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as- XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer es-
sim como aos estrangeiros, na forma da lei; (Redação dada pela pécies remuneratórias para o efeito de remuneração de pessoal do
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) serviço público;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de 19, de 1998)
aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor pú-
títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou blico não serão computados nem acumulados para fins de conces-
emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para são de acréscimos ulteriores; (Redação dada pela Emenda Consti-
cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone- tucional nº 19, de 1998)
ração; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois
e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos
anos, prorrogável uma vez, por igual período;
incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III,
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de con-
e 153, § 2º, I; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19,
vocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de
de 1998)
provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos con-
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos,
cursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por exceto, quando houver compatibilidade de horários, observado em
servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a qualquer caso o disposto no inciso XI: (Redação dada pela Emen-
serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições da Constitucional nº 19, de 1998)
e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atri- a) a de dois cargos de professor; (Redação dada pela Emenda
buições de direção, chefia e assessoramento;  (Redação dada pela Constitucional nº 19, de 1998)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científi-
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre as- co; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
sociação sindical; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites saúde, com profissões regulamentadas; (Redação dada pela Emen-
definidos em lei específica; (Redação dada pela Emenda Constitu- da Constitucional nº 34, de 2001)
cional nº 19, de 1998) XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e fun-
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públi- ções e abrange autarquias, fundações, empresas públicas, socieda-
cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios des de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controla-
de sua admissão; das, direta ou indiretamente, pelo poder público;   (Redação dada
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de- pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
terminado para atender a necessidade temporária de excepcional XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais
interesse público; terão, dentro de suas áreas de competência e jurisdição, precedên-
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que cia sobre os demais setores administrativos, na forma da lei;
trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia
lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, asse- e autorizada a instituição de empresa pública, de sociedade de
gurada revisão geral anual, sempre na mesma data e sem distinção economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste
de índices;   (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de último caso, definir as áreas de sua atuação; (Redação dada pela
1998)  (Regulamento) Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

Didatismo e Conhecimento 1
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a cria- I - o prazo de duração do contrato;
ção de subsidiárias das entidades mencionadas no inciso anterior, II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direi-
assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; tos, obrigações e responsabilidade dos dirigentes;
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as III - a remuneração do pessoal.”
obras, serviços, compras e alienações serão contratados mediante § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas
processo de licitação pública que assegure igualdade de condições e às sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que rece-
a todos os concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obriga- berem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos
ções de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio
nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de quali-
em geral. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
ficação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumpri-
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de apo-
mento das obrigações. (Regulamento)
sentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e 142 com a remu-
XXII - as administrações tributárias da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, atividades essenciais ao funcio- neração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os car-
namento do Estado, exercidas por servidores de carreiras específi- gos acumuláveis na forma desta Constituição, os cargos eletivos
cas, terão recursos prioritários para a realização de suas atividades e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e
e atuarão de forma integrada, inclusive com o compartilhamento exoneração.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 1998)
de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convê- § 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remune-
nio. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003) ratórios de que trata o inciso XI do caput deste artigo, as parcelas
§ 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e de caráter indenizatório previstas em lei.  (Incluído pela Emenda
campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, in- Constitucional nº 47, de 2005)
formativo ou de orientação social, dela não podendo constar no-   § 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste
mes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito Federal fixar, em
autoridades ou servidores públicos. seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei
§ 2º A não observância do disposto nos incisos II e III impli- Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembarga-
cará a nulidade do ato e a punição da autoridade responsável, nos dores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros
termos da lei. e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Mi-
§ 3º A lei disciplinará as formas de participação do usuário nistros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto
na administração pública direta e indireta, regulando especialmen- neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais
te: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) e dos Vereadores. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 47, de
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos 2005)
em geral, asseguradas a manutenção de serviços de atendimento ao
usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárqui-
serviços; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) ca e fundacional, no exercício de mandato eletivo, aplicam-se as
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a infor- seguintes disposições: (Redação dada pela Emenda Constitucional
mações sobre atos de governo, observado o disposto no art. 5º, X nº 19, de 1998)
e XXXIII;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distri-
III - a disciplina da representação contra o exercício negli-
tal, ficará afastado de seu cargo, emprego ou função;
gente ou abusivo de cargo, emprego ou função na administração
II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo,
pública. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a emprego ou função, sendo-lhe facultado optar pela sua remune-
suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a in- ração;
disponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibi-
gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível. lidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego
§ 5º A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não
praticados por qualquer agente, servidor ou não, que causem pre- havendo compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior;
juízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exer-
§ 6º As pessoas jurídicas de direito público e as de direito cício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será contado para
privado prestadoras de serviços públicos responderão pelos danos todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento;
que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegu- V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afas-
rado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo tamento, os valores serão determinados como se no exercício es-
ou culpa. tivesse.
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocu-
pante de cargo ou emprego da administração direta e indireta que Seção II
possibilite o acesso a informações privilegiadas.  (Incluído pela DOS SERVIDORES PÚBLICOS
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 18, de 1998)
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos
órgãos e entidades da administração direta e indireta poderá ser Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Muni-
ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administra- cípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico
dores e o poder público, que tenha por objeto a fixação de metas único e planos de carreira para os servidores da administração pú-
de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor so- blica direta, das autarquias e das fundações públicas.  (Vide ADIN
bre: (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) nº 2.135-4)

Didatismo e Conhecimento 2
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municí- observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atua-
pios instituirão conselho de política de administração e remunera- rial e o disposto neste artigo. (Redação dada pela Emenda Consti-
ção de pessoal, integrado por servidores designados pelos respec- tucional nº 41, 19.12.2003)
tivos Poderes. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, § 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de
de 1998) (Vide ADIN nº 2.135-4) que trata este artigo serão aposentados, calculados os seus proven-
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais com- tos a partir dos valores fixados na forma dos §§ 3º e 17: (Redação
ponentes do sistema remuneratório observará: (Redação dada pela dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcio-
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade nais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de acidente
dos cargos componentes de cada carreira; (Incluído pela Emenda em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou
Constitucional nº 19, de 1998) incurável, na forma da lei;(Redação dada pela Emenda Constitu-
II - os requisitos para a investidura;  (Incluído pela Emenda cional nº 41, 19.12.2003)
Constitucional nº 19, de 1998) II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo
III - as peculiaridades dos cargos.  (Incluído pela Emenda de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta
Constitucional nº 19, de 1998) e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar;       (Reda-
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas ção dada pela Emenda Constitucional nº 88, de 2015)
de governo para a formação e o aperfeiçoamento dos servidores III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de
públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requi- dez anos de efetivo exercício no serviço público e cinco anos no
sitos para a promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as se-
de convênios ou contratos entre os entes federados. (Redação dada guintes condições: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) 20, de 15/12/98)
§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se
disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e trinta de contribuição,
XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisi- se mulher; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20, de
tos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exi- 15/12/98)
gir. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao tempo de
Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão contribuição.  (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 20,
remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela úni- de 15/12/98)
ca, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, adicional, abono, § 2º - Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião
prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, de sua concessão, não poderão exceder a remuneração do respecti-
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (In- vo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que
cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) serviu de referência para a concessão da pensão.  (Redação dada
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
nicípios poderá estabelecer a relação entre a maior e a menor re- § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por oca-
muneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, sião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utili-
o disposto no art. 37, XI.(Incluído pela Emenda Constitucional nº zadas como base para as contribuições do servidor aos regimes
19, de 1998) de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
anualmente os valores do subsídio e da remuneração dos cargos e § 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferencia-
empregos públicos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, dos para a concessão de aposentadoria aos abrangidos pelo regi-
de 1998) me de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Mu- leis complementares, os casos de servidores: (Redação dada pela
nicípios disciplinará a aplicação de recursos orçamentários prove- Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
nientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autar- I portadores de deficiência; (Incluído pela Emenda Constitu-
quia e fundação, para aplicação no desenvolvimento de programas cional nº 47, de 2005)
de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, II que exerçam atividades de risco;  (Incluído pela Emenda
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço públi- Constitucional nº 47, de 2005)
co, inclusive sob a forma de adicional ou prêmio de produtivida- III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais
de. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) que prejudiquem a saúde ou a integridade física.  (Incluído pela
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em Emenda Constitucional nº 47, de 2005)
carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. (Incluído pela Emen- § 5º - Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão
da Constitucional nº 19, de 1998) reduzidos em cinco anos, em relação ao disposto no  § 1º, III, «a»,
para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, exercício das funções de magistério na educação infantil e no en-
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas sino fundamental e médio. (Redação dada pela Emenda Constitu-
autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de ca- cional nº 20, de 15/12/98)
ráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas,

Didatismo e Conhecimento 3
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
§ 6º - Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos § 15. O regime de previdência complementar de que trata o
acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção § 14 será instituído por lei de iniciativa do respectivo Poder Exe-
de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência cutivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no
previsto neste artigo.(Redação dada pela Emenda Constitucional que couber, por intermédio de entidades fechadas de previdência
nº 20, de 15/12/98) complementar, de natureza pública, que oferecerão aos respecti-
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por vos participantes planos de benefícios somente na modalidade de
morte, que será igual: (Redação dada pela Emenda Constitucional contribuição definida. (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 41, 19.12.2003) nº 41, 19.12.2003)
I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor faleci- § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o dis-
do, até o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime posto nos  §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver
geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de
setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso aposen- instituição do correspondente regime de previdência complemen-
tado à data do óbito; ou (Incluído pela Emenda Constitucional nº tar. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de 15/12/98)
41, 19.12.2003) § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o
II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no car- cálculo do benefício previsto no § 3° serão devidamente atualiza-
go efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo esta- dos, na forma da lei. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
belecido para os benefícios do regime geral de previdência social 19.12.2003)
de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela § 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposenta-
excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. (Incluí- dorias e pensões concedidas pelo regime de que trata este artigo
do pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003) que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preser- regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com per-
var-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios centual igual ao estabelecido para os servidores titulares de cargos
estabelecidos em lei. (Redação dada pela Emenda Constitucional efetivos. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
nº 41, 19.12.2003) § 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado
§ 9º - O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal as exigências para aposentadoria voluntária estabelecidas no § 1º,
será contado para efeito de aposentadoria e o tempo de serviço cor- III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono
respondente para efeito de disponibilidade. (Incluído pela Emenda de permanência equivalente ao valor da sua contribuição previden-
Constitucional nº 20, de 15/12/98) ciária até completar as exigências para aposentadoria compulsória
§ 10 - A lei não poderá estabelecer qualquer forma de con- contidas no § 1º, II. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 41,
tagem de tempo de contribuição fictício.  (Incluído pela Emenda 19.12.2003)
Constitucional nº 20, de 15/12/98) § 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio
§ 11 - Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total de previdência social para os servidores titulares de cargos efeti-
dos proventos de inatividade, inclusive quando decorrentes da vos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em
acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de ou- cada ente estatal, ressalvado o disposto no art. 142, § 3º, X. (Incluí-
tras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de pre- do pela Emenda Constitucional nº 41, 19.12.2003)
vidência social, e ao montante resultante da adição de proventos § 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá ape-
de inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma nas sobre as parcelas de proventos de aposentadoria e de pensão
desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os be-
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. (Incluído pela Emenda nefícios do regime geral de previdência social de que trata o art.
Constitucional nº 20, de 15/12/98) 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, for
§ 12 - Além do disposto neste artigo, o regime de previdên- portador de doença incapacitante. (Incluído pela Emenda Consti-
cia dos servidores públicos titulares de cargo efetivo observará, no tucional nº 47, de 2005)
que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de
previdência social.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os
de 15/12/98) servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude
§ 13 - Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional
comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração bem nº 19, de 1998)
como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação
o regime geral de previdência social. (Incluído pela Emenda Cons- dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
titucional nº 20, de 15/12/98) I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (In-
§ 14 - A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, cluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
desde que instituam regime de previdência complementar para os II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegu-
seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fi- rada ampla defesa;  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
xar, para o valor das aposentadorias e pensões a serem concedidas de 1998)
pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo estabelecido III - mediante procedimento de avaliação periódica de de-
para os benefícios do regime geral de previdência social de que sempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defe-
trata o art. 201.  (Incluído pela Emenda Constitucional nº 20, de sa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)
15/12/98)

Didatismo e Conhecimento 4
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor Servidores Temporários
estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se es- São aqueles contratados para atender a situações transitórias e
tável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, excepcionais (art. 37, IX, CF).
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com re- CF/88
muneração proporcional ao tempo de serviço. (Redação dada pela
Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Art. 37. (...)
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o ser- IX – a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo de-
vidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração propor- terminado para atender a necessidade temporária de excepcional
cional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em interesse público;
outro cargo. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de Lei n° 8.745/93
1998) Dispõe sobre a contratação por tempo determinado para aten-
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obriga- der a necessidade temporária de excepcional interesse público.
tória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída Os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos
para essa finalidade. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19,
brasileiros que preencham os requisitos estabelecidos em lei, as-
de 1998)
sim como aos estrangeiros na forma da lei (art. 37, I, CF).
Para este tópico traremos os ensinamentos do professor Marco A investidura em cargos ou empregos públicos depende de
Antonio Praxedes de Moraes Filho, no qual conceitua agente pú- aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
blico como sendo: é uma terminologia genérica que representa a títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
existência de um vínculo jurídico-profissional entre qualquer pes- emprego. Excepcionalmente, as nomeações para cargo em comis-
soa física e o Poder Público. Desta forma, toda pessoa física que, são declarado em lei de livre nomeação e exoneração, não exige
a qualquer título, exerça funções públicas é considerada agente aprovação em concurso público (art. 37, II, CF, com redação dada
público. pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998).
CF/88
Agentes Políticos
São os componentes do Governo nos seus primeiros escalões, Art. 37.(...)
investidos de cargos, funções, mandatos ou comissões, por nomea- II -a investidura em cargo ou emprego público depende de
ção, eleição, designação ou delegação para o exercício das atribui- aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e
ções constitucionais. títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou
São eles: emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para
- Chefes do Executivo (Presidente da República, Governador cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exone-
dos Estados e Distrito Federal e Prefeitos Municipais), seus auxi- ração;
liares diretos (Ministros de Estado, Secretários de Estado e Secre- O prazo de validade do concurso público será de até dois anos,
tários Municipais); prorrogáveis uma vez, por igual período (art. 37, III, CF). A pror-
- Membros do Poder Legislativo (Senadores da República, rogação da validade do concurso é um ato discricionário da Admi-
Deputados Federais, Deputados Estaduais, Deputados Distritais e nistração Pública.
Vereadores); As nomeações observarão a ordem de classificação (art. 37,
- Membros do Poder Judiciário (Magistrados); IV, CF). Regra geral, o aprovado em concurso público tem apenas
- Membros do Ministério Público (Procuradores da Repúbli- expectativa de direito quanto a investidura no cargo, ficando a cri-
ca, Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça); tério da Administração Pública realizar as nomeações. Porém, há
- Membros dos Tribunais de Contas (Ministros e Conselhei-
diversos julgamentos do STF relatando certas situações ocorridas
ros);
no mundo dos fatos concedendo direito adquirido aos aprovados
- Representantes Diplomáticos.
em concurso público. Ex. aprovado dentro do número de vagas.
Servidores Públicos Civis A necessidade da realização de exame psicotécnico em con-
São aqueles incumbidos do exercício da função administrativa cursos públicos precisa estar previamente estabelecida e lei e de-
civil (não militar), regidos pelas normas do art. 39 da Constituição verá ser pautada e critérios objetivos.
Federal, sujeitos ao regime estatutário. Súmula 686, STF
Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação
Servidores Públicos Militares de candidato a cargo público.
São aqueles que integram as carreiras militares dos Estados, A lei deverá reservar percentual dos cargos e empregos públi-
do Distrito Federal e Territórios e das Forças Armadas (art. 42, CF; cos para as pessoas portadoras de deficiência e definirá os critérios
art. 142, § 3°, CF). de sua admissão (art. 37, VIII, CF). Ex. O art. 5° da Lei n° 8.112/90
Estados / DFT Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar reserva em até 20% das vagas para portadores de deficiência.
Forças Armadas Exército, Marinha e Aeronáutica
Acumulações
Empregados Públicos É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos (art.
São aqueles ocupantes de emprego público, remunerados por 37, XVI, CF).
salários e sujeitos às regras da Consolidação das Leis do Trabalho - REGRA
(CLT). Em regra, são os vinculados às Empresas Estatais (Empre- Acumulação Proibida
sas Públicas e Sociedade de Economia Mista).

Didatismo e Conhecimento 5
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
- EXCEÇÃO Por fim, a aposentadoria voluntária, desde que cumprido tem-
Estabilidade po mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e
Para os agentes públicos em geral, são estáveis após três anos cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, ob-
de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provi- servadas as seguintes condições: a) sessenta anos de idade e trinta
mento efetivo em virtude de concurso público (art. 41, caput, CF). e cinco de contribuição, se homem, e cinquenta e cinco anos de
Todavia, para os Magistrados e Membros do Ministério Pú- idade e trinta de contribuição, se mulher. Os requisitos de idade e
blico a estabilidade recebe o nome especial de vitaliciedade, sendo de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, para o
adquirida após dois anos de exercício (art. 95, I, CF; art. 128, § professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercí-
1°, I,CF). cio das funções de magistério na educação infantil e no ensino fun-
damental e médio; b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e
Responsabilidade sessenta anos de idade, se mulher, com proventos proporcionais ao
A prática de ato ilícito pelo agente público no exercício de tempo de contribuição.
suas funções pode ensejar a responsabilidade civil, criminal e ad- Por sua vez, Alexandre Mazza (2011, p.450) adverte que “em
ministrativa. relação aos servidores que cumpriram todos os requisitos até a data
A regra é a independência/autonomia entre as três esferas. To- de promulgação da Emenda nº 42/2003, a aposentadoria será cal-
davia, se o agente público for absolvido criminalmente por duas si- culada, integral e proporcionalmente, de acordo com a legislação
tuações especiais também deverá ser absolvido nas demais esferas. vigente antes da emenda. Entretanto, quanto aos demais servidores
Conforme artigo científico de Hálisson Rodrigo Lopes três públicos, não há mais possibilidade de aposentadoria com proven-
são as modalidades de aposentadoria, conforme disposto nos inci- tos integrais, passando seu valor a sujeitar-se aos patamares do
sos I a III, do art. 40 da Constituição Federal, abaixo explicitadas: regime geral de previdência”.
Aposentadoria por invalidez permanente, sendo os proventos
proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se decorrente de Cargo, Emprego e Função Pública
acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, con- Doutrinadores conceituam quadro funcional como sendo o
tagiosa ou incurável, na forma da lei. Tais condições decorrem de conjunto de carreiras, cargos isolados e funções públicas de uma
fato mórbido que impede o servidor de desempenhar as funções mesma pessoa jurídica. Desta forma podemos afirmar que Cargo
previstas para o cargo provido. é uma pequena parte da organização funcional da Administração,
No caso das exceções acima, “os proventos serão integrais, o menor centro de competência, ocupada por servidor público es-
sendo absolutamente irrelevante a idade do servidor e o seu tempo tatutário, ao qual é atribuído um conjunto de atribuições previstas
de contribuição.” (GASPARINI, 2008, p. 206) em lei, que constituirá a sua competência (cf. definição, ligeira-
A Lei nº 8.112, de 11 de dezembro 1990, que dispõe sobre o mente diferente, da Lei n. 8.112/90, art. 2º).
regime jurídico dos servidores públicos civis da União, das autar- O professor Aragão afirma que: um dos elementos mais im-
quias e das fundações públicas federais, informa no art. 186, § 1º, portantes dos quadros funcionais são as carreiras: carreira é o con-
quais as doenças que justificam a invalidez permanente, visando à junto de classes funcionais, por sua vez composta de cargos, cujos
aposentadoria, senão vejamos: tuberculose ativa, alienação men- ocupantes têm a possibilidade de ir galgando de uma classe para
tal, esclerose múltipla, neoplasia maligna, cegueira posterior ao a outra, o que constitui a progressão funcional (ex.: na carreira há
ingresso no serviço público, hanseníase, cardiopatia grave, doença três classes, cada uma delas com um número de cargos. A nomea-
de Parkinson, paralisia irreversível e incapacitante, espondiloar- ção do concursado se dá na 3ª classe e, atendendo a determinadas
trose anquilosante, nefropatia grave, estados avançados do mal condições, ele vai sendo promovido para os cargos de 2ª e de 1ª
de Paget (osteíte deformante), Síndrome de Imunodeficiência Ad- classes sucessivamente).
quirida - AIDS, e outras que a lei indicar, com base na medicina Para ele; os cargos que integram classes funcionais são chama-
especializada. dos sucessivamente cargos de carreira. Mas há também os chama-
Já no art. 212, da legislação supracitada, salienta que:  con- dos cargos isolados que, apesar de integrarem o quadro funcional
figura acidente em serviço o dano físico ou mental sofrido pelo geral do ente, não pertencem a qualquer carreira, não ensejando,
servidor, que se relacione, mediata ou imediatamente, com as atri- consequentemente, progressão funcional. São cargos de natureza
buições do cargo exercido, equiparando ao acidente em serviço o estanque (ex.: Ministro do TCU).
dano decorrente de agressão sofrida e não provocada pelo servidor Desta forma todo cargo é composto de funções próprias, mas
no exercício do cargo; sofrido no percurso da residência para o nem toda função pública pressupõe a existência de um cargo na
trabalho e vice-versa. qual deva estar alocada. Nos ensina o auto que: há funções pú-
Outra modalidade de aposentadoria é a compulsória, com pro- blicas sem cargo: as funções gratificadas, pelas quais o servidor
ventos proporcionais ao tempo de serviço, quando o servidor com- com vínculo permanente percebe remuneração pelo desempenho
pletar setenta anos de idade, “proventos estes que, não obstante, da atividade (art. 37, V); e as funções temporárias (art. 37, IX). Os
poderá atingir aritmeticamente a remuneração integral da ativa se empregados públicos também exercem função pública sem ocu-
já houver atingido o servidor o referido tempo máximo de contri- par cargos, possuindo emprego público, que é a relação jurídica
buição.” (ARAÚJO, 2010, p. 329) trabalhista estabelecida com o Estado, pela qual se incumbe e se
Alexandre de Moraes (2011, p.395) destaca que “o Supremo habilita ao exercício de determinadas funções, mas, como não têm
Tribunal Federal alterou seu posicionamento anterior, pacifican- uma relação estatutária, não ocupam cargos.
do a inaplicabilidade das regras da aposentadoria compulsória em Utilizaremos a classificação do referido autor para a explica-
virtude de idade aos notários referidos no art. 236 da Constituição ção e diferenciação de cargo, emprego e função pública, conforme
Federal.” segue:

Didatismo e Conhecimento 6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Classificação dos cargos públicos cuja eficácia está condicionada à edição da lei complementar nela
Tendo em vista a situação dos cargos diante do quadro funcio- referida. CELSO ANTÔNIO BANDEIRA DE MELLO sustenta
nal, já vimos no tópico anterior que há os cargos de carreira e os que esta hipótese deve ser entendida como apenas os casos em
cargos isolados. que a insuficiência já seria de tal monta que de qualquer forma já
Sob o prisma das garantias de permanência nos cargos, eles ensejaria a demissão prevista no inciso II;
podem agrupar-se em três categorias: 1) vitalícios; 2) efetivos; e (d) Necessidade de redução de despesas para cumprimento
3) em comissão. do percentual de 60% da receita corrente líquida com despesas de
1) Cargos vitalícios pessoal, na forma do art. 169 c/c o art. 247, CF, art. 33 da Emenda
São os cargos que oferecem maior garantia de permanência Constitucional n. 19/98, regulamentado pelos arts. 18 e 20 da Lei
aos seus ocupantes, já que, após adquirida a vitaliciedade, só po- de Responsabilidade Fiscal (Lei Complementar n. 101/00) e pela
dem perder o cargo mediante decisão judicial transitada em julga- Lei n. 9.801/99.
do. Dirige-se a servidores públicos previstos constitucionalmente O servidor estável que perder o cargo por essa razão, de cunho
que exercem elevadas funções de controle, e que, por isso, devem financeiro-orçamentário, terá direito a indenização na forma do §
ter garantida de forma reforçada a sua independência. 5º do art. 169, CF (um mês de remuneração por ano de serviço). O
A vitaliciedade é de previsão constitucional expressa. Na vi- seu cargo é definitivamente extinto, e ele nem ficará em disponibi-
gente ordem constitucional, são vitalícios os cargos dos magistra- lidade (ver conceito adiante), desligando-se, outrossim, definitiva-
dos (art. 95, I), dos membros do Ministério Público (art. 128, § 5º, mente do serviço público (169, § 6º).
I, a) e dos Tribunais de Contas (art. 73, § 3º). Quanto à diferença entre a vitaliciedade e estabilidade, diz
Via de regra, a vitaliciedade é adquirida após dois anos de HELY LOPES MEIRELLES que a vitaliciedade é no cargo e a es-
exercício do cargo, mas, nos casos em que a nomeação não se dá tabilidade, no serviço público. CARMEN LÚCIA ANTUNES DA
por concurso, é adquirida desde o início do exercício (ex.: Minis- ROCHA entende que esta distinção, apesar de tradicionalmente
tros do STF e do TCU). repetida, não é procedente, já que não há vínculo genérico com o
2) Cargos efetivos serviço público, mas sim com determinado cargo. Neste sentido,
São os cargos que possuem caráter de permanência, mas um caracteriza a vitaliciedade simplesmente como uma “estabilidade
pouco menos forte que a existente nos cargos vitalícios. São a especial”, mais fácil (dois em vez de três anos) de ser adquirida e
grande maioria dos cargos dos quadros funcionais. revestida de maiores proteções (perda só com decisão transitada
Os ocupantes de tais cargos, após três anos de efetivo exer- em julgado).
cício, adquirem estabilidade, em razão da qual só poderão perder Como a Constituição Federal, ao tratar da estabilidade (art.
o cargo pelas causas taxativamente previstas na Constituição. A 41), refere-se apenas à nomeação (não a contratação) e a cargos
estabilidade é o direito de o servidor estatutário, investido em car- (não a empregos), não há de se falar da estabilidade para os servi-
go efetivo, permanecer no serviço público após três anos de efeti- dores trabalhistas, ressalvadas algumas restrições à sua dispensa,
vo exercício e desempenho avaliado positivamente por Comissão já que o fato de os empregados públicos não terem estabilidade
(art. 41), ou seja, não basta o decurso do tempo, devendo haver não quer dizer que a sua dispensa possa ser arbitrária, desmotiva-
também o juízo positivo expresso da comissão de avaliação do da ou desrespeitosa dos princípios da Administração Pública. Não
estágio probatório. que seja admissível apenas a sua dispensa com justa causa, mas
Mas, mesmo durante o estágio probatório, o servidor não pode devem ser adotados critérios motivados, razoáveis e igualitários
ser exonerado ou demitido sem inquérito ou sem as formalidades na definição de quais empregados serão dispensados e quais não o
legais de apuração de suas capacidades, inclusive com ampla defe- serão. O art. 3º da Lei n. 9.962/00 adotou esta doutrina.
sa (Súmula n. 21, STF, e art. 5º, IV, CF). 3) Cargos em comissão
Apesar de terem muitas conexões, o instituto da efetividade Os cargos em comissão, também chamados de cargos de con-
não se confunde com o da estabilidade. O empossado em cargo fiança, ao contrário dos anteriores, não possuem qualquer caráter
efetivo de pronto já tem efetividade, que é concernente à natureza de permanência, sendo de livre nomeação (independem de con-
do cargo que ocupa, mas só terá estabilidade após três anos. A efe- curso público) e exoneração (despida de qualquer formalidade ou
tividade do cargo é um dos principais requisitos para a obtenção condição) – art. 37, II, in fine.
da estabilidade. O art. 37, V, tratou de forma distinta as funções de confian-
Até a Reforma Administrativa, da EC n. 19/1998, o prazo para ça e os cargos de confiança: aquelas só podem ser exercidas por
a aquisição de estabilidade era o mesmo da vitaliciedade – dois ocupantes de cargo efetivo; e os cargos de confiança podem ser
anos. exercidos por pessoas “extraquadros”, respeitados apenas os per-
As causas taxativamente previstas na CF como ensejadoras da centuais mínimos previstos em lei destinados obrigatoriamente a
perda do cargo pelo servidor estável são as seguintes: servidores efetivos. Em outras palavras, “os cargos em comissão
(a) Decisão judicial transitada em julgado, prevista no art. 41, representam as mais elevadas responsabilidades a serem exercidas
§1º, I (única hipótese, como vimos acima, que também é de perda sob a fidúcia da autoridade nomeante e, em linha de princípio, po-
do cargo vitalício); dem recair sobre quaisquer destinatários, servidores ou não, desde
(b) Decisão em processo administrativo com ampla defesa e que preencham as condições legais ou regulamentares preestabe-
contraditório (art. 41, §1º, II); lecidas pelo Poder Público. Por outro lado, a legislação infracons-
(c) Avaliação periódica de desempenho, conforme previsto titucional deverá contemplar uma reserva de tais cargos para os
em lei complementar de cada ente e assegurado o contraditório. servidores organizados em carreira (CF/88, art. 37, V). As funções
O art. 41, §1º, III, que prevê essa hipótese de perda do cargo pelo de confiança, de outra banda, aparecem na estrutura administrativa
servidor estável, é, portanto, norma de eficácia limitada, ou seja, escalonadas imediatamente abaixo dos cargos em comissão e são

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
exclusivas dos servidores ocupantes de cargos efetivos de qualquer A criação é a formação de novos cargos, empregos ou funções
esfera governamental”. Inerente às funções de confiança e aos car- públicas no quadro funcional. Na extinção, eles são suprimidos,
gos em comissão está o grau de fidúcia esperado de ocupante de não precisando ser feita diretamente pela lei, mas pelo Chefe do
ambos, sendo necessária uma relação de confiança qualificada, su- Poder Executivo desde que o cargo esteja vago (art. 84, VI).
perior àquela ordinariamente já exigida. Já pela transformação, dá-se a extinção e criação concomitan-
Com efeito, há de existir na criação de cargos em comissão te de cargos, funções ou empregos públicos. Uma posição desapa-
uma fidúcia pessoal diferente daquela que é exigível de todo indi- rece para dar lugar a outra(s) posição(s) nova(s).
víduo que ocupe uma posição no organograma da Administração, Como o art. 61, § 1º, II, a, se refere à lei de iniciativa do Chefe
seja por determinação do regime estatutário que lhe seja aplicável, do Poder Executivo apenas para a criação de cargos, funções e em-
seja pelas normas da legislação trabalhista que determinam ao em- pregos públicos na Administração Direta e nas autarquias, não se
pregado agir de forma leal com o empregador. referindo às entidades de direito privado da Administração Indire-
O art. 37, V, in fine, reafirmando posição doutrinária já existen- ta, os empregos nessas entidades podem ser criados sem lei, aten-
te, dispõe que não é qualquer cargo que a Lei pode considerar de
didas as normas de supervisão ministerial e os seus orçamentos.
confiança, mas apenas os de direção, chefia e assessoramento. Para
Assim, a ausência de menção às estatais no referido dispositi-
EDMIR NETTO DE ARAUJO, a elas deveriam ser acrescentadas
vo constitucional demonstra que o Constituinte, atento à natureza
as funções de “consultoria e assistência”, que não foram contem-
pladas, ou por uma omissão do Constituinte, ou ainda por poderem empresarial dessas entidades, dispensou-as da necessidade de lei
ser implicitamente retiradas da terminologia “assessoramento”, o para criação e extinção de empregos públicos.
que, entretanto, não seria tecnicamente preciso. Para SÉRGIO DE ANDRÉA FERREIRA, “se, para a admi-
A exigência constitucional de que os cargos comissionados nistração pública direta e autárquica, há necessidade de lei, para a
sejam reservados a situações de direção, chefia e assessoramento caracterização dos cargos em comissão ou empregos de confiança,
demonstra que somente posições com uma carga de responsabili- o mesmo não ocorre com as entidades administrativas de direito
dade e fidúcia reforçadas justificam a exceção ao dever de realizar privado, nas quais isto se faz, ora por decreto, no caso de certas
concurso público para o preenchimento de vagas na Administração fundações públicas; ou por atos internos dos próprios entes”.
Pública. O Tribunal de Contas da União firmou entendimento neste
Vale nesse sentido comentar uma importante decisão do STF sentido a partir da Decisão n.158/02, em caso referente ao Banco
sobre a criação de cargos em comissão, matéria que, embora per- do Brasil S/A: “Ora, a criação de empregos públicos em Socieda-
meadas por alto grau de discricionariedade legislativa, foi sindicada des de Economia Mista que desenvolvem atividades econômicas
pelo Poder Judiciário: na ADI n. 3.233, o Pleno declarou a incons- não necessita ser realizada por intermédio de lei. É indiscutível,
titucionalidade, por violação ao art. 37, II, da Constituição Federal, também, que o regime jurídico das pessoas estatais que desen-
do art. 1º, caput e incisos I e II, da Lei n.6.600/98; do art. 5º da volvem tais atividades é o privado – onde vigora a livre criação
Lei Complementar n. 57/03 e das Leis n. 7.679/04 e n. 7.696/04, de empregos –, apenas derrogado excepcionalmente pela Carta
todas do Estado da Paraíba, que criaram funções de confiança de- Magna. Ante isto, seria um contrassenso imaginar que o Legisla-
nominadas “agente judiciário de vigilância”, posteriormente deno- dor decidiu que a criação de cargos em comissão em Sociedades
minadas “assessor de segurança”. Entendeu que referidas funções de Economia Mista que desempenham atividades econômicas só
não exigiam habilidade profissional específica, também não sendo é cabível por meio de lei e, ao mesmo tempo, nestas mesmas So-
funções dotadas de poder de comando, e, portanto, não poderiam ciedades, houve por bem não submeter à lei a criação de empregos
ser consideradas, ainda que por Lei “funções de confiança”, a serem públicos (...).”
preenchidas sob a forma de cargos em comissão, e, por conseguin- Fora do Poder Executivo, possuem iniciativa legislativa priva-
te, sem concurso público. tiva para criar posições funcionais no âmbito de suas respectivas
Apesar de a expressão “função de confiança” ser realmente um
estruturas funcionais o Poder Judiciário (art. 96, II, b), os Tribunais
conceito jurídico indeterminado, é possível a sua sindicabilidade
de Contas e o Ministério Público (art. 127, § 2º).
à luz das normas constitucionais, sobretudo em hipóteses como
No que concerne ao próprio Poder Legislativo, a matéria não
a acima aventada, que claramente não se enquadrava no referido
conceito – ou seja, encontrava-se na zona de certeza negativa do é regulamentada por lei, o que exigiria a sanção presidencial, ate-
conceito, que “destina-se apenas às atribuições de direção, chefia e nuando sua própria autonomia de maneira que os seus cargos po-
assessoramento” (art. 37, V, CF). Não basta obviamente a lei ape- dem ser criados, transformados ou extintos por Resolução Legis-
nas dar o nome de “assessor”. lativa (arts. 51, IV, e 52, XIII). Apenas a fixação da remuneração é
Por fim, dentro da espécie dos cargos de confiança, poderíamos que, após a Emenda Constitucional n. 19/98, ficou dependendo de
também incluir os cargos de provimento por prazo determinado, lei, de iniciativa privativa da Câmara ou do Senado, dependendo
vedada a exoneração ad nutum (ex.: os dirigentes das agências re- do quadro funcional respectivo.
guladoras, Chefes dos Ministérios Públicos e os reitores de univer-
sidades públicas). ODETE MEDAUAR os denomina de “cargos
ocupados por mandato”. Pelo entendimento do STF (ADI n. 1.949),
não há propriamente uma “estabilidade temporária”, mas sim uma
limitação legal do poder de exoneração às hipóteses de falta gra-
ve, após prévio contraditório. Não se exige, naturalmente, fatos da
mesma gravidade que os necessários para demitir servidores está-
veis. O vínculo não é tão forte, e, por exemplo, a demonstração ob-
jetiva da ineficiência do servidor ocupante de cargo em comissão
por prazo determinado seria suficiente para levar à sua exoneração.

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
DIREÇÃO
Está relacionada com a maneira pela qual os objetivos devem
2. NOÇÕES DAS FUNÇÕES ser alcançados através da atividade das pessoas e da aplicação dos
ADMINISTRATIVAS: PLANEJAMENTO, recursos que compõem a organização.
ORGANIZAÇÃO, DIREÇÃO E CONTROLE. Direção é a atividade consistente em conduzir e coordenar
o pessoal na execução de um plano previamente elaborado. As-
sim, dirigir uma organização pública ou privada significa dominar
a habilidade de conseguir que os seus subordinados executem as
ORGANIZAÇÃO tarefas para as quais foram designados por força do cargo (setor
A palavra organização pode assumir vários significados: público) ou por força do contrato de trabalho (setor privado).
a) Organização como uma entidade social: Uma organização Os meios normalmente utilizados para o desempenho de uma
social dirigida para objetivos específicos e deliberadamente estru- direção eficaz são: a) ordens e instruções, b) motivação, c) comu-
turada. A organização é uma entidade social porque é constituída nicação e d) liderança, sendo que um bom gestor sabe que os me-
por pessoas. É dirigida para objetivos porque é desenhada para lhores resultados de gestão surgirão do uso combinado delas.
alcançar resultados, como gerar lucros, proporcionar satisfação Ou seja, não basta dar ordens e instruções, é preciso saber
social, etc. É deliberadamente estruturada pelo fato que o trabalho motivar seus subordinados na execução das tarefas. E isso se faz,
é dividido e seu desempenho é atribuído aos membros da orga- por exemplo, através de uma comunicação eficiente entre chefe e
nização. Nesse sentido, a palavra organização significa qualquer subordinado. É preciso dizer à equipe o motivo pelo qual aquele
empreendimento humano moldado intencionalmente par atingir determinado trabalho é importante para a organização. Estes con-
determinados objetivos. Essa definição é aplicável a todos os ti- ceitos, apesar de simples, são comumente esquecidos pelos diri-
pos de organizações, sejam elas lucrativas ou não, como empresas, gentes de organizações públicas e privadas, trazendo-lhes sérios
bancos, financeiras, hospitais, clubes, igrejas etc. Dentro desse prejuízos financeiros e operacionais a curto prazo sem falar na per-
ponto de vista, a organização pode ser visualizada sob dois aspec- da da credibilidade do trabalho executado pelo gestor perante seus
tos distintos: subordinados, pares e superiores.
• Organização formal: É a organização baseada em uma divi-  
são de trabalho racional que especializa órgãos e pessoas em de- CONTROLE
terminadas atividades. É, portanto, a organização planejada ou a Controlar significa garantir que o planejamento seja bem exe-
organização que está definida no organograma, sacramentada pela cutado e que os objetivos estabelecidos sejam alcançados da me-
direção e comunicada a todos por meio dos manuais de organiza- lhor maneira possível.
ção. É a organização formalizada oficialmente.  A função administrativa de controle está relacionada com a
• Organização Informal: É a organização que emerge espon- maneira pela qual os objetivos devem ser alcançados através da
tânea e naturalmente entre as pessoas que ocupam posições na or- atividade das pessoas que compõem a organização. O planejamen-
ganização formal e a partir dos relacionamentos humanos como to serve para definir os objetivos, traçar as estratégias para alcan-
ocupantes de cargos. Forma-se a partir das relações de amizade e çá-los e estabelecer os planos de ação. A organização serve para
do surgimento de grupos informais que não aparecem no organo- estruturar as pessoas e recursos de maneira a trabalhar de forma
grama ou em qualquer outro documento formal. organizada e racional. A direção mostra os rumos e dinamiza as
b) Organização como função administrativa e parte integrante pessoas para que utilizem os recursos da melhor maneira possível.
do processo administrativo: Nesse sentido, organização significa Por fim, o controle serve para que todas as coisas funcionem da
o ato de organizar, estruturar e integrar os recursos e os órgãos maneira certa e no tempo certo.
incumbidos de sua administração e estabelecer as relações entre  O controle verifica se a execução está de acordo com o que foi
eles e as atribuições de cada um. Trataremos da organização sob planejado: quanto mais completos, definidos e coordenados forem
o segundo ponto de vista, ou seja, a organização como a segunda os planos, mais fácil será o controle.
função administrativa e que depende do planejamento, da direção
e do controle para formar o processo administrativo. Organizar
consiste em:
• Determinar as atividades específicas necessárias ao alcance
dos objetivos planejados (especialização).
• Agrupar as atividades em uma estrutura lógica (departamen-
talização).
• Designar as atividades às específicas posições e pessoas
(cargos e tarefas).
A organização pode ser estruturada em três níveis diferentes:
a) Organização ao nível global: É a organização que abrange a
empresa como uma totalidade. É o chamado desenho organizacio-
nal, que pode assumir três tipos: Organização linear, organização
funcional e organização o tipo linha-staff.
 

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
empatia que é a habilidade de se colocar no lugar do outro e prestar
3. RELACIONAMENTO INTERPESSOAL muita atenção no significado das palavras, na maneira em que a
E COMPORTAMENTO ORGANIZACIO- pessoa está transmitindo, no seu estado emocional, seus limites e
NAL. RELAÇÕES INTERPESSOAIS E conhecimentos; é olhar para os seus olhos, é perguntar se houver
dúvidas, é evitar interpretar ou “alucinar” a partir do que foi dito;
INTERGRUPAIS. TRABALHO EM EQUIPE
Este mesmo princípio de empatia se processa para quem dese-
E CONFLITOS. QUALIDADE NO ja se comunicar. Para conseguir um ótimo resultado, basta colocar-
ATENDIMENTO E GERENCIAMENTO se no lugar do outro e gerar estímulos adequados conforme o jeito
DO TEMPO. do outro funcionar, de processar informações, de entender confor-
me o seu nível cultural ou limitações de vocabulário, conceitos e
experiências pessoais. A pergunta ideal para termos a evidência se,
de fato, o outro entendeu o que dissemos é “O que você entendeu
A ARTE É COMUNICAÇÃO INTERPESSOAL do que eu disse?”. O mundo seria, certamente, bem melhor e as
Além das palavras, existe um mundo infinito de nuances e pessoas conseguissem relacionar-se melhor se pudessem fazer e
prismas diferentes que geram energias ou estímulos que são per- responder a essa pergunta;
cebidos e recebidos pelo outro, através dos quais a comunicação d) Voz: Outra grande dificuldade para muitos (e o problema é
se processa. Um olhar, um tom de voz um pouco diferente, um que desses, poucos sabem) é sobre a utilização adequada da voz.
franzir de cenho, um levantar de sobrancelhas, podem comunicar Há pessoas que falam muito devagar, outras ainda que tem dicção
muito mais do que está contido em uma mensagem manifestada ruim ou falam de forma linear ou ainda com volume muito baixo.
através das palavras. Em 15 anos atuando como professor de Co- A questão é simples: Como posso esperar, de fato, que alguém
municações Verbais, tendo treinado mais de 13.000 pessoas, tenho me compreenda ou preste atenção no que digo se nem sequer con-
observado algumas curiosidades que creio interessantes para que sigo entender o que estou dizendo?
cada um possa refletir e tirar algum proveito. e) Corpo: Curiosamente, a expressão corporal assume até
mais importância do que a voz e, em alguns casos, do que o pró-
PROBLEMAS DA COMUNICAÇÃO prio conteúdo. Medo de olhar nos olhos, expressão facial incon-
Uma dessas constatações de pessoas que se dizem com gran- gruente com o conteúdo, aparência mal cuidada, ausência de ges-
des problemas de comunicação é que, de fato, os problemas são tos ou excessiva gesticulação, bem como posturas inadequadas são
relativamente simples e de fácil solução. O que ocorre é que esse suficientes para tirarem o brilho de um processo de comunicação;
problema, por menor que seja, compromete todo o sistema de co- f) Vícios: Quantas vezes ouvimos, ou melhor, tentamos ouvir
municação. Por exemplo, uma pessoa pode ter boa cultura, ser ex- pessoas, acompanhar seu raciocínio, mas fica difícil pois ouvimos
trovertida e desinibida, saber usar bem as mãos, possuir um rico alguns ruídos, tais como “aaaa...”, “éééé....”, “tá”, “né”, “certo”,
vocabulário e dominar uma boa fluência verbal. Pode possuir tudo “percebe” repetidos inúmeras vezes. Deixamos de prestar atenção
isso, mas se falar de forma linear, com voz monótona irá provocar no conteúdo e ficamos incomodados com esses sons que dificultam
desinteresse e sonolência aos ouvintes e, consequentemente, a co- a compreensão;
municação ficou limitada. g) Prolixidade: Por acaso, você conhece pessoas que dão vá-
O somatório desses pequenos problemas impede que uma pes- rias voltas, entram em paralelas ou transversais, fazem retornos,
soa se comunique com fluidez e naturalidade. É o mesmo princípio dão marcha ré, engatam novamente a primeira marcha... Já deu
de que: “A união faz a força”, ou seja, o conjunto dessas dificulda- para perceber que estamos falando de pessoas prolixas, ou seja:
des neutraliza o efeito que a comunicação poderia provocar, impe- Ninguém aguenta por muito tempo ouvir aquelas pessoas que fa-
dindo-a de mostrar o seu potencial e a sua competência, gerando lam demais e desnecessariamente, principalmente sobre assuntos
frustrações na vida pessoal e profissional: sem interesse;
a) Timidez: Há pessoas que possuem muito conhecimento e h) Controle emocional: Você já ficou magoado e ficou cha-
muito talento mas na hora de falar em público, em uma reunião teado um dia inteiro por um simples fato ocorrido no trânsito ou
ou quando convidadas para proferir uma palestra, ficam totalmen- um tom de voz mais elevado em um momento de discussão ou
te apavoradas e preferem fugir do que enfrentar. Se observarmos um “bom dia” que não lhe disseram? Você já imaginou o poder
bem, uma pessoa não é valorizada por aquilo que sabe ou conhece, que você mesmo dá, assim, de presente a uma pessoa que você
mas por aquilo que faz com aquilo que sabe. Por isso, a timidez nem conhece, talvez nunca mais a veja na vida, ou mesmo que
tem impedido muitas pessoas de conseguirem galgar melhores seja alguém conhecido, que é a capacidade de tirar o seu bom hu-
possibilidades de sucesso na vida. Basicamente, os problemas de mor, seu otimismo, ou a sua motivação? Esteja atento para essas
timidez manifestam-se por medos, tais como de não ser bem suce- armadilhas da comunicação e previna-se. Conheço uma frase de
dido, de errar, de ter o famoso “branco”. Outra evidência é a baixa um filme de treinamento chamado “O Homem Milagre”, que diz o
autoestima, ou a sensação de incapacidade para se expressar diante seguinte: “SNIOP”, ou seja: “Salve-se das Nefastas Influências de
de situações desafiadoras. Além disso, há o excesso de manifesta- Outras Pessoas”. De qualquer modo é importante que você mesmo
ções no próprio corpo, tais como tremedeira, gagueira, sudorese, mantenha o devido controle emocional e saiba proteger-se dessas
taquicardia, chegando, em alguns casos até a desmaios; negatividades;
b) Saber Ouvir: Saber ouvir é muito mais do que escutar e i) Foco de mudanças: Você não pode mudar as atitudes e com-
darmos a nossa interpretação conforme desejarmos ou baseada nas portamentos de outras pessoas. Assuma! Você é o responsável ape-
nossas próprias limitações. Saber ouvir é cultivar a difícil arte da nas por aquilo que está ao seu alcance e pelas mudanças que pode
proporcionar a você mesmo;

Didatismo e Conhecimento 10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
j) Motivação e autoestima: Considero um dos aspectos mais A propósito, é bom lembrar o que diz Levine and Wright Ko-
importantes da comunicabilidade de uma pessoa, a energia que flui zoles que, “quando os empregados são mantidos informados, ten-
sutilmente através da sua voz e do seu corpo, das palavras e da dem a se sentir mais satisfeitos com seus trabalhos, apresentam
sua postura, dos gestos e do olhar. É a expressão do seu otimismo um moral de nível mais alto e são motivados a serem empregados
ou pessimismo, da agressividade ou suavidade, do nível da sua produtivos”. Continua sendo verdadeiro afirmar que a existência
autoestima. É a comunicação invisível, mas presente, percebida de um processo de comunicação bem planejado e executado pro-
pelos sentidos. Quão agradável é a energia que flui de pessoas oti- voca impacto positivo no desempenho individual dos empregados.
mistas, bem humoradas, felizes, que diante das adversidades da Como se vê, o impacto da comunicação sobre os empregados deve
vida encontram desafios que serão superados. ser avaliado de maneira muito mais profunda e crítica para que as
Para concluir, cabe ressaltar a sutileza da comunicação das empresas atinjam suas metas em parceria com seus funcionários.
pessoas que tem bondade no coração, a gentileza nos gestos, be-
leza e doçura nas palavras. “Sensualidade, alinhamento e graça O QUE É EQUIPE
permeiam seus movimentos. Uma nobreza natural flui silenciosa Há alguns anos atrás, não falavam em equipe, elas existiam
e discretamente em suas ações; há uma segurança pessoal apoiada mais eram convencionais, orientadas para a função, compostas de
na humildade; uma reverência, um senso de humor mesclado com especialistas nessas funções. O mundo está cheio de equipes, e
a consciência do sagrado”. Essas são as pessoas que fazem mais do existem muitos tipos, e cada uma possui seu próprio potencial que
que se comunicar, irradiam luz e brilho pessoal. se desmorona à sua frente. Elas tem sido um componente-chave da
realidade organizacional desde que existem as organizações, diga-
O QUE É COMUNICAÇÃO INTERGRUPAL mos que, é a unidade natural para atividades de pequena escala,
“Uma comunicação bem estruturada e efetiva provoca im- desde o início da Revolução Industrial, iniciada no século XVIII.
pacto positivo no desempenho individual dos empregados”. Não O mundo, após o final da II Guerra Mundial, estava em ruínas,
obstante todo o progresso tecnológico deve-se levar em conta uma tinha recém se reconstruído e tornara-se altamente competitivo.
verdade fundamental. O homem, para produzir e sobreviver neces- Em outros países, estavam-se experimentando novos modelos para
sita da comunicação. Comunicar-se com seu semelhante está na grandes organizações. O sucesso desses países deve-se a custa dos
base de qualquer relacionamento humano. E mais: Quanto maior norte-americanos. O entusiasmo da prosperidade norte-americana
for o entendimento entre as pessoas, melhor será o bem-estar exis- estava parada, e o novo entusiasmo viraria a velha pirâmide de
tente entre elas e mais produtivas elas serão. Diante dessa perspec- ponta-cabeça e iria devolver o foco à esquecida e básica unidade
tiva é que as organizações modernas, de grande ou pequeno porte, de operações: o grupo de trabalho ou equipe. Mas o que é uma
devem orientar-se, lembrando-se de que sua maior força produtiva, equipe? O Japão após a II Guerra estava sem infraestrutura, mas
de muito mais valia do que suas máquinas, são seus funcionários. possuía pessoas motivadas, com disposição cultural para trabalha-
A eles deve ser dada toda a atenção, para que convivam em har- rem juntas e a visão e paciência para traçar estratégias e praticá
monia, conheçam os objetivos pelos quais trabalham e possam ser -las. Alguns anos mais tarde os japoneses estavam exigindo o má-
produtivos pela sua atuação em equipe. E o que pode produzir essa ximo, para todos os trabalhadores de todas as funções, e a missão
ligação entre pessoas é a comunicação. de cada equipe era a melhoria contínua dos processos. Nenhuma
Diversos sentimentos negativos podem surgir dentro da orga- idéia era pequena demais e nenhum trabalhador insignificante. To-
nização quando essa não se preocupa em criar um eficiente proces- dos participavam.
so permanente de comunicação com os empregados. Um sistema São pessoas fazendo algo juntas. O algo que uma equipe faz
ineficiente de comunicação pode causar nos funcionários frustra- não é o que a torna uma equipe, é o juntos que interessa. Por várias
ção por se sentirem de certa forma menosprezados, e ansiedade por vantagens as organizações estão mudando de grupos para equipes,
se verem diante do desconhecido, o que acaba provocando medos em resumo:
e incertezas quanto à segurança no emprego. Em um ambiente fe- Aumento de produtividade: Outra visão para oportunidades
chado de trabalho, no qual centenas de pessoas dependem da con- que a gerência convencional deixaria passar despercebida. Organi-
fiança que depositam umas nas outras para o cumprimento de suas zações que viram as equipes apenas como estratégia de redução de
tarefas, a existência de um quadro psicológico negativo, inseguro, custos não se desapontaram;
diminui a concentração no trabalho, a motivação e pode provocar Melhoria de comunicação: Informações compartilhas e traba-
irritação e muito estresse em quem deve atender a programas rígi- lho delegado. Equipes realizam tarefas que grupos comuns não po-
dos de produtividade. dem fazer. Há conhecimentos demais para que uma única pessoa
Hoje, a importância estratégica da comunicação nos negócios ou turma de funcionários possa saber tudo e competir com uma
tornou-se tão grande que é impossível uma organização manter equipe de integrantes versáteis;
seus níveis de produtividade e lucratividade sem que institua inter- Melhor uso dos recursos: As equipes focalizam seus recursos
namente excelente processo de informação, de diálogo com seus mais importantes diretamente nos problemas. É o princípio de que
funcionários. A existência de boa comunicação na empresa motiva nada pode ser desperdiçado;
a boa execução das tarefas, elimina as incertezas, as ambiguidades Mais criatividade e eficiência na resolução de problemas:
e produz confiança e segurança. Para ser eficaz, o processo de co- Além de estarem mais motivadas, estão mais próximas dos clien-
municação não pode ser tratado como algo sazonal. Ao contrário, tes e combinam-se. Elas invariavelmente sabem mais sobre a es-
precisará ser permanente, acurado, adequado ao contexto em que trutura da organização;
vivem os empregados. Ou seja, os empregados necessitam de uma Decisões de alta qualidade; Vem do princípio do conhecimen-
comunicação just in time, isto é, a informação certa, na medida to compartilhado;
certa e no tempo certo para executarem com êxito suas tarefas.

