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CAMBÉ-PR
Auxiliar Administrativo
Edital do Concurso Público Nº 001/2018
FV036-2018
DADOS DA OBRA
• Língua Portuguesa
• Matemática
• Informática
• Conhecimentos Específicos
Gestão de Conteúdos
Emanuela Amaral de Souza
Diagramação
Elaine Cristina
Igor de Oliveira
Camila Lopes
Thais Regis
Produção Editoral
Suelen Domenica Pereira
Capa
Joel Ferreira dos Santos
Editoração Eletrônica
Marlene Moreno
APRESENTAÇÃO
CURSO ONLINE
PASSO 1
Acesse:
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*Utilize sempre os 8 primeiros dígitos.
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SUMÁRIO
Língua Portuguesa
Matemática
Resolução de problemas que envolvam: operações com números inteiros, fracionários, decimais e reais;........................ 01
Regra de três simples e composta;.................................................................................................................................................................... 15
Porcentagem, ............................................................................................................................................................................................................ 74
Juros simples e desconto simples; .................................................................................................................................................................... 77
Equações de 1º e 2º graus;................................................................................................................................................................................... 23
Inequações do 1º grau; ......................................................................................................................................................................................... 23
Sistemas de equações lineares; .......................................................................................................................................................................... 62
Sistema de medidas de tempo, ......................................................................................................................................................................... 19
Sistema métrico decimal (comprimento, massa e temperatura), ......................................................................................................... 19
Sistema monetário brasileiro; ...........................................................................................................................................................................101
Conjuntos e funções (lineares, quadráticas, exponenciais e logarítmicas); ...................................................................................... 29
Progressões aritméticas e geométricas; ......................................................................................................................................................... 70
Relações trigonométricas e o Teorema de Pitágoras; .............................................................................................................................104
Geometria plana e espacial: perímetro, área e volume de figuras geométricas; ........................................................................... 47
Análise combinatória (princípio fundamental da contagem, permutações simples, arranjos simples e combinações
simples) e probabilidade; ...................................................................................................................................................................................107
Noções básicas de estatística; gráficos e tabelas......................................................................................................................................... 41
Informática
Microsoft Word: formatar, salvar e visualizar arquivos e documentos; alinhar, configurar página e abrir arquivos; copiar,
mover e localizar texto; destacar listas; personalizar documentos; inserir símbolos e imagens; trabalhar com tabelas,
trabalhar com colunas. ....................................................................................................................................................................................................09
Microsoft Excel: formatar a planilha, números e fórmulas; funções básicas; impressão e gráficos................................................34
Windows: trabalhando com arquivos e pastas; trabalhando com programas; gerenciando janelas; procurando
informações...........................................................................................................................................................................................................................01
Navegação na Internet: localizando as informações, navegação com guias; imprimindo e salvando informações; vírus e
outras ameaças durante navegação na Internet. .................................................................................................................................................68
Correio eletrônico...............................................................................................................................................................................................................59
SUMÁRIO
Conhecimentos Específicos
Letra e Fonema.......................................................................................................................................................................................................... 01
Estrutura das Palavras............................................................................................................................................................................................. 04
Classes de Palavras e suas Flexões..................................................................................................................................................................... 07
Ortografia.................................................................................................................................................................................................................... 44
Acentuação................................................................................................................................................................................................................. 47
Pontuação.................................................................................................................................................................................................................... 50
Concordância Verbal e Nominal......................................................................................................................................................................... 52
Regência Verbal e Nominal................................................................................................................................................................................... 58
Frase, oração e período.......................................................................................................................................................................................... 63
Sintaxe da Oração e do Período......................................................................................................................................................................... 63
Termos da Oração.................................................................................................................................................................................................... 63
Coordenação e Subordinação............................................................................................................................................................................. 63
Crase.............................................................................................................................................................................................................................. 71
Colocação Pronominal............................................................................................................................................................................................ 74
Significado das Palavras......................................................................................................................................................................................... 76
Interpretação Textual............................................................................................................................................................................................... 83
Tipologia Textual....................................................................................................................................................................................................... 85
Gêneros Textuais....................................................................................................................................................................................................... 86
Coesão e Coerência................................................................................................................................................................................................. 86
Reescrita de textos/Equivalência de Estruturas............................................................................................................................................. 88
Estrutura Textual........................................................................................................................................................................................................ 90
Redação Oficial.......................................................................................................................................................................................................... 91
Funções do “que” e do “se”................................................................................................................................................................................100
Variação Linguística...............................................................................................................................................................................................101
O processo de comunicação e as funções da linguagem......................................................................................................................103
LÍNGUA PORTUGUESA
Graduada pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Adamantina. Especialista pela Universidade Estadual Paulista
– Unesp
LETRA E FONEMA
A palavra fonologia é formada pelos elementos gregos fono (“som, voz”) e log, logia (“estudo”, “conhecimento”). Significa
literalmente “estudo dos sons” ou “estudo dos sons da voz”. Fonologia é a parte da gramática que estuda os sons da lín-
gua quanto à sua função no sistema de comunicação linguística, quanto à sua organização e classificação. Cuida, também,
de aspectos relacionados à divisão silábica, à ortografia, à acentuação, bem como da forma correta de pronunciar certas
palavras. Lembrando que, cada indivíduo tem uma maneira própria de realizar estes sons no ato da fala. Particularidades na
pronúncia de cada falante são estudadas pela Fonética.
Na língua falada, as palavras se constituem de fonemas; na língua escrita, as palavras são reproduzidas por meio de
símbolos gráficos, chamados de letras ou grafemas. Dá-se o nome de fonema ao menor elemento sonoro capaz de esta-
belecer uma distinção de significado entre as palavras. Observe, nos exemplos a seguir, os fonemas que marcam a distinção
entre os pares de palavras:
amor – ator / morro – corro / vento - cento
Cada segmento sonoro se refere a um dado da língua portuguesa que está em sua memória: a imagem acústica que
você - como falante de português - guarda de cada um deles. É essa imagem acústica que constitui o fonema. Este forma
os significantes dos signos linguísticos. Geralmente, aparece representado entre barras: /m/, /b/, /a/, /v/, etc.
Fonema e Letra
- O fonema não deve ser confundido com a letra. Esta é a representação gráfica do fonema. Na palavra sapo, por
exemplo, a letra “s” representa o fonema /s/ (lê-se sê); já na palavra brasa, a letra “s” representa o fonema /z/ (lê-se zê).
- Às vezes, o mesmo fonema pode ser representado por mais de uma letra do alfabeto. É o caso do fonema /z/, que
pode ser representado pelas letras z, s, x: zebra, casamento, exílio.
- Em alguns casos, a mesma letra pode representar mais de um fonema. A letra “x”, por exemplo, pode representar:
- o fonema /sê/: texto
- o fonema /zê/: exibir
- o fonema /che/: enxame
- o grupo de sons /ks/: táxi
- As letras “m” e “n”, em determinadas palavras, não representam fonemas. Observe os exemplos: compra, conta. Nestas
palavras, “m” e “n” indicam a nasalização das vogais que as antecedem: /õ/. Veja ainda: nave: o /n/ é um fonema; dança: o
“n” não é um fonema; o fonema é /ã/, representado na escrita pelas letras “a” e “n”.
1) Vogais
As vogais são os fonemas sonoros produzidos por uma corrente de ar que passa livremente pela boca. Em nossa língua,
desempenham o papel de núcleo das sílabas. Isso significa que em toda sílaba há, necessariamente, uma única vogal.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Átonas: pronunciadas com menor intensidade: até, É a sequência formada por uma semivogal, uma vo-
bola. gal e uma semivogal, sempre nesta ordem, numa só sílaba.
Pode ser oral ou nasal: Paraguai - Tritongo oral, quão - Tri-
- Tônicas: pronunciadas com maior intensidade: até, tongo nasal.
bola.
3) Hiato
Quanto ao timbre, as vogais podem ser:
- Abertas: pé, lata, pó É a sequência de duas vogais numa mesma palavra que
- Fechadas: mês, luta, amor pertencem a sílabas diferentes, uma vez que nunca há mais
- Reduzidas - Aparecem quase sempre no final das pa- de uma vogal numa mesma sílaba: saída (sa-í-da), poesia
lavras: dedo (“dedu”), ave (“avi”), gente (“genti”). (po-e-si-a).
Os fonemas /i/ e /u/, algumas vezes, não são vogais. O agrupamento de duas ou mais consoantes, sem vo-
Aparecem apoiados em uma vogal, formando com ela uma gal intermediária, recebe o nome de encontro consonantal.
só emissão de voz (uma sílaba). Neste caso, estes fonemas Existem basicamente dois tipos:
são chamados de semivogais. A diferença fundamental en- 1-) os que resultam do contato consoante + “l” ou “r”
tre vogais e semivogais está no fato de que estas não de- e ocorrem numa mesma sílaba, como em: pe-dra, pla-no,
sempenham o papel de núcleo silábico. a-tle-ta, cri-se.
Observe a palavra papai. Ela é formada de duas sílabas: 2-) os que resultam do contato de duas consoantes
pa - pai. Na última sílaba, o fonema vocálico que se destaca pertencentes a sílabas diferentes: por-ta, rit-mo, lis-ta.
é o “a”. Ele é a vogal. O outro fonema vocálico “i” não é tão Há ainda grupos consonantais que surgem no início
forte quanto ele. É a semivogal. Outros exemplos: saudade, dos vocábulos; são, por isso, inseparáveis: pneu, gno-mo,
história, série. psi-có-lo-go.
3) Consoantes Dígrafos
Para a produção das consoantes, a corrente de ar expi- De maneira geral, cada fonema é representado, na es-
rada pelos pulmões encontra obstáculos ao passar pela ca- crita, por apenas uma letra: lixo - Possui quatro fonemas e
vidade bucal, fazendo com que as consoantes sejam verda- quatro letras.
deiros “ruídos”, incapazes de atuar como núcleos silábicos.
Seu nome provém justamente desse fato, pois, em portu- Há, no entanto, fonemas que são representados, na es-
guês, sempre consoam (“soam com”) as vogais. Exemplos: crita, por duas letras: bicho - Possui quatro fonemas e cinco
/b/, /t/, /d/, /v/, /l/, /m/, etc. letras.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Dígrafos Consonantais
Dígrafos Vocálicos
* Observação: “gu” e “qu” são dígrafos somente quando seguidos de “e” ou “i”, representam os fonemas /g/ e /k/:
guitarra, aquilo. Nestes casos, a letra “u” não corresponde a nenhum fonema. Em algumas palavras, no entanto, o “u” repre-
senta um fonema - semivogal ou vogal - (aguentar, linguiça, aquífero...). Aqui, “gu” e “qu” não são dígrafos. Também não há
dígrafos quando são seguidos de “a” ou “o” (quase, averiguo) .
** Dica: Conseguimos ouvir o som da letra “u” também, por isso não há dígrafo! Veja outros exemplos: Água = /agua/ nós
pronunciamos a letra “u”, ou então teríamos /aga/. Temos, em “água”, 4 letras e 4 fonemas. Já em guitarra = /gitara/ - não
pronunciamos o “u”, então temos dígrafo [aliás, dois dígrafos: “gu” e “rr”]. Portanto: 8 letras e 6 fonemas).
Dífonos
Assim como existem duas letras que representam um só fonema (os dígrafos), existem letras que representam dois
fonemas. Sim! É o caso de “fixo”, por exemplo, em que o “x” representa o fonema /ks/; táxi e crucifixo também são exemplos
de dífonos. Quando uma letra representa dois fonemas temos um caso de dífono.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/fono/fono1.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA DAS PALAVRAS
1-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI-
BRAS – FAFIPA/2014) Em todas as palavras a seguir há um
dígrafo, EXCETO em
(A) prazo. As palavras podem ser analisadas sob o ponto de vista
(B) cantor. de sua estrutura significativa. Para isso, nós as dividimos
(C) trabalho. em seus menores elementos (partes) possuidores de sen-
(D) professor. tido. A palavra inexplicável, por exemplo, é constituída por
três elementos significativos:
1-)
(A) prazo – “pr” é encontro consonantal In = elemento indicador de negação
(B) cantor – “an” é dígrafo Explic – elemento que contém o significado básico da
(C) trabalho – “tr” encontro consonantal / “lh” é dígrafo palavra
(D) professor – “pr” encontro consonantal q “ss” é dí- Ável = elemento indicador de possibilidade
grafo
RESPOSTA: “A”. Estes elementos formadores da palavra recebem o
nome de morfemas. Através da união das informações
2-) (PREFEITURA DE PINHAIS/PR – INTÉRPRETE DE LI- contidas nos três morfemas de inexplicável, pode-se en-
BRAS – FAFIPA/2014) Assinale a alternativa em que os itens tender o significado pleno dessa palavra: “aquilo que não
destacados possuem o mesmo fonema consonantal em to- tem possibilidade de ser explicado, que não é possível tornar
das as palavras da sequência. claro”.
(A) Externo – precisa – som – usuário.
MORFEMAS = são as menores unidades significativas
(B) Gente – segurança – adjunto – Japão.
que, reunidas, formam as palavras, dando-lhes sentido.
(C) Chefe – caixas – deixo – exatamente.
(D) Cozinha – pesada – lesão – exemplo.
Classificação dos morfemas:
2-) Coloquei entre barras ( / / ) o fonema representado
Radical, lexema ou semantema – é o elemento por-
pela letra destacada:
tador de significado. É através do radical que podemos for-
(A) Externo /s/ – precisa /s/ – som /s/ – usuário /z/
mar outras palavras comuns a um grupo de palavras da
(B) Gente /j/ – segurança /g/ – adjunto /j/ – Japão /j/ mesma família. Exemplo: pequeno, pequenininho, pequenez.
(C) Chefe /x/ – caixas /x/ – deixo /x/ – exatamente O conjunto de palavras que se agrupam em torno de um
/z/ mesmo radical denomina-se família de palavras.
(D) cozinha /z/ – pesada /z/ – lesão /z/– exemplo /z/
RESPOSTA: “D”. Afixos – elementos que se juntam ao radical antes (os
prefixos) ou depois (sufixos) dele. Exemplo: beleza (sufi-
3-) (CORPO DE BOMBEIROS MILITAR/PI – CURSO DE xo), prever (prefixo), infiel.
FORMAÇÃO DE SOLDADOS – UESPI/2014) “Seja Sangue
Bom!” Na sílaba final da palavra “sangue”, encontramos Desinências - Quando se conjuga o verbo amar, ob-
duas letras representando um único fonema. Esse fenôme- têm-se formas como amava, amavas, amava, amávamos,
no também está presente em: amáveis, amavam. Estas modificações ocorrem à medida
A) cartola. que o verbo vai sendo flexionado em número (singular e
B) problema. plural) e pessoa (primeira, segunda ou terceira). Também
C) guaraná. ocorrem se modificarmos o tempo e o modo do verbo
D) água. (amava, amara, amasse, por exemplo). Assim, podemos
E) nascimento. concluir que existem morfemas que indicam as flexões das
palavras. Estes morfemas sempre surgem no fim das pala-
3-) Duas letras representando um único fonema = dí- vras variáveis e recebem o nome de desinências. Há desi-
grafo nências nominais e desinências verbais.
A) cartola = não há dígrafo
B) problema = não há dígrafo • Desinências nominais: indicam o gênero e o número
C) guaraná = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) dos nomes. Para a indicação de gênero, o português cos-
D) água = não há dígrafo (você ouve o som do “u”) tuma opor as desinências -o/-a: garoto/garota; menino/
E) nascimento = dígrafo: sc menina. Para a indicação de número, costuma-se utilizar
RESPOSTA: “E”. o morfema –s, que indica o plural em oposição à ausência
de morfema, que indica o singular: garoto/garotos; garota/
garotas; menino/meninos; menina/meninas. No caso dos
nomes terminados em –r e –z, a desinência de plural assu-
me a forma -es: mar/mares; revólver/revólveres; cruz/cruzes.
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LÍNGUA PORTUGUESA
• Desinências verbais: em nossa língua, as desinências Palavras primitivas: aquelas que, na língua portugue-
verbais pertencem a dois tipos distintos. Há desinências sa, não provêm de outra palavra: pedra, flor.
que indicam o modo e o tempo (desinências modo-tem-
porais) e outras que indicam o número e a pessoa dos ver- Palavras derivadas: aquelas que, na língua portugue-
bos (desinência número-pessoais): sa, provêm de outra palavra: pedreiro, floricultura.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Abreviação – é a redução de palavras até o limite per- 2-) en + triste + ido (com consoante de ligação “c”) =
mitido pela compreensão: moto (motocicleta), pneu (pneu- ao radical “triste” foram acrescidos o prefixo “en” e o sufixo
mático), metrô (metropolitano), foto (fotografia). “ido”, ou seja, “entristecido” é palavra derivada do processo
de formação de palavras chamado de: prefixação e sufixa-
* Observação: ção. Para o exercício, basta “derivada”!
- Abreviatura: é a redução na grafia de certas palavras,
limitando-as quase sempre à letra inicial ou às letras ini- RESPOSTA: “C”.
ciais: p. ou pág. (para página), sr. (para senhor).
- Sigla: é um caso especial de abreviatura, na qual se
reduzem locuções substantivas próprias às suas letras ini-
ciais (são as siglas puras) ou sílabas iniciais (siglas impuras),
que se grafam de duas formas: IBGE, MEC (siglas puras);
DETRAN ou Detran, PETROBRAS ou Petrobras (siglas impu-
ras).
- Hibridismo: é a palavra formada com elementos
oriundos de línguas diferentes.
automóvel (auto: grego; móvel: latim)
sociologia (socio: latim; logia: grego)
sambódromo (samba: dialeto africano; dromo: grego)
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LÍNGUA PORTUGUESA
de lago lacustre
CLASSES DE PALAVRAS E SUAS FLEXÕES
de leão leonino
de lebre leporino
de lua lunar ou selênico
Adjetivo é a palavra que expressa uma qualidade ou
característica do ser e se relaciona com o substantivo, con- de madeira lígneo
cordando com este em gênero e número. de mestre magistral
de ouro áureo
As praias brasileiras estão poluídas.
de paixão passional
Praias = substantivo; brasileiras/poluídas = adjetivos de pâncreas pancreático
(plural e feminino, pois concordam com “praias”).
de porco suíno ou porcino
Locução adjetiva dos quadris ciático
de rio fluvial
Locução = reunião de palavras. Sempre que são ne-
cessárias duas ou mais palavras para falar sobre a mesma de sonho onírico
coisa, tem-se uma locução. Às vezes, uma preposição + de velho senil
substantivo tem o mesmo valor de um adjetivo: é a Locu- de vento eólico
ção Adjetiva (expressão que equivale a um adjetivo). Por
exemplo: aves da noite (aves noturnas), paixão sem freio de vidro vítreo ou hialino
(paixão desenfreada). de virilha inguinal
de visão óptico ou ótico
Observe outros exemplos:
* Observação: nem toda locução adjetiva possui um
de águia aquilino adjetivo correspondente, com o mesmo significado. Por
de aluno discente exemplo: Vi as alunas da 5ª série. / O muro de tijolos caiu.
de anjo angelical Morfossintaxe do Adjetivo (Função Sintática):
de ano anual
de aranha aracnídeo O adjetivo exerce sempre funções sintáticas (função
dentro de uma oração) relativas aos substantivos, atuando
de boi bovino como adjunto adnominal ou como predicativo (do sujeito
de cabelo capilar ou do objeto).
de cabra caprino
Adjetivo Pátrio (ou gentílico)
de campo campestre ou rural
de chuva pluvial Indica a nacionalidade ou o lugar de origem do ser.
Observe alguns deles:
de criança pueril
de dedo digital Estados e cidades brasileiras:
de estômago estomacal ou gástrico
de falcão falconídeo Alagoas alagoano
de farinha farináceo Amapá amapaense
de fera ferino Aracaju aracajuano ou aracajuense
de ferro férreo Amazonas amazonense ou baré
de fogo ígneo Belo Horizonte belo-horizontino
de garganta gutural Brasília brasiliense
de gelo glacial Cabo Frio cabo-friense
de guerra bélico Campinas campineiro ou campinense
de homem viril ou humano
de ilha insular
de inverno hibernal ou invernal
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LÍNGUA PORTUGUESA
Na formação do adjetivo pátrio composto, o primeiro elemento aparece na forma reduzida e, normalmente, erudita.
Observe alguns exemplos:
Os adjetivos concordam com o substantivo a que se referem (masculino e feminino). De forma semelhante aos subs-
tantivos, classificam-se em:
Biformes - têm duas formas, sendo uma para o masculino e outra para o feminino: ativo e ativa, mau e má.
Se o adjetivo é composto e biforme, ele flexiona no feminino somente o último elemento: o moço norte-americano, a
moça norte-americana.
Uniformes - têm uma só forma tanto para o masculino como para o feminino: homem feliz e mulher feliz.
Se o adjetivo é composto e uniforme, fica invariável no feminino: conflito político-social e desavença político-social.
Os adjetivos simples se flexionam no plural de acordo com as regras estabelecidas para a flexão numérica dos substan-
tivos simples: mau e maus, feliz e felizes, ruim e ruins, boa e boas.
Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que
estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra
cinza é, originalmente, um substantivo; porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, en-
tão, invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
2) O superlativo absoluto sintético se apresenta sob - de inferioridade: menos + advérbio + que (do que):
duas formas: uma erudita - de origem latina - outra po- Renato fala menos alto do que João.
pular - de origem vernácula. A forma erudita é constituída - de superioridade:
pelo radical do adjetivo latino + um dos sufixos -íssimo, 1-) Analítico: mais + advérbio + que (do que): Renato
-imo ou érrimo: fidelíssimo, facílimo, paupérrimo. A forma fala mais alto do que João.
popular é constituída do radical do adjetivo português + o 2-) Sintético: melhor ou pior que (do que): Renato fala
sufixo -íssimo: pobríssimo, agilíssimo. melhor que João.
3-) Os adjetivos terminados em –io fazem o superlativo
com dois “ii”: frio – friíssimo, sério – seriíssimo; os termi- Grau Superlativo
nados em –eio, com apenas um “i”: feio - feíssimo, cheio
– cheíssimo. O superlativo pode ser analítico ou sintético:
- Analítico: acompanhado de outro advérbio: Renato
Fontes de pesquisa: fala muito alto.
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf32. muito = advérbio de intensidade / alto = advérbio de
php modo
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo: - Sintético: formado com sufixos: Renato fala altíssimo.
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac- * Observação: as formas diminutivas (cedinho, perti-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010. nho, etc.) são comuns na língua popular.
Português: novas palavras: literatura, gramática, reda- Maria mora pertinho daqui. (muito perto)
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000. A criança levantou cedinho. (muito cedo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Há palavras como muito, bastante, que podem apare- - Usam-se, de preferência, as formas mais bem e mais
cer como advérbio e como pronome indefinido. mal antes de adjetivos ou de verbos no particípio:
Advérbio: refere-se a um verbo, adjetivo, ou a outro Essa matéria é mais bem interessante que aquela.
advérbio e não sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muito. Nosso aluno foi o mais bem colocado no concurso!
Pronome Indefinido: relaciona-se a um substantivo e - O numeral “primeiro”, ao modificar o verbo, é advér-
sofre flexões. Por exemplo: Eu corri muitos quilômetros. bio: Cheguei primeiro.
* Dica: Como saber se a palavra bastante é advérbio - Quanto a sua função sintática: o advérbio e a locução
(não varia, não se flexiona) ou pronome indefinido (varia, adverbial desempenham na oração a função de adjunto
sofre flexão)? Se der, na frase, para substituir o “bastante” adverbial, classificando-se de acordo com as circunstân-
por “muito”, estamos diante de um advérbio; se der para cias que acrescentam ao verbo, ao adjetivo ou ao advérbio.
substituir por “muitos” (ou muitas), é um pronome. Veja: Exemplo:
Meio cansada, a candidata saiu da sala. = adjunto ad-
1-) Estudei bastante para o concurso. (estudei muito, verbial de intensidade (ligado ao adjetivo “cansada”)
pois “muitos” não dá!). = advérbio Trovejou muito ontem. = adjunto adverbial de intensi-
dade e de tempo, respectivamente.
2-) Estudei bastantes capítulos para o concurso. (estudei
muitos capítulos) = pronome indefinido Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf75.
Advérbios Interrogativos php
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
São as palavras: onde? aonde? donde? quando? como? ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
por quê? nas interrogações diretas ou indiretas, referentes Saraiva, 2010.
às circunstâncias de lugar, tempo, modo e causa. Veja: Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Interrogação Direta Interrogação Indireta SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Como aprendeu? Perguntei como aprendeu.
Onde mora? Indaguei onde morava. Artigo
Por que choras? Não sei por que choras.
O artigo integra as dez classes gramaticais, definindo-
Aonde vai? Perguntei aonde ia. se como o termo variável que serve para individualizar ou
Donde vens? Pergunto donde vens. generalizar o substantivo, indicando, também, o gênero
Quando voltas? Pergunto quando voltas. (masculino/feminino) e o número (singular/plural).
Os artigos se subdividem em definidos (“o” e as va-
riações “a”[as] e [os]) e indefinidos (“um” e as variações
“uma”[s] e “uns”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Artigos definidos – São aqueles usados para indicar Mas, se o nome apresentar um caracterizador, a pre-
seres determinados, expressos de forma individual: sença do artigo será obrigatória: O professor visitará a bela
O concurseiro estuda muito. Os concurseiros estudam Roma.
muito.
- antes de pronomes de tratamento:
Artigos indefinidos – São aqueles usados para indicar Vossa Senhoria sairá agora?
seres de modo vago, impreciso: Exceção: O senhor vai à festa?
Uma candidata foi aprovada! Umas candidatas foram
aprovadas! - após o pronome relativo “cujo” e suas variações:
Esse é o concurso cujas provas foram anuladas?
Circunstâncias em que os artigos se manifestam: Este é o candidato cuja nota foi a mais alta.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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O preço fica mais caro à medida que os produtos escas- Fontes de pesquisa:
seiam. http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf84.
php
* Observação: são incorretas as locuções proporcio- SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
nais à medida em que, na medida que e na medida em que. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
g) Temporais: introduzem uma oração que acrescenta ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração Saraiva, 2010.
principal. São elas: quando, enquanto, antes que, depois que, Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
que, agora que, mal (= assim que), etc. Interjeição
A briga começou assim que saímos da festa.
Interjeição é a palavra invariável que exprime emo-
h) Comparativas: introduzem uma oração que expres- ções, sensações, estados de espírito. É um recurso da lin-
sa ideia de comparação com referência à oração principal. guagem afetiva, em que não há uma ideia organizada de
São elas: como, assim como, tal como, como se, (tão)... como, maneira lógica, como são as sentenças da língua, mas sim
a manifestação de um suspiro, um estado da alma decor-
tanto como, tanto quanto, do que, quanto, tal, qual, tal qual,
rente de uma situação particular, um momento ou um con-
que nem, que (combinado com menos ou mais), etc.
texto específico. Exemplos:
O jogo de hoje será mais difícil que o de ontem.
Ah, como eu queria voltar a ser criança!
ah: expressão de um estado emotivo = interjeição
i) Consecutivas: introduzem uma oração que expressa Hum! Esse pudim estava maravilhoso!
a consequência da principal. São elas: de sorte que, de modo hum: expressão de um pensamento súbito = interjei-
que, sem que (= que não), de forma que, de jeito que, que ção
(tendo como antecedente na oração principal uma palavra
como tal, tão, cada, tanto, tamanho), etc. O significado das interjeições está vinculado à maneira
Estudou tanto durante a noite que dormiu na hora do como elas são proferidas. O tom da fala é que dita o senti-
exame. do que a expressão vai adquirir em cada contexto em que
for utilizada. Exemplos:
Atenção: Muitas conjunções não têm classificação úni- Psiu!
ca, imutável, devendo, portanto, ser classificadas de acor- contexto: alguém pronunciando esta expressão na rua
do com o sentido que apresentam no contexto (grifo ; significado da interjeição (sugestão): “Estou te chamando!
da Zê!). Ei, espere!”
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- Multiplicativos: expressam ideia de multiplicação - Para designar papas, reis, imperadores, séculos e par-
dos seres, indicando quantas vezes a quantidade foi au- tes em que se divide uma obra, utilizam-se os ordinais até
mentada: dobro, triplo, quíntuplo, etc. décimo e, a partir daí, os cardinais, desde que o numeral
venha depois do substantivo;
Flexão dos numerais
Ordinais Cardinais
Os numerais cardinais que variam em gênero são um/
uma, dois/duas e os que indicam centenas de duzentos/du- João Paulo II (segundo) Tomo XV (quinze)
zentas em diante: trezentos/trezentas; quatrocentos/quatro- D. Pedro II (segundo) Luís XVI (dezesseis)
centas, etc. Cardinais como milhão, bilhão, trilhão, variam
em número: milhões, bilhões, trilhões. Os demais cardinais Ato II (segundo) Capítulo XX (vinte)
são invariáveis. Século VIII (oitavo) Século XX (vinte)
Canto IX (nono) João XXIII ( vinte e três)
Os numerais ordinais variam em gênero e número:
- Se o numeral aparece antes do substantivo, será lido
primeiro segundo milésimo como ordinal: XXX Feira do Bordado. (trigésima)
primeira segunda milésima
** Dica: Ordinal lembra ordem. Memorize assim, por
primeiros segundos milésimos associação. Ficará mais fácil!
primeiras segundas milésimas - Para designar leis, decretos e portarias, utiliza-se o
ordinal até nono e o cardinal de dez em diante:
Os numerais multiplicativos são invariáveis quando
atuam em funções substantivas: Fizeram o dobro do esforço Artigo 1.° (primeiro) Artigo 10 (dez)
e conseguiram o triplo de produção. Artigo 9.° (nono) Artigo 21 (vinte e um)
Quando atuam em funções adjetivas, esses numerais
flexionam-se em gênero e número: Teve de tomar doses tri- - Ambos/ambas = numeral dual, porque sempre se
plas do medicamento. refere a dois seres. Significam “um e outro”, “os dois” (ou
Os numerais fracionários flexionam-se em gênero e “uma e outra”, “as duas”) e são largamente empregados
número. Observe: um terço/dois terços, uma terça parte/ para retomar pares de seres aos quais já se fez referência.
duas terças partes. Sua utilização exige a presença do artigo posposto: Ambos
Os numerais coletivos flexionam-se em número: uma os concursos realizarão suas provas no mesmo dia. O arti-
dúzia, um milheiro, duas dúzias, dois milheiros. go só é dispensado caso haja um pronome demonstrativo:
É comum na linguagem coloquial a indicação de grau Ambos esses ministros falarão à imprensa.
nos numerais, traduzindo afetividade ou especialização de
sentido. É o que ocorre em frases como: Função sintática do Numeral
“Me empresta duzentinho...”
É artigo de primeiríssima qualidade! O numeral tem mais de uma função sintática:
O time está arriscado por ter caído na segundona. (= - se na oração analisada seu papel é de adjetivo, o
segunda divisão de futebol) numeral assumirá a função de adjunto adnominal; se fizer
papel de substantivo, pode ter a função de sujeito, objeto
Emprego e Leitura dos Numerais direto ou indireto.
- Os numerais são escritos em conjunto de três alga- Visitamos cinco casas, mas só gostamos de duas.
rismos, contados da direita para a esquerda, em forma de Objeto direto = cinco casas
centenas, dezenas e unidades, tendo cada conjunto uma Núcleo do objeto direto = casas
separação através de ponto ou espaço correspondente a Adjunto adnominal = cinco
um ponto: 8.234.456 ou 8 234 456. Objeto indireto = de duas
- Em sentido figurado, usa-se o numeral para indicar
Núcleo do objeto indireto = duas
exagero intencional, constituindo a figura de linguagem
conhecida como hipérbole: Já li esse texto mil vezes.
- No português contemporâneo, não se usa a conjun-
ção “e” após “mil”, seguido de centena:
Nasci em mil novecentos e noventa e dois.
Seu salário será de mil quinhentos e cinquenta reais.
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Fala-se de Roberta. Ele quer participar do desfile da nos- Pronome pessoal do caso oblíquo é aquele que, na sen-
sa escola neste ano. tença, exerce a função de complemento verbal (objeto
[nossa: pronome que qualifica “escola” = concordância direto ou indireto): Ofertaram-nos flores. (objeto indireto)
adequada]
[neste: pronome que determina “ano” = concordância * Observação: o pronome oblíquo é uma forma va-
adequada] riante do pronome pessoal do caso reto. Essa variação in-
[ele: pronome que faz referência à “Roberta” = concor- dica a função diversa que eles desempenham na oração:
dância inadequada] pronome reto marca o sujeito da oração; pronome oblíquo
marca o complemento da oração.
Os pronomes oblíquos sofrem variação de acordo com
Existem seis tipos de pronomes: pessoais, possessivos,
a acentuação tônica que possuem, podendo ser átonos ou
demonstrativos, indefinidos, relativos e interrogativos.
tônicos.
Pronomes Pessoais Pronome Oblíquo Átono
São aqueles que substituem os substantivos, indicando São chamados átonos os pronomes oblíquos que não
diretamente as pessoas do discurso. Quem fala ou escreve são precedidos de preposição. Possuem acentuação tônica
assume os pronomes “eu” ou “nós”; usa-se os pronomes fraca: Ele me deu um presente.
“tu”, “vós”, “você” ou “vocês” para designar a quem se di- Tabela dos pronomes oblíquos átonos
rige, e “ele”, “ela”, “eles” ou “elas” para fazer referência à - 1.ª pessoa do singular (eu): me
pessoa ou às pessoas de quem se fala. - 2.ª pessoa do singular (tu): te
Os pronomes pessoais variam de acordo com as fun- - 3.ª pessoa do singular (ele, ela): o, a, lhe
ções que exercem nas orações, podendo ser do caso reto - 1.ª pessoa do plural (nós): nos
ou do caso oblíquo. - 2.ª pessoa do plural (vós): vos
- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): os, as, lhes
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- 3.ª pessoa do plural (eles, elas): se, si, consigo. - Os pronomes de tratamento representam uma for-
Eles se conheceram. ma indireta de nos dirigirmos aos nossos interlocutores. Ao
Elas deram a si um dia de folga. tratarmos um deputado por Vossa Excelência, por exemplo,
estamos nos endereçando à excelência que esse deputado
* O pronome é reflexivo quando se refere à mesma supostamente tem para poder ocupar o cargo que ocupa.
pessoa do pronome subjetivo (sujeito): Eu me arrumei e saí.
** É pronome recíproco quando indica reciprocidade - 3.ª pessoa: embora os pronomes de tratamento diri-
de ação: jam-se à 2.ª pessoa, toda a concordância deve ser feita
Nós nos amamos. com a 3.ª pessoa. Assim, os verbos, os pronomes possessi-
Olhamo-nos calados. vos e os pronomes oblíquos empregados em relação a eles
devem ficar na 3.ª pessoa.
Pronomes de Tratamento Basta que V. Ex.ª cumpra a terça parte das suas pro-
messas, para que seus eleitores lhe fiquem reconhecidos.
São pronomes utilizados no tratamento formal, ceri-
- Uniformidade de Tratamento: quando escrevemos ou
monioso. Apesar de indicarem nosso interlocutor (portan-
nos dirigimos a alguém, não é permitido mudar, ao longo
to, a segunda pessoa), utilizam o verbo na terceira pes-
do texto, a pessoa do tratamento escolhida inicialmente.
soa. Alguns exemplos:
Assim, por exemplo, se começamos a chamar alguém de
Vossa Alteza (V. A.) = príncipes, duques
“você”, não poderemos usar “te” ou “teu”. O uso correto
Vossa Eminência (V. E.ma) = cardeais
exigirá, ainda, verbo na terceira pessoa.
Vossa Reverendíssima (V. Ver.ma) = sacerdotes e religio-
sos em geral
Quando você vier, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Excelência (V. Ex.ª) = oficiais de patente superior
teus cabelos. (errado)
à de coronel, senadores, deputados, embaixadores, profes-
sores de curso superior, ministros de Estado e de Tribunais, Quando você vier, eu a abraçarei e enrolar-me-ei nos
governadores, secretários de Estado, presidente da Repú- seus cabelos. (correto) = terceira pessoa do singular
blica (sempre por extenso) ou
Vossa Magnificência (V. Mag.ª) = reitores de universi-
dades Quando tu vieres, eu te abraçarei e enrolar-me-ei nos
Vossa Majestade (V. M.) = reis, rainhas e imperadores teus cabelos. (correto) = segunda pessoa do singular
Vossa Senhoria (V. S.a) = comerciantes em geral, oficiais
até a patente de coronel, chefes de seção e funcionários de Pronomes Possessivos
igual categoria São palavras que, ao indicarem a pessoa gramatical
Vossa Meritíssima (sempre por extenso) = para juízes (possuidor), acrescentam a ela a ideia de posse de algo
de direito (coisa possuída).
Vossa Santidade (sempre por extenso) = tratamento Este caderno é meu. (meu = possuidor: 1ª pessoa do
cerimonioso singular)
Vossa Onipotência (sempre por extenso) = Deus
NÚMERO PESSOA PRONOME
Também são pronomes de tratamento o senhor, a se-
nhora e você, vocês. “O senhor” e “a senhora” são empre- singular primeira meu(s), minha(s)
gados no tratamento cerimonioso; “você” e “vocês”, no tra- singular segunda teu(s), tua(s)
tamento familiar. Você e vocês são largamente empregados
singular terceira seu(s), sua(s)
no português do Brasil; em algumas regiões, a forma tu é
de uso frequente; em outras, pouco empregada. Já a forma plural primeira nosso(s), nossa(s)
vós tem uso restrito à linguagem litúrgica, ultraformal ou plural segunda vosso(s), vossa(s)
literária.
plural terceira seu(s), sua(s)
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São utilizados para explicitar a posição de certa palavra - Os pronomes demonstrativos podem ser variáveis ou
em relação a outras ou ao contexto. Essa relação pode ser invariáveis, observe:
de espaço, de tempo ou em relação ao discurso. Variáveis: este(s), esta(s), esse(s), essa(s), aquele(s), aque-
la(s).
*Em relação ao espaço: Invariáveis: isto, isso, aquilo.
- Este(s), esta(s) e isto = indicam o que está perto da
* Também aparecem como pronomes demonstrativos:
pessoa que fala:
- o(s), a(s): quando estiverem antecedendo o “que” e
Este material é meu.
puderem ser substituídos por aquele(s), aquela(s), aquilo.
Não ouvi o que disseste. (Não ouvi aquilo que disseste.)
- Esse(s), essa(s) e isso = indicam o que está perto da Essa rua não é a que te indiquei. (não é aquela que te
pessoa com quem se fala: indiquei.)
Esse material em sua carteira é seu?
- mesmo(s), mesma(s), próprio(s), própria(s): variam em
- Aquele(s), aquela(s) e aquilo = indicam o que está dis- gênero quando têm caráter reforçativo:
tante tanto da pessoa que fala como da pessoa com quem Estas são as mesmas pessoas que o procuraram ontem.
se fala: Eu mesma refiz os exercícios.
Aquele material não é nosso. Elas mesmas fizeram isso.
Vejam aquele prédio! Eles próprios cozinharam.
Os próprios alunos resolveram o problema.
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- semelhante(s): Não tenha semelhante atitude. Os pronomes indefinidos podem ser divididos em va-
riáveis e invariáveis. Observe:
- tal, tais: Tal absurdo eu não comenteria.
Variáveis = algum, nenhum, todo, muito, pouco, vário,
* Note que: tanto, outro, quanto, alguma, nenhuma, toda, muita, pouca,
- Em frases como: O referido deputado e o Dr. Alcides vária, tanta, outra, quanta, qualquer, quaisquer*, alguns, ne-
eram amigos íntimos; aquele casado, solteiro este. (ou en- nhuns, todos, muitos, poucos, vários, tantos, outros, quantos,
tão: este solteiro, aquele casado) - este se refere à pessoa algumas, nenhumas, todas, muitas, poucas, várias, tantas,
mencionada em último lugar; aquele, à mencionada em outras, quantas.
primeiro lugar.
Invariáveis = alguém, ninguém, outrem, tudo, nada,
- O pronome demonstrativo tal pode ter conotação algo, cada.
irônica: A menina foi a tal que ameaçou o professor?
*
Qualquer é composto de qual + quer (do verbo que-
- Pode ocorrer a contração das preposições a, de, em rer), por isso seu plural é quaisquer (única palavra cujo plu-
com pronome demonstrativo: àquele, àquela, deste, desta, ral é feito em seu interior).
disso, nisso, no, etc: Não acreditei no que estava vendo. (no
= naquilo) - Todo e toda no singular e junto de artigo significa
inteiro; sem artigo, equivale a qualquer ou a todas as:
Pronomes Indefinidos Toda a cidade está enfeitada. (= a cidade inteira)
Toda cidade está enfeitada. (= todas as cidades)
São palavras que se referem à 3.ª pessoa do discurso, Trabalho todo o dia. (= o dia inteiro)
dando-lhe sentido vago (impreciso) ou expressando quan- Trabalho todo dia. (= todos os dias)
tidade indeterminada.
Alguém entrou no jardim e destruiu as mudas recém São locuções pronominais indefinidas: cada qual,
-plantadas. cada um, qualquer um, quantos quer (que), quem quer (que),
seja quem for, seja qual for, todo aquele (que), tal qual (=
Não é difícil perceber que “alguém” indica uma pessoa
certo), tal e qual, tal ou qual, um ou outro, uma ou outra, etc.
de quem se fala (uma terceira pessoa, portanto) de forma
Cada um escolheu o vinho desejado.
imprecisa, vaga. É uma palavra capaz de indicar um ser hu-
mano que seguramente existe, mas cuja identidade é des-
Indefinidos Sistemáticos
conhecida ou não se quer revelar. Classificam-se em:
Ao observar atentamente os pronomes indefinidos,
- Pronomes Indefinidos Substantivos: assumem o lu-
percebemos que existem alguns grupos que criam oposi-
gar do ser ou da quantidade aproximada de seres na frase.
São eles: algo, alguém, fulano, sicrano, beltrano, nada, nin- ção de sentido. É o caso de: algum/alguém/algo, que têm
guém, outrem, quem, tudo. sentido afirmativo, e nenhum/ninguém/nada, que têm
sentido negativo; todo/tudo, que indicam uma totalidade
Algo o incomoda? afirmativa, e nenhum/nada, que indicam uma totalidade
Quem avisa amigo é. negativa; alguém/ninguém, que se referem à pessoa, e
algo/nada, que se referem à coisa; certo, que particulariza,
- Pronomes Indefinidos Adjetivos: qualificam um ser e qualquer, que generaliza.
expresso na frase, conferindo-lhe a noção de quantidade Essas oposições de sentido são muito importantes na
aproximada. São eles: cada, certo(s), certa(s). construção de frases e textos coerentes, pois delas muitas
vezes dependem a solidez e a consistência dos argumen-
Cada povo tem seus costumes. tos expostos. Observe nas frases seguintes a força que os
Certas pessoas exercem várias profissões. pronomes indefinidos destacados imprimem às afirmações
de que fazem parte:
* Note que: Ora são pronomes indefinidos substanti- Nada do que tem sido feito produziu qualquer resultado
vos, ora pronomes indefinidos adjetivos: prático.
algum, alguns, alguma(s), bastante(s) (= muito, muitos), Certas pessoas conseguem perceber sutilezas: não são
demais, mais, menos, muito(s), muita(s), nenhum, nenhuns, pessoas quaisquer.
nenhuma(s), outro(s), outra(s), pouco(s), pouca(s), qualquer,
quaisquer, qual, que, quanto(s), quanta(s), tal, tais, tanto(s), *Nenhum é contração de nem um, forma mais enfática,
tanta(s), todo(s), toda(s), um, uns, uma(s), vários, várias. que se refere à unidade. Repare:
Nenhum candidato foi aprovado.
Menos palavras e mais ações. Nem um candidato foi aprovado. (um, nesse caso, é nu-
Alguns se contentam pouco. meral)
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Ele vinha pela estrada e foi picado por uma abelha, ou- júri jurados
tra abelha, mais outra abelha. legião soldados, anjos, demônios
Ele vinha pela estrada e foi picado por várias abelhas. leva presos, recrutas
Ele vinha pela estrada e foi picado por um enxame.
malta malfeitores ou desordeiros
Note que, no primeiro caso, para indicar plural, foi ne- manada búfalos, bois, elefantes,
cessário repetir o substantivo: uma abelha, outra abelha, matilha cães de raça
mais outra abelha. No segundo caso, utilizaram-se duas
palavras no plural. No terceiro, empregou-se um substan- molho chaves, verduras
tivo no singular (enxame) para designar um conjunto de multidão pessoas em geral
seres da mesma espécie (abelhas).
insetos (gafanhotos,
nuvem
mosquitos, etc.)
O substantivo enxame é um substantivo coletivo.
penca bananas, chaves
Substantivo Coletivo: é o substantivo comum que, pinacoteca pinturas, quadros
mesmo estando no singular, designa um conjunto de seres
quadrilha ladrões, bandidos
da mesma espécie.
ramalhete flores
Substantivo coletivo Conjunto de: rebanho ovelhas
assembleia pessoas reunidas repertório peças teatrais, obras musicais
alcateia lobos réstia alhos ou cebolas
acervo livros romanceiro poesias narrativas
antologia trechos literários selecionados revoada pássaros
arquipélago ilhas sínodo párocos
banda músicos talha lenha
bando desordeiros ou malfeitores tropa muares, soldados
banca examinadores turma estudantes, trabalhadores
batalhão soldados vara porcos
cardume peixes
caravana viajantes peregrinos
cacho frutas
cancioneiro canções, poesias líricas
colmeia abelhas
concílio bispos
congresso parlamentares, cientistas
elenco atores de uma peça ou filme
esquadra navios de guerra
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Substantivos Biformes (= duas formas): apresentam - Substantivos que formam o feminino de maneira es-
uma forma para cada gênero: gato – gata, homem – mulher, pecial, isto é, não seguem nenhuma das regras anteriores:
poeta – poetisa, prefeito - prefeita czar – czarina, réu - ré
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Formação do Feminino dos Substantivos Uniformes Femininos: a dinamite, a derme, a hélice, a omoplata, a
cataplasma, a pane, a mascote, a gênese, a entorse, a libido,
Epicenos: a cal, a faringe, a cólera (doença), a ubá (canoa).
Novo jacaré escapa de policiais no rio Pinheiros.
- São geralmente masculinos os substantivos de ori-
Não é possível saber o sexo do jacaré em questão. Isso gem grega terminados em -ma: o grama (peso), o quilo-
ocorre porque o substantivo jacaré tem apenas uma forma grama, o plasma, o apostema, o diagrama, o epigrama, o
para indicar o masculino e o feminino. telefonema, o estratagema, o dilema, o teorema, o trema, o
Alguns nomes de animais apresentam uma só forma
eczema, o edema, o magma, o estigma, o axioma, o traco-
para designar os dois sexos. Esses substantivos são cha-
ma, o hematoma.
mados de epicenos. No caso dos epicenos, quando houver
a necessidade de especificar o sexo, utilizam-se palavras
macho e fêmea. * Exceções: a cataplasma, a celeuma, a fleuma, etc.
A cobra macho picou o marinheiro.
A cobra fêmea escondeu-se na bananeira. Gênero dos Nomes de Cidades: Com raras exceções,
nomes de cidades são femininos.
Sobrecomuns: A histórica Ouro Preto.
Entregue as crianças à natureza. A dinâmica São Paulo.
A acolhedora Porto Alegre.
A palavra crianças se refere tanto a seres do sexo mas- Uma Londres imensa e triste.
culino, quanto a seres do sexo feminino. Nesse caso, nem Exceções: o Rio de Janeiro, o Cairo, o Porto, o Havre.
o artigo nem um possível adjetivo permitem identificar o
sexo dos seres a que se refere a palavra. Veja: Gênero e Significação
A criança chorona chamava-se João.
A criança chorona chamava-se Maria. Muitos substantivos têm uma significação no masculi-
no e outra no feminino. Observe:
Outros substantivos sobrecomuns: o baliza (soldado que, que à frente da tropa, indica os
a criatura = João é uma boa criatura. Maria é uma boa
movimentos que se deve realizar em conjunto; o que vai à
criatura.
frente de um bloco carnavalesco, manejando um bastão), a
o cônjuge = O cônjuge de João faleceu. O cônjuge de
Marcela faleceu baliza (marco, estaca; sinal que marca um limite ou proibi-
ção de trânsito), o cabeça (chefe), a cabeça (parte do cor-
Comuns de Dois Gêneros: po), o cisma (separação religiosa, dissidência), a cisma (ato
Motorista tem acidente idêntico 23 anos depois. de cismar, desconfiança), o cinza (a cor cinzenta), a cinza
(resíduos de combustão), o capital (dinheiro), a capital (ci-
Quem sofreu o acidente: um homem ou uma mulher? dade), o coma (perda dos sentidos), a coma (cabeleira), o
É impossível saber apenas pelo título da notícia, uma coral (pólipo, a cor vermelha, canto em coro), a coral (cobra
vez que a palavra motorista é um substantivo uniforme. venenosa), o crisma (óleo sagrado, usado na administração
A distinção de gênero pode ser feita através da análise da crisma e de outros sacramentos), a crisma (sacramento
do artigo ou adjetivo, quando acompanharem o substanti- da confirmação), o cura (pároco), a cura (ato de curar), o
vo: o colega - a colega; o imigrante - a imigrante; um jovem estepe (pneu sobressalente), a estepe (vasta planície de vege-
- uma jovem; artista famoso - artista famosa; repórter fran- tação), o guia (pessoa que guia outras), a guia (documento,
cês - repórter francesa pena grande das asas das aves), o grama (unidade de peso),
a grama (relva), o caixa (funcionário da caixa), a caixa (re-
- A palavra personagem é usada indistintamente nos cipiente, setor de pagamentos), o lente (professor), a lente
dois gêneros. (vidro de aumento), o moral (ânimo), a moral (honestidade,
a) Entre os escritores modernos nota-se acentuada
bons costumes, ética), o nascente (lado onde nasce o Sol), a
preferência pelo masculino: O menino descobriu nas nuvens
nascente (a fonte), o maria-fumaça (trem como locomotiva
os personagens dos contos de carochinha.
b) Com referência a mulher, deve-se preferir o femini- a vapor), maria-fumaça (locomotiva movida a vapor), o pala
no: O problema está nas mulheres de mais idade, que não (poncho), a pala (parte anterior do boné ou quepe, antepa-
aceitam a personagem. ro), o rádio (aparelho receptor), a rádio (emissora), o voga
(remador), a voga (moda).
- Diz-se: o (ou a) manequim Marcela, o (ou a) modelo
fotográfico Ana Belmonte. Flexão de Número do Substantivo
Observe o gênero dos substantivos seguintes: Em português, há dois números gramaticais: o singular,
Masculinos: o tapa, o eclipse, o lança-perfume, o dó que indica um ser ou um grupo de seres, e o plural, que
(pena), o sanduíche, o clarinete, o champanha, o sósia, o indica mais de um ser ou grupo de seres. A característica
maracajá, o clã, o herpes, o pijama, o suéter, o soprano, o do plural é o “s” final.
proclama, o pernoite, o púbis.
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- Os substantivos terminados em “s” fazem o plural de - Permanecem invariáveis, quando formados de:
duas maneiras: verbo + advérbio = o bota-fora e os bota-fora
1- Quando monossilábicos ou oxítonos, mediante o verbo + substantivo no plural = o saca-rolhas e os sa-
acréscimo de “es”: ás – ases / retrós - retroses ca-rolhas
2- Quando paroxítonos ou proparoxítonos, ficam inva-
riáveis: o lápis - os lápis / o ônibus - os ônibus. * Casos Especiais
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* Todos os verbos que indicam fenômenos da natureza são impessoais: chover, ventar, nevar, gear, trovejar, amanhecer,
escurecer, etc. Quando, porém, se constrói, “Amanheci cansado”, usa-se o verbo “amanhecer” em sentido figurado. Qual-
quer verbo impessoal, empregado em sentido figurado, deixa de ser impessoal para ser pessoal, ou seja, terá conjugação
completa.
Amanheci cansado. (Sujeito desinencial: eu)
Choveram candidatos ao cargo. (Sujeito: candidatos)
Fiz quinze anos ontem. (Sujeito desinencial: eu)
- os verbos estar e ficar em orações como “Está bem, Está muito bem assim, Não fica bem, Fica mal”, sem referência a
sujeito expresso anteriormente (por exemplo: “ele está mal”). Podemos, nesse caso, classificar o sujeito como hipotético,
tornando-se, tais verbos, pessoais.
- o verbo dar + para da língua popular, equivalente de “ser possível”. Por exemplo:
Não deu para chegar mais cedo.
Dá para me arrumar uma apostila?
- Unipessoais: são aqueles que, tendo sujeito, conjugam-se apenas nas terceiras pessoas, do singular e do plural. São
unipessoais os verbos constar, convir, ser (= preciso, necessário) e todos os que indicam vozes de animais (cacarejar, cricrilar,
miar, latir, piar).
* Observação: os verbos unipessoais podem ser usados como verbos pessoais na linguagem figurada:
Teu irmão amadureceu bastante.
O que é que aquela garota está cacarejando?
2. fazer e ir, em orações que dão ideia de tempo, seguidos da conjunção que.
Faz dez anos que viajei à Europa. (Sujeito: que viajei à Europa)
Vai para (ou Vai em ou Vai por) dez anos que não a vejo. (Sujeito: que não a vejo)
- Abundantes: são aqueles que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio, em que, além
das formas regulares terminadas em -ado ou -ido, surgem as chamadas formas curtas (particípio irregular).
O particípio regular (terminado em “–do”) é utilizado na voz ativa, ou seja, com os verbos ter e haver; o irregular é em-
pregado na voz passiva, ou seja, com os verbos ser, ficar e estar. Observe:
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* Importante:
- estes verbos e seus derivados possuem, apenas, o particípio irregular: abrir/aberto, cobrir/coberto, dizer/dito, escrever/
escrito, pôr/posto, ver/visto, vir/vindo.
- Anômalos: são aqueles que incluem mais de um radical em sua conjugação. Existem apenas dois: ser (sou, sois, fui) e
ir (fui, ia, vades).
- Auxiliares: São aqueles que entram na formação dos tempos compostos e das locuções verbais. O verbo principal
(aquele que exprime a ideia fundamental, mais importante), quando acompanhado de verbo auxiliar, é expresso numa das
formas nominais: infinitivo, gerúndio ou particípio.
* Observação: os verbos auxiliares mais usados são: ser, estar, ter e haver.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Pronominais: São aqueles verbos que se conjugam com os pronomes oblíquos átonos me, te, se, nos, vos, se, na
mesma pessoa do sujeito, expressando reflexibilidade (pronominais acidentais) ou apenas reforçando a ideia já implícita no
próprio sentido do verbo (pronominais essenciais). Veja:
1. Essenciais: são aqueles que sempre se conjugam com os pronomes oblíquos me, te, se, nos, vos, se. São poucos:
abster-se, ater-se, apiedar-se, atrever-se, dignar-se, arrepender-se, etc. Nos verbos pronominais essenciais a reflexibilidade já
está implícita no radical do verbo. Por exemplo: Arrependi-me de ter estado lá.
A ideia é de que a pessoa representada pelo sujeito (eu) tem um sentimento (arrependimento) que recai sobre ela mes-
ma, pois não recebe ação transitiva nenhuma vinda do verbo; o pronome oblíquo átono é apenas uma partícula integrante
do verbo, já que, pelo uso, sempre é conjugada com o verbo. Diz-se que o pronome apenas serve de reforço da ideia refle-
xiva expressa pelo radical do próprio verbo.
Veja uma conjugação pronominal essencial (verbo e respectivos pronomes):
Eu me arrependo
Tu te arrependes
Ele se arrepende
Nós nos arrependemos
Vós vos arrependeis
Eles se arrependem
2. Acidentais: são aqueles verbos transitivos diretos em que a ação exercida pelo sujeito recai sobre o objeto repre-
sentado por pronome oblíquo da mesma pessoa do sujeito; assim, o sujeito faz uma ação que recai sobre ele mesmo. Em
geral, os verbos transitivos diretos ou transitivos diretos e indiretos podem ser conjugados com os pronomes mencionados,
formando o que se chama voz reflexiva. Por exemplo: A garota se penteava.
A reflexibilidade é acidental, pois a ação reflexiva pode ser exercida também sobre outra pessoa. Por exemplo: A garota
penteou-me.
* Observações:
- Por fazerem parte integrante do verbo, os pronomes oblíquos átonos dos verbos pronominais não possuem função
sintática.
- Há verbos que também são acompanhados de pronomes oblíquos átonos, mas que não são essencialmente prono-
minais - são os verbos reflexivos. Nos verbos reflexivos, os pronomes, apesar de se encontrarem na pessoa idêntica à do
sujeito, exercem funções sintáticas. Por exemplo:
Eu me feri. = Eu (sujeito) – 1.ª pessoa do singular; me (objeto direto) – 1.ª pessoa do singular
Modos Verbais
Dá-se o nome de modo às várias formas assumidas pelo verbo na expressão de um fato certo, real, verdadeiro. Existem
três modos:
Formas Nominais
Além desses três modos, o verbo apresenta ainda formas que podem exercer funções de nomes (substantivo, adjetivo,
advérbio), sendo por isso denominadas formas nominais. Observe:
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Infinitivo
1.1-) Impessoal: exprime a significação do verbo de modo vago e indefinido, podendo ter valor e função de substan-
tivo. Por exemplo:
Viver é lutar. (= vida é luta)
É indispensável combater a corrupção. (= combate à)
O infinitivo impessoal pode apresentar-se no presente (forma simples) ou no passado (forma composta). Por exemplo:
É preciso ler este livro.
Era preciso ter lido este livro.
1.2-) Infinitivo Pessoal: é o infinitivo relacionado às três pessoas do discurso. Na 1.ª e 3.ª pessoas do singular, não
apresenta desinências, assumindo a mesma forma do impessoal; nas demais, flexiona-se da seguinte maneira:
2.ª pessoa do singular: Radical + ES = teres (tu)
1.ª pessoa do plural: Radical + MOS = termos (nós)
2.ª pessoa do plural: Radical + DES = terdes (vós)
3.ª pessoa do plural: Radical + EM = terem (eles)
Foste elogiado por teres alcançado uma boa colocação.
2-) Gerúndio: o gerúndio pode funcionar como adjetivo ou advérbio. Por exemplo:
Saindo de casa, encontrei alguns amigos. (função de advérbio)
Água fervendo, pele ardendo. (função de adjetivo)
Na forma simples (1), o gerúndio expressa uma ação em curso; na forma composta (2), uma ação concluída:
Trabalhando (1), aprenderás o valor do dinheiro.
Tendo trabalhado (2), aprendeu o valor do dinheiro.
* Quando o gerúndio é vício de linguagem (gerundismo), ou seja, uso exagerado e inadequado do gerúndio:
1- Enquanto você vai ao mercado, vou estar jogando futebol.
2 – Sim, senhora! Vou estar verificando!
Em 1, a locução “vou estar” + gerúndio é adequada, pois transmite a ideia de uma ação que ocorre no momento da
outra; em 2, essa ideia não ocorre, já que a locução verbal “vou estar verificando” refere-se a um futuro em andamento,
exigindo, no caso, a construção “verificarei” ou “vou verificar”.
3-) Particípio: quando não é empregado na formação dos tempos compostos, o particípio indica, geralmente, o resul-
tado de uma ação terminada, flexionando-se em gênero, número e grau. Por exemplo: Terminados os exames, os candidatos
saíram.
Quando o particípio exprime somente estado, sem nenhuma relação temporal, assume verdadeiramente a função de
adjetivo. Por exemplo: Ela é a aluna escolhida pela turma.
(Ziraldo)
Tempos Verbais
Tomando-se como referência o momento em que se fala, a ação expressa pelo verbo pode ocorrer em diversos tempos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: o pretérito imperfeito é também usado nas construções em que se expressa a ideia de condição ou de-
sejo. Por exemplo: Se ele viesse ao clube, participaria do campeonato.
- Futuro do Presente - Enuncia um fato que pode ocorrer num momento futuro em relação ao atual: Quando ele vier
à loja, levará as encomendas.
Observação: o futuro do presente é também usado em frases que indicam possibilidade ou desejo. Por exemplo: Se
ele vier à loja, levará as encomendas.
** Há casos em que formas verbais de um determinado tempo podem ser utilizadas para indicar outro.
Em 1500, Pedro Álvares Cabral descobre o Brasil.
descobre = forma do presente indicando passado ( = descobrira/descobriu)
Modo Indicativo
Presente do Indicativo
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Desinência pessoal
CANTAR VENDER PARTIR
cantO vendO partO O
cantaS vendeS parteS S
canta vende parte -
cantaMOS vendeMOS partiMOS MOS
cantaIS vendeIS partIS IS
cantaM vendeM parteM M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Pretérito mais-que-perfeito
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desinência pessoal
1.ª/2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantaRAS vendeRAS partiRAS RA S
cantaRA vendeRA partiRA RA Ø
cantáRAMOS vendêRAMOS partíRAMOS RA MOS
cantáREIS vendêREIS partíREIS RE IS
cantaRAM vendeRAM partiRAM RA M
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LÍNGUA PORTUGUESA
Presente do Subjuntivo
Para se formar o presente do subjuntivo, substitui-se a desinência -o da primeira pessoa do singular do presente do
indicativo pela desinência -E (nos verbos de 1.ª conjugação) ou pela desinência -A (nos verbos de 2.ª e 3.ª conjugação).
1.ª conjug. 2.ª conjug. 3.ª conju. Desinên. pessoal Des. temporal Des.temporal
1.ª conj. 2.ª/3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantE vendA partA E A Ø
cantES vendAS partAS E A S
cantE vendA partA E A Ø
cantEMOS vendAMOS partAMOS E A MOS
cantEIS vendAIS partAIS E A IS
cantEM vendAM partAM E A M
Para formar o imperfeito do subjuntivo, elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito,
obtendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -SSE mais a desinência de nú-
mero e pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantaSSES vendeSSES partiSSES SSE S
cantaSSE vendeSSE partiSSE SSE Ø
cantáSSEMOS vendêSSEMOS partíSSEMOS SSE MOS
cantáSSEIS vendêSSEIS partíSSEIS SSE IS
cantaSSEM vendeSSEM partiSSEM SSE M
Futuro do Subjuntivo
Para formar o futuro do subjuntivo elimina-se a desinência -STE da 2.ª pessoa do singular do pretérito perfeito, ob-
tendo-se, assim, o tema desse tempo. Acrescenta-se a esse tema a desinência temporal -R mais a desinência de número e
pessoa correspondente.
1.ª conjugação 2.ª conjugação 3.ª conjugação Des. temporal Desin. pessoal
1.ª /2.ª e 3.ª conj.
CANTAR VENDER PARTIR
cantaR vendeR partiR Ø
cantaRES vendeRES partiRES R ES
cantaR vendeR partiR R Ø
cantaRMOS vendeRMOS partiRMOS R MOS
cantaRDES vendeRDES partiRDES R DES
cantaREM vendeREM partiREM R EM
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Modo Imperativo
Imperativo Afirmativo
Para se formar o imperativo afirmativo, toma-se do presente do indicativo a 2.ª pessoa do singular (tu) e a segunda
pessoa do plural (vós) eliminando-se o “S” final. As demais pessoas vêm, sem alteração, do presente do subjuntivo. Veja:
Imperativo Negativo
Para se formar o imperativo negativo, basta antecipar a negação às formas do presente do subjuntivo.
Infinitivo Pessoal
* Observações:
- o verbo parecer admite duas construções:
Elas parecem gostar de você. (forma uma locução verbal)
Elas parece gostarem de você. (verbo com sujeito oracional, correspondendo à construção: parece gostarem de você).
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
* Observação: não confundir o emprego reflexivo do Pode-se mudar a voz ativa na passiva sem alterar subs-
verbo com a noção de reciprocidade: tancialmente o sentido da frase.
Os lutadores feriram-se. (um ao outro)
Nós nos amamos. (um ama o outro) O concurseiro comprou a apostila. (Voz Ativa)
Sujeito da Ativa objeto Direto
Formação da Voz Passiva
A apostila foi comprada pelo concurseiro.
A voz passiva pode ser formada por dois processos: (Voz Passiva)
analítico e sintético. Sujeito da Passiva Agente da Passi-
va
1- Voz Passiva Analítica = Constrói-se da seguinte ma-
neira: Observe que o objeto direto será o sujeito da passiva; o
sujeito da ativa passará a agente da passiva, e o verbo ativo
Verbo SER + particípio do verbo principal. Por exemplo: assumirá a forma passiva, conservando o mesmo tempo.
A escola será pintada pelos alunos. (na ativa teríamos: os Observe:
alunos pintarão a escola) - Os mestres têm constantemente aconselhado os alu-
O trabalho é feito por ele. (na ativa: ele faz o trabalho) nos.
Os alunos têm sido constantemente aconselhados pelos
* Observação: o agente da passiva geralmente é acom- mestres.
panhado da preposição por, mas pode ocorrer a constru-
ção com a preposição de. Por exemplo: A casa ficou cercada - Eu o acompanharei.
de soldados. Ele será acompanhado por mim.
- Pode acontecer de o agente da passiva não estar ex- * Observação: quando o sujeito da voz ativa for inde-
plícito na frase: A exposição será aberta amanhã. terminado, não haverá complemento agente na passiva.
Por exemplo: Prejudicaram-me. / Fui prejudicado.
- A variação temporal é indicada pelo verbo auxiliar
(SER), pois o particípio é invariável. Observe a transforma-
** Saiba que:
ção das frases seguintes:
- com os verbos neutros (nascer, viver, morrer, dormir,
acordar, sonhar, etc.) não há voz ativa, passiva ou reflexiva,
a) Ele fez o trabalho. (pretérito perfeito do Indicativo)
porque o sujeito não pode ser visto como agente, paciente
O trabalho foi feito por ele. (verbo ser no pretérito per-
ou agente-paciente.
feito do Indicativo, assim como o verbo principal da voz
ativa)
Fontes de pesquisa:
b) Ele faz o trabalho. (presente do indicativo) http://www.soportugues.com.br/secoes/morf/morf54.
O trabalho é feito por ele. (ser no presente do indica- php
tivo) SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
c) Ele fará o trabalho. (futuro do presente) Português linguagens: volume 2 / Wiliam Roberto Cere-
O trabalho será feito por ele. (futuro do presente) ja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
- Nas frases com locuções verbais, o verbo SER assume Português: novas palavras: literatura, gramática, reda-
o mesmo tempo e modo do verbo principal da voz ativa. ção / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Observe a transformação da frase seguinte:
O vento ia levando as folhas. (gerúndio)
As folhas iam sendo levadas pelo vento. (gerúndio) Questões
2- Voz Passiva Sintética = A voz passiva sintética - ou 1-) (TRIBUNAL DE JUSTIÇA/GO – ANALISTA JUDICIÁ-
pronominal - constrói-se com o verbo na 3.ª pessoa, segui- RIO – FGV/2014 - adaptada) A frase “que foi trazida pelo
do do pronome apassivador “se”. Por exemplo: instituto Endeavor” equivale, na voz ativa, a:
Abriram-se as inscrições para o concurso. (A) que o instituto Endeavor traz;
Destruiu-se o velho prédio da escola. (B) que o instituto Endeavor trouxe;
(C) trazida pelo instituto Endeavor;
* Observação: o agente não costuma vir expresso na (D) que é trazida pelo instituto Endeavor;
voz passiva sintética. (E) que traz o instituto Endeavor.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Se na voz passiva temos dois verbos, na ativa tere- Regras ortográficas
mos um: “que o instituto Endeavor trouxe” (manter o tem-
po verbal no pretérito – assim como na passiva). O fonema s
RESPOSTA: “B”.
S e não C/Ç
2-) (PRODAM/AM – ASSISTENTE – FUNCAB/2014 - palavras substantivadas derivadas de verbos com radi-
adaptada) Ao passarmos a frase “...e É CONSIDERADO por cais em nd, rg, rt, pel, corr e sent: pretender - pretensão /
muitos o maior maratonista de todos os tempos” para a expandir - expansão / ascender - ascensão / inverter - inver-
voz ativa, encontramos a seguinte forma verbal: são / aspergir - aspersão / submergir - submersão / divertir
A) consideravam. - diversão / impelir - impulsivo / compelir - compulsório /
B) consideram. repelir - repulsa / recorrer - recurso / discorrer - discurso /
C) considerem. sentir - sensível / consentir – consensual.
D) considerarão.
E) considerariam.
SS e não C e Ç
2-) É CONSIDERADO por muitos o maior maratonista
nomes derivados dos verbos cujos radicais terminem
de todos os tempos = dois verbos na voz passiva, então na
em gred, ced, prim ou com verbos terminados por tir ou
ativa teremos UM: muitos o consideram o maior marato-
nista de todos os tempos. -meter: agredir - agressivo / imprimir - impressão / admitir
RESPOSTA: “B”. - admissão / ceder - cessão / exceder - excesso / percutir -
percussão / regredir - regressão / oprimir - opressão / com-
prometer - compromisso / submeter – submissão.
3-) (TRT-16ª REGIÃO/MA - ANALISTA JUDICIÁRIO –
ÁREA ADMINISTRATIVA – FCC/2014) *quando o prefixo termina com vogal que se junta com
Transpondo-se para a voz passiva a frase “vou glosar a palavra iniciada por “s”. Exemplos: a + simétrico - assimé-
uma observação de Machado de Assis”, a forma verbal re- trico / re + surgir – ressurgir.
sultante deverá ser *no pretérito imperfeito simples do subjuntivo. Exem-
(A) terei glosado plos: ficasse, falasse.
(B) seria glosada
(C) haverá de ser glosada C ou Ç e não S e SS
(D) será glosada
(E) terá sido glosada vocábulos de origem árabe: cetim, açucena, açúcar.
vocábulos de origem tupi, africana ou exótica: cipó, Ju-
3-) “vou glosar uma observação de Machado de Assis” çara, caçula, cachaça, cacique.
– “vou glosar” expressa “glosarei”, então teremos na pas- sufixos aça, aço, ação, çar, ecer, iça, nça, uça, uçu,
siva: uma observação de Machado de Assis será glosada uço: barcaça, ricaço, aguçar, empalidecer, carniça, caniço,
por mim. esperança, carapuça, dentuço.
RESPOSTA: “D”. nomes derivados do verbo ter: abster - abstenção / de-
ter - detenção / ater - atenção / reter – retenção.
após ditongos: foice, coice, traição.
palavras derivadas de outras terminadas em -te, to(r):
ORTOGRAFIA marte - marciano / infrator - infração / absorto – absorção.
O fonema z
A ortografia é a parte da Fonologia que trata da correta
S e não Z
grafia das palavras. É ela quem ordena qual som devem
ter as letras do alfabeto. Os vocábulos de uma língua são
grafados segundo acordos ortográficos. sufixos: ês, esa, esia, e isa, quando o radical é subs-
tantivo, ou em gentílicos e títulos nobiliárquicos: freguês,
A maneira mais simples, prática e objetiva de apren- freguesa, freguesia, poetisa, baronesa, princesa.
der ortografia é realizar muitos exercícios, ver as palavras, sufixos gregos: ase, ese, ise e ose: catequese, metamor-
familiarizando-se com elas. O conhecimento das regras é fose.
necessário, mas não basta, pois há inúmeras exceções e, formas verbais pôr e querer: pôs, pus, quisera, quis, qui-
em alguns casos, há necessidade de conhecimento de eti- seste.
mologia (origem da palavra). nomes derivados de verbos com radicais terminados
em “d”: aludir - alusão / decidir - decisão / empreender -
empresa / difundir – difusão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
G e não J * Dica:
- Se o dicionário ainda deixar dúvida quanto à orto-
palavras de origem grega ou árabe: tigela, girafa, ges- grafia de uma palavra, há a possibilidade de consultar o
so. Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), ela-
estrangeirismo, cuja letra G é originária: sargento, gim. borado pela Academia Brasileira de Letras. É uma obra de
terminações: agem, igem, ugem, ege, oge (com pou- referência até mesmo para a criação de dicionários, pois
cas exceções): imagem, vertigem, penugem, bege, foge. traz a grafia atualizada das palavras (sem o significado). Na
Internet, o endereço é www.academia.org.br.
Exceção: pajem.
Informações importantes
terminações: ágio, égio, ígio, ógio, ugio: sortilégio, - Formas variantes são formas duplas ou múltiplas,
litígio, relógio, refúgio. equivalentes: aluguel/aluguer, relampejar/relampear/re-
verbos terminados em ger/gir: emergir, eleger, fugir, lampar/relampadar.
mugir. - Os símbolos das unidades de medida são escritos
depois da letra “r” com poucas exceções: emergir, sur- sem ponto, com letra minúscula e sem “s” para indicar plu-
gir. ral, sem espaço entre o algarismo e o símbolo: 2kg, 20km,
depois da letra “a”, desde que não seja radical termina- 120km/h.
do com j: ágil, agente. Exceção para litro (L): 2 L, 150 L.
- Na indicação de horas, minutos e segundos, não deve
J e não G haver espaço entre o algarismo e o símbolo: 14h, 22h30min,
14h23’34’’(= quatorze horas, vinte e três minutos e trinta e
palavras de origem latinas: jeito, majestade, hoje. quatro segundos).
palavras de origem árabe, africana ou exótica: jiboia, - O símbolo do real antecede o número sem espaço:
manjerona. R$1.000,00. No cifrão deve ser utilizada apenas uma barra
palavras terminadas com aje: ultraje. vertical ($).
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LÍNGUA PORTUGUESA
1. Em palavras compostas por justaposição que formam 1. Nas formações em que o prefixo ou falso prefixo
uma unidade semântica, ou seja, nos termos que se unem termina em vogal e o segundo termo inicia-se em “r” ou
para formarem um novo significado: tio-avô, porto-ale- “s”. Nesse caso, passa-se a duplicar estas consoantes: antir-
grense, luso-brasileiro, tenente-coronel, segunda- -fei- religioso, contrarregra, infrassom, microssistema, minissaia,
ra, conta-gotas, guarda-chuva, arco-íris, primeiro-ministro, microrradiografia, etc.
azul-escuro.
2. Nas constituições em que o prefixo ou pseudopre-
2. Em palavras compostas por espécies botânicas e fixo termina em vogal e o segundo termo inicia-se com
zoológicas: couve-flor, bem-te-vi, bem-me-quer, abóbora- vogal diferente: antiaéreo, extraescolar, coeducação, autoes-
-menina, erva-doce, feijão-verde. trada, autoaprendizagem, hidroelétrico, plurianual, autoes-
cola, infraestrutura, etc.
3. Nos compostos com elementos além, aquém, re-
cém e sem: além-mar, recém-nascido, sem-número, recém- 3. Nas formações, em geral, que contêm os prefixos
-casado. “dês” e “in” e o segundo elemento perdeu o “h” inicial: de-
sumano, inábil, desabilitar, etc.
4. No geral, as locuções não possuem hífen, mas algu-
mas exceções continuam por já estarem consagradas pelo 4. Nas formações com o prefixo “co”, mesmo quando o
uso: cor-de-rosa, arco-da-velha, mais-que-perfeito, pé-de- segundo elemento começar com “o”: cooperação, coobriga-
meia, água-de-colônia, queima-roupa, deus-dará. ção, coordenar, coocupante, coautor, coedição, coexistir, etc.
5. Nos encadeamentos de vocábulos, como: ponte Rio- 5. Em certas palavras que, com o uso, adquiriram noção
Niterói, percurso Lisboa-Coimbra-Porto e nas combinações de composição: pontapé, girassol, paraquedas, paraquedis-
históricas ou ocasionais: Áustria-Hungria, Angola-Brasil, ta, etc.
etc.
6. Em alguns compostos com o advérbio “bem”: benfei-
6. Nas formações com os prefixos hiper-, inter- e su- to, benquerer, benquerido, etc.
per- quando associados com outro termo que é iniciado
por “r”: hiper-resistente, inter-racial, super-racional, etc. - Os prefixos pós, pré e pró, em suas formas corres-
pondentes átonas, aglutinam-se com o elemento seguinte,
7. Nas formações com os prefixos ex-, vice-: ex-diretor, não havendo hífen: pospor, predeterminar, predeterminado,
ex-presidente, vice-governador, vice-prefeito. pressuposto, propor.
- Escreveremos com hífen: anti-horário, anti-infeccio-
8. Nas formações com os prefixos pós-, pré- e pró-: so, auto-observação, contra-ataque, semi-interno, sobre-
pré-natal, pré-escolar, pró-europeu, pós-graduação, etc. -humano, super-realista, alto-mar.
- Escreveremos sem hífen: pôr do sol, antirreforma,
9. Na ênclise e mesóclise: amá-lo, deixá-lo, dá-se, abra- antisséptico, antissocial, contrarreforma, minirrestaurante,
ça-o, lança-o e amá-lo-ei, falar-lhe-ei, etc. ultrassom, antiaderente, anteprojeto, anticaspa, antivírus,
autoajuda, autoelogio, autoestima, radiotáxi.
10. Nas formações em que o prefixo tem como se-
gundo termo uma palavra iniciada por “h”: sub-hepático, Fontes de pesquisa:
geo--história, neo-helênico, extra-humano, semi-hospitalar, http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/or-
super-homem. tografia
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
11. Nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
termina com a mesma vogal do segundo elemento: micro
-ondas, eletro-ótica, semi-interno, auto-observação, etc.
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Proparoxítonas - São aquelas cuja sílaba tônica está ** Alerta da Zê! Cuidado: Se os ditongos abertos esti-
na antepenúltima sílaba. Ex.: lâmpada – câmara – tímpano verem em uma palavra oxítona (herói) ou monossílaba (céu)
– médico – ônibus ainda são acentuados: dói, escarcéu.
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2- Separa partes de frases que já estão separadas por 4- Indica que o sentido vai além do que foi dito: Deixa,
vírgulas: Alguns quiseram verão, praia e calor; outros, mon- depois, o coração falar...
tanhas, frio e cobertor.
Vírgula (,)
3- Separa itens de uma enumeração, exposição de mo-
tivos, decreto de lei, etc. Não se usa vírgula
Ir ao supermercado;
Pegar as crianças na escola; * separando termos que, do ponto de vista sintático,
Caminhada na praia; ligam-se diretamente entre si:
Reunião com amigos. - entre sujeito e predicado:
Todos os alunos da sala foram advertidos.
Sujeito predicado
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4) Quando o sujeito é um pronome interrogativo ou *Quando “um dos que” vem entremeada de substanti-
indefinido plural (quais, quantos, alguns, poucos, muitos, vo, o verbo pode:
quaisquer, vários) seguido por “de nós” ou “de vós”, o verbo a) ficar no singular – O Tietê é um dos rios que atravessa
pode concordar com o primeiro pronome (na terceira pes- o Estado de São Paulo. ( já que não há outro rio que faça o
soa do plural) ou com o pronome pessoal. mesmo).
Quais de nós são / somos capazes? b) ir para o plural – O Tietê é um dos rios que estão
Alguns de vós sabiam / sabíeis do caso? poluídos (noção de que existem outros rios na mesma con-
Vários de nós propuseram / propusemos sugestões ino- dição).
vadoras.
8) Quando o sujeito é um pronome de tratamento, o
Observação: veja que a opção por uma ou outra forma verbo fica na 3ª pessoa do singular ou plural.
indica a inclusão ou a exclusão do emissor. Quando alguém Vossa Excelência está cansado?
diz ou escreve “Alguns de nós sabíamos de tudo e nada fize- Vossas Excelências renunciarão?
mos”, ele está se incluindo no grupo dos omissos. Isso não
ocorre ao dizer ou escrever “Alguns de nós sabiam de tudo e 9) A concordância dos verbos bater, dar e soar faz-se de
nada fizeram”, frase que soa como uma denúncia. acordo com o numeral.
Nos casos em que o interrogativo ou indefinido estiver Deu uma hora no relógio da sala.
no singular, o verbo ficará no singular. Deram cinco horas no relógio da sala.
Qual de nós é capaz? Soam dezenove horas no relógio da praça.
Algum de vós fez isso. Baterão doze horas daqui a pouco.
5) Quando o sujeito é formado por uma expressão que Observação: caso o sujeito da oração seja a palavra re-
indica porcentagem seguida de substantivo, o verbo deve lógio, sino, torre, etc., o verbo concordará com esse sujeito.
concordar com o substantivo. O tradicional relógio da praça matriz dá nove horas.
25% do orçamento do país será destinado à Educação. Soa quinze horas o relógio da matriz.
85% dos entrevistados não aprovam a administração do
prefeito. 10) Verbos Impessoais: por não se referirem a nenhum
1% do eleitorado aceita a mudança. sujeito, são usados sempre na 3.ª pessoa do singular. São
1% dos alunos faltaram à prova. verbos impessoais: Haver no sentido de existir; Fazer indi-
cando tempo; Aqueles que indicam fenômenos da nature-
Quando a expressão que indica porcentagem não é za. Exemplos:
seguida de substantivo, o verbo deve concordar com o nú- Havia muitas garotas na festa.
mero. Faz dois meses que não vejo meu pai.
25% querem a mudança. Chovia ontem à tarde.
1% conhece o assunto.
b) Sujeito Composto
Se o número percentual estiver determinado por artigo
ou pronome adjetivo, a concordância far-se-á com eles: 1) Quando o sujeito é composto e anteposto ao verbo,
Os 30% da produção de soja serão exportados. a concordância se faz no plural:
Esses 2% da prova serão questionados. Pai e filho conversavam longamente.
Sujeito
6) O pronome “que” não interfere na concordância; já o
“quem” exige que o verbo fique na 3.ª pessoa do singular. Pais e filhos devem conversar com frequência.
Fui eu que paguei a conta. Sujeito
Fomos nós que pintamos o muro.
És tu que me fazes ver o sentido da vida. 2) Nos sujeitos compostos formados por pessoas gra-
Sou eu quem faz a prova. maticais diferentes, a concordância ocorre da seguinte ma-
Não serão eles quem será aprovado. neira: a primeira pessoa do plural (nós) prevalece sobre a
segunda pessoa (vós) que, por sua vez, prevalece sobre a
7) Com a expressão “um dos que”, o verbo deve assu- terceira (eles). Veja:
mir a forma plural. Teus irmãos, tu e eu tomaremos a decisão.
Ademir da Guia foi um dos jogadores que mais encan- Primeira Pessoa do Plural (Nós)
taram os poetas.
Este candidato é um dos que mais estudaram! Tu e teus irmãos tomareis a decisão.
Segunda Pessoa do Plural (Vós)
Se a expressão for de sentido contrário – nenhum dos
que, nem um dos que -, não aceita o verbo no singular: Pais e filhos precisam respeitar-se.
Nenhum dos que foram aprovados assumirá a vaga. Terceira Pessoa do Plural (Eles)
Nem uma das que me escreveram mora aqui.
53
LÍNGUA PORTUGUESA
Observação: quando o sujeito é composto, formado 5) Quando os núcleos do sujeito são unidos por “com”,
por um elemento da segunda pessoa (tu) e um da terceira o verbo fica no plural. Nesse caso, os núcleos recebem um
(ele), é possível empregar o verbo na terceira pessoa do mesmo grau de importância e a palavra “com” tem sentido
plural (eles): “Tu e teus irmãos tomarão a decisão.” – no muito próximo ao de “e”.
lugar de “tomaríeis”. O pai com o filho montaram o brinquedo.
O governador com o secretariado traçaram os planos
3) No caso do sujeito composto posposto ao verbo, para o próximo semestre.
passa a existir uma nova possibilidade de concordância: em O professor com o aluno questionaram as regras.
vez de concordar no plural com a totalidade do sujeito, o
verbo pode estabelecer concordância com o núcleo do su- Nesse mesmo caso, o verbo pode ficar no singular, se a
jeito mais próximo. ideia é enfatizar o primeiro elemento.
Faltaram coragem e competência. O pai com o filho montou o brinquedo.
Faltou coragem e competência. O governador com o secretariado traçou os planos para
o próximo semestre.
Compareceram todos os candidatos e o banca.
O professor com o aluno questionou as regras.
Compareceu o banca e todos os candidatos.
Observação: com o verbo no singular, não se pode
4) Quando ocorre ideia de reciprocidade, a concordân-
falar em sujeito composto. O sujeito é simples, uma vez
cia é feita no plural. Observe: que as expressões “com o filho” e “com o secretariado” são
Abraçaram-se vencedor e vencido. adjuntos adverbiais de companhia. Na verdade, é como se
Ofenderam-se o jogador e o árbitro. houvesse uma inversão da ordem. Veja:
“O pai montou o brinquedo com o filho.”
Casos Particulares “O governador traçou os planos para o próximo semes-
tre com o secretariado.”
1) Quando o sujeito composto é formado por núcleos “O professor questionou as regras com o aluno.”
sinônimos ou quase sinônimos, o verbo fica no singular.
Descaso e desprezo marca seu comportamento. *Casos em que se usa o verbo no singular:
A coragem e o destemor fez dele um herói. Café com leite é uma delícia!
O frango com quiabo foi receita da vovó.
2) Quando o sujeito composto é formado por núcleos
dispostos em gradação, verbo no singular: 6) Quando os núcleos do sujeito são unidos por ex-
Com você, meu amor, uma hora, um minuto, um segun- pressões correlativas como: “não só...mas ainda”, “não so-
do me satisfaz. mente”..., “não apenas...mas também”, “tanto...quanto”, o
verbo ficará no plural.
3) Quando os núcleos do sujeito composto são unidos Não só a seca, mas também o pouco caso castigam o
por “ou” ou “nem”, o verbo deverá ficar no plural, de acor- Nordeste.
do com o valor semântico das conjunções: Tanto a mãe quanto o filho ficaram surpresos com a no-
Drummond ou Bandeira representam a essência da poe- tícia.
sia brasileira.
Nem o professor nem o aluno acertaram a resposta. 7) Quando os elementos de um sujeito composto são
resumidos por um aposto recapitulativo, a concordância é
Em ambas as orações, as conjunções dão ideia de “adi- feita com esse termo resumidor.
Filmes, novelas, boas conversas, nada o tirava da apatia.
ção”. Já em:
Trabalho, diversão, descanso, tudo é muito importante
Juca ou Pedro será contratado.
na vida das pessoas.
Roma ou Buenos Aires será a sede da próxima Olim-
píada.
Outros Casos
* Temos ideia de exclusão, por isso os verbos ficam no 1) O Verbo e a Palavra “SE”
singular. Dentre as diversas funções exercidas pelo “se”, há duas
de particular interesse para a concordância verbal:
4) Com as expressões “um ou outro” e “nem um nem a) quando é índice de indeterminação do sujeito;
outro”, a concordância costuma ser feita no singular. b) quando é partícula apassivadora.
Um ou outro compareceu à festa. Quando índice de indeterminação do sujeito, o “se”
Nem um nem outro saiu do colégio. acompanha os verbos intransitivos, transitivos indiretos e
de ligação, que obrigatoriamente são conjugados na ter-
Com “um e outro”, o verbo pode ficar no plural ou no ceira pessoa do singular:
singular: Um e outro farão/fará a prova. Precisa-se de funcionários.
Confia-se em teses absurdas.
