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PREPARATÓRIA
ANTT
TÉCNICO ADMINISTRATIVO
LÍNGUA PORTUGUESA
NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO
NOÇÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL
NOÇÕES DE INFORMÁTICA
RACIOCÍNIO LÓGICO
ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO
VOLUME
01
AGÊNCIA NACIONAL DE
TRANSPORTES TERRESTRES
- VOLUME I
Língua Portuguesa
Noções de Direito Administrativo
Noções de Direito Constitucional
Noções de Informática
Raciocínio Lógico-Matemático
Ética no Serviço Público
2016 FOCUS CONCURSOS
Todos os direitos autorais desta obra são reservados e protegidos pela Lei nº 9.610/1998. Proibida a repro-
dução de qualquer parte deste material, sem autorização prévia expressa por escrito do autor e da editora, por
quaisquer meios empregados, sejam eletrônicos, mecânicos, videográficos, fonográficos, reprográficos, microfílmicos,
fotográficos, gráficos e outros. Essas proibições aplicam-se também à editoração da obra, bem como às características
gráficas.
DIRETORIA EXECUTIVA
Evaldo Roberto da Silva
Ruy Wagner Astrath
PRODUÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
05
DIAGRAMAÇÃO
Liora Vanessa Coutinho
Willian Brognoli
CAPA/ILUSTRAÇÃO
Rafael Lutinski
DIREÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira
COORDENAÇÃO EDITORIAL
Vítor Matheus Krewer
Marcelo Adriano Ferreira
REVISÃO
Vítor Matheus Krewer
NÍVEL MÉDIO
Conhecimentos Gerais
Publicado em Julho/2016
APRESENTAÇÃO
Prezado aluno, dar tudo que verá aqui e compreender bem.
Desejamos que todo esse esforço se transforme em
Este material foi concebido para que você tivesse questões corretas e aprovações em concursos.
a oportunidade de entrar em contato com os conteú-
dos necessários para realizar a prova do seu concurso. Bons estudos!
Muito esforço foi empregado para que fosse possível
chegar à síntese de conteúdos que aqui está proposta.
Na verdade, esse material é o resultado do trabalho
dos escritores que se dedicam – há bastante tempo – à
preparação de candidatos para a realização de concur-
sos públicos.
A sugestão é que você faça um estudo sistemáti-
co com o que está neste livro. Dito de outra maneira:
você não deve pular partes deste material, pois há uma
ideia de unicidade entre tudo que está aqui publicado.
Cada exercício, cada capítulo, cada parágrafo, cada li-
nha dos textos será fundamental (serão fundamentais
em sua coletividade) para que sua preparação seja ple-
na.
Caso o seu objetivo seja a aprovação em um con-
curso público, saiba que partilhamos desse mesmo ob-
jetivo. Nosso sucesso depende necessariamente do seu
sucesso! Por isso, desejamos muita força, concentração
e disciplina para que você possa “zerar” os conteúdos
aqui apresentados, ou seja, para que você possa estu-
PROFESSOR
Pablo Jamilk
PROPOSTA DA APOSTILA PREPARATÓRIA PARA O CONCURSO DE
TÉCNICO ADMINISTRATIVO DA ANTT - VOLUME I
O presente material tem como objetivo preparar candidatos para o certame da Agência Nacional de Transportes
Terrestres.
Com a finalidade de permitir um estudo autodidata, na confecção do material foram utilizados diversos recursos
didáticos, dentre eles, Dicas e Gráficos. Assim, o estudo torna-se agradável, com maior absorção dos assuntos lecio-
nados, sem, contudo, perder de vista a finalidade de um material didático, qual seja uma preparação rápida, prática
e objetiva.
SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA PORTUGUESA................................................................................................................................... 15
Introdução.......................................................................................................................................................................................................................................................15
Morfologia: classes de palavras.............................................................................................................................................................................................................15
Artigo................................................................................................................................................................................................................................................................15
2. MORFOLOGIA.......................................................................................................................................................................................... 16
Adjetivo............................................................................................................................................................................................................................................................16
Classificação Quanto ao Sentido............................................................................................................................................................................................................16
Classificação Quanto à Expressão.........................................................................................................................................................................................................16
Adjetivo x Locução Adjetiva....................................................................................................................................................................................................................16
Advérbio..........................................................................................................................................................................................................................................................19
Conjunção........................................................................................................................................................................................................................................................19
Preposição......................................................................................................................................................................................................................................................20
Pronome..........................................................................................................................................................................................................................................................20
Substantivo.................................................................................................................................................................................................................................................... 23
3. SINTAXE.....................................................................................................................................................................................................25
Sujeito.............................................................................................................................................................................................................................................................. 25
Predicado........................................................................................................................................................................................................................................................ 26
Termos Integrantes.................................................................................................................................................................................................................................... 26
Vozes Verbais................................................................................................................................................................................................................................................ 27
Tempos e Modos verbais.......................................................................................................................................................................................................................... 27
Formas Nominais do Verbo..................................................................................................................................................................................................................... 28
Complementos Verbais............................................................................................................................................................................................................................. 28
4. ACENTUAÇÃO GRÁFICA....................................................................................................................................................................29
Antecedentes................................................................................................................................................................................................................................................. 29
Encontros vocálicos....................................................................................................................................................................................................................................30
Regras de Acentuação...............................................................................................................................................................................................................................30
Alterações do Novo Acordo Ortográfico.............................................................................................................................................................................................31
Questões Gabaritadas................................................................................................................................................................................................................................31
6. CRASE.........................................................................................................................................................................................................34
Casos Proibitivos......................................................................................................................................................................................................................................... 34
Casos Obrigatórios..................................................................................................................................................................................................................................... 35
Casos Facultativos....................................................................................................................................................................................................................................... 35
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 36
7. COLOCAÇÃO PRONOMINAL..............................................................................................................................................................36
Posições dos Pronomes – Casos de Colocação ............................................................................................................................................................................... 36
Colocação Facultativa................................................................................................................................................................................................................................ 37
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................... 38
9. PONTUAÇÃO .......................................................................................................................................................................................... 40
Questões Gabaritadas................................................................................................................................................................................................................................41
Ponto Final – Pausa Total..........................................................................................................................................................................................................................41
Ponto-e-Vírgula – Pausa Maior do que uma Vírgula e Menor do que um Ponto Final.................................................................................................. 42
Dois-Pontos – Indicam Algum Tipo de Apresentação ................................................................................................................................................................. 42
Aspas – Indicativo de Destaque. .......................................................................................................................................................................................................... 42
Reticências (...).............................................................................................................................................................................................................................................. 43
Parênteses...................................................................................................................................................................................................................................................... 43
Travessão........................................................................................................................................................................................................................................................ 43
10. ORTOGRAFIA.........................................................................................................................................................................................43
Definição......................................................................................................................................................................................................................................................... 43
Emprego de “E” e “I”................................................................................................................................................................................................................................... 43
Empregaremos o “I”................................................................................................................................................................................................................................... 43
Orientações sobre a Grafia do Fonema /S/......................................................................................................................................................................................44
SUMÁRIO
Emprego do SC.............................................................................................................................................................................................................................................44
Grafia da Letra “S” com Som de “Z”..................................................................................................................................................................................................... 45
1. COMO ESTUDAR LÍNGUA mais simples para construir uma base sólida para a re-
flexão sobre a Língua Portuguesa.
PORTUGUESA
Artigo: termo que particulariza um substantivo.
Introdução Ex.: o, a, um, uma.
A parte inicial desse material se volta para a orienta- Adjetivo: termo que qualifica, caracteriza ou indica
ção a respeito de como estudar os conteúdos dessa dis- a origem de outro.
ciplina. É preciso que você faça todos os apontamentos Ex.: interessante, quadrado, alemão.
necessários, a fim de que sua estratégia de estudo seja
produtiva. Vamos ao trabalho! Advérbio: termo que imprime uma circunstância
Teoria: recomendo que você estude teoria em 30 % sobre verbo, adjetivo ou advérbio.
do seu tempo de estudo. Quer dizer: leia e decore as re- Ex.: mal, bem, velozmente.
gras gramaticais.
Prática: recomendo que você faça exercícios em Conjunção: termo de função conectiva que pode
40% do seu tempo de estudo. Quem quer passar tem que criar relações de sentido.
conhecer o inimigo, ou seja, a prova. Ex.: mas, que, embora.
Leitura: recomendo que você use os outros 30% para
a leitura de textos de natureza variada. Assim, não terá Interjeição: termo que indica um estado emotivo
problemas com interpretação na prova. momentâneo.
Ex.: Ai! Ufa! Eita!
Níveis de Análise da Língua:
Numeral: termo que indica quantidade, posição,
Fonético / Fonológico: parte da análise que estuda multiplicação ou fração.
os sons, sua emissão e articulação. Ex.: sete, quarto, décuplo, terço.
Morfológico: parte da análise que estuda a estrutu-
ra e a classificação das palavras. Preposição: termo de natureza conectiva que im-
Sintático: parte da análise que estuda a função das prime uma relação de regência.
palavras em uma sentença. Ex.: a, de, em, para.
Semântico: parte da análise que investiga o signifi-
cado dos termos. Pronome: termo que retoma ou substitui outro no 15
Pragmático: parte da análise que estuda o sentido texto.
que a expressões assumem em um contexto. Ex.: cujo, lhe, me, ele.
anjo angelical
Restritivo: adjetivo que exprime característica que
não faz parte do substantivo, portanto restringe o seu ano anual
sentido. arcebispo arquiepiscopal
aranha aracnídeo
Exemplo: cachorro inteligente,
asno asinino
menina dedicada.
audição ótico, auditivo
C G
cabeça cefálico gado pecuário
N rato murino
noite noturno S
norte setentrional, boreal selo filatélico
O sintaxe sintático
osso ósseo T
ouro áureo tarde vesperal, vespertino
P tórax torácico
18 paixão passional U
pâncreas pancreático umbigo umbilical
pato anserino V
pedra pétreo vaca vacum
peixe písceo ou ictíaco veia venoso
pele epidérmico, cutâneo velho senil
pescoço cervical vento eóleo, eólico
pombo colombino verão estival
porco suíno, porcino víbora viperino
prata argênteo ou argentino vidro vítreo ou hialino
predador predatório virgem virginal
professor docente virilha inguinal
prosa prosaico visão óptico ou ótico
proteína protéico vontade volitivo
pulmão pulmonar voz vocal
pus purulento
Cuidados importantes ao analisar um adjetivo:
Q • Pode haver mudança de sentido:
quadris ciático • Homem pobre X Pobre homem.
