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CÓD: SL-012JL-22

7908433224136

AQUIDAUANA
CÂMARA MUNICIPAL DE AQUIDAUANA
ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL – MS

Agente Administrativo
EDITAL N. º 001/2022
DICA

Como passar em um concurso público?


Todos nós sabemos que é um grande desafio ser aprovado em concurso público, dessa maneira é muito importante o concurseiro
estar focado e determinado em seus estudos e na sua preparação.
É verdade que não existe uma fórmula mágica ou uma regra de como estudar para concursos públicos, é importante cada pessoa
encontrar a melhor maneira para estar otimizando sua preparação.
Algumas dicas podem sempre ajudar a elevar o nível dos estudos, criando uma motivação para estudar. Pensando nisso, a Solução
preparou este artigo com algumas dicas que irão fazer toda a diferença na sua preparação.

Então mãos à obra!

• Esteja focado em seu objetivo: É de extrema importância você estar focado em seu objetivo: a aprovação no concurso. Você vai ter
que colocar em sua mente que sua prioridade é dedicar-se para a realização de seu sonho.
• Não saia atirando para todos os lados: Procure dar atenção a um concurso de cada vez, a dificuldade é muito maior quando você
tenta focar em vários certames, pois as matérias das diversas áreas são diferentes. Desta forma, é importante que você defina uma
área e especializando-se nela. Se for possível realize todos os concursos que saírem que englobe a mesma área.
• Defina um local, dias e horários para estudar: Uma maneira de organizar seus estudos é transformando isso em um hábito,
determinado um local, os horários e dias específicos para estudar cada disciplina que irá compor o concurso. O local de estudo não
pode ter uma distração com interrupções constantes, é preciso ter concentração total.
• Organização: Como dissemos anteriormente, é preciso evitar qualquer distração, suas horas de estudos são inegociáveis. É
praticamente impossível passar em um concurso público se você não for uma pessoa organizada, é importante ter uma planilha
contendo sua rotina diária de atividades definindo o melhor horário de estudo.
• Método de estudo: Um grande aliado para facilitar seus estudos, são os resumos. Isso irá te ajudar na hora da revisão sobre o assunto
estudado. É fundamental que você inicie seus estudos antes mesmo de sair o edital, buscando editais de concursos anteriores. Busque
refazer a provas dos concursos anteriores, isso irá te ajudar na preparação.
• Invista nos materiais: É essencial que você tenha um bom material voltado para concursos públicos, completo e atualizado. Esses
materiais devem trazer toda a teoria do edital de uma forma didática e esquematizada, contendo exercícios para praticar. Quanto mais
exercícios você realizar, melhor será sua preparação para realizar a prova do certame.
• Cuide de sua preparação: Não são só os estudos que são importantes na sua preparação, evite perder sono, isso te deixará com uma
menor energia e um cérebro cansado. É preciso que você tenha uma boa noite de sono. Outro fator importante na sua preparação, é
tirar ao menos 1 (um) dia na semana para descanso e lazer, renovando as energias e evitando o estresse.

Se prepare para o concurso público


O concurseiro preparado não é aquele que passa o dia todo estudando, mas está com a cabeça nas nuvens, e sim aquele que se
planeja pesquisando sobre o concurso de interesse, conferindo editais e provas anteriores, participando de grupos com enquetes sobre
seu interesse, conversando com pessoas que já foram aprovadas, absorvendo dicas e experiências, e analisando a banca examinadora do
certame.
O Plano de Estudos é essencial na otimização dos estudos, ele deve ser simples, com fácil compreensão e personalizado com sua
rotina, vai ser seu triunfo para aprovação, sendo responsável pelo seu crescimento contínuo.
Além do plano de estudos, é importante ter um Plano de Revisão, ele que irá te ajudar na memorização dos conteúdos estudados até
o dia da prova, evitando a correria para fazer uma revisão de última hora.
Está em dúvida por qual matéria começar a estudar? Vai mais uma dica: comece por Língua Portuguesa, é a matéria com maior
requisição nos concursos, a base para uma boa interpretação, indo bem aqui você estará com um passo dado para ir melhor nas outras
disciplinas.

Vida Social
Sabemos que faz parte algumas abdicações na vida de quem estuda para concursos públicos, mas sempre que possível é importante
conciliar os estudos com os momentos de lazer e bem-estar. A vida de concurseiro é temporária, quem determina o tempo é você,
através da sua dedicação e empenho. Você terá que fazer um esforço para deixar de lado um pouco a vida social intensa, é importante
compreender que quando for aprovado verá que todo o esforço valeu a pena para realização do seu sonho.
Uma boa dica, é fazer exercícios físicos, uma simples corrida por exemplo é capaz de melhorar o funcionamento do Sistema Nervoso
Central, um dos fatores que são chaves para produção de neurônios nas regiões associadas à aprendizagem e memória.
DICA

Motivação
A motivação é a chave do sucesso na vida dos concurseiros. Compreendemos que nem sempre é fácil, e às vezes bate aquele desânimo
com vários fatores ao nosso redor. Porém tenha garra ao focar na sua aprovação no concurso público dos seus sonhos.
Caso você não seja aprovado de primeira, é primordial que você PERSISTA, com o tempo você irá adquirir conhecimento e experiência.
Então é preciso se motivar diariamente para seguir a busca da aprovação, algumas orientações importantes para conseguir motivação:
• Procure ler frases motivacionais, são ótimas para lembrar dos seus propósitos;
• Leia sempre os depoimentos dos candidatos aprovados nos concursos públicos;
• Procure estar sempre entrando em contato com os aprovados;
• Escreva o porquê que você deseja ser aprovado no concurso. Quando você sabe seus motivos, isso te da um ânimo maior para seguir
focado, tornando o processo mais prazeroso;
• Saiba o que realmente te impulsiona, o que te motiva. Dessa maneira será mais fácil vencer as adversidades que irão aparecer.
• Procure imaginar você exercendo a função da vaga pleiteada, sentir a emoção da aprovação e ver as pessoas que você gosta felizes
com seu sucesso.

Como dissemos no começo, não existe uma fórmula mágica, um método infalível. O que realmente existe é a sua garra, sua dedicação
e motivação para realizar o seu grande sonho de ser aprovado no concurso público. Acredite em você e no seu potencial.
A Solução tem ajudado, há mais de 36 anos, quem quer vencer a batalha do concurso público. Se você quer aumentar as suas chances
de passar, conheça os nossos materiais, acessando o nosso site: www.apostilasolucao.com.br

Vamos juntos!
ÍNDICE

Língua Portuguesa
1. Interpretação de textos; Coesão e coerência textual. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
2. Ortografia; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
3. Classes gramaticais; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
4. Acentuação; Regras de acentuação e seus pré-requisitos; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
5. Crase; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6. Tipos de sujeito: simples, composto e oculto; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
7. Concordância nominal e verbal; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
8. Regência verbal; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
9. Pontuação; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 33
10. Linguagem denotativa e conotativa; Sinônimos e antônimos; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34

Matemática
1. Conjuntos Numéricos: Inteiros, Fracionários. Operações: Adição, Subtração, Divisão, Multiplicação, Potenciação. Problemas Sobre as
Operações: Adição, Subtração, Divisão, Multiplicação, Potenciação. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
2. Regra de Três Simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
3. Juros e Descontos Simples. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
4. Equações de Primeiro e Segundo Graus. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 49
5. Elementos de Geometria: Triângulos, Quadriláteros, Cubo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
6. Sistemas de Medidas: Comprimento, Área, Volume, Massa, Capacidade, Tempo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 58
7. Sistema Monetário Brasileiro. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60

Conhecimentos Específicos
Agente Administrativo
1. Uso de correio eletrônico, preparo de mensagens (anexação de arquivos, cópias) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 71
2. Microsoft Word 2003 ou superior: estrutura básica dos documentos, edição e formatação de textos, cabeçalhos, parágrafos, fontes,
colunas, marcadores simbólicos e numéricos, e tabelas, impressão, ortografia e gramática, controle de quebras, numeração de pági-
nas, legendas, índices, inserção de objetos, campos predefinidos, caixas de texto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
3. Microsoft Excel 2003 ou superior: estrutura básica das planilhas, conceitos de células, linhas, colunas, pastas e gráficos, elaboração
de tabelas e gráficos, uso de fórmulas, funções e macros, impressão, inserção de objetos, campos predefinidos, controle de quebras,
numeração de páginas, obtenção de dados externos, classificação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 83
4. Microsoft Windows XP/2000 ou superior: conceito de pastas, diretórios, arquivos e atalhos, área de trabalho, área de trans-
ferência, manipulação de arquivos e pastas, uso dos menus, programas e aplicativos, interação com o conjunto de aplicativos
Microsoft Office . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 88
5. Navegação Internet, conceitos de URL, links, sites, impressão de páginas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 95

Legislações do Município
1. Lei Orgânica do Município de Aquidauana; . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
2. Plano Diretor de Aquidauana (Lei complementar nº 009/2008); . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
3. Plano de Cargos e Carreiras e Vencimentos PCCV, do Poder Legislativo do Municipio de Aquidauana/MS e suas alterações; . . . 101
4. Regimento Interno da Câmara Municipal (Resolução nº 002/2008) . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 101
LÍNGUA PORTUGUESA

• Linguagem não-verbal é aquela que utiliza somente imagens,


INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS. COESÃO E fotos, gestos... não há presença de nenhuma palavra.
COERÊNCIA TEXTUAL

Compreensão e interpretação de textos


Chegamos, agora, em um ponto muito importante para todo o
seu estudo: a interpretação de textos. Desenvolver essa habilidade
é essencial e pode ser um diferencial para a realização de uma boa
prova de qualquer área do conhecimento.
Mas você sabe a diferença entre compreensão e interpretação?
A compreensão é quando você entende o que o texto diz de
forma explícita, aquilo que está na superfície do texto.
Quando Jorge fumava, ele era infeliz.
Por meio dessa frase, podemos entender que houve um tempo
que Jorge era infeliz, devido ao cigarro.
A interpretação é quando você entende o que está implícito,
nas entrelinhas, aquilo que está de modo mais profundo no texto
ou que faça com que você realize inferências. • Linguagem Mista (ou híbrida) é aquele que utiliza tanto as pa-
Quando Jorge fumava, ele era infeliz. lavras quanto as imagens. Ou seja, é a junção da linguagem verbal
Já compreendemos que Jorge era infeliz quando fumava, mas com a não-verbal.
podemos interpretar que Jorge parou de fumar e que agora é feliz.
Percebeu a diferença?

Tipos de Linguagem
Existem três tipos de linguagem que precisamos saber para que
facilite a interpretação de textos.
• Linguagem Verbal é aquela que utiliza somente palavras. Ela
pode ser escrita ou oral.

Além de saber desses conceitos, é importante sabermos iden-


tificar quando um texto é baseado em outro. O nome que damos a
este processo é intertextualidade.

Interpretação de Texto
Interpretar um texto quer dizer dar sentido, inferir, chegar a
uma conclusão do que se lê. A interpretação é muito ligada ao su-
bentendido. Sendo assim, ela trabalha com o que se pode deduzir
de um texto.
A interpretação implica a mobilização dos conhecimentos pré-
vios que cada pessoa possui antes da leitura de um determinado
texto, pressupõe que a aquisição do novo conteúdo lido estabeleça
uma relação com a informação já possuída, o que leva ao cresci-
mento do conhecimento do leitor, e espera que haja uma aprecia-
ção pessoal e crítica sobre a análise do novo conteúdo lido, afetan-
do de alguma forma o leitor.

7
LÍNGUA PORTUGUESA
Sendo assim, podemos dizer que existem diferentes tipos de IDENTIFICANDO O TEMA DE UM TEXTO
leitura: uma leitura prévia, uma leitura seletiva, uma leitura analíti- O tema é a ideia principal do texto. É com base nessa ideia
ca e, por fim, uma leitura interpretativa. principal que o texto será desenvolvido. Para que você consiga
identificar o tema de um texto, é necessário relacionar as diferen-
É muito importante que você: tes informações de forma a construir o seu sentido global, ou seja,
- Assista os mais diferenciados jornais sobre a sua cidade, esta- você precisa relacionar as múltiplas partes que compõem um todo
do, país e mundo; significativo, que é o texto.
- Se possível, procure por jornais escritos para saber de notícias Em muitas situações, por exemplo, você foi estimulado a ler um
(e também da estrutura das palavras para dar opiniões); texto por sentir-se atraído pela temática resumida no título. Pois o
- Leia livros sobre diversos temas para sugar informações orto- título cumpre uma função importante: antecipar informações sobre
gráficas, gramaticais e interpretativas; o assunto que será tratado no texto.
- Procure estar sempre informado sobre os assuntos mais po- Em outras situações, você pode ter abandonado a leitura por-
lêmicos; que achou o título pouco atraente ou, ao contrário, sentiu-se atra-
- Procure debater ou conversar com diversas pessoas sobre ído pelo título de um livro ou de um filme, por exemplo. É muito
qualquer tema para presenciar opiniões diversas das suas. comum as pessoas se interessarem por temáticas diferentes, de-
pendendo do sexo, da idade, escolaridade, profissão, preferências
Dicas para interpretar um texto: pessoais e experiência de mundo, entre outros fatores.
– Leia lentamente o texto todo. Mas, sobre que tema você gosta de ler? Esportes, namoro, se-
No primeiro contato com o texto, o mais importante é tentar xualidade, tecnologia, ciências, jogos, novelas, moda, cuidados com
compreender o sentido global do texto e identificar o seu objetivo. o corpo? Perceba, portanto, que as temáticas são praticamente in-
finitas e saber reconhecer o tema de um texto é condição essen-
– Releia o texto quantas vezes forem necessárias. cial para se tornar um leitor hábil. Vamos, então, começar nossos
Assim, será mais fácil identificar as ideias principais de cada pa- estudos?
rágrafo e compreender o desenvolvimento do texto. Propomos, inicialmente, que você acompanhe um exercício
bem simples, que, intuitivamente, todo leitor faz ao ler um texto:
– Sublinhe as ideias mais importantes. reconhecer o seu tema. Vamos ler o texto a seguir?
Sublinhar apenas quando já se tiver uma boa noção da ideia
principal e das ideias secundárias do texto. CACHORROS
– Separe fatos de opiniões.
O leitor precisa separar o que é um fato (verdadeiro, objetivo Os zoólogos acreditam que o cachorro se originou de uma
e comprovável) do que é uma opinião (pessoal, tendenciosa e mu- espécie de lobo que vivia na Ásia. Depois os cães se juntaram aos
tável). seres humanos e se espalharam por quase todo o mundo. Essa ami-
– Retorne ao texto sempre que necessário. zade começou há uns 12 mil anos, no tempo em que as pessoas
Além disso, é importante entender com cuidado e atenção os precisavam caçar para se alimentar. Os cachorros perceberam que,
enunciados das questões. se não atacassem os humanos, podiam ficar perto deles e comer a
comida que sobrava. Já os homens descobriram que os cachorros
– Reescreva o conteúdo lido. podiam ajudar a caçar, a cuidar de rebanhos e a tomar conta da
Para uma melhor compreensão, podem ser feitos resumos, tó- casa, além de serem ótimos companheiros. Um colaborava com o
picos ou esquemas. outro e a parceria deu certo.

Além dessas dicas importantes, você também pode grifar pa- Ao ler apenas o título “Cachorros”, você deduziu sobre o pos-
lavras novas, e procurar seu significado para aumentar seu vocabu- sível assunto abordado no texto. Embora você imagine que o tex-
lário, fazer atividades como caça-palavras, ou cruzadinhas são uma to vai falar sobre cães, você ainda não sabia exatamente o que ele
distração, mas também um aprendizado. falaria sobre cães. Repare que temos várias informações ao longo
Não se esqueça, além da prática da leitura aprimorar a compre- do texto: a hipótese dos zoólogos sobre a origem dos cães, a asso-
ensão do texto e ajudar a aprovação, ela também estimula nossa ciação entre eles e os seres humanos, a disseminação dos cães pelo
imaginação, distrai, relaxa, informa, educa, atualiza, melhora nos- mundo, as vantagens da convivência entre cães e homens.
so foco, cria perspectivas, nos torna reflexivos, pensantes, além de As informações que se relacionam com o tema chamamos de
melhorar nossa habilidade de fala, de escrita e de memória. subtemas (ou ideias secundárias). Essas informações se integram,
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias se- ou seja, todas elas caminham no sentido de estabelecer uma unida-
letas e organizadas, através dos parágrafos que é composto pela de de sentido. Portanto, pense: sobre o que exatamente esse texto
ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e a conclusão fala? Qual seu assunto, qual seu tema? Certamente você chegou à
do texto. conclusão de que o texto fala sobre a relação entre homens e cães.
O primeiro objetivo de uma interpretação de um texto é a iden- Se foi isso que você pensou, parabéns! Isso significa que você foi
tificação de sua ideia principal. A partir daí, localizam-se as ideias capaz de identificar o tema do texto!
secundárias, ou fundamentações, as argumentações, ou explica-
ções, que levem ao esclarecimento das questões apresentadas na Fonte: https://portuguesrapido.com/tema-ideia-central-e-ideias-
prova. -secundarias/
Compreendido tudo isso, interpretar significa extrair um signi-
ficado. Ou seja, a ideia está lá, às vezes escondida, e por isso o can-
didato só precisa entendê-la – e não a complementar com algum
valor individual. Portanto, apegue-se tão somente ao texto, e nunca
extrapole a visão dele.

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LÍNGUA PORTUGUESA
IDENTIFICAÇÃO DE EFEITOS DE IRONIA OU HUMOR EM Ironia dramática (ou satírica)
TEXTOS VARIADOS A ironia dramática é um efeito de sentido que ocorre nos textos
literários quando o leitor, a audiência, tem mais informações do que
Ironia tem um personagem sobre os eventos da narrativa e sobre inten-
Ironia  é o recurso pelo qual o emissor diz o contrário do que ções de outros personagens. É um recurso usado para aprofundar
está pensando ou sentindo (ou por pudor em relação a si próprio ou os significados ocultos em diálogos e ações e que, quando captado
com intenção depreciativa e sarcástica em relação a outrem). pelo leitor, gera um clima de suspense, tragédia ou mesmo comé-
A ironia consiste na utilização de determinada palavra ou ex- dia, visto que um personagem é posto em situações que geram con-
pressão que, em um outro contexto diferente do usual, ganha um flitos e mal-entendidos porque ele mesmo não tem ciência do todo
novo sentido, gerando um efeito de humor. da narrativa.
Exemplo: Em livros com narrador onisciente, que sabe tudo o
Exemplo: que se passa na história com todas as personagens, é mais fácil apa-
recer esse tipo de ironia. A peça como Romeu e Julieta, por exem-
plo, se inicia com a fala que relata que os protagonistas da história
irão morrer em decorrência do seu amor. As personagens agem ao
longo da peça esperando conseguir atingir seus objetivos, mas a
plateia já sabe que eles não serão bem-sucedidos.

Humor
Nesse caso, é muito comum a utilização de situações que pare-
çam cômicas ou surpreendentes para provocar o efeito de humor.
Situações cômicas ou potencialmente humorísticas comparti-
lham da característica do efeito surpresa. O humor reside em ocor-
rer algo fora do esperado numa situação.
Há diversas situações em que o humor pode aparecer. Há as ti-
rinhas e charges, que aliam texto e imagem para criar efeito cômico;
há anedotas ou pequenos contos; e há as crônicas, frequentemente
acessadas como forma de gerar o riso.
Os textos com finalidade humorística podem ser divididos em
quatro categorias: anedotas, cartuns, tiras e charges.

Exemplo:

Na construção de um texto, ela pode aparecer em três mo-


dos: ironia verbal, ironia de situação e ironia dramática (ou satírica).

Ironia verbal
Ocorre quando se diz algo pretendendo expressar outro sig-
nificado, normalmente oposto ao sentido literal. A expressão e a
intenção são diferentes.
Exemplo: Você foi tão bem na prova! Tirou um zero incrível! ANÁLISE E A INTERPRETAÇÃO DO TEXTO SEGUNDO O GÊ-
NERO EM QUE SE INSCREVE
Ironia de situação Compreender um texto trata da análise e decodificação do que
A intenção e resultado da ação não estão alinhados, ou seja, o de fato está escrito, seja das frases ou das ideias presentes. Inter-
resultado é contrário ao que se espera ou que se planeja. pretar um texto, está ligado às conclusões que se pode chegar ao
Exemplo: Quando num texto literário uma personagem planeja conectar as ideias do texto com a realidade. Interpretação trabalha
uma ação, mas os resultados não saem como o esperado. No li- com a subjetividade, com o que se entendeu sobre o texto.
vro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, de Machado de Assis, a Interpretar um texto permite a compreensão de todo e qual-
personagem título tem obsessão por ficar conhecida. Ao longo da quer texto ou discurso e se amplia no entendimento da sua ideia
vida, tenta de muitas maneiras alcançar a notoriedade sem suces- principal. Compreender relações semânticas é uma competência
so. Após a morte, a personagem se torna conhecida. A ironia é que imprescindível no mercado de trabalho e nos estudos.
planejou ficar famoso antes de morrer e se tornou famoso após a Quando não se sabe interpretar corretamente um texto pode-
morte. -se criar vários problemas, afetando não só o desenvolvimento pro-
fissional, mas também o desenvolvimento pessoal.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Busca de sentidos Novela: muito parecida com o conto e o romance, diferencia-
Para a busca de sentidos do texto, pode-se retirar do mesmo do por sua extensão. Ela fica entre o conto e o romance, e tem a
os tópicos frasais presentes em cada parágrafo. Isso auxiliará na história principal, mas também tem várias histórias secundárias. O
apreensão do conteúdo exposto. tempo na novela é baseada no calendário. O tempo e local são de-
Isso porque é ali que se fazem necessários, estabelecem uma finidos pelas histórias dos personagens. A história (enredo) tem um
relação hierárquica do pensamento defendido, retomando ideias já ritmo mais acelerado do que a do romance por ter um texto mais
citadas ou apresentando novos conceitos. curto.
Por fim, concentre-se nas ideias que realmente foram explici-
tadas pelo autor. Textos argumentativos não costumam conceder Crônica: texto que narra o cotidiano das pessoas, situações que
espaço para divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas nós mesmos já vivemos e normalmente é utilizado a ironia para
entrelinhas. Deve-se ater às ideias do autor, o que não quer dizer mostrar um outro lado da mesma história. Na crônica o tempo não
que o leitor precise ficar preso na superfície do texto, mas é fun- é relevante e quando é citado, geralmente são pequenos intervalos
damental que não sejam criadas suposições vagas e inespecíficas. como horas ou mesmo minutos.

Importância da interpretação Poesia: apresenta um trabalho voltado para o estudo da lin-


A prática da leitura, seja por prazer, para estudar ou para se guagem, fazendo-o de maneira particular, refletindo o momento,
informar, aprimora o vocabulário e dinamiza o raciocínio e a inter- a vida dos homens através de figuras que possibilitam a criação de
pretação. A leitura, além de favorecer o aprendizado de conteúdos imagens.
específicos, aprimora a escrita.
Uma interpretação de texto assertiva depende de inúmeros fa- Editorial: texto dissertativo argumentativo onde expressa a
tores. Muitas vezes, apressados, descuidamo-nos dos detalhes pre- opinião do editor através de argumentos e fatos sobre um assunto
sentes em um texto, achamos que apenas uma leitura já se faz sufi- que está sendo muito comentado (polêmico). Sua intenção é con-
ciente. Interpretar exige paciência e, por isso, sempre releia o texto, vencer o leitor a concordar com ele.
pois a segunda leitura pode apresentar aspectos surpreendentes
que não foram observados previamente. Para auxiliar na busca de Entrevista: texto expositivo e é marcado pela conversa de um
sentidos do texto, pode-se também retirar dele os tópicos frasais entrevistador e um entrevistado para a obtenção de informações.
presentes em cada parágrafo, isso certamente auxiliará na apre- Tem como principal característica transmitir a opinião de pessoas
ensão do conteúdo exposto. Lembre-se de que os parágrafos não de destaque sobre algum assunto de interesse.
estão organizados, pelo menos em um bom texto, de maneira alea-
tória, se estão no lugar que estão, é porque ali se fazem necessários, Cantiga de roda: gênero empírico, que na escola se materiali-
estabelecendo uma relação hierárquica do pensamento defendido, za em uma concretude da realidade. A cantiga de roda permite as
retomando ideias já citadas ou apresentando novos conceitos. crianças terem mais sentido em relação a leitura e escrita, ajudando
Concentre-se nas ideias que de fato foram explicitadas pelo au- os professores a identificar o nível de alfabetização delas.
tor: os textos argumentativos não costumam conceder espaço para
divagações ou hipóteses, supostamente contidas nas entrelinhas. Receita: texto instrucional e injuntivo que tem como objetivo
Devemos nos ater às ideias do autor, isso não quer dizer que você de informar, aconselhar, ou seja, recomendam dando uma certa li-
precise ficar preso na superfície do texto, mas é fundamental que berdade para quem recebe a informação.
não criemos, à revelia do autor, suposições vagas e inespecíficas.
Ler com atenção é um exercício que deve ser praticado à exaustão, DISTINÇÃO DE FATO E OPINIÃO SOBRE ESSE FATO
assim como uma técnica, que fará de nós leitores proficientes.
Fato
Diferença entre compreensão e interpretação O fato é algo que aconteceu ou está acontecendo. A existência
A compreensão de um texto é fazer uma análise objetiva do do fato pode ser constatada de modo indiscutível. O fato pode é
texto e verificar o que realmente está escrito nele. Já a interpreta- uma coisa que aconteceu e pode ser comprovado de alguma manei-
ção imagina o que as ideias do texto têm a ver com a realidade. O ra, através de algum documento, números, vídeo ou registro.
leitor tira conclusões subjetivas do texto. Exemplo de fato:
A mãe foi viajar.
Gêneros Discursivos
Romance: descrição longa de ações e sentimentos de perso- Interpretação
nagens fictícios, podendo ser de comparação com a realidade ou É o ato de dar sentido ao fato, de entendê-lo. Interpretamos
totalmente irreal. A diferença principal entre um romance e uma quando relacionamos fatos, os comparamos, buscamos suas cau-
novela é a extensão do texto, ou seja, o romance é mais longo. No sas, previmos suas consequências.
romance nós temos uma história central e várias histórias secun- Entre o fato e sua interpretação há uma relação lógica: se apon-
dárias. tamos uma causa ou consequência, é necessário que seja plausível.
Se comparamos fatos, é preciso que suas semelhanças ou diferen-
Conto: obra de ficção onde é criado seres e locais totalmente ças sejam detectáveis.
imaginário. Com linguagem linear e curta, envolve poucas perso-
nagens, que geralmente se movimentam em torno de uma única Exemplos de interpretação:
ação, dada em um só espaço, eixo temático e conflito. Suas ações A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou-
encaminham-se diretamente para um desfecho. tro país.
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão
do que com a filha.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Opinião Conclusão: faz uma retomada breve de tudo que foi abordado
A opinião é a avaliação que se faz de um fato considerando um e conclui o texto. Esta última parte pode ser feita de várias maneiras
juízo de valor. É um julgamento que tem como base a interpretação diferentes, é possível deixar o assunto ainda aberto criando uma
que fazemos do fato. pergunta reflexiva, ou concluir o assunto com as suas próprias con-
Nossas opiniões costumam ser avaliadas pelo grau de coerên- clusões a partir das ideias e argumentos do desenvolvimento.
cia que mantêm com a interpretação do fato. É uma interpretação
do fato, ou seja, um modo particular de olhar o fato. Esta opinião Outro aspecto que merece especial atenção são  os conecto-
pode alterar de pessoa para pessoa devido a fatores socioculturais. res. São responsáveis pela coesão do texto e tornam a leitura mais
fluente, visando estabelecer um encadeamento lógico entre as
Exemplos de opiniões que podem decorrer das interpretações ideias e servem de ligação entre o parágrafo, ou no interior do perí-
anteriores: odo, e o tópico que o antecede.
A mãe foi viajar porque considerou importante estudar em ou- Saber usá-los com precisão, tanto no interior da frase, quanto
tro país. Ela tomou uma decisão acertada. ao passar de um enunciado para outro, é uma exigência também
A mãe foi viajar porque se preocupava mais com sua profissão para a clareza do texto.
do que com a filha. Ela foi egoísta. Sem os conectores (pronomes relativos, conjunções, advér-
bios, preposições, palavras denotativas) as ideias não fluem, muitas
Muitas vezes, a interpretação já traz implícita uma opinião. vezes o pensamento não se completa, e o texto torna-se obscuro,
Por exemplo, quando se mencionam com ênfase consequên- sem coerência.
cias negativas que podem advir de um fato, se enaltecem previsões Esta estrutura é uma das mais utilizadas em textos argumenta-
positivas ou se faz um comentário irônico na interpretação, já esta- tivos, e por conta disso é mais fácil para os leitores.
mos expressando nosso julgamento. Existem diversas formas de se estruturar cada etapa dessa es-
É muito importante saber a diferença entre o fato e opinião, trutura de texto, entretanto, apenas segui-la já leva ao pensamento
principalmente quando debatemos um tema polêmico ou quando mais direto.
analisamos um texto dissertativo.
NÍVEIS DE LINGUAGEM
Exemplo:
A mãe viajou e deixou a filha só. Nem deve estar se importando Definição de linguagem
com o sofrimento da filha. Linguagem é qualquer meio sistemático de comunicar ideias
ou sentimentos através de signos convencionais, sonoros, gráficos,
ESTRUTURAÇÃO DO TEXTO E DOS PARÁGRAFOS gestuais etc. A linguagem é individual e flexível e varia dependendo
Uma boa redação é dividida em ideias relacionadas entre si da idade, cultura, posição social, profissão etc. A maneira de arti-
ajustadas a uma ideia central que norteia todo o pensamento do cular as palavras, organizá-las na frase, no texto, determina nossa
texto. Um dos maiores problemas nas redações é estruturar as linguagem, nosso estilo (forma de expressão pessoal).
ideias para fazer com que o leitor entenda o que foi dito no texto. As inovações linguísticas, criadas pelo falante, provocam, com
Fazer uma estrutura no texto para poder guiar o seu pensamento o decorrer do tempo, mudanças na estrutura da língua, que só as
e o do leitor. incorpora muito lentamente, depois de aceitas por todo o grupo
Parágrafo social. Muitas novidades criadas na linguagem não vingam na língua
O parágrafo organizado em torno de uma ideia-núcleo, que é e caem em desuso.
desenvolvida por ideias secundárias. O parágrafo pode ser forma-
do por uma ou mais frases, sendo seu tamanho variável. No texto Língua escrita e língua falada
dissertativo-argumentativo, os parágrafos devem estar todos rela- A língua escrita não é a simples reprodução gráfica da língua
cionados com a tese ou ideia principal do texto, geralmente apre- falada, por que os sinais gráficos não conseguem registrar grande
sentada na introdução. parte dos elementos da fala, como o timbre da voz, a entonação, e
ainda os gestos e a expressão facial. Na realidade a língua falada é
Embora existam diferentes formas de organização de parágra- mais descontraída, espontânea e informal, porque se manifesta na
fos, os textos dissertativo-argumentativos e alguns gêneros jornalís- conversação diária, na sensibilidade e na liberdade de expressão
ticos apresentam uma estrutura-padrão. Essa estrutura consiste em do falante. Nessas situações informais, muitas regras determinadas
três partes: a ideia-núcleo, as ideias secundárias (que desenvolvem pela língua padrão são quebradas em nome da naturalidade, da li-
a ideia-núcleo) e a conclusão (que reafirma a ideia-básica). Em pa- berdade de expressão e da sensibilidade estilística do falante.
rágrafos curtos, é raro haver conclusão.
Linguagem popular e linguagem culta
Introdução: faz uma rápida apresentação do assunto e já traz Podem valer-se tanto da linguagem popular quanto da lingua-
uma ideia da sua posição no texto, é normalmente aqui que você gem culta. Obviamente a linguagem popular é mais usada na fala,
irá identificar qual o problema do texto, o porque ele está sendo nas expressões orais cotidianas. Porém, nada impede que ela esteja
escrito. Normalmente o tema e o problema são dados pela própria presente em poesias (o Movimento Modernista Brasileiro procurou
prova. valorizar a linguagem popular), contos, crônicas e romances em que
o diálogo é usado para representar a língua falada.
Desenvolvimento: elabora melhor o tema com argumentos e
ideias que apoiem o seu posicionamento sobre o assunto. É possí-
vel usar argumentos de várias formas, desde dados estatísticos até
citações de pessoas que tenham autoridade no assunto.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Linguagem Popular ou Coloquial Características principais:
Usada espontânea e fluentemente pelo povo. Mostra-se quase • Os recursos formais mais encontrados são os de valor adje-
sempre rebelde à norma gramatical e é carregada de vícios de lin- tivo (adjetivo, locução adjetiva e oração adjetiva), por sua função
guagem (solecismo – erros de regência e concordância; barbarismo caracterizadora.
– erros de pronúncia, grafia e flexão; ambiguidade; cacofonia; pleo- • Há descrição objetiva e subjetiva, normalmente numa enu-
nasmo), expressões vulgares, gírias e preferência pela coordenação, meração.
que ressalta o caráter oral e popular da língua. A linguagem popular • A noção temporal é normalmente estática.
está presente nas conversas familiares ou entre amigos, anedotas, • Normalmente usam-se verbos de ligação para abrir a defini-
irradiação de esportes, programas de TV e auditório, novelas, na ção.
expressão dos esta dos emocionais etc. • Normalmente aparece dentro de um texto narrativo.
• Os gêneros descritivos mais comuns são estes: manual, anún-
A Linguagem Culta ou Padrão cio, propaganda, relatórios, biografia, tutorial.
É a ensinada nas escolas e serve de veículo às ciências em que
se apresenta com terminologia especial. É usada pelas pessoas ins- Exemplo:
truídas das diferentes classes sociais e caracteriza-se pela obediên- Era uma casa muito engraçada
cia às normas gramaticais. Mais comumente usada na linguagem Não tinha teto, não tinha nada
escrita e literária, reflete prestígio social e cultural. É mais artificial, Ninguém podia entrar nela, não
mais estável, menos sujeita a variações. Está presente nas aulas, Porque na casa não tinha chão
conferências, sermões, discursos políticos, comunicações científi- Ninguém podia dormir na rede
cas, noticiários de TV, programas culturais etc. Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Gíria Porque penico não tinha ali
A gíria relaciona-se ao cotidiano de certos grupos sociais como Mas era feita com muito esmero
arma de defesa contra as classes dominantes. Esses grupos utilizam Na rua dos bobos, número zero
a gíria como meio de expressão do cotidiano, para que as mensa- (Vinícius de Moraes)
gens sejam decodificadas apenas por eles mesmos.
Assim a gíria é criada por determinados grupos que divulgam TIPO TEXTUAL INJUNTIVO
o palavreado para outros grupos até chegar à mídia. Os meios de A injunção indica como realizar uma ação, aconselha, impõe,
comunicação de massa, como a televisão e o rádio, propagam os instrui o interlocutor. Chamado também de texto instrucional, o
novos vocábulos, às vezes, também inventam alguns. A gíria pode tipo de texto injuntivo é utilizado para predizer acontecimentos e
acabar incorporada pela língua oficial, permanecer no vocabulário comportamentos, nas leis jurídicas.
de pequenos grupos ou cair em desuso.
Ex.: “chutar o pau da barraca”, “viajar na maionese”, “galera”, Características principais:
“mina”, “tipo assim”. • Normalmente apresenta frases curtas e objetivas, com ver-
bos de comando, com tom imperativo; há também o uso do futuro
Linguagem vulgar do presente (10 mandamentos bíblicos e leis diversas).
Existe uma linguagem vulgar relacionada aos que têm pouco • Marcas de interlocução: vocativo, verbos e pronomes de 2ª
ou nenhum contato com centros civilizados. Na linguagem vulgar pessoa ou 1ª pessoa do plural, perguntas reflexivas etc.
há estruturas com “nóis vai, lá”, “eu di um beijo”, “Ponhei sal na
comida”. Exemplo:
Impedidos do Alistamento Eleitoral (art. 5º do Código Eleito-
Linguagem regional ral) – Não podem alistar-se eleitores: os que não saibam exprimir-se
Regionalismos são variações geográficas do uso da língua pa- na língua nacional, e os que estejam privados, temporária ou defi-
drão, quanto às construções gramaticais e empregos de certas pala- nitivamente dos direitos políticos. Os militares são alistáveis, desde
vras e expressões. Há, no Brasil, por exemplo, os falares amazônico, que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou
nordestino, baiano, fluminense, mineiro, sulino. suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino su-
Tipos e genêros textuais perior para formação de oficiais.
Os tipos textuais configuram-se como modelos fixos e abran-
gentes que objetivam a distinção e definição da estrutura, bem Tipo textual expositivo
como aspectos linguísticos de narração, dissertação, descrição e A dissertação é o ato de apresentar ideias, desenvolver racio-
explicação. Eles apresentam estrutura definida e tratam da forma cínio, analisar contextos, dados e fatos, por meio de exposição,
como um texto se apresenta e se organiza. Existem cinco tipos clás- discussão, argumentação e defesa do que pensamos. A dissertação
sicos que aparecem em provas: descritivo, injuntivo, expositivo (ou pode ser expositiva ou argumentativa.
dissertativo-expositivo) dissertativo e narrativo. Vejamos alguns A dissertação-expositiva é caracterizada por esclarecer um as-
exemplos e as principais características de cada um deles. sunto de maneira atemporal, com o objetivo de explicá-lo de ma-
neira clara, sem intenção de convencer o leitor ou criar debate.
Tipo textual descritivo
A descrição é uma modalidade de composição textual cujo Características principais:
objetivo é fazer um retrato por escrito (ou não) de um lugar, uma • Apresenta introdução, desenvolvimento e conclusão.
pessoa, um animal, um pensamento, um sentimento, um objeto, • O objetivo não é persuadir, mas meramente explicar, infor-
um movimento etc. mar.
• Normalmente a marca da dissertação é o verbo no presente.
• Amplia-se a ideia central, mas sem subjetividade ou defesa
de ponto de vista.