54
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando pronome apassivador, o “se” acompanha ver- c) Quando o sujeito indicar peso, medida, quantidade e
bos transitivos diretos (VTD) e transitivos diretos e indiretos for seguido de palavras ou expressões como pouco, muito,
(VTDI) na formação da voz passiva sintética. Nesse caso, o menos de, mais de, etc., o verbo SER fica no singular:
verbo deve concordar com o sujeito da oração. Exemplos: Cinco quilos de açúcar é mais do que preciso.
Construiu-se um posto de saúde. Três metros de tecido é pouco para fazer seu vestido.
Construíram-se novos postos de saúde. Duas semanas de férias é muito para mim.
Aqui não se cometem equívocos
Alugam-se casas. d) Quando um dos elementos (sujeito ou predicativo)
for pronome pessoal do caso reto, com este concordará o
** Dica: Para saber se o “se” é partícula apassivadora verbo.
ou índice de indeterminação do sujeito, tente transformar No meu setor, eu sou a única mulher.
a frase para a voz passiva. Se a frase construída for “com- Aqui os adultos somos nós.
preensível”, estaremos diante de uma partícula apassivado-
ra; se não, o “se” será índice de indeterminação. Veja: Observação: sendo ambos os termos (sujeito e pre-
Precisa-se de funcionários qualificados. dicativo) representados por pronomes pessoais, o verbo
Tentemos a voz passiva: concorda com o pronome sujeito.
Funcionários qualificados são precisados (ou precisos)? Eu não sou ela.
Não há lógica. Portanto, o “se” destacado é índice de inde- Ela não é eu.
terminação do sujeito.
Agora: e) Quando o sujeito for uma expressão de sentido par-
Vendem-se casas. titivo ou coletivo e o predicativo estiver no plural, o verbo
Voz passiva: Casas são vendidas. Construção correta! SER concordará com o predicativo.
Então, aqui, o “se” é partícula apassivadora. (Dá para eu A grande maioria no protesto eram jovens.
passar para a voz passiva. Repare em meu destaque. Per- O resto foram atitudes imaturas.
cebeu semelhança? Agora é só memorizar!).
2) O Verbo “Ser” 3) O Verbo “Parecer”
O verbo parecer, quando é auxiliar em uma locução
A concordância verbal dá-se sempre entre o verbo e o verbal (é seguido de infinitivo), admite duas concordâncias:
sujeito da oração. No caso do verbo ser, essa concordân- a) Ocorre variação do verbo PARECER e não se flexiona
cia pode ocorrer também entre o verbo e o predicativo do o infinitivo: As crianças parecem gostar do desenho.
sujeito.
b) A variação do verbo parecer não ocorre e o infinitivo
Quando o sujeito ou o predicativo for: sofre flexão:
As crianças parece gostarem do desenho.
a)Nome de pessoa ou pronome pessoal – o verbo SER (essa frase equivale a: Parece gostarem do desenho as
concorda com a pessoa gramatical: crianças)
Ele é forte, mas não é dois.
Fernando Pessoa era vários poetas. Atenção: Com orações desenvolvidas, o verbo PARE-
A esperança dos pais são eles, os filhos. CER fica no singular. Por Exemplo: As paredes parece que
têm ouvidos. (Parece que as paredes têm ouvidos = oração
b)nome de coisa e um estiver no singular e o outro no subordinada substantiva subjetiva).
plural, o verbo SER concordará, preferencialmente, com o
que estiver no plural: Concordância Nominal
Os livros são minha paixão!
Minha paixão são os livros! A concordância nominal se baseia na relação entre
nomes (substantivo, pronome) e as palavras que a eles se
Quando o verbo SER indicar ligam para caracterizá-los (artigos, adjetivos, pronomes
adjetivos, numerais adjetivos e particípios). Lembre-se:
a) horas e distâncias, concordará com a expressão normalmente, o substantivo funciona como núcleo de um
numérica: termo da oração, e o adjetivo, como adjunto adnominal.
É uma hora. A concordância do adjetivo ocorre de acordo com as
São quatro horas. seguintes regras gerais:
Daqui até a escola é um quilômetro / são dois quilôme- 1) O adjetivo concorda em gênero e número quando
tros. se refere a um único substantivo: As mãos trêmulas denun-
ciavam o que sentia.
b) datas, concordará com a palavra dia(s), que pode
estar expressa ou subentendida: 2) Quando o adjetivo refere-se a vários substantivos, a
Hoje é dia 26 de agosto. concordância pode variar. Podemos sistematizar essa fle-
Hoje são 26 de agosto. xão nos seguintes casos:
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LÍNGUA PORTUGUESA
a) Adjetivo anteposto aos substantivos: ** Dica: Substitua o “só” por “apenas” ou “sozinho”. Se
- O adjetivo concorda em gênero e número com o a frase ficar coerente com o primeiro, trata-se de advérbio,
substantivo mais próximo. portanto, invariável; se houver coerência com o segundo,
Encontramos caídas as roupas e os prendedores. função de adjetivo, então varia:
Encontramos caída a roupa e os prendedores. Ela está só. (ela está sozinha) – adjetivo
Encontramos caído o prendedor e a roupa. Ele está só descansando. (apenas descansando) - ad-
vérbio
- Caso os substantivos sejam nomes próprios ou de pa-
rentesco, o adjetivo deve sempre concordar no plural. ** Mas cuidado! Se colocarmos uma vírgula depois de
As adoráveis Fernanda e Cláudia vieram me visitar. “só”, haverá, novamente, um adjetivo:
Encontrei os divertidos primos e primas na festa. Ele está só, descansando. (ele está sozinho e descansan-
do)
b) Adjetivo posposto aos substantivos: 7) Quando um único substantivo é modificado por dois
- O adjetivo concorda com o substantivo mais próximo ou mais adjetivos no singular, podem ser usadas as cons-
ou com todos eles (assumindo a forma masculina plural se truções:
houver substantivo feminino e masculino). a) O substantivo permanece no singular e coloca-se o
A indústria oferece localização e atendimento perfeito. artigo antes do último adjetivo: Admiro a cultura espanhola
A indústria oferece atendimento e localização perfeita. e a portuguesa.
A indústria oferece localização e atendimento perfeitos.
A indústria oferece atendimento e localização perfeitos. b) O substantivo vai para o plural e omite-se o artigo
antes do adjetivo: Admiro as culturas espanhola e portu-
Observação: os dois últimos exemplos apresentam guesa.
maior clareza, pois indicam que o adjetivo efetivamente se
refere aos dois substantivos. Nesses casos, o adjetivo foi Casos Particulares
flexionado no plural masculino, que é o gênero predomi-
nante quando há substantivos de gêneros diferentes. É proibido - É necessário - É bom - É preciso - É per-
mitido
- Se os substantivos possuírem o mesmo gênero, o ad-
jetivo fica no singular ou plural. a) Estas expressões, formadas por um verbo mais um
A beleza e a inteligência feminina(s). adjetivo, ficam invariáveis se o substantivo a que se referem
O carro e o iate novo(s). possuir sentido genérico (não vier precedido de artigo).
É proibido entrada de crianças.
3) Expressões formadas pelo verbo SER + adjetivo: Em certos momentos, é necessário atenção.
a) O adjetivo fica no masculino singular, se o substan- No verão, melancia é bom.
tivo não for acompanhado de nenhum modificador: Água É preciso cidadania.
é bom para saúde. Não é permitido saída pelas portas laterais.
b) O adjetivo concorda com o substantivo, se este for b) Quando o sujeito destas expressões estiver deter-
modificado por um artigo ou qualquer outro determinati- minado por artigos, pronomes ou adjetivos, tanto o verbo
vo: Esta água é boa para saúde. como o adjetivo concordam com ele.
É proibida a entrada de crianças.
4) O adjetivo concorda em gênero e número com os Esta salada é ótima.
pronomes pessoais a que se refere: Juliana encontrou-as A educação é necessária.
muito felizes. São precisas várias medidas na educação.
5) Nas expressões formadas por pronome indefinido Anexo - Obrigado - Mesmo - Próprio - Incluso - Qui-
neutro (nada, algo, muito, tanto, etc.) + preposição DE + te
adjetivo, este último geralmente é usado no masculino sin-
gular: Os jovens tinham algo de misterioso. Estas palavras adjetivas concordam em gênero e nú-
mero com o substantivo ou pronome a que se referem.
6) A palavra “só”, quando equivale a “sozinho”, tem fun- Seguem anexas as documentações requeridas.
ção adjetiva e concorda normalmente com o nome a que A menina agradeceu: - Muito obrigada.
se refere: Muito obrigadas, disseram as senhoras.
Cristina saiu só. Seguem inclusos os papéis solicitados.
Cristina e Débora saíram sós. Estamos quites com nossos credores.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Estas palavras são invariáveis quando funcionam como 1-) (MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA
advérbios. Concordam com o nome a que se referem quan- E COMÉRCIO EXTERIOR – ANALISTA TÉCNICO ADMINIS-
do funcionam como adjetivos, pronomes adjetivos, ou nu- TRATIVO – CESPE/2014) Em “Vossa Excelência deve estar
merais. satisfeita com os resultados das negociações”, o adjetivo
As jogadoras estavam bastante cansadas. (advérbio) estará corretamente empregado se dirigido a ministro de
Há bastantes pessoas insatisfeitas com o trabalho. (pro- Estado do sexo masculino, pois o termo “satisfeita” deve
nome adjetivo) concordar com a locução pronominal de tratamento “Vossa
Nunca pensei que o estudo fosse tão caro. (advérbio) Excelência”.
As casas estão caras. (adjetivo) ( ) CERTO ( ) ERRADO
Achei barato este casaco. (advérbio)
Hoje as frutas estão baratas. (adjetivo) 1-) Se a pessoa, no caso o ministro, for do sexo femi-
nino (ministra), o adjetivo está correto; mas, se for do sexo
Meio - Meia masculino, o adjetivo sofrerá flexão de gênero: satisfeito. O
pronome de tratamento é apenas a maneira de como tratar
a) A palavra “meio”, quando empregada como adjetivo, a autoridade, não concordando com o gênero (o pronome
concorda normalmente com o nome a que se refere: Pedi de tratamento, apenas).
meia porção de polentas. RESPOSTA: “ERRADO”.
b) Quando empregada como advérbio permanece in- 2-) (GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL – CADASTRO
variável: A candidata está meio nervosa. RESERVA PARA O METRÔ/DF – ADMINISTRADOR - IA-
DES/2014 - adaptada) Se, no lugar dos verbos destacados
** Dica! Dá para eu substituir por “um pouco”, assim no verso “Escolho os filmes que eu não vejo no elevador”,
saberei que se trata de um advérbio, não de adjetivo: “A
fossem empregados, respectivamente, Esquecer e gostar, a
candidata está um pouco nervosa”.
nova redação, de acordo com as regras sobre regência ver-
bal e concordância nominal prescritas pela norma-padrão,
Alerta - Menos
deveria ser
(A) Esqueço dos filmes que eu não gosto no elevador.
Essas palavras são advérbios, portanto, permanecem
(B) Esqueço os filmes os quais não gosto no elevador.
sempre invariáveis.
(C) Esqueço dos filmes aos quais não gosto no eleva-
Os concurseiros estão sempre alerta.
dor.
Não queira menos matéria!
(D) Esqueço dos filmes dos quais não gosto no eleva-
* Tome nota! dor.
Não variam os substantivos que funcionam como ad- (E) Esqueço os filmes dos quais não gosto no elevador.
jetivos:
Bomba – notícias bomba 2-) O verbo “esquecer” pede objeto direto; “gostar”, in-
Chave – elementos chave direto (com preposição): Esqueço os filmes dos quais não
Monstro – construções monstro gosto.
Padrão – escola padrão RESPOSTA: “E”.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para estudar a regência verbal, agruparemos os verbos Os verbos transitivos indiretos são complementados
de acordo com sua transitividade. Esta, porém, não é um por objetos indiretos. Isso significa que esses verbos exi-
fato absoluto: um mesmo verbo pode atuar de diferentes gem uma preposição para o estabelecimento da relação de
formas em frases distintas. regência. Os pronomes pessoais do caso oblíquo de ter-
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LÍNGUA PORTUGUESA
ceira pessoa que podem atuar como objetos indiretos são Informar
o “lhe”, o “lhes”, para substituir pessoas. Não se utilizam - Apresenta objeto direto ao se referir a coisas e objeto
os pronomes o, os, a, as como complementos de verbos indireto ao se referir a pessoas, ou vice-versa.
transitivos indiretos. Com os objetos indiretos que não re- Informe os novos preços aos clientes.
presentam pessoas, usam-se pronomes oblíquos tônicos Informe os clientes dos novos preços. (ou sobre os novos
de terceira pessoa (ele, ela) em lugar dos pronomes átonos preços)
lhe, lhes.
- Na utilização de pronomes como complementos, veja
Os verbos transitivos indiretos são os seguintes: as construções:
- Consistir - Tem complemento introduzido pela prepo- Informei-os aos clientes. / Informei-lhes os novos preços.
sição “em”: A modernidade verdadeira consiste em direitos Informe-os dos novos preços. / Informe-os deles. (ou so-
iguais para todos.
bre eles)
- Obedecer e Desobedecer - Possuem seus complemen-
Observação: a mesma regência do verbo informar é
tos introduzidos pela preposição “a”:
Devemos obedecer aos nossos princípios e ideais. usada para os seguintes: avisar, certificar, notificar, cientifi-
Eles desobedeceram às leis do trânsito. car, prevenir.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- Aspirar é transitivo indireto no sentido de desejar, ter Custou-me (a mim) crer nisso.
como ambição: Aspirávamos a um emprego melhor. (Aspi- Objeto Indireto Oração Subordinada Subs-
rávamos a ele) tantiva Subjetiva Reduzida de Infinitivo
* Como o objeto direto do verbo “aspirar” não é pes- *A Gramática Normativa condena as construções que
soa, as formas pronominais átonas “lhe” e “lhes” não são atribuem ao verbo “custar” um sujeito representado por
utilizadas, mas, sim, as formas tônicas “a ele(s)”, “a ela(s)”. pessoa: Custei para entender o problema. = Forma
Veja o exemplo: Aspiravam a uma existência melhor. (= As- correta: Custou-me entender o problema.
piravam a ela)
IMPLICAR
- Como transitivo direto, esse verbo tem dois sentidos:
ASSISTIR
a) dar a entender, fazer supor, pressupor: Suas atitudes
- Assistir é transitivo direto no sentido de ajudar, pres-
implicavam um firme propósito.
tar assistência a, auxiliar.
b) ter como consequência, trazer como consequência,
As empresas de saúde negam-se a assistir os idosos.
acarretar, provocar: Uma ação implica reação.
As empresas de saúde negam-se a assisti-los.
- Como transitivo direto e indireto, significa compro-
- Assistir é transitivo indireto no sentido de ver, presen- meter, envolver: Implicaram aquele jornalista em questões
ciar, estar presente, caber, pertencer. econômicas.
Assistimos ao documentário.
Não assisti às últimas sessões. * No sentido de antipatizar, ter implicância, é transitivo
Essa lei assiste ao inquilino. indireto e rege com preposição “com”: Implicava com quem
não trabalhasse arduamente.
*No sentido de morar, residir, o verbo “assistir” é in-
transitivo, sendo acompanhado de adjunto adverbial de NAMORAR
lugar introduzido pela preposição “em”: Assistimos numa - Sempre transitivo direto: Luísa namora Carlos há dois
conturbada cidade. anos.
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LÍNGUA PORTUGUESA
- No sentido de ter em vista, ter como meta, ter como Se uma oração completar o sentido de um nome, ou
objetivo é transitivo indireto e rege a preposição “a”. seja, exercer a função de complemento nominal, ela será
O ensino deve sempre visar ao progresso social. completiva nominal (subordinada substantiva).
Prometeram tomar medidas que visassem ao bem-estar
público.
ESQUECER – LEMBRAR
- Lembrar algo – esquecer algo
- Lembrar-se de algo – esquecer-se de algo (pronomi-
nal)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Substantivos
Admiração a, por Devoção a, para, com, por Medo a, de
Aversão a, para, por Doutor em Obediência a
Atentado a, contra Dúvida acerca de, em, sobre Ojeriza a, por
Bacharel em Horror a Proeminência sobre
Capacidade de, para Impaciência com Respeito a, com, para com, por
Adjetivos
Acessível a Diferente de Necessário a
Acostumado a, com Entendido em Nocivo a
Afável com, para com Equivalente a Paralelo a
Agradável a Escasso de Parco em, de
Alheio a, de Essencial a, para Passível de
Análogo a Fácil de Preferível a
Ansioso de, para, por Fanático por Prejudicial a
Apto a, para Favorável a Prestes a
Ávido de Generoso com Propício a
Benéfico a Grato a, por Próximo a
Capaz de, para Hábil em Relacionado com
Compatível com Habituado a Relativo a
Contemporâneo a, de Idêntico a Satisfeito com, de, em, por
Contíguo a Impróprio para Semelhante a
Contrário a Indeciso em Sensível a
Curioso de, por Insensível a Sito em
Descontente com Liberal com Suspeito de
Desejoso de Natural de Vazio de
Advérbios
Longe de Perto de
Observação: os advérbios terminados em -mente tendem a seguir o regime dos adjetivos de que são formados: para-
lela a; paralelamente a; relativa a; relativamente a.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/sint/sint61.php
Português linguagens: volume 3 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português: novas palavras: literatura, gramática, redação / Emília Amaral... [et al.]. – São Paulo: FTD, 2000.
Questões
1-) (PRODAM – AUXILIAR - MOTORISTA – FUNCAB/2014) Assinale a alternativa em que a frase segue a norma culta da
língua quanto à regência verbal.
A) Prefiro viajar de ônibus do que dirigir.
B) Eu esqueci do seu nome.
C) Você assistiu à cena toda?
D) Ele chegou na oficina pela manhã.
E) Sempre obedeço as leis de trânsito.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Os sujeitos são classificados a partir de dois elementos: 1-) com verbo na terceira pessoa do plural, desde que
o de determinação ou indeterminação e o de núcleo do o sujeito não tenha sido identificado anteriormente:
sujeito. Bateram à porta;
Um sujeito é determinado quando é facilmente iden- Andam espalhando boatos a respeito da queda do mi-
tificado pela concordância verbal. O sujeito determinado nistro.
pode ser simples ou composto.
A indeterminação do sujeito ocorre quando não é * Se o sujeito estiver identificado, poderá ser simples
possível identificar claramente a que se refere a concor- ou composto:
dância verbal. Isso ocorre quando não se pode ou não inte- Os meninos bateram à porta. (simples)
ressa indicar precisamente o sujeito de uma oração. Os meninos e as meninas bateram à porta. (composto)
Estão gritando seu nome lá fora.
Trabalha-se demais neste lugar. 2-) com o verbo na terceira pessoa do singular, acres-
cido do pronome “se”. Esta é uma construção típica dos
O sujeito simples é o sujeito determinado que apre- verbos que não apresentam complemento direto:
senta um único núcleo, que pode estar no singular ou no Precisa-se de mentes criativas.
plural; pode também ser um pronome indefinido. Abaixo, Vivia-se bem naqueles tempos.
sublinhei os núcleos dos sujeitos: Trata-se de casos delicados.
Nós estudaremos juntos. Sempre se está sujeito a erros.
A humanidade é frágil.
Ninguém se move. O pronome “se”, nestes casos, funciona como índice de
O amar faz bem. (“amar” é verbo, mas aqui houve uma indeterminação do sujeito.
derivação imprópria, transformando-o em substantivo)
As crianças precisam de alimentos saudáveis. As orações sem sujeito, formadas apenas pelo predi-
cado, articulam-se a partir de um verbo impessoal. A men-
O sujeito composto é o sujeito determinado que apre- sagem está centrada no processo verbal. Os principais ca-
sos de orações sem sujeito com:
senta mais de um núcleo.
Alimentos e roupas custam caro.
1-) os verbos que indicam fenômenos da natureza:
Ela e eu sabemos o conteúdo.
Amanheceu.
O amar e o odiar são duas faces da mesma moeda.
Está trovejando.
Além desses dois sujeitos determinados, é comum a
2-) os verbos estar, fazer, haver e ser, quando indicam
referência ao sujeito implícito na desinência verbal (o
fenômenos meteorológicos ou se relacionam ao tempo em
“antigo” sujeito oculto [ou elíptico]), isto é, ao núcleo do
geral:
sujeito que está implícito e que pode ser reconhecido pela Está tarde.
desinência verbal ou pelo contexto. Já são dez horas.
Abolimos todas as regras. = (nós) Faz frio nesta época do ano.
Falaste o recado à sala? = (tu) Há muitos concursos com inscrições abertas.
* Os verbos deste tipo de sujeito estão sempre na pri- Predicado é o conjunto de enunciados que contém a
meira pessoa do singular (eu) ou plural (nós) ou na segun- informação sobre o sujeito – ou nova para o ouvinte. Nas
da do singular (tu) ou do plural (vós), desde que os prono- orações sem sujeito, o predicado simplesmente enuncia
mes não estejam explícitos. um fato qualquer. Nas orações com sujeito, o predicado é
Iremos à feira juntos? (= nós iremos) – sujeito implícito aquilo que se declara a respeito deste sujeito. Com exceção
na desinência verbal “-mos” do vocativo - que é um termo à parte - tudo o que difere
Cantais bem! (= vós cantais) - sujeito implícito na desi- do sujeito numa oração é o seu predicado.
nência verbal “-ais” Chove muito nesta época do ano.
Houve problemas na reunião.
Mas:
Nós iremos à festa juntos? = sujeito simples: nós * Em ambas as orações não há sujeito, apenas predi-
Vós cantais bem! = sujeito simples: vós cado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para o estudo do predicado, é necessário verificar se No primeiro exemplo, o verbo amanheceu apresenta
seu núcleo é um nome (então teremos um predicado no- duas funções: a de verbo significativo e a de verbo de liga-
minal) ou um verbo (predicado verbal). Deve-se considerar ção. Este predicado poderia ser desdobrado em dois: um
também se as palavras que formam o predicado referem- verbal e outro nominal.
se apenas ao verbo ou também ao sujeito da oração. O dia amanheceu. / O dia estava ensolarado.
Os homens sensíveis pedem amor sincero às mulheres No segundo exemplo, é o verbo julgar que relaciona
de opinião. o complemento homens com o predicativo “inconstantes”.
Predicado
Termos integrantes da oração
O predicado acima apresenta apenas uma palavra que
se refere ao sujeito: pedem. As demais palavras ligam-se Os complementos verbais (objeto direto e indireto) e o
direta ou indiretamente ao verbo. complemento nominal são chamados termos integrantes da
A cidade está deserta. oração.
Os complementos verbais integram o sentido dos ver-
O nome “deserta”, por intermédio do verbo, refere-se bos transitivos, com eles formando unidades significativas.
ao sujeito da oração (cidade). O verbo atua como elemento Estes verbos podem se relacionar com seus complementos
de ligação (por isso verbo de ligação) entre o sujeito e a diretamente, sem a presença de preposição, ou indireta-
palavra a ele relacionada (no caso: deserta = predicativo mente, por intermédio de preposição.
do sujeito).
O objeto direto é o complemento que se liga direta-
O predicado verbal é aquele que tem como núcleo mente ao verbo.
significativo um verbo: Houve muita confusão na partida final.
Chove muito nesta época do ano. Queremos sua ajuda.
Estudei muito hoje!
O objeto direto preposicionado ocorre principalmen-
Compraste a apostila?
te:
- com nomes próprios de pessoas ou nomes comuns
Os verbos acima são significativos, isto é, não servem
referentes a pessoas:
apenas para indicar o estado do sujeito, mas indicam pro-
Amar a Deus; Adorar a Xangô; Estimar aos pais.
cessos.
(o objeto é direto, mas como há preposição, denomi-
na-se: objeto direto preposicionado)
O predicado nominal é aquele que tem como núcleo
significativo um nome; este atribui uma qualidade ou esta- - com pronomes indefinidos de pessoa e pronomes
do ao sujeito, por isso é chamado de predicativo do sujei- de tratamento: Não excluo a ninguém; Não quero cansar a
to. O predicativo é um nome que se liga a outro nome da Vossa Senhoria.
oração por meio de um verbo (o verbo de ligação).
Nos predicados nominais, o verbo não é significativo, - para evitar ambiguidade: Ao povo prejudica a crise.
isto é, não indica um processo, mas une o sujeito ao pre- (sem preposição, o sentido seria outro: O povo prejudica
dicativo, indicando circunstâncias referentes ao estado do a crise)
sujeito: Os dados parecem corretos.
O verbo parecer poderia ser substituído por estar, an- O objeto indireto é o complemento que se liga indi-
dar, ficar, ser, permanecer ou continuar, atuando como ele- retamente ao verbo, ou seja, através de uma preposição.
mento de ligação entre o sujeito e as palavras a ele rela- Gosto de música popular brasileira.
cionadas. Necessito de ajuda.
* A função de predicativo é exercida, normalmente, por
um adjetivo ou substantivo. O termo que integra o sentido de um nome chama-se
complemento nominal, que se liga ao nome que comple-
O predicado verbo-nominal é aquele que apresen- ta por intermédio de preposição:
ta dois núcleos significativos: um verbo e um nome. No A arte é necessária à vida. = relaciona-se com a palavra
predicado verbo-nominal, o predicativo pode se referir ao “necessária”
sujeito ou ao complemento verbal (objeto). Temos medo de barata. = ligada à palavra “medo”
O verbo do predicado verbo-nominal é sempre sig-
nificativo, indicando processos. É também sempre por in- Termos acessórios da oração e vocativo
termédio do verbo que o predicativo se relaciona com o
termo a que se refere. Os termos acessórios recebem este nome por serem
1- O dia amanheceu ensolarado; explicativos, circunstanciais. São termos acessórios o ad-
2- As mulheres julgam os homens inconstantes. junto adverbial, o adjunto adnominal, o aposto e o vocativo
– este, sem relação sintática com outros temos da oração.
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LÍNGUA PORTUGUESA
O adjunto adverbial é o termo da oração que indi- O aposto pode ser classificado, de acordo com seu va-
ca uma circunstância do processo verbal ou intensifica o lor na oração, em:
sentido de um adjetivo, verbo ou advérbio. É uma função a) explicativo: A linguística, ciência das línguas huma-
adverbial, pois cabe ao advérbio e às locuções adverbiais nas, permite-nos interpretar melhor nossa relação com o
exercerem o papel de adjunto adverbial: Amanhã voltarei a mundo.
pé àquela velha praça. b) enumerativo: A vida humana compõe-se de muitas
coisas: amor, arte, ação.
As circunstâncias comumente expressas pelo adjunto c) resumidor ou recapitulativo: Fantasias, suor e sonho,
adverbial são: tudo forma o carnaval.
- assunto: Falavam sobre futebol. d) comparativo: Seus olhos, indagadores holofotes, fixa-
- causa: As folhas caíram com o vento. ram-se por muito tempo na baía anoitecida.
- companhia: Ficarei com meus pais.
- concessão: Apesar de você, serei feliz. O vocativo é um termo que serve para chamar, invocar
- conformidade: Fez tudo conforme o combinado. ou interpelar um ouvinte real ou hipotético, não mantendo
- dúvida: Talvez ainda chova. relação sintática com outro termo da oração. A função de
- fim: Estudou para o exame. vocativo é substantiva, cabendo a substantivos, pronomes
- instrumento: Fez o corte com a faca. substantivos, numerais e palavras substantivadas esse pa-
- intensidade: Falava bastante.
pel na linguagem.
- lugar: Vou à cidade.
João, venha comigo!
- matéria: Este prato é feito de porcelana.
Traga-me doces, minha menina!
- meio: Viajarei de trem.
- modo: Foram recrutados a dedo.
- negação: Não há ninguém que mereça.
- tempo: Ontem à tarde encontrou o velho amigo. Questões
O adjunto adnominal é o termo acessório que deter- 1-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/
mina, especifica ou explica um substantivo. É uma função UFAL/2014 - adaptada)
adjetiva, pois são os adjetivos e as locuções adjetivas que
exercem o papel de adjunto adnominal na oração. Também
atuam como adjuntos adnominais os artigos, os numerais
e os pronomes adjetivos.
O poeta inovador enviou dois longos trabalhos ao seu
amigo de infância.
O poeta português deixou uma obra inacabada. O cartaz acima divulga a peça de teatro “Quem tem
O poeta deixou-a inacabada. medo de Virginia Woolf?” escrita pelo norte-americano
(inacabada precisou ser repetida, então: predicativo do Edward Albee. O termo “de Virginia Woolf”, do título em
objeto)
português da peça, funciona como:
A) objeto indireto.
Enquanto o complemento nominal se relaciona a um
B) complemento nominal.
substantivo, adjetivo ou advérbio, o adjunto adnominal se
relaciona apenas ao substantivo. C) adjunto adnominal.
D) adjunto adverbial.
O aposto é um termo acessório que permite ampliar, E) agente da passiva.
explicar, desenvolver ou resumir a ideia contida em um ter-
mo que exerça qualquer função sintática: Ontem, segunda- 1-) O termo complementa a palavra “medo”, que é
feira, passei o dia mal-humorado. substantivo (nome – nominal). Portanto é um complemen-
to nominal. O verbo “ter” tem como complemento verbal
Segunda-feira é aposto do adjunto adverbial de tempo (objeto) a palavra “medo”, que exerce a função sintática de
“ontem”. O aposto é sintaticamente equivalente ao termo objeto direto.
que se relaciona porque poderia substituí-lo: Segunda-feira RESPOSTA: “B”.
passei o dia mal-humorado.
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
Podemos modificar o período acima. Veja: * Atenção: Observe que a oração subordinada subs-
tantiva pode ser substituída pelo pronome “isso”. Assim,
Quero ser aprovado. temos um período simples:
Oração Principal Oração Subordinada É fundamental isso ou Isso é fundamental.
Desta forma, a oração correspondente a “isso” exercerá
A análise das orações continua sendo a mesma: “Que- a função de sujeito.
ro” é a oração principal, cujo objeto direto é a oração su- Veja algumas estruturas típicas que ocorrem na oração
bordinada “ser aprovado”. Observe que a oração subordi- principal:
nada apresenta agora verbo no infinitivo (ser). Além disso,
a conjunção “que”, conectivo que unia as duas orações, - Verbos de ligação + predicativo, em construções do
desapareceu. As orações subordinadas cujo verbo surge tipo: É bom - É útil - É conveniente - É certo - Parece certo - É
numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou particí- claro - Está evidente - Está comprovado
pio) chamamos orações reduzidas ou implícitas. É bom que você compareça à minha festa.
* Observação: as orações reduzidas não são introdu-
- Expressões na voz passiva, como: Sabe-se, Soube-se,
zidas por conjunções nem pronomes relativos. Podem ser,
Conta-se, Diz-se, Comenta-se, É sabido, Foi anunciado, Ficou
eventualmente, introduzidas por preposição.
provado.
Sabe-se que Aline não gosta de Pedro.
1-) Orações Subordinadas Substantivas
A oração subordinada substantiva tem valor de subs- - Verbos como: convir - cumprir - constar - admirar -
tantivo e vem introduzida, geralmente, por conjunção inte- importar - ocorrer - acontecer
grante (que, se). Convém que não se atrase na entrevista.
Não sabemos quando ele virá. As orações subordinadas substantivas objetivas diretas
Oração Subordinada Substan- (desenvolvidas) são iniciadas por:
tiva - Conjunções integrantes “que” (às vezes elíptica) e
“se”: A professora verificou se os alunos estavam presentes.
Classificação das Orações Subordinadas Substanti-
vas
- Pronomes indefinidos que, quem, qual, quanto (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: O
Conforme a função que exerce no período, a oração
pessoal queria saber quem era o dono do carro importado.
subordinada substantiva pode ser:
a) Subjetiva - exerce a função sintática de sujeito do
verbo da oração principal: - Advérbios como, quando, onde, por que, quão (às ve-
zes regidos de preposição), nas interrogações indiretas: Eu
É fundamental o seu comparecimento à reu- não sei por que ela fez isso.
nião.
Sujeito c) Objetiva Indireta = atua como objeto indireto do
verbo da oração principal. Vem precedida de preposição.
É fundamental que você compareça à
reunião. Meu pai insiste em meu estudo.
Oração Principal Oração Subordinada Substan- Objeto Indireto
tiva Subjetiva
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LÍNGUA PORTUGUESA
Meu pai insiste em que eu estude. (Meu pai insiste 2-) Orações Subordinadas Adjetivas
nisso)
Oração Subordinada Substantiva Uma oração subordinada adjetiva é aquela que possui
Objetiva Indireta valor e função de adjetivo, ou seja, que a ele equivale. As
orações vêm introduzidas por pronome relativo e exercem
Observação: em alguns casos, a preposição pode estar a função de adjunto adnominal do antecedente.
elíptica na oração.
Marta não gosta (de) que a chamem de senhora. Esta foi uma redação bem-sucedida.
Oração Subordinada Substantiva Substantivo Adjetivo (Adjunto Adno-
Objetiva Indireta minal)
d) Completiva Nominal = completa um nome que O substantivo “redação” foi caracterizado pelo adjetivo
pertence à oração principal e também vem marcada por “bem-sucedida”. Neste caso, é possível formarmos outra
preposição. construção, a qual exerce exatamente o mesmo papel:
Sentimos orgulho de seu comportamento. Esta foi uma redação que fez sucesso.
Complemento Nominal Oração Principal Oração Subordinada
Adjetiva
Sentimos orgulho de que você se comportou. (Sen-
timos orgulho disso.) Perceba que a conexão entre a oração subordinada
Oração Subordinada Substantiva adjetiva e o termo da oração principal que ela modifica é
Completiva Nominal feita pelo pronome relativo “que”. Além de conectar (ou
relacionar) duas orações, o pronome relativo desempenha
Lembre-se: as orações subordinadas substantivas ob- uma função sintática na oração subordinada: ocupa o pa-
jetivas indiretas integram o sentido de um verbo, enquanto pel que seria exercido pelo termo que o antecede (no caso,
que orações subordinadas substantivas completivas nomi- “redação” é sujeito, então o “que” também funciona como
nais integram o sentido de um nome. Para distinguir uma sujeito).
da outra, é necessário levar em conta o termo complemen-
tado. Esta é a diferença entre o objeto indireto e o com-
Observação: para que dois períodos se unam num
plemento nominal: o primeiro complementa um verbo; o
período composto, altera-se o modo verbal da segunda
segundo, um nome.
oração.
e) Predicativa = exerce papel de predicativo do sujei-
Atenção: Vale lembrar um recurso didático para re-
to do verbo da oração principal e vem sempre depois do
conhecer o pronome relativo “que”: ele sempre pode ser
verbo ser.
substituído por: o qual - a qual - os quais - as quais
Nosso desejo era sua desistência. Refiro-me ao aluno que é estudioso. = Esta oração é
Predicativo do Sujeito equivalente a: Refiro-me ao aluno o qual estuda.
Nosso desejo era que ele desistisse. (Nosso desejo Forma das Orações Subordinadas Adjetivas
era isso)
Oração Subordinada Substantiva Quando são introduzidas por um pronome relativo e
Predicativa apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo, as
orações subordinadas adjetivas são chamadas desenvolvi-
Observação: em certos casos, usa-se a preposição ex- das. Além delas, existem as orações subordinadas adjetivas
pletiva “de” para realce. Veja o exemplo: A impressão é de reduzidas, que não são introduzidas por pronome relativo
que não fui bem na prova. (podem ser introduzidas por preposição) e apresentam o
verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio ou
f) Apositiva = exerce função de aposto de algum ter- particípio).
mo da oração principal.
Ele foi o primeiro aluno que se apresentou.
Fernanda tinha um grande sonho: a felicidade! Ele foi o primeiro aluno a se apresentar.
Aposto
No primeiro período, há uma oração subordinada ad-
Fernanda tinha um grande sonho: ser feliz! jetiva desenvolvida, já que é introduzida pelo pronome re-
Oração subordinada lativo “que” e apresenta verbo conjugado no pretérito per-
substantiva apositiva reduzida de infinitivo feito do indicativo. No segundo, há uma oração subordina-
(Fernanda tinha um grande sonho: isso) da adjetiva reduzida de infinitivo: não há pronome relativo
e seu verbo está no infinitivo.
* Dica: geralmente há a presença dos dois pontos! (:)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Classificação das Orações Subordinadas Adjetivas Naquele momento, senti uma das maiores emoções de
minha vida.
Na relação que estabelecem com o termo que caracteri- Quando vi o mar, senti uma das maiores emoções de
zam, as orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas minha vida.
maneiras diferentes. Há aquelas que restringem ou especifi-
cam o sentido do termo a que se referem, individualizando-o. No primeiro período, “naquele momento” é um adjun-
Nestas orações não há marcação de pausa, sendo chamadas to adverbial de tempo, que modifica a forma verbal “sen-
subordinadas adjetivas restritivas. Existem também orações ti”. No segundo período, este papel é exercido pela oração
que realçam um detalhe ou amplificam dados sobre o ante-
“Quando vi o mar”, que é, portanto, uma oração subordi-
cedente, que já se encontra suficientemente definido. Estas
nada adverbial temporal. Esta oração é desenvolvida, pois
orações denominam-se subordinadas adjetivas explicativas.
Exemplo 1: é introduzida por uma conjunção subordinativa (quando)
Jamais teria chegado aqui, não fosse um homem que e apresenta uma forma verbal do modo indicativo (“vi”, do
passava naquele momento. pretérito perfeito do indicativo). Seria possível reduzi-la,
Oração obtendo-se:
Subordinada Adjetiva Restritiva Ao ver o mar, senti uma das maiores emoções de minha
vida.
No período acima, observe que a oração em destaque
restringe e particulariza o sentido da palavra “homem”: tra- A oração em destaque é reduzida, apresentando uma
ta-se de um homem específico, único. A oração limita o uni- das formas nominais do verbo (“ver” no infinitivo) e não é
verso de homens, isto é, não se refere a todos os homens, introduzida por conjunção subordinativa, mas sim por uma
mas sim àquele que estava passando naquele momento. preposição (“a”, combinada com o artigo “o”).
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LÍNGUA PORTUGUESA
Nunca abandonou seus ideais, de sorte que acabou con- g) Final = indica a intenção, a finalidade daquilo que
cretizando-os. se declara na oração principal. Principal conjunção subordi-
Não consigo ver televisão sem bocejar. (Oração Reduzi- nativa final: a fim de. Outras conjunções finais: que, porque
da de Infinitivo) (= para que) e a locução conjuntiva para que.
Aproximei-me dela a fim de que ficássemos amigas.
c) Condicional = Condição é aquilo que se impõe Estudarei muito para que eu me saia bem na prova.
como necessário para a realização ou não de um fato. As
orações subordinadas adverbiais condicionais exprimem o h) Proporcional = exprime ideia de proporção, ou
que deve ou não ocorrer para que se realize - ou deixe de seja, um fato simultâneo ao expresso na oração principal.
se realizar - o fato expresso na oração principal. Principal locução conjuntiva subordinativa proporcional: à
Principal conjunção subordinativa condicional: se. Ou- proporção que. Outras locuções conjuntivas proporcio-
tras conjunções condicionais: caso, contanto que, desde que, nais: à medida que, ao passo que. Há ainda as estruturas:
salvo se, exceto se, a não ser que, a menos que, sem que, quanto maior...(maior), quanto maior...(menor), quanto me-
uma vez que (seguida de verbo no subjuntivo). nor...(maior), quanto menor...(menor), quanto mais...(mais),
Se o regulamento do campeonato for bem elaborado, quanto mais...(menos), quanto menos...(mais), quanto me-
certamente o melhor time será campeão. nos...(menos).
Caso você saia, convide-me. À proporção que estudávamos mais questões acertáva-
mos.
d) Concessiva = indica concessão às ações do verbo À medida que lia mais culto ficava.
da oração principal, isto é, admitem uma contradição ou
um fato inesperado. A ideia de concessão está diretamente i) Temporal = acrescenta uma ideia de tempo ao fato
ligada ao contraste, à quebra de expectativa. Principal con- expresso na oração principal, podendo exprimir noções de
junção subordinativa concessiva: embora. Utiliza-se tam- simultaneidade, anterioridade ou posterioridade. Principal
bém a conjunção: conquanto e as locuções ainda que, ainda conjunção subordinativa temporal: quando. Outras con-
quando, mesmo que, se bem que, posto que, apesar de que. junções subordinativas temporais: enquanto, mal e locu-
Só irei se ele for. ções conjuntivas: assim que, logo que, todas as vezes que,
A oração acima expressa uma condição: o fato de “eu”
antes que, depois que, sempre que, desde que, etc.
ir só se realizará caso essa condição seja satisfeita.
Assim que Paulo chegou, a reunião acabou.
Compare agora com:
Terminada a festa, todos se retiraram. (= Quando termi-
Irei mesmo que ele não vá.
nou a festa) (Oração Reduzida de Particípio)
A distinção fica nítida; temos agora uma concessão:
Fontes de pesquisa:
irei de qualquer maneira, independentemente de sua ida. A
http://www.pciconcursos.com.br/aulas/portugues/fra-
oração destacada é, portanto, subordinada adverbial con-
se-periodo-e-oracao
cessiva.
Observe outros exemplos: SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sac-
Embora fizesse calor, levei agasalho. coni. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Foi aprovado sem estudar (= sem que estudasse / em-
bora não estudasse). (reduzida de infinitivo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
Refiro-me a (a) funcionária antiga, e não a (a)quela con- * A letra “a” que acompanha locuções femininas (ad-
tratada recentemente. verbiais, prepositivas e conjuntivas) recebe o acento grave:
Após a junção da preposição com o artigo (destacados - locuções adverbiais: às vezes, à tarde, à noite, às pres-
entre parênteses), temos: sas, à vontade...
Refiro-me à funcionária antiga, e não àquela contratada - locuções prepositivas: à frente, à espera de, à procura
recentemente. de...
- locuções conjuntivas: à proporção que, à medida que.
O verbo referir, de acordo com sua transitividade, clas-
sifica-se como transitivo indireto, pois sempre nos referi- * Cuidado: quando as expressões acima não exerce-
mos a alguém ou a algo. Houve a fusão da preposição a + o rem a função de locuções não ocorrerá crase. Repare:
artigo feminino (à) e com o artigo feminino a + o pronome Eu adoro a noite!
demonstrativo aquela (àquela). Adoro o quê? Adoro quem? O verbo “adoro” requer
objeto direto, no caso, a noite. Aqui, o “a” é artigo, não
Observação importante: Alguns recursos servem de preposição.
ajuda para que possamos confirmar a ocorrência ou não da
crase. Eis alguns: Casos passíveis de nota:
a) Substitui-se a palavra feminina por uma masculina
equivalente. Caso ocorra a combinação a + o(s), a crase *a crase é facultativa diante de nomes próprios femini-
está confirmada. nos: Entreguei o caderno a (à) Eliza.
Os dados foram solicitados à diretora.
Os dados foram solicitados ao diretor. *também é facultativa diante de pronomes possessivos
femininos: O diretor fez referência a (à) sua empresa.
b) No caso de nomes próprios geográficos, substitui-se
o verbo da frase pelo verbo voltar. Caso resulte na expres- *facultativa em locução prepositiva “até a”: A loja ficará
são “voltar da”, há a confirmação da crase. aberta até as (às) dezoito horas.
Faremos uma visita à Bahia.
Faz dois dias que voltamos da Bahia. (crase confirmada) * Constata-se o uso da crase se as locuções preposi-
tivas à moda de, à maneira de apresentarem-se implícitas,
Não me esqueço da viagem a Roma.
mesmo diante de nomes masculinos: Tenho compulsão por
Ao voltar de Roma, relembrarei os belos momentos ja-
comprar sapatos à Luis XV. (à moda de Luís XV)
mais vividos.
* Não se efetiva o uso da crase diante da locução ad-
Atenção: Nas situações em que o nome geográfico se
verbial “a distância”: Na praia de Copacabana, observamos
apresentar modificado por um adjunto adnominal, a crase
a queima de fogos a distância.
está confirmada.
Atendo-me à bela Fortaleza, senti saudades de suas
praias. Entretanto, se o termo vier determinado, teremos uma
locução prepositiva, aí sim, ocorrerá crase: O pedestre foi
** Dica: Use a regrinha “Vou A volto DA, crase HÁ; vou arremessado à distância de cem metros.
A volto DE, crase PRA QUÊ?” Exemplo: Vou a Campinas. =
Volto de Campinas. (crase pra quê?) - De modo a evitar o duplo sentido – a ambiguidade -,
Vou à praia. = Volto da praia. (crase há!) faz-se necessário o emprego da crase.
ATENÇÃO: quando o nome de lugar estiver especifica- Ensino à distância.
do, ocorrerá crase. Veja: Ensino a distância.
Retornarei à São Paulo dos bandeirantes. = mesmo
que, pela regrinha acima, seja a do “VOLTO DE” * Em locuções adverbiais formadas por palavras repeti-
Irei à Salvador de Jorge Amado. das, não há ocorrência da crase.
Ela ficou frente a frente com o agressor.
* A letra “a” dos pronomes demonstrativos aquele(s), Eu o seguirei passo a passo.
aquela(s) e aquilo receberão o acento grave se o termo re-
gente exigir complemento regido da preposição “a”. Casos em que não se admite o emprego da crase:
Entregamos a encomenda àquela menina.
(preposição + pronome demonstrativo) * Antes de vocábulos masculinos.
As produções escritas a lápis não serão corrigidas.
Iremos àquela reunião. Esta caneta pertence a Pedro.
(preposição + pronome demonstrativo)
* Antes de verbos no infinitivo.
Sua história é semelhante às que eu ouvia quando crian- Ele estava a cantar.
ça. (àquelas que eu ouvia quando criança) Começou a chover.
(preposição + pronome demonstrativo)
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LÍNGUA PORTUGUESA
73
LÍNGUA PORTUGUESA
3-) (SABESP/SP – ADVOGADO – FCC/2014) 2) Orações iniciadas por palavras interrogativas: Quem
Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores fizeram lhe disse isso?
uma escavação arqueológica nas ruínas da antiga cidade
de Tikal, na Guatemala. 3) Orações iniciadas por palavras exclamativas: Quanto
O a empregado na frase acima, imediatamente depois se ofendem!
de chegar, deverá receber o sinal indicativo de crase caso o
segmento grifado seja substituído por: 4) Orações que exprimem desejo (orações optativas):
(A) Uma tal ilação. Que Deus o ajude.
(B) Afirmações como essa.
(C) Comprovação dessa assertiva. 5) A próclise é obrigatória quando se utiliza o pronome
(D) Emitir uma opinião desse tipo. reto ou sujeito expresso:
(E) Semelhante resultado. Eu lhe entregarei o material amanhã.
Tu sabes cantar?
3-)
(A) Uma tal ilação – chegar a uma (não há acento grave Mesóclise = É a colocação pronominal no meio do
antes de artigo) verbo. A mesóclise é usada:
(B) Afirmações como essa – chegar a afirmações (antes
de palavra no plural e o “a” no singular) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou fu-
(C) Comprovação dessa assertiva – chegar à compro- turo do pretérito, contanto que esses verbos não estejam
vação precedidos de palavras que exijam a próclise. Exemplos:
(D) Emitir uma opinião desse tipo – chegar a emitir Realizar-se-á, na próxima semana, um grande evento
(verbo no infinitivo) em prol da paz no mundo.
(E) Semelhante resultado – chegar a semelhante (pala- Repare que o pronome está “no meio” do verbo “rea-
vra masculina) lizará”:
RESPOSTA: “C”. realizar – SE – á. Se houvesse na oração alguma palavra
que justificasse o uso da próclise, esta prevaleceria. Veja:
Não se realizará...
Não fossem os meus compromissos, acompanhar-te-ia
nessa viagem.
COLOCAÇÃO PRONOMINAL (com presença de palavra que justifique o uso de pró-
clise: Não fossem os meus compromissos, EU te acompanha-
ria nessa viagem).
Colocação Pronominal trata da correta colocação dos
Ênclise = É a colocação pronominal depois do verbo. A
pronomes oblíquos átonos na frase. ênclise é usada quando a próclise e a mesóclise não forem
possíveis:
* Dica: Pronome Oblíquo é aquele que exerce a função
de complemento verbal (objeto). Por isso, memorize: 1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo:
OBlíquo = OBjeto! Quando eu avisar, silenciem-se todos.
Embora na linguagem falada a colocação dos prono- 2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal: Não
mes não seja rigorosamente seguida, algumas normas de- era minha intenção machucá-la.
vem ser observadas na linguagem escrita.
3) Quando o verbo iniciar a oração. (até porque não se
Próclise = É a colocação pronominal antes do verbo. A inicia período com pronome oblíquo).
próclise é usada: Vou-me embora agora mesmo.
Levanto-me às 6h.
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: 4) Quando houver pausa antes do verbo: Se eu passo
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, ninguém, no concurso, mudo-me hoje mesmo!
jamais, etc.: Não se desespere!
b) Advérbios: Agora se negam a depor. 5-) Quando o verbo estiver no gerúndio: Recusou a pro-
c) Conjunções subordinativas: Espero que me expliquem posta fazendo-se de desentendida.
tudo!
d) Pronomes relativos: Venceu o concurseiro que se es- Colocação pronominal nas locuções verbais
forçou. - após verbo no particípio = pronome depois do verbo
e) Pronomes indefinidos: Poucos te deram a oportuni- auxiliar (e não depois do particípio):
dade. Tenho me deliciado com a leitura!
Eu tenho me deliciado com a leitura!
f) Pronomes demonstrativos: Isso me magoa muito. Eu me tenho deliciado com a leitura!
74
LÍNGUA PORTUGUESA
- não convém usar hífen nos tempos compostos e nas 1-) Primeiramente identifiquemos se temos objeto di-
locuções verbais: reto ou indireto. Reconhece o quê? Resposta: a informali-
Vamos nos unir! dade. Pergunta e resposta sem preposição, então: objeto
Iremos nos manifestar. direto. Não utilizaremos “lhe” – que é para objeto indireto.
Como temos a presença do “que” – independente de sua
- quando há um fator para próclise nos tempos com- função no período (pronome relativo, no caso!) – a regra
postos ou locuções verbais: opção pelo uso do pronome pede próclise (pronome oblíquo antes do verbo): que a re-
oblíquo “solto” entre os verbos = Não vamos nos preocupar conhecem.
(e não: “não nos vamos preocupar”). RESPOSTA: “A”.
75
LÍNGUA PORTUGUESA
b) Homófonas: são palavras iguais na pronúncia e di- Exemplos de variação no significado das palavras:
ferentes na escrita:
acender (atear) e ascender (subir); Os domadores conseguiram enjaular a fera. (sentido li-
concertar (harmonizar) e consertar (reparar); teral)
cela (compartimento) e sela (arreio); Ele ficou uma fera quando soube da notícia. (sentido
censo (recenseamento) e senso ( juízo); figurado)
paço (palácio) e passo (andar). Aquela aluna é fera na matemática. (sentido figurado)
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LÍNGUA PORTUGUESA
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LÍNGUA PORTUGUESA
As pessoas têm alimentação equilibrada porque são feli- Observação: toda metáfora é uma espécie de compa-
zes ou são felizes porque têm uma alimentação equilibrada. ração implícita, em que o elemento comparativo não apa-
rece.
De igual forma, quando uma palavra é polissêmica, ela Seus olhos são como luzes brilhantes.
pode induzir uma pessoa a fazer mais do que uma interpre- O exemplo acima mostra uma comparação evidente,
tação. Para fazer a interpretação correta é muito importan- através do emprego da palavra como.
te saber qual o contexto em que a frase é proferida. Observe agora: Seus olhos são luzes brilhantes.
Muitas vezes, a disposição das palavras na construção Neste exemplo não há mais uma comparação (note a
do enunciado pode gerar ambiguidade ou, até mesmo, co- ausência da partícula comparativa), e sim símile, ou seja,
micidade. Repare na figura abaixo: qualidade do que é semelhante.
Por fim, no exemplo: As luzes brilhantes olhavam-me.
Há substituição da palavra olhos por luzes brilhantes. Esta
é a verdadeira metáfora.
78
LÍNGUA PORTUGUESA
Trata-se de uma metáfora que, dado seu uso contínuo, Paradoxo ou oximoro
cristalizou-se. A catacrese costuma ocorrer quando, por
falta de um termo específico para designar um conceito, É a associação de ideias, além de contrastantes, contra-
toma-se outro “emprestado”. Assim, passamos a empregar ditórias. Seria a antítese ao extremo.
algumas palavras fora de seu sentido original. Exemplos: Era dor, sim, mas uma dor deliciosa.
“asa da xícara”, “batata da perna”, “maçã do rosto”, “pé da Ouvimos as vozes do silêncio.
mesa”, “braço da cadeira”, “coroa do abacaxi”.
Eufemismo
Perífrase ou Antonomásia
É o emprego de uma expressão mais suave, mais nobre
ou menos agressiva, para comunicar alguma coisa áspera,
Trata-se de uma expressão que designa um ser através
desagradável ou chocante.
de alguma de suas características ou atributos, ou de um
Depois de muito sofrimento, entregou a alma ao Senhor.
fato que o celebrizou. É a substituição de um nome por
(= morreu)
outro ou por uma expressão que facilmente o identifique: O prefeito ficou rico por meios ilícitos. (= roubou)
A Cidade Maravilhosa (= Rio de Janeiro) continua Fernando faltou com a verdade. (= mentiu)
atraindo visitantes do mundo todo. Faltar à verdade. (= mentir)
A Cidade-Luz (=Paris)
O rei das selvas (=o leão) Ironia
Observação: quando a perífrase indica uma pessoa, É sugerir, pela entoação e contexto, o contrário do que
recebe o nome de antonomásia. Exemplos: as palavras ou frases expressam, geralmente apresentando
O Divino Mestre (= Jesus Cristo) passou a vida pratican- intenção sarcástica. A ironia deve ser muito bem construí-
do o bem. da para que cumpra a sua finalidade; mal construída, pode
O Poeta dos Escravos (= Castro Alves) morreu muito jo- passar uma ideia exatamente oposta à desejada pelo emis-
vem. sor.
O Poeta da Vila (= Noel Rosa) compôs lindas canções. Como você foi bem na prova! Não tirou nem a nota mí-
nima.
Sinestesia Parece um anjinho aquele menino, briga com todos que
estão por perto.
Consiste em mesclar, numa mesma expressão, as sen- O governador foi sutil como um elefante.
sações percebidas por diferentes órgãos do sentido. É o
cruzamento de sensações distintas. Hipérbole
Um grito áspero revelava tudo o que sentia. (grito = au-
ditivo; áspero = tátil) É a expressão intencionalmente exagerada com o intui-
No silêncio escuro do seu quarto, aguardava os aconte- to de realçar uma ideia.
cimentos. (silêncio = auditivo; escuro = visual) Faria isso milhões de vezes se fosse preciso.
Tosse gorda. (sensação auditiva X sensação tátil) “Rios te correrão dos olhos, se chorares.” (Olavo Bilac)
O concurseiro quase morre de tanto estudar!
79
LÍNGUA PORTUGUESA
É a atribuição de ações ou qualidades de seres anima- Consiste na omissão de um ou mais termos numa ora-
dos a seres inanimados, ou características humanas a seres ção e que podem ser facilmente identificados, tanto por
não humanos. Observe os exemplos: elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto
As pedras andam vagarosamente. pelo contexto.
O livro é um mudo que fala, um surdo que ouve, um A catedral da Sé. (a igreja catedral)
cego que guia. Domingo irei ao estádio. (no domingo eu irei ao está-
A floresta gesticulava nervosamente diante da serra. dio)
Chora, violão.
Zeugma
Apóstrofe
Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita
Consiste na “invocação” de alguém ou de alguma coisa a omissão de um termo já mencionado anteriormente.
personificada, de acordo com o objetivo do discurso, que Ele gosta de geografia; eu, de português. (eu gosto de
pode ser poético, sagrado ou profano. Caracteriza-se pelo português)
chamamento do receptor da mensagem, seja ele imaginá- Na casa dela só havia móveis antigos; na minha, só mo-
rio ou não. A introdução da apóstrofe interrompe a linha de dernos. (só havia móveis)
pensamento do discurso, destacando-se assim a entidade Ela gosta de natação; eu, de vôlei. (gosto de)
a que se dirige e a ideia que se pretende pôr em evidên-
cia com tal invocação. Realiza-se por meio do vocativo. Silepse
Exemplos:
Moça, que fazes aí parada? A silepse é a concordância que se faz com o termo que
“Pai Nosso, que estais no céu” não está expresso no texto, mas, sim, subentendido. É uma
Deus, ó Deus! Onde estás? concordância anormal, psicológica, porque se faz com um
termo oculto, facilmente identificado. Há três tipos de si-
Gradação lepse: de gênero, número e pessoa.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Silepse de Pessoa - Três são as pessoas gramaticais: Observação: o pleonasmo só tem razão de ser quan-
eu, tu e ele (as três pessoas do singular); nós, vós, eles (as do confere mais vigor à frase; caso contrário, torna-se um
três do plural). A silepse de pessoa ocorre quando há um pleonasmo vicioso:
desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não con- Vi aquela cena com meus próprios olhos.
corda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que Vamos subir para cima.
está inscrita no sujeito. Exemplos: Ele desceu pra baixo.
O que não compreendo é como os brasileiros persista-
mos em aceitar essa situação. Anáfora
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
“Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins É a repetição de uma ou mais palavras no início de vá-
públicos.” (Machado de Assis) rias frases, criando, assim, um efeito de reforço e de coe-
rência. Pela repetição, a palavra ou expressão em causa é
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não posta em destaque, permitindo ao escritor valorizar de-
concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasilei- terminado elemento textual. Os termos anafóricos podem
ros, agricultores e cariocas, que estão na terceira pessoa), muitas vezes ser substituídos por pronomes.
mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, Encontrei um amigo ontem. Ele me disse que te conhe-
os agricultores e os cariocas). cia.
“Tudo cura o tempo, tudo gasta, tudo digere, tudo aca-
Polissíndeto / Assíndeto ba.” (Padre Vieira)
Para estudarmos as duas figuras de construção é ne- Anacoluto
cessário recordar um conceito estudado em sintaxe sobre
período composto. No período composto por coordena- Consiste na mudança da construção sintática no meio
ção, podemos ter orações sindéticas ou assindéticas. A da frase, ficando alguns termos desligados do resto do pe-
oração coordenada ligada por uma conjunção (conectivo)
ríodo. É a quebra da estrutura normal da frase para a intro-
é sindética; a oração que não apresenta conectivo é assin-
dução de uma palavra ou expressão sem nenhuma ligação
dética. Recordado esse conceito, podemos definir as duas
sintática com as demais.
figuras de construção:
Esses alunos da escola, não se pode duvidar deles.
Morrer, todo haveremos de morrer.
1) Polissíndeto - É uma figura caracterizada pela repe-
Aquele garoto, você não disse que ele chegaria logo?
tição enfática dos conectivos. Observe o exemplo: O meni-
no resmunga, e chora, e grita, e ninguém faz nada.
A expressão “esses alunos da escola”, por exemplo,
2) Assíndeto - É uma figura caracterizada pela ausên- deveria exercer a função de sujeito. No entanto, há uma
cia, pela omissão das conjunções coordenativas, resultando interrupção da frase e esta expressão fica à parte, não exer-
no uso de orações coordenadas assindéticas. Exemplos: cendo nenhuma função sintática. O anacoluto também é
Tens casa, tens roupa, tens amor, tens família. chamado de “frase quebrada”, pois corresponde a uma in-
“Vim, vi, venci.” (Júlio César) terrupção na sequência lógica do pensamento.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Figuras de Som
Aliteração - Consiste na repetição de consoantes como recurso para intensificação do ritmo ou como efeito sonoro
significativo.
Três pratos de trigo para três tigres tristes.
Vozes veladas, veludosas vozes... (Cruz e Sousa)
Quem com ferro fere com ferro será ferido.
Fontes de pesquisa:
http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
SACCONI, Luiz Antônio. Nossa gramática completa Sacconi. 30ª ed. Rev. São Paulo: Nova Geração, 2010.
Português linguagens: volume 1 / Wiliam Roberto Cereja, Thereza Cochar Magalhães. – 7ªed. Reform. – São Paulo:
Saraiva, 2010.
Questões
1-) (DEFENSORIA PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO – TÉCNICO SUPERIOR ESPECIALIZADO EM BIBLIOTECO-
NOMIA – FGV/2014 - adaptada) Ao dizer que os shoppings são “cidades”, o autor do texto faz uso de um tipo de linguagem
figurada denominada
(A) metonímia.
(B) eufemismo.
(C) hipérbole.
(D) metáfora.
(E) catacrese.
1-) A metáfora consiste em retirar uma palavra de seu contexto convencional (denotativo) e transportá-la para um novo
campo de significação (conotativa), por meio de uma comparação implícita, de uma similaridade existente entre as duas.
(Fonte:http://educacao.uol.com.br/disciplinas/portugues/metafora-figura-de-palavra-variacoes-e-exemplos.htm)
RESPOSTA: “D”.
A) metonímia
B) prosopopeia
C) hipérbole
D) eufemismo
E) onomatopeia
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LÍNGUA PORTUGUESA
2-) “Eufemismo = é o emprego de uma expressão mais Normalmente, numa prova, o candidato deve:
suave, mais nobre ou menos agressiva, para comunicar al-
guma coisa áspera, desagradável ou chocante”. No caso da 1- Identificar os elementos fundamentais de uma ar-
tirinha, é utilizada a expressão “deram suas vidas por nós” gumentação, de um processo, de uma época (neste caso,
no lugar de “que morreram por nós”. procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o
RESPOSTA: “D”. tempo).
2- Comparar as relações de semelhança ou de diferen-
3-) (CASAL/AL - ADMINISTRADOR DE REDE - COPEVE/ ças entre as situações do texto.
UFAL/2014) 3- Comentar/relacionar o conteúdo apresentado com
Está tão quente que dá para fritar um ovo no asfalto. uma realidade.
O dito popular é, na maioria das vezes, uma figura de 4- Resumir as ideias centrais e/ou secundárias.
linguagem. Entre as 14h30min e às 15h desta terça-feira, 5- Parafrasear = reescrever o texto com outras pala-
horário do dia em que o calor é mais intenso, a tempera- vras.
tura do asfalto, medida com um termômetro de contato,
chegou a 65ºC. Para fritar um ovo, seria preciso que o local Condições básicas para interpretar
alcançasse aproximadamente 90ºC.
Disponível em: http://zerohora.clicrbs.com.br. Acesso Fazem-se necessários:
em: 22 jan. 2014. - Conhecimento histórico-literário (escolas e gêneros
literários, estrutura do texto), leitura e prática;
O texto cita que o dito popular “está tão quente que - Conhecimento gramatical, estilístico (qualidades do
dá para fritar um ovo no asfalto” expressa uma figura de texto) e semântico;
linguagem. O autor do texto refere-se a qual figura de lin-
guagem? Observação – na semântica (significado das palavras)
A) Eufemismo. incluem-se: homônimos e parônimos, denotação e conota-
B) Hipérbole. ção, sinonímia e antonímia, polissemia, figuras de lingua-
C) Paradoxo. gem, entre outros.
D) Metonímia.
E) Hipérbato. - Capacidade de observação e de síntese;
- Capacidade de raciocínio.
3-) A expressão é um exagero! Ela serve apenas para
representar o calor excessivo que está fazendo. A figura
Interpretar / Compreender
que é utilizada “mil vezes” (!) para atingir tal objetivo é a
hipérbole.
Interpretar significa:
RESPOSTA: “B”.
- Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir.
- Através do texto, infere-se que...
- É possível deduzir que...
- O autor permite concluir que...
INTERPRETAÇÃO TEXTUAL - Qual é a intenção do autor ao afirmar que...
Compreender significa
Texto – é um conjunto de ideias organizadas e relacio- - entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
nadas entre si, formando um todo significativo capaz de - o texto diz que...
produzir interação comunicativa (capacidade de codificar - é sugerido pelo autor que...
e decodificar). - de acordo com o texto, é correta ou errada a afirma-
Contexto – um texto é constituído por diversas frases. ção...
Em cada uma delas, há uma informação que se liga com - o narrador afirma...
a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a
estruturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interli- Erros de interpretação
gação dá-se o nome de contexto. O relacionamento entre
as frases é tão grande que, se uma frase for retirada de seu - Extrapolação (“viagem”) = ocorre quando se sai do
contexto original e analisada separadamente, poderá ter contexto, acrescentando ideias que não estão no texto,
um significado diferente daquele inicial. quer por conhecimento prévio do tema quer pela imagi-
Intertexto - comumente, os textos apresentam refe- nação.
rências diretas ou indiretas a outros autores através de cita- - Redução = é o oposto da extrapolação. Dá-se aten-
ções. Esse tipo de recurso denomina-se intertexto. ção apenas a um aspecto (esquecendo que um texto é um
Interpretação de texto - o objetivo da interpretação conjunto de ideias), o que pode ser insuficiente para o en-
de um texto é a identificação de sua ideia principal. A partir tendimento do tema desenvolvido.
daí, localizam-se as ideias secundárias - ou fundamenta- - Contradição = às vezes o texto apresenta ideias con-
ções -, as argumentações - ou explicações -, que levam ao trárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivo-
esclarecimento das questões apresentadas na prova. cadas e, consequentemente, errar a questão.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Observação - Muitos pensam que existem a ótica do - Observe as relações interparágrafos. Um parágrafo
escritor e a ótica do leitor. Pode ser que existam, mas numa geralmente mantém com outro uma relação de continua-
prova de concurso, o que deve ser levado em consideração ção, conclusão ou falsa oposição. Identifique muito bem
é o que o autor diz e nada mais. essas relações.
- Sublinhe, em cada parágrafo, o tópico frasal, ou seja,
Coesão - é o emprego de mecanismo de sintaxe que a ideia mais importante.
relaciona palavras, orações, frases e/ou parágrafos entre si. - Nos enunciados, grife palavras como “correto” ou
Em outras palavras, a coesão dá-se quando, através de um “incorreto”, evitando, assim, uma confusão na hora da
pronome relativo, uma conjunção (NEXOS), ou um prono- resposta – o que vale não somente para Interpretação de
me oblíquo átono, há uma relação correta entre o que se Texto, mas para todas as demais questões!
vai dizer e o que já foi dito. - Se o foco do enunciado for o tema ou a ideia princi-
pal, leia com atenção a introdução e/ou a conclusão.
Observação – São muitos os erros de coesão no dia - Olhe com especial atenção os pronomes relativos,
a dia e, entre eles, está o mau uso do pronome relativo e pronomes pessoais, pronomes demonstrativos, etc., cha-
do pronome oblíquo átono. Este depende da regência do mados vocábulos relatores, porque remetem a outros vo-
verbo; aquele, do seu antecedente. Não se pode esquecer cábulos do texto.
também de que os pronomes relativos têm, cada um, valor
semântico, por isso a necessidade de adequação ao ante- Fontes de pesquisa:
cedente. http://www.tudosobreconcursos.com/materiais/portu-
Os pronomes relativos são muito importantes na in- gues/como-interpretar-textos
terpretação de texto, pois seu uso incorreto traz erros de http://portuguesemfoco.com/pf/09-dicas-para-me-
coesão. Assim sendo, deve-se levar em consideração que lhorar-a-interpretacao-de-textos-em-provas
existe um pronome relativo adequado a cada circunstância, http://www.portuguesnarede.com/2014/03/dicas-pa-
a saber: ra-voce-interpretar-melhor-um.html
- que (neutro) - relaciona-se com qualquer anteceden- http://vestibular.uol.com.br/cursinho/questoes/ques-
te, mas depende das condições da frase. tao-117-portugues.htm
- qual (neutro) idem ao anterior.
- quem (pessoa) Questões
- cujo (posse) - antes dele aparece o possuidor e depois
o objeto possuído. 1-) (SECRETARIA DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO PÚ-
- como (modo) BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM ELETRÔ-
- onde (lugar) NICA – IADES/2014)
- quando (tempo)
- quanto (montante) Gratuidades
Exemplo: Crianças com até cinco anos de idade e adultos com
Falou tudo QUANTO queria (correto) mais de 65 anos de idade têm acesso livre ao Metrô-DF.
Falou tudo QUE queria (errado - antes do QUE, deveria Para os menores, é exigida a certidão de nascimento e, para
aparecer o demonstrativo O). os idosos, a carteira de identidade. Basta apresentar um
documento de identificação aos funcionários posicionados
Dicas para melhorar a interpretação de textos no bloqueio de acesso.
Disponível em: <http://www.metro.df.gov.br/estacoes/
- Leia todo o texto, procurando ter uma visão geral do gratuidades.html> Acesso em: 3/3/2014, com adaptações.
assunto. Se ele for longo, não desista! Há muitos candidatos
na disputa, portanto, quanto mais informação você absorver Conforme a mensagem do primeiro período do texto,
com a leitura, mais chances terá de resolver as questões. assinale a alternativa correta.
- Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa (A) Apenas as crianças com até cinco anos de idade
a leitura. e os adultos com 65 anos em diante têm acesso livre ao
- Leia, leia bem, leia profundamente, ou seja, leia o tex- Metrô-DF.
to, pelo menos, duas vezes – ou quantas forem necessárias. (B) Apenas as crianças de cinco anos de idade e os
- Procure fazer inferências, deduções (chegar a uma adultos com mais de 65 anos têm acesso livre ao Metrô-DF.
conclusão). (C) Somente crianças com, no máximo, cinco anos de
- Volte ao texto quantas vezes precisar. idade e adultos com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre
- Não permita que prevaleçam suas ideias sobre as ao Metrô-DF.
do autor. (D) Somente crianças e adultos, respectivamente, com
- Fragmente o texto (parágrafos, partes) para melhor cinco anos de idade e com 66 anos em diante, têm acesso
compreensão. livre ao Metrô-DF.
- Verifique, com atenção e cuidado, o enunciado de (E) Apenas crianças e adultos, respectivamente, com
cada questão. até cinco anos de idade e com 65 anos em diante, têm
- O autor defende ideias e você deve percebê-las. acesso livre ao Metrô-DF.
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LÍNGUA PORTUGUESA
1-) Dentre as alternativas apresentadas, a única que 3-) Recorramos ao texto: “Localizada às margens do
condiz com as informações expostas no texto é “Somente Lago Paranoá, no Setor de Clubes Esportivos Norte (ao
crianças com, no máximo, cinco anos de idade e adultos lado do Museu de Arte de Brasília – MAB), está a Concha
com, no mínimo, 66 anos têm acesso livre ao Metrô-DF”. Acústica do DF. Projetada por Oscar Niemeyer”. As infor-
RESPOSTA: “C”. mações contidas nas demais alternativas são incoerentes
com o texto.
2-) (SUSAM/AM – TÉCNICO (DIREITO) – FGV/2014 - RESPOSTA: “A”.
adaptada) “Se alguém que é gay procura Deus e tem boa
vontade, quem sou eu para julgá‐lo?” a declaração do
Papa Francisco, pronunciada durante uma entrevista à im-
prensa no final de sua visita ao Brasil, ecoou como um TIPOLOGIA TEXTUAL
trovão mundo afora. Nela existe mais forma que substância
– mas a forma conta”. (...)
(Axé Silva, O Mundo, setembro 2013)
A todo o momento nos deparamos com vários textos,
O texto nos diz que a declaração do Papa ecoou como sejam eles verbais ou não verbais. Em todos há a presença
um trovão mundo afora. Essa comparação traz em si mes- do discurso, isto é, a ideia intrínseca, a essência daquilo
ma dois sentidos, que são que está sendo transmitido entre os interlocutores. Estes
(A) o barulho e a propagação. interlocutores são as peças principais em um diálogo ou
(B) a propagação e o perigo. em um texto escrito.
(C) o perigo e o poder. É de fundamental importância sabermos classificar os
(D) o poder e a energia. textos com os quais travamos convivência no nosso dia a
(E) a energia e o barulho. dia. Para isso, precisamos saber que existem tipos textuais
e gêneros textuais.
Comumente relatamos sobre um acontecimento, um
2-) Ao comparar a declaração do Papa Francisco a um
fato presenciado ou ocorrido conosco, expomos nossa opi-
trovão, provavelmente a intenção do autor foi a de mostrar
nião sobre determinado assunto, descrevemos algum lugar
o “barulho” que ela causou e sua propagação mundo afora.
que visitamos, fazemos um retrato verbal sobre alguém
Você pode responder à questão por eliminação: a segun-
que acabamos de conhecer ou ver. É exatamente nessas
da opção das alternativas relaciona-se a “mundo afora”, ou
situações corriqueiras que classificamos os nossos textos
seja, que se propaga, espalha. Assim, sobraria apenas a al- naquela tradicional tipologia: Narração, Descrição e Dis-
ternativa A! sertação.
RESPOSTA: “A”.
As tipologias textuais caracterizam-se pelos aspec-
3-) (SECRETARIA DE ESTADO DE ADMINISTRAÇÃO PÚ- tos de ordem linguística
BLICA DO DISTRITO FEDERAL/DF – TÉCNICO EM CONTABI-
LIDADE – IADES/2014 - adaptada) Os tipos textuais designam uma sequência definida
Concha Acústica pela natureza linguística de sua composição. São observa-
Localizada às margens do Lago Paranoá, no Setor de dos aspectos lexicais, sintáticos, tempos verbais, relações
Clubes Esportivos Norte (ao lado do Museu de Arte de lógicas. Os tipos textuais são o narrativo, descritivo, argu-
Brasília – MAB), está a Concha Acústica do DF. Projetada mentativo/dissertativo, injuntivo e expositivo.
por Oscar Niemeyer, foi inaugurada oficialmente em 1969
e doada pela Terracap à Fundação Cultural de Brasília (hoje - Textos narrativos – constituem-se de verbos de ação
Secretaria de Cultura), destinada a espetáculos ao ar livre. demarcados no tempo do universo narrado, como também
Foi o primeiro grande palco da cidade. de advérbios, como é o caso de antes, agora, depois, entre
Disponível em: <http://www.cultura.df.gov.br/nossa- outros: Ela entrava em seu carro quando ele apareceu. De-
cultura/concha- acustica.html>. Acesso em: 21/3/2014, pois de muita conversa, resolveram...
com adaptações.
- Textos descritivos – como o próprio nome indica,
Assinale a alternativa que apresenta uma mensagem descrevem características tanto físicas quanto psicológicas
compatível com o texto. acerca de um determinado indivíduo ou objeto. Os tempos
(A) A Concha Acústica do DF, que foi projetada por Os- verbais aparecem demarcados no presente ou no pretérito
car Niemeyer, está localizada às margens do Lago Paranoá, imperfeito: “Tinha os cabelos mais negros como a asa da
no Setor de Clubes Esportivos Norte. graúna...”
(B) Oscar Niemeyer projetou a Concha Acústica do DF
em 1969. - Textos expositivos – Têm por finalidade explicar um
(C) Oscar Niemeyer doou a Concha Acústica ao que assunto ou uma determinada situação que se almeje de-
hoje é a Secretaria de Cultura do DF. senvolvê-la, enfatizando acerca das razões de ela aconte-
(D) A Terracap transformou-se na Secretaria de Cultura cer, como em: O cadastramento irá se prorrogar até o dia 02
do DF. de dezembro, portanto, não se esqueça de fazê-lo, sob pena
(E) A Concha Acústica foi o primeiro palco de Brasília. de perder o benefício.
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c) Outras frases são construídas com verbos intransiti- Neste caso, há uma oração adjetiva intercalada.
vos, que não têm complemento: As orações adjetivas explicativas desempenham fre-
O menino morreu na Alemanha. (sujeito + verbo + ad- quentemente um papel semelhante ao do aposto explicati-
junto adverbial) vo, por isto são também isoladas por vírgula.
A globalização nasceu no século XX. (idem)
d) Há ainda frases nominais que não possuem verbos: A globalização causa, caro leitor, desemprego no Brasil…
cada macaco no seu galho. Nestes tipos de frase, a ordem Neste outro caso, há um vocativo entre o verbo e o seu
direta faz-se naturalmente. Usam-se apenas os termos complemento.
existentes nelas.
A globalização causa desemprego, e isto é lamentável,
Levando em consideração a ordem direta, podemos no Brasil…
estabelecer três regras básicas para o uso da vírgula: Aqui, há uma oração intercalada (note que ela não per-
1)Se os termos estão colocados na ordem direta não tence ao assunto: globalização, da frase principal, tal ora-
haverá a necessidade de vírgulas. A frase (2) é um exemplo ção é apenas um comentário à parte entre o complemento
disto: verbal e os adjuntos).
A globalização está causando desemprego no Brasil e na
América Latina. Observação: a simples negação em uma frase não exi-
ge vírgula: A globalização não causou desemprego no Brasil
Todavia, ao repetir qualquer um dos termos da oração e na América Latina.
por três vezes ou mais, então é necessário usar a vírgula,
mesmo que estejamos usando a ordem direta. Esta é a re- 3)Quando “quebramos” a ordem direta, invertendo-a,
gra básica nº1 para a colocação da vírgula. Veja: tal quebra torna a vírgula necessária. Esta é a regra nº3 da
A globalização, a tecnologia e a “ciranda financeira” colocação da vírgula.
causam desemprego…
(três núcleos do sujeito) No Brasil e na América Latina, a globalização está cau-
sando desemprego…
A globalização causa desemprego no Brasil, na América No fim do século XX, a globalização causou desemprego
Latina e na África. no Brasil…
(três adjuntos adverbiais)
Nota-se que a quebra da ordem direta frequentemente
A globalização está causando desemprego, insatisfação se dá com a colocação das circunstâncias antes do sujeito.
e sucateamento industrial no Brasil e na América Latina. Trata-se da ordem inversa. Estas circunstâncias, em gramá-
(três complementos verbais) tica, são representadas pelos adjuntos adverbiais. Muitas
vezes, elas são colocadas em orações chamadas adverbiais
2)Em princípio, não devemos, na ordem direta, sepa- que têm uma função semelhante a dos adjuntos adverbiais,
rar com vírgula o sujeito e o verbo, nem o verbo e o seu isto é, denotam tempo, lugar, etc. Exemplos:
complemento, nem o complemento e as circunstâncias, ou
seja, não devemos separar com vírgula os termos da ora- Quando o século XX estava terminando, a globalização
ção. Veja exemplos de tal incorreção: começou a causar desemprego.
Enquanto os países portadores de alta tecnologia de-
O Brasil, será feliz. A globalização causa, o desemprego. senvolvem-se, a globalização causa desemprego nos países
pobres.
Ao intercalarmos alguma palavra ou expressão entre Durante o século XX, a Globalização causou desempre-
os termos da oração, cabe isolar tal termo entre vírgulas, go no Brasil.
assim o sentido da ideia principal não se perderá. Esta é
a regra básica nº 2 para a colocação da vírgula. Dito em Observação: quanto à equivalência e transformação de
outras palavras: quando intercalamos expressões e frases estruturas, um exemplo muito comum cobrado em provas
entre os termos da oração, devemos isolar os mesmos com é o enunciado trazer uma frase no singular e pedir a passa-
vírgulas. Vejamos: gem para o plural, mantendo o sentido. Outro exemplo é a
A globalização, fenômeno econômico deste fim de sécu- mudança de tempos verbais.
lo XX, causa desemprego no Brasil.
Fonte de pesquisa:
Aqui um aposto à globalização foi intercalado entre o http://ricardovigna.wordpress.com/2009/02/02/estu-
sujeito e o verbo. dos-de-linguagem-1-estrutura-frasal-e-pontuacao/
Outros exemplos:
A globalização, que é um fenômeno econômico e cultu-
ral, está causando desemprego no Brasil e na América Lati-
na.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Questões
ESTRUTURA TEXTUAL
1-) (TRF/3ª REGIÃO - ANALISTA JUDICIÁRIO - FCC/2014
- adaptada)
Reunir-se para ouvir alguém ler tornou-se uma prática
necessária e comum no mundo laico da Idade Média. Até Primeiramente, o que nos faz produzir um texto é a ca-
a invenção da imprensa, a alfabetização era rara e os livros, pacidade que temos de pensar. Por meio do pensamento,
propriedade dos ricos, privilégio de um pequeno punhado elaboramos todas as informações que recebemos e orien-
de leitores. tamos as ações que interferem na realidade e organização
Embora alguns desses senhores afortunados ocasional- de nossos escritos. O que lemos é produto de um pensa-
mente emprestassem seus livros, eles o faziam para um nú- mento transformado em texto.
mero limitado de pessoas da própria classe ou família. Logo, como cada um de nós tem seu modo de pen-
(Adaptado de: MANGUEL, Alberto, op.cit.) sar, quando escrevemos sempre procuramos uma maneira
organizada do leitor compreender as nossas ideias. A fina-
Mantêm-se a correção e as relações de sentido estabe- lidade da escrita é direcionar totalmente o que você quer
lecidas no texto, substituindo-se Embora (2.º parágrafo) por dizer, por meio da comunicação.
(A) Contudo. Para isso, os elementos que compõem o texto se sub-
(B) Desde que. dividem em: introdução, desenvolvimento e conclusão. To-
(C) Porquanto. dos eles devem ser organizados de maneira equilibrada.
(D) Uma vez que.
(E) Conquanto. Introdução
1-) “Embora” é uma conjunção concessiva (apresenta Caracterizada pela entrada no assunto e a argumenta-
uma exceção à regra). A outra conjunção concessiva é “con- ção inicial. A ideia central do texto é apresentada nessa eta-
quanto”. pa. Essa apresentação deve ser direta, sem rodeios. O seu
RESPOSTA: “E”. tamanho raramente excede a 1/5 de todo o texto. Porém,
em textos mais curtos, essa proporção não é equivalente.
2-) (PRODEST/ES – ASSISTENTE ORGANIZACIONAL – Neles, a introdução pode ser o próprio título. Já nos textos
VUNESP/2014 - adaptada) Considere o trecho: “Se o senhor mais longos, em que o assunto é exposto em várias pági-
não se importa, vou levar minha sobrinha ao dentista, mas nas, ela pode ter o tamanho de um capítulo ou de uma par-
posso quebrar o galho e fazer sua corrida”. Esse trecho está te precedida por subtítulo. Nessa situação, pode ter vários
corretamente reescrito e mantém o sentido em: parágrafos. Em redações mais comuns, que em média têm
(A) Uma vez que o senhor não se importe, vou levar mi- de 25 a 80 linhas, a introdução será o primeiro parágrafo.
nha sobrinha ao dentista, assim que possa quebrar o galho
e fazer sua corrida. Desenvolvimento
(B) Já que o senhor não se importa, vou levar minha so-
brinha ao dentista, porque posso quebrar o galho e fazer A maior parte do texto está inserida no desenvol-
sua corrida. vimento, que é responsável por estabelecer uma ligação
(C) À medida que o senhor não se importe, vou levar entre a introdução e a conclusão. É nessa etapa que são
minha sobrinha ao dentista, logo que possa quebrar o galho elaboradas as ideias, os dados e os argumentos que sus-
e fazer sua corrida. tentam e dão base às explicações e posições do autor. É ca-
(D) Caso o senhor não se importe, vou levar minha so- racterizado por uma “ponte” formada pela organização das
brinha ao dentista, no entanto posso quebrar o galho e fazer ideias em uma sequência que permite formar uma relação
sua corrida. equilibrada entre os dois lados.
(E) Para que o senhor não se importe, vou levar minha O autor do texto revela sua capacidade de discutir um
sobrinha ao dentista, todavia posso quebrar o galho e fazer determinado tema no desenvolvimento, e é através desse
sua corrida. que o autor mostra sua capacidade de defender seus pon-
tos de vista, além de dirigir a atenção do leitor para a con-
2-) “Se o senhor não se importa, vou levar minha so- clusão. As conclusões são fundamentadas a partir daqui.
brinha ao dentista, mas posso quebrar o galho e fazer sua Para que o desenvolvimento cumpra seu objetivo, o es-
corrida” critor já deve ter uma ideia clara de como será a conclusão.
O primeiro período é introduzido por uma conjunção Daí a importância em planejar o texto.
condicional (“se”); o segundo, conjunção adversativa. As Em média, o desenvolvimento ocupa 3/5 do texto, no
conjunções apresentadas que têm a mesma classificação, mínimo. Já nos textos mais longos, pode estar inserido em
respectivamente, e que, por isso, poderiam substituir ade- capítulos ou trechos destacados por subtítulos. Apresentar-
quadamente as destacadas no enunciado são “caso” e “no se-á no formato de parágrafos medianos e curtos.
entanto”. Acredito que, mesmo que você não saiba a clas- Os principais erros cometidos no desenvolvimento são
sificação das conjunções, conseguiria responder à questão o desvio e a desconexão da argumentação. O primeiro está
apenas utilizando a coerência: as demais alternativas não relacionado ao autor tomar um argumento secundário que
a têm. se distancia da discussão inicial, ou quando se concentra
RESPOSTA: “D”. em apenas um aspecto do tema e esquece o seu todo. O
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Assim, se nosso interlocutor for homem, o correto é “Vossa - deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de
Excelência está atarefado”, “Vossa Senhoria deve estar satis- corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas
feito”; se for mulher, “Vossa Excelência está atarefada”, “Vossa de rodapé;
Senhoria deve estar satisfeita”. - para símbolos não existentes na fonte Times New Ro-
No envelope, o endereçamento das comunicações diri- man poder-se-á utilizar as fontes Symbol e Wingdings;
gidas às autoridades tratadas por Vossa Excelência, terá a se- - é obrigatório constar a partir da segunda página o
guinte forma: número da página;
- os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
A Sua Excelência o Senhor impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
Fulano de Tal gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Ministro de Estado da Justiça páginas pares (“margem espelho”);
70.064-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
no mínimo, 3,0 cm de largura;
A Sua Excelência o Senhor
- o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
Senador Fulano de Tal
distância da margem esquerda;
Senado Federal
70.165-900 – Brasília. DF - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Senhor Ministro, - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
Submeto a Vossa Excelência projeto (...) nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Fechos para Comunicações em branco;
O fecho das comunicações oficiais possui, além da fina- - não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
lidade de arrematar o texto, a de saudar o destinatário. Os linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
modelos para fecho que vinham sendo utilizados foram re- das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
gulados pela Portaria nº1 do Ministério da Justiça, de 1937, elegância e a sobriedade do documento;
que estabelecia quinze padrões. Com o fito de simplificá-los - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
e uniformiza-los, este Manual estabelece o emprego de so- papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
mente dois fechos diferentes para todas as modalidades de para gráficos e ilustrações;
comunicação oficial: - todos os tipos de documentos do Padrão Ofício de-
a) para autoridades superiores, inclusive o Presidente vem ser impressos em papel de tamanho A-4, ou seja, 29,7
da República: Respeitosamente, x 21,0 cm;
b) para autoridades de mesma hierarquia ou de hie- - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
rarquia inferior: Atenciosamente, arquivo Rich Text nos documentos de texto;
- dentro do possível, todos os documentos elabora-
Ficam excluídas dessa fórmula as comunicações dirigidas dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
a autoridades estrangeiras, que atendem a rito e tradição pró- posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
prios, devidamente disciplinados no Manual de Redação do gos;
Ministério das Relações Exteriores. - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
vem ser formados da seguinte maneira:
Identificação do Signatário
tipo do documento + número do documento + pala-
Excluídas as comunicações assinadas pelo Presidente da
vras-chaves do conteúdo
República, todas as demais comunicações oficiais devem trazer
Ex.: “Of. 123 - relatório produtividade ano 2002”
o nome e o cargo da autoridade que as expede, abaixo do local
de sua assinatura. A forma da identificação deve ser a seguinte:
Aviso e Ofício
(espaço para assinatura)
Nome Definição e Finalidade
Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República Aviso e ofício são modalidades de comunicação oficial
praticamente idênticas. A única diferença entre eles é que
(espaço para assinatura) o aviso é expedido exclusivamente por Ministros de Estado,
Nome para autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofí-
Ministro de Estado da Justiça cio é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Para evitar equívocos, recomenda-se não deixar a assi- gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
natura em página isolada do expediente. Transfira para essa também com particulares.
página ao menos a última frase anterior ao fecho.
