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APOSTILA

PREPARATÓRIA

ANTT
TÉCNICO ADMINISTRATIVO
LÍNGUA PORTUGUESA
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
RACIOCÍNIO LÓGICO
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

VOLUME

01
AGÊNCIA NACIONAL DE
TRANSPORTES TERRESTRES
- VOLUME I

Língua Portuguesa
Noções de Direito Administrativo
Noções de Direito Constitucional
Noções de Informática
Raciocínio Lógico-Matemático
Ética no Serviço Público
2016 FOCUS CONCURSOS
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Proibida a repro-
dução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por
quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos,
fotográficos, gráficos e outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às características
gráficas.

APOSTILA PREPARATÓRIA PARA TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA AGÊNCIA


NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES
Organizadores:

Vitor Matheus Krewer , Marcelo Adriano Ferreira

DIRETORIA EXECUTIVA
Evaldo Roberto da Silva
Ruy Wagner Astrath

PRODUÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
05
DIAGRAMAÇÃO
Liora Vanessa Coutinho
Willian Brognoli

CAPA/ILUSTRAÇÃO
Rafael Lutinski

DIREÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira

COORDENAÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira

REVISÃO
Vítor Matheus Krewer

TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTES TERRESTRES

NÍVEL MÉDIO
Conhecimentos Gerais

Publicado em Julho/2016
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, dar tudo que verá aqui e compreender bem.
Desejamos que todo esse esforço se transforme em
Este material foi concebido para que você tivesse questões corretas e aprovações em concursos.
a oportunidade de entrar em contato com os conteú-
dos necessários para realizar a prova do seu concurso. Bons estudos!
Muito esforço foi empregado para que fosse possível
chegar à síntese de conteúdos que aqui está proposta.
Na verdade, esse material é o resultado do trabalho
dos escritores que se dedicam – há bastante tempo – à
preparação de candidatos para a realização de concur-
sos públicos.
A sugestão é que você faça um estudo sistemáti-
co com o que está neste livro. Dito de outra maneira:
você não deve pular partes deste material, pois há uma
ideia de unicidade entre tudo que está aqui publicado.
Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada li-
nha dos textos será fundamental (serão fundamentais
em sua coletividade) para que sua preparação seja ple-
na.
Caso o seu objetivo seja a aprovação em um con-
curso público, saiba que partilhamos desse mesmo ob-
jetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu
sucesso! Por isso, desejamos muita força, concentração
e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos
aqui apresentados, ou seja, para que você possa estu-

PROFESSOR
Pablo Jamilk
PROPOSTA DA APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DE
TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA ANTT - VOLUME I

O presente material tem como objetivo preparar candidatos para o certame da Agência Nacional de Transportes
Terrestres.
Com a finalidade de permitir um estudo autodidata, na confecção do material foram utilizados diversos recursos
didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. Assim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos assuntos lecio-
nados, sem, contudo, perder de vista a finalidade de um material didático, qual seja uma preparação rápida, prática
e objetiva.

Conhecimentos Básicos INFORMÁTICA


1 Noções de sistema operacional (ambientes Linux e
LÍNGUA PORTUGUESA Windows). 2 Edição de textos, planilhas e apresentações
1 Compreensão e interpretação de textos. 2 Tipolo- (ambientes Microsoft Office e BrOffice). 3 Redes de com-
gia textual. 3 Ortografia oficial. 4 Acentuação gráfica. putadores. 3.1 Conceitos básicos, ferramentas, aplicativos
5 Emprego das classes de palavras. 6 Emprego/corre- e procedimentos de Internet e intranet. 3.2 Programas de
lação de tempos e modos verbais 7 Emprego do sinal navegação (Microsoft Internet Explorer, Mozilla Firefox
indicativo de crase. 8 Sintaxe da oração e do período. e Google Chrome). 3.3 Programas de correio eletrônico
9 Pontuação. 10 Concordância nominal e verbal. 11 Re- (Outlook Express e Mozilla Thunderbirds). 3.4 Sítios de
gência nominal e verbal. 12 Significação das palavras. busca e pesquisa na Internet. 3.5 Grupos de discussão.
13 Redação de Correspondências oficiais (Manual de 3.6 Redes sociais. 3.7 Computação na nuvem (cloud com-
Redação da Presidência da República). 13.1 Adequação puting). 4 Conceitos de organização e de gerenciamento
da linguagem ao tipo de documento. 13.2 Adequação de informações, arquivos, pastas e programas. 5 Segu-
do formato do texto ao gênero. rança da informação. 5.1 Procedimentos de segurança.
5.2 Noções de vírus, worms e pragas virtuais. 5.3 Apli-
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO cativos para segurança (antivírus, firewall, anti-spyware
1 Noções de organização administrativa. 2 Adminis- etc.). 5.4 Procedimentos de backup. 5.5 Armazenamento 09
tração direta e indireta, centralizada e descentralizada. de dados na nuvem (cloud storage).
3 Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, clas-
sificação e espécies. 4 Agentes públicos. 4.1 Espécies e RACIOCÍNIO LÓGICO
classificação. 4.2 Cargo, emprego e função públicos. 5 1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética
Poderes administrativos. 5.1 Hierárquico, disciplinar, e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função
regulamentar e de polícia. 5.2 Uso e abuso do poder. 6 pública. 5 Ética no Setor Público. 5.1 Decreto nº 1.171/
Licitação. 6.1 Princípios, dispensa e inexigibilidade. 6.2 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público
Modalidades. 7 Controle e responsabilização da adminis- Civil do Poder Executivo Federal). 5.2 Lei nº 8.112/1990
tração. 7.1 Controles administrativo, judicial e legislati- e alterações: regime disciplinar (deveres e proibições,
vo. 7.2 Responsabilidade civil do Estado. Lei 8112/90. Lei acumulação, responsabilidades, penalidades) 5.3 Lei nº
8666/93. 8.429/1992: disposições gerais, atos de improbidade ad-
ministrativa. 6 Código de Ética da ANTT (Deliberação
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL ANTT 284/2009).
1 Constituição. 1.1 Conceito, classificações, princípios
fundamentais. 2 Direitos e garantias fundamentais. 2.1 ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
Direitos e deveres individuais e coletivos, direitos so- 1 Ética e moral. 2 Ética, princípios e valores. 3 Ética
ciais, nacionalidade, cidadania, direitos políticos, parti- e democracia: exercício da cidadania. 4 Ética e função
dos políticos. 3 Organização político-administrativa. 3.1 pública. 5 Ética no Setor Público. 5.1 Decreto nº 1.171/
União, estados, Distrito Federal, municípios e territórios. 1994 (Código de Ética Profissional do Servidor Público
4 Administração pública. 4.1 Disposições gerais, servido- Civil do Poder Executivo Federal). 5.2 Lei nº 8.112/1990
res públicos. 5 Poder legislativo. 5.1 Congresso nacional, e alterações: regime disciplinar (deveres e proibições,
câmara dos deputados, senado federal, deputados e se- acumulação, responsabilidades, penalidades) 5.3 Lei nº
nadores. 6 Poder executivo. 6.1 atribuições do presidente 8.429/1992: disposições gerais, atos de improbidade ad-
da República e dos ministros de Estado. 7 Poder judici- ministrativa. 6 Código de Ética da ANTT (Deliberação
ário. 7.1 Disposições gerais. 7.2 Órgãos do poder judici- ANTT 284/2009).
ário. 7.2.1 Competências. 7.3 Conselho Nacional de Jus-
tiça (CNJ). 7.3.1 Composição e competências. 8 Funções
essenciais à justiça. 8.1 Ministério público, advocacia e
defensoria públicas.
LÍNGUA
PORTUGUESA
PROFESSOR
Pablo Jamilk
Professor de Língua Portuguesa, Redação e Redação
Oficial. Formado em Letras pela Universidade Estadual
do Oeste do Paraná. Mestre em Letras pela Universida-
de Estadual do Oeste do Paraná. Doutorando em Letras
pela Universidade Estadual do Oeste do Paraná. Espe-
cialista em concursos públicos, é professor em diversos
estados do Brasil.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................... 15
Introdução.......................................................................................................................................................................................................................................................15
Morfologia: classes de palavras.............................................................................................................................................................................................................15
Artigo................................................................................................................................................................................................................................................................15

2. MORFOLOGIA.......................................................................................................................................................................................... 16
Adjetivo............................................................................................................................................................................................................................................................16
Classificação Quanto ao Sentido............................................................................................................................................................................................................16
Classificação Quanto à Expressão.........................................................................................................................................................................................................16
Adjetivo x Locução Adjetiva....................................................................................................................................................................................................................16
Advérbio..........................................................................................................................................................................................................................................................19
Conjunção........................................................................................................................................................................................................................................................19
Preposição......................................................................................................................................................................................................................................................20
Pronome..........................................................................................................................................................................................................................................................20
Substantivo.................................................................................................................................................................................................................................................... 23

3. SINTAXE.....................................................................................................................................................................................................25
Sujeito.............................................................................................................................................................................................................................................................. 25
Predicado........................................................................................................................................................................................................................................................ 26
Termos Integrantes.................................................................................................................................................................................................................................... 26
Vozes Verbais................................................................................................................................................................................................................................................ 27
Tempos e Modos verbais.......................................................................................................................................................................................................................... 27
Formas Nominais do Verbo..................................................................................................................................................................................................................... 28
Complementos Verbais............................................................................................................................................................................................................................. 28

4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................................................................29
Antecedentes................................................................................................................................................................................................................................................. 29
Encontros vocálicos....................................................................................................................................................................................................................................30
Regras de Acentuação...............................................................................................................................................................................................................................30
Alterações do Novo Acordo Ortográfico.............................................................................................................................................................................................31
Questões Gabaritadas................................................................................................................................................................................................................................31

5. CONCORDÂNCIA VERBAL E NOMINAL ..................................................................................................................................... 31


13
Conceituação..................................................................................................................................................................................................................................................31
Concordância Verbal..................................................................................................................................................................................................................................31
Regras com Verbos Impessoais............................................................................................................................................................................................................. 32
Concordância Nominal............................................................................................................................................................................................................................. 33

6. CRASE.........................................................................................................................................................................................................34
Casos Proibitivos......................................................................................................................................................................................................................................... 34
Casos Obrigatórios..................................................................................................................................................................................................................................... 35
Casos Facultativos....................................................................................................................................................................................................................................... 35
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 36

7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL..............................................................................................................................................................36
Posições dos Pronomes – Casos de Colocação ............................................................................................................................................................................... 36
Colocação Facultativa................................................................................................................................................................................................................................ 37
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 38

8. REGÊNCIA VERBAL E NOMINAL ..................................................................................................................................................38


Principais Casos de Regência Verbal: ............................................................................................................................................................................................... 38
Regência Nominal.......................................................................................................................................................................................................................................40

9. PONTUAÇÃO .......................................................................................................................................................................................... 40
Questões Gabaritadas................................................................................................................................................................................................................................41
Ponto Final – Pausa Total..........................................................................................................................................................................................................................41
Ponto-e-Vírgula – Pausa Maior do que uma Vírgula e Menor do que um Ponto Final.................................................................................................. 42
Dois-Pontos – Indicam Algum Tipo de Apresentação ................................................................................................................................................................. 42
Aspas – Indicativo de Destaque. .......................................................................................................................................................................................................... 42
Reticências (...).............................................................................................................................................................................................................................................. 43
Parênteses...................................................................................................................................................................................................................................................... 43
Travessão........................................................................................................................................................................................................................................................ 43

10. ORTOGRAFIA.........................................................................................................................................................................................43
Definição......................................................................................................................................................................................................................................................... 43
Emprego de “E” e “I”................................................................................................................................................................................................................................... 43
Empregaremos o “I”................................................................................................................................................................................................................................... 43
Orientações sobre a Grafia do Fonema /S/......................................................................................................................................................................................44
SUMÁRIO

Emprego do SC.............................................................................................................................................................................................................................................44
Grafia da Letra “S” com Som de “Z”..................................................................................................................................................................................................... 45

11. INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS........................................................................................................................................................45


Tipologia Textual.........................................................................................................................................................................................................................................46
Texto Narrativo............................................................................................................................................................................................................................................46
Texto Descritivo:..........................................................................................................................................................................................................................................46
Texto Dissertativo.......................................................................................................................................................................................................................................46
Leitura e Interpretação de Textos........................................................................................................................................................................................................46
Vícios de Leitura..........................................................................................................................................................................................................................................46
Organização Leitora...................................................................................................................................................................................................................................46

12. ESTILÍSTICA: FIGURAS DE LINGUAGEM..................................................................................................................................47


Figuras de Linguagem.............................................................................................................................................................................................................................. 47

13. REESCRITURA DE SENTENÇAS ...................................................................................................................................................48


Substituição................................................................................................................................................................................................................................................... 48
Deslocamento................................................................................................................................................................................................................................................ 49
Paralelismo.................................................................................................................................................................................................................................................... 49
Variação Linguística.................................................................................................................................................................................................................................. 50

14. SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS....................................................................................................................................................50


Campo Semântico....................................................................................................................................................................................................................................... 50
Sinonímia e Antonímia............................................................................................................................................................................................................................. 50
Hiperonímia e Hiponímia.........................................................................................................................................................................................................................51
Homonímia e Paronímia...........................................................................................................................................................................................................................51

15. REDAÇÃO DE CORRESPONDÊNCIAS OFICIAIS......................................................................................................................58


Aspectos da Correspondência Oficial................................................................................................................................................................................................. 58
Documentos Norteadores da Comunicação Oficial....................................................................................................................................................................... 58
Os Vocativos e Pronomes de Tratamento Mais Utilizados......................................................................................................................................................... 59
Concordância dos Termos Relacionados aos Pronomes de Tratamento..............................................................................................................................60
Os Fechos Adequados para Cada Correspondência......................................................................................................................................................................61
Identificação do Signatário......................................................................................................................................................................................................................61
Normas Gerais para Elaboração para Documentos Oficiais......................................................................................................................................................61
14 Destaques....................................................................................................................................................................................................................................................... 62
Documentos .................................................................................................................................................................................................................................................. 65
Aviso................................................................................................................................................................................................................................................................. 65
Ofício................................................................................................................................................................................................................................................................ 65
Memorando................................................................................................................................................................................................................................................... 66
Requerimento............................................................................................................................................................................................................................................... 66
Ata..................................................................................................................................................................................................................................................................... 67
Parecer............................................................................................................................................................................................................................................................ 67
Atestado.......................................................................................................................................................................................................................................................... 67
Certidão........................................................................................................................................................................................................................................................... 68
Apostila........................................................................................................................................................................................................................................................... 68
Declaração...................................................................................................................................................................................................................................................... 68
Portaria .......................................................................................................................................................................................................................................................... 69
Telegrama....................................................................................................................................................................................................................................................... 69
Exposição de Motivos................................................................................................................................................................................................................................ 69
Mensagem.......................................................................................................................................................................................................................................................71
Fax..................................................................................................................................................................................................................................................................... 72
Correio Eletrônico....................................................................................................................................................................................................................................... 72
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 73
CAPÍTULO 01 - Como Estudar Língua Portuguesa

1. COMO ESTUDAR LÍNGUA mais simples para construir uma base sólida para a re-
flexão sobre a Língua Portuguesa.
PORTUGUESA
Artigo: termo que particulariza um substantivo.
Introdução Ex.: o, a, um, uma.