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Apresenta linguagem clara e imparcial. • Normalmente, nos concursos públicos, o texto aparece em
prosa, não em verso.
Exemplo:
O texto dissertativo consiste na ampliação, na discussão, no Exemplo:
questionamento, na reflexão, na polemização, no debate, na ex- Solidão
pressão de um ponto de vista, na explicação a respeito de um de- João era solteiro, vivia só e era feliz. Na verdade, a solidão era
terminado tema. o que o tornava assim. Conheceu Maria, também solteira, só e fe-
Existem dois tipos de dissertação bem conhecidos: a disserta- liz. Tão iguais, a afinidade logo se transforma em paixão. Casam-se.
ção expositiva (ou informativa) e a argumentativa (ou opinativa). Dura poucas semanas. Não havia mesmo como dar certo: ao se uni-
Portanto, pode-se dissertar simplesmente explicando um as- rem, um tirou do outro a essência da felicidade.
sunto, imparcialmente, ou discutindo-o, parcialmente. Nelson S. Oliveira
Fonte: https://www.recantodasletras.com.br/contossurre-
Tipo textual dissertativo-argumentativo ais/4835684
Este tipo de texto — muito frequente nas provas de concur-
sos — apresenta posicionamentos pessoais e exposição de ideias GÊNEROS TEXTUAIS
apresentadas de forma lógica. Com razoável grau de objetividade, Já os gêneros textuais (ou discursivos) são formas diferentes
clareza, respeito pelo registro formal da língua e coerência, seu in- de expressão comunicativa. As muitas formas de elaboração de um
tuito é a defesa de um ponto de vista que convença o interlocutor texto se tornam gêneros, de acordo com a intenção do seu pro-
(leitor ou ouvinte). dutor. Logo, os gêneros apresentam maior diversidade e exercem
funções sociais específicas, próprias do dia a dia. Ademais, são pas-
Características principais: síveis de modificações ao longo do tempo, mesmo que preservan-
• Presença de estrutura básica (introdução, desenvolvimento do características preponderantes. Vejamos, agora, uma tabela que
e conclusão): ideia principal do texto (tese); argumentos (estraté- apresenta alguns gêneros textuais classificados com os tipos textu-
gias argumentativas: causa-efeito, dados estatísticos, testemunho ais que neles predominam.
de autoridade, citações, confronto, comparação, fato, exemplo,
enumeração...); conclusão (síntese dos pontos principais com su- Tipo Textual Predominante Gêneros Textuais
gestão/solução).
Descritivo Diário
• Utiliza verbos na 1ª pessoa (normalmente nas argumentações
Relatos (viagens, históricos, etc.)
informais) e na 3ª pessoa do presente do indicativo (normalmente
Biografia e autobiografia
nas argumentações formais) para imprimir uma atemporalidade e Notícia
um caráter de verdade ao que está sendo dito. Currículo
• Privilegiam-se as estruturas impessoais, com certas modali- Lista de compras
zações discursivas (indicando noções de possibilidade, certeza ou Cardápio
probabilidade) em vez de juízos de valor ou sentimentos exaltados. Anúncios de classificados
• Há um cuidado com a progressão temática, isto é, com o de-
senvolvimento coerente da ideia principal, evitando-se rodeios. Injuntivo Receita culinária
Bula de remédio
Exemplo: Manual de instruções
A maioria dos problemas existentes em um país em desenvol- Regulamento
vimento, como o nosso, podem ser resolvidos com uma eficiente Textos prescritivos
administração política (tese), porque a força governamental certa- Expositivo Seminários
mente se sobrepõe a poderes paralelos, os quais – por negligência Palestras
de nossos representantes – vêm aterrorizando as grandes metró- Conferências
poles. Isso ficou claro no confronto entre a força militar do RJ e os Entrevistas
traficantes, o que comprovou uma verdade simples: se for do desejo Trabalhos acadêmicos
dos políticos uma mudança radical visando o bem-estar da popula- Enciclopédia
ção, isso é plenamente possível (estratégia argumentativa: fato- Verbetes de dicionários
-exemplo). É importante salientar, portanto, que não devemos ficar Dissertativo-argumentativo Editorial Jornalístico
de mãos atadas à espera de uma atitude do governo só quando o Carta de opinião
caos se estabelece; o povo tem e sempre terá de colaborar com uma Resenha
cobrança efetiva (conclusão). Artigo
Ensaio
Tipo textual narrativo Monografia, dissertação de
O texto narrativo é uma modalidade textual em que se conta mestrado e tese de doutorado
um fato, fictício ou não, que ocorreu num determinado tempo e lu-
gar, envolvendo certos personagens. Toda narração tem um enredo, Narrativo Romance
personagens, tempo, espaço e narrador (ou foco narrativo). Novela
Crônica
Características principais: Contos de Fada
Fábula
• O tempo verbal predominante é o passado.
Lendas
• Foco narrativo com narrador de 1ª pessoa (participa da his-
tória – onipresente) ou de 3ª pessoa (não participa da história –
onisciente).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Sintetizando: os tipos textuais são fixos, finitos e tratam da for- As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
ma como o texto se apresenta. Os gêneros textuais são fluidos, infi- uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a
nitos e mudam de acordo com a demanda social. veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu-
INTERTEXTUALIDADE tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o
A  intertextualidade  é um recurso realizado entre textos, ou que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio
seja, é a influência e relação que um estabelece sobre o outro. As- da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
sim, determina o fenômeno relacionado ao processo de produção sos de linguagem.
de textos que faz referência (explícita ou implícita) aos elementos Para compreender claramente o que é um argumento, é bom
existentes em outro texto, seja a nível de conteúdo, forma ou de voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa
ambos: forma e conteúdo. obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de
Grosso modo, a intertextualidade é o diálogo entre textos, de escolher entre duas ou mais coisas”.
forma que essa relação pode ser estabelecida entre as produções Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
textuais que apresentem diversas linguagens (visual, auditiva, escri- vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar.
ta), sendo expressa nas artes (literatura, pintura, escultura, música, Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas
dança, cinema), propagandas publicitárias, programas televisivos, coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre-
provérbios, charges, dentre outros. cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu-
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
Tipos de Intertextualidade
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no
• Paródia: perversão do texto anterior que aparece geralmen-
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer
te, em forma de crítica irônica de caráter humorístico. Do grego
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos-
(parodès), a palavra “paródia” é formada pelos termos “para” (se-
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra.
melhante) e “odes” (canto), ou seja, “um canto (poesia) semelhante
a outro”. Esse recurso é muito utilizado pelos programas humorís- O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de
ticos. um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o
• Paráfrase: recriação de um texto já existente mantendo a enunciador está propondo.
mesma ideia contida no texto original, entretanto, com a utilização Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação.
de outras palavras. O vocábulo “paráfrase”, do grego (paraphrasis), O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende
significa a “repetição de uma sentença”. demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre-
• Epígrafe: recurso bastante utilizado em obras e textos cientí- missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
ficos. Consiste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de
alguma relação com o que será discutido no texto. Do grego, o ter- crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea-
mo “epígrafhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) mento de premissas e conclusões.
e “graphé” (escrita). Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento:
• Citação: Acréscimo de partes de outras obras numa produção A é igual a B.
textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem expressa A é igual a C.
entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro autor. Então: C é igual a A.
Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação sem re-
lacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o termo Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
“citação” (citare) significa convocar. que C é igual a A.
• Alusão: Faz referência aos elementos presentes em outros Outro exemplo:
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois Todo ruminante é um mamífero.
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar). A vaca é um ruminante.
• Outras formas de intertextualidade menos discutidas são Logo, a vaca é um mamífero.
o pastiche, o sample, a tradução e a bricolagem.
Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
ARGUMENTAÇÃO também será verdadeira.
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa-
No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva
a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente,
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como
sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
propõe. da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
vista defendidos. outro fundado há dois ou três anos.
Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
der bem como eles funcionam.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso Então: C é igual a B.
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto Admitidos os dois postulados, a conclusão é, obrigatoriamente,
mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas que C é igual a A.
expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório Outro exemplo:
pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi- Todo ruminante é um mamífero.
na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera A vaca é um ruminante.
positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência Logo, a vaca é um mamífero.
associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol Admitidas como verdadeiras as duas premissas, a conclusão
não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo também será verdadeira.
de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori- No domínio da argumentação, as coisas são diferentes. Nele,
zado numa dada cultura. a conclusão não é necessária, não é obrigatória. Por isso, deve-se
mostrar que ela é a mais desejável, a mais provável, a mais plau-
ARGUMENTAÇÃO sível. Se o Banco do Brasil fizer uma propaganda dizendo-se mais
confiável do que os concorrentes porque existe desde a chegada
O ato de comunicação não visa apenas transmitir uma informa- da família real portuguesa ao Brasil, ele estará dizendo-nos que um
ção a alguém. Quem comunica pretende criar uma imagem positiva banco com quase dois séculos de existência é sólido e, por isso, con-
de si mesmo (por exemplo, a de um sujeito educado, ou inteligente, fiável. Embora não haja relação necessária entre a solidez de uma
ou culto), quer ser aceito, deseja que o que diz seja admitido como instituição bancária e sua antiguidade, esta tem peso argumentati-
verdadeiro. Em síntese, tem a intenção de convencer, ou seja, tem vo na afirmação da confiabilidade de um banco. Portanto é provável
o desejo de que o ouvinte creia no que o texto diz e faça o que ele que se creia que um banco mais antigo seja mais confiável do que
propõe. outro fundado há dois ou três anos.
Se essa é a finalidade última de todo ato de comunicação, todo Enumerar todos os tipos de argumentos é uma tarefa quase
texto contém um componente argumentativo. A argumentação é o impossível, tantas são as formas de que nos valemos para fazer as
conjunto de recursos de natureza linguística destinados a persuadir pessoas preferirem uma coisa a outra. Por isso, é importante enten-
a pessoa a quem a comunicação se destina. Está presente em todo der bem como eles funcionam.
tipo de texto e visa a promover adesão às teses e aos pontos de Já vimos diversas características dos argumentos. É preciso
vista defendidos.
acrescentar mais uma: o convencimento do interlocutor, o auditó-
As pessoas costumam pensar que o argumento seja apenas
rio, que pode ser individual ou coletivo, será tanto mais fácil quanto
uma prova de verdade ou uma razão indiscutível para comprovar a
mais os argumentos estiverem de acordo com suas crenças, suas
veracidade de um fato. O argumento é mais que isso: como se disse
expectativas, seus valores. Não se pode convencer um auditório
acima, é um recurso de linguagem utilizado para levar o interlocu-
pertencente a uma dada cultura enfatizando coisas que ele abomi-
tor a crer naquilo que está sendo dito, a aceitar como verdadeiro o
na. Será mais fácil convencê-lo valorizando coisas que ele considera
que está sendo transmitido. A argumentação pertence ao domínio
positivas. No Brasil, a publicidade da cerveja vem com frequência
da retórica, arte de persuadir as pessoas mediante o uso de recur-
associada ao futebol, ao gol, à paixão nacional. Nos Estados Unidos,
sos de linguagem.
Para compreender claramente o que é um argumento, é bom essa associação certamente não surtiria efeito, porque lá o futebol
voltar ao que diz Aristóteles, filósofo grego do século IV a.C., numa não é valorizado da mesma forma que no Brasil. O poder persuasivo
obra intitulada “Tópicos: os argumentos são úteis quando se tem de de um argumento está vinculado ao que é valorizado ou desvalori-
escolher entre duas ou mais coisas”. zado numa dada cultura.
Se tivermos de escolher entre uma coisa vantajosa e uma des-
vantajosa, como a saúde e a doença, não precisamos argumentar. Tipos de Argumento
Suponhamos, no entanto, que tenhamos de escolher entre duas Já verificamos que qualquer recurso linguístico destinado a fa-
coisas igualmente vantajosas, a riqueza e a saúde. Nesse caso, pre- zer o interlocutor dar preferência à tese do enunciador é um argu-
cisamos argumentar sobre qual das duas é mais desejável. O argu- mento. Exemplo:
mento pode então ser definido como qualquer recurso que torna
uma coisa mais desejável que outra. Isso significa que ele atua no Argumento de Autoridade
domínio do preferível. Ele é utilizado para fazer o interlocutor crer É a citação, no texto, de afirmações de pessoas reconhecidas
que, entre duas teses, uma é mais provável que a outra, mais pos- pelo auditório como autoridades em certo domínio do saber, para
sível que a outra, mais desejável que a outra, é preferível à outra. servir de apoio àquilo que o enunciador está propondo. Esse recur-
O objetivo da argumentação não é demonstrar a verdade de so produz dois efeitos distintos: revela o conhecimento do produtor
um fato, mas levar o ouvinte a admitir como verdadeiro o que o do texto a respeito do assunto de que está tratando; dá ao texto a
enunciador está propondo. garantia do autor citado. É preciso, no entanto, não fazer do texto
Há uma diferença entre o raciocínio lógico e a argumentação. um amontoado de citações. A citação precisa ser pertinente e ver-
O primeiro opera no domínio do necessário, ou seja, pretende dadeira. Exemplo:
demonstrar que uma conclusão deriva necessariamente das pre- “A imaginação é mais importante do que o conhecimento.”
missas propostas, que se deduz obrigatoriamente dos postulados
admitidos. No raciocínio lógico, as conclusões não dependem de Quem disse a frase aí de cima não fui eu... Foi Einstein. Para
crenças, de uma maneira de ver o mundo, mas apenas do encadea- ele, uma coisa vem antes da outra: sem imaginação, não há conhe-
mento de premissas e conclusões. cimento. Nunca o inverso.
Por exemplo, um raciocínio lógico é o seguinte encadeamento: Alex José Periscinoto.
A é igual a B. In: Folha de S. Paulo, 30/8/1993, p. 5-2
A é igual a C.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A tese defendida nesse texto é que a imaginação é mais impor- Argumento do Atributo
tante do que o conhecimento. Para levar o auditório a aderir a ela, É aquele que considera melhor o que tem propriedades típi-
o enunciador cita um dos mais célebres cientistas do mundo. Se cas daquilo que é mais valorizado socialmente, por exemplo, o mais
um físico de renome mundial disse isso, então as pessoas devem raro é melhor que o comum, o que é mais refinado é melhor que o
acreditar que é verdade. que é mais grosseiro, etc.
Por esse motivo, a publicidade usa, com muita frequência, ce-
Argumento de Quantidade lebridades recomendando prédios residenciais, produtos de beleza,
É aquele que valoriza mais o que é apreciado pelo maior nú- alimentos estéticos, etc., com base no fato de que o consumidor
mero de pessoas, o que existe em maior número, o que tem maior tende a associar o produto anunciado com atributos da celebrida-
duração, o que tem maior número de adeptos, etc. O fundamento de.
desse tipo de argumento é que mais = melhor. A publicidade faz Uma variante do argumento de atributo é o argumento da
largo uso do argumento de quantidade. competência linguística. A utilização da variante culta e formal da
língua que o produtor do texto conhece a norma linguística social-
Argumento do Consenso mente mais valorizada e, por conseguinte, deve produzir um texto
É uma variante do argumento de quantidade. Fundamenta-se em que se pode confiar. Nesse sentido é que se diz que o modo de
em afirmações que, numa determinada época, são aceitas como dizer dá confiabilidade ao que se diz.
verdadeiras e, portanto, dispensam comprovações, a menos que o Imagine-se que um médico deva falar sobre o estado de saúde
objetivo do texto seja comprovar alguma delas. Parte da ideia de de uma personalidade pública. Ele poderia fazê-lo das duas manei-
que o consenso, mesmo que equivocado, corresponde ao indiscu- ras indicadas abaixo, mas a primeira seria infinitamente mais ade-
tível, ao verdadeiro e, portanto, é melhor do que aquilo que não quada para a persuasão do que a segunda, pois esta produziria certa
desfruta dele. Em nossa época, são consensuais, por exemplo, as estranheza e não criaria uma imagem de competência do médico:
afirmações de que o meio ambiente precisa ser protegido e de que - Para aumentar a confiabilidade do diagnóstico e levando em
as condições de vida são piores nos países subdesenvolvidos. Ao conta o caráter invasivo de alguns exames, a equipe médica houve
confiar no consenso, porém, corre-se o risco de passar dos argu- por bem determinar o internamento do governador pelo período
mentos válidos para os lugares comuns, os preconceitos e as frases de três dias, a partir de hoje, 4 de fevereiro de 2001.
carentes de qualquer base científica. - Para conseguir fazer exames com mais cuidado e porque al-
guns deles são barrapesada, a gente botou o governador no hospi-
Argumento de Existência tal por três dias.
É aquele que se fundamenta no fato de que é mais fácil aceitar
aquilo que comprovadamente existe do que aquilo que é apenas Como dissemos antes, todo texto tem uma função argumen-
provável, que é apenas possível. A sabedoria popular enuncia o ar- tativa, porque ninguém fala para não ser levado a sério, para ser
gumento de existência no provérbio “Mais vale um pássaro na mão ridicularizado, para ser desmentido: em todo ato de comunicação
do que dois voando”. deseja-se influenciar alguém. Por mais neutro que pretenda ser, um
Nesse tipo de argumento, incluem-se as provas documentais texto tem sempre uma orientação argumentativa.
(fotos, estatísticas, depoimentos, gravações, etc.) ou provas concre- A orientação argumentativa é uma certa direção que o falante
tas, que tornam mais aceitável uma afirmação genérica. Durante traça para seu texto. Por exemplo, um jornalista, ao falar de um
a invasão do Iraque, por exemplo, os jornais diziam que o exérci- homem público, pode ter a intenção de criticá-lo, de ridicularizá-lo
to americano era muito mais poderoso do que o iraquiano. Essa ou, ao contrário, de mostrar sua grandeza.
afirmação, sem ser acompanhada de provas concretas, poderia ser O enunciador cria a orientação argumentativa de seu texto
vista como propagandística. No entanto, quando documentada pela dando destaque a uns fatos e não a outros, omitindo certos episó-
comparação do número de canhões, de carros de combate, de na- dios e revelando outros, escolhendo determinadas palavras e não
vios, etc., ganhava credibilidade. outras, etc. Veja:
Argumento quase lógico “O clima da festa era tão pacífico que até sogras e noras troca-
É aquele que opera com base nas relações lógicas, como causa vam abraços afetuosos.”
e efeito, analogia, implicação, identidade, etc. Esses raciocínios são
chamados quase lógicos porque, diversamente dos raciocínios lógi- O enunciador aí pretende ressaltar a ideia geral de que noras
cos, eles não pretendem estabelecer relações necessárias entre os e sogras não se toleram. Não fosse assim, não teria escolhido esse
elementos, mas sim instituir relações prováveis, possíveis, plausí- fato para ilustrar o clima da festa nem teria utilizado o termo até,
veis. Por exemplo, quando se diz “A é igual a B”, “B é igual a C”, “en- que serve para incluir no argumento alguma coisa inesperada.
tão A é igual a C”, estabelece-se uma relação de identidade lógica. Além dos defeitos de argumentação mencionados quando tra-
Entretanto, quando se afirma “Amigo de amigo meu é meu amigo” tamos de alguns tipos de argumentação, vamos citar outros:
não se institui uma identidade lógica, mas uma identidade provável. - Uso sem delimitação adequada de palavra de sentido tão am-
Um texto coerente do ponto de vista lógico é mais facilmente plo, que serve de argumento para um ponto de vista e seu contrá-
aceito do que um texto incoerente. Vários são os defeitos que con- rio. São noções confusas, como paz, que, paradoxalmente, pode ser
correm para desqualificar o texto do ponto de vista lógico: fugir do usada pelo agressor e pelo agredido. Essas palavras podem ter valor
tema proposto, cair em contradição, tirar conclusões que não se positivo (paz, justiça, honestidade, democracia) ou vir carregadas
fundamentam nos dados apresentados, ilustrar afirmações gerais de valor negativo (autoritarismo, degradação do meio ambiente,
com fatos inadequados, narrar um fato e dele extrair generalizações injustiça, corrupção).
indevidas. - Uso de afirmações tão amplas, que podem ser derrubadas por
um único contra exemplo. Quando se diz “Todos os políticos são
ladrões”, basta um único exemplo de político honesto para destruir
o argumento.

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LÍNGUA PORTUGUESA
- Emprego de noções científicas sem nenhum rigor, fora do con- - contra-argumentação: imaginar um diálogo-debate e quais os
texto adequado, sem o significado apropriado, vulgarizando-as e argumentos que essa pessoa imaginária possivelmente apresenta-
atribuindo-lhes uma significação subjetiva e grosseira. É o caso, por ria contra a argumentação proposta;
exemplo, da frase “O imperialismo de certas indústrias não permite - refutação: argumentos e razões contra a argumentação opos-
que outras crescam”, em que o termo imperialismo é descabido, ta.
uma vez que, a rigor, significa “ação de um Estado visando a reduzir
outros à sua dependência política e econômica”. A argumentação tem a finalidade de persuadir, portanto, ar-
gumentar consiste em estabelecer relações para tirar conclusões
A boa argumentação é aquela que está de acordo com a situa- válidas, como se procede no método dialético. O método dialético
ção concreta do texto, que leva em conta os componentes envolvi- não envolve apenas questões ideológicas, geradoras de polêmicas.
dos na discussão (o tipo de pessoa a quem se dirige a comunicação, Trata-se de um método de investigação da realidade pelo estudo de
o assunto, etc). sua ação recíproca, da contradição inerente ao fenômeno em ques-
Convém ainda alertar que não se convence ninguém com mani- tão e da mudança dialética que ocorre na natureza e na sociedade.
festações de sinceridade do autor (como eu, que não costumo men- Descartes (1596-1650), filósofo e pensador francês, criou o mé-
tir...) ou com declarações de certeza expressas em fórmulas feitas todo de raciocínio silogístico, baseado na dedução, que parte do
(como estou certo, creio firmemente, é claro, é óbvio, é evidente, simples para o complexo. Para ele, verdade e evidência são a mes-
afirmo com toda a certeza, etc). Em vez de prometer, em seu texto, ma coisa, e pelo raciocínio torna-se possível chegar a conclusões
sinceridade e certeza, autenticidade e verdade, o enunciador deve verdadeiras, desde que o assunto seja pesquisado em partes, co-
construir um texto que revele isso. Em outros termos, essas quali- meçando-se pelas proposições mais simples até alcançar, por meio
dades não se prometem, manifestam-se na ação. de deduções, a conclusão final. Para a linha de raciocínio cartesiana,
A argumentação é a exploração de recursos para fazer parecer é fundamental determinar o problema, dividi-lo em partes, ordenar
verdadeiro aquilo que se diz num texto e, com isso, levar a pessoa a os conceitos, simplificando-os, enumerar todos os seus elementos
que texto é endereçado a crer naquilo que ele diz. e determinar o lugar de cada um no conjunto da dedução.
Um texto dissertativo tem um assunto ou tema e expressa um A lógica cartesiana, até os nossos dias, é fundamental para a
ponto de vista, acompanhado de certa fundamentação, que inclui argumentação dos trabalhos acadêmicos. Descartes propôs quatro
a argumentação, questionamento, com o objetivo de persuadir. Ar- regras básicas que constituem um conjunto de reflexos vitais, uma
gumentar é o processo pelo qual se estabelecem relações para che- série de movimentos sucessivos e contínuos do espírito em busca
gar à conclusão, com base em premissas. Persuadir é um processo da verdade:
de convencimento, por meio da argumentação, no qual procura-se - evidência;
convencer os outros, de modo a influenciar seu pensamento e seu - divisão ou análise;
comportamento. - ordem ou dedução;
A persuasão pode ser válida e não válida. Na persuasão váli- - enumeração.
da, expõem-se com clareza os fundamentos de uma ideia ou pro-
posição, e o interlocutor pode questionar cada passo do raciocínio A enumeração pode apresentar dois tipos de falhas: a omissão
empregado na argumentação. A persuasão não válida apoia-se em e a incompreensão. Qualquer erro na enumeração pode quebrar o
argumentos subjetivos, apelos subliminares, chantagens sentimen- encadeamento das ideias, indispensável para o processo dedutivo.
tais, com o emprego de “apelações”, como a inflexão de voz, a mí- A forma de argumentação mais empregada na redação acadê-
mica e até o choro. mica é o silogismo, raciocínio baseado nas regras cartesianas, que
Alguns autores classificam a dissertação em duas modalidades, contém três proposições: duas premissas, maior e menor, e a con-
expositiva e argumentativa. Esta, exige argumentação, razões a fa- clusão. As três proposições são encadeadas de tal forma, que a con-
vor e contra uma ideia, ao passo que a outra é informativa, apresen- clusão é deduzida da maior por intermédio da menor. A premissa
ta dados sem a intenção de convencer. Na verdade, a escolha dos maior deve ser universal, emprega todo, nenhum, pois alguns não
dados levantados, a maneira de expô-los no texto já revelam uma caracteriza a universalidade.
“tomada de posição”, a adoção de um ponto de vista na disserta- Há dois métodos fundamentais de raciocínio: a dedução (silo-
ção, ainda que sem a apresentação explícita de argumentos. Desse gística), que parte do geral para o particular, e a indução, que vai do
ponto de vista, a dissertação pode ser definida como discussão, de- particular para o geral. A expressão formal do método dedutivo é o
bate, questionamento, o que implica a liberdade de pensamento, a silogismo. A dedução é o caminho das consequências, baseia-se em
possibilidade de discordar ou concordar parcialmente. A liberdade uma conexão descendente (do geral para o particular) que leva à
de questionar é fundamental, mas não é suficiente para organizar conclusão. Segundo esse método, partindo-se de teorias gerais, de
um texto dissertativo. É necessária também a exposição dos fun- verdades universais, pode-se chegar à previsão ou determinação de
damentos, os motivos, os porquês da defesa de um ponto de vista. fenômenos particulares. O percurso do raciocínio vai da causa para
Pode-se dizer que o homem vive em permanente atitude argu- o efeito. Exemplo:
mentativa. A argumentação está presente em qualquer tipo de dis-
curso, porém, é no texto dissertativo que ela melhor se evidencia. Todo homem é mortal (premissa maior = geral, universal)
Para discutir um tema, para confrontar argumentos e posições, Fulano é homem (premissa menor = particular)
é necessária a capacidade de conhecer outros pontos de vista e Logo, Fulano é mortal (conclusão)
seus respectivos argumentos. Uma discussão impõe, muitas ve-
zes, a análise de argumentos opostos, antagônicos. Como sempre, A indução percorre o caminho inverso ao da dedução, baseia-
essa capacidade aprende-se com a prática. Um bom exercício para se em uma conexão ascendente, do particular para o geral. Nesse
aprender a argumentar e contra-argumentar consiste em desenvol- caso, as constatações particulares levam às leis gerais, ou seja, par-
ver as seguintes habilidades: te de fatos particulares conhecidos para os fatos gerais, desconheci-
- argumentação: anotar todos os argumentos a favor de uma dos. O percurso do raciocínio se faz do efeito para a causa. Exemplo:
ideia ou fato; imaginar um interlocutor que adote a posição total- O calor dilata o ferro (particular)
mente contrária; O calor dilata o bronze (particular)

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LÍNGUA PORTUGUESA
O calor dilata o cobre (particular) Síntese, portanto, é o processo de reconstrução do todo por
O ferro, o bronze, o cobre são metais meio da integração das partes, reunidas e relacionadas num con-
Logo, o calor dilata metais (geral, universal) junto. Toda síntese, por ser uma reconstrução, pressupõe a análise,
que é a decomposição. A análise, no entanto, exige uma decompo-
Quanto a seus aspectos formais, o silogismo pode ser válido sição organizada, é preciso saber como dividir o todo em partes. As
e verdadeiro; a conclusão será verdadeira se as duas premissas operações que se realizam na análise e na síntese podem ser assim
também o forem. Se há erro ou equívoco na apreciação dos fatos, relacionadas:
pode-se partir de premissas verdadeiras para chegar a uma conclu- Análise: penetrar, decompor, separar, dividir.
são falsa. Tem-se, desse modo, o sofisma. Uma definição inexata, Síntese: integrar, recompor, juntar, reunir.
uma divisão incompleta, a ignorância da causa, a falsa analogia são
algumas causas do sofisma. O sofisma pressupõe má fé, intenção A análise tem importância vital no processo de coleta de ideias
deliberada de enganar ou levar ao erro; quando o sofisma não tem a respeito do tema proposto, de seu desdobramento e da criação
essas intenções propositais, costuma-se chamar esse processo de de abordagens possíveis. A síntese também é importante na esco-
argumentação de paralogismo. Encontra-se um exemplo simples de lha dos elementos que farão parte do texto.
sofisma no seguinte diálogo: Segundo Garcia (1973, p.300), a análise pode ser formal ou in-
- Você concorda que possui uma coisa que não perdeu? formal. A análise formal pode ser científica ou experimental; é ca-
- Lógico, concordo. racterística das ciências matemáticas, físico-naturais e experimen-
- Você perdeu um brilhante de 40 quilates? tais. A análise informal é racional ou total, consiste em “discernir”
- Claro que não! por vários atos distintos da atenção os elementos constitutivos de
- Então você possui um brilhante de 40 quilates...
um todo, os diferentes caracteres de um objeto ou fenômeno.
A análise decompõe o todo em partes, a classificação estabe-
Exemplos de sofismas:
lece as necessárias relações de dependência e hierarquia entre as
partes. Análise e classificação ligam-se intimamente, a ponto de se
Dedução
Todo professor tem um diploma (geral, universal) confundir uma com a outra, contudo são procedimentos diversos:
Fulano tem um diploma (particular) análise é decomposição e classificação é hierarquisação.
Logo, fulano é professor (geral – conclusão falsa) Nas ciências naturais, classificam-se os seres, fatos e fenôme-
nos por suas diferenças e semelhanças; fora das ciências naturais, a
Indução classificação pode-se efetuar por meio de um processo mais ou me-
O Rio de Janeiro tem uma estátua do Cristo Redentor. (parti- nos arbitrário, em que os caracteres comuns e diferenciadores são
cular) empregados de modo mais ou menos convencional. A classificação,
Taubaté (SP) tem uma estátua do Cristo Redentor. (particular) no reino animal, em ramos, classes, ordens, subordens, gêneros e
Rio de Janeiro e Taubaté são cidades. espécies, é um exemplo de classificação natural, pelas caracterís-
Logo, toda cidade tem uma estátua do Cristo Redentor. (geral ticas comuns e diferenciadoras. A classificação dos variados itens
– conclusão falsa) integrantes de uma lista mais ou menos caótica é artificial.

Nota-se que as premissas são verdadeiras, mas a conclusão Exemplo: aquecedor, automóvel, barbeador, batata, caminhão,
pode ser falsa. Nem todas as pessoas que têm diploma são pro- canário, jipe, leite, ônibus, pão, pardal, pintassilgo, queijo, relógio,
fessores; nem todas as cidades têm uma estátua do Cristo Reden- sabiá, torradeira.
tor. Comete-se erro quando se faz generalizações apressadas ou Aves: Canário, Pardal, Pintassilgo, Sabiá.
infundadas. A “simples inspeção” é a ausência de análise ou análise Alimentos: Batata, Leite, Pão, Queijo.
superficial dos fatos, que leva a pronunciamentos subjetivos, base- Mecanismos: Aquecedor, Barbeador, Relógio, Torradeira.
ados nos sentimentos não ditados pela razão. Veículos: Automóvel, Caminhão, Jipe, Ônibus.
Tem-se, ainda, outros métodos, subsidiários ou não fundamen-
tais, que contribuem para a descoberta ou comprovação da verda- Os elementos desta lista foram classificados por ordem alfabé-
de: análise, síntese, classificação e definição. Além desses, existem tica e pelas afinidades comuns entre eles. Estabelecer critérios de
outros métodos particulares de algumas ciências, que adaptam os classificação das ideias e argumentos, pela ordem de importância, é
processos de dedução e indução à natureza de uma realidade par- uma habilidade indispensável para elaborar o desenvolvimento de
ticular. Pode-se afirmar que cada ciência tem seu método próprio
uma redação. Tanto faz que a ordem seja crescente, do fato mais
demonstrativo, comparativo, histórico etc. A análise, a síntese, a
importante para o menos importante, ou decrescente, primeiro
classificação a definição são chamadas métodos sistemáticos, por-
o menos importante e, no final, o impacto do mais importante; é
que pela organização e ordenação das ideias visam sistematizar a
indispensável que haja uma lógica na classificação. A elaboração
pesquisa.
Análise e síntese são dois processos opostos, mas interligados; do plano compreende a classificação das partes e subdivisões, ou
a análise parte do todo para as partes, a síntese, das partes para o seja, os elementos do plano devem obedecer a uma hierarquização.
todo. A análise precede a síntese, porém, de certo modo, uma de- (Garcia, 1973, p. 302304.)
pende da outra. A análise decompõe o todo em partes, enquanto a Para a clareza da dissertação, é indispensável que, logo na in-
síntese recompõe o todo pela reunião das partes. Sabe-se, porém, trodução, os termos e conceitos sejam definidos, pois, para expres-
que o todo não é uma simples justaposição das partes. Se alguém sar um questionamento, deve-se, de antemão, expor clara e racio-
reunisse todas as peças de um relógio, não significa que reconstruiu nalmente as posições assumidas e os argumentos que as justificam.
o relógio, pois fez apenas um amontoado de partes. Só reconstruiria É muito importante deixar claro o campo da discussão e a posição
todo se as partes estivessem organizadas, devidamente combina- adotada, isto é, esclarecer não só o assunto, mas também os pontos
das, seguida uma ordem de relações necessárias, funcionais, então, de vista sobre ele.
o relógio estaria reconstruído.