Forma e Estrutura
Forma de diagramação Quanto a sua forma, aviso e ofício seguem o modelo
Os documentos do Padrão Ofício devem obedecer à do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
seguinte forma de apresentação: destinatário, seguido de vírgula.
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A mensagem, como os demais atos assinados pelo Pre- Forma e Estrutura - Um dos atrativos de comunica-
sidente da República, não traz identificação de seu signa- ção por correio eletrônico é sua flexibilidade. Assim, não
tário. interessa definir forma rígida para sua estrutura. Entretanto,
deve-se evitar o uso de linguagem incompatível com uma
Telegrama comunicação oficial.
O campo “assunto” do formulário de correio eletrôni-
Definição e Finalidade - Com o fito de uniformizar a co mensagem deve ser preenchido de modo a facilitar a
terminologia e simplificar os procedimentos burocráticos, organização documental tanto do destinatário quanto do
passa a receber o título de telegrama toda comunicação remetente.
oficial expedida por meio de telegrafia, telex, etc. Para os arquivos anexados à mensagem, deve ser utili-
Por tratar-se de forma de comunicação dispendiosa aos zado, preferencialmente, o formato Rich Text. A mensagem
cofres públicos e tecnologicamente superada, deve restringir- que encaminha algum arquivo deve trazer informações mí-
se o uso do telegrama apenas àquelas situações que não seja nimas sobre seu conteúdo.
possível o uso de correio eletrônico ou fax e que a urgência Sempre que disponível, deve-se utilizar recurso de con-
justifique sua utilização. Em razão de seu custo elevado, esta firmação de leitura. Caso não seja disponível, deve constar
forma de comunicação deve pautar-se pela concisão. na mensagem o pedido de confirmação de recebimento.
Forma e Estrutura - Não há padrão rígido, devendo- Valor documental - Nos termos da legislação em vi-
se seguir a forma e a estrutura dos formulários disponíveis gor, para que a mensagem de correio eletrônico tenha valor
nas agências dos Correios e em seu sítio na Internet. documental, e para que possa ser aceito como documento
original, é necessário existir certificação digital que ateste
Fax a identidade do remetente, na forma estabelecida em lei.
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O Presidente - regressou - (ontem). Certo: Não vejo mal em o Governo proceder assim.
2. Sujeito - verbo transitivo direto - objeto direto - (ad- Errado: Antes destes requisitos serem cumpridos, (...).
junto adverbial) Certo: Antes de estes requisitos serem cumpridos, (...).
O Chefe da Divisão - assinou - o termo de posse - (na
manhã de terça-feira). Errado: Apesar da Assessoria ter informado em tempo, (...).
Certo: Apesar de a Assessoria ter informado em tempo, (...).
3. Sujeito - verbo transitivo indireto - objeto indireto -
(adjunto adverbial). Frases Fragmentadas
O Brasil - precisa - de gente honesta - (em todos os se- A fragmentação de frases “consiste em pontuar uma
tores). oração subordinada ou uma simples locução como se fosse
uma frase completa”. Decorre da pontuação errada de uma
frase simples. Embora seja usada como recurso estilístico na
4. Sujeito - verbo transitivo direto e indireto - obj. dire-
literatura, a fragmentação de frases deve ser evitada nos
to - obj. indireto - (adj. Adv.)
textos oficiais, pois muitas vezes dificulta a compreensão.
Os desempregados - entregaram - suas reivindicações -
Exemplo:
ao Deputado - (no Congresso). Errado: O programa recebeu a aprovação do Congresso
5. Sujeito - verbo transitivo indireto - complemento ad- Nacional. Depois de ser longamente debatido.
verbial - (adjunto adverbial) Certo: O programa recebeu a aprovação do Congresso
A reunião do Grupo de Trabalho - ocorrerá - em Buenos Nacional, depois de ser longamente debatido.
Aires - (na próxima semana). Certo: Depois de ser longamente debatido, o programa re-
O Presidente - voltou - da Europa - (na sexta-feira) cebeu a aprovação do Congresso Nacional.
6. Sujeito - verbo de ligação - predicativo - (adjunto ad- Errado: O projeto de Convenção foi oportunamente sub-
verbial) metido ao Presidente da República, que o aprovou. Consultadas
O problema - será - resolvido - prontamente. as áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
Certo: O projeto de Convenção foi oportunamente subme-
Estes seriam os padrões básicos para as orações, ou seja, tido ao Presidente da República, que o aprovou, consultadas as
as frases que possuem apenas um verbo conjugado. Na cons- áreas envolvidas na elaboração do texto legal.
trução de períodos, as várias funções podem ocorrer em or-
dem inversa à mencionada, misturando-se e confundindo-se. Erros de Paralelismo
Não interessa aqui análise exaustiva de todos os padrões exis- Uma das convenções estabelecidas na linguagem escrita
tentes na língua portuguesa. O que importa é fixar a ordem “consiste em apresentar ideias similares numa forma gramati-
normal dos elementos nesses seis padrões básicos. Acrescen- cal idêntica”, o que se chama de paralelismo. Assim, incorre-se
te-se que períodos mais complexos, compostos por duas ou em erro ao conferir forma não paralela a elementos paralelos.
mais orações, em geral podem ser reduzidos aos padrões bá- Vejamos alguns exemplos:
sicos (de que derivam).
Os problemas mais frequentemente encontrados na Errado: Pelo aviso circular recomendou-se aos Ministérios eco-
construção de frases dizem respeito à má pontuação, à am- nomizar energia e que elaborassem planos de redução de despesas.
biguidade da ideia expressa, à elaboração de falsos paralelis-
Na frase temos, nas duas orações subordinadas que com-
mos, erros de comparação, etc. Decorrem, em geral, do des-
pletam o sentido da principal, duas estruturas diferentes para
conhecimento da ordem das palavras na frase. Indicam-se, a
ideias equivalentes: a primeira oração (economizar energia) é
seguir, alguns desses defeitos mais comuns e recorrentes na
reduzida de infinitivo, enquanto a segunda (que elaborassem
construção de frases, registrados em documentos oficiais. planos de redução de despesas) é uma oração desenvolvida
introduzida pela conjunção integrante que. Há mais de uma
Sujeito possibilidade de escrevê-la com clareza e correção; uma seria
Como dito, o sujeito é o ser de quem se fala ou que exe- a de apresentar as duas orações subordinadas como desen-
cuta a ação enunciada na oração. Ele pode ter complemen- volvidas, introduzidas pela conjunção integrante que:
to, mas não ser complemento. Devem ser evitadas, portanto,
construções como: Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
que economizassem energia e (que) elaborassem planos para
Errado: É tempo do Congresso votar a emenda. redução de despesas.
Certo: É tempo de o Congresso votar a emenda.
Outra possibilidade: as duas orações são apresentadas
Errado: Apesar das relações entre os países estarem cor- como reduzidas de infinitivo:
tadas, (...). Certo: Pelo aviso circular, recomendou-se aos Ministérios
Certo: Apesar de as relações entre os países estarem cor- economizar energia e elaborar planos para redução de despesas.
tadas, (...).
Nas duas correções respeita-se a estrutura paralela na
Errado: Não vejo mal no Governo proceder assim. coordenação de orações subordinadas.
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Mais um exemplo de frase inaceitável na língua escrita culta: Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o de
Errado: No discurso de posse, mostrou determinação, não um médico.
ser inseguro, inteligência e ter ambição.
Errado: O alcance do Decreto é diferente da Portaria.
O problema aqui decorre de coordenar palavras (subs- Novamente, a não repetição dos termos comparados
tantivos) com orações (reduzidas de infinitivo). confunde. Alternativas para correção:
Para tornar a frase clara e correta, pode-se optar ou por Certo: O alcance do Decreto é diferente do alcance da Por-
transformá-la em frase simples, substituindo as orações redu- taria.
zidas por substantivos: Certo: O alcance do Decreto é diferente do da Portaria.
Certo: No discurso de posse, mostrou determinação, segu- Errado: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas
rança, inteligência e ambição. do que os Ministérios do Governo.
No exemplo acima, a omissão da palavra “outros” (ou
Atentemos, ainda, para o problema inverso, o falso pa- “demais”) acarretou imprecisão:
ralelismo, que ocorre ao se dar forma paralela (equivalente) Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
a ideias de hierarquia diferente ou, ainda, ao se apresentar, que os outros Ministérios do Governo.
de forma paralela, estruturas sintáticas distintas: Certo: O Ministério da Educação dispõe de mais verbas do
Errado: O Presidente visitou Paris, Bonn, Roma e o Papa. que os demais Ministérios do Governo.
Ambiguidade
Nesta frase, colocou-se em um mesmo nível cidades (Pa-
ris, Bonn, Roma) e uma pessoa (o Papa). Uma possibilidade Ambígua é a frase ou oração que pode ser tomada em
de correção é transformá-la em duas frases simples, com o mais de um sentido. Como a clareza é requisito básico de
cuidado de não repetir o verbo da primeira (visitar): todo texto oficial, deve-se atentar para as construções que
Certo: O Presidente visitou Paris, Bonn e Roma. Nesta últi- possam gerar equívocos de compreensão.
ma capital, encontrou-se com o Papa. A ambiguidade decorre, em geral, da dificuldade de
identificar a qual palavra se refere um pronome que possui
Mencionemos, por fim, o falso paralelismo provocado mais de um antecedente na terceira pessoa. Pode ocorrer
pelo uso inadequado da expressão “e que” num período que com:
não contém nenhum “que” anterior.
Errado: O novo procurador é jurista renomado, e que tem - pronomes pessoais:
sólida formação acadêmica. Ambíguo: O Ministro comunicou a seu secretariado que
ele seria exonerado.
Para corrigir a frase, suprimimos o pronome relativo: Claro: O Ministro comunicou exoneração dele a seu se-
Certo: O novo procurador é jurista renomado e tem sólida cretariado.
formação acadêmica. Ou então, caso o entendimento seja outro:
Claro: O Ministro comunicou a seu secretariado a exo-
Outro exemplo de falso paralelismo com “e que”: neração deste.
Errado: Neste momento, não se devem adotar medidas
precipitadas, e que comprometam o andamento de todo o pro- - pronomes possessivos e pronomes oblíquos:
grama. Ambíguo: O Deputado saudou o Presidente da Repúbli-
Da mesma forma com que corrigimos o exemplo anterior, ca, em seu discurso, e solicitou sua intervenção no seu Esta-
aqui podemos suprimir a conjunção: do, mas isso não o surpreendeu.
Certo: Neste momento, não se devem adotar medidas pre- Observe a multiplicidade de ambiguidade no exemplo
cipitadas, que comprometam o andamento de todo o progra- acima, a qual torna incompreensível o sentido da frase.
ma. Claro: Em seu discurso o Deputado saudou o Presidente
da República. No pronunciamento, solicitou a intervenção
Erros de Comparação
federal em seu Estado, o que não surpreendeu o Presidente
da República.
A omissão de certos termos ao fazermos uma compara-
ção, omissão própria da língua falada, deve ser evitada na lín-
- pronome relativo:
gua escrita, pois compromete a clareza do texto: nem sempre
Ambíguo: Roubaram a mesa do gabinete em que eu
é possível identificar, pelo contexto, qual o termo omitido. A
costumava trabalhar.
ausência indevida de um termo pode impossibilitar o enten-
dimento do sentido que se quer dar a uma frase: Não fica claro se o pronome relativo da segunda ora-
ção faz referência “à mesa” ou “a gabinete”. Esta ambigui-
Errado: O salário de um professor é mais baixo do que um dade se deve ao pronome relativo “que”, sem marca de gê-
médico. nero. A solução é recorrer às formas o qual, a qual, os quais,
A omissão de termos provocou uma comparação indevi- as quais, que marcam gênero e número.
da: “o salário de um professor” com “um médico”. Claro: Roubaram a mesa do gabinete no qual eu costu-
Certo: O salário de um professor é mais baixo do que o mava trabalhar.
salário de um médico. Se o entendimento é outro, então:
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Claro: Roubaram a mesa do gabinete na qual eu costu- dos pronomes de tratamento apresentados nas alternati-
mava trabalhar. vas, o pronome demonstrativo será “sua”. Descartamos, en-
tão, os itens A, C e E. Agora recorramos ao pronome ade-
Há, ainda, outro tipo de ambiguidade, que decorre da quado a ser utilizado para deputados. Segundo o Manual
dúvida sobre a que se refere a oração reduzida: de Redação Oficial, temos:
Ambíguo: Sendo indisciplinado, o Chefe admoestou o Vossa Excelência, para as seguintes autoridades:
funcionário. b) do Poder Legislativo: Presidente, Vice–Presidente e
Para evitar o tipo de ambiguidade do exemplo acima, Membros da Câmara dos Deputados e do Senado Federal
deve-se deixar claro qual o sujeito da oração reduzida. (...).
Claro: O Chefe admoestou o funcionário por ser este RESPOSTA: “D”.
indisciplinado.
2-) (ANTAQ – ESPECIALISTA EM REGULAÇÃO DE SER-
Ambíguo: Depois de examinar o paciente, uma senhora VIÇOS DE TRANSPORTES AQUAVIÁRIOS – CESPE/2014)
chamou o médico. Considerando aspectos estruturais e linguísticos das cor-
Claro: Depois que o médico examinou o paciente, foi respondências oficiais, julgue os itens que se seguem, de
chamado por uma senhora. acordo com o Manual de Redação da Presidência da Re-
pública.
O tratamento Digníssimo deve ser empregado para to-
Fontes de pesquisa:
das as autoridades do poder público, uma vez que a dig-
http://www.redacaooficial.com.br/redacao_oficial_pu-
nidade é tida como qualidade inerente aos ocupantes de
blicacoes_ver.php?id=2
cargos públicos.
http://portuguesxconcursos.blogspot.com.br/p/reda-
( ) CERTO ( ) ERRADO
cao-oficial-para-concursos.html
2-) Vamos ao Manual: O Manual ainda preceitua que a
Questões forma de tratamento “Digníssimo” fica abolida (...) afinal, a
dignidade é condição primordial para que tais cargos públi-
1-) (TJ-PA - MÉDICO PSIQUIATRA - VUNESP - 2014) cos sejam ocupados.
Leia o seguinte fragmento de um ofício, citado do Manual Fonte: http://www.redacaooficial.com.br/redacao_ofi-
de Redação da Presidência da República, no qual expres- cial_publicacoes_ver.php?id=2
sões foram substituídas por lacunas. RESPOSTA: “ERRADO”.
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Partícula apassivadora: ligada a verbo que pede ob- Quanto ao nível informal, por sua vez, representa o es-
jeto direto, caracteriza as orações que estão na voz passi- tilo considerado “de menor prestígio”, e isto tem gerado
va sintética. É também chamada de pronome apassivador. controvérsias entre os estudos da língua, uma vez que, para
Nesse caso, não exerce função sintática, seu papel é apenas a sociedade, aquela pessoa que fala ou escreve de maneira
apassivar o verbo. errônea é considerada “inculta”, tornando-se desta forma
um estigma.
Vendem-se casas. Compondo o quadro do padrão informal da lingua-
Aluga-se carro. gem, estão as chamadas variedades linguísticas, as quais
Compram-se joias. representam as variações de acordo com as condições so-
Índice de indeterminação do sujeito: vem ligando a ciais, culturais, regionais e históricas em que é utilizada.
um verbo que não é transitivo direto, tornando o sujeito Dentre elas destacam-se:
indeterminado. Não exerce propriamente uma função sin-
tática, seu papel é o de indeterminar o sujeito. Lembre-se Variações históricas: Dado o dinamismo que a lín-
de que, nesse caso, o verbo deverá estar na terceira pessoa gua apresenta, a mesma sofre transformações ao longo do
do singular. tempo. Um exemplo bastante representativo é a questão
da ortografia, se levarmos em consideração a palavra far-
Trabalha-se de dia. mácia, uma vez que a mesma era grafada com “ph”, con-
Precisa-se de vendedores. trapondo-se à linguagem dos internautas, a qual se fun-
damenta pela supressão do vocábulos. Analisemos, pois, o
Pronome reflexivo: quando a palavra se é pronome fragmento exposto:
pessoal, ela deverá estar sempre na mesma pessoa do su-
jeito da oração de que faz parte. Por isso o pronome oblí-
quo se sempre será reflexivo (equivalendo a a si mesmo), Antigamente
podendo assumir as seguintes funções sintáticas:
“Antigamente, as moças chamavam-se mademoiselles e
eram todas mimosas e muito prendadas. Não faziam anos:
* objeto direto
completavam primaveras, em geral dezoito. Os janotas,
Ele cortou-se com o facão.
mesmo sendo rapagões, faziam-lhes pé-de-alferes, arras-
* objeto indireto
tando a asa, mas ficavam longos meses debaixo do balaio.”
Ele se atribui muito valor.
Carlos Drummond de Andrade
* sujeito de um infinitivo
Comparando-o à modernidade, percebemos um voca-
“Sofia deixou-se estar à janela.”
bulário antiquado.
* Texto adaptado por Por Marina Cabral Variações regionais: São os chamados dialetos, que
são as marcas determinantes referentes a diferentes re-
Fonte: http://brasilescola.uol.com.br/gramatica/classi- giões. Como exemplo, citamos a palavra mandioca que,
ficacao-das-palavras-que-e-se.htm em certos lugares, recebe outras nomenclaturas, tais como:
macaxeira e aipim. Figurando também esta modalidade es-
tão os sotaques, ligados às características orais da lingua-
gem.
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LÍNGUA PORTUGUESA
Para telha dizem teia Releva considerar, assim, o momento do discurso, que
Para telhado dizem teiado pode ser íntimo, neutro ou solene. O momento íntimo é o
E vão fazendo telhados. das liberdades da fala. No recesso do lar, na fala entre ami-
Oswald de Andrade gos, parentes, namorados, etc., portanto, são consideradas
perfeitamente normais construções do tipo:
Fonte: http://www.brasilescola.com/gramatica/varia- Eu não vi ela hoje.
coes-linguisticas.htm Ninguém deixou ele falar.
Deixe eu ver isso!
Eu te amo, sim, mas não abuse!
Níveis de linguagem Não assisti o filme nem vou assisti-lo.
Sou teu pai, por isso vou perdoá-lo.
A língua é um código de que se serve o homem para
elaborar mensagens, para se comunicar. Existem basica- Nesse momento, a informalidade prevalece sobre a
mente duas modalidades de língua, ou seja, duas línguas norma culta, deixando mais livres os interlocutores.
funcionais: O momento neutro é o do uso da língua-padrão, que
1) a língua funcional de modalidade culta, língua culta é a língua da Nação. Como forma de respeito, tomam-se
ou língua-padrão, que compreende a língua literária, tem por base aqui as normas estabelecidas na gramática, ou
por base a norma culta, forma linguística utilizada pelo seja, a norma culta. Assim, aquelas mesmas construções se
segmento mais culto e influente de uma sociedade. Cons- alteram:
titui, em suma, a língua utilizada pelos veículos de comu- Eu não a vi hoje.
nicação de massa (emissoras de rádio e televisão, jornais, Ninguém o deixou falar.
revistas, painéis, anúncios, etc.), cuja função é a de serem Deixe-me ver isso!
aliados da escola, prestando serviço à sociedade, colabo- Eu te amo, sim, mas não abuses!
rando na educação; Não assisti ao filme nem vou assistir a ele.
2) a língua funcional de modalidade popular; língua po-
Sou seu pai, por isso vou perdoar-lhe.
pular ou língua cotidiana, que apresenta gradações as mais
diversas, tem o seu limite na gíria e no calão.
Considera-se momento neutro o utilizado nos veículos
Norma culta:
de comunicação de massa (rádio, televisão, jornal, revista,
etc.). Daí o fato de não se admitirem deslizes ou transgres-
A norma culta, forma linguística que todo povo civiliza-
sões da norma culta na pena ou na boca de jornalistas,
do possui, é a que assegura a unidade da língua nacional.
quando no exercício do trabalho, que deve refletir serviço
E justamente em nome dessa unidade, tão importante do
à causa do ensino.
ponto de vista político--cultural, que é ensinada nas esco-
las e difundida nas gramáticas. Sendo mais espontânea e O momento solene, acessível a poucos, é o da arte
criativa, a língua popular afigura-se mais expressiva e dinâ- poética, caracterizado por construções de rara beleza.
mica. Temos, assim, à guisa de exemplificação: Vale lembrar, finalmente, que a língua é um costume.
Estou preocupado. (norma culta) Como tal, qualquer transgressão, ou chamado erro, deixa
Tô preocupado. (língua popular) de sê-lo no exato instante em que a maioria absoluta o co-
Tô grilado. (gíria, limite da língua popular) mete, passando, assim, a constituir fato linguístico registro
de linguagem definitivamente consagrado pelo uso, ainda
Não basta conhecer apenas uma modalidade de lín- que não tenha amparo gramatical. Exemplos:
gua; urge conhecer a língua popular, captando-lhe a es- Olha eu aqui! (Substituiu: Olha-me aqui!)
pontaneidade, expressividade e enorme criatividade, para Vamos nos reunir. (Substituiu: Vamo-nos reunir.)
viver; urge conhecer a língua culta para conviver. Não vamos nos dispersar. (Substituiu: Não nos vamos
Podemos, agora, definir gramática: é o estudo das nor- dispersar e Não vamos dispersar-nos.)
mas da língua culta. Tenho que sair daqui depressinha. (Substituiu: Tenho de
sair daqui bem depressa.)
O conceito de erro em língua: O soldado está a postos. (Substituiu: O soldado está no
seu posto.)
Em rigor, ninguém comete erro em língua, exceto nos
casos de ortografia. O que normalmente se comete são As formas impeço, despeço e desimpeço, dos verbos im-
transgressões da norma culta. De fato, aquele que, num pedir, despedir e desimpedir, respectivamente, são exemplos
momento íntimo do discurso, diz: “Ninguém deixou ele fa- também de transgressões ou “erros” que se tornaram fatos
lar”, não comete propriamente erro; na verdade, transgride linguísticos, já que só correm hoje porque a maioria viu
a norma culta. tais verbos como derivados de pedir, que tem início, na sua
Um repórter, ao cometer uma transgressão em sua fala, conjugação, com peço. Tanto bastou para se arcaizarem as
transgride tanto quanto um indivíduo que comparece a um formas então legítimas impido, despido e desimpido, que
banquete trajando xortes ou quanto um banhista, numa hoje nenhuma pessoa bem-escolarizada tem coragem de
praia, vestido de fraque e cartola. usar.
102
LÍNGUA PORTUGUESA
103
LÍNGUA PORTUGUESA
- Canal de transmissão da mensagem: faz a ligação parte do emissor, nomeadamente com o fato de se tor-
entre o emissor e o receptor e representa o meio através narem impossíveis ou pelo menos difíceis as retificações e
do qual é transmitida a mensagem. Existe uma grande as novas explicações para melhor compreensão após a sua
variedade de canais de transmissão, cada um deles com transmissão. Assim, os principais cuidados a ter para que
vantagens e inconvenientes: destacam-se o ar (no caso do a mensagem seja perfeitamente recebida e compreendida
emissor e receptor estarem frente a frente), o telefone, os pelo(s) receptor(es) são o uso de caligrafia legível e unifor-
meios eletrônicos e informáticos, os memorandos, a rádio, me (se manuscrita), a apresentação cuidada, a pontuação
a televisão, entre outros. e ortografia corretas, a organização lógica das ideias, a ri-
queza vocabular e a correção frásica. O emissor deve ainda
- Receptor da mensagem: representa quem recebe e possuir um perfeito conhecimento dos temas e deve tentar
descodifica a mensagem. Aqui é necessário ter em atenção prever as reações/feedback à sua mensagem.
que a descodificação da mensagem resulta naquilo que Como principais vantagens da comunicação escrita,
efetivamente o emissor pretendia enviar (por exemplo, em podemos destacar o fato de ser duradoura e permitir um
diferentes culturas, um mesmo gesto pode ter significados registro e de permitir uma maior atenção à organização
diferentes). Podem existir apenas um ou numerosos recep- da mensagem sendo, por isso, adequada para a transmitir
tores para a mesma mensagem. políticas, procedimentos, normas e regras. Adequa-se tam-
bém a mensagens longas e que requeiram uma maior aten-
- Ruídos: representam obstruções mais ou menos in- ção e tempo por parte do receptor tais como relatórios e
tensas ao processo de comunicação e podem ocorrer em análises diversas. Como principais desvantagens destacam-
qualquer uma das suas fases. Denominam-se ruídos inter- se a já referida ausência do receptor o que impossibilita o
nos se ocorrem durante as fases de codificação ou desco- feedback imediato, não permite correções ou explicações
dificação e externos se ocorrerem no canal de transmissão. adicionais e obriga ao uso exclusivo da linguagem verbal.
Obviamente estes ruídos variam consoante o tipo de canal
de transmissão utilizado e consoante as características do Comunicação Oral
emissor e do(s) receptor(es), sendo, por isso, um dos crité-
rios utilizados na escolha do canal de transmissão quer do No caso da comunicação oral, a sua principal caracte-
tipo de codificação. rística é a presença do receptor (exclui-se, obviamente, a
comunicação oral que utilize a televisão, a rádio, ou as gra-
- Retro-informação (feedback): representa a resposta vações). Esta característica explica diversas das suas prin-
do(s) receptor(es) ao emissor da mensagem e pode ser cipais vantagens, nomeadamente o fato de permitir o fee-
utilizada como uma medida do resultado da comunicação. dback imediato, permitir a passagem imediata do receptor
Pode ou não ser transmitida pelo mesmo canal de trans- a emissor e vice-versa, permitir a utilização de comunica-
missão. ção não verbal como os gestos a mímica e a entoação, por
exemplo, facilitar as retificações e explicações adicionais,
Embora os tipos de comunicação sejam inúmeros, po- permitir observar as reações do receptor, e ainda a grande
dem ser agrupados em comunicação verbal e comunica- rapidez de transmissão. Contudo, e para que estas vanta-
ção não verbal. Como comunicação não verbal podemos gens sejam aproveitadas é necessário o conhecimento dos
considerar os gestos, os sons, a mímica, a expressão facial, temas, a clareza, a presença e naturalidade, a voz agradável
as imagens, entre outros. É frequentemente utilizada em e a boa dicção, a linguagem adaptada, a segurança e auto-
locais onde o ruído ou a situação impede a comunicação domínio, e ainda a disponibilidade para ouvir.
oral ou escrita como por exemplo as comunicações entre Como principais desvantagens da comunicação oral
“dealers” nas bolsas de valores. É também muito utilizada destacam-se o fato de ser efêmera, não permitindo qual-
como suporte e apoio à comunicação oral. quer registro e, consequentemente, não se adequando a
Quanto à comunicação verbal, que inclui a comunica- mensagens longas e que exijam análise cuidada por parte
ção escrita e a comunicação oral, por ser a mais utilizada na do receptor.
sociedade em geral e nas organizações em particular, por
ser a única que permite a transmissão de ideias complexas Gêneros Escritos e Orais
e por ser um exclusivo da espécie humana, é aquela que
mais atenção tem merecido dos investigadores, caracteri- Gêneros textuais são tipos específicos de textos de
zando-a e estudando quando e como deve ser utilizada. qualquer natureza, literários ou não. Modalidades discur-
sivas constituem as estruturas e as funções sociais (narra-
Comunicação Escrita tivas, discursivas, argumentativas) utilizadas como formas
de organizar a linguagem. Dessa forma, podem ser consi-
A comunicação escrita teve o seu auge, e ainda hoje derados exemplos de gêneros textuais: anúncios, convites,
predomina, nas organizações burocráticas que seguem atas, avisos, programas de auditórios, bulas, cartas, comé-
os princípios da Teoria da Burocracia enunciados por Max dias, contos de fadas, crônicas, editoriais, ensaios, entrevis-
Weber. A principal característica é o fato do receptor estar tas, contratos, decretos, discursos políticos, histórias, ins-
ausente tornando-a, por isso, num monólogo permanente truções de uso, letras de música, leis, mensagens, notícias.
do emissor. Esta característica obriga a alguns cuidados por São textos que circulam no mundo, que têm uma função
104
LÍNGUA PORTUGUESA
específica, para um público específico e com características Exemplo de gêneros orais e escritos: Texto expositivo,
próprias. Aliás, essas características peculiares de um gêne- exposição oral, seminário, conferência, comunicação oral,
ro discursivo nos permitem abordar aspectos da textualida- palestra, entrevista de especialista, verbete, artigo enciclo-
de, tais como coerência e coesão textuais, impessoalidade, pédico, texto explicativo, tomada de notas, resumo de tex-
técnicas de argumentação e outros aspectos pertinentes tos expositivos e explicativos, resenha, relatório científico,
ao gênero em questão. relatório oral de experiência.
Gênero de texto então, refere-se às diferentes formas
de expressão textual. Nos estudos da Literatura, temos, por Domínios sociais de comunicação: Instruções e prescri-
exemplo, poesia, crônicas, contos, prosa, etc. ções.
Para a linguística, os gêneros textuais englobam estes Aspectos tipológicos: Descrever ações.
e todos os textos produzidos por usuários de uma língua. Capacidade de linguagem dominante: Regulação mú-
Assim, ao lado da crônica, do conto, vamos também iden- tua de comportamentos.
tificar a carta pessoal, a conversa telefônica, o email, e tan- Exemplo de gêneros orais e escritos: Instruções de mon-
tos outros exemplares de gêneros que circulam em nossa tagem, receita, regulamento, regras de jogo, instruções de
sociedade. uso, comandos diversos, textos prescritivos.
Quanto à forma ou estrutura das sequências linguís-
ticas encontradas em cada texto, podemos classificá-los
dentro dos tipos textuais a partir de suas estruturas e esti-
los composicionais. Funções da Linguagem
Domínios sociais de comunicação: Cultura Literária Fic-
cional. Quando se pergunta a alguém para que serve a lingua-
Aspectos tipológicos: Narrar. gem, a resposta mais comum é que ela serve para comuni-
Capacidade de linguagem dominante: Mimeses de ação car. Isso está correto. No entanto, comunicar não é apenas
através da criação da intriga no domínio do verossímil. transmitir informações. É também exprimir emoções, dar
Exemplo de gêneros orais e escritos: Conto de Fadas, fá- ordens, falar apenas para não haver silêncio. Para que serve
bula, lenda,narrativa de aventura, narrativa de ficção cien- a linguagem?
tífica, narrativa de enigma, narrativa mítica, sketch ou his- - A linguagem serve para informar: Função Referencial.
tória engraçada, biografia romanceada, romance, romance
histórico, novela fantástica, conto, crônica literária, adivi- “Estados Unidos invadem o Iraque”
nha, piada.
Domínios sociais de comunicação: Documentação e Essa frase, numa manchete de jornal, informa-nos so-
memorização das ações humana. bre um acontecimento do mundo.
Aspectos tipológicos: Relatar. Com a linguagem, armazenamos conhecimentos na
Capacidade de linguagem dominante: Representação memória, transmitimos esses conhecimentos a outras pes-
pelo discurso de experiências vividas, situadas no tempo. soas, ficamos sabendo de experiências bem-sucedidas, so-
Exemplo de gêneros orais e escritos: Relato de expe- mos prevenidos contra as tentativas mal sucedidas de fazer
riência vivida, relato de viagem, diário íntimo, testemunho, alguma coisa. Graças à linguagem, um ser humano recebe
anedota ou caso, autobiografia, curriculum vitae, notícia, de outro conhecimentos, aperfeiçoa-os e transmite-os.
reportagem, crônica social, crônica esportiva, histórico, re- Condillac, um pensador francês, diz: “Quereis aprender
lato histórico, ensaio ou perfil biográfico, biografia. ciências com facilidade? Começai a aprender vossa própria
língua!” Com efeito, a linguagem é a maneira como apren-
Domínios sociais de comunicação: Discussão de proble- demos desde as mais banais informações do dia a dia até
mas sociais controversos. as teorias científicas, as expressões artísticas e os sistemas
Aspectos tipológicos: Argumentar. filosóficos mais avançados.
Capacidade de linguagem dominante: Sustentação, re- A função informativa da linguagem tem importância
futação e negociação de tomadas de posição. central na vida das pessoas, consideradas individualmente
Exemplo de gêneros orais e escritos: Textos de opinião, ou como grupo social. Para cada indivíduo, ela permite co-
diálogo argumentativo, carta de leitor, carta de solicitação, nhecer o mundo; para o grupo social, possibilita o acúmulo
deliberação informal, debate regrado, assembleia, discurso de conhecimentos e a transferência de experiências. Por
de defesa (advocacia), discurso de acusação (advocacia), meio dessa função, a linguagem modela o intelecto.
resenha crítica, artigos de opinião ou assinados, editorial, É a função informativa que permite a realização do
ensaio. trabalho coletivo. Operar bem essa função da linguagem
possibilita que cada indivíduo continue sempre a aprender.
Domínios sociais de comunicação: Transmissão e cons- A função informativa costuma ser chamada também de
trução de saberes. função referencial, pois seu principal propósito é fazer com
Aspectos tipológicos: Expor. que as palavras revelem da maneira mais clara possível as
Capacidade de linguagem dominante: Apresentação coisas ou os eventos a que fazem referência.
textual de diferentes formas dos saberes.
105
LÍNGUA PORTUGUESA
- A linguagem serve para influenciar e ser influenciado: insinuarem intimidade com ele e, portanto, de exprimirem
Função Conativa. a importância que lhes seria atribuída pela proximidade
com o poder. Inúmeras vezes, contamos coisas que fizemos
“Vem pra Caixa você também.” para afirmarmo-nos perante o grupo, para mostrar nossa
valentia ou nossa erudição, nossa capacidade intelectual ou
Essa frase fazia parte de uma campanha destinada a nossa competência na conquista amorosa.
aumentar o número de correntistas da Caixa Econômica Por meio do tipo de linguagem que usamos, do tom
Federal. Para persuadir o público alvo da propaganda a de voz que empregamos, etc., transmitimos uma imagem
adotar esse comportamento, formulou-se um convite com nossa, não raro inconscientemente.
uma linguagem bastante coloquial, usando, por exemplo, a Emprega-se a expressão função emotiva para designar
forma vem, de segunda pessoa do imperativo, em lugar de a utilização da linguagem para a manifestação do enuncia-
venha, forma de terceira pessoa prescrita pela norma culta dor, isto é, daquele que fala.
quando se usa você.
Pela linguagem, as pessoas são induzidas a fazer de- - A linguagem serve para criar e manter laços sociais:
terminadas coisas, a crer em determinadas ideias, a sen- Função Fática.
tir determinadas emoções, a ter determinados estados de
alma (amor, desprezo, desdém, raiva, etc.). Por isso, pode- __Que calorão, hein?
se dizer que ela modela atitudes, convicções, sentimentos, __Também, tem chovido tão pouco.
emoções, paixões. Quem ouve desavisada e reiteradamente __Acho que este ano tem feito mais calor do que nos
a palavra negro pronunciada em tom desdenhoso aprende outros.
a ter sentimentos racistas; se a todo momento nos dizem, __Eu não me lembro de já ter sentido tanto calor.
num tom pejorativo, “Isso é coisa de mulher”, aprendemos
os preconceitos contra a mulher. Esse é um típico diálogo de pessoas que se encontram
Não se interfere no comportamento das pessoas ape- num elevador e devem manter uma conversa nos poucos
nas com a ordem, o pedido, a súplica. Há textos que nos instantes em que estão juntas. Falam para nada dizer, ape-
influenciam de maneira bastante sutil, com tentações e nas porque o silêncio poderia ser constrangedor ou pare-
seduções, como os anúncios publicitários que nos dizem cer hostil.
como seremos bem sucedidos, atraentes e charmosos se Quando estamos num grupo, numa festa, não pode-
usarmos determinadas marcas, se consumirmos certos mos manter-nos em silêncio, olhando uns para os outros.
produtos. Por outro lado, a provocação e a ameaça expres- Nessas ocasiões, a conversação é obrigatória. Por isso,
sas pela linguagem também servem para fazer fazer. quando não se tem assunto, fala-se do tempo, repetem-se
Com essa função, a linguagem modela tanto bons ci- histórias que todos conhecem, contam-se anedotas velhas.
dadãos, que colocam o respeito ao outro acima de tudo, A linguagem, nesse caso, não tem nenhuma função que
quanto espertalhões, que só pensam em levar vantagem, não seja manter os laços sociais. Quando encontramos al-
e indivíduos atemorizados, que se deixam conduzir sem guém e lhe perguntamos “Tudo bem?”, em geral não que-
questionar. remos, de fato, saber se nosso interlocutor está bem, se
Emprega-se a expressão função conativa da linguagem está doente, se está com problemas.
quando esta é usada para interferir no comportamento A fórmula é uma maneira de estabelecer um vínculo
das pessoas por meio de uma ordem, um pedido ou uma social.
sugestão. A palavra conativo é proveniente de um verbo Também os hinos têm a função de criar vínculos, seja
latino (conari) que significa “esforçar-se” (para obter algo). entre alunos de uma escola, entre torcedores de um time
de futebol ou entre os habitantes de um país. Não importa
- A linguagem serve para expressar a subjetividade: que as pessoas não entendam bem o significado da letra
Função Emotiva. do Hino Nacional, pois ele não tem função informativa: o
importante é que, ao cantá-lo, sentimo-nos participantes
“Eu fico possesso com isso!” da comunidade de brasileiros.
Na nomenclatura da linguística, usa-se a expressão
Nessa frase, quem fala está exprimindo sua indignação função fática para indicar a utilização da linguagem para
com alguma coisa que aconteceu. Com palavras, objetiva- estabelecer ou manter aberta a comunicação entre um fa-
mos e expressamos nossos sentimentos e nossas emoções. lante e seu interlocutor.
Exprimimos a revolta e a alegria, sussurramos palavras de
amor e explodimos de raiva, manifestamos desespero, - A linguagem serve para falar sobre a própria lingua-
desdém, desprezo, admiração, dor, tristeza. Muitas ve- gem: Função Metalinguística.
zes, falamos para exprimir poder ou para afirmarmo-nos
socialmente. Durante o governo do presidente Fernando Quando dizemos frases como “A palavra ‘cão’ é um
Henrique Cardoso, ouvíamos certos políticos dizerem “A substantivo”; “É errado dizer ‘a gente viemos’”; “Estou usan-
intenção do Fernando é levar o país à prosperidade” ou “O do o termo ‘direção’ em dois sentidos”; “Não é muito elegan-
Fernando tem mudado o país”. Essa maneira informal de se te usar palavrões”, não estamos falando de acontecimen-
referirem ao presidente era, na verdade, uma maneira de tos do mundo, mas estamos tecendo comentários sobre a
106
LÍNGUA PORTUGUESA
própria linguagem. É o que chama função metalinguística. Verifica-se que a linguagem pode ser usada utilitaria-
A atividade metalinguística é inseparável da fala. Falamos mente ou esteticamente. No primeiro caso, ela é utilizada
sobre o mundo exterior e o mundo interior e ao mesmo para informar, para influenciar, para manter os laços sociais,
tempo, fazemos comentários sobre a nossa fala e a dos etc. No segundo, para produzir um efeito prazeroso de des-
outros. Quando afirmamos como diz o outro, estamos co- coberta de sentidos. Em função estética, o mais importante
mentando o que declaramos: é um modo de esclarecer que é como se diz, pois o sentido também é criado pelo ritmo,
não temos o hábito de dizer uma coisa tão trivial como a pelo arranjo dos sons, pela disposição das palavras, etc.
que estamos enunciando; inversamente, podemos usar a Na estrofe abaixo, retirada do poema “A Cavalgada”, de
metalinguagem como recurso para valorizar nosso modo Raimundo Correia, a sucessão dos sons oclusivos /p/, /t/,
de dizer. É o que se dá quando dizemos, por exemplo, Paro-
/k/, /b/, /d/, /g/ sugere o patear dos cavalos:
diando o padre Vieira ou Para usar uma expressão clássica,
vou dizer que “peixes se pescam, homens é que se não
E o bosque estala, move-se, estremece...
podem pescar”.
Da cavalgada o estrépito que aumenta
- A linguagem serve para criar outros universos. Perde-se após no centro da montanha...
A linguagem não fala apenas daquilo que existe, fala Apud: Lêdo Ivo. Raimundo Correia: Poesia. 4ª ed.
também do que nunca existiu. Com ela, imaginamos novos Rio de Janeiro, Agir, p. 29. Coleção Nossos Clássi-
mundos, outras realidades. Essa é a grande função da arte: cos.
mostrar que outros modos de ser são possíveis, que outros
universos podem existir. O filme de Woody Allen “A rosa Observe-se que a maior concentração de sons oclu-
púrpura do Cairo” (1985) mostra isso de maneira bem ex- sivos ocorre no segundo verso, quando se afirma que o
pressiva. Nele, conta-se a história de uma mulher que, para barulho dos cavalos aumenta.
consolar-se do cotidiano sofrido e dos maus-tratos infligi- Quando se usam recursos da própria língua para acres-
dos pelo marido, refugia-se no cinema, assistindo inúmeras centar sentidos ao conteúdo transmitido por ela, diz-se
vezes a um filme de amor em que a vida é glamorosa, e o que estamos usando a linguagem em sua função poética.
galã é carinhoso e romântico. Um dia, ele sai da tela e am-
bos vão viver juntos uma série de aventuras. Nessa outra Para melhor compreensão das funções de linguagem,
realidade, os homens são gentis, a vida não é monótona, o torna-se necessário o estudo dos elementos da comuni-
amor nunca diminui e assim por diante.
cação.
Antigamente, tinha-se a ideia que o diálogo era de-
- A linguagem serve como fonte de prazer: Função
Poética. senvolvido de maneira “sistematizada” (alguém pergunta
- alguém espera ouvir a pergunta, daí responde, enquanto
Brincamos com as palavras. Os jogos com o sentido outro escuta em silêncio, etc).
e os sons são formas de tornar a linguagem um lugar de Exemplo:
prazer. Divertimo-nos com eles. Manipulamos as palavras
para delas extrairmos satisfação. Elementos da comunicação
Oswald de Andrade, em seu “Manifesto antropófago”,
diz “Tupi or not tupi”; trata-se de um jogo com a frase sha- - Emissor - emite, codifica a mensagem;
kespeariana “To be or not to be”. Conta-se que o poeta Emí- - Receptor - recebe, decodifica a mensagem;
lio de Menezes, quando soube que uma mulher muito gor- - Mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor;
da se sentara no banco de um ônibus e este quebrara, fez - Código - conjunto de signos usado na transmissão e
o seguinte trocadilho: “É a primeira vez que vejo um banco recepção da mensagem;
quebrar por excesso de fundos”. - Referente - contexto relacionado a emissor e recep-
A palavra banco está usada em dois sentidos: “móvel tor;
comprido para sentar-se” e “casa bancária”. Também está - Canal - meio pelo qual circula a mensagem.
empregado em dois sentidos o termo fundos: “nádegas” e Porém, com os estudos recentes dos linguistas, essa
“capital”, “dinheiro”.
teoria sofreu uma modificação, pois, chegou-se a conclu-
são que quando se trata da parole, entende-se que é um
Observe-se o uso do verbo bater, em expressões diver-
veículo democrático (observe a função fática), assim, admi-
sas, com significados diferentes, nesta frase do deputado
Virgílio Guimarães: te-se um novo formato de locução, ou, interlocução (diá-
logo interativo):
“ACM bate boca porque está acostumado a bater: bateu
continência para os militares, bateu palmas para o Collor e - locutor - quem fala (e responde);
quer bater chapa em 2002. Mas o que falta é que lhe bata - locutário - quem ouve e responde;
uma dor de consciência e bata em retirada.” - interlocução - diálogo
(Folha de S. Paulo)
107
LÍNGUA PORTUGUESA
108
LÍNGUA PORTUGUESA
4-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011) 6-) (TRE/PA- ANALISTA JUDICIÁRIO – FGV/2011)
Assinale a palavra que tenha sido acentuada seguindo a Segundo o Manual de Redação da Presidência da Repú-
mesma regra que distribuídos. blica, NÃO se deve usar Vossa Excelência para
(A) sócio (A) embaixadores.
(B) sofrê-lo (B) conselheiros dos Tribunais de Contas estaduais.
(C) lúcidos (C) prefeitos municipais.
(D) constituí (D) presidentes das Câmaras de Vereadores.
(E) órfãos (E) vereadores.
109
LÍNGUA PORTUGUESA
(...) O uso do pronome de tratamento Vossa Senhoria (D) As instituições fundamentais de um regime demo-
(abreviado V. Sa.) para vereadores está correto, sim. Numa crático não pode (podem) estar subordinado (subordina-
Câmara de Vereadores só se usa Vossa Excelência para o seu das) às ordens indiscriminadas de um único poder central.
presidente, de acordo com o Manual de Redação da Presi- (E) O interesse de todos os cidadãos estão (está) vol-
dência da República (1991). tados (voltado) para o momento eleitoral, que expõem (ex-
(Fonte: http://www.linguabrasil.com.br/nao-tropece- põe) as diferentes opiniões existentes na sociedade.
-detail.php?id=393)
RESPOSTA: “A”.
RESPOSTA: “E”.
9-) (TRE/AL – ANALISTA JUDICIÁRIO – FCC/2010)
A frase que admite transposição para a voz passiva é:
7-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010)
(A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sa-
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
grado.
ciedade como tais. (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
Transpondo para a voz ativa a frase acima, o verbo grande diversidade de fenômenos.
passará a ser, corretamente, (C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da so-
(A) perceba. ciedade, a própria sociedade e seu instrumento de uni-
(B) foi percebido. ficação.
(C) tenham percebido. (D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto
(D) devam perceber. da vida (...).
(E) estava percebendo. (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar ilu-
dido e da falsa consciência.
... valores e princípios que sejam percebidos pela so-
ciedade como tais = dois verbos na voz passiva, então te- (A) O cúmulo da ilusão é também o cúmulo do sagra-
remos um na ativa: que a sociedade perceba os valores e do.
princípios... (B) O conceito de espetáculo unifica e explica uma
grande diversidade de fenômenos.
RESPOSTA: “A” - Uma grande diversidade de fenômenos é unificada e
explicada pelo conceito...
(C) O espetáculo é ao mesmo tempo parte da socieda-
8-) (TRE/AL – TÉCNICO JUDICIÁRIO – FCC/2010) A
de, a própria sociedade e seu instrumento de unificação.
concordância verbal e nominal está inteiramente corre-
(D) As imagens fluem desligadas de cada aspecto da
ta na frase: vida (...).
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e (E) Por ser algo separado, ele é o foco do olhar iludido
valores que determinam as escolhas dos governantes, e da falsa consciência.
para conferir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes RESPOSTA: “B”.
devem ser embasados na percepção dos valores e prin-
cípios que regem a prática política. 10-) (MPE/AM - AGENTE DE APOIO ADMINISTRA-
(C) Eleições livres e diretas é garantia de um verda- TIVO - FCC/2013) “Quando a gente entra nas serrarias,
deiro regime democrático, em que se respeita tanto as vê dezenas de caminhões parados”, revelou o analista
liberdades individuais quanto as coletivas. ambiental Geraldo Motta.
(D) As instituições fundamentais de um regime de- Substituindo-se Quando por Se, os verbos subli-
mocrático não pode estar subordinado às ordens indis- nhados devem sofrer as seguintes alterações:
criminadas de um único poder central. (A) entrar − vira
(E) O interesse de todos os cidadãos estão voltados (B) entrava − tinha visto
para o momento eleitoral, que expõem as diferentes (C) entrasse − veria
opiniões existentes na sociedade. (D) entraria − veria
(E) entrava − teria visto
Fiz os acertos entre parênteses:
(A) A sociedade deve reconhecer os princípios e valores
Se a gente entrasse (verbo no singular) na serraria, ve-
que determinam as escolhas dos governantes, para confe-
ria = entrasse / veria.
rir legitimidade a suas decisões.
(B) A confiança dos cidadãos em seus dirigentes de- RESPOSTA: “C”.
vem (deve) ser embasados (embasada) na percepção dos
valores e princípios que regem a prática política.
(C) Eleições livres e diretas é (são) garantia de um ver-
dadeiro regime democrático, em que se respeita (respei-
tam) tanto as liberdades individuais quanto as coletivas.
110
MATEMÁTICA
Resolução de problemas que envolvam: operações com números inteiros, fracionários, decimais e reais;....................... 01
Regra de três simples e composta;.................................................................................................................................................................... 15
Porcentagem, ............................................................................................................................................................................................................ 74
Juros simples e desconto simples; .................................................................................................................................................................... 77
Equações de 1º e 2º graus;................................................................................................................................................................................... 23
Inequações do 1º grau; ......................................................................................................................................................................................... 23
Sistemas de equações lineares; ......................................................................................................................................................................... 62
Sistema de medidas de tempo, ......................................................................................................................................................................... 19
Sistema métrico decimal (comprimento, massa e temperatura), ......................................................................................................... 19
Sistema monetário brasileiro; ...........................................................................................................................................................................101
Conjuntos e funções (lineares, quadráticas, exponenciais e logarítmicas); ...................................................................................... 29
Progressões aritméticas e geométricas; ......................................................................................................................................................... 70
Relações trigonométricas e o Teorema de Pitágoras; .............................................................................................................................104
Geometria plana e espacial: perímetro, área e volume de figuras geométricas; ........................................................................... 47
Análise combinatória (princípio fundamental da contagem, permutações simples, arranjos simples e combinações
simples) e probabilidade; ...................................................................................................................................................................................107
Noções básicas de estatística; gráficos e tabelas........................................................................................................................................ 41
MATEMÁTICA
Exemplo 2
NÚMEROS INTEIROS E RACIONAIS:
OPERAÇÕES (ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO, 40 – 9 x 4 + 23
MULTIPLICAÇÃO, DIVISÃO, 40 – 36 + 23
4 + 23
POTENCIAÇÃO); EXPRESSÕES
27
NUMÉRICAS; FRAÇÕES E OPERAÇÕES COM
FRAÇÕES. Exemplo 3
25-(50-30)+4x5
25-20+20=25
Números Naturais
Números Inteiros
Os números naturais são o modelo mate-
Podemos dizer que este conjunto é composto pelos
mático necessário para efetuar uma contagem.
números naturais, o conjunto dos opostos dos números
Começando por zero e acrescentando sempre uma unida-
naturais e o zero. Este conjunto pode ser representado por:
de, obtemos o conjunto infinito dos números naturais
Z={...-3, -2, -1, 0, 1, 2,...}
Subconjuntos do conjunto :
1)Conjunto dos números inteiros excluindo o zero
Z*={...-2, -1, 1, 2, ...}
- Todo número natural dado tem um sucessor
a) O sucessor de 0 é 1.
2) Conjuntos dos números inteiros não negativos
b) O sucessor de 1000 é 1001.
Z+={0, 1, 2, ...}
c) O sucessor de 19 é 20.
3) Conjunto dos números inteiros não positivos
Usamos o * para indicar o conjunto sem o zero.
Z-={...-3, -2, -1}
Números Racionais
Chama-se de número racional a todo número que
- Todo número natural dado N, exceto o zero, tem um
pode ser expresso na forma , onde a e b são inteiros
antecessor (número que vem antes do número dado).
quaisquer, com b≠0
Exemplos: Se m é um número natural finito diferente
São exemplos de números racionais:
de zero.
-12/51
a) O antecessor do número m é m-1.
-3
b) O antecessor de 2 é 1.
-(-3)
c) O antecessor de 56 é 55.
-2,333...
d) O antecessor de 10 é 9.
As dízimas periódicas podem ser representadas por
Expressões Numéricas
fração, portanto são consideradas números racionais.
Como representar esses números?
Nas expressões numéricas aparecem adições, subtra-
Representação Decimal das Frações
ções, multiplicações e divisões. Todas as operações podem
acontecer em uma única expressão. Para resolver as ex-
Temos 2 possíveis casos para transformar frações em
pressões numéricas utilizamos alguns procedimentos:
decimais
Se em uma expressão numérica aparecer as quatro
1º) Decimais exatos: quando dividirmos a fração, o nú-
operações, devemos resolver a multiplicação ou a divisão
mero decimal terá um número finito de algarismos após a
primeiramente, na ordem em que elas aparecerem e so-
vírgula.
mente depois a adição e a subtração, também na ordem
em que aparecerem e os parênteses são resolvidos primei-
ro.
Exemplo 1
10 + 12 – 6 + 7
22 – 6 + 7
16 + 7
23
1
MATEMÁTICA
Números Irracionais
Identificação de números irracionais
10x=3,333...
E então subtraímos:
10x-x=3,333...-0,333...
9x=3
X=3/9
X=1/3
2
MATEMÁTICA
Intervalo:[a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x≥a}
Intervalo:]a,+ ∞[
Conjunto:{x∈R|x>a}
Intervalo:[a,b]
Conjunto: {x∈R|a≤x≤b} Potenciação
Multiplicação de fatores iguais
Intervalo aberto – números reais maiores que a e me-
nores que b. 2³=2.2.2=8
Casos
1) Todo número elevado ao expoente 0 resulta em 1.
Intervalo:]a,b[
Conjunto:{x∈R|a<x<b}
INTERVALOS IIMITADOS
Intervalo:]-∞,b[
Conjunto:{x∈R|x<b}
3
MATEMÁTICA
Técnica de Cálculo
6) Toda vez que a base for igual a zero, não importa o A determinação da raiz quadrada de um número tor-
valor do expoente, o resultado será igual a zero. na-se mais fácil quando o algarismo se encontra fatorado
em números primos. Veja:
Propriedades
1) (am . an = am+n) Em uma multiplicação de potências de
mesma base, repete-se a base e soma os expoentes.
Exemplos:
24 . 23 = 24+3= 27
(2.2.2.2) .( 2.2.2)= 2.2.2. 2.2.2.2= 27
64=2.2.2.2.2.2=26
2) (am: an = am-n). Em uma divisão de potência de mes- Como é raiz quadrada a cada dois números iguais “tira-
ma base. Conserva-se a base e subtraem os expoentes. -se” um e multiplica.
Exemplos: 1 1
96 : 92 = 96-2 = 94 1
Observe: 3.5 = (3.5) 2 = 3 2 .5 2 = 3. 5
De modo geral, se a ∈ R+ , b ∈ R+ , n ∈ N * , então:
a na
n =
b nb
4
MATEMÁTICA
Operações
Multiplicação
Divisão
Questões
Sabe-se que:
Adição e subtração
• dentre os candidatos, 82 são homens;
• o número de candidatos homens de nível superior é
igual ao de mulheres de nível médio;
• dentre os candidatos de nível superior, 31 são mu-
Para fazer esse cálculo, devemos fatorar o 8 e o 20. lheres.
5
MATEMÁTICA
6
MATEMÁTICA
01.Resposta: B.
150-82=68 mulheres
Como 31 mulheres são candidatas de nível superior, 37
são de nível médio.
Portanto, há 37 homens de nível superior. 09. Resposta: C.
82-37=45 homens de nível médio. 2-2(1-2N)=12
2-2+4N=12
02. Resposta: D. 4N=12
Como o tempo de Raoni foi 1´10” sem faltas, ele foi o N=3
vencedor.
10. Resposta: E.
03. Resposta: B. Como tem o mesmo número de homens e mulheres:
Primeiramente, vamos transformar a dízima em fração
X=0,4444....
10x=4,444... Dos homens que saíram:
9x=4
Saíram no total
04. Resposta: A.
Como o maior resto possível é 10, o divisor é o número
11 que é igua o quociente.
11x11=121+10=131
Múltiplos
Mas, que foram gerados por displicência é 12/13(1- O conjunto de múltiplos de um número natural
1/13) não-nulo é infinito e podemos consegui-lo multiplican-
do-se o número dado por todos os números naturais.
M(3)={0,3,6,9,12,...}
Divisores
07.Resposta: C.
Os números 12 e 15 são múltiplos de 3, portanto 3 é
divisor de 12 e 15.
D(12)={1,2,3,4,6,12}
D(15)={1,3,5,15}
7
MATEMÁTICA
Exemplo:
Devemos achar o mdc para achar a maior medida pos-
sível
E são os fatores que temos iguais:25=32
Exemplo2
(MPE/SP – Oficial de Promotora I – VUNESP/2016)
No aeroporto de uma pequena cidade chegam aviões de
três companhias aéreas. Os aviões da companhia A che-
gam a cada 20 minutos, da companhia B a cada 30 minutos
e da companhia C a cada 44 minutos. Em um domingo, às
O fator comum é o 3 e o 1 é o menor expoente. 7 horas, chegaram aviões das três companhias ao mesmo
tempo, situação que voltará a se repetir, nesse mesmo dia,
m.d.c às
(A) 16h 30min.
Mínimo Múltiplo Comum (B) 17h 30min.
O mínimo múltiplo comum (m.m.c) de dois ou mais nú- (C) 18h 30min.
meros é o menor número, diferente de zero. (D) 17 horas.
Para calcular devemos seguir as etapas: (E) 18 horas.
• Decompor os números em fatores primos
• Multiplicar os fatores entre si Resposta: E.
Exemplo:
1h---60minutos
Exemplo x-----660
x=660/60=11
O piso de uma sala retangular, medindo 3,52 m × 4,16
m, será revestido com ladrilhos quadrados, de mesma di- Então será depois de 11horas que se encontrarão
mensão, inteiros, de forma que não fique espaço vazio 7+11=18h
entre ladrilhos vizinhos. Os ladrilhos serão escolhidos de
modo que tenham a maior dimensão possível.
8
MATEMÁTICA
Questões caixa acendia, o cliente que estava nela era premiado com
um desconto de 3% sobre o valor da compra e, quando
01. (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário - VU- as 3 luzes acendiam, ao mesmo tempo, esse desconto era
NESP/2017) No depósito de uma loja de doces, há uma de 5%. Se, exatamente às 9 horas de um determinado dia,
caixa contendo n bombons. Para serem vendidos, devem as luzes das 3 caixas acenderam ao mesmo tempo, então
ser repartidos em pacotes iguais, todos com a mesma é verdade que o número máximo de premiações de 5%
quantidade de bombons. Com os bombons dessa caixa, de desconto que esse mercado poderia ter dado aos seus
podem ser feitos pacotes com 5, ou com 6, ou com 7 uni- clientes, das 9 horas às 21 horas e 30 minutos daquele dia,
dades cada um, e, nesses casos, não faltará nem sobrará seria igual a
nenhum bombom. Nessas condições, o menor valor que (A) 8.
pode ser atribuído a n é (B) 10.
(A) 280. (C) 21.
(B) 265. (D) 27.
(C) 245. (E) 33.
(D) 230.
(E) 210. 06. (PREF. DE PIRAÚBA/MG – Agente Administrati-
vo – MSCONCURSOS/2017) Sabendo que a sigla M.M.C.
02. (EMBASA – Agente Administrativo – IBFC/2017) na matemática significa Mínimo Múltiplo Comum e que
Considerando A o MDC (maior divisor comum) entre os nú- M.D.C. significa Máximo Divisor Comum, pergunta-se: qual
meros 24 e 60 e B o MMC (menor múltiplo comum) entre o valor do M.M.C. de 6 e 8 dividido pelo M.D.C. de 30, 36
os números 12 e 20, então o valor de 2A + 3B é igual a: e 72?
(A) 72 (A) 8
(B) 156 (B) 6
(C) 144 (C) 4
(D) 204 (D) 2
03. (MPE/GO – Oficial de Promotoria – MPEGO 07. (CELESC – Assistente Administrativo – FEPE-
/2017) Em um determinado zoológico, a girafa deve comer SE/2016) Em uma excursão participam 120 homens e 160
a cada 4 horas, o leão a cada 5 horas e o macaco a cada mulheres. Em determinado momento é preciso dividir os
3 horas. Considerando que todos foram alimentados às 8 participantes em grupos formados somente por homens
horas da manhã de domingo, é correto afirmar que o fun- ou somente por mulheres, de maneira que os grupos te-
cionário encarregado deverá servir a alimentação a todos nham o mesmo número de integrantes.
concomitantemente às:
(A) 8 horas de segunda-feira. Neste caso, o número máximo de integrantes em um
(B) 14 horas de segunda-feira. grupo é:
(C) 10 horas de terça-feira. (A) 10.
(D) 20 horas de terça-feira. (B) 15.
(E) 9 horas de quarta-feira. (C) 20.
(D) 30.
04. (EMBASA – Assistente de Laboratório – (E) 40.
IBFC/2017) Um marceneiro possui duas barras de ferro,
uma com 1,40 metros de comprimento e outra com 2,45 08. (PREF. DE GUARULHOS/SP – Assistente de Ges-
metros de comprimento. Ele pretende cortá-las em barras tão Escolar – VUNESP/2016) Para iniciar uma visita moni-
de tamanhos iguais, de modo que cada pedaço tenha a torada a um museu, 96 alunos do 8º ano e 84 alunos do 9º
maior medida possível. Nessas circunstâncias, o total de ano de certa escola foram divididos em grupos, todos com
pedaços que o marceneiro irá cortar, utilizando as duas de o mesmo número de alunos, sendo esse número o maior
ferro, é: possível, de modo que cada grupo tivesse somente alunos
(A) 9 de um único ano e que não restasse nenhum aluno fora
(B) 11 de um grupo. Nessas condições, é correto afirmar que o
(C) 12 número total de grupos formados foi
(D) 13 (A) 8.
(B) 12.
05. (TJM/SP - Escrevente Técnico Judiciário – VU- (C) 13.
NESP/2017) Em um pequeno mercado, o dono resolveu (D) 15.
fazer uma promoção. Para tanto, cada uma das 3 caixas (E) 18.
registradoras foi programada para acender uma luz, em
intervalos de tempo regulares: na caixa 1, a luz acendia a
cada 15 minutos; na caixa 2, a cada 30 minutos; e na caixa 3,
a luz acendia a cada 45 minutos. Toda vez que a luz de uma
9
MATEMÁTICA
06. Resposta: C.
Mmc(5,6,7)=2⋅3⋅5⋅7=210
02. Resposta: E.
Mmc(6,8)=24
Mmc(12,20)=2²⋅3⋅5=60
2A+3B=24+180=204
10
MATEMÁTICA
NÚMEROS E GRANDEZAS
MDC(120,160)=8x5=40 PROPORCIONAIS: RAZÕES E
PROPORÇÕES; DIVISÃO EM PARTES
08. Resposta:B. PROPORCIONAIS
Razão
09. Resposta: A.
Proporção
10. Resposta: B.
O cálculo utilizado aqui será o MDC (Máximo Divisor
Comum)
Os números A e D são denominados extremos enquan-
to os números B e C são os meios e vale a propriedade: o
produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto é:
AxD=BxC
Então teremos
126/18 = 7 grupos de exatas Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3
90/18 = 5 grupos de humanas esteja em proporção com 4/6.
A diferença é de 7-5=2 Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte for-
ma:
11
MATEMÁTICA
ou
Ou
ou
ou
Ou
ou
Duas grandezas variáveis dependentes são diretamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual a razão entre os valores correspondentes da 2ª, ou de uma maneira mais informal, se eu pergunto:
Quanto mais.....mais....
Exemplo
Distância percorrida e combustível gasto
Distância(km) Combustível(litros)
13 1
26 2
39 3
52 4
Duas grandezas variáveis dependentes são inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da 1ª grandeza
é igual ao inverso da razão entre os valores correspondentes da 2ª.
Quanto mais....menos...
Exemplo
velocidadextempo a tabela abaixo:
Velocidade (m/s) Tempo (s)
5 200
8 125
10 100
16 62,5
20 50
12
MATEMÁTICA
13
MATEMÁTICA
14
MATEMÁTICA
06. Resposta: E.
Se, com 16 caixas K, fica cheio e já foram colocadas 4 REGRA DE TRÊS
caixa, faltam 12 caixas K, mas queremos colocar as caixas Q,
então vamos ver o equivalente de 12 caixas K
Velocidade----------tempo
X=1,20 400↓-----------------3↑
Ele cresceu: 1,20-1,05=0,15m=15cm 480↓---------------- x↑
15
MATEMÁTICA
(A) 375.
(B) 380.
(C) 420.
Logo, serão necessários 25 caminhões (D) 425.
(E) 450.
Questões
01. (IPRESB/SP - Analista de Processos Previdenciá- 05. . (CÂMARA DE SUMARÉ – Escriturário – VU-
rios- VUNESP/2017) Para imprimir 300 apostilas destina- NESP/2017 ) Um carregamento de areia foi totalmente
das a um curso, uma máquina de fotocópias precisa traba- embalado em 240 sacos, com 40 kg em cada saco. Se fos-
lhar 5 horas por dia durante 4 dias. Por motivos administra- sem colocados apenas 30 kg em cada saco, o número de
tivos, será necessário imprimir 360 apostilas em apenas 3 sacos necessários para embalar todo o carregamento seria
dias. O número de horas diárias que essa máquina terá que igual a
trabalhar para realizar a tarefa é (A) 420.
(A) 6. (B) 375.
(B) 7. (C) 370.
(C) 8. (D) 345.
(D) 9. (E) 320.
(E) 10.
16
MATEMÁTICA
05. Resposta: E.
10. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU- Sacos kg
NESP/2016) Para organizar as cadeiras em um auditório, 6 240----40
funcionários, todos com a mesma capacidade de produção, x----30
trabalharam por 3 horas. Para fazer o mesmo trabalho, 20 Quanto mais sacos, menos areia foi
funcionários, todos com o mesmo rendimento dos iniciais, colocada(inversamente)
deveriam trabalhar um total de tempo, em minutos, igual a
(A) 48.
(B) 50.
(C) 46.
(D) 54. 30x=9600
(E) 52. X=320
17
MATEMÁTICA
06. Resposta: A.
↓Funcionários ↑ horas bolsas↓
48------------------------12-----------480
x-----------------------------15----------1200
Quanto mais funcionários, menos horas precisam
Quanto mais funcionários, mais bolsas feitas
X=96 funcionários
Precisam de mais 48 funcionários
07. Resposta: B.
Operários dias
12-----------90
x--------------60
Quanto mais operários, menos dias (inversamente proporcional)
60x=1080
X=18
08. Resposta: B.
V=1,5⋅1,2⋅0,7=1,26m³=1260litros
50litros-----3 min
1260--------x
X=3780/50=75,6min
0,6min=36s
75min=60+15=1h15min
09. Resposta: A.
↑Dias ↑ operários peças↑
6-------------5---------------600
8--------------7---------------x
30x=33600
X=1120
10. Resposta: D.
3x60=180 minutos
↑Funcionários minutos↓
6------------180
20-------------x
18
MATEMÁTICA
As Grandezas são inversamente proporcionais, pois quanto mais funcionários, menos tempo será gasto.
Vamos inverter os minutos
↑Funcionários minutos↑
6------------x
20-------------180
20x=6.180
20x=1040
X=54 minutos
Unidades de Comprimento
km hm dam m dm cm mm
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
Os múltiplos do metro são utilizados para medir grandes distâncias, enquanto os submúltiplos, para pequenas distân-
cias. Para medidas milimétricas, em que se exige precisão, utilizamos:
Exemplos de Transformação
1m=10dm=100cm=1000mm=0,1dam=0,01hm=0,001km
1km=10hm=100dam=1000m
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 10 e para a esquerda divide por
10.
Superfície
A medida de superfície é sua área e a unidade fundamental é o metro quadrado(m²).
Para transformar de uma unidade para outra inferior, devemos observar que cada unidade é cem vezes maior que a
unidade imediatamente inferior. Assim, multiplicamos por cem para cada deslocamento de uma unidade até a desejada.
Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado Quadrado
1000000m2 10000m2 100m2 1m2 0,01m2 0,0001m2 0,000001m2
Exemplos de Transformação
1m²=100dm²=10000cm²=1000000mm²
1km²=100hm²=10000dam²=1000000m²
Ou seja, para trasnformar as unidades, quando “ andamos” para direita multiplica por 100 e para a esquerda divide por
100.
19
MATEMÁTICA
Volume
Os sólidos geométricos são objetos tridimensionais que ocupam lugar no espaço. Por isso, eles possuem volume. Po-
demos encontrar sólidos de inúmeras formas, retangulares, circulares, quadrangulares, entre outras, mas todos irão possuir
volume e capacidade.
Unidades de Volume
km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
Quilômetro Hectômetro Decâmetro Metro Decímetro Centímetro Milímetro
Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico Cúbico
1000000000m3 1000000m3 1000m3 1m3 0,001m3 0,000001m3 0,000000001m3
Capacidade
Para medirmos a quantidade de leite, sucos, água, óleo, gasolina, álcool entre outros utilizamos o litro e seus múltiplos
e submúltiplos, unidade de medidas de produtos líquidos.
Se um recipiente tem 1L de capacidade, então seu volume interno é de 1dm³
1L=1dm³
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Quilolitro Hectolitro Decalitro Litro Decilitro Centilitro Mililitro
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
Massa
Toda vez que andar 1 casa para direita, multiplica por 10 e quando anda para esquerda divide por 10.
E uma outra unidade de massa muito importante é a tonelada
1 tonelada=1000kg
Tempo
Transformação de unidades
Deve-se saber:
1 dia=24horas
1hora=60minutos
1 minuto=60segundos
1hora=3600s
Adição de tempo
Exemplo: Estela chegou ao 15h 35minutos. Lá, bateu seu recorde de nado livre e fez 1 minuto e 25 segundos. Demorou
30 minutos para chegar em casa. Que horas ela chegou?
20
MATEMÁTICA
Questões
21
MATEMÁTICA
22
MATEMÁTICA
05. Resposta: B.
5⋅45=225 minutos de aula EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES
225/60=3 horas 45 minutos nas aulas mais 15 minutos
de intervalo=4horas
18:40+4h=22h:40
Equação 1º grau
06. Resposta: D. Equação é toda sentença matemática aberta represen-
1h45min=60+45=105 minutos tada por uma igualdade, em que exista uma ou mais letras
que representam números desconhecidos.
15km-------105 Equação do 1º grau, na incógnita x, é toda equação
1--------------x redutível à forma ax+b=0, em que a e b são números reais,
X=7 minutos chamados coeficientes, com a≠0.
Uma raiz da equação ax+b =0(a≠0) é um valor nu-
1h20min=60+20=80min mérico de x que, substituindo no 1º membro da equação,
torna-se igual ao 2º membro.
8km----80
1-------x Nada mais é que pensarmos em uma balança.
X=10minutos
A diferença é de 3 minutos
07. Resposta: B.
V------80min
V+20----48
Quanto maior a velocidade, menor o
tempo(inversamente)
23
MATEMÁTICA
Substituindo em Pe
Pe=2(Pa+3)+2Pa
Pe=2Pa+6+2Pa
Pe=4Pa+6
Pa+3+10=2Pa+3
Pa=10
Pi=Pa+3 3.
Pi=10+3=13
Pe=40+6=46
Soma das idades: 10+13+46=69
Resposta: B.
Equação 2º grau
Se não há solução, pois não existe raiz quadrada
A equação do segundo grau é representada pela fór- real de um número negativo.
mula geral:
Se , há duas soluções iguais:
1.
24
MATEMÁTICA
Inequação-Quociente
Na inequação-quociente, tem-se uma desigualdade
de funções fracionárias, ou ainda, de duas funções na qual
uma está dividindo a outra. Diante disso, deveremos nos
atentar ao domínio da função que se encontra no denomi-
nador, pois não existe divisão por zero. Com isso, a função
que estiver no denominador da inequação deverá ser dife-
rente de zero.
25
MATEMÁTICA
x-2≠0 Portanto:
x≠2 S = { x R | x ≤ - 1} ou S = ] - ∞ ; -1]
Inequação 2º grau
Chama-se inequação do 2º grau, toda inequação que
pode ser escrita numa das seguintes formas:
ax²+bx+c>0
ax²+bx+c≥0
ax²+bx+c<0
Sistema de Inequação do 1º Grau ax²+bx+c<0
Um sistema de inequação do 1º grau é formado por ax²+bx+c≤0
duas ou mais inequações, cada uma delas tem apenas uma ax²+bx+c≠0
variável sendo que essa deve ser a mesma em todas as
outras inequações envolvidas.
Exemplo
Veja alguns exemplos de sistema de inequação do 1º
grau: Vamos resolver a inequação 3x² + 10x + 7 < 0.
Resolvendo Inequações
Resolver uma inequação significa determinar os valo-
res reais de x que satisfazem a inequação dada.
Assim, no exemplo, devemos obter os valores reais de
x que tornem a expressão 3x² + 10x +7 negativa.
S1 = {x R | x ≤ - 1}
Fazendo o cálculo da segunda inequação temos:
x + 1 ≤ 0
x ≤ - 1
S2 = { x R | x ≤ - 1}
Calculando agora o CONJUTO SOLUÇÃO da inequação
temos: S = {x ∈ R / –7/3 < x < –1}
S = S1 ∩ S2
26
MATEMÁTICA
27
MATEMÁTICA
10x+6x+40500=25x
Como tem que ser natural, apenas o número 3 convém. 9x=40500
X=4500
02. Resposta: C.
Salario fração
y---------------1
4500---------4/5
Mmc(3,4)=12
4x+3x=336
7x=336
X=48 08. Resposta: D.
A distância entre A e B é 48km
Como já percorreu 28km Idade atual: x
48-28=20 km entre P e Q. X+24=3x
2x=24
03. Resposta:B. X=12
Sendo x o valor do material P Ele tem agora 12 anos, daqui a 5 anos: 17.
10x=7x+600
3x=600 09. Resposta: C.
X=200 ∆=(-28)²-4.8.12
∆=784-384
04. Resposta: E. ∆=400
2x²+12x+10=0
∆=12²-4⋅2⋅10
∆=144-80=64
05. Resposta:B.
Vamos fazer a conta de rodas:
Motos tem 2 rodas, triciclos 3 e carros 4
18⋅2+15⋅3+x⋅4=269
4x=269-36-45
4x=188
X=47 10. Resposta: C.
Atual:x
06. Resposta: B 5(x+8)-5(x-3)=x
∆=-(-6)²-4⋅(2m-1) ⋅3=0 5x+40-5x+15=x
36-24m+12=0 X=55
-24m=-48 Soma: 5+5=10
M=2
28
MATEMÁTICA
Exemplo
Com os conjuntos A={1, 4, 7} e B={1, 4, 6, 7, 8, 9, 12}
criamos a função f: A→B.definida por f(x) = x + 5 que tam-
bém pode ser representada por y = x + 5. A representação,
utilizando conjuntos, desta função, é:
Gráfico Cartesiano
Definição: Sejam A e B dois conjuntos não vazios e f Sobrejetora: Quando todos os elementos do contra-
uma relação de A em B. domínio forem imagens de pelo menos um elemento do
Essa relação f é uma função de A em B quando a cada domínio.
elemento x do conjunto A está associado um e apenas um
elemento y do conjunto B.
Notação: f:A→B (lê-se função f de A em B)
29
MATEMÁTICA
Exemplo:
Dado que f(x)=ax+b e f(1)=3 e f(3)=5, ache a função.
F(1)=1a+b
3=a+b
F(3)=3a+b
5=3a+b
Isolando a em I
a=3-b
Substituindo em II
3(3-b)+b=5
9-3b+b=5
-2b=-4
30
MATEMÁTICA
b=2 Raízes
Portanto,
a=3-b
a=3-2=1
Assim, f(x)=x+2
Discriminante(∆)
∆=b²-4ac
∆>0
A parábola y=ax²+bx+c intercepta o eixo x em dois
pontos distintos, (x1,0) e (x2,0), onde x1 e x2 são raízes da
equação ax²+bx+c=0
∆=0
∆<0
31
MATEMÁTICA
Solução
A Constante de Euler
É definida por :
e = exp(1)
O número e é um número irracional e positivo e em
função da definição da função exponencial, temos que:
Função exponencial Ln(e) = 1
Este número é denotado por e em homenagem ao ma-
A expressão matemática que define a função exponen- temático suíço Leonhard Euler (1707-1783), um dos primei-
cial é uma potência. Nesta potência, a base é um número ros a estudar as propriedades desse número.
real positivo e diferente de 1 e o expoente é uma variável. O valor deste número expresso com 10 dígitos deci-
mais, é:
Função crescente e = 2,7182818284
Se x é um número real, a função exponencial exp(.)
Se temos uma função exponencial crescente, pode ser escrita como a potência de base e com expoente
qualquer que seja o valor real de x. x, isto é:
No gráfico da função ao lado podemos observar que à ex = exp(x)
medida que x aumenta, também aumenta f(x) ou y. Grafica-
mente vemos que a curva da função é crescente. Propriedades dos expoentes
Se a, x e y são dois números reais quaisquer e k é um
número racional, então:
- ax ay= ax + y
- ax / ay= ax - y
- (ax) y= ax.y
- (a b)x = ax bx
- (a / b)x = ax / bx
- a-x = 1 / ax
Logaritmo
Considerando-se dois números N e a reais e positivos,
com a ≠1, existe um número c tal que:
32
MATEMÁTICA
Consequências da Definição
Questões
(A) 30.
Mudança de Base (B) 36.
(C) 48.
(D) 75.
(E) 84.
33
MATEMÁTICA
34
MATEMÁTICA
09. (IF/ES – Administrador – IFES/2017) O gráfico 11. (ITAIPU BINACIONAL - Profissional Nível Técni-
que melhor representa a função y = 2x , para o domínio co I - Técnico em Eletrônica – NCUFPR/2017) Conside-
em R+ é: rando que log105 = 0,7, assinale a alternativa que apresenta
o valor de log5100.
(A) 0,35.
(B) 0,50.
(C) 2,85.
(D) 7,00.
(E) 70,00.
(A) Respostas
01. Resposta: D.
90+0,4x=120
0,4x=30
X=75km
6%=0,06
Como valor total é x, então 0,06x
E mais a parte fixa de 1300
0,06x+1300
03. Resposta: A.
(C)
2x=36
X=18
04.Resposta: B.
(D) F(x)=12+25x
X=hora de trabalho
168,25=12+25x
25x=156,25
X=6,25 horas
1hora---60 minutos
0,25-----x
X=15 minutos
05. Resposta: E.
10. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- Como a função do segundo grau, tem raízes -2 e 2:
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) Qual o maior valor de (x-2)(x+2)=x²-4
k na equação log(kx) = 2log(x+3) para que ela tenha exa-
tamente uma raiz? A função do primeiro grau, tem o ponto (0, -1) e (2,3)
(A) 0 Y=ax+b
(B) 3 -1=b
(C) 6 3=2a-1
(D) 9 2a=4
(E) 12 A=2
Y=2x-1
35
MATEMÁTICA
∆=25-24=1
06. Resposta:C.
09. Resposta: A.
Um gráfico de função exponencial não começa do
zero, é é uma curva.
10. Resposta: E.
-2x=-12 Kx=(x+3)²
X=6 Kx=x²+6x+9
X²+(6-k)x+9=0
Substituindo em g(x) Para ter uma raiz, ∆=0
G(6)=6²-4(6)+5=36-24+5=17 ∆=b²-4ac
, ∆=(6-k)²-36=0
08. Resposta: D. 36-12k+k²-36=0
Para assumir valor 1, o expoente deve ser igual a zero. k²-12k=0
X²+4x-60=0 k=0 ou k=12
∆=4²-4.1.(-60)
∆=16+240 11. Resposta:C.
∆=256
36
MATEMÁTICA
Histogramas
GRÁFICOS E TABELAS
São gráfico de barra que mostram a frequência de uma
variável específica e um detalhe importante que são faixas
de valores em x.
Os gráficos e tabelas apresentam o cruzamento entre
dois dados relacionados entre si.
A escolha do tipo e a forma de apresentação sempre
vão depender do contexto, mas de uma maneira geral um
bom gráfico deve: Setor ou pizza- Muito útil quando temos um total e
-Mostrar a informação de modo tão acurado quanto queremos demonstrar cada parte, separando cada pedaço
possível. como numa pizza.
-Utilizar títulos, rótulos, legendas, etc. para tornar claro
o contexto, o conteúdo e a mensagem.
-Complementar ou melhorar a visualização sobre aspec-
tos descritos ou mostrados numericamente através de tabelas.
-Utilizar escalas adequadas.
-Mostrar claramente as tendências existentes nos dados.
Tipos de gráficos
Barras- utilizam retângulos para mostrar a quantidade.
Barra vertical
Fonte: educador.brasilescola.uol.com.br
37
MATEMÁTICA
Questões
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que apresenta 04. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VU-
a melhor aproximação para o aumento percentual da taxa NESP/2017) Uma professora elaborou um gráfico de se-
de desocupação do primeiro trimestre de 2017 em relação tores para representar a distribuição, em porcentagem, dos
à taxa de desocupação do primeiro trimestre de 2014. cinco conceitos nos quais foram agrupadas as notas obti-
das pelos alunos de uma determinada classe em uma prova
(A) 15%. de matemática. Observe que, nesse gráfico, as porcenta-
(B) 25%. gens referentes a cada conceito foram substituídas por x
(C) 50%. ou por múltiplos e submúltiplos de x.
(D) 75%.
(E) 90%.
38
MATEMÁTICA
Tendo como referência o gráfico precedente, que mos- Pode-se concluir que
tra os valores, em bilhões de reais, relativos à arrecadação (A) o total da folha de pagamentos é de 35,3 salários.
de receitas e aos gastos com despesas do estado do Paraná (B) 60% dos trabalhadores ganham mais ou igual a 3
nos doze meses do ano de 2015, assinale a opção correta. salários.
(A) No ano considerado, o segundo trimestre caracte- (C) 10% dos trabalhadores ganham mais de 10 salários.
rizou-se por uma queda contínua na arrecadação de recei- (D) 20% dos trabalhadores detêm mais de 40% da ren-
tas, situação que se repetiu no trimestre seguinte. da total.
(B) No primeiro quadrimestre de 2015, houve um pe- (E) 60% dos trabalhadores detêm menos de 30% da
ríodo de queda simultânea dos gastos com despesas e da renda total.
arrecadação de receitas e dois períodos de aumento simul-
tâneo de gastos e de arrecadação.
(C) No último bimestre do ano de 2015, foram regis- 08. (TJ/SP – Estatístico Judiciário – VUNESP/2015)
trados tanto o maior gasto com despesas quanto a maior Considere a tabela de distribuição de frequência seguinte,
arrecadação de receitas. em que xi é a variável estudada e fi é a frequência absoluta
(D) No ano em questão, janeiro e dezembro foram os dos dados.
únicos meses em que a arrecadação de receitas foi ultra-
passada por gastos com despesas. xi fi
(E) A menor arrecadação mensal de receitas e o menor 30-35 4
gasto mensal com despesas foram verificados, respecti- 35-40 12
vamente, no primeiro e no segundo semestre do ano de 40-45 10
2015. 45-50 8
50-55 6
06. (BRDE – Assistente Administrativo – FUNDA- TOTAL 40
TEC/2015) Assinale a alternativa que representa a nomen-
clatura dos três gráficos abaixo, respectivamente. Assinale a alternativa em que o histograma é o que
melhor representa a distribuição de frequência da tabela.
(A)
39
MATEMÁTICA
09. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES- A partir das informações e do gráfico apresentados,
PE/2015) julgue o item que se segue.
Se os percentuais forem representados por barras ver-
ticais, conforme o gráfico a seguir, então o resultado será
denominado histograma.
( )certo ( ) errado
03. Resposta: C.
10. (DEPEN – Agente Penitenciário Federal – CES-
PE/2015)
04. Resposta: A.
X+0,5x+4x+3x+1,5x=360
10x=360
X=36
Como o conceito bom corresponde a 4x: 4x36=144°
05. Resposta: B.
Analisando o primeiro quadrimestre, observamos que
os dois primeiros meses de receita diminuem e os dois me-
ses seguintes aumentam, o mesmo acontece com a des-
pesa.
40
MATEMÁTICA
Teste de Hipóteses
Definição: Processo que usa estatísticas amostrais
para testar a afirmação sobre o valor de um parâmetro
populacional.
Para testar um parâmetro populacional, você deve
afirmar cuidadosamente um par de hipóteses – uma que
represente a afirmação e outra, seu complemento. Quan-
06. Resposta: C. do uma é falsa, a outra é verdadeira.
Como foi visto na teoria, gráfico de barras, de setores Uma hipótese nula H0 é uma hipótese estatística que
ou pizza e de linha contém uma afirmação de igualdade, tal como ≤, =, ≥
A hipótese alternativa Ha é o complemento da hipó-
tese nula. Se H0 for falsa, Ha deve ser verdadeira, e contém
07. Resposta: D. afirmação de desigualdade, como <, ≠, >.
(A) 1,8x10+2,5x8+3,0x5+5,0x4+8,0x2+15,0x1=104 sa-
lários Vamos ver como montar essas hipóteses
(B) 60% de 30=18 funcionários e se juntarmos quem Um caso bem simples.
ganha mais de 3 salários (5+4+2+1=12)
(C)10% de 30=0,1x30=3 funcionários
E apenas 1 pessoa ganha
(D) 40% de 104=0,4x104= 41,6
20% de 30=0,2x30=6 Assim, fica fácil, se H0 for falsa, Ha é verdadeira
5x3+8x2+15x1=46, que já é maior.
(E) 60% de 30=0,6x30=18 Há uma regrinha para formular essas hipóteses
30% de 104=0,3x104=31,20da renda: 31,20 Formulação verbal Formulação
H0 Formulação verbal Ha
Matemática
08. Resposta: A. A média é A média é
Colocando em ordem crescente: 30-35, 50-55, 45-50, ...maior ou igual
40-45, 35-40, a k. ...menor que k
41
MATEMÁTICA
Classes Frequências
41 |------- 45 7
Referências 45 |------- 49 3
Larson, Ron. Estatística Aplicada. 4ed – São Paulo: Pe- 49 |------- 53 4
arson Prentice Hall, 2010. 53 |------- 57 1
57 |------- 61 5
Frequências
A primeira fase de um estudo estatístico consiste em Total 20
recolher, contar e classificar os dados pesquisados sobre
uma população estatística ou sobre uma amostra dessa Média aritmética
população. Média aritmética de um conjunto de números é o valor
que se obtém dividindo a soma dos elementos pelo núme-
Frequência Absoluta ro de elementos do conjunto.
É o número de vezes que a variável estatística assume Representemos a média aritmética por .
um valor. A média pode ser calculada apenas se a variável envol-
vida na pesquisa for quantitativa. Não faz sentido calcular a
Frequência Relativa média aritmética para variáveis quantitativas.