A parte inicial desse material se volta para a orienta- Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou indica
ção a respeito de como estudar os conteúdos dessa dis- a origem de outro.
ciplina. É preciso que você faça todos os apontamentos Ex.: interessante, quadrado, alemão.
necessários, a fim de que sua estratégia de estudo seja
produtiva. Vamos ao trabalho! Advérbio: termo que imprime uma circunstância
Teoria: recomendo que você estude teoria em 30 % sobre verbo, adjetivo ou advérbio.
do seu tempo de estudo. Quer dizer: leia e decore as re- Ex.: mal, bem, velozmente.
gras gramaticais.
Prática: recomendo que você faça exercícios em Conjunção: termo de função conectiva que pode
40% do seu tempo de estudo. Quem quer passar tem que criar relações de sentido.
conhecer o inimigo, ou seja, a prova. Ex.: mas, que, embora.
Leitura: recomendo que você use os outros 30% para
a leitura de textos de natureza variada. Assim, não terá Interjeição: termo que indica um estado emotivo
problemas com interpretação na prova. momentâneo.
Ex.: Ai! Ufa! Eita!
Níveis de Análise da Língua:
Numeral: termo que indica quantidade, posição,
Fonético / Fonológico: parte da análise que estuda multiplicação ou fração.
os sons, sua emissão e articulação. Ex.: sete, quarto, décuplo, terço.
Morfológico: parte da análise que estuda a estrutu-
ra e a classificação das palavras. Preposição: termo de natureza conectiva que im-
Sintático: parte da análise que estuda a função das prime uma relação de regência.
palavras em uma sentença. Ex.: a, de, em, para.
Semântico: parte da análise que investiga o signifi-
cado dos termos. Pronome: termo que retoma ou substitui outro no 15
Pragmático: parte da análise que estuda o sentido texto.
que a expressões assumem em um contexto. Ex.: cujo, lhe, me, ele.

Substantivo: termo que nomeia seres, ações ou


Exemplo: anote os termos da conceitos da língua.
análise. Ex.: pedra, Jonas, fé, humanidade.
O aluno fez a prova.
Verbo: termo que indica ação, estado, mudança de
estado ou fenômeno natural e pode ser conjugado.
Morfologicamente falando, temos a se- Ex.: ler, parecer, ficar, esquentar.
guinte análise:
O = artigo. A partir de agora, estudaremos esses termos mais
pontualmente. Apesar disso, já posso antecipar que os
Aluno = substantivo.
conteúdos mais importantes e mais cobrados em concur-
Fez = verbo. sos são: advérbios, conjunções, preposições, pronomes e
A = artigo. verbos.
Prova = substantivo.
Artigo
Sintaticamente falando, temos a se-
Termo que define ou indefine um substantivo, par-
guinte análise: ticularizando-o de alguma forma. Trata-se da partícula
O aluno = sujeito. gramatical que precede um substantivo.
Fez a prova = predicado verbal.
A prova = objeto direto. Classificação:
• Definidos: o, a, os, as.
• Indefinidos: um, uma, uns, umas.

Morfologia: classes de palavras


Iniciemos o nosso estudo pela Morfologia. Assim, é
LÍNGUA PORTUGUESA

Emprego do Artigo: mortal.

1 – Definição ou indefinição de termo.


Ex.: Ontem, eu vi o aluno da Sandra.
Ex.: Ontem, eu vi um aluno da Sandra.
Classificação Quanto à Expressão
Objetivo: indica caraterística, não depende da sub-
2 – Substantivação de termo:
jetividade.
Ex.: O falar de Juliana é algo que me encanta.

3 – Generalização de termo (ausência do arti- Exemplo: Roupa verde.


go)
Ex.: O aluno gosta de estudar.
Ex.: Aluno gosta de estudar. Subjetivo: indica qualidade, depende de uma aná-
lise subjetiva.
4 – Emprego com “todo”:
Ex.: O evento ocorreu em toda cidade.
Ex.: O evento ocorreu em toda a cidade. Exemplo: Menina interessante.

5 – Como termo de realce: Gentílico: indica origem


Ex.: Aquela menina é “a” dentista.
Exemplo: Comida francesa.
Observação: mudança de sentido pela flexão:
Ex.: O caixa / A caixa.
Ex.: O cobra / A cobra.
Adjetivo x Locução Adjetiva
Essencialmente, a distinção entre um adjetivo e uma
2. MORFOLOGIA locução adjetiva está na formação desses elementos. Um
adjetivo possui apenas um termo, ao passo que a locução
Adjetivo adjetiva possui mais de um termo. Veja a diferença:
16
Podemos tomar como definição de adjetivo a seguinte Ela fez a sua leitura do dia.
sentença “termo que qualifica, caracteriza ou in- Ela fez a sua leitura diária.
dica a origem de outro”. Vejamos os exemplos: ADJETIVO LOCUÇÃO ADJETIVA
• Casa vermelha. A
• Pessoa eficiente.
abdômen abdominal
• Caneta alemã.
abelha apícola
Veja que “vermelha” indica a característica da casa; abutre vulturino
“eficiente” indica uma qualidade da pessoa; e “alemã”
indica a origem da caneta. No estudo dos adjetivos, o açúcar sacarino
mais importante é identificar seu sentido e sua classi- águia aquilino
ficação.
alma anímico

Classificação Quanto ao Sentido aluno discente

anjo angelical
Restritivo: adjetivo que exprime característica que
não faz parte do substantivo, portanto restringe o seu ano anual
sentido. arcebispo arquiepiscopal

aranha aracnídeo
Exemplo: cachorro inteligente,
asno asinino
menina dedicada.
audição ótico, auditivo

Explicativo: adjetivo que exprime característica B


que já faz parte do substantivo, portanto explica o seu
baço esplênico
sentido.
bispo episcopal

Exemplo: treva escura, animal boca bucal, oral


CAPÍTULO 02 - Morfologia

bode hircino filho filial

boi bovino fogo ígneo

bronze brônzeo, êneo frente frontal

C G
cabeça cefálico gado pecuário

cabelo capilar gafanhoto acrídeo

cabra caprino garganta gutural

campo campestre, bucólico ou rural gato felino

cão canino gelo glacial

carneiro arietino gesso típseo

Carlos Magno carolíngio guerra bélico

cavalo cavalar, equino, equídeo ou hí- H


pico
homem viril, humano
chumbo plúmbeo
I
chuva pluvial
idade etário
cidade citadino, urbano
ilha insular
cinza cinéreo
irmão fraternal
coelho cunicular
intestino celíaco, entérico
cobra viperino, ofídico
inverno hibernal, invernal
cobre cúprico
irmão fraternal, fraterno
coração cardíaco, cordial
J 17
crânio craniano
junho junino
criança pueril, infantil
L
D
laringe laríngeo
dedo digital
leão leonino
diamante diamantino, adamantino
lebre leporino
dinheiro pecuniário
leite lácteo, láctico
E
lobo lupino
elefante elefantino
lua lunar, selênico
enxofre sulfúrico
M
esmeralda esmeraldino
macaco simiesco, símio, macacal
esposos esponsal
madeira lígneo
estômago estomacal, gástrico
mãe maternal, materno
estrela estelar
manhã matutino, matinal
F
mar marítimo
fábrica fabril
marfim ebúrneo, ebóreo
face facial
mármore marmóreo
falcão falconídeo
memória mnemônico
farinha farináceo
mestre magistral
fera ferino
moeda monetário, numismático
ferro férreo
monge monacal, monástico
fígado figadal, hepático
LÍNGUA PORTUGUESA

morte mortífero, mortal, letal rio fluvial

N rato murino

nádegas glúteo rim renal

nariz nasal rio fluvial

neve níveo, nival rocha rupestre

noite noturno S
norte setentrional, boreal selo filatélico

nuca occipital serpente viperino, ofídico

núcleo nucleico selva silvestre

O sintaxe sintático

olho ocular, óptico, oftálmico sonho onírico

orelha auricular sul meridional, austral

osso ósseo T
ouro áureo tarde vesperal, vespertino

outono outonal terra telúrico, terrestre ou terreno

ouvido ótico terremotos sísmico

ovelha ovino tecido têxtil

P tórax torácico

paixão passional touro taurino

pai paternal, paterno trigo tritício

18 paixão passional U
pâncreas pancreático umbigo umbilical

pântano palustre urso ursino

pato anserino V
pedra pétreo vaca vacum
peixe písceo ou ictíaco veia venoso
pele epidérmico, cutâneo velho senil
pescoço cervical vento eóleo, eólico
pombo colombino verão estival
porco suíno, porcino víbora viperino
prata argênteo ou argentino vidro vítreo ou hialino
predador predatório virgem virginal
professor docente virilha inguinal
prosa prosaico visão óptico ou ótico
proteína protéico vontade volitivo
pulmão pulmonar voz vocal
pus purulento
Cuidados importantes ao analisar um adjetivo:
Q • Pode haver mudança de sentido:
quadris ciático • Homem pobre X Pobre homem.

R Na primeira expressão, a noção é de ser desprovido


raposa vulpino de condições financeiras; na segunda, a ideia e de indiví-
duo de pouca sorte ou de destino ruim.
CAPÍTULO 02 - Morfologia

Advérbio dizer que não desempenham função sintática uns em


relação aos outros.
Trata-se de palavra invariável, que imprime uma cir-
cunstância sobre verbo, adjetivo ou advérbio. É impor- Exemplo: Machado escreveu con-
tante saber reconhecer os advérbios em uma sentença,
portanto anote esses exemplos e acompanhe a análise. tos e poemas.
Drummond escreveu poemas e entrou
• Verbo. para a história.
• Adjetivo.
• Advérbio.

Categorias adverbiais: essas categorias resumem Categoria Conjunção Exemplo


os tipos de advérbio, mas não essencialmente todos os Aditiva E, nem, não só... mas Pedro assistiu ao fil-
sentidos adverbiais. também, bem como, me e fez um comen-
como também. tário logo após.

• Afirmação: sim, certamente, claramente Adversativa Mas, porém, contu- A criança caiu no
etc. do, entretanto, toda- chão, todavia não
• Negação: não, nunca, jamais, absolutamen- via, no entanto. chorou.
te. Alternativa Ou, ora...ora, quer... Ora Márcio estu-
• Dúvida: quiçá, talvez, será, tomara. quer, seja...seja. dava, ora escrevia
• Tempo: agora, antes, depois, já, hoje, ontem. seus textos.
• Lugar: aqui, ali, lá, acolá, aquém, longe. Conclusiva Logo, portanto, as- Mariana estava do-
• Modo: bem, mal, depressa, debalde, rapida- sim, então, pois ente; não poderia
mente. (após o verbo). vir, pois, ao baile.
• Intensidade: muito, pouco, demais, menos, Explicativa Que, porque, pois Traga o detergente,
mais. (antes do verbo), porque preciso la-
• Interrogação: por que, como, quando, porquanto. var essa louça.
onde, aonde, donde.
• Designação: eis. Subordinativas

Ligam termos com dependência sintática: 19


Advérbio x Locução Adverbial
Integrantes: Introduzem uma ORAÇÃO SUBOR-
A distinção entre um advérbio e uma locução adver- DINADA SUBSTANTIVA.
bial é igual à distinção entre um adjetivo e uma locução
adjetiva, ou seja, repousa sobre a quantidade de termos.
Exemplo: É fundamental que o
Enquanto só há um elemento em um advérbio; em uma
locução adverbial, há mais de um elemento. Veja os país mude sua política.
exemplos:
Maria não disse se faria a questão.
• Aqui, deixaremos a mala. (Advérbio)
• Naquele lugar, deixaremos a mala. (Locução
adverbial) Adverbiais: Introduzem ORAÇÃO SUBORDINA-
• Sobre o móvel da mesa, deixaremos a mala. DA ADVERBIAL.
(Locução adverbial) São 9 tipos de conjunção:

Conjunção • Causal: já que, uma vez que, como, porque.