Didatismo e Conhecimento 11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Melhores produtos e serviços: As equipes aumentam o conhe- objetivo, dificilmente serão uma grande equipe; e não conseguirão
cimento que, quando aplicado no momento certo, é a chave para a atingir suas metas de forma oportuna, porque as metas de sua equi-
melhoria contínua; pe estão sendo sutilmente enfraquecidas por uma grande quantida-
Processos Melhorados: Apenas as equipes, que possuem o co- de de metas pessoais insatisfeitas.
nhecimento de todas as funções, podem remover os obstáculos e Trabalho eficaz em equipe significa saber manter um equilí-
acelerar o ciclo; brio constante entre as necessidades da equipe e as necessidades
Diferenciam enquanto integram: As equipes permitem às or- individuais. Não apenas as básicas de sobreviver através de filia-
ganizações misturar pessoas com diferentes tipos de conhecimen- ção, mas também coisas que cada um deseja, coisa que nada tem a
tos sem que essas diferenças rompam o tecido da organização. ver com equipes ou cargos. As equipes devem desconfiar de mem-
As organizações mudaram da velha pirâmide hierárquica para bros que não tem qualquer intenção honesta de serem membros
trabalharem em equipes, e muitas já fracassaram no início. E agora ativos da equipe. Sacrifício, lealdade e a vontade de passar por um
será que compensa continuar com isso? Ou deve-se voltar para a pouco de dificuldades uns pelos outros apenas ocorrem quando as
velha pirâmide da burocracia? Quando fracassam, é quase sempre cartas estão na mesa e as pessoas podem ser honestas acerca de
porque a organização que as emprega voltou-se para equipes para suas necessidades. Quaisquer que sejam as metas pessoais, preci-
diminuir a gerência de nível médio, sem dar-lhes atenção, ferra- samos saber quais são para lidar com elas, ou ao menos reconhe-
mentas, visão, recompensas, ou a clareza de que necessitam para cê-las, como equipe. Quando sabemos o que nossos companheiros
serem bem sucedidas. As empresas que abordam a formação de desejam que consigamos e o que nós mesmos queremos, forma-se
equipes com a orientação de numerador (potencial de uma empre- um excelente vínculo entre os membros.
sa para crescimento) não abandonam a ideia da lucratividade de
seus resultados financeiros. O QUE É TRABALHO EM EQUIPE
Uma das condições essenciais nas organizações é o trabalho
NECESSIDADES HUMANAS em grupo. Parece bastante simples, visto que as necessidades e
O ser humano, como ser social, necessita de interação com os resultados alcançados são de longe muito mais significativo do
outras pessoas, da mesma forma que necessitamos da água, ar, etc. que o trabalho separado. Então o desafio resume-se somente em
Uns mais ou menos do que outros. Mas o que obtemos uns dos colocar as pessoas ao lado das outras e explicar bem os desafios e
outros? dar condições para a realização das tarefas, certo? Errado, o que
Afeição: Todo ser humano necessita de afeição; parece extremamente fácil, pode ser algo de extrema dificuldade,
Afiliação: É o sentimento de pertencer a algum grupo ou or- quando se tenta colocar em prática.
ganização; Pesquisas mostram que quanto maior a habilidade de um líder
Reconhecimento: Uma vida sem reconhecimento é algo su- em utilizar os métodos de supervisão em grupo, tanto maiores se-
perficial; rão a produtividade e as satisfações encontradas no emprego, pelos
Troca de ideias: É a maneira mais rápida e prática de aprender; subordinados. A frequência das reuniões de grupo de trabalho, bem
Valorização pessoal: Processo de benchmarking pessoal. como a atitude e comportamento do superior em relação às ideias
Alguns tipos de cultura, não só antigamente, mas ainda hoje, dos subordinados, afetam o grau em que os subordinados acham
fazem ao contrário para punir alguém, excluem-no, não o deixando que o supervisor é bom nas relações humanas. Assim, um super-
relacionar-se com outros membros. Nós ainda queremos que gos- visor ou gerente só deve fazer uma reunião se realmente estiver
tem de nós, ainda usamos uns aos outros para aprender, realizar interessado em servir-se das idéias dos subordinados. Uma atitude
tarefas complexas e enfatizar nosso valor individual como colabo- solidária por parte do chefe/supervisor, assim como a utilização
radores. A afiliação existe em diversas gradações de intensidade e construtivas das reuniões de grupo, é necessária para desenvol-
acontece por diferentes razões, uma delas, é a fim de sobreviver. O ver orgulho e lealdade no grupo. Supervisores que são altamente
indivíduo isolado é solitário; ele também é ineficaz e vive pouco. cotados pela administração fazem uso frequentes de reuniões de
Para muitos membros de equipe, sua equipe é sua passagem para grupos para tratar de problemas relativos ao trabalho.
a sobrevivência. A equipe fornece a força dos números que serve, Outro fator importante registrado, é que mestres de grupos de
muitas vezes, de camuflagem para esconder seus fracassos ou me- trabalho de elevada produção reportam, com muito mais frequên-
diocridade. Eles farão o que for necessário, incluindo juntar-se a cia do que mestres de grupos de baixa produção, que seus grupos
uma equipe, para sobreviver. de trabalho apresentam bom desempenho quando os mestres estão
Formar equipes não é uma ideia inovadora, isto está em nos- ausentes. Aparentemente mestres de alta produtividade criam no
so sangue, queremos fazê-lo e bem, mas temos essa tendência de interior do grupo de trabalho expectativas, a capacidade e as me-
estragar tudo na execução. Quando as coisas estiverem difíceis, tas necessárias para seus funcionamento normal na ausência do
ajuda lembrar que nossas intenções são sempre boas no fundo, e mestre.
muito naturais. Os grupos de trabalho com maior orgulho de sua capacidade
de produzir ou com maior lealdade pelo grupo tendem a ser grupos
NECESSIDADES INDIVIDUAIS X NECESSIDADES DE de altos índices de produtividade. O alto índice de lealdade em um
EQUIPE grupo, não está necessariamente relacionada com produtividade.
Mesmo com a tendência do ser humano pertencer a uma Existem consideráveis indícios que grupos de trabalho podem ter
equipe, não queremos desenraizar nossas vidas e prioridades in- objetivos que influenciarão a produtividade e custo tanto favorável
dividuais pelo bem de um grupo de trabalho desprezível qualquer. como desfavoravelmente. A capacidade e tendência de grupos de
Se os membros de uma equipe não tiverem suas necessidades in- trabalho para restringir a produção foram encontradas em muitos
dividuais satisfeitas ou pelo menos direcionadas para um mesmo estudos. As organizações informais que se compõe quase na tota-

Didatismo e Conhecimento 12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
lidade ou da maioria dos membros dos grupos de trabalho podem - De alto risco: São os de maior aventura, há um certo grau de
restringir ou aumentar a produção, aumentar as faltas e, de outras perigo físico real nos exercícios desse tipo;
maneiras, influir nos objetivos da empresa. Portanto já se verifi- - De Baixo risco: Implicam um risco real muito pequeno. É o
cou que aumentos substanciais de produtividade e reciprocamente aprendizado através da aventura de forma barata, geralmente uma
diminuição do desperdício, quando os objetivos grupais são alte- série de exercícios físicos ao ar livre, que podem ser realizados em
rados de forma a se tornarem compatíveis com os da organização. um parque ou num quintal.
Razões diversas parecem concorrer para maior produtividade dos As lições que as pessoas aprendem nestes grupos incluem a
grupos de trabalho com elevado índice de orgulho e lealdade entre superação do medo e da desconfiança, assim como a lição de que a
os colegas. Uma delas é que os trabalhadores nesses grupos reve- força sinérgica do grupo trabalha para ajudar o indivíduo;
lam mais cooperação para realizar as tarefas. 2. O mito do tipo de personalidade: As categorias de perso-
nalidade também fornecem a cada membro de equipe uma nova
TRABALHO EM EQUIPE X AGENDA SOCIAL compreensão de si mesmo e um conjunto de iniciais para explicar
O propósito da equipe é reunir pessoas e fazer coisas juntas, que tipo de personalidade tem. Mas a classificação de personali-
e o propósito da agenda social é satisfazer suas necessidades pes- dade não mede nada que seja importante para equipes. As equipes
soais de afiliação ao estar envolvido em um grupo. Um deles diz não se destacam ou fracassam em função de como as pessoas são
respeito a trabalho, o outro não. Se conhecermos os detalhes uns lá no fundo, seja em sua forma real ou percebida. Elas se destacam
dos outros logo no início, poderemos resolver ansiedades e expec- ou fracassam em função do que elas, de fato, realizam ou de como
tativas antes que elas arrastem a equipe para baixo. Algumas ve- elas, de fato, se comportam com relação a outros grupos que lhe
zes a definição de trabalho em equipe e agenda social torna-se um são externos;
pouco indefinida. Pesquisadores afirmam que a agenda social é um 3. O mito de que as pessoas gostam de trabalhar juntas: As
componente necessário para manter a sanidade durante o trabalho, pessoas precisam de seu espaço para se sentirem calmas e segu-
aliviar o estresse. ras. Passar o dia inteiro encurralados com colegas de equipe pa-
rece menos com uma receita para desempenho do que com uma
AS POTENCIALIDADES DO TRABALHO EM EQUIPE peça teatral francesa de tédio existencial. Ao projetar um ambiente
O pequeno grupo face a face é uma unidade tão importante para equipes, não espere que as pessoas fiquem loucas para terem
quanto o indivíduo, na organização. Os dois não se opõem. Isto só contatos constantes entre si. Respeite sua relutância em perder sua
pode ser realizado se certas exigências forem cumpridas. Teremos identidade individual para a equipe;
de aprender a distinguir entre atividades que são próprias para gru-
4. O mito de que o trabalho em equipe é mais produtivo do
pos e as que não são. Na medida em que essas exigências forem sa-
que o individual: A verdade é que as equipes são inerentemente
tisfeitas, faremos algumas descobertas importantes. Por exemplo:
inferiores a indivíduos, em termos de eficiência. Se uma única pes-
O estabelecimento de metas em grupo oferece vantagens que
soa tiver informações suficientes para completar uma tarefa, ela
não podem ser obtidas pelo estabelecimento de metas por um in-
sobrepujará uma equipe incumbida da mesma tarefa. Não há in-
divíduo;
terfaces, repasses de serviços intermediários entre indivíduos. Não
Um grupo gerencial eficiente proporciona o melhor ambiente
possível para o desenvolvimento individual; há mal-entendidos nem culturas conflitantes. Nenhum conflito de
Muitos objetivos importantes e muitas medidas de desempe- personalidade ou algo assim.
nho podem ser criadas para serem aplicadas ao grupo, o que não 5. O mito do “quanto mais, melhor” nas equipes: Há uma
acontece no plano individual; tendência em algumas empresas de pensar sua organização inteira
Numa equipe gerencial eficiente, os aspectos de competição como uma equipe. Esta é uma expressão interessante mas sem uti-
encarniçada, que representam um prejuízo para o sucesso organi- lidade. Equipes, por sua própria natureza, não podem ser grandes.
zacional, podem ser minimizados pelo desenvolvimento da “uni- Em algum ponto elas deixam de ser equipes e tornam-se multi-
dade de propósito”, sem reduzir a motivação individual. Temos dões. O tamanho da equipe é importante. Pequeno é melhor que
muito o que aprender, e muitos preconceitos para vencer. Mas grande. Uma equipe pode ser conduzida, dirigida por um líder,
realmente acredito que essa transição seja inevitável, a longo pra- instituída formalmente.
zo. Logo mais já não será possível dirigir uma empresa complexa,
interdependente e cooperativa, como a companhia industrial mo- REVIRANDO AS EQUIPES
derna, com base nas premissas totalmente ilusórias de que ela é 1. Fazendo As Equipes Passarem Por Estágios Rumo Ao Su-
feita de relações individuais. cesso
Há quatro estágios no desenvolvimento de equipes que alme-
MITOS DA EQUIPE jam ser bem sucedidas: Todas as equipes bem sucedidas passam
1. O mito do aprendizado através da aventura: O aprendizado por todos estes quatro estágios:
através da aventura é um evento de grupo em que uma equipe é a) Formação: Quando os membros do grupo está ainda apren-
submetida a uma série de tarefas desafiadoras, físicas e mentais. dendo a lidar uns com os outros. A formação é aquele estágio do
Frequentemente são realizadas em locais abertos, em um cenário desenvolvimento de equipe em que tudo está para se iniciado,
idílico ou em um retiro nas montanhas, ou em um hotel fazenda quando a equipe é ainda somente uma equipe no sentido mais solto
ou parque. da palavra. Um dos sinais de uma equipe no estágio de formação
Descobriu-se que as pessoas poderiam passar por transfor- é a extrema delicadeza, um esforço enorme para não ofender e
mações comportamentais incríveis, se solicitadas a fazer coisas para não provocar animosidades. Isso é compreensível quando se
que comumente não faziam, com o resto do grupo atuando como considera que as boas maneiras são instituídas de uma forma glo-
apoio. Há dois graus básicos de aprendizado por aventura: bal para evitar que as pessoas que não se conhecem não ameacem

Didatismo e Conhecimento 13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
umas às outras. Essa ânsia de se apresentar como não ameaçador d) Realização: Quando níveis ótimos são finalmente alcança-
é realmente a chave para quão ameaçador o estágio de formação dos. Realização não é ser viciado em trabalho. De certa forma é o
realmente é. As pessoas que se reúnem pela primeira vez tem con- contrário, porque é admissão por cada membro da equipe de que
sigo todos os tipos de pergunta acerca de quais membros tem poder ele não pode fazer o trabalho sozinho. Trata-se de um nível de
e se eles compartilharão este poder e com quem, dúvidas a respeito compromisso genuíno com as metas e objetivos da empresa que
de suas próprias capacidades e a dos demais, e preconceitos sobre pode ser novidade para os membros de equipe individualmente.
os tipos de pessoas com que terão que se ombrear dentro na equi- Os realizadores sabem o valor real de todos com que trabalham.
pe. Em meio a tais sentimentos conflitantes, as pessoas se agarram Os membros de equipe realizadores não demonstram cansaço se
ansiosamente em alguma coisa para formar alianças temporárias. forem convocados no fim de semana para ajudarem a resolver um
Durante o estágio de formação, os potenciais colegas de equi- problema aparente. A realização é um período de grande cresci-
pe identificam similaridades e expectativas de resultados, concor- mento pessoal entre os membros da equipe. Com o compartilha-
dam com o propósito da equipe e identificam recursos possíveis mento de experiências, sentimentos e ideias de outros membros da
e conjuntos de habilidades. A formação é uma época de grande equipe que advém de um novo nível de consciência.
perigo. As primeiras impressões são formadas e fixadas. As perso-
nalidades agressivas se movimentam para estabelecer o domínio; 2. Equipes E Tecnologia
b) Tormenta: Uma época de difícil negociação das condições Naturalmente, a tecnologia é o que tornou possível esta es-
sob as quais a equipe deverá trabalhar juntas. Estima-se que três pécie global de trabalho em equipe. Com sorte, a tecnologia irá
quintos da extensão de um projeto de equipe, do começo ao fim, ajudar para que isso tudo funcione. É difícil elaborar uma frase tec-
sejam constituídos com os dois primeiros estágios, formação e tor- nológica que signifique tanto e tenha tão pouca conotação como a
menta. Nunca houve uma equipe que não tenha sido testada na fase palavra “groupware”, que é um software para uso em PC e voltado
de tormenta. E a tormenta sempre vem como uma surpresa, inde- para grupos. Até agora os produtos de groupware se destinaram a
pendentemente de como se tenha preparado para ela. Esta é a hora dois problemas principais, controlar o fluxo de trabalho e regular o
de entrar, de explicar limites, de oferecer sugestões, de manter um conteúdo do trabalho ou uma certa combinação destas duas coisas.
controle sobre a anarquia inevitável. A tarefa de treinar é crítica, Decidir qual tecnologia é a mais indicada para tal equipe é uma
porque a tormenta é onde mais importantes dimensões da equipe pergunta de porte, envolvendo tudo o que existe no mercado hoje,
são delineadas. Juntamente com suas metas, as quais a equipe co-
desde de programas de software, plataformas de hardware e mon-
meçou a estabelecer durante a formação, esclarecer e implementar
tagem de fone/fax, até lápis e borracha. As tecnologias de equipe
estes quatro elementos compreende a agenda inteira da equipe. O
são raramente solicitadas pelas equipes, elas são em geral impostas
treinador está ali para ajudar, não para interferir. É tão delicado
pela organização. Impor soluções às equipes subtrai a flexibilidade
como andar na corda bamba, porque o moral pode cair a níveis
que queremos delas.
baixos e as hostilidades emergirão e exigirão alguma espécie de
Muitas equipes tem uma subequipe encarregada de monitorar
reação. De qualquer modo, estas coisas acontecem na tormenta. A
única reação errada em tal circunstância é a de tornar-se realmente o desenvolvimento de novas tecnologias e recomendar compras. O
defensivo. Não houve intenção de ofensa. trabalho dessas subequipes é difícil, pois tem que andar na ponta
Os líderes devem compreender os sinais de tormenta. A tor- dos pés em um campo minado de paradoxos que podem ser fatais.
menta é a esperança misturada com uma grande dose de temor. A triste verdade é que, embora as tecnologias de equipe existen-
Durante a tormenta, todos os membros da equipe estão cogitando tes no momento sejam frequentemente fantásticas, as equipes es-
se são respeitados pelos demais. A tormenta é o estágio no qual tão ainda tropeçando em suas ferramentas, gastando seu precioso
algumas pessoas decidirão diminuir o ritmo. Elas aparecerão para tempo aprendendo sistemas que não fazem o que elas querem que
trabalhar, e ainda se comunicarão com membros de outras equipes, façam ou que são muito difíceis de serem dominados por cada um
mas não muito bem. Mas se olhar mais de perto para o comporta- dos membros da equipe e tentando fazer com que essas ferramen-
mento delas, ficará claro que a equipe considerada não é a equipe tas façam coisas que elas simplesmente ainda não conseguem fa-
que elas queriam, e por isso elas decidirão não ser membros entu- zer.
siastas;
c) Aquiescência: Uma época na qual os papéis são aceitos. 3. Saúde Da Equipe A Longo Prazo
Com o passar da tormenta chega-se a um novo alinhamento e acei- Tendo-se conseguido uma boa trilha para a equipe, tem-se que
tação dos papéis na equipe. O sucesso experimentado durante o achar formas de conservá-las e evitar que ela se desgaste, transfor-
estágio de aquiescência é um sucesso marcado por contradições, mando-se em um beco sem saída. A equipe sobrevive ao sucesso
de que o grupo se torna mais forte à medida que os indivíduos lutando para manter o mesmo nível de atenção a seus próprios pro-
cedem em suas defesas-chave, reconhecem pontos fracos e pedem cessos como ela mantinha quando começou a ter êxito. O ponto de
a ajuda das pessoas como formas de compensação. O estágio de referência é a melhoria contínua, a idéia de que o processo pode
aquiescência é definido pela aceitação dos mesmos papéis que a ser melhorado indefinidamente. A clareza contínua significa que
tormenta renegou. Os relacionamentos que começaram no estágio deve-se estar constantemente esclarecendo a clareza já alcançada
da formação, tem a oportunidade de se aprofundarem durante a durante a formação inicial da equipe. Não basta que os membros
aquiescência. Durante a aquiescência as arestas não tratadas do de equipe se reúnam e discutam com detalhes suas metas e visões
conflito começam a ceder. O que aconteceu é que as agendas ocul- em um determinado dia. Eles tem que continuar mantendo aquele
tas pelos membros durante a tormenta foram desmascaradas ou entendimento novo e claro no dia seguinte, um dia após o outro.
diminuíram de importância. A necessidade das pessoas de avaliar A clareza contínua significa enumerar continuamente as coi-
seus domínios sobre o grupo, sejam eles ativos ou passivos, redu- sas que levam a equipe ao sucesso e perguntar se elas estão fun-
ziu-se na medida em que aumentou a intimidade do grupo; cionando ou se precisam ser trabalhadas de alguma forma. Adotar

Didatismo e Conhecimento 14
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uma atitude de diagnóstico contínuo sobre si própria. Normalmen- Uma equipe de trabalho gera uma sinergia positiva por meio
te há alguém na equipe que tem um jeito especial para o pensamen- do esforço coordenado. Os esforços individuais resultam em um
to circunspecto, aquele que cobre todos os aspectos das coisas, o nível de desempenho maior do que a soma daquelas contribuições
que é um requisito para o diagnóstico. Esta pessoa tem seus “fios” individuais. O quadro abaixo ressalta as diferenças entre grupos de
ligados de forma diferente da maioria das outras pessoas. Algu- trabalho e equipes de trabalho.
mas equipes não tem ninguém que atenda a esta descrição. Não
podem designar ninguém para ser o controlador de clareza e tem Comparação entre Grupos de Trabalho e Equipes de Tra-
uma brutal dificuldade de permanecer focalizadas. Outras equipes balho
tem o problema oposto, um ou mais membro gostam da tarefa do
diagnóstico. Estas pessoas são extremamente apaixonadas pela Transformando indivíduos em membros de equipe
clareza. Seus egos e autoestimas estão excessivamente voltados - partilham suas ideias para a melhoria do que fazem e de to-
para detectar variações mínimas. Elas visualizam como um bando dos os processos do grupo;
de maníacos que se aplicam chicotadas implacáveis com fins de - respeitam as individualidades e sabem ouvir;
autocorreção. - comunicam-se ativamente;
- desenvolvem respostas coordenadas em benefícios dos pro-
A razão para se ter uma equipe hoje é explorar o conhecimen- pósitos definidos;
to e a inteligência das pessoas. A razão para se tê-la ao longo do - constroem respeito, confiança mútua e afetividade nas rela-
tempo é fazer com que o conhecimento e a inteligência cresçam, ções;
se disseminem e se multipliquem. As pessoas às vezes confundem - participam do estabelecimento de objetivos comuns;
informações com conhecimento: - desenvolvem a cooperação e a integração entre os membros.
- Informação: É o que se tem em abundância pelo mundo, a Fatores que interferem no trabalho em equipe
informação é boa e indispensável para o término de muitas tarefas; - Estrelismo;
- Conhecimento: É um ponto de vista sobre a informação, uma - Ausência de comunicação e de liderança;
teoria que lhe dá um contorno e um significado, acontece dentro de - Posturas autoritárias;
nós e somente dentro de nós, é esta transformação mágica que nos - Incapacidade de ouvir;
faz humanos, que nos permite mudar. Ao respirarmos, inspiramos - Falta de treinamento e de objetivos;
informação e expiramos conhecimento. - Não saber “quem é quem” na equipe.

TRABALHO EM EQUIPE São características das equipes eficazes:


- Comprometimento dos membros com um propósito comum
Cada vez mais, as equipes se tornam a forma básica de tra- e significativo;
balho nas organizações do mundo contemporâneo. As evidências - O estabelecimento de metas específicas para a equipe que
sugerem que as equipes são capazes de melhorar o desempenho conduzam os indivíduos a um melhor desempenho e também ener-
dos indivíduos quando a tarefa requer múltiplas habilidades, julga- gizam as equipes. Metas específicas ajudam a tornar a comunica-
mentos e experiências. Quando as organizações se reestruturaram ção mais clara. Ajudam também a equipe a manter seu foco sobre
para competir de modo mais eficiente e eficaz, escolheram as equi- o obtenção de resultados;
pes como forma de utilizar melhor os talentos dos seus funcioná- - Os membros defendem suas ideias, sem radicalismo;
rios. As empresas descobriram que as equipes são mais flexíveis e - Grande habilidade para ouvir;
reagem melhor às mudanças do que os departamentos tradicionais - Liderança é situacional; ou seja, o líder age de acordo com
ou outras formas de agrupamentos permanentes. As equipes têm o grau de maturidade da equipe; de acordo com a contingência;
capacidade para se estruturar, iniciar seu trabalho, redefinir seu - Questões comportamentais são discutidas abertamente, prin-
foco e se dissolver rapidamente. Outras características importantes cipalmente as que podem comprometer a imagem da equipe ou
é que as equipes são uma forma eficaz de facilitar a participação organização
dos trabalhadores nos processos decisórios aumentar a motivação - O nível de confiança entre os membros é elevado;
dos funcionários. - Demonstram confiança em seus líderes, tornando a equipe
disposta a aceitar e a se comprometer com as metas e as decisões
Diferença entre Grupo e Equipe do líder;
Grupo e equipe não é a mesma coisa. Grupo é definido como - Flexibilidade permitindo que os membros da equipe possam
dois ou mais indivíduos, em interação e interdependência, que se completar as tarefas uns dos outros.
juntam para atingir um objetivo. Um grupo de trabalho é aquele Isso deixa a equipe menos dependente de um único membro;
que interage basicamente para compartilhar informações e tomar - Conflitos são analisados e resolvidos;
decisões para ajudar cada membro em seu desempenho na sua área - Há uma preocupação / ação contínua em busca do autode-
de responsabilidade. senvolvimento.
Os grupos de trabalho não têm necessidade nem oportuni- O desempenho de uma equipe não é apenas a somatória das
dade de se engajar em um trabalho coletivo que requeira esforço capacidades individuais de seus membros.
conjunto. Assim, seu desempenho é apenas a somatória das con- Contudo, estas capacidades determinam parâmetros do que
tribuições individuais de seus membros. Não existe uma sinergia os membros podem fazer e de quão eficientes eles serão dentro
positiva que possa criar um nível geral de desempenho maior do da equipe. Para funcionar eficazmente, uma equipe precisa de três
que a soma das contribuições individuais. tipos diferentes de capacidades. Primeiro, ela precisa de pessoas

Didatismo e Conhecimento 15
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com conhecimentos técnicos. Segundo, pessoas com habilida- Em todo processo onde haja interação entre as pessoas vamos
des para solução de problemas e tomada de decisões que sejam desenvolver relações interpessoais.
capazes de identificar problemas, gerar alternativas, avaliar essas Ao pensarmos em ambiente de trabalho, onde as atividades
alternativas e fazer escolhas competentes. Finalmente, as equipes são predeterminadas, alguns comportamentos são precisam ser
precisam de pessoas que saibam ouvir, deem feedback, solucio- alinhados a outros, e isso sofre influência do aspecto emocional
nem conflitos e possuam outras habilidades interpessoais. de cada envolvido tais como: comunicação, cooperação, respei-
to, amizade. À medida que as atividades e interações prosseguem,
Tipos de Equipe os sentimentos despertados podem ser diferentes dos indicados
As equipes podem realizar uma grande variedade de coisas. inicialmente e então – inevitavelmente – os sentimentos influen-
Elas podem fazer produtos, prestar serviços, negociar acordos, ciarão as interações e as próprias atividades. Assim, sentimentos
coordenar projetos, oferecer aconselhamentos ou tomar decisões. positivos de simpatia e atração provocarão aumento de interação
Equipe de soluções de problemas: Neste tipo de equipe, os e cooperação, repercutindo favoravelmente nas atividades e ense-
membros trocam ideias ou oferecem sugestões sobre os processos jando maior produtividade. Por outro lado, sentimentos negativos
e métodos de trabalho que podem ser melhorados. Raramente, en- de antipatia e rejeição tenderão à diminuição das interações, ao
tretanto, estas equipes têm autoridade para implementar unilateral- afastamento nas atividades, com provável queda de produtividade.
mente suas sugestões. Esse ciclo “atividade-interação-sentimentos” não se relaciona
Equipes de trabalho autogerenciadas: São equipes autôno- diretamente com a competência técnica de cada pessoa. Profissio-
mas, que podem não apenas solucionar os problemas, mas também nais competentes individualmente podem render muito abaixo de
implementar as soluções e assumir total responsabilidade pelos re- sua capacidade por influência do grupo e da situação de trabalho.
sultados. São grupos de funcionários que realizam trabalhos muito Quando uma pessoa começa a participar de um grupo, há uma
relacionados ou interdependentes e assuem muitas das responsabi- base interna de diferenças que englobam valores, atitudes, conhe-
lidades que antes eram de seus antigos supervisores. cimentos, informações, preconceitos, experiência anterior, gostos,
Normalmente, isso inclui o planejamento e o cronograma de crenças e estilo comportamental, o que traz inevitáveis diferenças
trabalho, a delegação de tarefas aos membros, o controle coletivo de percepções, opiniões, sentimentos em relação a cada situação
sobre o ritmo de trabalho, a tomada de decisões operacionais e a compartilhada. Essas diferenças passam a constituir um repertório
implementação de ações para solucionar problemas. As equipes de novo: o daquela pessoa naquele grupo. Como essas diferenças são
trabalho totalmente autogerenciadas até escolhem seus membros e encaradas e tratadas determina a modalidade de relacionamento
avaliam o desempenho uns dos outros. entre membros do grupo, colegas de trabalho, superiores e subor-
Consequentemente, as posições de supervisão perdem a sua dinados. Por exemplo: se no grupo há respeito pela opinião do
importância e até podem ser eliminadas. outro, se a ideia de cada um é ouvida, e discutida, estabelece-se
Equipes multifuncionais: São equipes formadas por funcio- uma modalidade de relacionamento diferente daquela em que não
nários do mesmo nível hierárquico, mas de diferentes setores da há respeito pela opinião do outro, quando ideias e sentimentos não
empresa, que se juntam para cumprir uma tarefa. As equipes de- são ouvidos, ou ignorados, quando não há troca de informações.
sempenham várias funções (multifunções), ao mesmo tempo, ou A maneira de lidar com diferenças individuais criam certo clima
seja, não há especificação para cada membro. O sentido de equipe entre as pessoas e tem forte influência sobre toda a vida em grupo,
é exatamente esse, os membros compensam entre si as competên- principalmente nos processos de comunicação, no relacionamento
cias e as carências, num aprendizado contínuo. interpessoal, no comportamento organizacional e na produtivida-
As equipes multifuncionais representam uma forma eficaz de de.
permitir que pessoas de diferentes áreas de uma empresa (ou até de Valores: Representa a convicções básicas de que um modo
diferentes empresas) possam trocar informações, desenvolver no- específico de conduta ou de condição de existência é individual-
vas ideias e solucionar problemas, bem como coordenar projetos mente ou socialmente preferível a modo contrário ou oposto de
complexos. Evidentemente, não é fácil administrar essas equipes. conduta ou de existência. Eles contêm um elemento de julgamen-
Seus primeiros estágios de desenvolvimento, enquanto as pessoas to, baseado naquilo que o indivíduo acredita ser correto, bom ou
aprendem a lidar com a diversidade e a complexidade, costumam desejável. Os valores costumam ser relativamente estáveis e du-
ser muito trabalhosos e demorados. Demora algum tempo até que radouros.
se desenvolva a confiança e o espírito de equipe, especialmente en-
tre pessoas com diferentes históricos, experiências e perspectivas. Atitudes: As atitudes são afirmações avaliadoras – favoráveis
Equipes Virtuais: Os tipos de equipes analisados até ago- ou desfavoráveis – em relação a objetos, pessoas ou eventos. Re-
ra realizam seu trabalho face a face. As equipes virtuais usam a fletem como um indivíduo se sente em relação a alguma coisa.
tecnologia da informática para reunir seus membros, fisicamente Quando digo “gosto do meu trabalho” estou expressando minha
dispersos, e permitir que eles atinjam um objetivo comum. Elas atitude em relação ao trabalho. As atitudes não são o mesmo que os
permitem que as pessoas colaborem on-line utilizando meios de valores, mas ambos estão inter-relacionados e envolve três compo-
comunicação como redes internas e externas, videoconferências nentes: cognitivo, afetivo e comportamental.
ou correio eletrônico – quando estão separadas apenas por uma A convicção que “discriminar é errado” é uma afirmativa ava-
parede ou em outro continente. São criadas para durar alguns dias liadora. Essa opinião é o componente cognitivo de uma atitude.
para a solução de um problema ou mesmo alguns meses para con- Ela estabelece a base para a parte mais crítica de uma atitude: o seu
clusão de um projeto. Não são muito adequadas para tarefas roti- componente afetivo. O afeto é o segmento da atitude que se refere
neiras e cíclicas. ao sentimento e às emoções e se traduz na afirmação “Não gosto de
João porque ele discrimina os outros”. Finalmente, o sentimento

Didatismo e Conhecimento 16
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pode provocar resultados no comportamento. O componente com- ₋ Seguro: não coloca em risco a vida, a saúde, a segurança, o
portamental de uma atitude se refere à intenção de se comportar de patrimônio ou os direitos materiais e imateriais do cidadão-usuá-
determinada maneira em relação a alguém ou alguma coisa. Então, rio;
para continuar no exemplo, posso decidir evitar a presença de João ₋ Contínuo: oferecido sem risco de interrupção, sendo obri-
por causa dos meus sentimentos em relação a ele. gatório o planejamento e a adoção de medidas de prevenção para
Encarar a atitude como composta por três componentes – cog- evitar a descontinuidade.
nição, afeto e comportamento – é algo muito útil para compreender
sua complexidade e as relações potenciais entre atitudes e compor- Usuários/ Clientes
tamento. Ao contrário dos valores, as atitudes são menos estáveis. Existem dois tipos de usuários ou clientes de uma organiza-
ATENDIMENTO E QUALIDADE ção:
A globalização, os desafios do desenvolvimento tecnológico •externos - recebem serviços ou produtos na sua versão final.
e cultural e a competição entre as organizações trazem como con- •internos –fazem parte da organização, de seus setores, grupos
sequência o interesse pela qualidade de seus produtos e serviços. e atividades.
Esse interesse não se restringe às empresas privadas e se es- Para identificar esses tipos de usuários, as pessoas da organi-
tende, também, ao setor público. zação devem responder o seguinte:
Assim, vemos que ₋ Os empresários buscam aperfeiçoar o de- ₋ Com que pessoas mantenho contato enquanto trabalho?
sempenho em suas áreas de atuação (produtos ou serviços) e o ₋ Quem recebe o resultado do meu trabalho?
relacionamento com os seus clientes. ₋ Qual o nível de satisfação das pessoas que dependem do re-
₋ O setor público enfrenta os desafios de melhorar a qualidade sultado dos serviços executados por mim?
de seus serviços, aumentar a satisfação dos usuários e instituir um
atendimento de excelência ao público. Princípios para o bom atendimento na gestão da qualidade
Os clientes e usuários das organizações públicas e privadas 1. Foco no Cliente. Nas empresas privadas, a importância
também se mostram mais exigentes na escolha de serviços e pro- dada a esse princípio se deve principalmente ao fato de que o su-
dutos de melhor qualidade. Assim, a relação com estes clientes e cesso da venda (lucro financeiro) depende da satisfação do cliente
usuários passa ser um novo foco de preocupação e demanda esfor- com a qualidade do produto e também com o tratamento recebido
e com o resultado da própria negociação.
ços para sua melhoria.
No setor público, este princípio se relaciona sobretudo aos
conceitos de cidadania, participação, transparência e controle so-
QUALIDADE
cial.
O conceito de qualidade é amplo e suscita várias interpreta-
Para cumprir este princípio é necessário ter atenção com dois
ções. As mais expressivas se referem, por um lado, à definição
aspectos:
de qualidade como busca da satisfação do cliente, e, por outro, à
₋ verificar se o que é estabelecido como qualidade atende a
busca da excelência para todas as atividades de um processo.
todos os usuários, inclusive aos mais exigentes;
Na mesma vertente, a qualidade é também considerada como
₋ fazer bem feito o serviço e, depois, checar os passos neces-
fator de transformação no modo como a organização se relaciona sários para a sua execução.
com seus clientes, agregando valor aos serviços a ele destinados. Deve se lembrar que tais atitudes levam em conta tanto o aten-
Em face dessa diversidade de significados, cabe às organiza- dimento do usuário quanto as atividades e rotinas que envolvem o
ções identificar os atributos ou indicadores de qualidade dos seus serviço.
produtos e serviços do ponto de vista dos seus usuários. Entre es- 2. O serviço ou produto deve atender a uma real necessidade
tes, podem ser destacados a eficiência, a eficácia, a ética profissio- do usuário. Este princípio se relaciona à dimensão da validade,
nal, a agilidade no atendimento, entre outros. isto é, o serviço ou produto deve ser exatamente como o usuário
No Brasil, a questão da qualidade na área pública vem sendo espera, deseja ou necessita que ele seja.
abordada pelo Programa de Qualidade no Serviço Público que tem 3. Manutenção da qualidade. O padrão de qualidade mantido
por objetivos elevar o padrão dos serviços prestados e tornar o ao longo do tempo é que leva à conquista da confiabilidade.
cidadão mais exigente em relação a esses serviços. Para tanto, o A atuação com base nesses princípios deve ser orientada
Programa visa a transformação das organizações e entidades públi- por algumas ações que imprimem qualidade ao atendimento, tais
cas no sentido de valorizar a qualidade na prestação de serviços ao como:
público, retirando o foco dos processos burocráticos. ₋ identificar as necessidades dos usuários;
O programa estabelece que o cidadão como principal foco de ₋ cuidar da comunicação (verbal e escrita);
atenção de qualquer órgão público federal. Define padrões de qua- ₋ evitar informações conflitantes;
lidade do atendimento e prevê a avaliação de satisfação do usuário ₋ atenuar a burocracia;
por todos os órgãos e entidades da Administração Pública Federal ₋ cumprir prazos e horários;
direta, indireta e fundacional que atendem diretamente ao cidadão. ₋ desenvolver produtos e/ou serviços de qualidade;
Nesse sentido considera-se que o serviço público deve ter as ₋ divulgar os diferenciais da organização;
seguintes características: ₋ imprimir qualidade à relação atendente/usuário;
₋ Adequado: realizado na forma prevista em lei devendo aten- ₋ fazer uso da empatia;
der ao interesse público; ₋ analisar as reclamações;
₋ Eficiente: alcança o melhor resultado com menor consumo ₋ acatar as boas sugestões.
de recursos;

Didatismo e Conhecimento 17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Essas ações estão relacionadas a indicadores que podem ser Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igualdade,
percebidos e avaliados de forma positiva pelos usuários, entre eles: entre outras, servem de rótulos para experiências universais, mas
competência, presteza, cortesia, paciência, respeito. têm significados particulares para cada indivíduo. A realidade
Por outro lado, arrogância, desonestidade, impaciência, des- subjetiva de cada pessoa é formada pelo seu sistema de valores,
respeito, imposição de normas ou exibição de poder tornam o pelas suas crenças, pelos seus objetivos pessoais e pela sua visão
atendente intolerável, na percepção dos usuários. No conjunto de mundo. Daí a importância de checarmos a linguagem utilizada
dessas ações deve ainda ser ressaltada a empatia como um fator no processo de comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao
crucial para a excelência no atendimento ao público. A utilização vocabulário, aos interesses e às necessidades da pessoa a quem
adequada dessa ferramenta no momento em que as pessoas estão transmitimos alguma informação.
interagindo é fundamental. No bom atendimento é importante a
utilização de frases como “Bom-dia”, “Boa-tarde”, “Sente-se por Barreiras e ruídos
favor”, ou “Aguarde um instante, por favor”, que, ditas com suavi- No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos na comu-
dade e cordialidade, podem levar o usuário a perceber o tratamento nicação, ou seja, é necessário reconhecer os elementos que podem
diferenciado que algumas organizações já conseguem oferecer ao complicar ou impedir o perfeito entendimento das mensagens. Às
seu público-alvo. vezes, uma pessoa fala e a outra não entende exatamente o que foi
dito. Ou, então, tendo em vista a subjetividade presente na mensa-
PROCESSO DE COMUNICAÇÃO gem, muitas vezes, o emissor tem uma compreensão diferente da
São elementos do processo de comunicação: que foi captada pelo receptor.
• emissor – o que emite ou envia a mensagem Além dessas dificuldades, existem outras que interferem no
• receptor – o que recebe a mensagem processo de comunicação, entre elas, as barreiras tecnológicas,
• mensagem – 0 que se quer comunicar psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são verdadeiros ruí-
• canal – o meio de comunicação pelo qual se transmite a men- dos na comunicação.
sagem As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interferên-
• ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comunicação . cias dos canais de comunicação. São de natureza material, ou seja,
O processo de comunicação é o centro de todas as atividades resultam de problemas técnicos, como o do telefone com ruído.
humanas. No entanto, além de usar palavras corretas e adequadas As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das gírias,
ao contexto, o emissor deve transmitir à outra pessoa, o receptor, regionalismos, dificuldades de verbalização, dificuldades ao escre-
informações, ideias, percepções, intenções, desejos e sentimentos, ver, gagueira, entre outros. As barreiras psicológicas provêm das
ou seja, a mensagem do processo de comunicação. Ao mesmo tem- diferenças individuais e podem ter origem em aspectos do compor-
po, para que a comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber tamento humano, tais como:
bem as mensagens. É preciso, sobretudo, que haja troca de enten- ₋ seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse ou o
dimentos. Para tanto, as palavras são importantes, mas também o que coincida com a sua opinião;
são as emoções, as ideias, as informações não-verbais. ₋ egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o ponto de
vista do outro ou corta a palavra do outro, demonstrando resistên-
Comunicação verbal e não verbal cia para ouvir;
A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da ₋ timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra pode
escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens, pedidos, de- causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível;
bates, discussões, tanto face-a-face quanto por telefone, rádio, te- ₋ preconceito: a percepção indevida das diferenças sociocultu-
levisão ou outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revis- rais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras;
tas, cartazes, entre outros, fazem parte das comunicações escritas. ₋ descaso: indiferença às necessidades do outro.
A comunicação não-verbal realiza-se por meio de gestos e ex-
pressões faciais e corporais que podem reforçar ou contradizer o ATENDIMENTO TELEFÔNICO
que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por exemplo, é Na comunicação telefônica, é fundamental que o interlocutor
um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa. se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se trata da utiliza-
Colocar a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-se ção de um canal de comunicação a distância. É preciso, portanto,
na cadeira podem indicar falta de interesse no que a outra pessoa que o processo de comunicação ocorra da melhor maneira possível
tem a dizer. para ambas as partes (emissor e receptor) e que as mensagens se-
Também são gestos interpretados como forma de demonstrar jam sempre acolhidas e contextualizadas, de modo que todos pos-
desinteresse durante a comunicação: ajeitar papéis que se encon- sam receber bom atendimento ao telefone.
trem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta, responder perguntas Alguns autores estabelecem as seguintes recomendações para
com irritação ou deixar de respondê-las. o atendimento telefônico:
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para pro- • não deixar o cliente esperando por um tempo muito longo.
cessar pensamentos, ideias e diálogos interiores, ou comunicar-se É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo e retornar a
com outros. A linguagem pode ser representada por uma língua ou ligação em seguida;
pela não-verbalização. • o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário tem de
É importante observar que algumas palavras assumem dife- se empenhar em explicar corretamente produtos e serviços;
rentes significados para cada pessoa. • atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo que o
atendente não possa fornecer, é importante oferecer alternativas;

Didatismo e Conhecimento 18
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
• agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ou • estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga:
“boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou instituição são quem atende a chamada deve definir quando é que a pessoa deve
atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Perguntar o nome voltar a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou instituição
do cliente e tratá-lo pelo nome transmitem a ideia de que ele é im- vai retornar a chamada.
portante para a empresa ou instituição. O atendente deve também Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitudes no
esperar que o seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante que atendimento telefônico:
ele não interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser comple- ₋ receptividade - demonstrar paciência e disposição para servir,
mentar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa. como, por exemplo, responder às dúvidas mais comuns dos usuá-
rios como se as estivesse respondendo pela primeira vez. Da mes-
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator principal ma forma é necessário evitar que interlocutor espere por respostas;
para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, é preciso que ₋ atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, dizer
o atendente saiba ouvir o interlocutor e responda a suas deman- palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessário, anotar a
das de maneira cordial, simples, clara e objetiva. O uso correto da mensagem do interlocutor);
língua portuguesa e a qualidade da dicção também são fatores im- ₋ empatia - para personalizar o atendimento, pode-se pronun-
portantes para assegurar uma boa comunicação telefônica. É fun- ciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, expressões
damental que o atendente transmita a seu interlocutor segurança, como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
compromisso e credibilidade. ₋ concentração – sobretudo no que diz o interlocutor (evitar
Além das recomendações anteriores, são citados, a seguir, distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações, desviando-se
procedimentos para a excelência no atendimento telefônico: do tema da conversa, bem como evitar comer ou beber enquanto
• identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém gosta se fala);
de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, o atendente ₋ comportamento ético na conversação – o que envolve tam-
da chamada deve identificar-se assim que atender ao telefone. Por bém evitar promessas que não poderão ser cumpridas.
outro lado, deve perguntar com quem está falando e passar a tratar
o interlocutor pelo nome. Esse toque pessoal faz com que o inter- ATENDIMENTO PRESENCIAL
locutor se sinta importante; Nessa modalidade de atendimento devem ser incorporados al-
• assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que aten- guns princípios relativos ao atendimento telefônico, além de outros
de ao telefone deve considerar o assunto como seu, ou seja, com- específicos a serem abordados a seguir.
prometer-se e, assim, garantir ao interlocutor uma resposta rápida. Por se tratar de uma modalidade de comunicação de grande
Por exemplo: não deve dizer “Não sei”, mas “Vou imediatamente impacto junto ao usuário, o atendente deve sempre demonstrar sim-
saber” ou “Daremos uma resposta logo que seja possível”. Se não patia, competência e profissionalismo e ter atenção com as expres-
for mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o atendente de- sões do rosto, da voz, dos gestos, do vocabulário e de aparência. E
verá apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer o da mesma forma, considerar os seguintes princípios.
número do telefone direto de alguém capaz de resolver o problema
rapidamente, indicar o e-mail ou o número do fax do responsável Princípios para a qualidade ao atendimento presencial:
procurado. A pessoa que ligou deve ter a garantia de que alguém • Competência - O usuário espera que cada pessoa que o atenda
confirmará a recepção do pedido ou chamada; detenha informações detalhadas sobre o funcionamento da organi-
• não negar informações: nenhuma informação deve ser nega- zação e do setor que ele procurou.
da, mas há que se identificar o interlocutor antes de a fornecer, para • Legitimidade - O usuário deve ser atendido com ética, respei-
confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação, é adequada a to, imparcialidade, sem discriminações, com justiça e colaboração.
seguinte frase: Vamos anotar esses dados e depois entraremos em • Disponibilidade - O atendente representa, para o usuário, a
contato com o senhor. imagem da organização. Assim, deve haver empenho para que o
• não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tempo, usuário não se sinta abandonado, desamparado, sem assistência. O
ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e mostrar que atendimento deve ocorrer de forma personalizada, atingindo-se a
o diálogo está sendo acompanhado com atenção, dando feedback, satisfação do cliente.
mas não interrompendo o raciocínio do interlocutor; • Flexibilidade - O atendente deve procurar identificar clara-
• sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra que mente as necessidades do usuário e esforçar-se para ajudá-lo, orien-
o atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada; tá-lo, conduzi-lo a quem possa ajudá-lo adequadamente.
• ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser catastrófi-
ca: as más palavras difundem-se mais rapidamente do que as boas; Para que o cliente ou usuário possa se sentir bem atendido,
• manter o cliente informado: como, nessa forma de comuni- existem, também, algumas estratégias verbais, não-verbais e am-
cação, não se estabelece o contato visual, é necessário que o aten- bientais.
dente, se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone durante
alguns segundos, peça licença para interromper o diálogo e, de- Estratégias verbais
pois, peça desculpa pela demora. Essa atitude é importante porque ₋ Reconhecer, o mais breve possível, a presença das pessoas;
poucos segundos podem parecer uma eternidade para quem está do ₋ pedir desculpas se houver demora no atendimento;
outro lado da linha; ₋ se possível, tratar o usuário pelo nome;
• ter as informações à mão: um atendente deve conservar a in- ₋ Demonstrar que quer identificar e entender as necessidades
formação importante perto de si e ter sempre à mão as informações do usuário;
mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a rapidez de ₋ Escutar atentamente, analisar bem a informação, apresentar
resposta e demonstra o profissionalismo do atendente; questões;

Didatismo e Conhecimento 19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Estratégias não-verbais Seu principal objetivo é unir a situação de todos os setores,
₋ Olhar para a pessoa diretamente e demonstrar atenção; e todos os assuntos, interagir entre os membros e garantir a fun-
₋ Prender a atenção do receptor; cionalidade da empresa. Denominada de comunicação funcional,
₋ Não escrever enquanto estiver falando com o usuário; parte-se do pressuposto de que cada cargo de uma organização
₋ Prestar atenção à comunicação não-verbal; precisa comunicar algo a alguém ou algum setor, de modo a trans-
mitir as informações necessárias em busca de um trabalho sinér-
Estratégias ambientais gico, respeitando as individualidades de cada cargo, setor e tam-
₋ Manter o ambiente de trabalho organizado e limpo; bém as pessoais. A comunicação deve ser vista pelo administrador
₋ Assegurar acomodações adequadas para o usuário; como instrumento descentralizador e de elevação da capacidade
₋ Evitar pilhas de papel, processos e documentos desorganizados operacional da organização, através da delegação de autoridades
sobre a mesa. e atribuições, contudo sem que o administrador perca o controle e
a autoridade perante seus subordinados. A descentralização admi-
Atendimento e tratamento nistrativa exige, acima de tudo, um sistema eficaz de comunicação
O atendimento está diretamente relacionado aos negócios de e controle. É a comunicação horizontal que permitirá ao adminis-
uma organização, suas finalidades, produtos e serviços, de acordo trador alcançar sinergia e controle dos mais variados setores que
com suas normas e regras. O atendimento estabelece, dessa forma, compõe o corpo da empresa.
uma relação entre o atendente, a organização e o cliente. Fica explícito que conforme o tamanho da organização as
A qualidade do atendimento, de modo geral, é determinada por trocas de informação podem sofrer mais empecilhos, contudo são
indicadores percebidos pelo próprio usuário relativamente a: nesses casos que a comunicação torna-se mais necessária. Sem um
• competência – recursos humanos capacitados e recursos tecno- plano comunicacional eficaz o trabalho torna-se mais demorado e
lógicos adequados; desperdiçam-se esforços, já que fica clara a dificuldade de intera-
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários estabeleci- ção entre os mais variados setores da organização. Onde se faz ne-
dos previamente; cessário o trabalho em grupo há consequentemente a necessidade
• credibilidade – honestidade no serviço proposto; de se realizar uma competente comunicação horizontal.
• segurança – sigilo das informações pessoais;
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pessoal de PROCESSO DE COMUNICAÇÃO
contato; São elementos do processo de comunicação:
• comunicação – clareza nas instruções de utilização dos servi- • emissor – o que emite ou envia a mensagem
ços.
• receptor – o que recebe a mensagem
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige ao clien-
• mensagem – 0 que se quer comunicar
te e interage com ele, orientando-o, conquistando sua simpatia. Está
• canal – o meio de comunicação pelo qual se transmite a men-
relacionada a:
sagem
₋ presteza – demonstração do desejo de servir, valorizando pron-
• ruídos –tudo aquilo que pode atrapalhar a comunicação .
tamente a solicitação do usuário;
₋ cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cordiali-
dade; O processo de comunicação é o centro de todas as atividades
₋ flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-previs- humanas. No entanto, além de usar palavras corretas e adequadas
tas. ao contexto, o emissor deve transmitir à outra pessoa, o receptor,
informações, ideias, percepções, intenções, desejos e sentimentos,
ou seja, a mensagem do processo de comunicação. Ao mesmo tem-
4. COMUNICAÇÃO E COMPORTAMENTO po, para que a comunicação ocorra, não basta transmitir ou receber
NO AMBIENTE ORGANIZACIONAL. bem as mensagens. É preciso, sobretudo, que haja troca de enten-
dimentos. Para tanto, as palavras são importantes, mas também o
são as emoções, as ideias, as informações não verbais.