É o quociente entre a frequência absoluta e o número Na realização de uma mesma pesquisa estatística entre
de elementos da amostra. diferentes grupos, se for possível calcular a média, ficará
Na tabela a seguir, temos exemplo dos dois tipos: mais fácil estabelecer uma comparação entre esses grupos
e perceber tendências.
Considerando uma equipe de basquete, a soma das al-
turas dos jogadores é:
42
MATEMÁTICA
Exemplo 1:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{12, 3, 7, 10, 21, 18, 23}
Solução: Isto é:
Escrevendo os elementos do conjunto em rol, tem-se:
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23). A mediana é o termo médio desse
rol. Logo: Md=12
Exemplo 2:
Determinar a mediana do conjunto de dados:
{10, 12, 3, 7, 18, 23, 21, 25}.
Exemplo 1:
Solução: Em oito jogos, o jogador A, de bola ao cesto, apresen-
Escrevendo-se os elementos do conjunto em rol, tem- tou o seguinte desempenho, descrito na tabela abaixo:
-se: Jogo Número de pontos
(3, 7, 10, 12, 18, 21, 23, 25). A mediana é a média arit- 1 22
mética entre os dois termos centrais do rol. 2 18
3 13
Logo: 4 24
5 26
Resposta: Md=15 6 20
7 19
Moda (Mo)
8 18
Num conjunto de números: , chama-se
moda aquele valor que ocorre com maior frequência. a) Qual a média de pontos por jogo?
b) Qual a variância do conjunto de pontos?
Observação: Solução:
A moda pode não existir e, se existir, pode não ser úni- a) A média de pontos por jogo é:
ca.
Exemplo 1:
O conjunto de dados 3, 3, 8, 8, 8, 6, 9, 31 tem moda
igual a 8, isto é, Mo=8.
Exemplo 2: b) A variância é:
O conjunto de dados 1, 2, 9, 6, 3, 5 não tem moda.
Medidas de dispersão
Duas distribuições de frequência com medidas de ten-
dência central semelhantes podem apresentar característi-
cas diversas. Necessita-se de outros índices numéricas que
informem sobre o grau de dispersão ou variação dos dados Desvio médio
em torno da média ou de qualquer outro valor de concen-
tração. Esses índices são chamados medidas de dispersão. Definição
Medida da dispersão dos dados em relação à média de
Variância uma sequência. Esta medida representa a média das dis-
tâncias entre cada elemento da amostra e seu valor médio.
Há um índice que mede a “dispersão” dos elementos
de um conjunto de números em relação à sua média arit-
mética, e que é chamado de variância. Esse índice é assim
definido:
43
MATEMÁTICA
Desvio padrão
Definição
Seja o conjunto de números , tal que é sua média aritmética. Chama-se desvio padrão desse conjunto,
e indica-se por , o número:
Isto é:
Exemplo:
As estaturas dos jogadores de uma equipe de basquetebol são: 2,00 m; 1,95 m; 2,10 m; 1,90 m e 2,05 m. Calcular:
a) A estatura média desses jogadores.
b) O desvio padrão desse conjunto de estaturas.
Solução:
a) Sendo a estatura média, temos:
Questões
01. (CRBIO – Auxiliar Administrativo – VUNESP/2017) Uma empresa tem 120 funcionários no total: 70 possuem
curso superior e 50 não possuem curso superior. Sabe-se que a média salarial de toda a empresa é de R$ 5.000,00, e que a
média salarial somente dos funcionários que possuem curso superior é de R$ 6.000,00. Desse modo, é correto afirmar que
a média salarial dos funcionários dessa empresa que não possuem curso superior é de
(A) R$ 4.000,00.
(B) R$ 3.900,00.
(C) R$ 3.800,00.
(D) R$ 3.700,00.
(E) R$ 3.600,00.
02. (TJM/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VUNESP/2017) Leia o enunciado a seguir para responder a questão.
A tabela apresenta o número de acertos dos 600 candidatos que realizaram a prova da segunda fase de um concurso,
que continha 5 questões de múltipla escolha
Número de acertos Número de candidatos
5 204
4 132
3 96
2 78
1 66
0 24
44
MATEMÁTICA
03. (PREF. GUARULHOS/SP – Assistente de Gestão Escolar – VUNESP/2016) Certa escola tem 15 classes no período
matutino e 10 classes no período vespertino. O número médio de alunos por classe no período matutino é 20, e, no período
vespertino, é 25. Considerando os dois períodos citados, a média aritmética do número de alunos por classe é
(A) 24,5.
(B) 23.
(C) 22,5.
(D) 22.
(E) 21.
04. (SEGEP/MA – Técnico da Receita Estadual – FCC/2016) Para responder à questão, considere as informações
abaixo.
Três funcionários do Serviço de Atendimento ao Cliente de uma loja foram avaliados pelos clientes que atribuíram uma
nota (1; 2; 3; 4; 5) para o atendimento recebido. A tabela mostra as notas recebidas por esses funcionários em um deter-
minado dia.
Considerando a avaliação média individual de cada funcionário nesse dia, a diferença entre as médias mais próximas
é igual a
(A) 0,32.
(B) 0,21.
(C) 0,35.
(D) 0,18.
(E) 0,24.
05. (UFES – Assistente em Administração – UFES/2017) Considere n números x1, x2, … , xn, em que x1 ≤ x2 ≤ ⋯ ≤ xn
. A mediana desses números é igual a x(n + 1)/2, se n for ímpar, e é igual à média aritmética de xn ⁄ 2 e x(n + 2)/2, se n for
par. Uma prova composta por 5 questões foi aplicada a uma turma de 24 alunos. A tabela seguinte relaciona o número de
acertos obtidos na prova com o número de alunos que obtiveram esse número de acertos.
A penúltima linha da tabela acima, por exemplo, indica que 5 alunos tiveram, cada um, um total de 4 acertos na prova.
A mediana dos números de acertos é igual a
(A) 1,5
(B) 2
(C) 2,5
(D) 3
(E) 3,5
45
MATEMÁTICA
06. (UFAL – Auxiliar de Biblioteca – COPEVE/2016) 09. (MPE/SP – Oficial de Promotoria I – VU-
A tabela apresenta o número de empréstimos de livros de NESP/2016) A média de salários dos 13 funcionários de
uma biblioteca setorial de um Instituto Federal, no primeiro uma empresa é de R$ 1.998,00. Dois novos funcionários
semestre de 2016. foram contratados, um com o salário 10% maior que o do
outro, e a média salarial dos 15 funcionários passou a ser
Mës Empréstimos R$ 2.013,00. O menor salário, dentre esses dois novos fun-
cionários, é igual a
Janeiro 15 (A)) R$ 2.002,00.
Fevereiro 25 (B) R$ 2.006,00.
Março 22 (C) R$ 2.010,00.
(D) R$ 2.004,00.
Abril 30
(E) R$ 2.008,00.
Maio 28
Junho 15
10. (PREF. DE NITERÓI – Agente Fazendário –
Dadas as afirmativas, FGV/2015) Os 12 funcionários de uma repartição da pre-
I. A biblioteca emprestou, em média, 22,5 livros por feitura foram submetidos a um teste de avaliação de co-
mês. nhecimentos de computação e a pontuação deles, em uma
II. A mediana da série de valores é igual a 26. escala de 0 a 100, está no quadro abaixo.
III. A moda da série de valores é igual a 15.
50 55 55 55 55 60
verifica-se que está(ão) correta(s) 62 63 65 90 90 100
(A) II, apenas.
(B) III, apenas. O número de funcionários com pontuação acima da
(C) I e II, apenas. média é:
(D) I e III, apenas. (A) 3;
(E) I, II e III. (B) 4;
(C) 5;
07. (COSANPA - Químico – FADESP/2017) Algumas (D) 6;
Determinações do teor de sódio em água (em mg L-1) fo- (E) 7.
ram executadas (em triplicata) paralelamente por quatro
laboratórios e os resultados são mostrados na tabela abai-
xo. Respostas
46
MATEMÁTICA
M=300
V=250
09. Resposta: C.
Vamos chamar de x a soma dos salários dos 13 funcio-
nários
04. Resposta: B. x/13=1998
X=13.1998
X=25974
Vamos chamar de y o funcionário contratado com me-
nor valor e, portanto, 1,1y o com 10% de salário maior, pois
ele ganha y+10% de y
Y+0,1y=1,1y
(x+y+1,1y)/15=2013
25974+2,1y=15∙2013
2,1y=30195-25974
2,1y=4221
Y=2010
05.Resposta: B.
Como 24 é um número par, devemos fazer a segunda
regra: M=66,67
Apenas 3 funcionários estão acima da média.
GEOMETRIA
06. Resposta: D.
Ângulos
Denominamos ângulo a região do plano limitada por
duas semirretas de mesma origem. As semirretas recebem
Mediana o nome de lados do ângulo e a origem delas, de vértice do
Vamos colocar os números em ordem crescente ângulo.
15,15,22,25,28,30
07. Resposta: C.
Como o desvio padrão é maior no 3, o erro padrão é
proporcional, portanto também é maior em 3.
47
MATEMÁTICA
48
MATEMÁTICA
Mediatriz de um segmento de reta é a reta perpen- Triângulo equilátero: três lados iguais.
dicular a esse segmento pelo seu ponto médio.
Na figura, a reta m é a mediatriz de .
QUADRILÁTEROS
49
MATEMÁTICA
Trapézio: É todo quadrilátero tem dois paralelos. Diagonal de um polígono é um segmento cujas extre-
midades são vértices não-consecutivos desse polígono.
- é paralelo a
Número de Diagonais
Áreas
Teorema de Tales
Se um feixe de retas paralelas tem duas transversais,
então a razão de dois segmentos quaisquer de uma trans-
versal é igual à razão dos segmentos correspondentes da
outra.
Dada a figura anterior, O Teorema de Tales afirma que
são válidas as seguintes proporções:
50
MATEMÁTICA
Exemplo
3º Caso: LLL(lado-lado-lado)
Se dois triângulos têm os três lado correspondentes
proporcionais, então esses dois triângulos são semelhan-
tes.
2
Razões Trigonométricas no Triângulo Retângulo
Casos de Semelhança
1º Caso:AA(ângulo-ângulo)
Se dois triângulos têm dois ângulos congruentes de
vértices correspondentes, então esses triângulos são con-
gruentes.
Temos:
2º Caso: LAL(lado-ângulo-lado)
Se dois triângulos têm dois lados correspondentes
proporcionais e os ângulos compreendidos entre eles con-
gruentes, então esses dois triângulos são semelhantes.
51
MATEMÁTICA
a: hipotenusa
b e c: catetos
h:altura relativa à hipotenusa
m e n: projeções ortogonais dos catetos sobre a hipo-
tenusa
Fórmulas Trigonométricas
2. O produto dos catetos é igual ao produto da hi-
Relação Fundamental potenusa pela altura relativa à hipotenusa.
Existe uma outra importante relação entre seno e cos-
seno de um ângulo. Considere o triângulo retângulo ABC.
Como
Todo triângulo que tem um ângulo reto é denominado 1. Perpendiculares: r e s formam ângulo reto.
triangulo retângulo.
O triângulo ABC é retângulo em A e seus elementos são:
52
MATEMÁTICA
2. Oblíquas:r e s não são perpendiculares. 02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Con-
sidere um triângulo retângulo de catetos medindo 3m e
5m. Um segundo triângulo retângulo, semelhante ao pri-
meiro, cuja área é o dobro da área do primeiro, terá como
medidas dos catetos, em metros:
(A) 3 e 10.
(B) 3√2 e 5√2 .
(C) 3√2 e 10√2 .
(D) 5 e 6.
(E) 6 e 10.
b) Paralelas: r e s não têm ponto comum ou r e s são
coincidentes. 03. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Na
figura abaixo, encontra-se representada uma cinta esticada
passando em torno de três discos de mesmo diâmetro e
tangentes entre si.
53
MATEMÁTICA
54
MATEMÁTICA
(A) 54.
(B) 48.
(C) 36.
(D) 40.
(E) 42. 96h=1728
H=18
(A) 64,2 m
(B) 46,2 m
(C) 92,4 m
(D) 128,4 m Lado=3√2
Outro lado =5√2
Respostas
55
MATEMÁTICA
5x=400
X=80
08. Resposta: B.
108/4=27m²
6x=27
X=27/6
O perímetro seria
10. Resposta: B.
A sombreada=100-25π
05. Resposta: C.
CQ é hipotenusa do triângulo GQC.
01. CQ²=10²+5²
CQ²=100+25 9x=108
CQ²=125 X=12
CQ=5√5 Para encontrar o perímetro do triângulo R2:
A área do quadrilátero seria CQ⋅BC
A=5√5⋅10=50√5
06. Resposta: C
Para saber a área, primeiro precisamos descobrir o x.
17²=x²+8²
289=x²+64
X²=225
X=15
56
MATEMÁTICA
11. Resposta: C.
1-cos²x=sen²x
12. Resposta: D.
Área
Área da base: Sb=πr²
Volume
X=6
Cones
Na figura, temos um plano α, um círculo contido em α,
um ponto V que não pertence ao plano.
A figura geométrica formada pela reunião de todos os
segmentos de reta que tem uma extremidade no ponto V
Y=10,2 e a outra num ponto do círculo denomina-se cone circular.
2 voltas=2(12+18+10,2+6+18)=128,4m
Cilindros
Considere dois planos, α e β, paralelos, um círculo de
centro O contido num deles, e uma reta s concorrente com
os dois.
Chamamos cilindro o sólido determinado pela reunião
de todos os segmentos paralelos a s, com extremidades no
círculo e no outro plano.
Classificação
Classificação
Reto: Um cilindro se diz reto ou de revolução quando
as geratrizes são perpendiculares às bases.
Quando a altura é igual a 2R(raio da base) o cilindro é
equilátero.
Oblíquo: faces laterais oblíquas ao plano da base.
57
MATEMÁTICA
Área
Área lateral:
Área da base:
Chamamos prisma o sólido determinado pela reunião
Área total: de todos os segmentos paralelos a r, com extremidades no
polígono R e no plano β.
Volume
Pirâmides
As pirâmides são também classificadas quanto ao nú-
mero de lados da base.
58
MATEMÁTICA
Área
Área cubo:
Área paralelepípedo:
A área de um prisma:
Onde: St=área total
Sb=área da base
Sl=área lateral, soma-se todas as áreas das faces late-
-Quadrangular rais.
Volume
Paralelepípedo:V=a.b.c
Cubo:V=a³
Demais:
59
MATEMÁTICA
Em uma revisão do projeto, foi necessário aumen- 06. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
tar em 1 m a medida da largura, indicada por x na figura, NESP/2017) As figuras seguintes mostram os blocos de
mantendo-se inalteradas as demais medidas. Desse modo, madeira A, B e C, sendo A e B de formato cúbico e C com
o volume inicialmente previsto para esse reservatório foi formato de paralelepípedo reto retângulo, cujos respecti-
aumentado em vos volumes, em cm³, são representados por VA, VB e VC.
(A) 1 m³ .
(B) 3 m³ .
(C) 4 m³ .
(D) 5 m³ .
(E) 6 m³ .
60
MATEMÁTICA
05. Resposta: C.
V=20⋅15⋅20=6000cm³=6000ml==6 litros
06. Resposta:C.
VA=125cm³
VB=1000cm³
61
MATEMÁTICA
09. Resposta: E.
V=2,5⋅2⋅1=5m³
Como foi retirado 3m³
5+3=2,5⋅2⋅h
8=5h
H=1,6m
10. Resposta: D.
Cone
Cilindro
V=Ab.h
V=πr²h
Como o volume do cone é 30% maior:
117πr²=1,3 πr²h
H=117/1,3=90
Sólidos Geométricos
Para explicar o cálculo do volume de figuras geométri-
cas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura:
Considere uma região plana limitada por uma curva
suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse pla-
no. Chamamos de cone ao sólido formado pela reunião de
todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em
P e a outra num ponto qualquer da região.
a) A figura representa a planificação de um prisma reto;
b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da Elementos do cone
área da base pela altura do sólido, isto é - Base: A base do cone é a região plana contida no
interior da curva, inclusive a própria curva.
V = Ab x a - Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que pos-
c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas; sui centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo
d) O volume do cilindro também se pode calcular da vértice P e pelo centro da base.
mesma forma que o volume de um prisma reto. - Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extre-
Os formulários seguintes, das figuras geométricas são midade no vértice do cone e a outra na curva que envolve
para calcular da mesma forma que as acima apresentadas: a base.
- Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
Figuras Geométricas: - Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a
reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extre-
midade em P e a outra na curva que envolve a base.
- Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião
da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
- Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é
uma região triangular obtida pela interseção do cone com
um plano que contem o eixo do mesmo.
Classificação do cone
62
MATEMÁTICA
Quando observamos a posição relativa do eixo em relação à base, os cones podem ser classificados como retos ou
oblíquos. Um cone é dito reto quando o eixo é perpendicular ao plano da base e é oblíquo quando não é um cone reto.
Ao lado apresentamos um cone oblíquo.
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais importantes são os cones retos. Em função das bases, os cones
recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico se a base é uma
região elíptica.
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz então, pelo
Teorema de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2
4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do
cone):ALat = Pi R g
5. A Área total de um cone circular reto pode ser obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base do cone):
ATotal = Pi R g + Pi R2
Cones Equiláteros
Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua seção meridiana é uma região triangular equilátera e neste caso a
medida da geratriz é igual à medida do diâmetro da base.
A área da base do cone é dada por:
63
MATEMÁTICA
ABase=Pi R2
Assim:
h=R
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto
da área da base pela altura, então:
V = (1/3) Pi R3
Como a área lateral pode ser obtida por: O conceito de cone
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2
então a área total será dada por:
ATotal = 3 Pi R2
GEOMETRIA ESPACIAL
Sólidos Geométricos
Para explicar o cálculo do volume de figuras geométri- Considere uma região plana limitada por uma curva
cas, podemos pedir que visualizem a seguinte figura: suave (sem quinas), fechada e um ponto P fora desse pla-
no. Chamamos de cone ao sólido formado pela reunião de
todos os segmentos de reta que têm uma extremidade em
P e a outra num ponto qualquer da região.
Elementos do cone
- Base: A base do cone é a região plana contida no
interior da curva, inclusive a própria curva.
- Vértice: O vértice do cone é o ponto P.
- Eixo: Quando a base do cone é uma região que pos-
sui centro, o eixo é o segmento de reta que passa pelo
a) A figura representa a planificação de um prisma reto; vértice P e pelo centro da base.
b) O volume de um prisma reto é igual ao produto da - Geratriz: Qualquer segmento que tenha uma extre-
área da base pela altura do sólido, isto é midade no vértice do cone e a outra na curva que envolve
a base.
V = Ab x a - Altura: Distância do vértice do cone ao plano da base.
- Superfície lateral: A superfície lateral do cone é a
c) O cubo e o paralelepípedo retângulo são prismas; reunião de todos os segmentos de reta que tem uma extre-
d) O volume do cilindro também se pode calcular da midade em P e a outra na curva que envolve a base.
mesma forma que o volume de um prisma reto. - Superfície do cone: A superfície do cone é a reunião
Os formulários seguintes, das figuras geométricas são da superfície lateral com a base do cone que é o círculo.
para calcular da mesma forma que as acima apresentadas: - Seção meridiana: A seção meridiana de um cone é
uma região triangular obtida pela interseção do cone com
Figuras Geométricas: um plano que contem o eixo do mesmo.
Classificação do cone
64
MATEMÁTICA
Quando observamos a posição relativa do eixo em re- Um cone circular reto é um cone equilátero se a sua
lação à base, os cones podem ser classificados como retos seção meridiana é uma região triangular equilátera e neste
ou oblíquos. Um cone é dito reto quando o eixo é perpen- caso a medida da geratriz é igual à medida do diâmetro
dicular ao plano da base e é oblíquo quando não é um da base.
cone reto. Ao lado apresentamos um cone oblíquo. A área da base do cone é dada por:
ABase=Pi R2
Observação: Para efeito de aplicações, os cones mais
importantes são os cones retos. Em função das bases, os Pelo Teorema de Pitágoras temos:
cones recebem nomes especiais. Por exemplo, um cone é (2R)2 = h2 + R2
dito circular se a base é um círculo e é dito elíptico se a h2 = 4R2 - R2 = 3R2
base é uma região elíptica.
Assim:
h=R
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto
da área da base pela altura, então:
V = (1/3) Pi R3
Como a área lateral pode ser obtida por:
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2
Observações sobre um cone circular reto então a área total será dada por:
1. Um cone circular reto é chamado cone de revolução ATotal = 3 Pi R2
por ser obtido pela rotação (revolução) de um triângulo
retângulo em torno de um de seus catetos O conceito de esfera
2. A seção meridiana do cone circular reto é a interse-
ção do cone com um plano que contem o eixo do cone. No A esfera no espaço R³ é uma superfície muito impor-
caso acima, a seção meridiana é a região triangular limitada tante em função de suas aplicações a problemas da vida.
pelo triângulo isósceles VAB. Do ponto de vista matemático, a esfera no espaço R³ é
confundida com o sólido geométrico (disco esférico) en-
3. Em um cone circular reto, todas as geratrizes são volvido pela mesma, razão pela quais muitas pessoas cal-
congruentes entre si. Se g é a medida de cada geratriz en- culam o volume da esfera. Na maioria dos livros elementa-
tão, pelo Teorema de Pitágoras, temos: g2 = h2 + R2 res sobre Geometria, a esfera é tratada como se fosse um
sólido, herança da Geometria Euclidiana.
4. A Área Lateral de um cone circular reto pode ser Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos
obtida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da falar palavras que sejam entendidas pela coletividade. De
base do cone):ALat = Pi R g um ponto de vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³
é um objeto matemático parametrizado por duas dimen-
5. A Área total de um cone circular reto pode ser ob- sões, o que significa que podemos obter medidas de área
tida em função de g (medida da geratriz) e R (raio da base e de comprimento, mas o volume tem medida nula. Há
do cone): outras esferas, cada uma definida no seu respectivo espa-
ATotal = Pi R g + Pi R2 ço n-dimensional. Um caso interessante é a esfera na reta
unidimensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
Por exemplo, a esfera
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio
unitário centrada na origem do plano cartesiano.
65
MATEMÁTICA
observa-se o nível de líquido que fica impregnado na vara O disco esférico é o conjunto de todos os pontos do
e esta medida corresponde à altura de líquido contido na espaço que estão localizados na casca e dentro da esfera.
região esférica. Este não é um problema trivial, como ob- Do ponto de vista prático, o disco esférico pode ser pen-
servaremos pelos cálculos realizados na sequência. sado como a reunião da película fina que envolve o sólido
esférico com a região sólida dentro da esfera. Em uma me-
lancia esférica, o disco esférico pode ser visto como toda
a fruta.
A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o cen-
e algumas fórmulas para cálculos de áreas na esfera e vo- tro da esfera pelo ponto (xo,yo,zo), a equação da esfera é
lumes em um sólido esférico. dada por:
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² = R²
A superfície esférica
A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pon- e a relação matemática que define o disco esférico é o
conjunto que contém a casca reunido com o interior, isto é,
tos do espaço que estão localizados a uma mesma distân-
o conjunto de todos os pontos (x,y,z) em R³ tal que:
cia denominada raio de um ponto fixo chamado centro.
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R²
Uma notação para a esfera com raio unitário centrada
na origem de R³ é:
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
Da forma como está definida, a esfera centrada na ori-
Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4
gem pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo
é dada por:
que o centro da mesma venha a coincidir com a origem do
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
sistema cartesiano R³, logo podemos fazer passar os eixos
OX, OY e OZ, pelo ponto (0,0,0).
Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera?
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada
como a película fina que envolve um sólido esférico. Em
uma melancia esférica, a esfera poderia ser considerada a
película verde (casca) que envolve a fruta.
É comum encontrarmos na literatura básica a defini-
ção de esfera como sendo o sólido esférico, no entanto
não se devem confundir estes conceitos. Se houver inte-
resse em aprofundar os estudos desses detalhes, deve-se
tomar algum bom livro de Geometria Diferencial que é a
área da Matemática que trata do detalhamento de tais
situações.
Seccionando a esfera x²+y²+z²=R² com o plano z=0,
obteremos duas superfícies semelhantes: o hemisfério
Norte (“boca para baixo”) que é o conjunto de todos os
pontos da esfera onde a cota z é não negativa e o hemis-
fério Sul (“boca para cima”) que é o conjunto de todos os
pontos da esfera onde a cota z não é positiva.
Se seccionarmos a esfera x²+y²+z²=R² por um plano
vertical que passa em (0,0,0), por exemplo, o plano x=0, te-
remos uma circunferência maximal C da esfera que é uma
circunferência contida na esfera cuja medida do raio coin-
cide com a medida do raio da esfera, construída no plano
YZ e a equação desta circunferência será:
x=0, y² + z² = R2
66
MATEMÁTICA
67
MATEMÁTICA
Obteremos o volume da calota esférica com a altura Volume de uma calota no hemisfério Norte
h menor ou igual ao raio R da esfera, isto é, h pertence ao Se o nível do líquido mostra que a altura h já ultrapas-
intervalo [0,R] e neste caso poderemos explicitar o valor de sou o raio R da região esférica, então a altura h está no
z em função de x e y para obter: intervalo [R,2R]
z = R − R 2 − (x 2 + y 2 )
68
MATEMÁTICA
Prisma regular
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais
regulares.
Prisma
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces
planas, no qual as bases se situam em planos paralelos.
Quanto à inclinação das arestas laterais, os prismas podem Um prisma é um sólido formado por todos os pontos
ser retos ou oblíquos. do espaço localizados dentro dos planos que contêm as fa-
ces laterais e os planos das bases. As faces laterais e as ba-
Prisma reto
ses formam a envoltória deste sólido. Esta envoltória é uma
As arestas laterais têm o mesmo comprimento.
“superfície” que pode ser planificada no plano cartesiano.
As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base.
As faces laterais são retangulares. Tal planificação se realiza como se cortássemos com
Prisma oblíquo uma tesoura esta envoltória exatamente sobre as arestas
As arestas laterais têm o mesmo comprimento. para obter uma região plana formada por áreas congruen-
As arestas laterais são oblíquas ao plano da base. tes às faces laterais e às bases.
As faces laterais não são retangulares. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas
lateral e total.
Bases: regiões Volume de um prisma
poligonais congruentes O volume de um prisma é dado por:
Altura: distância entre
as bases Vprisma = Abase . h
Arestas laterais
paralelas: mesmas Área lateral de um prisma reto com base poligonal
medidas regular
Faces laterais: A área lateral de um prisma reto que tem por base uma
paralelogramos região poligonal regular de n lados é dada pela soma das
Prisma reto Aspectos comuns Prisma oblíquo áreas das faces laterais. Como neste caso todas as áreas das
faces laterais são iguais, basta tomar a área lateral como:
Seções de um prisma
Seção transversal
É a região poligonal obtida pela interseção do prisma
com um plano paralelo às bases, sendo que esta região
poligonal é congruente a cada uma das bases.
69
MATEMÁTICA
Exercícios
70
MATEMÁTICA
Matriz coluna
MATRIZ, DETERMINANTES E SISTEMAS
Chama-se matriz coluna a toda matriz que possui uma
LINEARES
única coluna.
Representação da matriz
Forma explicita (ou forma de tabela)
A matriz A é representada indicando-se cada um de
seus elementos por uma letra minúscula acompanhada Diagonais
de dois índices: o primeiro indica a linha a que pertence Diagonal principal é a sequência tais que i=j, ou seja,
o elemento: o segundo indica a coluna a que pertence o (a11, a22, a33,..)
elemento, isto é, o elemento da linha i e da coluna j é in- Diagonal secundária é a sequência dos elementos tais
dicado por ij. que i+j=n+1, ou seja, (a1n, a2 n-1,...)
Assim, a matriz A2 x 3 é representada por:
Forma abreviada
A matriz A é dada por (aij)m x n e por uma lei que fornece
aij em função de i e j.
A=(aij)2 x 2, onde aij=2i+j
71
MATEMÁTICA
Matriz diagonal
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz diagonal se, e somen-
te se, todos os elementos que não pertencem à diagonal principal são iguais a zero.
Matriz identidade
Uma matriz quadrada de ordem n(n>1) é chamada de matriz identidade se, e somente se, os elementos da diagonal
principal são iguais a um e os demais são iguais a zero.
Matriz nula
É chamada matriz nula se, e somente se, todos os elementos são iguais a zero.
Matriz Transposta
Adição de Matrizes
Sejam A= (aij), B=(bij) e C=(cij) matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a soma de A com B, e indica-se por A+B.
Dada as matrizes:
, portanto
Propriedades da adição
Comutativa: A + B = B + A
Associativa: (A + B) + C = A + (B + C)
Elemento neutro: A + O = O + A = A
Elemento Oposto: A + (-A) = (-A) + A = O
Transposta da soma: (A + B)t = At + Bt
Subtração de matrizes
Sejam A=(aij), B=(bij) e C=(cij), matrizes do mesmo tipo m x n. Diz-se que C é a diferença A-B, se, e somente se, C=A+(-
-B).
72
MATEMÁTICA
Multiplicação de um número por uma matriz Temos que x=3; y=2; z=1; t=1
Considere: Logo,
Determinante
Dada uma matriz quadrada, chama-se determinante o
número real a ela associado.
Cálculo do determinante
Determinante de ordem 1
Multiplicação de matrizes
Determinante de ordem 3
Regra 1:
Matriz Inversa
Regra 2
Exemplo:
Determine a matriz inversa de A.
Solução
detA= a11 a22 a33 + a12 a23 a31 + a32 a21 a13 - a31 a22 a13 -a12
Seja
a21 a33 - a32 a23 a11
73
MATEMÁTICA
Matriz incompleta
Em que: Classificação
74
MATEMÁTICA
x + 3 y = 5
Sistema 2x3 2 x + ay = 1
Resolução
1 3
Resolução de um Sistema Linear por Escalonamento
D= = a−6
Podemos transformar qualquer sistema linear em um 2 a
outro equivalente pelas seguintes transformações elemen-
tares, realizadas com suas equações: D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
-trocas as posições de duas equações
-Multiplicar uma das equações por um número real di- Assim, para a ≠ 6, o sistema é possível e determinado.
ferente de 0. Para a ≠ 6, temos:
-Multiplicar uma equação por um número real e adi-
cionar o resultado a outra equação.
Exemplo x + 3 y = 5
x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
← −2 0 x + 0 y = −9
Regra de Cramer
Consideramos os sistema . Suponhamos
Depois eliminamos a incógnita x da segunda equação
que a ≠ 0. Observamos que a matriz incompleta desse sis-
Multiplicando a equação por -2:
tema é , cujo determinante é indicado por D =
ad – bc.
Assim, .
75
MATEMÁTICA
Questões
O valor de x²-2xy+y² é
igual a
(A) 8
(B) 6
(C) 4
(D) 2
(E) 0
é:
76
MATEMÁTICA
02. Resposta: E.
09. (MGS – Serviços Técnicos Contábeis – IBFC/2015)
Sejam as matrizes quadradas de e então o valor ordem
e , então o valor do determinante da ma-
triz C = A + B é igual a: 03. Resposta: E.
(A) -2
(B) 2
(C) 6
(D) -6
04. Resposta: A.
10. (PREF. DE SANTO ANDRÉ – Assistente Econômi-
co Financeiro – IBAM/2015) Considere as seguintes ma-
trizes:
05. Resposta:C.
detA=15+10+4x+6+2x-50=-19
Sendo “a” um número real, para que tenhamos A . B = 6x=0
C, o valor da variável “a” deverá ser: X=0
(A) um número inteiro, ímpar e primo.
(B) um número inteiro, par, maior que 1 e menor que 5 detB=0+40-y-0-12y+6=72
(C) um número racional, par, maior que 5 e menor que -13y=26
10. Y=-2
(D) um número natural, impar, maior que 1 e menor X²-2xy+y²=0²-0+4=4
que 5.
06. Resposta: A.
11. (BRDE – Analista de Sistemas – FUNDATE/2015) Observe a primeira coluna: foi multiplicado por 2.
A solução do seguinte sistema linear é: Observe a segunda coluna: foi multiplicada por -1
(A) S={(0,2,-5)} Portanto, fazemos as mesmas operações com o deter-
(B) S={(1,4,1)} minante: 10.2.-1=-20
77
MATEMÁTICA
(B) A-3B²=-51
24-3⋅(-5)²=-51 12. Resposta: A.
24-75=-51
-51=-51(V)
08. Resposta: A.
A12=0
A23=0
A33=7
A35=5
09. Resposta: D.
Somando as duas equações:
144y=36
-x+28y=3
-x+7=3
-x=3-7
10. Resposta: A. X=4
13. Resposta: D.
Para ser possível e indeterminado, D=Dx=Dy=Dz=0
D=(3m+4m+3)-(3m+6m+2)=0
7m+3-9m-2=0
-2m=-1
m=1/2
a+2=9
a=7
11. Resposta: D.
Da II equação tiramos:
X=5+z (n-4+9)-(-3+6+2n)=0
n+5-2n-3=0
Da III equação: -n=-2
Y=13+2z n=2
78
MATEMÁTICA
Termo Geral da PA
SEQUÊNCIAS, PROGRESSÃO Podemos escrever os elementos da PA(a1, a2, a3, ..., an,...)
ARITMÉTICA E GEOMÉTRICA da seguinte forma:
Sequências
Sempre que estabelecemos uma ordem para os ele-
mentos de um conjunto, de tal forma que cada elemento
seja associado a uma posição, temos uma sequência.
O primeiro termo da sequência é indicado por a1,o se- Observe que cada termo é obtido adicionando-se ao
gundo por a2, e o n-ésimo por an. primeiro número de razões r igual à posição do termo me-
nos uma unidade.
Termo Geral de uma Sequência
Algumas sequências podem ser expressas mediante
uma lei de formação. Isso significa que podemos obter um
termo qualquer da sequência a partir de uma expressão,
que relaciona o valor do termo com sua posição. Soma dos Termos de uma Progressão Aritmética
Para a posição n(n∈N*), podemos escrever an=f(n) Considerando a PA finita (6,10, 14, 18, 22, 26, 30, 34).
6 e 34 são extremos, cuja soma é 40
Progressão Aritmética
Denomina-se progressão aritmética(PA) a sequência
em que cada termo, a partir do segundo, é obtido adicio-
nando-se uma constante r ao termo anterior. Essa constan-
te r chama-se razão da PA. Numa PA finita, a soma de dois termos equidistantes
dos extremos é igual à soma dos extremos.
Classificação
As progressões aritméticas podem ser classificadas de
acordo com o valor da razão r.
r<0, PA decrescente
r>0, PA crescente
r=0 PA constante
Exemplo
Uma progressão aritmética finita possui 39 termos. O
-A soma de dois termos equidistantes dos extremos é último é igual a 176 e o central e igual a 81. Qual é o pri-
igual à soma dos extremos. meiro termo?
Solução
Como esta sucessão possui 39 termos, sabemos que o
termo central é o a20, que possui 19 termos à sua esquerda
e mais 19 à sua direita. Então temos os seguintes dados
para solucionar a questão:
79
MATEMÁTICA
Termo Geral da PG
Pelo exemplo anterior, podemos perceber que cada
Sabemos também que a soma de dois termos equidis- termo é obtido multiplicando-se o primeiro por uma po-
tantes dos extremos de uma P.A. finita é igual à soma dos tência cuja base é a razão. Note que o expoente da razão é
seus extremos. Como esta P.A. tem um número ímpar de igual à posição do termo menos uma unidade.
termos, então o termo central tem exatamente o valor de
metade da soma dos extremos.
Em notação matemática temos:
2º Caso: q≠1
Assim sendo:
O primeiro termo desta sucessão é igual a -14.
Progressão Geométrica
Exemplo
Denomina-se progressão geométrica(PG) a sequência
Dada a progressão geométrica (1, 3, 9, 27,..) calcular:
em que se obtém cada termo, a partir do segundo, multipli-
a) A soma dos 6 primeiros termos
cando o anterior por uma constante q, chamada razão da PG.
b) O valor de n para que a soma dos n primeiros ter-
Exemplo mos seja 29524
Dada a sequência: (4, 8, 16)
Solução
a)
q=2
Classificação
As classificações geométricas são classificadas assim:
- Crescente: Quando cada termo é maior que o ante-
rior. Isto ocorre quando a1 > 0 e q > 1 ou quando a1 < 0 e
0 < q < 1. b)
- Decrescente: Quando cada termo é menor que o an-
terior. Isto ocorre quando a1 > 0 e 0 < q < 1 ou quando a1
< 0 e q > 1.
- Alternante: Quando cada termo apresenta sinal con-
trário ao do anterior. Isto ocorre quando q < 0.
- Constante: Quando todos os termos são iguais. Isto
ocorre quando q = 1. Uma PG constante é também uma PA
de razão r = 0. A PG constante é também chamada de PG
estacionaria.
80
MATEMÁTICA
Soma dos Termos de uma Progressão Geométrica 04. (FCEP – Técnico Artístico – AMAUC/2017) Consi-
Infinita dere a equação do 1º grau: 2(x - 2) = 3(x/3 + 4) . A raiz da
1º Caso:-1<q<1 equação é o segundo termo de uma Progressão Aritmética
(P.A.). O primeiro termo da P.A. corresponde aos 3/4 da raiz
da equação. O valor do décimo termo da P.A. é:
(A) 48
(B) 36
Quando a PG infinita possui soma finita, dizemos que a (C) 32
série é convergente. (D) 28
(E) 24
2º Caso:
A PG infinita não possui soma finita, dizemos que a sé- 05. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
rie é divergente de Transporte – FCC/2017) Em um experimento, uma
planta recebe a cada dia 5 gotas a mais de água do que
3º Caso: havia recebido no dia anterior. Se no 65° dia ela recebeu
Também não possui soma finita, portanto divergente 374 gotas de água, no 1° dia do experimento ela recebeu
(A) 64 gotas.
Produto dos termos de uma PG finita (B) 49 gotas.
(C) 59 gotas.
(D) 44 gotas.
(E) 54 gotas.
Questões
06. (ARTESP – Agente de Fiscalização à Regulação
01. (PETROBRAS - Técnico de Enfermagem do Tra- de Transporte – FCC/2017) Mantido o mesmo padrão na
balho Júnior -CESGRANRIO/2017) A soma dos n pri- sequência infinita 5, 6, 7, 8, 9, 7, 8, 9, 10, 11, 9, 10, 11, 12,
meiros termos de uma progressão geométrica é dada por 13, 11, 12, 13, 14, 15, . . . , a soma do 19° e do 31° termos
é igual a
(A) 42.
(B) 31.
Quanto vale o quarto termo dessa progressão geomé-
(C) 33.
trica?
(D) 39.
(E) 36.
(A) 1
(B) 3
07. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Auxiliar de Necropsia
(C) 27
– IBFC/2017) Considere a seguinte progressão aritmética:
(D) 39
(23, 29, 35, 41, 47, 53, ...)
(E) 40
Desse modo, o 83.º termo dessa sequência é:
02. (TJ/RS - Técnico Judiciário – FAURGS/2017) Para (A) 137
que a sequência (4x-1 , x² -1, x - 4) forme uma progressão (B) 455
aritmética, x pode assumir, dentre as possibilidades abaixo, (C) 500
o valor de (D) 515
(A) -0,5. (E) 680
(B) 1,5.
(C) 2. 08. (CEGAS – Assistente Técnico – IES/2017) Deter-
(D) 4. mine o valor do nono termo da seguinte progressão geo-
(E) 6. métrica (1, 2, 4, 8, ...):
(A) 438
03. (IBGE – Agente Censitário Municipal e Supervi- (B) 512
sor – FGV/2017) O valor da expressão (C) 256
(D) 128
2(1 - 2 + 3 - 4 + 5 - 6 + 7- ... + 2015 - 2016 + 2017) é:
09. (CRF/MT – Agente Administrativo – QUA-
(A)2014; DRIX/2017) Maria criou uma conta no Instagram. No
(B) 2016; mesmo dia, quatro pessoas começaram a segui-la. Após
(C) 2018; 1 dia, ela já tinha 21 seguidores e após 2 dias, já eram 38
(D) 2020; seguidores. Maria percebeu que, a cada dia, ela ganhava 17
(E) 2022. seguidores. Mantendo-se essa tendência, ela ultrapassará a
barreira de 1.000 seguidores após:
81
MATEMÁTICA
(A) 57 dias.
(B) 58 dias.
(C) 59 dias.
(D) 60 dias.
(E) 61 dias. Para a sequência par:
-2016=-2+(n-1)⋅(-2)
10.. (PREF. DE CHOPINZINHO – Procurador Munici- -2016=-2-2n+2
pal – FAU/2016) Com base na sequência numérica a seguir 2n=2016
determine o sexto termo da sequência: N=1008
196 ;169 ;144 ;121 ; ...
(A) 115.
(B) 100.
(C) 81.
(D) 69.
(E) 49.
1018081-1017072=1009
Respostas 2⋅1009=2018
02. Resposta: B.
Para ser uma PA:
X²-1-(4x-1)=x-4-(x²-1) =48
X²-1-4x+1=x-4-x²+1
X²+x²-4x-x-3=0 05. Resposta: E.
2x²-5x-3=0
∆=25-24=1
A1=374-320
A1=54
06. Resposta: B.
Observe os números em negrito:
03. Resposta: C. 9, 11, 13, 15,...
Os termos ímpares formam uma PA de razão 2 e são os São os números ímpares, a partir do 9 e a cada 5 nú-
números ímpares. meros.
Os termos pares formam uma PA de razão -2 Ou seja, o 9 está na posição 5
Vamos descobrir quantos termos há: O 11 está na posição 10 e assim por diante.
O 19º termo, já temos na sequência que é o 14
2017=1+(n-1)⋅2 Seguindo os termos:
2017=1+2n-2 25º termo é o 17
2017=-1+2n 30º termo é 19
2n=2018 Como o número seguinte a esses, abaixa duas unida-
n=1009 des
O 31º termo é o 17.
14+17=31
82
MATEMÁTICA
PORCENTAGEM
83
MATEMÁTICA
Questões
− A seguir, todos deveriam mostrar aos demais suas 07. (TJ/SP – Escrevente Técnico Judiciário – VU-
avaliações. NESP/2017) A empresa Alfa Sigma elaborou uma previsão
de receitas trimestrais para 2018. A receita prevista para o
− Uma partilha seria considerada boa se cada um deles primeiro trimestre é de 180 milhões de reais, valor que é
recebesse uma joia que avaliou como valendo 33,3% da 10% inferior ao da receita prevista para o trimestre seguin-
herança toda ou mais. te. A receita prevista para o primeiro semestre é 5% inferior
à prevista para o segundo semestre. Nessas condições, é
As avaliações de cada um dos irmãos a respeito das correto afirmar que a receita média trimestral prevista para
joias foi a seguinte: 2018 é, em milhões de reais, igual a
84
MATEMÁTICA
Respostas
Ou seja, ele pagou 70% do produto, o desconto foi de
01. Resposta:B. 30%.
Como teve um desconto de 40%, pagou 60% do pro-
duto. OBS: muito cuidado nesse tipo de questão, para não
errar conforme a pergunta feita.
1600⋅0,6=960
Como vai pagar 10% a mais: 09. Resposta: B.
960⋅1,1=1056 8,6(1+x)=10,75
8,6+8,6x=10,75
02. Resposta: E. 8,6x=10,75-8,6
63/35=1,80 8,6x=2,15
Portanto teve um aumento de 80%. X=0,25=25%
85
MATEMÁTICA
86
MATEMÁTICA
87
MATEMÁTICA
88
MATEMÁTICA
89
MATEMÁTICA
Vamos tentar esclarecer esses conceitos, que na maio- NOTA: Para comprovar que a taxa de 0,948% a.m é
ria das vezes nos livros e apostilas disponíveis no mercado, equivalente a taxa de 12% a.a, basta calcular o montante
não são apresentados de uma maneira clara. utilizando a taxa anual, neste caso teremos que transfor-
Temos a chamada taxa de juros nominal, quando esta mar 18 (dezoito) meses em anos para fazer o cálculo, ou
não é realmente a taxa utilizada para o cálculo dos juros seja : 18: 12 = 1,5 ano. Assim:
(é uma taxa “sem efeito”). A capitalização (o prazo de for- M = c (1 + i)n
mação e incorporação de juros ao capital inicial) será dada M = 1000 (1 + 0,12) 1,5 = 1.000 x 1,185297
através de outra taxa, numa unidade de tempo diferente, M = 1.185,29
taxa efetiva.
Como calcular a taxa que realmente vai ser utilizada; Conclusões:
isto é, a taxa efetiva? - A taxa nominal é 12% a.a, pois não foi aplicada no
Vamos acompanhar através do exemplo cálculo do montante. Normalmente a taxa nominal vem
sempre ao ano!
Taxa Efetiva - A taxa efetiva mensal, como o próprio nome diz, é
Calcular o montante de um capital de R$ 1.000,00 (mil aquela que foi utilizado para cálculo do montante. Pode
reais), aplicados durante 18 (dezoito) meses, capitalizados ser uma taxa proporcional mensal (1 % a.m.) ou uma taxa
mensalmente, a uma taxa de 12% a.a. Explicando o que é equivalente mensal (0,949 % a.m.).
taxa Nominal, efetiva mensal e equivalente mensal: - Qual a taxa efetiva mensal que devemos utilizar? Em
Respostas e soluções: se tratando de concursos públicos, a grande maioria das
1) A taxa Nominal é 12% a.a; pois o capital não vai ser bancas examinadoras utilizam a convenção da taxa propor-
capitalizado com a taxa anual. cional. Em se tratando do mercado financeiro, utiliza-se a
2) A taxa efetiva mensal a ser utilizada depende de convenção de taxa equivalente.
duas convenções: taxa proporcional mensal ou taxa equi-
valente mensal. Taxa Equivalente
a) Taxa proporcional mensal (divide-se a taxa anual por Taxas Equivalentes são taxas que quando aplicadas ao
12): 12%/12 = 1% a.m. mesmo capital, num mesmo intervalo de tempo, produzem
b) Taxa equivalente mensal (é aquela que aplicado aos montantes iguais. Essas taxas devem ser observadas com
R$ 1.000,00, rende os mesmos juros que a taxa anual apli- muita atenção, em alguns financiamentos de longo prazo,
cada nesse mesmo capital). somos apenas informados da taxa mensal de juros e não
tomamos conhecimento da taxa anual ou dentro do pe-
Cálculo da taxa equivalente mensal: ríodo estabelecido, trimestre, semestre entre outros. Uma
expressão matemática básica e de fácil manuseio que nos
fornece a equivalência de duas taxas é:
1 + ia = (1 + ip)n, onde:
ia = taxa anual
onde: ip = taxa período
iq : taxa equivalente para o prazo que eu quero n: número de períodos
it : taxa para o prazo que eu tenho
q : prazo que eu quero Observe alguns cálculos:
t : prazo que eu tenho
Exemplo 1
Qual a taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês?
Temos que: 2% = 2/100 = 0,02
1 + ia = (1 + 0,02)12
1 + ia = 1,0212
iq = 0,009489 a.m ou iq = 0,949 % a.m. 1 + ia = 1,2682
3) Cálculo do montante pedido, utilizando a taxa efe- ia = 1,2682 – 1
tiva mensal ia = 0,2682
ia = 26,82%
a) pela convenção da taxa proporcional: A taxa anual de juros equivalente a 2% ao mês é de
M = c (1 + i)n 26,82%.
M = 1000 (1 + 0,01) 18 = 1.000 x 1,196147
M = 1.196,15 As pessoas desatentas poderiam pensar que a taxa
anual nesse caso seria calculada da seguinte forma: 2% x
b) pela convenção da taxa equivalente: 12 = 24% ao ano. Como vimos, esse tipo de cálculo não
procede, pois a taxa anual foi calculada de forma correta e
M = c (1 + i)n corresponde a 26,82% ao ano, essa variação ocorre porque
M = 1000 (1 + 0,009489) 18 = 1.000 x 1,185296 temos que levar em conta o andamento dos juros compos-
M = 1.185,29 tos (juros sobre juros).
90
MATEMÁTICA
Taxa Real
A taxa real expurga o efeito da inflação. Um aspecto interessante sobre as taxas reais de juros, é que elas podem ser
inclusive, negativas.
Vamos encontrar uma relação entre as taxas de juros nominal e real. Para isto, vamos supor que um determinado capital
P é aplicado por um período de tempo unitário, a certa taxa nominal in
O montante S1 ao final do período será dado por S1 = P(1 + in).
Consideremos agora que durante o mesmo período, a taxa de inflação (desvalorização da moeda) foi igual a j. O capital
corrigido por esta taxa acarretaria um montante S2 = P (1 + j).
A taxa real de juros, indicada por r, será aquela aplicada ao montante S2, produzirá o montante S1. Poderemos então
escrever: S1 = S2 (1 + r)
Substituindo S1 e S2 , vem:
P(1 + in) = (1+r). P (1 + j)
Daí então, vem que:
(1 + in) = (1+r). (1 + j), onde:
in = taxa de juros nominal
j = taxa de inflação no período
r = taxa real de juros
Observe que se a taxa de inflação for nula no período, isto é, j = 0, teremos que as taxas nominal e real são coincidentes.
Exemplo
Numa operação financeira com taxas pré-fixadas, um banco empresta $120.000,00 para ser pago em um ano com
$150.000,00. Sendo a inflação durante o período do empréstimo igual a 10%, pede-se calcular as taxas nominal e real deste
empréstimo.
Teremos que a taxa nominal será igual a:
in = (150.000 – 120.000)/120.000 = 30.000/120.000 = 0,25 = 25%
Portanto in = 25%
Como a taxa de inflação no período é igual a j = 10% = 0,10, substituindo na fórmula anterior, vem:
(1 + in) = (1+r). (1 + j)
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,10)
1,25 = (1 + r).1,10
1 + r = 1,25/1,10 = 1,1364
Portanto, r = 1,1364 – 1 = 0,1364 = 13,64%
Se a taxa de inflação no período fosse igual a 30%, teríamos para a taxa real de juros:
(1 + 0,25) = (1 + r).(1 + 0,30)
1,25 = (1 + r).1,30
1 + r = 1,25/1,30 = 0,9615
Portanto, r = 0,9615 – 1 = -,0385 = -3,85% e, portanto teríamos uma taxa real de juros negativa.
Exemplo
$100.000,00 foi emprestado para ser quitado por $150.000,00 ao final de um ano. Se a inflação no período foi de 20%,
qual a taxa real do empréstimo?
Resposta: 25%
Taxas Proporcionais
Para se compreender mais claramente o significado destas taxas deve-se reconhecer que toda operação envolve dois
prazos:
- o prazo a que se refere à taxa de juros; e
- o prazo de capitalização (ocorrência) dos juros. (ASSAF NETO, 2001).
Taxas Proporcionais: duas (ou mais) taxas de juro simples são ditas proporcionais quando seus valores e seus respecti-
vos períodos de tempo, reduzidos a uma mesma unidade, forem uma proporção. (PARENTE, 1996). Exemplos
Para os exemplos numéricos descritos nas tabelas, em todas as diferentes formas de amortização, utilizaremos o mes-
mo exercício: uma dívida de valor inicial de R$ 100 mil, prazo de três meses e juros de 3% ao mês.
91
MATEMÁTICA
Pagamento único
É a quitação de toda a dívida (amortização + juros) em um único pagamento, ao final do período. Utilizamos a mesma
fórmula do montante:
M = C (1 + i×n)
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
0 - - -
100.000,00
1 - -
3.000,00 103.000,00
2 - -
3.000,00 106.000,00
3 109.000,00 -
3.000,00 100.000,00
Nos juros compostos:
1 - - 103.000,00
3.000,00
2 - - 106.090,00
3.090,00
3 -
3.182,70 100.000,00 109.272,70
Foi elaborado para apresentar pagamentos iguais ao longo do período do desembolso das prestações. A fórmula para
encontrarmos a prestação é dada a seguir:
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
92
MATEMÁTICA
i = taxa de juros
n = período
A fórmula foi desenvolvida, considerando-se apenas a capitalização por juros compostos. O resultado é listado a seguir:
0 - -
- 100.000,00
1 32.353,04
3.000,00 35.353,04 67.646,96
2 33.323,63
2.029,41 35.353,04 34.323,33
3 34.323,33 -
1.029,71 35.353,04
Amortiza-
n Juros Prestação Saldo devedor
ção
0 - - - 100.000,00
1 3.000,00 67.156,81
32.843,19 35.843,19
2 2.014,70 33.828,32
33.328,49 35.343,19
3 1.014,87 -
33.828,32 34.843,19
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
93
MATEMÁTICA
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
0 -
3.000,00 3.000,00 100.000,00
1
2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2
1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 -
34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
94
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
N Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (3.000,00) (36.333,33) (35.353,04) (35.843,19) (34.353,64)
2 - (3.000,00) (35.333,33) (35.353,04) (35.343,19) (34.353,64)
3 (109.272,70) (103.000,00) (34.333,34) (35.353,04) (34.843,19) (34.353,64)
As várias formas de amortização utilizadas pelo mercado brasileiro, em sua maioria, consideram o regime de capitali-
zação por juros compostos. A comparação entre estas, por meio do VPL (vide item 6.2), demonstra que o custo entre elas
se equivale. Vejam: no nosso exemplo, todos, exceto no sistema alemão, os juros efetivos cobrados foram de 3% ao mês
(regime de juros compostos) ou 9,27% no acumulado dos três meses.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
95
MATEMÁTICA
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 3% ao mês.
Considerando o custo de oportunidade de 2% ao mês, isto é, abaixo do valor do empréstimo, teríamos a tabela abaixo.
Isso seria uma situação mais comum: juros do empréstimo mais caro que uma aplicação no mercado. Neste caso, quanto
menor (em módulo) o VPL, melhor para o tomador do empréstimo, ou seja, o sistema SAC seria o melhor sob o ponto de
vista financeiro.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.941,18) (35.620,91) (34.659,84) (35.140,38) (33.680,04)
2 - (2.883,51) (33.961,29) (33.980,24) (33.970,77) (33.019,64)
3 (102.970,11) (97.059,20) (32.353,07) (33.313,96) (32.833,52) (32.372,20)
VPL (2.970,11) (2.883,88) (1.935,28) (1.954,04) (1.944,67) (2.071,88)
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 2% ao mês.
Outra situação seria considerarmos um empréstimo com taxa de juros abaixo do mercado. Neste exemplo a seguir,
teremos como custo de oportunidade a taxa de 4% ao mês. Isso, na vida real, não será comum: juros do empréstimo mais
barato do que uma aplicação no mercado. Assim, como no exemplo anterior, quanto maior o VPL, melhor para o tomador
do empréstimo, ou seja, o sistema de pagamento único, sob o ponto de vista financeiro, é o melhor, como no caso abaixo.
n Pgto único (jrs comp.) Sistema Americano SAC PRICE SAM Alemão
0 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 100.000,00 97.000,00
1 - (2.884,62) (34.935,89) (33.993,31) (34.464,61) (33.032,34)
2 - (2.773,67) (32.667,65) (32.685,87) (32.676,77) (31.761,87)
3 (97.143,03) (91.566,62) (30.522,21) (31.428,72) (30.975,47) (30.540,26)
VPL 2.856,97 2.775,09 1.874,24 1.892,10 1.883,16 1.665,53
OBS: tabela com as prestações dos sistemas anteriores, descontada da taxa (juros compostos) de 4% ao mês.
Referências
M = C (1+i)n
M = montante
C = capital inicial
i = taxa de juros
n = período
96
MATEMÁTICA
PMT = VP . _i.(1+i)n_
(1+i)n -1
Sistema Alemão
Neste caso, a dívida é liquidada também em prestações iguais, exceto a primeira, onde no ato do empréstimo (momen-
to “zero”) já é feita uma cobrança dos juros da operação. As prestações, a primeira amortização e as seguintes são definidas
pelas três seguintes fórmulas:
PMT = _ Vp.i _
1- (1+i)n
PMT = valor da prestação
VP = valor inicial do empréstimo
i = taxa de juros
n = período
A1 = PMT . (1- i)n-1
97
MATEMÁTICA
A1 = primeira amortização
PMT = valor da prestação
i = taxa de juros
n = período
An = An-1 _
(1- i)
An = amortizações posteriores (2º, 3º, 4º, ...)
An-1 = amortização anterior
i = taxa de juros
n = período
n Juros Amortização Prestação Saldo devedor
0 3.000,00 - 3.000,00 100.000,00
1 2.030,30 32.323,34 34.353,64 67.676,66
2 1.030,61 33.323,03 34.353,64 34.353,63
3 - 34.353,64 34.353,64 (0,01)
OBS: os resíduos em centavos, como saldo devedor final na tabela anterior, são resultados de arredondamento do
cálculo e serão desconsiderados.
Exemplo:
Um empréstimo de R$ 120.000,00 (cento e vinte mil reais) a ser pago em 12 meses, a uma taxa de juros de 1% ao mês
(em juros simples). Aplicando a fórmula para obtenção do valor da amortização, iremos obter um valor igual a R$ 10.000,00
(dez mil reais). Essa fórmula é o valor do empréstimo solicitado divido pelo período, sendo nesse caso: R$ 120.000,00 / 12
meses = R$ 10.000,00. Logo, a tabela SAC fica:
Saldo
Nº Prestação Prestação Juros Amortização
Devedor
0 120000
1 11200 1200 10000 110000
2 11100 1100 10000 100000
3 11000 1000 10000 90000
4 10900 900 10000 80000
5 10800 800 10000 70000
6 10700 700 10000 60000
7 10600 600 10000 50000
8 10500 500 10000 40000
9 10400 400 10000 30000
10 10300 300 10000 20000
11 10200 200 10000 10000
12 10100 100 10000 0
98
MATEMÁTICA
Note que o juro é sempre 10% do saldo devedor do mês anterior, já a prestação é a soma da amortização e o juro.
Sendo assim, o juro é decrescente e diminui sempre na mesma quantidade, R$ 100,00. O mesmo comportamento tem as
prestações. A soma das prestações é de R$ 127.800,00, gerando juros de R$ 7.800,00.
Outra coisa a se observar é que as parcelas e juros diminuem em progressão aritmética (PA) de r=100.
Sistema Americano
O tomador do empréstimo paga os juros mensalmente e o principal, em um único pagamento final.
Questões
01. (TRE/PR – Analista Judiciário – FCC/2017) Para comprar um automóvel, Pedro realizou uma pesquisa em 3 con-
cessionárias e obteve as seguintes propostas de financiamento:
Sabendo que a taxa de juros compostos era 4% ao mês, para a aquisição do automóvel
(A) a melhor proposta é a 1, apenas.
(B) a melhor proposta é a 2, apenas.
(C) a melhor proposta é a 3, apenas.
(D) as melhores propostas são 2 e 3, por serem equivalentes.
(E) as melhores propostas são 1 e 2, por serem equivalentes.
02. (TST – Analista Judiciário – FCC/2017) Um empréstimo foi obtido para ser liquidado em 10 parcelas mensais de
R$ 2.000,00, vencendo-se a primeira parcela um mês após a data da obtenção. A taxa de juros negociada com a instituição
financeira foi 2% ao mês no regime de capitalização composta. Se, após o pagamento da oitava parcela, o devedor decidir
liquidar o saldo devedor do empréstimo nesta mesma data, o valor que deverá ser pago, desprezando-se os centavos, é,
em reais,
(A) 3.846,00.
(B) 3.883,00.
(C) 3.840,00.
(D) 3.880,00.
(E) 3.845,00.
03. (POLICIA CIENTIFICA/PR – Perito Criminal – IBFC/2017) Assinale a alternativa correta. Uma pessoa comprou
um vídeo game de última geração em uma loja, parcelando em 12 prestações mensais de 140,00 cada uma, sem entrada.
Sabendo-se que a taxa de juros compostos cobrada pela loja foi de 3% ao mês, sendo que os valores estão arredondados
e que: (1,03)12 = 1,4258
(1,03)12 x 0,03 = 0,0428
0,4258/0,0428 = 9,95
O valor do vídeo game era de:
(A) R$ 1.393
(B) R$ 1.820
99
MATEMÁTICA
100
MATEMÁTICA
06. Resposta: B.
VPL = valor presente das entradas – valor presente das
saídas
Concessionária 2
07. Resposta: E.
Temos que transformar os 6% ao trimestre em capita-
Concessionária 3 lização mensal
6/3=2%a.m
1,02³=1,061208=6,1208%
10. Resposta: E.
8000/15 = 533,33
Portanto, a última parcela será de 533,33⋅1,025=546,66
04. Resposta: C.
Sendo i a taxa de juros nominal SISTEMA MONETÁRIO BRASILEIRO;
R a taxa de juros real
J a taxa de juros de inflação
1+i=(1+r)(1+j)
(1+0,1)²=(1+r)⋅(1+0,15) Sistema Monetário Nacional
1,1²=(1+r) ⋅1,15
1,21=1,15+1,15r O primeiro dinheiro do Brasil foi à moeda-mercadoria.
0,06=1,15r Durante muito tempo, o comércio foi feito por meio da
R=0,05217≅0,0522=5,22% troca de mercadorias, mesmo após a introdução da moeda
de metal.
05. Resposta: A. As primeiras moedas metálicas (de ouro, prata e cobre)
M=C(1+i)t chegaram com o início da colonização portuguesa. A unida-
M=100000(1+0,03)²=106090 de monetária de Portugal, o Real, foi usada no Brasil duran-
Como teve uma taxa de 1000, a empresa recebeu en- te todo o período colonial. Assim, tudo se contava em réis
tão 99000 (plural popular de real) com moedas fabricadas em Portugal
A empresa teve eu pagar 106090+530=106620 e no Brasil. O Real (R) vigorou até 07 de outubro de 1833.
106620=99000(1+i) De acordo com a Lei nº 59, de 08 de outubro de 1833, en-
106620=99000+99000i trou em vigor o Mil-Réis (Rs), múltiplo do real, como unidade
7620=99000i monetária, adotada até 31 de outubro de 1942.
I=0,0769=7,69% No século XX, o Brasil adotou nove sistemas monetá-
rios ou nove moedas diferentes (mil-réis, cruzeiro, cruzeiro
novo, cruzeiro, cruzado, cruzado novo, cruzeiro, cruzeiro
real, real).
101
MATEMÁTICA
Por meio do Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de ceira de liquidez, bem como os juros. Além disso, super-
1942, uma nova unidade monetária, o cruzeiro – Cr$ veio visionava a atuação dos bancos comerciais, orientava a
substituir o mil-réis, na base de Cr$ 1,00 por mil-réis. política cambial e representava o País junto a organismos
A denominação “cruzeiro” origina-se das moedas de internacionais.
ouro (pesadas em gramas ao título de 900 milésimos de O Banco do Brasil executava as funções de banco do
metal e 100 milésimos de liga adequada), emitidas na for- governo, e o Tesouro Nacional era o órgão emissor de pa-
ma do Decreto nº 5.108, de 18 de dezembro de 1926, no pel-moeda.
regime do ouro como padrão monetário.
O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de 1965, trans- Cruzeiro
formou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro novo – NCr$, na base
de NCr$ 1,00 por Cr$ 1.000. A partir de 15 de maio de 1970 1000 réis = Cr$1(com centavos) 01.11.1942
e até 27 de fevereiro de 1986, a unidade monetária foi no- O Decreto-Lei nº 4.791, de 05 de outubro de 1942
vamente o cruzeiro (Cr$). (D.O.U. de 06 de outubro de 1942), instituiu o Cruzeiro
Em 27 de fevereiro de 1986, Dílson Funaro, ministro da como unidade monetária brasileira, com equivalência a um
Fazenda, anunciou o Plano Cruzado (Decreto-Lei nº 2.283, mil réis. Foi criado o centavo, correspondente à centésima
de 27 de fevereiro de 1986): o cruzeiro – Cr$ se transformou parte do cruzeiro.
em cruzado – Cz$, na base de Cz$ 1,00 por Cr$ 1.000 (vi-
gorou de 28 de fevereiro de 1986 a 15 de janeiro de 1989). Exemplo: 4:750$400 (quatro contos, setecentos e cin-
Em novembro do mesmo ano, o Plano Cruzado II tentou quenta mil e quatrocentos réis) passou a expressar-se Cr$
novamente a estabilização da moeda. Em junho de 1987, 4.750,40 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros e
Luiz Carlos Brésser Pereira, ministro da Fazenda, anunciou quarenta centavos)
o Plano Brésser: um Plano Cruzado “requentado” avaliou
Mário Henrique Simonsen. Cruzeiro
Em 15 de janeiro de 1989, Maílson da Nóbrega, minis-
tro da Fazenda, anunciou o Plano Verão (Medida Provisória (sem centavos) 02.12.1964
nº 32, de 15 de janeiro de 1989): o cruzado – Cz$ se trans- A Lei nº 4.511, de 01de dezembro de1964 (D.O.U. de
formou em cruzado novo – NCz$, na base de NCz$ 1,00 02 de dezembro de 1964), extinguiu a fração do cruzei-
por Cz$ 1.000,00 (vigorou de 16 de janeiro de 1989 a 15 de ro denominada centavo. Por esse motivo, o valor utilizado
março de 1990). no exemplo acima passou a ser escrito sem centavos: Cr$
Em 15 de março de 1990, Zélia Cardoso de Mello, mi- 4.750 (quatro mil setecentos e cinquenta cruzeiros).
nistra da Fazenda, anunciou o Plano Collor (Medida Pro-
visória nº 168, de 15 de março de 1990): o cruzado novo Cruzeiro Novo
– NCz$ se transformou em cruzeiro – Cr$, na base de Cr$
1,00 por NCz$ 1,00 (vigorou de 16 de março de 1990 a 28 Cr$1000 = NCr$1(com centavos) 13.02.1967
de julho de 1993). Em janeiro de 1991, a inflação já passava O Decreto-Lei nº 1, de 13 de novembro de1965 (D.O.U.
de 20% ao mês, e o Plano Collor II tentou novamente a de 17 de novembro de 1965), regulamentado pelo Decreto
estabilização da moeda. nº 60.190, de 08 de fevereiro de1967 (D.O.U. de 09 de fe-
A Medida Provisória nº 336, de 28 de julho de1993, vereiro de 1967), instituiu o Cruzeiro Novo como unidade
transformou o cruzeiro – Cr$ em cruzeiro real – CR$, na monetária transitória, equivalente a um mil cruzeiros anti-
base de CR$ 1,00 por Cr$ 1.000,00 (vigorou de 29 de julho gos, restabelecendo o centavo. O Conselho Monetário Na-
de 1993 a 29 de junho de 1994). cional, pela Resolução nº 47, de 08 de fevereiro de 1967,
Em 30 de junho de 1994, Fernando Henrique Cardoso, estabeleceu a data de 13.02.67 para início de vigência do
ministro da Fazenda, anunciou o Plano Real: o cruzeiro real novo padrão.
– CR$ se transformou em real – R$, na base de R$ 1,00 por
CR$ 2.750,00 (Medida Provisória nº 542, de 30 de junho de Exemplo: Cr$ 4.750 (quatro mil, setecentos e cinquen-
1994, convertida na Lei nº 9.069, de 29 de junho de 1995). ta cruzeiros) passou a expressar-se NCr$ 4,75(quatro cru-
O artigo 10, I, da Lei nº 4.595, de 31 de dezembro de zeiros novos e setenta e cinco centavos).
1964, delegou ao Banco Central do Brasil competência para Cruzeiro
emitir papel-moeda e moeda metálica, competência exclu-
siva consagrada pelo artigo 164 da Constituição Federal de De NCr$ para Cr$ (com centavos) 15.05.1970
1988. A Resolução nº 144, de 31 de março de 1970 (D.O.U. de
Antes da criação do BCB, a Superintendência da Moeda 06 de abril de 1970), do Conselho Monetário Nacional, res-
e do Crédito (SUMOC), o Banco do Brasil e o Tesouro Na- tabeleceu a denominação Cruzeiro, a partir de 15 de maio
cional desempenhavam o papel de autoridade monetária. de 1970, mantendo o centavo.
A SUMOC, criada em 1945 e antecessora do BCB, tinha
por finalidade exercer o controle monetário. A SUMOC fi- Exemplo: NCr$ 4,75 (quatro cruzeiros novos e seten-
xava os percentuais de reservas obrigatórias dos bancos ta e cinco centavos) passou a expressar-se Cr$ 4,75(quatro
comerciais, as taxas do redesconto e da assistência finan- cruzeiros e setenta e cinco centavos).
102
MATEMÁTICA
103
MATEMÁTICA
bc 2 2 2
a2+ . 4 =c +b + (bc) . 2
2/
Demonstrando o teorema de Pitágoras a2 + 2bc = c2 + b2 + 2bc
104
MATEMÁTICA
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida d da diagonal e a
medida l do lado de um quadrado.
d= medida da diagonal
l= medida do lado
d2=l2+l2 d= 2l 2
d2=2 l2 d=l 2
Teorema de Pitágoras no triângulo equilátero
Aplicando o teorema de Pitágoras, podemos estabelecer uma relação importante entre a medida h da altura e a medida
l do lado de um triângulo equilátero.
l= medida do lado
h= medida da altura
105
MATEMÁTICA
a) 7,5
b) 14,4
c) 12,5
d) 9,5
e) 10,0
3. (Fuvest) Um trapézio retângulo tem bases medindo
5 e 2 e altura 4. O perímetro desse trapézio é: 6. O valor do segmento desconhecido x no triângulo
a) 17 retângulo a seguir, é:
b) 16
c) 15
d) 14
e) 13
106
MATEMÁTICA
Resoluções 5) Alternativa c
Solução: na figura dada podemos observar dois triân-
1) Alternativa d gulos retângulos iguais e com lados medindo:
Solução: x é hipotenusa, 12 e 5 são os catetos, então:
x2 = 122 + 52
x2 = 144 + 25
x2 = 169
x=
x = 13 cm
2) Alternativa d
Solução: como podemos observar na figura, temos um
triângulo retângulo cujos catetos medem 8 m e 6 m, cha-
mando o cabo de energia de x, pelo Teorema de Pitágoras:
107
MATEMÁTICA
108
MATEMÁTICA
Pn = An,n= n (n – 1) (n – 2) . … . (n – n + 1) = (n – 1)
(n – 2) . … .1 = n!
Portanto: Pn = n!
Arranjos simples: são agrupamentos sem repetições
em que um grupo se torna diferente do outro pela ordem Combinações Simples: são agrupamentos formados
ou pela natureza dos elementos componentes. Seja A um com os elementos de um conjunto que se diferenciam
conjunto com n elementos e k um natural menor ou igual somente pela natureza de seus elementos. Considere A
a n. Os arranjos simples k a k dos n elementos de A, são os como um conjunto com n elementos k um natural menor
agrupamentos, de k elementos distintos cada, que diferem ou igual a n. Os agrupamentos de k elementos distintos
entre si ou pela natureza ou pela ordem de seus elementos. cada um, que diferem entre si apenas pela natureza de seus
Cálculos do número de arranjos simples: elementos são denominados combinações simples k a k,
dos n elementos de A.
Na formação de todos os arranjos simples dos n Exemplo: Considere A = {a, b, c, d} um conjunto com
elementos de A, tomados k a k: elementos distintos. Com os elementos de A podemos
formar 4 combinações de três elementos cada uma: abc –
n → possibilidades na escolha do 1º elemento. abd – acd – bcd
109
MATEMÁTICA
110
MATEMÁTICA
07. (ESPCEX) – A equipe de professores de uma escola As três letras poderão ser escolhidas de 5 . 5 . 5 =125
possui um banco de questões de matemática composto maneiras.
de 5 questões sobre parábolas, 4 sobre circunferências e 4 Os quatro algarismos poderão ser escolhidos de 5 . 4 .
sobre retas. De quantas maneiras distintas a equipe pode 3 . 2 = 120 maneiras.
montar uma prova com 8 questões, sendo 3 de parábolas, O número total de senhas distintas, portanto, é igual a
2 de circunferências e 3 de retas? 125 . 120 = 15.000.
(A) 80
(B) 96 04.
(C) 240 I) O número de cartões feitos por Cláudia foi
(D) 640
(E) 1.280
08. Numa clínica hospitalar, as cirurgias são sempre II) O número de cartões esperados por João era
assistidas por 3 dos seus 5 enfermeiros, sendo que, para
uma eventualidade qualquer, dois particulares enfermeiros,
por serem os mais experientes, nunca são escalados para
trabalharem juntos. Sabendo-se que em todos os grupos Assim, a diferença obtida foi 2.520 – 840 = 1.680
participa um dos dois enfermeiros mais experientes,
quantos grupos distintos de 3 enfermeiros podem ser 05. Se as permutações das letras da palavra PROVA
formados? forem listadas em ordem alfabética, então teremos:
(A) 06 P4 = 24 que começam por A
(B) 10 P4 = 24 que começam por O
(C) 12 P4 = 24 que começam por P
(D) 15
(E) 20 A 73.ª palavra nessa lista é a primeira permutação que
começa por R. Ela é RAOPV.
09. Seis pessoas serão distribuídas em duas equipes
para concorrer a uma gincana. O número de maneiras 06. Se, do total de 10 diretores, 6 estão sob suspeita de
diferentes de formar duas equipes é corrupção, 4 não estão. Assim, para formar uma comissão
(A) 10 de 5 diretores na qual os suspeitos não sejam maioria,
(B) 15 podem ser escolhidos, no máximo, 2 suspeitos. Portanto, o
(C) 20 número de possíveis comissões é
(D) 25
(E) 30
Algarismos
111
MATEMÁTICA
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 ⎛ n⎞ n!
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3 ⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)!
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de
Nota: combinações simples de n elementos, agrupados p a p, ou
seja, o número de combinações simples de n elementos
Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que de taxa p.
elas possuem uma lei de formação bem definida, senão ve- Este número é também conhecido como Número
jamos: Combinatório.
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos Probabilidade
são iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser Ponto Amostral, Espaço Amostral e Evento
obtidos a partir da seguinte regra prática de fácil memori- Em uma tentativa com um número limitado de
zação: resultados, todos com chances iguais, devemos considerar:
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e Ponto Amostral: Corresponde a qualquer um dos
dividimos o resultado pela ordem do termo. O resultado resultados possíveis.
será o coeficiente do próximo termo. Assim por exemplo, Espaço Amostral: Corresponde ao conjunto dos
para obter o coeficiente do terceiro termo do item (d) aci- resultados possíveis; será representado por S e o número
ma teríamos: de elementos do espaço amostra por n(S).
5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo an- Evento: Corresponde a qualquer subconjunto do
terior (2 por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o espaço amostral; será representado por A e o número de
coeficiente do terceiro termo procurado. elementos do evento por n(A).
Observe que os expoentes da variável a decrescem de
n até 0 e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o Os conjuntos S e Ø também são subconjuntos de S,
terceiro termo é 10 a3b2 (observe que o expoente de a de- portanto são eventos.
cresceu de 4 para 3 e o de b cresceu de 1 para 2). Ø = evento impossível.
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do S = evento certo.
binômio de Newton (a + b)7 será:
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 Conceito de Probabilidade
a2b5 + 7 ab6 + b7
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º ter- As probabilidades têm a função de mostrar a chance
mo (21 a2b5) ? de ocorrência de um evento. A probabilidade de ocorrer
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multipli- um determinado evento A, que é simbolizada por P(A), de
camos 35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o um espaço amostral S ≠ Ø, é dada pelo quociente entre
resultado pela ordem do termo que é 5. o número de elementos A e o número de elemento S.
Representando:
112
MATEMÁTICA
B
S
Propriedades de um Espaço Amostral Finito e Não
Vazio Considerando que A ∩ B, nesse caso A e B serão
- Em um evento impossível a probabilidade é igual a denominados mutuamente exclusivos. Observe que A ∩ B =
zero. Em um evento certo S a probabilidade é igual a 1. 0, portanto: P(A B) = P(A) + P(B). Quando os eventos A1, A2,
Simbolicamente: P(Ø) = 0 e P(S) = 1. A3, …, An de S forem, de dois em dois, sempre mutuamente
- Se A for um evento qualquer de S, neste caso: 0 ≤ exclusivos, nesse caso temos, analogicamente:
P(A) ≤ 1.
- Se A for o complemento de A em S, neste caso: P(A) P(A1 A2 A3 … An) = P(A1) + P(A2) + P(A3) + ... +
= 1 - P(A). P(An)
Então, logo:
Probabilidade Condicionada
União de Eventos
Considere dois eventos A e B de um espaço amostral S,
Considere A e B como dois eventos de um espaço finito e não vazio. A probabilidade de B condicionada a A é
amostral S, finito e não vazio, temos: dada pela probabilidade de ocorrência de B sabendo que
já ocorreu A. É representada por P(B/A).
A
Veja:
B
S
113
MATEMÁTICA
114
MATEMÁTICA
06. Uma urna contém 4 bolas amarelas, 2 brancas e 3 03. P(dama ou rei) = P(dama) + P(rei) =
bolas vermelhas. Retirando-se uma bola ao acaso, qual a
probabilidade de ela ser amarela ou branca?
09. Uma urna contém 6 bolas: duas brancas e quatro Para encontrarmos n(B) recorremos à fórmula do termo
pretas. Retiram-se quatro bolas, sempre com reposição de geral da P.A., em que
cada bola antes de retirar a seguinte. A probabilidade de só a1 = 10
a primeira e a terceira serem brancas é: an = 500
r = 10
Temos an = a1 + (n – 1) . r → 500 = 10 + (n – 1) . 10 →
(A) (B) (C) (D) (E) n = 50
06.
Respostas Sejam A1, A2, A3, A4 as bolas amarelas, B1, B2 as brancas
e V1, V2, V3 as vermelhas.
01. Temos S = {A1, A2, A3, A4, V1, V2, V3 B1, B2} → n(S) = 9
A: retirada de bola amarela = {A1, A2, A3, A4}, n(A) = 4
02. B: retirada de bola branca = {B1, B2}, n(B) = 2
A partir da distribuição apresentada no gráfico:
08 mulheres sem filhos.
07 mulheres com 1 filho.
06 mulheres com 2 filhos.
02 mulheres com 3 filhos.
115
MATEMÁTICA
07.
Se apenas um deve acertar o alvo, então podem ocorrer os seguintes eventos:
(A) “A” acerta e “B” erra; ou
(B) “A” erra e “B” acerta.
Assim, temos:
P (A B) = P (A) + P (B)
P (A B) = 40% . 70% + 60% . 30%
P (A B) = 0,40 . 0,70 + 0,60 . 0,30
P (A B) = 0,28 + 0,18
P (A B) = 0,46
P (A B) = 46%
08.
Sendo A e B eventos independentes, P(A B) = P(A) . P(B) e como P(A B) = P(A) + P(B) – P(A B). Temos:
P(A B) = P(A) + P(B) – P(A) . P(B)
0,8 = 0,3 + P(B) – 0,3 . P(B)
0,7 . (PB) = 0,5
P(B) = 5/7.
10. Supondo que a lanchonete só forneça estes três tipos de sucos e que os nove primeiros clientes foram servidos
com apenas um desses sucos, então:
I- Como cada suco de laranja utiliza três laranjas, não é possível fornecer sucos de laranjas para os nove primeiros
clientes, pois seriam necessárias 27 laranjas.
II- Para que não haja laranjas suficientes para o próximo cliente, é necessário que, entre os nove primeiros, oito tenham
pedido sucos de laranjas, e um deles tenha pedido outro suco.
A probabilidade de isso ocorrer é:
116
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
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117
MATEMÁTICA
ANOTAÇÕES
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118
INFORMÁTICA
Microsoft Word: formatar, salvar e visualizar arquivos e documentos; alinhar, configurar página e abrir arquivos; copiar,
mover e localizar texto; destacar listas; personalizar documentos; inserir símbolos e imagens; trabalhar com tabelas,
trabalhar com colunas. ....................................................................................................................................................................................................09
Microsoft Excel: formatar a planilha, números e fórmulas; funções básicas; impressão e gráficos................................................34
Windows: trabalhando com arquivos e pastas; trabalhando com programas; gerenciando janelas; procurando
informações...........................................................................................................................................................................................................................01
Navegação na Internet: localizando as informações, navegação com guias; imprimindo e salvando informações; vírus e
outras ameaças durante navegação na Internet. ................................................................................................................................................68
Correio eletrônico...............................................................................................................................................................................................................59
INFORMÁTICA
1
INFORMÁTICA
Grupo Doméstico
Snap
Ao se utilizar o Windows por muito tempo, é comum
ver várias janelas abertas pelo seu monitor. Com o recur-
so de Snap, você pode posicioná-las de um jeito prático e
divertido. Basta apenas clicar e arrastá-las pelas bordas da
tela para obter diferentes posicionamentos.
O Snap é útil tanto para a distribuição como para a
comparação de janelas. Por exemplo, jogue uma para a es-
querda e a outra na direita. Ambas ficaram abertas e divi-
dindo igualmente o espaço pela tela, permitindo que você
as veja ao mesmo tempo.
Windows Search
O sistema de buscas no Windows 7 está refinado e es-
tendido. Podemos fazer buscas mais simples e específicas
Microsoft Surface Collage, desenvolvido para usar tela diretamente do menu iniciar, mas foi mantida e melhorada
sensível ao toque. a busca enquanto você navega pelas pastas.
2
INFORMÁTICA
Abaixo as categorias nas quais o resultado de sua bus- A busca não se limita a digitação de palavras. Você
ca pode ser dividido. pode aplicar filtros, por exemplo, buscar, na pasta músicas,
· Programas todas as canções do gênero Rock. Existem outros, como
· Painel de Controle data, tamanho e tipo. Dependendo do arquivo que você
· Documentos procura, podem existir outras classificações disponíveis.
· Música Imagine que todo arquivo de texto sem seu computa-
· Arquivos dor possui um autor. Se você está buscando por arquivos
de texto, pode ter a opção de filtrar por autores.
Fonte: http://ead.go.gov.br/ficead/mod/book/tool/
print/index.php?id=53&chapterid=56
Central de ações
A central de ações consolida todas as mensagens de
segurança e manutenção do Windows. Elas são classifica-
das em vermelho (importante – deve ser resolvido rapida-
mente) e amarelas (tarefas recomendadas).
O painel também é útil caso você sinta algo de estra-
nho no computador. Basta checar o painel e ver se o Win-
Windows Explorer com a caixa de busca (Jim Boyce; dows detectou algo de errado.
Windows 7 Bible, pg 774).
3
INFORMÁTICA
4
INFORMÁTICA
Aplicativos novos
Uma das principais características do mundo Linux é
suas versões virem com muitos aplicativos, assim o usuário
não precisa ficar baixando arquivos após instalar o sistema,
o que não ocorre com as versões Windows.
O Windows 7 começa a mudar essa questão, agora
existe uma serie de aplicativos juntos com o Windows 7,
para que o usuário não precisa baixar programas para ati-
vidades básicas.
Com o Sticky Notes pode-se deixar lembretes no desk-
top e também suportar entrada por caneta e toque.
No Math Input Center, utilizando recursos multitoque,
equações matemáticas escritas na tela são convertidas em Calculadora: 2 novos modos.
texto, para poder adicioná-la em um processador de texto.
5
INFORMÁTICA
Atualização
“Atualizar é a forma mais conveniente de ter o Windows
7 em seu computador, pois mantém os arquivos, as configu-
rações e os programas do Windows Vista no lugar” (Site da
Microsoft, http://windows.microsoft.com/pt-
BR/windows7/help/upgrading-from-windows-vista-to-
windows-7).
É o método mais adequado, se o usuário não possui co-
nhecimento ou tempo para fazer uma instalação do método
tradicional. Optando por essa opção, ainda devesse tomar
cuidado com a compatibilidade dos programas, o que fun-
ciona no Vista nem sempre funcionará no 7.
Instalação
Por qualquer motivo que a atualização não possa ser
WordPad remodelado efetuada, a instalação completa se torna a opção mais viável.
Neste caso, é necessário fazer backup de dados que se
Requisitos deseja utilizar, como drivers e documentos de texto, pois to-
Apesar desta nova versão do Windows estar mais leve das as informações no computador serão perdidas. Quan-
em relação ao Vista, ainda é exigido uma configuração de do iniciar o Windows 7, ele vai estar sem os programas que
hardware (peças) relativamente boa, para que seja utilizado você havia instalado e com as configurações padrão.
sem problemas de desempenho.
Esta é a configuração mínima: Desempenho
· Processador de 1 GHz (32-bit)
De nada adiantariam os novos recursos do Windows 7
· Memória (RAM) de 1 GB
se ele mantivesse a fama de lento e paranóico, adquirida
· Placa de Vídeo compatível com DirectX 9.0 e 32 MB de
por seu antecessor. Testes indicam que a nova versão tem
memória (sem Windows Aero)
ganhou alguns pontos na velocidade.
· Espaço requerido de 16GB
O 7 te ajuda automaticamente com o desempenho:
· DVD-ROM
“Seu sistema operacional toma conta do gerenciamento do
· Saída de Áudio
processador e memória para você” (Jim Boyce; Windows 7
Bible, pg 1041, tradução nossa).
Se for desejado rodar o sistema sem problemas de len-
tidão e ainda usufruir de recursos como o Aero, o reco- Além disso, as tarefas recebem prioridades. Apesar de
mendado é a seguinte configuração. não ajudar efetivamente no desempenho, o Windows 7 prio-
Configuração Recomendada: riza o que o usuário está interagindo (tarefas “foreground”).
· Processador de 2 GHz (32 ou 64 bits) Outras, como uma impressão, tem baixa prioridade pois
· Memória (RAM) de 2 GB são naturalmente lentas e podem ser executadas “longe da
· Espaço requerido de disco rígido: 16 GB visão” do usuário, dando a impressão que o computador
· Placa de vídeo com suporte a elementos gráficos Di- não está lento.
rectX 9 com 256 MB de memória (para habilitar o tema do Essa característica permite que o usuário não sinta uma
Windows Aero) lentidão desnecessária no computador.
· Unidade de DVD-R/W Entretanto, não se pode ignorar o fato que, com cada
· Conexão com a Internet (para obter atualizações) vez mais recursos e “efeitos gráficos”, a tendência é que o
sistema operacional se torne um forte consumidor de me-
Atualizar de um SO antigo mória e processamento. O 7 disponibiliza vários recursos de
ponta e mantêm uma performance satisfatória.
O melhor cenário possível para a instalação do Win-
dows 7 é com uma máquina nova, com os requisitos apro- Monitor de desempenho
priados. Entretanto, é possível utilizá-lo num computador Apesar de não ser uma exclusividade do 7, é uma fer-
antigo, desde que atenda as especificações mínimas. ramenta poderosa para verificar como o sistema está se
Se o aparelho em questão possuir o Windows Vista portando. Podem-se adicionar contadores (além do que já
instalado, você terá a opção de atualizar o sistema opera- existe) para colher ainda mais informações e gerar relatórios.
cional. Caso sua máquina utilize Windows XP, você deverá
fazer a re-instalação do sistema operacional. Monitor de recursos
Utilizando uma versão anterior a do XP, muito prova- Com o monitor de recursos, uma série de abas mostra
velmente seu computador não atende aos requisitos míni- informações sobre o uso do processador, da memória, disco
mos. Entretanto, nada impede que você tente fazer a re- e conexão à rede.
instalação.