• Comparativa: como, tal qual, mais (do)
Pode-se definir a conjunção como um termo invari- que.
ável, de natureza conectiva que pode criar relações de • Condicional: caso, se, desde que, contanto
sentido (nexos) entre palavras ou orações. Usualmente, que.
as provas costumam cobrar as relações de sentido ex- • Conformativa: conforme, segundo, conso-
pressas pelas conjunções, desse modo, o recomendável ante.
é empreender uma boa classificação e memorizar algu- • Consecutiva: tanto que, de modo que, de
mas tabelas de conjunção. sorte que.
• Concessiva: embora, ainda que, mesmo
Classificação das Conjunções que, apesar de que, conquanto.
• Final: para que, a fim de que, porque.
Coordenativas • Proporcional: à medida que, à proporção
que, ao passo que.
Ligam termos sem dependência sintática. Isso quer • Temporal: quando, sempre que, mal, logo
DIREITO
ADMINISTRATIVO
PROFESSOR
Robson Fachini
Experiência em concursos públicos desde 1999, ten-
do sido aprovado nos cargos de agente administrativo
da prefeitura de Rancharia – SP, recenciador do IBGE,
agente de escolta e vigilância penitenciária – SP, agente
de segurança penitenciária – SP, agente penitenciário –
PR, agente penitenciário federal – MJ, analista do tribu-
nal de contas do DF e atualmente aprovado para o cargo
de auditor de controle externo do tribunal de contas dos
municípios do estado de Goiás. Formado em tecnologia
em gestão pública pelo instituto tecnológico da Univer-
sidade Federal do Paraná e pós graduando em MBA em
gestão pública. Professor de direito administrativo em
cursos preparatórios para concursos desde 2010.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
1. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, ESTADO E GOVERNO ............................................................................. 299
Conceito de Direito...................................................................................................................................................................................................................................299
Ramos do Direito.......................................................................................................................................................................................................................................299
Conceito de Direito Administrativo..................................................................................................................................................................................................299
Objeto do Direito Administrativo.......................................................................................................................................................................................................299
Fontes do Direito Administrativo...................................................................................................................................................................................................... 300
Sistemas Administrativos.................................................................................................................................................................................................................... 300
Noções de Estado......................................................................................................................................................................................................................................301
Formas de Estado......................................................................................................................................................................................................................................301
Poderes do Estado.................................................................................................................................................................................................................................... 302
Noções de Governo.................................................................................................................................................................................................................................. 302
Sistemas de Governo.............................................................................................................................................................................................................................. 303
Formas de Governo................................................................................................................................................................................................................................. 303
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................ 304

2. NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA E TÉCNICAS ADMINISTRATIVAS...........................................................304


Conceito de Administração Pública................................................................................................................................................................................................. 304
Classificação da Administração Pública.........................................................................................................................................................................................305
Comparação entre Governo e Administração Pública..............................................................................................................................................................305
Administração Pública Direta............................................................................................................................................................................................................ 306
Administração Pública Indireta........................................................................................................................................................................................................ 306
Organização Administrativa da União.............................................................................................................................................................................................307
Técnicas Administrativas......................................................................................................................................................................................................................308
Criação dos Entes da Administração Indireta..............................................................................................................................................................................310
Autarquia.....................................................................................................................................................................................................................................................310
Fundação Pública.......................................................................................................................................................................................................................................311
Empresas Estatais (Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista)............................................................................................................................ 312
Empresa Pública....................................................................................................................................................................................................................................... 312
Sociedade de Economia Mista............................................................................................................................................................................................................. 313
Entidades Paraestatais............................................................................................................................................................................................................................ 314
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 316

3. REGIME JURÍDICO ADMINISTRATIVO E PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.317


Regime Jurídico Administrativo......................................................................................................................................................................................................... 317
297
Princípios Fundamentais da Administração Pública................................................................................................................................................................ 317

4. ÓRGÃOS PÚBLICOS E AGENTES PÚBLICOS........................................................................................................................... 322


Órgão Público.............................................................................................................................................................................................................................................322
Agentes Públicos.......................................................................................................................................................................................................................................324
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................326

5. PODERES ADMINISTRATIVOS...................................................................................................................................................... 327


Poder Hierárquico....................................................................................................................................................................................................................................327
Poder Disciplinar......................................................................................................................................................................................................................................328
Poder de Polícia.........................................................................................................................................................................................................................................328
Poder Regulamentar................................................................................................................................................................................................................................ 331
Abuso de Poder.......................................................................................................................................................................................................................................... 331
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................332

6. ATOS ADMINISTRATIVOS............................................................................................................................................................... 333


Conceito de Atos Administrativos.....................................................................................................................................................................................................333
Características de Atos Administrativos........................................................................................................................................................................................333
Outros Conceitos Pertinentes ao Tema............................................................................................................................................................................................333
Elementos ou Requisitos de Validade dos Atos Administrativo............................................................................................................................................334
Atributos dos Atos Administrativos..................................................................................................................................................................................................336
Classificações de Atos Administrativos...........................................................................................................................................................................................337
Espécies de Atos Administrativos......................................................................................................................................................................................................339
Extinção dos Atos Administrativos / Desfazimento do Ato Administrativo.................................................................................................................... 341
Convalidação...............................................................................................................................................................................................................................................342

7. CONTROLE DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.......................................................................................................................... 343


Classificação do Controle da Administração Pública................................................................................................................................................................343
Espécies de Controle da Administração Pública.........................................................................................................................................................................346

8. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA.............................................................................................................................................. 350


Conceito de Improbidade Administrativa......................................................................................................................................................................................350
Fundamento Constitucional.................................................................................................................................................................................................................350
Lei 8.429/92.................................................................................................................................................................................................................................................350
SUMÁRIO

9. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO..................................................................................................................................361


Responsabilidade Civil (Direito Civil)..............................................................................................................................................................................................362
Classificação da Responsabilidade Civil.........................................................................................................................................................................................362
Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência da Atuação da Administração Pública.....................................................................................363
Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência de Atos Legislativos..........................................................................................................................365
Responsabilidade Civil do Estado em Decorrência de Atos Judiciais................................................................................................................................366
Ação de Reparação de Danos...............................................................................................................................................................................................................366
Ação Regressiva.........................................................................................................................................................................................................................................367

10. LICITAÇÃO........................................................................................................................................................................................... 367


Base Constitucional.................................................................................................................................................................................................................................367
Competência Legislativa........................................................................................................................................................................................................................368
LEI 8.666/93................................................................................................................................................................................................................................................368
Tipos de Licitação e Modalidades de Licitação.............................................................................................................................................................................373
Contratação Direta....................................................................................................................................................................................................................................373
Procedimento Licitatório.......................................................................................................................................................................................................................376
Situações Especiais..................................................................................................................................................................................................................................380
LEI 10.520/2002.........................................................................................................................................................................................................................................382
Decreto Federal 5.450/2005..................................................................................................................................................................................................................383
Regime Diferenciado de Contratações.............................................................................................................................................................................................384
Questões Comentadas.............................................................................................................................................................................................................................385

11. LEI 8.112/90 – ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO............................................................. 386
Título I – Das Disposições Preliminares..........................................................................................................................................................................................386
Título II - Do Provimento, Vacância, Remoção, Reditribuição e Substituição................................................................................................................388
Título III – Dos Direitos e Vantagens.................................................................................................................................................................................................394
Título IV – Do Regime Disciplinar.................................................................................................................................................................................................... 403
Processo Administrativo Disciplinar................................................................................................................................................................................................407
Da Seguridade Social do Servidor...................................................................................................................................................................................................... 413
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 417

298
CAPÍTULO 01 - Noções de Direito Administrativo, Estado e Governo

1. NOÇÕES DE DIREITO de conflitos que envolvam tais interesses contra os inte-


resses dos particulares. Nestes casos, em um dos lados
ADMINISTRATIVO, ESTADO E do conflito está o Estado, representante dos interesses da
GOVERNO coletividade, e do outro lado da disputa tem-se o particu-
lar (tanto faz esse particular ser pessoa física ou pessoa
O direito administrativo é o conjunto de regras que jurídica), representando os seus próprios interesses.
orientam a atuação da administração pública e o exercí- No direito público, o Estado tem um tratamento pri-
cio das atividades administrativas do Estado. vilegiado diante do particular, ou seja, as normas que
Sendo assim, o direito administrativo é a espécie de regulam o direito público conferem prerrogativas espe-
direito que tem por objetivo definir as regras que orien- ciais ao Estado diante do particular, o que impede um
tam a atuação do Estado como administrador da coisa tratamento igualitário entre as partes.
pública. A característica marcante do direito público é a
Sendo o direito administrativo uma espécie de direi- relação jurídica de desigualdade estabelecida entre
to, para o bom entendimento da matéria, neste bloco ire- os polos. Assim sendo, no direito público as partes são
mos conhecer o conceito de direito, os ramos do direito, tratadas com distinção de direitos, obrigações e respon-
o conceito e objetos do direito administrativo, as fontes sabilidades. Essa relação jurídica de desigualdade tam-
do direito administrativo e os sistemas administrativos. bém é chamada de relação jurídica vertical.
O fundamento dessa relação jurídica vertical entre
o Estado e o particular, arbitrada pelo direito público é
Conceito de Direito encontrado no princípio da supremacia do interesse
público, tal princípio preconiza que os interesses pú-
Para uma boa compreensão do conceito de direito blicos (da coletividade) se sobrepõem aos interesses pri-
administrativo, ou seja, do que é o direito administrativo, vados, e sendo o Estado o procurador dos interesses da
e também qual a finalidade do direito administrativo, é sociedade, a ele são conferidos poderes especiais para
importante, em primeiro, plano compreender de forma conseguir defender o interesse da coletividade.
objetiva o que é o direito. O direito administrativo faz parte do ramo do direi-
Direito é um conjunto de normas impostas coativa- to público, e como outros exemplos do direito público
mente pelo Estado, que vão regular a vida em sociedade, temos o direito constitucional, penal, processual penal,
possibilitando a coexistência pacífica das pessoas. tributário, dentre outras searas do direito.

Ramos do Direito Conceito de Direito Administrativo 299

O direito é dividido em dois ramos distintos, são eles: O professor Hely Lopes Meirelles conceitua o direi-
o direito privado e o direito público. to administrativo como sendo “o conjunto harmônico de
princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e ativi-
Direito Privado dades públicas que tendem a realizar concreta, direta e
imediatamente os fins desejados pelo Estado”.
O direito privado é caracterizado pela regulamen- A professora Maria Sylvia Di Pietro define o Direi-
tação de interesses PRIVADOS. Neste ramo do direito, to Administrativo como “o ramo do direito público que
existe um conflito entre particulares, ou seja, em um dos tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas ad-
lados da disputa tem um particular, seja este uma pessoa ministrativas que integram a Administração Pública, a
física, ou uma pessoa jurídica, e do outro lado tem-se ou- atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens
tro particular, tanto faz se ele é pessoa física ou pessoa de que se utiliza para a consecução de seus fins, de na-
jurídica. tureza política.”
Em regra, o direito privado não regula relações entre
particulares e o Estado. Eventualmente o Estado pode
integrar um dos polos regulados pelo direito privado, Objeto do Direito Administrativo
conforme veremos logo adiante.
Característica marcante do direito privado é a O direito administrativo tem dois objetos, a adminis-
relação jurídica de igualdade estabelecida entre tração pública e o exercício das atividades administra-
as partes. Essa relação jurídica de igualdade também é tivas do Estado.
chamada de relação jurídica horizontal. O direito administrativo tem por objetivo regular as
O direito administrativo não faz parte do ramo do di- relações da administração pública, sejam estas relações
reito privado, e como exemplos desse ramo do direito de natureza interna entre as entidades que a compõe,
tem-se o direito civil o direito empresarial, dente outros. seus órgãos e agentes; ou relações de natureza externa
entre a administração e os administrados.
Além de ter por objeto a administração pública, tam-
Direito Público
bém é foco do direito administrativo o desempenho das
atividades públicas, tanto exercidas pelo próprio estado,
O direito público é caracterizado pela regulamenta-
por meio da administração pública, ou exercidas por al-
ção dos interesses públicos e o seu objetivo é a resolução
gum particular, como no caso das concessões, permis-
DIREITO ADMINISTRATIVO

sões e autorizações de serviços públicos. deral (STF) depois de reiteradas decisões num mesmo
Resumidamente, pode-se dizer que o direito adminis- sentido e seu conteúdo vincula a administração pública
trativo tem por objeto a administração pública e também dos poderes legislativo, executivo e judiciário da União,
as atividades administrativas, independente de quem as Estados, DF e municípios.
exerça.
Doutrina
Fontes do Direito Administrativo
A doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos
O termo fonte dá ideia do lugar onde algo começa a do direito administrativo. São livros que têm a finalida-
surgir. Sendo assim, por fontes do direito administrativo, de de tentar sistematizar e melhor explicar o conteúdo
deve-se entender os lugares onde encontramos as suas das normas de direito administrativo, os quais podem
regras. ser utilizados como critério de interpretação de normas,
Todavia o direito administrativo não é codificado, bem como auxiliar a produção normativa.
dessa forma, não é possível encontrarmos um código A doutrina não vincula a atuação da administração
que contemple as normas de direito administrativo como pública, ela é só uma fonte de orientação.
acontece com o direito penal, civil, processual penal, Devido ao fato de a doutrina representar o entendi-
dentre outros. Para encontrarmos as normas de direito mento do seu autor sobre as regras do direito adminis-
administrativo temos que recorrer a diversas fontes. trativo, essa fonte do direito apresenta várias contradi-
São fontes do direito administrativo a lei, a jurispru- ções, pois é comum que em alguns pontos os autores
dência, a doutrina e os costumes (praxe administrativa). tenham entendimentos distintos de um ou outro instituto
Veja a seguir as características de cada uma das fontes. jurídico.