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LÍNGUA PORTUGUESA
A definição tem por objetivo a exatidão no emprego da lingua- A força do texto dissertativo está em sua fundamentação. Sem-
gem e consiste na enumeração das qualidades próprias de uma pre é fundamental procurar um porquê, uma razão verdadeira e
ideia, palavra ou objeto. Definir é classificar o elemento conforme a necessária. A verdade de um ponto de vista deve ser demonstrada
espécie a que pertence, demonstra: a característica que o diferen- com argumentos válidos. O ponto de vista mais lógico e racional do
cia dos outros elementos dessa mesma espécie. mundo não tem valor, se não estiver acompanhado de uma funda-
Entre os vários processos de exposição de ideias, a definição mentação coerente e adequada.
é um dos mais importantes, sobretudo no âmbito das ciências. A Os métodos fundamentais de raciocínio segundo a lógica clás-
definição científica ou didática é denotativa, ou seja, atribui às pa- sica, que foram abordados anteriormente, auxiliam o julgamento
lavras seu sentido usual ou consensual, enquanto a conotativa ou da validade dos fatos. Às vezes, a argumentação é clara e pode reco-
metafórica emprega palavras de sentido figurado. Segundo a lógica nhecer-se facilmente seus elementos e suas relações; outras vezes,
tradicional aristotélica, a definição consta de três elementos: as premissas e as conclusões organizam-se de modo livre, mistu-
- o termo a ser definido; rando-se na estrutura do argumento. Por isso, é preciso aprender a
- o gênero ou espécie; reconhecer os elementos que constituem um argumento: premis-
- a diferença específica. sas/conclusões. Depois de reconhecer, verificar se tais elementos
são verdadeiros ou falsos; em seguida, avaliar se o argumento está
O que distingue o termo definido de outros elementos da mes- expresso corretamente; se há coerência e adequação entre seus
ma espécie. Exemplo: elementos, ou se há contradição. Para isso é que se aprende os pro-
cessos de raciocínio por dedução e por indução. Admitindo-se que
Na frase: O homem é um animal racional classifica-se: raciocinar é relacionar, conclui-se que o argumento é um tipo espe-
cífico de relação entre as premissas e a conclusão.
Procedimentos Argumentativos: Constituem os procedimentos
argumentativos mais empregados para comprovar uma afirmação:
exemplificação, explicitação, enumeração, comparação.
Exemplificação: Procura justificar os pontos de vista por meio
Elemento especie diferença de exemplos, hierarquizar afirmações. São expressões comuns nes-
a ser definidoespecífica se tipo de procedimento: mais importante que, superior a, de maior
relevância que. Empregam-se também dados estatísticos, acompa-
É muito comum formular definições de maneira defeituosa, nhados de expressões: considerando os dados; conforme os dados
por exemplo: Análise é quando a gente decompõe o todo em par- apresentados. Faz-se a exemplificação, ainda, pela apresentação de
tes. Esse tipo de definição é gramaticalmente incorreto; quando é causas e consequências, usando-se comumente as expressões: por-
advérbio de tempo, não representa o gênero, a espécie, a gente é que, porquanto, pois que, uma vez que, visto que, por causa de, em
forma coloquial não adequada à redação acadêmica. Tão importan- virtude de, em vista de, por motivo de.
te é saber formular uma definição, que se recorre a Garcia (1973, Explicitação: O objetivo desse recurso argumentativo é expli-
p.306), para determinar os “requisitos da definição denotativa”. car ou esclarecer os pontos de vista apresentados. Pode-se alcançar
Para ser exata, a definição deve apresentar os seguintes requisitos: esse objetivo pela definição, pelo testemunho e pela interpreta-
- o termo deve realmente pertencer ao gênero ou classe em ção. Na explicitação por definição, empregamse expressões como:
que está incluído: “mesa é um móvel” (classe em que ‘mesa’ está quer dizer, denomina-se, chama-se, na verdade, isto é, haja vista,
realmente incluída) e não “mesa é um instrumento ou ferramenta ou melhor; nos testemunhos são comuns as expressões: conforme,
ou instalação”; segundo, na opinião de, no parecer de, consoante as ideias de, no
- o gênero deve ser suficientemente amplo para incluir todos os entender de, no pensamento de. A explicitação se faz também pela
exemplos específicos da coisa definida, e suficientemente restrito interpretação, em que são comuns as seguintes expressões: parece,
para que a diferença possa ser percebida sem dificuldade; assim, desse ponto de vista.
- deve ser obrigatoriamente afirmativa: não há, em verdade, Enumeração: Faz-se pela apresentação de uma sequência de
definição, quando se diz que o “triângulo não é um prisma”; elementos que comprovam uma opinião, tais como a enumeração
- deve ser recíproca: “O homem é um ser vivo” não constitui de pormenores, de fatos, em uma sequência de tempo, em que são
definição exata, porque a recíproca, “Todo ser vivo é um homem” frequentes as expressões: primeiro, segundo, por último, antes, de-
não é verdadeira (o gato é ser vivo e não é homem); pois, ainda, em seguida, então, presentemente, antigamente, de-
pois de, antes de, atualmente, hoje, no passado, sucessivamente,
- deve ser breve (contida num só período). Quando a definição, respectivamente. Na enumeração de fatos em uma sequência de
ou o que se pretenda como tal, é muito longa (séries de períodos espaço, empregam-se as seguintes expressões: cá, lá, acolá, ali, aí,
ou de parágrafos), chama-se explicação, e também definição expan- além, adiante, perto de, ao redor de, no Estado tal, na capital, no
dida;d interior, nas grandes cidades, no sul, no leste...
- deve ter uma estrutura gramatical rígida: sujeito (o termo) + Comparação: Analogia e contraste são as duas maneiras de
cópula (verbo de ligação ser) + predicativo (o gênero) + adjuntos (as se estabelecer a comparação, com a finalidade de comprovar uma
diferenças). ideia ou opinião. Na analogia, são comuns as expressões: da mesma
forma, tal como, tanto quanto, assim como, igualmente. Para esta-
As definições dos dicionários de língua são feitas por meio de belecer contraste, empregam-se as expressões: mais que, menos
paráfrases definitórias, ou seja, uma operação metalinguística que que, melhor que, pior que.
consiste em estabelecer uma relação de equivalência entre a pala- Entre outros tipos de argumentos empregados para aumentar
vra e seus significados. o poder de persuasão de um texto dissertativo encontram-se:

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LÍNGUA PORTUGUESA
Argumento de autoridade: O saber notório de uma autoridade Tema: O homem e a máquina: necessidade e riscos da evolução
reconhecida em certa área do conhecimento dá apoio a uma afir- tecnológica
mação. Dessa maneira, procura-se trazer para o enunciado a credi- - Questionar o tema, transformá-lo em interrogação, responder
bilidade da autoridade citada. Lembre-se que as citações literais no a interrogação (assumir um ponto de vista); dar o porquê da respos-
corpo de um texto constituem argumentos de autoridade. Ao fazer ta, justificar, criando um argumento básico;
uma citação, o enunciador situa os enunciados nela contidos na li- - Imaginar um ponto de vista oposto ao argumento básico e
nha de raciocínio que ele considera mais adequada para explicar ou construir uma contra-argumentação; pensar a forma de refutação
justificar um fato ou fenômeno. Esse tipo de argumento tem mais que poderia ser feita ao argumento básico e tentar desqualificá-la
caráter confirmatório que comprobatório. (rever tipos de argumentação);
Apoio na consensualidade: Certas afirmações dispensam expli- - Refletir sobre o contexto, ou seja, fazer uma coleta de ideias
cação ou comprovação, pois seu conteúdo é aceito como válido por que estejam direta ou indiretamente ligadas ao tema (as ideias po-
consenso, pelo menos em determinado espaço sociocultural. Nesse dem ser listadas livremente ou organizadas como causa e consequ-
caso, incluem-se ência);
- A declaração que expressa uma verdade universal (o homem, - Analisar as ideias anotadas, sua relação com o tema e com o
mortal, aspira à imortalidade); argumento básico;
- A declaração que é evidente por si mesma (caso dos postula- - Fazer uma seleção das ideias pertinentes, escolhendo as que
dos e axiomas); poderão ser aproveitadas no texto; essas ideias transformam-se em
- Quando escapam ao domínio intelectual, ou seja, é de nature- argumentos auxiliares, que explicam e corroboram a ideia do argu-
za subjetiva ou sentimental (o amor tem razões que a própria razão mento básico;
desconhece); implica apreciação de ordem estética (gosto não se - Fazer um esboço do Plano de Redação, organizando uma se-
discute); diz respeito a fé religiosa, aos dogmas (creio, ainda que quência na apresentação das ideias selecionadas, obedecendo às
parece absurdo). partes principais da estrutura do texto, que poderia ser mais ou
menos a seguinte:
Comprovação pela experiência ou observação: A verdade de
um fato ou afirmação pode ser comprovada por meio de dados con- Introdução
cretos, estatísticos ou documentais.
- função social da ciência e da tecnologia;
Comprovação pela fundamentação lógica: A comprovação se
- definições de ciência e tecnologia;
realiza por meio de argumentos racionais, baseados na lógica: cau-
- indivíduo e sociedade perante o avanço tecnológico.
sa/efeito; consequência/causa; condição/ocorrência.
Fatos não se discutem; discutem-se opiniões. As declarações,
julgamento, pronunciamentos, apreciações que expressam opini- Desenvolvimento
ões pessoais (não subjetivas) devem ter sua validade comprovada, - apresentação de aspectos positivos e negativos do desenvol-
e só os fatos provam. Em resumo toda afirmação ou juízo que ex- vimento tecnológico;
presse uma opinião pessoal só terá validade se fundamentada na - como o desenvolvimento científico-tecnológico modificou as
evidência dos fatos, ou seja, se acompanhada de provas, validade condições de vida no mundo atual;
dos argumentos, porém, pode ser contestada por meio da contra- - a tecnocracia: oposição entre uma sociedade tecnologica-
-argumentação ou refutação. São vários os processos de contra-ar- mente desenvolvida e a dependência tecnológica dos países sub-
gumentação: desenvolvidos;
Refutação pelo absurdo: refuta-se uma afirmação demonstran- - enumerar e discutir os fatores de desenvolvimento social;
do o absurdo da consequência. Exemplo clássico é a contraargu- - comparar a vida de hoje com os diversos tipos de vida do pas-
mentação do cordeiro, na conhecida fábula “O lobo e o cordeiro”; sado; apontar semelhanças e diferenças;
Refutação por exclusão: consiste em propor várias hipóteses - analisar as condições atuais de vida nos grandes centros ur-
para eliminá-las, apresentando-se, então, aquela que se julga ver- banos;
dadeira; - como se poderia usar a ciência e a tecnologia para humanizar
Desqualificação do argumento: atribui-se o argumento à opi- mais a sociedade.
nião pessoal subjetiva do enunciador, restringindo-se a universali-
dade da afirmação; Conclusão
Ataque ao argumento pelo testemunho de autoridade: consis- - a tecnologia pode libertar ou escravizar: benefícios/consequ-
te em refutar um argumento empregando os testemunhos de auto- ências maléficas;
ridade que contrariam a afirmação apresentada; - síntese interpretativa dos argumentos e contra-argumentos
Desqualificar dados concretos apresentados: consiste em de- apresentados.
sautorizar dados reais, demonstrando que o enunciador baseou-se
em dados corretos, mas tirou conclusões falsas ou inconsequentes. Naturalmente esse não é o único, nem o melhor plano de reda-
Por exemplo, se na argumentação afirmou-se, por meio de dados ção: é um dos possíveis.
estatísticos, que “o controle demográfico produz o desenvolvimen-
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
to”, afirma-se que a conclusão é inconsequente, pois baseia-se em
entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
uma relação de causa-feito difícil de ser comprovada. Para contra-
criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
argumentar, propõese uma relação inversa: “o desenvolvimento é
de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
que gera o controle demográfico”.
Apresentam-se aqui sugestões, um dos roteiros possíveis para tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
desenvolver um tema, que podem ser analisadas e adaptadas ao diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
desenvolvimento de outros temas. Elege-se um tema, e, em segui- é inserida.
da, sugerem-se os procedimentos que devem ser adotados para a O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
elaboração de um Plano de Redação. não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.

20
LÍNGUA PORTUGUESA
Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro-
a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex-
cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura, pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação
textos caracterizada por um citar o outro. sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o
A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um termo “citação” (citare) significa convocar.
texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se
utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros
fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di- termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar).
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema Pastiche é uma recorrência a um gênero.
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode
mencionar um provérbio conhecido. A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com a recriação de um texto.
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to- Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi- mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao
zá-lo ou ao compará-lo com outros. produtor e ao receptor de textos.
Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am-
grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de- plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de
senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres- remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos,
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função
formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con- daquela citação ou alusão em questão.
tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido. A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte,
Tipos de Intertextualidade ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer A intertextualidade explícita:
com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc. – é facilmente identificada pelos leitores;
Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali- – estabelece uma relação direta com o texto fonte;
dade. – apresenta elementos que identificam o texto fonte;
Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo, – não exige que haja dedução por parte do leitor;
um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá- – apenas apela à compreensão do conteúdos.
logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as
mesmas ideias da obra citada ou contestando-as. A intertextualidade implícita:
– não é facilmente identificada pelos leitores;
Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto – não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea- – não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com – exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
outras palavras o que já foi dito. te dos leitores;
A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex- – exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para
tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto a compreensão do conteúdo.
de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui,
um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada PONTO DE VISTA
para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica O modo como o autor narra suas histórias provoca diferentes
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces- sentidos ao leitor em relação à uma obra. Existem três pontos de
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca vista diferentes. É considerado o elemento da narração que com-
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os preende a perspectiva através da qual se conta a história. Trata-se
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- da posição da qual o narrador articula a narrativa. Apesar de existir
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica diferentes possibilidades de Ponto de Vista em uma narrativa, con-
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da sidera-se dois pontos de vista como fundamentais: O narrador-ob-
demagogia praticada pela classe dominante. servador e o narrador-personagem.
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- Primeira pessoa
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- Um personagem narra a história a partir de seu próprio ponto
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra- de vista, ou seja, o escritor usa a primeira pessoa. Nesse caso, lemos
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” o livro com a sensação de termos a visão do personagem poden-
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio do também saber quais são seus pensamentos, o que causa uma
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A leitura mais íntima. Da mesma maneira que acontece nas nossas
cultura é o melhor conforto para a velhice”. vidas, existem algumas coisas das quais não temos conhecimento e
só descobrimos ao decorrer da história.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Segunda pessoa - relaciona-se com a microestrutura, trabalha com as partes
O autor costuma falar diretamente com o leitor, como um diá- componentes do texto;
logo. Trata-se de um caso mais raro e faz com que o leitor se sinta - Estabelece relações entre os vocábulos no interior das frases.
quase como outro personagem que participa da história.
Intertextualidade é o nome dado à relação que se estabelece
Terceira pessoa entre dois textos, quando um texto já criado exerce influência na
Coloca o leitor numa posição externa, como se apenas obser- criação de um novo texto. Pode-se definir, então, a intertextualida-
vasse a ação acontecer. Os diálogos não são como na narrativa em de como sendo a criação de um texto a partir de outro texto já exis-
primeira pessoa, já que nesse caso o autor relata as frases como al- tente. Dependendo da situação, a intertextualidade tem funções
guém que estivesse apenas contando o que cada personagem disse. diferentes que dependem muito dos textos/contextos em que ela
é inserida.
Sendo assim, o autor deve definir se sua narrativa será transmi- O diálogo pode ocorrer em diversas áreas do conhecimento,
tida ao leitor por um ou vários personagens. Se a história é contada não se restringindo única e exclusivamente a textos literários.
por mais de um ser fictício, a transição do ponto de vista de um para Em alguns casos pode-se dizer que a intertextualidade assume
outro deve ser bem clara, para que quem estiver acompanhando a a função de não só persuadir o leitor como também de difundir a
leitura não fique confuso. cultura, uma vez que se trata de uma relação com a arte (pintura,
escultura, literatura etc). Intertextualidade é a relação entre dois
Coerência textos caracterizada por um citar o outro.
É uma rede de sintonia entre as partes e o todo de um texto. A intertextualidade é o diálogo entre textos. Ocorre quando um
Conjunto de unidades sistematizadas numa adequada relação se- texto (oral, escrito, verbal ou não verbal), de alguma maneira, se
mântica, que se manifesta na compatibilidade entre as ideias. (Na utiliza de outro na elaboração de sua mensagem. Os dois textos – a
linguagem popular: “dizer coisa com coisa” ou “uma coisa bate com fonte e o que dialoga com ela – podem ser do mesmo gênero ou
outra”).
de gêneros distintos, terem a mesma finalidade ou propósitos di-
Coerência é a unidade de sentido resultante da relação que se
ferentes. Assim, como você constatou, uma história em quadrinhos
estabelece entre as partes do texto. Uma ideia ajuda a compreen-
pode utilizar algo de um texto científico, assim como um poema
der a outra, produzindo um sentido global, à luz do qual cada uma
pode valer-se de uma letra de música ou um artigo de opinião pode
das partes ganha sentido. Coerência é a ligação em conjunto dos
mencionar um provérbio conhecido.
elementos formativos de um texto.
Há várias maneiras de um texto manter intertextualidade com
A coerência não é apenas uma marca textual, mas diz respeito
outro, entre elas, ao citá-lo, ao resumi-lo, ao reproduzi-lo com ou-
aos conceitos e às relações semânticas que permitem a união dos
tras palavras, ao traduzi-lo para outro idioma, ao ampliá-lo, ao to-
elementos textuais.
má-lo como ponto de partida, ao defendê-lo, ao criticá-lo, ao ironi-
A coerência de um texto é facilmente deduzida por um falante
de uma língua, quando não encontra sentido lógico entre as propo- zá-lo ou ao compará-lo com outros.
sições de um enunciado oral ou escrito. É a competência linguística, Os estudiosos afirmam que em todos os textos ocorre algum
tomada em sentido lato, que permite a esse falante reconhecer de grau de intertextualidade, pois quando falamos, escrevemos, de-
imediato a coerência de um discurso. senhamos, pintamos, moldamos, ou seja, sempre que nos expres-
samos, estamos nos valendo de ideias e conceitos que já foram
A coerência: formulados por outros para reafirmá-los, ampliá-los ou mesmo con-
- assenta-se no plano cognitivo, da inteligibilidade do texto; tradizê-los. Em outras palavras, não há textos absolutamente origi-
- situa-se na subjacência do texto; estabelece conexão concei- nais, pois eles sempre – de maneira explícita ou implícita – mantêm
tual; alguma relação com algo que foi visto, ouvido ou lido.
- relaciona-se com a macroestrutura; trabalha com o todo, com
o aspecto global do texto; Tipos de Intertextualidade
- estabelece relações de conteúdo entre palavras e frases. A intertextualidade acontece quando há uma referência ex-
plícita ou implícita de um texto em outro. Também pode ocorrer
Coesão com outras formas além do texto, música, pintura, filme, novela etc.
É um conjunto de elementos posicionados ao longo do texto, Toda vez que uma obra fizer alusão à outra ocorre a intertextuali-
numa linha de sequência e com os quais se estabelece um vínculo dade.
ou conexão sequencial. Se o vínculo coesivo se faz via gramática, Por isso é importante para o leitor o conhecimento de mundo,
fala-se em coesão gramatical. Se se faz por meio do vocabulário, um saber prévio, para reconhecer e identificar quando há um diá-
tem-se a coesão lexical. logo entre os textos. A intertextualidade pode ocorrer afirmando as
A coesão textual é a ligação, a relação, a conexão entre pala- mesmas ideias da obra citada ou contestando-as.
vras, expressões ou frases do texto. Ela manifesta-se por elementos
gramaticais, que servem para estabelecer vínculos entre os compo- Na paráfrase as palavras são mudadas, porém a ideia do texto
nentes do texto. é confirmada pelo novo texto, a alusão ocorre para atualizar, rea-
Existem, em Língua Portuguesa, dois tipos de coesão: a lexical, firmar os sentidos ou alguns sentidos do texto citado. É dizer com
que é obtida pelas relações de sinônimos, hiperônimos, nomes ge- outras palavras o que já foi dito.
néricos e formas elididas, e a gramatical, que é conseguida a partir
do emprego adequado de artigo, pronome, adjetivo, determinados A paródia é uma forma de contestar ou ridicularizar outros tex-
advérbios e expressões adverbiais, conjunções e numerais. tos, há uma ruptura com as ideologias impostas e por isso é objeto
A coesão: de interesse para os estudiosos da língua e das artes. Ocorre, aqui,
- assenta-se no plano gramatical e no nível frasal; um choque de interpretação, a voz do texto original é retomada
- situa-se na superfície do texto, estabele conexão sequencial; para transformar seu sentido, leva o leitor a uma reflexão crítica

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LÍNGUA PORTUGUESA
de suas verdades incontestadas anteriormente, com esse proces-
so há uma indagação sobre os dogmas estabelecidos e uma busca ORTOGRAFIA
pela verdade real, concebida através do raciocínio e da crítica. Os
programas humorísticos fazem uso contínuo dessa arte, frequente- ORTOGRAFIA OFICIAL
mente os discursos de políticos são abordados de maneira cômica • Mudanças no alfabeto: O alfabeto tem 26 letras. Foram rein-
e contestadora, provocando risos e também reflexão a respeito da troduzidas as letras k, w e y.
demagogia praticada pela classe dominante. O alfabeto completo é o seguinte: A B C D E F G H I J K L M N O
PQRSTUVWXYZ
A Epígrafe é um recurso bastante utilizado em obras, textos • Trema: Não se usa mais o trema (¨), sinal colocado sobre a
científicos, desde artigos, resenhas, monografias, uma vez que con- letra u para indicar que ela deve ser pronunciada nos grupos gue,
siste no acréscimo de uma frase ou parágrafo que tenha alguma re- gui, que, qui.
lação com o que será discutido no texto. Do grego, o termo “epígra-
fhe” é formado pelos vocábulos “epi” (posição superior) e “graphé” Regras de acentuação
(escrita). Como exemplo podemos citar um artigo sobre Patrimônio – Não se usa mais o acento dos ditongos abertos éi e ói das
palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima
Cultural e a epígrafe do filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C.): “A
sílaba)
cultura é o melhor conforto para a velhice”.

A Citação é o Acréscimo de partes de outras obras numa pro- Como era Como fica
dução textual, de forma que dialoga com ele; geralmente vem ex- alcatéia alcateia
pressa entre aspas e itálico, já que se trata da enunciação de outro
autor. Esse recurso é importante haja vista que sua apresentação apóia apoia
sem relacionar a fonte utilizada é considerado “plágio”. Do Latim, o apóio apoio
termo “citação” (citare) significa convocar.
Atenção: essa regra só vale para as paroxítonas. As oxítonas
A Alusão faz referência aos elementos presentes em outros continuam com acento: Ex.: papéis, herói, heróis, troféu, troféus.
textos. Do Latim, o vocábulo “alusão” (alludere) é formado por dois
termos: “ad” (a, para) e “ludere” (brincar). – Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no i e no
u tônicos quando vierem depois de um ditongo.
Pastiche é uma recorrência a um gênero.
Como era Como fica
A Tradução está no campo da intertextualidade porque implica
a recriação de um texto. baiúca baiuca
bocaiúva bocaiuva
Evidentemente, a intertextualidade está ligada ao “conheci-
mento de mundo”, que deve ser compartilhado, ou seja, comum ao Atenção: se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em
produtor e ao receptor de textos. posição final (ou seguidos de s), o acento permanece. Exemplos:
A intertextualidade pressupõe um universo cultural muito am- tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
plo e complexo, pois implica a identificação / o reconhecimento de
remissões a obras ou a textos / trechos mais, ou menos conhecidos, – Não se usa mais o acento das palavras terminadas em êem
além de exigir do interlocutor a capacidade de interpretar a função e ôo(s).
daquela citação ou alusão em questão.
Como era Como fica
Intertextualidade explícita e intertextualidade implícita
abençôo abençoo
A intertextualidade pode ser caracterizada como explícita ou
implícita, de acordo com a relação estabelecida com o texto fonte, crêem creem
ou seja, se mais direta ou se mais subentendida.
– Não se usa mais o acento que diferenciava os pares pára/
A intertextualidade explícita: para, péla(s)/ pela(s), pêlo(s)/pelo(s), pólo(s)/polo(s) e pêra/pera.
– é facilmente identificada pelos leitores;
– estabelece uma relação direta com o texto fonte; Atenção:
– apresenta elementos que identificam o texto fonte; • Permanece o acento diferencial em pôde/pode.
– não exige que haja dedução por parte do leitor; • Permanece o acento diferencial em pôr/por.
– apenas apela à compreensão do conteúdos. • Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural
dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter,
A intertextualidade implícita: reter, conter, convir, intervir, advir etc.).
• É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as
– não é facilmente identificada pelos leitores;
palavras forma/fôrma.
– não estabelece uma relação direta com o texto fonte;
– não apresenta elementos que identificam o texto fonte;
Uso de hífen
– exige que haja dedução, inferência, atenção e análise por par-
Regra básica:
te dos leitores; Sempre se usa o hífen diante de h: anti-higiênico, super-ho-
– exige que os leitores recorram a conhecimentos prévios para mem.
a compreensão do conteúdo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Outros casos As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos:
1. Prefixo terminado em vogal: • São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
– Sem hífen diante de vogal diferente: autoescola, antiaéreo. íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...)
– Sem hífen diante de consoante diferente de r e s: anteprojeto, • São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N,
semicírculo. R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter,
– Sem hífen diante de r e s. Dobram-se essas letras: antirracis- fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
mo, antissocial, ultrassom. • São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S),
– Com hífen diante de mesma vogal: contra-ataque, micro-on- E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu,
das. dói, coronéis...)
• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais
2. Prefixo terminado em consoante: (aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)
– Com hífen diante de mesma consoante: inter-regional, sub-
-bibliotecário. Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei-
– Sem hífen diante de consoante diferente: intermunicipal, su- nar e fixar as regras.
persônico.
– Sem hífen diante de vogal: interestadual, superinteressante.
CLASSES GRAMATICAIS
Observações:
• Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra CLASSES DE PALAVRAS
iniciada por r: sub-região, sub-raça. Palavras iniciadas por h perdem
essa letra e juntam-se sem hífen: subumano, subumanidade. Substantivo
• Com os prefixos circum e pan, usa-se o hífen diante de pala- São as palavras que atribuem nomes aos seres reais ou imagi-
vra iniciada por m, n e vogal: circum-navegação, pan-americano. nários (pessoas, animais, objetos), lugares, qualidades, ações e sen-
• O prefixo co aglutina-se, em geral, com o segundo elemento, timentos, ou seja, que tem existência concreta ou abstrata. 
mesmo quando este se inicia por o: coobrigação, coordenar, coope-
rar, cooperação, cooptar, coocupante. Classificação dos substantivos
• Com o prefixo vice, usa-se sempre o hífen: vice-rei, vice-al-
mirante. SUBSTANTIVO SIMPLES: Olhos/água/
• Não se deve usar o hífen em certas palavras que perderam apresentam um só radical em muro/quintal/caderno/
a noção de composição, como girassol, madressilva, mandachuva, sua estrutura. macaco/sabão
pontapé, paraquedas, paraquedista.
• Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró, SUBSTANTIVOS Macacos-prego/
usa-se sempre o hífen: ex-aluno, sem-terra, além-mar, aquém-mar, COMPOSTOS: são formados porta-voz/
recém-casado, pós-graduação, pré-vestibular, pró-europeu. por mais de um radical em sua pé-de-moleque
estrutura.
Viu? Tudo muito tranquilo. Certeza que você já está dominando SUBSTANTIVOS Casa/
muita coisa. Mas não podemos parar, não é mesmo?!?! Por isso PRIMITIVOS: são os que dão mundo/
vamos passar para mais um ponto importante. origem a outras palavras, ou população
seja, ela é a primeira. /formiga
Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons
com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para SUBSTANTIVOS Caseiro/mundano/
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. DERIVADOS: são formados populacional/formigueiro
Vejamos um por um: por outros radicais da língua.
SUBSTANTIVOS Rodrigo
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre PRÓPRIOS: designa /Brasil
aberto. determinado ser entre outros /Belo Horizonte/Estátua
Já cursei a Faculdade de História. da mesma espécie. São da Liberdade
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre sempre iniciados por letra
fechado. maiúscula.
Meu avô e meus três tios ainda são vivos.
SUBSTANTIVOS COMUNS: biscoitos/ruídos/estrelas/
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este
referem-se qualquer ser de cachorro/prima
caso afundo mais à frente).
uma mesma espécie.
Sou leal à mulher da minha vida.
SUBSTANTIVOS Leão/corrente
As palavras podem ser: CONCRETOS: nomeiam seres /estrelas/fadas
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu- com existência própria. Esses /lobisomem
-já, ra-paz, u-ru-bu...) seres podem ser animadoso /saci-pererê
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa, ou inanimados, reais ou
sa-bo-ne-te, ré-gua...) imaginários.
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)

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LÍNGUA PORTUGUESA

SUBSTANTIVOS Mistério/ • Número:


ABSTRATOS: nomeiam bondade/ – Os adjetivos simples seguem as mesmas regras de flexão de
ações, estados, qualidades confiança/ número que os substantivos: sábio/ sábios, namorador/ namorado-
e sentimentos que não tem lembrança/ res, japonês/ japoneses.
existência própria, ou seja, só amor/ – Os adjetivos compostos têm algumas peculiaridades: luvas
existem em função de um ser. alegria branco-gelo, garrafas amarelo-claras, cintos da cor de chumbo.

SUBSTANTIVOS Elenco (de atores)/ • Grau:


COLETIVOS: referem-se a um acervo (de obras – Grau Comparativo de Superioridade: Meu time é mais vito-
conjunto de seres da mesma artísticas)/buquê (de flores) rioso (do) que o seu.
espécie, mesmo quando – Grau Comparativo de Inferioridade: Meu time é menos vito-
empregado no singular e rioso (do) que o seu.
constituem um substantivo – Grau Comparativo de Igualdade: Meu time é tão vitorioso
comum. quanto o seu.
NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS – Grau Superlativo Absoluto Sintético: Meu time é famosíssi-
PALAVRAS QUE NÃO ESTÃO AQUI! mo.
– Grau Superlativo Absoluto Analítico: Meu time é muito fa-
Flexão dos Substantivos moso.
• Gênero: Os gêneros em português podem ser dois: masculi- – Grau Superlativo Relativo de Superioridade: Meu time é o
no e feminino. E no caso dos substantivos podem ser biformes ou mais famoso de todos.
uniformes – Grau Superlativo Relativo de Inferioridade; Meu time é me-
– Biformes: as palavras tem duas formas, ou seja, apresenta nos famoso de todos.
uma forma para o masculino e uma para o feminino: tigre/tigresa, o
presidente/a presidenta, o maestro/a maestrina Artigo
– Uniformes: as palavras tem uma só forma, ou seja, uma única É uma palavra variável em gênero e número que antecede o
forma para o masculino e o feminino. Os uniformes dividem-se em substantivo, determinando de modo particular ou genérico.
epicenos, sobrecomuns e comuns de dois gêneros. • Classificação e Flexão do Artigos
a) Epicenos: designam alguns animais e plantas e são invariá- – Artigos Definidos: o, a, os, as.
veis: onça macho/onça fêmea, pulga macho/pulga fêmea, palmeira O menino carregava o brinquedo em suas costas.
macho/palmeira fêmea. As meninas brincavam com as bonecas.
b) Sobrecomuns: referem-se a seres humanos; é pelo contexto – Artigos Indefinidos: um, uma, uns, umas.
que aparecem que se determina o gênero: a criança (o criança), a Um menino carregava um brinquedo.
testemunha (o testemunha), o individuo (a individua). Umas meninas brincavam com umas bonecas.
c) Comuns de dois gêneros: a palavra tem a mesma forma tanto
para o masculino quanto para o feminino: o/a turista, o/a agente, Numeral
o/a estudante, o/a colega. É a palavra que indica uma quantidade definida de pessoas ou
• Número: Podem flexionar em singular (1) e plural (mais de 1). coisas, ou o lugar (posição) que elas ocupam numa série.
– Singular: anzol, tórax, próton, casa. • Classificação dos Numerais
– Plural: anzóis, os tórax, prótons, casas. – Cardinais: indicam número ou quantidade:
Trezentos e vinte moradores.
• Grau: Podem apresentar-se no grau aumentativo e no grau – Ordinais: indicam ordem ou posição numa sequência:
diminutivo. Quinto ano. Primeiro lugar.
– Grau aumentativo sintético: casarão, bocarra. – Multiplicativos: indicam o número de vezes pelo qual uma
– Grau aumentativo analítico: casa grande, boca enorme. quantidade é multiplicada:
– Grau diminutivo sintético: casinha, boquinha O quíntuplo do preço.
– Grau diminutivo analítico: casa pequena, boca minúscula.  – Fracionários: indicam a parte de um todo:
Dois terços dos alunos foram embora.
Adjetivo
É a palavra variável que especifica e caracteriza o substantivo:
imprensa livre, favela ocupada. Locução adjetiva é expressão com-
posta por substantivo (ou advérbio) ligado a outro substantivo por
preposição com o mesmo valor e a mesma função que um adjetivo:
golpe de mestre (golpe magistral), jornal da tarde (jornal vesper-
tino).

Flexão do Adjetivos
• Gênero:
– Uniformes: apresentam uma só para o masculino e o femini-
no: homem feliz, mulher feliz.
– Biformes: apresentam uma forma para o masculino e outra
para o feminino: juiz sábio/ juíza sábia, bairro japonês/ indústria
japonesa, aluno chorão/ aluna chorona. 

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LÍNGUA PORTUGUESA
Pronome
É a palavra que substitui os substantivos ou os determinam, indicando a pessoa do discurso.
• Pronomes pessoais vão designar diretamente as pessoas em uma conversa. Eles indicam as três pessoas do discurso.

Pronomes Retos Pronomes Oblíquos


Pessoas do Discurso
Função Subjetiva Função Objetiva
1º pessoa do singular Eu Me, mim, comigo
2º pessoa do singular Tu Te, ti, contigo
3º pessoa do singular Ele, ela,  Se, si, consigo, lhe, o, a
1º pessoa do plural Nós Nos, conosco
2º pessoa do plural Vós Vos, convosco
3º pessoa do plural Eles, elas Se, si, consigo, lhes, os, as

• Pronomes de Tratamento são usados no trato com as pessoas, normalmente, em situações formais de comunicação.

Pronomes de Tratamento Emprego


Você Utilizado em situações informais.
Senhor (es) e Senhora (s) Tratamento para pessoas mais velhas.
Vossa Excelência Usados para pessoas com alta autoridade
Vossa Magnificência Usados para os reitores das Universidades.
Empregado nas correspondências e textos
Vossa Senhoria
escritos.
Vossa Majestade Utilizado para Reis e Rainhas
Vossa Alteza Utilizado para príncipes, princesas, duques.
Vossa Santidade Utilizado para o Papa
Vossa Eminência Usado para Cardeais.
Vossa Reverendíssima Utilizado para sacerdotes e religiosos em geral.

• Pronomes Possessivos referem-se às pessoas do discurso, atribuindo-lhes a posse de alguma coisa.

Pessoa do Discurso Pronome Possessivo


1º pessoa do singular Meu, minha, meus, minhas
2º pessoa do singular teu, tua, teus, tuas
3º pessoa do singular seu, sua, seus, suas
1º pessoa do plural Nosso, nossa, nossos, nossas
2º pessoa do plural Vosso, vossa, vossos, vossas
3º pessoa do plural Seu, sua, seus, suas

• Pronomes Demonstrativos são utilizados para indicar a posição de algum elemento em relação à pessoa seja no discurso, no tempo
ou no espaço.

Pronomes Demonstrativos Singular Plural


Feminino esta, essa, aquela estas, essas, aquelas
Masculino este, esse, aquele estes, esses, aqueles

• Pronomes Indefinidos referem-se à 3º pessoa do discurso, designando-a de modo vago, impreciso, indeterminado. Os pronomes
indefinidos podem ser variáveis (varia em gênero e número) e invariáveis (não variam em gênero e número).

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LÍNGUA PORTUGUESA

Classificação Pronomes Indefinidos


algum, alguma, alguns, algumas, nenhum, nenhuma, nenhuns, nenhumas, muito, muita, muitos, muitas, pou-
co, pouca, poucos, poucas, todo, toda, todos, todas, outro, outra, outros, outras, certo, certa, certos, certas, vário,
Variáveis
vária, vários, várias, tanto, tanta, tantos, tantas, quanto, quanta, quantos, quantas, qualquer, quaisquer, qual, quais,
um, uma, uns, umas.
Invariáveis quem, alguém, ninguém, tudo, nada, outrem, algo, cada.

• Pronomes Interrogativos são palavras variáveis e invariáveis utilizadas para formular perguntas diretas e indiretas.

Classificação Pronomes Interrogativos


Variáveis qual, quais, quanto, quantos, quanta, quantas.
Invariáveis quem, que.

• Pronomes Relativos referem-se a um termo já dito anteriormente na oração, evitando sua repetição. Eles também podem ser va-
riáveis e invariáveis.

Classificação Pronomes Relativos


Variáveis o qual, a qual, os quais, as quais, cujo, cuja, cujos, cujas, quanto, quanta, quantos, quantas.
Invariáveis quem, que, onde.

Verbos
São as palavras que exprimem ação, estado, fenômenos meteorológicos, sempre em relação ao um determinado tempo.