Comunicação verbal e não verbal


O profissional de administração deve estabelecer e manter um
A comunicação verbal realiza-se oralmente ou por meio da
sistema contingente de comunicação dentro da organização, de for-
escrita. São exemplos de comunicações orais: ordens, pedidos, de-
ma unificadora e esclarecedora, a fim de saber qual é a situação de
bates, discussões, tanto face-a-face quanto por telefone, rádio, te-
sua organização para poder controlar as atividades e tomar decisões,
levisão ou outro meio eletrônico. Cartas, jornais, impressos, revis-
visto que nem sempre a informação segue os rumos que a organiza-
tas, cartazes, entre outros, fazem parte das comunicações escritas.
ção deseja, transformando-se muitas vezes em boatos que venham a
prejudicar a corporação. A comunicação não verbal realiza-se por meio de gestos e
A comunicação administrativa não deve se preocupar com meios expressões faciais e corporais que podem reforçar ou contradizer o
externos e sim com seu fluxo interno de informações. Ela deve ser que está sendo dito. Cruzar os braços e as pernas, por exemplo, é
feita entre e para os membros da organização, o que não impede que um gesto que pode ser interpretado como posição de defesa. Colo-
algumas informações transmitidas internamente sejam difundidas car a mão no queixo, coçar a cabeça ou espreguiçar-se na cadeira
além dos limites da organização. Ela precisa ser vista como uma for- podem indicar falta de interesse no que a outra pessoa tem a dizer.
ma de comunicação social e humana, constituída por cinco elemen- Também são gestos interpretados como forma de demonstrar
tos básicos; um comunicador que transmite uma mensagem para desinteresse durante a comunicação: ajeitar papéis que se encon-
um receptor visando obter um feedback do mesmo. trem sobre a mesa, guardar papéis na gaveta, responder perguntas
com irritação ou deixar de respondê-las.

Didatismo e Conhecimento 20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A linguagem é um código utilizado pelos indivíduos para pro- cutido a relação entre empregado/empregador. Assim, este artigo
cessar pensamentos, idéias e diálogos interiores, ou comunicar-se trata da importância da comunicação interna para as instituições,
com outros. A linguagem pode ser representada por uma língua ou as estratégias usadas por ela para o bom relacionamento com seus
pela não verbalização. funcionários, a eficiência da comunicação para com o público in-
É importante observar que algumas palavras assumem dife- terno e a importância do profissional de Relações Públicas nesse
rentes significados para cada pessoa. contexto.
Palavras como amor, solidariedade, fraternidade, igualdade, Não basta ter uma equipe de grandes talentos altamente mo-
entre outras, servem de rótulos para experiências universais, mas tivados.
têm significados particulares para cada indivíduo. A realidade Se ela não estiver bem informada, se seus integrantes não se
subjetiva de cada pessoa é formada pelo seu sistema de valores, comunicarem adequadamente, não será possível potencializar a
pelas suas crenças, pelos seus objetivos pessoais e pela sua visão força humana da empresa.
de mundo. Daí a importância de checarmos a linguagem utilizada A comunicação interna nas organizações, empresas ou enti-
no processo de comunicação e adaptarmos nossa mensagem ao dades nem sempre foi valorizada ou reconhecida como de vital
vocabulário, aos interesses e às necessidades da pessoa a quem importância para o desenvolvimento e sobrevivência dessas orga-
transmitimos alguma informação. nizações.
Na era da informação e em um momento em que a tecnolo-
Barreiras e ruídos gia é disponibilizada, a habilidade no processamento de dados e a
No atendimento é preciso cuidado para evitar ruídos na comu- transformação desses dados em informações prontas para serem
nicação, ou seja, é necessário reconhecer os elementos que podem usadas nas tomadas de decisões, representa uma oportunidade
complicar ou impedir o perfeito entendimento das mensagens. Às valiosa na melhoria do processo de comunicação no mundo dos
vezes, uma pessoa fala e a outra não entende exatamente o que foi negócios. Só através de uma comunicação interna eficiente, é que
dito. Ou, então, tendo em vista a subjetividade presente na mensa- acontece a troca de informações.
gem, muitas vezes, o emissor tem uma compreensão diferente da É papel do profissional de Relações Públicas fazer com que
que foi captada pelo receptor. Alguns exemplos: haja interação entre todo o universo organizacional.
Ruídos
Sobrecarga de informações OBJETIVOS DA COMUNICAÇÃO INTERNA
Tipos de informações Os principais objetivos da comunicação interna são:
Fonte de informações •Tornar influentes, informados e integrados todos os funcio-
Localização Física nários da empresa;
Defensidade
Além dessas dificuldades, existem outras que interferem no •Possibilitar aos colaboradores de uma empresa o conheci-
processo de comunicação, entre elas, as barreiras tecnológicas, mento das transformações ocorridas no ambiente de trabalho;
psicológicas e de linguagem. Essas barreiras são verdadeiros ruí-
dos na comunicação. •Tornar determinante a presença dos colaboradores de uma
As barreiras tecnológicas resultam de defeitos ou interferên- organização no andamento dos negócios.
cias dos canais de comunicação. São de natureza material, ou seja, •Facilitar a comunicação empresarial, deixando-a clara e obje-
resultam de problemas técnicos, como o do telefone com ruído. tiva para o público interno.
As barreiras de linguagem podem ocorrer em razão das gírias,
regionalismos, dificuldades de verbalização, dificuldades ao escre- Comunicação interna: porque, como e quando deve acontecer
ver, gagueira, entre outros. Sabemos que a comunicação é o processo de troca de informa-
As barreiras psicológicas provêm das diferenças individuais ções entre duas ou mais pessoas. Desde os tempos mais remotos,
e podem ter origem em aspectos do comportamento humano, tais a necessidade de nos comunicar é uma questão de sobrevivência.
como: No mundo dos negócios não é diferente. A necessidade de tornar
Seletividade: o emissor só ouve o que é do seu interesse ou o os funcionários influentes, integrados e informados do que acon-
que coincida com a sua opinião; tece na empresa, fazendo-os sentir parte dela, fez surgir a comu-
Egocentrismo: o emissor ou o receptor não aceita o ponto de nicação interna, considerada hoje como algo imprescindível às
vista do outro ou corta a palavra do outro, demonstrando resistên- organizações, merecendo, cada vez mais, maior atenção. Por meio
cia para ouvir; da Comunicação Interna, torna-se possível estabelecer canais que
Timidez: a inibição de uma pessoa em relação a outra pode possibilitem o relacionamento ágil e transparente da direção da or-
causar gagueira ou voz baixa, quase inaudível; ganização com o seu público interno e entre os próprios elementos
Preconceito: a percepção indevida das diferenças sociocultu- que integram este público.
rais, raciais, religiosas, hierárquicas, entre outras; Nesse sentido, entender a importância da Comunicação In-
Descaso: indiferença às necessidades do outro. terna em todos os meios hierárquicos, como um instrumento da
administração estratégica é uma exigência para se atingir a eficácia
A comunicação interna e sua importância nas organizações organizacional. Compreender a importância desse processo de co-
A imagem da empresa é muito importante para a sobrevi- municação para que flua de forma eficiente, no momento oportuno,
vência da mesma. Para ter uma imagem consolidada é necessário de forma que seja atingido o objetivo pretendido, é um desafio para
transformar seus funcionários em verdadeiros embaixadores da as organizações.
boa vontade de sua empresa. Em decorrência disso, tem se dis-

Didatismo e Conhecimento 21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A comunicação efetiva só se estabelece em clima de verda- •Adequação tecnológica – equilíbrio entre tecnologia e alto
de e autenticidade. Caso contrário, só haverá jogos de aparência, contato humano assegurando evolução da qualidade da comunica-
desperdício de tempo e, principalmente uma “anti-comunicação” ção e potencializando a força do grupo.
no que é essencial/necessário. Porém não basta assegurar que a Quatro fatores influenciam a eficácia da comunicação nas or-
comunicação ocorra. É preciso fazer com que o conteúdo seja efe- ganizações: canais formais da comunicação, estrutura de autori-
tivamente aprendido para que as pessoas estejam em condições de dade, especialização do trabalho e a propriedade da informação.
usar o que é informado. Os canais formais da comunicação influenciam a eficácia da
Por tanto, o trabalho em equipe precisa ser incentivado com comunicação de duas formas: primeiro, os canais cobrem uma dis-
uma postura de empatia e cooperação eliminando assim, os afasta- tância cada vez maior à medida que as organizações crescem e se
mentos e as falhas na comunicação. desenvolvem. Atingir a comunicação eficaz em uma grande orga-
O envolvimento dos colaboradores em todo o processo or- nização é muito mais difícil do que em uma organização menor.
ganizacional desenvolvendo a capacidade de boa comunicação Segundo, os canais de comunicação inibem o fluxo livre de
interpessoal é condição imprescindível ao bom andamento da or- informações entre os diversos níveis da organização. Exemplo: um
ganização. trabalhador do almoxarifado de uma empresa comunicará proble-
A falta de cultura do diálogo, de abertura a conversação e a mas do seu trabalho a um supervisor e nunca ao gerente.
troca de ideias, opiniões, impressões e sentimentos, é, sem dúvi- Estrutura de autoridade: verifica-se que as diferenças hierár-
da alguma, o grande problema que prejudica o funcionamento de quicas ajudam a determinar quem irá comunicar-se com quem. O
organizações e países. A comunicação corporativa é um processo conteúdo e exatidão da comunicação são sempre comprometidos
diretamente ligado à cultura da empresa, ou seja, aos valores e ao pela diferença de autoridade.
comportamento das suas lideranças e às crenças dos seus colabo- A especialização do trabalho, ou seja, a divisão do trabalho
radores. em ações pertinentes a cada grupo facilita a comunicação entre
As comunicações administrativas consideradas como fontes esses grupos.
de comunicação social e humana encontram os seguintes elemen-
tos: comunicador, mensagem e destinatário. O processo de comu- TIPOS DE COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
nicação envolve no mínimo duas pessoas ou grupos: remetente Nas organizações a comunicação apresenta diferentes formas
(fonte) e o destino (recebedor) isto é, o que envia a documentação que variam de acordo com os elementos, contexto e tipo de comu-
e o que recebe. nicação a ser usado.
O conteúdo da comunicação é geralmente uma mensagem e o A comunicação se divide em dois itens: comunicação verbal e
seu objetivo é a compreensão por parte de quem recebe. A comu- comunicação não verbal.
nicação só ocorre quando o destino (quem a recebe) a compreende
No primeiro item a comunicação envolve participação, trans-
ou a interpreta. Se a mensagem não chega ao destino à comunica-
missão e trocas de conhecimento e experiências. A comunicação
ção não acontece.
verbal pode ser: interna – quando o processo acontece dentro da
empresa e externa – quando o processo ultrapassa os limites da
FATORES QUE INFLUENCIAM A COMUNICAÇÃO
empresa, ocorrendo entre esta e funcionários ou instituições de
A qualidade da comunicação é derivada de alguns pontos con-
fora da empresa.
siderados de suma importância:
Quanto à transmissão da mensagem, a comunicação ocorre de
•Prioridade à comunicação – qualidade e timing da comuni-
cação assegurando sintonia de energia e recursos de todos com os duas formas: oral e escrita.
objetivos maiores da empresa; Para se ter ideia da importância das comunicações orais, basta
•Abertura da alta direção – disposição da cúpula de abrir in- lembrar que elas estão no cerne dos problemas de relacionamento
formações essenciais garantindo insumos básicos a todos os cola- entre setores ou na raiz das soluções de integração horizontal/ver-
boradores; tical. Muitas questões pendentes poderiam ser resolvidas por meio
•Processo de busca – pro-atividade de cada colaborador em de uma receita que inclui, necessariamente, contatos, reuniões de
busca das informações que precisa para realizar bem o seu traba- integração, avaliação, análise, controle e feedback. Como se per-
lho; cebe, as comunicações orais merecem atenção.
•Autenticidade – verdade acima de tudo, ausência de “jogos Quanto ao tipo de comunicação a ser utilizado, pode ser: for-
de faz de conta” e autenticidade no relacionamento entre os cola- mal (realizada através da hierarquia) e informal (realizada fora do
boradores assegurando eficácia da comunicação e do trabalho em sistema convencional).
times;
•Foco em aprendizagem – garantia de efetiva aprendizagem Comunicação não verbal – O propósito deste tipo de informa-
do que é comunicado, otimizando o processo de comunicação; ção é exprimir sentimentos sem usar a palavra. Exemplo: balançar
•Individualização – consideração às diferenças individuais a cabeça para indicar um “sim”.
(evitando estereotipo e generalizações) assegurando melhor sinto- A comunicação não verbal, de um modo geral pode ser divi-
nia e qualidade de relacionamento na empresa; dida em oito categorias:
•Competências de base – desenvolvimento de competências 1. Ambiente – espaço físico.
básicas em comunicação (ouvir, expressão oral e escrita, habili- 2. Posição do corpo
dades interpessoais) assegurando qualidade das relações internas; 3. Postura – inclinar-se em direção a outra pessoa sugere ser
•Velocidade – rapidez na comunicação dentro da empresa po- favorável em relação à mensagem.
tencializando sua qualidade e nível de contribuição aos objetivos 4. Gestos das mãos
maiores;

Didatismo e Conhecimento 22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
5. Expressões e movimentos faciais – aspectos da face e mo- Canais informais de comunicação - representam a rede de co-
vimentos com a cabeça podem indicar aprovação, desaprovação municação, não oficial, que complementa os canais formais. São
ou descrença. dois importantes canais informais de comunicação: rádio corredor
6. Timbre de voz – podem comunicar confiança, nervosismo e os encontros casuais.
ou entusiasmo. A rádio corredor é o principal meio de transmissão de boatos
7. Vestuário, adorno e aparência e até pode criar problemas à organização. Boatos falsos podem ser
8. Reflexão – muitos sinais não verbais são ambíguos. Exem- prejudiciais à moral e à produtividade da empresa. Reuniões com
plo: um sorriso indica calor humano, mas, às vezes pode indicar empregados para discutir o boato é a melhor forma de evitar que
nervosismo. tais boatos comprometam a imagem dos funcionários da Organi-
zação.
Seja através da comunicação verbal ou não verbal, a informa- Encontros Casuais - não programados - acontecendo entre os
ção é indispensável aos funcionários de uma empresa como base superiores e empregados podem representar um canal de infor-
para atingir metas. É através da informação que se pode detectar mação eficiente. Além das reuniões formais, muitas informações
áreas problemáticas capazes de impedir a consecução de objetivos. valiosas podem ser coletadas nesses encontros casuais. A alta di-
É também, por meio dela que são avaliados desempenhos indivi- reção, preocupados com a comunicação interna, utilizam desses
duais e/ou coletivos. E ainda, só através de informações torna-se canais sem preconceito, coletando informações que os ajudam na
possível fazer ajustamentos necessários para que a eficiência no tomada de decisões importantes.
trabalho seja alcançada. Muitas vezes, a comunicação não acontece de forma eficaz
em virtude da falta de habilidade do emissor e/ou receptor, cons-
CANAIS DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES tituindo-se verdadeiras barreiras. Consideram-se barreiras da co-
As mensagens, nas organizações passam por diferentes cami- municação: motivação e interesses baixos, reações emocionais e
nhos ou canais. Tais canais podem ser formais ou informais. Para desconfianças que podem limitar ou distorcer as comunicações; di-
Du Brin (2001) os canais formais de comunicação são os caminhos ferenças de linguagem, jargão, colaboradores com conhecimentos
oficiais para envio de informações dentro e fora da empresa, tendo e experiências diferentes também podem se constituir em barreiras
como fonte de informação o Organograma, que indica os canais da comunicação numa organização.
que a mensagem deve seguir.
Além de serem caminhos para a comunicação, os canais tam-
USO DAS NOVAS TECNOLOGIAS – COMUNICAÇÃO
bém são meios de enviar mensagens. Incluem boletins, jornais, re-
ELETRÔNICA
uniões, memorandos escritos, correio eletrônico, quadros de aviso
A tecnologia tem um dos principais papéis na transformação
tradicionais e informativos mais elevados.
das atividades e no negócio da comunicação social. Além de re-
As mensagens nas organizações viajam em quatro direções:
presentar para muitos, uma verdadeira revolução cultural, ela sig-
para baixo, para cima, horizontal e diagonalmente.
nifica investimentos e até a definição de novos objetivos e rumos.
A comunicação que viaja para baixo é aquela que parte do
A internet está se tornando imprescindível nos planos de co-
superior da empresa para os subordinados – envolve os relatórios
administrativos, manuais de políticas e procedimentos, jornais in- municação das grandes corporações, cujos sites foram criados
ternos da empresa, cartas e circulares, relatórios escritos sobre de- como centros de informação para consumidores. Em vez de ven-
sempenho, manuais de empregados e etc. O tipo de comunicação das, muitas empresas estabelecem objetivos de comunicação e rea-
mais adequado aos subordinados é a que presta mais informações; lizam on-line uma verdadeira estratégia de administração dos seus
não apresenta controvérsias e cujo propósito é mais informativo contatos e do relacionamento com os diferentes públicos que com
que persuasivo. elas se relacionam e interagem.
A comunicação ascendente ocorre para cima, do subordi- A vídeo conferência também faz parte dos avanços de tecno-
nado para o superior. Envolve: memorandos escritos, relatórios, logia e, tem tido aceitação cada vez maior no mundo dos negó-
reuniões grupais planejadas, conversas informais com o superior. cios. Através desse recurso, funcionário de uma organização em
Apresenta propósito informativo e auxilia na tomada de decisão. diferentes locais mantém um diálogo vendo as imagens na tela da
Para facilitar este tipo de comunicação as empresas desenvol- televisão, realizando uma reunião em diversos lugares ao mesmo
vem programas e políticas tais como: tempo. Esta tecnologia traz a vantagem da diminuição de gastos
•Políticas de portas abertas – permite a qualquer empregado para a empresa, além do aumento da produtividade, pois os funcio-
receber a atenção da alta administração. nários precisam ir apenas ao centro de vídeo conferência próximo
•Programas de treinamento – serve para avaliar aspectos da à empresa.
empresa – os empregados trazem os problemas da Empresa à tona. Em decorrência disso, a comunicação eletrônica veio para fa-
Permite a ela atingir velocidade e simplicidade nas operações. cilitar a vida das organizações, trazendo agilidade, comodidade e
•Programas de reclamações – as reclamações são enviadas baixo custo para as empresas.
para cima, incluindo aquelas sobre os supervisores, condição de A internet cada vez mais se forma como mídia. Suas carac-
trabalho, conflitos, assédio sexual, métodos de trabalho, etc. terísticas mais importantes para a atividade e o negócio da Co-
Comunicação Horizontal – trata-se do envio de informações municação Social são: a facilidade operacional, o baixo custo de
entre funcionários do mesmo nível organizacional. operação e a interatividade.
Comunicação Diagonal – transmissão de mensagem de níveis Como exemplos de canais de comunicação eletrônica, temos
organizacionais mais altos ou mais baixos em diferentes departa- os SMS, redes sociais, e a agora falaremos sobre o e-mail, que é
mentos, demonstrando maior dinamismo no que se refere às deci- uma mensagem eletrônica das mais difundidas nesse tipo de co-
sões da comunicação. municação.

Didatismo e Conhecimento 23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Além de ser um dos mais populares serviços da internet, por RELAÇÕES INTERPESSOAIS, RELAÇÕES PÚBLICAS E
ser uma forma rápida e de baixo custo de manter comunicação, A COMUNICAÇÃO INTERNA
o fator da distancia não interferir e de liberdade de horário para Quando se fala em comunicação interna organizacional, auto-
utiliza-la também favoreceram essa popularidade. maticamente relaciona ao profissional de Relações Públicas, pois
Pela facilidade de uso e eficácia, tornou-se um dos serviços ele é o responsável pelo relacionamento da empresa com os seus
mais populares da internet. Utilizar corretamente esse serviço de diversos públicos (internos, externos e misto).
e-mail pode auxiliar a ter acesso à informações, gerenciar, manter As organizações têm passado por diversas mudanças buscan-
e ampliar sua rede de contatos, agilizar e otimizar o tempo quando do a modernização e a sobrevivência no mundo dos negócios. Os
a comunicação se faz necessária. maiores objetivos dessas transformações são: tornar a empresa
Assim, é importante compreender como ele funciona e quais competitiva, flexível, capaz de responder as exigências do merca-
os benefícios de seu uso para poder tirar o máximo de proveito do, reduzindo custos operacionais e apresentando produtos com-
dessa ferramenta praticamente indispensável nos dias de hoje, petitivos e de qualidade. A reestruturação das organizações gerou
lembrando-se que, embora esse meio de comunicação traga muita um público interno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito
facilidade, ele ainda é uma forma de comunicação, portanto, exi- mais conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às cobranças
girá todos os cuidados exigidos na comunicação como vimos na das empresas em todos os setores. Diante desse novo modelo or-
abordagem acima, ou seja, formalidade, uso correto da linguagem, ganizacional, é que se propõe como atribuição do profissional de
adequação ao contexto, e principalmente, uso do bom senso, ga- Relações Públicas ser o intermediador, o administrador dos rela-
rantirão um resultado eficaz ao utilizar de mensagens eletrônicas cionamentos institucionais e de negócios da empresa com os seus
como forma de se comunicar. públicos. Sendo assim, fica claro que esse profissional tem seu
campo de ação na política de relacionamento da organização. A
EFICIÊNCIA NA COMUNICAÇÃO INTERNA ORGANI- comunicação interna, portanto, deve ser entendida como um feixe
ZACIONAL de propostas bem encadeadas, abrangentes, coisa significativa-
A alta direção de qualquer organização precisa conhecer e mente maior que um simples programa de comunicação impressa.
acreditar no poder da comunicação interna, pois, é através dela, Para que se desenvolva em toda sua plenitude, as empresas estão a
com uma boa relação com o público interno, de forma eficiente, exigir profissionais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados,
que a empresa poderá transmitir a sua imagem ao seu público ex- com visões integradas e em permanente estado de alerta para as
terno, pois são eles, os responsáveis por essa imagem. ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente.
A qualidade de comunicação nas organizações deve pressupor
Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos Rela-
individualização do processo em função das naturais diferenças
ções Públicas: estratégica, política, institucional, mercadológica,
em outro quadro de referência, nível de experiência, amplitude de
social, comunitária, cultural, etc.; atuando sempre para cumprir os
interesses, grau de motivação, etc. de pessoa para pessoas. Comu-
objetivos da organização e definir suas políticas gerais de relacio-
nicações feitas para a “média” do público acabam gerando, mais
namento.
problemas do que benefícios, sem falar no fato da pasteurização
Em vista do que foi dito sobre o profissional de Relações Pú-
tornar as mensagens sem impacto.
blicas, destaca-se como principal objetivo liderar o processo de
Para que haja eficiência na comunicação interna, é de funda-
mental importância conhecer em profundidade o público interno comunicação total da empresa, tanto no nível do entendimento,
da empresa. É necessário um contato pessoal em que se estabeleça como no nível de persuasão nos negócios.
uma relação de confiança, que possa transmitir as suas expectati-
vas, ansiedades e interesses entre a organização e o seu público Pronúncia correta das palavras
interno. É importante que o emissor tenha acesso aos conhecimen- Proferir as palavras corretamente. Isso envolve:
tos do receptor sobre o assunto a ser abordado. O seu nível de Usar os sons corretos para vocalizar as palavras;
linguagem e o seu grau de interesse são itens relevantes para que Enfatizar a sílaba certa;
ocorra a sintonia entre eles. Dar a devida atenção aos sinais diacríticos
Destaca-se que os elementos para uma transmissão de men-
sagem eficiente são: comunicação assertivamente – a mensagem Por que é importante?
será mais bem recebida se os funcionários exporem suas ideias A pronúncia correta confere dignidade à mensagem que pre-
diretamente; uso de canais múltiplos – uso dos cinco sentidos para gamos. Permite que os ouvintes se concentrem no teor da mensa-
recepção; uso da comunicação bidirecional – envolvimento da gem sem ser distraídos por erros de pronúncia.
mensagem dos receptores na conversação; apoiar-se- certos tipos Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras de pro-
de comunicação fazem com que as pessoas se sintam apoiadas, fa- núncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos idiomas utili-
cilitando o processo; ser sensível as diferenças culturais- respeito zam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há também os alfabetos
as diferenças de estilo, sotaque, erros gramaticais, aparência pes- árabe, cirílico, grego e hebraico. No idioma chinês, a escrita não
soal; ser sensível as diferenças de gênero – identificar as diferenças é feita por meio de um alfabeto, mas por meio de caracteres que
no estilo de comunicação relacionadas ao gênero. podem ser compostos de vários elementos. Esses caracteres geral-
Nesse sentido, homens e mulheres apesar da tendência à mente representam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora
igualdade nas organizações, comunicam-se de formas diferentes. os idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, estes po-
A comunicação interna é uma via de mão dupla, portanto, tão dem ser pronunciados de maneiras bem diferentes e nem sempre
importante como comunicar é saber escutar. Os 5 “C’s” de uma ter o mesmo significado.
comunicação interna eficaz são: clara, consciente, contínua e fre-
quente, curta e rápida e completa.

Didatismo e Conhecimento 24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige que se Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler para al-
use o som correto para cada letra ou combinação de letras. Quando guém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe que corrija seus
o idioma segue regras coerentes, como é o caso do espanhol, do erros.
grego e do zulu, a tarefa não é tão difícil. Contudo, as palavras Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar atenção
estrangeiras incorporadas ao idioma às vezes mantêm uma pro- aos bons oradores.
núncia parecida à original. Assim, determinadas letras, ou combi-
nações de letras, podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, Pronúncia de números telefonicos
às vezes, simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise O número de telefone deve ser pronunciado algarismo por al-
memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao conversar. garismo.
Em chinês, a pronúncia correta exige a memorização de milhares Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
de caracteres. Em alguns idiomas, o significado de uma palavra Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres em tres
muda de acordo com a entonação. Se a pessoa não der a devida algarismos, com exceção de uma sequencia de quatro numeros
atenção a esse aspecto do idioma, poderá transmitir ideias erradas. juntos, onde damos uma pausa a cada dois algarismos.
Se as palavras de um idioma forem compostas de sílabas, é O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o número
importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas que usam “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado como “onze”.
esse tipo de estrutura têm regras bem definidas sobre a posição da Veja abaixo os exemplos
sílaba tônica (aquela que soa mais forte). As palavras que fogem 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um, zero –
a essas regras geralmente recebem um acento gráfico, o que torna zero, tres
relativamente fácil pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres, tres –
houver muitas exceções às regras, o problema fica mais compli- quatro, tres
cado. Nesse caso, exige bastante memorização para se pronunciar 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze – nove,
corretamente as palavras. oito
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante atenção
aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo de determina- Exceções
das letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, ü, č, ç. 110 - cento e dez
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas armadi- 111 – cento e onze
lhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de afetação e até 211 – duzentos e onze
de esnobismo. O mesmo acontece com as pronúncias em desuso.
118 – cento e dezoito
Tais coisas apenas chamam atenção para o orador. Por outro lado,
511 – quinhentos e onze
é bom evitar o outro extremo e relaxar tanto no uso da linguagem
0001 – mil ao contrario
quanto na pronúncia das palavras. Algumas dessas questões já fo-
Atendimento telefonico
ram discutidas no estudo “
Na comunicação telefônica, é fundamental que o interlocutor
Art.culação clara”.
se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se trata da utiliza-
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir de um
ção de um canal de comunicação a distância. É preciso, portanto,
país para outro — até mesmo de uma região para outra no mesmo
país. Um estrangeiro talvez fale o idioma local com sotaque. Os que o processo de comunicação ocorra da melhor maneira possível
dicionários às vezes admitem mais de uma pronúncia para deter- para ambas as partes (emissor e receptor) e que as mensagens se-
minada palavra. Especialmente se a pessoa não teve muito acesso à jam sempre acolhidas e contextualizadas, de modo que todos pos-
instrução escolar ou se a sua língua materna for outra, ela se bene- sam receber bom atendimento ao telefone.
ficiará muito por ouvir com atenção os que falam bem o idioma lo- Alguns autores estabelecem as seguintes recomendações para
cal e imitar sua pronúncia. Como Testemunhas de Jeová queremos o atendimento telefônico:
falar de uma maneira que dignifique a mensagem que pregamos e • não deixar o cliente esperando por um tempo muito longo.
que seja prontamente entendida pelas pessoas da localidade. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo e retornar a
No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se está bem ligação em seguida;
familiarizado. Normalmente, a pronúncia não constitui problema • o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário tem de
numa conversa, mas ao ler em voz alta você poderá se deparar com se empenhar em explicar corretamente produtos e serviços;
palavras que não usa no cotidiano. • atender às necessidades do cliente; se ele desejar algo que o
atendente não possa fornecer, é importante oferecer alternativas;
Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm problemas • agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia” ou
de pronúncia não se dão conta disso. “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou instituição são
Em primeiro lugar, quando for designado a ler em público, atitudes que tornam a conversa mais pessoal. Perguntar o nome
consulte num dicionário as palavras que não conhece. Se não tiver do cliente e tratá-lo pelo nome transmitem a ideia de que ele é im-
prática em usar o dicionário, procure em suas páginas iniciais, ou portante para a empresa ou instituição. O atendente deve também
finais, a explicação sobre as abreviaturas, as siglas e os símbo- esperar que o seu interlocutor desligue o telefone. Isso garante que
los fonéticos usados ou, se necessário, peça que alguém o ajude ele não interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser comple-
a entendê-los. Em alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias mentar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa.
diferentes, dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam
a pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a sílaba
tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra várias vezes
em voz alta.

Didatismo e Conhecimento 25
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator principal Todas estas recomendações envolvem as seguintes atitudes no
para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, é preciso que atendimento telefônico:
o atendente saiba ouvir o interlocutor e responda a suas deman- Receptividade - demonstrar paciência e disposição para servir,
das de maneira cordial, simples, clara e objetiva. O uso correto da como, por exemplo, responder às dúvidas mais comuns dos usuá-
língua portuguesa e a qualidade da dicção também são fatores im- rios como se as estivesse respondendo pela primeira vez. Da mes-
portantes para assegurar uma boa comunicação telefônica. É fun- ma forma é necessário evitar que interlocutor espere por respostas;
damental que o atendente transmita a seu interlocutor segurança, Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrupções, dizer
compromisso e credibilidade. palavras como “compreendo”, “entendo” e, se necessário, anotar a
Além das recomendações anteriores, são citados, a seguir, mensagem do interlocutor);
procedimentos para a excelência no atendimento telefônico: Empatia - para personalizar o atendimento, pode-se pronun-
ciar o nome do usuário algumas vezes, mas, nunca, expressões
Identificar e utilizar o nome do interlocutor: ninguém gosta como “meu bem”, “meu querido, entre outras);
de falar com um interlocutor desconhecido, por isso, o atendente Concentração – sobretudo no que diz o interlocutor (evitar
da chamada deve identificar-se assim que atender ao telefone. Por distrair-se com outras pessoas, colegas ou situações, desviando-se
outro lado, deve perguntar com quem está falando e passar a tratar do tema da conversa, bem como evitar comer ou beber enquanto
o interlocutor pelo nome. Esse toque pessoal faz com que o inter- se fala);
locutor se sinta importante; Comportamento ético na conversação – o que envolve tam-
assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa que atende bém evitar promessas que não poderão ser cumpridas.
ao telefone deve considerar o assunto como seu, ou seja, compro-
meter-se e, assim, garantir ao interlocutor uma resposta rápida. Atendimento e tratamento
Por exemplo: não deve dizer “não sei”, mas “vou imediatamente O atendimento está diretamente relacionado aos negócios de
saber” ou “daremos uma resposta logo que seja possível”. Se não uma organização, suas finalidades, produtos e serviços, de acordo
for mesmo possível dar uma resposta ao assunto, o atendente de- com suas normas e regras. O atendimento estabelece, dessa forma,
verá apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer o uma relação entre o atendente, a organização e o cliente.
número do telefone direto de alguém capaz de resolver o problema
rapidamente, indicar o e-mail ou numero da pessoa responsável A qualidade do atendimento, de modo geral, é determinada
por indicadores percebidos pelo próprio usuário relativamente a:
procurado. A pessoa que ligou deve ter a garantia de que alguém
• competência – recursos humanos capacitados e recursos tec-
confirmará a recepção do pedido ou chamada;
nológicos adequados;
Não negar informações: nenhuma informação deve ser nega-
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários estabele-
da, mas há que se identificar o interlocutor antes de a fornecer, para
cidos previamente;
confirmar a seriedade da chamada. Nessa situação, é adequada a
• credibilidade – honestidade no serviço proposto;
seguinte frase: vamos anotar esses dados e depois entraremos em
• segurança – sigilo das informações pessoais;
contato com o senhor
• facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao pessoal
Não apressar a chamada: é importante dar tempo ao tempo, de contato;
ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem a dizer e mostrar que • comunicação – clareza nas instruções de utilização dos ser-
o diálogo está sendo acompanhado com atenção, dando feedback, viços.
mas não interrompendo o raciocínio do interlocutor;
Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e demonstra que o Fatores críticos de sucesso ao telefone:
atendente é uma pessoa amável, solícita e interessada; A voz / respiração / ritmo do discurso
Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser catastrófi- A escolha das palavras
ca: as más palavras difundem-se mais rapidamente do que as boas; A educação
Manter o cliente informado: como, nessa forma de comunica- Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do outro
ção, não se estabele o contato visual, é necessário que o atendente, lado da linha não pode ver as suas expressões faciais e gestos, mas
se tiver mesmo que desviar a atenção do telefone durante alguns você transmite através da voz o sentimento que está alimentando
segundos, peça licença para interromper o diálogo e, depois, peça ao conversar com ela. As emoções positivas ou negativas, podem
desculpa pela demora. Essa atitude é importante porque poucos ser reveladas, tais como:
segundos podem parecer uma eternidade para quem está do outro Interesse ou desinteresse,
lado da linha; Confiança ou desconfiança,
Alerta ou cansaço,
Ter as informações à mão: um atendente deve conservar a in- Calma ou agressividade,
formação importante perto de si e ter sempre à mão as informações Alegria ou tristeza,
mais significativas de seu setor. Isso permite aumentar a rapidez de Descontração ou embaraço,
resposta e demonstra o profissionalismo do atendente; Entusiasmo ou desânimo.
Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa que liga: quem O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 palavras por
atende a chamada deve definir quando é que a pessoa deve voltar minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 palavras por minuto
a ligar (dia e hora) ou quando é que a empresa ou instituição vai aproximadamente, tornando o discurso mais claro.
retornar a chamada. A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensagem e
pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o outro a julgar
que não existe entusiasmo da sua parte.

Didatismo e Conhecimento 26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige ao 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal é aten-
cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando sua simpa- der o telefone no máximo até o terceiro toque, pois, é um ato que
tia. Está relacionada a: demonstra afabilidade e empenho em tentar entregar para o cliente
Presteza – demonstração do desejo de servir, valorizando a máxima eficiência.
prontamente a solicitação do usuário; 10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é dizer o
Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e de cordiali- nome da organização, o nome da própria pessoa seguido ainda,
dade; das tradicionais saudações (bom dia, boa tarde, etc.). Além disso,
Flexibilidade – capacidade de lidar com situações não-previs- quando for encerrar a conversa lembre-se de ser amistoso, agrade-
tas. cendo e reafirmando o que foi acordado.
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém que
A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja vista, não está presente na sua empresa no momento da ligação, jamais
que transmitir uma mensagem para outra pessoa e fazê-la com- peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é uma função do aten-
preender a essência da mesma é uma tarefa que envolve inúmeras dente, ou seja, a de retornar a ligação quando essa pessoa estiver
variáveis que transformam a comunicação humana em um desafio de volta à organização.
constante para todos nós. 12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a organização é
E essa complexidade aumenta quando não há uma comuni- um dos princípios para um bom atendimento telefônico, haja vista,
cação visual, como na comunicação por telefone, onde a voz é o que é necessário anotar o nome da pessoa e os pontos principais
único instrumento capaz de transmitir a mensagem de um emissor que foram abordados.
para um receptor. Sendo assim, inúmeras empresas cometem erros 13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que não tem
primários no atendimento telefônico, por se tratar de algo de difícil responsabilidade de cumprir aquilo que foi acordado demonstra
consecução. desleixo e incompetência, comprometendo assim, a imagem da
Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefônico, de empresa. Sendo assim, se tiver que dar um recado, ou, retornar
modo a atingirmos a excelência, confira: uma ligação lembre-se de sua responsabilidade, evitando esque-
cimentos.
1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma linguagem 14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao atender
formal, privilegiando uma comunicação que transmita respeito e
o telefone, você deve demonstrar para o cliente uma postura de
seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades, etc, pois assim
quem realmente busca ajudá-lo, ou seja, que se importa com os
fazendo, você estará gerando uma imagem positiva de si mesmo
problemas do mesmo. Atitudes negativas como um tom de voz
por conta do profissionalismo demonstrado.
desinteressado, melancólico e enfadado contribuem para a desmo-
2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extremamente
tivação do cliente, sendo assim, é necessário demonstrar interesse
prejudicial ao cliente são as interferências, ou seja, tudo aquilo que
e iniciativa para que a outra parte se sinta acolhida.
atrapalha a comunicação entre as partes (chieira, sons de aparelhos
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente atentamen-
eletrônicos ligados, etc.). Sendo assim, é necessário manter a linha
“limpa” para que a comunicação seja eficiente, evitando desvios. te, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contribui positivamente
3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz que seja para a identificação dos problemas existentes e consequentemente
minimamente compreensível, evitando desconforto para o cliente para as possíveis soluções que os mesmos exigem.
que por várias vezes é obrigado a “implorar” para que o atendente 16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou ligar
fale mais alto. para alguma empresa e teve que esperar um longo período de tem-
4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que você não po para que a linha fosse desocupada? Pois é, é algo extremamente
cometa o erro de falar muito rapidamente, ou seja, procure encon- inconveniente e constrangedor. Por esse motivo, busque não de-
trar o meio termo (nem lento e nem rápido), de forma que o cliente longar as conversas e evite conversas pessoais, objetivando man-
entenda perfeitamente a mensagem, que deve ser transmitida com ter, na medida do possível, sua linha sempre disponível para que o
clareza e objetividade. cliente não tenha que esperar muito tempo para ser atendido.
5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e coesão Buscar a excelência constantemente na comunicação huma-
para que a mensagem tenha organização, evitando possíveis erros na é um ato fundamental para todos nós, haja vista, que estamos
de interpretação por parte do cliente. nos comunicando o tempo todo com outras pessoas. Infelizmente
6 - Tenha equilíbrio:  se você estiver atendendo um cliente algumas pessoas não levam esse importante ato a sério, compro-
sem educação, use a inteligência, ou seja, seja paciente, ouça-o metendo assim, a capacidade humana de transmitir uma simples
atentamente, jamais seja hostil com o mesmo e tente acalmá-lo, mensagem para outra pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos
pois assim, você estará mantendo sua imagem intacta, haja vista, para não repetirmos esses erros e consequentemente aumentarmos
que esses “dinossauros” não precisam ser atacados, pois, eles se nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante.
matam sozinhos.
7 - Tenha carisma:  seja uma pessoa empática e sorridente Resoluções de situações conflitantes ou problemas quanto
para que o cliente se sinta valorizado pela empresa, gerando um ao atendimento de ligações ou transferências
clima confortável e harmônico. Para isso, use suas entonações com O agente de comunicação é o cartão de visita da empresa.. Por
criatividade, de modo a transmitir emoções inteligentes e conta- isso é muito importante prestar atenção a todos os detalhes do seu
giantes. trabalho. Geralmente você é a primeira pessoa a manter contato
8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça o cliente com o público. Sua maneira de falar e agir vai contribuir muito
para aguardar na linha, mas não demore uma eternidade, pois, o para a imagem que irão formar sobre sua empresa. Não esqueça: a
cliente pode se sentir desprestigiado e desligar o telefone. primeira impressão é a que fica.

Didatismo e Conhecimento 27
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Alguns detalhes que podem passar despercebidos na rotina do Equipamento básico
seu trabalho: Além da sala, existem outras coisas necessárias para assegurar o
- Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais natural possí- bom andamento do seu trabalho:
vel. Assim você fala só uma vez e evita perda de tempo. - Listas telefônicas atualizadas.
- Calma:  Ás vezes pode não ser fácil mas é muito importante - Relação dos ramais por nomes de funcionários (em ordem al-
que você mantenha a calma e a paciência . A pessoa que esta chaman- fabética).
do merece ser atendida com toda a delicadeza. Não deve  ser apres- - Relação dos números  de telefones mais chamados.
sada ou interrompida. Mesmo que ela seja um pouco grosseira, você - Tabela de tarifas telefônicas.
não deve responder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá-la. - Lápis e caneta
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama merece atenção - Bloco para anotações
especial. E você, como toda boa telefonista, deve ser sempre simpáti- - Livro de registro de defeitos.
ca e demonstrar interesse em ajudar. 
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de detalhes   O que você precisa saber:
importantes sobre o assunto que será tratado. Esses detalhes são con- O seu equipamento telefônico não é apenas parte do seu material
fidenciais e pertencem somente às pessoas envolvidas. Você deve ser de trabalho. É o que há de mais importante. Por isso você deve saber
discreta e manter tudo em segredo. A quebra de sigilo nas ligações te- como ele funciona. Tecnicamente, o equipamento que você usa é cha-
lefônicas é considerada  uma falta grave, sujeita às penalidades legais.  mado de CPCT - Central Privada de Comunicação Telefônica, que
O que dizer e como dizer permite você fazer ligações internas (de ramal para ramal) e externas.
 Aqui seguem algumas sugestões de como atender as chamadas Atualmente existem dois tipos: PABX e KS.
externas: - PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sistema, to-
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o nome da das as ligações  internas e a maioria das ligações para fora da empresa
sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou boa noite. são feitas pelos usuários de ramais. Todas as ligações que entram, pas-
- Essa chamada externa vai solicitar um ramal  ou pessoa. Você sam pela telefonista.
deve repetir esse número ou nome, para ter certeza de que entendeu  - KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de entrada, de
saída ou internas, são feitas sem passar pela telefonista
corretamente. Em seguida diga: “ Um momento, por favor,” e trans-
Informações básicas adicionais
fira a ligação.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as ligações
Ao transferir as ligações, forneça as informações que já possui;
telefônicas. Eles se dividem em:
faça uso do seu vocabulário profissional; fale somente o necessário e
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se podem fazer
evite assuntos pessoais.
ligações para fora sem passar pela telefonista
Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar ao seu * Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é necessário o auxi-
interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir a ligação, mante- lio da telefonista para ligar para fora.
nha-o ciente dos passos desse atendimento. * Ramais restritos: só fazem ligações internas.
Não se deve transferir uma ligação apenas para se livrar dela. -Linha - Tronco: linha telefônica que liga  a CPCT à central Te-
Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor, colocar-se à disposição lefônica Pública.
dele, e se acontecer de não ser possível, transfira-o para quem real- -  Número-Chave ou Piloto: Número que acessa automatica-
mente possa atendê-lo e resolver sua solicitação. Transferir o cliente mente as linhas que estão  em busca automática, devendo ser o único
de um setor para outro, quando essa ligação já tiver sido transferida número divulgado ao público.
várias vezes não favorece a imagem da empresa. Nesse caso, anote a - Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações  entre ramais e
situação e diga que irá retornar com as informações solicitadas. linhas-tronco.
- Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a transferência, - Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede a realiza-
diga à pessoa  que chamou: “O ramal está ocupado. Posso anotar o ção de ligações interurbanas.
recado e retornar a ligação.” É importante que você não deixe uma -  DDG:  (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano fran-
linha ocupada  com uma pessoa que está  apenas esperando a libe- queado, cuja cobrança das ligações  é feita no telefone chamado.
ração de um ramal. Isso pode congestionar as linhas do equipamen- - DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas externas vão
to, gerando perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista em falar direto  para o ramal desejado, sem passar pela telefonista . Isto só é
com o ramal ocupado, você deve interromper a outra ligação  e dizer: possível em algumas CPCTs do tipo PABX.
“Desculpe-me interromper  sua ligação, mas há uma chamada urgente - Pulso : Critério de medição de uma chamada por tempo, dis-
do (a) Sr.(a) Fulano(a) para este ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” tância e horário.
Se a pessoa puder atender , complete a ligação, se não, diga que a - Consultores: empregados da Telems que dão  orientação  às
outra ligação ainda está em andamento e reafirme sua possibilidade empresas quanto ao melhor funcionamento dos sistemas de teleco-
em auxiliar. municações.
Lembre-se  : - Mantenedora: empresa habilitada para prestar serviço e dar
Você deve ser natural, mas não deve esquecer de certas formali- assistência às CPCTs.
dades como, por exemplo, dizer sempre “por favor” , “Queira descul- - Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas nos horá-
par”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita a comunicação e induz a outra rios fora do expediente para determinados ramais. Só é possível em
pessoa a ter com você o mesmo tipo de tratamento. CPCTs do tipo PBX e PABX.
A conversa: existem  expressões que nunca devem ser usadas, Em casos onde você se depara com uma situação que repre-
tais como girias, meias palavras, e palavras com conotação de inti- sente conflito ou problema, é necessário adequar a sua reação à
midade. A conversa deve ser sempre mantida em nível profissional. cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.

Didatismo e Conhecimento 28
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer? 6ª – Equilíbrio Emocional
Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar a raiva. Em uma época em que manter um excelente relacionamento
Acima de tudo, mantenha-se calmo. com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um alto coeficien-
Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente, em um estado te de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos
de nervosismo. os profissionais, particularmente os que trabalham diretamente no
Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a) está muito atendimento a Clientes.
nervoso (a), tente acalmar-se”.
Use frases adequadas ao momento. Frases que ajudam acal- Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à medida
mar o Cliente, deixando claro que você está ali para ajudá-lo que:
For paciente e compreensivo com o Cliente.
2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fazer? Tiver uma crescente capacidade de separar as questões pes-
O tratamento deverá ser sempre positivo, independentemente soais dos problemas da empresa.
das circunstâncias. Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você, mas,
Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a entender sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie de “pa-
que você não é o alvo. ra-raios”.
Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidando para não Não fizer pré julgamentos dos clientes.
parecer ironia. Quando você toma a iniciativa e age positivamente, Entender que cada cliente é diferente do outro.
coloca uma pressão psicológica no Cliente, para que ele reaja de Entender que para você o problema apresentado pelo cliente é
modo positivo. um entre dezenas de outros; para o cliente não, o problema é único,
é o problema dele.
3ª – Diante de erros ou problemas causados pela empresa Entender que seu trabalho é este: atender o melhor possível.
ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido possível. Entender que você e a empresa dependem do cliente, não ele
Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que estiver ao seu de vocês.
alcance para que o problema seja resolvido. Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender o
CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando vai corrigir. futuro da relação do cliente com a empresa.
Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema.
POSTURA DE ATENDIMENTO - (Conduta/Bom senso/
EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
Cordialidade)
Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFIQUE, mas
A FUGA DOS CLIENTES
com muita prudência. O Cliente não se interessa por “justificati-
As pesquisas revelam que 68% dos clientes das empresas
vas”. Este é um problema da empresa.
fogem delas por problemas relacionados à postura de atendi-
4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?
mento.
Concentre-se para entender o que realmente o Cliente quer ou,
Numa escala decrescente de importância, podemos observar
exatamente, o que ele não está entendendo e o porquê. os seguintes percentuais:
Caso necessário, explique novamente, de outro jeito, até que 68% dos clientes fogem das empresas por problemas de pos-
o Cliente entenda. tura no atendimento;
Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o gerente, 14% fogem por não terem suas reclamações atendidas;
o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do possível, que o 9% fogem pelo preço;
Cliente saia sem entender ou concordar com a resolução. 9% fogem por competição, mudança de endereço, morte.
5ª – Discussão com o Cliente
Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão, você A origem dos problemas está nos sistemas implantados nas
sempre perde! organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não definem
Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar” ou uma política clara de serviços, não definem o que é o próprio ser-
“discutir” com um cliente é estar consciente – sempre alerta -, de viço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita dificuldade em
forma que se evite SINTONIZAR na mesma frequência emocio- satisfazer plenamente o cliente.
nal do Cliente, quando esta for negativa. Exemplos: Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não contra-
tam profissionais com características básicas para atender o públi-
O Cliente está... Reaja de forma oposta co, não treinam estes profissionais na postura adequada, não criam
um padrão de atendimento e este passa a ser realizado de acordo
Falando alto, gritando. Fale baixo, pausadamente.
com as características individuais e o bom senso de cada um.
Irritado Mantenha a calma. A falta de noção clara da causa primária da perda de clientes
Desafiando Não aceite. Ignore o desafio. faz com que as empresas demitam os funcionários “porque eles
não sabem nem atender o cliente”. Parece até que o atendimento é
Diga-lhe que é possível resolver o a tarefa mais simples da empresa e que menos merece preocupa-
Ameaçando problema sem a necessidade de uma ção. Ao contrário, é a mais complexa e recheada de nuances que
ação extrema. perpassam pela condição individual e por condições sistêmicas.
Diga-lhe que o compreende,
Ofendendo que gostaria que ele lhe desse uma Estas condições sistêmicas estão relacionadas a:
oportunidade para ajudá-lo. 1. Falta de uma política clara de serviços;
2. Indefinição do conceito de serviços;

Didatismo e Conhecimento 29
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
3. Falta de um perfil adequado para o profissional de atendi- 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO DE
mento; ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e sentimentos
4. Falta de um padrão de atendimento; positivos, para ter atitudes adequadas no momento do atendimen-
5. Inexistência do follow up; to. Ele sabe que é fundamental separar os problemas particulares
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. do dia a dia do trabalho e, para isso, cultiva o estado de espírito
antes da chegada do cliente. O primeiro passo de cada dia, é iniciar
Nas condições individuais, podemos encontrar a contratação o trabalho com a consciência de que o seu principal papel é o de
de pessoas com características opostas ao necessário para atender ajudar os clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de
ao público, como: timidez, avareza, rebeldia... realizar serviços para o cliente.

SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO Os requisitos para contratação deste profissional


Observando estas duas condições principais que causam a Para trabalhar com atendimento ao público, alguns requisitos
vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, podemos se- são essenciais ao atendente. São eles:
parar a estrutura de uma empresa de serviços em dois itens:
os serviços e a postura de atendimento. Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organizações Gostar de lidar com gente.
e, como tal, está diretamente relacionado ao próprio negócio. Ser extrovertido.
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de servi- Ter humildade.
ços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também são tratados Cultivar um estado de espírito positivo.
os aspectos gerais da organização que dão peso ao negócio, como: Satisfazer as necessidades do cliente.
o ambiente físico, as cores (pintura), os jardins. Este item, portan- Cuidar da aparência.
to, depende mais diretamente da empresa e está mais relacionado
com as condições sistêmicas. Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendimento.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o funcionário A POSTURA pode ser entendida como a junção de todos os
em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir com os clientes. aspectos relacionados com a nossa expressão corporal na sua to-
Portanto, está ligado às condições individuais. talidade e nossa condição emocional.
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas políticas Podemos destacar 03 pontos necessários para falarmos de
das empresas, o treinamento, a definição de um padrão de atendi- POSTURA. São eles:
mento e de um perfil básico para o profissional de atendimento, 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se caracteriza
como forma de avançar no próprio negócio. Dessa maneira, estes por um posicionamento de humildade, mostrando-se sempre dis-
dois itens se tornam complementares e inter-relacionados, com de- ponível para atender e interagir prontamente com o cliente. Esta
pendência recíproca para terem peso. POSTURA DE ABERTURA do atendente suscita alguns senti-
Para conhecermos melhor a postura de atendimento, faz-se mentos positivos nos clientes, como por exemplo:
necessário falar do Verdadeiro profissional do atendimento. a) postura do atendente de manter os ombros abertos e o peito
aberto, passa ao cliente um sentimento de receptividade e acolhi-
Os três passos do verdadeiro profissional de atendimento: mento;
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente inclina-
compreender e atender as necessidades dos clientes, fazer com do transmite ao cliente a humildade do atendente;
que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sentir importante e propor- c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem respeito
cioná-lo um ambiente agradável. Este profissional é voltado com- e segurança;
pletamente para a interação com o cliente, estando sempre com as d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afetividade
suas antenas ligadas neste, para perceber constantemente as suas e calorosidade.
necessidades. Para este profissional, não basta apenas conhecer o
produto ou serviço, mas o mais importante é demonstrar interesse 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR-
em relação às necessidades dos clientes e atendê-las. PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade entre
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as necessida- o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo.
des dos clientes, aguçando a capacidade de perceber o cliente. Para Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e con-
entender o lado humano, é necessário que este profissional tenha fortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os nossos sen-
uma formação voltada para as pessoas e goste de lidar com gente. timentos e eles fluem livremente. Dessa forma, nos sentimos mais
Se espera que ele fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este livres do stress, das doenças, dos medos.
profissional, a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instan- 03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos extrair
te em que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emocionais que
a felicidade do outro. elas traduzem e a identificação destes estados pelas pessoas; e a
sua função social que diz em que condições ocorreu a expressão,
seus efeitos sobre o observador e quem a expressa.
Podemos concluir, entendendo que, qualquer comportamento
inclui posturas e é sempre fruto da interação complexa entre o or-
ganismo e o seu meio ambiente.

Didatismo e Conhecimento 30
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
O olhar A INVASÃO
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através do Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver com
olhar, podemos passar para as pessoas os nossos sentimentos mais INVASÃO DE TERRITÓRIO.
profundos, pois ele reflete o nosso estado de espírito. Vamos entender melhor isso.
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos prender so- Todo ser humano sente necessidade de definir um TERRITÓ-
mente a ele, mas a fisionomia como um todo para entendermos o RIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos. Este territó-
real sentido dos olhos. rio não se configura apenas em um espaço físico demarcado, mas
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de aco- principalmente num espaço pessoal e social, o que podemos tradu-
lhimento, de interesse no atendimento das suas necessidades, de zir como a necessidade de privacidade, de respeito, de manter uma
vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar apático, traduz fraqueza distância ideal entre si e os outros de acordo com cada situação.
e desinteresse, dando ao cliente, a impressão de desgosto e dissa- Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes na pri-
bor pelo atendimento. vacidade, o que normalmente traz consequências negativas. Po-
demos exemplificar estas invasões com algumas situações corri-
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este brilho queiras: uma piada muito picante contada na presença de pessoas
nos nossos olhos ? A resposta é simples: estranhas a um grupo social; ficar muito próximo do outro, quase
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro, gostar se encostando nele; dar um tapinha nas costas...
de ajudar o próximo. Nas situações de atendimento, são bastante comuns as inva-
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e gosto, sões de território pelos atendentes. Estas, na sua maioria, causam
pois só assim conseguimos repassar uma sensação agradável para mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por eles como atitudes
o cliente. Gostar de atender o público significa gostar de atender grosseiras e poucos sensíveis. Alguns são os exemplos destas ati-
as necessidades dos clientes, querer ver o cliente feliz e satisfeito. tudes e situações mais comuns:

Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode transmitir: Insistência para o cliente levar um item ou adquirir um bem;
Seguir o cliente por toda a loja;
01. Interesse quando:
O motorista de taxi que não pára de falar com o cliente pas-
Brilha;
sageiro;
Tem atenção;
O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerindo pratos sem
Vem acompanhado de aceno de cabeça.
ser solicitado;
02. Desinteresse quando:
O funcionário que cumprimenta o cliente com dois beijinhos
É apático; e tapinhas nas costas;
É imóvel, rígido; O funcionário que transfere a ligação ou desliga o telefone
Não tem expressão. sem avisar.
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o gelo. O Estas situações não cabem na postura do verdadeiro profissio-
olhar nos olhos dá credibilidade e não há como dissimular com nal do atendimento.
o olhar.
O sorriso
A aproximação - raio de ação. O SORRISO abre portas e é considerado uma linguagem uni-
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao conceito versal.
de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o público, inde- Imagine que você tem um exame de saúde muito importante
pendente deste ser cliente ou não. para receber e está apreensivo com o resultado. Você chega à clí-
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 metros nica e é recebido por uma recepcionista que apresenta um sorriso
de distância do público e de um tempo imediato, ou seja, pronta- caloroso. Com certeza você se sentirá mais seguro e mais confian-
mente. te, diminuindo um pouco a tensão inicial. Neste caso, o sorriso foi
Além do mais, deve ocorrer independentemente do funcioná- interpretado como um ato de apaziguamento.
rio estar ou não na sua área de trabalho. Estes requisitos para a O sorriso tem a capacidade de mudar o estado de espírito das
interação, a tornam mais eficaz. pessoas e as pesquisas revelam que as pessoas sorridentes são ava-
Esta interação pode se caracterizar por um cumprimento ver- liadas mais favoravelmente do que as não sorridentes.
bal, uma saudação, um aceno de cabeça ou apenas por um aceno O sorriso é um tipo de linguagem corporal, um tipo de comu-
de mão. O objetivo com isso, é fazer o cliente sentir-se acolhido e nicação não-verbal . Como tal, expressa as emoções e geralmente
certo de estar recebendo toda a atenção necessária para satisfazer informa mais do que a linguagem falada e a escrita. Dessa forma,
os seus anseios. podemos passar vários tipos de sentimentos e acarretar as mais
diversas emoções no outro.
Alguns exemplos são:
1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o carrinho de Ir ao encontro do cliente
limpeza e o hóspede sai do seu apartamento. Ela prontamente olha Ir ao encontro do cliente é um forte sinal de compromisso no
para ele e diz com um sorriso: “bom dia!”. atendimento, por parte do atendente. Este item traduz a importân-
2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no momento cia dada ao cliente no momento de atendimento, na qual o atenden-
do pagamento; te faz tudo o que é possível para atender as suas necessidades, pois
03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima ao ver o ele compreende que satisfazê-las é fundamental. Indo ao encontro
carro entrando no posto e faz uma sudação... do cliente, o atendente demonstra o seu interesse para com ele.

Didatismo e Conhecimento 31
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A primeira impressão Cumprimento caloroso
Você já deve ter ouvido milhares de vezes esta frase: A PRI- O que você sente quando alguém aperta a sua mão sem fir-
MEIRA IMPRESSÃO É A QUE FICA. meza ?
Você concorda com ela? Às vezes ouvimos as pessoas comentando que se conhece al-
No mínimo seremos obrigados a dizer que será difícil a em- guém, a sua integridade moral, pela qualidade do seu aperto de
presa ter uma segunda chance para tentar mudar a impressão ini- mão.
cial, se esta foi negativa, pois dificilmente o cliente irá voltar. O aperto de mão “ frouxo “ transmite apatia, passividade, bai-
É muito mais difícil e também mais caro, trazer de volta o xa energia, desinteresse, pouca interação, falta de compromisso
cliente perdido, aquele que foi mal atendido ou que não teve os com o contato.
seus desejos satisfeitos. Ao contrário, o cumprimento muito forte, do tipo que machu-
Estes clientes perdem a confiança na empresa e normalmen- ca a mão, ao invés de trazer uma mensagem positiva, causa um
te os custos para resgatá-la, são altos. Alguns mecanismos que as mal estar, traduzindo hiperatividade, agressividade, invasão e des-
empresas adotam são os contatos via telemarketing, mala-direta, respeito. O ideal é ter um cumprimento firme, que prenda toda
visitas, mas nem sempre são eficazes. a mão, mas que a deixe livre, sem sufocá-la. Este aperto de mão
A maioria das empresas não têm noção da quantidade de clien- demonstra interesse pelo outro, firmeza, bom nível de energia, ati-
tes perdidos durante a sua existência, pois elas não adotam meca- vidade e compromisso com o contato.
nismos de identificação de reclamações e/ou insatisfações destes É importante lembrar que o cumprimento deve estar associado
clientes. Assim, elas deixam escapar as armas que teriam para re- ao olhar nos olhos, a cabeça erguida, os ombros e o peito abertos,
forçar os seus processos internos e o seu sistema de trabalho. totalizando uma sintonia entre fala e expressão corporal.
Quando as organizações atentam para essa importância, elas Não se esqueça: apesar de haver uma forma adequada de
passam a aplicar instrumentos de medição. cumprimentar, esta jamais deverá ser mecânica e automática.
Mas, estes coletores de dados nem sempre traduzem a realida- Tom de voz
de, pois muitas vezes trazem perguntas vagas, subjetivas ou pedem A voz é carregada de magnetismo e como tal, traz uma onda
a opinião aberta sobre o assunto. de intensa vibração. O tom de voz e a maneira como dizemos as
Dessa forma, fica difícil mensurar e acaba-se por não colher palavras, são mais importantes do que as próprias palavras.
as informações reais. Podemos dizer ao cliente: “a sua televisão deveria sair hoje do
A saída seria criar medidores que traduzissem com fatos e da- conserto, mas por falta de uma peça, ela só estará pronta na próxi-
dos, as verdadeiras opiniões do cliente sobre o serviço e o produto ma semana “. De acordo com a maneira que dizemos e de acordo
adquiridos da empresa. com o tom de voz que usamos, vamos perceber reações diferentes
do cliente.
Apresentação pessoal Se dizemos isso com simpatia, naturalmente nos desculpando
Que imagem você acha que transmitimos ao cliente quando o pela falha e assumindo uma postura de humildade, falando com
atendemos com as unhas sujas, os cabelos despenteados, as roupas calma e num tom amistoso e agradável, percebemos que a reação
mal cuidadas... ? do cliente será de compreensão.
O atendente está na linha de frente e é responsável pelo conta- Por outro lado, se a mesma frase é dita de forma mecânica,
to, além de representar a empresa neste momento. Para transmitir estudada, artificial, ríspida, fria e com arrogância, poderemos ter
confiabilidade, segurança, bons serviços e cuidado, se faz necessá- um cliente reagindo com raiva, procurando o gerente, gritando...
rio, também, ter uma boa apresentação pessoal. As palavras são símbolos com significados próprios. A forma
como elas são utilizadas também traz o seu significado e com isso,
Alguns cuidados são essenciais para tornar este item mais cada palavra tem a sua vibração especial.
completo. São eles:
01. Tomar um BANHO antes do trabalho diário: além da fun- Saber escutar
ção higiênica, também é revigorante e espanta a preguiça; Você acha que existe diferença entre OUVIR e ESCUTAR?
02. Cuidar sempre da HIGIENE PESSOAL: unhas limpas, Se você respondeu que não, você errou.
cabelos cortados e penteados, dentes cuidados, hálito agradável, Escutar é muito mais do que ouvir, pois é captar o verdadeiro
axilas sentido, compreendendo e interpretando a essência, o conteúdo da
Asseadas, barba feita; comunicação.
03. Roupas limpas e conservadas; O ato de ESCUTAR está diretamente relacionado com a nossa
04. Sapatos limpos; capacidade de perceber o outro. E, para percebermos o outro, o
05. Usar o CRACHÁ DE IDENTIFICAÇÃO, em local vi- cliente que está diante de nós, precisamos nos despojar das bar-
sível pelo cliente. reiras que atrapalham e empobrecem o processo de comunicação.
São elas:
Quando estes cuidados básicos não são tomados, o cliente se * os nossos PRECONCEITOS;
questiona : “ puxa, se ele não cuida nem dele, da sua aparência * as DISTRAÇÕES;
pessoal, como é que vai cuidar de me prestar um bom serviço ? “ * os JULGAMENTOS PRÉVIOS;
A apresentação pessoal, a aparência, é um aspecto importante * as ANTIPATIAS.
para criar uma relação de proximidade e confiança entre o cliente
e o atendente.

Didatismo e Conhecimento 32
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Para interagirmos e nos comunicarmos a contento, precisamos As gafes no atendimento
compreender o TODO, captando os estímulos que vêm do outro, Depois de conhecermos a postura correta de atendimento,
fazendo uma leitura completa da situação. também é importante sabermos quais são as formas erradas, para
Precisamos querer escutar, assumindo uma postura de recep- jamais praticá-las. Quem as pratica, com certeza não é um ver-
tividade e simpatia, afinal, nós temos dois ouvidos e uma boca, o dadeiro profissional de atendimento. Podemos dividi-las em duas
que nos sugere que é preciso escutar mais do que falar. partes, que são:
Quando não sabemos escutar o cliente - interrompendo-o, fa-
lando mais que ele, dividindo a atenção com outras situações - tira- Postura inadequada
mos dele, a oportunidade de expressar os seus verdadeiros anseios A postura inadequada é abrangente, indo desde a postura físi-
e necessidades e corremos o risco de aborrecê-lo, pois não iremos ca ao mais sutil comentário negativo sobre a empresa na presença
conseguir atende-las. do cliente.
A mais poderosa forma de escutar é a empatia ( que vamos Em relação à postura física, podemos destacar como inade-
conhecer mais na frente ). Ela nos permite escutar de fato, os sen- quado, o atendente:
timentos por trás do que está sendo dito, mas, para isso, é preciso * se escorar nas paredes da loja ou debruçar a cabeça no seu
que o atendente esteja sintonizado emocionalmente com o cliente. birô por não estar com o cliente (esta atitude impede que ele inte-
Esta sintonia se dá através do despojamento das barreiras que já raja no raio de ação);
falamos antes. * mascar chicletes ou fumar no momento do atendimento;
* cuspir ou tirar meleca na frente do cliente (estas coisas só
Agilidade devem ser feitas no banheiro);
Atender com agilidade significa ter rapidez sem perder a * comer na frente do cliente (comum nas empresas que ofere-
qualidade do serviço prestado. cem lanches ou têm cantina);
A agilidade no atendimento transmite ao cliente a idéia de res- * gritar para pedir alguma coisa;
peito. Sendo ágil, o atendente reconhece a necessidade do cliente * se coçar na frente do cliente;
em relação à utilização adequada do seu tempo. * bocejar (revela falta de interesse no atendimento).
Quando há agilidade, podemos destacar: Em relação aos itens mais sutis, podemos destacar:
o atendimento personalizado; * se achar íntimo do cliente a ponto de lhe pedir carona, por
a atenção ao assunto; exemplo;
o saber escutar o cliente; * receber presentes do cliente em troca de um bom serviço;
cuidar das solicitações e acompanhar o cliente durante todo o * fazer críticas a outros setores, pessoas, produtos ou serviços
seu percurso na empresa. na frente do cliente;
* desmerecer ou criticar o fabricante do produto que vende,
O calor no atendimento o parceiro da empresa, denegrindo a sua imagem para o cliente;
O atendimento caloroso evita dissabores e situações constran- * falar mau das pessoas na sua ausência e na presença do
gedoras, além de ser a comunhão de todos os pontos estudados cliente;
sobre postura. * usar o cliente como desabafo dos problemas pessoais;
O atendente escolhe a condição de atender o cliente e para * reclamar na frente do cliente;
isto, é preciso sempre lembrar que o cliente deseja se sentir impor- * lamentar;
tante e respeitado. Na situação de atendimento, o cliente busca ser * colocar problemas salariais;
reconhecido e, transmitindo calorosidade nas atitudes, o atendente * “ lavar a roupa suja “ na frente do cliente.
satisfaz as necessidades do cliente de estima e consideração.
Ao contrário, o atendimento áspero, transmite ao cliente a LEMBRE-SE: A ÉTICA DO TRABALHO É SERVIR AOS
sensação de desagrado, descaso e desrespeito, além de retornar ao OUTROS E NÃO SE SERVIR DOS OUTROS.
atendente como um bumerangue. O EFEITO BUMERANGUE
é bastante comum em situações de atendimento, pois ele reflete Usar chavões
o nível de satisfação, ou não, do cliente em relação ao atendente. O mau profissional utiliza-se de alguns chavões como forma
Com este efeito, as atitudes batem e voltam, ou seja, se você aten- de fugir à sua responsabilidade no atendimento ao cliente. Citamos
de bem, o cliente se sente bem e trata o atendente com respeito. aqui, os mais comuns:
Se este atende mal, o cliente reage de forma negativa e hostil. O
cliente não está na esteira da linha de produção, merecendo ser PARE E REFLITA: VOCÊ GOSTARIA DE SER COMPA-
tratado com diferenciação e apreço. RADO A ESTE ATENDENTE?
Precisamos ter em atendimento, pessoas descontraídas, que * o senhor como cliente TEM QUE ENTENDER...
façam do ato de atender o seu verdadeiro sentido de vida, que é * o senhor DEVERIA AGRADECER O QUE A EMPRE-
SERVIR AO PRÓXIMO. SA FAZ PELO SENHOR...
Atitudes de apatia, frieza, desconsideração e hostilidade, re- * o CLIENTE É UM CHATO QUE SEMPRE QUER
tratam bem a falta de calor do atendente. Com estas atitudes, o MAIS...
atendente parece estar pedindo ao cliente que este se afaste, vá * AÍ VEM ELE DE NOVO...
embora, desapareça da sua frente, pois ele não é bem vindo. As- Estas frases geram um bloqueio mental, dificultando a libera-
sim, o atendente esquece que a sua MISSÃO é SERVIR e fazer ção do lado bom da pessoa que atende o cliente.
o cliente FELIZ.

Didatismo e Conhecimento 33
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Aqui, podemos ter o efeito bumerangue, que torna um círculo Teleimagem
vicioso na postura inadequada, pois, o atendente usa os chavões Através do telefone, o atendente transmite a TELEIMAGEM
(pensa dessa forma em relação ao cliente e a situação de atendi- da empresa e dele mesmo.
mento ), o cliente se aborrece e descarrega no atendente, ou sim- TELEIMAGEM, então, é a imagem que o cliente forma na
plesmente não volta mais. sua mente ( imagem mental ) sobre quem o está atendendo e ,
Para quebrar este ciclo, é preciso haver uma mudança radical consequentemente, sobre a empresa ( que é representada por
no pensamento e postura do atendente. este atendente).
Quando a TELEIMAGEM é positiva, a facilidade do cliente
Impressões finais do cliente encaminhar os seus negócios é maior, pois ele supõe que a empresa
Toda a postura e comportamento do atendente vai levar o é comprometida com o cliente. No entanto, se a imagem é nega-
cliente a criar uma impressão sobre o atendimento e, consequente- tiva, vemos normalmente o cliente fugindo da empresa. Como no
mente, sobre a empresa. atendimento telefônico, o único meio de interação com o cliente,
Duas são as formas de impressões finais mais comuns do é através da palavra e sendo a palavra o instrumento, faz-se ne-
cliente: cessário usá-la de forma adequada para satisfazer as exigências
1) MOMENTO DA VERDADE: através do contato direto do cliente. Dessa forma, classificamos 03 itens básicos ligados a
(pessoal) e/ou telefônico com o atendente; palavra e as atitudes, como fundamentais na formação da TELEI-
2) TELEIMAGEM: através do contato telefônico. Vamos MAGEM.
conhecê-las com mais detalhes.
São eles:
Momentos da verdade 01. O tom de voz: é através dele que transmitimos interesse e
Segundo Karl Albrecht, Momento da Verdade é qualquer epi-
atenção ao cliente. Ao usarmos um tom frio e distante, passamos
sódio no qual o cliente entra em contato com qualquer aspecto da
ao cliente, a ideia de desatenção e desinteresse.
organização e obtem uma impressão da qualidade do seu serviço.
Ao contrário, se falamos com entusiasmo, de forma decidida e
O funcionário tem poucos minutos para fixar na mente do
atenciosamente, satisfazemos as necessidades do cliente de sentir-
cliente a imagem da empresa e do próprio serviço prestado. Este é
se assistido, valorizado, respeitado, importante.
o momento que separa o grande profissional dos demais.
Este verdadeiro profissional trabalha em cada momento da 02. O uso de PALAVRAS ADEQUADAS: pois com elas o
verdade, considerando-o único e fundamental para definir a sa- atendente passa a ideia de respeito pelo cliente. Aqui fica expres-
tisfação do cliente. Ele se fundamenta na chamada TRÍADE DO samente PROIBIDO o uso de termos como: amor, bem, benzi-
ATENDIMENTO OU TRIÂNGULO DO ATENDIMENTO, que é nho, chuchu, mulherzinha, queridinha, colega...
composto de elementos básicos do processo de interação, que são:
03. As ATITUDES CORRETAS: dando ao cliente, a im-
A ) a pessoa pressão de educação e respeito. São INCORRETAS as atitudes de
A pessoa mais importante é aquela que está na sua frente. transferir a ligação antes do cliente concluir o que iniciou a falar;
Então, podemos entender que a pessoa mais importante é o cliente passar a ligação para a pessoa ou ramal errado ( mostrando com
que está na frente e precisa de atenção. isso que não ouviu o que ele disse ); desligar sem cumprimento ou
No Momento da Verdade, o atendente se relaciona diretamen- saudação; dividir a atenção com outras conversas; deixar o telefo-
te com o cliente, tentando atender a todas as suas necessidades. ne tocar muitas vezes sem atender; dar risadas no telefone.
Não existe outra forma de atender, a não ser pelo contato direto e,
portanto, a pessoa fundamental neste momento é o cliente. Aspectos psicológicos do atendente
Nós falamos sobre a importância da postura de atendimento.
B ) a hora Porém, a base dela está nos aspectos psicológicos do atendimento.
A hora mais importante das nossas vidas é o agora, o presen- Vamos a eles.
te, pois somente nele podemos atuar.
O passado ficou para atrás, não podendo ser mudado e o futuro Empatia
não nos cabe conhecer. Então, só nos resta o presente como fonte O termo empatia deriva da palavra grega EMPATHÉIA, que
de atuação. Nele, podemos agir e transformar. O aqui e agora significa entrar no sentimento. Portanto, EMPATIA é a capacida-
são os únicos momentos nos quais podemos interagir e precisa- de de nos colocarmos no lugar do outro, procurando sempre
mos fazer isto da melhor forma. entender as suas necessidades, os seus anseios, os seus senti-
mentos. Dessa forma, é uma aptidão pessoal fundamental na rela-
C ) a tarefa ção atendente - cliente. Para conseguirmos ser empáticos, precisa-
Para finalizar, falamos da tarefa. A nossa tarefa mais impor- mos nos despojar dos nossos preconceitos e preferências, evitando
tante diante desta pessoa mais importante para nós, na hora mais julgar o outro a partir de nossas referências e valores.
importante que é o aqui e o agora, é FAZER O CLIENTE FE- A empatia alimenta-se da autoconsciência, que significa estar-
LIZ, atendendo as suas necessidades. mos abertos para conhecermos as nossas emoções. Quanto mais
Esta tríade se configura no fundamento dos Momentos da Ver- isto acontece, mais hábeis seremos na leitura dos sentimentos dos
dade e, para que estes sejam plenos, é necessário que os funcioná- outros. Quando não temos certeza dos nossos próprios sentimen-
rios de linha de frente, ou seja, que atendem os clientes, tenham tos, dificilmente conseguimos ver os dos outros.
poder de decisão. É necessário que os chefes concedam autonomia E, a chave para perceber os sentimentos dos outros, está na
aos seus subordinados para atuarem com precisão nos Momentos capacidade de interpretar os canais não verbais de comunicação
da Verdade. do outro, que são: os gestos, o tom de voz, as expressões faciais...

Didatismo e Conhecimento 34
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Esta capacidade de empatizar-se com o outro, está ligada ao Ainda falando em PERCEPÇÃO, devemos ter cuidado com
envolvimento: sentir com o outro é envolver-se. Isto requer uma a PERCEPÇÃO SELETIVA, que é uma distorção de percepção,
atitude muito sublime que se chama HUMILDADE. Sem ela é na qual vemos, escutamos e sentimos apenas aquilo que nos inte-
impossível ser empático. ressa. Esta seleção age como um filtro, que deixa passar apenas o
Quando não somos humildes, vemos as pessoas de maneira que convém. Esta filtragem está diretamente relacionada com a
deturpada, pois olhamos através dos óculos do orgulho e do egoís- nossa condição física-psíquica emocional. Como é isso? Vamos
mo, com os quais enxergamos apenas o nosso pequenino mundo. entender:
O orgulho e o egoísmo são dois males que atacam a humani- a)Se estou com medo de passar em rua deserta e escura, a
dade, impedindo-a de ser feliz. sombra do galho de uma árvore pode me assustar, pois eu posso
Com eles, não conseguimos sair do nosso mundinho , crian- percebê-lo como um braço com uma faca para me apunhalar;
do uma couraça ao nosso redor para nos proteger. Com eles, nós b) Se estou com muita fome, posso ter a sensação de um chei-
achamos que somos tudo o que importa e esquecemos de olhar ro agradável de comida;
para o outro e perguntar como ele está, do que ele precisa, em que c) Se fiz algo errado e sou repreendida, posso ouvir a parte
podemos ajudar. mais amena da repreensão e reprimir a mais severa.
Esquecemos de perceber principalmente os seus sentimentos e Em alguns casos, a percepção seletiva age como mecanismo
necessidades. Com o orgulho e o egoísmo, nos tornamos vaidosos de defesa.
e passamos a ver os outros de acordo com o que estes óculos regis- O ESTADO INTERIOR
tram: os nossos preconceitos, nossos valores, nossos sentimentos... O ESTADO INTERIOR, como o próprio nome sugere, é a
Sendo orgulhosos e egoístas não sabemos AMAR, não sabe- condição interna, o estado de espírito diante das situações.
mos repartir, não sabemos doar. A atitude de quem atende o público está diretamente relacio-
Só queremos tudo para nós, só “amamos” a nós mesmos, só nada ao seu estado interior. Ou seja, se o atendente mantém um
lembramos de nós. É aqui que a empatia se deteriora, quando os equilíbrio interno, sem tensões ou preocupações excessivas, as
nossos próprios sentimentos são tão fortes que não permitem har- suas atitudes serão mais positivas frente ao cliente.
monização com o outro e passam por cima de tudo. Dessa forma, o estado interior está ligado aos pensamentos
OS EGOÍSTAS E ORGULHOSOS NÃO PODEM TRABA- e sentimentos cultivados pelo atendente. E estes, dão suporte as
LHAR COM O PÚBLICO, POIS ELES NÃO TÊM CAPACIDA- atitudes frente ao cliente.
DE DE SE COLOCAR NO LUGAR DO OUTRO E ENTENDER Se o estado de espírito supõe sentimentos e pensamentos ne-
OS SEUS SENTIMENTOS E NECESSIDADES. gativos, relacionados ao orgulho, egoísmo e vaidade, as atitudes
advindas deste estado, sofrerão as suas influências e serão:
Ao contrário dos egoístas, os empáticos são altruístas, pois * Atitudes preconceituosas;
as raízes da moralidade estão na empatia. Para concluir, podemos * Atitudes de exclusão e repulsa;
lembrar a frase de Saint-Exupéry no livro O Pequeno Príncipe: * Atitudes de fechamento;
“Só se vê bem com o coração; o essencial é invisível aos olhos“. * Atitudes de rejeição.
Isto é empatia. É necessário haver um equilíbrio interno, uma estabilidade,
para que o atendente consiga manter uma atitude positiva com os
PERCEPÇÃO clientes e as situações.
PERCEPÇÃO é a capacidade que temos de compreender
e captar as situações, o que exige sintonia e é fundamental no O ENVOLVIMENTO
processo de atendimento ao público. Para percebermos melhor, A demonstração de interesse, prestando atenção ao cliente e
precisamos passar pelo “esvaziamento” de nós mesmos, ficando voltando-se inteiramente ao seu atendimento, é o caminho para o
assim, mais próximos do outro. Mas, como é isso? Vamos ficar verdadeiro sentido de atender.
vazios? É isso mesmo. Vamos ficar vazios dos nossos preconcei- Na área de serviços, o produto é o próprio serviço prestado,
tos, das nossas antipatias, dos nossos medos, dos nossos bloqueios, que se traduz na INTERAÇÃO do funcionário com o cliente. Um
vamos observar as situações na sua totalidade, para entendermos serviço é, então, um resultado psicológico e pessoal que depende
melhor o que o cliente deseja. Vamos ilustrar com um exemplo de fatores relacionados com a interação com o outro. Quando o
real: certa vez, em uma loja de carros, entra um senhor de aproxi- atendente tem um envolvimento baixo com o cliente, este percebe
madamente 65 anos, usando um chapéu de palha, camiseta rasgada com clareza a sua falta de compromisso. As preocupações excessi-
e calça amarrada na cintura por um barbante. Ele entrou na sala do vas, o trabalho estafante, as pressões exacerbadas, a falta de lide-
gerente, que imediatamente se levantou pedindo para ele se retirar, rança, o nível de burocracia, são fatores que contribuem para uma
pois não era permitido “pedir esmolas ali “. O senhor com muita interação fraca com o cliente. Esta fraqueza de envolvimento não
paciência, retirou de um saco plástico que carregava, um “bolo“ de permite captar a essência dos desejos do cliente, o que se traduz
dinheiro e disse: “eu quero comprar aquele carro ali”. em insatisfação. Um exemplo simples disso é a divisão de atenção
Este exemplo, apesar de extremo, é real e retrata claramente o por parte do atendente. Quando este divide a atenção no atendi-
que podemos fazer com o outro quando pré-julgamos as situações. mento entre o cliente e os colegas ou outras situações, o cliente
Precisamos ver o TODO e não só as partes, pois o todo é sente-se desrespeitado, diminuído e ressentido. A sua impressão
muito mais do que a soma das partes. Ele nos diz o que é e não é sobre a empresa é de fraqueza e o Momento da Verdade é pobre.
harmônico e com ele percebemos a essência dos fatos e situações. Esta ação traz consequências negativas como: impossibilida-
de de escutar o cliente, falta de empatia, desrespeito com o seu
tempo, pouca agilidade, baixo compromisso com o atendimento.

Didatismo e Conhecimento 35
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Às vezes, a própria empresa não oferece uma estrutura ade- A autonomia na ponta, na linha de frente, demonstra que a
quada para o atendimento ao público, obrigando o atendente a di- empresa está totalmente voltada para o cliente, pois todo o sistema
vidir o seu trabalho entre atendimento pessoal e telefônico, quando funciona para atendê-lo integralmente, e essa postura é vital, visto
normalmente há um fluxo grande de ambos no setor. Neste caso, o que a imagem transmitida pelo atendente é a imagem que será ge-
ideal seria separar os dois tipos de atendimento, evitando proble- rada no cliente em relação à organização, dessa forma, ao atender,
mas desta espécie. o atendente precisa se lembrar que naquele cargo, ele representa
Alguns exemplos comuns de divisão de atenção são: uma marca, uma instituição, um nome, e que todas as suas atitudes
* atender pessoalmente e interromper com o telefone devem estar em conformidade com a proposta de visão que essa
* atender o telefone e interromper com o contato direto organização possui, focando sempre em um atendimento efetiva-
* sair para tomar café ou lanchar mente eficaz e de qualidade.
* conversar com o colega do lado sobre o final de semana,
férias, namorado, tudo isso no momento de atendimento ao cliente. 5. GESTÃO DE COMPETÊNCIAS E
Estes exemplos, muitas vezes, soam ao cliente como um exi- AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO.
bicionismo funcional, o que não agrega valor ao trabalho. O clien- CULTURA E CLIMA ORGANIZACIONAL.
te deve ser poupado dele.
Os desafios do profissional de atendimento
Mas, nem tudo é tão fácil no trabalho de atender. Algumas
situações exigem um alto grau de maturidade do atendente e é nes-
Uma organização não se deve limitar a recolher e a analisar
tes momentos que este profissional tem a grande oportunidade de dados sobre o seu desempenho. Deve utilizar a sua medição na
mostrar o seu real valor. Aqui estão duas destas situações. gestão corrente.
A característica fundamental de uma organização líder (ou “de
Encantando o cliente ponta”), é a capacidade para efetuar com sucesso a medição do seu
Fazer apenas o que está definido pela empresa como sendo o desempenho. A realização sistemática deste processo dá-lhe, não
seu padrão de atendimento, pode até satisfazer as necessidades do só uma melhor visão interior, como permite a avaliação contínua
cliente, mas talvez não ultrapasse o normal. da eficácia e eficiência da sua estrutura, e dos seus programas, pro-
Encantar o cliente é exatamente aquele algo mais que faz a cessos e pessoas. No entanto, estas organizações não se limitam
grande diferença no atendimento. a recolher e a analisar dados sobre o seu desempenho, elas usam
estas métricas para promover melhorias efetivas na transformação
Atuação extra da sua estratégia em iniciativas concretas. Por outras palavras, uti-
A ATUAÇÃO EXTRA é uma forma de encantar o cliente que lizam a medição do desempenho na sua gestão corrente.
se caracteriza por atitudes ou ações do atendente, não estabeleci- Mas, o que significam Medição e/ou Gestão do Desempenho?
das nos procedimentos de trabalho. É produzir um serviço acima Não é isso que um executivo faz, diariamente, ao analisar toda
da expectativa do cliente. a sua “bateria” de relatórios de gestão? Não é isso que todas as
organizações obtêm da exploração do seu Sistema Integrado de
Autonomia Gestão (ou “package” ERP – Enterprise Resource Planning)? Não
Na verdade, a autonomia não deveria estar no encantamento é isso que é fornecido por um “package” de Suporte à Decisão
do cliente; ela deveria fazer parte da estrutura da empresa. Mas, (Business Intelligence)? Não é isso que tenho implementado na
nem sempre a realidade é esta. Colocamos aqui porque o consumi- minha organização?
dor brasileiro ainda se encanta ao encontrar numa loja, um balco- A resposta a todas estas questões não poderá ser dada neste
nista que pode resolver as suas queixas sem se dirigir ao gerente. artigo. Cada organização é um caso particular e, certamente, exe-
A AUTONOMIA está diretamente relacionada ao proces- cutará alguma medição do seu desempenho, nem que seja só a ní-
so de tomada de decisão. Onde existir uma situação na qual o vel financeiro. No entanto, qual o grau de desenvolvimento do seu
“Sistema de Gestão de Desempenho”? No final deste artigo, espe-
funcionário precise decidir, deve haver autonomia.
ro que o leitor já possa iniciar o esboço de uma primeira resposta a
No atendimento ao público, é fundamental haver autonomia
esta questão. Uma resposta concreta e fundamentada exigirá uma
do pessoal de linha de frente e é uma das condições básicas para o
análise profunda da sua organização.
sucesso deste tipo de trabalho. Após muitas análises e estudos realizados a nível internacio-
Mas, para ter autonomia se faz necessário um mínimo de po- nal, conseguiram definir-se os seguintes atributos, que caracteri-
der para atuar de acordo com a situação e esse poder deve ser con- zam Sistemas de Gestão de Desempenho bem sucedidos.
quistado. O poder aos funcionários serve para agilizar o negócio. 1- Existência de uma arquitetura conceptual (“frame-
Às vezes, a falta de autonomia se relaciona com fraca liderança work”) do Sistema de Gestão do Desempenho. Todas as orga-
do chefe. nizações, independentemente do seu tipo, necessitam que exista
uma definição clara e concisa do âmbito da sua medição de desem-
Para o cliente, a autonomia traduz a ideia de agilidade, des- penho, e que este âmbito, não só seja perfeitamente compreendido
burocratização, respeito, compromisso, organização. por todos os níveis da organização, mas que também apoie o atin-
Com ela, o cliente não é jogado de um lado para o outro , gir dos objetivos e a obtenção dos resultados esperados.
não precisa passear pela empresa, ouvindo dos atendentes: “Esse 2- Existência de um efetiva comunicação interna e externa
assunto eu não resolvo; é só com o fulano; procure outro setor...” à organização. Uma efetiva comunicação com empregados, ges-
tores de processo, clientes e outros “stakeholders”, é vital para o
desenvolvimento com sucesso do Sistema.

Didatismo e Conhecimento 36
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
3- Definição clara e muito bem compreendida da respon- Um “Balanced ScoreCard” procura traduzir os objetivos es-
sabilidade pela obtenção dos resultados. As organizações mais tratégicos de uma organização, num conjunto de indicadores de
bem sucedidas identificaram claramente os fatores determinantes desempenho, segundo quatro perspectivas: Financeira, Clientes,
do sucesso, e certificaram-se que os gestores e empregados com- Processos Internos de Negócio, e Aprendizagem e Crescimen-
preenderam perfeitamente qual o seu grau de responsabilidade no to. Alguns indicadores procuram medir o progresso da organiza-
atingir dos objetivos. ção na implementação da sua visão, outros destinam-se a medir
4- A medição do desempenho proporciona informação os fatores de sucesso a longo prazo. Através do “Balanced Sco-
para a tomada de decisões. As métricas de desempenho devem reCard”, uma organização monitoriza, não só o seu desempenho
ser limitadas às que se relacionam com os objetivos estratégicos corrente (financeiro, satisfação do cliente e processos de negócio),
da organização e que asseguram a existência de informação atem- mas também o seu esforço para melhorar processos, para motivar
pada, relevante e concisa que permita, a todos os níveis de deci- e formar empregados e para otimizar sistemas de informação, em
são, uma avaliação do progresso realizado para atingir os objetivos suma, a sua capacidade para aprender e melhorar.
pré-definidos. Estas métricas devem fornecer informação sobre a Um “Balanced ScoreCard” apresenta os resultados das medi-
eficiência com que recursos são transformados em bens ou servi- ções, mas não é um fim em si mesmo. É, somente, uma ferramenta
ços e sobre como os resultados já atingidos se comparam com os que pode tornar mais eficiente a gestão. Os resultados das medidas
esperados. de desempenho, mostrarão o que aconteceu,  não porque é que
5- Os vencimentos, as recompensas monetárias e o reco- aconteceu, nem o que fazer a seguir. Os resultados das medidas
nhecimento organizacional estão estreitamente ligados com as são muito importantes, mas é só um primeiro passo na implemen-
medidas de desempenho. A avaliação do desempenho e as recom- tação de um Sistema de Gestão de Desempenho. É preciso fazer
pensas devem estar dependentes de medidas específicas do suces- a transição de um Sistema de Medição do Desempenho para um
so. Esta ligação emitirá uma mensagem clara e inequívoca do que Sistema de Gestão do Desempenho, e esta só é possível quando
realmente é importante para a organização. os atributos 2 a 7 estiverem bem integrados nos procedimentos da
6- A medição do desempenho é encarada como positiva e organização.
não com objetivos punitivos. Os sistemas de maior sucesso não A maior parte das empresas portuguesas ainda se encontram
são sistemas para detectar e punir falhas. São sistemas de aprendi- na fase do “tableau de board” mensal ou semanal, que apesar de
zagem, que ajudam a organização a identificar o que funciona e o importante para a tomada de decisões, geralmente não apresenta
que não funciona, permitindo melhorar o que funciona, e a substi- a riqueza de informação de um “Balanced ScoreCard”, pois a sua
tuir e/ou reparar o que não funciona. base informativa é de características eminentemente financeiras,
7- Resultados e progressos conseguidos são abertamente nem se encontra disponível on-line com informação permanente-
partilhados. A informação fornecida pelo Sistemas de Medição mente atualizada. Hoje, existem aplicações informáticas que per-
do Desempenho encontra-se aberta e é partilhada com os empre- mitem iniciar a construção, com maior ou menor facilidade, de um
gados, clientes, “stakeholders” e fornecedores. Sistema de Gestão do Desempenho. É, pois, chegado o momento
Estes são os sete atributos fundamentais para que a implemen- de analisar o grau de desenvolvimento do seu “Sistema de Gestão
tação de um Sistema de Gestão do Desempenho possa ter sucesso. de Desempenho”, de pensar se este lhe permite vencer as futuras
Os atributos 2 a 7 exigem, na maior parte dos casos, uma com- “batalhas” da produtividade e competitividade e, dependendo das
pleta redefinição das políticas e procedimentos da organização e, suas conclusões, atuar no sentido da sua construção ou atualização.
por isso, têm um tremendo impacto no seu “modus vivendi”. Ao Fonte: http://www.decisionmaster.net/Files/Editorial/DM_
quebrarem tabus, são de difícil e morosa, mas não de impossível Mensagem_0010.htm
implementação, uma vez que dependem completamente do com-
promisso e esforço da própria organização. Estes seis atributos A cultura organizacional é um sistema de valores compartilha-
exigem mudanças em muitos processos instituídos, e caracterizam dos pelos seus membros, em todos os níveis, que diferencia uma
a componente de Gestão do Sistema. organização das demais. Em última análise, trata-se de um conjun-
O atributo 1 caracteriza a vertente “técnica”  ou de  Medi- to de características-chave que a organização valoriza, compartilha
ção do Sistema, ainda que este atributo se constitua como uma e utiliza para atingir seus objetivos e adquirir a imortalidade.
metodologia de trabalho. No entanto, esta metodologia ao per- Características
mitir definir, não só a abrangência funcional e implementação do De acordo com pesquisadores do assunto, existem sete carac-
Sistema, como também os seus objetivos, requisitos de negócio terísticas básicas que, em conjunto, capturam a essência da cultura
e produtos finais, constitui-se como a sua verdadeira componen- de uma organização:
te técnica. A mais famosa das metodologias de implementação de Inovação e assunção de riscos: o grau em que os funcionários
Sistemas de Medição de Desempenho designa-se por Abordagem são estimulados a inovar e assumir riscos.
“Balanced ScoreCard”. Foi apresentada por Robert S. Kaplan e Atenção aos detalhes: o grau em que se espera que os funcio-
David P. Norton, em 1996. nários demonstrem precisão, análise e atenção aos detalhes.
Esta metodologia tem por base o conceito de equilíbrio, que Orientação para os resultados: o grau em que os dirigentes
surge quando todas as partes de um todo se ajustam completamen- focam mais os resultados do que as técnicas e os processos empre-
te entre elas, sem nenhuma suplantar qualquer outra. Da mesma gados para seu alcance.
forma, um Sistema de Medição de Desempenho deve permitir Orientação para as pessoas: o grau em que as decisões dos
atingir um equilíbrio que suporte um progresso sustentado na di- dirigentes levam em consideração o efeito dos resultados sobre as
reção de determinados objetivos, sem ocasionar sub-optimização pessoas dentro da organização.
de recursos.

Didatismo e Conhecimento 37
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Orientação para as equipes: o grau em que as atividades de
trabalho são mais organizadas em termos de equipes do que de DESEMPENHO E SEUS FATORES DETERMINANTES
indivíduos. Uma definição comum para a palavra “Gerente” é: um in-
Agressividade: o grau em que as pessoas são competitivas e divíduo que dirige o trabalho de outras pessoas e que, portanto,
agressivas em vez de dóceis e acomodadas. é responsável pelo trabalho dessas pessoas. Outro conceito para
Estabilidade: o grau em que as atividades organizacionais en- esse termo é o de que Gerente é o profissional que obtém resulta-
fatizam a manutenção do status quo em contraste com o cresci- dos por meio de outras pessoas. Esta definição ressalta o fato de
mento. que o gerente contribui para os objetivos da organização fazendo
Com base nesse conjunto, pode-se dizer que a cultura organi- com que outras pessoas, e não ele mesmo, executem as tarefas
zacional onde você está inserido é representada pela forma como que são necessárias. Essas pessoas, cujo trabalho o gerente dirige,
os colaboradores em geral percebem as características da cultura são exatamente os indivíduos por meio dos quais o gerente obtém
da empresa. Não importa se eles gostam ou não. Na maioria das resultados. Em tais condições, o gerente torna-se responsável pelo
empresas, a maioria das pessoas não gosta. desempenho das pessoas que ele dirige. Assim, para que um ges-
Por que é importante entender a cultura organizacional? Acei- tor possa se desincumbir satisfatoriamente dessa responsabilidade,
tar melhor a sua existência, compreender os seus meandros, en- ele precisa conhecer os fatores que influenciam o desempenho dos
tender como ela é criada, sustentada e aprendida, pode melhorar
indivíduos no trabalho.
a sua capacidade de sobrevivência na empresa, além de ajudá-lo a
De que fatores depende o desempenho das pessoas em uma
explicar e prever o comportamento dos colegas no trabalho.
organização? Há uma infinidade deles mas, de modo geral, pode-
Se a empresa onde você trabalha possui valores essenciais
bem definidos e amplamente compartilhados, maior o impacto se agrupá-los em quatro categorias:
positivo das lideranças sobre o comportamento dos funcionários 1) qualificação;
e, portanto, menor a rotatividade. Isso é o que se pode chamar de 2) motivação;
cultura organizacional forte. 3)problemas ambientais; e
Por outro lado, quando os valores essenciais estão equivoca- 4) problemas pessoais.
dos e se chocam com os valores adotados pela maioria, menor o Os dois primeiros fatores descrevem as relações do indivíduo
grau de comprometimento com eles e maior a probabilidade de a com o que ele faz, isto é, com o conteúdo de seu serviço. São fa-
empresa sumir do mapa em uma ou duas gerações. Isso é o que se tores que atuam de modo positivo. O terceiro fator, que descreve
pode chamar de cultura organizacional fraca. a relação do ser humano com o ambiente em que ele realiza seu
trabalho, bem como o quarto fator, agem no sentido negativo. Se
qualquer um desses quatro grandes fatores estiver em desordem,
6. RELAÇÕES INSTITUCIONAIS: o desempenho do funcionário será afetado. Vamos examinar cada
AUTORIDADE E PODER, LIDERANÇA. categoria para entender o que significa.