Lei Costumes Administrativos (Praxe


Administrativa)
Em decorrência do princípio fundamental da legali-
dade, que orienta todo o direito administrativo, a lei é a Os costumes são práticas reiteradas observadas pelos
fonte primária e principal do direito administrativo. A agentes administrativos diante de determinada situação
lei vincula a atuação da administração pública dos três quando há lacuna da norma.
poderes e de todas as esferas da federação. Os costumes somente podem ser utilizados para
No entanto, para entendermos melhor o significado orientar a atuação da administração pública na falta de
300
do termo lei e da sua finalidade, é importante classificá- lei determinando o que deve ser feito. Sendo assim, o
-la em dois tipos: Lei em sentido estrito e Lei em sentido costume não pode substituir a lei, mas somente pode ser
amplo. utilizado para tampar uma lacuna deixada na lei pelo
Lei em sentido estrito são os atos legislativos que ino- legislador.
vam o ordenamento jurídico, tais como as leis comple-
mentares, ordinárias e delegadas. Sistemas Administrativos
Lei em sentido amplo é um termo mais amplo que
inclui qualquer tipo de norma aplicada à administração São os regimes que dispõe o Estado para realizar o
pública, independente do órgão estatal que a produziu. controle de legalidade dos seus atos administrativos. E
Neste caso, entende-se por lei a própria Constituição estes podem ser classificados em sistema francês ou in-
Federal, as leis ordinárias, complementares, delegadas, glês. Veja a seguir.
medidas provisórias, decretos, resoluções, portarias e
qualquer outro ato que seja de obediência obrigatória Sistema Francês / Dualidade da Jurisdição /
pela administração pública. Contencioso Administrativo
O direito administrativo adota como fonte principal a
lei em seu sentido amplo. Pelo sistema francês, o poder judiciário não tem com-
petência para fazer controle de legalidade dos atos da
Jurisprudência administração pública.
Neste caso existe duas justiças, uma justiça comum
A jurisprudência é o resultado de vários julgados para julgar os particulares e uma justiça administrativa
realizados pelo poder judiciário sobre determinada ma- que tem a competência de julgar os atos da administra-
téria que caminham num mesmo sentido, serve como ção pública.
paradigma para o julgamento de novas ações judiciais Neste sistema, os atos praticados pela administração
referentes aos mesmos temas. pública não podem ser anulados pelo poder judiciário.
Em regra, a jurisprudência não vincula a atuação da Existem tribunais de natureza administrativa que têm
administração pública, somente serve como ponto de a competência de realizar o controle de legalidade dos
orientação, mas como exceção tem-se as súmulas vincu- atos administrativos e caso seja necessário, anulá-los.
lantes que foram introduzidas no ordenamento jurídico As decisões desses tribunais administrativos têm
brasileiro pela emenda constitucional nº 45. As súmulas efeito de coisa julgada, pois não podem ser revistas pelo
vinculantes são publicadas pelo Supremo Tribunal Fe- poder judiciário, haja vista o fato de o poder judiciário
CAPÍTULO 01 - Noções de Direito Administrativo, Estado e Governo

não realizar controle de legalidade dos atos da adminis- guir:


tração pública.
O sistema administrativo francês não é o sistema • Pessoa: capacidade para contrair direitos e
administrativo para controle de legalidade dos atos da obrigações.
administração pública. • Jurídica: É a pessoa constituída através de
uma formalidade documental (de uma convenção
Sistema Inglês / Jurisdição Única / Sistema não entre pessoas físicas), seu contraponto é a pessoa
Contencioso física ou humana.
• Territorial soberana: quer dizer que
Pelo sistema inglês, o poder judiciário tem competên- dentro do território do Estado, este detém a so-
cia para fazer controle de legalidade dos atos da admi- berania, ou seja, sua vontade prevalece ante a das
nistração pública. demais pessoas (sejam elas físicas ou jurídicas).
Neste caso, existe uma única justiça, representada Podemos definir soberania da seguinte forma, sobe-
pelo poder judiciário e este tem competência para julgar rania representa independência na ordem internacional
tanto processos que envolvam particulares como tam- (lá fora ninguém manda no Estado) e supremacia na or-
bém processos que envolvam a administração pública. dem interna (aqui dentro quem manda é o Estado).
Todos os conflitos entre a administração e o adminis-
trado e ainda entre a administração e os seus agentes, Elementos do Estado
podem ser levados até o poder judiciário, e só este tem
o poder de decidir com força de coisa julgada. É impor- Os elementos que compõe o Estado são três: o territó-
tante observar que neste sistema, a administração pode rio, o povo e o governo soberano.
julgar conflitos, todavia mesmo que ela já tenha julgado
ou esteja julgando um conflito, o particular pode acionar • Território: é a base fixa do Estado (solo,
o poder judiciário e este poderá desfazer o resultado do subsolo, mar, espaço aéreo).
julgamento feito pela administração pública, pois as de- • Povo: é o componente humano do Estado.
cisões da administração pública não tem força de coisa • Governo Soberano: é o responsável pela
julgada. condução política do Estado, por ser tal governo
Esse é o modelo de sistema administrativo adotado soberano, temos que este não se submete a ne-
pelo Brasil. nhuma vontade externa, pois, relembrando, lá
Ainda que as decisões da administração pública não fora o Estado é independente e aqui dentro sua
tenham força de coisa julgada, isso não impede que a vontade é suprema. 301
administração pública julgue conflitos. Todavia, estes
conflitos podem ser levados para solução perante o po-
Observação: A palavra povo não
der judiciário e é este quem tem o poder de dizer qual é
o direito aplicável ao caso. pode ser substituída por população, cida-
Para entender melhor o assunto, basta comparar dão, nem por nenhuma outra similar.
o sistema inglês com o francês, enquanto no primeiro
existe uma justiça com competência para julgar poder
público e particulares, no sistema francês existe uma Formas de Estado
justiça para julgar o poder público e outra para julgar
o particular. Existem duas formas de Estado: Estado unitário e Es-
tado federado.
Noções de Estado
Estado Unitário
Neste tópico nós iremos estudar o Estado. Abordare-
mos o conceito de Estado, os elementos que o integram, Estado unitário é o termo utilizado para se referir
seus poderes e suas funções. aos países caracterizados pela centralização política.
Neste tipo de país existe um poder político central que
Conceito de Estado emana sua vontade por todo o território nacional.
Em um Estado unitário, existe relação de hierarquia
O termo Estado pode ter várias interpretações, por e subordinação entre o poder político central e os po-
exemplo, tal termo é geralmente utilizado para nos re- deres políticos regionais e locais, ou seja, Estados-mem-
ferirmos aos Estados-membros, entes que compõe a bros e municípios em regra não existem e quando exis-
República Federativa do Brasil (ex. São Paulo, Paraná, tem não são dotados de competências políticas, pois as
Santa Catarina, Mato Grosso, Sergipe etc.). No entanto, competências políticas são exclusivas do poder político
neste tópico, devemos associar a palavra Estado à ideia central. Neste caso, Estados-membros e municípios são
de país. Neste sentido, podemos conceituar Estado como subordinados a vontade do poder político central.
sendo a pessoa jurídica territorial soberana. O Brasil não é um Estado unitário.
Analisando o conceito de Estado, encontramos alguns Um exemplo de Estado unitário é o Uruguai.
elementos que devem ser bem compreendidos, veja a se-
NOÇÕES DE
DIREITO CONSTITUCIONAL
PROFESSOR
Willian Prates
Professor de Direito Constitucional, Administrativo,
Tributário e Processo Civil em diversos preparatórios
para concursos públicos. Foi coordenador pedagógico
de diversos preparatórios para concursos. Palestrante
sobre planejamento e técnicas de estudos. Palestran-
te motivacional. Foi Cadete do Curso de Formação de
Oficiais da Polícia Militar do Estado de Minas Gerais
– aprovado no concurso aos 17 anos de idade. Apro-
vado em mais de 13 concursos públicos e vestibulares
de universidades públicas, entre os quais: Ministério
Público da União, Banco Central do Brasil, Corpo de
Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais e Polícia
Civil do Estado de Minas Gerais.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
Apresentação do Material.....................................................................................................................................................................................................................423

1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS....................................................................................................................................................... 423


Análise dos Artigos 1º-4º........................................................................................................................................................................................................................423
Formas de Governo..................................................................................................................................................................................................................................423
Formas de Estado......................................................................................................................................................................................................................................424
Regime Político..........................................................................................................................................................................................................................................425
Regime ou Sistema de Governo..........................................................................................................................................................................................................425
Fundamentos da República Federativa Brasil..............................................................................................................................................................................426
Tripartição dos Poderes..........................................................................................................................................................................................................................426
Objetivos Fundamentais........................................................................................................................................................................................................................427
Princípios das Relações Internacionais...........................................................................................................................................................................................427
Objetivos Internacionais........................................................................................................................................................................................................................427
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................428

2. EFICÁCIA DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS....................................................................................................................... 429


Tipos de Eficácia........................................................................................................................................................................................................................................429
Espécies de Normas de Eficácia Limitada..................................................................................................................................................................................... 430
Definidoras de Princípios Programáticos...................................................................................................................................................................................... 430
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................ 430

3. DOS DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS...................................................................................................................431


Diferença entre Direitos e Garantias................................................................................................................................................................................................ 431
Titularidade dos Direitos e Garantias Fundamentais................................................................................................................................................................ 431
Gerações ou Dimensões de Direitos Fundamentais................................................................................................................................................................... 431
Características dos Direitos Fundamentais...................................................................................................................................................................................432
Dos Direitos e Deveres Individuais e Coletivos............................................................................................................................................................................433
Direito à Igualdade...................................................................................................................................................................................................................................433
Origem...........................................................................................................................................................................................................................................................449
Possíveis Nomes........................................................................................................................................................................................................................................449
Remédios Constitucionais.....................................................................................................................................................................................................................453
Questão Gabaritada.................................................................................................................................................................................................................................458

4. DIREITOS SOCIAIS............................................................................................................................................................................. 459 421


Direitos Sociais em Espécie..................................................................................................................................................................................................................459
Direito Individual do Trabalho........................................................................................................................................................................................................... 460
Direitos Coletivo do Trabalho – Direito Sindical......................................................................................................................................................................... 464

5. DIREITOS DA NACIONALIDADE.................................................................................................................................................. 466


Nacionalidade Primária ou Originária............................................................................................................................................................................................467
Nacionalidade Secundária ou Adquirida........................................................................................................................................................................................467
Distinções entre Brasileiro Nato e Naturalizado.........................................................................................................................................................................468
Hipóteses de Perda da Nacionalidade..............................................................................................................................................................................................468
Idioma e Símbolos Nacionais...............................................................................................................................................................................................................469
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................469

6. DIREITOS POLÍTICOS........................................................................................................................................................................ 470


O Voto Como Forma de Democracia Indireta................................................................................................................................................................................470
Instrumentos de Democracia Direta................................................................................................................................................................................................. 471
Capacidade Eleitoral Ativa.................................................................................................................................................................................................................... 471
Capacidade Eleitoral Passiva............................................................................................................................................................................................................... 471
Direitos Políticos Negativos..................................................................................................................................................................................................................472
Princípio da Anualidade da Lei Eleitoral........................................................................................................................................................................................475
Partidos Políticos.......................................................................................................................................................................................................................................475
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................476

7. ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA DO ESTADO............................................................................................ 477


Reorganização dos Limites Territoriais...........................................................................................................................................................................................477
Autonomia x Soberania..........................................................................................................................................................................................................................478
Principais Garantias da Federação....................................................................................................................................................................................................479
Repartição de Competências e Cláusula Pétrea...........................................................................................................................................................................479
Diferença entre Competências Administrativas e Legislativas.............................................................................................................................................479
Competências da União......................................................................................................................................................................................................................... 480
Competência dos Estados-Membros................................................................................................................................................................................................. 481
Competência do Distrito Federal........................................................................................................................................................................................................482
Competência dos Municípios...............................................................................................................................................................................................................482
Competência Administrativa Comum da União, Estados, Distrito Federal e Municípios..........................................................................................482
Competência Legislativa Concorrente da União, Estados e Distrito Federal...................................................................................................................482
SUMÁRIO

8. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA........................................................................................................................................................... 484


Princípios Admistrativos.......................................................................................................................................................................................................................484
Administração Pública...........................................................................................................................................................................................................................487
Autarquias...................................................................................................................................................................................................................................................489
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................492