• Afirmação: sim, certamente, claramente Adversativa Mas, porém, contu- A criança caiu no
etc. do, entretanto, toda- chão, todavia não
• Negação: não, nunca, jamais, absolutamen- via, no entanto. chorou.
te. Alternativa Ou, ora...ora, quer... Ora Márcio estu-
• Dúvida: quiçá, talvez, será, tomara. quer, seja...seja. dava, ora escrevia
• Tempo: agora, antes, depois, já, hoje, ontem. seus textos.
• Lugar: aqui, ali, lá, acolá, aquém, longe. Conclusiva Logo, portanto, as- Mariana estava do-
• Modo: bem, mal, depressa, debalde, rapida- sim, então, pois ente; não poderia
mente. (após o verbo). vir, pois, ao baile.
• Intensidade: muito, pouco, demais, menos, Explicativa Que, porque, pois Traga o detergente,
mais. (antes do verbo), porque preciso la-
• Interrogação: por que, como, quando, porquanto. var essa louça.
onde, aonde, donde.
• Designação: eis. Subordinativas
SUMÁRIO
1. NOÇÕES DE DIREITO ADMINISTRATIVO, ESTADO E GOVERNO ............................................................................. 299
Conceito de Direito...................................................................................................................................................................................................................................299
Ramos do Direito.......................................................................................................................................................................................................................................299
Conceito de Direito Administrativo..................................................................................................................................................................................................299
Objeto do Direito Administrativo.......................................................................................................................................................................................................299
Fontes do Direito Administrativo...................................................................................................................................................................................................... 300
Sistemas Administrativos.................................................................................................................................................................................................................... 300
Noções de Estado......................................................................................................................................................................................................................................301
Formas de Estado......................................................................................................................................................................................................................................301
Poderes do Estado.................................................................................................................................................................................................................................... 302
Noções de Governo.................................................................................................................................................................................................................................. 302
Sistemas de Governo.............................................................................................................................................................................................................................. 303
Formas de Governo................................................................................................................................................................................................................................. 303
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................ 304
11. LEI 8.112/90 – ESTATUTO DOS SERVIDORES PÚBLICOS CIVIS DA UNIÃO............................................................. 386
Título I – Das Disposições Preliminares..........................................................................................................................................................................................386
Título II - Do Provimento, Vacância, Remoção, Reditribuição e Substituição................................................................................................................388
Título III – Dos Direitos e Vantagens.................................................................................................................................................................................................394
Título IV – Do Regime Disciplinar.................................................................................................................................................................................................... 403
Processo Administrativo Disciplinar................................................................................................................................................................................................407
Da Seguridade Social do Servidor...................................................................................................................................................................................................... 413
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 417
298
CAPÍTULO 01 - Noções de Direito Administrativo, Estado e Governo
O direito é dividido em dois ramos distintos, são eles: O professor Hely Lopes Meirelles conceitua o direi-
o direito privado e o direito público. to administrativo como sendo “o conjunto harmônico de
princípios jurídicos que regem órgãos, agentes e ativi-
Direito Privado dades públicas que tendem a realizar concreta, direta e
imediatamente os fins desejados pelo Estado”.
O direito privado é caracterizado pela regulamen- A professora Maria Sylvia Di Pietro define o Direi-
tação de interesses PRIVADOS. Neste ramo do direito, to Administrativo como “o ramo do direito público que
existe um conflito entre particulares, ou seja, em um dos tem por objeto os órgãos, agentes e pessoas jurídicas ad-
lados da disputa tem um particular, seja este uma pessoa ministrativas que integram a Administração Pública, a
física, ou uma pessoa jurídica, e do outro lado tem-se ou- atividade jurídica não contenciosa que exerce e os bens
tro particular, tanto faz se ele é pessoa física ou pessoa de que se utiliza para a consecução de seus fins, de na-
jurídica. tureza política.”
Em regra, o direito privado não regula relações entre
particulares e o Estado. Eventualmente o Estado pode
integrar um dos polos regulados pelo direito privado, Objeto do Direito Administrativo
conforme veremos logo adiante.