MOTIVAÇÃO
As várias teorias existentes indicam que a motivação de um
LIDERANÇA, DESEMPENHO E MOTIVAÇÃO indivíduo para o trabalho depende de vários fatores: grau de in-
Muito tem sido falado sobre a relação entre liderança e mo- teresse na função que ele executa, possibilidades de desenvolvi-
tivação. Afirma-se que o líder exerce um papel fundamental, o mento profissional, possibilidade de progresso na carreira, exis-
de manter sua equipe motivada a fim de obter altos níveis de de- tência de metas e objetivos desafiantes, feedback, reconhecimento,
sempenho. Sustenta-se que liderança é a capacidade de inspirar grau de autonomia e de participação nas decisões que afetam seu
e motivar as pessoas a alcançarem suas metas e ultrapassar seus trabalho e outros. A motivação é, igualmente, um fator que atua
limites. Declara-se que o líder é capaz de influenciar as pessoas a positivamente, ou seja, sua presença é indispensável para um de-
atingirem seus próprios objetivos bem como os da organização, e sempenho satisfatório.
que, para isso, é necessário compreender o comportamento huma-
no e o que o motiva, ou seja, é preciso identificar as necessidades CONCEITO DE MOTIVAÇÃO
das pessoas para facilitar o processo motivacional e aumentar a Necessidade, motivo ou motivador é um estado ou condição
produtividade.1 interna que predispõe o indivíduo a agir. Em contrapartida, temos
Embora seja verdade que o comportamento do líder têm, de o que se chama de fator de satisfação, que nada mais é do que
fato, influência sobre a motivação da equipe, a ênfase que inúme- aquilo que satisfaz uma necessidade. Satisfação é, pois, o aten-
ros textos têm colocado nessa relação induz os leitores a pensar dimento ou eliminação de uma necessidade. Em tais condições,
que a única preocupação do líder deve ser com o fator motiva- define-se motivação como uma inclinação para a ação que tem ori-
cional. Essa restrição implica deixar de lado outros elementos,
gem em um motivo (necessidade). A motivação, portanto, decorre
igualmente poderosos, que exercem considerável influência sobre
das necessidades humanas, razão pela qual uma pessoa não pode
a produtividade e o desempenho dos funcionários. É conveniente,
motivar outra. É possível oferecer ou negar às pessoas fatores de
pois, alargar o foco para incluir na discussão essas outras variá-
veis. Como consequência, em vez de discutirmos a relação entre satisfação de necessidades tais como água, vestuário, elogios etc.,
liderança e motivação, analisaremos a relação entre liderança e mas isto não significa oferecer ou negar motivação. Isto signifi-
desempenho. Começaremos examinando os fatores que afetam o ca simplesmente satisfazer ou não satisfazer as necessidades da
desempenho e, posteriormente, o papel da liderança na conforma- pessoa. Um fator de satisfação só fará sentido se corresponder a
ção desses fatores. uma necessidade do indivíduo. As necessidades humanas não são
criadas pelo oferecimento ou negação de fatores de satisfação; elas

Didatismo e Conhecimento 38
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
existem simplesmente em decorrência da natureza humana. Assim, Por constituir-se num poderoso mecanismo de controle do
definimos Motivação  como  o desejo, a disposição, a vontade de comportamento, a cultura organizacional tem forte impacto sobre
fazer um esforço para satisfazer uma necessidade ou um objetivo grande parte das dimensões organizacionais tais como produtivi-
individual.4 Definimos ainda Motivação para o trabalho como o dade, comprometimento, rotatividade, autoconfiança, motivação,
desejo, a disposição, a vontade de fazer um esforço para alcançar exercício do poder, etc.
um objetivo organizacional. Não se deve, portanto, confundir mo- Buscar os fatores que tomam parte do processo de aprendiza-
tivação com esforço. Motivação é algo que o indivíduo possui an- gem cultural parece ser, então, um passo importante para o estudo
tes de iniciar a ação, ou seja, antes de começar a se esforçar. da cultura organizacional.
Em decorrência do conceito de motivação exposto acima, A verdadeira cultura da organização é revelada muito mais pe-
usaremos, a partir de agora, o verbo “motivar” como sinônimo de las práticas de tratamento aos empregados, fornecedores e clientes
“oferecer o fator de satisfação de uma necessidade”. do que pelo discurso dos seus líderes.
Lamentavelmente, o discurso dissociado da prática vem sendo
CULTURA ORGANIZACIONAL o recurso preferencial de algumas organizações do nosso meio.
Quando uma organização assume uma vida própria, indepen- Podemos concluir que a cultura organizacional produz com-
dente de seus fundadores ou qualquer de seus membros, ela adqui- portamentos funcionais que contribuem para que se alcancem as
re a imortalidade. A institucionalização opera para produzir uma metas da organização. É também uma fonte de comportamentos
compreensão comum, entre os membros da organização sobre o desajustados que produzem efeitos adversos ao sucesso da orga-
que é o comportamento apropriado. Partindo desta noção é que se nização.
compreende a cultura organizacional. Uma função importante da cultura organizacional é distinguir
A cultura organizacional influencia as percepções, os valores uma organização de outras e de seu ambiente, proporcionando a
e os sentimentos, tornando os comportamentos das pessoas mais esta uma identidade externa. Ela atua como um filtro de percepção,
semelhantes entre si. encorpado com estórias e mitos, os quais ganham significado a
Focalizar a empresa na dimensão de sua forma ou configu- partir da rotina, eventos vivenciados frequentemente, assim como
ração organizacional pode ajudar a identificar aspectos de sua em situações únicas.
estrutura, da natureza do trabalho executado dentro dela e outras Finalmente, cultura é um mecanismo de controle social. Atra-
particularidades de sua anatomia. Mas, ainda que este enfoque seja vés da cultura – particularmente uma forte e efetiva – a organiza-
da maior importância para a compreensão dos fenômenos organi- ção define a realidade com a qual os seus membros irão viver. Estas
zacionais, não devemos esquecer que a organização é constituí- socializam os novos membros de uma forma peculiar de fazer as
da de pessoas que se comportam. E isto altera dramaticamente a coisas e periodicamente ressocializa seus membros mais antigos.
abordagem para o seu entendimento. Na verdade, para começar- A maior disfunção – consequência negativa – da cultura orga-
mos a compreender uma organização necessitamos, além da sua nizacional é a de criar barreiras à mudança. Uma organização de
estrutura, estudar também os seus processos psicossociais dentro cultura forte produz membros com um conjunto de comportamen-
do contexto cultural específico onde eles ocorrem. A análise da tos explícitos que funcionaram bem no passado.
cultura da organização é, portanto, um requisito essencial para a Naturalmente, a expectativa é de que estes comportamentos
compreensão do comportamento das pessoas que nela trabalham. também serão eficientes no futuro.
Se estivermos com os nossos olhos e mentes, bem abertos ob- Paradoxalmente, uma cultura forte pode produzir rigidez na
servaremos na organização certas regularidades de comportamen- organização, dificultando as necessárias mudanças para as novas
tos. Podem ser facilmente notadas como, por exemplo, nos modos condições. Outra disfunção da cultura é que ela pode criar con-
de vestir das pessoas, nos adornos e na utilização dos espaços fí- flitos dentro da própria organização. Como sabemos, subculturas
sicos do trabalho, nas maneiras como são tomadas as decisões ou (pequenos grupos altamente coesos) emergem frequentemente nas
nas manifestações de disputa pelo poder entre as gerências. Podem organizações. Subculturas podem se tornar tão coesas que acabam
ser também acontecimentos de comportamentos padronizados desenvolvendo valores suficientemente distintos que separam o
pouco perceptíveis, como certas crenças não explicitadas clara- subgrupo do resto da organização. Outro tipo de comportamento
mente, mas compartilhadas por muitos membros da organização. disfuncional é o de subculturas que se desenvolvem em velocida-
A cultura organizacional, até certo ponto, cega as pessoas para des diferentes de outras unidades da organização. Isto resulta em
outras realidades ou formas de fazer, parece que tudo aquilo que falta de coordenação interna que afeta adversamente as relações
foi pregado é reconhecido como natural e normal. A partir daí, externas. Por exemplo, um departamento de Tecnologia da Infor-
qualquer outra maneira de ser parece estranha e até inaceitável. mação pode implantar sistemas computadorizados que estejam
Assim, a organização, como um ente coletivo, tende a consi- além das habilidades da maioria dos empregados médios. Mesmo
derar o próprio modo de fazer como o mais correto. com treinamento, trabalhadores podem resistir à nova tecnologia
Uma forte cultura organizacional oferece aos funcionários ou vivenciar um longo período de aprendizado. Relacionado com
uma compreensão clara da maneira como as coisas são feitas. Ela isto, subculturas orientadas para a mudança podem vivenciar con-
oferece estabilidade à organização. Toda organização tem uma cul- flitos com subculturas que não valorizam mudanças. Isto os impe-
tura e que, dependendo de sua força, pode ter uma influência sig- de de explorar novas soluções para os problemas da organização,
nificativa sobre o comportamento e as atitudes de seus membros. criando uma cultura onde predomina a indecisão.
A cultura funciona assim então como uma espécie de contro- A cultura é um sistema de crenças (como as coisas funcio-
le do comportamento individual, tornando-o mais semelhante aos nam) e valores (o que é importante) compartilhados (vivenciado
dos demais membros da organização. por todos) e que interagem com (penetrações nos sistemas e sub-
Podemos dizer que a cultura organizacional, num sentido bem sistemas) as pessoas, as estruturas e mecanismos de controle para
ampliado, é como um conjunto de mecanismos de controle - pla- produzir (efeitos) as normas de comportamento características da-
nos, receitas, regras, instruções - para governar o comportamento. quela organização (como fazemos as coisas por aqui).

Didatismo e Conhecimento 39
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
- Desequilíbrio na valorização das competências técnicas em
RELAÇÕES ENTRE CULTURA E CLIMA: detrimento das competências emocionais e de gestão
Entre clima e cultura há uma relação de causalidade. A cultura - Falta de foco nos resultados da empresa, gestão focada nos
sendo a causa e o clima a consequência. Clima e cultura são fenô- interesse setoriais ou pessoais, falta de visão sistêmica
menos intangíveis, apesar de se manifestarem de forma concreta. - Falta de transparência nas comunicações
Apesar disso vemos a cultura se manifestar através de arqui- - Falta de comprometimento com os valores da empresa
teturas, vestuários, comportamentos de colaboradores, Ela irá se - Falta de coerência entre o discurso e a ação
tangibilizar através do relacionamento da empresa com seus par-
ceiros comerciais. PESQUISA DE CLIMA
Clima é um fenômeno temporal, refere-se aquele dado mo- É o mais importante instrumento de apoio para implementa-
mento. Já a cultura é decorrente de práticas recorrentes ao longo ções consistente de processo de melhoria contínua.
do tempo. Visa conciliar as aspirações dos empregados com as aspira-
ções do empregador.
CLIMA ORGANIZACIONAL: É uma ferramenta de gestão onde será analisado o ambiente
CONCEITOS DE CLIMA interno buscando visualizar os alavancadores e as vulnerabilidades
O clima é o indicador do grau de satisfação dos membros de do planejamento estratégico da empresa.
uma empresa, em relação a diferentes aspectos da cultura ou reali-
dade aparente da organização, tais como políticas de RH, modelo OBJETIVOS DA PESQUISA
de gestão, missão da empresa, processo de comunicação, valoriza- A pesquisa pode ter como objetivos o seguinte:
ção profissional e identificação com a empresa. - Avaliar o grau de satisfação dos funcionários em relação à
Clima e cultura são tópicos complementares. Clima refere-se empresa (mais usual);
aos modos pelos quais as organizações indicam aos seus partici- - Determinar o grau de prontidão de uma empresa para a im-
pantes, o que é considerado importante para a eficácia organiza- plementação de uma mudança.
cional. - Avaliar o grau de satisfação dos funcionários, decorrente do
Em todos os conceitos citados acima 03 elementos se repetem impacto de algumas mudanças.
em quase toda definição: - Avaliar o grau de disseminação de determinados valores cul-
1) Satisfação dos funcionários: que se remete ao grau de sa- turais entre os funcionários.
tisfação dos trabalhadores em relação ao clima de uma empresa.
2) Percepção dos funcionários: trata-se da percepção dos co- BENEFÍCIOS DO CLIMA BEM TRABALHADO NAS OR-
laboradores sobre aspectos que podem influenciá-lo positiva ou GANIZAÇÕES
negativamente. -Retenção de Talentos
3) Cultura organizacional: cultura e clima, a cultura influen- -Diminuição do índice de doenças psicossomáticas
ciando o clima de uma empresa, faces complementares de uma -Treinamentos sintonizados com os objetivos da empresa, ge-
mesma moeda como diz Ricardo Luz. rando resultado
-Maior produtividade
INDICADORES DO CLIMA ORGANIZACIONAL -Melhoria na comunicação interna
1) Turnover -Aumento do comprometimento dos funcionários com a em-
2) Absenteísmo presa
3) Avaliações de desempenho -Integração
4) Programas de sugestões -Credibilidade
5) Pichações no banheiro
6) Greves Perguntas do tipo podem surgir: do que adianta pesquisar o
7) Conflitos interpessoais e interdepartamentais clima da organização se sabemos que o grande problema da orga-
8) Desperdício de material nização é o salário baixo? Sabemos que o salário não é o grande
9) Reclamações no serviço de medicina causador de problemas de motivação a motivação está ligada a:
O indicador só nos alerta de alguns fatores importantes, daí Desafio
teremos que lançar mão de algumas estratégicas para realmente Perspectiva de desenvolvimento
avaliar o clima de uma empresa. A pesquisa é uma estratégia e Reconhecimento
muitas empresas têm ações constantes para monitorar a questão do Sentido de Utilidade
clima dentro da empresa. Algumas práticas encontradas são: Segurança
Café da manhã com o presidente Autonomia
Ombudsman da empresa (ouvidor clientes, fornecedores, co- Remuneração justa
munidade)
Reuniões constantes com as áreas
Entrevista de desligamento

PARADIGMAS QUE PRECISAM SER MUDADOS


- O sentimento que os sucessos do passado garantem o suces-
so do futuro

Didatismo e Conhecimento 40
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Exemplos:
Saturnismo –provocado pelo chumbo.
7. QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO: Silicose –provocado pela poeira da sílica.
HIGIENE, SEGURANÇA E Pneumoconiose –provocada por minério de carvão.
QUALIDADE DE VIDA. Bissinose –causada pela fibra de algodão.
Surdez profissional –causada por máquinas ruidosas.
Dermatoses profissionais –causadas por substâncias químicas
São desencadeadas devido as condições especiais que são re-
Conjunto de ações e medidas adotadas em um processo de lacionadas com o trabalho que está sendo executado.
trabalho e que tem como finalidade prevenir acidentes e doenças É necessário portanto, estabelecer ou comprovar o nexo cau-
relacionadas ao trabalho. sal entre a doença e o tipo de trabalho que a originou.
As ações ou medidas preventivas adotadas podem ser de ca- Ex: LER/DORT/Escoliose, etc.
ráter técnico, administrativas, educativas, de engenharia, organiza-
cionais, ambientais, etc. Ainda é considerado acidente de trabalho:
Quem é responsável pelas ações de Segurança do Trabalho? Acidente causado durante a prestação espontânea de um ser-
É responsabilidade de todos e depende da efetiva participação da viço para a empresa;
empresa, do envolvimento de todas as chefias ou lideranças e da Acidente de Trajeto –ocorrido no percurso da residência para
cooperação de cada trabalhador. o trabalho ou vice-versa;
Acidente em viagem a serviço da empresa;
Definições de alguns termos utilizados em Segurança do Tra- Acidente sofrido nos horários de refeição e descanso durante
balho o horário de trabalho.
Perigo: É qualquer situação que tenha potencial de causar um Acidente causado por caso fortuito ou força maior;
dano, lesão ou doença ou avaria. Acidente durante a execução de ordem fora do local da em-
Risco: É a combinação da probabilidade da ocorrência de um presa.
evento perigoso e da gravidade do dano ou prejuízos que poderão Observações: Não é considerado “Acidente de Trabalho”:
resultar, caso este evento venha a ocorrer.
Risco = exposição ao perigo x gravidade do dano Aquele que provoca somente danos materiais.
Avaliação de Riscos: É um processo de estimativa da magnitu- A auto lesão provocada pelo trabalhador com o fim de colher
de do risco, cuja metodologia pose ser qualitativa ou quantitativa. vantagens pessoais.
Assim, avaliar riscos é portanto, identificar e estimar todas As Doenças onde não é possível estabelecer o “nexo causal”
as situações de “Não conformidades” referentes ao processo de entre a doença e o tipo de trabalho executado.
trabalho. Doenças degenerativas e as doenças típicas de determinadas
Estimar o grau de potencialidade ou criticidade: regiões.
Parâmetros: Pequeno –Médio –Grande Exemplos: miopia, diabetes; cardiopatias; malária, etc...
Tolerável –Leve –Moderado –Grave –Crítico
Processo de análise ou avaliação de riscos envolve as seguin- BENEFÍCIOS DECORRENTES DOS ACIDENTES DE
tes etapas: TRABALHO
Identificar o agente nocivo de risco; Auxílio-doença – É pago pela Previdência Social ao traba-
Verificar a intensidade ou concentração; lhador celetista que fica impossibilitado de trabalhar por mais de
A forma de exposição do trabalhador; 15 dias.
O tempo de exposição frente ao risco: Eventual / Esporádico / Auxílio-acidente - É pago pela Previdência Social quando
Ocasional / Habitual / Intermitente / Permanente ocorre redução permanente da capacidade para atividade normal
Eficácia das medidas de controle; de trabalho, podendo o trabalhador exercer outra atividade.
Estimar o grau de potencialidade dos riscos; Aposentadoria por invalidez – É paga quando acontece a inca-
Possíveis danos ou consequências para a saúde pacidade total e permanente do trabalhador.
Higiene: Termo utilizado para expressar um conjunto de fa- Pensão por morte–Paga ao pensionista em caso de morte do
tores que visam a preservação da saúde no ambiente de trabalho. trabalhador.
O termo higiene é utilizado no sentido de evitar doenças. Daí ser Estabilidade no emprego – No regime da CLT, em caso de
muito comum a expressão: “Segurança e Higiene Ocupacional” ou acidente por mais de 15 dias, o trabalhador tem direito a um ano de
também “Segurança e Higiene do Trabalho”. estabilidade após o seu regresso às atividades laborativas.
Aposentadoria especial –(Na CLT e RJU)
DEFINIÇÃO DO ACIDENTE DE TRABALHO
Acidente de trabalho: É aquele que ocorre pelo exercício do RESPONSABILIDADES DO EMPREGADOR:
trabalho, a serviço da empresa, provocando lesão corporal, per- Em situação de risco iminente onde possa vir a ocorrer uma
turbação funcional ou doença que cause a morte, ou a perda ou condição de ameaça à vida deve-se garantir aos trabalhadores a
redução permanente ou temporária da capacidade para o trabalho. interrupção imediata de suas atividades;
Doença Profissional: São desencadeadas pelo exercício do tra- Proteger as partes perigosas das máquinas que ofereçam ris-
balho e peculiares a determinados ramos de atividades, conforme cos de acidente;
regulamentadas pelo Ministério da Previdência Social.

Didatismo e Conhecimento 41
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Fornecer gratuitamente aos trabalhadores os EPIs-Equipa- A abordagem por processos permite melhor especificação do
mentos de Proteção Individual, adequado a o risco da atividade ou trabalho realizado, o desenvolvimento de sistemas, a gestão do
serviço, sempre que as medidas de ordem coletivas não oferece- conhecimento, o redesenho e a melhoria, por meio da análise do
rem adequada proteção. trabalho realizado de modo a identificar oportunidades de aperfei-
Proporcionar exames médicos admissionais, periódicos, de- çoamento.
missionais e outros conforme definido no PCMSO–Programa de Governança por Processos
Controle Médico de Saúde Ocupacional Trata-se de uma das mais importantes dimensões para o suces-
so da gestão, diz respeito à elaboração, implantação, procedimen-
RESPONSABILIDADES DOS EMPREGADOS: tos, diretrizes, ferramentas e instrumentos que direcionam a gestão
Observar as instruções de prevenção e as normas de segurança por processos.
do trabalho de forma a evitar acidentes e doenças; Relaciona-se à definição de responsáveis pela tarefa de admi-
Colaborar com a empresa na aplicação das normas de segu- nistrar os processos, à configuração da estrutura na organização e à
rança do trabalho, observando e relatando às suas chefias imedia- coordenação das iniciativas de processos entre as unidades funcio-
tas ou superiores situações de risco no ambiente de trabalho que nais da organização. Um modelo de governança definido contribui
possam ser causas de acidentes; no auxílio à Gestão por Processos, de modo a resolver ou mitigar
Não se expor a situações de riscos que possam ser causas de os problemas apontados.
acidentes; Macro processos
Utilizar de forma obrigatória os EPIs fornecidos, gratuitamen- Grandes conjuntos de processos de trabalho pelos quais o
te, pela empresa. MPF cumpre a sua missão, e cuja operação têm impactos signifi-
Adotar comportamento preventivo durante a realização de seu cativos na forma como a instituição funciona.
trabalho, informando para sua chefia imediata situações de riscos Processos
em seu ambiente de trabalho. Compreendem um conjunto ordenado de atividades de tra-
É direito do trabalhador não se expor à condição de risco gra- balho, no tempo e espaço, com início e fim, além de entradas e
ve e iminente,do qual poderá resultar acidente de trabalho grave saídas bem definidas. Têm como objetivo gerar resultados para a
ou lesão incapacitante. Neste caso, cabe ao trabalhador informar, organização e podem estar em diferentes níveis de detalhamento,
sendo comumente relacionados às áreas gerenciais, finalísticas e
imediatamente, sobre a condição de risco para sua chefia para que
de apoio.
sejam providenciadas as medidas de segurança cabíveis
Stakeholders
Os stakerolders são as pessoas, instituições ou organizações
que, de alguma forma, são influenciadas ou impactadas pelas ações
8. PRÁTICAS DE IDENTIFICAÇÃO E de uma organização, por exemplo, os sócios, que definem metas e
TÉCNICAS DE ARQUIVAMENTO. requisitos a serem alcançados.
MANUALIZAÇÃO NA GESTÃO DE Sub processos
PROCESSOS. ANÁLISE E DESENHO DE Constituem um nível maior de detalhamento dos processos,
FORMULÁRIOS E GESTÃO que demonstra os fluxos de trabalho e atividades sequenciais e in-
DE PROCESSOS. terdependentes, necessárias e suficientes para a execução de cada
processo da organização.
GESTÃO POR PROCESSOS
Toda organização desenvolve diversas atividades que levam à
produção de resultados. Essas atividades em conjunto podem ser
CONCEITO enquadradas como processos, que, de forma integrada, trabalham
Atividade para atingir os objetivos principais do órgão, diretamente relacio-
É a ação executada que tem por finalidade dar suporte aos nados à sua missão institucional.
objetivos da organização. As atividades correspondem a “o quê” é A Gestão por Processos ou Business Process Management
feito e “como” é feito durante o processo. O quê é feito é descrito (BPM) é uma abordagem sistemática de gestão que trata de pro-
no nome da atividade e como é feito na descrição da atividade. A cessos de negócios como ativos, que potencializam diretamente o
descrição do objeto “atividade” deve seguir o padrão de iniciar a desempenho da organização, primando pela excelência organiza-
frase com o verbo no infinitivo, ex.: “Atender demandas”. cional e agilidade nos negócios.
Dono do Processo Isso envolve a determinação de recursos necessários, monito-
É o setor responsável pelo desenho e desempenho final e pela ramento de desempenho, manutenção e gestão do ciclo de vida do
prestação de contas sobre sua execução. processo. Fatores críticos de sucesso na gestão por processos estão
Gestão por Processos relacionados a como mudar as atitudes das pessoas e ou perspec-
É uma orientação conceitual que visualiza as funções de uma tivas de processos para avaliar o desempenho dos processos das
organização com base nas sequências de suas atividades, ao con- organizações.
trário da abordagem funcional tradicional, em que as organizações O BPM permite a análise, definição, execução, monitora-
estão separadas por área de atuação, altamente burocratizadas e mento e administração, incluindo o suporte para a interação entre
sem visão sistêmica do trabalho que realizam. pessoas e aplicações informatizadas diversas. Acima de tudo, ele
possibilita que as regras de negócio da organização, travestidas na
forma de processos, sejam criadas e informatizadas pelas próprias
áreas de gestão, sem interferência das áreas técnicas.

Didatismo e Conhecimento 42
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A meta desses sistemas é padronizar processos corporativos e ganhar pontos em produtividade e eficiência. As soluções de BPM são vis-
tas como aplicações cujo principal propósito é medir, analisar e otimizar a gestão do negócio e os processos de análise financeira da empresa.
Tarefas da Gestão por Processos
Como forma de viabilizar a gestão por processos, visando contribuir para o aumento da performance, suas tarefas são divididas em três
grupos, conforme demonstra a tabela a seguir (PAIM, 2007 apud Barros, 2009):

Objetivos da Gestão de Processos


A gestão de processos organizacionais do MPF tem como principais objetivos:
‣ Conhecer e mapear os processos organizacionais desenvolvidos pela instituição e disponibilizar as informações sobre eles, promoven-
do a sua uniformização e descrição em manuais;
‣ Identificar, desenvolver e difundir internamente metodologias e melhores práticas da gestão de processos;
‣ Promover o monitoramento e a avaliação de desempenho dos processos organizacionais, de forma contínua, mediante a construção
de indicadores apropriados; e
‣ Implantar melhorias nos processos, visando alcançar maior eficiência, eficácia e efetividade no seu desempenho.
Princípios para a Gestão de Processos Organizacionais
A gestão de processos organizacionais se baseia em alguns princípios que norteiam o desenvolvimento das ações e encontram-se repre-
sentados a seguir:

Didatismo e Conhecimento 43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
‣ Satisfação dos clientes: necessidades, perspectivas e requi- desempenho e às formas de avaliação dos resultados alcançados
sitos dos clientes internos e externos devem ser conhecidos para interna e externamente à organização. Exemplos: planejamento es-
que o processo seja projetado de modo a produzir resultados que tratégico, gestão por processos e gestão do conhecimento.
satisfaçam suas necessidades. ‣ Processos Finalísticos: ligados à essência de funcionamento
‣ Gerência participativa: conhecer e avaliar a opinião dos seus do órgão. Caracterizam a atuação do órgão e recebem apoio de
colaboradores é um aspecto importante para que sejam discutidas outros processos internos, gerando um produto ou serviço para o
as ideias e melhor desempenho do processo seja alcançado. cliente interno ou cidadão. Estão diretamente relacionados ao ob-
‣ Desenvolvimento humano: para se chegar a melhor eficiên- jetivo do MPF.
cia, eficácia e efetividade da organização é necessário o conheci- Exemplos: atuações extrajudicial e judicial.
mento, as habilidades, a criatividade, a motivação e a competência ‣ Processos Meio: são processos essenciais para a gestão efe-
das pessoas. De oportunidades de aprendizado e de um ambiente tiva da organização, garantindo o suporte adequado aos processos
favorável ao pleno desenvolvimento depende o sucesso das pes- finalísticos. Estão diretamente relacionados à gestão dos recursos
soas. necessários ao desenvolvimento de todos os processos da institui-
‣ Metodologia padronizada: para evitar desvios de interpre- ção. Exemplos: contratação de pessoas, aquisição de bens e mate-
tação e alcançar os resultados esperados, é importante seguir os riais e execução orçamentário-financeira.
padrões e a metodologia definida, que poderá ser constantemente Os processos críticos, que são aqueles de natureza estratégica
melhorada. para o sucesso institucional, encontram-se nos denominados pro-
‣ Melhoria contínua: o comprometimento com o aperfeiçoa- cessos gerenciais e finalísticos.
mento contínuo é o principal objetivo da gestão de processos, de Hierarquia de Processos
modo a evitar retrabalhos, gargalos e garantir a qualidade do pro- Hierarquicamente, os processos podem se apresentar da se-
cesso de trabalho. guinte forma:
‣ Informação e comunicação: é de fundamental importância ‣ Macroprocesso: geralmente envolve mais de uma função
a disseminação da cultura organizacional, divulgar os resultados organizacional cuja operação tem impacto significativo no modo
alcançados e compartilhar o conhecimento adquirido. como a organização funciona. Exemplo: Macroprocesso de Gestão
‣ Busca da excelência: para alcançar a excelência, os erros de Pessoas.
devem ser mitigados e as suas causas eliminadas. Deve-se buscar ‣ Processo: consiste num grupo de tarefas interligadas logica-
as melhores práticas reconhecidas como geradoras de resultados e mente, que utilizam recursos da organização para gerar resultados.
aprimoramento constante, visando à identificação e ao aperfeiçoa- São operações de alta complexidade (sub processos, atividades e
mento de oportunidades de melhorias e reforço de pontos fortes tarefas distintas e interligadas), visando cumprir um objetivo orga-
da instituição. nizacional específico. Exemplo: Avaliação de desempenho.
PROCESSO ORGANIZACIONAL ‣ Sub processo: está incluído em outro sub processo, ou seja,
É um conjunto de atividades logicamente interligadas, ma- um conjunto de operações de média a alta complexidade (ativi-
neiras pelas quais se realiza uma operação, envolvendo pessoas, dades e tarefas distintas e interligadas), realizando um objetivo
equipamentos, procedimentos e informações e, quando executa- específico em apoio a um processo. Exemplo: Desenvolvimento
das, transformam entradas em saídas, agregam valor e produzem de pessoal.
resultados. ‣ Atividades: são operações ou conjuntos de operações de
Na gestão por processos, um processo é visto como fluxo de média complexidade, que ocorrem dentro de um processo ou sub
trabalho - com insumos, produtos e serviços claramente definidos processo, geralmente desempenhadas por uma unidade organiza-
e atividades que seguem uma sequência lógica e dependente umas cional determinada e destinada a produzir um resultado específico.
das outras, numa sucessão clara – denotando que os processos têm Exemplo: Realiza avaliação.
início e fim bem determinados e geram resultados para os clientes ‣ Tarefas: nível mais detalhado das atividades, é um conjunto
internos e/ou externos. de trabalhos a serem executados, envolvendo rotina e prazo deter-
Um processo organizacional se caracteriza por: minado, corresponde a um nível imediatamente inferior ao de uma
‣ Início, fim e objetivos definidos; atividade. Exemplo: enviar avaliação devidamente preenchida.
‣ Clareza quanto ao que é transformado na sua execução; A figura a seguir demonstra a hierarquia mencionada:
‣ Definir como ou quando uma atividade ocorre;
‣ Resultado específico;
‣ Listar os recursos utilizados para a execução da atividade;
‣ Agregar valor para o destinatário do processo;
‣ Ser devidamente documentado;
‣ Ser mensurável; e
‣ Permitir o acompanhamento ao longo da execução.
Categorias de Processos
Os processos organizacionais podem ser classificados em três
categorias:
‣ Processos Gerenciais: são aqueles ligados à estratégia da or-
ganização. Estão diretamente relacionados à formulação de políti-
cas e diretrizes para se estabelecer e concretizar metas.
Também referem-se ao estabelecimento de indicadores de

Didatismo e Conhecimento 44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração

MODELAGEM DE PROCESSO
É um conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de um processo de negócio. Ela provê uma perspectiva ponta-a
-ponta de processos finalísticos, de suporte ou meio e de gerenciamento de uma organização.
“Modelo” é uma representação simplificada, que pode ser matemática, gráfica, física ou narrativa.
Eles possuem ampla série de aplicações, que incluem: Organização (estruturação), Heurística (descoberta, aprendizado), Previsões
(predições), Medição (quantificação), Explanação (ensino, demonstração), Verificação (experimentação, validação) e Controle (restrições,
objetivos).
“Processo”, nesse contexto, significa um processo de negócio e pode ser expresso em vários níveis de detalhe, desde uma visão con-
textual altamente abstrata mostrando o processo dentro de seu ambiente, até uma visão operacional interna detalhada que ser simulada para
avaliar várias características de seu desempenho ou comportamento.
Um modelo de processo pode conter um ou mais diagramas, com informações sobre objetos, sobre relacionamento entre objetos, sobre
como objetos representados se comportam ou desempenham.
Notação de Modelagem de Processos de Negócio (BPMN)
O BPMN foi desenvolvido pelo BMPI (Business Process Management Iniciative) e começou a ser utilizado em 2004, em sua versão
1.0. No ano de 2006, foi adotado pelo OMG (Object Management Group), atual mantenedor da notação. Com um ótimo trabalho publicou,
em janeiro de 2008, a versão BPMN 1.1. Atualmente, utiliza-se a última versão, BPMN 2.0, publicada em janeiro de 2011.
Business Process Modeling Notation (BPMN) é uma notação gráfica que transmite a lógica das atividades, as mensagens entre os dife-
rentes participantes e toda a informação necessária para que um processo seja analisado, simulado e executado. Sendo assim, a notação usa
um conjunto de figuras que permite diagramar modelos de processos ajudando a melhorar a gestão de processos de negócios, documentam
o funcionamento real deles e consegue um desempenho melhor.
Utiliza-se uma linguagem comum para diagramar os processos de forma clara e padronizada, o que proporciona um entendimento geral
e facilita a comunicação entre as pessoas.

Didatismo e Conhecimento 45
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Elementos da Notação
A seguir estão detalhadas as informações sobre cada elemento que contém um desenho de modelagem de processos. Eles podem ser
divididos em: eventos, atividades e decisões.
Eventos:
Acontece durante o curso do processo de negócio. Afetam o fluxo e pode ter uma causa.
Eventos são representados por círculos vazados para permitir sinalização que identificarão os gatilhos ou resultados. Os tipos de eventos
são: Início, Intermediário e Final.

Didatismo e Conhecimento 46
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Didatismo e Conhecimento 48
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Atividades:
É um termo genérico para o trabalho que a organização realiza. Pode conter uma ou mais tarefas em níveis mais detalhados. Os tipos de
atividades que podem fazer parte de um processo de negócio são: Processos, Sub processos e Tarefas. Tarefas e Sub processos são represen-
tados por um retângulo com as quinas arredondadas. Os processos podem ser representados da mesma forma ou inseridos dentro de um Pool.

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Decisões:
São usadas para definir que rumo o fluxo vai seguir e controlar suas ramificações. A forma gráfica é um losango com as pontas alinhadas
horizontal e verticalmente. O interior do losango indica o tipo de comportamento da decisão. A seguir estão descritos os principais tipos de
decisões:

Objetos de Conexão:

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Swimlanes:

Didatismo e Conhecimento 52
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Art.fatos:

CICLO DE GERENCIAMENTO
Segundo o Guia BPM CBOK (Corpo Comum de Conhecimentos sobre BPM), a prática de gerenciamento de processos e de negócio
pode ser caracterizada como um ciclo de vida contínuo (processo) de atividades integradas.
Este ciclo pode ser sumarizado por meio do seguinte conjunto gradual e interativo de atividades: Planejamento; Análise; Desenho e
Modelagem; Implementação; Monitoramento; e Refinamento.
Planejamento
Esta é a fase em que as necessidades de alinhamento estratégico dos processos são percebidas.
Segundo o guia CBOK, deve-se desenvolver um plano e uma estratégia dirigida a processos para a organização, onde sejam analisadas
suas estratégias e metas, fornecendo uma estrutura e o direcionamento contínuo de processos centrados no cliente. Além disso, são identi-
ficados papéis e responsabilidades organizacionais associados ao gerenciamento de processos, aspectos relacionados a patrocínio, metas,
expectativas de desempenho e metodologias.
Análise
De acordo com o guia CBOK, a análise tem por objetivo entender os atuais processos organizacionais no contexto das metas e objetivos
desejados. Ela reúne informações oriundas de planos estratégicos, modelos de processo, medições de desempenho, mudanças no ambiente
externo e outros fatores, a fim de compreender os processos no escopo da organização como um todo.
Durante essa etapa são vistos pontos como: objetivos da modelagem de negócio, ambiente do negócio que será modelado, principais
stakeholders e escopo da modelagem (processos relacionados com o objetivo geral). A análise de processos incorpora várias técnicas e
metodologias, de forma a facilitar as atividades dos envolvidos com a identificação do contexto e diagnóstico da situação atual do negócio.
Dentre as possíveis técnicas, temos: Brainstorming, Grupo de Trabalho com foco no processo, Entrevista, Cenários, Survey/Questio-
nário e 5W2H. Parte dessas técnicas será empregada pelo Escritório de Processos para entender e documentar um processo ou reelaborar
sua versão.
A metodologia de Modelagem de Processos apresenta em detalhes técnicas úteis à etapa de análise de processos, além de fornecer uma
análise comparativa de cada uma delas, discutindo pontos fortes e deficiências com base em uma avaliação conceitual e operacional.
Desenho e Modelagem
O guia CBOK define o desenho de processo como “criação de especificações para processos de negócio novos ou modificados dentro
do contexto dos objetivos de negócio, objetivos de desempenho de processo, fluxo de trabalho, aplicações de negócio, plataformas tecnoló-
gicas, recursos de dados, controles financeiros e operacionais, e integração com outros processos internos e externos”.
Já a modelagem de processos é definida como “um conjunto de atividades envolvidas na criação de representações de um processo de
negócio existente ou proposto”, tendo por objetivo “criar uma representação do processo em uma perspectiva ponta-a-ponta que o descreva
de forma necessária e suficiente para a tarefa em questão”. Alternativamente, chamada de fase de “identificação”, a modelagem pode ser
também definida como “fase onde ocorre a representação do processo presente exatamente como o mesmo se apresenta na realidade, bus-
cando-se ao máximo não recorrer a redução ou simplificação de qualquer tipo” [dela SOTA SILVA, 2006].
Segundo o guia CBOK, a modelagem de processos pode ser executada tanto para o mapeamento dos processos atuais como para o
mapeamento de propostas de melhoria.
Por meio da Metodologia de Modelagem de Processos, é possível obter orientações quanto ao uso da notação BPMN, bem como boas
práticas de modelagem de processos. Associada à modelagem, a documentação dos processos também é contemplada pelo trabalho, que
fornece um guia indicando informações do processo e das atividades do processo a serem especificadas e o modo como devem ser descritas
- além de prover um modelo para descrição de processos.

Didatismo e Conhecimento 53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Implementação A maioria das empresas que empregam este tipo de formulário
É definida pelo guia CBOK como a fase que tem por objetivo possui um Manual de Procedimentos que é originado a partir do flu-
realizar o desenho aprovado do processo de negócio na forma de pro- xograma da organização.
cedimentos e fluxos de trabalho documentados, testados e operacio- Instruções de trabalho
nais; prevendo também a elaboração e execução de políticas e proce- Consideradas como o instrumento mais simples do rol das in-
dimentos novos ou revisados. formações técnicas e gerenciais da área da qualidade, as Instruções
Durante essa fase assume-se que as fases de análise, modelagem de Trabalho – IT - também conhecidas como NOP (Norma Opera-
e desenho criaram e aprovaram um conjunto completo de especifica- cional Padrão) ou POP (Procedimento Operacional Padrão), têm
ções, então, somente pequenos ajustes devem ocorrer durante a im- uma importância capital dentro de qualquer processo funcional cujo
plementação. objetivo básico é o de garantir, mediante uma padronização, os resul-
O escopo de atividades compreende: tados esperados por cada tarefa executada (Colenghi, 2007). Quando
‣ Processos primários de execução e suporte; da elaboração de uma IT, mais importante do que a forma é essen-
‣ Processos de gerenciamento e acompanhamento; cial colocar todas as informações necessárias ao bom desempenho
‣ Regras de negócio relacionados aos três tipos de processos; e da tarefa, e não deve ser ignorado que a Instrução é um instrumento
‣ Componentes de gerenciamento de processos de negócio rele- destinado a quem realmente vai executar a tarefa, ou seja, o opera-
vantes e controláveis no ambiente interno da organização, tais como dor. Preferencialmente, as IT deverão ser “elaboradas” pelos próprios
políticas, incentivos, governança e estilo de liderança. operadores, executores de cada tarefa.
Monitoramento Itens
Segundo o guia CBOK, é de suma importância a contínua me- Procedimentos de segurança para realizar a atividade
dição e monitoramento dos processos de negócio, fornecendo infor- A seleção e uso adequado de recursos e ferramentas
mações-chave para os gestores de processos de negócio ajustarem Condições para assegurar a repetição do desempenho dentro das
recursos a fim de atingir os objetivos dos processos. Dessa forma, a variações previstas ao longo do tempo
etapa de implementação avalia o desempenho do processo através de Os principais passos para se elaborar um POP, são :
métricas relacionadas às metas e ao valor para a organização, podendo 1. Nome do POP (nome da atividade/processo a ser trabalhado)
resultar em atividades de melhoria, redesenho ou reengenharia. 2. Objetivo do POP (A quê ele se destina, qual a razão da sua
atual existência e importância)
Esta etapa também pode ser chamada de “simulação e emula-
3. Documentos de referência (Quais documentos poderão ser
ção”, sendo responsável pela aferição e validação do processo, como
usados ou consultados quando alguém for usar ou seguir o POP ? Po-
forma de garantir que o mesmo está representado conforme sua rea-
dem ser Manuais, outros POP’s, Códigos, etc)
lidade, bem como pelo estudo de diversos cenários, possibilitando a
4. Local de aplicação (Aonde se aplica aquele POP? Ambiente ou
analise de mudanças no processo. Setor ao qual o POP é destinado)
Refinamento 5. Siglas (Caso siglas sejam usadas no POP, dar a explicação de
A etapa de refinamento ou transformação é, segundo o guia todas : DT = Diretor Técnico ; MQ = Manual da Qualidade, etc)
CBOK, responsável pela transformação dos processos, implemen- 6. Descrição das etapas da tarefa com os executantes e respon-
tando o resultado da análise de desempenho. Ela ainda trata desafios sáveis.
associados à gestão de mudanças na organização. à melhoria contínua Há um detalhe muito importante. Executante é uma coisa, res-
e à otimização de processo. ponsável é outra. Pode acontecer que o executante seja a mesma pes-
Texto adaptado de: http://www.mpf.mp.br/conheca-o-mpf/ges- soa responsável, mas nem sempre isso acontece.
tao-estrategica-e-modernizacao-do-mpf/escritorio-de-processos/pu- 7. Se existir algum fluxograma relativo a essa tarefa, como um
blicacoes/livros/manualdegestaoporprocessos.pdf todo, ele pode ser agregado nessa etapa.
8. Informar o local de guarda do documento ; aonde ele vai ficar
guardado e o responsável pela guarda e atualização.
9. ESTUDOS DOS PROCESSOS E 9. Informar freqüência de atualização (Digamos, de 12 em 12
FLUXOGRAMAS. 10. ORGANOGRAMAS: meses )
FORMULAÇÃO, TÉCNICAS E ANÁLISE 10. Informar em quais meios ele será guardado (Eletrônico ou
ESTRUTURAL. computador ou em papel)
11. Gestor do POP (Quem o elaborou)
DEPARTAMENTALIZAÇÃO.
12. Responsável por ele.

ORGANOGRAMA
Organograma é um gráfico que representa a estrutura formal de
MANUAIS, PROCEDIMENTOS uma organização.
OPERACIONAIS, ORGANOGRAMAS, Os organogramas mostram como estão dispostas unidades fun-
FLUXOGRAMAS, CRONOGRAMAS. cionais, a hierarquia e as relações de comunicação existentes entre
Procedimento Operacional Padrão  estes.
é uma descrição detalhada de todas as operações necessárias para Os órgãos são unidades administrativas com funções bem de-
a realização de uma atividade, ou seja, é um roteiro padronizado para finidas. Exemplos de órgãos: Tesouraria, Departamento de Com-
realizar uma atividade. pras, Portaria, Biblioteca, Setor de Produção, Gerência Adminis-
O Procedimento Operacional Padrão  pode ser aplicado, trativa, Diretoria Técnica, Secretaria, etc. Os órgãos possuem um
por exemplo, numa  empresa  cujos colaboradores trabalhem em responsável, cujo cargo pode ser chefe, supervisor, gerente, coor-
três turnos, sem que os trabalhadores desses turnos se encontrem e denador, diretor, secretário, governador, presidente, etc. Normal-
que, por isso, executem a mesma tarefa de modo diferente. mente tem colaboradores (funcionários) e espaço físico definido.

Didatismo e Conhecimento 54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Num organograma, os órgãos são dispostos em níveis que representam a hierarquia existente entre eles. Em um organograma vertical,
quanto mais alto estiver o órgão, maior a autoridade e a abrangência da atividade.
Tipos de organogramas
Clássicos - O organograma clássico também é chamado de vertical. É o mais comum tipo de organograma, elaborado com retângulos
que representam os órgãos e linhas que fazem a ligação hierárquica e de comunicação entre eles.
Não clássicos - São todos os demais tipos como abaixo:
Em barras - representados por intermédio de longos retângulos a partir de uma base vertical, onde o tamanho do retângulo é diretamen-
te proporcional à importância da autoridade que o representa.
Em setores (setorial, setograma) - são elaborados por meio de círculos concêntricos, os quais representam os diversos níveis de autori-
dade a partir do círculo central, onde localiza-se a autoridade maior da empresa.
Radial (solar, circular) - o seu objetivo é mostrar o macrossistema das empresas componentes de um grande grupo empresarial.
Lambda - apresentam, apenas, grupos de órgãos que possuam características comuns.
Bandeira - apresentam grupos de órgãos que possuem uma missão específica e bem definida na estrutura organizacional, normalmente
em quatro níveis.
Organograma Linear de Responsabilidade (OLR) - possui um diferenciador em relação aos demais organogramas, pois a sua
preocupação não é apresentar o posicionamento hierárquico, mas sim o inter-relacionamento entre diversas atividades e os responsáveis por
cada uma delas.
Informativo - apresenta um máximo de informações de diversas naturezas relacionadas com cada unidade organizacional da empresa.
Dial de Wyllie - na forma de um disco separado por círculos concêntricos conforme o grau hierárquico e, dentro de tais sessões, órgãos
representados por círculos menores, cuja posição relativa aos órgãos representados em sessões mais próximas ao centro indicam sua subor-
dinação hierárquica.[2] O organograma Dial de Wyllie tem por objetivo representar organizações de hierarquia dinâmica, com vinculações
variando conforme o desenvolvimento de novos projetos interdepartamentais.
Cargo, tarefa ou função
O conceito de cargo é abrangente, baseando-se em diferentes noções fundamentais, tais como tarefa, atribuição, função e cargo. A noção
de tarefa consiste nas atividades individuais executadas pelo titular do cargo e é atribuída, normalmente, a cargos bastante simples. A noção
de atribuição caracteriza-se por ser uma atividade individual, executada pelo titular respectivo, referindo-se a cargos que envolvem ativida-
des mais diferenciadas. A função já é um conceito de maior abrangência, porquanto se refere ao conjunto de tarefas que são executadas, de
uma forma sistemática, pelo ocupante do cargo. Por último, a definição de cargo, integra um conjunto de funções com uma posição definida
na estrutura organizativa, isto é, no organograma da empresa.

General

Colonel A Colonel B

Captain A Captain B Captain C

Sergeant A Sergeant B

Private A Private B

Didatismo e Conhecimento 55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
FLUXOGRAMAS permite algumas conclusões preciosas, quando se faz uma análise
de custo da deficiência da qualidade, para determinar quanto di-
O fluxograma é um gráfico que demonstra a sequência ope- nheiro a organização está perdendo, pelo fato de o processo não
racional do desenvolvimento de um processo, o qual caracteriza: ser eficaz e eficiente. Agregar a dimensão do tempo às funções já
o trabalho que está sendo realizado, o tempo necessário para sua definidas, que interagem no processo facilita a identificação das
realização, a distância percorrida pelos documentos, quem está áreas de desperdício de tempo e que provocam atrasos.
realizando o trabalho e como ele flui entre os participantes deste
processo. FLUXOGRAMA GEOGRÁFICO: um fluxograma geográfi-
Como existe uma parafernália de tipos e denominações de co, ou superposto ao layout físico, analisa o fluxo físico das ativi-
fluxogramas diferentes, discorremos sobre o que se acredita ser o dades. Ele ajuda o tempo desperdiçado entre o trabalho realizado e
mais eficiente e eficaz na solução dos problemas processuais vi- os recursos envolvidos dentro das atividades.
venciados nas empresas: o FAP - Fluxograma de Análise de Pro-
cessos. Este fluxograma originou-se a partir do aperfeiçoamento CRONOGRAMA
do diagrama de blocos e do fluxograma utilizado na área de pro-
cessamento de dados. Cronograma é uma ferramenta de gestão de atividades nor-
Como instrumento de múltiplas funções, o FAP, mediante sua malmente em forma de tabela, que também contempla o tempo em
representação gráfica, permite visualizar e compreender melhor os que as atividades vão se realizar.
processos de trabalho em execução, as diversas fases operacionais, O cronograma é uma representação gráfica do tempo investi-
a interligação com outros processos e todos os documentos envol- do em uma determinada tarefa ou projeto, segundo as tarefas que
vidos. devem ser executadas no âmbito desse projeto. É uma ferramenta
A partir de uma visão sistêmica, possibilitará ao analista um que ajuda a controlar e visualizar o progresso do trabalho. A utili-
conhecimento mais íntimo e profundo da situação atual, permitin- zação de cronogramas é bastante comum em projetos de pesquisa.
do, também, uma análise técnica mais acurada e confiável, possibi- No contexto empresarial o cronograma é um auxílio impor-
litando como resultado uma proposta mais racional, mais coerente tante, já que através dele é possível determinar os custos de um
e com melhor qualidade. projeto, determinando assim se a realização desse projeto será pro-
A elaboração de fluxograma de um processo integral, descen- veitosa para a empresa.
do até o nível das tarefas individuais, forma o embasamento da Alguns estudantes recorrem a cronogramas para controlarem
análise e do aperfeiçoamento do processo. A atribuição de partes melhor quanto tempo devem dedicar a cada matéria. Muitas vezes
do processo a membros específicos da equipe acelera a execução esses cronogramas são parecidos com um horário ou calendário.
das tarefas, que, de outra forma, demandaria muito tempo. Muitos cronogramas são feitos com o suporte do programa
Toda situação e/ou processo apresentará problemas específi- informático Excel, em uma das suas planilhas.
cos de mapeamento. Por exemplo, a documentação disponível ra- Um cronograma também pode ser uma data com numeração
ramente é suficiente para mapear todas as atividades e tarefas, sem romana, espalhadas em um texto. O registro de um cronógrafo
falar nas pessoas que executam essas tarefas. Tenha cuidado com também pode ser designado como cronograma.
aquilo que a documentação determina como deve ser feito e como O aprofundamento da Revolução Industrial a partir da segun-
as coisas são feitas na realidade. da metade do século XIX gerou inúmeras consequências para a
Há muitos tipos diferentes de fluxograma. Cada um para cada sociedade, principalmente no que diz respeito ao desenvolvimento
aplicação específica. Você precisa entender pelo menos quatro des- e aumento da complexidade das organizações empresariais. O apa-
tas técnicas para ser eficaz. São elas: recimento exponencial de novas tecnologias, invenções, inovações
1. Diagrama de blocos que fornece uma rápida noção do pro- técnicas e sociais, e a tendência de concentração do capital, ocasio-
cesso; nou o surgimento de grandes fábricas responsáveis por empregar
2. O fluxograma padrão da American National Standards Ins- - em um só local – centenas e às vezes milhares de seres humanos
titute (ANSI), que analisa os inter-relacionamentos detalhados de que só tinham a força de trabalho a oferecer aos detentores dos
um processo; meios de produção.
3. Fluxogramas funcionais, que mostram o fluxo do processo Dentro desse contexto de grandes mudanças econômicas, so-
entre organizações ou áreas; ciais e demográficas, muitos estudiosos e profissionais começaram
4. Fluxogramas geográficos, que mostram o fluxo do processo a perceber o quão difícil se tornava a organização e o controle
entre localidades. dessas grandes empresas, as quais precisavam lidar com diversas
variáveis, ao mesmo tempo em que buscavam garantir o lucro ne-
Outros fluxogramas: cessário à manutenção do empreendimento e a remuneração do
FLUXOGRAMA FUNCIONAL: constitui um outro tipo de capital investido. No início do século XX, grandes empresários,
fluxograma. Ele retrata o movimento entre as diferentes áreas de como Ford, Rockefeller dentre outros, estavam com bastantes
trabalho, uma dimensão adicional que se torna particularmente útil problemas em seus conglomerados, principalmente no que tange
quando o tempo de ciclo é um problema. Um fluxograma funcio- à gestão dos empregados. Dessa forma, foram nas duas primeiras
nal pode ser elaborado com blocos quanto com símbolos padrões. décadas do século passado que apareceram os acadêmicos e “pe-
ritos da indústria”, os quais apresentaram-se oferecendo ajuda aos
FLUXO-CRONOGRAMA: apresenta além do fluxograma empresários americanos e europeus.
padrão, a indicação do tempo de processamento de cada atividade
e do tempo de ciclo para cada atividade. Esse tipo de fluxograma

Didatismo e Conhecimento 56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Como havia a necessidade de produção em massa, devido à em 1916, com a primeira publicação do trabalho de Fayol, inti-
demanda sempre crescente e a exploração de novos mercados, a tulado Administration Industrielle et Générale – Prévoyance, Or-
relação empregado x empregador parecia ser a mais complexa. Os ganisation, Comandement, Coordination, Controle. Assim como a
principais problemas podem ser assim enumerados: Administração Científica, a Teoria Clássica se caracterizava tam-
1) altíssimas taxas de rotatividade da mão-de-obra; bém pela busca da eficiência organizacional, porém com um foco
2) pressão por produtividade por meio de atitudes muitas ve- diferenciado: a estrutura da organização e as funções gerenciais.
zes agressivas e injustas; Fayol estabeleceu a definição de gerência, como compreen-
3) baixa qualificação dos empregados; dendo cinco elementos: 1) Planejar, diz respeito ao “olhar para
4) necessidade de adaptação às novas tecnologias, como a li- o futuro”, preparando-se para ele. Sobre essa função, a gerência
nha de montagem; deveria levar em conta os objetivos de cada unidade e alinha-
5) modelos de remuneração capazes de gerar motivação e pro- mento aos objetivos organizacionais; utilizar previsões de curto e
dutividade. longo prazo; ter flexibilidade para adaptações do plano; ser capaz
Surge, então, neste momento, no despontar do século XX, de prognosticar os cursos das ações. 2) Organizar, referindo-se a
os primeiros trabalhos de cunho científico na administração. Os elaboração de uma estrutura material e humana onde as ativida-
expoentes dessa fase científica foram dois engenheiros: Frederick des poderão ser desenvolvidas de forma otimizada. 3) Comando,
Winslow Taylor, responsável pelo desenvolvimento da Escola da que significa manter as pessoas em atividade, buscando, através
Administração Científica, e Henri Fayol, criador da Teoria Clássi- da liderança e relacionamento, o melhor desempenho dos cola-
ca. Dessa forma, a chamada Abordagem Clássica da Administra- boradores. 4) Coordenação, em que o gestor busca harmonizar e
ção é formada pelas duas abordagens construídas por esses dois unificar todos os esforços e atividades, a fim de que os objetivos
engenheiros pesquisadores. das unidades estejam alinhados com os objetivos estratégicos da
Os trabalhos de Taylor podem ser considerados como a pri- organização. 5) Controle, responsável pela verificação do desem-
meira tentativa de fundar uma “ciência da administração”. O pes- penho de todos os elementos anteriores. O controle deve se certifi-
quisador era engenheiro, e teve a possibilidade de atuar em vários car que as atividades estão sendo realizadas de acordo com o plano
cargos dentro uma fábrica, desde operário até engenheiro-chefe. estabelecido.
Após alguns anos como empregado, Taylor passou a trabalhar Fayol também desenvolveu alguns princípios gerais da admi-
como consultor, aperfeiçoando suas pesquisas e ideias sobre ges- nistração, os quais são a base de sua teoria. São alguns deles: divi-
tão. O aspecto fundamental de sua teoria é a busca do aumento da são do trabalho (a especialização torna o indivíduo mais produti-
eficiência da organização, por meio da racionalização do trabalho vo); unidade de comando, em que Fayol estabelece que o empre-
e da obtenção de métodos mais eficientes de controle dos traba- gado deve ter somente um chefe, para evitar conflitos de comando;
lhadores. remuneração, como importante fator de motivação; cadeia escalar,
Para solucionar a questão do relacionamento empregado x em que se diz que a hierarquia é necessária, porém a comunicação
empregador, Taylor propõe quatro “grandes princípios”: lateral também é importante, desde que os superiores sejam infor-
1) O desenvolvimento de uma verdadeira ciência do trabalho, mados a respeito daquilo que está sendo tratado; espírito de equi-
em que seria necessária uma investigação científica para se chegar pe, equidade e justiça na condução da empresa; ordem material,
a uma jornada de trabalho justa. Neste caso, o empregador saberia social e estabilidade de pessoal, para minimização dos custos com
qual a quantidade de trabalho ideal a ser realizada pelo trabalha- desenvolvimento da equipe.
dor, e este receberia uma alta taxa de pagamento, já que este busca Apesar das criticas à visão minimalista do ser humano (homo
a “maximização de seus ganhos”; economicus) ou talvez a uma “falta de humanidade” dos princí-
2) A seleção científica e o desenvolvimento progressivo do pios tayloristas, que levariam o homem a comportar-se como uma
trabalhador. Aqui caberia à administração da organização desen- máquina, as contribuições de Taylor e Fayol foram de essencial
volver os trabalhadores, buscando garantir que estes se tornem al- importância para o desenvolvimento posterior da administração,
tamente produtivos, ou seja, de “primeira linha”; servindo de base para várias áreas, tais como a engenharia indus-
3) A conexão da ciência do trabalho e trabalhadores cientifica- trial, gestão de processos, qualidade, modelos de gestão e aperfei-
mente selecionados e treinados; çoamento das funções gerenciais.
4) A constante e íntima cooperação de gestores e trabalhado-
res. Esta cooperação eliminaria os conflitos, já que os gestores e ORGANIZAÇÃO FORMAL
operários estariam cientes de suas responsabilidades e funções. Hierarquia oficial como ela se apresenta no papel. Piramidal.
O trabalho de Taylor visou resolver a problemática da depen- Status
dência do capital frente ao trabalho vivo. Para isso, a administra- •Diferença entre operários e pessoal do escritório.
ção deveria entender, sistematizar e normatizar a execução das ta- •Status medido pela opulência do escritório. Cada um em sua
refas dentro da organização, visando a máxima produtividade por posição.
meio das ferramentas adequadas. •Pessoas do mesmo departamento, juntas.
O Taylorismo, esclarecendo que este se caracteriza como uma Autoridade e Poder:
forma de controle do capital sobre os processos de trabalho, atra- • de cima para baixo
vés do controle de todos os tempos e movimentos do trabalhador, Ordens para baixo e informações para cima.
ou seja, do trabalho vivo. As informações sempre são relativas à produção e nunca em
A Teoria Clássica da Administração de Henri Fayol surgia relação aos problemas humanos e ressentimentos.
logo depois dos primeiros estudos e resultados de Taylor realiza- Informações relativas a assuntos pessoais circulam em forma
dos nos Estados Unidos. Pode-se dizer que o ponto de partida foi de cochichos. (não oficiais)

Didatismo e Conhecimento 57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Comitês – tratar assuntos emocionais, pessoais e técnicos. Li- A estrutura de uma firma e sua organização influenciam o
mitam-se a tratar de assuntos e queixas triviais e formais. comportamento dos indivíduos e grupos. Assim como os atos in-
Ressentimentos se manifestam: greves, sabotagens, absenteís- dividuais só podem ser compreendidos em relação ao grupo e o
mo, etc. comportamento de grupo só pode ser compreendido num contexto
Firma do tipo autoritário leva o trabalhador a um estado de de um grupo maior ao qual pertencem.
civilidade e disciplina superficial. Para se estudar pequenos grupos faz-se necessário o conheci-
Trabalham na presença do “chefe”. Atmosfera de medo. mento das estruturas maiores. O grupo sofre influências de fatores
Promoção vindos de fora do mesmo.
Gerentes promovem pessoas bem adaptadas ou que adotem
seu ponto de vista. “Escolhidas” do gerente. DEPARTAMENTALIZAÇÃO
Características das organizações formais É uma divisão do trabalho por especialização dentro da estru-
1. deliberadamente impessoal; tura organizacional da empresa.
2. baseada em relações ideais; Ou Departamentalização é o agrupamento, de acordo com um
3. baseada na “hipótese da gentalha” sobre a natureza hu- critério específico de homogeneidade, das atividades e correspon-
mana. (a competição leva a máxima eficiência, luta de cada um por dente recursos (humanos, financeiros, materiais e equipamentos)
si leva a servir aos melhores interesses do grupo, homem unidade em unidades organizacionais.
isolada que podem ser deslocadas de um trabalho para o outro...) Existem diversas maneiras básicas pelas quais as organiza-
iguala o bem da organização com o bem dos indivíduos que a com- ções decidem sobre a configuração organizacional que será usada
põem. para agrupar as várias atividades. O processo organizacional de
Estrutura de trabalho determinar como as atividades devem ser agrupadas chama-se De-
• Organização em linha. partamentalização.
Divisão básica na estrutura de trabalho – baseada na autorida- Formas de Departamentalizar:
de – função definida (cada um tem um chefe e é responsável por 1- Função
chefiar). 2- Produto ou serviço
Quanto maior o nível de estrutura maior a distância social. 3- Território
• Organização funcional. 4- Cliente
Baseada no tipo de trabalho a ser feito. Na subdivisão do tra- 5- Processo
balho. 6- Projeto
Status de função. Fonte de conflito. (mesma linha hierárquica, 7- Matricial
importância do trabalho) 8- Mista
• Organização do estado-maior. Deve-se notar, no entanto, que a maioria das organizações
Fundamentada na especialização. usam uma abordagem da contingência à Departamentalização:
Posição de aconselhamento – não possuem autoridade na or- isto é, a maioria usará mais de uma destas abordagens usadas em
ganização. algumas das maiores organizações. A maioria usa a abordagem
Podem ser integradas na organização em linha. funcional na cúpula e outras nos níveis mais baixos.