9. AGENTES PÚBLICOS......................................................................................................................................................................... 493


Classificação................................................................................................................................................................................................................................................493
Normas Constitucionais.........................................................................................................................................................................................................................494
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................496

10. PODER LEGISLATIVO...................................................................................................................................................................... 497


Considerações Gerais..............................................................................................................................................................................................................................497
Estrutura e Funcionamento do Poder Legislativo.......................................................................................................................................................................497
Atribuições do Poder Legislativo....................................................................................................................................................................................................... 500
Estatuto dos Congressistas.................................................................................................................................................................................................................. 500
Incompatibilidades dos Parlamentares........................................................................................................................................................................................... 501
Perda do Mandato..................................................................................................................................................................................................................................... 501

11. PODER EXECUTIVO.......................................................................................................................................................................... 502


Atribuições do Presidente da República.........................................................................................................................................................................................502
Responsabilidade do Presidente da República.............................................................................................................................................................................503
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................505

12. PODER JUDICIÁRIO......................................................................................................................................................................... 506


Generalidades.............................................................................................................................................................................................................................................506
As Garantias do Poder Judiciário.......................................................................................................................................................................................................507
Garantias dos Magistrados...................................................................................................................................................................................................................508
Vedações aos Magistrados....................................................................................................................................................................................................................508
Estrutura do Poder Judiciário..............................................................................................................................................................................................................508
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 512

13. DAS FUNÇÕES ESSENCIAIS À JUSTIÇA..................................................................................................................................513


Ministério Público.................................................................................................................................................................................................................................... 513
Advocacia Pública......................................................................................................................................................................................................................................515
422 Defensoria Pública................................................................................................................................................................................................................................... 516
Advocacia Privada.................................................................................................................................................................................................................................... 516
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 516
CAPÍTULO 01 - Princípios Fundamentais

Apresentação do Material Republicana

A presente obras foi elaborada na medida certa para República vem do latim “res”, que significa coisa, e
aqueles que estão se preparando para concursos públi- pública, que significa algo que é público, do povo.
cos (nível médio ou superior) – tribunais, carreiras admi- Desse modo, a coisa, que é o poder, é do povo, que o
nistrativas, carreira policial, carreira fiscal etc. exerce diretamente ou por meio de representantes elei-
Os temas são abordados na profundidade necessária, tos (art. 1º, parágrafo único, CF/88).
em sintonia com o entendimento doutrinário majoritário Na república, os governantes chegam ao poder atra-
e jurisprudência dos tribunais superiores (notadamente vés das eleições, cujo mandato é exercido por prazo de-
o Supremo Tribunal Federal), bem como o entendimento terminado, e, ainda, devem prestar contas aos governa-
das principais bancas organizadoras de concursos públi- dos, de modo que na república há a responsabilidade do
cos do Brasil. governante.
Obra indicada para aqueles que estão no início dos Na Forma de Governo Republicana os governantes
estudos, bem como para aqueles que desejam aprofun- chegam ao Poder através de eleições, exercem manda-
dar os conhecimentos em alguns temas do Direito Cons- to por prazo determinado, devendo ainda prestar contas
titucional. aos governados, ou seja, na República temos a responsa-
bilidade do Governante.

1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Exemplo: Brasil – O Presidente
Os princípios fundamentais são tratados na Consti- da República chega ao poder através de
tuição Federal de 1988 (CF/88) entre os artigos 1º e 4º.
eleição, para exercer mandato por 4 anos,
É tema que se relaciona com a parte estrutural do Es-
tado, onde são abordados fundamentos, objetivos, prin- representando os anseios do povo. Caso co-
cípios que regerem as relações internacionais do Brasil, menta algum crime de responsabilidade,
bem como os objetivos internacionais. será processado e julgado por tal crime,
cuja condenação gera a perda do cargo,
Análise dos Artigos 1º-4º suspensão de direitos políticos etc.
423
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe- A forma de governo republicano possui as seguintes
deral, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem características:
como fundamentos: [...].
• Eletividade;
Do dispositivo acima é possível extrair: • Temporalidade;
• Representatividade popular, pois os gover-
• Forma de governo (república); nantes são eleitos para representar o povo;
• Forma de Estado (federado); • Responsabilidade do governante.
• Regime político (democrático).
Monarquia
Implicitamente também é possível extrair o regime
ou sistema de governo adotado pelo Brasil, que é o pre- Na monarquia, o poder é exercido por uma única
sidencialismo. pessoa – o rei e sua família real. O povo não é titular do
poder.
Formas de Governo Na forma de governo monárquico, o governante che-
ga ao poder pelo fato de pertencer à família real, e o
A forma de governo trata da relação governante-go- exercício do poder se dá de forma vitalícia (não há elei-
vernado, notadamente no que se relaciona ao exercício ções “reais”), de modo que não há representatividade po-
do poder. no que tange ao exercício do poder. Analisar pular. O governante é irresponsável, pois não há presta-
forma de governo é analisar fonte do poder. ção de contas de seus atos.
A monarquia possui as seguintes características:
Como os governantes adquirem o poder?
O exercício do poder é de forma temporária ou • Hereditariedade;
vitalícia? • Vitaliciedade;
Há responsabilidade dos governantes perante • Não representatividade popular, pois o rei
os governados? não é eleito pelo povo (cidadãos);
• Irresponsabilidade do governante, pois este
não presta conta dos seus atos.
DIREITO CONSTITUCIONAL

vimento centrífugo), pois inicialmente o Brasil era um


Estado unitário (Brasil Império), e, posteriormente, sur-
República Monarquia
giram entes dotados de autonomia (Estados-membros,
Eletividade Hereditariedade Distrito Federal e Municípios).
Temporalidade Vitaliciedade
Estado Federado: é formado por vários entes po-
líticos dotados de autonomia. Porém, tais entes, não são
Representatividade popular Não-representatividade dotados de poder de secessão (separação). Em regra, são
popular
organizados por uma Constituição Federal.
Responsabilidade do Governan- Irresponsabilidade do gover-
te – deve prestar contas nante – Não prestação de contas

Prosseguindo com os desdobramentos do caput do Exemplo: Brasil – É formado pela


art. 1º, temos que o Brasil é uma República Federativa, União, Estados, Distrito Federal e Municí-
e isso diz respeito à Forma de Estado adotada pelo Brasil. pios, que são entes dotados de capacidade
política, ou seja, podem legislar, se organi-
Formas de Estado zarem administrativamente etc.

A forma de estado diz respeito à distribuição espacial


do poder, ou seja, como o poder é geograficamente distri- Estado Confederado: é formado por vários entes
buído dentro do território. soberanos, e, geralmente, são organizados por meio de
tratados e acordos internacionais.
Estado Unitário

No Estado unitário existe apenas um ente com


capacidade política no território, o que não impede Exemplo: União Europeia – é for-
a realização de descentralizações administrativas. mada por vários países que se juntaram
Assim, é possível a existência de governos regionais, para constituir um Estado Confederado,
frutos de descentralização administrativa. No entanto,
um bloco econômico. A organização é fei-
estes governos não possuem poderes políticos (mas sim,
administrativos), de modo que não são dotados de auto- ta por meio de um tratado internacional,
424
nomia. e cada ente (país) que compõe o Estado
confederado pode deixá-lo quando bem
entenderem.
Exemplo: Portugal é um Estado
unitário, pois o país não é dividido em en-
Quadro Comparativo
tes federados. O que existe é descentrali-
zação administrativa, onde são formadas
Estado Composto Estado Composto
as províncias, mas qualquer obra, por me- Federado Confederado
nor que seja, é feita pelo governo central,
Organizado por uma consti- Organizados através de um tra-
pois os administradores das províncias tuição. tado internacional
não possuem nenhuma capacidade políti- Não possuem poder de seces- Possuem poder de secessão.
ca, não possuem autonomia. A divisão em são.

províncias é simplesmente para facilitar Os entes são dotados de Auto- Os entes são dotados de Sobe-
nomia. rania.
a constatação e solução de problemas. As
decisões nacionais, regionais e locais
partem de um único centro de poder. Prosseguindo com os desdobramento do caput do art.
1º da CF/88, constata-se que a República Federativa do
Brasil é formada pela união indissolúvel dos Esta-
Estado Composto dos, Municípios e DF.
A referida indissolubilidade é consequência do mo-
Já no Estado composto há a presença de vários delo federado de Estado adotado pelo Brasil, pois os en-
entes políticos, ou seja, vários são os entes dotados de tes federados não possuem poder de secessão.
capacidade política (descentralização). Assim, os Estados-membros, Municípios e DF que
Dependendo da composição do Estado, este poderá compõem a República Federativa do Brasil não podem
ser federado (entes autônomos) ou confederado (entes abandonar a mesma para formar um novo Estado fede-
soberanos). Importante ressaltar que o modelo de Esta- rado, ou seja, um novo país.
do federal brasileiro é do tipo segregador (fruto de mo-
CAPÍTULO 01 - Princípios Fundamentais

para finalizar o raciocínio até então desenvolvido.


Presidencialismo
Exemplo: O Estado de Minas
Gerais não pode se separar da República No presidencialismo os Poderes Executivo e Legisla-
Federativa do Brasil para formar um novo tivo são independentes, de modo que cada um deles
país, pois uma das características do Esta- exerce a sua competência sem que a vontade de um es-
teja vinculada à vontade do outro.
do federado é a indissolubilidade.

Não confunda indissolubilidade (não secessão), Exemplo: No Brasil, uma vez elei-
com reorganização de limites territoriais internos, to o presidente, o mesmo cumprirá o seu
pois estes últimos são permitidos pela CF/88, aten-
didos os requisitos. Por exemplo, é possível a fusão mandato por prazo certo, independente-
de dois ou mais municípios para a formação de um mente da vontade do legislativo. Mesmo
novo município, o mesmo ocorrendo em relação aos que o legislativo não apoie o seu plano de
Estados, mas todos continuam pertencendo à Repú- governo, o presidente cumprirá todo o seu
blica Federativa do Brasil.
mandato. O mesmo acontece com o legis-
Importante frisar que a República Federativa consti- lativo que, independentemente da vontade
tui um Estado democrático de Direito, que corresponde do executivo, os mesmos cumprirão seu
ao regime político adotado pelo Brasil. mandato por prazo certo.

Regime Político
No presidencialismo, a chefia do Poder Executivo
O regime político diz respeito à participação do povo é monocrática, de modo que o Presidente é, ao mesmo
(cidadãos) na tomada decisões do Estado. São basica- tempo, Chefe de Estado e Chefe de Governo.
mente 2 regimes: o autocrático e o democrático. Chefia de Estado: está relacionada com a repre-
No regime autocrático, os cidadãos não participam sentação do país como Estado soberano perante outros
da tomada de decisões, ou seja, a vontade dos cidadãos Estados soberanos.
é desconsiderada. 425
Já no regime democrático, os cidadãos participam da
tomada de decisões, de modo que a sua vontade é de
suma importância no processo estatal decisório. Exemplo: quando o Presidente da
Na democracia, todo o poder emana do povo, e o República viaja para firmar um acordo co-
exercício pode ser direto ou indireto. mercial com outro país, está atuando como
Assim, a democracia direta é aquela exercida atra- chefe de Estado, ou mesmo quando recebe
vés do voto, onde são eleitos representantes.
Já na democracia indireta, os cidadãos participam uma representação diplomática de outro
da tomada de decisões através de instrumentos consti- país, por exemplo, a visita de uma Presi-
tucionalmente previstos, que podem ser memorizados dente.
através do seguinte macete (rol exemplificativo):

PRIDA Chefia de Governo: está relacionada com a gestão


Plebiscito / Referendo / Iniciativa Popular de Lei da coisa pública, da máquina administrativa. Cuida de
/ Denúncia ao Tribunal de Contas / Ação Popular. assuntos de interesse predominantemente interno.

A Constituição Federal Brasileira adota os dois mo-


delos de democracia – direita e indireta – o que recebe
o nome de democracia semidireta ou plebiscitária. Exemplo: Quando o Presidente da
República convoca uma reunião de minis-
Regime ou Sistema de Governo tros para cuidar dos rumos da economia.