• Flexão verbal
Os verbos podem ser flexionados de algumas formas.
– Modo: É a maneira, a forma como o verbo se apresenta na frase para indicar uma atitude da pessoa que o usou. O modo é dividido
em três: indicativo (certeza, fato), subjuntivo (incerteza, subjetividade) e imperativo (ordem, pedido).
– Tempo: O tempo indica o momento em que se dá o fato expresso pelo verbo. Existem três tempos no modo indicativo: presente,
passado (pretérito perfeito, imperfeito e mais-que-perfeito) e futuro (do presente e do pretérito). No subjuntivo, são três: presente, pre-
térito imperfeito e futuro.
– Número: Este é fácil: singular e plural.
– Pessoa: Fácil também: 1ª pessoa (eu amei, nós amamos); 2º pessoa (tu amaste, vós amastes); 3ª pessoa (ele amou, eles amaram).

• Formas nominais do verbo


Os verbos têm três formas nominais, ou seja, formas que exercem a função de nomes (normalmente, substantivos). São elas infinitivo
(terminado em -R), gerúndio (terminado em –NDO) e particípio (terminado em –DA/DO).

• Voz verbal
É a forma como o verbo se encontra para indicar sua relação com o sujeito. Ela pode ser ativa, passiva ou reflexiva.
– Voz ativa: Segundo a gramática tradicional, ocorre voz ativa quando o verbo (ou locução verbal) indica uma ação praticada pelo
sujeito. Veja:
João pulou da cama atrasado
– Voz passiva: O sujeito é paciente e, assim, não pratica, mas recebe a ação. A voz passiva pode ser analítica ou sintética. A voz passiva
analítica é formada por:
Sujeito paciente + verbo auxiliar (ser, estar, ficar, entre outros) + verbo principal da ação conjugado no particípio + preposição por/
pelo/de + agente da passiva.
A casa foi aspirada pelos rapazes

A voz passiva sintética, também chamada de voz passiva pronominal (devido ao uso do pronome se) é formada por:
Verbo conjugado na 3.ª pessoa (no singular ou no plural) + pronome apassivador «se» + sujeito paciente.
Aluga-se apartamento.

Advérbio
É a palavra invariável que modifica o verbo, adjetivo, outro advérbio ou a oração inteira, expressando uma determinada circunstância.
As circunstâncias dos advérbios podem ser:
– Tempo: ainda, cedo, hoje, agora, antes, depois, logo, já, amanhã, tarde, sempre, nunca, quando, jamais, ontem, anteontem, breve-
mente, atualmente, à noite, no meio da noite, antes do meio-dia, à tarde, de manhã, às vezes, de repente, hoje em dia, de vez em quando,
em nenhum momento, etc.
– Lugar: Aí, aqui, acima, abaixo, ali, cá, lá, acolá, além, aquém, perto, longe, dentro, fora, adiante, defronte, detrás, de cima, em cima,
à direita, à esquerda, de fora, de dentro, por fora, etc.

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LÍNGUA PORTUGUESA
– Modo: assim, melhor, pior, bem, mal, devagar, depressa, rapidamente, lentamente, apressadamente, felizmente, às pressas, às ocul-
tas, frente a frente, com calma, em silêncio, etc.
– Afirmação: sim, deveras, decerto, certamente, seguramente, efetivamente, realmente, sem dúvida, com certeza, por certo, etc. 
– Negação: não, absolutamente, tampouco, nem, de modo algum, de jeito nenhum, de forma alguma, etc.
– Intensidade: muito, pouco, mais, menos, meio, bastante, assaz, demais, bem, mal, tanto, tão, quase, apenas, quanto, de pouco, de
todo, etc.
– Dúvida: talvez, acaso, possivelmente, eventualmente, porventura, etc.

Preposição
É a palavra que liga dois termos, de modo que o segundo complete o sentido do primeiro. As preposições são as seguintes:

Conjunção
É palavra que liga dois elementos da mesma natureza ou uma oração a outra. As conjunções podem ser coordenativas (que ligam
orações sintaticamente independentes) ou subordinativas (que ligam orações com uma relação hierárquica, na qual um elemento é de-
terminante e o outro é determinado).

• Conjunções Coordenativas

Tipos Conjunções Coordenativas


Aditivas e, mas ainda, mas também, nem...
Adversativas contudo, entretanto, mas, não obstante, no entanto, porém, todavia...
Alternativas já…, já…, ou, ou…, ou…, ora…, ora…, quer…, quer…
assim, então, logo, pois (depois do verbo), por conseguinte, por isso, portan-
Conclusivas
to...
Explicativas pois (antes do verbo), porquanto, porque, que...

• Conjunções Subordinativas

Tipos Conjunções Subordinativas


Causais Porque, pois, porquanto, como, etc.
Concessivas Embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, etc.
Condicionais Se, caso, quando, conquanto que, salvo se, sem que, etc.
Conforme, como (no sentido de conforme), segundo, consoante,
Conformativas
etc.
Finais Para que, a fim de que, porque (no sentido de que), que, etc.
Proporcionais À medida que, ao passo que, à proporção que, etc.
Temporais Quando, antes que, depois que, até que, logo que, etc.
Que, do que (usado depois de mais, menos, maior, menor, melhor,
Comparativas
etc.
Que (precedido de tão, tal, tanto), de modo que, De maneira que,
Consecutivas
etc.
Integrantes Que, se.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Interjeição • Devemos usar crase:
É a palavra invariável que exprime ações, sensações, emoções, – Antes palavras femininas:
apelos, sentimentos e estados de espírito, traduzindo as reações Iremos à festa amanhã
das pessoas. Mediante à situação.
• Principais Interjeições O Governo visa à resolução do problema.
Oh! Caramba! Viva! Oba! Alô! Psiu! Droga! Tomara! Hum!
– Locução prepositiva implícita “à moda de, à maneira de”
Dez classes de palavras foram estudadas agora. O estudo delas Devido à regra, o acento grave é obrigatoriamente usado nas
é muito importante, pois se você tem bem construído o que é e a locuções prepositivas com núcleo feminino iniciadas por a:
função de cada classe de palavras, não terá dificuldades para enten- Os frangos eram feitos à moda da casa imperial.
der o estudo da Sintaxe. Às vezes, porém, a locução vem implícita antes de substanti-
vos masculinos, o que pode fazer você pensar que não rola a crase.
Mas... há crase, sim!
ACENTUAÇÃO. REGRAS DE ACENTUAÇÃO Depois da indigestão, farei uma poesia à Drummond, vestir-
E SEUS PRÉ-REQUISITOS -me-ei à Versace e entregá-la-ei à tímida aniversariante.

Acentuação é o modo de proferir um som ou grupo de sons – Expressões fixas


com mais relevo do que outros. Os sinais diacríticos servem para Existem algumas expressões em que sempre haverá o uso de
indicar, dentre outros aspectos, a pronúncia correta das palavras. crase:
Vejamos um por um: à vela, à lenha, à toa, à vista, à la carte, à queima-roupa, à von-
tade, à venda, à mão armada, à beça, à noite, à tarde, às vezes, às
Acento agudo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre pressas, à primeira vista, à hora certa, àquela hora, à esquerda, à
aberto. direita, à vontade, às avessas, às claras, às escuras, à mão, às escon-
Já cursei a Faculdade de História. didas, à medida que, à proporção que.
Acento circunflexo: marca a posição da sílaba tônica e o timbre • NUNCA devemos usar crase:
fechado. – Antes de substantivos masculinos:
Meu avô e meus três tios ainda são vivos. Andou a cavalo pela cidadezinha, mas preferiria ter andado a
Acento grave: marca o fenômeno da crase (estudaremos este pé.
caso afundo mais à frente).
Sou leal à mulher da minha vida. – Antes de substantivo (masculino ou feminino, singular ou
plural) usado em sentido generalizador:
As palavras podem ser: Depois do trauma, nunca mais foi a festas.
– Oxítonas: quando a sílaba tônica é a última (ca-fé, ma-ra-cu- Não foi feita menção a mulher, nem a criança, tampouco a ho-
-já, ra-paz, u-ru-bu...) mem.
– Paroxítonas: quando a sílaba tônica é a penúltima (me-sa,
sa-bo-ne-te, ré-gua...) – Antes de artigo indefinido “uma”
– Proparoxítonas: quando a sílaba tônica é a antepenúltima Iremos a uma reunião muito importante no domingo.
(sá-ba-do, tô-ni-ca, his-tó-ri-co…)
– Antes de pronomes
As regras de acentuação das palavras são simples. Vejamos: Obs.: A crase antes de pronomes possessivos é facultativa.
• São acentuadas todas as palavras proparoxítonas (médico,
íamos, Ângela, sânscrito, fôssemos...) Fizemos referência a Vossa Excelência, não a ela.
• São acentuadas as palavras paroxítonas terminadas em L, N, A quem vocês se reportaram no Plenário?
R, X, I(S), US, UM, UNS, OS, ÃO(S), Ã(S), EI(S) (amável, elétron, éter, Assisto a toda peça de teatro no RJ, afinal, sou um crítico.
fênix, júri, oásis, ônus, fórum, órfão...)
• São acentuadas as palavras oxítonas terminadas em A(S), – Antes de verbos no infinitivo
E(S), O(S), EM, ENS, ÉU(S), ÉI(S), ÓI(S) (xarás, convéns, robô, Jô, céu, A partir de hoje serei um pai melhor, pois voltei a trabalhar.
dói, coronéis...)

• São acentuados os hiatos I e U, quando precedidos de vogais TIPOS DE SUJEITO: SIMPLES, COMPOSTO E OCULTO
(aí, faísca, baú, juízo, Luísa...)

Viu que não é nenhum bicho de sete cabeças? Agora é só trei- Agora chegamos no assunto que causa mais temor em muitos
nar e fixar as regras. estudantes. Mas eu tenho uma boa notícia para te dar: o estudo
da sintaxe é mais fácil do que parece e você vai ver que sabe muita
coisa que nem imagina. Para começar, precisamos de classificar al-
CRASE gumas questões importantes:

A crase é a fusão de duas vogais idênticas. A primeira vogal a • Frase: Enunciado que estabelece uma comunicação de sen-
é uma preposição, a segunda vogal a é um artigo ou um pronome tido completo. 
demonstrativo. Os jornais publicaram a notícia.
a (preposição) + a(s) (artigo) = à(s) Silêncio! 

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LÍNGUA PORTUGUESA
• Oração: Enunciado que se forma com um verbo ou com uma locução verbal.
Este filme causou grande impacto entre o público.
A inflação deve continuar sob controle.

• Período Simples: formado por uma única oração.


O clima se alterou muito nos últimos dias.

• Período Composto: formado por mais de uma oração.


O governo prometeu/ que serão criados novos empregos.

Bom, já está a clara a diferença entre frase, oração e período. Vamos, então, classificar os elementos que compõem uma oração:
• Sujeito: Termo da oração do qual se declara alguma coisa.
O problema da violência preocupa os cidadãos.
• Predicado: Tudo que se declara sobre o sujeito.
A tecnologia permitiu o resgate dos operários.
• Objeto Direto: Complemento que se liga ao verbo transitivo direto ou ao verbo transitivo direto e indireto sem o auxílio da prepo-
sição.
A tecnologia tem possibilitado avanços notáveis.
Os pais oferecem ajuda financeira ao filho.
• Objeto Indireto: Complemento que se liga ao verbo transitivo indireto ou ao verbo transitivo direto e indireto por meio de preposi-
ção. 
Os Estados Unidos resistem ao grave momento.
João gosta de beterraba.
• Adjunto Adverbial: Termo modificador do verbo que exprime determinada circunstância (tempo, lugar, modo etc.) ou intensifica um
verbo, adjetivo ou advérbio.
O ônibus saiu à noite quase cheio, com destino a Salvador.
Vamos sair do mar.
• Agente da Passiva: Termo da oração que exprime quem pratica a ação verbal quando o verbo está na voz passiva.
Raquel foi pedida em casamento por seu melhor amigo.
• Adjunto Adnominal: Termo da oração que modifica um substantivo, caracterizando-o ou determinando-o sem a intermediação de
um verbo.
Um casal de médicos eram os novos moradores do meu prédio.
• Complemento Nominal: Termo da oração que completa nomes, isto é, substantivos, adjetivos e advérbios, e vem preposicionado.
A realização do torneio teve a aprovação de todos.
• Predicativo do Sujeito: Termo que atribui característica ao sujeito da oração.
A especulação imobiliária me parece um problema.
• Predicativo do Objeto: Termo que atribui características ao objeto direto ou indireto da oração.
O médico considerou o paciente hipertenso.
• Aposto: Termo da oração que explica, esclarece, resume ou identifica o nome ao qual se refere (substantivo, pronome ou equivalen-
tes). O aposto sempre está entre virgulas ou após dois-pontos.
A praia do Forte, lugar paradisíaco, atrai muitos turistas.
• Vocativo: Termo da oração que se refere a um interlocutor a quem se dirige a palavra.
Senhora, peço aguardar mais um pouco.

Tipos de orações
As partes de uma oração já está fresquinha aí na sua cabeça, não é?!?! Estudar os tipos de orações que existem será moleza, moleza.
Vamos comigo!!!
Temos dois tipos de orações: as coordenadas, cuja as orações de um período são independentes (não dependem uma da outra para
construir sentido completo); e as subordinadas, cuja as orações de um período são dependentes (dependem uma da outra para construir
sentido completo).
As orações coordenadas podem ser sindéticas (conectadas uma a outra por uma conjunção) e assindéticas (que não precisam da
conjunção para estar conectadas. O serviço é feito pela vírgula).

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LÍNGUA PORTUGUESA
Tipos de orações coordenadas

Orações Coordenadas Sindéticas Orações Coordenadas Assindéticas

Aditivas Fomos para a escola e fizemos o exame final. • Lena estava triste, cansada, decepcionada.
Adversativas Pedro Henrique estuda muito,  porém  não •
passa no vestibular. • Ao chegar à escola conversamos, estudamos, lan-
chamos.
Alternativas Manuela  ora  quer comer hambúr-
guer, ora quer comer pizza. Alfredo está chateado, pensando em se mudar.
Conclusivas Não gostamos do restaurante, portanto não
iremos mais lá. Precisamos estar com cabelos arrumados, unhas feitas.

Explicativas Marina não queria falar,  ou seja, ela estava João Carlos e Maria estão radiantes, alegria que dá in-
de mau humor. veja.

Tipos de orações subordinadas


As orações subordinadas podem ser substantivas, adjetivas e adverbiais. Cada uma delas tem suas subclassificações, que veremos
agora por meio do quadro seguinte.

Orações Subordinadas
Subjetivas É certo que ele trará os a sobremesa do
Exercem a função de sujeito jantar.
Completivas Nominal Estou convencida de que ele é solteiro.
Exercem a função de complemento
nominal
Predicativas O problema é que ele não entregou a
Orações Subordinadas Substantivas Exercem a função de predicativo refeição no lugar.
Apositivas Eu lhe disse apenas isso: que não se
Exercem a função de aposto aborrecesse com ela.
Objetivas Direta Espero que você seja feliz.
Exercem a função de objeto direto
Objetivas Indireta Lembrou-se da dívida que tem com ele.
Exercem a função de objeto indireto

Explicativas Os alunos, que foram mal na prova de


Explicam um termo dito quinta, terão aula de reforço.
anteriormente. SEMPRE serão
acompanhadas por vírgula.
Orações Subordinadas Adjetivas
Restritivas Os alunos que foram mal na prova de
Restringem o sentido de um termo quinta terão aula de reforço.
dito anteriormente. NUNCA serão
acompanhadas por vírgula.

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LÍNGUA PORTUGUESA

Causais Estou vestida assim porque vou sair.


Assumem a função de advérbio de
causa
Consecutivas Falou tanto que ficou rouca o resto do
Assumem a função de advérbio de dia.
consequência
Comparativas A menina comia como um adulto come.
Assumem a função de advérbio de
comparação
Condicionais Desde que ele participe, poderá entrar
Assumem a função de advérbio de na reunião.
condição
Conformativas O shopping fechou, conforme havíamos
Orações Subordinadas Adverbiais Assumem a função de advérbio de previsto.
conformidade
Concessivas Embora eu esteja triste, irei à festa mais
Assumem a função de advérbio de tarde.
concessão
Finais Vamos direcionar os esforços para que
Assumem a função de advérbio de todos tenham acesso aos benefícios.
finalidade
Proporcionais Quanto mais eu dormia, mais sono
Assumem a função de advérbio de tinha.
proporção
Temporais Quando a noite chega, os morcegos
Assumem a função de advérbio de saem de suas casas.
tempo

Olha como esse quadro facilita a vida, não é?! Por meio dele, conseguimos ter uma visão geral das classificações e subclassificações
das orações, o que nos deixa mais tranquilos para estudá-las.

CONCORDÂNCIA NOMINAL E VERBAL

Concordância Nominal
Os adjetivos, os pronomes adjetivos, os numerais e os artigos concordam em gênero e número com os substantivos aos quais se
referem.
Os nossos primeiros contatos começaram de maneira amistosa.

Casos Especiais de Concordância Nominal


• Menos e alerta são invariáveis na função de advérbio:
Colocou menos roupas na mala./ Os seguranças continuam alerta.

• Pseudo e todo são invariáveis quando empregados na formação de palavras compostas:


Cuidado com os pseudoamigos./ Ele é o chefe todo-poderoso.

• Mesmo, próprio, anexo, incluso, quite e obrigado variam de acordo com o substantivo a que se referem:
Elas mesmas cozinhavam./ Guardou as cópias anexas.

• Muito, pouco, bastante, meio, caro e barato variam quando pronomes indefinidos adjetivos e numerais e são invariáveis quando
advérbios:
Muitas vezes comemos muito./ Chegou meio atrasada./ Usou meia dúzia de ovos.

• Só varia quando adjetivo e não varia quando advérbio:


Os dois andavam sós./ A respostas só eles sabem.

• É bom, é necessário, é preciso, é proibido variam quando o substantivo estiver determinado por artigo:
É permitida a coleta de dados./ É permitido coleta de dados.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Concordância Verbal Assistir (dar assistência) Não usa preposição
O verbo concorda com seu sujeito em número e pessoa:
O público aplaudiu o ator de pé./ A sala e quarto eram enor- Deparar (encontrar) com
mes. Implicar (consequência) Não usa preposição

Concordância ideológica ou silepse Lembrar Não usa preposição


• Silepse de gênero trata-se da concordância feita com o gêne- Pagar (pagar a alguém) a
ro gramatical (masculino ou feminino) que está subentendido no
Precisar (necessitar) de
contexto.
Vossa Excelência parece satisfeito com as pesquisas. Proceder (realizar) a
Blumenau estava repleta de turistas. Responder a
• Silepse de número trata-se da concordância feita com o nú-
mero gramatical (singular ou plural) que está subentendido no con- Visar ( ter como objetivo a
texto. pretender)
O elenco voltou ao palco e [os atores] agradeceram os aplau- NÃO DEIXE DE PESQUISAR A REGÊNCIA DE OUTRAS PALAVRAS
sos. QUE NÃO ESTÃO AQUI!
• Silepse de pessoa trata-se da concordância feita com a pes-
soa gramatical que está subentendida no contexto.
O povo temos memória curta em relação às promessas dos po- PONTUAÇÃO
líticos.
Pontuação
Com Nina Catach, entendemos por pontuação um “sistema
REGÊNCIA VERBAL de reforço da escrita, constituído de sinais sintáticos, destinados a
organizar as relações e a proporção das partes do discurso e das
pausas orais e escritas. Estes sinais também participam de todas as
• Regência Nominal  funções da sintaxe, gramaticais, entonacionais e semânticas”. (BE-
A regência nominal estuda os casos em que nomes (substan- CHARA, 2009, p. 514)
tivos, adjetivos e advérbios) exigem outra palavra para completar- A partir da definição citada por Bechara podemos perceber a
-lhes o sentido. Em geral a relação entre um nome e o seu comple- importância dos sinais de pontuação, que é constituída por alguns
mento é estabelecida por uma preposição. sinais gráficos assim distribuídos: os separadores (vírgula [ , ], pon-
to e vírgula [ ; ], ponto final [ . ], ponto de exclamação [ ! ], reti-
• Regência Verbal cências [ ... ]), e os de comunicação ou “mensagem” (dois pontos
A regência verbal estuda a relação que se estabelece entre o [ : ], aspas simples [‘ ’], aspas duplas [ “ ” ], travessão simples [ – ],
verbo (termo regente) e seu complemento (termo regido).  travessão duplo [ — ], parênteses [ ( ) ], colchetes ou parênteses
Isto pertence a todos. retos [ [ ] ], chave aberta [ { ], e chave fechada [ } ]).

Regência de algumas palavras Ponto ( . )


O ponto simples final, que é dos sinais o que denota maior pau-
Esta palavra combina com Esta preposição sa, serve para encerrar períodos que terminem por qualquer tipo
de oração que não seja a interrogativa direta, a exclamativa e as
Acessível a reticências.
Apto a, para Estaremos presentes na festa.
Atencioso com, para com
Ponto de interrogação ( ? )
Coerente com Põe-se no fim da oração enunciada com entonação interrogati-
Conforme a, com va ou de incerteza, real ou fingida, também chamada retórica.
Você vai à festa?
Dúvida acerca de, de, em, sobre
Empenho de, em, por Ponto de exclamação ( ! )
Põe-se no fim da oração enunciada com entonação exclama-
Fácil a, de, para,
tiva.
Junto a, de Ex: Que bela festa!
Pendente de
Reticências ( ... )
Preferível a Denotam interrupção ou incompletude do pensamento (ou
Próximo a, de porque se quer deixar em suspenso, ou porque os fatos se dão com
breve espaço de tempo intervalar, ou porque o nosso interlocutor
Respeito a, com, de, para com, por nos toma a palavra), ou hesitação em enunciá-lo.
Situado a, em, entre Ex: Essa festa... não sei não, viu.
Ajudar (a fazer algo) a
Aludir (referir-se) a
Aspirar (desejar, pretender) a

33
LÍNGUA PORTUGUESA
Dois-pontos ( : ) Perceba que, na frase acima, não há o uso de vírgula. Isso ocor-
Marcam uma supressão de voz em frase ainda não concluída. re por alguns motivos:
Em termos práticos, este sinal é usado para: Introduzir uma citação 1) NÃO se separa com vírgula o sujeito de seu predicado.
(discurso direto) e introduzir um aposto explicativo, enumerativo, 2) NÃO se separa com vírgula o verbo e seus complementos.
distributivo ou uma oração subordinada substantiva apositiva. 3) Não é aconselhável usar vírgula entre o complemento do
Ex: Uma bela festa: cheia de alegria e comida boa. verbo e o adjunto.

Ponto e vírgula ( ; ) Podemos estabelecer, então, que se a frase estiver na ordem


Representa uma pausa mais forte que a vírgula e menos que o comum (SVOAdj), não usaremos vírgula. Caso contrário, a vírgula
ponto, e é empregado num trecho longo, onde já existam vírgulas, é necessária:
para enunciar pausa mais forte, separar vários itens de uma enume- Ontem, Maria foi à padaria.
ração (frequente em leis), etc. Maria, ontem, foi à padaria.
Ex: Vi na festa os deputados, senadores e governador; vi tam- À padaria, Maria foi ontem.
bém uma linda decoração e bebidas caras.
Além disso, há outros casos em que o uso de vírgulas é neces-
Travessão ( — ) sário:
Não confundir o travessão com o traço de união ou hífen e com • Separa termos de mesma função sintática, numa enumera-
o traço de divisão empregado na partição de sílabas (ab-so-lu-ta- ção.
-men-te) e de palavras no fim de linha. O travessão pode substituir Simplicidade, clareza, objetividade, concisão são qualidades a
vírgulas, parênteses, colchetes, para assinalar uma expressão inter- serem observadas na redação oficial.
calada e pode indicar a mudança de interlocutor, na transcrição de • Separa aposto.
um diálogo, com ou sem aspas. Aristóteles, o grande filósofo, foi o criador da Lógica.
Ex: Estamos — eu e meu esposo — repletos de gratidão. • Separa vocativo.
Brasileiros, é chegada a hora de votar.
Parênteses e colchetes ( ) – [ ] • Separa termos repetidos.
Os parênteses assinalam um isolamento sintático e semântico Aquele aluno era esforçado, esforçado.
mais completo dentro do enunciado, além de estabelecer maior in-
timidade entre o autor e o seu leitor. Em geral, a inserção do parên- • Separa certas expressões explicativas, retificativas, exempli-
tese é assinalada por uma entonação especial. Intimamente ligados ficativas, como: isto é, ou seja, ademais, a saber, melhor dizendo,
aos parênteses pela sua função discursiva, os colchetes são utiliza- ou melhor, quer dizer, por exemplo, além disso, aliás, antes, com
dos quando já se acham empregados os parênteses, para introduzi- efeito, digo.
rem uma nova inserção. O político, a meu ver, deve sempre usar uma linguagem clara,
Ex: Vamos estar presentes na festa (aquela organizada pelo go- ou seja, de fácil compreensão.
vernador)
• Marca a elipse de um verbo (às vezes, de seus complemen-
Aspas ( “ ” ) tos).
As aspas são empregadas para dar a certa expressão sentido O decreto regulamenta os casos gerais; a portaria, os particula-
particular (na linguagem falada é em geral proferida com entoação res. (= ... a portaria regulamenta os casos particulares)
especial) para ressaltar uma expressão dentro do contexto ou para
apontar uma palavra como estrangeirismo ou gíria. É utilizada, ain- • Separa orações coordenadas assindéticas.
da, para marcar o discurso direto e a citação breve. Levantava-me de manhã, entrava no chuveiro, organizava as
Ex: O “coffe break” da festa estava ótimo. ideias na cabeça...

Vírgula • Isola o nome do lugar nas datas.


São várias as regras que norteiam o uso das vírgulas. Eviden- Rio de Janeiro, 21 de julho de 2006.
ciaremos, aqui, os principais usos desse sinal de pontuação. Antes
disso, vamos desmistificar três coisas que ouvimos em relação à • Isolar conectivos, tais como: portanto, contudo, assim, dessa
vírgula: forma, entretanto, entre outras. E para isolar, também, expressões
1º – A vírgula não é usada por inferência. Ou seja: não “senti- conectivas, como: em primeiro lugar, como supracitado, essas infor-
mos” o momento certo de fazer uso dela. mações comprovam, etc.
2º – A vírgula não é usada quando paramos para respirar. Em Fica claro, portanto, que ações devem ser tomadas para ame-
alguns contextos, quando, na leitura de um texto, há uma vírgula, o nizar o problema.
leitor pode, sim, fazer uma pausa, mas isso não é uma regra. Afinal,
cada um tem seu tempo de respiração, não é mesmo?!?!
3º – A vírgula tem sim grande importância na produção de tex- LINGUAGEM DENOTATIVA E CONOTATIVA; SINÔNIMOS
tos escritos. Não caia na conversa de algumas pessoas de que ela é E ANTÔNIMOS
menos importante e que pode ser colocada depois.
Agora, precisamos saber que a língua portuguesa tem uma or- Significação de palavras
dem comum de construção de suas frases, que é Sujeito > Verbo > As palavras podem ter diversos sentidos em uma comunicação.
Objeto > Adjunto, ou seja, (SVOAdj). E isso também é estudado pela Gramática Normativa: quem cuida
Maria foi à padaria ontem. dessa parte é a Semântica, que se preocupa, justamente, com os
Sujeito Verbo Objeto Adjunto significados das palavras. Veremos, então, cada um dos conteúdos
que compõem este estudo.

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LÍNGUA PORTUGUESA
Antônimo e Sinônimo
Começaremos por esses dois, que já são famosos.

O Antônimo são palavras que têm sentidos opostos a outras. Por exemplo, felicidade é o antônimo de tristeza, porque o significado de
uma é o oposto da outra. Da mesma forma ocorre com homem que é antônimo de mulher.

Já o sinônimo são palavras que têm sentidos aproximados e que podem, inclusive, substituir a outra. O uso de sinônimos é muito im-
portante para produções textuais, porque evita que você fique repetindo a mesma palavra várias vezes. Utilizando os mesmos exemplos,
para ficar claro: felicidade é sinônimo de alegria/contentamento e homem é sinônimo de macho/varão.

Hipônimos e Hiperônimos
Estes conceitos são simples de entender: o hipônimo designa uma palavra de sentido mais específico, enquanto que o hiperônimo
designa uma palavra de sentido mais genérico. Por exemplo, cachorro e gato são hipônimos, pois têm sentido específico. E animais domés-
ticos é uma expressão hiperônima, pois indica um sentido mais genérico de animais. Atenção: não confunda hiperônimo com substantivo
coletivo. Hiperônimos estão no ramo dos sentidos das palavras, beleza?!?!

Outros conceitos que agem diretamente no sentido das palavras são os seguintes:

Conotação e Denotação
Observe as frases:
Amo pepino na salada.
Tenho um pepino para resolver.

As duas frases têm uma palavra em comum: pepino. Mas essa palavra tem o mesmo sentido nos dois enunciados? Isso mesmo, não!
Na primeira frase, pepino está no sentido denotativo, ou seja, a palavra está sendo usada no sentido próprio, comum, dicionarizado.
Já na segunda frase, a mesma palavra está no sentindo conotativo, pois ela está sendo usada no sentido figurado e depende do con-
texto para ser entendida.
Para facilitar: denotativo começa com D de dicionário e conotativo começa com C de contexto.

Por fim, vamos tratar de um recurso muito usado em propagandas:

Ambiguidade
Observe a propaganda abaixo:

https://redacaonocafe.wordpress.com/2012/05/22/ambiguidade-na-propaganda/

Perceba que há uma duplicidade de sentido nesta construção. Podemos interpretar que os móveis não durarão no estoque da loja, por
estarem com preço baixo; ou que por estarem muito barato, não têm qualidade e, por isso, terão vida útil curta.
Essa duplicidade acontece por causa da ambiguidade, que é justamente a duplicidade de sentidos que podem haver em uma palavra,
frase ou textos inteiros.

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LÍNGUA PORTUGUESA
(E) A existência de uma proibição legal cria em torno dela um
EXERCÍCIOS campo de práticas ilegais, sob o qual se chega a exercer con-
trole e aferir lucro ilícito, mas que se torna manejável por sua
organização em delinqüência.
1. (FEMPERJ – VALEC – JORNALISTA – 2012) Intertextualidade é
a presença de um texto em outro; o pensamento abaixo que NÃO 6. (FCC – METRÔ/SP – ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JÚNIOR –
se fundamenta em intertextualidade é: 2012) A frase que apresenta INCORREÇÕES quanto à ortografia é:
(A) “Se tudo o que é bom dura pouco, eu já deveria ter morrido (A) Quando jovem, o compositor demonstrava uma capacidade
há muito tempo.” extraordinária de imitar vários estilos musicais.
(B) “Nariz é essa parte do corpo que brilha, espirra, coça e se (B) Dizem que o músico era avesso à ideia de expressar senti-
mete onde não é chamada.” mentos pessoais por meio de sua música.
(C) “Une-te aos bons e será um deles. Ou fica aqui com a gente (C) Poucos estudiosos se despõem a discutir o empacto das
mesmo!” composições do músico na cultura ocidental.
(D) “Vamos fazer o feijão com arroz. Se puder botar um ovo, (D) Salvo algumas exceções, a maioria das óperas do compo-
tudo bem.” sitor termina em uma cena de reconciliação entre os persona-
(E) “O Neymar é invendável, inegociável e imprestável.” gens.
(E) Alguns acreditam que o valor da obra do compositor se
2. (FUNIVERSA – CEB – ADVOGADO – 2010) Assinale a alterna- deve mais à árdua dedicação do que a arroubos de inspiração.
tiva em que todas as palavras são acentuadas pela mesma razão.
(A) “Brasília”, “prêmios”, “vitória”.
7. (CESGRANRIO – FINEP – TÉCNICO – 2011) A vírgula pode ser
(B) “elétrica”, “hidráulica”, “responsáveis”.
retirada sem prejuízo para o significado e mantendo a norma pa-
(C) “sérios”, “potência”, “após”.
drão na seguinte sentença:
(D) “Goiás”, “já”, “vários”.
(A) Mário, vem falar comigo depois do expediente.
(E) “solidária”, “área”, “após”.
(B) Amanhã, apresentaremos a proposta de trabalho.
3. (CESGRANRIO – CMB – ASSISTENTE TÉCNICO ADMINISTRA- (C) Telefonei para o Tavares, meu antigo chefe.
TIVO – 2012) Algumas palavras são acentuadas com o objetivo ex- (D) Encomendei canetas, blocos e crachás para a reunião.
clusivo de distingui-las de outras. Uma palavra acentuada com esse (E) Entrou na sala, cumprimentou a todos e iniciou o discurso.
objetivo é a seguinte:
(A) pôr. 8. (CESGRANRIO – PETROBRAS – TÉCNICO DE ENFERMAGEM
(B) ilhéu. DO TRABALHO – 2011) Há ERRO quanto ao emprego dos sinais de
(C) sábio. pontuação em:
(D) também. (A) Ao dizer tais palavras, levantou-se, despediu-se dos convi-
(E) lâmpada. dados e retirou-se da sala: era o final da reunião.
(B) Quem disse que, hoje, enquanto eu dormia, ela saiu sorra-
4. (FDC – PROFESSOR DE PORTUGUÊS II – 2005) Marque a série teiramente pela porta?
em que o hífen está corretamente empregado nas cinco palavras: (C) Na infância, era levada e teimosa; na juventude, tornou-se
(A) pré-nupcial, ante-diluviano, anti-Cristo, ultra-violeta, infra- tímida e arredia; na velhice, estava sempre alheia a tudo.
-vermelho. (D) Perdida no tempo, vinham-lhe à lembrança a imagem mui-
(B) vice-almirante, ex-diretor, super-intendente, extrafino, in- to branca da mãe, as brincadeiras no quintal, à tarde, com os
fra-assinado. irmãos e o mundo mágico dos brinquedos.
(C) anti-alérgico, anti-rábico, ab-rupto, sub-rogar, antihigiênico. (E) Estava sempre dizendo coisas de que mais tarde se arre-
(D) extraoficial, antessala, contrassenso, ultrarrealismo, con- penderia. Prometia a si própria que da próxima vez, tomaria
trarregra. cuidado com as palavras, o que entretanto, não acontecia.
(E) co-seno, contra-cenar, sobre-comum, sub-humano, infra-
-mencionado. 9. (FCC – INFRAERO – ADMINISTRADOR – 2011) Está inteira-
mente correta a pontuação do seguinte período:
5. (ESAF – SRF – AUDITOR-FISCAL DA RECEITA FEDERAL – 2003)
(A) Os personagens principais de uma história, responsáveis
Indique o item em que todas as palavras estão corretamente em-
pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes, de peque-
pregadas e grafadas.
nas providências que, tomadas por figurantes aparentemente
(A) A pirâmide carcerária assegura um contexto em que o po-
sem importância, ditam o rumo de toda a história.
der de infringir punições legais a cidadãos aparece livre de
qualquer excesso e violência. (B) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
(B) Nos presídios, os chefes e subchefes não devem ser exata- pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes, de pequenas
mente nem juízes, nem professores, nem contramestres, nem providências que tomadas por figurantes, aparentemente sem
suboficiais, nem “pais”, porém avocam a si um pouco de tudo importância, ditam o rumo de toda a história.
isso, num modo de intervenção específico. (C) Os personagens principais de uma história, responsáveis
(C) O carcerário, ao homogeinizar o poder legal de punir e o pelo sentido maior dela dependem muitas vezes de pequenas
poder técnico de disciplinar, ilide o que possa haver de violento providências, que, tomadas por figurantes aparentemente,
em um e de arbitrário no outro, atenuando os efeitos de revol- sem importância, ditam o rumo de toda a história.
ta que ambos possam suscitar. (D) Os personagens principais, de uma história, responsáveis
(D) No singular poder de punir, nada mais lembra o antigo po- pelo sentido maior dela, dependem, muitas vezes de pequenas
der do soberano iminente que vingava sua autoridade sobre o providências, que tomadas por figurantes aparentemente sem
corpo dos supliciados. importância, ditam o rumo de toda a história.