FRAQUEZAS NA TEORIA DA ORGANIZAÇÃO FOR- DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR FUNÇÕES


MAL A Departamentalização funcional agrupa funções comuns ou
• Problemas de coordenação - deficiências na comunicação atividades semelhantes para formar uma unidade organizacional.
devido ao fator tempo, espaço e as divisões naturais da estrutura . Assim todos os indivíduos que executam funções semelhantes fi-
• Tempo - pouco contato entre turnos e pessoas, problemas são cam reunidos, todo o pessoal de vendas, todo o pessoal de contabi-
deixados para o outro turno, vagas trocas de informações. lidade, todo o pessoal de secretaria, todas as enfermeiras, e assim
• Espaço - unidades podem estar amplamente separadas, quan- por diante.
to maior a separação maior dificuldade de coordenação. Distância A Departamentalização funcional pode ocorrer em qualquer
espacial tende a levar distância social. nível e é normalmente encontrada muito próximo à cúpula.
• Divisões da estrutura - funções diferentes, vários departa- Vantagens: As vantagens principais da abordagem funcional
mentos na mesma linha horizontal – difícil o membros de um nível são:
apreciar o trabalho de outro nível. • Mantém o poder e o prestígio das funções principais
A organização formal não pode ser eliminada; é inevitável e • Cria eficiência através dos princípios da especialização.
essencial, pois nenhuma organização pode ser compreendida sem • Centraliza a perícia da organização.
o conhecimento da organização formal, é quase impossível tam- • Permite maior rigor no controle das funções pela alta admi-
bém compreendê-la apenas nessa base. nistração.
Vantagem da grande empresa - resolver os problemas huma- • Segurança na execução de tarefas e relacionamento de co-
nos - solução de problemas, esquemas de participação, benéficos, legas.
etc, dando segurança aos trabalhadores. • Aconselhada para empresas que tenham poucas linhas de
Desvantagem – sua natureza impessoal, dificuldade de comu- produtos.
nicação. Desvantagens: Existem também muitas desvantagens na abor-
dagem funcional.
• Entre elas podemos dizer:

Didatismo e Conhecimento 58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
• A responsabilidade pelo desempenho total está somente na departamentos para bebês e crianças. Em cada caso, o esforço de
cúpula. vendas pode concentrar-se nos atributos e necessidades especificas
• Cada gerente fiscaliza apenas uma função estreita. do cliente.
• O treinamento de gerentes para assumir a posição no topo é A principal vantagem da Departamentalização de cliente é a
limitado. adaptabilidade uma determinada clientela.
• A coordenação entre as funções se torna complexa e mais As desvantagens são:
difícil quanto à organização em tamanho e amplitude. • Dificuldade de coordenação.
• Muita especialização do trabalho. • Subutilização de recursos e concorrência entre os gerentes
para concessões especiais em benefício de seus próprios clientes.
DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE PRODUTO
É feito de acordo com as atividades inerentes a cada um dos DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROCESSO OU EQUI-
produtos ou serviços da empresa. PAMENTO
Exemplos de Departamentalização de produto: É o agrupamento de atividades que se centralizam nos pro-
1- Lojas de departamentos cessos de produção ou equipamento. É encontrada com mais fre-
2- A Ford Motor Company tem as suas divisões Ford, Mer- quência em produção. As atividades de uma fábrica podem ser
cury e Lincoln Continental. grupadas em perfuração, esmerilamento, soldagem, montagem e
3- Um hospital pode estar agrupado por serviços prestados, acabamento, cada qual em seu departamento.
como cirurgia, obstetrícia, assistência coronariana. Você perceberá uma modificação deste agrupamento organi-
Vantagens: Algumas das vantagens da Departamentalização zacional quando comprar um hambúrguer em um restaurante de
de produtos são: serviço rápido. Note que algumas pessoas estão assando a carne,
• Pode-se dirigir atenção para linhas especificas de produtos outras estão fritando as batatas, e outras preparando a bebida.
ou serviços. Usualmente há um anotador de pedidos que também recebe o pa-
• A coordenação de funções ao nível da divisão de produto gamento e compõe o pedido.
torna-se melhor. Vantagens:
• Pode-se atribuir melhor a responsabilidade quanto ao lucro. • Maior especialização de recursos alocados.
• Facilita a coordenação de resultados. • Possibilidade de comunicação mais rápida de informações
• Propicia a alocação de capital especializado para cada grupo técnicas.
de produto. Desvantagens:
• Propicia condições favoráveis para a inovação e criatividade. • Possibilidade de perda da visão global do andamento do pro-
Desvantagens: cesso.
• Exige mais pessoal e recursos de material, podendo daí re- • Flexibilidade restrita para ajustes no processo.
sultar duplicação desnecessária de recursos e equipamento.
• Pode propiciar o aumento dos custos pelas duplicidades de DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR PROJETO
atividade nos vários grupos de produtos. Aqui as pessoas recebem atribuições temporárias, uma vez
• Pode criar uma situação em que os gerentes de produtos se que o projeto tem data de inicio e término. Terminado o projeto as
tornam muito poderosos, o que pode desestabilizar a estrutura da pessoas são deslocadas para outras atividades.
empresa. Por exemplo: uma firma contábil poderia designar um sócio
(como administrador de projeto), um contador sênior, e três con-
DEPARTAMENTALIZAÇÃO TERRITORIAL tadores juniores para uma auditoria que está sendo feita para um
Algumas vezes mencionadas como regional, de área ou geo- cliente.
gráfica. É o agrupamento de atividades de acordo com os lugares Uma empresa manufatureira, um especialista em produção,
onde estão localizadas as operações. Uma empresa de grande porte um engenheiro mecânico e um químico poderiam ser indicados
pode agrupar suas atividades de vendas em áreas do Brasil como para, sob a chefia de um administrador de projeto, completar o
a região Nordeste, região Sudeste, e região Sul. Muitas vezes as projeto de controle de poluição.
filiais de bancos são estabelecidas desta maneira. Em cada um destes casos, o administrador de projeto seria
As vantagens e desvantagens da Departamentalização terri- designado para chefiar a equipe, com plena autoridade sobre seus
torial são semelhantes às dadas para a Departamentalização de membros para a atividade específica do projeto.
produto. Tal grupamento permite a uma divisão focalizar as neces-
sidades singulares de sua área, mas exige coordenação e controle DEPARTAMENTALIZAÇÃO DE MATRIZ
da administração de cúpula em cada região. A Departamentalização de matriz é semelhante à de projeto,
com uma exceção principal. No caso da Departamentalização de
DEPARTAMENTALIZAÇÃO POR CLIENTE matriz, o administrador de projeto não tem autoridade de linha
A Departamentalização de cliente consiste em agrupar as sobre os membros da equipe. Em lugar disso, a organização do
atividades de tal modo que elas focalizem um determinado uso administrador de projeto é sobreposta aos vários departamentos
do produto ou serviço. A Departamentalização de cliente é usada funcionais, dando a impressão de uma matriz.
principalmente no grupamento de atividade de vendas ou serviços. A organização de matriz proporciona uma hierarquia que res-
As lojas de departamentos, por exemplo, podem ter uma seção ponde rapidamente às mudanças em tecnologia. Por isso, é tipica-
para o grupo dos catorze aos vinte anos, uma seção para gestan- mente encontrada em organização de orientação técnica, como a
tes ou uma seção de roupas masculinas sociais, sem mencionar os Boeing, General Dynamics, NASA e GE onde os cientistas, enge-

Didatismo e Conhecimento 59
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nheiros, ou especialistas técnicos trabalham em projetos ou pro- análise, identificação, organização, processamento, desenvolvi-
gramas sofisticados. Também é usada por empresas com projetos mento, utilização, publicação, fornecimento, circulação, armaze-
de construção complexos. namento e recuperação de informações.
Vantagens: Permitem comunicação aberta e coordenação de O arquivista é um profissional de nível superior, com forma-
atividades entre os especialistas funcionais relevantes. Capacita a ção em arquivologia ou experiência reconhecida pelo Estado. Ele
organização a responder rapidamente à mudança. São abordagens pode trabalhar em instituições públicas ou privadas, centros de do-
orientadas para a tecnologia. cumentação, arquivos privados ou públicos, instituições culturais
Desvantagens: Pode haver choques resultantes das prioridades. etc. É o responsável pelo gerenciamento da informação, gestão
documental, conservação, preservação e disseminação da infor-
A MELHOR FORMA DE DEPARTAMENTALIZAR mação contida nos documentos. Também tem por função a preser-
Para evitar problemas na hora de decidir como departamentali- vação do patrimônio documental de um pessoa (física ou jurídica),
zar, pode-se seguir certos princípios: instituição e, em última instância, da sociedade como um todo.
• Princípio do maior uso – o departamento que faz maior uso Ocupa-se, ainda, da recuperação da informação e da elaboração de
de uma atividade deve tê-la sob sua jurisdição. instrumentos de pesquisa, observando as três idades dos arquivos:
• Principio do maior interesse – o departamento que tem maior corrente, intermediária e permanente.
interesse pela atividade deve supervisioná-la. O arquivista atua desenvolvendo planejamentos, estudos e
• Principio da separação e do controle – As atividades do con- técnicas de organização sistemática e conservação de arquivos, na
trole devem estar separadas das atividades controladas. elaboração de projetos e na implantação de instituições e sistemas
• Principio da supressão da concorrência – Eliminar a con- arquivísticos, no gerenciamento da informação e na programação e
corrência entre departamentos, agrupando atividades correlatas no organização de atividades culturais que envolvam informação do-
mesmo departamento. cumental produzida pelos arquivos públicos e privados. Uma gran-
Outro critério básico para departamentalização está baseado na de dificuldade é que muitas organizações não se preocupam com
diferenciação e na integração, os princípios são: seus arquivos, desconhecendo ou desqualificando o trabalho deste
• Diferenciação, cujo princípio estabelece que as atividades di- profissional, delegando a outros profissionais as atividades espe-
ferentes devem ficar em departamentos separados. A diferenciação cíficas do arquivista. Isto provoca problemas quanto à qualidade
ocorre quando: do serviço e de tudo o que, direta ou indiretamente, depende dela.
• O fator humano é diferente, Arquivo é um conjunto de documentos criados ou recebidos
• A tecnologia e a natureza das atividades são diferentes, por uma organização, firma ou indivíduo, que os mantém ordena-
• Os ambientes externos são diferentes, damente como fonte de informação para a execução de suas ati-
• Os objetivos e as estratégias são diferentes. vidades. Os documentos preservados pelo arquivo podem ser de
A integração – Quanto mais atividades trabalham integradas, vários tipos e em vários suportes. As entidades mantenedoras de
maior razão para ficarem no mesmo departamento. arquivos podem ser públicas (Federal, Estadual Distrital, Munici-
Fatores de integração são: pal), institucionais, comerciais e pessoais.
• Necessidade de coordenação. Um documento (do latim documentum, derivado de docere
“ensinar, demonstrar”) é qualquer meio, sobretudo gráfico, que
DEPARTAMENTALIZAÇÃO MISTA comprove a existência de um fato, a exatidão ou a verdade de uma
É o tipo mais frequente, cada parte da empresa deve ter a estru- afirmação etc. No meio jurídico, documentos são frequentemente
tura que mais se adapte à sua realidade organizacional. sinônimos de atos, cartas ou escritos que carregam um valor pro-
batório.
Documento arquivísticos: Informação registrada, independen-
11. CONCEITOS FUNDAMENTAIS DA te da forma ou do suporte, produzida ou recebida no decorrer da
ARQUIVOLOGIA. PRINCÍPIO atividade de uma instituição ou pessoa e que possui conteúdo, con-
PROVENIÊNCIA. TEORIA DAS TRÊS texto e estrutura suficientes para servir de prova dessa atividade.
IDADES DE ARQUIVO. GESTÃO DE Desde o desenvolvimento da Arquivologia como disciplina, a
DOCUMENTOS. PROTOCOLO. partir da segunda metade do século XIX, talvez nada tenha sido tão
INSTRUMENTOS DE GESTÃO DE revolucionário quanto o desenvolvimento da concepção teórica e
DOCUMENTOS. PLANO DE dos desdobramentos práticos da gestão.
CLASSIFICAÇÃO. TABELAS DE
PRINCÍPIOS:
TEMPORALIDADE. ARQUIVOS Os princípios arquivísticos constituem o marco principal da
PERMANENTES. ARRANJO. diferença entre a arquivística e as outras “ciências” documentárias.
São eles:

Princípio da Proveniência: Fixa a identidade do documento,


A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estuda as relativamente a seu produtor. Por este princípio, os arquivos de-
funções do arquivo, e também os princípios e técnicas a serem vem ser organizados em obediência à competência e às atividades
observados durante a atuação de um arquivista sobre os arquivos. da instituição ou pessoa legitimamente responsável pela produção,
É a Ciência e disciplina que objetiva gerenciar todas as informa- acumulação ou guarda dos documentos. Arquivos originários de
ções que possam ser registradas em documentos de arquivos. Para uma instituição ou de uma pessoa devem manter a respectiva in-
tanto, utiliza-se de princípios, normas, técnicas e procedimentos dividualidade, dentro de seu contexto orgânico de produção, não
diversos, que são aplicados nos processos de composição, coleta, devendo ser mesclados a outros de origem distinta.

Didatismo e Conhecimento 60
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Princípio da Organicidade: As relações administrativas or- Lembre-se: “O arquivamento correto e a localização imediata
gânicas se refletem nos conjuntos documentais. A organicidade dos documentos, depende, em grande parte, da precisão e cuidado
é a qualidade segundo a qual os arquivos espelham a estrutura, com que são executadas cada uma dessas operações.”.
funções e atividades da entidade produtora/acumuladora em suas
relações internas e externas. Classificação Cronológica
A classificação cronológica tem por base a possibilidade em
Princípio da Unicidade: Não obstante, forma, gênero, tipo agrupar determinado número de documentos de acordo com as di-
ou suporte, os documentos de arquivo conservam seu caráter úni- visões naturais do tempo: anos, meses, semanas, dias e horas. Este
co, em função do contexto em que foram produzidos. sistema, como se pode observar, é muito semelhante ao sistema
numérico simples e utiliza-se, muitas das vezes, em combinação
Princípio da Indivisibilidade ou integridade: Os fundos de com outros sistemas classificativos, sobretudo, o alfabético.
arquivo devem ser preservados sem dispersão, mutilação, aliena- A localização de um documento classificado cronologicamen-
ção, destruição não autorizada ou adição indevida. te requer um conhecimento perfeito da data exata (ano, mês ou
dia) sem a qual não será possível localizá-lo. Este tipo de clas-
Princípio da Cumulatividade: O arquivo é uma formação sificação não oferece especiais dificuldades quando se procede a
progressiva, natural e orgânica. incorporação de novos documentos. Quando se pretende localizar
e recuperar os documentos é necessário elaborar fichas remissivas
Classificação alfabéticas, por exemplo, de assuntos, que possibilitam a indicação
A escolha da forma de ordenação depende muito da natureza da data do documento.
dos documentos. Vejam os métodos básicos: As conservatórias do Registro Civil, por exemplo, são ser-
Ordenação Alfabética: disposição dos documentos ou pastas viços onde a ordenação e pesquisa de documentos é elaborada
de acordo com a sequência das letras do alfabeto. Pode ser classi- mediante recurso às datas de nascimento, casamento, morte e de
ficada em enciclopédico e dicionário quando se trata de assuntos. outros assuntos. Este tipo de classificação é aplicado em arquivos
Ordenação Cronológica: disposição dos documentos ou pas- de documentos de origem contabilística: faturas, pagamentos de
tas de acordo com a sucessão temporal. contribuições, ordenados e outros assuntos relacionados com esta
Ordenação Geográfica: disposição de acordo com as unidades
e em Arquivos Históricos e Etnográficos, uma vez que proporciona
territoriais (países, estados, municípios, distritos, bairros e outras).
a ligação do passado ao presente e nos mostrando-nos a evolução
Ordenação Temática: disposição de acordo com temas ou as-
das instituições ao longo da história.
suntos.
Ordenação Numérica: disposição de acordo com a sequência
Classificação Geográfica
numérica atribuída aos documentos. Depende de um índice auxi-
Este sistema utiliza um método idêntico ao cronológico com a
liar para busca de dados.
diferença de que os documentos são classificados e agrupados com
Ex.: Na pasta MANUTENÇÃO PRÉDIO você poderá arqui- base nas divisões geográficas/administrativas do globo: países, re-
var os documentos em ordem cronológica, assim sendo teríamos: giões, províncias, distritos, conselhos, cidades, vilas, aldeias, bair-
primeiro o Memorando pedindo o conserto, depois a resposta do ros, freguesias, ruas e outros critérios geográficos e de localização.
ESTEC solicitando a compra de torneira nova, em seguida a Infor- Este sistema é combinado com outros sistemas classificativos,
mação de que já foi adquirida a torneira, e por último a Informação como por exemplo; o alfabético, o numérico ou o decimal, com
do ESTEC que o serviço foi concluído. vista a um melhor acondicionamento e localização dos documen-
É importante no Arquivo que os documentos de uma mesma tos e a sua informação.
função sejam guardados juntos, para que se perceba como come- O sistema de classificação geográfica resulta do fato de haver
çou a ação e como terminou, formando assim os dossiês de fácil necessidade de localizar fato ou pessoas num espaço geográfico
compreensão para quem pesquisa. determinado, como por exemplo; as coleções ou séries filatélicas
Arquivamento: guarde os documentos dentro das pastas e das que normalmente são agrupadas por localidades, países, regiões
caixas já contidas no setor ou monte-as de acordo com o plano de e outros critérios relacionados com estes. É muito utilizado em
classificação. museus etnográficos e de arte popular.
Nesse último caso faça as etiquetas indicando o código da ati-
vidade correspondente. Não se esqueça de anotar no canto superior Classificação Ideológica
esquerdo da pasta os códigos da Unidade/Órgão/área respectivos. A classificação ideológica, também designada como ideo-
Empréstimo de Documentos: para se controlar melhor os do- gráfica, metódica ou analítica baseia-se, fundamentalmente, na
cumentos que saem do arquivo e para garantir a integridade do divisão de assuntos, ideias, conceitos e outras divisões, sendo os
mesmo, é interessante que se adote um sistema de controle de em- documentos referentes a um mesmo assunto ou objeto de conheci-
préstimo de documentos. mento, ordenados segundo um conceito chave ou ideia de agrupa-
Você pode criar um formulário de Requisição de Documentos mento, colocando-se a seguir, de forma alfabética.
com os seguintes dados: Este sistema parte da análise de um assunto e divide-o em
grupos e subgrupos com características cada vez mais particulares
- a) Identificação do documento. e restritas exigindo um certo controlo e disciplina devido à grande
- b) Classificação ou pasta a qual ele pertence. variedade de palavras com significados análogo.
- c) O nome do requisitante e o setor.
- d) Assinatura e datas de empréstimo e devolução.

Didatismo e Conhecimento 61
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Para aplicar este sistema é necessário elaborar um instrumento Exemplo:
de trabalho que sirva de orientação para a classificação de assun- 51. Expediente e arquivo
tos nos arquivos e que se designa normalmente por classificador 510. Expediente e arquivo em geral
ou listagem por assuntos. O classificador deve ser elaborado res- 511. Arquivo
peitando um determinado número de regras, tais como, evitar as 512. Seleção documental
abstrações (por abrangerem matérias demasiado vastas) e afastar a 513. Reprografia
utilização de palavras com significados análogos, colocando-se na 514. Entrada e saída de correspondência
lista uma remissiva para a palavra-chave que está a ser utilizada. 5140. Entrada de correspondência
Para que o nosso trabalho fique completo deve-se submeter à 5141. Saída de correspondência
listagem a uma cuidadosa avaliação pelos utentes do arquivo, de 515. Serviços auxiliares
forma a poder introduzir os melhoramentos necessário que permi- 5150. Serviços auxiliares em geral
tam a recuperação dos documentos arquivados Este instrumento 5151. Transportes pelas cantinas
deve ser periodicamente revisto e atualizado, e deve refletir a es- 516. Telefone
trutura interna do organismo. 517. Viaturas
As principais vantagens atribuídas a este sistema classificativo Apesar deste sistema de classificação ter imensos simpati-
resultam do fato de se poder ter uma visão global dos assuntos zantes devido à sua aparente simplicidade acontece, porém, que
que são abordados na documentação, permitir o agrupamento dos enferma de alguns inconvenientes, entre os quais, a rigidez que
documentos de acordo com o seu conteúdo, ser extensível até ao impõe na divisão dos vários ramos do conhecimento humano; é
infinito e de ser altamente flexível. um sistema relativamente moroso, quer na sua construção, quer na
A técnica que se costuma aplicar na divisão dos assuntos é a sua aplicação à organização espacial do arquivo e posterior locali-
seguinte: zação, exigindo pessoal especializado.
Divisão do assunto em capítulos
Divisão de cada capítulo em famílias Classificação Decimal Universal (CDU)
Divisão de cada família em grupos, representando assuntos A classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema de
especializados classificação uniformizado e normalizado, amplamente usado na-
Divisão eventual de cada grupo em subgrupos, indicando uma cional e internacionalmente, que visa cobrir e organizar a totalida-
divisão particular de do conhecimento humano.
Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a primei-
Classificação Decimal ra edição do que viria a ser a Classificação Decimal Universal.
O sistema de classificação decimal pode ser considerado um Esta primeira edição do Manuel du Repertoire Bibliografique
critério classificativo resultante da combinação da classificação Universal é um desenvolvimento do esquema base utilizado por
numérica com a ideológica. Dewey que distribui a totalidade do conhecimento em dez grandes
Este método classificativo foi idealizado pelo bibliotecário classes, que por sua vez, são divididas em dez subclasses que se
norte-americano Mevil Dewey que a definia, na essência, como dividem em dez grupos. Cada conceito é traduzido por uma nota-
uma classificação de assuntos relacionados a um índice relativo. ção numérica ou alfanumérica por exemplo, ao conceito geral de
Não só foi criada para a arrumação dos livros nas prateleiras mas educação corresponde a notação numérica 37.
também para indicações nos catálogos, recortes notas, manuscritos A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os quais
e de um modo geral, todo material literário de qualquer espécie. são:
Foi aplicado pela primeira vez a partir de 1851, na biblioteca de Classificação: por ser uma classificação no sentido restrito da
Amhrest College de Massachussets, nos Estado Unidos da Améri- palavra agrupa ideias nos seus aspectos concordantes.
ca e com bons resultados. Universalidade: inclui cada um dos ramos do conhecimento
A classificação decimal consiste, essencialmente, na divisão humano, encarando-os sob os vários aspectos.
dos assuntos ou matérias em 10 grupos de primeira ordem ou ca- Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano é dividi-
tegoria (0 a 9) que por sua vez se podem subdividir em grupos da em dez classes, cada uma das quais, por sua vez, se subdivide de
de segunda ordem e assim sucessivamente. Assim, por exemplo, novo decimalmente, pela adição de cifras decimais.
ao grupo de primeira categoria ou principal é atribuída a seguinte Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços de do-
numeração: cumentação para a elaboração de ficheiros por assuntos ou maté-
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 rias e posterior catalogação e arrumação do material bibliográfico.
Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do grupo Em Portugal, o uso deste sistema de classificação é generalizado,
5 as seguintes: tanto nas Bibliotecas Universitárias, como nas Bibliotecas Públi-
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 cas e Escolares.
Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria o nº A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e modificada
55 noutro de terceira categoria: para fazer face ao surgimento de novos conceitos e conhecimentos
550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 do saber humano, principalmente, na área da ciência e tecnologia.
Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade dos as- A CDU é composta por:
suntos ou matérias que iriam ser objeto de classificação, baseando- Uma tabela principal de matérias, que enumera hierarquica-
se no principio de que a formação dos números decimais é ilimita- mente o conhecimento, nas referidas 10 classes. As divisões prin-
da e entre dois números decimais, consecutivos da mesma ordem, cipais são:
podem intercalar-se outros dez da ordem imediatamente inferior.

Didatismo e Conhecimento 62
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0 Generalidades Tabela de temporalidade de documentos de arquivo.
1 Filosofia. Psicologia A Tabela de Temporalidade de Documentos é o instrumento
2 Religião. Teologia resultante da avaliação documental, aprovado por autoridade com-
3 Ciências Sociais petente, que define prazos de guarda e a destinação de cada série
4 Classe atualmente não usada documental.
5 Ciências Exatas. Ciências naturais A efetiva implementação de tais instrumentos objetiva a sim-
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia plificação e racionalização dos procedimentos de gestão dos do-
7  cumentos e das informações, ou seja, permitirá uma considerável
Art.. Arquitetura. Recreação e Desporto redução da massa documental acumulada, eliminando enormes
8 Linguística. Língua. Literatura volumes de documentos rotineiros e desprovidos de valor que jus-
9 Geografia. Biografia. História tifique a sua guarda, com consequente otimização do espaço físico
e racionalização de custos, e sobretudo garantirá a preservação dos
Cada classe principal subdivide-se decimalmente em subclas- documentos de guarda permanente, de relevante valor informativo
ses que por sua vez também se subdividem em áreas cada vez mais e probatório.
especializadas. A Tabela de Temporalidade é o registro esquemático do ciclo
As tabelas auxiliares, que representam não assuntos, mas for- de vida dos documentos, determinando os prazos de guarda no ar-
mas de os especificar (por lugar, tempo, forma, língua, etc.), flexi- quivo corrente ou setorial, sua transferência para o arquivo inter-
bilizando muito mais a representação dos conceitos. mediário ou geral, a eliminação ou recolhimento para a Divisão de
Um índice, lista alfabética de conceitos. A cada conceito cor- Documentação Permanente do Arquivo Público do Estado.
responde uma notação que serve de guia na consulta da tabela A Tabela é um instrumento da gestão documental e passível de
principal, para mais fácil e rapidamente se localizar a notação ade- alterações na medida em que a produção de documentos se altera,
quada ao assunto que se pretende pesquisar. devido a mudanças sociais, administrativas e jurídicas. No entanto,
Uma das principais vantagens desta classificação reside na sua alterações de qualquer natureza devem partir do órgão regulador
dimensão universal e internacional, dada a sua independência face da política de arquivos.
a todas as expressões idiomáticas, o que facilita enormemente a
pesquisa e a troca de informação ao nível internacional. ASSUNTO/TIPO DOCUMENTAL: Os assuntos/tipos do-
No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a no- cumentais relacionados na Tabela correspondem aos documentos
tação 37 e o conceito que lhe está associado, é igual em todas as produzidos pelas atividades-meio dos órgãos. São tipos documen-
bibliotecas do mundo que adotem este sistema de classificação.
tais já consagrados pelo uso e alguns identificados na legislação
O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação que exige
que regula as atividades do setor.
pessoal altamente especializado dado que é um grande risco classi-
ficar matérias diferentes com o mesmo número.
PRAZO DE ARQUIVAMENTO: O tempo de guarda dos
documentos está relacionado ao seu ciclo de vida. Aos arquivos
Classificação Automática
setoriais interessa ter acesso aos documentos que estão sujeitos a
As operações de classificação podem ser objeto de uma auto-
consulta diariamente. O prazo de arquivamento não deve exceder
matização em moldes parciais, já que a inteligência humana con-
tinua a ser indispensável para selecionar o assunto principal e de- a cinco anos, incorrendo no risco de acumular documentos desne-
terminar as informações secundárias. Atualmente a sua aplicação é cessários ao uso corrente e dificultar o acesso.
feita a título experimental em algumas bibliotecas. A documentação que cumpriu sua função imediata, mas con-
A classificação automática assenta no seguinte princípio geral: tém informações de caráter probatório, deve ser transferida para o
ao caracterizar diversos objetos de uma coleção organizando-os arquivo intermediário do órgão. Documentos com longo período
por séries de atributos (data, forma, língua, domínio, e outros), é de valor probatório poderão ser transferidos à Divisão de Docu-
possível comparar, agrupando, de dois em dois e contar para cada mentação Intermediária do Arquivo Público do Estado. O terceiro
par o número de atributos comuns. O resultado conduz à colocação estágio prevê o recolhimento da documentação produzida pelos
em conjunto dos objetos que possuem características frequentes, órgãos públicos que tem informações sobre o desempenho de sua
constituindo classes não à priori mas sim à posteriori. função junto à sociedade. Esta produção documental de valor per-
O interesse que desperta a classificação automática situa-se ao manente receberá um tratamento arquivístico que contempla sua
nível da pesquisa documental. Ela permanece sem utilidade em or- conservação, arranjo e descrição para estar disponível à pesquisa.
ganizações que já possuem a classificação física das obras, sendo
incapaz de recriar automaticamente um esquema classificatório. A COMO UTILIZAR A TABELA DE TEMPORALIDADE
concepção e desenvolvimento de uma linguagem classificatória e A Tabela de Temporalidade de Documentos deve ser utilizada
a sua aplicação a um determinado fundo documental são de com- no momento de classificação e avaliação da documentação. Proce-
petência exclusiva do domínio do homem. der da seguinte forma:
A Associação Internacional para a Classificação situada na ƒ verificar se os documentos estão classificados de acordo
Alemanha publica sob o patrocínio da FID (Federação Internacio- com os assuntos do Código de Classificação de Documentos; ƒ
nal de Documentação, a revista International Classification onde documentos que se referem a dois ou mais assuntos, deverão ser
se apresentam estudos sobre a teoria dos conceitos, a terminologia classificados e agrupados ao conjunto documental (dossiê, proces-
sistemática e a organização do saber. Estas organizações e outras so ou pasta) que possui maior prazo de arquivamento ou que tenha
interessam-se pelos métodos matemáticos aplicáveis neste domí- sido destinado à guarda permanente; ƒ o prazo de arquivamento
nio. deve se contar a partir do primeiro dia útil do exercício seguinte

Didatismo e Conhecimento 63
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ao do arquivamento do documento, exceto aqueles que originam Algumas rotinas devem ser adotadas no registro documental,
despesas, cujo prazo de arquivamento é contado a partir da apro- afim de que não se perca o controle, bem como surjam problemas
vação das contas pelo Tribunal de Contas; ƒ eliminar as cópias e que facilmente poderiam ser evitados (como o preenchimento do
vias, quando o documento original estiver no conjunto documental campo Assunto, de muita importância, mas que na maioria das ve-
(dossiê, processo ou pasta); ƒ proceder ao registro dos documen- zes é feito de forma errônea). Dentre as recomendações de recebi-
tos a serem eliminados; ƒ elaborar listagem dos documentos des- mento e registro, destaca-se:
tinados à transferência para o arquivo intermediário do órgão ou Receber as correspondências, separando as de caráter oficial
entidade, ou para a Divisão de Documentação Intermediária do da de caráter particular, distribuindo as de caráter particular a seus
Arquivo Público do Estado; destinatários.
Após essa etapa, os documentos devem seguir seu curso, a
OBS. Quando houver processo judicial os prazos de arquiva- fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra, devem ser
mento devem ser suspensos até a conclusão do mesmo. distribuídos e classificados da forma correta, ou seja, chegar ao seu
destinatário Para isto, recomenda-se:
PROTOCOLO: Separar as correspondências de caráter ostensivo das de cará-
É conhecimento da grande maioria que os arquivos possuem ter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos seus respecti-
hoje uma notoriedade muito melhor do que já se viu há algum vos destinatários;
tempo. Contudo, esse reconhecimento ainda não é o desejado. Para Tomar conhecimento das correspondências de caráter ostensi-
que os arquivos alcancem um nível de importância ainda maior, vo por meio da leitura, requisitando a existência de antecedentes,
é necessário que sejam geridos da forma correta, a fim de evitar se existirem;
o acúmulo de massas documentais desnecessárias, de agilizarem Classificar o documento de acordo com o método da institui-
ações dentro de uma instituição, enfim, que cumpram a sua função, ção; carimbando-o em seguida;
seja desde o valor probatório até o cultural. Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao proto-
Considera-se gestão de documentos o conjunto de procedi- colo.
mentos e operações técnicas referentes à sua produção, tramitação, Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando a se-
uso, avaliação e arquivamento em fase corrente e intermediária, vi- gunda via da ficha ao documento;
sando a sua eliminação ou recolhimento para a guarda permanente. Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora com os
Protocolo é a denominação geralmente atribuída a setores en- dados das fichas de protocolo;
carregados do recebimento, registro, distribuição e movimentação
dos documentos em curso; denominação atribuída ao próprio nú- Arquivar as fichas de protocolo.
mero de registro dado ao documento; Livro de registro de docu- A tramitação de um documento dentro de uma instituição
mentos recebidos e/ou expedidos. depende diretamente se as etapas anteriores foram feitas da for-
É de conhecimento comum o grande avanço que a humanida- ma correta. Se feitas, fica mais fácil, com o auxílio do protocolo,
de teve nos últimos anos. Dentre tais avanços, incluem-se as áreas saber sua exata localização, seus dados principais, como data de
que vão desde a política até a tecnológica. Tais avanços contribuí- entrada, setores por que já passou, enfim, acompanhar o desenrolar
ram para o aumento da produção de documentos. Cabe ressaltar de suas funções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro
que tal aumento teve sua importância para a área da arquivística, da instituição, acelerando assim, processos que anteriormente en-
no sentido de ter despertado nas pessoas a importância dos arqui- contravam dificuldades, como a não localização de documentos,
vos. Entretanto, seja por descaso ou mesmo por falta de conheci- não se podendo assim, usá-los no sentido de valor probatório, por
mento, a acumulação de massas documentais desnecessárias foi exemplo.
um problema que foi surgindo. Essas massas acabam por inviabi- Após cumprirem suas respectivas funções, os documentos de-
lizar que os arquivos cumpram suas funções fundamentais. Para vem ter seu destino decidido, seja este a sua eliminação ou reco-
tentar sanar esse e outros problemas, que é recomendável o uso de lhimento. É nesta etapa que a expedição de documentos torna-se
um sistema de protocolo. importante, pois por meio dela, fica mais fácil fazer uma avaliação
É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos correntes do documento, podendo-se assim decidir de uma forma mais con-
podem exercer funções de protocolo (recebimento, registro, dis- fiável, o destino do documento. Dentre as recomendações com
tribuição, movimentação e expedição de documentos), daí a de- relação a expedição de documentos, destacam-se:
nominação comum de alguns órgãos como Protocolo e Arquivo. Receber a correspondência, verificando a falta de anexos e
E é neste ponto que os problemas têm seu início. Geralmente, as completando dados;
pessoas que lidam com o recebimento de documentos não sabem, Separar as cópias, expedindo o original;
ou mesmo não foram orientadas sobre como proceder para o docu- Encaminhar as cópias ao Arquivo.
mento cumpra a sua função na instituição. Para que este problema É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não valem
inicial seja resolvido, a implantação de um sistema de base de da- como regras, visto que cada instituição possui suas tipologias do-
dos, de preferência simples e descentralizado, permitindo que, tão cumentais, seus métodos de classificação, enfim, surgem situações
logo cheguem às instituições, os documentos fossem registrados, diversas. Servem apenas como exemplos para a elaboração de ro-
pelas devidas pessoas, no seu próprio setor de trabalho seria uma tinas em cada instituição.
ótima alternativa. Tal ação diminuiria o montante de documentos
que chegam as instituições, cumprem suas funções, mas sequer
tiveram sua tramitação ou destinação registrada.

Didatismo e Conhecimento 64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO. O código de classificação de documentos de arquivo é um ins-
Desde o desenvolvimento da arquivologia como disciplina, a trumento de trabalho utilizado para classificar todo e qualquer do-
partir da segunda metade do século XIX, talvez nada a tenha re- cumento produzido ou recebido por um órgão no exercício de suas
volucionado tanto quanto concepção teórica e os desdobramentos funções e atividades. A classificação por assuntos é utilizada com
práticos da gestão ou a administração de documentos estabeleci- o objetivo de agrupar os documentos sob um mesmo tema, como
dos após a Segunda Guerra Mundial. Para alguns, trata-se de um forma de agilizar sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas
conceito emergente, alvo de controvérsias e ainda restrito, como relacionadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência,
experiência, a poucos países. recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que o trabalho
Segundo o historiador norte americano Lawrence Burnet, a arquivísticos é realizado com base no conteúdo do documento, o
gestão de documentos é uma operação arquivística “o processo qual reflete a atividade que o gerou e determina o uso da informa-
de reduzir seletivamente a proporções manipuláveis a massa de ção nele contida. A classificação define, portanto, a organização
documentos, que é característica da civilização moderna, de forma física dos documentos arquivados, constituindo-se em referencial
a conservar permanentemente os que têm um valor cultural futuro básico para sua recuperação.
sem menosprezar a integridade substantiva da massa documental No código de classificação, as funções, atividades, espécies e
para efeitos de pesquisa”. tipos documentais genericamente denominados assuntos, encon-
Por outro lado, alguns concebem a gestão de documentos tram-se hierarquicamente distribuídos de acordo com as funções e
como a aplicação da administração científica com fins de eficiên- atividades desempenhadas pelo órgão. Em outras palavras, os as-
cia e economia, sendo os benefícios para os futuros pesquisadores suntos recebem códigos numéricos, os quais refletem a hierarquia
considerados apenas meros subprodutos. Situando-se entre esses funcional do órgão, definida através de classes, subclasses, grupos
dois extremos, a legislação norte americana estabelece a seguinte e subgrupos, partindo-se sempre do geral para o particular.
definição: A classificação deve ser realizada por servidores treinados, de
O planejamento, o controle, a direção, a organização, a capa- acordo com as seguintes operações.
citação, a promoção e outras atividades gerenciais relacionadas a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a fim de
com a criação de documentos, sua manutenção, uso e eliminação, verificar sob que assunto deverá ser classificado e quais as referên-
incluindo o manejo de correspondência, formulários, diretrizes, cias cruzadas que lhe corresponderão. A referência cruzada é um
informes, documentos informáticos, microformas, recuperação de mecanismo adotado quando o conteúdo do documento se refere a
informação, fichários, correios, documentos vitais, equipamentos dois ou mais assuntos.
e materiais, máquinas reprográficas, técnicas de automação e ela- b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código corres-
boração de dados, preservação e centros de arquivamento inter- pondente ao assunto de que trata o documento.
mediários ou outras instalações para armazenagem.
Sob tal perspectiva, a gestão cobre todo o ciclo de existência ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE
dos documentos desde sua produção até serem eliminados ou reco- CLASSIFICAÇÃO
lhidos para arquivamento permanente, ou seja, trata-se de todas as 1. Receber o documento para classificação;
atividades inerentes às idades corrente e intermediária. 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e o(s)
De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivística, secundário(s) de.
do Conselho Internacional de Arquivos, a gestão de documentos Acordo com seu conteúdo;
diz respeito a uma área da administração geral relacionada com 3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação de do-
a busca de economia e eficácia na produção, manutenção, uso e cumentos de arquivo, utilizando o índice, quando necessário;
destinação final dos mesmos. 4. Anotar o código na primeira folha do documento;
Por meio do Ramp/PGI, a Unesco procurou também abordar 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assuntos se-
o tema conforme trabalho de James Rhoads. A função da gestão cundários.
de documentos e arquivos nos sistemas nacionais de informação,
segundo o qual um programa geral de gestão de documentos, para A avaliação constitui-se em atividade essencial do ciclo de
alcançar economia e eficácia, envolve as seguintes fases: vida documental arquivísticos, na medida em que define quais do-
Produção: concepção e gestão de formulários, preparação e cumentos serão preservados para fins administrativos ou de pes-
gestão de correspondência, gestão de informes e diretrizes, fomen- quisa e em que momento poderão ser eliminados ou destinados
to de sistemas de gestão da informação e aplicação de tecnologias aos arquivos intermediário e permanente, segundo o valor e o po-
modernas a esses processos; tencial de uso que apresentam para a administração que os gerou
Utilização e conservação: criação e melhoramento dos sis- e para a sociedade.
temas de arquivos e de recuperação de dados, gestão de correio Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a avaliação
e telecomunicações, seleção e uso de equipamento reprográfico, de documentos no serviço público datam do final do século pas-
análise de sistemas, produção e manutenção de programas de do- sado, em países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá. No
cumentos vitais e uso de automação e reprografia nestes processos; Brasil, a preocupação com a avaliação de documentos públicos
Destinação: a identificação e descrição das séries documen- não é recente, mas o primeiro passo para sua regulamentação ocor-
tais, estabelecimento de programas de avaliação e destinação de reu efetivamente com a lei federal nº 8.159, de 8 de janeiro de
documentos, arquivamento intermediário, eliminação e recolhi- 1991, que em seu artigo 9º dispõe que “a eliminação de documen-
mento dos documentos de valor permanente às instituições arqui- tos produzidos por instituições públicas e de caráter público será
vísticas. realizada mediante autorização de instituição arquivística pública,
na sua específica esfera de competência”.