Diz respeito ao modo como os Poderes Executivo


e Legislativo se relacionam. A depender do tipo de O chefe do poder executivo responde pelo seu go-
relação entre tais poderes, a vontade de um pode ou não verno diretamente perante o povo, e não perante o po-
interferir na vontade do outro. der legislativo. No Brasil, por mais que os parlamentares
Importante ressaltar que o art. 1º da Constituição Fe- (deputados federais e senadores) não apoiem o plano de
deral não diz nada sobre o regime ou sistema de gover- governo do Presidente da República, o mesmo não é des-
no, de modo que o assunto será abordado simplesmente tituído do cargo por tal motivo.
INFORMÁTICA
PROFESSORA
Katia Quadros
Graduada em Processamento de Dados. Especialis-
ta em TI – Desenvolvimento Web – PUC-PR. Analista
de sistemas. Ex-examinadora para concursos públicos.
Professora de Informática desde 1998 em cursos téc-
nicos. Professora de Informática e Arquivologia desde
2008 para Concursos Públicos presenciais e à distância.
Comentarista de questões e autora de materiais de con-
cursos públicos.Orientadora de estudos para concurso.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
1. SISTEMAS OPERACIONAIS ............................................................................................................................................................ 523
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................523
O Que Faz um Sistema Operacional.................................................................................................................................................................................................523
Gerenciador de Processos.....................................................................................................................................................................................................................523
Conceitos Básicos......................................................................................................................................................................................................................................526
Windows XP................................................................................................................................................................................................................................................530
Sistemas Operacionais: Windows 7...................................................................................................................................................................................................545
Sistemas Operacionais: Windows 10.................................................................................................................................................................................................550
Sistemas Operacionais: Linux.............................................................................................................................................................................................................554
Software Livre............................................................................................................................................................................................................................................ 555
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................560

2. SEGURANÇA DA INFORMAÇÃO.................................................................................................................................................. 560


Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................560
Conceitos De Segurança da Informação..........................................................................................................................................................................................560
Golpes, Ameaças e Ataques..................................................................................................................................................................................................................566
Segurança da Informação: Conclusão..............................................................................................................................................................................................569
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................569

3. REDES E INTERNET........................................................................................................................................................................... 570


Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................570
Conceitos Iniciais......................................................................................................................................................................................................................................570
Domínios........................................................................................................................................................................................................................................................571
Protocolos.....................................................................................................................................................................................................................................................572
Navegadores................................................................................................................................................................................................................................................574
Cloud Computing......................................................................................................................................................................................................................................582
Correio Eletrônico.....................................................................................................................................................................................................................................583
Redes e Internet: Conclusão.................................................................................................................................................................................................................585
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................585

4. MICROSOFT OFFICE E BROFFICE............................................................................................................................................... 586


Microsoft Office: Microsoft Word 2013.............................................................................................................................................................................................586
Microsoft Office: Excel 2013.................................................................................................................................................................................................................595
PowerPoint 2013....................................................................................................................................................................................................................................... 602 521
Broffice......................................................................................................................................................................................................................................................... 604
Broffice Calc............................................................................................................................................................................................................................................... 604
Broffice Writer...........................................................................................................................................................................................................................................605
Broffice Impress....................................................................................................................................................................................................................................... 608
Microsoft Office e BROffice: Conclusão.......................................................................................................................................................................................... 609
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................ 609
CAPÍTULO 01 - Sistemas Operacionais

1. SISTEMAS OPERACIONAIS 02. os dados processados pelo programa;


03. o contexto que consiste no conjunto de in-
formações adicionais sobre o processo - como e
Introdução onde estão armazenados os dados e instruções.
Neste capítulo vamos estudar Sistemas Operacio- Para que um programa qualquer possa ser executado
nais. Este assunto é amplamente cobrado pela banca em um computador, o Sistema Operacional precisa
CEBRASPE/CESPE. Estudaremos o Sistema Operacional executar um conjunto de funções básicas.
Windows nas versões 7 e 10 e também, Linux. Fazendo um paralelo com o mundo real, para que
Fique atento às novidades do Windows 10, pois o exa- um ator possa representar um papel em uma peça, um
minador gosta delas! conjunto de funções básicas de suporte precisou ser fei-
A maioria das funcionalidades são iguais em todas as tas: um local precisou ser reservado para o espetáculo,
versões do Windows. Funcionalidades como copiar, re- o cenário precisou ser montado, a iluminação precisou
nomear, mover arquivos. Conceitos de unidades, pastas, ser preparada, os atores contratados... Se não fosse esse
nomes de arquivos. trabalho de suporte, o ator não poderia atuar. Assim,
Procure estudar as versões do Windows na prática, para que um programa qualquer possa ser executado no
pelo menos tenha uma dessas versões instalada em seu seu computador, nos bastidores o Sistema Operacional
computador. realizará um conjunto de funções básicas: (1) o gerencia-
Linux também é cobrado. O examinado cobra de ma- mento dos processos; (2) o gerenciamento da memória
neira diferente do Windows. Através de conceitos e os disponível no seu computador; (3) o gerenciamento dos
comandos e diretórios. arquivos existentes no computador; e (4) o gerenciamen-
to dos dispositivos de entrada e saída.
O Que Faz um Sistema Operacional
Gerenciador de Processos
Quando instalamos um Sistema Operacional, esta-
mos de certa forma definindo um gerente para os recur-
sos do nosso computador. E o que é preciso gerenciar em
um computador? Um dos itens que precisam ser geren-
ciados são os programas (softwares) que você costuma
utilizar quase ao mesmo tempo.
Um programa é basicamente um conjunto de instru- 523
ções que, ao serem executadas pelo computador, com a
ajuda de um Sistema Operacional, realizam determina- O conceito mais importante em sistemas operacio-
das tarefas. Essa “lista de instruções” deve ser armaze- nais é o de processos, e entendê-los é fundamental para
nada de forma que a mesma possa ser utilizada a qual- todo estudante interessado em conhecer como os siste-
quer momento - para tanto, precisamos guardar essas mas operacionais funcionam realmente.
instruções em arquivos armazenados no HD de nosso Todas as ações que ocorrem no seu computador gi-
computador. ram em torno de processos, pois, como dissemos antes:
Para que um programa possa ser executado no seu processos são programas em execução e, sendo as-
computador, primeiramente, o código do programa (lista sim, todos os aplicativos que usamos são na verdade pro-
de instrução) é transferido do HD para a memória prin- cessos. Mas, como os processos são criados a partir do
cipal, quando disponível na memória principal, o pro- código de seus respectivos programas? E como preparar
cessador tem acesso às instruções e poderá então ler e os diversos componentes do computador (memória, HD,
executar cada uma das instruções. Cada instrução pode processador) para que os processos possam ser executa-
corresponder a uma entrada ou saída de dados, como, dos normalmente?
por exemplo, obter os dados que digitamos no teclado ou Para que você possa entender melhor estes conceitos,
imprimir documentos na impressora. vamos fazer a seguinte comparação do que ocorre no
computador com um exemplo bem simples: uma mesa
de estudos. Você deve ter muitas atividades escolares
que precisam de sua dedicação e esforço para serem
realizadas. Provavelmente, você tem um lugar preferido
para estudar, mas vamos considerar que você tenha uma
mesa de estudos própria com gavetas onde é guardado
todo seu material escolar e nela são feitos todos os seus
trabalhos das mais diversas disciplinas (matemática,
português, física, química etc.).
Programas em execução são chamados de proces- Vamos dizer que exista para cada disciplina uma
sos. Um processo é formado por três partes principais, lista de exercícios a ser resolvida. Então para estarmos
são elas: prontos, qual o primeiro passo a ser realizado? Poderí-
amos considerar a ação de pegar das gavetas e colocar
01. o código do programa (lista de instruções); sobre a mesa as listas de exercícios que serão resolvidas,
INFORMÁTICA

assim você terá acesso direto às questões para resolvê- podemos fazer?
-los um de cada vez. No exemplo da mesa de estudos, vamos dizer que
Se considerarmos que nossa mesa de estudos é a me- você está montando um painel para sua aula de biolo-
mória do computador, e que nós somos o processador, gia e a cartolina ocupa quase toda a área de sua mesa,
então, os programas são as listas de exercícios e quando e agora não existe espaço suficiente para o restante do
a colocamos sobre a mesa, estamos deixando elas pron- material, pois você ainda precisa deixar disponível o seu
tas para serem resolvidas, ou seja, neste momento, cada livro de biologia e as revistas para o recorte de figuras,
lista deixa de ser apenas uma folha guardada na gaveta mas apenas um deles pode ficar sobre a mesa e durante
(ou HD, se considerarmos os programas) para se tornar toda a atividade você precisa de todo o material, o que
parte de uma atividade, ou seja, de um processo. fazer para que você não perca tanto tempo na constru-
Associado a cada processo criado, existe uma ção desse painel?
quantidade de memória reservada, conhecida como Utilizando uma das gavetas da mesa de estudos para
espaço de endereçamento do processo, onde o processo guardar o livro exatamente na página que você estava
pode ler e gravar dados. Nessa área de memória, encon- pesquisando ou as revistas nas páginas que serão re-
tramos: (1) o código do programa que será executado e cortadas, você poderá realizar uma troca rápida entre as
(2) os dados que são usados pelo programa. ações que serão executadas e, apesar do uso da gaveta
Para que o Sistema Operacional gerencie os pro- tornar mais lento, ela permite que você possa realizar
cessos, primeiro ele deve ser capaz de: (1) criá-los, (2) todas as atividades necessárias.
reservar memória e (3) colocar os processos numa fila Assim funciona no computador quando existem pro-
de espera para uso do processador. O próprio Sistema cessos demais para a quantidade de memória.
Operacional é um conjunto de vários processos que tam-
bém compartilham a CPU para serem executados. O Sistema Operacional gerencia as trocas de da-
dos entre a memória e o HD quando não existe es-
Gerenciador de Memória paço de endereçamento suficiente para todos os pro-
cessos, na aula de gerenciamento de memória, você
A memória é um componente importante do com- aprenderá mais sobre essas atividades e as ações
putador que deve ser cuidadosamente gerenciado, pois que são necessárias para a organização da memória
apesar da grande evolução da tecnologia e do aumento – Memória Virtual.
crescente da memória dos computadores, os programas
estão crescendo na mesma proporção e assim o Sistema Quando instalamos um Sistema Operacional, ele já
524 Operacional precisa lidar com as limitações da capaci- configura um espaço no HD para utilizar como Memória
dade da memória para organizar os processos que estão Virtual.
em execução.
Voltando ao exemplo da mesa de estudos. Imagine se
todo o material sobre a mesa de estudos estiver bagun-
çado. Papéis amontoados em um canto, livros espalhados
e uma pilha de rascunhos jogados em sua frente, você
conseguiria estudar nessa desorganização?
Apesar de que muitos estudantes tentam estudar
em uma montanha de livros e papéis, é muito mais fácil
reservar um tempo para organizar sua mesa de estu-
dos, aproveitando de maneira organizada toda a área da A memória RAM possui capacidade limitada, com
mesa, é exatamente isso que o Sistema Operacional re- isso ao executarmos vários processos simultaneamente,
aliza. não fosse a memória virtual, nosso computador iria tra-
var, ter o chamado piripaque!!!!
Identificar quais partes da memória estão em uso Quando a memória RAM está com a capacidade total
e quais não estão, reservar espaço para os processos comprometida, e queremos executar mais um software,
e deixar disponível as áreas que forem liberadas por por exemplo, o Sistema Operacional faz a troca de arqui-
um processo ativo ou quando um processo é encer- vos: Envia para a memória virtual o que está na memó-
rado, são essas as atividades executadas pelo Siste- ria RAM e não estamos utilizando e assim libera espaço
ma Operacional, assim, os programas não precisam para a nova execução.
se preocupar em como obter a memória necessária
para ser executado.

Mas, quando o espaço de endereçamento não é su-


ficiente para todos os processos ativos, o que o Sistema
Operacional pode fazer? Uma solução simples seria en-
cerrar alguns programas, liberando a área de memória
deles, mas tornaria os computadores mais limitados com
relação à quantidade de processos ativos. Então, o que
CAPÍTULO 01 - Sistemas Operacionais

das disciplinas, então, seria mais prático e simples pro-


curar por um determinado livro ou revista. E é exata-
mente dessa forma que os sistemas operacionais geren-
ciam os dados armazenados.
Assim, os programas podem acessar os dados arma-
zenados nos discos através das chamadas de sistemas
do Sistema Operacional relacionada à manipulação de
arquivos, e ações como criar, ler, gravar e remover ar-
quivos podem ser realizadas nos processos de forma
simples.

O conceito de diretório ou pasta de arquivos está


relacionado à maioria dos sistemas operacionais
como uma forma de agrupar os arquivos, possibi-
litando uma forma de organização hierárquica em
que, dentro de um diretório, podem existir arquivos
e outros diretórios.

Essa estrutura pode ser comparada a uma árvore,


pois no decorrer do tempo ela vai formando uma rede
de diretórios e arquivos interligados a partir de um di-
retório raiz.
Para os programas encontrarem os arquivos, eles
precisam saber o nome de caminho, que é a sequência
Olha o S.O. fazendo a troca de arquivos: de diretórios a partir do diretório raiz para chegar ao
arquivo, um exemplo simples seria o nome de caminho
do arquivo listMat.txt, que seria:
/disciplinas/listas/matemática/listaMat.txt
Mas, não é apenas através do nome de caminho que
podemos encontrar um arquivo. Para cada processo,
existe um diretório de trabalho atual que indica a par- 525
tir de qual diretório o processo está manipulando, dessa
forma, não é necessário que o programa informe o ca-
minho completo para chegar ao arquivo, basta verificar
a partir do diretório de trabalho que pode ser mudado
durante a execução do programa.
Além da informação do nome de caminho, a maio-
ria dos sistemas operacionais atuais criou mecanismos
de segurança de dados e só com permissões dadas ao
usuário os diretórios e arquivos podem ser acessados ou
alterados.
Por exemplo, cada processo recebe o código de iden-
tificação do usuário que o executou, através desse códi-
go, é verificado o nível de acesso ao arquivo, no momento
em que ele for aberto, assim, o programa verifica se tem
permissão de ler o conteúdo do arquivo e até mesmo
alterá-lo.

Gerenciador de Dispositivos de Entrada e Saída

Gerenciador de Arquivos

Agora, imagine as gavetas de sua mesa de estudos.