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(E) Os personagens principais de uma história, responsáveis, 16. (VUNESP – TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO –
pelo sentido maior dela, dependem muitas vezes de peque- 2011) Assinale a alternativa em que a concordância verbal está cor-
nas providências, que tomadas por figurantes, aparentemente, reta.
sem importância, ditam o rumo de toda a história. (A) Haviam cooperativas de catadores na cidade de São Paulo.
(B) O lixo de casas e condomínios vão para aterros.
10. (CONSULPLAN – ANALISTA DE INFORMÁTICA (SDS-SC) – (C) O tratamento e a destinação corretos do lixo evitaria que
2008) A alternativa em que todas as palavras são formadas pelo 35% deles fosse despejado em aterros.
mesmo processo de formação é: (D) Fazem dois anos que a prefeitura adia a questão do lixo.
(A) responsabilidade, musicalidade, defeituoso; (E) Somos nós quem paga a conta pelo descaso com a coleta
(B) cativeiro, incorruptíveis, desfazer; de lixo.
(C) deslealdade, colunista, incrível;
(D) anoitecer, festeiro, infeliz; 17. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2012)
(E) reeducação, dignidade, enriquecer. Assinale a opção que fornece a correta justificativa para as relações
de concordância no texto abaixo.
11. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL – O bom desempenho do lado real da economia proporcionou
2010) No verso “Para desentristecer, leãozinho”, Caetano Veloso um período de vigoroso crescimento da arrecadação. A maior lucra-
cria um neologismo. A opção que contém o processo de formação tividade das empresas foi decisiva para os resultados fiscais favo-
utilizado para formar a palavra nova e o tipo de derivação que a ráveis. Elevaram-se, de forma significativa e em valores reais, de-
palavra primitiva foi formada respectivamente é: flacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), as
(A) derivação prefixal (des + entristecer); derivação parassinté- receitas do Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), a Contribuição
tica (en + trist + ecer); Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), e a Contribuição para o Finan-
(B) derivação sufixal (desentriste + cer); derivação imprópria ciamento da Seguridade Social (Cofins). O crescimento da massa de
(en + triste + cer); salários fez aumentar a arrecadação do Imposto de Renda Pessoa
(C) derivação regressiva (des + entristecer); derivação parassin- Física (IRPF) e a receita de tributação sobre a folha da previdência
tética (en + trist + ecer); social. Não menos relevantes foram os elevados ganhos de capital,
(D) derivação parassintética (en + trist + ecer); derivação prefi- responsáveis pelo aumento da arrecadação do IRPF.
xal (des + entristecer); (A) O uso do plural em “valores” é responsável pela flexão de
(E) derivação prefixal (en + trist + ecer); derivação parassintéti- plural em “deflacionados”.
ca (des + entristecer). (B) O plural em “resultados” é responsável pela flexão de plural
em “Elevaram-se”.
12. (IMA – PREF. BOA HORA/PI – PROCURADOR MUNICIPAL – (C) Emprega-se o singular em “proporcionou” para respeitar as
2010) A palavra “Olhar” em (meu olhar) é um exemplo de palavra regras de concordância com “economia”.
formada por derivação: (D) O singular em “a arrecadação” é responsável pela flexão de
(A) parassintética; singular em “fez aumentar”.
(B) prefixal; (E) A flexão de plural em “foram” justifica-se pela concordância
(C) sufixal; com “relevantes”.
(D) imprópria;
(E) regressiva. 18. (FGV – SENADO FEDERAL – POLICIAL LEGISLATIVO FEDERAL
– 2008) Assinale a alternativa em que se tenha optado corretamen-
13. (CESGRANRIO – BNDES – ADVOGADO – 2004) No título do te por utilizar ou não o acento grave indicativo de crase.
artigo “A tal da demanda social”, a classe de palavra de “tal” é: (A) Vou à Brasília dos meus sonhos.
(A) pronome; (B) Nosso expediente é de segunda à sexta.
(B) adjetivo; (C) Pretendo viajar a Paraíba.
(C) advérbio; (D) Ele gosta de bife à cavalo.
(D) substantivo;
(E) preposição. 19. (FDC – MAPA – ANALISTA DE SISTEMAS – 2010) Na oração
“Eles nos deixaram À VONTADE” e no trecho “inviabilizando o ata-
14. Assinale a alternativa que apresenta a correta classificação que, que, naturalmente, deveria ser feito À DISTÂNCIA”, observa-se
morfológica do pronome “alguém” (l. 44). a ocorrência da crase nas locuções adverbiais em caixa-alta. Nas
(A) Pronome demonstrativo. locuções das frases abaixo também ocorre a crase, que deve ser
(B) Pronome relativo. marcada com o acento, EXCETO em:
(C) Pronome possessivo. (A) Todos estavam à espera de uma solução para o problema.
(D) Pronome pessoal. (B) À proporção que o tempo passava, maior era a angústia do
(E) Pronome indefinido. eleitorado pelo resultado final.
(C) Um problema à toa emperrou o funcionamento do sistema.
15. Em relação à classe e ao emprego de palavras no texto, na (D) Os técnicos estavam face à face com um problema insolú-
oração “A abordagem social constitui-se em um processo de traba- vel.
lho planejado de aproximação” (linhas 1 e 2), os vocábulos subli- (E) O Tribunal ficou à mercê dos hackers que invadiram o sis-
nhados classificam-se, respectivamente, em tema.
(A) preposição, pronome, artigo, adjetivo e substantivo.
(B) pronome, preposição, artigo, substantivo e adjetivo.
(C) conjunção, preposição, numeral, substantivo e pronome.
(D) pronome, conjunção, artigo, adjetivo e adjetivo.
(E) conjunção, conjunção, numeral, substantivo e advérbio.

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20. Levando-se em consideração os conceitos de frase, oração 25. (FUNCAB – PREF. PORTO VELHO/RO – MÉDICO – 2009) No
e período, é correto afirmar que o trecho abaixo é considerado um trecho abaixo, as orações introduzidas pelos termos grifados são
(a): classificadas, em relação às imediatamente anteriores, como:
“A expectativa é que o México, pressionado pelas mudanças “Não há dúvida de que precisaremos curtir mais o dia a dia,
americanas, entre na fila.” mas nunca à custa de nossos filhos...”
(A) Frase, uma vez que é composta por orações coordenadas e (A) subordinada substantiva objetiva indireta e coordenada sin-
subordinadas. dética adversativa;
(B) Período, composto por três orações. (B) subordinada adjetiva restritiva e coordenada sindética ex-
(C) Oração, pois possui sentido completo. plicativa;
(D) Período, pois é composto por frases e orações. (C) subordinada adverbial conformativa e subordinada adver-
bial concessiva;
21. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – MECÂNICO DE VEÍCULOS – (D) subordinada substantiva completiva nominal e coordenada
2007) Leia a seguinte sentença: Joana tomou um sonífero e não dor- sindética adversativa;
miu. Assinale a alternativa que classifica corretamente a segunda (E) subordinada adjetiva restritiva e subordinada adverbial con-
oração. cessiva.
(A) Oração coordenada assindética aditiva.
(B) Oração coordenada sindética aditiva. 26. (ACEP – PREF. QUIXADÁ/CE – PSICÓLOGO – 2010) No perí-
(C) Oração coordenada sindética adversativa. odo “O essencial é o seguinte: //nunca antes neste país houve um
(D) Oração coordenada sindética explicativa. governo tão imbuído da ideia // de que veio // para recomeçar a
(E) Oração coordenada sindética alternativa. história.”, a oração sublinhada é classificada como:
(A) coordenada assindética;
22. (AOCP – PREF. DE CATU/BA – BIBLIOTECÁRIO – 2007) Leia (B) subordinada substantiva completiva nominal;
a seguinte sentença: Não precisaremos voltar ao médico nem fazer (C) subordinada substantiva objetiva indireta;
exames. Assinale a alternativa que classifica corretamente as duas (D) subordinada substantiva apositiva.
orações.
(A) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver- Leia o texto abaixo para responder a questão.
sativa. A lama que ainda suja o Brasil
(B) Oração principal e oração coordenada sindética aditiva. Fabíola Perez(fabiola.perez@istoe.com.br)
(C) Oração coordenada assindética e oração coordenada adi-
tiva. A maior tragédia ambiental da história do País escancarou um
(D) Oração principal e oração subordinada adverbial consecu- dos principais gargalos da conjuntura política e econômica brasilei-
tiva. ra: a negligência do setor privado e dos órgãos públicos diante de
(E) Oração coordenada assindética e oração coordenada adver- um desastre de repercussão mundial. Confirmada a morte do Rio
bial consecutiva. Doce, o governo federal ainda não apresentou um plano de recu-
peração efetivo para a área (apenas uma carta de intenções). Tam-
23. (EMPASIAL – TJ/SP – ESCREVENTE JUDICIÁRIO – 1999) Ana- pouco a mineradora Samarco, controlada pela brasileira Vale e pela
lise sintaticamente a oração em destaque: anglo-australiana BHP Billiton. A única medida concreta foi a aplica-
“Bem-aventurados os que ficam, porque eles serão recompen- ção da multa de R$ 250 milhões – sendo que não há garantias de
sados” (Machado de Assis). que ela será usada no local. “O leito do rio se perdeu e a calha pro-
(A) oração subordinada substantiva completiva nominal. funda e larga se transformou num córrego raso”, diz Malu Ribeiro,
(B) oração subordinada adverbial causal. coordenadora da rede de águas da Fundação SOS Mata Atlântica,
(C) oração subordinada adverbial temporal desenvolvida. sobre o desastre em Mariana, Minas Gerais. “O volume de rejeitos
(D) oração coordenada sindética conclusiva. se tornou uma bomba relógio na região.”
(E) oração coordenada sindética explicativa. Para agravar a tragédia, a empresa declarou que existem riscos
de rompimento nas barragens de Germano e de Santarém. Segun-
24. (FGV – SENADO FEDERAL – TÉCNICO LEGISLATIVO – ADMI- do o Departamento Nacional de Produção Mineral, pelo menos 16
NISTRAÇÃO – 2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser barragens de mineração em todo o País apresentam condições de
um processo de observação cristalina para assumir um discurso de insegurança. “O governo perdeu sua capacidade de aparelhar ór-
políticas de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase gãos técnicos para fiscalização”, diz Malu. Na direção oposta
nada retratam as necessidades de populações distintas.”. Ao caminho da segurança, está o projeto de lei 654/2015, do
A oração grifada no trecho acima classifica-se como: senador Romero Jucá (PMDB-RR) que prevê licença única em um
(A) subordinada substantiva predicativa; tempo exíguo para obras consideradas estratégicas. O novo mar-
(B) subordinada adjetiva restritiva; co regulatório da mineração, por sua vez, também concede priori-
(C) subordinada substantiva subjetiva; dade à ação de mineradoras. “Ocorrerá um aumento dos conflitos
(D) subordinada substantiva objetiva direta; judiciais, o que não será interessante para o setor empresarial”, diz
(E) subordinada adjetiva explicativa. Maurício Guetta, advogado do Instituto Sócio Ambiental (ISA). Com
o avanço dessa legislação outros danos irreversíveis podem ocorrer.
FONTE: http://www.istoe.com.br/reportagens/441106_A+LA MA+-
QUE+AINDA+SUJA+O+BRASIL

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27. Observe as assertivas relacionadas ao texto lido: — Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel su-
I. O texto é predominantemente narrativo, já que narra um balterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o
fato. trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto…
II. O texto é predominantemente expositivo, já que pertence ao Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa.
gênero textual editorial. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que
III. O texto é apresenta partes narrativas e partes expositivas, já tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a
que se trata de uma reportagem. costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, en-
IV. O texto apresenta partes narrativas e partes expositivas, já fiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando
se trata de um editorial. orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre
os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a
Analise as assertivas e responda: isto uma cor poética. E dizia a agulha:
(A) Somente a I é correta. — Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?
(B) Somente a II é incorreta. Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é
(C) Somente a III é correta que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo
(D) A III e IV são corretas. e acima…
A linha não respondia nada; ia andando. Buraco aberto pela
28. Observe as assertivas relacionadas ao texto “A lama que agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe
ainda suja o Brasil”: o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha vendo que
I- O texto é coeso, mas não é coerente, já que tem problemas ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era
no desenvolvimento do assunto. tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-pli-
II- O texto é coerente, mas não é coeso, já que apresenta pro- c-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a
blemas no uso de conjunções e preposições. costura, para o dia seguinte; continuou ainda nesse e no outro, até
III- O texto é coeso e coerente, graças ao bom uso das classes que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.
de palavras e da ordem sintática. Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que
IV- O texto é coeso e coerente, já que apresenta progressão a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para
temática e bom uso dos recursos coesivos. dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da
bela dama, e puxava a um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali,
Analise as assertivas e responda: alisando, abotoando, acolchetando, a linha, para mofar da agulha,
(A) Somente a I é correta. perguntou-lhe:
(B) Somente a II é incorreta. — Ora agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da
(C) Somente a III é correta. baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que
(D) Somente a IV é correta. vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para
a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas?
Leia o texto abaixo para responder as questões. Vamos, diga lá.
Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de ca-
UM APÓLOGO beça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha:
Machado de Assis. — Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é
que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze
Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha: como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam,
— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrola- fico.
da, para fingir que vale alguma coisa neste mundo? Contei esta história a um professor de melancolia, que me dis-
— Deixe-me, senhora. se, abanando a cabeça: — Também eu tenho servido de agulha a
— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está muita linha ordinária!
com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me
der na cabeça. 29. De acordo com o texto “Um Apólogo” de Machado de Assis
— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. e com a ilustração abaixo, e levando em consideração as persona-
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem gens presentes nas narrativas tanto verbal quanto visual, indique
o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos a opção em que a fala não é compatível com a associação entre os
outros. elementos dos textos:
— Mas você é orgulhosa.
— Decerto que sou.
— Mas por quê?
— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa
ama, quem é que os cose, senão eu?
— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora
que quem os cose sou eu, e muito eu?
— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pe-
daço ao outro, dou feição aos babados…
— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante,
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço e
mando…
— Também os batedores vão adiante do imperador.
— Você é imperador?

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LÍNGUA PORTUGUESA
(A) “- Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda en- 33. (FCC – TRE/MG – TÉCNICO JUDICIÁRIO – 2005) As liberda-
rolada, para fingir que vale alguma coisa neste mundo?” (L.02) des ...... se refere o autor dizem respeito a direitos ...... se ocupa a
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. nossa Constituição. Preenchem de modo correto as lacunas da frase
Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar?” (L.06) acima, na ordem dada, as expressões:
(C) “- Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, (A) a que – de que;
puxando por você, que vem atrás, obedecendo ao que eu faço (B) de que – com que;
e mando...” (L.14-15) (C) a cujas – de cujos;
(D) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? (D) à que – em que;
Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; (E) em que – aos quais.
eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando
abaixo e acima.” (L.25-26) 34. (ESAF – CGU – ANALISTA DE FINANÇAS E CONTROLE – 2008)
(E) “- Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela Assinale o trecho que apresenta erro de regência.
e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de (A) Depois de um longo período em que apresentou taxas de
costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. crescimento econômico que não iam além dos 3%, o Brasil fe-
Onde me espetam, fico.” (L.40-41) cha o ano de 2007 com uma expansão de 5,3%, certamente a
maior taxa registrada na última década.
30. O diminutivo, em Língua Portuguesa, pode expressar outros (B) Os dados ainda não são definitivos, mas tudo sugere que
valores semânticos além da noção de dimensão, como afetividade, serão confirmados. A entidade responsável pelo estudo foi a
pejoratividade e intensidade. Nesse sentido, pode-se afirmar que conhecida Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL).
os valores semânticos utilizados nas formas diminutivas “unidi- (C) Não há dúvida de que os números são bons, num momento
nha”(L.26) e “corpinho”(L.32), são, respectivamente, de: em que atingimos um bom superávit em conta-corrente, em
(A) dimensão e pejoratividade; que se revela queda no desemprego e até se anuncia a am-
(B) afetividade e intensidade; pliação de nossas reservas monetárias, além da descoberta de
(C) afetividade e dimensão; novas fontes de petróleo.
(D) intensidade e dimensão; (D) Mesmo assim, olhando-se para os vizinhos de continente,
(E) pejoratividade e afetividade. percebe-se que nossa performance é inferior a que foi atribuí-
da a Argentina (8,6%) e a alguns outros países com participação
31. Em um texto narrativo como “Um Apólogo”, é muito co- menor no conjunto dos bens produzidos pela América Latina.
mum uso de linguagem denotativa e conotativa. Assinale a alterna- (E) Nem é preciso olhar os exemplos da China, Índia e Rússia,
tiva cujo trecho retirado do texto é uma demonstração da expressi- com crescimento acima desses patamares. Ao conjunto inteiro
vidade dos termos “linha” e “agulha” em sentido figurado. da América Latina, o organismo internacional está atribuindo
(A) “- É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa um crescimento médio, em 2007, de 5,6%, um pouco maior do
ama, quem é que os cose, senão eu?” (L.11) que o do Brasil.
(B) “- Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha.
Agulha não tem cabeça.” (L.06) 35. (CESGRANRIO – SEPLAG/BA – PROFESSOR PORTUGUÊS –
(C) “- Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um 2010) Estabelece relação de hiperonímia/hiponímia, nessa ordem,
pedaço ao outro, dou feição aos babados...” (L.13) o seguinte par de palavras:
(D) “- Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordi- (A) estrondo – ruído;
nária!” (L.43) (B) pescador – trabalhador;
(E) “- Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco?” (C) pista – aeroporto;
(L.25) (D) piloto – comissário;
(E) aeronave – jatinho.
32. De acordo com a temática geral tratada no texto e, de modo
metafórico, considerando as relações existentes em um ambiente 36. (VUNESP – SEAP/SP – AGENTE DE ESCOLTA E VIGILÂNCIA
de trabalho, aponte a opção que NÃO corresponde a uma ideia pre- PENITENCIÁRIA – 2012) No trecho – Para especialistas, fica uma
sente no texto: questão: até que ponto essa exuberância econômica no Brasil é
(A) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação sustentável ou é apenas mais uma bolha? – o termo em destaque
equânime em ambientes coletivos de trabalho; tem como antônimo:
(B) O texto sinaliza que, normalmente, não há uma relação (A) fortuna;
equânime em ambientes coletivos de trabalho; (B) opulência;
(C) O texto indica que, em um ambiente coletivo de trabalho, (C) riqueza;
cada sujeito possui atribuições próprias. (D) escassez;
(D) O texto sugere que o reconhecimento no ambiente cole- (E) abundância.
tivo de trabalho parte efetivamente das próprias atitudes do
sujeito. 37. (IF BAIANO - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO – IF-BA –
(E) O texto revela que, em um ambiente coletivo de trabalho, 2019)
frequentemente é difícil lidar com as vaidades individuais. Acerca de seus conhecimentos em redação oficial, é correto
afirmar que o vocativo adequado a um texto no padrão ofício desti-
nado ao presidente do Congresso Nacional é
(A) Senhor Presidente.
(B) Excelentíssimo Senhor Presidente.
(C) Presidente.
(D) Excelentíssimo Presidente.
(E) Excelentíssimo Senhor.

40
LÍNGUA PORTUGUESA
38. (CÂMARA DE CABO DE SANTO AGOSTINHO - PE - AUXILIAR 41. ( PC-MG - ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL - FUMARC – 2018)
ADMINISTRATIVO - INSTITUTO AOCP - 2019 ) Na Redação Oficial, exige-se o uso do padrão formal da língua.
Referente à aplicação de elementos de gramática à redação ofi- Portanto, são necessários conhecimentos linguísticos que funda-
cial, os sinais de pontuação estão ligados à estrutura sintática e têm mentem esses usos.
várias finalidades. Assinale a alternativa que apresenta a pontuação Analise o uso da vírgula nas seguintes frases do Texto 3:
que pode ser utilizada em lugar da vírgula para dar ênfase ao que 1. Um crime bárbaro mobilizou a Polícia Militar na Região de
se quer dizer. Venda Nova, em Belo Horizonte, ontem.
(A) Dois-pontos. 2. O rapaz, de 22 anos, se apresentou espontaneamente à 9ª
(B) Ponto-e-vírgula. Área Integrada de Segurança Pública (Aisp) e deu detalhes do crime.
(C) Ponto-de-interrogação. 3. Segundo a polícia, o jovem informou que tinha um relaciona-
(D) Ponto-de-exclamação. mento difícil com a mãe e teria discutido com ela momentos antes
de desferir os golpes.
39. (UNIR - TÉCNICO DE LABORATÓRIO - ANÁLISES CLÍNICAS-
AOCP – 2018)  INDIQUE entre os parênteses a justificativa adequada para uso
Pode-se dizer que redação oficial é a maneira pela qual o Poder da vírgula em cada frase.
Público redige atos normativos e comunicações. Em relação à reda- ( ) Para destacar deslocamento de termos.
ção de documentos oficiais, julgue, como VERDADEIRO ou FALSO, ( ) Para separar adjuntos adverbiais.
os itens a seguir. ( ) Para indicar um aposto.
A língua tem por objetivo a comunicação. Alguns elementos A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
são necessários para a comunicação: a) emissor, b) receptor, c) con- (A) 1 – 2 – 3.
teúdo, d) código, e) meio de circulação, f) situação comunicativa. (B) 2 – 1 – 3.
Com relação à redação oficial, o emissor é o Serviço Público (Minis- (C) 3 – 1 – 2.
tério, Secretaria, Departamento, Divisão, Serviço, Seção). O assunto (D) 3 – 2 – 1.
é sempre referente às atribuições do órgão que comunica. O desti-
natário ou receptor dessa comunicação ou é o público, o conjunto
dos cidadãos, ou outro órgão público, do Executivo ou dos outros GABARITO
Poderes da União.
( ) Certo
( ) Errado
1 E
40. (IF-SC - ASSISTENTE EM ADMINISTRAÇÃO- IF-SC - 2019 )
Determinadas palavras são frequentes na redação oficial. Con- 2 A
forme as regras do Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 3 A
2009, assinale a opção CORRETA que contém apenas palavras gra-
fadas conforme o Acordo. 4 D
I. abaixo-assinado, Advocacia-Geral da União, antihigiênico, ca- 5 B
pitão de mar e guerra, capitão-tenente, vice-coordenador.
6 C
II. contra-almirante, co-obrigação, coocupante, decreto-lei, di-
retor-adjunto, diretor-executivo, diretor-geral, sócio-gerente. 7 B
III. diretor-presidente, editor-assistente, editor-chefe, ex-dire- 8 E
tor, general de brigada, general de exército, segundo-secretário.
IV. matéria-prima, ouvidor-geral, papel-moeda, pós-graduação, 9 A
pós-operatório, pré-escolar, pré-natal, pré-vestibular; Secretaria- 10 A
-Geral.
V. primeira-dama, primeiro-ministro, primeiro-secretário, pró- 11 A
-ativo, Procurador-Geral, relator-geral, salário-família, Secretaria- 12 D
-Executiva, tenente-coronel.
13 A
Assinale a alternativa CORRETA: 14 E
(A) As afirmações I, II, III e V estão corretas. 15 B
(B) As afirmações II, III, IV e V estão corretas.
(C) As afirmações II, III e IV estão corretas. 16 E
(D) As afirmações I, II e IV estão corretas. 17 A
(E) As afirmações III, IV e V estão corretas.
18 A
19 D
20 B
21 C
22 C
23 E
24 A

41
LÍNGUA PORTUGUESA

25 D ______________________________________________________

26 B ______________________________________________________
27 C ______________________________________________________
28 D
______________________________________________________
29 E
30 D ______________________________________________________
31 D ______________________________________________________
32 D
______________________________________________________
33 A
______________________________________________________
34 D
35 E ______________________________________________________
36 D ______________________________________________________
37 B
______________________________________________________
38 B
39 A ______________________________________________________
40 E ______________________________________________________
41 C
______________________________________________________

______________________________________________________

ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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42
MATEMÁTICA

Exemplo 2
CONJUNTOS NUMÉRICOS: INTEIROS, FRACIONÁRIOS. 40 – 9 x 4 + 23
OPERAÇÕES: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
MULTIPLICAÇÃO, POTENCIAÇÃO. PROBLEMAS SOBRE 4 + 23
AS OPERAÇÕES: ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, DIVISÃO, 27
MULTIPLICAÇÃO, POTENCIAÇÃO
Exemplo 3
Números Naturais 25-(50-30)+4x5
Os números naturais são o modelo matemático necessário 25-20+20=25
para efetuar uma contagem.
Começando por zero e acrescentando sempre uma unidade, Números Inteiros
obtemos o conjunto infinito dos números naturais Podemos dizer que este conjunto é composto pelos números
naturais, o conjunto dos opostos dos números naturais e o zero.
Este conjunto pode ser representado por:

- Todo número natural dado tem um sucessor


a) O sucessor de 0 é 1.
b) O sucessor de 1000 é 1001. Subconjuntos do conjunto :
c) O sucessor de 19 é 20. 1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero

Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero. {...-2, -1, 1, 2, ...}

2) Conjuntos dos números inteiros não negativos


{1,2,3,4,5,6... . }
{0, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um anteces-
sor (número que vem antes do número dado). 3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente de zero.
a) O antecessor do número m é m-1. {...-3, -2, -1}
b) O antecessor de 2 é 1.
c) O antecessor de 56 é 55. Números Racionais
d) O antecessor de 10 é 9. Chama-se de número racional a todo número que pode ser ex-
presso na forma , onde a e b são inteiros quaisquer, com b≠0
Expressões Numéricas São exemplos de números racionais:
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtrações, mul-
tiplicações e divisões. Todas as operações podem acontecer em -12/51
uma única expressão. Para resolver as expressões numéricas utili- -3
zamos alguns procedimentos:
-(-3)
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro operações, -2,333...
devemos resolver a multiplicação ou a divisão primeiramente, na
ordem em que elas aparecerem e somente depois a adição e a sub- As dízimas periódicas podem ser representadas por fração,
tração, também na ordem em que aparecerem e os parênteses são portanto são consideradas números racionais.
resolvidos primeiro. Como representar esses números?

Exemplo 1 Representação Decimal das Frações


10 + 12 – 6 + 7 Temos 2 possíveis casos para transformar frações em decimais
22 – 6 + 7
16 + 7 1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o número de-
23 cimal terá um número finito de algarismos após a vírgula.

43
MATEMÁTICA
Exemplo 2
Seja a dízima 1,1212...
Façamos x = 1,1212...
100x = 112,1212... .

Subtraindo:
100x-x=112,1212...-1,1212...
2º) Terá um número infinito de algarismos após a vírgula, mas 99x=111
lembrando que a dízima deve ser periódica para ser número racio- X=111/99
nal
OBS: período da dízima são os números que se repetem, se Números Irracionais
não repetir não é dízima periódica e assim números irracionais, que Identificação de números irracionais
trataremos mais a frente. – Todas as dízimas periódicas são números racionais.
– Todos os números inteiros são racionais.
– Todas as frações ordinárias são números racionais.
– Todas as dízimas não periódicas são números irracionais.
– Todas as raízes inexatas são números irracionais.
– A soma de um número racional com um número irracional é
sempre um número irracional.
– A diferença de dois números irracionais, pode ser um número
racional.
– Os números irracionais não podem ser expressos na forma ,
Representação Fracionária dos Números Decimais com a e b inteiros e b≠0.
1ºcaso) Se for exato, conseguimos sempre transformar com o Exemplo: - = 0 e 0 é um número racional.
denominador seguido de zeros.
O número de zeros depende da casa decimal. Para uma casa, – O quociente de dois números irracionais, pode ser um núme-
um zero (10) para duas casas, dois zeros(100) e assim por diante. ro racional.

Exemplo: : = = 2 e 2 é um número racional.

– O produto de dois números irracionais, pode ser um número


racional.

Exemplo: . = = 7 é um número racional.

Exemplo: radicais( a raiz quadrada de um número na-


tural, se não inteira, é irracional.

Números Reais

2ºcaso) Se dízima periódica é um número racional, então como


podemos transformar em fração?

Exemplo 1
Transforme a dízima 0, 333... .em fração
Sempre que precisar transformar, vamos chamar a dízima dada
de x, ou seja
X=0,333...

Se o período da dízima é de um algarismo, multiplicamos por


10.
10x=3,333...

E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333... Fonte: www.estudokids.com.br
9x=3
X=3/9 Representação na reta
X=1/3

Agora, vamos fazer um exemplo com 2 algarismos de período.

44
MATEMÁTICA
Intervalos limitados Intervalo:[a,+ ∞[
Intervalo fechado – Números reais maiores do que a ou iguais a Conjunto:{x ϵ R|x≥a}
e menores do que b ou iguais a b.
Semirreta direita, aberta, de origem a – números reais maiores
que a.

Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x ϵ R|a≤x≤b}

Intervalo aberto – números reais maiores que a e menores que Intervalo:]a,+ ∞[


b. Conjunto:{x ϵ R|x>a}

Potenciação
Multiplicação de fatores iguais

Intervalo:]a,b[ 2³=2.2.2=8
Conjunto:{xϵR|a<x<b}
Casos
Intervalo fechado à esquerda – números reais maiores que a ou 1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
iguais a A e menores do que B.

2) Todo número elevado ao expoente 1 é o próprio número.


Intervalo:{a,b[
Conjunto {x ϵ R|a≤x<b}

Intervalo fechado à direita – números reais maiores que a e


menores ou iguais a b.
3) Todo número negativo, elevado ao expoente par, resulta em
um número positivo.

Intervalo:]a,b]
Conjunto:{x ϵ R|a<x≤b}

Intervalos Ilimitados 4) Todo número negativo, elevado ao expoente ímpar, resulta


Semirreta esquerda, fechada de origem b- números reais me- em um número negativo.
nores ou iguais a b.

Intervalo:]-∞,b] 5) Se o sinal do expoente for negativo, devemos passar o sinal


Conjunto:{x ϵ R|x≤b} para positivo e inverter o número que está na base.

Semirreta esquerda, aberta de origem b – números reais me-


nores que b.

Intervalo:]-∞,b[ 6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o valor do
Conjunto:{x ϵ R|x<b} expoente, o resultado será igual a zero.

Semirreta direita, fechada de origem a – números reais maiores


ou iguais a A.

45
MATEMÁTICA
Propriedades Técnica de Cálculo
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de mesma A determinação da raiz quadrada de um número torna-se
base, repete-se a base e soma os expoentes. mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado em números
primos. Veja:
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27 64 2
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
32 2
16 2
8 2
4 2
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mesma base. 2 2
Conserva-se a base e subtraem os expoentes.
1
Exemplos:
96 : 92 = 96-2 = 94 64=2.2.2.2.2.2=26

Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-se” um


e multiplica.

3) (am)n Potência de potência. Repete-se a base e multiplica-se


os expoentes.

Exemplos: Observe:
(52)3 = 52.3 = 56
1 1 1
3.5 = (3.5) = 3 .5 = 3. 5
2 2 2

De modo geral, se
4) E uma multiplicação de dois ou mais fatores elevados a um
expoente, podemos elevar cada um a esse mesmo expoente. a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * ,
(4.3)²=4².3²

5) Na divisão de dois fatores elevados a um expoente, podemos Então:


elevar separados.
n
a.b = n a .n b

O radical de índice inteiro e positivo de um produto indicado é


igual ao produto dos radicais de mesmo índice dos fatores do radi-
Radiciação cando.
Radiciação é a operação inversa a potenciação
Raiz quadrada de frações ordinárias

1 1
2  2 2 22 2
Observe: =  = 1 =
3 3 3
32
a na
* *
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R , n ∈ N , então: n =
+
b nb
O radical de índice inteiro e positivo de um quociente indicado
é igual ao quociente dos radicais de mesmo índice dos termos do
radicando.

Raiz quadrada números decimais

46
MATEMÁTICA
Operações

REGRA DE TRÊS SIMPLES

Operações Regra de três simples


Regra de três simples é um processo prático para resolver pro-
blemas que envolvam quatro valores dos quais conhecemos três
Multiplicação deles. Devemos, portanto, determinar um valor a partir dos três já
conhecidos.
Exemplo
Passos utilizados numa regra de três simples:
1º) Construir uma tabela, agrupando as grandezas da mesma
espécie em colunas e mantendo na mesma linha as grandezas de
Divisão espécies diferentes em correspondência.
2º) Identificar se as grandezas são diretamente ou inversamen-
te proporcionais.
3º) Montar a proporção e resolver a equação.
Um trem, deslocando-se a uma velocidade média de 400Km/h,
Exemplo faz um determinado percurso em 3 horas. Em quanto tempo faria
esse mesmo percurso, se a velocidade utilizada fosse de 480km/h?

Solução: montando a tabela:


Adição e subtração
1) Velocidade (Km/h) Tempo (h)
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20.
400 ----- 3
8 2 20 2 480 ----- X
4 2 10 2
2) Identificação do tipo de relação:
2 2 5 5
1 1 VELOCIDADE Tempo
400 ↓ ----- 3↑
480 ↓ ----- X↑

Caso tenha: Obs.: como as setas estão invertidas temos que inverter os nú-
meros mantendo a primeira coluna e invertendo a segunda coluna
Não dá para somar, as raízes devem ficar desse modo. ou seja o que está em cima vai para baixo e o que está em baixo na
segunda coluna vai para cima
Racionalização de Denominadores
Normalmente não se apresentam números irracionais com
VELOCIDADE Tempo
radicais no denominador. Ao processo que leva à eliminação dos
radicais do denominador chama-se racionalização do denominador. 400 ↓ ----- 3↓
1º Caso: Denominador composto por uma só parcela 480 ↓ ----- X↓

480x=1200
X=25

Regra de três composta


Regra de três composta é utilizada em problemas com mais de
duas grandezas, direta ou inversamente proporcionais.

2º Caso: Denominador composto por duas parcelas. Exemplos:


1) Em 8 horas, 20 caminhões descarregam 160m³ de areia. Em
5 horas, quantos caminhões serão necessários para descarregar
125m³?

Solução: montando a tabela, colocando em cada coluna as


Devemos multiplicar de forma que obtenha uma diferença de grandezas de mesma espécie e, em cada linha, as grandezas de es-
quadrados no denominador: pécies diferentes que se correspondem:

47
MATEMÁTICA

HORAS CAMINHÕES VOLUME Taxa de juros e Tempo


A taxa de juros indica qual remuneração será paga ao dinheiro
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↑ emprestado, para um determinado período. Ela vem normalmente
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↑ expressa da forma percentual, em seguida da especificação do perí-
odo de tempo a que se refere:
A seguir, devemos comparar cada grandeza com aquela onde 8 % a.a. - (a.a. significa ao ano).
está o x. 10 % a.t. - (a.t. significa ao trimestre).

Observe que: Outra forma de apresentação da taxa de juros é a unitária, que


Aumentando o número de horas de trabalho, podemos dimi- é igual a taxa percentual dividida por 100, sem o símbolo %:
nuir o número de caminhões. Portanto a relação é inversamente 0,15 a.m. - (a.m. significa ao mês).
proporcional (seta para cima na 1ª coluna). 0,10 a.q. - (a.q. significa ao quadrimestre)
Aumentando o volume de areia, devemos aumentar o número
de caminhões. Portanto a relação é diretamente proporcional (seta Montante
para baixo na 3ª coluna). Devemos igualar a razão que contém o Também conhecido como valor acumulado é a soma do Capi-
termo x com o produto das outras razões de acordo com o sentido tal Inicial com o juro produzido em determinado tempo.
das setas. Essa fórmula também será amplamente utilizada para resolver
Montando a proporção e resolvendo a equação temos: questões.
M=C+J
M = montante
HORAS CAMINHÕES VOLUME
C = capital inicial
8↑ ----- 20 ↓ ----- 160 ↓ J = juros
5↑ ----- X↓ ----- 125 ↓ M=C+C.i.n
M=C(1+i.n)
Obs.: Assim devemos inverter a primeira coluna ficando:
Juros Simples
Chama-se juros simples a compensação em dinheiro pelo em-
HORAS CAMINHÕES VOLUME préstimo de um capital financeiro, a uma taxa combinada, por um
8 ----- 20 ----- 160 prazo determinado, produzida exclusivamente pelo capital inicial.
5 ----- X ----- 125 Em Juros Simples a remuneração pelo capital inicial aplicado
é diretamente proporcional ao seu valor e ao tempo de aplicação.
A expressão matemática utilizada para o cálculo das situações
envolvendo juros simples é a seguinte:
J = C i n, onde:
J = juros
Logo, serão necessários 25 caminhões C = capital inicial
i = taxa de juros
n = tempo de aplicação (mês, bimestre, trimestre, semestre,
ano...)
JUROS E DESCONTOS SIMPLES
Observação importante: a taxa de juros e o tempo de aplica-
Matemática Financeira ção devem ser referentes a um mesmo período. Ou seja, os dois
A Matemática Financeira possui diversas aplicações no atual devem estar em meses, bimestres, trimestres, semestres, anos... O
sistema econômico. Algumas situações estão presentes no cotidia- que não pode ocorrer é um estar em meses e outro em anos, ou
no das pessoas, como financiamentos de casa e carros, realizações qualquer outra combinação de períodos.
de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, Dica: Essa fórmula J = C i n, lembra as letras das palavras “JU-
aplicações financeiras, investimentos em bolsas de valores, entre ROS SIMPLES” e facilita a sua memorização.
outras situações. Todas as movimentações financeiras são baseadas Outro ponto importante é saber que essa fórmula pode ser tra-
na estipulação prévia de taxas de juros. Ao realizarmos um emprés- balhada de várias maneiras para se obter cada um de seus valores,
timo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais ou seja, se você souber três valores, poderá conseguir o quarto, ou
acrescidas de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é seja, como exemplo se você souber o Juros (J), o Capital Inicial (C)
superior ao valor inicial do empréstimo. A essa diferença damos o e a Taxa (i), poderá obter o Tempo de aplicação (n). E isso vale para
nome de juros. qualquer combinação.