Didatismo e Conhecimento 65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técnico sob o prazos de guarda nas fases corrente e intermediária, a destinação
título Orientação para avaliação e arquivamento intermediário em final – eliminação ou guarda permanente –, além de um campo
arquivos públicos, do qual constam diretrizes gerais para a realiza- para observações necessárias à sua compreensão e aplicação.
ção da avaliação e para a elaboração de tabelas de temporalidade. Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utilização do
Em 1986, iniciaram-se as primeiras atividades de avaliação dos instrumento:
acervos de caráter intermediário sob a guarda da então Divisão de 1. Assunto: Neste campo são apresentados os conjuntos do-
Pré Arquivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação cumentais produzidos e recebidos, hierarquicamente distribuídos
de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação e, conse- de acordo com as funções e atividades desempenhadas pela ins-
quentemente, à redução do volume documental e racionalização tituição. Para possibilitar melhor identificação do conteúdo da in-
do espaço físico. formação, foram empregadas funções, atividades, espécies e tipos
A metodologia adotada à época envolveu pesquisas na legis- documentais, genericamente denominados assuntos, agrupados
lação que regula a prescrição de documentos administrativos, e segundo um código de classificação, cujos conjuntos constituem o
entrevistas com historiadores e servidores responsáveis pela exe- referencial para o arquivamento dos documentos.
cução das atividades nos órgãos públicos, que forneceram as in- Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice, que
formações relativas aos valores primário e secundário dos docu- contém os conjuntos documentais ordenados alfabeticamente para
mentos, isto é, ao seu potencial de uso para fins administrativos e agilizar a sua localização na tabela.
de pesquisa, respectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que 2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário para
restrito à documentação já depositada no arquivo intermediário do arquivamento dos documentos nas fases corrente e intermediária,
Arquivo Nacional foi constituída, em 1993, uma Comissão Inter- visando atender exclusivamente às necessidades da administração
na de Avaliação que referendou os prazos de guarda e destinação que os gerou, mencionado, preferencialmente, em anos. Excepcio-
propostos. nalmente, pode ser expresso a partir de uma ação concreta que
Com o objetivo de elaborar uma tabela de temporalidade para deverá necessariamente ocorrer em relação a um determinado con-
documentos da então Secretaria de Planejamento, Orçamento e junto documental. Entretanto, deve ser objetivo e direto na defini-
Coordenação (SEPLAN), foi criado, em 1993, um grupo de traba- ção da ação – exemplos: até aprovação das contas; até homologa-
lho composto por técnicos do Arquivo Nacional e daquela secre- ção da aposentadoria; e até quitação da dívida. O prazo estabeleci-
taria, cujos resultados, relativos as atividades-meio, serviriam de do para a fase corrente relaciona-se ao período em que o documen-
subsídio ao estabelecimento de prazos de guarda e destinação para to é frequentemente consultado, exigindo sua permanência junto
os documentos da administração pública federal. A tabela, elabora- às unidades organizacionais. A fase intermediária relaciona-se ao
da com base nas experiências já desenvolvidas pelos dois órgãos, período em que o documento ainda é necessário à administração,
foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral do Arquivo Nacional porém com menor frequência de uso, podendo ser transferido para
para aprovação. depósito em outro local, embora à disposição desta.
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos (Co- A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas formas
narq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, a Câmara de concentração dos arquivos, seja ao nível da administração (fa-
Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para dar suporte às ses corrente e intermediária), seja no âmbito dos arquivos públicos
atividades do conselho. Sua primeira tarefa foi analisar e discutir a (permanentes ou históricos). Assim, a distribuição dos prazos de
tabela de temporalidade elaborada pelo grupo de trabalho Arquivo guarda nas fases corrente e intermediária foi definida a partir das
Nacional/SEPLAN, com o objetivo de torná-la aplicável também seguintes variáveis:
aos documentos produzidos pelos órgãos públicos nas esferas es- I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com servi-
tadual e municipal, servindo como orientação a todos os órgãos ços de arquivamento intermediário:
participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar). Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se enqua-
O modelo ora apresentado constitui-se em instrumento básico dram nesta variável, há necessidade de redistribuição dos prazos,
para elaboração de tabelas referentes as atividades-meio do ser- considerando-se as características de cada fase, desde que o prazo
viço público, podendo ser adaptado de acordo com os conjuntos total de guarda não seja alterado, de forma a contemplar os seguin-
documentais produzidos e recebidos. Vale ressaltar que a aplicação tes setores arquivísticos:
da tabela deverá estar condicionada à aprovação por instituição - arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao arquivo
arquivística pública na sua específica esfera de competência. da unidade organizacional);
A tabela de temporalidade deverá contemplar as atividades - arquivo central (fase intermediária I, que corresponde ao se-
meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta forma, caberá tor de arquivo geral/central da instituição);
aos mesmos definir a temporalidade e destinação dos documentos - arquivo intermediário (fase intermediária II, que correspon-
relativos às suas atividades específicas, complementando a tabela de ao depósito de arquivamento intermediário, geralmente subor-
básica. Posteriormente, esta deverá ser encaminhada à instituição dinado à instituição arquivística pública nas esferas federal, esta-
arquivística pública para aprovação e divulgação, por meio de ato dual e municipal).
legal que lhe confira legitimidade. II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam com
A tabela de temporalidade é um instrumento arquivístico serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos situados nes-
resultante de avaliação, que tem por objetivos definir prazos de ta variável, as unidades organizacionais são responsáveis pelo ar-
guarda e destinação de documentos, com vista a garantir o acesso quivamento corrente e o arquivo central funciona como arquivo
à informação a quantos dela necessitem. Sua estrutura básica deve intermediário, obedecendo aos prazos previstos para esta fase e
necessariamente contemplar os conjuntos documentais produzidos efetuando o recolhimento ao arquivo permanente.
e recebidos por uma instituição no exercício de suas atividades, os

Didatismo e Conhecimento 66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam com Método numérico simples: Consiste em numerar as pastas em
serviços de arquivamento intermediário: Nesta variável, as unida- ordem da entrada do correspondente ou assunto, sem nenhuma
des organizacionais também funcionam como arquivo corrente, consideração à ordem alfabética dos mesmos, dispensando assim
transferindo os documentos – depois de cessado o prazo previsto qualquer planejamento anterior do arquivo. Para o bom êxito deste
para esta fase – para o arquivo intermediário, que promoverá o método, devemos organizar dois índices em fichas; numas fichas
recolhimento ao arquivo permanente. serão arquivadas alfabeticamente, para que se saiba que numero
IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem contam recebeu o correspondente ou assunto desejado, e no outro são ar-
com serviços de arquivamento intermediário: quivadas numericamente, de acordo com o numero que recebeu o
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades orga- cliente ou o assunto, ao entrar para o arquivo. Este último índice
nizacionais são igualmente responsáveis pelo arquivamento cor- pode ser considerado tombo (registro) de pastas ocupadas e, gra-
rente, ficando a guarda intermediária a cargo das mesmas ou do ças a ele, sabemos qual é o ultimo numero preenchido e assim
arquivo público, o qual deverá assumir tais funções. destinaremos o numero seguinte a qualquer novo cliente que seja
3. Destinação final: Neste campo é registrada a destinação registrado.
estabelecida que possa ser a eliminação, quando o documento Método alfabético numérico: Como se pode deduzir pelo seu
não apresenta valor secundário (probatório ou informativo) ou a nome, é um método que procurou reunir as vantagens dos métodos
guarda permanente, quando as informações contidas no documen- alfabéticos simples e numérico simples, tendo alcançado seu ob-
to são consideradas importantes para fins de prova, informação e jetivo, pois desta combinação resultou um método que apresenta
pesquisa. ao mesmo tempo a simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no
A guarda permanente será sempre nas instituições arquivísti- arquivamento, do outro. É conhecido também pelo nome de nume-
cas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos estaduais, do ralfa e alfanumérico.
Distrito Federal e municipais), responsáveis pela preservação dos
documentos e pelo acesso às informações neles contidas. Outras Método geográfico: Este método é muito aconselhável quando
instituições poderão manter seus arquivos permanentes, seguindo desejamos ordenar a documentação de acordo com a divisão geo-
orientação técnica dos arquivos públicos, garantindo o intercâm- gráfica, isto é, de acordo com os países, estados, cidades, municí-
bio de informações sobre os respectivos acervos. pios etc. Nos departamentos de vendas, por exemplo, é de especial
4. Observações: Neste campo são registradas informações utilidade para agrupar os correspondentes de acordo com as praças
complementares e justificativas, necessárias à correta aplicação da onde operam ou residem.
tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto à alteração do supor-
te da informação e aspectos elucidativos quanto à destinação dos Método específico ou por assunto: Indiscutivelmente o méto-
documentos, segundo a particularidade dos conjuntos documentais do especifico, representado por palavras dispostas alfabeticamen-
avaliados. te, é um dos mais difíceis processos de arquivamento, pois, con-
A necessidade de comunicação é tão antiga como a formação sistindo em agrupar as pastas por assunto, apresenta a dificuldade
da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia de se perpetuar, de se escolher o melhor termo ou expressão que defina o assunto.
teve sempre a preocupação de registrar suas observações, seu pen- Temos o vocabulário todo da língua à nossa disposição e justa-
samento, para legá-los às gerações futuras. mente o fato de ser tão amplo o campo da escolha nos dificulta a
Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada mais é do seleção acertada, além do que entra muito o ponto de vista pessoal
que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sentido mais simples, do arquivista, nesta seleção.
guardar é arquivar. Método decimal: Este método foi inspirado no Sistema De-
Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre o ver- cimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema de classi-
dadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indiscutivelmente, ficação para bibliotecas, muito interessante, o qual conseguiu um
por anos e anos, estas instituições tiveram mais ou menos o mesmo grande sucesso; fora publicado em 1876.
objetivo. Eram elas depósitos de tudo o que se produzira a mente Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, as
humana, isto é, do resultado do trabalho intelectual e espiritual do quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e assim por
homem. diante, sendo infinita essa possibilidade de subdivisão, graças à
O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens, evita sua base decimal.
repetição desnecessárias de experiências, diminui a duplicidade de
documentos, revela o que está por ser feito, o que já foi feito e os Método simplificado: Este a rigor não deveria ser considerado
resultados obtidos. Constitui fonte de pesquisa para todos os ramos propriamente um método, pois, na realidade, nada mais é do que a
administrativos e auxilia o administrador a tomada de decisões. utilização de vários métodos ao mesmo tempo, com a finalidade de
reunir num só móvel as vantagens de todos eles.
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utilizados em
arquivos são: Tipologia
Tipologia documental é a denominação que se dá quando reu-
Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógico e nimos determinada espécie à função ou atividade que o documen-
prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode-se logo ima- to irá exercer. Ex.: Declaração de Imposto de Renda, Certidão de
ginar que não apresentará grandes dificuldades nem para a execu- nascimento.
ção do trabalho de arquivamento, nem para a procura do documen-
to desejado, pois a consulta é direta. Exemplo: Espécie e Tipologia documental

Didatismo e Conhecimento 67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração

Espécie Tipologia mento de dados, diagnóstico de problemas documentais, análise de


produção, análise dos documentos, análise do fluxo documental;
Contrato Contrato de locação do órgão produtor ou da instituição produtora; estudo da estrutura
Alvará Alvará de funcionamento organizacional, entre outros.
Certidão Certidão de nascimento A “fase do tratamento arquivístico consiste na investigação e
sistematização das categorias administrativas em que se sustenta
A fase de identificação pressupõe o reconhecimento de ele- à estrutura de um fundo”. É considerada a primeira fase da me-
mentos que caracterizam os documentos, seja em fase de produção todologia arquivística, por apresentar um caráter intelectual e in-
ou de acumulação nos arquivos, em instrumentos de coleta de da- vestigativo, o qual visa o reconhecimento do órgão produtor e das
dos. É uma fase que busca o conhecimento dos procedimentos e tipologias documentais existentes, cujo objetivo final é a definição
rotinas de produção de documentos no órgão, cujo resultado final das séries que se configuram como conjuntos de tipos documentais
é a definição das séries documentais. que tem produção seriada. São nas séries que encontramos a iden-
O estudo do contexto de produção das tipologias identificadas tidade do órgão produtor, as funções, as competências e a definição
pressupõe o levantamento de elementos, que versem a sua criação, do tipo documental.
estrutura e desenvolvimento do órgão, sendo esta a primeira tarefa Diante da escassa literatura e da ausência de estudos sobre
da identificação. A segunda é a identificação do tipo documental, a essa fase metodológica no campo da arquivística, os dicionários
qual está baseada no método diplomático, que é utilizado para ex- publicados no país refletem tal problema.
trair e registrar os elementos constitutivos do documento, visando Vale ressaltar que o Dicionário de Terminologia Arquivísti-
entender e conhecer o seu processo de criação. O registro desses ca publicado pela Associação de Arquivistas Brasileiros em 1996,
elementos nessa fase é imprescindível para a análise realizada na não apresenta o termo. Entretanto, o Dicionário Brasileiro de
fase da avaliação, função arquivística, que tem por finalidade atri- Terminologia Arquivística publicado pelo Arquivo Nacional, em
buir valores para os documentos, definindo prazos para sua guarda, 2005, faz referência e define a identificação como um “processo
objetivando e racionalização dos arquivos como meio de propor- de reconhecimento, sistematização e registro de informações sobre
cionar a eficiência administrativa. arquivos, com vistas ao seu controle físico e/ou intelectual”.
Neste sentido, a fase de identificação assume um papel rele- Definição esta voltada para os arquivos enquanto fundos, mas
vante no processo de continuidade do fazer arquivísticos, forne- que pelo menos registra o conceito, sendo uma abertura para o co-
cendo dados, que serão utilizados no processo da avaliação. nhecimento da identificação como parte da metodologia, primeira
O histórico da identificação inicia-se nas primeiras Jornadas referência à história do conceito da identificação no Brasil.
de Identificação e Avaliação de Fundos Documentais das Admi- Com base na proposta metodológica da fase de identificação
nistrações Públicas, realizadas em 1991, em Madrid na Espanha, de Martín-Palomino Benito e Torre Merino, que contemplam a
na qual a identificação foi reconhecida como uma fase da metodo- identificação do órgão produtor, enquanto fundo e o tipo docu-
logia arquivística. mental em seu menor nível, são definidos três momentos para a
Este reconhecimento definiu qual é o momento arquivístico realização deste procedimento metodológico:
para o desenvolvimento desta fase e como aplicar esta metodolo- 1) Identificação do órgão produtor;
gia. A identificação passa a ser considerada como a primeira fase 2) Identificação do elemento funcional e
do trabalho arquivístico, e o seu corpo metodológico se divide em 3) Identificação do tipo documental
três etapas: “identificação do órgão produtor, identificação do ele- Para os autores a fase de identificação, deve se iniciar pela
mento funcional e a identificação do tipo documental”. identificação do órgão produtor, sendo seguida pela identificação
No Brasil, o Arquivo Nacional a partir de 1981, implantou do elemento funcional. Entretanto, serão associadas em uma mes-
o Programa de Modernização Institucional-Administrativa, o qual ma etapa e/ou procedimento, pois são tarefas afins, as quais se
era constituído de vários projetos, sendo que um deles previa a complementam em um mesmo estudo, e são realizadas a partir de
identificação e controle dos conjuntos documentais recolhidos. A entrevistas e/ou aplicação de questionário, pelo estudo da legisla-
atividade da identificação adquiriu uma importância maior e foi ção, com especial atenção aos itens que tratam das funções e com-
definida como uma das metas no tratamento dos conjuntos petências, razão pela qual não há necessidade de separá-las neste
Com o término desses trabalhos, foi publicado o manual de estudo. Nesta perspectiva, podemos afirmar que a fase da identi-
procedimentos para a identificação de documentos em arquivos ficação se constitui de dois momentos, e não três: a identificação
públicos e o manual de levantamento da produção documental em do órgão produtor, considerando os elementos funcionais que o
1985 e 1986, respectivamente. caracterizam internamente, e a identificação do tipo documental.
Naquele momento, a metodologia da identificação apresenta- Na fase de identificação, a primeira etapa será o levantamen-
va um enfoque para o tratamento de massas documentais acumu- to do contexto de produção, que versa sobre o elemento orgânico
ladas nos arquivos, e a discussão proposta pelo Arquivo Nacional e o órgão produtor da documentação gerada como consequência
não chegou ao nível da identificação da tipologia documental, ou do exercício de suas funções. Dessa forma, compreende-se como
seja, passou longe da discussão sobre as características do docu- órgão produtor toda instituição, empresa e/ou organização de pe-
mento, focando apenas o nível do fundo. queno, médio ou grande porte que exerce atividades e tem como
Atualmente, a metodologia de identificação tipológica é reali- reflexo dessas, a produção de documentos, com o fim de atingir
zada no tratamento documental, porém, é parcialmente reconheci- seus objetivos sociais, comerciais e/ou governamentais. Portanto,
da na área. Mesmo estando presente na literatura, há uma variação é quem cria o conjunto documental. Então, como fazer essa identi-
na designação do termo, este é encontrado como: tarefa, levanta- ficação e quais os procedimentos que devem ser realizados?

Didatismo e Conhecimento 68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Identificar o contexto de produção é conhecer toda vida do AUTOMAÇÃO (Digitalização): Quando falamos em auto-
órgão, significa investigar a história administrativa, sua origem, mação de documentos estamos basicamente fazendo referência
seu funcionamento, a hierarquia de competências e funções de- à transposição do suporte inicial do documento (papel, fita mag-
sempenhadas. Isso possibilita encontrar as falhas do órgão, que nética etc.) para um suporte digital (CD, DVD etc.) por meio de
serão analisadas para se chegar a possíveis soluções e para gerar computadores. As duas formas mais comuns de automatizar (digi-
eficiência no desenvolvimento das metodologias arquivísticas a talizar) um documento são:
serem aplicadas. 1. Através da transferência da informação para um CD ou
Martín-Palomino Benito e Torre Merino demonstram um es- mesmo para o meio virtual (ex: disco virtual) realizado pelo pro-
tudo sistematizado, que versa sobre: órgão produtor, organogra- cesso de “scanneamento” de um documento em papel;
mas e legislação. Neste estudo os autores apresentam vários ele- 2. Gravando as informações de uma fita magnética, disco de
mentos, para a elaboração do índice do órgão produtor. Conforme vinil etc. para um CD ou DVD, por exemplo.
os autores, se deve diagnosticar o nome, a origem, as datas e textos A digitalização de documentos é uma política de arquivo ba-
normativos que indiquem mudanças na estrutura do órgão, as su- seada em quatro fundamentos principais:
bordinações a outros órgãos e os documentos mais produzidos. 1. Diminuição do tamanho do acervo;
No repertório de organograma, o arquivista deverá partir dos 2. Preservação dos documentos;
dados coletados, que propiciem análises, principalmente, das di- 3. Possibilidade de acesso ao mesmo documento por várias
versas estruturas que o órgão apresenta. Já no índice legislativo pessoas ao mesmo tempo;
serão produzidas fichas, com informações sobre a legislação que 4. Maior agilidade (ao menos em tese) na busca e recuperação
afeta o órgão, definindo sua data de aprovação e publicação resu- da informação.
mo da norma.
Nota-se que os procedimentos adotados para esta identifica- Principais diferenças entre os documentos microfilmados e os
ção estarão baseados em coletas de dados. Subentende-se por co- digitalizados:
leta de dados e informações “o registro sistemático do conjunto 1. O microfilme possui valor legal. O documento digital não
de elementos que se associa ao comportamento de um fenômeno, possui valor legal. Assim, caso o documento tenha valor jurídico,
de um sistema ou de um conjunto desses dois” e para diagnosticar ele poderá ser eliminado se houver sido microfilmado, mas o mes-
tais conjuntos, existem três técnicas: a entrevista, o questionário e mo não poderá ser feito caso ele tenha sido scanneado.
a observação pessoal ou direta, que se elaboradas e aplicadas de 2. Alguns estudos demonstram que o tempo de vida útil (con-
forma imperfeita comprometerá o planejamento final. sidera-se a integridade da informação) de um CD, em condições de
A Tipologia também cuida da reunião de documentos de for- armazenamento e ambiente adequados, gira em torno de 200 anos.
ma automatizada. Também cabe ao seu âmbito a preservação, con- O microfilme tem um prazo estipulado em 500 anos.
servação e restauração de documentos. 3. O CD pode ser guardado em condições ambientais “mais
flexíveis”, enquanto que o microfilme, devido à composição quí-
MICROFILMAGEM: é um processo realizado mediante cap- mica da fotografia, precisa de cuidados muito mais especiais.
tação da imagem por meio fotográfico ou eletrônico, tendo como
objetivos principais reduzir o tamanho do acervo e preservar os O propósito do acondicionamento é o de guardar, proteger e
documentos originais (estima-se que um microfilme preservado facilitar o manuseio do material que compõe um acervo ou uma
em condições ambientais adequadas tenha a durabilidade média reserva técnica. Pelo fato de cada instituição possuir uma política
de 500 anos). financeira, uma proposta de tratamento, além de objetos de mate-
A partir da microfilmagem – salvo raras exceções – o docu- riais, tamanhos e dimensões díspares que devem ser preservados,
mento estará disponível para consulta apenas através do rolo de não há uma receita pronta para o acondicionamento perfeito, cada
microfilme, preservando-se, dessa forma, o original. Para que pos- caso deve ser analisado isoladamente, para se alcançar o objetivo
sua valor legal, a microfilmagem só pode ser realizada por cartó- de proteger o material.
rios ou empresas devidamente registradas e autorizadas pelo Mi- É necessário, então, conhecer profundamente o acervo:
nistério da Justiça. • a localização do prédio;
Devido ao valor legal do microfilme, existe uma legislação es- • o espaço que abriga a reserva técnica;
pecífica que deve ser seguida pelas instituições envolvidas em sua • o objeto a ser preservado.
produção. Nesse sentido, a Lei nº 5.433/68, regulamentada pelo A verificação antecipada de todos os pontos, acima relacio-
Decreto nº 1799/66, que disciplina toda produção de microfilme, nados, é de suma importância para a escolha apropriada para a
estabelece que: resolução do trabalho a ser realizado, bem como avaliar cuidado-
§ 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como as cer- samente cada objeto da reserva técnica ou do acervo é primordial
tidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas diretamente para a elaboração de uma embalagem, uma vez que cada um desses
dos filmes produzirão os mesmos efeitos legais dos documentos objetos possui um comportamento específico diante de mudanças
originais em juízo ou fora dele. de temperatura e de umidade, apresentando, portanto, um estado
É importante destacar que não são todos os documentos de um de conservação diferente. Dessa forma, pensar, antecipadamente,
arquivo que devem ser microfilmados. em acondicionamento é ser um profissional precavido em relação
a possíveis fatores que possam acelerar o processo de degradação
dos documentos, objetos ou das obras que devem ser preservados.

Didatismo e Conhecimento 69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
CONSERVAÇÃO: É um conceito amplo e pode ser pensado • Formular um diagnóstico do estado geral de conservação da
como termo que abrange pelo menos três (3) ideias: preservação, obra e uma proposta quanto aos métodos e materiais que poderão
proteção e manutenção. ser utilizados durante o tratamento;
Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos de arte, • Documentar todos os registros históricos porventura encon-
etc.) é defendê-lo da ação dos agentes físicos, químicos e biológi- trados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los.
cos que os atacam. • Aplicar um tratamento de conservação dentro do limite do
O principal objetivo portanto da conservação é o de estender necessário e orientar-se pelo absoluto respeito à integridade estéti-
a vida útil dos materiais, dando aos mesmos o tratamento correto. ca, histórica e material de uma obra;
Para isso é necessário permanente fiscalização das condições am- • Adotar a princípio de reversibilidade, que é o leitmotiv atual
bientais, manuseio e armazenamento. do desenvolvimento e aplicação do método de conservação em li-
A preservação ocupa-se diretamente com o patrimônio cultu- vros e documentos, pois é importante ter sempre em mente que um
ral consistindo na conservação desses patrimônios em seus estados procedimento técnico, assim como determinados materiais, são
atuais. Por isso, devem ser impedidos quaisquer danos e destruição sempre alvo de constantes pesquisas e que isto propicia um futuro
causadas pela umidade, por agentes químicos e por todos os tipos técnico-científico mais promissor à segurança de uma obra.
de pragas e de microrganismo. A manutenção, a limpeza periódica Fumigação é um tipo de controle de pragas através do tra-
é a base da prevenção. tamento químico realizado com compostos químicos ou formula-
Os acervos das bibliotecas são basicamente constituídos por ções pesticidas (os chamados fumigantes) voláteis (no estado de
materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a um contínuo pro- vapor ou gás) em um sistema hermético, visando a desinfestação
cesso de deterioração. de materiais, objetos e instalações que não possam ser submetidas
A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não pode à outras formas de tratamento. Essa técnica causa dano ao docu-
simplesmente suspender um processo de degradação, já instalado. mento, não devendo ser utilizada.
Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos, numa
RESTAURAÇÃO: A restauração preventiva tem por objeti-
perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo tanto quanto
vo revitalizar a concepção original, ou seja, a legibilidade do ob-
possível deste processo.
jeto. Em uma restauração nenhum fator pode ser negligenciado,
Sobre todo legado histórico que se traduza como bem cultural,
é preciso levantar a história, revelar a tecnologia empregada na
na medida em que representa material de valor presente e futuro
fabricação ou a técnica de impressão utilizada e traçar um plano
para a humanidade, a inexorável possibilidade de degradação atin-
de acondicionamento do objeto restaurado de modo que não volte
ge proporções de extrema responsabilidade.
a sofrer efeitos de deterioração do futuro. Podemos dizer que é
É cientificamente provado que o papel degrada-se rapidamen- melhor: Conservar e preservar para não restaurar.
te se fabricado e, ou acondicionado sob critérios indevidos. Por Agentes exteriores que danificam os documentos:
mais de um século tem-se fabricado papel destinado à impressão
de livro com alto teor de acidez. Sabemos perfeitamente que a aci- 1. físicos
dez é uma das maiores causas da degradação dos papéis. Na mes- Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes no
ma medida, o acondicionamento de obras em ambientes quente e processo de degradação dos materiais bibliográficos.
úmido gera efeitos danosos, tais como: reações que se processam Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mesmo que
a nível químico e que geralmente enfraquecem as cadeias molecu- as condições de conservação sejam boas. O papel fica com sua cor
lares de celulose, fragilizando o papel. Esse fato concorre para que original alterada e se torna frágil e isto se chama envelhecimento
todos os acervos bibliográficos estabeleçam controles ambientais natural.
próprios dentro de parâmetros precisos. Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o papel
Há um consenso entre os conservadores, no sentido de que que a deficiência de água.
tanto a permanência referente à estabilidade química, ao grau de
resistência de um material à deterioração todo o tempo, mesmo 2. químicos
quando não está em uso quanto à durabilidade referente à resistên- Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam um índice
cia física, ou seja, à capacidade de resistir à ação mecânica sobre de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto uma permanência
livros e documentos, estão diretamente relacionados com as condi- duvidosa. Somemos ao elevado índice de acidez, o efeito das altas
ções ambientais em que esses materiais são acondicionados. Esses temperaturas predominante nos países tropicais e subtropicais e
dois fatores estão de tal forma interligados que materiais de origem uma variação da umidade relativa, teremos um quadro bastante
orgânica quando se deterioram quimicamente perdem também sua desfavorável na conservação de documentos em papel. Dentre as
resistência física. Em outras palavras, há uma estreita relação entre causas de degradação do papel, podemos citar as de origem intrín-
a longevidade dos suportes da escrita, quer sejam em papel, perga- seca e as de origem extrínsecas.
minho ou outros materiais, e as condições climáticas do ambiente Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos ácidos,
onde se encontram. ainda que nas condições de conservação mais favoráveis. A po-
O controle racional e sistemático de condições ambientais não luição atmosférica é uma das principais causas da degradação quí-
reduz apenas os problemas de degradação, mas também e princi- mica.
palmente evita seu agravamento. Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes na do-
A política moderna de conservação a longo prazo orienta-se cumentação. Foi e é usada para escrever em papéis, pergaminhos
pela luta contra as causas de deterioração, na busca do maior pro- e materiais similares, desde que o homem sentiu necessidade de
longamento possível da vida útil de livros e documentos. Dentro registrar seu avanço técnico e cultural, e é ainda indispensável para
desta perspectiva, padrões de conduta devem ser adotados, tais a criação de registros e para atividades relacionadas aos interesses
como: de vida diária.

Didatismo e Conhecimento 70
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3. biológicos Por isso, considera-se agentes de deterioração dos acervos de
Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves danos a ar- bibliotecas e arquivos aqueles que levam os documentos a um es-
quivos e bibliotecas, destruindo coleções e documentos preciosos. tado de instabilidade física ou química, com comprometimento de
Os principais insetos são: sua integridade e existência.
Anobiídeos (brocas ou carunchos) Embora, com muita frequência, não possamos eliminar total-
Thysanura (traça) mente as causas do processo de deterioração dos documentos, com
Blatta orientalis (barata) certeza podemos diminuir consideravelmente seu ritmo, através de
Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte deles cuidados com o ambiente, o manuseio, as intervenções e a higiene,
produzem pigmentos que mancham o papel. entre outros.
Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a prevenção Antes de citar os principais fatores de degradação, torna-se
contra os insetos. Eles podem provocar desgastes de até 20% do indispensável dizer que existe estreita ligação entre eles, o que faz
total do documento. com que o processo de deterioração tome proporções devastado-
ras.
4. ambientais:
Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos acervos
Ventilação - é um outro fator a considerar como elemento que
podemos classificar os agentes de deterioração em Fatores Am-
favorece o desenvolvimento dos agentes biológicos, quando há
pouca aeração. bientais, Fatores Biológicos, Intervenções Impróprias, Agentes
Poeira - um outro fator que pode favorecer o desenvolvimen- Biológicos, Furtos e Vandalismo.
to dos agentes biológicos sobre os materiais gráficos, é a presença
de pó. 1. Fatores ambientais
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que existem no
5. humanos: O Homem, ao lado dos insetos e microrganismos ambiente físico do acervo: Temperatura, Umidade Relativa do Ar,
é um outro inimigo dos livros e documentos, embora devêssemos Radiação da Luz, Qualidade do Ar.
imaginar que ele seria ser o mais cuidadoso guardião dos mesmos. Num levantamento cuidadoso das condições de conservação
dos documentos de um acervo, é possível identificar facilmente as
PRESERVAÇÃO: É uma política adotada nas empresas para consequências desses fatores, quando não controlados dentro de
a conservação dos documentos. Essa técnica é proveniente das uma margem de valores aceitável.
áreas de Arquivologia, da biblioteconomia e museologia preocu- Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto.
pado com a manutenção ou a restauração do acesso a artefatos, do- Sem a pretensão de aprofundar as explicações científicas de
cumentos e registros através do estudo, diagnóstico, tratamento e tais fatores, podemos resumir suas ações da seguinte forma:
prevenção de danos e da deterioração. Deve ser distinguida da con-
servação, que se refere ao tratamento e reparo de itens individuais 1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umidade
sob a ação de degradação lenta ou à restauração de sua usabilidade. contribuem significativamente para a destruição dos documentos,
principalmente quando em suporte papel. O desequilíbrio de um
interfere no equilíbrio do outro. O calor acelera a deterioração.
FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS DE A velocidade de muitas reações químicas, inclusive as de dete-
ARQUIVOS rioração, é dobrada a cada aumento de 10°C. A umidade relativa
Conhecendo-se a natureza dos materiais componentes dos alta proporciona as condições necessárias para desencadear inten-
acervos e seu comportamento diante dos fatores aos quais estão sas reações químicas nos materiais. Evidências de temperatura e
expostos, torna-se bastante fácil detectar elementos nocivos e tra- umidade relativa alta são detectadas com a presença de colônias
çar políticas de conservação para minimizá-los.
de fungos nos documentos, sejam estes em papel, couro, tecido ou
Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral constituídos
outros materiais.
de livros, mapas, fotografias, obras de arte, revistas, manuscritos
etc., que utilizam, em grande parte, o papel como suporte da infor- Umidade relativa do ar e temperatura muito baixa transparece
mação, além de tintas das mais diversas composições. em documentos distorcidos e ressecados.
O papel, por mais variada que possa ser sua com posição, é As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar são
formado basicamente por fibras de celulose provenientes de dife- muito mais nocivas do que os índices superiores aos considerados
rentes origens. ideais, desde que estáveis e constantes. Todos os materiais encon-
Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permitam oferecer trados nos acervos são higroscópicos, isto é, absorvem e liberam
o melhor conforto e estabilidade ao suporte da maioria dos docu- umidade muito facilmente e, portanto, se expandem e se contraem
mentos, que é o papel. com as variações de temperatura e umidade relativa do ar.
A degradação da celulose ocorre quando agentes nocivos ata- Essas variações dimensionais aceleram o processo de deterio-
cam as ligações celulósicas, rompendo-as ou fazendo com que se ração e provocam danos visíveis aos documentos, ocasionando o
agreguem a elas novos componentes que, uma vez instalados na craquelamento de tintas, ondulações nos papéis e nos materiais de
molécula, desencadeiam reações químicas que levam ao rompi- revestimento de livros, danos nas emulsões de fotos etc..
mento das cadeias celulósicas. O mais recomendado é manter a temperatura o mais próximo
A acidez e a oxidação são os maiores processos de deteriora- possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a 50%, evitando-se
ção química da celulose. Também há os agentes físicos de deterio- de todas as formas as oscilações de 3°C de temperatura e 10% de
ração, responsáveis pelos danos mecânicos dos documentos. Os umidade relativa.
mais frequentes são os insetos, os roedores e o próprio homem.

Didatismo e Conhecimento 71
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O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qualquer pro- 2. Agentes biológicos
jeto de mudança, é feito através do termo higrômetro (aparelho Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, entre
medidor da umidade e temperatura simultaneamente). outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedores e os fun-
A circulação do ar ambiente representa um fator bastante im- gos, cuja presença depende quase que exclusivamente das condi-
portante para amenizar os efeitos da temperatura e umidade rela- ções ambientais reinantes nas dependências onde se encontram os
tiva elevada. documentos.
Para que atuem sobre os documentos e proliferem, necessitam
1.2 Radiação da luz de conforto ambiental e alimentação. O conforto ambiental para
Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite radiação praticamente todos os seres vivos está basicamente na tempera-
nociva aos materiais de acervos, provocando consideráveis danos tura e umidade relativa elevadas, pouca circulação de ar, falta de
através da oxidação. higiene etc.
O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escurecido.
As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a legibilidade dos 2.1 Fungos
documentos textuais, dos iconográficos e das encadernações. Os fungos representam um grupo grande de organismos.
O componente da luz que mais merece atenção é a radiação São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em diferentes
ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mesmo que por pou- ambientes, atacando diversos substratos. No caso dos acervos de
co tempo, é nociva e o dano é cumulativo e irreversível. A luz pode bibliotecas e arquivos, são mais comuns aqueles que vivem dos
ser de origem natural (sol) e artificial, proveniente de lâmpadas nutrientes encontrados nos documentos.
incandescentes (tungstênio) e fluorescentes (vapor de mercúrio). Os fungos são organismos que se reproduzem através de es-
Deve-se evitar a luz natural e as lâmpadas fluorescentes, que são poros e de forma muito intensa e rápida dentro de determinadas
fontes geradoras de UV. A intensidade da luz é medida através de condições. Como qualquer outro ser vivo, necessitam de alimento
um aparelho denominado luxímetro ou fotômetro. e umidade para sobreviver e proliferar. O alimento provém dos
Algumas medidas podem ser tomadas para proteção dos acer- papéis, amidos (colas), couros, pigmentos, tecidos etc. A umidade
vos: é fator indispensável para o metabolismo dos nutrientes e para sua
- As janelas devem ser protegidas por cortinas ou persianas proliferação. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos
que bloqueiem totalmente o sol; essa medida também ajuda no materiais atacados e na própria colônia de fungos. Além da umi-
controle de temperatura, minimizando a geração de calor durante dade e nutrientes, outras condições contribuem para o crescimento
o dia. das colônias: temperatura elevada, falta de circulação de ar e falta
- Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no controle de higiene.
da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto em lâmpadas Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando o su-
fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida limitado). porte, causam manchas de coloração diversas e intensas de difícil
- Cuidados especiais devem ser considerados em exposições remoção. A proliferação se dá através dos esporos que, em cir-
de curto, médio e longo tempo: cunstâncias propícias, se reproduzem de forma abundante e rápida.
- não expor um objeto valioso por muito tempo; Se as condições, entretanto, forem adversas, esses esporos
- manter o nível de luz o mais baixo possível; se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando as condições
- não colocar lâmpadas dentro de vitrines; ambientais se tornam desfavoráveis, como, por exemplo, a umida-
- proteger objetos com filtros especiais; de relativa do ar com índices baixos.
- certificar-se de que as vitrines sejam feitas de materiais que Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, portanto, não
não danifiquem os documentos. se reproduzem nem atacam os documentos. Esse estado, porém,
é reversível; se as condições forem ideais, os esporos revivem e
1.3 Qualidades do ar voltam a crescer e agir, mesmo que tenham sido submetidos a con-
O controle da qualidade do ar é essencial num programa de gelamento ou secagem.
conservação de acervos. Os poluentes contribuem pesadamente Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em todos os
para a deterioração de materiais de bibliotecas e arquivos. lugares, em todas as salas, em cada peça do acervo e em todas as
Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas sólidas – pessoas, mas não é tão difícil controlá-los.
que podem ter duas origens: os que vêm do ambiente externo e os As medidas a serem adotadas para manter os acervos sob con-
gerados no próprio ambiente. trole de infestação de fungos são:
Os poluentes externos são principalmente o dióxido de enxo- - estabelecer política de controle ambiental, principalmente
fre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozônio (O3). São temperatura, umidade relativa e ar circulante, mantendo os índices
gases que provocam reações químicas, com formação de ácidos o mais próximo possível do ideal e evitando oscilações acentuadas;
que causam danos sérios e irreversíveis aos materiais. O papel fica - praticar a higienização tanto do local quanto dos documen-
quebradiço e descolorido; o couro perde a pele e deteriora. tos, com metodologia e técnicas adequadas;
As partículas sólidas, além de carregarem gases poluentes, - instruir o usuário e os funcionários com relação ao manuseio
agem como abrasivos e desfiguram os documentos. dos documentos e regras de higiene do local;
Agentes poluentes podem ter origem no próprio ambiente do - manter vigilância constante dos documentos contra aciden-
acervo, como no caso de aplicação de vernizes, madeiras, adesi- tes com água, secando-os imediatamente caso ocorram.
vos, tintas etc., que podem liberar gases prejudiciais à conservação
de todos os materiais.

Didatismo e Conhecimento 72
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Observações importantes: Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos de cola,
- O uso de fungicidas não é recomendado; os danos causados papel etc. Em geral as brocas vão em busca do adesivo de amido,
superam em muito a eficiência dos produtos sobre os documentos. instalando-se nos papelões das capas, no miolo e no suporte do
- Caso se detecte situação de infestação, chamar profissionais miolo dos livros. As perdas são em forma de orifícios bem redon-
especializados em conservação de acervos. dinhos.
- Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar, eleva A higienização metódica é a única forma de se fazer o controle
a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação de colônias das condições de conservação dos documentos e, assim, detectar a
de fungos. presença dos insetos. Uma medida que deve ser obedecida sempre
- Na higienização do ambiente, é recomendado o uso de as- é a higienização e separação de todo exemplar que for incorporado
pirador. ao acervo, seja ele originário de doação, aquisição ou recolhimen-
Alguns conselhos para limpeza de material com fungos: to.
- Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aventais, Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso buscar a
toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilidade alérgica). ajuda de um profissional especializado.
- Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis. A providência a ser tomada é identificar o documento atacado
e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higienização de infestados
2.2 Roedores por brocas deve ser feita em lugar distante, devido ao risco de es-
A presença de roedores em recintos de bibliotecas e arquivos palhar ovos ou muitas larvas pelo ambiente.
ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Tentar obstruir as Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por mais
possíveis entradas para os ambientes dos acervos é um começo. As que se higienize o ambiente e se removam as larvas e resíduos,
iscas são válidas, mas para que surtam efeito devem ser definidas corre-se o risco de não eliminar totalmente os ovos. Portanto, após
por especialistas em zoonose. O produto deve ser eficiente, desde a higienização, os documentos devem ser revistos de tempos em
que não provoque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia tempos.
se nos faz mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por profissio-
relativa controladas, além de higiene periódica. nais especializados, pois o uso de qualquer produto químico pode
acarretar danos intensos aos documentos.
2.3 Ataques de insetos Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só para
Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto revestimen- as coleções como para o prédio em si.
tos. A variedade também é grande. O ataque tem características Vivem em sociedades muito bem organizadas, reproduzem-se
bem próprias, revelando-se principalmente por perdas de super- em ninhos e a ação é devastadora onde quer que ataquem. Na gran-
de maioria das vezes, sua presença só é detectada depois de terem
fície e manchas de excrementos. As baratas se reproduzem no
causado grandes danos.
próprio local e se tornam infestação muito rapidamente, caso não
Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubulações,
sejam combatidas. São atraídas pelos mesmos fatores já menciona-
conduítes de instalações elétricas, rodapés, batentes de portas e
dos: temperatura e umidade elevadas, resíduos de alimentos, falta
janelas etc., muitas vezes fora do alcance dos nossos olhos.
de higiene no ambiente e no acervo.
Chegam aos acervos em ataques massivos, através de estantes
Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez insta- coladas às paredes, caixas de interruptores de luz, assoalhos etc.
lada a infestação, devemos buscar a orientação de profissionais. Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro dos
Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos imensos edifícios das bibliotecas e arquivos.
em acervos, principalmente em livros. Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na base de
A sua presença se dá principalmente por falta de programa árvores ou outros prédios.
de higienização das coleções e do ambiente e ocorre muitas vezes Com muita frequência, quando os cupins atacam o acervo, já
por contato com material contaminado, cujo ingresso no acervo estão instalados em todo o prédio. Da mesma forma que os outros
não foi objeto de controle. Exigem vigilância constante, devido ao agentes citados anteriormente, os cupins se instalam em ambientes
tipo de ataque que exercem. Os sintomas desse ataque são claros e com índices de temperatura e umidade relativa elevados, ausência
inconfundíveis. Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua de boa circulação de ar, falta de higienização e pouco manuseio
natureza e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em dos documentos.
quatro fases: ovos – larva – pupa – adulta. No caso de ataque de cupim, não há como solucionar o pro-
A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se re- blema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um profissional es-
produz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo. Uma vez pecializado na área de conservação de acervos para cuidar dos
instalado, ataca não só o papel e seus derivados, como também a documentos atacados e outro profissional capacitado para cuidar
madeira do mobiliário, portas, pisos e todos os materiais à base de do extermínio dos cupins que estão na parte física do prédio. O
celulose. tratamento recomendado para o extermínio dos cupins ou para pre-
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os materiais venção contra novos ataques é feito mediante barreiras químicas
para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala e põe ovos. Os adequadamente projetadas.
ovos eclodem e o ciclo se repete.
As brocas precisam encontrar condições especiais que, como 3. Intervenções inadequadas nos acervos
todos os outros agentes biológicos, são temperatura e umidade re- Chamamos de intervenções inadequadas todos os procedi-
lativa elevadas, falta de ar circulante e falta de higienização perió- mentos de conservação que realizamos em um conjunto de do-
dica no local e no acervo. cumentos com o objetivo de interromper ou melhorar seu estado
A característica do ataque é o pó que se encontra na estante em de degradação. Muitas vezes, com a boa intenção de protegê-los,
contato com o documento. fazemos intervenções que resultam em danos ainda maiores.

Didatismo e Conhecimento 73
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Nos acervos formados por livros, fotografias, documentos im- 5. Fatores de deterioração
pressos, documentos manuscritos, mapas, plantas de arquitetura, Como podemos ver, os danos são intensos e muitos são irre-
obras de arte etc., é preciso ver que, segundo sua natureza, cada versíveis. Apesar de toda a problemática dos custos de uma po-
um apresenta suportes, tintas, pigmentos, estruturas etc. comple- lítica de conservação, existem medidas que podemos tomar sem
tamente diferentes. despender grandes somas de dinheiro, minimizando drasticamente
Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um conheci- os efeitos desses agentes.
mento das características individuais dos documentos e dos mate- Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos, a co-
riais a serem empregados no processo de conservação. Todos os meçar por:
profissionais de bibliotecas e arquivos devem ter noções básicas • treinamento dos profissionais na área da conservação e pre-
de conservação dos documentos com que lidam, seja para efeti- servação;
vamente executá-la, seja para escolher os técnicos capazes de fa- • atualização desses profissionais (a conservação é uma ciên-
zê-lo, controlando seu trabalho. Os conhecimentos de conservação cia em desenvolvimento constante e a cada dia novas técnicas,
ajudam a manter equipes de controle ambiental, controle de infes- materiais e equipamentos surgem para facilitar e melhorar a con-
tações, higienização do ambiente e dos documentos, melhorando servação dos documentos);
as condições do acervo. • monitoração do ambiente – temperatura e umidade relativa
Pequenos reparos e acondicionamentos simples podem ser em níveis aceitáveis;
realizados por aqueles que tenham sido treinados nas técnicas e • uso de filtros e protetores contra a luz direta nos documentos;
critérios básicos de intervenção. • adoção de política de higienização do ambiente e dos acer-
vos;
4. Problemas no manuseio de livros e documentos • contato com profissionais experientes que possam assessorar
O manuseio inadequado dos documentos é um fator de degra- em caso de necessidade.
dação muito frequente em qualquer tipo de acervo. Conservação: critérios de intervenção para a estabilização de
O manuseio abrange todas as ações de tocar no documento, documentos
sejam elas durante a higienização pelos funcionários da institui- Os documentos que sofrem algum tipo de dano apresentam
ção, na remoção das estantes ou arquivos para uso do pesquisador, um processo de deterioração que progressivamente vai levá-los a
nas foto reproduções, na pesquisa pelo usuário etc. O suporte papel um estado de perda total. Para evitar esse desfecho, interrompe-se
tem uma resistência determinada pelo seu estado de conservação. o processo através de intervenções que levam à estabilização do
Os critérios para higienização, por exemplo, devem ser formula- documento.
dos mediante avaliação do estado de degradação do documento.
Estabilizar um documento é, portanto, interromper um proces-
Os limites devem ser obedecidos. Há documentos que, por mais
so que esteja deteriorando o suporte e/ou seus agregados, através
que necessitem de limpeza, não podem ser manipulados durante
de procedimentos mínimos de intervenção. Por exemplo: estabili-
um procedimento de higienização, porque o tratamento seria mui-
zar por higienização significa que uma limpeza mecânica corrige o
to mais nocivo à sua integridade, que é o item mais importante a
processo de deterioração. No capítulo anterior, vimos os fatores de
preservar, do que a eliminação da sujidade.
deterioração e seus efeitos nos documentos. O segundo passo será
4.1 Furto e vandalismo a intervenção nesse processo de deterioração, através de estabili-
Um volume muito grande de documentos em nossos acervos zação dos documentos danificados.
é vítima de furtos e vandalismo. Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer a cri-
A falta de segurança e nenhuma política de controle são a cau- térios de prioridade estabelecidos no tratamento dos acervos: de
sa desse desastre. coleções gerais ou de obras raras, no caso de bibliotecas, de docu-
Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A quantidade mentos antigos ou mais recentes, no caso de arquivos.
de documentos mutilados aumenta dia a dia. Esse é o tipo de dano Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é se nós
que, muitas vezes, só se constata muito tempo depois. É necessário somos capazes de executá-la.
implantar uma política de proteção, mesmo que seja através de um Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não. Esse é o
sistema de segurança simples. primeiro critério a seguir.
Durante o período de fechamento das instituições, a melhor Caso não nos julguemos com conhecimentos necessários, a
proteção é feita com alarmes e detectores internos. O problema é solução é buscar algum especialista da área ou acondicionar o do-
durante o horário de funcionamento, que é quando os fatos acon- cumento enquanto aguardamos o momento oportuno de intervir.
tecem.
O recomendado é que se tenha uma só porta de entrada e saída 6. Características gerais dos materiais empregados em
das instalações onde se encontra o acervo, para ser usada tanto conservação
pelos consulentes/pesquisadores quanto pelos funcionários. Nos projetos de conservação/preservação de acervos de bi-
As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas. Nas bliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas o uso de ma-
áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa ter uma visão teriais de qualidade arquivística, isto é, daqueles materiais livres
de todas as mesas, permanecendo no local durante todo o horário de quaisquer impurezas, quimicamente estáveis, resistentes, du-
de funcionamento. As chaves das salas de acervo e o acesso a elas ráveis. Suas características, em relação aos documentos onde são
devem estar disponíveis apenas a um número restrito de funcio- aplicados, distinguem-se pela estabilidade, neutralidade, reversibi-
nários. lidade e inércia. Os materiais não enquadrados nessa classificação
Na devolução dos documentos, é preciso que o funcionário não podem ser usados, pois apresentam problemas de instabilida-
faça uma vistoria geral em cada um. de, reagem com o tempo e decompõem-se em outras substâncias

Didatismo e Conhecimento 74
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que vão deteriorar os documentos com os quais estão em contato. 8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo
Além disso, são de natureza irreversível, ou seja, uma vez aplica- Cada objeto deve ser avaliado individualmente para determi-
dos aos documentos não podem ser removidos. nar se a higienização é necessária e se pode ser realizada com se-
Dentro das especificações positivas, encontramos vários mate- gurança. No caso de termos as condições abaixo, provavelmente o
riais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres inertes, os adesi- tratamento não será possível:
vos alcalinos e reversíveis, os papéis orientais, borrachas plásticas • Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas finas, per-
etc., usados tanto para pequenas intervenções sobre os documentos das, rasgos intensos podem estar muito frágeis para limpeza. Áreas
como para acondicionamento. com manchas e áreas atacadas por fungos podem não resistir à lim-
peza: o suporte torna-se escuro, quebradiço, manchado e, portanto,
7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais para muito facilmente danificado.
a conservação de acervos Quando o papel se degrada, até mesmo um suave contato com
Como já enfatizamos anteriormente, é muito importante ter o pó de borracha pode provocar a fragmentação do documento.
conhecimentos básicos sobre os materiais que integram nossos • Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar borra-
acervos para que não corramos o risco de lhes causar mais danos. cha nesses materiais, pois a remoção das partículas residuais com
Vários são os procedimentos que, apesar de simples, são de pincel se torna difícil:
grande importância para a estabilização dos documentos. - papel japonês;
- papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos (que de-
8. Higienização gradam a celulose, consumindo a encolagem);
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os docu- - papel molhado (que perde a encolagem e, após a secagem,
mentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada a condições torna-se frágil).
ambientais inadequadas, provoca reações de destruição de todos os
suportes num acervo. Portanto, a higienização das coleções deve 8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície
ser um hábito de rotina na manutenção de bibliotecas ou arquivos, A remoção da sujidade superficial (que está solta sobre o do-
razão por que é considerada a conservação preventiva por exce- cumento) é feita através de pincéis, flanela macia, aspirador e inú-
lência. meras outras ferramentas que se adaptam à técnica.
Durante a higienização de documentos, procedemos também Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigatória e
de forma simultânea a um levantamento de dados sobre suas con- sempre se realiza como primeiro tratamento, quaisquer que sejam
dições de conservação, para efeitos de futuras intervenções. É hora as outras intervenções previstas.
• Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na limpeza
Durante a higienização de documentos, procedemos também de
mecânica, de diferentes formas, tamanhos, qualidade e tipos de
forma simultânea a um levantamento de dados sobre suas condi-
cerdas (podem ser usados com carga estática atritando as cerdas
ções de conservação, para efeitos de futuras intervenções. É hora
contra o nylon, material sintético ou lã);
também de executar os primeiros socorros para que um processo
• Flanela: serve para remover sujidade de encadernações, por
de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo que não
exemplo;
possa ser sanado no momento.
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e com potên-
cia de sucção controlada;
8.1 Processos de higienização • Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça, espá-
8.1.1 Limpeza de superfície tula, agulha, cotonete;
O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e arquivos • Materiais de apoio necessários para limpeza mecânica:
se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é mecânica, feita - raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil;
a seco. A técnica é aplicada com o objetivo de reduzir poeira, par- - fita-crepe;
tículas sólidas, incrustações, resíduos de excrementos de insetos - lápis de borracha;
ou outros depósitos de superfície. Nesse processo, não se usam - luvas de látex ou algodão;
solventes. A limpeza de superfície é uma etapa independente de - máscaras;
qualquer tratamento mais intenso de conservação; é, porém, sem- - papel mata-borrão;
pre a primeira etapa a ser realizada. - pesos;
- poliéster (mylar);
8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo • A su- - folhas de papel siliconado;
jidade escurece e desfigura o documento, prejudicando-o do ponto - microscópios;
de vista estético. Os livros, além do suporte papel, exigem também tratamen-
• As manchas ocorrem quando as partículas de poeira se ume- to de revestimento. Assim, o couro (inclui-se aqui o pergaminho),
decem, com a alta umidade relativa ou mesmo por ataque de água, tecidos e plastificados fazem parte dos materiais pertencentes aos
e penetram rapidamente no papel. A sujeira e outras substâncias livros.
dissolvidas se depositam nas margens das áreas molhadas, provo- Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferentes ta-
cando a formação de manchas. A remoção dessas manchas requer manhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa potência
a intervenção de um restaurador. com proteção de boca, pinças, espátulas de metal, entre outros
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e, portanto, materiais.
extremamente nocivos ao papel. São rapidamente absorvidos, al- Na limpeza do couro, é recomendável somente a utilização
terando seriamente o pH do papel. de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro. Não se deve
tratá-lo com óleos e solventes.