E se, ao abrirmos elas, todo o seu material escolar es-
tiver desorganizado? Você provavelmente perderia um
bom tempo procurando por seus livros, revistas, listas de
exercícios e qualquer material que precisasse.
Mas, se todo o conteúdo das gavetas estivesse orga-
nizado com áreas nas gavetas dedicadas para cada uma Uma das principais funções dos sistemas operacio-
RACIOCÍNIO
LÓGICO-MATEMÁTICO
PROFESSOR
Jhoni Zini
Formado em Matemática pela Universidade Es-ta-
dual do Oeste do Paraná – UNIOESTE. Professor de
Matemática, Matemática Financeira e Raciocínio Lógi-
co, atuando em cursos preparatórios para concursos e
pré-vestibulares.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
1. LÓGICA PROPOSICIONAL.................................................................................................................................................................615
Proposição Simples.................................................................................................................................................................................................................................. 615
Sentença Aberta........................................................................................................................................................................................................................................ 615
Princípio do Terceiro Excluído............................................................................................................................................................................................................ 615
Princípio da Não Contradição.............................................................................................................................................................................................................. 616
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 616
Proposição Composta.............................................................................................................................................................................................................................. 617
Conectivos.................................................................................................................................................................................................................................................... 617
Sinônimos do conectivo E...................................................................................................................................................................................................................... 618
Sinônimos do conectivo Se ..., então.................................................................................................................................................................................................. 618
Simbolização de Expressões................................................................................................................................................................................................................ 620
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 621

2. TABELA VERDADE DOS CONECTIVOS LÓGICOS................................................................................................................. 622


Tabela Verdade “E”...................................................................................................................................................................................................................................622
Tabela Verdade “OU”...............................................................................................................................................................................................................................622
Tabela Verdade “OU...OU”......................................................................................................................................................................................................................623
Tabela Verdade “Se...Então”..................................................................................................................................................................................................................623
Tabela Verdade “se, e somente se”.....................................................................................................................................................................................................623
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................625
Número de Linhas da Tabela Verdade.............................................................................................................................................................................................626
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................626
Tautologia, Contingência e Falácia....................................................................................................................................................................................................626
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................628

3. NEGAÇÃO DE PROPOSIÇÕES......................................................................................................................................................... 628


Negação Simples.......................................................................................................................................................................................................................................629
Negação de Proposições Compostas.................................................................................................................................................................................................629
Negação de Condicional........................................................................................................................................................................................................................ 630
Negação de Proposições Compostas................................................................................................................................................................................................ 630
Negação Conectivo “Se, e somente se”............................................................................................................................................................................................. 631
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................632

4. EQUIVALÊNCIAS LÓGICAS............................................................................................................................................................. 633 613


Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................636
Linguagem na Condicional – Suficiente X Necessário..............................................................................................................................................................637
Condição Suficiente e Necessária......................................................................................................................................................................................................637
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................638

5. LÓGICA DE ARGUMENTAÇÃO....................................................................................................................................................... 638


Argumento Válido.....................................................................................................................................................................................................................................639
Argumento Inválido.................................................................................................................................................................................................................................639
Dica do Professor......................................................................................................................................................................................................................................639
Resolução de Questões de Argumentos ........................................................................................................................................................................................ 640
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 641

6. DIAGRAMAS LÓGICOS; NEGAÇÃO DE QUANTIFICADORES........................................................................................... 642


Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................643

7. ESTRUTURAS LÓGICAS; ASSOCIAÇÃO LÓGICA................................................................................................................... 643


Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................ 644
Verdades e Mentiras................................................................................................................................................................................................................................646
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................647
Sequências de Letras...............................................................................................................................................................................................................................649
Sequências Fora da Ordem Alfabética.............................................................................................................................................................................................649
Sequências Respeitando a Ordem Alfabética...............................................................................................................................................................................649
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................649
Sequências Lógicas .................................................................................................................................................................................................................................650
Sequências de Números.........................................................................................................................................................................................................................650
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 651

8. PROBLEMAS QUE ENVOLVEM CONJUNTOS.......................................................................................................................... 653


Problemas com Dois Conjuntos..........................................................................................................................................................................................................653
Técnica para Quando Falta a Intersecção (A e B)........................................................................................................................................................................653
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................654
Problemas com Três Conjuntos..........................................................................................................................................................................................................655
Problemas que Não Trazem a Intersecção dos Três ao Mesmo Tempo.............................................................................................................................656
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................657
SUMÁRIO

9. PRINCÍPIOS DE CONTAGEM.......................................................................................................................................................... 658


Principio Multiplicativo.........................................................................................................................................................................................................................658
Fatorial..........................................................................................................................................................................................................................................................659
Notação..........................................................................................................................................................................................................................................................659
Simplificação de Fatoriais.....................................................................................................................................................................................................................659
Permutação..................................................................................................................................................................................................................................................659
Permutação Circular............................................................................................................................................................................................................................... 660
Arranjo......................................................................................................................................................................................................................................................... 660
Combinação................................................................................................................................................................................................................................................. 661
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 661

614
CAPÍTULO 01 - Lógica Proposicional

1. LÓGICA PROPOSICIONAL lizam uma das sentenças abaixo:


Cuidado: não serão proposições as seguintes sen-
O Raciocínio Lógico Matemático tem sido matéria tenças:
frequente em concursos públicos de todas as esferas.
Normalmente a cobrança é feita sobre a Lógica propo- a. interrogativas – Ex: Qual o seu nome?
sicional, que trata, isto é, tem como objeto de estudo as Nunca uma pergunta poderá ser uma proposição. O
proposições. motivo é óbvio, aos er interrogativa, não se está infor-
Os editais das bancas aparecem com termos varia- mando nada.
dos, como por exemplo, lógica proposicional, lógicas sen-
tencial, lógica de argumentação, entre outros, mas em b. exclamativas – Ex: Bom dia!
suma, tratam do mesmo assunto: Proposições. Ao ser uma sentença que exclama algo, não transmi-
Na Banca Cespe, os tópicos que realmente caem em te nenhuma informação. Ainda, muitas vezes nem pos-
provas são sempre os mesmos, tornado a banca previ- suem verbo.
sível e consequentemente boa para os candidatos que
realmente estudam com antecedência. c. imperativas – Faça o seu trabalho corre-
Começaremos o curso, definindo o que é proposição, tamente.
depois falando de negações, leis de Morgan, equivalên- As ordens são muito perigosas, uma vez que pos-
cias e concluindo com argumentos, sempre de forma suem verbo, mas veja que ao dar um ordem não estamos
muito próxima ao que a banca. informando nada a ninguém.

d. sentenças abertas – é declarativa; é


Proposição Simples vaga; Ex: Ele vai passar.
Trata-se do tipo mais perigoso de sentença. As sen-
Trata-se de sentença declarativa, isto é, uma infor- tenças abertas possuem verbo, são informações e não
mação completa, que pode ser classificada apenas como são proposição apenas por não serem completas, claras.
falsa ou verdadeira, mas nunca ambas. Em outras pala- Veja o exemplo: “ele é bonito.” Não sabemos quem é ele,
vras, proposição é um conjunto de palavras com sentido e com isso, a informação é incompleta. Para entender
completo, que informa algo, que declara algo, por isso, um pouco melhor sobre elas, temos um tópico específico.
declarativa. É válido compreender que as sentenças pre-
cisam ter sempre Verbo, como nos exemplos abaixo:
Sentença Aberta
615
01. O Brasil fica na América. (Sujeito = Brasil
/ Verbo = fica ) Trata-se de sentença declarativa que não permite a
Observe que temos uma informação clara, bem escri- classificação falsa ou verdadeira. Não é proposição.
ta e que possui um verbo. São perigosas, pois tem sujeito e tem verbo, contudo,
são vagas e por esse motivo não são proposição.
02. Cuba é um país da Europa. (Sujeito = Cuba Os casos típicos são:
/ Verbo = é)
Nesse caso, entendemos a informação sem dificulda- • Pronome pessoal ou demonstrativo: ele,
de. Vale notar que a informação é falsa, o que não muda ela, aquele, aquilo, aquela, ...
o fato de ser proposição, afinal as proposições podem ser
falsas também!
Exemplo: “Aquele advogado é
03. O Gaúcho, o mato-grossense e o mineiro
talentoso.”
têm em comum o amor por sua Terra natal.
Nesse caso temos um sujeito composto e nessa si-
Não se trata de uma proposição por não sabermos de
tuação entendemos como um único sujeito, associado a
qual advogado está falando.
um único verbo e portanto estamos diante de uma única
informação, que está bastante clara.
• Uso de letras nas expressões matemáticas
Resumo:

Exemplo: x + 4 = 5 (sem saber o


valor de x, não é possível saber se é verda-
de ou não.)

Pegadinhas Frequentes
Princípio do Terceiro Excluído
Entre as questões desse tópico existem muitas “pe-
gadinhas” que aparecem. Essas pegadinhas sempre uti- Uma proposição pode apenas ser falsa ou verdadeira,
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO

não havendo outra possibilidade. informação.

Princípio da Não Contradição Considere as seguintes frases:

Uma proposição não pode ser ao mesmo tempo falsa I. Ele foi o melhor jogador do mundo em
e verdadeira. 2005.
II. é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda
Questões Comentadas do Estado de São Paulo em 2000.
Há duas proposições no seguinte conjunto de
É verdade que APENAS:
sentenças:
a. I e II são sentenças abertas.
I. O Banco do Brasil foi criado em 1980.
b. I e III são sentenças abertas.
II. Faça seu trabalho corretamente.
c. II e III são sentenças abertas.
III. Manuela tem mais de 40 anos de idade.
d. I é uma sentença aberta.
e. II é uma sentença aberta
( ) certo ( ) errado
Gabarito: A
Gabarito: Certo

Comentário: I. começa por pro-


Comentário: I. veja que se trata
nome pessoal e com isso é uma sentença
de fato de uma proposição simples, uma
aberta.
vez que a informação está clara: temos o
II. usa letras em expressões matemáti-
sujeito: Banco do brasil e um verbo: foi.
cas, logo é uma sentença aberta.
II. não é proposição por se tratar de um
III. é uma proposição, pois usou nome
ordem denotada por “faça”.
próprio e é uma informação clara.
616
III. é uma proposição, visto que foi usa-
do o nome próprio “Manuela” e temos um
verbo “tem” e além disso, a informação Questões Gabaritadas
está bastante clara.
1) A frase “Que dia maravilhoso!” consiste em
uma proposição objeto de estudo da lógica biva-
Há exatamente duas proposições no conjunto lente.
de sentenças: ( ) certo ( ) errado

I. O Acre é um estado da Região Nordeste. 2) A frase “Quanto subiu o percentual de mu-


II. Você viu o cometa Halley? lheres assalariadas nos últimos 10 anos?” não
III. Há vida no planeta Marte. pode ser considerada uma proposição.
( ) certo ( ) errado
( ) certo ( ) errado
3) A sequência de frases a seguir contém exa-
Gabarito: Certo tamente duas proposições.

• A Sede do TRT/ES localiza-se no município


de Cariacica.
Comentário: I. proposição. En-
• Por que existem juízes substitutos?
tende-se perfeitamente que o estado do • Ele é um advogado talentoso.
Acre (sujeito) é (verbo) da região Nordeste.
Apesar de falsa, está completa. ( ) certo ( ) errado
II. não é proposição, pois é uma inter-
4) Das cinco frases abaixo, quatro delas têm
rogação. uma mesma característica lógica em comum, en-
III. é proposição. Apesar de ser uma quanto uma delas não tem essa característica.
afirmação de difícil verificação, entende-se
I. Que belo dia!
o que foi dito, está clara a mensagem, a
II. Um excelente livro de raciocínio lógico.
CAPÍTULO 02 - Proposição Composta

III. O jogo terminou empatado? 6-Certo 7-Errado 8-Certo 9-Certo


IV. Existe vida em outros planetas do univer-
so.
V. Escreva uma poesia.
Proposição Composta
A frase que não possui essa característica co-
mum é a Trata-se da reunião de duas ou mais proposições
simples. Ou seja, duas ou mais informações completas.
a. I. Veja o exemplo:
b. II.
c. III. Exemplos: “O Brasil Fica na Amé-
d. IV.
e. V. rica e Curitiba tem baixas temperaturas.”

5) Na lista de frases apresentadas a seguir, há Observe que temos duas informações distintas e in-
exatamente três proposições. dependentes:

“A frase dentro destas aspas é uma mentira.” 01. O Brasil Fica na América
A expressão X + Y é positiva. 02. Curitiba tem baixas temperaturas
O valor de
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. Foram colocadas juntas, unidas pelo “e”. Estamos
O que é isto? diante de uma proposição composta.
Para reconhecer uma proposição composta devere-
( ) certo ( ) errado mos procurar duas informações, cada uma com seu ver-
bo, e verificar se são independentes, ou seja, separadas
6) A sentença “A presença de um órgão media- ainda terão sentido completo. Em regra se são duas in-
dor e regulador das relações entre empregados e formações, devemos ter dois verbos.
patrões é necessária em uma sociedade que bus- Para juntar as informações e ter conexão apropriada,
ca a justiça social” é uma proposição simples. utilizaremos os “conectivos lógicos”. São apenas cinco e
estão listados na tabela abaixo:
( ) certo ( ) errado 617
Conectivos
7) A expressão “Como não se indignar, assis-
tindo todos os dias a atos de violência fortuitos São termos que promovem a ligação entre proposi-
estampados em todos os meios de comunicação ções simples.
do Brasil e do mundo?” é uma proposição lógica
que pode ser representada por P→Q, em que P e Conectivo Nomenclatura
Q são proposições lógicas convenientemente es-
colhidas E Conjunção

Ou Disjunção
( ) certo ( ) errado
Ou...ou Disjunção Exclusiva
8) Nas sentenças abaixo, apenas A e D são pro- Se...então Condicional
posições.
Se, e somente se Bicondicional

A: 12 é menor que 6.
B: Para qual time você torce? Veja que cada um dos conectivos possui uma nomen-
C: x + 3 > 10. clatura própria que deve ser recordada, uma vez que vá-
D: Existe vida após a morte. rias questões já cobraram essa nomenclatura.
Veremos agora o modo correto de utilizar cada co-
( ) certo ( ) errado nectivo.