Capital
O Capital é o valor aplicado através de alguma operação finan-
ceira. Também conhecido como: Principal, Valor Atual, Valor Pre-
sente ou Valor Aplicado. Em inglês usa-se Present Value (indicado
pela tecla PV nas calculadoras financeiras).

48
MATEMÁTICA
Exemplo Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação redutível
Maria quer comprar uma bolsa que custa R$ 85,00 à vista. à forma ax+b=0, em que a e b são números reais, chamados coefi-
Como não tinha essa quantia no momento e não queria perder a cientes, com a≠0.
oportunidade, aceitou a oferta da loja de pagar duas prestações de
R$ 45,00, uma no ato da compra e outra um mês depois. A taxa de Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor numérico de x
juros mensal que a loja estava cobrando nessa operação era de: que, substituindo no 1º membro da equação, torna-se igual ao 2º
(A) 5,0% membro.
(B) 5,9%
(C) 7,5% Nada mais é que pensarmos em uma balança.
(D) 10,0%
(E) 12,5%
Resposta Letra “e”.

O juros incidiu somente sobre a segunda parcela, pois a pri-


meira foi à vista. Sendo assim, o valor devido seria R$40 (85-45) e a
parcela a ser paga de R$45.
Aplicando a fórmula M = C + J:
45 = 40 + J
J=5 A balança deixa os dois lados iguais para equilibrar, a equação
Aplicando a outra fórmula J = C i n: também.
5 = 40 X i X 1 No exemplo temos:
i = 0,125 = 12,5% 3x+300
Outro lado: x+1000+500
Juros Compostos E o equilíbrio?
o juro de cada intervalo de tempo é calculado a partir do saldo 3x+300=x+1500
no início de correspondente intervalo. Ou seja: o juro de cada in-
tervalo de tempo é incorporado ao capital inicial e passa a render Quando passamos de um lado para o outro invertemos o sinal
juros também. 3x-x=1500-300
2x=1200
Quando usamos juros simples e juros compostos? X=600
A maioria das operações envolvendo dinheiro utilizajuros com-
postos. Estão incluídas: compras a médio e longo prazo, compras Exemplo
com cartão de crédito, empréstimos bancários, as aplicações finan- (PREF. DE NITERÓI/RJ – Fiscal de Posturas – FGV/2015) A ida-
ceiras usuais como Caderneta de Poupança e aplicações em fundos de de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das idades
de renda fixa, etc. Raramente encontramos uso para o regime de de seus dois filhos, Paulo e Pierre. Pierre é três anos mais velho do
juros simples: é o caso das operações de curtíssimo prazo, e do pro- que Paulo. Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da
cesso de desconto simples de duplicatas. idade que Pedro tem hoje.
A soma das idades que Pedro, Paulo e Pierre têm hoje é:
O cálculo do montante é dado por: (A) 72;
(B) 69;
M = C (1 + i)t (C) 66;
(D) 63;
Exemplo (E) 60.
Calcule o juro composto que será obtido na aplicação de
R$25000,00 a 25% ao ano, durante 72 meses Resolução
C = 25000 A ideia de resolver as equações é literalmente colocar na lin-
i = 25%aa = 0,25 guagem matemática o que está no texto.
i = 72 meses = 6 anos “Pierre é três anos mais velho do que Paulo”
Pi=Pa+3
M = C (1 + i)t
M = 25000 (1 + 0,25)6 “Daqui a dez anos, a idade de Pierre será a metade da idade
M = 25000 (1,25)6 que Pedro tem hoje.”
M = 95367,50

M=C+J
J = 95367,50 - 25000 = 70367,50
A idade de Pedro hoje, em anos, é igual ao dobro da soma das
EQUAÇÕES DE PRIMEIRO E SEGUNDO GRAUS idades de seus dois filhos,
Pe=2(Pi+Pa)
Pe=2Pi+2Pa
Equação 1º grau
Equação é toda sentença matemática aberta representada por Lembrando que:
uma igualdade, em que exista uma ou mais letras que represen- Pi=Pa+3
tam números desconhecidos.

49
MATEMÁTICA
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6

Se ∆ < 0 não há solução, pois não existe raiz quadrada real de


Pa+3+10=2Pa+3
um número negativo.
Pa=10
Pi=Pa+3
Se ∆ = 0, há duas soluções iguais:
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Se ∆ > 0, há soluções reais diferentes:
Equação 2º grau

A equação do segundo grau é representada pela fórmula geral:

ax2+bx+c=0
Relações entre Coeficientes e Raízes
Onde a, b e c são números reais, a≠0.
Dada as duas raízes:
Discussão das Raízes

Soma das Raízes

Se for negativo, não há solução no conjunto dos números


reais.
Produto das Raízes
Se for positivo, a equação tem duas soluções:

Composição de uma equação do 2ºgrau, conhecidas as raízes

Podemos escrever a equação da seguinte maneira:


Exemplo
x²-Sx+P=0

Exemplo
Dada as raízes -2 e 7. Componha a equação do 2º grau.

Solução
S=x1+x2=-2+7=5
, portanto não há solução real.
P=x1.x2=-2.7=-14
Então a equação é: x²-5x-14=0

Exemplo
(IMA – Analista Administrativo Jr – SHDIAS/2015) A soma das
idades de Ana e Júlia é igual a 44 anos, e, quando somamos os qua-
drados dessas idades, obtemos 1000. A mais velha das duas tem:
(A) 24 anos
(B) 26 anos
(C) 31 anos
(D) 33 anos

50
MATEMÁTICA
Resolução
A+J=44
A²+J²=1000
A=44-J
(44-J)²+J²=1000
1936-88J+J²+J²=1000
2J²-88J+936=0

Dividindo por2:
J²-44J+468=0
∆=(-44)²-4.1.468
∆=1936-1872=64

Inequação -Quociente
Na inequação- quociente, tem-se uma desigualdade de funções
fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual uma está dividindo
a outra. Diante disso, deveremos nos atentar ao domínio da função
que se encontra no denominador, pois não existe divisão por zero.
Com isso, a função que estiver no denominador da inequação deve-
rá ser diferente de zero.
O método de resolução se assemelha muito à resolução de
uma inequação - produto, de modo que devemos analisar o sinal
Substituindo em A das funções e realizar a intersecção do sinal dessas funções.
A=44-26=18
Ou A=44-18=26 Exemplo
Resposta: B. Resolva a inequação a seguir:

Inequação
Uma inequação é uma sentença matemática expressa por uma
ou mais incógnitas, que ao contrário da equação que utiliza um sinal x-2≠0
de igualdade, apresenta sinais de desigualdade. Veja os sinais de x≠2
desigualdade:
>: maior
<: menor
≥: maior ou igual
≤: menor ou igual

O princípio resolutivo de uma inequação é o mesmo da equa-


ção, onde temos que organizar os termos semelhantes em cada
membro, realizando as operações indicadas. No caso das inequa-
ções, ao realizarmos uma multiplicação de seus elementos por
–1com o intuito de deixar a parte da incógnita positiva, invertemos
o sinal representativo da desigualdade.

Exemplo 1 Sistema de Inequação do 1º Grau


4x + 12 > 2x – 2 Um sistema de inequação do 1º grau é formado por duas ou
4x – 2x > – 2 – 12 mais inequações, cada uma delas tem apenas uma variável sendo
2x > – 14 que essa deve ser a mesma em todas as outras inequações envol-
x > –14/2 vidas.
x>–7 Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º grau:

Inequação - Produto
Quando se trata de inequações - produto, teremos uma desi-
gualdade que envolve o produto de duas ou mais funções. Portanto,
surge a necessidade de realizar o estudo da desigualdade em cada
função e obter a resposta final realizando a intersecção do conjunto Vamos achar a solução de cada inequação.
resposta das funções. 4x + 4 ≤ 0
4x ≤ - 4
Exemplo x≤-4:4
x≤-1
a)(-x+2)(2x-3)<0

S1 = {x ϵ R | x ≤ - 1}

51
MATEMÁTICA
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
x+1≤0
x≤-1

A “bolinha” é fechada, pois o sinal da inequação é igual.


S = {x ϵ R / –7/3 < x < –1}
S2 = { x ϵ R | x ≤ - 1}

Calculando agora o CONJUNTO SOLUÇÃO da inequação ELEMENTOS DE GEOMETRIA: TRIÂNGULOS, QUADRI-


Temos: LÁTEROS, CUBO
S = S1 ∩ S2

Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por duas se-
mirretas de mesma origem. As semirretas recebem o nome de la-
dos do ângulo e a origem delas, de vértice do ângulo.

Portanto:

S = { x ϵ R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]

Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que pode ser
escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0 Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c<0
ax²+bx+c≤0
ax²+bx+c≠0

Exemplo
Vamos resolver a inequação3x² + 10x + 7 < 0.

Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valores reais
de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de x que
tornem a expressão 3x² + 10x +7negativa. Ângulo Obtuso: É o ângulo cuja medida é maior do que 90º.

Ângulo Raso:
- É o ângulo cuja medida é 180º;
- É aquele, cujos lados são semi-retas opostas.

52
MATEMÁTICA
Ângulo Reto:
- É o ângulo cuja medida é 90º; Na figura, é uma altura do .
- É aquele cujos lados se apoiam em retas perpendiculares.
Um triângulo tem três alturas.

Triângulo
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpendicular a
Elementos esse segmento pelo seu ponto médio.

Mediana Na figura, a reta m é a mediatriz de .


Mediana de um triângulo é um segmento de reta que liga um
vértice ao ponto médio do lado oposto.
Na figura, é uma mediana do ABC.
Um triângulo tem três medianas.

A bissetriz de um ângulo interno de um triângulo intercepta o Mediatriz de um triângulo é uma reta do plano do triângulo
lado oposto que é mediatriz de um dos lados desse triângulo.
Na figura, a reta m é a mediatriz do lado do .
Bissetriz interna de um triângulo é o segmento da bissetriz de Um triângulo tem três mediatrizes.
um ângulo do triângulo que liga um vértice a um ponto do lado
oposto.
Na figura, é uma bissetriz interna do .
Um triângulo tem três bissetrizes internas.

Classificação

Quanto aos lados

Triângulo escaleno: três lados desiguais.

Altura de um triângulo é o segmento que liga um vértice a um


ponto da reta suporte do lado oposto e é perpendicular a esse lado.

Triângulo isósceles: Pelo menos dois lados iguais.

53
MATEMÁTICA
Desigualdade entre Lados e ângulos dos triângulos
Num triângulo o comprimento de qualquer lado é menor que
a soma dos outros dois. Em qualquer triângulo, ao maior ângulo
opõe-se o maior lado, e vice-versa.

QUADRILÁTEROS
Quadrilátero é todo polígono com as seguintes propriedades:
- Tem 4 lados.
- Tem 2 diagonais.
- A soma dos ângulos internos Si = 360º
- A soma dos ângulos externos Se = 360º

Triângulo equilátero: três lados iguais. Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos.

Quanto aos ângulos - é paralelo a


- Losango: 4 lados congruentes
Triângulo acutângulo: tem os três ângulos agudos - Retângulo: 4 ângulos retos (90 graus)
- Quadrado: 4 lados congruentes e 4 ângulos retos.

Observações:
- No retângulo e no quadrado as diagonais são congruentes
(iguais)
Triângulo retângulo: tem um ângulo reto - No losango e no quadrado as diagonais são perpendiculares
entre si (formam ângulo de 90°) e são bissetrizes dos ângulos inter-
nos (dividem os ângulos ao meio).

Áreas

1- Trapézio: , onde B é a medida da base maior, b é a


medida da base menor e h é medida da altura.

2 - Paralelogramo: A = b.h, onde b é a medida da base e h é a


medida da altura.
Triângulo obtusângulo: tem um ângulo obtuso
3 - Retângulo: A = b.h

4 - Losango: , onde D é a medida da diagonal maior e d


é a medida da diagonal menor.

5 - Quadrado: A = l2, onde l é a medida do lado.

54
MATEMÁTICA
Polígono Ângulos Internos
Chama-se polígono a união de segmentos que são chamados A soma das medidas dos ângulos internos de um polígono con-
lados do polígono, enquanto os pontos são chamados vértices do vexo de n lados é (n-2).180
polígono. Unindo um dos vértices aos outros n-3, convenientemente es-
colhidos, obteremos n-2 triângulos. A soma das medidas dos ângu-
los internos do polígono é igual à soma das medidas dos ângulos
internos dos n-2 triângulos.

Diagonal de um polígono é um segmento cujas extremidades


são vértices não-consecutivos desse polígono.
Ângulos Externos

A soma dos ângulos externos=360°


Número de Diagonais Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais, então a
razão de dois segmentos quaisquer de uma transversal é igual à ra-
zão dos segmentos correspondentes da outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que são váli-
das as seguintes proporções:

Exemplo

55
MATEMÁTICA
Semelhança de Triângulos Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Dois triângulos são semelhantes se, e somente se, os seus ân-
gulos internos tiverem, respectivamente, as mesmas medidas, e os Considerando o triângulo retângulo ABC.
lados correspondentes forem proporcionais.

Casos de Semelhança
1º Caso: AA(ângulo - ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de vértices
correspondentes, então esses triângulos são congruentes.

2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes proporcio- Temos:
nais e os ângulos compreendidos entre eles congruentes, então es-
ses dois triângulos são semelhantes.

3º Caso: LLL (lado - lado - lado)


Se dois triângulos têm os três lado correspondentes proporcio- Fórmulas Trigonométricas
nais, então esses dois triângulos são semelhantes.
Relação Fundamental
Existe uma outra importante relação entre seno e cosseno de
um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.

56
MATEMÁTICA
Neste triângulo, temos que: c²=a²+b² Posições Relativas de Duas Retas
Dividindo os membros por c² Duas retas no espaço podem pertencer a um mesmo plano.
Nesse caso são chamadas retas coplanares. Podem também não
estar no mesmo plano. Nesse caso, são denominadas retas rever-
sas.

Retas Coplanares

a) Concorrentes: r e s têm um único ponto comum


Como

Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado trian-


gulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são: -Duas retas concorrentes podem ser:

1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.


2. Oblíquas: r e s não são perpendiculares.

a: hipotenusa
b e c: catetos
h: altura relativa à hipotenusa b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são coinci-
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipotenusa dentes.

Relações Métricas no Triângulo Retângulo


Chamamos relações métricas as relações existentes entre os
diversos segmentos desse triângulo. Assim:

1. O quadrado de um cateto é igual ao produto da hipotenusa


pela projeção desse cateto sobre a hipotenusa.

2. O produto dos catetos é igual ao produto da hipotenusa pela


altura relativa à hipotenusa.

3. O quadrado da altura é igual ao produto das projeções dos


catetos sobre a hipotenusa.

4. O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos


catetos (Teorema de Pitágoras).

57
MATEMÁTICA

SISTEMAS DE MEDIDAS: COMPRIMENTO, ÁREA, VOLUME, MASSA, CAPACIDADE, TEMPO

UNIDADES DE COMPRIMENTO
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m

Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distâncias. Para medi-
das milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:

mícron (µ) = 10-6 m angströn (Å) = 10-10 m

Para distâncias astronômicas utilizamos o Ano-luz (distância percorrida pela luz em um ano):
Ano-luz = 9,5 · 1012 km

Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por 10.

Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).

Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a unidade imedia-
tamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.

UNIDADES DE ÁREA
km 2
hm 2
dam 2
m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2

Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²

Ou seja, para transformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por 100.

Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Podemos encontrar
sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir volume e capacidade.

UNIDADES DE VOLUME
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3

58
MATEMÁTICA
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos e submúltiplos,
unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³

1L=1dm³

UNIDADES DE CAPACIDADE
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l

Massa

Unidades de Capacidade
kg hg dag g g dg cg mg
Quilograma Hectograma Decagrama Grama Grama Decigrama Centigrama Miligrama
1000g 100g 10g 1g 0,1g 0,1g 0,01g 0,001

Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg

Tempo
A unidade fundamental do tempo é o segundo(s).
É usual a medição do tempo em várias unidades, por exemplo: dias, horas, minutos

Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s

Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou 30 minutos
para chegar em casa. Que horas ela chegou?

15h 35 minutos
1 minutos 25 segundos
30 minutos
--------------------------------------------------
15h 66 minutos 25 segundos

Não podemos ter 66 minutos, então temos que transferir para as horas, sempre que passamos de um para o outro tem que ser na
mesma unidade, temos que passar 1 hora=60 minutos
Então fica: 16h6 minutos 25segundos
Vamos utilizar o mesmo exemplo para fazer a operação inversa.

Subtração
Vamos dizer que sabemos que ela chegou em casa as 16h6 minutos 25 segundos e saiu de casa às 15h 35 minutos. Quanto tempo
ficou fora?

11h 60 minutos
16h 6 minutos 25 segundos
-15h 35 min
--------------------------------------------------

59
MATEMÁTICA
Não podemos tirar 6 de 35, então emprestamos, da mesma for- O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, transformou
ma que conta de subtração. o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo – NCr$, na base de NCr$ 1,00 por
1hora=60 minutos Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 e até 27 de fevereiro de
1986, a unidade monetária foi novamente o cruzeiro (Cr$).
15h 66 minutos 25 segundos Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da Fa-
zenda, anunciou o Plano Cruzado (Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de
15h 35 minutos fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou em cruzado –
-------------------------------------------------- Cz$, na base de Cz$ 1,00 por Cr$ 1.000 (vigorou de 28 de fevereiro
de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Em novembro do mesmo ano, o
0h 31 minutos 25 segundos
Plano Cruzado II tentou novamente a estabilização da moeda. Em
junho de 1987, Luiz Carlos Brésser Pereira, ministro da Fazenda,
Multiplicação
anunciou o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado” avaliou
Pedro pensou em estudar durante 2h 40 minutos, mas demo-
Mário Henrique Simonsen.
rou o dobro disso. Quanto tempo durou o estudo?
Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, ministro da
Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida Provisória nº 32, de 15
2h 40 minutos de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se transformou em cruzado
x2 novo – NCz$, na base de NCz$ 1,00 por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16
de janeiro de 1989 a 15 de março de 1990).
----------------------------
4h 80 minutos OU Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, ministra da
5h 20 minutos Fazenda, anunciou o Plano Collor (Medida Provisória nº 168, de 15
de março de 1990): o cruzado novo – NCz$ se transformou em cru-
Divisão zeiro – Cr$, na base de Cr$ 1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de
5h 20 minutos : 2 março de 1990 a 28 de julho de 1993). Em janeiro de 1991, a infla-
ção já passava de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente
a estabilização da moeda.
5h 20 minutos 2 A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, transfor-
mou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real – CR$, na base de CR$ 1,00
1h 20 minutos 2h 40 minutos por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho de 1993 a 29 de junho de
80 minutos 1994).
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, ministro
0
da Fazenda, anunciou o Plano Real: o cruzeiro real – CR$ se trans-
formou em real – R$, na base de R$ 1,00 por CR$ 2.750,00 (Medida
1h 20 minutos, transformamos para minutos :60+20=80minu-
Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994, convertida na Lei nº
tos
9.069, de 29 de junho de 1995).
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de 1964,
delegou ao Banco Central do Brasil competência para emitir papel-
SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO -moeda e moeda metálica, competência exclusiva consagrada pelo
artigo 164 da Constituição Federal de 1988.
Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda e do
O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria. Durante
Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o Tesouro Nacional desempe-
muito tempo, o comércio foi feito por meio da troca de mercado-
nhavam o papel de autoridade monetária.
rias, mesmo após a introdução da moeda de metal.
A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha por
As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre) chega-
finalidade exercer o controle monetário. A SUMOC fixava os per-
ram com o início da colonização portuguesa. A unidade monetária
centuais de reservas obrigatórias dos bancos comerciais, as taxas
de Portugal, o Real, foi usada no Brasil durante todo o período co-
do redesconto e da assistência financeira de liquidez, bem como os
lonial. Assim, tudo se contava em réis (plural popular de real) com
juros. Além disso, supervisionava a atuação dos bancos comerciais,
moedas fabricadas em Portugal e no Brasil. O Real (R) vigorou até 07
orientava a política cambial e representava o País junto a organis-
de outubro de 1833. De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro
mos internacionais.
de 1833, entrou em vigor o Mil-Réis (Rs), múltiplo do real, como
O Banco do Brasil executava as funções de banco do governo, e
unidade monetária, adotada até 31 de outubro de 1942.
o Tesouro Nacional era o órgão emissor de papel-moeda.
No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetários ou
nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro, cruzeiro novo, cruzeiro,
Cruzeiro
cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro real, real).
1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942
Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942,
O Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942 (D.O.U. de 06
uma nova unidade monetária, o cruzeiro – Cr$ veio substituir o mil-
de outubro de 1942), instituiu o Cruzeiro como unidade monetária
-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis.
brasileira, com equivalência a um mil réis. Foi criado o centavo, cor-
A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de ouro (pe-
respondente à centésima parte do cruzeiro.
sadas em gramas ao título de 900 milésimos de metal e 100 milési-
Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cinquenta
mos de liga adequada), emitidas na forma do Decreto nº 5.108, de
mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$ 4.750,40 (quatro
18 de dezembro de 1926, no regime do ouro como padrão mone-
mil setecentos e cinquenta cruzeiros e quarenta centavos)
tário.

60
MATEMÁTICA
Cruzeiro Exemplo: Cz$ 1.300,50 (um mil e trezentos cruzados e cinquen-
(sem centavos) 02.12.1964 ta centavos) passou a expressar-se NCz$ 1,30 (um cruzado novo e
A Lei nº 4.511, de 01de dezembro de1964 (D.O.U. de 02 de de- trinta centavos).
zembro de 1964), extinguiu a fração do cruzeiro denominada centa-
vo. Por esse motivo, o valor utilizado no exemplo acima passou a ser Cruzeiro
escrito sem centavos: Cr$ 4.750 (quatro mil setecentos e cinquenta De NCz$ para Cr$ (com centavos) 16.03.1990
cruzeiros). A Medida Provisória nº 168, de 15 de março de 1990 (D.O.U.
de 16 de março de 1990), convertida na Lei nº 8.024, de 12 de abril
Cruzeiro Novo de 1990 (D.O.U. de 13 de abril de 1990), restabeleceu a denomi-
Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967 nação Cruzeiro para a moeda, correspondendo um cruzeiro a um
O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de1965 (D.O.U. de 17 cruzado novo. Ficou mantido o centavo. A mudança de padrão foi
de novembro de 1965), regulamentado pelo Decreto nº 60.190, de regulamentada pela Resolução nº 1.689, de 18 de março de 1990,
08 de fevereiro de1967 (D.O.U. de 09 de fevereiro de 1967), insti- do Conselho Monetário Nacional.
tuiu o Cruzeiro Novo como unidade monetária transitória, equiva- Exemplo: NCz$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzados novos)
lente a um mil cruzeiros antigos, restabelecendo o centavo. O Con- passou a expressar-se Cr$ 1.500,00 (um mil e quinhentos cruzeiros).
selho Monetário Nacional, pela Resolução nº 47, de 08 de fevereiro
de 1967, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do Cruzeiro Real
novo padrão. Cr$ 1000 = CR$ 1 (com centavos) 01.08.1993
Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinquenta cru- A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de 1993 (D.O.U. de
zeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cruzeiros novos e 29 de julho de 1993), convertida na Lei nº 8.697, de 27 de agosto
setenta e cinco centavos). de 1993 (D.O.U. de 28 agosto de 1993), instituiu o Cruzeiro Real, a
partir de 01 de agosto de 1993, em substituição ao Cruzeiro, equi-
Cruzeiro valendo um cruzeiro real a um mil cruzeiros, com a manutenção do
De NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970 centavo. A Resolução nº 2.010, de 28 de julho de 1993, do Conselho
A Resolução nº 144, de 31 de março de 1970 (D.O.U. de 06 de Monetário Nacional, disciplinou a mudança na unidade do sistema
abril de 1970), do Conselho Monetário Nacional, restabeleceu a de- monetário.
nominação Cruzeiro, a partir de 15 de maio de 1970, mantendo o Exemplo: Cr$ 1.700.500,00 (um milhão, setecentos mil e qui-
centavo. nhentos cruzeiros) passou a expressar-se CR$ 1.700,50 (um mil e
Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e setenta e cinco setecentos cruzeiros reais e cinquenta centavos).
centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro cruzeiros e setenta
e cinco centavos). Real
CR$ 2.750 = R$ 1(com centavos) 01.07.1994
Cruzeiros A Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de 1994 (D.O.U. de
(sem centavos) 16.08.1984 30 de junho de 1994), instituiu o Real como unidade do sistema mo-
A Lei nº 7.214, de 15 de agosto de 1984 (D.O.U. de 16.08.84), netário, a partir de 01 de julho de 1994, com a equivalência de CR$
extinguiu a fração do Cruzeiro denominada centavo. Assim, a im- 2.750,00 (dois mil, setecentos e cinquenta cruzeiros reais), igual à
portância do exemplo, Cr$ 4,75 (quatro cruzeiros e setenta e cinco paridade entre a URV e o Cruzeiro Real fixada para o dia 30 de junho
centavos), passou a escrever-se Cr$ 4, eliminando-se a vírgula e os de 1994. Foi mantido o centavo.
algarismos que a sucediam. Como medida preparatória à implantação do Real, foi criada a
URV - Unidade Real de Valor - prevista na Medida Provisória nº 434,
Cruzado publicada no D.O.U. de 28 de fevereiro de 1994, reeditada com os
Cr$ 1000 = Cz$1 (com centavos) 28.02.1986 números 457 (D.O.U. de 30 de março de 1994) e 482 (D.O.U. de 29
O Decreto-Lei nº 2.283, de 27 de fevereiro de 1986 (D.O.U. de de abril de 1994) e convertida na Lei nº 8.880, de 27 de maio de
28 de fevereiro de 1986), posteriormente substituído pelo Decreto- 1994 (D.O.U. de 28 de maio de 1994).
-Lei nº 2.284, de 10 de março de 1986 (D.O.U. de 11 de março de Exemplo: CR$ 11.000.000,00 (onze milhões de cruzeiros reais)
1986), instituiu o Cruzado como nova unidade monetária, equiva- passou a expressar-se R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
lente a um mil cruzeiros, restabelecendo o centavo. A mudança de
padrão foi disciplinada pela Resolução nº 1.100, de 28 de fevereiro Banco Central (BC ou Bacen) - Autoridade monetária do País
de 1986, do Conselho Monetário Nacional. responsável pela execução da política financeira do governo. Cuida
Exemplo: Cr$ 1.300.500 (um milhão, trezentos mil e quinhen- ainda da emissão de moedas, fiscaliza e controla a atividade de to-
tos cruzeiros) passou a expressar-se Cz$ 1.300,50 (um mil e trezen- dos os bancos no País.
tos cruzados e cinquenta centavos).
Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) - Órgão in-
Cruzado Novo ternacional que visa ajudar países subdesenvolvidos e em desenvol-
Cz$ 1000 = NCz$1 (com centavos) 16.01.1989 vimento na América Latina. A organização foi criada em 1959 e está
A Medida Provisória nº 32, de 15 de janeiro de 1989 (D.O.U. de sediada em Washington, nos Estados Unidos.
16 de janeiro de 1989), convertida na Lei nº 7.730, de 31 de janeiro
de 1989 (D.O.U. de 01 de fevereiro de 1989), instituiu o Cruzado Banco Mundial - Nome pelo qual o Banco Internacional de
Novo como unidade do sistema monetário, correspondente a um Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) é conhecido. Órgão inter-
mil cruzados, mantendo o centavo. A Resolução nº 1.565, de 16 de nacional ligado a ONU, a instituição foi criada para ajudar países
janeiro de 1989, do Conselho Monetário Nacional, disciplinou a im- subdesenvolvidos e em desenvolvimento.
plantação do novo padrão.

61
MATEMÁTICA
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BN- Seguindo esse padrão e colocando os números adequados no
DES) - Empresa pública federal vinculada ao Ministério do Desen- lugar dos símbolos █ e ▲, o resultado da 7ª expressão será
volvimento, Indústria e Comércio Exterior que tem como objetivo
financiar empreendimentos para o desenvolvimento do Brasil. (A) 1 111 111.
(B) 11 111.
(C) 1 111.
EXERCÍCIOS (D) 111 111.
(E) 11 111 111.
1. (PREFEITURA DE SALVADOR /BA - TÉCNICO DE NÍVEL
SUPERIOR II - DIREITO – FGV/2017) Em um concurso, há 150 can- 6. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) Durante um trei-
didatos em apenas duas categorias: nível superior e nível médio. namento, o chefe da brigada de incêndio de um prédio comercial
Sabe-se que: informou que, nos cinquenta anos de existência do prédio, nunca
• dentre os candidatos, 82 são homens; houve um incêndio, mas existiram muitas situações de risco, feliz-
• o número de candidatos homens de nível superior é igual ao mente controladas a tempo. Segundo ele, 1/13 dessas situações
de mulheres de nível médio; deveu-se a ações criminosas, enquanto as demais situações haviam
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mulheres. sido geradas por diferentes tipos de displicência. Dentre as situa-
ções de risco geradas por displicência,
O número de candidatos homens de nível médio é
(A) 42. − 1/5 deveu-se a pontas de cigarro descartadas inadequada-
(B) 45. mente;
(C) 48. − 1/4 deveu-se a instalações elétricas inadequadas;
(D) 50. − 1/3 deveu-se a vazamentos de gás e;
(E) 52. − As demais foram geradas por descuidos ao cozinhar.

2. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS- De acordo com esses dados, ao longo da existência desse pré-
CONCURSOS/2017) Raoni, Ingrid, Maria Eduarda, Isabella e José dio comercial, a fração do total de situações de risco de incêndio
foram a uma prova de hipismo, na qual ganharia o competidor que geradas por descuidos ao cozinhar corresponde à
obtivesse o menor tempo final. A cada 1 falta seriam incrementados (A) 3/20.
6 segundos em seu tempo final. Ingrid fez 1’10” com 1 falta, Maria (B) 1/4.
Eduarda fez 1’12” sem faltas, Isabella fez 1’07” com 2 faltas, Raoni (C) 13/60.
fez 1’10” sem faltas e José fez 1’05” com 1 falta. Verificando a colo- (D) 1/5.
cação, é correto afirmar que o vencedor foi: (E) 1/60.
(A) José
(B) Isabella 7. (ITAIPU BINACIONAL - PROFISSIONAL NÍVEL TÉCNICO I
(C) Maria Eduarda - TÉCNICO EM ELETRÔNICA – NCUFPR/2017) Assinale a alterna-
(D) Raoni tiva que apresenta o valor da expressão

3. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - MS-


CONCURSOS/2017) O valor de √0,444... é:
(A) 0,2222...
(B) 0,6666...
(C) 0,1616...
(D) 0,8888... (A) 1.
(B) 2.
4. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO - VUNESP/2017) (C) 4.
Se, numa divisão, o divisor e o quociente são iguais, e o resto é 10, (D) 8.
sendo esse resto o maior possível, então o dividendo é (E) 16.
(A) 131.
(B) 121. 8. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
(C) 120. GO/2017)
(D) 110.
(E) 101. Qual o resultado de ?

5. (TST – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2017) As expressões (A) 3


numéricas abaixo apresentam resultados que seguem um padrão (B) 3/2
específico: (C) 5
(D) 5/2
1ª expressão: 1 x 9 + 2
2ª expressão: 12 x 9 + 3
3ª expressão: 123 x 9 + 4
...
7ª expressão: █ x 9 + ▲

62
MATEMÁTICA
9. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVISOR 13. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura
– FGV/2017) Suponha que a # b signifique a - 2b . abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada passando em
torno de três discos de mesmo diâmetro e tangentes entre si.
Se 2#(1#N)=12 , então N é igual a:
(A) 1;
(B) 2;
(C) 3;
(D) 4;
(E) 6.

10. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI-


SOR – FGV/2017) Uma equipe de trabalhadores de determinada
empresa tem o mesmo número de mulheres e de homens. Certa
manhã, 3/4 das mulheres e 2/3 dos homens dessa equipe saíram
para um atendimento externo.
Considerando que o diâmetro de cada disco é 8, o comprimen-
Desses que foram para o atendimento externo, a fração de mu- to da cinta acima representada é
lheres é: (A) 8/3 π + 8 .
(A) 3/4; (B) 8/3 π + 24.
(B) 8/9; (C) 8π + 8 .
(C) 5/7; (D) 8π + 24.
(D) 8/13; (E) 16π + 24.
(E) 9/17.
14. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Na figura
11. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCIÁ- abaixo, ABCD é um quadrado de lado 10; E, F, G e H são pontos
RIOS- VUNESP/2017) Um terreno retangular ABCD, com 40 m de médios dos lados do quadrado ABCD e são os centros de quatro
largura por 60 m de comprimento, foi dividido em três lotes, con- círculos tangentes entre si.
forme mostra a figura.

Sabendo-se que EF = 36 m e que a área do lote 1 é 864 m², o A área da região sombreada, da figura acima apresentada, é
perímetro do lote 2 é (A)100 - 5π .
(A) 100 m. (B) 100 - 10π .
(B) 108 m. (C) 100 - 15π .
(C) 112 m. (D)100 - 20π .
(D) 116 m. (E)100 - 25π .
(E) 120 m.
15. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) No cubo
12. (TJ/RS - TÉCNICO JUDICIÁRIO – FAURGS/2017) Conside- de aresta 10, da figura abaixo, encontra-se representado um plano
re um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e 5m. Um segun- passando pelos vértices B e C e pelos pontos P e Q, pontos médios,
do triângulo retângulo, semelhante ao primeiro, cuja área é o dobro respectivamente, das arestas EF e HG, gerando o quadrilátero BCQP.
da área do primeiro, terá como medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D)5 e 6.
(E) 6 e 10.

63
MATEMÁTICA
A área do quadrilátero BCQP, da figura acima, é 18. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
(A) 25√5. NESP/2017) O piso de um salão retangular, de 6 m de comprimento,
(B) 50√2. foi totalmente coberto por 108 placas quadradas de porcelanato,
(C) 50√5. todas inteiras. Sabe-se que quatro placas desse porcelanato cobrem
(D)100√2 . exatamente 1 m2 de piso. Nessas condições, é correto afirmar que
(E) 100√5. o perímetro desse piso é, em metros, igual a
(A) 20.
16. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA - (B) 21.
MSCONCURSOS/2017) O triângulo retângulo em B, a seguir, de (C) 24.
vértices A, B e C, representa uma praça de uma cidade. Qual é a (D) 27.
área dessa praça? (E) 30.

19. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO MUNICIPAL E SUPERVI-


SOR – FGV/2017) O proprietário de um terreno retangular resolveu
cercá-lo e, para isso, comprou 26 estacas de madeira. Colocou uma
estaca em cada um dos quatro cantos do terreno e as demais igual-
mente espaçadas, de 3 em 3 metros, ao longo dos quatro lados do
terreno.
O número de estacas em cada um dos lados maiores do terre-
no, incluindo os dois dos cantos, é o dobro do número de estacas
(A) 120 m² em cada um dos lados menores, também incluindo os dois dos can-
(B)90 m² tos.
(C) 60 m²
(D) 30 m² A área do terreno em metros quadrados é:
(A) 240;
17. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU- (B) 256;
NESP/2017) A figura, com dimensões indicadas em centímetros, (C) 324;
mostra um painel informativo ABCD, de formato retangular, no qual (D) 330;
se destaca a região retangular R, onde x > y. (E) 372.

20. (TJ/SP – ESCREVENTE TÉCNICO JUDICIÁRIO- VU-


NESP/2017) A figura seguinte, cujas dimensões estão indicadas em
metros, mostra as regiões R1 e R2 , ambas com formato de triângu-
los retângulos, situadas em uma praça e destinadas a atividades de
recreação infantil para faixas etárias distintas.