6
INFORMÁTICA
PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE AS VERSÕES Para isso foram desenvolvidos aplicativos como o
Domain Join, que ajuda os computadores de uma rede a
Windows 7 Starter “se enxergarem” e conseguirem se comunicar. O Location
Como o próprio título acima sugere, esta versão do Aware Printing, por sua vez, tem como objetivo tornar mui-
Windows é a mais simples e básica de todas. A Barra de to mais fácil o compartilhamento de impressoras.
Tarefas foi completamente redesenhada e não possui su- Como empresas sempre estão procurando maneiras
porte ao famoso Aero Glass. Uma limitação da versão é para se proteger de fraudes, o Windows 7 Professional traz
que o usuário não pode abrir mais do que três aplicativos o Encrypting File System, que dificulta a violação de dados.
ao mesmo tempo. Esta versão também será encontrada em lojas de varejo ou
Esta versão será instalada em computadores novo ape- computadores novos.
nas nos países em desenvolvimento, como Índia, Rússia e
Brasil. Disponível apenas na versão de 32 bits. Windows 7 Enterprise, apenas para vários
Sim, é “apenas para vários” mesmo. Como esta é uma
Windows 7 Home Basic versão mais voltada para empresas de médio e grande por-
Esta é uma versão intermediária entre as edições Star-
te, só poderá ser adquirida com licenciamento para diver-
ter e Home Premium (que será mostrada logo abaixo). Terá
sas máquinas. Acumula todas as funcionalidades citadas na
também a versão de 64 bits e permitirá a execução de mais
edição Professional e possui recursos mais sofisticados de
de três aplicativos ao mesmo tempo.
segurança.
Assim como a anterior, não terá suporte para o Aero Glass
nem para as funcionalidades sensíveis ao toque, fugindo um Dentre esses recursos estão o BitLocker, responsável
pouco da principal novidade do Windows 7. Computadores pela criptografia de dados e o AppLocker, que impede a
novos poderão contar também com a instalação desta edi- execução de programas não-autorizados. Além disso, há
ção, mas sua venda será proibida nos Estados Unidos. ainda o BrachCache, para turbinar transferência de arqui-
vos grandes e também o DirectAccess, que dá uma super
Windows 7 Home Premium ajuda com a configuração de redes corporativas.
Edição que os usuários domésticos podem chamar de
“completa”, a Home Premium acumula todas as funciona- Windows 7 Ultimate, o mais completo e mais caro
lidades das edições citadas anteriormente e soma mais al- Esta será, provavelmente, a versão mais cara de todas,
gumas ao pacote. pois contém todas as funcionalidades já citadas neste ar-
Dentre as funções adicionadas, as principais são o su- tigo e mais algumas. Apesar de sua venda não ser restrita
porte à interface Aero Glass e também aos recursos Touch às empresas, o Microsoft disponibilizará uma quantidade
Windows (tela sensível ao toque) e Aero Background, que limitada desta versão do sistema.
troca seu papel de parede automaticamente no intervalo Isso porque grande parte dos aplicativos e recursos
de tempo determinado. Haverá ainda um aplicativo nativo presentes na Ultimate são dedicados às corporações, não
para auxiliar no gerenciamento de redes wireless, conheci- interessando muito aos usuários comuns.
do como Mobility Center.
Esta edição será colocada à venda em lojas de varejo e Usando a Ajuda e Suporte do Windows
também poderá ser encontrada em computadores novos. A Ajuda e Suporte do Windows é um sistema de ajuda
interno do Windows, no qual você obtém respostas rápidas
Windows 7 Professional, voltado às pequenas empresas a dúvidas comuns, sugestões para solução de problemas e
Mais voltada para as pequenas empresas, a versão instruções sobre diversos itens e tarefas. Caso precise de
Professional do Windows 7 possuirá diversos recursos que ajuda com relação a um programa que não faz parte do
visam facilitar a comunicação entre computadores e até Windows, consulte a Ajuda desse programa (consulte “Ob-
mesmo impressoras de uma rede corporativa. tendo ajuda sobre um programa”, a seguir).
7
INFORMÁTICA
Para abrir a Ajuda e Suporte do Windows, clique no botão Iniciar e, em seguida, clique em Ajuda e Suporte.
Obter o conteúdo mais recente da Ajuda
Se você estiver conectado à Internet, verifique se o Centro de Ajuda e Suporte do Windows está configurado como Aju-
da Online. A Ajuda Online inclui novos tópicos da Ajuda e as versões mais recentes dos tópicos existentes.
Clique no botão Iniciar e em Ajuda e Suporte.
Na barra de ferramentas Ajuda e Suporte do Windows, clique em Opções e em Configurações.
Em Resultados da pesquisa, marque a caixa de seleção Melhorar os resultados de pesquisa usando a Ajuda online
(recomendado) e clique em OK. Quando você estiver conectado, as palavras Ajuda Online serão exibidas no canto inferior
direito da janela Ajuda e Suporte.
Pesquisar na Ajuda
A maneira mais rápida de obter ajuda é digitar uma ou duas palavras na caixa de pesquisa. Por exemplo, para obter in-
formações sobre rede sem fio, digite rede sem fio e pressione Enter. Será exibida uma lista de resultados, com os mais úteis
na parte superior. Clique em um dos resultados para ler o tópico.
Pesquisar Ajuda
Você pode pesquisar tópicos da Ajuda por assunto. Clique no botão Pesquisar Ajuda e, em seguida, clique em um item na
lista de títulos de assuntos que será exibida. Esses títulos podem conter tópicos da Ajuda ou outros títulos de assuntos. Clique em
um tópico da Ajuda para abri-lo ou clique em outro título para investigar mais a fundo a lista de assuntos.
8
INFORMÁTICA
MS WORD
O Word faz parte da suíte de aplicativos Office, e é considerado um dos principais produtos da Microsoft sendo a suíte
que domina o mercado de suítes de escritório, mesmo com o crescimento de ferramentas gratuitas como Google Docs e
Open Office.
Interface
ABAS
Os comandos para a edição de nosso texto agora ficam agrupadas dentro destas guias. Dentro destas guias temos
os grupos de ferramentas, por exemplo, na guia Inicio, temos “Fonte”, “Parágrafo”, etc., nestes grupos fica visíveis para os
usuários os principais comandos, para acessar os demais comandos destes grupos de ferramentas, alguns destes grupos
possuem pequenas marcações na sua direita inferior.
9
INFORMÁTICA
O Word possui também guias contextuais quando determinados elementos dentro de seu texto são selecionados, por
exemplo, ao selecionar uma imagem, ele criar na barra de guias, uma guia com a possibilidade de manipulação do elemen-
to selecionado.
10
INFORMÁTICA
Visualização do Documento
11
INFORMÁTICA
Configuração de Documentos
Um dos principais cuidados que se deve ter com seus
documentos é em relação à configuração da página. A
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) possui um
Os cinco primeiros botões são os mesmos que temos manual de regras para documentações, então é comum es-
em miniaturas no rodapé. cutar “o documento tem que estar dentro das normas”, não
• Layout de Impressão: Formato atual de seu docu- vou me atentar a nenhuma das normas especificas, porém
mento é o formato de como seu documento ficará na folha vou ensinar como e onde estão as opções de configuração
impressa. de um documento.
• Leitura em Tela Inteira: Ele oculta as barras de No Word 2010 a ABA que permite configurar sua pági-
seu documento, facilitando a leitura em tela, observe que na é a ABA Layout da Página.
no rodapé do documento à direita, ele possui uma flecha
apontado para a próxima página. Para sair desse modo de
visualização, clique no botão fechar no topo à direita da
tela.
• Layout da Web: Aproxima seu texto de uma visua-
lização na Internet, esse formato existe, pois muitos usuá-
rios postam textos produzidos no Word em sites e blogs
na Internet.
• Estrutura de Tópicos: Permite visualizar seu docu-
mento em tópicos, o formato terá melhor compreensão
quando trabalharmos com marcadores.
• Rascunho: É o formato bruto, permite aplicar di-
versos recursos de produção de texto, porém não visualiza
como impressão nem outro tipo de meio.
O terceiro grupo de ferramentas da Aba exibição per-
mite trabalhar com o Zoom da página. Ao clicar no botão
Zoom o Word apresenta a seguinte janela:
12
INFORMÁTICA
Colunas
13
INFORMÁTICA
Selecionando Textos
Copiar e Colar
O copiar e colar no Word funciona da mesma forma
que qualquer outro programa, pode-se utilizar as teclas de
atalho CTRL+C (copiar), CTRL+X (Recortar) e CTRL+V(Co-
lar), ou o primeiro grupo na ABA Inicio.
14
INFORMÁTICA
matações e padrões deferentes dos editores de texto. Ao • Usar caracteres curinga: Procura somente as pa-
copiar um texto da Internet, se você precisa adequá-lo ao lavras que você especificou com o caractere coringa. Ex.
seu documento, não basta apenas clicar em colar, é ne- Se você digitou *ão o Word vai localizar todas as palavras
cessário clicar na setinha apontando para baixo no botão terminadas em ão.
Colar, escolher Colar Especial. • Semelhantes: Localiza palavras que tem a mesma
sonoridade, mas escrita diferente. Disponível somente para
palavras em inglês.
• Todas as formas de palavra: Localiza todas as for-
mas da palavra, não será permitida se as opções usar carac-
tere coringa e semelhantes estiverem marcadas.
• Formatar: Localiza e Substitui de acordo com o es-
pecificado como formatação.
• Especial: Adiciona caracteres especiais à caixa lo-
calizar. A caixa de seleção usar caracteres curinga.
Formatação de texto
Um dos maiores recursos de uma edição de texto é a
possibilidade de se formatar o texto. No Office 2010 a ABA
responsável pela formatação é a Inicio e os grupo Fonte,
Parágrafo e Estilo.
15
INFORMÁTICA
16
INFORMÁTICA
Bordas no parágrafo.
Marcadores e Numeração
17
INFORMÁTICA
A opção vários níveis é utilizada quando nosso texto Onde você poderá escolher a Fonte (No caso acon-
tenha níveis de marcação como, por exemplo, contratos e selha-se a utilizar fontes de símbolos como a Winddings,
petições. Os marcadores do tipo Símbolos como o nome já Webdings), e depois o símbolo. Ao clicar em Imagem, você
diz permite adicionar símbolos a frente de seus parágrafos. poderá utilizar uma imagem do Office, e ao clicar no botão
Se precisarmos criar níveis nos marcadores, basta clicar importar, poderá utilizar uma imagem externa.
antes do inicio da primeira palavra do parágrafo e pressio-
nar a tecla TAB no teclado. Bordas e Sombreamento
18
INFORMÁTICA
Podemos começar escolhendo uma definição de borda (caixa, sombra, 3D e outra), ou pode-se especificar cada uma
das bordas na direita onde diz Visualização. Pode-se pelo meio da janela especificar cor e largura da linha da borda. A Guia
Sombreamento permite atribuir um preenchimento de fundo ao texto selecionado. Você pode escolher uma cor base, e
depois aplicar uma textura junto dessa cor.
Cabeçalho e Rodapé
O Word sempre reserva uma parte das margens para o cabeçalho e rodapé. Para acessar as opções de cabeçalho e
rodapé, clique na ABA Inserir, Grupo Cabeçalho e Rodapé.
19
INFORMÁTICA
Ao clicar em Cabeçalho o Word disponibiliza algumas opções de caixas para que você possa digitar seu texto. Ao clicar
em Editar Cabeçalho o Word edita a área de cabeçalho e a barra superior passa a ter comandos para alteração do cabeça-
lho.
A área do cabeçalho é exibida em um retângulo pontilhado, o restante do documento fica em segundo plano. Tudo
o que for inserido no cabeçalho será mostrado em todas as páginas, com exceção se você definiu seções diferentes nas
páginas.
Para aplicar números de páginas automaticamente em seu cabeçalho basta clicar em Números de Página, apenas tome
o cuidado de escolher Inicio da Página se optar por Fim da Página ele aplicará o número da página no rodapé. Podemos
também aplicar cabeçalhos e rodapés diferentes a um documento, para isso basta que ambos estejam em seções diferentes
do documento. O cuidado é ao aplicar o cabeçalho ou o rodapé, desmarcar a opção Vincular ao anterior.
O funcionamento para o rodapé é o mesmo para o cabeçalho, apenas deve-se clicar no botão Rodapé.
20
INFORMÁTICA
Data e Hora
O Word Permite que você possa adicionar um campo de Data e Hora em seu texto, dentro da ABA Inserir, no grupo
Texto, temos o botão Data e Hora.
Basta escolher o formato a ser aplicado e clicar em OK. Se precisar que esse campo sempre atualize data, marque a
opção Atualizar automaticamente.
Imagens
O primeiro elemento gráfico que temos é o elemento Imagem. Para inserir uma imagem clique no botão com o mesmo
nome no grupo Ilustrações na ABA Inserir. Na janela que se abre, localize o arquivo de imagem em seu computador.
21
INFORMÁTICA
O primeiro grupo é o Ajustar, dentre as opções temos Brilho e Contraste, que permite clarear ou escurecer a imagem e
adicionar ou remover o contraste. Podemos recolorir a imagem.
Entre as opções de recolorir podemos colocar nossa imagem em tons de cinza, preto e branco, desbotar a imagem e
remover uma cor da imagem. Este recurso permite definir uma imagem com fundo transparente. A opção Compactar Ima-
gens permite deixar sua imagem mais adequada ao editor de textos. Ao clicar nesta opção o Word mostra a seguinte janela:
Pode-se aplicar a compactação a imagem selecionada, ou a todas as imagens do texto. Podemos alterar a resolução
da imagem. A opção Redefinir Imagem retorna a imagem ao seu estado inicial, abandonando todas as alterações feitas.
O próximo grupo chama-se Sombra, como o próprio nome diz, permite adicionar uma sombra a imagem que foi inserida.
22
INFORMÁTICA
23
INFORMÁTICA
Formas
Podemos também adicionar formas ao nosso conteú-
do do texto
Clip Art
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
SmartArt
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INFORMÁTICA
No grupo Layout podemos mudar a disposição de nos- Será solicitado a digitação do texto do WordArt. Digite
so organograma. seu texto e clique em OK. Será mostrada a barra do Wor-
O próximo grupo é o Estilos de SmartArt que permite dArt
mudar as cores e o estilo do organograma.
Tabelas
As tabelas são com certeza um dos elementos mais im-
portantes para colocar dados em seu documento.
Use tabelas para organizar informações e criar formas
de páginas interessantes e disponibilizar seus dados.
Para inserir uma tabela, na ABA Inserir clique no botão
Tabela.
WordArt
28
INFORMÁTICA
Você pode criar facilmente uma tabela mais complexa, por exemplo, que contenha células de diferentes alturas ou um
número variável de colunas por linha semelhante à maneira como você usa uma caneta para desenhar uma tabela.
Ao desenhar a caixa que fará parte da tabela, você pode utilizar o topo
Ferramentas de Tabela.
Através do grupo Opções de Estilo de Tabela é possível definir células de cabeçalho. O grupo Estilos de Tabela permite
aplicar uma formatação a sua tabela e o grupo Desenhar Bordas permite definir o estilo, espessura e cor da linha. O botão
Desenhar Tabela transforma seu cursor em um lápis para desenhar as células de sua tabela, e o botão Borracha apaga as
linhas da tabela.
Você pode observar também que ao estar com alguma célula da tabela com o cursor o Word acrescenta mais uma ABA
ao final, chamada Layout, clique sobre essa ABA.
O primeiro grupo Tabela permite selecionar em sua tabela, apenas uma célula, uma linha, uma coluna ou toda a tabela.
29
INFORMÁTICA
Ao clicar na opção Propriedades será aberto uma jane- Ao clicar na Faixa deste grupo ele abre uma janela onde
la com as propriedades da janela. é possível deslocar células, inserir linhas e colunas. O ter-
ceiro grupo é referente à divisão e mesclagem de células.
30
INFORMÁTICA
A opção classificar como o próprio nome diz permite classificar os dados de sua tabela.
Ele abre a seguinte janela e coloca sua primeira linha como a linha de cabeçalho, você pode colocar até três colunas
como critérios de classificação.
O botão Converter em Texto permite transformar sua tabela em textos normal. A opção fórmula permite fazer cálculos
na tabela.
ABA Revisão
A ABA revisão é responsável por correção, proteção, comentários etc., de seu documento.
O primeiro grupo Revisão de Texto tem como principal botão o de ortografia e Gramática, clique sobre ele.
31
INFORMÁTICA
O objetivo desta ferramenta e verificar todo o seu do- Para aplicar um estilo ao um texto é simples. Se você
cumento em busca de erros. clicar em seu texto sem selecioná-lo, e clicar sobre um esti-
lo existente, ele aplica o estilo ao parágrafo inteiro, porém
Os de ortografia ele marca em vermelho e os de gra- se algum texto estiver selecionado o estilo será aplicado
mática em verde. É importante lembrar que o fato dele somente ao que foi selecionado.
marcar com cores para verificação na impressão sairá com
as cores normais. Ao encontrar uma palavra considerada
pelo Word como errada você pode:
• Ignorar uma vez: Ignora a palavra somente nessa
parte do texto.
• Ignorar Todas: Ignora a palavra quando ela apare-
cer em qualquer parte do texto.
• Adicionar ao dicionário: Adiciona a palavra ao Observe na imagem acima que foi aplicado o estilo Tí-
dicionário do Word, ou seja, mesmo que ela apareça em tulo2 em ambos os textos, mas no de cima como foi clicado
outro texto ela não será grafada como errada. Esta opção somente no texto, o estilo está aplicado ao parágrafo, na
deve ser utilizada quando palavras que existam, mas que linha de baixo o texto foi selecionado, então a aplicação do
ainda não façam parte do Word. estilo foi somente no que estava selecionado. Ao clicar no
• Alterar: Altera a palavra. Você pode alterá-la por botão Alterar Estilos é possível acessar a diversas defini-
uma palavra que tenha aparecido na caixa de sugestões, ou ções de estilos através da opção Conjunto de Estilos.
se você a corrigiu no quadro superior.
• Alterar Todas: Faz a alteração em todas as palavras
que estejam da mesma forma no texto.
Impressão
Estilos
32
INFORMÁTICA
Índices
Sumário
33
INFORMÁTICA
MS EXCEL
Interface
A interface do Excel segue o padrão dos aplicativos Of-
fice, com ABAS, Botão Office, controle de Zoom na direita.
Na janela que se abre escolha Atualizar o índice inteiro. O que muda são alguns grupos e botões exclusivos do Ex-
cel e as guias de planilha no rodapé à esquerda:
Guias de Planilha
34
INFORMÁTICA
Um arquivo do Excel ao iniciar com três guias de plani- Se precisar selecionar células alternadamente, clique
lha, estas guias permite que se possa em um único arqui- sobre a primeira célula a ser selecionada, pressione CTRL e
vo armazenar mais de uma planilha, inicialmente o Excel vá clicando nas que você quer selecionar.
possui três planilhas, e ao final da Plan3 temos o ícone de
inserir planilha que cria uma nova planilha. Você pode clicar
com o botão direito do mouse em uma planilha existente
para manipular as planilhas.
Movimentação na planilha
Para selecionar uma célula ou torná-la ativa, basta movi-
mentar o retângulo (cursor) de seleção para a posição desejada.
A movimentação poderá ser feita através do mouse ou teclado.
Com o mouse para selecionar uma célula basta dar um
clique em cima dela e observe que a célula na qual você
clicou é mostrada como referência na barra de fórmulas. Entrada de textos e números
Na área de trabalho do Excel podem ser digitados ca-
racteres, números e fórmulas. Ao finalizar a digitação de
seus dados, você pode pressionar a tecla ENTER, ou com
as setas mudar de célula, esse recurso somente não será
válido quando estiver efetuando um cálculo. Caso preci-
se alterar o conteúdo de uma célula sem precisar redigitar
tudo novamente, clique sobre ela e pressione F2, faça sua
alteração e pressione ENTER em seu teclado.
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INFORMÁTICA
Dê um nome ao seu arquivo, defina o local onde ele Vamos montar uma planilha simples.
deverá ser salvo e clique em Salvar, o formato padrão das
planilhas do Excel 2010 é o xlsx, se precisar salvar em xls
para manter compatibilidade com as versões anteriores é
preciso em tipo definir como Pasta de Trabalho do Excel
97 – 2003.
Para abrir um arquivo existente, clique no botão Office
e depois no botão Abrir, localize seu arquivo e clique sobre
ele e depois em abrir.
Operadores
Operadores são símbolos matemáticos que permitem
fazer cálculos e comparações entre as células. Os operado-
res são:
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INFORMÁTICA
Poderíamos fazer o seguinte cálculo =1*20 que me Para calcular o total você poderia utilizar o seguinte
traria o resultado, porém bastaria alterar o valor da quan- cálculo D4+D5+D6+D7+D8, porém isso não seria nada
tidade ou o V. unitário que eu precisaria fazer novamente pratico em planilhas maiores. Quando tenho sequências
o cálculo. O correto é então é fazer =A4*C4 com isso eu de cálculos o Excel permite a utilização de funções.
multiplico referenciando as células, independente do con- No caso a função a ser utilizada é a função SOMA, a
teúdo dela, ele fará a multiplicação, desde que ali se tenha sua estrutura é =SOMA(CelIni:Celfim), ou seja, inicia-se
um número. com o sinal de igual (=), escreve-se o nome da função,
abrem-se parênteses, clica-se na célula inicial da soma
e arrasta-se até a última célula a ser somada, este intervalo
é representado pelo sinal de dois pontos (:), e fecham-se
os parênteses.
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INFORMÁTICA
Formatação de células
A formatação de células é muito semelhante a que vimos para formatação de fonte no Word, basta apenas que a célula
onde será aplicada a formatação esteja selecionada, se precisar selecionar mais de uma célula, basta selecioná-las.
As opções de formatação de célula estão na ABA Inicio.
Temos o grupo Fonte que permite alterar a fonte a ser utilizada, o tamanho, aplicar negrito, itálico e sublinhado, linhas
de grade, cor de preenchimento e cor de fonte. Ao clicar na faixa do grupo será mostrada a janela de fonte.
A guia mostrada nesta janela é a Fonte nela temos o tipo da letra, estilo, tamanho, sublinhado e cor, observe que exis-
tem menos recursos de formatação do que no Word.
A guia Número permite que se formatem os números de suas células. Ele dividido em categorias e dentro de cada
categoria ele possui exemplos de utilização e algumas personalizações como, por exemplo, na categoria Moeda em que é
possível definir o símbolo a ser usado e o número de casas decimais.
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Através da opção Formatar podemos também definir a largura das linhas e colunas.
Congelar Painéis
Algumas planilhas quando muito longas necessitam que sejam mantidos seus cabeçalho e primeiras linhas, evitando-se
assim a digitação de valores em locais errados. Esse recurso chama-se congelar painéis e está disponível na ABA exibição.
No grupo Janela temos o botão Congelar Painéis, clique na opção congelar primeira linha e mesmo que você role a
tela a primeira linha ficará estática.
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Porém se utilizarmos o conceito aprendido de copiar Pressione ENTER e agora você poderá copiar a sua cé-
a célula E4 para resolver os demais cálculos na célula E5 à lula.
fórmula ficará =D5/D10, porém se observarmos o correto
seria ficar =D5/D9, pois a célula D9 é a célula com o valor
total, ou seja, esta é a célula comum a todos os cálculos a
serem feitos, com isso não posso copiar a fórmula, pelo
menos não como está.
Uma solução seria fazer uma a uma, mas a ideia de
uma planilha é ganhar-se tempo.
A célula D9 então é um valor absoluto, ele não muda é
também chamado de valor constante.
A solução é então travar a célula dentro da formula,
para isso usamos o símbolo do cifrão ($), na célula que fize-
mos o cálculo E4 de clique sobre ela, depois clique na barra
de fórmulas sobre a referência da célula D9.
Pressione em seu teclado a tecla F4. Será então adi- Vamos inicialmente montar a seguinte planilha
cionado o símbolo de cifrão antes da letra D e antes do
número 9. $D$9.
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INFORMÁTICA
Máximo
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Vamos incrementar um pouco mais nossa planilha, va- Adicione as seguintes linhas abaixo de sua planilha
mos criar uma tabela em separado com a seguinte defini-
ção. Até 18 anos será juvenil, de 18 anos até 30 anos será
considerado profissional e acima dos 30 anos será consi-
derado Master.
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INFORMÁTICA
Para exemplificar monte a seguinte planilha. Após isso coloque o valor em formato Moeda.
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INFORMÁTICA
O conceito de planilha 3D foi implantado no Excel Retorne a planilha resultado e coloque um valor qual-
na versão 5 do programa, ele é chamado dessa forma quer no campo onde será digitado valor.
pois permite que se façam referências de uma planilha
em outra.
Vamos a um exemplo
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INFORMÁTICA
O ideal nesta planilha é que a única célula onde o usuário possa manipular seja a célula onde será digitado valor em
real para a conversão, então vamos bloquear a planilha deixando essa célula desprotegia.
Clique na célula onde será digitado o valor em real depois na ABA Inicio no grupo Fonte clique na faixa e na janela que
se abre clique na guia Proteção.
Desmarque a opção Bloqueadas, isso é necessário, pois esta célula é a única que poderá receber dados.
Clique agora na ABA Revisão e no grupo Alterações clique no botão Proteger Planilha.
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INFORMÁTICA
Se precisar alterar alguma célula protegida basta clicar no botão Desproteger Planilha no grupo Alterações.
Inserção de Objetos
A inserção de objetos no Excel é muito semelhante ao que aprendemos no Word, as opções de inserção de objetos
estão na ABA Inserir.
Podemos inserir Imagens, clip-arts, formas, SmartArt, caixas de texto, WordArt, objetos, símbolos, etc.
Como a maioria dos elementos já sabemos como implementar vamos focar em Gráficos.
Gráficos
A utilização de um gráfico em uma planilha além de deixá-la com uma aparência melhor também facilita na hora de
mostrar resultados. As opções de gráficos, esta no grupo Gráficos na ABA Inserir do Excel
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INFORMÁTICA
Para criar um gráfico é importante decidir quais dados serão avaliados para o gráfico. Vamos utilizar a planilha Atletas
para criarmos nosso gráfico, vamos criar um gráfico que mostre os atletas x peso.
Selecione a coluna com o nome dos atletas, pressione CTRL e selecione os valores do peso.
Ao clicar em um dos modelos de gráfico no grupo Gráficos você poderá selecionar um tipo de gráfico disponível, no
exemplo cliquei no estilo de gráfico de colunas.
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INFORMÁTICA
Para mover o gráfico para qualquer parte de sua planilha basta clicar em uma área em branco de o gráfico manter o
mouse pressionado e arrastar para outra parte.
Na parte superior do Excel é mostrada a ABA Design (Acima dela Ferramentas de Gráfico).
Se você quiser mudar o estilo de seu gráfico, você pode clicar no botão Alterar Tipo de Gráfico.
Para alterar a exibição entre linhas e colunas, basta clicar no botão Alterar Linha/Coluna.
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INFORMÁTICA
Ainda em Layout do Gráfico podemos modificar a dis- Podemos também deixar nosso gráfico isolado em
tribuição dos elementos do Gráfico. uma nova planilha, basta clicar no botão Mover Gráfico.
Classificação
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INFORMÁTICA
Você precisa definir quais serão os critérios de sua classificação, onde diz
Classificar por clique e escolha nome, depois clique no botão Adicionar Nível e coloque Modalidade.
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INFORMÁTICA
Antes de clicar em OK, verifique se está marcada a opção Meus dados contêm cabeçalhos, pois selecionamos a linha
de títulos em nossa planilha e clique em OK.
Você pode mudar a ordem de classificação sempre que for necessário, basta clicar no botão de Classificar.
Auto Filtro
Este é um recurso que permite listar somente os dados que você precisa visualizar no momento em sua planilha. Com
seus dados selecionados clique no botão Filtro e observe que será adicionado junto a cada célula do cabeçalho da planilha
uma seta.
Estas setas permite visualizar somente os dados que te interessam na planilha, por exemplo caso eu precise da relação
de atletas do sexo feminino, basta eu clicar na seta do cabeçalho sexo e marcar somente Feminino, que os demais dados
da planilha ficarão ocultos.
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INFORMÁTICA
Posso ainda refinar mais a minha filtragem, caso precise saber dentro do sexo feminino quantos atletas estão na cate-
goria Profissional, eu faço um novo filtro na coluna Categoria.
Observe que as colunas que estão com filtro possuem um ícone em forma de funil no lugar da seta.
Para remover os filtros, basta clicar nos cabeçalhos com filtro e escolher a opção selecionar tudo.
Você também pode personalizar seus filtros através da opção Filtros de Texto e Filtro de número (quando conteúdo da
célula for um número).
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INFORMÁTICA
Subtotais Impressão
Podemos agrupar nossos dados através de seus valo- O processo de impressão no Excel é muito parecido
res, vamos inicialmente classificar nossa planilha pelo sexo com o que fizemos no Word.
dos atletas relacionado com a idade. Clique no botão Office e depois em Imprimir e escolha
Visualizar Impressão.
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INFORMÁTICA
Marque a opção Paisagem e clique em OK. CTRL + Sinal de adição (+): quando você precisar inse-
rir células, linhas ou colunas no meio dos dados, ao invés
de clicar com o mouse no número da linha ou na letra da
coluna, basta pressionar esse comando.
*Utilize o sinal de adição do teclado numérico ou a
combinação CTRL + SHIFT + Sinal de adição que fica à es-
querda da tecla backspace, pois ela tem o mesmo efeito.
CTRL + Sinal de subtração (-): para excluir células, li-
nhas ou colunas inteiras, pressione essas teclas. Esse co-
mando funciona tanto no teclado normal quanto no tecla-
do numérico.
CTRL + D: você pode precisar que todas as células de
determinada coluna tenham o mesmo valor. Apertando
CTRL + D, você fará com que a célula ativa seja preenchi-
da com o mesmo valor da célula que está acima dela. Por
Teclas de atalho do Excel exemplo: você digitou o número 5432 na célula A1 e quer
que ele se repita até a linha 30. Selecione da célula A1 até
CTRL + !: quando se está trabalhando com planilhas a A30 e pressione o comando. Veja que todas as células
grandes, quando os dados precisam ser apresentados a um serão preenchidas com o valor 5432.
gerente, ou mesmo só para facilitar sua vida, a melhor ma- CTRL + R: funciona da mesma forma que o comando
neira de destacar certas informações é formatar a célula, de acima, mas para preenchimento de colunas. Exemplo: sele-
modo que a fonte, a cor do texto, as bordas e várias outras cione da célula A1 até a E1 e pressione CTRL + R. Todas as
configurações de formatação. Mas ter que usar o mouse células selecionadas terão o mesmo valor da A1.
para encontrar as opções de formatação faz você perder CTRL + ALT + V: você já deve ter cometido o erro de co-
muito tempo. Portanto, pressionando CTRL + !, você fará piar uma célula e colar em outro local, acabando com a for-
com que a janela de opções de formatação da célula seja matação que tinha definido anteriormente, pois as células
exibida. Lembre-se que você pode selecionar várias células de origem eram azuis e as de destino eram verdes. Ou seja,
para aplicar a formatação de uma só vez. você agora tem células azuis onde tudo deveria ser verde.
CTRL + (: muitas vezes você precisa visualizar dados Para que isso não aconteça, você pode utilizar o comando
que não estão próximos uns dos outros. Para isso o Excel “colar valores”, que fará com que somente os valores das
fornece a opção de ocultar células e colunas. Pressionan- células copiadas apareçam, sem qualquer formatação. Para
do CTRL + (, você fará com que as linhas correspondentes não precisar usar o mouse, copie as células desejadas e na
à seleção sejam ocultadas. Se houver somente uma célula hora de colar utilize as teclas CTRL + ALT + V.
ativa, só será ocultada a linha correspondente. Por exem- CTRL + PAGE DOWN: não há como ser rápido utilizan-
plo: se você selecionar células que estão nas linhas 1, 2, 3 do o mouse para alternar entre as planilhas de um mesmo
e 4 e pressionar as teclas mencionadas, essas quatro linhas arquivo. Utilize esse comando para mudar para a próxima
serão ocultadas. planilha da sua pasta de trabalho.
Para reexibir aquilo que você ocultou, selecione uma CTRL + PAGE UP: similar ao comando anterior. Porém,
célula da linha anterior e uma da próxima, depois utilize executando-o você muda para a planilha anterior.
as teclas CTRL + SHIFT + (. Por exemplo: se você ocultou a *É possível selecionar as planilhas que estão antes ou
linha 14 e precisa reexibi-la, selecione uma célula da linha depois da atual, pressionando também o SHIFT nos dois
13, uma da linha 15 e pressione as teclas de atalho. comando acima.
CTRL + ): esse atalho funciona exatamente como o
anterior, porém, ele não oculta linhas, mas sim COLUNAS. Teclas de função
Para reexibir as colunas que você ocultou, utilize as teclas Poucas pessoas conhecem todo o potencial das teclas
CTRL + SHIFT + ). Por exemplo: você ocultou a coluna C e que ficam na mesma linha do “Esc”. Assim como o CTRL,
quer reexibi-la. Selecione uma célula da coluna B e uma da as teclas de função podem ser utilizadas em combinação
célula D, depois pressione as teclas mencionadas. com outras, para produzir comandos diferentes do padrão
CTRL + SHIFT + $: quando estiver trabalhando com va- atribuído a elas. Veja alguns deles abaixo.
lores monetários, você pode aplicar o formato de moeda F2: se você cometer algum erro enquanto está inse-
utilizando esse atalho. Ele coloca o símbolo R$ no número rindo fórmulas em uma célula, pressione o F2 para poder
e duas casas decimais. Valores negativos são colocados en- mover o cursor do teclado dentro da célula, usando as se-
tre parênteses. tas para a direita e esquerda. Caso você pressione uma da
CTRL + SHIFT + Asterisco (*): esse comando é extre- setas sem usar o F2, o cursor será movido para outra célula.
mamente útil quando você precisa selecionar os dados ALT + SHIFT + F1: inserir novas planilhas dentro de um
que estão envolta da célula atualmente ativa. Caso existam arquivo do Excel também exige vários cliques com o mou-
células vazias no meio dos dados, elas também serão se- se, mas você pode usar o comando ALT + SHIFT + F1 para
lecionadas. Veja na imagem abaixo um exemplo. A célula ganhar algum tempo. As teclas SHIFT + F11 produzem o
selecionada era a D6. mesmo efeito.
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Clique em Repetir ou marque a caixa de seleção Confi- 3. Em Perfis, clique em Mostrar Perfis.
gurar servidor manualmente. 4. Clique em Adicionar.
Depois que a conta for adicionada com êxito, você 5. Na caixa de diálogo Novo Perfil, digite um nome
poderá adicionar mais contas clicando em Adicionar outra para o perfil e, em seguida, clique em OK.
conta. Trata-se do nome que você vê ao iniciar o Outlook caso
configure o Outlook para solicitar o perfil a ser usado.
6. Clique em Contas de Email.
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INFORMÁTICA
Observação: Você tem a opção de salvar sua senha A configuração manual de contas do Microsoft Exchan-
digitando-a na caixa Senha e marcando a caixa de seleção ge não pode ser feita enquanto o Outlook estiver em exe-
Lembrar senha. Se você escolheu essa opção, não precisará cução. Para adicionar uma conta do Microsoft Exchange,
digitar a senha sempre que acessar a conta. No entanto, siga as etapas de Adicionar a um perfil existente ou Adi-
isso também torna a conta vulnerável a qualquer pessoa cionar a um novo perfil e siga um destes procedimentos:
que tenha acesso ao seu computador. 1. Clique em Definir manualmente as configurações
Opcionalmente, você poderá denominar sua conta de do servidor ou tipos de servidor adicionais e em Avançar.
email como ela aparece no Outlook. Isso será útil caso você 2. Clique em Microsoft Exchange e, em seguida, cli-
esteja usando mais de uma conta de email. Clique em Mais que em Avançar.
Configurações. Na guia Geral, em Conta de Email, digite 3. Digite o nome atribuído pelo administrador de
um nome que ajudará a identificar a conta, por exemplo, email para o servidor executando o Exchange.
Meu Email de Provedor de Serviços de Internet Residencial. 4. Para usar as Configurações do Modo Cache do Ex-
A sua conta de email pode exigir uma ou mais das con- change, marque a caixa de seleção Usar o Modo Cache do
figurações adicionais a seguir. Entre em contato com o seu Exchange.
ISP se tiver dúvidas sobre quais configurações usar para 5. Na caixa Nome de Usuário, digite o nome do
sua conta de email. usuário atribuído ao administrador de email. Ele não costu-
• Autenticação de SMTP Clique em Mais Confi- ma ser seu nome completo.
gurações. Na guia Saída, marque a caixa de seleção Meu 6. Opcionalmente, siga um destes procedimentos:
servidor de saída de emails requer autenticação, caso isso • Clique em Mais Configurações. Na guia Geral em
seja exigido pela conta. Conta de Email, digite o nome que ajudará a identificar a
• Criptografia de POP3 Para contas POP3, clique conta, por exemplo, Meu Email de Trabalho.
em Mais Configurações. Na guia Avançada, em Números • Clique em Mais Configurações. Em qualquer uma
das portas do servidor, em Servidor de entrada (POP3), das guias, configure as opções desejadas.
marque a caixa de seleção O servidor requer uma conexão • Clique em Verificar Nomes para confirmar se o
criptografada (SSL), caso o provedor de serviços de Inter- servidor reconhece o seu nome e se o computador está
net instrua você a usar essa configuração. conectado com a rede. Os nomes de conta e de servidor
• Criptografia de IMAP Para contas IMAP, clique especificados nas etapas 3 e 5 devem se tornar sublinha-
em Mais Configurações. Na guia Avançada, em Números dos. Se isso não acontecer, entre em contato com o admi-
das portas do servidor, em Servidor de entrada (IMAP), nistrador do Exchange.
7. Se você clicou em Mais Configurações e abriu a
para a opção Usar o seguinte tipo de conexão criptogra-
caixa de diálogo Microsoft Exchange Server, clique em OK.
fada, clique em Nenhuma, SSL, TLS ou Automática, caso o
8. Clique em Avançar.
provedor de serviços de Internet instrua você a usar uma
9. Clique em Concluir.
dessas configurações.
• Criptografia de SMTP Clique em Mais Configu-
Remover uma conta de email
rações. Na guia Avançada, em Números das portas do ser-
1. Clique na guia Arquivo.
vidor, em Servidor de saída (SMTP), para a opção Usar o
2. Em Informações da Conta, clique em Configura-
seguinte tipo de conexão criptografada, clique em Nenhu-
ções de Conta e depois em Configurações de Conta.
ma, SSL, TLS ou Automática, caso o provedor de serviços
de internet instrua você a usar uma dessas configurações.
Opcionalmente, clique em Testar Configurações da
Conta para verificar se a conta está funcionando. Se houver
informações ausentes ou incorretas, como a senha, será so-
licitado que sejam fornecidas ou corrigidas. Verifique se o
computador está conectado com a Internet.
Clique em Avançar.
Clique em Concluir.
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INFORMÁTICA
Responder ou encaminhar uma mensagem de email Adicionar um anexo a uma mensagem de email
Quando você responde a uma mensagem de email, o Arquivos podem ser anexados a uma mensagem de
remetente da mensagem original é automaticamente adi- email. Além disso, outros itens do Outlook, como men-
cionado à caixa Para. De modo semelhante, quando você sagens, contatos ou tarefas, podem ser incluídos com as
usa Responder a Todos, uma mensagem é criada e endere- mensagens enviadas.
çada ao remetente e a todos os destinatários adicionais da 1. Crie uma mensagem ou, para uma mensagem
mensagem original. Seja qual for sua escolha, você poderá existente, clique em Responder, Responder a Todos ou En-
alterar os destinatários nas caixas Para, Cc e Cco. caminhar.
2. Na janela da mensagem, na guia Mensagem, no
Ao encaminhar uma mensagem, as caixas Para, Cc e grupo Incluir, clique em Anexar Arquivo.
Cco ficam vazias e é preciso fornecer pelo menos um des-
tinatário.
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INFORMÁTICA
Salvar um anexo
Após abrir e exibir um anexo, você pode preferir salvá
-lo em uma unidade de disco. Se a mensagem tiver mais de
um anexo, você poderá salvar os vários anexos como um
grupo ou um de cada vez.
Salvar um único anexo de mensagem
Execute um dos seguintes procedimentos:
• Se a mensagem estiver no formato HTML ou de
Abrir e salvar anexos texto sem formatação Clique no anexo, no Painel de
Anexos são arquivos ou itens que podem ser incluídos Leitura, ou abra a mensagem. Na guia Anexos, no grupo
em uma mensagem de email. As mensagens com anexos Ações, clique em Salvar como. É possível clicar com o botão
são identificadas por um ícone de clipe de papel na lis- direito do mouse no anexo e então clicar em Salvar como.
ta de mensagens. Dependendo do formato da mensagem • Se a mensagem estiver no formato RTF No Pai-
recebida, os anexos são exibidos em um de dois locais na nel de Leitura ou na mensagem aberta, clique com o botão
mensagem. direito do mouse no anexo e clique em Salvar como.
• Se o formato da mensagem for HTML ou texto Escolha uma local de pasta e clique em Salvar.
sem formatação, os anexos serão exibidos na caixa de ane- Salvar vários anexos de uma mensagem
xo, sob a linha Assunto. 1. No Painel de Leitura ou na mensagem aberta, se-
• Se o formato da mensagem for o formato menos lecione os anexos a serem salvos. Para selecionar vários
comum RTF (Rich Text Format), os anexos serão exibidos anexos, clique neles mantendo pressionada a tecla CTRL.
no corpo da mensagem. Mesmo que o arquivo apareça no 2. Execute um dos seguintes procedimentos:
corpo da mensagem, ele continua sendo um anexo sepa- • Se a mensagem estiver no formato HTML ou de
rado. texto sem formatação Na guia Anexos, no grupo Ações,
Observação O formato utilizado na criação da men- clique em Salvar como.
sagem é indicado na barra de título, na parte superior da • Se a mensagem estiver no formato RTF Clique
mensagem. com o botão direito do mouse em uma das mensagens
selecionadas e depois clique em Salvar como.
3. Clique em uma local de pasta e clique em OK.
Abrir um anexo Salvar todos os anexos de uma mensagem
Um anexo pode ser aberto no Painel de Leitura ou em 1. No Painel de Leitura ou na mensagem aberta, cli-
uma mensagem aberta. Em qualquer um dos casos, clique que em um anexo.
duas vezes no anexo para abri-lo. 2. Siga um destes procedimentos:
Para abrir um anexo na lista de mensagens, clique com • Se a mensagem estiver no formato HTML ou de
o botão direito do mouse na mensagem que contém o texto sem formatação Na guia Anexos, no grupo Ações,
anexo, clique em Exibir Anexos e clique no nome do anexo. clique em Salvar Todos os Anexos.
Observações • Se a mensagem estiver no formato RTF Clique
• Você pode visualizar anexos de mensagens HTML na guia Arquivo para abrir o modo de exibição Backstage.
ou com texto sem formatação no Painel de Leitura e em Em seguida, clique em Salvar anexos e depois em OK.
mensagens abertas. Clique no anexo a ser visualizado e ele 3. Clique em uma local de pasta e clique em OK.
será exibido no corpo da mensagem. Para voltar à mensa-
gem, na guia Ferramentas de Anexo, no grupo Mensagem, Adicionar uma assinatura de email às mensagens
clique em Mostrar Mensagem. O recurso de visualização Você pode criar assinaturas personalizadas para suas
não está disponível para mensagens RTF. mensagens de email que incluem texto, imagens, seu Car-
• Por padrão, o Microsoft Outlook bloqueia arqui- tão de Visita Eletrônico, um logotipo ou até mesmo uma
vos de anexo potencialmente perigosos (inclusive os ar- imagem da sua assinatura manuscrita.
quivos .bat, .exe, .vbs e .js), os quais possam conter vírus. Criar uma assinatura
Se o Outlook bloquear algum arquivo de anexo em uma • Abra uma nova mensagem. Na guia Mensagem,
mensagem, uma lista dos tipos de arquivos bloqueados no grupo Incluir, clique em Assinatura e em Assinaturas.
será exibida na Barra de Informações, na parte superior da
mensagem.
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INFORMÁTICA
Criar um contato
Atalho do teclado: Para criar um compromisso, pressio- Contatos podem ser tão simples quanto um nome e
ne CTRL+SHIFT+A. endereço de email ou incluir outras informações detalha-
Agendar uma reunião com outras pessoas das, como endereço físico, vários telefones, uma imagem,
Uma reunião é um compromisso que inclui outras pes- datas de aniversário e quaisquer outras informações que se
soas e pode incluir recursos como salas de conferência. As relacionem ao contato.
respostas às suas solicitações de reunião são exibidas na • Em Contatos, na guia Página Inicial, no grupo
Caixa de Entrada. Novo, clique em Novo Contato.
• Em Calendário, na guia Página Inicial, no grupo
Novo, clique em Nova Reunião.
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
Provedor
O provedor é uma empresa prestadora de serviços que
oferece acesso à Internet. Para acessar a Internet, é neces-
sário conectar-se com um computador que já esteja na In-
ternet (no caso, o provedor) e esse computador deve per-
mitir que seus usuários também tenham acesso a Internet.
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INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
• Shareware: Programa demonstração que pode ser O WWW não dispunha de gráficos em seus primór-
utilizado por um determinado prazo ou que contém alguns dios, apenas de hipertexto. Entretanto, em 1993, o projeto
limites, para ser utilizado apenas como um teste do progra- WWW ganhou força extra com a inserção de um visualiza-
ma. Se o usuário gostar ele compra, caso contrário, não usa dor (também conhecido como browser) de páginas capaz
mais o programa. Na maioria das vezes, esses programas não apenas de formatar texto, mas também de exibir grá-
exibem, de tempos em tempos, uma mensagem avisando ficos, som e vídeo. Este browser chamava-se Mosaic e foi
que ele deve ser registrado. Outros tipos de shareware têm desenvolvido dentro da NCSA, por um time chefiado por
tempo de uso limitado. Depois de expirado este tempo de Mark Andreesen. O sucesso do Mosaic foi espetacular.
teste, é necessário que seja feito a compra deste programa. Depois disto, várias outras companhias passaram a
produzir browsers que deveriam fazer concorrência ao
Navegar nas páginas Mosaic. Mark Andreesen partiu para a criação da Netscape
Consiste percorrer as páginas na internet a partir de Communications, criadora do browser Netscape.
um documento normal e de links das próprias páginas. Surgiram ainda o Cello, o AIR Mosaic, o SPRY Mosaic,
o Microsoft Internet Explorer, o Mozilla Firefox e muitos
Como salvar documentos, arquivos e sites outros browsers.
Clique no menu Arquivo e na opção Salvar como.
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INFORMÁTICA
Os sites de pesquisa em geral não fazem distinção na • menos são excluídas da pesquisa.
pesquisa com letras maiúsculas e minúsculas e nem pala- • Resultado de um cálculo: pode ser efetuado um
vras com ou sem acento. cálculo em um site de pesquisa.
Irá retornar:
INTRANET
A Intranet ou Internet Corporativa é a implantação de
uma Internet restrita apenas a utilização interna de uma
Grupos: pesquisa nos grupos de discussão da Usenet. empresa. As intranets ou Webs corporativas, são redes de
Exemplo: comunicação internas baseadas na tecnologia usada na In-
ternet. Como um jornal editado internamente, e que pode
ser acessado apenas pelos funcionários da empresa.
A intranet cumpre o papel de conectar entre si filiais e
departamentos, mesclando (com segurança) as suas infor-
mações particulares dentro da estrutura de comunicações
da empresa.
O grande sucesso da Internet, é particularmente da
World Wide Web (WWW) que influenciou muita coisa na
evolução da informática nos últimos anos.
Diretórios: pesquisa o conteúdo da internet organiza- Em primeiro lugar, o uso do hipertexto (documentos
dos por assunto em categorias. Exemplo: interligados através de vínculos, ou links) e a enorme fa-
cilidade de se criar, interligar e disponibilizar documentos
multimídia (texto, gráficos, animações, etc.), democratiza-
ram o acesso à informação através de redes de computa-
dores. Em segundo lugar, criou-se uma gigantesca base de
usuários, já familiarizados com conhecimentos básicos de
informática e de navegação na Internet. Finalmente, surgi-
ram muitas ferramentas de software de custo zero ou pe-
queno, que permitem a qualquer organização ou empresa,
Como escolher palavra-chave sem muito esforço, “entrar na rede” e começar a acessar e
colocar informação. O resultado inevitável foi a impressio-
• Busca com uma palavra: retorna páginas que in- nante explosão na informação disponível na Internet, que
cluam a palavra digitada. segundo consta, está dobrando de tamanho a cada mês.
• “Busca entre aspas”: a pesquisa só retorna páginas Assim, não demorou muito a surgir um novo conceito,
que incluam todos os seus termos de busca, ou seja, toda a que tem interessado um número cada vez maior de em-
sequência de termos que foram digitadas. presas, hospitais, faculdades e outras organizações interes-
• Busca com sinal de mais (+): a pesquisa retorna sadas em integrar informações e usuários: a intranet. Seu
páginas que incluam todas advento e disseminação promete operar uma revolução
• as palavras aleatoriamente na página. tão profunda para a vida organizacional quanto o apare-
• Busca com sinal de menos (-): as palavras que fi- cimento das primeiras redes locais de computadores, no
cam antes do sinal de final da década de 80.
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INFORMÁTICA
A Internet e a Web ficaram famosas, com justa razão, • Ausência de Replicação Embutida – As intranets não
por serem uma mistura caótica de informações úteis e ir- apresentam nenhuma replicação embutida para usuários
relevantes, o meteórico aumento da popularidade de sites remotos. A HMTL não é poderosa o suficiente para desen-
da Web dedicados a índices e mecanismos de busca é uma volver aplicativos cliente/servidor.
medida da necessidade de uma abordagem organizada. Como a Intranet é ligada à Internet
Uma intranet aproveita a utilidade da Internet e da Web
num ambiente controlado e seguro.
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- HTTP(Hypertext Transfer Protocol) – Protocole de car- Os funcionários serão estimulados a realizar pesquisas
regamento de páginas de Hipertexto – HTML na internet visando o atendimento do nível de qualidade da
- IP (Internet Protocol) – Identificação lógica de uma informação prestada à sociedade, pelo órgão.
máquina na rede O ambiente operacional de computação disponível para
- POP (Post Office Protocol) – Protocolo de recebimen- realizar estas operações envolve o uso do MS-Windows, do
to de emails direto no PC via gerenciador de emails MS-Office, das ferramentas Internet Explorer e de correio
- SMTP (Simple Mail Transfer Protocol) – Protocolo pa- eletrônico, em português e em suas versões padrões mais
drão de envio de emails utilizadas atualmente.
- IMAP(Internet Message Access Protocol) – Semelhan- Observação: Entenda-se por mídia removível disquetes,
te ao POP, no entanto, possui mais recursos e dá ao usuário CD’s e DVD’s graváveis, Pen Drives (mídia removível acopla-
a possibilidade de armazenamento e acesso a suas mensa- da em portas do tipo USB) e outras funcionalmente seme-
gens de email direto no servidor. lhantes.
- FTP(File Transfer Protocol) – Protocolo para transfe-
rência de arquivos 12- As células que contêm cálculos feitos na planilha
Resposta: D eletrônica,
(A) quando “coladas” no editor de textos, apresentarão
resultados diferentes do original.
11- Quanto ao Windows Explorer, assinale a opção cor- (B) não podem ser “coladas” no editor de textos.
reta. (C) somente podem ser copiadas para o editor de tex-
(A) O Windows Explorer é utilizado para gerenciar pas- tos dentro de um limite máximo de dez linhas e cinco co-
tas e arquivos e por seu intermédio não é possível acessar o lunas.
Painel de Controle, o qual só pode ser acessado pelo botão (D) só podem ser copiadas para o editor de texto uma
Iniciar do Windows. a uma.
(B) Para se obter a listagem completa dos arquivos sal- (E) quando integralmente selecionadas, copiadas e
vos em um diretório, exibindo-se tamanho, tipo e data de “coladas” no editor de textos, serão exibidas na forma de
modificação, deve-se selecionar Detalhes nas opções de tabela.
Modos de Exibição.
(C) No Windows Explorer, o item Meus Locais de Rede Comentários: Sempre que se copia células de uma pla-
oferece um histórico de páginas visitadas na Internet para nilha eletrônica e cola-se no Word, estas se apresentam
acesso direto a elas. como uma tabela simples, onde as fórmulas são esqueci-
(D) Quando um arquivo estiver aberto no Windows e das e só os números são colados.
a opção Renomear for acionada no Windows Explorer com Resposta: E
o botão direito do mouse,será salva uma nova versão do
arquivo e a anterior continuará aberta com o nome antigo.
(E) Para se encontrar arquivos armazenados na estrutu- 13- O envio do arquivo que contém o texto, por meio
ra de diretórios do Windows, deve-se utilizar o sítio de bus- do correio eletrônico, deve considerar as operações de
ca Google, pois é ele que dá acesso a todos os diretórios de (A) anexação de arquivos e de inserção dos endereços
máquinas ligadas à Internet. eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
(B) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
Comentários: Na opção Modos de Exibição, os arqui- dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
vos são mostrados de várias formas como Listas, Miniatu- (C) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
ras e Detalhes. ços eletrônicos dos destinatários no campo “Cc”.
Resposta: B (D) de desanexação de arquivos e de inserção dos en-
dereços eletrônicos dos destinatários no campo “Cco”.
Atenção: Para responder às questões de números (E) de anexação de arquivos e de inserção dos endere-
12 e 13, considere integralmente o texto abaixo: ços eletrônicos dos destinatários no campo “Para”.
Todos os textos produzidos no editor de textos padrão
deverão ser publicados em rede interna de uso exclusivo do Comentários: Claro que, para se enviar arquivos pelo
órgão, com tecnologia semelhante à usada na rede mundial correio eletrônico deve-se recorrer ao uso de anexação, ou
de computadores. seja, anexar o arquivo à mensagem. Quando colocamos
Antes da impressão e/ou da publicação os textos deve- os endereços dos destinatários no campo Cco, ou seja, no
rão ser verificados para que não contenham erros. Alguns campo “com cópia oculta”, um destinatário não ficará sa-
artigos digitados deverão conter a imagem dos resultados bendo quem mais recebeu aquela mensagem, o que aten-
obtidos em planilhas eletrônicas, ou seja, linhas, colunas, va- de a segurança solicitada no enunciado.
lores e totais. Resposta: A
Todo trabalho produzido deverá ser salvo e cuidados de-
vem ser tomados para a recuperação em caso de perda e
também para evitar o acesso por pessoas não autorizadas às
informações guardadas.
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INFORMÁTICA
Resposta: “C”
a) 3, 0 e 7.
Comentários: b) 5, 0 e 7.
Temos 3 itens com a formatação taxado aplicada: c, d, c) 5, 1 e 2.
e. Entretanto, temos que observar que na questão os itens d) 7, 5 e 2.
d, e, além de receberem taxado, também ficaram em caixa e) 8, 3 e 4.
alta. O único que recebe apenas o taxada, sem alterar outras
formatações foi o item c. Resposta: “C”
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a) 1
b) 2
c) 3
d) 4
e) 5 20- (SPPREV – Técnico – Vunesp/2011 - II) No Po-
werPoint 2007, a inserção de um novo comentário pode
Resposta: “D” ser feita na guia
a) Geral.
Comentário: b) Inserir.
Passo 1 c) Animações.
A célula A1 contém a fórmula =B$1+C1 d) Apresentação de slides.
e) Revisão.
Resposta: “E”
Comentário:
Resposta: “C”
Comentários:
a) protocolo. protocolo HTTP
b) xxx. o nome do domínio
c) zzz. o tipo de domínio
d) yyy. subdomínios
Click na imagem para melhor visualizar e) br. indicação do país ao qual pertence o domínio
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Resposta: C
Comentário:
Resposta: E
Comentário:
No Windows Explorer, você pode ver a hierarquia das
pastas em seu computador e todos os arquivos e pastas loca-
lizados em cada pasta selecionada. Ele é especialmente útil
para copiar e mover arquivos.
Ele é composto de uma janela dividida em dois painéis:
O painel da esquerda é uma árvore de pastas hierarquiza-
da que mostra todas as unidades de disco, a Lixeira, a área
de trabalho ou Desktop (também tratada como uma pasta);
O painel da direita exibe o conteúdo do item selecionado à Este botão, contido na barra de ferramentas, exibe/
esquerda e funciona de maneira idêntica às janelas do Meu oculta o painel PASTAS.
Computador (no Meu Computador, como padrão ele traz a
janela sem divisão, as é possível dividi-la também clicando
no ícone Pastas na Barra de Ferramentas)
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ANOTAÇÕES
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Abaixo teremos algumas rotinas administrativas que são -Identificar: o trabalho de identificar materiais por ca-
repetitivas e exige conhecimento técnico dos profissionais. tegorias poupa o tempo de procurar o material e acabar
perdendo o tempo.
Técnicas nas rotinas administrativas
As funções básicas de uma empresa são a função co- -Utilização: o senso de utilização é também ligado á
mercial, a função técnica, financeira e de contabilidade. organização e realiza-se o trabalho de separar o material
Algumas técnicas administrativas são a construção de de uso eventual e material necessário ás atividades menos
organogramas, que identifique os departamentos da em- constantes, evitando que fiquem espalhados pelo chão
presa e os níveis de hierarquia. material sem uso imediato.
Outros documentos referentes às técnicas administrati-
vas são o manual de rotina e regulamento interno. -Limpeza: a limpeza é útil para manter o ambiente com
Nos manuais de rotina estão descritos quais as normas uma aparência limpa, organizada e com maior segurança.
necessárias para execução de atividades específicas. Criar meios para manter o ambiente limpo, organizado e
Já o regulamento ou regimento interno é um documen- sempre arrumado é também uma medida para que os co-
to com um conjunto de diretrizes que definem a estrutura laboradores poupem tempo e trabalho de organizarem e
organizacional e as políticas da empresa. limparem tudo de novo, quando deveriam estar concentra-
Outros documentos que auxiliam as atividades admi- dos em outras tarefas.
nistrativas são os relatórios que devem expor fatos e ocor-
rências para esclarecimento, dúvidas ou informação de pro- -Padronizar: padronizar é uma solução para manter
blemas e outros documentos propostos para informações uma rotina de organização, de limpeza e de eliminação
do interesse de um quadro de colaboradores são documen- de desperdícios, sendo que a padronização pode auxiliar
tos como a CI (circular interna) e o ofício. o trabalho e orientar a equipe para a realização das ativi-
dades.
Qualidade nas rotinas administrativas E por fim, para manter a limpeza, a organização e a
Como vimos a atividade administrativa são compos- padronização nas rotinas administrativas deve-se manter o
tos de vários processos, processos primários, processos de senso de disciplina, portanto é necessário que o programa
apoio e processos finalísticos que são os processos que de- 5´s tenha a adesão e participação com o comprometimento
finem a atividade fim da empresa. de todos.
Os processos, portanto são fundamentais para que as
empresas atinjam seus objetivos e tenham sucesso. Para
que tenha um funcionamento eficiente, a empresa deve es-
truturar e organizar seus processos e sempre que necessá- ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA: PRINCÍPIOS
rio trabalhar a melhoria de processos. BÁSICOS, ESTRUTURA, TIPOS DE ENTIDADES
A qualidade nos processos administrativos requer mé-
todos, técnicas, normas e até inovações.
E ORGANIZAÇÃO. NOÇÕES GERAIS SOBRE
Os métodos são utilizados para que as ações nos pro- A ESTRUTURA, COMPETÊNCIAS E SERVIÇOS
cessos sejam realizadas e atinjam os objetivos propostos. ADMINISTRATIVOS DA CÂMARA MUNICIPAL.
Já os objetivos nos processos deve ser sempre o va- ORGANIZAÇÃO ADMINISTRATIVA DOS
lor agregado e por isso, exige-se qualidade total em todos SERVIÇOS DO ÓRGÃO MUNICIPAL E
os processos, para isso faz-se necessário a implantação de FINALIDADES.
metodologias e ferramentas da qualidade para que as or-
ganizações atinjam objetivos, conquiste o cliente e se torne
competitiva mesmo em longo prazo.
Para isso, temos algumas ferramentas da qualidade que Centralização, descentralização, concentração e
são de simples aplicação, mas rendem até uma certificação desconcentração
ISO, se forem implantadas com sucesso.
Entre as ferramentas da qualidade aplicada aos pro- Em linhas gerais, descentralização significa transferir
cessos está a ferramenta 5´s. O 5´s surgiram de uma filo- a execução de um serviço público para terceiros que não
sofia japonesa e se solidificou no meio empresarial como se confundem com a Administração direta; centralização
ferramenta da qualidade aplicada aos processos e útil para significa situar na Administração direta atividades que, em
estruturar, desenhar e evitar desperdícios com maior eco- tese, poderiam ser exercidas por entidades de fora dela;
nomia de recursos e tempo. O ideal é que toda a equipe es- desconcentração significa transferir a execução de um ser-
teja integrada em um trabalho de organização, arrumação, viço público de um órgão para o outro dentro da própria
utilização, limpeza, padronização e disciplina. Administração; concentração significa manter a execução
central ao chefe do Executivo em vez de atribui-la a outra
-Organização: organizar poupa tempo e faz com que autoridade da Administração direta.
as atividades sejam desenvolvidas sem atrapalho. Organi- Passemos a esmiuçar estes conceitos:
zar materiais pela frequência de uso elimina retrabalhos e Desconcentração implica no exercício, pelo chefe do
tempo gasto com a distribuição de materiais para as ati- Executivo, do poder de delegar certas atribuições que são
vidades frequentes e segurança contra acidentes ou perda de sua competência privativa. Neste sentido, o previsto na
de materiais. CF:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Artigo 84, parágrafo único, CF. O Presidente da Repúbli- VIII - celebrar tratados, convenções e atos interna-
ca poderá delegar as atribuições mencionadas nos inci- cionais, sujeitos a referendo do Congresso Nacional;
sos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, IX - decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
ao Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da X - decretar e executar a intervenção federal;
União, que observarão os limites traçados nas respectivas XI - remeter mensagem e plano de governo ao Congresso
delegações. Nacional por ocasião da abertura da sessão legislativa, expon-
do a situação do País e solicitando as providências que julgar
Neste sentido: necessárias;
XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
Artigo 84, VI, CF. dispor, mediante decreto, sobre: necessário, dos órgãos instituídos em lei;
a) organização e funcionamento da administração XIII - exercer o comando supremo das Forças Armadas,
federal, quando não implicar aumento de despesa nem nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aero-
criação ou extinção de órgãos públicos; náutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando cargos que lhes são privativos;
vagos; XIV - nomear, após aprovação pelo Senado Federal, os Mi-
Artigo 84, XII, CF. conceder indulto e comutar penas, nistros do Supremo Tribunal Federal e dos Tribunais Supe-
com audiência, se necessário, dos órgãos instituídos em lei; riores, os Governadores de Territórios, o Procurador-Geral
Artigo 84, XXV, CF. prover e extinguir os cargos pú- da República, o presidente e os diretores do banco central e
blicos federais, na forma da lei; (apenas o provimento é outros servidores, quando determinado em lei;
delegável, não a extinção) XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os Ministros
do Tribunal de Contas da União;
Com efeito, o chefe do Poder Executivo federal tem op- XVI - nomear os magistrados, nos casos previstos nesta
ções de delegar parte de suas atribuições privativas para Constituição, e o Advogado-Geral da União;
os Ministros de Estado, o Procurador-Geral da República XVII - nomear membros do Conselho da República, nos
ou o Advogado-Geral da União. O Presidente irá delegar termos do art. 89, VII;
XVIII - convocar e presidir o Conselho da República e o
com relação de hierarquia cada uma destas essencialida-
Conselho de Defesa Nacional;
des dentro da estrutura organizada do Estado. Reforça-se,
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, au-
desconcentrar significa delegar com hierarquia, pois
torizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando
há uma relação de subordinação dentro de uma estrutura
ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas con-
centralizada, isto é, os Ministros de Estado, o Procurador-
dições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
Geral da República e o Advogado-Geral da União respon-
XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
dem diretamente ao Presidente da República e, por isso, Congresso Nacional;
não possuem plena discricionariedade na prática dos atos XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
administrativos que lhe foram delegados. XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar,
que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou
Concentrar, ao inverso, significa exercer atribuições nele permaneçam temporariamente;
privativas da Administração pública direta no âmbito mais XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual,
central possível, isto é, diretamente pelo chefe do Poder o projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de
Executivo, seja porque não são atribuições delegáveis, seja orçamento previstos nesta Constituição;
porque se optou por não delegar. XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas
Artigo 84, CF. Compete privativamente ao Presidente referentes ao exercício anterior;
da República: XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na
I - nomear e exonerar os Ministros de Estado; forma da lei;
II - exercer, com o auxílio dos Ministros de Estado, a di- XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos
reção superior da administração federal; termos do art. 62;
III - iniciar o processo legislativo, na forma e nos casos XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Consti-
previstos nesta Constituição; tuição.
IV - sancionar, promulgar e fazer publicar as leis,
bem como expedir decretos e regulamentos para sua fiel Descentralizar envolve a delegação de interesses estatais
execução; para fora da estrutura da Administração direta, o que é pos-
V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; sível porque não se refere a essencialidades, ou seja, a atos
VI - dispor, mediante decreto, sobre: administrativos que somente possam ser praticados pela Ad-
a) organização e funcionamento da administração ministração direta porque se referem a interesses estatais di-
federal, quando não implicar aumento de despesa nem versos previstos ou não na CF. Descentralizar é uma delega-
criação ou extinção de órgãos públicos; ção sem relação de hierarquia, pois é uma delegação de um
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando ente para outro (não há subordinação nem mesmo quanto
vagos; ao chefe do Executivo, há apenas uma espécie de tutela ou
VII - manter relações com Estados estrangeiros e supervisão por parte dos Ministérios – se trata de vínculo e
acreditar seus representantes diplomáticos; não de subordinação).
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Basicamente, se está diante de um conjunto de pessoas dado de segurança – tanto como impetrante como quan-
jurídicas estatais criadas ou autorizadas por lei para presta- to impetrado). Já que não possuem personalidade, atuam
rem serviços de interesse do Estado. Possuem patrimônio apenas no cumprimento da lei, não atuando por vontade
próprio e são unidades orçamentárias autônomas. Ainda, própria. Logo, órgãos e agentes públicos são impessoais
exercem em nome próprio direitos e obrigações, respon- quando agem no estrito cumprimento de seus deveres,
dendo pessoalmente por seus atos e danos. não respondendo diretamente por seus atos e danos.
Existem duas formas pelas quais o Estado pode efetuar Esta impossibilidade de se imputar diretamente a res-
a descentralização administrativa: outorga e delegação. ponsabilidade a agentes públicos ou órgãos públicos que
A outorga se dá quando o Estado cria uma entidade estejam exercendo atribuições da Administração direta é
e a ela transfere, através de previsão em lei, determinado denominada teoria da imputação objetiva, de Otto Giërke,
serviço público e é conferida, em regra, por prazo indeter- que institui o princípio da impessoalidade.
minado. Isso é o que acontece quanto às entidades da Ad- Quanto se faz desconcentração da autoridade central
ministração Indireta prestadoras de serviços públicos. Nes- – chefe do Executivo – para os seus órgãos, se depara com
te sentido, o Estado descentraliza a prestação dos serviços, diversos níveis de órgãos, que podem ser classificados em
outorgando-os a outras entidades criadas para prestá-los, simples ou complexos (simples se possuem apenas uma
as quais podem tomar a forma de autarquias, empresas pú- estrutura administrativa, complexos se possuem uma rede
blicas, sociedades de economia mista e fundações públicas. de estruturas administrativas) e em unitários ou colegia-
A delegação ocorre quando o Estado transfere, por dos (unitário se o poder de decisão se concentra em uma
contrato ou ato unilateral, apenas a execução do serviço, pessoa, colegiado se as decisões são tomadas em conjunto
para que o ente delegado o preste ao público em seu pró- e prevalece a vontade da maioria):
prio nome e por sua conta e risco, sob fiscalização do Esta- a) Órgãos independentes – encabeçam o poder ou es-
do. A delegação é geralmente efetivada por prazo determi- trutura do Estado, gozando de independência para agir e
nado. Ela se dá, por exemplo, nos contratos de concessão não se submetendo a outros órgãos. Cabe a eles definir as
ou nos atos de permissão, pelos quais o Estado transfere políticas que serão implementadas. É o caso da Presidên-
aos concessionários e aos permissionários apenas a execu-
cia da República, órgão complexo composto pelo gabinete,
ção temporária de determinado serviço.
pela Advocacia-Geral da União, pelo Conselho da Repúbli-
Centralizar envolve manter na estrutura da Adminis-
ca, pelo Conselho de Defesa, e unitário (pois o Presidente
tração direta o desempenho de funções administrativas de
da República é o único que toma as decisões).
interesses não essenciais do Estado, que poderiam ser atri-
b) Órgãos autônomos – estão no primeiro escalão do
buídos a entes de fora da Administração por outorga ou
poder, com autonomia funcional, porém subordinados po-
delegação.
liticamente aos independentes. É o caso de todos os minis-
térios de Estado.
Administração Pública Direta
Administração Pública direta é aquela formada pelos c) Órgãos superiores – são desprovidos de autonomia
entes integrantes da federação e seus respectivos órgãos. ou independência, sendo plenamente vinculados aos ór-
Os entes políticos são a União, os Estados, o Distrito Fe- gãos autônomos. Ex.: Delegacia Regional do Trabalho, vin-
deral e os Municípios. À exceção da União, que é dotada culada ao Ministério do Trabalho e Emprego; Departamen-
de soberania, todos os demais são dotados de autonomia. to da Polícia Federal, vinculado ao Ministério da Justiça.
Dispõe o Decreto nº 200/1967: d) Órgãos subalternos – são vinculados a todos acima
deles com plena subordinação administrativa. Ex.: órgãos
Art. 4° A Administração Federal compreende: que executam trabalho de campo, policiais federais, fiscais
I - A Administração Direta, que se constitui dos serviços do MTE.
integrados na estrutura administrativa da Presidência da Re- ATENÇÃO: O Ministério Público, os Tribunais de Contas
pública e dos Ministérios. e as Defensorias Públicas não se encaixam nesta estrutura,
sendo órgãos independentes constitucionais. Em verdade,
A administração direta é formada por um conjunto de para Canotilho e outros constitucionalistas, estes órgãos
núcleos de competências administrativas, os quais já foram não pertencem nem mesmo aos três poderes.
tidos como representantes do poder central (teoria da re- Conforme Carvalho Filho6, “a noção de Estado, como
presentação) e como mandatários do poder central (teoria visto, não pode abstrair-se da de pessoa jurídica. O Es-
do mandato). Hoje, adota-se a teoria do órgão, de Otto tado, na verdade, é considerado um ente personalizado,
Giërke, segundo a qual os órgãos são apenas núcleos ad- seja no âmbito internacional, seja internamente. Quando
ministrativos criados e extintos exclusivamente por lei, mas se trata de Federação, vigora o pluripersonalismo, porque
que podem ser organizados por decretos autônomos do além da pessoa jurídica central existem outras internas que
Executivo (art. 84, VI, CF), sendo desprovidos de personali- compõem o sistema político. Sendo uma pessoa jurídica,
dade jurídica própria. o Estado manifesta sua vontade através de seus agentes,
Assim, os órgãos da Administração direta não possuem ou seja, as pessoas físicas que pertencem a seus quadros.
patrimônio próprio; e não assumem obrigações em nome 6 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
próprio e nem direitos em nome próprio (não podem ser direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju-
autor nem réu em ações judiciais, exceto para fins de man- ris, 2010.
6
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Entre a pessoa jurídica em si e os agentes, compõe o Esta- e) Quanto à posição estatal: são os que representam
do um grande número de repartições internas, necessárias os poderes do Estado – o Executivo, o Legislativo e o Ju-
à sua organização, tão grande é a extensão que alcança e diciário.
tamanha as atividades a seu cargo. Tais repartições é que f) Quanto à estrutura: simples ou unitários e compos-
constituem os órgãos públicos”. tos. Os órgãos compostos são constituídos por vários ou-
“Várias teorias surgiram para explicar as relações do tros órgãos.
Estado, pessoa jurídica, com suas agentes: Pela teoria do
mandato, o agente público é mandatário da pessoa jurí- Administração indireta
dica; a teoria foi criticada por não explicar como o Estado, A Administração Pública indireta pode ser definida
que não tem vontade própria, pode outorgar o mandato”7. como um grupo de pessoas jurídicas de direito público ou
A origem desta teoria está no direito privado, não tendo privado, criadas ou instituídas a partir de lei específica, que
como prosperar porque o Estado não pode outorgar man- atuam paralelamente à Administração direta na prestação
dato a alguém, afinal, não tem vontade própria. de serviços públicos ou na exploração de atividades eco-
Num momento seguinte, adotou-se a teoria da repre- nômicas.
sentação: “Posteriormente houve a substituição dessa con- “Enquanto a Administração Direta é composta de ór-
cepção pela teoria da representação, pela qual a vontade gãos internos do Estado, a Administração Indireta se com-
dos agentes, em virtude de lei, exprimiria a vontade do Es- põe de pessoas jurídicas, também denominadas de entida-
tado, como ocorre na tutela ou na curatela, figuras jurídicas des”9. Em que pese haver entendimento diverso registrado
que apontam para representantes dos incapazes. Ocorre em nossa doutrina, integram a Administração indireta do
que essa teoria, além de equiparar o Estado, pessoa jurí- Estado quatro espécies de pessoa jurídica, a saber: as Au-
dica, ao incapaz (sendo que o Estado é pessoa jurídica do- tarquias, as Fundações, as Sociedades de Economia Mista e
tada de capacidade plena), não foi suficiente para alicerçar as Empresas Públicas.
um regime de responsabilização da pessoa jurídica perante Dispõe o Decreto nº 200/1967:
terceiros prejudicados nas circunstâncias em que o agente
ultrapassasse os poderes da representação”8. Criticou-se a Art. 4° A Administração Federal compreende:
teoria porque o Estado estaria sendo visto como um su- II - A Administração Indireta, que compreende as se-
jeito incapaz, ou seja, uma pessoa que não tem condições guintes categorias de entidades, dotadas de personalidade
plenas de manifestar, de falar, de resolver pendências; bem jurídica própria:
como porque se o representante estatal exorbitasse seus a) Autarquias;
poderes, o Estado não poderia ser responsabilizado. b) Empresas Públicas;
Finalmente, adota-se a teoria do órgão, de Otto Giër- c) Sociedades de Economia Mista.
ke, segundo a qual os órgãos são apenas núcleos adminis- d) fundações públicas.
trativos criados e extintos exclusivamente por lei, mas que
podem ser organizados por decretos autônomos do Exe- Ao lado destas, podemos encontrar ainda entes que
cutivo (art. 84, VI, CF), sendo desprovidos de personalidade prestam serviços públicos por delegação, embora não inte-
jurídica própria. Com efeito, o Estado brasileiro responde grem os quadros da Administração, quais sejam, os permis-
pelos atos que seus agentes praticam, mesmo se estes atos sionários, os concessionários e os autorizados.
extrapolam das atribuições estatais conferidas, sendo-lhe Essas quatro pessoas integrantes da Administração
assegurado o intocável e assustador direito de regresso. indireta serão criadas para a prestação de serviços públi-
Apresenta-se a classificação dos órgãos: cos ou, ainda, para a exploração de atividades econômicas,
a) Quanto à pessoa federativa: federais, estaduais, dis- como no caso das empresas públicas e sociedades de eco-
tritais e municipais. nomia mista, e atuam com o objetivo de aumentar o grau
b) Quanto à situação estrutural: os diretivos, que são de especialidade e eficiência da prestação do serviço públi-
aqueles que detêm condição de comando e de direção, co ou, quando exploradoras de atividades econômicas, vi-
e os subordinados, incumbidos das funções rotineiras de sando atender a relevante interesse coletivo e imperativos
execução. da segurança nacional.
c) Quanto à composição: singulares, quando integra- Com efeito, de acordo com as regras constantes do
dos em um só agente, e os coletivos, quando compostos artigo 173 da Constituição Federal, o Poder Público só po-
por vários agentes. derá explorar atividade econômica a título de exceção, em
d) Quanto à esfera de ação: centrais, que exercem atri- duas situações, conforme se colhe do caput do referido ar-
buições em todo o território nacional, estadual, distrital e tigo, a seguir reproduzido:
municipal, e os locais, que atuam em parte do território. Artigo 173. Ressalvados os casos previstos nesta Cons-
tituição, a exploração direta de atividade econômica pelo
7 DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito Admi- Estado só será permitida quando necessária aos imperativos
nistrativo. 23. ed. São Paulo: Atlas editora, 2010. de segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, con-
8 NOHARA, Irene Patrícia. Direito Administrativo forme definidos em lei.
– esquematizado, completo, atualizado, temas polêmicos, 9 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de
conteúdo dos principais concursos públicos. 3. ed. São direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju-
Paulo: Atlas editora, 2013. ris, 2010.
7
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Cumpre esclarecer que, de acordo com as regras cons- fica, cuja característica seria a de atribuir prerrogativas es-
titucionais e em razão dos fins desejados pelo Estado, ao peciais e diferenciadas a certas autarquias”. São exemplos
Poder Público não cumpre produzir lucro, tarefa esta de- de autarquias especiais aquelas criadas para serviços espe-
ferida ao setor privado. Assim, apenas explora atividades ciais, como autarquias de ensino (ex.: USP) e autarquias de
econômicas nas situações indicadas no artigo 173 do Texto fiscalização (ex.: CRM e CREA).
Constitucional. Quando atuar na economia, concorre em A título de exemplo, citamos as seguintes autarquias:
grau de igualdade com os particulares, e sob o regime do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (In-
artigo 170 da Constituição, inclusive quanto à livre concor- cra), Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Departa-
rência, submetendo-se ainda a todas as obrigações cons-
mento Nacional de Estradas de Rodagem (DNER), Conse-
tantes do regime jurídico de direito privado, inclusive no
lho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), Departa-
tocante às obrigações civis, comerciais, trabalhistas e tri-
mento nacional de Registro do Comércio (DNRC), Instituto
butárias.
Nacional da Propriedade Industrial (INPI), Instituto Brasilei-
Autarquias ro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis
Conceitua-se no artigo 5º do Decreto nº 200/1967: (Ibama), Banco Central do Brasil (Bacen).
Ainda sobra as autarquias:
I - Autarquia - o serviço autônomo, criado por lei, com Contam com patrimônio próprio, constituído a partir
personalidade jurídica, patrimônio e receita próprios, para de transferência pela entidade estatal a que se vinculam,
executar atividades típicas da Administração Pública, que portanto, capital exclusivamente público.
requeiram, para seu melhor funcionamento, gestão admi- São dotadas, ainda, de autonomia financeira, planejan-
nistrativa e financeira descentralizada. do seus gastos e compromissos a cada exercício. A propos-
ta orçamentária é encaminhada anualmente ao chefe do
As autarquias são pessoas jurídicas de direito público, Executivo, que a inclui no orçamento fiscal da lei orçamen-
de natureza administrativa, criadas para a execução de ser- tária anual. A própria autarquia presta contas diretamente
viços tipicamente públicos, antes prestados pelas entida- ao Tribunal de Contas.
des estatais que as criam. Por serviços tipicamente públicos Podem pagar aos seus credores por meio de precató-
entenda-se aqueles sem fins lucrativos criados por lei e co- rios e requisição de pequeno valor, tal como a Administra-
mum monopólio do Estado. ção direta. Podem emitir sozinhas certidão de dívida ativa
“O termo autarquia significa autogoverno ou gover-
de seus devedores.
no próprio, mas no direito positivo perdeu essa noção se-
Gozam de imunidade tributária recíproca em relação a
mântica para ter o sentido de pessoa jurídica administrativa
com relativa capacidade de gestão dos interesses a seu car- todas unidades da federação.
go, embora sob controle do Estado, de onde se originou. A elas se conferem as mesmas prerrogativas proces-
Na verdade, até mesmo em relação a esse sentido, o termo suais que à Fazenda Pública, inclusive prazo em dobro para
está ultrapassado e não mais reflete uma noção exata do contestar e recorrer, além de reexame necessário da causa
instituto. [...] Pode-se conceituar autarquia como a pessoa em situações de condenação acima de certos valores.
jurídica de direito público, integrante da Administração In- Todas autarquias devem ser criadas, organizadas e ex-
direta, criada por lei para desempenhar funções que, des- tintas por lei, que podem ser complementadas por atos do
pidas de caráter econômico, sejam próprias e típicas do Executivo, notadamente Decretos.
Estado”10. As autarquias podem ser federais, estaduais, distritais
Logo, as autarquias são regidas integralmente pelo e municipais, contudo não podem ser interestaduais ou in-
regime jurídico de direito público, podendo, tão-somente, termunicipais (não é permitida a associação de unidades
ser prestadoras de serviços públicos, contando com capital federativas para a criação de autarquias).
oriundo da Administração direta. O Código Civil, em seu Devem executar atividades típicas do direito público e,
artigo 41, IV, as coloca como pessoas jurídicas de direito notadamente, serviços públicos de natureza social e ativi-
público, embora exista controvérsia na doutrina. dades administrativas, com a exclusão dos serviços e ativi-
Carvalho Filho11 classifica quanto ao regime jurídico: “a) dades de cunho econômico e mercantil.
autarquias comuns (ou de regime comum); b) autarquias
O patrimônio da autarquia é formado por bens públi-
especiais (ou de regime especial). Segundo a própria termi-
cos, razão pela qual seu patrimônio se sujeita às mesmas
nologia, é fácil distingui-las: as primeiras estariam sujeitas
regras aplicáveis aos bens públicos em geral, inclusive no
a uma disciplina jurídica sem qualquer especificidade, ao
passo que as últimas seriam regidas por disciplina especí- que se refere à impenhorabilidade e à impossibilidade de
oneração e de usucapião.
10 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Os agentes públicos das autarquias são concursados
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju- e estatutários, logo, se sujeitam a estatuto próprio e não
ris, 2010. à CLT. Já os dirigentes não precisam ser concursados e são
11 CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de nomeados e destituídos livremente pelo chefe do Execu-
direito administrativo. 23. ed. Rio de Janeiro: Lumen ju- tivo.
ris, 2010.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Estas empresas públicas se caracterizam e se diferen- Quando está autorizado a fazê-lo, somente atua por
ciam das sociedades de economia mista por: não possuí- meio de sociedades de economia mista e empresas pú-
rem fins lucrativos (o capital excedente não se transforma blicas. Tais empresas são regidas por regime jurídico de
em lucro, é reinvestido na própria empresa), podem adotar direito privado, o que evita que o próprio Estado possa
perfis empresariais diversos (LTDA, comandita, nome cole- abusar do poder econômico. Logo, o Estado não pode dar
tivo, S/A), o capital social é formado por recursos públicos às suas próprias empresas benefícios previdenciários, tri-
e só admite sócios públicos (pode ter apenas um sócio – butários e trabalhistas. Além disso, em termos processuais,
unipessoalidade originária ou inicial). não gozam das prerrogativas que as autarquias gozam.
ATENÇÃO: o impedimento de prerrogativas somente
Sociedades de economia mista se aplica quando o Estado está explorando atividade eco-
nômica propriamente dita, não quando está ofertando ser-
Conceitua-se no artigo 5º do Decreto nº 200/1967:
viços públicos. Afinal, se o serviço é público, então o Estado
pode sobre ele exercer monopólio, o que afasta a necessi-
III - Sociedade de Economia Mista - a entidade dotada dade de regras que impeçam o abuso do poder econômi-
de personalidade jurídica de direito privado, criada por lei co. Por exemplo, os Correios são uma empresa pública e
para a exploração de atividade econômica, sob a forma de possuem isenção fiscal e impenhorabilidade de bens.
sociedade anônima, cujas ações com direito a voto perten- Tanto as empresas públicas quanto as sociedades de
çam em sua maioria à União ou a entidade da Administra- economia mista são criadas por lei e a existência delas deve
ção Indireta. ser fundada em contrato ou estatuto. Ambas se sujeitam,
ainda, ao regime jurídico de direito privado. Inclusive, seus
As sociedades de economia mista são pessoas jurídi- bens são, a princípio, penhoráveis (exceto se for prestadora
cas de Direito Privado criadas para a prestação de servi- de serviço público e não exploradora de atividade econô-
ços públicos ou para a exploração de atividade econômica, mica). No entanto, não se sujeitam à falência ou à recupe-
contando com capital misto e constituídas somente sob a ração judicial (art. 2º, Lei nº 11.101/2005).
Contudo, devem obedecer ao núcleo obrigatório mí-
forma empresarial de S/A.
nimo: licitar (exceto no que tange à prestação da ativida-
Por capital misto, entenda-se que não é apenas o Esta-
de-fim), concursar (os agentes se sujeitam ao regime da
do que participa dela, existem acionistas a ela vinculados. CLT, são celetistas e não estatutários, mas são contratados
Entretanto, o Estado deve ser o acionista controlador do mediante concurso público de provas ou provas e títulos),
direito a voto, mesmo que não seja o acionista majoritário prestar contas ao Tribunal de Contas e obedecer ao teto de
(se o Estado for sócio, mas não for controlador, trata-se de remuneração (exceto no caso de sociedade de economia
empresa comum, não sociedade de economia mista). mista que subsista sem qualquer auxílio do governo, ape-
Alguns exemplos de sociedade mista: nas com seus lucros).
- Exploradoras de atividade econômica: Banco do Brasil
e Banespa. LEI Nº 11.107, DE 6 DE ABRIL DE 2005.
- Prestadora de serviços públicos: Petrobrás, Sabesp,
Metrô e CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habita- Dispõe sobre normas gerais de contratação de consór-
cional Urbano). cios públicos e dá outras providências.
Estas sociedades de economia mista se caracterizam e O PRESIDENTE DA REPÚBLICA Faço saber que o Con-
gresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
se diferenciam das empresas públicas por: possuírem fins
lucrativos (os lucros são distribuídos entre os acionistas),
Art. 1º Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União,
adotam o perfil de sociedade anônima S/A, o capital social os Estados, o Distrito Federal e os Municípios contratarem
é formado por recursos públicos e privados, os sócios são consórcios públicos para a realização de objetivos de interes-
privados e públicos (Estado). se comum e dá outras providências.