Característica marcante do direito privado é a O direito administrativo tem dois objetos, a adminis-
relação jurídica de igualdade estabelecida entre tração pública e o exercício das atividades administra-
as partes. Essa relação jurídica de igualdade também é tivas do Estado.
chamada de relação jurídica horizontal. O direito administrativo tem por objetivo regular as
O direito administrativo não faz parte do ramo do di- relações da administração pública, sejam estas relações
reito privado, e como exemplos desse ramo do direito de natureza interna entre as entidades que a compõe,
tem-se o direito civil o direito empresarial, dente outros. seus órgãos e agentes; ou relações de natureza externa
entre a administração e os administrados.
Além de ter por objeto a administração pública, tam-
Direito Público
bém é foco do direito administrativo o desempenho das
atividades públicas, tanto exercidas pelo próprio estado,
O direito público é caracterizado pela regulamenta-
por meio da administração pública, ou exercidas por al-
ção dos interesses públicos e o seu objetivo é a resolução
gum particular, como no caso das concessões, permis-
DIREITO ADMINISTRATIVO
sões e autorizações de serviços públicos. deral (STF) depois de reiteradas decisões num mesmo
Resumidamente, pode-se dizer que o direito adminis- sentido e seu conteúdo vincula a administração pública
trativo tem por objeto a administração pública e também dos poderes legislativo, executivo e judiciário da União,
as atividades administrativas, independente de quem as Estados, DF e municípios.
exerça.
Doutrina
Fontes do Direito Administrativo
A doutrina é o resultado do trabalho dos estudiosos
O termo fonte dá ideia do lugar onde algo começa a do direito administrativo. São livros que têm a finalida-
surgir. Sendo assim, por fontes do direito administrativo, de de tentar sistematizar e melhor explicar o conteúdo
deve-se entender os lugares onde encontramos as suas das normas de direito administrativo, os quais podem
regras. ser utilizados como critério de interpretação de normas,
Todavia o direito administrativo não é codificado, bem como auxiliar a produção normativa.
dessa forma, não é possível encontrarmos um código A doutrina não vincula a atuação da administração
que contemple as normas de direito administrativo como pública, ela é só uma fonte de orientação.
acontece com o direito penal, civil, processual penal, Devido ao fato de a doutrina representar o entendi-
dentre outros. Para encontrarmos as normas de direito mento do seu autor sobre as regras do direito adminis-
administrativo temos que recorrer a diversas fontes. trativo, essa fonte do direito apresenta várias contradi-
São fontes do direito administrativo a lei, a jurispru- ções, pois é comum que em alguns pontos os autores
dência, a doutrina e os costumes (praxe administrativa). tenham entendimentos distintos de um ou outro instituto
Veja a seguir as características de cada uma das fontes. jurídico.
SUMÁRIO
Apresentação do Material.....................................................................................................................................................................................................................423
A presente obras foi elaborada na medida certa para República vem do latim “res”, que significa coisa, e
aqueles que estão se preparando para concursos públi- pública, que significa algo que é público, do povo.
cos (nível médio ou superior) – tribunais, carreiras admi- Desse modo, a coisa, que é o poder, é do povo, que o
nistrativas, carreira policial, carreira fiscal etc. exerce diretamente ou por meio de representantes elei-
Os temas são abordados na profundidade necessária, tos (art. 1º, parágrafo único, CF/88).
em sintonia com o entendimento doutrinário majoritário Na república, os governantes chegam ao poder atra-
e jurisprudência dos tribunais superiores (notadamente vés das eleições, cujo mandato é exercido por prazo de-
o Supremo Tribunal Federal), bem como o entendimento terminado, e, ainda, devem prestar contas aos governa-
das principais bancas organizadoras de concursos públi- dos, de modo que na república há a responsabilidade do
cos do Brasil. governante.
Obra indicada para aqueles que estão no início dos Na Forma de Governo Republicana os governantes
estudos, bem como para aqueles que desejam aprofun- chegam ao Poder através de eleições, exercem manda-
dar os conhecimentos em alguns temas do Direito Cons- to por prazo determinado, devendo ainda prestar contas
titucional. aos governados, ou seja, na República temos a responsa-
bilidade do Governante.
1. PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Exemplo: Brasil – O Presidente
Os princípios fundamentais são tratados na Consti- da República chega ao poder através de
tuição Federal de 1988 (CF/88) entre os artigos 1º e 4º.
eleição, para exercer mandato por 4 anos,
É tema que se relaciona com a parte estrutural do Es-
tado, onde são abordados fundamentos, objetivos, prin- representando os anseios do povo. Caso co-
cípios que regerem as relações internacionais do Brasil, menta algum crime de responsabilidade,
bem como os objetivos internacionais. será processado e julgado por tal crime,
cuja condenação gera a perda do cargo,
Análise dos Artigos 1º-4º suspensão de direitos políticos etc.
423
Art. 1º. A República Federativa do Brasil, formada pela
união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Fe- A forma de governo republicano possui as seguintes
deral, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem características:
como fundamentos: [...].
• Eletividade;
Do dispositivo acima é possível extrair: • Temporalidade;
• Representatividade popular, pois os gover-
• Forma de governo (república); nantes são eleitos para representar o povo;
• Forma de Estado (federado); • Responsabilidade do governante.
• Regime político (democrático).