Sabendo-se que a razão entre as medidas dos lados correspon-


dentes do retângulo ABCD e da região R é igual a 5/2 , é correto Se a área de R1 é 54 m², então o perímetro de R2 é, em metros,
afirmar que as medidas, em centímetros, dos lados da região R, in- igual a
dicadas por x e y na figura, são, respectivamente, (A) 54.
(A) 80 e 64. (B) 48.
(B) 80 e 62. (C) 36.
(C) 62 e 80. (D) 40.
(D) 60 e 80. (E) 42.
(E) 60 e 78.
21. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA –
MSCONCURSOS/2017)

Seja a expressão definida em 0< x < π/2 .


Ao simplificá-la, obteremos:
(A) 1
(B) sen²x
(C)cos²x
(D)0

64
MATEMÁTICA
22. (SAP/SP - AGENTE DE SEGURANÇA PENITENCIÁRIA – 26. (UNIRV/GO – AUXILIAR DE LABORATÓRIO – UNIRV-
MSCONCURSOS/2017) Fábio precisa comprar arame para cercar GO/2017) Uma empresa farmacêutica distribuiu 14400 litros de
um terreno no formato a seguir, retângulo em B e C. Considerando uma substância líquida em recipientes de 72 cm3 cada um. Sabe-se
que ele dará duas voltas com o arame no terreno e que não terá per- que cada recipiente, depois de cheio, tem 80 gramas. A quantidade
das, quantos metros ele irá gastar? (considere √3 =1,7; sen30º=0,5; de toneladas que representa todos os recipientes cheios com essa
cos30º=0,85; tg30º=0,57). substância é de
(A) 16
(B) 160
(C) 1600
(D) 16000

27. (MPE/GO – OFICIAL DE PROMOTORIA – MPEGO/2017)


João estuda à noite e sua aula começa às 18h40min. Cada aula tem
(A) 64,2 m duração de 45 minutos, e o intervalo dura 15 minutos. Sabendo-se
(B) 46,2 m que nessa escola há 5 aulas e 1 intervalo diariamente, pode-se afir-
(C)92,4 m mar que o término das aulas de João se dá às:
(D) 128,4 m (A) 22h30min
(B) 22h40min
(C) 22h50min
23. (IPRESB/SP - ANALISTA DE PROCESSOS PREVIDENCI- (D) 23h
ÁRIOS- VUNESP/2017) Uma gráfica precisa imprimir um lote de (E) Nenhuma das anteriores
100000 folhetos e, para isso, utiliza a máquina A, que imprime 5000
folhetos em 40 minutos. Após 3 horas e 20 minutos de funciona- 28. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
mento, a máquina A quebra e o serviço restante passa a ser fei- FGV/2017) Quando era jovem, Arquimedes corria 15km em
to pela máquina B, que imprime 4500 folhetos em 48 minutos. O 1h45min. Agora que é idoso, ele caminha 8km em 1h20min.
tempo que a máquina B levará para imprimir o restante do lote de Para percorrer 1km agora que é idoso, comparado com a época
folhetos é em que era jovem, Arquimedes precisa de mais:
(A) 14 horas e 10 minutos. (A) 10 minutos;
(B) 14 horas e 05 minutos. (B) 7 minutos;
(C) 13 horas e 45 minutos. (C) 5 minutos;
(D) 13 horas e 30 minutos. (D) 3 minutos;
(E) 13 horas e 20 minutos. (E) 2 minutos.

24. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU- 29. (IBGE – AGENTE CENSITÁRIO ADMINISTRATIVO-
NESP/2017) Renata foi realizar exames médicos em uma clínica. Ela FGV/2017) Lucas foi de carro para o trabalho em um horário de
saiu de sua casa às 14h 45 min e voltou às 17h 15 min. Se ela ficou trânsito intenso e gastou 1h20min. Em um dia sem trânsito intenso,
durante uma hora e meia na clínica, então o tempo gasto no trânsi- Lucas foi de carro para o trabalho a uma velocidade média 20km/h
to, no trajeto de ida e volta, foi igual a maior do que no dia de trânsito intenso e gastou 48min.
(A) 1/2h. A distância, em km, da casa de Lucas até o trabalho é:
(B) 3/4h. (A) 36;
(C) 1h. (B) 40;
(D) 1h 15min. (C) 48;
(E) 1 1/2h. (D) 50;
(E) 60.
25. (CÂMARA DE SUMARÉ – ESCRITURÁRIO – VU-
NESP/2017) Uma indústria produz regularmente 4500 litros de 30. (EMDEC - ASSISTENTE ADMINISTRATIVO JR – IBFC/2016)
suco por dia. Sabe-se que a terça parte da produção diária é dis- Carlos almoçou em certo dia no horário das 12:45 às 13:12. O total
tribuída em caixinhas P, que recebem 300 mililitros de suco cada de segundos que representa o tempo que Carlos almoçou nesse dia
uma. Nessas condições, é correto afirmar que a cada cinco dias a é:
indústria utiliza uma quantidade de caixinhas P igual a (A) 1840
(A) 25000. (B) 1620
(B) 24500. (C) 1780
(C) 23000. (D) 2120
(D) 22000.
(E) 20500.

65
MATEMÁTICA
31. (ANP – TÉCNICO ADMINISTRATIVO – CESGRAN- Gerado por descuidos ao cozinhar:
RIO/2016) Um caminhão-tanque chega a um posto de abasteci-
mento com 36.000 litros de gasolina em seu reservatório. Parte
dessa gasolina é transferida para dois tanques de armazenamento,
enchendo-os completamente. Um desses tanques tem 12,5 m3, e o
outro, 15,3 m3, e estavam, inicialmente, vazios. Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1-1/13)
Após a transferência, quantos litros de gasolina restaram no
caminhão-tanque?
(A) 35.722,00
(B) 8.200,00
(C) 3.577,20 7. Resposta: C.
(D) 357,72
(E) 332,20

32. (DPE/RR – AUXILIAR ADMINISTRATIVO – FCC/2015)


Raimundo tinha duas cordas, uma de 1,7 m e outra de 1,45 m. Ele
precisava de pedaços, dessas cordas, que medissem 40 cm de com-
primento cada um. Ele cortou as duas cordas em pedaços de 40 cm
de comprimento e assim conseguiu obter
(A) 6 pedaços. 8. Resposta: D.
(B) 8 pedaços.
(C) 9 pedaços.
(D) 5 pedaços.
(E) 7 pedaços.

GABARITO 9. Resposta: C.
2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
1. Resposta: B. 4N=12
150-82=68 mulheres N=3
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37 são de
nível médio. 10. Resposta: E.
Portanto, há 37 homens de nível superior. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
82-37=45 homens de nível médio.

2. Resposta: D.
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o vencedor.
Dos homens que saíram:
3. Resposta: B.
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444...
9x=4 Saíram no total

4. Resposta: A. 11. Resposta: D


Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número 11 que
é igua o quociente.
11x11=121+10=131

5. Resposta: E.
A 7ª expressão será: 1234567x9+8=11111111

6. Resposta: D.

66
MATEMÁTICA
Portanto, a cinta tem 8π+24

14. Resposta: E
Como o quadrado tem lado 10,a área é 100.

O lado AF e AE medem 5, cada um, pois F e E é o ponto Médio


X²=5²+5²
X²=25+25
96h=1728 X²=50
H=18 X=5√2
X é o diâmetro do círculo, como temos 4 semi círculos, temos
Como I é um triângulo: 2 círculos inteiros.
60-36=24
X²=24²+18² A área de um círculo é
X²=576+324
X²=900
X=30
Como h=18 e AD é 40, EG=22

Perímetro lote 2: 40+22+24+30=116

12. Resposta: B A sombreada=100-25π

15. Resposta: C
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25
CQ²=125
CQ=5√5
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5

16. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.

17²=x²+8²
289=x²+64
Lado=3√2 X²=225
Outro lado =5√2 X=15

13. Resposta: D 17. Resposta: A


Observe o triângulo do meio, cada lado é exatamente a mesma
medida da parte reta da cinta.

Que é igual a 2 raios, ou um diâmetro, portanto o lado esticado


tem 8x3=24 m
A parte do círculo é igual a 120°, pois é 1/3 do círculo, como são 5y=320
três partes, é a mesma medida de um círculo. Y=64
O comprimento do círculo é dado por: 2πr=8π

67
MATEMÁTICA
1-cos²x=sen²x

5x=400
X=80 22. Resposta: D

18. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6

O perímetro seria

X=6

19. Resposta: C
Número de estacas: x
X+x+2x+2x-4=26 obs: -4 é porque estamos contando duas ve-
zes o canto
6x=30
X=5
Y=10,2
Temos 5 estacas no lado menor, como são espaçadas a cada 3m 2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
4 espaços de 3m=12m
Lado maior 10 estacas 23. Resposta: E.
9 espaços de 3 metros=27m 3h 20 minutos-200 minutos
A=12⋅27=324 m² 5000-----40
x----------200
20. Resposta: B x=1000000/40=25000

Já foram impressos 25000, portanto faltam ainda 75000


4500-------48
75000------x
X=3600000/4500=800 minutos
800/60=13,33h
13 horas e 1/3 hora
9x=108 13h e 20 minutos
X=12
Para encontrar o perímetro do triângulo R2:

24. Resposta: C.
Como ela ficou 1hora e meia na clínica o trajeto de ida e volta
demorou 1 hora.

Y²=16²+12² 25. Resposta: A.


Y²=256+144=400 4500/3=1500 litros para as caixinhas
Y=20 1500litros=1500000ml
1500000/300=5000 caixinhas por dia
Perímetro: 16+12+20=48 5000.5=25000 caixinhas em 5 dias

21. Resposta: C 26. Resposta: A.


14400litros=14400000 ml

68
MATEMÁTICA

ANOTAÇÕES

200000⋅80=16000000 gramas=16 toneladas ______________________________________________________

27. Resposta: B. ______________________________________________________


5⋅45=225 minutos de aula
______________________________________________________
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos de in-
tervalo=4horas ______________________________________________________
18:40+4h=22h:40
______________________________________________________
28. Resposta: D.
1h45min=60+45=105 minutos ______________________________________________________
15km-------105
1--------------x ______________________________________________________
X=7 minutos
______________________________________________________
1h20min=60+20=80min
8km----80 ______________________________________________________
1-------x
X=10minutos ______________________________________________________
A diferença é de 3 minutos
______________________________________________________
29. Resposta: B.
V------80min ______________________________________________________
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o tempo(inversamente) ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________

80v=48V+960 ______________________________________________________
32V=960
V=30km/h ______________________________________________________
30km----60 min
x-----------80 ______________________________________________________

______________________________________________________

______________________________________________________
60x=2400 ______________________________________________________
X=40km
______________________________________________________
30 Resposta: B.
12:45 até 13:12 são 27 minutos ______________________________________________________
27x60=1620 segundos
_____________________________________________________
31. Resposta: B. _____________________________________________________
1m³=1000litros
36000/1000=36 m³ ______________________________________________________
36-12,5-15,3=8,2 m³x1000=8200 litros
______________________________________________________
32.Resposta: E.
1,7m=170cm ______________________________________________________
1,45m=145 cm
170/40=4 resta 10 ______________________________________________________
145/40=3 resta 25
______________________________________________________
4+3=7
______________________________________________________

______________________________________________________

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69
MATEMÁTICA
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70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Agente Administrativo

nicando-se com o programa SMTP, entregando a mensagem a ser


USO DE CORREIO ELETRÔNICO, PREPARO DE MENSA- enviada. A mensagem é dividida em duas partes: o nome do desti-
GENS (ANEXAÇÃO DE ARQUIVOS, CÓPIAS) natário (nome antes do @) e o domínio, i.e., a máquina servidora
de e-mail do destinatário (endereço depois do @). Com o domínio,
E-mail o servidor SMTP resolve o DNS, obtendo o endereço IP do servi-
O e-mail revolucionou o modo como as pessoas recebem men- dor do e-mail do destinatário e comunicando-se com o programa
sagem atualmente1. Qualquer pessoa que tenha um e-mail pode SMTP deste servidor, perguntando se o nome do destinatário existe
mandar uma mensagem para outra pessoa que também tenha naquele servidor. Se existir, a mensagem do remetente é entregue
e-mail, não importando a distância ou a localização. ao servidor POP3 ou IMAP, que armazena a mensagem na caixa de
Um endereço de correio eletrônico obedece à seguinte estru- e-mail do destinatário.
tura: à esquerda do símbolo @ (ou arroba) fica o nome ou apelido
do usuário, à direita fica o nome do domínio que fornece o acesso. Ações no correio eletrônico
O resultado é algo como: Independente da tecnologia e recursos empregados no correio
eletrônico, em geral, são implementadas as seguintes funções:
maria@apostilassolucao.com.br – Caixa de Entrada: caixa postal onde ficam todos os e-mails
recebidos pelo usuário, lidos e não-lidos.
Atualmente, existem muitos servidores de webmail – correio – Lixeira: caixa postal onde ficam todos os e-mails descarta-
eletrônico – na Internet, como o Gmail e o Outlook. dos pelo usuário, realizado pela função Apagar ou por um ícone de
Para possuir uma conta de e-mail nos servidores é necessário Lixeira. Em geral, ao descartar uma mensagem ela permanece na
preencher uma espécie de cadastro. Geralmente existe um conjun- lixeira, mas não é descartada, até que o usuário decida excluir as
to de regras para o uso desses serviços. mensagens definitivamente (este é um processo de segurança para
garantir que um usuário possa recuperar e-mails apagados por en-
Correio Eletrônico gano). Para apagar definitivamente um e-mail é necessário entrar,
Este método utiliza, em geral, uma aplicação (programa de cor- de tempos em tempos, na pasta de lixeira e descartar os e-mails
reio eletrônico) que permite a manipulação destas mensagens e um existentes.
protocolo (formato de comunicação) de rede que permite o envio – Nova mensagem: permite ao usuário compor uma mensa-
e recebimento de mensagens2. Estas mensagens são armazenadas gem para envio. Os campos geralmente utilizados são:
no que chamamos de caixa postal, as quais podem ser manipuladas – Para: designa a pessoa para quem será enviado o e-mail. Em
por diversas operações como ler, apagar, escrever, anexar, arquivos geral, pode-se colocar mais de um destinatário inserindo os e-mails
e extração de cópias das mensagens. de destino separados por ponto-e-vírgula.
– CC (cópia carbono): designa pessoas a quem também repas-
Funcionamento básico de correio eletrônico samos o e-mail, ainda que elas não sejam os destinatários principais
Essencialmente, um correio eletrônico funciona como dois pro- da mensagem. Funciona com o mesmo princípio do Para.
gramas funcionando em uma máquina servidora: – CCo (cópia carbono oculta): designa pessoas a quem repas-
– Servidor SMTP (Simple Mail Transfer Protocol): protocolo de samos o e-mail, mas diferente da cópia carbono, quando os destina-
transferência de correio simples, responsável pelo envio de men- tários principais abrirem o e-mail não saberão que o e-mail também
sagens. foi repassado para os e-mails determinados na cópia oculta.
– Servidor POP3 (Post Office Protocol – protocolo Post Office) – Assunto: título da mensagem.
ou IMAP (Internet Mail Access Protocol): protocolo de acesso de – Anexos: nome dado a qualquer arquivo que não faça parte
correio internet), ambos protocolos para recebimento de mensa- da mensagem principal e que seja vinculada a um e-mail para envio
gens. ao usuário. Anexos, comumente, são o maior canal de propagação
de vírus e malwares, pois ao abrirmos um anexo, obrigatoriamente
Para enviar um e-mail, o usuário deve possuir um cliente de ele será “baixado” para nosso computador e executado. Por isso,
e-mail que é um programa que permite escrever, enviar e receber recomenda-se a abertura de anexos apenas de remetentes confiá-
e-mails conectando-se com a máquina servidora de e-mail. Inicial- veis e, em geral, é possível restringir os tipos de anexos que podem
mente, um usuário que deseja escrever seu e-mail, deve escrever ser recebidos através de um e-mail para evitar propagação de vírus
sua mensagem de forma textual no editor oferecido pelo cliente e pragas. Alguns antivírus permitem analisar anexos de e-mails an-
de e-mail e endereçar este e-mail para um destinatário que possui tes que sejam executados: alguns serviços de webmail, como por
o formato “nome@dominio.com.br“. Quando clicamos em enviar, exemplo, o Gmail, permitem analisar preliminarmente se um anexo
nosso cliente de e-mail conecta-se com o servidor de e-mail, comu- contém arquivos com malware.
– Filtros: clientes de e-mail e webmails comumente fornecem
1 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E- a função de filtro. Filtros são regras que escrevemos que permitem
7ado.pdf que, automaticamente, uma ação seja executada quando um e-mail
2 https://centraldefavoritos.com.br/2016/11/11/correio-eletronico-webmail-e- cumpre esta regra. Filtros servem assim para realizar ações simples
-mozilla-thunderbird/

71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
e padronizadas para tornar mais rápida a manipulação de e-mails. Por exemplo, imagine que queremos que ao receber um e-mail de
“joao@blabla.com”, este e-mail seja diretamente descartado, sem aparecer para nós. Podemos escrever uma regra que toda vez que um
e-mail com remetente “joao@blabla.com” chegar em nossa caixa de entrada, ele seja diretamente excluído.

Respondendo uma mensagem


Os ícones disponíveis para responder uma mensagem são:
– Responder ao remetente: responde à mensagem selecionada para o autor dela (remetente).
– Responde a todos: a mensagem é enviada tanto para o autor como para as outras pessoas que estavam na lista de cópias.
– Encaminhar: envia a mensagem selecionada para outra pessoa.

Clientes de E-mail
Um cliente de e-mail é essencialmente um programa de computador que permite compor, enviar e receber e-mails a partir de um ser-
vidor de e-mail, o que exige cadastrar uma conta de e-mail e uma senha para seu correto funcionamento. Há diversos clientes de e-mails
no mercado que, além de manipular e-mails, podem oferecer recursos diversos.
– Outlook: cliente de e-mails nativo do sistema operacional Microsoft Windows. A versão Express é uma versão mais simplificada e
que, em geral, vem por padrão no sistema operacional Windows. Já a versão Microsoft Outlook é uma versão que vem no pacote Microsoft
Office possui mais recursos, incluindo, além de funções de e-mail, recursos de calendário.
– Mozilla Thunderbird: é um cliente de e-mails e notícias Open Source e gratuito criado pela Mozilla Foundation (mesma criadora do
Mozilla Firefox).

Webmails
Webmail é o nome dado a um cliente de e-mail que não necessita de instalação no computador do usuário, já que funciona como uma
página de internet, bastando o usuário acessar a página do seu provedor de e-mail com seu login e senha. Desta forma, o usuário ganha
mobilidade já que não necessita estar na máquina em que um cliente de e-mail está instalado para acessar seu e-mail. A desvantagem da
utilização de webmails em comparação aos clientes de e-mail é o fato de necessitarem de conexão de Internet para leitura dos e-mails,
enquanto nos clientes de e-mail basta a conexão para “baixar” os e-mails, sendo que a posterior leitura pode ser realizada desconectada
da Internet.

3 https://support.microsoft.com/pt-br/office/ler-e-enviar-emails-na-vers%C3%A3o-light-do-outlook-582a8fdc-152c-4b61-85fa-ba5ddf07050b

72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Exemplos de servidores de webmail do mercado são:
– Gmail
– Yahoo!Mail
– Microsoft Outlook: versão on-line do Outlook. Anteriormente era conhecido como Hotmail, porém mudou de nome quando a Mi-
crosoft integrou suas diversas tecnologias.

Diferença entre webmail e correio eletrônico


O webmail (Yahoo ou Gmail) você acessa através de seu navegador (Firefox ou Google Chrome) e só pode ler conectado na internet.
Já o correio eletrônico (Thunderbird ou Outlook) você acessa com uma conexão de internet e pode baixar seus e-mails, mas depois pode
ler na hora que quiser sem precisar estar conectado na internet.

MICROSOFT WORD 2003 OU SUPERIOR: ESTRUTURA BÁSICA DOS DOCUMENTOS, EDIÇÃO E FORMATAÇÃO DE TEX-
TOS, CABEÇALHOS, PARÁGRAFOS, FONTES, COLUNAS, MARCADORES SIMBÓLICOS E NUMÉRICOS, E TABELAS, IM-
PRESSÃO, ORTOGRAFIA E GRAMÁTICA, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS, LEGENDAS, ÍNDICES,
INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CAIXAS DE TEXTO

A área de trabalho do Word 2003 é apresentada de forma extremamente diferenciada das versões anteriores do programa.

A área de trabalho do Word 2003.


4 https://www.dialhost.com.br/ajuda/abrir-uma-nova-janela-para-escrever-novo-email

73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
O Office 2003 inclui alterações fundamentais na interface gráfica. Isso pode ser sinalizado também pelo novo painel de comandos em
lugar dos menus e das barras de ferramentas. A Microsoft chama de Faixa de Opções a linha composta pelos nomes de várias guias que
substituem os antigos menus do Word5.

Faixa de Opções do Microsoft Word 2003.

As guias presentes na Faixa de Opções apresentam painéis que a Microsoft chama de Barra de Ferramentas Acesso Rápido. Alguns
desses painéis são fixos, ou seja, não podem ser visualizados em janelas separas. Já a grande maioria possui no canto inferior direito o
ícone que exibe a janela do comando.

Botão Office
Na versão 2003 o acesso aos comandos referentes ao menu arquivo foi substituído pelo botão do Office. Ao manter o ponteiro por
alguns instantes sobre o botão do Office, aparece a descrição:

Criando um novo documento


1. Clique no Botão Office – Novo6.

5 Monteiro, E. Microsoft Word 2003.


6 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-3.pdf

74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
2. Clique em Documento em Branco – Criar.

Salvando um documento
Quando iniciamos a criação de um novo arquivo, como esse texto que digitamos, é essencial guardá-lo em algum local. Na informática
salvar é o nome dado ao ato de guardar ou armazenar.
No Word 2003 podemos salvar o arquivo clicando no Botão office – Salvar. Salve seu arquivo em algum local do computador.

Diferenças entre salvar e salvar como


Uma dúvida muito comum entre as pessoas é saber quando usar o “salvar” e o “salvar como”. Devemos usar o “salvar” quando cria-
mos nosso documento (Word, Excel, Power Point) pela primeira vez. Também podemos utilizar quando estamos modificando o documen-
to, sem problema em modificar e continuar salvando. Existe a tecla para salvar mais rápido: CTRL + B. O “salvar como” deve ser utilizado
para modificar o documento e desejar ter o documento original, para fazer uma cópia ou salvar em outras versões.

75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Imprimir e visualizar documentos
Microsoft Office você encontrará os comandos Imprimir e Visualizar na mesma janela.
Clique em Botão Office - Imprimir para encontrar os dois.

Início
Contém os principais itens de formatação. Os grupos especializados de comandos desta guia são: Área de Transferência, Fonte, Pará-
grafo, Estilo e Edição.

Guia Início.

Inserir
É a segunda guia da Faixa de Opções, contém comandos para incluir itens externos no documento. Como, por exemplo: inserir pági-
nas, tabelas, ilustrações, gráficos, links, quebras de página, itens de texto como WordArt e Caixa de Texto, equações, cabeçalhos, rodapés,
número de página e símbolos.
Após inserir algum item como uma imagem ou uma tabela, por exemplo, e após selecionar o item, será apresentada uma nova guia
com opções exclusivas de formatações desses itens. Trata-se de guias de contexto.

Guia Inserir.

Cabeçalho e rodapé
Os cabeçalhos e rodapés são áreas situadas nas margens superior, inferior e lateral de cada página de um documento.
Você pode inserir ou alterar textos ou gráficos em cabeçalhos e rodapés.
Por exemplo, é possível adicionar números de página, a hora e a data, uma logomarca de empresa, o título do documento ou o nome
do arquivo ou do autor.

76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Inserir Cabeçalho ou Rodapé
Na Guia Inserir, no Grupo Cabeçalho e Rodapé, clique em Cabeçalho ou Rodapé.

Tabela
As tabelas permitem organizar colunas de números e texto em um documento. Na tela uma tabela constitui uma grade de linhas e
colunas marcadas por linhas de grade pontilhadas, cada caixa na grade é uma célula.

Inserir tabela
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela, aponte para Tabelas Rápidas e clique no modelo que deseja.

O comando Inserir tabela permite que você especifique as dimensões e o formato da tabela antes da inserção da mesma em um
documento.
1. Clique no local em que deseja inserir uma tabela.
2. Na guia Inserir, no grupo Tabelas, clique em Tabela e, em seguida, clique em Inserir Tabela.

3. Em Tamanho da tabela, insira o número de colunas e linhas.

77
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Trabalhando com imagens
O Microsoft Word 2003 disponibiliza a inserção de imagens em qualquer posição do documento. É possível inserir imagens do próprio
Word, os ClipArts, como também do próprio computador, pen drive, celular, entre outros.

ClipArt
Os ClipArts São Figuras Disponibilizadas pelo Microsoft Office. Ao instalar o Microsoft Word 2003 em nosso computador, esse já vem
com uma biblioteca interna com vários ClipArts, caso precise de novas figuras podemos baixar novos ClipArts da internet.
Pode-se acessar o ClipArt na Guia inserir – Grupo Ilustrações – ClipArt.

A galeria do ClipArt é exibida à direita da janela do programa do Microsoft Word. Nessa galeria é necessário digitar uma palavra-chave,
para que o programa busque figuras relacionadas com o que procuramos. Por exemplo, para pesquisar uma margem do Papai Noel, basta
digitar Natal e clicar no botão Ir.

Inserindo imagens do arquivo


Para inserir uma imagem clique na Guia inserir – Grupo Ilustrações – Imagem.

Wordart
O WordArt é um texto decorativo que você pode adicionar a um documento.

78
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Inserir o WordArt
1. Clique no local onde você deseja inserir um texto decorativo em um documento.
2. Na guia Inserir, no grupo Texto, clique em WordArt.

3. Clique em qualquer estilo de WordArt e comece a digitar.

Layout de Página
Na guia Layout da Página estão todos os comandos relativos à edição de temas, configuração de página, marcas d’água e parágrafos.
É nesta guia que se ajustam os tamanhos das margens, a orientação do papel e a número de colunas.

Guia Layout de Página.

Referências
A faixa de opções aberta pela guia Referências reúne comandos exibidos do submenu Referências do antigo menu Inserir. São recursos
úteis principalmente na elaboração de documentos extensos, como trabalhos técnicos e acadêmicos. Entre esses itens estão opções para
a criação de sumários, notas de rodapé e de fim de documento, citações, legendas e bibliografia.

Guia Referências.

79
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Correspondências
Quem produz documentos e precisa enviar correspondências a partir do Word, seja por e-mail ou por carta, encontra na guia Corres-
pondências os recursos para dar conta desse trabalho.

Guia Correspondências.

Revisão
A guia Revisão incorpora recursos para correção de texto, inserção de comentários e controle de alterações dos documentos. Traz
ainda comandos para proteger o documento com algum tipo de restrição de acesso.

Guia Revisão.

Exibição
É a última guia da visualização normal. Ela corresponde, de certa forma, ao antigo menu Exibir. De fato, contém os recursos desse
menu e de vários outros. Os comandos para gravar e executar macros estão nessa guia.

Guia Exibição.

Ícones e teclas de atalho


Área de transferência

Ctrl+X (Recortar): envia dados para a Área de Transferência retirando-os da tela.

Ctrl+C (Copiar): envia dados para a Área de Transferência sem retirá-los da tela.

Ctrl+V (Colar): recupera os dados enviados para a Área de Transferência.

Ctrl+Shift+C e Ctrl+Shift+V (Pincel): copia e Cola Formatação.

80
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Fonte Os ajustes de formatação (bem como vários outros) no Word
também podem ser efetuados através de uma caixa de diálogos es-
pecífica ao invés de uma subguia7. A caixa pode ser aberta de três
Ctrl+Shift+F: (Fonte): apresenta
formas: através das teclas de atalho Ctrl +Shift + F; através das te-
uma lista de opções para modificar a
clas Ctrl + D; ou por um clique sobre a seta de extensão da subguia
tipografia da fonte (letra).
Fonte.
Ctrl+Shift+P (Tamanho da Fon-
te): apresenta uma lista de opções
para modificar o tamanho da fonte.

Ctrl+> ou Ctrl+]: aumentar fonte.

Ctrl+< ou Ctrl+[: diminuir fonte.

Limpar formatação.

Ctrl+N: negrito.

Ctrl+I: itálico.

Ctrl+S: sublinhado. Caixa de diálogo Fonte.

Parágrafo
Tachado.
Marcadores: aplica marcadores aos parágrafos
selecionados.
Texto Subscrito.
Numeração: formata como lista numerada os
parágrafos selecionados.

Ctrl+Shift++: texto sobrescrito. Tab (para descer um nível) e Shift+Tab (para


subir um nível): Numeração de Vários Níveis: for-
mata os parágrafos com lista numerada em vários
Shift+F3: alternar entre maiúscu- níveis.
las e minúsculas.
Diminuir recuo: avança o texto em direção à
margem esquerda.
Funciona como uma caneta
marca-texto. Aumentar recuo: distancia o texto da margem
esquerda.

Cor-da-fonte. Classificar: coloca em ordem alfabética pará-


grafos iniciados por textos ou números.

Ctrl+Shift+*: Mostrar Tudo: exibe/oculta carac-


teres não imprimíveis.

Ctrl+Q: alinhar à esquerda.

Ctrl+E: centralizar.

7 Almeida. R. B. MS Word 2003.

81
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

Alinhar à Direita.

Ctrl+J: justificar.

Ctrl+1 (Espaçamento Simples), Ctrl+2 (Espaça-


mento Duplo) e Ctrl+5 (1,5 linhas): espaçamento
entrelinhas.

Sombreamento: preenche com cor o plano de


fundo.

Bordas: opções de bordas para o texto selecio-


nado.

A caixa de diálogo contém as seguintes opções. Na parte inferior da caixa de diálogo, você pode ver uma Visualização de qual será a
aparência das opções antes de aplicá-las.

Janela para formatação de parágrafo.

82
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

MICROSOFT EXCEL 2003 OU SUPERIOR: ESTRUTURA BÁSICA DAS PLANILHAS, CONCEITOS DE CÉLULAS, LINHAS,
COLUNAS, PASTAS E GRÁFICOS, ELABORAÇÃO DE TABELAS E GRÁFICOS, USO DE FÓRMULAS, FUNÇÕES E MACROS,
IMPRESSÃO, INSERÇÃO DE OBJETOS, CAMPOS PREDEFINIDOS, CONTROLE DE QUEBRAS, NUMERAÇÃO DE PÁGINAS,
OBTENÇÃO DE DADOS EXTERNOS, CLASSIFICAÇÃO

O Microsoft Excel 2003 é uma versão do Pacote Office escrito e produzido pela empresa Microsoft e baseado em planilha eletrônica,
ou seja, páginas em formato matricial compostas por células e formadas por linhas e colunas8.
É muito utilizado para cálculos, estatísticas, gráficos, relatórios, formulários e entre outros requisitos das rotinas empresariais, admi-
nistrativas e domésticas.

Área de trabalho do Excel 2003.

As principais funções do Excel são9:


• Planilhas: você pode armazenar manipular, calcular e analisar dados tais como números, textos e fórmulas. Pode acrescentar grá-
fico diretamente em sua planilha, elementos gráficos, tais como retângulos, linhas, caixas de texto e botões. É possível utilizar formatos
pré-definidos em tabelas.
• Bancos de dados: você pode classificar pesquisar e administrar facilmente uma grande quantidade de informações utilizando ope-
rações de bancos de dados padronizadas.
• Gráficos: você pode rapidamente apresentar de forma visual seus dados. Além de escolher tipos pré-definidos de gráficos, você
pode personalizar qualquer gráfico da maneira desejada.
• Apresentações: você pode usar estilos de células, ferramentas de desenho, galeria de gráficos e formatos de tabela para criar apre-
sentações de alta qualidade.
• Macros: as tarefas que são frequentemente utilizadas podem ser automatizadas pela criação e armazenamento de suas próprias
macros.

Planilha Eletrônica
A Planilha Eletrônica é uma folha de cálculo disposta em forma de tabela, na qual poderão ser efetuados rapidamente vários tipos de
cálculos matemáticos, simples ou complexos.
Além disso, a planilha eletrônica permite criar tabelas que calculam automaticamente os totais de valores numéricos inseridos, impri-
mir tabelas em layouts organizados e criar gráficos simples.

Planilha eletrônica.
8 https://www2.unifap.br/unifapdigital/files/2017/01/M%C3%B3dulo-4.pdf
9 http://www.prolinfo.com.br

83
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Barra de ferramentas de acesso rápido
Essa barra localizada na parte superior esquerdo, ajudar a deixar mais perto os comandos mais utilizados, sendo que ela pode ser
personalizada. Um bom exemplo é o comando de visualização de impressão que podemos inserir nesta barra de acesso rápido.

Barra de ferramentas de acesso rápido.

Barra de Fórmulas
Nesta barra é onde inserimos o conteúdo de uma célula podendo conter fórmulas, cálculos ou textos, mais adiante mostraremos
melhor a sua utilidade.

Barra de Fórmulas.

Guia de Planilhas
Quando abrirmos um arquivo do Excel, na verdade estamos abrindo uma pasta de trabalho onde pode conter planilhas, gráficos, tabe-
las dinâmicas, então essas abas são identificadoras de cada item contido na pasta de trabalho, onde consta o nome de cada um.
Nesta versão quando abrimos uma pasta de trabalho, por padrão encontramos apenas uma planilha.
– Coluna: é o espaçamento entre dois traços na vertical.
– Linha: é o espaçamento entre dois traços na horizontal.
– Célula: é o cruzamento de uma linha com uma coluna. Na figura abaixo podemos notar que a célula selecionada possui um endereço
que é o resultado do cruzamento da linha 1 e a coluna A, então a célula será chamada 4, como mostra na caixa de nome A1 logo acima da
planilha.

Pasta de trabalho
É denominada pasta todo arquivo que for criado no MS Excel. Tudo que for criado será um arquivo com extensão: xls, xlsx, xlsm, xltx
ou xlsb.

84
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Fórmulas
Fórmulas são equações que executam cálculos sobre valores na planilha. Uma fórmula sempre inicia com um sinal de igual (=).
Uma fórmula também pode conter os seguintes itens: funções, referências, operadores e constantes.

– Referências: uma referência identifica uma célula ou um intervalo de células em uma planilha e informa ao Microsoft Excel onde
procurar os valores ou dados a serem usados em uma fórmula.
– Operadores: um sinal ou símbolo que especifica o tipo de cálculo a ser executado dentro de uma expressão. Existem operadores
matemáticos, de comparação, lógicos e de referência.

OPERADOR ARITMÉTICO SIGNIFICADO EXEMPLO


+ (Sinal de Adição) Adição 3+3
- (Sinal de Subtração) Subtração 3-1
* (Sinal de Multiplicação) Multiplicação 3*3
/ (Sinal de Divisão) Divisão 10/2
% (Símbolo de Percentagem) Percentagem 15%
^ (Sinal de Exponenciação) Exponenciação 3^4

OPERADOR DE COMPARAÇÃO SIGNIFICADO EXEMPLO


> (Sinal de Maior que) Maior do que B2 > V2
< (Sinal de Menor que) Menor do que C8 < G7
>= (Sinal de Maior ou igual a) Maior ou igual a B2 >= V2
=< (Sinal de Menor ou igual a) Menor ou igual a C8 =< G7
<> (Sinal de Diferente) Diferente J10 <> W7

OPERADOR DE REFERÊNCIA SIGNIFICADO EXEMPLO


: (Dois pontos) Operador de intervalo sem exceção B5 : J6
; (Ponto e Vírgula) Operador de intervalo intercalado B8; B7 ; G4

– Constantes: é um valor que não é calculado, e que, portanto, não é alterado. Por exemplo: =C3+5.
O número 5 é uma constante. Uma expressão ou um valor resultante de uma expressão não é considerado uma constante.

Níveis de Prioridade de Cálculo


Quando o Excel cria fórmulas múltiplas, ou seja, misturar mais de uma operação matemática diferente dentro de uma mesma fórmula,
ele obedece a níveis de prioridade.
Os Níveis de Prioridade de Cálculo são os seguintes:
Prioridade 1: Exponenciação e Radiciação (vice-versa).
Prioridade 2: Multiplicação e Divisão (vice-versa).
Prioridade 3: Adição e Subtração (vice-versa).
Os cálculos são executados de acordo com a prioridade matemática, conforme esta sequência mostrada, podendo ser utilizados pa-
rênteses “ ( ) ” para definir uma nova prioridade de cálculo.