§ 1º O consórcio público constituirá associação pública
Empresas públicas e sociedades de economia mis- ou pessoa jurídica de direito privado.
ta: semelhanças § 2º A União somente participará de consórcios pú-
Embora a Constituição Federal reserve a atividade eco- blicos em que também façam parte todos os Estados em
nômica à iniciativa privada, resguardando ao Estado os pa- cujos territórios estejam situados os Municípios consorcia-
péis de integração (integrar o Brasil na economia global), dos.
regulação (definindo regras e limites na exploração da ati- § 3º Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão
vidade econômica por particulares) e intervenção (fixação obedecer aos princípios, diretrizes e normas que regulam o
Sistema Único de Saúde – SUS.
de regras e normas para combater o abuso do poder eco-
nômico) (conforme artigos 173 e seguintes, CF), autoriza-
Art. 2º Os objetivos dos consórcios públicos serão de-
se excepcionalmente que o Estado explore diretamente terminados pelos entes da Federação que se consorciarem,
atividades econômicas se houver um relevante interesse observados os limites constitucionais.
em matérias (serviços públicos em geral) ou atividades de § 1º Para o cumprimento de seus objetivos, o consórcio
soberania. público poderá:
10
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
I – firmar convênios, contratos, acordos de qualquer na- a) as competências cujo exercício se transferiu ao con-
tureza, receber auxílios, contribuições e subvenções sociais sórcio público;
ou econômicas de outras entidades e órgãos do governo; b) os serviços públicos objeto da gestão associada e a
II – nos termos do contrato de consórcio de direito pú- área em que serão prestados;
blico, promover desapropriações e instituir servidões nos ter- c) a autorização para licitar ou outorgar concessão, per-
mos de declaração de utilidade ou necessidade pública, ou missão ou autorização da prestação dos serviços;
interesse social, realizada pelo Poder Público; e d) as condições a que deve obedecer o contrato de pro-
III – ser contratado pela administração direta ou indireta grama, no caso de a gestão associada envolver também a
dos entes da Federação consorciados, dispensada a licitação. prestação de serviços por órgão ou entidade de um dos entes
§ 2º Os consórcios públicos poderão emitir documen- da Federação consorciados;
tos de cobrança e exercer atividades de arrecadação de ta- e) os critérios técnicos para cálculo do valor das tarifas
rifas e outros preços públicos pela prestação de serviços e de outros preços públicos, bem como para seu reajuste ou
ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles revisão; e
XII – o direito de qualquer dos contratantes, quando
administrados ou, mediante autorização específica, pelo
adimplente com suas obrigações, de exigir o pleno cumpri-
ente da Federação consorciado.
mento das cláusulas do contrato de consórcio público.
§ 3º Os consórcios públicos poderão outorgar conces-
§ 1º Para os fins do inciso III do caput deste artigo,
são, permissão ou autorização de obras ou serviços públi-
considera-se como área de atuação do consórcio público,
cos mediante autorização prevista no contrato de consór- independentemente de figurar a União como consorciada,
cio público, que deverá indicar de forma específica o objeto a que corresponde à soma dos territórios:
da concessão, permissão ou autorização e as condições a I – dos Municípios, quando o consórcio público for cons-
que deverá atender, observada a legislação de normas ge- tituído somente por Municípios ou por um Estado e Municí-
rais em vigor. pios com territórios nele contidos;
II – dos Estados ou dos Estados e do Distrito Federal,
Art. 3º O consórcio público será constituído por contrato quando o consórcio público for, respectivamente, constituído
cuja celebração dependerá da prévia subscrição de protocolo por mais de 1 (um) Estado ou por 1 (um) ou mais Estados e
de intenções. o Distrito Federal;
III – (VETADO)
Art. 4º São cláusulas necessárias do protocolo de inten- IV – dos Municípios e do Distrito Federal, quando o con-
ções as que estabeleçam: sórcio for constituído pelo Distrito Federal e os Municípios; e
I – a denominação, a finalidade, o prazo de duração e a V – (VETADO)
sede do consórcio; § 2º O protocolo de intenções deve definir o número
II – a identificação dos entes da Federação consorciados; de votos que cada ente da Federação consorciado possui
III – a indicação da área de atuação do consórcio; na assembleia geral, sendo assegurado 1 (um) voto a cada
IV – a previsão de que o consórcio público é associação ente consorciado.
pública ou pessoa jurídica de direito privado sem fins eco- § 3º É nula a cláusula do contrato de consórcio que
nômicos; preveja determinadas contribuições financeiras ou econô-
V – os critérios para, em assuntos de interesse comum, micas de ente da Federação ao consórcio público, salvo a
autorizar o consórcio público a representar os entes da Fede- doação, destinação ou cessão do uso de bens móveis ou
ração consorciados perante outras esferas de governo; imóveis e as transferências ou cessões de direitos operadas
VI – as normas de convocação e funcionamento da as- por força de gestão associada de serviços públicos.
sembléia geral, inclusive para a elaboração, aprovação e § 4º Os entes da Federação consorciados, ou os com
eles conveniados, poderão ceder-lhe servidores, na forma
modificação dos estatutos do consórcio público;
e condições da legislação de cada um.
VII – a previsão de que a assembléia geral é a instância
§ 5º O protocolo de intenções deverá ser publicado na
máxima do consórcio público e o número de votos para as
imprensa oficial.
suas deliberações;
VIII – a forma de eleição e a duração do mandato do re- Art. 5º O contrato de consórcio público será celebrado
presentante legal do consórcio público que, obrigatoriamen- com a ratificação, mediante lei, do protocolo de intenções.
te, deverá ser Chefe do Poder Executivo de ente da Federação § 1º O contrato de consórcio público, caso assim preve-
consorciado; ja cláusula, pode ser celebrado por apenas 1 (uma) parcela
IX – o número, as formas de provimento e a remunera- dos entes da Federação que subscreveram o protocolo de
ção dos empregados públicos, bem como os casos de contra- intenções.
tação por tempo determinado para atender a necessidade § 2º A ratificação pode ser realizada com reserva que,
temporária de excepcional interesse público; aceita pelos demais entes subscritores, implicará consor-
X – as condições para que o consórcio público celebre ciamento parcial ou condicional.
contrato de gestão ou termo de parceria; § 3º A ratificação realizada após 2 (dois) anos da subs-
XI – a autorização para a gestão associada de serviços crição do protocolo de intenções dependerá de homologa-
públicos, explicitando: ção da assembleia geral do consórcio público.
11
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
§ 4º É dispensado da ratificação prevista no caput deste Art. 9º A execução das receitas e despesas do consór-
artigo o ente da Federação que, antes de subscrever o pro- cio público deverá obedecer às normas de direito financeiro
tocolo de intenções, disciplinar por lei a sua participação aplicáveis às entidades públicas.
no consórcio público. Parágrafo único. O consórcio público está sujeito à fis-
calização contábil, operacional e patrimonial pelo Tribunal
Art. 6º O consórcio público adquirirá personalidade ju- de Contas competente para apreciar as contas do Chefe do
rídica: Poder Executivo representante legal do consórcio, inclusive
I – de direito público, no caso de constituir associação quanto à legalidade, legitimidade e economicidade das des-
pública, mediante a vigência das leis de ratificação do pro- pesas, atos, contratos e renúncia de receitas, sem prejuízo
tocolo de intenções; do controle externo a ser exercido em razão de cada um dos
II – de direito privado, mediante o atendimento dos re- contratos de rateio.
quisitos da legislação civil.
§ 1º O consórcio público com personalidade jurídica de Art. 10. (VETADO)
direito público integra a administração indireta de todos os Parágrafo único. Os agentes públicos incumbidos da
entes da Federação consorciados. gestão de consórcio não responderão pessoalmente pelas
§ 2º No caso de se revestir de personalidade jurídica obrigações contraídas pelo consórcio público, mas responde-
de direito privado, o consórcio público observará as nor- rão pelos atos praticados em desconformidade com a lei ou
mas de direito público no que concerne à realização de com as disposições dos respectivos estatutos.
licitação, celebração de contratos, prestação de contas e
admissão de pessoal, que será regido pela Consolidação Art. 11. A retirada do ente da Federação do consórcio
das Leis do Trabalho - CLT. público dependerá de ato formal de seu representante na
assembleia geral, na forma previamente disciplinada por lei.
Art. 7º Os estatutos disporão sobre a organização e o § 1º Os bens destinados ao consórcio público pelo
funcionamento de cada um dos órgãos constitutivos do con- consorciado que se retira somente serão revertidos ou re-
sórcio público. trocedidos no caso de expressa previsão no contrato de
consórcio público ou no instrumento de transferência ou
de alienação.
Art. 8º Os entes consorciados somente entregarão recur-
§ 2º A retirada ou a extinção do consórcio público não
sos ao consórcio público mediante contrato de rateio.
prejudicará as obrigações já constituídas, inclusive os con-
§ 1º O contrato de rateio será formalizado em cada
tratos de programa, cuja extinção dependerá do prévio pa-
exercício financeiro e seu prazo de vigência não será su-
gamento das indenizações eventualmente devidas.
perior ao das dotações que o suportam, com exceção dos
contratos que tenham por objeto exclusivamente projetos
Art. 12. A alteração ou a extinção de contrato de con-
consistentes em programas e ações contemplados em pla-
sórcio público dependerá de instrumento aprovado pela as-
no plurianual ou a gestão associada de serviços públicos
sembleia geral, ratificado mediante lei por todos os entes
custeados por tarifas ou outros preços públicos. consorciados.
§ 2º É vedada a aplicação dos recursos entregues por § 1º Os bens, direitos, encargos e obrigações decorren-
meio de contrato de rateio para o atendimento de des- tes da gestão associada de serviços públicos custeados por
pesas genéricas, inclusive transferências ou operações de tarifas ou outra espécie de preço público serão atribuídos
crédito. aos titulares dos respectivos serviços.
§ 3º Os entes consorciados, isolados ou em conjunto, § 2º Até que haja decisão que indique os responsáveis
bem como o consórcio público, são partes legítimas para por cada obrigação, os entes consorciados responderão
exigir o cumprimento das obrigações previstas no contrato solidariamente pelas obrigações remanescentes, garantin-
de rateio. do o direito de regresso em face dos entes beneficiados ou
§ 4º Com o objetivo de permitir o atendimento dos dos que deram causa à obrigação.
dispositivos da Lei Complementar no 101, de 4 de maio
de 2000, o consórcio público deve fornecer as informações Art. 13. Deverão ser constituídas e reguladas por con-
necessárias para que sejam consolidadas, nas contas dos trato de programa, como condição de sua validade, as obri-
entes consorciados, todas as despesas realizadas com os gações que um ente da Federação constituir para com outro
recursos entregues em virtude de contrato de rateio, de ente da Federação ou para com consórcio público no âmbito
forma que possam ser contabilizadas nas contas de cada de gestão associada em que haja a prestação de serviços
ente da Federação na conformidade dos elementos econô- públicos ou a transferência total ou parcial de encargos,
micos e das atividades ou projetos atendidos. serviços, pessoal ou de bens necessários à continuidade dos
§ 5º Poderá ser excluído do consórcio público, após serviços transferidos.
prévia suspensão, o ente consorciado que não consignar, § 1º O contrato de programa deverá:
em sua lei orçamentária ou em créditos adicionais, as do- I – atender à legislação de concessões e permissões de
tações suficientes para suportar as despesas assumidas por serviços públicos e, especialmente no que se refere ao cálculo
meio de contrato de rateio. de tarifas e de outros preços públicos, à de regulação dos
serviços a serem prestados; e
12
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
II – prever procedimentos que garantam a transparência “Art. 41. [...] IV – as autarquias, inclusive as associações
da gestão econômica e financeira de cada serviço em rela- públicas; [...]” (NR)
ção a cada um de seus titulares.
§ 2º No caso de a gestão associada originar a transfe- Art. 17. Os arts. 23, 24, 26 e 112 da Lei nº 8.666, de 21
rência total ou parcial de encargos, serviços, pessoal e bens de junho de 1993, passam a vigorar com a seguinte redação:
essenciais à continuidade dos serviços transferidos, o con-
trato de programa, sob pena de nulidade, deverá conter “Art. 23. [...]
cláusulas que estabeleçam: § 8º No caso de consórcios públicos, aplicar-se-á o do-
I – os encargos transferidos e a responsabilidade subsi- bro dos valores mencionados no caput deste artigo quan-
diária da entidade que os transferiu; do formado por até 3 (três) entes da Federação, e o triplo,
II – as penalidades no caso de inadimplência em relação quando formado por maior número.»
aos encargos transferidos;
III – o momento de transferência dos serviços e os deve- “Art. 24. [...]
res relativos a sua continuidade;
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente
IV – a indicação de quem arcará com o ônus e os passi-
da Federação ou com entidade de sua administração indire-
vos do pessoal transferido;
ta, para a prestação de serviços públicos de forma associada
V – a identificação dos bens que terão apenas a sua ges-
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público
tão e administração transferidas e o preço dos que sejam
efetivamente alienados ao contratado; ou em convênio de cooperação.
VI – o procedimento para o levantamento, cadastro e Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I
avaliação dos bens reversíveis que vierem a ser amortizados e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por cento) para
mediante receitas de tarifas ou outras emergentes da pres- compras, obras e serviços contratados por consórcios públi-
tação dos serviços. cos, sociedade de economia mista, empresa pública e por
§ 3º É nula a cláusula de contrato de programa que autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como
atribuir ao contratado o exercício dos poderes de plane- Agências Executivas.” (NR)
jamento, regulação e fiscalização dos serviços por ele pró-
prio prestados. “Art. 26. As dispensas previstas nos §§ 2o e 4o do art. 17
§ 4º O contrato de programa continuará vigente mes- e no inciso III e seguintes do art. 24, as situações de inexi-
mo quando extinto o consórcio público ou o convênio de gibilidade referidas no art. 25, necessariamente justificadas,
cooperação que autorizou a gestão associada de serviços e o retardamento previsto no final do parágrafo único do
públicos. art. 8o desta Lei deverão ser comunicados, dentro de 3 (três)
§ 5º Mediante previsão do contrato de consórcio públi- dias, à autoridade superior, para ratificação e publicação na
co, ou de convênio de cooperação, o contrato de programa imprensa oficial, no prazo de 5 (cinco) dias, como condição
poderá ser celebrado por entidades de direito público ou para a eficácia dos atos” (NR).
privado que integrem a administração indireta de qualquer
dos entes da Federação consorciados ou conveniados. “Art. 112. [...]
§ 6º O contrato celebrado na forma prevista no § 5o § 1º Os consórcios públicos poderão realizar licitação
deste artigo será automaticamente extinto no caso de o da qual, nos termos do edital, decorram contratos adminis-
contratado não mais integrar a administração indireta do trativos celebrados por órgãos ou entidades dos entes da
ente da Federação que autorizou a gestão associada de Federação consorciados.
serviços públicos por meio de consórcio público ou de § 2º É facultado à entidade interessada o acompanha-
convênio de cooperação. mento da licitação e da execução do contrato.» (NR)
§ 7º Excluem-se do previsto no caput deste artigo as
obrigações cujo descumprimento não acarrete qualquer
Art. 18. O art. 10 da Lei nº 8.429, de 2 de junho de 1992,
ônus, inclusive financeiro, a ente da Federação ou a con-
passa a vigorar acrescido dos seguintes incisos:
sórcio público.
“Art. 10. [...]
Art. 14. A União poderá celebrar convênios com os con- XIV – celebrar contrato ou outro instrumento que tenha
sórcios públicos, com o objetivo de viabilizar a descentrali- por objeto a prestação de serviços públicos por meio da ges-
zação e a prestação de políticas públicas em escalas ade- tão associada sem observar as formalidades previstas na lei;
quadas. XV – celebrar contrato de rateio de consórcio público
sem suficiente e prévia dotação orçamentária, ou sem ob-
Art. 15. No que não contrariar esta Lei, a organização e servar as formalidades previstas na lei.” (NR)
funcionamento dos consórcios públicos serão disciplinados
pela legislação que rege as associações civis. Art. 19. O disposto nesta Lei não se aplica aos convênios
de cooperação, contratos de programa para gestão associa-
Art. 16. O inciso IV do art. 41 da Lei nº 10.406, de 10 da de serviços públicos ou instrumentos congêneres, que te-
de janeiro de 2002 - Código Civil, passa a vigorar com a nham sido celebrados anteriormente a sua vigência.
seguinte redação:
13
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Art. 20. O Poder Executivo da União regulamentará o 1 – Aumentar a produtividade. Busca pela eficiência.
disposto nesta Lei, inclusive as normas gerais de contabili- 2 – Aumentar a qualidade sem preocupação em preju-
dade pública que serão observadas pelos consórcios públicos dicar outras áreas da Organização. Busca pela eficácia.
para que sua gestão financeira e orçamentária se realize na 3 – Gerar a quantidade certa, no momento certo par
conformidade dos pressupostos da responsabilidade fiscal. atender bem o cliente, sem desperdício. Busca pela efeti-
vidade.
Art. 21. Esta Lei entra em vigor na data de sua publica-
ção. Visão Operacional e Visão Estratégica
Na visão operacional busca-se a melhoria relacionada
Brasília, 6 de abril de 2005; 184º da Independência e a atividades específicas. Melhorar algo que já existe.
117º da República. Na visão estratégica busca-se o diferencial. Fazer as
coisas de um modo novo. Aqui se preocupa em garantir a
alta performance de maneira sistêmica. Ou seja, envolven-
do toda a organização de maneira inter relacional.
GESTÃO DE MATERIAL E CONTROLE DE Com relação à Fábula de La Fontaine, a preocupação do
ESTOQUES E ALMOXARIFADO. autor era, conforme sua época, garantir a melhoria quanti-
tativa das ações dos empregados. Aqueles q mantêm uma
padronização de tarefas (em todos os outonos deve-se
dobrar o esforço para se ter comida) são recompensados
Atividade que planeja, executa e controla, nas condi- pela Organização (natureza). Na moderna interpretação da
ções mais eficientes e econômicas, o fluxo de material, par- Fábula a autora passa a ideia de que precisamos além de
tindo das especificações dos artigos e comprar até a entre- trabalhar investir no nosso talento de maneira diferencial.
ga do produto terminado para o cliente. (FRANCISCHINI & Assim, poderemos não só garantir a sustentabilidade da
Organização para os diversos invernos como, também, fa-
GURGEL, 2002).
zê-los em Paris.
É um sistema integrado com a finalidade de prover a
Historicamente, a administração de recursos materiais
administração, de forma contínua, recursos, equipamentos
e patrimoniais tem seu foco na eficiência de processos – vi-
e informações essenciais para a execução de todas as ativi-
são operacional. Hoje em dia, a administração de materiais
dades da Organização. passa a ser chamada de área de logística dentro das Or-
Evolução da Administração de Recursos Materiais e Pa- ganizações devido à ênfase na melhor maneira de facilitar
trimoniais o fluxo de produtos entre produtores e consumidores, de
Segundo Francischini & Gurgel (2002), a evolução da forma a obter o melhor nível de rentabilidade para a orga-
Administração de Materiais processou-se em várias fases: nização e maior satisfação dos clientes.
A Atividade exercida diretamente pelo proprietário da A Administração de Materiais possui hoje uma Visão
empresa, pois comprar era a essência do negócio; Estratégica. Ou seja, foco em ser a melhor por meio da INO-
Atividades de compras como apoio às atividades pro- VAÇÃO e não baseado na melhor no que já existe. A partir
dutivas se, portanto, integradas à área de produção; da visão estratégica a Administração de Recursos Materiais
Condenação dos serviços envolvendo materiais, come- e Patrimoniais passa ser conhecida por LOGISTICA.
çando com o planejamento das matérias-primas e a entre-
ga de produtos acabados, em uma organização indepen- Sendo assim:
dente da área produtiva; VISÃO OPERACIONAL VISÃO ESTRATÉGICA
Agregação à área logística das atividades de suporte à
EFICIENCIA EFETIVIDADE
área de marketing.
Com a mecanização, racionalização e automação, o ex- ESPECIFICA SISTEMICA
cedente de produção se torna cada vez menos necessário, QUANTITATIVA E
QUANTITATIVA
e nesse caso a Administração de Materiais é uma ferramen- QUALTAITIVA
MELHORAR O QUE JÁ
ta fundamental para manter o equilíbrio dos estoques, para INOVAÇÃO
EXISTE
que não falte a matéria-prima, porém não haja excedentes. QUANTO QUANDO
Essa evolução da Administração de Materiais ao lon-
go dessas fases produtivas baseou-se principalmente, pela Princípios da Administração de Recursos Materiais e
necessidade de produzir mais, com custos mais baixos. Patrimoniais
Atualmente a Administração de Materiais tem como função Qualidade do material;
principal o controle de produção e estoque, como também Quantidade necessária;
a distribuição dos mesmos. Prazo de entrega
Preço;
As Três Fases da Administração de Recursos Mate- Condições de pagamento.
riais e Patrimoniais
14
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
a. A função logística primária de transportes Quantidade a Ressuprir. Como pode-se inferir esses fatores
Para a maioria das organizações, o transporte é a ati- constituem o sistema máximo-mínimo com o enfoque da
vidade logística mais importante simplesmente porque ela dimensão do lote econômico para a manutenção de níveis
absorve, em média, de um a dois terços dos custos logís- de estoques satisfatórios.
ticos. É uma atividade essencial, pois nenhuma instituição Tempo de Aquisição (T)
pode operar sem providenciar a movimentação de seu pro- Conforme consta no item RENOVAÇÃO DE ESTOQUE,
duto (bem/serviço) de alguma forma. Implica na utilização da IN 205/88, é entendido como o período decorrido entre
dos modais de transporte para se movimentar bens. Este a emissão do pedido de compra e o recebimento do ma-
movimento é realizado pelos modais de transporte: aero- terial no Almoxarifado (relativo, sempre, à unidade mês).
viário, dutoviário, ferroviário, hidroviário; rodoviário, inter- Intervalo de Aquisição (I)
modalidade e multimodalidade. Os transportes adicionam Compreende o período entre duas aquisições normais
valor de “lugar” ao produto. e sucessivas (IN 205/88).
b. A função logística primária de manutenção de es- Ponto de Pedido (Pp)
toques É o nível de estoque que, ao ser atingido, determina
Para se atingir um grau razoável de disponibilidade imediata emissão de um pedido de compra, visando com-
de bens, é necessário manter estoques, que agem como
pletar o Estoque Máximo. Obtém-se somando ao Estoque
“amortecedores” entre a disponibilidade e a necessidade
Mínimo (Em) o produto do Consumo Médio Mensal (c)
(oferta e demanda). O estoque agrega valor de “tempo”.
pelo Tempo de Aquisição (T) (IN 205/88).
Na administração pública, a Instrução Normativa Nr.
Consumo Médio Mensal (c)
205, de 08 de Abril de 1988, da Secretaria de Administra-
ção Pública da Presidência da República (SEDAP/PR), trata É a média aritmética do consumo nos últimos 12 meses
do assunto no item DA AQUISIÇÃO: (IN 205/88).
- “As compras de material, para reposição de estoques Estoque Mínimo (Em)
e/ou para atender necessidade específica de qualquer É a menor quantidade de material a ser mantida em es-
unidade, deverão, em princípio, ser efetuadas através do toque capaz de atender a um consumo superior ao estima-
Departamento de Administração, ou de unidade com atri- do para certo período ou para atender a demanda normal
buições equivalentes ou ainda, pelas correspondentes re- em caso de entrega da nova aquisição. Obtém-se multipli-
partições que, no território nacional, sejam projeções dos cando o Consumo Médio Mensal (c) por uma fração (f) do
órgãos setoriais ou seccionais, (delegacias, distritos, etc.)”. tempo de aquisição (T) que deve, em princípio, variar de
Uma questão importante é saber qual o nível de es- 0,25 de T a 0,50 de T (IN 205/88). Essa fração (f) do Tempo
toque mais adequado para a organização. Para isso, cres- de Aquisição (T) é o chamado fator de risco que a organi-
cem em importância para a gestão de estoques as variáveis zação está disposta a assumir com relação à ocorrência de
“quantidade” e “tempo”. Essas variáveis compõem os cha- falta de estoque. É básico para o adequado estabelecimen-
mados fatores de ressuprimento. to do Ponto de Pedido (Pp).
POZO expressa que uma das técnicas utilizadas para Estoque Máximo (EM)
a avaliação dos níveis de estoques é o enfoque da dimen- É a maior quantidade de material admissível em esto-
são do “lote econômico” para a manutenção de níveis de que, suficiente para o consumo em certo período, deven-
estoques satisfatórios e que é denominado de “sistema do-se considerar a área de armazenagem, disponibilidade
máximo-mínimo”. O funcionamento do sistema consiste na financeira, imobilização de recursos, intervalo e tempo
necessidade nas seguintes informações básicas para cada de aquisição, perecimento, obsoletismo, etc. Obtém-se
material: somando ao Estoque Mínimo (Em) o produto do Consu-
- Estoque mínimo ou de segurança que se deseja man- mo Médio Mensal (c) pelo Intervalo de Aquisição (I) (IN
ter (EMin/ESeg); 205/88).
- O momento em que nova quantidade de material Quantidade a Ressuprir (Q)
deve ser adquirida, o Ponto do Pedido (PP);
É o número de unidades a adquirir para recompor o Es-
- O tempo necessário para repor o material (TR);
toque Máximo. Obtém-se multiplicando o Consumo Médio
- A quantidade de material que deve ser adquirida, ou
Mensal (c) pelo Intervalo de Aquisição (I) (IN 205/88).
seja, o Lote de Compra ou Ressuprimento (LC); e
No item SANEAMENTO DE MATERIAL, a IN 205/88 ex-
- Quando o material é recebido e aceito pela organiza-
ção, tem-se o estoque máximo (EMax). pressa que essa atividade visa a otimização física dos ma-
A IN 205/88, no item RENOVAÇÃO DE ESTOQUE, em- teriais em estoque ou em uso decorrente da simplificação
prega essas variáveis quando expressa que o acompanha- de variedades, reutilização, recuperação e movimentação
mento dos níveis de estoque e as decisões de “quando” daqueles considerados ociosos ou recuperáveis, bem como
e “quanto” comprar deverão ocorrer em função da aplica- a alienação dos antieconômicos e irrecuperáveis”; “Os esto-
ção de fatores de ressuprimento e suas respectivas fórmu- ques devem ser objeto de constantes Revisões e Análises.
las constantes no dispositivo legal e aplicáveis à gerência Essas atividades são responsáveis pela identificação dos
de estoques. Os fatores de ressuprimento são: Tempo de itens ativos e inativos”.
Aquisição, Intervalo de Aquisição, Ponto de Pedido, Con- c. A função logística primária de processamento de pe-
sumo Médio Mensal, Estoque Mínimo, Estoque Máximo e didos
17
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
É a atividade que inicializa a movimentação de bens e serviço, oferecendo níveis de serviço cada vez mais altos
a prestação de serviços. Sua importância deriva do tempo em termos de disponibilidade de estoque e tempo de aten-
necessário para levar bens e serviços aos consumidores. dimento.
Para a organização pública, o início dessa atividade A Instrução Normativa Nr. 205, de 08 de Abril de 1988,
pode ser considerado por ocasião do levantamento das ne- trata do assunto no item RECEBIMENTO E ACEITAÇÃO de
cessidades organizacionais, no ano vigente, a serem incluí- materiais para as entidades públicas. Expressa que o re-
das na previsão orçamentária para o exercício financeiro do cebimento é o ato pelo qual o material encomendado é
ano seguinte. Após a liberação orçamentária no início do entregue ao órgão público no local previamente desig-
ano em exercício é que as instituições podem começar a nado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a
realizar seus processos de licitações e contratos. responsabilidade pela guarda e conservação do material,
Essa consideração visa esclarecer uma prática bastan- do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxa-
te comum nas organizações públicas quanto à solicitação rifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali
de material feita pelas áreas demandantes. É comum o en- ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará
tendimento equivocado de que o pedido de material feito nos locais designados. Qualquer que seja o local de rece-
pela área demandante é para efetuar a compra, ou seja, bimento, o registro de entrada do material será sempre no
um “pedido de compra”. O pedido realizado é para “for- almoxarifado. O recebimento, rotineiramente, nos órgãos
necimento” através de uma requisição ou tabela de provi- sistêmicos, decorrerá de: compra, cessão, doação, permuta,
são (IN 205/88). A definição do “quanto comprar” já deve transferência, produção interna.
ter sido realizada por ocasião do processo de previsão do No item ARMAZENAGEM expressa que essa atividade
orçamento no ano anterior, e a consequente liberação or- compreende a guarda, localização, segurança e preserva-
çamentária no ano vigente para a decisão dos gestores em ção do material adquirido, a fim de suprir adequadamente
relação ao “quando comprar”, com os ajustes, se for o caso, as necessidades operacionais das unidades integrantes da
na definição do “quanto comprar”. Esse esclarecimento é estrutura do órgão ou entidade.
importante pois visa valorizar o planejamento na institui- b. A função logística de apoio de manuseio de mate-
ção. riais
É importante destacar que a descrição do material para Diz respeito à movimentação do bem no local de es-
o Pedido de Compra deverá ser elaborada através do méto- tocagem. São atividades: de seleção do equipamento de
do Descritivo, que identifica com clareza o item através da movimentação e balanceamento da carga de trabalho.
enumeração de suas características físicas, mecânicas, de No setor público, pode-se inferir que essa função logís-
acabamento e de desempenho, possibilitando sua perfeita tica está caracterizada na Instrução Normativa Nr. 205/88,
caracterização para a boa orientação do processo licitatório no item ARMAZENAGEM, onde se verifica: “os materiais
e deverá ser utilizada com absoluta prioridade, sempre que devem ser estocados de modo a possibilitar uma fácil ins-
possível. E pelo método Referencial, que identifica indireta- peção e um rápido inventário”; “os materiais que possuem
mente o item, através do nome do material, aliado ao seu grande movimentação devem ser estocados em lugar de
símbolo ou número de referência estabelecido pelo fabri- fácil acesso e próximo das áreas de expedição e o material
cante, não representando necessariamente preferência de que possui pequena movimentação deve ser estocado na
marca (IN 205/88). parte mais afastada das áreas de expedição”; “os materiais
As necessidades de uma organização pública são aten- jamais devem ser estocados em contato direto com o piso.
didas por BENS contratados por meio de atividades de É preciso utilizar corretamente os acessórios de estocagem
COMPRAS, por SERVIÇOS que são contratados para a sua para os proteger”; “a arrumação dos materiais não deve
PRESTAÇÃO, e por OBRAS que são contratadas para a sua prejudicar o acesso as partes de emergência, aos extintores
EXECUÇÃO. de incêndio ou à circulação de pessoal especializado para
Esses contratos são oriundos de um procedimento ad- combater a incêndio (Corpo de Bombeiros)”; “os materiais
ministrativo formal chamado de LICITAÇÃO, em que o ór- da mesma classe devem ser concentrados em locais adja-
gão público convoca, por meio de condições estabelecidas centes, a fim de facilitar a movimentação e inventário”; “os
em ato próprio (edital/convite) as empresas interessadas. materiais pesados e/ou volumosos devem ser estocados
Tem por objetivos a observância do princípio constitucional nas partes inferiores das estantes e porta-estrados, elimi-
da ISONOMIA e a seleção da PROPOSTA MAIS VANTAJOSA nando-se os riscos de acidentes ou avarias e facilitando a
para a administração pública. movimentação”; e “quando o material tiver que ser empi-
As funções logísticas de apoio lhado, deve-se atentar para a segurança e altura das pilhas,
Apoiam as atividades primárias: Armazenagem, Ma- de modo a não afetar sua qualidade pelo efeito da pressão
nuseio de Materiais, Embalagem de Proteção, Obtenção, decorrente, o arejamento (distância de 70 cm aproximada-
Programação de Produtos e Manutenção de Informação. mente do teto e de 50 cm aproximadamente das paredes)”.
a. A função logística de apoio de armazenagem c. A função logística de apoio de embalagem de pro-
Uma questão básica do gerenciamento logístico nas teção
organizações públicas é como estruturar sistemas de dis- Destina-se a movimentar bens sem danificá-los. No go-
tribuição/prestação capazes de atender, otimizando a verno, a IN 205/88, disponível no sítio eletrônico do “com-
aplicação de recursos, o cidadão-cliente geograficamente prasnet”, apresenta, no item ARMAZENAGEM, as atividades
disperso das fontes de distribuição/prestação de um bem/ a serem realizadas pelo gestor público nesta função logís-
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
tica: “os materiais devem ser conservados nas embalagens Ainda na IN 205/88, pode ser encontrado no item DA
originais e somente abertos quando houver necessidade REQUISIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO: “A guia de remessa de ma-
de fornecimento parcelado, ou por ocasião da utilização”; terial (ou nota de transferência), além de outros dados in-
“a arrumação dos materiais deve ser feita de modo a man- formativos julgados necessários, deverá conter: descrição
ter voltada para o lado de acesso ao local de armazenagem padronizada do material; quantidade; unidade de medida;
a face da embalagem (ou etiqueta) contendo a marcação preços (unitário e total); número de volumes; peso; acondi-
do item, permitindo a fácil e rápida leitura de identificação cionamento e embalagem; e grau de fragilidade ou pereci-
e das demais informações registradas”. bilidade do material”.
d. A função logística de apoio de obtenção No setor público, pode-se considerar a aplicação do
A função obtenção é também tratada como suprimen- conceito de AQUISIÇÃO ou OBTENÇÃO na IN 205/88 no
tos e aquisição. Independente do termo usado é basica- item DA AQUISIÇÃO onde descreve que as “compras” de
mente uma função de compras. O termo “compras”, para material, para reposição de estoques e/ou para atender
o órgão ou entidade pública, deve ser entendido como necessidade específica de qualquer unidade, deverão, em
toda aquisição remunerada de bens para o fornecimento princípio, ser efetuadas através do Departamento de Ad-
de uma só vez ou parceladamente ( Art. 6º da Lei 8.666/93). ministração, ou de unidade com atribuições equivalentes
Segundo BALLOU a “obtenção ou aquisição” refere-se ou ainda, pelas correspondentes repartições que, no ter-
àquelas atividades que ocorrem entre a organização e os ritório nacional, sejam projeções dos órgãos setoriais ou
seus fornecedores e, geralmente, dá a impressão de tratar- seccionais.
se de “compras”. Para o autor existem três variáveis-chave e. A função logística de apoio de programação do pro-
no processo de fornecimento para a organização: o preço, duto
a qualidade e a disponibilidade ou entrega do produto. É a Não diz respeito à programação detalhada da produ-
atividade que deixa o BEM disponível para o sistema pro- ção, executada diariamente pelos programadores de pro-
dutivo organizacional. Devem-se considerar as seguintes dução. Lida com a distribuição de bens e/ ou prestação de
decisões: quantidades a serem obtidas; programação de serviço. Trata do fluxo de saída.
compras; localização de fornecedores e a forma física das Nas organizações públicas, a missão institucional esta-
mercadorias: belece o produto organizacional e o seu regimento interno
As quantidades a serem obtidas envolvem decisões regula as atividades administrativas a serem desenvolvidas
para a consecução de metas e objetivos estabelecidos para
sobre “o que deve ser comprado” de fontes externas e so-
atender as necessidades do público-alvo organizacional,
bre “o que pode ser produzido” pela empresa. Por sua vez,
caracterizando essa função logística.
as quantidades a serem compradas devem ser abordadas
f. A função logística de apoio de manutenção de infor-
pelo total a ser comprado e pelo tamanho do lote indivi-
mação
dual de entrega e/ou de compra.
Segundo, CHOPRA e MEINDL, a informação é crucial
A programação de compras envolve os aspectos de
para o desempenho das funções logísticas em qualquer or-
volume e da frequência das compras. A determinação do
ganização porque disponibiliza fatos e dados para o gestor
“tempo certo” é uma questão-chave.
agrupá-los e analisá-los a fim de tomar decisões adminis-
A localização de fornecedores envolve a “variável dis- trativas organizacionais.
tância” que implica no tempo para a entrega do suprimen- Como toda organização integra uma ou várias cadeias
to. Fontes próximas têm vantagens, pois a entrega pode de suprimentos a informação se torna ainda mais impor-
ser mais rápida e há menor risco de interrupções no trans- tante porque permite que a gerência tome decisões sobre
porte. um amplo escopo que abrange interação de funções e
A forma física das mercadorias influencia o fluxo de interação com outras instituições, sendo influenciada por
materiais entre o fornecedor e o comprador, sendo essen- fatores do ambiente externo à organização, tais como: eco-
cial para a eficiência da movimentação no que se refere ao nômico, político-legal, sociocultural, tecnológico, fisiográ-
uso de equipamentos adequados para a movimentação, à fico e ecológico.
conversão de um para outro tipo de acondicionamento da Para realizar a integração das funções logísticas, o
mercadoria, ao volume e/ou peso do material e no modal gestor público deve se valer de informações, além daque-
de transporte mais apropriado. las sobre os objetivos da análise dos fatores ambientais,
Ainda segundo BALLOU, a “aquisição ou obtenção” é as relativas ao fornecedor, às funções logísticas críticas
vista como uma extensão da programação do processo (transporte, manutenção de estoque e processamento de
produtivo organizacional, pois é onde são geradas as in- pedidos) e as funções logísticas de apoio (armazenagem,
formações de QUANDO e QUANTO “comprar” (grifo meu). manuseio de materiais, embalagem de proteção, obtenção,
Para a organização pública, podemos observar a ne- programação de produto) cujo resultado será o estabele-
cessidade dessas informações na IN 205/88 em seu item cimento do nível de serviço desejado, possível e adequado
RENOVAÇÃO DE ESTOQUE onde expressa que o acompa- às características do público-alvo organizacional. A neces-
nhamento dos níveis de estoque e as decisões de QUAN- sidade de informação sobre essas áreas agrega valor às
DO e QUANTO “comprar” (grifo meu) deverá ocorrer em atividades administrativas organizacionais, permitindo me-
função da aplicação de fórmulas constantes na referida lhor coordenação entre os envolvidos no negócio público,
Instrução Normativa. configurando uma engrenagem logística.
19
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Enfim, para a organização pública, a importância da Lo- solescência, perdas e outros riscos associados; (3) durante
gística está no fato de que ela permite administrar o fluxo a operação de transportes, um pouco do estoque fica in-
dos bens/serviços de onde eles são transformados para o disponível dentro dos caminhões – assim, o estoque em
local certo de consumo, na forma desejada, no tempo certo trânsito também compõe este custo; (4) finalmente, caso os
e com o emprego adequado dos recursos públicos dispo- estoques não sejam bem gerenciados, a empresa terá uma
níveis, proporcionando o nível de serviço desejado pela so- falta de produtos, e este custo é difícil de ser mensurado.
ciedade. Um sistema logístico eficiente permite uma região O local onde é feita a armazenagem também compõe
geográfica explorar suas vantagens inerentes pela especia- o custo logístico. Assim, o custo com armazenagem envol-
lização de seus esforços produtivos naqueles produtos que ve impostos, luz, conservação (ou aluguel caso o armazém
ela tem vantagens e pela exportação desses produtos às seja alugado); para manusear os produtos são necessários
outras regiões. equipamentos de movimentação e armazenagem, além de
Pelo exposto, pode-se verificar que aplicar a técnica salários (e encargos) dos funcionários.
logística nas atividades administrativas de uma organiza- Um pouco menores, mas também importantes de se-
ção pública é estabelecer uma relação entre os dispositivos rem considerados, estão os custos do pedido: custos rela-
legais e normativos vigentes para o setor público com os cionados ao material utilizado (papel, materiais de escritó-
conceitos e procedimentos logísticos aplicáveis às ativida- rio, computadores), custos de pessoal (salários e encargos)
des funcionais do gestor público e aos processos adminis- e os custos indiretos (luz, telefone, dentre outros).
trativos de sua instituição com vistas: a uma convergência GESTÃO DE ESTOQUE
aos padrões internacionais de logística aplicados a uma or-
ganização (pública ou privada); a adoção de procedimen- Um dos itens mais importantes do Ativo de uma em-
tos e práticas que permitam o reconhecimento, a mensu- presa comercial é o estoque. Essa importância advém não
ração, a avaliação e a evidenciação das funções logísticas só de sua alta participação percentual no total do Ativo,
nas atividades administrativas públicas; a configuração de mas também do fato de ser a partir dele que se determi-
um sistema logístico no âmbito da organização, valendo-se na o custo das mercadorias ou produtos vendidos. O es-
dos instrumentos administrativos existentes; e a caracteri- toque representa o custo das mercadorias possuídas por
zação e a consolidação das informações de natureza logís- uma empresa numa data especifica. Ou seja, é uma conta
tica constantes nos sistemas estruturadores do governo e que registra os bens adquiridos para serem revendidos ou
nos dispositivos legais e normativos para a administração transformados.
pública. O tipo de estoque que uma empresa possui, depende
Custos Logísticos do seu objetivo social: se for uma empresa que comercia-
Muitas pessoas que estudam e trabalham com logística liza produtos, ela compra e vende os mesmos produtos e
às vezes tem dificuldade em definir o que é a logística, e o seu estoque é constituído de mercadorias. Assim sendo, a
que compõe o processo logístico. Quando se está em uma venda de estoques gera receita de vendas, custo de mer-
empresa, é essencial saber para onde o dinheiro está indo cadorias ou produtos vendidos e estoque final. O termo
(ou por onde está saindo!), e compreender quais são os Custo de Mercadorias entende-se que é o preço pago pela
componentes dos custos logísticos é essencial nessa área. mercadoria, acrescido de outras despesas para movimen-
A função mais conhecida da logística são os transpor- tação do estoque, deduzido os impostos recuperáveis e o
tes, e eles representam o maior percentual dos custos lo- valor de mercado.
gísticos para a maioria das empresas. Considerando que O princípio básico é que o custo das mercadorias ad-
a matriz de transporte brasileira, que utiliza fundamental- quiridas deve compreender todos os gastos que a empre-
mente o transporte rodoviário mesmo para longas distân- sa realiza para adquiri-las e colocá-las em condições de
cias, faz com que os custos de transportes sejam muito serem vendidas. Para uma empresa que compra e vende
elevados, o que influencia o custo final dos produtos e a mercadorias, tais custos incluem o preço de compra e os
competitividade de nossas empresas. Assim, o custo de gastos com transporte, recepção, inspeção e colocação nas
transporte é composto por custos fixos e variáveis. Os fixos prateleiras, além de custos administrativos associados ao
incluem depreciação da frota, salários, manutenção. Os va- controle dos estoques. (STICKNEY, 2001, P.340). Diante da
riáveis incluem: combustíveis, pneus, lubrificantes, dentre existência do custo das mercadorias e do valor de mercado,
outros. Caso o transporte seja terceirizado, então todo o surge a necessidade de escolher o menor valor para avaliar
custo é pago na forma de frete. o estoque. O problema para se chegar a essa conclusão,
Outro fator importante na composição dos custos lo- prende-se ao fato da empresa ter em estoque o mesmo
gísticos são os estoques. Se o transporte é rápido e fre- produto adquirido em datas distintas, com custos unitários
quente, então podemos manter níveis de estoques baixos, diferentes.
mas pagaremos caro pelo transporte. Por outro lado, se os Se a empresa conseguir identificar qual unidade foi
lotes são grandes (grandes volumes, pouca frequência), en- vendida e quais unidades ficaram em estoque no final do
tão o estoque médio será alto e custo de estocagem será período, a mensuração do custo das mercadorias vendidas
elevado. O custo do estoque é composto por diversos ele- e do estoque final não apresenta problemas. A semelhança
mentos: (1) o próprio valor do estoque que poderia estar física entre unidades de alguns produtos, entretanto, cria
investido rendendo juros e pela oportunidade do capital; dificuldades para a identificação de quais unidades foram
(2) manter o estoque também custa dinheiro: seguros, ob- vendidas e quais ficaram em estoque. Mesmo quando
20
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
avanços na tecnologia permitem que a empresa acompa- avaliado em termos do nível de preço da época em que o
nhe cada item de seu estoque, ela pode preferir não fazê-lo, UEPS foi introduzido; é uma forma de se custear os artigos
dados os custos envolvidos. (STICKNEY, 2001, p.339). Desta consumidos de uma maneira realista e sistemática; em pe-
forma, surge a dúvida sobre qual preço unitário deve ser ríodos de alta de preços, os preços maiores das compras
atribuído a tais estoques na data do balanço. Favaro et al. mais recentes, são ajustados mais rapidamente às produ-
(1997, p.219), destaca que: “o importante é que de acordo ções, reduzindo o lucro. No entanto, não é aceito pela le-
com os princípios contábeis (do custo original como base gislação brasileira.
de valor), deve se trabalhar com os valores de aquisição - Custo Médio é o método utilizado nas empresas bra-
(entradas) das mercadorias, o que pode variar é o critério sileiras para atendimento à legislação fiscal. Empresas mul-
adotado para sua valoração”. Considerando esse ponto de tinacionais com operações no Brasil frequentemente têm
vista são varias as possibilidades de atribuição desse va- de avaliar o estoque segundo o método da matriz, e tam-
lor. Qualquer um dos métodos de valoração dos estoques, bém segundo o custo médio para atendimento à legislação
quando utilizados nas mesmas condições de quantidades e brasileira. Esse método permite que as empresas realizem
preços, manterá a situação real das empresas nas mesmas um controle permanente de seus estoques, e que a cada
igualdades, com a mesma quantidade de estoque, porém aquisição, o seu preço médio dos produtos seja atualizado,
segundo Favaro et al. (1997, p.253), os resultados são in- pelo método do custo médio ponderado.
fluenciados pelos diferentes critérios de valoração de seus Geralmente as empresas que não possuem uma boa
estoques, que provocam diferença no custo das mercado- política de estocagem e vivem um dilema: quanto a em-
rias vendidas interferindo assim na obtenção do lucro bruto presa deve estocar para que seus interesses e os dos seus
na Demonstração de Resultado do Exercício. Isso quer dizer clientes sejam atendidos de forma satisfatória? A esse res-
que os resultados obtidos são diferentes, em consequência peito, o Planejamento é um dos principais instrumentos
dos critérios de atribuição de custos utilizados, embora to- para o estabelecimento de uma política de estocagem efi-
dos tenham como base o mesmo custo de aquisição. ciente. Pois, o departamento de vendas deseja um estoque
elevado para atender melhor o cliente e a área de produção
prefere também trabalhar com uma maior margem de se-
Alguns critérios de avaliação de estoques: gurança de estoque.
- Método PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), Em contrapartida, o departamento financeiro quer es-
do inglês, FIFO (first-in, first-out), ou seja, os primeiros ar- toques reduzidos para diminuir o capital investido e me-
tigos a entrarem no estoque, serão aqueles que sairão em lhorar seu fluxo de caixa. Segundo Erasmo (2006), planejar
primeiro lugar, deste modo o custo da matéria-prima deve esta atividade é fundamental, porque de um bom plane-
ser considerado pelo valor de compra desses primeiros ar- jamento virão, por exemplo, uma menor necessidade de
tigos. O estoque apresenta uma relação forte com o custo capital de giro e uma margem de lucro maior”. Por esse
de reposição, pois esse estoque representa os preços pa- motivo, os empresários devem estar atentos aos objetivos
gos recentemente, adotar este método, faz com que haja da empresa para definir as quantidades corretas de cada
oscilação dos preços sobre os resultados, pois as saídas mercadoria que deve estar no estoque em um determina-
são confrontadas com os custos mais antigos, sendo esta do período de tempo, para que a empresa não sofra ne-
uma das principais razões pelas quais alguns se mostram nhum prejuízo.
contrários a este método. As vantagens o desse método E, já que o alto custo do dinheiro não permite imobilizar
consistem no controle preciso dos materiais, pois são orde- grandes quantias em estoque e que manter uma empresa
nados em uma base contínua de acordo com sua entrada, com uma boa variedade de produtos exige uma imobiliza-
o que é importante, quando se trata de produtos sujeitos a ção elevada de capital de giro, ele deve saber exatamente
mudança de qualidade, decomposição, deterioração etc.; o o equilíbrio entre a quantidade de compras suficiente para
resultado obtido revela o custo real dos artigos específicos um determinado período de vendas e a variedade de ar-
utilizados nas saídas; os artigos utilizados são retirados do tigos para que os clientes tenham opção de escolha. Para
estoque e a baixa dos mesmos é dada de uma maneira que isso aconteça, é importante que o empresário levante
sistemática e lógica. periodicamente a média mensal de compras para compará
- Método UEPS (último a entrar, primeiro a sair), do in- -las com as vendas e, com isso, saber se o investimento em
glês LIFO (last-in first-out) é um método de avaliar estoque mercadorias está tendo o retorno desejado.
bastante discutido. O custo do estoque é obtido como se O ato de comprar deve ser sempre precedido de um
as unidades mais recentes adicionadas ao estoque (últimas bom planejamento. A compra de mercadorias envolve a
a entrar) fossem as primeiras unidades vendidas (saídas). colocação do pedido, o recebimento e a inspeção das mer-
Pressupõe-se, deste modo, que o estoque final consiste cadorias encomendadas e o registro da compra. Rigorosa-
nas unidades mais antigas e é avaliado ao custo das mes- mente, o comprador de uma mercadoria somente deveria
mas. Segue-se que, de acordo com o método UEPS, o cus- registrar a compra quando a propriedade legal da merca-
to dos artigos vendidos (saídas) tende a refletir no custo doria adquirida passasse do vendedor para o comprador.
dos artigos comprados mais recentemente (comprados ou Caracterizar quando isso acontece envolve tecnicalidades
produzidos). Também permite reduzir os lucros líquidos ex- legais associadas ao contrato entre as duas partes. E para
postos. As vantagens de utilização deste método consistem que isso aconteça, é de grande importância a elaboração
na apuração correta de seus custos correntes; o estoque é de uma previsão de compras. Nas empresas comerciais,
21
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
essa previsão é complicada, pois o numero de mercado- A reestruturação das organizações gerou um público
rias comercializadas é muito grande. As empresas preferem interno de novo perfil. Hoje, os empregados são muito
vender tanto quanto possível, com um numero mínimo de mais conscientes, responsáveis, inseridos e atentos às co-
capital empatado em estoque. Por isso, a previsão deve ser branças das empresas em todos os setores. Diante desse
elaborada pelos diversos setores funcionais da empresa, novo modelo organizacional, é que se propõe como atri-
observando-se as características e peculiaridades do mer- buição do profissional de Relações Públicas ser o interme-
cado fornecedor e do comportamento das vendas (STICK- diador, o administrador dos relacionamentos institucionais
NEY, 2001). e de negócios da empresa com os seus públicos. Sendo
É aconselhável que sejam feitas previsões individuais assim, fica claro que esse profissional tem seu campo de
para cada setor ou departamento e reuni-las posterior- ação na política de relacionamento da organização.
mente em uma só, facilitando o planejamento das com- A comunicação interna, portanto, deve ser entendida
pras. Depois de preparada a previsão de compras, esta como um feixe de propostas bem encadeadas, abrangen-
deve ser ajustada ás condições financeiras da empresa. Isso tes, coisa significativamente maior que um simples progra-
deve ser feito em reunião com os encarregados de com- ma de comunicação impressa. Para que se desenvolva em
pras, os encarregados de vendas e os encarregados pelo toda sua plenitude, as empresas estão a exigir profissio-
controle financeiro para que se encontre um equilíbrio en- nais de comunicação sistêmicos, abertos, treinados, com
tre os setores. visões integradas e em permanente estado de alerta para
A empresa que não faz a previsão de compras encontra as ameaças e oportunidades ditadas pelo meio ambiente.
dificuldades para manter seus estoques de forma equilibra- Percebe-se com isso, a multivariedade das funções dos
da. Acabam comprando mercadorias de acordo com as ne- Relações Públicas: estratégica, política, institucional, mer-
cessidades surgidas correndo o risco de não ter produtos cadológica, social, comunitária, cultural, etc.; atuando sem-
em épocas que o volume de vendas cresce. Perdendo dessa pre para cumprir os objetivos da organização e definir suas
forma, oportunidade de aumentar suas vendas, perdendo políticas gerais de relacionamento.
clientes e, consequentemente, diminuído o lucro da em- Em vista do que foi dito sobre o profissional de Rela-
presa. E não tendo a previsão correta de compras, ele pode ções Públicas, destaca-se como principal objetivo liderar o
comprar um volume inadequado de mercadorias aumen- processo de comunicação total da empresa, tanto no nível
tando o custo de manutenção dos estoques. Para Stickney do entendimento, como no nível de persuasão nos negó-
(2001, p.362): “Manter estoques – ou como também se diz, cios.
carregar estoques - gera custos”. Isso ocorre, porque quan-
Pronúncia correta das palavras
to maior a quantidade de mercadorias estocadas, maior
Proferir as palavras corretamente. Isso envolve:
será o espaço físico necessário para guardá-las, maior o nú-
Usar os sons corretos para vocalizar as palavras;
mero de funcionários necessários e maiores os gastos para
Enfatizar a sílaba certa;
controle do estoque. Além disso, o mesmo autor destaca
Dar a devida atenção aos sinais diacríticos
que pelo menos uma pequena quantidade de mercadorias
precisa ser mantida em estoque para satisfazer às necessi-
Por que é importante?
dades dos clientes à medida que elas apareçam.
A pronúncia correta confere dignidade à mensagem
que pregamos. Permite que os ouvintes se concentrem no
teor da mensagem sem ser distraídos por erros de pro-
núncia.
Fatores a considerar. Não há um conjunto de regras
NOÇÕES BÁSICAS DE ATENDIMENTO AO de pronúncia que se aplique a todos os idiomas. Muitos
PÚBLICO – POSTURA E ATENDIMENTO AO idiomas utilizam um alfabeto. Além do alfabeto latino, há
PÚBLICO. QUALIDADE NO ATENDIMENTO AO também os alfabetos árabe, cirílico, grego e hebraico. No
PÚBLICO. idioma chinês, a escrita não é feita por meio de um alfabe-
to, mas por meio de caracteres que podem ser compostos
de vários elementos. Esses caracteres geralmente repre-
sentam uma palavra ou parte de uma palavra. Embora os
Quando se fala em comunicação interna organizacio- idiomas japonês e coreano usem caracteres chineses, es-
nal, automaticamente relaciona ao profissional de Relações tes podem ser pronunciados de maneiras bem diferentes e
Públicas, pois ele é o responsável pelo relacionamento da nem sempre ter o mesmo significado.
empresa com os seus diversos públicos (internos, externos Nos idiomas alfabéticos, a pronúncia adequada exige
e misto). que se use o som correto para cada letra ou combinação
As organizações têm passado por diversas mudanças de letras. Quando o idioma segue regras coerentes, como é
buscando a modernização e a sobrevivência no mundo dos o caso do espanhol, do grego e do zulu, a tarefa não é tão
negócios. Os maiores objetivos dessas transformações são: difícil. Contudo, as palavras estrangeiras incorporadas ao
tornar a empresa competitiva, flexível, capaz de responder idioma às vezes mantêm uma pronúncia parecida à origi-
as exigências do mercado, reduzindo custos operacionais e nal. Assim, determinadas letras, ou combinações de letras,
apresentando produtos competitivos e de qualidade. podem ser pronunciadas de diversas maneiras ou, às vezes,
22
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
simplesmente não ser pronunciadas. Você talvez precise Um terceiro modo de aprimorar a pronúncia é prestar
memorizar as exceções e então usá-las regularmente ao atenção aos bons oradores.
conversar. Em chinês, a pronúncia correta exige a memori-
zação de milhares de caracteres. Em alguns idiomas, o sig- Pronúncia de números telefonicos
nificado de uma palavra muda de acordo com a entonação. O número de telefone deve ser pronunciado algarismo
Se a pessoa não der a devida atenção a esse aspecto do por algarismo.
idioma, poderá transmitir ideias erradas. Deve-se dar uma pausa maior após o prefixo.
Se as palavras de um idioma forem compostas de síla- Lê-se em caso de uma sequencia de números de tres
bas, é importante enfatizar a sílaba correta. Muitos idiomas em tres algarismos, com exceção de uma sequencia de
que usam esse tipo de estrutura têm regras bem defini- quatro numeros juntos, onde damos uma pausa a cada
das sobre a posição da sílaba tônica (aquela que soa mais dois algarismos.
forte). As palavras que fogem a essas regras geralmente O número “6” deve ser pronunciado como “meia” e o
recebem um acento gráfico, o que torna relativamente fácil número “11”, que é outra exceção, deve ser pronunciado
pronunciá-las de maneira correta. Contudo, se houver mui- como “onze”.
tas exceções às regras, o problema fica mais complicado. Veja abaixo os exemplos
Nesse caso, exige bastante memorização para se pronun- 011.264.1003 – zero, onze – dois, meia, quatro – um,
ciar corretamente as palavras. zero – zero, tres
Em alguns idiomas, é fundamental prestar bastante 021.271.3343 – zero, dois, um – dois, sete, um – tres,
atenção aos sinais diacríticos que aparecem acima e abaixo tres – quatro, tres
de determinadas letras, como: è, é, ô, ñ, ō, ŭ, u, č, ç. 031.386.1198 – zero, tres, um – tres, oito, meia – onze
Na questão da pronúncia, é preciso evitar algumas ar- – nove, oito
madilhas. A precisão exagerada pode dar a impressão de
afetação e até de esnobismo. O mesmo acontece com as Exceções
pronúncias em desuso. Tais coisas apenas chamam atenção 110 - cento e dez
para o orador. Por outro lado, é bom evitar o outro extremo 111 – cento e onze
e relaxar tanto no uso da linguagem quanto na pronúncia 211 – duzentos e onze
das palavras. Algumas dessas questões já foram discutidas 118 – cento e dezoito
no estudo “Articulação clara”. 511 – quinhentos e onze
Em alguns idiomas, a pronúncia aceitável pode diferir 0001 – mil ao contrario
de um país para outro — até mesmo de uma região para
outra no mesmo país. Um estrangeiro talvez fale o idioma Atendimento telefonico
local com sotaque. Os dicionários às vezes admitem mais Na comunicação telefônica, é fundamental que o inter-
de uma pronúncia para determinada palavra. Especialmen- locutor se sinta acolhido e respeitado, sobretudo porque se
te se a pessoa não teve muito acesso à instrução escolar ou trata da utilização de um canal de comunicação a distância.
se a sua língua materna for outra, ela se beneficiará muito É preciso, portanto, que o processo de comunicação ocorra
por ouvir com atenção os que falam bem o idioma local e da melhor maneira possível para ambas as partes (emissor
imitar sua pronúncia. e receptor) e que as mensagens sejam sempre acolhidas e
No dia-a-dia, é melhor usar palavras com as quais se contextualizadas, de modo que todos possam receber bom
está bem familiarizado. Normalmente, a pronúncia não atendimento ao telefone.
constitui problema numa conversa, mas ao ler em voz alta Alguns autores estabelecem as seguintes recomenda-
você poderá se deparar com palavras que não usa no co- ções para o atendimento telefônico:
tidiano. • não deixar o cliente esperando por um tempo muito
longo. É melhor explicar o motivo de não poder atendê-lo
Maneiras de aprimorar. Muitas pessoas que têm pro- e retornar a ligação em seguida;
blemas de pronúncia não se dão conta disso. • o cliente não deve ser interrompido, e o funcionário
Em primeiro lugar, quando for designado a ler em tem de se empenhar em explicar corretamente produtos e
público, consulte num dicionário as palavras que não co- serviços;
nhece. Se não tiver prática em usar o dicionário, procure • atender às necessidades do cliente; se ele desejar
em suas páginas iniciais, ou finais, a explicação sobre as algo que o atendente não possa fornecer, é importante
abreviaturas, as siglas e os símbolos fonéticos usados ou, oferecer alternativas;
se necessário, peça que alguém o ajude a entendê-los. Em • agir com cortesia. Cumprimentar com um “bom-dia”
alguns casos, uma palavra pode ter pronúncias diferentes, ou “boa-tarde”, dizer o nome e o nome da empresa ou ins-
dependendo do contexto. Alguns dicionários indicam a tituição são atitudes que tornam a conversa mais pessoal.
pronúncia de letras que têm sons variáveis bem como a Perguntar o nome do cliente e tratá-lo pelo nome trans-
sílaba tônica. Antes de fechar o dicionário, repita a palavra mitem a ideia de que ele é importante para a empresa ou
várias vezes em voz alta. instituição. O atendente deve também esperar que o seu
Uma segunda maneira de melhorar a pronúncia é ler interlocutor desligue o telefone. Isso garante que ele não
para alguém que pronuncia bem as palavras e pedir-lhe interrompa o usuário ou o cliente. Se ele quiser comple-
que corrija seus erros. mentar alguma questão, terá tempo de retomar a conversa.
23
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
No atendimento telefônico, a linguagem é o fator prin- • Ter as informações à mão: um atendente deve
cipal para garantir a qualidade da comunicação. Portanto, conservar a informação importante perto de si e ter sem-
é preciso que o atendente saiba ouvir o interlocutor e res- pre à mão as informações mais significativas de seu setor.
ponda a suas demandas de maneira cordial, simples, clara e Isso permite aumentar a rapidez de resposta e demonstra
objetiva. O uso correto da língua portuguesa e a qualidade o profissionalismo do atendente;
da dicção também são fatores importantes para assegu- • Estabelecer os encaminhamentos para a pessoa
rar uma boa comunicação telefônica. É fundamental que o que liga: quem atende a chamada deve definir quando é
atendente transmita a seu interlocutor segurança, compro- que a pessoa deve voltar a ligar (dia e hora) ou quando é
misso e credibilidade. que a empresa ou instituição vai retornar a chamada.
Além das recomendações anteriores, são citados, a •
seguir, procedimentos para a excelência no atendimento Todas estas recomendações envolvem as seguintes ati-
telefônico: tudes no atendimento telefônico:
• Receptividade - demonstrar paciência e disposição
• Identificar e utilizar o nome do interlocutor: nin- para servir, como, por exemplo, responder às dúvidas mais
guém gosta de falar com um interlocutor desconhecido,
comuns dos usuários como se as estivesse respondendo
por isso, o atendente da chamada deve identificar-se assim
pela primeira vez. Da mesma forma é necessário evitar que
que atender ao telefone. Por outro lado, deve perguntar
interlocutor espere por respostas;
com quem está falando e passar a tratar o interlocutor pelo
• Atenção – ouvir o interlocutor, evitando interrup-
nome. Esse toque pessoal faz com que o interlocutor se
sinta importante; ções, dizer palavras como “compreendo”, “entendo” e, se
• assumir a responsabilidade pela resposta: a pessoa necessário, anotar a mensagem do interlocutor);
que atende ao telefone deve considerar o assunto como • Empatia - para personalizar o atendimento, po-
seu, ou seja, comprometer-se e, assim, garantir ao inter- de-se pronunciar o nome do usuário algumas vezes, mas,
locutor uma resposta rápida. Por exemplo: não deve dizer nunca, expressões como “meu bem”, “meu querido, entre
“não sei”, mas “vou imediatamente saber” ou “daremos outras);
uma resposta logo que seja possível”. Se não for mesmo • Concentração – sobretudo no que diz o interlocu-
possível dar uma resposta ao assunto, o atendente deverá tor (evitar distrair-se com outras pessoas, colegas ou situa-
apresentar formas alternativas para o fazer, como: fornecer ções, desviando-se do tema da conversa, bem como evitar
o número do telefone direto de alguém capaz de resolver comer ou beber enquanto se fala);
o problema rapidamente, indicar o e-mail ou numero da • Comportamento ético na conversação – o que en-
pessoa responsável procurado. A pessoa que ligou deve ter volve também evitar promessas que não poderão ser cum-
a garantia de que alguém confirmará a recepção do pedido pridas.
ou chamada; •
• Não negar informações: nenhuma informação Atendimento e tratamento
deve ser negada, mas há que se identificar o interlocutor O atendimento está diretamente relacionado aos ne-
antes de a fornecer, para confirmar a seriedade da chama- gócios de uma organização, suas finalidades, produtos e
da. Nessa situação, é adequada a seguinte frase: vamos serviços, de acordo com suas normas e regras. O atendi-
anotar esses dados e depois entraremos em contato com mento estabelece, dessa forma, uma relação entre o aten-
o senhor dente, a organização e o cliente.
• Não apressar a chamada: é importante dar tempo
ao tempo, ouvir calmamente o que o cliente/usuário tem A qualidade do atendimento, de modo geral, é deter-
a dizer e mostrar que o diálogo está sendo acompanhado minada por indicadores percebidos pelo próprio usuário
com atenção, dando feedback, mas não interrompendo o relativamente a:
raciocínio do interlocutor;
• competência – recursos humanos capacitados e re-
• Sorrir: um simples sorriso reflete-se na voz e de-
cursos tecnológicos adequados;
monstra que o atendente é uma pessoa amável, solícita e
• confiabilidade – cumprimento de prazos e horários
interessada;
estabelecidos previamente;
• Ser sincero: qualquer falta de sinceridade pode ser
catastrófica: as más palavras difundem-se mais rapidamen- • credibilidade – honestidade no serviço proposto;
te do que as boas; • segurança – sigilo das informações pessoais;
• Manter o cliente informado: como, nessa forma • facilidade de acesso – tanto aos serviços como ao
de comunicação, não se estabelece o contato visual, é ne- pessoal de contato;
cessário que o atendente, se tiver mesmo que desviar a • comunicação – clareza nas instruções de utilização
atenção do telefone durante alguns segundos, peça licença dos serviços.
para interromper o diálogo e, depois, peça desculpa pela
demora. Essa atitude é importante porque poucos segun- Fatores críticos de sucesso ao telefone:
dos podem parecer uma eternidade para quem está do ou- A voz / respiração / ritmo do discurso
tro lado da linha; A escolha das palavras
A educação
24
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Ao telefone, a sua voz é você. A pessoa que está do 3 - Fale no tom certo: deve-se usar um tom de voz
outro lado da linha não pode ver as suas expressões faciais que seja minimamente compreensível, evitando desconfor-
e gestos, mas você transmite através da voz o sentimento to para o cliente que por várias vezes é obrigado a “implo-
que está alimentando ao conversar com ela. As emoções rar” para que o atendente fale mais alto.
positivas ou negativas, podem ser reveladas, tais como: 4 - Fale no ritmo certo: não seja ansioso para que
• Interesse ou desinteresse, você não cometa o erro de falar muito rapidamente, ou
• Confiança ou desconfiança, seja, procure encontrar o meio termo (nem lento e nem
• Alerta ou cansaço, rápido), de forma que o cliente entenda perfeitamente a
mensagem, que deve ser transmitida com clareza e obje-
• Calma ou agressividade,
tividade.
• Alegria ou tristeza, 5 - Tenha boa dicção: use as palavras com coerência e
• Descontração ou embaraço, coesão para que a mensagem tenha organização, evitando
• Entusiasmo ou desânimo. possíveis erros de interpretação por parte do cliente.
O ritmo habitual da comunicação oral é de 180 pala- 6 - Tenha equilíbrio: se você estiver atendendo um
vras por minuto; ao telefone deve-se reduzir para 120 pa- cliente sem educação, use a inteligência, ou seja, seja pa-
lavras por minuto aproximadamente, tornando o discurso ciente, ouça-o atentamente, jamais seja hostil com o mes-
mais claro. mo e tente acalmá-lo, pois assim, você estará mantendo
A fala muito rápida dificulta a compreensão da mensa- sua imagem intacta, haja vista, que esses “dinossauros” não
gem e pode não ser perceptível; a fala muito lenta pode o precisam ser atacados, pois, eles se matam sozinhos.
outro a julgar que não existe entusiasmo da sua parte. 7 - Tenha carisma: seja uma pessoa empática e sorri-
dente para que o cliente se sinta valorizado pela empresa,
O tratamento é a maneira como o funcionário se dirige gerando um clima confortável e harmônico. Para isso, use
suas entonações com criatividade, de modo a transmitir
ao cliente e interage com ele, orientando-o, conquistando
emoções inteligentes e contagiantes.
sua simpatia. Está relacionada a:
8 - Controle o tempo: se precisar de um tempo, peça
• Presteza – demonstração do desejo de servir, valo- o cliente para aguardar na linha, mas não demore uma
rizando prontamente a solicitação do usuário; eternidade, pois, o cliente pode se sentir desprestigiado e
• Cortesia – manifestação de respeito ao usuário e desligar o telefone.
de cordialidade; 9 - Atenda o telefone o mais rápido possível: o ideal
• Flexibilidade – capacidade de lidar com situações é atender o telefone no máximo até o terceiro toque, pois,
não-previstas. é um ato que demonstra afabilidade e empenho em tentar
• entregar para o cliente a máxima eficiência.
A comunicação entre as pessoas é algo multíplice, haja 10 - Nunca cometa o erro de dizer “alô”: o ideal é
vista, que transmitir uma mensagem para outra pessoa e dizer o nome da organização, o nome da própria pessoa
fazê-la compreender a essência da mesma é uma tarefa seguido ainda, das tradicionais saudações (bom dia, boa
que envolve inúmeras variáveis que transformam a comu- tarde, etc.). Além disso, quando for encerrar a conversa
lembre-se de ser amistoso, agradecendo e reafirmando o
nicação humana em um desafio constante para todos nós.
que foi acordado.
E essa complexidade aumenta quando não há uma
11 - Seja pró ativo: se um cliente procurar por alguém
comunicação visual, como na comunicação por telefone, que não está presente na sua empresa no momento da li-
onde a voz é o único instrumento capaz de transmitir a gação, jamais peça a ele para ligar mais tarde, pois, essa é
mensagem de um emissor para um receptor. Sendo assim, uma função do atendente, ou seja, a de retornar a ligação
inúmeras empresas cometem erros primários no atendi- quando essa pessoa estiver de volta à organização.
mento telefônico, por se tratar de algo de difícil consecu- 12 - Tenha sempre papel e caneta em mãos: a or-
ção. ganização é um dos princípios para um bom atendimento
Abaixo 16 dicas para aprimorar o atendimento telefô- telefônico, haja vista, que é necessário anotar o nome da
nico, de modo a atingirmos a excelência, confira: pessoa e os pontos principais que foram abordados.
13 – Cumpra seus compromissos: um atendente que
1 - Profissionalismo: utilize-se sempre de uma lingua- não tem responsabilidade de cumprir aquilo que foi acor-
gem formal, privilegiando uma comunicação que transmita dado demonstra desleixo e incompetência, comprometen-
respeito e seriedade. Evite brincadeiras, gírias, intimidades, do assim, a imagem da empresa. Sendo assim, se tiver que
dar um recado, ou, retornar uma ligação lembre-se de sua
etc, pois assim fazendo, você estará gerando uma imagem
responsabilidade, evitando esquecimentos.
positiva de si mesmo por conta do profissionalismo de- 14 – Tenha uma postura afetuosa e prestativa: ao
monstrado. atender o telefone, você deve demonstrar para o cliente
2 - Tenha cuidado com os ruídos: algo que é extre- uma postura de quem realmente busca ajudá-lo, ou seja,
mamente prejudicial ao cliente são as interferências, ou que se importa com os problemas do mesmo. Atitudes ne-
seja, tudo aquilo que atrapalha a comunicação entre as gativas como um tom de voz desinteressado, melancólico
partes (chieira, sons de aparelhos eletrônicos ligados, etc.). e enfadado contribuem para a desmotivação do cliente,
Sendo assim, é necessário manter a linha “limpa” para que sendo assim, é necessário demonstrar interesse e iniciativa
a comunicação seja eficiente, evitando desvios. para que a outra parte se sinta acolhida.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
15 – Não seja impaciente: busque ouvir o cliente - Essa chamada externa vai solicitar um ramal ou pes-
atentamente, sem interrompê-lo, pois, essa atitude contri- soa. Você deve repetir esse número ou nome, para ter cer-
bui positivamente para a identificação dos problemas exis- teza de que entendeu corretamente. Em seguida diga: “
tentes e consequentemente para as possíveis soluções que Um momento, por favor,” e transfira a ligação.
os mesmos exigem. Ao transferir as ligações, forneça as informações que
16 – Mantenha sua linha desocupada: você já tentou já possui; faça uso do seu vocabulário profissional; fale so-
ligar para alguma empresa e teve que esperar um longo mente o necessário e evite assuntos pessoais.
período de tempo para que a linha fosse desocupada? Pois Nunca faça a transferência ligeiramente, sem informar
é, é algo extremamente inconveniente e constrangedor. ao seu interlocutor o que vai fazer, para quem vai transferir
Por esse motivo, busque não delongar as conversas e evi- a ligação, mantenha-o ciente dos passos desse atendimen-
te conversas pessoais, objetivando manter, na medida do to.
possível, sua linha sempre disponível para que o cliente não Não se deve transferir uma ligação apenas para se li-
tenha que esperar muito tempo para ser atendido. vrar dela. Deve oferecer-se para auxiliar o interlocutor, colo-
Buscar a excelência constantemente na comunicação car-se à disposição dele, e se acontecer de não ser possível,
humana é um ato fundamental para todos nós, haja vista, transfira-o para quem realmente possa atendê-lo e resolver
que estamos nos comunicando o tempo todo com outras
sua solicitação. Transferir o cliente de um setor para outro,
pessoas. Infelizmente algumas pessoas não levam esse im-
quando essa ligação já tiver sido transferida várias vezes
portante ato a sério, comprometendo assim, a capacidade
não favorece a imagem da empresa. Nesse caso, anote a
humana de transmitir uma simples mensagem para outra
situação e diga que irá retornar com as informações soli-
pessoa. Sendo assim, devemos ficar atentos para não re-
petirmos esses erros e consequentemente aumentarmos citadas.
nossa capacidade de comunicação com nosso semelhante. - Se o ramal estiver ocupado quando você fizer a trans-
ferência, diga à pessoa que chamou: “O ramal está ocupa-
Resoluções de situações conflitantes ou problemas do. Posso anotar o recado e retornar a ligação.” É importan-
quanto ao atendimento de ligações ou transferências te que você não deixe uma linha ocupada com uma pessoa
O agente de comunicação é o cartão de visita da em- que está apenas esperando a liberação de um ramal. Isso
presa.. Por isso é muito importante prestar atenção a todos pode congestionar as linhas do equipamento, gerando
os detalhes do seu trabalho. Geralmente você é a primeira perda de ligações. Mas caso essa pessoa insista em falar
pessoa a manter contato com o público. Sua maneira de com o ramal ocupado, você deve interromper a outra liga-
falar e agir vai contribuir muito para a imagem que irão for- ção e dizer: “Desculpe-me interromper sua ligação, mas
mar sobre sua empresa. Não esqueça: a primeira impressão há uma chamada urgente do (a) Sr.(a) Fulano(a) para este
é a que fica. ramal. O (a) senhor (a) pode atender?” Se a pessoa puder
Alguns detalhes que podem passar despercebidos na atender , complete a ligação, se não, diga que a outra liga-
rotina do seu trabalho: ção ainda está em andamento e reafirme sua possibilidade
- Voz: deve ser clara, num tom agradável e o mais na- em auxiliar.
tural possível. Assim você fala só uma vez e evita perda de Lembre-se :
tempo. Você deve ser natural, mas não deve esquecer de cer-
- Calma: Ás vezes pode não ser fácil mas é muito im- tas formalidades como, por exemplo, dizer sempre “por fa-
portante que você mantenha a calma e a paciência . A pes- vor” , “Queira desculpar”, “Senhor”, “Senhora”. Isso facilita
soa que esta chamando merece ser atendida com toda a a comunicação e induz a outra pessoa a ter com você o
delicadeza. Não deve ser apressada ou interrompida. Mes- mesmo tipo de tratamento.
mo que ela seja um pouco grosseira, você não deve res- A conversa: existem expressões que nunca devem ser
ponder no mesmo tom. Pelo contrário, procure acalmá-la. usadas, tais como girias, meias palavras, e palavras com co-
- Interesse e iniciativa: Cada pessoa que chama me- notação de intimidade. A conversa deve ser sempre manti-
rece atenção especial. E você, como toda boa telefonista,
da em nível profissional.
deve ser sempre simpática e demonstrar interesse em aju-
dar.
Equipamento básico
- Sigilo: Na sua profissão, às vezes é preciso saber de
Além da sala, existem outras coisas necessárias para
detalhes importantes sobre o assunto que será tratado.
Esses detalhes são confidenciais e pertencem somente às assegurar o bom andamento do seu trabalho:
pessoas envolvidas. Você deve ser discreta e manter tudo - Listas telefônicas atualizadas.
em segredo. A quebra de sigilo nas ligações telefônicas é - Relação dos ramais por nomes de funcionários (em
considerada uma falta grave, sujeita às penalidades legais. ordem alfabética).
O que dizer e como dizer - Relação dos números de telefones mais chamados.
Aqui seguem algumas sugestões de como atender as - Tabela de tarifas telefônicas.
chamadas externas: - Lápis e caneta
- Ao atender uma chamada externa, você deve dizer o - Bloco para anotações
nome da sua empresa seguido de bom dia, boa tarde ou - Livro de registro de defeitos.
boa noite.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
O que você precisa saber: Jamais diga ao Cliente: “Calma, o (a) senhor (a)
O seu equipamento telefônico não é apenas parte do está muito nervoso (a), tente acalmar-se”.
seu material de trabalho. É o que há de mais importante. Use frases adequadas ao momento. Frases que
Por isso você deve saber como ele funciona. Tecnicamente, ajudam acalmar o Cliente, deixando claro que você está ali
o equipamento que você usa é chamado de CPCT - Central para ajudá-lo
Privada de Comunicação Telefônica, que permite você fazer
ligações internas (de ramal para ramal) e externas. Atual- 2ª – Diante de um Cliente mal-educado – o que fa-
mente existem dois tipos: PABX e KS. zer?
- PABX (Private Automatic Branch Exchange): neste sis- O tratamento deverá ser sempre positivo, inde-
tema, todas as ligações internas e a maioria das ligações pendentemente das circunstâncias.
para fora da empresa são feitas pelos usuários de ramais. Não fique envolvido emocionalmente. Aprenda a
Todas as ligações que entram, passam pela telefonista. entender que você não é o alvo.
- KS (Key System): todas as ligações, sejam elas de en- Reaja com mais cortesia, com suavidade, cuidan-
trada, de saída ou internas, são feitas sem passar pela te- do para não parecer ironia. Quando você toma a iniciativa
lefonista e age positivamente, coloca uma pressão psicológica no
Informações básicas adicionais Cliente, para que ele reaja de modo positivo.
- Ramal: são os terminais de onde saem e entram as
ligações telefônicas. Eles se dividem em: 3ª – Diante de erros ou problemas causados pela
* Ramais privilegiados: são os ramais de onde se po- empresa
dem fazer ligações para fora sem passar pela telefonista ADMITA o erro, sem evasivas, o mais rápido pos-
* Ramais semi-privilegiados: nestes ramais é neces- sível.
sário o auxilio da telefonista para ligar para fora. Diga que LAMENTA muito e que fará tudo que
* Ramais restritos: só fazem ligações internas. estiver ao seu alcance para que o problema seja resolvido.
-Linha - Tronco: linha telefônica que liga a CPCT à CORRIJA o erro imediatamente, ou diga quando
central Telefônica Pública. vai corrigir.
- Número-Chave ou Piloto: Número que acessa au- Diga QUEM e COMO vai corrigir o problema.
EXPLIQUE o que ocorreu, evitando justificar.
tomaticamente as linhas que estão em busca automática,
Entretanto, se tiver uma boa justificativa, JUSTIFI-
devendo ser o único número divulgado ao público.
QUE, mas com muita prudência. O Cliente não se interessa
- Enlace: Meio pelo qual se efetuam as ligações entre
por “justificativas”. Este é um problema da empresa.
ramais e linhas-tronco.
- Bloqueador de Interurbanos: Aparelho que impede
4ª – O Cliente não está entendendo – o que fazer?
a realização de ligações interurbanas.
Concentre-se para entender o que realmente o
- DDG: (Discagem Direta Gratuita), serviço interurbano
Cliente quer ou, exatamente, o que ele não está enten-
franqueado, cuja cobrança das ligações é feita no telefone
dendo e o porquê.
chamado. Caso necessário, explique novamente, de outro
- DDR : (Discagem direta a Ramal) , as chamadas exter- jeito, até que o Cliente entenda.
nas vão direto para o ramal desejado, sem passar pela tele- Alguma dificuldade maior? Peça Ajuda! Chame o
fonista . Isto só é possível em algumas CPCTs do tipo PABX. gerente, o chefe, o encarregado, mas evite, na medida do
- Pulso : Critério de medição de uma chamada por possível, que o Cliente saia sem entender ou concordar
tempo, distância e horário. com a resolução.
- Consultores: empregados da Telems que dão orien-
tação às empresas quanto ao melhor funcionamento dos 5ª – Discussão com o Cliente
sistemas de telecomunicações. Em uma discussão com o Cliente, com ou sem razão,
- Mantenedora: empresa habilitada para prestar servi- você sempre perde!
ço e dar assistência às CPCTs. Uma maneira eficaz de não cair na tentação de “brigar”
- Serviço Noturno: direciona as chamadas recebidas ou “discutir” com um cliente é estar consciente – sempre
nos horários fora do expediente para determinados ramais. alerta -, de forma que se evite SINTONIZAR na mesma fre-
Só é possível em CPCTs do tipo PBX e PABX. quência emocional do Cliente, quando esta for negativa.
Exemplos:
Em casos onde você se depara com uma situação que
represente conflito ou problema, é necessário adequar a
sua reação à cada circunstância. Abaixo alguns exemplos.
1ª - Um cliente chega nervoso – o que fazer?
Não interrompa a fala do Cliente. Deixe-o liberar
a raiva.
Acima de tudo, mantenha-se calmo.
Por nenhuma hipótese, sintonize com o Cliente,
em um estado de nervosismo.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
6ª – Equilíbrio Emocional
Em uma época em que manter um excelente relacionamento com o Cliente é um pré-requisito de sucesso, ter um
alto coeficiente de IE (Inteligência Emocional) é muito importante para todos os profissionais, particularmente os que tra-
balham diretamente no atendimento a Clientes.
Você exercerá melhor sua Inteligência Emocional à medida que:
For paciente e compreensivo com o Cliente.
Tiver uma crescente capacidade de separar as questões pessoais dos problemas da empresa.
Entender que o foco de “fúria” do Cliente não é você, mas, sim, a empresa. Que você só está ali como uma espécie
de “para-raios”.
Não fizer pré julgamentos dos clientes.
Entender que cada cliente é diferente do outro.
Entender que para você o problema apresentado pelo cliente é um entre dezenas de outros; para o cliente não, o
problema é único, é o problema dele.
Entender que seu trabalho é este: atender o melhor possível.
Entender que você e a empresa dependem do cliente, não ele de vocês.
Entender que da qualidade de sua REAÇÃO vai depender o futuro da relação do cliente com a empresa.
A origem dos problemas está nos sistemas implantados nas organizações, muitas vezes obsoletos. Estes sistemas não
definem uma política clara de serviços, não definem o que é o próprio serviço e qual é o seu produto. Sem isso, existe muita
dificuldade em satisfazer plenamente o cliente.
Estas empresas que perdem 68% dos seus clientes, não contratam profissionais com características básicas para atender
o público, não treinam estes profissionais na postura adequada, não criam um padrão de atendimento e este passa a ser
realizado de acordo com as características individuais e o bom senso de cada um.
A falta de noção clara da causa primária da perda de clientes faz com que as empresas demitam os funcionários “por-
que eles não sabem nem atender o cliente”. Parece até que o atendimento é a tarefa mais simples da empresa e que menos
merece preocupação. Ao contrário, é a mais complexa e recheada de nuances que perpassam pela condição individual e
por condições sistêmicas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
4. Falta de um padrão de atendimento; fique feliz em fazer o outro feliz, pois para este profissional,
5. Inexistência do follow up; a felicidade de uma pessoa começa no mesmo instante em
6. Falta de treinamento e qualificação de pessoal. que ela cessa a busca de sua própria felicidade para buscar
a felicidade do outro.
Nas condições individuais, podemos encontrar a 03. Entender a necessidade de manter um ESTADO
contratação de pessoas com características opostas ao ne- DE ESPÍRITO POSITIVO, cultivando pensamentos e senti-
cessário para atender ao público, como: timidez, avareza, mentos positivos, para ter atitudes adequadas no momen-
rebeldia... to do atendimento. Ele sabe que é fundamental separar os
problemas particulares do dia a dia do trabalho e, para isso,
SERVIÇO E POSTURA DE ATENDIMENTO cultiva o estado de espírito antes da chegada do cliente.
Observando estas duas condições principais que cau- O primeiro passo de cada dia, é iniciar o trabalho com a
sam a vinculação ou o afastamento do cliente da empresa, consciência de que o seu principal papel é o de ajudar os
podemos separar a estrutura de uma empresa de serviços clientes a solucionarem suas necessidades. A postura é de
em dois itens: realizar serviços para o cliente.
os serviços e a postura de atendimento.
O SERVIÇO assume uma dimensão macro nas organi- Os requisitos para contratação deste profissional
zações e, como tal, está diretamente relacionado ao pró- Para trabalhar com atendimento ao público, alguns re-
prio negócio. quisitos são essenciais ao atendente. São eles:
Nesta visão mais global, estão incluídas as políticas de
serviços, a sua própria definição e filosofia. Aqui, também Gostar de SERVIR, de fazer o outro feliz.
são tratados os aspectos gerais da organização que dão Gostar de lidar com gente.
peso ao negócio, como: o ambiente físico, as cores (pin- Ser extrovertido.
tura), os jardins. Este item, portanto, depende mais direta- Ter humildade.
mente da empresa e está mais relacionado com as condi- Cultivar um estado de espírito positivo.
ções sistêmicas. Satisfazer as necessidades do cliente.
Cuidar da aparência.
Já a POSTURA DE ATENDIMENTO, que é o tratamento
dispensado às pessoas, está mais relacionado com o fun- Com estes requisitos, o sinal fica verde para o atendi-
cionário em si, com as suas atitudes e o seu modo de agir mento.
com os clientes. Portanto, está ligado às condições indivi-
duais. A POSTURA pode ser entendida como a junção de to-
É necessário unir estes dois pontos e estabelecer nas dos os aspectos relacionados com a nossa expressão corporal
políticas das empresas, o treinamento, a definição de um na sua totalidade e nossa condição emocional.
padrão de atendimento e de um perfil básico para o profis-
sional de atendimento, como forma de avançar no próprio Podemos destacar 03 pontos necessários para falar-
negócio. Dessa maneira, estes dois itens se tornam com- mos de POSTURA. São eles:
plementares e inter-relacionados, com dependência recí- 01. Ter uma POSTURA DE ABERTURA: que se carac-
proca para terem peso. teriza por um posicionamento de humildade, mostrando-
Para conhecermos melhor a postura de atendimen- se sempre disponível para atender e interagir prontamente
to, faz-se necessário falar do Verdadeiro profissional do com o cliente. Esta POSTURA DE ABERTURA do atendente
atendimento. suscita alguns sentimentos positivos nos clientes, como por
exemplo:
Os três passos do verdadeiro profissional de atendi- a) postura do atendente de manter os ombros abertos
mento: e o peito aberto, passa ao cliente um sentimento de recep-
01. Entender o seu VERDADEIRO PAPEL, que é o de tividade e acolhimento;
compreender e atender as necessidades dos clientes, b) deixar a cabeça meio curva e o corpo ligeiramente
fazer com que ele seja bem recebido, ajudá-lo a se sen- inclinado transmite ao cliente a humildade do atendente;
tir importante e proporcioná-lo um ambiente agradável. c) o olhar nos olhos e o aperto de mão firme traduzem
Este profissional é voltado completamente para a interação respeito e segurança;
com o cliente, estando sempre com as suas antenas ligadas d) a fisionomia amistosa, alenta um sentimento de afe-
neste, para perceber constantemente as suas necessidades. tividade e calorosidade.