Didatismo e Conhecimento 75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A encadernação em pergaminho não necessita do mesmo tra- maciez adequada para cada situação. Em relação às obras de arte,
tamento do couro. Como é muito sensível à umidade, o tratamento as técnicas são tão variadas e as tintas de composições tão diversas
aquoso deve ser evitado. Para sua limpeza, apresenta bons resul- que, de modo algum, se deve confiar na sua estabilidade frente à
tados o uso de algodão embebido em solvente de 50% de água ação do pincel ou outro material.
e álcool. O algodão precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre
buscar trabalhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa 8.3 Higienização de documentos de arquivo
limpeza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos mui- Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmente que-
to ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e o documento bradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso se deve prin-
pode desintegrar-se. A estabilização de pergaminhos, nesse caso, cipalmente ao alto índice de acidez resultante do uso de papéis de
requer os serviços de especialistas. baixa qualidade. As más condições de armazenamento e o excesso
Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para a hi- de manuseio também contribuem para a degradação dos materiais.
dratação dos couros. Os componentes das diversas fórmulas do Tais documentos têm que ser higienizados com muito critério e
produto variam muito (óleos, graxas, gorduras) e, se mal aplica- cuidado.
dos, podem causar sérios problemas de conservação ao couro. A
fórmula do British Museum é a mais usada e recomendada. O uso 8.3.1 Documentos manuscritos
deve ser criterioso e não indiscriminado. Em casos específicos de Os mesmos cuidados para com os livros devem ser tomados
livros novos de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu em relação aos manuscritos. O exame dos documentos, testes de
uso como parte integrante de um programa de manutenção. estabilidade de seus componentes para o uso dos materiais de
No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de trincha limpeza mecânica e critérios de intervenção devem ser cuidado-
ou aspirador é recomendável, caso sua integridade o permita. samente realizados.
Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser utilizado pó As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir um
de borracha ou diretamente a borracha, caso a integridade do papel documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuidado é pouco
e das tintas não fique comprometida com essa ação. para manusear esses documentos. As espessas tintas encontradas
E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros), deve-se em partituras de música, por exemplo, podem estar soltas ou em
usar apenas uma flanela seca e bem macia. estado de pó.
Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel macio, Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “borrar”, ao
sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de agredir as tin- mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado para isso é fino e
tas, o resíduo de borracha é permanente e de difícil remoção. Os quebradiço, tornando o manuseio muito arriscado e a limpeza de
resíduos agem como abrasivos e permanecerão em contato com o superfície desaconselhável. As áreas ilustradas e decorativas dos
suporte para sempre. manuscritos iluminados são desenhadas com tintas à base de água
que podem estar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nes-
8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de higieni- ses casos, deve ser evitada.
zação
- Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha, pincel 8.3.2 Documentos em grande formato
macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado da encaderna- Desenhos de Arquitetura – Os papéis de arquitetura (no geral
ção; em papel vegetal) podem ser limpos com pó de borracha, após
- Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela lom- testes. Pode-se também usar um cotonete - bem enxuto e embebido
bada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel, limpar os em álcool. Muito sensíveis à água, esses papéis podem ter dis-
cortes, começando pela cabeça do livro, que é a área que está mais torções causadas pela umidade que são irreversíveis ou de difícil
exposta à sujidade. Quando a sujeira está muito incrustada e inten- remoção.
sa, utilizar, primeiramente, aspirador de pó de baixa potência ou Posters (Cartazes) – As tintas e suportes de posters são muito
ainda um pedaço de carpete sem uso; frágeis. Não se recomenda limpar a área pictórica. Todo cuidado é
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha, numa pri- pouco, até mesmo na escolha de seu acondicionamento.
meira higienização; Mapas – Os mapas coloridos à mão merecem uma atenção es-
- Oxigenar as folhas várias vezes. pecial na limpeza. Em mapas impressos, desde que em boas condi-
Num programa de manutenção, pode-se limpar a encaderna- ções, o pó de borracha pode ser aplicado para tratar grandes áreas.
ção, cortes e aproximadamente as primeiras e últimas 15 folhas, Os grandes mapas impressos, muitas vezes, têm várias folhas de
que são as mais sujeitas a receber sujidade, devido à estrutura das papel coladas entre si nas margens, visando permitir uma impres-
encadernações. Nos livros mais frágeis, deve-se suportar o volume são maior. Ao fazer a limpeza de um documento desses, o cuida-
em estruturas adequadas durante a operação para evitar danos na do com as emendas deve ser redobrado, pois nessas, geralmente,
manipulação e tratamento. ocorrem descolamentos que podem reter resíduos de borracha da
Todo o documento que contiver gravuras ou outra técnica de limpeza, gerando degradação. Outros mapas são montados em li-
obra de arte no seu interior necessita um cuidado redobrado. Antes nho ou algodão com cola de amido. O verso desses documentos
de qualquer intervenção com pincéis, trinchas, flanelas, é necessá- retém muita sujidade. Recomenda-se remover o máximo com as-
rio examinar bem o documento, pois, nesse caso, só será recomen- pirador de pó (munido das devidas proteções em seu bocal e no
dada a limpeza de superfície se não houver nenhum risco de dano. documento).
No caso dos documentos impressos como os livros, existe
uma grande margem de segurança na resistência das tintas em
relação ao pincel. Mesmo assim, devemos escolher o pincel de

Didatismo e Conhecimento 76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
9. Pequenos reparos Agregação à área logística das atividades de suporte à área de
Os pequenos reparos são diminutas intervenções que podemos marketing.
executar visando interromper um processo de deterioração em an- Com a mecanização, racionalização e automação, o excedente
damento. Essas pequenas intervenções devem obedecer a critérios de produção se torna cada vez menos necessário, e nesse caso a
rigorosos de ética e técnica e têm a função de melhorar o estado Administração de Materiais é uma ferramenta fundamental para
de conservação dos documentos. Caso esses critérios não sejam manter o equilíbrio dos estoques, para que não falte a matéria-pri-
obedecidos, o risco de aumentar os danos é muito grande e muitas ma, porém não haja excedentes.
vezes de caráter irreversível. Essa evolução da Administração de Materiais ao longo dessas
Os livros raros e os documentos de arquivo mais antigos de- fases produtivas baseou-se principalmente, pela necessidade de
vem ser tratados por especialistas da área. Os demais documentos produzir mais, com custos mais baixos. Atualmente a Administra-
permitem algumas intervenções, de simples a moderadas. Os ma- ção de Materiais tem como função principal o controle de produ-
teriais utilizados para esse fim devem ser de qualidade arquivística ção e estoque, como também a distribuição dos mesmos.
e de caráter reversível. Da mesma forma, toda a intervenção deve As Três Fases da Administração de Recursos Materiais e
obedecer a técnicas e procedimentos reversíveis. Isso significa Patrimoniais
que, caso seja necessário reverter o processo, não pode existir ne- 1 – Aumentar a produtividade. Busca pela eficiência.
nhum obstáculo na técnica e nos materiais utilizados. 2 – Aumentar a qualidade sem preocupação em prejudicar ou-
Os procedimentos e técnicas para a realização de reparos em tras áreas da Organização. Busca pela eficácia.
documentos exigem os seguintes instrumentos: 3 – Gerar a quantidade certa, no momento certo par atender
- mesa de trabalho; bem o cliente, sem desperdício. Busca pela efetividade.
- pinça;
- papel mata-borrão; Visão Operacional e Visão Estratégica
- entretela sem cola; Na visão operacional busca-se a melhoria relacionada a ativi-
- placa de vidro; dades específicas. Melhorar algo que já existe.
- peso de mármore; Na visão estratégica busca-se o diferencial. Fazer as coisas de
- espátula de metal; um modo novo. Aqui se preocupa em garantir a alta performance
- espátula de osso; de maneira sistêmica. Ou seja, envolvendo toda a organização de
- pincel chato; maneira inter relacional.
- pincel fino; Com relação à Fábula de La Fontaine, a preocupação do autor
- filme de poliéster.
era, conforme sua época, garantir a melhoria quantitativa das ações
dos empregados. Aqueles q mantêm uma padronização de tarefas
(em todos os outonos deve-se dobrar o esforço para se ter comi-
12. GESTÃO DE MATERIAIS E da) são recompensados pela Organização (natureza). Na moderna
LOGÍSTICA: ORGANIZAÇÃO DO SETOR interpretação da Fábula a autora passa a ideia de que precisamos
DE COMPRAS - RECEBIMENTO E além de trabalhar investir no nosso talento de maneira diferencial.
ARMAZENAGEM; ENTRADA; Assim, poderemos não só garantir a sustentabilidade da Organiza-
CONFERÊNCIA E OBJETIVOS DA ção para os diversos invernos como, também, fazê-los em Paris.
ARMAZENAGEM. Historicamente, a administração de recursos materiais e patri-
moniais tem seu foco na eficiência de processos – visão operacio-
nal. Hoje em dia, a administração de materiais passa a ser chamada
de área de logística dentro das Organizações devido à ênfase na
melhor maneira de facilitar o fluxo de produtos entre produtores
Atividade que planeja, executa e controla, nas condições mais e consumidores, de forma a obter o melhor nível de rentabilidade
eficientes e econômicas, o fluxo de material, partindo das especi- para a organização e maior satisfação dos clientes.
ficações dos artigos e comprar até a entrega do produto terminado A Administração de Materiais possui hoje uma Visão Estraté-
para o cliente. (FRANCISCHINI & GURGEL, 2002).
gica. Ou seja, foco em ser a melhor por meio da INOVAÇÃO e não
É um sistema integrado com a finalidade de prover a adminis-
baseado na melhor no que já existe. A partir da visão estratégica
tração, de forma contínua, recursos, equipamentos e informações
a Administração de Recursos Materiais e Patrimoniais passa ser
essenciais para a execução de todas as atividades da Organização.
conhecida por LOGISTICA.
Evolução da Administração de Recursos Materiais e Patrimo-
Sendo assim:
niais
Segundo Francischini & Gurgel (2002), a evolução da Admi-
nistração de Materiais processou-se em várias fases: VISÃO OPERACIONAL VISÃO ESTRATÉGICA
A Atividade exercida diretamente pelo proprietário da empre- EFICIENCIA EFETIVIDADE
sa, pois comprar era a essência do negócio; ESPECIFICA SISTEMICA
Atividades de compras como apoio às atividades produtivas QUANTITATIVA E
QUANTITATIVA
se, portanto, integradas à área de produção; QUALTAITIVA
MELHORAR O QUE JÁ
Condenação dos serviços envolvendo materiais, começando INOVAÇÃO
EXISTE
com o planejamento das matérias-primas e a entrega de produtos QUANTO QUANDO
acabados, em uma organização independente da área produtiva;

Didatismo e Conhecimento 77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Princípios da Administração de Recursos Materiais e Patri- As áreas da logística
moniais A logística realiza a integração da administração de materiais
Qualidade do material; (suprimentos) com a logística organizacional, com a distribuição
Quantidade necessária; física e/ou prestação de serviços, e com as atividades relativas ao
Prazo de entrega retorno/descarte de materiais.
Preço; Logística de entrada (administração de materiais/logística de
Condições de pagamento. suprimentos)
É o conjunto de operações associadas ao fluxo de materiais
Qualidade do Material e informações necessários ao modelo de transformação da orga-
O material deverá apresentar qualidade tal que possibilite sua nização.
aceitação dentro e fora da empresa (mercado). Para a organização pública, têm-se os seguintes entendimen-
tos sobre Material e Serviços com seus respectivos embasamento
Quantidade legal.
Deverá ser estritamente suficiente para suprir as necessidades No campo da Ciência Contábil o termo MATERIAL com-
da produção e estoque, evitando a falta de material para o abasteci- preende todos os itens contabilizáveis que participam diretamente
mento geral da empresa bem como o excesso em estoque.
ou indiretamente na constituição do bem/serviço de uma organi-
zação.
Prazo de Entrega
Deverá ser o menor possível, a fim de levar um melhor atendi- Na gestão pública, temos a classificação de Material por natu-
mento aos consumidores e evitar falta do material.  reza de despesa em Material Permanente e Material de Consumo,
discorrendo os seguintes conceitos:
Menor Preço a. Material Permanente é aquele que, em razão de seu uso
O preço do produto deverá ser tal que possa situá-lo em po- corrente, não perde a sua identidade física e/ou tem durabilidade
sição da concorrência no mercado, proporcionando à empresa um superior a dois anos.
lucro maior. Se um material for adquirido como permanente e ficar com-
provado que possui custo de controle superior ao seu benefício,
Condições de pagamento deve ser controlado de forma simplificada, por meio de relação-
Deverão ser as melhores possíveis para que a empresa tenha carga, que mede apenas aspectos qualitativos e quantitativos, não
maior flexibilidade na transformação ou venda do produto. havendo necessidade de controle por meio de número patrimonial.
Diferença Básica entre Administração de Materiais e Admi- No entanto, esses bens deverão estar registrados contabilmente no
nistração Patrimonial patrimônio da entidade.
A diferença básica entre Administração de Materiais e Admi- Isso deve ao fato de obedecer ao Princípio da Economicidade
nistração Patrimonial é que a primeira se tem por produto final a previsto no
distribuição ao consumidor externo e a área patrimonial é respon-
sável, apenas, pela parte interna da logística. Seu produto final é a Art. 70 da CF/88 que se traduz na relação custo-benefício. Ou
conservação e manutenção de bens. seja, os controles devem ser simplificados quando se apresentam
Fonte: https://docs.google.com/document/d/1tD1_0...f.../e como meramente formais ou cujo custo seja evidentemente supe-
rior ao risco.
A gestão eficiente do fluxo de bens e serviços do ponto de b. Material de Consumo é aquele que, em razão de seu uso
origem ao ponto de consumo requer de maneira sequencial, o pla- corrente, perde normalmente sua identidade física e/ou tem sua
nejamento, a programação e o controle de um conjunto de ativida- utilização limitada a dois anos. Deve atender a pelo menos um dos
des que reúnem: insumos básicos (matérias-primas); materiais em critérios a seguir:
processamento; materiais acabados; serviços e informações dispo-
- Critério de Durabilidade: se em uso normal perde ou tem
níveis. Como resultado da administração destas atividades gera-
reduzidas as suas condições de funcionamento no prazo máximo
se o movimento de bens e serviços aos clientes (cidadão/usuário),
de dois anos;
havendo como decorrência a geração das chamadas utilidades de
tempo e/ou de lugar, que por sua vez são fatores fundamentais para - Critério de Fragilidade: se sua estrutura for quebradiça, de-
as funções logísticas. Para a administração pública, tanto recursos formável ou danificável, caracterizando sua irrecuperabilidade e
quanto o público-alvo organizacional estão espalhados em áreas perda de sua identidade ou funcionalidade;
de distintos tamanhos, além da diversidade sócio cultural dos re- - Critério de Perecibilidade: se está sujeito a modificações quí-
sidentes locais. Esse é o problema que a logística têm a missão de micas ou físicas, ou se deteriora ou perde sua característica pelo
resolver. Ou seja, diminuir o hiato entre o resultado do processo uso normal;
de transformação da organização e a demanda, de modo que os - Critério de Incorporabilidade: se está destinado à incorpora-
consumidores (cidadão-cliente/sociedade/usuário) tenham bens e ção a outro bem, e não pode ser retirado sem prejuízo das carac-
serviços quando e onde quiserem, na condição que desejarem, e terísticas físicas e funcionais do principal. Pode ser utilizado para
com o menor custo. a constituição de novos bens, melhoria ou adições complemen-
Na organização pública, a missão do gestor é estabelecer o tares de bens em utilização (sendo classificado como 4.4.90.30),
nível de atividades logísticas necessário para atender ao público ou para a reposição de peças para manutenção do seu uso normal
-alvo organizacional no tempo certo, no local certo e nas condições que contenham a mesma configuração (sendo classificado como
e formas desejadas, de forma economicamente eficaz, eficiente e 3.3.90.30);
efetiva no uso dos recursos públicos.

Didatismo e Conhecimento 78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
- Critério de Transformabilidade: se foi adquirido para fim de As funções logísticas
transformação. As atividades administrativas a serem geridas, em qualquer
Se um material de consumo for considerado como de uso organização, podem incluir todo ou parte do seguinte: transpor-
duradouro, devido à durabilidade, quantidade utilizada ou valor tes, manutenção de estoques, processamento de pedidos, compras
relevante, deve ser controlado por meio de relação-carga e incor- (obtenção), armazenagem, manuseio de materiais, embalagem, pa-
porado ao patrimônio da entidade. drões de serviços e programação do processo de produtivo.
Devido à característica sistêmica da logística, as atividades
Logística organizacional (operacional) administrativas organizacionais passam a ser abordadas de forma
É a integração das atividades de um sistema organizacional, diferente da tradicional distinção em atividades fim e atividades
em função do seu modelo de transformação, desde o planejamento meio.
e obtenção dos insumos necessários, passando pelo processo pro- Essa nova abordagem vem sendo provocada pela necessida-
dutivo até a distribuição para o consumidor (intermediário/final), de das organizações em direcionar seus esforços para o foco do
atendendo as necessidades do público-alvo a custos reduzidos, seu negócio, terceirizando aquelas atividades que são economica-
com qualidade e uso adequado de recursos. O instrumento legal mente melhor desempenhadas por outras organizações que as tem
de criação da instituição pública e seu regimento interno norteiam como produto do seu trabalho e que, consequentemente, passam a
essas atividades na organização. serem parceiros no negócio da empresa. Um exemplo clássico é o
da indústria automotiva, formando uma cadeia produtiva.
Logística de saída (distribuição física do bem/prestação do Para a organização pública não está sendo diferente. Hoje se
serviço) tem, por exemplo, serviços como segurança, manutenção e limpe-
É o conjunto de operações associadas à transferência do resul- za realizados por terceiros e que até pouco tempo eram realizados
tado objeto de uma transação desde o local de origem até o local pela organização com um quadro próprio de servidores. Como a
designado no destino e no fluxo de informação associado, devendo prática administrativa na organização pública precisa de uma base
garantir que chegue ao destino nas condições desejadas, oportuna- jurídica, a Instrução Normativa Nº 02 de 30 de Abril de 2008 dis-
mente e com uso maximizado dos recursos disponíveis. A missão põe sobre regras e diretrizes para a contratação de serviços, conti-
da organização constante no dispositivo de sua criação e as atri- nuados ou não, definindo, em seu
buições funcionais inerentes ao cargo desempenhado orientam os
gestores públicos na execução dessas operações. Art. 6º, que os serviços continuados que podem ser contratos
por terceiros são aqueles que apoiam a realização de atividades
Logística Reversa: essenciais ao cumprimento da missão institucional do órgão ou
Para o autor PIRES, duas premissas básicas impõem a ne- entidade. Essas atividades materiais acessórias, instrumentais ou
cessidade de gestão da logística reversa: a agregação de valor e a complementares aos assuntos que constituem área de competência
responsabilidade pela sucata e/ou lixo industrial. A agregação de legal do órgão ou entidade poderão ser objeto de execução indireta
valor, considerando o aumento do comércio global, está relacio- (
nada à importância na gestão dos recipientes (pallets, containers, Art. 1º do Decreto 2.271/97).
etc.) e das embalagens, envolvendo processos logísticos comple- É interessante observar os seguintes conceitos relativos à lo-
xos e estando sujeitos a restrições legais e sanitárias, dentre outras. gística:
A responsabilidade pela sucata e/ou lixo industrial diz respeito à - Função logística é a reunião, sob uma única designação, de
gestão dos materiais após o término de suas vidas úteis, passando a um conjunto de atividades logísticas afins, correlatas ou de mesma
vigorar cada vez mais a regra de que “quem produz é o responsável natureza.
pelo produto após a sua vida útil”. - Atividade logística é um conjunto de tarefas afins, reunidas
Para a organização pública, essa preocupação e/ou exigência segundo critérios de relacionamento, interdependência ou de si-
sócio ambiental pode ser observada na INSTRUÇÃO NORMATI- milaridade.
VA Nº 205, DE 08 DE ABRIL DE 1988 expressa no item 1. Ma- - Tarefa logística é um trabalho específico e limitado no tem-
terial que: “a designação genérica de equipamentos, componentes, po, que agrupa passos, atos ou movimentos interligados segundo
sobressalentes, acessórios, veículos em geral, matérias-primas e uma determinada sequência e visando à obtenção de um resultado
outros itens empregados ou passíveis de emprego nas atividades definido.
das organizações públicas federais, independente de qualquer fa-
tor, bem como, aquele oriundo de demolição ou desmontagem, As funções logísticas primárias (o ciclo crítico)
aparas, acondicionamentos, embalagens e resíduos economica- O conceito de logística identifica aquelas funções ou ativi-
mente aproveitáveis (grifo meu)”, dando importância à logística dades que são de importância primária para atingir os objetivos
reversa nas organizações públicas com o objetivo de racionalizar logísticos de custo e nível de serviço. Estas atividades-chave são:
com minimização de custos o uso de material através de técnicas Transporte, Manutenção de Estoques, Processamento de Pedidos.
modernas que atualizam e enriquecem essa gestão com as desejá- Constituem o “ciclo crítico de atividades logísticas”.
veis condições de operacionalidade, no emprego do material nas O resultado final é prover o cidadão (cliente final) quando e
diversas atividades. onde necessitar, com a melhor alocação de recursos (menor custo).
a. A função logística primária de transportes
Para a maioria das organizações, o transporte é a atividade
logística mais importante simplesmente porque ela absorve, em
média, de um a dois terços dos custos logísticos. É uma atividade

Didatismo e Conhecimento 79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
essencial, pois nenhuma instituição pode operar sem providenciar Intervalo de Aquisição (I)
a movimentação de seu produto (bem/serviço) de alguma forma. Compreende o período entre duas aquisições normais e suces-
Implica na utilização dos modais de transporte para se movimen- sivas (IN 205/88).
tar bens. Este movimento é realizado pelos modais de transporte: Ponto de Pedido (Pp)
aeroviário, dutoviário, ferroviário, hidroviário; rodoviário, inter- É o nível de estoque que, ao ser atingido, determina imediata
modalidade e multimodalidade. Os transportes adicionam valor de emissão de um pedido de compra, visando completar o Estoque
“lugar” ao produto. Máximo. Obtém-se somando ao Estoque Mínimo (Em) o produto
b. A função logística primária de manutenção de estoques do Consumo Médio Mensal (c) pelo Tempo de Aquisição (T) (IN
Para se atingir um grau razoável de disponibilidade de bens, é 205/88).
necessário manter estoques, que agem como “amortecedores” en- Consumo Médio Mensal (c)
tre a disponibilidade e a necessidade (oferta e demanda). O estoque É a média aritmética do consumo nos últimos 12 meses (IN
agrega valor de “tempo”. 205/88).
Na administração pública, a Instrução Normativa Nr. 205, de Estoque Mínimo (Em)
08 de Abril de 1988, da Secretaria de Administração Pública da É a menor quantidade de material a ser mantida em estoque
Presidência da República (SEDAP/PR), trata do assunto no item capaz de atender a um consumo superior ao estimado para certo
DA AQUISIÇÃO: período ou para atender a demanda normal em caso de entrega da
- “As compras de material, para reposição de estoques e/ou nova aquisição. Obtém-se multiplicando o Consumo Médio Men-
para atender necessidade específica de qualquer unidade, deverão, sal (c) por uma fração (f) do tempo de aquisição (T) que deve, em
em princípio, ser efetuadas através do Departamento de Adminis- princípio, variar de 0,25 de T a 0,50 de T (IN 205/88). Essa fração
tração, ou de unidade com atribuições equivalentes ou ainda, pe- (f) do Tempo de Aquisição (T) é o chamado fator de risco que
las correspondentes repartições que, no território nacional, sejam a organização está disposta a assumir com relação à ocorrência
projeções dos órgãos setoriais ou seccionais, (delegacias, distritos, de falta de estoque. É básico para o adequado estabelecimento do
etc.)”. Ponto de Pedido (Pp).
Uma questão importante é saber qual o nível de estoque mais Estoque Máximo (EM)
adequado para a organização. Para isso, crescem em importância É a maior quantidade de material admissível em estoque, sufi-
para a gestão de estoques as variáveis “quantidade” e “tempo”. ciente para o consumo em certo período, devendo-se considerar a
Essas variáveis compõem os chamados fatores de ressuprimento. área de armazenagem, disponibilidade financeira, imobilização de
POZO expressa que uma das técnicas utilizadas para a avalia- recursos, intervalo e tempo de aquisição, perecimento, obsoletis-
ção dos níveis de estoques é o enfoque da dimensão do “lote eco- mo, etc. Obtém-se somando ao Estoque Mínimo (Em) o produto
nômico” para a manutenção de níveis de estoques satisfatórios e do Consumo Médio Mensal (c) pelo Intervalo de Aquisição (I) (IN
que é denominado de “sistema máximo-mínimo”. O funcionamen- 205/88).
to do sistema consiste na necessidade nas seguintes informações Quantidade a Ressuprir (Q)
básicas para cada material: É o número de unidades a adquirir para recompor o Estoque
- Estoque mínimo ou de segurança que se deseja manter Máximo. Obtém-se multiplicando o Consumo Médio Mensal (c)
(EMin/ESeg); pelo Intervalo de Aquisição (I) (IN 205/88).
- O momento em que nova quantidade de material deve ser No item SANEAMENTO DE MATERIAL, a IN 205/88 ex-
adquirida, o Ponto do Pedido (PP); pressa que essa atividade visa a otimização física dos materiais
- O tempo necessário para repor o material (TR); em estoque ou em uso decorrente da simplificação de variedades,
- A quantidade de material que deve ser adquirida, ou seja, o reutilização, recuperação e movimentação daqueles considerados
Lote de Compra ou Ressuprimento (LC); e ociosos ou recuperáveis, bem como a alienação dos antieconômi-
- Quando o material é recebido e aceito pela organização, tem- cos e irrecuperáveis”; “Os estoques devem ser objeto de constantes
se o estoque máximo (EMax). Revisões e Análises. Essas atividades são responsáveis pela iden-
A IN 205/88, no item RENOVAÇÃO DE ESTOQUE, empre- tificação dos itens ativos e inativos”.
ga essas variáveis quando expressa que o acompanhamento dos c. A função logística primária de processamento de pedidos
níveis de estoque e as decisões de “quando” e “quanto” comprar É a atividade que inicializa a movimentação de bens e a pres-
deverão ocorrer em função da aplicação de fatores de ressupri- tação de serviços. Sua importância deriva do tempo necessário
mento e suas respectivas fórmulas constantes no dispositivo legal para levar bens e serviços aos consumidores.
e aplicáveis à gerência de estoques. Os fatores de ressuprimento Para a organização pública, o início dessa atividade pode ser
são: Tempo de Aquisição, Intervalo de Aquisição, Ponto de Pedi- considerado por ocasião do levantamento das necessidades organi-
do, Consumo Médio Mensal, Estoque Mínimo, Estoque Máximo e zacionais, no ano vigente, a serem incluídas na previsão orçamen-
Quantidade a Ressuprir. Como pode-se inferir esses fatores cons- tária para o exercício financeiro do ano seguinte. Após a liberação
tituem o sistema máximo-mínimo com o enfoque da dimensão do orçamentária no início do ano em exercício é que as instituições
lote econômico para a manutenção de níveis de estoques satisfa- podem começar a realizar seus processos de licitações e contratos.
tórios. Essa consideração visa esclarecer uma prática bastante co-
Tempo de Aquisição (T) mum nas organizações públicas quanto à solicitação de material
Conforme consta no item RENOVAÇÃO DE ESTOQUE, da feita pelas áreas demandantes. É comum o entendimento equivo-
IN 205/88, é entendido como o período decorrido entre a emissão cado de que o pedido de material feito pela área demandante é
do pedido de compra e o recebimento do material no Almoxarifado para efetuar a compra, ou seja, um “pedido de compra”. O pedido
(relativo, sempre, à unidade mês). realizado é para “fornecimento” através de uma requisição ou ta-

Didatismo e Conhecimento 80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
bela de provisão (IN 205/88). A definição do “quanto comprar” No setor público, pode-se inferir que essa função logística está
já deve ter sido realizada por ocasião do processo de previsão do caracterizada na Instrução Normativa Nr. 205/88, no item ARMA-
orçamento no ano anterior, e a consequente liberação orçamentária ZENAGEM, onde se verifica: “os materiais devem ser estocados
no ano vigente para a decisão dos gestores em relação ao “quando de modo a possibilitar uma fácil inspeção e um rápido inventário”;
comprar”, com os ajustes, se for o caso, na definição do “quanto “os materiais que possuem grande movimentação devem ser esto-
comprar”. Esse esclarecimento é importante pois visa valorizar o cados em lugar de fácil acesso e próximo das áreas de expedição e
planejamento na instituição. o material que possui pequena movimentação deve ser estocado na
É importante destacar que a descrição do material para o Pedi- parte mais afastada das áreas de expedição”; “os materiais jamais
do de Compra deverá ser elaborada através do método Descritivo, devem ser estocados em contato direto com o piso. É preciso utili-
que identifica com clareza o item através da enumeração de suas zar corretamente os acessórios de estocagem para os proteger”; “a
características físicas, mecânicas, de acabamento e de desempe- arrumação dos materiais não deve prejudicar o acesso as partes de
nho, possibilitando sua perfeita caracterização para a boa orien- emergência, aos extintores de incêndio ou à circulação de pessoal
tação do processo licitatório e deverá ser utilizada com absoluta especializado para combater a incêndio (Corpo de Bombeiros)”;
prioridade, sempre que possível. E pelo método Referencial, que
“os materiais da mesma classe devem ser concentrados em locais
identifica indiretamente o item, através do nome do material, alia-
adjacentes, a fim de facilitar a movimentação e inventário”; “os
do ao seu símbolo ou número de referência estabelecido pelo fa-
materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados nas partes
bricante, não representando necessariamente preferência de marca
(IN 205/88). inferiores das estantes e porta-estrados, eliminando-se os riscos de
As necessidades de uma organização pública são atendidas acidentes ou avarias e facilitando a movimentação”; e “quando o
por BENS contratados por meio de atividades de COMPRAS, por material tiver que ser empilhado, deve-se atentar para a segurança
SERVIÇOS que são contratados para a sua PRESTAÇÃO, e por e altura das pilhas, de modo a não afetar sua qualidade pelo efeito
OBRAS que são contratadas para a sua EXECUÇÃO. da pressão decorrente, o arejamento (distância de 70 cm aproxi-
Esses contratos são oriundos de um procedimento adminis- madamente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes)”.
trativo formal chamado de LICITAÇÃO, em que o órgão público c. A função logística de apoio de embalagem de proteção
convoca, por meio de condições estabelecidas em ato próprio (edi- Destina-se a movimentar bens sem danificá-los. No governo,
tal/convite) as empresas interessadas. Tem por objetivos a obser- a IN 205/88, disponível no sítio eletrônico do “comprasnet”, apre-
vância do princípio constitucional da ISONOMIA e a seleção da senta, no item ARMAZENAGEM, as atividades a serem realiza-
PROPOSTA MAIS VANTAJOSA para a administração pública. das pelo gestor público nesta função logística: “os materiais devem
As funções logísticas de apoio ser conservados nas embalagens originais e somente abertos quan-
Apoiam as atividades primárias: Armazenagem, Manuseio de do houver necessidade de fornecimento parcelado, ou por ocasião
Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, Programação de da utilização”; “a arrumação dos materiais deve ser feita de modo
Produtos e Manutenção de Informação. a manter voltada para o lado de acesso ao local de armazenagem
a. A função logística de apoio de armazenagem a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcação do item,
Uma questão básica do gerenciamento logístico nas organiza- permitindo a fácil e rápida leitura de identificação e das demais
ções públicas é como estruturar sistemas de distribuição/prestação informações registradas”.
capazes de atender, otimizando a aplicação de recursos, o cida- d. A função logística de apoio de obtenção
dão-cliente geograficamente disperso das fontes de distribuição/ A função obtenção é também tratada como suprimentos e
prestação de um bem/serviço, oferecendo níveis de serviço cada aquisição. Independente do termo usado é basicamente uma fun-
vez mais altos em termos de disponibilidade de estoque e tempo ção de compras. O termo “compras”, para o órgão ou entidade pú-
de atendimento. blica, deve ser entendido como toda aquisição remunerada de bens
A Instrução Normativa Nr. 205, de 08 de Abril de 1988, trata para o fornecimento de uma só vez ou parceladamente (
do assunto no item RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO de materiais
Art. 6º da Lei 8.666/93).
para as entidades públicas. Expressa que o recebimento é o ato
Segundo BALLOU a “obtenção ou aquisição” refere-se àque-
pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público
no local previamente designado, não implicando em aceitação. las atividades que ocorrem entre a organização e os seus forne-
Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do cedores e, geralmente, dá a impressão de tratar-se de “compras”.
material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almo- Para o autor existem três variáveis-chave no processo de forneci-
xarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser mento para a organização: o preço, a qualidade e a disponibilidade
estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais de- ou entrega do produto. É a atividade que deixa o BEM disponível
signados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de para o sistema produtivo organizacional. Devem-se considerar as
entrada do material será sempre no almoxarifado. O recebimento, seguintes decisões: quantidades a serem obtidas; programação de
rotineiramente, nos órgãos sistêmicos, decorrerá de: compra, ces- compras; localização de fornecedores e a forma física das merca-
são, doação, permuta, transferência, produção interna. dorias:
No item ARMAZENAGEM expressa que essa atividade com- As quantidades a serem obtidas envolvem decisões sobre “o
preende a guarda, localização, segurança e preservação do material que deve ser comprado” de fontes externas e sobre “o que pode
adquirido, a fim de suprir adequadamente as necessidades opera- ser produzido” pela empresa. Por sua vez, as quantidades a serem
cionais das unidades integrantes da estrutura do órgão ou entidade. compradas devem ser abordadas pelo total a ser comprado e pelo
b. A função logística de apoio de manuseio de materiais tamanho do lote individual de entrega e/ou de compra.
Diz respeito à movimentação do bem no local de estocagem. A programação de compras envolve os aspectos de volume
São atividades: de seleção do equipamento de movimentação e ba- e da frequência das compras. A determinação do “tempo certo” é
lanceamento da carga de trabalho. uma questão-chave.

Didatismo e Conhecimento 81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
A localização de fornecedores envolve a “variável distância” Para realizar a integração das funções logísticas, o gestor pú-
que implica no tempo para a entrega do suprimento. Fontes próxi- blico deve se valer de informações, além daquelas sobre os obje-
mas têm vantagens, pois a entrega pode ser mais rápida e há menor tivos da análise dos fatores ambientais, as relativas ao fornecedor,
risco de interrupções no transporte. às funções logísticas críticas (transporte, manutenção de estoque
A forma física das mercadorias influencia o fluxo de materiais e processamento de pedidos) e as funções logísticas de apoio
entre o fornecedor e o comprador, sendo essencial para a eficiência (armazenagem, manuseio de materiais, embalagem de proteção,
da movimentação no que se refere ao uso de equipamentos ade- obtenção, programação de produto) cujo resultado será o estabe-
quados para a movimentação, à conversão de um para outro tipo de lecimento do nível de serviço desejado, possível e adequado às
acondicionamento da mercadoria, ao volume e/ou peso do material características do público-alvo organizacional. A necessidade de
e no modal de transporte mais apropriado. informação sobre essas áreas agrega valor às atividades adminis-
Ainda segundo BALLOU, a “aquisição ou obtenção” é vista trativas organizacionais, permitindo melhor coordenação entre os
como uma extensão da programação do processo produtivo orga- envolvidos no negócio público, configurando uma engrenagem
nizacional, pois é onde são geradas as informações de QUANDO logística.
e QUANTO “comprar” (grifo meu). Enfim, para a organização pública, a importância da Logística
Para a organização pública, podemos observar a necessidade está no fato de que ela permite administrar o fluxo dos bens/servi-
dessas informações na IN 205/88 em seu item RENOVAÇÃO DE ços de onde eles são transformados para o local certo de consumo,
ESTOQUE onde expressa que o acompanhamento dos níveis de na forma desejada, no tempo certo e com o emprego adequado dos
estoque e as decisões de QUANDO e QUANTO “comprar” (grifo recursos públicos disponíveis, proporcionando o nível de serviço
meu) deverá ocorrer em função da aplicação de fórmulas constan- desejado pela sociedade. Um sistema logístico eficiente permite
tes na referida Instrução Normativa. uma região geográfica explorar suas vantagens inerentes pela es-
Ainda na IN 205/88, pode ser encontrado no item DA REQUI- pecialização de seus esforços produtivos naqueles produtos que ela
SIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: “A guia de remessa de material (ou tem vantagens e pela exportação desses produtos às outras regiões.
nota de transferência), além de outros dados informativos julga- Pelo exposto, pode-se verificar que aplicar a técnica logísti-
dos necessários, deverá conter: descrição padronizada do material; ca nas atividades administrativas de uma organização pública é
quantidade; unidade de medida; preços (unitário e total); número estabelecer uma relação entre os dispositivos legais e normativos
de volumes; peso; acondicionamento e embalagem; e grau de fra- vigentes para o setor público com os conceitos e procedimentos
gilidade ou perecibilidade do material”. logísticos aplicáveis às atividades funcionais do gestor público e
No setor público, pode-se considerar a aplicação do concei- aos processos administrativos de sua instituição com vistas: a uma
to de AQUISIÇÃO ou OBTENÇÃO na IN 205/88 no item DA convergência aos padrões internacionais de logística aplicados a
AQUISIÇÃO onde descreve que as “compras” de material, para uma organização (pública ou privada); a adoção de procedimentos
reposição de estoques e/ou para atender necessidade específica de e práticas que permitam o reconhecimento, a mensuração, a ava-
qualquer unidade, deverão, em princípio, ser efetuadas através do liação e a evidenciação das funções logísticas nas atividades admi-
Departamento de Administração, ou de unidade com atribuições nistrativas públicas; a configuração de um sistema logístico no âm-
equivalentes ou ainda, pelas correspondentes repartições que, no bito da organização, valendo-se dos instrumentos administrativos
território nacional, sejam projeções dos órgãos setoriais ou sec- existentes; e a caracterização e a consolidação das informações de
cionais. natureza logística constantes nos sistemas estruturadores do go-
e. A função logística de apoio de programação do produto verno e nos dispositivos legais e normativos para a administração
Não diz respeito à programação detalhada da produção, exe- pública.
cutada diariamente pelos programadores de produção. Lida com a Custos Logísticos
distribuição de bens e/ ou prestação de serviço. Trata do fluxo de Muitas pessoas que estudam e trabalham com logística às ve-
saída. zes tem dificuldade em definir o que é a logística, e o que compõe
Nas organizações públicas, a missão institucional estabelece o processo logístico. Quando se está em uma empresa, é essencial
o produto organizacional e o seu regimento interno regula as ati- saber para onde o dinheiro está indo (ou por onde está saindo!),
vidades administrativas a serem desenvolvidas para a consecução e compreender quais são os componentes dos custos logísticos é
de metas e objetivos estabelecidos para atender as necessidades do essencial nessa área.
público-alvo organizacional, caracterizando essa função logística. A função mais conhecida da logística são os transportes, e
f. A função logística de apoio de manutenção de informação eles representam o maior percentual dos custos logísticos para a
Segundo, CHOPRA e MEINDL, a informação é crucial para o maioria das empresas. Considerando que a matriz de transporte
desempenho das funções logísticas em qualquer organização por- brasileira, que utiliza fundamentalmente o transporte rodoviário
que disponibiliza fatos e dados para o gestor agrupá-los e analisá mesmo para longas distâncias, faz com que os custos de trans-
-los a fim de tomar decisões administrativas organizacionais. portes sejam muito elevados, o que influencia o custo final dos
Como toda organização integra uma ou várias cadeias de su- produtos e a competitividade de nossas empresas. Assim, o custo
primentos a informação se torna ainda mais importante porque de transporte é composto por custos fixos e variáveis. Os fixos
permite que a gerência tome decisões sobre um amplo escopo que incluem depreciação da frota, salários, manutenção. Os variáveis
abrange interação de funções e interação com outras instituições, incluem: combustíveis, pneus, lubrificantes, dentre outros. Caso
sendo influenciada por fatores do ambiente externo à organização, o transporte seja terceirizado, então todo o custo é pago na forma
tais como: econômico, político-legal, sociocultural, tecnológico, de frete.
fisiográfico e ecológico.

Didatismo e Conhecimento 82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
Outro fator importante na composição dos custos logísticos produtos, entretanto, cria dificuldades para a identificação de quais
são os estoques. Se o transporte é rápido e frequente, então pode- unidades foram vendidas e quais ficaram em estoque. Mesmo
mos manter níveis de estoques baixos, mas pagaremos caro pelo quando avanços na tecnologia permitem que a empresa acompa-
transporte. Por outro lado, se os lotes são grandes (grandes volu- nhe cada item de seu estoque, ela pode preferir não fazê-lo, dados
mes, pouca frequência), então o estoque médio será alto e custo de os custos envolvidos. (STICKNEY, 2001, p.339). Desta forma,
estocagem será elevado. O custo do estoque é composto por diver- surge a dúvida sobre qual preço unitário deve ser atribuído a tais
sos elementos: (1) o próprio valor do estoque que poderia estar in- estoques na data do balanço. Favaro et al. (1997, p.219), destaca
vestido rendendo juros e pela oportunidade do capital; (2) manter que: “o importante é que de acordo com os princípios contábeis
o estoque também custa dinheiro: seguros, obsolescência, perdas e (do custo original como base de valor), deve se trabalhar com os
outros riscos associados; (3) durante a operação de transportes, um valores de aquisição (entradas) das mercadorias, o que pode variar
pouco do estoque fica indisponível dentro dos caminhões – assim, é o critério adotado para sua valoração”. Considerando esse pon-
o estoque em trânsito também compõe este custo; (4) finalmente, to de vista são varias as possibilidades de atribuição desse valor.
caso os estoques não sejam bem gerenciados, a empresa terá uma Qualquer um dos métodos de valoração dos estoques, quando uti-
falta de produtos, e este custo é difícil de ser mensurado. lizados nas mesmas condições de quantidades e preços, manterá a
O local onde é feita a armazenagem também compõe o cus- situação real das empresas nas mesmas igualdades, com a mesma
to logístico. Assim, o custo com armazenagem envolve impostos, quantidade de estoque, porém segundo Favaro et al. (1997, p.253),
luz, conservação (ou aluguel caso o armazém seja alugado); para os resultados são influenciados pelos diferentes critérios de valora-
manusear os produtos são necessários equipamentos de movimen- ção de seus estoques, que provocam diferença no custo das merca-
tação e armazenagem, além de salários (e encargos) dos funcio- dorias vendidas interferindo assim na obtenção do lucro bruto na
nários. Demonstração de Resultado do Exercício. Isso quer dizer que os
Um pouco menores, mas também importantes de serem consi- resultados obtidos são diferentes, em consequência dos critérios de
derados, estão os custos do pedido: custos relacionados ao material atribuição de custos utilizados, embora todos tenham como base o
utilizado (papel, materiais de escritório, computadores), custos de mesmo custo de aquisição.
pessoal (salários e encargos) e os custos indiretos (luz, telefone,
dentre outros). Alguns critérios de avaliação de estoques:
GESTÃO DE ESTOQUE - Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), do in-
glês, FIFO (first-in, first-out), ou seja, os primeiros artigos a entra-
Um dos itens mais importantes do Ativo de uma empresa co- rem no estoque, serão aqueles que sairão em primeiro lugar, deste
mercial é o estoque. Essa importância advém não só de sua alta modo o custo da matéria-prima deve ser considerado pelo valor
participação percentual no total do Ativo, mas também do fato de compra desses primeiros artigos. O estoque apresenta uma re-
de ser a partir dele que se determina o custo das mercadorias ou lação forte com o custo de reposição, pois esse estoque representa
produtos vendidos. O estoque representa o custo das mercadorias os preços pagos recentemente, adotar este método, faz com que
possuídas por uma empresa numa data especifica. Ou seja, é uma haja oscilação dos preços sobre os resultados, pois as saídas são
conta que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta uma das prin-
transformados. cipais razões pelas quais alguns se mostram contrários a este mé-
O tipo de estoque que uma empresa possui, depende do seu todo. As vantagens o desse método consistem no controle preciso
objetivo social: se for uma empresa que comercializa produtos, ela dos materiais, pois são ordenados em uma base contínua de acordo
compra e vende os mesmos produtos e seu estoque é constituído com sua entrada, o que é importante, quando se trata de produtos
de mercadorias. Assim sendo, a venda de estoques gera receita de sujeitos a mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.;
vendas, custo de mercadorias ou produtos vendidos e estoque final. o resultado obtido revela o custo real dos artigos específicos utili-
O termo Custo de Mercadorias entende-se que é o preço pago pela zados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do estoque e
mercadoria, acrescido de outras despesas para movimentação do a baixa dos mesmos é dada de uma maneira sistemática e lógica.
estoque, deduzido os impostos recuperáveis e o valor de mercado. - Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do inglês
O princípio básico é que o custo das mercadorias adquiridas LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar estoque bastante
deve compreender todos os gastos que a empresa realiza para ad- discutido. O custo do estoque é obtido como se as unidades mais
quiri-las e colocá-las em condições de serem vendidas. Para uma recentes adicionadas ao estoque (últimas a entrar) fossem as pri-
empresa que compra e vende mercadorias, tais custos incluem o meiras unidades vendidas (saídas). Pressupõe-se, deste modo, que
preço de compra e os gastos com transporte, recepção, inspeção e o estoque final consiste nas unidades mais antigas e é avaliado ao
colocação nas prateleiras, além de custos administrativos associa- custo das mesmas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS,
dos ao controle dos estoques. (STICKNEY, 2001, P.340). Diante o custo dos artigos vendidos (saídas) tende a refletir no custo dos
da existência do custo das mercadorias e do valor de mercado, sur- artigos comprados mais recentemente (comprados ou produzidos).
ge a necessidade de escolher o menor valor para avaliar o estoque. Também permite reduzir os lucros líquidos expostos. As vantagens
O problema para se chegar a essa conclusão, prende-se ao fato da de utilização deste método consistem na apuração correta de seus
empresa ter em estoque o mesmo produto adquirido em datas dis- custos correntes; o estoque é avaliado em termos do nível de preço
tintas, com custos unitários diferentes. da época em que o UEPS foi introduzido; é uma forma de se cus-
Se a empresa conseguir identificar qual unidade foi vendida tear os artigos consumidos de uma maneira realista e sistemática;
e quais unidades ficaram em estoque no final do período, a men- em períodos de alta de preços, os preços maiores das compras mais
suração do custo das mercadorias vendidas e do estoque final não recentes, são ajustados mais rapidamente às produções, reduzindo
apresenta problemas. A semelhança física entre unidades de alguns o lucro. No entanto, não é aceito pela legislação brasileira.

Didatismo e Conhecimento 83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
- Custo Médio é o método utilizado nas empresas brasilei- A empresa que não faz a previsão de compras encontra difi-
ras para atendimento à legislação fiscal. Empresas multinacionais culdades para manter seus estoques de forma equilibrada. Acabam
com operações no Brasil frequentemente têm de avaliar o estoque comprando mercadorias de acordo com as necessidades surgidas
segundo o método da matriz, e também segundo o custo médio correndo o risco de não ter produtos em épocas que o volume de
para atendimento à legislação brasileira. Esse método permite que vendas cresce. Perdendo dessa forma, oportunidade de aumentar
as empresas realizem um controle permanente de seus estoques, e suas vendas, perdendo clientes e, consequentemente, diminuído o
que a cada aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atuali- lucro da empresa. E não tendo a previsão correta de compras, ele
zado, pelo método do custo médio ponderado. pode comprar um volume inadequado de mercadorias aumentando
Geralmente as empresas que não possuem uma boa política de o custo de manutenção dos estoques. Para Stickney (2001, p.362):
estocagem e vivem um dilema: quanto a empresa deve estocar para “Manter estoques – ou como também se diz, carregar estoques -
que seus interesses e os dos seus clientes sejam atendidos de forma gera custos”. Isso ocorre, porque quanto maior a quantidade de
satisfatória? A esse respeito, o Planejamento é um dos principais mercadorias estocadas, maior será o espaço físico necessário para
instrumentos para o estabelecimento de uma política de estocagem guardá-las, maior o número de funcionários necessários e maiores
eficiente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque eleva- os gastos para controle do estoque. Além disso, o mesmo autor
do para atender melhor o cliente e a área de produção prefere tam- destaca que pelo menos uma pequena quantidade de mercadorias
bém trabalhar com uma maior margem de segurança de estoque. precisa ser mantida em estoque para satisfazer às necessidades dos
Em contrapartida, o departamento financeiro quer estoques clientes à medida que elas apareçam.
reduzidos para diminuir o capital investido e melhorar seu fluxo
de caixa. Segundo Erasmo (2006), planejar esta atividade é fun- QUESTÕES
damental, porque de um bom planejamento virão, por exemplo,
uma menor necessidade de capital de giro e uma margem de lucro 01. No que se refere ao gerenciamento da informação e à ges-
maior”. Por esse motivo, os empresários devem estar atentos aos tão de documentos, julgue os itens subsequentes.
objetivos da empresa para definir as quantidades corretas de cada
mercadoria que deve estar no estoque em um determinado período Por atenderem a necessidades especiais, os documentos do
de tempo, para que a empresa não sofra nenhum prejuízo. arquivo corrente podem permanecer distantes de seus usuários di-
E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar gran- retos.
des quantias em estoque e que manter uma empresa com uma boa ( ) Certo ( ) Errado
variedade de produtos exige uma imobilização elevada de capital 02. O arquivo constituído por documentos que são de uso ex-
de giro, ele deve saber exatamente o equilíbrio entre a quantidade clusivo da unidade que os gerou ou recebeu, denomina-se
de compras suficiente para um determinado período de vendas e a (A) ostensivo.
variedade de artigos para que os clientes tenham opção de escolha. (B) sigiloso.
Para que isso aconteça, é importante que o empresário levante pe- (C) permanente.
riodicamente a média mensal de compras para compará-las com as (D) intermediário.
vendas e, com isso, saber se o investimento em mercadorias está (E) corrente.
tendo o retorno desejado.
O ato de comprar deve ser sempre precedido de um bom pla- 03. Com relação à gestão de documentos, julgue o item que
nejamento. A compra de mercadorias envolve a colocação do pe- se segue.
dido, o recebimento e a inspeção das mercadorias encomendadas Para facilitar o acesso rápido ao material, recomenda-se que
e o registro da compra. Rigorosamente, o comprador de uma mer- arquivos correntes sejam armazenados em caixas-arquivo.
cadoria somente deveria registrar a compra quando a propriedade ( ) Certo ( ) Errado
legal da mercadoria adquirida passasse do vendedor para o com-
prador. Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades 04. Em relação ao arquivo corrente, NÃO se pode afirmar que:
legais associadas ao contrato entre as duas partes. E para que isso (A) Tem valor primário.
aconteça, é de grande importância a elaboração de uma previsão (B) Abrange apenas documentos em tramitação.
de compras. Nas empresas comerciais, essa previsão é complicada, (C) Abrange documentos em tramitação ou não.
pois o numero de mercadorias comercializadas é muito grande. As (D) É objeto de consultas frequentes.
empresas preferem vender tanto quanto possível, com um numero
mínimo de capital empatado em estoque. Por isso, a previsão deve 05. Os documentos correntes são de acesso restrito e devem
ser elaborada pelos diversos setores funcionais da empresa, obser- ficar próximos aos servidores que são seus usuários diretos.
vando-se as características e peculiaridades do mercado fornece- ( ) Certo ( ) Errado
dor e do comportamento das vendas (STICKNEY, 2001).
É aconselhável que sejam feitas previsões individuais para 06. Quando o documento de arquivo tem uma grande pos-
cada setor ou departamento e reuni-las posteriormente em uma só, sibilidade de uso, ele deve ser considerado como documento do
facilitando o planejamento das compras. Depois de preparada a arquivo corrente.
previsão de compras, esta deve ser ajustada ás condições finan- ( ) Certo ( ) Errado
ceiras da empresa. Isso deve ser feito em reunião com os encarre-
gados de compras, os encarregados de vendas e os encarregados
pelo controle financeiro para que se encontre um equilíbrio entre
os setores.

Didatismo e Conhecimento 84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS/ Auxiliar em Administração
07. No que se refere ao gerenciamento da informação e à ges-
tão de documentos, julgue o item subsequente.
Após passarem pelos arquivos correntes, os documentos de
arquivo podem ser eliminados, ser encaminhados ao arquivo in-
termediário, ou, ainda, ser recolhidos aos arquivos permanentes.
( ) Certo ( ) Errado

08. Considere os nomes a seguir:

1. Alberto Soares Júnior


2. João Castelo Branco 3. Everaldo Santo Cristo
4. Dr.Alexandre Silva
5. Maria Cardoso Silva

O nome arquivado corretamente, segundo o método alfabé-


tico, é:
(A) Júnior, Alberto Soares
(B) Branco, João Castelo
(C) Santo Cristo, Everaldo
(D) Silva, Dr.Alexandre
(E) Cardoso Silva, Maria

09. O método de arquivamento alfanumérico, que consiste na


combinação de letras e números, pertence ao sistema indireto.
( ) Certo ( ) Errado
(01-Errado), (02-E), (03-Errado), (04-B), (05-Certo), (06-Cer-
to), (07-Certo), (08-C), (09-Errado)

Didatismo e Conhecimento 85

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