Criando uma fórmula


Para criar uma fórmula simples como uma soma, tendo como referência os conteúdos que estão em duas células da planilha, digite
o seguinte:

85
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Copiar Fórmula para células adjacentes
Copiar uma fórmula para células vizinhas representa ganho de tempo ao trabalhar com planilhas.
Para isso, podemos usar a alça de preenchimento. Sua manipulação permite copiar rapidamente conteúdo de uma célula para outra,
inclusive fórmulas.

Alça de Preenchimento.

Funções
Funções são fórmulas predefinidas que efetuam cálculos usando valores específicos, denominados argumentos, em uma determinada
ordem ou estrutura. As funções podem ser usadas para executar cálculos simples ou complexos.
Assim como as fórmulas, as funções também possuem uma estrutura (sintaxe), conforme ilustrado abaixo:

Estrutura da função.

NOME DA FUNÇÃO: todas as funções que o Excel permite usar em suas células tem um nome exclusivo.
Para obter uma lista das funções disponíveis, clique em uma célula e pressione SHIFT+F3.
ARGUMENTOS: os argumentos podem ser números, texto, valores lógicos, como VERDADEIRO ou FALSO, matrizes, valores de erro
como #N/D ou referências de célula. O argumento que você atribuir deve produzir um valor válido para esse argumento. Os argumentos
também podem ser constantes, fórmulas ou outras funções.

Função SOMA
Esta função soma todos os números que você especifica como argumentos. Cada argumento pode ser um intervalo, uma referência
de célula, uma matriz, uma constante, uma fórmula ou o resultado de outra função. Por exemplo, SOMA (A1:A5) soma todos os números
contidos nas células de A1 a A5. Outro exemplo: SOMA (A1;A3; A5) soma os números contidos nas células A1, A3 e A5.

86
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Função MÉDIA
Esta função calcula a média aritmética de uma determinada faixa de células contendo números. Para tal, efetua o cálculo somando os
conteúdos dessas células e dividindo pela quantidade de células que foram somadas.

Função MÁXIMO e MÍNIMO


Essas funções dado um intervalo de células retorna o maior e menor número respectivamente.

Função SE
A função SE é uma função do grupo de lógica, onde temos que tomar uma decisão baseada na lógica do problema. A função SE verifica
uma condição que pode ser Verdadeira ou Falsa, diante de um teste lógico.

Sintaxe
SE (teste lógico; valor se verdadeiro; valor se falso)

Exemplo:
Na planilha abaixo, como saber se o número é negativo, temos que verificar se ele é menor que zero.
Na célula A2 digitaremos a seguinte formula:

Função SOMASE
A função SOMASE é uma junção de duas funções já estudadas aqui, a função SOMA e SE, onde buscaremos somar valores desde que
atenda a uma condição especificada:

Sintaxe
SOMASE (intervalo analisado; critério; intervalo a ser somado)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

87
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Intervalo a ser somado (opcional): caso o critério seja atendido é efetuado a soma da referida célula analisada. Não pode conter texto
neste intervalo.

Exemplo:
Vamos calcular a somas das vendas dos vendedores por Gênero. Observando a planilha acima, na célula C9 digitaremos a função
=SOMASE (B2:B7;”M”; C2:C7) para obter a soma dos vendedores.

Função CONT.SE
Esta função conta quantas células se atender ao critério solicitado. Ela pede apenas dois argumentos, o intervalo a ser analisado e o
critério para ser verificado.

Sintaxe
CONT.SE (intervalo analisado; critério)
Onde:
Intervalo analisado (obrigatório): intervalo em que a função vai analisar o critério.
Critério (obrigatório): Valor ou Texto a ser procurado no intervalo a ser analisado.

Aproveitando o mesmo exemplo da função anterior, podemos contar a quantidade de homens e mulheres.
Na planilha acima, na célula C9 digitaremos a função =CONT.SE (B2:B7;”M”) para obter a quantidade de vendedores.

MICROSOFT WINDOWS XP/2000 OU SUPERIOR: CONCEITO DE PASTAS, DIRETÓRIOS, ARQUIVOS E ATALHOS, ÁREA
DE TRABALHO, ÁREA DE TRANSFERÊNCIA, MANIPULAÇÃO DE ARQUIVOS E PASTAS, USO DOS MENUS, PROGRAMAS
E APLICATIVOS, INTERAÇÃO COM O CONJUNTO DE APLICATIVOS MICROSOFT OFFICE

O Windows XP é um sistema operacional desenvolvido pela Microsoft. Sua primeira versão foi lançada em 2001, podendo ser encon-
trado na versão Home (para uso doméstico) ou Professional (mais recursos voltados ao ambiente corporativo).
A função do XP consiste em comandar todo o trabalho do computador através de vários aplicativos que ele traz consigo, oferecendo
uma interface de interação com o usuário bastante rica e eficiente.
O XP embute uma porção de acessórios muito úteis como: editor de textos, programas para desenho, programas de entretenimento
(jogos, música e vídeos), acesso â internet e gerenciamento de arquivos.

Inicialização do Windows XP.

88
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Ao iniciar o Windows XP a primeira tela que temos é tela de logon, nela, selecionamos o usuário que irá utilizar o computador10.

Tela de Logon.

Ao entrarmos com o nome do usuário, o Windows efetuará o Logon (entrada no sistema) e nos apresentará a área de trabalho

Área de Trabalho

Área de trabalho do Windows XP.

Na Área de trabalho encontramos os seguintes itens:

10 https://docente.ifrn.edu.br/moisessouto/disciplinas/informatica-basica-1/apostilas/apostila-windows-xp/view

89
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Ícones
Figuras que representam recursos do computador, um ícone pode representar um texto, música, programa, fotos e etc. você pode adi-
cionar ícones na área de trabalho, assim como pode excluir. Alguns ícones são padrão do Windows: Meu Computador, Meus Documentos,
Meus Locais de Rede, Internet Explorer.

Alguns ícones de aplicativos no Windows XP.

Barra de tarefas
A barra de tarefas mostra quais as janelas estão abertas neste momento, mesmo que algumas estejam minimizadas ou ocultas sob
outra janela, permitindo assim, alternar entre estas janelas ou entre programas com rapidez e facilidade.
A barra de tarefas é muito útil no dia a dia. Imagine que você esteja criando um texto em um editor de texto e um de seus colegas lhe
pede para você imprimir uma determinada planilha que está em seu micro. Você não precisa fechar o editor de textos.
Apenas salve o arquivo que está trabalhando, abra a planilha e mande imprimir, enquanto imprime você não precisa esperar que a
planilha seja totalmente impressa, deixe a impressora trabalhando e volte para o editor de textos, dando um clique no botão correspon-
dente na Barra de tarefas e volte a trabalhar.

Barra de tarefas do Windows XP.


Botão Iniciar
É o principal elemento da Barra de Tarefas. Ele dá acesso ao Menu Iniciar, de onde se pode acessar outros menus que, por sua vez,
acionam programas do Windows. Ao ser acionado, o botão Iniciar mostra um menu vertical com várias opções.

Botão Iniciar.

Alguns comandos do menu Iniciar têm uma seta para a direita, significando que há opções adicionais disponíveis em um menu secun-
dário. Se você posicionar o ponteiro sobre um item com uma seta, será exibido outro menu.
O botão Iniciar é a maneira mais fácil de iniciar um programa que estiver instalado no computador, ou fazer alterações nas configura-
ções do computador, localizar um arquivo, abrir um documento.

Menu Iniciar

Menu Iniciar.

O botão iniciar pode ser configurado. No Windows XP, você pode optar por trabalhar com o novo menu Iniciar ou, se preferir, confi-
gurar o menu Iniciar para que tenha a aparência das versões anteriores do Windows (95/98/Me). Clique na barra de tarefas com o botão
direito do mouse e selecione propriedades e então clique na guia menu Iniciar.

90
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Esta guia tem duas opções:
• Menu iniciar: oferece a você acesso mais rápido a e-mail e Internet, seus documentos, imagens e música e aos programas usados
recentemente, pois estas opções são exibidas ao se clicar no botão Iniciar. Esta configuração é uma novidade do Windows XP
• Menu Iniciar Clássico: Deixa o menu Iniciar com a aparência das versões antigas do Windows, como o Windows ME, 98 e 95.

Propriedades de Barra de tarefas e do Menu Iniciar.

Todos os programas
O menu Todos os Programas, ativa automaticamente outro submenu, no qual aparecem todas as opções de programas. Para entrar
neste submenu, arraste o mouse em linha reta para a direção em que o submenu foi aberto. Assim, você poderá selecionar o aplicativo
desejado. Para executar, por exemplo, o desfragmentador de disco, basta posicionar o ponteiro do mouse sobre a opção Acessórios. O
submenu Acessórios será aberto. Então aponte para Ferramentas de Sistemas e depois para Desfragmentador de disco.

Todos os programas.

91
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Desligando o Windows XP

Clicando-se em Iniciar, desligar, teremos uma janela onde é possível escolher entre três opções:
• Hibernar: clicando neste botão, o Windows salvará o estado da área de trabalho no disco rígido e depois desligará o computador.
Desta forma, quando ele for ligado novamente, a área de trabalho se apresentará exatamente como você deixou, com os programas e
arquivos que você estava usando, abertos.
• Desativar: desliga o Windows, fechando todos os programas abertos para que você possa desligar o computador com segurança.
- Reiniciar: encerra o Windows e o reinicia.

Acessórios do Windows
O Windows XP inclui muitos programas e acessórios úteis. São ferramentas para edição de texto, criação de imagens, jogos, ferramen-
tas para melhorar a performance do computador, calculadora e etc.

Acessórios Windows XP.

92
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Meu Computador
No Windows XP, tudo o que você tem dentro do computador – programas, documentos, arquivos de dados e unidades de disco, por
exemplo – torna-se acessível em um só local chamado Meu Computador.
O Meu computador é a porta de entrada para o usuário navegar pelas unidades de disco (rígido, flexíveis e CD-ROM).

Tela exibida ao clicar no ícone Meu Computador.

Windows Explorer
O Windows Explorer tem a mesma função do Meu Computador: Organizar o disco e possibilitar trabalhar com os arquivos fazendo,
por exemplo, cópia, exclusão e mudança no local dos arquivos.
Podemos criar pastas para organizar o disco de uma empresa ou casa, copiar arquivos para disquete, apagar arquivos indesejáveis e
muito mais.
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas localizados em cada
pasta selecionada. Ele é especialmente útil para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis: O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquizada que mostra todas
as unidades de disco, a Lixeira, a área de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta); O painel da direita exibe o conteúdo do
item selecionado à esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz
a janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando no ícone Pastas na Barra de Ferramentas).

Tela do Windows Explorer.

93
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Para abrir o Windows Explorer, clique no botão Iniciar, vá a opção Todos os Programas/Acessórios e clique sobre Windows Explorer ou
clique sob o botão iniciar com o botão direito do mouse e selecione a opção Explorar.
Na figura, o painel da esquerda todas as pastas com um sinal de + (mais) indicam que contêm outras pastas. As pastas que contêm um
sinal de – (menos) indicam que já foram expandidas (ou já estamos visualizando as subpastas).

Lixeira
A Lixeira é uma pasta especial do Windows e ela se encontra na Área de trabalho, mas pode ser acessada através do Windows Explorer.

Ícone Lixeira.

WordPad
O Windows traz junto dele um programa para edição de textos. O WordPad. Com o WordPad é possível digitar textos, deixando-os
com uma boa aparência.
O WordPad é um editor de textos que nos auxiliará na criação de vários tipos de documentos. Mas poderíamos dizer que o Wordpad
é uma versão muito simplificada do Word, pois tem um número menor de recursos.

Janela do WordPad.

Paint
O Paint é um acessório do Windows que permite o tratamento de imagens e a criação de vários tipos de desenhos para nossos tra-
balhos.
Através deste acessório, podemos criar logomarcas, papel de parede, copiar imagens, capturar telas do Windows e usa-las em docu-
mentos de textos.
Para abrir o Paint, siga até os Acessórios do Windows. A seguinte janela será apresentada:

Janela do Paint.

94
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
- O protocolo principal da Internet;
NAVEGAÇÃO INTERNET, CONCEITOS DE URL, LINKS, - O protocolo padrão da Internet;
SITES, IMPRESSÃO DE PÁGINAS - O protocolo principal da família de protocolos que dá suporte
ao funcionamento da Internet e seus serviços.
Internet
A Internet é uma rede mundial de computadores interligados Considerando ainda o protocolo TCP/IP, pode-se dizer que:
através de linhas de telefone, linhas de comunicação privadas, ca- A parte TCP é responsável pelos serviços e a parte IP é respon-
bos submarinos, canais de satélite, etc11. Ela nasceu em 1969, nos sável pelo roteamento (estabelece a rota ou caminho para o trans-
Estados Unidos. Interligava originalmente laboratórios de pesquisa porte dos pacotes).
e se chamava ARPAnet (ARPA: Advanced Research Projects Agency).
Com o passar do tempo, e com o sucesso que a rede foi tendo, o nú- Domínio
mero de adesões foi crescendo continuamente. Como nesta época, Se não fosse o conceito de domínio quando fossemos acessar
o computador era extremamente difícil de lidar, somente algumas um determinado endereço na web teríamos que digitar o seu en-
instituições possuíam internet. dereço IP. Por exemplo: para acessar o site do Google ao invés de
No entanto, com a elaboração de softwares e interfaces cada você digitar www.google.com você teria que digitar um número IP
vez mais fáceis de manipular, as pessoas foram se encorajando a – 74.125.234.180.
participar da rede. O grande atrativo da internet era a possibilida- É através do protocolo DNS (Domain Name System), que é pos-
de de se trocar e compartilhar ideias, estudos e informações com sível associar um endereço de um site a um número IP na rede.
outras pessoas que, muitas vezes nem se conhecia pessoalmente. O formato mais comum de um endereço na Internet é algo como
http://www.empresa.com.br, em que:
Conectando-se à Internet www: (World Wide Web): convenção que indica que o ende-
Para se conectar à Internet, é necessário que se ligue a uma reço pertence à web.
rede que está conectada à Internet. Essa rede é de um provedor de empresa: nome da empresa ou instituição que mantém o ser-
acesso à internet. Assim, para se conectar você liga o seu computa- viço.
dor à rede do provedor de acesso à Internet; isto é feito por meio com: indica que é comercial.
de um conjunto como modem, roteadores e redes de acesso (linha br: indica que o endereço é no Brasil.
telefônica, cabo, fibra-ótica, wireless, etc.).
URL
World Wide Web Um URL (de Uniform Resource Locator), em português, Locali-
A web nasceu em 1991, no laboratório CERN, na Suíça. Seu zador-Padrão de Recursos, é o endereço de um recurso (um arqui-
criador, Tim Berners-Lee, concebeu-a unicamente como uma lin- vo, uma impressora etc.), disponível em uma rede; seja a Internet,
guagem que serviria para interligar computadores do laboratório e ou uma rede corporativa, uma intranet.
outras instituições de pesquisa, e exibir documentos científicos de Uma URL tem a seguinte estrutura: protocolo://máquina/ca-
forma simples e fácil de acessar. minho/recurso.
Hoje é o segmento que mais cresce. A chave do sucesso da
World Wide Web é o hipertexto. Os textos e imagens são interli- HTTP
gados por meio de palavras-chave, tornando a navegação simples É o protocolo responsável pelo tratamento de pedidos e res-
e agradável. postas entre clientes e servidor na World Wide Web. Os endereços
web sempre iniciam com http:// (http significa Hypertext Transfer
Protocolo de comunicação Protocol, Protocolo de transferência hipertexto).
Transmissão e fundamentalmente por um conjunto de proto-
colos encabeçados pelo TCP/IP. Para que os computadores de uma Hipertexto
rede possam trocar informações entre si é necessário que todos os São textos ou figuras que possuem endereços vinculados a
computadores adotem as mesmas regras para o envio e o recebi- eles. Essa é a maneira mais comum de navegar pela web.
mento de informações. Este conjunto de regras é conhecido como
Protocolo de Comunicação. No protocolo de comunicação estão de- Navegadores
finidas todas as regras necessárias para que o computador de desti- Um navegador de internet é um programa que mostra informa-
no, “entenda” as informações no formato que foram enviadas pelo ções da internet na tela do computador do usuário.
computador de origem. Além de também serem conhecidos como browser ou web
Existem diversos protocolos, atualmente a grande maioria das browser, eles funcionam em computadores, notebooks, dispositi-
redes utiliza o protocolo TCP/IP já que este é utilizado também na vos móveis, aparelhos portáteis, videogames e televisores conec-
Internet. tados à internet.
O protocolo TCP/IP acabou se tornando um padrão, inclusive Um navegador de internet condiciona a estrutura de um site
para redes locais, como a maioria das redes corporativas hoje tem e exibe qualquer tipo de conteúdo na tela da máquina usada pelo
acesso Internet, usar TCP/IP resolve a rede local e também o acesso internauta.
externo. Esse conteúdo pode ser um texto, uma imagem, um vídeo, um
jogo eletrônico, uma animação, um aplicativo ou mesmo servidor.
TCP / IP Ou seja, o navegador é o meio que permite o acesso a qualquer
Sigla de Transmission Control Protocol/Internet Protocol (Pro- página ou site na rede.
tocolo de Controle de Transmissão/Protocolo Internet). Para funcionar, um navegador de internet se comunica com
Embora sejam dois protocolos, o TCP e o IP, o TCP/IP aparece servidores hospedados na internet usando diversos tipos de pro-
nas literaturas como sendo: tocolos de rede. Um dos mais conhecidos é o protocolo HTTP, que
transfere dados binários na comunicação entre a máquina, o nave-
11 https://cin.ufpe.br/~macm3/Folders/Apostila%20Internet%20-%20Avan%E-
gador e os servidores.
7ado.pdf

95
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Funcionalidades de um Navegador de Internet Internet Explorer
A principal funcionalidade dos navegadores é mostrar para o Lançado em 1995, vem junto com o Windows, está sendo
usuário uma tela de exibição através de uma janela do navegador. substituído pelo Microsoft Edge, mas ainda está disponível como
Ele decodifica informações solicitadas pelo usuário, através de segundo navegador, pois ainda existem usuários que necessitam de
códigos-fonte, e as carrega no navegador usado pelo internauta. algumas tecnologias que estão no Internet Explorer e não foram
Ou seja, entender a mensagem enviada pelo usuário, solicitada atualizadas no Edge.
através do endereço eletrônico, e traduzir essa informação na tela Já foi o mais navegador mais utilizado do mundo, mas hoje per-
do computador. É assim que o usuário consegue acessar qualquer deu a posição para o Google Chrome e o Mozilla Firefox.
site na internet.
O recurso mais comum que o navegador traduz é o HTML, uma
linguagem de marcação para criar páginas na web e para ser inter-
pretado pelos navegadores.
Eles também podem reconhecer arquivos em formato PDF,
imagens e outros tipos de dados.
Essas ferramentas traduzem esses tipos de solicitações por
meio das URLs, ou seja, os endereços eletrônicos que digitamos na
parte superior dos navegadores para entrarmos numa determinada Principais recursos do Internet Explorer:
página. – Transformar a página num aplicativo na área de trabalho,
permitindo que o usuário defina sites como se fossem aplicativos
Abaixo estão outros recursos de um navegador de internet: instalados no PC. Através dessa configuração, ao invés de apenas
– Barra de Endereço: é o espaço em branco que fica localiza- manter os sites nos favoritos, eles ficarão acessíveis mais facilmente
do no topo de qualquer navegador. É ali que o usuário deve digitar através de ícones.
a URL (ou domínio ou endereço eletrônico) para acessar qualquer – Gerenciador de downloads integrado.
página na web. – Mais estabilidade e segurança.
– Botões de Início, Voltar e Avançar: botões clicáveis básicos – Suporte aprimorado para HTML5 e CSS3, o que permite uma
que levam o usuário, respectivamente, ao começo de abertura do navegação plena para que o internauta possa usufruir dos recursos
navegador, à página visitada antes ou à página visitada seguinte. implementados nos sites mais modernos.
– Favoritos: é a aba que armazena as URLs de preferência do – Com a possibilidade de adicionar complementos, o navega-
usuário. Com um único simples, o usuário pode guardar esses en- dor já não é apenas um programa para acessar sites. Dessa forma, é
dereços nesse espaço, sendo que não existe uma quantidade limite possível instalar pequenos aplicativos que melhoram a navegação e
de links. É muito útil para quando você quer acessar as páginas mais oferecem funcionalidades adicionais.
recorrentes da sua rotina diária de tarefas. – One Box: recurso já conhecido entre os usuários do Google
– Atualizar: botão básico que recarrega a página aberta naque- Chrome, agora está na versão mais recente do Internet Explorer.
le momento, atualizando o conteúdo nela mostrado. Serve para Através dele, é possível realizar buscas apenas informando a pala-
mostrar possíveis edições, correções e até melhorias de estrutura vra-chave digitando-a na barra de endereços.
no visual de um site. Em alguns casos, é necessário limpar o cache
para mostrar as atualizações. Microsoft Edge
– Histórico: opção que mostra o histórico de navegação do Da Microsoft, o Edge é a evolução natural do antigo Explorer12.
usuário usando determinado navegador. É muito útil para recupe- O navegador vem integrado com o Windows 10. Ele pode receber
rar links, páginas perdidas ou revisitar domínios antigos. Pode ser aprimoramentos com novos recursos na própria loja do aplicativo.
apagado, caso o usuário queira. Além disso, a ferramenta otimiza a experiência do usuário con-
– Gerenciador de Downloads: permite administrar os downlo- vertendo sites complexos em páginas mais amigáveis para leitura.
ads em determinado momento. É possível ativar, cancelar e pausar
por tempo indeterminado. É um maior controle na usabilidade do
navegador de internet.
– Extensões: já é padrão dos navegadores de internet terem
um mecanismo próprio de extensões com mais funcionalidades.
Com alguns cliques, é possível instalar temas visuais, plug-ins com
novos recursos (relógio, notícias, galeria de imagens, ícones, entre
outros.
– Central de Ajuda: espaço para verificar a versão instalada do Outras características do Edge são:
navegador e artigos (geralmente em inglês, embora também exis- – Experiência de navegação com alto desempenho.
tam em português) de como realizar tarefas ou ações específicas – Função HUB permite organizar e gerenciar projetos de qual-
no navegador. quer lugar conectado à internet.
– Funciona com a assistente de navegação Cortana.
Firefox, Internet Explorer, Google Chrome, Safari e Opera são – Disponível em desktops e mobile com Windows 10.
alguns dos navegadores mais utilizados atualmente. Também co- – Não é compatível com sistemas operacionais mais antigos.
nhecidos como web browsers ou, simplesmente, browsers, os na-
vegadores são uma espécie de ponte entre o usuário e o conteúdo
virtual da Internet.

12 https://bit.ly/2WITu4N

96
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Firefox Opera
Um dos navegadores de internet mais populares, o Firefox é Um dos primeiros navegadores existentes, o Opera segue evo-
conhecido por ser flexível e ter um desempenho acima da média. luindo como um dos melhores navegadores de internet.
Desenvolvido pela Fundação Mozilla, é distribuído gratuita- Ele entrega uma interface limpa, intuitiva e agradável de usar.
mente para usuários dos principais sistemas operacionais. Ou seja, Além disso, a ferramenta também é leve e não prejudica a qualida-
mesmo que o usuário possua uma versão defasada do sistema ins- de da experiência do usuário.
talado no PC, ele poderá ser instalado.

Outros pontos de destaques do Opera são:


Algumas características de destaque do Firefox são: – Alto desempenho com baixo consumo de recursos e de ener-
– Velocidade e desempenho para uma navegação eficiente. gia.
– Não exige um hardware poderoso para rodar. – Recurso Turbo Opera filtra o tráfego recebido, aumentando a
– Grande quantidade de extensões para adicionar novos recur- velocidade de conexões de baixo desempenho.
sos. – Poupa a quantidade de dados usados em conexões móveis
– Interface simplificada facilita o entendimento do usuário. (3G ou 4G).
– Atualizações frequentes para melhorias de segurança e pri- – Impede armazenamento de dados sigilosos, sobretudo em
vacidade. páginas bancárias e de vendas on-line.
– Disponível em desktop e mobile. – Quantidade moderada de plug-ins para implementar novas
funções, além de um bloqueador de publicidade integrado.
Google Chorme – Disponível em desktop e mobile.
É possível instalar o Google Chrome nas principais versões do
sistema operacional Windows e também no Linux e Mac. Safari
O Chrome é o navegador de internet mais usado no mundo. O Safari é o navegador oficial dos dispositivos da Apple. Pela
É, também, um dos que têm melhor suporte a extensões, maior sua otimização focada nos aparelhos da gigante de tecnologia, ele
compatibilidade com uma diversidade de dispositivos e é bastante é um dos navegadores de internet mais leves, rápidos, seguros e
convidativo à navegação simplificada. confiáveis para usar.

Principais recursos do Google Chrome:


– Desempenho ultra veloz, desde que a máquina tenha recur- O Safari também se destaca em:
sos RAM suficientes. – Sincronização de dados e informações em qualquer disposi-
– Gigantesca quantidade de extensões para adicionar novas tivo Apple (iOS).
funcionalidades. – Tem uma tecnologia anti-rastreio capaz de impedir o direcio-
– Estável e ocupa o mínimo espaço da tela para mostrar conte- namento de anúncios com base no comportamento do usuário.
údos otimizados. – Modo de navegação privada não guarda os dados das páginas
– Segurança avançada com encriptação por Certificado SSL (HT- visitadas, inclusive histórico e preenchimento automático de cam-
TPS). pos de informação.
– Disponível em desktop e mobile. – Compatível também com sistemas operacionais que não seja
da Apple (Windows e Linux).
– Disponível em desktops e mobile.

Intranet
A intranet é uma rede de computadores privada que assenta
sobre a suíte de protocolos da Internet, porém, de uso exclusivo de
um determinado local, como, por exemplo, a rede de uma empresa,
que só pode ser acessada pelos seus utilizadores ou colaboradores
internos13.

13 https://centraldefavoritos.com.br/2018/01/11/conceitos-basicos-ferramen-
tas-aplicativos-e-procedimentos-de-internet-e-intranet-parte-2/

97
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Pelo fato, a sua aplicação a todos os conceitos emprega-se à 4. (VUNESP-2019 – SEDUC-SP) Na rede mundial de computado-
intranet, como, por exemplo, o paradigma de cliente-servidor. Para res, Internet, os serviços de comunicação e informação são disponi-
tal, a gama de endereços IP reservada para esse tipo de aplicação bilizados por meio de endereços e links com formatos padronizados
situa-se entre 192.168.0.0 até 192.168.255.255. URL (Uniform Resource Locator). Um exemplo de formato de ende-
Dentro de uma empresa, todos os departamentos possuem reço válido na Internet é:
alguma informação que pode ser trocada com os demais setores, (A) http:@site.com.br
podendo cada sessão ter uma forma direta de se comunicar com as (B) HTML:site.estado.gov
demais, o que se assemelha muito com a conexão LAN (Local Area (C) html://www.mundo.com
Network), que, porém, não emprega restrições de acesso. (D) https://meusite.org.br
A intranet é um dos principais veículos de comunicação em cor- (E) www.#social.*site.com
porações. Por ela, o fluxo de dados (centralização de documentos,
formulários, notícias da empresa, etc.) é constante, pretendendo 5. (IBASE PREF. DE LINHARES – ES) Quando locamos servido-
reduzir os custos e ganhar velocidade na divulgação e distribuição res e armazenamento compartilhados, com software disponível e
de informações. localizados em Data-Centers remotos, aos quais não temos acesso
Apesar do seu uso interno, acessando aos dados corporativos, presencial, chamamos esse serviço de:
a intranet permite que computadores localizados numa filial, se co- (A) Computação On-Line.
nectados à internet com uma senha, acessem conteúdos que este- (B) Computação na nuvem.
jam na sua matriz. Ela cria um canal de comunicação direto entre (C) Computação em Tempo Real.
a empresa e os seus funcionários/colaboradores, tendo um ganho (D) Computação em Block Time.
significativo em termos de segurança. (E) Computação Visual

6. (CESPE – SEDF) Com relação aos conceitos básicos e modos


EXERCÍCIOS de utilização de tecnologias, ferramentas, aplicativos e procedimen-
tos associados à Internet, julgue o próximo item.
Embora exista uma série de ferramentas disponíveis na Inter-
1. (FGV-SEDUC -AM) O dispositivo de hardware que tem como net para diversas finalidades, ainda não é possível extrair apenas o
principal função a digitalização de imagens e textos, convertendo as áudio de um vídeo armazenado na Internet, como, por exemplo, no
versões em papel para o formato digital, é denominado Youtube (http://www.youtube.com).
(A) joystick. ( ) Certo
(B) plotter. ( ) Errado
(C) scanner.
(D) webcam. 7. (CESP-MEC WEB DESIGNER) Na utilização de um browser, a
(E) pendrive. execução de JavaScripts ou de programas Java hostis pode provocar
danos ao computador do usuário.
2. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) João comprou um ( ) Certo
novo jogo para seu computador e o instalou sem que ocorressem ( ) Errado
erros. No entanto, o jogo executou de forma lenta e apresentou
baixa resolução. Considerando esse contexto, selecione a alterna- 8. (FGV – SEDUC -AM) Um Assistente Técnico recebe um e-mail
tiva que contém a placa de expansão que poderá ser trocada ou com arquivo anexo em seu computador e o antivírus acusa existên-
adicionada para resolver o problema constatado por João. cia de vírus.
(A) Placa de som Assinale a opção que indica o procedimento de segurança a ser
(B) Placa de fax modem adotado no exemplo acima.
(C) Placa usb (A) Abrir o e-mail para verificar o conteúdo, antes de enviá-lo
(D) Placa de captura ao administrador de rede.
(E) Placa de vídeo (B) Executar o arquivo anexo, com o objetivo de verificar o tipo
de vírus.
3. (CKM-FUNDAÇÃO LIBERATO SALZANO) Há vários tipos de pe- (C) Apagar o e-mail, sem abri-lo.
riféricos utilizados em um computador, como os periféricos de saída (D) Armazenar o e-mail na área de backup, para fins de moni-
e os de entrada. Dessa forma, assinale a alternativa que apresenta toramento.
um exemplo de periférico somente de entrada. (E) Enviar o e-mail suspeito para a pasta de spam, visando a
(A) Monitor analisá-lo posteriormente.
(B) Impressora
(C) Caixa de som 9. (CESPE – PEFOCE) Entre os sistemas operacionais Windows
(D) Headphone 7, Windows Vista e Windows XP, apenas este último não possui ver-
(E) Mouse são para processadores de 64 bits.
( ) Certo
( ) Errado

98
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
10. (CPCON – PREF, PORTALEGRE) Existem muitas versões do 17. (CESP -UERN) Na suíte Microsoft Office, o aplicativo
Microsoft Windows disponíveis para os usuários. No entanto, não é (A) Excel é destinado à elaboração de tabelas e planilhas eletrô-
uma versão oficial do Microsoft Windows nicas para cálculos numéricos, além de servir para a produção
(A) Windows 7 de textos organizados por linhas e colunas identificadas por nú-
(B) Windows 10 meros e letras.
(C) Windows 8.1 (B) PowerPoint oferece uma gama de tarefas como elaboração
(D) Windows 9 e gerenciamento de bancos de dados em formatos .PPT.
(E) Windows Server 2012 (C) Word, apesar de ter sido criado para a produção de texto, é
útil na elaboração de planilhas eletrônicas, com mais recursos
11. (MOURA MELO – CAJAMAR) É uma versão inexistente do que o Excel.
Windows: (D) FrontPage é usado para o envio e recebimento de mensa-
(A) Windows Gold. gens de correio eletrônico.
(B) Windows 8. (E) Outlook é utilizado, por usuários cadastrados, para o envio
(C) Windows 7. e recebimento de páginas web.
(D) Windows XP.
18. (FUNDEP – UFVJM-MG) Assinale a alternativa que apresen-
12. (QUADRIX CRN) Nos sistemas operacionais Windows 7 e ta uma ação que não pode ser realizada pelas opções da aba “Pági-
Windows 8, qual, destas funções, a Ferramenta de Captura não exe- na Inicial” do Word 2010.
cuta? (A) Definir o tipo de fonte a ser usada no documento.
(A) Capturar qualquer item da área de trabalho. (B) Recortar um trecho do texto para incluí-lo em outra parte
(B) Capturar uma imagem a partir de um scanner. do documento.
(C) Capturar uma janela inteira (C) Definir o alinhamento do texto.
(D) Capturar uma seção retangular da tela. (D) Inserir uma tabela no texto
(E) Capturar um contorno à mão livre feito com o mouse ou
uma caneta eletrônica 19. (CESPE – TRE-AL) Considerando a janela do PowerPoint
2002 ilustrada abaixo julgue os itens a seguir, relativos a esse apli-
13. (IF-PB) Acerca dos sistemas operacionais Windows 7 e 8, cativo.
assinale a alternativa INCORRETA: A apresentação ilustrada na janela contém 22 slides ?.
(A) O Windows 8 é o sucessor do 7, e ambos são desenvolvidos
pela Microsoft.
(B) O Windows 8 apresentou uma grande revolução na interfa-
ce do Windows. Nessa versão, o botão “iniciar” não está sem-
pre visível ao usuário.
(C) É possível executar aplicativos desenvolvidos para Windows
7 dentro do Windows 8.
(D) O Windows 8 possui um antivírus próprio, denominado
Kapersky.
(E) O Windows 7 possui versões direcionadas para computado- ( ) Certo
res x86 e 64 bits. ( ) Errado

14. (CESPE BANCO DA AMAZÔNIA) O Linux, um sistema multi- 20. (CESPE – CAIXA) O PowerPoint permite adicionar efeitos so-
tarefa e multiusuário, é disponível em várias distribuições, entre as noros à apresentação em elaboração.
quais, Debian, Ubuntu, Mandriva e Fedora. ( ) Certo
( ) Certo ( ) Errado
( ) Errado

15. (FCC – DNOCS) - O comando Linux que lista o conteúdo de GABARITO


um diretório, arquivos ou subdiretórios é o
(A) init 0.
(B) init 6. 1 C
(C) exit
(D) ls. 2 E
(E) cd. 3 E

16. (SOLUÇÃO) O Linux faz distinção de letras maiúsculas ou 4 D


minúsculas 5 B
( ) Certo
6 ERRADO
( ) Errado
7 CERTO
8 C
9 CERTO
10 D

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

11 A ______________________________________________________

12 B ______________________________________________________
13 D ______________________________________________________
14 CERTO
______________________________________________________
15 D
16 CERTO ______________________________________________________
17 A ______________________________________________________
18 D
______________________________________________________
19 CERTO
______________________________________________________
20 CERTO
______________________________________________________
ANOTAÇÕES ______________________________________________________

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LEGISLAÇÕES DO MUNICÍPIO

LEI ORGÂNICA DO MUNICÍPIO DE AQUIDAUANA ANOTAÇÕES


Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibi- ______________________________________________________
lizaremos o conteúdo para estudo na “Área do cliente” em nosso
site. ______________________________________________________
Disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila.
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PLANO DIRETOR DE AQUIDAUANA (LEI
COMPLEMENTAR Nº 009/2008) ______________________________________________________

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Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibi-
lizaremos o conteúdo para estudo na “Área do cliente” em nosso ______________________________________________________
site.
Disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila. ______________________________________________________

______________________________________________________
PLANO DE CARGOS E CARREIRAS E VENCIMENTOS ______________________________________________________
PCCV, DO PODER LEGISLATIVO DO MUNICIPIO DE
AQUIDAUANA/MS E SUAS ALTERAÇÕES ______________________________________________________

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Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibi-
lizaremos o conteúdo para estudo na “Área do cliente” em nosso ______________________________________________________
site.
Disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila. ______________________________________________________

______________________________________________________
REGIMENTO INTERNO DA CÂMARA MUNICIPAL
(RESOLUÇÃO Nº 002/2008) ______________________________________________________

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Prezado Candidato, devido ao formato do material disponibi-
lizaremos o conteúdo para estudo na “Área do cliente” em nosso ______________________________________________________
site.
Disponibilizamos o passo a passo no índice da apostila. ______________________________________________________

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LEGISLAÇÕES DO MUNICÍPIO
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