Para este profissional, não basta apenas conhecer o produ-
to ou serviço, mas o mais importante é demonstrar inte- 02. Ter SINTONIA ENTRE FALA E EXPRESSÃO COR-
resse em relação às necessidades dos clientes e atendê-las. PORAL: que se caracteriza pela existência de uma unidade
02. Entender o lado HUMANO, conhecendo as ne- entre o que dizemos e o que expressamos no nosso corpo.
cessidades dos clientes, aguçando a capacidade de perce- Quando fazemos isso, nos sentimos mais harmônicos e
ber o cliente. Para entender o lado humano, é necessário confortáveis. Não precisamos fingir, mentir ou encobrir os
que este profissional tenha uma formação voltada para as nossos sentimentos e eles fluem livremente. Dessa forma,
pessoas e goste de lidar com gente. Se espera que ele nos sentimos mais livres do stress, das doenças, dos medos.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
03. As EXPRESSÕES FACIAIS: das quais podemos ex- Além do mais, deve ocorrer independentemente do
trair dois aspectos: o expressivo, ligado aos estados emo- funcionário estar ou não na sua área de trabalho. Estes re-
cionais que elas traduzem e a identificação destes estados quisitos para a interação, a tornam mais eficaz.
pelas pessoas; e a sua função social que diz em que condi- Esta interação pode se caracterizar por um cumpri-
ções ocorreu a expressão, seus efeitos sobre o observador mento verbal, uma saudação, um aceno de cabeça ou ape-
e quem a expressa. nas por um aceno de mão. O objetivo com isso, é fazer o
Podemos concluir, entendendo que, qualquer compor- cliente sentir-se acolhido e certo de estar recebendo toda a
tamento inclui posturas e é sempre fruto da interação com- atenção necessária para satisfazer os seus anseios.
plexa entre o organismo e o seu meio ambiente.
Alguns exemplos são:
O olhar 1. No hotel, a arrumadeira está no corredor com o
Os olhos transmitem o que está na nossa alma. Através carrinho de limpeza e o hóspede sai do seu apartamento.
do olhar, podemos passar para as pessoas os nossos senti- Ela prontamente olha para ele e diz com um sorriso: “bom
mentos mais profundos, pois ele reflete o nosso estado de dia!”.
espírito. 2. O caixa de uma loja que cumprimenta o cliente no
Ao analisar a expressão do olhar, não vamos nos pren- momento do pagamento;
der somente a ele, mas a fisionomia como um todo para 03. O frentista do posto de gasolina que se aproxima
entendermos o real sentido dos olhos. ao ver o carro entrando no posto e faz uma sudação...
Um olhar brilhante transmite ao cliente a sensação de
acolhimento, de interesse no atendimento das suas ne- A INVASÃO
cessidades, de vontade de ajudar. Ao contrário, um olhar Mas, interagir no RAIO DE AÇÃO não tem nada a ver
apático, traduz fraqueza e desinteresse, dando ao cliente, a com INVASÃO DE TERRITÓRIO.
impressão de desgosto e dissabor pelo atendimento. Vamos entender melhor isso.
Todo ser humano sente necessidade de definir um TER-
Mas, você deve estar se perguntando: O que causa este RITÓRIO, que é um certo espaço entre si e os estranhos.
Este território não se configura apenas em um espaço físico
brilho nos nossos olhos ? A resposta é simples:
demarcado, mas principalmente num espaço pessoal e so-
Gostar do que faz, gostar de prestar serviços ao outro,
cial, o que podemos traduzir como a necessidade de priva-
gostar de ajudar o próximo.
cidade, de respeito, de manter uma distância ideal entre si
Para atender ao público, é preciso que haja interesse e
e os outros de acordo com cada situação.
gosto, pois só assim conseguimos repassar uma sensação
Quando estes territórios são invadidos, ocorrem cortes
agradável para o cliente. Gostar de atender o público signi-
na privacidade, o que normalmente traz consequências ne-
fica gostar de atender as necessidades dos clientes, querer
gativas. Podemos exemplificar estas invasões com algumas
ver o cliente feliz e satisfeito.
situações corriqueiras: uma piada muito picante contada
na presença de pessoas estranhas a um grupo social; ficar
Como o olhar revela a atitude da mente, ele pode trans- muito próximo do outro, quase se encostando nele; dar um
mitir: tapinha nas costas...
01. Interesse quando: Nas situações de atendimento, são bastante comuns as
Brilha; invasões de território pelos atendentes. Estas, na sua maio-
Tem atenção; ria, causam mal-estar aos clientes, pois são traduzidas por
Vem acompanhado de aceno de cabeça. eles como atitudes grosseiras e poucos sensíveis. Alguns
são os exemplos destas atitudes e situações mais comuns:
02. Desinteresse quando:
É apático; Insistência para o cliente levar um item ou adquirir
É imóvel, rígido; um bem;
Não tem expressão. Seguir o cliente por toda a loja;
O motorista de taxi que não pára de falar com o
O olhar desbloqueia o atendimento, pois quebra o cliente passageiro;
gelo. O olhar nos olhos dá credibilidade e não há como O garçom que fica de pé ao lado da mesa sugerin-
dissimular com o olhar. do pratos sem ser solicitado;
O funcionário que cumprimenta o cliente com
A aproximação - raio de ação. dois beijinhos e tapinhas nas costas;
A APROXIMAÇÃO do cliente está relacionada ao con- O funcionário que transfere a ligação ou desliga o
ceito de RAIO DE AÇÃO, que significa interagir com o pú- telefone sem avisar.
blico, independente deste ser cliente ou não.
Esta interação ocorre dentro de um espaço físico de 3 Estas situações não cabem na postura do verdadeiro
metros de distância do público e de um tempo imediato, profissional do atendimento.
ou seja, prontamente.
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O nome oficial de um aparelho de fax comum que você é muito barato construir uma impressora térmica;
encontra em qualquer escritório é máquina de fac-símile as impressoras térmicas não têm partes móveis, exceto
padrão CCITT (ITU-T) Grupo 3. A designação Grupo 3 diz a o mecanismo de alimentação do papel;
você quatro coisas sobre o aparelho de fax: não há necessidade de descartáveis como tinta ou fitas
ele será capaz de se comunicar com qualquer outro de impressão porque o papel já contém a tinta;
aparelho do Grupo 3; as impressoras térmicas são quase indestrutíveis;
ele possui uma resolução horizontal de 203 pontos por A única desvantagem fica por conta do papel que se
polegada (8 pontos/mm); desbota com o tempo tornando-se totalmente escuro se
ele possui três diferentes resoluções verticais: for deixado dentro de um lugar aquecido.
filme térmico: o filme térmico usa uma fita da largura
padrão: 98 linhas por polegada (3,85 linhas/mm); de uma página contendo uma tinta que funde-se no papel
fina: 196 linhas por polegada (7,7 linhas/mm); ao ser aquecida. Esse método é mais complicado meca-
super fina (oficialmente não é um padrão do Grupo 3, nicamente em relação ao papel térmico, porém é menos
mas é bastante utilizada): 391 linhas por polegada (15,4 li- complexo de usar do que a impressão a jato de tinta;
nhas/mm). impressão a jato de tinta: essa técnica no fax utiliza me-
ele pode transmitir dados a uma taxa máxima de 14.400 canismo idêntico ao encontrado numa impressora a jato
bits por segundo (bps), mas em geral reduzirá a velocidade de tinta.
para 12.000 bps, 9.600 bps, 7.200 bps, 4.800 bps ou 2.400 impressão a laser: essa técnica utiliza mecanismo idên-
bps se houver muito ruído na linha. tico ao encontrado numa impressora a laser.
Via de regra o aparelho de fax possui um CCD ou uma impressora de computador: na prática, o fax é recebido
matriz sensível de fotodiodos. São 1.728 sensores (203 pon- por um fax modem (um modem que reconhece padrões
tos por polegada), o que lhe permite ler uma linha inteira de dados do Grupo 3), armazenando a informação como
do documento de uma só vez. Um pequeno tubo fluores- arquivo gráfico no disco rígido do computador e depois
cente ilumina o papel para dar uma visão clara ao sensor. enviado para a impressora de computadores;
O sensor de imagem procura pelo preto ou pelo bran- Confira os links na próxima página para obter mais in-
co. Assim, uma única linha do documento pode ser repre- formações sobre aparelhos de fax e assuntos relacionados.
sentada por 1.728 bits. No modo padrão o documento é Fonte: http://tecnologia.hsw.uol.com.br/aparelhos-de-
composto de 1.145 linhas. O tamanho total do documento fax4.htm
é:
1.728 pontos por linha x 1.145 linhas = cerca de 2 mi-
lhões de bits de informação
Para reduzir o número de bits que serão transmiti- GESTÃO E ORGANIZAÇÃO DE DOCUMENTOS:
dos, os aparelhos de fax do Grupo 3 utilizam três técnicas NOÇÕES DE ARQUIVOLOGIA; PROTOCOLOS,
de compressãodiferentes: RECEBIMENTO, REGISTRO, DISTRIBUIÇÃO,
Huffman Modificado (MH)
TRAMITAÇÃO E EXPEDIÇÃO DE DOCUMENTOS;
Read Modificado (MR)
Read Modificado Modificado (MMR) CLASSIFICAÇÃO, ARQUIVAMENTO E
Consulte a página Electronics Plus: teoria do fac-sími- ORDENAÇÃO DE DOCUMENTOS.
le (em inglês) para ver uma descrição sobre esses tipos de
compressão. A idéia básica desses métodos consiste em
procurar por «séries» de bits da mesma cor. Por exemplo,
se uma linha da página for toda branca, o modem pode A arquivística ou arquivologia é uma ciência que estu-
transmitir em média uma dúzia de bits ao invés de todos da as funções do arquivo, e também os princípios e técni-
os 1.728 bits lidos naquela linha. Esse tipo de compressão cas a serem observados durante a atuação de um arquivis-
pode reduzir o tempo de transmissão, no mínimo pela me- ta sobre os arquivos. É a Ciência e disciplina que objetiva
tade e, em muitos documentos, até mais. Um documento gerenciar todas as informações que possam ser registra-
que contenha uma quantidade expressiva de espaços em das em documentos de arquivos. Para tanto, utiliza-se de
branco pode ser transmitido em poucos segundos. princípios, normas, técnicas e procedimentos diversos, que
Os bits do documento lido percorrem a linha telefônica são aplicados nos processos de composição, coleta, aná-
e chegam até o aparelho de fax receptor. Aqui os bits são lise, identificação, organização, processamento, desenvol-
decodificados, descomprimidos e reorganizados na forma vimento, utilização, publicação, fornecimento, circulação,
das linhas capturadas no documento original. Existem cin- armazenamento e recuperação de informações.
co maneiras comuns de se imprimir o fax, dependendo do O arquivista é um profissional de nível superior, com
tipo de aparelho receptor: formação em arquivologia ou experiência reconhecida
papel térmico: quando os aparelhos de fax começa- pelo Estado. Ele pode trabalhar em instituições públicas
ram sua invasão em massa aos escritórios na década de 80, ou privadas, centros de documentação, arquivos privados
a maioria utilizava papel térmico. Esse papel é recoberto ou públicos, instituições culturais etc. É o responsável pelo
de produtos químicos que reagem ao calor, tornando-se gerenciamento da informação, gestão documental, conser-
pretos. O papel térmico possui diversas vantagens impor- vação, preservação e disseminação da informação contida
tantes: nos documentos. Também tem por função a preservação
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A classificação decimal consiste, essencialmente, na di- Classificação: por ser uma classificação no sentido res-
visão dos assuntos ou matérias em 10 grupos de primeira trito da palavra agrupa ideias nos seus aspectos concor-
ordem ou categoria (0 a 9) que por sua vez se podem sub- dantes.
dividir em grupos de segunda ordem e assim sucessiva- Universalidade: inclui cada um dos ramos do conheci-
mente. Assim, por exemplo, ao grupo de primeira categoria mento humano, encarando-os sob os vários aspectos.
ou principal é atribuída a seguinte numeração: Decimalidade: a totalidade do conhecimento humano
0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 é dividida em dez classes, cada uma das quais, por sua vez,
Sendo as divisões de segunda categoria e derivadas do se subdivide de novo decimalmente, pela adição de cifras
grupo 5 as seguintes: decimais.
50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 Este sistema é mais utilizado em bibliotecas e serviços
Ainda se pode subdividir o grupo de segunda categoria de documentação para a elaboração de ficheiros por as-
o nº 55 noutro de terceira categoria: suntos ou matérias e posterior catalogação e arrumação do
550 551 552 553 554 555 556 557 558 559 material bibliográfico. Em Portugal, o uso deste sistema de
Com este sistema pretendia-se abranger a totalidade classificação é generalizado, tanto nas Bibliotecas Universi-
dos assuntos ou matérias que iriam ser objeto de classifica- tárias, como nas Bibliotecas Públicas e Escolares.
ção, baseando-se no principio de que a formação dos nú- A CDU tem vindo a ser continuamente ampliada e mo-
meros decimais é ilimitada e entre dois números decimais, dificada para fazer face ao surgimento de novos concei-
consecutivos da mesma ordem, podem intercalar-se outros tos e conhecimentos do saber humano, principalmente, na
dez da ordem imediatamente inferior. área da ciência e tecnologia.
Exemplo: A CDU é composta por:
51. Expediente e arquivo Uma tabela principal de matérias, que enumera hierar-
510. Expediente e arquivo em geral quicamente o conhecimento, nas referidas 10 classes. As
511. Arquivo divisões principais são:
512. Seleção documental
513. Reprografia 0 Generalidades
514. Entrada e saída de correspondência 1 Filosofia. Psicologia
5140. Entrada de correspondência 2 Religião. Teologia
3 Ciências Sociais
5141. Saída de correspondência
4 Classe atualmente não usada
515. Serviços auxiliares
5 Ciências Exatas. Ciências naturais
5150. Serviços auxiliares em geral
6 Ciências Aplicadas. Medicina. Tecnologia
5151. Transportes pelas cantinas
7 Arte. Arquitetura. Recreação e Desporto
516. Telefone
8 Linguística. Língua. Literatura
517. Viaturas
9 Geografia. Biografia. História
Apesar deste sistema de classificação ter imensos sim-
patizantes devido à sua aparente simplicidade acontece, Cada classe principal subdivide-se decimalmente em
porém, que enferma de alguns inconvenientes, entre os subclasses que por sua vez também se subdividem em
quais, a rigidez que impõe na divisão dos vários ramos do áreas cada vez mais especializadas.
conhecimento humano; é um sistema relativamente moro- As tabelas auxiliares, que representam não assuntos,
so, quer na sua construção, quer na sua aplicação à organi- mas formas de os especificar (por lugar, tempo, forma, lín-
zação espacial do arquivo e posterior localização, exigindo gua, etc.), flexibilizando muito mais a representação dos
pessoal especializado. conceitos.
Um índice, lista alfabética de conceitos. A cada con-
Classificação Decimal Universal (CDU) ceito corresponde uma notação que serve de guia na con-
A classificação Decimal Universal (CDU) é um esquema sulta da tabela principal, para mais fácil e rapidamente se
de classificação uniformizado e normalizado, amplamente localizar a notação adequada ao assunto que se pretende
usado nacional e internacionalmente, que visa cobrir e or- pesquisar.
ganizar a totalidade do conhecimento humano. Uma das principais vantagens desta classificação reside
Henri Lafontaine e Paul Otlet publicaram, em 1905, a na sua dimensão universal e internacional, dada a sua in-
primeira edição do que viria a ser a Classificação Decimal dependência face a todas as expressões idiomáticas, o que
Universal. Esta primeira edição do Manuel du Repertoire facilita enormemente a pesquisa e a troca de informação
Bibliografique Universal é um desenvolvimento do esque- ao nível internacional.
ma base utilizado por Dewey que distribui a totalidade do No seguimento do exemplo anterior, tal significa que a
conhecimento em dez grandes classes, que por sua vez, notação 37 e o conceito que lhe está associado, é igual em
são divididas em dez subclasses que se dividem em dez todas as bibliotecas do mundo que adotem este sistema
grupos. Cada conceito é traduzido por uma notação nu- de classificação.
mérica ou alfanumérica por exemplo, ao conceito geral de O seu grande inconveniente resulta da sua aplicação
educação corresponde a notação numérica 37. que exige pessoal altamente especializado dado que é um
A CDU baseia-se em três princípios fundamentais os grande risco classificar matérias diferentes com o mesmo
quais são: número.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
dos da forma correta, a fim de evitar o acúmulo de massas Após essa etapa, os documentos devem seguir seu cur-
documentais desnecessárias, de agilizarem ações dentro so, a fim de cumprirem suas funções. Para que isto ocorra,
de uma instituição, enfim, que cumpram a sua função, seja devem ser distribuídos e classificados da forma correta, ou
desde o valor probatório até o cultural. seja, chegar ao seu destinatário Para isto, recomenda-se:
Considera-se gestão de documentos o conjunto de Separar as correspondências de caráter ostensivo das
procedimentos e operações técnicas referentes à sua pro- de caráter sigiloso, encaminhado as de caráter sigiloso aos
dução, tramitação, uso, avaliação e arquivamento em fase seus respectivos destinatários;
corrente e intermediária, visando a sua eliminação ou reco- Tomar conhecimento das correspondências de caráter
lhimento para a guarda permanente. ostensivo por meio da leitura, requisitando a existência de
Protocolo é a denominação geralmente atribuída a se- antecedentes, se existirem;
tores encarregados do recebimento, registro, distribuição Classificar o documento de acordo com o método da
e movimentação dos documentos em curso; denominação instituição; carimbando-o em seguida;
atribuída ao próprio número de registro dado ao docu- Elaborar um resumo e encaminhar os documentos ao
mento; Livro de registro de documentos recebidos e/ou protocolo.
expedidos. Preparar a ficha de protocolo, em duas vias, anexando
É de conhecimento comum o grande avanço que a hu- a segunda via da ficha ao documento;
manidade teve nos últimos anos. Dentre tais avanços, in- Rearquivar as fichas de procedência e assunto, agora
com os dados das fichas de protocolo;
cluem-se as áreas que vão desde a política até a tecnológi-
ca. Tais avanços contribuíram para o aumento da produção
Arquivar as fichas de protocolo.
de documentos. Cabe ressaltar que tal aumento teve sua
A tramitação de um documento dentro de uma ins-
importância para a área da arquivística, no sentido de ter
tituição depende diretamente se as etapas anteriores fo-
despertado nas pessoas a importância dos arquivos. Entre-
ram feitas da forma correta. Se feitas, fica mais fácil, com
tanto, seja por descaso ou mesmo por falta de conhecimen- o auxílio do protocolo, saber sua exata localização, seus
to, a acumulação de massas documentais desnecessárias dados principais, como data de entrada, setores por que
foi um problema que foi surgindo. Essas massas acabam já passou, enfim, acompanhar o desenrolar de suas fun-
por inviabilizar que os arquivos cumpram suas funções fun- ções dentro da instituição. Isso agiliza as ações dentro da
damentais. Para tentar sanar esse e outros problemas, que instituição, acelerando assim, processos que anteriormente
é recomendável o uso de um sistema de protocolo. encontravam dificuldades, como a não localização de do-
É sabido que durante a sua tramitação, os arquivos cor- cumentos, não se podendo assim, usá-los no sentido de
rentes podem exercer funções de protocolo (recebimento, valor probatório, por exemplo.
registro, distribuição, movimentação e expedição de do- Após cumprirem suas respectivas funções, os docu-
cumentos), daí a denominação comum de alguns órgãos mentos devem ter seu destino decidido, seja este a sua eli-
como Protocolo e Arquivo. E é neste ponto que os proble- minação ou recolhimento. É nesta etapa que a expedição
mas têm seu início. Geralmente, as pessoas que lidam com de documentos torna-se importante, pois por meio dela,
o recebimento de documentos não sabem, ou mesmo não fica mais fácil fazer uma avaliação do documento, poden-
foram orientadas sobre como proceder para o documento do-se assim decidir de uma forma mais confiável, o destino
cumpra a sua função na instituição. Para que este proble- do documento. Dentre as recomendações com relação a
ma inicial seja resolvido, a implantação de um sistema de expedição de documentos, destacam-se:
base de dados, de preferência simples e descentralizado, Receber a correspondência, verificando a falta de ane-
permitindo que, tão logo cheguem às instituições, os docu- xos e completando dados;
mentos fossem registrados, pelas devidas pessoas, no seu Separar as cópias, expedindo o original;
próprio setor de trabalho seria uma ótima alternativa. Tal Encaminhar as cópias ao Arquivo.
ação diminuiria o montante de documentos que chegam É válido ressaltar que as rotinas acima descritas não
as instituições, cumprem suas funções, mas sequer tiveram valem como regras, visto que cada instituição possui suas
sua tramitação ou destinação registrada. tipologias documentais, seus métodos de classificação,
enfim, surgem situações diversas. Servem apenas como
Algumas rotinas devem ser adotadas no registro do-
exemplos para a elaboração de rotinas em cada instituição.
cumental, afim de que não se perca o controle, bem como
surjam problemas que facilmente poderiam ser evitados
CLASSIFICAÇÃO DE DOCUMENTOS DE ARQUIVO.
(como o preenchimento do campo Assunto, de muita im-
Desde o desenvolvimento da arquivologia como disci-
portância, mas que na maioria das vezes é feito de forma
plina, a partir da segunda metade do século XIX, talvez nada
errônea). Dentre as recomendações de recebimento e re- a tenha revolucionado tanto quanto concepção teórica e os
gistro, destaca-se: desdobramentos práticos da gestão ou a administração de
Receber as correspondências, separando as de caráter documentos estabelecidos após a Segunda Guerra Mun-
oficial da de caráter particular, distribuindo as de caráter dial. Para alguns, trata-se de um conceito emergente, alvo
particular a seus destinatários. de controvérsias e ainda restrito, como experiência, a pou-
cos países.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Segundo o historiador norte americano Lawrence Bur- O código de classificação de documentos de arquivo é
net, a gestão de documentos é uma operação arquivística um instrumento de trabalho utilizado para classificar todo
“o processo de reduzir seletivamente a proporções mani- e qualquer documento produzido ou recebido por um ór-
puláveis a massa de documentos, que é característica da ci- gão no exercício de suas funções e atividades. A classifica-
vilização moderna, de forma a conservar permanentemen- ção por assuntos é utilizada com o objetivo de agrupar os
te os que têm um valor cultural futuro sem menosprezar a documentos sob um mesmo tema, como forma de agilizar
integridade substantiva da massa documental para efeitos sua recuperação e facilitar as tarefas arquivísticas relacio-
de pesquisa”. nadas com a avaliação, seleção, eliminação, transferência,
Por outro lado, alguns concebem a gestão de docu- recolhimento e acesso a esses documentos, uma vez que
mentos como a aplicação da administração científica com o trabalho arquivísticos é realizado com base no conteúdo
do documento, o qual reflete a atividade que o gerou e
fins de eficiência e economia, sendo os benefícios para os
determina o uso da informação nele contida. A classifica-
futuros pesquisadores considerados apenas meros subpro-
ção define, portanto, a organização física dos documentos
dutos. Situando-se entre esses dois extremos, a legislação
arquivados, constituindo-se em referencial básico para sua
norte americana estabelece a seguinte definição: recuperação.
O planejamento, o controle, a direção, a organização, a No código de classificação, as funções, atividades, es-
capacitação, a promoção e outras atividades gerenciais re- pécies e tipos documentais genericamente denominados
lacionadas com a criação de documentos, sua manutenção, assuntos, encontram-se hierarquicamente distribuídos de
uso e eliminação, incluindo o manejo de correspondência, acordo com as funções e atividades desempenhadas pelo
formulários, diretrizes, informes, documentos informáticos, órgão. Em outras palavras, os assuntos recebem códigos
microformas, recuperação de informação, fichários, correios, numéricos, os quais refletem a hierarquia funcional do ór-
documentos vitais, equipamentos e materiais, máquinas re- gão, definida através de classes, subclasses, grupos e sub-
prográficas, técnicas de automação e elaboração de dados, grupos, partindo-se sempre do geral para o particular.
preservação e centros de arquivamento intermediários ou A classificação deve ser realizada por servidores treina-
outras instalações para armazenagem. dos, de acordo com as seguintes operações.
Sob tal perspectiva, a gestão cobre todo o ciclo de a) ESTUDO: consiste na leitura de cada documento, a
existência dos documentos desde sua produção até serem fim de verificar sob que assunto deverá ser classificado e
eliminados ou recolhidos para arquivamento permanente, quais as referências cruzadas que lhe corresponderão. A
ou seja, trata-se de todas as atividades inerentes às idades referência cruzada é um mecanismo adotado quando o
corrente e intermediária. conteúdo do documento se refere a dois ou mais assuntos.
b) CODIFICAÇÃO: consiste na atribuição do código
De acordo com o Dicionário de Terminologia Arquivís-
correspondente ao assunto de que trata o documento.
tica, do Conselho Internacional de Arquivos, a gestão de
documentos diz respeito a uma área da administração geral ROTINAS CORRESPONDENTES ÀS OPERAÇÕES DE
relacionada com a busca de economia e eficácia na produ- CLASSIFICAÇÃO
ção, manutenção, uso e destinação final dos mesmos. 1. Receber o documento para classificação;
Por meio do Ramp/PGI, a Unesco procurou também 2. Ler o documento, identificando o assunto principal e
abordar o tema conforme trabalho de James Rhoads. A o(s) secundário(s) de.
função da gestão de documentos e arquivos nos sistemas Acordo com seu conteúdo;
nacionais de informação, segundo o qual um programa ge- 3. Localizar o(s) assunto(s) no Código de classificação
ral de gestão de documentos, para alcançar economia e de documentos de arquivo, utilizando o índice, quando ne-
eficácia, envolve as seguintes fases: cessário;
Produção: concepção e gestão de formulários, prepa- 4. Anotar o código na primeira folha do documento;
ração e gestão de correspondência, gestão de informes e 5. Preencher a(s) folha(s) de referência, para os assun-
diretrizes, fomento de sistemas de gestão da informação e tos secundários.
aplicação de tecnologias modernas a esses processos;
Utilização e conservação: criação e melhoramento dos A avaliação constitui-se em atividade essencial do ci-
sistemas de arquivos e de recuperação de dados, gestão de clo de vida documental arquivísticos, na medida em que
correio e telecomunicações, seleção e uso de equipamento define quais documentos serão preservados para fins ad-
ministrativos ou de pesquisa e em que momento poderão
reprográfico, análise de sistemas, produção e manutenção
ser eliminados ou destinados aos arquivos intermediário
de programas de documentos vitais e uso de automação e
e permanente, segundo o valor e o potencial de uso que
reprografia nestes processos;
apresentam para a administração que os gerou e para a
Destinação: a identificação e descrição das séries do- sociedade.
cumentais, estabelecimento de programas de avaliação e Os primeiros atos legais destinados a disciplinar a ava-
destinação de documentos, arquivamento intermediário, liação de documentos no serviço público datam do final do
eliminação e recolhimento dos documentos de valor per- século passado, em países da Europa, nos Estados Unidos
manente às instituições arquivísticas. e no Canadá. No Brasil, a preocupação com a avaliação de
documentos públicos não é recente, mas o primeiro passo
43
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
para sua regulamentação ocorreu efetivamente com a lei A tabela de temporalidade deverá contemplar as ativi-
federal nº 8.159, de 8 de janeiro de 1991, que em seu artigo dades meio e atividades-fim de cada órgão público. Desta
9º dispõe que “a eliminação de documentos produzidos forma, caberá aos mesmos definir a temporalidade e des-
por instituições públicas e de caráter público será realizada tinação dos documentos relativos às suas atividades espe-
mediante autorização de instituição arquivística pública, na cíficas, complementando a tabela básica. Posteriormente,
sua específica esfera de competência”. esta deverá ser encaminhada à instituição arquivística pú-
O Arquivo Nacional publicou em 1985 manual técni- blica para aprovação e divulgação, por meio de ato legal
co sob o título Orientação para avaliação e arquivamento que lhe confira legitimidade.
intermediário em arquivos públicos, do qual constam dire- A tabela de temporalidade é um instrumento arquivís-
trizes gerais para a realização da avaliação e para a elabo- tico resultante de avaliação, que tem por objetivos definir
ração de tabelas de temporalidade. Em 1986, iniciaram-se prazos de guarda e destinação de documentos, com vista
as primeiras atividades de avaliação dos acervos de caráter a garantir o acesso à informação a quantos dela necessi-
intermediário sob a guarda da então Divisão de Pré Ar- tem. Sua estrutura básica deve necessariamente contem-
quivo do Arquivo Nacional, desta vez com a preocupação plar os conjuntos documentais produzidos e recebidos por
de estabelecer prazos de guarda com vista à eliminação uma instituição no exercício de suas atividades, os prazos
e, consequentemente, à redução do volume documental e de guarda nas fases corrente e intermediária, a destinação
racionalização do espaço físico. final – eliminação ou guarda permanente –, além de um
A metodologia adotada à época envolveu pesquisas campo para observações necessárias à sua compreensão
na legislação que regula a prescrição de documentos ad- e aplicação.
ministrativos, e entrevistas com historiadores e servidores Apresentam-se a seguir diretrizes para a correta utiliza-
responsáveis pela execução das atividades nos órgãos pú- ção do instrumento:
blicos, que forneceram as informações relativas aos valores 1. Assunto: Neste campo são apresentados os con-
primário e secundário dos documentos, isto é, ao seu po- juntos documentais produzidos e recebidos, hierarquica-
tencial de uso para fins administrativos e de pesquisa, res- mente distribuídos de acordo com as funções e atividades
pectivamente. Concluídos os trabalhos, ainda que restrito à desempenhadas pela instituição. Para possibilitar melhor
identificação do conteúdo da informação, foram emprega-
documentação já depositada no arquivo intermediário do
das funções, atividades, espécies e tipos documentais, ge-
Arquivo Nacional foi constituída, em 1993, uma Comissão
nericamente denominados assuntos, agrupados segundo
Interna de Avaliação que referendou os prazos de guarda e
um código de classificação, cujos conjuntos constituem o
destinação propostos.
referencial para o arquivamento dos documentos.
Com o objetivo de elaborar uma tabela de temporalida-
Como instrumento auxiliar, pode ser utilizado o índice,
de para documentos da então Secretaria de Planejamento,
que contém os conjuntos documentais ordenados alfabeti-
Orçamento e Coordenação (SEPLAN), foi criado, em 1993,
camente para agilizar a sua localização na tabela.
um grupo de trabalho composto por técnicos do Arquivo
2. Prazos de guarda: Referem-se ao tempo necessário
Nacional e daquela secretaria, cujos resultados, relativos as
para arquivamento dos documentos nas fases corrente e in-
atividades-meio, serviriam de subsídio ao estabelecimen- termediária, visando atender exclusivamente às necessida-
to de prazos de guarda e destinação para os documentos des da administração que os gerou, mencionado, preferen-
da administração pública federal. A tabela, elaborada com cialmente, em anos. Excepcionalmente, pode ser expresso
base nas experiências já desenvolvidas pelos dois órgãos, a partir de uma ação concreta que deverá necessariamente
foi encaminhada, em 1994, à Direção Geral do Arquivo Na- ocorrer em relação a um determinado conjunto documen-
cional para aprovação. tal. Entretanto, deve ser objetivo e direto na definição da
Com a instalação do Conselho Nacional de Arquivos ação – exemplos: até aprovação das contas; até homologa-
(Conarq), em novembro de 1994, foi criada, dentre outras, ção da aposentadoria; e até quitação da dívida. O prazo es-
a Câmara Técnica de Avaliação de Documentos (Ctad) para tabelecido para a fase corrente relaciona-se ao período em
dar suporte às atividades do conselho. Sua primeira tarefa que o documento é frequentemente consultado, exigindo
foi analisar e discutir a tabela de temporalidade elabora- sua permanência junto às unidades organizacionais. A fase
da pelo grupo de trabalho Arquivo Nacional/SEPLAN, com intermediária relaciona-se ao período em que o documen-
o objetivo de torná-la aplicável também aos documentos to ainda é necessário à administração, porém com menor
produzidos pelos órgãos públicos nas esferas estadual e frequência de uso, podendo ser transferido para depósito
municipal, servindo como orientação a todos os órgãos em outro local, embora à disposição desta.
participantes do Sistema Nacional de Arquivos (Sinar). A realidade arquivística no Brasil aponta para variadas
O modelo ora apresentado constitui-se em instrumen- formas de concentração dos arquivos, seja ao nível da ad-
to básico para elaboração de tabelas referentes as ativida- ministração (fases corrente e intermediária), seja no âmbito
des-meio do serviço público, podendo ser adaptado de dos arquivos públicos (permanentes ou históricos). Assim,
acordo com os conjuntos documentais produzidos e rece- a distribuição dos prazos de guarda nas fases corrente e
bidos. Vale ressaltar que a aplicação da tabela deverá estar intermediária foi definida a partir das seguintes variáveis:
condicionada à aprovação por instituição arquivística pú- I – Órgãos que possuem arquivo central e contam com
blica na sua específica esfera de competência. serviços de arquivamento intermediário:
44
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Para os órgãos federais, estaduais e municipais que se Assim começou a escrita. Na sua essência. Isto nada
enquadram nesta variável, há necessidade de redistribui- mais é do que registrar e guardar. Por sua vez, no seu sen-
ção dos prazos, considerando-se as características de cada tido mais simples, guardar é arquivar.
fase, desde que o prazo total de guarda não seja alterado, Por muito tempo reinou uma completa confusão sobre
de forma a contemplar os seguintes setores arquivísticos: o verdadeiro sentido da biblioteca, museu e arquivo. Indis-
- arquivo setorial (fase corrente, que corresponde ao cutivelmente, por anos e anos, estas instituições tiveram
arquivo da unidade organizacional); mais ou menos o mesmo objetivo. Eram elas depósitos de
- arquivo central (fase intermediária I, que corresponde tudo o que se produzira a mente humana, isto é, do resul-
ao setor de arquivo geral/central da instituição); tado do trabalho intelectual e espiritual do homem.
- arquivo intermediário (fase intermediária II, que cor- O arquivo, quando bem organizado, transmite ordens,
responde ao depósito de arquivamento intermediário, ge- evita repetição desnecessárias de experiências, diminui a
ralmente subordinado à instituição arquivística pública nas duplicidade de documentos, revela o que está por ser feito,
esferas federal, estadual e municipal). o que já foi feito e os resultados obtidos. Constitui fonte de
II – Órgãos que possuem arquivo central e não contam pesquisa para todos os ramos administrativos e auxilia o
com serviços de arquivamento intermediário: Nos órgãos
administrador a tomada de decisões.
situados nesta variável, as unidades organizacionais são
responsáveis pelo arquivamento corrente e o arquivo cen-
Os principais Sistemas ou Tipos de classificação utiliza-
tral funciona como arquivo intermediário, obedecendo aos
dos em arquivos são:
prazos previstos para esta fase e efetuando o recolhimento
ao arquivo permanente.
III – Órgãos que não possuem arquivo central e contam Método alfabético: É o sistema mais simples, fácil, lógi-
com serviços de arquivamento intermediário: Nesta variá- co e prático, porque obedecendo à ordem alfabética pode-
vel, as unidades organizacionais também funcionam como se logo imaginar que não apresentará grandes dificuldades
arquivo corrente, transferindo os documentos – depois de nem para a execução do trabalho de arquivamento, nem
cessado o prazo previsto para esta fase – para o arquivo para a procura do documento desejado, pois a consulta é
intermediário, que promoverá o recolhimento ao arquivo direta.
permanente.
IV – Órgãos que não possuem arquivo central nem Método numérico simples: Consiste em numerar as
contam com serviços de arquivamento intermediário: pastas em ordem da entrada do correspondente ou as-
Quanto aos órgãos situados nesta variável, as unidades sunto, sem nenhuma consideração à ordem alfabética dos
organizacionais são igualmente responsáveis pelo arquiva- mesmos, dispensando assim qualquer planejamento ante-
mento corrente, ficando a guarda intermediária a cargo das rior do arquivo. Para o bom êxito deste método, devemos
mesmas ou do arquivo público, o qual deverá assumir tais organizar dois índices em fichas; numas fichas serão arqui-
funções. vadas alfabeticamente, para que se saiba que numero rece-
3. Destinação final: Neste campo é registrada a desti- beu o correspondente ou assunto desejado, e no outro são
nação estabelecida que possa ser a eliminação, quando o arquivadas numericamente, de acordo com o numero que
documento não apresenta valor secundário (probatório ou recebeu o cliente ou o assunto, ao entrar para o arquivo.
informativo) ou a guarda permanente, quando as informa- Este último índice pode ser considerado tombo (registro)
ções contidas no documento são consideradas importan- de pastas ocupadas e, graças a ele, sabemos qual é o ul-
tes para fins de prova, informação e pesquisa. timo numero preenchido e assim destinaremos o numero
A guarda permanente será sempre nas instituições ar- seguinte a qualquer novo cliente que seja registrado.
quivísticas públicas (Arquivo Nacional e arquivos públicos Método alfabético numérico: Como se pode deduzir
estaduais, do Distrito Federal e municipais), responsáveis pelo seu nome, é um método que procurou reunir as van-
pela preservação dos documentos e pelo acesso às infor-
tagens dos métodos alfabéticos simples e numérico sim-
mações neles contidas. Outras instituições poderão manter
ples, tendo alcançado seu objetivo, pois desta combinação
seus arquivos permanentes, seguindo orientação técnica
resultou um método que apresenta ao mesmo tempo a
dos arquivos públicos, garantindo o intercâmbio de infor-
simplicidade de um e a exatidão e rapidez, no arquivamen-
mações sobre os respectivos acervos.
4. Observações: Neste campo são registradas informa- to, do outro. É conhecido também pelo nome de numeralfa
ções complementares e justificativas, necessárias à correta e alfanumérico.
aplicação da tabela. Incluem-se, ainda, orientações quanto
à alteração do suporte da informação e aspectos elucidati- Método geográfico: Este método é muito aconselhá-
vos quanto à destinação dos documentos, segundo a par- vel quando desejamos ordenar a documentação de acordo
ticularidade dos conjuntos documentais avaliados. com a divisão geográfica, isto é, de acordo com os países,
A necessidade de comunicação é tão antiga como a estados, cidades, municípios etc. Nos departamentos de
formação da sociedade humana, o homem, talvez na ânsia vendas, por exemplo, é de especial utilidade para agrupar
de se perpetuar, teve sempre a preocupação de registrar os correspondentes de acordo com as praças onde operam
suas observações, seu pensamento, para legá-los às gera- ou residem.
ções futuras.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Método específico ou por assunto: Indiscutivelmente prazos para sua guarda, objetivando e racionalização dos
o método especifico, representado por palavras dispostas arquivos como meio de proporcionar a eficiência adminis-
alfabeticamente, é um dos mais difíceis processos de ar- trativa.
quivamento, pois, consistindo em agrupar as pastas por Neste sentido, a fase de identificação assume um papel
assunto, apresenta a dificuldade de se escolher o melhor relevante no processo de continuidade do fazer arquivísti-
termo ou expressão que defina o assunto. Temos o voca- cos, fornecendo dados, que serão utilizados no processo
bulário todo da língua à nossa disposição e justamente o da avaliação.
fato de ser tão amplo o campo da escolha nos dificulta a O histórico da identificação inicia-se nas primeiras Jor-
seleção acertada, além do que entra muito o ponto de vista nadas de Identificação e Avaliação de Fundos Documen-
pessoal do arquivista, nesta seleção. tais das Administrações Públicas, realizadas em 1991, em
Método decimal: Este método foi inspirado no Siste- Madrid na Espanha, na qual a identificação foi reconhecida
ma Decimal de Melvil Dewey. Dewey organizou um sistema como uma fase da metodologia arquivística.
de classificação para bibliotecas, muito interessante, o qual Este reconhecimento definiu qual é o momento arqui-
conseguiu um grande sucesso; fora publicado em 1876. vístico para o desenvolvimento desta fase e como aplicar
Dividiu ele os conhecimentos humanos em dez classes, esta metodologia. A identificação passa a ser considerada
as quais, por sua vez, se subdividiram em outras dez, e as- como a primeira fase do trabalho arquivístico, e o seu cor-
sim por diante, sendo infinita essa possibilidade de subdi- po metodológico se divide em três etapas: “identificação
visão, graças à sua base decimal. do órgão produtor, identificação do elemento funcional e a
identificação do tipo documental”.
Método simplificado: Este a rigor não deveria ser consi- No Brasil, o Arquivo Nacional a partir de 1981, implan-
derado propriamente um método, pois, na realidade, nada tou o Programa de Modernização Institucional-Administra-
mais é do que a utilização de vários métodos ao mesmo tiva, o qual era constituído de vários projetos, sendo que
tempo, com a finalidade de reunir num só móvel as vanta- um deles previa a identificação e controle dos conjuntos
gens de todos eles. documentais recolhidos. A atividade da identificação ad-
quiriu uma importância maior e foi definida como uma das
Tipologia metas no tratamento dos conjuntos
Tipologia documental é a denominação que se dá Com o término desses trabalhos, foi publicado o ma-
quando reunimos determinada espécie à função ou ativi- nual de procedimentos para a identificação de documentos
dade que o documento irá exercer. Ex.: Declaração de Im- em arquivos públicos e o manual de levantamento da pro-
posto de Renda, Certidão de nascimento. dução documental em 1985 e 1986, respectivamente.
Naquele momento, a metodologia da identificação
Exemplo: Espécie e Tipologia documental apresentava um enfoque para o tratamento de massas do-
cumentais acumuladas nos arquivos, e a discussão propos-
Espécie Tipologia ta pelo Arquivo Nacional não chegou ao nível da identifi-
cação da tipologia documental, ou seja, passou longe da
Contrato Contrato de locação discussão sobre as características do documento, focando
Alvará Alvará de funcionamento apenas o nível do fundo.
Certidão Certidão de nascimento Atualmente, a metodologia de identificação tipológica
é realizada no tratamento documental, porém, é parcial-
A fase de identificação pressupõe o reconhecimento mente reconhecida na área. Mesmo estando presente na
de elementos que caracterizam os documentos, seja em literatura, há uma variação na designação do termo, este
fase de produção ou de acumulação nos arquivos, em ins- é encontrado como: tarefa, levantamento de dados, diag-
trumentos de coleta de dados. É uma fase que busca o co- nóstico de problemas documentais, análise de produção,
nhecimento dos procedimentos e rotinas de produção de análise dos documentos, análise do fluxo documental; do
documentos no órgão, cujo resultado final é a definição órgão produtor ou da instituição produtora; estudo da es-
das séries documentais. trutura organizacional, entre outros.
O estudo do contexto de produção das tipologias iden- A “fase do tratamento arquivístico consiste na investi-
tificadas pressupõe o levantamento de elementos, que ver- gação e sistematização das categorias administrativas em
sem a sua criação, estrutura e desenvolvimento do órgão, que se sustenta à estrutura de um fundo”. É considerada a
sendo esta a primeira tarefa da identificação. A segunda é primeira fase da metodologia arquivística, por apresentar
a identificação do tipo documental, a qual está baseada no um caráter intelectual e investigativo, o qual visa o reco-
método diplomático, que é utilizado para extrair e registrar nhecimento do órgão produtor e das tipologias documen-
os elementos constitutivos do documento, visando enten- tais existentes, cujo objetivo final é a definição das séries
der e conhecer o seu processo de criação. O registro desses que se configuram como conjuntos de tipos documentais
elementos nessa fase é imprescindível para a análise reali- que tem produção seriada. São nas séries que encontramos
zada na fase da avaliação, função arquivística, que tem por a identidade do órgão produtor, as funções, as competên-
finalidade atribuir valores para os documentos, definindo cias e a definição do tipo documental.
46
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Diante da escassa literatura e da ausência de estudos Martín-Palomino Benito e Torre Merino demonstram
sobre essa fase metodológica no campo da arquivística, os um estudo sistematizado, que versa sobre: órgão produtor,
dicionários publicados no país refletem tal problema. organogramas e legislação. Neste estudo os autores apre-
Vale ressaltar que o Dicionário de Terminologia Arqui- sentam vários elementos, para a elaboração do índice do
vística publicado pela Associação de Arquivistas Brasileiros órgão produtor. Conforme os autores, se deve diagnosticar
em 1996, não apresenta o termo. Entretanto, o Dicionário o nome, a origem, as datas e textos normativos que indi-
Brasileiro de Terminologia Arquivística publicado pelo Ar- quem mudanças na estrutura do órgão, as subordinações a
quivo Nacional, em 2005, faz referência e define a identifi- outros órgãos e os documentos mais produzidos.
cação como um “processo de reconhecimento, sistematiza- No repertório de organograma, o arquivista deverá
ção e registro de informações sobre arquivos, com vistas ao partir dos dados coletados, que propiciem análises, prin-
seu controle físico e/ou intelectual”. cipalmente, das diversas estruturas que o órgão apresenta.
Definição esta voltada para os arquivos enquanto fun- Já no índice legislativo serão produzidas fichas, com infor-
dos, mas que pelo menos registra o conceito, sendo uma mações sobre a legislação que afeta o órgão, definindo sua
abertura para o conhecimento da identificação como parte data de aprovação e publicação resumo da norma.
da metodologia, primeira referência à história do conceito Nota-se que os procedimentos adotados para esta
da identificação no Brasil. identificação estarão baseados em coletas de dados. Su-
Com base na proposta metodológica da fase de iden- bentende-se por coleta de dados e informações “o regis-
tificação de Martín-Palomino Benito e Torre Merino, que tro sistemático do conjunto de elementos que se associa
contemplam a identificação do órgão produtor, enquanto ao comportamento de um fenômeno, de um sistema ou
fundo e o tipo documental em seu menor nível, são defini- de um conjunto desses dois” e para diagnosticar tais con-
dos três momentos para a realização deste procedimento juntos, existem três técnicas: a entrevista, o questionário e
metodológico: a observação pessoal ou direta, que se elaboradas e apli-
1) Identificação do órgão produtor; cadas de forma imperfeita comprometerá o planejamento
2) Identificação do elemento funcional e final.
3) Identificação do tipo documental A Tipologia também cuida da reunião de documen-
Para os autores a fase de identificação, deve se ini- tos de forma automatizada. Também cabe ao seu âmbito
ciar pela identificação do órgão produtor, sendo seguida a preservação, conservação e restauração de documentos.
pela identificação do elemento funcional. Entretanto, se-
rão associadas em uma mesma etapa e/ou procedimento, MICROFILMAGEM: é um processo realizado mediante
pois são tarefas afins, as quais se complementam em um captação da imagem por meio fotográfico ou eletrônico,
mesmo estudo, e são realizadas a partir de entrevistas e/ tendo como objetivos principais reduzir o tamanho do
ou aplicação de questionário, pelo estudo da legislação, acervo e preservar os documentos originais (estima-se que
com especial atenção aos itens que tratam das funções e um microfilme preservado em condições ambientais ade-
competências, razão pela qual não há necessidade de se- quadas tenha a durabilidade média de 500 anos).
pará-las neste estudo. Nesta perspectiva, podemos afirmar A partir da microfilmagem – salvo raras exceções – o
que a fase da identificação se constitui de dois momentos, documento estará disponível para consulta apenas atra-
e não três: a identificação do órgão produtor, considerando vés do rolo de microfilme, preservando-se, dessa forma, o
os elementos funcionais que o caracterizam internamente, original. Para que possua valor legal, a microfilmagem só
e a identificação do tipo documental. pode ser realizada por cartórios ou empresas devidamente
Na fase de identificação, a primeira etapa será o le- registradas e autorizadas pelo Ministério da Justiça.
vantamento do contexto de produção, que versa sobre o Devido ao valor legal do microfilme, existe uma legis-
elemento orgânico e o órgão produtor da documentação lação específica que deve ser seguida pelas instituições en-
gerada como consequência do exercício de suas funções. volvidas em sua produção. Nesse sentido, a Lei nº 5.433/68,
Dessa forma, compreende-se como órgão produtor toda regulamentada pelo Decreto nº 1799/66, que disciplina
instituição, empresa e/ou organização de pequeno, médio toda produção de microfilme, estabelece que:
ou grande porte que exerce atividades e tem como reflexo § 1º Os microfilmes de que trata esta Lei, assim como
dessas, a produção de documentos, com o fim de atingir as certidões, os traslados e as cópias fotográficas obtidas
seus objetivos sociais, comerciais e/ou governamentais. diretamente dos filmes produzirão os mesmos efeitos le-
Portanto, é quem cria o conjunto documental. Então, como gais dos documentos originais em juízo ou fora dele.
fazer essa identificação e quais os procedimentos que de- É importante destacar que não são todos os documen-
vem ser realizados? tos de um arquivo que devem ser microfilmados.
Identificar o contexto de produção é conhecer toda
vida do órgão, significa investigar a história administrativa, AUTOMAÇÃO (Digitalização): Quando falamos em au-
sua origem, seu funcionamento, a hierarquia de competên- tomação de documentos estamos basicamente fazendo
cias e funções desempenhadas. Isso possibilita encontrar referência à transposição do suporte inicial do documen-
as falhas do órgão, que serão analisadas para se chegar a to (papel, fita magnética etc.) para um suporte digital (CD,
possíveis soluções e para gerar eficiência no desenvolvi- DVD etc.) por meio de computadores. As duas formas mais
mento das metodologias arquivísticas a serem aplicadas. comuns de automatizar (digitalizar) um documento são:
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
1. Através da transferência da informação para um CD CONSERVAÇÃO: É um conceito amplo e pode ser pen-
ou mesmo para o meio virtual (ex: disco virtual) realizado sado como termo que abrange pelo menos três (3) ideias:
pelo processo de “scanneamento” de um documento em preservação, proteção e manutenção.
papel; Conservar bens culturais (livros, documentos, objetos
2. Gravando as informações de uma fita magnética, de arte, etc.) é defendê-lo da ação dos agentes físicos, quí-
disco de vinil etc. para um CD ou DVD, por exemplo. micos e biológicos que os atacam.
A digitalização de documentos é uma política de arqui- O principal objetivo portanto da conservação é o de
vo baseada em quatro fundamentos principais: estender a vida útil dos materiais, dando aos mesmos o
1. Diminuição do tamanho do acervo; tratamento correto. Para isso é necessário permanente fis-
2. Preservação dos documentos; calização das condições ambientais, manuseio e armaze-
3. Possibilidade de acesso ao mesmo documento por namento.
várias pessoas ao mesmo tempo; A preservação ocupa-se diretamente com o patrimô-
4. Maior agilidade (ao menos em tese) na busca e recu- nio cultural consistindo na conservação desses patrimô-
peração da informação. nios em seus estados atuais. Por isso, devem ser impedidos
quaisquer danos e destruição causadas pela umidade, por
Principais diferenças entre os documentos microfilma- agentes químicos e por todos os tipos de pragas e de mi-
dos e os digitalizados: crorganismo. A manutenção, a limpeza periódica é a base
1. O microfilme possui valor legal. O documento digital da prevenção.
não possui valor legal. Assim, caso o documento tenha va- Os acervos das bibliotecas são basicamente constituí-
lor jurídico, ele poderá ser eliminado se houver sido micro- dos por materiais orgânicos e, como tal, estão sujeitos a um
filmado, mas o mesmo não poderá ser feito caso ele tenha contínuo processo de deterioração.
sido scanneado. A conservação, enquanto matéria interdisciplinar, não
2. Alguns estudos demonstram que o tempo de vida pode simplesmente suspender um processo de degrada-
útil (considera-se a integridade da informação) de um CD, ção, já instalado.
em condições de armazenamento e ambiente adequados, Pode, sim, utilizar-se de métodos técnico-científicos,
gira em torno de 200 anos. O microfilme tem um prazo numa perspectiva interdisciplinar, que reduzam o ritmo
estipulado em 500 anos. tanto quanto possível deste processo.
3. O CD pode ser guardado em condições ambientais Sobre todo legado histórico que se traduza como bem
“mais flexíveis”, enquanto que o microfilme, devido à com- cultural, na medida em que representa material de valor
posição química da fotografia, precisa de cuidados muito presente e futuro para a humanidade, a inexorável possi-
mais especiais. bilidade de degradação atinge proporções de extrema res-
ponsabilidade.
O propósito do acondicionamento é o de guardar, pro- É cientificamente provado que o papel degrada-se ra-
teger e facilitar o manuseio do material que compõe um pidamente se fabricado e, ou acondicionado sob critérios
acervo ou uma reserva técnica. Pelo fato de cada instituição indevidos. Por mais de um século tem-se fabricado papel
possuir uma política financeira, uma proposta de tratamen- destinado à impressão de livro com alto teor de acidez.
to, além de objetos de materiais, tamanhos e dimensões Sabemos perfeitamente que a acidez é uma das maiores
díspares que devem ser preservados, não há uma receita causas da degradação dos papéis. Na mesma medida, o
pronta para o acondicionamento perfeito, cada caso deve acondicionamento de obras em ambientes quente e úmido
ser analisado isoladamente, para se alcançar o objetivo de gera efeitos danosos, tais como: reações que se processam
proteger o material. a nível químico e que geralmente enfraquecem as cadeias
É necessário, então, conhecer profundamente o acervo: moleculares de celulose, fragilizando o papel. Esse fato
• a localização do prédio; concorre para que todos os acervos bibliográficos estabe-
• o espaço que abriga a reserva técnica; leçam controles ambientais próprios dentro de parâmetros
• o objeto a ser preservado. precisos.
A verificação antecipada de todos os pontos, acima re- Há um consenso entre os conservadores, no sentido de
lacionados, é de suma importância para a escolha apropria- que tanto a permanência referente à estabilidade química,
da para a resolução do trabalho a ser realizado, bem como ao grau de resistência de um material à deterioração todo o
avaliar cuidadosamente cada objeto da reserva técnica ou tempo, mesmo quando não está em uso quanto à durabili-
do acervo é primordial para a elaboração de uma emba- dade referente à resistência física, ou seja, à capacidade de
lagem, uma vez que cada um desses objetos possui um resistir à ação mecânica sobre livros e documentos, estão
comportamento específico diante de mudanças de tempe- diretamente relacionados com as condições ambientais em
ratura e de umidade, apresentando, portanto, um estado que esses materiais são acondicionados. Esses dois fatores
de conservação diferente. Dessa forma, pensar, antecipada- estão de tal forma interligados que materiais de origem
mente, em acondicionamento é ser um profissional preca- orgânica quando se deterioram quimicamente perdem
vido em relação a possíveis fatores que possam acelerar o também sua resistência física. Em outras palavras, há uma
processo de degradação dos documentos, objetos ou das estreita relação entre a longevidade dos suportes da escri-
obras que devem ser preservados. ta, quer sejam em papel, pergaminho ou outros materiais,
e as condições climáticas do ambiente onde se encontram.
48
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
O controle racional e sistemático de condições am- dade relativa, teremos um quadro bastante desfavorável na
bientais não reduz apenas os problemas de degradação, conservação de documentos em papel. Dentre as causas de
mas também e principalmente evita seu agravamento. degradação do papel, podemos citar as de origem intrínse-
A política moderna de conservação a longo prazo ca e as de origem extrínsecas.
orienta-se pela luta contra as causas de deterioração, na Poluição Atmosférica - A celulose é atacada pelos áci-
busca do maior prolongamento possível da vida útil de li- dos, ainda que nas condições de conservação mais favorá-
vros e documentos. Dentro desta perspectiva, padrões de veis. A poluição atmosférica é uma das principais causas da
conduta devem ser adotados, tais como: degradação química.
• Formular um diagnóstico do estado geral de con- Tintas - a tinta é um dos compostos mais importantes
servação da obra e uma proposta quanto aos métodos e na documentação. Foi e é usada para escrever em papéis,
materiais que poderão ser utilizados durante o tratamento; pergaminhos e materiais similares, desde que o homem
• Documentar todos os registros históricos porventura sentiu necessidade de registrar seu avanço técnico e cul-
encontrados, sem destruí-los, falsificá-los ou removê-los. tural, e é ainda indispensável para a criação de registros e
• Aplicar um tratamento de conservação dentro do li- para atividades relacionadas aos interesses de vida diária.
mite do necessário e orientar-se pelo absoluto respeito à
integridade estética, histórica e material de uma obra; 3. biológicos
• Adotar a princípio de reversibilidade, que é o leitmo- Insetos - o ataque de insetos tem provocado graves
tiv atual do desenvolvimento e aplicação do método de danos a arquivos e bibliotecas, destruindo coleções e do-
conservação em livros e documentos, pois é importante cumentos preciosos. Os principais insetos são:
ter sempre em mente que um procedimento técnico, assim Anobiídeos (brocas ou carunchos)
como determinados materiais, são sempre alvo de cons- Thysanura (traça)
tantes pesquisas e que isto propicia um futuro técnico- Blatta orientalis (barata)
científico mais promissor à segurança de uma obra. Fungos - atuam decompondo a celulose, grande parte
Fumigação é um tipo de controle de pragas através do deles produzem pigmentos que mancham o papel.
tratamento químico realizado com compostos químicos ou Roedores - A luta contra ratos é mais difícil que a pre-
formulações pesticidas (os chamados fumigantes) voláteis venção contra os insetos. Eles podem provocar desgastes
de até 20% do total do documento.
(no estado de vapor ou gás) em um sistema hermético, vi-
sando a desinfestação de materiais, objetos e instalações
4. ambientais:
que não possam ser submetidas à outras formas de trata-
Ventilação - é um outro fator a considerar como ele-
mento. Essa técnica causa dano ao documento, não deven-
mento que favorece o desenvolvimento dos agentes bioló-
do ser utilizada.
gicos, quando há pouca aeração.
Poeira - um outro fator que pode favorecer o desen-
RESTAURAÇÃO: A restauração preventiva tem por ob-
volvimento dos agentes biológicos sobre os materiais grá-
jetivo revitalizar a concepção original, ou seja, a legibilida- ficos, é a presença de pó.
de do objeto. Em uma restauração nenhum fator pode ser
negligenciado, é preciso levantar a história, revelar a tecno- 5. humanos: O Homem, ao lado dos insetos e micror-
logia empregada na fabricação ou a técnica de impressão ganismos é um outro inimigo dos livros e documentos,
utilizada e traçar um plano de acondicionamento do objeto embora devêssemos imaginar que ele seria ser o mais cui-
restaurado de modo que não volte a sofrer efeitos de dete- dadoso guardião dos mesmos.
rioração do futuro. Podemos dizer que é melhor: Conservar
e preservar para não restaurar. PRESERVAÇÃO: É uma política adotada nas empresas
Agentes exteriores que danificam os documentos: para a conservação dos documentos. Essa técnica é pro-
veniente das áreas de Arquivologia, da biblioteconomia e
1. físicos museologia preocupado com a manutenção ou a restaura-
Luminosidade - a luz é um dos fatores mais agravantes ção do acesso a artefatos, documentos e registros através
no processo de degradação dos materiais bibliográficos. do estudo, diagnóstico, tratamento e prevenção de danos
Temperatura - o papel se deteriora com o tempo mes- e da deterioração. Deve ser distinguida da conservação,
mo que as condições de conservação sejam boas. O papel que se refere ao tratamento e reparo de itens individuais
fica com sua cor original alterada e se torna frágil e isto se sob a ação de degradação lenta ou à restauração de sua
chama envelhecimento natural. usabilidade.
Umidade - o excesso de umidade estraga muito mais o
papel que a deficiência de água.
FATORES DE DETERIORAÇÃO EM ACERVOS DE AR-
2. químicos QUIVOS
Acidez do Papel - Os papéis brasileiros apresentam Conhecendo-se a natureza dos materiais componen-
um índice de acidez elevado (pH 5 em média) e portanto tes dos acervos e seu comportamento diante dos fatores
uma permanência duvidosa. Somemos ao elevado índice aos quais estão expostos, torna-se bastante fácil detectar
de acidez, o efeito das altas temperaturas predominante elementos nocivos e traçar políticas de conservação para
nos países tropicais e subtropicais e uma variação da umi- minimizá-los.
49
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Os acervos de bibliotecas e arquivos são em geral químicas, inclusive as de deterioração, é dobrada a cada
constituídos de livros, mapas, fotografias, obras de arte, aumento de 10°C. A umidade relativa alta proporciona as
revistas, manuscritos etc., que utilizam, em grande parte, condições necessárias para desencadear intensas reações
o papel como suporte da informação, além de tintas das químicas nos materiais. Evidências de temperatura e umi-
mais diversas composições. dade relativa alta são detectadas com a presença de co-
O papel, por mais variada que possa ser sua com posi- lônias de fungos nos documentos, sejam estes em papel,
ção, é formado basicamente por fibras de celulose prove- couro, tecido ou outros materiais.
nientes de diferentes origens. Umidade relativa do ar e temperatura muito baixa
Cabe-nos, portanto, encontrar soluções que permitam transparece em documentos distorcidos e ressecados.
oferecer o melhor conforto e estabilidade ao suporte da As flutuações de temperatura e umidade relativa do ar
maioria dos documentos, que é o papel. são muito mais nocivas do que os índices superiores aos
A degradação da celulose ocorre quando agentes no- considerados ideais, desde que estáveis e constantes. To-
civos atacam as ligações celulósicas, rompendo-as ou fa- dos os materiais encontrados nos acervos são higroscópi-
zendo com que se agreguem a elas novos componentes cos, isto é, absorvem e liberam umidade muito facilmente
que, uma vez instalados na molécula, desencadeiam rea- e, portanto, se expandem e se contraem com as variações
ções químicas que levam ao rompimento das cadeias ce- de temperatura e umidade relativa do ar.
lulósicas. Essas variações dimensionais aceleram o processo de
A acidez e a oxidação são os maiores processos de deterioração e provocam danos visíveis aos documentos,
deterioração química da celulose. Também há os agentes ocasionando o craquelamento de tintas, ondulações nos
físicos de deterioração, responsáveis pelos danos mecâni- papéis e nos materiais de revestimento de livros, danos nas
cos dos documentos. Os mais frequentes são os insetos, os emulsões de fotos etc..
roedores e o próprio homem. O mais recomendado é manter a temperatura o mais
Por isso, considera-se agentes de deterioração dos próximo possível de 20°C e a umidade relativa de 45% a
acervos de bibliotecas e arquivos aqueles que levam os do- 50%, evitando-se de todas as formas as oscilações de 3°C
cumentos a um estado de instabilidade física ou química, de temperatura e 10% de umidade relativa.
com comprometimento de sua integridade e existência. O monitoramento, que nos dá as diretrizes para qual-
quer projeto de mudança, é feito através do termo higrô-
Embora, com muita frequência, não possamos elimi-
metro (aparelho medidor da umidade e temperatura simul-
nar totalmente as causas do processo de deterioração dos
taneamente).
documentos, com certeza podemos diminuir consideravel-
A circulação do ar ambiente representa um fator bas-
mente seu ritmo, através de cuidados com o ambiente, o
tante importante para amenizar os efeitos da temperatura
manuseio, as intervenções e a higiene, entre outros.
e umidade relativa elevada.
Antes de citar os principais fatores de degradação, tor-
na-se indispensável dizer que existe estreita ligação entre
1.2 Radiação da luz
eles, o que faz com que o processo de deterioração tome Toda fonte de luz, seja ela natural ou artificial, emite
proporções devastadoras. radiação nociva aos materiais de acervos, provocando con-
Para facilitar a compreensão dos efeitos nocivos nos sideráveis danos através da oxidação.
acervos podemos classificar os agentes de deterioração O papel se torna frágil, quebradiço, amarelecido, escu-
em Fatores Ambientais, Fatores Biológicos, Intervenções recido. As tintas desbotam ou mudam de cor, alterando a
Impróprias, Agentes Biológicos, Furtos e Vandalismo. legibilidade dos documentos textuais, dos iconográficos e
das encadernações.
1. Fatores ambientais O componente da luz que mais merece atenção é a ra-
Os agentes ambientais são exatamente aqueles que diação ultravioleta (UV). Qualquer exposição à luz, mesmo
existem no ambiente físico do acervo: Temperatura, Umi- que por pouco tempo, é nociva e o dano é cumulativo e
dade Relativa do Ar, Radiação da Luz, Qualidade do Ar. irreversível. A luz pode ser de origem natural (sol) e artifi-
Num levantamento cuidadoso das condições de con- cial, proveniente de lâmpadas incandescentes (tungstênio)
servação dos documentos de um acervo, é possível iden- e fluorescentes (vapor de mercúrio). Deve-se evitar a luz
tificar facilmente as consequências desses fatores, quando natural e as lâmpadas fluorescentes, que são fontes gera-
não controlados dentro de uma margem de valores acei- doras de UV. A intensidade da luz é medida através de um
tável. aparelho denominado luxímetro ou fotômetro.
Todos fazem parte do ambiente e atuam em conjunto. Algumas medidas podem ser tomadas para proteção
Sem a pretensão de aprofundar as explicações científi- dos acervos:
cas de tais fatores, podemos resumir suas ações da seguin- - As janelas devem ser protegidas por cortinas ou per-
te forma: sianas que bloqueiem totalmente o sol; essa medida tam-
bém ajuda no controle de temperatura, minimizando a ge-
1.1 Temperatura e umidade relativa: O calor e a umi- ração de calor durante o dia.
dade contribuem significativamente para a destruição dos - Filtros feitos de filmes especiais também ajudam no
documentos, principalmente quando em suporte papel. O controle da radiação UV, tanto nos vidros de janelas quanto
desequilíbrio de um interfere no equilíbrio do outro. O ca- em lâmpadas fluorescentes (esses filmes têm prazo de vida
lor acelera a deterioração. A velocidade de muitas reações limitado).
50
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
- Cuidados especiais devem ser considerados em ex- ração. Essa umidade é encontrada na atmosfera local, nos
posições de curto, médio e longo tempo: materiais atacados e na própria colônia de fungos. Além da
- não expor um objeto valioso por muito tempo; umidade e nutrientes, outras condições contribuem para
- manter o nível de luz o mais baixo possível; o crescimento das colônias: temperatura elevada, falta de
- não colocar lâmpadas dentro de vitrines; circulação de ar e falta de higiene.
- proteger objetos com filtros especiais; Os fungos, além de atacarem o substrato, fragilizando
- certificar-se de que as vitrines sejam feitas de mate- o suporte, causam manchas de coloração diversas e inten-
riais que não danifiquem os documentos. sas de difícil remoção. A proliferação se dá através dos es-
poros que, em circunstâncias propícias, se reproduzem de
1.3 Qualidades do ar forma abundante e rápida.
O controle da qualidade do ar é essencial num progra- Se as condições, entretanto, forem adversas, esses es-
ma de conservação de acervos. Os poluentes contribuem poros se tornam “dormentes”. A dormência ocorre quando
pesadamente para a deterioração de materiais de bibliote- as condições ambientais se tornam desfavoráveis, como,
cas e arquivos. por exemplo, a umidade relativa do ar com índices baixos.
Há dois tipos de poluentes – os gases e as partículas Quando dormentes, os esporos ficam inativos e, por-
tanto, não se reproduzem nem atacam os documentos.
sólidas – que podem ter duas origens: os que vêm do am-
Esse estado, porém, é reversível; se as condições forem
biente externo e os gerados no próprio ambiente.
ideais, os esporos revivem e voltam a crescer e agir, mesmo
Os poluentes externos são principalmente o dióxido de
que tenham sido submetidos a congelamento ou secagem.
enxofre (SO2), óxidos de nitrogênio (NO e NO2) e o Ozô-
Os esporos ativos ou dormentes estão presentes em
nio (O3). São gases que provocam reações químicas, com todos os lugares, em todas as salas, em cada peça do acer-
formação de ácidos que causam danos sérios e irreversí- vo e em todas as pessoas, mas não é tão difícil controlá-los.
veis aos materiais. O papel fica quebradiço e descolorido; o As medidas a serem adotadas para manter os acervos
couro perde a pele e deteriora. sob controle de infestação de fungos são:
As partículas sólidas, além de carregarem gases po- - estabelecer política de controle ambiental, principal-
luentes, agem como abrasivos e desfiguram os documen- mente temperatura, umidade relativa e ar circulante, man-
tos. tendo os índices o mais próximo possível do ideal e evitan-
Agentes poluentes podem ter origem no próprio am- do oscilações acentuadas;
biente do acervo, como no caso de aplicação de vernizes, - praticar a higienização tanto do local quanto dos do-
madeiras, adesivos, tintas etc., que podem liberar gases cumentos, com metodologia e técnicas adequadas;
prejudiciais à conservação de todos os materiais. - instruir o usuário e os funcionários com relação ao
manuseio dos documentos e regras de higiene do local;
2. Agentes biológicos - manter vigilância constante dos documentos con-
Os agentes biológicos de deterioração de acervos são, tra acidentes com água, secando-os imediatamente caso
entre outros, os insetos (baratas, brocas, cupins), os roedo- ocorram.
res e os fungos, cuja presença depende quase que exclu- Observações importantes:
sivamente das condições ambientais reinantes nas depen- - O uso de fungicidas não é recomendado; os danos
dências onde se encontram os documentos. causados superam em muito a eficiência dos produtos so-
Para que atuem sobre os documentos e proliferem, ne- bre os documentos.
cessitam de conforto ambiental e alimentação. O confor- - Caso se detecte situação de infestação, chamar pro-
to ambiental para praticamente todos os seres vivos está fissionais especializados em conservação de acervos.
basicamente na temperatura e umidade relativa elevadas, - Não limpar o ambiente com água, pois esta, ao secar,
pouca circulação de ar, falta de higiene etc. eleva a umidade relativa do ar, favorecendo a proliferação
de colônias de fungos.
- Na higienização do ambiente, é recomendado o uso
2.1 Fungos
de aspirador.
Os fungos representam um grupo grande de organis-
Alguns conselhos para limpeza de material com fun-
mos. São conhecidos mais de 100.000 tipos que atuam em
gos:
diferentes ambientes, atacando diversos substratos. No
- Usar proteção pessoal: luvas de látex, máscaras, aven-
caso dos acervos de bibliotecas e arquivos, são mais co- tais, toucas e óculos de proteção (nos casos de sensibilida-
muns aqueles que vivem dos nutrientes encontrados nos de alérgica).
documentos. - Luvas, toucas e máscaras devem ser descartáveis.
Os fungos são organismos que se reproduzem através
de esporos e de forma muito intensa e rápida dentro de 2.2 Roedores
determinadas condições. Como qualquer outro ser vivo, A presença de roedores em recintos de bibliotecas e
necessitam de alimento e umidade para sobreviver e pro- arquivos ocorre pelos mesmos motivos citados acima. Ten-
liferar. O alimento provém dos papéis, amidos (colas), cou- tar obstruir as possíveis entradas para os ambientes dos
ros, pigmentos, tecidos etc. A umidade é fator indispensá- acervos é um começo. As iscas são válidas, mas para que
vel para o metabolismo dos nutrientes e para sua prolife- surtam efeito devem ser definidas por especialistas em
51
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
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zoonose. O produto deve ser eficiente, desde que não pro- A providência a ser tomada é identificar o documento
voque a morte dos roedores no recinto. A profilaxia se nos atacado e, se possível, isolá-lo até tratamento. A higieniza-
faz mesmos moldes citados acima: temperatura e umidade ção de infestados por brocas deve ser feita em lugar dis-
relativa controladas, além de higiene periódica. tante, devido ao risco de espalhar ovos ou muitas larvas
pelo ambiente.
2.3 Ataques de insetos Estes insetos precisam ser muito bem controlados: por
Baratas – Esses insetos atacam tanto papel quanto re- mais que se higienize o ambiente e se removam as larvas
vestimentos. A variedade também é grande. O ataque tem e resíduos, corre-se o risco de não eliminar totalmente os
características bem próprias, revelando-se principalmente ovos. Portanto, após a higienização, os documentos devem
por perdas de superfície e manchas de excrementos. As ser revistos de tempos em tempos.
baratas se reproduzem no próprio local e se tornam infes- Todo tratamento mais agressivo deve ser feito por pro-
tação muito rapidamente, caso não sejam combatidas. São fissionais especializados, pois o uso de qualquer produto
atraídas pelos mesmos fatores já mencionados: tempera- químico pode acarretar danos intensos aos documentos.
tura e umidade elevadas, resíduos de alimentos, falta de Cupins (Térmitas) – Os cupins representam risco não só
higiene no ambiente e no acervo. para as coleções como para o prédio em si.
Vivem em sociedades muito bem organizadas, repro-
Existem iscas para combater as baratas, mas, uma vez
duzem-se em ninhos e a ação é devastadora onde quer
instalada a infestação, devemos buscar a orientação de
que ataquem. Na grande maioria das vezes, sua presença
profissionais.
só é detectada depois de terem causado grandes danos.
Brocas (Anobídios) – São insetos que causam danos Os cupins percorrem áreas internas de alvenaria, tubu-
imensos em acervos, principalmente em livros. lações, conduítes de instalações elétricas, rodapés, baten-
A sua presença se dá principalmente por falta de pro- tes de portas e janelas etc., muitas vezes fora do alcance
grama de higienização das coleções e do ambiente e ocor- dos nossos olhos.
re muitas vezes por contato com material contaminado, Chegam aos acervos em ataques massivos, através de
cujo ingresso no acervo não foi objeto de controle. Exigem estantes coladas às paredes, caixas de interruptores de luz,
vigilância constante, devido ao tipo de ataque que exer- assoalhos etc.
cem. Os sintomas desse ataque são claros e inconfundíveis. Os ninhos não precisam obrigatoriamente estar dentro
Para combatê-lo se torna necessário conhecer sua natureza dos edifícios das bibliotecas e arquivos.
e comportamento. As brocas têm um ciclo de vida em qua- Podem estar a muitos metros de distância, inclusive na
tro fases: ovos – larva – pupa – adulta. base de árvores ou outros prédios.
A fase de ataque ao acervo é a de larva. Esse inseto se Com muita frequência, quando os cupins atacam o
reproduz por acasalamento, que ocorre no próprio acervo. acervo, já estão instalados em todo o prédio. Da mesma
Uma vez instalado, ataca não só o papel e seus derivados, forma que os outros agentes citados anteriormente, os
como também a madeira do mobiliário, portas, pisos e to- cupins se instalam em ambientes com índices de tempe-
dos os materiais à base de celulose. ratura e umidade relativa elevados, ausência de boa circu-
lação de ar, falta de higienização e pouco manuseio dos
O ataque causa perda de suporte. A larva digere os
documentos.
materiais para chegar à fase adulta. Na fase adulta, acasala
No caso de ataque de cupim, não há como solucionar
e põe ovos. Os ovos eclodem e o ciclo se repete. o problema sozinho. O ideal é buscar auxílio com um pro-
As brocas precisam encontrar condições especiais que, fissional especializado na área de conservação de acervos
como todos os outros agentes biológicos, são temperatura para cuidar dos documentos atacados e outro profissional
e umidade relativa elevadas, falta de ar circulante e falta de capacitado para cuidar do extermínio dos cupins que estão
higienização periódica no local e no acervo. na parte física do prédio. O tratamento recomendado para
A característica do ataque é o pó que se encontra na o extermínio dos cupins ou para prevenção contra novos
estante em contato com o documento. ataques é feito mediante barreiras químicas adequada-
Este pó contém saliva, excrementos, ovos e resíduos de mente projetadas.
cola, papel etc. Em geral as brocas vão em busca do ade-
sivo de amido, instalando-se nos papelões das capas, no 3. Intervenções inadequadas nos acervos
miolo e no suporte do miolo dos livros. As perdas são em Chamamos de intervenções inadequadas todos os pro-
forma de orifícios bem redondinhos. cedimentos de conservação que realizamos em um con-
A higienização metódica é a única forma de se fazer o junto de documentos com o objetivo de interromper ou
controle das condições de conservação dos documentos e, melhorar seu estado de degradação. Muitas vezes, com a
assim, detectar a presença dos insetos. Uma medida que boa intenção de protegê-los, fazemos intervenções que re-
deve ser obedecida sempre é a higienização e separação sultam em danos ainda maiores.
Nos acervos formados por livros, fotografias, docu-
de todo exemplar que for incorporado ao acervo, seja ele
mentos impressos, documentos manuscritos, mapas, plan-
originário de doação, aquisição ou recolhimento.
tas de arquitetura, obras de arte etc., é preciso ver que, se-
Quando o ataque se torna uma infestação, é preciso
gundo sua natureza, cada um apresenta suportes, tintas,
buscar a ajuda de um profissional especializado. pigmentos, estruturas etc. completamente diferentes.
52
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Qualquer tratamento que se queira aplicar exige um Na devolução dos documentos, é preciso que o funcio-
conhecimento das características individuais dos docu- nário faça uma vistoria geral em cada um.
mentos e dos materiais a serem empregados no proces-
so de conservação. Todos os profissionais de bibliotecas 5. Fatores de deterioração
e arquivos devem ter noções básicas de conservação dos Como podemos ver, os danos são intensos e muitos
documentos com que lidam, seja para efetivamente exe- são irreversíveis. Apesar de toda a problemática dos custos
cutá-la, seja para escolher os técnicos capazes de fazê-lo, de uma política de conservação, existem medidas que po-
controlando seu trabalho. Os conhecimentos de conserva- demos tomar sem despender grandes somas de dinheiro,
ção ajudam a manter equipes de controle ambiental, con-
minimizando drasticamente os efeitos desses agentes.
trole de infestações, higienização do ambiente e dos docu-
Alguns investimentos de baixo custo devem ser feitos,
mentos, melhorando as condições do acervo.
a começar por:
Pequenos reparos e acondicionamentos simples po-
dem ser realizados por aqueles que tenham sido treinados • treinamento dos profissionais na área da conservação
nas técnicas e critérios básicos de intervenção. e preservação;
• atualização desses profissionais (a conservação é uma
4. Problemas no manuseio de livros e documentos ciência em desenvolvimento constante e a cada dia novas
O manuseio inadequado dos documentos é um fator técnicas, materiais e equipamentos surgem para facilitar e
de degradação muito frequente em qualquer tipo de acer- melhorar a conservação dos documentos);
vo. • monitoração do ambiente – temperatura e umidade
O manuseio abrange todas as ações de tocar no do- relativa em níveis aceitáveis;
cumento, sejam elas durante a higienização pelos funcio- • uso de filtros e protetores contra a luz direta nos do-
nários da instituição, na remoção das estantes ou arquivos cumentos;
para uso do pesquisador, nas foto reproduções, na pesqui- • adoção de política de higienização do ambiente e dos
sa pelo usuário etc. O suporte papel tem uma resistência acervos;
determinada pelo seu estado de conservação. Os critérios • contato com profissionais experientes que possam
para higienização, por exemplo, devem ser formulados me- assessorar em caso de necessidade.
diante avaliação do estado de degradação do documento. Conservação: critérios de intervenção para a estabiliza-
Os limites devem ser obedecidos. Há documentos que, por ção de documentos
mais que necessitem de limpeza, não podem ser manipu-
Os documentos que sofrem algum tipo de dano apre-
lados durante um procedimento de higienização, porque o
sentam um processo de deterioração que progressivamen-
tratamento seria muito mais nocivo à sua integridade, que
é o item mais importante a preservar, do que a eliminação te vai levá-los a um estado de perda total. Para evitar esse
da sujidade. desfecho, interrompe-se o processo através de interven-
ções que levam à estabilização do documento.
4.1 Furto e vandalismo Estabilizar um documento é, portanto, interromper
Um volume muito grande de documentos em nossos um processo que esteja deteriorando o suporte e/ou seus
acervos é vítima de furtos e vandalismo. agregados, através de procedimentos mínimos de inter-
A falta de segurança e nenhuma política de controle venção. Por exemplo: estabilizar por higienização significa
são a causa desse desastre. que uma limpeza mecânica corrige o processo de deterio-
Além do furto, o vandalismo é muito frequente. A ração. No capítulo anterior, vimos os fatores de deteriora-
quantidade de documentos mutilados aumenta dia a dia. ção e seus efeitos nos documentos. O segundo passo será
Esse é o tipo de dano que, muitas vezes, só se constata a intervenção nesse processo de deterioração, através de
muito tempo depois. É necessário implantar uma política estabilização dos documentos danificados.
de proteção, mesmo que seja através de um sistema de Para se fazer qualquer intervenção, deve-se obedecer
segurança simples. a critérios de prioridade estabelecidos no tratamento dos
Durante o período de fechamento das instituições, a acervos: de coleções gerais ou de obras raras, no caso de
melhor proteção é feita com alarmes e detectores internos. bibliotecas, de documentos antigos ou mais recentes, no
O problema é durante o horário de funcionamento, que é
caso de arquivos.
quando os fatos acontecem.
Antes de qualquer intervenção, a primeira avaliação é
O recomendado é que se tenha uma só porta de entra-
se nós somos capazes de executá-la.
da e saída das instalações onde se encontra o acervo, para
ser usada tanto pelos consulentes/pesquisadores quanto Alguns de nós seremos capazes e muitos outros não.
pelos funcionários. Esse é o primeiro critério a seguir.
As janelas devem ser mantidas fechadas e trancadas. Caso não nos julguemos com conhecimentos necessá-
Nas áreas destinadas aos usuários, o encarregado precisa rios, a solução é buscar algum especialista da área ou acon-
ter uma visão de todas as mesas, permanecendo no local dicionar o documento enquanto aguardamos o momento
durante todo o horário de funcionamento. As chaves das oportuno de intervir.
salas de acervo e o acesso a elas devem estar disponíveis
apenas a um número restrito de funcionários.
53
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
6. Características gerais dos materiais empregados fície. Nesse processo, não se usam solventes. A limpeza de
em conservação superfície é uma etapa independente de qualquer trata-
Nos projetos de conservação/preservação de acervos mento mais intenso de conservação; é, porém, sempre a
de bibliotecas, arquivos e museus, é recomendado apenas primeira etapa a ser realizada.
o uso de materiais de qualidade arquivística, isto é, daque-
les materiais livres de quaisquer impurezas, quimicamente 8.1.2 Razões que levam a realizar a limpeza do acervo •
estáveis, resistentes, duráveis. Suas características, em re- A sujidade escurece e desfigura o documento, prejudican-
lação aos documentos onde são aplicados, distinguem-se do-o do ponto de vista estético.
pela estabilidade, neutralidade, reversibilidade e inércia. Os • As manchas ocorrem quando as partículas de poei-
materiais não enquadrados nessa classificação não podem ra se umedecem, com a alta umidade relativa ou mesmo
ser usados, pois apresentam problemas de instabilidade, por ataque de água, e penetram rapidamente no papel. A
reagem com o tempo e decompõem-se em outras subs- sujeira e outras substâncias dissolvidas se depositam nas
tâncias que vão deteriorar os documentos com os quais margens das áreas molhadas, provocando a formação de
estão em contato. Além disso, são de natureza irreversível, manchas. A remoção dessas manchas requer a intervenção
ou seja, uma vez aplicados aos documentos não podem ser
de um restaurador.
removidos.
• Os poluentes atmosféricos são altamente ácidos e,
Dentro das especificações positivas, encontramos vá-
portanto, extremamente nocivos ao papel. São rapidamen-
rios materiais: os papéis e cartões alcalinos, os poliésteres
te absorvidos, alterando seriamente o pH do papel.
inertes, os adesivos alcalinos e reversíveis, os papéis orien-
tais, borrachas plásticas etc., usados tanto para pequenas
intervenções sobre os documentos como para acondicio- 8.1.3 Avaliação do objeto a ser limpo
namento. Cada objeto deve ser avaliado individualmente para
determinar se a higienização é necessária e se pode ser
7. Critérios para a escolha de técnicas e de materiais realizada com segurança. No caso de termos as condições
para a conservação de acervos abaixo, provavelmente o tratamento não será possível:
Como já enfatizamos anteriormente, é muito impor- • Fragilidade física do suporte – Objetos com áreas
tante ter conhecimentos básicos sobre os materiais que finas, perdas, rasgos intensos podem estar muito frágeis
integram nossos acervos para que não corramos o risco de para limpeza. Áreas com manchas e áreas atacadas por
lhes causar mais danos. fungos podem não resistir à limpeza: o suporte torna-se
Vários são os procedimentos que, apesar de simples, escuro, quebradiço, manchado e, portanto, muito facil-
são de grande importância para a estabilização dos docu- mente danificado.
mentos. Quando o papel se degrada, até mesmo um suave con-
tato com o pó de borracha pode provocar a fragmentação
8. Higienização do documento.
A sujidade é o agente de deterioração que mais afeta os • Papéis de textura muito porosa – Não se deve passar
documentos. A sujidade não é inócua e, quando conjugada borracha nesses materiais, pois a remoção das partículas
a condições ambientais inadequadas, provoca reações de residuais com pincel se torna difícil:
destruição de todos os suportes num acervo. Portanto, a - papel japonês;
higienização das coleções deve ser um hábito de rotina na - papel de textura fragilizada pelo ataque de fungos
manutenção de bibliotecas ou arquivos, razão por que é (que degradam a celulose, consumindo a encolagem);
considerada a conservação preventiva por excelência. - papel molhado (que perde a encolagem e, após a se-
Durante a higienização de documentos, procedemos cagem, torna-se frágil).
também de forma simultânea a um levantamento de da-
dos sobre suas condições de conservação, para efeitos de
8.1.4 Materiais usados para limpeza de superfície
futuras intervenções. É hora Durante a higienização de do-
A remoção da sujidade superficial (que está solta so-
cumentos, procedemos também de forma simultânea a um
bre o documento) é feita através de pincéis, flanela macia,
levantamento de dados sobre suas condições de conserva-
aspirador e inúmeras outras ferramentas que se adaptam
ção, para efeitos de futuras intervenções. É hora também
de executar os primeiros socorros para que um processo à técnica.
de deterioração em andamento seja interrompido, mesmo Como já foi dito anteriormente, essa etapa é obrigató-
que não possa ser sanado no momento. ria e sempre se realiza como primeiro tratamento, quais-
quer que sejam as outras intervenções previstas.
8.1 Processos de higienização • Pincéis: são muitos os tipos de pincéis utilizados na
8.1.1 Limpeza de superfície limpeza mecânica, de diferentes formas, tamanhos, quali-
O processo de limpeza de acervos de bibliotecas e ar- dade e tipos de cerdas (podem ser usados com carga es-
quivos se restringe à limpeza de superfície e, portanto, é tática atritando as cerdas contra o nylon, material sintético
mecânica, feita a seco. A técnica é aplicada com o objetivo ou lã);
de reduzir poeira, partículas sólidas, incrustações, resíduos • Flanela: serve para remover sujidade de encaderna-
de excrementos de insetos ou outros depósitos de super- ções, por exemplo;
54
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
• Aspirador de pó: sempre com proteção de bocal e Na limpeza do miolo do livro, utilizamos um pincel
com potência de sucção controlada; macio, sem aplicar borracha ou pó de borracha. Além de
• Outros materiais usados para a limpeza: bisturi, pinça, agredir as tintas, o resíduo de borracha é permanente e de
espátula, agulha, cotonete; difícil remoção. Os resíduos agem como abrasivos e per-
• Materiais de apoio necessários para limpeza mecâ- manecerão em contato com o suporte para sempre.
nica:
- raladores de plástico ou aço inox; borrachas de vinil; 8.2.1 Limpeza de livros – metodologia em mesa de hi-
- fita-crepe; gienização
- lápis de borracha; - Encadernação (capa do livro) – limpar com trincha,
- luvas de látex ou algodão; pincel macio, aspirador, flanela macia, conforme o estado
- máscaras; da encadernação;
- papel mata-borrão; - Miolo (livro em si) – segurar firmemente o livro pela
- pesos; lombada, apertando o miolo. Com uma trincha ou pincel,
- poliéster (mylar); limpar os cortes, começando pela cabeça do livro, que é
a área que está mais exposta à sujidade. Quando a sujei-
- folhas de papel siliconado;
ra está muito incrustada e intensa, utilizar, primeiramente,
- microscópios;
aspirador de pó de baixa potência ou ainda um pedaço de
Os livros, além do suporte papel, exigem também tra-
carpete sem uso;
tamento de revestimento. Assim, o couro (inclui-se aqui o
- O miolo deve ser limpo com pincel folha a folha,
pergaminho), tecidos e plastificados fazem parte dos ma- numa primeira higienização;
teriais pertencentes aos livros. - Oxigenar as folhas várias vezes.