Monarquia
Implicitamente também é possível extrair o regime
ou sistema de governo adotado pelo Brasil, que é o pre- Na monarquia, o poder é exercido por uma única
sidencialismo. pessoa – o rei e sua família real. O povo não é titular do
poder.
Formas de Governo Na forma de governo monárquico, o governante che-
ga ao poder pelo fato de pertencer à família real, e o
A forma de governo trata da relação governante-go- exercício do poder se dá de forma vitalícia (não há elei-
vernado, notadamente no que se relaciona ao exercício ções “reais”), de modo que não há representatividade po-
do poder. no que tange ao exercício do poder. Analisar pular. O governante é irresponsável, pois não há presta-
forma de governo é analisar fonte do poder. ção de contas de seus atos.
A monarquia possui as seguintes características:
Como os governantes adquirem o poder?
O exercício do poder é de forma temporária ou • Hereditariedade;
vitalícia? • Vitaliciedade;
Há responsabilidade dos governantes perante • Não representatividade popular, pois o rei
os governados? não é eleito pelo povo (cidadãos);
• Irresponsabilidade do governante, pois este
não presta conta dos seus atos.
DIREITO CONSTITUCIONAL
províncias é simplesmente para facilitar Os entes são dotados de Auto- Os entes são dotados de Sobe-
nomia. rania.
a constatação e solução de problemas. As
decisões nacionais, regionais e locais
partem de um único centro de poder. Prosseguindo com os desdobramento do caput do art.
1º da CF/88, constata-se que a República Federativa do
Brasil é formada pela união indissolúvel dos Esta-
Estado Composto dos, Municípios e DF.
A referida indissolubilidade é consequência do mo-
Já no Estado composto há a presença de vários delo federado de Estado adotado pelo Brasil, pois os en-
entes políticos, ou seja, vários são os entes dotados de tes federados não possuem poder de secessão.
capacidade política (descentralização). Assim, os Estados-membros, Municípios e DF que
Dependendo da composição do Estado, este poderá compõem a República Federativa do Brasil não podem
ser federado (entes autônomos) ou confederado (entes abandonar a mesma para formar um novo Estado fede-
soberanos). Importante ressaltar que o modelo de Esta- rado, ou seja, um novo país.
do federal brasileiro é do tipo segregador (fruto de mo-
CAPÍTULO 01 - Princípios Fundamentais
Não confunda indissolubilidade (não secessão), Exemplo: No Brasil, uma vez elei-
com reorganização de limites territoriais internos, to o presidente, o mesmo cumprirá o seu
pois estes últimos são permitidos pela CF/88, aten-
didos os requisitos. Por exemplo, é possível a fusão mandato por prazo certo, independente-
de dois ou mais municípios para a formação de um mente da vontade do legislativo. Mesmo
novo município, o mesmo ocorrendo em relação aos que o legislativo não apoie o seu plano de
Estados, mas todos continuam pertencendo à Repú- governo, o presidente cumprirá todo o seu
blica Federativa do Brasil.
mandato. O mesmo acontece com o legis-
Importante frisar que a República Federativa consti- lativo que, independentemente da vontade
tui um Estado democrático de Direito, que corresponde do executivo, os mesmos cumprirão seu
ao regime político adotado pelo Brasil. mandato por prazo certo.
Regime Político
No presidencialismo, a chefia do Poder Executivo
O regime político diz respeito à participação do povo é monocrática, de modo que o Presidente é, ao mesmo
(cidadãos) na tomada decisões do Estado. São basica- tempo, Chefe de Estado e Chefe de Governo.
mente 2 regimes: o autocrático e o democrático. Chefia de Estado: está relacionada com a repre-
No regime autocrático, os cidadãos não participam sentação do país como Estado soberano perante outros
da tomada de decisões, ou seja, a vontade dos cidadãos Estados soberanos.
é desconsiderada. 425
Já no regime democrático, os cidadãos participam da
tomada de decisões, de modo que a sua vontade é de
suma importância no processo estatal decisório. Exemplo: quando o Presidente da
Na democracia, todo o poder emana do povo, e o República viaja para firmar um acordo co-
exercício pode ser direto ou indireto. mercial com outro país, está atuando como
Assim, a democracia direta é aquela exercida atra- chefe de Estado, ou mesmo quando recebe
vés do voto, onde são eleitos representantes.
Já na democracia indireta, os cidadãos participam uma representação diplomática de outro
da tomada de decisões através de instrumentos consti- país, por exemplo, a visita de uma Presi-
tucionalmente previstos, que podem ser memorizados dente.
através do seguinte macete (rol exemplificativo):
SUMÁRIO
1. SISTEMAS OPERACIONAIS ............................................................................................................................................................ 523
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................523
O Que Faz um Sistema Operacional.................................................................................................................................................................................................523
Gerenciador de Processos.....................................................................................................................................................................................................................523
Conceitos Básicos......................................................................................................................................................................................................................................526
Windows XP................................................................................................................................................................................................................................................530
Sistemas Operacionais: Windows 7...................................................................................................................................................................................................545
Sistemas Operacionais: Windows 10.................................................................................................................................................................................................550
Sistemas Operacionais: Linux.............................................................................................................................................................................................................554
Software Livre............................................................................................................................................................................................................................................ 555
Questões Gabaritadas.............................................................................................................................................................................................................................560
assim você terá acesso direto às questões para resolvê- podemos fazer?