9) Segundo os princípios da não contradição e Conectivo “e”


do terceiro excluído, a uma proposição pode ser
atribuído um e somente um valor lógico. Deve ser colocado no meio das duas informações.

( ) certo ( ) errado
Exemplo: “O Brasil é um País E
Cuba fica na Europa.”
Gabarito
1-Errado 2-Certo 3-Errado 4-D 5-Errado
ÉTICA NO
SERVIÇO PÚBLICO
PROFESSOR
Tiago Zanolla
Professor de Ética no Serviço Público, Conhecimen-
tos Bancários e Direito Regimental. Formado em Enge-
nharia de Produção pela Universidade Pan-Americana
de Ensino. Técnico Judiciário Cumpridor de Mandados
no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Envolvido
com concursos públicos desde 2009 é professor em di-
versos estados do Brasil.
SUMÁRIO

SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO................................................................................................................... 667
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................667

2. ÉTICA, MORAL, PRINCÍPIOS E VALORES................................................................................................................................. 667

3. ÉTICA E DEMOCRACIA: EXERCÍCIO DA CIDADANIA.........................................................................................................671

4. ÉTICA E FUNÇÃO PÚBLICA............................................................................................................................................................ 672

5. DECRETO 1.171/1994 - INTRODUÇÃO......................................................................................................................................... 674


Das Regras Deontológicas.....................................................................................................................................................................................................................675
Dos Principais Deveres Do Servidor Público ..............................................................................................................................................................................678
Das Vedações Ao Servidor Público................................................................................................................................................................................................... 680
Das Comissões De Ética – Decreto 1.171...........................................................................................................................................................................................683

6. CÓDIGO DE ÉTICA DA ANTT......................................................................................................................................................... 684


Capítulo I - Dos Objetivos do Código de Ética...............................................................................................................................................................................684
Capítulo II - Da sua Abrangência.......................................................................................................................................................................................................684
Capítulo III - Dos Deveres Fundamentais.......................................................................................................................................................................................684
Capítulo IV - Das Proibições................................................................................................................................................................................................................685
Capítulo V - Da Comissão de Ética e do Processo de Apuração............................................................................................................................................685
Capítulo VI - Disposições Gerais........................................................................................................................................................................................................686

7. ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO....................................................................................................................................................... 686


Comportamento Profissional................................................................................................................................................................................................................686
Atitudes em Serviço.................................................................................................................................................................................................................................687
Organização do Serviço..........................................................................................................................................................................................................................688
Prioridades em Serviço......................................................................................................................................................................................................................... 690
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 691

665
CAPÍTULO 01 - Como Estudar Ética no Serviço Público

1. COMO ESTUDAR ÉTICA NO ÉTICA Significa COMPORTAMENTO,


sendo um conjunto de valores
SERVIÇO PÚBLICO morais e princípios que nor-
teiam a conduta humana na
sociedade
Introdução
Muitos candidatos, desprezam o estudo da discipli- A ética é construída por uma sociedade com base nos
na Ética no Serviço Público. Acreditam que apenas uma valores históricos e culturais, ou seja, antecede qualquer
leitura da “lei seca” é suficiente. Ocorre que muitas ban- lei ou código.
cas têm elaborado questões mesclando conhecimentos
de outras disciplinas, tais como, direito administrativo, Evolução Histórica da Ética
direito constitucional, direito penal, leis especiais, entre
outros, com dispositivos do Decreto 1.171. A evolução do conceito de ética foi, sempre, dentro
Além disso, temos o estudo da “Teoria da Ética”. O de determinados contextos específicos, elaborados pelo
estudo da ética é muito subjetivo, existem centenas de homem. Significa que a evolução do conceito resulta de
conceitos. condições civilizacionais e de contemporaneidade que
Veja o exemplo de recentes questões que concurso: foram mudando ao longo do tempo.
Por outras palavras é a sociedade que determina as
(CESPE – 2008 – Analista do Seguro Social) O regras da ética (seja através das leis, dos costumes , da
código de ética se caracteriza como decreto autô- Moral, de códigos de conduta ou da deontologia) mas
nomo no que concerne à lealdade à instituição a existe sempre um espaço de consciência individual que
que o indivíduo serve permite a cada cidadão estabelecer as suas fronteiras
desde que não infrinja princípios determinados por re-
(CESPE – 2012 – IBAMA – Téc. Adm.) A ética, gras de conduta sociais.
enquanto filosofia da moral, constata o relativis- A ética na civilização Grega: A ética tinha uma rela-
mo cultural e o adota como pressuposto de análi- ção muito estreita com a política. Atenas era o ponto de
se da conduta humana no contexto público. encontro da cultura grega onde nasceu uma democracia
com assembleias populares e tribunais e as teorias éticas
(CESPE - 2015 - MPU - Técnico do MPU) A ética incidiam sobre a relação entre o cidadão e a polis. As
envolve um processo avaliativo do modo como os correntes filosóficas: ética aristotélica, ética socrática e
seres humanos, a natureza e os animais intervêm ética platónica, têm em comum que o homem deverá pôr 667
no mundo ao seu redor os seus conhecimentos ao serviço da sociedade. A Ética
na civilização grega era apenas uma ética normativa. Li-
O que achou? Conseguiu respondê-las? mitava-se a classificar os atos do homem.
Questões desse tipo, podem ser a diferença entre a Após as conquistas de Alexandre Magno, a huma-
aprovação no certame pretendido. Quem visa passar em nidade presencia uma nova era: No mundo helenístico
concurso público deve lutar por cada ponto. e romano, a ética passa a sustentar-se em teorias mais
Apesar de muitos acharem a disciplina complicada, individualistas que analisam de diversas formas o modo
pois o tema é amplo e difícil de ser previsto devido à mais agradável de viver a vida. Já não se tratava de con-
grande referência bibliográfica, a grande verdade é que ciliar o homem com a cidade. Em todas as abordagens
o foco de cobrança de Ética tem sido tratado sobre a éticas estava subjacente a procura de felicidade como o
abordagem sobre o cliente-cidadão. Com a metodologia bem supremo a atingir.
apropriada, o estudo torna-se muito agradável. A Ética na Idade Média: Na idade média o conceito
de ética altera-se radicalmente. Desliga-se da natureza
para se unir com a moral cristã. A influência da igreja,
2. ÉTICA, MORAL, PRINCÍPIOS E entre os séculos IV e XIV, impede que nas cidades euro-
VALORES peias a ética se afaste das normas que ela própria dita.
Só o encontro do Homem com Deus lhe possibilitará a
O tema ética está presente na vida das pessoas, seja felicidade.
em pequenas ou grandes decisões, dilemas éticos sur- Ética e moral fundiam-se numa simbiose que a igreja
gem cotidianamente. A escolha entre o caminho fácil e o considerava perfeita. Durante este período a Ética deixa
mais correto, entre obediência e sentimento, conflitos de de ser uma opção, passa a ser imposta, confundindo-se
foro íntimo são travados. com a religião e a moral. Continua porém apenas a ser
A ética é uma ciência de estudo da filosofia., pautada normativa.
no indivíduo. O termo Ética deriva do grego ethos (ca- Idade contemporânea: Surgem ramos diferenciados
ráter, modo de ser de uma pessoa). A ética serve para aplicados nos diferentes campos do saber e das ativi-
que haja um EQUILÍBRIO E BOM FUNCIONAMENTO
dades do ser humano. No Séc. XIX começa a aparecer
SOCIAL, possibilitando que ninguém saia prejudicado.
Neste sentido, a ética, embora não possa ser confundida a ética aplicada. A ciência e a economia substituem a
com as leis, está relacionada com o sentimento de justiça religião. Começa a falar-se de “ética utilitarista”: tudo o
social. que contribua para o progresso social é bom.
Anos 50 a 80, Ética, consumo e sustentabilidade: So-
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO

ciedade de consumo – cidadão consumidor A cultura, por sua vez, nasce da maneira como os
Final do séc. passado: As desigualdades fazem des- seres humanos se interpretam a si mesmos, e as suas
pertar uma consciência cívica. O consumidor-objeto dá relações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos no-
lugar ao consumidor sujeito, mais preocupado com o vos, intervindo nela, alterando-a através do trabalho e da
significado e as consequências dos seus padrões de con- técnica dando-lhe valores.
sumo. Multiplicam-se os códigos de ética ou de conduta. Outro ponto de cobrança é a diferença entre ética fi-
Nasce a empresa-cidadã: postura ética empresarial. losófica e ética científica:
Séc. XXI: Ética sustentável – caracterizada pelo res-
peito pela natureza. ÉTICA FILOSÓFICA x ÉTICA CIENTÍFICA
Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da filo- A ÉTICA FILOSÓFICA é aquela que tenta esta-
sofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios belecer princípios constantes e universais para a
ideais da conduta humana, ou seja, tem como objeto de boa conduta da vida em sociedade, em suma, tenta
estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas, estabelecer uma moral universal, a qual os homens
os princípios, as máximas, as circunstâncias. deveriam seguir independentemente das contingên-
As ações (condutas) são baseadas em juízos éticos cias de lugar e de tempo. A ética tem como objeto
que nos dizem o que são o bem, o mal e a felicidade. de estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as
Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias;
comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto mas também analisa as consequências dessas ações.
de vista moral. Por outro lado, a ÉTICA CIENTÍFICA constata
Juízos éticos de valor, que são também normativos, , o relativismo cultural e o adota como pressuposto.
enunciam normas que determinam o dever ser de nos- Qualifica o bem e o mal, assim como a virtude e o
sos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos. vício, a partir de seus fundamentos sociais e históri-
São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções cos. Na investigação da ética científica, a pluralida-
e ações segundo o critério do bem e do mal, ou seja, do de, a diversidade cultural e a dinâmica da sociedade
correto e do incorreto. são relevantes.
Fique atento: o examinador pode cobrar dois tipos
de juízo: Memorize:
ÉTICA FILOSÓFICA ÉTICA CIENTÍFICA
Juízo de Fato São aqueles que dizem o que as
coisas são, como são e porque Moral universal Relativismo cultural
668 são. Em nossa vida cotidiana,
Princípios universais Depende da situação
os juízos se fato estão presentes
Lei natural Cultura e sentimentos
Juízo de Valor Constitui avaliações sobre coi-
sas, pessoas, situações, e são Consciência imutável Relativismo moral
proferidos na moral, nas artes,
na política, na religião, enfim,
em todos os campos da exis- SÓCRATES, considerado o pai da filosofia, dizia que a
tência social do ser humano. obediência à lei era o divisor entre a civilização e a bar-
Juízos de valor avaliam coisas,
pessoas, ações, experiências,
bárie. Segundo ele, as ideias de ordem e coesão garan-
acontecimentos, sentimentos, tem a promoção da ordem política. A ética deve respeitar
estados de espíritos, intenções às leis, portanto, à coletividade.
e decisões como sendo boas ou KANT afirmava que o fundamento da ética e da mo-
más, desejáveis ou indesejáveis
ral seria dado pela própria razão humana: a noção de
dever. Mais recentemente, o filósofo inglês BERTRAND
Juízo de Fato são aqueles que dizem o que as coisas RUSSELL afirmou que a ética é subjetiva, portanto não
são, como são e porque são. Em nossa vida cotidiana, os conteria afirmações verdadeiras ou falsas. Porém, defen-
juízos se fato estão presentes dia que o ser humano deveria reprimir certos desejos e
Juízo de Valor constitui avaliações sobre coisas, pes- reforçar outros se pretendia atingir o equilíbrio e a fe-
soas, situações, e são proferidos na moral, nas artes, na licidade.
política, na religião, enfim, em todos os campos da exis- Quer um exemplo prático? Imagine que você precisa
tência social do ser humano. Juízos de valor avaliam coi- ir ao banco. Chegando lá há uma enorme fila, porém você
sas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, senti- está atrasado para um compromisso. O que você faz? Por
mentos, estados de espíritos, intenções e decisões como que está com pressa, já vai “furando” a fila? NÃO, CLARO
sendo boas ou más, desejáveis ou indesejáveis QUE NÃO, pois, é ético respeitá-la, ou seja, apesar de
Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juí- seu desejo e necessidade, você vai lá para o final da fila,
zo? A diferença está entre a natureza e a cultura. mantendo assim a harmonia da coletividade ali presente.
A natureza é constituída por estruturas e processos Quem chegou antes, tem o direito de ser atendido antes.
necessários, que existem em si e por si mesmos, inde- E essa coisa de respeitar a fila, está em alguma lei? Tam-
pendentemente de nós. A chuva, por exemplo, é um fe- bém não, pois é um valor arraigado em nossa sociedade.
nômeno meteorológico cujas causas e efeitos necessá- O termo moral deriva do latim – mos/mores (do latino
rios podemos constatar e explicar. “morales”), e significa COSTUMES. Moral é agir de ma-

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