Para a limpeza de livros utilizamos trinchas de diferen- Num programa de manutenção, pode-se limpar a en-
tes tamanhos, pincéis, flanelas macias, aspiradores de baixa cadernação, cortes e aproximadamente as primeiras e últi-
potência com proteção de boca, pinças, espátulas de metal, mas 15 folhas, que são as mais sujeitas a receber sujidade,
entre outros materiais. devido à estrutura das encadernações. Nos livros mais frá-
Na limpeza do couro, é recomendável somente a utili- geis, deve-se suportar o volume em estruturas adequadas
zação de pincel e flanela macia, caso o couro esteja íntegro. durante a operação para evitar danos na manipulação e
Não se deve tratá-lo com óleos e solventes. tratamento.
A encadernação em pergaminho não necessita do Todo o documento que contiver gravuras ou outra téc-
mesmo tratamento do couro. Como é muito sensível à nica de obra de arte no seu interior necessita um cuidado
umidade, o tratamento aquoso deve ser evitado. Para sua redobrado. Antes de qualquer intervenção com pincéis,
limpeza, apresenta bons resultados o uso de algodão em- trinchas, flanelas, é necessário examinar bem o documento,
bebido em solvente de 50% de água e álcool. O algodão pois, nesse caso, só será recomendada a limpeza de super-
precisa estar bem enxuto, e deve-se sempre buscar traba- fície se não houver nenhum risco de dano.
lhar o suporte em pequenas áreas de cada vez. Nessa lim- No caso dos documentos impressos como os livros,
peza, é importante ter muito cuidado com os pergaminhos existe uma grande margem de segurança na resistência
muito ressecados e distorcidos. A fragilidade é intensa e das tintas em relação ao pincel. Mesmo assim, devemos
o documento pode desintegrar-se. A estabilização de per- escolher o pincel de maciez adequada para cada situação.
gaminhos, nesse caso, requer os serviços de especialistas. Em relação às obras de arte, as técnicas são tão variadas e
Há muita controvérsia no uso de Leather Dressing para as tintas de composições tão diversas que, de modo algum,
a hidratação dos couros. Os componentes das diversas se deve confiar na sua estabilidade frente à ação do pincel
fórmulas do produto variam muito (óleos, graxas, gordu- ou outro material.
ras) e, se mal aplicados, podem causar sérios problemas
8.3 Higienização de documentos de arquivo
de conservação ao couro. A fórmula do British Museum é
Materiais arquivísticos têm os seus suportes geralmen-
a mais usada e recomendada. O uso deve ser criterioso e
te quebradiços, frágeis, distorcidos ou fragmentados. Isso
não indiscriminado. Em casos específicos de livros novos
se deve principalmente ao alto índice de acidez resultante
de coleções de bibliotecas, pode ser apropriado o seu uso
do uso de papéis de baixa qualidade. As más condições de
como parte integrante de um programa de manutenção. armazenamento e o excesso de manuseio também contri-
No caso dos revestimentos em tecido, a aplicação de buem para a degradação dos materiais. Tais documentos
trincha ou aspirador é recomendável, caso sua integridade têm que ser higienizados com muito critério e cuidado.
o permita.
Nas capas de livros revestidas em papel, pode ser uti- 8.3.1 Documentos manuscritos
lizado pó de borracha ou diretamente a borracha, caso a Os mesmos cuidados para com os livros devem ser to-
integridade do papel e das tintas não fique comprometida mados em relação aos manuscritos. O exame dos docu-
com essa ação. mentos, testes de estabilidade de seus componentes para
E, nos revestimentos plastificados (percalux e outros), o uso dos materiais de limpeza mecânica e critérios de in-
deve-se usar apenas uma flanela seca e bem macia. tervenção devem ser cuidadosamente realizados.
55
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
As tintas ferrogálicas, conforme o caso podem destruir Os procedimentos e técnicas para a realização de re-
um documento pelo seu alto índice de acidez. Todo cuida- paros em documentos exigem os seguintes instrumentos:
do é pouco para manusear esses documentos. As espessas - mesa de trabalho;
tintas encontradas em partituras de música, por exemplo, - pinça;
podem estar soltas ou em estado de pó. - papel mata-borrão;
Tintas, como de cópias de carbono, são fáceis de “bor- - entretela sem cola;
rar”, ao mesmo tempo em que o tipo de papel utilizado - placa de vidro;
para isso é fino e quebradiço, tornando o manuseio mui- - peso de mármore;
to arriscado e a limpeza de superfície desaconselhável. As - espátula de metal;
áreas ilustradas e decorativas dos manuscritos iluminados - espátula de osso;
são desenhadas com tintas à base de água que podem es- - pincel chato;
tar secas e pulverulentas. A limpeza mecânica, nesses ca- - pincel fino;
sos, deve ser evitada. - filme de poliéster.
56
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
A forma e o conteúdo da Redação Oficial devem con- - Neologismos: Palavras novas que, apesar de forma-
vergir na produção dos textos dessa natureza, razão pela das de acordo com o sistema morfológico da língua, ainda
qual, muitas vezes, não há como separar uma do outro. não foram incorporadas pelo idioma. Ex.: “imexível” em vez
Indicamse, a seguir, alguns pressupostos de como devem de imóvel, que não se pode mexer; “talqualmente” em vez
ser redigidos os textos oficiais. de igualmente.
57
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Não cabe na Redação Oficial, portanto, a presença do Outro aspecto das formalidades requeridas na Reda-
“eu” enunciador, de suas impressões subjetivas, sentimen- ção Oficial é a necessidade prática de padronização dos
tos ou opiniões. Mesmo quando o agente público manifes- expedientes. Assim, as prescrições quanto à diagramação,
tase em primeira pessoa, em formas verbais comuns como: espaçamento, caracteres tipográficos etc., os modelos ine-
declaro, resolvo, determino, nomeio, exonero etc., é nos vitáveis de ofício, requerimento, memorando, aviso e ou-
termos da lei que ele o faz e é em função do cargo que tros, além de facilitar a legibilidade, servem para agilizar o
exerce que se identifica e se manifesta. andamento burocrático, os despachos e o arquivamento.
O que interessa é aquilo que se comunica, é o con- É também por essa razão que quase todos os órgãos
teúdo, o objeto da informação. A impessoalidade contribui públicos editam manuais com os modelos dos expedien-
para a necessária padronização, reduzindo a variabilidade tes que integram sua rotina burocrática. A Presidência da
da linguagem a certos padrões, sem o que cada texto seria República, a Câmara dos Deputados, o Senado, os Tribu-
suscetível de inúmeras interpretações. nais Superiores, enfim, os poderes Executivo, Legislativo e
Por isso, a Redação Oficial não admite adjetivação. O Judiciário têm os próprios ritos na elaboração dos textos e
adjetivo, ao qualificar, exprime opinião e evidencia um juí- documentos que lhes são pertinentes.
zo de valor pessoal do emissor. São inaceitáveis também a Concisão e Clareza
pontuação expressiva, que amplia a significação (! ... ), ou
Houve um tempo em que escrever bem era escrever
o emprego de interjeições (Oh! Ah!), que funcionam como
“difícil”. Períodos longos, subordinações sucessivas, vocá-
índices do envolvimento emocional do redator com aquilo
bulos raros, inversões sintáticas, adjetivação intensiva, enu-
que está escrevendo.
merações, gradações, repetições enfáticas já foram consi-
Se nos trabalhos artísticos, jornalísticos e escolares o derados virtudes estilísticas. Atualmente, a velocidade que
estilo individual é estimulado e serve como diferencial das se impõe a tudo o que se faz, inclusive ao escrever e ao
qualidades autorais, a função pública impõe a despersona- ler, tornou esses recursos quase sempre obsoletos. Hoje, a
lização do sujeito, do agente público que emite a comuni- concisão, a economia vocabular, a precisão lexical, ou seja,
cação. São inadmissíveis, portanto, as marcas individualiza- a eficácia do discurso, são pressupostos não só da Redação
doras, as ousadias estilísticas, a linguagem metafórica ou a Oficial, mas da própria literatura. Basta observar o estilo
elíptica e alusiva. A Redação Oficial prima pela denotação, “enxuto” de Graciliano Ramos, de Carios Drummond de An-
pela sintaxe clara e pela economia vocabular, ainda que drade, de João Cabral de Melo Neto, de Dalton Trevisan,
essa regularidade imponha certa “monotonia burocrática” mestres da linguagem altamente concentrada.
ao discurso. Não têm mais sentido os imensos “prolegômenos” e
Reafirmase que a intermediação entre o emissor e o “exórdios” que se repetiam como ladainhas nos textos ofi-
receptor nas Redações Oficiais é o código linguístico, den- ciais, como o exemplo risível e caricato que segue:
tro do padrão culto do idioma; uma linguagem “neutra”,
referendada pelas gramáticas, dicionários e pelo uso em “Preliminarmente, antes de mais nada, indispensável se
situações formais, acima das diferenças individuais, regio- faz que nos valhamos do ensejo para congratularmonos com
nais, de classes sociais e de níveis de escolaridade. Vossa Excelência pela oportunidade da medida proposta à
apreciação de seus nobres pares. Mas, quem sou eu, humilde
Formalidade e Padronização servidor público, para abordar questões de tamanha com-
plexidade, a respeito das quais divergem os hermeneutas e
As comunicações oficiais impõem um tratamento poli- exegetas.
do e respeitoso. Na tradição iberoamericana, afeita a títulos Entrementes, numa análise ainda que perfunctória das
e a tratamentos reverentes, a autoridade pública revela sua causas primeiras, que fundamentaram a proposição tempes-
posição hierárquica por meio de formas e de pronomes de tivamente encaminhada por Vossa Excelência, indispensável
tratamento sacramentais. “Excelentíssimo”, “Ilustríssimo”, se faz uma abordagem preliminar dos antecedentes imedia-
tos, posto que estes antecedentes necessariamente antece-
“Meritíssimo”, “Reverendíssimo” são vocativos que, em al-
dem os consequentes”.
gumas instâncias do poder, tornaramse inevitáveis. Enten-
da-se que essa solenidade tem por consideração o cargo, a
Observe que absolutamente nada foi dito ou informa-
função pública, e não a pessoa de seu exercente.
do.
Vale lembrar que os pronomes de tratamento são obri-
gatoriamente regidos pela terceira pessoa. São erros muito As Comunicações Oficiais
comuns construções como “Vossa Excelência sois bondo-
so(a)”; o correto é “Vossa Excelência é bondoso(a)”. A redação das comunicações oficiais obedece a pre-
A utilização da segunda pessoa do plural (vós), com ceitos de objetividade, concisão, clareza, impessoalidade,
que os textos oficiais procuravam revestirse de um tom so- formalidade, padronização e correção gramatical.
lene e cerimonioso no passado, é hoje incomum, anacrô- Além dessas, há outras características comuns à comu-
nica e pedante, salvo em algumas peças oratórias envol- nicação oficial, como o emprego de pronomes de trata-
vendo tribunais ou juizes, herdeiras, no Brasil, da tradição mento, o tipo de fecho (encerramento) de uma correspon-
retórica de Rui Barbosa e seus seguidores. dência e a forma de identificação do signatário, conforme
58
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
define o Manual de Redação da Presidência da República. - Do Poder Judiciário - Ministros dos Tribunais Supe-
Outros órgãos e instituições do poder público também riores; Membros de Tribunais; Juizes; Auditores da Justiça
possuem manual de redação próprio, como a Câmara dos Militar.
Deputados, o Senado Federal, o Ministério das Relações
Exteriores, diversos governos estaduais, órgãos do Judiciá- Vocativos
rio etc.
O vocativo a ser empregado em comunicações dirigi-
Pronomes de Tratamento das aos chefes de poder é Excelentíssimo Senhor, seguido
do cargo respectivo: Excelentíssimo Senhor Presidente da
A regra diz que toda comunicação oficial deve ser for-
República; Excelentíssimo Senhor Presidente do Congresso
mal e polida, isto é, ajustada não apenas às normas gra-
Nacional; Excelentíssimo Senhor Presidente do Supremo
maticais, como também às normas de educação e corte-
Tribunal Federal.
sia. Para isso, é fundamental o emprego de pronomes de
tratamento, que devem ser utilizados de forma correta, de As demais autoridades devem ser tratadas com o vo-
acordo com o destinatário e as regras gramaticais. cativo Senhor ou Senhora, seguido do respectivo cargo:
Embora os pronomes de tratamento se refiram à se- Senhor Senador / Senhora Senadora; Senhor Juiz/ Senhora
gunda pessoa (Vossa Excelência, Vossa Senhoria), a concor- Juiza; Senhor Ministro / Senhora Ministra; Senhor Governa-
dância é feita em terceira pessoa. dor / Senhora Governadora.
Endereçamento
Concordância verbal:
Vossa Senhoria falou muito bem. De acordo com o Manual de Redação da Presidência,
Vossa Excelência vai esclarecer o tema. no envelope, o endereçamento das comunicações dirigi-
Vossa Majestade sabe que respeitamos sua opinião. das às autoridades tratadas por Vossa Excelência, deve ter
a seguinte forma:
Concordância pronominal:
Pronomes de tratamento concordam com pronomes A Sua Excelência o Senhor
possessivos na terceira pessoa. Fulano de Tal
Vossa Excelência escolheu seu candidato. (e não “vos- Ministro de Estado da Justiça
so...”). 70064900 Brasília. DF
Concordância nominal:
A Sua Excelência o Senhor
Os adjetivos devem concordar com o sexo da pessoa a
que se refere o pronome de tratamento. Senador Fulano de Tal
Vossa Excelência ficou confuso. (para homem) Senado Federal
Vossa Excelência ficou confusa. (para mulher) 70165900 Brasília. DF
Vossa Senhoria está ocupado. (para homem)
Vossa Senhoria está ocupada. (para mulher) A Sua Excelência o Senhor
Fulano de Tal
Sua Excelência - de quem se fala (ele/ela). Juiz de Direito da l0ª Vara Cível
Vossa Excelência - com quem se fala (você) Rua ABC, nº 123
01010000 São Paulo. SP
Emprego dos Pronomes de Tratamento
Conforme o Manual de Redação da Presidência, “em
As normas a seguir fazem parte do Manual de Redação comunicações oficiais, está abolido o uso do tratamento
da Presidência da República. digníssimo (DD) às autoridades na lista anterior. A dignida-
de é pressuposto para que se ocupe qualquer cargo públi-
Vossa Excelência: É o tratamento empregado para as co, sendo desnecessária sua repetida evocação”.
seguintes autoridades:
- Do Poder Executivo - Presidente da República; Vi-
Vossa Senhoria: É o pronome de tratamento emprega-
ce-presidenIe da República; Ministros de Estado; Governa-
do para as demais autoridades e para particulares. O vo-
dores e vicegovernadores de Estado e do Distrito Federal;
cativo adequado é: Senhor Fulano de Tal / Senhora Fulana
Oficiais generais das Forças Armadas; Embaixadores; Se-
de Tal.
cretáriosexecutivos de Ministérios e demais ocupantes de
cargos de natureza especial; Secretários de Estado dos Go-
No envelope, deve constar do endereçamento:
vernos Estaduais; Prefeitos Municipais.
Ao Senhor
- Do Poder Legislativo - Deputados Federais e Sena-
Fulano de Tal
dores; Ministro do Tribunal de Contas da União; Deputados
Rua ABC, nº 123
Estaduais e Distritais; Conselheiros dos Tribunais de Contas
70123-000 – Curitiba.PR
Estaduais; Presidentes das Câmaras Legislativas Municipais.
59
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
60
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Introdução: que se confunde com o parágrafo de - é obrigatório constar a partir da segunda página o
abertura, na qual é apresentado o assunto que motiva a número da página;
comunicação. Evite o uso das formas: “Tenho a honra de”, - os ofícios, memorandos e anexos destes poderão ser
“Tenho o prazer de”, “Cumpreme informar que”,empregue impressos em ambas as faces do papel. Neste caso, as mar-
a forma direta; gens esquerda e direita terão as distâncias invertidas nas
Desenvolvimento: no qual o assunto é detalhado; se páginas pares (“margem espelho”);
o texto contiver mais de uma ideia sobre o assunto, elas - o início de cada parágrafo do texto deve ter 2,5 cm de
devem ser tratadas em parágrafos distintos, o que confere distância da margem esquerda;
maior clareza à exposição; - o campo destinado à margem lateral esquerda terá,
Conclusão: em que é reafirmada ou simplesmente rea- no mínimo 3,0 cm de largura;
presentada a posição recomendada sobre o assunto. - o campo destinado à margem lateral direita terá 1,5
cm;
Os parágrafos do texto devem ser numerados, exceto - deve ser utilizado espaçamento simples entre as li-
nos casos em que estes estejam organizados em itens ou nhas e de 6 pontos após cada parágrafo, ou, se o editor
títulos e subtítulos. de texto utilizado não comportar tal recurso, de uma linha
Quando se tratar de mero encaminhamento de docu-
em branco;
mentos, a estrutura deve ser a seguinte:
Introdução: deve iniciar com referência ao expedien-
- não deve haver abuso no uso de negrito, itálico, sub-
te que solicitou o encaminhamento. Se a remessa do do-
linhado, letras maiúsculas, sombreado, sombra, relevo, bor-
cumento não tiver sido solicitada, deve iniciar com a in-
formação do motivo da comunicação, que é encaminhar, das ou qualquer outra forma de formatação que afete a
indicando a seguir os dados completos do documento en- elegância e a sobriedade do documento;
caminhado (tipo, data, origem ou signatário, e assunto de - a impressão dos textos deve ser feita na cor preta em
que trata), e a razão pela qual está sendo encaminhado, papel branco. A impressão colorida deve ser usada apenas
segundo a seguinte fórmula: para gráficos e ilustrações;
“Em resposta ao Aviso nº 112, de 10 de fevereiro de - todos os tipos de documento do padrão ofício devem
2011, encaminho, anexa, cópia do Ofício nº 34, de 3 de abril ser impressos em papel de tamanho A4, ou seja, 29,7 x 21,0
de 2010, do Departamento Geral de Administração, que tra- cm;
ta da requisição do servidor Fulano de Tal.” - deve ser utilizado, preferencialmente, o formato de
arquivo Rich Text nos documentos de texto;
ou - dentro do possível, todos os documentos elabora-
dos devem ter o arquivo de texto preservado para consulta
“Encaminho, para exame e pronunciamento, a anexa posterior ou aproveitamento de trechos para casos análo-
cópia do telegrama nº 112, de 11 de fevereiro de 2011, do gos;
Presidente da Confederação Nacional de Agricultura, a res- - para facilitar a localização, os nomes dos arquivos de-
peito de projeto de modernização de técnicas agrícolas na vem ser formados da seguinte maneira: tipo do documento
região Nordeste.” + número do documento + palavraschave do conteúdo.
Exemplo:
Desenvolvimento: se o autor da comunicação dese-
jar fazer algum comentário a respeito do documento que “Of. 123 relatório produtividade ano 2010”
encaminha, poderá acrescentar parágrafos de desenvolvi-
mento; em caso contrário, não há parágrafos de desenvol- Aviso e Ofício (Comunicação Externa)
vimento em aviso ou ofício de mero encaminhamento. São modalidades de comunicação oficial praticamen-
te idênticas. A única diferença entre eles é que o aviso é
- Fecho.
expedido exclusivamente por Ministros de Estado, para
- Assinatura.
autoridades de mesma hierarquia, ao passo que o ofício
- Identificação do Signatário
é expedido para e pelas demais autoridades. Ambos têm
como finalidade o tratamento de assuntos oficiais pelos ór-
Forma de Diagramação
gãos da Administração Pública entre si e, no caso do ofício,
Os documentos do padrão ofício devem obedecer à se- também com particulares.
guinte forma de apresentação: Quanto a sua forma, Aviso e Ofício seguem o modelo
do padrão ofício, com acréscimo do vocativo, que invoca o
- deve ser utilizada fonte do tipo Times New Roman de destinatário, seguido de vírgula. Exemplos:
corpo 12 no texto em geral, 11 nas citações, e 10 nas notas Excelentíssimo Senhor Presidente da República,
de rodapé; Senhora Ministra,
- para símbolos não existentes na fonte Times New Ro- Senhor Chefe de Gabinete,
man, poderseão utilizar as fontes symbol e Wíngdings;
61
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Devem constar do cabeçalho ou do rodapé do ofício as No primeiro caso, o da exposição de motivos que sim-
seguintes informações do remetente: plesmente leva algum assunto ao conhecimento do Presi-
- nome do órgão ou setor; dente da República, sua estrutura segue o modelo antes
- endereço postal; referido para o padrão ofício.
- telefone e endereço de correio eletrônico. Já a exposição de motivos que submeta à consideração
Obs: Modelo no final da matéria. do Presidente da República a sugestão de alguma medida
a ser adotada ou a que lhe apresente projeto de ato nor-
Memorando ou Comunicação Interna mativo, embora sigam também a estrutura do padrão ofí-
O Memorando é a modalidade de comunicação entre cio, além de outros comentários julgados pertinentes por
unidades administrativas de um mesmo órgão, que podem seu autor, devem, obrigatoriamente, apontar:
estar hierarquicamente em mesmo nível ou em nível di- - na introdução: o problema que está a reclamar a
adoção da medida ou do ato normativo proposto;
ferente. Tratase, portanto, de uma forma de comunicação
- no desenvolvimento: o porquê de ser aquela me-
eminentemente interna.
dida ou aquele ato normativo o ideal para se solucionar
Pode ter caráter meramente administrativo, ou ser em-
o problema, e eventuais alternativas existentes para equa-
pregado para a exposição de projetos, ideias, diretrizes etc. cionálo;
a serem adotados por determinado setor do serviço pú- - na conclusão, novamente, qual medida deve ser to-
blico. mada, ou qual ato normativo deve ser editado para solu-
Sua característica principal é a agilidade. A tramitação cionar o problema.
do memorando em qualquer órgão deve pautar-se pela ra- Deve, ainda, trazer apenso o formulário de anexo à ex-
pidez e pela simplicidade de procedimentos burocráticos. posição de motivos, devidamente preenchido, de acordo
Para evitar desnecessário aumento do número de comu- com o seguinte modelo previsto no Anexo II do Decreto nº
nicações, os despachos ao memorando devem ser dados 4.1760, de 28 de março de 2010.
no próprio documento e, no caso de falta de espaço, em Anexo à exposição de motivos do (indicar nome do
folha de continuação. Esse procedimento permite formar Ministério ou órgão equivalente) nº ______, de ____ de
uma espécie de processo simplificado, assegurando maior ______________ de 201_.
transparência a tomada de decisões, e permitindo que se
historie o andamento da matéria tratada no memorando. - Síntese do problema ou da situação que reclama pro-
Quanto a sua forma, o memorando segue o modelo vidências;
do padrão ofício, com a diferença de que seu destinatário - Soluções e providências contidas no ato normativo
deve ser mencionado pelo cargo que ocupa. Exemplos: ou na medida proposta;
- Alternativas existentes às medidas propostas. Men-
cionar:
Ao Sr. Chefe do Departamento de Administração
- se há outro projeto do Executivo sobre a matéria;
Ao Sr. Subchefe para Assuntos Jurídicos. - se há projetos sobre a matéria no Legislativo;
- outras possibilidades de resolução do problema.
Obs: Modelo no final da matéria. - Custos. Mencionar:
Exposição de Motivos - se a despesa decorrente da medida está prevista na
lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
É o expediente dirigido ao presidente da República ou custeála;
ao vice-presidente para: - se a despesa decorrente da medida está prevista na
- informá-lo de determinado assunto; lei orçamentária anual; se não, quais as alternativas para
- propor alguma medida; ou custeála;
- submeter a sua consideração projeto de ato norma- - valor a ser despendido em moeda corrente;
tivo. - Razões que justificam a urgência (a ser preenchido
somente se o ato proposto for medida provisória ou proje-
Em regra, a exposição de motivos é dirigida ao Presi- to de lei que deva tramitar em regime de urgência). Men-
dente da República por um Ministro de Estado. Nos casos cionar:
em que o assunto tratado envolva mais de um Ministério, - se o problema configura calamidade pública;
a exposição de motivos deverá ser assinada por todos os - por que é indispensável a vigência imediata;
- se se trata de problema cuja causa ou agravamento
Ministros envolvidos, sendo, por essa razão, chamada de
não tenham sido previstos;
interministerial.
- se se trata de desenvolvimento extraordinário de si-
Formalmente a exposição de motivos tem a apresenta-
tuação já prevista.
ção do padrão ofício. De acordo com sua finalidade, apre- - Impacto sobre o meio ambiente (somente que o ato
senta duas formas básicas de estrutura: uma para aquela ou medida proposta possa vir a tê-lo)
que tenha caráter exclusivamente informativo e outra para - Alterações propostas. Texto atual, Texto proposto;
a que proponha alguma medida ou submeta projeto de ato - Síntese do parecer do órgão jurídico.
normativo.
62
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Com base em avaliação do ato normativo ou da medi- para informar sobre fato da Administração Pública; expor o
da proposa à luz das questões levantadas no ítem 10.4.3. plano de governo por ocasião da abertura de sessão legis-
A falta ou insuficiência das informações prestadas pode lativa; submeter ao Congresso Nacional matérias que de-
acarretar, a critério da Subchefia para Assuntos Jurídicos da pendem de deliberação de suas Casas; apresentar veto; en-
Casa Civil, a devolução do projeto de ato normativo para fim, fazer e agradecer comunicações de tudo quanto seja
que se complete o exame ou se reformule a proposta. de interesse dos poderes públicos e da Nação.
O preenchimento obrigatório do anexo para as expo- Minuta de mensagem pode ser encaminhada pelos
sições de motivos que proponham a adoção de alguma Ministérios à Presidência da República, a cujas assessorias
medida ou a edição de ato normativo tem como finalidade: caberá a redação final.
- permitir a adequada reflexão sobre o problema que As mensagens mais usuais do Poder Executivo ao Con-
se busca resolver; gresso Nacional têm as seguintes finalidades:
- ensejar mais profunda avaliação das diversas causas
do problema e dos defeitos que pode ter a adoção da me- - Encaminhamento de projeto de lei ordinária, com-
dida ou a edição do ato, em consonância com as questões plementar ou financeira: Os projetos de lei ordinária ou
que devem ser analisadas na elaboração de proposições complementar são enviados em regime normal (Constitui-
normativas no âmbito do Poder Executivo (v. 10.4.3.) ção, art. 61) ou de urgência (Constituição, art. 64, §§ 1º a
- conferir perfeita transparência aos atos propostos. 4º). Cabe lembrar que o projeto pode ser encaminhado sob
o regime normal e mais tarde ser objeto de nova mensa-
gem, com solicitação de urgência.
Dessa forma, ao atender às questões que devem ser Em ambos os casos, a mensagem se dirige aos Mem-
analisadas na elaboração de atos normativos no âmbito do bros do Congresso Nacional, mas é encaminhada com avi-
Poder Executivo, o texto da exposição de motivos e seu so do Chefe da Casa Civil da Presidência da República ao
anexo complementam-se e formam um todo coeso: no Primeiro Secretário da Câmara dos Deputados, para que
anexo, encontramos uma avaliação profunda e direta de tenha início sua tramitação (Constituição, art. 64, caput).
toda a situação que está a reclamar a adoção de certa pro- Quanto aos projetos de lei financeira (que compreen-
vidência ou a edição de um ato normativo; o problema a dem plano plurianual, diretrizes orçamentárias, orçamentos
ser enfrentado e suas causas; a solução que se propõe, seus anuais e créditos adicionais), as mensagens de encaminha-
efeitos e seus custos; e as alternativas existentes. O texto da mento dirigemse aos membros do Congresso Nacional, e
exposição de motivos fica, assim, reservado à demonstra- os respectivos avisos são endereçados ao Primeiro Secretá-
ção da necessidade da providência proposta: por que deve rio do Senado Federal. A razão é que o art. 166 da Consti-
ser adotada e como resolverá o problema. tuição impõe a deliberação congressual sobre as leis finan-
Nos casos em que o ato proposto for questão de ceiras em sessão conjunta, mais precisamente, “na forma
pessoal (nomeação, promoção, ascenção, transferência, do regimento comum”. E à frente da Mesa do Congresso
readaptação, reversão, aproveitamento, reintegração, re- Nacional está o Presidente do Senado Federal (Constitui-
condução, remoção, exoneração, demissão, dispensa, dis- ção, art. 57, § 5º), que comanda as sessões conjuntas.
ponibilidade, aposentadoria), não é necessário o encami- As mensagens aqui tratadas coroam o processo desen-
nhamento do formulário de anexo à exposição de motivos. volvido no âmbito do Poder Executivo, que abrange mi-
Ressalte-se que: nucioso exame técnico, jurídico e econômicofinanceiro das
- a síntese do parecer do órgão de assessoramento ju- matérias objeto das proposições por elas encaminhadas.
rídico não dispensa o encaminhamento do parecer com- Tais exames materializamse em pareceres dos diversos
pleto; órgãos interessados no assunto das proposições, entre eles
- o tamanho dos campos do anexo à exposição de mo- o da Advocacia Geral da União. Mas, na origem das pro-
tivos pode ser alterado de acordo com a maior ou menor postas, as análises necessárias constam da exposição de
extensão dos comentários a serem alí incluídos. motivos do órgão onde se geraram, exposição que acom-
Ao elaborar uma exposição de motivos, tenha presen- panhará, por cópia, a mensagem de encaminhamento ao
te que a atenção aos requisitos básicos da Redação Oficial Congresso.
(clareza, concisão, impessoalidade, formalidade, padroni-
zação e uso do padrão culto de linguagem) deve ser redo- - Encaminhamento de medida provisória: Para dar
brada. A exposição de motivos é a principal modalidade cumprimento ao disposto no art. 62 da Constituição, o Pre-
de comunicação dirigida ao Presidente da República pelos sidente da República encaminha mensagem ao Congresso,
Ministros. Além disso, pode, em certos casos, ser encami- dirigida a seus membros, com aviso para o Primeiro Secre-
nhada cópia ao Congresso Nacional ou ao Poder Judiciário tário do Senado Federal, juntando cópia da medida provi-
ou, ainda, ser publicada no Diário Oficial da União, no todo sória, autenticada pela Coordenação de Documentação da
ou em parte. Presidência da República.
- Indicação de autoridades: As mensagens que sub-
Mensagem metem ao Senado Federal a indicação de pessoas para
É o instrumento de comunicação oficial entre os Che- ocuparem determinados cargos (magistrados dos Tribu-
fes dos Poderes Públicos, notadamente as mensagens en- nais Superiores, Ministros do TCU, Presidentes e diretores
viadas pelo Chefe do Poder Executivo ao Poder Legislativo do Banco Central, ProcuradorGeral da República, Chefes
63
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
de Missão Diplomática etc.) têm em vista que a Constitui- - Outras mensagens: Também são remetidas ao Legis-
ção, no seu art. 52, incisos III e IV, atribui àquela Casa do lativo com regular frequência mensagens com:
Congresso Nacional competência privativa para aprovar a - encaminhamento de atos internacionais que acarre-
indicação. O currículum vitae do indicado, devidamente as- tam encargos ou compromissos gravosos (Constituição,
sinado, acompanha a mensagem. art. 49, I);
- Pedido de autorização para o presidente ou o vice- - pedido de estabelecimento de alíquolas aplicáveis
presidente da República se ausentarem do País por mais às operações e prestações interestaduais e de exportação
de 15 dias: Tratase de exigência constitucional (Constitui- (Constituição, art. 155, § 2º, IV);
ção, art. 49, III, e 83), e a autorização é da competência - proposta de fixação de limites globais para o montan-
privativa do Congresso Nacional. O presidente da Repúbli- te da dívida consolidada (Constituição, art. 52, VI);
ca, tradicionalmente, por cortesia, quando a ausência é por - pedido de autorização para operações financeiras ex-
prazo inferior a 15 dias, faz uma comunicação a cada Casa ternas (Constituição, art. 52, V); e outros.
do Congresso, enviandolhes mensagens idênticas.
Entre as mensagens menos comuns estão as de:
- Encaminhamento de atos de concessão e renova- - convocação extraordinária do Congresso Nacional
ção de concessão de emissoras de rádio e TV: A obri- (Constituição, art. 57, § 6º);
gação de submeter tais atos à apreciagão do Congresso - pedido de autorização para exonerar o Procurador-
Nacional consta no inciso XII do artigo 49 da Constituição. Geral da República (art. 52, XI, e 128, § 2º);
Somente produzirão efeitos legais a outorga ou renovação - pedido de autorização para declarar guerra e decretar
da concessão após deliberação do Congresso Nacional mobilização nacional (Constituição, art. 84, XIX);
(Constituição, art. 223, § 3º). Descabe pedir na mensagem a - pedido de autorização ou referendo para celebrara
urgência prevista no art. 64 da Constituição, porquanto o § paz (Constituição, art. 84, XX);
1º do art. 223 já define o prazo da tramitação. - justificativa para decretação do estado de defesa ou
Além do ato de outorga ou renovação, acompanha a de sua prorrogação (Constituição, art. 136, § 4º);
mensagem o correspondente processo administrativo. - pedido de autorização para decretar o estado de sítio
- Encaminhamento das contas referentes ao exer- (Constituição, art. 137);
cício anterior: O Presidente da República tem o prazo de - relato das medidas praticadas na vigência do esta-
sessenta dias após a abertura da sessão legislativa para en- do de sítio ou de defesa (Constituição, art. 141, parágrafo
viar ao Congresso Nacional as contas referentes ao exer- único);
cício anterior (Constituição, art. 84, XXIV), para exame e - proposta de modificação de projetas de leis financei-
parecer da Comissão Mista permanente (Constituição, art. ras (Constituição, art. 166, § 5º);
166, § 1º), sob pena de a Câmara dos Deputados realizar - pedido de autorização para utilizar recursos que fi-
a tomada de contas (Constituição, art. 51, II), em procedi- carem sem despesas correspondentes, em decorrência de
mento disciplinado no art. 215 do seu Regimento Interno. veto, emenda ou rejeição do projeto de lei orçamentária
anual (Constituição, art. 166, § 8º);
- Mensagem de abertura da sessão legislativa: Ela - pedido de autorização para alienar ou conceder ter-
deve conter o plano de governo, exposição sobre a situa- ras públicas com área superior a 2.500 ha (Constituição, art.
ção do País e solicitação de providências que julgar neces- 188, § 1º); etc.
sárias (Constituição, art. 84, XI).
O portador da mensagem é o Chefe da Casa Civil da As mensagens contêm:
Presidência da República. Esta mensagem difere das de- - a indicação do tipo de expediente e de seu número,
mais porque vai encadernada e é distribuída a todos os horizontalmente, no início da margem esquerda:
congressistas em forma de livro.
Mensagem nº
- Comunicação de sanção (com restituição de au-
tógrafos): Esta mensagem é dirigida aos membros do - vocativo, de acordo com o pronome de tratamento e
Congresso Nacional, encaminhada por Aviso ao Primeiro o cargo do destinatário, horizontalmente, no início da mar-
Secretário da Casa onde se originaram os autógrafos. Nela gem esquerda:
se informa o número que tomou a lei e se restituem dois
exemplares dos três autógrafos recebidos, nos quais o Pre- Excelentíssimo Senhor Presidente do Senado Federal,
sidente da República terá aposto o despacho de sanção.
- o texto, iniciando a 2 cm do vocativo;
- Comunicação de veto: Dirigida ao Presidente do - o local e a data, verticalmente a 2 cm do final do
Senado Federal (Constituição, art. 66, § 1º), a mensagem texto, e horizontalmente fazendo coincidir seu final com a
informa sobre a decisão de vetar, se o veto é parcial, quais margem direita. A mensagem, como os demais atos assi-
as disposições vetadas, e as razões do veto. Seu texto vai nados pelo Presidente da República, não traz identificação
publicado na íntegra no Diário Oficial da União, ao contrá- de seu signatário.
rio das demais mensagens, cuja publicação se restringe à
notícia do seu envio ao Poder Legislativo. Obs: Modelo no final da matéria.
64
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
65
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Carta - Data.
- Texto.
É a forma de correspondência emitida por particular, ou - Assinatura e função ou cargo da autoridade.
autoridade com objetivo particular, não se confundindo com
o memorando (correspondência interna) ou o ofício (corres- O despacho pode constituirse de uma palavra, de uma
pondência externa), nos quais a autoridade que assina ex- expressão ou de um texto mais longo.
pressa uma opinião ou dá uma informação não sua, mas, sim,
do órgão pelo qual responde. Em grande parte dos casos da Obs: Modelo no final da matéria.
correspondência enviada por deputados, devese usar a carta,
não o memorando ou ofício, por estar o parlamentar emitin- Ordem de Serviço
do parecer, opinião ou informação de sua responsabilidade, e É o instrumento que encerra orientações detalhadas e/ou
não especificamente da Câmara dos Deputados. O parlamen- pontuais para a execução de serviços por órgãos subordina-
tar deverá assinar memorando ou ofício apenas como titular dos da Administração. Estrutura:
de função oficial específica (presidente de comissão ou mem- - Título: ORDEM DE SERVIÇO, numeração e data.
bro da Mesa, por exemplo). Estrutura: - Preâmbulo e fundamentação: denominação da autori-
- Local e data. dade que expede o ato (em maiúsculas) e citação da legisla-
- Endereçamento, com forma de tratamento, destinatário, ção pertinente ou por força das prerrogativas do cargo, segui-
cargo e endereço. da da palavra “resolve”.
- Vocativo. - Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser dividi-
- Texto. do em itens, incisos, alíneas etc.
- Fecho. - Assinatura: nome da autoridade competente e indica-
- Assinatura: nome e, quando necessário, função ou car- ção da função.
go. A Ordem de Serviço se assemelha à Portaria, porém pos-
Se o gabinete usar cartas com frequência, poderá nume- sui caráter mais específico e detalhista. Objetiva, essencial-
rálas. Nesse caso, a numeração poderá apoiar-se no padrão mente, a otimização e a racionalização de serviços.
básico de diagramação. Obs: Modelo no final da matéria.
O fecho da carta segue, em geral, o padrão da corres-
pondência oficial, mas outros fechos podem ser usados, a Parecer
exemplo de “Cordialmente”, quando se deseja indicar relação É a opinião fundamentada, emitida em nome pessoal ou
de proximidade ou igualdade de posição entre os correspon- de órgão administrativo, sobre tema que lhe haja sido subme-
dentes. tido para análise e competente pronunciamento. Visa forne-
cer subsídios para tomada de decisão. Estrutura:
Obs: Modelo no final da matéria. - Número de ordem (quando necessário).
- Número do processo de origem.
Declaração - Ementa (resumo do assunto).
É o documento em que se informa, sob responsabilidade, - Texto, compreendendo: Histórico ou relatório (introdu-
algo sobre pessoa ou acontecimento. Estrutura: ção); Parecer (desenvolvimento com razões e justificativas);
- Título: DECLARAÇÃO, centralizado. Fecho opinativo (conclusão).
- Texto: exposição do fato ou situação declarada, com fi- - Local e data.
nalidade, nome do interessado em destaque (em maiúsculas) - Assinatura, nome e função ou cargo do parecerista.
e sua relação com a Câmara nos casos mais formais.
- Local e data. Além do Parecer Administrativo, acima conceituado, exis-
- Assinatura: nome da pessoa que declara e, no caso de te o Parecer Legislativo, que é uma proposição, e, como tal,
autoridade, função ou cargo. definido no art. 126 do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados.
A declaração documenta uma informação prestada por O desenvolvimento do parecer pode ser dividido em tan-
autoridade ou particular. No caso de autoridade, a compro- tos itens (e estes intitulados) quantos bastem ao parecerista
vação do fato ou o conhecimento da situação declarada deve para o fim de melhor organizar o assunto, imprimindolhe cla-
serem razão do cargo que ocupa ou da função que exerce. reza e didatismo.
Declarações que possuam características específicas podem Obs: Modelo no final da matéria.
receber uma qualificação, a exemplo da “declaração funcional”.
Portaria
Obs: Modelo no final da matéria. É o ato administrativo pelo qual a autoridade estabele-
ce regras, baixa instruções para aplicação de leis ou trata da
Despacho organização e do funcionamento de serviços dentro de sua
É o pronunciamento de autoridade administrativa em esfera de competência. Estrutura:
petição que lhe é dirigida, ou ato relativo ao andamento - Título: PORTARIA, numeração e data.
do processo. Pode ter caráter decisório ou apenas de expe- - Ementa: síntese do assunto.
diente. Estrutura: - Preâmbulo e fundamentação: denominação da auto-
- Nome do órgão principal e secundário. ridade que expede o ato e citação da legislação pertinente,
- Número do processo. seguida da palavra “resolve”.
66
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
- Texto: desenvolvimento do assunto, que pode ser divi- - Vocativo, cargo ou função (e nome do destinatário), ou
dido em artigos, parágrafos, incisos, alíneas e itens. seja, da autoridade competente.
- Assinatura: nome da autoridade competente e indica- - Texto incluindo: Preâmbulo, contendo nome do reque-
ção do cargo. rente (grafado em letras maiúsculas) e respectiva qualificação:
nacionalidade, estado civil, profissão, documento de identi-
Certas portarias contêm considerandos, com as razões dade, idade (se maior de 60 anos, para fins de preferência na
que justificam o ato. Neste caso, a palavra “resolve” vem de- tramitação do processo, segundo a Lei 10.741/03), e domicílio
pois deles. (caso o requerente seja servidor da Câmara dos Deputados,
A ementa justificase em portarias de natureza normativa. precedendo à qualificação civil deve ser colocado o número
Em portarias de matéria rotineira, como nos casos de no- do registro funcional e a lotação); Exposição do pedido, de
meação e exoneração, por exemplo, suprime-se a ementa. preferência indicando os fundamentos legais do requerimen-
to e os elementos probatórios de natureza fática.
Obs: Modelo no final da matéria. - Fecho: “Nestes termos, Pede deferimento”.
- Local e data.
Relatório - Assinatura e, se for o caso de servidor, função ou cargo.
É o relato exposilivo, detalhado ou não, do funcionamen-
to de uma instituição, do exercício de atividades ou acerca do Quando mais de uma pessoa fizer uma solicitação, rei-
desenvolvimento de serviços específicos num determinado vindicação ou manifestação, o documento utilizado será um
período. Estrutura: abaixoassinado, com estrutura semelhante à do requerimen-
- Título RELATÓRIO ou RELATÓRIO DE... to, devendo haver identificação das assinaturas.
- Texto registro em tópicos das principais atividades de- A Constituição Federal assegura a todos, independente-
senvolvidas, podendo ser indicados os resultados parciais e mente do pagamento de taxas, o direito de petição aos Po-
totais, com destaque, se for o caso, para os aspectos positivos deres Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade ou
e negativos do período abrangido. O cronograma de trabalho abuso de poder (art. 51, XXXIV, “a”), sendo que o exercício
a ser desenvolvido, os quadros, os dados estatísticos e as ta- desse direito se instrumentaliza por meio de requerimento.
belas poderão ser apresentados como anexos. No que concerne especificamente aos servidores públicos, a
- Local e data. lei que institui o Regime único estabelece que o requerimen-
- Assinatura e função ou cargo do(s) funcionário(s) rela- to deve ser dirigido à autoridade competente para decidilo e
tor(es). encaminhado por intermédio daquela a que estiver imediata-
mente subordinado o requerente (Lei nº 8.112/90, art. 105).
No caso de Relatório de Viagem, aconselhase registrar
uma descrição sucinta da participação do servidor no evento Obs: Modelo no final da matéria.
(seminário, curso, missão oficial e outras), indicando o período
e o trecho compreendido. Sempre que possível, o Relatório de Protocolo
Viagem deverá ser elaborado com vistas ao aproveitamento
efetivo das informações tratadas no evento para os trabalhos O registro de protocolo (ou simplesmente “o proto-
legislativos e administrativos da Casa. colo“) é o livro (ou, mais atualmente, o suporte informático)
Quanto à elaboração de Relatório de Atividades, devese em que são transcritos progressivamente os documentos e
atentar para os seguintes procedimentos: os atos em entrada e em saída de um sujeito ou entidade
- absterse de transcrever a competência formal das uni- (público ou privado). Este registro, se obedecerem a normas
dades administrativas já descritas nas normas internas; legais, têm fé pública, ou seja, tem valor probatório em casos
- relatar apenas as principais atividades do órgão; de controvérsia jurídica.
- evitar o detalhamento excessivo das tarefas executadas O termo protocolo tem um significado bastante amplo,
pelas unidades administrativas que lhe são subordinadas; identificando-se diretamente com o próprio procedimen-
- priorizar a apresentação de dados agregados, grandes to. Por extensão de sentido, “protocolo” significa também
metas realizadas e problemas abrangentes que foram solu- um trâmite a ser seguido para alcançar determinado objetivo
cionados; (“seguir o protocolo”).
- destacar propostas que não puderam ser concretizadas, A gestão do protocolo é normalmente confiada a uma
identificando as causas e indicando as prioridades para os repartição determinada, que recebe o material documentário
próximos anos; do sujeito que o produz em saída e em entrada e os anota
- gerar um relatório final consolidado, limitado, se possí- num registro (atualmente em programas informáticos), atrui-
vel, ao máximo de dez páginas para o conjunto da Diretoria, buindo-lhes um número e também uma posição de arquivo
Departamento ou unidade equivalente. de acordo com suas características.
O registro tem quatro elementos necessários e obriga-
Obs: Modelo no final da matéria. tórios:
- Número progressivo.
Requerimento (Petição) - Data de recebimento ou de saída.
- Remetente ou destinatário.
É o instrumento por meio do qual o interessado requer - Regesto, ou seja, breve resumo do conteúdo da cor-
a uma autoridade administrativa um direito do qual se julga respondência.
detentor. Estrutura:
67
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Ofício
(Ministério)
(Secretaria/Departamento/Setor/Entidade)
(Endereço para correspondência)
(Endereço – continuação)
(Telefone e Endereço de Correio Eletrônico)
Ofício nº 524/1991/SG-PR
Senhor Deputado,
Atenciosamente,
(Nome)
(cargo)
210 mm
68
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Aviso
Aviso nº 45/SCT-PR
3 cm
1,5 cm
Assunto: Seminário sobre o uso de energia no setor público
Senhor Ministro,
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
(cargo do signatário)
210 mm
69
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Memorando
Mem. 118/DJ
Em 12 de abril de 2011
297 mm
Assunto: Administração, Instalação de microcomputadores
1,5 cm
Atenciosamente,
(Nome do signatário)
210 mm
70
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
5 cm
EM nº 00146/1991-MRE
3 cm 1,5 cm
2,5 cm
O Presidente George Bush anunciou, no último dia 13, significativa
mudança da posição norte-americana nas negociações que se realizam – na
Conferência do Desarmamento, em Genebra – de uma convenção multilateral de
proscrição total das armas químicas. Ao renunciar à manutenção de cerca de dois
por cento de seu arsenal químico até a adesão à convenção de todos os países em
condições de produzir armas químicas, os Estados Unidos reaproximaram sua
postura da maioria dos quarenta países participantes do processo negociador,
inclusive o Brasil, abrindo possibilidades concretas de que o tratado a ser
concluído e assinado em prazo de cerca de um ano. (...)
1 cm
2,5 cm
Atenciosamente,
2,5 cm
(Nome)
(cargo)
71
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Mensagem
5 cm
Mensagem nº 118
4 cm
297 mm
2 cm 1,5 cm
3 cm
Comunico a Vossa Excelência o recebimento das mensagens SM nºs
106 a 110, de 1991, nas quais informo a promulgação dos Decretos Legislativos
nºs 93 a 97, de 1991, relativos à exploração de serviços de radiodifusão.
210 mm
72
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Telegrama
[órgão Expedidorl
[setor do órgão expedidor]
[endereço do órgão expedidor]
Destinatário: _________________________________________________________
Nº do fax de destino: _________________________________ Data: ___/___/_____
Remetente: __________________________________________________________
Tel. p/ contato: ____________________Fax/correio eletrônico: ________________
Nº de páginas: esta + ______Nº do documento: _____________________________
Observações: _________________________________________________________
____________________________________________________________________
Exemplo de Apostila
APOSTILA
Brasília, em 26/5/2011
Maria da Silva
Diretora
Exemplo de ATA
CAMARA DOS DEPUTADOS
CENTRO DE DOCUMENTAÇÃO E INFORMAÇÃO
Coordenação de Publicações
ATA
Diretora
Secretária
73
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Despacho
Processo n . .........
Em .... / .... /200 ...
Ao Senhor Presidente da Câmara dos Deputados, por força do disposto no inciso I do art. 70
do Regimento do Cefor, c/c o art. 95, da Lei n. 8.112/90, com parecer favorável desta Secretaria, nos termos
das informações e manifestações dos órgãos técnicos da Casa.
José da Silva
Diretor
74
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Parecer
PARECER JURÍDICO
Senhor Gerente,
Com relação à questão sobre a estabilidade provisória por gestação, ou não, da empregada Fulana de Tal, passamos
a analisar o assunto.
O artigo 10, letra “b”, do ADCT, assegura estabilidade à empregada gestante, desde a confirmação da gravidez até
cinco meses após o parto.
Nesta hipótese, existe responsabilidade objetiva do empregador pela manutenção do emprego, ou seja, basta
comprovar a gravidez no curso do contrato para que haja incidência da regra que assegura a estabilidade provisória no
emprego. O fundamento jurídico desta estabilidade é a proteção à maternidade e à infância, ou seja, proteger a gestante e o
nascituro, assegurando a dignidade da pessoa humana.
A confirmação da gravidez, expressão utilizada na Constituição, refere-se à afirmativa médica do estado gestacional
da empregada e não exige que o empregador tenha ciência prévia da situação da gravidez. Neste sentido tem sido as
reiteradas decisões do C. TST, culminando com a edição da Súmula n. 244, que assim disciplina a questão:
I - O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização
decorrente da estabilidade. (art. 10, II, “b” do ADCT). (ex-OJ nº 88 – DJ 16.04.2004).
II - A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do
contrário, a garantia restringe-se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade. (ex-Súmula nº
244 – Res 121/2003, DJ 19.11.2003).
III - Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de
experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou
sem justa causa. (ex-OJ nº 196 - Inserida em 08.11.2000).
No caso colocado em análise, percebe-se que não havia confirmação da gestação antes da dispensa. Ao contrário,
diante da suspeita de gravidez, a empresa teve o cuidado de pedir a realização de exame laboratorial, o que foi feito, não
tendo sido confirmada a gravidez. A empresa só dispensou a empregada depois que lhe foi apresentado o resultado negativo
do teste de gravidez. A confirmação do estado gestacional só veio após a dispensa.
Assim, para solução da questão, importante indagar se gravidez confirmada no curso aviso prévio indenizado
garante ou não a estabilidade.
O TST tem decidido (Súmula 371), que a projeção do contrato de trabalho para o futuro, pela concessão de aviso
prévio indenizado, tem efeitos limitados às vantagens econômicas obtidas no período de pré-aviso. Este entendimento
exclui a estabilidade provisória da gestante, quando a gravidez ocorre após a rescisão contratual.
A gravidez superveniente à dispensa, durante o aviso prévio indenizado, não assegura a estabilidade. Contudo, na
hipótese dos autos, embora a gravidez tenha sido confirmada no curso do aviso prévio indenizado, certo é que a empregada
já estava grávida antes da dispensa, como atestam os exames trazidos aos autos. A conclusão da ultrossonografia obstétrica
afirma que em 30 de julho de 2009 a idade gestacional ecografica era de pouco mais de 13 semanais, portanto, na data do
afastamento a reclamante já contava com mais de 01 mês de gravidez.
Em face do exposto, considerando os fundamentos jurídicos do instituto da estabilidade da gestante, considerando
que a responsabilidade do empregador pela manutenção do emprego é objetiva e considerando que o desconhecimento do
estado gravídico não impede o reconhecimento da gravidez, conclui-se que:
a) não existe estabilidade quando a gravidez ocorre na vigência do aviso prévio indenizado;
b) fica assegurada a estabilidade quando, embora confirmada no período do aviso prévio indenizado, a gravidez
ocorre antes da dispensa.
De acordo com tais conclusões, entendemos que a empresa deve proceder a reintegração da empregada diante da
estabilidade provisória decorrente da gestação.
É o parecer.
75
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Exemplo de Portaría
PORTARIA N. 1, de 13/1/2010
O DIRETORGERAL DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, no uso das atribuições que lhe confere o
artigo 147, item XV, da Resolução n. 20, de 30 de novembro de 1971, resolve:
Art. 11 Fica instituído o uso da chancela eletrônica nas requisições de passagens aéreas e diárias de
viagens, autorizadas em processos administrativos pela autoridade competente e assinadas pelo DiretorGeral,
para parlamentar, servidor ou convidado, no âmbito da Câmara dos Deputados.
Art. 21 A chancela eletrônica, de acesso restrito, será válida se autenticada mediante código de
segurança e acompanhada do atesto do Chefe de Gabinete da DiretoriaGeral ou do seu primeiro substituto.
Art. 31 Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.
Modelo de Relatório
CÂMARA DOS DEPUTADOS
ÓRGÃO PRINCIPAL
órgão Secundário
RELATÓRIO
Introdução
Apresentar um breve resumo das temáticas a serem abordadas. Em se tratando de relatório de viagem,
indicar a denominação do evento, local e período compreendido.
Tópico 1
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
........................................................................................................................
Tópico 1.1
Havendo subdivisões, os assuntos subseqüentes serão apresentados hierarquizados à temática geral.
.................................................................................. ....
Tópico 2
Atribuir uma temática para o relato a ser apresentado.
.........................................................................................................................
3. Considerações finais
.........................................................................................................................
Nome
Função ou Cargo
76
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Modelo de Requerimento
(Vocativo)
(Cargo ou função e nome do destinatário)
Nestes termos,
Pede deferimento.
Nome
Cargo ou Função
Questões
01. Analise:
1. Atendendo à solicitação contida no expediente acima referido, vimos encaminhar a V. Sª. as informações referentes ao
andamento dos serviços sob responsabilidade deste setor.
2. Esclarecemos que estão sendo tomadas todas as medidas necessárias para o cumprimento dos prazos estipulados e o
atingimento das metas estabelecidas.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
IX - instituir e arrecadar tributos, bem como XXXII - ordenar as atividades urbanas, fixan-
aplicar suas rendas, sem prejuízo da obrigatoriedade de pres- do condições e horários para funcionamento de estabeleci-
tar contas nos prazos fixados em lei; (NR – Emenda 20) mentos industriais, comerciais e de serviços, observadas as
X - adquirir bens, inclusive por meio de desa- normas federais pertinentes;
propriação; XXXIII - dispor sobre os serviços funerais e
XI – instituir a guarda municipal destinada à de cemitérios, encarregando-se da administração daqueles
proteção de seus bens, serviços, instalações e a proteção aos que forem públicos e fiscalizando os pertencentes a entida-
escolares, conforme dispuser a lei; (NR - Emenda 08) des privadas;
XII - fixar, fiscalizar e cobrar tarifas ou preços XXXIV - regulamentar, autorizar e fiscalizar
públicos; a fixação de cartazes e anúncios, bem como a utilização de
XIII - Publicar na imprensa oficial do Município qualquer outro meio de publicidade e propaganda, nos locais
e, facultativamente, na imprensa regional, as suas leis, atos e sujeitos ao poder de polícia municipal;
contas. A publicação deve ocorrer, ainda, em meios eletrôni- XXXV - prestar assistência, nas emergências
cos na forma da legislação específica; (NR – Emenda 20) médico-hospitalares de pronto socorro, por seus próprios
XIV - dispor sobre administração, utilização e serviços ou mediante convênio ou contrato com instituição
alienação dos bens públicos; especializada; (NR – Emenda 20)
XVI - instituir o quadro, os planos de carreira XXXVI - organizar e manter os serviços de
e o regime jurídico dos servidores municipais; (NR – Emenda fiscalização necessários ao exercício do seu poder de polícia
20) administrativa;
XVII - organizar e prestar, diretamente, ou sob XXXVII – velar pela higiene pública;
regime de concessão ou permissão, os serviços públicos lo- XXXVIII - dispor sobre o depósito e venda
cais; de animais e mercadorias apreendidos em decorrência de
XVIII - planejar o uso e a ocupação do solo transgressão da legislação municipal;
em seu território, especialmente em sua zona urbana; XXXIX - dispor sobre o registro, vacinação e
XIX - estabelecer normas de edificação, lotea- captura de animais com a finalidade precípua de erradicar as
mento, arruamento e zoneamento urbano rural, bem como moléstias de que possam ser portadores ou transmissores;
as limitações urbanísticas convenientes a ordenação do seu XL - estabelecer e impor penalidades por infração de suas
território, observando a lei federal; leis e regulamentos; XLI - promover os seguintes serviços:
XX - conceder e renovar licença para localiza- a) onstrução e conservação de estradas e cami-
ção e funcionamento de estabelecimentos industriais, comer- nhos municipais;
ciais, prestadores de serviços e quaisquer outros; b) transportes coletivos estritamente municipais;
XXI - cassar a licença que houver concedido c) iluminação pública;
ao estabelecimento que se tornar prejudicial ou nocivo à saú- d) água e esgoto
de, à higiene, ao sossego alheio, à segurança, aos outros bons f) a limpeza pública, a coleta, a remoção e des-
costumes ou ao meio ambiente, fazendo cessar a atividade ou tinação final de resíduos sólidos domiciliares e do lixo origi-
determinando o fechamento do estabelecimento; nário da varrição e limpeza de logradouros e vias públicas;
XXII - estabelecer servidões administrativas (NR – Emenda 20)
necessárias a realização de seus serviços, inclusive a dos seus g) serviços funerários.
concessionários; XLII - assegurar a expedição de certidões requeridas às
XXIII - regular a disposição, o traçado e as repartições administrativas municipais, para defesa de direitos
demais condições dos bens públicos de uso comum; e esclarecimentos de situações de interesse pessoal, estabele-
XXIV - regulamentar a utilização dos logra- cendo os prazos de atendimento.
douros públicos, especialmente no perímetro urbano, e de- § 1º As competências previstas neste artigo não esgotam
terminar o itinerário e os pontos de parada dos transportes o exercício privativo de outras, na forma da lei, desde que
coletivos; atendam ao peculiar interesse do Município e ao bem-estar
XXV - regulamentar o serviço de carros de alu- de sua população e não conflitem com a competência federal
guel, inclusive o uso de taxímetro; XXVI - fixar os locais de e estadual.
estacionamento de táxis e demais veículos; § 2º As normas de loteamento e arruamento a que se
XXVII - conceder, permitir ou autorizar os ser- refere o inciso XIX deste artigo deverão exigir reserva de áreas
viços de transporte coletivo e de táxis, fixando as respectivas destinadas a:
tarifas; a) zonas verdes e demais logradouros públicos;
XXVIII - fixar e sinalizar as zonas de silêncio, b) vias de tráfego e de passagem de canaliza-
trânsito e tráfego em condições especiais; ções públicas, de esgotos e de águas pluviais nos fundos dos
XXIX - disciplinar os serviços de carga e des- vales;
carga e fixar a tonelagem máxima permitida a veículos que c) passagem de canalizações públicas de esgoto e de águas
circulem em vias públicas municipais; pluviais nos fundos dos lotes, obedecidas as dimensões e de-
XXX - tornar obrigatória a utilização da esta- mais condições estabelecidas na legislação. (NR – Emenda 20)
ção rodoviária, quando houver; § 3º -A lei complementar de criação da guarda munici-
XXXI - sinalizar as vias urbanas e estradas pal estabelecerá a organização e competência dessa força
municipais, bem como regulamentar e fiscalizar a sua uti- auxiliar na proteção dos bens, serviços, instalações e a pro-
lização; teção aos escolares”. (NR - Emenda 08)
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§3º Não se incluem na proibição do §1º os contratos cujas Art. 99. O Município, preferentemente à venda ou
cláusulas e condições sejam uniformes a todos os interessa- doação de seus bens imóveis,outorgará concessão de direito
dos, bem como, aqueles cujo objeto seja de tal singularidade real de uso, mediante prévia autorização legislativa e concor-
ou especificidade que a sua inviabilidade possa causar danos rência, dispensada esta quando o uso se destinar à concessio-
ao erário ou à consecução de políticas públicas de atendi- nária de serviço público, a entidades assistenciais ou quando
mento à população. (Incluído pela Emenda 24) houver relevante interesse público, devidamente justificado.
Art. 93. A pessoa jurídica em débito com o sistema de Art. 100. A aquisição onerosa de bens observará os re-
seguridade social como estabelecido em lei federal, não po- quisitos da legislação pertinente.
derá contratar com poder público municipal nem dele receber Art. 101. A doação, venda ou concessão de uso de qual-
benefícios ou incentivos fiscais ou créditos. quer fração de parques, praças, jardins ou largos públicos, de-
Art. 94. A Prefeitura e a Câmara são obrigadas a fornecer penderá de lei especial.
a qualquer interessado, no prazo de quinze dias, certidões dos Art. 102. O uso de bens municipais, por particulares, po-
atos, contratos e decisões, desde que requeridas para fim de derá ser feito mediante concessão, permissão a título precário
direito determinado, sob pena de responsabilidade de autori- e por tempo determinado ou autorização, conforme o inte-
dade que negar ou retardar a sua expedição. (NR – Emenda 20) resse público o exigir. (NR – Emenda 20)
Parágrafo único. As requisições judiciais deverão ser § 1º A concessão de uso dos bens públicos de uso espe-
atendidas no prazo definido no caput se outro não for fixado cial e dominicais dependerá de lei e concorrência e será feita
pelo juiz. (NR – Emenda 20) mediante contrato, sob pena de nulidade do ato, ressalvada
a hipótese do art. 99, desta Lei Orgânica. (NR – Emenda 20)
CAPÍTULO III § 2º A concessão administrativa de bens públicos de uso
Dos Bens Municipais comum somente poderá ser outorgada para finalidades esco-
lares, de assistência social ou turística, mediante autorização
Art. 95. São bens do Município de Cambé os que atual- legislativa. (NR – Emenda 20)
mente lhe pertencem e os que vier a adquirir, cabendo ao § 3º A permissão de uso, que poderá incidir sobre bens de
Prefeito a sua administração, respeitada a competência da Câ- uso especiais e dominicais, será feita, a título precário, por ato
mara Municipal quanto àqueles utilizados em seus serviços. unilateral do Prefeito, através de decreto. (Redação incluída
Parágrafo Único – O Município participará no resultado pela Emenda nº 20)
da exploração de petróleo ou gás natural, de recursos hídricos §4º A autorização de uso, que poderá incidir sobre qual-
para fins de abastecimento da população e de geração de quer bem público, será feita, a título precário, por ato unilate-
energia elétrica e de outros recursos minerais de seu território, ral do Prefeito, através de portaria e por prazo não superior a
na forma da legislação competente. sessenta dias. (Redação incluída pela Emenda nº 20)
Art. 96. Todos os bens municipais deverão ser cadastra- Art. 103. Poderão ser prestados serviços a particulares com
dos, com a identificação respectiva, numerando-se os móveis uso de máquinas e operadores do Município, desde que não haja
segundo o que for estabelecido em regulamento, os quais prejuízos na execução dos serviços públicos e o interessado re-
ficarão sob a responsabilidade do chefe da secretaria ou dire- colha, previamente, a remuneração arbitrada. (NR – Emenda 20)
toria a que forem atribuídos.
Parágrafo Único - Em toda a frota motorizada da Prefei- CAPÍTULO IV
tura e ou outro órgão da administração conforme o caso, de- Das Obras e Serviços Municipais
verá constar, em local bem visível, os seguintes dizeres: “PRE-
FEITURA MUNICIPAL DE CAMBÉ” – “USO EXCLUSIVO”. Art. 104. Nenhum empreendimento de obras e serviços
Art. 97. Os bens patrimoniais do Município deverão ser do Município poderá ter início sem prévia elaboração do pla-
classificados: I - pela sua natureza; no respectivo, no qual, obrigatoriamente, conste:
II - em relação a cada serviço. I - a viabilidade do empreendimento, sua conveniência
Parágrafo Único - Deverá ser feita anualmente a con- e oportunidade para o interesse comum; II - os pormenores
ferência da escrituração patrimonial com os bens existentes, para a sua execução;
e, na prestação de contas de cada exercício, será incluído o III - os recursos para o atendimento das respec-
inventário de todos os bens municipais. tivas despesas;
Art. 98. A alienação de bens municipais, subordinada à IV - os prazos para o seu início e conclusão,
existência de interesse público devidamente justificado, será acompanhados da respectiva justificação.
sempre precedida de avaliação e obedecerá às seguintes nor- § 1º Nenhuma obra, serviço ou melhoramento, salvo ca-
mas: (NR – Emenda 20) sos de extrema urgência, será executada sem prévio orçamen-
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e lici- to do seu custo.
tação, ressalvados os casos previstos na legislação federal. § 2º As obras públicas poderão ser executadas pela Pre-
(NR – Emenda 20) feitura, por suas autarquias e demais entidades da administra-
Parágrafo Único - Excepcionalmente e nos termos da ção indireta, e, por terceiros, mediante licitação.
Lei, para atender interesse público devidamente justificado, Art. 105. A concessão ou a permissão de serviço pú-
a doação poderá ser sem encargos, dispensando as demais blico dependerá de autorização legislativa e contrato pre-
exigências constantes da alínea “a” deste artigo, desde que cedido de licitação.
a beneficiária ofereça garantia integral no valor do imóvel, § 1º Serão nulas de pleno direito as permissões, as con-
de livre escolha do poder Executivo. cessões, bem como quaisquer outros ajustes feitos em de-
sacordo com o estabelecido neste artigo.
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§ 2º Os serviços permitidos ou concedidos ficarão sem- Art. 112. A contribuição de melhoria poderá ser cobra-
pre sujeitos à regulamentação e fiscalização do Município, in- da dos proprietários de imóveis valorizados por obras públi-
cumbindo, aos que os executem, sua permanente atualização cas municipais, tendo como limite total a despesa realizada
e adequação às necessidades dos usuários. e como limite individual o acréscimo de valor que da obra
§ 3º O Município poderá retomar, sem indenização, os ser- resultar para cada imóvel beneficiado.
viços permitidos ou concedidos, desde que executados em des- Art.113. O Prefeito Municipal promoverá periodicamente
conformidade com o ato ou contrato, bem como aqueles que a atualização da base de cálculo dos tributos municipais:
se revelarem insuficientes para o atendimento dos usuários. § 1º A base de cálculo do imposto predial e territorial ur-
§ 4º As concorrências para a concessão de serviços públi- bano – IPTU- será atualizada anualmente, antes do término
cos deverão ser precedidas de ampla publicidade, observada do exercício, podendo para tanto ser criada comissão da qual
a legislação federal pertinente. participarão, além dos servidores do Município, representan-
Art. 106. As tarifas dos serviços públicos deverão ser fixa- tes dos contribuintes e do Poder Legislativo, de acordo com
das pelo Executivo, tendo-se em vista a sua justa remuneração. decreto do Prefeito Municipal.
Art. 107. Nos serviços, obras e concessões do Município, § 2º A atualização da base de cálculo do imposto munici-
bem como nas compras e alienações, será adotada a licitação, pal sobre serviços de qualquer natureza, cobrado de autôno-
nos termos da lei. mos e sociedades civis, obedecerá aos índices de atualização
Art. 108. O Município poderá realizar obras e serviços de monetária. (NR – Emenda 20)
interesse comum, mediante convênio com o Estado, a União § 3º A atualização da base de cálculo das taxas decorren-
ou entidades particulares, bem assim, através de consórcios tes do exercício do poder de polícia municipal, obedecerá aos
com outros Municípios. índices oficiais de atualização monetária. (NR – Emenda 20)
§ 4º A atualização da base de cálculo das taxas de serviços
CAPÍTULO V levará em consideração a avaliação dos custos dos serviços
Da Administração Tributária e Financeira Seção I prestados ao contribuinte ou colocados a sua disposição, ob-
Dos Tributos Municipais servados os seguintes critérios:
I- quando a variação dos custos for inferior ou igual aos
Art. 109. São tributos municipais os impostos, as taxas e as índices de atualização monetária, esse será aplicado integral-
contribuições de melhoria, decorrentes de obras públicas, insti- mente; (NR – Emenda 20)
tuídos por lei municipal, atendidos os princípios estabelecidos II - quando a variação dos custos for superior ao índi-
na Constituição Federal e nas normas gerais de direito tributário. ce utilizado para a atualização será aplicado o indexador e a
Art. 110. São de competência do Município os impostos diferença dar-se-á por meio de lei, desde que observado o
sobre: I - propriedades predial e territorial urbana; princípio da anterioridade. (NR – Emenda 20)
II - transmissão, “inter vivos”, a qualquer título, Art. 114. A concessão de isenção, remissão e anistia de
por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou por aces- tributos municipais dependerá de autorização legislativa. (NR
são física, e de direitos reais sobre imóveis, exceto os de ga- – Emenda 20)
rantia, bem como cessão de direitos à sua aquisição; Art. 115. A remissão de crédito tributários somente po-
III - serviços de qualquer natureza, não com- derá ocorrer nos termos da legislação federal, devendo a lei
preendidos na competência do Estado, definidos em lei com- que a autorize, ser aprovada por maioria absoluta dos Verea-
plementar prevista no art.146 da Constituição Federal. dores da Câmara Municipal.
§ 1º Sem prejuízo da progressividade no tempo, de forma Art. 116. Os incentivos fiscais e as isenções condicionadas
a assegurar o cumprimento da função social, o imposto previs- serão concedidos por prazo determinado e serão revogados
to no inciso I do “caput” deste artigo poderá, nos termos da lei: sempre que se apure que o beneficiário deixou de cumprir
I - ser progressivo em razão do valor do imóvel; com as condições para a sua concessão. (NR – Emenda 20)
II - ter alíquotas diferentes de acordo com a lo- Art. 117. É de responsabilidade do órgão competente da
calização e o uso do imóvel. Prefeitura Municipal a inscrição em dívida ativa dos créditos
§ 2º O imposto previsto no inciso II não incide sobre a trans- concernentes de impostos, taxas, contribuição de melhoria
missão de bens ou direitos incorporados ao patrimônio de pes- e multas de qualquer natureza, decorrentes de infrações à
soa jurídica em realização de capital, nem sobre a transmissão legislação tributária, com prazo de pagamento fixado pela
de bens ou direitos decorrentes de fusão, incorporação, cisão ou legislação ou por decisão preferida em processo regular de
extinção de pessoa jurídica, salvo se, nesses casos, a atividade fiscalização.
preponderante do adquirente for a compra e venda desses bens Art. 118. Ocorrendo a decadência de direito de constituir
ou direitos, locação de bens imóveis ou arrendamento mercantil. o crédito tributário abrir-se-á inquérito administrativo para
§ 3º A lei determinará medidas para que os consumidores apurar as responsabilidades, na forma de lei.
sejam esclarecidos acerca dos impostos previstos no inciso III. Parágrafo Único. À autoridade municipal, qualquer que
§ 4º O Município poderá instituir contribuição a ser co- seja seu cargo, emprego ou função, independentemente do
brada dos seus servidores, em benefício destes, para cus- vínculo que possuir com o município, responderá civil, crimi-
teio de sistema de previdência e assistência social, obser- nal e administrativamente pela decadência ocorrida sob
vada a legislação pertinente. sua responsabilidade, cumprindo-lhe indenizar o município
Art. 111. As taxas só poderão ser instituídas por lei, em do valor dos créditos prescritos ou não lançados.
razão do exercício do Poder de Policia ou pela utilização efetiva Art. 119. Nenhum contribuinte será obrigado ao pa-
ou potencial de serviços públicos, específicos e divisíveis, pres- gamento de qualquer tributo lançado pela Prefeitura, sem
tados ao contribuinte ou postos à disposição do Município. prévia notificação.
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§ 1º Considera-se notificação, a entrega do aviso de lan- IV – os critérios para distribuição dos recursos
çamento no domicílio fiscal do contribuinte, nos termos da para os órgãos dos poderes do município; V – as orientações
legislação federal pertinente, ou publicação em meios de co- para a elaboração da lei orçamentária anual;
municação, quando não localizado o sujeito passivo. VI - os ajustamentos do plano plurianual decorren-
§ 2º Do lançamento do tributo cabe recurso ao Prefeito, tes de uma reavaliação da realidade econômica e social do município;
assegurado para a sua interposição, o prazo de quinze dias VII – as disposições sobre alterações na legisla-
contados da notificação. ção tributária;
VIII – a política de aplicação dos agentes finan-
Seção II Da Despesa ceiros oficiais de fomento, apresentando o plano de priorida-
des das aplicações financeiras e destacando os projetos de
Art. 120. A despesa pública atenderá os princípios esta- maior relevância;
belecidos na Constituição da República, na legislação federal IX – os demonstrativos dos efeitos sobre as re-
aplicável e nas demais normas de direito financeiro. ceitas e despesas públicas decorrentes da concessão de quais-
Art. 121. Nenhuma despesa será ordenada ou satisfeita quer benefícios de natureza financeira, tributária e creditícia,
sem que exista recurso disponível e crédito votado pela Câ- pela administração pública municipal.
mara , salvo a que correr por conta de crédito extraordinário. § 6º - O projeto de lei orçamentária será acompanhado de
Art. 122. Nenhuma lei que crie ou aumente despesa será demonstrativo do efeito, sobre as receitas e despesas, decor-
executada sem que dela conste a indicação do recurso para rente de isenções, anistias, remissões, subsídios e benefícios
atendimento do correspondente encargo. de natureza financeira, tributária e creditícia. (Redação Incluída
Art. 123. As disponibilidades de caixa do Município, de pela Emenda 20)
suas autarquias e fundações e das empresas por ele contro- § 7º - Os orçamentos previstos no § 5º, I e II, deste artigo,
ladas, serão depositadas em instituições financeiras oficiais, compatibilizados com o plano plurianual, terão entre suas fun-
salvo os casos previstos em lei, podendo ser aplicados no ções a de reduzir desigualdades, segundo critério populacio-
mercado aberto. nal. (Redação Incluída pela Emenda 20)
§ 8º - A lei orçamentária anual não conterá dispositivo es-
Seção III Do Orçamento tranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos
Art. 124. A elaboração e a execução da lei sobre o plano suplementares e contratação de operações de crédito, ainda
Plurianual-PPA; Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO, e Lei Or- que por antecipação de receita, nos termos da lei. (Redação
çamentária Anual-LOA obedecerão as regras estabelecidas na Incluída pela Emenda 20)
Constituição Federal, na Constituição do Estado, na legislação Art. 125. Os projetos de lei relativos ao Plano Plurianual
federal aplicável, nas normas de direito financeiro e nos pre- -PPA; à Lei de Diretrizes Orçamentárias-LDO, e à Lei Orçamen-
ceitos desta Lei Orgânica. (NR – Emenda 20) tária Anual-LOA e os créditos adicionais, são de iniciativa exclu-
§ 1º O Poder Executivo publicará, nos termos estabelecidos siva do Prefeito, e serão apreciados pela Comissão Permanente
pela legislação federal, os dados e os relatórios sobre a execu- de Finanças e Orçamento, a qual caberá: (NR – Emenda 20)
ção orçamentária e financeira do município. (NR – Emenda 20) I - examinar e emitir parecer sobre os projetos e
§ 2º A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá de as contas apresentadas anualmente pelo Prefeito Municipal ;
forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da ad- II - examinar e emitir parecer sobre os planos e
ministração pública municipal para as despesas de capital e programas de investimentos e exercer o acompanhamento e
outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de fiscalização orçamentárias sem prejuízos de atuação das de-
duração continuada. (NR – Emenda 20) mais Comissões da Câmara.
§ 3º A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as § 1º As emendas serão apresentadas na Comissão, que
metas e prioridades da administração pública municipal, in- sobre elas emitirá parecer, e apreciadas na forma regimental.
cluindo as despesas de capital para o exercício financeiro sub- § 2º As emendas ao projeto de lei do orçamento anual ou aos
sequente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, projetos que o modifiquem somente podem ser aprovadas caso:
disporá sobre as alterações na legislação tributária e estabele- I - sejam compatíveis com o plano plurianual e
cerá a política de fomento. com a lei de diretrizes orçamentárias;
§ 4º A lei de diretrizes orçamentária compreenderá os II - indiquem os recursos necessários, admitidos
ajustamentos do Plano Plurianual decorrentes de uma reava- apenas os provenientes de anulação de despesas, excluídas:
liação da realidade econômica e social do Município. a) as que incidam sobre dotações para pessoal e
§ 5º A lei orçamentária anual compreenderá: (NR – Emenda 20) seus encargos;
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do b) as que incidam sobre serviço da dívida e,
Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração c) as que destinam ao cumprimento de metas fiscais.
direta e indireta; (NR – Emenda 20) III - sejam relacionados:
II - o orçamento de investimento das empresas a) com a correção de erros ou omissões;
em que o Município, direta ou indiretamente detenha a maio- b) com os dispositivos do texto do projeto de lei.
ria do capital social com direito a voto; (NR – Emenda 20) § 3º Os recursos que, em decorrência de veto, emenda
III - o orçamento da seguridade social, ou rejeição do projeto de lei orçamentária anual, ficarem
abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, sem despesas correspondentes poderão ser utilizadas con-
da administração direta e indireta, bem como os fundos forme o caso, mediante créditos especiais ou suplementa-
instituídos pelo Poder Público. (NR – Emenda 20) res, com prévia e específica autorização legislativa.
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§ 4º As emendas ao projeto de lei de diretrizes orçamen- VIII - a utilização sem autorização legislativa espe-
tárias não poderão ser aprovadas quando incompatíveis com o cífica de recursos dos orçamentos fiscais e da seguridade social
plano plurianual. para suprir necessidade ou cobrir déficit de empresas, fundações e
fundos, inclusive dos mencionados no art.122 desta Lei Orgânica;
Art. 126. A lei orçamentária anual compreenderá: IX - a instituição de fundos de qualquer natu-
I - o orçamento fiscal referente aos poderes do reza, sem prévia autorização legislativa. X – a subvenção ou
Município, seus fundos, órgãos e entidades da administração auxílio do município às entidades privadas com fins lucrativos.
direta e indireta; § 1º Nenhum investimento cuja execução ultrapasse um
II - o orçamento de investimento das empresas exercício financeiro poderá ser iniciado sem prévia inclusão do
em que o Município, direta ou indiretamente detenha a maioria plano plurianual, ou sem lei que autorize a inclusão, sob pena
do capital social com direito a voto; de crime de responsabilidade.
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo § 2º Os créditos especiais e extraordinários terão vigência no
todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta exercício financeiro em que forem autorizados, salvo se o ato de
e indireta, bem como os fundos instituídos pelo Poder Público. autorização for promulgado nos últimos quatro meses daquele
Art. 127 – O Prefeito enviará à Câmara os Projetos de Leis exercício, caso em que, reabertos nos limites de seus saldos, serão
do Plano Plurianual, das Diretrizes Orçamentárias e do Orçamen- incorporados ao orçamento do exercício financeiro subsequente.
to Anual, observando os seguintes prazos : (NR – Emenda 07) § 3º A abertura de crédito extraordinário somente será
I – Projeto de Lei do Plano Plurianual, até 03 (três) admitida para atender as despesas imprevisíveis e urgentes,
meses antes do encerramento do primeiro exercício financeiro; como as decorrentes de calamidade pública.
(NR – Emenda 07) § 4º É permitida a vinculação de receitas e recursos men-
II -Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, até cionados no art. 167, § 4° da Constituição Federal, para a pres-
08 ( oito) meses antes do encerramento de cada exercício finan- tação de garantia ou contra garantia à União e para pagamen-
ceiro; (NR – Emenda 07) to de débitos para com esta.
III –Projeto de Lei do Orçamento Anual, até 03 ( três) me- Art. 132. Os recursos correspondentes às dotações orça-
ses antes do encerramento de cada exercício financeiro.(NR - mentárias compreendidos os créditos suplementares e espe-
Emenda nº 07) ciais, destinados à Câmara Municipal, ser-lhes-ão entregues
Art. 128. Aplicam-se ao Plano Plurianual-PPA; à Lei de Dire- até o dia vinte de cada mês.
trizes Orçamentárias- LDO, e à Lei Orçamentária Anual-LOA, no Parágrafo Único – Os recursos de que trata o “caput”
que não contrariar o disposto nesta Seção, as regras gerais do deste artigo não poderão ser superiores aos limites máximos
processo legislativo. (NR – Emenda 20) definidos pela Constituição Federal, nem inferiores em relação
Art. 129. O orçamento será uno, incorporando-se obrigato- à proporção fixada na Lei Orçamentária.
riamente, na receita todos os tributos, rendas e suprimentos de Art. 133. A despesa com pessoal ativo e inativo do Muni-
fundos, e incluindo-se discriminadamente, na despesa, as dota- cípio não poderá exceder os limites estabelecidos em lei com-
ções necessárias ao custeio de todos os serviços municipais. plementar. (NR – Emenda 20)
Art. 130. A lei orçamentária anual não conterá dispositivo § 1º A concessão de qualquer vantagem ou aumento de re-
estranho à previsão da receita e à fixação da despesa, não se muneração, a criação de cargos, empregos e funções ou alteração
incluindo na proibição a autorização para abertura de créditos de estrutura de carreiras, bem como a admissão ou contratação
suplementares e contratação de operação de crédito, ainda que de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da admi-
por antecipação da receita, nos termos da lei. nistração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e man-
Art. 131. São vedados: tidas pelo poder público, só poderão ser feitas. (NR – Emenda 20)
I - o início de programas ou projetos não incluídos I - se houver prévia dotação orçamentária sufi-
na lei orçamentária anual; ciente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos
II - a realização de despesas ou assunção de acréscimos dela decorrentes;
obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou II - se houver autorização específica na lei de diretrizes or-
adicionais; çamentárias. (NR – Emenda 20)
III - a realização de operações de créditos que ex- §2º. Para o cumprimento dos limites estabelecidos neste
cedam o montante das despesas de capital, ressalvadas as autori- artigo, observar-se-á as medidas indicadas na legislação fede-
zadas mediante créditos suplementares ou especiais com finalida- ral. (Redação incluída pela Emenda 20)
de precisa, aprovados pela Câmara Municipal por maioria absoluta; Art. 134. A execução do orçamento do município se re-
IV - a vinculação de receita de impostos a órgão, fletirá na obtenção das suas receitas próprias, transferidas e
fundo ou despesa, ressalvadas as exceções constitucionais; (NR – outras, bem como na utilização das dotações consignadas às
Emenda 20) despesas para execução dos programas nele determinados,
V - a abertura de crédito suplementar ou especial observando sempre o princípio do equilíbrio;
sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos Art. 135. As alterações orçamentárias durante o exercício se re-
correspondentes; presentarão: I – pelos créditos adicionais, especiais e extraordinários;
VI - a transposição, o remanejamento ou a II – pelos remanejamentos e transposições de recursos
transferência de recursos de uma categoria de programa- de uma categoria de programação para outra.
ção para outra ou de um órgão para outro, sem prévia au- Parágrafo Único – A transposição, o remanejamento
torização legislativa; ou transferência de recursos de uma categoria de progra-
VII - a concessão ou utilização de créditos ili- mação para outra ou de um órgão para outro far-se-á com
mitados; prévia autorização legislativa.
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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
Auxiliar Administrativo
Art. 136.. Na efetivação dos empenhos sobre as dota- 02. O arquivo constituído por documentos que são de uso
ções fixadas para cada despesa será emitido Nota de Empe- exclusivo da unidade que os gerou ou recebeu, denomina-se
nho, que conterá as características já determinada nas normas (A) ostensivo.
gerais de Direito Financeiro. (B) sigiloso.
§ 1º. Fica dispensada a emissão da Nota de Empenho nos (C) permanente.
seguintes: I – despesas relativas a pessoal e seus encargos; (D) intermediário.
II – contribuição para o PIS/PASEP; (E) corrente.
III – amortização, juros e serviços de empréstimos;
IV – despesas relativas ao consumo de água, 03. Com relação à gestão de documentos, julgue o item
energia elétrica, utilização dos serviços de telefone, postais, te- que se segue.
legráficos e outros que vierem a ser definidos por atos próprios; Para facilitar o acesso rápido ao material, recomenda-se
§ 2º. Nos casos previstos no parágrafo anterior, os empe- que arquivos correntes sejam armazenados em caixas-arquivo.
nhos e os procedimentos de contabilidade terão a base legal ( ) Certo ( ) Errado
dos próprios documentos que originarem o empenho.
Art. 137. As receitas e as defesas orçamentárias serão 04. Em relação ao arquivo corrente, NÃO se pode afirmar
movimentadas em caixa única, regularmente instituída. que:
Parágrafo Único – A Câmara Municipal terá sua própria (A) Tem valor primário.
tesouraria por onde movimentará os recursos que lhe forem (B) Abrange apenas documentos em tramitação.
liberados. (C) Abrange documentos em tramitação ou não.
Art. 138. As disponibilidades de caixa do município e de (D) É objeto de consultas frequentes.
suas entidades de administração indireta inclusive dos fun-
dos especiais e fundações instituídas e mantidas pelo poder 05. Os documentos correntes são de acesso restrito e
público Municipal, serão depositadas preferencialmente em devem ficar próximos aos servidores que são seus usuários
instituições financeiras oficiais. diretos.
Parágrafo Único. – As arrecadações das receitas próprias ( ) Certo ( ) Errado
do município e de suas entidades de administração indireta
poderão ser feitas através da rede bancária mediante convê- 06. Quando o documento de arquivo tem uma grande
nio. possibilidade de uso, ele deve ser considerado como docu-
Art. 139. Poderá ser constituído regime de adiantamento mento do arquivo corrente.
em cada uma das unidades da Administração Direta, Indire- ( ) Certo ( ) Errado
ta e Fundações mantidas pelo poder público municipal e na
Câmara para ocorrer às despesas de pronto pagamento de- 07. No que se refere ao gerenciamento da informação e à
finidas em lei. gestão de documentos, julgue o item subsequente.
Art. 140. A contabilidade do Executivo e do Legislativo Após passarem pelos arquivos correntes, os documen-
obedecerão nos seus procedimentos, aos princípios funda- tos de arquivo podem ser eliminados, ser encaminhados ao
mentais de contabilidade e as normas estabelecidas na legis- arquivo intermediário, ou, ainda, ser recolhidos aos arquivos
lação pertinente. permanentes.
( ) Certo ( ) Errado
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