-los um de cada vez. No exemplo da mesa de estudos, vamos dizer que
Se considerarmos que nossa mesa de estudos é a me- você está montando um painel para sua aula de biolo-
mória do computador, e que nós somos o processador, gia e a cartolina ocupa quase toda a área de sua mesa,
então, os programas são as listas de exercícios e quando e agora não existe espaço suficiente para o restante do
a colocamos sobre a mesa, estamos deixando elas pron- material, pois você ainda precisa deixar disponível o seu
tas para serem resolvidas, ou seja, neste momento, cada livro de biologia e as revistas para o recorte de figuras,
lista deixa de ser apenas uma folha guardada na gaveta mas apenas um deles pode ficar sobre a mesa e durante
(ou HD, se considerarmos os programas) para se tornar toda a atividade você precisa de todo o material, o que
parte de uma atividade, ou seja, de um processo. fazer para que você não perca tanto tempo na constru-
Associado a cada processo criado, existe uma ção desse painel?
quantidade de memória reservada, conhecida como Utilizando uma das gavetas da mesa de estudos para
espaço de endereçamento do processo, onde o processo guardar o livro exatamente na página que você estava
pode ler e gravar dados. Nessa área de memória, encon- pesquisando ou as revistas nas páginas que serão re-
tramos: (1) o código do programa que será executado e cortadas, você poderá realizar uma troca rápida entre as
(2) os dados que são usados pelo programa. ações que serão executadas e, apesar do uso da gaveta
Para que o Sistema Operacional gerencie os pro- tornar mais lento, ela permite que você possa realizar
cessos, primeiro ele deve ser capaz de: (1) criá-los, (2) todas as atividades necessárias.
reservar memória e (3) colocar os processos numa fila Assim funciona no computador quando existem pro-
de espera para uso do processador. O próprio Sistema cessos demais para a quantidade de memória.
Operacional é um conjunto de vários processos que tam-
bém compartilham a CPU para serem executados. O Sistema Operacional gerencia as trocas de da-
dos entre a memória e o HD quando não existe es-
Gerenciador de Memória paço de endereçamento suficiente para todos os pro-
cessos, na aula de gerenciamento de memória, você
A memória é um componente importante do com- aprenderá mais sobre essas atividades e as ações
putador que deve ser cuidadosamente gerenciado, pois que são necessárias para a organização da memória
apesar da grande evolução da tecnologia e do aumento – Memória Virtual.
crescente da memória dos computadores, os programas
estão crescendo na mesma proporção e assim o Sistema Quando instalamos um Sistema Operacional, ele já
524 Operacional precisa lidar com as limitações da capaci- configura um espaço no HD para utilizar como Memória
dade da memória para organizar os processos que estão Virtual.
em execução.
Voltando ao exemplo da mesa de estudos. Imagine se
todo o material sobre a mesa de estudos estiver bagun-
çado. Papéis amontoados em um canto, livros espalhados
e uma pilha de rascunhos jogados em sua frente, você
conseguiria estudar nessa desorganização?
Apesar de que muitos estudantes tentam estudar
em uma montanha de livros e papéis, é muito mais fácil
reservar um tempo para organizar sua mesa de estu-
dos, aproveitando de maneira organizada toda a área da A memória RAM possui capacidade limitada, com
mesa, é exatamente isso que o Sistema Operacional re- isso ao executarmos vários processos simultaneamente,
aliza. não fosse a memória virtual, nosso computador iria tra-
var, ter o chamado piripaque!!!!
Identificar quais partes da memória estão em uso Quando a memória RAM está com a capacidade total
e quais não estão, reservar espaço para os processos comprometida, e queremos executar mais um software,
e deixar disponível as áreas que forem liberadas por por exemplo, o Sistema Operacional faz a troca de arqui-
um processo ativo ou quando um processo é encer- vos: Envia para a memória virtual o que está na memó-
rado, são essas as atividades executadas pelo Siste- ria RAM e não estamos utilizando e assim libera espaço
ma Operacional, assim, os programas não precisam para a nova execução.
se preocupar em como obter a memória necessária
para ser executado.
Gerenciador de Arquivos
SUMÁRIO
1. LÓGICA PROPOSICIONAL.................................................................................................................................................................615
Proposição Simples.................................................................................................................................................................................................................................. 615
Sentença Aberta........................................................................................................................................................................................................................................ 615
Princípio do Terceiro Excluído............................................................................................................................................................................................................ 615
Princípio da Não Contradição.............................................................................................................................................................................................................. 616
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 616
Proposição Composta.............................................................................................................................................................................................................................. 617
Conectivos.................................................................................................................................................................................................................................................... 617
Sinônimos do conectivo E...................................................................................................................................................................................................................... 618
Sinônimos do conectivo Se ..., então.................................................................................................................................................................................................. 618
Simbolização de Expressões................................................................................................................................................................................................................ 620
Questões Gabaritadas............................................................................................................................................................................................................................. 621
614
CAPÍTULO 01 - Lógica Proposicional
Pegadinhas Frequentes
Princípio do Terceiro Excluído
Entre as questões desse tópico existem muitas “pe-
gadinhas” que aparecem. Essas pegadinhas sempre uti- Uma proposição pode apenas ser falsa ou verdadeira,
RACIOCÍNIO LÓGICO-MATEMÁTICO
Uma proposição não pode ser ao mesmo tempo falsa I. Ele foi o melhor jogador do mundo em
e verdadeira. 2005.
II. é um número inteiro.
III. João da Silva foi o Secretário da Fazenda
Questões Comentadas do Estado de São Paulo em 2000.
Há duas proposições no seguinte conjunto de
É verdade que APENAS:
sentenças:
a. I e II são sentenças abertas.
I. O Banco do Brasil foi criado em 1980.
b. I e III são sentenças abertas.
II. Faça seu trabalho corretamente.
c. II e III são sentenças abertas.
III. Manuela tem mais de 40 anos de idade.
d. I é uma sentença aberta.
e. II é uma sentença aberta
( ) certo ( ) errado
Gabarito: A
Gabarito: Certo
5) Na lista de frases apresentadas a seguir, há Observe que temos duas informações distintas e in-
exatamente três proposições. dependentes:
“A frase dentro destas aspas é uma mentira.” 01. O Brasil Fica na América
A expressão X + Y é positiva. 02. Curitiba tem baixas temperaturas
O valor de
Pelé marcou dez gols para a seleção brasileira. Foram colocadas juntas, unidas pelo “e”. Estamos
O que é isto? diante de uma proposição composta.
Para reconhecer uma proposição composta devere-
( ) certo ( ) errado mos procurar duas informações, cada uma com seu ver-
bo, e verificar se são independentes, ou seja, separadas
6) A sentença “A presença de um órgão media- ainda terão sentido completo. Em regra se são duas in-
dor e regulador das relações entre empregados e formações, devemos ter dois verbos.
patrões é necessária em uma sociedade que bus- Para juntar as informações e ter conexão apropriada,
ca a justiça social” é uma proposição simples. utilizaremos os “conectivos lógicos”. São apenas cinco e
estão listados na tabela abaixo:
( ) certo ( ) errado 617
Conectivos
7) A expressão “Como não se indignar, assis-
tindo todos os dias a atos de violência fortuitos São termos que promovem a ligação entre proposi-
estampados em todos os meios de comunicação ções simples.
do Brasil e do mundo?” é uma proposição lógica
que pode ser representada por P→Q, em que P e Conectivo Nomenclatura
Q são proposições lógicas convenientemente es-
colhidas E Conjunção
Ou Disjunção
( ) certo ( ) errado
Ou...ou Disjunção Exclusiva
8) Nas sentenças abaixo, apenas A e D são pro- Se...então Condicional
posições.
Se, e somente se Bicondicional
A: 12 é menor que 6.
B: Para qual time você torce? Veja que cada um dos conectivos possui uma nomen-
C: x + 3 > 10. clatura própria que deve ser recordada, uma vez que vá-
D: Existe vida após a morte. rias questões já cobraram essa nomenclatura.
Veremos agora o modo correto de utilizar cada co-
( ) certo ( ) errado nectivo.
( ) certo ( ) errado
Exemplo: “O Brasil é um País E
Cuba fica na Europa.”
Gabarito
1-Errado 2-Certo 3-Errado 4-D 5-Errado
ÉTICA NO
SERVIÇO PÚBLICO
PROFESSOR
Tiago Zanolla
Professor de Ética no Serviço Público, Conhecimen-
tos Bancários e Direito Regimental. Formado em Enge-
nharia de Produção pela Universidade Pan-Americana
de Ensino. Técnico Judiciário Cumpridor de Mandados
no Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Envolvido
com concursos públicos desde 2009 é professor em di-
versos estados do Brasil.
SUMÁRIO
SUMÁRIO
1. COMO ESTUDAR ÉTICA NO SERVIÇO PÚBLICO................................................................................................................... 667
Introdução....................................................................................................................................................................................................................................................667
665
CAPÍTULO 01 - Como Estudar Ética no Serviço Público
ciedade de consumo – cidadão consumidor A cultura, por sua vez, nasce da maneira como os
Final do séc. passado: As desigualdades fazem des- seres humanos se interpretam a si mesmos, e as suas
pertar uma consciência cívica. O consumidor-objeto dá relações com a natureza, acrescentando-lhe sentidos no-
lugar ao consumidor sujeito, mais preocupado com o vos, intervindo nela, alterando-a através do trabalho e da
significado e as consequências dos seus padrões de con- técnica dando-lhe valores.
sumo. Multiplicam-se os códigos de ética ou de conduta. Outro ponto de cobrança é a diferença entre ética fi-
Nasce a empresa-cidadã: postura ética empresarial. losófica e ética científica:
Séc. XXI: Ética sustentável – caracterizada pelo res-
peito pela natureza. ÉTICA FILOSÓFICA x ÉTICA CIENTÍFICA
Do ponto de vista da Filosofia, Ética é a parte da filo- A ÉTICA FILOSÓFICA é aquela que tenta esta-
sofia que estuda os fundamentos da moral e os princípios belecer princípios constantes e universais para a
ideais da conduta humana, ou seja, tem como objeto de boa conduta da vida em sociedade, em suma, tenta
estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as causas, estabelecer uma moral universal, a qual os homens
os princípios, as máximas, as circunstâncias. deveriam seguir independentemente das contingên-
As ações (condutas) são baseadas em juízos éticos cias de lugar e de tempo. A ética tem como objeto
que nos dizem o que são o bem, o mal e a felicidade. de estudo o estímulo que guia a ação: os motivos, as
Enunciam também que atos, sentimentos, intenções e causas, os princípios, as máximas, as circunstâncias;
comportamentos são condenáveis ou incorretos do ponto mas também analisa as consequências dessas ações.
de vista moral. Por outro lado, a ÉTICA CIENTÍFICA constata
Juízos éticos de valor, que são também normativos, , o relativismo cultural e o adota como pressuposto.
enunciam normas que determinam o dever ser de nos- Qualifica o bem e o mal, assim como a virtude e o
sos sentimentos, nossos atos, nossos comportamentos. vício, a partir de seus fundamentos sociais e históri-
São juízos que enunciam obrigações e avaliam intenções cos. Na investigação da ética científica, a pluralida-
e ações segundo o critério do bem e do mal, ou seja, do de, a diversidade cultural e a dinâmica da sociedade
correto e do incorreto. são relevantes.
Fique atento: o examinador pode cobrar dois tipos
de juízo: Memorize:
ÉTICA FILOSÓFICA ÉTICA CIENTÍFICA
Juízo de Fato São aqueles que dizem o que as
coisas são, como são e porque Moral universal Relativismo cultural
668 são. Em nossa vida cotidiana,
Princípios universais Depende da situação
os juízos se fato estão presentes
Lei natural Cultura e sentimentos
Juízo de Valor Constitui avaliações sobre coi-
sas, pessoas, situações, e são Consciência imutável Relativismo moral
proferidos na moral, nas artes,
na política, na religião, enfim,
em todos os campos da exis- SÓCRATES, considerado o pai da filosofia, dizia que a
tência social do ser humano. obediência à lei era o divisor entre a civilização e a bar-
Juízos de valor avaliam coisas,
pessoas, ações, experiências,
bárie. Segundo ele, as ideias de ordem e coesão garan-
acontecimentos, sentimentos, tem a promoção da ordem política. A ética deve respeitar
estados de espíritos, intenções às leis, portanto, à coletividade.
e decisões como sendo boas ou KANT afirmava que o fundamento da ética e da mo-
más, desejáveis ou indesejáveis
ral seria dado pela própria razão humana: a noção de
dever. Mais recentemente, o filósofo inglês BERTRAND
Juízo de Fato são aqueles que dizem o que as coisas RUSSELL afirmou que a ética é subjetiva, portanto não
são, como são e porque são. Em nossa vida cotidiana, os conteria afirmações verdadeiras ou falsas. Porém, defen-
juízos se fato estão presentes dia que o ser humano deveria reprimir certos desejos e
Juízo de Valor constitui avaliações sobre coisas, pes- reforçar outros se pretendia atingir o equilíbrio e a fe-
soas, situações, e são proferidos na moral, nas artes, na licidade.
política, na religião, enfim, em todos os campos da exis- Quer um exemplo prático? Imagine que você precisa
tência social do ser humano. Juízos de valor avaliam coi- ir ao banco. Chegando lá há uma enorme fila, porém você
sas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, senti- está atrasado para um compromisso. O que você faz? Por
mentos, estados de espíritos, intenções e decisões como que está com pressa, já vai “furando” a fila? NÃO, CLARO
sendo boas ou más, desejáveis ou indesejáveis QUE NÃO, pois, é ético respeitá-la, ou seja, apesar de
Qual a origem da diferença entre os dois tipos de juí- seu desejo e necessidade, você vai lá para o final da fila,
zo? A diferença está entre a natureza e a cultura. mantendo assim a harmonia da coletividade ali presente.
A natureza é constituída por estruturas e processos Quem chegou antes, tem o direito de ser atendido antes.
necessários, que existem em si e por si mesmos, inde- E essa coisa de respeitar a fila, está em alguma lei? Tam-
pendentemente de nós. A chuva, por exemplo, é um fe- bém não, pois é um valor arraigado em nossa sociedade.
nômeno meteorológico cujas causas e efeitos necessá- O termo moral deriva do latim – mos/mores (do latino
rios podemos constatar e explicar. “morales”), e significa COSTUMES. Moral é agir de ma-